Hospitais Compliance
2014 Cobertura oficial
Publicado originalmente na edição 28 de Revista Diagnóstico
MAIS ÉTICA HOSPITAIS COMPLIANCE
Fotos: Ricardo Benichio
O EVENTO REUNIU OS MAIORES NOMES DA SAÚDE BRASILEIRA, EM SÂO PAULO
Cultura de Compliance na pauta da saúde brasileira Evento realizado pela Revista Diagnóstico reuniu, em São Paulo, alguns dos maiores nomes do trade de saúde nacional para discutir ações práticas sobre ética e conformidade. Código de Conduta da Anahp foi lançado oficialmente
I
Adalton do Anjos | Colaborou Acacia Paes (Anahp) nserir a ética na rotina de governança de instituições públicas e privadas da saúde em todo o país é uma questão prioritária para a sustentabilidade de um mercado com recursos cada vez mais escassos e com demanda crescente. Esse foi o principal consenso do Fórum Brasil Healthcare Compliance, promovido pela Revista Diagnóstico, com o apoio da Anahp e CNS. O evento, realizado em novembro, em São Paulo, reuniu as maiores lideranças do segmento em torno de um tema sensível para o setor: a ética nas relações comerciais de um mercado que movimenta mais de 396 bilhões de reais por ano e representa 9% do PIB. “Fazemos parte de um sistema onde estamos todos contra todos”, reconheceu Yussif Júnior, presidente do Sindhosp. Como um efeito dominó, muitas vezes as disputas dentro do próprio setor acabam transferindo problemas de ordem econômica – como o das remunerações insuficientes ou o aumento dos custos – para todos os membros da cadeia produtiva, desde os fornecedores, passando pelos prestadores e operadoras, até o paciente-final. Por isto, empresários e representantes de classe concordam que é 04
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preciso entender as dificuldades, os limites e a insustentabilidade deste modelo. “A saúde faz parte de um setor que lida com o lucro e com os pacientes. Não se pode esquecer da peculiaridade e dimensão diferenciada que o segmento possui”, ponderou o presidente da Interfarma, Antônio Britto. Segundo ele, a primeira questão sobre a discussão da ética no setor é assumir que este debate não é mais opcional. “Ou fazemos ou alguém fará por nós”, sentencia. “Como atores desse mercado, nossa primeira obrigação ética é divulgar os problemas, os limites e a insustentabilidade deste modelo. Se nada for feito, os próximos anos serão, crescentemente, de brigas internas”. Os palestrantes do Brasil Healthcare Compliance foram unanimes ao afirmar que o problema da corrupção é endêmico na sociedade contemporânea. “A propina entre vendedores e compradores existe há mais de 40 anos. Vencer isto não será fácil”, alertou Yussif. Um passo fundamental neste processo de mudança de cultura organizacional é a inserção de uma cultura de compliance em toda a cadeia produtiva do setor. “Trabalhar com compliance gera competitividade”, resume do consultor Fernando Palma, sócio da área de compliance da EY, que falou
OO presidente dade Anahp, Francisco evento reuniu cerca 150 pessoas no Tivoli
Brito, da Interfarma, e o presidente da OAntônio presidente da Anahp, Francisco CNS, Renato Merolli
Jô Mantovani
Mofarrej, em São Paulo
Balestrin,da presidente da Anahp, durante OFrancisco presidente Anahp, Francisco
OJosé presidente da Anahp, Carlos Abraão, diretor da ANSFrancisco
lançamento do Código de Conduta da Anahp
Boigues, da presidente do Sindhirio OFernando presidente Anahp, Francis-
CEO do Hospital da Samaritano, LuizFranOO presidente Anahp, De Luca
Cohn, presidente da Abramed, defendeu OClaudia presidente da Anahp, Francisco mais transparência no mercado de saúde
O presidente dadaAnahp, Murício Barbosa, CEO Bionexo, Franpatrocinador Diamond do evento
OOpresidente da Anahp, Frandiretor de compliance da Amil, Luiz Fernando Camps
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idealizador do Movimento pela Ética na Saúde eBaOO presidente da Anahp, Francisco organizador do encontro, o jornalista Reinaldo Braga
D’Avila, doda CRM - punição Francisco a médicos não Baéticos ORoberto presidente Anahp, deve ser sempre exemplar
Vecina Neto, do Hospital Sírio Libanês, acredita que a criação de uma cultura de compliance nos hospitais brasileiros é uma necessidade
Sérgio Madeira, diretor executivo da Abraidi
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OPaulo presidente da Anahp, Francisco BaFraccaro, presidente da Abimo
OPresidente presidente da Anahp, Francisco Bado Sindhosp, Yussif Júnior, foi um dos palestrantes do evento
Leal representou a Fenasaúde no evento BaOSandro presidente da Anahp, Francisco
Carlos Goulart, da ABIMED
no evento sobre a lei anticorrupção. Segundo ele, 2,3% do PIB brasileiro é consumido em pagamento de propinas, fraudes em licitações e demais variantes envolvendo ações non compliance. Desse total, R$ 415 deixam de ser arrecadados apenas em sonegação. “A indústria de saúde está no radar. Das 104 investigações que estão em andamento, 16 delas são da indústria de Healthcare”, revela Palma. Ele explica que com a entrada em vigor da Lei 12.846, o estado brasileiro passou a estar aparelhado para fazer cumprir normas de boas práticas nas relações comerciais, em todas as esferas da cadeia produtiva do país. “Antes da lei, as empresas poderiam usar como mecanismo de defesa a tese de ‘ações de terceiros’”, lembra o consultor. “A partir de agora, isso não vale mais”. E é justamente esse poder de fogo da nova legislação que, segundo Palma, faz da implantação de uma política de compliance questão obrigatória para o mercado de saúde. Uma ação que vai além da adoção pura e simplesmente de um código de conduta. Só para efeito comparativo, das nove empreiteiras acusadas de corrupção na Operação Lava Jato, que envolve denúncias bilionárias contra a Petrobras, fornecedores e políticos, sete tinham normas oficiais definindo regras de boa conduta em seus negócios. “Não basta ter um código de contudo em vigor. É preciso garantir a aplicação do documento”, reiterou Francisco Balestrin, presidente da Anahp.“Se a cúpula da governança está envolvida no ilícito, é a comprovação de que o compliance na empresa não funciona”, defendeu o secretário de transparência da Controladoria Geral da União (CGU), Sérgio Seabra. O palestrante reconhece que ao longo dos últimos dez anos, com a melhoria do acesso à informação, aumentou-se a capacidade de detecção do ilícito, bem como a velocidade de identificação dos envolvidos nos esquemas de corrupção. “Apenas 5% dos funcionários públicos que sofrem punições administrativas voltam aos serviços públicos por meio de ações judiciais”, comemora Seabra. Mesmo, assim, admite, o país ainda não pune os criminosos de forma exemplar e na escala necessária. FORTALECIMENTO DA CADEIA – “As opiniões são muito convergentes. Mas se todos estão fazendo sua parte corretamente, porque o sistema apresenta tantos problemas?”, questionou, em tom provocativo, a presidente da Unidas, Denise Eloi. Em sua opinião, pela própria imperfeição do sistema, não basta que se faça o dever de casa, nem tampouco que se compartilhe experiências. Há outras variáveis, segundo ela, que impactam no resultado final. “As ações devem ser coletivas, sem eleger culpados. Vivemos no nosso setor a prática da terceirização da culpa”, acredita a dirigente. Para o médico Roberto D’Ávila, que representou o Conselho Federal de Medicina (CFM) no evento, o clima de desconfiança entre prestadores e operadoras vem prejudicando não apenas o mercado, mas, invariavelmente, contribuindo para que vidas sejam perdidas. Sobre o comportamento de médicos não éticos e os escândalos cada vez mais recorrente sobre o exercício non-compliance da atividade, ele diz que o Conselho vem agindo com rigor, nos casos em que as denúncias são comprovadas. Mas admite que a formação médica, e a Academia, em um última instância, tem responsabilidade nesse tipo de distorção. “Estão faltando grandes mestres. Sem referência, alguns dos futuros médicos estão focado apenas no ganho que
“COMO ATORES DESSE MERCADO, NOSSA PRIMEIRA OBRIGAÇÃO ÉTICA É DIVULGAR OS PROBLEMAS, OS LIMITES E A INSUSTENTABILIDADE DESTE MODELO. SE NADA FOR FEITO, OS PRÓXIMOS ANOS SERÃO, CRESCENTEMENTE, DE BRIGAS INTERNAS. OU FAZEMOS (AS MUDANÇAS) OU ALGUÉM FARÁ POR NÓS” PRESIDENTE DA INTERFARMA, ANTÔNIO BRITTO
“NÃO BASTA FAZERMOS O NOSSO DEVER DE CASA OU QUE NOS ENCONTREMOS E PARTILHEMOS NOSSAS EXPERIÊNCIAS. PARA O CENÁRIO MUDAR, NÃO ADIANTA A AÇÃO DE UM ÚNICO PLAYER” DENISE ELOI, PRESIDENTE DA UNIDAS
“O CÓDIGO DE CONDUTA DA ANAHP CONTÉM NORMAS QUE MINIMIZAM OS RISCOS RELACIONADOS AOS CONFLITOS DE INTERESSE EXISTENTES NA VIDA ORGANIZACIONAL E NAS RELAÇÕES EXTERNAS À ORGANIZAÇÃO” FRANCISCO BALESTRIN, PRESIDENTE DA ANAHP
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Eloi, presidente da Unidas. Francisco Em sua opinião,Balestrin ODenise presidente da Anahp, o país passa por um momento propício à mudanças
Villar, do Sindhirio OJosier presidente da Anahp, Francisco Balestrin
(...?) O evento foi idealizado pela Revista Diagnóstico
Sidney Klajner, vice-presidente do Albert Einstein, Paulo Ishibashi, do Samaritano, Reinaldo Braga, da Revista Diagnóstico e Deise Almeida, Einstein
O evento reuniu cerca de 150 pessoas no Tivoli Mofarrej, em São Paulo
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Presidente do IBRC, Alexandre Diogo
O fórum reuniu alguns dos maiores nomes da saúde brasileira
Presidente da Interfarma, Antônio Britto - é preciso que façamos algo em prol da ética na saúde, antes de façam por nós
a carreira pode lhe propiciar”, acredita D’Ávila. Fatores como baixa remuneração e condições inadequadas de trabalho, segundo ele, tem contribuído para agravar o desequilíbrio no sistema. Outro ponto relevante, em sua opinião, é a busca da sustentabilidade. “O custo da saúde pública é muito maior do que os recursos que o governo aporta para o SUS”, setencia D’Ávila. “O subfinanciamento da saúde agrava ainda mais os inúmeros problemas que o setor vem enfrentando”. Segundo estatísticas da Fenasaúde, o custo per capita da saúde cresce 3% ao ano no Brasil – o que gera um número equivalente do comprometimento da renda do trabalhador com a saúde. “O nome do jogo é transparência. Temos de avançar nesta questão, principalmente na transparência de preços”, acredita Sandro Leal, diretor geral da Fenasaúde. “O mesmo produto tem uma disparidade muito grande de preços na saúde. O consumidor, incentivado ou não, por ter um seguro saúde, culturalmente não se atenta para esse custo”, comentou Leal. “Temos de parar de falar mais e garantir que as mudanças de fato aconteçam. Este movimento de dar mais transparência aos preços é fundamental para a sustentabilidade do sistema”. Nesse contexto, na opinião do jornalista Reinaldo Braga, publisher da Revista Diagnóstico, os prestadores – os hospitais, em particular – têm papel fundamental na transformação do mercado de saúde. “De nada adianta que a indústria faça o dever de casa na área de compliance se o comprador do insumo só se importa com o preço e a qualidade do produto”, argumenta. “Isso vale também para as operadoras. Segundo ele, hospitais e demais prestadores que investirem em práticas de compliance também devem ter um olhar diferenciado por parte das operadoras. “É preciso inserir o compliance, também, como vantagem competitiva em toda a cadeia”, salienta o executivo, responsável pela idealização do Movimento pela Ética na Saúde, que culminou no evento Brasil Healthcare Compliance. “A união dos diversos atores do mercado de saúde é fundamental, mas o esforço não tem sido suficiente”, reconhece o diretor executivo da Abimed, Carlos Goulart. Ele explica que a próxima atualização do Código de Conduta da entidade, publicado há quase dez anos, vai recomendar, já em 2015, que seus associados não patrocinem mais viagens de médicos para participação em congressos. Uma prática comum, não considerada ilegal, mas que, em alguns casos, é vista como imprópria. “Até 2018, a recomendação vai se tornar obrigatoriedade”, garante Goulart. De acordo com ele, outro passo importante na auto-regulamentação do setor na área de compliance é a harmonização de Códigos de Condutas com entidades afins. “Lideranças da Abraidi e da CBDL já estão trabalhando conosco na construção de um texto que tenha pontos comuns”, informa o dirigente. “Seja indústria ou mercado de diagnóstico por imagem, de maneira mais ampla, é primordial que a relação com fornecedores, dentro da própria empresa, seja muito transparente e tenha uma conduta estabelecida”, ratifica Claudia Conh, presidente da Abramed.
“ATÉ 2018, O CÓDIGO DE CONDUTA DA ABIMED VAI TORNAR OBRIGATÓRIA A PROIBIÇÃO DE PATROCÍNIO PARA VIAGENS DE MÉDICOS EM CONGRESSOS”. CALOS GOULART, PRESIDENTE DA ABIMED
“A PROPINA ENTRE VENDEDORES E COMPRADORES EXISTE HÁ MAIS DE 40 ANOS. VENCER ISTO NÃO SERÁ FÁCIL”. YUSSIF JÚNIOR, PRESIDENTE DO SINDHOSP
“TEMOS DE PARAR DE FALAR MAIS E GARANTIR QUE AS MUDANÇAS DE FATO ACONTEÇAM. ESTE MOVIMENTO DE DAR MAIS TRANSPARÊNCIA AOS PREÇOS É FUNDAMENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA” SANDRO LEAL, DIRETOR GERAL DA FENASAÚDE
CÓDIGO DE CONDUTA DA ANAHP – Um dos pontos altos do Brasil Healthcare Compliance foi o lançamento do Código de Conduta Empresarial Anahp. A iniciativa foi a primeira a apresentar diretrizes sobre condutas consideradas compliance para os hospitais privados no país. O manual aborDiagnóstico | set/out 2014
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OOspresidente da Anahp, Francisco debates se concentraram em ações efetivas emBalesprol da ética no setor
O presidente da CMB, Edson Rogatti, ao fundo, e o secretário da CGU, Sérgio Seabra
Luiz Salomão, do laboratório SalomãoZoppi
Roberto Sá Menezes, provedor da Santa Casa da Bahia, ao lado de Marcelo Kutter, CEO da Medicware, patrocinador Platinum do evento
O consultor Fernando Palma, da EY, falou sobre os impactos da lei anticorrupção do mercado de saúde brasileiro
Jô Mantovani
O evento foi realizado nesta quinta-feira, dia 27 de novembro de 2014
Beth Marcio Coriolano. Ce- e YussifKoike. Júnior e Luiz Fernando Ferrari Neto, José do Sindhosp,
Denise Santos (Beneficência Portuguesa) e Francisco Balestrin (Anahp)
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Carlos Figueiredo, diretor executivo da Anahp
da tópicos considerados fundamentais para apoiar os hospitais-membros na construção de seus Códigos de Conduta Ética Empresarial. “O documento contem normas que minimizam os riscos relacionados aos conflitos de interesse existentes na vida organizacional e nas relações externas à organização”, justificou o presidente da Anahp, Francisco Balestrin. A produção do manual foi realizada a partir de seminários promovidos ao longo de 2014 em Recife e Curitiba. Um grupo de estudos foi montado e contou com a participação de gestores dos maiores hospitais do país como do Sírio Libanês, Albert Einstein, HCor, Samaritano e Moinhos de Vento. Além disso, a associação fez benchmarking com organizações como a Covidien, a Siemens, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e o Itaú Unibanco. Desenvolvido para contemplar todos os colaboradores da organização, o código de conduta da Anahp também fixa obrigações recíprocas entre parceiros, fornecedores, médicos e demais prestadores de serviços. Entre os princípios que devem ser contemplados estão o da integridade, transparência, solidariedade e a valorização do capital humano. Quanto aos conflitos de interesse presentes em toda a sociedade, o documento prevê diversas situações que podem atingir a reputação das organizações. “Isso inclui a obtenção de benefícios pessoais em função de decisões ou ações corporativas, nepotismo, uso de informação confidencial para fins contrários aos interesses ou imagem da organização”, esclarece o Código da Anahp. A recomendação da entidade é que todos colaboradores, parceiros, fornecedores e terceiros que se relacionam com o hospital tenham uma cópia do manual e assinem um termo específico. Treinamentos e ampla divulgação são as ferramentas indicadas para promover o contato do documento. Outro destaque importando do Brasil Healthcare Compliance foi o lançamento da pesquisa “Radiografia da Ética no Sistema Privado de Saúde Brasileiro”, que será realizada pelo Instituto Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC) em parceria com a Revista Diagnóstico. O objetivo da ação é criar um indicador sobre ética no setor de saúde na visão dos 1.890 entrevistados que farão parte do levantamento – entre eles usuários, profissionais de saúde e gestores de operadoras e hospitais, em dez capitais e o Distrito Federal. “Queremos trazer a percepção do atual status da saúde no Brasil sob o ponto de vista a ética”, explica o presidente do IBRC, Alexandre Digo. Seis rankings elencarão os desafios éticos da saúde por ordem de importância. O material deverá ser publicado na edição de maio e junho da Diagnóstico. HOSPITAIS COMPLIANCE 2015 – Pensando na continuidade do debate sobre a ética na saúde, novos encontros estão sendo previstos ao longo de 2015 pela Diagnóstico. Um dos assuntos mais discutidos pelos players de saúde norte-americanos, o overuse – tratamentos desnecessários –, será o tema principal de um evento realizado em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, em setembro de 2015. Para debater os impactos do tratamento excessivo na saúde da população e na sustentabilidade do sistema, especialistas internacionais e brasileiros vão estar presentes em São Paulo, durante dois dias, no I Fórum Brasil Estado Unidos sobre Overuse. Presenças confirmadas de Rosemary Gibson, maior autoridade americana no assunto e autora de do livro The Treatament Trap
“A INDÚSTRIA DE SAÚDE ESTÁ NO RADAR. DAS 104 INVESTIGAÇÕES QUE ESTÃO EM ANDAMENTO, 16 DELAS SÃO DA INDÚSTRIA DE HEALTHCARE”. FERNANDO PALMA, SÓCIO DA ÁREA DE COMPLIANCE DA EY
“SEJA A INDÚSTRIA OU O MERCADO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM, DE MANEIRA MAIS AMPLA, É PRIMORDIAL QUE A RELAÇÃO COM FORNECEDORES, DENTRO DA PRÓPRIA EMPRESA, SEJA MUITO TRANSPARENTE E TENHA UMA CONDUTA ESTABELECIDA” CLAUDIA COHN, PRESIDENTE DA ABRAMED
(A Armadilha do Tratamento), ainda sem tradução no país, e Thomas Harter, da rede de hospitais Gundersen Health System, de La Crosse, EUA. A instituição é considerada o melhor hospital do mundo para se morrer, devido a sua excelência no tratamento de pacientes terminais. “Como veículo formador de opinião, queremos contribuir cada vez mais para a sustentabilidade do sistema”, salienta Reinaldo Braga, publisher da Diagnóstico. A segunda edição do Brasil Healthcare Compliance, que passa a se chamar Hospitais Compliance, acontece novamente em novembro, na capital paulista. Um dos destaques do evento será a presença do executivo de compliance da Cleveland Clinic – eleito em 2014 o hospital mais ético do mundo –, Dom Sinko. Presença confirmada também do advogado americano Tom Fox, um defensor entusiasta das práticas de boas maneiras no mundo corporativo. Fox também é autor do blog FCPA Compliance and Ethics, seguido por milhares de executivos de compliance mundo afora. Em 2013 publicou o livro GSK in China: A Game Changer in Compliance, sobre a britânica GlaxoSmithKline. A obra, ainda sem tradução no Brasil, foi baseada na primeira ação fiscalizadora implementada pelo governo chinês contra uma companhia do ocidente por corrupção e suborno. Diagnóstico | set/out 2014
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OClaudia presidente da Anahp, Francisco Cohn, presidente da Abramed, defendeu mais transparência no mercado de saúde
Evandro Tinoco Mesquita, Hospital Pró-Cardíaco, Carlos Figueiredo e Francisco Balestrin, da Anahp
Ótavio Gebara (esq.), do Hospital Santa Paula, e Luiz e Luca, do Samaritano
Marcelo Albuquerque, diretor de negócios da White Martins, patrocinador Platinum do evento, e Fernando Boigues, do Sindirio
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ODenise presidente da Anahp, Francisco Santos, Beneficiência Portuguesa, ReinaldoBalestrin Braga, Diagnóstico, Balestrin, da Anahp, e Sérgio Madeira, Abraidi
Sergio Seabra, Secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção da CGU
Bruno Videira, do Instituto Ethos, e José Carlos Abraão (ANS)
Marcelo Britto, vice-presidente da CNS
Jô Mantovani
bate papo entre da o presidente doFrancisco Sindhosp, Yussife, de OOpresidente Anahp, Balestrin
evento foi realizado Hotel Tivoli Mofarrej, naBalescapital OO presidente da no Anahp, Francisco capital paulista
Jô Mantovani
costas, Francisco balestrin, da Anahp, e Renato Merolli, CNS
OOpresidente da Anahp, Fracisco Baevento reuniu integrantes da indústria: Denis Jacob (BD) e Marcia Moscatelli (Medtronic)
Mariléa Souza, superintendente de gestão de rede da Bradesco Saúde, Carlos Figueiredo, CEO da Anahp, e Ruy Bevilacqua, que representou o IBGC no evento
OOpresidente da Anahp, Francisco Bapublisher da Revista Diagnóstico, Reinaldo Braga, ao lado da presidente da Abramed, Claudia Cohn
Brasil Healthcareda Compliance é uma iniciativa OOpresidente Anahp, Francisco da revista Diagnóstico
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UMA INICIATIVA
Revista
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