DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COMDEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DANILA GOMES PEREIRA

DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

VOLTA REDONDA 2011


FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DISPOSITIVO DE INPUT DE INFORMAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DE MEMBROS SUPERIORES

TCC apresentado ao Curso de Design do UniFOA como requisito à obtenção do título de bacharel em Design.

Aluno: Danila Gomes Pereira

Orientador: Prof. Luis Claudio Belmonte dos Santos

VOLTA REDONDA 2011


FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluno:

Título do TCC:

Orientador:

Banca Examinadora:

_________________________________________________ Prof.

_________________________________________________ Prof.

_________________________________________________ Prof.

VOLTA REDONDA 2011


テ《

pessoas

com

necessidades

especiais - com deficiテェncia de membros superiores.


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a minha família que meu deram forças para perseverar, em especial ao meu querido tio Delmir de Freitas Pereira, como educador que é, soube, com competência,

mediar

minhas

palavras.

Agradeço ao meu orientador Luis Claudio Belmonte dos Santos por compartilhar sua sabedoria e aos professores Moacyr Ennes Amorim e Ana Paula Zarur de Andrade Silva e Salz por ajudarem na construção do meu conhecimento. Agradeço aos amigos que estiveram do meu lado na caminhada de quatro anos de graduação e a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse trabalho.


RESUMO

Este Projeto procurou levantar dados, possibilitar recursos tecnológicos e ferramentas no intuito de facilitar e ampliar as atividades do cotidiano de pessoas com necessidades especiais. O produto elaborado trata-se de um dispositivo de input de informação para ser acionado com os pés. Tendo em foco pessoas com malformação congênita de membros superiores, e visa atender tanto crianças quanto adultos. Segue normas de ergonomia e baseia-se em estudos feitos com descansos para os pés do digitador e dimensões de teclados comuns, gerando um produto que melhore a operacionalidade, visibilidade e conforto. Por tanto, esperase, com isso, ajudar na inserção dessas pessoas na sociedade de forma ativa.

Palavras-chave: Desenho Acessível; Desenho Universal; Malformação Congênita de Membros Superiores; Inclusão Social; Tecnologia Assistiva.


ABSTRACT

This project consists in gathering data, to enable technological resources and tools that aim to make the life of with special needs easier. The product, result of the project, is an information input device with feet. Focusing on people with congenital malformation of the upper limbs, the device aims fo be used by adults and children. The project follows ergonomic standards and is based in studies for digitizer feet and for the keyboard dimensions, developing a product that improves the operability, visibility and comfort. Therefore, expect that the device will assist the users of the project to participate actively in the society.

Key words: Universal Design; Accessible Design; Congenital malformation of upper limbs; Social Inclusion; Assistive Technology.


SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO....................................................................................................11

2.

PROPOSTA........................................................................................................12 2.1.

Objetivo ........................................................................................................12

2.2.

Objetivos Operacionais ................................................................................12

3.

JUSTIFICATIVA..................................................................................................13

4.

METODOLOGIA .................................................................................................16

5.

CRONOGRAMA .................................................................................................17

6.

PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................18

7.

6.1.

Reconhecimento ..........................................................................................18

6.2.

Delimitação ..................................................................................................19

6.3.

Formulação ..................................................................................................20

LEVANTAMENTO DE DADOS...........................................................................22 7.1.

Espaço Projetual ..........................................................................................22

7.1.1. 7.2.

Reabilitação .................................................................................................26

7.2.1. 7.3.

Características do Usuário ....................................................................22 Próteses e Órteses ................................................................................27

Anatomia do Pé............................................................................................29

7.3.1.

Cinesiologia dos Pés .............................................................................30

7.3.2.

Medidas ergonômicas............................................................................31

7.4.

Legislações ..................................................................................................38

7.5.

Normas Técnicas .........................................................................................38

7.6.

Desenho Acessível e Desenho Universal ....................................................44

7.7.

Tecnologia Assistiva.....................................................................................46

7.8.

Materiais.......................................................................................................48

7.9.

AACD ...........................................................................................................53

7.10. Similares ......................................................................................................54 8.

9.

ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................64 8.1.

O Usuário .....................................................................................................64

8.2.

O Produto.....................................................................................................64

8.3.

Similares ......................................................................................................65

8.4.

Materiais.......................................................................................................75

SÍNTESE ............................................................................................................76

10. ALTERNATIVAS.................................................................................................78 10.1. Geração .......................................................................................................78


10.2. Combinação .................................................................................................88 10.3. Escolha ........................................................................................................92 11. DESENVOLVIMENTO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA ...................................96 11.1. Representação Bidimensional Preliminar.....................................................96 11.2. Aprimoramento.............................................................................................97 11.3. Adequação Ergonômica .............................................................................100 11.4. Componentes Terceiros .............................................................................102 11.5. Materiais e Processos ................................................................................104 11.6. Cores..........................................................................................................105 12. DETALHAMENTO ............................................................................................108 12.1. Características Gerais do Produto .............................................................108 12.2. Especificações Técnicas ............................................................................108 12.2.1. Desenho Técnico de Conjunto ............................................................108 12.2.2. Desenho Técnico de Subconjunto .......................................................110 12.3. Renderings.................................................................................................117 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................123


LISTA DE ANEXOS

Anexo 01..................................................................................................................126 Anexo 02..................................................................................................................128 Anexo 03..................................................................................................................130 Anexo 04..................................................................................................................131 Anexo 05..................................................................................................................133 Anexo 06..................................................................................................................134 Anexo 07..................................................................................................................137 Anexo 08..................................................................................................................138


LISTA DE TABELA

Tabela 01....................................................................................................................41 Tabela 02....................................................................................................................42 Tabela 03....................................................................................................................95 Tabela 04..................................................................................................................104


11

1. INTRODUÇÃO O design tem como principal objetivo, solucionar problemas, portanto, com base nos princípios de uma metodologia de projeto de produto que busca conhecer e estudar a fundo o usuário, a partir de uma experiência vivenciada por portadores de deficiência de membros superiores este projeto visa solucionar problemas encontrados na operação de dispositivos de input de informações que se comunicam com computadores em ambientes de laser, trabalho e/ ou residenciais. O produto a ser projetado se destina a um grupo de pessoas as quais manuseiam objetos com os pés, tendo como foco pessoas com malformação congênita de membros superiores, atendendo tanto crianças como adultos. A fim de inserir essas pessoas na sociedade de forma ativa, este projeto eleva a importância da inclusão social, utilizando como palavras-chave: tecnologia assistiva, desenho acessível e desenho universal. Portanto, projetar algo que facilite a vida dessas pessoas é ter como ponto de partida o conceito que o design oferece, é possibilitar e simplificar operações que até estão eram difíceis, é dar a importância e atenção de direito ás pessoas com necessidades especiais.


12

2. PROPOSTA

2.1. Objetivo

Elaborar um dispositivo de input de informação, para portadores de necessidades especiais que manuseiam objetos com os pés.

2.2. Objetivos Operacionais

Levantar informações pertinentes a área de atuação do projeto

(medicina de reabilitação); •

Pesquisar sobre deficiência dos membros superiores;

Pesquisar sobre processos de treinamento para utilização dos

membros inferiores; •

Observar as necessidades dos usuários;

Levantar normas técnicas;

Pesquisar

sobre

dados

ergonômicos

dos

membros

(movimento dos dedos); •

Pesquisar sobre as variáveis ergonômicas (adultos);

Estudar similares;

Analisar os dados;

Desenvolver alternativas;

Pesquisar sobre especificação e processos de fabricação;

Escolher materiais;

Fazer detalhamento técnico;

Testar usabilidade;

Elaborar a apresentação e

Desenvolver o protótipo.

inferiores


13

3. JUSTIFICATIVA

Hoje vivemos inseridos em uma sociedade em que a tecnologia domina muitos

setores,

inclusive

a

nossa

vida,

sem

nos

aperceber

utilizamos

constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, ela deixou de ser um simples diferencial para se tornar obrigatoriedade, pois, segundo o artº 5º da CF/88 é assegurado que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” 1

A evolução tecnológica caminha na direção de oportunizar uma vida mais fácil. Portanto, quem não se disponibiliza dessas novas conquistas, (se sente) e corre o risco de ser negligenciado, excluído da parcela da sociedade que usufrui desses avanços. Um desafio é incluir pessoas com deficiência física nesse grupo ativo sem que favoreça sentimentos de perdas e constrangimentos. Os recursos oferecidos pela Tecnologia Assistiva vem proporcionar à pessoa com deficiência um maior alcance de independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho. Segundo o ATA VII do Comitê de Ajudas Técnica – CAT, a “Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social." 2

Diante deste contexto, este projeto tem por meta, atender e flexibilizar recursos que possam melhor atender a necessidade de pessoas com deficiências ou limitações para que tenham a liberdade de executar tarefas corriqueiras e se incluam na sociedade de maneira ativa e igualitária.

1 2

Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 5º. 1988. Comitê de Ajudas Técnica, ATA VII. 2007.


14

A partir de 1997 se consolida um novo título e novas conceituações da Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens – CIDID registrada em 1989, pela OMS (Organização Mundial de Saúde), denominada então, Classificação Internacional das Deficiências, Atividades e Participação: um manual da dimensão das incapacidades e da saúde – CIDDM-2, o documento fixa princípios que enfatizam o apoio, os contextos ambientais e as potencialidades, ao invés da valorização das incapacidades e das limitações. Um novo entendimento de práticas relacionadas com a reabilitação e a inclusão é, segundo Romeu Sassaki, “o processo pelo qual a sociedade se adapta para incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos” . 3

Para que haja inclusão, a sociedade deve ser cooresponsável, - através dos seus cidadãos em práticas e esforços governamentais conjuntas -, para que ocorra uma melhor distribuição e modificação, aplicando a humanização nos produtos oferecidos através de seus profissionais, de maneira a atender e favorecer necessidades de todos os seus membros, possibilitando a essas pessoas, respeitando as necessidades próprias, o acesso aos serviços públicos, aos bens culturais e aos produtos decorrentes de avanço social, político, econômico e tecnológico da sociedade. Visto que há um grupo de pessoas que além de ter gostos, afinidades, preocupações estéticas e preocupações com conforto, este busca um produto que se adeque a ele. O objetivo é fazer um produto que atenda e favoreça a maior operacionalidade das pessoas com deficiência e limitações. Há uma carência de produtos adequados a esse grupo de pessoas, para que possam exercer a função com mais segurança em seu dia a dia. Para que haja essa execução mais eficiente o produto deve ter uma estética, uma forma e um uso adaptado a elas. O público dessa área é relativamente grande, e necessita de uma demanda maior de produtos. A OMS estima que cerca de 10% da população de qualquer país em tempo de paz é portadora de algum tipo de deficiência, 2% dessa deficiência é

3

SASSAKI, Romeu, Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 1997. p.3.


15

física. Os resultados do Censo de 1991, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE indica um percentual de 1,14% de pessoas portadoras de deficiências na população brasileira. Contudo, desenvolver um produto adaptado a pelo menos 1% da nossa população é não só promover a essas pessoas o acesso a ambientes e atividades, que até então eram restritos ou de difícil acesso, mas sem dúvida um papel primordial de responsabilidade social.


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4. METODOLOGIA

A fim de organizar e detalhar precisamente as etapas mostradas nos objetivos operacionais, o presente projeto seguirá uma metodologia aplicada a projeto de produto segundo Gui Bonsiepe, para a coleta de informações, análise das informações e desenvolvimento das alternativas. Após a escolha do tema, serão levantadas bibliografias sobre deficiências congênitas de membros superiores, processos de treinamento para utilização dos membros inferiores, inclusão social, dados ergonômicos e normas; com a leitura e o fichamento das mesmas. No decorrer da pesquisa, serão levantados dados sobre medicina de reabilitação, sobre as necessidades do público alvo, modelos de dispositivo de impute já existentes, normas técnicas e legislações. As pesquisas serão feitas em livros e pela internet. A partir de então, será desenvolvida a proposta do projeto. Com base no que será levantado, se analisará as dificuldades encontradas pelos usuários em utilizar os dispositivos existentes, reconhecendo, delimitando e formulando a resolução desses problemas. Após levantar as possíveis informações, serão feitas análises do produto, como: análise das funções, análise estruturais, análise de materiais e análise da relação com o meio ambiente – ciclo de vida. E análise dos dados relacionados aos usuários. Posteriormente todos os dados do projeto serão sintetizados, trazendo a descrição das características do mesmo. A partir de então, na segunda parte do projeto, a fase de concepção em que terá o desenvolvimento das alternativas e possibilidades de acertos do produto entre geração, combinação e decisão. Após, detalhamento e desenvolvimento da alternativa escolhida. Por fim, elaboração da apresentação do projeto concluído e criação do protótipo. Em Anexo1 o fluxograma das etapas juntamente com as ações a serem executadas,

representando

desenvolvimento do projeto.

a

metodologia

adotada

para

o

processo

de


17

5. CRONOGRAMA

Grรกfico de Barras de Gantt.


18

6. PROBLEMATIZAÇÃO

6.1. Reconhecimento

Com base na pesquisa feita até então, foi percebido que há uma ausência enorme de modelos de dispositivos de impute de informação para pessoas com deficiência nos membros superiores, Os que estão presentes no mercado apresentam difícil entendimento e decadência estética. Segundo Donald Norman, “objetos atraentes fazem as pessoas se sentirem bem, o que por sua vez faz com que pensem de maneira criativa” 4 , enfatiza que as emoções mudam a maneira como a mente humana soluciona problemas, fazendo uma ligação entre estética e função, diz que o sistema emocional muda a maneira como o sistema cognitivo opera. Por tanto, apresentar uma estética agradável e organizada ao ver do usuário é “fazer com que se torne mais fácil para as pessoas encontrar soluções para os problemas com que se deparam”. (NORMAN,2004, p.39) Sendo assim, a estética é um desafio a ser superado na produção de equipamento para deficientes físicos, Romeu Sassaki em sua obra “Inclusão: construindo uma sociedade para todos” discorre sobre o desenho acessível que é um projeto que leva em conta a acessibilidade voltada especificamente para as pessoas portadoras de deficiência, também conhecido como “desenho sem barreiras” ou “arquitetura sem barreiras”. Ele alerta que, os produtos e ambientes feitos com desenho acessível sinalizam que eles são destinados exclusiva ou preferencialmente para pessoas com deficiência, pois suas aparências lembram algo médico, institucional ou, em todo caso, especial. Neste sentido, eles são estigmatizantes apesar de bem-vindos. 5 (SASSAKI, 1997)

Muitos utilizam-se de teclados convencionais para exercer as atividades, e como esses são projetados para as mãos, possuem um dimensionamento ergonômico inadequado para os pés, sofrem desconforto e até fadiga muscular para exercer a função. Já Ture Jönsson, define ‘sociedade para todos’ como

4

NORMAN, Donald; Design Emocional, Porque adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. 2004. p.39. 5 SASSAKI, Romeu. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 1997. p.140.


19

“uma sociedade que se empenha para acolher as diferenças de todos os seus membros. Isto significa que temos que focalizar nossos esforços não mais em adaptar as pessoas à sociedade e sim em adaptar a sociedade ás pessoas”. 6

Pode-se notar na Figura 01 a adequação do usuário ao produto.

Fig. 01 - Completamente desconfortável o usuário improvisa com equipamentos inadequados para se incluir ativamente no sistema de computação. Além de não ter dimensionamento adequado para os membros inferiores, há também problemas na visualização das teclas. Fonte: http://incluindovc.blogspot.com/2010_08_01_archive.html Acesso em: 15 de mai. 2011.

6.2. Delimitação

Será feita a seleção e a classificação de diferentes aspectos da situação problemática que são: Sensório formal, Usabilidade, Produtividade, Estruturais e Moventes, Informacionais e Resistência. 6

JÖNSSON, Ture. Educação Inclusiva, 1994. p.63 e 68.


20

Sensório formal: A partir da ordem e complexidade da construção de um dispositivo que tende a agregar valor a imagem do produto e agradar os olhos do consumidor,sendo que nos formatos encontrados até então há um aparência bruta e desconfortável.

Usabilidade: A utilização de teclados convencionais é presente na maioria dos casos encontrados, por tanto, não há dimensionamento das teclas adequado para os pés, as letras são pequenas para serem visualizadas a distância e não há apoio adequado para os pés.

Produtividade: A produção requer moldes maiores de teclas, materiais resistentes e demanda adequada ao número de pessoas com a necessidade do produto e custo reduzido.

Estruturais e Moventes: Nos produtos encontrados não há regulagem de altura, além da dificuldade nos subsistemas e componentes de estruturação, fixação (o produto deve ter um ponto fixo para que não escorregue), locomoção (deve ser de fácil locomoção) e movimentação do dispositivo (para ser movido quando necessário).

Informacionais: Nota-se a ausência de representações positivas nos dispositivos encontrados para esse grupo de pessoas, é preciso cumprir funções simbólicas para que haja envolvimento com o usuário, que tenham claras as informações precisas e estética agradável.

Resistências: Foi percebido que os materiais utilizados acabam quebrando com facilidade, pois são dimensionados para as mãos, no entanto podem ser do mesmo material só que com dimensionamentos de paredes e espaços mais encorpados para suportar a pressão e o preso dos pés.

6.3. Formulação

Para maior conforto na execução da atividade o produto deverá ter um dimensionamento ergonômico atendendo tanto a menor mulher quanto ao maior


21

homem, otimizando assim o tamanho dos dedos e o tamanho do apoio para a área do pé, isto é, desenvolvendo um suporte de apoio para o pé, diminuindo o desconforto e a fadiga muscular. Deverá ter algumas regulagens para permitir maior conforto e operação em função das variáveis de altura. Para melhor visualização das teclas o tamanho das letras devem ser aumentados para serem visualizadas de acordo com a distância dos olhos da pessoa sentada ao pé. Segundo Sassaki em sua apresentação do desenho universal como solução aos estigmas oferecidos pelo desenho acessível, salienta que os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência.” “É até possível que pessoas não-deficientes nem percebam, nesses produtos ou ambientes, certas especificidades que atendem as necessidades de pessoas com deficiência. (SASSAKI, 1997, p.141)

Sendo assim, o produto será destinado á pessoas com deficiência física, respeitando suas necessidades e limitações, porém, com uma aparência diferenciada dos produtos destinados á esse grupo de pessoas, agradando e podendo também ser utilizado por pessoas “normais”.


22

7. LEVANTAMENTO DE DADOS

7.1. Espaço Projetual

7.1.1. Características do Usuário

O presente projeto se destina ás pessoas que não possuem os membros superiores ou sintam dificuldades em utilizá-los. Há diferentes casos anomalias congênitas em que apresentam a deformação desses membros, dificultando assim o controle motor dos mesmos. Segundo Moore, cada parte, tecido e órgão de um embrião tem um período crítico durante o qual seu desenvolvimento pode ser perturbado. O tipo de anomalia congênita produzida depende de quais partes, tecidos e órgãos são mais suscetíveis no momento da ação do teratógeno7 . 8 (MOORE, 2008)

Por tanto, as anomalias são resultados de eventos ocorridos durante o período

crítico

do

desenvolvimento

embriológico.

O

período

crítico

do

desenvolvimento dos membros, por exemplo, é de 24 a 36 dias após a fertilização. Moore ainda afirma que “pelo menos 2% das anomalias congênitas são causadas por remédios e produtos químicos” (MOORE, 2008, p.486) e os fatores genéticos são as causas mais comuns de anomalias congênitas, que causam cerca de um terço de todos os defeitos ao nascimento e cerca de 85% das anomalias de causas conhecidas. Além de mostrar que, “as anomalias congênitas podem ser únicas ou múltiplas e de pequeno ou grande significado clínico” (MOORE, 2008, p.496), isto é, muitas crianças que nascem com anomalia, tem uma ou mais anomalias associadas. “Cerca de 3% de todas as crianças recém-nascidas têm uma grande anomalia bem evidente. Anomalias adicionais são detectadas após o nascimento.” (MOORE, 2008, p.496) Visto em grande parte dos casos estudados a presença de múltiplas

7

Teratógeno é qualquer agente capaz de produzir uma anomalia congênita ou aumentar a incidência

de uma anomalia na população. 8

MOORE, Keith. Embriologia Clínica. Pág.485. 2008


23

anomalias em um só indivíduo, o referido projeto se destina a casos específicos de deficiência congênita que comprometem somente os membros superiores. Segundo Carvajal, “Malformações congênitas dos membros superiores são raros, afectando menos do que 0,2% dos nascidos vivos. Muitos deles são pequenos defeitos que têm pouco comprometimento funcional.” 9 Existem inúmeras classificações para a grande variedade de malformações congênitas da mão. Em geral a Federação Internacional das Sociedades de Cirurgia da Mão divide em 7 grupos: (FISCM apud CARVAJAL) I - Falha na formação das partes; II - Falha da diferenciação das partes; III - Duplicação; IV - Overgrowth; V - Enfraquecimento; VI - Constrição síndrome de anel e VII - Anormalidades esqueléticas generalizadas. As malformações mais relevantes do grupo de pessoas que necessitam de auxílio de próteses ou de equipamentos especiais, são as que se enquadram no grupo I (Falha na formação das partes), sendo que essas possuem deformidades nos braços apresentando problemas quanto a funcionalidade, enquanto que os grupos restantes possuem deformidades em punhos e mãos sendo possível o tratamento com cirurgias e há pouca perda na funcionalidade. No entanto, segue abaixo, as deficiências e algumas de suas características, quanto a falha na formação das partes no grupo I:

Déficits Transversal (Fotos em Anexo 02. Figs. 02, 03 e 04) Amelia: ausência completa do membro superior; Hemimelia: ausência de antebraço e mão; Acheiria: nenhuma mão; Adactyly: ausência de metacarpo e falanges e Afalangia: ausência de todas as falanges.

9

CARVAJAL, Flor Urrusuno. As malformações congênitas dos membros superiores. Fonte:

http://revistaciencias.com. 23.04.2011


24

Déficits Longitudinal IB (Fotos em Anexo 02. Fig. 05) Focomelia Tipo I: completa ausência de ossos do membro ao alcance da mão, que se liga diretamente ao tronco. Focomelia Tipo II: a ausência do braço, braço curto ou antebraço sinostósico segmento proximal da mão. Focomelia Tipo III: a ausência do antebraço, vinculado diretamente ao úmero. É a ausência ou déficit no desenvolvimento das estruturas ósseas proximal à mão. Sua relação com a talidomida é bem conhecida.

Rádio Déficit (Fotos em Anexo 02. Fig. 06) Tipo I: rádio distal curto. Tipo II: o raio hipoplásico. Tipo III: ausência parcial de rádio. Tipo IV: Total ausência de rádio. O rádio do tipo IV ou agenesia é o mais comum. Com exceção do tipo I, em que o único achado clínico relevante é um polegar hipoplásico no resto há um braço curto e um deslocamento radial da mão. Clubhand conhecido como radial (mão torta radial) e é devido à falta de apoio e ação dos músculos radiais.

Déficit Ulnar (Fotos em Anexo 02. Figs. 07, 08 e 09) Tipo I: hipoplasia Ulnar. Tipo II: ausência parcial da ulna distal. Tipo III: a ausência completa de ulna. Tipo IV: radiohumeral sinostose. É a forma mais rara da deficiência longitudinal do membro superior. Ao contrário da agenesia radial. Malformações são comuns no punho e mão, com a ausência de IV e V dedos e ulnar dos ossos do carpo.

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência, instrumento que orienta as ações do setor Saúde voltadas a esse seguimento populacional, afirma que:


25

as principais causas das deficiências são os transtornos congênitos e perinatais10 , decorrentes da falta de assistência inadequada às mulheres na fase reprodutivas; doenças transmissíveis e crônicas não-transmissíveis; perturbações psiquiátricas; abuso de álcool e de drogas; desnutrição; traumas e lesões, principalmente nos centros urbanos mais desenvolvidos, onde são crescentes os índices de violências e de acidentes de trânsito. 11

O Censo de 1991, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, indica que 44,4% dos deficientes físicos são do sexo feminino e 55,65% do sexo masculino, a maior prevalência de deficiência motora na população masculina, predominante entre jovens e adultos, sugere decorrer, sobretudo das causas externas, tais como os acidentes de trabalho, de transito, etc. Portanto, um outro grupo de portadores de deficiência são os amputados, através de cirurgia ou acidente é removido alguma extremidade do corpo, na amputação traumática é retirada a parte acidental do corpo, seja dedo, braço ou perna. Muito comum em acidentes em fábricas, fazendas e em acidentes de automóveis. Na medicina a amputação é usada para controlar a dor ou a doença no membro afetado, como no câncer e na gangrena12. A movimentação dos membros superiores é muito grande, atingindo praticamente um hemisfério ideal situado à frente do indivíduo. As mãos atingem praticamente todos os pontos que estejam situados dentro deste hemisfério e, mais que isto, alguns pontos situados para trás dele. Por tanto, Fernando Bocolini afirma que: o membro superior se caracteriza pela sua extrema mobilidade, atingindo, á altura da articulação escapuloumeral, mobilidade quase igual a 360 graus. Isto é obtido graças á articulação da cabeça do úmero (muito semelhante a uma esfera) com a cavidade glenóide da omoplanta de pequena superfície, que permite, portanto, movimentos em todas as direções. (BOCOLONI, 2000)

10 11

Perinatal: Pouco antes ou depois do nascimento. Política

Nacional

de

Saúde

da

Pessoa

Portadora

de

Deficiência.

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual2.pdf. Acesso em: 20 mar. 2011 12

Gangrena: destruição da vida numa parte do corpo.

Fonte:


26

7.2. Reabilitação

Segundo o Ministério da Saúde, reabilitação é “um processo global e dinâmico orientado para a recuperação física e psicológica”

13

. Isto é, a medicina de

reabilitação, pretende tratar ou atenuar as incapacidades causadas por doenças crônicas, sequelas neurológicas ou lesões derivadas da gestação e do parto, acidentes de trânsito e de trabalho. Para uma plena realização, as acções de reabilitação devem abranger campos complementares, como a saúde, a educação, a formação, o emprego, a segurança social, o controlo ambiental, o lazer, entre outros. E ainda, afirma que uma equipe qualificada para orientar e recuperar física e psicologicamente um grupo de deficientes, é necessária uma junta multidisciplinar de profissionais, composta por:

Fisiatras;

Enfermeiros;

Fisioterapeutas;

Terapeutas ocupacionais;

Terapeutas da fala;

Secretárias clínicas;

Auxiliares de acção médica;

Assistentes sociais e

Psicólogos.

O processo de reabilitação induzido pelo Ministério da Saúde deve seguir os seguintes passos:

Diagnóstico e definição das diferentes patologias, deficiências e

incapacidades existentes; • 13

Definição do prognóstico e avaliação do potencial de reabilitação;

Ministério da Saúde, Portal da Saúde – O que é Reabilitação. 2005.

Fonte:

http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/reabilitacao/reabilitacao.htm.

Acesso em: 25 de mai.2011.


27

Planeamento e prescrição do tratamento;

Coadjuvação e apoio das diferentes acções médico-cirúrgicas;

Prevenção do descondicionamento físico e psicológico, bem como

todas as seqüelas decorrentes do imobilismo e isolamento dos doentes internados; •

Facilitação e estímulo dos processos de recuperação e regeneração

natural; •

Estímulo, maximização e compensação das capacidades residuais e

Promoção da integração socioprofissional.

7.2.1. Próteses e Órteses

Segundo Araújo, próteses são: dispositivos destinados a complementar a ausência de um membro (superior ou inferior) ou parte dele. A complementação visa a substituir função, composição e sustentação corporal, sempre que possível primando pela estética. (ARAÚJO apud LIANZA, 1995, p.70.)

A prótese é uma ferramenta de auxílio na interação do indivíduo com o meio. No aspecto funcional, a utilização de aparelhos projetados para uso específico pode ser comparada a atividades com ferramentas como alicates ou chaves de fenda. E ainda, afirma que a prótese, nestes casos, será indispensável e é desenhada visando a uma proposta bem definida. Trata-se de dispositivos terminais, não-convencionais, engenhosos e objetivos, sem nenhuma pretensão cosmética. (ARAÚJO apud LIANZA, 1995, p.71.)

Porém, Bocolini alerta que os “amputados de braços que tenham cotos muito curtos não conseguirão com suas próteses mais do que uma flexão relativa, pequeniníssima abdução e extensão quase normal.” (BOCOLINI, 2000, p.159) A medida que articulações são perdidas, mais difícil se torna a reabilitação funcional com o uso de próteses, sendo a perda do cotovelo um fator determinante para um pior prognóstico. Nas amputações bilaterais dos membros superiores, o grau de dependência é enorme, segundo Araújo, nesses casos é “bem-vindo qualquer aparelho que permita o exercício de uma atividade que, sem ele, não poderia ser realizada, por mais banal que fosse.” (ARAÚJO apud LIANZA, 1995.)


28

Porém, Bocolini assegura que “quanto mais simples for a prótese de membro superior, tanto mais eficiente e funcional será; quanto mais estética, mais desejável” (BOCOLINI, 2000, p.159) dessa forma, a prótese ganha alta significância no aspecto psíquico ou emocional do paciente. Mas, Araújo alerta que o fisiatra deve estar atento ao indicar protetização do membro superior, pois deve-se valorizar o indivíduo como um todo e não como um membro amputado simplesmente, declara que “reabilitação não é sinônimo de protetização, ou seja, reabilitar sempre, protetizar quando possível.” (ARAÚJO apud LIANZA, 1995.) A órtese, conforme a definição ISO, é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuromusculoesquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica. (ISO9999, 2007) Chamados também como adaptadores, as órteses se diferenciam de uma prótese pelo fato de não substituir o órgão ou membro incapacitado. Na recente novela da TV Globo, “Viver a Vida”, de Manoel Carlos, foi mostrado pela atriz Aline Moraes (contracenando como Luciana, que após um acidente fica tetraplégica), alguns equipamentos especiais para deficientes físicos. Em Anexo 03, figs. 10,11 e 12. As órteses mostradas nas figuras 10, 11 e 12 (em Anexo 03), são adaptadores que facilitam o dia a dia dos deficientes, possuem ligas especiais de aço e silicone, podendo ser modelados de acordo com a necessidade do usuário. O adaptador (órtese) para teclado (Fig. 12 – Anexo 03) possui desenho ergonômico. As órteses geralmente são prescritas/fabricadas/adaptadas por médicos (geralmente ortopedistas e fisiatras), fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Por tanto, auxiliam o membro acometido durante a reabilitação. Elas controlam, preservam, modificam e aumentam a mobilidade com o intuito de corrigir desvios e contraturas articulares, retrações tendinosas. As órteses proporcionam tratamentos menos dolorosos, mais modernos e períodos de reabilitação muitas vezes mais curtos, possibilitando um retorno mais rápido ao trabalho e às atividades de vida diária como digitar, escovar os dentes ou pentear os cabelos. Atendendo tanto as pessoas com deficiência nos membros superiores quanto as com traumas e lesões.


29

7.3. Anatomia do Pé

O pé é a única parte do corpo em contacto com o chão quando estamos de pé ou nos mexemos, e desempenham diferentes funções: •

Actuam como amortecedores;

Ajudam-nos a manter o equilíbrio sobre superfícies desiguais e

Proporcionam-nos a propulsão, elasticidade e flexibilidade necessárias

para caminhar, saltar e correr.

Segundo estudos feitos pela UFSC, o pé humano é composto de 26 ossos assim distribuídos: sete ossos do tarso (tálus, calcâneo, cubóide e os três cuneiformes); cincos ossos do metatarso; 14 falanges (três para cada um dos dedos, exceto para o hálux, que tem apenas duas). 14 (UFSC)

Os ossos são mantidos unidos através dos ligamentos, que se totalizam em um número de 107, formando as articulações. No pé, as articulações são em número de 33: articulação superior do tornozelo, articulação subtalar, articulação transversa

do

tarso,

articulações

tarsometatarsianas,

articulações

metatarsofalangeanas, articulações interfalangeanas. O astrágalo, ou osso do tornozelo, está conectado com os dois ossos longos da perna inferior formando a articulação que permite que o pé se mexa para cima e para baixo. Os movimentos do pé são realizados pelos músculos. Segundo estudiosos da UFSC, os músculos são classificados em extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos possuem origem abaixo do joelho e inserção no pé, e realizam os movimentos do tornozelo como dorsiflexão, a plantiflexão, a inversão e eversão, além de atuarem na movimentação dos artelhos (dedos). Os músculos intrínsecos são representados pelos que se originam abaixo da articulação do tornozelo, podendo situar-se no dorso ou na planta do pé, estes músculos realizam a movimentação dos artelhos. (UFSC)

14

UFSC,

Universidade

Federal

de

Santa

Catarina.

www.hu.ufsc.br/.../anatomia.html. Acesso em: 28 mai. 2011.

Anatomia

do

Pé.

Fonte:


30

Portanto, os músculos têm várias funções importantes. Movem os pés, levantam os dedos, estabilizam os dedos no chão, controlam os movimentos do tornozelo e suportam o arco. Em Anexo 04 uma figura apresentada pela UFSC para representar partes do pé humano, como articulações, músculos, tendões e ossos. (fig. 13) Os tendões unem os músculos com os ossos e as articulações. O maior é o tendão de Aquiles, que se estende desde o músculo do gémeo até ao calcanhar e permite correr, saltar, subir escadas e ficar em bicos de pé. Já os ligamentos mantêm os tendões no seu sítio e estabilizam as articulações. O mais comprido do pé é a fascia plantar, que forma o arco entre o calcanhar e os dedos e permite manter o equilíbrio e caminhar.

Os dedos do Pé Suas nomenclaturas são: Primeiro pododactilo ou mais especificamente hálux, segundo pododáctilo, terceiro pododáctilo, quarto pododáctilo, quinto pododáctilo. Pododactilo é sinônimo de "dedo do pé".

A pele da parte interna dos dedos, tem uma elevada concentração de terminais nervosos, tornando-os os centros do sentido do tato; isto permite, por exemplo, a leitura em Braille. Para, além disso, esta pele tem uma textura especializada para a preensão, que dá origem às impressões digitais.

7.3.1. Cinesiologia dos Pés

A cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos. De forma mais específica, estuda os movimentos do corpo humano. Portanto, os movimentos dos pés e tornozelos são denominados: Dorsiflexão, Plantiflexão, Inversão, Eversão, Abdução, Adução, Pronação e Supinação, estes serão explicados abaixo, segundo o estudo anatômico da UFSC. Dorsiflexão é o movimento de aproximação do dorso do pé à parte anterior da perna. A amplitude desse movimento é em torno de 20°. Os músculos que atuam neste movimento são o tibial anterior, o extensor longo dos dedos e o fibular terceiro. Plantiflexão consiste em abaixar o pé procurando alinhá-lo em maior eixo com a perna, elevando o calcanhar do chão. A amplitude média desse movimento é de


31

50°. Esse movimento é realizado principalmente pelos músculos sóleo e gastrocnêmios. (Imagem em Anexo 04, fig.14) Inversão ocorre quando a borda medial do pé dirige-se em direção a parte medial da perna. A amplitude máxima deste movimento é de 20°. Realizado principalmente

pelo

músculo

tibial

posterior,

e

auxiliado

pelos

músculos

gastrocnêmios, sóleo e flexor longo dos dedos. Eversão ocorre quando a borda lateral do pé dirige-se em direção a parte lateral da perna. A amplitude máxima é de 5°. Realizado principalmente pelos músculos fibular curto e longo, auxiliado pelos músculos extensor longo dos dedos e fibular terceiro. (Em Anexo 04, fig. 15) Abdução é o movimento que ocorre no plano transverso, com os artelhos apontando para fora. A adução consiste no movimento oposto, de apontar os artelhos para dentro. (Em anexo 04, fig. 16) Pronação este movimento é triplanar, ocorre com uma combinação de movimentos sendo formado por uma eversão do calcâneo, abdução e dorsiflexão, onde o calcâneo move-se em relação ao tálus. (Em anexo 04, fig.17) Supinação é o oposto da pronação, ocorrendo uma inversão do alcâneo, adução e flexão plantar. (Em anexo 04, fig.18)

7.3.2. Medidas ergonômicas

Para um completo levantamento de dados, é indispensável informações sobre assentos e modos de se sentar. Como o presente projeto se destina a ambientes onde haja computadores, os dados a seguir são referentes a escritórios. Segundo Henry Dreyfuss Associantes, uma cadeira de escritório universal é mais complicada do que a cadeira de jantar porque deverá acomodar duas posturas, uma ereta e a outra descontraída. A postura descontraída simula um assento de automóvel, que quem muitos adultos preferem. (ASSOCIANTES,2005)

A borda frontal do assento deve ser 125 mm mais larga, passando de 370 mm para 495 mm, de modo a acomodar qualquer adulto. A profundidade do assento dever ser 406mm, de modo a acomodar qualquer adulto. A largura do assento deve


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ser de 406 a 560 mm. Ajuste de ângulo do assento: 0-15°, em relação à horizontal. A cadeira deve ser giratória e ter cinco ou seis pés, para ter estabilidade. Os usuários gostam tanto de uma postura ereta para períodos curtos quanto de uma postura relaxada que lembra um assento de automóvel para períodos mais longos. Por tanto, as medidas variam do homem alto do percentil 99 da população norte – americana á mulher baixa do percentil 1 da população norte-americana. A seguir, figuras ilustrativas das mediras referentes.


33

Fig. 19 Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Påg. 54


34

Fig. 20 Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Påg. 55


35

Baseado nos diagramas de controle com os pés em veículo de Henry Dreyfuss, pode-se tomar como base algumas medidas de ângulos de conforto, comprimento e largura dos pés. Abaixo, ilustrações dos ângulos de conforto e das medidas dos pés.

Controles com os pés em veículos. Fig. 21 Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 75.


36

Movimentos angulares dos componentes corporais. Fig. 22 Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Påg. 35.


37

Medidas dos pés. Fig. 23. Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 75.


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7.4. Legislações

A partir da década de 80 surgem as leis que visam garantir e assegurar todas as pessoas portadoras de deficiência e voltadas para a sua reinserção na sociedade. A Lei nº 7.853, de 24 de Outubro de 1989, dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua interação social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Cabendo o Poder Público e seus órgãos assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pelo exercício de seus direito básico. (Lei em Anexo 05) Já a Lei n° 7.405, de 12 de Novembro de 1985, torna obrigatória a colocação de “Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências. (Em Anexo 06)

7.5. Normas Técnicas

A Associação Brasileira de Normas Técnicas formulou normas específicas para acessibilidade, fundamentadas nos referidos instrumentos jurídicos, que vêm apoiar a execução de projetos que objetivem a realização de intervenções arquitetônicas urbanísticas e nos meios de transportes, por parte dos diferentes agentes políticos da sociedade. A ABNT NBR 9050 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB–40), pela Comissão de Edificações e Meio (CE–40:001.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09 de 30.09.2003, com o número Projeto NBR 9050. Esta Norma (NBR 9050) estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. Para os efeitos desta Norma, algumas definições são aplicadas como: Deficiência: Redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade e de utilização


39

de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos, em caráter temporário ou permanente. Desenho universal: Aquele que visa atender à maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população. Elemento: Qualquer dispositivo de comando, acionamento, comutação ou comunicação. São exemplos de elementos: telefones, intercomunicadores, interruptores, torneiras, registros, válvulas, botoeiras, painéis de comando, entre outros. Superfície de trabalho: Área para melhor manipulação, empunhadura e controle de objetos. Tecnologia assistiva: Conjunto de técnicas, aparelhos, instrumentos, produtos e procedimentos que visam auxiliar a mobilidade, percepção e utilização do meio ambiente e dos elementos por pessoas com deficiência. (ABNT NBR 9050, 2004)

Parâmetros antropométricos Para a determinação das dimensões referenciais, foram consideradas as medidas entre 5% a 95% da população brasileira, ou seja, os extremos correspondentes a mulheres de baixa estatura e homens de estatura elevada.

Aplicação dos ângulos de alcance visual Nos parâmetros antropométricos estabelecidos pela ABNT, é apresentada a aplicação de ângulos de alcance visual. A figura 24, exemplifica em diferentes distâncias horizontais a aplicação dos ângulos de alcance visual para pessoas sentadas.


40

Fig.24 Cones visuais da pessoa sentada – Fonte: ABNT

A ABNT alerta que, Informações visuais devem seguir premissas de textura, dimensionamento e contraste de cor dos textos e das figuras para que sejam perceptíveis por pessoas com baixa visão. As informações visuais podem estar associadas aos caracteres em relevo. (ABNT NBR 9050, 2004, pg.15.)

Por tanto, a legibilidade de textos depende da iluminação do ambiente, do contraste e da pureza da cor. Assegura que: •

Deve haver contraste entre a sinalização visual (texto ou figura e fundo)

e a superfície sobre a qual ela está afixada, cuidando para que a iluminação do entorno - natural ou artificial - não prejudique a compreensão da informação.


41

Os textos e figuras, bem como o fundo das peças de sinalização,

devem ter acabamento fosco, evitando-se o uso de materiais brilhantes ou de alta reflexão. •

A visibilidade da combinação de cores pode ser classificada de forma

decrescente em função dos

contrastes.

Recomenda-se

utilização

de

cor

contrastante de 70% a 100% (claro sobre escuro ou escuro sobre claro). A tabela 01 apresenta exemplos de contraste de cor em função da iluminação do ambiente. E a tabela 02, a conclusão.

Tabela 01 – Fonte: ABNT


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Tabela 02 – Fonte: ABNT

Por tanto, quando a sinalização for retroiluminada, o fundo deve ter cor contrastante, a figura e o texto devem ser translúcidos e a luz deve ser branca. E quando for necessária a adaptação a pouca luz pelo observador, deve ser utilizado texto ou figura clara sobre fundo escuro, mantendo-se o contraste.

Letras e números – Dimensionamento A dimensão das letras e números devem ser proporcionais à distância de leitura, obedecendo à relação 1/200. Recomenda-se que textos e números obedeçam às seguintes proporções, conforme figura 25. a) largura da letra = 2/3 da altura; b) espessura do traço = 1/6 da altura (caractere escuro sobre fundo claro) ou 1/7 da altura (caractere claro sobre fundo escuro); c) distância entre letras = 1/5 da altura; d) distância entre palavras = 2/3 da altura e e) intervalo entre linhas = 1/5 da altura (a parte inferior dos caracteres da linha superior deve ter uma espessura de traço distante da parte superior do caractere mais alto da linha de baixo); f) altura da letra minúscula = 2/3 da altura da letra maiúscula.


43

H = Altura da letra maiúscula h = Altura da letra minúscula Fig. 25 Proporções de textos e números Fonte: ABNT

Figura O desenho das figuras deve atender às seguintes condições: a) contornos fortes e bem definidos; b) simplicidade nas formas e poucos detalhes; c) forma fechada, completa, com continuidade; d) estabilidade da forma e e) simetria. Para a sinalização interna dos ambientes, a dimensão mínima das figuras deve ser de 15 cm, considerando a legibilidade a uma distância máxima de 30 m. Para distâncias superiores deve-se obedecer à relação entre distância de leitura e altura do pictograma de 1:200.

Braille As informações em Braille devem estar posicionadas abaixo dos caracteres ou figuras em relevo. O arranjo de seis pontos e o espaçamento entre as celas Braille, conforme figura 26, devem atender às seguintes condições: a) diâmetro do ponto na base: 2 mm; b) espaçamento vertical e horizontal entre pontos – medido a partir do centro de um ponto até o centro do próximo ponto: 2,7 mm; c) largura da cela Braille: 4,7 mm; d) altura da cela Braille:7,4 mm; e) separação horizontal entre as celas Braille: 6,6 mm; f) separação vertical entre as celas Braille: 10,8 mm e g) altura do ponto: 0,65 mm.


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Dimensões em milímetros

Vista superior

Corte

Fig. 26 Cela Braille Fonte: ABNT

7.6. Desenho Acessível e Desenho Universal

Desenho Acessível O movimento pela eliminação de barreiras arquitetônicas surgiu no início da década de 60. Segundo Sassaki, algumas universidades americanas foram pioneiras em se preocupar com a existência de barreiras físicas nos próprios prédios escolares, nos espaços abertos dos campi e nos transportes universitários e urbanos. (SASSAKI, 1997, pg.138)

Inicialmente o movimento procurou chamar a atenção da sociedade para a existência desses obstáculos e para a necessidade de elimina-los ou, pelo menos, reduzi-los ao mínimo possível. Foi aí que se começou a falar em ‘adaptação do meio físico’. O desenho acessível é um projeto que leva em conta a acessibilidade voltada especificamente para as pessoas portadoras de deficiência física, mental, auditiva, visual ou múltipla, de tal modo que elas possam utilizar, com autonomia e independência, tanto os ambientes físicos (espaços urbanos e edificações) e transportes, agora adaptados, como os ambientes e transportes construídos com acessibilidade já na fase de sua concepção.


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O desenho acessível é também conhecido como ‘desenho sem barreira’ ou ‘arquitetura sem barreiras’. Os produtos e ambientes feitos com desenho acessível sinalizam que eles são destinados exclusiva ou preferencialmente para pessoas com deficiência, pois suas aparências lembram algo médico, institucional ou, em todo caso, especial. Sassaki afirma que nesse sentido, “eles são estigmatizantes apesar de bem-vindos.” As figuras 27 e 28 são exemplos de produtos acessíveis. A figura 27 são teclados com letras maiores e com um acrílico protetor das teclas chamado Colméia. A figura 28 são mouses especiais. (Figuras em Anexo 06)

Desenho Universal Para o arquiteto Steinfeld, “o desenho universal abrange produtos e edifícios acessíveis e utilizáveis por todos, inclusive pelas pessoas com deficiência” (STEINFELD, 1994, p. 87), daí ser ele diferente do desenho acessível. Segundo Sassaki, “o desenho universal não é uma tecnologia direcionada apenas aos que dele necessitam; é para todas as pessoas.” (SASSAKI, 1997, pg.138) A idéia do desenho universal é evitar a necessidade de ambientes e produtos especiais para pessoas com deficiência, no sentido de assegurar que todos possam utilizar todos os componentes do ambiente e todos os produtos. Steinfeld afirma que há quatro princípios básicos do desenho universal: • Acomodar uma grande gama antropométrica, e isto significa acomodar pessoas de diferentes dimensões: altas, baixas, em pé, sentadas etc.; • Reduzir a quantidade de energia necessária para utilizar os produtos e o meio ambiente; • Tornar o ambiente e os produtos mais abrangentes; • A idéia do desenho de sistemas, no sentido de pensar em produtos e ambientes como sistemas, que talvez tenham peças intercambiáveis ou a possibilidade de acrescentar características para as pessoas que têm necessidades especiais.

Porém, Ana Claudia Carletto e Silvana Cambiaghi asseguram que conceitos criados por Ron Mace e defendidos por um grupo de arquitetos na década de 90 são mundialmente adotados como os sete princípios do desenho universal adotados para qualquer programa de acessibilidade plena. São eles: 1. Igualitário – Uso equiparável


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São espaços, objetos e produtos que podem ser utilizados por pessoas com diferentes capacidades, tornando os ambientes iguais para todos. 2. Adaptável – Uso flexível Design de produtos ou espaços que atendem pessoas com diferentes habilidades e diversas referências, sendo adaptáveis para qualquer uso. 3. Óbvio – Uso simples e intuitivo De fácil entendimento para que uma pessoa possa compreender, independente de sua experiência, conhecimento, habilidades de linguagem, ou nível de concentração. 4. Conhecido – Informação de fácil percepção Quando a informação necessária é transmitida de forma a atender as necessidades do receptador, seja ela uma pessoa estrangeira, com dificuldade de visão ou audição. 5. Seguro – Tolerante ao erro Previsto para minimizar os riscos e possíveis conseqüências de ações acidentais ou não intencionais. 6. Sem esforço – Baixo esforço físico Para ser usado eficientemente, com conforto e com o mínimo de fadiga. 7. Abrangente – Dimensão e espaço para aproximação e uso Que estabelece dimensões e espaços apropriados para o acesso, o alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, anões etc.), da postura ou mobilidade do usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê, bengalas etc.). 15

Os produtos e ambientes feitos com desenho universal ou inclusivo não parecem ser especialmente destinados a pessoas com deficiência. Eles podem ser utilizados por qualquer pessoa, deficiente ou não. É até possível que pessoas nãodeficientes nem percebam, nesses produtos ou ambientes, certas especificidades que atendem às necessidades de pessoas com deficiência.

7.7. Tecnologia Assistiva

Segundo Bersch, Tecnologia Assistiva – TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão. (BERSCH, 2008)

No entanto, a Tecnologia Assistiva é uma ferramenta de auxilio a inclusão, que possibilitará ás pessoas com necessidades especiais maior alcance ás funções desejadas, independência, qualidade de vida e acesso á sociedade e seus benefícios, “através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho”. (BERSCH, 2008) 15

BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil, Porto Alegre, RS, 2008.


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A termologia usada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência define Tecnologia Assistiva como um “conjunto de medidas adaptativas ou equipamentos que visam a facilitar a independência funcional das pessoas com deficiência”. 16 Já Sassaki, assegura que seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). 17 (SASSAKI apud BERSCH, 2011)

Visando facilitar a vida de pessoas portadoras de deficiências, melhorando sua funcionalidade, alem das funções e estruturas do corpo, oportunizando à participação em atividades, a TA oferece recursos que segundo Bersch e Sartoretto, podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. 18 (BESCH e SARTERETTO, 2011)

E também, declaram que “os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas”, tais como: • • • • • • • • 16

Fisioterapia Terapia ocupacional Fonoaudiologia Educação Psicologia Enfermagem Medicina Engenharia

Ministério da Saúde, Portal da Saúde – O que é Reabilitação. 2005. Fonte: http://www.min-

saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/reabilitacao/reabilitacao.htm. Acesso em: 25 maio 2011. 17 18

Fonte: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html. Acesso em: 30 maio 2011. Fonte: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo. Acesso em: 31 maio 2011.


48

• Arquitetura • Design • Técnicos de muitas outras especialidades (BESCH e SARTERETTO, 2011)

Em 16 de novembro de 2006, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH/PR, através da portaria nº 142, instituiu o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, a estruturar diretrizes a favor da Tecnologia Assistiva, fazendo pesquisas em vários paises sobre o tema e propondo a criação de cursos na área de tecnologia assistiva, assim como o desenvolvimento de outras ações com o objetivo de formar recursos humanos qualificados. O Brasil vem trabalhando pela construção de um sistema educacional inclusivo, visto a dimensão da deficiência no país em 2000, comprovado pelo Censo Demográfico IBGE/2000, que confirmam em números quantitativos desta dimensão: População total: 169.872.856 População com deficiência: 24.600.250 População de 0 a 17 anos com deficiência: 2.850.604 0 a 4 anos: 370.530 5 a 9 anos: 707.763 10 a 14 anos: 1.083.039 15 a 17 anos: 689.272 18 a 24 anos: 1.682.760 (IBGE, 2000)

7.8. Materiais

Segundo Ashby e Johnson, os “materiais são a matéria –prima do design”, afirmam que é essencial que os designers estejam atentos a evolução e o surgimento de novos materiais. Pois, nunca houve uma era na qual a evolução dos materiais tenha sido mais rápida e o âmbito de suas propriedades mais variado. O cardápio de materiais se expandiu com tanta rapidez que os designers podem ser perdoados por não saberem da existência de metade deles. Porém, para o designer, não saber é risco de fracasso: o que permite o design inovador é a exploração imaginativa de novos materiais ou de materiais aprimorados. (ASHBY e JOHNSON, 2010)

No entanto, em razão da idéia de sustentabilidade, as pessoas estão mais conscientes das questões relacionadas à seleção de materiais. Com tudo, a seguir, possíveis materiais para o produto a ser projetado.


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Poliuretano (PU) – Rígido O poliuretano ( PU), visto pela indústria Plastecno -Representações e Comércio Ltda. é um plástico de engenharia, que substitui com muitas vantagens a borracha e outros plásticos, graças às suas características: - Excelente resistência ao desgaste. - Ótima resistência ao rasgo e a sua propagação. - Boa elasticidade. - Baixo coeficiente de atrito. - Excelente capacidade de suportar grandes cargas(tração e compressão) sem deformações. - Baixo índice de absorção de umidade. - Boa absorção de vibrações. - Boa resistência ao impacto. - Boa resistência ao encvelhecimento precose provocado pelo calor e umidade. - Boa resistência à ataques químicos: resiste bem a óleos, solventes, graxas, benzina e benzeno. - Não resiste a ácidos concentrados, soluções alcalinas, álcool, hidrocarbonetos clorados e amoniaco. - Nas durezas mais baixas, não é indicado para usinagem. - Sofre ação de raios ultravioleta (oxida-escurece). 19

Ashby e Johnson certificam que “as espumas de PU são baratas, fáceis de conformar, e têm bom desempenho estrutural e boa resistência a hidrocarbonetos”. Usos Típicos: Acolchoados e assentos, embalagem, solas de calçados de corrida, pneus, rodas, mangueiras de combustíveis, engrenagens, mancais, rodas, parachoques de carros, adesivos, revestimentos de tecidos para infláveis, correias de transmissão, diafragmas, revestimentos residentes à lavagem a seco, móveis, isolamento térmico em refrigeradores e freezers. (ASHBY e JOHNSON, 2010, pg. 225)

Atributos Ecológiocos: Possui alto poder de reciclagem e o conteúdo de energia, MJ/ kg 110-118.

Polipropileno (PP) Polipropileno (PP) ou polipropeno é um polímero ou plástico, derivado do propeno ou propileno. Para Ashby e Johnson o “PP grau padrão é barato, leve e dúctil, mas tem baixa resistência”. O polipropileno é um tipo de plástico que pode ser moldado usando apenas aquecimento, ou seja, é um termoplástico. Possui 19

http://www.plastecno.com.br/produtos.php?categoria=83. 3.5.2011.


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propriedades muito semelhantes às do polietileno (PE), mas com ponto de amolecimento mais elevado. Suas principais propriedades são: - Baixo custo; - Elevada resistência química e a solventes; - Fácil moldagem; - Fácil coloração; - Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga; - Boa resistência ao impacto acima de 15 °C; - Boa estabilidade térmica e - Maior sensibilidade à luz UV e agentes de oxidação, sofrendo degradação com maior facilidade. (ASHBY e JOHNSON, 2010)

Segundo Michael Ashby e Kara Johnson, o PP “é excepcionalmente inerte e fácil de reciclar, e pode ser incinerado para recuperar a energia que contém”. Atributos Ecológicos: Apresenta potencial médio de reciclagem, conteúdo de energia, MJ/KG 76-84 Pode ser usado em: brinquedos; bumerangues; copos plásticos; recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos; calças para eletrodomésticos; fibras; Saca-rolhas; filmes orientados; tubos para cargas de canetas esferográficas; carpetes; seringas de injeção; material hospitalar esterilizável; como Invólucro para materiais

altoclavaveis;

autopeças

(pára-choques,

pedais,

carcaças

de

baterias,interior de estofos, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo). Peças para máquinas de lavar; material aquático(pranchas de bodyboard) e cabos para ferramentas manuais.

Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) O ABS é rígido, resistente e fácil de moldar. Tem a mais alta resistência ao impacto de todos os polímeros. É bom para colorir e é possível obter metálicos integrais (como o Plastics’Magix da GE). Podem ser aplicado em: Indústria automobilística (painéis, frisos, maçanetas, protetores laterais e frontais de para choques); eletrodomésticos; tubos de ABS (transporte de fluídos a altas pressões); teclado de impressora, gabinetes de computadores, telefones e televisores; carcaças de rádios e calculadoras. Suas vantagens são: resistência química, alta HDT, alto brilho, facilidade de processamento, característica de não manchar, custo/propriedades e excelente acabamento superficial.


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Atributos Ecológicos: Apresenta potencial médio de reciclagem e conteúdo de energia, MJ/kg 95-104.

Alumínio O alumínio é o elemento metálico mais abundante na crusta terrestre (8,13 %), logo a seguir ao oxigênio e silício, o terceiro elemento mais abundante. As ligas de alumínio são leves, podem ser fortes e é fácil de trabalhar com elas. O alumínio puro tem condutividade elétrica e condutividade térmica notáveis e é relativamente barato. É um metal leve, macio e resistente. Possui um aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina camada de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao ar. O alumínio não é tóxico como metal, não-magnético, e não cria faíscas quando exposto a atrito. Pode ser usado em: condutores elétricos e térmicos, papel de alumínio, chassis fundidos em matriz para eletrodomésticos e eletrônicos, latas de sumos, forros e divisórias para a construção civil em construções. É usado também na engenharia automotiva e na engenharia aeroespacial. Ashby e Johnson afirmam que, “o minério de alumínio é abundante. A extração do alumínio demanda muita energia, mas ele é fácil de reciclar com baixo custo em energia.” Atributos ecológicos: Apresenta alto potencial de reciclagem e o conteúdo de energia, MJ/kg 235-335.

Borracha e Elastômero Jim define borracha como, um material capaz de recuperar-se, rápida e forçadamente, de uma grande deformação. Em seu estado modificado, leva até 1 minuto para retrair-se menos de uma vez e meia seu comprimento natural após ter sido esticado, à temperatura ambiente, a um tamanho duas vezes maior que seu tamanho e mantido por 1 minuto antes da liberação. (LESKO, 2004)

Já o Elastômero, é definido como “um material macromolecular que, à temperatura ambiente, é capaz de recobrar-se substancialmente tanto em forma quanto em tamanho após a remoção de uma força deformante.” No entanto, a diferença entre a borracha e o elastômero é baseada no tempo necessário para uma


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amostra deformada retornar ao seu tamanho inicial após ser retirada a força de deformação.

Borracha Natural A borracha natural é o produto primário da coagulação do látex da seringueira, é um elastômero de uso geral excelente e barato, com grande capacidade de estiramento e propriedades que permitem o uso de -50°C a 115°C. Segundo Lesko, é a borracha mais indicada para propósitos gerais, possui alta deformidade com resistência enquanto deformada, a temperatura de serviço varia entre 65 a 250° F (aprox. 18 a 120°C). (LESKO, 2004, pg. 229)

Usada em pneus, molas, suportes e absorventes de energia, vedantes, isolantes, acoplamentos, rolamentos e brinquedos.

Borracha Natural Sintética (Produzida Artificialmente) A borracha sintética, o Poliisopreno Sintético, é o material que mais se assemelha a borracha natural, porem, é produzida a partir de derivados de petróleo. Tanto uma como outra tem como polímero fundamental o poli-isopreno. A diferenciação se dá por adição de pigmentos e processos de vulcanização com graus distintos. Seus usos são os mesmos da borracha natural. Dentre as borrachas sintéticas, destaca-se o Polibutadieno e dentre os Elastômeros o Propileno-Etileno(EP, EPM, EPDM) para o uso em materiais que precisam de baixa deformação. O Polibutadieno apresenta maior resiliência que a borracha natural e a supera quanto à flexibilidade a baixa temperatura. É utilizado em pneus, amortecedores de vibração, além de solas, correias transportadoras e de transmissão, revestimento de rolos e outras aplicações que necessitem de um composto com resistência à reversão. E os Elastômeros Propileno-Etileno, têm boa resiliência, mínima deformação por compressão e boa resistência a produtos químicos. É usado em calçados, cintos, mangueiras e isolamento elétrico. Atributos Ecológicos: Todas as borrachas aqui citadas possuem baixo potencial de reciclagem.


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7.9.

AACD

Afim de obter dados sobre o público alvo do presente projeto, foi feita uma visita a AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente, sediada no Rio de Janeiro, que oferece total assistência na reabilitação de pessoas com deficiência física. Além de conhecer os setores e a estrutura do local. Através de uma conversa com a terapeuta ocupacional, Sulla Oliveira, que se ocupa em planejar e organizar o quotidiano do paciente na realização de atividades diárias, melhorando o desempenho funcional e reduzindo desvantagens, foram pontuadas melhorias na operação de teclados, baseando-se em princípios percebidos e estudados por ela. Segundo Sulla Oliveira, as pessoas com malformações congênitas, em geral, tem um membro e o outro não, ou em especial, não tem os dois, elas mesmos fazer a escolha de como vão manusear os objetos. E nós profissionais, deixamo-os livres pra que façam a melhor escolha. São feitos alguns tipos de adaptações com a boca, adaptações que encaixem no coto, ou então com os próprios pés, na maioria dos casos eles acabam elegendo os pés pelo fato de serem mais funcionais nessa forma. E isso varia de paciente para paciente, cada um se adapta da forma mais funcional no dia-a-dia. Para o treinamento, são escolhidos objetos mais leves e mais fáceis de serem manuseados, para junto ao paciente, escolher o melhor jeito de manuseá-los. As atividades do dia-a-dia são trabalhadas na Terapia Ocupacional de forma que, tenta-se apresentar essas atividades da maneira mais natural possível, inclusive a AACD possui uma sala de AVD (Atividade de Vida Diária), que simula o ambiente familiar do paciente, já que não se tem a possibilidade de estar na casa dele para visualizar suas dificuldade. Nessa sala há objetos como cama, microondas e geladeira, adaptando o paciente a esses lugares. Se o paciente não consegue abrir a geladeira, adapta-se uma alça na parte inferior, para que ele consiga com o pé puxa-la. Fotos em Anexo 07 (figs. 29 e 30) A falta de equilíbrio do tronco é um dos problemas mais encontrados na operação com os pés; o paciente precisa ter um tronco muito forte para que consiga o domínio de trazer o membro inferior até a boca. Exemplo: como levar a colher até a boca, se ele não apresentar um bom equilíbrio e fortalecimento muscular, perderá o controle e o alimento que estiver na colher irá cair. Segundo Sulla, isso não impede o paciente de executar essa atividade, se o mesmo não conseguir esse


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fortalecimento, é posicionado em uma cadeira com apoio para as costas para que ele consiga o controle. Porém, nem sempre o paciente terá esse apoio, pensando nisso, tenta-se simular locais diferentes para treiná-lo. Sulla afirma que, os pacientes que não possuem ou não apresentam habilidades com os membros superiores, manuseiam os teclados com os pés, da mesma que fariam com as mãos. Em alguns casos precisam de um auxílio, usando uma prancha inclinada para melhor visualização das teclas, colocam um lápis entre os dedos e teclam. Na Associação não há teclados e mouses específicos para esses pacientes, por isso, utilizam-se de uma colméia, isto é, uma placa adaptável de papelão que possui furos, possibilitando direcionar o lápis ou o dedo ás teclas. Fotos em Anexo 07 (figs. 31, 32 e 33). Quanto aos pacientes que utilizam os próprios dedos para praticar essa ação, Sulla afirma que, possuem os dedos dos pés diferentes das pessoas que não o utilizam dessa forma, eles são compridos e apresentam um espaço maior entre um e outro, justamente por utilizarem como se utilizam os dedos das mãos, por tanto, o corpo acaba se modificando. A terapia ocupacional não apresenta um atendimento específico a essas pessoas, pois cada paciente é único, a adaptação se modifica conforme a resposta do paciente. Mas, o treinamento de controle do tronco, de fortalecimento do tronco, é aplicado em todos. Esse é feito com uma bola ou um rolo. É necessário fazer-se um preparo, isto é, exercícios antes para mais a frente trabalhar com as adaptações.

7.10. Similares

Similares são produtos existentes no mercado que possuem características, funções e/ou estética que referenciam o produto ao qual será projetado. Foram levantados nove similares. Abaixo, a ficha de cada um para posteriormente ser feito a análises de funções e estruturais dos mesmos.


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8. ANÁLISE DOS DADOS

8.1. O Usuário

Não é possível definir o usuário pelas suas limitações, pois cada um possui diferentes maneiras de se reabilitar. Com base na pesquisa feita até então, pode se afirmar que há diferenças nas formas de se manusear objetos, muitos usam os dedos dos pés para exercer a função, enquanto outros necessitam de objetos de apoio, fazendo adaptações. Portando, o atual projeto se destina tanto às pessoas com malformações congênitas de membros superiores, quanto às amputadas. Muitos utilizam o auxílio de próteses e órteses, quando possível, mas nem sempre estes oferecem movimentos precisos para digitar em um teclado ou manusear um mouse e sentem dificuldades em exercer essas atividades, com isso procuram se adaptar aos produtos existentes ou fazer adaptações utilizando outros objetos.

8.2. O Produto

Visto as normas apresentadas pela ABNT, pode-se se referenciar em dados que possibilitam melhor visualização das teclas como foi apresentado na aplicação dos ângulos de alcance visual, respeitando o limite do alcance da visão da pessoa sentada até o chão. Os contrastes entre as letras e o fundo apresentados nas tabelas 01 e 02, permite que o usuário tenha melhor visualização das teclas á distância. Segundo a ABNT as letras nesse caso devem ser proporcionais à distância obedecendo à relação 1/200 e as figuras com contornos firmes e bem definidos, com formas simples e com poucos detalhes. O desenho acessível possibilita aos portadores de necessidades especiais a acessibilidade e a inclusão em ambientes com arquitetura adaptada e ao acesso a produtos projetados especialmente para essas pessoas, já o desenho universal amplia o grupo de usuários projetando um produto de uso abrangente e apresentando uma estética diferenciada do desenho acessível, mais original e sem destinatário definido, isto é, se destinando a todas as pessoas sem distinção.


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8.3. Similares

Os similares apresentados possuem características diferentes, como: •

Conexão Bluetooth;

Sistema de gerenciamento de energia;

Tecnologia Multi-Touch;

Mecanismo de controle a laser;

Estrutura selada, á prova de água;

Configuração expandida, variação de ângulo de inclinação;

Acessibilidade;

Material flexível;

Material leve;

Design flexível;

Tecnologia BlueTrack™ e

Projeção ergonômica.

No entanto, são divididos em teclados e mouses e dispositivos que apresentam as operações em um só produto. Dentre todos, os relevantes para as análises são o Teclado Sem Fio da Apple e o Magic Mouse da Apple. O teclado apresenta boa inclinação para maior conforto, formas simplificadas, dando clareza e transparecendo leveza. Material resistente ao impacto e conexão bluetooth que permite a locomoção do produto. Porém, sendo projetado para as mãos, ele não possui dimensionamento adequado para os pés e nem suporte de apoio para os mesmos. Abaixo, as análises das funções e as análises estruturais, respectivamente, do Teclado Sem Fio.


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O Magic Mouse, por ser projetado para a mão, acomoda confortavelmente a palma da mão, por isso, não se adapta ao pé, tem um design simples, não possui fios, portanto, possibilita a fácil locomoção, a área Multi-Touch abrange toda a superfície superior, oferecendo movimentação livre para o controle do mouse. A baixo, as análises das funções e as análises estruturais, respectivamente, do Magic Mouse.


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8.4. Materiais

Os materiais levantados foram: o Poliuretano (PU) rígido, o Polipropileno (PP), o Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS), o Alumínio, a Borracha e o Elastômero. O PU, PP o ABS são termoplásticos resistentes a impacto, porém, o PP e o ABS possuem médio potencial de reciclagem, enquanto que o Poliuretano apresenta alto potencia. O Alumínio apresenta mais leveza entre os metais, além de ser resistente e apresentar alto potencial de reciclagem. A Borracha e o Elastômero são materiais que possuem baixo potencial de reciclagem, mas, são resistentes a deformação, permitem a adição de pigmentos e geralmente são utilizados como amortecedores.


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9. SÍNTESE

Serão apresentados aspectos relevantes, pré-definidos, do novo produto através de características relacionadas às funções práticas de uso, funções de linguagem, normas, materiais e ecologia. Obtendo de todas as análises feitas, elementos primordiais para a construção de um produto que atenda as necessidades do usuário e agregue valor diante ao mercado. De acordo com as funções práticas de uso, o produto deve atender as seguintes características: •

Resistência a produtos químicos;

Estrutura selada, proteção contra água e resíduos;

Sistema de amortecimento, contra o impacto, levando em consideração

o peso depositado ao pé na operação; •

Estrutura leve, para facilitar a locomoção;

Fixação ao plano de apoio;

Fácil limpeza, pois o ambiente de posicionamento do produto há fácil

contato com resíduos; •

Fácil manutenção;

Mínimo de componentes, para que evite problemas na operação;

Adequação ergonômica, possibilitando a operação em zona de

comporto e dimensionamento das teclas de acordo com as medidas antropométricas dos dedos dos pés; •

Adaptações de pega com o pé, para que o usuário possa locomover o

produto com o pé e •

Conexão do teclado ao computador adaptado para o pé.

De acordo com as questões de linguagem, com relação às questões de signo e estética, vai atender as seguintes características: •

Faixa etária: infantil, adolescente, jovem e adulto;

Formas simplificadas;

Linhas orgânicas, para facilitar o processo de operação e obter mais

conforto do usuário; •

Cores neutras;

Acabamento liso, para que não acumule resíduos em texturas;


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Aparência leve e original.

De acordo com as normas apresentada pela ABNT o produto seguirá as seguintes características: •

Visualização de acordo com o ângulo de alcance para pessoas

sentadas; •

Letras nítidas e com dimensionamento adequado;

Figuras simples e com contornos fortes e

Informações em Braille.

De acordo com os materiais levantados, as possibilidades que existem são de usar um material que atenda a flexibilidade – a borracha ou similar, e um material estruturado, podendo ser o alumínio ou o plástico. Para que haja menos impacto ambiental possível, o material mais indicado é o alumínio. Sendo em alumínio pode ser feito utilizando processos básicos da produção, atendendo as necessidades do produto projetado. E também poderá agregar o plástico com o processo de injeção. A demanda da produção deve ser pequena devido o número de usuários, deve se escolher materiais de baixo custo para que não encareça a produção, assim como o PU e o ABS. Sendo que alguns materiais complementais podem ser utilizados como: silicone, borracha ou acrílico.


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10. ALTERNATIVAS

10.1. Geração

Com base no que ficou definido como requisitos apresentados na síntese, este capítulo vem solucionar os problemas encontrados pelo usuário ao operar o mouse e o teclado tradicional. Além de todo estudo feito, até então, foram levantados produtos operados com os pés, como skates, pedais e descansos para os pés. Procurando nestes, inspirações para formas e mecanismos de regulagem. O método definido para apresentar as primeiras idéias foi gerar a técnica criativa com brainstormig20 e a partir destes escolher as principais possibilidades detalhando-as através de croquis. Foram feitos três brainstorming e os conceitos sugeridos são: leveza, movimento e conforto.

Fig.34 1º Brainstorming

20

Segundo Siqueira, é uma ferramenta para geração de novas idéias, conceitos e soluções para

qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação.


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Calvino, em sua obra “Seis propostas para o próximo Milênio”, identifica seis virtudes a ser transmitida para as gerações vindouras, são elas: Leveza; Rapidez; Exatidão; Visibilidade; Multiplicidade e Consistência. Demarcando o conceito do 1º brainstorming, a leveza dentre as qualidades apresentadas, é associada à idéia de precisão e determinação. Desta forma ela não seria nunca caracterizada por formas vagas e aleatórias; mas sim, representada com formas simples e suaves, de modo que transpareça algo preciso, ágil e claro.

Fig.35 2º Brainstorming

O conceito apresentado no 2º brainstorming vem transmitir ás formas a idéia de movimento, representado por rampas e modelos ajustáveis, com a intenção de promover uma ligação entre compreensão, agilidade de expressão e rapidez na operação. Portanto, pode-se dizer que a rapidez esta ligada diretamente á facilidade de operação, á funcionalidade e á economia de esforços.


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Fig. 36 3º Brainstorming

O conforto entendido como tudo o que constitui o bem-estar material, constitui um dos principais objetivos da ergonomia. No entanto, este conceito define o 3º Brainstorming, representado com linhas curvas sugerindo formas ergonômicas. Oferecendo a ligação entre o produto e usuário, para que haja entrosamento e desperte a afetividade. As formas representadas neste estudo são inspiradas em objetos operados com os pés, são eles: o skate e o apoio para os pés. Vejamo-os, nas figuras a seguir.

Fig.37, Skate - Fonte: http://skatolatras.blogspot.com/2011/04/skate-tambem-e-cultura.html. Fig.38 Descanso para os pés - Fonte: http://www.multilaser.com.br/produtos.php?id=5397. Fig.39. Apoio para o pé - Fonte: http://www.airmicro.com.br/produtos.html


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Assim sendo, a figura 37 é uma imagem do skate operado com o pé sendo pressionado em sua lateral chamada Nose. A figura 38 é um descanso para os pés da marca Multilaser, ergonômico, possui regulagem de altura e inclinação e material resistente. A figura 39 é um apoio para o pé da marca Air Micro, possui regulagem de altura com os próprios pés através de roldana giratória posicionada no centro do apoio e balanço com inclinação que se ajusta de acordo com a postura do usuário.

Porém, foram gerados oito croquis para a análise e combinação das formas, para então executar pré-modelos. Os croquis foram separados em três grupos A, B e C, de acordo com as afinidades de formas e conceitos, a fim de fazer a combinação entre eles e gerar três alternativas, para a execução dos modelos preliminares. Fazem parte do Grupo A as figuras 40, 41 e 42, mostradas a seguir.

Fig.40 Modelo 01

Sua forma é baseada em partes de um skate. Pensando em obter maior conforto na operação e na visualização das teclas, possui uma inclinação proporcionada pelo suporte fixo posicionado debaixo das teclas. Na parte superior


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apresenta uma pega ergonômica para melhor locomoção no teclado. Com touchpad centralizado na parte plana e as teclas de controle do mouse nas laterais.

Fig.41 Modelo 02

Com estrutura fina este modelo apresenta a idéia de leveza, as linhas curvas proporcionam formas orgânicas. Possui angulação de conforto na parte onde ficam as teclas, mouse touchpad plano, as teclas de controle do mouse em uma das laterais e suporte de fixação a superfície de apoio.


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Fig.42 Modelo 03

Proporcionando regulagem na inclinação, este modelo se ajusta ao gosto e necessidade do usuário. Toda a área de operação, tanto as teclas planas quanto o mouse touchpad possui angulação.

Os modelos do Grupo B serão mostrados nas figuras 43, 44 e 45, a seguir.


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Fig.43 Modelo 04

Este modelo apresenta toda a sua estrutura inclinada, o mouse touchpad e as teclas de comando centralizadas. Sua estrutura semelhante a uma rampa dispþe em suas laterais um corte onde proporciona as pegas para melhor locomoção do teclado.


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Fig.44 Modelo 05

Baseado na estrutura e nos mecanismos do descanso para o pé, este modelo proporciona regulagem de inclinação, podendo ser ajustado com a pressão do pé exercida sobre suas laterais, pé ant-derrapante, teclas com luz interna, para melhor visualização na falta de iluminação, mouse touchpad e as teclas de controle centralizados.


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Fig.45 Modelo 06

Sua estrutura fina e curva induz a idéia de leveza. Possui superfície convexa, apoio para o pé, mouse trackball em um dos lados e teclas de controle do mouse uma em cada lateral.

O Grupo C é composto pelos Modelos 07 e 08, mostrados nas figuras 46 e 47 a seguir.


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Fig.46 Modelo 07

O Modelo 07, se dispõe de áreas de descanso para os pés nas laterais com inclinação ergonômica e mouse trackball centralizado.


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Fig.47 Modelo 08

Com formas orgânicas, este modelo proporciona apoio para os pés na lateral com inclinação ergonômica, mouse trackball em uma das laterais e teclas em alto relevo.

10.2. Combinação

A partir das alternativas geradas, foram levantadas as melhores idéias dentro dos grupos divididos e selecionadas as partes apresentadas nos modelos para serem aplicas no projeto. Com isso, foram gerados três modelos, cada um com idéias e formas respectivo de seu grupo. Tendo os dimensionamentos de teclados e de descansos para os pés já existentes para digitador, as medidas das partes do pé e ângulos de conforto para homens e mulheres, foram calculadas e a partir destas definiu-se as medidas do projeto. Com uma mancha gráfica da área de atuação das teclas e do mouse já com as medidas definidas utilizando-se da escala 1/3, proporcionando desenhos


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padronizados, foram desenhados os três modelos gerados pela combinação das alternativas. Segue, abaixo, a mancha gráfica utilizada para padronizar os desenhos.

Fig.48 Mancha Gráfica

A Mancha Gráfica demarcando a área de atuação, o teclado, o mouse e a inclinação com o ângulo de conforto de acordo com os parâmetros ergonômicos sugeridos por Dreyfuss.

A seguir os três modelos sugeridos pelos Grupos A, B e C, respectivamente.


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Fig.49 Modelo Grupo A

Fig.50 Modelo Grupo B


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Fig.51 Modelo Grupo C

A partir dos desenhos exibidos, acima, foram feitos modelos funcionais para a tomada de decisão em relação ao dimensionamento geral das estruturas e as operações; e, a definição do melhor posicionamento dos acessórios. Abaixo imagens dos modelos feitos em papel paraná e isopor, na escala1/1.

Fig.52 Modelo Grupo A. Fig.53 Modelo Grupo B. Fig.54 Modelo Grupo C.

Os modelos funcionais expostos, acima, mostram a combinação das formas de cada grupo.


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10.3. Escolha

A tomada de decisão é definida pelo modelo que melhor cumprir com as necessidades e conforto na operação. Os parâmetros que definem a área de conforto e operacionais, estático e dinâmico, delimitam estas questões de uso. Por tanto, os modelos funcionais permitem que a decisão seja tomada com melhor precisão, pois com estes, foram feitos testes funcionais. Abaixo, imagens que demonstram a operação nos mesmos.

Fig.55 Modelo Grupo A

Essa alternativa aproxima a visualização e o acionamento das teclas, tem estrutura leve, porém o apoio para os pés é muito baixo necessitando de deslocamento de ângulo para operar as teclas.


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Fig.56 Modelo Grupo B

O acionamento é igual ao do Modelo Grupo B, porém a visualização e a operação com o movimento do pé não necessita de uma distensão muito grande, porém exige pequeno esforço. Mas é necessário que tenha um apoio para o pé na parte da frente, nas laterais direita e esquerda com um pequeno adoçamento de curvas na parte final. E o mouse trackball apresentado no Modelo Grupo C se mostrou mais funcional na operação, este deverá substituir o touchpad nesta alternativa.


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Fig.57 Modelo Grupo C

Esta alternativa possui o mouse trackball, sugerido por proporcionar mais conforto na operação, mas, sua estrutura plana dificulta o acionamento e visualização das teclas, forçando o pé e dificultando a leitura das teclas. Suas curvas são muito acentuadas e apresenta uma área maior que a dos outros modelos.

Um dos métodos de definição utilizado neste projeto é a tabela de atributos, onde é exibido os valores atribuídos aos conceitos de cada alternativa, afim de definir a situação ideal. Abaixo, conforme a tabela de atributos.


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Tabela 03 Tabela de Atributos

Das três alternativas com suas variáveis apresentadas, o Modelo Grupo B se mostrou mais confortável e mais operacional. No entanto, no próximo capítulo este modelo será evoluído nos detalhes técnicos a partir dos argumentos levantados, utilizando-se dos artifícios de cada modelo.


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11. DESENVOLVIMENTO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA

11.1. Representação Bidimensional Preliminar

Como ficaram definidos alguns pontos positivos nos modelos funcionais apresentados. A alternativa escolhida terá o apoio para os pés e o mouse trackball sugerido no Modelo Grupo C. Definindo assim as características básicas do projeto. Foi notado que as teclas de controle se encontravam muito próximas do mouse, dificultando a operação, como podemos observar na figura abaixo.

Fig. 58

A seguir, um desenho esquemático com as características definidas.


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Fig. 59 Desenho Esquemático

11.2. Aprimoramento

Afim de proporcionar mais conforto na operação, foi feito um estudo da forma apresentada pelo modelo escolhido, notando que a inclinação não está totalmente segura, pois sua base não se apóia totalmente no plano, ficou concluído que deverá ter um novo acessório de apoio. Sabendo que, o acessório de apoio deverá suportar o peso depositado em todas as teclas, inclusive da última carreira de teclas, posicionadas no topo do teclado. Foram geradas três alternativas de apoio para que não haja balanço ao pressionar as teclas. Abaixo, o desenho das alternativas de apoio.


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Fig.60 Desenhos das alternativas de apoio.

O apoio Número 1, apresenta uma movimentação, possibilitando ao usuário quando for operar o teclado, puxar com a pega ergonômica o pé de apoio nas laterais e encaixa-lo quando não houver necessidade. O apoio Número 2, é um pé fixo em cada lateral, tendo a sua base com material antiderrapante. E o apoio Número 3, um suporte fixo em cada lateral. Visto as três possibilidades de apoio e suas características, todas atendem a necessidade, porém, esteticamente, o Número 3 se encaixa melhor na proposta visual do projeto.

Um dos problemas encontrados pelos usuários na atividade de operar os teclados convencionais nos ambientes adaptados, é a falta de iluminação. Por isso, pensando na melhor visualização das teclas nesses ambientes, foi estudado soluções de iluminação. A primeira idéia era que tivesse luz no interior das teclas, possibilitando letras mais nítidas, porem, visto que o mouse e toda a estrutura continuariam sem iluminação; foi concluído que uma luminária giratória, isto é, iluminando vários ângulos, solucionaria o problema. A partir de um estudo feito sobre as luminárias de Led portáteis, suas estruturas e mecanismos, foi elaborado uma luminária fixa no próprio teclado, com


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mecanismo giratório, possibilitando a movimentação através de uma pega posicionada no cabo da mesma. Abaixo, luminárias portáteis que serviram como base para o modelo da luminária.

Figs. 61 e 62 Luminárias de Led Portáteis

Para elaborar uma pega confortável e ergonômica no manuseio da luminária, as medidas e o formato definido, são baseados em chinelos e em sandálias rasteiras. A seguir, os modelos de sandálias utilizados para este estudo.

Figs. 64, 65 e 66 Sandálias rasteiras. Fonte: http://apoyato-calcados.blogspot.com/ Acesso em: 10 de Outubro de 2011.

A seguir, o desenho esquemático da luminária de Led com a pega ergonômica fixada no teclado.


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Fig.67 Desenho esquemático da Luminária.

11.3. Adequação Ergonômica

Como já apresentado nos capítulos anteriores, o presente projeto se baseia nas medidas do homem com percentil 99 e da mulher com percentil 1 e os ângulos de conforto usados para a projeção de controles com os pés em veículos, defendidos por Dreyfuss. E, também, nas variações de dimensões dos teclados convencionais e descansos para os pés do digitador. O ângulo de conforto para os pés sugerido por Dreyfuss é de 75º(máximo) a 110º.


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Fig.68 Ângulo de conforto para o pé.

O produto projetado apresenta uma inclinação com 10º, formando assim um ângulo de conforto de 80º. As medidas usadas para a definição das dimensões dos detalhes, são as medidas do pé do homem com percentil 99.

Fig.69 Medidas Antropométricas do Homem do percentil 99. Fonte: Fonte: As medidas do homem e da mulher – Henry Associantes. Pág. 75.

Baseando-se no formato do teclado de notbook e nas organizações de suas teclas. Este teclado se distingue dos convencionais, mas, trás as mesmas funções.


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As medidas usadas para definir as teclas foram resultadas de cálculos feitos com a medida dos dedos dos pés do homem com percentil 99.

A área de descanso para o pé nas laterais, terá um material flexível, se adaptando ao formato e ao peso do pé do usuário, para obter mais conforto. As letras das teclas serão aumentadas proporcionalmente a medida das teclas, para melhor visualização.

11.4. Componentes Terceiros

Com a dificuldade de controlar os movimentos dos dedos dos pés para manusear as teclas, algumas pessoas utilizam acessórios como: lápis e caneta para auxiliar na operação. Desta forma:

Figs. 70 e 71 pessoas utilizando um lápis para auxiliar na operação das teclas.

Por tanto, foi criada uma Caneta Auxiliadora para auxiliar na operação. A caneta, baseada nas medidas da parte do chinelo que fica entre os dedos, possui uma pega ergonômica e confortável e a parte que entra em contato com a tecla, antiderrapante. A seguir o desenho esquemático da Caneta Auxiliadora.


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Fig. 72 Desenho esquemático da Caneta Auxiliadora.

Como o produto projetado não possui cabos de conexão ao computador, sua conexão será realizada através do bluetooth. Por tanto, foi elaborado um Dispositivo de Conexão para disponibilizar a ligação entre o teclado e o computador. Baseando-se em medidas ergonômicas o Dispositivo de Conexão foi projetado para ser pego e acionado com o pé. Afim de proporcionar mais conforto ao usuário, terá sua estrutura emborrachada com o elastômero, Santoprene®. Na ponta do Dispositivo de Conexão terá um ímã que permitirá que fique agrupado ao produto quando não estiver em uso. Abaixo, um desenho esquemático do Dispositivo de Conexão.

Fig. 73 Desenho esquemático do Dispositivo de Conexão.


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11.5. Materiais e Processos

Os materiais definidos, para atender a necessidade do conforto e estética, são: o alumínio (na estrutura), a borracha (no suporte de fixação), o santoprene® Polipropileno misturado com elastômero (na área do descanso para o pé, na pega da luminária e na ponta e pega da Caneta Auxiliadora), o silicone (nas teclas) e o ABS (no mouse e no botão de acionamento da luminária). Abaixo especificações de cada material.

Tabela 04. Tabela de Materiais

Como o produto entrará em contato com ambientes sujeitos a resíduos, a textura lisa e o teclado de silicone, selado, permitirá fácil limpeza e menos acúmulo de resíduos. Permitindo melhor visualização de toda a sua estrutura, inclusive das teclas, o acabamento fusco evitará reflexos caso o usuário esteja utilizando a luminária.


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11.6. Cores

De acordo com os materiais definidos, e ciente das restrições de uso, foi feito um estudo de cores possíveis para cada parte do produto. Com isso, as opções de cores entre claras e escuras, sugeridas são: tons de cinza, vermelho, azul, amarelo, laranja, verde e preta. Demonstradas na imagem a seguir.

Fig. 74 Demonstração do estudo das cores possíveis para o produto.

Essas são as cores possíveis de serem utilizadas, podendo ter uma gama maior se for necessário. Porém, as cores neutras como o vermelho e o amarelo são mais viáveis a este projeto, pois atenderá tanto homem quanto mulher, tanto criança como adulto. Os modelos que se enquadram melhor no objetivo do projeto são os que apresentam cores contrastantes, para melhor diferenciar a área de atuação. Por tanto, os modelos sugeridos são:


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Fig. 75 Modelo 01

O primeiro Modelo apresenta a estrutura com a própria cor do alumínio sem brilho, as teclas com um tom claro de cinza para apresentar mais contraste com as letras pretas; as áreas do descanso para os pés com um tom escuro de cinza para contrastar com a estrutura, demarcando melhor a área; as áreas de acionamento como o mouse, a pega da luminária e o botão de controle da luz em vermelho, se destacando em meio aos tons de cinza.

Fig. 76 Modelo 02


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O Modelo 02 apresenta a estrutura de alumínio preta fosca, se contrastando das áreas de operação; a luminária amarela se diferenciando da estrutura; o teclado com um tom de cinza claro, para obter maior com contraste com as letras pretas e oferecer mais legibilidade em contato com a luz; o mouse e o botão de acionamento da luz em amarelo para se destacarem na estrutura; as áreas de descanso para os pés bem demarcadas em um tom claro de cinza.


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12. DETALHAMENTO

12.1. Características Gerais do Produto

Projetado com materiais resistentes, o dispositivo possui o teclado selado, permitindo a higienização com mais segurança. Com a textura lisa para não acumular resíduos em suas partes; apresenta também o acabamento fosco, para que em contato com a luz não haja grandes reflexos. Suas teclas foram projetadas para serem acionadas com os pés, por tanto, possui dimensionamento adequado ao maior dedo do pé. Apresenta um ângulo de conforto de 10º em sua estrutura. Abaixo, outras características do dispositivo: •

Mouse Trackball;

Teclas de controle do mouse separadas, para maior conforto;

Áreas de descanso para os pés;

Suporte de fixação ao plano de apoio;

Conexão Bluetooth, sem a presença de fios;

Dispositivo

de

Conexão

de

encaixe

no

USB

com

medidas

ergonômicas; •

Caneta Auxiliadora;

Luminária posicionável, com pega ergonômica.

12.2. Especificações Técnicas

12.2.1. Desenho Técnico de Conjunto Abaixo, o Desenho de Conjunto, com especificações de materiais aplicados e dimensões do dispositivo projetado.


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12.2.2. Desenho Técnico de Subconjunto A seguir, os desenhos das vistas do Dispositivo de Input de Informação e seus acessórios (a Caneta Auxiliadora e o Dispositivo de Conexão).


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12.3. Renderings

Modelo 01

Fig.77 Modelo 01, vista lateral esquerda, mostrando detalhes da Caneta Auxiliadora e seu suporte de encaixe.

Fig.78 Modelo 01, vista lateral direita.


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Fig.79 Modelo 01, vista superior.

Fig.80 Modelo 01, vista posterior, mostrando detalhes da Luminรกria.


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Fig.81 Modelo 01, vista frontal.

Dispositivo de Conex達o do Modelo 01

Fig. 82 Dispositivo de Conex達o Bluetooth do Modelo 01, vistas frontal e lateral esquerda, mostrando o detalhe da pega e da luz de sinal interna na lateral.


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Modelo 02 O Modelo 02 apresenta outras sugest천es de cores, a seguir as vistas do deste modelo.

Fig.83 Modelo 02, vista frontal.

Fig.84 Modelo 02, vista superior, mostrando os detalhes do Dispositivo.


121

Fig.85 Modelo 02, vista lateral direita.

Fig.86 Modelo 02, vista em perspectiva, mostrando detalhes da Luminรกria e da Caneta Auxiliadora.


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Dispositivo de Conex達o do Modelo 02

Fig. 87 Dispositivo de Conex達o Bluetooth do Modelo 02, vistas frontal e lateral esquerda, mostrando o detalhe da pega e da luz de sinal interna na lateral.


123

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1985). Lei nº 7.853. Brasília, DF: Senado Federal, 1985. BRASIL. Constituição (1989). Lei n° 7.405. Brasília, DF: Senado Federal, 1989. LIANZA, Sergio. Medicina de reabilitação 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 451p,1995. ______. ______ 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 471p,1982. ______. ______ 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 451p, 2001. NORMAN, Donald A. Design emocional: por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia-a-dia. DEIRÓ, Ana (Tradutor). Rio de Janeiro: Rocco, 2008. 278 p. : il. ISBN:9788532523327. Tradução de: Emotional design : why we love (or hate) everyday things Inclui bibliografia. Sassaki, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 3ªed. Rio de Janeiro: WVA, 174p,1999. MOORE, Keith L; PERSAUD, T V N. Embriologia clínica. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 536p. ISBN:9788535226621. AVANZI, Osmar (Organizador).Ortopedia e traumatologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009. xix, 491 p. : il. ISBN:9788572418270. BOCCOLINI, Fernando. Reabilitação: amputados - amputações - próteses. 2. Sao Paulo: Robe, 254p, 2000. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. OLIVEIRA, Sulla. Reabilitação. Entrevistadora: Danila Gomes. Nova Iguaçu, RJ: AACD, 2011. Entrevista concedida ao AACD, RJ, maio. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasil, 1989. BERSCHI, Rita. Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil. Introdução a Tecnologia Assistiva. Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/Introducao%20TA%20Rita%20Bersch.pdf> Acesso em: 12 mai. 2011. ELIZA, Professora. Inclusão com Tecnologia. 2010. Fotografia de um aluno com deficiência física digitando com os pés. Color. Disponível em: <http://incluindovc.blogspot.com/2010_08_01_archive.html> Acesso em 15 mai. 2011.


124

BONSIEPE, Gui. Teoría y práctica del diseño industrial - Elementos para uma manualística crítica. Colección Comunicacion Visual. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1978. ROCHA, Ruth. Minidicionário. 10. ed. São Paulo: Scipione, 2001. CALVINO, Italo. Seis Propostas para o próximo milênio: lições Americanas / Italo Calvino; tradução Ivo Barroso – São Paulo: Companhia das Letras, 3ª edição, 8ª reimpressão, 2010. LIMA, Marco Antonio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para Designers. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda. 2006. ASHKY,M.F. Materiais e design: arte e ciência da seleção de materiais no design de produto / Michael Ashby e Kara Johnson; Tradução de Arlete Símile Marques; revisão técnica de Mara Martha Roberto e Ágata Tinoco. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. UNIVERSCIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Anatomia do Pé. Santa Catarina, SC. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.hu.ufsc.br/~grumad/anatomia.htm>. Acesso em: 28 de mai. 2011. RECUPERARTE, Terapia da Mão. Prado, Belo Horizonte, MG. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.recuperarte.com.br/ortese.htm>. Acesso em: 30 de mai. 2011. EXTRA, Ciência e Saúde. 2010. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/conheca-os-equipamentos-paradeficientes-usados-em-viver-vida-376418.html.> Acesso em: 28 de mai. 2011. SCHOLLBIOMECHANICS, Anatomia do Pé. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.schollbiomechanics.com/pt-PT/Professional/Pages/FootAnatomy.aspx>. Acesso em: 29 de mai. 2011. TECNOLOGIA OUTONAL, Desenho Universal ou Design Acessível. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.tecnologiaoutonal.com.br/2010/09/10/desenho-universal-ou-designacessivel/> Acesso em: 25 de mai. 2011. ASSISTIVA, O que é Tecnologia Assistiva? 2011. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html#topo>. Acesso em: 30 de mai. 2011. PLASTECNO REPRESENTAÇÕES E COMÉRCIO LTDA, Poliuretano (PU) – Chapa – Tarugo Cepos. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.plastecno.com.br/produtos.php?categoria=83>. Acesso em: 30 de mai. 2011. SIQUEIRA, Jairo. Ferramentas de Criatividade, Brainstorming. Anais Eletrônicos. Disponível em: <http://www.ricardoalmeida.adm.br/brainstorming.pdf> Acesso em: 20 de Setembro de 2011.


125

MULTILASER. Descanso para os pés. Fotografia do descanso para os pés. color. Disponível em: <http://www.multilaser.com.br/produtos.php?id=5397> Acesso em: 10 de Setembro de 2011. AIR MICRO. Apoio para os pés. Fotografia do apoio para o pé. color. Disponível em: <http://www.airmicro.com.br/produtos.html> Acesso em: 10 de Setembro de 2011. SKATÓLATRAS. Skate também é cultura. Fotografia de um skate sendo pressionado com o pé. color. Disponível em: <http://skatolatras.blogspot.com/2011/04/skate-tambem-e-cultura.html> Acesso em: 08 de Setembro de 2011. APOYATO. Sandália rasteirinha de dedo. Fotografias da sandália rasteira de dedo. color. Disponível em: <http://apoyato.mercadoshops.com.br/sandalia-rasteirinha-dededo_240xJM> Acesso em: 09 de Setembro de 2011.


126

Anexo 01


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128

Anexo 02

Fig. 02. Adactyly. Fig. 03. Afalangia. Fig. 04. Hemimelia. Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Fig. 05. Focomelia Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Fig. 06. Rรกdio do tipo IV ou agenesia


129

Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.

Figs. 07, 08 e 09. Fenda da mĂŁo (dĂŠficit central) Fonte: http://revistaciencias.com. Acesso em: 23 de mai. 2011.


130

Anexo 03

Fig. 10, A órtese com encaixes para batom e pincel para blush. Fig. 11, Órtese para encaixe de talheres. Fig. 12, Órtese para teclado. Fonte: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/conheca-os-equipamentos-para-deficientesusados-em-viver-vida-376418.html. Acesso em 28 mai. 2011.


131

Anexo 04

Fig. 13 Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 14 Movimentos: Dorsiflexão e Plantiflexão. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 15 Movimentos: Eversão e Inversão. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm


132

Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 16 Movimentos: Abdução e Adução. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 17 Movimento: Pronação. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm Acesso em: 28 de mai. 2011.

Fig. 18 Movimento: Supinação. Fonte: www.hu.ufsc.br/…/anatomia.htm Acesso em: 28 de mai. 2011.


133

Anexo 05 LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.

Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

V - na área das edificações: a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas aedifícios, a logradouros e a meios de transporte.


134

Anexo 06 LEI N° 7.405, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1985.

Torna obrigatória a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art . 1° - É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Acesso", em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência, e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso. Art . 2° - Só é permitida a colocação do símbolo em edificações: I - que ofereçam condições de acesso natural ou por meio de rampas construídas com as especificações contidas nesta Lei; II – cujas formas de acesso e circulação não estejam impedidas aos deficientes em cadeira de rodas ou aparelhos ortopédicos em virtude da existência de degraus, soleiras e demais obstáculos que dificultem sua locomoção; III - que tenham porta de entrada com largura mínima de 90cm (noventa centímetros); IV - que tenham corredores ou passagens com largura mínima de 120cm (cento e vinte centímetros); V - que tenham elevador cuja largura da porta seja, no mínimo, de 100cm (cem centímetros); VI - que tenham sanitários apropriados ao uso do deficiente.

Art . 3° - Só é permitida a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" na identificação de serviços cujo uso seja comprovadamente adequado às pessoas portadoras de deficiência.


135

Art . 4° - Observado o disposto nos anteriores artigos 2° e 3° desta Lei, é obrigatória a colocação do símbolo na identificação dos seguintes locais e serviços, dentre outros de interesse comunitário: I – sede dos Poderes Executivo, legislativo e Judiciário, no Distrito Federal, nos Estados, Territórios e Municípios; II - prédios onde funcionam órgãos ou entidades públicas, quer de administração ou de prestação de serviços; III - edifícios residenciais, comerciais ou de escritórios; IV – estabelecimentos de ensino em todos os níveis; V - hospitais, clínicas e demais estabelecimentos do gênero; VI - bibliotecas; VII - supermercados, centros de compras e lojas de departamento; VIII – edificações destinadas ao lazer, como estádios, cinemas, clubes, teatros e parques recreativos; IX - auditórios para convenções, congressos e conferências; X - estabelecimentos bancários; XI - bares e restaurantes; XII - hotéis e motéis; XIII - sindicatos e associações profissionais; XIV - terminais aeroviários, rodoviários, ferroviários e metrôs; XV - igrejas e demais templos religiosos; XVI - tribunais federais e estaduais; XVII - cartórios; XVIII - todos os veículos de transporte coletivo que possibilitem o acesso e que ofereçam vagas adequadas ao deficiente; XIX - veículos que sejam conduzidos pelo deficiente; XX - locais e respectivas vagas para estacionamento, as quais devem ter largura mínima de 3,66m (três metros e sessenta e seis centímetros); XXI - banheiros compatíveis ao uso da pessoa portadora de deficiência e à mobilidade da sua cadeira de rodas; XXII - elevadores cuja abertura da porta tenha, no mínimo, 100cm (cem centímetros) e de dimensões internas mínimas de 120cm x 150cm (cento e vinte centímetros por cento e cinqüenta centímetros);


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XXIII - telefones com altura máxima do receptáculo de fichas de 120cm (cento e vinte centímetros); XXIV – bebedouros adequados; XXV - guias de calçada rebaixadas; XXVI - vias e logradouros públicos que configurem rota de trajeto possível e elaborado para o deficiente; XXVII - rampas de acesso e circulação com piso antiderrapante; largura mínima de 120cm (cento e vinte centímetros); corrimão de ambos os lados com altura máxima de 80cm (oitenta centímetros); proteção lateral de segurança; e declive de 5% (cinco por cento) a 6% (seis por cento), nunca excedendo a 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) e 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de comprimento; XXVIII - escadas com largura mínima de 120cm (cento e vinte centímetros); corrimão de ambos os lados coma altura máxima de 80cm (oitenta centímetros) e degraus com altura máxima de 18cm (dezoito centímetros) e largura mínima de 25cm (vinte e cinco centímetros).

Art . 5° - O Símbolo Internacional de Acesso deve• ser colocado, obrigatoriamente, em local visível ao público, não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzido no anexo desta Lei.

Art . 6°- É vedada a utilização do "Símbolo Internacional de Acesso" para finalidade outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadoras de deficiência. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meios de comunicação relevantes para os interesses do deficiente.

Art . 7° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art . 8° - Revogam-se as disposições em contrário.


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Anexo 07

Fig. 27 Fonte: www.tecnologiaoutonal.com.br Acesso em: 25 de mai. 2011.

Fig. 28 Fonte: www.tecnologiaoutonal.com.br Acesso em: 25 de mai. 2011.


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Anexo 08

Fig. 29 e 30 Sala de AVD - Atividade de Vida Diária, AACD, 2011.

Fig. 31, 32 e 33 Teclado e mouse com adaptações, AACD, 2011.


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