Jornal Ceilândia em Foco - Ano 1 | Edição 7 | Novembro 2017

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EDIÇÃO Nº 7, ANO 1 | CEILÂNDIA, DISTRITO FEDERAL | 20 DE NOVEMBRO A 20 DE DEZEMBRO DE 2017

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA MARIA MOURA BATISTA BENZEDEIRA, MÃE, AVÓ, BISAVÓ E GUARDIÃ DE SABERES TRADICIONAIS. FOTO: CEILÂNDIA EM FOCO

DIVA

Pág. 5

TRADIÇÃO E CULTURA DAS BENZEDEIRAS

CIDADE

Pág. 2

LIXO: A CULPA É DE QUEM?

Portal Iesb foto Divulgação

CULTURA

Pág. 8

REPENTE E A CULTURA NORDESTINA

CULTURA

Pág. 9

MAX MACIEL + OPALA 79 = MINHA QUEBRADA

FICA A DICA

Pág. 7

ALAMBIQUE CAMBÉBA – CONHEÇA ESSE LUGAR MÁGICO PRÓXIMO A ALEXÂNIA

Adega subterrânea foto Ceilândia em Foco

26 x 6 cm | 5 Colunas

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02 | CIDADE

CEILÂNDIA EM FOCO

CIDADE O CEILÂNDIA EM FOCO TRARÁ, AO LONGO DAS EDIÇÕES, UMA SÉRIE DE REPORTAGENS SOBRE O LIXO.

O DONO DO LIXO

Apesar de dois papa-entulhos, Ceilândia ainda tem quase mil pontos de despejo irregular de lixo por

Poliana Franco

Fim de ano, para muitos, é o momento de deixar a casa mais bonita para as festas que se aproximam, e em diversos lares isso significa fazer pequenas reformas ou trocar alguns móveis. A questão, para os conscientes, é onde e como fazer o descarte correto do lixo produzido. Já aos mais desatentos nos quesitos respeito, cidadania e meio ambiente, qualquer lugar serve: o lote ao lado, a esquina e até áreas cercadas e com placa de “proibido jogar lixo” se tornam depósitos. Mas existe uma pessoa que é a verdadeira responsável pelos rejeitos: você. Papa-entulhos Na cidade mais populosa do DF, em março deste ano

foi inaugurado o primeiro, e em julho o segundo papa -entulho, pontos de entrega voluntária (PEV) de resíduos. Os endereços – um na QNN 29 de Ceilândia Norte, construído com recurso de emenda parlamentar do deputado distrital Chico Vigilante (PT) e outro na QNP 28 do Setor P Sul – podem receber até 1 metro cúbico de material por pessoa, por dia. 1 metro cúbico equivale a uma caixa d’água de mil litros. Os tipos de materiais são desde restos de poda de árvores e móveis velhos a entulhos de demolições. VER BOX

EXPEDIENTE JORNAL CEILÂNDIA EM FOCO CNPJ: 23.445.219/0001-08 Tiragem: 10 mil exemplares / mensal Diretora/Editora chefe: Poliana Franco - 11.583/DF Colaboradores: Catarina Loiola, Pâmela Paiva, Poliana Franco, Rafaella Remer da Silva, Rúbia Gondim. Diagramação e arte: Dianne Freitas

Abaixo do esperado Em poucos meses de funcionamento, os dois papa-entulhos de Ceilândia receberam mais de 360 toneladas de entulho. Se cada tonelada corresponde a mil quilos, foram mais de 360 mil quilos de lixo que não foram parar na natureza, em córregos, bueiros e redes de esgoto. Ainda assim, o Administrador Regional de Ceilândia, Vilson José de Oliveira, afirma que o número “ está aquém do necessário, é preciso conscientizar quem ainda insiste em jogar lixo no lugar errado”. Para isso, é preciso mais informação à população quanto ao descarte e os locais corretos, e pensando nisso, a Administração e outros órgãos estudarão ações para intensificar o programa no próximo ano, inclusive “com a construção do terceiro papa-entu-

Agência Brasília foto Tony Winston

lho, no pátio de serviço da Administração Regional”, destaca Vilson. Problema antigo Administração Regional e Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) concordam que jogar lixo na rua é um (mau) hábito cultural – de um simples papel de bala até aquela geladeira velha. A Assessoria de Comunicação do SLU relatou, inclusive, uma situação onde o morador, com o carrinho de mão cheio de entulho, aguardava a equipe de limpeza finalizar o serviço em área pública para, em seguida, despejar seu lixo. “ É mais cômodo e econômico jogar [o lixo] na rua, mas a população precisa mudar essa cultura antiga”,

afirma o Administrador. Sem contar que se trata de uma falsa economia, pois todo o lixo que não vai para o destino certo acaba poluindo o meio ambiente, sujando ruas, entupindo bocas de lobo e prejudicando a drenagem de água. Lixo na rua é crime Está na Lei Distrital nº 5.650/16 que jogar lixo na rua ou em locais públicos do Distrito Federal é passível de multa. Na primeira infração a punição é no valor de meio salário mínimo vigente. A partir do segundo deslize, o valor sobe para um salário mínimo, e a regra vale para qualquer tipo de lixo jogado. Então, fique atento.

NÃO É PERMITIDO:

É PERMITIDO:

FALE CONOSCO E-mail: ceiemfoco@gmail.com Facebook: facebook.com/ceiemfoco Departamento comercial: (61) 9 8332-6607 Redação: Ceilândia Sul- DF Textos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade dos autores. ERRATA Na edição passada, o Ceilândia em Foco cometeu um erro em relação ao nome de uma de nossas entrevistadas. Nossas sinceras desculpas à senhora MADALENA TORRES

Não recicláveis • Entulhos em geral; • Restos de podas; • Azulejos; • Cimento; • Terra; • Telhas sem amianto.

Recicláveis • Plástico; • Papel; • Papelão; • Móveis; • Metal; • Óleo de cozinha; • Embalagens longa vida; • Isopor.

• Lixo domiciliar orgânico; • Resíduos de saúde; • Resíduos perigosos e eletroeletrônicos; • Pilhas e baterias; • Pneus; • Lâmpadas; • Medicamentos; • Amianto; • Vidros e espelhos.

Funcionamento: Segunda a sábado, das 7h às 18h

fonte SLU


SAÚDE E BEM ESTAR | 03

CEILÂNDIA EM FOCO

INFORME PUBLICITÁRIO

SAÚDE E BEM ESTAR

SERVIÇOS DA SAÚDE ESTÃO MAIS DESORGANIZADOS DO QUE NUNCA por

Nicolas Bonvakiades - Ascom SindMédico-DF

O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) tem realizado reuniões e visitas a unidades de saúde para verificar problemas que estão ocorrendo nos centros de saúde e no programa Saúde da Família, que compõem o tipo de atendimento de saúde chamado Atenção Básica ou Atenção Primária. Existe uma Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que é definida pelo

Ministério da Saúde e prevê que a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem que ser expandida, com Núcleos de Apoio à Saúde da Família dando retaguarda técnica e suporte médico e não médico, inclusive nas especialidades básicas de clínica médica, pediatria e ginecologia, para permitir às equipes da ESF fazerem o atendimento de suas populações vinculadas. No Distrito Federal os cen-

Presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Gutemberg Fialho foto Assessoria de Comunicação SindMédico - DF

tros de saúde, que ofereciam atendimento em pediatria, clínica médica e ginecologia estão sendo convertidos em equipes de saúde da família. Os médicos das três especialidades básicas vão ter que atender pacientes como generalistas – do bebê ao idoso, sendo homem ou mulher, com todo tipo de perfil e problema de saúde. E sem especialistas de retaguarda para dar cobertura. Profissionais preocupados com qualidade do atendimento Os médicos seriam submetidos a cursos para se habilitarem a atender em especialidades diversas, mas só tiveram palestras e indicação de livros, embora a formação de um médico de família exija estudo e atividades práticas em um curso de mais de 3 mil horas. Muitos concordaram e estão sendo transferidos, desviados para atividades burocráticas. Não poucos dos que participaram do programa de formação estão frustrados e apreensivos. “Muitos dos que já faziam Saúde da Família, em localidades que já tinham uma cobertura mais estruturada, têm reclamado. Em vez de ser um serviço que evitaria que o paciente precisasse da estrutura dos hospitais, o Saúde da Família está viran-

do sucursal das emergências”, explica o presidente do Sindicato, Dr. Gutemberg. A Secretaria de Saúde determinou que o paciente que não for considerado grave pela classificação de risco, deve ser encaminhado ao centro de saúde, onde deveria estar sendo desenvolvido o trabalho do Saúde da Família e não o de retaguarda de emergência de hospitais. Os profissionais de saúde estão se sentindo inseguros e desorientados e os pacientes mais ainda. Política de saúde descolada da realidade Com o argumento de “mudança X mais do mesmo” repetido aos quatro ventos pelo atual governo do Distrito Federal, as alterações na atenção primária à saúde estão sendo feitas sob alegação de aumentar a cobertura do Saúde da Família. Se o paciente quiser atendimento especializado, terá que procurar as emergências dos hospitais, que está sendo dificultado, ou as “clínicas populares” que aumentam na cidade. Estão sendo feitos cortes de gratificações pela dedicação exclusiva dos servidores da atenção primária. Um motivo verdadeiro para se fazer o que está sendo feito “é a economia” e não o aumento do acesso da população à saúde pública. Em

vez das 3.750 pessoas por equipe, cada uma está tendo de assumir de 4.000 até 10.000 vidas. A necessidade de aumento da cobertura do Saúde da Família é consenso. A forma de fazer isso é questionável – no DF é desastrosa. O Sindicato dos Médicos defende que especialização em Medicina de Família e Comunidade é necessária e a manutenção de uma rede de apoio com especialistas é indispensável para tudo funcionar corretamente. Para dar certo, a mudança tem que incluir e não excluir os servidores da Saúde e tem que ser feita de forma gradual, sem desmontar a estrutura de atendimento que já existe e funciona. “Mudança X mais do mesmo” e “é a economia, idiota” foram dois de três pilares da campanha eleitoral do então candidato ao governo dos Estados Unidos, Bill Clinton, em 1992. O governo Rollemberg está aplicando a estratégia eleitoral que derrotou George Bush como programa de governo. Ao agir dessa forma temerária, trata o terceiro pilar da estratégia apenas como elemento de retórica para uso publicitário e panfletário. Esse pilar era “não se esqueça da assistência médica”. O governo Rollemberg, infelizmente, esqueceu.


04 | CONEXÕES URBANAS

CEILÂNDIA EM FOCO

CONEXÕES URBANAS

SETE ANOS DE LUTA POR UMA CEILÂNDIA MELHOR por

Madalena Torres com revisão de Pâmela Paiva

O Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (Mopocem), criado em novembro de 2010, é um coletivo que integra pessoas de vários movimentos sociais de Ceilândia, com representação composta por quatro coordenadores: Gilberto Ribeiro, Viridiano de Brito, Marília Vieira e Ivanete Silva. Desde a criação vem organizando debates, seminários, atos públicos, formação política para fomentar discussão sobre educação, saúde, segurança, mobilidade urbana e meio ambiente, com o objetivo de tornar Ceilândia uma cidade mais autônoma na superação de seus problemas sociais. Na luta pelo meio ambiente o Movimento reivindica junto à Administração Regional de Ceilândia, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a fiscalização e preservação das nascentes no Setor Habitacional Sol Nascente. Segundo Gilberto Ribeiro “em especial, a Lagoa do Japonês que estava sendo destruída com muitas casas sendo construídas ao seu redor, além de muito lixo”. O Mopocem encampa também a luta pela criação

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foto Divulgação

do Parque Recreativo de Ceilândia, do Parque Ecológico e Vivencial do Descoberto, Parque das Corujas, Parque da Lagoinha e Parque Ecológico de Ceilândia, conhecido como Parque Ecológico Metropolitano JK. Em reconhecimento às ações realizadas pela preservação do meio ambiente na nossa comunidade, o Mopocem foi convidado a integrar o comitê do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA-2018). Em setembro deste ano, o coordenador Viridiano Custódio, representou o grupo no ‘I Encontro descentralizado do FAMA-2018: Os impactos da crise hídrica para Ceilândia e a preservação urgente das nascentes’. Para ele, revelou-se pelas

falas dos especialistas em saneamento básico e energia elétrica “que existe uma crise de gestão hídrica, resultado da falta de planejamento quanto ao aumento populacional, da falta de investimentos, fiscalização, preservação das nascentes e do bioma cerrado no DF que culminam no desperdício da distribuição da água”. Para Danielle Estrela, participante ativa do Mopocem, outro fator combatido pelo núcleo é “o agronegócio, destruidor do meio ambiente e o mais beneficiado pelo governo. Além de ser isento de pagar a taxa de água, utiliza-se de agrotóxico que é veneno para o meio ambiente e prejudica as pessoas por meio do veneno nos alimentos”.

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DIVA | 05

CEILÂNDIA EM FOCO

DIVA

Coluna

FÉ E SABEDORIA POPULAR O saber ancestral de benzer, abençoar através de orações, permanece vivo na comunidade por

Pâmela Paiva

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Pessoas de todas as idades recebem as orações foto Ceilândia em Foco

Mãe, avó, bisavó e guardiã de saberes tradicionais, essa é Maria Moura Batista, paulista de Ituverava, lúcida aos 81 anos de vida, ativa e bem-disposta. Seu trabalho de benzedeira é conhecido não só em Ceilândia, mas em vários lugares do Distrito Federal e Entorno. Nascida prematura, ainda bebê perdeu a mãe. “Os irmãos da minha mãe queriam nos tirar do meu pai, mas ele não nos abandonou e nos criou”, levando consigo os cinco filhos para a Bahia em uma viagem de 30 dias em locomotiva a vapor - a maria-fumaça. Na Bahia, aos sete anos de idade teve o primeiro contato com a reza. Um tio benzedor tentou ensinar a tradição ao pai dela, mas “eu ficava espiando pelo buraco da parede, que era de barro, como que o tio fazia e fui aprendendo as orações, decorando”. Aos 17 anos, dentro dos preceitos da igreja católica, começou a benzer as

pessoas da comunidade. Aos 20 chegou ao DF, onde se casou e teve o primeiro filho ainda na antiga Vila do I.A.P.I. Veio para Ceilândia no processo de remoção das moradias, quando um surto de meningite atingiu o esposo e dois dos três filhos. Foram tempos muito difíceis em que família chegou a passar necessidade. “Nessa agonia toda sempre chegava alguém e dizia: meu filho está doente, está com mau-olhado ou está com dor, e eu sempre parava tudo e benzia, sempre benzia”, relembra. Sacrifício, o trabalho sagrado A partir dos anos 2000, dona Maria Moura passou a se dedicar a esse saber tradicional e hoje, benze todos os dias, o dia todo. “Eu não escolho hora, atendo em qualquer lugar, pode ser na rua, pode ser em casa, ou no hospital”. A partir das 8h da manhã começam a chegar

homens, mulheres e, às vezes, famílias inteiras que vêm em busca de orações.

JORNALISMO E ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO O Ceilândia em Foco, além de jornal impresso construtivo e humanizado, também desenvolve trabalhos de Assessoria de Comunicação (Ascom).

Dona Maria Moura (esquerda) foto Ceilândia em Foco

No saber popular, a benzeção consiste em fazer orações por uma pessoa - como um auxílio na cura de males ou para afastar más energias. Sem comprovação científica, trata-se, antes de tudo, de um ritual de fé que deve ser feito de maneira voluntária, com seriedade e dedicação. A recompensa dona Maria afirma já ter: “Eu tenho a comunidade que gosta de mim, que me mostra um amor profundo. É meu prazer quando as pessoas chegam para eu benzer”, declara, sorrindo.

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06 | COMPORTAMENTO

CEILÂNDIA EM FOCO

COMPORTAMENTO

SÓ SEI QUE NADA SEI Cursos aproximam filosofia à vivência e realidade das pessoas por

Poliana Franco

foto Divulgação

A célebre frase acima, atribuída a um dos grandes pensadores da história, o grego Sócrates, revela a ignorância, limitação e humildade do homem diante da vida. Para muitos, o nome do autor até soa familiar aos ouvidos, mas só o nome, porque a filosofia não é

familiar à maioria de nós. Filosofia, ou estudo da existência humana, é a busca pelo saber e pela verdade. Apesar disso, desperta pouco interesse enquanto disciplina escolar - obrigatória no Ensino Médio e algumas graduações na área de Humanas.

Filosofia para todos Bem diferente desse primeiro contato escolar, cursos de filosofia ministrados em escolas próprias trazem temas e problemas filosóficos para o cidadão comum, ajudando na compreensão e reflexão sobre decisões do dia a dia.

Com aulas acessíveis e práticas, o aluno passa a ver proximidade da filosofia com a vida real. Isso faz com que o aprendizado, mesmo das escolas filosóficas mais antigas, tenha relação com a realidade atual, com os problemas e mazelas que afligem qualquer ser humano. Após 13 anos de estudos e um ano de formação, a Engenheira Agrônoma, Daniela Amorim, se viu pronta para encarar o desafio de coordenar uma escola de filosofia em Ceilândia, voluntariamente. Segundo ela, são muitos os desafios, como “ter amplo conhecimento do assunto, viver de maneira coerente àquilo que ensina, dispor de tempo para o voluntariado”. A filial faz parte de uma organização que existe há 60 anos em mais de 50 países. Abriu as portas no segundo semestre deste ano e teve boa aceitação entre os ceilandenses, inclusive entre os jovens.

“TODO SER HUMANO TEM INTERESSE EM FAZER FILOSOFIA, MESMO QUE ELE NÃO SAIBA” Daniela Amorim

Com aulas semanais, o dever de casa é pôr em prática, no cotidiano, o aprendizado de sala de aula. “ Na filosofia, você consegue enxergar as causas para as coisas estarem acontecendo, vê com mais clareza e busca as respostas” define Daniela. NOVA ACRÓPOLE CEILÂNDIA QNM 17, Conj. B, Lote 2, sala 303 – Hélio Prates (ao lado loja Cacau Show) Curso: R$ 70,00 por mês/ Além de palestras semanais gratuitas e abertas ao público Contato: (61) 99811-5278 facebook.com/NAceilandia

ARTIGO

Não conseguiu embarcar por causa do overbooking? Saiba o que fazer e quais são seus direitos! por

Rafaella Remer da Silva*

Ao se programar para uma viagem aérea - de férias ou a trabalho, o passageiro espera chegar ao seu destino com a maior rapidez possível. Entretanto, chegando ao aeroporto, é informado que seu voo foi cancelado. Overbooking ou preterição de embarque ocorre quando o embarque não é realizado por culpa da companhia - seja por motivo de segurança operacional, troca de aeronave, bem como pela venda de passagens aéreas em número maior que a quantidade de lugares disponíveis no avião. Mesmo que o passageiro chegue cedo ao aeroporto

para fazer o “check in” e garantir o embarque no voo que havia programado, corre o risco não poder embarcar, devido a empresa ter vendido mais passagens do que tinha disponível naquele voo, causando constrangimentos e prejuízos. Assim, mesmo que o passageiro tome todas as cautelas necessárias, não conseguindo embarcar deverá ser realocado em outro voo (não importando se da mesma companhia aérea) com a máxima urgência. Acontece que o passageiro sofre vários danos, pois não chegará ao seu destino no horário marcado, podendo inclusive perder compro-

missos já agendados pelo não embarque no horário e dia do voo marcado pela companhia aérea. Para garantir seus direitos, é recomendável, também, que o passageiro obtenha um documento confirmando a exclusão do voo. Pelos graves transtornos causados por essa situação, o passageiro poderá processar a companhia aérea, fazendo jus à indenização por danos morais pela falha do prestador de serviço. E deve fazê-lo, afinal cumpriu sua parte, pagando o preço estipulado e chegando para o “check in” no horário programado.

*Rafaella Remer da Silva Advogada - OAB/DF 44.627

Contatos: (61) 9 9251-5532 rafaellaremer.advocacia@gmail.com

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FICA A DICA | 07

CEILÂNDIA EM FOCO

FICA A DICA

Coluna

ALAMBIQUE CAMBÉBA por

Pâmela Paiva

com edição e revisão de

Poliana Franco

e meia até a cachaça branca estar finalizada. O alambique possui equipamentos modernos e automatizados com rígido controle de qualidade, tempo, pressão e temperatura corretos, sob a supervisão do senhor Galeno que, mesmo com a empresa bem-sucedida, afirma que “ as coisas funcionam na simplicidade, isso ajuda no sucesso do negócio”.

Vista interna do bistrô foto Ceilândia em Foco

O povoado de Serra do Ouro, Alexânia, a pouco mais de 80 quilômetros de Brasília, abriga surpresas como o premiado Alambique Cambéba, empresa familiar com tradição de mais de 200 anos na fabricação da cachaça de mesmo nome. A produção iniciou-se meio por acaso, em 1808, no Ceará, quando o Capitão da Marinha de Guerra, José Félix, com a missão de levar saqueadores de embarcações para uma prisão em Pernambuco, conheceu uma fabricação artesanal de cachaça.

Com um pequeno manual em mãos e de volta à casa onde hoje é o município de CaucaiaCE, José Félix iniciou o preparo da bebida. O nome, indígena, veio do sítio onde a cachaça era produzida: Cambéba, e significa tribo de cabeça chata. Dois séculos e sete gerações depois, o descendente do pioneiro e atual responsável pela gestão e expansão da marca é o empresário Galeno Furtado. Com processo de fabricação artesanal e orgânico, a bebida vem conquistando importantes premiações mundo afora

Alambique Cambéba. Serra do Ouro, Alexânia – Goiás. BR 060 km 21. Poucos metros à frente do Outlet Premium Brasília. Entrada: Gratuita Visita guiada com degustação da cachaça: Gratuita - sábado, domingo e feriados com duração de 40 minutos, às 12h e às 15h. Valor da cachaça Cambéba: de R$ 50 a R$ 240,00 Contatos: (62) 3336-2220 facebook.com/CachacaCAMBEBA

e agradando o paladar de europeus, americanos e asiáticos nos mais de 40 países onde já foi apresentada. Hoje, as exportações são para oito países, e correspondem a 95% do faturamento da empresa. Fabricação Dividida em três etapas, a primeira consiste na moagem, logo após a colheita da cana de açúcar, e dura cerca de uma hora. Processo mais demorado, a fermentação nas dornas leva de 24 a 36 horas, e por último a destilação, mais 2 horas O escritor inglês Henry Koster passou uma temporada no Brasil tratando uma tuberculose. Em terras brasileiras e de clima quente, viajou bastante e reuniu material. De volta à Inglaterra, publicou o livro “Viagens ao Nordeste do Brasil”, em 1816. No livro, Koster cita suas impressões ao conhecer e observar o funcionamento e a produção de cachaça do Alambique Cambéba.

Branquinha ou amarela O envelhecimento nos barris de carvalho confere cor e sabor diferentes à cachaça, com tempo que pode variar de um a 10 anos. Em uma adega subterrânea, com centenas de tonéis e pouca luz natural o que se percebe de imediato é o cheiro adocicado e inebriante do carvalho que o lugar exala. Rústica e atrativa, a adega já serviu de cenário para ensaio fotográfico de casamento. Sem desperdício Tudo que sobra da cana é reaproveitado: do bagaço da moagem que vira adubo para o canavial, até os 20% de “resíduo” da destilação, transformados em etanol para abastecimento da frota própria.

Bistrô O Alambique possui um bistrô com pratos da alta gastronomia preparados por chefe com formação na famosa Le Cordon Bleu, em Paris. A maioria dos pratos, doces e salgados, leva cachaça Cambéba na preparação. Os preços variam, em média, de R$ 30 a R$ 45. Com dois ambientes, a área externa oferece uma vista de céu azul e colinas de Cerrado. Já a área interna é aconchegante, com objetos antigos como parte da decoração e vista para os destiladores de cobre.

Recepção do Alambique foto Ceilândia em Foco

Minha parte eu quero em pinga Esse é um dos mais populares, mas o escritor Mário Souto Maior, em seu Dicionário Folclórico da Cachaça, listou mais de 3 mil sinônimos de cachaça, como: arrupiada, desperta -paixão, fumegante, generosa, inchadeira, jeitosa, leitosa, mé, quebra-costela, reza-forte, tremedeira, venenosa...

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08 | CULTURA

CULTURA

CEILÂNDIA EM FOCO

O Som da Cidade

REPENTE, VIOLA E POESIA No aniversário da Casa do Cantador, os veteranos Chico de Assis e João Santana fizeram a festa com música nordestina e uma boa cantoria por

Catarina Loiola

A Casa do Cantador, em Ceilândia, fundada em 1986 e considerada Palácio da Poesia e da Literatura de Cordel, completou 31 anos em novembro. A festa de aniversário foi a Sexta do Repente, que contou com artistas como Chico de Assis e João Santana. Dois mestres no repente, há quase 17 anos como dupla, eles acumulam festivais e experiências. Chico, que já foi administrador da Casa do Cantador - entre 1995 e 1998 - é professor, morador de Ceilândia e tem quase 40 anos de estrada como repentista. Seu parceiro de rima, João Santana, é formado em engenharia ambiental e morador do Colorado.

foto Jornada Literária DF

Eles se conheceram em um festival de cantoria e estão juntos desde então, fazendo música “dentro do mundo do belo”, segundo Chico de Assis. Por cantoria ser quase um sinônimo de Ceilândia, shows na cidade são especialidade da dupla, que já cantou por todo o Distrito Federal e por quase todo o Brasil. Cultura brasileira Para os dois trovadores, o palco é um desafio, exige muita responsabilidade, muito compromisso do cantador com a letra. Durante a estrada, a evolução mais importante foi a maturidade com o improviso e a melodia, nunca esquecendo as origens.

Repente é a cantoria de versos improvisados por cantadores ao som da viola. De origem genuinamente brasileira, tem nuances do cordel nordestino e possui características vindas do trovadorismo, cantigas portuguesas. “Essa arte é importante por ser uma manifestação onde prevalece o raciocínio do cantador”, afirma João. O modo livre de compor tem limites que o próprio autor estabelece: “O cantador tem compromisso com a rima e a métrica”, completa Chico. Deste modo, não é correto, por exemplo, rimar Ceará com falar, e sim Ceará com sabiá.

Arte viva Repentistas mais novos surgem na cena mostrando talento. Para João Santana, “os novos artistas são poucos, mas muito bons”. Pela importância na cultura brasileira, os novatos não podem deixar o repente tradicional de lado, é preciso manter a arte viva. Para isso, Chico, João e outras duplas levam o repente a escolas, onde sempre são bem recebidos, especialmente pelos alunos, que cantam alguns versos já conhecidos e até se arriscam na improvisação.

“REUNINDO ARTISTAS JOVENS E VETERANOS SEM DEIXAR QUE O REPENTE FIQUE DE FORA DE SEUS PLANOS”

Verso de repente de Chico de Assis e João Santana Participação da dupla em cerca de 400 festivais, CD lançado na França e viagem a Cuba para tocar repente.

Para ouvir uma boa cantoria, entre em contato com a dupla Chico de Assis e João Santana pelo site: www.repente.com.br ou pelo telefone: (61) 9 8232-2345.

RESISTÊNCIA E CONSCIÊNCIA, AS ARMAS PERIFÉRICAS MAIS POTENTES por

Rúbia Gondim

Percebendo a importância de promover cultura na periferia, o educador popular Thiago Dutra, conhecido na capoeira como contramestre Lagartixa, criou um evento chamado “Rebelião Cultural Transformação”, que em novembro, mês da Consciência Negra, aconteceu nos dias 17, 18 e 19/11. O Rebelião Cultural contou com a participação do bloco Alafia – termo derivado da etnia Iorubá, que significa felicidade. Juntos, fizeram

uma passeata, “uma caminhada contra o extermínio da juventude negra periférica” afirma Thiago. Separado por alas, a primeira trazia meninas cantando e dançando vestidas com roupas de matriz africana, com turbantes coloridos na cabeça. Nas demais alas, capoeiristas e percursionistas. Ao final do trajeto, a apresentação da peça “Filho de Zumbi já nasce livre”. Cabe dizer que são 320 anos desde a morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi.

Em três dias de evento, muita reflexão, músicas de ritmos diversos como rap e reggae, além de grafite, percussão e capoeira, que no último dia da ação cultural realizou um batizado aberto à comunidade. Ismael Pereira, de 12 anos, um dos 60 alunos do contramestre Lagartixa, disse estar feliz em participar do projeto e do Rebelião Cultural: “acho muito legal e ainda aprendo sobre a história de como a capoeira começou”.

E a roda de capoeira vai começar foto Rúbia Gondim

Olha só as atrações que passaram pela edição 2017 do Rebelião Cultural Transformação: • Quilombo Estereótipo • Heitor Valente • Sobreviventes de Rua • Etnia das Ruas • Apoena Ferreira

• Quadrilha Intelectual • Tri Máfia Flagrant • The Funk Brothers • Legado Capoeira Raiz e Tradição

Atendimento: 10h às 20h


CULTURA | 09

CEILÂNDIA EM FOCO

CULTURA

DE ROLÊ NA QUEBRADA Websérie passeia pelas periferias do DF contando histórias de seus moradores por

Poliana Franco

CRUZADAS

WWW.COQUETEL.COM.BR

Espaço pa- "Roubado" pelo juiz ra realiza- (o time de futebol) ção de competições Dom (abrev.) automobilísticas

Jair (?): deputado federal mais votado do RJ, conhecido por suas posições radicais "Resident Evil", "P.T." e "The Evil Within" Lutador do Coliseu Tema de cantadores Alimento preferido do Pernalonga (TV)

Órgão ad- Objetivo da aplicação ministrador Empresa de pesticide rodovi- de telefonia das em as (sigla) celular plantações

Aplica; emprega País de Obama Panquecas (?) Betto, escritor e ativista "Risos", na linguagem de internet Programa com presidenciáveis na TV

Mancha na pele muito clara Lágrimas de (?): falsidade (pop.)

Sensação típica da fibromialgia A vaga oferecida por lojas no fim de ano Rio que nasce nos Alpes Suíços

Remo, em inglês Embalagem da carta

Mídia que lançou Orlando Silva

foto Divulgação

Planejar (um crime)

Período sexual dos animais

(?) teórica, primeira parte da autoescola

(?)-condicionado: é indispensável no verão Luíza Tomé, atriz cearense

Checklist levado ao supermercado

Planta do ecossistema marinho

Estatal envolvida no escândalo de corrupção da Operação Lava Jato

E N V E L O O A

R

L S O N BO

A D I U C T E O U R D A R C O A R M P O O C S O M E D C I L L T R O

G A D R E F R A D EB O D R A A D A I T O A B R

3 5 7 1 8 6 4 9 2

O R P ES E I R S A TE D N O C R IA A A P A R U A L GA A S

SOLUÇÕES

PE

G A M C E S D E T R E R P R O R

2 8 9 4 7 3 5 1 6

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• Belladona • Japão (Viela 17) • Ceilândia Muita Treta • Laila Dias (Estrutural) • Abder Paz (Mercado Sul) • Marília Abreu (Imaginário Cultural) • Hellen (Casa Frida) • Grupo Cultural Azulim

(?) cáustica, solvente de gorduras

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Alguns personagens do Minha Quebrada:

Regina Volpato, apresentadora de TV

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pessoas e mais histórias de resistência política e cultural. Um financiamento coletivo – vaquinha virtual – ajudou a colocar, literalmente, a 2ª temporada na rua. Ao todo, mais de uma dezena de Regiões Administrativas recebeu o Minha Quebrada, entre elas Ceilândia, Samambaia, São Sebastião, Planaltina, Sobradinho II, Itapoã, Brazlândia, Taguatinga, Recanto das Emas, Santa Maria.

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Valorizando a quebrada O trabalho com a garotada, o desejo de valorizar as periferias e contar suas histórias somados ao amor por um Opala 79, deram ori-

gem ao Minha Quebrada, série de episódios lançados na internet que já está na 2ª temporada. A ideia era boa, mas faltava dar aquele retoque no Opalão. Restaurado e captados os recursos financeiros, uma equipe de amigos e voluntários foi para a rua dar “carona” a pessoas que se destacam na transformação social de suas comunidades. O projeto não foi criado para ser simples entretenimento “ A gente queria contar a história das cidades e das pessoas que fazem essas cidades” afirma Max. Vencidos todos os desafios de produção os primeiros episódios da temporada inicial, disponíveis no Facebook e YouTube, foram um sucesso, mas faltava grana para dar continuidade ao projeto e conhecer outras cidades, mais

Grupo do lema "Mais 24 horas" (sigla)

Século (abrev.)

3/doc — oar. 4/reno. 7/garfado. 13/games de terror.

Há quase vinte anos, o pedagogo Max Maciel trabalha com a juventude das periferias do Distrito Federal, seja na antiga Central Única das Favelas (CUFA-DF), na Rede Urbana de Ações Socioculturais (RUAS) ou no Programa Jovem de Expressão. Este ceilandense, especialista em Gestão de Políticas Públicas com foco em gênero e raça, vivencia a periferia em seus mais variados aspectos, e se destaca entre os jovens por falar “a língua deles”. Está sempre em movimento, contribuindo para a valorização da cidade e disseminação da cultura.

Extensão de arquivos do Word (Inform.)


10 | DEDO DE PROSA

CEILÂNDIA EM FOCO

DEDO DE PROSA

Coluna

APENAS UMA NOTA por

Luzia Braga*

Seja verdade, ou não Engano talvez? Seja branco, armim como a escarlate. Ou uma simples ausência de cor!

Onde estás agora? Não vá! Fique, permaneça aqui, Perto deste seu amigo Apenas uma nota!

Seduziste-me... coração apaixonado Envolveste-me com suas notas, agora, pois Se oculta, agora, pois, o que me resta? Acreditar no engano da sua melodia.

Ou são notas, algumas... Ora triste, ora alegra minh’alma. Uma doce e eterna sinfonia, Som suave... Não parece agudo perpassando meu ser!

Vibra, dê um sinal, um zumbido Apenas uma nota! Sua melodia faz-me sentir vivo; Toca, vai!

Melodia vinda da harpa de um cupido Ingenuamente embriaguei-me Com doçura e amarga sedução Emudecido de amor!

Apenas uma nota, só uma nota para acalentar este coração, Som puro como ouro, valiosa para este coração, Afinal, foi o que restou para este seu amigo, Apenas uma nota!

Posso te ouvir minh’alma! E enquanto seu amigo... Ah! Ao longe podes me ouvir? Ouças as batidas filiformes. Vibra com apenas uma nota! Para despertar um coração agonizante, És majestosa, és real, és poderosa, Necessito saber se ouve minhas batidas.

Estou impregnado de inverdades Preciso me libertar deste descompasso Amor não correspondido Só tu minh’alma és minha fiel amiga.

Valiosa, majestosa, real? és bela, mágica, encanta com sua magia! Sejas tu oh, minh’alma verdadeira Real, apaixonada, companheira Com sua vivacidade imperiosa.

Vê, ouça, estou bradicárdico. Estou em farrapos, estraçalhado de amor Como toda realeza oculta-se por vezes; Estou acostumada com seus caprichos, minh’alma.

Ainda assim, sabes esperar, Sempre espera por ela Pela felicidade! Sabes exatamente a hora da sua chegada.

Revela-te! saberei interpretá-la Enfim, sou tua vítima, Sangro de amor, e tu? Deixou-me acreditar em sua melodia, Não te culpo, deixei-me envolver.

Instigante encontro, logo se vai Porque deixas ir, peça pra que fique! É o que necessita este seu amigo Oh, minh’alma!

Por tu não desisto, quero viver... Toca apenas uma nota Sabes que posso te ouvir? No seu silêncio há vida. Seja verdade, mentira, ... ou engano Não importa, podes me ouvir? Toca, toca só mais uma nota Apenas uma nota! Sabes que este será... Podes me ouvir? Uma última nota, sufocada Nem batidas filiformes, nem bradicardia. *Luzia Braga é formada em pedagogia

10,1 x 7,2 cm | 2 Colunas

15,4 x 7,2 cm | 3 Colunas FALE COM SEU PÚBLICO. Adquira um espaço de Informe Publicitário no Ceilândia em Foco, o melhor jornal da cidade.

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MEU OLHAR E A VOZ DO LEITOR | 11

CEILÂNDIA EM FOCO

MEU OLHAR

Coluna

MEU OLHAR

10,1 x 7,2 cm | 2 Colunas Anucie no Ceilândia em Foco e dê visibilidade a seu negócio

foto Brígida Marques

A foto da Brígida Marques, moradora da Expansão do Setor O, foi escolhida para entrar nesta edição do Ceilândia em Foco.

Todo morador que gosta de apreciar o céu de Ceilândia e já subiu em uma escada ou uma laje, conhece essa paisagem: emaranhado de antenas, fios, caixas d´água e céu, muito céu. O problema, em tempos de chuva é a cor do céu, que muda de um

A VOZ DO LEITOR

azul lindo e convidativo a passeios para um céu cinza, carregado e que pede outro convite: filme e pipoca debaixo das cobertas, ou aquela sopinha quente. É unânime: precisava chover, mas para a Brígida “que o céu fica feio, fica”.

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A VOZ DO LEITOR

foto Ceilândia em Foco

10,1 x 9,2 cm | 2 Colunas Anuncie no Ceilândia em Foco e dê visibilidade a seu negócio

Cileide Moura, moradora de Ceilândia Norte foi uma das ganhadoras do kit de produtos de beleza Natura e Avon que o Ceilândia em Foco sorteou em novembro. A outra ganhadora foi Regina Mendes, de Taguatinga. Agradecemos a todos e todas que participaram da promoção, que foi um sucesso.

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10,1 x 7,2 cm | 2 Colunas

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26 x 31 cm | 5 Colunas

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