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3 Apresentação
5 Biodigestor caminho para uma política pública
7 A Diaconia e o Biodigestor
14 Mobilizar para Reaplicar
31 Intercâmbios
33 Inovações da Tecnologia
38 Gerando biogás e cidadania
41 Famílias rurais e o sonho da moradia com ecodignidade
43 Reconhecimento
44 Agradecimentos
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Realização Diaconia Apoio Fundo Socioambiental CAIXA Diretor Executivo Pr. Armindo Klumb Coordenação Político-Pedagógica Waneska Bonfim Coordenação Administrativo-Financeira Maria Orlenir Santos Coordenação do Projeto Biodigestor: uma tecnologia social no PNHR Carmo Fuchs Equipe do Projeto Eliane Mamede, Glauce Jalfim, Jucier Jorge, Wanderley Silva Texto Eliane Mamede (SRTE/PE 3.340) Revisão Técnica Carmo Fuchs, Jucier Jorge, Wanderley Silva Revisão de Texto Carlos Henrique Silva (SRTE/PE 5.197) Fotos Acervo Diaconia Projeto Gráfico e Diagramação Via Design
Entidades parceiras durante a realização do Projeto AQSA Caixa Postal 90 CEP 55.330-000 Bom Conselho/PE BEMORAR Rua Pedro Rocha, 389 – Heliópolis CEP 55.295-470 - Garanhuns/PE Tel:: (87) 3761-2624 FUNDAL Rua Manoel Oliveira e Silva, 147 Campus Universitário CEP 44600-000 - Ipirá/BA Tel:: (71) 3242-9611 ARTZM Rua Luiz Lourenço de Lima, 605 - 2º Andar - Centro CEP 36.820-000 - Divino/MG Tel:: (32) 3743-1493 FETAEG Rua 16-A, Quadra 16A, lote 2-E, n º 409 - Setor Aeroporto CEP: 74.075-150 - Goiânia/GO Tel:: (62) 3225-1466 CRESOL CENTRAL SC/RS Rua Esparta, 46 - Centro CEP 89.805-025 - Chapecó/SC Tel::(49) 3361-4800 FETAG/RS Rua Santo Antônio, 121 - Bairro Floresta CEP 90.220-011 - Porto Alegre/RS Tel:: (51) 3393-4866
NOVEMBRO / 2016
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REAPLICANDO O BIODIGESTOR A PARTIR DA MOBILIZAÇÃO SOCIAL
APRESENTAÇÃO Por Armindo Klumb Diretor Executivo da Diaconia
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A mobilização social representa uma poderosa ferramenta para a construção de sonhos e conquista de direitos. Unida à formação, gera pessoas empoderadas, com uma visão transformadora e comprometida em reaplicar conhecimento, capazes de mudar a própria história. Partindo do princípio da mobilização social, a Diaconia realizou o Projeto “Biodigestor: Uma Tecnologia Social no Programa Nacional de Habitação Rural”, com o apoio do Fundo Socioambiental CAIXA e a parceria de sete Entidades Organizadoras localizadas em Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nessa caminhada, outros parceiros foram fundamentais para a sua consolidação, como Sindicatos e Associações dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, prefeituras e principalmente as famílias beneficiadas. A metodologia de execução deste Projeto esteve alicerçada na mobilização das famílias; na capacitação de técnicos/as, pedreiros/as e das famílias para a construção, uso e manejo de biodigestores; no monitoramento dos processos de construção dos biodigestores; nas visitas técnicas; na produção e registro de conhecimentos e aprendizados sobre esta tecnologia; e na comunicação. Este Projeto, além de disseminar uma tecnologia social, trouxe melhorias significativas para a vida de 395 famílias beneficiadas diretamente, que tiveram a preparação dos alimentos facilitada, a eliminação dos gastos referentes a compra de gás e melhorias na saúde por conta da não inalação de fumaça, já que não utilizarão mais lenha e carvão. Também contribuiu para o cuidado com o meio ambiente, na medida em que evitou a emissão de mais de 73.944m³ de metano e de gás carbônico na atmosfera, a preservação de cerca de 100ha de mata e a produção de pelo menos 2.800t de adubo orgânico e de biofertilizante. Outro ganho importante é decorrente da própria metodologia empregada no Projeto, que priorizou a formação e capacitação de pessoas das próprias comunidades para a construção dos biodigestores. Isso favoreceu não só a remuneração por este trabalho, mas especialmente a possibilidade de geração de trabalho e renda. Todo esse processo é apresentado nesta cartilha que tem por título “Reaplicando o Biodigestor a partir da Mobilização Social”. Ao ler esta publicação, é possível vislumbrar como foi o processo de disseminação dessa tecnologia que mudou o dia-a-dia de famílias agricultoras nos seis estados; as inovações da tecnologia; os passos para a reaplicação, e a expectativa para que o biodigestor seja incorporado no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), como uma política pública. Boa Leitura!
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BIODIGESTOR: caminho para uma política pública Por Carmo Fuchs Coordenador do Projeto
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Estou bem satisfeita com o biodigestor! Se mais famílias fossem beneficiadas seria muito bom!” Beatriz Brand, de Anitápolis/SC
O biodigestor apresenta aspectos já comprovados no que diz respeito à sua sustentabilidade, o que se dá a partir da produção, armazenamento e utilização de biogás em fogões domésticos. A matéria prima para a produção do biogás é o esterco animal, o qual é produzido nas propriedades onde é instalado. Assim, gera independência energética das famílias para a preparação de seus alimentos, pois todo biogás necessário é produzido de forma autônoma no quintal da residência. Ele é economicamente viável porque sua implantação tem baixo custo e gera uma economia mensal imediata, já que se elimina a necessidade de comprar o botijão de gás. É ecologicamente correto porque evita a emissão dos gases presentes no esterco animal na atmosfera, contribuindo para a preservação da camada de ozônio, bem como evita o desmatamento e previne doenças respiratórias porque elimina a fuligem resultante da queima de carvão e lenha. Ele também produz biofertilizante e esterco curtido, que são utilizados na produção de milho, feijão, hortaliças, árvores frutíferas e outras culturas. O biofertilizante é um adubo foliar que é misturado a água na proporção de 2% e é aplicado manualmente por aspersão com pulverizador costal. Já o esterco curtido está pronto para ser misturado ao solo. Isso melhora a sua fertilidade e aumenta significativamente a produtividade agrícola.
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Naryel Marcelo Aragão
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A mobilização social e as capacitações para a construção da tecnologia ocorrem a partir do envolvimento das famílias e suas comunidades, da participação de atores sociais como as Associações de Moradores, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Organizações Não-Governamentais e Secretarias Municipais. Também são realizados cursos de capacitação de pedreiros e técnicos, bem como assistência técnica as famílias para o manejo da tecnologia e do uso do biogás. Estes processos permitem que as pessoas façam a manutenção dos biodigestores, utilizem os mesmos de forma adequada e independente, e apoiem a reaplicação da tecnologia. Como estamos tratando da implantação de 395 biodigestores em 39 municípios de 06 estados contemplados com casas do Programa Nacional de Habitação Rural, acreditamos que a realização deste Projeto poderá ser referência para que esta tecnologia seja integrada de maneira plena a esse Programa. Isto porque ela é sustentável, traz benefícios econômicos importantes e contribui para a qualidade de vida das famílias, bem como se constitui em ganhos relevantes na dimensão do meio ambiente. Acreditamos nesta possível universalização enquanto política pública, porque ela reforça a permanência das famílias no campo devido aos ganhos econômicos e ambientais, bem como é uma inovação que qualifica a habitação e a vida no campo.
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“Estou muito feliz com o biodigestor! No início não acreditei que iria funcionar, mas quando fizeram a instalação no fogão, passei a acreditar e nunca mais comprei gás. Está funcionando muito bem! Muito faceiro está o meu velho, com o adubo que está melhorando as lavouras e a horta” Agricultora Zilma Crestani e o esposo Nelson Crestani, moradores de Santo Antônio das Missões/RS
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Maíra Gamarra
A Diaconia e o Biodigestor
Agricultor Baltazar Cirino, de Afogados da Ingazeira/PE
Primeiras experiências da Diaconia com o biodigestor A busca por alternativas que facilitassem o cotidiano das famílias de pequenas propriedades rurais do Semiárido fez com que a Diaconia desenvolvesse em parceria com o Projeto Dom Hélder Câmara, em 2008, uma pesquisa sobre uma tecnologia que produzisse biogás, fosse construída de maneira simples, com baixo custo e tivesse um fácil manejo. Naquele período, duas famílias do município de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, abriram as portas de suas casas para receber um projeto piloto do biodigestor, que transforma esterco de curral em biogás. A iniciativa deu tão certo, que atualmente é realidade na vida de mais de 650 famílias. Associada a produção de biogás, o biodigestor vem gerando a transformação na vida das famílias rurais, além de trazer benefícios ao meio ambiente. Desta forma, essa iniciativa conquistou o reconhecimento como uma tecnologia sustentável, economicamente viável e socialmente justa.
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Em 2011, a Diaconia inscreveu a tecnologia ao Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local e foi uma das vencedoras. A partir daí teve início um processo de negociação de um projeto de implantação do biodigestor junto as casas do PNHR.
A Diaconia e o Projeto “Biodigestor: Uma Tecnologia Social no PNHR” Devido à importância dessa iniciativa transformadora, passou a haver um processo de formatação de uma proposta de integração do biodigestor ao PNHR, do Governo Federal. No final de junho de 2014, com o apoio do Fundo Socioambiental CAIXA e em parceria com sete Entidades Organizadoras, a Diaconia iniciou a execução do Projeto “Biodigestor: Uma Tecnologia Social no Programa Nacional de Habitação Rural”, visando à implantação de 395 tecnologias em seis estados brasileiros: Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O projeto beneficiou diretamente mais de 1644 pessoas, e sua realização foi além da simples construção de uma tecnologia. Desafiou culturas e as condições climáticas de cada região; bem como a falta de informação e o preconceito com o que é novo e inovador. Mostrou que a mão de obra local seria capaz de construir e gerar renda; que os materiais utilizados para a construção do biodigestor poderiam ser comprados no armazém próximo das comunidades; e que do esterco dos animais sairia energia limpa. Além disso, revelou que a mobilização social, a formação, e a realização de parcerias podem promover a conquista de uma vida mais digna para as famílias rurais, principalmente das que residem em pequenas propriedades. Anteriormente, a experiência da Diaconia com a implantação do Biodigestor era apenas nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte. Mas foi em parceria com as Entidades Organizadoras indicadas pela CAIXA que a Diaconia passou a reaplicar a tecnologia em outras regiões. Estas entidades indicadas foram: » Associação Quilombola do Sítio Angico - AQSA - Bom Conselho/PE; » Cooperativa de Habitação Rural da Agricultura Familiar, Assentamentos da Reforma Agrária e Comunidades Tradicionais LTDA - BEMORAR - Garanhuns/ PE; » Fundação Antônio Almeida - FUNDAL - Ipirá/BA; » Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Goiás - FETAEG/GO; » Associação Regional dos Trabalhadores Rurais da Zona da Mata - ARTZM/ MG; » Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária - CRESOL - Central SC/ RS; » Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - FETAG/RS. A interlocução da Diaconia com o Fundo Socioambiental CAIXA foi regida pela Gerência Nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental - GERSA e a Gerência de Habitação Caruaru/PE - GIHABCA, além das localizadas em cada Estado: Feira de Santana/BA - GIHABFS; Goiânia/GO - GIHABGO; Juiz de Fora/MG - GIHABJF; Chapecó/SC - GIHABCH; e Passo Fundo/RS - GIHABPF.
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“Desde que conhecemos este Projeto em Afogados da Ingazeira, nos apaixonamos pela iniciativa. Um dos grandes diferenciais que observo é a mobilização comunitária”. Bento Júnior, Gerente Regional da Habitação Rural da CAIXA de Caruaru/PE
Pernambuco 141 famílias
Bahia 24 famílias Minas Gerais 61 famílias
Goiás 50 famílias Santa Catarina 52 famílias
Rio Grande do Sul 67 famílias
O Projeto, executado no período de 30 meses, beneficiou 395 famílias agricultoras.
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“Quando ouvi falar do biodigestor pela primeira vez, pensei que fosse mentira. Nunca imaginei que do esterco saísse gás de cozinha”. Francisco Paulo Victor, agricultor de Bom Conselho-PE
Área de Atuação e Metas PE
BA
GO MG
06 Estados da Federação 39 municípios 201 comunidades SC RS
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Por meio das parcerias foi possível dialogar com cada estado e também com os 39 municípios beneficiados pelo Projeto, permitindo com que fossem traçadas estratégias para o cumprimento das metas, considerando as especificidades climáticas, socioeconômicas e culturais de cada região.
“Para mim está sendo bom demais! Utilizar o esterco do gado era uma coisa que eu só usava para adubação e hoje estou fazendo biogás, gerando mais uma renda, está cem por cento. Tem igual não! Economia total! Está bom demais! ” Ailson Mendes Reis (ao centro), beneficiário de Várzea do Poço/BA
ESTADOS MUNICÍPIOS Pernambuco
Bom Conselho, Jupi, São Bento do Una, Caetés e Afogados da Ingazeira
Bahia
Várzea do Poço, Ipirá e Serra Preta
Goiás
Itaberaí, Guaraíta, Itapuranga, Piracanjuba e Pontalina
Minas Gerais
Caparaó, Espera Feliz, Divino, Orizânia, Tombos, Pedra Dourada e Caiana
Santa Catarina
Anitápolis, São Martinho, Armazém, Santa Rosa de Lima, Seara, Itá,
Dionísio Cerqueira Rio Grande do Sul Santo Antônio das Missões, São Luiz Gonzaga, Rolador, São Nicolau,
Roque Gonzales, Garruchos, Bossoroca, Porto Xavier, Itatiba do Sul,
Constantina, Santo Ângelo e Entre-Ijuís
Os encontros, a nível nacional, estadual, municipal e comunitário, bem como as visitas técnicas e de monitoramento permitiram com que a Diaconia estivesse mais próxima não somente das entidades parceiras, mas principalmente do público beneficiário do Projeto. Para a escolha desse público, foi traçado um perfil: fazer parte do PNHR e criar uma quantidade mínima de animais capaz de alimentar o biodigestor e produzir biogás. Para isso, a Diaconia contou com o apoio das Entidades Organizadoras e das Gerências Regionais de Habitação da CAIXA. Diante do levantamento e identificação das famílias, surgiu a necessidade de envolvê-las no processo de conhecimento do biodigestor, a partir de encontros de mobilização, sensibilização e, permitindo com que passassem a dominar questões econômicas, ecológicas e técnicas, tornando-as multiplicadoras da tecnologia.
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“Em todos os estados, após a instalação, consegui perceber a alegria das famílias ao verem a chama acesa. É gratificante! O biodigestor tem tido uma grande aceitação, pois consegue adaptarse a diferentes regiões e climas. Por isso, a demanda de famílias agricultoras pelo biodigestor, é crescente”. Jucier Jorge, técnico do Projeto
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BIODIGESTORES - COMUNIDADES BENEFICIADAS PERNAMBUCO 05 municípios e 44 comunidades
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2 3
5
1
1
2
4
5
Bom Conselho
São Bento do Una
Caetés
Afogados da Ingazeira
Jupi
21 Comunidades Sítios: Tabocas, Cancelas, Caetana, Santa Maria, Angico, Lagoa Primeira, Barrocão, Flores, Salgadinho, Lagoa da Pedra 1, Lagoa da Pedra 2, Barra do Taquarí, Alecrim, Cafundó, Queimada Grande, Feijão, Lajeiro dos Cabral, Barra do Brejo, Britos, Pau Seco e Escorrego
09 comunidades Sítios: Gama, Armazém, Gameleira, Passagem, Caracol, Retiro, Gado Bravo, Basílio e Serra Verde
05 comunidades Sítios: Várzea Suja, Bastões, Atoleiro, Várzea Comprida e Agreste Velho
05 comunidades Sítios: Cachoeira do Cancão, Lage do Gato, Santo Antônio II, Espanha e Lajedo
04 comunidades Sítios: Colônia, Mulungu, Cabo do Canto e Grotão
BAHIA 03 municípios e 10 comunidades
1
3
3
1
2
Ipirá 05 comunidades Sítio Bonfim, Caiçara, Coração de Maria, Calumbí e João Velho
2
Serra Preta 03 comunidades Bravo, Contorno do Bravo e Bom Jesus
3
Várzea do Poço 02 comunidades Itapemirim e Nova Esperança
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GOIÁS 05 municípios e 35 comunidades
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Itaberaí 15 comunidades Fazendas: Mumbuca, Córrego Branco, Olhos d’agua, São José, Sapezal, Cordeiros, Santa Rita, Santo Antônio, Brasília, Maria Alves, Palmital, Roque, São Felix, Cachoeira e Bom Jardim
2
Pontalina 08 comunidades Fazendas: São João, Aguapé, São Patrício, São Bento, São Bento de Cima, São Lourenço, Paraíiso e Posse do Rancho
3
Itapuranga 06 comunidades Fazendas: Santo Antônio, Mundo Novo, Laranjal ll, Água Espraiada, Curral de Pedras e Santa Cruz
4
Guaraíta 04 comunidades Fazendas: Valença, Ribeirão, Santa Rosa e José Ferreira
5
Piracanjuba 02 comunidades Fazendas: Santo Antônio Areia e Virgíinia
3 4 1
5 2
MINAS GERAIS 07 municípios e 31 comunidades
1
Divino 15 comunidades São Domingos, São Pedro, São João do Norte, Bom Jesus, Morro Redondo, Taquaraçú, Fortaleza, Viletes, Vargem Grande, Frossard, Alves, Fazenda Retiro, Fazenda Pedra Branca, Serra dos Delfinos, Córrego dos Ferreiras
2
Espera Feliz 08 comunidades São João da Farinha, Taboão, Chave/Pedra Menina, Vargem Alegre, Assentamento Padre Jesus, Córrego Grande, São Gonçalo e Ipê Peroba
3
Caparaó 03 comunidades Córrego Capim Roxo, Vai e Volta/Monteiros e Córrego São Vicente
4
Pedra Dourada 02 comunidades Sítio Banquinho e São Bento
5
Orizânia 01 comunidade Bálsamo
5 3 2 1 7 4 6
6 Tombos 01 comunidade Igrejinha
7 Caiana 01 comunidade Divininho
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SANTA CATARINA 07 municípios e 32 comunidades 1 Anitápolis 13 comunidades Varginha, Maracujá, Povoamento, Rio da Prata, Rio do Ouro, Rio Alfa, Rio Salto, Rio Cachimbo, Rio das Pedras, Alto Rio do Sul, Povoamento Baixo, Rio Ladeia e Rio do Norte 2 São Martinho 08 comunidades Bom Jesus, Rio Sete, São João do Capivari, Rio Areia, Rio São João, Rio Guabiroba, Alto São Martinho, Vargem do Cedro
3
6 4
1 7
3 Dionísio Cerqueira 04 comunidades Toldo Baixo, Campinho, Barra da União e Cordilheira
2 5
4 Itá 02 comunidades Rio Branco e Borboleta Alta
Seara 02 comunidades Ariranhazinha e São Paulo
5 Armazém 02 comunidades Mundo Novo e Santa Terezinha
Santa Rosa de Lima 01 Comunidade Rio dos Índios
RIO GRANDE DO SUL 12 municípios e 49 comunidades
5 8 7
1 Santo Antônio das Missões 13 comunidades Taquara Mansa, Rincão São Pedro, Rincão dos Miranda, Rincão dos Garcias, Rincão Santa Maria, Rincão São Gregório, Rincão Caçapava, Rincão Iverá, Rincão Santa Rita, Rincão dos Barcelos, Rincão São José, Rincão Santa Ana e Rincão Santo Inácio
10
3 1
6 11
12
2
9
4
2 Santo Ângelo 06 comunidades Rincão dos Mendes, Ilha Grande, Rincão dos Roratos, Colônia Municipal, Lajeado do Cerne e Linha Caimento 3 São Nicolau 06 comunidades Rincão dos Potreiros, Cerca de Pedra, Rincão dos Maciel, Passo Santa Maria, Rincão São Jerônimo e Linha Mineral 4 Bossoroca 06 comunidades Rincão do Sobrado, Rincão da União, Rincão do Ipê, Rincão da Ramada, Esquina Piratini e Rincão Santa Maria 5 Itatiba do Sul 05 comunidades Povoado Moacir, Sbardelotto, Pitanguinha, Derrubadas e Pitanga Alta Roque Gonzales 05 comunidades Dona Helena, Esquina Flá, Colônia Palmeira, Esquina Gramado, Dona Otília Norte
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Porto Xavier 02 comunidades São Carlos e Laranjeira do Sul
Garruchos 01 comunidade Rincão São Lucas
Constantina 02 comunidades Candaten e Sabadin
São Luiz Gonzaga 01 comunidade Pontão Santa Maria
Entre-Ijuís 01 comunidade Serra de Baixo/ Esquina Konra
Rolador 01 comunidade Passo Novo
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Se não fosse o apoio do técnico aqui, eu não ia saber como usar o biodigestor. Com a presença dele acabaram-se as dúvidas e hoje faço tudo sozinho. Eu estou muito satisfeito. Eu não sei mais o que significa comprar botijão de gás. Faz tempo que não compro. Antes quando secava, apelava para fazer a comida no outro dia ou fazia fogo à lenha”. José Wilson, agricultor de Bom Conselho/PE
Assim como o agricultor beneficiário do biodigestor nº 001, José Wilson, que há vinte anos reside com a família na comunidade quilombola Angico, localizada no município de Bom Conselho, em Pernambuco, outras pessoas estão satisfeitas com a tecnologia. Por meio do Projeto foram beneficiadas 1644 pessoas com acesso à tecnologia na própria residência.
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Mas a maior conquista dos beneficiários e das beneficiárias é a capacidade de serem gestores da própria produção de energia. Além da independência energética, o Projeto possibilitou o aumento da renda familiar, mais saúde para as pessoas e a preservação do meio ambiente. Essa mudança na vida das pessoas, de simples dependentes para gestoras da própria energia foi construída através do processo de mobilização social, revelando para cada uma delas a capacidade de luta, trabalho e transformação da realidade. O ponto de partida foi a realização de encontros e de cursos de formação.
Visão Geral do Projeto Foi realizado 01 Encontro Nacional com as Entidades Organizadoras, 01 Capacitação Básica Inicial dos/as técnicos/as das Entidades Organizadoras, 06 Encontros Estaduais de Lançamento do Projeto, 07 Cursos de construção de Biodigestores para técnicos/as e pedreiros/as, 29 Encontros de Mobilização e Sensibilização das famílias beneficiárias, 25 viagens de monitoramento do projeto nos 06 Estados e 2370 visitas técnicas às famílias beneficiárias.
“Com o meu fogão a lenha não dava para pensar em nada disso. Agora já faço bolos, salgados para vender na vizinhança e ajudar na renda de casa” Maria Silvaneide, beneficiária de Jupi/PE
E
s
Capacita acional ção ro N inic t n o ial c En C s u i r a sos d du e pe Esta os dre r t n iro o c s n E unicipais e Comu M s n itá tro rio on nc
Visitas técnicas
Famílias
Foram mobilizadas 22 Prefeituras, 23 Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, 09 Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar; 02 Associações; 02 Cooperativas; e 01 Federação.
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“O Projeto tem uma maneira muito inteligente e criativa de funcionar. As Comunidades têm somente é que agradecer” Andréa Cabral, técnica da BEMORAR/PE
Evento de mobilização e disseminação do Biodigestor em Santo Antônio das Missões/RS
QUANTIDADE
NOVAS PARCERIAS
NOMES
SINDICATOS DOS TRABALHADORES RURAIS
STR-Pontalina/GO; STR-Piracanjuba/GO; STR-Guaraíta/GO; STR-Itaberaí/GO; STR-Bom Conselho/PE; STR-Jupi/PE; STR-São Bento do Una/PE; STR-Caetés/ PE; STR-Santo Antônio das Missões/RS; STR-São Luiz Gonzaga/RS; STR-Rolador/ RS; STR-São Nicolau/RS; STR-Roque Gonzales/RS; STR-Garruchos/RS; STRBossoroca/RS; STR-Porto Xavier/RS; STR-Itatiba do Sul/RS; STR-Santo Ângelo/ RS; STR-Entre-Ijuís/RS, STR-Anitápolis/SC; STR-São Martinho/SC; STR-Armazém/ SC; STR-Santa Rosa de Lima/SC.
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SINDICATOS DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA AGRICULTURA FAMILIAR
SINTRAF Dionísio Cerqueira/SC; SINTRAF Constantina/RS; STR-Caparaó/MG; STR-Espera Feliz/MG; STR-Divino/MG; STR-Orizânia/MG; STR-Tombos/MG; STRPedra Dourada/MG; STR-Caiana/MG;
09
PREFEITURAS
Prefeituras de Anitápolis/SC; Prefeitura de São Martinho/SC, Prefeitura de Armazém/SC; Prefeitura de Santa Rosa de Lima/SC; Prefeitura de Santo Antônio das Missões/RS; Prefeitura de São Luiz Gonzaga/RS; Prefeitura de Rolador/ RS; Prefeitura de São Nicolau/ RS; Prefeitura de Roque Gonzales/RS; Prefeitura de Garruchos/RS; Prefeitura de Bossoroca/RS; Prefeitura de Porto Xavier/RS; Prefeitura de Itatiba do Sul/RS; Prefeitura de Constantina/RS; Prefeitura de Santo Ângelo/RS; Prefeitura de Entre-Ijuís/RS; Prefeitura de Espera Feliz/MG; Prefeitura de Divino/MG; Prefeitura de Orizânia/MG; Prefeitura de Tombos/MG; Prefeitura de Pedra Dourada/MG; Prefeitura de Caiana/MG; Prefeitura de Bom Conselho/ PE; Prefeitura de São Bento do Una/PE; Prefeitura de Caetés/PE; Prefeitura de Afogados da Ingazeira/PE; Prefeitura de Itaberaí/GO; Prefeitura de Itapuranga/GO; Prefeitura de Pontalina/GO;Prefeitura de Guaraíta/GO.
22
COOPERATIVAS
COOPERTEC - Cooperativa Central de Tecnologia Desenvolvimento e Informação/SC Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf)/RS
02
ASSOCIAÇÕES
Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Divino/MG Associação Sepe Tiaraju/RS
02
FEDERAÇÕES
Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de Minas Gerais
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Encontro Nacional em São José do Egito/PE
O processo de disseminação do biodigestor ocorreu de maneira cíclica, envolvendo pessoas, organizações e órgãos públicos em função das famílias beneficiárias, as quais foram o centro e a razão principal da realização do Projeto. Através da mobilização social, foi possível aproveitar o potencial de organizações parceiras, prefeituras, sindicatos dos trabalhadores rurais, associações, técnicos, pedreiros e das próprias famílias, fazendo com que houvesse um comprometimento com suas ações. A gestão das ações do Projeto esteve sob a responsabilidade da Diaconia, porém foi exercida de forma participativa através de uma Comissão Gestora, cuja função era acompanhar e avaliar o alcance das metas e apontar encaminhamentos estratégicos das principais atividades. No início da execução, foi realizado um Encontro Nacional que contou com a presença de representantes de todas as Entidades Organizadoras, do Fundo Socioambiental CAIXA, da GIHAB Caruaru e de outros parceiros. Sendo a primeira ação, teve como estratégia principal apresentar a tecnologia e também a metodologia para a sua disseminação, bem como conhecer as Entidades Organizadoras e outros parceiros. Em seguida ao Encontro Nacional, ocorreu uma Capacitação Básica Inicial para os/as técnicos/as das Entidades Organizadoras, a fim de que conhecessem mais detalhadamente o biodigestor e se aprofundassem nas questões técnicas, já que seriam eles/as os/as responsáveis nos estados para executar a implantação da tecnologia. Foram promovidos Encontros Estaduais de Sensibilização e Formação com as entidades parceiras e os outros atores diretamente envolvidos, proporcionando o entendimento da importância dos biodigestores nas habitações rurais, o acesso às questões técnicas e de mobilização social.
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“A simplicidade na implantação, os impactos ambientais positivos e a autonomia energética das famílias para a preparação dos alimentos fazem com que a cada dia mais pessoas, entidades e o Poder Público queiram saber o que é e como funciona o biodigestor”. Carmo Fuchs, coordenador do Projeto
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Curso de Pedreiros em Divino/MG
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E para envolver pessoas e as organizações locais nas ações do Projeto, foram realizados Encontros de Sensibilização/Mobilização com as famílias nos municípios para a apresentação e o debate da tecnologia. Durante esses eventos, houve articulação de atores sociais estratégicos com a finalidade de despertar o interesse pelo biodigestor, bem como divulgá-lo e fazer que com que ele passasse a integrar os debates dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável. Já os Cursos de Construção de Biodigestores tiveram como base uma metodologia contextualizada e participativa para facilitar a compreensão e o domínio de suas questões técnicas. Durante a realização desses cursos foi implantada uma tecnologia “modelo” em cada Estado. Desta forma, o aprendizado ocorreu nas propriedades das famílias, exercitando in loco as questões teóricas e práticas em tempo real, nas atividades de construção dos biodigestores. O Projeto contemplou o monitoramento das famílias beneficiadas através de visitas técnicas nas fases anterior, de construção e pós-instalação dos biodigestores, aspecto fundamental para a sustentabilidade técnica da iniciativa. Durante as visitas, as famílias também foram incentivas a serem divulgadoras desta tecnologia social junto aos vizinhos e comunidades próximas. Para isso, receberam a cartilha “12 Passos para Construir um Biodigestor”, um guia prático de construção, uso e manejo.
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“A gente tinha muitas dúvidas, se ia funcionar, se não ia. Eu até brinquei que iria queimar o dedo se fizesse fogo e realmente faz. Ele funciona muito bem. O fogo é muito rápido. A gente cozinha bem”. Passos para a reaplicação Levantamento das famílias beneficiárias
Alcir Donizete junto com a esposa Valdete e a filha Larisse são a primeira família beneficiária de Itaberaí/GO
Júnior Jacques
O desenvolvimento sustentável vem ganhando destaque nos programas sociais e nos domicílios brasileiros, especialmente nas habitações rurais. Antes de iniciar o processo de implantação da tecnologia, as Entidades Organizadoras fizeram o levantamento das famílias beneficiárias, cujo perfil traçado foi: Ter sido beneficiária do PNHR e apresentar uma quantidade mínima de animais. Por meio de uma pesquisa feita diretamente com as famílias foram levantadas informações referentes ao interesse pelo biodigestor e também sobre a quantidade de animais existente nas propriedades. Entre o perfil dos beneficiários diretos, em Pernambuco 79% foram mulheres; Em Goiás, 66%; No Rio Grande do Sul, 41%; Na Bahia, 37%; Em Santa Catarina, 29%; e em Minas Gerais, 14%.
Levantamento de informações durante Encontro de Mobilização e Sensibilização Comunitária/PE
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Encontros
Entrega da cartilha do Projeto a representante da CAIXA, durante reunião da Comissão Gestora-Divino/MG
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A promoção de Encontros a nível nacional, estadual, municipal e comunitário teve grande importância no processo de mobilização das famílias, das Entidades Parceiras, dos Órgãos Públicos e Organizações interessadas em geração de energia limpa e sustentável. Foram realizados 31 encontros, sendo: 01 Nacional; 06 Estaduais e 29 de Sensibilização e Mobilização. Cerca de 831 pessoas participaram desses eventos, 39% representada por mulheres. A primeira atividade do Projeto, o Encontro Nacional, ocorreu no período de 27 e 29 de agosto de 2014, em São José do Egito/PE, contando com a presença de atores estratégicos para a sua execução, como os representantes de cada Entidade Organizadora. Um momento bastante significativo, pois os participantes passaram a conhecer a tecnologia a ser implantada nos seis estados, bem como a metodologia utilizada para o alcance das metas. Durante o evento, foi eleita uma Comissão Gestora, constituída pela Diaconia e por três Entidades Organizadoras (AQSA/PE, CRESOL Central SC/RS e ARTZM/MG). Ela foi constituída com o objetivo de descentralizar a gestão do Projeto, acompanhar a realização das atividades previstas e o alcance de suas metas, bem como apoiar a coordenação no monitoramento e avaliação de suas ações. Essa Comissão Gestora realizou quatro reuniões descentralizadas sendo: Recife/PE (09 e 10 de dezembro de 2014), Anitápolis/SC (13 e 14 de abril de 2015), Divino/MG (21 e 23 de setembro de 2015) e Bom Conselho/PE (16 e 17 de maio de 2016). A Diaconia, responsável legal do Projeto, coordenou o grupo, passando a interagir diretamente com as Entidades Organizadoras.
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Foram discutidos nas reuniões assuntos como o processo de construção dos biodigestores, produção das peças de comunicação, a prestação de contas de cada parcela do Projeto, realização de encontros, cursos de capacitação, visitas técnicas, apresentação dos instrumentos de monitoramento, bem como os entraves e desafios. Durante os Encontros Estaduais e Municipais de Sensibilização e Mobilização, houve a participação de representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura, Administração, Assistência Social, Prorural, INCRA, Universidades, CAIXA, entidades parceiras, Associações de Moradores. Participaram 779 pessoas no total, sendo: na Bahia - 83 pessoas; em Pernambuco - 302; em Goiás - 101; em Minas Gerais - 72; em Santa Catarina - 92; no Rio Grande do Sul - 129. A realização destes Encontros permitiu um entendimento sobre a importância dos biodigestores nas habitações rurais, provocando nas instituições parceiras o comprometimento com a execução do Projeto. Os eventos estaduais ocorreram nos municípios: Ipirá/BA (25 e 26 de setembro de 2014); Goiânia/GO (29 a 30 de outubro de 2014); Divino/MG (03 a 04 de novembro de 2014); Santa Rosa de Lima/SC (10 e 11 de novembro de 2014); São Luiz Gonzaga/RS (13 de novembro de 2014); e Bom Conselho/PE (25 de fevereiro de 2015). Nos estados, a Diaconia, em parceria com as Entidades Organizadoras, realizou a atividade, objetivando divulgar o Projeto e a tecnologia, nivelar as informações, trabalhar questões técnicas de construção e cadastramento das famílias, discutir assuntos relativos a formação de novos técnicos e pedreiros a nível local. E para envolver ainda mais as famílias e as organizações locais com o Projeto, a Diaconia promoveu Encontros Comunitários de Sensibilização/Mobilização. Cada evento foi realizado em um dia. No primeiro momento foi apresentado o Projeto, em seguida a tecnologia com um amplo debate, onde foram
“Ouvimos os participantes e observamos que há uma carência de projetos como esse. Quando as pessoas conhecem o biodigestor e veem o funcionamento, passam a desejar a tecnologia ”. Wanderley Silva, técnico do Projeto
Encontro Estadual em Bom Conselho/PE
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Após o encontro, agricultores e agricultoras conheceram in loco o biodigestor São Bento do Una/PE
“Eu fiz o curso, sou pedreiro desde os 40 anos. Aprendi e fiz o meu biodigestor. Quando começou a produzir o gás, não tive mais despesa, não tem mais fumaça e nem uso fogão a lenha. Apenas faço a manutenção e isso é bem fácil. Agora tenho gás para cozinhar o que quiser”. José Odilon Regis, beneficiário e pedreiro de Santo Antônio das Missões/RS
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tiradas as dúvidas relacionadas à construção e ao manejo da tecnologia, bem como sua sustentabilidade social, econômica e ambiental. No segundo momento, foi realizada a visita a uma família que já possuía a experiência com o biodigestor, com o objetivo de ter contato com a tecnologia, tirar dúvidas sobre seu funcionamento e aprofundar os conhecimentos. Observou-se que nesse processo de mobilização houve um interesse das mulheres pela tecnologia uma vez que são elas as mais beneficiadas. Os estados que mais mobilizaram mulheres, em termos percentuais foram: Pernambuco, com 57%, seguido de Goiás, com 42% e depois Santa Catarina, com 38%.
Cursos de formação Com uma metodologia participativa, o processo de reaplicação do conhecimento foi feito para empoderar pessoas sobre a importância do desenvolvimento sustentável, baseada na construção e implantação da tecnologia. Os Cursos do Projeto Biodigestor foram momentos direcionados à formação de pedreiros, de técnicos e das famílias. Ao todo foram realizados 08 Cursos, sendo: 01 Capacitação Básica Inicial e 07 Cursos de Pedreiros. Cerca de 130 pessoas participaram da formação, sendo 30 mulheres e 100 homens. A Capacitação Básica Inicial ocorreu com os técnicos das Entidades Organizadoras logo após o término do Encontro Nacional realizado no município de São José do Egito, sertão de Pernambuco, local onde a Diaconia implantou essa tecnologia há alguns anos. Foram onze dias de Capacitação Básica (de 01 a 06 de setembro de 2014, em São José do Egito), onde foi apresentado e demonstrado, na prática, o funcionamento do biodigestor, bem como a importância da tecnologia para as pessoas e para o meio ambiente. E na semana seguinte, de 08 a 12 de setembro de 2014, em Bom Conselho/PE, agreste pernambucano, local onde foram
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implantadas 75 unidades ao longo do Projeto. O grupo participou do primeiro curso voltado para pedreiros. Nesse período, foi construída a primeira unidade do Projeto “Biodigestor: Uma Tecnologia Social no PNHR”, com o objetivo de aliar teoria e prática para facilitar o entendimento e o domínio técnico referente a implantação da tecnologia. Foram realizados 07 Cursos de Pedreiros, sendo o primeiro em Bom Conselho/PE (de 08 a 12 de setembro de 2014); em seguida em Ipirá/ BA (de 29 de setembro a 01 de outubro de 2014); em Itaberaí/ GO (de 04 a 06 de novembro de 2014); em Divino/MG (de 10 a 12 de novembro de 2014); em Anitápolis/ SC (de 25 a 28 de novembro de 2014) e em Santo Antônio das Missões/RS (18 a 21 de novembros de 2014) e em Jupi/PE (23 a 27 de março de 2015).
“O biodigestor está sendo importantíssimo para as famílias rurais. O Projeto vem desenvolvendo a sustentabilidade do homem e da mulher do campo e obtendo uma boa aceitação. Só temos que parabenizar por essa iniciativa da Diaconia” Sueli Pereira, diretora de Políticas Sociais da FETAEG/GO
Formação dos pedreiros em Bom Conselho/PE
Essas Capacitações promovidas pela Diaconia nos diferentes Estados não tiveram apenas a intenção de formar pessoas para construir e manejar biodigestores. Serviram também como momentos formativos, de reflexão sobre a importância das tecnologias sustentáveis para as famílias e para o meio ambiente. Em cada Estado, as atividades ocorreram na propriedade de uma família beneficiária, onde foi implantada uma unidade do biodigestor, servindo mais tarde como modelo. O momento permitiu com que os pedreiros e pedreiras exercitassem in loco as questões teóricas e práticas em tempo real, nas atividades de construção dos biodigestores. O processo de formação para a construção dos primeiros biodigestores esteve sob a responsabilidade da Diaconia, e em cada Entidade Organizadora ficaram 02 técnicos e 04 pedreiros capacitados, de modo a estarem habilitados a fazerem as construções nos estados. Os dois técnicos de cada Entidade Organizadora que participaram dos cursos de pedreiro assumiram, sob a coordenação e monitoramento da Diaconia, a função de realizarem a instalação do biogás gerado pelo biodigestor em cada casa e as 06 visitas técnicas a cada família.
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“Tem uma questão muito legal que é a reaplicação da tecnologia. Então onde tem um agricultor já capacitado os vizinhos querem saber e já se interessam para expandir uma tecnologia que é bastante sustentável”.
Técnicos das Entidades Organizadoras receberam capacitação
As famílias capacitadas pelos técnicos receberam a Cartilha “12 Passos para Construir Um Biodigestor”, que é um guia prático de implantação, uso e manejo da tecnologia. A publicação foi um produto de comunicação do Projeto e é de fácil compreensão. Contém instruções de como construir, fazer carga, descarga, controle da produção e utilização do biogás, bem como do uso do adubo orgânico e do biofertilizante.
Paulo Sérgio Gomes, coordenador geral da ARTZM/MG
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Noemi Lemes, Superintendente Nacional de Habitação da CAIXA
“O projeto para nós foi muito importante. Uma descoberta nova para os nossos associados, pequenos agricultores da Zona da Mata. Foi muito importante porque as famílias podem ter uma nova renda na propriedade e contribuir com o meio ambiente”.
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Momento de formação das famílias
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Visitas técnicas e de monitoramento O acompanhamento das famílias através das visitas técnicas é muito importante no processo de mobilização. Antes da construção e instalação do biodigestor, as pessoas ainda têm algumas dúvidas a respeito do funcionamento e manutenção da tecnologia. Nesta hora, o apoio de um profissional é fundamental para que as famílias tirem as dúvidas e passem a ter mais segurança, principalmente quando se tornam multiplicadoras do conhecimento adquirido. Ao todo foram realizadas 2370 visitas técnicas, sendo: 144 na Bahia; 846 em Pernambuco; 300 em Goiás; 366 em Minas Gerais; 312 em Santa Catarina e 402 no Rio Grande do Sul.
Fotos Acervo Cresol Central/SC
Cada família recebeu 06 visitas técnicas: » A primeira visita ocorreu após o Encontro de Mobilização e Sensibilização com o objetivo de realizar a marcação do local onde o biodigestor seria construído. » A segunda foi realizada no início do processo de construção do biodigestor (confecção das placas e levantamento das paredes de alvenaria). Nesse momento a família beneficiária participou do processo de construção, contribuindo como mão de obra de servente; » A terceira ocorreu logo após a conclusão da construção de alvenaria, com o objetivo de instalar a caixa e orientar a família para fazer o primeiro abastecimento do biodigestor.
Instalação da caixa de fibra/SC
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Conclusão da construção/SC
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“Estar em contato direto com as famílias beneficiárias e acompanhar as atividades que as entidades estão realizando sempre é muito importante. O monitoramento é fundamental para refletir sobre as ações e etapas do Projeto” Carmo Fuchs, coordenador do Projeto Biodigestor
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Acervo Cresol Central/SC
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Instalação da tubulação/SC
» A quarta aconteceu após o término do primeiro abastecimento, com o objetivo de fazer a instalação da tubulação do biodigestor até a residência. » Na quinta e sexta visitas ocorreram o monitoramento, quando foi avaliada a manutenção e o manejo correto do biodigestor para verificação e ajustes de possíveis problemas apresentados. Na última visita, os beneficiários e as beneficiárias assinaram os termos de atestes (Termos de Recebimento), que comprovam o recebimento e o funcionamento adequado da tecnologia. Para assegurar o cumprimento das metas do Projeto, foram realizadas 25 viagens de monitoramento às Entidades Organizadoras, momento em que houve a avaliação de questões administrativas, técnicas, de manejo, de divulgação do biodigestor e de articulação com órgãos públicos e diferentes atores sociais. Nestas viagens, o coordenador e o técnico da equipe também visitaram as famílias beneficiárias e os atores locais para ver e sentir como estava a execução do Projeto.
Visita de monitoramento no Rio Grande do Sul
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“Todas as famílias estão muito felizes com o biodigestor. Observamos que não existem unidades abandonados. Todas as famílias estão satisfeitas. Essa tecnologia tem que ser divulgada e expandida para todo o estado”.
Ações de divulgação “Divulgar as ações, as questões técnicas, a metodologia e sua contribuição na preservação do meio ambiente” foi um dos objetivos específicos do Projeto Biodigestor. Partindo desse princípio, foram desenvolvidas peças de comunicação como um vídeo demonstrativo; cartilhas; spots de rádio; camisas; folders; banners; cartazes; adesivos para o carro e a moto do Projeto; e placas de obra e da tecnologia. Com a utilização dessas diferentes ferramentas de Comunicação foi possível alcançar os beneficiários e as beneficiárias do Projeto, como também boa parte da população residente em cada região contemplada. Esses produtos foram distribuídos nos estados de maneira que facilitassem o entendimento sobre a importância do biodigestor e o funcionamento do Projeto, promovendo a visibilidade e transparência das metas, objetivos e ações. Considerando a proposta e o foco do Projeto, foi evidenciado nas peças de Comunicação o cuidado com as pessoas, somado a promoção para a conservação ambiental, pois o biodigestor é uma tecnologia socialmente justa, ecologicamente sustentável e economicamente viável. Portanto mais do que anunciar as ações, a divulgação do Projeto serviu para sensibilizar a população sobre a importância do desenvolvimento sustentável. Para dar visibilidade a tecnologia e as ações do Projeto foram confeccionados 100 banners; 250 cartazes; 1000 folders; 1000 camisas; 1000 bonés; 06 adesivos para os carro e moto do Projeto, 01 vídeo (1000 cópias), 10 spots de rádio; 1000 cartilhas “12 Passos para Construir um Biodigestor”, 395 placas de tecnologia; e 52 placas de obra e 500 cartilhas “Reaplicando o Biodigestor a partir da Mobilização Social.
Naryel Marcelo Aragão
José Jackson, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaberaí/GO
Placa de obra
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Todos os biodigestores identificados com Placa
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Com a perspectiva de gerar conhecimento, de fortalecer as famílias de pequenas propriedades rurais e de promover a adoção de ações de sustentabilidade, foi confeccionada a cartilha “12 Passos para Construir um Biodigestor”. Nela é apresentado o conceito sobre o que é o biodigestor; os benefícios; os materiais e as ferramentas necessárias para a construção; o manejo correto e as etapas de construção, desde a escolha do local de instalação até a adaptação do fogão. Para facilitar ainda mais a compreensão, a cartilha é acompanhada de um vídeo demonstrativo, onde é possível compreender como as pessoas utilizam o biodigestor no dia a dia. E para fechar o Projeto, foi elaborada esta cartilha “Reaplicando o Biodigestor a partir da Mobilização Social, onde é apresentado como foi o processo de mobilização de organizações e pessoas. As peças de comunicação tiveram como público alvo as 395 famílias, os pedreiros, os técnicos, as entidades parceiras, as organizações sociais que atuam com comunidades, mas também tiveram uma abrangência muito mais ampla, tomando como base o próprio Projeto enquanto formador e disseminador de conhecimento.
Cartilha lançada durante reunião da Comissão Gestora Anitápolis/SC
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Dentro desse contexto, as mídias impressas, televisivas, radiofônicas e on-line tiveram uma grande importância na disseminação dessa tecnologia social. Notícias e reportagens referentes ao biodigestor foram veiculadas em todas as regiões onde ocorreu a execução do Projeto. Foram mais de 146 notícias sobre o biodigestor, ocupando espaços importantes em veículos de alcance nacional, estadual e municipal. O trabalho junto às famílias e a veiculação das informações sobre a tecnologia geraram um feedback positivo, provocando um aumento na demanda pela implantação do biodigestor e a busca por mais informações sobre o Projeto. Foram realizados mais de 2000 downloads da Cartilha “12 Passos para construir um biodigestor” e mais de 42.000 visualizações do vídeo Biodigestor: Uma Tecnologia Social no PNHR, no canal Youtube. Houve um crescimento expressivo no número de solicitações de informações sobre o Projeto Biodigestor e principalmente para a expansão da implantação da tecnologia. Agricultores, estudantes e profissionais de diferentes áreas dos estados de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Amazonas, Rio Grande do Norte, Ceará, Santa Catarina, Pará, Alagoas, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Goiás, Piauí, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Rondônia, Roraima, Tocantins, Espírito Santo e Paraná entraram em contato com a Diaconia, além dos países de Moçambique, Peru, Paraguai e Angola, solicitando informações sobre a instalação de biodigestores, o Projeto e o funcionamento da tecnologia.
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Famílias beneficiárias falaram das vantagens do biodigestor/PE
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Compartilhando experiências Divulgação STR Santo Antônio das Missões/RS
“
Já recebi muitas visitas de pessoas só para ver o biodigestor. Muita gente se interessou. Com ele, cozinho tudo direitinho: café, almoço, feijão e o que precisar. O bom é que o fogo não empretece (não deixa as panelas marcadas de preto) e a agente economiza mais. Eu não me acostumo mais ficar sem o biodigestor. Tenho que preservar” Sebastiana Farias Meira, fazenda Olho D’Agua, Itaberaí/GO
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Estudantes do Instituto Osmar Poppe visitam biodigestor no Rio Grande do Sul
Quem ouve os depoimentos e observa os semblantes tranquilos dos agricultores e agricultoras apoiados pelo Projeto, em poucos minutos percebe os beneficíos oferecidos pelo biodigestor e também o resultado da formação e acompanhamento das famílias. E nada melhor do que conhecer de perto a experiência de quem utiliza diariamente a tecnologia. Foi assim durante a execução do Projeto, quando foram realizados intercâmbios com as famílias. A troca de experiências e de conhecimentos, pouco a pouco mobilizou pessoas de todas as idades e de diferentes áreas. Ao receberem as visitas dos grupos, os beneficiários e beneficiárias se disponibilizam a repassar todo o conhecimento aprendido, passando a serem também multiplicadoras do biodigestor. Durante os dois anos e meio do Projeto, ocorreram 34 intercâmbios em seis estados: Pernambuco (09). Bahia (04), Minas Gerais (16); Rio Grande do Sul (02); e Santa Catarina (03).
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Acervo ARTZM
PE | Estudantes e professores do Instituto Federal de Pernambuco/Unidade de Garanhuns; Cáritas Nordeste de Pesqueira; Grupo de Professores Projovem Campo Quilombola, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caetés; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jupi. BA | Prefeitura Municipal de Ipirá; Prefeitura Municipal de Serra Preta; Prefeitura Municipal de Várzea do Poço; e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA. MG | Universidade Federal de Viçosa - Minas Gerais; famílias atendidas pelo Projeto Cooperar de Minas Gerais; Visita do Grupo de Macaé/RJ; Teresópolis/RJ e do Espírito Santo; Escola Família Agrícola – EFAS; estudantes da Escola Estadual de Divino;representantes do Grupo Animais para Agroecologia; Grupo Saúde Integral em Permacultura- Sauípe. RS | Instituto Osmar Poppe-Rio Grande do Sul; SC | Grupo de famílias agricultoras da Cresol Jaguarina; Cresol Treze de Maio; Cresol Seara- Santa Catarina; Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola- EBDA.
“Na troca de experiências, levamos o conhecimento para casa, colocamos em prática, e tudo fica mais fácil”. Raquel Gomes, agricultora participante de intercâmbio/MG
“Ficamos muito agradecidos pela oportunidade. O gás funciona mesmo. Muita gente não acreditava e vem aqui na nossa casa para ver” Intercâmbio em Minas Gerais
Maria do Socorro, beneficiária da Comunidade de Cordeiro/GO
Estudantes técnicos em Meio Ambiente do IFPE de Garanhuns, em Bom Conselho/PE
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Inovações da Tecnologia
“
Puxamos uma extensão para a casa da minha sogra e do meu cunhado e mesmo assim, o biodigestor está funcionando bem”
O desafio de executar o Projeto Biodigestor despertou na Diaconia e nas Entidades Organizadoras a busca por novos caminhos e alternativas que facilitassem ainda mais a implantação e disseminação dos biodigestores. Descobertas significativas surgiram durante o período de execução do Projeto, qualificando ainda mais a tecnologia como: a utilização de um biodigestor para abastecer mais de uma família, desenvolvimento de um filtro novo e utilização do biogás para o aquecimento da água do chuveiro.
Maurício Divino e Claudirene de Oliveira, beneficiários de Itaberaí/GO
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SISTEMA DE FILTRAGEM Em Santa Catarina | Foi criado pela CRESOL Central SC/RS um Filtro a partir de um cano de PVC de 100mm, 02 flanges, 25cm cano de PVC de 20mm, 15cm de cano de 20mm, um pedaço de Garrafa PET. O material tem durabilidade e transparência do visor, facilitando a observação, comparado com a bombona de fibra.
Modelo de filtro confeccionado com canos de PVC e pedaço de garrafa PET/SC
Júnior Jacques
Em Pernambuco | A Diaconia desenvolveu um sistema feito com canos PVC de 200 mm, 02 CAP de 200 mm, 05 flanges de 20mm, 03 niple de 20 mm, 01 t de 20 mm, 02 joelhos com rosca de 20mm, 02 joelhos soldáveis, 01 união soldável de 20 mm, 01 adaptador de cano para mangueira de ½, 20cm de mangueira cristal e 04 abraçadeiras de ½. Assim ele apresentou uma maior durabilidade, em comparação ao botijão de água, que com o tempo fica ressecado.
Modelo de filtro
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Técnico apresentando o novo modelo de filtro
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Na Bahia | Também foi feita uma adaptação de um filtro com peças como 30 cm de cano de PVC 75 mm, 02 CAP de 75mm, um “Inicial” para a saída do biogás (para a mangueira), 15 cm de tubo PVC e 02 flanges de 20mm. O sistema apresenta mais resistência ao calor e o mesmo efeito que os outros produtos.
SISTEMA DE MEDIÇÃO
Modelo de Filtro feito com cano de PVC/BA
Em Pernambuco | A implantação de um sistema de medição da vazão também foi outra novidade da Diaconia. Ele contribuiu para dar um embasamento sobre a quantidade de biogás gerada pelo biodigestor durante um mês, quando abastecido diariamente com 10 Kg de esterco de bovinos e 10L de água. Foi possível identificar a geração de 28m³/mês.
PROTEÇÃO DA CÂMARA DE ARMAZENAMENTO DE BIOGÁS Em Pernambuco | Outra descoberta é a utilização de uma proteção para o fundo da caixa de fibra, feita com a sua própria tampa, que antes não era utilizada. Essa tampa passou a reforçar a estrutura da câmara de armazenamento de gás, onde normalmente é colocado um contrapeso para impulsionar o biogás até a residência. Sem a tampa, o fundo da caixa estava mais propício a sofrer, em alguns casos, possíveis rachaduras, devido ao excesso de peso. A tampa tem 1,50cm de diâmetro, com furo de 76mm no centro para passagem do cano guia e outro 20mm para a passagem do cano de gás.
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Fotos Acervo Cresol
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Aquecedor de água a gás
Tubulação ligada ao biodigestor
SISTEMA DE AQUECIMENTO DE ÁGUA
“O sistema é bem parecido quando o biogás é canalizado para o fogão. Tiramos o giclê, onde regula a pressão, e trancamos a entrada de ar com durepox. O sistema tem um dispositivo que, ao abrirmos o registro do chuveiro, é acionado automaticamente o acendedor do aquecedor”.
Em Santa Catarina | Devido ao clima frio da região sul, surgiu a curiosidade de utilizar o biogás para aquecer a água do chuveiro. A Cresol Central SC/RS, instalou o primeiro sistema de aquecimento de água utilizando biogás produzido pelo Biodigestor. Um equipamento bastante simples com um aquecedor de água a gás e canos de entrada de água fria e de saída de água quente. Assim a família passou a economizar ainda mais, diminuindo o valor da conta de energia elétrica.
RETIRADA DOS GICLÊS DOS FOGÕES No Rio Grande do Sul | Adaptação do fogão feita pela FETAG/RS. Durante a execução do Projeto, observou-se a possibilidade de retirar os giclês (válvulas de saída de gás) dos fogões, pois o biogás apresenta uma pressão inferior ao gás GLP. Antes os técnicos tinham que aumentar o furo dos giclês com uma broca para facilitar a passagem do biogás.
Vilceo Sehnem, representante da CRESOL Central SC/RS
Chama produzida pelo biogás
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REAPLICANDO O BIODIGESTOR A PARTIR DA MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Substituição do anel de zinco
16 biodigestores produzem biogás para mais de uma família.
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Anel feito com material em fibra
SUBSTITUIÇÃO DO ANEL DE ZINCO Na Bahia | Substituição do anel de zinco da câmara de armazenamento de biogás pelo mesmo material da própria caixa de fibra. A Caixa foi fabricada com essa adaptação.
CANALIZAÇÃO DO BIODIGESTOR PARA MAIS DE UMA RESIDÊNCIA Em Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina, Bahia e Goiás - A canalização do biodigestor para mais de uma residência teve o objetivo de aproveitar o biogás, atendendo as necessidades de outras famílias que residem próximo de uma unidade instalada. Com a inovação, mais 17 famílias foram beneficiadas: 07 no estado de Pernambuco, 02 em Goiás (01 biodigestor produz biogás para 03 famílias), 02 em Santa Catarina, 02 no Rio Grande do Sul, 01 na Bahia e 03 em Minas Gerais.
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Gerando biogás e cidadania
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O biodigestor é um presente de Deus. Agora uso o fogão sem preocupação e posso até fazer bolos” Vanessa Silva, beneficiária da comunidade Colônia, Jupi/PE
Do nordeste ao sul do Brasil, o biodigestor impactou positivamente as famílias beneficiárias do Projeto. Com uma metodologia reaplicável, desenvolvida através da mobilização social, formação das pessoas, interação da comunidade, valorização da mão de obra local e dos recursos naturais, que cada uma das metas foi alcançada. A extração da madeira e o gasto com a compra do gás para cozinhar deixaram de fazer parte da rotina das famílias. Com o biodigestor, ganhos significativos foram alcançados: » As famílias passaram a ter mais saúde, pois o biogás gerado pelo biodigestor não emite fuligem como ocorria com o uso da lenha e do carvão, evitando problemas respiratórios. » Assim como cuidar das pessoas, a saúde dos animais também é fundamental. Com o uso do biodigestor, permanentemente é feita a limpeza dos currais e chiqueiros. Essa prática garante animais mais saudáveis, com a diminuição significativa de verminoses e moscas- do- chifre. » O uso do biodigestor contribuiu para a diminuição do desmatamento e do efeito estufa. As famílias não necessitam mais retirar a lenha da mata para cozinhar e o gás metano, liberado pelo esterco animal, não está sendo lançado na atmosfera.
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» As famílias passaram a economizar um botijão e meio de gás butano por mês. A utilização do biodigestor vem gerando uma economia real mensal de R$ 82,50 por família, considerando que cada uma gasta, em média, um botijão e meio de gás butano por mês. Ao ano a família economiza cerca de R$ 990,00. » Ao mesmo tempo em que o biodigestor gera o biogás, produz esterco curtido e o biofertilizante, adubos naturais que aumentam a fertilidade do solo e a saúde das plantações. Assim a família economiza ainda mais, pois não precisa gastar para a compra de produtos químicos, além de contribuir com o meio ambiente e aumentar a produção.
“Graças a Deus para nós o biodigestor é um benefício bem-vindo. É fácil de manejar, não tem problema, não tem despesa. Não atrapalha em nada. Veio em boa hora. A gente que tem baixa renda, quanto menor custo, melhor. Agora sobra gás para cozinhar. Além disso, utilizo esterco na lavoura, na horta, no cultivo da batata. Se eu fosse dar uma nota ao biodigestor daria mais que dez” André Waldemar, agricultor de Santo Antônio das Missões/RS
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Famílias rurais e o sonho da Moradia com Ecodignidade
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Com essa casa nova será muito bom! Vai ter banheiro, será toda na cerâmica e vai ter um biodigestor”. Damiana Juliana Gouveia, beneficiária da primeira casa sustentável
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Além de Damiana Gouveia, a realização do sonho de ter um lugar seguro e digno para morar também vai fazer parte da vida de mais nove famílias do sertão pernambucano. A Diaconia, com o apoio do Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR, do Fundo Socioambiental CAIXA e da Prefeitura Municipal de Afogados da Ingazeira, está realizando o Projeto “Moradia com Ecodignidade”, que teve início em maio de 2016 e vai garantir para famílias em situação de vulnerabilidade social acesso a casas sustentáveis. Neste projeto, além das habitações estão sendo construídos biodigestores, cisternas para a coleta da água da chuva e o banheiro redondo, tecnologia desenvolvida pela Diaconia que permite a reutilização da água do chuveiro, lavatório e pia. Esse é um projeto piloto, resultado do desempenho da Diaconia no processo de implantação de biodigestores nas casas construídas pelo Programa Nacional de Habitação Rural. Foi considerando a capacidade de mobilizar pessoas, o desenvolvimento das tecnologias do biodigestor e do banheiro redondo, bem como a sua capacidade de construir cisternas, que a Diaconia se dispôs a enfrentar mais esse desafio, o de construir casas sustentáveis. Assumir esse desafio revela a intenção da Diaconia para que o biodigestor, o banheiro re-
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dondo e a cisterna integrem o PNHR. Também reflete o compromisso em lutar para que essas tecnologias, assim como a cisterna, se tornem políticas públicas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável no campo. As casas estão sendo construídas no município de Afogados da Ingazeira e cada uma terá acessibilidade para cadeirantes. As famílias selecionadas passarão a morar em um ambiente digno, seguro, capaz de fornecer estrutura adequada à vida e a saúde humana. Com as tecnologias, as 10 famílias aproveitarão os recursos existentes na natureza em benefício próprio, sem prejudicar o meio ambiente, uma vez que: » Com o biodigestor as famílias terão gás de cozinha, a partir do esterco de
bovinos, caprinos e aves. » Através do banheiro redondo, além do acesso a saneamento básico, farão
o reuso de água em quintais produtivos. » Com a cisterna será garantida a água de qualidade para beber e cozinhar.
Moradias com Ecodignidade no Sertão do Pajeú (em Afogados da Ingazeira): 04 casas na comunidade Lajedo, 01 em São João Novo, 01 em Lage do Gato, 01 em Cachoeira do Cancão, 02 em Santo Antônio II e 01 em Baixio.
“A maioria das famílias nunca teve uma casa. Acreditamos que o maior impacto na vida das pessoas é que elas passarão a ter um espaço delas, com uma visão de sustentabilidade, de viverem bem, sem prejuízos ao meio ambiente”. Adilson Viana, coordenador da Unidade Territorial da Diaconia no Sertão do Pajeú/PE
Além das moradias sustentáveis, a Diaconia oferece às famílias: » Ações voltadas para as áreas de Educação Sanitária; Saúde; Meio Am-
biente; Cidadania; Justiça de gênero e violência contra a mulher; Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Empreendimento; Educação Patrimonial; Geração de renda; e Noções de como fazer o seu planejamento familiar.
A família de Damiana e a nova moradia
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Acervo CAIXA
Reconhecimento
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Solenidade de premiação Caixa Melhores Práticas em Gestão Local
“Essa inciativa desenvolvida e implementada pela Diaconia tem o reconhecimento de muitas pessoas e grupos em nosso País. Isso nos enche de felicidade e nos compromete a seguir adiante, desenvolvendo novos projetos, novas ideias e novas ações” Armindo Klumb, diretor executivo da Diaconia
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A melhoria na qualidade de vida das famílias rurais ao longo dos anos gerou um reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Diaconia. Em 2011, a tecnologia Biodigestor foi apresentada, pela entidade, ao Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local 2011/2012, concorrendo com mais de duzentas iniciativas de todo o Brasil e foi uma das 35 vencedoras. Naquele mesmo ano, o biodigestor também concorreu ao Prêmio Internacional de Dubai Melhores Práticas. A premiação, promovida a cada dois anos pela ONU/Habitat, é reconhecida mundialmente por estimular experiências para melhoria das condições de vida nos assentamentos humanos. Foi através dessa participação, concorrendo com 360 iniciativas, que o projeto Biodigestor chegou ao Banco de Dados da ONU/Habitat, ocupando a 48ª colocação. A metodologia utilizada para reaplicar a tecnologia Biodigestor também mereceu destaque e reconhecimento. Foi uma das vencedoras da 9ª edição do Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local 2015/2016, concorrendo com 330 práticas inscritas nas categorias Gestão Local, Sustentabilidade, Reaplicabilidade, Habitação, Desenvolvimento Social e Inclusão Social, Gestão Ambiental e Saneamento, e Trabalho Social. A iniciativa, “Reaplicando o Biodigestor a partir da Mobilização Social”, foi uma das 20 vencedoras, correspondendo a critérios como Impacto, Igualdade de Gênero, Inclusão Social, Inovações no Contexto Local, Liderança, Fortalecimento da Comunidade e Parceria”.
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Agradecimentos Sinceros agradecimentos às famílias agricultoras que partilharam de suas experiências, que abriram as suas casas para a implantação do biodigestor, acreditando em nossa missão transformadora. E também aos parceiros e parceiras: » Fundo Socioambiental CAIXA; » Gerência Nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental - GERSA; » Gerência de Habitação Caruaru/PE - GIHABCA; » Gerências de Habitação de: Feira de Santana/BA - GIHABFS; Goiânia/GO - GIHABGO; Juiz de Fora/MG - GIHABJF; Chapecó/SC - GIHABCH; e Passo Fundo/RS - GIHABPF; » Entidades Organizadoras: Associação Quilombola do Sítio Angico - AQSA - Bom Conselho/PE; Cooperativa de Habitação Rural da Agricultura Familiar, Assentamentos da Reforma Agrária e Comunidades Tradicionais LTDA - BEMORAR - Garanhuns/PE; Fundação Antônio Almeida - FUNDAL - Ipirá/BA; Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Goiás - FETAEG/GO; Associação Regional dos Trabalhadores Rurais da Zona da Mata ARTZM/MG; Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária - CRESOL Central SC/RS; Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul - FETAG/RS; » Associação Sepé Tiaraju Rio Grande do Sul; » Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Divino/MG; » Cooperativa Central de tecnologia Desenvolvimento e Informação - COOPERTEC; » Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf/RS); » Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar (SINTRAF): Caparaó/MG; Espera Feliz/MG; Divino/MG; Orizânia/MG; Tombos/MG; Pedra Dourada/MG; Caiana/MG; » Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de: Pontalina/GO; Piracanjuba/GO; Guaraíta/GO; Itaberaí/GO; Caparaó/MG; Espera Feliz/MG; Divino/MG; Orizânia/MG; Tombos/MG; Pedra Dourada/MG; Caiana/MG; Bom Conselho/PE; Jupi/PE; São Bento do Una/PE; Caetés/PE; Santo Antônio das Missões/RS; São Luiz Gonzaga/RS; Rolador/RS; São Nicolau/RS; Roque Gonzales/RS; Garruchos/RS; Bossoroca/RS; Porto Xavier/RS; Itatiba do Sul/RS; Constantina/RS; Santo Ângelo; Entre-Ijuís, Anitápolis/SC; São Martinho/SC; Armazém/SC, Santa Rosa de Lima/SC; » Prefeitura de Anitápolis/SC; Prefeitura de São Martinho/SC, Prefeitura de Armazém/SC; Prefeitura de Santa Rosa de Lima/SC; Prefeitura de Santo Antônio das Missões/RS; Prefeitura de São Luiz Gonzaga/RS; Prefeitura de Rolador/RS; Prefeitura de São Nicolau/RS; Prefeitura de Roque Gonzales/RS; Prefeitura de Garruchos/RS; Prefeitura de Bossoroca/RS; Prefeitura de Porto Xavier/RS; Prefeitura de Itatiba do Sul/RS; Prefeitura de Constantina/RS; Prefeitura de Santo Ângelo/RS; Prefeitura de Entre-Ijuís; Prefeitura de Espera Feliz/MG; Prefeitura de Divino/MG; Prefeitura de Orizânia/MG; Prefeitura de Tombos/MG; Prefeitura de Pedra Dourada/MG; Prefeitura de Caiana/MG; Prefeitura de Bom Conselho/PE; Prefeitura de Jupi/PE; Prefeitura de São Bento do Una/PE; Prefeitura de Caetés/PE; Prefeitura de Afogados da Ingazeira/PE; Prefeitura de Itaberaí/GO; Prefeitura de Itapuranga/GO; Prefeitura de Pontalina/GO; Prefeitura de Guaraíta/GO.
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DIACONIA Rua Marques Amorim, 599, Ilha do Leite, Recife/PE, Brasil. CEP: 50070-395 Tel.: + 55 81 3221.0508 | diaconia@diaconia.org.br Acesse: www.diaconia.org.br facebook.com/diaconiabr twitter.com/diaconia_br
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