MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

EDUARDA BALTHAZAR SOARES

MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

VOLTA REDONDA 2011


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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

Monografia apresentada ao curso de Design do UniFOA como requisito à obtenção do título de Bacharel em Design Aluna: Eduarda Balthazar Soares Orientador: Prof. Mestre: Moacyr Ennes Amorim

VOLTA REDONDA 2011


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FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluna: Eduarda Balthazar Soares Título: Mini Estúdio Portátil para fotógrafos profissionais Orientador: Prof. Mestre Moacyr Ennes Amorim

Banca Examinadora:

_______________________________________ Prof.:

_______________________________________ Prof.:

_______________________________________ Prof.:


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DEDICATÓRIA

“O design é o procedimento direto de analisar, criar e desenvolver produtos para a sua fabricação em série. O seu fim é obter formas, cuja aceitação esteja garantida antes que se tenha feito qualquer importante emprego de capital e que possam ser fabricadas por um preço que permita uma distribuição vasta e lucros razoáveis.” Van Doren


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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Adilson e Cecília, pelo apoio e patrocínio para mais essa etapa da minha vida, à minha irmã Ellen pela paciência e compreensão na minha ausência. À Ludimila pela ajuda e companhia em todos os momentos. À todos os amigos que não estão aqui citados, mas que contribuíram de alguma forma.


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RESUMO

O presente trabalho visa estudar e criar um estúdio fotográfico portátil que facilite a vida de usuários fotógrafos profissionais, exigentes com tecnologia e qualidade, fácil de transportar e montar, com o menor risco de acidentes possível devido ao peso do equipamento, com a possibilidade de ser usado em vários locais e que atenda também às demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para atender a crescente tecnológica e com um custo acessível.

Palavras chave: Estúdio, Fotografia, Tecnologia, Design de Produto;


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ABSTRACT The present work aims to study and create a portable photo studio that make life easier for users to professional photographers, with strict technology and quality, easy to transport and assemble at the lowest possible risk of accidents due to the weight of equipment, with the possibility of being used in multiple locations and that also meets the demands of the Brazilian market, still unprepared to meet the growing technological and cost-effectively.

Keywords: Studio, Photography, Technology, Product Design.


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SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO ................................................................................. 14

2.

JUSTIFICATIVA............................................................................... 16 2.1 Quanto à importância do projeto:.................................................. 16 2.2 Quanto à oportunidade: ................................................................ 16 2.3 Quanto à viabilidade: .................................................................... 17

3.

Objetivo ........................................................................................... 18 3.1 Objetivos operacionais ................................................................. 18 3.2 Objetivos específicos .................................................................... 18

4.

Método e Técnicas a serem utilizados ......................................... 19 4.1 Funções do produto ...................................................................... 20 4.2 Requisitos do produto ................................................................... 21

5.

Problematização ............................................................................. 23

6.

Levantamento e Análise de Dados ............................................... 27 6.1 Origem da Fotografia .................................................................... 27 6.2 Fotografia Publicitária ................................................................... 28 6.3 Fotografia digital ........................................................................... 29 6.4 Relação Fotógrafo X Agência ....................................................... 30 6.5 Usuários........................................................................................ 31 6.6 Ambiente....................................................................................... 33 6.6.1 Quanto ao ambiente físico ....................................................... 33 6.6.2 Quanto ao ambiente social ...................................................... 34 6.6.3 Análise ..................................................................................... 34

7.

Similares ......................................................................................... 36 7.1 Ficha de Similares ........................................................................ 36 7.1.1 Similares Diretos ...................................................................... 37


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7.1.2 Similares Indiretos ................................................................... 39 7.2 Análise Estrutural.......................................................................... 41 7.3 . Análise das Funções .................................................................. 43 8.

Técnicos, Materiais e Processos .................................................. 44 8.1 Materiais prováveis ....................................................................... 44 8.1.1 Polímeros ................................................................................. 44 8.2 Plásticos Aplicáveis ...................................................................... 46 8.2.1 Poliestireno .............................................................................. 46 8.2.2 ABS/SAN ................................................................................. 48 8.2.3 Acrílico ..................................................................................... 49 8.2.4 Policarbonato ........................................................................... 50 8.2.5 Metais ...................................................................................... 50 8.2.6 Aço inoxidável .......................................................................... 52 8.2.7 Cobre (Cu) ............................................................................... 52 8.2.8 Ligas de cobre ......................................................................... 53 8.2.9 Bronze...................................................................................... 53 8.2.10 Latões ..................................................................................... 54 8.2.11 Alumínio ................................................................................. 55 8.2.12 LED ........................................................................................ 56 8.3 Análise do capítulo ....................................................................... 57

9.

Ergonômicos .................................................................................. 59 9.1 Análise da Tarefa .......................................................................... 59 9.2 Dimensionamento Estático, Dinâmico e Funcional ....................... 60 9.2.1 Problema.................................................................................. 60 9.3 As mãos e o design de equipamentos ............................................ 63 9.4 Esquemas antropométricos ............................................................ 66 9.5 Análise ............................................................................................ 66 9.5.1 Quanto aos aspectos formais funcionais ................................. 60 9.5.2 Quanto aos aspectos de uso ................................................... 67


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10. Síntese ............................................................................................ 68 11. Geração de Alternativas ................................................................ 75 12. Seleção da Alternativa ................................................................... 71 13. Detalhamento Técnico ................................................................... 73 14. Referências Bibliográficas ............................................................ 75


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LISTA DE FIGURAS Figura 1 Avanço da Tecnologia ................................................................ 23 Figura 2 Foto Publicitária .......................................................................... 24 Figura 3 Exemplo de símbolo substituindo palavras ................................ 24 Figura 4 Fotógrafo e seus equipamentos ................................................. 25 Figura 5 Equipamentos fotográficos ......................................................... 25 Figura 6 Vista da janela da casa de Niépce. ............................................ 27 Figura 7 Polímeros ................................................................................... 46 Figura 8 Polímeros e suas formas ............................................................ 46 Figura 9 Poliestireno................................................................................. 47 Figura 10 Chapas de Poliestireno ............................................................ 47 Figura 11 Capacetes feitos de ABS.......................................................... 48 Figura 12 Chapas de Acrílico ................................................................... 49 Figura 13 Policarbonato ........................................................................... 50 Figura 14 Vários tipos de Metais .............................................................. 51 Figura 15 Aço Inoxidável .......................................................................... 52 Figura 16 Cobre........................................................................................ 53 Figura 17 Bronze ...................................................................................... 54 Figura 18 Latões....................................................................................... 55 Figura 19 Alumínio ................................................................................... 56 Figura 20 LED .......................................................................................... 57 Figura 21 Anatomia da mão .................................................................... 64 Figura 22 Amostra de “pega” .................................................................... 65 Figura 23 Esquema antropométrico 1 ...................................................... 65 Figura 24 Esquema antropométrico 2 ...................................................... 65 Figura 25 – Fotografando um produto ...................................................... 67 Figura 26 – Fotografando um produto sem a mesa de apoio ................... 67 Figura 27 – Detalhamento do movimento ................................................. 68 Figura 28 Geração de Alternativas 1 (croqui) ........................................... 70 Figura 29 Geração de Alternativas 2 (croqui) ........................................... 70 Figura 30 Geração de Alternativas 3 (croqui) ........................................... 70 Figura 31 Desenho final ........................................................................... 71 Figura 32 Tabela de Seleção de Critérios ................................................ 72


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Figura 33 Vistas ortogonais fechado ........................................................ 73 Figura 34 Vistas ortogonais aberto ........................................................... 74


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LISTA DE TABELA Tabela 1 ................................................................................................... 37 Tabela 2 ................................................................................................... 37 Tabela 3 ................................................................................................... 38 Tabela 4 ................................................................................................... 38 Tabela 5 ................................................................................................... 39 Tabela 6 ................................................................................................... 39 Tabela 7 ................................................................................................... 40 Tabela 8 ................................................................................................... 40 Tabela 9 ................................................................................................... 41 Tabela 10 ................................................................................................. 41 Tabela 11 ................................................................................................. 42 Tabela 12 ................................................................................................. 42


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1. INTRODUÇÃO A população brasileira vem se desenvolvendo tecnologicamente de forma rápida, por isso a sociedade se depara com um tipo de demanda por serviços e produtos diferenciados, de onde nasce a necessidade do desenvolvimento de produtos específicos para atender a essa tecnologia avançada. Estas pessoas apresentam um avanço gradativo da necessidade de produtos que se adaptem ao seu tipo de profissão e atendam a demanda de trabalhos que são feitos. O design do produto é fundamentado nos princípios do design universal, proporcionando aos futuros utilizadores a mobilidade e a qualidade que esse público exige, aliado à tecnologia avançada sem a necessidade de adaptações. As imagens estão em todo lugar. Os símbolos substituíram as palavras e, do século XIX até aqui, tornaram-se verdadeiras válvulas de escape da sociedade. Em todo e qualquer local público, há uma imagem, uma fotografia, querendo dizer algo – mesmo nos países que, por alguma razão, têm uma circulação de imagens limitada e/ou censurada. O presente trabalho visa estudar e criar um produto que facilite a vida de usuários fotógrafos profissionais, exigentes com tecnologia e qualidade, fácil de transportar e montar, com o menor risco de acidentes possível devido ao peso do equipamento, com a possibilidade de ser usado em vários locais e que atenda também às demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para atender a crescente tecnológica e com um custo acessível. Na primeira parte do desenvolvimento do trabalho, será abordada a origem da fotografia e os recursos utilizados há mais de 170 anos, que evoluíram nos meios de comunicação visual, revolucionando em termos tecnológicos, além do advento da fotografia digital, através de elementos fotossensíveis que captam as imagens através de impulsos elétricos e a presença de luz em todos esses processos. Ainda neste capítulo, será destacada a fotografia digital como um novo meio de comunicação, com a necessidade de fazer uma integração com as demais habilitações que a profissão de designer executa, sempre ligados à evolução tecnológica dos produtos lançados no mercado, bem como nos adaptarmos aos processos e meios de comunicação mercadológicos. Será dado enfoque aos estúdios fotográficos e seus equipamentos tecnológicos, fazendo uma ligação com a arte e, principalmente, com a imagem. Por


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conseguinte, serão feitas algumas considerações gerais sobre fotografia de produto, a que adquiriu um caráter comercial, influenciando decisivamente em áreas como publicidade, propaganda e foto-jornalismo. Na segunda parte do trabalho, serão apresentados os processos de pesquisa e análise metodológica, onde se anunciam os passos que foram indispensáveis para por em prática a teoria. Na terceira e última etapa, apresentam-se os processos da criação do produto em si, em que as técnicas de produção serão aplicadas no desenvolvimento do equipamento. Pretende-se chegar aos resultados apresentados durante todo o trabalho de pesquisa com um produto montado e pronto para entrar no mercado.


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2. JUSTIFICATIVA 2.1 Quanto à importância do projeto: A fotografia exerce hoje uma primazia quase absoluta na ilustração da propaganda brasileira e de outros países, sobretudo, na qualidade de foto publicitária, na qual existem importantes níveis de aprendizado. Logo a fotografia ganhou criatividade, atitude, beleza, glamour, sensibilidade, composição, maior fluidez e espontaneidade. A fotografia editorial publicitária atrai a curiosidade e prende o público consumidor, prometendo a realização de desejos latentes à fotografia, de tal modo que é assim que a mídia estimula a comunicação e a reflexão, sendo, muitas vezes, mais agressiva e realista que outras formas de expressão usadas atualmente. Com o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação, cada vez mais o indivíduo tem a possibilidade de ampliar seu conhecimento nas mais diversas áreas e de expressar livremente o seu saber, a sua cultura, atingindo um potencial infinito. O fotógrafo em si, seja na busca pela perfeição de uma fotografia amadora ou pela qualidade de seu trabalho fotográfico profissional tem a necessidade de cada vez mais acompanhar o desenvolvimento tecnológico dos produtos eletrônicos e aparelhagem. 2.2 Quanto à oportunidade: Um dos fatores bem conhecidos sobre o processo de desenvolvimento de produto é que o grau de incerteza no início deste processo é bem elevado, diminuindo com o tempo, mas é justamente no início que se seleciona a maior quantidade de soluções construtivas. As decisões entre alternativas no início do ciclo de desenvolvimento são responsáveis por 85% do custo do produto final. O custo de modificação aumenta ao longo do ciclo de desenvolvimento, pois a cada mudança, um número maior de decisões já tomadas pode ser invalidado. Assim, é por si só um desafio gerenciar as incertezas envolvidas num processo de desenvolvimento de produto, onde as decisões de maior impacto têm


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que ser tomadas no momento em que existe um maior número de alternativas e grau de incerteza. Soma-se a isto: - o fato deste processo se basear num ciclo projetar – construir – testar que geram atividades necessariamente interativas; - de ser uma atividade essencialmente multidisciplinar (trazendo fortes barreiras culturais sobre a integração); - a existência de uma quantidade grande de ferramentas, sistemas, metodologias,

soluções,

etc.,

desenvolvidas

por

profissionais/empresas

de

diferentes áreas, as quais não "conversam" entre si; - e a existência de diversas parciais sobre o processo de desenvolvimento do produto. 2.3 Quanto à viabilidade: No Brasil, o aumento da população será na ordem de cinco vezes, entre 1950 e 2025. Assim, no ano de 2025, o Brasil será a sexta população de profissionais em fotografia do mundo, o que demonstra uma crescente demanda de recursos para atender essa população. Esses números mostram que a sociedade brasileira terá que enfrentar novo desafio dos complexos problemas que envolvem o referente a espaço, economia com recursos e necessidade de novas tecnologias. O estúdio fixo, atualmente é um local de muita despesa para o fotógrafo, pois concentram vários fatores, como aluguel, gasto de energia, aparência, espaços reduzidos que dificultam a movimentação e montagem de aparelhos, muitos objetos salientes, entre outros. É necessário observar que o fotógrafo, necessita para fazer um trabalho de qualidade de não somente a experiência e o conhecimento adquirido ao longo dos anos, mas também da aparelhagem correta que vai auxiliá-lo na criação da foto.


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3. OBJETIVO 3.1 Objetivos operacionais Pesquisar sobre a história da fotografia, seus equipamentos e especificamente sobre a fotografia de produto. Pesquisar sobre a ergonomia e as aplicações que terão no produto a ser desenvolvido. Falar um pouco sobre os materiais que poderão ser usados no projeto final. 3.2 Objetivos específicos Desenvolver um Mini Estúdio Fotográfico Portátil para fotógrafos profissionais, propiciando melhor qualidade de equipamento, superação das dificuldades em usá-los e diminuindo o risco de acidentes lombares. O mini estúdio fotográfico deve ter um desenho que facilite o uso, seja portátil, diminua o risco de acidentes no seu transporte, seja durável, resistente, bonito e barato, entre outros, para ser usado por fotógrafos profissionais. O mini estúdio será focado na produção de fotos de produtos, as chamadas fotos still. O equipamento vai contar com luminárias, diferentes tipos de fundo infinito, apoio para produtos, mala rígida para transporte, tomadas, extensões e tripé.


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4. MÉTODO E TÉCNICAS A SEREM UTILIZADOS O presente trabalho possui como estudo três principais vertentes: conceituar o produto, Mini Estúdio Fotográfico Portátil, apresentando como surgiu a idéia e as variáveis que o projeto engloba. Dentro desta conceituação também se incluem os níveis de cada pontuação (básico, intermediário e avançado), apresentando o resultado de sua aplicação através de um estudo de caso com produtos similares, pesquisa com os usuários, desempenho versus práticas e desenvolvimento do produto. Com base na aplicação prática no desenvolvimento do produto, propõe-se como outro método o questionário de utilização, com foco no produto, para aprimoramento da ferramenta e refinamento dos dados. O detalhamento visa atender de forma mais detalhada as variáveis que influenciam no Desenvolvimento do Produto, criando métricas para que ele também seja enxuto, e desta forma, agregue mais valor ao produto, reduzindo tempo e custo do projeto a ser desenvolvido por meio da eliminação dos desperdícios e da otimização dos recursos humanos e físicos. Para Yin (2001)1, um estudo de caso é uma investigação empírica que trata de um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, em que múltiplas fontes de evidência são usadas. O trabalho utiliza o método descritivo, para que se possa desenvolver uma correlação entre a teoria apresentada e a real aplicação do produto como uma ferramenta que agrega valor ao trabalho e proporciona maior conforto e usabilidade aos usuários. De acordo com Munari (1998)2, o processo metodológico tem como objetivo atingir o melhor resultado com o menor esforço. O autor afirma que o método de projeto não é absoluto nem definitivo, podendo ser modificado caso ele encontre outros valores objetivos que melhorem o processo. Sobre o assunto Baxter (2003)3 diz que o desenvolvimento de um novo produto é uma tarefa complexa e arriscada. Muitos obtêm sucesso enquanto outros o fracasso. Diversos fatores determinam a diferença entre esses dois momentos. Certamente a orientação para o mercado é um dos mais importantes e criteriosos processos desse planejamento, visando obter produtos com diferenciação em 1

YIN, 2001, p.61 MUNARI, Bruno, 1998, p.30 3 BAXTER, Mike, 2003, p.46 2


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relação aos seus concorrentes e apresentar características valorizadas pelo consumidor. O segredo de uma inovação bem sucedida é o estabelecimento de metas e o gerenciamento dos riscos. Baxter (2003)4 declara que ao lançar um novo produto no mercado, devem-se estabelecer metas, verificar se satisfaz aos objetivos propostos, se é bem aceito pelos consumidores e se o projeto pode ser fabricado a um custo aceitável, considerando a vida útil no mercado. Os métodos de inovação devem considerar todos esses fatores e minimizar os riscos de fracasso do novo produto. A metodologia foi criada baseando-se nos conceitos dos autores Bruno Munari e Mike Baxter para o projeto de produtos. A fim de coletar informações precisas e dados relevantes foi realizada a fundamentação teórica. A pesquisa bibliográfica refere-se ao histórico da Fotografia, para a compreensão dessa evolução, analisa o público-alvo e o mercado tecnológico específco para Foto, localiza o que há no estado do design, tecnologia e materiais que envolvem o desenvolvimento de um Mini Estúdio Portátil. De acordo com o formato adotado para o método, os indicadores a serem medidos dentro de cada uma das variáveis estão divididos entre indicadores de prática gerenciais e operacionais e indicadores das performances obtidas. O primeiro grupo de indicadores citado está relacionado com ferramentas, técnicas gerenciais e tecnologias introduzidas no sistema produtivo; enquanto que a desempenho é o resultado mensurável das práticas obtidas. Ao longo do trabalho serão detalhados e explicados através de um estudo de caso para sua utilização. 4.1 Funções do produto Tomando-se, como base, Bomfim, (apud MORAES, 1983)5, a atuação do designer de produto tem como objetivo principal propiciar que o produto atenda às funções que lhe são próprias. As funções se referem às necessidades e se manifestam potencialmente através da interação entre produto e sujeito. O produto, analisado do ponto de vista do designer, é uma estrutura resultante da combinação de fatores manipuláveis 4 5

BAXTER, Mike, 2004, p.23 BOMFIM, apud MORAES, 1983, p.2


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(forma, material dimensões, superfície, cor, arranjo físico), que é portadora em potencial de um conjunto de funções. As funções, de um modo mais geral, se classificam, de acordo com Mukarovsky, (apud MORAES, 1983)6 em: função prática, função estética e função simbólica. Por função prática, compreende-se o produto desde o seu nível objetivo: um meio de transporte para transportar deve-se locomover, passando-se para o seu processo de utilização, isto é, a interação sujeito/produto (nível fisiológico), e chegando-se à função simbólica a qual está no nível psicológico, sociológico e pedagógico do usuário. No nível objetivo do produto, são fundamentais as interações com as engenharias (mecânica, elétrica, eletrônica, química). Nos níveis fisiológicos e psicológicos, é imprescindível o aporte da Ergonomia. De um modo mais detalhado, um produto apresenta diversas funções e requisitos os quais apresentam interfaces com diversas áreas de conhecimento. 4.2 Requisitos do produto A partir do exame da evolução do homem como designer, pode-se verificar que o produto deve atender a determinados requisitos que constituem as características que o sistema deve ter para que se atinjam os objetivos pretendidos e se obtenha como resultado, o melhor desempenho. A partir de Palmer (1983)7, listam-se os requisitos de um produto: - Requisito técnico; - Requisito ergonômico; - Requisito estético. Moraes (1993)8 lembra que, enquanto a produção se dava de modo artesanal, era possível obter formas úteis e funcionais sem excessivos requisitos teóricos. No entanto, a complexidade tecnológica e a produção em série impossibilitaram técnica e economicamente, o aperfeiçoamento da funcionalidade do objeto a partir do uso e de adaptações sucessivas. Assim, é necessário que se

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MUKAROVSKY, apud MORAES, 1983, p.2 PALMER, 1983, p.3 8 MORAES, 1993 7


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conheça a priori os fatores determinantes da melhor adequação do produto ao seu usuário. Efetivamente, cabe afirmar que o objeto industrial existe desde o momento em que foi projetado, desde o instante em que se finaliza o desenho técnico de fabricação, que dará lugar à realização do modelo-protótipo, a partir do qual se originará a série perfeitamente igual e idêntica de todas as peças que virão depois da primeira. “A obra do artista na peça de artesanato se explica ao final da elaboração, enquanto que a obra do designer na peça industrial se explica no princípio” (DORFLES, apud MORAES, 1983)9. Assim, paradoxalmente, a evolução tecnológica enfatizou a necessidade de otimizar as funções humanas. Depois de contínuos avanços em engenharia, onde o homem se adaptou, mal ou bem, à máquina, ficou evidente que o fator humano é primordial. Em sistemas complexos, onde partes das funções classicamente executadas pelo homem puderam ser substituídas por máquinas, uma incorreta adequação às funções humanas pode invalidar a 10 confiabilidade de todo o sistema. (CRONEY, apud MORAES, 1983)

De acordo com Moraes (1993)11, compreende-se o produto como subsistema de um sistema homem-máquina que possui uma meta explícita, cuja consecução depende da implementação de determinados requisitos e do desempenho de funções prescritas. O subsistema máquina/produto, por sua vez, compõe-se de vários subsubsistemas que devem cumprir requisitos estabelecidos e executar funções especificadas. Mais ainda, o sistema homem máquina existe num determinado ambiente, o que implica restrições e constrangimentos.

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DORFLES, apud MORAES, 1983, p.4 CRONEY, apud MORAES, 1983, p.4 11 MORAES, 1993, p.365 10


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5. PROBLEMATIZAÇÃO A população brasileira vem se desenvolvendo tecnologicamente de forma rápida, por isso a sociedade se depara com um tipo de demanda por serviços e produtos diferenciados, de onde nasce à necessidade do desenvolvimento de produtos específicos para atender a essa tecnologia avançada. Estas pessoas apresentam um avanço gradativo da necessidade de produtos que se adaptem ao seu tipo de profissão e atendam a demanda de trabalhos que são feitos.

Figura 1 Avanço da Tecnologia

As imagens estão em todo lugar. Os símbolos substituíram as palavras e, do século XIX até aqui, tornaram-se verdadeiras válvulas de escape da sociedade. Em todo e qualquer local público, há uma imagem, uma fotografia, querendo dizer algo – mesmo nos países que, por alguma razão, têm uma circulação de imagens limitada e/ou censurada.


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Figura 2 Foto Publicitária

Figura 3 Exemplo de símbolo substituindo palavras

Hoje em dia, com a correria das grandes cidades, a falta de tempo para se fazer as coisas, está fazendo com que o ser humano, não se adapte corretamente a esse novo estilo de vida. Os produtos presentes atualmente no mercado não atendem esses usuários, pois não são portáteis, são pesados e difíceis de montar, além de um custo elevado.


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Figura 4 Fotógrafo e seus equipamentos

Figura 5 Equipamentos fotográficos

A criação de um produto conciso e de fácil transporte e manuseio, eficiente e de baixo custo – conforme os conceitos de design da – uma possível solução para este tipo de situação. Conforme afirma Norman (2006)12, é função do designer projetar soluções inteligentes e viáveis que facilitem o cotidiano das pessoas já que, além de minimizar o tempo que o fotógrafo desperdiçaria ao transportar todos os equipamentos na tentativa de conquistar um cliente, proporciona mais oportunidades para o exercício da profissão e do seu olhar fotográfico. 12

NORMAN, Donald A., 2006, p. 15


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A partir deste conceito será desenvolvido um produto que facilite a vida de usuários fotógrafos profissionais exigentes com tecnologia e qualidade, fácil de transportar e montar, com o menor risco de acidentes possível devido ao peso do equipamento, com a possibilidade de ser usado em vários locais e que atenda também às demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para atender a crescente tecnológica e com um custo acessível.


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6. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS 6.1 Origem da Fotografia Desde o surgimento das primeiras técnicas de captura de imagens, que hoje levam o nome de fotografia, muitos nomes podem ser citados: Joseph Niépce, Louis-Jacques Daguerre, Josef Petzval, William Henry Fox Talbot, John Herschel, George Eastman, entre outros. A primeira fotografia é atribuída a Joseph Niépce, 1826, após utilizar uma placa de estanho recoberta de betume branco, que, com a presença de luz endurecia. Após 8 horas de exposição, dava-se forma à primeira fotografia. Este processo foi chamado de Heliografia, que quer dizer “gravura com a luz solar” (Cotianet, 2005)13.

Figura 6 Vista da janela da casa de Niépce.

Em 1829, o processo sofreu modificações e Niépce trabalhava com um sócio. Era Louis-Jacques Daguerre. As placas eram recobertas com estanho, e escurecia as sombras com vapor de iodo. Niépce Morreu em 1833 e suas obras ficaram com Daguerre. Foi o princípio da fotografia. George Eastman, em 1886, ao lançar a Kodak, surgiu com o slogan “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. Nisso, surgiram câmeras leves, sem a necessidade do uso de chapas e manipulações complexas.

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Cotianet, site sobre fotografia, 2005


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A evolução da fotografia não parou aí. Surgiram novos equipamentos, tecnologias e novas descobertas, que enriqueceram o trabalho fotográfico. Hoje temos uma infinidade de opções. Tipos de lentes entre outros acessórios indispensáveis no universo dos fotógrafos contemporâneos. Sem se esquecer claro, da revolução imposta pela digitalização dos equipamentos para fotografia. As câmeras digitais são o início disto. Porém, apenas a câmera digital não produz muito. Junto com ela, vêm novos produtos: scanners, softwares, computadores. Estes equipamentos dão o suporte para o sucesso do trabalho digital. Tudo isso mostra a evolução constante no advento tecnológico voltado ao universo fotográfico. Seja nos campos profissional, como na vida pessoal, no dia-a-dia em geral, os produtos e opções são os mais variados possíveis. 6.2 Fotografia Publicitária A fotografia publicitária é uma ferramenta muito utilizada pelas agências e anunciantes. Com apenas uma imagem, pode-se dizer várias coisas. Mas, como cita Roland Barthes “A fotografia é um canto alternado de Olhem, Olhe, Eis aqui”. (BARTHES)14 A fotografia por si só, carrega o seu imperativismo ao momento que nos deparamos com ela. Ou seja, as fotografias publicitárias estão dispostas por todo o tipo de material. Uma única imagem pode expressar muitas coisas ao mesmo tempo. Comovendo, cativando, surpreendendo. Também deve chamar e prender a atenção das pessoas e buscar depois disso, uma forma imperativa na vida das pessoas, criando a necessidade do consumo. Para chegar neste nível de convencimento, a fotografia deve agir em vários pontos com as pessoas, como o subconsciente, criando desejos e buscando formas de satisfazê-los. Segundo o acervo digital da Abrafoto (2005) “A fotografia para publicidade é uma encomenda”. Esta encomenda é feita geralmente por agências ou diretamente por anunciantes. O fotógrafo ou estúdio fará o papel de prestador de serviços. Ela pode ser utilizada para diversas áreas na publicidade, bem como para todo o tipo de mídia: seja digital, impressa, promocional, entre outras.

14

BARTHES, Roland, 1984, p.14


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A função principal da fotografia publicitária nada mais é do que vender, anunciar produtos, serviços. Ou ainda como Piovan “A fotografia publicitária é a mais comercial entre todas. Visa vender um produto, não mais”. (PIOVAN, 2003)15 A fotografia Publicitária deve atrair os olhos das pessoas para o novo, moderno, contemporâneo, o que existe de melhor. Ou seja, o produto ou serviço que está sendo anunciado. Ela deve agir como estimulante para levar o consumidor a consumir. Nossos olhos comprovam diariamente pelas ruas da cidade e pela leitura em jornais e revistas que a fotografia refresca, abre o apetite, deixa um aroma no ar, muda comportamentos. Ela induz, seduz, cria 16 necessidades que antes não existiam.( ZUANETTI, 2002)

Em suma, a fotografia vende e vende sem parar. Além disso, a fotografia publicitária ainda consegue atingir outros níveis nas pessoas, como emocionar, transmitir ideologias, motivar, aliar sentimentos das pessoas, a fim de que, aquela imagem se torne pessoal a cada um, da sua forma. E claro, o mais importante: Vender o seu produto. 6.3 Fotografia digital No cenário atual, onde as novas tecnologias estão a cada dia tomando mais espaço diante da vida de todos, com o universo da fotografia não poderia ser diferente. No caso da fotografia digital, que por muitos é vista como a grande ferramenta para o trabalho do fotógrafo, Charoux (In Revista ABOUT, 2003)17 relata que “há ainda, inerente a qualquer cenário, entre os recursos estabelecidos e o advento de novas tecnologias, no caso entre a fotografia digital e analógica”. A busca pela instantaneidade é saciada com os equipamentos digitais. Mas, o trabalho torna-se mais complexo, até sua finalização, devido à manipulação em softwares. Neste advento tecnológico, as opiniões e opções por trabalhar com cada uma destas tecnologias são as mais variadas. Há sempre os prós e contras de cada uma.

15

PIOVAN, Marco, 2003, p.33 ZUANETTI, Rose, 2002, p. 22 e 23 17 CHAROUX, Monica, In Revista ABOUT, 2003, p.25 16


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Segundo Piovan (2003)18 “quando essa nova era chegou, muitos eram os fotógrafos que acreditavam que ter uma máquina digital bastava”. Ou seja, estas tecnologias trazem consigo novos profissionais com pouca bagagem, que entram no mercado com suas câmeras e seus softwares, como o Adobe Photoshop, que não só promete como realiza grandes trabalhos às vezes muito difíceis de serem obtidos com equipamentos analógicos. Para se obter resultado satisfatório com estes softwares é indispensável vasto conhecimento para manipular os arquivos e obter êxito. A câmera digital por si só, não basta. Assim como Marcos Kim (2005)19 em seu artigo: “Há 20 anos, fotografar era a garantia de uma boa renda. Hoje, é preciso ser polivalente”. Ou seja, fotografar, por mais que seja com equipamento digital, não basta. Ter multifunções é essencial para se alcançar um lugar de destaque no meio fotográfico. As tarefas de pós-produção, hoje cabidas aos fotógrafos, são uma novidade para eles. Antes, o trabalho acabava na edição do cromo. A fotografia digital é uma realidade cada vez mais concreta e presente. Mas o papel da fotografia analógica não será banido do cenário do trabalho dos estúdios, assim como com o surgimento da fotografia em cores, daria fim à fotografia preto e branco. Muitos são os fotógrafos que ainda preferem captar suas imagens em equipamentos analógicos. Porém, não podem fugir da apresentação e manipulação digitais. Ou seja, a tecnologia digital veio pra ficar, de uma forma ou outra todos acabam nela. Sem os recursos disponibilizados por esta nova era, torna-se muito difícil ser competitivo no mercado fotográfico. São as mais variadas possibilidades de transformar uma imagem, incluir um toque ou outro, a fim de complementar o trabalho do fotógrafo. 6.4 Relação Fotógrafo X Agência Segundo Charoux (In Revista ABOUT, 2003)20, fotógrafos analisam as parcerias com agências e anunciantes. Em muitos casos, as agências contribuem para a elaboração do orçamento. E a partir do momento em que já possuem uma

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PIOVAN, Marco, 2003, p.160 KIM Marcos, 2005 20 CHAROU, In Revista ABOUT, 2003, p.25 19


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relação de parceria com o profissional contratado, o trabalho torna-se mais maleável para ambos, pois, juntos chegam às soluções para os problemas de seus clientes. Porém, quando se fala em orçamento e aprovação por parte do anunciante, as coisas começam a ficar mais difíceis. Um dos grandes problemas é a falta de conhecimento do anunciante do que acontece e o que é necessário no estúdio. O briefing, que é o material que orienta o trabalho do fotógrafo, dando as coordenadas para a realização do trabalho, é entregue para o profissional de fotografia, cada vez mais complexo. Com muitos detalhes e exigências do anunciante encarecem a produção. Porém, é difícil conscientizar o anunciante de tais custos e o trabalho necessário para tal. Sendo contratado por agências ou diretamente pelo cliente, o trabalho do fotógrafo deve ser único, ou seja, o esforço dispensado para realizar o trabalho para qualquer um dos dois deve ser o mesmo. Por mais que, para o cliente, os dados técnicos não sejam tão importantes, o trabalho deve ter o mesmo resultado do que se tivesse sido solicitado por alguma agência. Além do mais o custo do trabalho solicitado para o fotógrafo direto pelo cliente, torna a produção mais barata. Sem contar nos fotógrafos que, por terem uma câmera digital e uns computadores providos de softwares de tratamento de imagem entram no mercado. E com clientes com pouco conhecimento na área fotográfica, acabam por, de certa forma fazer o mercado concorrer entre si de maneira errônea. Este problema é apontado por muitos fotógrafos, pois, acabam por fazer com que, o estúdio bem estruturado perca seu prestígio junto aos clientes. 6.5 Usuários Fotógrafos são profissionais que se expressam através de registros de imagens com o auxílio de uma câmera. Pode ser um rosto, uma paisagem, uma construção, uma cena, um flagrante. Podem ser especializados em jornalismo, moda, arte, produtos e fotografia científica. É essencial ter sensibilidade, interesse em cultura geral já que o fotógrafo é a testemunha que conta estória através da imagem. Outra característica dos fotógrafos é ter senso crítico, curiosidade e estar em constante atualização. Não há exigência de escolaridade para fotógrafos, sendo assim uma profissão de livre-formação. Porém, muitas escolas oferecem cursos Fotografia, que


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pode ajudar o profissional a aperfeiçoar suas técnicas e conhecimento. Repórteres fotográficos são registrados no conselho da categoria como jornalistas. É indispensável que o fotógrafo saiba usar bem todos os tipos de câmeras, lentes e filtros, escolher o filme mais adequado para cada tipo de trabalho e conheça os processos de revelação e cópia. Há profissionais especializados em moda para jornais, revistas ou anúncios; em objetos de arte para catálogos e em fotografia científica para ilustrar relatórios de pesquisa e publicações especializadas. Outros se dedicam à fotografia como meio de expressão artística, expondo seus trabalhos ou produzindo livros de fotos. Falar sobre fotografia é, em partes, falar sobre arte. Jonh Hedgecoe (2006) 21, renomado autor da área fotográfica declara: “Ela provavelmente é a mais acessível e gratificante de todas as formas de arte.” Isso justifica-se pelo caráter emocional e criativo da fotografia. Ela pode evidenciar sensações, despertar desejos, registrar fatos históricos ou detalhar movimentos. Por outro lado, Fox e Smith (apud LANGFORD et al 2009)22 afirmam que a “fotografia é, essencialmente, uma combinação de técnica e observação visual”. Para eles, a técnica é um processo lento, que exige determinação e prática, anterior ao exercício da criatividade, já que esta é conseqüência da primeira. Fox e Smith (apud LANGFORD et al 2009)23 reafirmam este pensamento no trecho: “Fotografias interessantes precisam de idéias por trás delas, bem como de um conteúdo visual forte e de um faro técnico.” Para esta pesquisa, é interessante pensar em fotografia como prática experimental que utiliza a técnica como base para o desenvolvimento criativo na composição de imagens. Não necessariamente a técnica é anterior à criatividade: elas podem ser exercitadas igualmente pelo fotógrafo, porém obrigatoriamente juntas. Especialmente pelo fato de que, por mais que a tecnologia tenha tornado a fotografia mais fácil e acessível, a câmera e os acessórios que lhe dão apoio são ferramentas que a tornam possível, mas não são seus únicos determinantes de qualidade. Uma boa fotografia é obtida pela capacidade do fotógrafo de perceber e compor o mundo ao seu redor neste espaço restrito. E é justamente esse cunho artístico que torna a fotografia tão fascinante.

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HEDGECOE, Jonh Hedgecoe, 2006, p.07 Fox e Smith, apud LANGFORD et al 2009, p.12 23 Fox e Smith apud LANGFORD et al 2009, p.12 22


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Muito embora a escolha de aplicar ou não a criatividade em seu trabalho é de responsabilidade do autor, representa uma conclusão interessante: mesmo para fotógrafos que encaram a fotografia como um simples registro, conhecer técnicas criativas e saber como aplicá-las é de grande valia já que a fotografia - como afirma Langford et al (2009)24 - é uma prática multifacetada.

6.6 Ambiente As pessoas não trabalham ou exercem suas atividades isoladas do meio ambiente. O ambiente de realização das atividades pode ter muita influência na utilização do software e a incompatibilidade do ambiente com o software pode até resultar na rejeição do produto pelo usuário. A Análise de Ambiente visa uma caracterização do ambiente onde os usuários, ou potenciais usuários, realizam suas atividades relacionadas com o produto em consideração. A análise do ambiente de realização das atividades compreende três aspectos apresentados a seguir. 6.6.1 Quanto ao ambiente físico O ambiente físico compreende os espaços onde os usuários realizam suas atividades. A análise de ambiente físico aborda aspectos como os listados a seguir. Esses aspectos são importantes e nos interessam na medida em que têm impacto na utilização do produto em consideração. - Meio ambiente Por exemplo, poeira, fungo, líquido ou qualquer elemento nocivo que dificulte o uso, ou que invalide qualquer parte do equipamento. A temperatura, umidade, ou outro fator relacionado com o clima pode afetar o bom funcionamento do produto. A iluminação do ambiente também pode colocar obstáculos à utilização de certas funcionalidades do equipamento. - Espaço de trabalho Por exemplo, pode ser difícil utilizar-se o equipamento em espaços muito pequenos, ou que não possuam um nivelamento no piso. Pode haver dificuldade das

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LANGFORD, et al 2009


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pessoas em operá-lo ou mesmo deve ser considerada a possibilidade de ocorrência de furtos em ambientes públicos. - Disponibilidade de energia elétrica A energia elétrica é indispensável para o uso do equipamento. 6.6.2 Quanto ao ambiente social Mas não é só o ambiente físico que precisa ser considerado. Muitas vezes, dependendo do tipo de produto a ser desenvolvido, o ambiente social e cultural precisa também ser considerado. O ambiente social está relacionado a pressões por produtividade, por precisão ou qualquer outro fator que possa influenciar na utilização do equipamento a ser desenvolvido. O modo como as pessoas interagem entre si, ou a separação geográfica das pessoas também são exemplos de fatores sociais que podem ser relevantes para a utilização do produto. Os seguintes fatores devem ser considerados. - Usuário trabalha sob pressão por produção, rapidez, precisão ou qualquer fator que possa afetar a utilização do produto? - Recursos disponíveis para ajudar o usuário. Existem manuais ou pessoas por perto a quem possam recorrer? Assim, o ambiente físico interfere no ambiente social, por exemplo, se os profissionais trabalham em casa, se trabalham em cubículos ou em ambientes compartilhados tudo deve ser considerado. Um espaço de trabalho com alta concentração de pessoas pode dificultar a comunicação entre elas. Por outro lado, a presença de companheiros de trabalho pode favorecer as atividades das pessoas envolvidas. 6.6.3 Análise Este trabalho buscou pesquisar de maneira teórica como se dá o comportamento do fotógrafo em ambientes diversos. Com relação aos ambientes físicos, destacamos a proximidade física do produto, ou seja, manter o produto em lugar acessível ao profissional exerce grande importância. O produto a ser


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desenvolvido, trará grande mobilidade, pois será adaptável a qualquer tipo de ambiente, seja ele, escritório, bureau, loja do cliente, estúdio, etc. Nesse trabalho, verificou-se que elementos como a facilidade de efetuar o transporte, assim como a concessão de benefícios para a mobilidade do profissional em relação aos clientes, são importantes instrumentos de escolha e aproveitamento do ambiente. Com essa mobilidade pode-se atender a um público específico, levando o equipamento ao estabelecimento, não necessitando assim de colocar o produto do cliente em risco no manuseio e no transporte. A partir do conceito profissional, não podemos limitar um ambiente específico, visto que o produto tem como característica o fato de ser portátil. Deverá ser pequeno e prático para se adaptar a qualquer tipo de ambiente desde a agência até o espaço do cliente.


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7. SIMILARES A Análise de Produtos Concorrentes ou Similares visa o estudo de produtos semelhantes ao produto em consideração com o objetivo de: - coleta de informações para que se possa melhorar o produto em consideração a partir do conhecimento das fraquezas e pontos fortes de produtos concorrentes ou similares. - familiarização com o domínio do problema; -estudo de características de produtos similares tendo em perspectiva o software a ser desenvolvido ou analisado (produto em consideração); - identificação de oportunidades que possam diferenciar o produto; - utilização do produto similar para se promover avaliações de aspectos específicos quando essas características não estão ainda disponíveis em um produto em desenvolvimento ou mesmo quando se considera estender o produto em consideração com essas características; - obter-se a visão de um produto semelhante já implementado - pode dar uma visão mais realista do que a permitida por protótipos. 7.1 Ficha de Similares Apesar de ainda não existirem estúdios portáteis específicos voltados aos fotógrafos profissionais disponíveis no mercado nacional, existem alguns que, pelo seu próprio conceito de usabilidade e facilidade de montagem, acabam por também contemplá-los. No presente trabalho serão listados os similares, não somente do tipo estúdio portátil, mas também os que possuam mecanismos semelhantes ao que se planeja usar para o produto final a ser desenvolvido.


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7.1.1 Similares Diretos Tabela 1

Tabela 2


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Tabela 3

Tabela 4


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7.1.2 Similares Indiretos Tabela 5

Tabela 6


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Tabela 7

Tabela 8


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7.2 Anรกlise Estrutural Tabela 9

Tabela 10


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Tabela 11

Tabela 12


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7.3 . Análise das Funções - Similares Diretos 01 – Produto bastante completo, com várias opções de troca de equipamento e iluminação, porém não tem mobilidade para o transporte 02 – Produto todo embutido em uma maleta, facilidade para carregar e vantagem de case rígida o que acomoda e protege os equipamentos. 03 – Produto com bastante mobilidade para o transporte, é feito de material leve e impermeável, porém a case não é rígida. 04 – Produto fixo de difícil transporte, porém tem a vantagem de ter a troca do fundo e a posição das luminárias. - Similares Indiretos 01 – Cadeira de praia baixa com o mecanismo de abre e fecha feito de alumínio. Tem a facilidade de transporte, pois é leve e tem fácil montagem. 02 – Cadeira de praia alta com o mecanismo de abre e fecha feito de alumínio. Tem a facilidade de transporte, pois é leve e tem fácil montagem. 03 – Produto versátil, com facilidade de montagem e vantagem de ser uma mala que se transforma em uma bancada. 04 – Mala com rodinhas e totalmente vedada, impedindo assim que entre poeira e fungos nos equipamentos.


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8. TÉCNICOS, MATERIAIS E PROCESSOS 8.1 Materiais prováveis O estudo de polímeros e metais que apresentam características que combinam com as necessidades do projeto é de suma importância para que se possa fazer uma boa escolha e ter como resultado um bom produto. 8.1.1 Polímeros Segundo GORNI et al, 199925 são materiais cujo elemento essencial é constituído por ligações moleculares orgânicas, que resultam de síntese artificial ou transformação de produtos naturais. Abaixo estão listadas características dos polímeros que são mais importantes para o desenvolvimento deste projeto: a) Leveza: polímeros são mais leves que metais ou cerâmica. b) Alta flexibilidade: variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo de polímero e os aditivos usados na sua formulação. c) Alta resistência ao impacto, que associada à transparência, permite substituição do vidro em várias aplicações. d) Dureza: alguns plásticos resistem de 27 a 250 vezes mais em dureza que o vidro. e) Resistência química: todos os plásticos são resistentes à água, ao sal comum e, no mínimo, a ácidos fracos. A resistência química de alguns plásticos é excepcional e muito superior à dos metais. f) Baixa condutividade elétrica: polímeros são altamente indicados em aplicações onde se requer isolamento elétrico, já que não contêm elétrons livres, responsáveis pela condução de eletricidade nos metais. g) Baixa condutividade térmica: cerca de mil vezes menor que a dos metais. Logo, são altamente recomendados em aplicações que requeiram isolamento térmico, particularmente na forma de espumas; isto também devido à ausência de elétrons livres.

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GORNI, et, al 1999


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h) Maior resistência à corrosão: características próprias das ligações químicas presentes nos plásticos lhes conferem maior resistência à corrosão por oxigênio ou produtos químicos do que no caso dos metais, o que não quer dizer que os plásticos sejam completamente invulneráveis ao problema. i) Porosidade: o espaço entre as macromoléculas é relativamente grande, conferindo baixa densidade ao polímero. A matéria prima que dá origem a um polímero é o monômero que forma a sua cadeia. O monômero, por sua vez, é obtido a partir do petróleo ou gás natural, que é a rota mais barata. É possível também obter monômeros a partir de madeira, álcool, carvão e até de CO2, pois todas são matérias-primas ricas em carbono, o átomo principal que constitui os materiais poliméricos. Há diversas maneiras de se dividir os polímeros, sendo a classificação conforme as características mecânicas a mais importante. Essas características decorrem da configuração específica das moléculas do polímero. Sob este aspecto, os polímeros podem ser divididos em: termoplásticos, termorrígidos (termo fixos) e elastômeros (borrachas). a) Termoplásticos: são os chamados plásticos, constituindo a maior parte dos polímeros comerciais. A principal característica desses polímeros é poder ser fundido diversas vezes. Dependendo do tipo do plástico, também podem dissolverse em vários solventes, tornando possível sua reciclagem. As propriedades mecânicas variam conforme o plástico: sob temperatura ambiente, podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis. A estrutura molecular dos polímeros termoplásticos consiste de moléculas lineares dispostas na forma de cordões soltos, mas agregados, como num novelo de lã. b) Termorrígidos ou termo fixos: são rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se fundem, pois o aquecimento do polímero acabado a altas temperaturas promove decomposição do material antes de sua fusão. Logo, sua reciclagem é complicada. c) Elastômeros (borrachas): classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos. Não são fusíveis e por isso sua reciclagem é complicada, mas apresentam alta elasticidade. Os elastômeros possuem estrutura molecular similar à dos termorrígidos, mas com menor número de ligações entre os “cordões”: é como se fosse uma rede, mas com malhas bem mais largas que os termorrígidos. Exemplos: pneus, vedações, mangueiras de borracha.


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Figura 7 Polímeros

Figura 8 Polímeros e suas formas

8.2 Plásticos Aplicáveis 8.2.1 Poliestireno Uma das mais antigas resinas sintéticas é um termoplástico que se caracteriza por sua clareza brilhante, sua dureza, sua facilidade de processamento e seu baixo custo. Sua colorização é excelente. Como modificações de resina básica de uso geral, podem ser citados os tipos resistentes à elevada temperatura e os vários graus de resistência a impactos. Todavia, tanto a clareza quanto o brilho diminuem nos tipos resistentes a impactos.


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Outros polímeros pertencentes à família do estireno são as resinas ABS e SAN que serão tratadas na seqüência. O poliestireno é processado por vários métodos, como moldagem por injeção, por sopro de injeção e extrusão, a conformação térmica, a extrusão de chapas e perfilados, as moldagens em espumas, as chapas de espumas de injeção direta e o poliestireno expandido. O poliestireno resistente ao impacto tem resistência à tração e módulo de elasticidade inferior ao do poliestireno comum, enquanto que o alongamento pode melhorar de 10 a 40%. Apresenta menor resistência térmica e às intempéries. Os poliestirenos de uso geral são aplicados em maçanetas, protetores de luz, artigos descartáveis e em artigos de embalagens. As formulações resistentes ao calor são utilizadas em artigos domésticos, peças de máquinas e veículos, gabinetes para rádio e televisão, etc. Os tipos resistentes a impactos são empregados em aparelhos domésticos e brinquedos, entre outros.

Figura 9 Poliestireno

Figura 10 Chapas de Poliestireno


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8.2.2 ABS/SAN As resinas ABS são compostos semelhantes à borracha rígida, contendo butadieno em expansão. Este termoplástico amorfo e de custo médio é duro, rígido e tenaz, mesmo a baixas temperaturas. É encontrado em vários tipos que apresentam diferentes níveis de resistência a impactos, ao calor, retardamento de chama e de capacidade para galvanização. A maioria das resinas ABS varia de translúcida a opaca, mas também podem ser produzidas em tipos transparentes, podendo ser pigmentadas com praticamente todas as cores. Podem ser encontradas em tipos adequados para moldagens por injeção, extrusão, por sopro, expansível e para conformações a quente. Relacionada com a ABS está a SAN (sem o butadieno), que se caracteriza por excelente resistência química, estabilidade dimensional e facilidade de processamento. Tais resinas são normalmente processadas em moldagem por injeção, podendo também ser usada a extrusão e a moldagem por sopro. Os produtos moldados em resina ABS são aplicáveis em capacetes esportivos de proteção, cobertura de equipamentos para acabamentos, carcaças de pequenas utilidades domésticas, equipamentos para telecomunicação, máquinas para escritório, painéis de instrumentos de veículos, tubos e suas conexões, dispositivos de segurança domésticos. As resinas ABS cromadas têm substituído metais fundidos sob pressão em blindagens de hardware e em guarnições para veículos e fixadores de espelho.

Figura 11 Capacetes feitos de ABS


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8.2.3 Acrílico Possui alta transparência óptica, excelente resistência à exposição ao tempo, ótimas propriedades elétricas e resistência química razoável. Pode ser encontrado em cores transparentes e brilhantes, em chapas fundidas ou extrudadas, em películas e em compostos destinados a moldagens por extrusão e injeção. Embora os plásticos acrílicos se encontrem entre os mais resistentes termoplásticos quanto a arranhões e riscos, as operações normais de limpeza e manutenção das peças podem arranhar ou esmerilhar estes materiais. Encontramse chapas ou placas especialmente processadas para resistirem a essas ações e que apresentam as mesmas propriedades que as chapas normais. Os materiais resistem à exposição à luz fluorescente sem que venham a escurecer ou se deteriorar. Contudo, descoram quando expostos à radiação ultravioleta de elevada densidade. A chapa de acrílico substitui com igual ou maior transparência o uso do vidro. É aproximadamente 17 vezes mais resistente a quebras do que este e, nas raras ocasiões que isto se dá, o acrílico se desfaz em pedaços, pouco afiados, reduzindo o risco de acidentes sérios. É amplamente usado em portas, janelas, ao redor de aparelhos de ar condicionado, visores, anúncios luminosos, objetos de decoração, luminárias, displays, maquetes, esquadros, etc. É possível adicionar-lhes corantes e produzir um espectro completo de cores transparentes, translúcidas e opacas.

Figura 12 Chapas de Acrílico


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8.2.4 Policarbonato O Policarbonato é semelhante ao vidro, caracteriza-se por possuir alta transparência, que pode chegar acima de 90%. Essa transparência é conseguida graças à sua estrutura amorfa. Dentre todos os termoplásticos, o Policarbonato é o que possui maior resistência ao impacto, sem qualquer adição, a não ser os elastômeros. A mais importante característica das chapas é sua estabilidade em temperatura e em utilizações difíceis, onde não é possível o uso de outros materiais. Outra característica é sua elevada dilatação, que é uma variável importante para um correto dimensionamento das chapas caso sejam contidas em estruturas ou perfis metálicos, fixas e colocadas, ou acopladas a outros materiais.

Figura 13 Policarbonato

8.2.5 Metais Cerca de 80% dos elementos químicos existentes são metais substâncias geralmente sólidas, boas condutoras de corrente elétrica e calor, maleáveis (podem ser laminadas) e dúcteis (podem ser reduzidas a fios). A maioria tem cor prateada ou cinzenta, com exceção do cobre (avermelhado) e do ouro (amarelo). Seu brilho acentuado é reflexo da luz. Alguns metais são conhecidos desde a Pré-história, como cobre, estanho e ferro. Puros ou na forma de ligas têm diversas aplicações. Muitos, como o ferro e o alumínio são abundantes na natureza.


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Outros são raríssimos, e deles existem apenas vestígios. A maioria não é encontrada em estado livre, mas apenas sob a forma de compostos. Alguns metais, como ouro e platina, não se alteram em contato com o ambiente e esse é um dos motivos de sua valorização. Outros reagem ao oxigênio presente na água e no ar e oxidam. Os plásticos têm limitações, e é importante considerar isto quando se quer construir uma peça. Neste caso, agentes modificadores podem minimizar estes problemas com a utilização de reforços que melhoram as suas características. Os casos a seguir são os quais se é sugerido utilizar o metal: a) quando se necessita de grande resistência mecânica; b) quando se necessita de grande dureza; c) quando se necessitam dimensões muito rígidas- tolerâncias de centésimos ou milésimos; d) quando a temperatura constante de trabalho é alta (geralmente os plásticos se deformam sob estas condições, ou dilatam muito facilmente).

Figura 14 Vários tipos de Metais


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8.2.6 Aço inoxidável Originalmente o aço foi obtido com a fundição do ferro, hoje aço carbono é o material ferroso mais comum e conhecido que se tem, é muito utilizado na indústria em geral e na construção civil. A partir do aço carbono foram obtidas várias ligas resultantes de experiências bem sucedidas, das quais, em especial, o aço inoxidável. Quando o cromo foi adicionado ao aço carbono, criou-se um tipo de aço mais protegido contra a corrosão. Produtos em aço inoxidável são isentos de toxinas e não soltam resíduos, podendo então ser utilizados para a preparação, o acondicionamento e a distribuição de alimentos. Outra característica interessante é que o aço inoxidável não quebra, sendo assim a melhor relação custo X benefício do mercado e é reciclável, sendo ecologicamente correto.

Figura 15 Aço Inoxidável

8.2.7 Cobre (Cu) O cobre é um metal vermelho-marrom, muito dúctil e maleável; sendo, após a prata, o melhor condutor de calor e de eletricidade. Por isso, uma de suas


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principais

utilizações

é

na

indústria

elétrica.

Apresenta

ainda

excelente

deformabilidade e alta resistência à corrosão: exposto à ação do ar, ele fica, com o tempo, recoberto de um depósito esverdeado. O cobre possui resistência mecânica e características de fadiga satisfatórios, além de boa usinabilidade e cor decorativa. Pode ser facilmente recoberto por eletrodeposição ou por aplicação de verniz.

Figura 16 Cobre

8.2.8 Ligas de cobre O cobre forma uma série de ligas muito importantes, que se apresentam numa vasta gama de variantes com propriedades e características diferentes, conforme os elementos com os quais o cobre está ligado e de acordo com as proporções em que se encontram na liga. 8.2.9 Bronze Entre as ligas de cobre e estanho, só se conhecem com o nome de bronzes aquelas que possuem um teor de estanho inferior a 32%, dado que as ligas que contêm uma porcentagem maior deste elemento são extremamente frágeis. Os bronzes são empregados geralmente no estado fundido, mas também se podem utilizar sob a forma de peças forjadas e de barras e perfis laminados ou extrudados. No que diz respeito à sua aplicação, há dois tipos de bronzes: a) Bronzes maleáveis: teor de estanho inferior a 9%. Sua aplicação geralmente é em peças estampadas a frio de pequena resistência. Os bronzes


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maleáveis foram amplamente utilizados para cunhar moedas e medalhas, empregando- se também sob a forma de peças fundidas. b) Bronzes mecânicos: teor de 9 a 25% de estanho são os mais utilizados na indústria. São mais duros que os anteriores e podem deformar-se a quente. Utilizam-se para peças fundidas ou forjadas. Para melhorar as características dos bronzes para determinadas aplicações, adiciona-se elementos tais como o chumbo, o níquel, o zinco, o alumínio e o manganês, obtendo-se os chamados bronzes especiais. O chumbo aumenta a plasticidade do material e diminui o preço da liga. O zinco, o níquel e o silício melhoram as características de resistência ao desgaste. O silício aumenta, além disso, a dureza; e o níquel, a resistência à corrosão. O manganês aumenta consideravelmente a resistência à corrosão.

Figura 17 Bronze

8.2.10 Latões São ligas de cobre e zinco. Utilizam-se muito, tanto sob a forma de peças fundidas como sob a forma de perfis laminados, chapas e arame.


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A porcentagem máxima de zinco contida nos latões é de 45%, as ligas com maiores porcentagens são muito frágeis. À medida que o teor de zinco aumenta, corre também uma diminuição da resistência à corrosão em certos meios agressivos, levando à “dezinficação”, ou seja, corrosão preferencial do zinco. Os latões com menos de 36% de zinco são muito plásticos em frio e, por isso, utilizam-se em barras laminadas, arames e, principalmente, em chapas para estampagem. Chamam-se latões de primeira categoria e podem adquirir diferentes características mecânicas mediante recozimento total ou parcial. Os latões com mais de 36% e menos de 45% de zinco não deformam facilmente a frio, mas podem ser facilmente trabalhados a quente. Empregam-se sob a forma de barras laminadas, especialmente para o fabrico de torneiras e pacas torneadas em tornos automáticos de grande velocidade, aproveitando sua grande facilidade de corte. Chamam-se latões de segunda categoria. Em geral, sua porcentagem de zinco é de 40%, e por vezes, lhes são adicionados 2% de chumbo.

Figura 18 Latões

8.2.11 Alumínio O alumínio é um metal branco brilhante de extrema importância na indústria. A sua qualidade mais interessante é a densidade muito baixa em comparação com os outros metais, tendo como conseqüência o fato de as suas ligas serem também de baixa densidade em comparação com as suas características


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mecânicas, que são bastante elevadas. O peso do alumínio é mais ou menos três vezes menor que o peso do cobre e do latão. Assim, é um metal de grande utilidade em equipamentos de transporte. A condutibilidade térmica, inferior somente às da prata, cobre e ouro, o torna adequado para aplicações em equipamentos destinados a permutar calor. Sua alta condutibilidade elétrica o torna recomendável em aplicações na indústria elétrica. Finalmente, o baixo fator de emissão o torna aplicável como isolante térmico.

Figura 19 Alumínio

8.2.12 LED Outro produto aplicável no produto é o Light Emitting Diode (Diodo emissor de luz) – LED. É um componente semicondutor que converte energia elétrica em luz. Diferentemente da lâmpada incandescente sua luminosidade é fria e para ser produzida necessita de uma potência muito menor, resultando em um baixo consumo de energia (consome em torno de 8 vezes menos potência para o mesmo brilho se comparado a uma lâmpada incandescente), entre outras vantagens pode-


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se citar a grande variedade de cores, reduzido tamanho e manutenção, material mais resistente e a longa durabilidade . O processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte elétrica de energia é chamado eletroluminescência. Quando é aplicada uma tensão nos terminais do led, uma corrente começa a fluir fazendo com que os elétrons cruzem a barreira de potencial e se recombinem com as lacunas emitindo energia na forma de luz visível (WIKIPEDIA, 2007)26.

Figura 20 LED

8.3 Análise do capítulo A partir da análise de um panorama geral do capítulo Daqui podem-se identificar atributos necessários ao desenvolvimento do produto. Os indicadores econômicos mostram um futuro de crescimento em todos os setores produtivos do Brasil, inclusive o tecnológico. Este é um mercado dominado quase totalmente por fabricantes internacionais, daí a necessidade de cria-se vínculos com empresas nacionais, a fim de baratear o custo do produto e assim diminuir o valor final. 26

WIKIPEDIA, www.wikipedia.com.br


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Os maiores compradores de produtos tecnológicos são os usuários e os distribuidores comerciantes, que induzem o usuário final à compra. Logo, o produto deve ter de qualidade, tecnologia e preço, já que estas são as qualidades mais apreciadas por todos. Como os maiores mercados mundiais são também grandes exportadores, inclusive o Brasil, deve-se considerar que será um produto voltado para o mercado nacional, que terá como concorrentes as maiores empresas do cenário mundial e as do Brasil. Para isto, o produto deve ter características técnicas ajustadas à realidade brasileira, onde os sistemas hidráulicos não são tão confiáveis como no exterior, deve ter um design que participe no processo produtivo desde a concepção à colocação do produto no mercado, nos moldes estrangeiros. O produto será fabricado em pequenas ou médias empresas, já que estas representam quase 80% dos fabricantes nacionais. A terceirização de processos como fundição e polimento, por exemplo, deverá ser adotada no processo. É necessário ainda um investimento alto na formação do processo produtivo, para a compra de máquinas automatizadas, que necessitem de interferência humana mínima.


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9. ERGONÔMICOS A

Ergonomia

busca

através

da

aplicação

de

metodologias

de

levantamento de dados minimizar, no caso específico dos fotógrafos, os danos que têm ocorrido devido aos fatores de peso do equipamento e postura. 9.1 Análise da Tarefa Durante as observações realizadas nas pesquisas anteriores constatouse que até então, além de ter que fabricar sua própria câmara, o fotógrafo ainda tinha que produzir seus próprios filmes. Utilizava uma chapa de vidro, preparada com clara de ovo, adesivo então comum, e sobre este, depositava uma solução de nitrato de prata. As chapas deveriam ser expostas e processadas ainda úmidas, para não perder sua sensibilidade. Quando, numa publicação inglesa, tomou conhecimento, da utilização das "chapas secas", passou a pesquisar novos meios que simplificassem a tarefa de fotografar. Descobriram-se na técnica da gelatina e brometo de prata, qualidades necessárias para não só para melhorar o resultado das imagens, mas também para a sua industrialização. A tecnologia digital oferece também outras comodidades inexistentes nas versões que utilizam filmes químicos, como por exemplo: o resultado pode ser aferido imediatamente e, se insatisfatório, pode, também imediatamente, ser refotografado; o resultado pode ser ajustado, corrigido e retocado eletronicamente; pode ser ampliado no mesmo instante; permite que seja editado e enviado por telefone, ou Internet. O equipamento digital, a princípio, é muito semelhante às câmeras de vídeo. Antes de fotografar, temos que ajustar o "balanceamento de cor" em função da fonte luminosa utilizada. Por exemplo, se fotografarmos com luz incandescente e não efetuarmos o devido ajuste, as imagens se tornarão extremamente amareladas, com luz diurna, azulada e assim por diante. Dessa forma, devemos aprender como operar esse novo instrumento, da mesma forma que a própria fotografia tradicional apresenta suas técnicas distintas.


60

9.2 Dimensionamento Estático, Dinâmico e Funcional A Ergonomia é capaz de oferecer ao processo de projeto um enfoque mais sistemático para a análise, especificação e avaliação dos requisitos de usabilidade. Os dados fornecidos por esta ciência podem conferir maiores e melhores condições ao designer na concepção de interfaces bem sucedidas com o usuário. Certamente um dos aspectos da atividade humana que deve ser levado em consideração é a capacidade de o trabalhador estabelecer uma relação consciente com o processo em curso, antecipando-se à ocorrência de fatos diversos: determinadas conseqüências e efeitos de ações e decisões tomadas aqui e agora, fatos que poderão decorrer do funcionamento atual das instalações, que se manifestam na forma de tendências de evolução de certos parâmetros; ocorrência de eventos futuros prováveis, isto é decorrentes da confluência de certas tendências do processo. 9.2.1 Problema Produtos projetados de forma incorreta, mal dimensionados, sem considerar as dimensões dos extremos da população e os ângulos posturais de conforto biomecânico, têm causado desconforto, dores, mal-estar e fisiopatologias em seus usuários. Os dados comprovam que dores nas costas é um fato “[...] tão freqüente e usual, que incapacita, anualmente, milhares de trabalhadores e onera os cofres públicos em vultosas quantias no subsídio a programas médicos e sociais e que se atribui tais males a hábitos posturais deficientes e a postura sentada prolongada” (RASCH, 1989:119).27 Também Imamura et al. (2001)28 afirmam que estudos epidemiológicos demonstram que cerca de 50% a 90% dos indivíduos adultos apresentam lombalgia em algum momento de suas vidas. Em países industrializados, a lombalgia é a principal causa de incapacidade em indivíduos com menos de 45 anos.

27 28

IMAMURA, S.T. ET al, 2001, p.90 RASH, P.J., 1991


61

Portanto,

produtos

mal

projetados

sem

considerar

os

valores

dimensionais dos extremos da população, assim como os ângulos posturais de conforto biomecânicos incorretos podem causar desconforto/dores aos usuários. 9.3 As mãos e o design de equipamentos manuais A mão humana é uma das “ferramentas” mais completas, versáteis e sensíveis que se conhece. Graças à mobilidade dos dedos, e o dedo em oposição aos demais, pode-se conseguir uma grande variedade de manejos, com variações de velocidade, precisão e força dos movimentos (IIDA, 2005)29. Por meio da faculdade tátil e da pressão sensitiva, o homem pode diferenciar, discriminar e identificar a forma, tamanho, textura, peso e dureza de um objeto. A habilidade do homem para pegar, segurar, manipular e analisar objetos alterou sua percepção e seu desenvolvimento. No princípio ele era capaz de modificar ossos e posteriormente caniços, argilas e metais. Esse processo de interação íntima e manual com os objetos o conduziu a projetar na escala de seu uso pessoal e com características próprias de sua imagem. Em geral, no processo do design há interesse no estudo da manipulação dos produtos, contudo, tende-se a desprezar outras funções importantes da mão como órgão sensitivo. Atualmente, há necessidade de se apresentar um design não convencional, procurando oferecer objetos melhor adaptados ao homem, que façam uso da alta capacidade sensitiva das mãos. Por isso a compreensão das características da mão humana - elemento direto na interface homem X ambiente – sob o foco da ergonomia, faz-se tão necessária. A usabilidade dos equipamentos, dispositivos e ferramentas manuais depende de inúmeros fatores, envolvendo com destaque a ergonomia, os aspectos fisiológicos das mãos dos indivíduos e o próprio design (PASCHOARELLI, 2000) 30. A antropometria, ciência que estuda as dimensões humanas, é um importante parâmetro para a adequação dimensional no projeto de equipamentos e rodutos de interface na relação ergonômica. Seus dados são utilizados considerando as características físicas individuais, populacionais e os elementos humanos desta

29 30

IIDA, 2005 PASCHOARELLI, 2000


62

interface, considerando as atividades realizadas (PASCHOARELLI, 2000) 31. Com a preocupação de se ajustar adequadamente equipamentos manuais estudam- se a antropometria das mãos. Alguns estudiosos coletaram dados antropométricos das mãos de determinados grupos de indivíduos e os organizaram em tabelas de referências antropométricas. Tais estudos foram realizados para populações de diversos países, Pheasant (1996)

32

reuniu em uma tabela dados das mãos de adultos ingleses,

divididos em vinte variáveis; IIDA (2005) norma alemã DIN 33402 (1981)

33

organizou e apresentou os dados da

34

; que para o autor é uma das mais completas,

onde estão especificadas sete variáveis somente para as mãos; enquanto Gordon ET al.(1989)

35

descreveram os dados antropométricos das Forças Armadas Norte

Americana, também organizadas sob sete parâmetros. No Brasil, segundo Paschoarelli (2000) 36, as referências antropométricas das mãos são escassas, o que demonstra existir uma lacuna nas pesquisas desta área de conhecimento. O Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial (LBDI, s.d.), associado à Copersucar, realizou um levantamento da mão de rurícolas brasileiros com o objetivo de desenvolver equipamentos voltados aos cortadores de cana de açúcar. Estes dados estão reunidos em trinta e duas variáveis antropométricas. Observando os dados antropométricos das mãos disponíveis, nota-se que ainda há muito que se pesquisar nesta vasta área de conhecimento, pois além de não haver qualquer padronização na divisão dos parâmetros apresentados por cada tabela,

ainda

existem

poucos

estudos

antropométricos

desenvolvidos

especificamente com a população de indivíduos para a qual serão projetados determinados equipamentos. O uso de parâmetros antropométricos das mãos pode ser muito útil para definir tamanhos e formatos de empunhaduras, no entanto deve-se ter cuidado para não se aplicar diretamente tais dados nos projetos. Para LIDA (2005) 37, verificações adicionais se tornam necessárias para promover ajustes à população de usuários efetivos. 31

PASCHOARELLI, 2000 PHEASANT, 1996 33 IIDA, 2005 34 DIN 33402, 1981 35 GORDON, 1989 36 PASCHOARELLI, 2000 37 IIDA, 2005 32


63

Na medida do possível, as tabelas antropométricas deveriam ser usadas apenas como um dimensionamento preliminar do projeto. 9.4 Esquemas antropométricos As ferramentas são a extensão das mãos, compreendê-las no que se refere às pegas e às empunhaduras é de fundamental importância para aqueles profissionais que as projetam. Existem alguns estudos de autores que trabalharam especificamente com ferramentas de mão com características de empunhaduras tradicionais. As pesquisas realizadas têm como fator delimitador da sua evolução as formas de empunhar e principalmente as aplicações particulares da capacidade das mãos Cochran et al. (1986)

38

citam algumas pesquisas (PHEASANT e O‟ NEILL, 1975;

AYOUD e LOPRESTI, 1971; DRURBY, 1980; SARAN, 1973; ARMSTRONG et al., 1981; RILEY, 1980) realizadas a respeito do diâmetro de pegas cilíndricas, do comprimento das pegas e do formato das empunhaduras que esclarecem alguns detalhes que devem ser considerados nos projetos de ferramentas manuais. Por exemplo, em uma série desses estudos percebeu-se que capacidade de rotação é aumentada quando a empunhadura tem o diâmetro de 2,54 a 5,08 cm, perdendo o rendimento em diâmetros fora dessa faixa. Para empunhaduras em forma de “T” o melhor diâmetro encontrado também foi 2,54 cm enquanto que o melhor ângulo para pega é o de 60°. Numa das pesquisas conclui-se também que para maçanetas usadas para segurar cargas o comprimento ideal é de 11,5 cm. Tais pesquisas demonstram que seguindo certos parâmetros para pegas e empunhaduras o desempenho das ferramentas manuais pode ser aumentado sem prejudicar o usuário, ao contrário, melhorando suas condições de trabalho e conforto na execução da tarefa. Para Dul & Weerdmeester (1993)39 pega é a parte da ferramenta ou máquina segurada pelas mãos. A forma e a localização da mesma devem possibilitar uma boa postura para as mãos e braços. O desenho adequado do

38 39

COCHRAN, 1986 DUL & WEERDMEESTER, 1993


64

manejo tem uma grande influência no desempenho do sistema homem-máquina (IIDA, 2005) 40. A câmera fotográfica por ser um artefato que tem suas funções acionadas exclusivamente pelas mãos, mais precisamente pelas pontas dos dedos, deve ser estudada à luz dos conhecimentos sobre manejo, pega e empunhadura. Isso ganha maior importância num momento em que seu tamanho tem sido gradativamente diminuído em função da tendência à miniaturização dos objetos detentores de alta tecnologia. A redução das dimensões do equipamento fotográfico amador tem causado uma série de dificuldades no seu manejo e conseqüente comprometimento de sua usabilidade. O que ocorre devido à força de preensão e os estresses pelos tendões dos músculos flexores dos dedos variarem com o tamanho do objeto a ser pego. Se um produto é muito pequeno os dedos não podem aplicar força de forma eficaz, em parte porque os músculos flexores ficam bastante encurtados, perdendo sua capacidade de produção de tensão contrátil. Esta limitação do desempenho muscular aplica-se especialmente quando o indivíduo tenta segurar um objeto pequeno com força ou um cabo de ferramenta com o punho fletido, o que encurta os músculos flexores dos dedos (CHAFFIN, ANDERSON & MARTIN, 2001) 41.

Figura 21 Anatomia da mão

40 41

IIDA, 2005 CHAFFIN, ANDERSON & MARTIN, 2001


65

Figura 22 Amostra de “pega”

Figura 23 Esquema antropométrico 1

Figura 24 Esquema antropométrico 2


66

9.5 Análise Chegou-se a conclusão de que pelo fato de não existir no mercado atual um produto voltado para o público em questão, que são os fotógrafos, será projetado um mini estúdio portátil que atenda a todas as suas necessidades, visando o conforto e o bem estar do indivíduo. Moraes (1983)42 lembra que a utilização de manequins antropométricos de 5º e 95º percentis é mais útil e correto do que o uso de uma única representação do 50º percentil, ou seja, do „homem médio‟. Ao utilizar os dois extremos 5º e 95º percentis os quais indicam limites máximos e mínimos de variação, podem-se prevenir muitos erros grosseiros no projeto de estações de trabalho, equipamentos e produtos. A seleção dos dados antropométricos adequados baseia-se na natureza do problema particular em questão. Se o projeto requer, por exemplo, que o usuário alcance algo, esteja ele sentado ou de pé, o 5º percentil é o indicado. Tal dado, relativo ao alcance de braço, demonstra que 95% da população devem ter um alcance de braço maior. Se o projeto permite acomodar o usuário com menor alcance de braço, obviamente funcionará igualmente para aqueles com alcances maiores (MORAES, 1983) 43. A análise dos dados seguiu o mesmo critério da fase de pesquisa. Foi feita de acordo com os três aspectos citados anteriormente.

9.5.1 Quanto aos aspectos formais/ funcionais

A maioria dos fotógrafos, não possui um produto próprio para esse tipo de atividade, normalmente utilizam bancadas com formas simples, com linhas retas e algumas vezes curvas que tentam criar uma conformação de modo a adaptar melhor o móvel à forma humana. Isso faz com que o fotógrafo tenha que se adaptar ao produto criado por ele naquele momento, não tendo nenhum tipo de conforto para desenvolver o seu trabalho. 42 43

MORAES, 1983 MORAES, 1983


67

9.5.2 Análise quanto aos aspectos de uso Todos os fotógrafos têm uma longa jornada de trabalho em sua bancada, pois a profissão exige o seu empenho ate conseguir uma foto de qualidade, o que leva a constrangimentos devido ao cansaço e longa permanência na postura abaixada, além de apresentar ansiedade devido à exigência do cumprimento de prazos na execução das tarefas.

Figura 25 – Fotografando um produto

Figura 26 – Fotografando um produto sem a mesa de apoio


68

Figura 27 – Detalhamento do movimento

10. SÍNTESE

A partir dos estudos apresentados, chegou-se a conclusão de que o produto final será uma maleta portátil composta de uma mesa com fundo infinito e iluminação de estúdio que é muito utilizada em estúdios fotográficos para capturar imagens de produtos pequenos e médios. Apesar do conceito de estúdio portátil, o produto a ser desenvolvido, terá uma grande capacidade de substituir os estúdios fixos utilizados para esse tipo de foto. Para o fundo infinito será utilizado placa de poliestireno de 0,5mm de espessura, porque é mais maleável, o que facilita o transporte e custa mais barato que outros materiais. Além disso, os dois lados da placa são aproveitáveis, sendo um lado mais fosco e outro com um pouco de brilho. Adere muito bem a fitas adesivas, fita crepe, e é fácil de limpar com vários produtos químicos, sem danificar a superfície, como por exemplo, álcool comum, álcool isopropílico, amoníaco, removedor, querosene, água e sabão. Uma placa destas no tamanho 2,00 x 1,00 custa cerca de R$ 28,00, é fácil de cortar e para isto basta fazer um risco com o estilete e depois a placa quebra exatamente no lugar que é riscada. Com a sobra pode ser feitos rebatedores de luz,


69

de vários tamanhos. É fabricada em várias cores, entre elas, branco, preto, cinza claro que são as mais utilizadas para esse tipo de fotografia. A maleta e os seus componentes serão fabricados basicamente com plásticos aplicáveis para a carcaça, termos-moldáveis para o berço interno, onde as peças serão acomodadas, materiais térmicos, tais como Teflon e Acrílico para as partes de iluminação e alumínio para as junções e estrutura geral de montagem do produto. A inovação tecnológica, utilização de novos materiais, aprimoramento da qualidade e funcionalidade estão diretamente associados. Serão adotadas tendências, tais como: a) diminuição dos custos; b) substituição de metais não ferrosos pelos materiais termoplásticos; c) aperfeiçoamento de mecanismos; d) uso de materiais alternativos para substituição do fundo infinito; f) funções mecânicas que utilizem o menor esforço do homem; g) fácil montagem e desmontagem; h) ocupação de pouco espaço.

11. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Esta etapa compreendeu as fases de geração e seleção de alternativas, bem como a construção de mock-ups e avaliação dos mesmos. Primeiramente foram elaboradas diversas alternativas de mesa, partindo dos parâmetros projetuais definidos na etapa anterior. Após análise dos desenhos foram selecionadas algumas alternativas.


70

Figura 28 Geração de Alternativas 1 (croqui)

Figura 29 Geração de Alternativas 2 (croqui)

Figura 30 Geração de Alternativas 3 (croqui)


71

12. SELEÇÃO DA ALTERNATIVA

O estudo apontou problemas que deveriam ser reestudados e modificados para atender à funcionalidade do produto. A falta de estabilidade, o apoio fixo e a fragilidade do material, não facilitaram a simulação de todos os testes ergonômicos, nem a adaptação da bandeja lateral, prevista no projeto. Através da matriz de decisão, foram aplicados pesos de 3 a 5 para cada critério que o produto deveria apresentar e cada e foram definidas notas para cada alternativa, tendo sido escolhido o modelo “3” o qual mais se aproximou do projeto idealizado, com pequenas alterações foi gerado então uma alternativa final da selecionada.

Figura 31 Desenho final


72

No que se refere aos itens iluminação e assento: - indicamos a utilização de luminária existente no mercado, regulável, que permita ao ourives a escolha daquela que propicie a iluminação adequada em todos os planos de trabalho e o melhor ajuste para os destros ou canhotos; - o assento, por sua vez, também disponível em grande variedade no mercado, não foi alvo do nosso projeto, ficando a critério do usuário a adequação de um produto regulável (encosto e altura do assento), permitindo o ajuste ao seu percentil.

Figura 32 Tabela de Seleção de Critérios


73

13. DETALHAMENTO TÉCNICO 13.1 Desenhos Técnicos

Figura 33 Vistas ortogonais fechado


74

Figura 34 Vistas ortogonais aberto


75

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