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Trilha Sonora

“A música age sobre os sentidos como fator de intensificação e aprofundamento da sensibilidade.”

(Marcel Martin, 2005)

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O Cinema nos proporciona diversos meios para dar corpo às representações dos acontecimentos em uma narrativa. Ao produzir um filme, a trilha musical e os efeitos sonoros contribuem para darem continuidade à uma obra cinematográfica e se tornam tão notáveis quanto qualquer elemento de um filme.

O filósofo Francês Marcel Martin escreveu uma teoria sobre a reflexão da produção sonora de filmes e, mesmo sendo escrito nos anos 50, a teoria é válida e ainda nos traz algo bem relevante sobre o tema. (Marcio Markendorf e Leonardo Ripoll, Expressões do horror, p.35, 2017). Segundo Martin (2005, p. 153) “a imagem introduz um elemento visual com sua significação precisa e imediata [...] enquanto a música age sobre os sentidos como fator de intensificação e aprofundamento da sensibilidade”. Analisando as trilhas sonoras de filmes que estão dentro do gênero de terror, como “A Bruxa” (2015) e “Suspiria” (1977), podemos perceber que o projeto sonoro realizado em cada um

deles possuem particularidades com o uso de instrumentos inusitados de corda e de metal e um coral que da ao filme um clima fúnebre, mesmo quando essa ambientação não é evidenciada pelas imagens. No filme “A Bruxa”(2015) o coral conta com o improviso de uso de vozes com muitas nuances e sutileza, criando outra dimensão quando as vozes se aproximam, as cenas ganham mais vida e se tornam mais reais ao olhar do espectador, deixando-o em uma posição de testemunha dos acontecimentos. A trilha sonora, para Marcel Martin, exerce um papel de metáfora visual, consiste em estabelecer um paralelo entre a imagem e o som, sendo o som um elemento que traduz o significado da imagem (Marcel Martin, 2005, p. 147).

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