Taça da Liga 2022-2023

Ficha Técnica

Textos:

José Paulo Silva

Fotografias:

José Paulo Silva

Colaboração:

Bruno Travassos

Carlos Martins

Hermínio Loureiro

Jorge Silvério

Luís Conceição

Nuno Silva

Paulo Teixeira

Pedro Catita

Paginação:

José Paulo Silva

O início do meu sonho!

Em 2012 tive uma ideia e coloquei-a no papel. Chamei-lhe Desporto Entre Linhas e tinha como grande objetivo elevar o desporto nacional, bem como todos os seus agentes. Dar a conhecer histórias de pessoas ligadas às mais diversas modalidades, dar visibilidade a TODAS as modalidades e acompanhar eventos das mesmas. Ao início chamaramme louco porque era algo completamente megalómano para uma pessoa só.

Ao longo dos anos fui amadurecendo a ideia e fui-me testando… será que a minha paixão seria suficiente para ultrapassar todos os obstáculos? Tive ao meu lado um punhado de amigos que me foram incentivando a seguir em frente e a tentar ultrapassar os meus medos. Outros de quem eu muito esperava, limitaram-se a virar-me as costas. Obrigado a todos! Fizeram-me crescer e acreditar que eu consigo fazê-lo, nem que demore o dobro do tempo. No meio de tantos avanços e recuos, decidi começar a fazer trabalhos intemporais que sairão nos primeiros números e serão lançados nos próximos números da revista digital. Aos que sempre estiveram ao meu lado, me incentivaram e acreditaram em mim, a minha mais profunda gratidão!

Amigos como Jorge Silvério, Rui Miranda, Pedro Saavedra, Arnaldo Costeira, Filipe Valente, Marcos Antunes, Carlos Martins, Ricardo Santos, Hermínio Loureiro ou a “minha” gigante Marta Faria, entre tantos outros, foram fundamentais para eu dar este passo e estiveram sempre disponíveis de forma incondicional. Começo a caminhada com dois testes. Os especiais dedicados à Taça da Liga e à Taça de Portugal de Futsal, que servirão para primeiro ensaio daquilo que será a versão final e para a qual me dedicarei de alma e coração… até ao fim!

Nestes testes, a imagem irá ser rainha, contrariamente à versão final, onde as histórias reinarão!

Esta primeira edição foi completamente feita por mim, desde textos, imagens até à rudimentar paginação, contando com a colaboração de alguns amigos, no que a artigos técnicos e de opinião, diz respeito. Espero que os minutos de visualização vos dê tanto gozo como os largos dias e noites que passei para a fazer, me deram!

Este é um projeto que visa apenas servir o desporto, as modalidades e os seus agentes, sem nunca me servir deles para proveito próprio… afinal de contas, o meu único objetivo é ser feliz, vivendo momentos únicos, com seres humanos que me respeitam e ao meu trabalho! Saúde! Abraço

José Paulo Silva

Criador Desporto Entre Linhas Fotojornalista

Hermínio Loureiro Consultor

A crescer… dentro e fora da quadra

O Futsal é uma modalidade espetacular. Em Portugal tem tido um crescimento brutal no que diz respeito ao número de praticantes masculinos e femininos. Para este crescimento foi muito importante a elaboração de um Plano

Estratégico de Desenvolvimento Desportivo feito pela FPF presidida por Fernando Gomes que ouviu durante algum tempo todos os intervenientes diretos e indiretos no fenómeno do Futsal.

Jogadores, treinadores, dirigentes dos clubes e das associações distritais e regionais, autarcas, professores, bem como todo o movimento associativo trabalhou ativamente para a construção do documento final.

“Hoje somos uma potência Mundial no Futsal e seguramente que vamos continuar no topo por muitos e bons anos”

Estamos a falar de um documento estruturante que rapidamente a FPF decidiu colocar no terreno, alterando modelos competitivos, criando novas seleções e apostando muito na formação através dos torneios interassociações masculinos e femininos onde jogam rapazes e raparigas de todo o país através da sua associação distrital.

A criação de novas competições também fez parte do caderno de encargos, como é bom exemplo a Taça da Liga.

A formação e qualificação dos treinadores é outra aposta fundamental a par da certificação das entidades formadoras procurando sempre o caminho da exigência e excelência.

Os clubes também tiveram um papel preponderante neste crescimento sustentado. Existem igualmente nomes incontornáveis que são fundamentais para o sucesso do Futsal e não querendo ser injusto com ninguém pois temos tanta gente anónima que lutou muito para a afirmação do Futsal, mas o Ricardinho como melhor jogador do Mundo várias vezes provocou uma onda de entusiasmo junto da juventude portuguesa que alavancou o número de praticantes e despertou o interesse mediático. Ricardinho ainda hoje, mesmo fora da quadra, é o nosso mágico.

Jorge Braz, o melhor selecionador do Mundo também é um dos incontornáveis do Futsal e foi com a sua liderança que Portugal conquistou pela primeira vez o título de campeão Europeu de Futsal em Ljubljana, depois disso venceu o Mundial e agora consegue o feito absolutamente histórico de ser Bicampeão Europeu.

Uma palavra também para o Diretor da FPF Pedro Dias, o homem que aparece pouco mas está sempre presente e tem sido um dos maiores impulsionadores deste salto qualitativo e quantitativo do Futsal. O Pedro Dias é uma pessoa fantástica e tem uma capacidade de trabalho invulgar e as ideias muito bem arrumadas.

Agora é mais fácil falar do Futsal, mas também aqui se aplica o velho princípio que “O caminho faz-se caminhando” e esse difícil caminho foi percorrido por muitos que souberam sempre transformar as dificuldades em oportunidades e que nunca em nenhum momento desistiram porque estavam perfeitamente convictos que o “processo” estava bem traçado.

Hoje somos uma potência Mundial no Futsal e seguramente que vamos continuar no topo por muitos e bons anos, pois o Pany Varela, Afonso Jesus, Tomás Paçó e o grande Zicky Té entre muitos outros continuarão a ser os conquistadores da Europa e do Mundo. Basta olhar para as seleções jovens e perceber a qualidade e o trabalho que é desenvolvido com técnicos cada vez mais qualificados bem como o investimento dos clubes no processo de certificação das entidades formadoras. Portugal é um país pequeno, mas não somos um país irrelevante, somos uma nação valente e imortal…

O Futsal vai continuar a dar certamente muitas alegrias a todos os portugueses, pois está no caminho certo.

Ex-vice presidente da F.P.F.

Taça da Liga Feminina 2022-23

A Taça da Liga Feminina de Futsal é disputada pelos quatro clubes melhor classificados no final da primeira volta da primeira Fase do Campeonato Nacional Feminino (Liga Placard feminina) da referida época.

Esta competição veio reforçar ainda mais a importância da classificação no final da primeira volta da liga feminina Placard, visto que apenas as 4 primeiras classificadas garantem a presença na final four da competição. O SL Benfica cumpriu a primeira volta só com vitórias e apurou-se assim como o primeiro classificado. O GCR Nun’Álvares concedeu um empate e uma derrota, mas garantindo o segundo posto. Sporting CP garantiu o 3ª lugar vencendo 7 dos 11 jogos realizados. Por fim a Novasemente Cavalinho que juntamente com o Santa Luzia ombrearam lado a lado até à última jornada da primeira volta. Ambas as equipas conquistaram os 20 pontos, levando vantagem no confronto direto a equipa de Espinho. Estavam assim encontradas as quatro equipas (SL Benfica, GCR Nun’Álvares, Sporting CP e Novasemente Cavalinho) que a 28 e 29 de janeiro disputavam a terceira edição da taça liga feminina no pavilhão multiusos de Gondomar.

Encontradas as equipas, que viesse agora a tão aguardada competição com transmissão televisiva (CANAL 11) dos 3 jogos femininos e com inicio a 28 janeiro. No primeiro jogo das meias finais defrontaram-se o SL Benfica (1º classificado) comandadas pelo mister Alex Pinto e a equipa da Novasemente Cavalinho (4º classificado) liderada por Ricardo Rodrigues. No final a equipa que viajou de Lisboa venceu por 3-0, garantindo presença pela terceira vez na final da taça da liga feminina.

O segundo jogo das meias finais colocou frente a frente o GCR Nun’Álvares liderada por Pedro Nobre e o Sporting CP lideradas por Márcio Marcelino. A equipa de Fafe venceu a partida por 6-2, dando-lhe acesso a final onde iria encontrar o SL Benfica, reeditando a final das duas edições anteriores. Na Final da terceira edição da taça da liga estava o SL Benfica que até ao momento venceu todos os jogos realizados nas competições internas e o líder isolado da liga placard feminina. No outro lado estava a equipa do GCR Nun’Álvares que nos últimos anos tem ombreado com o SL Benfica pela conquista das competições nacionais, acabando por vencer a segunda edição da taça da liga e taça de Portugal da época passada.

O SL Benfica foi o grande vencedor da terceira edição da taça da liga feminina de futsal ao vencer o GDR Nun’Álvares detentor do troféu na edição passada por 4-1 na final, com os golos do Benfica a serem marcados pelas internacionais portuguesas Fifó (2 golos), Janice e Raquel Santos, o tento final do Nun’Álvares foi apontado pela internacional portuguesa Carla Vanessa. Com este triunfo, o Benfica destaca-se no palmarés da prova, com dois títulos em três edições, contra um do adversário deste domingo.

“Esta competição veio reforçar ainda mais a importância da classificação no final da primeira volta da liga feminina Placard”

Prof. Luís Conceição

Selecionador nacional de futsal feminino

Quinta dos Lombos eficaz carimba passaporte para as meias finais

A primeira partida da competição colocou frente a frente duas formações organizadas e competentes.

O Ferreira do Zêzere de Rogério Serrador acusou um pouco a menor experiência neste tipo de fases finais e sentiu a ausência da sua incrível massa adepta que acompanha a sua equipa para todo o lado, mas que não marcou presença em grande número, devido ao facto de o jogo se ter disputado às 11 horas de uma quinta feira. Disso se aproveitou a equipa da Quinta dos Lombos que, sob a batuta de Jorge Monteiro, entrou melhor e abriu o marcador logo ao sexto minuto, por intermédio de Tiaguinho.

Os ferreirenses equilibraram o jogo e dispuseram de algumas oportunidades, mas o “muro” Schutt foi segurando o placard a favor da sua equipa, que ao minuto 16, através do seu capitão Eddy, dilatou o marcador, numa primeira etapa onde ambas as formações tiveram diversas oportunidades para marcar. Se na primeira parte, o golo madrugador catapultou a Quinta dos Lombos para a frente do marcador, a etapa complementar iria ser precisamente igual, com o pivô Willian Carioca a bater Gui e a fazer o terceiro da sua equipa. Os pupilos de Rogério Serrador reagiram e o golo de Buzuzu deu animo aos “Achigãs” presentes que, por momentos, acreditaram que poderiam ir atrás do jogo, mas Murilo pouco depois ampliou o marcador e deu novamente vantagem de três golos à sua equipa. Serrador, como é seu apanágio, arriscou e colocou Costelinha como guarda redes avançado, mas o bloco defensivo da Quinta dos Lombos revelou enorme entreajuda e quando não conseguiram travar as investidas contrárias, lá estava o guarda redes Schutt a fazer toda a diferença.

Perto do final, Telmo, fez o quinto golo para a formação de Jorge Monteiro, estabelecendo o marcador final em 5-1. Vitória justa da formação da Quintas dos Lombos, mas por números exagerados e que castigam em demasia a formação que viajou desde Ferreira do Zêzere.

Taça da Liga de Futsal Placard Quartos de final

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Tiago Silva e Maurício Couto

Terceiro Árbitro: Alexandre Costa

Cronometrista: José Moreira

SC FERREIRA DO ZÊZERE: 1

Guilherme Oliveira, Nicolas Tomé, Costelinha, David Costa, Romário Pontes (Cap.) - cinco inicial - Nilton, Diogo

Simões, Tiago Pereira, Rui Fontes, João Baptista, Buzuzu e Xisto

Treinador: Rogério Serrador

Golos: Buzuzu (28)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Costelinha (29)

CRC QUINTA DOS LOMBOS: 5

Schutt, Eddy (Cap.), Rodriguinho, Milton, Murilo - cinco inicial - Moreira, Babau, Nascimento, Kaká, Danny, Willian Carioca, Tiaguinho, Vicente e Telmo

Treinador: Jorge Monteiro

Golos: Tiaguinho (6), Eddy (16), Willian Carioca (23), Murilo (32) e Telmo (39)

Ação disciplinar: cartão amarelo para William Carioca (14) e Tiaguinho (19)

Ao intervalo: 0-2

“Fizemos uma primeira parte, toda ela assente nos nossos princípios, só que um jogo deste nível, com um adversário destes torna-se mais difícil. Acabámos por sair um pouco penalizados e isso apaga a imagem da qualidade organizativa que tivemos até determinado período. Foi uma questão de pormenores e eficácia, penso que até determinada altura a eficácia foi fundamental.

É o nosso primeiro ano na Liga Placard e tivemos oportunidade de chegar à final eight. Vínhamos com a ilusão de jogar a meia-final, não fomos capazes. Os Lombos foram um justo vencedor.”

Rogério Serrador (treinador do Ferreira do Zêzere)

“Acho que o resultado é muito dilatado para aquilo que foi o jogo, mas posso considerar um resultado justo. Tivemos uma capacidade de entrar fortes na segunda parte e foi algo que abanou a estrutura do Ferreira de Zêzere. Hoje fizemos história, nunca tínhamos estado numas meias-finais da Taça da Liga. Numa competição destas tudo é possível, mas nós acreditamos sempre. Agora teremos que perceber quem vai ser o adversário para nos preparamos e depois fazermos um jogo de final.”

Jorge Monteiro (treinador Quinta dos Lombos)

Sporting carimba passagem na primeira parte

Os pupilos de Nuno Dias estavam alertados para as dificuldades que os comandados de João Freitas Pinto lhes iriam colocar. A formação de Ponte de Sor jogou olhos nos olhos e não se limitou a estacionar o autocarro em frente à baliza.

O equilíbrio foi tendência, com natural ascendente dos leões, mas Diogo Basílio e Guitta foram travando os momentos de perigo em ambas as balizas.

Curiosamente a partida viria a ser desbloqueada por Diogo Santos, um jogador que inicialmente iria ficar na bancada, mas que teve que equipar para render Tomás Paçó que se lesionou no aquecimento.

Jogava-se no minuto 16, quando o jovem leão fez balançar as redes de Diogo Basílio. O exemplo dado por Diogo, foi, no minuto seguinte seguido pelo “matador” Sokolov, que dessa forma fechou as contas do marcador. Na etapa complementar, os alentejanos não baixaram os braços e tudo fizeram para encurtar a desvantagem, mas tiveram pela frente apenas o melhor guarda redes do Mundo, “São Guitta”, que com intervenções de grande qualidade, deixou o Eléctrico a zero.

O Sporting de Nuno Dias foi um justo vencedor da partida, carimbando a passagem à meia final com todo o mérito, apesar da enorme qualidade apresentada pelo Eléctrico.

Taça da Liga de Futsal Placard Quartos de final Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Wilson Soares e Bruno Araújo

Terceiro Árbitro: Gustavo Pereira

Cronometrista: Tiago Silva

ELÉCTRICO FC: 0

Diogo Basílio, Rúben Freire, Ferrugem (Cap.), Tiago Cruz, Daniel Airoso - cinco inicial - João Silva, Peixinho, André Cardoso, Telmo Lourenço, Simi Saiotti e Ygor Mota

Treinador: João Freitas Pinto

Golos: nada a assinalar

Ação disciplinar: cartão amarelo para Simi Saiotti (20) e Daniel Airoso (32)

SPORTING CP: 2

Guitta, Erick, João Matos (Cap.), Cavinato e Pany - cinco inicial - Bernardo Paçó, Diogo Santos, Zicky, Pauleta, Sokolov, Merlim e Esteban

Treinador: Nuno Dias

Golos: Diogo Santos (16) e Sokolov (17)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Sokolov (10) e João Matos (11)

Ao intervalo: 0-2

“O jogo de hoje foi o que tivemos menos capacidade de causar perigo. Aproveito para dar os parabéns ao Sporting que fez um excelente jogo, controlou bem as nossas forças. Também tivemos que gerir menos jogadores, sete jogadores a rodar. É um resultado que nos deixa tristes. Tenho que reconhecer que temos que trabalhar mais para contornar uma equipa tão forte como o Sporting, mas também deixar uma palavra aos meus jogadores que foram incansáveis.”

João Freitas Pinto (treinador do Eléctrico)

“Houve mérito na forma como o Eléctrico joga, pois gere bem a posse de bola, mesmo em espaços mais apertados e com a pressão adversária. Acho que, se tivéssemos adormecido nessa altura, podíamos ter sofrido algumas finalizações, mas não me recordo, tirando os livres, de nenhuma finalização do Eléctrico na primeira parte, que se liga à nossa postura defensiva e como encaramos os duelos. Conseguimos criar algumas vantagens e fazer golos nessas oportunidades. A partir daí, mesmo com a posse de bola que o Eléctrico conseguiu ter, nunca foi, ao contrário do que é habitual, algo objetivo, tirando uma ocasião com o cinco para quatro. Anular o Eléctrico, na maneira como joga, não permitir grandes situações de perigo, diz da seriedade e qualidade que apresentamos.”

Nuno Dias (treinador do Sporting)

Braga a todo o gás afasta Caxinas

Foi um Braga completamente focado e determinado, aquele que entrou na quadra frente ao Caxinas. Rapidamente os pupilos de Joel Rocha demonstraram que queriam muito carimbar a passagem às meias finais e logo no primeiro minuto, Allan Guilherme inaugurou o marcador perante o desamparado Tiago Sacramento.

Este primeiro momento de euforia para os bracarenses motivou a equipa a ir em busca de mais, enquanto a formação superiormente comandada por Nuno Silva tentava recompor-se e assentar o seu jogo, mas a “locomotiva” bracarense, comandada pelo internacional russo Robinho estava determinada e a carburar a alta velocidade. O “quarentão” mostrou toda a sua qualidade e elevou o score à passagem do quinto minuto.

A partir desse momento, Deivd e Tiago Sacramento brilharam e superiorizaram-se aos ataques, negando alguns golos de forma superior.

O Braga revelava fibra de campeão e procurava incessantemente o terceiro golo, mas esbarrava numa equipa caxineira que tinha uma alma gigante e procurava reduzir a diferença no marcador.

Bem perto do descanso, Robinho voltou a faturar e a praticamente “matar” o jogo, quando na cara de Tiago

Sacramento atirou a contar, levando o jogo para o intervalo com uma vantagem tranquila de três golos.

Na etapa complementar, voltaram a brilhar os guarda redes de ambas as equipas, negando as diversas ocasiões de golo que foram surgindo.

Até ao final da partida, mais dois lances a merecerem realce. O duplo amarelo a Felipe Leite (33 e 37) que deixou a sua equipa a jogar com menos uma unidade e que foi aproveitado pelo capitão Tiago Brito para elevar para 0-4. O canhoto internacional português aproveitou a rápida circulação de bola para, ao segundo poste encostar e encerrar a contagem.

Vitória justa da equipa que foi melhor e mais consistente ao longo de toda a partida. Apesar da diferença no marcador, destaque para Deivd, guardião arsenalista que simplesmente “fechou a porta” e deixou o Caxinas em branco!

Taça da Liga de Futsal Placard Quartos de final Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Rui Ventura e Toni Pereira

Terceiro Árbitro: Filipe Almeida

Cronometrista: Maurício Couto

ADCR CAXINAS: 0

Tiago Sacramento, Raúl, Gustavo, Filipe Leite e Rúben - cinco inicial - Bruno Silva, Léo, Pepe, Simão, Simão, Zezinho, Preto (Cap.), Manuel e Sévio

Treinador: Nuno Silva

Golos: nada a assinalar

Ação disciplinar: cartão amarelo para Raúl (17) e Felipe Leite (33 e 37).

SC BRAGA: 4

Deivd, Tiago Sousa, Tiago Brito (Cap.), Robinho e Allan - cinco inicial - Leandro, Rudi, Ricardo Lopes, Tiago Correia, Rodrigo Rêgo, Rúben Santos, Bruno Soares, Gaúcho e Samuel Marques

Treinador: Joel Rocha

Golos: Allan (1), Robinho (5 e 18) e Tiago Brito (39)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Rúben Santos (17) e Allan (20)

Ao intervalo: 0-3

“Marcar um golo cedo e estar na frente do marcador é muito importante nestes jogos e nós claramente pagámos um bocadinho pela inexperiência na gestão destes momentos. Não fomos nós que entrámos em campo e fruto daquilo que o Braga conseguiu fazer logo desde início tornou o jogo muito mais difícil. Só com o decorrer do jogo é que conseguimos estabilizar, mas depois tornou-se muito mais complicado porque já tivemos que ser nós a ir atrás do resultado. A qualidade, a gestão e a forma como o Braga joga, torna tudo um bocadinho mais difícil. Pagámos essa entrada em jogo e a demora que tivemos em perceber como é que temos de competir nestes jogos.”

Nuno Silva (treinador do Caxinas)

“Foi um Braga eficaz, pragmático e muito consciente. Uma vitória justa e muito controlada. A partir de agora é recuperar e preparar o jogo de sábado. Estou plenamente satisfeito fizemos um score de 4-0 e mantivemos a baliza inviolável. Estivemos muito bem do ponto de vista ofensivo e defensivo. Tivemos bons comportamentos coletivos e estratégicos e cumprimos o objetivo principal que era vencer e chegar às meias-finais da competição. Vamos à procura de poder vencer no próximo sábado.”

Joel Rocha (treinador do Braga)

Benfica carimba passaporte para as meias finais

A formação de Pulpis tinha pela frente uma das mais complicadas equipas da liga e a tarefa antevia-se difícil para os encarnados.

Os atletas que viajaram desde Porto Salvo entraram muito bem na partida e tiveram boas oportunidades para abrir o marcador, mas Léo “iceman” Gugiel, revelava uma frieza e concentração gigantes e negou categoricamente as primeiras investidas dos comandados de Mário Silva. Quem também mostrou uma enorme frieza, mas na hora de concretizar, foi o “assassino silencioso” Bruno Cintra que, ao sexto minuto de jogo inaugurou a contagem, dando uma vantagem que o Benfica ainda não merecia.

Léo Gugiel e André Correia mostraram até bem perto do descanso, o porquê de serem dois dos melhores guarda redes da Liga e com um punhado de enormes intervenções, foram adiando a festa do golo aos seus adversários. As redes só voltaram a balançar a três minutos do descanso, quando Jacaré atirou a contar, dando vantagem de dois golos ao Benfica. Vantagem justa mas exagerada, face ao que havia acontecido nos primeiros vinte minutos da partida.

Tal como na primeira parte, os Leões voltaram a entrar muito bem e os encarnados voltaram a marcar contra a corrente do jogo. O internacional brasileiro Diego Nunes fez o terceiro golo, decorria o terceiro minuto, revelando toda a sua classe. É um jogador completamente diferenciado e claramente um dos melhores da liga portuguesa. Dez minutos volvidos, os encarnados voltaram a marcar e a dar uma vantagem extremamente exagerada. O internacional russo Ivan Chishkala foi o marcador do quarto golo. Nos últimos cinco minutos da partida, destaque para mais três golos. Wendell reduziu para 4-1, com Diego Nunes a bisar a três minutos do final. O mesmo Wendell voltaria a marcar no último minuto, minimizando o score que transmite uma facilidade enganadora, visto que o Leões de Porto Salvo foi uma formação à imagem do seu técnico, Mário Silva, com personalidade, caráter, entrega e muita qualidade.

Taça da Liga de Futsal Placard Quartos de final

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Francisco Costa e José Gomes

Terceiro Árbitro: André Franco

Cronometrista: Jaime Martins

SL BENFICA: 5

Léo Gugiel, Gonçalo Sobral, Arthur, Lúcio e Rocha - cinco inicial - André Sousa, Afonso, Bruno Coelho (Cap.), Chishkala, Bruno Cintra, Jacaré, Carlos Monteiro e Diego Nunes

Treinador: Pulpis

Golos: Bruno Cintra (6); Jacaré (17); Diego Nunes (23 e 37) e Chishkala (33)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Carlos Monteiro (13), Afonso (19), Bruno Cintra (27)

CR LEÕES PORTO SALVO: 2

André Correia, Cary, Mamadú, Wesley e Ré (Cap.) - cinco inicial - Martinho, Andre Marques, Ruan, Bruno Pinto, Hiroshi, Chico, Wendell, Tátá e Djaelson

Treinador: Mário Silva

Golos: Wendell (35 e 39)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Bruno Pinto (26) e Mamadu (37). vermelho direto para Bruno Pinto (40)

Ao intervalo: 2-0

“Creio que fizemos um jogo muito sério com uma das melhores equipas da Liga Placard. Foi uma primeira parte muito igualada, decidiu-se positivamente para nós porque conseguimos abrir o marcador com duas ações. O terceiro golo no começo da segunda parte deu-nos mais tranquilidade, permitiu-nos jogar com mais fluidez. Jogámos muito bem, com inteligência.”

Pulpis (treinador do Benfica)

“Foram duas partes muito distintas, uma primeira parte onde conseguimos estar mais perto daquilo que queríamos para o jogo. Aquilo que nós nos comprometemos a fazer esta época é fazer crescer uma equipa a aproximar-se destas que disputam a UEFA Cup. Durante a primeira parte, por falta de competência nos últimos metros, nós levámos um resultado negativo que me parece injusto. A segunda parte torna justa a vitória do Benfica. Disputámos este jogo com uma equipa que é melhor do que nós e que tem obrigação de ser melhor do que nós e que nos 40 minutos mostrou isso e é merecida a vitória.”

Mário Silva (treinador Leões Porto Salvo)

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Quinta dos Lombos tomba leão e apura-se para a final

A formação brilhantemente comandada por Jorge Monteiro revelou uma alma gigante e afastou o Sporting nas grandes penalidades, depois de ter estado em desvantagem por dois golos. Entraram melhor os pupilos do melhor treinador do Mundo, mister Nuno Dias, com o internacional russo Sokolov a abrir a contagem na marcação de um canto, superior batido pelo “mágico” Alex Merlim.

A partir deste momento o Sporting encostou a equipa de Carcavelos às cordas e por diversas ocasiões tiveram a possibilidade de aumentar a contagem, mas o excelente guardião Schutt era uma verdadeira parede e mantinha a sua equipa na disputa do jogo. Os leões mantinham pressão máxima e a espaços a formação de Carcavelos ia respondendo, apoquentando Guitta, que passava mais tempo no meio campo ofensivo que entre os postes. O melhor guarda redes do Mundo jogava bem mais com os pés do que com as mãos, o que era um sinal da tendência do jogo.

Bem perto do intervalo, Rodriguinho foi infeliz e com um auto golo, deu vantagem de dois golos ao Sporting, que nesta altura merecia um resultado bem mais volumoso, face ao caudal ofensivo que havia apresentado.

Jorge Monteiro e a sua equipa sofria a bom sofrer, mas nunca se desuniu e precisava de um golo para acalentar esperança da remontada.

Esse golo surgiu ao segundo minuto da etapa complementar através do seu líder em campo. Eddy, com uma “bomba”, fez balançar as redes leoninas e abanou com o leão!

Estranhamente, o Sporting não reagiu como habitualmente e continuavam dois fatores a prevalecer… a apatia leonina na hora de fazer golo e um “muro” chamado Schutt! Que exibição, do guardião brasileiro!

Ao décimo minuto, o algarvio Henrique Vicente fez o 2-2, resultado que não se viria a alterar até final, levando o jogo para a marcação de grandes penalidades, onde a formação de Carcavelos carimbou o passaporte para a final. Um prémio para uma equipa organizada que sofreu muito, mas soube-o fazer, nunca se desunindo e que teve muito mérito… e um Schutt a fazer uma portentosa exibição!

Taça da Liga de Futsal Placard

Meias-Finais

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Filipe Duarte e Miguel Castilho

Terceiro Árbitro: Gustavo Pereira

Cronometrista: Renato Pereira

SPORTING CP: 2

Guitta, Erick, João Matos (Cap.), Cavinato, Pany - cinco inicial - Gonçalo, Diogo Santos, Zicky, Neves, Sokolov, Miguel Ângelo e Merlim

Treinador: Nuno Dias

Golos: Sokolov (7) e Rodriguinho (17 a.g)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Erick (24) e Pany (33)

CRC QUINTA DOS LOMBOS: 2

Schutt, Eddy (Cap.), Rodriguinho, William Carioca e Murilo - cinco inicial - Moreira, Nascimento, Babau, Kaká, Danny, Milton, Tiaguinho, Vicente e Telmo

Treinador: Jorge Monteiro

Golos: Eddy (22) e Vicente (30)

Ação disciplinar: nada a assinalar

Ao intervalo: 2-0

“Quero dar os parabéns aos Lombos pela vitória e, acima de tudo, pela atitude correta que tiveram no jogo e disputaram todos os lances como decisivos. Apesar de termos estado em vantagem, acho percebemos isso muito tarde. A equipa surpreendeu-nos, se calhar porque não estávamos tão preparados mentalmente para aquilo que tínhamos que fazer hoje dentro de campo. Os Lombos trabalharam para levar o jogo ao empate e conseguiram, com todo o mérito. Nas grandes penalidades conseguiram vencer e nós temos muitas coisas para corrigir. Este jogo que nos sirva para refletir sobre aquilo que não está tão bem e naquilo que podemos corrigir para o futuro.”

Nuno Dias (treinador do Sporting)

“Estes jogadores são muito disponíveis para trabalhar e isto é um prémio que eles merecem. Trabalharam muito para chegar a estes níveis de desempenho. É uma sensação que estou a viver pela primeira vez, mas nós acreditámos sempre. Apesar daqueles dois golos que foram um infortúnio, senti que a equipa acreditou sempre e quando se acredita é mais fácil. Os jogadores têm muita qualidade e eu sou um privilegiado por trabalhar com eles.”

Jorge Monteiro (treinador Quinta dos Lombos)

Benfica de gala goleia Braga

A partida entre Braga e Benfica era vista como uma final antecipada e antevia-se um jogo completamente equilibrado, com incógnita total no marcador. Para a Liga, o Braga já havia vencido na Luz e em Alvalade, sendo visto como um grande candidato a vencer todas as provas e a Taça da Liga não era exceção.

A partida começou a todo o gás, com ambas as formações a entrarem com intensidade máxima. Os bracarenses entraram melhor, com o pivô Allan Guilherme a inaugurar o marcador, através de um remate forte e colocado, não dando hipóteses de defesa a Léo Gugiel.

A irreverência do jovem Carlinhos daria o empate no minuto seguinte e o guarda redes Léo Gugiel, um minuto depois, consumaria a “cambalhota” no marcador, aproveitando o facto de Deivd estar subido na quadra. Depois destes três golos e até ao descanso, o placard jamais viria a sofrer alterações. Na etapa complementar, no que a golos diz respeito, só deu Benfica! Jacaré, ao quinto minuto, elevou para 1-3, com Gonçalo Sobral a fazer o quarto golo, três minutos volvidos.

A oito minutos do final, foi a vez do internacional brasileiro Rocha entrar na festa do golo e dar uma vantagem gorda ao marcador, vantagem essa que seria ainda mais alargada, quando Bruno Cintra, no último minuto, aproveitou o 5x4+1 dos bracarenses, para atirar a contar para a baliza deserta. Vitória esclarecedora da equipa de Pulpis que foi superior, mas que não é a diferença real entre as duas formações.

Taça da Liga de Futsal Placard

Meias-Finais

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Eduardo Coelho e Pedro Costa

Terceiro Árbitro: Nuno Pereira

Cronometrista: David Pereira

SC BRAGA: 1

Deivd, Tiago Sousa, Rudí, Robinho e Gaúcho - cinco inicial - Leandro, Fábio Cecílio, Tiago Brito (Cap.), Ricardo Lopes, Allan, Tiago Correia, Rodrigo Rêgo, Rúben Santos e Bruno Soares

Treinador: Joel Rocha

Golos: Allan (10)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Robinho (18), Gaucho (38) e Rúben Santos (40)

SL BENFICA: 6

Léo Gugiel, Gonçalo Sobral, Arthur, Lúcio e Rocha - cinco inicial - Afonso, André Sousa, Bruno Coelho, Chishkala, Bruno Cintra, Carlos Monteiro, Diego Nunes e Jacaré.

Treinador: Pulpis

Golos: Carlos Monteiro (11), Léo Gugiel (12), Jacaré (25), Gonçalo Sobral (28), Rocha (32) e Bruno Cintra (39)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Chishkala (19), Pulpis (30) e Carlos Monteiro (38)

Ao intervalo: 1-2

“Fizemos um grande jogo. Sabíamos que não podíamos deixar o Braga jogar de forma confortável e creio que conseguimos. Obrigámos praticamente cada jogada a passes muito complicados, tentámos pressioná-los para que não tivessem tempo de pensar. Queríamos marcar o ritmo de jogo e isso foi a chave. Creio que fizemos um grande jogo, marcamos nos momentos certos e foi uma grande vitória frente a uma grande equipa.”

Pulpis (treinador do Benfica)

“Gostaria de dar os parabéns ao Benfica que foi melhor em muitos mais minutos do jogo e, portanto, foi uma vitória inteiramente justa, merecida e bem construída. Dar também os parabéns àquilo que tem sido o trajeto dos meus jogadores que também têm muitas qualidades e não é a derrota de hoje que vai apagar ou esconder tudo aquilo que temos feito e vamos continuar a fazer. Foi um jogo onde o Benfica foi um justo vencedor”

Joel Rocha (treinador do Braga)

Rua Nossa Senhora das Dores 93A, Boa Vista, Leiria

Bombardeiros encarnados afundam porta aviões

O Benfica venceu a equipa de Carcavelos por 0-3 e conquistou a Taça da Liga, numa partida onde a Quinta dos Lombos sentiu demasiado a ausência do seu capitão Eddy, que se lesionou nos festejos, após a vitória frente ao Sporting nas meias finais.

Os “bombardeiros” Arthur, logo no primeiro minuto e Rocha ao minuto 4, fizeram os primeiros ataques às redes da equipa de Carcavelos e deram uma vantagem preciosa aos comandados de Pulpis, fazendo um enorme rombo no “casco”do porta aviões comandado por Jorge Monteiro.

Depois da vantagem alcançada, a formação de Carnide continuou a carregar, mas Schutt brilhava a alto nível, revelando-se uma das grandes figuras da competição.

Do outro lado da barricada, era um ex jogador da Quinta dos Lombos que jogava e fazia jogar… Gonçalo Sobral sempre revelou enormes qualidades, mas é, neste momento, um dos grandes elementos da formação vermelha e branca. Está um senhor jogador!

Na etapa complementar da final, viu-se a equipa de Jorge Monteiro a tentar reagir como havia feito na véspera, mas faltava qualquer coisa para conseguir nova remontada. O Benfica controlava a partida e acabou por chegar ao terceiro golo, a dois minutos do final, por intermédio do inevitável internacional brasileiro Arthur, que deu a estocada final no que a resultado diz respeito.

Vitória justa do Benfica, frente a uma formação com muita qualidade e superiormente comandada por Jorge Monteiro.

Taça da Liga de Futsal Placard

Final

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Cristiano Santos e Rúben Santos

Terceiro Árbitro: José Moreira

Cronometrista: Wilson Soares

CRC QUINTA DOS LOMBOS: 0

Schutt, Rodriguinho, William Carioca, Murilo e Telmo - cinco inicial - Moreira, Eddy (Cap.), Nascimento, Babau, Kaká, Danny, Milton, Tiaguinho e Vicente

Treinador: Jorge Monteiro

Golos: Nada a assinalar

Ação disciplinar: cartão amarelo para Kaká (24)

SL BENFICA: 3

Léo Gugiel, Gonçalo Sobral, Arthur, Lúcio Rocha e Rocha - André Sousa, Afonso, Bruno Coelho (Cap.), Chishkala, Bruno Cintra, Carlos Monteiro, Diego Nunes e Jacaré

Treinador: Pulpis

Golos: Arthur (1 e 38) e Rocha (4 )

Ação disciplinar: cartão amarelo para Rocha (21) e Bruno Coelho (31)

Ao intervalo: 0-2

“Estou muito orgulhoso, fizemos um percurso muito bom. Quando chegamos a uma final e nos preparamos para vencer, é sempre frustrante. Não entrámos bem no jogo, entrámos receosos e isso pagou-se. Estou muito orgulhoso daquilo que os meus rapazes fizeram, pela entrega e o querer. Eles vieram muito focados para esta Taça da Liga e pusemos na cabeça que queríamos vencer o troféu e ia acontecendo. Parabéns ao Benfica porque foi um justo vencedor e aos meus jogadores.”

Jorge Monteiro (treinador Quinta dos Lombos)

“Primeiro quero felicitar o Quinta dos Lombos, que fez uma grande competição e demostrou porque chegou à final. Uma grande equipa, nunca baixaram os braços e lutaram até ao último momento. Quanto a nós, tivemos uma entrada muito boa no jogo, nos primeiros ataques marcámos golo e isso fez-nos relaxar um pouco e pensar que as coisas iam ser mais fáceis do que foram. A partir daí eles foram crescendo, acreditando e foram igualando o jogo na primeira parte. Sabíamos que íamos sofrer, e nunca pensámos que ia ser um jogo fácil contra uma equipa que tinha aqui uma oportunidade única e não tinha nada a perder, só que desfrutar.”

Pulpis (treinador do Benfica)

Raúl Moreira Caxinas

Revelação

Diego Nunes

Benfica

MVP

Léo Gugiel

Benfica

Melhor guarda redes

Lúcio Rocha

Benfica

Jovem talento

Jorge Monteiro

Quinta dos Lombos

Melhor Treinador

Robinho

Braga

Jovem experiente

Léo Gugiel - Benfica

Rocha - Benfica

Murilo - Quinta dos Lombos

Diego Nunes - Benfica

Eddy - Quinta dos Lombos

A - Arbitragens

Nota extremamente positiva para as equipas de arbitragem que revelam, a cada dia que passa, uma melhor preparação. Estas são as únicas equipas que entram na quadra sem apoiantes e muitas vezes, sob uma enorme pressão, tentam levar o “barco a bom porto”… mesmo quando o mar é agitado pelos próprios atletas.

Continuo a ser apoiante da equipa que menos erra na quadra… a de arbitragem!

B - Babalu

Alex “Babalu” Merlim é, já há alguns anos o grande “mágico” do futsal em Portugal e claramente, um dos melhores do Mundo. Para muitos vem perdendo fulgor, mas os números dizem tudo… que o diga o “matador” Cavinato, que é municiado frequentemente pelo italo-brasileiro.

O mágico é, claramente, um jogador de classe mundial! Bravo, Baba!

C - Cary

O experiente algarvio é um verdadeiro relógio suíço!

Se um dia tiver que dar um exemplo de entrega, compromisso, abnegação e dedicação, irei certamente falar de Pedro Cary! Cumprindo a sua última época como futsalista, o atleta é um exemplo em diversas vertentes da modalidade, que aliada ao seu humanismo acima da média, o torna num grande exemplo para os jovens que agora dão os primeiros passos. Vais deixar muitas saudades, Pedro!

A sorte protege os audazes!

D - Determinante

A cada dia que passa, o jovem futsalista do Sporting revela ser um jogador determinante para a estratégia da equipa comandada por Nuno Dias.

Vai-se falando que Erick Mendonça poderá estar de saída para o Barcelona, mas conhecendo-o como conheço, sei que não vai poupar uma única gota de suor, seja no campeonato, na taça de Portugal, na Champions ou em qualquer um dos treinos que tem pela frente.

Dá um enorme gozo ver este menino brilhar nas quadras por onde passa. Chapeau!

E - Eddy

Usar a braçadeira de capitão de equipa, jamais poderá ser apenas um símbolo para escolher bola ou campo no sorteio.

Eddy é um enorme exemplo da postura de um líder em campo. Ele é a alma desta formação de Carcavelos. Teve um papel fundamental na remontada frente ao Sporting. Nos festejos da passagem à final lesionou-se… e que falta fez à sua equipa no jogo frente ao Benfica!

F - Fé

“A fé move montanhas”. O ditado é antigo e é usual ver-se atletas com uma enorme crença, pedido e agradecendo a Deus.

Das diversas imagens que registei, esta imagem do atleta Diego Nunes do Benfica é aquela que mais me marcou. Aconteceu quando se estava a retirar da quadra, após os festejos da sua equipa.

Também nestes momentos de falar com Deus, o atleta do Benfica revelou ser ímpar!

G - Guitta

É por muitos conhecido e tratado como “São”, muito por causa dos verdadeiros milagres que faz entre os postes. Nos momentos da verdade, quando se apela a todos os “santos”, aparece o melhor guarda redes do Mundo e faz toda a diferença!

Ao que parece, também ele está de saída do Sporting e vai ouvir as preces para terras russas. Com uma história de vida incrível, o guarda redes brasileiro deixou marca em Portugal!

H - Homem do leme

Joel Rocha chegou a Braga a meio da época passada e com os meios que dispunha fez o possível. Este ano, com uma equipa à sua imagem, o homem do leme colocou o Braga no topo do futsal nacional, a jogar um futsal atrativo e de olhos nos olhos com qualquer adversário.

Nesta Taça da Liga sofreu uma derrota pesada nas meias finais frente ao Benfica, num resultado que não espelha o que se passou na quadra.

Será, certamente, uma equipa a ter em conta!

I - Irreverente

Lúcio Jr. assumiu nesta taça da liga um papel irreverente na formação que venceu a competição.

O jovem proveniente do Caxinas, tem aproveitado todos os minutos para demonstrar todas as suas qualidades. Será, porventura, um dos melhores do Mundo, da sua geração.

Um jovem a seguir com muita atenção!

J - Jacaré

Finalmente o “matador” decidiu aparecer numa fase decisiva de uma competição a eliminar. Revelou muita frieza, e conseguiu mostrar todas as suas aptidões, não tendo reagido a “marcações”incisivas e até provocatórias, que o expulsaram em competições anteriores.

Bravo, Jaca!

K - King

Arthur foi um verdadeiro rei nesta competição. Marcou, assistiu e lançou o pânico nas áreas adversárias. Um verdadeiro “tanque” que contribuiu largamente para a vitória encarnada.

O internacional brasileiro poderá ser uma enorme mais valia no que falta disputar esta época desportiva.

L - Léo

Gugiel é um verdadeiro “iceman”!

Nos momentos da verdade, revelou uma enorme frieza, contribuindo de forma decisiva para a vitória dos encarnados na competição.

Será um dos potenciais sucessores de Guitta na defesa das redes canarinhas, caso continue a crescer da forma como vem fazendo.

M - Murilo

Um jogador com uma enorme qualidade! Murilo foi preponderante na manobra ofensiva da equipa, sendo um verdadeiro quebra cabeças para os defensores contrários.

É claramente um dos bons jogadores da Liga!

N - Nicolas

Que sobriedade, tem este fixo da turma de Ferreira do Zêzere! Todo o jogo da sua equipa passa por ele e revela uma liderança muito acima da média.

Um jogador a ter em conta e a seguir com atenção nos próximos anos.

O - Otimista

Jorge Monteiro, treinador da Quinta dos Lombos é claramente um dos mais competentes técnicos do nosso burgo.

Desde que cheguei a Gondomar, sempre notei muito otimismo no seu discurso e na sua postura… a sua equipa eliminou Ferreira do Zêzere e Sporting, caindo apenas frente ao Benfica, na final.

A sua recente renovação veio dar razão ao team manager Paulo Augusto, que mesmo nos momentos difíceis o segurou. Parabéns mister Jorge Monteiro!

P - Pany

Anilton Varela é apenas um dos melhores alas do Mundo! Conhecido no mundo do futsal por Pany, este senhor jogador vem encantando ano após ano. Certamente queria ir mais longe na competição, mas a lotaria dos penaltis traiu as intenções da sua equipa.

Nos momentos mais complicados não se esconde e assume, a par de Merlim as jogadas de desequilíbrio na ala esquerda leonina.

Q - Questionável

Se para muitos, a qualidade de Sokolov é questionável, a verdade é que o internacional russo, a espaços, vem revelando ser um jogador de classe mundial! Raramente Nuno Dias e a sua equipa técnica falham numa contratação, sendo expectável que Sokolov apareça em momentos de decisão.

A Taça de Portugal, a Champions e os playoff do campeonato serão, caso Nuno Dias assim o entenda, oportunidades para o internacional russo aparecer… e fazer a diferença.

R - Rodriguinho

Este é um verdadeiro camisa 10! Craque da cabeça aos pés, desequilibra, joga e faz jogar e já se tornou uma peça fundamental na formação de Carcavelos.

Jorge Monteiro usa-o, sempre que necessário, como guarda redes avançado e qualidade de jogo que sai dos seu pés é positivamente diferenciada.

Um craque!

S - Schutt

Que muro!

É, neste momento, a par de André Correia, o guarda redes mais influente do futsal nacional.

Ajuda a ganhar jogos, cria equilibrios e na hora da verdade lá está ele a dar o corpo às balas e a fazer a diferença na defesa das redes.

Augura-se uma carreira “apenas” brilhante!

T - Tiago

Que grande fixo está este “menino”!

Depois de vários anos no Futsal Azeméis, este ano o salto foi dado para Braga, uma formação que promete a curto/ médio prazo lutar por títulos, intrometendo-se entre Sporting e Benfica.

A sua qualidade veio à tona e as suas performances ganharam outra visibilidade em Braga.

Na Taça da Liga, demonstrou, uma vez mais, que é jogador para grandes palcos!

U - Único

Quando se vê Robinho na quadra a explanar todo o seu potencial, jamais se imagina que o “menino” já é quarentão!

A máquina está oleada e sempre que Robinho está bem, a equipa acusa essa “boa onda” e ganha jogos.

Na Taça da Liga, os erros pagaram-se bem caro e nem com Robinho a carburar a top, o Braga conseguiu eliminar o Benfica e passar à final da competição.

Velhos? São os trapos!

V - Visionário

Depois de vencer nove competições consecutivamente, Nuno Dias não conseguiu evitar a eliminação do seu Sporting perante a Quinta dos Lombos, nas grandes penalidades.

O mais estranho no meio da eliminação foi apenas o facto de a sua equipa ter estado a vencer por dois golos, permitindo o empate a dois no final do tempo regulamentar.

É, para mim, um visionário do futsal e o título de melhor treinador do Mundo, não só assenta que nem uma luva, como é justíssimo!

W - Willian

É, já há alguns anos, um dos melhores jogadores da sua posição. Este pivô brasileiro é um portento de força e a sua capacidade física faz mossa nas defesas contrárias. Na taça da liga foi fundamental para que a sua equipa conseguisse estar na luta pelo título. Imagino como seria ver Willian Carioca a jogar num clube com outras aspirações…

X - Xis

O internacional russo Ivan Chishkala é conhecido por X e tem um papel de enorme relevância no Benfica.

Ele defende, ataca, joga e faz jogar e “bate” à baliza como gente grande!

Um profissional de excelência, que ao terceiro ano de Benfica já fala fluentemente português, o que facilita bastante a sua coordenação na quadra com os seus companheiros de equipa.

Foi também ele, de extrema importância para a conquista da competição, por parte do Benfica.

Y - Yes

Que enorme jogador está este Gonçalo Sobral!

Ter estado a ganhar maturidade numa equipa tão competitiva como a Quinta dos Lombos, tornou-o num jogador de eleição e que lhe deu bagagem para pegar de estaca no Benfica.

Esta taça da liga, revelou o melhor Gonçalo da época, sendo elemento fundamental no plano defensivo.

É, a curto prazo, uma sólida opção para Jorge Braz na seleção nacional!

Z - Zumzumzum

David Costa foi um dos mais inconformados da formação da capital do ovo. O Ferreira do Zêzere teve no David um elemento a remar contra a maré.

O resultado frente à Quinta dos Lombos que determinou a eliminação da formação de Rogério Serrador foi extremamente exagerado e se há alguém que não merecia tamanha injustiça, esse alguém foi o David.

O Zumzumzum dos seus festejos não marcaram presença em Gondomar, apenas por manifesta falta de sorte… e por ter pela frente um muro chamado Schutt!

A equipa de Alex Pinto superiorizou-se à formação espinhense e garantiu um lugar na final. As campeãs nacionais entraram com tudo e rapidamente chegaram à vantagem, graças a um golo de Fifó, estavam decorridos 4 minutos.

Foi o alavancar para uma boa exibição da formação que se deslocou desde Lisboa. A Novasemente reagiu e tentou equilibrar o jogo que era dominado pelas encarnadas, conseguindo-o a espaços.

Bem perto do intervalo, Janice Silva fez o gosto às novas Audazo da New Balance e elevou a vantagem para dois golos, dando uma maior justiça à supremacia que a sua equipa mantinha desde o início da partida.

Se na primeira parte, a equipa de Espinho tentou equilibrar a partida, na segunda etapa estiveram ainda em melhor plano e criaram mais e melhores oportunidades de golo, mas na baliza das campeãs nacionais estava uma Marta Costa seguríssima, que rendeu a melhor guarda redes do Mundo, Ana Catarina, que esteve ausente por lesão. A equipa liderada por Ricardo Rodrigues foi mesmo atrevida, criando oportunidades de reduzir distâncias, mas seria a capitã Inês Fernandes, a única a fazer golo, colocando o resultado final em 3-0.

Alex Pinto e as suas comandadas foram justas vencedoras, frente a uma Novasemente que merecia, no mínimo o tento de honra.

Taça da Liga de Futsal Placard

Meias finais

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Vânia Silva e Ana Ribeiro

Terceiro Árbitro: Márcia Calado

Cronometrista: Rute Ferreira

SL BENFICA: 3

Marta Costa, Inês Fernandes (Cap.), Janice, Sara Ferreira e Fifó - cinco inicial - Maria Inês, Maria Pereira, Dricas, Inês Matos, Angélica, Beatriz Carrola, Raquel Santos

Treinador: Alex Pinto

Golos: Fifó (4), Janice (19) e Inês Fernandes (33)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Raquel Santos (31)

NOVASEMENTE GD: 0

Vanessa Carvalho, Júnior, Guida, Carol e Joana Moreira - cinco inicial - Diana Monteiro, Mariana Mendes, Nancy (Cap.), Lídia Fortes, Raqui, Catarina Lopes, Marinho e Mariana Torres

Treinador: Ricardo Rodrigues

Golos: Nada a assinalar

Ação disciplinar: Nada a assinalar

Ao intervalo: 2-0

“Esta não é uma prova para se fazer exibições deslumbrantes, é uma prova para cumprir objetivos e nós cumprimos o objetivo que foi passar à final. Fizemos uma primeira parte com muita maturidade, conseguimos controlar o jogo e na segunda parte acabámos por não estar tão bem, mas muito mérito da equipa adversária. A Novasemente acabou por abordar o jogo de duas formas diferentes na primeira e segunda parte e criaram-nos dificuldades. Terminámos os 40 minutos sem sofrer golos o que para mim é sempre muito importante e vamos, de certeza, apresentar-nos ainda melhor na final.”

Alex Pinto (treinador do Benfica)

“Na primeira parte entrámos muito bem, concentradas. Depois cometemos dois erros colmataram com os dois golos, na primeira parte, do Benfica. Na segunda parte o Benfica teve mérito no golo, mas os dois primeiros deixaram um bocado a desejar depois da estratégia que nós tínhamos. Sinto-me satisfeito com a minha equipa, fantástica do inicio ao fim e sempre a acreditar que era possível. Parabéns ao Benfica, foi um justo vencedor.”

Ricardo Rodrigues (treinador da Novasemente)

A equipa de Fafe carimbou a passagem com uma esclarecedora vitória sobre as leoas por 6-2, mas seria a equipa de Márcio Marcelino a entrar a vencer com um golo de Débora Lavrador logo ao minuto 4.

As detentoras da Taça da Liga reagiram de forma avassaladora e em apenas três minutos deram a cambalhota no marcador graças aos golos da “mágica” Cátia Morgado ao minuto 8, de Liana Alves ao minuto 10 e no minuto seguinte seria a vez da “bombardeira” Carla Vanessa fazer abanar as redes leoninas.

Ainda antes do descanso, a canhota Pisko viria a colocar o seu nome na lista de marcadoras.

Reagiram as comandadas de Márcio Marcelino, que, na segunda parte criou algumas oportunidades, mas foram esbarrando na muralha defensiva fafense.

Cátia Morgado bisou aos 34 minutos e alargou a vantagem para 5-1, vantagem essa que foi reduzida por Nina, logo no minuto seguinte.

Continuou o Sporting a tentar tudo para encurtar distâncias e lançou o 5x4+1, mas tudo esbarrava numa “parede” chamada Maria Odete, que ainda teve o engenho para fechar o score no último minuto, aproveitando a baliza deserta para colocar o resultado final em 6-2.

Vitória justa da formação de Pedro Nobre, frente a umas leoas que não têm os mesmo argumentos e experiência, mas que se mantiverem esta equipa, com a liderança muito competente de Márcio Marcelino, terão certamente um futuro risonho!

Taça da Liga de Futsal Placard

Meias finais

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Jéssica Pedreiras e Tânia Silva

Terceiro Árbitro: Raquel Santos

Cronometrista: Tânia Lourenço

GCR NUN’ÁLVARES: 6

Odete, Loira, Cátia Morgado, Carla Vanessa e Pisko - cinco inicial - Bruna Barros, Rita Ferreira, Balona, Maria Costa, Taninha, Ribeiro, Liana Alves (Cap.), Ritinha e Kaká

Treinador: Pedro Nobre

Golos: Cátia Morgado (8 e 34), Liana Alves (10), Carla Vanessa (11), Pisko (19) e Odete (39)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Balona (13)

SPORTING CP: 2

Ana Cristina, Débora Lavrador, Débora Queiroz (Cap.), Carolina Pedreira e Kika - cinco inicial - Matilde Cristo, Cristiana, Bia, Inês Pombo, Nina, Ana Alves, Marisa Amorim, Inês Lima, Margarida

Treinador: Márcio Marcelino

Golos: Débora Lavrador (4) e Nina (35)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Matilde Cristo (32) Cartão vermelho para Ana Cristina (33)

Ao intervalo: 4-1

“Estivemos bem no jogo, o Sporting acabou por sair à frente num erro nosso, mas demos a volta. A equipa fez um jogo competente e o Sporting foi um digno adversário. Nós sabemos que temos tido saldo positivo contra o Sporting nos duelos, mas foi mais um jogo difícil, um jogo de meia-final e vínhamos com dois objetivos para o fim de semana, hoje só podíamos cumprir um e cumprimos. Agora é recuperar porque este domingo espera-nos um jogo difícil.”

Pedro Nobre (treinador do Nun’Álvares)

“Foi um jogo que primou pela eficácia. A discrepância no resultado não é condizente com aquilo que se passou em campo. Estivemos bem em muitos momentos do jogo. A grande experiência da equipa adversária, na minha opinião fez a diferença. Não conseguimos concretizar as diversas situações que criámos e a este nível, com jogadoras deste calibre os erros pagam-se caro. Hoje estamos muito mais próximos do que estávamos quando o projeto começou, quando eu cheguei ao clube, há dois anos.”

Márcio Marcelino (treinador do Sporting)

Aquelas que são as duas melhores equipas do futsal feminino nacional proporcionaram um enorme espetáculo, digno de uma grande final.

Depois da vitória do Benfica há dois anos e do Nun’Álvares o ano passado, estava na altura de desempatar esse dado estatístico que revela algum equilíbrio.

Como vem sendo habitual nos jogos entre estas duas formações, o equilíbrio domina e os pormenores transformamse em verdadeiros pormaiores, sendo certo que são as grandes jogadoras a aparecer e a fazer as diferenças.

A primeira estrela a despontar foi uma das melhores do Mundo. Janice Silva fez aquilo que melhor faz… fazer abanar as redes, estavam decorridos seis minutos de jogo.

Este golo mexeu com o jogo e a intensidade de ambas equipas aumentou. O calor vindo das bancadas era contagiante e apoio era algo que assistia ambas as formações.

As redes viram a abanar novamente à passagem do minuto 11, quando na cobrança de um canto, a regressada Raquel Santos desviou a bola batida pela grande líder Inês Fernandes, aumentando para 2-0, resultado com que chegaria o descanso.

Para a segunda etapa, mantinha-se a intensidade de ambas as formações na busca do golo e da vitória.

A meio da segunda parte, apareceram novas protagonistas. Aos 28 minutos Carla Vanessa reduziu e fez explodir a enorme massa humana vestida de amarelo e azulo, que viajaram de Fafe até Gondomar para apoiar incondicionalmente a equipa do Nun’Álvares.

Um minuto volvido e a equipa de Fafe passou de um momento de euforia à tristeza, porque apareceu uma das melhores do Mundo. Fifó também fez o gosto às Audazo da New Balance e colocou o score em 3-1, dando alguma tranquilidade à sua equipa. A mesma atleta viria a bisar ao 35 minutos, dando a machadada final na incerteza do marcador. A equipa de Alex Pinto sagrou-se vencedora da competição, com o experiente técnico a conseguir o seu primeiro troféu ao leme das encarnadas.

Taça da Liga de Futsal Placard

Final

Pavilhão Multiusos de Gondomar

Árbitros: Filipa Prata e Rita Ferraz

Terceiro Árbitro: Cristina Vicente

Cronometrista: Andreia Santos

SL BENFICA: 4

Marta Costa, Inês Fernandes (Cap.), Janice, Dricas e Fifó - cinco inicial - Maria Inês, Maria Pereira, Sara Ferreira, Inês Matos, Angélica, Beatriz Carrola e Raquel Santos

Treinador: Alex Pinto

Golos: Janice (6), Raquel Santos (11) e Fifó (29 e 35')

Ação disciplinar: cartão amarelo para Angélica (8) e Inês Fernandes (16)

GCR NUN’ÁLVARES: 1

Odete, Loira, Cátia Morgado, Carla Vanessa e Pisko - cinco inicial - Bruna Barros, Rita Ferreira, Tânia Moreira, Balona, Maria Costa, Taninha, Liana Alves (Cap.), Ritinha e Kaká

Treinador: Pedro Nobre

Golos: Carla Vanessa (28)

Ação disciplinar: cartão amarelo para Balona (10) e Pedro Nobre (19)

Ao intervalo: 2-0

“Hoje vencemos e estivemos ao nível que esta final nos pedia. Um bom jogo de futsal, um adversário com muito valor e qualidade, mas fomos mais fortes e penso que somos um justo vencedor. Dar os parabéns ao grupo de trabalho pela forma como têm encarado esta nova fase, pelo empenho que demonstraram hoje em campo, apesar do cansaço e de tudo o que é natural neste tipo de competições, as jogadoras foram enormes. Jogadoras, staff, toda a gente que nos acompanha este título é deles e claro, também dos adeptos.”

Alex Pinto (treinador do Benfica)

“Na primeira parte cometemos dois erros que permitiram ao Benfica ficar em vantagem. Depois tivemos um lance de clara expulsão a nosso favor que a árbitra decidiu não assinalar e a partir daí condiciona todo o jogo. Parabéns ao Benfica que acabou por ganhar bem. Somos de uma cidade humilde, de pouca gente, mas lutamos muito, não temos as mesmas condições do Benfica, mas também não nos lamentamos. As jogadoras fizeram tudo o que podiam e eu, naturalmente, como treinador, assumo sempre a responsabilidade de todos os resultados.”

Pedro Nobre (treinador do Nun’Álvares)

Carolina Pedreiras

Sporting Revelação

Fifó

Benfica

MVP

Maria Odete

Nun’Álvares

Melhor guarda redes

Inês Matos

Benfica

Jovem talento

Alex Pinto

Benfica

Melhor Treinador

Cátia Morgado

Nun’Álvares

Jovem experiente

Cátia Morgado - Nun’Álvares

Janice Silva - Benfica

Fifó- Benfica

Inês Fernandes - Benfica

Não há duas viagens iguais

Em cada destino há uma cultura por descobrir. A cada viagem há um roteiro que se adapta ao tempo que temos, ao que queremos gastar e, acima de tudo, ao que queremos sentir. Não há pessoas nem viagens iguais. Esta é a filosofia WTS Viagens.

A - Ausentes

Ana Catarina Pereira e Leninha foram duas baixas de peso na equipa de Alex Pinto.

A melhor guarda redes do Mundo seria, à partida aquela que mais diferença poderia fazer, mas as colegas de equipa deram conta do recado!

B - Balona

A experiente jogadora é daquelas atletas que não se dá por ela na quadra mas, no final, as estatísticas falam por si.

É claramente uma mais-valia para a equipa de Fafe!

C - Cristo

Matilde Cristo foi gigante, no que a superação e compromisso diz respeito. Depois de se ter magoado e sair da quadra em braços, voltou a entrar pouco tempo depois, para render a sua colega de baliza que foi expulsa. Os minutos finais foram um verdadeiro martírio para a guardiã leonina, que não conseguiu evitar as lágrimas de dor percorrerem-lhe o rosto. Exemplar, Matilde!

D - Dúvidas

Se algumas pessoas duvidam das qualidades da Inês Matos, a resposta dada pela jovem atleta do Benfica foi fantástica!

As suas qualidades valeram-lhe uma chamada à seleção nacional.

O caminho faz-se caminhando, Matos!

E - Euforia

A imagem da capitã Inês Fernandes e respetivas colegas de equipa revelam que esta, é uma equipa que adora ganhar!

É das equipas femininas que mais ganhou nos últimos anos, mas, no entanto, não se cansam de o fazer… e vibram como se do primeiro troféu se tratasse.

F - Festejo

Quando, na hora de festejar, decidimos estar com os que mais amamos, é sinal que os valores são os mais corretos!

Sim, porque a vida é muito mais que um simples jogo de futsal.

Bravo!

G - Golo

Foram 16, os golos marcados na competição feminina, mas o da Raquel Santos na final, foi, provavelmente o mais preponderante da competição. É bom ver esta jovem de volta às quadras, após lesão grave que a afastou largos meses da competição.

H - Histórica

Depois de muitos anos a espalhar magia nas quadras, agora é habitual ver-se a genial Rita Martins no banco a liderar diretivamente uma equipa à sua imagem… de campeãs!

Sempre simpática, a dirigente benfiquista deixou muitas saudades aos amantes da modalidade.

I - Incansáveis

Assim são os adeptos do Grupo… incansáveis no apoio à sua equipa. Mesmo nos momentos em que a equipa estava em baixo, os fafenses que se deslocaram a Gondomar nunca deixaram de apoiar as suas briosas atletas.

J - Janice

É, para mim, a melhor jogadora do Mundo da atualidade!

Que regalo é ver esta menina jogar e espalhar magia. Naqueles jogos em que nada sai, de repente aparece a super Janice e saca de um coelho da cartola e resolve um jogo.

Foi, nesta Taça da Liga, a verdadeira “saca rolhas”!

K - Kika

A evolução desta jovem tem sido exponenicial!

Acompanho-a há alguns anos, ainda era treinada pela Sónia Teixeira nas juniores do Sporting, mas agora “nas mãos” de Márcio Marcelino tem-se evidenciado frequentemente.

Quem te viu e quem te vê…

L - Lídia

Está de volta a pivô da Novasemente, depois de ter estado ausente por lesão.

Irreconhecivelmente positiva, a sua aparição foi de extrema importância para a sua equipa.

A chamada à seleção nacional é prova disso.

M - Maria

Esta jovem é uma força da natureza! Agitadora, irreverente e sagaz, assim foi a sua prestação na Taça da Liga.

É claramente, a prova de que temos em Portugal, alternativas com muita qualidade.

N - NB

A New Balance acertou em cheio nas apostas feitas no futsal feminino em Portugal. Fifó, a par de Janice e Carolina Pedreiras (feminino), Cavinato, Erick, Bruno Coelho, Afonso, Pedro Cary, Nuno Dias e mais recentemente Tiago Brito (masculino) são os nomes que representam a marca. Grande pontaria, Pablo Tojeiro! Enhorabuena!!!

O - Odete

“O Muro”, é o único adjetivo que tenho para a Maria Odete!

É de facto, uma guarda redes de excelência, que dá garantias a qualquer treinador, de segurança. Fez o seu papel superiormente na Taça da Liga, travando o mais possível as investidas das encarnadas.

P - Pedreiras

Mais uma jovem talentosa a despontar nas quadras nacionais. A Carolina está nas mãos certas para efetuar o seu crescimento gradual… assim ela queira e para isso trabalhe!

Tem na família um enorme exemplo de superação e compromisso.

Q - Queiroz

Uma das jogadoras que mais admiro!

A Débora Queiroz, para além de ser um exemplo para as mais novas - uma verdadeira líder - é uma das mais respeitadas jogadoras, também pelas suas qualidades humanas.

RESPEITO!

R - Raquel

Está de volta às quadras, um dos maiores talentos nacionais.

O seu pé esquerdo enche as medidas a quem gosta da modalidade, nomeadamente na vertente feminina. Bem vinda de volta, Raquel.

S - Sara

A mágica Sara esteve ao seu nível na Taça da Liga.

A bola nos seus pés é tratada com toda a delicadeza e carinho, sendo facilmente transformada num coelho a sair de uma cartola.

Sem dúvidas, uma das melhores de sempre!

T - Técnicos

Toda a estrutura técnica do futsal nacional esteve presente em Gondomar.

À imagem do que acontece com muita frequência, os selecionadores e treinadores nacionais não perderam pitada da competição, sendo frequente a troca de impressões entre eles durante as partidas. Esta é uma equipa de excelência!!!

U - Única

A Daniela Ferreira (Pisko) é, para mim, a jogadora mais inteligente, com o melhor pé esquerdo do Mundo. Obviamente que os muitos anos ao mais alto nível, lhe dá uma experiência assinalável, mas lhe retirou capacidade de explosão que tinha em anos anteriores.

É apenas um “regalo” ver esta senhora a jogar… Velhos são os trapos!

V - Vanessa

A “bombardeira” de Fafe continua a ser, uma verdadeira dor de cabeça para as suas marcadoras diretas.

Carla Vanessa “bate” como muitos homens não fazem… depois de promovida de costureira a fiel de armazém, apesar dos horários que cumpre, está a fazer uma época acima da média e isso está à vista!

W - Winner

Depois de terem perdido a final da Taça da Liga na época passada para o Nun’Álvares, o Benfica voltou a “pescar” as duas atletas que havia perdido (Janice e Fifó) e reconquistou o ceptro, com as internacionais portuguesas a terem um papel fundamental. Na sua máxima força, este Benfica é uma equipa muito difícil de bater.

X - Xotôra

Pelas suas ações dentro e fora da quadra, a senhora doutora Inês Fernandes, é um verdadeiro ídolo para os amantes do futsal feminino.

A sua capacidade de liderança em jogo, o humanismo que revela tantas e tantas vezes e a sua qualidade como futsalista, tornam-na numa das melhores de sempre!

A “xotôra” já está no meu Hall of Fame!

Y - Yellow

É tão, mas tão difícil falar da Cátia Morgado. Líderança, classe, magia, entrega, compromisso, inteligência e superação… falando apenas das suas qualidades como jogadora.

Se a isso, juntarmos as suas qualidades humanas, aqui temos a jogadora quase perfeita!

Há atletas que deveriam ser eternas… a Cátia é, claramente, uma delas!

Z - Zás

Para quem perspectivava que o Alex Pinto jamais conseguiria aguentar-se ao leme da equipa sénior feminina do Benfica mais do que algumas semanas, eis a resposta… primeira final, primeira conquista! De que vale, como em diversos casos, ter nas mãos um Ferrari, se não temos “kit de unhas”?

O Alex Pinto provou que o seu “xadrez” está completamente mecanizado!

Psicologia

de alta performance - preparação

para uma grande competição

Na preparação para uma grande competição há um conjunto muito alargado de factores que é preciso considerar e planear sob pena de ficarmos mais perto do fracasso. Falhar o planeamento é planear o falhanço. Esta é uma máxima que deve nortear tudo aquilo que rodeia a preparação para uma grande competição desde o pormenor mais ínfimo até ao planeamento dos treinos e dos jogos. Assim, o primeiro factor a considerar será o objectivo que se pretende atingir nessa competição pois desde o momento zero toda a comunicação de todos os envolvidos deve veicular a mesma mensagem desde o técnico de equipamentos até ao líder máximo da comitiva. Definido o objectivo, é necessário pensar em todos os passos para o atingir e em todos os obstáculos previsíveis para saber como os ultrapassar caso eles surjam. Já Séneca salientava que “quando se navega sem destino qualquer vento é desfavorável”.

A definição do programa de actividades deve ser realizada com particular cuidado estipulando tempo para o treino físico, técnico, táctico e mental, para o necessário descanso, alimentação adequada e correcta e para a recuperação fisiológica e só depois para outras actividades necessárias hoje em dia, mas que não devem interferir com as atrás referidas (promoção, divulgação, marketing, relações públicas, etc.).

“Tudo isto exige muito trabalho planificado e não esperar que surja algum milagre..”

Dr. Jorge Silvério

Psicólogo das seleções nacionais de futsal

Normalmente, muitas das grandes competições ocorrem no fim de uma época extremamente desgastante e tornase muito importante que os atletas estejam na melhor forma possível devendo-se trabalhar os factores mentais, de maneira a que a tenacidade (capacidade de enfrentar situações difíceis e lidar com a adversidade) dos atletas e a sua motivação estejam ao máximo. Trabalhar as suas capacidades técnicas, tácticas, físicas e psicológicas de maneira a que a tenacidade seja incrementada. Trabalhar no treino todas as situações previsíveis de ocorrerem num jogo confrontando cada atleta com situações difíceis e adversas que lhe permitam aprender a ultrapassá-las. Trabalhar a auto-confiança de cada um, a capacidade de lidar com a ansiedade (não basta dizer que é preciso ficar menos ansioso). Trabalhar factores como a concentração, a auto-eficácia e a auto-estima. Promover e reforçar o espírito de grupo dentro da equipa apesar das inevitáveis “azias” devido ao facto de se ser suplente ou titular. Potenciar um conhecimento profundo dos adversários para que cada atleta possa prever e planear a sua atitude competitiva. Finalmente treinar os atletas para as condições ambientais que vão encontrar e para o que significa lidar com os espectadores, os adeptos mas também com a comunicação social. Tudo isto exige muito trabalho planificado e não esperar que surja algum milagre. Não nos podemos esquecer que a sorte favorece as mentes preparadas, como enfatizava Pasteur!

Existem muitas áreas onde a Psicologia do Desporto pode ser útil: diminuição da ansiedade, aumento da autoconfiança, atenção e concentração, motivação, liderança, relação treinador-atleta, coesão (espírito de equipa), esgotamento (burnout), sobre-treino, recuperação de lesões, imaginação e visualização mental e controlo da dor. Em países onde a Psicologia do Desporto está mais disseminada fala-se cada vez com mais intensidade da preparação psicológica à qual se atribui uma importância ao nível das preparações técnica, táctica e física. Se pensarmos, apenas um pouco, chegamos à conclusão que é uma loucura gastar milhares de horas e consequentemente milhões de euros com a preparação técnica, táctica e física e descurar a preparação emocional e mental que podem deitar todo esse esforço “por água abaixo” em instantes.

O gordo vai à baliza!

Quantas vezes não ouvimos nós esta expressão, e até mesmo a vivenciámos?! Diversas vezes diria eu, e arrisco dizer que provavelmente terá sido assim que surgiu o “futebol de rua”, que se viveu imensas vezes nos recreios da escola ou nas ruas e bairros de Portugal e no mundo, onde as balizas eram delimitadas por pedras da calçada com os famosos 3 passos que representavam os 3 metros de largura e a altura eram mais ou menos 2 metros que criava discussões entre quem atacava e defendia. Quem atacava os 2 metros iriam até 2 metros e meio e pra quem defendia, 1 metro e meio chegava para a bola sair por cima da “barra”. Muita coisa mudou, e ainda bem que mudou. Apesar de sentir muitas saudades de ver os “jogos de rua” onde se encontraram jogadores inigualáveis, e os torneios/maratonas de verão terem quase desaparecido, penso que o Futsal em Portugal está no caminho certo. Os clubes têm feito autênticos milagres para o desenvolvimento da modalidade, atletas e treinadores. Também a Federação Portuguesa de Futebol tem tido um papel fundamental para atingirmos o patamar onde o futsal português se encontra atualmente. Até há bem pouco tempo seria impensável ser-se bicampeão Europeu, Campeão do Mundo e campeão da Finalíssima, e todas estas conquistas deram ainda mais visibilidade ao excelente trabalho que tem sido feito por todos, federação e clubes. Se tudo é perfeito? Claro que não, existe ainda um longo caminho e muita coisa pra melhorar, mas acredito que estão todos, conscientes disso mesmo.

A celebre expressão com que iniciei este texto – “O gordo vai á baliza!” – é algo que atualmente já não se enquadra à realidade em que estamos. O “gordo” já não tem espaço no futsal de hoje, todo o treinador elege o guarda-redes como um jogador fundamental na sua equipa. Hoje é unânime, que o mesmo é no mínimo 50% da equipa.

Um bom guarda-redes decide jogos e campeonatos, dá vitórias importantes. Considero importantíssimo ter pelo menos dois bons guarda-redes num plantel, e um terceiro para dar o equilíbrio, e que é tão ou mais importante que os outros dois.

Com esta importância que se dá à posição, mudaram-se mentalidades e isso reflete-se com a procura do treinador de guarda-redes, e por consequente a importância do treino específico. Hoje o treinador de guarda-redes ganhou o seu espaço, e existem estruturas que abdicam de ter um jogador a mais para ter o Treinador de guarda-redes. A este nível Já não chega “a pessoa que se encarregava de aquecer os guarda-redes com uns remates dos 6 metros”, muitos deles até, mais interessados em marcar os seus golos ao ângulo superior do que propriamente na evolução dos atletas.

As pessoas evoluíram, e as plataformas digitais tornaram-se mais ou menos valias, dependente de quem e de como são usadas. O YouTube veio “ajudar” a preparar treinos, mas é importante ter-se a noção do contexto para o qual se está inserido, pois de que serve ter um exercício idealizado para uma equipa do campeonato nacional ou uma seleção, se o formos aplicar por exemplo em juvenis de uma equipa de distrital? Serve para uma mão cheia de nada, diria eu, serve em muitos casos para frustrar os guarda-redes, para mostrar ao treinador principal que sabe fazer treinos magníficos, e para alimentar egos, mas no final serve muito pouco, e isso refletir-se-á no final de semana de trabalho, quando não temos os resultados que desejamos.

Cada vez mais temos de pensar no treino com o que queremos dos guarda-redes, adequando o mesmo às características dos nossos guarda-redes e com o que queremos dos mesmos, no modelo de jogo do clube/treinador. É importante pensar e executar exercícios conforme as características dos adversários que iremos defrontar no próximo jogo. São inúmeros os fatores que temos de ter em conta para um melhor desempenho dos nossos no fim de semana seguinte, e que fazem do treinador de guarda-redes uma peça fundamental para que os atletas consigam chegar ao patamar onde “os guarda-redes são pelo menos 50% da equipa”.

Infelizmente só há bem pouco tempo se começou a dar algum valor ao treinador de guarda-redes, e embora Portugal tenha valores muito interessantes, e um futuro a meu ver promissor, durante anos tivemos bons guardaredes que, ou por qualidade natural, ou por terem passado pelo Futebol, apresentavam desempenhos de elevada qualidade, mas que tecnicamente não estavam tão preparados, como atletas que tiveram formação mais capaz na área, oriundos de outros países, e era nas decisões que tal se refletia, pois cometiam mais erros que os outros. Felizmente estamos numa mudança constante, e os fundamentos técnicos estão a ser passados cada vez mais cedo, e afirmo que, com todo este desenvolvimento, o futuro nas balizas nacionais está assegurado por muitos anos. Para concluir, deixar a mensagem que o papel do treinador de guarda-redes de Futsal, na minha opinião, é trabalhar cinco ferramentas: Técnica, Tática, Física, Psicológica e Comunicação; durante a semana, para que o guarda-redes no jogo tenha a melhor tomada de decisão possível! Se o guarda-redes no jogo falhar, a responsabilidade é do trabalho semanal do Treinador de guarda-redes.

Gostaria ainda de terminar, deixando um apelo aos treinadores principais, dirigentes e clubes, sobre a importância do treino específico, e do papel do mesmo, 10/20 minutos de treino específico de treino de guarda-redes por unidade de treino, NÃO CHEGA, para se obter bons resultados no final de cada semana de trabalho. Mudem mentalidades e sejam ambiciosos, contratem treinadores de guarda-redes de qualidade e deixem-nos trabalhar para poder exigir evolução aos vossos atletas.

Como digo sempre, nunca serão os PORMENORES que definem um bom guarda-redes, mas sim os PORMAIORES.

Prof. Carlos Martins

Personal Trainer

Trabalho das qualidades físicas num atleta de futsal

O que são as qualidades físicas? São as qualidades que o atleta deve dominar, para que assim, o trabalho suplementar, individual e específico ajude a potenciarmos o seu rendimento.

No PerformanceLab treinamos atletas de futsal como forma de aglutinar e melhorar o atleta num todo e no contexto IN SEASON e OFF SEASON.

Os padrões de movimento fundamentais para o PerformanceLab implica entendermos que o corpo é um sistema integrado, treinamos e privilegiamos exercícios e movimentos livres ajudando o atleta a utilizar de forma mais educada o corpo nas suas tarefas em campo, bem como a desenvolver ao longo da época, uma boa base de força e uma consciência corporal mais ampla.

“Os padrões de movimento fundamentais para o PerformanceLab”

Bruno Travassos Docente UBI Investigador CIDESD Fisiologista seleção nacional de futsal

Análise de dados no futsal: Que desafios?

No futsal, a capacidade para que o treinador tome boas decisões em relação aos jogadores, ao planeamento do treino ou à forma de jogar da equipa são cruciais nos dias de hoje. No entanto, para além da capacidade intuitiva que o treinador vai desenvolvendo ao longo da sua carreira para gerir melhor o seu grupo, para aferir melhor os métodos de treino a utilizar ou mesmo para gerir o jogo, hoje a quantidade de informação que tem ao seu dispor constituem-se como um aliado fundamental para sustentar as suas decisões. Aliás, nos dias de hoje o problema não passa pela capacidade de aceder a informação, mas sim pela capacidade para selecionar qual a melhor informação a utilizar.

Apesar da existência de alguns softwares para registo e/ou análise de ocorrências no jogo como sejam o VideObserver, ou o INSTAT, muitos destes dados não são ainda hoje utilizados pelos clubes e muito menos por treinadores. Podemos afirmar que hoje existe mesmo um mundo paralelo ao treino desportivo assente no desenvolvimento de métodos de análise de dados para desporto, fruto das dificuldades de comunicação existentes entre as duas áreas.

A que se deve então esta difícil relação entre a quantidade de meios e informação hoje disponível e a adoção de métodos ainda muito semelhantes aos utilizados no passado? Toda a tomada de decisão e ação de um treinador é realizada tendo por base postulados e pressupostos sustentados pelas suas crenças que por sua vez são baseadas em constructos teóricos sobre treino desportivo, psicologia, ou outros. Por sua vez, os dados quando olhamos sobre um qualquer prisma sem contextualização ou utilizados de forma inadequada, em vez de gerarem informação relevante que permite potenciar a intervenção do treinador, vão apenas gerar mais dúvida e levar a novas perguntas sem respostas complicando ainda mais o já por si difícil processo de intervenção do treinador. Neste caso, o maior problema da utilização da informação disponível não está nessa mesma informação, mas na (in)capacidade de analisar e transformar essa informação em conhecimento. Deste modo, a informação disponível ainda não está acessível de modo a capturar os problemas que os treinadores pretendem ver esclarecidos.

“Toda a tomada de decisão e ação de um treinador é realizada tendo por base postulados e pressupostos sustentados”

Isto é, a informação não é analisada e tratada tendo por base o ponto de vista e o problema do treinador, mas tendo por base pressupostos estatísticos ou meramente metodológicos que os analistas de dados colocam em prática da melhor forma que conseguem, mas que não respondem de forma funcional ao que se pretende. Tendo por base este desfasamento da realidade, são inúmeras as discussões do porquê de grande parte dos treinadores ignorar ou negligenciar as bases de dados estatísticas ou até os recursos que muitos dos clubes procuram colocar ao serviço dos treinadores em termos de análise de dados de jogo, de adversários ou mesmo de controlo e monitorização do treino. As apresentações e métodos de análise de dados são cada vez mais interativas, apresentadas sob formas de visualização fantásticas, mas no final, muitas vezes, as perguntas mantêm-se… Como é que isto me ajuda a perceber o processo da minha equipa? A tendência é interessante, mas continuo com o mesmo problemas, porque essa informação apenas reforça o que já sabia (o que já é um bom principio…). O problema na grande maioria das vezes não está nos dados nem nos treinadores, mas no modo como os analistas de dados e os treinadores terão que saber dialogar para convergir na utilização de ferramentas que respondam aos problemas do jogo, de como o treinador os coloca. Por experiência própria enquanto treinador de futsal, investigador e agora como fisiologista da seleção nacional de futsal, fui confrontado com diferentes problemas que me ajudaram a ter uma perspetiva mais alargada e simplificada sobre este processo, permitindo-me que o treinador, o investigador e o fisiologista dialoguem entre si no sentido de responder não apenas às melhores soluções em termos científicos ou estatísticos, mas às que se apresentam mais funcionais para que o treinador resolva os problemas do jogo e sobretudo potencie a ação dos seus jogadores. De facto, nenhum destes protagonistas tem a resposta correta. A capacidade para encontrar novas soluções dependerá da capacidade que todos eles terão em comunicar e em perceber os problemas / soluções dos outros.

Face a esta perspetiva, urge a criação de novos modelos de formação / intervenção que permitam: i) a capacitação pelos treinadores para interpretarem e discutirem os dados em análise; ou ii) o desenvolvimento da capacidade dos analistas de dados de comunicarem e compreenderem melhor os problemas dos treinadores de modo a desenvolverem análises mais adequadas aos seus propósitos.

Mais do que o desenvolvimento de duas áreas / mercados completamente distintos e de grande valor de mercado, mas que crescem em separado e de forma divergente, é na capacidade de convergir soluções que os processos de data analytics se poderão constituir como ferramentas reais para potenciar a intervenção do treinador e com valor ainda mais acrescentado. Dessa forma, poderemos encontrar novas ferramentas ou métodos de recolha, tratamento e visualização de dados que se constituam funcionais para potenciar os métodos de treino em futsal e não apenas para publicar umas análises muito bonitas mas que em nada contribuem para o treino / treinador.

Viaturas seminovas e usadas

Paulo Teixeira

Ex-árbitro de futsal

Também fazemos parte do jogo

No Pavilhão Multiusos de Gondomar, nas Taças da Liga de Futsal de Seniores masculinos e femininos a Arbitragem foi de excelência como tem sido o seu apanágio, graças ao trabalho profícuo ao longo destes anos, onde todos ligados a esta nobre causa se têm esforçado.

Também devido às condições proporcionadas pelas associações distritais, núcleos de árbitros e pela Federação Portuguesa de Futebol.

Com técnicos de arbitragem de nível superior aliadas ás tais condições e com o trabalho dos árbitros que quase diariamente treinam fisicamente, psicologicamente e aprimoram-se nas leis de jogo.

Uma palavras de carinho para as nossas árbitras, elas foram brutais, um orgulho para todos que amam a arbitragem e que, esperamos em breve termos a primeira árbitra Internacional, pois já merecemos.

O caminho é este, honrando o passado, vivendo o presente com paixão e olhando o futuro com alegria.

Um bem hajam a todas e a todos.

O Respeito Vence Sempre!

“Arbitragem foi de excelência como tem sido o seu apanágio”

● Títulos:

Benfica 4

Sporting 4

Taça da Liga masculina

A 8.ª edição da Taça da Liga Masculina ditou o Benfica como vencedor, superando na final o surpreendente Quinta dos Lombos por 3-0, golos de Arthur (1’ e 38’) e Rocha (4’).

A presente época estreou um novo formato, sendo disputada por 16 clubes: os 12 clubes da Liga Placard e os 2 clubes melhores classificados de cada série no final da 1.ª fase do Campeonato Nacional da II Divisão. Pelo que a anteceder a habitual Final Eight no final de janeiro, disputaram-se os embates dos oitavos-de-final, no arranque de 2023. Curiosamente, as oito equipas com melhor prestação na primeira volta da Liga Placard acabaram por ser as que carimbaram o apuramento para Gondomar.

● Títulos (treinador):

Nuno Dias 4

Joel Rocha 3

Pulpis 1

● Locais:

Sines 3

Gondomar 2

Loulé 1

Matosinhos 1

Oliv. Azeméis 1

● 61,3% dos golos marcados na 2.ª parte

● Média das oito edições: 5,77 golos por jogo

● 7 jogos decididos nas grandes penalidades

● Edição com mais golos: 2016/2017 (50)

● Edição com menos golos: 2015/2016 (31)

EQUIPAS

● Sporting e Benfica totalistas

● Braga apenas falhou a presença em 2020/2021

● 18 clubes representados nas oito edições, oriundos de dez associações distritais: Lisboa (Sporting, Benfica, Leões Porto Salvo, Quinta dos Lombos, Belenenses, SL Olivais), Porto (Modicus, Pinheirense, Caxinas), Braga (Braga, Candoso), Castelo Branco (Fundão), Portalegre (Eléctrico), Leiria (Burinhosa), Algarve (Portimonense), Aveiro (Futsal Azeméis), Santarém (Ferreira Zêzere) e Viseu (Viseu 2001).

● Sporting e Benfica presentes em seis finais, com dérbi em quatro delas (duas vitórias para cada)

● Fundão (2 vezes), Braga e Quinta dos Lombos finalistas vencidos

● Modicus sem presenças na final, mas com cinco meias-finais no histórico

POR CLUBE

● Nuno Dias (Sporting) e Joel Rocha (Benfica 6, Braga 2) treinadores totalistas

● Kitó Ferreira presente pelo Burinhosa, Leões Porto Salvo e Eléctrico

● Leões Porto Salvo tem quatro presenças… com quatro treinadores diferentes: Mário Silva, Ricardo Lobão, Rodrigo P. Almeida e Kitó Ferreira

Taça da Liga Feminina

A 3.ª edição da Taça da Liga Feminina ditou o Benfica como vencedor, superando na final o Nun’Álvares por 4-1, (Janice Silva (5'), Raquel Santos (10'), Fifó (28’ e 34’) / Carla Vanessa (27’)

A Taça da Liga Feminina é disputada pelos quatro clubes melhor classificados no final da 1.ª volta da 1.ª Fase do Campeonato Nacional Feminino I Divisão.

● Títulos: Benfica 2

Nun’Álvares 1

● Títulos (treinador):

Alex Pinto 1

Pedro Nobre 1

Pedro Henriques 1

GOLOS

● Locais: Sines 1

Gondomar 1

Loulé 1

● 59,6% dos golos marcados na 2.ª parte

● Média das oito edições: 5,22 golos por jogo

● Nenhum jogo decidido nas grandes penalidades

● Edição com mais golos: 2020/2021 (17)

● Edição com menos golos: 2021/2022 (14)

● Benfica e Nun’Álvares totalistas

● Seis clubes representados nas três edições, oriundos de quatro associações distritais: Lisboa (Benfica, Sporting, Quinta dos Lombos), Braga (Nun’Álvares), Viana do Castelo (Santa Luzia) e Aveiro (Novasemente).

● Benfica e Nun´Álvares presentes nas três finais

RESULTADOS

POR CLUBE

● Pedro Nobre e Márcio Marcelino, únicos treinadores presentes em mais que uma edição

● Benfica totalista… com três treinadores diferentes