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RASTROS DO NAZISMO

Rastros do

Nazismo A suástica em ladrilhos hidráulicos cuiabanos

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Oladrilhos fabricados em Cuiabá na década de 1930, e assentados em algumas residências, na área central da capital de Mato Grosso, seriam traços de simpatia ao nazismo ou simples objetos decorativos? Cuiabá, no período do Estado Novo, que coincidiu com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, tendo os germânicos como protagonistas, ocorreram fatos correlatos com os feitos bélicos do Eixo, formado pela Alemanha de Hitler, pelo Japão de Hiroito e pela Itália de Mussolini, que tinham contra si todos os exércitos do mundo, na época. Como o ocorrido com a Guerra do Paraguai, ocasião em que Mato Grosso se destacou por atos de heroísmo e patriotismo notabilizados pelos Voluntários da Pátria, não foi diferente o chamamento havido para compor o quadro de Pracinhas Brasileiros em campos de guerra na Itália, na década de 1940. Porém, numa demonstração de simpatia aos propósitos políticos do nazismo e pela liderança exercida por Adolf Hitler, pessoas encomendaram a fabricação de ladrilhos hidráulicos, com desenhos que caracterizavam, de forma disfarçada, a suástica, símbolo maior do nazismo, que sempre esteve associada às questões de racismo e propósitos de supremacia da raça alemã, a ariana, sobre outras. A encomenda dos ladrilhos foi feita à uma indústria cuiabana de cerâmica, naqueles conturbados anos 1930, sendo imediatamente assentados os ladrilhos em muitas casas, notadamente no hoje chamado de centro histórico de Cuiabá. Não se tem o número exato de casas em que foram assentados os ladrilhos hidráulicos com motivos da suástica, no entanto, atesto que existem, ainda em 2015, algumas residências ou casas de comércio que não esconderam ou retiraram tais pisos nazistas. POR JOÃO CARLOS VICENTE FERREIRA

28 O LIVRE ARBÍTRIO Não se deve julgar com a realidade de hoje fatos ocorridos há tempos atrás. Isso vale para muitas situações, inclusive para tratarmos desse tema. Os ladrilhos nazistas são apenas testemunha de uma fase da história mundial e servem para induzir à reflexão sobre os fatos que envergonham e repugnam a humanidade em vista dos resultados apresentados em números, pela destruição e matança indiscriminada de pessoas. No entanto, naquele período, ainda no começo da intensa propaganda política promovida por Goebells, o Ministro da Propaganda de Hitler, o nazismo se apresentava como a forma de redenção do povo alemão, com propósitos de soerguimento de sua economia e honra, especialmente pela derrota sofrida na Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) e os efeitos humilhantes obtidos com o Tratado de Versalhes, em 1919.

A euforia que tomou conta de alemães e simpatizantes do nazismo, cuja ascensão ocorreu em 1933, após acontecimentos catastróficos mundo afora, a exemplo da crise da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, tinha motivação ideológica, de esperança de melhor fu

turo. Nesse período não somente alemães admiravam a auspiciosa recuperação alemã. No Brasil ocorreram movimentos organizados em apoio ao nazi-facismo, como a Ação Integralista Brasileira, que vicejou entre os anos de 1932 e 1937, tendo em Plínio Salgado seu mais importante nome.

Não deve-se, portanto, condenar absolutamente ninguém por admirar regimes exitosos. O que ocorreu posteriormente, com o regime nazista e os desvarios de Hitler é imperdoável, como a morte de milhões de judeus em fornos crematórios e outras barbaridades, visto que tais propostas não estavam descritas nos panfletos e cartazes distribuídos à sociedade e imprensa mundiais.

Pode-se concluir que ocorreu o que hoje chama

29 mos de propaganda enganosa com a maioria das pessoas, inclusive com o povo alemão, pois parte dos germânicos reprovaram os excessos do Füherer. Portanto, as famílias cuiabanas que admiravam o nazismo e seu símbolo maior, a suástica, não devem ser julgados na contemporaneidade. Devemos apenas analisar a situação e tirarmos nossas próprias conclusões.

Está lá, para quem quiser ver e experimentar sentir o que pensavam os homens que os fabricaram e os assentaram em corredores e com eles decoraram salas, quartos e cozinhas de suas casas

A MESMA PRÁTICA, EM OUTRAS PLAGAS Há que se registrar que em outras cidades, em outros estados Brasileiros, ocorreram fatos semelhantes, a exemplo de Paulínia, município paulista, onde o italiano Amadeu Galmacci, nascido em 1897 e falecido no Brasil em 1982, protagonizou histórico fato relacionado a esse tema. Galmacci exerceu importantes cargos públicos em Paulínia, tendo sido vereador e presidente da Sociedade Italiana. Por questões de interesses empresariais fundou uma indústria de fabricação de artefatos de cimento e, por sua grande admiração ao nazismo deu início à produção de ladrilhos hidráulicos com desenho da suástica, inclusive assentando-os em sua residência.

Ainda no estado de São Paulo, de espírito arraigado, naqueles tempos, pelo Integralismo de Plínio Salgado, foram assentados ladrilhos hidráulicos com desenhos da suástica na sede da Fazenda Cruzeiro do Sul, em Paranapanema, sudoeste paulista. A constatação da existência dos ladrilhos com motivação nazista foi descoberta em 1990, de forma acidental, pelo novo dono do lugar, José Ricardo Rosa, conhecido por Tatão.

Da mesma maneira com os fatos ocorridos em Cuiabá em Mato Grosso, Paulínia e Paranapanema em São Paulo e em vários outros pontos do país, vamos citar apenas mais um ponto de assentamento de ladrilhos hidráulicos, desta feita no histórico bairro da Lapa, no Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de prédio construído em arquitetura art décor e que abrigou, por anos, um hotel localizado na Rua do Riachuelo, nas imediações dos Arcos da Lapa. Nesse prédio, que atualmente é de caráter residencial, foram assentados em seus corredores ladrilhos hidráulicos com desenhos da suástica. Está lá, para quem quiser ver e experimentar sentir o que pensavam os homens que os fabricaram e os assentaram em corredores e com eles decoraram salas, quartos e cozinhas de suas casas.

CAMPO MINADO DE GERVANE DE PAULA Importante contextualizar ações desenvolvidas pela sociedade cuiabana no caso dos ladrilhos hidráulicos com desenhos da suástica encontrados em várias casas na capital.

No ano de 2005, o genial artista plástico Gervane de Paula, promoveu mostra individual de seu trabalho, em Cuiabá, à qual chamou de “Campo Minado - Reflexões de um Artista”. Sempre generoso, contou com a participação de colegas artistas e buscou, com suas idéias, questionamentos e angústias, fazer o público encontrar sentimentos de estranheza, surpresa, conexão e sintonia. Certamente Gervane conseguiu seu intento com a

contextualização das peças produzidas e apresentadas. Com imensa dedicação ao projeto, que gestou a partir do ano 2000, Gervane induziu o visitante a um campo minado, com 100 bombas distribuídas por seis metros. Deu estocadas na obra de Picasso e Matisse, com as figuras de pênis enormes e fez referências críticas à violência urbana, desmatamento e ao uso indiscriminado de drogas.

Define-se a mostra toda como impactante. Porém, causou choque na mostra, a obra de Gervane intitulada “Ladrilho Nazista”, onde o artista, com a parceria do fotógrafo José Maurício, desnuda uma série de ladrilhos hidráulicos cuiabanos, produzidos por admiradores do nazismo, com desenho disfarçado e assentados em antiga residência do centro histórico da capital, deixando- -os à mostra com contornos em cores verde e amarelo. Nesse trabalho Gervane se lança ao chão para exercer seu papel de artista e depois passeia pelas lentes de José Maurício pisoteando a suástica, em protesto à disseminação do nazismo em terras cuiabanas.

Nesse período Gervane de Paula levou a sociedade contemporânea à reflexão sobre os horrores que o nazismo implantou em muitos países e seus catastróficos resultados, sob a égide de intolerância religiosa, de raça e de gênero.

Tecendo comentários sobre o seu “Campo Minado’ de 2005, exatamente há dez anos atrás, Gervane disse que esse tema ainda é um tabu e que pouca gente, ou quase ninguém, ousa entrar nessa seara e pesquisar, bem a fundo, o porque dos ladrilhos hidráulicos com desenhos da suástica proliferam em Cuiabá na década de 1930.

Quem estava por detrás de tudo isso? - se pergunta o artista. A resposta não é tão difícil assim, mas certamente o campo é bastante minado.

A SUÁSTICA Em 1920, foi criado o Partido Nacional-Socialista alemão e, por indicação do poeta Guido von List, o emblema do partido passou a ser a suástica solar.

Com a ascensão do nazismo ao poder a suástica tornou-se o símbolo máximo daqueles que defendiam identidade ariana ou a raça pura. Tomados por conhecimentos e pesquisas em busca de poderes cósmicos, os nazistas alteraram a posição original do símbolo, fazendo com uma das pontas se direcionasse para baixo, e que, em termos de magia negra, poderiam obter êxito em qualquer empreitada. Tais conhecimentos, ou falta deles, promoveram intensas movimentações de alemães em várias partes do mundo, em busca de poderes subjetivos. Por conta disso tudo os nazistas puseram-se, na

33 lume MatoGrosso queles tempos de guerra, também em busca do Santo Graal e da Arca da Aliança, em diversos pontos da Europa, Ásia, África e América do Sul.

O cientista alemão Ludwig Müller afirmava que a suástica representava a suprema divindade durante o período da Idade do Ferro. Na Idade Média, a interpretação mais geral de sua simbologia estava relacionada com o movimento e com o poder do Sol.

A trajetória da suástica merecia melhor sorte, visto que não foi criada pelos nazistas, que mancharam sua história, que vem de tempos remotos e encontrada em culturas do período neolítico e considerada símbolo religioso.

Registra-se que a suástica foi encontrada em túmulos cristãos no Oriente Médio e em regiões da Bretanha, Irlanda, Micenas e Gasgonha. Também entre os etruscos, hindus, celtas, gregos e germânicos. Ainda na Ásia Central e entre os povos americanos mais desenvolvidos, a exemplo dos astecas, maias, incas e toltecas.

Com o fim da Segunda Guerra, em 1945, o símbolo foi oficialmente aposentado, mas continua sendo usado por grupos neo-nazistas. Contemporaneamente o nazismo ou neo-nazismo está vivo no coração de muita gente e cheio de simpatizantes mundo afora, notadamente na Europa.

34 Riqueza Mineral A exploração do minério de fosfato em território mato-grossense poderá tornar o estado ainda mais competitivo nos mercados nacional e internacional na produção de grãos e carne O Estado de Mato Grosso é uma região brasileira privilegiada em vários aspectos e segmentos, notadamente em minérios, visto que originou- -se do ouro dos Martírios e de Cuiabá. Campeão nacional na produção de grãos e de carne o Estado importa milhares de toneladas de Fosfato e adquire outras tantas no mercado nacional para ser usado como adubo na fórmula NPK. Ocorre que o subsolo mato-grossense é rico em fosfato, mas sem exploração industrial desse produto, o que acarretaria benefícios na área industrial, comercial e social.

O histórico dos fatos relacionados ao descobrimento de rochas fosfatadas vem de maio de 2006, com a descoberta e coleta para análise de amostras de fácies ritmitos(*), por ação do geólogo Gercino Domingos da Silva, funcionário da Metamat e pós graduado em impactos ambientais e mestre em recursos minerais, na região da Serra do Caetés. O resultado das análises constatou enorme depósito de fosfato na região pesquisada.

Entre agosto e novembro de 2009 ocorreram fatos significativos para a consolidação do Projeto Fosfato Mato Grosso, nome dado por deferência ao potencial de exploração desse minério no Estado. Em agosto foi assinado um convênio de apoio técnico entre a SICME e a CPRM, com vistas à execução do projeto nas áreas Araras e Planalto da Serra. No mês de outubro foram realizados estudos de campo em Mirassol D´Oeste, confirmando a pesquisa feita pelo geólogo Gercino, em 2006, sobre a ocorrência de Fosfato. Na sequência, em novembro de 2009, em virtude da constatação de ocorrência de Fosfato verificou- -se aumento de trabalhos geológicos na área, sempre confirmando pesquisas anteriores.

Num relatório encaminhado à Sicme, em agosto de 2010, constatou-se ocorrências da rocha mineralizada (Ritmito), em área de 67 km², com espessura média de 35 m e teores de fosfato de até 9,5%. Nos anos subsequentes, em 2011 e 2012, os trabalhos foram feitos de acordo com as normas do Conselho de Defesa Nacional, tanto a sondagem quando definições de mercado consumidor de fertilizantes fosfatados. Contemporaneamente o país ainda se encontra na dependência do suprimento do Fosfato, o que traz certo incômodo ao setor agrícola. Concluindo registra-se a importância da descoberta do geólogo Gercino Domingos da Silva. Que este trabalho científico seja efetivamente exitoso, e não sofra mais atrasos. O objetivo é transformar os sedimentos rochosos pesquisados em Mirassol D´Oeste em Fosfato nacional a ser comercializado em terras de Mato Grosso e outros estados, suprindo o déficit histórico deste componente NPK, com a palavra as autoridades competentes e empresas que disputam a primazia da exploração e comercialização do Fosfato Mato Grosso.

Ocorre que o subsolo matogrossense é rico em fosfato, mas sem exploração industrial desse produto, o que acarretaria benefícios na área industrial, comercial e social

(*) As fácies (conjunto de caracteres de uma rocha, sob o de vista de sua formação) rítmicos (caráter rítmico é emprestado pela própria fácies em laminação horizontal)

Bicho da Farinha Favorece Reciclagem de Lixo

O besouro conhecido como bicho da farinha, existente em várias partes do mundo, pode ser a solução futura para problema do lixo, pois descobriu-se que microorganismos presentes no sistema digestivo das larvas são capazes de biodegradar o plástico em seu processo digestivo

Importante estudo científico realizado pelo engenheiro Wei-Min Wu do departamento de engenharia civil e ambiental da Universidade de Stanford, nos EUA, em conjunto com Jun Yang e outros pesquisadores da Universidade de Beihang, na China e publicado pela Environmental Science and Technology, indica que a larva do pequeno besouro Tenebrio molitor, popularmente conhecido como bicho da farinha, se alimenta de isopor ou poliestireno expandido, uma espécie de plástico não biodegradável. Isso deve-se a uma enzima existente no estômago do bicho-da-farinha que converte o plástico em dióxido de carbono, permitindo que os excrementos do Tenebrio se transformem em resíduos biodegradáveis, podendo até ser utilizados em forma de adubo para plantas. A descoberta foi recebida com surpresa e entusiasmo.

“Nossas descobertas abriram uma nova porta para resolver o problema global com a poluição de plásticos”, afirmou o engenheiro Wei-Min Wu, para o Stanford News Service, órgão de imprensa da Universidade de Stanford.

As pesquisas estão em permanente evolução, buscando respostas para tantas perguntas sobre a destinação das milhões de toneladas de lixo produzidas diariamente em todo o mundo. Os cientistas trabalham para isolar a enzima existente no estômago no bicho da farinha, buscando fórmulas de se criar um processo de baixo custo para reciclar plástico. É positivo imaginarmos que essa é uma maneira inovadora de se enfrentar tal problema, além da clara mudança de percepção do que fazer com tantos isopores e detritos plásticos, tão úteis em nossas vidas, mas que são despejados em aterros sanitários e espalhados em nossos rios, terrenos baldios e fundos de quintais, com baixíssimos índices de reciclagem.

Estudos científicos dão conta de que o poliestireno leva mais de 150 anos para se decompor na natureza e, ao mesmo tempo que o bicho da farinha é um alento, também preocupa não sabermos, ainda, através de pesquisas, os efeitos nas cadeias alimentares de outros animais que venham a consumir essas larvas.

É lícito termos esperança na larva bicho da farinha, cujo intestino nos revela destinos inusitados para os resíduos plásticos que permeiam o meio ambiente. lume MatoGrosso

A cura através das plantas O padre jesuíta Renato Roque Barth, lotado na Paróquia do Rosário, em Cuiabá, após décadas de dedicação à medicina natural, à base de chá, jejum, dieta e urinoterapia, comemora, pelo método bio saúde, expressivos números ao redor do mundo de atendimentos e bons resultados para se curar qualquer tipo de doença. A os 76 anos de idade o padre Renato Roque Barth, que chegou em Mato Grosso durante o ano de 1962, demonstra muita disposição e vitalidade ao pedalar, sistematicamente, por quilômetros em sua bicicleta, na busca de plantas curativas diariamente, quando não está em viagem por conta de palestras e encontros sobre medicina natural. Sobe facilmente a escada em caracol que leva aos dois cômodos de pouco mais de 20m² cada um, de onde comanda, junto com um grupo de nove pessoas, entre funcionários e dirigentes, o propósito de cura através de plantas medicinais em 43 países, nos continentes americano e africano, com números expressivos de atendimentos exitosos em mais de 2 milhões de pessoas.

Descendente de alemães e nascido no município catarinense de ItapiranBio saúde

O teste com o O-Ring Test é uma técnica de investigação clínica não invasiva, que tem como base o fenômeno do enfraquecimento muscular provocado pela ressonância entre duas substâncias idênticas. O teste é realizado utilizando-se a musculatura dos dedos em forma de anel.

ga, vislumbrou no sacerdócio o seu futuro. Seu interesse pela medicina natural tem origem nos ensinamentos maternos e, quando cursava teologia e filosofia, achou tempo para cursar ciências naturais, fator que contribuiu para sua melhor compreensão sobre a importância da fitoterapia na cura de várias doenças. Ordenado sacerdote em 1971, teve seu conhecimento sobre a medicina natural mais apurado na Nicarágua, país da América Central, no qual permaneceu por longo tempo como missionário.

Em Léon, em 1990, participou pela primeira vez de um curso da Bio Saúde, ministrado pelo médico Áton Ínoue, que havia tido contato com Yoshiaki Omura, que descobriu e patenteou o método. COMO SURGIU A BIO SAÚDE O Dr. Yoshiaki Omura, físico e médico nipo-americano é o criador e sistematizador desse método, tendo se baseado em conhecimentos da medicina oriental e na fitoterapia. Trata-se de um dos mais renomados e respeitados nomes dentro da comunidade científica mundial, tendo recebido o raro título de “science doctor”. Entre os anos de 1976 e 1978, Omura determinou as bases do que se convencionou chamar de “O-Ring-Test”, que é um teste onde se rompe o anel, formado pelos dedos polegar e indicador. Para avaliar o estado de saúde de um paciente foram estabelecidos três momentos: • Fazer a verificação em quais órgãos a energia está bloqueada; • Encontrar a causa; • Obter a resposta do organismo e levantar a energia vital, buscando o restabelecimento da saúde plena.

Isto posto e realizado, é o organismo do doente que vai oferecer indícios do que necessita para ser curado. Tal situação e fatos altera completamente os parâmetros de indicação de medicamentos e de terapias, contrariando o sistema industrial e convencional na qual a medicina está alicerçada, criando dissidências e contrariando interesses. lume MatoGrosso

39 O MÉTODO BIOENERGÉTICO DE TRATAMENTO NATURAL

Há que se registrar que não existe nenhum envolvimento ou segmentação religiosa no sistema de cura através das plantas oferecido pelo método difundido pelo padre Renato, que mantém um centro de atendimento no Bairro Jardim Paraíso, em Cuiabá, de onde difunde o seu Método Bioenergético de Tratamento Natural, o Bio-Saúde, que é amplamente aceito, tendo sido implantado em diversos países, com resultados altamente satisfatórios.

O processo de atendimento, ou consulta, procedida aos pacientes, é feito pelo próprio padre e assistentes, de segunda a sexta, em revezamento estampado na parede da ampla mas bem modesta recepção.

Possivelmente o que mais atrai as pessoas que procuram a Bio Saúde, além de resultados satisfatórios

lume MatoGrosso e rápidos, amplamente disseminados pelos consulentes, é o baixo custo do tratamento, algo em torno de R$ 40,00 apenas, por pessoa, mais os custos de ervas e folhas indicadas para cada tipo de doença, sempre a valores irrisórios.

O sistema Bio-Saúde oferece orientação sobre as formas adequadas de alimentação e hábitos saudáveis de vida com a ingestão de chás indicados pelos fitoterápicos.

LIVROS E DEPOIMENTOS Para melhor compreensão do Método Bioenergético de Tratamento Natural o padre Renato Barth escreveu e publicou três livros: “Bio- -Saúde - Método Bioenergético de Tratamento Natural”, com sete edições a partir de

40 Euza Maria de Araújo Rodrigues em depoimento espontâneo afirma ter sido curada de osteoporose na coluna cervical, utilizando o método Bio Saúde, do Padre Renato Barth.

1999; “Cura Natural - Nascemos sadios. Porque adoecemos? Como curar-se? Como manter a saúde”, com três edições a partir do ano de 2001; “Infecções e Doenças - Cura Global”, com duas edições a partir de 2007. Segundo o religioso em breve será publicado um novo livro, ampliando horizontes e conhecimentos sobre seus propósitos de cura de doenças através das plantas medicinais.

Em todas as publicações padre Renato Barth enfatiza os bons resultados do método apresentado: - “Tenho certeza de que o futuro será da medicina natural” - afirma, citando casos de curas em várias cidades Brasileiras e do exterior, a exemplo da cura de cegueira de mais de 9 anos, em região do sul do país e, também da cura de um câncer maligno na cidade de Maputo, em Moçambique, fato atestado pelo Arcebispo da capital daquele país africano, Francisco Chimoyo, além de muitos outros casos de cura real. Por acreditar em seu método e buscar sua disseminação, padre Renato não deixa de “cutucar” a indústria farmacêutica, que existe de forma organizada há aproximadamente 150 anos, taxando-a de “falida”, por ser morosa e infringir “muitos sofrimentos inúteis aos doentes”.

Em Cuiabá existem inúmeros casos de tratamentos exitosos à base dos chás e da reeducação alimentar proposta pelo Método Bioenergético de Tratamento Natural. Um desses casos vem de Euza Maria de Araújo Rodrigues, líder comunitária do Jardim Vitória e professora aposentada da rede pública estadual, afirma conhecer pessoas que foram curadas de várias doenças, inclusive câncer. Ela mesma era portadora de uma osteoporose na coluna cervical e viu-se curada com o método do padre Renato. Euza afirma que consumiu durante muito tempo remédio conseguido na farmácia de alto custo, do governo estadual, e que quando passou a fazer o tratamento pelo Método Bioenergético de Tratamento Natural notou certa diferença. Certo dia recebeu telefonema sobre o último exame que havia feito (densiometria óssea) com resultado altamente satisfatório, visto que não foram encontradas evidências da osteoporose em sua coluna.

INTEGRAÇÃO DA MEDICINA ALTERNATIVA E SUS

Em setembro de 2015, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, criou a Frente Parlamentar em Defesa das Práticas Integrativas em Saúde - Frente Holística, sob a condução do deputado Wancley Carvalho (PV). A Frente se propõe acompanhar, propor e analisar projetos e programas no campo das terapias integrativas, sendo que para o deputado Wancley esta é uma proposta de quebra de paradigmas, pois valoriza sobrema-

neira a medicina complementar e integrativa.

A frente parlamentar é composta pelos deputados Wancley Carvalho (PV), Emanuel Pinheiro (PR), Pery Taborelli (PV), Saturnino Masson (PSDB) e Nininho (PR). Pretende-se direcionamento para que todas as câmaras municipais de MT também desenvolvam trabalhos semelhantes.

A integração proposta é inédita por ser formada numa frente suprapartidária, no entanto, outros estados da federação, através de suas áreas de saúde, a exemplo do Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, já desenvolvem integração com o SUS, sem nenhum tipo de prejuízo financeiro para o estado.

TEMPOS DIFÍCEIS

O jeito jesuíta de ser do padre Renato demonstra um ser resignado, mesmo com os revezes vividos nos últimos cinco anos, por conta de dividir conhecimentos fitoterápicos e promover, segundo seu próprio depoimento, a cura de doenças de todas as espécies, através de seu método, inclusive da Aids e do Câncer.

Ao contrariar o sistema, imposto subjetivamente às sociedades pelo capitalismo, o padre Renato Barth e a Bio Saúde tornaram- -se manchetes na mídia em 2010, ocasião em que, tanto o religioso, quanto a instituição foram achincalhados e acusados de charlatanismo e de prática de medicina ilegal pelo CRM - Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, que foi à justiça.

Na época inúmeras pessoas e instituições se posicionaram em defesa da Bio Saúde e padre Renato Barth. Parte da mídia regional imputou a interesses de laboratórios farmacêuticos de multinacionais em patentear o método do padre Renato, obtendo lucro fácil, rápido e com eficiência.

A ação judicial tramitou no Juízo Criminal de Cuiabá e foram realizadas audiências em 25 de fevereiro de 2011 e em 20 de setembro de 2012, onde o Judiciário não viu nenhuma ilegalidade nas atividades desenvolvidas sob a liderança do padre Renato. Em documento apresentado pelo próprio sacerdote, no último dia 18 de novembro de 2015, textualmente o juíz Dr. Mário Roberto Kono de Oliveira disse o seguinte: “Eu não condeno o Padre Renato e a Bio Saúde, pois eu aqui não vejo crime algum”. A última audiência deveria ter sido em 17 de novembro de 2015, no entanto, foi adiada para o mês de fevereiro de 2016, em data a ser confirmada. O padre Renato está otimista com o resultado da audiência definitiva e afirma que pretende tomar as medidas judiciais cabíveis, dentro da legalidade, para ser ressarcido pelas injúrias a ele imputadas. lume MatoGrosso

Yoshiaki Omura, físico e médico nipo-americano que fez a primeira descrição do método, cuja patente foi requerida em 1983.

Detalhe de folhas de diversas procedências, separadas em saquinhos, prontas para infusão.

SERVIÇO: Endereço: Av. Clóvis Pompeu de Barros, 622, Paraíso, Cuiabá, MT Telefone: (65) 3641-6532

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