SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA APREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LUCAS PAMPLONA DE ALMEIDA

SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA A PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

VOLTA REDONDA 2011 1


FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SISTEMA DE SINALIZAÇÃO PARA A PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Design do UniFOA como requisito à obtenção do título de bacharel em Design com ênfase em Gráfico.

Aluno: Lucas Pamplona de Almeida

Orientador: Prof. Bruno Corrêa

VOLTA REDONDA 2011 2


FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluno: Lucas Pamplona de Almeida

Sistema de Sinalização para a Prefeitura Municipal de Barra Mansa

Orientador: Prof. Bruno Corrêa

Banca Examinadora:

Prof.

Prof.

Prof.

3


“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma

máquina

utilizável

e

não

uma

personalidade. É necessário que adquira um sentimento, senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.” Albert Einstein 4


Dedico este projeto a Maritza, que em nenhum momento mediu esforços para realização dos meus sonhos, que me guiou

pelos

caminhos

corretos,

me

ensinou a fazer as melhores escolhas, me mostrou que a honestidade e o respeito são essenciais à vida. A ela devo a pessoa que me tornei, sou extremamente feliz e tenho muito orgulho por chamá-la de mãe. 5


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a minha família, por estarem constantemente na minha vida. Aos meus amigos, em especial a Fabiana, pela ajuda quando foi necessário. A todos os meus professores, em especial, Bruno Corrêa e Ana Paula Zarur, pelas orientações no projeto. A Prefeitura Municipal de Barra Mansa, pela oportunidade de elaborar este projeto. 6


RESUMO

O projeto aqui apresentado consiste na criação de um novo sistema de sinalização para a sede da Prefeitura Municipal de Barra Mansa.

A metodologia aplicada segue a proposta de Löbach (2001). O levantamento de dados foi constituído por estudos: tipográfico, cromático, pictográfico, materiais e processos.

A partir da análise e síntese dos dados obtidos pela pesquisa, foram geradas alternativas para pictogramas (diagramados por malhas construtivas com os textos) e componentes de sinalização, avaliados por critérios estabelecidos em uma matriz de decisão. Além disso, determina-se a fonte, disponibilidade dos elementos de sinalização e também o layout.

O detalhamento técnico constitui-se por materiais, medidas e montagem dos elementos de sinalização. E, para conclusão deste projeto, foram feitas simulações de aplicação para cada tipo de componente sinalizador na Prefeitura Municipal de Barra Mansa.

Palavras chave: sinalização, prefeitura, acessibilidade

7


ABSTRACT

The project presented here is the creation of a new signaling system for the headquarters of the Municipality of Barra Mansa.

The methodology follows the proposal of Lobach (2001). The survey consisted of studies: typography, color, pictorial, materials and processes.

From the analysis and synthesis of data obtained from the study were generated alternative pictograms (diagrammed by constructive meshes with the texts) and signaling components, measured by criteria established in a decision matrix. Also, determine the source, availability of signaling elements and also the layout.

The technical detail is made up of materials, measurement and assembly of signaling elements. And to complete this project, simulations were made for each application

component

type

flag

in

the

Municipality

of

Barra

Mansa.

Keywords: signs, city, accessibility

8


SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15

2

OBJETIVO .......................................................................................................... 16 2.1 Geral ................................................................................................................ 16 2.2 Operacionais .................................................................................................... 16

3

JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17

4

METODOLOGIA ................................................................................................. 18

5

BRIEFING ........................................................................................................... 21 5.1 Natureza do Projeto e Contexto ....................................................................... 21 5.2 Análise Setorial ................................................................................................ 21 5.3 Público-alvo ..................................................................................................... 23

6

CRONOGRAMA ................................................................................................. 24

7

PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................ 25 7.1 Problemas Interfaciais ...................................................................................... 25 7.2 Problemas Informacionais ................................................................................ 27 7.3 Problemas Ambientais ..................................................................................... 29 7.4 Problemas Espaço Arquiteturiais ..................................................................... 30 7.5 ProblemasTemáticos ....................................................................................... 31

8

LEVANTAMENTO DE DADOS ........................................................................... 32 8.1 Levantamento Tipográfico ................................................................................ 32 8.1.1Anatomia do tipo ..................................................................................... 32 8.1.2 Fontes e famílias tipográficas................................................................. 36 8.1.3 Proporção (largura x altura) ................................................................... 40 8.1.4 Altura-x e altura-versal ........................................................................... 40 8.1.5 Contraste e stress .................................................................................. 41 8.1.6 Espaçamento entre letras ...................................................................... 41 9


8.1.7 Tipografia na sinalização........................................................................ 42 8.2 Levantamento Cromático ................................................................................. 44 8.2.1 Cores primárias ...................................................................................... 44 8.2.2 Cores secundárias ................................................................................. 45 8.2.3 Cores complementares .......................................................................... 46 8.2.4 Os setes contrastes de cor..................................................................... 47 8.2.5 Legibilidade de cor ................................................................................. 49 8.2.6 Caracteristicas Psicodinâmicas.............................................................. 50 8.2.7 Aplicação de cor em ambiente de trabalho ............................................ 53 8.3 Levantamento Pictográfico ............................................................................... 54 8.3.1 Famílias Clássicas de Pictograma e Sistema Moderno ISOTYPE ......... 55 8.3.2 Estrutura de Pictograma......................................................................... 57 8.3.3 Processo de Simplificação ..................................................................... 59 8.4 Levantamento de Materiais e Processos ......................................................... 60 8.4.1 Polímeros ............................................................................................... 60 8.4.2 Metais..................................................................................................... 69 8.4.3 Madeiras ................................................................................................ 72 8.4.4 União de materiais ................................................................................. 76 8.6 Levantamento Ergonômico .............................................................................. 77 9

ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................... 82

10 SÍNTESE ............................................................................................................ 84 11 ESPAÇO ARQUITETURAL .................................................................................. 87 12 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ........................................................................ 95 12.1 Sistema de Informações ................................................................................ 98 12.1.1 Pitogramas ........................................................................................... 98 12.1.2 Parte Textual ...................................................................................... 108

10


12.2 Elementos de Sinalização ............................................................................ 111 12.3 Disponibilidade dos elementos de sinalização ............................................. 131 12.2 Layout .......................................................................................................... 132 13 DETALHAMENTO TÉCNICO ........................................................................... 134 13.1 Materiais ...................................................................................................... 134 13.2 Vistas ortográficas dos elementos de sinalização ........................................ 135 13.3 Montagem e fixação dos elementos de sinalização em perspectiva ............ 145 15 CONCLUSÃO ................................................................................................... 148 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 149

11


LISTA DE TABELAS Tabela 001 - Cronograma ......................................................................................... 24 Tabela 002 – Propriedades de tipos de madeira maciça .......................................... 73 Tabela 003 – Definição da geometria de madeiras transformadas e aplicações. ..... 74

12


LISTA DE FIGURAS Figura 001 – Marca do atual governo da Prefeitura Municipal de Barra Mansa ........ 22 Figura 002 – Linhas que definem proporções e larguras de caracteres .................... 32 Figura 003 – Nomenclatura nas partes de letras....................................................... 33 Figura 004 – Ênfase nos tipos ................................................................................... 34 Figura 005 – Tipos de serifas e aplicações em fontes. ............................................. 35 Figura 006 – Caracteristicas de construção de tipos................................................. 36 Figura 007 – Variações da fonte Myriad Pro ............................................................. 39 Figura 008 – Exemplo de família com a fonte Arno Pro ............................................ 39 Figura 009 – Indicação de altura-x e altura-versal. ................................................... 40 Figura 010 – Contraste e inclinação dos eixos .......................................................... 41 Figura 011 - Tracking. ............................................................................................... 41 Figura 012 –Kerning. ................................................................................................. 42 Figura 013 – Famílias tipográficas das fontes Univers e Helvetica. .......................... 43 Figura 014 – Cor-luz primárias. ................................................................................. 45 Figura 015 – Cor-pigmento primárias. ....................................................................... 45 Figura 016 – Formação de cores secundárias pela cor pigmento ............................. 45 Figura 017 – Formação de cores secundárias pela cor-luz ....................................... 46 Figura 018 – Círculo cromático ................................................................................. 46 Figura 019 – Contraste de cores puras ..................................................................... 47 Figura 020 – Contraste de claro-escuro. ................................................................... 48 Figura 021 – Contraste de quente-frio....................................................................... 48 Figura 022 – Contraste cor-complementar ................................................................ 48 Figura 023 – Contraste simultâneo. .......................................................................... 49 Figura 024 – Contraste de saturação ........................................................................ 49 Figura 025 – Constraste de quantidade/extensão. .................................................... 49 13


Figura 026 – Legibilidade de cores ........................................................................... 50 Figura 027 – Bandeira Espanha ................................................................................ 51 Figura 028 – Pôr-do-sol ............................................................................................. 51 Figura 029 - Fogo ...................................................................................................... 52 Figura 030 - Trevo. .................................................................................................... 52 Figura 031 – Mar e céu ............................................................................................. 52 Figura 032 - Pomba................................................................................................... 53 Figura 033 – Céu noturno ......................................................................................... 53 Figura 034 – Pictogramas pelo Olimpíadas de Munique. .......................................... 55 Figura 035 – Olimpíada de Montreal ......................................................................... 56 Figura 036 – Sistema ISOTYPE ................................................................................ 57 Figura 037 – Sistema ISOTYPE identificando a figura do homem. ........................... 57 Figura 038 – Sistema ISOTYPE em relação a quantidade. ...................................... 57 Figura 039 – Símbolos gráficos básicos. ................................................................... 58 Figura 040 – Junção de símbolos. ............................................................................ 58 Figura 041 – Variações de setas ............................................................................... 58 Figura 042 – Processo de RTM................................................................................. 66 Figura 043 – Processo de laminação ........................................................................ 67 Figura 044 – Processo de vacuumforming. ............................................................... 67 Figura 045 – Processo de twinsheet. ........................................................................ 68 Figura 046 – Máquina para corte de madeiras. ......................................................... 75

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1 INTRODUÇÃO

Sinalizar significa informar, orientar. Nesta perspectiva integradora, o conceito de sinalização se refere como uma união de informações distribuídas em um espaço físico e vincula-se a aspectos consideráveis como a legibilidade de elementos sinalizadores e a solução dos problemas aos acessos em determinados ambientes (CHAMMA E PASTORELO, 2007).

Segundo Salem (2011) atualmente a sede da Prefeitura Municipal de Barra Mansa localiza-se no centro da cidade. O prédio, que antes era um moinho de farinha da Companhia Fluminense S.A., possui cinco andares e um pátio externo utilizados para instalações de outros setores.

A Prefeitura recebe uma grande quantidade de pessoas por dia, além de seus próprios funcionários que circulam no ambiente diariamente. Devido a esses números de pessoas, a sede do governo sofre uma ausência perante as informações de acessibilidade para os departamentos públicos. Nota-se algumas pessoas, podendo ser até funcionários, confusas em relação à localidade de ambientes devido à estrutura ser ampla e constar diversas formas de locomoção. Vilarinho (2010) considera a linguagem visual – visualização direta da pessoa para uma imagem - para ser adotada na elaboração de um sistema sinalizador. Essa linguagem constitui-se de símbolos (pictogramas, representando diversas situações) e textos, aplicados em um suporte.

Conforme Chamma e Pastorelo (2007) o projeto de sinalização avalia-se como um processo complexo de design, iniciando desde a proposta até a fase de concorrência e implantação. Mas para este projeto, avaliou-se somente até a etapa de detalhamento técnico e confecção de mock-ups.

Embora o projeto de sinalização envolva áreas no design gráfico, assim como design de produto, necessita-se de ser um sistema eficiente a fim de orientar as pessoas nesse ambiente físico, que no caso foi a Prefeitura. 15


2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

- Desenvolver um novo sistema de sinalização na sede da Prefeitura Municipal de Barra Mansa para acesso pessoal aos departamentos públicos.

2.2 OBJETIVOS OPERACIONAIS

- Elaborar briefing para pesquisa básica; - Avaliar a estrutura do local e suas características por meio de registros fotográficos; - Buscar informações de tipologia, cores e pictogramas para aplicação no projeto; - Pesquisar materiais e processos para confecção dos elementos de sinalização; - Levantar e analisar aspectos ergonômicos, especialmente dados antropométricos relativos a campos visuais em vista sagital e superior; - Gerar alternativas para soluções dos elementos de sinalização; - Detalhar tecnicamente o projeto; - Confeccionar os mock-ups dos elementos de sinalização; - Elaborar o manual do sistema de sinalização da Prefeitura Municipal de Barra Mansa; - Desenvolver a apresentação final.

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3 JUSTIFICATIVA

O termo comunicação visual entende-se por toda a forma de comunicar e interagir com as pessoas através de elementos visuais como imagens, símbolos, desenhos, ou seja, tudo aquilo que é visível aos próprios olhos. Nota-se essa comunicação nas ruas, no comércio, nas empresas e nas casas, sendo um campo onde se expande e não se limita ao único tema. Segundo a Secretaria de Planejamento (1984, p.60) “a comunicação visual tem no próprio conceito do termo, um único e fundamental objetivo: dizer alguma coisa. Definir um local, uma situação, dar uma orientação a quem olha”.

O projeto de um sistema de sinalização visual tem como principal função orientar e organizar o acesso das pessoas, em lugares complexos, de forma prática e direta. Consequentemente necessita-se de um amplo processo de design que para o sociólogo e designer alemão Bernd Löbach em seu livro Design Industrial: Bases para a Configuração dos Produtos Industriais (2001) é um processo criativo e solucionador de problemas. Pode-se afirmar ainda que o processo de design compreende-se desde a coleta de informações básicas até a apresentação da solução final.

Considerando a insuficiência e, em alguns casos, a inexistência de informações que foram constatadas na sinalização da Prefeitura Municipal de Barra Mansa, um novo projeto para sinalizar o ambiente visa suprir uma necessidade tanto dos servidores do estabelecimento, quanto da população que procura pelos serviços oferecidos no local.

Tendo em vista de que uma comunicação visual bem feita, clara e objetiva é de fundamental importância para acessibilidade das pessoas, um novo sistema que solucione possíveis problemas de informação em um local, seja ele público ou privado, pode ser um instrumento valioso na busca de melhorar essa insuficiência e inexistência do sistema de sinalização.

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4 METODOLOGIA

A metodologia utilizada por este projeto baseou-se nas recomendações de Löbach (2001), sendo dividida em quatro fases distintas (de preparação, de geração, de avaliação e de realização) que foram úteis para a percepção do processo projectual como um todo.

1ª. Fase de preparação Como para Löbach “todo processo de design é tanto um processo criativo como um processo de solução de problemas” (2001, p. 141) a primeira fase de sua metodologia consiste no conhecimento do problema em questão. Após o conhecimento, o processo prossegue em levantamento de dados e análise, envolvendo as seguintes atividades projetuais: coleta de informações e análise das informações.

Para tomar o conhecimento do problema, ou seja, a problematização adotou-se um processo fotográfico na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, avaliando a sinalização existente e também casos de inexistência em alguns ambientes. Classificaram-se em três etapas: registro do problema por fotografias; classificação em problemas interfaciais, informacionais, ambientais, espaços arquiteturais e temáticos, e ainda sugerir possíveis soluções referente aos registros fotográficos obtidos.

A etapa de coleta de informações compreendeu-se pelo levantamento de dados obtidos através de pesquisas, seguido de análises de informações, conforme abaixo:

Análise da configuração (funções estéticas): levantamento de dados tipográfico (tipos de letras), cromático (cores) e pictográfico (símbolos), sendo fundamentais para o estudo e construção dos elementos de sinalização. A pesquisa obteve referências de autores específicos de cada área em livros publicados e artigos relacionados com os temas.

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Análise de materiais e processos de fabricação: os materiais como plásticos, metais

e

madeiras

foram

investigados,

consequentemente,

suas

características relevantes para o projeto são extraídas para análises de possíveis soluções para o desenvolvimento do produto final. Além disso, o processo de fabricação das peças dos materiais também foi relatado neste projeto. O método de pesquisa baseou-se nas recomendações dos autores Jim Lesko e Marco Antônio Magalhães Lima.

Análise da função (funções práticas): através do estudo ergonômico do designer americano Henry Dreyfuss, analisou-se o ângulo dos manequins antropométricos relativos a campos visuais em vista sagital e superior (cranial), com percentis 99 (noventa e nove) para homem e 1 (um) para mulher.

Distribuição, montagem, serviço, manutenção: compreender pela síntese de dados.

Exigências para com o novo produto: a mesma descrição de distribuição, montagem, serviço, manutenção.

Para este projeto algumas análises não foram observadas, por não haver compatibilidade com o mesmo. Tais análises como: necessidade, relação com o ambiente, mercado, sistema de produtos e também fatos como desenvolvimento histórico, patentes, legislação, normas e descrição de características do novo produto.

2ª. Fase de geração O processo de geração entende-se por idéias esboçadas para os elementos de sinalização. A criatividade nessa etapa esteve presente sem limitações de quantidade para as possíveis soluções, assim como os conceitos de design pesquisados. O autor ainda diz que tentar, errar e também aguardar inspiração são procedimentos para escolha da solução do problema.

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3ª. Fase da avaliação Compreende-se por avaliar das melhores alternativas. Após a segunda fase, ou seja, a geração de alternativas escolhe-se as melhores alternativas para o projeto, incorporando características através das mesmas idéias.

4ª. Fase de realização Coloca-se em prática o projeto. Nesta etapa, apresenta-se a construção de protótipos para chegar o máximo possível dos resultados finais, utilizando-se materiais alternativos. O detalhamento técnico atua na quarta fase, levando em consideração todos os aspectos informativos. Assim, a solução do problema está concluída através de um processo amplo de design gráfico e produto.

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5 BRIEFING De acordo com Phillips (2009), alguns elementos de um briefing são fundamentais para o desenvolvimento de projetos. O autor divide em tópicos básicos e seus respectivos conteúdos como: natureza do projeto e contexto; análise setorial; público-alvo; portfólio da empresa; objetivos do negócio e estratégias de design; objetivo, prazo e orçamento do projeto; aprovação, implementação e avaliação; informações de pesquisas e apêndice. Para este projeto, analisa-se apenas alguns desses tópicos, conforme descrição abaixo: 5.1 Natureza do projeto e contexto Resultados desejáveis: O sistema de sinalização resolverá um problema na comunicação visual, informando o acesso aos departamentos públicos da autarquia de forma fácil para o entendimento das pessoas.

Responsabilidades pelo projeto: Projeto será desenvolvido pelo aluno Lucas Pamplona de Almeida, que irá fazer todas as etapas até a apresentação final.

5.2 Análise setorial Lista de Produtos: A sede da Prefeitura Municipal de Barra Mansa responsabiliza-se em cuidar não só da cidade, mas também da população em geral. O prédio, situado no centro da cidade, é composto por diversas secretarias e outros órgãos públicos que atendem necessidades das pessoas e fazem projetos de obras para melhoria de Barra Mansa. Os principais departamentos da autarquia são:

- Secretaria de Administração; - Secretaria de Desenvolvimento Econômico; - Secretaria de Educação; - Secretaria de Fazenda; - Secretaria de Esporte e Lazer; - Secretaria de Planejamento Urbano; 21


- Fundação de Cultura; - Gabinete do Prefeito e Vice-Prefeito; - Consultoria Jurídica; - Coordenadoria de Comunicação Social.

Outras secretarias, como Saúde e Meio Ambiente, são externas e se localizam em outros locais da mesma cidade.

Marca:

Figura 01. Marca do atual governo da Prefeitura Municipal de Barra Mansa.

O ex-prefeito Marcello Fonseca Drable, no site oficial da Prefeitura (2010), explica sobre as composições do brasão da cidade. O brasão se divide em quatro partes, chamadas de quartel, conforme figura 01. O primeiro quartel com fundo vermelho e três setas amarelas refere-se ao padroeiro da cidade que é o São Sebastião. O vermelho seria a cor dos militares romanos, cujo santo fazia parte, e amarelo as setas que sacrificaram o mesmo.

O segundo quartel significa o rio Barra Mansa encontrando com o Rio Paraíba do Sul. Já o terceiro que possui três faixas mostra as fases econômicas de Barra Mansa: agrícola, pecuária e industrial, respectivamente.

A cor azul predomina o último quartel informando lealdade, juntamente com um escudo com uma cruz, referindo aos barões da época. Acima do brasão, nota-se um castelo amarelo, com torres. Possui ainda um lema escrito em latim, que traduz em Paz-Justiça-Labor. Em cada lado do brasão a dois ramos. Um ramo representa o café, produto cultivado na época, e o outro representa canas em flor.

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Estratégia da empresa: Tratando-se de um órgão público, a Prefeitura de Barra Mansa presta serviços à população. Cada secretaria ou outro tipo setor tem o objetivo de analisar o que a população ou a cidade precisa. Fatores como melhoria nas ruas, escolas, bairros, etc., geram solicitações de serviços, por exemplo: pedido de obras em bairros. A autoridade é pelo atual prefeito José Renato, em seguida encaminhado para os secretários responsáveis que irão realizar a tarefa.

8.6 Público-alvo O público-alvo se compreende de adolescentes a idosos. Existem duas origens para definir esse público: funcionários e contribuintes. Os funcionários se definem por quem trabalha para a Prefeitura. São secretários, coordenadores, gerentes, assistentes, estagiários, faxineiros, etc. Os contribuintes são aquelas pessoas que procuram os serviços da Prefeitura. A faixa etária de ambas as origens variam entre 18 e 75 anos.

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6 CRONOGRAMA

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7 PROBLEMATIZAÇÃO

Para o conhecimento do problema, necessitou-se de uma análise direta nos locais a serem sinalizados, por meio de registros fotográficos. A definição do problema precisou de uma especificação, com precisão.

As fotografias, acompanhadas de legendas, foram analisadas e classificadas em problemas: interfaciais, informacionais, ambientais, espaços arquiteturais e temáticos.

7.1 Problemas Interfaciais

Os problemas interfaciais referem-se aos problemas encontrados na sinalização existente, sendo analisados em relação aos aspectos visuais. Neste problema, ocorrem casos como termos com caixas-altas, excessos textuais, falta de cores, confecção com materiais de baixa qualidade ou em papéis impressos. Segue exemplos:

Problema: Materias inadequados, como cartolina e adesivo contact. Nota-se esse problema na identificação dos setores do terceiro andar. Contém pouco arejamento entre os textos e setas.

Problema: Excesso textual e pouco espaçamento entre as palavras. Os termos estão em caixas-altas, o que atrapalha a legibilidade. Esse problema também é notado no primeiro andar e no terceiro andar.

Solução: Desenvolver elementos de sinalização com materiais ideais, visando o arejamento de informações contidas em um mesmo elemento.

Solução: Desenvolver elementos com limites no espaçamento do texto. O texto precisa estar apenas com primeira letra em caixa-alta.

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Problema: Elemento sinalizador em folha A4. O mesmo problema ocorre no setor de Bolsa Família, Dívida Ativa, Informática e Arquivo Geral. Solução: Criar um elemento de sinalização com materiais apropriados e resistentes, além de desenvolver um novo layout.

Problema: Materiais como quadro branco com moldura de alumínio sã inadequados. As letras estão em caixas-altas, o que não está apropriado devido à ilegibilidade. Solução: Materiais resistentes e as palavras com caractere em caixa-alta e o resto em caixabaixa.

Problema: Texto desalinhado, com pouco espaço entre as linhas. Além disso, o material é feito em madeira compensado.

Problema: Termos em caixasaltas atrapalha quando a leitura estiver distante.

Solução: Materiais resis- tentes e o texto precisa conter espaço de arejamento.

Solução: Recriar o elemento sinalizador com texto em caixaalta, para as primeiras letras, e o restante em caixas-baixas.

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Problema: A identificação para a escada está totalmente em caixa-alta, podendo causar ilegibilidade ao texto. Solução: Fazer um elemento com a letra inicial caixa-alta e as restantes caixas-baixas.

7.2 Problemas Informacionais

São os problemas encontrados na sinalização existentes ou em locais que precisam ser sinalizados, analisando os aspectos de informações. Casos como setas indicando locais diferentes e falta de identificação em alguns setores foram os mais observados, com frequencia.

Problema: As setas apontam diferentes caminhos.

Problema: Falta de identificação em diversos setores, exemplo da Cantina.

Solução: Corrigir a direção das setas.

Solução: Desenvolver elementos de sinalização para locais que possuem essa ausência de informação.

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Problema: Não existe identificação dos andares e seus respectivos setores. Solução: Desenvolver e aplicar um elemento sinalizador para identificar os andares e seus setores.

Problema: Direções das setas podem transmitir outras direções. Solução: Corrigir as posições das setas, a fim de direcionar corretamente os ambientes.

Problema: Os setores do primeiro e segundo andar contêm somente número nas portas para identificar os setores.

Problema: Falta de informação sobre o andar e seus setores, na saída dos elevadores. O problema é notado no primeiro, segundo, quarto e quinto andar.

Solução: Desenvolver placas de identificação com nome dos setores e pictograma.

Solução: Desenvolver elementos de sinalização para solucionar esse problema na inexistência de informações.

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Problema: Inexistência para orientar acesso as escadas. Problema ocorrido também no primeiro e quinto andar.

Problema: As informações apresentadas não apontam o acesso para os setores.

Solução: Desenvolver elementos de sinalização orientando o acesso a escada.

Solução: Desenvolver um elemento de sinalização com setas indicativas.

Problema: Falta de identificação para o Arquivo Geral. Solução: Desenvolver um elemento de sinalização para orientação do setor.

7.3 Problemas Ambientais

Referem-se aos problemas encontrados na sinalização existentes ou em locais que precisam ser sinalizados, analisados em relação aos aspectos que o ambiente pode apresentar, como por exemplo, lugares que o sol permanece durante o dia, causando reflexos nos mesmos. 29


Problema: O ambiente possui muita claridade, além do elemento estar aplicado atrás de um vaso de plantas, o que impede a visão da placa. Sugestão: Aplicar o elemento a um local adequado, onde não ocorra claridade e não esteja outro elemento atrapalhando a visão.

Problema: A identificação do Auditório Campla se localiza em um ambiente com pouca luz. Solução: Aplicar em um local adequado com iluminação mediana.

7.4 Problemas Espaço Arquiteturais

Problemas encontrados onde a sinalização foi aplicada. Foram analisados pelos aspectos da estrutura do ambiente em relação à sinalização.

Problema: Aplicação acima do para-peito e em local alto. Solução: Aplicar o elemento em um lugar que seja visível.

Problema: A parede dificulta a leitura lateral do elemento sinalizador. Solução: Aplicar o elemento sinalizador lateralmente.

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Problema: Colunas podem atrapalhar a implantação da sinalização. Solução: Implantar uma simples e objetiva sinalização, por ser um andar que consta somente o Arquivo Geral da Prefeitura.

Problema: O corredor pode impossibilitar a visualização das identificações nas portas. Solução: Desenvolver elementos sinalizadores visíveis a longa distância.

7.5 Problemas Temáticos

Os problemas temáticos são aqueles que não contêm relação nenhuma com a marca da Prefeitura. Todos os elementos de sinalização existentes sofrem esse tipo de problema temático, como mostra as fotografias acima, pois não seguem um padrão a partir da marca.

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8 LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento de dados é uma investigação onde o designer aprimora seus conhecimentos em relação ao sistema de sinalização. As referencias de pesquisas são de obras específicas para cada tipo de levantamento como: tipográfico, cromático, pictográfico, materiais e processos e ergonômico. Além disso, um questionário para um público voluntário e entrevista com um profissional relacionado ao projeto também completam essa etapa.

8.1 LEVANTAMENTO TIPOGRÁFICO

Basicamente, o termo tipografia refere-se aquilo que estrutura um texto manuscrito ou digitalizado. Porém, outro termo semelhante é tipologia, que significa estudos para criarem novos tipos de letras.

8.1.1 Anatomia do tipo

Para Finizola (2010), antes da criação de fontes necessita-se traçar linhas horizontais, estabelecendo a proporção e largura de cada letra. Essas linhas (figura 02) são as ascendentes, capitulares, altura-x, base e descendentes posicionadas da seguinte forma:

Figura 02. Linhas que definem proporções e larguras de caracteres (FINIZOLA, 2010).

Para definir cada detalhe na estrutura de um caractere (figura 03), Fonseca (2008) denomina da seguinte forma:

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Haste ou fuste: traço principal e longo de um caractere; Travessa: traço horizontal que liga duas hastes (exemplo H) ou origina-se de uma haste (exemplo T); Bojo ou barriga: são as partes de formatos arredondados de uma letra, como o P, ou a parte de cima do g; Ombro: traço com curva originando-se de uma haste, por exemplo, o caractere h; Olho: área fechada que se gera através do traço de algumas letras, como o e; Lágrima: possui o formato de uma lágrima ou gota, geralmente notado no topo de uma letra; Gancho: parte inferior de caracteres, podendo ser nomeado de perna da letra (exemplo j); Espora: curva pequena em alguns caracteres exempla a base do t; Versalete: possui formato de letra maiúscula, mas na verdade é letra minúscula; Ênfase: é a formação do ângulo gerado pela diagonal de orientação das letras maiúsculas e minúsculas, como C ou c (figura 04). Não significa letras em itálico;

Figura 03. Nomenclaturas nas partes de letras – Exemplo de fonte: Times New Roman (FONSECA, 2008).

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Figura 04. Ênfase – Exemplo de fontes em ordem: Prístina, Times New Roman, Mirarae, High Tower Text e Freestyle Script (FONSECA, 2008).

Serifa: pequeno detalhe notado nos extremos de uma letra, com formato de linhas horizontais ou verticais. Elas são bem úteis a textos corridos, pois facilitam a leitura. São muitos os tipos de serifas, incluindo o estilo moderno; Sem serifa ou sans serif: são as letras que não constam serifas, podendo ser chamadas de grotescas ou góticas. Não são indicadas para textos grandes. Exemplo dessas fontes é Arial e Verdana. Possui boa leitura em monitores digitais. Na página seguinte, consta uma figura 05 com variados tipos de serifas e exemplos de fontes serifadas ou não.

Com a mesma referência, ainda é válido ressaltar sobre caixas de tipos. Geralmente se usa o termo caixa-alta ou caixa-baixa, referindo ao termo de letra maiúscula ou minúscula. Alguns elementos também fazem parte de caracteres. A pontuação, espaços vazios, algarismos modernos, algarismos antigos e caracteres especiais compõem esse aspecto na tipografia:

Pontuação: Pontos, vírgulas, dois-pontos, travessões, entre outros sinais podem participar de um tipo de fonte; Espaços vazios: espaços entre caracteres, palavras, ou seja, tudo que apresenta um espaço em branco; Algarismos modernos: assemelham-se a letras maiúsculas pelo tamanho e alinhamento serem os mesmos; Algarismos antigos: não são alinhados e possui variação no tamanho, com estrutura em letras minúsculas; Caracteres especiais: Diversos tipos de sinais como símbolos matemáticos (+ = %), sinais especiais (@ * ª), elementos de moedas ($), entre outros existentes. 34


Figura 005. Tipos de serifas e aplicações em fontes (FONSECA, 2008).

Outros atributos formais de uma letra podem ser divididos em dois aspectos: intrínsecos ou extrínsecos. Os intrínsecos é a forma de cada letra formando conjunto especial de caracteres, por exemplo, a espessura de cada letra. E os extrínsecos é a ligação entre letras e a páginas impressas, ou seja, a diagramação e pode-se dar o exemplo de alinhamento textual (FINIZOLA, 2010).

Aspectos intrínsecos: Construção: pode ser contínua quando não possui „‟cortes‟‟ na letra e nada que mude sua forma natural; descontínua que pode ser „‟cortadas‟‟ ou alteradas de sua forma natural; modular quando aparecem elementos repetidos; amorfa quando as partes aparecem deformadas e referência a ferramentas como exemplo a pena ou pincel. Entende-se melhor através da figura 06 a seguir: 35


Figura 06. Características de construção de tipos: contínua, descontínua, modular, amorfa e referência a ferramentas, respectivamente (FINIZOLA, 2010).

Forma: os elementos fundamentais para formas são curvas e as retas; Proporção: medida da largura e altura dos tipos; Modulação: diferença na espessura nas hastes de um caractere; Peso: observado em variações nas letras light, bold, regular, semibold e extrabold; Serifas / terminais: detalhe em forma de traços que aparecem nos extremos de cada letra, às vezes assume forma de bola, lágrima ou bico; Decoração: referente a letras fantasias, que constitui também por sombras, riscos, texturas, entre outros meios decorativos.

Aspectos extrínsecos:

Uso da cor: cores aplicadas e relação com figura-fundo; Alinhamento horizontal: justificado, centralizado à esquerda ou à direita; Colocação das letras: horizontal ou vertical, diagonal, linear ou com curvas e regular ou irregular; Aplicação: de elementos pictográficos ou de esquemas.

8.1.2 Fontes e famílias tipográficas

Para o estudo de tipo de fontes, basea-se em Fonseca (2008) o qual admite que atualmente se possa modificar uma fonte através de técnicas digitais.

As fontes são denominadas por um próprio nome. Geralmente, a fonte clássica origina-se do nome de seu criador como Bodoni ou Garamond. Os tipos são classificados de a forma:

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Letras Negras: são as capitulares detalhadas, serifas com formato de losangos e traços grossos. Utiliza-se em diplomas, documentos religiosos, etc. Exemplo:

Estilo Antigo (Old Style): em caracteres minúsculos, nota-se formação de ângulos nas linhas, tem o traçado de grosso para fino e ênfase diagonal. Geralmente usada no corpo de textos grandes. Exemplo:

Estilo Transicional (Barroco): contrastes altos ligados a serifas horizontais, podendo ser útil em títulos e textos corridos. Exemplo:

Estilo Moderno: serifas ou traços horizontais finos, ênfase vertical e variações de grosso e fino nas linhas. Não são úteis para textos longos, mas são bem destacadas. Exemplo:

Sem serifa (gótico ou grotesco): espessuras são iguais, não possui variações. Devido a esse aspecto, não são legíveis para textos. São divididas em neogrotescas, geométricas e humanistas. Exemplos:

Neo-grotescas:

Geométricas:

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Humanistas:

Serifa retangular (egípcias): serifas grossas e horizontais, com ênfase vertical e quase não possui diferença nas linhas grossas e finas. São ideais para títulos. Exemplo:

Decorativas (Fantasia): caracteres que são separados dos outros grupos, devido ao seu formato e design. Usada para títulos estilizados ou algo semelhante. Exemplo:

Caligráficas (Script): letras que se refere à escrita humana. Nota-se em convites ou comunicados pessoais. Exemplo:

Pincel: semelhante aos traços de pincéis, servindo para pequenos textos estilizados. Exemplo:

Existem variações de tipos que resumidamente, as letras normais são padrões da fonte, diferente de negrito (bold) onde os traços ficam grossos. O itálico inclina totalmente a fonte para o lado esquerdo. Pode-se utilizar o sublinhado, deixando um traço bem fino abaixo da palavra. O tachado corta a palavra ao meio com um fino traço também. O vazado quando somente contorna a letra, sem preenchimento. Ainda existe o sombreamento e efeito de negativo nas letras. Exemplo de variações de famílias da fonte Myriad Pro (figura 07):

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Figura 07. Variações da fonte Myriad Pro (FONSECA, 2008).

Embora existam vários tipos de letras, os mesmos são organizados em famílias, pela suas características e variações. Basicamente, uma família tipográfica une todas as semelhanças de uma fonte. Existem famílias pequenas somente com estilo romano, itálico ou negrito, e grandes, como Helvetica, contendo muitas variações.

Como as fontes, as famílias também obtêm o nome de seu criador. Por exemplo, Times New Roman, dentre outras e também possui variações de normal, negrito, expandido, etc.

O tipo de família sem serifa é mais variável em relação ao peso e seu tamanho, como fino, claro, negro, comprido, etc. O autor destaca ainda a fonte Univers que possui 21 versões em quatro pesos e cinco larguras. Abaixo, outro exemplo da família Arno Pro (figura 08):

Figura 08. Exemplo de família com a fonte Arno Pro (FINIZOLA, 2008).

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8.1.3 Proporção (Largura x Altura)

Conforme as proporções de Lupton (2006) a busca de um padrão para medir as alturas iniciou-se no século XVIII. Hoje em dia, adotam-se as medidas em polegadas, milímetros ou pixels. Os softwares atuais admitem escolher a unidade desejada. O método de pontos para medir letras pode ser utilizado também na medida de distância entre as linhas, adotado mais precisamente nos EUA e se define como um ponto = 0,35 mm e doze pontos = uma paica (unidade para medidas de larguras de colunas).

Para obter a altura de uma fonte, mede-se da parte superior, onde localiza a linha da ascendente, até a parte inferior da linha descendente mais baixa.

Destaca-se também a largura de uma letra, em medidas horizontais, e o também o espaço entre cada caractere, podendo ser estreito ou com espaçamento adequado para uma boa visibilidade.

As fontes, em certos casos, podem parecer maiores que as outras. Na verdade, estão do mesmo tamanho e o que altera é a altura-x, peso e proporção.

8.1.4 Altura-x e altura-versal

A definição de altura-x é a altura total de letra minúscula, ao contrário de altura-versal que a altura da base até a parte superior de letra maiúscula. A altura-x invade um pouco mais da metade de uma altura-versal, conforme figura 09 (LUPTON, 2006).

Figura 09. Traços vermelhos indicam altura-x e altura-versal, segundo Lupton (2006).

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8.1.5 Contraste e stress

O contraste (figura 10) pode ser variado de acordo com a fonte, caracterizado como nenhum, médio, alto ou exagerado. Para observar esse aspecto, analisam-se as linhas da letra, observado no exemplo abaixo. Outro fato importante é o stress, que significa a inclinação de eixo, caracterizado em ausente, vertical ou oblíquo (FINIZOLA, 2010).

Figura 10. Contraste e inclinações dos eixos (FINIZOLA, 2010).

8.1.6 Espaçamento entre letras

Com um espaçamento adequado nas letras, a legibilidade de um texto pode melhorar. A ampliação da largura entre uma palavra e outra em um texto trata-se de tracking, e kerning refere-se à redução entre as letras de uma palavra (FONSECA, 2008). O mesmo autor relata esses dois termos como:

Tracking: ajuste entre letra e palavra, aparentemente mais próximas ou afastadas, notado na figura 11. Se aumentar um pouco o tracking em um bloco de texto, criase uma boa visibilidade. Necessita-se de cuidado em relação ao ajuste, pois com a composição afastada, a quantidade de palavras por linhas será menor e a composição estreita mais letras por linhas.

Kerning: espaçamento entre letras de uma palavra (figura 12), podendo ou não ficar com boa aparência na leitura.

Figura 11. Exemplo de tracking, segundo Fonseca (2008).

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Figura 12. Exemplo de kerning, segundo Fonseca (2008).

8.1.7 Tipografia na sinalização

De acordo com a Secretaria de Planejamento (1984) os tipos de letra apropriados para um sistema de sinalização são Univers e Helvética (figura 13). Elas foram estudadas por desenhistas e obtiveram um resultado satisfatório em relação à leitura distante, também capazes de combinar em qualquer situação por serem simples e modernas.

Iida (2005) afirma também que a legibilidade de texto na sinalização depende do tipo de letra e suas proporções. Assim, o autor recomenda que as letras precisam conter as seguintes propriedades:

Letras simples; As palavras não podem estar em caixas altas, somente a primeira. Exemplo: Sinalização. Além disso, a dimensão depende da distância visual; Bom contraste (letra clara em fundo escuro, ou vice-versa); O espaço entre as linhas pode ser proporcional ao comprimento, recomendado em 1/30. Exemplo: 15 cm = distância das linhas de 0,5 cm; Recomenda-se para as letras maiúsculas a altura de 60% em relação a largura.

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Figura 13. Famílias tipográficas das fontes Univers e Helvética (SECRETARIA DE LANEJAMENTO, 1984).

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8.2 LEVANTAMENTO CROMÁTICO

A pesquisa cromática é fundamental para um projeto de comunicação visual devido à relação de cores certas e ao ambiente onde serão apresentadas. A cor, o elemento mais importante dessa etapa envolve as pessoas de maneira que identifique uma linguagem ideal das cores (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Como base no estudo de Pedrosa (2009) a cor é basicamente uma sensação ótica causada pelo fenômeno da luz sob os olhos das pessoas. Com ela, pode-se diferenciar tudo o que é visível no ambiente com clareza. Suas características que causam as percepções de cores estão separadas em dois grupos que são de coresluz e cores-pigmentos. Basicamente, a cor-luz são raios luminosos visíveis que tem como síntese aditiva a luz branca. E entende-se cor-pigmento uma substância natural que absorve, refrata e reflete os raios luminosos da luz que se espalha sobre ela.

Ainda na mesma referência, compreende-se que para perceber as cores são determinados três fatos importantes como: o comprimento de onda, luminosidade e saturação, respectivamente matiz, valor e croma.

As cores se classificam em dois grupos principais, segundo Secretaria de Planejamento (1984), nomeados de cores primárias e cores secundárias.

8.2.1 Cores primárias

São cores puras, sem conter misturas de outras, e misturadas em intensidades diferentes geram todas as outras cores. Aqueles que utilizam à cor-luz (figura 14), as primárias são compostas por vermelho, verde e azul-violeta e, misturadas, produzem a cor branca referindo ao fenômeno síntese aditiva, citado no início do mesmo capítulo. E para quem usa a cor-pigmento (figura 15) – também citada como cor-tinta – as cores compreendem-se pelo vermelho, amarelo e o azul. (PEDROSA, 2009) 44


Figura 14. Vermelho, verde e azul respectivamente. Cor-luz primária (PEDROSA, 2009).

Figura 15. Vermelho, amarelo e azul respectivamente. Cor-pigmento primária (PEDROSA, 2009).

Vale ressaltar também que em processos gráficos, as primárias são representadas pelo magenta, amarelo e ciano. Pela conseqüência de síntese de subtrativa, a junção dessas três obtém o cinza-neutro.

8.2.2 Cores Secundárias

Entende-se por cores secundárias aquelas que são resultadas de misturas de primárias, ou seja, primária + primária = secundária. Por exemplo, em cor-pigmento (figura 16), a mistura da cor azul e amarelo resulta em verde. Porém, em caso de impressos gráficos (sistema CMYK), o vermelho e azul produz o magenta, conforme figura 17 (PEDROSA, 2009).

Figura 16. Formação de cores secundárias, pela cor-pigmento (PEDROSA, 2009).

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Figura 17. Formação de cores secundárias, pela cor-luz (PEDROSA, 2009).

8.2.3 Cores complementares

A cor complementar é derivada por uma secundária. Ela é representada no círculo cromático como a cor que está do outro lado à colocação primária de uma cor. Para Pedrosa (2009, p. 22) “em física a formulação de que cores complementares são aqueles cuja mistura produz o branco”, e a parte artística uma cor com a outra obtém tonalidade cinza.

O circulo cromático (figura 18) é de fato um elemento importante ao artista. Johannes Itten, professor da Bauhaus, ressalta que a construção desse círculo é válida para qualquer trabalho cromático, porque através de suas misturas, as cores se classificam. Sua construção é através de três etapas em que a primeira compreende de localizar as primárias, a segunda é a produção das secundárias através das primárias e a terceira e última, preenche o restante do círculo pelas cores terciárias (BARROS, 2006).

Figura 18. Círculo cromático, desenvolvido por Itten (BARROS, 2006).

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Para combinação harmônica no circulo cromático, Itten defende que essas combinações variam nas formas e são utilizadas figuras geométricas para realizar essa operação harmônica. Figuras essas que podem ser quadrados, retângulos, triângulos eqüiláteros, triângulos isósceles, podendo ser aplicadas em qualquer lugar no círculo. Em combinações expressivas as misturas não produzem o cinza-médio, fazendo com que Itten não concorde ou considere expressiva (BARROS, 2006).

8.2.4 Os sete contrastes de cor

Com base em Barros (2006) afirma-se que Itten fazia com que seus alunos exercitassem os efeitos de contrastes perante as discussões sobre fundamentos da cor, luz e sombra, texturas, entre outras. Com isso, acreditava que a visibilidade e a sensibilidade dos alunos eram estendidas. Define-se também que “Itten nos convida a estudar isoladamente cada contraste, observando seu efeito visual, expressivo e simbólico, por considerar essa pesquisa fundamental para o design cromático”. Podem-se classificar os sete contrastes como:

1. Cores puras: contraste entre as cores vivas, puras e saturadas. O preto e branco também fazem parte desse aspecto de cor (figura 19);

Figura 19. Contraste de cores puras (BARROS, 2006).

2. Claro-escuro: através de uma escala de tons de cores, que utiliza branco para clarear, e preto para escurecer. Como exemplo no qual o amarelo, considerado uma cor forte, tem a intensidade mais elevada do que a cor vermelha na escala claro-escuro (figura 20);

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Figura 20. Contraste claro-escuro (BARROS, 2006).

3. Quente-frio: destaca-se quando o contraste está entre laranja-vermelho e azul-verde, podendo acontecer com outras cores também (figura 21);

Figura 21. Contraste quente-frio (BARROS, 2006).

4. Complementar: ocorre pela junção de matizes diametralmente opostos no círculo das cores. Quando mistura as complementares, as duas se apagam, gerando tonalidade cinza (figura 22);

Figura 22. Contraste cor-complementar (BARROS, 2006).

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5. Simultâneo: seu resultado – podendo ser chamado às vezes de ilusionismo de visão – é gerado através conseqüências de cores complementares (figura 23);

Figura 23. Contraste simultâneo (BARROS, 2006).

6. Saturação: entre cores vivas ou acinzentadas (figura 24);

Figura 24. Contraste de saturação (BARROS, 2006).

7. Quantidade/extensão: contraste de extensão caracteriza-se no espaço ocupados por mais de uma cor (figura 25);

Figura 25. Contraste de quantidade/extensão (BARROS, 2006).

8.2.5 Legibilidade de Cor

O resultado de legibilidade em um elemento gráfico é através do contraste entre uma figura e o um fundo, pode-se observar na figura 26. Nos letreiros, por exemplo, se utiliza cores puras no temas e um fundo de cor clara. Para letreiros longos, a mesma cor pode ser utilizada para figura e fundo, porém o fundo precisa 49


ser mais escuro. Se a letra for menor, maior será a adição de preto no fundo para escurecer.

O elemento ainda depende da tipografia aplicada com proporções e da iluminação relativa ao elemento e a pessoa. Muitos estudos resultam a legibilidade de acordo com a figura abaixo, em ordem decrescente (IIDA, 2005):

Azul sobre branco; Preto sobre amarelo; Verde sobre branco; Preto sobre branco; Verde sobre vermelho; Vermelho sobre amarelo; Vermelho sobre branco; Laranja sobre preto; Preto sobre magenta; Laranja sobre branco.

Figura 26. Aplicação de cores e fundos, em ordem decrescente – legibilidade de cores (IIDA, 2005).

8.2.6 Características Psicodinâmicas

A pesquisa dessas características trata-se do modo em que à cor atinge o psicológico das pessoas. Barros (2006) afirma que a mente humana percebe as cores e relaciona a situações do cotidiano. Cada cor tem significado, o qual se avalia para aplicar em projetos. Um exemplo é a cor azul, que se considera uma cor fria, mas também ligada à nobreza. 50


O homem apresenta diversas reações a cores, que o podem deixar triste ou alegre, calmo ou irritado. O vermelho, o laranja e o amarelo sugerem calor, enquanto o verde, o azul e o verde-azul sugerem frio. Cores avermelhadas sugerem alegria e satisfação. O preto, quando usado só, é depressivo e sugere melancolia. Itiro Iida (2005, p. 482)

Ainda em IIDA (2005) e também Secretaria de Planejamento (1984) destacam-se características de cores tradicionais da seguinte maneira:

Vermelha: agressiva, estimulante, quente. É a cor do sangue, fogo ou da dinâmica. Bastante útil em tema de festividade ou ambiente quente. Nota-se em várias bandeiras, como a da Espanha (figura 27). Não recomendado em fundo verde;

Figura 27. Predominância da cor vermelha na bandeira de Espanha.

Amarelo: luminosa, materialista, espiritual. Significa para muitos, a cor do sol (figura 28), calor ou do ouro, também relaciona a desespero ou traição. Embora com a cor vermelha idealize cor masculina, a verde ou azul pode parecer femininas;

Figura 28. Cor amarela observada pela luz do sol.

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Laranja: cor viva, saliente, significando também sol, fogo (figura 29) ou força. Desenvolvida pelo vermelho e amarelo. Nas aplicações, pode parecer mais extensa em relação a seu tamanho original;

Figura 29. Cor laranja predomina o fogo.

Verde: harmoniza o sistema nervoso, cor calma. Bastante usada em áreas de saúde. Também ligada à felicidade, liberação ou natureza (figura 30);

Figura 30. Imagem do trevo de quatro folhas.

Azul: cor extremamente fria, calma, podendo significar o mar (figura 31) ou a verdade. Também caracterizada uma cor inteligente e sensação de frescor;

Figura 31. Azul predominante na figura, exemplo no mar e céu.

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Branco: cor pura, inocente, modesta. Idealiza a paz (figura 32), ausência, o bem e o otimismo.

Figura 32. Pomba representando a paz, no caso, a cor branca.

Preto: sombra, o nada, noite (figura 33), mal, tristeza. Embora signifique luto, pode representa elegância em certas ocasiões.

Figura 33. Figura de céu noturno, visando cor preta.

8.2.7 Aplicação de cor em ambiente de trabalho

Conforme Iida (2005), pesquisas apontam que um planejamento cromático adequado em locais de trabalhos junto com planejamento de iluminação tem gerado economia de até 30% na energia e uma média de 80 a 90% no aumento da produtividade. Muitos estudos relatam o predomínio da cor nas ações humanas.

Apesar da cor azul se referir a impressão de frescor no sentindo psicológico, a mesma aplicada em banheiros atribui o fato de serem locais limpos. Ao contrário de cores escuras, proporcionando sensações sujas. 53


8.3 LEVANTAMENTO PICTOGRÁFICO

A palavra pictograma refere-se a símbolos gráficos que possui o objetivo de orientar as pessoas dentro de um espaço qualquer. Os primeiros pictogramas foram criados pelos homens pré-históricos, onde através de desenho nas paredes de cavernas mostravam seu cotidiano (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Para Chamma e Pastorelo (2007), a utilidade de pictogramas em projeto de sinalização se iniciou na década de 70 a fim de mostrar sinteticamente e simbolicamente elementos como sanitários, cafés, informações, entre outros. Ainda na mesma época, a sinalização com elementos pictográficos era desenvolvida para eventos de grande importância, como por exemplo, os Jogos Olímpicos, onde participavam pessoas de várias partes do mundo. O objetivo disso era obter uma linguagem padrão e compreensível. Os cuidados máximos eram indispensáveis para que todas as culturas pudessem entender os ícones aplicados.

Ainda com a mesma referência, pode-se dizer que os pictogramas eram usados para tudo: de máquinas copiadoras a serviços médicos. Embora o idioma inglês predominasse os meios de comunicação, no Brasil também se desenhavam pictogramas. O fator principal era escolher a estrutura gráfica básica que desenvolveria outros pictogramas da mesma família, com pouca ligação entre outros ícones. Uma observação válida também para defender a implantação de um sistema sinalizador no Brasil era devido à elevada proporção de analfabetos. Com uma linguagem visual através de desenhos, ou seja, os pictogramas visavam atender a grande quantidade da população que não sabia ler e escrever.

Atualmente, notam-se os pictogramas em sinalizações de ambientes como empresas privadas ou públicas, rodovias, entre outras. Eles precisam ser objetivos e claros para o entendimento das pessoas, evitando transtornos. Para isso, é válido pesquisar o público-alvo de onde será implantado e fazer uma avaliação perante o elemento gráfico. Segundo Secretaria de Planejamento (1984), o pictograma se desenvolve através de um processo em que possui cinco etapas as quais estão descritas a seguir: 54


1 – Avaliar a mensagem que será transmitida; 2 – Escolher desenhos que possam representar a mensagem; 3 – Simplificar os desenhos, reduzindo traços; 4 – Fazer a escolha de alternativas adequadas; 5 – Definir o pictograma ideal.

8.3.1 Famílias Clássicas de Pictogramas e Sistema Moderno ISOTYPE

Para definir essa questão, são apresentadas duas famílias clássicas de pictogramas que foram desenvolvidas para Jogos Olímpicos e obtiveram valiosos resultados. Olimpíada de Munique – 1972 O sistema pictográfico para essa olimpíada (figura 34) criado pelo designer alemão Ulm Otl Aicher, é considerado um dos maiores projetos pictográficos da história e algo inovador. O projeto quase virou um alfabeto visual padrão para eventos mundiais (CHAMMA E PASTORELO, 2007).

Segundo o artigo publicado por Neves (2002) foi criado um manual de identificação que obtinha as regras de uso do sistema sinalizador. Vários pictogramas foram desenhados em uma rede quadrada com linhas horizontais, verticais e diagonais. Para cada modalidade de esporte, foi criado um símbolo que representasse o movimento corporal do atleta na própria modalidade.

Figura 34. Pictogramas desenvolvidos para Olimpíada de Munique, criado pelo designer Ulm Olt Aicher (CHAMMA E PASTORELO, 2007).

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Olimpíada de Montreal – 1976 Segundo o autor Cojo, em sua obra Games of the XXI: Olympiad Montréal 1976 (Jogos da XXI: Olimpíada Montreal 1976), desenvolve-se um sistema cujos pictogramas estão seguidos um texto explicativo em vários idiomas. O manual possui instruções necessárias sobre o projeto sinalizador. Os tipos e formatos foram reduzidos por serem uniformes e pelos custos de fabricação. Os pictogramas de esportes eram brancos sobre um fundo vermelho, observado na figura 35, e os de serviços eram brancos sobre um fundo verde.

Figura 35. Foto da Olimpíada de Montreal onde o exemplo apresenta-se ao fundo do atleta.

ISOTYPE: Sistema Moderno Pictográfico Os pictogramas atuais são desenhados por Gerd Arntz, o qual gerou o sistema de Isotype (Sistema Internacional de Tipografia e Figuras Educativas – figura 36) em 1936, na equipe de Otl Neurath. Essas equipes produziram um sistema pictográfico para informações fáceis de serem entendidas, destacando apenas os símbolos. Gerd criou mais de 4.000 símbolos objetivas e informativas. Para os pictogramas, quanto mais detalhados, melhor de serem compreendidos (exemplo na figura 37). O objetivo é reconhecer diretamente o significado. Os símbolos podiam obter significados diferentes com algumas alterações pequenas. Por exemplo, pictogramas referentes a homens podiam conter modelo de chapéus. (MOTTA, 2011).

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Figura 36. Sistema Isotype, por Gerd Arntz.

Figura 37. Sistema Isotype com mínimos detalhes para identificar figura do homem, por Gerd Arntz.

8.3.2 Estrutura de pictograma Símbolos básicos: são muitos os pictogramas que as pessoas já conhecem, devido ao dia a dia nas ruas, praças, aeroportos, etc. Alguns desenhos podem se juntar e obter uma nova mensagem, como exemplo na figura 40 (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

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Figura 39. Símbolos gráficos básicos (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Figura 40. Junção de símbolos, obtendo novas mensagens (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

Setas: ainda com a referência da Secretaria de Planejamento (1984, p. 19) a seta refere-se a um símbolo que a maioria das pessoas já sabe o significado e, por conseqüência, indica o caminho em varias situações, de acordo com a figura 41.

Figura 41. Variações de setas (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984).

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Mensagens: o texto é um elemento fundamental na sinalização, pois transmite a mensagem rápida. Pode ocorrer a insignificância perante pessoas analfabetas. Embora o texto possa ficar ilegível de longe devido ao tamanho, junto com o pictograma fica uma linguagem mais fácil de ser avistar. O símbolo entra em ação quando o texto não foi identificado. Pode-se destacar também que o texto precisa ser o mais objetivo possível. O cuidado é fundamental na hora de desenvolver essa questão. (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984). É preciso ficar bastante claro que uma sinalização deve ser usada para informar ao público, orientá-lo, tornar mais eficiente a sua movimentação por um determinado local, e não pode ser utilizada para exercer qualquer tipo de pressão sobre ele (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984 p.20).

Para saber se a mensagem está apropriada ao público, é válida uma pesquisa perante as pessoas para saber suas reações diversas. A intuição, os testes, e principalmente, a criatividade são elementos indispensáveis para o projeto de sinalização.

8.3.3 Processo de simplificação

O processo de simplificar o pictograma baseado em critérios adotados por Otl Aicher. São seis passos, descritos a seguir (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, 1984): 1 – O pictograma necessita ser apenas um símbolo; 2 – O pictograma precisa de um padrão, de modo que possa atingir diversas culturas; 3 – O pictograma deve conter uma linguagem formal, não pode ser agressivo; 4 – O pictograma deve ser desenvolvido para todas as escolaridades, de ensino fundamental a curso superior, lembrando também dos analfabetos; 5 – Não pode ser difíceis em sua leitura verbal ou não-verbal; 6 – Devem ser elaborados. 59


8.4 LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E PROCESSOS

Considerando vários tipos de materiais existentes para a fabricação de produtos em geral, a pesquisa para o projeto de sinalização resumiu-se em plásticos, metais e madeiras, cujos foram possíveis materiais para a construção dos elementos de sinalização. Os elementos de sinalização podem possuir união de dois, ou mais, materiais.

8.4.1 Polímeros Conforme o autor Jim Lesko, em seu livro Design Industrial: materiais e processos de fabricação (2004), os polímeros são materiais resistentes e fáceis de modificar seu formato. Para a definição desses materiais, avalia-se critérios como:

- ser constituído por um polímero orgânico de alto peso molecular; - no estado final, ser um material concreto, que seja possível pegar; - pode ser transformado por escoamento em algum momento da fabricação.

Os termos resina ou polímeros são utilizados para falar de materiais plásticos básicos, enquanto o termo plástico reúne compostos plastificantes, entre outros que se assemelham os plásticos.

O mesmo autor ainda descreve que os plásticos são materiais nos quais grandes moléculas se juntam em unidades iguais, formando uma extensa cadeia. Atualmente, muitos produtos no mercado são derivados de plásticos tais como: tintas, plásticos estruturais, fibras, etc. Os polímeros são divididos em dois grupos: termoplásticos e termofixos.

Termoplásticos Michael Ashby, em sua obra Materiais e Design: arte e ciência da seleção de materiais no design de produto (2011), afirma que esse tipo de plástico amolece quando são aquecidos e depois eles voltam à sua forma inicial, ou seja, endurecem, quando ficam resfriados. Os termoplásticos mais utilizados para fabricação de produtos em geral atualmente são: 60


PE – Polietileno PC – Policarbonato tpPU – Poliuretano tpPVC – Polivinilcloreto OS – Poliestireno PP – Polipropileno PMMA – Polimetilacrilato, acrílico PET, PBT, PETE – Poliésteres

Termofixos São plásticos rígidos e pouco resistentes. Em relação à temperatura, são estáveis. Não pode mais ser alterado após mudança de formato, portanto, pode ser difíceis de serem reciclados. São bastante utilizados em artesanatos e fragmentos de construções civis. (LESKO, 2004).

Para Ashby (2011), os polímeros termofixos são classificados como: Epóxi Fenólicos Poliéster tsPU – Poliuretano tsPVC – Cloreto de polivinila

Resumindo, entende-se termoplásticos e termofixos a maneira que os polímeros correspondem à presença de calor, caracterizando esses termos. Quando se molda o termoplástico, consequentemente amolece e funde seu formato e quando esfria, fica endurecido. Devido a essa observação, podem ser modificados por injeção, extrudadas ou outros meios de moldagem. O termofixo quando exposto ao calor, não se funde, possuindo resistência química (LESKO, 2004).

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Abaixo, apresenta-se um resumo dos principais tipos de polímeros, destacando características e utilidades, de acordo com Ashby (2011):

Polietileno (PE) Esse tipo de polímero é resistente a água doce e salgada, alimentos e a maioria das soluções a base de água. Recomenda-se para usos com produtos domésticos, recipientes para alimentos, cones de sinalização, sacolas plásticas, entre outros.

O material possui baixo custo. Uma de suas principais características é que são fáceis de serem moldados e fabricados, além disso, são duráveis. Não é um material tóxico. Possui facilidade de ser reciclado, se não for envolvido com outros materiais.

Polipropileno (PP) O material é barato e leve, mas com pouca resistência. Porém é mais rígido e pode ser usado em temperaturas elevadas. É mais fácil de moldar, tem uma boa transparência e se aceita uma gama enorme de cores mais vivas. Um material durável e de baixo custo.

Em sua forma pura, é inflamável e se degrada à luz do sol. Excepcionalmente inerte (não age, não interage), é fácil de reciclar e estirar-se em fios.

Utiliza-se em: cordas, tanques de máquina de lavar, engradados para garrafas de cerveja, isolamento de cabos e estruturas de cadeiras.

Poliestireno (PS) É um material muito frágil, fácil de espumar, porém de baixo custo. Muito utilizados para fabricarem-se recipientes e embalagens, são fáceis de moldar, são oticamente límpidos e tem grande capacidade de coloração. Adapta-se bem a baixas temperaturas e não danificam objetos delicados. Em sua forma pode ser reciclado, mas é irritante aos olhos e a garganta.

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Utiliza-se em: copos descartáveis, brinquedos, azulejos, caixas de CD, vidro descartável e copos para bebidas quentes.

Polimetilacrilato (PMMA), acrílico É um material muito semelhante ao vidro (tem certa fragilidade, por isso risca com mais facilidade). Pela visão é límpido, fácil de colorir, duro e rígido. São verdadeiramente transparentes, muito resistentes a UV e poucos resistentes a ácidos ou bases fortes (solventes e acetonas). Em sua forma, são atóxicos e podese reciclar.

Utiliza-se em: lentes de todos os tipos, sinalização, embalagens, recipientes, materiais de desenho e cartazes publicitários.

Policarbonato (PC) É um material com uma ótima transparência ótica, boa aderência e rigidez (forte e duro). Alta resistência ao impacto, material fácil de colorir. Não causam dano ao ambiente, e pode-se reciclar se não for reforçado. Torna-se um material flexível e de fácil revestimento.

Utiliza-se em: cds, carcaças para secadores de cabelo, ferramentas elétricas, impressoras, painéis de instrumento e capacetes de motocicleta.

Polivinilcloreto (PVC) É um material de baixo custo e versátil, porém frágil. Em sua forma pura é pesado, rígido e duro. Incorporam-se outros materiais, torna-se flexível (elástico e macio como uma borracha), pode-se ser espumado para criar-se outros materiais (estofamentos de carros e uso doméstico). Bem resistente à corrosão de ácidos e bases, mas pouca a alguns solventes, têm-se boas propriedades de vedação contra gases atmosféricos. Em sua forma, não tem nenhum efeito nocivo, se inserido em alta temperatura.

Utiliza-se em: tubos, sinalização rodoviária, janelas, chapas, discos, embalagem de cosméticos, acessórios e perfis. 63


Poliuretano (PU) É um material, que pode ser tecidos macios que esticam (flexíveis) ou também pode ser semelhante ao couro (duro e rígido), são fáceis de espumar, assim torna-se um material bem versátil. Tem-se ampla faixa de durezas, pontos de amolecimento e alta capacidade de absorção de água. Tem-se boa resistência, boa degradação e queima lentamente ao fogo. Em sua forma pura, torna-se inerte (não age, não interage) e não tóxico, não causando nenhum dano à camada de ozônio.

Utiliza-se em: acolchoados e assentos, solas de calçados de corrida, pneus, móveis, isolante térmico em refrigeradores e freezers e adesivos.

Poliésteres (PET, PBT, PETg) É um material que resiste bem a altas temperaturas e ambiente, a óleos e fluidos, é límpida (como um cristal), impermeável à água. Duro, forte e de baixo custo, fácil de unir e esterilizar, permite-se assim a sua reutilização. Resistentes e versáteis, responde bem a flexibilidade e a facilidade de colorir. Consome menos energia que o vidro, são mais leves e recicláveis.

Utiliza-se em: filme fotográfico, cartões de credito, tapetes, vestuários, recipientes de bebidas, escovas, painéis internos de automóveis e varas de pescar.

Fenólicos É um material rígido, quimicamente estável, resistentes ao fogo e à maioria dos produtos químicos. Tem boas propriedades elétricas, são baratos e retardadores de chamas (incêndios). Alta durabilidade, são fortes e duros, aceitam a coloração (tinta). Fácil modelagem, porém não podem ser reciclados.

Utiliza-se em: tomadas e interruptores domésticos, telefones, tomadas e interruptores residências, cabos e alças de frigideiras e panelas e assentos para vasos sanitários.

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Processo de conformação de polímeros (plásticos)

O designer Marco Antônio Magalhães Lima descreve em seu livro Introdução aos Materiais e Processos para Designers (2006) os processos mais utilizados para conformação de polímeros:

Compressão Processo mais antigo para obter peças plásticas. O processo inicia em colocar a matéria com uma quantidade definida na cavidade fixa do molde. Depois desloca a parte de cima do molde, apertando a peça até obter o formato. O calor também ajuda na forma do elemento com a pressão. Abre o molde, retirando a peça finalizada;

Laminação manual Prepara-se o molde; aplica gel coat (ajuda a verificar a qualidade, identificação e pintura da peça concluída) sobre a base do molde; aplica fibra de vidro; aplica resina para uniformizar o material; extrai as sobras de materiais ainda úmidas e por fim, a peça é retirada do molde e encaminha para acabamentos;

Laminação à pistola Prepara-se o molde; aplica o gel coat; aplica resina e fibra de vidro; extração das sobras de materiais; a peça é retirada e enviada para acabamentos;

Pultrusão Encaminha os fios e mantas de fibra de vidro para um ambiente onde fica reserva de resina poliéster, deixando-os molhados pela mesma. Passa também por uma cavidade em aço onde obtém o formato desejado. Para concluir o processo, o material está formado saindo por puxadores e depois cortados de acordo com o desejado;

RTM Utilizado com o processo de injeção. Dispõe o material no tamanho desejado, antes do molde ser trancado para o processamento. A figura a seguir resume o processo de RTM; 65


Figura 042. Processo de RTM (LIMA, 2006).

Moldagem por injeção e reação Aplica-se a mistura de componentes para moldagem de acordo com o formato no interior do molde. Caracteriza-se também por baixa pressão, indicados para assentos de poltronas, ou de alta pressão para produção de maçanetas.

Laminação Compreende-se em colocar primeiro a matéria-prima em um funil, que envia para a parte de extrusão. Assim, a maneira que o parafuso roda no interior da máquina, o termoplástico vai se formando de acordo com o atrito e resistências elétricas, em chapas. No final, a lâmina de plástico é puxada por rolos e resfriadas para cortar como desejado. Entende-se melhor pela figura abaixo:

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Figura 43. Processo de laminação (LIMA, 2006).

Extrusão Os plásticos na forma de grânulos são colocados em um funil da maquina onde deposita a matéria-prima, indo depois para o êmbolo da mesma. Com os rolos em ação, o material se aquece, ficando amolecidos. Quando chega nesse ponto, pressiona-se contra uma peça da maquina que limita o material a forma desejada. Resfria-se o material e depois corta conforme desejado.

Vacuumforming Com uma chapa de plástico aquecida, consiste em aplicar sobre um molde, que com a ação de vácuo e força contra esse molde, resulta em um formato. Após o formato, resfria-se e retira as sobras em torno da peça.

Figura 044. Processo de vacuumforming (LIMA, 2006).

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O mesmo processo pode ocorrer variações, porém uma delas se destaca por ser útil a placas de sinal arredondadas. A variação twinsheet se baseia em aquecimento, moldagem por meio de vácuo e duas lâminas, conforme a figura.

Figura 45. Processo de twinsheet (LIMA, 2006).

Rotomoldagem Possui três etapas. A primeira coloca a matéria-prima dentro de um molde de metal. O molde é trancado e começa um aquecimento em forno, ocorrendo uma rotação, fazendo com que a peça comece a ganhar o seu formato. A conclusão é obtida após resfriamento da peça, o qual ainda é feito com a rotação da máquina por meio de ventilação.

Injeção O material é colocado dentro do funil por dosagens. Após a aplicação, a matriz se fecha, para iniciar o processo de transformação. O material pressiona-se no interior da cavidade, com a pressão que a máquina gera. O preenchimento da cavidade faz com que obtenha seu formato, após abrir a matriz. Segue figura 47 para detalhar o processo. 68


8.4.2 Metais

Lima (2006) descreve que o metal é um elemento químico possui uma estrutura semelhante cristalina em seu estado concreto. Algumas propriedades são pesquisas juntamente com exemplos de níquel, magnésio, titânio e zircônio com o objetivo de reduzir o peso, entre outros.

A composição de um metal puro é formada por átomos do mesmo tipo, mas são achados em forma de ligas por outras químicas compostos, sendo que um considera-se metal. Os metais se dividem em dois grupos: ferrosos e não-ferrosos. Para este projeto, foram considerados dois tipos de aço: aço (metal ferroso) e alumínio (metal não-ferroso).

Aço

Aços-carbono É um material, ao mesmo tempo, forte, duro e barato. São fáceis de laminar (em placas), endurece rapidamente quando esfriado em água. Recicláveis, em sua produção a energia consumida é menor e tem-se um grande desempenho.

Utiliza-se em: chapas para telhado e coberturas, ferramentas de corte, manivelas e eixos, molas, facas, machados de alpinismo e patins para patinação no gelo.

Aços inoxidáveis É um material altamente resistente à corrosão, altas e baixas temperatura, possui alta robustez, porém de alto custo. Alto poder de durabilidade, resistência mecânica e facilidade de fabricação. Recicláveis, pode-se implantar no corpo humano. Rígidos, fortes, muito procurados.

Utiliza-se em: vagões ferroviários, caminhões, pias, fogões, utensílios de cozinha, cutelaria, louças e detalhes arquitetônicos em metal. 69


Aços de baixa liga Material excepcionalmente forte, elevado a altas temperaturas. Rígidos, duros, resistentes ao desgaste, tenacidade altíssima, porém relativamente barato. Pouco recicláveis, pouca energia para sua fabricação.

Utiliza-se em: molas, ferramentas, roletes, engrenagens, bielas, rolamento de esferas.

Alumínio É um material leve, pode-se ser forte e fáceis de trabalhar. Relativamente barato, é um material reativo (vira-se pó pode ocorrer à explosão), porém em massa tornase resistente a corrosão por água e ácidos. Recicláveis, abundante e baixo custo de energia.

Utiliza-se em: engenharia aeroespacial, chapas para recipientes e embalagens, latas para bebidas, condutores elétricos e térmicos.

Processo de conformação de metais

Os processos indicados para conformação dos materiais em peças de metal, segundo Lima (2006), são:

Estamparia de corte Com uma espécie de facão, ocorre um movimento vertical contra a lâmina metálica na mesa, fazendo o corte desejado. Perfuração – prensa hidráulica Movimento vertical de um punção de metal (com a forma desejada) contra a lamina na superfície, fazendo as perfurações.

Conformação mecânica Utilizado para vincos (dobras). A máquina pressiona a chapa lisa em uma base com formato V, gerando seu formato. 70


Conformação de chapas/estampagem O processo consiste na pressão do molde, onde fica na peça superior, contra o material ainda sem formato em uma base.

Cunhagem Formatos redondos como moedas, medalhas, etc. Obtido pela pressão da parte superior contra a base onde está o material para formatar;

Recalque Produção de pregos, parafusos, entre outros. Formado por meio de punção do material e do molde;

Furação Processo para furar uma peça. O molde com um furo central é aplicado no material, originando as peças furadas, como buchas.

Curvamento de tubos Processo que formata os metais em curvas pequenas ou grandes, por meio de máquinas que fazem movimentos giratórios através de rolos.

Extrusão Pressiona o material contra o molde, e junto com a ação da temperatura, é formado de acordo com o desenho do molde.

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8.4.3 Madeira

Considera-se madeira um material natural, ou seja, aquele que é extraído da natureza e transformado em produtos. A mesma se encaixa no grupo dos vegetais superiores, podendo ser de formato maciço ou em fibras. Vale ressaltar que as madeiras possuem resistência na flexibilidade, na tração e em impactos, mas em alguns casos, são sensíveis a insetos, como cupins (LIMA, 2006).

A madeira é constituída em várias partes, além dos planos de corte. O tronco refere-se como o pedaço retirado de uma árvore, protegido por uma casca. Nota-se na composição interna o alburno, cerne e a medula. Alguns aspectos relevantes como brilho ou textura na madeira pode ser observado intensamente em algumas partes.

A transformação de madeira já se apresenta em outro formato do que seu natural.

Pode ser transformadas em tábuas, lâminas, fibras, etc. Segue abaixo

alguns exemplos dessa modificação.

Madeira maciça Características: subdividas em madeiras reflorestáveis e madeiras nativas (exploradas em florestas naturais). De acordo com a tabela 03, verifica-se algumas propriedades relativas dessa subdivisão.

Madeira aglomerada Características: resistente, estável, fácil pintura.

Utilizados em fabricação de

móveis. MDF – Medium Density Fiberbord Características:

resistentes,

estável, ótimo

acabamento.

Adequado

para

brinquedos, móveis, displays, etc.

Madeira reconstituída Características: resistência mecânica, flexível, sensível à água. Pode ser útil para artigos escolares e escritório, ônibus, entre outros. 72


Compensados Algumas lâminas de madeira são capazes de produzir compensados, classificados em:

Compensado (madeira compensada) Características: rígido, resistente, flexível e estável.

Compensado laminado comum Características: aplicados em produtos leves, como prateleiras de armários.

Compensado estrutural Características: laminação nobre, resistentes. Utilizados em indústrias, como naval.

Compensado sarrafeado Características: geralmente usado para fabricar portas, com resistência mediana.

Compensado blockboard Características: apropriado para composições resistentes, podendo ser usado com ou sem acabamento.

Tabela 02. Tabela com propriedades de tipos de madeira maciça (LIMA, 2006).

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Tabela 03. Tabela definindo geometria, madeiras transformadas e aplicações (LIMA, 2006)

Processo de conformação de madeiras

Os compensados também passam por processo de transformação. Não obtém bons resultados perante o lixamento, e às vezes, pode ser “dobrados”. Adesivos ou colagem não são considerados para fixação.

O processo de transformação se define como duas etapas para madeira maciça e derivados. As indústrias que transformam as madeiras maciças em produtos, geralmente compram as madeiras em forma de pranchas, onde ficam em um local adequado para protegê-las. O processo se inicia cortando essas pranchas e transformando em pedaços menores. Os cortes são através de máquinas que contem uma serra especifica de corte.

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Figura 46. Exemplo de máquina para corte de madeiras (LIMA, 2006).

Existem também equipamentos como a tupia, que deixa bordas das peças de madeira decoradas, como moldura de quadros. A furadeira, máquina que faz perfurações pode ser utilizada em muitas peças assim como a respigadeira, onde faz respigas para certas fixações das peças.

O processo de lixamento é necessário para acabamento e retirar os excessos que ficam em volta de uma peça, por exemplo, as farpas. Existem outras formas para acabamento, baseado em poliéster, nitrocelulose ou poliuretano. Nesse quesito, destaca-se o poliuretano devido fácil aplicação de brilho, resistente perante as químicas e boa elasticidade. As madeiras podem ainda ser em transformadas em objetos geométricos, desempenhando outros tipos de processo (LIMA, 2006).

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8.4.4 União de materiais

O processo de união consiste em juntar os materiais em uma só parte para finalizar o produto. Pode parecer um fácil processo, mas às vezes, pode ser complicado. Alguns aspectos são relevantes como: montagem, desmontagem e segurança na utilização. Lima (2006) afirma que para unir os materiais, pode ser sobre forma térmica, adesiva ou mecânica.

A forma mecânica pode servir também para fixação dos suportes de sinalização sobe uma base: parede, teto ou chão.

Térmica Metais – soldagem; Polímeros – resistência e soldagem.

Adesiva Metais – colas e fitas de adesivos; Madeiras – colas e fitas de adesivos; Polímeros – colas e fitas de adesivos.

Mecânica Metais – parafusos, rebites, cavilhas, pinos e estamparias; Madeiras – parafusos, rebites e cavilhas; Polímeros – parafusos, rebites e pinos.

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8.6 LEVANTAMENTO ERGONÔMICO

O levantamento ergonômico consiste em uma representação dos ângulos por manequins antropométricos em relação a elementos de sinalização aplicados a duas distâncias, de 3 (três) metros e 5 (cinco) metros. A escolha dessas duas distâncias são adotadas obedecendo as características espaciais do local a ser sinalizado. O percentil masculino é avaliado em 99 (noventa e nove) e feminino em 1 (um), de acordo com Tilley (2005, p.29 e p.31). A escala de redução dos desenhos é 1:30.

Essa representação consiste somente na visão, o que seria necessário para compreender a visibilidade diante de cada item da sinalização. Esse estudo é através dos planos sagitais e craniais feitos separadamente para cada sexo, sendo que após essa etapa eles são sobrepostos com o objetivo de identificar a área que ambos se sobrepõe. Plano Sagital – 3 metros Homem – percentil 99 Rotação máxima do olho de 25° para cima

25°

35° Percentil 99

Rotação máxima do olho para baixo de 35°

3 metros

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Mulher – percentil 1 Rotação máxima do olho de 25° para cima

25°

35° Percentil 1

Rotação máxima do olho para baixo de 35° 3 metros

Sobreposição – 3m Percentil 99 e 1

Percentil 99 Percentil 1

3 metros

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Plano Sagital – 5 metros Homem – percentil 99

Rotação máxima do olho de 25° para cima

25°

35° Percentil 99

Rotação máxima do olho para baixo de 35° 5 metros

Mulher – percentil 1 Rotação máxima do olho de 25° para cima

25°

Percentil 1

35°

Rotação máxima do olho para baixo de 35°

5 metros

79


Sobreposição – 5m Percentil 99 e 1

Percentil 99 Percentil 1

5 metros

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Plano Cranial – 3 metros (homem e mulher)

Limite visual do olho direito de 62° limitado pelo nariz

62°

62°

Limite visual do olho esquerdo de 62° 3 metros

Plano Cranial – 5 metros (homem e mulher)

Limite visual do olho direito de 62° limitado pelo nariz

62°

62°

Limite visual do olho esquerdo de 62° 5 metros

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9 ANÁLISE DE DADOS

Os dados relevantes do levantamento de fontes, cores, pictogramas e matérias e processos foram divididos em pontos positivos (+) e pontos negativos (-). Essa análise teve uma grande importância para o desenvolvimento da síntese dos dados, onde constam todas as recomendações para a construção do sistema sinalizador.

Dados tipográficos: + - Fontes sem serifa apresenta boa legibilidade na leitura a distância; - Letras simples; - Univers ou Helvética são recomendadas para sinalizações; - Variações como itálico e bold, podem diferenciar textos em alguns casos. - Kerning para afastar das letras de uma mesma palavra

- Letras negras, estilo antigo/transicional/moderno, decorativas, caligráficas e pincel são inadequadas para leitura à distância, podendo ser empregadas a textos corridos, como no caso de jornais ou revistas; - Letras que contém vários formatos e detalhes, pode gerar conflito de leitura;

Dados cromáticos:

+ Figura (claro) e fundo (escuro), ou vice-verso são recomendadas para aplicação;

-Figura aplicada em fundo escuro causa ilegibilidade; -Contraste forte não é recomendado.

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Dados pictográficos:

+ - Pictogramas orientam pessoas em um ambiente qualquer, até pessoas analfabetas; - Precisam emitir mensagens claras e objetivas; - Sistema ISOTYPE moderno é bem detalhado e fácil de ser compreendidos;

- Geram transtornos de informações se o público-alvo não for definido;

Dados de materiais:

+ - Aço e PVC são os materiais mais utilizados para a fabricação dos componentes de sinalização; - Plásticos podem ser modificados, sendo que termoplástico pode ser mais de uma vez; - Metal possui resistência e durabilidade maior do que dos plásticos; - Aço são fortes, duros e baixo custo; - Aço inoxidável obtem alto índice de durabilidade;

-Termofixos pode ser modificado apenas uma vez, e possui uma difícil reciclagem; - Alumínio, em contato constante com água, pode se tornar corrosivo.

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10 SÍNTESE

Devido a uma grande quantidade de pessoas que circulam diariamente na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, as informações dos elementos de sinalização precisaram ser totalmente referenciais. A acessibilidade para cada setor público foi informada de maneira simples e objetiva. Mas para a elaboração do projeto, para a fabricação e também a instalação dos elementos de sinalização externa e interna, necessitou-se respeitar às recomendações gerais e outras normas.

Recomendações gerais: - Implantação do novo sistema de sinalização em toda a sede da Prefeitura, incluindo o pátio externo onde se encontra outros setores públicos e o estacionamento; - Observação de possíveis obstáculos físicos e visuais no ambiente; - Análise das dimensões dos elementos de sinalização e suas fixações em relação ao ambiente que será aplicado; - Sistema informativo constituído de termos e pictogramas (símbolos); - Padronização as cores dos componentes sinalizadores; - Escolha dos tipos de materiais mais adequados às condições do ambiente; - Os elementos de sinalização não podem ser aplicados em lugares associados à sujeira. - Facilidade para a montagem, instalação e limpeza dos elementos de sinalização.

Tipografia: - Famílias tipográficas: Helvética ou Univers, apropriadas em leitura à distância e adequadas para sistema de sinalização; - Tamanho das fontes nos componentes de sinalização: 2,5 cm de altura x - medida recomendada por Grandjean (1998) para distância a 5 metros, conforme a análise ergonômica; - Fonte em negrito (bold) para o termo em português; - Fonte em itálico (light) para idioma em inglês e altura-versal com 2,5 cm de altura; - Caixa-alta somente no início da palavra, sendo caixa-baixa para o restante da mesma; - Espaçamento entre textos e linhas, ou seja, tracking e kerning. 84


Cores: - Analisar das características psicodinâmicas das cores; - Letra com cor escura sobre fundo de cor clara, ou vice-versa, obtendo uma boa legibilidade na relação figura-fundo; - Cor única para texto e pictograma; - Incluir cores institucionais da marca da Prefeitura. - Cores sólidas, sem a possibilidade de degradê;

Pictogramas: - Pictogramas simples, com fácil entendimento; - Monocromáticos, ou seja, de uma cor; - Obedecer à função de cada setor no momento de criação dos símbolos; - Representação em preenchimento; - Evitar sobreposições de linhas. - Aplicação de setas para orientar caminhos.

Localização e tamanho dos elementos de sinalização: - Boa visibilidade por diversos ângulos, baseado no estudo ergonômico apresentado no projeto, com relação à distância de 5 metros entre a pessoa e os elementos; - Tamanho dos elementos definidos a partir da margem de arejamento da composição tipografia + pictograma.

Elementos de sinalização: - Painéis diretórios; - Painéis diretórios aéreos; - Painéis informativos; - Placas de identificação; - Placas de orientação: sanitários e escadas. - Todos os elementos obtiveram estrutura interna de metalon.

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Materiais - Desenvolvimento dos elementos de sinalização em materiais resistentes e duráveis; - Os materiais para a elaboração dos elementos de sinalização foram: Chapa de aço galvanizado – para a base e suporte; Vinil adesivo – para layout; Vinil adesivo transparente fosco– para proteção da superfície; Metalon – para estrutura interna dos elementos sinalizadores; Fita adesiva dupla face – para união da chapa de aço no metalon; Parafusos e buchas – para fixação dos elementos sinalizadores.

Processos de confecção dos elementos de sinalização - Soldagem – para estrutura do metalon; - Conformação mecânica – para dobras das chapas de aço galvanizado; - Recorte eletrônico – para cortes dos vinis adesivos. - Parafusagem – para fixação dos elementos em paredes, chão e teto.

Fixação - Placas de identificação – fixadas nas paredes, do lado de portas; - Painéis diretórios – em paredes e fixados no chão; - Painéis diretórios aéreos – fixados no teto; - Painéis informativos – fixados nas paredes; - Placas de orientação – fixadas nas paredes; - Foram utilizados parafusos e buchas para todas as fixações, com acabamentos superficiais. Em alguns casos, como de fixações nas paredes, utilizou-se também fita adesiva dupla face.

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11 ESPAÇO ARQUITETURAL

Este capítulo teve a função de analisar as plantas baixas da Prefeitura de Barra Mansa. Com essa análise, notou-se onde o fluxo de circulação é intenso e também onde foi feita a aplicação dos novos elementos sinalizadores, definindo o tipo de cada elemento (exemplo: placas de identificação, painel, etc.).

Atualmente, o espaço arquitetônico da Prefeitura está distribuido da seguinte forma:

Pátio externo; Térreo; 1º andar; 2° andar; 3° andar; 4° andar; 5° andar.

Analisaram-se duas vezes cada planta baixa. Na primeira análise, se observou o fluxo de intensidade representado por setas de cores diferentes, vermelho para maior fluxo e preto para menor fluxo. E na segunda análise, verificaram-se onde os elementos poderiam ser instalados, além de ser definir o melhor tipo de elemento, conforme as representações a seguir:

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Pátio Externo

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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Térreo

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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1º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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2° andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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3º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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4º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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5º andar

Fluxo de circulação:

Aplicação dos elementos de sinalização:

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12 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Na geração de alternativas, foram desenvolvidas as traduções das soluções determinadas pela síntese em representações gráficas. Ela foi dividida em duas partes: Sistema de informação – parte visual, onde transmite/informa a mensagem as pessoas, composta de figuras (pictogramas; símbolos) e textos; Elementos de sinalização – definição dos formatos e tamanhos para os componentes do sistema de sinalização.

Primeiramente, foram esboçadas as ideias dos pictogramas para cada setor da Prefeitura, respeitando as funções e os significados. Em seguida, os melhores desenhos foram selecionados para a criação de duas famílias pictográficas, obtendo uma padronização em cada família.

Os pictogramas para os setores Fundação Leão XIII, SAAE e JUCERJA foram as próprias marcas. E para a Secretaria de Governo, foi representada pelo brasão de Barra Mansa.

Através de uma matriz de avaliação, definiu-se a melhor família de pictogramas para aplicação no projeto. Critérios como: mensagem, legibilidade, visibilidade, inteligibilidade e simplificação foram estabelecidos nessa matriz. Os critérios foram avaliados e pontuados por um público voluntário, e nota total maior foi a vencedora. A figura 49 abaixo mostra resumidamente o processo para a geração de alternativa pictográfica.

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Depois de estabelecida a solução pictográfica, seguiu-se para a parte textual, listando-se os termos para observar a composição dos nomes. A finalidade dessa observação foi de, caso necessário, possíveis abreviações fossem feitas para aqueles termos que possuem nomes compostos.

Apresentou-se um exemplo da composição entre um pictograma, da família definida, e seu respectivo nome para definição da fonte tipográfica. As possíveis fontes, determinadas na síntese, foram aplicadas para escrita do nome do setor. O resultado final se obteve através da matriz de avaliação decisiva. Na figura a seguir apresenta um resumo do processo da definição para a parte textual (figura 50).

Após as soluções do sistema de informação determinadas, iniciou-se a etapa para a criação dos elementos de sinalização.

A medida dos termos e as distâncias entre si (tracking e kerning), entre símbolos e também entre margens dos suportes de sinalização foram definidas com a ajuda da malha construtiva. A estrutura desta malha constitui-se por vários quadrados pequenos, cada um com medida de 2,5 cm.

Grandjean (1998) afirma que o tamanho de fonte se proporciona a distância de leitura. Entende-se que a distância, de acordo com o levantamento de dados ergonômico, foi de 5 metros, portanto, ainda nas recomendações do autor, o tamanho de letra padrão estabelecido foi de 2,5 cm. Além disso, o tamanho dos pictogramas proporciona-se ao tamanho do texto, incluindo o texto em itálico com idioma inglês.

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Para elaborar os formatos dos elementos de sinalização e os meios de fixação, o processo foi iniciado pelos desenhos livres para cada tipo de elemento. Depois, ocorreu a seleção dos melhores desenhos para a criação de duas famílias. A matriz de avaliação definiu a família de elementos, através dos votos do público voluntário. Observe os passos necessários essa etapa na figura 51.

Uma representação ergonômica da distância visual (5 metros) entre a visão de homem (percentil 99) e mulher (percentil 1) resultou a disponibilidade dos elementos de sinalização para a implantação do sistema sinalizador. Os componentes de sinalização foram aplicados na área que o ângulo de visão, de ambos os sexos, foram sobrepostos.

Para a finalização do capítulo de geração de alternativas, cada tipo de elemento sinalizador apresentou-se o layout final, considerando a cor e formato dos componentes sinalizadores.

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12.1

Sistema de Informação

12.1.1 Pictogramas

Desenhos dos pictogramas

- Guarita

- Estacionamento

- Protocolo Geral

- Bolsa Escola

- Almoxarifado

- Caixas Eletrônicos

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- Cantina

- Atendimento Secretaria Fazenda

- Gerência de Dívida Ativa

- Sala de Reuniões

- Recursos Humanos

- Informática

- Habitação

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- Igualdade Racial

- Secretaria de Planejamento Urbano

- Geoprocessamento

- Xerox

- Coortran

- Telefonista

- Consultor JurĂ­dico

100


- Orçamento

- Gabinete Prefeito

- Gabinete vice Prefeito

- Secretaria de Desenvolvimento Econômico

- Secretaria de Educação

- Gerência Pedagógica

101


- Supervisão Escolar

- Merenda Escolar

- Secretaria de Esporte e Lazer

- Auditório

- Fundação de Cultura

- Comunicação Social

102


- Ouvidoria

- Monitoramento

- Arquivo Geral

- Elevador

- Escadas

- Copa

103


- Recepção

- Sanitários (masculino/feminino)

104


Famílias pictográficas:

Com a finalização dos desenhos, duas famílias pictográficas foram geradas para escolha da melhor solução.

Família I

105


FamĂ­lia II

106


Matriz de avaliação e decisão da família pictográfica:

As famílias foram avaliadas por critérios estabelecidos na matriz. Obteve-se o resultado pela maior pontuação somada. A nota de cada alternativa se resultou pela multiplicação do peso e valor.

3

4

12

3

5

15

3

3

9

3

5

15

2

2

4

2

4

8

2

4

8

2

3

6

2

3

6

2

4

8

39

52

Peso dos critérios em relação à tabela – até 3 pontos Valor dos critérios em relação à aplicação no projeto – até 5 pontos

107


12.1.2 Parte textual

As famílias tipográficas Helvética e Univers podem ser utilizadas no projeto de sinalização, de acordo com a síntese de dados. Abaixo, apresentam-se os termos que foram aplicados nos componentes sinalizadores. Algumas palavras com mais de um nome, foram feitas abreviações. Guarita Estacionamento Secretaria Municipal de Administração – Administração Protocolo Geral – Protocolo Almoxarifado Bolsa Escola Cantina Fundação Leão XIII – Leão XIII Caixas Eletrônicos Atendimento Secretaria de Fazenda – Atend. Fazenda Atendimento Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Atend. SAAE Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro – JUCERJA Gerência Dívida Ativa – Dívida Ativa Sala de reuniões - Reuniões Recursos Humanos – R. Humanos Telefonista Igualdade Racial – Igual. Racial Secretaria de Planejamento Urbano – Planej. Urbano Geoprocessamento – Geop Informática Habitação Coordenadoria de Trânsito – Coortran Xerox Consultor Jurídico – Jurídico Orçamento Gabinete do Prefeito – Prefeito Gabinete do vice Prefeito – Vice Prefeito 108


Secretaria de Desenvolvimento Econômico – Desenv. Econômico Secretaria de Governo - Governo Secretaria Municipal de Educação – Educação Gerência Pedagógica – Pedagogia Supervisão Escolar – Super. Escolar Merenda Escolar - Merenda Secretaria de Esporte e Lazer – Esporte e Lazer Fundação de Cultura – Cultura Auditório Ouvidoria Monitoramento Coordenadoria de Comunicação Social – Comunicação Arquivo Geral - Arquivo Sanitários Elevadores Escadas Copa Recepção

109


Fontes tipográficas:

Para escolher a fonte ideal, foi feita uma combinação de um exemplo de pictograma da família definida com as duas possíveis fontes. A matriz de avaliação também foi utilizada para a decisão final.

- Pictograma + Termo (Helvética)

- Pictograma + Termo (Univers)

Matriz de avaliação e decisão da fonte tipográfica:

3

4

12

3

5

15

2

3

6

2

3

6

2

3

6

2

3

6

3

3

9

3

5

15

3

5

15

3

5

15

48

57

Peso dos critérios em relação à tabela – até 3 pontos Valor dos critérios em relação à aplicação no projeto – até 5 pontos

110


12.2 ELEMENTOS DE SINALIZAÇÃO

Malhas construtivas

Os componentes de sinalização classificaram-se em cinco tipos, sendo dois tipos de placas e três de painéis:

Placas de identificação dos ambientes Aplicação: paredes, do lado das portas | Tamanho: pequeno Placas de orientação Aplicação: paredes | Tamanho: pequeno Painel diretório Aplicação: paredes ou fixados no chão | Tamanho: médio Painel diretório aéreo Aplicação: suspensos (fixados no teto) | Tamanho: médio Painel informativo Aplicação: paredes em frente aos elevadores | Tamanho: grande

Todo o sistema de informação (pictograma + texto) foi aplicado nas malhas construtivas, e cada mini quadrado de uma malha obteve a medida de 2,5 cm. Com essa informação, observou-se as seguintes medidas:

Distância entre informações e os elementos: dois quadrados - 5 cm; Distância entre pictograma e texto: dois quadrados – 5 cm; Altura das informações (pictograma + texto): 4 quadrados – 10 cm; Distância entre textos: 1 quadrado – 2,5 cm; Altura-x do termo em português: 1 quadrado – 2,5 cm; Altura-versal do termo em inglês: 1 quadrado – 2,5 cm; Altura-x do termo referente às identificações dos andares nos painéis de informação – 5 cm.

111


Pátio externo Placas de identificação:

Painel diretório:

112


Térreo Placas de identificação:

Painel diretório:

113


Painel diret贸rio a茅reo (frente e verso):

Painel informativo:

114


1º andar Placas de identificação:

Painel informativo:

115


Painel diret贸rio:

Painel diret贸rio a茅reo:

116


2º andar Placas de identificação:

Painel diretório:

Painel informativo:

117


3º andar Placas de identificação:

Painel informativo:

118


Painel diret贸rio a茅reo I (frente e verso):

Painel diret贸rio a茅reo II:

119


4º andar Placas de identificação:

Painel informativo:

Painel diretório:

120


5º andar Placa de identificação:

Painel diretório aéreo:

Placa de identificação para Sanitários:

Placa de identificação para Copa:

121


Placa de orientação para Escadas:

Placa de orientação para Sanitário:

122


Desenho dos elementos de sinalização:

- Placas de identificação:

123


- Placas de orientação:

124


- Painel informativo:

125


- Painel diret贸rio (fixados em parede e ch茫o):

126


- Painel diret贸rio a茅reo:

127


Famílias dos elementos de sinalização:

Após o término dos desenhos, gerou-se duas famílias para os componentes sinalizadores. Cada família possui os cinco tipos de elementos, definidos anteriormente.

Família I

128


FamĂ­lia II

129


Matriz de avaliação e decisão dos elementos de sinalização:

Os

tipos

de

elementos

sinalizadores

foram

avaliados

por

critérios

estabelecidos na matriz, e a solução foi definida pela maior nota total.

3

4

20

3

3

9

3

5

15

3

4

12

2

5

10

2

4

8

3

4

12

3

4

12

2

5

10

2

5

10

67

0 51

Peso dos critérios em relação à tabela – até 3 pontos Valor dos critérios em relação à aplicação no projeto – até 5 pontos

130


12.3 Disponibilidade dos elementos de sinalização

131


12.4 Layout

O layout finalizado dos elementos de sinalização obteve características da própria marca da Prefeitura, conforme descrição abaixo. Essa composição foi feita através de recortes eletrônicos nos vinis adesivos, e aplicados nos elementos de sinalização que foram produzidos.

Pode-se observar que os pictogramas e as setas ficam na parte laranja, e a parte textual aplicou-se na parte do vinil prata.

Cores Laranja – cor institucional predominante; Preto – cor do contorno da palavra Barra Mansa; Prata – cor utilizada no brasão.

Design do layout Extremidades redondas – parte branca da marca, onde contém o brasão; Extremidades retas – extremidade da marca original da Prefeitura.

132


133


13 DETALHAMENTO TÉCNICO

13.1 Materiais Metalon Aplicação: estrutura interna dos elementos sinalizadores Espessura: 20x20mm

Parafuso nº. 10 Aplicação: fixação dos elementos sinalizadores em parede, chão e teto Cabeça: sextavada (6 lados) – diámetro: 1,4 cm Espessura: 0,6 cm Comprimento: 6,5 cm

Bucha n°. 8 Aplicação: fixação dos elementos sinalizadores, encaixada no parafuso Diâmetro: 0,8 cm Comprimento: 4 cm

Fita Dupla Face de Alta Aderência - VST Aplicação: fixação das pontas arredondadas dos elementos de sinalização nas paredes e união da estrutura interna de metalon com a chapa de aço de todos os elementos Espessura: 12mm

Chapa de Aço Galvanizado nº. 28 Aplicação: base de todos os elementos de sinalização Espessura: 43mm

Vinil adesivo Aplicação: layouts dos elementos de sinalização Cores: laranja, preto (fosco), prata e transparente (para proteção – evita reflexo) Gramatura: 95g

134


13.2 Vistas ortográficas e medidas dos elementos de sinalização –

Escala 1:10

Placa de identificação:

Para todas as placas de identificação, adotou-se um tamanho padrão, baseado na placa que contém a palavra maior, no caso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Exemplo:

Tamanho: 75x20 cm – para todas as placas de identificação Espessura: 2cm

Placa de orientação:

-

Escada (1º, 2º, 3º, 4° e 5º andar)

Tamanho: 58x18 cm Espessura: 2cm

135


-

Sanitรกrios (2ยบ andar)

Tamanho: 83x33 cm Espessura: 2cm

-

Arquivo (5ยบ andar)

Tamanho: 60x20 cm Espessura: 2cm

136


Painel diret贸rio

-

P谩tio

Tamanho: 78x95 cm Espessura: 2cm

137


-

Térreo

Tamanho: 78x80 cm Espessura: 2cm

Aéreo (frente/verso) Tamanho: 80x44 cm Espessura: 2cm 138


-

1º andar

Tamanho: 143x78 cm Espessura: 2cm

Aéreo Tamanho: 95x44 cm Espessura: 2cm

139


-

2º andar

Tamanho: 163x63 cm Espessura: 2cm

-

3° andar

Aéreo Tamanho: 70x44 cm Espessura: 2cm

140


AĂŠreo (frente/verso) Tamanho: 166x78 cm Espessura: 2cm

-

4Âş andar

Tamanho: 81x63 cm Espessura: 2cm 141


-

5º andar

Aéreo Tamanho: 60x38 cm Espessura: 2cm

142


Painel informativo

-

1º andar

Tamanho: 278x93 cm Espessura: 2cm

-

1º, 2º e 3º andar

Para todos os painéis informativos, adotou-se também um tamanho padrão, baseado no maior painel, no caso, do segundo andar. Exemplo:

Tamanho: 190x63 cm Espessura: 2cm

143


-

4 째 andar

Tamanho: 68x63 cm Espessura: 2cm

144


13.4 Montagem e fixação dos elementos de sinalzação em perspectiva

Placa de identificação:

-

fixação: parede

Placa de orientação:

-

fixação: parede

145


Painel diretório e/ou informativo

-

fixação: parede

-

fixação: teto

146


-

fixação: chão

147


14 CONCLUSÃO

Tendo em vista os objetivos gerais delimitados neste projeto, de implantar um novo sistema de sinalização na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, evidenciou-se que o design de informação é uma ferramenta de extrema importância na comunicação visual, com a intuição de orientar as pessoas em devidos ambientes.

O projeto mostrou o quanto sinalizar um local é essencial para fornecer determinadas informações em um órgão público.

Contudo, as expectativas foram alcançadas. No caso de implantação do sistema sinalizador na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, consequentemente, o local obterá melhorias de informações, orientando as pessoas - funcionário e/ou contribuintes – aos determinados caminhos.

148


16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASHBY, Michael F; JOHNSON, Kara. Materiais e design: arte e ciência da seleção de materiais no design de produto. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 346 p.; BARROS, Lilian Ried Miller. A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe. 3.ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2009. 336p.; CHAMMA,

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Data

de

acesso:

25/05/2011.

151


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