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REVISTA PIXÉ
O ANTIRRACISMO GREGO Quando me sinto um peixinho na xícara quem a mim o ódio evita? Quem, frente a minha dor, tiver postura solícita É porque sabe das mágoas que vivencia a cor, da posição política. Do racismo “santo” de cada dia, da relativização que legitima e faz o racista bom, ser racista de academia. Que escuta e nega certas epistemologias... Mas quer apropriação, sem discutir racialização, racismo estrutural e eugenia. Acham até que falam melhor que os preto sobre eles mesmos, “tenta no outro ano...”, “você não tem chance”, “nossa, como cê tá “por dentro hein!” Mas na verdade tá é com medo! Da legitimidade que temos para escrever e falar sobre assuntos que nos dizem respeito. E não têm o mínimo respeito, se o preto se sai melhor: silencia, manipula e, até a auto estima intelectual dele: destrua. Mas sem levantar bandeira... Vai pesquisando sobre psicologia, filosofia e literatura negra Vai falar melhor que eles, “com certeza”. Faz, mas não estimula as pretas, E o seu narcisismo branco Ah, isso fica p’ras calendas gregas!