Diário do Comércio - abril 2002

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Senado vota na terça lei trabalhista

Nem todos concordam com a proposta do governo de flexibilizar as atuais regras da CLT, temendo perda para os empregados

O Senado vota amanhã, em regime de urgência, o projeto que alteraa CLT,Consolidação dasLeisdoTrabalho.A proposta é estabelecer condições de trabalho ajustadas mediantenegociação coletiv aque prevalecem sobreo disposto na legislação, desde que respeitados os direitos trabalhistasconsagrados na Constituição.

Ao enviar o projeto ao CongressoNacional, ogov erno considerouque,no ambiente democrático do País, o diálogo social, no qual se insereessa negociaçãocoletiva, éde valorfundamental.

Amensagem doExecutivo também afirma que, aprovado o projeto, os próprios trabalhadoresdecidirão,de comum acordo e livremente, se

a lei deverá ou não prevalecer sobre seus acordos.

Temor – O senador Osmar Dias(PDT-PR) disse considerar temerário para os trabalhadores oprojeto queflexibiliza a Consolidaçãodas Leis do Trabalho. Na avaliação dosenador, emborahaja necessidadede alteraçõesna legislação do trabalho, os trabalhadores ficarão em desvantagem caso seja aprovado o projeto, com risco deperderem direitos assegurados. "Nós nãoestamosfalando de umpaís emque existeum padrão de sindicatos fortes que ajudarão o trabalhador nas negociações. Nós estamos falandodoBrasil, onde meia dúziadossindicatos têm poder denegociação", disse o senador. No entendimento de Os-

mar Dias, também não se justifica a urgência regimental para a votação da matéria. Ele acredita que a urgência cairá, dando possibilidade para discussão mais aprofundada do projeto.

TSE – No mesmo dia, o Senado decide se suspende a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, TSE,de estabelecer que asaliançaspartidárias paraas eleiçõespresidenciais e estaduais deste ano só serão

possíveis se estiverem vinculadasentre si.Deautoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), sefor aprovado, o projeto de decreto legislativo que trata das coligações eleitorais seguirá para a deliberação daCâmara dosDeputados.

O senador José Fogaça (PPS-RS) criticou a decisão tomadapelo TribunalSuperior Eleitoral (TSE), que permite aos partidos que não

lançarem candidatosa presidente da República a realização de coligações em nível estadual com agremiações nãocoligadasem nível federal. Segundoo senador,"estabeleceu-seuma mixórdiaepoderemos ver as coligações mais estapafúrdias". Fogaça avaliou que, ao tentar repararmedidaanterior, que obrigou a verticalização das coligações a partir da eleição para presidente da Repú-

blica, o TSE errou novamente. "Essa nova medida não estabelece a homogeneidade dos partidos, oua coerência, massim acentralização do poder a partir da cúpula de cada partido,uma vez que centralizaas açõesnasmãos dos dirigentes", enfatizou. Na próxima semana,o Senado vota propostas de reduzir o recesso parlamentar e com as convocações extraordinárias do Congresso. (AS)

Governo argentino enfrenta nova onda de protestos

O governo da Argentina estuda a criação de uma central de vendasde produtos básicos com preços mais baixos. O projeto começaa ser tocado num momento em que os saques de alimentos voltam a fazer parte docrítico cenário econômico e social do país.

O próprio Duhaldedeterminou queo secretáriode Defesa do Consumidor, PabloChallú,estabeleça um plano conjunto comosrepresentantesdas associações de consumidores.

O presidente argentino tambémpediuqueestas associações participem "ativamente" das negociações sobre formação de preços com a indústria, comércio e também com representantesda da área de medicamentos.

Desafio – AArgentina fechou a semana na corda bamba. Os tumultos começaram na segunda-feira, quando centenasdeargentinos permaneceram na frente aos bancos ecasas decâmbio na tentativa de trocar pesos por dólares. Neste dia, a moeda americanachegou acustar4 pesos. Como o governo apertou o controle de compra e vendanosbancos enasoperadoras, o dólar recuou.

No final da semana, com os bancos fechados, o governo teve de enfrentar outra frente

debatalha:conter parteda população que voltou a saquear os supermercados e lojas comerciais. Alerta – Os atuais saques fora maisamenos doqueos realizados em dezembro do ano passado,mas mesmoassim preocupam e colocam a Argentinaem estadodealerta, admitiram fontes policiais e governamentais. Nacidade deNeuquén, a políciareprimiucomgás lacrimogêneo e balas de borracha grupos de jovens que ten-

tavam saquear supermercados. Quatro manifestantes e dois policiais ficaram feridos. Vários supermercados estão sendovigiadospela polícia para evitar novos saques. Oministrodegoverno de Neuquén, Jorge Gorosito, disse que os incidentes foram provocados por grupos de jovens apoiados por partidos políticos de esquerda.

Para o líder da organização Barrios de Pie, Jorge Marillán, trata-se de uma "manobra dogoverno(daprovín-

Justiça americana não reconhece os direitos trabalhistas de imigrante

Os imigrantes ilegais que trabalham nos Estados Unidos não têm os mesmos direitos àrestituiçãoconcedidos aos cidadãos americanos que são tratados injustamente em seus empregos, decidiu a Corte Suprema.

Na semanapassada, numa decisãoque nãoobteveunanimidade, o tribunal decidiu que umaempresa de plásticos nada devia a um imigranteilegal mexicano queutilizou o documento de identidade de um amigo para obter emprego.O governodopresidenteGeorge W.Bushsustentou que,sem aameaça de sanções contra os patrões, algunsdos 7milhões de imigrantes que trabalham nos EUA sem documentos poderiam ser explorados.

cia) para provocar paranóia na população".

De quinta-feirapara sexta, cinco lojas daperiferia de BuenosAires foram assaltadas. Outrasquatro tentativas foram registradas na região. Trinta pessoas foram presas. Buenos Aires – Açougues e supermercados também foram saqueados nacapital argentina. Cerca decem pessoas invadiram um açougue e levaram duastoneladas de carne, uma balança e várias facas. (DC/Agências)

FMI poderá liberar recursos ao país ainda neste mês

O Fundo Monetário Internacional, FMI, emite sinais de que aajuda a Argentina pode estar próxima. O Fundo comunicou que enviará nesta semana uma missão para o país e que outro encontro poderá acontecer após 20 de abril,se asconversas forem positivas.

O porta-vozdo FMI,Tom Dawson,disse queépossível que essa segunda missão possaesboçar umacordo coma terceiramaior economiada América Latina.

Minuta – "Se ascoisasforem bem, uma missão poderá ir lá logo em abril e pode ter o potencial de trabalhar na minuta de uma carta de intenção", disse Dawson.

A ajuda do Fundo foi suspensa em dezembro, quando asituaçãodo paíspioroueo governofalhou emreduzir seus gastos.

A primeira missão, que devechegar na Argentinano início destasemana, éum missão "técnica e "de negociação" que irá permancer no país por duas semanas.

Ela será encarregada de indentificar asquestõesque precisamser resolvidas,mas não deve fecharnenhum acordosobre ajudafinanceira, disse Dawson.

O porta-voz do Fundo MonetárioInternacional MI acrescentou quea recuperação do pesona quarta-feira e o fato de ele ter retomado terreno em relação ao dólar, "com mínima intervenção", foi umprogressorecebido com agrado. (Reuters)

Retroativos – A CorteSuprema,por 5votos a4,se opôs a que as empresas sejam obrigadas a pagar salários retroativosa seus empregados ilegais que são injustamente despedidos ou rebaixados.

"Outorgar salários retroativos aos imigrantes ilegais se opõe àpolítica que sustentam"asleisfederais de imigração,disse opresidentedo máximo tribunal, William Rehnquist, ao escrever a opinião da maioria.

Oscidadãos americanos

Tecnologia

têm direito asalários retroativos se forem despedidos de forma irregular. Para o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas, o trabalhador JoséCastro,embora sendo ilegal, tem direito a receber os quase US$ 67 mil devidos. Castro,um mexicano, mentiu para obter trabalho em uma fábrica da Califórnia eemseguida foidespedido por tentarfiliar oscolegas de trabalho em seu sindicato. O magistrado Stephen Breyer escreveu que o patrão, neste caso aHoffman Plastic Compounds, era culpado por umaviolação "cruae óbvia" das leis trabalhistas e que a multa de US$ 67.000 "ajuda razoavelmente a prevenir atividadesilegais que asleis de trabalho e demigraçãobuscamprevenir". Outrostrês magistrados coincidiram com a opinião de Breyer. Protegidos– Embora a Corte Suprema tenha sentenciadoque os trabalhadores sem documentos estão protegidos pelas leis federais, os 5 magistradosrestantes alegaram que isto não lhes permite receber pagamento retroativo"por saláriosque nãopoderiam ter ganhado legalmentee portrabalhoobtido, em primeira instância, por fraude criminosa". (AE/AP)

Aeroporto identifica passageiros pela íris

O aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, está de fato na era cibernética.Aequipede fiscalização de passageiros do Schiphol garante que tem resultados animadores com o sistema de segurança biométrico para escanear os olhos dospassageiros etornardispensável otradicionalcontrole de passaportes.

OSchiphol estáempenhadoem adotarnovastecnologias para aperfeiçoar as medidas desegurançaeagilizaro movimento de passageiros, pre judic ado apósos atentadosde 11desetembro, nos Estados Unidos.

Em Amsterdã, passageiros utilizam cartão inteligente contendo dados e a foto de sua íris

Pesquisas – O aeroporto de Heathrow, em Londres, também faz experiências no gênero. Nos Estados Unidos, as autoridade aindaestudamo sistema para adoção em aeroportoscomoo JFK,deNova York, e o Dulles, de Washington.

Alguns dos aparelhosem fase detestes parecemsaídos docenáriode"Jornada nas Estrelas"e, segundotécnicos locais, funcionam mesmo. Emuso experimental desdefinais doanopassado,o Privium, oprojetodo Schiphol, originalmente foi pensado para agilizar os procedimentos de controle de passaportes, porém sua adoção demonstrou que também torna a segurança mais rígida. "Cartão inteligente" – Pelo sistema, os passageiros utilizam um "cartão inteligente"

que pareceum cartãode créditoe noqual estãoregistrados seus dadospessoais, junto com uma foto de sua íris, a membrana circular, pigmentada, de cada olho,em cujo centro está a pupila. Uma vez no aeroporto, o passageiro,antesde passar pelas portas de acesso, deve introduzir o cartão em um leitorótico eolharpara um scanner que iráreproduzir a imagem de sua íris. As duas imagenssão comparadas e, se comprovado que são idênticas, o passageiro tem o acesso autorizado.

Custo – Os viajantes têm de pagar cerca de US$90 paraparticipar do projeto Privium, explicaa portavoz PamelaKuypers. "Qualquer passageiro da União Europeia pode inscrever-se. Nestemomento temoscerca de 1.500pessoas inscritas, mas esperamos mais no fim o ano", acrescentou.

Segundo Kuypers, para começar, o alvo principal do Privium é o viajante de negócios queestá semprepressionado pelo tempo."Mesmo a verificação depassaportes e de vistos mais rápida do mundo podeacarretar uma espera de até 30 minutos", explica, referindo-se à espera nas filas dos balcões dos aeroportos. "Ocontrolebiométrico de passaportes demora apenas 10segundos. Éideal para pessoas que viajam muito a negócios". (Agências)

Policiais tentam controlar a multidão que se aglomerava à frente do Banco Nacion para comprar dólares
Enrique Marcarian/Reuters

Exportação avança, mas tem restrições

Bom desempenho do comércio externo não se deve apenas ao câmbio favorável, mas sobretudo à queda das importações

Apesar das vendas do Brasil para a Argentina terem caído quase 70% neste primeiro trimestre, balançacomercial brasileira (exportações menosimportações) conseguiu obter umsaldo positivo(superávit) de US$910 milhões.

Com isso, conseguiu uma posição privilegiadaem relaçãoao primeirotrimestredo anopassado,quandoo País registrou um déficit de US$ 479 milhões.

Para especialistas o resultado do primeiro trimestre

mostra que "as coisas estão caminhando positivamente", masainda nãoé horade comemorar. Motivo, apesar de sinais de retomada da economia norte-americana, o Brasil deverá enfrentar, este ano, muitasrestrições externas às suas exportações não apenas no aço – barreiras dos EUA e União Européia – mas prosseguirão as barreiras aos nossos produtos agrícolas, que têm ajudadoo desempenho da balança. Alémdisso, odesempenho

dasexportaçõesnãose deve apenas ao câmbio favorável, mas sobretudo,à queda das importações. Maurice Costin, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), da Fiesp, destaca a brusca queda nasimportaçõesde máquinas e equipamentos, causada, especialmente, pela desaceleração aoparalisação de vários programas de investimento nas empresas. Essa tendência ficou evidente nos meses seguintes à

Mercosul é possibilidade viável

"Seria uma irresponsabilidade histórica dizer que o Mercosul estámorto", disse ao Diário doComércio Felix Peña, ex-sub-secretário de Comércio Exterior da Argentinae diretordo Institutode Comércio Internacional do BankBoston, em suapassagem pelo Brasil.

No entanto, deixou claro que asobrevivência dobloco composto pelo Brasil, Argentina,Uruguai eParaguaidependede flexibilidade, sem deixar perderuma amplavisão estratégica, por problemas conjunturais sofridos pelos seus sócios.

Alémdisso, Peñaachaque o jogo "ganha-ganha" deve fazer partedessaestratégia, queimplica umextensa e complexa agenda de trabalho, onde seinclui, entre outras coisas: melhorar sua qualidade institucional,de gestãoe decisória; investir em acordos bilaterais com o México, Chile,Comunidade A ndina, União Européia e Estados Unidos; criar um

fundo para incentivare estimulara especialização industrial; estimular o convênio de crédito recíproco e ampliar aindamais os esforços para exportar para o continente asiático.

Para Peña, muitas críticas aoMercosul, feitasporespecialistas e articulistas em todo o mundo, estão completamente equivocadaspor um mal entendido: "Porque os críticos esquecem que o Mercosul éum subproduto das relações entre seussócios, que têminteresses concretos e que, por isso mesmo, optaramtrabalhar juntos." Em outras palavras, oscríticos, segundo o ex-ministro argentino, misturam problemasconjunturais– acrise cambial brasileira de 1999 e a atual crise argentina, por exemplo – com a estratégia de longo prazopara todoo bloco comercial.

Tudo bem – Felix Peña olha comdesconfiança também para os super-otimistas, "aqueles que dizem estar tu-

dobeme pronto."Paraele,o Mercosultem problemas, mas são de ordem metodológica,sobretudo aexistência deregrasconfusasque dificultamsua gestão interna. "Há umpouco deindisciplina", disse, referindo a medidas alfandegáriasadotadas, vezou outra, portodosseus integrantes, durantepalestra naAssociaçãodas Empresas Brasileirasparaa Integração do Mercosul (Adebim). Isso prejudicaos empresáriosna horadeinvestirem projetos de olho num mercado consumidor de mais de 200 milhões de pessoas. Peña lembraque asempresas olham para vários indicadoresenão apenasparaasituação cambial. Sobrea crise argentina em relação ao Brasil, diz que as empresas que estão operandodosdoislados do balcãoestarão em situação mais tranqüila.Peña diz que o momento poderágeraruma situaçãopositiva paraasempresas argentinas se associarem com outras. (SLR)

crise energética, emmeados de 2001.Felizmente,segundo Costin, já é possível notar a retomada lenta e gradativa dealguns projetos,cujasnovasmáquinase equipamentos deverão ser supridas pela própriaindústria brasileira. "Nãohádúvida queestáhavendo umprocesso desubstituição de importações", disse. Este fato, por si só, poderá ajudar um pouco o desempenhointernoda economia, auxiliada pelo agronegócio. Bom tamnho – Maurice Costin achaque estamos indo num bom caminho, capaz delevar a balança comercial de 2002 a marcar um superávit nãode US$6 bilhões,comoalardeia ogoverno,"mas chegarperto dosUS$ 5bilhões." Essa cifra é considerada otimista por Michel Alaby, presidente-executivo da AssociaçãoBrasileira paraaIntegração do Mercosul (Adebim).Para ele, falarem US$ 3,5 bilhões "já está de bom tamanho."

Alaby seexplica: "Ainda enfrentaremos esteano problemascom ainstabilidade do câmbio, com do aço, além davelha questãoagrícola." Ele recorda queas perdas externa do Brasil com a crise argentina foramcompensada, além daqueda nas importa-

ções, pelas ampliações das vendas para outros mercados para o Oriente, Rússia, Índia eChina. Houveganhostambém no mercado norte-americano e no europeu. No entanto, Alabydiz que algumas "conquistas externas" estão ameaçadas. Por exemplo,o Oriente Médio deverá abrir seu mercado pa-

ra a carne européia. "E o Brasil vende US$ 300 milhões lá", alerta Alaby. A saída é agilizar os acordos que o Brasil e o Mercosul estão encaminhandocom aÁfricado Sul,México e Chile. "Não podemos adiar mais", afirma Michel Alaby.

É preciso implantar nova cultura de comércio exterior

Os especialistas concordam quemelhor receita para exportar pode ser antiga, mas continuavalendo: abrirnovos mercados e investir nos já conquistados é uma ação que não pode ter trégua. Mas há outros ingredientes, paracriarde uma vez por todas no Brasil umacultura exportadora de sucesso duradouro. Entre eles, aurgentíssima necessidade de implementar novos acordos comerciaise promover a marca Brasil no exterior. Lição de casa – Há mais ainda a fazer, concordam Michel Alaby, presidente-executivo da Adebim e Maurice Costin, diretor doDerex. "Aquiprecisamos fazer logo a lição de casa: desonerare ampliar osfinanciamentos às exportações,reduziros custosinter-

nos,investindo em tecnologia, melhorandoestradasportos eaeroportos e fazendo a reforma tributária", sentencia Alaby. Costin insiste na velha tecla: é preciso eliminar imediatamente osimpostos emcascata – CPMF, PIS e Cofins – das exportações e aliviar o ICMS para comprade máquinase equipamentos também no mercado interno, que tenham como finalidade ampliar a produção para o mercado externo. Além disso, épreciso reduziras elevadastaxasdejuros, queoneramo produtobrasileiro etiram suacompetitividade externa. "Nenhum dos nossos concorrentes externos temumpeso desse tamanho nos seus custos de produção", desabafa. (SLR)

Indústria de confecções do Paraná revela excelência

O Estadodo Paranánão é apenassinônimo deagriculturaecafé.O nosso vizinho temum importantepólode confecções, que fabrica especialmente jeans e moda do dia-a-dia.

São736 indústrias,que produzem quatro milhões de peças por mês e faturam cerca de R$ 1 bilhão por ano. O setor emprega,entre postosde trabalhodireto eindiretos, cerca de 50 mil pessoas.

Maringá – cidade do Noroeste do Paraná distante 700 quilômetrosde São Paulo –conta com 410confecções , que empregam 35 mil trabalhadores. Omunicípio, que no passado recente dependia praticamente da cultura cafeeira, hojetemcincoshoppings centersdepronta-entrega. O sexto, o Portal da Moda, deverá ser inaugurado em breve.

A cidade,com 350mil ha-

bitantes, concentra basicamenteprodutores dejeanse de moda do dia-a-dia que distribuem suaspeçasem grande parte por meio da pronta-entrega- vendano balcão ao lojista e ao revendedor, sem pedido prévio.

Maringá recebemensalmente20millojistas provenientesdosEstadosdo Rio Grande do Sul,Santa Catarina, Paraná,São Paulo,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Sul de Minas Gerais.

A confecçãolocal também se prepara para colocar os produtos lá fora. Os fabricantesestão se organizando em consórcios comoapoiodo Programa TexBrasil, da AssociaçãoBrasileira daIndústria Têxtil e de Confecção, Abit, que pretende elevar a partir de 2005 as exportações do setor têxtil e de confecções brasileiras para US$ 4 bilhões ao ano.

Padrão hoje se iguala ao dos grandes centros

OParanáFashion abre as portas nesta segunda-feira com os lançamentos das principais grifes do Estado e região. No segundo dia, cinqüenta confecções mostram as novidadesque estarãonas ruas no outono/inverno. São 14 desfiles, algunsdeles com peças criadas comexclusividade para a ocasião.

Oeventoque aconteceno piso superior doNovo AeroportoInternacional de Maringá deverá receber 2 mil visitantes. "É uma oportunidadepara osfabricantes doEs-

tado mostraremque amoda local tem o mesmo padrão da produzida nos grandes centros", diz a diretora do Paraná Fashion, Ana Luiza Rente. A produtora de moda e estilista paulistaFawsia Borralho orientouasconfecções locais na definiçãodas coleções para a próxima temporada.Entidades nacionais e locais apoiam o Paraná Fashion, entre elas a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Abit, a Associação Comercial de Maringá e o Sebrae. (TM)

Umaprimeira rodada de negócios com importadores acontece na cidade de Maringá em maio, estimulada pelo TexBrasil.

Evidência – Mas não é só. A indústria de confecção do Paraná,alémde vender, quer colocar sua moda em evidência. Com esse objetivo, investiu cerca de R$ 500 mil na realizaçãodo ParanáFashion, que começahoje (dia 1o) e termina amanhã, reunindo as principais grifes da cidade, diz apresidente do Paraná Fashion, a empresária Ana Luiza Rente.

A indústria de confecção de Maringá começou a ganhar forçana última década.Há dez anos a cidade paranaense já tinha confecções do segmento de jeans.

Lojistas deoutras localidades da região perceberam que em Maringá havia boas possibilidades denegócios ecomeçaram air até asfábricas para rechear suas prateleiras, relata Ana Luiza.

Esses compradores acabavam interferindo no andamento da produção e na programação do dia-a-dia das fábricas locais.

Os fabricantes entãodecidiram abrirlojas deprontaentrega num mesmo local. O primeiro shopping de atacado deMaringásurgiunum espaço improvisado: um centro de exposições cedido pela prefeitura local.

A partir de então, o comérciolocal foiganhandoshoppings atacadistas.Hojesão cinco centros de pronta-entrega, que reúnem 400 lojas.

Teresinha Matos

Sergio Leopoldo Rodrigues

TENDÊNCIAS/SEMANA

Eleições e a questão do aço dominam a cena financeira

A política e a questão da sobretaxa àimportação do açoimposta pelos Estados Unidos devem tomar a atenção do mercado financeiro nesta semana.

A primeira, por conta das últimas pesquisas de intenção devoto. Qualquerfato novo no decorrer da semanaque venhaamudar ojá embolado quadroeleitoral terá reflexodireto nomercado, mais especificamente pela bolsa.

A questão do aço também estará presente no mercado nestavolta doferiadoprolongado. Adecisão da União Européia,de responder à sobretaxa imposta pelos Estados Unidos comuma taxaçãode 15diferentes tipos de laminados a frio e a quente, vai afetar as exportações brasileiras, a exemplo da taxação norteamericana.

Asbolsas contamcom a possibilidade de haver qualquer flexibilização por partedos EstadosUnidos em relação ao assunto, na opinião do economista Keyller Carvalho Rocha, do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de SãoPaulo(Ibef). Segundo ele, aposição daUnião Européia de retaliara imposição dos Estados Unidos poderámudaradecisão norte-americana.

Se os Estados Unidos voltam atrás, ainda que pouco, a balança comercial brasileira podemelhorar, assim como odesempenho de empresascomo aCSN ea Vale do Rio Doce.

Já a divulgação pelo Banco Central, na última quinta-feira,daata doComitê dePolítica Monetária,Copom, não surpreendeu o

mercado. Quem esperava alguma novidade nas explicações do governopara a pequena redução feita na taxa básica de juros, a Selic, se frustrou.

O Banco Centralapontoumotivos já conhecidos do mercado para o corte menor dos juros doque o aguardado. O governo continua preocupado com a inflação, que está sob pressão dos preços administrados e do petróleo.

O acordo feito entre o governo e as distribuidoras de energia, garantindo o racionamento, deverá ser cumprido agora. Isso quer dizer que haverá novo aumento de energia ao longo deste ano.

Um novo aumento seria umfator depreocupaçãoa mais para quem tenta cumprir a meta de inflação fixada.Daí,maisuma vez,o conservadorismodo Copom em baixar os juros. O governo reconheceu, como cortede0,25ponto porcentualdaSelic,que o cenárioexterno épositivo, o movimento de queda da inflação é concreto e as projeções para o ìndice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, que baliza as metas do governo, estão dentro do esperado.

Mas ainda assim mandou um recado para o mercado: apesar da tendência de queda das taxas de juros, os cortes serão feitos de forma gradual.

Na última semana, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga,disse,em São Paulo,que cortesmais profundos dos juros deverão começara acontecer mesmo a partir do próximo governo.

OPINIÃO

Sinal de alerta

"Apesar dafaltade surpresas da Ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado deve interpretar como um alerta o conservadorismo do governo". A opinião é do analista derenda fixada BMG Asset Management, ArnaldoJosé daSilva. Segundoo especialista, a falta de agressividade demonstrada pelo Banco Central, e confirma-

da na divulgação do Relatóriona última quinta-feira, mostraque ogoverno vai continuar olhando com lupa osnúmeros dainflação, o aumento do diesel e o possível aumento no preço do petróleo. Com isso, de acordo com Silva,o Banco Central deve manter postura semelhante de cautela também naspróximas reuniões do Comitê.

FIQUE DE OLHO

• O Bradesco estará promovendo no sábado, dia 6, umleilão de imóveis. Ao todo serão leiloados 130 unidades.

• O BNDESestará divulgando a participaçãodas instituições na oferta pública de venda de ações da Companhia Vale doRio Doce.Os extratosjá estãosendo encaminhados aos que com fizeram reserva de ações da empresa.

AGENDA ECONÔMICA

•Segunda-feira – Asações daLightpoderão sofrerimpacto coma decisãoque aEDF tomanesta semanaa respeito da dívida da empresa.

•Terça-feira – O mercado de juros estará de olho no leilãode 4milhõesde LetrasdoTesouroNacional queserão oferecidas pelo Tesouro.

•Quarta-feira – A Associação Brasileira dos Analistas de MercadodeCapitais, Abamec, começ aaadiscutir,em Porto Alegre, a criação de um plano diretor para o mercado de capitais.

Bancos aceleram negócios e parcerias com o comércio

Aproximar asagências bancáriasda população,oferecendo serviços para 40 milhõesdebrasileiros adultos, que não têm vínculo com nenhuma instituição.

Este é o objetivo dos bancos que adotaram como estratégia fazer parcerias com pequenos estabelecimentos comerciais instalando,nestes espaços, terminais que oferecem serviçosbancários. Caixa Econômica Federal, Real ABN Amro e Bradesco são alguns dosbancosquedescobriram este nichoe pretendem alcançar todos os municípios do Brasil.

Caixa – A Caixadeu oprimeiro passo rumo ao Interior doBrasil. No último mês dedezembro lançou o "Caixa Aqui"e começou a instalar máquinas em todo tipo de comércio nas cidades em que não tem agências. "O Brasiltem 5.565 municípios. Nosso objetivo é atendera todoseles até maio",explicaMario Haag, superintendente-nacional da Caixa Econômica Federal. Para alcançar ameta a instituição investiuR$40milhõese estáinstalando quarenta terminais por dia. A primeira cidade a ser beneficiada foiSolidão, emPernambuco.

deemancipação queocorreu nos últimos anos. De acordo com o executivo da Caixa, "a necessidade dos correspondentesnão está ligada ao subdesenvolvimento, tem a ver com a criação de novas cidades. Se antes o morador contavacomuma agência da CEF no seu município,coma separaçãodeixou de ter."

A Caixa Econômica

Federal quer atingir, até o próximo mês, todos os 5.565 municípios

Os correspondentesbancários,como forambatizados,estão habilitadosafazer serviços de pagamento do Bolsa-Escola, INSS e todos os benefícios queestãosob a proteção social doGoverno Federal.

Ospagamentosde água, luz econdomínio, além dos saques e depósitos, também estão disponíveis nos terminais. "Optamos pelos serviços mais simples para atender às famílias que não têm acesso aos bancos", diz Haag. Emancipação – Os Estados que estão sendomais beneficiados são Rio Grande do Sul e Minas Gerais, pelo processo

Quem ganha com o correspondente,deacordo como executivo, é o município que arrecada maiscom apermanênciadomoradorna cidade, jáque com um posto da CEF em sua cidade ele não precisa deslocar-se. "Geralmente quando apessoafaz umsaque ela aproveita o lugar em queestá para fazer compras. Estando noseu município,o dinheiro não sai da cidade", ressalta Haag. ACaixa contaainda coma parceiracomcercade 9mil casas lotéricas que realizam, por mês, 65milhões de transações. "Acomunidade escolheuo lotéricopela suasimplicidade, pelafacilidadede ter um estabelecimento deste tipo semprepor pertoe pela flexibilidade de horário." Farmácias – O BancoReal ABN Amro é outra instituiçãofinanceira de olhonas pessoas quenão têmacesso aos bancos. Hádozeanos a rede de farmácias Pague Menosimplantou o serviço de correspondente bancárioem suas lojas. Ao todo são dez Estados das regiões Norte e Nordeste beneficiados pelos 180 terminais distribuídos entre as farmácias. Agora,com osistemaconsolidadoeo sucessodoempreendimento, o Real firmou uma parceria com a Rede, que passou a aceitar também o pagamento de boletos bancários como condomínios, mensalidades escolares ede emissoras de TV a cabo dos clientes do Ceará.

Recebimentos– "A nossa intenção é prestar um melhor atendimento aos correntistas e não-correntistasda região.

A expectativaé deatingir 20 mil recebimentospor dia", explica Orestes Prado, diretor-executivo doBanco Real Amro Bank.

A parceria propiciará à Rede Pague Menosatendera uma parcela da população que necessita efetuar seus pagamentos pormeio de boletos. "Iniciaremos o PagueJá na cidadede Fortalezae, em breve, para outras localidades do Norte e Nordeste", diz Prado.

Bradesco – O Bradesco tambémentrou nestadisputa,apartir deumaparceria com os Correios e inaugurou, na segunda-feira passada, sua primeira agênciapostal,em SãoFranciscodePaula, Minas Gerais.

Com a agência a população local passou ateracessoaos serviços oferecidos pelo Bradesco como abertura de contas, depósitose saques,rece-

bimentos e pagamentos, concessão de empréstimos, financiamentose cobranças de títulos.

Abril – O Bradescoquer abrir aomenos umaagência por Estado em abril e, até o final de 2002, estar presente em três milagências dosCorreios,priorizando ascidades que não possuam agências. Para 2003 aexpectativaé de ter 5.320 postos atendendo nos Correios.

Para o Bradesco a parceria é uma oportunidade de conquistar novos clientes. A projeção do banco é que, em dois anos, tenha agregado mais 3 milhões de correntistas. Com o Banco Postal a instituição mais que duplica sua rede de atendimento. Hoje, o banco contacom 1.704postos de atendimento bancário emempresas e 2.908 agências.Coma implantação do correspondente bancário essenúmerochegaráa 9.500 pontos de atendimento.

Simone de Oliveira

Lojistas paulistanos mantêm os juros

Comércio pode ser audacioso e antecipar tendência de queda, por meio de promoções, diz economista da Associação Comercial

Ovarejo deeletroeletrônico,com rarasexceções,continua mantendo os mesmos prazos de pagamentos e taxas de juros que praticava há dois meses nas vendas a crédito, mesmo dianteda leve redução de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, que caiude 19%para 18,5%.

Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo, ACSP, lembra que anualizadaestaredução significa muito pouco.

"O governo precisariater efetuado quatroreduções de 0,25 ponto percentual para representarum ponto percentual, o que anualizado daria uma redução de 0,01% ao mês", explica o economista. Segundo ele,no momento,o importante é asinalização que o governovem fazendo com reduções gradativas.

Esperanças – Mashámais sinais positivos. Aqueda no custode vidamedido pela Fundação Institutode Pesquisas Econômicas, Fipe, que naterceiraquadrissema superou as previsões maisotimistas ficando em 0,09%. O IGP-M de março também foi baixo, de apenas 0,09%.

"A quedadainflaçãonos fazcrer queocorrerãonovas reduções nastaxas básicasde juros", explica Alfieri. Possivelmente, no segundo semestre o consumidor será beneficiado com juros menores. No entender deAlfieri,o cenário bom não é uma questão de desejos de todos, mas é real como mostra os indicadores positivos da economia, como o custo de vida em queda. "Além da inflação em baixa, há outros fatorespositivoscomoa melhoria da si-

tuação econômica dos Estados Unidos e ofimdo racionamento", diz.

O economista da Associação Comercialvai mais longe.Sugere queo BancoCentral abramão docompulsório de 10% sobre os depósitos aprazo, quevoltou a ser cobrado em meados de setembro de 2001. "Comisso, o Governo injetaria na economia entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões dereais, aumentandoa oferta de dinheiro e possibilitando umaredução dosjuros", destaca.

Importante, no momento, é a sinalização de reduções gradativas do custo do dinheiro

Promoções –Por enquanto, não há outro caminho para o varejo. É hora do setor ser audacioso e sair na frente. "Quem se antecipa e parte pa-

ra as promoções sai ganhando, poisvendemais",dizo economista da Associação Comercial.Ele lembra que praticamente é consenso que até o final do ano a taxa básica de juro irá oscilar entre 16,5% e 17% ao ano. Arede Lojas Cem reduziu nos últimos 30dias a taxa para osfin an c i am e n to s mais longos (16 parcelas) de 5,9%para 4,8%. "A empresa mantinha hápelo menosum ano a taxa em 5,9%", explicou o supervisor Odacir Packer. Segundo ele, a empresa gostaria de reduzir mais rapidamenteosjuros, jáqueisso estimularia o consumo . "Mas porenquanto vamosmanter esta taxa pormaisalgum

Setor de lâmpadas dará novo salto

Aindústriabrasileira de lâmpadas e luminárias vê umaluzno finaldotúnel.O setor, que envolve 850 indústrias,e temfaturamentoem tornode US$1 bilhãoespera v er aprovado, em breve, o Programa Básico de Produção, PBP,quevemdiscutindocomoMinistério daIndústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, MIDC. "Só assim o setor não perderá o posto de primeiro produtor de lâmpadas e lumináriasdaAméricaLatina, com 80% da produção", diz o presidente daAssociação Brasileiradas IndústriasdeIluminaçãoedo SindicatodasIndústriasde Iluminação,Abilux/Sindilux, Carlos Eduardo Uchôa Fagundes. Seo governoacertar osdetalhes finaisdoprogramae começarjá aimplementá-lo,

emoito mesesa indústria brasileira de lâmpadas estará produzindo a lâmpada compacta fluorescente.

HojeoBrasilainda não produz este tipo de lâmpada, quedurante osmesesde racionamentoteve suaentrada facilitada noPaís, coma redução azero doICMS, IPIe imposto de importação . "Agora, o ICMS já voltou a ser cobrado",destaca UchôaFagundes.

Motivos – Eporque fabricá-la no Brasil?Segundo o presidentedaAbilux, aindústria nacional precisa continuar ampliando sua produção, caso contrário a lâmpada nacional perderá sua competitividade.

"Os produtos nacionais, emboa parte,hoje sãosubstituídos pelas lâmpadas compactasfluorescentes, quesão

Feira no Anhembi mostra as novidades para iluminação

Começa nesta terça-feira (dia 2 de abril) no Pavilhão de Exposições do Parque A nhembi, em São Paulo, a Semana daConstrução eda Iluminação. Oeventoreúne três feiras: a Feira Internacionalda Construção,Feicon;a Feira Internacional de Tecnologia,Máquinas eEquipamentos da Indústria da Construção, FeiconTecea Feira Internacional da Indústria de Iluminação, Expolux. São 842 expositores de 19 países.NaExpolux, 200expositores ocuparão 20 mil metros quadrados. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria daIluminação,Abilux, estima que165 milprofissionais visitarão as feirasque estarão mostrandoas novidadesda indústria de construção civil e iluminação. A indústria deveránegociar oequivalentea 20% do faturamento anual durante a feira. (TM)

compradas no Exterior. Com isso, a produção local cai, enquanto o custo fixo permanece o mesmo, aumentando o preço unitário do produto e sua competitividade no mercado internoe externo",destaca.

O segmento quer a volta da taxação da lâmpada importada para podercompetir, em termosdepreço, empéde igualdade com o produto importado. Também reivindica a redução na alíquota de importação dos componentes adquiridos emoutros países de 18% para 2%.

Aí, sim as indústrias importariamas linhasde produção para fabrica-las "Inicialmente, o produto nacionalteria70% dosinsumosvidro, plásticos e embalagem, entre outros - produzidos no Brasil", diz Uchôa Fagundes.

Mais emprego – A partir da implementação do programa a indústria de lâmpadas passará a empregar mais e firmarácompromissos com ogoverno visando ao aumento da exportação, explica o empresário.

"Todo mundo acha que o Programa Básico de Produção é bom, representando ganha-ganha para todos, mas ele não sai do papel", pondera Uchôa Fagundes.

Otimismo –A indústria de lâmpadasestáotimista em relação ao desempenho desse ano. "O fim do racionamento e o ano eleitoral devem ativar o setor, permitindo que ele retome o nível de faturamen-

tempo", diz Odacir Packer. O supervisor de Lojas Cem, rede paulista com 113lojas, lembra que este juro embute uma taxade inadimplência ainda elevada. Hoje a rede registra uma taxa média de inadimplênciadaordem de 3,5%, que vem se mantendo nesse patamar desdea metade do ano passado. No mercadocomo umtodo a inadimplência é maior. Emfevereiro, ainadimplência líquida (diferença entre os registros recebidos e cancelados, dividido pela consulta de três meses atrás) levantada pela Associação Comercial erade8,2% e,emjaneiroestava em 5,4%.

"A inadimplênciaem queda certamente irá contribuir parauma quedaaindamais forte da taxa dos juros praticados pelocomércio varejis-

tode2000, quandomovimentou US$ 1 bilhão", destaca Uchôa Fagundes. Segundo ele, as prefeituras já começam a tocar osprogramas de manutenção da iluminação pública e fazemas primeiras concorrências para a compra de lâmpadas.

Ao contrário, o setor não tem muito a comemorar em relação a 2001. (TM)

ta", explica osupervisor de Lojas Cem.

Ma nu ten ção –O grupo Pão de Açúcar não mexeu nas taxas de juros este ano. Situação semelhante se verifica também na rededehipermercados Carrefour.

Segundo aassessoria de Comunicação Socialdo grupo Pão de Açúcar, as redes Eletro e Extra estão avaliando o mercado neste momento. Asduasredes dogrupoparcelam em até 24 vezes as compras nocrediário eem 12vezes no caso de transações com cheques pré-datados.

O Carrefour vem praticando taxas de 4,8% ao mês nas compras parcelas em três, seis, nove e 12 vezes. Esta taxa tambémvem sendopratica desde 11 de julho de 2001.

Teresinha Matos

Shoppings promovem cursos para orientar lojistas

Osadministradores dos shopping centers de São Paulo estão promovendocursos específicospara orientar os lojistas a organizar as vitrines das lojas e melhorar o atendimento ao cliente. "Para mantera boaimagem do shopping, precisamos trabalhar cada umadas lojas",diz Elaine Leonel, gerente de marketing do shopping D. O shopping D desenvolveu um projetoem parceriacom oSebrae(Serviço Brasileiro de Apoioà Microe Pequena Empresa). Os lojistas do shopping podemparticipar de palestras mensais, oficinas e treinamentos específicos para organização devitrines em datas comemorativas.

Aprimeira açãodoshopping Dfoino finaldoano passado."Os lojistasreceberam informaçõessobre comomontaras vitrinesno Natal e, quando elas estavam prontas, foram inscritas num concurso", afirmaLuciene Fonseca Viani, consultora denegócios doSebrae e coordenadora do programa no shopping D. As ganhadorasdo concursoforamas empresárias Luciana eCristinaNegri,proprietárias da loja Larissas Baby. SegundoElaine, do shopping D, programas desse tipo incentivama criatividadedo lojista. "Surgem vitrines diferentes, feitas com material recicladoque,por isso, cha-

mam a atençãodos clientes", afirma a executiva. Para oDia das Mães, o shopping D preparou para hoje uma palestrano mesmo formato da feita no final do ano passado. A única mudança éno motivo: agora, os comerciantes vão aprender como montar vitrines queatraiam os co nsum idor es que vão comprar presentes para o Dia das Mães. SegundoElaine, depoisda primeira ação do shopping, os lojistaspassaram adar maisimportância paraasestratégias de marketing. "Mui-

tos comerciantesnos procuram a cada nova estação para saber que coresdevemusar nas vitrines", afirma.

A montagem de vitrines em datas especiais, como Dia das Mães e Natal, está entre os temas dos cursos

Dia-a-dia– No shopping Eldorado, a administração criou o backstage. O programa investe na formação de p ro fi s si on ai s que orientam os comerciantes no dia-a-dia da loja. "Visitamos a empresa, identificamos a dificuldade, sejano atendimentoaocliente ou montagem devitrine, ebuscamosauxiliar o lojista por meio de uma consultoria gratuita", diz YaraTerra, gerentedemarketing do shopping Eldorado.

Os principaisproblemas dos comerciantes do shoppingEldorado viram temas de treinamentos. "Montamos os cursos, conforme as necessidades de lojistas e balconistas",afirma Yara.No shopping, jáforam feitosseminários de decoração de vitrines, controle deestoques e atendimento ao cliente. No ano passado, o Eldorado premiou a loja deroupa feminina Filomena pelo conjunto de ações de marketing."È ummodo deincentivar os comerciantes a participar dos cursos e depois executar o que aprenderam com os consultores", diz Yara. A dona da Filomena ganhou uma viagem à Nova Iorque, nos Estados Unidos, e participoudo NationalRetail Federation(evento que reúne varejistasdo mundo todo). Para este ano, a administraçãodo shopping ainda nãosabe comovaipremiar os comerciantes. "Queremos sempreunir o lazer com os negócios. Dessa forma, olojista pode trazer algo novo para a empresa", afirma Yara.

Consultoria – O shopping MetrôTatuapé tem uma consultoria especializada em vitrinese ações de marketing. SegundoAndréLuis Granjeiro, consultor do shopping,o programa foi criado para atenderpequenos e médios comerciantes, que não podem pagar consultoresdemarketing. "As grandes redesnãoprecisam dos nossos serviços pois têm vitrinistas e consultoria própria", afirma Granjeiro.

Cláudia Marques

Fabricante

de móveis de escritório

faz parceria com empresa de tapetes

A fabricante demóveis para escritórios Giroflex, de São Paulo, fez umaparceria com a indústria paulista de tapetes e carpetes Avanti. Com o acordo, aGiroflexpassaa vender os produtos da Avanti nas lojas. "Observamos que os nossosclientes tinhaminteresse crescente em comprar um pacote completo de soluções para escritórios", afirma MarkusSchimidt, diretorde marketing da Giroflex.

O programa de venda conjuntade móveisparaescritóriosecarpetes outapetesfoi criado para viabilizar a instalação de showrooms da Giroflex emcidadesmenores, com até500 mil habitantes.

"Para que aslojas conseguissemsobreviver nessesmunicípios, começamos a oferecer, além dos móveis, tapetes e carpetes", diz Schimidt.

O projeto deu certo e agora está sendo ampliado. Até o fim do ano, todo os pontosde-venda da Giroflex devem comercializar os tapetes e carpetes da Avanti. "Estamos agregandovalorao nosso produto", afirma Schimidt.

Segundo oexecutivo,a venda casada facilitaa montagem do escritório. "Com os serviços feitos de maneira or-

ganizada, o cliente, em geral, fica livre de preocupações. Quandoa venda nãoé conjunta, os móveispodem chegar antes do carpete e atrapalharo cronogramadaobra", afirma Schimidt.

Diferentemente das grandes empresas, onde há departamentosqueorganizam reformas e mudanças, na pequenas oumesmo nascasas, esse controle setorna mais complicado. "O pequeno empresário é o que mais sofre comatrasos na entrega. Em geral,ele não tem um setor para cuidar da chegada dos móveis e acaba se atrapalhando", afirma Shimidt.

Cadeiragiratória – A Giroflex foifundadaem1951. Hoje, são 87 showrooms em 73 cidades brasileiras. No ano passado, o faturamento da empresa foi de R$ 160milhões – um crescimento de 20% em relação a 2000. Com 16 linhas de cadeiras e cinco de sistemas de armários e gaveteiros,a Giroflex entrouno setorde móveispara escritórios fazendoasprimeiras cadeiras giratórias nacionais. Hoje,além das vendasinternas,a empresa exporta para AméricaLatina, Caribe e Mercosul. (CM) cursos e seminários

Lei Rouanet paraempresas – O objetivo do cursoé orientar empresáriossobre ouso dasleis deincentivosfiscais eseu possíveldirecionamento para projetos de grande impacto social. Participação especial: Viviane Senna. Duração: quatro horas, das 9h00 às 13h00. Local: Salão Nobre da Fundação Getúlio Vargas, avenidaNove de Julho, 2.029, 4º andar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente no local ou pelo telefone (11) 5539-6304.

Compras na empresa - da organização da área à melhoria nos resultados - O curso é dirigido a micro e pequenos empresários que têm dificuldade emorganizar o setor decompras do negócio equerem melhorá-lo. Duração: 16 horas, das 18h30 às 22h30. Local: Sebrae São Paulo,ruaVergueiro, 1.117,Liberdade.Preço:R$80 (microepequenos empresários) e R$ 150 (médios e grandes empreendedores). As inscrições devem ser feitas até hoje no local ou pelo telefone 0800-780202. Cooperativa – Ocurso é destinado a microe pequenos empresários que queremsaber mais sobrecooperativas. Duração: duashoras, das 9h30 às 11h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Adolfo Pinheiro, 712, SantoAmaro. Ocursoacontece naquarta-feira (dia03),as inscriçõessão gratuitas e devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Representação comercial – A palestra é direcionada a micro e pequenos empresários e profissionais autonômos que queiram saber mais sobrerepresentação comercial.Duração: duas horas,das das 9h30 às 11h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Adolfo Pinheiro, 712, Santo Amaro. O curso acontece na quinta-feira (dia 04), as inscrições são gratuitas e devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Fluxodecaixa: comoadministrar -Ocursoé dirigidoamicro,pequenosemédiosempresáriosque queremconhecermelhorofuncionamento do caixa do empreendimento. Duração: 20 horas, das 8h30 às 12h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: 100 reais (micro e pequena empresários) 180 (médios e grandes empresários). As inscrições devem ser feitas até hoje diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Recursos humanos: departamento pessoal na prática – O seminário é dirigido a microe pequenosempresários que precisam entender o funcionamento do departamento pessoal do pequeno negócio. Duração: 16 horas, das 18h30 às 22h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$ 80 (micro e pequenos empresários) e R$ 150 (médios e grandes empreendedores). As inscrições devem ser feitas até hoje diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Vendas externas: visitando o que se vende – O seminário é direcionado a micro e pequenos empresários que aprender como ter um maior controledasoperaçõesdevendas daempresa.Duração:16horas,das 18h30às 22h30.Local:Sebrae SãoPaulo,ruaVergueiro, 1.117,Liberdade. Preço: R$ 80 (micro e pequenos empresários) e R$ 150 (médios e grandesempreendedores). Asinscrições devemser feitasaté hojediretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Administração competitiva – A palestra visa preparar os micro e pequenos empresáriospara administrar a empresade forma queela seja competitiva no mercado. Duração: duas horas, das 10h00 às 12h00. Local: SebraeSão Paulo,rua Vergueiro, 1.117,Liberdade. Ocurso acontece na terça-feira (02), as inscrições são gratuitas e devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Hoje

Butantan faz 75% das vacinas do País

Instituto é responsável pela produção de 38 milhões de doses da vacina contra hepatite B, tornando o Brasil auto-suficiente

OInstitutoButantan, responsável pela produção de cerca de 75% das vacinas usadas no Brasil, também forneceu 38milhõesdedosesde vacina contra ahepatite B ao Ministério da Saúde este ano. Com essaprodução, oBrasil não gastará mais dinheiro com a importação, o que torna oPaísauto-suficiente. A

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a aplicação da vacina para osadultos, quecustará ao Ministério R$ 0,80 por dose. Conforme opresidente do InstitutoButantan, Isaías Raw, deverão ser vacinados adultos entre 15 e 30 anos. Para as crianças, os testes c começarãoem junho."Odesafio em produzir essa vacina estava em conseguir um preço compatível coma importada, quecustaUS$ 0,47, quando comprada de um fundo do Unicef para países pobres. Avantagem empro-

duzí-la aqui, está no dinheiro que éreaplicado na produção", disse. Outro problema encontrado pelo Instituto para testar a vacina foia faltade voluntários. Raw explica que essa vacinatemquesertestada em humano. "O difícil é encontrar pessoasque aceitemnão receber nada em troca do teste, quandoomédico que acompanha ovoluntário pode ganhar até R$ 4 mil".

Segundo Raw, a demora na pesquisa davacina, queatrasou quatro anosestá ligada como lobbyporparte daindústria farmacêutica, que pressionaramo quanto puderam para evitar aprodução. "Além disso, não temos auxíliodo BNDESe recebemos umaverbaestadualde R$ 7 milhões. Só que, em apenas duas máquinas, gastamos US$ 1 milhão", declarou. Os bebêsnaproduzvacinas que servem para prevenção

do tétano, difteria, coqueluche,tuberculose,raivae influenza. Além de vacinas, o Butantan fabrica soros específicos usados no tratamento de doenças como a difteria, tétano e botulismo e também para casos de envenenamentopor animaispeçonhentos. Os soros, ao invés de induzir a formação de anticorpos no organismo, já contêm anticorpos produzidos.

OMinistérioda Saúde mantémsoros disponíveis emtodo territórionacionale a produção de um milhão de ampolas desoro atendetambémas necessidades dos demais países do continente. Na produção de soros antipeçonhentos específicos são usados venenos extraídos dos maiores causadores desse tipo de acidente: serpentes, aranhas eescorpiões. Cada veneno étratadoadequadamente einoculadoemcavalos que, pela facilidade de tra-

topeloseu grandeporte,favorecem a produçãodeum grandevolume desanguerico em anticorpos.

Visitas– Além doparque onde estáo Instituto, seus serpentários, alamedas com

foi fundado em decorrência de uma epidemia em Santos

Instituto começa com casos de peste bubônica

A história doInstituto Butantancomeça em1898, quando uma equipe de Saúde da qualparticipava omédico VitalBrazil, identificouque uma epidemia de peste bubônicaem Santospoderiase alastrarpara outrascidades. A epidemia trouxea necessidade de criar um soro. O Governo doEstado instalouentão um laboratório na Fazenda Butantan.

Três anos depois, era criado o Instituto Serumtherapico, hoje Butantan. Treze anos maistarde, ganhouprestígio e foram inaugurados o prédiocentral doInstituto evários laboratórios. .

Em 1962,o Butantancomeçou aparticipar de campanhas devacinação, comoa poliomelite (paralisiainfantil) e epidemias dedifteria e varíola. Noano de1971, iniciou-se a produção de BCG liofilizado (contra a tuberculose)evacina contraaencefalite. Seis anos depois, foi a vez de criar o combate ao sarampo. Em 1980, a produção de vacinas atingiu a marca de

13 milhões de doses.

No ano de 1989, começou a produçãode anticorposmonocionais e imunobiológicos para a redução de rejeição em transplantes e, em 1995, foi desenvolvida e iniciada a produçãoindustrial davacina contraHepatite B,através de técnicas de engenharia genética.

Começo –Vital BrazilMineiro deCampanha, idealizador do Butantan, formousemédicoem 1891,pelaFaculdade deMedicina do Rio de Janeiro e logo voltou a São Paulo, pois acreditava que era um Estado preocupado com a organização da higiene e saúde da população.

A importância de combater os sintomas de envenenamento por animais peçonhentos foi reconhecido pela primeira vez na comunidade científica durante o 5º Congresso de Medicina e Cirurgia,noRiode Janeiro,onde Vital Brazil mostrou que a arma contra o envenenamento ofídico erao sorofeito apartir do veneno . (KF)

árvores raras, o público ainda pode conhecer três museus: o da Vacina,o doInstituto eo Museu Histórico. O Instituto fica na avenidaVital Brasil, 1.500. Funciona de terça a domingo, das 9h às 16h30.

Ingressos R$ 1,50 (Museu), R$1para estudantesecrianças de 5 a 12 anos. Maiores informações por meio do telefone 3726-7222.

Kelly Ferreira

Estudantes vão aprender a manusear vacinas em museu

A partir do dia 10 de abril estará aberta ao público a visitação aoMuseu dasVacinas, no Instituto Butantan. O novo espaço,próximo ao Museu Butantan, que antes abrigava um restaurante abandonado, foi reformado e tem agora uma arquitetura inovadorae moderna. Dentrodo museu,que

além de ter um auditório onde poderá sercontada a trajetória das vacinas no País, os estudantes poderãofazerexperiências científicas. "Osalunosnão apenasconhecerão como se faz vacinas, tambémirão manuseá-las", disse Isaías Raw, presidente do Instituto Butantan. (KF)

acontece nas distritais

Terça

Pirituba -A diretoriada

Distrital Pirituba realiza reunião ordinária. Às 19h30.

Quarta

Vila Maria - Adiretoria da Distrital VilaMaria realiza reunião ordinária. Às 19h30.

Sudeste -A diretoriada

Distrital Sudesterealiza reunião ordinária. Às 19h45. Quinta

agenda

Hoje

D is t ri t ai s - Reuniãodo

Conselho dasSedes Distritais daAssociação. Às14h, na sede, ruaBoa Vista, 51/11º andar.

P l e n ár i a - Reunião plenária daAssociação,com palestra deconsultorda

BDODirecta Consultores S/CLtda sobre SPB- Impactos nas Empresas Nãofinanceiras". Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Terça Revista - O diretor-superintendente da Distrital Sudeste, José Frederico Athia,

Pirituba -A diretoriada DistritalPirituba realiza reunião, compalestra do Secretário Municipalde Transportes, CarlosAlberto R. Zarattini. Às 19h30 na avenida RaimundoPereira de Magalhães, 4.123 Santana - A diretoria da DistritalSantana realiza reunião, compalestra do presidenteda Jucesp, Nivaldo Cleto. Às 19h45.

participa do lançamento da revistaGuest Accor.Às 19h30, rua Joinville, 515. Quarta

Tradi ngs - Reunião da Comissão das Comerciais Importadoras e Exportadoras da Associação.Às 17h, ruaBoaVista,51/11º andar, sala Abílio Borin. Quinta

S a ú d e - A Associação, com apoio das secretarias estadual emunicipal da Saúdeedas estaduaisda Cultura e Justiça realizam a 1ª Feira da Saúde. Das 8h às 17h, no Pátio do Colégio.

O presidente do Instituto, Isaías Raw, disse que a produção da vacina de hepatite B
No Museu Biológico, os visitantes encontram iguanas, cobras e aranhasO Instituto Butantan

Presidente negocia prazo

menor com partidos para voltar a cobrar CPMF

Oministro doPlanejamento, Martus Tavares, disse ontem que o governoestá empenhado em negociar com as lideranças partidárias a proposta de redução da noventena para a nova cobrança da ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira, CPMF.

Aindanestasemana, segundo o ministro, o governo deverá conversar com os líderes nessesentido, como forma de compensar os prejuízos com o atraso na arrecadação. Pela Constituição, uma contribuição só pode ser cobrada 90 dias após a aprovação da lei. Alei em vigor permite a cobrança da contribuição até 18 de junho.

Perda– AProposta de Emenda Constitucional, PEC, que prorroga a CPMF a partir desta data, teria que ser aprovada em 18 de março para que a noventena coincidissecom oúltimodia da cobrança da CPMF que está em v igor.Comoisso não ocorreu, a estimativa é de que ha-

verá umaperda dearrecadaçãodeR$2 bilhõesatéquea novacobrança entreem vigor. A propostade redução da noventena está sendo discutidapelaAdvocacia Geral da União, AGU. A idéia é incluir a redução da noventena naprópria emendadeprorrogação da CPMF.

Segundotécnicos dogoverno, a Constituição prevê um prazo paraa vigência do tributo, mas não estabelece comocláusulapétreaos 90 dias.Martus Tavaresesclareceu que essa redução seria específica para esta prorrogação. Paraoutrascontribuições a exigência dos 90 dias de prazo continuaria em vigor. Sobre a possibilidade de aumentodaalíquotado IOF, Imposto sobre Operações Financeiras,para compensaro atraso da prorrogação da CPMF, Tavares disse que não há nada definido. Na opinião doministro, dificilmente a elevação de um único imposto vai ser suficientepara cobrir o prejuízo. (AE)

Deputado não concorda em

diminuir período

O deputadoGermanoRigotto (PMDB-RS) distribuiu notacriticandoa decisão do governo, confirmada ontem peloministro do Planejamento,Martus Tavares, de negociar uma redução na nov entenaparaacobrança da CPMF. A Constituição estabelece que devehaver um prazoentre apromulgação da emendaconstitucional que institui ascontribuições e o início da sua cobrança. Em todasascontribuições estabelecidas duranteo governoFernando Henriquee inclusivenas prorrogações da CPMF foirespeitadoo prazo de noventa dias, mas o ministro argumenta que a Constituição não estabelece o prazo. "Além de ser um absurdo se pensar nessa mudança, pois a noventena é um dispositivo constitucional implantado paraproteger os contribuintes, qualqueração quefosse impetrada no SupremoTribunal Federalder-

Roseana deixa o governo do Maranhão na próxima

Decidida a manter a candidaturapresidencial, agovernadora do Maranhão, RoseanaSarney (PFL),vai deixaro cargo na próxima sexta-feira. Às vésperas de ser substituída pelo vice-governador José Reinaldo Tavares(PFL), ela aproveitou oferiado da Semana Santa para sair do Palácio dos Leões,residência oficial do governo onde morava haviaseis mesescom omarido, Jorge Murad.

O casalpassoua Páscoajá de volta à mansão na Praia do Calhau, áreanobre de São Luís – onde vivia antes de mudar-separao palácio, no ano passado.O casarãoocupa terrenodequarteirão inteiro, com muro e cerca elétrica. Pertencia ao pai, o senador José Sarney (PMDB-AP), que cedeu o imóvel à filha. Descanso – Se depender da vontade da governadora, ela

vaificarpouco tempo na mansãodaPraia do Calhau. A idéia é radicar-se em Brasília, apósum brevedescanso tãologodeixe ogoverno.O escritório de campanha de Roseana na capital federal deveráestar funcionando dentro de duas semanas. Roseana passouos últimos dias preparando o discurso

de despedida.Tão logodeixe o governo, elagravará novos comerciais nacionais e regionaisdoPFLparaaTV, que irão ao ar a partir de 9 de abril. O local não está definido.

A governadora continua evitando falar sobre o dinheiroencontradopela Polícia Federal na sede da empresa Lunus, em São Luís, da qual é

sócia majoritária juntamente com o marido. Ex-gerente de Planejamento doMaranhão, Jorge Murad deixou de participar de cerimônias públicas desde que divulgou sua versão sobre a origem do R$ 1,34 milhão.Ele disse ter arrecadado o dinheiro para financiar a campanha presidencial de Roseana. Até ontem, porém, não havia anunciado o nome dos doadores. Durante o feriado, a governadoraconversou muito comJoséSarney,que esteve emSão Luís. Depoisde sete anos e três mesesà frente do governo do Maranhão, Roseana passará o cargo ao vice José Reinaldo Tavares em ato na Assembléia Legislativa. Na quinta-feira,a governadora reunirá todo o secretariado. Paraa mesmaquinta-feira está previstaa reinauguração do Palácio dos Leões. (AE)

Caso Lunus será julgado por STJ

O Superior Tribunalde Justiça (STJ)decidiuontem que a competênciapara processar e julgar a governadora doMaranhão, RoseanaSarney (PFL), por questões que envolvem sua empresa Lunus, é do tribunal e não de instâncias inferiores.

Oforoprivilegiadoé garantido pelo fato de ela ser governadora. Caso Roseana deixe o cargopara concorrer às eleições de outubro, perderá este privilégio.

Condição – "Coma desin-

compatibilização, a governadora perdea prerrogativade foro",explicouum assessor de imprensa do Superior Tribunal de Justiça.

A decisão de ontem ratifica uma liminar obtidapelagovernadora em 7 de março garantindo o foro especial. No iníciodo mêspassado, munidade mandadodaJustiça Federal em Tocantins, a Polícia Federal entrouna sede daLunus,emSãoLuís (MA), empresade Roseana Sarney eseumarido,Jorge

Murad, buscandodocumentos que endossassem suposto envolvimento da empresa no escândalo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

A reclamação da governadoracontra adecisãojudicial, queresultou na operação na Lunus, também incluíapedidode anulação de todos os atos praticados em relação à empresa,como a apreensãodos documentose de cerca de R$ 1,3 milhão em dinheiro.Tal pedidonão foi

Câmara mantém aumento de salários para funcionários

aceito pelo Superior Tribunal de Justiça, STJ. O dinheiro, segundo explicação dada por Jorge Murad, serviria para financiar a campanha presidencial de sua esposa,o queé ilegalantes da formalização da candidatura, oque, peloatual calendário eleitoral não pode ocorrer antes de junho.

A suspeita de que a operaçãona Lunusfizesse partede um plano para minar Roseana levou o PFL a romper com o governo federal. (Reuters)

Pesquisa mostra os fortes concorrentes de José Serra

rubaria a alteração que se pretende fazer", disse Rigotto. Proteção– O deputado gaúcho argumenta que, tanto a noventena como o princípio da anualidade – cobrança deimpostosomente no ano seguinte ao de sua promulgação – são dispositivos constitucionais para proteger o contribuinte. "Por mais boa vontadeque oCongressotenhaemauxiliaro governo para que não aconteçam cortes em investimentos por conta da queda na arrecadação da CPMF, não vejo como essa eliminação da noventena possa prosperar”. Depois de afirmar que a noventenaé umaproteção paraocontribuinte, afimde que ele possa se preparar para a entrada de uma contribuição, Rigottoressalta que"até mesmo os órgãosarrecadadores precisam desse tempo para adequarem-seà nova cobrança, o que não pode ser desrespeitado". (AE)

ACâmara dosDeputados decidiuconceder o reajuste médio de 20% aseus4 mil servidores, apesardas ameaças do Ministério da Fazenda, de não fazer o repasse dos cercade R$200 milhõesanuais para a garantia do aumento. "Acredito que háum grandeequívoco daequipe econômica,porque os recursos existem desde 2000 e estão previstosna LeideDiretrizes Orçamentárias (LDO)", disse o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio. "Talvez os economistasdo governoestejamsereferindoa outros órgãos,quando dizem que não farão o repasse dodi-

nheiro, porquenósnãodependemos maisdeles", afirmou o diretor da Câmara. Custo– O reajuste foi aprovado pela Mesa da Câmara há 10 dias. Elevará a folha de pagamentos da Câmara dos Deputados de R$ 1 bilhão para R$ 1,2 bilhão.

SérgioSampaio dissetambém que a Constituição proíbe a retenção de dinheiro destinado ao pagamento de pessoal. Nenhum deputado será beneficiado, porqueeles, como o presidente da República e seus ministros e os ministros doSupremo Tribunal Federal (STF), sópodem ter aumentodesalário porleide

Euclides Scalco é o novo secretário da Presidência

O tucanoEuclidesScalco (PR), atual presidente da Itaipu Binacional, será o novo secretário-geral da Presidência, em substituição a Arthur Virgílio (PSDB-AM), que deve disputaro governodoAmazonasou umavaga noSenado ou na Câmara. Scalcoaceitouo convite feito pelo presidente Fernando HenriqueCardoso,com quem esteve reunido no final destamanhã deontem, no Palácio da Alvorada.

Encontro – A indicação foi

confirmada pelo chefe da CasaCivil,PedroParente, que também participou do encontro entre Scalco e FHC. Segundo o futuro secretário-geral, seu primeiro desafio será agilizar a aprovação da emenda que prorroga a CPMF, Contribuição sobre Movimentação Financeira, até dezembro de 2004 e tentar minimizar o rombonas contas do governocausados pela interrupção da cobrança da contribuição. Scalco assume o cargo amanhã. (AE)

iniciativa dos chefes dos três poderes. E,desdea promulgação da emenda constitucionaldareforma administrativa, em1998, os dirigentes do Executivo, do Judiciárioe do Legislativo nunca conseguiram consenso para fazer a proposta do teto.

Aodecidir-se contrárioao repasse de verbas para aCâmara,aequipe econômica concluiu que o aumento para o Legislativo seria perigoso, porque poderia criar o "efeito demonstração", e contagiaria o Judiciárioe o Senado. No Judiciário, reajuste igual ao da Câmara significaria mais R$ 3,5 bilhões na folha. (AE)

agenda

Senado Federal - Comparecimento do ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer,para prestar esclarecimentos sobre as medidas protecionistas norte-americanas no setor sidedúrgico, seus efeitos na economia brasileira e no comércioexterior,eas medidas que serão adotadas pelo governo brasileiro. Câmarados Deputados - A Comissão de Finanças e Tributação realiza nesta terça-feiraaudiência pública conjunta comascomissõesde Economia,In-

O pré-candidato do PSDB, José Serra, seriao mais beneficiadona hipótesede desistência da disputa por parte da candidata do PFL, a governadora doMaranhão, Roseana Sarney,oudo candidatodo PSB, ogovernador doRio de janeiro, Anthony Garotinho. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto VoxPopoli, Serra subiria 4pontos porcentuais, para 23%. Nos dois cenários – sem Roseana ou sem Garotinho –osdemais candidatossubiriam2 pontos porcentuais. Luiz Inácio Lula da Silva, passaria para 32%. Ciro Gomes para 10%. (AE)

dústria e Comércio; FiscalizaçãoFinanceirae Controle; Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização; e de Assuntos econômicosdo Senado. Deputados e senadores vão ouvir o presidente do BancoCentral, Armínio Fraga,paraavaliar o cumprimento dos objetivose metasdaspolíticas monetária, creditícia e cambial, comdestaque para o impactoe o custo fiscal das operações eos resultados demonstrados nos balanços

Martus Tavares: proposta é baixar carência de 90 dias para reduzir prejuízo
Roseana: escritório de campanha deve ser inaugurado em 15 dias
Sérgio Castro/AE

Israel aumenta ofensiva na Palestina

Tropas israelenses ocupam novas áreas da Cisjordânia e mantêm Yasser Arafat confinado na cidade de Ramallah

O Exército israelense intensificouontem suaofensiv a na Cisjordânia: ocupou Qalqilyae ampliouapresença desuas tropasem Beléme Tulkarem, apesar das críticas internacionais. Enquantoisso, continua pressionando o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, quese encontra isolado e incomunicável em Ramallah, uma cidade autônoma declarada zona militar fechada.

Tanques israelensesentraram ontemnacidadeautônoma de Tulkarem,naCisjordânia, segundofontes dos serviços de segurança palestinos. Papa – O papa João Paulo

2º pediuesta hoje aos fiéis reunidos na Praçade São Pedro que rezem por Belém,

que vive "horasdifíceis e está em muito perigo".

Em Tulkarem,segundo os serviços de segurança palestinos,pelo menosoitopalestinossuspeitosde colaborar comIsrael foram assassinados por um grupo de homens armadosnão identificados. Esta intensificação da ofensiva israelense na Cisjordânia acontece horas depois de umareunião do gabinete de segurança israelense e após um discurso doprimeiroministro Ariel Sharon no qual garantiuqueArafat "é inimigo de Israel e do mundo livre" eum "perigo paraa estabilidade de toda região".

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, ONU, aprovou neste sábado a resolução 1402, que

Petróleo dispara com agravamento dos conflitos

Opetróleo encerrouontem emalta,emrazãodo agravamento da crise no Oriente Médio. Na bolsade Nova York,o contrato de óleobruto para maioo – finalizou com ganho de 0,57 dólar, aUS$ 26,88o barril. A oscilação na sessão ficou entre US$ 26,66 e US$ 27,05dólares.O vencimento alçou amáxima deUS$ 27,40, o patamarmais altodo ativodesde setembro.

EmLondres, as transações

competróleoficaram inoperantes no dia.

Nem Israel nem palestinos exportam petróleo, mas o Oriente Médioé aregião que concentra2/3 das reservas mundiais.

"A preocupação no mercado de petróleo é uma escalada daviolênciaenvolvendo países do mundo árabe no conflito", disseem umcomunicado Michael Rothman, do banco Merrill Lynch. (Reuters)

pede uma "retirada imediata das tropas israelenses das cidades palestinas" e um compromisso de cessar-fogo de ambas partes.

Bush – Às voltascomum monumental fiascodiplomático,que comprometea credibilidade internacional dos EstadosUnidos,especialmente nos países árabes, e crianovos obstáculos para a campanha global de Washingtoncontra oterrorismo, o presidente George W. Bush defendeu ontem sua estratégia deenvolvimento mínimono conflitoentreisraelenses e palestinos.

Mas fontesda administração introduziramnuanças nos pronunciamentos oficiais, indicando quea Casa Brancareconhece oslimites de suaatualposturaebusca alternativa.

Bush,que estásobpressão crescente de políticos de seu próprio partidoe atédecomentaristas conservadores para assumirumpapelmenos vacilante e mais conseqüentenabusca deumacessação das hostilidades, voltou a pedirontema Arafat que condene os ataques suicidas à bomba contra Israel.

Coube ao porta-voz da CasaBranca, Ari Fleischer, acrescentar os novos elementos ao confuso discurso oficial de Washington.Ele disse que“o caminho paraapaz passa por Arafat”. Fleischer

negou queBush tenhaaprovado tacitamente a “guerra contra oterrorismo” que Sharon declarou neste domingo, dizendo queo primeiro-ministro de Israel “não pediu a luz verde”aos Estados Unidos. Deus – Oministro da Justiça israelense, Meir Sheetrit, acusouontem Arafatdedirigir "um bando de terroristas" e acrescentou que o líder pa-

Cresce atividade industrial americana

Um índice que mede a atividade industrial dos Estados Unidossubiu maisque oesperado em março. Trata-se do segundo mês consecutivo de crescimento depois de 18 meses de queda.

O índice mensaldosGerentesde Compras do Institutode Gerenciamentode Fornecimento (ISM, sigla em inglês, antigo NAPM) avan-

FATO RELEVANTE

çouemmarço para55,6,em relação aos 54,7de fevereiro, seu maior nível desde fevereiro de 2000. Economistas previam que o índice ficaria estável em 54,7.

Crescimento – A leitura acimade50sugere crescimento,enquanto umvalor abaixo desta medida indica contração.

Oíndicede novasenco-

mendas, umamedida dedemanda para bens manufaturados,subiu em marçopara 65,3, comparado aos62,8 de fevereiro.

As indústrias, no entanto, continuarama cortarpostos de trabalho, como têm feito desde ametade do anode 2000, mas a um ritmo menor, coma taxadedesemprego aumentando para47,5 de 43,8 em fevereiro.

Dados recentes têmmostradoque asindústriasestão maisumavez impulsionan-

lestino deveria "agradecer a Deus por estar vivo". Sheetrit,membro do Likud,partido dopremier israelense,Ariel Sharon,opinou que Arafat está confinado em seuquartel-general de Ramallahna Cisjordânia: "Vocês acham que os Estados Unidosencerrariam Osama bin Laden em três salas e lhe dariam de comer e beber?", perguntou Sheetrit. (AE)

do a produção para satisfazer um aumento em novas encomendas. No ano passado, as empresasparalisaram aproduçãoà medidaqueliqüidaram osestoques emum temporecorde, ajudandoalevar a economiaa uma recessão branda.

O índice manufatureiro ISM é baseadoem dados coletadosmensalmente por executivos decompras em maisde 350empresasindustriais dos EstadosUnidos.(Reuters)

Líder do MST participa de escudo protetor de Arafat

Ativistas de ONGse da organização Via Campesina, à qual o Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é ligado, decidiram virar escudo dolíder palestino Yasser Arafat,que estádesde sexta-feira confinadoem seu QG na cidade de Ramallah, cercadoportropas israelenses. A presença dos estrangeiros, comoo brasileiroMário Lill, do MST, visa a inibir qualquer ataquedo exército israelense contrao presidente da Autoridade Palestina. "Devemos ficar aqui até se encontrar umasolução pacífica e negociada para o fim dessa guerra", avisou Lill, por telefone, a jornalistas.

Proteção – Conforme olíder gaúcho do MST, existem mais 35 estrangeiros – bascos (espanhóis), alemães, suíços, belgas, francesese italianos–ao lado de Arafat.

Eles chegaram ao QG no domingo, parauma audiência que estavapreviamente agendada com Arafat,e driblaramostanques para entrar no local. "Se eu sair para a rua aqui,elesatiramoume prendem", afirmou. Segundo ele, a água potável e a comida estão quase no final, e a luz está desligada. (AE)

Pesquisa indica mais pessimismo na Argentina

O índice de confiança dos consumidores argentinos alcançou emmarço omínimo de4,8%. Éum patamarbem inferior ao apurado no mesmo mêsde2001,de 24,8%, segundo revelouo estudoda Fundação Mercado. Na comparação com fevereiro, o índice caiu 9%.

A Argentinaencontra-se emuma daspioresrecessões econômicasde sua história, em vigência desde 1998, com umgravequadro decrisegerado pelo aumento do desemprego eoreajustede constante de preços, além dos protestos nas ruase ausência de investimentos externos.

Poupança – "Só 3,1% das famílias desenvolveualgum tipo de poupançaem março. A porcentagemde famílias

que mantêm economias fora do sistema aumenta a cifra recorde de 50,3%, dado que comprovaapressãoda fuga do ’corralito’ (depósitos congelados)", avalia o estudo. Para evitarum aprofundamento da fuga de depósitos, o governoargentino impôsno final doano passadouma série de restrições para a retirada dedinheiro dosbancos, o chamado corralito".

A porcentagem da população que espera aumentos nos preços cresceu de 13,8% para 91%", acrescentou o estudo. A pesquisa foi realizada pelaFundação Mercado entre os dias 12e28demarço em 4.065 lares emBuenos Aires, Córdoba, Mendonza, Rosario, Tucumán, Bahía Blanca e Neuquén. (Reuters)

No Japão, economia não anima os empresários

A pesquisa Tankan de sentimento do empresariado japonês, do Banco do Japão, indicou que a economia já pode ter atingido o fundo do poço. Oíndicedecondições empresariais de grandes empresas manufatureiras da pesquisa Tankan permaneceu estável em março, emcomparação com a pesquisa de dezembro, em -38.

Esteíndicevinha caindo por quatro trimestres. No entanto, seu desempenho nesta pesquisa ainda ficouabaixo das expectativas do mercado,

que haviamapontadopara uma melhora a -35.

O índicede condiçõesempresariais de grandes empresas manufatureiras mede a porcentagemdas empresas queacham queascondições empresariais estão boas, menosaporcentagem das empresas que acham que as condições estão ruins. Apesquisa mostrouqueas grandes manufatureiras esperam que os lucrosno ano fiscalterminado marçotenham caído 45,1% em relação ao do ano passado. (AE)

Arafat faz oração em seu quartel, enquanto é protegido por pacifistas

Balança comercial

completa doze meses seguidos de superávit

A balança comercial brasileiracompletou 12mesesseguidos de superávit. Desde de abril do ano passado, o Brasil exporta por mês mais produtos do que importa. O último déficit nabalança comercialfoi registrado em março de 2001 - US$ 281 milhões negativos.

Os 12 mesesde saldo positivo foram alcançadoscom o superávit registrado nomês passado.A balançaalcançou em março saldo positivo de US$ 594 milhões. Na última semana domês,o superávit foi de US$ 118 milhões, resultado de US$957milhões de

exportações e US$ 839 milhões deimportações. Amédiadiáriadasvendasfoi de US$ 239,3 milhões;amédia das importações foi de US$ 209,8 milhões. Como expressivoresultado de março, a balança em 12 meses acumulasuperávit de US$ 4,352 bilhões. No acumulado do, a balança tem saldo deUS$ 1,028bilhão. Desde o começo do ano, a balança teve déficit em apenas duas semanas: naterceira semana dejaneiro houvedéficit de US$ 257 milhões e na terceira semana de fevereiro, US$ 31 milhões negativos. (AE)

União Européia recebe críticas por taxar o aço

A Chinae a Coréia do Sul acusam a UniãoEuropéia de intensificar a crise mundial do aço com sua decisão de seguiro exemplodosEstados Unidos e igualmente instituir sobretaxas para a importação de determinados produtos siderúrgicos. Em comunicadoà OrganizaçãoMundial doComércio (OMC), aCoréia do Sul advertiu do perigo de a medida da União Européia provocar"uma rápida disseminação do protecionismo" pelomundo.Além disto,as sobretaxasseriam um obstáculo para um eventual acordomultilateral para

reduçãoda ofertade aço no mercado global. A Comissão Executivada UniãoEuropéia aprovou,na quarta-feira, a aplicação de sobretaxas de até 26% para importações de alguns tipos de aço que ultrapassem a média dos últimosanos. Ela espera assim impedir que o mercado europeusejainundadocomoaçoque deixará de entrar nos Estados Unidos, após Washington ter decidido encarecer oproduto estrangeiro,afimde tentar salvar as siderúrgicas nacionais, que atravessam grave crise econômica. (AE)

Brasileiros buscam mais negócios na China e Índia

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, está chefiando, desde ontem, missãocomercialà Chinaeà Índia. O objetivo "principal e inovador"da viagem ao Oriente é estimular a presença deempresasbrasileiras nestes doispaíses,informou o ministro. Para isso, ele se empenhará em aumentar a vendade produtosprocessados, principalmente soja e café, e estimulará a parceria entre as empresas brasileiras e as chinesas paraagregação de valor aos produtose posterior distribuição.

O ministro está chefiando uma comitiva de 120 empresáriosbrasileiros eoito argentinos. Junto com o governo colombiano, Sérgio Ama-

ralestudaráacriação de um grupo de trabalho para a promoção, processamento e distribuição de café no mercado chinês.

Uma sériede outrasparcerias comerciais serão propostas durante a missão brasileira, como as que já existem no plano científico para a produção de genéricos.

P ar c er ia s –Para firmar parcerias oupromover produtos, representantes de empresas como a Companhia Cacique deCafé Solúvel,Sumatra Cafés Brasil S.A., AssociaçãoBrasileira deExportadores de Cítricos, Pilão Máquinas e Equipamentos, Politec Informática, Pirelli, O Boticário e Du Pont do Brasil participam da missão comercial brasileira.

Técnicos deinstituições financeirascomo oBancoNacional de Desenvolvimento Econômicoe Social(Bndes) acompanharão acomitiva para oferecer subsídios aos interessados emseestabelecer tanto na China, quanto na Índia.

Feira – Atéamanhã Sérgio Amaral e comitiva estarão na China,onde participarãoem Xangai da Brazil Trade Fair 2002, evento promovido parapromover produtosbrasileiros neste mercado, aproveitando aentrada destepaís na Organização Mundial do Comércio, quefoi efetuado ano passadoem Doha,capital do Qatar.

Entre os expositores da feira estão a Embraer, a Varig, a Destilaria Tábua e o Instituto

Brasileiro de Gemas. Os participantesterãoacessoa seminários de assuntos de interesse empresarial com objetivo de estimular as parcerias e atrair investimentos chineses no Brasil.

Sérgio Amaral estará na Índia na quinta-feira. Dia 8, segunda-feira, ele participa da reunião do Joint Commercial Council, criado para avaliar as perspectivas de comérciobilateral entreoBrasile este país.

Dia9, terça-feira,oministro participaráde rodadasde negócios entre empresários dos dois países.Sérgio Amaralinformo queasmissões comerciais não visam fazer negócios imediatos, mas abrire expandirmercados promissores. (ABr)

FHC e Battle discutem Mercosul

O presidente do Uruguai, Jorge Battle, manterá um encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso nesta terça-feira, em Brasília, para conversações que girarãoemtorno daatualconjuntura do Mercado Comum do ConeSul (Mercosul),informou o Ministériodas Relações Exteriores. Os doispresidentes, de acordo com o comunicado oficial do Itamaraty,reco-

nhecem a "necessidade de um esforço conjunto e urgente para buscar resolver os contenciosos econômico-comerciais, como ponto de partida para criar condições propícias à consolidaçãoe aprofundamento do Mercosul". Deverão ser trocadas, aindade acordocom ocomunicado, impressões sobre o novo cenário internacional. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os dois

presidentes deverão debater os principais temas da agenda bilateral, com destaque para a promoçãode mecanismos fronteiriços decooperaçãoe integração. Que da –OMercosul está perdendo importância econômica para o Brasil. Os mais promissores parceiros comerciais do país nadécada passada se tornaram os piores compradores de produtos brasileiros.Em 2002, as ex-

portações brasileiraspara os países do Mercosul caíram mais do quepara qualquer outro mercado. Nos dois primeiros meses do ano, Argentina, Paraguai e Uruguai estão comprando 58% a menos do que no mesmo período do anopassado. Acriseeconômica vivida pela Argentina, háquatro anossemcrescimento,foi ofator principal parao encolhimentodo comércio regional. (AE)

Adoção muito rápida de sistema prejudica empresas

Avelocidade com que o Banco Central estáimplementar o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, previsto para entrarem funcionamento no próximo dia 22, depois de dois anos e meio de testes, não combina com a realidade brasileira, segundo o presidente da Associação Comercial Brasileira de São Paulo, Alencar Burti. Aafirmação foifeitaontem durante reunião plenária, onde se discutiu o impacto do nov osistema nas empresas.

O Banco Central está otimista demais quanto à capacidade de adaptação das empresas

Excesso de otimismo –Para Alencar Burti há um excessodeotimismo porpartedo

Banco Central quanto à capacidade das empresas brasileiras de se adequar ao novo sistema num prazo tão curto. O SPB prevê aliquidaçãoem tempo real dastransações financeiras com valorigual ou superiora R$5mil, quepassarãoaser feitaspelosistema de Tranferência Eletrônica

Disponível, TED. Parao consultorAntônio HermannDiasMenezes de Azevedo, da BDO Directa Auditores e Consultores, que conduziua palestrasobreo efeitodoSPB nasempresas comerciais,o novosistemaé uma das mudanças mais relevantesintroduzidas naeconomia brasileira desde a reforma bancária, na década de 60. Esforço enorme – O SPB, na sua opinião, vai exigir um esforço interno muito grandedas empresas parase ajustarem ao sistema. "O Canadá,um dosúltimospaíses que adotaram umsistema de pagamentosemelhante, levou 14 anos para fazê-lo", disse Menezes.

A principal mudança para asempresas éaperda deflexibilidade operacional, que ficam sem poder sacar sobre osdepósitos efetuados.As operações passama serfeitas eletronicamentee emtempo

real. E os bancos exigirão que os clientes tenham saldo em conta para efetuar saques. Revisão – As companhias, segundo Menezes, ainda terãode fazerumarevisão em seusprocessos de pagamentos e recebimentos, alterar a forma de gerir da tesouraria e manter um sistemade computação como apoio na gerência de seu fluxo de caixa.

Asmudanças também atingirão osmeios de pagamento,emespecialaos cheques. Na opinião de Menezes, haverá um aumento no volume de transações e pagamen-

tos com o cartão de débito em detrimento dos cheques, especialmente no comércio. "Inclusivecom apossibilidade do fim do pré-datado."

Distância do BC– P ar a Alencar Burti estapossibilidade só confirmao quanto o ideal doBCestá distanteda realidade brasileira.

"O cheque jáfazparte da cultura brasileira. Éuma ferramenta fundamental hoje dentro da nossa economia, entre as empresas eno comércio."

Roseli Lopes

Segurança impede velocidade maior

Os bancos concluíram que a adoçãodo novoSistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, terá deser mais gradual do que o previsto anteriormente para que sejam garantidos os níveisnecessáriosde segurança e desempenho.

Na véspera do feriado, a Federação Brasileira das Associações de Bancos, Febraban, anunciou que, a partir de 22 de abril, quando estréia, o SPB faráapenastransações acima de R$ 5 milhões pelo novo sistemaeletrônico. Anteriormente, o plano era de migrar todas as transações acimadeR$5 milparaosistema eletrônico.

Semanalmente– A redução gradual do valorde R$ 5 milhões para o valor previsto inicialmente deR$ 5mil será decidida em reuniões semanais entre o comitê de bancos criado para acompanharo SPB e o Banco Central, BC. O diretor de Liquidação e Custódia do Citibank e conselheiro da Câmara Interbancária de Pagamentos, Pedro Luiz Guerra, disse ontem que as instituições financeiras e o BC acharam mais conveniente nãoformular um cronograma fechado para essa reduçãodo valor,mas sim condicioná-lo ao desenvolvimento das transações.

Safra é contra negociação

da dívida da BCP

Ogrupo Safrainformaser "absolutamente contra"renegociar a dívida da BCP. Na quinta-feira,a operadoracelular deixoude pagarum débito de US$ 375 milhões. Segundo o presidente do Banco Safra,Carlos Alberto Vieira, o grupodefendiaque os sócios desembolsassem os recursos para pagar a dívida. Mas a americana BellSouth preferiubuscara renegociação da dívida. O grupo Safra e a BellSouthsão osprincipais acionistas da BCP, com 44,5% cada.

"Há expectativa de que eles voltem a discutiro assunto", afirma Vieira. O grupo Safra aguardaque aBellSouth apresente uma proposta para a dívida da BCP,que está em cerca de US$ 1,6 bilhão. Os outrosacionistas daBCPsão o grupo O Estado de S. Paulo, com 6%, a Splice (2,8%) e a BSB Participações (2,2%). O analista Andy Castonguay, do Yankee Group, considera inevitávelque aBCP renegocie sua dívida. Não seria o primeiro caso nastelecomunicações brasileiras. Em novembro, a Vésperanuncioua redução de sua dívida de US$ 1,3 bilhão para US$ 100 milhões. (AE)

Mais segurança – "A decisão éde continuarmosa nos reunir semanalmente e ir dosando essa torneira, na medidaemque osistemaforoperandoe ostestes deremmais segurançaaos bancos", afirmou Guerra.

Oexecutivo dissequeos testes de trocas de mensagens que estavam sendo feitos entre as instituições, simulando o funcionamento do SPB, revelaramque osistemafuncionavade maneira "muito confiante" quandoo volume demensagens era relativamente pequeno, e "pouco confiante" quando era alto. Participação– Segundo a

Malan afirma que este ano será melhor do que 2001

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disseontem que 2002 será melhor do que 2001 e que essa melhoria deverá ter continuidade em 2003, desde que setenhabomsensono debate público nos próximos seis meses, até a eleição presidencial.

Ele garantiu que estará torcendo pelo sucessoda administração que vier a suceder a atual edestacou aimportância do debate de idéias aser travado no período eleitoral.

O ministro pregou um debate profundo sobreo País que queremospara século21 ao invés de nos atermos a "intrigas" e "fulanizações".

"Issofazcom queadiscussão de idéias desapareça", observou.

Ele disse buscar para o Brasil a conjunçãode três características presentes nos países "que deram certo":liberdades individuais, justiça social, eficiência produtiva (setor privado) e operacional (setor público). (AE)

Os bancos não têm interesse em fazer empréstimo para pequenos empresários. Essa é a conclusão deuma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa, Sebrae, e pela Confederação Nacional da Indústria, CNI. O estudo feito com2.500 pequenos empresáriosnas cinco regiões do País, revela que paraconseguir financiamento vale maister boa relação com o gerente do banco do que ficha limpa. "Diante da dificuldade para conseguir dinheiro os pequenos empresários recorremaos cheques pré-datadose aoespecial, que temaltas taxas de juros", afirma Alexandre Araújo, técnicodoSebrae Nacional.

procurapordinheiro em bancos permanece pequena. Apesquisa revelaque64% dosempresários nuncatentou conseguir recursos financeiros. Esteporcentualé maior no Sudeste – 72% – do que no Centro-Oeste – 43%. Burocracia – A burocracia é um dos principais problemas noentenderdessesempresários. Asexigências bancárias, como excesso dedocumentação, anecessidade de fiador, ter imóvel ou dinheiro comogarantiaé apontada por 46% dos entrevistados como a principal dificuldade para ter acesso ao crédito.

Febraban, astranferências acima de R$ 5 milhões representammenosde 1%donúmerodeoperações nosistema financeiro, mas correspondem amaisde 30%dos valorestransferidos. Seo limite para as transações fosse mantidoem R$5mil 80% dosvalores tranferidos no sistema financeiro migrariam para o SPB. De acordo com a Febraban, nãohouve nenhum indício de falta de segurança na bateria detestes. Maso limitefoi alterado "para permitir que o sistema seja iniciado com o máximo de segurança possível". (AE)

Alta do

De acordo com a pesquisa, a maioriados empresários– 57% – disse estarenfrentando muitos problemas financeiros. Esse índice é maior entre osempresários menos escolarizados – 78%. Apenas 41% dos que possuem pós-graduação apresentaram essadificuldade. A situação piora para quem tem mais de60 anos –78%. Dosempresários mais jovens (de18a 30anos) 36% tem problemas financeiros.

De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados enfrenta muitos problemas financeiros

Empréstimo – A média dospedidos deempréstimos variaentreR$5 mileR$100 mil.

Para62% dospesquisados é difícil conseguir recursos, mesmo entre os que já conseguiram fazê-lo.Os empresários da região Centro-Oeste são osque maisquerem tentar empréstimos novamente – 56% – e, curiosamente, é esta região a que teve o maior índice de obtenção deempréstimos – 41% – , contra a média de 23% nas demais.

Com tantos problemas a

Com tantos obstáculos os empresários não consideram possível obter créditopara ampliar negócios ou fazer investim entos. Umaparcela expressiva dosempresários só vê necessidade de pedir empréstimo se estiver em dificuldades financeiras. Solução– Deacordo com Araújo, do Sebrae,três atitudes dos empresários podem ajudar. Primeiro: para ter a confiança da instituição antes de pedir o empréstimo, o interessado deve certificar-se de que não tem restrições cadastrais. Depois,o empreendedor deve procurar um banconoqual tenhaumhistório positivo. "È importantenão ter atrasado parcelas." Terum bom relacionamento com o gerente também é importante. Por último,o cliente quequiser um empréstimo deve estar preparado. "È importante saber que tipo de empréstimo pedir. Se o empresário chegar sem sabero quequer, ogerente dobancovaiagir com desconfiança", diz Araújo. Cláudia Marques/AE

preço do petróleo atrapalha queda do juro básico

A altado petróleono mercado internacional em funçãodacrise noOriente Médio reforçou a expectativa do mercado financeiro de que o Banco Central poderá rever o intervalo estimadopara ainflação desteano, que tem orientado asdecisões sobrea taxa de juros.

Além disso, osanalistasjá começam arefazer ascontas para tentar antecipar qual será a postura do Comitê de PolíticaMonetária do BC (Copom) na próximareunião, que ocorrerá em 15 dias. Crescem as apostas de que a trajetória de quedados juros será maislenta do queo que se previa antesde quinta-feira (28), quando o líder palestino Yasser Arafat foi confinado pelosisralenses emseu quartel general.

IPCA – Na semana passada o diretor de Política EconômicadoBC IlanGoldfajn, disse que a instituição continuava trabalhando com um IPCA, referência parao regi-

medemetas deinflação,entre 4%e 4,5% em 2002. No entanto, eleadmitiu apossibilidade de alteração desse intervalo em funçãoda conjuntura, com destaque para o comportamento do preço do petróleo.

Todas as estimativas foram feitas considerando o preço médio do barril do petróleo em cerca de US$ 23.

"Ainda é muitocedo para teruma visão clara dosdesdobramentos dessacrise no Oriente Médio. Noentanto, issopode comprometeraredução dataxa dejuros internamente", avalia o ex-presidente doBCGustavoLoyola.

Pressão – Segundo ele, inicialmente a tendência é que o BC acomode as pressões iniciais decorrentes doacirramento do conflito naquela região dentro dameta determinada para este ano. Com isso, ainflaçãoseaproximaria mais do teto da meta fixado em 5,5% para 2002, acima

portanto do intervalo de 4% a 4,5%que vem sendo focado pelo BC.

"Se o BC perceber que corre orisco deultrapassar esseteto, o maiscorreto neste momento será não mexer nos juros nareuniãodestemês", completa Loyola. Críticas – Para outro expresidente do BC, Gustavo Franco,ainda háespaçopara quedadosjuros, semcomprometer ainflação, mesmo comaatual crisenoOriente Médio. Ele critica aposição excessivamente conservadora do BC nas últimas reuniões do Copom, quando a taxa básica sofreu duas quedas consecutivasde 0,25pontoporcentual.

Para Franco "é um erro o BC se amarrar excessivamente auma regramecânica advinda de ummodelo econométricoque,qualquer economistasabe, estásujeitoa falhas. Política monetária é mais arte do que ciência", critica Franco. (AE)

Desemprego força a inadimplência

Cerca de 67% dos consumidores com prestação em atraso estão desempregado ou tem alguém da família sem trabalho fixo

O desemprego continua sendoa principalcausada inadimplência em São Paulo. Éoque revelaapesquisasobreinadimplência realizada pelo Instituto "Gastão Vidigal" da Associação Comercial de São Paulo,ACSP. O estudo que é trimestral ouviu 819 consumidores inadimplentes queforamao balcãode atendimento do Serviço Central de Proteção ao Crédito, SCPC.

Cerca de 67% dos consumidores com prestação em atrasoestão desempregado ou tem alguém da família sem trabalho fixo.

Em setembro do ano passa-

do, o desempregorepresentava apenas56% dasrespostase, emmarçode 2001,somente 40%. "Em março de 2001, não havia crise argentina, racionamento, problemas no câmbio, a queda forte na bolsa de valores norte-americana, entre outros fatores", avalia o economista da Associação Comercial deSão Paulo, Emílio Alfieri.

Bom pagador – Para o presidente daAssociaçãoComercialde São Paulo, Alencar Burti, o brasileiro é, no geral, um bom pagador. "O desemprego não é apenas o principal responsável pela

Comércio tem vendas estáveis no trimestre

Os indicadores elaborados pelo Institutode Economia "Gastão Vidigal"da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)mostram queem marçoe noprimeirotrimestre do ano as vendas da capital apresentaram movimento relativamente estável em comparação com igual período do ano passado. Segundo o presidente da entidade, Alencar Burti, o resultado de março tem de considerar o feriado daSemana

Santa. No anopassado - que serve como base de comparação - o feriadoocorreuem abril, resultando emmenos doisdiasúteis paraocomér-

cio. Por causa disso, o volume de consultasao ServiçoCentral de Proteção ao Crédito (SCPC)e aoUseCheque da entidaderegistraram, em março, quedade 10,2%e de 1,9%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2001. "Considerando-se a média diária, a queda do SCPCé deapenas 3%",disse Burti.

Para contrabalançar essa perda, o Usecheque registrou médiadiáriaem altade5,9% sobre março do ano passado. No acumulado do trimestre o SCPC apresentou quedade 5,4% enquanto que o UseCheque teve alta de 3,3%.

inadimplência, mas também provoca a desestruturação das famílias e frusta as expectativas dos jovens quebuscam inserção no mercado de trabalho", diz.

Alencar Burti entende que o próximo governo, a ser eleito em outubrodesteano, devedar prioridade ao crescimento econômico sem perder de vista a estabilidade, procurando mobilizar toda a potencialidade doPaís e,especialmente, osempresários atuantese os futuros empreendedores.

Alencar Burti, presidente da ACSP, destaca que o brasileiro é, em geral, um bom pagador

Comercial de São Paulo destacou o esforço do comércio e das companhias financeiras no sentido de facilitar a renegociação dos débitos do paulistano em atraso com suas obrigações. "Alémde oferecer informações gratuitas no balcão do SCPC, aentidade está distribuindo a cartilha "Como limparonome na praça", lançadaemmarço, que orienta os inadimplentes.

"Com juros altos,tributação elevada emuita burocracia,nãoserápossívelfazer a economiacrescer para gerar os empregosnecessáriose renda para a maioriada população,que aindaé extremamente carente", ponderou.

O presidente da Associação

Aéreas

Positivo –Os inadimplentes continuam desempregados.Entre osqueapontaram a falta de trabalho como causa do atraso do pagamento de compromissos, 44%continuam desempregados,númerosemelhante aoda pesquisa anterior (45%).

Mas há um fato positivo. "Cerca de 62% dos que disseram ter conseguido um novo

têm pior

A valorização do real ante o dólarno últimotrimestredo anopassado amenizouodesastre financeirodas principais companhias aéreas em 2001, mas não evitou que elas registrassem o pior resultado de suas histórias.

O impacto daalta do dólar nos custos operacionais –combustível e "leasing" de aeronaves – e nas dívidas das companhiasfoi agravadono ano passadopela crisemundialdo setor,depoisqueos ataquesaéreos aosEstados Unidos emsetembro retraíram ademanda depassageiros no mundo todo.

Alíderdemercado brasileiro deaviaçãocivil,Varig, às vésperas de uma reestruturaçãofinanceira que visa atrair novos sócios para capitalizar a empresa, reduziu o prejuízode 757 milhõesde reais registrado de janeiro a setembro do ano passado para 481 milhões de reais na contabilização do exercício de 2001.

Asegunda colocada no ranking, a TAM, considerada mais saudável do que a Varig pelo mercado por não possuir dívida expressiva em dólar, nãoescapou de registraro primeiro prejuízodos últimos 10 anos e fechar 2001 com perda de 56,4 milhões de reais,antelucrode562 mil reais em 2000.

De janeiroa setembro de 2001,porém, oprejuízo era

emprego possuem carteira assinada",destaca Alencar Burti.Na última pesquisa, em setembro eram apenas 55%.

Os consumidores inadimplentes estão em sua maioria nafaixa etáriaentre 21 e40 anos (71%)e ganhamentre R$351,00e R$1.000,00 (58%) mostra o estudo.

Mais atingidos – O comércio éo setormaisatingido (44%),seguido dosbancos (25%) edasfinanceiras (16%).

Os principaisprodutos financiados que causaram o débito foram os eletrodomésticos (22%), seguidos de roupas e calçados (16%).

Os carnêscontinuamsendo o instrumento mais utilizado paraa compraparcelada (50%) entre os com prestaçõesatrasadas, seguidodos cheques (36%). O estudo mostra também que 59%dosinadimplentes possuíammais deumcarnê

ematraso. Em setembro, eram 45% e, em março de 2001, 9%.O prazo mais freqüenteda comprados pesquisados foi de 8 a 12 parcelas (44%) eo valordas prestações dos carnês em atraso em 63% das respostas giravam de R$ 51,00 a R$ 200,00. A cautela continua sendo a tônica do brasileiro revela o estudo. Somente 38% dos entrevistados pretendemvoltar comprara crédito,enquanto 52% não queremfazermais prestações.

Outroponto positivodo estudo équemostra que apear dos problemas, o brasileirose mantémotimista, 73% dos pesquisados acham que 2002 será melhor. "É o melhor resultado da pesquisa desde que elateve início, superando o otimismo de 2000, quando 63% entendiam que o ano seriabom", explica Alfieri.

Teresinha Matos

resultado da história

bem maior, de 152 milhões de reais.

"A valorizaçãodo real no último trimestreajudoua melhorar um pouco o estrago das companhias aéreas, além de sertambémumdos melhores períodosparavenda depassagens.Mesmo assim, a situação do setor aéreo brasileiro continuagrave", disse àReuters odiretor de análises da Sirotsky &Associados, Carlos Antonio Magalhães.

A crise afeta principalmente a Varig, a mais tradicional companhia aérea brasileira, quechega aos75 anos com oquartoprejuízo consecutivo e uma dívida de 900 milhões de dólares.

milhões de reais em 2000. O patrimônio líquido da empresa está no vermelho desde 2000 e, no ano passado, fechounegativoem 523,1 milhões de reais.

Impacto da alta do dólar e crise após ataques terroristas tiveram impacto negativo nos balanços

Desde 1997, quando lucrou 27,8milhões dereais, a Varig não vê a cor azul em um balanço.Em 1998fechouo ano com perdas de 25,3 milhões de reais, subindo para um prejuízode 94,8milhões de reais em 1999 e de148,6

A receita líquida da companhia ficou praticamente estável em relação ao ano anterior,fechandoo anoem5,2 bilhões de reais, em comparaçãoauma receita de 5,3 bilhõesde reaisem 2000. T en d ên c ia –No caso da TAM, lembra oanalista,o prejuízoé explicado pelo impactocambial sobreos custos em dólarda empresa, como o "leasing" deaeronavese combustível.Acompanhia conseguiu crescimento de receita mais expressivo, de 2bilhõesde reaispara2,7bilhões de reais no ano passado, graças ao aumentode 28 por cento da participaçãode mercado dacompanhia. Mesmo assim, o analista não vêumbomhorizonte nos

próximos meses para a TAM.

"Sea TAMnão se mexer, não fizer alianças para crescer, vaificar estagnadae a tendência épiorar", disse Magalhães.

Osatentados terroristas aosEstados Unidosnoano passadofizeram aTAMrecuar na sua política de expansão das linhas internacionais, porém permitirama conquista de maior fatia do mercado interno.

Deacordocom dadoslevantados pelo Departamento deAviação Civil (DAC), a TAMfechouo ano passado com 36,68 por cento do mercado, em relação aos 28,66 porcento registradosnoano anterior. Poroutro lado, a Varigcaiu deumaparticipação de 43,06 por cento para 39,67 por cento. Outras companhiasáereas brasileiras, como Vasp, Gol, e a Transbrasil, que voou pela últimavez em dezembro do anopassado, nãoapresentaramseus resultados referentes ao ano passado. (AE)

Feira para restaurantes começa hoje

Evento internacional da área inicia no Expo Center Norte com a promessa de reunir 130 expositores e 14 mil visitantes

Começa hoje, às 14 horas, o 4º Salão Internacional da Alimentação Fora do Lar, no Expo Center Norte, em São Paulo.O eventoreúne 130 empresas do segmento de food service, ummercado formado por restaurantes, lanchonetes, padarias e fornecedores.

Nos últimos sete anos esse setor vem registrando cresci-

Mostra

mento anual de 8%. Em 2001 foram movimentados

R$ 30,4 bilhões no País. A feira esperareunir14milpessoas eé patrocinadapela Associação BrasileiradaAlimentação (Abia).

Entre os principais destaques estão os lançamentos da indústria alimentícia. A Sadia vaiapresentar novos empanados, massase incrementos

engloba

soluções para qualidade e higiene

Parte dosexpositores da AbiaFood Service2002fornece produtos não relacionados diretamente aos itens alimentícios. É o caso dos equipamentos para higiene e para a qualidade dos alimentos.

A 3M Food Service, unidade da multinacionalnorteamericana 3M, está lançando no evento um monitor de óleos egorduras paragarantir a qualidade das frituras. Oprodutoconsiste numa tira descartável de papel não tóxicocomposta porquatro faixas coloridas. Mergulhadas na gordura animal ou vegetal, elas mudam de cor conforme a concentraçãode ácidos graxos aumenta.

Dessa forma épossível observar, em 15 segundos, quando osácidosgraxos liv res passama seconcentrar

em excesso. Quando isso ocorre eles normalmente comprometem aqualidade da fritura, influenciando na crocância dos alimentos, e também o teor de gordura, de forma a prejudicar a saúde dos consumidores.

Outra vantagem do produto é que, com a sua utilização, as empresas evitam jogar fora de forma prematura as gorduras em bom estado.

Para o segmento de higiene e limpeza, aUltralight está lançando armadilhas para insetos. A alternativaé oferecidadevido àimpossibilidade de utilização de substâncias tóxicas em cozinhas de restaurantes, lanchonetese indústrias alimentícias. A novidade apresentadapela empresa é uma armadilha adesiva para roedores. (TN)

culinários exclusivos para essetipodecomércio. AChapecó mostrará umanova série de frangos desossados e congelados, além de filés suínos temperados em tamanho reduzido para se adequar à demanda do prato-feito. Empresas especializadas na distribuição dos alimentos prometem revolucionar as relações com osfornecedores. "No futuro, o comerciante não precisará mais ir ao atacadista pela manhã. As empresasvão entregar os produtos naporta", afirmao diretorde Food Service da Abia, Gino Colameo.

A Fast&Food, da área de logística, se propõe a coordenar oprocesso desdeaaquisição até a entrega dos alimentos. A empresa faturouR$ 30milhões no ano passado e espera aumento de 50% neste ano. "A feira consegue abrir várias oportunidades de negócios", afirma odiretordeoperações, Ricardo Nishikawa. Entre seus principais clientes estão a rede Girafa’s, Friday’s e China in Box.

O hábitode fazerrefeições fora de casa está provocando mudanças naestruturade grandes empresas como Nestlé e Sadia.A Nestlé foi uma dasprimeirasa criarumdepartamento exclusivo para cuidar da relação com restaurantes, lanchonetes, hotéis e empresas de catering.

Por ano são vendidas cerca de 15 milhões de refeições fora de casa. A Sadia e os grupos Accore AtacadistaMartins criaram uma empresa de distribuição de alimentos que deve iniciar as operações no segundo trimestre, chamada

Apprimus. Aempresa vai fornecer serviços e abastecer estabelecimentos que servem refeições prontas. Ostrês grupos estãoinvestindo R$ 32 milhões.

Nutril direciona produtos diet para classes mais populares

Amineira Nutrilpretende gastar R$ 3,3 milhões até o final do ano para desenvolver novosprodutos. Oinvestimento será direcionado ao designdas embalagense àlinha de produção.

Até 1998, a fabricante mineira de alimentos como leite em pó, achocolatados, refrescos empó, cereale amidode milho,tinha comoprincipal clienteas instituiçõespúblicas detodo o País. Ofoco da empresa, porém,vem mudando nos últimos anos.

Em 2002apenas apublicidade receberá R$ 8 milhões. As metassão decrescer 25% emrelação a2001vendendo produtos de dietaparaconsumidores dasclasses B, C e D, com preços 40% inferiores à média domercado para o segmento diet/light.

No anopassado, a Nutril obteve faturamento de R$ 190milhões. Asunidades fabris da empresa estão instaladasemContagem, naRegião Metropolitana de Belo Horizonte, onde trabalham 480 funcionários.

Classe A – A Nutril éa sétima maiorindústria doPaís no setor de laticínios. "A maiorparte dasempresasassocia os produtos diet à classe A,quando essacamadapossui 8,9%de mulheresobesas para 14,1% nas classes C, D e E", explicao diretorde marketing daNutril,Frederico Oliveira.

A linha derefrescos em pó para dieta Leve&Diet foi o primeiro lançamento no segmento, há umano. A expectativa da Nutrilera vender 22% maispacotes doproduto que nos primeiros meses de2001. Hoje,a médiamensal de vendas é de um milhão de embalagens do produto. No último mês de janeiro, a empresalançou maisumalinhadentrode seusegmento pararegime: oLeve&Diet Shake.Os chamadosshakes sãouma espéciedevitamina de baixoteor calórico capaz

de substituiruma refeição. "Descobrimos que os shakes têm grande potencial de vendano Brasil.Aidéia évender abaixo dopreço das marcas líderes e reforçar características comoo sabor eo acréscimo de componentes como cálcio, paraprevenir aosteoporose", diz. Os shakes Leve&Dietsão vendidos emsupermercados e farmácias. "Os primeiros girosnos pontos-de-venda já registraram uma boa aceitação dos produtos", explica Oliveira. Novidade – Até o final de 2002, a linha diet será ampliada em seis novosprodutos, possivelmente na áreade alimentos matinais, como os cereais.

As campanhas de divulgação da Nutril serão regionalizadas."O nossoreconheci-

mento éforte sobretudo em estados doNordeste, Minas Gerais, Paraná enaperiferia de São Paulo", diz Oliveira. Leite em pó – A Nutril é dona de 11% do mercado de leite em pó no Brasil. Diferente da maioria dosfabricantes, que prefere se apoiarnuma única marcapara vender,a empresa tem quatro denominações de leite, com composiçõesespecíficas. São elas: Nutril, Nutrilly, Dolci, Sweet. "Somospioneiros nolançamento de leite em pó modificado no País", diz Oliveira. No segmentode achocolatados,o Xocopinho, daempresa, briga pelo terceiro lugar entreosmaisvendidos como Mágico,da Arisco. O primeirocolocadoé oNescau e o segundo o Toddy.

Barros

A mostra do ano passado reuniu na capital paulista grandes nomes do segmento de alimentação, como a Nestlé
Isabela
Salão Internacional de
Refeições Fora do Lar
Data: 2 a 5 de abril
Local: Pavilhão Branco do Expo
Center Norte (somente para profissionais que comprovem vínculo com o food service) ser viço
Tsuli Narimatsu
D ivulgação
Oliveira, da Nutril, relata que a marca
Leve&Diet foi criada dentro do novo foco da empresa

Xerox vai responder por

multa de US$ 10 milhões nos Estados Unidos

A Xerox anunciou que vai pagar umamultade US$10 milhões num acordo firmadocom aComissão deValores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

Ainstituição financeiraestipulou o pagamento alegandoquea empresateriaviolado leisregulatóriasfederais.

Isso teria sido feito em balançosrealizados entreosanos de 1997 e de 2000.

Além disso, a Xerox, que é fabricantemundialde equipamentos de escritório, vai fazer um ajuste norelatório financeiro apresentado no ano passado.

L e as i n g –A reapresentação dos relatórios proposta v ai ajustara alocaçãodereceitas obtidaspelacompanhia com negócios de leasing.

A Xeroxinformouque vai usar um novo método de cálculo de faturamento.

Cerca de US$2 bilhões em receita conseguida entre

1997 e 2000devem ser realocados. A quantia envolve vendade equipamentos,serviços e outros produtos da companhia.

A empresa disse que as alteraçõesnãovão impactar no total de dinheiro recebido ou no montante que ainda será cobradopelo alugueldecopiadoras.

Mensalidade – A Xerox comercializavaamaioria das suas linhas de produtos por meio de contratosqueincluíam equipamentos, serviços e financiamento. O cliente pagava uma mensalidade pelo pacote, além de certas taxasvariáveis, deacordocom o uso da copiadora, por exemplo.

A instituição americana dissequea metodologiada Xeroxparaalocaro faturamento não cumpria com alguns padrões norte-americanos utilizados nos procedimentos contábeis. (Reuters)

Toyota trabalha por 15% de participação mundial

A Toyota Motor, terceira maior fabricante de automóveis do mundo, anunciou ontemque pretendeaumentar sua participaçãono mercado mundial.

A empresaquer passardos atuais 10% para 15% nesta década. A Toyota não fazia projeções de longo prazo desde o ano de 1996.

Mudanças nas tendências políticas, econômicas, sociais e tecnológicas de próxima geração mostraram que é o momento deestabelecer novas diretrizese realizarreformas concretas. Essa foi a justifica-

tiva apresentada pela montadora multinacional em comunicado oficial.

Regiões – Sem dar maiores detalhes, a Toyota afirmou que pretende adotar um programa de lucratividadesustentado em três bases. Japão, América do Norte e Europa serãoos principaispilaresda empresanonovoplano desenvolvido.

Asduas primeirasregiões citadas, o Japão e a América noNorte, respondematualmentepela maiorpartedos ganhosglobaisda companhia. (Reuters)

Coca-Cola cria bebida com sabor de baunilha

A Coca-Cola estátrabalhando secretamente na criaçãodeuma nova versão do refrigerantedemesmo nome, com sabor de baunilha. A notícia foi publicada nojornal Financial Times ontem.

Diversos funcionáriosda empresa estariamesperando queuma novaCoca-Colasabor baunilha seja lançada nos próximos mesesno mercado norte-americano.

Receita – Nomêspassado, aCoca-Cola informouque esperava um crescimento de 4%a5% no volumedevendasdurante oprimeirotrimestre de 2002. A projeção de bomdesempenho ébaseada num aumento da demanda no mercado dos Estados Unidos, que está começando a se recuperarapós anosdecrescimento considerado lento para a Coca-Cola. (Reuters)

Instituições financeiras

lideram fusões e aquisições

O número de fusões e aquisiçõescaiu 47%duranteo primeiro trimestre de 2002 no Brasil. O volume de negóciosfoi menordoque em igual períododoanopassado. Ocorreramumtotal 42 transações, 27 delas envolvendo capitalnacionale15 com participação de dinheiro estrangeiro.

Os resultados ainda são reflexosda criseargentina,variação cambialeatentados terroristas aos Estados Unidos, que interferiram na dinâmica dos investidores. "Toda vezque omercado sofre com a instabilidade há um freionomovimento de fu-

sõese aquisições.Alguns setores, porém,têm umadinâmica diferente, casodo setor de alimentos com performance sempreregular", afirma André Castelo Branco, da KPMG.

O número maior de operações domésticas sedeuem funçãodaalta concentração denegócios no segmentode instituições financeiras. No total ocorreram 10 transações. Sóo Bradescoadquiriu o Banco Cidade,o Mercantil e o Banco do Estado do Amazonas no período.No levantamentopassado, osetor de energia foi líder, com 14 operações.

O setor de alimentos, bebidas e fumo ficaram emsegundo lugar comcinco transações, sendo as principais a comprada GarotopelaNestlé e a aquisição da Kaiser pela Molson. O setor de Tecnologiada Informação apareceu emterceirolugar, com quatro negociações. Os números confirmam a tendência de quedano ritmo denegócios desetorescomo Tecnologia daInformação e Telecomunicações, quelideraram o levantamento nos últimos anos. "Esses mercados estão com menor grau de atratividadeem função da baixa performancequeas

empresas de telecomunicações tiveram no ano de 2001 e também em funçãoda baixa demanda por negócios relacionados à Internet", explica Castelo Branco. Os dados fazem parte do estudo Fusõese Aquisições da KPMGCorporate Finance. São Paulo aparece em primeiro lugar noranking da KPMGcomopalcode 61% das operações. Em seguida vem o Rio de Janeiro com 9%, Minas Gerais e Espírito Santo com 7%. Os americanos foram os estrangeiros que mais participaram das transações.

Andersen se nega a pagar acordo

A empresa deauditoria Andersen anunciou quesua seguradora não vai pagar US$ 217 milhões para uma fundação batista.O valorfoi definido em um acordo judicial por práticas ruins de contabilidade. A Andersen é acusada demaquiar osbalanços contábeis da Enron, multinacional do setor de energia que faliu no ano passado.

HP não pretende renomear Hewlett como conselheiro

A fabricante deimpressoras e computadores HewlettPackard(HP) nãovairenomear Walter Hewlett, membro da família dos fundadores da empresa, para o conselho executivo da companhia. Hewlett é um dos principais opositores à proposta da HPdecomprar arivalCompaq Computer, num negócio avaliado em US$ 20 bilhões.

A HP informou que a decisão do conselho foi baseada narelaçãode Hewlettcoma empresa. Hewlettfeznasemana passada uma acusação na Justiça contra a HP, com a intenção de evitar a compra da Compaq.

O executivo alegou que a administração da HP usou métodosquestionáveis para obter votos naassembléia de acionistas, realizada no mês passado, paradecidir sobrea proposta de união dasduas empresas.(Reuters)

Os advogadosda Andersen, que passa por problemas com clientes desde a falência da Enron, enviaram uma carta àspartes envolvidas no processoinformando que a seguradora Professional ServicesInsurance nãoaprovou opagamento paraa Baptist Foundation of America. As informações foram dadas por um porta-voz da An-

dersen. Num acordo firmado no primeirodia demarço na Justiça, aAndersenhavia concordado em pagar o valor num prazo de 45 dias. O pagamento dos US$ 217 milhões é o segundo maior já estabelecido em um acordo judicialenvolvendo asmaiores empresas de auditoria do mundo. Em 1999, uma rival da empresa, a Ernst &Young,

indenizou em US$ 335 milhõesos investidoresdaempresa de imóveis e viagens Cendant.

A fundação batista, em processo de falência, alegou que a Andersen não detectou falhas contábeisna entidade mesmo após seralertadade que havia problemas nas finanças daBaptist Foundation. (Reuters)

Operadora ATL conseguiu mais

278 mil clientes no ano

A ATL, operadora de telefoniacelular dabanda Bnos EstadosdoRiode Janeiroe Espírito Santo, aumentou sua base em278 mil assinantes no ano passado, encerrando o exercício com 1,917 milhão de clientes.

De acordo com balanço divulgado pela operadora de telefonia, apenas16% dos usuáriospertencem àplataforma pós-paga, com queda frenteo índicede 17,5%de participação desse sistema registrado em 2000.

A companhia obteve receita líquida deR$ 764,05 milhões, com alta de 18% em relação aoano anterior,mas o resultado foi prejudicado por elevadas despesas operacionais e financeiras.

O primeiro item cresceu 20% frente a2000, atingindo R$ 566,63 milhões. Enquanto isso, o segundo sofreu ampliação de 25,7%, com um to-

tal de R$ 331,61 milhões. Como conseqüência, o prejuízoda operadoradetelefoniafoideR$ 331,16milhões, com diminuição de apenas1,1% diantedoprejuízo de R$ 335,3 milhões re-

passado

gistrado no ano de 2000. Vinda de uma sequência de perdas desde o início das operações, em 1999, a ATL encerrouoanopassado com patrimônio líquidonegativo de R$ 483 milhões. (AE)

Tsuli Narimatsu

Qualidade na empresa

depende de ações corretas feitas uma única vez

Reinaldo Miguel Messias

Qualidade não custa dinheiro. Embora não seja um dom, é gratuita e lucrativaparaa empresa.Cada centavo que se deixa de gastar não se repetindo de forma incorreta alguma coisa, ou usando alternativas, torna-se centavoganho. Nessesdias de"sabe-se láoque vaiacontecer ao nossonegócio", não restam muitas maneiras de se obter lucro.Se você se concentraremgarantira qualidade, vai aumentar provavelmente o lucro num volume de cincoadezpor centode suasvendas. "Qualidadeéo lucro sem despesa", afirma o norte-americano PhilipB. Crosby no livro Qualidade é Investimento

Já se passaram mais de 20 anose,ainda hoje,muitas empresasgastam partede suas receitas refazendo processos que deveriam ter dado certo da primeira vez.

Uma definição clássicade qualidade, sugerida por Crosby, afirma que ela é a conformidade com os requisitos.Paraser conquistada, devemos estabelecere pactuar os requisitos de conformidade com os quais produtos eserviçosdevam beneficiar asexpectativ as dosclientes, planejando as ações que possibilitem sua realização correta desde o começo.

Nesses dias em que o futuro do negócio está instável, ter qualidade pode ser ter lucro

E o que é a não qualidade?É tudo aquilo que aconteceu e que não estava planejado, resultando em custos adicionais aempresa econsequentemente ao produto ou serviço executado.

Sugiroaoleitor nestemomento uma reflexão voltada a seis aspectos relacionados à nãoqualidade, destacando componentes presentesnos processos empresariais.

Retrabalho – Éo fazernovamente o que já estava feito por causa defalhas, consumindo recursos operacionais sem agregar nenhum valor ao produto . Às vezes pode acabarcustando maisconsertar que jogar fora e fazer de novo. É importante alertar quanto a extensão do estrago que isto podecausar.Sea falhaficar restrita aprocessos internos sem chegar ao cliente, só há perdadedinheiro. Mas,se chegar ao cliente, além de dinheiro também comprometem a marca da empresa.

Refugos – Podem sercaracterizados comoprodutos, serviços, materiais e insumos que nãotenham odevido aproveitamento aofinaldo processo. Freqüentemente aparecem como os famosos desperdícios. Namaioria das vezes formalização de instruções e especificações apropriadas de materiais, associadas a capacitação profissional adequada possibilitama redução deste efeito nocivo. Retardos –Sãousos inadequados por parte da empresa do recurso tempo. Acabam sendo caracterizados tanto pelosatrasos nosressuprimentos deestoques,como também nocumprimento

aosprazosde atendimento acertadocom ocliente.É o preço a ser pago pelo planejamento inadequado do processode atendimento, causando desde perda de receita, inadequações no fluxo dos recursos financeiros, aumento dos índices de ociosidade e dificuldadesno processo de fidelizaçãodo clientecom dano a marca. É quantificável emfunçãodosdanos financeirosreais oupotenciaisdevido ao período de atraso. Reclamações – São os indicadoresde confiabilidadena relação cliente e fornecedor que evidenciamo graude satisfação atingido. Chamoa atenção para aimportância desteitempois eleocorreem duas situações distintas. A primeira surge pela evidência naturaldocliente. Elesemanifesta diretamente por meio de uma ação formal e sabemos deforma precisao nível de insatisfação ocasionado. A segundasó éevidenciada quando atuamos com ferramentas de pós-vendas, pois a insatisfaçãodo clientenão chega de forma explicita. É preciso garimpá-la. Quero dizer com isto que a ausência de reclamações nem sempre se constitui num indicador de conformidade. Porsetratar de um quesito estratégico, sua quantificação recaisobrea potencialidade de perda de negóciosem função do número de reclamações. Recall – Trata-se dos gastos provenientes dasubstituição preventiva de produtos que apresentam risco potencial de dano ao cliente, sendo respaldado pelo Código de Defesado Consumidor. Típico emgrandes empresas,entretantopossível deserverificado emempresas dequalquer porte,inclusive aspequenas. Acaba tendo umaspecto positivoquanto aresponsabilidade para com o cliente. Remuneração adicional –Éo gastoadicionalauferido emfunçãodo planejamento inadequado dasreais capacidades operacionais.Além de muitas vezes afetar relacionamentos humanos, pois havendo falha de planejamento são tomadas decisões imediatas que não levam muito emconsideração aspectosde disponibilidade pessoaldos colaboradores. Viaderegra, refletem diretamentena folha de pagamento da empresa sob a forma de horas extras de funcionários nãoprevistase assim quantificadas. Como você deve ter notado, que estes seis aspectos acima abordados se iniciam com a sílaba re. Isso não ocorreu por mero acaso. Foi a forma que encontrei para sugerir ao leitor uma reflexão que associasse a não qualidade ao refazer. Tenha sempreem mente quea nãoqualidade é representada pelosgastos com trabalho que não deu certo e precisa ser refeito.

Reinaldo Miguel Messias é consultor de produtividade do Sebrae de São Paulo

Restaurantes misturam arte e comida para atrair clientes

Restaurantesde SãoPaulo estão promovendo exposições de arte para atrair consumidores."Misturar gastronomia earte éuma maneira de atraire fidelizarclientes", afirma Augusto Perez,proprietário do Panino Giusto. As exposiçõesno Panino Giusto iniciaramem abrildo anopassado. Orestaurante, que fica na rua Augusta, região dos Jardins, foi reformado para abrigar as obras de arte. "Colocamos uma iluminaçãoespecial,pois as peças nãopodem ficar expostas a luzes comuns, e deixamos espaço vazios na parede para pendurar quadrose fotografias", diz Perez. O sistema é parecido com o

de galeriasde arte.O restaurante tem umcurador, Ivald Granato, que foi o primeiro a expor no Panino e está encarregado de selecionar os artistas para as exposições. O dono do restaurante promove uma vernissagem – inaugura a exposição. Os custos com convites, a organização do evento, os drinks e as refeições servidas no dia são pagas pelo proprietário da casa. O artista arca com as despesas das molduras, no caso de quadrosesuportes parapeças, quando os objetos expostos forem esculturas.

Panino Giusto e Santa Gula, de São Paulo, "servem", além de comida, obras de arte aos consumidores

Na venda das peças, o dono dorestaurante ficacomuma porcentagem, que varia de acordocom otipodetrabalho do artista. "Não lucro com as peças. O ganho é com o aumento das vendas", afirma Perez. Segundo o empresário, ainda nãofoi possível estimar o crescimento das vendas, mais ele foi visível.

No PaninoGiusto, háuma nova exposição a cada 45 dias. "A rotatividade é importanteparamantero cliente interessado. O programa funciona, muitos consumidores ficam aguardando e

perguntam quem vai ser o próximoartista",afirma Perez. Apresentaramtrabalhos no restaurante Antonio Peticov, Walter Silveira e Vincenzo Scarpellini. A exposição desse mês é de Paulo Sayeg. SantaGula – D i f er e n t emente do Panino Giusto, que expõe obras de artistas renomados,noSanta Gula,aspeçassãode antiquáriosetambém artesanato regional. No restaurante, que fica na Vila Madalena, todos objetos, inclusive muitas cadeiras, nasquais osclientes sentam, estão à venda. Os clientes vão comer e procuram peças para decorar a casa.

Cláudia Marques

Agência cria serviço para pequenos

A empresade logística e publicidade DR Marketing, de São Paulo, criou um serviço de marketing operacional paraatenderpequenas empresas. "Observamos que muitos pequenos empresários não fazem propaganda do produto por causa dos custos",diz Dirceu Ramos, diretor da DR Marketing. A empresa faz promoções nospontos-de-vendae desenvolve projetos de logística

para as companhias clientes. ADRestáno mercadohá 20anos.Atéo início deste ano, a empresa atendia um únicocliente: aMasterCard. Aempresa foiresponsável pelo marketing promocional e toda aparte de operacionalizaçãoda redede cartõesda Master Card por seis anos. Para ganhar novos clientes, os diretoresda DRcriaram uma empresa quevai recrutar profissionaisparatraba-

cursos e seminários

Hoje

Processos administrativos no Banco Central - O curso é direcionado a micro e pequenosempresários que querem conheceros processos administrativos instaurados no BC. Duração: seis horas,das 18h30às 21h30. O curso tem início na quarta-feira (10) e termina na quinta-feira (11). Local: Auditório da Adreview, rua Líbero Badaró, 471, 21º andar. O seminário vaiser ministradopor AntônioCarlos Verzola,funcionário do Banco Central de 1974 a 2000 e professor da Unip (Universidade Paulista). Preço: R$ 300 (associados) e R$ 380 (não associados). As inscrições podem ser feitas a parti de hoje pelo telefone (11) 3241-0155.

Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes - O curso, promovido pela consultoria Franklin Covey Brasil, é baseado no best seller homonônimo do consultor norte-americano Stephen Covey, um dos livros de negócios mais vendidos em todoo mundo. Duração: oito horas, das 8h30 às 17h30. O cursotem início na terça-feira (16) etermina na quinta-feira (18).Local: SãoPaulo BusinessCenter,avenida Lineude PaulaMachado, 1088/1100. Preço: R$ 2.690. As inscrições podem ser feita a partir de hoje pelo telefone (11) 5507-7800.

lhar em promoções e eventos. "Antes de termosumcadastro com profissionais nossos, era mais difícil unificar a operação. Hoje temos o controle de tudo", afirma Ramos. Degustação – Umdos serviços oferecidos pela DR é o de degustação. A empresa coloca funcionários em pontosde-venda para oferecem o produtoao consumidor.Segundo Ramos, o marketing funciona tanto para comida

quantoparaautomóvel. "Os testes drives, promovidos pelas revendas de carros são mecanismos muito usados paraatrair consumidores exigentes e aumentar as vendas", afirma Ramos. O valordo investimento em marketing promocional é um dos atraentes desse serviço.Em geral, as despesas ficam 50% mais baratas que os gastos com publicidade na televisão, por exemplo. (CM)

Vendas externas: visitando o que se vende – O seminário é direcionado a micro e pequenos empresários que ter um maior controle das vendas da empresa.Assuntos comoaforma queo produtoestáexposto naprateleira e a receptividade do consumidor serão abordados. Duração: 16 horas, das 18h45 às 22h45. Local: Sebrae São Bernardo do Campo, avenida Redenção, 271, sala 17, Centro. Preço: R$ 80 (micro e pequenos empresários) eR$ 150(médios egrandes empreendedores).O cursoacontece na segunda-feira (08). As inscrições devem ser feitas até hoje diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Recursos humanos: departamento pessoal na prática – O seminário é dirigido a micro e pequenos empresáriosque precisam entender o funcionamento do departamento pessoal do pequeno negócio. Duração: 16 horas, das 9h00 às 18h00. Local: Sebrae São Paulo, rua Barra Funda, 836, 2ºandar, BarraFunda. Preço:R$ 80(micro epequenos empresários)e R$ 150 (médios e grandes empreendedores). O curso acontece no sábado (06). As inscrições devem ser feitas até hoje diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Secretário se reúne com os distritais

Durante encontro, superintendentes detalham trabalhos das sedes, como os que envolvem o Centro Velho e o Programa Degraus

A importânciado trabalho dos superintendentes das15 distritaisda Associação Comercial juntoà comunidade está cada vez mais evidente. Isso ficouclaro ontemcom o interesse demonstrado pelo secretário de Desenvolvimento,Trabalho eSolidariedade, Marcio Pochmann, por projetos desenvolvidos pela Associação Comercial.

O diretor superintendente da DistritalCentro, Roberto Mateus Ordine, informou o secretário de que dispunha de um trabalhoque visaa recuperação do Centro velhoda cidade.Além disso,eleficou conhecendo detalhes do Programa Degraus – iniciativa conjunta da Associação/Facesp e Rede Brasileira de Entidades Assistenciaise Filantrópicas (Rebraf), cuja meta é incluir120 miljovensno mercado de trabalho.

O secretário Marcio Pochmann disse que há interesse da Prefeitura em somar esforços coma AssociaçãoComercial, especialmenteno problema dos camelôs,que, reconheceu,sãouma concorrência desleal com os empresários formais que pagam impostos. Para Pochmann a Prefeitura pretende ajudar o micro-negócio informal apenas por um curto período. "Depois disso, tambémeles terão de pagar o ISS", afirmou durante reuniãodoConselho das Sedes Distritais da Associação Comercial de São Paulo.

C am elô s – Superintendentes alertaram para o fato de que, muitas vezes, a informalidade é alimentada pelo contrabando. Pochmann lembrou queisso sópode ser combatido com uma ação integrada entreórgãosda

Prefeitura retira mais 13 pessoas de vão de viaduto

A Prefeitura está retomando seu programade retirada de moradores de rua dos viadutos da cidade. Mais 13 pessoasvãosertransferidas de v ãos de viadutos da Capital paulista. Hoje, a partir das 9h, três famílias quemoravam sob a Ponte da Cidade Universitária, noButantã, nazona Oesteda cidade,vão mudar para casas alugadas.

A ação faz parte do Plano de Reabilitação Urbanística e de Atenção aos Moradores dos Vão Existentes nos Baixos de Pontese Viadutos do Município. As famílias de Ana Célia da Silva,RosilenePereira dos Santos e ValdeciFernandes Quadros vão morarem casas da rua Herbert Spencer, em Paraisópolis. Antes de mudarem, as famílias passaram por

agenda

Hoje R ev i s t a - Odiretorsuperintendente daDistrital Sudeste da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), José FredericoAthia,participa do lançamento da revista Guest Accor. O evento acontece às 19h30, no GrandHotelMercure São PauloIbirapuera,localizado narua Joinville, nº 515, no Ibirapuera.

entrevista com opessoal da Assistência Social da Prefeitura.

Foram feitos cadastros e esclarecimentos sobre as ações da Administração Municipal. Asfamíliasvisitaram e aprovaram as condiçõesdas casas onde vão morar. Com a concordância de todos, foram alugadososimóveis e agendadas as mudanças.

B al a nç o -Commais esta ação, sobe para 471 o número de pessoas atendidas pelo programa desde meados de agostopassado. São286pessoas, ou 88 famílias, que estão morando em casas alugadas; outras 64 pessoas vivendo em vagas de hotéis e mais 121 que tiveram encaminhamentos para albergues ouapoio para retornarassuasfamílias ou origens. (SM)

Quinta Pirituba - Adiretoria daDistrital Pirituba realiza reunião, com palestra do secretário municipal detransportes, Carlos Alberto R.Zarattini, sobre Projetodo Terminal de Pirituba. O evento será às 8h na Sociedade Holandesa de São Paulo - Casa de Nassau,avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 4.123

União, Estados e Municípios. AlencarBurti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)eAssociação Comercial, ressaltou que sem essa ação conjunta todosesforços"os resultados serão pífios."

Burti acrescentouque os camelôs são apenas a ponta do iceberg, fruto das diferençassociaiseeconômicas. "É preciso atacar araiz da questão",alertou. Nesse sentido, colocou a Associação à disposição para discutirplanos estratégicos para resolver o problema. "O que for bom para São Paulo ébom para a Associação e para suas Distritais", resumiu.

Todos os superintendentes dasDistritaisnareunião de ontem, mostraram seus esforços para ampliar o alcance do ProgramaDegraus. Tam-

bém apresentaram suas propostas de trabalho para suas regiões. Para ValmirDamázio, vice-presidentecoordenador institucional das Sedes

Distritais, o esforço dos superintendentes demonstra a forte união existenteentre as Distritais. "Essa integração se reflete na qualidadedos pro-

Estado abre dados da criminalidade

Apartirde agosto,asPrefeituras da região metropolitana de São Paulo poderão ter acesso aos dados do Infocrim,sistema dogovernoestadual que mapeia a violência. A divulgação foi feita ontem em reunião entre os coordenadores do Fórum de Segurança Pública,quereúne 39 prefeitos da Grande São Paulo, apósencontrocom o secretário de Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho. Com a integração do sistema será possível mapear as regiões com maior incidência de criminalidade e os tipos de crimes mais comuns.Além disso, as Prefeituras também terão acesso aosboletins de ocorrências."Os prefeitos que quiserem ter acessoao sistemapoderão, apartirdas informações,fazer um programa preventivo juntamente comaspolícias Militare Civil, para reduzir a criminalidade", disse o prefeito de Guarulhos, Elói Pietá, coordenador dos Grupos de Trabalho do Fórum.

Para viabilizar o projeto quedisponibilizará osdados do Infocrim para as Prefeituras, foi assinado um convênio entre o Fórum Metropolitano deSegurançaPública eo Ministérioda Justiça.Aoto-

do foramliberado peloFundo Nacional deSegurança Pública aproximadamente R$ 440 mil. Fora essa verba, as 39 Prefeituras que fazem parte do Fórum investiram cerca deR$ 88 mil nacomprade equipamentose softwares, valor já adiantado pela Prefeitura de Guarulhos.

Para oprefeito deOsasco e coordenador-geral do Fórum, Celso Giglio, a integraçãodoInfocrim comasPrefeituras da Grande São Paulo é apenas um início da cooperaçãomútua entreaSecretaria,Estadoe Municípios. "Agora iremosprocuraroutros propostas para a questão da segurança que precisem de convênios", disse Giglio. Mais presídios — Ontem pela manhã também foram firmados 15 convênios para a construção de novos presídios no Estadoe investimentos em SegurançaPública. O acordo foi assinado pelo ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, em parceria com o Governo do Estado, no Palácio dos Bandeirantes. O Ministérioda Justiça repassou R$ 110,8 milhões e o Governo do Estado investirá R$ 22,2 milhões.

Deacordo comogovernadorGeraldoAlckmin, 13

convênios são relativos à Administração Penitenciária e os outros dois à área de segurançapública.Comos termos de cooperação da Administração Penitenciáriaserá possível abrir mais 6.042 vagas no sistema penitenciário. Dentro da propostade um dos convênios estão previstas as construções de cinco CentrosdeRessocialização, em MogiMirim, RioClaro, São José do Rio Preto,Jaú e Birigüi,quatro CentrosdeDetençãoProvisória emBauru, Itapecerica da Serra, Mauá e Diadema e três Penitenciá-

rias Compactas, duasem Reginópolis eumaemAvanhandava.

Osoutros doisconvênios dirigidos para a área da Segurança Pública, prevêem a liberação de R$ 34 milhões para acompra de viaturas, armas, munições, equipamentos fotográficos e de proteção e o montante de R$ 14,9 milhões para aumentar a capacitaçãodas ações daPolícia Comunitária, comtreinamento, compra de veículos e equipamentos.

Kelly Ferreira

Presídio com bloqueador de celular será inaugurado hoje

Aprimeira penitenciária de SãoPaulo equipadacom bloqueador de telefonia celular será inaugurada hoje no município de Presidente Bernardes. O sistema impedirá a entrada do sinal do celular na área interna do presídio. Segundoo secretárioda Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, a medida irádificultar acomunicação entre osdetentos. Outros 20 presídiostambém terão o equipamento.

Os aparelhos bloqueadores custam de R$ 70 mil a R$ 120 mil,dependendo dotamanho do presídio. Três empresaslicenciadas pelaAnateljá entraramna briga paraconseguiremvencer oprocesso de licitação.

O sistema de bloqueio do sinalde celular nas penitenciárias foi prometido pelo governo durante a megarrebelião simultâneaem 29presídios, em fevereiro do ano passado. (KF)

jetos e na atuação de cada um em sua região", salientou Damázio.
Sergio Leopoldo Rodrigues
Pochmann, Madázio, Alencar Burti e Gaetano Luigi durante encontro que aconteceu ontem na sede da Associação

São Paulo é a cidade do café expresso

Uma pesquisa do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo, mostrou que o café expresso ganha cada vez mais espaço na rotina de quem vive na cidade. Com 600 componentes em seu preparo, o café expresso já vem sendo considerado bebida refinada, possibilitando crescimento do número de cafeterias

Opaulistanoconsome todososanos pertode200milhões de xícaras de café expresso. ACapitaltêmuma média de consumo de 1.000 xícaraspor semanaporestabelecimento. Em toda a cidade, são quase 4 mil cafeterias, quiosques, barese lanchonetes servindo a bebida. E mais: a estimativaé de que neste ano oconsumocresçaem torno de 30%, somente nas cafeterias.Esseéo resultado da pesquisa realizada pelo Instituto de Economia Agrícola, daSecretaria Estadual de Agriculturade SãoPaulo, que acabouresultando nolivro O prazerea excelênciade umaxícarade caféexpresso: um estudo de mercado Oobjetivo do trabalhoé fornecer mais informações sobre os hábitosde consumo dos adeptos da bebida, segundo Celso LuisRodrigues V egro, engenheiro agrônomo do Instituto de Economia A grícolae também coorde-

nador da pesquisa. "O caféé umabebida mais complexa que o vinho e exige muitopreparotécnico dos profissionaisque trabalham nesse setor. Eletambém vem ganhandoa famade bebida refinada", destaca. Segundo a pesquisa, o café feito em casa, ouseja, coado, tem apenas 5% das substâncias presentes no café expresso, que tem 600 tipos de componentes.

Concentração – A rua com maior consumo de café é a avenida Paulista quetem uma média de vendas de café expresso, porloja, de1,6 mil

xícaras semanais. A região é dasque maisconcentralanchonetesecafeterias. Avia mais famosada Capital só perdeparao Aeroportode Congonhas, queserve 13mil xícaras semanalmente.

A pesquisa sobre os hábitos de consumode caféexpresso na capital paulista foi realizadaentre março enovembro do ano passado, conforme Vegro, que coordenoua equipe deautores dolivro formada pelos engenheiros agrônomos Francisco AlbertoPino, CéliaReginaFerreira, Mário Antonio Margarido, Eliana Relvas de Almeida, Roberto Assumpção e Roberto Shigueo Takada.

Os pesquisadoresabordaram 870 clientes dos estabelecimentos que servem café expresso. No total, 300 cafeterias e pontos-de-venda foram incluídos no trabalho.

Acidade foidivididaem cinco regiõespara arealização do estudo.O Centro Ve-

lhofoiseparado daregiãodo eixoda avenida Paulista. Também foram analisadas as zonas Norte, Sul, Leste e Oeste,sendoque a parte Sul da Capital é a que agrega a maior parte dosestabelecimentos onde podem ser encontrada a bebida, cerca de 40%. O principalmotivodessa concentração é o número elevado de empresas de serviços instaladas na zona Sul.

Mas aindaháumgrande potencial deexpansão desses

Bebida ideal para um bom papo

Relaxarpor alguns minutos, conversar com os amigos são os motivos apontados pelosconsumidores quefrequentam assiduamente as cafeteriasna regiãodaavenida Paulista.

Boa parte dos apreciadores do café expresso tem nível superior, idade entre 30 e 50 anos e renda acima de dez salários mínimos. O estudo realizadopeloInstituto de

Economia Agrícolaapontou que ocafé é uma bebida essencialmente adulta. "Osmais jovens e adolescentes só começam a tomar café depois queentram no mercado de trabalho",diz CelsoLuisRodrigues Vegro,engenheiro agrônomoe coordenadordo estudo sobrehábitos deconsumo do café expresso. Novos públicos –A conquista do público jovem ain-

daéo principaldesafiotanto de quem produz como de quem vende ocafé expresso. Deacordo comCelsoLuis Vegro, asaídapara atrair clientes commenos de 20 anos depende da introdução de outras formas deconsumir o expresso, como o cappuccino, frapuccino, têm como base o café.

Para o proprietário da Cafeteria Grão Expresso, que

vende a bebida da marca Cafè Pelé, Otavio Gentil, o clima de informalidade éo que mais atrai os clientes assíduos do estabelecimento. Em sua loja, cada xícara de café expresso custa R$ 0,80. O público mais adulto é, em sua maioria, o principal cliente da cafeteria. Todos eles trabalham nos edifícios da avenida Paulista.

Entre uma consulta e outra, o dentista Rodolfo Eid, quetem um consultóriono avenidaPaulista, sempre aproveita alguns minutos por dia para saborear um café expresso. "Éummomento para recarregar as baterias e relaxar", disse.

Esse também é o caso dos advogados Lauro e Fábio Clasein, queelegeram olocal como ponto de encontro com os colegas de trabalho. Já o casal de aposentados Antônio e Elisabeth Gonçalves, moradoresdo bairrodo Paraíso, na zona Sul, e clientesda rede Fran´s Café, optampelo caféexpressopara apreciar osabor. "Ocafé expresso émais saborosoque o feito em casa", justifica Antônio Gonçalves.

estabelecimentos em c y b e rcafés,consultóriose clínicas médicas, alémde hospitaise livrarias. Sem contar com novos complexos imobiliários. As cafeterias paulistanas estão na liderança das vendas de bebidas que têm como baseo café expresso.Elassão responsáveis também pelo aumentodo hábitodocon-

sumo de capp uccino , café comleitee expressocom chantily.

Segundoo engenheiro agrônomo Celso Luis Vegro, a maior surpresa dos pesquisadores foio comportamento dos consumidores durante arealização doestudo."O paulistano adora falar sobre o café", finalizou.

O cafezinho estimula o cérebro

Nãoéàtoaqueobrasileiro elegeuocafécomoasuabebida predileta. Em suas mais de 600 substâncias, estão as que ajudam amelhorara atençãoereduziradepressão,como acafeínaeas lactonas. Confira os principais benefícios da bebida:

• Logo pela manhã, o café é responsável por dar estímulos ao cérebro. Consumi-lodiariamente ajudaa ficarmais atentopara as atividades intelectuais do dia-a-dia.

• A bebida pode ajudar também a prevenir o consumo de drogas e do álcool.

• Quem tomacafé tem menoschancede ter momentos de apatia, além de reduzir crises de depressão.

• O cafezinho só não é recomendado à noite, principalmente perto da hora de dormir.

Sementes chegaram em 1727 da Guiana Francesa

As primeiras sementes de café chegaramaoBrasilno ano de 1727,quando o então governador do Maranhão e GrãoPará,João daMaiaGama, encomendou o fruto paramercadoresda Guiana Francesa.

Mas sóem 1770é querealmente começou odesenvolvimento doplantio,comas primeiras plantaçõesde café seespalhando por pequenas lavouras, principalmente no estado da Bahia.

Na mesma década, a planta foi trazida para o Riode Janeiropelo desembargador

João Alberto Castelo Branco. Daí em diante, várias estradas

foram abertas pela Serra do Mar e novascidadesforamfundadas para abrigar os cafeicultores,atraídospela expansãodas riquezas que a famosabebida prometia e podia produzir. As lavouras de café se espalharam rapidamente, no século XVIII, principalmente na região noroeste do Estado de São Paulo, e as exportações começaram a crescer a partir de 1845, quando o País já era responsável por 45% de toda a produção mundial. Atualmente, existem no Paísemtorno de3,5bilhões de cafeeiros, empregando 1,5 milhão de trabalhadores diretamente.

A Capital consome mil xícaras semanais por estabelecimento. Calcula-se que existam quase 4 mil deles na cidade.
O dentista Rodolfo Eid sempre tira alguns minutos para um café expresso
Na Cafeteria Grão Expresso, de Otávio Gentil, o clima de informalidade é o que mais atrai os clientes assíduos
Celso Vegro diz que o café é uma bebida mais complexa do que o vinhoOs aposentados Antônio e Elisabeth Gonçalves vão sempre ao Fran´s Café
Dora Carvalho

ANÁLISE João de Scantimburgo

A pasta da Saúde

Tenho a honra de pertencerà Mesa Administrativa daSantaCasa de Misericórdia. Freqüentando suas reuniões periódicas, sob a presidência doilustre provedor Octavio de Mesquita Sampaio,tenho acompanhado o esforço, a obstinação, o empenho em atender todos os interesses da entidade, com os recursos que lhe advêm, parte, pequena, do Estado e parte de contribuições, e outras de seu orçamento anual, preparado com o máximo de escrúpulo para equilibrá-lo.

A Santa Casa de Misericórdia praticaa assistência medicae socialcomrecursos diversos, mas não é uma entidade quecobrados atendidos por seus dedicados médicos.Todos osque prestam serviços, assim comoo pessoalda enfermageme dos demaisserviços são, segundoosensinamentosde Cristo, dedicadíssimos no atendimento dos necessitados desocorros. Tudo égratuito. Só é pago o HospitalSanta Isabel, que funciona como nosocômio privadoetem ocupação quase máxima.

Reconheço e não hesito em reclamar que, hoje em dia, com oaumento consi-

derável da população, com ao malogrodoEstado, na prática da assistência médica, éextremamente difícil administrar uma organizaçãoque é uma verdadeira cidade, com recursos que procedem devárias origens, mas não publicas, salvo oSUS,quenãocorresponde às necessidades de nenhum hospital, seja ele qual for, comoestá amplamente demonstrado, e ainda há dias de novo, com declarações do professor Raul Cutait, do Sírio Libanês. Está muito bem que o Estado, com oSUS,queira atender a todos os que precisam de socorros médicos, mastem depagar, aocontrario do que faz, estipulando umaverdadeira miséria para consultas e operações. Porexemplo, umaapendicictomia, R$ 250,00, uma miséria,que oshospitais não aceitam, mas a Santa Casa aceita por ser outra a filosofiaa queobedecea sua administração. Éo que caracteriza aSantaCasa,e istohá400 anos,como apoio na graça divina.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Velhice não é doença

O envelhecimento da populaçãoéuma tendência mundial que, no Brasil, está acontecendo com muita rapidez. Países comoa França, por exemplo,demoraram cercade 150 anos para atingir a faixa dos 15% da população acima dos 60 anos. Por aqui, esse patamar foialcançado em apenas 25 anos. O número de idosos no Brasil aumentou1,8 milhãoentre 1995 e1999. Devidoaos avanços da medicina, que aumentaramaexpectativadevida do brasileiro, e à queda nas taxas de mortalidade, houveum crescimento de 14,5% no número de pessoas idosas no País. Ao todo, são 14 milhões de homens e mulherescom mais de 60 anos.

Na minhaopinião,como médicoe deputado,uma das maioresconquistasdos últimos anos foi a ampliação do tempo devida.Mas,agora,é hora de se adicionar qualidade a estes anos a mais que serão vividos,promovendo a integraçãoeo respeitocomocidadão idoso.

Sincronizado com este pensamento, estamos sempre trabalhando no sentido de viabilizar projetosque têmcomo objetivomelhorar aqualidadede vida dosidosos, incentivandoosna participaçãosocial eno relacionamento familiar. Foi pensandoassim que apresenteiprojeto delei naAssembléia Legislativa de São Pauloque dispõesobre aconcessão de subvenção a pessoas ou famíliasde baixarenda que sejam responsáveis poridosos carentesde cuidadosespeciais. Pela proposta,o PoderExecutivo pagará um salário mínimo mensal a essas famílias. Com essa propositura, busco amenizar grave injustiça que verificaseem nossasociedade.Grande parte dos idosos não tem acesso às instituições especializadas, porrazõesfinanceiras oupor faltade vagas suficientes para atendimento da demanda. Buscamos diminuir tais dificuldades, concedendo ajuda fi-

Balança de um só prato

Recentemente, o arrancarabo e a trinca na base política do governo prejudicaram a votação daprorrogaçãoda CPMF– acontribuição provisória–queas prorrogações transformaram emdefinitiva. Há poucospolíticos –se éque existem – que tenham coragem de falar a favor desse malfadadotributo, um dos mais desastrosose antipáticosde nosso sistema de escorchamentofiscal. Masaomesmo tempo que falam publicamente contraele,nahora do vamos vermesmo seusopositoresmaisvociferantes votam por suaprorrogação.O próprio presidente FHCveio a públicopara enunciar afalsidade econômica, ideológica e social, de queo atrasona votaçãoprejudica oBrasil em400 milhões semanais. Ao fazeressadeclaração, S.Excia. põede ladorudimentos de seus conhecimentos econômicos esociológicos, que não lhe permitem confundiro Brasilcom seuEstado,a população comos políticos,o cofre do Tesouro coma poupança popular, a economia produtivado setor privado com a deseconomia do setor público. Pois é evidente que os 400 milhões que deixam de ser arrecadados ficam em poder do público, dosempresários e dosconsumidores, doseleito-

nanceira para incentivar as pessoas oufamíliasque queiram cuidar de seus próprios idosos e proporcionara elesa opçãode envelhecer comdignidade ena companhia de pessoas com quem tenham relações de amizade ou parentesco.

Ainda comoexemplobemsucedidopodemos citar a instalação, por parte do governo do Estado, devários Clubes da Terceira Idade em nossa região. Através deles, são desenvolvidas diversas atividades de caráter educativo e de lazer, que visam garantir direitos e a efetiva participação dos idosos na sociedade. São verdadeiros centros deconvivênciaondesão aplicadas aulas de teatro, dança, coral,ginástica, natação e outras, tendo como meta livrar osidosos do preconceito eda solidão.

Infelizmente, no Brasil, a velhice ainda é confundida com doença. Daí anecessidadede tomarmos conhecimento de entidadesque se dedicama mudar o perfil do idoso depressivo e, ao mesmo tempo, incentivarmos a criação de outras. Éimportante sabermosque o idoso anda devagar porque já tevepressa elevaesse sorriso porquejáchorou demais. Ou seja,a pessoana terceiraidade (na melhor idade) não é apenas um velhinho caduco que repete sempre as mesmas histórias, mas sim um cidadão experiente que,ao longodavida, foijuntandodiversos conhecimentos. Assim, em vezde excluir o idoso,devemos aproveitarsua experiênciae sabedoriapara construirmos umasociedade mais justa e humana. De acordo com dados do IBGE, onúmero de idososno Brasil em 2020 serásuperior a 25milhões de pessoas, o que corresponderá a 12% da população. Esta evolução demográfica deve significar um alerta às autoridades,paraque façam novos investimentos em programas sociais quepossibilitem a permanência do idoso na família e na comunidade.

Pedro Tobias é deputado estadual

res e não dos eleitos, e assim se tornam mais salutares para o país e sua economia como um todo. Sem mencionarque deixarãode serqueimadospela corrupção do setor público e certamente (aomenos em parte)não serão queimados em gastos eleitorais. Todos os políticos emferoz desacordo se põem de acordo quandose tratade sangrar o c i d a dã o - e l e i to r- co n t ri b ui n te. Têm o cinismo de argumentar que defendem verbas sociais, como seo cidadão-eleitorcontribuinte nãofizesse parte da sociedade. E argumentam com a necessidadede manter o equilíbrio da balança fiscal. Ora, qualquer balança é feita de dois pratos, e tanto se podeequilibrá-la calcandomais peso num deles ou aliviando o peso do outro. Aospolíticos administradores dessabalança nunca ocorreporém aliviar o prato das suas despesas mas sócarregaro pratodas receitas de impostose taxações. Não há dúvida de que é mais cômodo e vantajosopara eles meter a mão no bolso dos seus eleitoresdo queracionalizare moralizar osgastosdesua máquina. A balança fiscal brasileira é a única no mundo que tem um prato só.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Um plano B para a Alca

Miguel Ignatios

D epois que George Bush impôs sobretaxas àsimportações de aço,o Itamaraty teve que colocar em prática um plano alternativoao cronograma oficial de implantação da Alca. Ele já havia sido previsto e suaadoção estava à espera do momento certo queveio com a nova onda protecionista americana.

O plano B para a Alca parte de uma premissarealista. É ade que comou sema Alcao Brasil terá de dobrar suas exportações até 2005 e triplicá-las até o final da década. Dessa forma, a eventual adesão à Alca – dentro do prazo previsto no cronograma ou fora dele – ganha importância menor.

Recentemente, ao comentar anovarecaída protecionista americana,o presidente Fernando Henrique Cardoso deixou claro que se, por qualquer motivo estranho à sua vontade, o Paísficar fora da áreade livre comércio das Américas, isso não será nenhuma tragédia.

A resposta da diplomacia comercial brasileira veio rápida: acordos, que já estavam sendo negociados e que daqui para frenteserão acelerados,com Chile, México, Comunidade Andinae China. Obviamente, também fazparte do planoB criar uma zona de livre comércio entre o Mercosule a União Européia, aqual também foi atingidacom asrestrições ao aço. Para o Brasil, mais importante do que entrar para a Alca é ampliar a sua participação no comércio internacional de mercadorias e de serviços. E há dois bons motivos para isso: o tamanho do mercado interno esua capacidade de expansão eo dinamismodo setor exportador, puxadopelo excelente desempenho dos manufaturados e do agrobusiness, desdea desvalorizaçãodo real,em janeiro de 1999.

É bom notar que a "explosão" dosmanufaturadose dosprodutos agrícolas e agroindustriais destinados à exportação se deu apesar da elevadíssima carga tributária(34%doPIB) que incide sobre o setor produtivo e em boa parte também exportador.

Há dois fatores adicionais que, comcerteza, darão novo impulso aocomércioexterior: tributos, contribuições e taxas, quehoje oneramem cascataos produtos de exportação, serão gradativamente retirados da cadeia produtiva; e, dosnovos projetos de expansão industrial,em estudo noBNDES, quasea metadevisam exclusivamente ao mercado externo.

Essa mudança qualitativa ocorreu nos dois últimos meses de 2001e causousurpresa, já que, do início do Plano Real até aquela data, os grandes projetos industriais concentravam-se apenas em infra-estrutura (telecomunicações e energia) e em setores voltadosexclusivamente para o mercado interno. Mais um dado importante indica o acertoda diplomacia comercialbrasileira emadotar o plano B paraa Alca. Recentemente,aFiesp divulgouosdadosiniciais dacompetitividade industrial brasileira.

Os primeirosestudos mostram que a margem bruta de lucro (sem os impostos)daindústria paulista é o dobro da média brasileira equatro vezes maiordo que amexicana.Em relaçãoà médiaamericana, contudo, elaaindaé dez vezes menor.

A Fiesp prepara a divulgação dos dados comparativos em relaçãoàsmédias empresas da União Européia e dos "tigres" asiáticos, osquais complementarão o quadro geral.

Em tal cenário,nadamais acertado do que buscar acordos no âmbito da América Latina para aumentar as trocas intraregionais,comousemo Mercosul, com ou sem a Alca.

Da mesma formaque o Brasil,Chile eMéxico tambémestão assustados com o abrupto finaldo mal-sucedido"affaire" entre EstadosUnidos eArgentina,seguido deumincompreensível endurecimento por parte dos negociadores do FMI. Para evitar futuras surpresas, nada melhor do que diversificar ao máximo, desde já, as trocas comerciais, osparceirose os fluxos de investimento.

Miguel Ignatios é presidente do Conselho Deliberativo da ADVB

Síndrome do absurdo Tenho chamado de síndrome do absurdo nosso comportamento espontâneode reação diantedos fatos.Aolermosas manchetesdos jornais,ao assistirmoso noticiário da televisão ouao ouvirmosasnotícias pelorádio, nossurpreendemos muitas vezesapenas exclamando: "queabsurdo"! Imagino que a psicologia (ou a psiquiatria) tenhaexplicações paraesse tipode reaçãoqueem minha opinião de leigo traduz a sensação de impotência diantedosfatos que se contrapõem aos nossos valores, comportamento e expectativas.

Mudanças

Há dois lados na necessidade demudanças para se eliminar esse tipo de síndrome, ou pelo menos reduzi-la a níveis toleráveis.Um éda mudança de nosso próprio comportamento. Outro é de mudar o comportamentocoletivo. Onosso é o mais difícil porque o coletivo é a somatória dos individuais. Soa comoóbvio,mas namaior parte das vezes o "que absurdo"decorre dafragilização do óbvio.

Cada um

A mudança individual deve começar pela conscientizaçãode cadaum

de nós de que não haverá salvador da pátria que virá para atenuar o volume de "que absurdo" que emitimos pordia.Ao contrário,temos que chamar individualmentea nósa tarefadamudança cultural que significa assumir a responsabilidade pela formação do conjunto comportamentalda sociedade.Ela refleteas ações epensamentos individuais. Ficamos chocados quando ocorrem fatos que conflitam com nossos valores, mas nada fazemos. Não nosexpomos, não vamos à luta, não nos envolvemos nos mecanismos decisórios da própria sociedade.E no comodismo darevolta ,do aparenteconforto, ficamos exclamando "que absurdo", enquanto os outrosnoschocam fazendo o que não concordamos.Muitas vezesem nosso nome.

Segundo passo O segundopasso écomeçar a participar. É fundamental que cada umparticipe detodosos organismos coletivos existentes. Desde a reunião de condomínio (microcosmo social)até os partidos . Quem participa de um diretório e ajuda a escolher candidatos, ou se candidata em época eleitoral? Ninguém? Que absurdo...

P. S . Paulo Saab

Euclides Scalco assume

o compromisso de reagrupar base aliada

Onovo secretário-geralda Presidência da República, Euclides Scalco (PSDB), tem como primeiramissãoreagrupar abase desustentação do governo Fernando Henrique Cardoso. "Apolíticaé a arte de conversar, de se entender",definiu eleontem, em Curitiba. O objetivo imediato é acelerar as votações dasmedidas provisóriasque impedem a análise da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).Um dos primeiros encontros deve ser com o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), para discutir a votação da CPMF.

"O PFL, com espírito de colaboração, não colocará resistências", acredita.A reconstituição da base de apoio ao governo devese tornar uma tarefadiáriade Scalco. "Oqueinteressa éagovernabilidade, queo Paíscontinue crescendo economicamente", afirmou. Pomadas – De acordo com ele, as desavenças entre o PSDB e o PFL não foram motivadas por questões políticas, mas por uma situação de ordem jurídica,referindo-se àbusca feitapelaPolícia Federalnos escritórios daLunus,de propriedadedagovernadora do Maranhão, Roseana Sarney(PFL), ede seu marido, Jorge Murad. "Há pomadas para cicatrizar feridas", afirmou.

Mas reconheceuque nãoa estava levando na bagagem para Brasília, por não conhecera fórmula.Por isso,vai apostar nas "conversas políticas em torno dos interesses da Nação".

Scalco disse não ter feito uma análisesobre anegativa do governadorde Pernambuco,Jarbas Vasconcelos (PMDB), de aceitar ser vice nachapa liderada porJosé Serra (PSDB), embora la-

Senado Federal – Sessão deliberativaordináriaPauta: PLC nº 5/02, institui Gratificaçãopor Execução de Mandados para a carreira de Analista Judiciário- oficiais de Justiça - área judiciáriaespecialidade de execução de mandados do Quadro de Pessoal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos territórios; PDLnº 6/02,dispõe sobreas eleições gerais de 2002; PLC nº 152/01,dispõesobrea criação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) a partir do desmembramento da Universidade Federal da Paraíba(UFPB); PLC nº 4/02, acrescenta incisos aos artigos 10 e 11 daLei nº 9.394/96,que estabeleceas Diretrizese Basesda Educação Nacional; Projeto de Resolução nº 5/02, autoriza o Brasil a conceder garantia a operação decrédito externoa sercontratada pelo Banco do Nordeste do

mentasse sua desistência pela "liderança que (o governador) exerce no Nordeste". Questionadoseasaída do governador peemedebista poderia melhoraro relacionamento com o PFL em relaçãoàseleições, Scalcodisse não estar "envolvido" com essa questão. "Preciso fazer um aprendizado sobre isso", afirmou o secretário. Ex-coordenador político da campanha de Fernando Henrique Cardoso em 98, ele lembrou ter tido dificuldades para manter aunidade nos Estados, pois a aliança nacional tinha sido reproduzida apenas no Paraná e Rio Grande do Sul.Com a verticalizaçãodas alianças,Scalcoacredita queo trabalhodo coordenadorda campanhaSerra, o ex-ministro Pimenta da Veiga, será mais facilitado. Euclides Scalco garantiu que,em suanova função,irá separar as questões eleitorais das questões de governo. "Como membrodo partido meu candidato é o José Serra, massou articuladorpolítico dogovernoe nãodacampanha", afirmou. Segundo Scalco, em 98 os membros do governo já tinham vivido uma situação semelhante, sobretudo porque não houve a desincompatibilização dopresidente. "Tinhaque pisarem ovos todo momentosem quebrá-los."

Pesquisa – Sobre a pesquisa do Vox Populi, que aponta ocandidato doPT, LuizInácio Lula da Silva em primeiro lugar,com 30%,e Serraem segundo,com19%, onovo secretário-geral da Presidência disse que o candidato petista é forte e vem buscando alianças, maso desempenho do Serraneste momentoé bom."Osnúmerosde início de campanha são de conhecimento das pessoas, depois é que vêm os conhecimentos das propostas", disse. (AE)

Brasil, no valor equivalente a até US$ 240 milhões, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destinado ao financiamento parcial do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/NE II).

Câmarados Deputados – Orelatório finalda CPI que investiga possíveis irregularidades no Programa de Estímulo à Reestruturaçãoe aoFortalecimentodo

Sistema Financeiro Nacional(Proer) seráapresentado nesta quarta-feira. O parecer édo deputadoAlberto Goldman(PSDB-SP). A CPI do Proer, criada em setembro passado para investigar as relações do Banco Central como SistemaFinanceiro Nacional, realizou23 audiênciaspúblicas e tomou 30 depoimentos de personalidadesenvolvidas no processo, entre diretores e ex-dirigentes do Banco Central, ex-controladores debancos liqüidados e interventores.

Jarbas Vasconcelos desiste

de chapa com José Serra

O governador JarbasVasconcelos (PMDB) desistiu da candidatura device-presidente na chapa do senador JoséSerra(PSDB).Ele não conseguiu resolvernenhum dos dois problemas que poderiam impedi-lo de alçar essevôo: unificaraaliança (PM DB/P FL/PS DB/P PB) em Pernambuco egarantir apoio total do próprio partido à sua candidatura. Adecisão foicomunicada, na noite de segunda-feira, ao presidente FernandoHenrique Cardoso(PSDB) eao senador Serrae divulgadaontem em nota oficial. Jarbas, nodocumento, dizatenderà maioria dos pernambucanos, ficando em seu Estado. Apoio – Na nota, Jarbas afirmou considerar a possibilidadede tentara reeleiçãoe reiterou seu apoio a Serra. O fato de não ter falado com a imprensa paraformalizar a decisão demonstra o constrangimento do governador. A despeito do entusiasmo e da motivação com a candidatura a vice, que não conseguia esconder, ele constatou,nos últimosdias, queterá deoptar pela alternativa quemenos gostaria – a de ser candidato à reeleição. Numaentrevista nodia25 de março, ele chegou mesmo a descartar essa hipótese, que

Miguel Reale

Júnior é o novo ministro da Justiça

O jurista eprofessorda Universidadede São Paulo, Miguel Reale Júnior, é o novo ministroda Justiça,segundo informou o presidente do PMDB, Michel Temer.

Eledisseainda queopresidente FernandoHenrique Cardosoaceitoua indicação dodeputado federal João Henrique (PI) para assumir o Ministério dos Transportes. Outra mudança ocorre na Políicia Federal. O novo diretor-geral éItanor NevesCarneiro. Itanor ocupará o lugar de Agílio Monteiro deBarros,quedeixou ocargopara se candidatara deputadofederal porMinas Gerais.Agílio é filiado ao PSDB. (AE)

Senado derruba a verticalização das coligações

O plenário do Senado aprovou ontem,em votação simbólica, o projeto de decreto legislativo apresentado pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que susta os efeitos da resolução do Tribunal Superior Eleitoral.

Pelaresolução, ascoligações estaduais para as eleições de outubro devem seguir as alianças em âmbito nacional. Oprojeto seráenviado imediatamente à Câmara dos Deputados, onde teráde ser aprovado tambémparaentrarem vigor. No momento da votação, o painel do Senado registrava a presença de 66 senadores. (AE)

agoraretoma. "Serratemalternativa para vice, masJarbas não temalternativa para governador", resumiu um aliado. "Se Jarbas insistisse em ser o parceiro de Serra, deixaria umabase furadaem Pernambuco, correndosério riscodeperder aeleição". Pessoas próximas ao governador afirmamque eleembarcou no projeto presidencial porque, no processo su-

cessório, ligou-se muito a José Serra. Jarbas aceitou ser o candidato a vice no dia 19 de março,em Brasília,onde sereuniu com a executiva do PMDB. O governador voltou a Pernambuco empenhado em conseguir contornar os problemas dasua basee acomodar os interesses divergentes da coligação. Cúpulas – Noinício, en-

controu forteresistência, especialmente doPSDB ePFL, que não davam mostras de se entender,semo seucomando,na sucessão estadual. As cúpulasdesses partidosnão demoraram, porém, a acatar a vontade do governador, demonstrando disposiçãopara uma convivência. Oproblema passou a ser nas bases.

Parte do PSDB pernambucanoveio doPSBdoex-governador Miguel Arraes e se manteve contra aidéia de apoiar o PFL de José MendonçaFilho, vicede Jarbase candidato à reeleição.

Peça fundamental para a manutenção da aliançae do seu poder em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos jogou a toalha.Odesfecho nãodeixou desurpreender, poistudo indicava que ele oficializaria o “sim” ao ex-ministro da Saúde, José Serra. Mas, eminúmeras einfindáveis conversas com aliados, correligionáriose assessores diretos, Jarbas teve que se render à realidade.

Sem o governador Jarbas Vasconcelos no páreo, a oposição estava ganhando fôlego e tinha possibilidade de derrotar a aliança queele encabeça e que havia vencido Miguel Arraes prometendo mudanças edesenvolvimento para o Estado. (AE)

Ala de oposição do PMDB quer senador Pedro Simon na disputa

A ala do PMDB que se opõe à coligação como PSDB reuniu-seontem nasaladesessões daComissão deConstituição e Justiça (CCJ) do Senado,paralançar onomedo senador Pedro Simon como candidato do partido à presidência da República. Coube ao senador Maguito Vilela (GO) eao ex-governadorde SãoPaulo, Orestes Quércia, lançar o nome do senador gaúcho.

Vilela assegurou que há

Eleitores pediram a governador que ficasse no cargo

A versão oficial para a desistência de Jarbas Vasconcelos éapressãopopular. Pesquisasrealizadas ememissorasderádio revelaramquea população quer a permanência de Jarbas no Estado. O governadorrecebeumais de 300 e-mails de cidadãos pedindoparanãodeixaro governo e uma pesquisa de opinião realizada pelo Ipespe, do sociólogo AntônioLavareda, indicou que metade dos entrevistados prefere que ele seja candidato à reeleição. Houve também especulações de que o vice-presidente Marco Maciel (PFL)teria pressionado o governador a nãoaceitar a vice-presidência, porque sua campanha ao Senado perderiadensidade sem Jarbas disputandoa reeleição. O boato foi desmentido por correligionários de Jarbas Vasconcelos. (AE)

apoio à candidatura de Simonemtodos os Estados. "Podeconfiar emtodosnós. "Os homens de duas palavras estão do lado de lá".

Com a afirmação, ele se referia ao grupo do PMDB que está negociando como senador José Serra (PSDB-SP) a indicação de um peemedebista para a vice-presidência na chapa encabeçada pelo tucano."Essa gentedelá nãoé páreo para nós na convenção, em quevamos proclamara

soberania do partido", disse Quércia.

O presidentedo PMDBdo Rio Grande do Sul, César Schirmer, disse que o partido no Estado está solidário a Simon em qualquersituação, deixando claro que o desejo de muitosprefeitos, alguns deles presentes à reunião, é ver o senador devolta ao governodoEstado."Mas nós vamos ficarsolidáriosaele em qualquer circunstância", assegurou Schirmer. (AE)

Líder do PFL aprova a decisão do candidato

O líder doPFL na Câmara, Inocêncio Oliveira(PE), disse ontem que a decisão do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, de não aceitar o convite para ser candidatoa vice-presidenteda República na chapa encabeçada porJoséSerra (PSDBSP)"é umaboa notícia"para seu Estado porque, com ela, a aliança que apóia Jarbas Vasconcelos, que inclui oPFL, saiu fortalecida.

Inocêncio acreditaquea decisão de Jarbas é definitiva, principalmente porquena reunião do comando político

da aliança no Estado, apenas um dos presentesera favorávela suarenúncia. "Sua ausência no governodeixaria a aliançaqueo apóianumasituação complicada. Embora o PFL não tenha pressionado para que ele permaneça, a decisão traz um alívioparaos partidos da aliança", disse Inocêncio. Procura – Opresidente do PMDB, Michel Temer, informou que oseu partido apresentará o nome do candidato para compor chapa com PSDBdentrode duassemanas.(AE)

Vasconcelos anuncia que vai continuar à frente do governo de Pernambuco
Arnaldo Carvalho/AE

Sharon aceita conceder

"bilhete sem volta" a Arafat

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse aos diplomatas europeus que se desejarem poderãoretiraro líderpalestino Yasser Arafat deseu quartel-generalem Ramallah, onde está confinado desde sexta-feira.

Sharon afirmou tersido questionadopelo enviadoda União Européia, Miguel Moratinos, sobre quando permitiria que Arafat deixasse Ramallah. "Eu lhe disse que, se desejassem, poderiam voar dehelicópteroe retirá-lode lá", contouSharondurante visitaàsbases deseuexército na Faixade Gaza,conforme rádio local.

Semvolta– "Primeiro, eu teria que apresentar esta proposta ao gabinete; segundo, ele (Arafat) não poderia levar qualquer outrapessoacom ele,osassassinosque estão em volta dele; e terceiro, este seria um tíquetesem volta", afirmou."Ele(Arafat) não poderia voltar".

O jornal israelense Haaretz disse que oministro das Relações Exteriores, Shimon Peres, discutiupossíveis acordos para oferecer o exílio a Yasser Arafat com autoridades do Egito, querejeitaram os planos.

EUA – Osecretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse que se opõe à sugestão doprimeiro-ministro

de Israel,ArielSharon, de exílio do líder palestino, Yasser Arafat. "Não ajudaria a situação",afirmou. "Exilá-lo apenas daria a ele outro lugar para conduziro mesmotipo de atividade", completou Powell."Precisamos trabalhar com ele ondeeleestá. Arafat é o líder da Autoridade Palestina e dos palestinos e os EUA acreditam que ele ainda tem um papela ser cumprido", disse Powell. Nasemana passada,forças israelenses montaram uma

ofensiva militar contra os militantes palestinos responsáveis por uma onda de atentados suicidas anti-Israel. Respondendo à pergunta sobre se iriaao OrienteMédio, Powelldisse queiriaquando tivesse um propósito útil. Monitores – O secretário norte-americano destacou que os Estados Unidos nunca se ofereceram paraenviar forças depaz aoOriente Médio ecompletou afirmando que o governo americano disseapenas quepoderiaen-

União Européia e Rússia alertam Israel sobre ataque à Palestina

AUnião Européiae aRússiaadvertiramontem Israel para não confundir sua luta contra oterrorismocom a destruição daliderança palestina de Yasser Arafat.

O ministrodo Exteriorda Espanha, Josep Pique,disse que a União Européia pode realizar uma reunião extraordinária dechanceleres para avaliar o agravamento da crisenoOrienteMédio, mas não entrou em detalhes.

Diferença – "Existe a necessidade de se distinguir entre a luta contra o terrorismo e adestruição dasestruturas políticasda Autoridade Palestina", afirmou Pique numa entrevista coletiva,em comentários endossados pelo ministro do Exterior russo, Igor Ivanov.

Piquee Ivanov pedirama Israel eaos palestinospara implementarem imediatamente a últimaresolução do

Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, ONU, sobre a crise. "Tem de haver um cumprimento da resoluçãodo Conselhode Segurança",disse Ivanov."Existe umanecessidadedeação, de se resolver umproblema enão criaroutros que agravem a situação", acrescentou.

A resolução1402 doConselho de Segurança, aprovada no sábado, pedepor um cessar-fogo e a retirada das tropas israelenses de cidades palestinas, incluindo Ramallah, onde forças deIsrael assumiram o controle do quartel-general de Arafat.

Pique,cujo paísexercea presidência rotativa da UE, promoveu discussões com Ivanov e o chefe dos assuntos de segurança da UE, Javier Solana.O encontrofoiprogramado para preparar um cúpulaentre aRússiae aUE

em 28 de maio em Moscou.

Oslo – "Existe apreocupaçãodeque hajaumdesejode enterrar Oslo",disseSolana, referindo-seaosacordos de 1993 negociados na capital norueguesaentre israelenses e palestinos.

Ele afirmou que os acordos deveriam terminar com "dois Estados separados: Israel e a Palestina, ambos com fronteiras seguras".

"Os acordos de Oslo têm de ser respeitados e Israel tem de garantir acontinuidadeda Autoridade Palestina", disse Pique. Caso contrário, acrescentou, pode haver conseqüências "irreversíveis" para a recuperação do processo de paz".

Piquenão descartouaimposição de sanções contra Israelcaso seuExército nãose retire da Cisjordânia e devolva a liberdade de movimento a Yasser Arafat. (AE/AP)

Liga Árabe pede à ONU para conter ação de tropas israelenses

Representantes da Liga Á rabe pediram ontem ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, ONU,para pressionarIsrael paraquesuspenda imediatamenteo cerco acidades palestinas.O ministro do Planejamento palestino, Nabil Shaath, acredita que chegou o momento de Egito e Jordânia romperem relações com Israel.

Nabil Shaath, que estáno Cairo, disse que os palestinos querem que omundo árabe adote "medidaspráticas" contra Israel. Passos – Paraele, Israel destruiu todas as chances para um processo de paz. O Egito eaJordânia,considerou, têm de dar "sérios passos" para demonstrar sua irritação. Em nota oficial, a Liga Árabe exortou o Conselho de Se-

gurança a enviar tropas internacionaisdepaz afimdesupervisionar a retirada das forças israelenses e para separar os dois povos.Elatambém exigiu que trabalhadores médicos e humanitários possam exercer suasfunções com liberdade na Palestina. ALiga acusouIsrael desabotariniciativasde paze de deteriorar a situação de segurança na região. (AP)

Na Argentina, Telecom suspende pagamento de dívida de

US$ 3,4 bilhões

ATelecom Argentina informou ontemque decidiu suspendero pagamento do principal desua dívida, que chegava a US$ 3,4 bilhões em setembro. A razão é a dificuldade financeiradecorrente da crise econômica no país. Em comunicado à Bolsa de Valores deBuenos Aires,a empresa – controlada indiretamente pela Telecom Italia e pela France Telecom – informou que tanto as subsidiárias quantoa holdingargentina estão suspendendo os pagamentos do principal. Apesar disso,a operadorainformou que pretende continuar a pagar os juros da dívida.

aoscredores umplanocompletode reestruturação da sua dívida".

A Telecom Argentina presta serviços de telefonia local, longa distância, celular, de transmissão de dados e de Internet desde 1990.

viar monitores, "provavelmente civis".

Powel disse que os EUA pedem que os palestinos se oponham a "este tipo de violência sem sentido" porque "ele está destruindo o sonhodos próprios palestinos paraum Estado seu" e está também matando pessoas inocentes.

Sinal verde – Colin Powell acrescentou que os Estados Unidos nunca deram a Israel um sinal verde ou um cheque embranco paraa ofensiva militar. (AE/Dow Jones)

Pacifista denuncia assassinatos de civis palestinos

O líder do grupo pacifista italiano "Desobedientes-Já Basta", LucaCasarini, quese encontra abrigado em um hospital de Ramallah, relatou, portelefone,o "horror" dos ataques israelenses contra os palestinos: "Em toda a minha vida nunca havia visto assassinatos parecidos. Esta é uma guerra contra os civis."

Casarini lançou duras acusações contra os israelenses: "Não há palavras, nunca vi algo assim em minha vida. Esta é uma guerracontra a populaçãocivil,asmulheres, as crianças. Com a desculpa das operações antiterrorismo, (os israelenses)disparam contra asambulâncias,atacam as prisões, destroem e bombardeiam casas,matando todos que se encontram dentro delas".

Casarini afirmou quenão deixaráo local."Não somos nemheróis nem especialistas, masdevemos ficar aqui porquenão podemosaceitar que ninguém diga nada, que a comunidade internacional, que se orgulha de fazer ’guerras humanitárias’ por todo o mundo,assistainertea um semelhante massacre".

"Desdeque tanquesisraelensesirromperam hoje(ontem) no campo de refugiados deBelém, desencadeou-se o inferno com ataques, buscas e execuções sumárias", relatou MimmaGrillo. Ela faz parte do grupo de 400 voluntários quedesembarcou nestasemana emIsrael emmissão de paz. (AE/Ansa)

Motivo – A companhia explicouque adecisão éconsequência da posição do governo de Eduardo Duhalde de "pesificar" as tarifas, isto é, estabelecer que astarifas sejam cobradas na moeda local seguindoa velhaparidadecom a moeda norte-americana. Atualmente, o valor de um dólar na Argentina equivale a cerca de 3 pesos.

A empresaanunciou que "pretende elaborare propor

Lucro – No anopassado,a Telecom Argentina registrou lucro de US$47milhões.A cifra supera o lucro de 2000, de US$ 39,5 milhões. No Brasil, a operadora de telefonia móvel BCP, que opera na região metropolitana de São Paulo, também não cumpriu opagamento de parcela de dívidano valor de US$ 375milhões naúltima quinta-feira. As divergências entre os controladores, a norte-americanaBellSouth ea Verbier,empresa dosmesmossócios do banco Safra, levaram ao não-pagamento da dívida.

Analistas acreditam que os problemasdaBCP surgiram junto coma empresa,quando os sóciospagaram R$ 2,6 bilhões pela licença de operação, um ágio de 341% sobre o preço mínimo. (Reuters)

Duhalde deve anunciar aumento dos impostos

O governo argentino deve anunciar hoje medidas para elevara arrecadaçãotributária e tirar o Estado da bancarrota, ao mesmo tempo em que o Fundo Monetário Internacional (FMI)começou a analisar as contas públicas das províncias.

O presidente Eduardo Duhalde decidiuaumentar os impostosdas exportações agropecuárias – cuja rentabilidade foimultiplicadapela desvalorização do peso em janeiro – oque proporcionará mais recursos ao Estado para superar a pior crise econômica e social da história do país, disse uma fonte do Ministério da Economia.

Apoio – Ao mesmo tempo, o governo começou a pedir ao Congresso apoio político para avançar com as reformas exigidas peloFMIpara conceder novos recursos.

"O objetivofundamental é

ampliar a base de sustentação política porque um presidentede transição temquegovernar com o consenso ou pelo menos com a aprovação da maioria dos partidos", disse o secretário-geral da Presidência, Aníbal Fernández. Eduardo Duhalde chegou ao poder em janeiro após um acordoentre asprincipais forças políticas. A missão inicialdo presidentefoiestabelecer a ordem. Agora ele busca, após ter desvalorizado a moeda, uma reativação econômica quepermita aliviara situação social dopaísno qual quase metade da população vive na pobreza. Com os recursos extras que ogovernocaptará comoaumento dosimpostos, Duhalde tentará compensar o cofre público, abalado e com risco deentrar em colapso pela quedana arrecadaçãodeimpostos. (Reuters)

Na Europa, crescimento vem com a inflação

Pesquisas commanufatureiros e consumidores divulgadas ontem mostraram que a Europa segue os EUA na recuperação econômica, enquanto dados sobre preços mostram que aspressões inflacionáriascontinuam. Os manufatureiros europeus mostraram crescente otimismo, compesquisas informando que o setor saiu da recessão em março na zona do euro em geral, tendo até se expandido um pouco na GrãBretanha, aquartamaior economia do mundo.

Mas as leituras dos índices manufatureirosforam mais fracas que o esperado nos Estados Unidos, enquanto uma pesquisa doconsumidor na França reforçou as contínuas

preocupações na Europa sobre o emprego e a inflação. Estatísticas oficiais mostraram que a inflação na zona do euro subiu em março mais queoesperado, 2,5%,emrelaçãoao anopassado,reforçando asexpectativas deque os bancos centrais irão em breve estardebatendo altas nas taxas de juros. Economistascrêm queo BCE eleve os juros amanhã, nem pormaisalgunsmeses, dizendo que a taxa de inflaçãoiráretornar paraalgo próximo do teto de 2%.

A recuperação foiconfirmadapelo índiceReutersdo setor manufatureiroda zona do euro paramarço, que subiu para 50, entre contração e crescimento. (Reuters)

Em Damasco, mulher exibe cartaz em protesto contra ataque de soldado israelense a civis palestinos
Khaled
al-Hariri/Reuters

Queixas contra barreira da UE ao aço chegam à OMC

Asprimeirasqueixas contra asbarreiras impostaspela UniãoEuropéia (UE)aoaço começam a chegar à OrganizaçãoMundial doComércio (OMC).O governodoJapão solicitouà entidadequerealizasse consultas com os europeusdiante das medidas protecionistascontra oaço estabelecidas na semana passada por Bruxelas.

A UE argumenta que está impondo novas barreiras com o objetivo de evitar que o aço excedente no mercado internacionalinvada aEuropa nos próximos meses.

A medida, que também atingiu o Brasil, foitomada depois que os Estados Unidos estabeleceram uma tarifade importação de 30%aos produtos siderúrgicos, gerando uma reaçãointernacional contrao protecionismonorte-americano.

O problema,segundo os exportadoresde aço,é que agoraeles estãosendoprejudicados tanto pelos Estados Unidos como pela UE.

Umadas soluções legais

para evitar os prejuízos seria recorrer à OMC.

O Japão, porexemplo, pedirá aos europeus que concedam preferências tarifárias emoutras áreascomoforma de compensaros exportadores japoneses pelosdanos econômicos que passarão a ter com a nova taxa do aço.

A estratégia foi amesma adotada por Tóquio quando a Casa Branca anunciou anova barreira.

Até mesmo a UEchegou apedir compensações de mais de 2 bilhões de dólaresaos Estados Unidospelosprejuízos que terá no próximo ano. China – Enquanto os japoneses atacam, outrospaíses conseguem acordoscom os europeus que visam isentálos de uma sobretaxa aos seus produtos.

permanecesse de fora das salvaguardas.

Asoluçãoda UE,nessecaso, foi classificar a China comopaís em desenvolvimento, o que evitou que a maioria dosprodutos exportadospelo país fosse sobretaxada.

Masa decisãodaUE de isentar a China de suas novas tarifastem ummotivo:Bruxelas preferenão comprar uma brigacom o país e manter Pequim ao seu lado na disputacontra osEstados Unidos.

Japão solicita consulta aos europeus sobre as medidas protecionistas para o aço

No caso das exportações brasileiras, entretanto, o desfecho foi diferente. Apesar de também ser um país em desenvolvimento, a avaliação daUE foi deque o País possui um volume de vendasimportante equedeveria ser sobretaxado em dois produtos de aço acabados.

É o caso daChina que, em conversas comasautoridades de Bruxelas,conseguiu que o aço exportado pelo país

Porenquanto,porém, o Itamaraty nãose manifestou sobreo protecionismo e,ao contrário doJapão, ainda

Crise argentina foi o que mais prejudicou exportação brasileira

Os produtosmanufaturados foram os mais atingidos pela queda das exportações brasileirasdestinadasà Argentina. A informação consta do boletim Comércio Exterior emPerspectiva, referente a fevereiro,divulgado ontem pela ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI). As vendas externas totais do Brasilcaíram11,5% no primeirobimestredo ano frente aomesmo período de 2001 – as exportações à Argentina foram responsáveis por 56% desse total.

Considerando apenas os produtos manufaturados,o recuodas exportaçõesbrasileiras foi de 81,7%. Segundo a CNI, a diminuição do comércioentre os dois países foi a principal causa da queda.

Apesar disso, porém, o saldo dabalançabrasileirafoi positivo: nosdoisprimeiros meses do ano, o País registrousuperávitcomercial de 434milhões dedólares.Isso se deve, de acordo com a CNI, à bruscadiminuição dasimportações, que caíram 20,2% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.

D e c l í ni o – A crise vivida pelaArgentina,queestá há quatro anos com a economia estagnada, foi a principal causa doencolhimento do comércio do sul do continente.Em 1997,por exemplo,o Brasil chegou a vender9 bilhõesde dólarespara ospaíses da região. Hoje, a cifra não passa dos 6bilhõesde dólares, valor que, há cinco anos, era inferior às vendas apenas para a Argentina.

Em2000,a Argentina até ensaiou uma pequena recuperação, mas a crise política e cambialdetonadano ano passado enterrou as esperanças. Neste ano,a estimativa é que o Produto Interno Bruto

Brasil e República da China definem ação contra protecionismo

(PIB) do paísrecue algo próximo a 10%.

’’Exportadores brasileiros: não vendam mais para a Argentina’’. Esse foi o recado direto do secretário-executivo da Câmarade ComércioExterior (Camex), Roberto Giannetti, logo apósa queda do ex-presidente argentino, Fernando De LaRúa. As declarações foram repreendidas próprio governo brasileiro, por traírem o tom de ’’solidariedade’’ que o País oficialmente concedeu ao vizinho. Mas Giannetti estava desesperado. Sabia do atraso de 1,2bilhão dedólares em pagamentos de exportações não honrados pelos argentinos.Boa partedessa dívida não foi paga até hojw. Prejuízo dobrado – As exportações brasileiras de produtos manufaturados, que respondem a 90% dototal vendido a Argentina, foram as mais afetadas. As vendas de automóveis, calçados, plásticos, autopeças minérios de ferro despencaram67,2% nosdois primeiros meses de 2002.

tante, causando prejuízo dobrado aos argentinos. A Ford anunciouredução deproduçãoe chegoua cogitarfechar sua fábrica no país.

Estagnada há quatro anos, economia argentina breca comércio no Mercosul

O comércio entre subsidiárias brasileiras e argentinas de montadorasdiminuiu bas-

Sempodervenderpara os vizinhos, lembra a secretária deComércio Exterior,Lytha Spíndola, o Brasil fez esforços para redirecionar suas exportações. As empresas nacionais buscaram conquistar parceiros em mercados como Arábia Saudita, Índia e África do Sul. Mesmo em meio à desaceleraçãoda economia mundial, as vendas para o Oriente Médio,por exemplo, aume ntar am 14,4% em 2002. ’’Nossas exportações estão crescendo acima da média mundial há algum tempo’’, afirma Lytha. Para o presidente da AssociaçãoBrasileira de Comércio Exterior (Abracex), Primo RobertoSegatto, aúnica saída para a Argentina é receberdólares doFundoMonetário Internacional (FMI). Isso,segundoele, conteriaa disparada damoeda americana e ajudariaa reorganizar aeconomia. ’’Arecuperação doMercosul sóvirájunto com a daArgentina’’, afirma Segatto. (AE)

não recorreu à OMC contra as medidas de Bruxelas.

P re ss ão – Odeputado Waldir Pires(PT-BA) considerouhesitante aposição brasileira com relação às barreirasde importação do aço impostas pelo governo dos Estados Unidos.

O deputado acredita que os setores produtivos e políticos do país devem fazer um movimento para pressionar o governo brasileiro a respondercom uma políticafirme de defesados interesses nacionais.

Parao petistao governoé omissoem relaçãoaodrama da siderurgiabrasileira,que investiu pesadamente em novastecnologias naexpectativa de ampliarmercados. "O setor se preparou paraa exportação, paraa competição ampla nomercadointernacional. Aí vem uma posição absolutamente irresponsável dos Estados Unidos e impede a continuidade e as esperanças de que o comércio exteriordo aço doBrasil possa crescer. E a gente não faz nada?", criticou o deputado. Piresacredita que a defesa da siderurgia é prioridade para o desenvolvimento do país. "O Brasil precisa defender sua política de siderurgia. Semaçonão hádesenvolvimento", afirmou. (AE)

Brasil e China concordaram em manter uma estratégia conjunta nas negociações multilaterais de comércio contrao protecionismo, informou ontem o ministro de Desenvolvimento, Comércio e Indústria do Brasil, Sergio Amaral.

O ministro encabeça uma comitivade 110empresários brasileiros e oito argentinos em visita à China.

Os dois governos definiram que suas respectivas missõesemGenebra –sededa Organização Mundial do Comércio(OMC)– "trabalharão conjuntamente para derrubar as ações de protecionismo", informou o Ministério de Desenvolvimento do Brasil em nota.

"AChinaé amaiorvítima do protecionismo comercial", disse o ministro-chefe dacomissão de Desenvolvimento e Planejamento estatal chinesa, Zeng Peiyan.

"Queremos compartilhar coma Chinauma visãoampla de abertura comercial, queremos uma associação estratégica", afirmou Amaral, adiantando que outro objetivo é "compartilhar as discussões sobreumanovaordem internacional".

A missãobrasileira deveficar na China até amanhã. Os empresários já passaram por Pequim e, ontem, estiveram em Xangai, onde ocorreu

uma Feirade ComércioBrasil-China.

Salto – Ointercâmbio comercial com a China cresceu 44,9% no biênio2001-2002, saltando de US$ 1,541 bilhão em 1999, entre importações e exportações, para US$ 3,23 bilhões no ano passado. Com isso, aChina passou a ser o sexto maior importador de produtos brasileiros(em 2000, era o 12º).

No ano passado, o Brasil enviouparaesse país 3,27% do total das exportações, ante 1,22%em 1999.Essaexpansão "reforça asperspectivas positivasemrelação ao potencialdeaumentodos fluxos de comércio entre os dois países".

Aentrada daChina na OMC e a grande dimensão do seu mercado também são apontados pela Confederação comofatores importantesparao aumento do comércio bilateral. As exportações brasileiras para esse paísem 2001,de US$ 1,9 bilhão, foram 64% compostas deprodutos básicos,principalmente soja em grãos, minério deferro e celulose.

Outros produtos que têm boaschancesde penetração no mercado chinês são pedras preciosas e semi-preciosas,produtos decouro ematerialde acabamento para construções. (AE)

Caixa Econômica tem

captação de R$ 442 milhões

Emmarço, aCaixaEconômicaFederal, CEF,aumentou em quase 40% sua captação líquida (depósitos efetuados menos retiradas, mais rendimentoscreditados) em relação ao mês de fevereiro. O v olume chegou a R$ 442,8 milhões.Comparada amarço de2001, essa captaçãoé 144% maior.

O crescimento surpreendeu a própria Caixa, segundo Celina Lopes, superintendente nacionalde Serviços e Captação do banco. Eexplica por quê:

ficadofoi muito melhor do que imaginávamos", disse. À frente – O resultado confirma aquilo queo mercado já vinhaobservandoháalgum tempo: que a Caixa continua bemà frente,emtermos devolume captado em poupança, em relação ao mercado ea outrasinstituições financeiras.

"A premiação da poupança, com certeza, chamou a atenção do poupador para nosso produto"

"Em fevereiro último a CaixacaptouR$ 436,7milhões, ou 52%a mais doqueno mesmo mês de 2001. Em janeiro,a captação líquidaficou 45% acimada registrada em janeiro do ano passado". De acordo com Celina, o bancoesperavamanter aumentosemelhanteem março. "Mas o desempenho veri-

Para se ter uma idéia, o mercado registrou em março (até o dia 26) umrombo de R$ 412,0 milhões, segundo dados do Banco Central. Apesar de negativo, o resultado até o dia 26é melhor do queo verificadono mesmo mês de 2001,quando o rombo chegoua R$653,1milhões. Jáo saldo total do sistema até aquela data registrava um volume de R$ 118,846 bilhões.

Prêmios– Parte do ótimo desempenho daCaixa vem da estratégia do banco em adotar a poupança premiada,

desde o final de2000, para o poupadorque conseguir manter umsaldo mínimode R$100em sua conta, com sorteios pela loteria federal. Alémda premiaçãoopoupador da Caixa tem agregado à sua cadernetaalguns benefícios. O cliente que tem cheque especial, por exemplo, arca comtaxas bemmenores do que outros bancos.

Taxas menores – Hoje a taxa deste tipo de financiamentopara osclientes compoupança está emapenas 2,20%

ao mês,muito menordo que a média do mercado, de 8,90% mensais. Paraa executiva,partedo sucesso da poupança da Caixaestá naampliação doscanaisde comunicaçãocomos seus clientes. São 1.900 agências, além das 9 mil lotéricas. "A premiação da poupança foi apenas mais um item, mas comcerteza chamoua atençãodo poupadorparanosso produto", diz Celina.

Roseli Lopes

Tendência de queda na dívida pública

O presidente do Banco Central,Armínio Fraga, apresentou ontem umestudo em que a dívida líquida total do setor público, que em fevereiro estava em 54,5% do PIB, cairia para uma proporção de 35,9% em 2010.

Fraga demostrou otimismo sobre aevolução da dívida pública. "Nós acreditamos quea tendência daqui para frenteseráde queda",disse Fraga em audiência conjunta de seiscomissões noCongresso, paracomentar aspolíticas monetária, creditícia e cambial e o impacto fiscal das operações do BC.

Crescimento – No estudo

foramusadasalgumas hipóteses chave. O crescimento do PIBprevisto noperíodo é de 2,5% este ano, de 3,5% em 2003 e de 4% a partir daí.

Emborao presidente do BCtenha ditoquese tratade uma estimativa "conservadora" de crescimento da economia,nos últimosanosquase todas as projeções mais otimistas do governo não foram confirmadas em função de vários fatores,alguns imprevistos, como a crise energética no ano passado.

Juro real– Ataxa dejuros real(descontada a inflação), segundo o estudo, seria de 8% ao ano a partir de 2003. A

previsãode superávitprimário do setor público é de 3,5% anuais e a taxa de câmbio usada foi de R$ 2,40. "Este estudo embuteo que

resta dos chamados esqueletos (dívidas reconhecidaspelo g ov e rn o ) e muito poucode privatização", acrescentou o presidente do BC. (Reuters)

Projeções de juros fecham próximas da estabilidade

Contagiadas pela inércia cambial e pela ausência de novidades para o segmento, as projeções de juros na Bolsa de Mercadoriase Futuros, BM&F, acabaram asessãopraticamente estáveis.

O contrato mais procurado, de janeiro,encerrou comesti-

mativa de taxapara o fimdo ano a 18,25%, encostado nos 18,24% da véspera.

Relatório doLloydsTSBindica que "a volatilidade dos juros continua baixa edeve se manterassim, uma vezque a perspectiva é de queda – bem gradual –dos juros." (Reuters)

Capitalização: mercado

Omercadode capitalização não pára de crescer. Chegou aum faturamentode R$ 4,7bilhõesem 2001,cercade 9% a mais do que no anterior. E aperspectiva paraeste ano nãoé diferente,com olançamento de produtoscomo os títulos direcionados aos segmentosde imóveise bens, que se encontra em fase de estudos e devem chegar ao mercado no final deste semestre. Com uma história que remonta à França do ano de 1850e que chegou ao Brasil em 1929,através daSulacap, este tipo de poupança passou a crescer mais fortemente a partirde1995, comaestabilidade econômica ea adoção de regras claras. T r an s p ar ê ncia– A transparência cada vez maior do mercado, aconsolidação das regrase a solidez financeira das empresas, que se traduz por um crescimento das reservas técnicas (que cresceram 14% em2001, passandode R$5,5 bilhões para R$ 6,3 bilhões) é queestão impulsionando as vendasde títulos.E aexpectativa é de repetir este desempenho em 2002. "Este crescimento mostra a intençãofirme doclienteem fazeruma reservafinanceira visando um planejamento de recursos", diz Anésio Fassina, membro da Comissão de Capitalização da Federação das Empresas de Seguros Privados e Capitalização, Fenaseg. Confiança – Para Fassina o mercado gera uma confiança crescente. E fundamenta esta solidezpela disposiçãodos consumidores: 85% dos títu-

los vendidos são so chamados convencionais, de formação de poupança epremiação, enquanto orestante destinase à aquisição de de bens e serviços. "O cliente está cada vez mais consciente e permanece por mais tempo no sistema para realizar o seu sonho." Segundoa Fenaseg,das22 empresas que atuam14 absorvem praticamente100% do resultado total.

Ranking– Aliderança do ranking por faturamento é da Brasilcap, ligada ao Banco do Brasil, quedetém23%das vendasde títulos (R$ 1,1 bilhão). Em seguida está o Bradesco, com participação de 20% (R$ 933milhões) e, em terceirolugar oItaú,com 13,5% do mercado (R$ 645 milhões).

"Este crescimento mostra a intenção firme do cliente em fazer uma reserva financeira", diz Anésio Fassina

Pelo volume de reservas técnicas (montante c a pi t a l i za d o através dos pagamentos dostítulos e atualizado monetariamente) olíder éo Bradesco, com21,5% (R$1,336 bilhão). Depois vêm a Brasilcap (20,6%do totaldasreservas, equivalente a R$ 1,3 bilhão) e o Itaú (14,5% das reservas, ou R$ 917 milhões).

Rating – Fassina, também diretor da Bradesco Capitalização, diz que a empresa é a únicaa terumaclassificação de riscointernacional,apurado pela Standard&Poor’s, com o nível BrAA. Eleressaltaque hojeaBradesco Capitalização conta com2milhões declientesno segmento, que detêm 5,2 milhões de títulos.

Títulos: vendas pela Web ainda não deslancharam

A venda de títulos públicos federais pela Internet, lançadaem 7dejaneiro peloTesouro Nacional, ainda não decolou.

Desde ainauguraçãodo sistema até o dia 25 de março foram vendidos R$ 17,4 milhões em títulos pela Web, um volume de recursos bastante reduzido diante do estoque de R$ 624 bilhões da dívida do governo. O valor médioapurado nastransaçõesé de R$ 7.931.

Longoprazo – O secretário-adjuntodo Tesouro,Rubens Sardenberg, admite que o volume comercializado pela Internet até agora é pequeno.Masele argumentaque "trata-se de um serviço novo, de longo prazo."

Atualmente sãooferecidos pela Internet três tipos de papéis, com datas de vencimento que vão de seis meses a 29 anos.

Os investidores interessados em comprar papéisdo governo devem entrar no site doTesouro, escolherotítulo e conferir o preço de cada papel. Podem investir no mínimo R$ 200 e de no máximo R$ 200 mil.

Acertada a compra, uma taxadecustódia de0,43%é

cobrada sobre o valor da operaçãoeo investidorrecebe umboleto.Com o papelem mãos vaiaumbanco,também escolhido na página do Tesouro, e faz o pagamento. As compras detítulos pela Internetainda sofremuma taxação que varia de 0,5% a 1% ao anopelos bancos credenciados.

Segurança – O principal atrativodoinvestimento éa segurança. Com lastro do governo federal, os papéis são os ativos maissegurosdomercado. A alíquota de Imposto de Rendaé a mesmadas demaisaplicações derendafixa (20%). A diferença é que a cobrança é feita somentena venda do título.

Atenção – Apesarda segurança queeste tipode aplicação oferece, oinvestidor aindaassim deve ficaratento, primeiro à rentabilidadeestabelecida.

Nocasodepapéis queseguemdeterminadastaxas é bom não esquecer que há o risco de osjurosbaixarem, como é o caso da Selic. Outra recomendação, feita pelopróprio secretárioSardenberg, é ficar atento à inflação,que podecorroer o ganho futuro. (AE)

Marcos Menichetti

Consumo de celulares

cresce entre as classes C e D

O mercado detelefonia móvelcresceu32% de 2000 para 2001.Eosgrandesresponsáveis pelo aumento foram osconsumidores das classes C e D. São os usuários dosistema pré-pago de chamadas em aparelhosde preços intermediários.

Alémdessas camadas, os adolescentes e jovens adultos estimularam amaiordapenetraçãodos celulares no País.A estimativa édeque 34% dosaparelhos vendidos pertençama consumidores entre 14 e 24 anos de idade. As informaçõessão daPesquisa Latin PanelIbope sobreo setor no Brasil, divulgadana última segunda.

A maior taxa de uso dos celulares é a do Rio de Janeiro, com 29,3% de penetração entre seus habitantesno últimomêsde dezembro.

O sistema pré-pago foi o responsável pelo crescimento de 32% da telefonia móvel

P ré -p ag o – Os aparelhos pré-pagos representam 73% dototaldas vendasno País. Na média, opercentual de usodo celularemdezembro

Volkswagen investe US$ 400 milhões no País em cinco anos

A Volkswagen vai investir 500 milhões deeuros, cerca de US$ 440 milhões, nos próximoscincoanos nasuaunidadede veículos comerciais no Brasil. A informação foi divulgada pelo diretorda divisãodeveículos comerciais dogrupoalemão, Bernd Wiedemann.

Asvendasde veículoscomerciaisda Volskswagen no País duplicaramnos últimos dois anose osinvestimentos têm o objetivo de reforçar a sua fatia do mercado brasileiro, que é de cerca de 33%.

Wiedermannfrisou queo segmento de veículos comerciais no Brasil cresceu 5,4% no anopassado. Amontadora quer aumentar as exportações de veículos fabricados no País de 10%para 25% em três anos. (AE)

Rio Sul passa a fazer publicidade em seus aviões

A companhia aérea Rio Sul colocou no arnasegundafeira seus dois primeiros aviões com mensagens publicitárias na fuselagem. Até domingo, quatroBoeings 737500 vãolevar aoaradesivos comanúncios damontadora francesa Renault.

O valor pago pela propaganda não foi divulgado, mas a companhia criou uma unidade de negócios para explorar a atividade, que já é comumemônibus etrens de grandes cidades. "Queremos maisqueum outdoorvoador.As marcasestarãopresentes nosencostos decabeça, lenços e vão interagir com os passageiros", dizo gerente de Marketing da companhia, Marcelo Gonçalves. (AE)

do ano passado era de 18,3% dapopulaçãobrasileira. "O setor vem crescendo desde 1997,adiferença principal está no público consumidor e naampliação doserviçoentre osjovens.As empresas já descobriram essas características e nunca houve tantos modelos acessíveis a todos os consumidores no mercado", explica o gerente de novos negócios da Latin Panel Ibope Ulysses Dante.

A pesquisa daLatin Panel Ibope foi feita com 16,3 mil entrevistados com mais de 14 anos em todos os estados. A

avaliação vem sendo feita desde 1998. Além damaior penetração no uso do celular, o Rio de Janeiro apresentou aindao maior crescimento no consumo dos aparelhos:22,1% em novembro de 2000 para 29,3% em dezembro de 2001. Os trêsestados daRegião Sul ocupamo segundo lugarno rankingdatelefonia móvel nacional: 21,3%depenetração. Na GrandeSão Paulo, o percentual é de 17,1%.

F u t u ro – Entre osconsumidores que ainda não possuem celular, 7% pretendem adquiriro produto nospróximos dois anos, devendo optar pelos pré-pagos em 85% dos casos. Por faixa etária,a pesquisa identificou que 34%dos usuáriosda telefoniamóvel têm entre 14 e34 anos, para 21% entre 25 e 32 anos e 18% entre 33 e 46 anos. A penetraçãoda telefonia móvel entre a população brasileira saltou de9,7% em novembrode 1999para 13,5% no no ano seguinte.

Isabela Barros

Safra consegue acerto sobre BCP

A BellSouthe a Verbier, composta por sócios do banco Safra, chegarama um acordosobre comodeveser tratadoodefaultda BCP, operadora de telefonia móvel daregiãometropolitana de São Paulo que não fez o pagamento deuma parcela de dívida de US$ 375 milhões vencida na semana passada.

A BellSouthhavia serecusadoafazer oaportedametadeda parcela em vencimento,enquanto a Verbier queria honrar adívida. Cada umdos sóciosdetém44,5% do capital da BCP. Nanoite desegunda-feira a empresa norte-americana encaminhou três propostas alternativasà Verbier.Opresidentedo bancoSafra,Carlos Alberto Vieira,falando em nome da Verbier, afirmou que houve adesão a uma das propostas.

Nenhumadas partesquis detalhar o teor das propostas,nemmesmo seelas se restringem aumasolução para odefault outambém a outros setores. (Reuters)

Americana fabrica componentes para adesivos no interior de SP

A Rohm and Haas, fabricante de matéria-prima para adesivos de embalagens flexíveis, inaugurou ontem sua primeira unidade fabril no País,na cidadede Jacareí,interior de São Paulo.

A iniciativateve investimentos de US$ 15 milhões e vem para atender os planos decrescimento da empresa noBrasil, estimados em8% até o final do ano. As expectativas são melhores que a média geral da América Latina, prejudicadapelacrise econômica na Argentina.

A Rohm and Haas é sediada nosEstados Unidose está presente em todo o mundo, tendo faturado US$ 7 bilhões em 2001. O faturamento para aAméricaLatinafoi de US$ 250milhões. Aempresa produz poliéster para a ela-

boraçãodos adesivosutilizadosnas embalagensflexíveis, como as de salgadinhos e chocolates.

Alémdas embalagens, a Rohm and Haasfornece matéria-prima semelhante para aplicação industrial, sobretudo na construção civil e indústria automobilística.

Batata frita –"As expectativas são boas, principalmenteparasegmentos da indústria daalimentação comoos de batatinhas fritas, chocolates, iogurtes e comida para animais deestimação, por exemplo", afirmao diretor regional deadesivose selantes da Rohm and Haas, Mauro Trevizan.

Antes da inauguração da fábricabrasileira, omercado nacional era abastecidopor produtos importados do Mé-

Fabricante de aviões

xico, Europae Estados Unidos. "O Brasil é uma praça tão importante quanto o México para os negócios da empresa", diz Trevizan.

Matéria-prima – Os adesivos para embalagens flexíveis elaborados com matéria-primada Rohmand Haas são compostos com diferentes tipos de materiais. O solvente e a própria água são alguns dos produtos utilizados para a composição.

O setor de componentes para adesivosde embalagens está diretamente relacionado ao crescimentoda indústria, sobretudo alimentícia,em todoomundo."Amédia de ampliação dosnegóciosno segmento éde5% ao ano mais o crescimento do PIB de cadapaís", afirmaodiretor Trevizan. (IB)

Fairchild pede falência na Alemanha

Afabricante deaviõesalemã Fairchild Dornier pediu falência ontem, tornando-se o maiordesastre dosetor aéreo apósos ataquesde 11de setembro aos EUA.

A companhia fracassou nas tentativasde encontrarum parceiro para desenvolver jatos regionais, mas informou que continua em busca de interessados, uma vez que necessita deinjeção derecursos financeiros.

A companhiabrasileira Embraer, anorte-americana Boeinge a canadense Bombardier são citadas pelo mercado como possíveis interessadas. A Bombardier jánegou interesse na companhia alemã, enquanto a Embraer ainda não comentou o assun-

to. "Continuamos a procurar possíveis parceiros estratégicos eestamos conversando com investidores sobre uma recapitalização", disse Lou Harrington, presidente-executivo da Fairchild.

O governo alemão anunciou que vai ajudar a manter a Fairchild emfuncionamento,visto quetem umaexposiçãosignificativa àempresa, de milhões de euros.

AFairchild Dornier,que pertence à empresa de investimentos Clayton, Dubilier & Ricejunto coma AllianzCapital Partners , emprega cerca de 3.600pessoasnaAlemanha e 700 nos EUA.

Acarteiradepedidos da empresa atualmente está avaliadaemUS$ 11,7bilhões.A

FairchildDornier fabrica aviões de, no máximo, 100 assentos e também produz componentes a Airbus . Fontes disseram recentementeque os potenciais compradores estariamesperando a empresa apresentar pedido de falência para adquirir uma participação. Profissionais dosetoraéreoafirmaram queaBoeing, maior fabricante de aviões do mundo, está prestes a compraruma participaçãosignificativa na Fairchild.

A Fairchild, a Bombardier e a Embraer surpreenderam analistas no final dos anos 90, quando anunciaram planos separados de produção de aviões regionais com mais de 50 assentos. (Reuters)

Refeições prontas devem crescer 12%

Feira iniciou ontem e mostrou esforço de empresas como Sadia e Chapecó para reforçar venda de produtos para restaurantes

A nova ofensiva da indústria de alimentos é o segmento de refeições fora do lar. Conhecido como food service, o setor cresce a taxas médias de 8,6% ao ano.

Aárea foiaquemaisganhou mercado dentro da indústria alimentíciadesdeo início do Plano Real. Entre 1995 a2000,osegmento registrou alta de 87,8% nas vendas, ante umcrescimento de 46,5% dasrefeições preparadas dentro de casa. A expectativa da Associação Brasileirada IndústriadaAlimentação (Abia)para este ano é crescer de 10% a 12%.

Frigoríficos comoSadia, Perdigão e Chapecó estão priorizando o lançamento de produtos paraesse segmento com embalagens maiores,

cortes e tamanhos especiais. "O hábito de comer fora de casa estáaumentando ea indústria se adequando", explica o diretor de food service do Frigorífico Chapecó, Ideraldo Bernardes. Empresas – Esse mercado já representa 25% do faturamento daSantista e quase 10% para a Chapecó.Ele é

Feira da Construção tem expositores de 19 países

A 10ª edição da Feira Internacionalda Indústriada Construção (Feicon) que começou ontem no Pavilhão de Exposiçõesdo Anhembi é marcada pela forte presença dos fabricantes de material de acabamento, como placas cerâmicaspara revestimento outintasimobiliárias. Cerca de 170 mil visitantes são esperados atésábado. O eventoconta com 842 expositores de 19 países. No setor cerâmico, a aposta serão as placas de grandes formatos, como 60x60 cm ou 60x120 cm. Aspedrasnaturais, como mármores e granitos,são asprincipaisinspirações para os ceramistas.

Shell adquire a inglesa Enterprise por US$ 5 bilhões

A petrolífera holandesa Royal Dutch/ShellGroup anunciou ontem a compra da britânica Enterprise Oil por 3,5bilhões delibras,oequivalente a US$ 5 bilhões.

Com acompra, aShell eleva a produção em cerca de 6% e fortalecera presença no Brasil, Itália e Mar do Norte.

A segunda maior petrolífera do mundo vai pagar 7,25 libras por ação da Enterprise, o que representa um prêmio de 15% sobre o valor do fechamento dos papéisda britânicanofinal dasemanapassada. (Reuters)

Na linha Porcelanato Pietra Portinari, da Cecrisa, as novidades serão placas de 60x60cm e60x120 cm, que imitam o mármore (série Marmo), granito (série Graniti) e outros. Sua concorrente, a cerâmica Portobello, também investirá nosgrandesformatos (60x120 cm), com a linha Marmi. Outros produtos levados pela empresa à feira são a linhaPedra da Gávea, que retrata os pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro, a linha Dolce Casa, inspirada em pedras da França; e a linha Progetto, cujos destaques são a variedade de formatos e texturas nas peças . (AE)

visto pormuitasempresas como o negócio do futuro devidoao potencialdeexpansão. No Brasil, 25% das refeições são feitas fora de casa. Na Europa o índice é de 71%.

A gigante Santista está investindo R$ 10 milhões na linha food service e relançando a marca Ricca de massas semi prontaspara padariaseconfeitarias. Aempresa também traz ao mercadouma gorduraaromatizada, Cukin Golden, que promete deixar mais brilho e sabornos alimentos. Anovidade jáé utilizadapor redes de fast-foods como McDonald’se foiapresentada ontem no 4º Salão Internacional daAlimentaçãoFora do Lar, que está ocorrendo no ExpoCenterNorte,em São Paulo.

Hábitos – A falta de tempo para cozinhar é um dos fatores que mais incentivam o crescimentodo mercado de food service. A entrada da mulherbrasileira no mercado detrabalho eofato de 25,9%delas seremresponsáveis pelo sustento da casa reforça o consumo de pratos prontos e de preparo rápido. Segundo dados do Instituto Brasileirode Geografiae Estatística (IBGE), em 1971 o gasto coma comidaforade casa erade apenas7,5%. Em 2000aumentou para12%.O maiornúmero de pessoas solteiras residindo sozinhas e menor númerodemoradores nas residências impulsionaram a refeição pronta.

Vapza se volta para os restaurantes

A Vapza marca sua entrada no mercado de food service com o lançamento de produtos específicos para restaurantes, bares, hotéis, empresas de catering e delivery.

A empresa fornece alimentos prontos, esterilizados e cozidos a vapor, embalados a vácuosem autilizaçãode conservantese necessidade de refrigeração. "Temos condições de montar 90% do cardápio de um restaurante", afirma o diretorcomercial Eugênio Claudio Borges.

A empresaestálançando nafeira arroz,carnes,feijoada,dobradinha, cassoulet, batata,seletade legumes e molhos, como o madeira, tomatee strogonoffpara acozinha industrial em embala-

gens de 500g e 6kg. Os produtos estavam disponíveis até entãoapenas paraoconsumidor final, em menor tamanho nos supermercados.

A principal vantagem em adquirir o alimento pronto,

Coca-Cola inicia venda de suco, energético e chá no Sul do País

A Coca-Cola inicioua disputa de mercadono Rio Grande do Sul e em Santa Catarina nos segmentos de suco infantil, bebidas energéticas e chás prontos.

Kapo,Burn eNestea, jáestavam disponíveis em outros locais do País, mas não na região Sul. A Vonpar Refrescos, fabricantedos produtosCoca-Cola nos dois Estados, decidiu retardaros lançamentos pelas características do mercado, que segundo o presidente daempresa, Ricardo Vontobel, édisperso no verão. Além disso, a empresa se

preparavapara formarequipes específicas de comercialização.

O presidente da Vonpar informou que a empresa vai investir R$ 15 milhões no primeiro semestre para ampliar e atualizar equipamentos nas fábricas de Florianópolis (SC) e Farroupilha (RS). Como investimento,deverá ampliar em cerca de 5% a capacidade de produção de garrafas plásticas, oque representa entre 5 milhõesea 8 milhões de caixas ( cada uma com 24 unidades) ao ano.

Já no mercado local, não há

intenção de fabricarum produtosemelhanteà concorrente Pepsi Twist, refrigerante cola com sucode limão, conforme informaçõesdo presidente da Vonpar.

A Pepsi Twist é comercializada no Rio Grande doSul desdefevereiro. "Éaalternativa que eles têm", afirmou acrescentandoque aconcorrente está perdendoparticipação de mercado. Segundo Vontobel,aCoca detém 34,3%departicipação no segmento colas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e a Pepsi, 8,4%. (AE)

segundo Borges, é que o estabelecimento não precisase preocupar com aorigem, o fornecedor, o preparo e o riscode contaminação."Tudo issoéencargo daempresa.O trabalhoestáem abriraem-

balagem e aquecer", afirma. Essas vantagenscompensam o customais altodo produto final. Nos supermercados, um pacote de batatas cozidas com 200gramas custaem torno de R$ 2,20. Para restaurantes, opreço variade acordocom aquantidadeadquirida.

A Vapza espera aumentar o faturamento em 40% nos próximos dois anoscom a linha food service. A empresa é 100% nacional que vem crescendo cerca de 15%ao ano e que utiliza tecnologia francesa para esterilizare armazenar os alimentos prontos. A unidade industrial da empresa, que surgiu há seis anos, fica em Castro,no estado do Paraná. (TN)

KPMG e Andersen descartam união total

Asempresas deauditoria contábil Andersen e KPMG anunciaram nestaterça-feira que a união de suas operações nomundo todo, excluindo Estados Unidos, não émais possível porque algumas unidades daAndersen fecharam acordos independentes com empresas rivais. "Em vistadasdecisõestomadas por certas empresas individuais debuscar rumos diferentes, ficaclaro queum acordo compreendendotodas as unidades fora dos EUA não é mais possível", informaram em um comunicado

conjunto as duas empresas, que iniciaram conversações há duas semanas. A unidadeespanholada Andersenanunciou quefechouumacordocom aDeloitte& Touche.Mas asconversaçõesprosseguem emalguns outros países. Ontem, fontes do setoradiantaram o fim das negociações e afirmaramque, agora,aAndersen deve juntar-se à Deloitte na AméricaLatina, eosescritórios de Cingapura, Filipinas, Malásia e Taiwan devem selar umacordo coma Ernst & Young. (Reuters)

Tsuli Narimatsu Bernardes diz que food service representa 10% no faturamento do Chapecó
Paulo
Pampolin/Digna Imagem
Borges, da Vapza, apresentou ontem os produtos em embalagens maiores Paulo Pampolin/Digna

Pequenos supermercados registram empate de vendas

Os pequenossupermercados devem fechar março com um empate de vendas, em relaçãoa igualmêsdo anopassado, segundo indicam dados preliminares. Em relação afevereiro, ofaturamento apresentou crescimento de 4%, considerando amédia diária de vendas. A expectativa é de que em abril o resultado seja semelhante ao do mêspassado,com pequena variação para cima.

Asprevisões são dopresidente do Sindicato doComércio Varejista deGêneros

A limentíciosdo Estadode São Paulo, Sincovaga, Wilson Tanaka.

Segundo ele, o consumidor paulistano novamente está levando no carrinho mais produtos básicos.

Os iogurtesdo início do

plano realvoltarama ser substituídospelos itensbásicoscomo arroz,feijão, óleo de soja,farinha, entreoutros alimentos.

"Esta atitude dotrabalhador está refletindo a queda de renda e o aumento do desemprego", diz Wilson Tanaka.

A expectativa dos empresários é de que em abril o resultado seja semelhante ao do mês passado

P á s c oa – As vendasde ovos de chocolate tiveram um compo rta men to aquém do esperadoem 2002. Segundo o presidente do sindicato,o segmentodeve ter vendido entre 5% e 10% a menosem relaçãoaosnegócios efetuados na Páscoa de 2001.

"O setor já havia feito encomendasmenores nestaPás-

coa", explica Tanaka. Quem não fez promoções antes da data festiva, terá que queimar os estoques agora. O pequeno supermercado não consegue devolveras sobrasdechocolate, pois compra dedistribuidores e representantes. Também as vendas de bacalhau nãoforam bem. "Atradição vem ficando para trás. E mesmo o consumo depeixe vem caindo na Semana Santa", diz o empresário. Preços controlados –O presidente do Sincovaga destaca que ospreços no varejo independente estão controladosemfunção da concorrência forte tanto no varejo quantona indústria. "Há

Promoções alavancam negócios do

comércio no Interior

Aaudácia do comércio de Campinasgerou bonsfrutos em março. As empresas da cidade continuaram investindo em promoções eincentivarama vendano crediário, reduzindoos juros.Resultado: as vendas no crediário cresceram. É o que mostra a pesquisa mensal da AssociaçãoComercialde Industrial de Campinas, ACIC, de março. As consultasaocrediário cresceram8,4% em março, em relação a igual mês do ano passado. Jáem relação a fevereiro osaltofoide 18,1%. Vale lembrar que fevereiro foiummês mais curto e com menor número dedias utéis.No primeiro trimestre do ano, os telefonemasaocrediário tiveramaltade 0,9%,emrelação a igual período de 2001. As consultas ao cheque ficaram praticamente estáveis, com aumento de 0,9% em março, em comparação a igual mês de 2001. Em relação a fevereiro,o aumentofoi de 15,2%. No acumulado do ano, a aceleração de consultas ao chequefoide4,1%, em comparação a igualperíodo do ano passado. Mai s – Outros dois motivos contribuíram com a performance positiva das vendas

emmarço. Oprimeiro foias vendas deovos dechocolates eoutros itensdaPáscoa.As vendas de chocolateem Campinas cresceram 4% na Páscoa de 2002, em relação ao ano passado.

O segundo motivo foi o aumento da concorrência na cidade, queganhouumnovo shopping, o Dom Pedro, considerado omaiorda América Latina, com 360 lojas.

"Oresultado do mêsfoi bom", avalia o economista da Associação Comercial de Campinas, Laerte Martins.

Redução da taxa básica de juros funcionou como um fator psicológico positivo

Segundoele, a redução da taxa básica de juros, Selic, pelo segundo mêsconsecutivo, funcionou como um fator psicológico positivo. E o esforço doslojistastambém foi intenso.

As taxas de juros cobradas nocrédito pessoalque estavam em meados de 2001 em 5,9% ao mês, estão nos últimosdoismeses em4,90%ao mês.No iníciodo anopassado, ojuro nocrédito pessoal oscilava entre 4,30% e 4,40% ao mês.

Inadimplência – O comércio deCampinasmantém uma preocupação:o aumento da inadimplência.O saldo de carnês atrasados – são os

registros incluídos menos os excluídos – em março chegou a 6.591,representando um aumento de 10,6% em relação a igual mês do ano passado e de 53,5%em relação ao registrado em fevereiro. No trimestre, os carnês em atraso aumentaram3,7%, atingindo a marca de 14.919, em relação ao mesmo período de 2001.

Segundo Martins, os números são grandes para Campinas. "Alémdisso,nosúltimos anos a inadimplência na cidade vinha cedendo", diz.

O desemprego é o principal causador desseaumento. Na cidade, 16,6% da população economicamenteativa, PEA – o total de trabalahdores ocupadose desocupados –, estimadaem 502.780, está sem trabalho.

Insolvência – As falências e concordatasrequeridas, ao contrário,estão emqueda. No primeiro trimestre, a Justiçada cidadenãoregistrou umúnico pedidodeconcordata.

Os pedidos de falência em março chegaram a 20, representando queda de 51,2% em relaçãoamarço de2001ede 39,4% ante os números de fevereiro.

No trimestre,asfalências requeridas somaram80,volume 14,9%menor doque o registrado no mesmo período de 2001.(TM)

apenas aumentospontuais, com produtos subindoou descendodeacordocom a oferta", destaca.

É o caso do óleo de soja e do arroz, com redução de preços no últimomês da ordem de 8%. Os dois produtos básicos apresentarammaior oferta emrazão da entradadasafra.

Jáo leiteanotouumaumento de preços da ordem de 14% no mês passado. Na avaliaçãodeTanaka, oproduto deve subir mais um pouco e o preço se estabilizar. Na opinião do presidente do sindicato dovarejoalimentício,o controledopreços hoje também é resultante de uma maior negociação entre indústria e comércio.

CUT defende média do Mercosul para o mínimo

ACentralÚnicados Trabalhadores (CUT) deve apresentar neste mês um projeto ao Congresso defendendo um salário mínimo de pelo menos R$ 300. O valor representa a média do piso adotado pelospaíses doMercosul. Segundo opresidente da CUT,João Felício,empaíses como o Paraguai e o Uruguai, em média, o salário mínimo é de US$ 130, equivalente a R$ 299.

No projeto, aentidade sindical vailembrar também quequandoeleitoo presidente FernandoHenrique Cardosoprometeudobrar o poder de compra do brasileiro. "Dobrar o poder de compra do brasileiro seria pagar ao trabalhador, no mínimo, R$324.Essa éumadaspropostasque vamosapresentar também", afirmou Felício. "Não podemos aceitar ter um mínimo inferior aos outros países do Mercosul. O Brasil é a 12ªeconomiadomundo", completou.

O presidente da CUT antecipouque o próximo 1º de Maio, DiadoTrabalho,será marcadopor protestosem todo o País. "Vamos protestar contraessa vergonhaque éosalário mínimodobrasileiro." Segundocálculosda central sindical, noBrasil mais de 20 milhões de pessoas recebem umsalário mínimo por mês. (AE)

e direitos

Amudança de comportamento do consumidorestá levandoà melhoriacontínua daqualidadede produtos e serviços. A cadanovo evento econômico surgem novas entidades de defesa do consumidor, que,uma vezorganizadas, contribuempara orientar, representar e defender os direitosdo cidadão. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) é a nova aliada do consumidor brasileiro.

A Pro Teste foi fundada em julho de 2001,por iniciativa do Instituto Pedra Grande de Preservação Ambiental (Ipeg), de Atibaia (SP), e da Test-Achats, da Bélgica, instituição que defende o consumidor há 44 anos. A diretoria a da entidade é formada por profissionais especializados na defesa do consumidor. Nos próximos dois anos a entidade vai investir cercade US$ 2 milhões emações demarketing e propaganda, com expectativa de conquistar 500 mil associados.

I n f o r m a ç ão – Segundo Paulo Roberto deLima Bühler,secretárioda Pro Teste, umdos objetivosdaassociação éo delevar informações sobreos testescomparativos de produtos da mesma marca comercializados em mercados diferentes até o consumidor.Para isso,a ProTeste conta com respaldo financeiro etécnico, paraostestes comparativos, da Euroconsumers, considerada a segunda maior organizaçãode defesa do consumidor do mundo com um quadro de 1,2 milhão de associados.

Testes de produtos passam a ser realizados no País com padrões e respaldo da Euroconsumers

Diferente da Fundação de Defesa do Consumidor (Procon), que dependede verbas do governo estadual, e concorrentedireta do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Pro Teste vai atender apenasaos seusassociados. Mediante ao pagamento de R$ 60,00(ProTeste)ou de R$ 72,00 a R$ 150,00 – valores correspondentes às anuidades -, o associado poderá usufruir dos serviços daentidade, sem limites de consultas, além de receberos exemplaresdasrevistasProTeste ou Consumidor S.A, respectivamente.

Bühler afirmaquea atuaçãodaentidadenãose restringeà revista, mas também ao fornecimento ao associado de todaa informação e orientação para que eleexerça sua cidadania, chegandoaté a intermediaçãodeconflitos e ajuizamento de ações coletivas. "O consumidor é sempre aparte maisvulnerável",disse ele. APro Teste,conformeexplicouBühler, fazo que o consumidor não pode fazer paraassegurar seudireito quandocompra umproduto oucontrataumserviço: ela vai ao mercado, adquire um produto ou serviço de forma anônima e o submete a rigorososcritérios deavaliação comparativa. Os testes comparativos da Pro Teste são produzidos tantoem laboratóriosbrasileiros quanto no Exterior. Os produtos aserem testados são adquiridos nomercado coma verba captada com as anuidades.

Ricardo Ribas

Emoção é novo jeito de atrair clientes

Nos Estados Unidos, o marketing emocional foi responsável por um aumento de até 30% nas vendas do ano passado das lojas

Marketing emocional. Essa é aproposta deconsultores brasileirosparaaumentar as v endas no varejo. "Atender bem o cliente não é mais suficiente.Hoje,é precisosurpreendê-lo", diz a consultora MárciaOller, da Gouvêa de Souza & MD, de São Paulo.

A contratação depessoal é o primeiro passo para os empresários que pretendem implantaro marketingemocional na empresa. "Escolher as pessoas corretas éo fator mais importante", afirma Gisela Kelly Ferreira, gerente de treinamento da consultoria

Dow Right, de São Paulo.

Se a equipe já estiver formada,o empreendedordeve promoverum treinamento paraos funcionáriosfocado nas vendas com emoção.

SegundoMárcia, daGouv êa, os cursos servem para trabalhar a percepção de cada v endedor."Profissionais tímidos – que muitas vezes não são selecionados pornão serem falantes – podem ter grande apelo quando a inten-

çãoé trabalhara emoção.Os mais falantes, em geral, se dão nem na abordagem ao consumidor", afirma Márcia. Atitude– O funcionário vaiprecisarsaber quetipode atitude tem que tomar diante do consumidor. Notreinamento, é importante posicionar a empresa. "Como os funcionários vão apresentar a loja parao cliente? Quer se passar a idéia deseriedade oudescontração? Essas respostas têm de ser dadas para os e mp r e ga d o s" , diz Márcia.

sumidor", diz Márcia Oller. As empresas com público jovem, em geral, têm mais facilidade parausar o marketing emocional.No Brasil, a rede de cosméticos Contém 1g,por exemplo,estáabordando os consumidores por meio deperformancesdentro das lojas e na rua.

Atender bem o cliente não basta para fazê-lo comprar. Hoje, é preciso surpreendê-lo.

O empreendedor vai precisar dar autonomia aos funcionários.Se umempregado está diante de um cliente e senteque pode fazer uma brincadeira,tem deterliberdadeparafazerisso naquele momento. "Apesardearriscado–o clientepodeodiara brincadeira – é a única forma de selecionar o que pode ser usado na abordagem do con-

EstadosUnidos – O marketing emocional surgiu nos Estados Unidos. Os lojistas norteamericanos descobriram que preços baixos não bastavam para atrair os consumidores einiciaram comprojetos diferentespara levar o cliente para dentro das lojas. Os empresários americanos queriam prolongar o prazer da compra.

Segundo uma pesquisa do psicólogo norte-americano Russel Branaghan, muitos consumidores que foram surpreendidos por ações de marketing emocionalnãose

lembravam doprodutoque tinham comprado, mas recordavam oque sentiram dentro daloja. Oestudo de Branaghan apontou também queos empresários queinvestiram em marketing emocionaltiveram um aumento de até 30% nas vendas.

Paraenvolvero consumidor, vale tudo. Uma rede de artigos esportivosnorteamericana, por exemplo, instalou um paredão para escaladae umtanqueparamergulhopara chamaraatenção do consumidor.

Nos EUA, segundo uma pesquisa feita pelo site www.shop.org, que atende lojistasdetodoopaís, 34% das médiase grandesempresas estão usando marketing emocional para ganhar e fidelizar clientes. As companhias,em geral,fazem ações conjuntas. Os canaismais usados pelosempreendedoresamericanos sãobalcão, Internet e catálogo.

Cláudia Marques

Sistema protege varejo contra fraudes

A empresaCheck Forte,de São Paulo, desenvolveuum sistemaespecial deconsultas que protege o varejo contra o recebimento de cheques roubados e clonados.

Para oferecer os serviços de consulta aos lojistas, a Check Forte fez uma parceria com a A CSP (Associação Comercial de São Paulo). ACheck Forte vende o equipamento e a Associação, por meio do UseCheque, informaseo clientetem onome limpona praça. A empresa também

tem acordo com a Serasa. O sistema permite ao comerciante checar os dados de quem emite o cheque. O programa disponibiliza informações como CPF (Cadastro de Pessoa Física), filiação, data de nascimento e título de eleitor.As informações podemser conseguidas em30 segundos."Seo lojista desconfiar da veracidade do cheque, pode checar os dados pessoais do consumidor e agregarmaissegurança no momento do pagamento da

conta", afirma Nilton Volpi, CEO da Check Forte. Segundo pesquisas do mercado,atualmente, ospagamentosem chequerepresentam de 30% a 60% do total das vendas ocorridas no varejo. Quandoo lojista não faz nenhum tipode consulta,há uma perda de 3% a 5% do valorcheque. "Com ouso de sistemas de checagem de informação positiva, é possível reduzir em até 90% essa perda", afirma Volpi. Aquisição – Os empresá-

rios podem comprar o serviço completoouteracessoa somente um banco de dados. O comerciantepode consultar só a documentação do emissor do cheque para baratear aoperação.Ovalordo equipamento está em torno de R$ 2.000. O preço das consultas depende dovolume e dotipo dechecagem. Paga menos quemfor fazera consulta em apenas um banco de dados,Serasa, por exemplo. Sea checagem for maisampla, o valor sobe. (CM)

Curso para melhorar fala

A fonoaudióloga Gláucya Madázio,deSãoPaulo, desenvolveu um programa para atender, especialmente, vendedores, atendentesde telemarketing e executivos. Os cursos nas empresas duramdequatro aoitohoras. São abordados os erros de falae voz que podem atrapalharo trabalhodessesprofissionais. Segundo Gláucya, no campo dafala,ousodeexpressõescomo"né" e"hum" são barreiras verbais que tendem a encerrar a conversa. "O cliente, muitas vezes, não continua um assunto por causa do uso freqüente dessas palavras pelo vendedor",

afirma a fonoaudióloga. Os problemas devoz mais comuns são a intensidade elevada, quepode ofendero ouvinte e assustá-lo, e forma derespirar .Para superaressas dificuldades,Gláucyarecomenda que as pessoas falem devagar,respirando corretamente e procurem ouvir o que estão dizendo. Associação – A partir desse mês, funcionários da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) vão poder participar de cursos para melhorar a voz e a fala. A Associação fez uma parceria coma fonoaudióloga. Os cursosvão ocorrer nas Distritais. (CM)

cursos e seminários

Hoje

DatabaseMarketing – O cursovaiabordar osfundamentos doMarketing Direto. Duração: duas horas, das 14h00 às 18h00. Local: Centro Brasileiro Britânico,rua Ferreirade Araújo,741, 1ºandar, Pinheiros. Preço: R$ 139 (profissionais de marketing) e R$65,00 (estudantes).O seminário acontece na quinta-feira (04). Inscrições hoje pelo (11) 3129 3001.

Processos administrativos no Banco Central – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários que querem conhecer os processos administrativos instaurados noBC. Duração: seis horas, das18h30 às 21h30. O curso tem início na quarta-feira (10) e termina na quinta-feira (11). Local: Auditório da Adreview, rua Líbero Badaró, 471, 21º andar. Preço: R$ 300 (associados) e R$ 380 (não associados). As inscrições podem ser feitas apartir de hoje pelo telefone (11)3241-0155 ou pelo site http://www.adreview.com.br/inscricao2.htm.

Os7hábitos daspessoasaltamenteeficazes– O curso, promovido pela consultoria Franklin Covey Brasil, é baseado no best seller homonônimo do consultornorte-americano Stephen Covey, umdos livros de negócios mais vendidos em todo o mundo. Duração: oito horas, das 8h30 às 17h30. O curso tem início na terça-feira (16) e termina na quinta-feira (18). Local: São Paulo Business Center, avenida Lineu de Paula Machado, 1088/1100.Preço: R$2.690. As inscriçõespodem serfeita a partir de hoje pelo telefone (11) 5507-7800.

Doação para cultura dá desconto no IR

Contribuinte que quiser se beneficiar do abatimento de até 6% na declaração terá de optar pelo modelo completo da Receita Quemfez doaçõesno ano passado paraprojetos culturais ou fundos destinados a promover programassociais para crianças ou adolescentes pode se beneficiar de deduçãode até6%do Impostode Renda apagar.Paraobter a vantagem, o contribuinte dev eoptar peladeclaração completa. "A possibilidade

Julgamento, no TJ, de falência da Transbrasil só dia 9

O julgamento do pedido de falênciada Transbrasilfoi adiadopara terça-feira,odia 9, apedidododesembargador Ruiter Oliva, da 9ª Câmara de DireitoPrivado do Tribunal de Justiça (TJ). O desembargadornão proferiu seu voto sobre opedidoda General Eletric (GE) de falência da companhia aérea por alegar não ter tido tempo hábil para avaliar o processo. Todoo processode julgamento da falência da Transbrasil teve inicio nodia 26 de março, quando os desembargadoresAntônio Vilenilson (relator) e Marco César (revisor) votaram favoráveis à decretação da quebra da Transbrasil. Para solicitar a falência da Transbrasil, a GE se baseia em um crédito que tem com a empresa, no valor de US$ 2,7 milhões, desde junho do ano passado. (AE)

de deduzir essas contribuições, prevista em leis federais, édesconhecidapela maioria da população, em parte, porqueogoverno nãodivulga", dizo consultortributárioda

IOB Thomson,Lázaro Rosa da Silva.

Dedução – Segundo o consultor, para o contribuinte obteradeduçãodeve decla-

rar nomodelo completo. Além disso, sósão válidas as doações efetuadasdiretamente aos fundos de assistência à criança e ao adolescente. Esses fundos são controlados por umconselho nastrês esferas do governo (municipal, estadual e federal). Os valores arrecadados são utilizados para custear projetos sociais

voltadosàeducação esaúde de crianças adolescentes. Já as doações de incentivo à cultura somente podemser aproveitadas nocasode projetos aprovadospelo Programa Nacionalde ApoioàCultura (Pronac).

Divulgar – A faltade interesseem divulgarobenefício pode ser explicada pelas van-

tagens oferecidaspara quem faza doação.Ocontribuinte quetiver, porexemplo, impostoa pagar deR$6 mil e doou noano passado R$ 1 mil, poderádeduzir R$ 360,00,ou seja,vaipagarde imposto R$ R$ 5.640,00. " Há um reembolso parcial da doaçãofeita, até o limitede 6%doimposto", explicouo

consultor da IOB Thomson. Na hora de preencher a declaraçãodo ImpostodeRenda, as informações devem ser incluídas na Relação de Pagamentos e Doações Efetuados, sendo que o nome da entidade beneficiadadeveconstar no formulário.

Ainda há tempo para atualizar débitos

Quem deixou de declarar nos últimos anos pode aproveitar prazo de 30 de abril para acertar contas com Fisco

Quemdeveria terdeclarado Imposto de Renda de Pessoa Física (IPRF) nos últimos anos e não o fez deve aproveitar o prazo da declaração desteano paraacertar ascontas comoFisco. Docontrário,o contribuinte poderá ser pego pela ReceitaFederalpor sonegar oimposto. E,neste caso, assanções serãopiores. É importante ressaltar,de acordocom oauditor daReceita Luiz Monteiro, que o contribuinte poderá parcelar osdébitos ematé30 vezes, contanto que o valor mínimo seja de R$ 50.

Umadas maneiras da ReceitaFederal rastrearasoperações financeiras e, por conseqüência, estimar orendimento do contribuinte, é através da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Se uma

pessoamovimentou R$100 mile nãofez declaração,fica fácil saber", afirma o advogado Andréde Oliveira,do escritórioCastro, Barros, Sobral, Vidigal eGomes Advogados. Luiz Monteiro confirma aoperaçãoe completa dizendo que hávários tipos de cruzamento de informação. Sehouver desconfiança, aindasegundo ele,a Receita pode pedir até quebra de sigilo bancário.

Pendente– Oauditor da Receita explica o que acontece quando o contribuinte está pendentecom oFisco. "Primeiro,ele énotificado para prestar esclarecimento. O imposto a pagar é calculado e eletem aopçãode parcelara dívida."Já, seocontribuinte nãocomparecerdepois de notificado, éfeitauma estimativa do seu débito com ba-

se no cruzamento de dados e, em últimocaso, ovalor aser pago será encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacionalparaque adívida seja cobrada na Justiça. Amulta quando ocontribuinte não entrega no prazo é de1%aomês oufraçãode mês –quer dizer,seestiver ematraso no mês de abril e for pagar no primeiro dia do mês seguinte(maio),vai ser cobrado mais 1% –sempre sobre o imposto devido. Inferior – O pagamento de multa feitoà Receitanunca é inferior a R$165,74, mesmo que nãoexistavalor de impostoapagar. Portanto,sea porcentagem não atingir esta quantia, este será o valor que o contribuinte deverá desembolsar. Nocasode valores mais altos, a multa nunca deverá ultrapassar a 20% do im-

posto que terá de ser pago. Pelo atraso no pagamento, será cobrada uma multa de 0,33% ao dia, calculada a partir do primeiro dia útil após o vencimento, mais a taxa Selic (taxa referencial do Banco Central), acumulada mensalmente,sobre ovalordo imposto devido.Sempre respeitandoo valormáximode 20% sobre o débito. Vale deixar claro que imposto devido é diferente de imposto apagar. Se ocontribuinte não levarem conta essa diferença, pode se dar mal na hora da cobrança.

Cálculo – Um exemplo ilustra melhor o que cada um representa: feitos os cálculos, o contribuintesoma R$ 100 mil de imposto devido. Deste valor, é preciso subtrair o imposto retido na fonte que, digamos, tenha sidode R$ 120

mil. Por estes cálculos, ele chega ao imposto a pagar. No exemplo emquestão, nãohá impostoapagar masarestituir. Ou seja, ele tem direito a R$ 20 mil de restituição. Multa – Porcausa do atraso na entrega da declaração, o contribuinte deverá pagar multa de 1% ao mês ou fração demês. Se estiver20 meses em atraso, porexemplo, ao invés dos R$ 20 mil a que teria direito, não vai receber nada. Todo o dinheiro, calculado até o limite de20% sobre o imposto devido, que soma R$ 100mil, será deR$ 20 mil. Conclusão: o contribuinte sai perdendo porque o dinheiro fica todo em poder da Receita Federal. Alémdisso,háa multa e juros de mora cobradosquando ocorreatrasono pagamento,se houverimposto a pagar. (AE)

Pulmão da Paulista completa 110 anos

O Parque Trianon, fundado em 3 de abril de 1892 e que foi a área de lazer preferida da elite paulistana, hoje luta contra a degradação

A partir do meio-dia de hoje, o Conjunto de Música Antiga da Escola Municipal de Música irá apresentar melodias dos séculos 17e 18, com instrumentos semelhantes ao daépoca, entre eles flautadoce, violoncelo, percussão e espineta, no Parque Tenente SiqueiraCampos,região da avenida Paulista.

No domingo (dia 7), será a v ez do Conjunto de Cordas da Escola Municipalde Música, dasBandasdaGuarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar e dos Trovadores Urbanos se apresentarem no parque. Para animar a criançada, oPrograma Brincando no Trianon irá realizar várias atividades infantise oficinas, a partir da 11h30.

Os eventos marcamas comemorações dos 110 anos do parquemunicipal Tenente Siqueira Campos, o Trianon, famosoporsero pulmãoda avenida Paulista. Apesar disso,a administraçãodoparque – tombado pelo Patrimônio Histórico– lutapara solucionar os problemas do local, como a degradação.

De acordocom aadminis-

tradoradoTrianon, Vanir Fátima da Silva, em um ano o parque já mudou muito, tanto no espaço físico, quanto no perfil dos freqüentadores. "Hoje é possível ver babás passeando com crianças e mulheres se exercitando. Isso éumindício demudança,já que antes asituação era bem diferente",dissea administradora. Fauna e flora – No interior do Trianon, os visitantes ainda podem encontrar espécies raras de árvores, como ojequitibá branco, a sapucaia e o jatobá. Também habitam no parque aves silvestres, marrecos e esquilos caxinguelês. Conforme o diretordo Departamento deParquese ÁreasVerdes daSecretaria Municipal do Meio Ambiente, Caio Boucinhas, o problema da flora do Trianon é o cupim."Asárvores têm de ser monitoradas constantementepor causadadestruição que eles causam", disse. Outroproblemado parque, de acordocomBoucinhas, é a falta de parcerias com empresas privadas. O diretor diz que a verba destina-

Tempo frio de outono chega ainda esta semana

Apesar do forte calor na cidadedeSão Paulo, quefez com que março deste ano tivesse o registro das mais altas temperaturasdos últimos59 anos, o tempo mudará até o final da semana. A informação é do chefe do Centro de Análise e Previsãodo Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz. DeacordocomDiniz, as temperaturas do mês de março se mantiveram elevadas por causa de um bloqueio atmosférico que impediu o avanço dasfrentes frias. "O calor predominou muito mais nas regiõesde São Paulo, MinasGeraise Paraná, com temperaturas médias de 30ºC.Agora atendênciaé chuva e queda de temperatura", disse Diniz. Geralmente, explica o meteorologista, as

temperaturas em março variam de 18,1° C a 27,1° C. Frente fria - Segundoprevisãodo Inmet,otempo irá mudar a partir de hoje, com a chegada comdeumanova frentefria,que estásedeslocando lentamente entre os Estados de Santa Catarina e Paraná. Hoje, a cidade de São Paulo estará sujeita a tempestades na parte da tarde e à noite. "As temperaturas ficarão entre 25º C e 26º C", completou Diniz.

A mudança no tempo, no entanto, será mais evidente amanhã, quando a frente fria atinge a região Sudeste, no sul de SãoPaulo. Astemperaturas irão variar de 16º C (durante a madrugada) a 23º C. "Osmoradores daGrande SãoPaulo poderão curtir,a partirdo meioda semana,o outono paulistano", disse.

daao Trianon –cerca deR$ 96 mil por ano – é destinada exclusivamente para a manutenção e conservação do parque. "Se tivéssemos parceiros no Trianon, como acontece com os parques dos Remédios,da Aclimação,doIbirapuerae doCarmo, eleestaria em melhorestado",disse.A parceria comos trêsprimeiros parques é entre a Prefeitura ea Cervejaria Kaiser,responsável pela reforma de quadras esportivas.Jáa do Carmo éfeita pela Telefonica,queinvestirá cercadeR$ 2,5 milhões na construção de um planetário.

O parque Trianon, que possui uma área de 47,1 mil metros quadrados, está em contínua revitalização, devido ao processo de degradação que por vários anos afastou as famílias do parque.

ser viço

entrar em contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente pelo fone 288-8522

Parque foi projetado por inglês e leva o nome de herói da Revolta Tenentista

O Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como Trianon, foi inaugurado em 3de abril de1892 etem a sua histórialigada àabertura daavenida Paulista, que nas décadas de 20 e 30 foi sinônimo de riqueza e prosperidade. Olocal eraconsiderado a principal área de lazer da elite paulistana. No ano de 1924, o parque foi doado à Prefeitura eseteanosdepois recebeuo nomeatual, emhomenagem a umdos heróis da Revolta Tenentista.

O parque, projetado em estiloinglêspelofrancês Paul Villon, criador dos jardins do Palácio do Catete, foi interdi-

tado no ano seguinte a sua inauguração, tendo de ser projetado novamente pelo inglês Barry Parker.Atualmente,cerca deseis milpessoas freqüentam oparque de domingo a domingo. O Trianonfica na rua Peixoto Gomide 949, CerqueiraCésar, e funciona das 6h às 18h. (KF)

Associação homenageia jogador Alex

Ojogador defutebolAlex, do Palmeiras, recebeu ontem uma placa da Associação Comercial de São Paulo em homenagem ao gol histórico quefez ,nomês passado,em umapartida contraoSão Paulo. Oprêmio foioferecido em conjunto com a Rádio Bandeirantes durante o programa Esporte em Notícia

O presente foi entregue por AlencarBurti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) eda Associação Comercial de São Paulo.

O narrador do jogo, o locutoresportivoJosé Silvério, também foihomegeado com uma placa devido à emoção comque foinarrouo lance. "Ele conseguiu antever a finalização da jogada", disse Alencar Burti.

A iniciativa da Associação

Comercial partiu de um apelo do jornalista

Roberto Avallone, daRádio

Ba nde ira nte s, durantea realização dapartida.

Burti estava ouvindo a transmissão do jogo pelo rádio, quando Avallone dissequeo jogador deveria serhomenageado com"uma placa pelo seu gol de placa".

brasileiros. "Temos de incentivar o futebol arte, principalmente,quando éalgotão inusitado, comofoi o lance feito pelo Alex", destacou.

Na opinião de Burti, o futebol hoje está com um excesso de técnicas eregras que cerceam a esp o n t a ne i d a d e dos jogadores.

"Ele conseguiu antever a finalização da jogada", disse Burti, presidente da Associação

Para o presidente da Associação Comercial, a jogada rara de Alex foi uma mistura do talento do jogador, com a criatividadetípica dosatletas

Já o locutor de futebol José Silvério acredita que o lance do meia Alex está entre os melhores dos últimos vinte anos."São jogadas como essa que dão brilho para o futebol e entusiasmo parao torcedorbrasileiro",ressaltou ele,que narrajogos de futebol há quase 40 anos.

Emocionado, Alex disse

que está mais feliz agora com as homenagens do que na hora que fez o gol. Ontem, o jogador completou cinco anosde carreira no futebol profissional. Em todo esse período, já conta com seis títulos conquistados, sendo que doisdeles são internacionaise osoutrosquatro são pelo Palmeiras. O jogadorAlex é o21º artilheiro da história do Clube doPalmeiras, comumamédia de1 gola cadatrês jogos, num total de 78 gols.

agenda

Hoje Lapa - A diretoria da Distrital Lapadarealizareunião ordinária. Às 19h30. Tradi ngs - Reunião da Comissão das Comerciais Importadoras e Exportadoras com a presença da diretora da Promosalons Brasil, Marie-Ange Joarlette, órgão ligado ao serviço

Dora Carvalho

comercial da Embaixada da França noBrasil eda diretora executiva da Câmara de ComércioFrança-Brasil, Sueli Lartigue,que falarão sobre "Como as empresas brasileiras podem aproveitar para fazer negócios com aFrança". Às17h,na sede, rua BoaVista, 51/11º andar, sala Abílio Borin.

Associação Comercial de São Paulo
No Trianon, os visitantes podem encontrar espécies raras de árvores, como o jequitibá branco, a sapucaia e o jatobá
Empresários
Os termômetros da zona Sul da cidade marcaram 32 graus na tarde de ontem
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Alencar Burti, o jogador Alex e José Silvério durante entrega da placa, ontem, em estúdio da Rádio Bandeirantes
Paulo Pampolin/Digna Imagem

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP

Criar empregos para distribuir renda

A questãoda pobrezae da distribuição da renda tem sido objetode amplo debate e integrado os programas divulgadaspelos partidos políticos, oupor seus candidatos à Presidência da República, no geral com propostas assistencialistasou distributivistas.Não sediscuteesse tema com umenfoque de buscar aumentar ageração de riquezas e a criação de oportunidades, a fim de que cada um possa obter ascondições necessárias para seu sustento e p ara produzirum excedente que leveà melhoria do padrão devida da população.

Apenas como crescimento doPIBacima da taxa de incremento da populaçãoé quese podeaspirar aodesenvolvimento econômicoe socialdo País. Transferênciasde renda de uma camada da população para outra po-

dem contribuir para amenizar as dificuldades decurto prazodasclasses menos favorecidas, mas nãoconduzemà erradicação da pobreza ou à superação definitivada miséria. Tais programas, no geral, apresentam altos custos administrativos, despendendo maisrecursos comosassistentesdo que com os assistidos, conforme estudos do Ipea e do Banco Mundial.

A causa principal da pobreza é a falta de dinamismodaeconomia nos últimosanos, quetemse reveladoincapaz de geraros empregosouoportunidades deocupação nos níveis necessários para atender ao crescimentoda populaçãoeeliminaro subempregoque atinge um imenso contingentede trabalhadores, fato agravado pelo baixo grau de formação da mão-de-obra e pelos

altos encargos que oneram ofator trabalho.O desemprego e a desocupação se afiguram, assim, como um dos principais problemas enfrentados pela população brasileira, sendo, em grande parte, responsáveispela situação demisériaque afeta um grande número de famíliase, sobretudo, pelafalta deperspectivas dos jovensque concluem seus estudos, ou que simplesmente necessitam trabalhar, o que contribui para o crescimento da marginalidade e da violência.

Criar empresas para gerar empregos ou, pelo menos,o auto-emprego, é o melhor caminho para atacar o problema da miséria,sem prejuízo de programas que possam minorar as dificuldades nocurto prazo,masque nãoconstituem solução de médio elongo prazos.

É preciso incentivar o "espírito empresarial" latente da população brasileira, revelado em inúmeras pesquisas e demonstrado pela criação permanente de um grande numero de "negócios" formais ou informais, quetêm permitidoocupar um largo contingente da população.Estimular não apenas osurgimento, mas, também, asobrevivência ea expansão das micro e pequenas, deveria ser preocupação fundamental de qualquer plano de governo, não apenas como fator de geraçãoderendae emprego, como, até para substituir importações e incrementar as exportações

Simplificar a burocracia,facilitar oacessoao crédito, expandir a abrangência doSimples, estimular o uso da tecnologia e demodernas téc-

nicas de gestão, integrar a universidade e a empresa, apoiariniciativas de cooperação entre microempreendimentos e entre grandes e microempresas são medidas que podemcontribuir paraa criação de novos negócios e a geração de renda e emprego. Promovera formalização de milhares de microempreendimentos quehoje operam na informalidade pela absoluta impossibilidade de atender às exigências fiscais e burocráticas, mediante aadequação das normas à capacidade dos negócios deporte reduzido, o que lhes garantiria "cidadania empresarial"e facilitaria seu desenvolvimento. No tocante ao crédito, e aos custos financeiros, é preciso que sedesenvolvam mecanismos diferenciados de acesso para asmicroempresas que

eliminem oproblema da "assimetria deinformações",istoé, osbanco s nãoconhecem o potencial dosnegócios ese baseiamem dadosisolados de cada empresa, quando se poderia considerar o risco do segmento,e não individual,como ocorr e com ocrédito ao consumidor.

Mais do que discuti r detalhes,o importante é incluir nos planos o u programas oestímulo à criação de empresas, como um dos pontos prioritários e centrais da estratégiadegoverno ed a preocupação dosgovernantes, e oreconhecimento de que o empresário éumagente fundamental paraodesenvolvimentodoPaís que, independente do porte de sua empresa, contribu i parao crescimentoeconômicoeparaa solução dos problemas sociais.

ANÁLISE João de Scantimburgo

Reforma ministerial

O presidente da República teriaagido commaisrespeito àética setivesse chamado o deputado MarcosCintra e pedidoa ele que lhefornecesse o plano completo do imposto único, a fim de aplicá-lo, como foi elaborado e, pelas demonstrações, suscetíveis de alcançar êxito. Não, esqueceu queprometeu fazer a reforma tributária, embora não tenha esquecido de obter oito anosde mandato, e pirateou –com as devidas escusasem personagem eminente– aidéia dodeputado do PFL.

ACPMF, quedeprovisória não tem nada,como é norma noBrasil oprovisóriotornar-se definitivo,e passouaarrecadar mais,a fimde taparos rombosnos cofres do Tesouro. Mas, por ausênciadedeputados no plenário para votar, a CPMF não foi votada, e agora, com a necessidade de nomear ministros que substituem os quevão disputar reeleição, terá de esperar, e a arrecadaçãose não cair, não subirá, por falta da execução da idéia do deputado Marcos Cintra, o pirateado.

O governo está nofim, e já começam os sinais de que es-

se fim será melancólico, como,deresto, todososfins, menos o de um governo que teve algunspontos positivos, mas teve outrosnegativos, que não vão marcar o lugar de FHC entre os grandes presidentesdo Brasil.Teráacima dele RodriguesAlves, Dutra, Juscelino,Castelo Branco, apesardos AtosInstitucionaise da extinçãodos partidospolíticos.O presidente sabe disso,e quer,ainda, ganhar tempo para desfazer más impressões. É tarde. O tempo está escasso demais paraqualquer providência, para qualquer atitude, que eleve o chefe de Estado à altura dos primeirosdias doReal. O que tem o presidente de fazer, agora, é o que ele gosta, é viajar, éfazer oturismopresidencial, pois de positivo não vimos nadaatéagora, comasidasaos países visitados, sobretudo à Inglaterra, à Índia, ao Japão e outros, que seria longo arrolar. Noentanto, opresidenteviajará e contará pontos na sua paixão, o de tomar avião e descer em terra estranha.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

A nova bandeira

Prestei a devida atenção às fotos e declarações do representante do MST,Mário Lill,que entregou bandeira doMovimento aolíderpalestino Yasser Arafat. Depois ouvi também com muita dedicação asdiferentes entrevistas "exclusivas" que deu, portelefone, àmídia brasileira,dedentro do quartelde Arafat,ondeestá solidariamente aprisionado,emnome dapaz.Emocionante. Cativante. Muita gente argumentou que Arafat entrou de gaiato na do esperto brasileiro. Outros alegaramque abandeiradeveriatersidoa doBrasil.Eo próprio admitiu que foi uma improvisação à brasileira. Perguntado numa das entrevistas sobre amotivaçãoda idaequem pagouas despesas, desconversou. Ainda assim, meus olhos marejaram por tamanha dedicação à paz mundial.

Sugestão

Tendo em vista o espaço demídia que o MST vem tendo noPaís eagorano mundoe considerandoque sua ação é reconhecidamente marginal,porqueage ao arrepio da lei, queria sugerir:porquenãoo MST se transformar num partido político, legitimado, com programadeaçãoe reconhecimentopúblicode sua

existência,do que prega e defende?

Reações

Poderádizerque oMSTé braçodoPT. Osfatosmostram, quese foi,não émais. OPT estáse adequandoà realidademundial ebrasileira eo MST aindaprega a lutaarmada eatomada do poder pelosproletários pela viada revolução.Seriabom uma definição pública das lideranças do PT edoMST sobre seainda sãofeijões do mesmosaco. Emtodocaso, há precedente. Mal, muito mal comparando, o MDB virou PMDB. E por trás do MDB havia o MR-8. De Movimento Democrático Brasileiro virou Partido do Movimento Democrático Brasileiro eabsorveu nasregras vigentes o MR-8, ou algo assim, que ali existia.

Sigla

Partidodo Movimento Sem Terra. Com estatuto, programa,filiados, convenções, candidatos.Tudo legal, registrado em cartório e quem sabeaté,comhorário gratuito na TV. Basta eleger algunsrepresentantes conforme a lei. E o povo, a população que julgue, escolha.

Dimensão

O MST quer ser o Brasil. O Brasil quer ser o MST? Quem responde?

Paulo Saab
P. S .

FHC cobra agilidade do Congresso

A crítica feita aos parlamentares é pela demora na votação da CPMF e das medidas provisórias, que travam a pauta da Casa

O presidente Fernando Henrique Cardoso,mantendo a tradição de enviar "recados"ao Congressoemseus discursos, cobrou dos parlamentares maisempenhona aprovação dematérias importantes para obom termo de seu mandato, em especial a prorrogação da CPMF.

O argumentousado para "tocar" o Congresso foi o "sofrimento" do povo com a falta de recursos para dar andamento a projetossociais caso os cofres públicosnão venhama contarcom asreceitas da CPMF.

Preço – "Se não tivermos consciência de que neste momento precisamos de coesão, pagaremosum preço", disse o presidenteno finalda cerimônia de posse de dez ministros de Estado. FHC destacou ainda para os parlamentares que aautonomia do Banco Central e a reforma tributária tambémtêm de ser apreciados.

FHC criticou a morosidade dos congressistas na votação de medidasprovisórias (MPs) queobstruem apauta

e atrasam outras votações, inclusive a da CPMF. Segundo ele, apósa mudança quelimitou areedição das Medidas Provisórias pelo governo e definiu que elas têmprioridade sobre outras votações no Congresso, trancando a pauta em caso de demora em sua votação, a obrigação dos parlamentares seria dese adaptar aonovo sistemae impedirque as

PSDB garante que Serra está firme na disputa

Opresidente doPSDB,José Aníbal, afirmou que a candidatura do senador José Serra à presidência da República continua, e que não sofreu abalocom adesistênciado governador dePernambuco, Jarbas Vasconcelos, de assumir a vice-presidência.

Segundoele, cabeagoraao PMDB sugerir novas alternativas de nomes para a composição da chapa de Serra. O convite para que o PDMB assuma a vice-presidência e a coligação com o PSDB estão mantidos,segundo Anibal. "Estamos esperando", disse ao se referir a uma nova indicação do PMDB.

Tempo – Eleacredita que até a próxima semana o partido possaindicar osnomes, masevitou fazeravaliações sobre potenciais candidatos do PMDB à composição da chapa com José Serra como, porexemplo, ogovernador de Minas Gerais, Itamar Franco. Aníbal disse que só se deveavaliaro nomequeo partido indicar, e não tecer comentários arespeito de prováveis candidatos.

Já o presidenteda Câmara, Aécio Neves, disse que a refe-

rência elogiosa do presidente Fernando Henrique Cardoso aItamar Franco,durantea cerimônia de posse dos novos ministros, foi umsinal positivo para a reaproximação entre os dois. Ele disse que essa reaproximação é importante, independentemente daformação dachapa paraa sucessão presidencial.

Estratégia– Segundo Aécio, é mais importante ter Itamar próximoà candidatura Serrado que em oposição a ela. Ele ressaltou, no entanto, que a escolhado candidato a vice-presidente é de competência exclusiva do PMDB.

Aéciotambémfoi indagado sobre a referência feita por Fernando Henrique, de o governoteradvertido sobre os problemas que a nova regulamentação de medidas provisórias poderia causar. Aécio disse que isso não foi uma críticaaoCongresso,mas uma autocrítica. "Ele deve estar refletindo sobre o uso exagerado demedidasprovisórias", disse.

Segundo o presidente da Câmara, está havendoo uso exagerado de MPs, e é preciso mais parcimônia. (AE)

Tarso Genro deixa prefeitura ainda hoje

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro,deixa hoje o cargo para disputaro governodo RioGrandedo Sulem meioa movimentosdospartidos de oposição,que já antecipam a campanha política deste ano. O candidato petistaserá constantementecobrado por ter deixado o cargo apenas um ano e três meses depois de ter assumido.

Quase aomesmo tempo emqueTarso deixaráogabinete, parlamentares e mili-

tantesda FrenteTrabalhista, formada pelo PDT, PTB e PPS, estarão naEsquina Democrática da capitalchamando.

Oobjetivoéchamar atenção da populaçãopara o fato deo prefeitoter mudadosua palavra, apóster prometido que ficaria os 4 anos. A manifestação terá imagens de Tarso como narizde Pinóquio. Overeador NereuD’Ávila (PDT)vaipropor quehaja novas eleições. (AE)

medidas atrasassemoutras decisões importantes.

Pressa – FHC tem pressa em votara CPMFporque ela tem deser aprovada90dias antes de entrar em vigor. Haverá interrupção na cobrança emjunho, quandoterminaa vigência do tributo.

Nasolenidadedeposse, o presidente tambémelogiou os ministros, que já ocupavamcargospúblicos. FHC

Senadores

lembrou que ogoverno está terminando,mas é preciso trabalhar com afinco e continuar pedalando a bicicleta até o último dia do governo. FHC dissequea principal razão do aproveitamento de quem estava no governoé a qualidadedo servidorespúblicos brasileiros. Para ele, o Brasil conta com uma equipe extraordinária de servidores públicos, não apenas no setor

federal. "É gente competente, capacitadae dedicada",disse o presidente. Fernando Henrique voltou a repetir quegovernará até o fim do mandato. Eque não pretendedeixar queogoverno interfira nas eleições, afirmando que candidatoque precisadainterferência do governo é umcandidato fraco. "Maso nossocandidato tem força", afirmou.

Sucessão – O presidente Fernando Henrique Cardoso encerrou seu discurso dizendo que vai fazer o possível e o impossível para que o seu sucessor receba um governo melhor doqueelerecebeu. FHC, no entanto, fez questão de lembrarqueoPaísestará melhor também devido aos esforços de seu antecessor, Itamar Franco.

O presidente destacou que, paragovernar, não sepode ter rancor e nemódio. E este espírito ele espera que os ministros que estão deixando os cargos levem para suas novas atividades e para a campanha e que os que estão assumindo também tenham. (AE)

Ramez Tebet e Pedro Simon são indicados para vice

O deputado federal AlbertoGoldman (PSDB-SP)sugeriu o nome do presidente doSenado, RamezTebet (PMDB-MS), para vice-presidente nachapa dosenador José Serra (PSDB-SP). "O PMDB tembons quadros, é sópegaro mapaegarimpar. O Tebet é um deles."

Outra alternativa, lembra o deputado AlbertoGoldman, éosenador PedroSimon (PMDB-RS).O fato de Simon serdaoposiçãodo PMDB,grupo quedesejater candidato próprio na disputa presidencial, não impede a indicação. “Ele é um nome de respeito.Essaqueda pela oposiçãoé umafebrezinha, isso passa", disse Goldman. Regional– Para o deputado tucano, o problema é o peso regional. "O vice, de preferência, deveria ser do Nordeste oudo Centro-Oeste,já que o Serra é do Sudeste."

Goldman destaca que, entreasalternativasque surgiram após a desistência do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE),o importanteé buscar alguém com qualidades semelhantes. "Ele era umasolução de altonível, boa, praticamente consensual,semcontestação.A desistência foi um prejuízo para a montagem da chapa", avalia o deputado. Entre os diversos nomes cogitados para o lugar de Jarbas, no entanto, Goldman rejeita as alternativas fora do PMDB, como o do governadorJaime Lerner (PFL-PR). "Pessoalmente, eu preferia ter mantido a aliança antiga, mas foio próprioPFL quem se afastou do governo e, hoje, acomposição majoritáriaé com o PMDB", afirmou. A escolha donovo vice de Serra, segundo Goldman, nãotem uma datadefinida

Senado abre investigação sobre escuta telefônica

A Comissão de Fiscalização e Controledo Senado(CFC) vai investigar as atividades da empresa Fence Consultoria Empresarial, encarregada de fazer avarreduranostelefones do Ministérioda Saúde e de outros órgãosfederais.A iniciativa dosenadorGeraldo Althoff (PFL-SC) é apoiadapeloPFL.Opartido suspeita que aempresa teria espionado os negócios da candidata à presidência, governadora do Maranhão, Roseana Sarney. A CFC aprovou dois requerimentosde Althoff.Umdelessolicita ocomparecimentoà comissãodo ministroda Saúde, Barjas Negri,para esclarecer a contratação da empresa pela pasta.

Contratos – O outropropõe que,com a ajudado Tribunal de Contas da União (TCU), aCFC fiscalize os contratos firmados entre a União e órgãos da administração cm a Fence. Por se tratar de uma investigação, o presidente da comissão designou comorelator osenador Jefferson Péres.

As suspeitadeAlthoffsão baseados em dadosdo Sistema Integrado de AdministraçãoFinanceiras (Siafi),onde são relacionadosospagamentos feitospeloTesouro Nacional. Deacordo com o senador, o ministério da Saúdeemitiu ordensbancárias em favorda FenceConsultoriaEmpresarialnovalor de R$ 351,8 mil. (AE)

Renovação acontece em dez ministérios

•Euclides Scalco assume a Secretaria Geral da Presidência da República

•Juarez Quadros, o Ministério das Comunicações

•Caio Carvalho, o Ministério do Esporte e Turismo

•José Cecchin, a Previdência Social

• Paulo Jobim, o Ministério do Trabalho

•Guilherme Dias, o Ministério do Planejamento

• José Carlos Carvalho, o Meio Ambiente

• Miguel Reali Júnior, a Justiça

•João Henrique, o Ministério dos Transportes

•Francisco Gomide,oMinistério de Minas e Energia. Seis deixaram o cargo para concorrer nas eleições. Três deixarama pastadepois do rompimento do PFL com o governo. Alderico Lima, dos Transportes, ocupavainterinamente o cargo depois que o então titular, Eliseu Padilha, deixou a pasta. (AE)

Ney Suassuna e Jungman também deixam cargos

paraocorrer nemestávinculadaà decisãodoSupremo Tribunal Federal (STF) sobre a verticalização de alianças. "Pode demorardoisdias ou pode demorar 15 dias. Estamosnaépoca dasarticulações, é a fase de montagem das chapas,abrilvaiserassim", diz Goldman. Opções – Opresidente do PMDB, Michel Temer, disse que opartido temvárias opções de nomesa oferecer ao PSDB na composição da chapa comSerra,mas que, primeiro, precisaresolver suas questões regionais.

Temer manifestou preocupação com a solução dos problemas regionais, como a formação de coligações. "Não tem ninguémdescartado. Todas as hipóteses estão em aberto"disse,ao responder uma pergunta sobreas especulações em torno do nome de Itamar Franco. (AE)

agenda

SenadoFederal – Sessão deliberativa ordinária – Pauta: quarta sessão de discussão, em primeiro turno, daPEC nº 3/00, altera ocapute os parágrafos 4º, 6º, II e 7º e acresceo parágrafo8ºao artigo 57 da Constituição federal (alteração dos períodos das sessões legislativase aextinçãodo pagamento de parcela indenizatória de convocação extraordinária); terceira sessãode discussão,em primeiro turno, daPEC nº 32/01, altera o incisoII do art. 37 da Constituição federal para permitir o desen volvimento funcional de ocupante de cargoefetivoou emprego permanente, mediante processo seletivo; terceira sessão de discussão, em primeiro turno, da PEC nº

No dia em que o presidente Fernando Henrique Cardoso deuposse anovosministros, o ministro da Integração Nacional, NeySuassuna (PMDB-PB), comunicou que vai deixaro cargo. "Vou sair amanhã (hoje) e já comuniquei ao presidente", afirmou. Ele deve deixar o cargo para concorrer ao governo da Paraíba.

AcúpuladoPMDB vinha defendendo sua permanêncianapasta, masSuassuna decidiu deixaro cargo,atendendoa pressõesdelideranças de seu Estado. O porta-voz do Palácio do Planalto, Alexandre Parola, informou ontem que Raul Jungmann deixará o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. Ele será substituído pelo ex-deputado José Abrão, integrante do PSDB. O porta-voznão explicouos motivos da decisão. (AE)

48/01,altera ocaput doartigo 27 daConstituição (dispõe sobre arepresentação nas assembléias legislativas); terceira sessão de discussão da PEC nº 50/99,modifica o parágrafo 1º do art. 45 da Constituição federal, que dispõesobrea representação na Câmara dos Deputados; Mensagem nº 85/02, submete à deliberaçãodo Senado a escolha donomedeJosé Alfredo GraçaLimapara exercer o cargo de em baixador doBrasil junto à Comunidade Européia. Câmarados Deputados – ACPI doBanespa realiza nestaquinta-feira audiênciapúblicacom oatualdiretor de Finanças Públicas e Regimes Especiaisdo Banco Central do Brasil, Carlos Eduardo de Freitas.

Presidente durante solenidade de posse de ministros. Ao fundo, o deputado Aécio Neves e o senador Ramez Tebet.
Antônio

Cavallo preso, acusado de contrabando

Suspeito de vender armas para Croácia e Equador, o ex-ministro foi detido após prestar declaração por mais de uma hora

Oex-ministro daEconomia argentino, Domingo Cavallo,foipreso namanhãde ontem. Ele está confinado no quartel Buenos Aires da Gendarmería Nacional, um corpo policial de características militares que se encarrega da vigilânciadas fronteirasede repressão às manifestações.

A pós prestardepoimento pormaisde umahora,ojuiz federalJulioSperoni ordenou a prisão de Cavallo por considerá-lo envolvido no contrabando de armas para a Croáciae Equador,ocorrido duranteo primeiromandato do presidente Carlos Menem, entre 1991 e 1995.

TV – Na prisão, Cavallo poderá utilizar aparelhos eletrônicos, como computador, TVe DVD.Telefonescelula-

res, noentanto, foram proibidos.O banheirodaprisão será compartilhado com os outros detentos. Cavallo erao único integrante do gabinete do ex-presidenteCarlos Menem (1989-99) que havia assinado os decretos de envio das armas e que ainda não havia sidopreso. No ano passado, estiveram presos o próprioexpresidente CarlosMenem; o ex-ministro da Defesa Ermán González; oex-chefedo Exército general Martín Balza; e o ex-cunhado do ex-presidente, Emir Yoma. Todos eles já saíram da prisão. Acusação – Ao longo de

Contrabando qualificado como grave é inafiançável e pode levar a uma pena de 12 anos

um período de quatro anos, o governoargentino contrabandeouarmase munições do exército para a Croácia, na época emque estavasob embargo de armas aplicado pela Organização das Nações Unidas, ONU. Em 1995, o envio foiparao Equador,país que estava emguerra com oPerupela cordilheira do Condor. O agravante éque aArgentina era avalistado plano de paz entre osdois países, feito no Grupo do Rio.

Dos US$ 100 milhões conseguidos pelogoverno coma operação de contrabando, US$60milhões desapareceram misteriosamente. No to-

Egito restringe relações diplomáticas com Israel

(AE-ANSA)- Ogoverno egípcio suspendeu relações "políticas, culturais, econômicas e comerciais" comIsrael, no que constitui uma restrição diplomáticaem razão da escalada militar israelensenos territórios palestinos.

O Conselho de ministros decidiu "cortar todos os contatos com o governo israelense, com exceção dos canais diplomáticospara ajudar a causapalestina", anunciouo ministro deInformação egípcio, Safuat Al Sherif. Imediatamente, Washingtonpediuao Egitoquese mantenha em estreito contato com Israel. A Casa Branca querque "oEgito respeiteos compromissosdo tratadode paz com Israel".

Retificação

Ataque – Ontem, mais de 200 militantes e policiais palestinos continuavam refugiados em um dos santuários do cristianismo, aBasílica da Natividade, em Belém. Doze palestinos eum soldado israelenseforammortos ontem.Dirigentes das igrejas cristãs, entre os quais o patriarca latino, Michel Sabbah – representantedo catolicismo – tentaram ir de Jerusaléma Belémparamediar um acordo e foram barrados num controle.

O Exército expandiu sua açãona Cisjordânia,tomando na madrugadaa aldeia de Salfit e a cidade de Jenin. Nesta última, houveintensos confrontos. Três militantes, um enfermeiro e um garoto de 13 anos foram mortos.

tal, foram contrabandeadas 6.500 toneladas de armas. Ocrime de"grave"contrabando éinafiançável. Cavallo, se for condenado, pode ficar de 4 e 12 anos na prisão. No momento,o ex-ministro está em prisão preventiva. Instalado desdeontem na Gendarmería,Cavallo terá uma meia dúzia de camaradas deprisão. Ali estãoo exjuiz HernánBernasconi,envolvido em umescândalo de criação de provas falsas a meados dos anos 80, além do ex-secretário da Segurança Enrique Mathov,responsável pelomassacre ocorrido em dezembro passado, quando foram mortos cinco manifestantes que protestavam contra opresidente Fernando de la Rúa. (AE)

Amigos dizem que Mingo sofre com perseguição política

Os assessores de "Mingo" (diminutivo do primeiro nome de "Domingo" Cavallo), como échamadoporseus amigos, ou"Elmaldito pelado" ("O maldito careca"), comoé denominado pelos argentinos que sofreramas conseqüências desua política econômica, afirmam que ele sofre "perseguição política".

Seu advogado, Rafael O’Gormann afirmou que a prisão "é um disparate".Ricardo Monner Sans, advogado que iniciou as denúncias do contrabando de armas a meados dos anos 90, afirmou que com a prisão "reaparece a esperança" de esclarecer o caso.

O governo dopresidente Eduardo Duhalde fez uma breve comunicação: "Não faremos declarações", disse o porta-vozpresidencial, Eduardo Amadeo.Duhalde évelho amigo do ex-ministro. O senadorAntonio Cafiero, do Partido Justicialista (Peronista), afirmou que a prisão indica que "não há mais impunidade na Argentina". A deputada Elisa Carrió, líder do ArgentinosporumaRepública de Iguais (ARI), um dos principais partidos daoposição, disse que sentia uma "enorme alegria" pela prisão. (AE)

Vaticano desaprova as humilhações dos palestinos

Alarmado pela extensão dos conflitos ao santuário cristão deBelém, oVaticano ampliou sua ofensiva diplomática ontem, condenando o terrorismo eo tratamento imposto aos palestinos.

O Vaticano disse que seus funcionários se reuniram nos últimosdois diascomenviados de Israel edos EUAna SantaSé,ao ladode umrepresentante da Liga Árabe. SantaSé – O porta-vozdo Vaticano, Joaquín NavarroValls, disse que a posição da Santa Sé expressa nessas reuniões inclui uma "inequívoca condenação do terrorismo, venha de ondevier", e uma desaprovação das "condições de injustiça e humilhação impostas ao povo palestino", bem como as represálias que, segundo ele, "só aumentam o sentimento de frustração e rancor".

O Vaticano, disse NavarroValls, também apela para que todas aspartesrespeitem as resoluções da ONU (Organizaçãodas NaçõesUnidas),e (haja) proporcionalidadeno uso de meios legítimos de defesa e proteçãodos lugares santos de cristãos, muçulmanos e judeus.

Nareunião comorepresentante da Liga Árabe, o Vaticanoinsistiu sobreaneces-

sidade de se pôr um fimaos "atos indicriminados deterrorismo". Informouque o papaJoão Paulo IIacompanha de perto a situação. Perigo – Na segunda-feira, horas depois que os tanques entraram em Belém, o pontíficemanifestou sua"apreensão" sobreo "grandeperigo"

de confrontação na cidade. O comunicado de ontem fala sobre a "dramática situação" da cidade.

O embaixador dos EUA perante a Santa Sé, James Nicholson, durante areunião deontem noVaticano,recebeuumanota diplomática contendo uma mensagem

para o presidente dos EUA George W. Bush. Jornalistas italianos descreverama mensagemcomo um apelo pessoal do Papa reforçandoa necessidadedeos palestinose isralensesvoltarem às negociações. Nicholson não quis falar do conteúdo da mensagem. (AE)

Preço do petróleo volta a cair, apesar da crise no Oriente Médio

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda na New York MercantileExchange (Nymex), porém acima das mínimas, sustentados em parte pelas preocupações com relação à escaladada violência entre israelenses e palestinos. Pesa ainda aincerteza sobrese osEUA irão

atacar o Iraque. Os mercados futuros de gasolina lideram as perdas do complexode energia, pressionadospelo acentuado crescimento dosestoques dos EUA decombustívelna semanapassada, emmeioa fraca demanda.

Queda – Os contratos de gasolina para maiocaíram 214 pontos,para US$0,8484 o galão. Os estoques de petróleo cru também cresceram entre 6,1milhões debarris e 6,5 milhões de barris. A escaladada violênciano OrienteMédio evitou um maior declínio, gerado pelo crescimento acima das expectativas dos estoquesde petróleo e gasolina. Contudo,analistase traders disseram acreditar que o prêmio de guerra, de cerca de US$ 4a US$ 5o barril,é exagerado, pois umataque dos Estados Unidoscontra oIraque, de SadamHussein, não parece iminente e a tensão no Oriente Médioprovavelmente não terá um impacto direto sobreos fornecedores de petróleo. Os contratosdepetróleo para maio fecharam em US$ 27,56 obarril, comqueda de US$0,15.Amínima foi de US$ 27,20 e a máxima de US$ 27,68. (AE/Dow Jones)

Foto mostra protesto, na Antuérpia, contra ataques de tropas israelenses sob o comando de Ariel Sharon
Yves Herman/Reuters
Editais

Vale exporta acima do esperado

e bate recorde durante o mês de março

ACompanhia ValedoRio

Doce anunciou ontem que bateu em março seu recorde mensal de exportações de minériode ferroe pelotas.Esse anúnciosegue-se aumlucro recorde em2001 e auma demandaacimado esperado por ações damineradora em recente oferta pública.

No mês passado, a empresa vendeu ao mercado externo 10,6 milhões detoneladas, ante as 9,8 milhões de toneladasde marçode2001, oque superou expectativas.

"Projeções de embarques, efetuadas no final do ano passado, indicavam recuperação dademanda por minériode ferro somentea partirdo segundo semestre doano", in-

formouem umcomunicado a empresa, que exporta 87% de sua produção. No trimestre,asexportações da maior mineradora do mundo somaram 26,7 milhões de toneladas, com crescimento de 3,1% em relação a igual período de 2001.

A Vale está em plena negociação depreços eprevê para este ano a manutenção da cotação do minério deferro, contrariando estimativasde analistas que projetam queda de preçosentre 2%e 3%em 2002em razãodas medidas protecionistas adotadas pelos EUA epela UEcontra o aço, produto que utiliza o minério de ferro como matériaprima. (AE)

Petrobrás descobre novo poço de gás no Amazonas

A Petrobrásanunciouontem adescoberta demais um grande reservatório produtor de gás perto do que foi encontrado em 1999, a 200 quilômetrosdeManaus, no Estado do Amazonas.

O novo poço tem capacidade para produzir 370 mil metros cúbicos por dia de gás naturale200 barrispordia de condensado (gás líquido associado).

Acompanhia concluiuno dia 1º de abril um estudo que mostra que a capacidade do novo poço é semelhante à do primeiro, que apontou a existência de reservas do combustívelda ordemde seisbilhões de metroscúbicos,se-

gundo informaçãoenviada à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

R e s e r va s – As reservas de gás natural no Brasil são de cerca de 222,9 bilhões de metros cúbicos, conforme dados da própria Petrobrás.

A estatal petrolífera destacou a importância da nova descoberta por se tratar de umpoçolocalizado às margens de rodovias que ligam os municípios deSilves eItapiranga aManaus, oque facilitará os trabalhosde exploração da nova reserva. Além disso, a região é mercado potencialde gáslpara a geraçãodeenergiaelétrica e automotiva. (AE)

EUA cobram tarifas de até

300% do Brasil, diz Pratini

O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, contestou ontem os comentários de autoridades norte-americanas de que o Brasil pratica tarifas altas de importação. "É o contrário.A tarifa médiados produtos norte-americanos que entram no Brasil é de 14%,enquantoa tarifados principais produtos agrícolas brasileiros que entram nos Estados Unidos é de 45%". Pratinicitoucomo exemplo o suco de laranja brasileiro, sobreoqualincide uma tarifa de importação de US$ 400/tonelada, quase metadedo valor de comercialização,queé deUS$900/tonelada. Outros produtos têm tarifa ainda mais alta, como o tabaco, cuja a taxa é de 300%, segundo o ministro.

"Mas o problema não é o protecionismo,mas a busca pela eliminaçãodas distorçõesprovocadas pelossubsídios à exportação".Pratini mencionou o"targetprice" de 71 cents por libra-peso que o governo norte-americano asseguraaos seusprodutores de algodão, ante preços mundiais de 38 cents por libra-peso. Pratini tambémcitouos subsídios dos europeuspara o açúcar, deUS$ 780/tonelada, enquanto o açúcar brasileiro sai dosportos a US$ 180/tonelada.

O ministro criticou duramenteo relatóriodivulgado recentemente pelorepresentante deComércio dosEUA, Robert Zoellick,que sugere que o Brasil não respeita normas sanitárias. "Hoje, o Brasil

é opaís quemais respeitaessas normas", reagiu. Parao ministro,há abuso protecionista na utilização de normassanitárias pelosEUA e pela Europa.

Pratini afirmouque oBrasildefenderána OMCosinteresses da pecuária brasileira por causa desseabuso. Ele lembrouque asituaçãosanitária do rebanho brasileiro é hojemuito melhor que a do rebanho da Europa, recentemente atingido por epidemiasdefebre aftosaedomal da "vaca louca".

O ministro disseainda que é noagronegócio que será disputada a batalha comercial do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC),naAlca enocenário mundial.

Safra – A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deveatingirovolume de 99,111 milhões de toneladas em 2002, conforme a previsão daFundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ).

A projeção foi calculada no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiroe representaumaelevaçãode 0,57%frente àsafra recorde de 2001, que ficou em 98,553milhões de toneladas.

A previsão de janeiro era quea safraalcançaria97,545 milhões de toneladas. Os números estavam subestimados, pois não consideravam cultivos de inverno e nem a segundaea terceirasafrasde alguns produtos.(AE)

Sugestão: uma Opep para o aço

Para solucionar o conflito comercialemtornode importaçõese exportações de aço, o futuro diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Supachai Panitchpakdi, propôsontema redução mundial da produção."Éprecisocoordenar a produção de formaa diminuira capacidadeexcedente, assim comose fazcom odesarmamento mundial", disse o tailandês.

Panitchpakdi,que substituirá MikeMoore naorganizaçãointernacional em setembro, sugeriu a criação de um fundo para financiar os custos resultantes da redução mundial. Para ele,a produção excessivade aço éa principal causa do conflitocomercial entre os Estados Unidos, aUnião Européiaevários outros países.

Nomêspassado, aUEimpôssobretaxasàs importações de aço queultrapassassem certas cotas. Essa foi a reação européia à criação anterior de sobretaxas de até 30% por parte dos EUA às importações do produto.

Compensações – OBrasil poderápedir compensações à UE pelas salvaguardas im-

postas ao aço.

De acordo com dados da Eurostat (agência de estatística da UE), pode ser feita uma análise estatística das exportaçõesbrasileiras nossetores em que o Brasil foiafetado pelas restrições européias. Combase nessasinformações, ogoverno brasileiro, em conjunto com uma delegação dediplomatasdeGenebra, estudará nesta semana se o País pedirácompensaçõesà UE pelas sobretaxas criadas para 15 categorias de produtos siderúrgicos.

ca da Eurostat, o Brasil exportouaos paísesda UE,em aços finos para embalagens, umamédia de 67,773 milhões de euros e 119 mil toneladas nos últimos três anos.

Futuro diretor da OMC sugere a diminuição do excedente na oferta mundial da siderurgia

A UE estabeleceu uma cota para cada categoria de aço, calculadasobreos trêsúltimos anos(de1999a2001), majoradade 10%. Fora da cota, as importações sofrerão tarifas adicionais entre 14,9% e 26%.

As exportações brasileiras foram afetadas em duas categorias: aços finos para embalagens e barras e perfis de aço liga. Essas categorias sofrerão tarifas extrasde, respectivamente, 17,1% e 26%.

Segundo a análise estatísti-

Na relação de produtos de barras eperfis de aço liga, o Brasil exportou em média 7,243 milhões de euros e 16.700 toneladas, no mesmo período. Osnúmeros mostram pouca variação entre um ano e outro, revela a pesquisa. Ainda segundo oestudo,o Brasil é um forte exportador da categoria deaço finos para embalagem, representando cerca de 20% das importações comunitárias do setor.No segmento de barrase perfis,porém, asexportaçõesbrasileiras representam, em média, 6,33% das importações da UE. Osnúmerosfornecem a Brasíliaacondição deanalisara compatibilidadedas medidas européias com as regras do Acordo de Salvaguardas da Organização Mundial doComércio(OMC). Trocandoemmiúdos, pelasre-

gras da OMC, as salvaguardas sãolegítimassea UEprovar nas discussões bilaterais que houve "surto de importação emseumercado e, depois, dano sofridopor estemercado".

Segundo Bruxelas, alteração de importação e danos de mercado são tesesdifíceis de serem sustentadas pelos europeus.

O que deve ser analisado é queoregime decotasproposto pela UE impõe o esquemado"primeiro achegar, primeiro a servir" (first come, firstserved).Ouseja: oimportador comunitário concentra o poder de negócio nas mãos,dando preferênciaaos primeiros dalista eaos melhores preços, obviamente. No caso das categorias brasileiras atingidas, a União Européia anunciou uma cota de 308.697 toneladas/ano de aços finos paraembalagens e 99.823toneladas parabarras eperfisde açoliga.Aoultrapassar acota, o produto só entra no mercado europeu pagando o direito de alfândega imposto.

Cabea Brasíliaagoradecidir ounão pelo pedidode compensações. (AE)

China é prioridade, afirma Amaral

O ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, Sergio Amaral, definiu ontem a Chinacomo "ummercadoprioritário’’ para oBrasil, salientando que os dois países atravessam"um momentode aproximação sem precedentes nas suas histórias’’. "China e Brasil trilham caminhos parecidos e têm objetivos semelhantes quantoao seudesenvolvimento econômico e autonomia tecnológica’’, disse o ministro, durante seminário com empresáriosdos dois países em Xangai. "As coincidências e semelhanças entre osnossos paísesabremespaço para grandes parcerias’’, acrescentou. Em2001, as exportações brasileiras para a China somaramcerca de US$1,9 bilhão, ultrapassando pela pri-

meiravezas vendasdoBrasil para o Japão.

Para o ministro, a "cooperação estratégica’’ sino-brasileiraé "umcaso exemplar’’ entre os paísesem desenvolvimento e inclui um acordo pioneiro na área da exploração espacial.

O primeiro satélite sinobrasileiro, destinado ao estudo de recursos terrestres, está em órbitadesde 1999 eo segundodeveráser lançado ainda este ano.

Feira – Amaralencabeçaa maior missão empresarial organizada pelo Brasil no exterior.Entre oscerca de120 empresáriosbrasileiros que fazem parte da comitiva em Xangai, estãorepresentantes da Embraer, Companhia Valedo Rio Doce,Varig,Embraco,Petrobrase Bancodo Brasil.

Oministroeos empresáriostambém estão participando da 1ªFeira Comercial Brasil-China, que foi inaugurada esta semana em Xangai. Afeira, queaconteceaté amanhã, é a mais importante exposiçãode produtosbrasileiros naChinae amaior missão Carros elétricos – A China planeja investir o equivalente aUS$106 milhõesemprojetos para desenvolver veículos elétricos, como partede uma campanha para reduzir a poluição. Nos próximos anos, empresaschinesasdosetor deverão receber financiamento do governopara desenvolver carros que usem a eletricidade como fonte de energia, em detrimento dos combustíveis fósseis, como os derivados de petróleo, que poluem o ar.

"O desenvolvimento de veículos elétricos éum esforço significativopara economizar petróleo, diminuir a poluição do ar eajudar a indústria automotivadoméstica", disse um funcionário do ministério chinêsda Ciência e tecnologia, Li Jian. Os carros são uma das maiores fontes depoluição do ar nas grandes cidades chinesas. Osveículos elétricos tambémpodemdiminuir a dependência do paísdas importações de petróleo, que ocupa um lugar de destaque entre as compras do país desde uma explosão da demanda em 1993, devido à aceleração do desenvolvimento chinês. Segundo Li, os veículos elétricos devem ser utilizados para transporte público já nasOlimpíadas de2008,que acontecerão no país. (AE)

Boa oportunidade para investir, com a suspensão da cobrança da CPMF

Para quem vive reclamando que paga muito imposto na hora de comprar ou de investir,aquiestáuma chance de fazer as duas coisas pagando um pouquinho menos.

A cobrança da CPMF termina por lei nodia 17 de junho. A questão é que sua prorrogação aindanãofoi votadapelo Congressoepor isso, a partir dessa data, o brasileirovai viver umperíodo sem aincidênciadesseimposto. Isso porque, depois de aprovada noCongresso,a Contribuiçãosó podeentrar emvigor novamentedepois de 90 dias.Portanto, quanto mais atrasar a votação, maior o período sem CPMF.

Supondo que a briga entre o PFL e o PSDB se estenda e a CPMF só seja promulgada no dia27 deabril, porexemplo. Isto significa que ela só poderá voltar a ser cobrada a partir de27 dejulho.Ou seja,entre 17 de junho e27 de julho o brasileiro que emitisseum cheque, fizesse uma aplicação ouuma compranão sofreria a cobrança do imposto. Seriam40 diassem a CPMF. É esta janela de oportunidadeque todo mundo poderá aproveitar.

Pode parecer pouco, mas ajuda na passagem de ônibus ou na gasolina. Aqueles que fizerem um investimento no período de suspensão da CPMF também vão ter vantagem.

"Quem aproveitaressajanela de oportunidade para investir vaiter umganho extra de 0,38%,diz o consultor Miguel Ribeiro de Oliveira, da AssociaçãoNacional dos Executivos de Finanças.

Tome-se umaaplicação em renda fixa que rende 1,2% ao mês.Quem depositaseus recursos nesteinvestimento, atualmente, sofre a incidência dos0,38% daCPMF. "Na ponta dolápis esterendimento de 1,2% são na verdade 0,82% líquidos, já descontados os 0,38% da CPMF", calcula Oliveira.

"Quandoa CPMF estiver suspensa,o investidordeixa de perder os 0,38%",dizo consultor.

Enquanto a CPMF estiver suspensa, o investidor deixará de perder os atuais 0,38% cobrados

Quem está pensando em adquirir uma casa de R$ 50mil, por exemplo, vaieconomizar R$ 190,00 se fizera compra duranteoperíodoem quea CPMF estiver suspensa.

Uma pessoa que pretende comprarum Golzeroquilômetro, modelo MI,ao preço deR$ 24.700,00 economiza R$ 93,86seesperarpara adquirir o veículo na épocade suspensão da CPMF.

Com os R$190,00 economizados na aquisição da casa dá para fazeruma boacompra no supermercado.

Ecom osR$93,86 deeconomia na aquisição do carro novo é possível comprar uma calça ou uma camisa de boa qualidade.

Quem tem o salário mensal depositado na conta sempre quefazum saqueédebitado em0,38%, ovalor daCPMF. Quemrecebe,por exemplo, R$ 4 mil e gasta todo o dinheiro paga umaContribuição total de R$ 15,20. Para um salário de R$ 1.000,00 odesconto da CPMF equivale a R$ 3,80.

Ele lembra que muita gente que está interessada em mudarseus recursosdeaplicação,em buscade um melhorrendimento, também terá uma boachance enquanto a Contribuição estiver suspensa.

"Muitos investidoresnão trocamdeinvestimento porque não querem que a CPMF incida sobre esse dinheiroe reduza orendimento", lembra o consultor.

Agora será dadaa chance para que todo mundo repense seu portfólio (se for o caso) sem perder com a incidência da CPMF.

O governo é que não está gostandonada dessademora para aprorrogação do imposto. Calcula-seque sem a CPMF oscofres do Tesouro perdemcerca deR$ 400milhões por semana.

Por isso o governo já começou a se mexer para tentar colocar a Contribuição em vigorassim queela foraprovada, dispensando os 90 dias de quarentena. Por enquanto, não houve êxito.Mas se Brasília conseguir, nenhuma das vantagens explicadas acima terá validade. Portanto, a votação da CPMF deve ser acompanhadacom bastante atenção.

João Sorima Neto, do site OnNews

Rumo das seguradoras é buscar a especialização

Asseguradoras devem continuar se especializando, procurando nichos demercado em 2002. "Neste processo de acomodação do mercado podem ocorrer mais fusões e aquisições", previu ontem o presidente-executivo da seguradora Icatu Hartford, Nilton Molina. Segundo ele, a expectativa é de que o faturamento da empresa cresça este ano em torno de 30% sobre odo ano passado, quefoidepouco mais de R$ 1 bilhão.(AE)

Alta do petróleo pode frear queda mais forte do juro

Analistas acreditam que o impacto da alta dos preços do petróleosobre aeconomia brasileira vai depender do tempo que ela durar.

Sea elevaçãoacentuada dos preços,causada principalmente pelo agravamento da situação noOriente Médio for apenas de curto prazo, como a maioriados especialistas aposta,os efeitosserão limitados, provavelmente comoComitêde Política Monetária, Copom, mantendo uma postura cautelosa na redução dos juros neste mês e deixando paradepoisuma estratégia mais ousada.

Se, no entanto, os preços do petróleo se mantiverem elevados no longo prazo, os efeitosnegativosserão mais sérios,inclusive afetandoorit-

mo de recuperação da economia mundial.

Transparência– O analista do banco de investimentos DresdnerKleinworth Wasserstein (DKW), Nuno Câmara, disseque opresidente do BC, Armínio Fraga, ao admitir terça-feira que a alta dos preços poderá reduzir o espaço de manobra do Copom, deu umsinaldetransparência para o mercado. "O BC temadotado um uma postura de transparênciaem relaçãoàs suasdecisões para evitar surpresas", disse Câmara. "Como o mercado ficou desapontando com ocorte inferior ao previsto no anopassado, ele podeestar dandoum sinalpara evitarumanova frustração de expectativas."

Corte menor – Com as declarações de Fraga o mercado passoua preverumaposição cautelosa na próxima reunião do Copom, o que poderá resultar num pequeno corte da Selic ou sua manutenção. "Oimportante éverquea tendência de queda dos juros no médioe longoprazo continuainalterada", disseCâmara. "O mesmo ocorre com ainflação,que poderáserligeiramenteafetada por esse repique do petróleo, mas que nolongo prazo indica uma tendência de queda."

Câmara dizque oimpacto do petróleo nabalança comercial tambémserá pequeno.Cálculos mostramque, paracada alta deUS$1 no preço,o déficitda contacorrente sobe 0,03%. "Nadade

muito significante."

Impacto – O analista do banco francês Natexis Banques Populaires,Charles Valentin, também acredita que o impacto da alta do petróleo no Brasil ainda é limitado, apenas retardandouma queda mais acelerada dos juros apenasnocurtoprazo. "A economia brasileira apresenta sinais muitopositivos, os fundamentosnão serãoalterados", disse.

Segundo ele, a alta do petróleonão estásendoprovocadaporfatores estruturais do mercado."Umaaltasustentável dos preços do petróleo teria efeitosnegativos para a recuperação dos Estados Unidos e na Europa, mas ainda émuito cedo parase tirar conclusões." (AE)

Projeções refletem pessimismo e sobem

Acabou o sangue frio que o mercadodejuros mantinha desde segunda-feira, mesmo com a alta do preço do petróleo no mercado internacional. A Petrobrás reforçou ontem o pessimismodo mercado, ao anunciar que reajustaráo preço dagasolinaem 10,08% já neste sábado. As projeções dejuros subiram na Bolsa de Mercadorias e Futuros,BM&F,nos con-

Dólar interrompe queda e fecha acima de R$ 2,30

A confirmaçãopelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, das suspeitasde operadores de queo US$ 1,07 bilhão da vendano Exterior de ações da Vale do Rio Doce entraram no País via mercado, fez odólarinterromper o movimento de queda verificado nos últimos dias.

O câmbio comercialfechou na cotaçãomáxima de R$ 2,3110, em alta de 0,52%.

A liquidaçãofinanceira da oferta da Vale ocorreu na quarta-feira.A entradavia mercado ocorreu apesarde o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho, ter informado em 21 de março que os recursosiriam ingressar diretamente nasreservas do Tesouro Nacional.

Desde aqueladata atéontem o dólar no segmento comercial recduou 1,92% por causa, principalmente, do fluxo de ingresso positivo.

Apóso encerramento dos negócios,o Tesouro anunciouquevai fazer hojenova operação conjugada a fim de tentarcomplementar arolagem decerca de R$4,454 bilhões em papéis cambiais.

Na oferta de ontem de 600 mil LFT com vencimento em 21/1/2004, o Tesouro vendeu apenas 284.250títulos (47,35%)à cotaçãoúnicade 99,3706,equivalentea deságio de 0,35% ao ano.

NaBolsa deMercadoriase Futuros, à exceção do contrato deoutubro,todososdemais futuros indicaram altas de preços. (AE)

tratos de prazos mais longos. O juro projetado pelo contrato de Depósito Interfinanceiro,quevenceem abril de 2003,porexemplo, fechou em 18,45% ao ano, mas já registrava 18,56% às17h44 no eletrônico.

Chance – Masos números mostradosna BM&F–especialmenteo juroprojetado pelo DIde maio,cujo vencimento éomaispróximo da

reunião doComitê dePolítica Monetária, Copom, nos dias 16 e 17 de abril - ainda indicam possibilidade de queda na Selic. O juro deste contratofuturo fechou hojeem 18,37%,uma ligeiríssima queda - praticamente estabilidade - frente aos 18,40% do fechamento de ontem.

Saiajusta – Segundo um profissional domercado, como os preços administrados,

somados à inércia inflacionária, respondem porcerca de 50% da inflação a grosso modo, sobram os outros 50% dos preços livres a serem toureados pela política monetária,que precisacontera demanda a todo custo. "É uma saiajusta", comentou a fonte. "Qual oespaço para crescimento da economia comisso?",questionam outros. (AE)

Louis Vuitton explora peças limitadas

A grife vendeu no Brasil duas nécessaires Sharon Stone que custam US$ 10 mil e agora entra no segmento de jóias exclusivas

Produtos sofisticados, de qualidade, fabricados em edição limitada,dão àgrife

Louis Vuittono glamournecessário para manter 295 lojasprópriasem mais de120 países do mundo. No Brasil, a marca conta com duas lojas em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília.

Peças especiais, fabricadas em edições muito limitadas, como a nécessaire desenhada pela atriz norte-americana

Sharon Stone, apenas são encontradas na Global Store que fica em São Paulo, na rua Haddock Lobo.

Esses produtos são disputados por colecionadores e clientesfiéisà marca.Duas nécessairesSharonStone já foramvendidas noBrasil. Umadelas foiadquiridapor uma senadora doNordeste e outra por uma cliente de São Paulo. Opreço dapeça? US$ 10 mil.

As26lojasGlobal Stores

Louis Vuitton existentes no mundoreceberam apenas

uma peça cada. A nécessaire é revestida de pelede cabra, com costuras e debruns feitos manualmente.

Didivida em três compartimentos,há três pequenas bolsas que podem ser retiradas eusadas como bolsa de mão.Devidoà procurapela peça, a filial brasileira conseguiu trazer mais uma das bolsas do Exterior.

Vuitton – Agrife francesa, quecomeçou fazendo malas de viagem para reis e rainhas, está revitalizando sua ima-

gemcom roupasprêt-à-porter e também com odesenvolvimento de jóias.

A primeirapeça,lançada emnovembro doanopassado, uma pulseira de R$ 67 mil desenvolvida em comemoração aos anos 30, é alvo de disputa entre socialites e artistas brasileiras. A loja de São Paulojávendeuquatro destas pulseiras e esperareceber mais uma unidade, que será disputada por cinco das mais assíduas clientes.

De acordo com a gerente da

LV paulista, Martina Bugs, essesclientes nãoestãopreocupadoscom preçoe simem possuir umapeça exclusiva da marcaLouisVuitton. "Nunca me preocupocom o quanto vai custar uma peça. Sempre tem comprador", afirma Martina.

Elaconta queacaba deencomendar um casaco de Paris que vai custar R$31 mil e já temuma compradoraesperando no Brasil. Detalhe: a cliente nem chegou a ver a peça. A explicação para a demanda pelos produtos da marca estáno glamoure statusqueoprodutotraz para quem o compra.

Louis Vuitton começou a fabricarmalas deviagemem 1854,atése tornaromaleiro oficial da família Médic. Suas malas ebolsas percorrerama Europanas mãosde reis,foram adotadasposteriormente por Coco Chanel e hoje são cobiçadas por emergentes.

Rede Cem quer abrir mais 12 lojas

O grupo varejista Lojas Cem, fundado em Salto, municípioa 100quilômetrosda capital paulista, inaugurou 12 novasunidades noano passado, seis delas no interior do Rio, duas na grandeSão Paulo, uma no litoral paulista e três no Paraná.

Agora, a empresa soma 120 lojas no Paíse pretende chegar a 132 no fim deste ano, segundo o supervisor-geral Valdemir Colleone.

A rede vendemóveis e eletrodomésticos e suas atividades estão concentradas principalmenteno EstadodeSão Paulo. O planoé fortalecer

suapresençaainda maisno Rio, Minas Gerais e Paraná. A expansão no ano passado garantiu àcompanhia aumentoda receita de vendas, que passou de R$ 566,6 milhões para R$ 625 milhões, de acordo com balanço patrimonial divulgado recentemente. O lucro, porém, não acompanhou ocrescimento. O resultado líquido caiu de R$ 31,27 milhões em 2000 para R$ 29,2milhões no ano passado.

Inadimplência – Segundo Colleone, o ano foi difícil para arede por todosos fatores que inibiram o consumo em

Oi e TIM geram maior concorrência na telefonia

Novos concorrentesna telefonia celular devem ampliara brigaporclientes. Sea situaçãodas operadorasde banda B já não é o melhor dos mundos,faltaotimismo em relação ao futuro.

Duasnovas empresas devem entrarnomercado nos próximos meses – TIM e Oi –, aumentando aindamaisa disputa já acirrada pelo cliente. "Historicamente, o segundo player tendea sofrer mais com achegada de umnovo competidor", explica aanalista de telecomunicações do ABNAmro, MirelaRappaport. "Vamoscrescerassim como os concorrentes com base nas classes C, D e E, que ainda não têm telefone", comenta o presidenteda TelecomAmericas, Carlos Henrique Moreira, reconhecendoque o crescimento deve ser baseado no sistema pré-pago. (AE)

Copa – Trabalhador chinês demonstra como era feita a fabricaçãode troféusfalsificados da Copa do Mundo em uma fábrica,depois de uma batida policial na regiãosul

de Shenzen.A brigada de controle de qualidade apreendeu60 troféus com a inscrição "Copa do Mundo – Fifa" e "Lembrança da Copa do Mundo de 2002". (Reuters)

2001:racionamento, altade juros, falta de reajuste de salários etc."Essesproblemas tiveram reflexo na inadimplência, que registroualta ao longodoano.AsLojas Cem trabalham com uma média histórica de 3% de inadimplência eesse índicesaltou para3,5% noanopassado", comenta o executivo.

Nova sede – As dificuldades, porém,não arrefeceram os planos da empresa. O projeto demudança dodepósito central,em Salto,foimantido. O grupovai se transferir para uma nova área de 80 mil metros quadrados, o dobro

Dívidas despontam em empresas de telefone da banda B

Alto endividamentoem dólar, fluxos decaixa aquém doesperado queimpedem um maior crescimento da base de assinantes perfazem os principaisproblemas das operadoras celulares, especialmente asde bandaB, que estão tirando o sono de fornecedores de equipamentos e bancos financiadores.

Cresce no mercado a percepçãode queasrenegociaçõesdedívidas tendemaaumentar entre operadoras. Essa percepçãoaumentou com a notícia recente de que a BCP, maior companhia da banda B do País, suspendeu o pagamento das dívidas enquanto busca renegociação com credores.

Ontem foia vez dea Telecom Americas, controladora daATL,Tess, AmericeleTelet, ser alvode rumores de que estaria adiandopagamentos. O fato foi negado pelo presidente do grupo no País, CarlosHenrique Moreira. "O momento é de liquidezapertada. Emrazãodos movimentos de caixa, as operadoras pedemprazos maiores", afirma o diretor de marketing corporativo da Lucent, Virgílio Martins. (AE)

Sharon Stone desenhou nécessaire para a grife

A atrizSharon Stonesempregostou dedesenhar modelos.Quando adolescente, folheava revistas de moda para que sua mãe pudesse reproduzir os vestidos. Foi essa aptidão que a ajudou a desenvolver a nécessaire fabricada pela Louis Vuitton. Para a fabricação deste produtoa griffelevouquatro anosdetrabalho conjunto com a atriz até chegar a uma versão final do produto. Filha de pai metalúrgico e mãe contadora,a atriz SharonStonenunca esqueceu das dificuldades financeiras enfrentadas na infância e sempre dedicou parte de seus

cachês para ações de caridade no mundo.

Ca rida de – Por isso, uma parte da renda adquirida com a nécessaire será revertida para aFundação Americanade Pesquisa para a Aids. A organização filantrópica é dedicada ao suporte de pesquisa e prevençãoda doençaemtodo o mundo.

Sharon eramodelo da agência Ford Models, quando foi descoberta pelo diretor decinema WoodyAllen,no final da décadade 70. Desde entãopassoua atuar em diversos filmes atéalcançar o estrelato no filme em Instinto Selvagem (1992). (TN)

dotamanho do depósito atual. "Vamostrabalhar com um conceitodiferente dearmazenamento, com aproveitamento do espaço aéreo paraempilhar osprodutos,diferente da operação atual", descreve Colleone.

O grupo confia em novas quedasdas taxasdejuros ao longodo anoejá repassoua confiançaparao crediário. Depois deo governoreduzir em0,5pontoporcentual a Selic, as Lojas Cem baixaram de 5,9% ao mêspara 4,4% o juro cobradonas vendasfeitasemdezesseis prestações mensais. (AE)

Internet recebe 900 novos vírus a cada mês e causa prejuízos

Mensalmente, cerca de 900 novos vírus são lançados na Internet e causam prejuízos acimadafaixa dosUS$2bilhões em todo o mundo. Os dados sãodo especialistaem segurança digital e assessor do Ministério da Defesa de Espanha para segurançade redes, Carlos Jiménez.

Em passagem pelo Brasil, o especialista traçou um perfil dos "criadores" de vírus: são estudantes do sexo masculino,nafaixaetária de15a30 anos, e atuam em grupos.

De acordo com Jiménez, hoje, cercade 50mil espécies de vírus habitam a rede, a maior parte produzidaem 1999 e 2000. "O maior número de ataquesocorreu nesses anosporque houvemuita publicidade sobre os seus criadores", disse. Aatenção dispensada,segundoo especialista,alertou os "micreiros" à possibilidade deencontrarum bomemprego em empresas do ramo. "Virou um prêmio porque elesacabaram reconhecidos pelo trabalho queexecutavam", destacou.

Os prêmios, entretanto, custaram caro às empresas norte-americanasno ano

passado. Segundo pesquisa do Computer Security Institute(CSI),elaborada em conjunto com o FBI, 37% das 538 empresas entrevistadas calcularam perdasglobais de US$ 42,288 milhões em decorrênciade ataques por vírus. Somando-se os demais crimes de Internet, os prejuízos chegaramaumtotalde

US$ 369 milhões. No mesmo período, as empresas brasileiras perderam, deacordocom oMinistério Público doRiodeJaneiro, R$ 7,5 milhões por conta de crimes cometidosatravés da rede mundial de computadores, a Internet. (AE)

Regra para registros na web não altera volume

O número diário de registrosdenomes de domínios na Internet nãoseráafetado pela novaregra paraendereços eletrônicos, que entra em vigor às12horas dehoje.A avaliação é doRegistro.br, órgão responsávelpela atividade de registrode nomes de domínio no Brasil. De acordo coma entidade, desdemarço de 2000 o número diário de registros mantém-se constanteem 600. Até a manhã de ontem, o Registro.br computava 425.095 domínios registrados,dosquais390.552 com terminação com.br. Aprovada pelo Comitê Gestor daInternet noBrasil,

órgãovinculado aoMinistério da Ciênciae Tecnologia (MCT), anovaregra prevê que uma entidade poderá registrar quantos nomes quiser sobum mesmodomínio de primeironível (DPN),istoé, com a mesma terminação. Atéentão,a legislaçãorestringia adez onúmero deregistros por entidade. Pela nova regra, uma entidade poderá ainda registrar homônimos sob diferentes terminações,desdeque não se tratemde domíniosgenéricos,como com.breind.br. Dessaforma, umaentidade poderá ter quantos endereços quisercomasterminações com.br ou ind.br. (AE)

Tsuli Narimatsu
Nécessaire criada pela atriz Sharon Stone possui compartimentos internos
Atriz foi descoberta pelo diretor Woody Allen no final da década de 70

Donadelli vai fabricar marca italiana

A empresa, que vende menos de 10% da sua produção fora do País, tem planos de aumentar as exportações para 50% até 2003

A Donadelli, marca paulistade calçadose acessóriosde couro, pretende ter 50% da suaprodução exportadaaté 2003. Agrife quer ampliar seusnegóciosem20% neste ano, meta que deve ser alcançada com o aumento das vendassobretudonosetor de acessórios.

Os planospara omercado internacional serão reforçados ainda pela parceria fechada com a empresa italiana de calçados Ciro Schiamo para a

produçãode ummodeloespecífico de mocassim. A idéia éexportaro modeloparaa Europa com amarca italiana

e vender o produto no País com agrife Donadelli.Hoje, menosde10%da produção da grife é exportada. Lojas – Além dos projetos parao mercadoexterno,a empresadeveabrir suaprimeira loja própria até dezembro,emSãoPaulo. "Pretendemos aumentar a nossa participaçãode mercadocrescendoaté 35% no anoque vem", afirma o diretor de produtose vendasdaDonadelli, Jorgito Donadelli.

TAM reduz preço de tarifa da ponte aérea para R$

A entradada Golna ponte aérea Rio-São Paulo já está dando frutospara oconsumidor,mas deixa analistas preocupados com a possibilidade de uma nova guerra de tarifas.A partirde amanhã,a TAM reduz deR$ 279 para R$ 120 o trecho Congonhas/Santos Dumont.

AGol, naterceirasemana de operações entre os dois aeroportos, cobra R$ 128 pela passagem.O descontoda TAMseráconcedidoem todos os vôos, mas o número de assentos será limitado em horários de maior procura, quando os preçosdas passagens irão variar entre R$ 120, R$ 158, R$ 202 e R$ 279.

A companhia oferecerá mais lugares nos horários de

menor procura, como no vôo das 6h30e entre 10hda manhã e 5h da tarde.

Na segunda semana de operação na ponte aérea, a Gol elevou de 33% para 40% a ocupação de suas aeronaves.Paraesta terceirasemana, a empresa espera atingir 45% da ocupação, número próximo à meta de 50%. Risco – Analistas do setor aéreo chamam a atenção para o risco das empresas voltarem a praticar uma guerra de tarifasem um momento em que precisamaumentar areceita para sobreviver.

"Para o balanço não é bom, reduz a receita, mas a Gol deve estar roubando passageiros da TAM e a receita iria cair do mesmo jeito",avaliou o

Fairchild não descarta chance de sobrevivência

Após pedir concordata, a fabricantealemã dejatos FairchildDornier informou que vairealizar demissões nosEstados Unidos,mas afirmou quevários investidores estão interessados em salvar a empresa.

Ofuturo dos3.600funcionáriosalemães da Fairchild Dornier não foi mencionado, mas nosEUA, cerca de 300 empregos serão cortados. A FairchildDornier, que produz jatose peçasparatodos os aviõesda Airbus, anunciou que no momento a prioridadeé manterasoperações em andamento.

A fabricante brasileira Embraer, segunda do mercado mundial de aviõesde pequeno porte, évista pelo mercado como uma compradora em potencial. A empresa, porém, se recusa a comentar sobre essa possibilidade.

A Bombardierdo Canadá, líder mundial em jatos regionais,disseque nãoestáinteressadaemadquirira Fairchild.A Boeingnãoquisse pronunciar sobre o tema. Interessados – Fontesempresariais disseram que há vários interessados emfazer uma oferta pela Fairchild Dornier, apesardo fracasso das negociações da principal acionista daempresa nos EUA, a financeira Clayton, Dubilier& Rice."Éinconcebível que ninguém queira comprar por preço algum", disse uma fonte.

A Fairchild Dornier precisa encontrar umsócio afim de convencer seus credores, os bancos HVB Group , Bayerische Landesbank e Kreditanstaltfuer Wiederaufbau [KFW.UL], arefinanciar sua dívida deUS$800milhões, disseram as fontes. (Reuters)

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especialista daFama Investimentos, Maurício Levy.

Em 1998, uma guerra de tarifas no setor contribuiu para a decadência financeira das principais companhias aéreas brasileiras,agravada no ano seguinte pela desvalorização cambial.

Varig – A Varig deverá aderir à redução de preços a qualquer momento. "Agora que a TAM baixou,a Varig vai ter que reduzir também", disse Levy.A Varig,uma dasmais problemáticas empresas aéreas brasileiras, com dívida de US$ 900 milhões, informou que vai manter a tarifa cobrada em R$ 278, com promoções nofinaldesemana, quando o preço cai para R$ 186. (Reuters)

Conflitos ajudam Brasil a exportar mais frango

Os conflitos na regio do Oriente Médio poderão favorecer asexportações brasileiras de frango para a região, segundoo diretor da Associação BrasileiradeComércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro.

Ospaíses daárea,especialmente a Arábia Saudita, são o principal destino das vendas dos exportadores deaves do País. Das 98 mil toneladas de frango exportadasem janeiro, 34 mil toneladas(34%), foramdestinadas aoOriente Médio.

A avaliação de Augusto de Castro éde que os Estados Unidos, concorrente dos produtos brasileiros,terá suas exportações prejudicadas, inclusive no Oriente Médio, por um"sentimento anti-americano" deflagrado pelos conflitos entre os dois países. (AE)

A grife exporta seus produtos, voltados para o público A e B, para países como os Estados Unidos, Holanda, Dinamarca, Canadá, Rússia, Chile, Oriente Médio e Alemanha. Por hora, estão sendo fechados acordos de venda para Portugal e Inglaterra, entre outros novos mercados naEuropa. "Não pensávamos em exportar muito, sobretudo depois dos atentados de11desetembrono ano passado. Hoje as expectativas

são as melhorespossíveis para o segmento", diz Jorgito. O projeto das lojas de marca própria deveráser consolidado até 2003, inclusive com aabertura defranquias. Os sapatos da Donadelli têm preços variando entre R$ 130 e R$ 290 o par. Início – A empresa foi criada há40 anos,na cidade de Franca, interior de São Paulo. Adiversificação dosprodutosteveiníciohá três anos, quandocomeçaram aserfa-

bricados cintos com a marca. A linha tem ainda pastas, carteiras, relógios epeças em vestuário de couro como calças, jaquetas e casacos. "Queremos criar o conceito da Donadelli como marca completa, com todasas opções de artigos para os nossos consumidores",diz Jorgito.Todos os anos, a empresa investe US$100mil nodesenvolvimento de novos modelos.

Embraer forma consórcio para Mirage com empresas francesas

A Embraer divulgouontem a assinaturade um acordo para combinaresforços e recursos noscampos estratégico, técnico, industrial, logísticoe comercial,comas indústrias aeroespaciais francesas Dassault Aviation, Snecma Moteurse Thales Airborne Systems.

A parceria será chamada oficialmente de"Consórcio Mirage 2000 BR" e, de acordo com a Embraer, vai representaumforte concorrenteao Programa F-X BR, da Força Aérea Brasileira.

Para atender plenamente aosrequisitos brasileiros,as companhiasque integramo consórcioestudarame propuseram adequações à aeronave Mirage2000-5 Mk2,da Dassault, desenvolvendo assim uma nova versão deste avião,denominada "Mirage 2000 BR".

Operação – Acoordenação das atividades das empresas parceirasdo "Consórcio Mirage 2000 BR" estará a cargo da Embraer,que exercerá o papelde líderdo processo. "Os parceiros estarão promo-

vendo e oferecendo o Mirage 2000BRna América Latina, soba liderança da Embraer, bem como considerando, conjuntamente,toda equalquer oportunidade que venhaa surgiremtodo omundo", diz o aviso. Asatividades de análise, desenvolvimento eensaios para o Mirage2000 BR serão conduzidas em conjunto, em instalações da Embraerno Brasil ou de seus parceiros na França. Uma linha de montagem final do modelo está sendo instalada no Brasil. (AE)

Ernst– FangAiLian,sócia gerente da Ernst & Young celebra com o sócio gerente da Andersen, Steven Lin, a fusão

dasduasunidades dasempresasem Cingapura. Onome escolhidopelas corporações, que decidiram unificar

suas atividadesno país,será Ernst & Young. Os dois selarama uniãocom umbrinde após a decisão. (Reuters)

GM faz recall nos Estados Unidos

A montadora General Motors estáconvocando os donos de 1,9 milhão de carros nos Estados Unidos, devido a um problema com a chave de ignição. O defeitopode provocar fogo nabarra dedireção dos automóveis.

O recall envolve os modelos de carros Chevrolet Cavalier e Pontiac Sunfire, fabricadosentre 1995 e 1997, e Buick Skylark, Pontiac GrandAm eOldsmobile Achieva, produzidos entre os anos de 1996 e 1997.

Segundoa montadora,nenhum caso deincêndio provocado pelo defeito ocorreu enquanto o veículo estava em movimento,mas incidentes foram registrados quando os motoristas tentaram dar partida nos carros. (Reuters)

Isabela Barros

Venda de combustível cai 4% em SP

Para presidente de sindicato do setor, a redução dos negócios no estado de São Paulo em março é normal, em razão das férias

Os postos de combustíveis do estado de São Paulo amargaramem marçoumaqueda de 4% nas vendas, em relação a março de 2001. Os números são do Sindicatodo Comércio Varejista de Derivados de Petróleodo Estado deSão Paulo,Sincopetro, que representa 8,3 mil postos no Estado e 2,1 mil na capital.

Segundo o presidente do Sindicato, José Alberto Gouveia, aindaécedoparafalar em expectativas. "O ano para osetor começa em março, com o finaldas férias deverão", explica. "A capital é mais

afetada, chegando a registrar nos dois primeirosmeses do ano retração de vendas de 30% em relação aos meses seguintes".

Gouveia teme novos aumentos nos preços dos combustíveis,o queacabará diminuindo aindamais oconsumo, segundoele. "Osproprietários de carros antigos já nãocirculam mais com os veículos durante os dias úteis e mesmoo passeioà casa da sogra nos finais de semana está sendo suprimido".

Gouveialembra queainadimplênciado chequenose-

tor teve umaforteredução. Isso porque, alémde consultar os chequesrecebidos, os postosestãocadastrando os clientes que costumam usar o pagamento.

Falência – O presidente do Sincopetro dizqueespecialmente noInterior muitos postos de gasolinacontinuam fechando as portas. "Hojeocusto deoperaçãoé muito alto, e as margens de comercialização são baixas".

O empresário lembra que postos que comercializam cercade100 millitrosde combustível por mês acabam

tendo baixa lucratividade. "O terreno vale maisque um fundo de comércio; o aluguel é alto, as vendas, baixase os lucros, pequenos (entre R$ 0,18 e R$ 0,20 por litro)", diz. "Isso inviabiliza o negócio". O nível de emprego do segmento,porém, permanece estável, com redução expressiva da rotatividade. "Com o aumento do desemprego, o frentista já não deixa mais o emprego.Osalário-base da categoria está emR$ 509,00, mas, acrescidos os benefícios, comovale refeição,cestabásicaeac aixinha, ovalorse

aproximados R$1.100,00", diz Gouveia. Aumento – O novo ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse hoje, apóstomar possenoPalácio doPlanalto,queo governo nãopensa emmudar osistema de reajustes de combustíveisem funçãodoaumento dospreços dopetróleo no mercado internacional. O ministroafirmou que está tranquilo em relaçãoao segmento, e disse que sua prioridade nosprimeirosdiasé com o setor elétrico.

Gomide lembrou que a dis-

Imóveis: capitalização começa dia 15

ACaixaEconômica Federal vailançar,atéo dia15,o TítulodeCapitalização para acompra dacasa própria.O plano atendequem pretende comprar o imóvel, mas não tem pressa em se mudar. As prestações ficarão entre R$50 e R$ 1 mil, corrigidas anualmente pelo índice de inflação IGP-M (que atualmente está em 9,92% ao ano).

Oprazode pagamentoserá de 36 a 120 meses.

Quem optar peloprazo de 36 meses vai receber 101% do que aplicou, já deduzidasas taxas. Se forem pagas 36 prestações de R$ 1 mil, por exem-

plo,o resgateserá de R$ 36.360. Para o investidor quepagarem 120 meses, a correção será de 112%. Quempagar 120parcelasde R$ 400 vai receber R$ 53.760. Para quemnão forsorteado, o resgate do valor aplicado só será feito no fim do plano. Em caso de desistência, o investidor resgataapenaspartedo que aplicou.

Segundoo diretor de DesenvolvimentoUrbano da Caixa, Aser Cortines, a vantageméque, quandorecebera carta de crédito, o investidor pode escolher o que fazer com o dinheiro. "O valor po-

derá ser utilizado para a compra de unidadesnovas, usadas ou na planta, como entrada em um novo imóvel ou para a reforma da moradia, além da compra do terreno".

Adona-de-casa Patrícia

Rocha, 26 anos, paga R$ 400 de aluguel e gostaria de ter umtítulo:"É melhorpagar um pouco mais por uma coisa que será minha".

Contra – Para o vice-presidenteda AssociaçãoNacional dos Executivos de Finanças (Anefac),Miguel deOliveira, porém, o sistema não é vantajoso. "O mutuário fica refém do sorteio, que é pela

Loteria Federal", adverte. O Consórcio de Imóveis e a Poupança Programada, antigoPoupanção, queentrariamjuntoscom oTítulode Capitalizaçãono mercado, vão para a gaveta. A Caixa ainda não definiu quem vai operaro Consórcio, e o governoainda estudaqueíndice de correção aplicar. Balão de oxigênio – Os novos mecanismos de financiamento para aquisição da casa própria não vão reduzir o déficithabitacionalde5,4 milhõesde moradias,masfuncionarãocomoumbalão de oxigênio para aclasse média.

A expectativado setor éque osprazos de financiamento sejam espichadospara acima dos atuais 12 anos e que sejam construídas cercade 70mil unidades habitacionais.

A produção imobiliária, que foi afetada no segundo semestre do ano passado, está mais aquecida neste anoe tende a ficar ainda melhor com as novas modalidades de financiamento. Mas é preciso ficaratento nahora deescolherdeque forma oimóvel será financiado, explicou Basilio Jafet,vice-presidente de incorporações imobiliárias do Secovi-SP.

cussãosobreo petróleo está vencida desde o momento em que oBrasil decidiu considerar o petróleouma commodity, a exemplo do que fazem os principais paísesno mundo."A decisãofilosófica e política já foi tomada". O ministroafirmou queas constantes mudançasnos preçosdos combustíveissão decorrências naturais das novas regras. "Isso espelha a instabilidadedo mercadointernacional,e jáfoicompreendido pela sociedade".

Governo poderá socorrer ferrovias privatizadas

O novo ministro dos Transportes,João Henrique deSousa,afirmou queogoverno deve,sim,socorrer as concessionárias de ferrovias. "Com a estrutura orçamentária, é possível fazer isso", disse o ministro,sem detalharcomo esse socorro será feito. Sousaafirmou aindaquea segunda etapadeprivatizações derodovias deve ser concluída atéo finaldeste ano. O Brasil tem 2,5 mil quilômetros de estradas federais já entreguesà iniciativaprivadae outros 2,5mil quilômetros em licitação. (AE)

Habib’s quer ganhar cliente estrangeiro

Quemvê alogomarca Habib’s podeimaginarqueno comando da rede de fast food está um empresário de origem árabe. Engano. Alberto Saraiva é português e médico. Para sustentar a família e pagar a faculdade, Saraiva assumiu a lanchonete do pai. O negócio deu certo.

O empresário abandonou a medicina e se dedicou totalmente ao Habib’s. Em 14 anos, Saraiva transformou a empresa, que vendia pizzae pastel, numarede commais de 100lojas espalhadas peloBrasile México. O próximo passo sãoos Estados Unidos. Veja o que Saraiva diz sobre a trajetória da empresa.

• Me tornei comerciante sem querer. Meu paiera dono de uma padaria e foi morto num assalto. Eu, que na época estudava medicina na Santa Casa, em São Paulo, tivedeassumir osnegóciosda família. Terminei a faculdade,mas continueicom ocomércio, pois era o modo de sustentar a família.

Eu já tive lanchonete, boteco, churrascaria e pizzaria. Numa dessas experiências fiz um contato com um grande cozinheiro árabe.Eleme apresentou essa comida e decidi montar o Habib’s.

•Criei umcardápio diferente do dos outros restaurantes árabes. No nosso menutempizza, porqueeutive pizzaria, fogazza,porcausa da cantina e pastéis, porque eutive umaexperiênciacom pastelaria. Useiosprodutos demaior aceitaçãodopúblico, comoa pizza, eos pratos árabes maisconhecidosdos consumidores brasileiros, como okibe.Dessespratos, selecionei os quepodiam ser adaptadosa umapreparação rápida. Criamos aesfiha aberta, que passou a ser o carro-chefe do Habib’s.

Fizemos poucas mudanças nocardápio originalpara o atual. O menu foi criado dentrode uma filosofia de fastfood e não de restaurante.

tralizadas e o volume maior. Assim,eramais fácil conseguir descontoseprazos maiores para pagamento.

• Não fiz pesquisas para criar o Habib’s. Foi mais pelo feeling e pela experiência que tive com restaurantes. As pesquisas, muitas vezes,tiram a gente forado rumo,do direcionamento. Uma idéia excelente,na qual vocêgosta e acredita, pode ser mostrada comoruim numa pesquisa por motivosque eunão sei quaissão. Amelhorpesquisa queexisteé aexperiência.O próprio cardápiodo Habib’s foicriadodessa forma. Usei produtos que, pela minha experiência,eu tinha certeza queiriam sercampeões de vendanorestaurante. Não lançamosnem umpratoque as pessoas no Brasil nunca tinham ouvido falar.

•O Habib’s nasceucom a filosofia do preçobaixo. A estratégiade venderalguns produtos, como esfiha e kibe, por valores que começam com zerofoi lançadana primeira loja da rede. Até hoje, isso éum diferencialdo Habib’s, porquea comidados restaurantes árabes, em geral, custa caro. No mundo todo, as casas árabes são comandadas porfamíliastradicionais e direcionadas para o público de renda média e alta.

•Como cardápiomontado, procurei um profissional de marketing e disse que precisa de uma logomarca para um restaurante de comida árabe, com preços baixos e qualidade. Ele me apresentou trêslogomarcase uma delas era o nome Habib’s, que em português quer dizer amigo e querido. Não tive dúvida, escolhi o desenho do gênio simpático eabriaprimeiraloja coma logomarca, em 1988, na rua Cerro Corá,Alto da Lapa, em São Paulo.

• A primeira loja foi um sucesso que eu não esperava. Fizemos uma única propaganda na porta dizendo que fazíamos a melhor esfiha deSão Paulo.Nosprimeiros 40 dias de funcionamento, a procura nos surpreendeu. Semcapital para investir em novas lojas,fiz sociedade com amigos (franquia sem cobrança de royalties). As pessoas me procuravam e diziam quantotinham parainvestir. Eu analisava as propostas. Se eutivesse dinheiro para complementar o projeto, a loja era aberta. Nessa época, havia, pelomenos, 80 sócios na empresa.

• Na história do Habib’s, há poucos exemplos de ações programadas. A maioriadasnossas estratégiasforam decorrentes de umasolução para um problema. Não tínhamos capital, mas havia gente interessada em ter uma loja do Habib’s: fizemossociedade,queé semelhante a uma franquia.

• Padronizar as comidas servidasnos restaurantes foi o primeiro problema administrativo que tive na rede. Quandoogrupo tinha16lojas próprias, os restaurantes começaram aficar muitoindepentedentes.Cada lojafazia oseuprodutoe, conseqüentemente, o seu preço.

Para solucionar oproblema, montei uma cozinha central para fazer produtos semiprontos e distribuí-los paraas lojasdeSão Paulo.As compras passarama sercen-

•Avenda desucos naloja foi uma forma de desafiar os fabricantes derefrigerantes. Não conseguia bonspreços com a Coca-Cola, então decidivender apenas sucos.Investi, comprei máquinas e orienteiaos funcionáriospara evitarem o uso de polpas. O suco fezsucesso. Depoisda abertura da décima sexta loja, fuiprocurado pelosfornecedores de refrigerantes. Os preçoseram atraentesepasseia venderrefrigerantesem toda a rede Habib’s.

•Uma atitude importante foiverticalizar aempresa. Para atrair o consumidor pelo preçodos pratos,fomos verticalizando operações. Montamos umlaticínio para produzir queijo e coalhada para as lojas, uma sorveteria e uma padaria.Esse éum processo que gera redução de custos e possibilita melhoria na qualidade dos produtos. No caso do laticínio,por exemplo,eliminamos ointermediário. A redução de custofoientre 40%e50%.O produtor de leitefornece direto para a rede Habib’s. Acho que para sermos mais competitivos será preciso produzir a maioria das comidas que vendemos na loja.

•O serviço de contact centerpara odelivery também não será terceirizado. Diferentemente de outras empresas queterceirizamserviços de atendimento ao cliente, no Habib’s montamos 400 pontos para atender os clientes. A intenção é oferecer o serviço a outras empresas. Os operadoresvão atendero diatodo, mas o horário de pico dos pedidosé anoite.Noperíodo ocioso, durante o dia, pretendofechar contratocomoutras empresas de delivery. Ospedidos de comida ao Habib’spoderão serfeitos por telefone, fax e e-mail. O sistema começa a operar a partir do próximo dia 28.

Santista vai dar bônus a consumidor

A SantistaTêxtil está lançando um plano para melhora o atendimento ao cliente. O programa dáum bônus de 2% dovalor da fatura ao consumidor querecebera mercadoria com atraso. O sistemafoi batizadodeTolerância Zero.

Segundo Olavo Barreto Junior, gerente comercial da Santista, aestratégia éoferecer um diferencial para atrair os clientes. "Atualmente, todos os concorrentes no ramo têxtil estão se igualando rapidamente no que diz respeito à produção e tecnologia", afirmaJunior. "Aempresa que quiser conquistar definitivamente oscompradoresde seus produtos deverá ofere-

cer, além da qualidade, serviços específicos e agilidade nas compras", diz.

Como funciona – O novo programa integra todos os departamentosda empresa, desde a entrada do pedido do cliente até a entrega do produto. Assimque opedido dá entrada na empresa, ele é enviado imediatamente para o setordeanálise comercial, que verifica se é possível atender o cliente, eo encaminha para a produção.

Todas as fases deste processo são desenvolvidas simultaneamente. O objetivo da empresa é reduzir de 45 dias para 15dias o tempo de entrega dos produtos.

Segundo Barreto, o projeto

demorou seis meses para ser implantado. O investimento foi de R$ 60 mil, incluindo as despesas de aquisiçãode um novo provedor edeum software específico.

A inauguração do TolerânciaZero, noinício destemês, coincide com o período de lançamento da nova coleção da Santista Têxtil. "Este novo sistema possibilitará ao cliente agilizar oprocesso de produção desuascoleções,cuja dinâmica costuma ser longa", afirma Barreto Junior. Se os resultados do novo sistema forem positivos, ele será implementado também na Argentina e no Chile.

S e r v i ço – Outra inovação daSantistaTêxtilé oe-mail

O atendente recebe o pedido na central. Por meio de um programa envia até a loja, quetem28 minutosparaentregar a comida ao cliente. Se oprazo nãofor cumprido,o consumidor não paga a conta. O objetivo é atender as lojas de todo o País.

•Estar emtodos os lugares está entre os nossos audaciososobjetivos.As lojasdo Habib’s28 minutos vãoter 100 metroscontra 400metros das normais. O projeto foicriado para atender dois segmentos.Primeiro: cidadescom menos de 100mil habitantes. Segundo: bairros e regiõesonde não existem imóveis grandes para abrigar as lojas normais do Habib’s.

O Habib’s 28 minutos vai custar50%menosque uma loja normal.O preço para montaraloja vaivariarentre R$200mil e R$ 300 mil.As casasterão áreasparadelivery,drivethru eviagens. Elas não terão mesas.

•Para o finaldo ano, estamosdesenvolvendo umprojetodeinstalaçãode quiosques emshoppingcenters. Eles serão modulares, terão 20 metrosquadrados edeverão vender sorvetes, água, esfihas e quibe.

Os quiosques foram desenvolvidos para receber comidas semiprontas da cozinha central, como nas lojas 28 minutos. Assim, o salgado continua quente e fresco.

•A rede tem doze departament os. Temos o departamento de supervisão, o de visita às lojas, que faz o ranking das melhores casas, o de controle de qualidade e o de auditoria. Os problemas dos franqueados são dirigidos ao departamento responsável. Quando a situação é grave, a loja fica internada na UTIH (Unidade de Terapia IntensivaHabib’s). Essedepartamento faz umtratamento de choque para recuperar a loja. A equipe encarregada desse trabalho tem autonomia para trocar gerentes dosestabelecimentos.

personalizado para o cliente dentro do provedor da empresa. O cliente pode fazer pedidos,encaminhar reclamações e receberá uma resposta daempresaem48horas. Nesse novo serviço, foram investidos entre R$ 30 mil e R$ 40 mil.

Desempenho – A empresa registrou faturamentobruto deR$ 841 milhões em2001, contra R$ 744 milhões no ano anterior. Este avanço de 13% foi considerado positivo, mas poderia ter sido superior. Segundo Junior, a crise argentina prejudicou os negócios da empresano segundosemestre do ano passado.

O retorno nesse tipo de suporte éautomático. Osfranqueadosdo Habib’ssãosaudáveis enunca atrasamo pagamento de royalites.

•O mercado externo sempre foi umdesafio. Mas são os desafios quefazem o diferencial da empresa. Tenho uma meta: entrar nos Estados Unidos. Tracei um caminho para chegar lá: entrar primeirono México,devido àproximidadefísica eàexperiência numpaísestrangeirona América do Norte.

A Cidade do México é muito parecida comSão Paulo nas vantagens e desvantagens. Isso facilitava as estratégias de distribuição dosalimentos nas lojas.

O cardápio foi adaptado à culturalocal. Adicionamos condimentos, como pimenta ecominho, nospratos.Criamos também um menu especial parao caféda manhã, pois o mexicano valoriza essa refeição. O serviço funciona até as 13 horas. Hoje, temosquatrolojas funcionandoe três que vão serabertasatéofinal deste mês. Há uma cozinha central que abastece todas elas.

•Com o atentado de 11 de setembro, paramos a negociação nos EUA. Estávamos comtudo prontoparaentrar nomercado americano. Quando aconteceu o atentado, resolvemosesperarum pouco, mas não desistimos daidéia. Daquia algumtempo, o norte-americano vai entrarpara comernumrestaurante árabe sem medo. Para entrarem outrospaíses, como a China, é preciso serfortenos EUA.Sem essa experiência, é arriscado.

• A concorrência com o McDonald’s é saudável para a empresa. Descobrimos que abrir umalojadoHabib’s próxima auma do McDonald’ssomaclientes.O consumidor nunca come sempre num mesmo lugar. Ele reveza:um diacome esfiha, no outro hambúrguer. Nesse caso, a competição é positiva.

cursos e seminários

Hoje

Análise de balanços – O objetivo do curso é capacitar os participantes a entenderosdemonstrativosfinanceirose contábeis. Duração:oito horas, das9h00 às 18h00. Local:Auditório da Adeval(Associação das EmpresasDistribuidoras deValores), ruaLíbero Badaró,471, 21ºandar, Centro. Preço: R$ 300 (associados Adeval ou estudantes) e R$ 380 (não-associados). O curso vai acontecer na segunda-feira (08) e as inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3241-0155.

Câmbio e comércio exterior – O objetivo do curso é informar os participantes sobrecomércio exterior, mercado financeiro e mercado cambial brasileiro.Duração: duas horas, das 18h30 às 21h30. Local: Auditório daAdeval (Associação dasEmpresas Distribuidorasde Valores), ruaLíbero Badaró, 471,21º andar,Centro. Preço: R$380 (associados Adeval ou estudantes) e R$ 450 (não-associados). O curso tem início na segunda-feira (15) e termina na sexta-feira (19). As inscrições podem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3241-0155.

Como avaliar o mercado e buscar novas oportunidades de negócios – Ocurso édirecionado amicro epequenos empresáriosque querem avaliar o negócioe buscar novas alternativas. Duração:20 horas, das 18h30às 22h30.Local:Sebrae SãoPaulo,ruaVergueiro, 1.117,Liberdade.Preço:R$ 100(pessoafísica,microepequeno empresário)eR$ 180 (média e grande empresa). O curso acontece na segunda-feira (08) e as inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202. Como desenvolver lideranças e estimular a motivação – O seminário é direcionado a micro e pequenos empresários que querem liderar uma equipe. Duração: 20 horas, das 8h30 às 12h30. Local: Sebrae São Paulo, ruaVergueiro, 1.117,Liberdade.Preço: R$100(pessoafísica, microe pequeno empresário) e R$ 180 (média e grande empresa).O curso acontece na segunda-feira (08) e as inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Executivos: novos vilões das empresas

Pesquisa da GBE aponta que 44,84% das fraudes empresariais são cometidas pelas camadas mais altas, como as gerências

Corrupção efraude entre executivos estão entre os principais motivos que lev am empresas a perder algo em torno de 6% de seu faturamento. É o que revela o estudo realizado pela GBE Peritos & Investigadores Contábeis, sobre fraudese abusosocupacionais nas empresas do País.

O sócio-diretor Marcelo

Gomes explica que o trabalho, concluído no final de março, foi baseado em 43 casosreaisde 28empresas, abrangendo desde pequenas à multinacionais,de todo o País. Corrupção foi apontada comoaprincipalcausa dos desvios (56,10%), seguida porapropriação indébita (43,48%).

Volume – De acordo com o trabalho da GBE, o volume de dinheiro desviado vem aumentando proporcionalmente ao crescimento do númerodefuncionários corruptos em cargos mais elevados. Se em 1997, quando realizou uma pesquisade campo semelhante aesta, a média anualde desviogirava em torno de US$ 10 mil a US$ 100 mil, as perdas agora variam deUS$ 100 mil aUS$ 1

milhão.Oscrimes hoje são praticados em 44,84%dos casos por funcionárioscom nível de gerência, quando em 1997 essa porcentagem era de 11,3%. Na época,86,9% dosfraudadores eram funcionáriosde nívelabaixoda gerência. Perfil – A partir dos resultados do estudo, a GBE traçou o perfil do típico fraudador corporativo: homem casado,na faixa dos 36 aos 40 anos, com cargosaltos.A conclusão de Marcelo Gomes é que hoje não existe mais fidelidade dos funcionários à empresa. "Antigamente eracomum as pessoas ficaremmais tempo no emprego. Hoje, a rotatividade émuito grande, até por exigência do mercado, que valoriza o acúmulo de ex-

A média dos desvios, que era de US$ 10 mil, saltou para US$ 100 mil em pouco mais de cinco anos

periência em locais de trabalho diferentes. Mas o malefício é a insegurança que isso traz", diz o consultor da GBE Mudanças – Odiretor do Instituto de Economia GastãoVidigal, da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, concorda com a opinião de Gomes. "Pessoas com longo tempo de firma eram as que mais apresentavam bonscurrículos. Hoje isso representa defasagem ou indica que a pessoa não acompanhouas mudanças do mercado", diz o economista.

Embora a maioria dos fraudadoressejam homens (84,1%), MarceloGomes diz que o número relativo às mulheresé nebuloso. "É muito

STJ isenta Gessy Lever de multa por prática de preços abusivos

ASegunda TurmadoSuperior Tribunal deJustiça (STJ) manteve decisão da Justiça paulista, a qual isentou a Gessy Lever Ltda. do pagamento de uma multa de R$ 170 mil, por prática de preços abusivos, enquanto vigorava o planode estabilizaçãoeconômicade 1994.Aautuação da empresa foi baseada na Lei Delegada 4/62,mas aspenalidades nela previstas não poderiamser aplicadasporque, na época, não existiam normas detabelamento, fixação ou estabilização depreços, como aconteceu em outros planos econômicos.

Amultaaplicadapela Fazenda estadual,em junhode 1994,foibaseada emnotas fiscaisde vendada GessyLever ao supermercado Eldorado, localizado na capital paulista, referentes ao período de setembro a dezembro de 1993 e março de 1994. Na v enda do produto Minerva Plus, realizada em 30 de março de 1994, a Gessy Lever cobrou 0,326 URV, preço superior à média de 0,24 URV calculada com base nas notas fis-

cais referentes ao último quadrimestre de 1993.

Estabilização – Após a implantação do Plano Real e adoção doprograma deestabilizaçãoeconômica,o governo federal exigiu a estabilizaçãodospreços etarifas dos serviçospúblicos, mediantea conversãoemURV, pelamédia dosquatromeses anterioresà conversão.Permitiu, porém, a justificativa das distorções quando o preço ultrapassasse a média estabelecida e se apresentasse como prática de preço abusivo, considerando-se como tal o preço superior àsmédias dos mesesde setembro,outubro, novembroe dezembrode 1993, de acordo comaLei 8.880/94.

Conforme a relatora do processono STJ,ministra Eliana Calmon, o tribunal estadualconcluiu queaFazenda de São Paulo extrapolou as regras da Lei8.880/94. Além disso, aautoridade fiscalnão estava autorizadaparaaplicar as penalidades da Lei Delegada 4/62, que dispõe sobre a intervenção no domínio

para asseguraralivredistribuição deprodutos necessáriosao consumo da população e que impõemulta pela venda de mercadorias e serviços por preços superiores aos tabelados.

Hipóteses – Ao julgar recurso da Fazenda de São Paulo contra tal decisão, a relatora, seguida em seu voto pelos demais integrantes da Turma,afirmouhaver duas hipóteses distintasna Lei 8.880/94:preço tabeladopor imposição governamental e preço impositivo, fechado e indiscutível.

"Preço médio do Plano Real foi uma fórmula aplicada para conversão do preço emURV,com baseemuma médiaplenamente flexibilizada, como estabelecido no artigo36 da Lei 8.880/94. O texto da lei tem incompatibilidade semântica e substancial comalei delegadaque impôsotabelamento. Daí conclui-se que não era possível aplicar a multa. Para sua aplicação épreciso compatibilidade da situação com o texto legal". (STJ)

difícilpegar mulheresenvolvidas em fraudes porque elas, em geral, não dão indícios. Ao contrário dos homens, que primeiramente pagam suas dívidas,depois trocam de carro e de apartamento." Motivos – Vingança também é um dos motivos que levam um funcionárioa tirar dinheiro da empresa. "Quando o patrão nega aumento de salário ao funcionário, com o argumentode quepassapor crise financeira,nãopode aparecer no dia seguinte com um carro novo. O discurso do patrãotem que sercoerente com os seus atos", diz Marcelo Gomes. Marcel Solimeo ressalta a importância de transformar os funcionários em parceiros da empresa. Segundooeconomista, motivação do empregado mais aaplicação de controles eficientes eboa seleçãode pessoalsãofundamentais na prevenção às fraudes. "Funcionáriobem treinado emotivado funciona comofiscal", completa Marcel Solimeo

Catarina Anderáos

Dicas para evitar fraudes em micro e pequenas empresas

•Tenha critérios na seleção de um funcionário Verifique antecedentes einformações do currículo, no Banco Central ou SCPC.

•Tenha ética nos negócios

A chefia deve servir de exemplo aos subordinados.

•Faça a contabilidade trabalhar para você Comela sedetectaamaioriadasfraudes emandamento.Saber interpretare planejaros resultadoseconômicos-financeiros da empresa é ainda a melhor forma de combater a fraude.

•Proporcione umambiente detrabalho comqualidade

Evite a ocorrência de horas extras em atraso, sujeira e escuridão, por exemplo.

•Mantenha uma boa imagem

Pague saláriosdecentes, nãoesnobe osfuncionários desfilando de carro importado.

•Faça parte do time Faça tarefas que seriam dos seus colaboradores de vez em quando.

•Incentive trabalhos voluntários

Asempresasprecisam mostrarpreocupaçãosocial.Elabore um programa social, colabore com entidades reconhecidas e incentive os funcionários a ajudarem também.

•Abra canais de comunicação

Caféda manhãe almoçocomos colaboradorestrazem informações sobre o dia-a-dia da empresa.

•Ofereça treinamento

Incentive seu funcionário a se aprimorar.

Empresários se unem

e lançam movimento contra abuso tributário

Um amplo movimento de empresários, sindicalistase outrossetores dasociedade serálançado nopróximodia 11 com o objetivo de impedir que aarrecadação tributária ultrapasseos34% doPIBdo Brasil, estimadoem cercade US$50 bilhões.Segundoo coordenador do Pensamento Nacional das Bases Empresariais(PNBE), PercivalMaricato, o movimento tem o nome de "Ação Nacional pela Justiça Tributária". "Se a gente não fizernada, vamos acabar vendo quea arrecadação tributáriapoderásaltar para 44% do PIB, um absurdo, como já é hoje", criticou. Deacordo comele, nãohá uma entidade que lidere; é um trabalho coletivo. "Devemosacertar internamentea divulgação de uma cartade princípios. O movimento é uma repulsacontraosaumentos constantes de tributos",disse. "Vamostomar umaatitudepara seevitaristo. É preciso que sobre recursos para os produtores e para o consumidor", afirmou. Participantes – O empresário disse que cerca de 40 entidades estiverampresentes na primeira reunião. "Queremosconscientizar ogoverno que ele precisa usar bem o dinheiro quearrecada",disse, acrescentandoque "a maior parte seria destinadapara os vários programas sociais essenciais". Na opinião de Maricato, a maioria da prestação de serviços sociais, acaba sendo transferida para a socieda-

de.Ele classificou asituação de insuportável,já quea empresa paga muitos impostos e deixa de gerar empregos. Empresas – Confira a lista dealgumasentidades que participaram da última reunião preparatória para o movimento: PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais);Abimaq (indústria de máquinas);Abav (agências de viagens); ADVB (dirigentes de vendas);Associação Comercial deSão Paulo; Fesesp(Federação deServiços doEstado deSão Paulo); Cepex(empresas deoutdoors); SindusCon-SP (indústria da construção); Abigraf (indústriagráfica); Alshop (lojistas de shoppings);Sindirefino (refino de óleo); Aberc (empresas de refeições coletivas);Sindrest (restaurantes); Abredi (bares erestaurantes diferenciados); Sindimovel (indústria moveleira); Abrasel(hotéis erestaurantes); Abralimp(mercado de limpeza); Abradados (usuários de bancos de dados); Cives (empresários pela cidadania); Secovi-SP (comercialização e aluguel de imóveis); VinoBrasil(indústria de vinho); Associação Neo-TV (TV por assinatura); Afrac (fabricantese revendedores deequipamentosde automação comercial); Abrasel (restaurantes); Apecs (consultoresde saneamento); ABTG(empresas de tecnologiagráfica); e Sincor (sindicato doscorretores de São Paulo). (AE)

Mudança no PIS poderá prejudicar alguns setores

O deputado federal Germano Rigotto (PMDB-RS) disse ontem que os impactos provocados pelo aumento da alíquota do PIS em diversos setores econômicos estão sendo avaliados com muito cuidado na Comissão Especial de Tributação Cumulativa da Câmara Federal.

Aproposta emestudo na comissão, criada para encontrar alternativaspara acabar com o efeitos em cascata de algunstributos, prevêaumento de0,65% para1,65% naalíquota doPIS. Emcompensação, a sua incidência seria limitada a apenas algumas etapas da cadeia produtiva.

Ainda não há um consenso sobre o valor da alíquota a ser aplicada justamente porque sabemos que paraalguns setores pode até haver aumento da carga tributária", disse. Em entrevista ao Jornal do Brasil, ontem, o secretário da ReceitaFederal, Everardo Maciel, citou os hospitais e as escolas como alguns dos setores que seriam penali-

zadospela mudançanacontribuição.

Lista – Rigottoconcorda e acrescenta na lista o setor de telecomunicações, que poderá sentir um " leve", segundo Maciel, aumento na carga tributária."São setoresquenão possuem muitas etapas na cadeia de produção", explicou. Na prática,determinados setores teriamum aumentode alíquota, masnãosebeneficiariam,como outros,daretiradada incidência em cascata. Já os supermercados, segundo Rigotto, seriam beneficiados pela proposta atual.

Odiretordo Institutode Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo, o economista Marcel Solimeo, classifica como saudável a intenção de eliminar a incidência em cascata do PIS. " Mas é preciso encontrar uma saída para que a mudança não implique em aumento da cargatributária globalou para alguns setores", disse. Reunião – A idéia de modificar a sistemática de cobran-

ça, retirando oefeito em cascata,foi apresentadanaúltima reunião daComissão Especial de Tributação Cumulativa. Diferentemente do queocorrehoje, consta tambémdaproposta aplicar a nova alíquota sobre os produtosimportados. Coma fórmula,o governoacredita aumentar a competitividade do produto nacional no mercado interno e externo sem afetar a arrecadação.

Aintenção dos membros dacomissão, presidida pelo deputado Delfim Netto (PPB-SP), é primeiromodificar de forma gradativa a sistemática de cobrança do Pis. Depois, pretendem mexer coma Cofins, outra contribuição nociva para o setor produtivo e que também incideemtodos os elos da cadeiaprodutiva. Juntas, as duas contribuições (PIS e Cofins) abocanham 3,65% do faturamento das empresas, encarecendo o preço final dos produtos.

Naopinião dotributarista

GilbertoLuiz do Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, é impossível acabar comacobrança emcascatae ao mesmo tempo querer preservar aarrecadação. "A elevação da alíquota do Pis, mesmo queseadote algum mecanismo de compensação para evitar a cobrança cumulativa, não vai aliviar o custo para as empresas", disse, acrescentando que o governo precisa, sim, é apostar no crescimento econômico.

Segundo ele, poucos países adotam esse modelo de cobrança. É por esta razão que o sistema tributário brasileiro é tido comoum dosmais perversos do mundo. Para Amaral, omodelo ideal é aquele que taxaos lucrose nãoo faturamento." No Brasil, não é levado em conta se a empresa obteve ou não prejuízo. Se tiveram,elas sãoobrigadas,da mesmaforma, apagaruma alta carga tributária", explica

Votação da CLT deve sair só em 2003

Dificilmente será votado este ano o projeto de lei que flexibiliza a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Essa éa conclusãode senadores, ao analisara decisão do governo de retirar a urgência na tramitação da proposta. O senador JoséEduardo Dutra (PT-AL) lembra quea medida atendeu a um acordo feito com a oposição. Em troca, os partidos concordariam emapressaros prazos na votação da emenda constitucional que prorroga aContribuição Provisória sobre Movimentação Finan-

ceira (CPMF) até 2004. Demora– Dutrae osaliados reconhecem que a demora emaprovar aproposta na Câmaraea decisãodo PFL emendá-la noSenado terminou inviabilizando o acordo. Mas defende que o fim da urgência terminoulivrando a base governista de votar projeto agora. Pelas regras em vigor, a urgência constitucional, de iniciativa do governo, tranca as votações, se a votação não ocorrer até o 45º dia de tramitação. O prazo do projeto terminou dia 26. (AE)

Associação na luta contra a violência

Entidades de classe se unem para lançar o Movimento Basta, que pretende ajudar no combate à violência na capital paulista

A Associação Comercialde São Paulo,aCentral Únicados Trabalhadores (CUT), a ForçaSindical ea Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançaram ontem, no Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, o movimento Basta de Violência, Exclusão e Impunidade. O Movimento Basta, como está sendo chamado, anunciou um documento com vá-

rias medidas parao combate à violência, quedeverão ser apresentadas para oCongressoNacional egovernos estaduais e municipais. Todos os sábados,o grupo irá se reunir na sede do Sindicato dos Jornalistas para a organização de manifestações de apelopor mais policiamento nas ruas, melhoria das condições detrabalho dos policiais e redução da corrupção, além de exigir a votação de uma Lei de Armas e re-

formulação do Sistema de Segurança Pública.

As manifestações irão aconteceremtodosos primeirosdomingosde cada mês. A primeira está prevista para o dia 5 de maio, na Praça da Paz, no Ibirapuera.

Inclusão - Opresidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo edaAssociaçãoComercialde São Paulo, Alencar Burti, acreditaque a criação deummovimentoque envolva todaasociedade éa única forma deencontrar uma solução para ocrescimento da violência.

da polícia civil e

OMovimento BastadeViolência, Impunidade e Exclusão elaborouuma sériedemedidas visando a redução da criminalidadenaCapital paulista. Veja abaixo os principais pontosdo documento anunciado ontem:

• Exigir do CongressoNacional a votação de uma Lei de Armas.

• Reformularo Sistema de Segurança Pública, para a melhoria de salário de policiais civis emilitares einstituição de corregedorias para o combate à corrupção.

•Criação de programas de delação premiada, para ajudar a desvendarou impedira prática de crimes.;

• Implementação maciça do policiamento comunitário, reestruturação das delegacias

militar

Medidas pedem melhoria no salário

econstrução deCentrosde DetençãoProvisóriapara reduzir asuperlotaçãodas carceragens dos distritos.

• Reestruturação do sistemapenitenciário, separando os criminosos primários de reincidentes, além de propiciareducação etrabalho aos detentos.

•Instituição de um Plano de Emprego Social.

• Estímuloà criaçãode incentivos fiscais municipaise estaduais para a implantação de empresas que usem mãode-obra nas periferias.

• Reformular currículosescolares coma adoçãode Filosofia, Sociologia eArtes,para incutir na juventude o respeito à vida e transformar as escolas em centros de lazer e cultura. (DC)

Uma das saídas apontadas pelo presidente da Associação Comercial para a redução da violência éa inclusão de jovens de 14 a 18 anos no mercado de trabalho.

Burticitou oProjetoDegrau, que está sendo elaborado pela Associação e pela Rede Brasileira de Entidades Assistenciais (Rebraf), e que deverá ajudar a empregar 120 miljovense envolver12mil empresários. ARebraf reúne cerca de 220 mil entidades em

Feira

todoo País.O Degrau ébaseado na Lei 10.097/2000, que altera aCLTe legaliza a contratação de aprendizes nessa faixa de idade.

"Os paistambém terãosua parcelade responsabilidade, acompanhando o rendimento escolar dos jovens, que irão se comprometer a continuar com os estudos", explicou. O desempregofoi apontado comouma dasprincipais causas daviolência pelopre-

da Saúde acontece hoje no Pátio do Colégio

A Associação Comercial de São Paulo em parceria com diversas entidades e empresasdo setorde saúderealiza, hoje, a I Feira de Saúde no Pátio do Colégio. O evento será em comemoraçãoao Dia Mundial de Saúde.

A primeira edição da feira deveráreceber opúblicoque trabalha nas proximidades da ruaBoa Vista eas pessoas quepassamdiariamente na região.A feiratambém vai contar com a presença de DerekYach, diretorda Divisão deDoenças nãoTransmissíveis da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atividades – Estãoprevistas atividades para motivação da prática deesportes e exercícios físicos. Serão 18 estandes para arealização de exames de diabetes, colesterol, pressão arterial, audição, preventivosde doençasocu-

lares,comoo glaucoma,osteoporose edicas dealimentação equilibrada.

Todos os participantes receberão orientação e indicaçãode quepostosde saúdee hospitaispoderão procurar paraotratamento depossíveis doençasdetectadas durante a I Feira de Saúde.

Atrações– Palestras, música,vídeos, ginásticaedança serão as atrações da I Feira de Saúde. Na abertura, estão o Bloco Pé para Fora do Hospital Psquiátrico Felipe Pinel e apresentação de Casalde Dança de Salão da Lapacor. Os interessados também poderão doar sangue. Para isso,énecessário terentre18e 60 anos, pesar mais de 50 quilose apresentarum documento de identidade. A I Feira daSaúde promovidapela Associação acontece das 8h às 17 horas. (DC)

CET atende moradores e põe sentido único em rua

A partir de sábado, a rua Professor Alberto Conte, sentido da rua Monsenhor Du Dreneufpara arua Elba, no Sacomã, zona Sul, terá sentidoúnicode direção. A mudança será feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) edeverá atender a solicitação dos moradores, para melhoria das

condições de fluideze segurança no trânsito local daquela rua

Os veículosque utilizavam a rua Professor Alberto Conte, no sentido da rua Elba para a rua Du Dreneuf, poderão utilizar como alternativa as ruas Coronel FranciscoInácio, Vergueiro, Elba e Monsenhor Du Dreneuf. (KF)

sidente da CUT, João Felício. "Lutar contra a violência é tão importante quanto emprego e salário, quandotemos uma massa de 1,5 milhão de pessoas desempregadasemSão Paulo", frisou. De acordo com João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, em 1989, o total de desempregados na cidadecorrespondia a8,9% dos trabalhadores. Em 1999, esse montante foi de 19,3%.

A rendasalarial caiuem torno de 18% no período. A miséria tambémajudou no crescimento da violência. Em bairros mais pobres, como o Grajáu,já foram registrados 184 homicídios enquantonaVila Mariana, de classe média,esse número é de 12, segundo João José Sadi, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

Shopping faz campanha para combater a dengue

OShoppingPátio Higienópolis,nazonaOeste, começa hoje uma campanha de conscientização no combate a dengue.Até domingo,funcionários da SecretariaMunicipaldeSaúdeestarão no shopping paradivulgare orientar os clientes. No espaçoreservadopara acampanha,noPiso VeigaFilho,em frente à loja Cleuza Presentes, também serãoveiculados vídeos educativos.

Números — Na Capital , conforme informações de ontem da Secretaria Municipal da Saúde,os casos notificados e autóctones aumentaram. Ao todo, houve o regis-

agenda

Hoje Ônibus – O diretor-superintendente da distrital Butantã, José Carlos Pomarico, participa decafé da manhã daAssociaçãoeda

Regional Pirituba-Jaraguá, com apresença dosecretáriomunicipal detransportes,Carlos Zaratini,quefalará sobre a implantação do terminal e corredor de ônibus de Pirituba. Às 8h,na Casade Nassau,avenida Raimundo Pereirade Magalhães, 4.123. Petróleo –O vice-presidenteda Associação,MaurícioTrugillo Iazzetta,participadecoquetel para

tro de1.201 casosde dengue (40autóctones).As pessoas atingidas pela doença são moradores dos seguintesbairros: Mandaqui (2), Vila Medeiros(15), Pari(2),Vila Guilherme (3), Vila Maria (6),Cursino (1),Jaguara(1), Ipiranga(4), Tremembé(1), Brasilândia (1), Freguesia do Ó (1) e Jaçanã (3). No Estado de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, foram confirmados 8.207 casos de dengue autóctone(contraídosno próprio Estado) e notificados 34.322 casos da doença.

Kelly Ferreira

apresentação da parceria entre a Petrobráse o Instituto Brasileiro deImpermeabilização (IBI) para o desenvolvimento do mercadode produtos impermeabilizantes. Às 19h, na sededoSecovi, ruaDr.Bacelar, 1.043. Po ss e – Odiretor-superintendente da Distrital São Miguel, Miguel Luiz Abel Pereira da Rosa, participa da cerimônia de posse da diretoria da Associação das Indústrias da Região de Itaquera (AIRI), para o biênio 2002/3. Às 19h30,no Salão Vilella´s Park,avenida Jacú Pêssego, 2.707, Itaquera.

Associação Comercial de São Paulo
Dora Carvalho
Alencar Burti disse que o envolvimento da sociedade é a única maneira de encontrar soluções para a violência
Clovis Ferreira/Digna

ANÁLISE João de Scantimburgo

Flexibilização

Desde LeãoXIII, vêm os papaspregando aflexibilização das leisdo trabalho. Embora a CLTse tenha inspirado na Rerum Novarum, inspirou-se, também, no Codigo del Lavoro, que, por sua vez,seinspirara emoutros códigose legislaçãodaépoca dos fascismos e das ditaduras, nos anos 30. Mas a flexibilização eraentendida pelaIgreja como a solução ideal no campo do trabalho, para o entendimento entreo patronatoe os trabalhadores.

Não compreendeassima CUT, que, de resto, não compreendenada, emboratenha advogados trabalhistasque a servem, mas a servem servindo-a como ela quer. São mais bematendidos osmembros daForça Sindical,que compreenderama mudançaaser operada na legislaçãodo trabalho, para que os chefes de empresae ostrabalhadores possam entender-se, no interesse da comunidade ou da corporaçãoa quepertencem e para a qual trabalham.

Éesse, emsentidomoderno,e semintervenção doEstado, uma autêntica organi-

da lei

zação corporativa, que difere dasantigas,cujavolta seria benéfica, atualizada, sem dúvida, organização corporativa que aproxima os empresários dos trabalhadores, mediantea discussão dosinteresses comuns, pois tanto têm interesse na empresa os acionistas representados pela diretoria comoostrabalhadores que ali tiram o seu sustentoesuasegurança familiar. Infelizmente, a CUT, mal orientada, e semse aprofundar, com assessoriaque fazo queela quer, repele aflexibilização ou corporativismode associação, sem intervenção do Estado, mas exclusivamente voltada ao interesse do trabalho. Se mudar, verá queseus membrosserãobeneficiados, com arapidez na solução dependências entreas duas partes, pois, em última análise, haverá, sempre, a Justiça do Trabalho para dirimir divergências que não puderam ser solucionadas. É o que a respeito

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O real e o sucesso do País

Roberto Brizola

O balançodesses anos do PlanoReal éamplamente favorável ao governo. Nem tanto pelo sucessoda estabilização dos preços e da inflação, mas, sobretudo, pela necessidade,aceita pelasociedade,de um mínimo de racionalidade e planejamentoeconômico em todos os níveis de atuação. AntesdoPlano Real,houve outros programascomosquais nossos planejadores aprenderambastante, principalmente comoPlanoCruzado, considerado avô do Real.

Ambosos planostiverama ousadiade mostraraosbrasileiros que, apesar de todos os nossos problemas, o Paísera v iávele poderiadar certo.O PlanoCruzado foiumsonho decurta duração,poucomais de trêsmeses;por sua vez,o Plano Real é uma realidade que já dura vários anos.

Quandoo Realfoianunciado,emjulho de1994,aoposição, desconfiada com os insucessos dos planos anteriores, preferiu apostar no imobilismo. Apressou-se em tachar o programade estabilização de demagógico e de eleiçoeiro. Errou feio. E deu no que deu. FHC foi eleito com bastante tranqüilidade por ter tido a coragem de acreditar que o Brasil poderia começar a dar certo. Quandoresolveu elaborar asdiretrizes doPlanoReal, FHCestava apostando alto: o objetivo implícito era retomar a política desenvolvimentista e a euforia, características do gov erno de Juscelino Kubitschek, que tanto marcou positivamente nosso país.

Obviamente, a oposição percebeua ousadia de FHC, mas conservadora como de costumepreferiujogar todas as suas fichas numa atitude cultural, infelizmente, muito em vogano Brasil e emtoda a América Latina: cultuar oherói perdedor. Omedodosucesso é tão grande e arraigado

Confiabilidade

Bertrandde Jouvenel,tido como umdosmais notáveis pensadores políticos do século passado, inicia seu livro sobre a Soberania procurando respostaà pergunta capital sobre o quetorna possívelofuncionamento da sociedade humana. Para chegar à solução colocasena posição do homem que está se preparando para um de seus primeiros atos matutinos: o detomar seudesjejum. Éum ato eminentemente pessoal. No entanto, aomeditarsobre ele constata que ele seria inviável, se não fosse umainfinita cadeia de atos solidários que o antecedeme possibilitam.Cada umadascoisasutilizadas nessesingelo ritual envolve uma sucessão de atos realizados antecipadamente,cada um a seu tempo e hora, os quais,por suavez,implicam emoutrosatos anterioresde igual característica.Podemos dormir tranqüilos quanto ao nosso café da manhã seguinte, por confiarmos em que o leiteiro eo padeirofarão suaentrega usual. A chave da cadeia queviabiliza ofuncionamento dos atos coletivos, mesmoos mais individualizados é uma só: a confiabilidade. Confiamos em que cada um cumprirá com seus compromissos e obrigações dentro dos prazos e sob as condições tacitamente correntes. E, nisto, a sociedade hu-

entrenós, latino-americanos, que,quando qualquer personalidade da política, dos negócios, das artes, dos esportes, da ciência e tecnologia começa a se destacar, logo surgem multidões de críticos que preferem atribuir seu sucesso a casamentos bem-sucedidos, a apadrinhamentos, ecoisas piores, do que à sua competência.

Detodos os balanços feitosaté agorasobre oReal, faltouo quetalvezsejao mais importante: o programa deestabilização deFHC reconciliou a sociedade brasileira, dividida pelos 20 anos deregimemilitar.Foi umavolta aosanos douradossóque numcenáriopolítico,social, econômicoe cultural totalmentediverso e já com odesafio da globalização a ser vencido. O brasileirohoje recuperou a esperança de dias melhores. Temos problemas? Sim. Eles são muitos e de soluções difíceis. Até porque alguns decorrem de uma conjuntura mundial desfavorávelaos paíseslatino-americanos. Dentre eles, nunca é demaiscitar o desemprego nas grandes metrópoles, o esmagamento do setor produtivo e competitivoda economiacomimpostos e uma burocraciaque emvezde diminuir sóaumenta; a persistência do riscode ocorrência dos déficits gêmeos(na balança comercial enastransações correntes); e a ausência de uma política industrial de longo prazo compatível com a globalização ede programassociais emergenciaispara fazerfrente a ela.

Mas todos esses problemas podemserresolvidos.E nós, empresários, bem como toda a sociedade brasileira, esperamos que eles comecem desde já aser reconhecidospelogoverno.Quantomais cedoissofor feito, melhor.

Roberto Brizola é presidente da Anefac

mana funciona nãocomo um mecanismo físico de relojoaria, mas antes,comoa figurade umpacto espiritual– umconsenso de credibilidade. Se puxarmos o fio de todas as ações e obrigações que são cumpridas para assegurar a certeza de um simples desjejum acabaremos por verneleenvolvida aatividade conjunta de toda a humanidade desde os primórdios da civilização. E, se aalguém essaafirmação parecerexagerada,procure visualizardeonde e como vem tudo o que está sobre a mesa do seu desjejum. Osatos sociais, mesmoos mais individuais e privativos, são elos dessa infinita cadeia de confiança global recíproca. Daí que os atos anti-sociais sejam, invariavelmente, atos de rompimento da cadeia de credibilidade e de ruptura do pacto social coletivo. Quando os místicos dizemque todossomos responsáveisportudo nãoestão anunciando uma crença idealista fantasiosa, apenascompactando numa fórmula abstrata e sintética o que háde mais concreto e realno funcionamento da sociedade humana. A confiabilidade éa matéria-primauniversal do pacto social que viabiliza a vida coletiva.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Transferência injusta

Afinal, os fabulosos lucros dos bancos anunciados recentemente no Brasil podem ser atribuídos apenas à eficiênciado sistemafinanceiro ouescondem outras razões não pertencentes ao saudável equilíbrio do mercado e à desejável livreconcorrência entre os agentes econômicos?Os lucrosrefletem apenas competênciagerencial ou decorrem de graves distorções na condução dapolítica econômicaque terminamporfavorecer unspoucosem detrimento de todos? É possível à sociedade como um todo suportar maciças transferências de renda dos setores produtivos em favor da interminável ciranda financeira sem queisso traga graves conseqüências ao País?

São perguntas que mais uma vez atormentamasconsciências,mesmode liberaisselvagensqueno passadorecebiam com repulsa qualquer intervenção governamental na economia. Na verdade, o mundo mudou e o Brasil terá que se adaptar à nova realidade. O governo britânico, por exemplo, acabade anunciar medidas no sentido de limitar oslucrosdos bancos porque os jurose tarifas cobradas estavam sufocando e inviabilizando as pequenas e médias empresas do Reino Unido. Neste caso, ocorreu a intervenção do governo assim que foi percebidoque asrelaçõesentreo mercado financeiro e o setor produtivo estavamsendo nocivas para o desempenho do país. Não houve, em nenhuma hipótese, interferência dogoverno em benefício ou proteção de algumsetoreconômico esimem defesa do país.

O governo britânico detectou que,a perduraras relaçõeseconômicas existentes entre o sistema financeiro eo setor produtivo, o grande perdedor seria o próprio governo e, por conseqüência, toda a sociedade. Na prática, o que ocorre quando há uma política de juros elevados e de tarifas de serviços bancários abusivaséque háumatransferência deriqueza doEstado para osetorfinanceiro,pordois motivos:

a) Em primeiro lugar pelo aumento das despesas com juros do próprio governo e;

b) Em segundolugar pela redução daarrecadaçãodeimpostos das empresas que pagam

elevadosjurose tarifas,emface da redução deseuslucros, que na grande maioria nemlucros reduzidos tem.

No caso do Brasil, além destes doiscomponentes, que por sinal já têm um peso muito grande nas contas públicas e podem ser facilmente mensuráveis, temos o terceiro, e talvez o maior e mais grave, que é a sonegação ou falta de recolhimento de impostosdiretos eindiretosgerados pela pressão que os bancos exercem junto às pequenas e médias empresas no sentidode receberem seus créditos, forçando, destaforma, a sonegaçãoe o não-recolhimento deimpostos e contribuições.

Isto ocorre porque o governo é um mau cobrador, demora paraexecutar, nãoinclui onomenoSerasaou naCentralde Risco do Banco Centrale não restringe o créditode seus inadimplentes.Portanto, énatural que as empresas paguem primeiro quem pode coagi-las mais. Assim,ogoverno,pressionado em suas despesas pelos juros sobre a dívida pública, e espremido em suas receitas pela sonegação efalta derecolhimento de impostos, se vê obrigadoa, cada vezmais, elevara cargatributária nominalsobre o setor produtivo da economia e sobre as pessoas físicas.

Em resumo, toda a sociedade está transferindoriquezas para o setor financeiro eesta é a verdadeiraexplicação paraos enormes lucrosdosbancosno decorrerdas últimasdécadase não só dos últimos dois anos como vem sendo veiculado na imprensa.

O lucro é inerente à atividade econômica, e deve ser preservado. Mas temse mostrado nocivo ao País e à sociedade quando ele éexcessivo. E, nestas situações, édever do governocriar mecanismos e regras que preservem o equilíbrio das relações econômicase sociais,comofez o governo inglês. Afinal, foia políticamonetária do governo que criou as condiçõesparaqueesta anomalia ocorresse e cabe às autoridades, agora,a responsabilidade de corrigi-la.

Lazar Halfon é empresário

Sem heróis Nãoprecisamos deheróis. Precisamos de gente que trabalhe de verdade, com seriedade, dedicação, afinco e grandeza. Talvez,por ser assim, que a professora Edi Greenfeld tenha sido assassinada nasproximidades da escola que dirigia em São Paulo. Não acho que devaservistacomo heroína. Pela profissão, nas condições brasileiras,já oera.Tem que servista comooexemplode fracasso de um país que pretende ser Nação.

Dever

A policia deSão Paulo deve uma resposta à sociedade.Uma diretora de escola que combate o tráfico de drogas ser assassinada na portada escola, praticamente,é um acinte, uma agressão, sem falar no valor da vida humana, que não pode ficarnas estatísticas e manchetes, simplesmente.

Insensatez

É insensato quehaja um crime dessa natureza e não ocorra uma convulsão, uma revolta, uma mobilizaçãodaspessoasde bem dessa mesmasociedade. A banalização do crime está nos tornando insensíveis. Gado marcado. Esperando a vez. Mais insensato de tudo é o crime ocorrer.

Ação O governador Geraldo Alckmin está agindo. O governo tucano tardou,mas começou a dar combate ao crimeemSãoPaulo. Mais do que a obrigação, exige a vontade política,o empenho, a exposição das fraquezas. Certamente o eleitor vai entender. Ano eleitoral é bom.Masé preciso ainda mais. Muito mais.

Protesto

Deixo registrado meu maisveemente protesto contraessa formahedionda decrime. Todocrime é hediondo. Mas matar uma professora é tão nojento, covarde, como um seqüestro.Como profissionale cidadão que defende a educação, não posso calar-me. Penaque oresto dasociedade siga no que mencionei ontem: fica no "que absurdo", apenas.

Saída

A educação é a única saídaparao Brasiljustoe equilibrado que queremos. Vou repetir isso um milhão devezes.Um diaalguém alémdemim,e alguns companheirosde luta,vai ouvir. E aí haverá a revolução daeducação.A que o Brasil tanto necessita. Até lá, somosumpaísquefabricaem sériecriminosos. Na falta de escolas e no cerco queo crime fazàs escolas. Impunemente. A sociedade faz que não vê. Não se mexe. Que absurdo.

Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

P. S . Paulo Saab

Uma declaração de amor à sétima arte

Cine Majestic, novo filme de Jim Carrey, tem como pano de fundo o período de caça às bruxas, mas é uma homenagem ao cinema Entreasestréias previstas para esta sexta-feira,o destaque é Cine Majestic (The Maj es ti c ), onovo filme de Jim Carrey. Mais umavez, o ator conhecido pelas comédias, em que prima pelas caretas, envereda pelo drama, na tentativade serreconhecidocomo um atorsério. Verdade seja dita, Carrey não precisa provar mais nada.Elese sai muito bememtramasmais sérias. Coma direçãode Frank Darabont (de À Espera de umMilagre ), a produção revela-se uma declaraçãode amor ao cinema.

Carrey (O Mundo de Andy e O Show de Truman, entre outros)éo roteirista Peter Appleton, que começa a vencer em Hollywood, no início dos anos 50. Seu primeiro roteiro produzido, um filme"B", estréia ao lado de Uma Aventura na África, de John Huston. Ele namora uma estrela em

ascensãoe estáemvias derenovar seucontrato. Mas aquele éo períodode caçaàs bruxas, quando o Comitê Anticomunista, comandado pelo senador Joseph McCarthy, investigavasimpatizantes docomunismo.Peteré convocado a depor. Outra vida – De um momento para o outro, ele perde tudo. Os estúdios desistem dele, a namorada o abandona. Ele sofre um acidente e vai pararnuma pequenacidade, onde é confundido com o herói da Segunda Guerra Mundial, Luke Trimble, desaparecido há oito anos. Peter passa a viver uma outra vida. Vai morar com o pai, Harry (o veterano Martin Landau) e reabrir o Cine Majestic, que dá título ao filme. A partir daí, o filme envereda por várias histórias deamor: a dopai pelo filho, a danoiva Adele (Laurie Holden, Arquivo X) pelo

rapaz que voltou e, principalmente, pelo cinema.

Cine Majestic usa a caça aos comunistas comopanode fundopara ahistóriaprincipal, mas não deixa de mostrar os erros cometidos. Peter entrou na lista negra por ter par-

Filme e séries estréiam na TV paga

Abril é um período de estréias na TV paga, que oferece de produçõesoriginais anovas séries. A TNT marcou para este domingo, dia 7, às 20 h, a primeira apresentação de sua produção original Abrindoo Jogo,queconta osbastidores do programa que revolucionou a coberturados esportes nos EstadosUnidos. Com elenco encabeçado pelo excelenteJohn Turturro ( O Poder Vai Dançar e O Último Lance, entre outros), nopapel de HowardCosell, a produção revela como se criou uma inovadora forma de transmissão de jogos de futebol,atraindo espectadores em pleno horário nobre.

MondayNight Football estreouem1970,pela rede A BC, comandado por um trio de comentaristas: Cosell, Don Meredith e Frank Gifford. Os três não se limitavam a transmitir ojogo,emitiam opiniões sobre tudo. O público dividia-se entre amá-los e odiá-los.O programatambémrevolucionoua transmissão, usando câmerasestrategicamente posicionadas, para captar também a reação dos torcedores e jogadores. A produção mostra o clima de competição entre os comentaristas, principalmente pela forte personalidade de Cosell. Abrindo o Jogo será reprisado nos dias 10 e 18 às 18 h; e no dia 26, às 22 h. Séries – Já ocanal Sony programou, a partir dese-

dePeter, rolam verdadeiras pérolas.

ticipado de uma reunião e, na verdade, ele fora apenas porque paquerava uma das integrantes do grupo. O único senão dofilme équando opersonagem faz seu discurso de defesa,enfatizando opoder da Constituição. Para o público brasileiro soa irreal, talvezos norte-americanos apreciem mais esse tipo de manifestação. As cenas inicialefinaldaprodução são ótimas,quando numa sala produtores e diretores discutem cenas do próximo filme

Inábilpara ocotidiano –Outro filme que chega às telas é O Último Lance (Luzhin Defence), baseado em romance de Vladimir Nabokov, conhecidopor Lolita. Trata-se de umbelíssimo drama,que conta a história do mestre do xadrezAlexander Ivanovich Luzhin(interpretado pelo magníficoJohn Turturro). Gênio, desdea infânciaele é totalmente inábil para as coisassimplesda vida.Nãotem amigos e não consegue transmitir seus sentimentos. Mesmo assim,conquistaNatália (Emily Watson, G os fo r d Park), para desgosto da mãe dela, quequeria casá-lacom umconde.Natália faz tudo paratornar avida deLuzhin melhor, masnão consegue evitar o trágico final.

gunda-feira,dia 8,asestréias de novas séries. Elas vão substituir Men, Women and Dogs e What About Joan, quedeixam o canal definitivamente; F el i c it y , que retorna emjulho, e Mysterious Ways , que retorna em breve. Os novos seriados são: According To Jim , comédia, com duração

de 30minutos, protagonizadapor James Belushi; Grounded for Life, comédia, 30 minutos, com Donald Logue eMegyn Price, um jovem casal, com três filhos e muitos problemas.

Law&Order; Criminal Intent , drama, uma hora, série vencedoradoEmmy, com Vicent D’Onofrio, Kathryn Erbe e Jamey Sheridan, policial sob o pontodevista do criminoso; T hat ’8 0s Show , comédia, 30 minutos, com Glenn Howerton, Tinsley Grimes, EddieShineGeoffrey Pierson,mostra umgrupo deartistastentando conseguirseu espaço; e, por fim, The Tick, comédia,30 minutos com Patrick Warburton, David Burk, Nestor Carbonelle Liz Vassey, mostrandouma dupla contra o mal. (BA)

Teatro para quem quer assistir ou apenas aprender

Duas boas oportunidades para quemgostadeteatro. Tanto deassistira peças, quanto deaprender arepresentar.Nesta segunda-feira, dia 8, estréia o circuito de peçasteatrais encenadaspor formandos do cursotécnico ator do Programa Profissão, da Secretaria deEstado da Educação deSãoPaulo.O curso foi ministrado no ano passado, pelo Senac,para jovens que concluíram o ensino médiona redepública estadual eprecisavamdeuma profissão. O resultado pode ser agora apreciado.

As peças serão apresentadas no TeatroFernando de Azevedo (praça da República, 53), àssegundas e terçasfeiras, atéo fimdo mês,sempre às 20 h, com entrada franca.Entre as peças, estãotextos de autoresconsagrados como Dias Gomes, Miguel de Cervantes, Brecht e Plínio Marcos. Para aqueles que gostariam deaprender aarte de representar, a Carmina Escola de Atores promove a II Semana deAulasAbertas, com entradafranca. São250 vagas, para o período de 8 a 12 de abril, em turmas de 25 alunos, com aulas das 19 h às 21 h ou das 21 h às 23 h, ministradas por profissionais como ClarisseAbujamra, Flávia Pucci, Bartolomeu deAro e Ivan Feijó. Detalhes pelo fone 3813-2500. (BA)

Trilhas sonoras tornam músicas mais atraentes

Há quem não resistaa trilhas sonoras de filmesou de telenovelas, muitas vezes colecionando-as. Outrosse interessam pelos discos deintérpretes atraídos por uma música incluídaem trilha sonora. Para os dois casos, chegamao mercados dois CDs interessantes.O primeiro éa trilhasonora do desenho deanimação Jimmy Neutron– OMeninoGênio. Ela vai interessar aos adolescentes, pois érecheada por canções de seus ídolos: Aaron Carter, Britney Spears, Nsync e Backstreet Boys, entre outros.

Algumas músicas foram feitasespecialmente para o filme e outras são remontagens de grandes clássicos. O loirinho Carter participa com três músicas inéditas: Go Jimmy Jimmy, Leaveit up to me e A.C.’s Alien Nation. Britneyentra com In ti mi da te d , BackstreetBoys com T he answer to your life e Nsync com umremix de Pop.A trilha inclui ainda os clássicos Blitzkreig Bop, dos Ramones, e finalmente We got the beat, do Go-Go’s.

Brasileira ganha versão –Um dos destaquesdo CD de estréia de MichaelBolton na Zomba Records, em selo Glo-

bo Jive,é a versão parao inglês da música A Miragem, do mineiro Marcus Viana, tema deLucas eJade,na novela O Clone, da Rede Globo. Com o título de All for Love, a canção também vai integrar os CDs lançados em Portugal, Itália e Ás ia . Only aWoman Lik e You,títulodo CD,trazcomposições do próprioBolton em parcerias, entre elas Dance With Me, parte da trilha do filme da Disney, S n o w do g s Bolton participa da produção como elemesmo, pois o personagem de Cuba Gooding Jr, é fã do cantor. Tambor e Flor – Não faz partede trilhasonora denovela ou filme, mas é um delicado trabalhode voz,violões e percussão. É o segundo CD da cantora e compositora mineira Consuelo de Paula, parte de uma trilogia musical iniciada em 98, com Samba, Seresta eBaião. Incluipeças de domínio público e composições próprias. (BA)

James Belushi é o bonachão pai de família na série "According to Jim"
Beth Andalaft
Jim Carrey, ladeado por Martin Landau e Laurie Holden, sai-se muito bem como protagonista de "Cine Majestic"
D ivulgação
John Turturro, ao centro, em "Abrindo o Jogo"
D ivulgaçãoD
Michael Bolton está na trilha de "O Clone"
ivulgação

ABC Plaza inicia ações

fomentar consumo de outono e inverno

O ABC Plaza Shopping, de Santo André,está investindo R$ 200 milpara vendernas estaçõesoutono einverno. Desfiles de moda já estão sendo feitos para divulgar as coleções do período de frio. A chamada aos consumidores é feita com blitz, nasquais jovens casais distribuem convites para os eventos em bares e universidades.

A ação faz parte da estratégia do empreendimento para se diferenciar num momento deexpansão donúmerode shopping centersnos grandes centros urbanos. No próximomês, a região do ABC paulista receberá uma nova unidade em Mauá.

Paraa gerente demarketingdo ABC Plaza, Márcia Pacheco,os desfilessãoum meiodedivulgação já bem conhecido, mas atraem um público significativo que deseja conhecer as novas tendênciasda modae acabaadquirindo aspeças exibidas. "As coleções lançadas são v endidas rapidamente. Por isso, decidimos intensificar a divulgaçãodosdesfiles", explica a gerente.

Sem revelar osganhos ob-

tidos comestas promoções, MárciaPacheco enfatizaque o seu sucesso também é decorrentedos meiosdiferenciados de divulgação. "Neste ano, a C&A criou e confeccionouasroupas doscasais que percorreram bares e universidades para distribuir os convites", acrescenta. Mães –A expectativa do shopping é queesta ação terá reflexospositivos também nas vendas do Dia das Mães, considerada asegundadata mais importante para as vendas no varejo, onde a maioria dos consumidores escolhe o vestuário para presentear.

O ABC Plaza Shopping instalou numa área da Prefeitura um balão com cesto para levaros consumidores em vôosprogramados. Com mais esta promoção, a expectativa é de que ocorra um aumento no público que passa pelo shopping.A médiadiária defreqüência é de50 mil pessoas. Por mês, o ABC Plazarecebe1,4 milhãodevisitantes, principalmente das classes B e C, situados na faixa etária dos 29 anos.

Paula Cunha

Troca de comando também na Microsoft

A empresade contabilidadeAndersen nomeouontem o chefe de sua divisão francesa, Aldo Cardoso, como novo presidente-executivo da companhia. Cardoso, que já era presidente do conselho da Andersen mundial,vai suceder Joseph Berardino, que renunciou na semana passada.

Microsoft – O vice-presidente de operações da Microsoft, Rick Belluzzo, considerado o responsávelpelo crescimento da unidade de Internet MSN,vaideixar o cargo

pouco mais de um ano depois de assumir a função. Belluzzo, 48 anos,vai deixar aposição formalmente em primeiro de maio,mas continuaráos trabalhosna Microsoft atésetembro,de acordo com agigante norteamericanade software.Analistas dizem que a saída tem a vercom mudançasnaempresa, que diminuíram o controle de Belluzzo na companhia, transformando-o em maisum executivoadministrativo. (Reuters)

Bom Ar tenta ampliar mercado de purificadores

A ReckittBenckinser, fabricante de produtos dehigiene e limpeza, quer aumentar sua participaçãono mercadodepurificadoresde ar com um tipo de produto que perfuma eao mesmo tempo decora oambiente. Paraisso a empresa está investindo R$ 1,8 milhão no lançamento doBom Ar CrystalAir,que tem uma fórmula concentradaemgel eé vendidonuma embalagem de vidro com design especial.

Omercadode purificadores de ar, incluindo os produtos de uso contínuo (sachês) e ação instantânea (aerosóis), movimenta R$ 51 milhões porano noBrasilecresceu 15% em 2001. Os aerosóis re-

presentam 61% desse total. Nesse nicho, a Reckitt é líder com 56%de participação.Já nosegmento deprodutosde uso contínuo, que representa 39% do mercado, a empresa é asegunda com 13% e espera chegaraos 30% até 2003com a ajuda do novo produto.

Casa – Segundo agerente do produto Bom Ar,SimoneKier, omercado de aerosóis émais expressivo porque as donas-de-casa se acostumaram a utilizar o produto paradar umtoque finalna limpeza doméstica. Com isso, os sachêsindus-

Reckitt pretende aumentar sua participação para 30% na área de purificadores de uso contínuo

trializados, que duram cerca de40 dias,ficarammarginalizados. Mas a ofensiva da empresa se dará exatamente nesse segmento. "Procuramosdesenvolver umproduto quedesse algo mais àdona-decasa,além da neu traliz ação dos maus odores e perfume. Então desenvolvemos uma embalagem para queo sachê faça parte da decoração da residência", afirma Kier. Com tecnologia inédita, vinda daFrança, oproduto promovea liberaçãodoperfume de forma progressiva. No segmento de aerosóis, a

Fábricas estimam 5% de sobra de ovos da Páscoa

Aindústria de chocolates começa a recolher no varejo as sobras dos ovos de Páscoa. O presidente da Associação Brasileira dasIndústrias de Chocolate, Cacau,Amendoim, Balas e Confeitos (Abicab), GetúlioUrsulino Neto, estima que das 18,6 mil toneladas de chocolate que foram consumidas pelas 18 indústriasdoramo paraafabricaçãode ovosdevemsobrar cerca de 5%.

O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas),Omar Assaf, avalia que a perda éum pouco menor, em torno de 1,5% a 2%, e a Lacta, líder em venda de chocolate duranteaPáscoa, estima que a perda é ainda inferior, pelo menos para ela. Seja qual for o número, o destino das sobras,no caso das maiores empresas,é o laboratório de qualidade para saberseelas podemounão

Boeing pretende entregar 12 novos aviões na América Latina

A norte-americana Boeing pretende entregar pelo menos 12 novos aviões a companhias aéreas da América Latina nesteano,o que corresponde a metadedo mercado local. "A região consome uma média de 24 aeronaves ao ano ejá temos12vendas",disse Danielda Silva,vice-presidente de vendas da Boeing para América Latina.

A Boeing entregou cinco aeronaves modelo737 paraa companhia aéreabrasileira

Gol nesteano epretende en-

tregaroutras trêsatédezembro. AVarig pretendiacomprar oito aviões daBoeing nesteano,mas adiouosplanos,devido àcrise mundial no setor aéreo em decorrência dos ataques terroristas. Silva acredita que a crise financeira na Argentinateve impacto piordoqueos ataquesaos EstadosUnidossobre ascompanhias aéreasda região.O executivo, porém, prevê que as vendas vão crescer, acompanhando um aumento notráfegoaéreore-

gional de 7,7% ao ano durante os próximos 20 anos. A ir bu s – A Airbus, fabricante européia de aviões, assinou um contrato no valor de US$ 650 milhões com fornecedoresjaponeses paraa construção de seu avião gigante A380. Oavião terá capacidade para transportar até 555 passageirosem trêsclasses, distribuídas por dois dois andares. A Airbus assegurou 97 encomendas firmes para o A380 que deverávoar em 2004. (Reuters)

GM inaugura centro de distribuição do Celta em Goiás

A General Motors do Brasil inaugurou ontem mais um dos cinco Centros de Distribuição de Veículos (CDV) do automóvel Celta no País. Localizadoem Anápolis,Goiás, o novo centrofoi implementado paradiminuirotempo de entrega doCelta aos consumidoresda regiãoCentroOestee dosEstados doAma-

pá, Maranhão, Pará e Tocantins, na região Norte. Com capacidade para estocar mil veículos numa áreade44 milmetros quadrados, oCDV deAnápolis deverá reduzir o prazo de entregado veículo na concessionária para pelo menos cinco dias, de acordo com a GM. Omovimento previsto

é de 10 mil veículos ao ano. Este é o terceiro centro distribuição inaugurado pela montadora para a entrega aos consumidores que compram o veículo via Internet. A empresa já instalouespaços semelhantes em Gravataí (RS), onde o carro éproduzido, e em São Bernardodo Campo (SP). (AE)

ser reaproveitadas.

Nestlé – De acordo com a assessoriadeimprensa da Nestlé, quetema vice-liderançanasvendasde Páscoa, os ovos que sobraram seguem para os Centros de Distribuição da empresa. Os que estão quebrados, amassados ou com a embalagem rasgada são destruídos.

Os que estão inteiros são acondicionados em caixas de expedição e voltam para a fábrica a fim de serem analisados pelo laboratório.Se estiverem em perfeitas condições, voltam à linha de produçãopara serem transformados novamente em bombonsoubarras dechocolate ou outros derivados de chocolate.

A Lacta, da Kraft Foods, prefere doar os ovos que estiverem dentro dos padrões de qualidade para entidades de caridade. (AE)

multinacional lançou o Bom Ar flores brancas e flores maçã e relançou a versão anti-tabaco,pararetirar ocheirode cigarro e cozinha. Óleo –Outra novidadeda Reckitt,no segmentodelustra móveis,foia criaçãodo óleo de peroba Poliflor, marca também daempresa.O mercadode óleosresponde por 20%da categorialustramóveis e até então não era explorado pela empresa, que só produzia cremes de lustrar. A Reckitt Benckinser tem váriasmarcas consagradas, como Veja, Lysol, Rodasol, Harpic, Passe Bem e Bom Ar, entre outros produtos.

Jogos – O vice-presidente senior de mídia da Yahoo, David Mandelbrot, e os programadores Michael Pilip e Eron Jokipiijogam sinuca

para comemoraro lançamento doserviço onlinede jogos. ComUS$7,95mensais, o usuário tem jogos, torneios e voice-chat. (Reuters)

Credores da Fairchild concedem crédito de US$ 20 milhões

A fabricante de aviões Fairchild Dornier, àbeira da falência, recebeu em sopro de vida ontem, apósos bancos credores cederemcapital para salvar a companhia.

As instituições financeiras adiantaram US$20milhões de um empréstimo no valor de US$ 90 milhões, que deve serfirmado nas próximas duas semanas. A Fairchild espera outro adiantamento na segunda-feira. A companhia alemã, que produz jatose peçasparaa Airbus, elegeu como prioridadea obtençãode novosfinanciamentos para as unidades lucrativasdeseusnegócios, antesde tentaratrair parceiros estratégicos.

TAM recebe dois aviões, mas não descarta Fokker

A TAM recebeu ontem mais doisAirbus 320,com capacidadepara 150lugares, e reafirmou seus planos de substituir os 50 Fokker 100 da sua frota em oito anos.

A empresa afirmou, porém, que não vai retirar logo asaeronavesFokker do ar, apesar dos acidentes que têm perseguidoesses aviõesnos últimosanos. Se omercado estiver aquecido, os novos aviões serão agregados à frota atual. (Reuters)

A brasileira Embraer é vista pelo mercado como uma

compradora em potencial, masserecusou acomentaro assunto. "O primeiro passo para conseguir os recursos necessários e manterem andamento os negócios da FairchildDornier foifeito",disse a companhia em um comunicado. Ogoverno alemão e do Estado da Bavária ofereceram garantias para parte do empréstimo. (Reuters)

Parceria entre Telefonica

e PT pode sair em maio

A joint venture para o mercadomóvel noBrasil, aconcretizarentreaPortugal Telecom (PT) e aTelefonica , poderá concretizar-se em MaioouJunho, disseFranciscoMurteira Nabo,presidente da PT. Murteira Nabo disse recentemente que a concretização desta parceria continuava dependente da resolução de doisproblemas regulatórios, designadamenteque a Anatel,o regulador brasilei-

ro, aprove as metas de cobertura da Telecomunicações de São Paulo (Telesp), controlada pela Telefonica, e também de uma decisão da PT sobre a migração da Telesp Celular para o serviço móvel pessoal. Relativamenteà perdade quota paraos concorrentes na área de telefonia fixa em Portugal,o presidente da companhia disse que tudo estádentrodas expectativas iniciais feitas pela Portugal Telecom. (Reuters)

Tsuli Narimatsu

Genômica amplia chances da laranja

A Alellyx vai tentar aumentar a qualidade e a produtividade de cinco tipos de produtos brasileiros com o uso da biotecnologia

A biotecnologia poderá aumentar ainda mais a produtividade dasplantaçõesdelaranja, soja,uva,eucaliptoe cana-de-açúcar nacionais. O prazo dedois atrêsanosfoi estipulado pelos cinco cientistas que formam a Alellyx, empresa de biotecnologia, para colocar nomercadoos primeiros resultados das pesquisas com genoma.

Os estudosdevem colaborarpara amelhoria daqualidadedas cinco culturas."A tecnologia de genômica aplicada, associada aoutrastecnologias de manejo, pode aumentar aprodutividade da agricultura no Bra sil", diz um dos cientistas da empresa, Paulo Arruda.

A meta da Alellyx é ser uma grande empresa de biotecnologia, diz o cientista Paulo Arruda

A Alellyx foi formada por profissionais Universidade deSão Paulo(USP),Universidade deCampinas (Unicamp),e Universidade Estadual Paulista (Unesp), no mês passado,com R$30 milhões aportados pelaVotorantim Ventures, braço de investimentosdo grupoVotorantim.

Os pesquisadoresestão em contatocom empresasdo segmento agrícola para detectar asnecessidades demelhoria das culturas, enquanto émontada aestruturada Alellyx no Parque Tecnológi-

codeCampinas, interior paulista."Queremos entender quais sãoos gargalos custosos do setore comoa tecnologia da genômicapoderá resolveros problemas", dizArruda, formadopela PUC Campinas e com doutorado em genética pela Unicamp. Detalhes dos projetos eas parceriassão mantidosem sigilo pelos pesquisadores. Arruda revela, porém, que o maior entrave no d es e nv o lv i me nto dos cinco produtos agrícolas são doenças comoas bacterianasefúngicas e condições climáticas desfavoráveis. A baixa propriedade nutricionaldo solo também pesa no resultado qualitativo das commodities. "Tudo isso está sob o controle dos genes evamos tentar desenvolver plantascapazes de tolerar as condiçõesadversas", relata Arruda. A biotecnologia pode ajudara melhorarodesempenho de produtos como a laranja, que no ano passado teveum rendimentomédiode

21,3 mil quilos por hectare e neste ano deve ter um decréscimode 4,24%naprodutividade. A cana-de-açúcar tambémcairá dos69,96 milquilos por hectareem 2001 para 69,95em 2002, de acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE)."Essas culturasrepresentam nichosinteressantes no País e no Exterior poisnão têmsido muito trabalhadas", diz Arruda.

Processo – Estão emprocesso decontratação dos 40 cientistas quevãotrabalhar nos laboratórios da empresa. Além degerar dados próprios, os cientistas da Alellyx deverão selecionar informações genéticas importantes em bases públicas.

As soluções desenvolvidas serão licenciadas. Arruda não temprevisão de quando a empresa passaráa gerarlucro, mas diz queo grupo cogita, inclusive, atuar como produtorse isso representar

ganhossignificativos. "Pretendemos ser uma grande empresa de biotecnologia", diz o cientista.

A Alellyxnão pretende atuar com transgênicos, na transferência de gene de um organismo para o outro, mas dizquenãose esquivará do conhecimentona área."Não

vamos deixar de dominar nenhuma tecnologia de aplicação na área agrícola", diz. Também fazemparteda turma de cientistas e sócios da empresaJesusAparecido de Jesus, da Unesp, João Carlos Setúbal e João Paulo Kitajima,daUnicamp, eAna CláudiaRasera da Silva, da

A ciência que estuda os genes dos seres vivos

Agenômicaé oestudoda organização edofuncionamento dos genomas, que são o conjunto de genesde uma espécie de ser vivo. As pesquisasda áreasão voltadastantopara osegmentode plantas, quanto para animaiseseres humanos. Omapeamento genéticohumano, por exemplo, é causa de identificação de cura ecausa dediversas doenças como obesidade, diabetes e hipertensão. Na agricultura,a genômicaé capaz demelhorar a qualidade ea produtividade de produtos, combatendo bactérias causadoras de doenças, como a Xylella fastidiosa queataca aslaranjas e também as uva. (ID)

USP. O biólogo Fernando Reinach é presidente interino da Alellyx. "A iniciativaprivada começa a perceber que temmuitacoisa boanasuniversidades", diz oReinach, a respeitoda parceria com a Votorantim.

Frango ultrapassa a carne bovina

Ocomplexo carne,composto pelabovinucultura, avicultura e suinocultura, é o segmentoque maiscresceno agronegócio brasileiro, que movimentou R$ 310 bilhões ou quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2001. As previsões de especialistas em comércio exterior é que, num prazo inferior a dez anos, o País seráo maior exportadormundialde carne. Os profissionais chamam atenção para o fato de que, se aparticipaçãobrasileira no mercado internacionalde carne e derivados vem aumentando acadaano, no mercado interno, o consumo de carne bovina, aves e suínos também vem registrando crescimento expressivo. É o caso, por exemplo, da carne de frango,cujo consumo percapita, emum período de sete anos, passou de 22 quilospara36 quilos.Aestabilidade da moeda e, por consequência o aumento da renda nas classespopulares, explica o aumento das compras no Brasil. O consumo de carnebovina vemregistrando

um crescimentomenor: passou de 28 quilos para 33 quilos per capita. Dados do Ministério da Agricultura mostram que para atender as necessidade de consumo interno, em 5,7 milhões de toneladas, e cumprir os contratos crescentes de exportação, a produção brasileiradecarne defrangopassou, nos últimos sete anos, de quatromilhões detoneladas para 7,2 milhões de toneladas. Emais: coma conquista ouampliaçãode mercados, como Ásia, Rússia, Oriente Médio e países do Leste Europeu, as exportações de carne

de frango, que em 2000 eram poucomaisde 900miltoneladas, somaram 1,2 milhão de toneladas em 2001. Nesteano asvendasexternas defrango deverãofechar o ano em 1,5 milhão de toneladas. Em2001,asexportações de carne in natura geraram uma receita de US$ 2,2 bilhões e, em2002, devem chegar a US$ 2,5 bilhões, prevê oex-presidentedaSociedade RuralBrasileira (SRB), Luis Haffers.

Hafferslembra quecom um rebanho de160 milhões de cabeças de gado e, graças a utilização dapesquisaetec-

nologia por uma número cada vez maior de pecuaristas, o Brasil tem condiçõesdedobrar emperíodoinferiora dez anos asua produção de carne bovina. Ouseja, de 6,9 milhões de toneladaspara 14 milhões de toneladas anuais. Hoje, os pecuaristas que utilizamtecnologia deponta conseguem índicesdeprodutividade média entre 150 a 200 quilosde carnepor hectare, superior à alcançada pelos grandes produtores mundiais, como Estados Unidos e Austrália, disseHaffers ao Diário do Comércio. Com isso,oBrasil temcondiçõesde aumentar aproduçãosem expandir a área da pecuária. Ontem, em Brasília, o Fórum Nacional de Pecuária de Corte da CNA encaminhou ao Ministérioda Agricultura pedidode rigornainspeção dacarne bovinaimportada da Argentina.Segundo ocoordenador do Fórum, Antenor Nogueira,as importaçõesrepresentam um risco sanitário o Brasil.

Joel Santos Guimarães

Reinach é o presidente interino da empresa de biotecnologia criada neste ano
Isaura Daniel
Brasileiros comem 36 kg de carne de frango ao ano, 3 kg a mais do que bovina
Agência
Estado

Pequenos querem exportar para China

O PIB (Produto Interno Bruto) chinês de US$ 1,3 trilhão e a população de 1,3 bilhão de habitantes estão entre os atrativos do país

Pequenos empresários do Brasil estão se preparando para entrar nomercado chinês.Showroomsem cidades chinesas e missões de empreendedores no País estão entre as estratégias dos brasileiros.

Um grupode pequenos empresários de Rondônia inaugurou esta semana um showroom em Xangai para mostraraos chinesesosprodutosdonorte doPaís.Mel, guaraná em pó, portas e janelas de madeira,estão entre os artigos expostos.

Os empreendedores, que exportam também para paísescomo Canadá, Estados Unidos e Espanha, estão procurando parceiros no Brasil. "Queremos colocarno showroomartigos detodoo País", dizLeonardo Helmer Calmom,coodenador do programa e diretor do Simpi (Sindicato daPequena eMédia Indústria), de Rondônia.

O primeiro contato do grupocom os chineses foi por meio de foto. Os empresários dacompanhia Bang,interessados nos produtos do grupo de brasileiros enviaram fotografias da empresa e do ambienteonde trabalham.O próximo passoserá ainstalação de monitores de TV para os brasileiros negociarem cara-a-cara com os chineses. O empreendedorchinês vai ficar junto com um tradutor,na China,e conversar como empresário brasileiro pela TV. "Amelhor forma de fazernegócio écom odono", diz Calmom. Visita esperada – A empresa de software Sira, de Campinas, interior de São Paulo, está aguardando uma missão chinesa para este semestre. Representantes da província de Zhe Jiang,que temcerca de200 milhõesde habitantes, devemvir parao

País para comprar softwares. Não é oprimeirocontato da empresa com os chineses. Desde 1997, aSira mantém relações comerciais com a China. Para este ano, a empresa esperaexportar parao país 20% da sua produção –US$ 2 milhões. A estratégia usada pela empresapara vender àChina foia exp erim enta ção do produto. "Deixamos os chineses testar o software antes de comprá-lo", afirma oengenheiro agrônomo Salvador Parducci, diretor da Sira. Os sistemas produzidos pelaSirasão dirigidosao mercadoagrícola.Por meio do software, o pequeno produtorpode calcular, por exemplo, o investimento que tem de fazer para aumentar a

Showrooms em cidades chinesas e missões de empreendedores no País estão entre as estratégias

produção. "Nomercado chinês temoschance decrescer, pois62% da populaçãoestá no campo", diz Parducci. Custos – Segundo Maurice Costin,diretorde Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), os pequenos e médios empreendedores devementrar na china por meio detrade."É difícil paraumpequeno empresário arcar com despesas de visitas, por exemplo", diz Costin. Relação com o Brasil – No ano passado, o Brasil foi o 20º principal parceiro comercial daChina. Segundoinformações do Ministério do Desenvolvimento, o País exportou US$ 1,9 bilhão para o mercadochinês –umcrescimento de 75%em relaçãoao anoan

terior. As exportações para a China representam 0,38% do PIB brasileiro. Os produtos visados pelos grandes empresários brasileiros vão desde soja até aviões, passando por café, ônibus,álcool eserviços.A Embraer,por exemplo,está fechando negócios com a chinesa Avic(AviationIndustries ofChina). A Embraco, que atua no setorde eletrodomésticos linha branca (compressores para geladeirase freezers)tambémestáinteressada no mercado chinês. No setor de serviços, os olhos dos brasileiros estão voltadospara odesempenho de trabalhos na área de informática, software,construção civil pesada e audiovisual (cinema, programas de televisão, livros e revistas).

Cláudia Marques

Empresa produz calçado ecológico

Conquistar novos mercados com produtos ecologicamente corretos.Essa éestratégia da Cocalfran (Cooperativa de Produção de Sapatos e Acessórios de Couro de Franca) para aumentaras vendas. A empresa estálançandoum modelo de sandália feminina fabricado com couro vegetal. O produto, obtido a partir do látex da seringueira, é resultado de três anos de estudos.

Segundo o presidente da Cocalfran, José Osmar Ernesto, aidéiasurgiudeuma

conversa com fabricantes de roupas e bolsas de borracha do Acre e de Rondônia, que já estãocomercializando sua produção. Até o ano passado, acooperativa fabricavasomente calçados em couro tradicional. "O couro vegetal é uma oportunidade para ampliarmos os negócios", afirma Osmar Ernesto.

A empresafoiabertano início do ano 2000, a partir de uma reunião de20 trabalhadores desempregados que buscavam umaopção detra-

cursos e seminários

Hoje

Exportação viaInternet – O cursoé dirigidoa microe pequenosempresáriosquequerem exportarpelaInternet.Duração: duashoras,das 14h30 às 16h30. Local: Sebrae São Caetano, rua Amazonas, 318, Centro, São Caetano do Sul. A palestra acontece hoje, as inscrições são gratuitas e devem ser feitas diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Básico de Importação – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários que querem saber sobre a importação de artigos para a revenda ou para fabricação de um terceiro produto. Duração: duas horas, das 15h00às17h00.Local:SebraeSantos, avenidaDonaAna Costa, 416, Gonzaga, Santos. Ocurso acontece na segunda-feira(08), as inscrições são gratuitas e devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Vendas externas: visitando o que se vende – O seminário é direcionado a micro e pequenos empresários que ter um maior controle das vendas da empresa. Duração: 16 horas, das 18h45 às 22h45. Local: Sebrae São Bernardo doCampo, avenidaRedenção, 271,sala 17,Centro. Preço:R$ 80 (micro epequenos empresários)e R$ 150(médios egrandes empreendedores). O curso acontece nasegunda-feira (08). As inscrições devem ser feitas até hoje diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

balho em Franca, São Paulo. Hoje, aCocalfran estáinstalada numa incubadora de empresas patrocinada pela prefeitura domunicípio de Franca, Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Sebrae (Serviço BrasileirodeApoio àsMicroe Pequenas Empresas).

Parceria– A matéria-primaparao calçado vegetal vem deuma parceria com a triboindígena Kaxinawa,do Acre. Os seringueiros desse estado ede Rondônia,mem-

bros do ComitêChico Mendes,doAcre,foram osresponsáveis pela aproximação entre os índios e a Cocalfran. Atéo momento, foram confeccionados apenas alguns pares para divulgar o produtoem algumaslojasde Franca.São oitomodelosfemininos, que incluem sapatilhas e sandálias.

Além do uso de couro vegetal para confeccionar o corpo do calçado, a solae os saltos também são fabricadoscom produtos naturais, como ma-

Como avaliar o mercado e buscar novas oportunidades de negócios – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários que querem avaliar onegócio ebuscarnovasalternativas. Duração:20horas,das 18h30às 22h30. Local: Sebrae São Paulo,rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$100 (pessoafísica,microe pequenoempresário)eR$ 180(médiae grande empresa). Ocurso acontece na segunda-feira (08)e as inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Como definir o preço de venda na indústria – O objetivo do curso é preparar micro e pequenos empresários para o fechamento de preços de produtosindustriais. Duração:20 horas,das18h30 às22h30. Local:Sebrae São Paulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$ 100 (pessoa física, micro e pequeno empresário) e R$ 180 (média e grande empresa). O curso acontecena segunda-feira(08)e asinscrições devemserfeitas atéhoje pelo telefone 0800-780202.

Como entender a matemática financeira – O curso é dirigido a gerentes, micro e pequenos empresários que querem entender matemática financeira. Duração: 20 horas, das 18h30 às 22h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$ 100 (pessoa física, micro e pequeno empresário) e R$ 180 (média e grande empresa). O curso acontece na

deira de reflorestamento. Números – Segundo Ernesto, desde acriação da cooperativa, as vendas de calçados cresceram cerca de 80%. Ofaturamento anualvaria entre R$80 mil e R$100 mil. Atualmente, acooperativa fabrica, por dia,cerca de 100 pares de sapatos em couro tradicional. Acapacidade de produção do produto elaborado com couro vegetal é de 200 pares diários.

Paula Cunha

Para entrar na OMC, país reduziu tarifas de produtos

Com a entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio), o país reduziu tarifas e quotas de diversos produtos de interesse do Brasil.Entreeles estãoascarnes bovinae defrango,café em grão,café solúvel, sojaem grão e óleo desoja, equipamentos, máquinas e peças para o setor automotivo. A tarifa queincidia sobre a carne bovina,porexemplo, foi reduzidade 39%no ano passado para 31,8% este ano, devendocairpara 12%até 2004. Ade cafécaiu de15% para 8%. A de suco de laranja, que era de 35% no ano passado, foireduzida para 15% e chegará a 7,5% até 2005. Veículos terão imposto reduzido de 28% para 25%.

Mercado – O PIB (Produto Interno Bruto) da China é de US$ 1,3 trilhão. A economia é a sexta maior do mundo. Nos últimos anos, o país vem registrandoum crescimento médio de 9% ao ano – um dos mais expressivos da economia mundial. No ano passado,a China exportou US$ 165 bilhões e importou US$ 200 bilhões. A populaçãochinesa é de 1,3 bilhão de habitantes, pelo menos 200 milhões são de classemédia com poderde compra. Esses dados, transformam o país num dos mercadosmais cobiçados do mundo.(CM)

segunda-feira(08) easinscriçõesdevem serfeitasatéhoje pelotelefone 0800-780202.

Qualidade máxima no atendimentoaocliente - Oobjetivodocurso orientar micro e pequenos empresários como ter mais qualidade no atendimento ao cliente. Duração: 16 horas, das 18h30 às 22h30. Local: Sebrae São Paulo,rua Vergueiro,1.117, Liberdade.Preço: R$80 (pessoafísica, micro e pequeno empresário) e R$ 150 (média e grande empresa). O curso acontecena segunda-feira(08)e asinscrições devemserfeitas atéhoje pelo telefone 0800-780202.

Recursos humanos:departamento pessoal naprática – Oseminário é dirigidoa microepequenos empresáriosqueprecisamentender ofuncionamento do departamento pessoal do pequeno negócio. Duração: 16 horas, das 18h30 às 22h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Arnaldo Vallardi Portilho, 185, Penha. Preço: R$ 80 (micro e pequenos empresários) e R$ 150(médiose grandesempreendedores).Ocurso acontecenasegundafeira(25) e as inscrições devemserfeitasatéhoje pelo telefone0800780202.

Contrato abusivo condena seguradora

Asseguradoras devemredobrar os cuidados na hora de fechar pacotes de seguro em grupo e solicitarexames médicos dos potenciais clientes, para descartar possíveis doenças preexistentes. Isto porque, perantea lei,o ônus da prova da doença ou da má fé do cliente cabe às empresas de seguro.

Tribunal de Justiça manda Sasse indenizar cliente por recusa no pagamento do seguro, com base no Código do Consumidor da cobertura do seguro.

função desse diagnóstico, foi encaminhada ao programa dehemodiálise daClínicade Doenças Renais de Taguatinga do Hospital Anchieta, no Distrito Federal,a partirde 1999. Para se beneficiar do seguro,vinha tendodescontos deR$156,30 mensalmente em seu salário.

Este foi o entendimento da desembargadora Vera Andrighi, relatora doprocesso que Antoninha Martins Ramalho moveu contra a Sasse –Companhia Nacional de Seguros Gerais, por tertidoseu pedido de indenização recusado indevidamente.

Para relatora do processo, o ônus da prova da doença cabe à seguradora e não ao cliente

Sacar – Antoninha Ramalho, beneficiária deum seguro em grupo realizado entre a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Sasse, tentou sacar o seguro saúde, de R$ 20 mil, para tratamento de doença renal grave, conforme indicado. Segundo a segurada, em

Contestou – A seguradora contestouesse argumento, explicandoque oprimeiro contratode segurofoi fechado em 1992e, apartir daí, houve inclusão de novos produtos em diferentes datas, sendoque aúltimafoi em 1998, quando ocorreu a inserção da coberturapor invalidezpermanentepor doença (situação da segurada).

Portanto,como ocontrato de AntoninhaMartins Ramalhoera anteriora essadata, não lhe dava o direito a indenização, ou seja, subentendia que, por estar incluída na situação de"doença preexistenteàcontrataçãodo seguro", não poderia se beneficiar

Argumento– A justificativa da relatora do processo paraderrubaro argumentoda seguradora foi o de que a empresanão realizouosexames médicos nos segurados, antes de firmarocontrato, eseo contratocontinha cláusulas alusivas às doenças preexistentes, deveria assumir os riscos do negócio, não podendo recusar-se a pagar a indenização devida.

Vera Andrighi se utilizou também do Código de Defesa doConsumidor paraargumentar que as cláusulas consideradas abusivas, previstas nos contratos de seguro, podem ser contestadas nos tribunais (artigo 51,IV, do Código do Consumidor).

Na avaliaçãoda redatora do Cadernode Jurisprudência do grupo IOB Thomson, Alice Sampaio, contratos de adesãoque tenhamcláusulas desfavoráveis aos clientes devem ser interpretados de formamaisrestritiva, semdeixar margem a dúvidas. (Leia ao lado a íntegra do acórdão)

Duplicata não pode ser cobrada

sem constar o valor da dívida

Sem a especificaçãoe o valor dosserviços fornecidos pela concessionária de telefonia, a simplesemissão de duplicata, sem aceite do devedor,não ésuficienteparaa cobrança de dívida.

A decisão da 4ª Turma do SuperiorTribunal deJustiça (STJ) confirmoujulgamento anterior da Justiça mineira, desfavorávelà Telecomuni-

cações de Minas Gerais (Telemig).A empresapretendia receber R$ 1.972,52, relativos a uma conta telefônica supostamente não pagapelo proprietário da linha. Protestado– Con for me argumentos daTelemig, a conta nãofoi pagae otítulo acabou protestado. Como o proprietário nãose manifestou, seu silêncioteria atesta-

do a prestação do serviço, umavezque elemesmoconfessou sersua alinha detelefone inadimplente.

A concessionária, então, entrou comuma açãomonitória, instrumento jurídico utilizado por quem pretende, com base emprova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento desomaem dinheiro. (ABr)

Novo Código Civil aumenta a responsabilidade do transporte

Proibição de recusa de passageiros e a possibilidade de desistênciada viagemerestituição do preço da passagem sãoalgumas regrassobre contratode transporte de passageiros previstasno novo Código Civil, que passarão avigorarapartir de11dejaneiro do próximo ano em todo o País.

O atual Código não faz previsão alguma sobre o assunto e as regulamentações existentesestão dispersasem leisespecíficas decada tipo de transporte (aéreo,marítimo, terrestre).

Outras normasqueagora devem ser obedecidas pelas empresas de transporte dizem respeito ahorários e itinerários das linhas, conservaçãodos veículose suaresponsabilidade tantopelo passageiro quanto pelas bagagens.

Conflitos – Apesar de instituir regras básicas sobre o assunto em nível nacional, as novas normaspoderãoentrar em conflitocom a legislação já existente e causar prejuízos aos usuários."Em comparação com outros países, as normas brasileiras são v agas, dadas àinterpretações",diz o professor titular

de Direito Civil da faculdade deDireitoda Universidade de São Paulo,AntonioJunqueira de Azevedo.

O professor teme contradiçãotambém entre as novas regraseas doCódigodeDefesa do Consumidor.

SegundoAzevedo, oCódigo de Defesa do Consumidor játemnormas sobreprestação de serviço, sobre onde o transporte está inserido e sobre responsabilidade objetiva do fornecedor dos serviços. "As empresas já respondiam pordanos aos passageiros in de pe nd en tementede culpa. Nonovocódigo nãoestánada muito claro."

Projeto aumenta responsabilidade das empresas com relação à segurança dos passageiros

responsabilidade nas caronas. Pelo novo Código Civil, a carona nãoestá subordinada às normas do contrato de transporte,inclusive no que diz respeito à segurança. "A Constituição garante o direitoàsegurança eeuentendo queessedireitonão dependa de pagamento. Todos nós devemos estar seguros na nossa integridade física e psíquica, em nossodireito de ir e vir, emqualquer circunstância. A obrigação de segurança como está na Constituição é geral."

falências e concordatas

Consumidor – Assim como o Código de Defesa do Consumidor, o novo Código Civil também proíbe a elaboração de contratos que eximam aempresa deindenização emcaso de perdas edanos. Mas, segundo Azevedo, noCDC tambéméproibido impor limites às indenizações, enquantoque o novo Código Civilnão diznadaa respeito. Outra dúvida paira sobre

Prefeitura –A assessoriade imprensa da Secretaria Municipalde Transportes informouqueaempresa gerenciadorado transportenaCapital, aSãoPaulo Transportes (SPtrans), ainda não estudou onovoCódigo Civil e continua seguindo a lei municipal que rege o transporte coletivo urbano de passageiros. Emcaso de não cumprimento de contrato, asdecisões se baseiam no Código de Defesa do Consumidor.

Catarina Anderáos

Itamar Franco anuncia

que vai continuar no governo de Minas

O governador deMinas Gerais,Itamar Franco (PMDB) anunciou quenão v ai se desincompatibilizar paraconcorrer às eleições desteano. Itamarvinhasendo cotado, nos últimos dias, para compor a chapa do candidatodo PSDB à Presidência da República, senador José Serra(SP).Sem adesincompatibilização, Itamar mantém aberta a opção de tentar a reeleição.

O anúncio dadecisão foi feito por meio de nota oficial, lida pelo secretário de Comunicação do governo, Luís Márcio Viana. Itamar não diz se pretende ser candidatoà reeleição.

Diálogo – Segundoo texto divulgado, “ogovernador do Estado de Minas Gerais participaquenãose desincompatibilizará do cargo. Permanecerá noexercício de suas atribuições constitucionais e, especialmente, à frente da condução política deMinas".

Anota diztambém "queo governador exercitará, sem condicionamentos, o mais amplo diálogo com todas as correntes políticas,de sortea garantir a prevalência do interesse público, a moralidade notrato do bem comum, a soberania, a autonomia e a al-

tivez na condução dos interesses de Minas e do Brasil".

Ontem,durante solenidade no Palácio da Liberdade, Itamar afirmara que anunciaria hoje a decisão. Bom sinal – A desistência de Itamar Franco de disputar a vice-presidência da República na chapa do candidato do PSDB, José Serra, foi recebida como bom sinal pelo comandoda campanhatucana e especialmente pelos dirigentes nacionaisdoPMDB. Segundoexplicou umafonte do partido, o governador desejava "ser ungido" candidato a vice, uma pretensão impossível numa legenda dividida e com osproblemasregionais do PMDB.

Ostermos da notaoficial do governador, emque anuncia que permanecerá no cargo, foram interpretados como um sinalde abertura e aproximação da candidatura Serra eda cúpulado partido, cujacomposiçãosempre lhe foihostil. Itamarsemostrou disposto, diz a fonte, a ajudar a "equacionar a questão mineira", isto é, sobre quem no PMDB e no PSDB será candidato a quais cargos, e a abrir o “mercadode votos” do segundo maior colégio eleitoral do país para a campanha de José Serra. (AE)

Governo e PMDB tentam reforçar a integração

As cúpulas do PMDB e PSDB fizeram ontem a primeira reuniãoconjunta para definir asregrasda aliança entre os dois partidos, na eleição presidencial. O encontro, no Palácio da Alvorada, com aparticipaçãodo presidente Fernando Henrique Cardoso e de seu candidato na corrida sucessória, senador José Serra (PSDB), foiarticulado para evitar que a parceria "fizesse água"antes mesmode ser oficializada.

Na falta de um substituto natural para o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), o que provocou uma corrida de peemedebistas pelo posto de vice na chapa presidencial do tucano JoséSerra, oscomandos dos doispartidosdecidiram agir para preservar a aliança.

Inversão – " Resolv emos invertero processoediscutir o ritual daaliança, antesde falar emnomes", explicou o líder doPMDBnaCâmara, Geddel Vieira Lima (BA), ao frisar que a escolha dovice tem de vir de um conjunto de vontades que envolva governadores e lideranças dos dois partidos, e não da vontade exclusiva dogrupo doAlvorada.

O presidente nacional do partido, deputadoMichel Temer (SP), lembrou que, enquanto todos contavam comJarbas, surgiram vários problemasentre tucanose peemedebistas nos Estados, que precisam ser resolvidos com urgência. "Vamos criar um núcleo de campanha para que possamos resolverconjuntamente cada uma desta pendências e,

PFL fecha aliança com partidos contra Serra e Lula

Em silêncio,o PFLfez um pacto, ao centro, com o PSB e com oPPS, noqual todosse afastam de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que ficará caracterizado comoo candidato daesquerda, e deJosé Serra, doPSDB, orepresentante do governo. Os dirigentes pefelistas acreditam que voltaram a terinfluência decisiva na sucessão presidencial, porque com oPS BeoPPS podem garantir um candidato no segundo turno, seja para enfrentarLula,sejapara brigar com Serra. "É disso que o governo tem medo",diz odeputadoRobertoBrant (PFL-MG),exministro daPrevidênciaSocial, que pediu demissão no dia 7 de março, logo depois da decisão de seupartido de se afastar do governodeFernando Henrique Cardoso. "É esse o trunfo máximo do PFL agora", afirma Brant. Rompimento – Ele diz ainda que, apesar da crise em que o partidose meteulogodepois do rompimento com o governo e da aparente falta de saída, por causa da descoberta de R$ 1,34 milhão em dinheirovivo numa empresa de Roseana Sarney, o PFL não perdeu nenhumdeputado para a candidatura de Serra. Hoje,conta,o partidoé procuradopor outraslegendas, interessadas em obter o seu apoio em praticamente todos osEstados. "Nuncafo-

mostão namorados",diz Brant."Saímosdoinferno e estamos entrando no paraíso".

É claro que faltam ainda algunspassos importantespara que o PFL possa encontrar o seu "empíreo", mas a manutenção da unidade do partido ea decisãodese tornarindependente ajudaram a manter a identidade partidária, afirmao deputado. E, para que tudo volte ao normal, falta uma coisa: "A explicação de Roseana para a origem do di-

nheiroencontrado emsua empresa", insiste Brant. Visita – Por acreditar que está numa situação boa que o presidentenacionaldo PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), aceitou visitar o presidente Fernando Henriqueno Palácio daAlvorada, na terça-feira à noite. Antes, Bornhausen temia

que o simples registro de sua presença nas proximidades do Alvoradapudesse agravar ainda mais a crise pefelista. Foi também por se julgar recuperadoque opresidente do PFL disse a Fernando Henrique que seupartido jamais apoiaria o tucano José Serra,nem que nosegundo turno restassesomente osenador do PSDB e Lula. "Entãovocês vãoeleger oLula?" perguntou Fernando Henrique. Bornhausen respondeu: "Uma disputaentre Serra e Lula não nos dizrespeito, porquevamos fazeroposição, não importaquem vencer".

Diante de um presidente da República aparentemente surpreso, Bornhausen disse ainda: "Se nosegundo turno sobrarem Serra e Lula, eu vou para casa".

Na conversacomFernando Henrique, o senador Jorge Bornahusennão faloudos planos doPFL nemdo acordo pelo centro fechado com o governador Anthony Garotinho, do PSB, e com Ciro Gomes, do PPS. Nessa ação, os candidatos dos três partidos comprometem-se anão agredirosoutros. Epessoas ligadasa elespromovemencontros periódicos.( AE)

com estegrupoharmonizado, fortalecemos ateseda aliança para que o nome do vice vá nascendo naturalmente", resumiu Temer, a caminho do Alvorada.

Mas não sãoapenasas questões regionaisquevão pesar.Emjogo,desdejá, estão os postos de comando do Legislativo. Além davicede Serra, o PMDB quer a presidência da Câmaraou do Senado.

Procura – Tucanos e peemedebistas tambémjá não têm a ilusão de que o nome do vice surja de forma natural. "Este entendimento terá de ser construído, em função das dificuldadesda própria candidatura, erápido", avaliou um líder do PSDB. Nas articulaçõesfeitas nos bastidores dos dois partidos, os mais fortes candidatos a vicesãoo prefeito de Joinvile, LuizHenriqueda Silveira (SC), opresidentedo Senado, Ramez Tebet (MS) e o deputado Henrique Alves (RN).

Sondado navéspera por Temer, depois depassar pelo crivo da cúpula da campanha tucanareunidano Alvorada na madrugada de terça-feira, Luiz Henrique chegou a assumir de públicosua candidaturaa vice. "Ainda não tem fotografia, mas já está tudo acertado",animou-se oprefeito, ao lembrar que transita beme temcapacidade para pacificar oPMDB, além de estar credenciado a levantar a bandeira do municipalismo. Foi logo corrigidopelo comando do PMDB, que explicou quehouve convite,e sim uma sondagem. (AE)

Um acordo secreto com conversa de bastidores

Pela nova aliança, Ciro Gomes,por exemplo,nãopode aparecer junto com Anthony Garotinho, porque corre o riscodeperder oapoiode Leonel Brizola, presidente do PDT e inimigodo candidato do PSB. Mascoordenadores da campanha do ex-ministro da Fazenda podem conversar. E têm conversado muito. Garotinho,porsua vez, tem falado seguidamente com Roseana Sarney, doPFL, que nãotem impeditivosparafalar publicamente com Ciro. No jogo político, os protagonistas aceitam osgolpes e procuramrevidar quandoé possível. Nocasodo PFL, o

partido ficou quase um mês na defensiva.Agora, acredita que chegou omomentode tentar dar o troco em Serra. Desgaste – Nas reuniões quetem feito,avalia-se quea recusa do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, do PMDB, de se candidatar a vice de José e Serra, provocou um desgaste político muito forte no tucano.

Aponto de oPFL sonhar com a possibilidadede Serra desistirda candidatura,para dar lugar a um outro nome. Nesse caso, o partido acena com a possibilidade de recompor a aliança com o atual governo. (AE)

Roseana deixa cargo sem definir candidatura

Em ritmo de campanha,a governadora do Maranhão, Roseana Sarney(PFL), deixa hojeo cargopara entrarnuma disputa que ainda não sabe se será pela Presidência ou por uma vaga no Senado. O presidente nacional do PFL, senadorlicenciado Jorge Bornhausen (SC), vai a São Luís para prestigiar suadespedida. Maso rumodo partido na sucessão presidencial permanece incerto, desde que a PolíciaFederal encontrou R$ 1,34 milhão na empresa da governadora. Ontem, aoser indagadase oPFLestá dispostoabancar

suacandidatura à Presidência, Roseana respondeu: "Eu acho que sim, né?", sugerindo que a pergunta fosse feita a Jorge Bornhausen. Semdefinição– Mas a governadora deixou claro que a definição está longede ocorrer. "Vou conversar e tem muito tempo aípela frente, a convenção (partidária para definição dos candidatos) é só em junho",afirmou,ao abrir encontro sobre saúde pública no Estado. O deputadofederal Cesar Bandeira (MA)disse que"o partidosó não apoiaráRoseanase ela acabar desistindo". (AE)

Bornhausen: "Uma disputa entre Serra e Lula não nos diz respeito."
Roberto Castro/AE

Bush pede que Israel saia da Palestina

Presidente americano exige suspensão da ofensiva militar israelense e o empenho dos países árabes para conter terror

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, exigiu ontem que Israel suspendasuaofensiva militar contraos palestinos e que a nações árabes reprimam mais os terroristas. Ele anunciou que o secretário de Estado ColinPowell viajaráà região para levar a nova mensagem. "As tempestades de violência não podem continuar. Chega", disse Bush Bushestava enfrentando crescentes críticas comcada novo atentado suicida a bomba contra israelenses e a respostamilitar deIsrael.Ele tem sido acusado, por um lado, de fazer demais e, por outro, de não fazer o suficiente. Suspensão – O discurso de ontem visou forçarIsrael e palestinosa tomaremduras medidas pela paz. Para Israel, Bush pediu asuspensão de incursõesem áreascontrola-

das pelos palestinos. Altos assessores, que pediram para nãoserem identificados,disseram que Bush acredita que a operação militar pode eventualmente minar a segurança de Israel ao incitar mais violência emesmo espalharse para além das fronteiras israelense-palestinas.

Ao lado dePowell nos jardins da Casa Branca, Bush exigiuqueIsrael parede construirassentamentos em áreas palestinas e "demonstre respeito e preocupação com a dignidadedo povopalestino". Ele dissequepassagens fronteiriças fechadas devem ser abertas para permitir o livre fluxo de palestinos.

"Falo como um amigo comprometidode Israel, preocupado comsua segurançaa longoprazo", afirmou Bush.

Terroristas – Aos palesti-

nos, Bush reiterou sua advertência de que nações que ajudam terroristas serão tratadas como os terroristas. Ele exortou Arafat eseus vizinhosárabes a"unirem-se e enviarem uma clara e inequívocamensagem aosterroristas:Se explodir,não vaiajudara causapalestina. Pelo contrário, missõessuicidas a bombapodem bemexplodir a melhor e única esperança de um Estado palestino".

Ele pediuaos paísesárabes para ajudarem Arafata contero terrorismo, interromper o financiamentodos terroristas e pararem de incitar a violência"com aglorificação do terror na mídia estatal".

"Enquanto Israelrecua, líderes palestinos e árabes vizinhos de Israel têm a responsabilidade dedar umpasso à frentee mostrar aomundo que estão verdadeiramente

do lado da paz", disse Bush. Assessoresafirmaram que ele estava frustrado e desapontado com a inabilidade de Arafat de conter o terrorismo, e espera que líderes árabes assumam a tarefa.

Sobre Arafat, disse Bush: "A situaçãoem quevocê se encontra hoje foi no geral causado por você mesmo. Ele tem perdido suas oportunidades e assimtraiu as esperanças de seu povo".

Cessar-fogo – A missãode Powell, quetem iníciona semana quevem, éde levara mensagemde Bushaoslíderes árabes e israelenses. Ele espera convencerIsrael aparar suas incursões militares, conseguir queos dois lados declarem um cessar-fogo, e dêeminícioa conversações sobre questões políticas, como os assentamentos judeus, disse um assessor. (Agências) Bush: "As

Ação militar vai continuar, diz Sharon

O primeiro-ministro israelense ArielSharonafirmou que a ofensiva militar nos territórios palestinos vai continuar,apesardo pedidodo presidentedosEstados Unidos, George W. Bush, por sua suspensão.Sharon decidiu, porém, permitir que o enviado dos Estados Unidos,Anthony Zinni, se encontre com o líder palestino Yassser Arafat em Ramallah.

Ariel Sharon também acusou o Irã e a Síria de ajudarem a guerrilha libanesa na recentesérie de ataques contra a fronteira norte deIsrael, horas antesde oexército anunciar que os militantes lançarammísseis Katyushacontra postos de Israel.

Acusação – Nãohouve informações imediatas sobre feridos no ataque de mísseis ao longo de uma disputada

na fronteira. Tem havido quase diariamente ataques dessetipona regiãodaGaliléia, e Sharon confirmou que esses ataques são lançados com a"aprovação eassistência do Irã".

Ele também se referiu a um fogueteKaryusha queexplodiu anteontemem território israelense e que, segundo o premier, foi lançadopor palestinos que militam na Frente Popular-Comando Geral de Ahmed Jibril, que tem sua sede em Damasco.

Israel tem lançado bombardeios aéreos efogo de artilhariacontrasupostos esconderijos da guerrilha perto da fronteira em retaliação pelos ataques.

Civis libaneses estão fugindoda região. Na manhãde ontem, cerca de 300 pessoas sdaíram de Halta. (AE/AP)

Brasil poderá integrar missão de paz das Nações Unidas

OBrasil jáofereceuajuda ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, ONU, caso oórgão decida enviar forças de paz ao Oriente Médio, disse ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer.

"O Brasil tem tradição na participação de forças de paz", disse Lafer a jornalistas, acrescentando que em 1956 o País integrou as forças de paz da ONUna Penínsulado Sinai,durante achamada "Guerra do Sinai."

Rússia teme que violência aumente no Oriente Médio

A Rússia alertou ontem que a situação no Oriente Médio é "extremamenteperigosa" e expressou sua profunda preocupação com a possibilidadede queaviolência seespalhe na região.

Em um comunicado de duas páginas, o porta-voz do Ministério das Relações Exterioresrusso, AlexanderYakovenko,também conclamou para que israelenses e palestinos respeitem imediatamentea resolução1.402da ONU, que determina um cessar-fogo bilaterale aretirada das tropas israelenses dos territórios ocupados.

Perigo– "A situação no Oriente Médio está assumindo um caráter extremamente perigoso", afirmou Alexander Yakoveno.

Ataques dividem o Parlamento israelense

ONU – Segundo Lafer,o presidente FernandoHenrique Cardoso já telefonou para o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para oferecer ajuda brasileira no caso do enviode tropasà região. "O presidente já comunicou que oBrasilestá prontoadarsua colaboração para encontrar, através de uma presença brasileira, uma solução."

NOTAS

Inflação sobe 4% em março na Argentina

Os preçosao consumidor na Argentina subiram 4% em março, abaixodas expectativasdomercado, apósaforte desvalorizaçãodopeso ter causadoaelevação dospreços dos bens importados. No mês, os preços no atacado aumentaram 11,2%. (Reuters)

O ministro CelsoLafer fez questão de dizer que a participação do País sempre se faráno âmbito da ONU. Asituação no Oriente Médio vem se agravando na última semana, desde aexplosão de um homem-bomba palesti-

Americanos buscam auxílio-desemprego

Onúmero de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA saltou na última semana, de acordo com o Departamento de Trabalho. Os pedidos subiram para 460.000 na semana queterminou em30 demarço, omaisalto nível para uma semana. (Reuters)

no que matou 26 pessoas. Desdeo ataque, tanquese soldados israelenses tomaram posiçõesno QGdo líder palestino Yasser Arafat, em Ramallah, na Cisjordânia. Hostilidades – O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon,disse queIsraelcontinuaria com sua campanha militar em áreasgovernadas pelos palestinos para eliminaro "terror"e se engajaria em conversações depaz com os palestinos somente "quando houveruma total parada no terror, de hostilidades e de incitamento". (Reuters)

Governo de Angola e Unita em paz

O governo de Angolae o grupo rebelde Unita assinaram ontem acordopara cessar-fogo como um primeiro passo para o fim de uma prolongada guerra civil neste país africano.O governodeclarou feriado nacional para celebrar a ocasião. (AE)

O debate dentrodo governode Israelsobre osataques palestinosdividiuo Parlamento,enquanto o primeiro-ministro ArielSharon busca apoio da direita. No Parlamento foram ouvidas ontem palavras fortes, entre elas, a do líder comunistaMohammed Barake, queadvertiu Sharonqueele

sairá do conflito como "criminoso de guerra". Em resposta,odeputado ultranacionalista IhalBibi gritou de sua poltrona: "Traidor, inimigo de Israel". Ele foi retirado à força do Parlamento. Foramexpulsos também alguns ativistas do Mertz que mostravam cartazes criticando ataques de Sharon. (AE)

Anteontem, o presidente russo, VladimirPutin,condenou os ataques terroristas palestinos contra cidadãos israelenses. E também exigiu que Israel coloque um fim nasretaliações feitas,mas tambémexigiu queIsrael acabe com sua retaliação.

Oministro doExteriorespanhol,JosepPiqué,eo representante europeu de Política Exterior, Javier Solana, se retiraram deTel Avive estão retornando a Madri. Sharon não autorizouosrepresentantes europeus a se encontrarem com Arafat. (AE/AP)

Juiz argentino decide manter na prisão ex-ministro Cavallo

O juiz Julio Speroni recusou opedido de habeas corpus dos advogados do ex-ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo. Ele foipreso anteonteme acusadode envolvimentono contrabando de armas à Croácia e ao Equador, entre 1991 e 1995.

O pedido dosadvogados Eduardo Oderigo e Rafael O´Gorman foi feito no mesmodiada prisão,masojuiz deliberou sobre o assunto somente ontem.Cavallo está

em uma cela do Esquadrão Buenos Aires da Gendarmeria Nacional (polícia de fronteira). Umdos advogadosdo ex-ministro argentino afirmou que o ex-presidente Carlos Menem teve mais responsabilidade que seu cliente no suposto delito. Menem– Na ocasião, ele era ministro do governo Menem, queesteve detidocinco meses no anopassado por uma causa paralela. "Oargumentode queCavallo era responsável pela Al-

fândega para atribuir-lhe um contrabando parece-meser enganoso. Comesse critério, Menem é muito mais responsávelque Cavalloporqueera o chefe da administração", disse Afredo Castanón, o terceiro advogado de Cavallo. Decretos – A Alfândega dependia diretamente do Ministério da Economia durante a administração de Domingo Cavallo, que assinou quatro decretos em conjunto comMenem paraa vendade armas. (Agências)

tempestades de violência não podem continuar. Chega".
Larry Downing/Reuters
Sharon segue em helicóptero militar ao encontro de dirigentes de tropas israelenses, instaladas ao norte da Palestina
Moshe Milner-Handout/Reuters

Governo estuda aumento de impostos

Novo ministro do Planejamento diz que alternativa para compensar perdas da CPMF é elevar a alíquota do IOF, do IPI e do II

Paracompensar as perdas na arrecadação devidoao atraso navotação daemenda queprorroga acobrança da CPMF, o governo já admite a possibilidade de aumentar algunsimpostos. Dalistaem estudo, fazem parte o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Impostosobre Produtos Industrializados (IPI) eo Impostosobre Importação (II), conforme admitiu ontem o novo ministro do Planejamento, Guilherme Dias.

São esses os impostos que o governo poderia aumentar

para compensara ausência daCPMFsem precisar de aprovação do Congresso nem danoventena",explicou. Ele admitiu, no entanto, que, como a base de arrecadaçãodesses tributosémenor quea daCPMF,o aumento teria que ser grande, a ponto de prejudicar a economia. Alternativa – A possibilidade está sendo estudada como uma segunda alternativa, caso não seja possível alterar a noventena, que é o prazo que umacontribuição tem para entrar emvigordepois de promulgada por lei.

Na opinião do diretor do Instituto de EconomiaGastãoVidigal, da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo,opossível aumentodoIOF vaiprovocaralta dos juros, acabando com as atuaisexpectativas de queda nas taxas. " A recuperação da economia está baseada na queda dastaxasdejuros. Dependendo doaumento na sua alíquota (hoje é de 1,5%), essa recuperação será abortada", disse. Segundo ele, o IOF é umimposto depéssima qualidade, já que incide sobre as transações financeiras.

Embratel vai recorrer contra decisão favorável à Intelig

A decisão da Agência Nacionalde Telecomunicações

(Anatel) que obriga a Embratel a promover a troca de tráfego de Internet com a Intelig foi uma surpresa e contradiz decisão anterior do órgãoregulador.A declaração édadiretoradeassuntosexternos da Embratel,

Purificación Carpinteyro. De acordo com a executiva, a mesma comissão de arbitragem havia estabelecido em marçodo ano passado que tráfego de Internet é um serviço de valoradicionado, portanto não passível de acordosobrigatórios deinterconexão como sãoos cha-

mados serviços de transporte de redes,quedãosuporte às telecomunicações.

Na interpretação de Purificación, a decisão da Anatel fere os interessesde grupos interessados em investir na construção de redes no Brasil,pois interferecom aconcorrência. (AE)

Equivocada – "A política tributária do governo é completamente equivocada. Em vez de aumentar impostos como forma de preservar a arrecadação, o governo deveria concentraresforçospara cobrar osdébitosatrasados, principalmentedoINSS, e combater a sonegação", disse o advogadotributaristaSidney Stahl, do escritório de Direito Empresarial,Stahl Advogados.

Na sua opinião, cogitar aumento da cargatributária no atual momento, quando a capacidade do contribuinte em

pagar impostosestáesgotada, é um equívoco. O aumentodo IOF,por exemplo,vai inibir as aplicações financeiras. Já a majoração da alíquota do IPI, na sua visão, vai repercutir de forma negativa sobre o consumo.

Prazo – Alémdaidéia de modificar oprazo danoventena, o advogado fez duras críticas ao uso indiscriminado deemeendas constitucionais pelo governo. "A Constituição está sendo adaptada para atender aos interesses do governo, quandodeveria ser o contrário", disse.

O governo arrecada anualmentecomo IOFperto de R$3,5bilhões.Jáa CPMF rende aos cofres públicos cerca de R$ 20 bilhões. A arrecadação do IPI fica perto dos R$ 10 bilhões, mas o imposto é repartido entre Estados e municípios. Quantoao imposto de importação, mudançasde alíquotaspoderiam causar problemas em termos de acordos internacionais, segundo Guilherme Dias, durante sua posseno Ministério do Planejamento ontem.

França promete apoio ao Brasil para provar a Lei de Inovação

O diretor de Tecnologia do Ministério da Pesquisa e Tecnologia da França, Alain Costes, afirmouontem, em Petrópolis, que o governo francêsvaiauxiliaro Ministério da Ciência eTecnologia para queaLeide Inovaçãobrasileira seja rapidamente aprovada pelo Congresso Nacio-

nal. Costes, que participa de seminário franco-brasileiro de incentivo à inovação, informou que voltará em junho ao Brasil para debater alei francesa com as lideranças políticas e empresariais brasileiras.

Segundo Costes, a lei de Inovaçãocriadapela França em

1999 impulsionouosetor científico e tecnológico em seu país.Deacordo comoMinistério de Ciência e Tecnologia, oprojetoda leibrasileirade Inovação será encaminhado nestemês paraanálise eaprovação do Congresso, prevendo-se sua entrada em vigor ainda neste ano.( ABr)

Prefeitura inicia obras no Aricanduva

Mesmo sem a liberação total da verba prometida e sem licitação, o Município começa o programa de combate às enchentes justo que a cidade seja tratada dessejeito", disse aprefeita. Essa verba integra o programa para resolvero problema dasenchentes emSãoPaulo, orçado em R$ 3,825 bilhões.

As obras de combate às enchentes do Córrego Aricanduva, na zona Leste, serão iniciadas pelaPrefeitura em caráter emergencial – sem necessidade de licitações –mesmo sem a liberação da verba dos R$ 40 milhões, prometida pelo ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna. A notícia foi dada ontem pela prefeita

Marta Suplicy, após uma reunião realizada no Palácio das Indústrias, realizada com os líderes de partidos daCâmara Municipal.

prioridade será a ampliação de uma calha de 3,5 quilômetrosemum percursode10 quilômetros daavenida ede três reservatórios. "Se estas obras já estivessem prontas, reduziriamem 90% os problemas de enchentesnaregião",disse RobertoLuiz Bortolotto,secretário de Infra-Estrutura.

A verba que será liberada pela União para as obras foi reduzida de R$ 40 milhões para R$ 20 milhões

"Se não iniciarmos as obras agora, em janeiro do ano que vem teremos os mesmos problemas", disse a prefeita.

As obras naregião do Aricanduvaterãoquatro etapas e deverão ser concluídas em 180 dias, após seu início. A

O maior problema que está sendo enfrentado pelomunicípio, de acordo com explicações da Marta Suplicy, é a redução da liberação daverba deR$ 40 milhões para R$ 20 milhões, sendoquea metadeserádestinada ao Estadoparaarealização de obras no Córrego Pirajussara, na Capital paulista. "Estamos entre os maiores pagadoresdeimpostos do País epodemos nosconsiderar o coração do Brasil. Não é

Maisde50 pessoasestiverampresentes àpalestra A tual Política de Segurança Pública do Estado de São Paul o , ministradapelos palestrante Virgílio Guerreiro Neto, delegado titular do 51º Distrito Policial ecom o Capitão Walmir Martine,da 3ª Companhia do16º Batalhão da Polícia Militar.O evento, que aconteceu na Distrital Butantã da Associação,foi coordenado pelo diretor-superintendente da distrital, José Carlos Pomarico. (DC)

Motivo – Umdos motivos do encontro de ontem foi para tentar reunir idéias e sugestões emergenciais para solucionar a questão das enchentes na Capital. De acordo com Marta Suplicy, o resultado foi positivo.Entre assugestões dos vereadores que estiveram no encontro estãoo leilão da dívida ativa da Prefeitura, multas para as pessoas que jogam lixo nas ruas, programa de educaçãoambiental, mudançadocursodoRio Tamanduateíe vendadoAutódromo de Interlados.

"As sugestões foraminteressantes e iremos estudá-las. O que não podemos é ficar parados sem estabelecer diretrizes de curto, médio e longo prazo para essa situação", dis-

agenda

Hoje

Metrópol e - O conselheiro Viviano Ferrantini participa de debate sobreGestão MetropolitanaInstrumentos eMecanismos Institucionais , promovido pelo Instituto Florestan Fernandes (IFF). Às 17h30, rua Catalão, Sumaré.

Sábado

Oficiais - O conselheiro EnzoLuiz Bertoliniparticipa de solenidade pelo 72º aniversáriode criação do Centrode Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo. Às 10h, rua Alfredo Pujol, 681, Santana.

se a prefeita Marta Suplicy. Além de iniciar as obras no Aricanduva com apenas 25% da verba prometida, a prefeita Marta Suplicy tentará rever o restantedo valor em uma audiência que pretende mar-

car entre ela, o governador Geraldo Alckmin e o presidente FernandoHenrique Cardoso, em Brasília, o mais breve possível. Os vereadores irãoformaruma comissão que enviaráuma cartapara o presidente FernandoHenriqueCardoso,pedindo um pouco mais de atençãoao caosqueSão Paulovive em épocas de chuva.

Movimento Basta ganha apoio

L an ça do esta semana pela Associação Comercial deSão Paulo, Central Única de Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o M ov i m en t o Basta deViolência, Exclusãoe Impunidade começa a ganhar apoio de outras entidades. Para o coronel José Vicente da Silva, do Instituto Fernand Braudel deEconomia Mundial, as questões de segurança pública não podem ser deixadas apenas na responsabilidade dosgovernos. "Apopulaçãodeve aderirem massaà campanha ecobrar quea se-

gurança faça parte da agenda política dos candidatosnas próximas eleições".

"Só a pressão da população pode funcionar. Caso contrário,os próximos governantes terão o mesmo comportamento de oferecer soluções ineficientes, como a compra de novas viaturas, por xemplo", disse ele. Responsab ilidade – Na opinião do advogado criminalista Luíz Flávio Borges D’Urso, o Movimento Basta é um grande passo para a própria sociedade ajudar na solução da criminalidade."Se os governantes não buscarem o apoio da sociedade, não terão

resultados efetivos", disse D’urso quetambém émembro do Conselho Nacional de SegurançaPública doMinistério da Justiça. Denúncias - As denúncias parao Disque-Denúnciasomaram 5.821chamadasem março. Deoutubrodoano passado e março deste ano, foram53.597 telefonemas. Osprincipais crimesdenunciados nos últimos seis meses foram tráfico de entropedentes (22.491), homicídio (3.817),roubo deveículos (2.032), seqüestro (1.147), porte ilegal de arma (1.285) e portede entorpecentes (1.792). (DC)

Kelly Ferreira
Marta Suplicy e os líderes dos partidos se reuniram, no Palácio das Indústrias, para buscar saídas para as enchentes
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Sílvia Pimentel /Agências

Brasil já admite taxar aço importado

Governo vai insistir na negociação, mas industriais cobram uma posição mais dura contra o protecionismo Estados Unidos

O governo admitiu ontem, pela primeira vez, impor sobretaxaàs importações de produtos siderúrgicos, como resposta às salvaguardas adotadas pelos Estados Unidos e pela Europa. "Ainda nãohá decisãoquanto à medidade aumentar tarifas. Há um estudo em andamento no âmbito da Camex (Câmara de Comércio Exterior)", disse o ministro das RelaçõesExteriores, Celso Lafer, em audiência pública no Senado. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI),senador Fernando Bezerra (PTB-RN), reclamouda demoradogoverno brasileiro em reagir de forma mais enfática às medidas protecionistas adotadas pelo gov erno norte-americano, o que afetou as exportações brasileiras de açõ.Bezerra

disse que, como representanteda indústria,tem aobrigação de manifestara angústia do setore pedirqueseja apressada a adoção de medidasprotecionistas também pelo Brasil. Lafer, no entanto,voltou a defender a tese de que deve ser esgotado o caminho da negociação, lembrandoque uma decisão pelo Mecanismo de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio(OMC) demora pelo menos 18 meses. Segundo ele,a negociaçãotem de preceder uma eventual ida à OMC. "Um bom acordo é melhor queumaexcelente demanda", argumentou.

"O Brasil perseguiráa via negociadaenquanto elaestiver abertae fará,no momento oportuno,suaavaliação própria sobre cursos alterna-

tivos de ação", acrescentou. De acordo com o ministro, o governo continuará atuandoemconjunto comosetor siderúrgico, coordenação que considerou vitoriosa até o momento. "É ingênuo, para nãodizer injusto, suporter sido obra do acaso a posição diferenciada que tocouao Brasil no conjunto das medidas norteamericanas".

mento reservado aparceiros de maior peso econômico".

Segundo o ministro Celso Lafer, há um estudo na Camex sobre o aumento de tarifas

Lafer também afirmou que o fatodeoBrasilnão terficado satisfeito coma as restrições adotadas "nãoelimina ofato de que foi visível o cuidado do USTR(representação comercial da Casa Branca) para minimizar o impacto das medidassobreo Brasil,emcontraste, inclusive, com o trata-

R e si s t ên c i a – Lafer disse queelee ministrodoDesenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior,Sergio Amaral, explicaram,em Washington, ao representante dos Estados Unidos para o comércio, Robert Zoellick, que as restrições ao aço brasileiro "não deixariam deser lidas, no Brasil, como manifestação do poder de resistência dos segmentos mais protecionistas e, por conseguinte, interpretadas como sinalização pouco positiva para as negociações da Alca".

Oministro tambémexplicou aos senadores que o Brasil trabalha com duas datas li-

França quer atrair empresas do Brasil

Oesforço paraaproximar empresários brasileiros e franceses tem um aliado importante. ACâmaradeComércio França-Brasil (CCFB) estáatuando emvárias frentes para estimular as vendas e os investimentos recíprocos nos dois países. Sueli Lartigue, diretora executiva da Câmara de Comércio, quetem 700empresas associadas, afirmou que o Brasil temexcelentes produtos e e que eles sãomuito bem

aceitos no mercado francês.

A diretora salientou que a última ondadeempresas francesas que vieram para o Brasil eracomposta decompanhias depequeno emédio portes,quese estabeleceram fazendo associações ou parceriaslocais."Agora queremos agir também no sentido inverso, ouseja,auxiliando empresas brasileirasa seinstalarem na França", disse. Suelienfatizou quea Câmara tem firmado importan-

tes parcerias com associações desetores empresariaisdo Brasil – por exemplo, com a AssociaçãoBrasileira de Alimentos (ABIA)– paraparticipar de feiras ereuniõesde negócios na França.

A diretora também demonstrou interesse em se aproximar dos esforços que vêm sendo desenvolvidos pela AssociaçãoComercial de SãoPaulo(ACSP), como mesmo objetivo delançar as pequenas emédias empresas

no mercado internacional. Diante do comentário, Carlos Nicolini, coordenador da Comissão das Comerciais Importadoras e Exportadoras (CCIE), da Associação Comercial, não hesitou. "AAssociaçãotem lutado muito por isso (pela expansão dos negócios de pequenas e médias empresas no exterior)e temgrandeinteresse nessa aproximação".

mitesapresentadas pelogoverno americano: o dia 14 de abril, quandoos americanos darãoresposta sobreasconsultas feitas peloBrasil a respeito de mudanças nas restrições; e meados de julho, quando os americanosdecidirão sobre isenções pontuais às salvaguardas.

Segundo Lafer, tantoo governo brasileiroquanto osetorsiderúrgico nacional estão trabalhando em conjunto para aproveitar as oportunidadesde levarseus pleitosao governo americano.

Efeito dominó – Celso Lafer afirmouainda quenão há justificativa para assobretaxasimpostas pelosEstados Unidos ao aço. Para ele, a medida podecriarum"efeito dominó" no comércio internacional de produtossiderúrgicos. "Não hárazões que

justifiquem as sobretaxas, como também não há motivos para pensarmos que a medida possapermanecer encapsulada,comoum ato isolado", declarou. De acordo com o ministro, esse "efeito "dominó" já pode ser observado pelas reações da União Européia eda Venezuela enos movimentos preventivos de países latinoamericanos, como México e Chile. A Venezuela decidiu, nesta semana, adotar salvaguardas para a importação de aço. Opaís éo décimomaior destino das vendas brasileiras do produto – no ano passado, as exportações do Brasil à Venezuela chegaram a US$ 50 milhões. Na semana passada, a UniãoEuropéiaimpôs sobretaxas às importações de aço queultrapassasem certas cotas (AE)

Senador propõe ajuda

fiscal a exportadores

O senador Fernando Ribeiro (PMDB-PA) defendeu ontem aaprovação de proposta, de sua autoria,de emenda àConstituiçãoque estabelece uma compensação fiscal aosestados que registram superávit em suas balanças comerciais.

merciais. Ainda segundo a proposta, nenhumaunidade da federação poderáreceber mais de 10% do saldo comercial que tiver obtido.

Interesse por feiras de negócios cresceu,

apesar da crise de 2001

Até1990, dedoisa trêsmil brasileiros freqüentavam, anualmente, feiras eexposições comerciais que aconteciam naFrança. Noano passado, onúmerosaltoupara 20 mil, apesar da diminuição do fluxodes viagensinternacionais ocorridacomo reflexo dos atentados terroristas de11 de setembro em Nova York, nos Estados Unidos. Esses dados refletem o crescente interesse comercial e empresarial queenvolve os dois países,que enxergam nas feiras mais do que um instrumentode marketing,mas também uma oportunidade para execução de negócios.

Marie-Ange Joarlette, diretora daPromosalons, empresa francesa que organiza visitas às principais feirasde negóciosque acontecemperiodicamentena França, lembra que, na Feira Internacional de Alimentação de Paris, por exemplo, as companhiasbrasileiras estão hoje emdécimo lugar em ocupação de espaço.

A diretorainformou ainda que, nosúltimos anos,a presença de pequenas empresas brasileirasnas feirasfrancesasvem aumentando,apesar da pressãoda concorrência das empresas locais, que recebem gordos incentivos do governo francês.

Crachá – APromosalons é ligada ao governo francês e atua em cerca de 60 países.

Em reunião com empresários da Comissão das Comer-

ciais Exportadoras e Importadoras (CCIE), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marie-Ange disse queoobjetivo desuaempresa, ao promover essas viagens denegócios,é racionalizare otimizar as visitas às feiras francesas.

"Tentamos fazer uma visita inteligente enão apenas garantir queo empresáriosaia doBrasilcom um crachá, mas também com um roteiro que inclua, por exemplo, reuniões produtivas de negócios", destacou.

A diretora acrescentou ainda queasfeirasfrancesas cresceramtanto,que foram divididas em setores e sub-setores.

Um exemplo: a feira de embalagens tem áreas específicas paraembalagens de alimentos, cosméticos, produtosindustriaise assimpor diante.

"E,dentro da áreadealimentos, existe outro setor paraembalagens deplástico, papel e vidro", esclareceu. "Por isso, buscamos facilitar asvisitas,dando asopções corretas para evitarperda de tempo", afirmou.

APromosalons também ajuda os visitantes a estabelecer uma agenda temática, explicou Marie-Ange."São encontros paralelos para quem quer conhecer fornecedores, centrosde distribuiçãoeoutrasempresas do mesmoramo", disse.

A diretoraelogiou aindao

papel da Agênciade Promoção de Exportações(Apex) e doItamaraty noprocessode aproximação e divulgação da marca Brasil na França.

Coréia – Nessemesmo espírito de promoção comercial mútua entre países, a Câmara coreana realizará, no próximo mês,uma feira de negócios.

ACâmara estápromovendoa idade empresáriosbrasileirosparaoevento, que teráiníciono dia31demaio naquele país.

Os interessados em participar da feira podem obter mais informações pelo telefone (11) 3842-3444. (SLR)

Nicolini falou dasvárias açõesda ACSPpara inserira pequena e média empresa no mercado mundial. Segundo ele, essas é a única alternativa para ampliar as exportações brasileiras.

O coordenadorsalientou que oconsumidorfrancêsé exigente e sofisticado,mas que épreciso ocuparesse espaço.

Comoexemplo quepoderia originar negócios, ele citou aspossibilidades geradas pelo artesanato brasileiro.

De acordocom ele,o setor envolve 8,5milhões de pessoasegera umareceitaanual de, aproximadamente, R$ 28 bilhões.

"Precisamos pensar no grandepotencial desse segmento, que ainda não é explorado como deve e pode vir a ser", resumiu.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Segundoo senador, a iniciativa vai corrigir uma injustiça da atual legislação, que premia osestadosimportadores e prejudicaos estados exportadores. "Umpaísque adotaolema ’exportaré a salvação’ mantém, em flagrante contradição,umalegislação anacrônica e incoerente", observou Ribeiro.

Osenador lembrouqueos estados onde selocalizam os domicílios dasimportadoras são autorizados a cobrar o Impostosobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços (ICMS) sobreosprodutos comprados,o quebeneficia os estados importadores – segundo ele, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com a proposta, 20%daarrecadação do imposto de importação serão destinados aos demais estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao resultado positivo de suas balanças co-

Incentivo – Na opinião do senador, aaprovação dessa emendaservirá de incentivo ao aumento das exportações, uma vezque osgovernos estaduais passariam a contar com um estímulo fiscal para obter resultados positivos no intercâmbio comercial.

Atualmente, disse ele, estados como o o seu, o Pará, não recebem nenhum retorno pelacontribuição aosaldo comercial do país. "Pelo contrário, o estado precisa investir para recuperar estradas desgastadaspelo transporte de madeira, um dos produtos denossa pautadeexportação,e não recebe nenhuma compensação por isso". Aproposta contacomo apoio dos dois outros senadores do Pará,Ademir Andrade (PSB) eLuizOtávio (PPB). Paraampliar oapoio ao texto, Ribeiro afirmou que pretende procurar os colegas de outros estados superavitários etambémdasunidades da federação que nada perderiam com a aprovação da matéria para ampliar oapoio à proposição. (AS)

BC adota medidas para resolver problema do troco

Finalmente o Banco Central começa a tomar medidas efetivas para começar a resolv er oproblemacrônicoda falta de troconocomércio, que vem sendo denunciado desde o ano passado pelo Diário do Comércio . O BC anunciou duas medidas para tentar resolver a questão.

A primeira modificação surgirá de umaorientação que a ser dada às instituições financeirasparaque priorizem o fornecimento de notas de R$ 1,00, R$ 2,00 e R$ 5,00.

O Banco Central também aumentará a produção de moedas, de aproximadamente 700 milhões de unidades para cerca de 1,2 bilhão.

Positivas – As duas decisões foramconsideradas positivas por Marcel Solimeo, superintendente do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação, que participou das reuniões com o BC. "As medidas são resultado do esforçopara quese possareduzir o problema do troco no curtoprazo eacabar nomédio prazo."

A primeira medida foi ado-

Poupança reverte quadro e capta mais R$ 236 mi

As contas de caderneta de poupança fecharam o mês de março com captação positiva de R$ 236,274 milhões, segundo o BancoCentral, revertendo oresultadoparcial até odia26, que apontava uma captação negativa de R$ 412 milhões. Em fevereiro, a captação líquida em poupançatinha ficado em R$ 563,156 milhões, enquanto que em marçode 2001 a poupança apresentou uma perda líquida de recursos de R$ 653,189 milhões. Noúltimomês os depósitossomaram R$37,392 bilhões e os saques ficaram em R$ 37,893 bilhões.

Ascontas depoupançareceberamainda R$ 736,721 milhões em rendimentos creditados ao longo de todo o mês demarço. Com isso, a poupaça fechou o mês de março com um saldo total de R$ 119,483bilhões. Emfevereiro, o saldo registrado foi de R$ 119,247 bilhões. (AE)

tada,segundoo diretor de Administração doBC, EdisonBernardes, emrespostaa uma pesquisa feita com a população com o intuito de perceber qual a real demanda. "O nosso levantamento detectou que 34% dos entrevistados sentiam mais a falta das notas deR$ 1,00,30% dasde R$ 5,00e 22% pelas de R$ 2,00", disse o chefe do Departamento do MeioCirculante doBC, José dos Santos Barbosa. A instituição dizque não existe oproblema da falta de cédulas, mas, sim, de logística na distribuição.

ramde circulação eas notas de R$ 2, lançada recentemente, foram colocadas em número insuficientepara atender as necessidades de troco. Aa pesquisada Associação revelou que os comerciantes sentembastanteafalta das notas de R$ 5 e de R$ 1.

Pesquisa da Associação constatou falta de circulação maior de moedas e notas de R$ 1 e R$ 5

Pesquisa – Outra pesquisa feita pela Associação Comercial de São Paulo realizada em março comosleitoresdo Diário do Comércio identificou que os varejistas sentem a falta, principalmente, de uma circulação maior das moedas de R$ 0,50 e de R$ 0,10. O levantamento apontou ainda queasmoedasde R$ 0,25 praticamente sumi-

Com relação àsegunda medidaanunciada ontem, a única moedaque nãodeverá apresentar um incremento da produção, de acordo com Barbosa, será a de R$ 0,01. Barbosa aproveitou também para lembrar quea nova nota de R$ 20,00 e as novas moedas de R$ 1,00e R$ 0,50 entram em circulaçãoainda no mês de maio.

Caixas eletrônicos – Outra reivindicaçãofeitapelo comércio é de que os bancos expandam a distribuição de notas de menor valor também para os caixas eletrônicos.

Emílio Alfiri, economista da Associação, argumenta que as máquinas de auto-

atendimento deveriamser programadas para que os saques de menor valor contemplassem asaída de notas de R$1, R$ 2e R$ 5,em vez desoltarapenascédulas de R$ 10 e R$ 50.

Notas velhas – Também fizeram parte das discussões com o BC, a FederaçãoNacional dasAssociações de Bancos, Febraban,e aAssociação. Um dos temas foi a intensificação do recolhimento das notas antigase sua troca por novas. E foi sugerido uma campanhaque mostre aos consumidores que cédulas em mauestadopodemperder o seu valor. Deacordo comSolimeo,a orientação da Associação para ajudar a minimizar este problemaé que osvarejistas procuremantecipar suasnecessidadesde trocojuntoaos gerentes dos bancos. Com isso as agências podem programar melhor a distribuição de cédulas de menor valor,e atender as necessidades do comércio e da população.

Marcos Menichetti/AE)

Banco do Brasil abre linha para financiar antecipação do IR

Mais um banco abriu linha de crédito específica para os interessadosem antecipara restituição do Imposto de Renda deste ano, ano-base 2001.OBanco doBrasilvai oferecer a seus clientes, até o dia 15 de setembro, a possibilidadede tomaremprestado até70% dovalor doimposto a ser devolvido pela Receita. O público-alvo sãoas pessoas físicas clientes do banco, com limite de crédito préaprovado.O valormínimo do empréstimoé de R$100 e o máximo de 70% do valor do recibo deentrega dadeclaração, limitadoa R$ 10mil. O prazo para o pagamento varia de 30 dias a 59 dias.

Alongamento – Se até o vencimento do empréstimo o cliente não tiver recebido sua restituição o prazo para o pagamento poderá ser renovado,sobas mesmascondições. O prazo final, no entanto,termina em15 dejaneiro de 2003.O contribuinteque

Caixa quer captar recursos no Exterior

ACaixaEconômica Federal vai, pela primeira vez, captarrecursos nomercadointernacional.O anúnciofoi feito ontem pelo novo presidenteda instituição,Valdery A lbuquerque, depois de tomar posse do cargo.

Segundoele, acaptação tanto poderá ser feita mediantelançamento debônus quanto numa operação de securitização de recebíveis e deveráocorrerno segundo semestre. A expectativa da Caixa é de captarentre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões. Lucro– O presidente da

Seguro Garantia remete a novas parcerias entre os bancos e seguradoras

Cada vez mais as empresas esbarram no problema da faltade liquideznahora derealizar os seus projetos. A alternativa que encontram érecorreraosbancos, afinal dinheiro constitui o co r e b us i ne ss das instituiçõesfinanceiras.

Partindo desse raciocínio, as empresastambém conhecidas por tomadores, quando contratadas paraprestar algum tipo deserviço, passarama negociar seus recebíveis contratuais juntoa estas instituições.

Por outro lado, a existência de obstáculosainda dificulta aviabilizaçãodesse tipo de negócio.

Primeiro:quem garante que o contratante vai honrar a dívida com o banco? E ainda que asintençõesdo contratante sejam as melhores, quem garante que o tomador vai mesmo cumprir o contrato, finalizar o serviço e gerar o caixa que permitirá o pagamento do empréstimo?

Como agravante, vale considerartodasorte de im prev isto s, além dos altos índices deinadimplência existente no mercado de serviços.

para estas empresas.

OSeguro Garantia atua nessenovo nicho como um verdadeiro geradordecaixa paraasempresas, umavez que uma Performance Bond, uma garantia de desempenho que poderá ser utilizada como um instrumento eficaz nahorade negociaressesrecebíveis juntoaos bancos, que somente estariam disponíveis ao final do contrato. Parceria – Pode-se dizer queestaé umatendência revolucionária. Historicamentebancos eseguradoras estão acostumadosa agir como concorrentes.

Ademais, é de extrema importância que transações desse tipo estejam amplamentefundamentadas na obrigação aser cumprida, pois caso contrário, a apólice de seguro tornar-se-ia apenas um instrumento financeiro paraobtençãode melhores condições definanciamento, como redução no spread ou flexibilidade nos prazos.

O Seguro Garantia atua neste novo nicho como um verdadeiro gerador de caixa para as empresas

Caixadisse que oprimeiro balanço trimestral aser divulgado pela instituição tambémserá abertoaosanalistas do mercado interno. Para isso,a Caixarealizará em maio ampla exposição paraa AssociaçãoBrasileira dos Analistasdo Mercadode Capitais, Abamec. Depois de fechar oanode 2001 comprejuízo deR$ 4,6 bilhões, a Caixadeverá obter este ano lucro em torno de R$ 1 bilhão. "Devemos antecipar opagamentodedividendos ao Tesouro", disse Albuquerque. (AE)

cairna malhafinaeatéessa datanão tiversuarestituição devolvidapela ReceitaFederal terá de liquidar seu débito no banco.

No Banco do Brasil as taxas de juros são de 3,7% ao mês. A garantia do empréstimo é a própria restituição doimposto. A entrada da instituição neste tipo de financiamento eleva para quatro o número degrandes bancos de varejoqueoferecem esse tipo de crédito. As outras três são a CaixaEconômica Federal, o Bradesco e a Nossa Caixa.

Alternativas – Na CEF o cliente do banco pode pegar emprestado até 80% do valor desua restituição, pagando juros de 2,95% ao mês. O prazo de quitação vai até o dia 28 de fevereiro de 2003.

O Bradesco liberaentre 60%e100% dovalordarestituição de seu cliente. Os prazosde pagamentovariam de acordo com o montante

solicitado, podendo ir de 120 diaspara quemtoma emprestado 100% da restituição, a 240 dias para quem solicita someste 70% do valor do imposto a receber.

Nossa Caixa – Na Nossa Caixa o valor do crédito liberado varia de 71% a 93%, dependendo domês em queo pedido for feito. O valor não poderá ser menor que R$ 200. A taxacobrada peloempréstimo é de 3,5% mensais, com prazodepagamentoque vai até 30 de dezembro.

De acordo com o economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo,esse tipode empréstimoé vantajoso apenaspara quem não tem mais onde buscar dinheiro para saldar dívidas. Isto porque astaxascobradas, ainda que menoresdo que as pagas no cartão de crédito e no cheque especial, ainda são altas para o consumidor.

Standard rebaixa a perspectiva do BBVA

Aagência classificadorade riscoStandard &Poor’s reduziuontem paranegativaa perspectiva doBanco Bilbao Vizcaya Argentaria, BBVA, devido aos potenciais impactos da Argentina no perfil de risco do banco.

Isto significaque aagência podereduzir aqualquermomento as notas dadas ao BBVA, que opera no Brasil sob amarcaBBVBanco. Atualmente obanco éclassificado como"A1+" nasdívidas de curto prazo e "AA-" para as de longo prazo. "Ainda que o bancotenha

feito provisões consideráveis em2001, suficientesparacobrir totalmente o valor contábil de sua subsidiária na Argentina, oBanco Francês, uma crise prolongadana Argentina poderia aumentar o risco que o BBVA enfrenta nesse país", disse Jesús Martínez,analistade crédito da Standard & Poor’s.

"Esta situação amplia o riscoque oBBVAenfrentaenquanto mantém sua presença no país, além de aumentar as possibilidades de que tenha de injetar mais capital", disse Martínez. (Reuters)

Adaptações – Diante deste universo bastante complexo, aatuação dasseguradoras,já habituadas a oferecer o SeguroGarantia tradicional,tende a sofrer algumas adaptações. Uma das mais promissoras é a parceria com bancos e instituições nahora de viabilizar as transações no mercado de serviços.

Enquanto as seguradoras cuidam para que os tomadores cumpram ocontrato firmado no prazo enascondições estabelecidos, os bancos seconcentram unicamente em disponibilizarrecursos para a execução do projeto, bem como em criar mecanismos que possam garantir o retornodo empréstimofeito

Tal prática, conhecida no Exterior como Credit E nh a nc e me n t" , não é bemvista pelosresseguradores, jáque descaracteriza oobjetivodo seguro, que é garantir uma execução contratual.

Consolidação – A consolidaçãodesta tendênciatrará importantes benefícios para todos os setores envolvidos. Ganham os tomadores, quetêmasua performance atestada por meio do Seguro Garantia, ganham as instituições financeiras, que podem liberar o empréstimo com lastros maissólidos, eganham as empresas contratantes, que terão maior segurança para assinarseuscontratos.

Marco Antonio F. Guerreiro é gerente do departamento de Seguro Garantia da QBE Seguros Brasil S.A

Bradesco: mais 27 agências nos Correios

OBradesco inaugurahoje 27 agências do Banco Postal, que passa assim a ter uma rede de 28 unidades, com pelo menos uma agênciaem cada Estado brasileiro.

A primeira agência postal foi inaugurada em São Francisco de Paula (MG), em 25 de março. O Banco Postal, uma parceria com a Empresa Brasileirade CorreioseTelégrafos(ECT), vai oferecer serviços financeiros por meio dos postos dos Correios.

As milprimeirasagências deste tipo serão instaladas em cidades desprovidasde atendimento bancário. Vencedor do processo delicitação promovido pela ECT, o Bradesco ganhou odireito de utilizar, com exclusividade, 5.320 postos dos Correios como correspondente bancário. Oobjetivoé termilagências ainda nesteprimeiro semestre emais duas milaté o

final do ano. O Bradesco considera o Banco Postal uma oportunidadepara aconquista de novos clientes. A projeção do banco éagregar 3,5 milhões de novos clientes num período de dois anos. Hoje,mais de1.600municípios sãodesprovidos de agência bancária e cerca de 40 milhõesdebrasileiros não mantêm vínculo com instituição bancária. Com o Banco Postal, o Bradescomais queduplicasua rede de atendimento, que passaráa serconstituídapor 9.500 pontos de atendimento. Hoje, o Bradesco conta com 1.704Postos deAtendimento Bancário em empresas e 2.908 agências. A presençado bancono Paístambémserá bastante abrangente, uma vez que passará de 1.405 municípios para 4.156,ondeosCorreios mantêm postos. (AE)

Produção de veículos

registra queda de 8,8% no acumulado do ano

A indústriaautomobilística registrou uma queda na produçãodo primeiro trimestre desteano de 8,8%, quando comparada com igualperíodo doanopassado. As vendas no atacado e no v arejo também recuaram, 15,5% e 14,3%, respectivamente. Os dados foram div ulgadosontempela AssociaçãoNacional dosFabricantesde VeículosAutomotores (Anfavea).

Apesardas quedas, aexpectativa dos fabricantes é de recuperação ao longo do ano, disseRicardo Carvalho,presidente da entidade. Em março, a produção do setor aumentou 22,6%, ou 155.439 unidades, frenteaos 126.755 veículos fabricadosemfevereiro. As vendas internas de carros nacionais no mês passado –de 122.676 veículos – foram 21,8% superiores ao resultado de fevereiro, quando o mercado absorveu

100.734 unidades.

da tendência de alta até o final do ano.

Ostratoresde esteiraseos de rodasforamos quemais contribuíram parao resultado das vendasde março, registrando altasde 64,5% e 25,6%, respectivamente."Isso demonstra que o mercado estáconfiantena políticade estabilização econômica", comentou Carvalho.

PIB não deve crescer mais

de 3% em 2002, prevê CNI

A economiabrasileira vem gradualmente ganhando forçamas,mesmo emumcenário muitofavorável, ocrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste anonão deverá ultrapassar os 3%. Essa é a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

nastaxas, de0,25 pontoporcentual cada um.

Apesar do recuo, a expectativa é de recuperação nos próximos meses, diz o presidente da Anfavea

Segundo Carvalho,o principal motivo para o desempenho do trimestre, considerado "satisfatório",foram as promoções defábrica. As vendas internas de carros nacionaiseimportados, em março, tiveram um aumento de 19,4%sobre fevereiro, mas ficaram 15,5% abaixo no acumulado do trimestre, frente aomesmo período de 2001 que, segundo Carvalho, foi "umdos melhoresmomentos para o setor".

De vento em popa vai o segmento demáquinas agrícolas.No ano,foramproduzidas 10.250unidades,ante 9.225 máquinas em 2001. Em março, embalada pela expectativa de uma boa safra, a produção subiu 11,6% sobre fevereiro,enquantoas vendas internasregistraram uma elevaçãode 19,5%.Carvalho explicou que aprevisão dos fabricantes é de manutenção

As exportações totais do setor, em março,somaram US$ 295,4 milhões, valor 22,8% acima da contabilizado em fevereiro e 23,3% inferior aovolume exportadono mesmo período de 2001. Carvalho frisouque a situação crítica da economia da Argentina, um dos principais consumidores de produtos brasileiros, emperraa evoluçãodas exportações. "Mas novos mercados estão se abrindo para os produtos nacionais, como Méxicoe Venezuela, tranqüilizando o setor".

Ranking – AFiat manteve em março a liderança no ranking de vendas de veículos no Brasil,ao vender28.621unidades. A montadora é líder desde osegundo semestredo ano passado, seguida de perto pela Volkswagen e agora, também, pela General Motors. A queda-de-braço entre as gigantes está apenas começando. A diferença da GM (27.994 unidades) para a marca alemã (28.014 carros) foi de apenas 20 veículos.

A supremaciada Volkswagen no mercado brasileiro durouquatrodécadas efoi desbancadapelaFiat –sedepender daaceitação donovo Corsa, até o segundo lugar no ranking podeestarameaçado. Entre as marcas francesas, apesardaquintaposição da Renault, a Citroën é a que está correndo por foracom um único carro: o Picasso.

Ricardo Ribas

Preço de aluguel tem

redução de apenas 0,01% em março, na cidade

Ospreços dos aluguéisna cidade deSão Paulo caíram

0,01% em março em relação a fevereiro. Apesar da modesta redução, foi mantida a tendência de baixaverificada nos últimos meses.

Asinformações constam do Índice Periódicode ValoresMédios dosAluguéisResidenciais (Ipevemar), divulgado pela Associação das Administradorasde Bens Imóv eis eCondomíniosde São Paulo (Aabic).

A pesquisa constatou ainda queosapartamentosde três dormitórios foram os mais oferecidos, totalizando praticamenteumterçodos imóveis disponíveis na cidade. Em sua análise, a Aabic leva em consideração casas e apartamentos deum,dois, trêse quatro dormitórios, mas desconsideraos imóveis mobiliados, semimobiliados

Em seuinforme conjuntural parao primeirotrimestre divulgado ontem, a entidade afirmaque ocrescimentode 2002 aindaserámoderado e dependenteda trajetóriada quedados juros.Emfevereiro e março, houve dois cortes

No anopassado, aeconomia brasileira cresceu apenas 1,51%, bem abaixo do evolução de 4,36% registradaem 2000. O desempenho de 2001 reflete a estagnação do consumodasfamíliasapós uma sequênciade choques,como a criseenergética, asaltas taxas de juros e a desaceleração da economia mundial.

A projeçãodo governopara2002 éde umcrescimento da ordem de 2,5%.

Setor privado – Para a CNI,os investimentosdose-

torprivadoserão osprincipais motores que devem levar o País a retomar o crescimento nos próximos meses.

A entidade observa que o ciclo de expansão desses investimentos foi prejudicado pelascrises de2001, queminaramo consumointerno devido àestagnação domercado de trabalho e ao achatamento dos rendimentos das famílias. No ano passado, a renda per capita cresceu apenas 0,19%, segundo dados do IBGE.

"A superaçãogradual dessasadversidades eaconsoli-

dação deexpectativas positivas, coma efetiva recuperação da atividade produtiva no primeiro trimestre, deve ensejar as empresas a retomarem seusprojetos deinvestimento, em especial os de ampliação de capacidade e de instalaçãode novasplantas," diz o informe. Segundo a entidade, uma expansão econômicaa taxas mais expressivasdepende do aprofundamentodas "reformas necessárias ao equilíbrio macroeconômico sustentado,tanto externoquantofiscal". (AE)

Inflação cai para 0,07% em São Paulo

A inflação em SãoPaulo caiu para0,07%emmarço, deacordocomo Índicede Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação InstitutodePesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo. O indicador ficou levemente abaixo doesperado, após registrar alta de 0,26% no mês anterior.

A inflação de 0,07% é a menor desde novembro de 2000, quandohouve deflaçãode 0,05%. No ano,o IPC acumula altade 0,90%, ede

Alta do petróleo é choque passageiro, afirma secretário

O secretáriode Política Econômica do Ministério da Fazenda, JoséGuilherme Reis, afirmou ontem que a expectativa do governo é de que o choque do petróleo seja transitório.

Reis acreditaque ospreços devem diminuir quando a situação de conflito no Oriente Médiose amenizar.Osecretário ressaltou que, em 2001, houve uma contençãoda oferta pela Organização dos Países Exportadores de petróleo (Opep) eque, agora, há condiçõesde ofertae demanda se equilibrarem.

ou os que apresentam a combinação aluguel mais condomínio. A entidade pesquisou 3.443 imóveis, tendo por limite aluguéis de R$ 7.000,00. Negócio fechado – As vendas de imóveis novos aumentaram 60,9% em fevereiro, frente a janeiro. O Índice deVelocidade de Vendas (IVV), queé calculadopelo Secovi-SP emede a quantidade de imóveis comercializados sobre o total à venda nomês,foide 8,8%, ante 5,3% de janeiro. A média do primeiro bimestre foi de 7,1%.

Apesar do aquecimento das vendas nos doisprimeiros meses do ano,o volume de negócios ainda está 17,1% abaixo registradono mesmo período do anopassado, quando foram vendidos 2662 apartamentos. (AE)

Sobre as informações, veiculadas na imprensa, de que o índice de inflação IPCA atingiria1%em abrilemfunção do aumento da gasolina, Reis respondeu: "Eunão confirmo."

Produção igual – O secretário geral da Opep, o venezuelanoAli Rodriguez,afirmou que o cartel não aumentará a produçãopara segurar aescalada depreçopetróleo, porque,segundoele, oaumento atual se deve à especulação e não à falta do produto nomercado. "O queestá acontecendo são compras especulativas, motivadas pelas incertezas políticas", disse. "O papel daOrganização é manter a estabilidade (de preços) quando esta depende do equilíbrioentreoferta e demanda. Não podemos aumentar a produção quando a demandajá ébaixa".Segundo ele,a demandapor petróleo étradicionalmentemenor nosegundotrimestre, comofim doinvernonohemisfério norte. (AE)

7,02% nos últimos 12 meses. O setor de alimentos, grande vilão dainflação desde janeiro, foi um dosresponsáveis pelaquedada taxaem março – com uma redução média de preços de 0,27%. Os grupos habitação e despesas pessoais também registraramdeflação,de0,16% e 0,36%, respectivamente.

A maior alta ficou por conta do segmento de transportes, confirmando as previsões de que o aumento da gasolina autorizado pelo governo a partir de 16 de março teria

impacto sobre ainflação. Os preçosdosetor avançaram 0,94%.

"Se não fosse a gasolina, teríamosfechado março com deflação", afirmou Heron do Carmo, coordenador do IPC.

O preço do combustível subiu 3,76%no mês, comimpacto de 0,1ponto porcentual no índice da Fipe.

SegundoHeron, apressão do preço dagasolina deve se manter um abril. "Esperamos um aumento de 7% nas bombas neste mês, o que significa umimpactode0,18 ponto

porcentual noIPC".O economista prevê uma inflação entre 0,2% e 0,3% em abril. Parao ano,aestimativa éde alta de 4% nos preços. Dieese – O Índice do Custo deVida(ICV), doDieese,ficou em 0,23%no município deSãoPaulo emmarço.Em fevereiro,o aumento havia sido de 0,13%. A alta foi puxada pelo grupo de transportes (1%), motivada principalmente pelos reajustesde preços dagasolina efetuados na primeira quinzena do mês. (AE)

Taxa futura de juro recua e indica uma nova estabilidade

As projeçõesde juros na Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F voltarama indicar estabilidade, após a ligeira alta da véspera.

"As taxas deram um repique, masparecem terencontrado um patamar...", comentou ooperador derenda fixa de uma corretora em São Paulo. Eleponderouquea trajetóriadospreços dopetróleopermanece na mira dos investidores.

Pressão – Ascotações da commoditie têmsidopressionadas pela escalada de violência no Oriente Médio e o receio éde quecontaminem os índices de inflação.

Nesta quinta-feira, contudo,o avanço dos preços do petróleoem LondreseNova York arrefeceu apósum discurso do presidente americano George W.Bush, que pediu a retirada de Israel das cidades controladas pelos palestinos.

O contrato de Depósito Interfinanceiro maisnegociado,o de janeiro,finalizou com estimativadetaxa a 18,34% no final do ano, a mesma da véspera.

O DI de maio indicou 18,38%, estável emrelação à véspera.(Reuters)

Fluxo positivo de moeda derruba cotação do dólar

Outra vezsobpatrocínio de fluxo, o dólar voltou a fechar em baixa ontem, em um pregão definido poroperadores como sossegado.

Na véspera houve oprimeiro fechamento em alta de marçoe aretomada donível de R$ 2,30.

"O dia foi bemtranquilo, não houve grandes volumes e oque derruboua cotaçãoforam duas entradas", disse Rodrigo Trotta, do Ba nif- Prim us, lembrando quea sessão abriu para cima, comoregistro damáxima do dia, uma alta de 0,43%, desacelerou a trajetória e inverteu a mão. No final, a moeda americana valia R$ 2,302 para venda, comquedade 0,43%sobreo encerramento anterior.

de 1,03% neste mês e de 0,56% no ano.

Ingressodedivisas, como relativas a captações deempresas, temsido omote relatado pelosprofissionais para o deslize das cotações desde o começoda semana, quando foi zerada pela primeira vez a valorização anual do dólar.

Não houve grandes volumes e o que derrubou a cotação foram as duas entradas de dólares

Entrada – O consultor da Agente Corretora, João Marcos Cicarelli, afiançoua opinião do colega,indicando que houve "uma entrada de aproximadamente 100milhões (de dólares) de um bancoestrangeiro deinvestimentos".

Pelo novo patamar, o dólar acumula frente aoreal baixa

Leilão – No dia, a avaliação no mercadoé de queo leilão combinado de swap cambial com papel pósfixado maisuma vez roubou a cena, especialmente em comparaçãocom astransações no mercadofuturo, quese c on ce nt ra ra m no vencimento mais curto.

O contrato de maio acabou o pregão na Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F, com retração de 0,49% e estimativa de cotação aR$ 2,3295 na virada do mês. Foram menos de 50mil transações,quantidadeverificada emdiasde "boa" liquidez.

O resultado da "operação casada" para rolagem de papéis cambiais cresceu em relação à cifra da véspera e recuperou quantidadesapuradas na semana passada.(Reuters)

Bolsa paulista ganha impulso e sobe 2,1%; Telemar valoriza

Após dois pregões consecutivos de baixa, a Bolsa de Valores de São Paulo encontrouespaçopara recuperar algum ganhoontem. Segudo operadores, a trajetória veio graças ao bomdesempenho da Bolsa de Nova York.

O Ibovespa deslanchou e fechou emaltade 2,10%,a 13.360 pontos,o suficiente parareverter abaixa nomês. Agora, a valorizaçãodo Ibovespa em março é de 0,7%.

Em Nova York, o Dow Jonesavançou 0,36% eoNasdaq subiu 0,30%.

Recuperação – S eg un do operadores, a recuperação do Nasdaq, ainda que modesta, deufôlego àsaçõespreferenciais da Telemar, que encerraram em alta de 1,34%.

Para José Rogério Oliveira, da Corretora Ágoraos investidores quehaviam vendido os papéis no início do pregão, quando a tendência de recuperação dos mercados ainda não era firme, foram obrigadosarepor asposições."Foi uma alta de giro."

E esses investidores só fizeram tanta diferença, segundo Oliveira, porque omercado operou mais umdiacom liquidez escassa. Foram negociadosR$ 483,2 milhões, contra uma média diária de cerca de R$ 608,9 milhões no mês passado. As ações da Telemar lideraram ogiro, comR$ 79,8milhões. Os papéis preferenciais da Petrobrásvieramemseguida, com um movimento de R$ 49,1 milhões.

Os papéis daestatal encerrarama quinta-feiracotados a R$ 58,00, em alta de 0,35%. As ordinárias subiram 0,16%, para R$ 61,00. Petróleo – Conforme operadores, asvariações foram alimentadaspelo desempenhodopreço dopetróleo, queapósvoltara rompero patamar dos US$28 por barril, recuou à tarde com o pronunciamento do presidente dos EstadosUnidos,George W. Bush,quepediuaIsrael que interrompesse as incursõesa territórios e cidades-

controladas por palestinos. Sabesp eNossa Caixa– O governo paulistapretende vender açõesda Sabesp e da NossaCaixa antesda eleiçãoem outubro. "A previsão é de que se faça (avenda dospapéis)ainda no 1º semestre. Masa data exata vai ser avaliada porque o mercadoé muito dinâmico. Preciso achar umbommomento", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin. Ele disseainda quea Cesp Paranánão será privatizada durante o seu mandato: "Nem inteira, nem fatiada." Controle – Alckmin voltou a dizer que,mesmo com a venda das ações daSabesp e daNossaCaixa, ogoverno paulista manterá o controle da empresa.

"Nãofaremos nenhuma privatização. O que será feita, será umavendapulverizada de ações", explicou Alckmin. Sobrea Sabespeleafirmou que o governo pretende manter dois terços dasações em seu poder.(Reuters)

Exames de graça em Feira de Saúde

Evento promovido pela Associação Comercial em parceria com diversas empresas atendeu centenas de pessoas no Pátio

Colégio Quem passoupela ruaBoa Vista, no Centro, ontem, teve aoportunidade de colocara saúde em dia. Exames de diabetes, colesterol e pressão arterial foram realizados gratuitamentena IFeira deSaúde no Pátio do Colégio. Idosos, gestantes,trabalhadores e moradores do Centro compareceram em pesoao evento,realizado pelaAssociação Comercial de São Paulo em parceriacom empresaseentidades ligadas à saúde.

Oeventofoi realizado em comemoração ao Dia MundialdaSaúde, queseráfestej ado no próximodomingo, dia 7deabril.Aaberturada feira contou com a participaçãodo secretárioestadualde

Saúde, José da Silva Guedes, dosecretário municipalde Saúde, Eduardo Jorge, e do secretárioestadual deJustiça Alexandre Moraes.

Parao secretário Eduardo

Jorge a realização da feira veio em boa hora. "O evento mostrou que o trabalho conjuntoentre Estado,Prefeitura eempresáriospode melhorar o sistema de saúde".

Jáosecretário JosédaSilva Guedes destacou que o evento éumimpulso paraa implantação de novosprogramasde qualidadede vidana região central dacidade. Entre a Praça da Sé e o Teatro Municipal circulam todos os dias em torno de 3 milhões de pessoas. Sónocomércioestão aproximadamente 600 mil trabalhadores,que passam,em média,10 horaspor dia no local. "Nosso principal desafio é combater o sedentarismo de toda essa população que trabalha nos escritórios e centros comerciais", disse.

Osecretárioestadual de Justiça, AlexandreMoraes, que representou o governadorGeraldoAlckmin, para-

benizou a iniciativada Associação e dos empresários participantes do evento.

O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp)e da Associação Comercialde São Paulo, Alencar Burti, disse que a I Feira de Saúde foi um exemplo do poder do trabalho voluntário, já que tanto os organizadores comoos participantesdoaram os equipamentose pessoal para atender a população gratuitamente.

Burtilembrou atradição dos 107anos daentidade em participar de programas de promoção da saúde da população. "A Associação Comercial,em1919,foi aprimeira entidadea ajudaraconstruir um hospital para os doentes de gripe espanhola", concluiu Burti.

Programa mostra o evento realizado no Pátio do Colégio

O programa C on e xã o ACSP irá destacarosmelhores momentos da I Feirada Saúde no Pátio do Colégio. A entrevistaespecialcom

José Roberto Moreira, gerente de parcerias estratégicas da Associação Comercial de São Paulo,é outro destaquedo programa. Ele explica a preo-

cupação da entidade em estabelecer novas parceriascom empresas eoutrasassociações para levarnovos benefícios aos associados.

O Conexão ACSP também tem a participação especial do presidente da Força Sindical,Paulo PereiradaSilva, que fala sobre a flexibilização

Análise de colesterol, diabetes e pressão arterial para a população

daConsolidação dasLeisdo Trabalho (CLT).

O ConexãoACSP vai ao ar, amanhã, a partir das 11h, peloTVComunitáriade São Paulo, canal 14 das TV´s a cabo NETeTVA.Reprise às quintas-feiras, às22h30.Sugestões paraoe-mail:conexao@acsp.com.br. (DC)

Três pessoas são atropeladas em manifestação

Aproximadamente 1.500 pessoas realizaram ontem pelamanhã uma manifestação em frente ao consulado americano em São Paulo, localizado na rua Padre João Manuel, região dos jardins. O protesto foi contra os ataques de Israel aos palestinos.

Segundo aCompanhiade Engenharia de Tráfego (CET), durante a passeata até oconsulado, trêspessoas do movimento foramatropeladas pelo caminhão de som, queperdeuos freios.Uma delas ficou gravemente ferida nacabeça,desmaiou efoilevada para o Hospital das Clínicas(HC). As outras duas vítimas permanecem no local da manifestação. Ostécnicos daCETinterditaram a rua Padre João Manuel entre as vias Lorena e OscarFreiree otrânsitoteve de ser desviadopela rua Peixoto Gomide. Oprotestoem frente ao consulado foi organizado pelo Comitê de Solidariedade aoPovo Palestino e teve o apoio doMovimento dos Sem-Terra (MST). (SM)

Osexames decolesterol, diabetesemediçãode pressãoarterialforamos mais concorridos entreos visitantes da I Feira de Saúde no PátiodoColégio.Quase duas horas antesdecomeçaro evento já se formavam filas . AntônioRoqueda Silva, que mora e trabalha como zeladorno CentrodaCapital, foiumdos quetentouaproveitar a feirapara fazerum check-up. "Em poucos minutosfiz examesnos olhose saber como estão a diabetes e o colesterol", disse. Já Maria de Lourdes de Oliveria, funcionária pública estadual,estava passandona rua BoaVista, quandoviu as barracas. "Aproveitei meu tempo defolga antesdo trabalho para ver se está tudo bem. Infelizmente,minha pressão está alta", contou. Após odiagnóstico,elafoi encaminhada para um médi-

codeplantão parareceber orientações de tratamento. Enquanto aguardavam na fila, osparticipantesda feira puderam acompanhar uma série deapresentações musicais, de dança e de ginástica.

Foi o caso de Ludmila Aparecida Camposque veiodo Taboão da Serra para participar da feira. "Vou aproveitar parafazer todososexames

aconselhados para aminha idade", disse a estudante de 19 anos.

A advogadaCatharina Uzzum aproveitouparaaprender lições de primeiros socorros, queforam realizadasem um tablado, bemnocentro doPátio doColégio."Espero que afeira aconteçamais vezes. Está tudo muito organizado", destacou. (DC)

Falha em equipamento fecha três estações do Metrô na zona Norte

As estações Jardim São Paulo,ParadaInglesa eTucuruvido Metrô,nazona Norte (linhaNorte/Sul), ficaram fechadas ontem das 7h30às 9h10,devidoauma falha no equipamento de

mudança de viano Jabaquara,a últimaestação dalinha. O problema ocorreu às 4h40, quandofoiaberta aestação Jabaquara. Antes do fechamento das portas, as plataformas das es-

tações ficaramsuperlotadas. Para tentar minimizar a aglomeração que seformou,os funcionários do Metrô resolveram implantar o esquema de controlenas catracas,que diminuio númerodepassageiros que entram nas plataformas das estações.

Os usuários que saíram da linha Leste-Oeste para fazer baldeação também enfrentaramproblemas na Sé,uma das mais atingidas.

Segundo aassessoriado Metrô, não foi acionado o Paese (Plano deApoio a Empresasem SituaçãodeEmergência),mas osmotoristas foram orientados a não parar nas estaçõesfechadas,seguindo até a Luz. (SM)

Associação Comercial de São Paulo
Dora Carvalho
Alencar Burti, presidente da Associação Comercial, destacou em seu discurso a importância do trabalho voluntário
Maria de Lourdes de Oliveira ficou sabendo que estava com pressão alta
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Prédio de faculdade será restaurado

As obras no edifício da Faculdade de Medicina da USP começam em breve, mas a diretoria ainda aguarda mais verbas

Falta pouco tempo para o início das obras de restauro e modernizaçãoda Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Lançadoem 1999,o projeto de recuperação do prédio históricojáconseguiu arrecadar

R$ 4,99 milhões em investimentos dainiciativa privada e do governoestadual. A restauraçãodas dependências da faculdade vão começar só agora porqueo governador Geraldo Alckmin prometeu destinar umaverba deR$ 2,7 milhões paradar o pontapé inicial para a recuperação do complexo da faculdade.O orçamento da obra de restau-

roé deR$35milhões (R$29 milhões para reformae R$ 6 milhões para propaganda). Caso a Fundação Faculdade de Medicina da FMUSP consiga todaas doaçõespara a reforma do prédio, o projeto deverá ser concluído em três anos, incluindo obras nos 43 laboratórios de investigação médica e no Instituto Oscar Freire,edifício sededo complexo da FMUSP. Jáestásendoreformado o CentrodeBioterismo, local onde é feita a criação de ratos ecamundongos delaboratórioparaa realização depes-

quisas. A previsão de inauguração é em junho.

Aempresa responsávelpelo projetode restauração do prédioé aAndradeMorettin Arquitetos Associados. Ela foi escolhida por meio de um concurso público, realizado em 1999,pela FMUSP,Fundação Faculdade de Medicina eInstituto dosArquitetos do Brasil. Ainda não foi escolhida a empresaque irá realizar as obras.

Bosque de Ipês – Em toda a fachada da faculdadeserá construído umbulevar. Ondehojeé o estacionamento,

será aberto um espaço para um bosque com ipês rosas e outras árvores nativasdo Brasil, queficar em frente à fachada do complexoda Faculdade de Medicina. O projeto também prevê arestauração do teatro de 250lugares.O espaço será abertoao público para a realização deapresentaçãode espetáculose mostras de arte.

Biotério terá padrão internacional

O Centro de Bioterismo da Faculdade deMedicina USP, depois de pronto, poderá terá capacidade para exportar 120 mil animais de laboratório a cada ano.

Com padrões sanitários in-

ternacionais, os ratos e camundongos produzidos pelo Centro de Bioterismo terão categoria sanitáriaSPF (Specific PathogenFree), ouseja, livres de qualquerpossibilidade de contágio por doenças

ocasionadas por bactérias, germes ou parasitas.

O novo biotério terá uma área de 5mil metros quadrados.Paraentrarnolocal, os profissionais terão de usar umuniformeem quesóos olhosficarão expostos,sem nenhum contato humano com os animais. O ar da sala será trocadopelo menos20 vezes, evitando qualquer tipo de contaminação. As luzes se acenderão e apagarão a cada

12 horas, para reproduzir o ciclo dia e noite.

O local também armazenará um banco de embriões para assegurar opadrão genético daslinhagens produzidas, mantidos a -196º C. Tais cuidadosservirão paraevitaralteração nosresultados obtidosnas pesquisasqueutilizam esses animais e elevar a qualidadedos experimentos brasileiros aos padrões internacionais. (DC)

Aprovação da escola levou quase um

A pedrafundamentaldo prédio da primeiraescola de medicina deSão Paulo foi lançada em 25 de janeirode 1920, após quase um século de inúmeras tentativas de construir umafaculdade para a formaçãode médicos no Estado. Mas a Faculdadede Medicina da USP só foi inaugurada em 1931. Em 1804, a então Província de São Paulo, tinha uma gravefaltademédicos. Quem queria seguir aprofissão, tinha que estudar no Rio de Janeiro ou na Bahia. Pouco maistarde, em1823, umdecreto-lei regulamentou a criaçãode duasuniversidades: uma em Olinda(PE) e outraemSão Paulo.Asduas teriam de contar com faculdades de medicina e farmácia.Mas nada saiudopapel. Em1891, aprimeiralei que regulamentavaa criaçãode

século

uma EscolaMédica também não teve sucesso.

O doutor Arnaldo Vieira de Carvalho (que deu nome à avenida onde fica a FMUSP) foi encarregado de executar a lei de1891 e organizar aFaculdade de Medicina.

Mas somentenodia 2de abril de 1913 éque foi dada a primeira aulana Faculdade de Medicina, ainda sem sede própria.A primeira turma formou-se em 1918, com 27 médicos (duas mulheres).

O edifício da atual Faculdade deMedicina começoua ser construído em 1928, foi inaugurado em 1931 e passou para a USP em 1934.

Em 1951, a faculdade foi classificadanopadrão "A" pela AssociaçãoMédica Americana, sendo considerada domesmo níveldas melhores escolas de medicina do mundo. (DC)

As obras devem começar pelaconstruçãodeum prédiode serviçosquevaiabrigar todas as instalações elétricase geradoresdear-condicionado e equipamentos laboratoriais.Esse edíficio vai ajudar a camuflar uma imensidão de fios elétricos que hoje escondem os detalhes arquitetônicos da construção, que datada décadade 1930.

"Só depois dissoé que iniciaremos asreformasda parte internade todoocomplexo. Porúltimo,será feita arestauração da parte externa e os jardins da faculdade", explica Sandra Papaiz, diretora da Fundação Faculdade de Medicina da USP. O edifício central e o prédio do Instituto OscarFreire foramtombados em1981pelo

Condephaat, órgão de defesa do patrimôniohistórico de São Paulo.

Segundo Sandra Papaiz, os benefícios da Lei Rouanet do Ministério daCultura éque deverãoservirde incentivo paraque as empresas comecem a investir na restauração do prédio. Atéagora, a Fundação Faculdade de Medicina contacomrecursos da Bradesco Seguros, que doou R$1,2 milhão,da Fundação Itaú Social (R$ 600 mil), do Fleury Centro de Medicina Diagnóstica (R$ 400mil), do Grupo Comolatti (R$ 50 mil), da Companhia de Papel e Celulose (R$30mil)e da Fundação Otorrinolaringologia (R$ 10 mil).

Dora Carvalho

Feira da Saúde recebe representante da OMS

A I Feira de Saúde no Pátio doColégioultrapassou o atendimento de seis mil pessoas.O encerramentodo evento contou com a visita de Derek Yach, diretor da divisão de doenças não transmissíveisdaOrganização Mundial deSaúde (OMS). Yach parabenizou a Associação e disse quelevará aproposta para outros países.

Yachdisse que a Feira de Saúde foi um forte exemplo de como a união entre o poderpúblico eosempresários podeajudar amelhorara

qualidade de vida da população. O secretárioestadual de Justiça, AlexandreMoraes, entregou uma medalhapara Derek Yach.

O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp) e da Associação, Alencar Burti, ressaltou o sucesso do evento e disse: "Esperamos que sirva de modelo para outros eventos, não só ligados àsaúde pública,como para oferecermelhorias no sistema de educação e no combate à violência. (DC)

Sandra Papaiz diz que a última etapa da reforma será na parte externa
A restauração do prédio vai começar só agora porque o governo prometeu destinar
Dudu
Alexandre Moraes, Alencar Burti e Derek Yach durante a I Feira de Saúde
Ricardo
Lui/Pool7

Pedreira ganha o Exterior com vidro

O município conquistou estrangeiros com a fabricação das peças de vidro. Apenas a Decor Glass vende para 14 países. A indústria é fonte de renda local.

Primeiro foia cerâmica, depois a porcelana e agora o vidro. A exportação das peças em vidro decoradotem chamado a atenção para a cidade dePedreira,localizada interiorde SãoPaulo,a 140quilômetros da capital.

O município tem 300 fábricas de cerâmica, louças evidro. As atividades são a principal fonte de geração de renda eemprego para os38 mil habitantes do local. Além das vagas de trabalho, a indústria

é responsável pelo turismo de compras em três ruas da cidade, num total de 180 mil visitantes por ano.

Entre as empresas de vidros,nomes como aDecor Glass já exportam para mais de10 paísesdiferentes, com contratos acima de US$ 1 milhão para osEstados Unidos.

"A cidade está se organizando cada vez mais em torno das suas indústrias,com iniciativas como a construção de hotéis eaatraçãodemais visi-

tantes todos os anos", explica odiretorde TurismodaPrefeitura de Pedreira, Ivan Francisco Belloli. Alémdocorredorde 160 lojas organizadas em três ruas do município, será inaugurado, no próximo mês de ju-

nho, um novo espaço de compras para os vidros e porcelanas da região: o Shopping Louça, com 96estabelecimentos comerciais.

Aprodução devidrosem Pedreira, hoje a atividade que mais cresce no local, teve início na década de 80, com o fechamento das grandes empresas decerâmica, queterminaram sendo pulverizadas em váriosestabelecimentos de pequeno porte. A primeira indústriaa seinstalarna região foi a de porcelana.

Exterior –A DanvinDevitro, fabricante de vidros também localizada emPedreira, temnos Estados Unidossua principal base deexportações. "Outros países como Chile e México são mercados

Decor Glass exporta 30% da produção

A Decor Glass exporta 30% de todas as peças de vidro queproduz. Em média,500 mil objetos por mês são fabricadosna sededa indústria emPedreira. Oobjetivoé ampliar as vendas parao mercadointernacional, hoje espalhadas por um total de 14 países.

A empresacomeçou a distribuir seus produtos fora do Brasil em 1992. No País,osartigos damarcasão oferecidos em 3 milpontos de venda, incluindoredes de varejocomo Tok&Stok, Camicado, Pão deAçúcar e Casas Pernambucanas. "As exportações foram fundamentais para ampliara diversificação dos nossos produtos", afirma adiretora comercial da empresa, Rose Forcato.

A Decor Glass possui 1,5 mil artigoscomo pratos,travessas, centrosde mesas,vasos e porta-retratos em sua linha. Fora do Brasil, os principais mercados da empresa são a Alemanha,Estados Unidos e França.

A fabricação de peças para a grife alemã Leonardo foi a porta de entrada no mercado

europeu.Hoje,a empresa fornece seus produtos também para a fabricante de louças Villeroy & Boch. As feiras internacionais são o principal contatoda Decor comos seusdistribuidores. "É onde estão os grandes

clientesque depoisvêmconhecer afábrica", diz Rose. Todos os anos, a empresa investe R$ 300 mil em participação nas feiras no Exterior. A última em que a grife esteve presente foi a Ambiente Feira Internacional de Frankfurt,

comgrandepotencial de crescimento",afirma odiretordecomércio exterior da empresa, Pedro Paulo Alves. A Decor Glass encontra nas feiras internacionaisasua principal alavanca de vendas para o exterior. "Produzimos de acordocom asnecessidades dos clientes estrangeiros, inclusive adaptando modelos, cores e formatos", explica adiretoracomercialda indústria, Rose Forcato. Vid ros – Segundoinformações da Associação Técnica Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro),ociclo de vida do design dos objetos elaborados com o material pede novoslançamentos de coleçõesacada 60diaspelas indústrias nacionais.

realizada na cidade de mesmonome, naAlemanha, no mês de fevereiro.

A adaptaçãodas peçasaos clientes internacionais é feita sob a orientação dospróprios, que forneceminclusive osmodelos emvidro quedesejam encomendar. "O desafio é ganhar agilidadena produção voltadapara oExterior", afirma Rose. Tendências – A Decor Glassapostano azuletambémno amarelocomoos dois principais tons utilizados nas peças vendidas para o mercado interno. Já no Exterior,oobjetivo éinvestirnas tonalidades mais próximas do terra, como marrom e vermelho queimado.

A empresa paulista está particularmente interessada em ganhara simpatiado público jovem, inclusive os adolescentes. Dentro dessa linha, já estão sendooferecidos objetos comoporta-lápiscom caricatura de jovens e crianças.Ilustrações soboconceito de "liberdade racial", com personagens de diferentes raças, também são utilizadas.

A proposta da empresa é direcionar o vidro tanto para produtos de cozinha, como pratos, quanto para objetos de decoração das residências, como os vasos e os porta-retratos

Decoração herdada de povos antigos

Jáfaz algumtempoqueo vidro é utilizado como matéria-prima para a fabricação de peças de decoração e uso doméstico. Segundo informações da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas deVidro (Abividro),povoscomo osegípcios, sírios, fenícios,gregos e romanos já conheciam as técnicas de uso do material. Oconceitode vidroparaa decoração cresceucom os egípcios, que utilizavam uma pasta de vidro maleável para

desenvolver contas e outros adornos de uso pessoal. Peças similares foram encontradas, por exemplo, no sarcófago de Tutancamon. Oselementos básicosutilizados nafabricação do vidro eram praticamente os mesmos de hoje: cálcio, cal e potássio. De acordo com a Abividro, a indústria do vidro no Brasil teve início com as invasões holandesas em Olinda e Recife (Pernambuco), respectivamente em 1624 e 1635. A primeira oficina devidrofoi

montada por quatro artesãos que acompanhavam o príncipeMaurício deNassau.No local, eram produzidosvidros parajanelas, copos e frascos.

Mais adiante, em 1839, um italiano chamado Folcoinstalou, no Rio de Janeiro, a Fábrica Nacional de Vidros São Roque.A unidadetinha 43 funcionários entre imigrantes italianos e brasileiros. Grandes empresas funcionando até hoje, como a Santa Marina,surgiram noinício

do séculopassado. Em1900, a Santa Marina já produzia 20 milgarrafasde vidro verde por dia. O processo de industrialização do Paísna década de 50 fez comque grupos internacionais investissemnas empresas brasileiras.

Em 1960, o grupo francês Saint Gobain passou a ser acionista majoritário da Santa Marina. Entre os vidros existentes estão o sodo-cálcico, boro-silicato e o chumbo, esse último utilizado em peças com mais brilho.

No segmento de vidros para utilidadesdomésticas,os artigosdas linhasmaissofisticadas são os que mais têm espaço no comércio exterior, justamenteos fabricadospelas empresas como as da cidadede Pedreira."Omercado internacional é exigente no que se refere ao design das peças", explica Alves. O parque fabril vidreiro do Brasilestádivididoem dois grandesgrupos. Deumlado estão as companhias totalmenteautomatizadas, ede outro, as empresas de pequeno emédioporte,queutilizamprocessos manuaisou mecânicos na forma de fabricação. AAbividro possuiem seusquadros20 indústrias automatizadas.

Danvin adequa design e cores ao perfil dos países

A Danvin Devitrotevea sorte de receber oprimeiro pagamento de suas vendas para osEUA naprimeira semana de setembro, dias antes dosatentados terroristasque abalaram a economia daquele país. Deve ter sido um sinal de que as exportações de suas peças para o Exterior estão no caminho certo. Instalada em Pedreira desde 1986, aempresa tem uma linhade 180modelos emvidros, num total de 1,3 mil diferentes itens. As peças em vidro colorido são o carro chefe da marca. Para2002,as expectativas são de ampliar os negócios em 15% no Brasil. Lá fora,osplanossão de concentrar 30% da produção nas vendas parapaísesda Ásia,Américado SuleAméricaCentraldentrode cinco anos. A Danvinproduzhoje duas milpeçasdiáriasdecoradas em vidro. "Começamos a planejaras nossasexportações há dois anos e meio, avaliando quais seriamosmelhores mercados", explica o diretor de comércio exterior daempresa, PedroPauloAlves. O incremento às exportações será feito a partir da divisãodos negóciosdentroda empresa, com a criação de um segmento específico para omercado externo."Vamos

direcionar nossos esforços nesse sentido. Até a produção daspeças deexportaçãoserá feita em local separado da fábrica atual, com máquinas e equipeespecífica paracuidar do projeto", afirma Alves. Nos EUA, aDanvinconta com um distribuidor edois importadores. Asnegociações estão concentradas na cidadedeNova York,masa empresaestá prestesafechar um contrato de fornecimento depeças para umarede de hotéisemMiami. "A parte maisdifícil éa adaptaçãodos artigos aosdiferentes mercados. Não é o caso dos Estados Unidos, onde há potencial de consumo para todas as nossas linhas", diz Alves. Segundoodiretor, omercado europeu pede tons mais sóbrios nas peçase valoriza o design pagando mais caro pelos produtos caprichados nas formas. "O usodas cores quentes, comovermelho ou dourado,émais valorizado no Brasil enos demais países da América Latina", explica. As tendências doano para as peças são as linhas retas ou com formasgeométricas básicas no exteriore redondas noBrasil. Osprodutosda Danvin têm preçosentre R$ 3, por um castiçal de vidro eR$50, no casodefruteiras ou luminárias.

Alves, da Danvin Devitro, quer aumentar em 15% os negócios no Brasil
Diferentes cores são utilizadas numa só peça para atrair a atenção do cliente
O convencional desenho redondo dos pratos convive com linhas mais ousadas de design
D ivulgação
Fotos:
Divulgação

Agronegócio garante superávit ao País

O presidente da Sociedade Rural Brasileira aborda o tema hoje, às 17 horas, em reunião plenária da Associação Comercial de SP

Apesar das barreiras comerciais e dossubsídiosque ospaíses desenvolvidosconcedem a seus agricultores, o agronegócio brasileiro deve repetir o desempenho do ano passado e, mais uma vez, garantiro crescimentodoProduto Interno Bruto (PIB).

A previsãoé dopresidente daSociedade Rural Brasileira, João de Almeida Sampaio Filho, que faz hoje,às 17 horas, a palestra Expectativas do Agronegócio para 2002, como convidadoda reuniãoplenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na rua Boa Vista.

Sampaio Filho acredita que asexportações doagronegócio vãogerar nesteano uma receita de cerca de US$ 20 bilhões, o que corresponderá a um crescimento de quase US$1bilhão emrelaçãoa

2001, quandoas vendas externas do segmentosomaram US$ 19,13 bilhões.

O presidenteda SRBapostaque amodernizaçãoda agropecuáriabrasileira eo crescente esforço do País para aumentar a exportação de produtos com valor agregado

vai continuarimpulsionando o crescimentodo agronegócio. Na prática, isso significa aumento da produção nos diversos segmentos ligados ao setor etambém do número de empregos gerados pela cadeia.

EUA – "Além disso, a conquista oua ampliação de mercados que o País vem conseguindo ajuda a reduzir sua dependência das vendas para osEstadosUnidosea Europa, que subsidiam pesadamente seus agricultores e aindasobretaxam os nossos produtos", diz o presidente da SRB, que aproveitou para criticarpontos queeleconsidera absurdosnapolíticade comércioexterior norteamericana, definidapor Sampaio Filho como excessivamente protecionista.

Laranja – "O caso da sobretaxação do suco brasileiro no mercado norte-americano é um absurdo. Se não bastasse a sobretaxa de US$ 418 sobre a tonelada dosuco delaranja que ingressa no mercado norte-americano, aFlórida decidiucriaruma taxade mais US$ 40 sobre a tonelada

de nosso suco. E pior: esse dinheiro seriadestinado àpromoção publicitária do suco delaranja produzidonosEstadosUnidos. Aprópriajustiça daFlórida reconheceuo absurdo da decisão. Diante disso, ficou estabelecido que a medida seria estendida a todos os sucos enão só ao produtobrasileiro", contou SampaioFilho, acrescentandoque,mesmo assim,oBrasil vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Dinamismo – O presidente daSociedadeRural Brasileiradisseque, noanopassado, a agroindústria e, por conseqüência o agronegócio, foiosetor maisdinâmicoda economiabrasileira. O seu desempenho teve influência direta nos resultados do PIB e da balança comercial do País. Graças àsvendas externasda agroindústria,o Brasilregistrouem2001 oseuprimeiro superávit emseteanos,com US$ 2,6 bilhões.

De acordo como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado positivo da balança comer-

cial brasileira sófoi alcançadono ano passado graçasàs exportações de produtos básicos, queregistraram um crescimentono valorde exportação (o indicador de quantidadee preço) na ordem de 22,3%.

Sampaio Filholembra que a receita com vendas externas doagronegóciofoide US$ 19,13 bilhões, ou 32,9% do total dasexportações brasileiras noano passado, que somaram US$ 58,22 bilhões. Destaque – Noano passado,abalança comercial do segmento tambémregistrou um desempenhofenomenal. Basta lembrar que, se o superávit da balança comercial do País foi de US$2,6 bilhões, a do agronegócio conseguiu alcançar um total de US$ 14,74 bilhões.

O presidenteda Sociedade Rural Brasileiraacredita que o superávit comercial do agronegócio deverá, no mínimo, repetiro desempenho do anopassado.Em2001,o setor foi responsável por 28% do PIB.

Feira de cartões começa hoje em SP

A indústria de cartões magnéticos apresenta a partir de hoje,naCards 2002,feirado setor, as principais novidades em tecnologia de segurança e identificação de usuários. A mostra ocorreaté aquartafeira, noCentro deConvençõese EventosFrei Caneca, em São Paulo.

Em torno de 30 expositores dev em estar presentes no local. O objetivo dos organizadores é atingir um públicode 2 mil pessoas nos três dias. Entre os temas discutidos em palestras e convenções da Cards 2002, estarão osroubos, fraudes e clonagensde cartões.Osbancos já estão adotando os smart cards, que nada maissão doque cartões inteligentes dotados de pequenos computadores de

A movimentação financeira por meio de cartões atinge R$ 100 bilhões ao ano no Brasil

bolso, capazes de armazenar dados e receber informações de terminais autorizados. Histórico bancário, crédito e débito, número de documentos e fotografia ficarão contidos nocartão. Epodem ser atualizadosaolongo do dia. De acordo com o coordenador da Cards 2002, Gilberto Dib, aadoção da tecnologia vai acabar com a utilização de senhas. Outro dispositivo tecnológicoa serapresentadonamostra seráa biometria,processo deidentificaçãopessoal pormeiode impressão digital ou leitura da íris.

SegundoDib, anecessidade de encontrar mecanismos de proteção e segurança na identificaçãodas pessoasaumentou com os atentados

terroristas aos Estados Unidos, no dia 11 de setembro do ano passado. Isso fez com que aindústriaacabasse barateando o acesso a esse tipo de tecnologia. "Opreço não é maisfatorde empecilho", afirma.

Gilberto Dib dizainda que já é possível para um condomínio adquirir um sistema de identificação porimpressão digital para controlar a entrada de moradores e familiares. "Basta uma reunião de condomínio", afirma.

Futuro – Não está muito longe o dia emque os caixas eletrônicos terão dispositivos paraleitura das digitais, segundo Dib. Osbancosestudama conversãodossmart cards para a biometria.

O próximo público-alvo da indústria de cartões são os brasileiros combaixo poder aquisitivo, cerca de 30 milhões de pessoas,que estão à

margem do sistema econômico. Sãopessoas quenão possuem conta em banco ou cartão de crédito.Elas serão asprimeiras contempladas com o smart card.

Existem atualmente 150 milhões decartõesque operamcréditos, débitoseserviços como controles de acesso no Brasil.A movimentação financeira por meio de cartõesjáatingeosR$100 bilhões por ano.

Tsuli Narimatsu ser viço

7ª Exposição e Conferência

Internacional de Cartões

Serviços e Tecnologia

Dias: 8 a 10 de abril

Local: Centro de Convenções e Eventos Frei Caneca

Endereço: Rua Frei Caneca, 569 - São Paulo

Exposição: gratuita

Conferência: R$ 590,00

Palestras: R$ 390,00

Vendas de suco para a China podem quadruplicar

O presidenteda Sociedade Rural Brasileira, João deAlmeida Sampaio Filho, acredita que a safra recorde de 100,5 milhões detoneladasserá atingida neste ano e, em conseqüência, o Paísterá condições deatender o consumo interno emanter oritmo crescente das exportações, principalmente da agropecuária.

SampaioFilho prevêapenasum pequenorefluxonas vendas externasde carnebovina em razão da volta da Argentina aomercado internacional. Em compensação, as exportações de frango e suíno devem manter o ritmo de crescimento. Soja e milho também estão alcançando preços compensadores,tantonomercadointerno eexterno,o queestimula oagricultor a continuar plantando as duas culturas.

Café – Ele estima ainda um bomano para acafeicultura nacional.Depoisde vários

anos comuma cotaçãoentre US$ 40 e US$ 50 a tonelada, o preço da commodity já chegou a US$ 60 neste ano. A safra2002/2003de caféestáestimada em 40 milhões de sacas.Ocafé in natura ou com valor agregado é um dos produtos brasileiros com chance de aumentarsuas vendaspara a China.

Su co –O suco de laranja, cujas exportações vêmcrescendo para o gigante asiático, deverá continuar aumentando sua participação no mercado chinês. No ano passado, oBrasilexportou 15miltoneladas de suco de laranja para os chineses e as estimativas do setor apontam para uma venda de 50mil toneladas do produto neste ano. Em2003, as exportações brasileira de suco de laranja paraaChina devemchegara 200mil toneladas,informao presidente da SRB com base nasprojeções dasindústrias cítricas. (JSG)

Santos Guimarães
Sampaio projeta US$ 20 bilhões de exportações para o agronegócio em 2002
Robson Fernandes/AE

A linha Risqué Glitter vem em blister, acompanhada de cartela de adesivos

Esmalte ganha cores de torcida do Brasil na Copa

Paraatenderao gostodas j ovensmulheres, mesmo as de espírito jovem, a indústria de esmaltes brinca com cores, brilhos e adesivos. A Risqué lança acoleção Fashion Glitter Vibrations ,em embalagem blister, acompanhada de uma cartela exclusivade transfer,com motivosdivertidos, para serem colados nas unhas. As cores vão do laranja ao azul, passando pelo lilás e amarelo. A Risqué sugere combinar as cores dos esmaltes comos transfers.Cada blister custa R$ 2,35. Detalhes pelo fone 0800-111145. A Impala oferece cinco nov aslinhas, apostando firme no Brasil na Copa do Mundo 2002. Tatoo Brasileirinha é umacartelacom80 decalquesquetrazema bandeira doBrasile umaboladefutebol. Custa R$ 1,55. A linha Criative tem cartelascom 60 adesivos metalizados, com os mais variados motivos, como estrelas, sol, trevose flores. Cada cartela custa R$ 1,33. Disponível também em blister, comdois esmaltes,um branco e outro da cor do adesivo, ao custo de R$ 4,67. Tatoos também fazem parte da linha Criative, vendidos

Bandeiras e bolas enfeitam as unhas

em cartelas com 100decalques,com10 desenhos diferentes cada uma delas,em versões tribais, marinhos, florais e infantis. Cada cartela custa R$1,55. Alinha Glitter by Impala ,com esmaltes transparentes, traz filetinhos, corações,diamantes e estrelasholográficas. Hátambém a versão deestrelinhas holográficasnas coresazul,verde e amarelo, paratorcer pelo Brasil na Copa. Custam R$ 1,46 cada. Detalhes pelo fone 6487-2700.

Linha corporal para ser usada pela família toda

Uma linha de produtos que atende a família toda é o lançamento daMary Kay. Satin Hands & Body destina-se aos cuidados com o corpo, sendo composta por três produtos com fragrância suave e design neutro. Unissex, a linha é formada porcremeesfoliante para mãos e corpo (preço de R$ 30,20), contendo microgrânulos para esfoliara pele, devendo ser usado no banho, sobre o corpo molhado, duas vezes por semana; gel de limpeza para mãos e corpo (custa R$ 29,60), para uso durante o banho com uma esponja; e loção hidratante para mãos e corpo (R$ 31,60), combinação deemolientes quehidratam a pele e que pode ser usado sempre que necessário. Os produtossão comercializados por consultores. Detalhes pelo fone 0800-163113.

Óculos Fause Haten em parceria com a Fotoptica

País tropical não teminvernoquedispense ousode óculos escuros. Por isso, a coleção Fause Haten Eyewear by Fotoptica Inverno 2002 chega aomercado em boahora. Apresentada durante o desfilemasculino deFauseHaten outono/inverno 2002na São Paulo FashionWeek, a linha deóculos dofamosoestilista chega agora, em edição limitada, àsvitrines de sua própria loja, na rua Oscar Freire, e à loja da Fotoptica do Shopping Iguatemi.Emversões masculina e feminina, a coleçãoé compostapor trêsmodelosde óculos,com trêsvariaçõesde coresnaslentese nas hastes, totalizando nove lançamentos.

A linha inspira-se nas principais tendênciasinternacionais: Lumière,com lentessutilmente espelhadas em tonalidadeque remetemaoarcoíris, tendo no metal a matéria-prima para as armações; e M it o s , óculos que apresentam geometriaantagônica, com falsas perspectivas e parafusos aparentes, obedecendo ainda aos padrões internacionais de qualidade oftalmológica, com proteção UV 400.Osóculos da coleção Fause Haten têm preços entre R$ 313 e R$ 350. Haten diz que os óculos representam,cadavez mais, um itemindispensável aovisual contemporâneo e, ele em particular, não dispensa a pe-

Cada um cria seu estilo na moda jovem de inverno

Descontraída, confortável ecolorida,assimé aroupa outono/inverno para jovens, segundo a coleção da TKTS. São peças básicas, coordenadas, permitindo que cada um crie seu próprio estilo. Para as meninas, destacam-se as roupas justascomo ascigarretes coloridas usadas sob a minissaia, jeans destroyed, brilhos, metais aplicados e sobreposição de peças.Paraosmeninos,umpouco maiscasual, surgem os jeans com lavagem sujinhode aspectodespojado, silk com ar gasto, camiseta e blusãolargos e sobreposição depeças. Mescla-cinza, vermelho, azul claro e marinho, pink, amarelo,laranja e crusãoas coresdaestação.A tendência militar, forte nesta temporada,aparecena jaqueta, calça 5 pockets e camisetasdemanga longaecurta. Os detalhes da coleção fazem a diferença: zíperes que abrem nas duaspontas, silks comesem brilho,metais aplicados, patchs e mangas fru-fru para as meninas.

Curso de fotografia abre inscrições

Paraquemgosta de fotografiaequer aprenderasprimeiras técnicas, a Casa da Fotografia Fujiestá oferecendo curso básico,com técnicas iniciais defotografia, aocusto deR$ 20. Oprimeiro módulo, Básico I, realiza-se nos dias 22 e 23 de abril, abordandotiposde câmarasefilmes, sensilidadedeluz, entreoutros itens. Osegundo módulo, BásicoII, indicadopara quem já fez o anterior, será ministrado nos dias 29 e 30 de abril, incluindo como fotografar pessoas, efeitos etruques e filmes fotográficos

ça no seu dia-a-dia. O estilista acredita que a parceria com a Fotopticaalia aos produtos com sua marcaos conceitos de uma empresa líder de mercado, além da força na distribuição. Para Michel Brull, presidenteda Fotoptica, a parceria, com um importantenomeda modanacional, possibilita a conquista de um diferencial dedesign emodernidade, um dos anseios dos consumidores da rede.

ser viço

Consumidores de outras cidades, interessados na coleção de óculos Fause Haten, podem solicitar pelo fone 0800-471411.

O próprio Fause Haten não dispensa o uso de óculos no cotidiano, considerando que a peça tornou-se acessório de moda indispensável ao visual contemporâneo. A coleção segue ainda padrões internacionais de qualidade oftalmológica

Pizza de mortadela, combinação de preferências nacionais

Mortadela, umapreferência nacional, chega àpizza, também umdos pratosmais consumidospelos paulistanos.A combinaçãoestásendofeita pelaPizza Hut,dan-

do prosseguimentoà suaestratégia de criar variedades adaptadas ao paladar do consumidor brasileiro. P i zz a Mortadela by Ceratti, desenvolvida emparceria com o

Bonecos são brindes

avançados, entre outros temas. Asaulas realizam-se sempre às segundase terçasfeiras, das19 às22 h.As inscrições devem ser feitas pessoalmente, de segundaa sexta-feira, das 12h30às18h. Mais informações pelos telefones 5091-4077/4089.

Uma festa paraa garotada que gosta decolecionarminiaturas de personagens em promoções deempresas. São duas opções:bonecos danacionalíssima turma do Sí tio do Picapau Amarelo ou de personagensdos Estúdios Disney.A primeira faz parte depromoçãodeOmo Multiação, marca líder de mercado, com 34,5%de participação.Na comprade umaembalagemespecial,com duas caixas do detergente, ganhase um personagem, que pode ser a Emília, o Viscondede Sabugosa, o Saci, a Cuca ou o Rabicó. A embalagem custa o mesmo que dois cartuchos de

Frigorífico Ceratti,é servida nos restaurantes casual dininge delivery darede na Grande São Paulo. A pizza tem recheio de mortadela, mussarela, tomates picados e tempero especial à base de ervas finas eoutras especiarias. Disponível nostamanhos grande(oito pedaços)egigante (12 pedaços), aospreços de R$ 21,90 e R$ 23,90, respectivamente. Permanece no cardápio por tempo indeterminado. Com essa parceria,a PizzaHutassocia-sea mais uma marca premium, já tendo vínculos com a Catupiry, Perdigão,Kopenhagen, Brunella, IllyCafé eBacardi, entre outros.

de

1kg deOmoacrescido de R$ 3,50, e a promoção estende-seaté o mês de maio. Os bonecos foram produzidos com exclusividade pela Estrela. A outra é do McDonald’s, que,na compra do McLanche Feliz , está oferecendo miniaturas depersonagens dos desenhos 102 Dálmatas, A Pequena Sereia II, Tarzan, Dinossauros e A Dama e o Vagabundo II. A diferença é que, desta vez, a criança pode escolher qual delas deseja, dentreas maisde20 opçõesdisponíveis. O Festival Disney realiza-se até o próximodia 30. OMcLanche Felizpossui asopçõesde hambúrguer, cheeseburguer,chicken Mcnuggets ou queijo quente, sempre acompanhados de Mcfritas pequena e refrigerante 300 ml.

Variação de cores, lentes espelhadas ou parafusos aparentes na coleção de óculos em versões feminina e masculina
A linha é composta por produtos unissex, usados durante ou depois do banho
Mortadela Ceratti na pizza Hut, mais uma parceria com marca premium
Personagens
Lobato são bonecos da Estrela

Mercado deve se voltar

para

a questão do petróleo

Novos aumentos no preço do petróleo, que podem serdeflagradospor um agravamentona criseentre israelensese palestinos,no Oriente Médio, devem atrair a atenção do mercado financeirocom maisforça, nesta semana. Muitos especialistas vêem os altos preços doproduto comoum movimento especulativo.

A situação atual é diversa daquela que o mundo assistiu em 1979,durante asegundagrandecrise do petróleo, quando o preço do barril chegou a triplicar, sendo vendido a US$ 40. Nos últimos vinte anos, a produção ficou menos centralizada e o mundo já não depende tanto, hoje, do petróleodoOriente Médio.

Mas, se os aumentos se sustentarem,os Estados Unidosnão ficarãototalmente imunes, segundoespecialistas do mercado. Mesmo comoaumento das reservas de óleodos EUA divulgado na semana passada. Caso oritmo deretomada de crescimentoda economia norte-americana comeceadesacelerar por conta deuma disparadano preço internacional, dizem analistas, o Brasiltambém seráprejudicado comum impacto em seus preços, de acordocom Luis Roberto Cunha,economista da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. Apesar de o Brasil impor-

tar apenas 16%detodoo petróleo que consome, ainda segue as regras do mercado internacional para fazer seus reajustes.

O que torna o país vulnerável aos preços internacionais. Daí a preocupação com novos aumentos.

Outroassunto que deve prender a atenção do mercado, mais especificamente o deações, é aquestão política. O mercado aguarda a divulgaçãodo novo nome para sero vice nachapa de José Serra. Ogoverno encerrou a semana passada sem nenhuma definição quanto ao assunto.

A reunião entre o governoeo PMDB,nasexta-feira, com o objetivo de fortalecer a aliança para a candidatura de Serra, deixou o mercado um pouco mais tranqüilo quanto a um possível isolamento do governo na questão da sucessão presidencial.

A nãovotação daCPMF, que significauma perdade R$ 700 milhões segundo números oficiais, ainda deverá manter o mercado ocupado. O governo ainda não definiua formade compensação do imposto.

A expectativa domercado é justificável. Entre as hipóteses comas quaiso governo trabalha está a de aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) esobreasvendasa prazo feitas pelo comércio.

OPINIÃO

Argentina: indefinições

"A Argentinavivehoje, maisdoquenunca, uma grandeindefiniçãoem seu cenário político e econômico", diz Raquel Fleury, analista de mercado internacional da Tendências Consultoria. Segundo Raquel, o acerto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), queanda emperrado há meses, corre o risco de não sair do papel neste primeiro

semestre. O motivo seria as exigências do Fundo feitas ao governo de Eduardo Duhalde,difíceis deserem cumpridas. Umadelas éo fim dosbônus,oscorralitos,lançados pelogoverno argentino durante acrise. Para resgatar os bônus o governo teria de emitir pesos. "O que, no atual momento, é praticamenteinviável", diz Raquel.

FIQUE DE OLHO

•A emenda que prorroga a cobrança da CPMF continua parada na Câmara. Como o governo já acumula uma perda de R$ 700 milhões por conta do atraso, uma das saídas inclui aumento do IOF.

•Aaltano preçodopetróleo,na semanapassada,deve beneficiarasaçõesdaPetrobrás,comlucro paraquem aplicou no papelda empresa. Os FundosMútuos de Privatização, criados para abrigar os investimentos gerados a partirda aquisiçãodeaçõesdaestatal,comrecursosdo FGTS, em 2000, também sairão ganhando.

AGENDA ECONÔMICA

•IGP-M-FGV: A Fundação Getúlio Vargas divulga hoje o Índice Geral de Preços dos primeiros 10 dias de abril.

•Balança comercial: O governo divulga também, nesta segunda-feira, o resultado parcial da balança comercial, referente à primeira semana de abril.

•IBGE: O Instituto Brasileirode Geografia e Estatística divulgaamanhã,terça-feira, aPesquisaIndustrialMensal demarço, sobreaevolução daproduçãoedo mercadode trabalho na indústria.

•IGP-DI: AFundaçãoGetúlio Vargasdivulganaterçafeira, 9, o Índice Geral de Preços na economia.

•IPCA-IBGE: Divulgação doÍndicedePreços aoConsumidor Amplo de março.

Visa fatura R$ 3,1 bilhões com vendas por cartões

Asvendasatravés doscartões dabandeira Visa – de créditoedébito– subiram 27,42% em março, comparativamente ao mesmo mês de 2001,comum faturamento deR$3,146 bilhões,anteos R$ 2,469 bilhões registrados em março do ano passado.

O maior crescimento foi registrado pelos plásticos de débito (Visa Eletron), cujas vendas subiram 69,70%, passando de R$ 407 milhões (em março de2001) paraR$ 691 milhões noúltimo mês.Mas os cartões de crédito continuam respondendo pela maior fatia das vendas: R$ 2,455 bilhões. Nos primeiros três meses do ano a Visa alcançou um resultadodeR$8,810 bilhões, superior aos R$ 7 bilhões registrados no mesmo período em 2001.

Pré-pagos – As instituições

financeiras estão entrando comforça totalno novosegmento deplásticosconhecidos como pré-pagos, que possibilitamummaior controle dos gastos.

Estes produtospossibilitam ao cliente do banco limitar os gastos de seus filhos, por exemplo. BankBoston e Unibanco foram os primeiros do mercado a oferecerem este tipo de cartão.

No BankBoston, o cliente podeoptar pelocartãoFamília, que funciona como um cartão mesada. De acordo com a diretora de Cartões do banco, Thaís Rohr, o próprio cliente define o limite eo prazo de validade do plástico.

com sua necessidade.O cartão funcionacomo umamesada, aomesmotempoem queensina osfilhosaadministrar o próprio dinheiro.

As instituições estão entrando com força total no novo segmento de plásticos pré-pagos

NoExterior – Os usuários do cartão BankBoston Família, quando em viagem ao Exterior, poderão sacar em moeda local em mais de 650mil caixas eletrônicos da Rede Cirrus e comprar em maisde5,5 milhões de estabelecimentos credenciados da Rede Maestro.

"O responsávelpela contacorrente poderáoferecero cartão aos filhos ou familiaresecontrolar osgastospela Internet", ressalta Thaís.

O limite de utilização é definido pelo cliente, de acordo

No Unibanco, o cliente também decide seus gastos comocartão decréditopré-

pago 30 HorasGarantido. O valor pode ser definido pelo titular da conta-corrente com o limite de R$ 1mil. O cliente pode carregar e recarregaro cartãoemqualquer agênciabancária, emdinheiro,cheque oudébito emoutro cartão de crédito.

Sem taxa – "Outro diferencial do nosso cartão é que não há cobrança de taxa de recarga", afirmaRodrigo Dantas, daárea deprodutos doCartão Unibanco.

O executivo lembra que o 30Horas Garantidoé ideal para aspessoasquequerem ter um maior controle sobre os seus gastos, uma vez que o cartão possibilita uma programaçãodas despesasenão possuidata devencimento.(Leia mais sobre o assunto na página 14)

Lucro do IRB passa de R$ 170 milhões

O aumento do valor dos seguros dos setores aéreoe de petróleo, depois dosatentados nos EUA em 2001 e do afundamento da plataforma P-36 da Petrobrás levaram a um crescimento de282,3% no lucro do IRB Brasil Re.

O lucro do instituto no ano passado atingiuR$ 170,43 milhões, contra os R$ 44,57

Dólar recua e fica abaixo do nível de R$ 2,80

Aprevisãodeingresso de cerca de US$3 bilhõesno mercado em abril, como resultado deexportações agrícolas e captações deve manter o dólar em níveis próximos ao da última sexta-feira.

A moeda americana fechou em R$ 2,278(queda de 1,04%) e em seu menor patamardesde10de maio de 2001, quando havia finalizado cotada a R$ 2,259. O dólar acumula queda de 2,06% no mês. 1,60% no ano.

Tranqüilidade – "A procuraporhedge estámenor,o queajudana quedadacotação, sem contar o fluxo de entrada", disseJoãoMedeiros, da Pioneer Corretora.

Nalistadeingressos figuram US$100 milhõesda emissão do Itaú.

Os negócios com dólar na Bolsa de Mercadorias e Futuroscopiaram atrajetória do mercado à vista e também fecharamnamenor cotaçãodo dia. O vencimento de maio recuou 1,12%, com estimativa de R$ 2,3030.

Marcos Menichetti/Reuters

milhões do ano anterior. O IRB éumaresseguradora, empresaque compartilha os riscos assumidospelas empresas seguradoras. Indenizações – A redução de pagamentode indenizações,de 88,2%em 2000para 68,8% em 2001, também ajudou no desempenho do instituto, que está na fila da lista de

privatizações do governo brasileiro para este ano.

Com uma avaliação estimada em cerca de R$ 500 milhões (em2000),o IRB depende de aprovação do Congresso para ser vendido. Espetacular – "O número de ocorrências praticamente se manteve entre 2000 e 2001, mas como o preço do seguro

subiu e o pagamento de sinistralidade (indenizações) diminuiu, o lucro foi espetacular", disseo diretor-financeirodo IRB Brasil Re, José Eduardo Batista. Paraesteano, porém,aexpectativa em relação aos preçosdosprêmiosédeque se mantenham praticamente estáveis. (Reuters)

Marcos Menichetti/AE

Empresa vende rede brasileira nos EUA

Para entrar no mercado americano, a indústria têxtil Jobek, do Ceará, aumentou o tamanho das redes e criou manual de instrução

Os norte-americanos da Califórnia, nos Estados Unidos, vão podercomprar, em lojas americanas, redes fabricadas noBrasil. Aempresa brasileira Jobek, de Maracanaú, no Ceará, fez uma parceria com o grupo norte-americano Wal Mart para fornecer o produto. Na semana passada, 40 mil redes foram enviadas para os EUA.

Avenda foia primeira da Jobek para o mercado americano. "A expectativa é que a ação num grande varejista abra as portas para outras negociações. Pretendemosembarcar 200 mil unidades no próximo ano", diz José Newton Brasil, diretor de Comércio Exterior da Jobek.

Para entrar no mercado estrangeiro, os donos da empresa investiram emcertificação ambiental e de qualida-

de, confecçãode manualde instruçãoe pesquisaspara identificar o gosto do consumidor. "Como usamos madeira, exigimosdos nossos fornecedores o certificado da Imaflora (Instituto de Manejo eCertificaçãoFlorestale Agrícola)", afirma Brasil. A Jobek também não trabalha com artesãos que usam mão-de-obra infantil. "Temosqueprovar paraos importadores que somos socialmente responsáveis para vender o artigo", diz Brasil.

Manual– Se no País um manual de uso de rede parece umabobagem,nos EUAéde suma importância. "Em geral,os estrangeiros não sabem comopendurar ousentarnuma rede,podem caire se machucar", afirma Brasil.

O manual de rede da Jobek é feito em oito idiomas, entre

elesinglês, espanholeitaliano.Por meio de desenhos ilustrativos,o consumidor é informado como deve pendurar a rede e o modo correto para se sentar.

Segundo Brasil, na maioria dos países a rede vira peça decorativa. "As pessoas usam de vez em quando, mas a intenção é deixar à mostra num ambiente da casa", afirma.

As empresa fabrica dois tipos deredes.As sofisticadas são as mais procuradas pelos estrangeiros. "Por meio de pesquisas, identificamosque os clientes de outros países preferiam redes maiores", afirma Brasil. Asunidades têm 2,60 de comprimento e 2,10metrosde largura, são feitassem corantes,comfios 100% algodão e têm as varandas (bordas) em crochê.

As redes também vêm com

extensores em madeira colocados nas laterais para mantê-las abertas.

Os modelos mais simples medem 1,80 metro por 1,40 metro, sãomaisrústicose não têm varanda em crochê. Produção – A Jobek começouaproduzirredes em 2000. Desde o início, a empresa traçou estratégias para vender no mercado externo. Hoje, a maioria da produção – 97% – é vendida para países como Alemanha e Lituânia.

A produção mensal da Jobekestá entre15 mile 20mil unidades por mês. Além dos 370funcionários diretos, a indústriatrabalha emparceriacom 1,5mil artesãos,responsáveispela confecçãodas varandas em crochêe 17 pequenos produtores de rede.

Números ajudam a escolher pessoal

Empresas de diversos setores estãorecorrendoaosastrospara selecionarfuncionários e escolher datasfavoráveis para fechar negócios. Segundo o numerólogo

André Bianchi, de São Paulo, oestudodosnomes émais uma ferramenta para se obter um perfil ampliado do candidato. "Isso pode ser útil para avaliar aspossibilidadesde sucesso daspessoasnos cargos pretendidos", afirma.

Bianchielabora estudos para empresas de diversos setores como construção civil, comércio, transportes, além deindústriasquímica efarmacêutica. "As companhias que mais procuram este tipo derecursosão docomércioe da construção civil", diz. Bianchi não revelaos nomes dos clientes. "O sigilo faz parte do trabalho", afirma. O preço daconsultavaria de acordo coma necessidade da empresa. "Háserviços completos, queenvolvem numerologia emapa astrale outros mais simples, feitos apenas com os números", afirma o numerólogo. T é cn i c a – Na numerologia, cadaletrado nomeda pessoa tem um valor numérico. Esses númerossão somados aos da data de nascimento.A somadeles resultanum único número. A partir desse dado, é feitoum estudo da

Peça é considerada o primeiro móvel do Brasil

Asprimeiras redesdedormir foram feitas pelos indígenas. Amatéria-primausada era a fibra de tucum. Os colonos, que tinham contato com os índios, as incorporaram ao hábitoepassaram afazê-las tecidas em algodão.

Para pesquisadoresda história do mobiliáriobrasileiro, a rede é considerada o pri-

meiromóvel doPaís. Coma chegada das camas, a peça foi transportada doquarto para outros ambientes da casa, como a varanda. NoBrasil, oCeará temo maior número defábricas de redes. Osartesãos quefazem aspeçasmanualmente dividem espaço com pequenas e médias indústrias. (CM)

cursos e seminários

Hoje

Como avaliaro mercadoe buscarnovas oportunidades– Ocurso é dirigido a micro e pequenos empresários que estão procurando oportunidades para a empresa. Duração: 20 horas, das 18h30 às 22h30. Local:Sebrae SãoPaulo,rua Vergueiro,1.117,Liberdade.Preço: R$100 (pessoa física,micro epequeno empresário)e R$150 reais(médio e grande empreendedor). Ocurso acontece hoje eas inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800-780202.

personalidade do candidato. A profissão de numerólogo éregulamentada peloMinistério do Trabalho. No País, existem diversos cursos de numerologia.Entre os que procuram as palestras, há psicólogosque queremaprender a técnica para aplicá-la na seleção de candidatos.

História – A numerologia surgiu com os primeiros matemáticos gregos.Pitágoras, que trabalhava com a técnica, falavaqueouniverso tem umarelação direta com os números. Segundo Bianchi, é essa relação que possibilita ampliar os recursos para avaliar se um candidato possui as características ehabilidades necessárias para ter um bom desempenhoem umdeterminado cargo.

CréditoTributário– Apalestrafazpartedocurso deDireitoTributário promovido pelo IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). O seminário começou no dia 01 e termina no próximo dia 29. Duração: duas horas,das 18h30 às 20h30.Local: IASP, rua LíberoBadaró, 377, 26º andar, Centro. Preço: R$ 300 por todo o curso. As inscrições devem ser feitas pelo telefone (11) 3106-8015.

Aumentando asvendascom criatividade– Oobjetivodo cursoé orientarmicro epequenosempresários nacriaçãode estratégiascriativasparavenderoproduto.Duração: trêshoras,das9h00às12h00. Local: Sebrae São Paulo, rua avenida Pires do Rio, 259, São Miguel Paulista,SãoPaulo. Ocursoacontecenaterça-feira(09), asinscriçõessão gratuitas e devem ser feitas pelo telefone 0800-780202. Como se tornar um líder eficaz – O curso é direcionado a profissionais quepretendem desenvolversuashabilidadescomo líder.Duração:20 horas, das 18h30 às 22h30. Local:Sebrae São Paulo, rua avenida Pires do Rio, 259, São Miguel Paulista, São Paulo. O curso acontece hoje. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800-780202.

Administração competitiva – Ocursoé dirigido aprofissionais que querem melhorar a forma de administrar a empresa. Duração: duas horas, das 9h00 às 11h00. Local: Sebrae São Paulo, avenidaDoutor OlavoEgidio,690, Santana.Ocurso acontecena terça-feira (09), as inscrições são gratuitas e devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

ANÁLISE João de Scantimburgo

Israel e Palestina

Agrava-se, cada vez mais, a guerra entre israelenses e palestinos, sem que se visualize no horizonte das duas nações um acordoquetenha efetiva duraçãoe permita que as duas partes em conflito possam viveretrabalhar em paz. Israelé,evidentemente,mais fortedo queos árabespalestinos. Comsuas dimensões donossoEstado deSergipe, Israelé umapotência mundial, não só pelos judeus espalhados pelo mundo, prolongando a diáspora, comopelaalta qualidade desua educaçãoe meios científicos.

Mas os palestinos não vão nunca se conformar em teremperdido oterritório que ocupavam hádoismilênios, no qualfoi instituído em 1948 oEstado de Israel, que acolheu os judeus do mundointeiro. Masnada poderão fazer contra seu poderoso suzerano, que conta com um arsenal de alta expressão eguerreiros que se revelaram estrategistas admiráveis, como vimos em1967eestamos vendo agora. O chefe da AutoridadePalestina,Yasser Arafat pouco poderáfazer, sobretudo por não contar com apoios externos.

Seme perguntaremoque penso, não saberei respon-

der, pois tudo oque os Estados Unidospoderiamfazer para levar a paz ao minúsculo territóriojá foifeito edesobedecido empoucotempo.Os judeusjá não são os mesmos dos tempos heróicos da ocupação do território. Milhares laicizaram-se, embora continuema afirmar "em Jerusalémno ano que vem", para reafirmar sua fé na conquista definitiva das terras que lhe couberam pela ONU, e pelo bater de martelona mesade OswaldoAranha, então na presidência. É tudo uma pena. É mais uma guerra, neste mundo de guerras, que desmentem o pobre Fukuyama, para quem, segundoaliçãode Hegel, a Históriahavia terminado, quandoela estáem plenaefervescênciae vitalidade, sobretudopara manter o mal vivo entre asnações, não obstante as uniões comerciais já estabelecidas. Deus tenhapiedade dospovos ameaçados de aniquilamento no território que Israel ocupa com os palestinos.E uma solução seja encontrada para os seus habitantes.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Pitágoras no Brasil

Não seassustem.Nãose trata dofamosomatemático, autor do célebre teorema que aprendemosnas escolas: "O quadrado da hipotenusa éigual àsomadosquadradosdoscatetos". Oedifícioda geometria passa poressa clássica e genial verdade. Quero me referir à FundaçãoPitágoras,comsede em Belo Horizonte, presidida pelo professor Evando Neiva. Trata-sedeuma organização exemplar,autora de um consagrado método de ensino, hoje espalhadono territóriobrasileiro e até em sucursais existentesem diversos paísesestrangeiros.Quem chama a minhaatenção paraessefenômeno é o amigoJoel Mendes Rennó. O alicerceque motiva o citado trabalho, segundo o professor Evando Neiva,é a qualidade:"Construir uma educação dequalidade é premissa básica para resolver os grandes problemascontemporâneos". Vivemos fases distintasdos esforçosrealizados emnosso país:nos anos 50 e 60, ailusãodequetínhamos um ensino público de qualidade; nos anos70 e 80, como esforço para democratizar o acesso às escolas, o fracasso escolar, com grande repetência e altas taxas de evasão; na virada doséculo,um outrotipode preocupação: auniversalização do atendimento no ensino fundamental, mas a frustração da qualidade.

Portanto, o que se faz hoje em Minas Gerais, na Fundação Pitágoras, é buscar uma escola de qualidade paratodos. Difíciltarefa,mas passíveldeser realizada, desdeque hajauma

A mídia e o público

Rezavelha sabedoria que há três meiosinfalíveispara torrar qualquervolume dedinheirono menorprazopossível:cavalo, mulherepropaganda. Cavalo e mulher, ainda seentende:são objetodepaixãoe aloucura,por maiscara queseja, sereretribui com algumprazer. Masqueprazer pode sentir oinfeliz que encomenda uma mala-direta tendo, de antemão,o desprazer de saber que a imensa maioria desuas mensagensindiretas irão diretamente para o lixo? Entende-seque osempresários da propaganda, naqualidadede profissionaisdamatéria, sejam marqueteiros insuperáveis navenda desua própria mercadoria. Por outrolado, é muito raro que quem banca a conta seja quem consome o produto,istoé,queo chefede umaempresa jamais"consuma" a propaganda que compra e quevende paraterceiros, que enderece suas malasparasi próprio, ou que veja seus próprios anúnciosnaTV.Quando isto excepcionalmente acontece, geralmente fica tão assustado que nunca mais volta a repetir aexperiência. Sechama seu chefe do departamento de propaganda para explicações, esse (que é profissional do ramo) geralmente começa porconcordar quea coisa émesmo uma droga, mas é isso que o consu-

vontade política. Nestemomento pré-eleitoral, nada maisoportuno do que bater nessa tecla –e até cobrarisso dos nossos políticos. Com a esperança de que, depois de eleitos,nãoenfraqueçam amemória.

É claro que, dentro da hipercomplexidade pedagógica, desejamos uma escola inclusiva, com uma gestão integrada. Por issoseafirma, enfaticamente, que "escola de qualidade é aquela onde todos aprendem com alto desempenho".Estamos em busca desse equilíbrio indispensávelaos padrõesdemocráticos do povo brasileiro. A existência deuma educação para ricos,outra parapobres, independentemente da procedência da mantenedora, é algo inconcebível.

Não possoesquecer as palavras do mestreAnísio Teixeira: "Todo ensino bom é um ensino caro". Isso abrange naturalmenteas escolasparticulares, que resistem bravamente aos altos e baixos da nossa vida econômica, mas também às escolas públicas,cuja viabilidade provém dobolso sacrificado dos contribuintes brasileiros. Se o resultado ainda está longe de ser o ideal, eis aí aboa razão para persistir na busca do melhor. Dizem que precisamos exportar mais. Não existe a menor dúvida. Maspara sairmos da condição precária de meros fornecedores deprodutos primários precisamos alcançar uma educaçãode Primeiro Mundo,comforte lastrono desenvolvimento científico e tecnológico autônomo.

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

midorexige.Comoresistir aos ibopes?

É óbvio que feijão-com arroz não é notícia, mas como oferecer como notícia a repetição de desastres, crimes e rebeliões nos presídios, que são o feijãocom arroz do noticiário da mídia?Osdonos dasmidiaedas agências depropaganda certamente acreditam que a maioria do público é constituídade sado-masoquistas que não dispensam sua dose diária dasporcariasqueproduzem e veiculam. A grande maioria dos anúncios se dirige ao públicocomo se eles(o público) ou eles (os apresentadores) fossem burros, trouxas, cretinos, retardadosoudelinqüentes.

E assim como a elite política debitaaoeleitor osmausgovernos dospéssimos candidatosque lhesimpinge edepois diz que cada povo tem o governo quemerece, damesma forma a elite da mídia e da propagandadiz que sóproduz o que o público quer consumir e, assim, que cada público tem a novelae oanúncio quemerece.Aodarem taltipodeexplicação certamenteomitem ou se esquecem que suas próprias famílias fazem parte desse público.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Remendo social

E

stamos no período final de umadose dupladegoverno tucano e temos muito pouco a comemorar em termos de crescimento econômicoe, portanto,de melhoriadarenda e dospadrões de bem-estar da maioria dos brasileiros. Na verdade, só temos a lamentar o fato dequea média anualde crescimento do PIBnão chega a 2,4%, semgrandes possibilidades de variação até o final de 2002. Isso significa que a renda das pessoasestácrescendo muito pouco, algo como 0,8% aoano,visto queataxaanual de crescimento da população é de 1,6%.Nessa marcha de crescimento do PIB per capita, os brasileiros devemse prepararpara esperar100 anospara dobrar asuarenda. Quando nossaeconomia cresciaentre 7% e 9% ao ano (períodos JK e Médici),arenda dosbrasileiros dobravaacada10anos, aproximadamente. Muito justamente,o sentimento da maioriados brasileiroserade bem-estar ao final daqueles governos.

Hoje,o sentimentodaspessoas é defrustração, porque nesses quase oito anos não puderam progredir, não tiveram a oportunidade de trabalhar porque aeconomiacresceu muito poucoe aoferta deemprego se reduziu dramaticamente. Já no final do primeiro mandato, o presidente FernandoHenriquesentiu oalcanceda tragédia,detalsorte queassumiu nacampanhada reeleição o compromisso contido no slogan "Quem acabou com a inflação vai acabar com o desemprego"... Não cumpriu a promessa porque demorou a corrigir o viés anticrescimento de sua políticaeconômica. Essa oportunidade surgiu após a correçãodapolítica cambial

Estímulos à cidadania Neste mêsde abrilo Instituto da Cidadania (Instituto Brasileiro de DesenvolvimentodaCidadania) estará promovendo dois eventos de porte emfavor dodesenvolvimento dacidadania no Brasil, sempre pelo foco educativo. Defendosempre que sóconstruiremos oBrasil que queremos, equilibrado e justopara todos, através da educação.

Expor tação

No dia 24 deste mês, em Brasília, em conjunto coma Câmara de Comércio ÁrabeBrasileira,o Institutoentregará o Prêmio Cidadania Brasil deExportação, napresença do presidenteFernando Henrique Cardoso e deministros de Estado. A entrega será no Palácio do Itamaraty, em Brasília

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cartaspoderãoserresumidaspela

que

missivista deseja transmitir. As cartas não publicadas não serão devolvidas. Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

datilografados.

dejaneirode 1999. Emboraa condução dapolítica tenha melhorado emmuitos aspectos,seugoverno tardouem perceber a necessidade de uma vigorosaexpansãodas exportações e desprezou a sugestão de realizar uma política industrial inteligente de substituição de importações. Essas duas iniciativas e um pouco mais de audácia na reduçãodastaxas de juros teriamcriadocondições para a retomada do crescimento e de expansão da oferta de emprego.

O viés anticrescimento foi tambémo responsávelpelo incrível abandono dosinvestimentos no setor energético, que perduroupor seisanos desde 1994 e produziu o racionamento em2001. Oresultadoda reduçãodaofertade energia foram a queda brutal da produção industrial, a perda de 2 pontos percentuais no crescimento doPIBea frustraçãototal doobjetivo dereduzir os níveisde desemprego. Sem dar crescimento e emprego,o governoinventouos programas de bolsas:a bolsaalimentação, bolsa de gás, bolsa-escola,enveredando por um caminho extremamente defeituoso e perverso.Não dá as condições de emprego e salário que permitiriam ao trabalhador proveras necessidadesdesua família,comdignidade eindependência. Oferece a esmola que humilha e degrada.Esseéum remendo muito ruimporque submete as pessoas à vontade do poderoso.Nãotendo emprego nem salários, elas são pedintes: recebemissodogoverno que delas espera, emtroca, quedevolvama esmola, em forma de voto, para seus candidatos.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Fórum No dia25,naFundação GetulioVargas, aquiem São Paulo, será realizado o SétimoFórum Regularda Cidadania. Otema emdebate, desta vez, é Esporte e Cidadania. Os convidados especiais são depeso. Serão o jornalista esportivo Milton Neves, o jornalista e advogado Joseval Peixoto eo ex-jogador Raí, hoje diretor do projeto Gol de Letra, para crianças carentes.

Platéia Os Fórunsregularespermitem a participação do público presente (Salão Nobre daFundaçãoGetúlio Vargas/SP)e são gratuitos.Entretanto, pela limitação de lugares, pede-se a prévia inscrição. Se você quiser estar lá, leitor, confirme sua presença pelotelefonedeSão Paulo, 5053-4214 ou pelo site w w w . i n s t i tu t o c i d a d ania.org.br.

Serão premiadasas empresas participantesqueexportamprodutos ouserviços eas empresas exportadoras que atuamtambém naáreasocial eeducativa. OBrasilprecisa conhecer as empresas que colaboram de forma efetiva para seu crescimento econômico e dedicam parcela expressiva de sua força a essas áreas.

Amadurecimento Háum processovisívelde amadurecimento dasempresas na percepção de que as soluções para os grandes problemas do Paísestão na construção de parcerias com entidades representativas dasociedade e voltadas para o objetivo de um Brasil melhor, de forma desinteressada no sentidode manipulações ou jogadas.

Inscrição

Quem quiser estar presente tambémdeveinscrever-se previamente no mesmo telefone esiteacima mencionados.

P. S . Paulo Saab
Rua Boa Vista,

Senado vota projeto que amplia jornada de trabalho no Congresso

O Senado deverá votar nesta terça-feira a proposta de emenda à Constituição (PEC) do ex-senador Jader Barbalho. O projeto reduz o recessoparlamentar e acaba como pagamentodeconvocações extraordinárias. A matéria determinaque o Congresso deve se reunir de 5 de janeiroa 30 de junhoe de 1º de agosto a20dedezembro. Hoje, ostrabalhos legislativos acontecem de 15 de fevereiroa 30dejunhoe de1º de agostoa 15de dezembro.

Proposta implica também no corte de pagamento adicional para as convocações ex traordinárias

A mesma proposta impede queos parlamentares recebam por trabalhar em convocação extraordinária. O quorum exigido para a aprovação da matéria é de 49 senadores. Se aprovado, o texto ainda vai à deliberação da Câmara.

Favorável – O parecer da Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde osenador José Fogaça (PMDB-RS) arelatou, foifavorável à proposta apresentada por JaderBarbalho e pela não-aceitação deiniciativas semelhantes, apresentada pelos senadores PauloHartung (PSB-ES) e Maguito Vilela (PMDB-GO).

O presidente do Senado, Ramez Tebet, encerrou a sessãonão-deliberativa dasexta-feira, lembrando aos senadores que napróxima sessão deliberativa, de terça-feira,

deverão ser votados vários projetos. E, por isso, cobrou a presença dos senadores. Servidores – Na quartafeira,emprimeiro turno,o Plenário do Senado vota proposta de emenda à Constituição do senador Sebastião Rocha (PDT-AP) que permite o desenvolvimento funcional de servidores públicos mediante processo seletivo. A proposta altera o dispositivoconstitucional que determina que a investimento em cargo público só pode acontecer mediante concurso público. No mesmo dia, o Senado vota outra proposta de emendaà Constituição, esta do senador Bernardo Cabral(PFLAM), que redefine a representação das Assembléias Legislativas.Esta PECdeterminaque onúmero dedeputados da Assembléia não poderáser inferiorao númerode vereadores da Câmara Municipal da capital do estado. Programas – Outra PEC que aguardadeliberaçãoé a queinstitui,por 20 anos, o Fundoparaa Revitalização Hidroambiental e o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio São Francisco. Deautoria dosenadorAntônio CarlosValadares (PSBSE),a propostase destinaa custear programasdo governoderecuperaçãodorio e seus afluentes. (AS)

Partidos avaliam na terça a proposta de MP revogatória

A criação da medida provisória revogatória será o tema da reunião do Colégio de líderes dos partidos nestaterça-feira,na Câmara.Oinstrumentopermitea revogação dasMPs que travam a pauta de votação.

Mudança– O Presidente daCâmara, AécioNeves,explicouque aMPrevogatória não invalida a proposta já aprovadana Casa,quelimita a edição de medidas provisórias.Eledestaca que,aocontrário, émais um pontoa favor do Congresso Nacional, uma vez que a MP que for revogada terá de voltar à Câmara por meio de projeto de lei. Pelasregrasatuais, uma medida provisória, ao ser editada, não pode mais ser retirada pelo poder Executivo.

A proposta já tem parecer favoráveldo SuperiorTribunal de Justiça,mas falta definir algumas regras importantes, como a utilização de uma mesma medidarevogatória para revogação de várias MP. Além disso, de acordo com as regras atuais, a revogação temo mesmoefeito darejeiçãoda matéria.Issosignifica que o mesmo conteúdo não podeserencaminhado, por MP, no mesmo ano em que houvea revogaçãoourejeição. Asolução éa apresentação de um projeto de lei.

Para o presidenteda Casa, Aécio Neves, essa seria uma alternativa para desobstruir a pauta, já que seriam revoga-

dos os pontospolêmicos que estariam atrasandoos trabalhos em Plenário.

Outro critério a ser definido são osefeitosda rejeição de uma medida revogatória. Todas essas regras deverão ser fixadas emum projeto de decreto legislativo a ser discutido com as lideranças. Contrários – O líder do PT na Câmara, deputadoJoão Paulo(SP),diz queamedida pode levarà farra dasMP, problema resolvido pelo Congresso.JoãoPaulo disse que o partido não vai aceitar a reedição das medidas que forem revogadas.

O PFL também é contrário à proposta.Parao líderdo partidonaCâmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), o governo deve editar medidas provisóriassomente em caráter excepcional.

O governo quer orquestrar um esforço para votar o mais rápido possível as MPs que travam a pauta do Congresso e impedem a votação da prorrogação daCPMF,mas descartououso deumaMedida Provisória revogadora para destrancar a pauta.

Recusa – "A preocupação é desobstruir a pauta. Vamos fazeresforçopara votar as MPsnos próximos10 dias", disse osecretário-geral da Presidência, Euclides Scalco. "O que o governo quer fazer é votar as MPs sem adotar nenhum dispositivo", acrescentou. (Agências)

Líder do PFL pede união para acelerar votação

O líder doPFL na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE),defendeuaunião dos partidospara quenaspróximas duas semanas a pauta do Plenárioseja liberada,cota votação das 17medidas provisórias queestão comprazo de tramitação vencido. Mesmo fora da base aliada do governo, Inocêncio considerafundamentala conclusão da votação do 2º turno da proposta de emenda à constituição que prorrogaa CPMF até dezembro de 2003.

De acordo com o deputado,épreciso acelerar ostrabalhos neste semestre por causa daproximidade das eleiçõesde outubro,quando haverá uma redução no rit-

mo de votações em plenário. Proposta– Inocêncio Oliveira disse ainda que vai propor umaforma de compatibilizaras campanhas eleitorais com asvotações nosegundo semestre."Pode-se compatibilizar normalmente. Àsterças, quartase quintas-feiras vota-se aquie às sextas,sábadose domingos, os deputadosficam em suas bases. Pode-setambém fazer um outromodelo– semana sim, semana não –, mas o Congresso não pode parar". Inocêncio prevê que até junho, época das convenções partidárias,serápossível votar também o fim da cumulatividade de impostos sobre produtos e serviços. (AE)

Scalco: governo descarta o uso deste instrumento para destravar pauta
Gervásio
Baptista/ABr

Pazzianotto critica sindicatos do País

O ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Almir Pazzianotto defendea flexibilizaçãoda Consolidaçãodas Leis do Trabalho (CLT).Mas, antes mesmo demudanças na legislação,Pazzianotto destacacomofundamental areorganização da estrutura sindical do País. Segundo ele, o número de sindicatosnoBrasil– 16mil– éexagerado. NaAlemanha, cita, existem apenas 11, mas são eficientes.

Avalia osindicalismo nacionalcomo descompromissado com o trabalhador e inapto à negociação. Pazzianotto defende o fim do imposto sindical, que hoje sustenta muita diretoria de sindicato sem representatividade. Sem a contribuição, muitos sindicatosdesapareceriam, sobrandoapenasaqueles quede fato defendemos interesses dostrabalhadores. Vejaos principais pontos da entrevista do ex-ministro:

Legislação trabalhista

"A legislação trabalhista brasileira deveria conter apenasos princípiosgerais,univ ersalmente reconhecidos, que dariam precedência às legislações estaduaise àquilo que viesse a ser negociado coletivamente. Exatamente por isso não poderia ser minuciosa. Há muitos dispositivos na Constituição Federal que poderiamestar em leisordinárias ou em negociações coletivas com sindicatos.

O exageroda legislaçãoe o fatode elasertodafederal, portanto,uniforme, é nociva. Trata, da mesma maneira, situações econômicas extremamente desiguais.

QuandoaCLT surgiu em 1943, na verdade, o Brasil industrial se limitava a São Paulo e Rio deJaneiro. Esses estadostinham uma atividade econômica incomparavelmente menor e menos diversificada que a atual."

Críticasà estruturasindical brasileira

"Aestrutura sindicaldeveria sero pontode partidade qualquermudança nas relaçõestrabalhistas doPaís.A

vontade concreta dos trabalhadores éfrequentemente substituída pela vontadede uma diretoria. Isso vem desvirtuando e comprometendo acredibilidade do sindicato. Muitas vezessão ospróprios dirigentes sindicaisque, ao desrespeitarem a vontade dos trabalhadores, contribuem para odescréditodas negociaçõese domovimentosindical brasileiro. Para os opositores, a adoção de um sistema de liberdadesindical,que eudefendo, provocaria a proliferação de sindicatos. Isso não é verdade porque, mesmonumclima de absoluta liberdade,existem sistemas naturais de controle dos abusos.

Coma extinçãodoimposto sindical,o númerode sindicatos, que hoje está em torno de 16 mil, cairia para mil. É um número bem menor, mas representativo. Esses sindicatos seriam mantidos apenas pelos filiados interessados. Enquantoo sindicatoforrepresentativo, ele existirá porquehaverá interesse dotrabalhadoremmantê-lo. Na Alemanha, por exemplo,

falências & concordatas

existem apenas 11 sindicatos, mas representativos.

Apesar dealgumas pessoas insistirem em dizer que não, a estrutura sindical brasileira tem origem na Carta da Lavoura Italiana,de 1927, documento fascistaque estabeleceu de maneira categórica a obrigatoriedade do sindicato único,reconhecidopelo Estado, comumexclusivodireito de representaçãolegal da categoria, de empresas ou de trabalhadores. Foi essa norma que inspirou a Carta Constitucional de 1937. Esse sistema único de representação naverdade éfragmentado. Ele é único apenas naquela localidade em que se encontra."

Incapacidade para negociar livremente "Os sindicatos brasileiros não estão aptos para negociar. E quando negociam não cumprem as exigências da lei. Normalmente, ao se apresentarnuma negociação,adireçãode umsindicato partede posição inflexível, o que contraria a idéia da negociação."

Sobrevivência diante da globalização

"Emrazão daatualeconomia globalizada e do avanço tecnológico é que aOrganizaçãoInternacionaldo Trabalho (OIT)recomenda, entre outras coisas, aautonomia de organização dos trabalhadores acompanhadada liberdade de filiação. É necessário que ostrabalhadores se organizem deumamaneira eficiente para que possam acompanhareevoluir no mundo globalizado. O Brasil deve deixar o imobilismoetratar deratificara Convenção87 da OIT.Esse documento, aprovado em 1948, assegura liberdade de organização dostrabalhadores. Não há como pensar de formadiferente. Apesardeo Brasil ser membro da OIT e ter assinado tal documento, a autorizaçãodo então presidente Eurico Gaspar Dutra pararatificar essetratadoaté hoje não foi aprovada pelo Congresso.A matériaatualmente está parada nas mãos do senador José Eduardo Dutra (PT/SP). Ogoverno prefere manter o sindicatosob controle. O Brasil é hoje o únicogrande paísqueainda não aderiu àessa convenção."

Flexibilização da CLT "Aflexibilização da CLT nãoé insconstitucional, comodizemmuitos, masétímida. O interessantenela é a possibilidade deampliação

agenda tributária

danegociação entrepatrãoe empregado, sobrepondoo decidido aoestabelecidoem lei. Mas não vai acabar com a informalidade do mercado de trabalho. O que mais contribui para ela é a burocracia e o custode manterum trabalhador registrado em carteira.A flexibilização nãodiz respeitoa nenhuma dessa duas coisas.Manter umempregado na formalidade é complicado e caro. Não sepode esperar soluções milagrosas de uma lei, como a promoção de desenvolvimento e extinção do desemprego e da inflação. Isso não vem com a promulgação de uma lei, mas com o crescimento da economia e da vontade que a sociedade eventualmente tenha para superar tais problemas.

Num balanço geral,o Brasil não consegue criar empregos suficientes para atender a demanda anual de 1,5 milhão de novos trabalhadores para omercado. Eémaisdifícil ainda criar empregos formais."

Acordos coletivos "Alei trabalhistanão corresponde com precisão à necessidade dos trabalhadores. Secompararnaessência, o acordo coletivo expressa melhor avontade de uma categoria do que a lei. Por isso a lei deveria ficar nos princípios gerais. Oacordotem vanta-

gem sobre a lei por ser temporário, com validade máxima dedoisanos. Podeserinvalidadoseo MinistériodoTrabalho constataralguma irregularidade na sua elaboração ou por ação anulatória do Ministério Público do Trabalho, emcasodedenúncia. A lei só cai se for inconstitucional, por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade movida ao Supremo. Nãovejo porquetemer tanto o acordo. Ele temmecanismosmuito rigorosos tanto paraformaçãocomo para fiscalização.Acontece queas pessoasnãodiscutem essas questões tecnicamente, mas ideológica e apaixonadamente.Nãoháuma verdadeira preocupação coma situaçãodo trabalhadorbrasileiro."

Pequeno empresário "A legislação trabalhista brasileira hoje só consegue sersuportada porgrandes empresas. É injusta. A flexibilização da CLT permitiria ao pequeno empresário se readaptar efazermais negócios e,consequentemente, gerar mais empregos. NoBrasil, 58% das empresasempregam até quatro funcionários. Apenas 0,08% emprega mais de mil. É impossível que um cidadãoque estácomeçando o seu negócio tenha a mesma estrutura de uma grande empresa."

Catarina Anderáos

Tribunal internacional vai

julgar criminosos de guerra

Os autores de crimes contra humanidade e genocídios estão com seus dias contados. No próximo dia 11 será depositada a 60ª ratificação do Tratado de Roma, que cria o Tribunal Penal Internacional, TPI, e que terá jurisdição, a partir de 2003, para processar e colocar na prisão os responsáveis por crimes guerra, inclusive chefes de Estado.

Atéagora, 139 países assinaram o acordoque cria o TPI,masapenas 56 ratificaram o tratado. Nos próximos dias,os parlamentosdaBósnia, Irlanda, Grécia, Romênia, Camboja e Jordânia poderão ratificarotratado,o que completao númeronecessário para que o Tribunal entre em funcionamento.

Lentidão – Na América Latina, osgovernos daArgentina, Paraguai, Perue Venezuela já ratificaram o tratado. No caso do Brasil, apesar da insistência do presidente Fernando Henrique Cardoso para que o Congresso aprove otexto,a lentidãodolegislativo obrigará que o País fique de fora do Tribunal Penal em um primeiro momento.

O Tribunal terá, pela primeira vez na história, o poder permanente de julgar suspeitos de crimes contra a humanidade eserácompostapor 18 juízes internacionais. Segundo suas leis, todos os paísesquefazem partedotratado terão a obrigação de entre-

garossuspeitos àcorte,mesmosendo eleschefesde Estado com imunidade.

"A imunidade já não é mais um escudo para proteger criminosos", afirmaum especialistado departamento legal daOrganizaçãodasNações Unidas, ONU. Mas nemtodos ospaíses estão satisfeitos com a criação do TPI. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos ameaçou se retirardo Tratado de Roma em protesto à sua ratificação. A Casa Branca argumenta que a corte não tem mecanismos suficientes para evitar que os processos contra f u nc i o n á ri o s n or te -a me ri canos setornem perseguições políticas contra os Estados Unidos.

nham perpetrado um ato ilegalno territóriode umpaísmembro do TPI.

Resistência– Comisso, a CasaBrancaacreditaque o TPI poderá limitar a habilidadesdos EstadosUnidosde explorarouso daforçaonde os interessesdopaísestiverem em jogo.Paramilitares norte-americanos, a capacidadedo Estados Unidos de responder às crises mundiais também poderá estar em jogo com a criação do Tribunal Penal Internacional.

Lentidão do Legislativo impede que o Brasil participe num primeiro momento do Tribunal

Na segunda-feira passada, a ComissãoInternacional de Juristas enviou umacarta ao presidente George W. Bush alertando queo argumento dequeserãoalvos deperseguições políticas não é válido e de que o Tribunal possui mecanismos para evitar que isso ocorra.

A verdade éque a tentativa dos Estados Unidos de evitar a entrada em vigor da corte se baseia no fato de que, mesmo não tendo ratificado oacordo,poderãoser processados por crimedeguerracasote

Sharon: riscos políticos apesar do apoio popular

Em suaindignação comos ataques terroristas palestinos,osisraelenses apoiaram por ampla maioria a ofensiva militar de Ariel Sharon – mas os confrontos podem apenas afastar de cena os problemas políticosinternos doprimeiro-ministro.

Nãoestá exatamenteclaro como ou quando a "Operação MuralhaDefensiva" terminará, mas uma vez que isto ocorra, Ariel Sharon terá provavelmente de decidirse retoma negociações comos palestinos ourechaça esforços de paz dos EUA.

Risco– I n d ep e n de n t e m en t e de qual caminho escolher, eleenfrentará perigos políticos, ironicamente para o primeiro-ministro, um sucesso total – um fimdolevante de 18meses dos palestinos – pode significar o fim deseu "governo de união" com o moderado Partido Trabalhista.

querem o fim dos 35 anos de problemasna Cisjordâniae na Faixa de Gaza.

Desafiantes – Se Sharon seguirparaconversações de paz,já existeum populardesafiante– oex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu – esperandonosbastidores de seu Partido Likud. Ele se opõe a um Estado palestino e defende a expulsão de Yasser Arafat.

Só na última década, os dados do Pentágono mostramque o governo dos Estados Unidos usou seu aparato militar em 20 ocasiões, contra apenas sete durante todaa Guerra Fria. "Diante dessa realidade, a Casa Branca tenta, de todas as formas, conseguir legitimidade política e legal para continuar usando a forca", afirma o funcionário das Nações Unidas.

Os EUA chegaram a propor que o Conselho de Segurança da ONUtivesse a palavrafinal sobrequempoderia ser processado. O governo americanoé umdos 5países com poder de veto no Conselho e poderia evitar que um líder norte-americano fosse levado ao Tribunal.

Enquantoa CasaBranca

Na Argentina, aumenta imposto de exportação para produtos agrícolas

Sucesso da operação militar pode significar o fim de seu governo de união com o Partido Trabalhista

"A vantagem de liderar hoje uma coalizão tão ampla, no governo eno povo,é apenas em tempos de guerra", diz o analista político Hanan Crystal. "Passado esse momento, haverá outra situação".

Esta nova situação pode jogar Sharon– um falcãode longa data e um patrocinador do movimento de colonos judaicos – contra um crescente número de israelenses que

Mas se Sharon continuar a resistir a iniciativas diplomáticas, o Partido Trabalhista pode bem abandonara coalizão governista etentar forçar a realização de eleições antecipadas. O mandato de Sharon seexpira em 2003. Sharon recebeu um reforço dadireita, quandoobelicista Partido Religioso Nacional concordou em entrar na coalizão com seus 5 parlamentares. Mas Sharon pode não sobreviver adecisão dostrabalhistas de abandoná-lo. O comentaristapolítico Ben Caspit escreveu no jornal Maariv que, se os trabalhistas saírem, um cenário que está sendo consideradoseria oda indicaçãodeNetanyahu como ministro do Exterior e do ex-premier trabalhista Ehud Barak como ministroda Defesa - cooptando dois perigosos críticosda direita eda esquerda. (AE)

pressiona para evitar a entradaemvigor danovacorte,o Congresso norte-americano aprova leisque deixamclaro que os Estados Unidos não vão aceitaro julgamento internacional.

Noanopassado,os congressistas republicanos,como Jessy Helms,conseguiram convencer o legislativo a aprovar leis que proíbem a cooperação do governo dos Estados Unidos para o Tribunal Penal Internacional.

Sem ajuda – Uma outra lei também permite que a Casa Branca interrompa ajuda militar a países que tenham aderido ao Tribunal Penal Internacional e ainda prevê que, se um funcionário norte-americano chegar a ser preso pela Corte, o governo poderá usar de "todas as formas necessárias" para libertar o cidadão. A decisão norte-americana de abandonaro Tratado de Roma não apenas terá uma repercussão para a criação do Tribunal Penal Internacional, mas também poderá causarumsério atritoentre Washington e os países europeus, aliados tradicionais dos EstadosUnidos, masquepedemoestabelecimento urgente da corte.

O ministro de Relações Exteriores da Inglaterra, Jack Straw, alertou o secretário de Estado americano, Colin Powell,queoseuropeus darão apoio ao Tribunal. (AE)

Depois de fortes pressões empresariais eprofundas divergências dentro do governo argentino, o ministério da Economia finalmente anunciou o aumento na tributação das exportações,que passará dos atuais10% para20%. O imposto será aplicado para os direitos de exportação de 80 produtos agrícolas, entre os quais estão as sementes de cereais, sementesefrutos de oleaginosas, óleos vegetais e gorduras e farinhas.

O governo argentino não determinou modificações nos impostos sobre as vendas parao exteriordemanufaturas de origem agrocupecuário e industrial. Segundo o ministério da Economia o aumento do imposto pretende moderar o impacto do aumento dólarnospreços internos, principalmente nos produtos que atingem o custo de vida da população.

Objetivo – Além disso, o Ministérioafirmaque oimposto tem aintenção de melhoraras contaspúblicase sustentar os programas de assistência social.

O presidenteda Sociedade Rural, Enrique Crotto, declarou que esta taxação é "um erroenorme, uma agressão à produção". "O governo nos traiu, botou amão em nosso bolso", disse.Segundoele, com o aumento dos impostos, aprodução vai cairde 70 milhões detoneladasanuais para 50 milhões. Para o presidente da Câ-

marade Exportadores,Enrique Mantilla,"esta medidaé umobstáculo para omaior desenvolvimento da pauta de exportações ". Corralito – O BancoCentral argentino autorizou os bancos adevolverem osdepósitos de prazos fixos em dólaresque estavam presos dentro do "corralito", o semicongelamentode depósitos bancários.A devolução opcional poderá ocorrer a partir do dia 2 de janeiro de 2003. Osprazos fixosserãodevolvidos, dependendo da vontade – eda capacidade financeira– decadabanco, mas sempre de forma "pesificada", com depósitosem dólares transferidos em pesos. A pesificação, já determinada pelo governo de Eduardo Duhalde dois meses atrás, será de US$ 1 para 1,40 pesos, abaixo da cotação atual, superiora2,70pesos.No total podemser devolvidos40bilhões de pesos (US$ 14,28 bilhões).A liberaçãode parte do"corralito" era uma das exigências doFundo Monetário Internacional.

Com esta liberação,o FMI consegue outra exigência, a da "depuração" do sistema financeiro. Aintenção éque somente sobrevivamos bancos mais fortes. O anúncio da liberação em 2003 de parte do corralitoassustou diversos bancos na city financeira portenha, jáque nãopoderiam sobreviver aosolavancode entregar os depósitos. (AE)

ONU exige desocupação da Palestina

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, ONU, adotou sua terceira resolução em pouco mais de três semanas sobre a crise no Oriente Médio, parte deumesboço paraofimdos últimos confrontos e a volta de israelenses e palestinos à mesa de negociação. Por15 votosazero, oconselho aprovou uma resolução exigindo a retirada das tropas de Israel das cidades palestinas "sempostergação" eendossandoa missãodosecretário de Estado dos EUA, Colin Powell,ao OrienteMédio nesta semana.

Esforço – Diplomatas disseram que a resolução irá dar mais peso ao novo esforço do presidente americano,George W. Bush, para pôr fim à atual crise no Oriente Médio, e àresolução daONU adotada há10 diasque pedea retirada israelensee queIsrael e os palestinos"adotemimediatamente um significativo cessar-fogo".

O secretário-geral Kofi Annan afirmou que as três resoluções sobre o Oriente Médio aprovadas este mês oferecem os elementos necessários para sedar início àcontenção do atual conflito, assim como

Comitê do Nobel da Paz critica

Shimon Peres

Integrantes docomitê do prêmio Nobelda Pazcriticaramo ministrodeRelações

Exteriores de Israel,Shimon Peres, ganhadordo prêmio em 1994, porparticipardos ataques militares de Israel ao povo palestino. "Isto égrotesco. Éapior coisa que jávi", disse Hanna Kvanmo, do comitêdesde 1991. "Se istotivesse acontecido agora, (Peres) jamais receberia o prêmio".

Linha-dura – Peres dividiu o prêmio com o então primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, e o líder palestinoYasser Arafat, porseus esforçosemfavor dapaz. Kvanmo disse que Peres é conivente com a violência por

serparte do governo linhadura do atual primeiro-ministro Ariel Sharon, ao qual nunca deveria ter-se unido.

Os estatutos do Nobel não permitem que os prêmios sejam revogados, mas Kvanmo disseque gostaria que, neste caso, isto fosse possível. Kvanmo ainda defende a concessão doprêmio a Arafat, dizendoque ele tenta concretizar o Acordo de Oslo e não pode seracusado pela violência enquanto estiver sendo mantidopor Israelem prisão domiciliar.

O comitê de 5 integrantes queconcede oNobel da Paz habitualmentenão comenta as atividadesdoslaureados após premiação. (AE)

a um amploesboço porum acordo permanentede paz no Oriente Médio. Antes da última votação, Annanpediua todososintegrantes da comunidade internacional para consideraremurgentemente como convencer as partes, especialmenteIsrael, arecuar daviolênciaque ameaçaaestabilidade de toda a região.

Alerta – Acusando Israel deestar buscandoumaescalada do conflito,ele advertiu que clamar autodefesa contra atentados suicidas abomba "nãoéum chequeembranco". Ele disseque a proposta

do primeiro-ministro israelense ArielSharon, forçando o líder palestinoYasserArafat ao exílio, "é temerária". O secretário-geral Kofi Annan afirmou quelíderese o público palestinos têm de reconhecerque "oterrorismo nunca é justificável". Adecisão do Conselho de Segurança de dedicar-seao conflito israelense-palestino de 18meses e aquestão mais ampladeuma pazdelongo prazo no Oriente Médio é em muito resultado da mudança de posição dogoverno dos EUA, que endureceu o discurso com Israel. (AE)

Bush suspende exercício militar feito com Israel

Os Estados Unidos cancelaram uma série de manobras militaresconjuntascom Israel devido aos últimos acontecimentos no OrienteMédio, revelou jornalnorteamericano USAToday Os exercíciosmilitares deveriam começar em 15 de abril, mas a administração de George W. Bush decidiu cancelá-losagora queosEstados Unidosestão empenhados emumnovoesforço de paz entre Israel e Palestina.

Outra medida – Um alto funcionáriodo Pentágono confirmou ao jornal que a administração Bush decidiu também reconsiderar todas asoperações militaresconjuntas restantes programa-

das por Israel e os EUA para o futuro imediato. Segundo o USA Toda y ,a decisão procura lançar um sinaldiplomático: osEstados Unidos não querem ser vistos ligados militarmente a Israel nummomento emqueas tropas de Tel Aviv enfrentam ativamente ospalestinos e justamente quando Washington considera possíveis açõesmilitares contra outro alo, o Iraque. Um porta-voz do Pentágono afirmouqueosEstados Unidos"sãomuito sensíveis aos fatos internacionais" e "desejam quequalquer exercício militar tenha o efeito de melhorar e nãopiorar" as situações existentes. (AE)

País deve buscar mercados alternativos

Para entidades de comércio exterior, o Brasil precisa ampliar suas exportações para além do eixo formado por EUA, México e

A busca pornovos mercados,fora doeixotradicional Estados Unidos-MercosulUnião Européia, é a saída para asexportações brasileiras. Pelo menos, na avaliação de doispresidentes deassociaçõesvoltadasa questões de comércio exterior.

"Oideal écolocar poucos ovosem muitascestas",afirma o presidente da Associação BrasileiradeComércio Exterior, Abracex, o economistaPrimo RobertoSegatto.Segundo ele,o Paísnão pode destinar mais de 80% de suas vendas a apenas esses três mercados, como ocorre atualmente.

A solução,aponta Segatto, épartir paramercadosalternativos como China,Índia, Rússia,lesteeuropeu e África. E o Brasil não está perdendo tempo. "Doisnovos acordos comerciais devem sair

nos próximos meses:o primeiro em maio, com o México, no setor automotivo; o segundo, em junho, com a África do Sul, quedeve se estender a todo Mercosul", diz o presidente da Associação das Empresas Brasileiras para a Integração do Mercosul, Adebim, Michel Alaby. Grife –Antes detudo,porém, o País precisa se mostrar láfora, defendeSegatto."O governo deve investir em propaganda eem apresentar outras facetas do Brasil, que não apenas o País do futebol, dosamba,da favelaedaviolência",dizele."Poucos conhecem apujançadaindústria brasileira e a qualidade do nosso rebanho", acrescenta. Numa segundaetapa, prevêo economistas,chegariam os empresários vendendo os produtoscom amarcabrasileira. "Por que os estrangeiros

Brasil poderá vender carne para a Polônia

O presidenteda República da Polônia, Aleksander Kwasniewski, abriráhoje, às 14h30,naFederaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),o FórumEconômico Brasil-Polônia. O objetivodo eventoédiscutir formas de estimular o comércio bilateral entre os países. A participação de Kwasniewski no fórum faz parte da v isita oficialqueelefaz ao País. Um dos principais motivosdavindado presidente polonês éapossibilidadede assinatura de um acordo fitossanitário já rubricado, que permite a exportação de carne brasileira para a Polônia. Com isso, aPolônia passaria a ser a porta de entrada do produto brasileiro no Mercado Comum Europeu. A Polônia faz parte do primeiro grupo de países do leste europeu que deverá integrar aUnião Européia(UE),junto com Eslovênia, Estônia,Hungria,

República Tcheca e Chipre. O intercâmbio comercial entreBrasilePolônia também envolveuma possível venda de aeronaves da Embraer para a companhia aérea Lot,cujafrota jáécomposta por15 aviões da empresa brasileira. Outras negociações envolvem obras de engenharia e investimentos em portos poloneses emparceriacoma Companhia Valedo RioDoce e a Companhia de Comércio Exterior(Comexport). O que incrementaria as exportações deminérios deferro e grãos do Brasil. A Polôniaimporta doBrasil, principalmente, carne bovina, grãos, minério de ferro e produtos de aviação civil. Já a pautadeimportações brasileiras daquele paístem como principais produtos carvãometalúrgicoeinsumos para fertilizantes, especialmente, os baseados em enxofre.

preferemo cafécolombiano?",questiona Segatto. Ele mesmo responde: porque a promoção brasileira no exterior é ineficiente.

O presidente da Abracex defendemaisgastos em mídia noExterior. "Oprimeiro passo é partir para campanhas maciças, mostrando que temos importantes mult inacio nais instaladas no País, como V ol k s wa g en , Nestlé e Mc’Donalds, além de grandes empresas nacionais, como a Embraer. Depois pesquisamos o que omercado precisa e vamos vender".

Índia, Rússia, África, China e leste europeu são destinos potenciais, avalia Abracex

M er c o su l –Os dois primeiros mesesdo anoforam pífiospara os negócios do Mercosul. As exportações brasileiras para a Argentina,

principal parceirodoBrasil nesse mercado,caíram 67,2%, recuando de US$832,5 milhõesem2001 para US$ 273,3 milhões neste ano, diz Michel Alaby. Asimportações brasileiras do vizinho diminuíram em menor grau: 27,5%. No primeiro bimestre de 2001, eram US$1,83.3 bilhões e, em 2002, foram de US$785,8 milhões. O Brasil exportouparaa Argentina veículos, autopeçase produtos químicos. E importou petróleo, trigo e automóvel. Volta rápida – Em razão da crise dosúltimos meses, porém, o vizinhonão honrou seus compromissos com o Brasil. Adívida daArgentina comas empresasbrasileiras

Consórcios

O número de participantes ativos de consórcios aumentou 3,7% em 2001, frente ao ano anterior. O total de cotistas subiu de 2,706 milhões para 2,711 milhões.

Os dados constam de pesquisa sobre consórciosde veículos eimóveisfeita pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).

Em imóveis, o aumento foi de 25% – de 76.222 mil cotistas, em 2000,para 95.361, no ano passado.

No setor de veículos, houve entrada de 135 mil novos participantesem2001, 18,9%a mais do que o total do ano anterior.

Segundo a entidade, em veículos,o segmentoque mais registrou alta no número decotistas foi ode motocicletas (12%).

decorrente de comprasnão pagas estão em torno deUS$ 1 bilhão, de acordo com os presidentes das associações.

Alabyacreditaque o convênio de crédito recíproco –sistemaexistenteentre os paísesdo Mercosulque permite a compensação deentradas e saídas de recursos por meio dos bancos centrais – suspenso em maio de 2000, deve ser restabelecido até o próximo mês.

"Primeiro os argentinos devempagar o que devem, depois voltaremos a vender para elese emdólar", dizSegatto.Ele acreditaque,assim quea Argentinafecharo acordo com oFundo Monetário Internacional (FMI), as vendas entre os parceiros se restabelecerão.

"Aeconomia argentina é calcada na agroindústria e na agropecuária, setores que

têm umpoderde recuperação mais rápido, ao contrário da indústria",destacaSegatto. "Países que têm esses setores fortes sãocastigados de formamais amenapelascrises. Porisso, todos ospaíses procuram ter um dos pilares nessessegmentos.Éo caso dos Estados Unidos, de países daUnião Européiaemesmo do Brasil e da Argentina". Segattopondera queaArgentina deveser olhadacom atenção pelas empresas brasileirasa partirdo momento em que for firmado um acordocom oFMI."Com opeso desvalorizado, em 3,50 por dólar, teremos um forte concorrente no setor agroindustrial, com os derivados de leite e de soja. E conclui: "O Brasil deve ajudar a Argentina sem se prejudicar".

de veículos crescem 19%

–O setorde"duas rodas",aliás,é umdos mais ativos emtermos deconsórcios. Nos últimos cinco anos, por exemplo, ocrescimento devendas decotas nessesegmentofoi de 420%.No ano passado, a participaçãodos consórcios nas vendas totais de motoscorresponderama 60%, mesmo nível de 2000. Segundo a Anef, porém, essa taxa tende a cair nos próximos anos. Isso porque a estabilizaçãodos juros, oacesso mais fácila linhasde crédito alternativas e ainfluência da entrega imediata do bem têm provocado uma mudança no comportamento do consumidor,entende aAssociação das Montadoras. Em janeiro, por exemplo, 60% das vendas foram feitas por meiode financiamento, 20%avista e20% porcon-

sórcio, segundo informações de Alexandre Alarcon, gerente de vendas daloja Moto Feltrin. Para os comerciantes, a explicação para a queda é a manutenção dos preços das motos. "O cliente que tem pressa pagamaiscaro masrecebea moto em pouco tempo", disse Alarcon. As financeiras cobram jurosmensaisquevariam de 3,1% a 4,1%, com 10% de entrada. O prazo máximo de liquidação éde36 meses. Na ponta dolápis, ao finaldo financiamento, o consumidor acaba pagando escorchantes 198% de juros. No consórcio, somadoso fundo de reserva (de 1,3% a 6,9% do valor da moto), a taxa administrativa eo seguro de vida, o total de acréscimo é de 20,54%ao finalde 36me-

ses,pelos cálculos do Consórcio Nacional Yamaha. O problema éque ocomprador só pode retirar o bem quando for sorteado ou quando quitar a dívida.

Além disso, o valor da prestaçãovariade acordocomo reajuste de preço produto.

E xp a ns ão – Em automóveis, a participação dos consórcios nasvendasfoi de 14,89% em 2001. A previsão é de que o número chegue 20% neste ano.

Segundo o diretor da Anef, José Romélio Brasil Ribeiro, a disputaentre asmarcasdeve beneficiar o setor.

"A migração de uma forma de pagamento para aoutra varia de acordocom o comportamento da economia", explicou.

Teresinha Matos
Vendas
Ricardo Ribas

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de abril de 2002

TENDÊNCIAS/SEMANA

Oriente Médio e petróleo devem ganhar a atenção do mercado

O conflito no Oriente Médio eotemor denovosaumentos no preço internacionaldo petróleo devem atraira atenção do mercado financeiro nesta semana. Apesar de muitos analistas afirmarem que se tratade ummovimentoespeculativo, o risco de os Estados Unidosserem afetados por uma eventualdisparada no preçoexistee podeserefletir

Fundos petrobrás tiveram os maiores ganhos em março

O investidor que deixou seudinheiro aplicadonum fundo Mútuo de Privatização Petrobrás ganhou, no mês de março, 9,57%sobre osaldo investido, de acordocom estudoda Thomson Financial Brasil. No ano, o lucro médio acumuladopor essas carteiras chega a 21,73%. Foi um desempenho bem acima doapresentadopor outros fundos de investimento existentes no mercado. Página 10

Cards 2002 mostra as novidades na área de segurança

A indústria de cartões magnéticos apresenta a partir de hoje,na Cards2002, asnovidades em tecnologia de segurança e identificaçãodos usuários. A mostra ocorre até quarta-feira, no Centrode Convenções eEventos Frei Caneca. Roubos, fraudes e clonagensestão napautadas palestras queocorrem durante os dois dias. Página 14

poraqui.Se o ritmo da retomada da economia norteamericana desacelerar em decorrência de reajustes, o Brasil seráprejudicado comumimpacto em seus preços. O País importahojeapenas16% de todo o petróleo que consome. MasaPetrobrás aindaseutilizado mercadointernacional para aplicar os reajustes no preço da gasolina. Página 9

Apesar da gasolina, BC tem espaço para reduzir juros

Economistas consultados pelo Diáriodo Comércio afirmamque oaumentodos combustíveisnãoé motivo para o Banco Central elevar a taxa dejuros. Pelocontrário, entendem que o Comitê de Política Econômicadeve continuar comapolíticade

redução da taxa básica da economia, a Selic. Para eles, o cenário econômico estásob controlee nãocausamaiores preocupações.

Para Joaquim Elói Cirne de Toledo, executivo da Nossa Caixa, o BC deveria reduzir as taxasmaisrapidamente, até porque acredita quetaxas de juro elevadas têm efeito nocivo,elevando adívidainterna e, consequentemente, o risco Brasil. Emílio Alfieri, economista daAssociação Comercial de São Paulo, entende que a alta da gasolina não terá forte impacto sobre a inflação e nãodeve dificultar aredução da taxa de juro. O economistaAntônio Corrêa de Lacerda admite que o agravamento do conflito no Oriente Médio pode dificultara quedada taxa,mas não inviabilizanovasreduções a médio prazo. Página 15

Pazzianotto diz que sindicatos nacionais estão ultrapassados

O ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianotto, em entrevista ao Diário do Comércio, defendeu mudançasnaestrutura sindical do País, ponto que ele entende como fundamental para se promover a flexibilização das leis trabalhistas.Pazzianotto diz que os sindicatos nacionaisnão estão aptos para negociar. "Não adianta abrir canais de negociação se os representantes dostrabalhadores não estão prontos paradefender seus direitos", avalia Pazzianotto. A própria lei trabalhista não corresponde com precisão à necessidade dos trabalhadores",disse. Ele defendeutambéma extinçãodo imposto sindical como uma alternativa para reduzir o número de sindicatosno País –hoje em torno de 16 mil – o que, na sua avaliação é desnecessárioesó serveparamanter diretorias interessadas apenas no cargo. Página 18

Faculdade de Medicina passa por restauração

O prédio da Faculdade de Medicina da USP vai passar por obrasderestauroemodernização. O projeto de recuperação doprédio históricofoilançado em99,massó

agora sai do papel. Foram arrecadadosatéagora R$4,99 milhõesna iniciativaprivada e no governoestadual. O orçamentototaldaobra éde R$ 35 milhões. Última página

Os óculos escuros de Fause Haten, em edição limitada

A linha de óculos do estilista Fause Haten está chegando ao mercado,em ediçãolimitada. Em versões masculina e feminina, a coleção reúne trêsmodelos deóculos,com trêsvariações de cores nas lentes e nashastes, somando nove lançamentos. Página 12

Numerologia ajuda na contratação de funcionários

Asempresas recorrematé aos astros na hora de contratarfuncionários efecharnegócios importantes. A numerologia eo mapa astral dos candidatos e dos donos de companhiasestãoentre as técnicas usadas pelos consultores-numerólogos. Página 16

Indústria vende rede

para os Estados Unidos

A indústriatêxtil Jobek,da cidadede Maracanaú,no Ceará, está vendendoredes nomercado americano. Na semanapassada,a empresa enviou as primeiras 40mil unidades paraa Califórnia, nosEstados Unidos. Para atender às característicasdo consumidor norte-americano, a empresa aumentou o tamanho da rede e até desenvolveu um manual de instrução para seu uso. Página 16

Para exportar mais, o Brasil precisa buscar novos países

O País deve buscar novos mercados, forado eixoEstadosUnidos-União Européia-México,se quiserelevar suas exportações.Essa é a avaliação dos presidentes da Abracex e da Adebim. Segundo aAbracex,cercade80% das vendas externas do Brasil vão para esses três países. Rússia,África,Índiae Leste Europeusão algumasdasalternativas potenciais. Página 5

PLENÁRIA

Feira da Saúde atendeu seis mil no Pátio do Colégio

Mais de seis mil pessoas foramatendidasna IFeira de Saúde realizada pela AssociaçãoComercialno Pátiodo Colégio. O evento recebeu a visita deDerek Yach,diretor da divisão de doenças nãotransmissíveis da Organização Mundial de Saúde (OMS). Yach parabenizou a Associação,através deseu presidente, AlencarBurti, pela iniciativa. Última página

Em debate, as expectativas para o agronegócio no Brasil

Apesar das barreiras comerciais e do subsídioque os países desenvolvidos concedem aseus agricultores,oagronegóciobrasileiro vai repetir o desempenhodo anopassado e,mais uma vez, garantir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão é do presidente daSociedadeRuralBrasileira(SRB), JoãodeAlmeidaSampaio Filho,quefaz hoje a palestra Expectativas do Agronegócio para 2002, como

convidadoda reunião plenária da Associação Comercial deSão Paulo. SampaioFilho acredita que as exportações doagronegóciovão gerar nesteanouma receitadecercadeUS$ 20 bilhões,o que corresponderáa umcrescimentodequase US$1bilhão emrelaçãoa 2001,quandoas vendas externas do setor somaram US$ 19,13 bilhões. Sampaio aposta na modernização do setor. Página 14

Com o vidro, Pedreira revive os bons tempos

A Decor fabrica peças de decoração e cozinha, como as mostradas acima

O município de Pedreira, em São Paulo, que já viveu da cerâmica, vive um surto de revitalização com peças feitas em vidro. Objetos de cozinha e decoração são a principal fonte derenda paraos 38mil moradoresda cidade, onde existem 300fábricas de cerâmica, louças e vidro.

Umadelas,a DecorGlass, já vende produtos em vidro para 10 países. Em junho próximo omunicípioinaugura oShoppingLouça, com 96 estabelecimentos comerciais. O local promete ser mais um atrativo para as 180 mil pessoas que visitam a cidade a cada ano. Página 13

Pazzianotto: antes de mudar a CLT, os sindicatos precisam sofrer mudanças
Sandra Papaiz, da fundação, acredita que Lei Rouanet incentivará doações
Clóvis Ferreira/Digna

Fundos Petrobrás renderam mais

Estudo da Thomson Financial Brasil aponta ganho médio de 9,57% em março e de 21,73% no ano

O investidor que tem dinheiro aplicado em um Fundo Mútuo de Preivatização, FMP, deações daPetrobrás, com recursos do FGTS, ganhou em março9,57% sobre o saldo que está investido. No ano o lucro médio acumulado poressascarteiras chegaa 21,73%.Umdesempenho, consideradoexcelentequando comparadoaoresultado apresentadopor outros fundos de investimento. Comparativo – Parase ter uma idéia do que os 9,57% representam confira: os fundos deRenda Fixa, aplicações conservadoras que investem emtítulospúblicos, conseguiram uma rentabilidade média, no mêspassado, de 1,07% em relação a fevereiro. Osdadosfazem partedoestudo elaboradopela Thomson Financial Brasil.

O ganho dosfundosde renda fixa foio segundo melhor dentro da categoria de fundos de investimento. Mas ainda está muito distante do desempenho dos FMPs.

Risco – As carteiras que misturam papéis, de renda fixa com os de renda variável –fundos multiportfólio,que apresentam um grau de risco

maior,conseguiram aterceiramelhor rentabilidade: 0,83%.No ano,somam um ganho de 3,60%. Quem apostou no risco em março perdeu. Os fundos de açõesforamos quemostraram o pior desempenho.

A perda chegou a 3,55%. No ano, sãoas únicas aplicações que estão no vermelho, com queda de 0,01%. Nos últimos 12meses, essesfundos também apresentam a pior rentabilidade: 0,58%.

Mas ainda assimseu resultadofoi melhordoque odo Ibovespa que terminou o mês

com uma perda de 5,5%.

Cambiais – Os fundos cambiais,querendema variação do dólar mais juros, também perderam: -1,31%.

Osfundos DI,porexemplo,conseguiram um retorno médio de 1,23%.

Captação– OsPGBLs foram as aplicações que mais

aumentaram acaptação no mêspassado. Ocrescimento foide1,74%em relação ao mês anterior.

Osfundos PGBLs detinham no mês passado R$93,6milhões. Sãoosúnicos que apresentam captação positiva naquele mês. Ironicamente, os FMPs, que mostraram o melhor rendimento, tiveramuma captação negativa de 2,80%, em relação a em fevereiro. Os fundos multiportfólios cresceram 1,83%.

Roseli Lopes

País lidera captação na América Latina

Levantamento realizado pelo Latin Fund Report da Invest Tracker (linhade produtos daThomson Financial Brasil) demonstraque aindústria de fundos no Brasil liderou a captação de recursos na América Latina nos dois primeirosmeses doano. E que a Argentina começa a recuperar oprocesso de perda de patrimônio.

Aindústriade fundos de investimentosdo paísvizinho inicia a volta aos trilhos e

realizou em fevereirouma captação líquida (depósitos menos saques) positiva de US$ 115,80 milhões.

Patrimônio – Os fundos de investimento do Brasil acumulam um patrimônio de US$155,89 bilhões, oque equivalea 79%domercado latino-americano.

A captação líquida dos fundos de investimentos no Brasil ficou negativa em fevereiro em US$ 105,49 milhões.

Henrique Garcia Spinosa

Netto, vice-presidente da Thomson FinancialBrasil, diz que o desempenhomais fraco da indústria brasileira defundos de investimento especificamentenomês de fevereiro resultou de um mês com menos dias úteis. Outros problemas apontados por Spinosa foram a liquidez mais apertada e a típica sazonalidade do período. Maiores – Entre os cinco maiores captadores de recursos em toda a América Latina,

quatro são instituições financeiras brasileiras. Emfevereiro de2002os maiores captadores de recursos para fundos de investimento, de acordo com o ranking do Latin Fund Report da Thomson Financial,foram: Banco doBrasil (US$593,30 milhões); Banamex do México (US$234,59milhões); CEF(US$ 173,40 milhões); Santander Brasil (US$ 115,40 milhões)eHedging Griffo (US$ 96,56 milhões).

Bolsa paulista decepciona e fecha em baixa de 0,63%

A Bovespa destoou dos demais mercados, emque em que o dólar derreteu, os juros futuros caíram e os preços do petróleo voltaram parao patamar de US$ 26 o barril. O índice da carteira teórica paulista fechou em baixa de 0,63% eo girofinanceiro somou R$ 477 milhões. O Ibovespafuturorecuou 1,11%, para 13.330 pontos. A desvalorizaçãose acentuoudepois ao final.

Motivos – A falta de fluxo e deum comportamentomais vigoroso do mercado em Nova York foi uma das explicações para o desânimo do mercado doméstico.

Tambémfoi lembradaa proximidade doexercício de opções (na Bovespadia 15) e de índicefuturo(naBM&F dia 17). O fato é que o mercado realizou partedos lucros registrados navéspera,inseguro com a trajetória dos preços no curto prazo. As maiores altas foram: Telefonica Data PN (+9,59%), Tractebel ON (+4 82%), AracruzON (+2,93%)eBradespar PN (+2,67%).

A partir de hoje o pregão viva-vozda Bovespavoltaao horáriotradicional, das 10 horas às 17 horas. (AE)

Para economistas, juros podem cair já

Taxas praticadas no Brasil são muito elevadas, mas a situação atual da economia permite uma redução imediata de seus níveis

Os fundamentos da economia brasileira hojesão bons. Por isso, oBancoCentral (BC) deveria baixar os juros e rápido, apesar do aumento doscombustíveis de 10,08% nasrefinarias.É o quepensam quatro renomados economistas paulistas ouvidos pelo Diário do Comércio na semana passada.

"A inflação em 2002 deverá ficar entre5% e 7% seas coisas continuarem como estão. E o fato de ela chegar a 7% não é relevante", diz o economista e professor de matemática financeira, José DutraVieira Sobrinho.

O Produto Interno Brutodeverácrescer mais que3%.

A cotação da moeda norteamericanaestá equilibrada em R$ 2,40. "O valor da moeda norte-americano no Brasil nos últimos 15 anossempre acompanhou ainflação interna, portanto, hoje, a cotaçãoidealseria R$2,17considerando avariação docusto de vida medida pelo INPC do IBGE e de R$ 2,37 levando em contaaaltado IGP-M da Fundação Getúlio Vargas" , explica Dutra Vieira.

Dívida – Segundo o professorde matemáticafinancei-

ra,aúnica coisaquepreocupa no momento é a dívida interna, da ordem de R$ 630 bilhões. "Mas para a sociedade isso é irrelevante, já que o povo se preocupa mais com a dívida externaque émenos da metade desse valor", diz. Diante desses números, o professornãoentende os motivos pelos quais o governo não reduz os juros. Em sua opinião, os jurosreais brasileiros na casa dos 12,86% ao ano (taxaSelic menos inflação de 5%) são um dos maisaltos do mundo. "A taxa real nos países do Primeiro Mundo não passa de 2%", diz. Para Dutra Vieira, a situação da economia brasileira hoje é bastantesemelhante à de dezembrode 2000,quando a Selic era15,75% ao ano. "Por que não baixar a taxa básica dejuros a16% aoano?", questiona.

Juros básicos na casa dos 18,5% ao ano só servem para uma coisa: aumentar o peso da dívida interna

ce aomês R$ 8,9bilhões, aumentando ao ano o equivalente a R$ 107 bilhões. "Se os jurosbásicos fossem 16%(1,25% aomês)haveria um ganho anual de R$ 13,4 bilhõesdereais,que seriao montante que adívida interna deixaria decrescer anualmente", explica JoséDutra Vieira Sobrinho. Por queo governonão faz isso? Para não comprometer as metas de inflação. Mas, isso acaba afetandoa dívida interna. " Ogoverno brasileiro precisa olhar para seus próprios problemas e cuidar mais dos seus interesses", diz Dutra Vieira. Segundoele, se os problemas da economia da Argentina fosseminterno não tinham causado tanto estrago no Brasil, como os provocados pela crise argentina em 2001.

E tem mais.Juros básicos nacasa dos 18,5% ao ano (1,42% ao mês) só servem para uma coisa: aumentar o peso da dívida interna. Com essa taxa, a dívida interna cres-

"Osjuros brasileirosjásão excessivos. Ogoverno deveriareduzi-los erapidamente", diz Toledo.Segundo ele, umataxa de6%, doispontos percentuaisacimados juros norte-americanos seriam suficientes.

No entender do executivo da Nossa Caixa, a política dos jurosdo BC éequivocadae podefuncionar aocontrário doplanejado.E explica: "se você acelera um carro no atoleiroouno areiãovocêpode acabar atolado".

É oquevemacontecendo no Brasil. Taxasde juros elevadas temum efeito nocivo, aumentando a dívida interna e,emconseqüência, o risco Brasil."As pessoaspensam, então émelhor comprardólar", diz Toledo. Issomexe com as taxas de câmbio e, também, com a inflação. Assim,o aumento de jurosprovoca maisinflação, porque afeta o câmbio.

Ra pi dez –Seráqueo BC deveria continuar com a atual política de juros? "Não", respondeo economista evice-presidentede Finançasda Nossa Caixa, Joaquim Elói Cirne de Toledo.

Na análisedeToledo, essa política equivocada de juros teima em perdurarnoPaís desde 1986. No momento atual, o economista acredita que o BC vai continuar reduzindo as taxas, mas de maneira módica.

"OBC nãovaisubir osjuros", afirma. "Os mercados financeirosestãomenos otimistas,mas mantêm certa dose de otimismo", destaca. Queda a médioprazo –O presidenteSociedade Brasileira deEstudos das Empresas Transnacionaise daGlobalização Econômica, Sobeet, Antônio Corrêa de Lacerda,concorda que nossos juros jásãoexcessivamente altos. Emseu entender, seria prematuro aumentar os juros. "Além disso,traria conseqüências danosas para as contas públicas e para o nível de atividade", diz. "Umagravamento doconflito no OrienteMédio, com disparada no preço do petróleo, vai dificultar uma redução dastaxas de juros, mas não inviabiliza novas baixas a médio prazo", explica Corrêa deLacerda.Elelembra, ainda,queo aumento dopreço do barril é circunstancial e que a Rússia hoje também é umgrande produtor mundial depetróleo,podendo contribuir para minimizara

O último reajuste do preço da gasolina não deveria influir na decisão de baixar a taxa Selic

situação numa possível crise. Sem pressão – Emílio Alfieri, economista da ACSP, acredita que a alta dos preços dos combustíveis de sábado ainda não será suficiente para impactar de forma forte a inflação. "A redução de 25% no preço dos combustíveis efetivada noinício do ano, mesmo diante dosúltimos três aumentos, ainda permite uma folga de 7,7%", explica. "Além disso, o Brasilnão depende do petróleo importado como nadécada de70. Hoje80% do petróleoconsumido no Brasil é produzido internamente,oinversoda situação vigente na primeira crisedo petróleo",dizAlfieri.

Assim, o impacto da alta na balanço de pagamentos não pode ser considerado dramático. "Hoje as importações de petróleo significamapenas US$ 5 bilhões,não representando mais que 10% de nossas comprasexternas", diz Emílio Alfieri.

Teresinha Matos

Pessimismo persiste em setor sensível

Superadas, ainda que temporariamente, asameaças de apagão e do efeito Argentina, o anode 2002começou animado,com umquadroeconômicorelativamente otimistaparaosnegócios no Brasil. A verdade é que não durou muito.

Os números de setores sensíveis, como papelão ondulado e embalagens, confirmam as novas projeções de economistas e analistas de mercado, de que este ano pode acabarsendo apenas um clone do ano passado.

Tambémé verdadequejaneiro e fevereiro são reconhecidamente meses de retração nas vendas eelevação nos índices de inadimplência. No entanto, vários eventos ocorridos durante o mês de março impuseramaoshomens de negócio uma revisão de expectativas para 2002. A questão política da sucessão presidencial, de certo modo, já estava incluída na conta de risco.

O rompimento do PFL com ogoverno, por suavez, pesou menos nosnovoscálculos, do que a demora na aprovaçãoda CPMF,fundamental paragarantir ofrágil equilíbrio fiscal brasileiro, já quea reforma tributáriajá é vista como obra para o próximo presidente da República. "Isso foi um balde de água fria no cenário favorávelque marcou o início de 2002", diz Sideval Aroni,ex-presidente da Ordem dos Economistas. I ns eg ur an ça –É também verdade que persistem alguns indicadores positivos, especialmente,a confirmaçãoda lentaretomada daeconomia norte-americana. Na área política os mercados reagiram bem ao avanço da candidatura do senadorJosé Serra (PSDB-SP),mesmo coma

hipótese do governadorde MinasGerais, ItamarFranco (PMDB), entrar na chapa como vice.

De qualquer modo, isso não eliminou outros focos de insegurança. O agravamento da crise no Oriente Médio favoreceu as especulaçõese a alta no preço do petróleo, alterando para mais as projeções do preço futuro do produto paraeste ano.Na prática essacrisenão tem fundamentos sólidos, pois a Arábia Sauditanãodeu atéagorasinais deaderir àtesedo Iraque,de usar opetróleo comoinstrumento de pressão política a favordacausapalestina; as reservas americanas estão bem altase aRússia temdisponibilidade e precisa vender o produto para fazer caixa.

De qualquerforma,o governo brasileirojáconsiderou o impacto da crise do petróleocomocertoe aumentou ospreços doscombustíveis,aomesmo tempo que está revendo a meta de inflação, para o pisode 5%, ou ligeiramente mais,para oano de 2002.

Consumidor percebeu que a crise de 2001 continuaria e conteve o ímpeto de compra

Pior que isso, segundo o consultor financeiro João Marcos Cicarelli,foi o "alerta oficial" ao mercado, feito na terça-feira passada pelo presidente do BancoCentral (BC), Armínio Fraga, em depoimento no Congresso Nacional,deque os jurosnão deverão cair na medida nem do desejado, nem do esperado.

"Isso fez investidores e consumidores seguraremmais o dinheiro nobolso",observa

Cicarelli. O consumidor porquejápercebeu queosjuros do crediáriovãocontinuar abusivose, portanto,é melhor conter o ímpeto de compra. Os investidores porque já detectaram uma volatilidade maior nos mercados, os empresários porque não podem apostar jogar dinheiro no aumento da produção se não houver acontrapartida do aumento de consumo.

Est agnaç ão – Para Carlos Alberto de Castro, presidente do Conselho Federal de Economia (CFE), vários setores estão dando sinais de um período de estagnação neste primeiro trimestre. "Pelo que tenho apurado o crescimento deste ano não passa dos 2,5%", disse. A crise anunciada dopetróleo, porexemplo, mostraquepersistea vulnerabilidade externa brasileira.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Algumas áreas da indústria têm registrado redução nos pedidos

Alguns setores não são apenas sensíveis aoshumores da economia e seus reflexos na produção. A indústria de embalagens, porexemplo,representa um forte indicador da evolução dos negócios onde eles ocorrem de fato, no balcão de vendas.Dados da Associação Brasileira de Embalagens (Abre) mostram que os pedidos em carteira caíram 28,2%, em janeiro deste ano, comparado com igualperíodo em2001. Onível de utilização da capacidade instalada ficouestável na mesma comparação (0,1%). Aprocura porembalagens permanece "fraca" noinício de 2002, embora haja recuperação, a partirde outubro de

2001.A fortequedaregistrada em 2001 deve-se às turbulências que afetaram a economiabrasileira, altadosjuros, câmbio e racionamento de energia. O nível de demanda em janeiro passado registrou quedade 16 pontospercentuais. Apesar da retomada da capacidade instalada, emjaneiro aindaestava abaixode outubro de 2001.

As previsões de desempenho para o setor, segundo dadosda Abre, indicam ainda dados negativos para este trimestre. Há ainda previsões de retomada dos estoques e de contratação de trabalhadores, emboraambas devam permanecer negativasno trimestre. Uma previsão oti-

mista: pela primeira vez em mais de dois anos,os preços das embalagens podem deixar de subir.

Otimismo – Para os próximosseismeses, no entanto, persisteo otimismonosetor de embalagens: 61%das empresas acreditamque ocenário vai melhorar e apenas 3% que vai piorar.A capacidade de produção do setor deverá crescer 5% este ano. Mesmo pequenos, a balança comercial vem registrando saldos positivos este ano, emboraisso tenha decorrido mais dareduçãodasimportações do que do aumento dasexportações.Mas um bom desempenho nesse sempre é muito bom. (SLR)

Nas contas de serviços deverão constar telefone para as reclamações

A Comissão de Constituição e Justiça e de Redação recebeuna semanapassada o projetoque obrigaasempresas concessionárias de serviços públicos adivulgar,na conta encaminhada ao consumidor, onúmero do telefone do Serviço de Ouvidoria respectivo. A matéria jáfoi aprovada pelas Comissões de Trabalho, Administração e Serviço PúblicoedeDefesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias.

Deautoria do deputado Marcos Rolim (PT-RS), o PL 2297/00 recebeu emendas do deputado RonaldoVasconcellos (PFL-MG). Originalmente, o projeto estabelecia que o número telefônico a ser apresentadoseria odoórgão público regulamentador e fiscalizador da concessão, masa emendadefiniu aOuv idoria como o órgão adequado parareceberas reclamações, os pedidos de informação eassugestõesdos usuários.

Altera– Otextoaltera as leis 8897/95, que dispõe sobreo regime de concessãoe

permissão da prestação de serviçospúblicos, e9472/97, que disciplina os serviços de telecomunicações. A proposta, segundo o autor, visa ampliar a defesa dos direitos do consumidor."Na época em queos serviçosde telefonia eram providospor empresas estatais era bastantesimples identificar as responsabilidades e,eventualmente,reclamar osserviçosprestados. Hoje, infelizmente, isso se tornou cada vez mais difícil", disse o deputado.

Acredita – Autor do parecer aprovado por unanimidade na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, o deputado Luiz Ribeiro (PSDB-RJ) acredita que dessaforma fica definido o acesso do consumidor às empresas reguladoras. "Sabendootelefone ou comosecomunicar comesses órgãos, oconsumidor vai ter acesso imediato à fiscalização. Eu achoque esse projeto avançou na questão da transparência, napossibilidade de controle de reclamações", disse. (AC)

Associação Comercial faz mutirão para esclarecer IR

A Associação Comercial de São Paulo está apoiando o contribuinte no esclarecimento de dúvidas sobre o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)2002. Paratento abriu uma Central de Atendimento ao Associado, juntoà suasede,na ruaBoa Vista,51,Centro. OCDROM, que acompanha os programas para preenchimento e transmissão da declaraçãopelaInternet, jáestão disponíveispara osasso-

ciados interessados.Na Central, também é possível retirar o formulário em papel completo e omanual do Imposto de Renda. Prazo – A pouco mais de 15 dias do encerramento do prazode entrega da declaração, no dia 30, a Central está atendendo a média de dez consultaspordia. "Onúmerode chamadas aumenta três vezes com a proximidadedo prazo de entrega", diz o consultor empresarial JaersonCavalcanti, do atendimento.

A equipede consultores contábeis, jurídicos e tributáriosdaCentral de Atendimento, coordenada pelo DepartamentoJurídico da Associação, atende pessoalmente das 9 às 17 horas. Além do Imposto deRenda, os associados podemobter orientações nasáreastributáriae trabalhista. Podem recorrer à central, também, micro e pequenos empresários com dúvidas sobre os procedimen-

tosparaaberturade novas empresas.

Balanço – Até sexta-feira, a Receita haviarecebido 2.943.755declarações doIR. Dessetotal, 2.935.855foram enviadas pela Internet ( w ww . r e c ei t a . f az e nda.gov.br). Optaram pelo Receitafone (0300-780300) 7.900contribuintes. Quem não declarar pagará multa de até 20% do imposto devido.

Sílvia Pimentel

Na Câmara, discussão sobre trânsito

Representantes de vários setores participaram de debate que discutiu também transporte público e segurança nos cruzamentos

Propostasparaa melhoria do trânsito, dos transportes públicose doscorredores viários foram discutidas, sexta-feira,durante debatepromovidopela rádio CBN na Câmara Municipal.

O evento teve aparticipação dopresidente daFederaçãodas AssociaçõesComerciaisdoEstado deSãoPaulo (Facesp) e da Associação Comercial, Alencar Burti. Também participaram o vereador Domingos Dissei, da Comissão de Trânsito, Nazareno A fonso,daAssociação Nacional de Transportes Públicos e Instituto Rua Vivade Belo Horizonte, Francisco Macena, pela CET, Glauco A rbix, da Universidade de SãoPaulo(USP) eosecretário municipal de Transportes Carlos Zarattini.

Osdebatedores ofereceramvárias sugestõesparaa solução dotrânsito daCapi-

agenda

Hoje China – Odiretor da AssociaçãoFarid Muradrecebe o diretorde Miami do Hong Kong Trade Development Council para a América Latina,Winchell Cheung, que falará sobre "HongKong- plataforma de negócios com a China. Às 11h, na Associação,rua Boa Vista, 51/11º andar,. B a nc o s – O vice-presidente da Associação, Carlos R. P. Monteiro, participa da cerimônia de entrega do "Prêmio Qualidade em Bancos" conferido ao BankBoston pela Revista B a nc o Hoj e .Às 12h,noJockey Club, avenida Lineu de Paula Machado, 1.263.

tal. Entre elas, a construção de garagens parareduziro fluxo decarros noCentro. Alencar Burti, foio primeiro a defender aproposta de construçãodemais estacionamentos na cidade.Os carros poderiam ficar estacionadoseo público pegaria peruasou ônibuspara chegar até o local de trabalho.

Viabilidade – Na opinião dopresidente daAssociação, épreciso aindaestudar aviabilidade daprivatização desseslocais paraque opúblico tenha uma melhor qualidade no serviço."Ocontribuinte também precisa pressionar o poder público para saber ondeo dinheirodos impostos pagos pelapopulação estão sendo reinvestidos", disse, referindo-se aobaixo número de melhorias no transporte públicos e corredores viários, apesardejá teremsidofeitas licitações para a execução das

Polônia – O diretor da Associação Farid Murad participa do Fórum EconômicoBrasil-Polônia,coma presençadopresidente da Repúblicada Polônia, Aleksander Kwasniewski. Às 14h30,na Fiesp,avenida Paulista, 1.313/15º andar. Intercâmbio – O vicepresidentee coordenador da Câmara Intersetorial de Operações Internacionais da Associação, Renato Abucham, participa de jantar com apresença do diretor das Américas do Hong Kong Trade Development Council, Robin Chiu. Às 20h, na Churrascaria Rodeio, alameda Haddock Lobo, 1.468.

obras, principalmente, para a construção de garagens.

O secretário Carlos Zarattini disseque odinheiro está sendoutilizado paraopagamento de juros da dívida do município.Ele também defendeu a reduçãodos preços das bandeiradas dos táxis na Capitalpara atrairopúblico para este tipo de transporte. Jáo vereadorDomingos Dissei pediu urgência na compra deônibus compisos maisbaixos."Osdegraus ficama maisde quarentacentímetrosdo chão,provocando acidentes, principalmente com idosos", explicou.

O secretário Zarattinirespondeuqueainda esteanoo corredor da avenida São João terá ônibus e calçadas nos mesmos níveis.

A segurança nos cruzamentosfoioutro ponto discutido no debate. De acordo com Francisco Macena, da

P le ná ri a – Reunião plenáriada Associação, com palestra do presidente da Sociedade Rural Brasileira, João de Almeida Sampaio Filho, sobre"Expectativas deAgronegócios". Às 17h, na sede daAssociação,rua Boa Vista, 51/9º andar. Terça Ex ec ut iv a –Reunião da diretoria executiva da Associação. Às 12h30, na sede da entidade, rua BoaVista, 51/12º andar.

Quarta

Capacitação – O assessor da presidência da Associação Arnédio Bastos Oliveira participa daabertura daexposição "Juventude -Urgência Social", do Programa

CET, num prazo de 60 dias seráenviadoparaa Câmara um projetode lei paraa mudança dos semáforos dos cruzamentos mais perigosos. No períododa noite,elesficarão em amarelo piscante.

Capacitação Solidária.Às 9h30, no Museu de Arte Moderna deSão Paulo (MAM), Ibirapuera. Quinta Internacionais – Reunião do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio,coordenada pelo conselheiro Luiz Augusto de Camargo Ópice. Às 8h30, naentidade, ruaBoa Vista, 51/12º andar

Valor – O superintendente-geral, Márcio Domingues Aranha, participa da entrega do"PrêmioExecutivo deValor" oferecidopelo jornal Valor Econômico Às19h, noBuffet RosaRosarum,avenida Francisco Leitão, 416 - Pinheiros.

Na Capital, existem 5,4 mil cruzamentos. Metade, são eletromecânicos, ou seja, precisam ser programados pelos técnicos da CET. "Antes da implantaçãodoamarelo piscante à noite, é preciso

mais investimentos para a troca por equipamentos mais modernose que possam ser controlados à distância", afirmou Macena.

acontece nas distritais

Hoje Pinh eiros –A diretoria da Distrital Pinheiros realiza reunião ordinária. Às 19h30. Tatuapé –A diretoriada Distrital Tatuapé realiza reunião ordinária. Às 20h.

Terça

Jabaquara -A diretoria da Distrital Jabaquararealiza reunião,compalestra de técnicos doBanco Central, sobre "Características dodinheiro brasileiro".Às 19h30.

Quarta

Centro – A diretoria da DistritalCentro realiza reunião ordinária e exposição de pintura em aquarela e óleo sobre tela. Às 18h.

Butantã – Adiretoriada Distrital Butantã realiza reunião ordinária. Às 19h. Ipiranga – A diretoria da Distrital Ipirangarealiza reunião ordinária. Às 19h. Mooca – Adiretoriada Distrital Mooca realiza reunião,compalestra de Rodrigo Damásio de Oliveira, sobre "Fluxo de caixa e seus proveitos". Às 19h. Santo Amaro– Adiretoria da DistritalSanto Amaro realiza reunião ordinária. Às 19h30. Quinta Penha –A diretoriada Distrital Penha realiza reunião parao lançamentodo projeto "Mobilizando Entidades". Às 19h30.

Dora Carvalho
O vereador Domingos Dissei e o presidente da Associação, Alencar Burti, durante encontro na Câmara Municipal
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

ANÁLISE João de Scantimburgo

Vai começar

Transcorrido o Carnaval, queparalisao Brasil,passados os dias da Semana Santa, que faz milhões de fiéis cumprirem deveres religiosos, temos, agora, o inicio efetivo da campanhapresidencial, comos candidatosapostos, para a grande disputa. Lula já marcou viagensaoexterior, a meu ver inúteis, pois a eleição é aqui. Serra tem subido nassondagens deopinião e podeultrapassar o antigo torneiro mecânico e hoje líder de uma facção considerável, o PT. Roseana é, ainda, candidata.

O caso da bela Roseana não foi encerrado. Aimprensa e as forças adversárias nacampanha presidencial vão procurar incompatibilizá-la com a opinião pública, com base nofamoso dinheiro encontradopelaPolícia Federal nos escritórios da Lunus,uma empresadelae deseu marido.Asexplicações vieram, mas, na realidade, não convenceram,e é preciso queconvençam os seus correligionários e admiradores,paraque suacampanha tenha eficácia, eela, eventualmente, possa guindar-se aoprimeiro postodo Estado.

Não há nada mais difícil do

que umacampanhapresidencial,aqui eemqualquer partedo mundo, onde tem vigência ao regime presidencial. É preciso ser dotado de uma saúde de ferro, para agüentar os eleitores, os cabos eleitorais, oschefes políticoseas viagens,asestafantes viagens,a maioriade automóvel, para conquistar os eleitores e chegar ao alvo, ainda que com pouca vantagem. Até mesmo Jânio Quadros, o maior demagogo que conheci no Brasil, percorreu todo o país, para ganhar. Imagine-se agora, com, no mínimo,três candidatos, sendo que um deles está bem colocado nas pesquisas de opinião, outro sobe, com apoio do presidentedaRepública, e Roseana,com seu charme, seu passadode governadora, sua capacidade de locomoção, impor-se contra os dois competidores. Vamos termuito oque vere oque comentar,umaparte, lamentar, que a política apaixona, sejao candidato homemou mulher. Seisde outubro não está longe.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Grande presunção

Eu sou o melhor e o mais qualificado candidato à Presidência da República, declaroucom asuaproverbial modéstia o candidato cadeira cativa Lula da Silva.

Mesmo que fosse um candidatoda elite intelectuale administrativa, fazer tal declaração já seria uma atitude reprovávele extremamente antipática.

Aliás, o nosso herói é pródigo empromessase algumas delas constituem uma autênticaofensaà inteligência dos eleitores. Por exemplo, em março de 1989, depoisda suadiscutív el viagem à Alemanha, disseque, seeleito, emquatro anos elevaria o nível de vida dosbrasileiros aodosalemães. Recentemente, disse que em quatro anos de mandato,acabaria comafome no País.

Sem falar das pérolas que diz sobrea dívida externa, diplomacia, MST, FMI, exportação, política partidária e outras.

Dora Kramer, em sua coluna no Estadão (28-03), fez contundentes observações a respeito, entre outras, uma com as seguintes palavras: "Ou alguém do PT dá uns conselhos a Lula oué melhor pedirque se cale".

Reconhecemosque oprograma de governo do PT é cheio de boasintenções, principalmente comrelação àpobreza eaos problemassociais, calcanhar de Aquiles do Brasil no concerto das nações mais desenvolvidas.Mas falta-lheo sensoda realidade, que é tão

A pedofilia e o clero

Assunto repugnante,esse, mas ao jornalista não há escolha, ou fica dentro da atualidade oudesiste daprofissão. Eu fico dentro da realidade, e me ocupo hojedesseescabroso caso da pedofilia, a começar pelomédicorusso, exilado nestacapital, ondeseestabeleceu com um consultório, e entrou de fazer trabalhar seu nefando vício. Perdeu o direito declinicar eterá queprocurar emprego nalguma pizzeria ou como faxineiro ououtro qualquer,que eleainda érelativamente moço.

NosEstados Unidos,uma centena,seasnotícias são verdadeiras, de sacerdotes, inclusive bispos,estão implicadosna exploraçãoignóbilda pedofilia, e já chamam a atençãodo mundo para o problema. O papa, na situaçãodesaúdeemque se encontra, provavelmente nos seus derradeiros dias como pontífice, se as dores que sente, as dificuldades de falar, e a disposiçãofísica paraoexercício de suas atribuições o permitirem, esse pobre papa será obrigado atomarumadecisão contra os maus sacerdotes.

O sacerdócio éumavoca-

ção. Quem a escolhe, o faz por irresistível impulso. Deixao mundo, com suas fascinações, sobretudo em nossos dias, com esse sexualismodesbragado, cartazescommulheres nuas por toda a parte e até na Bienal, da qual sou conselheiro, uma mulher, sem permissão da diretoria, arranjou cinqüenta idiotas, despiu-as e as apresentou ao público, nuas, como se fossemobjetos de arte para serem exibidos no momento solene da inauguração, presente o governador do Estado.

Escolha do sacerdócio, o catecúmeno renunciaao mundo, incluído nas tentações do mundo, osexo, que está ao alcance de qualquer sedutor em qualquer esquina das cidades pequenas,médias e grandes. Daí, a necessidade das orações e do comportamentocomo otêmos membros dasordens religiosas, dos quais não se ouve falar, pois somente os seculares estão implicados. Para essa crise há solução. É só mandar paraarua osmaussacerdotes, queos bonssão maioria, e sustentarão a Igreja.

João de Scantimburgo

Consciência x pirataria

Milton Mira Assumpção Filho

Égraveedesoluçõestão complexas, que o partido precisaria permanecer no poder, pelo menos, meio século, fora eventuais acidentes de percurso. As esquerdastupiniquins precisam conhecermais arealidade da interdependência dos paísesnum mundo globalizado, quenemofossilizadopopulismo, as atitudesde patriotadas, os arroubos de revolta e a baderna podem mudar. É bom lembrar que a melhor soluçãoé umsadiorelacionamento diplomático com soberania, só possível com um governo preparado e constituído de estadistas. Na cúpula do PT encontramos políticos esclarecidos e competentes, razão pelaqual, opartidocorreoriscode ter umcorpo sãoporém, acabeça nem tanto.

Governos esquerdistas,em qualquer país emergente, causamarrepios nosinvestidores estrangeiros, os quais, temerososdeixam de injetar sangue novo no debilitado organismo dos endividados, cujas conseqüências podem levaro País a longo períodode estagnaçãoe suas funestas conseqüências. Aliás, em matéria de dinheiro, ninguém faz milagres ou dá almoço degraça. Tantonas finanças internacionais como nas particulares,o comportamento dos donos do dinheiro é idêntico.

Até osorrisodo gerente do banco éproporcional ao seu saldobancário oudasua garantia de crédito.

Reynaldo Farah é conselheiro da Distrital Butantã da ACSP

Cep,

e CIC. As cartaspoderãoserresumidaspela redação,publicando-se,apenas,oessencial que o missivista deseja transmitir. As cartas não publicadas não serão devolvidas. Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

muito oportuna a campanha que começa a ser veiculada, coordenadapelaBSA (Business SoftwareAlliance), comapoio e participação de vários setores de atividades, de combate àfalsificação deprodutos. Lamentavelmente, este é um crime que avança de forma assustadorano País.Conforme dados divulgados pela imprensa,o Brasil é o quarto maior consumidor de produtos piratas do mundo, o que significa prejuízo anual de US$ 2 bilhões para a indústria, incluindo-se aí remédios, CD, DVD, fitasVHS, brinquedos, roupas e software, dentre outros segmentos. É necessário e urgente que se adotem todas as medidas cabíveis parao combate aesse graveproblema, da conscientização dos consumidores, paraque nãocomprem produtos falsos, à mobilização das autoridadescompetentes e organismos policiais.

Em meio a esses dados e à discussão do tema, agora ampliada pelacampanha,cujo mote é "Pirataria: a vítima é sempre você",é muitoimportante darvisibilidade também à questão do livro, que não podeserdeixada emsegundo plano quandose falaem falsificação e/ou apropriação indébitade direitosdeprodução, autorais, grifes, programasde computadores e criação artística e intelectual. No tocante ao livro, há um aspecto mais grave a ser considerado:a cópiareprográfica, em escala, de trechosdeuma oumaisobras, emapostilas, com objetivo delucro. Quem procedeassim lesa editoras, autores, desenhistas gráficos e toda a cadeia produtiva do setor editorial,incluindo distribuidores e livrarias. Também são lesados os alunos, que têm apenastrechos delivros,perdendooconteúdo globaldas obras e, portanto, conhecimento muito importante para o seu diferencial competitivo no mercado de trabalho.

O mais grave é que, em 2002, quando a Lei dos Direitos Au-

Política velha

torais completaquatroanos (foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 19 de fevereiro de 1998) e quando está em plena vigênciaaLeidePropriedade Industrial,nãoháavanços expressivos no combate à pirataria de produtos e da criação artística, científicae intelectual. A pirataria, especialmente no tocante aCD,DVD, VHS, software, roupas,brinquedos, calçados e outros produtos industriais, tem por trás toda uma indústria ilegal, com ramificações internacionais, produzindo bens falsificados. Trata-se de uma das vertentes docrime organizado.Esta insidiosa indústria consegue preços infinitamentemais baixos porque fabrica produtosde segundalinha(embora em alguns casos sejam muito semelhantes, na aparência, aos originais), paga salários baixíssimos (quando o faz, pois há numerosasdenúnciasde trabalho escravo), não recolhe impostos etem nas ruasa sua estrutura de vendas.

A legislação vigente, embora muitobem elaborada ecriteriosa, mostra-seinsuficiente para coibir oproblema. Mais umavez,ficaevidenteque as leis, para serem cumpridas, carecem do respaldo da fiscalização por partedos órgãos competentes.Alémdisso,é necessária a mobilização da sociedade, pois é preciso que o cidadão tenha plena consciência de que o gestodecomprar qualquer produto falsificado representa imenso prejuízo para quem trabalhalegalmente e,portanto,paratodos oscidadãosde bem, o sistemaeconômico e o País.

Uma Nação como o Brasil — que ainda busca o desenvolvimento, a solução de problemassociais ea inserçãosoberana na nova ordem mundial — tem de construir seu futuro em bases éticas, leis estáveis de mercado, capacidade produtivacomtecnologia de ponta e muito civismo.

Milton Mira Assumpção Filho é consultor da área editoria

O velho estilo de fazer política no Brasil, onde as alianças são casuísticas e não programáticas, sofreu umrude golpe com o estremecimento e aaparente separaçãode "propósitos" entre oPSDB e oPFL, emfunçãodo episódio Roseana Sarney/Jorge Murad. A ruptura, assim como a aliança que vinha desde a primeira eleição do presidente Fernando Henrique, não tem nenhuma base de sustentação em linhas de governo, masnosinteresses eleitorais.

Ninguém ganhou

Feita a ressalva de que não é o tipo demodelo dealiança política que contribua para o aperfeiçoamento da administração pública e mesmo da vida política do País, fica evidente, à luz do conluio partidário, que tanto oPSDB quantoo PFLperderamcom a história. E ainda vão perder mais na medidaem que, mal desincompatibilizada do cargo de governadora, Roseana Sarney já foi intimada a depor na Polícia Federal.

Acusação

Sem parceiro

Com o PFL procurando candidatura própriao PSDB teve que cair no colo do PMDB, de onde aliás, saiu para nascer por divergir da linha de ação do partido ou de seus controladores. Agoravoltae ainda é humilhado com a desistência de Jarbas Vasconcellosde sero vice deSerra. Quer dizer,sem o PFL, o PSDB não tem candidato a vice. Ao menos que agregue valor(votos).

Tudo ou nada

De sua parte o PFL, que semprefoi governo, porvia possível, corre o risco se a candidatura de Roseana Sarneynãose mostrarvitoriosa de ficar de forado futuro governo. Pode ainda, e a tradiçãoindica apossibilidade,de aliar-senosegundoturno a quem estiver maispróximo da vitória. Só o tempo dirá. Lição

Penaque nenhumalição será tirada do episódio. Se até o PTfala em aliar-se aoPL, é porquenada mudarátãocedo no fisiologismo da política pátria. O que vale é chegar ao "pudê".

O PFL acusa abertamente a PolíciaFederal, tantonoepisódio dainvasãodoescritório de Jorge Murad, marido de Roseana, quanto agora, na intimação para depor, de fazer ojogo dacandidatura de José Serra. Promete não votar nadanoCongresso atéque estude melhor a questão. O País paga a querela entre os tucanos e o PFL.

P. S . Paulo Saab

Classe média: Caixa quer esticar prazo para habitação

ACaixaEconômica Federale aCâmaraBrasileira da Indústria da Construção Civil, CBIC,querem aumentar de 14 para 20 anos o prazo para os financiamentosà classe média, para comprade imóv elnovocom recursos do Fundo deAmparo aoTrabalhador, FAT. Comoprazomaior seria possível reduziro valordas prestações e da renda mínima

exigida paraaprovação da operação.

O diretordeDesenvolvimento Urbano da Caixa EconômicaFederal, AserCortines, disse que a instituição está negociando informalmentecom integrantesdo Conselho Curador do FAT o aumento do prazo do crédito de R$1 bilhão doFundoà Caixa Econômica Federal para este tipo de financiamento,

queé de15anos,de formaa que ostomadores finaispossam ter prazo de 20 anos.

Apoio – O presidentedo Sindicatoda Indústriada Construção do Rio de Janeiro, RobertoKauffmann, diz que a Confederação Nacional da Indústria,CNI, quetem umdois representantesno Conselho Curador do FAT, já tem o apoio para essa proposta dos demais integrantes do

Conselho, que representam o empresariado e ogoverno. "Estamos tentandouma aliança com as centrais sindicais de trabalhadores", disse. Um financiamento de R$ 70 mil pelo Prodecar, com recursos daCaixa programa cancelado, teria prestação inicial deR$ 904,17 ea renda mínima exigida do interessado estava em R$ 3.020,00. Atualmente, com recursos do FAT a prestação inicial para o mesmo valor de financiamento sobe para R$ 1.204,17 e a renda mínima exigida é de R$4.020,ou seja,33,11% maiordoque nofinanciamento do Prodecar.

Hoje: inviável – "Por esses números se vê que o financiamento com recursosdo FAT é inviável", diz Kauffmann, que éum dosrepresentantes daCBIC emumacomissão formada tambémpor representantes da Caixa Econômica Federal,como AserCortines, para discutir estes financiamentos.

Outradesvantagem do financiamento comrecursos doFATé queaprestaçãovaria a cada mês, de acordo com os juros de TJLP mais 4% ao ano, enquanto no Prodecar o saldo devedorera reajustado mensalmentepela TR mais 10,5% ao ano.

Kauffman diz acreditar que nenhum financiamentopelo FATparaimóveisna planta tenha sidotomadoainda, embora essa modalidade tenha começado a ser oferecida em janeiro deste ano. (AE)

Alckmin defende FHC e critica boicote

Governador condena atitude do PFL de impedir votação do Congresso como resposta à ação da Polícia Federal contra Roseana

Ogovernador GeraldoAlckmin fezontem críticas indiretas ao PFL, ao comentar a determinação do ex-aliado dogovernode travarostrabalhos no Congresso, como respostaà atuaçãodaPolícia Federal, queno domingointimoua ex-governadorado Maranhão, Roseana Sarney, para depor nocaso de desvio de verbas da Sudam.

O governadorisentou o presidente FernandoHenrique Cardoso de responsabilidade naatuação da PF. "As pessoas,às vezes,achamque o governo tem uma varinha e que estabelece tudo isso. Não é bem assim", disse Alckmin. Segundo liderançasdo PFL,estaria havendo uma perseguição políticaà ex-gov ernadora epresidenciável dopartido. "Enquanto não

houver liberdade, não se vota nada noCongresso", garante o presidente do PFL, senador licenciado Jorge Bornahusen (SC), que decidiu preparar uma nota de protesto ao presidente Fernando Henrique Cardoso e aos presidentes do SuperiorTribunal deJustiça (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esperança – "Tenho esperançasqueo PFLpossarever essaposição.O trabalho da polícia federal segueum trâmite próprio. Não é comandado pelo governo", disse Alckmin. Ele voltou a afirmar que, em São Paulo, o relacionamento entrePSDB e PFL "continua bom".

Alckmin,no entanto, admite que a entrega da intimaçãocontribuiu paradesgastar ainda maisorelaciona-

mento entreos doispartidos em âmbito nacional."A entrega no domingonão ajudou nem o PSDB nem o PFL, mas é o trâmite", afirmou. Geraldo Alckmin voltou a criticar a antecipação do processo eleitoral, que segundo eleé umadascausas dacrise entre os partidos. Alckmin negou que tenha sereunido como prefeitode Matão, Jayme Gimenez (PMDB), na semana passada. Ex-deputado estadual eexpresidente estadual do PMDB,Gimenez éaliadodo ex-governador Orestes Quérciae estevenoPalácio dosBandeirantes nofinalda tarde daúltima quinta-feira. Ele está sendo cotado como um dos possíveis nomes para vice na chapa encabeçada por Alckmin."Opalácioé gran-

PT segue a vontade dos eleitores: evita ataques e explica propostas

Aestratégia adotadapelo

PT em seus programas de TV, evitandocríticas pesadasaos adversáriosedando prioridade às propostas para o eleitorado,é umadasprincipais apostas do partido para ganhar as eleições de outubro. Ontem, o PT levou ao ar, durante 20minutos,seuprograma partidário estadual, e no dia9 demaio vailançar o programa nacional. Nos dois casos, opartido deveadotará o tom moderado.

Com base em pesquisas de opinião, a direção do partido chegou àconclusão deque o eleitoradonão estásatisfeito com aguerra de dossiês e a desqualificação dos adversários. Deacordo com essas pesquisas, os eleitores estão descontentes e inseguros com o baixo nível que tomou conta deste início de campanha eleitoral. "O eleitorado nãoquer maissaberdeata-

ques,massim depropostas concretas", garante o deputado Aloízio Mercadante (PTSP), que disputa uma vaga ao Senado Federal.

Liderança – "Temos de marcar posição desde já, pois queremos continuar na grande liderançaquando começar o horário eleitoral gratuito, em agosto", disse Ozeas Duarte, secretáriode Comunicação do PT. O candidato do PT à Presidência,Luiz InácioLulada Silva,que tambémfezinserções noprograma estadual do partido, quer adotar um discursomais consistente.O objetivo é quebrar a resistência que ainda tem em boa parte do eleitorado.A idéiaé mostrar que o candidato, que disputa a sua quarta eleição,

está preparado para assumir o comando do Brasil.

Pesquisa mostra que eleitorado não está satisfeito com a guerra de dossiês e a desqualificação dos adversários

Apesar de apostar firme nas alianças partidárias, até mesmopor saberque essa estratégia é fundamental para atingira presidência do País, a direção do partido está centrando seus esforços, neste iníciode campanha, em divulgar osfeitos deseus dirigentes. Em São Paulo, oholofoteestá dirigido para a prefeita Marta Suplicy. Mesmocomo descontentamento de grande parte da população emrelação à administração deMarta Suplicy, o partido vai mostrar o queela vemrealizando.Outraestrela do programa éo deputado federal José Genoíno, pré-candidatoao governo paulista. (AE)

Senador José Alencar, do PL, não descarta aliança com os petistas

O senador JoséAlencar (PL-MG) negou ontem que a aliança entre o seu partido e o PT estejacompletamente descartada. A perspectiva do fim da negociaçãofoi cogitada nofinal de semanapor alguns jornais, depois do encontro regional doPL,no município de Ipatinga no Vale do Açomineiro, no qual A lencar teria criticado"os dogmas do comunismo".

De acordo como senador, o discurso de Ipatinga condenou o chamado radicalismo, tanto de direita quanto de esquerda, classificando-os de "imagens do passado". "O que eudisseemIpatinga foi que nenhumde nósprecisa termedo, jáque nãoexistem mais radicalismos, a exemplo do pregado por Josef Stálin (do Partido Comunista, na antiga União Soviética) e dos regimes fascistas e nazistas".

Encasteladas – Para Alencar, aaliançacom oPartido dos trabalhadoresainda é possível uma vez que "ambos os partidos têm um compro-

misso como sentimentonacional e são a favor da alternância de poder". Alencar afirmatambémque "nenhum partido conseguirá vencersema formação de coalizões, e é preciso substituir as oligarquias que estão encasteladas no poder". O sucesso de uma aliança entreo PT e oPL,segundo Alencar, ainda esbarra em algunsradicaisde ambosos partidos, masa expectativaé de que osobstáculos sejam vencidoscom o diálogoque será travado, ao mesmo tempo,entre as duasexecutivas. "Nós respeitamos os radicais, somos democratas e sabemos que nenhuma coalizãopode serfirmadase ascúpulasdos partidos estiverem divorciadas da bênção das bases". Vontade – Q u es ti on ad o sobre o seu futuro político, José Alencar reiterou que ainda "não é candidato a nada" e que pretende cumprir o mandato no Senado até 31 de dezembro de 2007."Um novo caminho (queinclui tam-

de,nãosei seeleesteveaqui. Se esteve,nãofoicomigo", disse Alckmin.

Serra – O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, não quis comentar a nova crise entre PSDB e PFL, durante visita ao Rio Grande do Sul.

Mas reiterou que o senador PedroSimon (PMDB-RS)é um excelente nome para a vaga a vice-presidente, mas ressaltou que a definição dependerá do PMDB. O pré-candidato também reforçou que não há pressa para a definição do nome. Serra disse que o leque dealianças poderáaumentar, mas deixou claro que a vaga do candidato a vice deverásairdo PMDB,pelotamanhodopartido epor entendimento anterior como PSDB. (AE)

Lunus: advogado adia explicação sobre dinheiro

O advogadoAntônio Carlos de Almeida Castro não entregou ontem ao Superior Tribunal da Justiça a relação dosdoadores deR$ 1,34milhão encontradopela Polícia Federal na empresa Lunus, de propriedadeda candidatado PFL,RoseanaSarney, e do seu marido, Jorge Murad. Almeida Castro afirma que tevede sedeslocarparaSão Luís,apósRoseana eMurad seremintimadospela PF,e por isso não houve tempo para entregaro documento.O comunicado não especifica a investigação do caso Usimar, mas ressalta que eles somente deporão na qualidadede testemunhas.

GESP

Alckmin:

PSDB não aceita mais obstrução, diz

líder

bém a possibilidade de candidatura ao governo de Minas) não será definido pela minha vontade própria, mas pelo meu partido", afirmou. Conformeo senador,aindafaltam muitasvariáveis a serem definidas. Entre elas estãoo julgamento peloSupremo Tribunal Federal (STF),da açãodiretadeinconstitucionalidade contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral(TSE), queobrigaa verticalização das alianças. A expectativa, diz Alencar, é deque a decisãonão prevaleça,umavez queirácontrariar os termos da constituição que estabelece que as mudanças nas regras no processo eleitoraltêm deser feitasum ano antes do pleito. "Se esta medida cair, será uma informação valiosa a ser considerada", diz o senador. Adecisãosobre ofuturopolítico, conformeAlencar, deverá ser anunciada até junho, quandoserão realizadas as convenções paraa homologação de candidaturas. (AE)

Usimar – O novo inquérito refere-se ao projeto Usimar, que obteve financiamento de R$ 44milhões daextinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), mas não saiu do papel. Sobrea quantiaencontrada na empresas Lunus, Castro afirma que espera "poder dar seguimento a esta entrega voluntária dos nomes (dos doadores do R$ 1,34 milhão, que, segundo Murad, seria usado para a campanha),tão logo retorne a Brasília". (AE)

Edison Lobão quer uma trégua a favor da governabilidade

O senador Édison Lobão (PFL-MA) propõe uma trégua entre PFL e governo para contornar acrise quesurgiu por conta da intimação da exgovernadorado Maranhão Roseana Sarney, pré-candidatadoPFL àpresidênciada República, e que está paralisando o Legislativo.

Segundo Lobão, o presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC),e os líderes do partido deveriam negociar uma solução "para a questão da sucessão presidencial e e a preservação da governabilidade".

"O que aconteceu não podemos aceitar", disseLobão, referindo-seaofatode Roseanater sidointimada pela Polícia Federal". (AE)

- O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães (PSDB-BA), disseque opartido não aceitará mais nenhuma manobra no sentido deimpediras votaçõesno Congresso. "Chegamos ao nosso limite. Não aceitamos em hipótese alguma essa obstrução, seja ela objetiva ou branca", afirmou, referindose ao anúncio do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, deque oseupartido nãovotará nenhumamatériano Congressoaté areuniãoda Executiva Nacional, prevista para a próxima quarta-feira. "É umairresponsabilidade com o País fazer a mistura das questões político-eleitorais com assuntos do Legislativo", afirmou Jutahy. Mobilização – Ele disse queestámobilizando sua bancadapara assegurarquórumsuficienteparavotar as medidas provisórias que estãotrancando apauta echegar à votaçãoda proposta de emenda constitucionalque prorroga aContribuição so-

agenda

Senado Federal – Sessão deliberativaordináriaPauta: PLC nº153/01, dispõe sobre a transformação da Escola Federal de Engenhariade Itajubá em UniversidadeFederal deItajubá (Unifei); PLC nº 154/01, dispõe sobre a transformação da Fundação de Ensino Superior deSão João Del Rei em Fundação Universidade Federal de São João Del Rei; PR nº 69/01, dispõe sobre a aplicação da Resoluçãonº 97/98,doSenado, ao refinanciamentodadívida mobiliáriade Alagoas; quinta eúltima sessãode discussão,em primeiro turno, da PEC nº 3/00 (tramitando em conjunto com as PECs nº 12/00 e 14/01), alterao capute osparágrafos 4º,6º, II e7º eacresce o parágrafo 8º ao artigo 57 da Constituição federal (alteraçãodos períodosdassessõeslegislativas eaextinção dopagamento de parcela indenizatória de convocação extraordinária); quarta sessão de discussão, em primeiro turno, da PEC nº

bre Movimentação Provisória, a CPMF.

Energia – Segundo Jutahy, o compromissodoPSDBé votar o relatório do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) da medidaprovisória que trata das tarifas de energia elétrica. Caso o deputado pefelista não apresente o seu relatório, o PSDB já pensa em preparar uma alternativa. Jutahy não antecipou, no entanto, qual é essa alternativa. Ele considera possível vencer uma eventual obstrução do PFL porque, segundo sua avaliação, abancada doPartido dosTrabalhadores,PT, poderá mudar de posição. Ao invés de manter a obstrução, partir paraa votaçãoda MP, avaliando que tem chances de derrotá-la.

Nesse sentido, oPSDBestaria disposto a correr o risco de perder a votação da MP da energiaelétrica paradesobstruir apautaenão perder maisuma semanacom prejuízo à liberação da pauta da votação da CPMF. (AE)

32/01,altera o inciso II do art. 37 da Constituição federalpara permitir o desenvolvimento funcional de ocupantedecargo efetivo ou emprego permanente, mediante processo seletivo. Câmarados Deputados – OColégio delíderesreúne-se nesta terça-feira, às 14 horas, no Espaço Cultural daCâmara.Napauta, a criação da MPrevogatória para medidas provisórias queestejam trancandoa pauta. O presidente da Câmara,Aécio Neves,explicou que a MP revogatória não invalida a proposta já aprovada na Casa, que limita a edição de medidas provisórias. Ele destaca que, ao contrário, é mais um ponto afavor do Congresso Nacional, uma vez que a MP que forrevogadateráde voltaràCâmarapor meio deprojetode lei. "Estaé a melhor formaparauma proposição chegar à Casa". Pelas regrasatuais, uma medida provisória, ao ser editada, nãopode maisser retirada pelo Executivo.

"O trabalho da Polícia Federal segue trâmite próprio".

Iraque suspende exportação de petróleo e eleva cotação

Opresidentedo Iraque, Saddam Hussein, suspendeu ontem detodasasexportações de petróleo por um mês ou até que termine as incursões israelenses em territórios palestinos.

O secretário-geral da Organização dosPaíses Exportadores de Petróleo,Opep, Ali Rodriguez, disse que o cartel precisadetempo paraestudar a reaçãodo mercado à suspensão de exportações peloIraque. Nãoháplanosde uma reunião emergencial para discutir o assunto.

Reação – "Nós temos que

esperar e ver qual será a real reaçãono mercado",disse Rodriguezdepois deconsultar todosos ministrosda Opepportelefone. "Porenquanto,há consensodeque um encontro emergencial não énecessário. Masvamos monitorar a situação e, se necessário, vamosfazer uma reunião extraordinária ou uma teleconferência", disse. Quando perguntado se a Opepiria compensarocorte de fornecimento do Iraque, Rodriguezdisse:"Eu não posso responder isso. É uma decisão de ministros".

Hugo Chávez enfrenta hoje a 2ª greve geral

As maiores organizações empresariais e sindicaisdo país convocaram uma greve geral de 24 horas para hoje em protesto contra as demissões eaposentadorias compulsórias ordenadas pelo gov erno contraumgrupo de executivosdaestatal Petróleos de Venezuela S. A.

Esta é a segunda greve geral enfrentada nos últimos quatro meses pelo presidente Hugo Chávez,em meioa sérios conflitos trabalhistas que ameaçam a estabilidade da estatal.A ministrado Trabalho, María Cristina Iglesias, qualificou a greve como "subversiva" e "ilegal". (AE)

Rodriguez falou que foi informado da decisão de Bagdá peloministrodeEnergia do Iraque, Amir Rasheed. Os EUA são o maior consumidor do óleoproveniente doIraque, consumindomais dametade da produçãode Bagdá. Cerca de 9%das importações norte-americanas da commodity vem de lá.

Rodriguez disse que o mercado continuava razoavelmente abastecido, especialmenteporque aproduçãode países não-membros da Opep tem aumentado.

Preços – Em Londres,os

contratos de petróleo tipo Brent para maio – referenciaisdo segmento–subiram US$ 1,01, para terminar o dia a US$ 27,00 por barril. Em Nova York, os contratos também para maio do óleo bruto avançaram US$0,33 dólar,a US$ 26,54 o barril.

A suspensãopor partedo Iraque aumentou a tensão neste segmento de mercado, que temia a interrupção nas exportações do produtopor parteda Venezuela,o 4ºexportador mundial,como consequênciade manifestações trabalhistas. (Agências)

Israel desocupa vilarejos,

mas não deixa a Palestina

As Forças Armadas israelenses anunciaramquesuas tropas começaram a se retirar das cidadesdeQalqiliyae Tulkarem. O anúncioocorreu horas apósos Estados Unidosterem exigidoasaída imediata dastropas deIsrael das cidades palestinas. Osecretário deEstadodos EUA,Colin Powell, exigiu "umadeclaração deIsraelde que estão começando a se retirar" de territórios dos palestinos e que "se retirem agora". Powellfeza declaraçãode-

poisdareunião em Agadir, no Marrocos,comoRei Mohammed VI. Cessar-fogo– Ele disse também que pediu ao rei que aconselhasse YasserArafat a cessar a violência contra os israelenses. Powellacrescentouque pretendever olíder palestino no final desta semana. Oprimeiro-ministro Ariel Sharon disse ao Parlamento que aofensivade Israel na Cisjordânia continuará, apesar dos pedidos dos EUA para a retirada. (AE)

Na Argentina, produtos somem das prateleiras e povo protesta contra FMI

Osprodutosde primeira necessidade estão sumindo dasprateleiras naArgentina. "O desabastecimentoestá se estendendoa umaquantidade de produtos maior do que antes", disse Osvaldo Cornide, presidenteda Câmarade Atividades MercantisEmpresariais, que reúnepequenas e médias empresas.

Desde que o presidente Eduardo Duhaldedesvalorizou o peso no início de janeiro, em umatentativa de reativar a economia, alguns produtos importadossumiram em razão do temor dos comerciantesdenãopoder repor a mercadoria.

Prateleiras– Nos últimos dias, ampliou-se abasede produtos que desapareceram dasprateleiras, muitosdefabricação local. "No fim de semana, o que se viu foi um forte desabastecimento de produtos de limpeza, biscoitos e até fósforos", disse Rubén Manusovich, presidente da Fedecamaras, que reúne os comerciantes do país.

"Acredito que isto está vinculado ao fato de os provedoresnão saberemque preços praticar, porque ninguém

quer perder. Então não os colocam à venda", disse. Entre janeiroe março, os preçosao consumidor aumentaram 9,7%. Os preços "continuam subindo,mas nãosabemosa razãodosaumentos. E (o reajuste) já se estendea todossetores",informa SandraGonzález,presidente da Associação de Defesa dos Consumidores. Protesto – Ontemfoi mais um dia de protestos na Argentina. Dezenas de integrantes do grupo de esquerda Quebracho invadiram o hotel onde se encontram os técnicosda missão doFundo Monetário Internacional.Os manifestantesocuparam o hall dohotel,próximoao centrode Buenos Aires, gritandopalavras deordemcomo "Fora, FMI"e exibindo cartazes com dizerescomo "Pátria ou FMI". Foi a segunda manifestação contra a presença da missão no país.Pela manhã, um grupotentou interceptara comitiva que conduzia o economistaindiano Anoop Singh, quando ele saía do aeroporto internacionalde Ezeiza. (Agências)

União Européia admite

negociar salvaguardas ao aço importado do Brasil

A União Européia (UE) estádisposta a sentar à mesa como Brasilparanegociar uma saída paraasbarreiras queo bloco estabeleceu às importações de aço e que afetaram oPaís. Ainformação é do embaixador da UE na Organização Mundial do Comércio (OMC), CarlosTrojan. "Estamos abertospara o diálogo", afirmou.

Segundo Trojan, asatuais barreiras sãoprovisórias e devem valer por 200 dias. "Estamos realizando uma inv estigação para determinar quaisprodutos deverão ser alvos de uma sobretaxa definitiva", disse.

Segundo o diplomata, pro-

dutos e mesmo países podem serretirados dalista dosafetados pelas barreiras. Para isso,porém,osgovernos devem solicitar consultas com os europeus noâmbito da OMC paraexplicar comoestão sendo afetados. "Já estamos realizando reuniões com vários países".

Um desses países é o Japão, que, assimcomo oBrasil, foi afetado pelas barreiras da UE. Segundo diplomatas de Tóquio, uma reunião comos europeus deve ocorrer amanhã, em Genebra. O governo brasileiro, porém, ainda não se manifestou sobre um encontro com os diplomatas de Bruxelas. (AE)

Abril começa com saldo comercial de US$ 43 mi

A balança comercial brasileira registrousuperávit de US$ 43milhõesna primeira semana de abril, informou ontem oMinistériodoDesenvolvimento, Indústriae

Comércio Exterior.

Acordos devem ampliar negócios com a Polônia

O intercâmbio comercial entre Brasil e Polônia, que chegou a somar US$ 800 milhõesno iníciodosanos 80e hojenãopassa deUS$ 400 milhões, poderá ter um novo impulso a partir de agora. "As oportunidadesvão crescer muitoparaos dois lados", disse o presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, ontem em São Paulo, durante o FórumEconômico BrasilPolônia, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Kwasniewski explicou que a retração nocomércio bilateral foi causada pela crise que assolou os dois países nos anos 80, hoje superada. "Temos acordosimportantes que vãofacilitaro aumento não apenas do comércio, mas também dos investimentos mútuos". Amanhã,os gover-

nos dos dois países deverão assinaracordos quepermitirão o ingresso de carne e produtos agrícolas brasileiros na Polônia. A expectativa do Brasilé dequeopaís doleste europeu funcione como portadeentrada para acarne brasileirana Europa,já quea Polônia deve ingressarna União Européia em 2004. Kwasniewski ressaltou o interesse dopaís em continuar sendo o terceiro maior comprador da Embraer na Europa, depois de Inglaterra e França. Eletambém informou que a Lot, principal empresa aérea polonesa, está negociando com a Embraer a compra de jatos ERJ, de 70 lugares,ede jatosLegacy,para autoridades e executivos.

indústria naval, deautopeças, motores e máquinas agrícolas, além deampliar as vendas de carvão ao Brasil.

O governadorde SãoPaulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também participou do eventona Fiesp,destacouos laços culturais que unem a Polônia a São Paulo, onde estão40% dacomunidadepolonesabrasileira, estimada em 1,2 milhão de pessoas. De acordo com Alckmin,a indústria e a agropecuária paulista estão prontas a oferecer produtos da melhor qualidade àquele país.

para a Polônia, tendo em vistatodoo LesteEuropeu.Segundo Burti, oBrasil precisa ampliar ao máximo seu leque de países compradores, ao mesmo tempoemquedeve promover um esforço para inserir aspequenas emédias empresas brasileiras no mercado internacional.

O presidente da Polônia afirmou, por outro lado, que quer mostrar aoBrasil a sua

Hong

A médiadiária deexportações, por exemplo, que foi de US$ 213,0 em março, recuou para US$ 184,8 entre 1º e 7 de abril (o período da coleta dos dados pelo Ministério).

As importações também caíram. Em março, a média diária de transações foi de US$ 183,3. Em abril, não chegou a US$ 180,0.

Osaldo foi resultado de US$924 milhõesdeexportaçõeseUS$ 881milhõesde importações. Com isso, o saldo acumulado da balança comercial permanece positivo emUS$1,071 bilhãonoano, com exportações de US$ 12,814 bilhões e importações de US$ 11,743 bilhões. Menos volume – Apesar do superávit, o volume de negócios diminuiu na primeira semana de abril.

O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp) e Associação Comercial de São Paulo (ACSP),Alencar Burti, frisou a importância estratégica que representa ampliar as vendas do Brasil

O presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, afirmou que o mercadopolonês precisa ser pensado a médio e longo prazo, pois abre boas perspectivas para divulgar marcas brasileiras na Europa Ocidental e Oriental. Paraele, a criação demarcas brasileiras internacionais, como já ocorre coma Embraer,pode ajudar muitoa entrada dos produtos brasileiros em outros mercados.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Kong: comércio pode crescer

O comérciobilateral entre Brasil eHong Kongapresentou queda no ano passado. As exportações doBrasil parao país somaramUS$628milhões, valor 8% inferior ao registrado em 2000. As importações tiveram quedade 3%, para US$ 555 milhões. Mas a intençãodo Hong Kong Trade Development

Council (HKTDC) é ampliar esse comércio. Em palestra na AssociaçãoComercial de São Paulo (ACSP), diretores do HKTDCafirmaramque Hong Kong querser "a porta deentradado mundoparaa China"."Muitasdas 300mil pequenas emédias empresas deHongKong procuram parceiros de outrospaíses

que tenham excelentes produtos e marcas. E contamos como Brasil",disseMarina Barros, representantedo HKTDC. O Brasil compra do parceiro asiático especialmente equipamentos de telecomunicações evendecarnes, frango, óleos vegetais, couro e madeira. HongKong mantémum

comércio externo de cerca de US$ 400 bilhões.O país, que tem 6,7 milhões de habitantes e uma taxa de desemprego de 6%, é considerando número um em nove produtos. Emduasdécadas, saiuda23ª posição do ranking dos exportadores para a 10ª.

Teresinha Matos

Dólar e juros sobem, mas sem causar preocupação

Apóso forterecuo daúltima sexta-feira, odólar atravessou a segunda-feira em alta, assimcomoasprojeções de juros noscontratos mais longos. Apesar da trajetória e da atenção aos conflitos no Oriente Médio,o diafoi descrito como tranqüilo.

Ao fim dos negócios a moeda americana indicou avanço de 0,70%,aR$2,294para venda. Na sexta-feira a cotação havia caído para o menor nível desde maio de 2001.

Calma – "Odólar já abriu paracimamas bemcalmo,e permaneceuassim praticamente o dia todo. Não houve muito volume", disse Tarcísio Rodrigues, gerentede câmbio do Banco Paulista. "Aindahá entradasprevistas(...)Fora istohá umcerto

receio quantoao conflitono Oriente Médio", disse. Injeção de dólares – provenientes principalmentede captações de empresas no mercado externo – tem sido o mote para a queda recente do dólar, segundo operadores.

Neste mês,já contabilizado o movimento de ontem, adivisa acumula baixa de 1,38% sobre o realnomês ede 0,91% no ano.

Ainda há entradas previstas mas, também, um certo receio quanto ao conflito no Oriente Médio

Dólar futuro – Na Bolsa de Mercadorias eFuturos, BM&F, o contrato de dólar mais negociado, o de maio, avançou 0,61% e estimou cotação a R$ 2,3170.

Em meio à manutenção do

BC aumenta volume e antecipa rolagem de papéis

O governo ampliou o volume negociado em uma oferta conjuntade contratos de swap etítulospós-fixados ontem. A operação deu início à substituiçãode US$4,5 bilhões em notas atreladas ao câmbio,com vencimentono próximo dia 18.

De acordo com informações do BancoCentral, o negócio já garantiu a rolagem de cerca de US$ 461 milhões (ou R$ 1,057 bilhão).

Nas duasúltimassemanas BCeTesouro realizaram quatrooutrosnegócios semelhantespara arolagemde papéis cambiais comresgate

na próxima quinta-feira. Nestas ocasiões o volume máximonegociado haviasido de R$ 641 milhões. De acordo com números do BC,foramvendidos 10.445 contratos de swap de um totalde até 15mil oferecidos –sendo quea taxanominalficou em7,26%e alinear,usada como referência na BM&F, em 7,48%.

Foram negociadas 824 mil Letras Financeirasdo Tesouro (LFT), do lote de 900mil ofertadas, por deságio de 0,35 ponto porcentual sobrea Selic,atualmente fixadaem 18,50%. (Reuters)

dólar em patamar abaixo de R$ 2,30, surgiramno mercado algumas discussões sobre a viabilidade de a balança comercial alcançar o superávit almejado para o ano. Projeções do governo dão conta de um saldopositivo emtorno de US$ 5 bilhões. Balança – De acordo com números divulgados ontem, a conta de comércio exterior ficou positiva em US$ 43 milhões na primeirasemana deabril. Osuperávit noanoalcançou US$ 1,071 bilhão.

O presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, afirmou ontem que aindaé muito cedo para avaliar de forma precisa os impactos da valorização do reale da criseno Oriente Médio no desempenho da balança comercial brasileira.

Curto prazo– Quanto à política monetária, ele admitiu que a alta do petróleo, obviamente, tira do Banco Central um espaço de manobra em relação aos juros. Mas reiterou que estas questõessão de curto prazo. Parao empresário,apermanência do dólar nopatamar R$ 2,30 não é boa para as exportações, masconsidera como maisviável aavaliação de queo real ficaránum patamar entre R$ 2,50 e R$ 2,55, o quedará maiscompetitividade ao País.

Ele dissequea questãodo câmbio está sujeita a tantas variáveis, comoo stresseleitoral, a crise Argentina e o de-

Projeção de taxa para janeiro sofre reajuste na BM&F

As projeções de juros mais longas, negociadas nos contratosmais badaladosda Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F, avançaram ontem, nesta semana que antecede umanova decisãosobre a taxa referencial do País, a Selic. Segundo operadores, as taxas futuras refletiram umacertapressãodas notíciassobreo aumentodos preços internacionais do petróleo. Mas ocontratode vencimentomais curto,ode maio, fechou estável.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) mais badalado --o de janeiro-- projetou taxaa18,40% paraofinaldo ano, ante 18,33% da sextafeira.Foram contabilizados cerca de 73 mil contratos, frente aos mais de 100 mil concluídosem diasconsiderados de boa liquidez.

No caso do DI mais curto –que embute asapostas para o fim deste mês – o dia foi de estabilidade ede volume pouco expressivode operações. Estevencimentoindicou 18,35%.

A Selic, após duas rodadas decorte de 0,25ponto percentual cada, corresponde hoje a18,50% aoano. Adecisão sobre a nova taxa sai no próximo dia 17. (Reuters)

semprego dos EUA, que será necessário pelo menos mais uma mêspara avaliar oimpacto sobre as exportações. Embargo – Os investidores vão continuar monitorando os desdobramentos do embargo temporário nas exportações de petróleo anunciado pelo Iraque. A suspensão irá durar 30 dias ou até que Israel interrompa incursões a territórios palestinos.

Isto somado a uma paralisação em refinaria venezuelana por protestos trabalhistas, reacendeua altanospreços dopetróleo– quevoltarama esbarrar em US$ 27 o barril. (Reuters/AE)

Contrato futuro de ouro fecha com ligeira alta em NY

Os contratosfuturos de ouro apresentaram recuperação ontem,e fecharamem leve alta na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, Nymex. Analistas ouvidos pela Agência Dow Jones disseram queos futurosde ouroreceberam como suporte afraqueza das ações em Wall Street - atingidas pelo alerta de lucro da IBM - e pela suspensão das exportações do Iraque. Desde a escalada da violência em Israel a alta dos preços do petróleo tem sido positivo para o ouro, com operadores e analistas observando um aumento nas compras do metal relacionadas com diversificação do risco. Oscontratos deouropara junho fecharamem US$ 301,30, emalta de US$ 0,30. (AE/Dow Jones)

Governo adota medidas para garantir liquidez do sistema de pagamentos

OBancoCentral,BC, vai tomar medidas preventivas para evitar problemas no início do funcionamento do novo SistemadePagamentos Brasileiro, SPB, cominício previsto para o dia 22. Umadas decisõeséqueo BC irá dar liquidez aos bancos na vésperade entrada do novo sistema, programada parao próximo dia 22,segundoo chefe do departamento de Mercado Aberto, Sérgio Goldenstein. Crédito – Os empréstimos, de acordo com ele, serão concedidos a taxas de mercado. Mas os bancos poderão tomar um volume de recursos quese sentirem confortáveis. "Cada banco faz a conta de quantovai querer de dinheiro parao iníciodas operaçõesdo SPB", disseGoldenstein, em entrevista após reunião no Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros. O BC, não abre mão de implantaro sistemadentrodo prazo. E, para isto, não mede esforços no sentido de flexibilizar o máximo possível regras e determinações para garantir seu objetivo.

em tempo real. Agora é a vez de aumentar a liquidez. Zeragem – Outra medida a ser adotada é que o BC voltará a fazer a"zeragem automática" no final do dia.

Atualmente, quando as instituições ficam com reservas bancárias negativas (devedores junto ao BC), o Banco Central zera as operações, mas com taxas punitivas, cerca de seis pontos porcentuais abaixodaSelic. Aintenção é de que até junho esta operação seja feitacomtaxas não punitivas.

Cada banco faz a conta de quanto vai querer de dinheiro para o início das operações do SPB

Despesa menor – Segundo Goldenstein, a entrada em operaçãodo novo sistema vai reduzir substancialmente as despesas do governo. Nos últimos anos o BC teve de cobrirprejuízos dosbancos quequebraram, nummontante de R$ 12 bilhões.

Mais prazo – Os bancos ganharam umprazo adicional de 90dias, a partir dodia 22, para tudo estar funcionando perfeitamente. Depois,a Federaçãodas Associaçõesde Bancos, Febraban, conseguiu do BC elevar onível de R$ 5mil para R$ 5milhões paraas transferênciaseletrônicas on-linee

Este volume sesomaaos R$16,9bilhões queogoverno assumiudentro doPrograma de Reestruturação do Sistema Financeiro, Proer. Perdido – De acordo com Goldenstein, ao contrário dos adiantamentos para o Proer, em que ainda há perspectiva de recuperaçãode alguns créditos, no caso dos R$ 12 bilhões este "é dinheiro totalmente perdido." "É como se os bancos que quebraram tivessemcheque especial no BC edeixassem esse valor a descoberto", afirmou o executivo.

Sanepar ousa com plano de captar R$ 500 milhões

A Companhiade Saneamentodo Paraná,Sanepar, anunciou quercaptarcerca de R$ 500 milhões em uma oferta global de ações preferenciais. A decisão vai marcar a entrada simultâneada empresaparanaense tanto na Bolsa de Valores de Nova Yorkquantona BolsadeValores de São Paulo.

A idéia écolocar um terço desse valorno mercadobrasileiro e o restante para investidores internacionais, explicou ontem o gerente-financeirodacompanhia, Dirceu Winchineski. Ele ressaltouque os últimos detalhes da operaçãoestão sendodefinidos em Nova York.

Apresentação – "Esta semana devemos divulgar o road show e todos os detalhes da operação", ressaltou Winchineski ontem à A gê n ci a Reuters.

Osgarantidores da operação sãoo Banco doBrasil no mercado interno e, no mercadointernacional, oCredit Suisse First Boston, Salomon SmithBarney,ABNAmro e Rothschild LLC.

Projetos – Os recursosda captaçãoserão utilizadosem projetosde ampliaçãodos serviçosda companhiana área de saneamento básico. Atualmentea Sanepar atende 43% dapopulação do

Paraná naárea deesgoto, ou 3,2 milhões dehabitantes, enquanto abastecede água 7,6 milhões de pessoas, ou 99% da populaçãode todo o Estado.

O projeto de investimentos, previsto para ser concluído em 2005, prevê o aumento doatendimento da populaçãona áreadeesgotopara 60%e de92%para 100%do tratamento desseesgoto. Na área de abastecimento de água a idéia éatender a totalidade da população.

Controlada pelo governo do Paraná, quedetém60% capital votante, a Sanepar temtambém como sócios desde 1998 afrancesa Vivendi, as brasileiras Andrade Gutierrez e Copel (também estatal) e o Banco Opportunity, que juntos possuem 39,7% do capital votante. Privatização– A empresa está na lista da privatização do governodoParaná, porém sua venda depende da regulamentação do setor de sanemaento, que está tramitando desdeo anopassado em Brasília.

Em 2001 a Sanepar faturou R$ 766 milhões e obteve um lucro de R$ 152 milhões, 11,7% a mais do que em 2000. No ano passado a companhia paranaense investiu R$ 275 milhões. (Reuters)

Marcos Menichetti/AE

Petróleo e IBM derrubam as bolsas

O corte temporário das exportações iraquianas e o alerta sobre lucro da IBM impuseram um recuo de 0,87% na Bovespa

ABovespa iniciouasemana em queda, com volume reduzido de negócios e acompanhouos principaismercados mundiais,que recuaram emfunçãodo agravamento dastensões no Oriente Médio,daalta dopreçodo petróleo e deperspectivas frustrantes da IBM.

Oresultado daqueda-debraço entre apostadores na altae representantesdosque acreditam na retração das co-

tações foi um volume de apenas R$ 279,1 milhões, o mais baixo desde 8 de fevereiro, quando ogirohavia sido de R$ 275,2 milhões.

O Ibovespa fechou em queda de 0,87%, aos 13.159 pontos.No mês,a bolsapaulista já perdeu 0,7% e 3% no ano. Telemar – O papel que serve de referência para este segmento, Telemar PN, afastaram-se neste pregão da aposta quevinha seapresentando

como a mais plausível: o controato de opção a R$ 30. As ações preferenciais da Telemar finalizaramem baixa de1,87%, cotadasa R$ 29,34, comnegócios da ordem de R$ 51,2 milhões. Oquecausou estranheza ao diretor daCorretora Ágora, ÁlvaroBandeira, foia incapacidade derecuperação da Bovespa. Pela manhã, uma advertênciade receitas menores

feitas pela IBMarrastou não só os papéis da companhia, mas também os principais índices de ações americanos, que também seressentiam por mais um episódio da crise no Oriente Médio. Nova York– À tarde, o Dow Jones , que reúneos principaispapéis daBolsade Nova York, inclusive IBM, amenizou o declínio e fechou em baixa de 0,22%. O Nasdaq, do setor tecnológico nos

Europa registra perdas generalizadas

As principais bolsas do mundo tiveram uma segunda-feira de queda, em função dos desdobramentosda questão do petróleo e do alerta da IBM de lucro menor. As tensões entre israelenses e palestinosganharam outro ingrediente, depoisde oIraque ter anunciado ontem a suspensãode ummêsnas suas exportações de petróleo, em protesto pelasincursões do exércitode Israelàs cidades da Cisjordânia.

Isto foi suficente para que a Bolsa de Nova York tivesse

uma abertura fraca e influenciasse negativamente osoutros mercados.

O pior desempenhofoi registrado em Madri,onde a bolsa despencou 2,37%. A situação foi agravadapelos rumores envolvendo o BBVA. Londres – A Bolsa de Londres fechou com o índice FT100emqueda de55 pontos (1,05%), em 5.178,60 pontos, emmeioà confirmação do presidente iraquiano, Saddam Hussein, de que o paísvai cortar suas exportações depetróleo. Edepois de

um alerta da gigante IBM paralucros menoresdo que previsto.

Companhias que dependemdo petróleo, como dos setores químico,aéreo eindustrial, foram as mais afetadas pelo anúncio do Iraque. A IBM, que alertoupara lucros bem abaixo doqueprevisto noprimeirotrimestre, também pesou sobre o mercado: Psion caiu 7,6%.

Paris – Na Bolsa de Paris a baixafoide 1,86%.Aqueda foi atribuída a um movimento de venda desencadeado

depoisdoaviso daIBM.Em Frankfurt, a bolsa local registrou perda de 1,52%.

BBVA: rumores – Em Madri o índiceIbex-35 fechou com perdaacentuadade 2,37%. As ações do Banco Bilbao VizcayaArgentaria, BBVA, terminaram em baixa de4,98%, entre rumoresde investigação do banco central espanhol sobre várias contasque ainstituiçãoteria em paraísos fiscais. Em Milão oíndice Mibteldesvalorizou-se 2,04%. (Reuters/AE/Dow Jones)

EUA,reverteue fechou em alta de 0,89%.

Sem reação – "Pelo menos há 15 dias o mercado não reage a bons indicadores econômicos.Está sem reação, não tem seguido nem as melhoras delá", disse Bandeira, referindo-seà praça acionária nova-iorquina.

Aquedado Ibovespasófoi contida pelas ações da Petrobrás, que seguiram o movimento de alta do preço do pe-

tróleo.Aspreferenciais fecharamem alta de 1,05%, a R$ 57,80 cada. Iraque– O anúncio pela manhã decorte dasexportaçõesde óleo pelo presidente do Iraque repercutiuao longo do dia nos ativos. EmLondres,o barrildotipobrent encerroua US$27, em alta de US$ 1,01. Em Nova York, o barrilde óleopara maio terminoua US$26,54. (AE/Reuters)

Suvinil cria divisão para interiores

A Suvinil pretendeexpandirseusnegócios a partir de umanovaestratégia derelacionamento com os clientes. A empresa dividiu seus produtos emduas linhas,a Performance e a Design, a primeira voltada para pinturas externas e a segunda para ambientes internos.

O objetivo é facilitar a vida dos co nsum idor es que nãotêmum c on h ec im e nt o maior sobre a adequação das tintasaos ambientes. Os produtos começama ser vendidosdentroda novadivisão em maio.

Suvinil, empresa da Basf, pretende crescer entre 4% e 5% neste ano com segmentação de produtos

A empresa dividiu os produtos em duas linhas, uma delas voltada para ambientes internos, para facilitar as compras do consumidor cia. Ela é integrada, inclusive, por produtos de restauração. Já alinha Designfoi elaboradaespecialmentepara interiores. Ela proporcionaacabamentoespecial, comtempomenorde secagemeodor mais agradável. Pesquisa – Segundo Marta Messa,estasegmentação já vinha sendo adotada informalmente desde 1999. Ela é resultado de diversas pesquisas efetuadasjunto aosclientes. "Descobrimosque os consumidoresfinais têm poucas informações a respeito dos produtosoferecidos nas lojas. Por isso, criamos as duas divisões,orientamos os vendedores e também alteramos o layout das embalagens, que agora contêm mais fotos e informações geraissobre o seu uso", acrescenta.

Como direcionamento,a empresa, querespondepor 40% do mercado nacional de tintas, espera fortalecer sua posição no setore ampliar o crescimento anual para índices de 4% a 5%, contra os 3,5% obtidos em 2001.

ASuvinil fazparte damul-

tinacional Basf, cujo faturamento atingiuR$2,2bilhão no ano passadono Brasil. Na América doSul, areceita totalizou R$ 4,3 bilhões. "E é paramanter este desempenho positivo e conquistar novosclientes quedecidimos adotar estaestratégia", explica MartaMessa, gerente de produtos da Suvinil. Di v is ã o –O novo conceito baseia-senas diferenças entre os consumidores e suas necessidades específicas. Doispúblicos distintossãoo principal alvo da nova campanha. As tintas Performance são mais votadas para arquitetos, engenheiros e empresas de pintura, enquanto osprodutos Designsãodirecionados aos decoradores.

A linha Performance oferece produtos com características técnicas como lavabilidade, durabilidadeeresistên-

Volks direciona R$ 1,2 milhão para esporte

A Volkswagen Caminhões eÔnibus vai investir R$1,2 milhão no patrocínio de competições esportivasde caminhões nesteano.O anúncio foi feitoontem pelo diretor de VendaseMarketingdaempresa, Antônio Dadalti, em São Paulo. Os recursos, que representam o maior volume já investido pela Volks Caminhões em competições esportivas, incluem a participação na FórmulaTruck, naqualsão patrocinadosospilotos RenatoMartins, primeirocampeão brasileiro da categoria e Débora Rodrigues, única mulhera conduzir caminhões nas pistas. Eles correm com versões esportivas do cavalo mecânicoTitan Tractor VW 18.310.

Rally – Outra prova patrocinadapela montadoraéo Rally Cross-Country, por meio dos pilotos Alfedo Yahn e Luciano Cunha,que conduzem caminhões leves VW 8.150comtração integrale acessórios para uso fora de estrada.

A Gincana do Caminhoneiro é oterceiro evento de calendário de patrocínios esportivosdaVolks desteano. "Trata-sedeumaprova de

marketing direto, que reuniu 4,4 milcaminhoneirosno anopassado", afirmouo gerente de marketing damontadora, Carlos Signorelli. Para Dadalti, opatrocínio dessas competições proporcina ganho de imagem significativo para amarca. "São atividades que não têm retornoimediato, masosganhos vêm com o tempo", ressaltou. No ano passado, as nove provas da Fórmula Truck levaramcerca de460 milpessoas às pistas.

Provas – A participação de montadorasefabricantes de autopeças emcompetições esportivastêmcriado oportunidadespara odesenvolvimento de tecnologias que podemintegrar aproduçãoem série das empresas no futuro. "As soluções boas e economicamenteviáveisacabam virandoprodutos desérie",salientou Dadalti.

Segundo ele, como a participação da Volks nesses eventos ainda é recente, a montadoraainda nãotrouxeidéias das pistas para a fábrica. "Mas nossosfornecedores, como Cummins e MWM, têm tiradomuitoproveito dessas provas para testar a eficiência de seus motores", disse. (AE)

M ercedes – Osmilionários de Hong Kong estão sendo poucoafetados pelacrise local. Éo que mostraas vendas da Mercedes Benz. Cerca de 260automóveis do modelo E-Classforam vendidos em trêsdias de umafeira automobilística, em março. Os preços dos veículos variaram deUS$ 56 mil aUS$96mil. Vendas de bens de luxo e vestuário de marcas explodiram em 2001. (Reuters)

Indústria teve montadoras como base

A história da Suvinil está ligada aodesenvolvimento da indústria automobilísticano País. Ela iniciou suas atividades em 1961 com uma pequena fábrica nacional de tintas à base de látex sintético em São Bernardo do Campo. Em 1964, surge a Combila-

ca,fabricante de tintaque vendiapraticamente todaa produçãopara osetor.Ao mesmo tempo, a alemã Basf investia significativamente na fabricação do produtoe adquiriu a Glasurit Werke, umadas maiores companhias européias da área.

BCP diz que não deixou de pagar fornecedores

O presidente da BCP, Dante Iacovone, informou ontem que, apesar de continuarem as negociações dos sócios BellSouth e grupo Safra em tornodo que fazercom a parcela nãoquitadade US$ 375milhões vencidana semana retrasada, nenhum fornecedor da operadora deixou de ser pago. "Estamos com os pagamentosem dia", disse.

Em relaçãoà conversados acionistas, ainda não conclusivas,o executivoassegurou que trabalha com a expectativa de solução.Iacovone destacouqueas operaçõesda companhia não foram afetadas pela decisão dos sócios de suspender o pagamento enquanto buscam renegociação das condições da dívida.

Em fevereiroa BCPconseguiu, pela primeira vez, obter vendade pós-pagossuperior ade aparelhospré-pagos."A proporção ficou em60% para 40%", informou.

Na média dos últimos quatro meses acinco meses, a BCPvendia80%de pré-pa-

gos e 20% depós. Na avaliação deIacovone, odesempenho foiconseguido graças à oferta de umaparelho Ericsson, vendido a R$ 99.

Lo nga – Iacovonedisse também que não acredita que a operadora perca receita a partir daimplantação docódigo de seleção de prestadora para as chamadasdelonga distânciafeitas apartir detelefones celulares. Hoje, o usuário celular não escolhe a operadora para este tipo de chamada, mas deve começar afazê-lo apartir de junho. As operadoras que migraremdoatual Serviço Móvel Celular(SMC) parao Serviço Móvel Pessoal (SMP) terãodireitoa umcódigode longadistância. Asempresas que nãomigraremserão obrigadas a oferecer umcódigo a seus clientes, mas a receita continuará dividida coma prestadoradelonga distância.A BCPnão vaimigrar para o SMP. "Se longa distância fosse bom negócio, a Intelig estariamilionária", ironizou. (AE)

O avanço das montadoras acelerou o processode aquisições de pequenas empresas.

A Basf comprou 60% das ações daCombilacae em 1969,aBasf fundouaGlasuritdo Brasil S.A., que incorporoua Combilacae aSuvinil. Na década seguinte, a Su-

vinil expandiu o número de fábricas no País. Apartir de1990,a Basfexpande a divisão de tintas para outros países latinos.A Basf, então, decidiu investir no crescimento da Suvinil, marcade tintas maislembrada em pesquisas no Brasil. (PC)

Provedor UOL registra perdas de R$ 247 milhões

O Universo Online (UOL), maior provedor de acesso à Internet doPaís, teveprejuízolíquidodeR$ 247,2milhões em 2001, mais do que o dobro dosR$110,7 milhões de perda no ano anterior. Em balanço publicado nesta ontem, o UOL informa que o resultado foi "impactado pela desvalorização na Argentina e no Brasil e pela baixacontábil deativosintangíveis do UOL Internacional no 4ºtrimestre de2001". No mercado argentino,o UOL opera por meiodo provedor Sinectis,adquirido pelaempresabrasileira emsetembro do ano passado. Apesar do aumento do prejuízolíquido, o resultado operacional, medido pelo Ebtida (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), melhorou, passando de R$ 253,1 milhões de perdas em 2000 para prejuízodeR$98,7 milhões no ano passado.

Areceita líquida doUOL cresceu 70% para R$ 361,9 milhões, contra R$ 213,2 mi-

lhões no ano 2000. Do total do faturamento, R$ 294,6 milhões vieram da mensalidadepagapelos clientes ao provedor.

Anúncios – A publicidade onli ne , setor que passa por uma crise mundial, respondeu por R$67,2 milhões das receitas da empresa, controladapelo GrupoFolha, Editora Abrile Portugal Telecom.

Na comparação anoa ano, o faturamento com assinatura cresceu95%,enquantoa vendade espaçopublicitário aumentou apenas 8%.

O ano 2001 foi um período de consolidação para o UOL, com a incorporação do portal rival Zip.Net, entrada do grupoPortugal Telecomnonegócio com ainjeçãode US$ 200 milhões, reavaliação de operações internacionais e uma série de corte de custos. Osgastos commarketinge vendas no ano passado foram reduzidos para R$ 83,5 milhões, emrelação aos R$ 146,7 milhões registrados em 2000. (Reuters)

Andersen e Deloitte unem operações

Asempresas deauditoria Andersen e Deloitte Touche Tohmatsu assinaramum acordo para integrar suas atividades no Brasil.O presidente da Andersen no Brasil, José VitorioTrabuci, anunciouo fatoem comunidado aos clientes ontem, acrescentandoque aintegraçãoentre as empresas já começou. Nocomunicado, Trabuci afirma que osclientes continuarão sendoatendidospe-

las mesmas equipes. O movimento noBrasil se segue a acordos realizados em outros países com empresas de auditoria como a KPMG e Ernst & Young.

A credibilidade da Andersen foi abalada mundialmente por suaparticipação na falência da companhia de energia norte-americanaEnron, o que lhe rendeu uma acusão criminal dedeobstrução da Justiça dos Estados Unidos. A Enron é acusada defraudar balanços. EUA –NosEstados Unidos,a ArthurAndersen LLP confirmou o corte de aproximadamente setemil empregos.Os serviços administrativos e de auditoria da empresa foram os mais afetados pelas demissões. A Andersen afirmou que as demissões ocorrerão durante vários meses. A firma possui em torno de 26 mil funcionários nos Estados Unidos. Alguns dos cortesrepresentam os trabalhadores norte-americanos que fornecem serviços utilizados por outras filiaisdarede nomundo.A empresa está oferecendo a todo opessoal afetadoserviços derecolocaçãoe permitirá queos demitidoscontinuem na folha de pagamentos durante um período determinado pela posiçãoe pelo tempo de serviço. (Reuters/AE)

Paula Cunha Marta Messa, gerente de produto da Suvinil, apresentou a nova estratégia de vendas na última semana em São Paulo
Clóvis
Ferreira/Digna Imagem

Mabesa cresce 30% com fraldas Cremer

As principais responsáveis pela expansão da empresa foram as marcas Cremer, Plim Plim e Puppet, de preços baixos e intermediários

A fabricante de fraldas e de produtos de higienepara bebês Mabesacresceu30%em 2001 com o aumento do consumo pelas classes média e baixa. As marcas Cremer, Plim Plim e Puppet, consideradas intermediárias entre os produtos topde linha e populares, foram responsáveis pela expansão.

O segredo foi a diminuição dos preços em torno de 15%. "O consumo de fraldas no Brasil só não é maior por causa do preço", afirma o diretor-presidenteda Mabesado Brasil, SammyRoger Ewald.

Ele afirma que o produto, por ser considerado supérfluo, sofrecom aincidência dealtas cargas tributárias que chegamaencarecê-lo ematé 42%, dependendo da região.

P o pu l a r – Há dez anos uma fralda custava US$ 0,50. Hoje custa US$ 0,15, por causa da entrada de novas empresas nomercado. Nosúltimos seis anos a venda de fraldas descartáveis infantis aumentou 860%. "Atualmente não é mais possívelbaixar o preço", diz Ewald. Um pacote de fraldas de nível intermediário com 14 peças custa em torno de R$ 4,50. Opopularcusta emtornode R$ 3,60 e o premium R$ 7.

A Mabesa atingiu um faturamentodeR$ 130milhões noanopassado eesperachegarentreR$ 180milhõese R$200 milhõeseste anocom o lançamento de dois produtos premium, as fraldas Champs e Kiddies. Novidades – "Asmarcas que vão perdurar são aquelas que investem no desenvolvimento deprodutos",diz o presidente da Mabesa. Por is-

so, a empresa criou a linha de fraldas coloridasChicoplastic, lançou a linha Acqua Kid, de fraldas para uso no mar ou piscina e desenvolveu uma substância contida dentro dasfraldas Champs:umreguladorde PH,para acabar coma acidez quepromove assaduras na pele do bebê. Cremer –ACremer éa marca que concentra 60% das vendas na Mabesa. Con-

sideradade nível médio, a marcafoicomprada com umafábrica emBlumenau por US$ 23 milhões em 1997. Desde então, a companhia se encontra empatada com a Procter & Gamble, atrás apenas da KimberlyClark,em participação de mercado. No Nordeste, aMabesa é líder em vendas.

Fralda para quem tem entre 2 e 3 anos

A Mabesa está apostando na linha trainning pants para conquistar cerca de 40% das mães que compram fraldas descartáveis para os filhos.

O produto inéditono Brasil, nada mais é do que uma fralda-cueca ou fralda-calcinha para auxiliar as crianças no controledahora deir ao

banheiro. O produto é usado nos pequenos com idades entre 2 e 3 anos. "Nem sempre a criançatem anoção dahora da vontade defazer xixi. Por issoasmães sofremcomacidentes,como carpetesmolhados. Coma BabyPants se não der tempo, a fralda segura", afirma Roger Ewald.

Aempresa realizaacada ano estudos e workshops comcercade3.500 mãesdo Paíspara colheropiniõese informações sobre a qualidadedosprodutos.Segundo o diretor da empresa, elas são muito participativas,gostam de experimentarnovas marcas e não são muito fiéis. "As

Levi Strauss fecha seis fábricas e demite nos Estados Unidos

A fabricante de calças jeans

Levi Strauss vai fechar seis fábricas nosEstados Unidos e demitir 20% de sua força de trabalho ao redor do mundo.

Asdemissões fazempartede um planode alterarofoco dos investimentos, da produção para o marketing.

Para isso,a companhiade 150 anos, que foi sinônimo de jeans, está tentando renovar sua imagem frente a outras marcas em um mercado cada vez mais competitivo.

Segundoa Levi Strauss, cerca de 3.300 funcionários serão demitidos como resul-

tado do encerramento de atividades das fábricas. As duas fábricas que continuarão com as atividades, uma de costura e outrade finalização,devemter sua forçade trabalho reduzidaem cerca de 300 postos.

A fabricante do jeans Levi’s e das calças Dockers, já havia anunciado sua mudança de estratégiaparao marketing em 1999. Desde o final da década de90osetortêxtilnos EUA sofre um forte abalo com o crescimento de produtos importados mais baratos. Como resultado,a VF,que

detém as marcas Lee e Wrangler,também passou por umamudança similarà da Levi’s. "Não há dúvida que temosde desistirde nossasfábricas próprias nos EUA para permanecermos competitivos", disse o presidente-executivoda LeviStrauss,Philip Marineau.

Segundo Marineau, abrir fábricas forado paísvai permitir à companhia teruma estrutura flexível de custos, proteger margensde lucrose investirmais nodesenvolvimento de produtos, marketing e vendas. (Reuters)

Capacidade da indústria é maior que consumo

O consumo de fraldas descartáveis no País éde 4,8 bilhõesdepeças. Noentanto,a indústria trabalha com a capacidade instaladade 5,2bilhões.O excedente estáforçando adiminuição dospreços, masa tendência,segundo Sammy Rogers Ewald, é de que haja retomada das margens, uma vez que a indústria brecou a produção. "Em 2001 a sobreoferta ocasionou uma diminuiçãode preçosdaordem de 15%, mas haverá uma recuperação neste ano", prevê o executivo.

Outro fator que reforça essatendência de recuperação de preços éo dólar.Noano passado,essa indústria,cujas matérias-primas estão indexadas ao preço do petróleo no mercadointernacional, sofreu com a variação cambial. Bebês – No Brasil, cerca de 34%da populaçãoquetem bebês em casa utiliza fraldas

descartáveis.Na Argentina, apesar de toda a crise, esse índiceé 60%.A estatísticamotiva os fabricantesdefraldas no País.

Eur opa – Existematualmente24empresas emaisde 200 diferentes marcas no mercado brasileiro. Já na Europae nos Estados Unidos existem em torno de seis fabricantes. Ovolumedeindústrias torna a concorrência no mercado nacional bastante acirrada. (TN)

mães costumam comprar um tipo defralda para passeio, outra paraacrechee outra para a noite", diz Ewald. As escolhas são feitas com base no tempo de durabilidadee paradar maiorconforto aobebêe aospais. Elas acabam,comisso, conhecem bem todas as marcas. (TN)

Japonesas entram na telecomunicação

As orientais KDDIe Sumitomo lançarãoserviçosconjuntos detelefoniafixae de acesso àInternet no Brasil aindanesteano,de acordo com informações da KDDI. Através da KDDI do Brasil, subsidiária localdaKDDI, umadas principaisoperadoras do Japão, será introduzido umserviço decomunicação de dados de alta velocidade e de serviçoIP (Internet Protocol)em2003, visando principalmente cercade 300 empresas japonesasinstaladas noBrasil. Estaserá aprimeira operaçãode comuni-

do País

cações emlargaescalarealizada por uma firma japonesa na América do Sul.

A Sumitomo assumiu uma participação de 42%na KDDI doBrasil, por US$ 692,8 mil antes do lançamento dessesserviços. AKDDI doBrasil planeja aumentar seu faturamento anual em mais de US$ 7,61 milhões em 2003.

No futuro, as empresas poderão oferecer serviços conjuntos de telecomunicações em outrospaíses daAmérica do Sul. ASumitomocooperarácomasubsidiária em operações de vendas. (AE)

IBM prevê queda de lucro e receita no primeiro trimestre

A gigante norte-americana IBMabalouo ânimodosinvestidoresontem, ao alertar que vaiteruma quedaexpressiva nareceita eno lucro do primeiro trimestre.O maudesempenho se deve à redução dos investimentos em tecnologia por partedos clientes corporativos.

A IBM espera agora receita deUS$ 18,4a 18,6 bilhões, comparado comfaturamento de US$ 21 bilhões no mesmoperíodode2001.O último alerta sobre lucros foi feito pela empresa há mais de 10 anos atrás. (Reuters)

Tsuli Narimatsu
Uma das unidades produtivas da Mabesa, dona de 10 marcas, fica em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
Ewald, diretor da Mabesa, acredita em recuperação de preços das fraldas
Clóvis Ferreira/Digna Imagem

Empresários devem evitar

limitar o uso do marketing à promoção de produtos

José Carmo Vieira de Oliveira

D urante muito tempo o marketing confundiuse com aatividade dos vendedores, a distribuição física dos produtos e a sua promoção. A estas funções juntava-se, a publicidade cujo papel era apoiar o trabalho dos vendedores. Mas as empresas perceberam que não bastava procurar escoar umamercadoria já vendida a um certo preço fixo. Hoje é necessárioobservar os clientes, seus hábitos e fidelizá-lo. Veja o que evitar e o que fazer para ter um marketing eficaz.

Evitar a miopiade marketing – Em 1960, Theodore Levitt, professor de Harvard, escreveuoartigo quesetornou um clássicoda literatura de gestão, no qual sublinhou os perigos do marketing de vistas curtas.Estamiopia consiste na atitudede concentração nos produtos da empresa, sem atender aos mercados e à concorrência. Levittilustrou esta posturacom o exemplo das companhias de trem norteamericanas, bastantepoderosas no início deste século, mas que hoje agonizam no segmento de transportesde passageiros. Elasnão compreenderam que a grande ameaça estava nodesenvolvimento das auto-estradase dostransportes aéreos, e não no apuro técnicodos comboios. Faltou aos empresários olhar além da mercadoria, um erro comum a muitas companhias.

caução de realizarestudos sobre o novo mercado. As dificuldades da Eurodisney (hoje Disneyland Paris) devem-se à importação de um conceito de parque de diversões americano para um mercadocom característicasdiferentes (os europeus gastam menos dinheiro, procuram hotéis de categoria inferior e as estadas são curtas). Manter oespírito crítico, de síntesee deantecipação –As informações prestadas pelos estudosdemercado são abundantes, apresentamlacunas, ou são contraditórias. É precisofiltraros fatosmais importantes.O marketing é um exercício de síntese. O êxito de uma pesquisa resulta da formulação daperguntae do método empregado. O mesmo é válido para o marketing. Aexploração dosdadosdeve ser precedida de uma análise crítica do método de busca de informação.

Franquias transformam franqueados em consultores

Franqueados estão prestandoserviço deconsultoria paraasredes defranquia.Os setoresatendidos variam de acordo com a experiência do empreendedor. Informática, marketinge vendassãoas áreas que têm mais procura.

A rede Bit Company, de São Paulo, tem três franqueados consultores. O programa começou há quatro anos e ganhou força no ano passado. A franqueada AlessandraBuchi, de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, foi a primeira consultora da rede.

A empresáriadesenvolveu um produto para a área de televendasda franquiadaBit, da qual era proprietária. A experiência deu certo e Alessandra foi chamada para supervisionar e treinar o pessoal de outras lojas da rede.

Empresas perceberam que não bastava escoar os produtos. Os clientes precisam ser observados

Estarsempre próximodos clientes – A ciência do marketing apóia-senoestudodos consumidores.Nos últimos 20anos, conseguiram-seprogressosconsideráveis neste domínio, atravésda"scannerização" (leituradoscódigos de barrasnascaixasregistradoras dos grandesespaços de distribuição), dos estudos de audiência nos meios de comunicação, na pesquisa dos hábitos e atitudes dos clientes e distribuidores de produtos.

Todosestes meiosgeram informaçõesdegrande utilidade. Os estudos de mercado auxiliam asdecisõesde marketing, mas não dizem o que deveser feito.Devemosrecusar duas posições extremas: nãoestudaro mercadoeconfiarapenasna nossaintuição ou experiência. É preciso ir ao encontro dos consumidores, distribuidores, ouseja, estar próximo do mercado, intelectualmente e fisicamente.

Basear as decisões em fatos ocorridosenão apenasem opiniões – Os iniciadosdo marketing tendem a basear a sua opinião nos estudos e pesquisas de mercado.

Os mais experientes preferem selecionar os fatos que reforçam as suas anteriores convicções. As decisões devem ser baseadasem fatos, não em opiniões. A lógica pode ser ultrapassada pelos fatos de marketing.Mas éperigosoextrapolar acausa deumêxito de umproduto paraum novo mercado, sem tomar a pre-

Vigiar a concorrência – A maioriados mercados caminha para a saturação e as empresas batem-se porfatias cadavez menores de mercado. Com isso, o marketing de fidelização torna-se mais importante doqueo marketing de conquista. Desdeo início do ciclo de vida de um produto, é fundamental impedir que os clientes partam para a concorrência embusca do melhor preço, qualidade do produtoe doserviço, ou seduzidos pela imagem de marca. Deve se apostar na vigilância constante da concorrência,posicionando corretamente as marcas.

Ousar com riscos calculados – Astécnicas demarketing, por mais sofisticadas que sejam, não conseguem suprimirtodasas incertezas. O marketing é feito de inovações e, portanto, de riscos.

Segmentar um mercado é decidirespecializar-se junto de uma categoria específica de consumidores.

Posicionar uma marca é definir um território.Comunicar é destacar certostraços distintivos de uma marca,de produto ou de serviço. Ser constante – As empresas cometem umerro gigantescoquando fazemalterações permanentes às políticasdeproduto, depreço,de distribuição e de comunicação. Corre-seo riscode perturbar os distribuidores e consumidores. Osgrandes êxitos de marketing baseiam-se neste princípio. Mas a constância não significa imobilidade. Épreciso saber adaptar-seàsmutações do mercado, ou mesmo antecipá-las, preservandoao mesmo tempo a personalidade dasmarcas. OClub Med, cuja imagemnos anos70 era fortemente conotada com a liberdadesexual, soubeevoluirtornando-seum clube para a família e os amantes do esporte.

José Carmo Vieira de Oliveira é consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), de São Paulo.

Hoje, Alessandra divide o tempo entre visitas às lojas do interior do Estadoe o geren-

ciamento do seu negócio. "É preciso ter uma agenda organizada para administraras duas funções", afirma. Segundoa empresária há duasvantagens no cargo de franqueado-consultor. Primeiro: por ser dona de uma franquia, aempresária consegue identificar melhor os problemas das lojas e resolvêlos comfacilidade."Vivo o dia-a-dia da franquia. Em geral,tenho asmesmasdificul-

Rede de cosmético tem consultoria de marketing

Os donos da empresa Empório Bothânico, de cosméticos, tambémintroduziram a figura dofranqueado que presta consultoria ao outros empreendedores da rede. Comduas lojaspróprias,o empresário AndréJannini cuida domarketing, das estratégia de vendas, da contrataçãodepessoaleainda supervisiona lojas franqueadas. A experiência de mercado do empreendedor oqualificou para as funções que exerce hoje. "Faloaosfranqueados commais propriedade do que aquele que é apenas um consultor. Tenhoum olhar críticoparatodas àslojas",

afirma André Jannini. Para não ter o trabalho junto a lojaprópria prejudicado pela função de consultor, Jannini selecionou com rigor a equipe. "Investi nos funcionáriosparapoder exercer as duas funções "afirma. Despesas – Para montar uma loja daEmpório Bothânico, o empreendedor precisa de investir entre R$ 12 mil e R$70 mil.Ataxa defranquia varia entre R$ 6 mil a R$ 17,5 mil. Aroyalties cobradaé de 5% sobre o faturamento bruto.A taxa de publicidadeé 2%. O faturamento médio mensal dasfranquias écerca de R$ 15 mil. (CM)

cursos e seminários

Hoje

Aumentandoas vendascom criatividade– Aoficina édirigida acomerciantes, micro e pequenos empresários.Duração: três horas, das 9h00 às 12h00. Local: Sebrae São Paulo, avenida Pires do Rio, 259, São Miguel Paulista. O curso tem início hoje. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local ou pelo telefone 0800-780202.

Montagem de vitrines – O curso é dirigido a comerciantes que dependem das vitrines paravenderseus produtos. Duração: 16 horas, das 9h00 às 18h00. Local: Sebrae São Paulo, rua Barra Funda, 836, 2º andar, Barra Funda. Preço: R$ 20. O curso teve início no sábado (6) e termina nosábado(13).As inscriçõespodemserfeitasatéa datadehojepelo telefone 0800-780202.

Planode negócios –Aoficina édirecionadaamicro epequenosempresáriosque queremaprendera elaborarplanosdenegócios paraa companhias.Duração:duas horas,das14h00às 16h00.Local:Sebrae São Paulo, rua Barra Funda, 836, 2º andar, Barra Funda. O curso acontecena quinta-feira(11), asinscrições sãogratuitas edevem serfeitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

A administração dosgastosdaempresa – Ocursoé direcionadoa microepequenosempresários quequerem aprender acontrolaros gastos da empresa. Duração: 20 horas, das 18h00 às 22h00. Local: Fiesp (Federação das Indústrias doEstado de São Paulo), avenida Paulista,1.313, Cerqueira Cesar. Ocurso tem iníciona segundafeira (15) e termina na sexta-feira (19). As inscrições podem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3549-4477 e 3549-4688.

Constituiçãoeadministraçãodecooperativas – O curso é direcionadoa microe pequenosempresáriosque queremconstruir eadministrar adequadamente cooperativas. Duração: nove horas, das 19h00 às22h00. Osemináriotem iníciona segunda-feira(15)e terminana quinta-feira(18).Preço: R$50.Local:Sindcont (SindicatodosContabilistas de São Paulo), praça Ramos de Azevedo, 202, Centro. As inscrições podem ser feitas a partir de hoje pelos telefones (11) 3224-5124 e 3224 5125.

dades dos outros franqueados", diz Alessandra.

Segunda: a remuneração dos franqueadosconsultores da Bit Company é feita por meio de abatimento nos royalties queos empreendedores têmdepagar àfranquia."Hámesesqueeu não pago royalties. O abatimento é de 100%", diz Alessandra. No Rio deJaneiro, como a marca está presente há pouco tempo, com apenas quatro

lojas, ainda não há um franqueado-consultor. Segundo a diretorade marketing e operações da Bit, Cristina Franco, aescolha vaiser feita em breve e deve levar em contaa habilidadedo franqueado para conciliaropróprio negócio com o serviço. A Bit Company foi criada em 1995. Hoje, há cerca de 150 unidades em todo País. Quantocusta – O investimento inicial para a abertura deumaloja daBitCompany varia de R$ 48 mil a R$ 100 mil. A taxa de franquia está inclusa no valor do investimento. As royalties são 12% do faturamento.Os gastos com publicidade custam, paraofranqueado, 1%dofaturamentodaloja.Em média, os empreendedores darede Bit faturam entre R$20 mil e R$ 50 mil mensais.

Cláudia Marques

Sapataria do Futuro tem orientador de projeto

Na rede Sapataria do Futuro, queconcerta roupase sapatos, a funçãodo franqueado-consultoré orientar, desenvolverprojetos esupervisionar as lojas da rede. Segundo o gerente de franquias da Sapataria do Futuro, Fernando Guimarães, uma daspreocupações daempresa é não gerar mal-estar entre os franqueados. "Alguns empresários podemficar ofendidos aoser supervisionado. Porisso, aescolha doprofissional leva emconta a facilidade dele paralidar com ou-

tras pessoas", diz Guimarães. NoRio de Janeiro, aempreendedora IsabelMello exerce a funçãode orientar e supervisionar os oitofranqueados da rede. "O trabalho extra não prejudicaa gestão do meu negócio", afirma. SegundoIsabel, asupervisão das lojas tem o objetivo de mantero controle de qualidade das unidades. O trabalho da empresária é remunerado como pagamento de taxa de royalties inferior à pagapelos demais franqueados. (CM)

Fazenda muda cobrança de ICMS do telemarketing

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo começa a fechar ocerco às empresas quese utilizam de firmas de telemarketing para pagar menos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na venda de produtos. A Coordenação de Administração Tributária (CAT) publicou recentemente uma decisão normativa obrigando ainclusão dos valores dos serviços detelemarketing na basede cálculo doICMS enopreço finaldo produto vendido.

ACoordenação deArrecadação Tributária descobriu quevárias empresas anunciam a venda de um produto por um determinado preço e,

INSS orienta segurado sobre aposentadoria

O segurado que completar 65anosde idade,sehomem, ou 60 anos, se mulher, poderá entrarcomo pedidodeaposentadoria por idade, desde quecomprove operíodomínimo de contribuição à Previdência Social. O trabalhador rural tem a idade mínima reduzida em cinco anos. Portanto, o benefício será concedido a partir dos 60 anos, para ohomem,e55 anos,paraa mulher, desde que comprove o efetivo exercício da atividade nocampopor dez anose seis meses, mesmo que seja de forma descontínua.

O período mínimo de contribuição vai depender da época da inscrição do segurado noInstituto Nacional do SeguroSocial(INSS). Seafiliação foi feita até24 de julho de 1991,véspera dapromulgação da Lei n.º 8.213, que regulamenta a concessão do benefício, o período mínimo de contribuição a ser comprovado este ano será de 126 meses.Esse tempo mínimode contribuição sobeseis meses a cada ano, até completar 180 meses, em2011. Se a inscriçãofoi feitaa partirde 25de julho de1991, otempo de contribuição será de 180 meses (15 anos).

Direito – Se perder a qualidade de segurado, para ter direito aobenefício, otrabalhador terá decontribuir por pelo menos mais 60meses, que, somadosaos anteriores, terãode totalizar180contribuições.

O benefícioinicial corresponde a 70% do salário de benefício, mais 1% deste por anoamaisde contribuição, até atingir 100%.Para quem se inscreveu até 28 de novembrode 1999,o benefícioserá equivalente àmédiade80% dos salários de contribuição (base do recolhimento),os maiores, registrados em nome do segurado a partir de julho de 1994.

Os inscritos a partir de 29 denovembro de1999 poderão optar ounão pela aplicação dofatorprevidenciário, que leva em conta idade, tempode contribuição,alíquota de recolhimento e expectativa de vida do segurado. (AE)

ao fazer a entrega ao consumidor, cobram metade do valordivulgado comosendo pela vendae aoutra metade, como serviços prestados pela empresa de telemarketing. Notas – Para fugir ao pagamento do ICMS sobre o preço total,as empresasemitem duas notas fiscais separadas, uma pela vendaeoutrapela prestaçãode serviços.Um exemplo:na venda deum CD, o preço anunciado era de R$ 40,00.Na horade receber a mercadoria, no entanto, o consumidor pagava R$ 20,00 e orestante era pagoa título de taxa de entrega e serviços prestados por uma empresa de telemarketing parceira da loja de CD’s.

Com aprática, aempresa donado CD recolhe os 18% cobrados emICMS somente sobreos R$20,00 pagospelo produto. A decisão normativadaCAT tornaestaoperação ilegal. Agora, as empresas terão que incluiro custo dos serviçosde telemarketingno preço final do produtoe na basede cálculo do tributo. Tantoo preço doproduto quanto a taxa de entrega e outros serviços prestados pelo telemarketing terãotodos os valores discriminados numa única nota fiscal.

Nenhuma– Na verdade nãotem nenhumaprestação de serviço. Desdobraro preço anunciado emduas notas fiscaisé purasimulaçãopara

sonegar o imposto",afirma o diretor-adjunto da AdministraçãoTributária, OtávioFineis. A Secretaria da Fazenda já abriufiscalização emdez empresas e serão autuadas aquelas que praticarem preços diferentes do anunciado. A multa corresponderá a 100%da diferençaconstatada entre preço anunciado e preço cobrado. Voltando ao exemplo do CD, quefoi divulgadoao custo deR$ 40e, nanota de venda, saiu por R$ 20,00, a multa será 100% sobre os R$ 20,00 restantes, cobrados como prestação de serviço em nota separada a do produto.

Anderáos

Decisão começa a gerar polêmica entre as empresas do segmento

A Secretaria da Fazenda não tem estimativas de quanto deixou de arrecadar em ICMS em decorrência de prática lesivadosetorde telemarketing.Tambémnão se sabe quanto os cofres estaduais faturarão com a nova sistemática de cobrança. O certo é que a decisão normativa é polêmicacomo boa parte das mudanças no curso das regras de pagamentos de impostos no País.Há quem considerea decisãodaCAT ilegal,comoo tributarista CândidoCampos,do escritório deadvocaciaOliveira Neves e Associados.

Inconstitucional – Para Campos,a medidaéinconstitucional e deve ser contestada. "As empresasde telemarketingoferecemserviços de promoção devendasejáre-

colhem ISS peloseu ramo de atividade. Se passarem a recolher ICMS, estarão sendobitributadas", disse. Oconsultortributário da Fazenda, Osvaldo Bispo, afirmou, aocontráriodo advogado, que empresários do setor de telemarketing não precisam se preocupar com a cobrança doICMS. Oimposto recairá apenas sobre a empresa dona do produto, ao emitir a nota fiscal de venda. Portanto, as firmas de telemarketing que atuam sem conchavos com as donas de produtos nãoserão afetadas, continuando a pagar normalmenteapenas oISS aque estão sujeitaspela lei.Classificado como prestação de serviço, o setor de telemarketing está enquadrado nalista de serviços sujeitos ao ISS. A alí-

quotado ISSatualmente,em São Paulo, é de 5%.

Apóia– O Sindicato Paulista deEmpresas deTelemarketing, Marketing Direto e Conexos(Sintelmark), apóia a Secretaria. O presidente Oscar Teixeira Soares esclarece que as verdadeiras prestadoras de serviço do segmento acertam o preço do trabalho executado diretamente com a contratante, sem cobrar nada do cliente. Soares disse que já esteve na Fazenda prestandoesclarecimentossobre oassuntocom os técnicos tributáriose está certo de quea medida ajudará a eliminardo mercado as empresas que desvirtuamas atividades cabíveis ao telemarketing (veja quadro com exemplosde atividades do segmento). (CA)

Catarina

Caixa deve responder por ações sobre empréstimos concedidos com FGTS

ACaixaEconômica Federal(CEF)é quemresponde aosprocessos discutindo os empréstimosdestinados à construção habitacional prov enientes derecursosdo

Fundo de Garantia por Tempode Serviço(FGTS). Adecisão éda Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça. Segundo os ministros, apesar dos recursosdo FGTSpartirem da União, é a CEF que recebeos valoreseconcedeos empréstimos e,porisso,éa legitimada pararesponder as açõesque discutemoscontratos firmados.

A Edificadora Paranaense

Ltda, com sedeem Curitiba, entrou com uma ação contra a Caixa Econômica Federal discutindo o empréstimo firmado com a empresa pública. A construtora contratou com aCEF, dentrodo Plano Empresário Popular, um empréstimode Cr$ 633.439.80,00paraa construçãodo edifícioBelvedere, em Foz do Iguaçu.

Parcelas – Segundo a Paranaense,aCEFpagouas primeiras parcelascomoacordado,mas,a partirdasétima prestação, aCEFcomeçoua atrasarosrepasses ouadividi-os em subparcelas de 50%, pagos, geralmente, na data prevista, e 50% repassados com atraso. Isso teria prejudicado oandamento das obras e a empresa.

A construtora também destacou que,por causados

atrasosda Caixa Econômica teria sido obrigadaabuscar outros empréstimos, além de tersofridoadesistência de compradores do edifício e o descrédito do público. A CEF disse que a União é que deveria responder a discussão.

Rejeitou – A decisão de primeiro grau foiconfirmada pelo Tribunal Regional Federal da4ª Região.Com isso,a Caixa Econômica recorreu ao STJ. No recurso, a empresa públicareiterou anecessidadede ser substituída pela União, que seriaa responsável pela regulamentação do Sistema Financeiroda Habitação e o FGTS. Segundo a Caixa Econômica, elaseria “meraagente operadora”, nãotendo qualquer liberdade para escolher as empresas contratantes, funcionando apenas como “um caixaoficial” doConselhopresididopelo ministro doTrabalho,“que équem aprova e autoriza a assinatura do contrato”.

Recurso – O ministro Aldir Passarinho Junior rejeitou o recurso confirmando as decisões quemantiveram a CEF no processo e negaram a inclusão da União. “A verdade é que não há como ser firmada alegitimidade passiva ou mesmo o litisconsórcio (inclusão da União no processo), emface dafonte dosrecursos (ofato dos valores partirem da União)”, destacou o relator. (STJ)

Corredor de ônibus em Pirituba irá beneficiar 120 mil pessoas por dia

O bairro dePirituba, zona Oeste, terá um novo corredor de ônibus. Asobras devem começaraté omêsde maioe terminar emoito meses.Os custos das obras devem atingir a soma de R$ 60 milhões. Ospontos principais das obras deconstrução docorredor foram apresentados, na semana passada, pelo secretário municipal de Transportes, CarlosZarattini, durante palestrana DistritalPirituba da Associação Comercial de São Paulo. O evento foi coordenado pelodiretor-superintendente dacasa, Bortolo Calovini.Também participaram da reunião o diretorsuperintendente daDistrital Lapa, Moacir Roberto Boscolo e daDistrital Butantã, José Carlos Pomarico.

Segundo Zarattini, as obras serãodivididas emduaspartes.Aprimeirateráum terminalna rua Arcangelica,

Receita Federal fecha cerco aos profissionais liberais

A Receita Federal começou uma operação especial de fiscalização sobre profissionais liberais. Segundo informou o coordenador de Fiscalização da Receita Federal, Paulo Ricardo de Souza Cardoso, cerca de 6 mil profissionais liberais queapresentaram maior discrepânciaentre a renda declarada comopessoa física e a movimentação bancária

medida pelo recolhimento da CPMF começaram a ser notificados desde o último dia 2. Inconsistências – Do total de 1,3 milhão de profissionais liberais do País, a Receita examinou 1,1 milhão e selecionou 15 mil do "topo da lista de inconsistências".Essas pessoas movimentaram nos bancos, em média, 20 vezes o valor de suarenda declarada

ao Fisco na declaração de IR. Em geral, um contribuinte em situação regularmovimenta entre três e cinco vezes a sua renda declarada. Além disso, eles abateram mais de 85% do valor da renda declarada comogastosdelivrocaixa da empresa Exemplo – Um dentista, porexemplo, podeabaterdo IR o material que compra pa-

ra exercersua profissão. Em média, um dentista abate entre15% e20%desuarenda comolivro-caixa. Desses 15 mil, a Receita selecionou os 6 mil piores casos para iniciar a fiscalização. Essas pessoas serão chamadas, poderão ter seusdados bancáriosabertos eestão sujeitas amultasque variamde75% a225%doIR devido. (AE)

IR: óculos entram na lista de dedução

A 14.ª Vara Cível Federal de São Paulomandoua União autorizar a dedução na declaração do Imposto de Renda das pessoasfísicas,anobase 2001, as despesas com aquisição de lentes corretivas (óculos, inclusive armação e lentes de contato),aparelhos de audiçãoe medicamentos,do próprio contribuintee de seus dependentes. O uso deve ser comprovado mediante receitamédicae nota fiscal em nome do beneficiário.

A decisão é da juíza, Luciana de Souza Sanchez, na ação movida pelo Ministério PúblicoFederal. Aliminartem eficáciaem todo o território nacional. Em sua decisão, LucianaSanchez diz que "tem sidocorriqueira aimposição de restrições tal como a vedação da dedução dos gastos ora empauta, amesquinhandoo direito à saúde assegurado

Prazo – A juíza federal determinou um prazo de 24 horas, depois de notificada, paraque aReceita Federalfaça ampladivulgação dadecisão mediante todos os meios de comunicação disponíveis, comunicando suasSuperintendências Regionais, a mídia falada eescritae informando os contribuintes via Internet, na páginaoficial do órgão. Em caso de descumprimento da ordem, fixou multa diária R$ 10 mil, valorser destinado ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

dos ouvidospelos Diário do Comércio, quanto ao melhor procedimento a ser adotado pelos contribuintes queainda não prestaram as contas com o Fisco.

Juíza dá prazo de 24 horas para que Receita Federal divulgue a decisão, usando todos os meios disponíveis.

A vinte um dias para encerraro prazodeentrega dadeclaraçãodo ImpostodeRenda dePessoa Física,a decisão dividea opiniãodeadvoga-

Decisão – Na opinião do tributarista Francisco Antônio Feijó, como se trata de uma decisão de primeira instância, érecomendável aguardaro desfecho da decisão em instância superior antes de incluir esses gastos na declaração desse ano. "Éumadecisão importante e justa, mas a Receita Federaldeverá recorrer dentro de nomáximo dez dias", diz. Para Feijó, é um risco fazer o abatimento pois casoseja cassada aliminar, o contribuinte deverá retificar a declaração.

Já otributarista Sidne y Stahl, do escritório Stahl Advogados, acha que o contribuinte que optar peladeclaração completa deve aproveitar a liminar para incluir esses gastos e obter uma dedução nabase decálculo doImpostode Renda."Se háamparo judicial, valea penaaproveitara oportunidade,mesmo sendouma decisãodeprimeira instância", diz. Caso a liminar seja cassada,o advogado não vê problema algum na apresentação de uma declaração retificadora. Segundo aassessoria de Imprensa da Receita Federal, em São Paulo,o órgão ainda não foi notificado pelo poder judiciário, e que quando isso ocorrer vairecorrerda decisãoatravés da Procuradoria da Fazenda Nacional.

Sílvia Pimentel

o CIDADES & ENTIDADES o

próxima à estação Pirituba da CPTM e da avenida Raimundo Pereira de Magalhães. O corredorseguirá pelasruas PauloFerreira, EdgarFacó, Comendador Ermano Marchetti, Ponte do Piqueri e MarquêsdeSãoVicente até chegar à avenida São João. Na outra ponta da obra, no trecho que sairá da região da Lapa, o corredorirá atravessar asruas Clélia, Francisco Matarazzo e prosseguir tambématé aavenida SãoJoão. "A estimativa é de que o novo corredor beneficie 120 mil passageiros de ônibus todos osdias", disse PauloEleutério, chefe degabinete da Regional Pirituba.

Segundo JoséCarlosPomarico,da DistritalButantã, a construção docorredor foi recebida com entusiamo pela população.

Dora Carvalho

Associação debate as expectativas do agronegócio

Não faltatecnologia, não falta terra, não faltam variedades de produtos capazes de competir no mercadointernacional. A ordemé estimular a cultura exportada nacional.As expectativasparao agronegócio brasileiro em 2002 foram o tema discutido, ontem,na reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).O evento tevea participaçãodo presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Joãode AlmeidaSampaio Filho edo presidente da Associação Comercialde São Paulo, Alencar Burti.

Conforme dadosapresentados por Sampaio Filho, hoje oProdutoInternoBruto (PIB) da agropecuária brasileiraé de US$ 99,26 bilhões. Entreos produtoscommais fôlego para competir no mercado internacional, estão itenscomoa soja,milho,laranja, açúcar e álcool.

"A taxa deprodutividade da soja produzida no Mato Grosso é uma das mais altas do mundo, estimadaem 4,2 milquiloporhectare por ano, média mais alta que nos Estados Unidos, onde a taxa de 3,6milquilos namesma proporção",afirmou Sampaio Filho.

Conforme o presidente da

SRB, obom desempenhoda soja nacional está relacionado à alta luminosidade, topografia, desenvolvimento tecnológico e tipos de sementes utilizadas. "Faltaagilidade para resolver determinadas questões. Se a China questiona oPaís sobre acompra de soja transgênica, levamos meses discutindo oassunto, enquanto osEstados Unidos entregam estudoscompletos garantindo o uso saudável do alimento transgênico ao governo chinês", disse Sampaio Filho. A safra de 2002 terá 100

milhões de grãos produzidos no País. O crescimento dasoja brasileira vem chamando a atenção dos concorrentes internacionais."Existe umaONG canadensedisposta apagar US$ 165 por hectare de soja não plantado no Brasil. A tentativaé dereduzirentre 15%e20%anossa produção", disse Sampaio Filho. As previsões paraa laranja tambémsão otimistas."Hoje conseguimos US$ 4 pela caixa de laranja, cifraque já foi de US$ 0,5", disse o presiden-

te da Sociedade Rural. A carnebovinatambém cresceu no comércio exterior, aproveitando as brechas do mal da vacalouca na Europa. De acordo com Sampaio Filho, asexportações de suínos cresceram 200% no ano passado. Para o presidente da Associação Comercial, Alencar Burti,a agriculturasempre foi a principal base da economia nacional. "É o salvador da pátria", afirmou.

pela Constituição Federal".
Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Sampaio Filho, ainda falta agilidade para resolver algumas questões
Isabela Barros
Zarattini (à direita) detalhou o projeto do corredor na Distrital Pirituba

Na Argentina, crise de abastecimento aumenta e já faltam até fósforos

O desabastecimento de produtos de primeira necessidadecresce naArgentina.

Desdea desvalorização do peso, em janeiro, alguns produtos importadossumiram pelo temor dos comerciantes denãopoder reporamercadoria.Mas nosúltimosdias também desapareceram produtos de fabricação local, co-

moartigosdelimpeza, biscoitos e até fósforos. Ontemfoimais umdiade protestos.Dezenas de pessoas invadiramo hotelonde seencontram ostécnicosda missãodo FMI,próximoao centrode Buenos Aires, gritandopalavras deordemcomo "Fora, FMI". Não houve maiores incidentes. 4

Eleitores desaprovam o nível das campanhas

Pesquisa encomendada pelo PT mostrou que o eleitor nãoaprovao atual níveldas campanhas eleitorais, marcadas porguerras dedossiês e trocas de acusações. Por is-

Até 2004, o setor elétrico deve receber R$ 43,4 bi

O setor elétrico deverá receber investimentos da ordem deR$ 43,4bilhões entre 2001 e2004, afirmouontem o ministro-chefe da Casa Civil, PedroParente. Dessetotal,R$34milhões viriam da iniciativa privada. Segundo o ministro,os investimentos acrescentariam 20.040megawatts (MW) à capacidade de geração do País.

Parente dissetambém que o governo pretende realizar leilões para vender energia de geradoras públicas. Ainda de acordo com oministro,até 2004 devem ser concluídas as obras de 38 termelétricas e de 24 hidrelétricas. 12

so, o PTdecidiu adotarum tom moderado para apresentar o programa de governo. O partido evitará críticas aos concorrentese vai falar só das suas propostas. 3

Iraque suspende exportação de petróleo e afeta as bolsas

A decisão do presidente do Iraque,Saddam Hussein,de suspender asexportações de petróleo porum mês ou até queterminea ofensivadas tropas israelenses na Palestina, bemcomo aevolução do conflitono Oriente Médio, provocarama quedageneralizada das bolsas devalores em todo o mundo. A queda só nãofoi mais significativa porque osecretário-geral da Organização dos Países Exportadoresde Petróleo,Ali Rodriguez, afirmou que a Opepnão seguirá a decisão de Hussein.A Bovespa fechou em queda de 0,87%.

Em Londres, os contratos de petróleo tipoBrent para

maio fecharam com obarril cotadoaUS$ 27,00eemNovaYork,a US$26,54.Aalta do petróleo causou o aumento da projeção de inflação para o ano, na pesquisa feita semanalmente peloBC,passando de 5,04% para 5,26%.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti,afirmou ontem que as perspectivas de agravamento do conflito no Oriente Médio devem servir como uma reflexão por parte do governo com relação às alternativasenergéticas parao País.Eleentendequeé melhor pensar desde já em planosestratégicos e defendeu um novo Proálcool, que vê como umasaída tantopara a indústria de veículos, como para arecolocação do homem no campo, passando pela questão ambiental.

Fazenda estadual fecha cerco ao telemarketing

A Secretaria estadual da Fazenda está fechando o cerco às empresasde telemarketing, de olhonaquelas que se utilizam dealgunsartifícios para recolher menos Imposto sobre Circulação de Mercadoriase Serviços(ICMS).

A Coordenadoria deAdministraçãoTributária descoa briuquevárias empresas anunciamum determinado produtopor umpreço,mas cobramoutro. Oórgão baixou instrução normativa obrigando asempresasa incluir os valores dos serviços de telemarketing na base de cálculo do ICMS e no preço final da mercadoria. 14

Com liminar, óculos poderão ser deduzidos do Imposto de Renda 15 Alckmin critica boicote do PFL à CPMF e defende o presidente 3 BC vai dar liquidez aos bancos no início da implantação do SPB 6

Mabesa cresce com novidades em fraldas

Afabricante defraldasMabesa cresceu 30% em 2001 com o maior consumo pelas classes média e baixa. As marcas Cremer, Plim Plim e Puppetforam responsáveis

pela expansão. A empresa, porém, estálançando produtosde maior valor agregado, comoa fralda-calcinha, para quem está aprendendo a fazer xixi no banheiro. 11

Primeira prévia do IGP-M de abril tem alta de 0,06%

A inflação dosúltimos dez dias demarço, medida pelo IGP-M e referente à primeira préviade abril,subiu0,06%. Oresultadoficou abaixo do esperado.O ÍndicedePreços por Atacado, demaior peso, teve deflação de 0,07%. O ÍndicedePreços ao Consumidor (IPC) subiu 0,30%.

O conflito – Depois de anunciar a "retirada simbólica", ontem, de duas cidades palestinasna Cisjordânia, tropasisraelenses invadiram

Acordos podem fortalecer comércio com a Polônia

O comércio entre Brasil e Polônia – quechegou a atingir US$ 800 milhões nos anos 80 e hoje não passa da metade desse valor – pode ter novo impulso. Amanhã, osdois países devem assinar acordo que permite aoBrasil exportarcarne eprodutosagrícolas àPolônia. Alémdisso, segundo o presidente polonês, AleksanderKwasniewski, o paísestá negociandoa compra deaviõesda Embraer. A Polônia éo terceiro maior comprador daempresa brasileira na Europa. 5

acidadedeRafah,aosul da Faixa deGaza. Oanúncio da retirada foi feito horas depois de o secretário de Estado dos EUA,ColinPowell, terexigido umadeclaraçãodeIsrael deque já estásaindo dos territórios palestinos. Colin Powell fez essa declaração em Marrocos. Páginas 4 e 7

Falta agilidade ao Brasil na área de agronegócio

A expectativa para o desenvolvimento doagronegócio brasileiro foi o tema da reuniãoplenáriada Associação Comercial de São Paulo. João de Almeida Sampaio Filho, presidenteda SociedadeRuralBrasileira (SRB),afirmou na ocasiãoque oBrasiltem tudo para competir no mercadointernacional,mas que faltaagilidadepara resolver determinadas questões. Entre os produtoscom maisfôlego para competir no Exterior, avaliaele,estãoa soja,mi lho, laranja e açúcar. 15

Divisão da Suvinil vai

tirar dúvidas de clientes

A Suvinil, empresa da Basf, vai tentar tornar mais fácil a vida de quem precisa pintar a casa e não entende de tintas. A empresa dividiu seus produtos emlinhas paraambientes internose paraparedesexternas. Oredirecionamento deve garantir um crescimento entre4% e5% neste ano,contra os3,5%doano passado. A empresa treinou ospontos-de-venda ecomeçaa distribuirosprodutos dentrodanova classificação a partir de maio. 10

Os príncipes Andrew (esquerda) e Charles (direita), em vigília diante do caixão da Rainha Mãe, na catedral de Westminster, Londres. O funeral será realizado hoje e o corpo será enterrado na Capela St. Georges, em Windsor.
Marta Messa, gerente de produtos, apresentou a divisão na última semana
Clóvis
Ferreira/Digna

Comércio tem leve retomada em abril

A entrada da meia-estação, as promoções e o término de boa parte das dívidas de Natal estimularam as vendas no mês

As temperaturas mais amenas neste início de outono e o fimdasdívidas contraídas nasfestas deNatal levarama uma leve recuperação das v endas no comércio na primeira semanade abril.As promoções, como jáhavia noticiadoo Diário do Comérci o , também estão contribuindo para a retomada.

A Zelo, que distribui roupa decama,mesaebanho, não tem doque sequeixar. "Foio melhorfinalde semanade vendasdos últimos 45dias", diz o diretor Financeiro da empresa, Mauro Razuk.

A rede de lojas estava realizando uma promoção forte comum edredonlighta

R$20,70.Resultado: asvendas crescerem25%, emrelação aofinal desemana anterior."O movimentosuperou até nossas expectativas".

E x pa n s ã o –O Shopping Butantã também está comemorando. As vendas aumentaram10% frentea igualintervalo de março, e 1,5%, ante ao mesmo período de abril de 2001. "No ano,foi o final de semana de pagamento mais forte", diz o superintendente Luís Ivã de Brito.

O fim do endividamento do paulistano tem contribuídoparamelhorar o quadro. "O consumidor quecomprouem trêsvezes, por exemplo, jáacabou de pagar seus compromissos de Natal; além disso, liquidou obrigações como o pagamento do IPVA e os gastos com material escolar", diz Brito. Outro fator positivo foi a queda das temperaturas, já indicandoo início do outo-

Shopping da Capital faturou 10% a mais na primeira semana de abril, em relação a março

Atividade industrial cresce pouco em fevereiro, apura CNI

A atividade industrial teve ligeiro crescimentoem fevereiro,de acordo comdados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação comjaneiro, as vendas reais da indústria, descontadas influências sazonais, aumentaram 0,13%. Em janeiro, a alta haviasidode 2,54%emrelação ao mês anterior. No acumulado do ano, a elevação dasvendas foide 0,94%. Em relação a fevereiro de 2001,noentanto, houve

leve redução de 0,08%. O usoda capacidadetambém levemente: de 80,1% em janeiro, para 80,2% em fevereiro. O indicador foi o mais alto desde junho de 2001, mas ainda está abaixodo nível de utilizaçãode capacidadeinstaladaapurado em fevereiro de 2001, que foi de 81,9%. Em preg o – O número de pessoal empregado,no entanto, recuou 0,02% em fevereiro,antejaneiro. Noano,a quedaé de1,11%e, emrelação ao mesmoperíodo do

ano passado, chega a 1,28%. Já ossalários líquidosreais pagos pela indústria subiram 0,51% no mês passado, quando comparados ajaneiro, mas caíram 1,08%no ano e 0,98% frente ao mês de fevereiro de 2001. Ashoras trabalhadasna produção tiveram as maiores quedas do mês. Na comparação comjaneiro,o recuofoi de 1,78% e, ante o mesmo períodode2001, de0,55%.No ano, entretanto, houve aumento de 0,04%. (AE)

Protecionismo agrícola causa perda anual de US$ 5 bi ao País

O professor Marcos Yank, da Universidade de São Paulo (USP), atual pesquisador-visitante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), afirmou ontemque o Brasil deixade ganharmuito por causa daspolítica protecionistas agrícolas dos Estados Unidos e da Europa.

Emboranão disponhade números precisos sobreo assunto, o professor disse que o País perde, por ano, em torno de US$ 5bilhões exatamente por exportar produtos que são afetados por essas salvaguardas internacionais.

"Nós temos, porexemplo, os casos do açúcar, do suco de laranja, da soja, das carnes e de outrosprodutos, quesão produtos afetados por medidasprotecionistas", citou Yank. "Naverdade, oBrasil é

um dos mais atingidos por essas políticas porque se tornou extremamenteeficiente na exportação de commodities agropecuárias, que são muito protegidas nessas políticas". Parao especialista,aúnica maneira doPaís aumentaras exportações é justamente por meio de grandes acordos comerciais. Por isso, defendeu a participação do Brasil tanto nasnegociações juntoàAlca (Associação de Livre Comércio entre asAméricas) como nasreuniões entre aUnião Européia (UE) e o Mercosul. No caso específico da Alca, o pesquisador declarou: "Se o Brasilnãoparticipar, aAlca poderá acontecer sem a sua presença, eventualmente com outro formato. Por isso, temos de negociar".

Segundo Yank, "seo resul-

tado dessas negociações não forfavorável, oBrasilpoderá até dizer que não quer, mas o Paístem necessariamentede negociar".

O professorreconheceu que a nova lei agrícola dos Estados Unidos, que está sendo preparada para opróximo período de cinco anos, deverá ser extremamente protecionista. O pesquisador do BID ressaltou, no entanto, que existea possibilidade, amédio prazo, de a União Européia reformar sua política agrícola européia.

"Há uma sinalizaçãopositiva sobre isso, que já foi dada pela Alemanha", disse ele. "Essa política tem de ser reformada, nãodápara continuar custando o que ela custa para os próprios países europeus". (AE)

no. "Quando a estação demora a tomar forma, o comércio pára", explica. Segundo Brito, o comércio de roupa – que é o centro do varejo nos shoppings – requerde muita definição de s a z on a l i d ad e . "Ninguém gosta de ficar comprando moda de alto verão a vida inteira", diz. Mas vendas firmes mesmo só devem começar com o Dia dasMães."O primeiro semestre de 2002 vai caminhar

Brasil lidera fusões e aquisições na AL, no 1º trimestre

O Brasil foi opaís latinoamericanoque registrou o maior número de fusões e aquisições noprimeirotrimestre desteano.Segundo levantamento feitopela consultoria ThomsonFinancial, os negóciosno Paístotalizaram US$ 6,18 bilhões.

Apesar desse volume ser 10% inferior ao registrado no mesmoperíodo do anopassado, oPaísfoiresponsável porcerca de60%de todosos negóciosna AméricaLatina, quesomaram US$10,66 bilhões no período.

Seis das dez maiores operaçõesna regiãoenvolveram empresas brasileiras. A compra do banco Sudameris pelo Itaú, por US$ 1,44 bilhão, foi até o momento a maior negócio registrado na América Latina em 2002.

Segundo a ThomsonFinancial,porém, ovolumede aquisições na América Latina no primeiro trimestre registrouuma quedade22,49% em relaçãoa 2001.No intervalo, foram fechados150 negócios, quase a metade da registradano mesmo período do ano passado.

Também houve diminuição dosnegócios emoutras regiões do mundo. Na Europa, por exemplo, o recuo foi de 34,08%. Nos Estados Unidos,a quedachegoua 54,45%.

O volume global de fusões e aquisiçõesatingiuUS$ 248 bilhões,uma queda de45% emrelação anterioreopior resultado desde 1995. (AE)

nomesmo compasso dosegundode 2001,comexceção dedezembro, que teve forte movimento no ano passado", pondera Brito. Eletroeletrônico –O consumidor ainda está arredio quando se trata de compra de produtos eletroeletrônicos. Asvendasde LojasCemno começo de abril, por exemplo, permaneceramno mesmoritmode março."Noúltimo sábado, verificamos alguma recuperação", diz o supervisor Odacir Packer. Packerentende, noentanto,queé precisomaisalguns

dias para ter números confiáveis. "A expectativaé de que as vendas fiquem mais forte na segunda semana do mês".

Segundo Packer, as vendas de eletroeletrônicos devem crescer no ano no mesmo ritmo da expansão do Produto Interno Bruto –previsões de especialistas indicam que o PIB deveterexpansãoentre 1% a 2% neste ano. "O movimentodeverá evoluirlentamente, já que 2002é um ano de transição, com troca de comando no País".

Teresinha Matos

Custo da construção civil

sobe 0,87% em março

O custo da construção civil subiu0,87%em março,de acordocomo ÍndiceNacional da Construção Civil, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O preço médiodometro quadradono paíssubiuparaR$ 359,65 –desse total, R$ 203,00 foram relativos aos gastoscom materiais e R$ 156,65, com mãode-obra.

No ano, o custo de construção já subiu 1,91%e, nos últimos doze meses, 9,03%.

Regiões – A região Nordeste registrou o maior aumento doscustos de construção no mêspassado (1,49%),seguidapela região Sudeste (0,95%). As menores altas foram apuradasno Norte (0,18%) e no Sul (0,28%). No acumuladodoano,o Nordeste também registra a maiorvariação (2,67%).Em seguida, aparecem CentroOeste (1,83%) e Sudeste (1,80%). Nos últimos doze meses, as elevaçõesmais significativas foramobservadas no Centro-Oeste (11,01%), Norte (9,63%) e Nordeste (9,57%).

Na divisão por estados, Rio de Janeiro e Bahia tiveram os maiores aumentos de custos em março –de,respectivamente,4,89% e4,16% –,em razão dos reajustes salariais promovidos no período.

Setor elétrico terá mais

R$ 43,4 bi, diz Parente

Oministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, afirmou ontem que o setor elétrico deverá receber investimentos de R$ 43,4 bilhões no período entre 2001e 2004. Osetor privado será responsável por R$ 34bilhões dessemontante, destacou. Segundo o ministro, que participou doseminário"As mudanças do setor elétrico", emSãoPaulo, essesinvestimentos deverão proporcionar um acréscimo de20.040 megawatts(MW) nacapacidadedegeraçãodo País,incluindo11.434MW deusinas térmicas.

Parente dissetambém que o governo pretende realizar leilõesainda esteano para vendade energiadasgeradoras públicas.Osleilõesestão previstos para os meses de julho,agostoe setembro, mas ainda não há definição sobre o modelo de venda dessa energia. De acordo com o ministro, participarão dos leilõesas geradorasfederais Furnas, Eletronorte e Chesf, além dasestaduais Cesp,Cemig e Copel. Com os leilões das geradorasfederais, explicouParente,ogovernopretende criar um Fundo para devolver parte desses recursosao consumidor, pormeio do pagamento de um seguro, e para formaçãode reservas de energia que evitarão crises de abastecimento.

Parente disse ainda acreditarque oCongresso votará

hojea MedidaProvisória14, queé oprincipalacordodo setorelétricoe estabelece os reajustes das tarifas de energia.Oreajuste em2,9%para o consumidor residencial e em 7,9%para osclientes industriais estáem vigordesde dezembro de 2001, mas a MP ainda não foi votada. O presidente da Eletropaulo,Luiz DavidTravesso,afirmouque,somentecom esse reajuste, o racionamento pode sair da memóriadas empresas."Esperamos queo Congressoreconheça aimportância daMP para restabelecer a credibilidade do setor ea capacidadede investimento".

Té rmi cas – Parentedisse aindaque ogovernofederal espera concluir, até 2004, as obras de 38termelétricas. As usinas deverão acrescentar aosistema elétricocapacidade de 11.434 MW. Segundo o ministro, das termelétricas previstas, oito já foram concluídas e 15 estão em construção. Paraeste ano,a expectativa édeumacréscimo de 2.530 MW. Para 2003, a previsão éde mais 3.928 MW. Também até 2004, o governo espera colocarem funcionamentomais 24hidrelétricas, afirmou Parente.O ministro acrescentou que essas usinas terão capacidadepara ampliara oferta de energiaem 16.600 MW. Parente disse ainda que,nesteano, serão importados 1.088 MWda Argentina. (AE/Abr)

Exposição mostra história de Lampião

A jornalista Vera Ferreira, neta de Virgulino, homenageia o cangaceiro em imagens digitalizadas expostas no Shopping Light

A vida de Virgulino Ferreira, o Lampião, e seu bando está sendo retratadana exposição Lampião, uma viagem pelo cangaço, exposta no Espaço Arte, no 5º piso do Shopping Center Light. Oevento prossegue até o dia 13. Uma das netas de Lampião, a jornalistaVera Ferreira,é a curadora da mostraao lado do historiador Antônio

Amaury CorreadeAraújo. Juntos eles revelam, através de24 painéisemaisde100 imagens digitalizadas do próprio Lampião, da volante e dos locais por onde passaram e combateram.

A jornalista, que já levou essamostrapara várioslocais, inclusivemercados municipais eespaços abertosde inúmeras cidadesbrasileiras,

Virgulino foi o homem mais temido do sertão nordestino

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião,filho deumafamília humilde, nasceuno sítio conhecidopor Passagem dasPedras, em Serra Talhada, na época Vila Velha, em Pernambuco. A data de seu nascimentoaindaéuma incógnita, alguns registros afirmam ser 7 dejulho de 1897, outros 4 de junho de 1898, em alguns jornais encontra-se 12 de fevereiro de 1900.

A tranqüilidade e o comportamento adotado nainfância e adolescência logo deram lugar aos conflitos. Conta-se que tudocomeçou com desavenças entre vizinhos. Mais tarde, acompanhado por seus dois irmãos, o cangaceiroveio sejuntar aogrupo dos porcinos e matildes.

Após a morte de seu pai, através de conflitos com a volante,Lampião eseusirmãos adotam o cangaço como ideologia, enquanto Virgulinodesafiatoda avolante. A partir de então, forma seu próprio grupo e torna-se o homem mais temido dasredondezas,declara-se oGovernadordo Sertãoe,durante 18 anos, é o homem mais procurado pela polícia.

Em 1938,na cidadede Poço Redondo, noEstado de Sergipe, Lampião,Maria Bonita, sua companheira, e o restantedo bandosãoexterminados pela milícia do tenente João Bezerra da Silva.

Historiadores comparamno aos cowboys do velho oeste americano. (SM)

Associação das Indústrias: nova direção

Comemoração de posse da nova direção foi realizada no Salão Vilell’as Edson Marlede/N-Imagens

Tomou posse na quintafeira a nova diretoria da Associação dasIndústriasdaRegião de Itaquera. A entidade é uma das mais importantes da região por reunir vários segmentos empresariais. O

evento aconteceu no Salão Vilell’as e contou com a presença dodiretor-superintendente da Distrital São Miguel Luis Abel Pereira da Rosa que representoua Associação Comercial de São Paulo.

se mostra animada com a chegadadaexposição aum shopping center. “Sou a favor da popularização da cultura e oshopping éo melhorlugar para expor esse material. Fico feliz com a idéia de divulgar a cultura, isso é um dever de todos”, declara Vera. Para ela, o cangaço, assim como outras manifestações do povo brasileiro,não tem fronteiras e precisa ser conhecida.

Na opinião da gerente de marketing do Shopping CenterLight, Elizabete Henriques, a exposição é muito valiosa. “O shopping fica localizadonum prédiohistórico, além de estar no Centro da cidade, faz parte da nossa filosofia apoiar projetos culturais”, completa a gerente.

Os painéis, que revelam fatos e lugares por onde passou o grupode Lampião,correspondem areportagens, fotos emanuscritos daépoca edos diasatuais. Umadasmais chocantes é, sem dúvida, a fotografia onde podem ser vistas as cabeças dos integrantes do bando.

Fotos e vários cronogramas de suas batalhas também estão expostos. Entre elas,

imagens do local da primeira grande batalhado grupo,em 1922, o saque à casa de Joana Vieira Torres, viúva do Barão da Água Branca. As ruínas da casaondeele nasceu, certidões de batismo e nascimento e fotos do casal também fazem parte da mostra.

Modae costume – Lampião também ditavamoda e influenciava asartes. Suas

roupas e acessórios foram copiadosem vários pontos do sertão, tanto que uma tabela explicandoo significadode cada peçafaz parteda exposição.Outra curiosidade é uma espéciededicionário das expressões do cangaço. Todo esse material faz parte do acervo da neta de Virgulino, entre as gravuras estão os cromos do árabe Benjamin

Túnel Jânio Quadros ficará interditado até quinta-feira

O túnel Jânio Quadros, zonaSul, ficaráinterditadoaté quinta-feira, das 23h30 às 4h. A interdição será realizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para serviços de limpeza e manutenção geral pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (SIURB). Os motoristas que tiverem como destinoaavenidaLi-

Distrital Tatuapé disponibiliza lista de profissionais

Empresáriose comerciantes interessados em contratar recepcionistase atendentes de lojas ou balconistas, qualificados com cursos de formação,podem contarcomo apoio da Distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo. O Centro Experimental Público de Formação Profissional, que faz parte do programa de emprego da Secretaria Estadual de Emprego e Relações do Trabalho, deixou uma lista com mais de 120formandos doscursos profissionalizantes realizados pelo órgão do governo. Informações na Distrital Tatuapé, telefone 293-6965 ou 6941-6397ou noCentro Experimental Público de Formação Profissional,telefone: 6101-3764. (DC)

neudePaulaMachado devem seguir pela avenida JuscelinoKubitschek, avenida das Nações Unidas, ponte Cidade Jardim, avenida dos Tajurás e avenida Lineu de Paula Machado.

Para chegar àavenidaEngenheiro OscarAmericano o melhor caminhoé seguirpelasavenidas JuscelinoKubitschek e das Nações Uni-

das, ponte CidadeJardim, avenida dosTajurás,praça Professor Américo de Moura e avenida Engenheiro Oscar Americano.

A Engenharia de Campo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acompanhará o fechamento do túnel e o trânsito das imediações. A previsão é de que as obras terminem na quinta-feira. (KF)

São Paulo já tem mais de nove mil casos de dengue

A Secretaria Estadual da Saúdedivulgou ontemum novo balançodos casosde dengue registrados emSão Paulo. Já foram confirmados 9.209 casosautóctones, contraídos no próprio Estado, da doença. Desde 1º de janeiro já foram notificados 42.287 casos da doença no Estado. A cidade que mais teve notificações foi São Paulo, com 6.897 registros, sendo apenas 40 autóctos confirmados.

Abraão, umdos primeirosa registrar imagens do bando. A exposição Lampião, uma viagem pelocangaço pode ser vistaatésexta-feira, das10h às21h e no sábado (13), das 10hàs 19h,naruaCoronel Xavier de Toledo, 23, Centro(viaduto doChá). Otelefone é 3257- 2299.

Prefeita vai a Brasília cobrar verba prometida

O presidente nacional do PT,o deputadofederal José Dirceu, pediráhoje umaaudiência com o secretário-geraldapresidência daRepública, Euclides Scalco, para marcar umencontro entrea prefeita MartaSuplicye o presidente FernandoHenriqueCardoso. Oassuntoserá a liberaçãodos R$ 110milhões, prometidos pelo MinistrodaIntegração Nacional,Ney Suassuna, para o combate às enchentesna Capital paulista.

Dos R$ 70 milhões da verba anti-enchente prometida pelo governo federal, apenas R$ 10 milhões foram liberados para a cidade. A prefeita também havia recebido promessa do ministro da liberação de R$ 40 milhões para realização deobras no córrego Aricanduva. A prefeita Marta Suplicye odeputadoJoséDirceu querem que o governador Geraldo Alckmin participe da audiência. (KF)

Novos casos —No Rio de Janeiro, conforme dados da Secretaria do Estado, desde o iníciodoano, 49pessoas morreram em decorrência da dengue. Só este ano foram notificados 145.474casos da doença noEstado. Nacidade cariocaa epidemiajácausou 31mortese contaminou 74.345 pessoas. (KF)

De acordo com a Secretaria MunicipaldaSaúde deSão Paulo, os casos autóctones foram registrados nas zonas Sul, Oeste, Centro e Norte. As pessoas atingidas pela doença são moradores dos seguintes bairros: Mandaqui (2), Vila Medeiros(15), Pari (2), Vila Guilherme (3), Vila Maria (6),Cursino (1),Jaguara(1), Ipiranga(4), Tremembé(1), Brasilândia (1), Freguesia do Ó (1) e Jaçanã (3). A cidade de Santos,continualiderando orankingdos casos autóctones do Estado. Desde o início do ano, 2.479 pessoascontraíram adoença na própria cidade. São Vicente está em segundo lugar com o registro de1.705 casos autóctones.

Hoje Executiva – Reunião da diretoria executiva da ACSP. Às12h30,nasede da entidade – rua Boa Vista, nº 51/12º andar, no EspaçoNobre deRecepções e Eventos (Enre).

Associação Comercial de São Paulo
Sandra Manfredini
Os 24 painéis e as mais de 100 fotos digitalizadas, que mostram a trajetória de Lampião, ficam expostas até sexta-feira
Um dos painéis expostos mostra o fim trágico do Rei do Cangaço

Empresa cria produto para adolescente

A indústria de cosméticos Farmaervas, de São Paulo, fez uma parceria com o grupo KLB para atingir público acima de 11 anos

Rejuvenescera marcavendendo para o público adolescente.Essaé a estratégiada indústriade cosméticosFarmaervas,deSãoPaulo, para aumentar aparticipaçãono mercado. A primeira linha de produtos dentro dessa filosofia chega àslojas da empresa no sábado (13). Estampados nas embalagens estão os rostos dos trêsintegrantesda banda adolescente KLB.

Com o lançamento da linhaKLBStar, aFarmaervas espera abocanhar40% do mercado que tem os cosméticosdaSandy eJúnioreXuxa como concorrentes. O seg-

mentode produtosdebeleza direcionado ao público adolescente aindanão tinhasido explorado pela empresa. A parceria com a banda musical KLBteveiníciono ano passado. "Estávamos procurando personagens que fossem bem aceitos pelas adolescentes e que estivessem fazendo sucesso na mídia", afirmao empresárioWalmir Paulino,dono da Farmaervas. "Fizemosestudose acompanhamos os shows do KLBparaconhecer ogosto dasadolescentes que assistiamàs apresentações",diz FláviaRocha, coordenadora

do projetoparalançarno mercado a linha KLB Star. A escolhadogrupo levou emconta avendade CDsda banda KLB – dois milhões no ano passado– , oforte apelo que os integrantes do conjunto têm com o público adolescente feminino e a credibilidade que transmitem.

Segundo Paulino, os produtosda linha KLB Star são parameninasacimade 11 anos. Os primeiros produtos KLB que vão estar a venda nas lojas são batons, sombra, esmaltes e brilho labial. Até o finaldo ano, gels, xampus e condicionadores deverão

chegar aos pontos-de-venda. Quero ser sua sombra –Para divulgar alinha KLB Star, a Farmaervas desenvolveu uma campanha publicitáriaqueilustra arelaçãofãartista. Em revistas, outdoors efilmes deTV, serãoencontradas frases como: "quero ser sua sombra","quero sentir sua mão em mim" e "quero sentir sua boa". "São palavras que dizem tudo o que uma fã quer ouvir de um artista", afirma Flávia.

Para chegar diretoas consumidoras, a empresa vai patrocinar shows do grupo e fazer sorteiosde kitsdurante a

Garoto-propaganda vira consultor

O garoto-propaganda da rede de lojas C&A, Sebastian, estádando cursosepalestras para empresas e ONGs (Organizações Não Governamentais). "Muitascompanhiasestão escolhendo profissionais que não são consultores, mas que têm experiênciaspessoais interessantespara transmitiraos participantes", diz Sebastião Fonseca, o Sebastian.

Bailarino, ator e cantor, Sebastian faz ascampanhas da C&A desde 1990.O trabalho de consultoria teve início há dez anos, naFundação C&A, que patrocina diversas ações direcionadas àscrianças carentes. Com o sucesso dos seminários internos,Sebastian passouaoferecer oserviço para outras empresas. Hoje, o artistadivide o tempo entre aspalestras eas campanhas de marketing da C&A.

Os temas sãovariados. Sebastian monta cursos em segmentos diferenciados, entre os seminários ministrados pelo artista, estão as palestras sobre gerenciamento de tempo, auto-conhecimento e marketing pessoal.

Segundo Sebastian, a formação comoator lhe permite maior desenvoltura duranteas palestras. "Numa empresa de cartõesde crédito, por exemplo,notei que as pessoas não estavam muito receptivasao tema,subinos balcões instaladosnopalco, fiz umacoreografia eos participantes ficaram bastante surpresos e bem mais atentos", diz o artista. O públicodas palestras também édiversificado.Se-

Sebastian, que desde 1990 faz comerciais para a C&A, está dando cursos e palestras em empresas

bastianministracursos para crianças, universitáriose profissionais domercado financeiro. O artista não segue roteiro. "Primeiro sinto o clima da platéia, depois direciono a palestra", diz Sebastian. Para se preparar para ministraros seminários, Sebastian consulta profissionais da área de psicologia e utiliza o conhecimento adquirido em leiturasde livros especializados e cursos.

Outra ferramenta que o ajuda o artista a preparar as palestra é o estudo de filosofia e história. "Sou um devorador de livros", diz Sebastian. Valor – Opreçocobrado pelo consultor-artista varia de acordo com a empresa e as horas. Cursos para ONGs e

entidadesassistenciais são gratuitos.Sebastian não revela quanto cobra pelas apresentações.Em geral,trabalhos de consultoria semelhantes aodo artista custam entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, variando de acordo com o consultor e o tempo do curso. Independentemente do tipo de curso, Sebastiansempredestina umaparte do tempo parafalar daimportância doauto-conhecimento no desempenho de cada funçãodentroda empresa. "O auto-conhecimento é chaveparaa resoluçãode problemas externos", afirma Sebastian. O artista cita Einstein e sua teoria da relatividade do tempo e do espaço para ensinar como as pessoas devem aprender agerenciar tempo e vida.

Paula Cunha

apresentação da banda em programas de rádio. Novidade– Produtos femininos com homens nos rótulosé novidadenosegmentodemaquiagem. Emgeral, essas linhas têm mulheres como personagensdas campanhas. "As pesquisas mostraram que asadolescentes gostariam deusar um produto que tem a cara do ídolo estampada na embalagem ou no rótulo", afirma Paulino.

Empresa – A Farmaervas estáno mercadodecosméticos há 62 anos. A produção médiamensaldaempresa é de 900 milprodutos.Coma

entrada da linhaKLB Star o número deve subir para 1,3 milhão de artigos. Hoje,a principallinhada companhiaé aTracta, direcionadapara opúblicofeminino adulto. A marca será reestilizada atéo final do ano. "Vamos mudar a embalagem de toda a linha", diz Paulino. Outro investimento da companhiano rejuvenescimento da marca será na linha masculina. "Atéo final do ano teremos produtos de cara nova paraesse público",afirma Paulino.

cursos e seminários

Hoje

Análise de Balanço e Balancete – O curso é dirigido a micro e pequenos empresáriosque pretendemaprender aexecutare lerbalançose balancetes. Duração:oito horas,das 18h00 às22h00. Oseminário começa hoje e termina amanhã. Local: Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço:R$ 140. As inscrições devemser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Cooperativa – Apalestraé direcionadaamicroepequenosempresários quepretendem saber comoadministrar umacooperativa. Duração: duas horas, das 15h00 às 17h00. Local: Sebrae Santos, avenida Dona Ana Costa, 416, Gonzaga, Santos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo telefone 0800-780202.

Dia 12

Controle de estoques –O curso é dirigido a micro e pequenos empresários que pretendem aprender controlar os estoques da empresa. Duração: 16 horas, das 9h00 às 18h00. O seminário começa na sexta-feira (12) e terminano sábado (13). Local: Sescon-SP(Sindicato das EmpresasdeServiços ContábeisdeSãoPaulo), avenidaTiradentes,960, Luz. Preço: R$ 140. As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Dia 23

Omarketingde relacionamentonaconquista emanutençãodos clientes – O seminário vai mostrar aos micro e pequenos empresários estratégias demarketing para conquistare manterclientes. Duração: três horas, das 9h30 às 12h30. Local: Sebrae Sorocaba, avenida Eugênio Salermo, 60, Centro. O curso acontece na terça-feira (23), as inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (15) 224-4342.

Cláudia Marques

Sigilo de profissionais liberais é legal

Para Ives Gandra, o Código Tributário Nacional garante que essas categorias tenham sua movimentação bancária preservada

Mais da metadedos 15 mil profissionais liberais (65%) que estão namira da Receita Federal são de São Paulo e do Rio de Janeiro. Das 16 categorias sob investigação, a de engenheiros, médicos e advogadossão as quereúnem o maior número de contribuintes quedeverãodarexplicações sobre as discrepâncias entre osdados informadosna declaraçãodoImpostode Renda e amovimentação bancária em 1998.

"Por enquanto, a Receita Federal está cumprindo o seu papel, baseada em indícios de sonegação. Mas no momento de quebrar o sigilo bancário

sem autorização judicial está ferindoo parágrafoúnicodo artigo 197 doCódigo Tributário Nacional",diz ojurista Ives Gandra Martins. Sigilo– O artigo, segundo Gandra, não permite a quebra de sigilo bancário de profissionais liberais que, por sua vez, são obrigados a manter sob sigilo informações relativas aos seus clientes. É o caso de advogados, médicos e até psicólogos. Para o jurista, todas ascategorias podemse beneficiar desseartigopara contestar judicialmenteuma possível investida do Fisco sobreosextratos bancários desses contribuintes.

A Receita Federaljá notificou seismil profissionaispara prestar esclarecimentos, o que inclui a apresentação voluntária de extratos bancários. Casoo contribuinte seoponha a fornecer as informações, o Fiscopode lançarmão daLei C om p l em e n ta r 105, quepermite a quebra do sigilo bancário, sem necessidade de autorização judicial. Ilegal – Segundo explicou Ives Gandra, uma lei geral, ou seja, válida para todos os contribuintes (LC 105) não pode

Receita suspeita que esses profissionais tiveram movimentação 20 vezes maior

se sobrepor auma lei específica(artigo 197 doCódigo Tributário Nacional), que não permite a quebra de sigilo dealguns profissionais.O jurista lembrou que a constitucionalidade da Lei Complementar 105 aguarda julgamento há maisde um ano no Supremo Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre as investigações anunciadas anteontem,o presidente Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, Pedro Ernesto Fabri

Registro empresarial, sem proteção

O novo Código Civil, que entraráem vigor a partirde janeirodo próximoano,não resolve oproblema daproteçãodo registroempresarial nas JuntasComerciais.Segundoo consultorjurídico da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, João Baptista Morello Neto, vogal daJunta Comercialdo EstadodeSão Paulo, mesmonão funcionandona prática, hoje existemecanismo de proteção nacional do registro no Código Civil. "O novo Código torna expresso

que a proteçãodo nomeda empresa só é garantida dentrodo Estadoonde foiregistrado," explicou o advogado. Morello falou sobre oassunto ontem noencontro da Associação Paulista da Propriedade Industriale desagradou aos participantes, que ainda esperam do governo medidas que garantam a proteção nacional do registro. Certidão – O advogado recomendou aos interessados em manter emtodo o País com exclusividade o nome de sua empresa a apresentar a

certidãoderegistro feitaem seuEstado deorigem emtodas as outras 26 juntas.

A permissão para anular a qualquer tempo um registro empresarial constante no novo Código foi muito criticado tanto por Morello quanto porváriosparticipantes do evento.Hoje,sóse pode entrar com pedidode anulação deumregistro depoisdedeterminadotempo, que,dependendodo caso,varia de5 a 20 anos. "O empresário tinha agarantiadepoder seguir com seu negócio por um

Documentos mostram que a dívida da Transbrasil já foi paga

O advogado JoãoPiza, contratadohácerca de uma semanapela Transbrasil, protocolou ontem no Tribunal de Justiça novosdocumentos que podem provocar uma reviravolta no julgamento do processo de falência dacompanhiaaérea.Os documentos pretendem mostrar queadívida quea companhiaaéreatem coma General Eletric, no valorde US$2,7milhões–com base em uma nota promissória – já teria sido paga.

A quebra da Transbrasil está sendo exigida pela General Eletric, que levou a nota promissóriaa protestoporfalta de pagamento em junho do anopassado.A documentação argumenta que, se o título já foi pago, ele não serviria para fundamentar um pedido de falência.

Papéis – Os papéis apresentados à Justiça informam que todas as dívidas da Transbrasil com a General Eletricforam consolidadas

em 27 de maio de 1999, mediante contrato de reescalonamento dos débitos que, na época, somavam US$ 20,6 milhões, sem juros.

Através de vários contratos de arrendamento e seus respectivos contratos de câmbio,vinculados ànota promissóriaquedeuorigem ao pedido de falência, a Transbrasil fez remessa aos Estados Unidos,em favordaGeneral Eletric, de mais de US$3,6 milhões. As remessasem questões referem-se a dois contratos de arrendamento deaeronaves, cedidaspela G.E. à Transbrasil. Quantias – Assim, segundo os contratos e documentação contábil juntada ao processo, asquantias enviadassuperamemquase um milhãodedólares adívida materializadana nota promissória que a G.E levou à protesto.As remessasao exterior, em favor da General Eletricforam efetivadassem que o contrato de reescalona-

mento tenhasidoregistrado no Banco Central do Brasil.

O advogado João Piza prova ainda que a dívida da Transbrasil com a General Eletric vinha sendo negociada, após o ajuizamento do pedidode falência.Segundoa Transbrasil, essas circunstâncias descaraterizam a alegada " insolvência" da companhia. Pela lei de falências, existindo negociação entre as partes, opedido falêncianão pode sermanejado, sobpena de se transformar instrumento de pressão.

Exame – O processo e a nova documentação foram encaminhados ontem ao exame do terceiro e último juiz, Ruiter Oliva,que naterça-feira próxima proferirá oúltimo voto.Foram tambémenviados aosdoisdesembargadores que já votaramno dia 26 demarço pela falência da Transbrasil, AntonioIlenilsoneMarcos Cesar,quepoderão agora modificar seus votos. (AE)

Caixa Econômica está ligada aos

cartórios do País via Internet

Na queda-de-braço com as operadoras de celulares pela revisão para baixodas tarifas de interconexão, a Telemar admite recorrer à comissão de arbitragem da Agência Nacionalde Telecomunicações (Anatel). "É uma alternativa caso o impasse continue", disse o presidente da Telemar Participações, José Fernandes Pauletti. A briga da operadora de te-

lefoniafixa épela reduçãoda tarifa paga àscelulares em chamadas feitas pelos assinantes da Telemar a usuários de telefoniamóvel emtoda a região de cobertura – 16 Estados, do Rio de Janeiro ao Amazonas. Motivos – Opleito da Telemar épor umatarifa deinterconexãode R$0,23 ominuto de ligação, mas os contratos com algumas celulares

estabelecem até R$ 0,30. "Contrato é para ser renegociado", defende José Fernandes Pauletti. "Contrato é para ser respeitado", rebate opresidente da Splice, Antonio Beldi, que controla a NorteBrasil Telecom (NBT), banda Bnaregião Norte. ParaBeldi,a renegociação sóé válidaquando atende aos interessesdas duas partes. (AE)

diz que osprofissionais liberais sempreestiveram namira do Fisco , "Principalmente porcontadadificuldade de controlesobreos seusreais rendimentos", explica. Na suaopinião,os médicoseos dentistas são os mais visados, já que recebem quase que exclusivamentede pessoasfísicas. Dessa forma, são maiores as possibilidadesde omitir informações sobre osrendimentos.

Indícios – Ao cruzar as declarações de pessoafísica referentesaoano de1998e os dados obtidos com o recolhimento deCPMFno mesmo período, aReceita descobriu

certo tempo.Com onovo Código, essa segurança acaba", disse Morello. Regulariza – O novo Código regulariza de forma nacional, mesmo com atraso, a maneira comoo registrode empresacomercialdeve ser feito."Durante muitosanos, o registro era regulamentado por leis estaduais.A partir de 1994, com a Leinº 8.934, estabeleceu-se que essesregistros ficariam a cargo das Juntas Comerciais".

Catarina Anderáos

Saúde

ameaça

cancelar registro de 108 operadoras

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estáconvocando 108 operadorasde planosdesaúdee odontológicos para regularizarem sua situação. A convocação, segundo a ANS, é a última etapadeumasériede ações com relação às operadoras que não vêm cumprindo a Lei 9.656/98, a qual regulamenta o setor de saúde suplementar.

De acordocom aAgência, todas as notificações e correspondências queforam encaminhadas aestas operadoras retornaramcom aadvertência de que o endereço indicado era desconhecido. A operadora que não atender à convocação terá o registro cancelado pela ANS.

Comparecer– Os representanteslegais decadauma das operadoras terão de comparecer à sede da Agência, na Avenida Augusto Severo, 84, 7º andar, no bairro da Glória, no RiodeJaneiro,noprazo de 30 dias a contar de ontemdatade publicaçãodoedital de convocação no Diário Oficial da União.

De acordo com a ANS, se tiver o registro cancelado, a operadora nãopoderá continuar a vender planos de saúde e terá de se limitar a prestar os serviçosde atendimentoà saúde contratados pelos consumidoresdeseus planos. Além de ser multada, a operadora poderá ser submetida ao regime de direçãofiscal, que em geral aAgência adota como medida preventiva, como forma de garantir os direitos dos consumidores da de cada operadora. (AE)

que esses contribuintes movimentaram, em média, 20 vezes mais do que o valor declarado. Quem não conseguirexplicara discrepância, terá quepagar oimposto devido, com multa de até 225% no período.

As investigações estão concentradasnosmédicos, advogados, engenheiros, psicólogos,arquitetos, dentistas, agrônomos, químicos,veterinários, enfermeiros, nutricionistas, contadores, economistas,administradores de empresas, analistasde sistemas e farmacêuticos.

Receita promete cassar liminar que reduz IR

A Receita Federalinformou ontem quevaitentar cassaraliminar concedida pela juízaLucianadeSouza Sanchez,da 14.ªVara Cível Federal de São Paulo, segundoa qualasdespesascom a compra de lentes corretivas (óculos, inclusive armaçãoe lentes de contato), aparelhos de audição e medicamentos, dopróprio contribuinteede seus dependentes poderão ser deduzidas nadeclaração doImposto deRendaPessoa Física (IRPF), ano base 2001. De acordo com a decisão da juíza, o uso dos aparelhos e dos medicamentos deve ser comprovadocom receita

médica e nota fiscal em nome do beneficiário. A decisão é provisória masvale emtodo o território nacional.

AReceitaFederal prometeu tornarsemefeitoadecisão da juíza por meio da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Se aliminar deixar de valer,ocontribuinteque abateu nadeclaração derendimentos estes ítens terá 30 diasparafazer ascorreçõese estará sujeito a eventuais prejuízos. Assim, quem tiver imposto a pagar arcará com a taxa de juros Selic (18,50% ao ano)sobreovalor devido. Passados os 30 dias, estará sujeito a multa de 20%. (AE)

Multas de trânsito estão mais altas a partir de hoje

Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicadaontem no Diário Oficial da União, fixa novos valores das multas, em todoo territórionacional, por infraçãoao Códigode Trânsito Brasileiro. Segundo a norma do Contran, as infrações de natureza gravíssima tem multa no valor de R$ 191,54 e as infrações consideradas graves serãopunidas, a

partir de agora, com multa de R$ 127,69. Asinfrações de naturezamédia (branda,pelo Código deTrânsito) estão em R$ 85,13. Outra resoluçãodo Contran,também publicadaontem, aprova o regimento interno dasCâmaras Temáticas,noâmbito doConselho. Cada câmara é composta por nove membros,nomeados pela Justiça. (ABr)

Impostos ainda são o maior entrave para os investimentos no País

A alta carga tributária continua sendo a principal razão quefazcom queosempresáriosdesistam deinvestir no setor produtivo do País. Essa foi a conclusão de pesquisa da CâmaraAmericana deComérciode São Paulo, feita junto a 132 empresários. De acordo coma entidade, o chamado custo Brasil e a

EM LINHA

TAM prepara nova redução de preço

A guerra dospreçosnas passagensaéreas podeestar de volta. As especulações são de que a TAM estaria reduzindo os preços dos bilhetes em certos trechos.A companhia aérea já diminuiu o preço da passagemna ponteaérea Rio-São Paulo para R$ 120 na semana passada. Leia colunadeJoelSantosGuimarães na página 12

Alencar Burti será condecorado no dia 19 próximo

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, AlencarBurti, serácondecoradono Grau Cavaleiroda Ordem do Mérito Militar. A solenidadeserárealizada no dia 19 próximo. Última página

corrupçãotambém sãofatores negativos para o ingresso de capital na produção. No outro extremo, o potencial de crescimento do mercadobrasileiro,o tamanhoda economia nacional, a inflação sobcontrole e a disponibilidadedeenergiasão os itens que mais estimulam os investimentos. Página 9

Empresas buscam saídas para reduzir custos com o SPB

Empresários já falam em concentrar suasoperações bancáriasem umnúmero menor de instituições financeiras, com aentradaem vigor do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, no próximo dia 22. A medida teria como objetivo reduzir custos, fugir detarifas e conseguir melhores condições de negociação para as operações de crédito e débito com valor igual ou acima de R$ 5mil, que passarãoa serliquidadas em tempo real. Com isso, haveria uma redução do descasamento entrecontas areceber ea pagar. Aconvivência simultâneacom duasformas distintas de liquidação(pois permanece a compensação normalde cheques eoutros documentos abaixo do limite) deverá reduzir o capital de giro das empresas. Página 7

Camila, o rosto da nova marca de cosméticos

Com acriaçãodaColorama Maybelline New York, o mercado de cosméticos ganha uma nova marca. Ela nascedajunçãodasduas líderes nossegmentosdeesmaltes e maquilagem. O pri-

meiro produto da Colorama Maybelline éo batomWater Shine, comefeito molhado. Para divulgaronovo produto foiescolhida aatriz Camila Pitanga, devido ao seu jeito bem brasileiro. Página 10

Ministro critica Roseana e amplia a crise com o PFL

O ministro daJustiça, Miguel Reale Júnior (PSDBSP), aprofundoua crisecom o PFL após declarar que a exgovernadora do Maranhão, Roseana Sarney,e seumarido, Jorge Murad, estavam assumindo a culpa das acusações de desvio de verbas da Sudam,ao pediremforoprivilegiado nas investigações.

Nofinalda noitedeontem dirigentes doPSDB edo PFL buscavam umasaída para contornar oatrito. Opresidente do PSDB, deputado JoséAnibal (SP), qualificou a declaração do ministro da Justiça como " infeliz" . Lula sobe – Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto DataFolha mostra um cresci-

mento decinco pontos porcentuaisdo pré-candidatoa presidenteLuísInácio Lula daSilva(PT), quepassoude 26% para 31%das intenções devoto. Opré-candidatoJosé Serra, do PSDB, está em segundo lugar com 19% , mesmo porcentual de março. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PSB)

Farmaervas, em busca da juventude

Pobres já são 49% na região de Buenos Aires

ApobrezanaArgentina já atinge 49% da população que morana GrandeBuenosAires, de acordo com o relatórioda SociedadedeEstudos Trabalhistas. O patamar, que é recorde,significa que6 milhõesde pessoas não possuem poder de compra. Outro sinal da forte crise no paísé aperdade8 bilhõesde pesos dos bancos de dezem-

bro paracá, apesardo congelamento dos depósitos feito pelo governo argentino. A inflação também preocupa o governode Duhalde, queadmiteque aaltadepreços no varejo pode chegar a 45% neste ano. O grau de dolarização e a grandeproporção de insumos importados geramumagrande pressão sobre os preços. Página 4

Mais um espaço cultural no centro da cidade

O Espaço Cultural Comércio &Imprensa, oEcco, criado pela Distrital Centro da Associação Comercial, abre hoje suasportas para uma vernissage de cinco artis-

tasplásticos queirão expor trabalhosem óleosobretela e aquarela. Para o público em geral a exposição estará abertanosdias11e12de abril, das 14h às 17h. Última página

aparece em terceirolugar, com 15% das intençõesde voto, caindoum pontoporcentual. E a pré-candidata do PFL, Roseana Sarney, teve queda de 16% para 13% e está em quarto lugar, seguida pelo adversário Ciro Gomes (PPS), com10%, avançando um ponto porcentual. Ver mais napágina 3

Preço do petróleo recua com garantia de abastecimento

A indústria de cosméticos Farmaervas, de São Paulo, estálançando produtos para o público adolescente. Alinha KLBStar foidesenvolvida emparceriacom abandaadolescente KLB. O lançamento fazparteda estratégia da empresa para rejuvenescer a imagem da marca. Os produtoschegam às lojas da rede no sábado. Em maio,todos os2.400pontos-de-venda da Farmaervas no Paísterãooscosméticos na gôndola. Osprimeiros artigosda KLB Star destinados a este público são batom, esmalte, sombrae brilholabial. Até o final do ano, xampu, gel e condicionador farão parte da linha. Além disso, asembalagens dosprodutosTracta, paraopúblico femininoadulto, ganham um novo design. Página 14

Empresa fabricará lâminas de barbear Personna no Brasil

A empresa norte-americanaASR entrounomercado delâminas debarbearbrasileiro no finaldo ano passado e quer obter10% das vendas do segmento atéo final do ano. Em 2003, a empresa planeja a abertura de uma fábrica no Brasil. Até lá, os produtos da marca Personna continuarão sendoimportados dos Estados Unidos. Página 12

O ministro de Petróleo da ArábiaSaudita, AliNaimi, disse ontem que seu país não apóia o uso do produto como arma e disse que vai garantir o abastecimento do petróleo. O mercado, que no na véspera havia se abalado com a suspensão das vendas do Iraque, reagiubem à declaração. Os contratos para maio registraramqueda depreço de 2,71%, com o barril negociado a US$ 25,82. Página 4

Grupo de países se reúne para fazer pressão sobre Israel

União Européia,Estados Unidos, Rússia erepresentantesdas Nações Unidas analisamhoje, juntos, amelhormaneirade pressionar Israelparapôr um fimna ofensiva ao território palestino.Noencontro, queserealiza emMadri, aEspanha vai proporqueseestudem sanções contra Israel. Página 4 Bovespa consegue recuperação e fecha em alta de 0,27%

ABolsade Valores deSão Paulo descolouontem de Wall Street e terminou o dia com elevação de0,27%. Ontem, os investidores trocaram as açõespreferenciais da Petrobrás pelasde Telemar. Já odólar caiu0,57% emrelação ao dia anterior. Página 8

As velhas borrachas de apagar ganham companhia na Mercur Página 13 Sebastian, de garoto-propaganda da C&A a consultor de empresas Página14 Cartórios serão correspondentes bancários da Caixa Econômica Página 7

Paulino, da Farmaervas: parceria com KLB para vender a adolescentes
Camila Pitanga representa o jeito brasileiro da Colorama Maybelline

Reformado, museu reabre no Centro

O Pátio do Colégio entrega ao público seu espaço cultural restaurado e também uma biblioteca com cerca de 15 mil obras O MuseuPadre Anchieta, no Pátio do Colégio, no Centro, foi reaberto ontem para o público.Na mesmaocasião, foi inaugurada tambéma Biblioteca PadreAntonio Vieira. Iniciado em março do ano passado,o projeto detransformaçãodolocal, quedeuà cidadede SãoPaulo umdos principaiscentros decultura ehistória, envolveuintelectuais, artistas e empresários. No projeto, patrocinado pelaPetrobrás, foiinvestido cerca de R$ 1,6 milhão, através da lei Rouanet – que prevê a renúncia fiscal em favor das empresasque fazemdoações para projetos culturais –, do Fundo Nacional de Cultura e da própria Companhia de Jesus,formadapor padresjesuítas e coordenadora do Pátio do Colégio.

Além do restauro e catalogação por especialistas de 500 peças doMuseu,Capelae Oratório Padre Anchieta e da

Exposição

inauguração da biblioteca, com cerca de 15mil obras de grandevalor históricoeraridades literárias, a transformação do Pátio também teve reformas em sua estrutura física e atividades como peças teatrais,oficinas culturais, exposições econcertos de música erudita.

Ainda fez parte do projeto a compra deum órgãotubular Tamburini para a continuidade dos concertos na capela Padre Anchieta e a reedição da obra esgotada do Padre JesuítaSerafim Leite,compactadaemquatro livrosdearte (1938/1948). A previsão para que as pessoas possam ver o órgão e olançamento dos livros é ainda neste semestre.

Conforme o responsável pelo projeto, Padre Cesar Augusto dos Santos, o objetivo é fazer com que o Pátio do Colégio deixede serapenas foto de cartãopostal ou cenário das comemorações solenes

do aniversário da cidade no dia 25 de janeiro. "É raro uma cidadesabero localexatode suafundação. A cidadede São Paulo tem esse privilégio. Nossaidéiaé queoPátiodo Colégio seja um pólo gerador de história, cultura e arte para ospaulistanose paraascentenas de visitantes que o procuram", disse o Padre.

A expectativada CompanhiadeJesus agoraéampliar o número de visitantes dos atuais 300por dia,para mais de 500 pessoas.

Museu – Os objetos que integram as coleções do Museu e Capela Padre Anchieta, reunidos apartir dareconstituição do espaçojesuítico em 1979, foram restaurados e recentemente identificados, classificados, organizados em coleções e catalogados. Os objetos queintegram oacervo são indicadores de memória, uma vez que tornaram-se referência única para a história da cidade de São Paulo. Emsua reabertura,o Museu Padre Anchieta oferecerá aos visitantesoserviçode monitoria. Serão seis monitores(português, inglêseespanhol). As visitas de grupos, através de agências de viagens edeescolas devemseragendadascom pelo menosuma semana de antecedência.

de telas abre espaço cultural da Distrital Centro

A Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo realiza hojea pré-abertura do Espaço Cultural Comércio & Imprensa, o Ecco. O evento vai reunir, em uma vernissage,cinco artistasque irão expor trabalhos em óleo sobre tela e aquarela.

Entre eles está a artista plástica Regina Komatsu, premiada internacionalmente, além dostrabalhos deTereza de Barros Fonseca, Dinah Maluf Ordine,Thereza Warcman e Hildo Pera.

A exposiçãoterá umapréinauguração na noite de hoje, na sededo novoEspaco Cultural, queficanaDistrital Central, e seráaberta ao público nos dias 11 e 12 de abril, das 14h às 17h. Os artistas fazempartedoConselho da Distrital Centro.

Deacordocom Roberto Mateus Ordine, diretor-superintendente da Distrital

Centro, o Ecco também irá abrigar em seu acervo permanente diversasmáquinasrotativas do século passado, que faziam a impressão do Diário do Comércio Os visitantesdo museu tambémpoderão conferir exemplares antigos de livros contábeis de casas comerciais, fotos doCentro Velho, jornais, peças eequipamentos usados na primeira metadedo séculoXX.Segundo

Campanha de vacinação de idosos começa sábado

A 5ªCampanha Municipal de Vacinação do Idoso começa sábado. Nas Unidades de Saúde serão aplicadas as vacinascontragripe, tétanoe pneumonia. A intençãoda Prefeitura é vacinar, até o dia 26, cercade691.360 pessoas com 60anos ou mais. Esse númerorepresenta 70%da população idosa.

Para participar da campanha basta procurar as UnidadesdeSaúde Municipaise Municipalizadas, de segunda

à sexta, das 8hàs 17h, com a carteirinha de vacinação ou um documentodeidentidade para aqueles que estiverem tomando as vacinaspela primeira vez.

Até odia 26,as equipesda Secretaria Municipalde Saúde também irãovacinar os idosos de aproximadamente 185 instituições. Mais informações no Centro de Controle de Doenças, telefone 3885-8400, ramais 178 e 230. (KF)

OMuseu PadreAnchietafuncionade terçaa sexta,das 9hàs17h. Os ingressos custam R$ 5,00 (para adultos), R$ 2,50 (para escolas particulares) e R$ 1,00 (para escolas públicas). No último domingode cadamês,aentradaé gratuita. A biblioteca funciona deterçaasexta-feira,das 13h às 17 h.

Obras para evitar enchentes começam

hoje no rio Tietê

Ordine, onovo espaçoirá ajudararesgatar ahistória dos 11 bairros que compõem a região central da cidade. Para julho estáprevista uma exposição sobre a Revolução de 1932. "Queremos chamar a atenção dos paulistanos para a importância desseevento emnossahistória", explicou Roberto Ordine. O Ecco funciona na rua Galvão Bueno,83, no bairro da Liberdade. (DC)

Burti receberá condecoração do Exército

Ocomandantemilitar do Sudestee generaldoexército Francisco Roberto de Albuquerque parabenizou o presidente daFederação dasAssociaçõesComerciais doEstado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, pela condecoração no Grau Cavaleiro daOrdem doMérito Militar. Acondecoração será entregue no dia 19 no Quartel General do Comando Militar do Sudeste.

O governo do Estado inicia hoje mais uma etapa de aprofundamento, alargamento e aumentodadeclividade da calha do rio Tietê. As obras serão financiadas com recursos economizados pelo Estadono projetode combateàs enchentes.

De acordocom oDepartamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o projeto terá investimento de R$ 688,3 milhões e deverá ser concluído em30 meses.A obraestá incluídano contrato de financiamentoassinado em julho de 1995 entre o DAEE e o JapanBankInternational Cooperation, de49,4 bilhões de Yens (R$ 869 milhões).

Esse contrato previa o aprofundamento em 16,5 quilômetros do rio Tietê (en-

treo Cebolãoea barragem Edgar de Souza), a canalização de 10,5quilômetrosdo rio Cabuçu de Cima e a construçãodas barragensdeBiritibaedo Paraitinga,obrasjá executadas. Com a economia de R$ 500 milhões, o governo japonês, em setembrode 2000, incluiu o novo trecho no financiamento.

Durante aobraem24,5 quilômetros, serão removidos cerca de 6,8 milhões de metros cúbicos desolo erochas, aprofundando 2,5 metros e ampliando a largura do canal entre41 e 46metros. A vazãodorioTietê seráaumentada – na altura do Cebolão–de640para 1.048 metros cúbicos por segundo. Os trabalhosserão realizados por um consórcio. A pri-

CET aumentará número de apreensões de veículos

A Companhia de Engenhariade Tráfego(CET) iráaumentar o número de remoções diárias, de 20 para 50, de veículosquebradosou estacionados em locais proibidos.Agora,com ofinaldalicitação para serviços de guincho na cidade de São Paulo, a intençãoéajudarna fluidez do trânsito na Capital. Essa medida vem se somar a outrasiniciativas daCET e da Secretaria Municipal de Transportes, como por exemplo, a OperaçãoVia Livre,queaumentoua velocidade médianoscorredores de ônibus.

De acordocomaCET, alémdofimdeum déficit mensal de R$ 147mil no gerenciamento doserviço, o novo contrato tem grandes diferenças em relaçãoao antigo,inclusive aterceirização dosdepósitospara automóveis apreendidos. A manutenção dos depósitos, um dositensmaiscaros do sistema de guincho,será feita por uma empresa contratada. A vencedora da licitação tambémbancará o seguro do carro, antes custeado peloMunicípio,e umatecnologiaque permitearemoção lateral de veículos. (KF)

meirafaseserá dafozdorio Pinheiros até 600 metros acima da ponte do Piqueri; a segunda, deste ponto até a foz doTamanduateí; aterceira, até 350 metros abaixo da ponte do Tatuapé e, a última, até a Barragem da Penha. Segundo o DAEE, essa é a aréamais afetadapelasenchentesdoTietê eademaior dificuldade de trabalho, devido àsinterferências(pontes, redes de energia etc). A região também está confinada entre as marginais do Tietê, que recebempor dia maisde 700 mil veículos."Agora teremos condição de reter o volume dascheiasnas sub-bacias, queirá demorarparachegar na calhado Tietê.", disseRicardoDaruizBorsai, superintendente do DAEE. (KF)

agenda

Hoje Capacitação –O assessor dapresidênciadaAssociação, Arnédio Bastos Oliveira, participada abertura daexposição "Juventude - Urgência Social", do Programa Capacitação Solidária. Às 9h30, no Museu de Arte Moderna, no Ibirapuera. Quinta Valor – O superintendente-geral daAssociação, MárcioDomingues Aranha, participa daentrega do "Prêmio Executivo de Valor" oferecido pelo jornal Valor Econômico Às 19h, no Buffet Rosa Rosarum, em Pinheiros.

Associação Comercial de São Paulo
Kelly Ferreira
Além da obra, que consumiu R$ 1,6 milhão, foi feita catalogação de 500 peças do Museu, da Capela e do Oratório
A exposição de telas no Ecco estará aberta ao público nos dias 11 e 12 Dudu

Otimismo volta e Bovespa descola de NY, com alta de 0,27%

A Bovespa revigorou-se ontem, comumapostura mais otimista dosinvestidores, que rumaram em direção aos bancos e às empresasde telecomunicações, descolando-sedeWall Street.Abolsa encerrou com altade 0,27%, a 13.195 pontos.

Bom volume – Apesar de modesto,o ganhofoiconsi-

derado por operadores como substancial,diante daBolsa deNovaYork: baixade 2,42% doNasdaq equeda de 0,39% do Dow Jones. Opregãoteve umvolume de R$ 557,6 milhões, praticamente o dobro do giro da véspera (R$ 279 milhões). Os investidorestrocaram ações preferenciais da Petro-

brás pelas ações da Telemar. Troca em NY – Até em Nova York a trocaentre as duas ações foi notada, segundo um operador que atua no mercado de recibos de ações (ADR) brasileiras. Esse fluxo fez Telemar empurrar o índice, com elevação de 3,24%, a R$ 30,29, com um giro financeiro de R$ 93,9 milhões. Aspreferenciais da Petrobrás,na outraponta,caíram 3,34%, para R$ 55,87.

O destaque foramas ações do grupoItaú.Aholding Itaúsa comunicouao mercado aconvocaçãodeAssembléia GeralExtraordinária (dia 29) para deliberar sobre a possibilidade de estender a ações preferenciais o direito de embarcar, em parte, do prêmio pagopor ações do bloco de controle, em caso de venda de controle. Ospapéis daItaúsa subiram 4,26%, comum girode R$ 28,6milhões.Asações preferenciais do Itaú subiram 3,12%,com um volumede R$ 23 milhões. (Reuters)

Taxa para janeiro inverte tendência e registra recuo

Apesar de variações discretas, as apostas em juros finalizaram em ligeiraqueda ontem, na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).

O consenso entre operadores éde queaté adecisão sobreojuro primário,quesai na quarta-feira da próxima semana, com o veredicto do Comitê de Política Monetária, Copom,os jurosfuturos devem ter movimentos sem grandes oscilações. Atualmente, a taxa básica está em 18,50% anuais.

Inflação– Relatório do Lloyds TSB divulgado ontem no entanto, diz que a decisão do Copom e, por consequência, o comportamento das taxas futuras,podem serinfluenciados "fortemente" pela divulgação do IPCA –índicedeinflação que baliza o sistema de metas adotado pelo Banco Central.

O número do IPCA de março sai hoje e projeções no mercado indicam uma elevação para cerca de 0,45%, ante 0,36% de fevereiro.

O ativo de maior interesse no segmento,o DepósitoInterfinanceiro de janeiro, terminoucom projeçãodetaxa a 18,31%,inferior aos 18,40% da véspera. (Reuters)

Dólar retoma queda, com melhora do cenário

Comalguma diminuiçãonas tensões externas e respaldo em noticiário doméstico favorável, o dólar voltou a fecharemqueda. Ofluxofoio fatorpreponderante parareverter a trajetória da véspera.

Nofinalda sessãoamoeda americanavaleu R$2,281na venda, comrecuode0,57% sobre a segunda-feira.

"Não foi dosdias mais agitados,mas percebique ofluxo deusustentação parao realse apreciarde novo", relatou um operador de câmbio de um banco de investimentos. "O ambiente internacional também ajudou."

doméstico, desde alguns pregões antes davirada do mês, captaçõesno Exteriore ingressos decapitais têm asseguradoo retrocessodecotações do dólar.

No nível de fechamento de ontem amoedaamericana acumula baixade1,93% em abril e de 1,47% desde o ínício do no ano, frente ao real.

No nível atual, a moeda americana acumula baixa de 1,93% em abril e de 1,47% desde o início do ano

Petróleo– O profissional referiu-se a retraçãonos preçosinternacionaisdo petróleo e a menos pessimismo em mercados acionários internacionais, verificaodo ao longo do dia.

No ambiente interno o destaque no dia foi um dado de fevereiro que mostrou,pelo quarto mês consecutivo, expansãoindustriale sugeriu continuidade de recuperação moderada do setor.

Com relação ao câmbio

Ponto de equilíbrio – O diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, acredita que "o ponto de equilíbrio da taxa cambial está em R$ 2,35." Em relatório distribuído ao mercado ontem, Nehme previuque "ataxavoltará aeste patamar tão logoseja ultrapassado este momento atípico,provocado pelaexcessiva concentração de ingressos de recursos".

Outra análise,do Lloyds TSB, notou que"no curtíssimoprazo, apenasalguma surpresa muito negativa no campopolíticoe/ou agravamento muito sério do quadro internacional poderiam levar a taxa ase desvalorizar acentuadamente". (Reuters)

Colorama Maybelline, uma nova marca

Da junção das duas empresas líderes de mercado nos segmentos de maquilagem e esmaltes surge outra opção para a consumidora

Dois pesospesados daindústria de cosméticos uniram-se para avançar no mercadobrasileiro –aMaybelline, númeroum emmaquilagem nosEstados Unidose a Colorama, líderem esmaltes no Brasil.A partirde agora, elasformam aColorama Maybelline NewYork. Com 32% do mercado de esmaltes, a Colorama foi adquirida pelo Grupo L’Oréal no ano passado e integrou-se àdivisão grande público,ao lado da L’Oréal Paris e da Garnier, dizJeanNoel Divet,diretor dessa divisão.

Após modernizara embalagem dos esmaltes, a empresalança o primeiro produto da junção – batom Water Shine, explica Rodrigo Pizarro, diretor de marketing.O Brasil é um dos maiores merca-

dos de batom do mundo. São comercializados 80milhões de unidades por ano, sendo que 93% das brasileiras usam o cosmético. É um hábito garantido,não há mulherque dispense "um batonzinho".

Mas há umdetalhe: 80% das vendas ocorrem pelo sistema porta-a-porta, detalhaYannick Raynud, gerente da marca. A Colorama Maybelline New York quer conquistar uma fatia desse mercado.

Preço eefeito – Yannick diz que para conquistar a consumidora o produto tem preço acessível e qualidade semelhante àdasgrandes marcas. OWater Shineé o primeiro batom com efeito

Home-theater traz o cinema para casa

Levar o cinema para dentro decasa.Este éumdosobjetiv os dos ambientes com home-theater. A aparelhagem, que é projetada para incorporar o áudio ao vídeo,inclui caixas de som, amplificadores, videocassete, DVDe TV outelãocomprojetor. Cada vez mais comuns nas casas, os equipamentos oferecem inúmeros recursos tecnológicos, emsistemasque podem ser básicos ou complexos. Apesar da variedade de opções,osprojetossãofeitos a partir dos mesmos itens. "Todo home-theater é composto por três elementos: fonte, imagem e som", diz Josias de Moraes Cordeiro Júnior, proprietário do Josias Studio, no mercado há quase 50 anos. As fontes originam os sinais deáudioe vídeo, comovideocassete, DVDesinalde satélites. Aimagemficapor conta do aparelho de TV ou

telãoe osom vemde umsistema de caixasacústicase amplificadores. Sistema – Um home-theaterbásico precisater, nomínimo, um amplificador ou receiver eseis canaisde som: uma caixa acústica central, um par de caixas frontais, um par traseiro para efeitos especiais(surround) eumacaixa que reproduza os sons mais graves (subwoofer). O pacote mais simplescom esseselementos é chamado de hometheater in-a-box e custa a partir de R$ 3.500. Além disso, são necessários umvideocassete estéreo, DVD e um aparelho de TV ou projetor com telão. A escolha da TV deve ser feita de acordo com o tamanho do ambiente em que ela será colocada. "Cada metro corresponde a 10 polegadas, ou seja, para uma salade 2,9 metros,a TV deve ser de 29 polegadas", diz

Sérgio LuizPereira,diretor executivoda MarctronDesign, há 23 anos no mercado. A aparelhagem não precisa ser todada mesmamarca, já que a maioria dos produtos é compatível entre si.Mas vale observar itens como potência e forma de conexão nahora da compradosequipamentos.Paracolocá-los emfuncionamento ainda épreciso observar ainstalação elétrica disponível efazeras adaptações de fiação e tubulação adequadas.

Ambiente – Os profissionais do setor ainda lembram outros itens que melhoram o ambiente. "O som melhora muitocomo isolamento acústico, e o ar condicionado acaba com a umidade prejudicial aosaparelhos", afirma Mauro Warcman, diretor comercial da Kitson, há 45 anos no segmento. Em um projeto completo,

Linha profissional para cabelos

Outra gigantedosetor de cosméticos, aWella, vaipor outro caminho, como mesmo objetivo de aumentar sua participação de mercado. A empresa amplia sualinha de produtos profissionais, aqueles comercializados apenas em salõesde beleza. Trata-se de um sistema de tratamento, voltadoparadescobrir problemas capilares específicos e usar o tratamento adequadoa cadaumdeles. System Professional é composto por nove linhas de produtos, que promovem resultados imediatos, segundo a empresa.

Osistema precisadeuma ferramenta de última geração

– o Diagnosis Scanner –, uma microcâmera patenteadapela Wella, que aumenta em até 150vezes aimagem docabelo. Por meio dessa imagem, o SPecialist, profissionalformado em tricologia (estrutura do cabelo),faz o diagnósticodo problema.Segundoa empresa,ele consegueverificar os mais intrínsecos problemas docabelo, desua raiz até as pontas, passando pelo courocabeludo. Combase nessas informações é prescri-

Para cada tipo de problema, há um produto específico de tratamento

to o tratamento adequado. Cat egori as –O sistemaé formado por três categorias de produtos:xampus,tratamentos expressospara efeito imediato etratamentos intensivos para resultados a longo prazo.Os produtos possuem fragrânciasexclusivas e texturascremosas e sedosas.Compõema linhade produtos: Hydro Line para cabelo de normal a seco, protege os fios da desidratação, custa deR$ 29,90a R$65,50; Repair Line,paracabelo danificado, com preços entre R$ 29,90e R$45,90; Remove Line,contraa caspa,custade R$ 38,90 a R$ 75,90; Energy Line, contra aqueda,preço R$ 45,90 e R$ 111,90.

Para couro cabeludo sensível é indicado Sensitive Line, preço de R$ 38,90 a R$ 45,90; para couro cabeludo oleoso usa-se Regulate Line, preços entre R$ 38,90 e R$ 75,90; cabeloscoloridos devem ser tratadoscom ColorSaverLine, com preço entre R$ 34,90 eR$45,90;cabelos ondulados natural, relaxadosou permanentados são tratados com Curl Saver Line, custa entre R$ 34,90 e R$ 45,90. Há ainda osprodutos especiais, como Ends-Express, que detém oprocessode abertura das pontas (R$ 61,90), Power Mask, que regenerao cabelo muito danificado(R$ 69,90) e PerfectHair, que melhora estrutura (R$ 58,90). (BA)

o consumidorpode gastar entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. Mas há quem opte pela sofisticação do home-theater high-end, composto por aparelhagem topde linha.Nesse caso,ocusto podechegara US$ 150 mil. "Hoje fazemos projetos de integração de todos os sistemas de tecnologia dentrode uma residência", diz Josias. Nesses projetos incluem-sea distribuição de sistema desom evídeo para toda a casa e a criação de salas multimídia, integrandohome-theater à internet, por exemplo.

ser viço

Interessados em ter hometheater podem contatar as empresas: Marctron – telefone 3062-2021; Kitson – telefone 222-0099 e Josias Studio –telefone 3088-9400

molhado, tendênciaforte no JapãoenaFrança. Para dar esse efeito, o produto mistura gloss com fórmula contendo maisemolientes e óleosessenciais. A maior novidade é oefeitodereflexoqueo ba-

tomdá aos lábios.O batom chegaao mercadoem 27cores:tons rosados, alaranjados, beges, marrons e vermelhos. Alinha ganhou nomes "saborosos",comolicor de rosas, geléia de morango, doce de leite, licor de cacau, mate gelado e caramelo, entre outros. O batom Water Shine custa R$ 5,99. Fernando Torquato, maquiador oficial da marca, explica que atexturadonovo batom torna-o muito fácil de aplicar. Usado sobre outro batom, faz com que os lábios pareçammaiscarnudos. A nova marcatambém ganhou uma porta-voz com jeito bem brasileiro: a atriz Camila Pitanga. OGrupo L’Oréal chegou ao Brasil em 1960.

Beth Andalaft

Water Shine, o primeiro produto da marca, é batom com efeito molhado, deixando os lábios com reflexos Camila Pitanga, o rosto brasileiro da marca
Fotos:
O home-theater pode ser um ambiente total ou ocupar espaço numa sala
Móveis especiais para abrigar os equipamentos que formam o home-theater
Estela Cangerana
Fotos:D ivulgação
D ivulgação

Dicas para pôr a mão na massa

Especialista ensina a escolher a farinha adequada e a preparar massas caseiras, já pensando no almoço familiar do Dia das Mães

Diz o ditado popular "é tudofarinhado mesmo saco" para se referir àscoisasaparentementediferentes, mas narealidadeiguais. Porém, quem entende do assunto garante que não é bem assim. Hádiferença, emuita,entre as várias marcas de farinha no mercado. Quem explica melhor o assunto é Maria Cristina deAzevedo,proprietária da Massas, Molhos & Cia, que comercializa massa fresca pronta. Ela dizque há vários tipos defarinha, sendoa de granomolea costumeiramente encontrada no mercado brasileiro. Embora seja adequada parausodoméstico, não é aideal para profissionais.

Para produção de empresas como a de Maria Cristina, a farinha ideal resulta da misturade granomole comgrano duro(durun), importada do Canadá. Combinando 50% decada tipo,obtém-se uma farinha mais adequada ao preparo das massas. Porém, Maria Cristina detalha que não é possível o uso caseiroda durun,porque édifícil abrira massaresultantecom rolo. Apesarda diversificada oferta demassaindustriale fresca no mercado,há quem prefira fazerem casa.Escolher a farinha entre as marcas líderes de mercado é a melhor forma de optar pelo produto mais adequado.

Maria Cristina diz que quantomais brancaa farinha, melhora suaqualidade,

pois ela não contém misturas ou impurezas. Excetoem relação à integral, que deve ser o contrário, quanto mais escura, melhor qualidade. Há outros fatores quedevemser observados nopreparoda massa caseira,como aquan-

tidade deovos, amanipulação cuidadosa dos ingredientes e até a temperatura. Quando o tempoestá mais seco, a massa também fica assim; tornando-se úmida, quando há maior umidade no ar.

C ur so / Em p re sa – Todos esses detalhes serão explicados por Maria Cristina na aula sobre o tema que ela vai ministrar, no próximo dia 27, às 15 horas, na lojade objetos para acasa Aleotti(fone 5536-4511). Ela também vai

Um clima de Provence em São Paulo

Uma das regiões mais charmosas do sul daFrança, a Provence é tambémuma das principais rotasturísticas do país, principalmente para aqueles queapreciam pratos evinhos aromáticos.Porsua mistura natural de campos cobertos de flores com cheiro de uvas eolivas, a atmosfera provençalé repletadearoma e sabor. Pois esse cenário francês está sendo reproduzido, a partir de hoje e até o próximodia28, noMorumbiShopping, onde se realiza o evento Saborese Aromasda Provence. Parceria do restaurante Le Chef Rougecom as francesas L’Occitanee Oliv iers&Co, empresasde cosméticos e gastronomia.

No piso GourmetShoppingfoi montadaumaespéciede mercadoabertoprov ençal, com objetos de vestuário, mobiliário, tecidos e acessórios de cozinha. Uma promotora orienta e informa o público sobre a região, seus costumes e produtos. O Le Chef Rouge ofereceum cardápio especial, de forma a valorizar edivulgar agastronomiacomoforma de cultura, diz Vanessa Fiuza, proprietária do restaurante. A casa está ornamentada com umjardim de ervas eflores da Provence.

Menu Provence – Achefe

Renata Braune criou um cardápiocompletousando os sabores marcantes das frutas, legumes ehortaliçasdaregião,fazendo umareleitura da gastronomia provençal. O

couvert especialé formado por diferentesazeites daOliviers & Co e pissaladiere (espécie de pão típico, com azeitonas, cebola, alho e azeite de oliva). Entre as entradas estão

quiche folhada com queijo de cabra, mariscos gratinados com manteiga e ervas da Provence, legumes com pesto de ervas epargo, lulas esalmão confitados emazeite virgem

com ervas e cuscuzmarroquino.

Entre ospratos principais encontram-se peixe grelhado, polvo refogado, massa fresca recheada, frango recheadocom lingüiçadecordeiro eentrecote commanteiga de ervas, batatas assadas e tomates à provençal. Como sobremesastêm-se asopções de pêras cozidas com creme de cassis e amêndoas torradas ou crepecomcompota de manga. O custo do menu Provence é de R$ 38,50 por pessoa. O caféé acompanhado de uma "azeitona" de chocolate, produzida pela O&Co. Os vinhospodem ser consumidos por taça (custo R$ 12) ou em garrafa (R$ 48 ou R$ 69).

Cursos e palestras – Outra atração de Sabores eAromas da Provence são os cursos e palestras gratuitos,ministrados por Renata Braune (gastronomia provençal), MatthieuPéluchon (vinhos do sul daFrança), ValerieJaminet (a tradição provençal) e Marcos Cláudio BrunoPimentel (históriado azeitede oliva). Aprogramaçãoestá assimdefinida: hoje,às 19h, Os perfumes eaProvence: história etradição;amanhã, às18h30, aula de cozinha; quarta,às19 h,vinhosdosul daFrança; dia 23, às19 h, A Oliva: ahistória do azeite; e 24, às 18h30, aula de cozinha. As vagas são limitadas e as inscrições podemser feitas com antecedência pelo fone 0800-177600. (BA)

Massas,Molhos &Cia é uma empresade fabricaçãode massas caseiras e molhos, vendidas no atacadoe no varejo. No primeiro sistema, sãoatendidosempresas aéreas, hospitais eclubes. No varejo,além doconsumidor final, também há parcerias com outras lojas especializadas, que queiram comercializar osprodutos.Alojacomercializa a massa branca, convencional, como caneloni,rondeli, capeletieoutras. Há também a pastacor, a massacolorida.O quilode massa tem preços que variam entre R$ 8 e R$ 36.

Maria Cristina também faz eventos para empresas e festas. Nesses casos, a massa pode ser temática e colorida. No caso de empresas, é possível estampar o logotipo no macarrão. Para festas, o macarrão ganha formatos variados, inclusive de pirulitos e balas paracrianças. Nesteano, quando serealizaa Copado Mundode Futebol,omacarrão tambémpode serproduzido com desenhos alusivos ao campeonato. Oscustos paraeventos dependemda quantidade e tipo de massa.

ensinar uma receita básica de massa, quepoderá serusada para espaguete, talharim ou lasanha e uma massa recheada, emformato decoração, especial para o almoço do Dia das Mães. Com seis anos de mercado,

Interessados em adquirir massas prontas, revender ou contratar os serviços da empresa Massas, Molhos & Cia, podem manter contato pelo telefone 5505-3421 ser viço

Dia das Mães já é tema de cursos nos shoppings

Os shoppings também já se programaram para oDia das Mães noque se referea cursos. Há opções de preparo de refeições a confecçãode presentes e enfeites. O Centro Cultural Aricanduva oferece cursos e workshops, cobrandotaxas pelosmateriaisusados. As inscrições podem ser feitas de segunda a sábado, das 10 às 20 h. Informações pelo fone 3444-2000 ramal 2043. OCentral PlazaShopping oferece cursos gratuitos e as inscrições podem ser feitas nos mesmos horários, com acréscimo dos domingos, das 12 às 20 h. Mais detalhes pelo fone 6914 -0422 ramal 243. Entre oscursos doAricanduvadestaca-se odePresentes para Mamãe,ministrado por Edna Silveira. Ela dará dicassobre a confecção de arranjos com balas de goma, caixas de presentes e cestas. As aulas realizam-se hoje e nos dias 17 e 24, das 14h30 às 16 h e das 19h30 às 21h30, ao custo deR$ 40.Edna Silveira tambémensina afazercestas de café da manhã, nos dias 18 e 25,nos mesmos horários, também com preço de R$ 40. Arranjos floraissão outrote-

ma da mesma professora, amanhã, nos horários já citados e com o mesmo preço. Cursos de pinturas serão ministrados em vários dias. Óleo sobre tela, com Bete Amaral, todas as terças-feiras, das14h30 às17h30 edas 19hàs22h. CustoR$60.Às sextas e sábados, das 10 h às 13h,é EstelaNascimento Franciscoquemdáaulas de óleo sobre tela.O preçoé o mesmo. Com preço de R$ 60, Orlando Palhares ensina esculturas em vários materiais, às qu int as-f eiras, das19 h às 22 h.

Mu it os sabores –Entre os cursos oferecidos pelo Central Plaza Shopping estão vários de culinária: especial de tortas, com Juliana Kalef, amanhã,das 14h às17 h;geléiasdiet, ministradaporSilvana Costa que também vai ensinar afazer massade pão integral, no dia 16, das 14 h às 17 h; frangos e legumes Korin sãotema docurso daculinarista ÂngelaFesta, nodia 26, das 14 h às 17 h. Cestas de café da manhãpara asmães estão nocurso de Ilza Venturade Oliveira, no dia 12, das 14 h às 17 h. (BA)

Beth Andalaft
Parece um belo quadro da natureza, porém é uma massa com formato e saborQue tal massa com formato de coloridos peixinhos para alegrar o almoço?
Para festa de criança, massa com formato de pirulito, colorida e engraçadaA massa pode ter logotipo de empresa e os mais variados formatos e cores
Entrecote com manteiga de ervas, um dos pratos criados no Le Chef Rouge
A chefe Renata Braune e Vanessa Fiuza comandam o Le Chef Rouge
Flores em arranjos, um dos temas
D ivulgação

Impostos brecam investimento no País

Segundo pesquisa da Amcham, a carga tributária afasta os recursos do setor produtivo; o potencial econômico, ao contrário, atrai

O potencial de crescimento do mercado eo tamanho da economia nacional são os dois fatores que mais estimulamoinvestimento no setor produtivo do País. No outro extremo, a alta carga tributária e o custo Brasil continuam afugentando oingressode novos recursos.

Essassãoas conclusões centraisdo estudo"Osprincipais fatoresque estimulam e que desestimulam os investimentos produtivos no Brasil", divulgadoontempelo Comitê de Investimentos da CâmaraAmericana deComércio de São Paulo (Amcham). Foram entrevistados para o levantamento 132 empresários de oitocomitês diferentes da entidade.

No ano passado, as empresasinstaladas no Brasilpretendiam investir no mercado brasileiroentreUS$150 bilhões eUS$ 160bilhões. "Os números são respeitáveis e devemser realizadosnomédio e longo prazo", afirmou o presidente da Simonsen Associados – empresa que elabora oestudo–,HarrySimonsen.

Maior peso –Na pesquisa de 2002,asquestões econômicas aparecem como o principal item avaliados pelos investidores,com 45% das respostas.A participação desse item no total, porém, diminuiu. Napesquisa ante-

rior,de 2000,os fatoreseconômicos preocupavam 50% dos entrevistados; em 1999, o porcentual chegava a 78%. Os fatores políticosficaram em segundo lugar no estudo divulgadoontem,com 32%. Em seguida, vieram as questões sociais (18%) e recursos naturais (5%).

Na pesquisa de 2000, os fatores sociais participavam com apenas 10% e, na anterior, nemeram citadosentre as dez razões mais votadas. Entreos fatoresquedesestimulam osinvestimentos, aparecem emprimeiro lugar os políticos, com 50%, seguidodos econômicos (36%)e dos sociais (14%).

Rejeição antiga –Os impostos e o custo Brasil já eram apontados desde1999 como fatores"repelentes" deinvestimentos no País.

O custoBrasil– conjunto de gastose exigênciascom os

quaisarcam asempresasque operam no Brasil– apareceu em segundo lugar nas três séries da pesquisa.A entidade concluiulevantamentos do gênero em 1999, 2000 e 2002.

"Para recebermais investimentos produtivos, o Brasil precisa reduzir a quantidade deimpostos e realizarasreformas trabalhista, tributária eprevidenciária", afirmouo consultorda PriceWatherhouseCoopers José Cotrim.

Acorrupção surgeemterceiro lugarentreosfatores negativos.No primeiroestudo, em 1999, ela estavaem quinto lugare, em 2000,em quarto. Parao analistado BancoAmérica do Sul,Ronaldo Magalhães, esse resultado não quer dizer que a corrupção seja maior hoje. "Possivelmente, ela está nomesmo nível da registrada no

Indústria tem recuperação "suave" em fevereiro, diz IBGE

A produção industrial cresceu pelo quarto mês consecutivo em fevereiro, de acordo comdadosdivulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Nacomparação com o mês anterior, a expansãofoi de 0,3%. Segundoo chefe do departamento de indústria do IBGE, Silvio Sales, o resultado confirma o movimento de recuperação "suave" do setor.

Sales sublinhou,no entanto, que o crescimento de 0,03% foia menortaxa positiva dos últimos quatro meses. Apesar disso, confirma a recuperação daindústria, porque os segmentos de bens decapital,duráveise intermediários, que representam trêsdos quatrograndessetorespesquisados, apresentaramelevação. Em bens de

consumo duráveis e intermediários, a alta foi de 1,2%; em bens de capital, o avanço chegou a 5,3%.

A categoria a apresentar de produção foia de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, de 1,1%). Sales também destacou que, de outubro de 2001 a fevereiro (períodoconsideradoderecuperação industrial), o crescimentoda produção foi de 4,8% Recorde –Em relaçãoafevereirode2001, porém,a produção industrial recuou 1,4% no mês retrasado. Foi a sétima queda consecutiva nessa base de comparação.

O acumulado do primeiro bimestre tambémfoi menor, 1,3%, frente ao nível apurado nomesmo períododo ano passado. Sales afirmou, no entanto, que essas baixas não

indicam retração da indústria. Segundo o analista do IBGE, abase decomparação dessesresultados éoperíodo entre dezembro de2000 e fevereiro de 2001, que teve produçãorecorde. "Osnúmeros defevereiromostram uma recuperação daindústria com a característica de ser suave", observou. Racioname nto – O IBGE também analisou os resultados da indústrialevando em contaseusgastoscom energia elétrica.Em fevereiro,último mês de racionamento, os setores alto intensivos (istoé, que utilizam grande quantidade de energia) registraram queda de 3,1%, frente a janeiro. No mesmo intervalo, os baixo e médio intensivos apresentaram crescimento– de,respectivamente, 0,2% e 2,2%. (AE)

Vendas de veículos de duas rodas crescem 6,8% no 1º trimestre

O setor demotociclos e motocicletasregistrou um aumento nas vendas de 6,8% no primeirotrimestre deste ano,emrelação ao mesmo períodode 2001.Emmarço, foi registradoo segundo maior volumede vendasda história do setor, com 64.752 unidades comercializadas, o querepresentou umincremento de 9% em relação a fevereiro. Os dados foramdiv ulgadosontempela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,

Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas (Abraciclo).

Segundo o presidente da entidade, Roberto Iquejiri, o bom desempenho das vendas do trimestre estáassociado aosesforços dos fabricantes paratornar amotocicletacada vez mais acessível ao consumidor de baixa renda. Iquejiri frisou que o setor está empenhado em expandir as vendas entreostrabalhadores autônomos (motoboys). "O Banco do Brasil abriu uma linha de crédito de R$ 5 mil

governo (do presidente José) Sarney,há 12 anos. Oque acontece é quehoje os meios de comunicaçãodenunciam".

Violência – A preocupação dos empresários em relação à violência urbana também aumentou. As questõesligadas ao aumento da criminalidade, da insegurança e dos sequestros, que ficaram em nono lugar no ranking dos pontosnegativosem 2000, subirampara oquintolugar na última pesquisa.

Outro item que passou a fazer parte da agenda urgente do empresariado é a disponibilidade interna de energia. Esse fator, que hoje ocupa a segunda colocação do ranking defatoresquemaispesam positivamente na decisão dos investimentos, no estudoanteriorestavano 11º lugar. Segundo Simonsen, nesse caso há duas leituras. "Ou os empresáriosestão querendo dizer quehá energia disponível, ouestão ponderando:’se houverenergia, eu invisto’".

Vale destacar ainda que em sétimo lugar de importância surge o fator país pacífico. Esse quesito aparecia em 11º lugarem 2000 e 20º lugar em 1999. "É um fator que começa a rarear e, por isso, ganha importância", diz Simonsen.

Teresinha Matos

Eleições têm influência limitada sobre ingresso de recursos

Empresários reunidos ontem naCâmara Americanade Comércio de São Paulo (Amcham) não acreditam que os investimentos das empresas no Brasil possam ser prejudicados, porexemplo, pelaeleição docandidato doPartido dos Trabalhadores(PT), Luiz

Inácio Lula da Silva. "Acho improvável que qualquer presidente possatirar o Brasilda aldeia global", diz o consultor da PriceWaterhouseCoopers, José Cotrim.

Cotrim comparou o País a uma locomotiva. "O trem é tão pesado que será difícil brecálo", afirmou. O presidente da Simonsen Associados, HarrySimonsen, destacou que, em anos eleitorais, as intençõesdeinvestir sãomenosfortes doque em períodos anteriores. "Mas, passado o pleito, as empresas voltama trazer dinheiro novo",disse. "Osfatores políticos em si não influenciam". ( TM)

IGP-DI registra inflação de 0,11% em março

Ainflação medidapeloÍndice Geral de Preços pelo critériode disponibilidadeinterna (IGP-DI) ficou em 0,11% em março.

O IGP-DI,calculado pela Fundação Getúlio Vargas, é composto por três indicadores: o Índice de Preços ao Atacado (IPA), oÍndice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional dados Custos de Construção (INCC). O custo dos materiais de construção subiram 0,75% e os de mão-de-obra, 0,35% Em março, omaiorres-

ponsável pela inflação foi o INCC, que apresentou alta de 0,55%.

O IPC também registrou elevação, de 0,42%. No varejo,o grandevilãodo setorfoi a gasolina, que subiu 2,37% nomêse puxouaaltamédia de 0,87%dos custosdosegmento de transportes. Os preços do atacado apresentaram deflaçãode 0,11% no mês passado. No ano, o IGP-DI acumula alta de 0,48%. Nos últimos 12 meses, a inflação medida pelo índice chega a 9,14%. (AE)

paramotocicletas, equipamentos de segurança e licenciamento. O alvo é o consumidor de baixa renda".

A meta daAbraciclo é vender 15% a mais neste ano, frente a 2001.

Sobreas exportações, Iquejirafirmouque, como recuo dos negócios com a Argentina e os EUA, o setor está buscando novosmercados, entre eles, África do Sul, Rússia e Europa.

ANÁLISE João de Scantimburgo

Roseana renuncia

Acaba de cumprir dispositivo legal a bela Roseana, que decidiu, mesmo, desincompatibilizar-se para disputar a Presidência daRepública pelo PFL.O partido confirma que tem confiança na dinâmica administradorado Maranhão e quer vê-la nos comícios e nos programas de televisão, batendo de porta em porta, comodizia Jânio Quadros, para tentar ser a primeiramulher naPresidência, emborajá tenhamos tido regente mulher e grande regente, a regente da Lei Áurea, Dona Isabel.

Oproblema deRoseana, parece-me, é saúde.Não há nada mais difícil, nem mais penoso do que uma campanhaeleitoralparaa Presidênciada República. Nos Estados Unidos,onde é muitomaisfácil doqueno Brasil, opresidenteTruman registrou em suas M emó ri as que éprecisoter uma saúde de ferro para enfrentar uma campanha presidencial, seja qual for o adversário. Faloudecátedra, pois foiumgrandepresidente, embora medíocre comocidadãoe ganhoua reeleição.

O PFL, como os demais partidosdoBrasil, exceção

parcial feita ao PT, não tem eleitores, senão umaminoria. Amaioria dos eleitores brasileiros votam exclusivamente em nomes, não se importando com o partido. Ver-se-áesse fato comCiro Gomes, que nãoganhará mas receberávotos, embora sejadoantigoPartido Comunista,ele quenuncafoi comunista, queabjurouo comunismoe ocombateu, com energia e disposição parasefazer acreditadocomo democrata.

Se,pois, oPFLnãotem eleitoresem quantidadepara fazer uma presidenta, cabe à bela Roseana conquistar os eleitores e impor-sepor sua própria personalidade,contra um candidato apoiado pelopresidente da República, vale dizer, pelo poder comoumtodo, casodocandidato José Serra, que já pulou para oprimeirolugarnas pesquisasem SãoPaulo.Em suma, vai ser um páreo duro, duríssimo, desses que só não causam desânimo em quem está motivado para a disputa do cargo.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Mentiras sobre o Oriente

O sanalistaspolíticos que se debruçam sobre os acontecimentos do Oriente Médio e que se inspiram no ideárioesquerdista querem nosfazer crerque orecrudescimento do terrorismo palestinocontra Israel,na formade homens-bomba, tem como causa a ação militar israelense. Essa éuma análisementirosa.

A realidadeé queamobilização dasforças desegurança de Israel aconteceuemresposta aos atentados, que nos últimos tempospassaram a ser quase diários, ceifando avida de dezenas de civis inocentes.

Qualquer Estado teria por obrigação que mobilizar suas forças,emdefesadosseus cidadãos. Foiissoque Israel fez legitimamente.

Por que então a mentira? Penso quepor váriosmotivos. Em primeiro lugar, querem colocar Arafate seus combatentes como vítimas, quando na realidade sãoagressores. O fato dos palestinos serem militarmente fracos nãolhesdá carta branca paraa prática do terrorismo e nemos torna vítimas automaticamente.Em segundo lugar,querem inverter aquestão moraldo conflito,tornandoIsrael agressor, enquantona verdadeé ocontrário, pois acreditam que Arafat é um camarada da causa revolucionária. Em terceirolugar,para constranger aação diplomática do Ocidente, especialmente a dos EUA, como se apolíticaexternanorteamericana se pautasse por essas pífiasanálises falsificadas, pois afinalos EUA são considerados os seus inimigos ideológicos. Para essesanalistas, combater Israel écombater os EUA e o capitalismo, numa lógica assaz obtusa.

Afonte dessasanálisesé acharquea criaçãodoEstado judeu foiilegítima enão deve-

O bunker de Yunnes

Sábadopassado, fuicompraros jornaiseas revistasestrangeiros na banca da avenidaEuropa comruaGroenlândia e dei com uma muralha erguida diante da residência de Jorge Yunnes, meuamigo de longadata eeditor. Aresidência de Yunnes foi planejada e construída pelo saudoso Jacques Pilon,comdesenhosde um manoir francês. Encomendada pelosaudosoHorácio Lafer, ali o grande homem público, ministro, escritor, filosófo,viveu da inauguraçãoaté sua morte.

Com o falecimento de Horácio,suafamília vendeuoprédioà Manchete.Adolpho Bloch queria terem São Paulo uma representaçãocondigna e não encontrounada melhor – eisto com razão– doque a casa que fora de Horácio e Mimi Lafer. Comprou-a, fez algumas reformas,mobiliou-a com ao participação de um decoradore começoua receber convidados.Mas osrecursos foram escasseando e Bloch achou melhor sedesembaraçar da riquíssima casa. Vendeu-a a JorgeYunnes, grande editor.

Oeditor Yunnes,político, produtor agrícola, proprietário urbano, mas, sobretudo,

ria ter acontecido. É claro que falta aqui o devido princípio de realidade:não hácomo fazer voltar os passos da História pormenosque segostedeIsrael. A partir daí, qualquer loucura feita por palestinos será antecipadamente legitimada, independentemente dos meios utilizados.

Essas análises não passam da contra-informação gramsciana, feitas para desorientar o grande públicoe criarum clima favorável às teses dos revolucionários.Afinal,o líderda OLP não sentiu pudor emlevantarbandeiradoMST e aceitar apoios de todos os partidos revolucionários pelo mundo a fora. Arafat nunca escondeu a sua inspiração marxista.

Pedir a intervenção de forças internacionaispara pacificara região, para essas pessoas, seria o mesmoque colocartropas a favor dos palestinos e contra Israel. É claro queisso não vai acontecer, pois qualquer intervenção dependeria do aval e da presença de forças dos EUA, que estão longeadotar essa sandice.

Como emtodaguerra,os inimigos fazem ojogo de projeção de todas as suas baixezas morais sobreosadversários, poisafinal essesencarnam a sua própriaSombra(no conceito junguiano). Certamente não há inocentes nesse jogo e todos acabam tendo as devidas justificativas para acender os ódios mais profundose praticar as vinganças mais terríveis. Como escreveurecentemente oPapaJoão PauloII,não há justiça sem perdão. Iniciar qualquer processo de paz para valer envolve um duelo íntimo de cada um com a sua própria Sombra. Perdoar émuito difícil.

José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas

editor de livros didáticos, é um dos maiores colecionadores de obras de arte do Brasil. Sua casa, a antiga casa de Horácio Lafer e Manchete, é um museu sem paralelo, que me conste, no Brasil. Suas coleções de quadros nãotêmpreço, seus objetos de artesão únicos, seustapetes,suas tapeçarias, tudo, enfim, desua riquíssima casa é de causar admiração pelo bom gosto e pelo valor das peças.

Pois toda essa fortunaera praticamente vulnerável a invasões doscriminosos queestão à solta em São Paulo, roubando, matando,depredando, fazendo, enfim, o que desejamdemaldosopara saciar seus instintos nefandos. A casa de Yunnes estava à vista e convidava ao assalto, ainda que o proprietáriomantivesse um exercito de guardas. Foi quando lhe ocorreu fechar todo o terreno da casa com um muro de quatro oucincometros, transformando a casa num verdadeiro bunker. Éo retrato fiel de São Paulo, onde, para viver relativamente tranqüilo emsuaprópria casaépreciso morarnumbunker.É arealidade.

João de Scantimburgo

Emergência social

Miguel Ignatios

Aenormedefasagem entre asações dogoverno eas docrime organizadoaumentam a sensaçãode impotência na sociedade civil, vítima involuntáriada inépciadopoder público, de um lado, e da ferocidade da violência urbana, do outro. Algunsexemplosrecentes tornam mais claro o raciocínio: enquanto o governo reduz a assistência a jovens entre 15 e 17 anos, que residem na periferia das grandescidades brasileiras, o crime organizado recrutaseus quadros mais jovensjustamente nesse universo.

Obviamente, as "vantagens" oferecidas pelo crime organizado superam de longe as oportunidades colocadas à disposição desse importante contingenteda população,carente por parte do governo.

Um segundo exemplo nos é dado pelo crescimento exponencial dos seqüestros-relâmpago em todo o País. Este é no momento o crime que mais assusta a classe média urbana. Mas comocombatê-lose ele nem existe nonosso antiquado Código Penal? Na hipótese improváveldeaJustiça condenar alguém pela prática de talcrime, ela teria apenasa possibilidadede enquadrá-lo como extorsão medianteseqüestro, cuja pena varia de seis adez anosde reclusão.Uma piadaselevarmos emcontaa violência psicológica usada pelos bandidos contra as vítimas.

Em outras palavras, enquanto os governos andam em passo de tartaruga para definir e pôr emprática medidas para diminuira criminalidade, os bandidos criam soluções cada vez mais audazes, como a montagemdecentrais telefônicas e o usode celulares, por exemplo, para praticar os mais diversos delitos.

Da mesma forma que os crimes, as carências sociais, tão comuns naperiferia dasgrandes cidades brasileiras , tam-

Igual, de vez

bém se multiplicam em velocidademuito maior do que as soluções.Recentemente, assisti, em casa, a uma reportagem de tevê que tratava do desespero de mães quetêm de trabalhar fora e por isso deixam seus filhos em creches. O motivo de tal desassossego era intrigante: quando seus filhos completam três anose 11 mesessão obrigados a deixar a creche. Eles só podem voltara freqüentarescolaspúblicasquando completarem cinco anos. Confesso que fiquei curioso parasaberem quese baseava tal decisão.Critério pedagógicoou simplessubterfúgiodas prefeituras para se livrarem de tão pesado fardo? Até agora estou semsaber o porquê desse disparate.Éque nemorepórter, nem o âncora do noticiário questionaramo motivo de crianças que completam três anos e 11 meses terem de abandonaras creches.Qualquer que seja o motivo não faz o menor sentidoumacriança ser mantida em creche desde os primeirosdias devida sóaté completar três anos e 11 meses. Pouco importa tal procedimento basear-se em lei, decreto ou portaria, visto que ignora o bom senso e deixa de atender a uma grave carência social. Ora,ondeé que asmãesvão deixar os filhos que têm entre três anose 11 meses e cinco anos completos?

Se quiser realmente reverter o atual quadro de violência e criminalidade descontroladas, que senutrem dascarências sociaisda periferia,ogoverno terá de definir o que fazer em caráter de emergência. Definidas as medidas, distribuir as tarefas entre União, Estados, municípios, câmarase assembléiaslegislativase Judiciário. Simultaneamente, convocar a sociedade civil,Igreja, OAB e ONGs especializadas para debater o tema e as soluções recomendadas.

Miguel Ignatios é presidente do Conselho DeliberativodaADVB

Nunca imaginei queum dia ouviria de Lula, na televisão, taxativo:queroassegurar aos proprietários de terras produtivasque em meugoverno invasão não será tolerada. Mas, aafirmação "dudística" (deDuda Mendonça) sintetizade veza chegada doPT aos programas políticos caracterizadospela mesmice do próprioDuda, de Guanaes e outros marqueteiros: populismo, música fácil e apelocomercial emvezde político eideológico. O que definitivamente apaga o passado petistaemperformances televisivas.

Mudar nomes

Poderiam estar na cabeceiradamesa, noprogramado PT dasegunda-feiraà noite, em vez de Lula, Mercadante e Genoíno, por exemplo, Alckmin, José Anibal e José Serra. Ou, ainda,Maluf, Reinaldão e Delfim Netto.Ou Roseana, Bornhausen e Maciel. O programa seria o mesmo.

O que vem aí

Deupara teruma idéiado quevemporaí.Não sópelo PT. Estãotodos iguais.Vamos ter um festival de demagogia, musiquinhaspiegas, apelos emocionais e promessas de todoo tipo e ordem. Vagas. Sem fundamento econômicoe baseadas na apa-

rência, nojogo deimagens e de impressões.

Fragilidade

OPTexpôssuas fragilidades.Lula mencionouomedo que as pessoas comuns têm do PT eafalta degentecompetente,equipes, paragerenciar opaís.A respostafoididática, até infantil. Escolinha de jardim de infância com os intelectuais fazendo a lição. E a declaraçãodeque oPTmudou. Disse até que é totalmente democrático. Alvíssaras.

Prefeitura

Não sei se é verdade. A prefeita MartaSuplicy também apareceu no programa do PT. Em campanha como sempre. Dizem queela,nocotidiano da prefeitura é desbocada. Quem anda por perto asseguraque a prefeita não mede a qualidade das palavras. Estou surpreso com a nossa socialiteprefeitae àsordenspara desmentir.

Buracos

A estação das grandes chuvas está passando. Os buracos vão continuar nas ruas? Outro buraco, mais conceitual, é o da licitação do lixo... Como fica? E dos ônibus? E dos perueiros? Sãoburacos abertos que, estranhamente, se estendem até aCâmara Municipal e não recebem a devida atenção dos nobres vereadores.

P. S .
Paulo Saab
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo -

Reale Jr. piora crise entre PSDB e PFL

Ministro da Justiça atinge pefelistas ao afirmar que Jorge Murad e Roseana Sarney assumem culpa com foro privilegiado

O ministro daJustiça, MiguelRealeJúnior, criou ontemuma novafonte deatritoscomo PFLapósdeclarar, em entrevista àRádio CBN, que a ex-governadora do Maranhão,Roseana Sarney,e seumarido, JorgeMurad,ao pedir foro privilegiado, estav am assumindo a culpa por supostas irregularidades na empresa Lunus.

A declaração do ministro da Justiça, que também é professor de Direito e jurista, foi feitadepoisque Muradfoi nomeado secretário de Ciência eTecnologia doMaranhão, o que lhe dá o foro privilegiado.

Reação – No finaldanoite de ontem dirigentes do PSDB e do PFL buscavam uma saída para contornar a nova crise. A convergênciafoi demonstrada quando o presidente do PSDB,deputado JoséAnibal (SP), e o líderdo PFL na Câ-

mara, Inocêncio Oliveira (PE), adversários históricos, escolheram omesmo adjetivo para qualificar a avaliação do ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior (PSDBSP). "Foiuma declaraçãoinfeliz. Ele podia ter nos poupado disso",afirmouAnibal. "Foi infeliz.Quem desejaser julgado em instância maior é quem quer evitar ingerências políticas regionais", sustentou Inocêncio.

Olíderdo governo no Congresso, deputadoArthur Virgílio (PSDB-AM), criticou a PolíciaFederal por intimar Roseanamenos de 48 horasapós suarenúncia ao governo do Maranhão, dizendoque compreendearevolta do PFL. Inocêncio reconheceu que a reconsideração daPolíciaFederal sobreaintimaçãofoi importante para desarmar os ânimos. "Foi uma demonstração de

União arma-se para derrubar prazo da CPMF

A Advocacia Geral da União,AGU, já tempronto umparecer jurídico sustentando a proposta de encurtamento da "noventena" para a cobrança da nova Contribuição Provisória sobreMovimentação Financeira(CPMF).

A "noventena" – prazo previsto naConstituição entrea aprovação de uma contribuição social e o início efetivo de sua cobrança – seria reduzida dosatuais90 diasparacerca de 50 dias. O Executivo considera essa a melhor saída paraamenizara perdada CPMF.

Tempo – O governo, porém, espera a normalização da crise com oPFL para propor a mudança ao Congresso, o que deverá ocorrer nos próximos dias.

Ontem,oslíderes doPFLe do governo deram sinais conciliadoresapontando para a possibilidade de retomada

agenda

Senado Federal – Sessão deliberativa ordináriaPauta:terceira e última sessão de discussão, em segundo turno, da PEC nº 27/01, acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a fimdeinstituir oFundo paraRevitalização Hidroambiental e o Desenvolvimento Sustentável da Bacia doRioSãoFrancisco;quinta e última sessão de discussão,em primeiro turno, da PEC nº 32/01, altera o inciso II do art. 37 da Constituiçãofederal para permitir o desenvolvimentofuncional de ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente,mediante processo seletivo; quinta e última sessão de discussão, em primeiro turno, da PEC nº 48/01, alterao caput do artigo27da Constituição federal (dispõesobre arepresentação nas assembléias legislativas).

que não se quer guerra", resumiu o líder do PFL, exultante com o resultadoda demonstração de força do partido. Em entrevistas paralelas, ostrêsconcordaram que a disputa políticanão deveinterferir no processo legislativo. "É muito ruim ter a principal instituiçãodademocracia refém de uma situação que nada tem a ver com o parlamento",criticou opresidente tucano José Anibal. Elétrico – "Os canais, que estavam totalmente fechados,já estãose abrindo",observouInocêncio, acrescentando que a tendência do PFL évotarafavor daMPdosetorelétrico,desdeque seja definido um prazo médio paraa vigênciadas tarifas extraordinárias.

Murad assumiu a nova secretaria 27 dias após deixar o governo do Maranhão, quando entãosua mulher,

Roseana, ainda era governadora. Por ocupar cargode primeiro escalãoMurad,e por extensão Roseana, por estar envolvida nomesmo processo, tem deser ouvidos pela Justiça Federal em Brasília e não mais pela Justiça Federal em Tocantins. Murad eRoseana estão envolvidos numa investigação de desvio de verbas da extinta Sudam (Superintendência deDesenvolvimento da Amazônia).

Aempresa docasal,a Lunus Empreendimentos está ligada a uma das denúncias de desviodeverbas da Sudam. Numa ação da Polícia Federalnasede da empresa, foramencontradosR$ 1,34 milhão em notas de R$ 50,00. Atéo momento,aex-governadora Roseana,seu marido ou mesmoo PFLnão conseguiram explicara origemdo dinheiro. (Agências)

dasvotações aindahoje. Na avaliaçãodelideranças governistasno Legislativo,sem um acordoentre ospartidos nãohaverá comoaprovara medida, que seráincluída na propostade emenda constitucional (PEC)que prorroga acobrança daCPMF atédezembro de 2004.

Segundo informação prestadas por um integrante da área jurídicado governo,depois devários estudos,o governo concluiu que do ponto devista jurídico o prazoda "noventena" poderá ser reduzido."Cláusula pétreada Constituição é a existência do prazo para o início da cobrança dascontribuições sociais,não os 90dias",argumentou.

Porisso, osadvogados acreditam que com a redução desse prazo, não seria ferido o princípio constitucional da não surpresana exigênciado tributo. (AE)

Câmara dos Deputados –A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática promoveaudiência pública nesta quarta-feira sobre otema"Propaganda eleitoral gratuita pela Televisãopor AssinaturaeTelevisão a Cabo".Os convidados para o debate são o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Nelson Azevedo Jobim; o presidente interino da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Antônio Carlos Valente da Silva; o presidente da Net Sat Serviços (SKY), Marcos Torres;o presidente da DirecTV Galaxy Brasil, Philippe OlivierBontanol; o presidente da Globo Cabo, Luiz Antônio Viana; o presidente daTVASistemasSão Paulo, José Augusto Moreira; o presidente da Canbras TV a Cabo, Renato Ferreira e o presidente da Associação Brasileira deTV porAssinatura (Abpta), Abel Puig.

Atitude de Jorge Murad provoca mais insatisfação

As razões do recuo do PFL, que suspende hojea obstruçãoque vinhaparalisandoos trabalhos do Congresso, vão muito além dos apelos do governo em favor da governabilidade.

Seporum ladooclimade repúdioà candidaturapresidencialdo PSDBempurraos pefelistas para a oposição, um importantedirigente do partido avalia queo governo pode acabar sendo beneficiado pela crise da candidatura da ex-governadoraRoseana

Sarney. "Não existeum pefelistasatisfeito hoje",diz odirigente, ao destacar que, a despeito da "bronca"com a Polícia Federale onovo ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, oPFL enfrenta rachas internos e uma "crise existencial".

Reparos– Hásetores do partido que fazem reparos ao comportamentoda cúpulae outros que levantam dúvidas sobre a perspectiva eleitoral de Roseana. "Onde está o Zequinha?", indagavam ontem-

vários deputados, ao cobrar a presença do colega Sarney Filho (PFL-MA), quedeixou o Ministériodo MeioAmbiente emsolidariedade à irmã, mas não voltou ao Congresso. "A gente fica aqui se expondoemano eleitoralparadefenderaRoseana, maso irmão dela não aparece e o marido,Jorge Murad,complica mais a situação", queixava-se um vice-líder do partido. Sarney Filhodeixouo ministério logo em seguida à de-

vassadaPolíciaFederal na empresa Lunus, de propriedade da governadora e seu marido."Saiuantes mesmo de o PFL romper oficialmentecom o governo, em 7de março, e desapareceu", reclama o pefelista. A volta do marido da candidata ao governo do Maranhão, para garantirforo privilegiado ao casal no processo que investiga irregularidades na Sudam, também foi criticado porparlamentares do PFL. (AE)

Lula quer a reforma tributária

O pré-candidatodo PT, Luís Inácio Lula da Silva, disse ontem que pretende realizaruma reforma tributária logo no início do seu mandato, caso seja eleito. No entanto, afirmou que não aceita críticas caso não seja bem sucedido.

"A meta que iremos buscar é fazer a reforma tributária no primeiro ano de governo, mas se não fizermos ninguém tem autoridadepara noscri-

ticar porqueela nãofoi feita em 100 anos", afirmou. Alíquota– Lula voltou a afirmarque oPTpretende votar amanutençãoda CPMF até 2004, sendo que neste anoela teriaa alíquota reduzida da atual 0,38% para 0,08%. "Precisa votar, porque precisamos arrecadar R$ 20bilhões. Nãoachamos justo, para quem tomar posse , não ter essesR$ 20 bilhões", disse Lula.

Lula, no entanto,acabou desautorizandoo seu assessor econômico, professor GuidoMantega, que,ementrevista à revista Época desta semana, vinculou a extinção da CPMF àrealização da reforma tributária. "O Mantega tem mais de 35 anos, fala por ele. Eu falo por mim e o Palocci fala pelo programa de governo" disse Lula referindo-seao prefeitodeRibeirão Preto, Antônio Palocci, que é

o coordenador do programa de governo petista. Luladisseque, com ele,a CPMFiria sóaté2004 edestacou a importância da reforma tributária. "Ela só não foi feitaaté agoraporque ogoverno não quis. Existe um acordoentre todosos partidos e o Executivo impediu que a votação" . Ele destacou como eixo central a proposta quedesonera setoresprodutivos e da exportação. (AE)

Declaração de Reale Jr. foi lamentada pelos líderes dos dois partidos
Ed Ferreira/AE

Grandes potências tentam

juntas conter Ariel Sharon

A União Européia,UE,os

EstadosUnidos,a Rússiaea

ONU se reunirão hoje em Madri com o objetivo de pressionar Israel para que detenha os ataques e seretire dos territórios palestinos.

A Espanha, que ocupa a presidência rotativa da UE, também proporá a realização de uma reunião do Conselho da Associação UE-Israel comopasso prévioa debater possíveis sançõesao governo israelense do primeiro-ministro Ariel Sharon por ignorar as leis internacionais, anunciou ontemo chanceler espanhol, Josep Pique.

Na reunião de hoje, da qual participarão Pique eJavier Solana; o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell;o secretário-geral da ONU, Kofi Annan;e o chan-

celer russo, Igor Ivanov, a Espanhaproporá umadeclaraçãoconjuntainsistindo na necessidade da aplicaçãoda resolução 1.402do Conselho de Segurança das Nações Unidas,queexigeo fim dos ataquesisraelenses earetiradaimediatade Israeldosterritóriospalestinos, assimcomo um pedido ao líder Yasser Arafat para que controle o terrorismo.

Ataque – A iniciativa chega num momento em que Israel insisteemmanter astropas na Palestina.ArielSharon disseontem queaofensiva militar na Cisjordânia vai continuar atéque asmilícias palestinas sejam esmagadas. Sharon, sobforte pressão dos EUA para retirar suas tropas decidades palestinas,fez o comentário após receber a

notícia de que 13 soldados israelenses haviam sido mortos em enfrentamentosno campo derefugiados palestinos deJenin.Foi omaiorgolpe sofrido pelo Exército deIsrael em sua ofensiva de 12 dias lançada naesperança de esmagar gruposmilitantes palestinos.

Pelo menos124 palestinos e24soldadosisraelenses já morreram durante a ofensiva,segundo médicospalestinos e o Exército de Israel.

Oprimeiro-ministro afirmou que a ofensiva vai continuar atéqueIsraeltenha destruídoa "infra-estrutura palestina do terror".

Powell – O secretário de Estado americano, Colin Powell, disse que vai se reunir comolíder palestinoYasser Arafatno fimda semana.Ele

Preço do petróleo cai; Arábia

Saudita garante fornecimento

Os contratosdepetróleo encerraram em forte queda na New York Mercantile Exchange(Nymex), apesarda interrupção daoferta doIraqueeda Venezuela.Opetróleo abriu em baixa com a notícia deque Israelestava iniciando aretirada desuas tropasde duas cidades da Cisjordânia.

Logo depois, entretanto, soldados israelenses e militantes palestinos se enfrentaram numcampo derefugiados da cidade de Jenin. Estimativas dos dois lados deram conta de pelo menos cem palestinos mortos e 13 soldados israelenses.

Previsão – "O conflito, embora ainda intenso, provavelmente será amenizado na próxima semana", disse Steve Bellino, vice-presidente-sênior de gerenciamento de riscos doFimat USA Inc."O

mercado estácomeçando a perceber queofluxodo petróleonão seráinterrompido", acrescentou.

Ospreçosdo petróleoede produtos futuros saltaram na sessãodeanteontem depois que Iraque confirmoua suspensão de suas exportações por30 diasou atéqueIsrael retirasse suas tropas dos territórios palestinos.

Se a situação se acalmar nos próximos dias, tradersafirmam que oIraque pode cancelar seu embargo.Ontem, o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, disse ao jornal al-Hayat, comsede em Londres, que afamília real não apóia o uso do petróleocomouma armaeofereceugarantias paraaestabilidade da ofertado petróleo.

Ajuda – Para Chris Schacte, analista de energia do GSC Energy, o fato de que a Arábia

Saudita e o Kuwait já terem se posicionado contra o embargo também contribuiu. Outrofator quepressionou os preços foi a divulgação de umrelatório da Organização de Países Exportadores dePetróleo, aOpep, que, excluindoo Iraque,mostrou que a produção de março somou 21,701 milhõesde barris/diae superoua metaem mais de 1milhãodebarris/dia no mês.

Surpresa – O fatorsurpresa dodia foia grevenacional de 24horas daVenezuela, realizada em apoio a funcionários da estatal Petroleos de Venezuela, a PdVSA, que afetou principalmente o setor de petróleo. Além disso, há rumores de que o Irã e a Líbia estão considerando a adoção de medidas semelhantesàs anunciadas pelo Iraque.

Os contratospara maiofecharam em queda deUS$ 0,72 paraUS$ 25,82o barril, ou de 2,71% em relação ao fechamento de anteontem. A mínima foi US$ 25,62 e a máxima, US$ 26,40. (AE)

NOTAS

Multidão de súditos no adeus à rainha

Mais de um milhão de pessoas despediram-se ontem da rainha-mãe da família britânica nocurto trajetodo cortejo - da sede do Parlamento à AbadiadeWestminster, ondeocorreramatos religiosos em memóriadela. Arainhamãe foi sepultada no mausoléurealdo CastelodeWindsor,nacapela deSt. George. Ela repousa numtúmuloao lado domarido e doda filha Margaret. (AE/AP)

também elogiou o começo de uma retirada israelense de áreas palestinas ocupadas. E disse esperar que seja "o início do fim" da escalada de violência na região.

Umporta-voz de Sharon anunciou ontem a dissolução de um gabinete especial para a Segurança, do qual também faziamparte ostrabalhistas

Shimon Peres e Benyamin

Ben-Elizer, ministros do Exterior e da Defesa.

Derrota – A decisão do primeiro-ministro gerou malestar no Partido Trabalhista, que perdeu assim um foro no qual tinha maioria.

O deputado trabalhista

Ophir Pines exortou o primeiro-ministroSharon areconsiderar a decisãoe ameaçou retirar o partido da coalizão governista. (Agências)

Bombas deixam dois mortos e um ferido na Colômbia

Dois policiaismorreram ontemna explosão de um veículoemcujo interior haviaumcadáver,emuma estrada próxima a Bogotá, informou apolíciacolombiana. O capitão Germán Arturo Ruiz, o principal especialista em desativação de bombas da PolíciaNacional,e osubtenenteJuan CarlosDíazsubiram na caminhonete para fazer a desativação, mas a bomba explodiu. A polícia atribuiu a autoria do atentado à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc. Outra bomba, de menor poderde destruição,explodiu logo em seguida a uma distância de 11 quarteirões da primeira, causando leves danos a instalações em uma empresa de telecomunicações. Mais duas bombasexplodiram em umaavenidano centro de Bogotá e uma terceira foi detonada pela polícia. Milhares depessoas tiveram de abandonar escritórios e casas comerciais.Uma meficou ferida. (AE)

Bustani pressionado a sair da ONU

O governo dosEUA não desiste de retiraro embaixadorbrasileiro, JoséMaurício Bustani, do cargo dediretor daOrganização paraaProscrição de Armas Químicas (Opaq, da ONU).

Ontem, a entidade anunciou a convocação especial com os 145 países-membros para debater a sua permanência. A reunião ocorrerá no dia 21, e foi convocada por pressão da Casa Branca. (AE)

Na Argentina, pobreza aumenta e bancos perdem 8 bilhões de pesos

Os bancos argentinos sofreram desdedezembro uma perda de capitais de 8 bilhões de pesos apesar do congelamentodedepósitos,o que elevou a demanda por dólaresapós adesvalorizaçãoem janeiro, avaliaestudodivulgado ontem.

"A base monetária continuou seu caminho ascendente, acumulandocrescimento de 38% em quatro meses (dezembro-março). Estes recursos resultam quase em sua totalidade numa demanda potencialde divisas", disse um comunicado da consultoria Ecolatina.

Desvalorização – O governo do presidente Eduardo Duhalde decidiu em janeiro desvalorizaramoeda local, que pormais deuma década esteve atreladaaodólarna paridade de um para um, e desde então já perdeu mais de 55% de seu valor em relação à moeda norte-americana.

Pressão– O alto grau de dolarização e a grande pro-

porçãode insumosimportados utilizados na indústria geraram pressõesinflacionárias.

O governoreconheceu recentemente que o aumento dos preços no varejo deve ser de pelo menos 45% em 2002. O estudo da Ecolatina, que disse que o sistema de câmbio fixo daArgentinaestava em dezembro "praticamente extinto",indicou queapolítica de câmbio livre já fez o banco centralperder quase US$ 2 bilhões de suas reservas.

Pobres– A Argentinabateu seus próprios recordes de pobreza. Um relatório da Sociedade de EstudosTrabalhistas (SEL) indica que atualmente, do total de habitantes dacidadede Buenos Aires e dos municípios da Grande Buenos Aires – a área mais rica e industrializada do país e onde está a maior parte doscomércioseo poderfinanceiro- 49%são pobres,o equivalente a6milhõesde habitantes.(Agências)

Nem todos aderiram à greve geral na Venezuela

O maior sindicato da Venezuela, o CTV, afirmou que a taxa de adesãoda greve nacionalde24horas atingiu 80%. Segundo a agência Dow Jones, muitos estabelecimentos comerciais não abriram as portas, mas outros funcionaram normalmente. A agência informou ainda que algumas escolas e bancos abriram, e que as ruas não estavam tão vazias quanto no dia 10 de dezembro,quando aconteceua 1ª greve nacional que parou mais de 90% das atividades.

"Se você comparar (a greve dehoje)ao dia10dedezembro,veráqueessagreve não tevetanto êxitoassim.(...) muitosbancos, serviços públicos, transporte,padarias e outros negócios estão funcionando",comentou opresidentedoinstitutolocal de pesquisa Datanalisis, Luis Leon, acrescentando que ainda nãotemumaestimativa oficial de adesão à greve.

Iraque corre risco de ficar sem alimentos

A Organizaçãodas Nações

Unidasalertou queadecisão do Iraque de reter as exportações de petróleo terá conseqüências para o abastecimento dealimentos dopaís. A ONU havia autorizado os iraquianos autilizar arenda destas exportações para pagar pela compra de alimentos das agências de ajuda humanitária.Sema renda,aONU diz que as agência poderão ficar sem verbas. (AE)

Petróleo – Os resultados no setor de petróleo, no entanto, parecemter sidomais graves. Os embarques estão praticamente paradose a produção está abaixo do patamar de50% namaior refinariade petróleodo país,em La Paraguana. AVenezuela é aterceira fornecedoradepetróleo para os EUA. O governo, que negou a existência de problemas no setor, afirmou que todas operaçõesna estatal Petroleos deVenezuela, a PdVSA, estão normais. Contudo, cerca de 20 navios estão parados nos portos venezuelanos. O governo tambémobrigou as emissoras detevê erádio atransmitirem mensagens contra a greve a cada 15 minutos. A ministra do Trabalho, Maria Cristina Iglesias, disse que os trabalhadores que participaramda grevepoderão ser demitidos. "É uma greve subversiva" disse. (AE)

Aumenta pressão em Nablus

Soldados do exército israelense, com a ajuda de megafones, proibiramontem, a população de Nablus de sair desuas casas. Os militares ameaçam dispararem qualquer suspeito. Segundo relatos de jornalistas, três caminhõesdo exércitoisraelense, percorreram as ruas da parte nova de Nablus, na Cisjordânia, difundindo o aviso. Nablus está sobtoque de recolher há seis dias. (AE)

Petrobrás desiste de subir a gasolina a cada três meses

O diretorde Abastecimento da Petrobrás, Rogério Manso, descartou a possibilidade de aestatalretomara política de reajustestrimestrais do preço da gasolina, como vigorava em 2001.

Segundo Manso, os reajustes trimestraisfuncionavam num mercado fechado. Depois daabertura, disse ele, é muito difícil para uma empresa definirpreços porum período tãolongo, comoum trimestre, já que o mercado tendeater variaçõesimportantes ao longo do tempo.

Se essa política voltasse a ser adotada, Manso anteviu duas possibilidades. Haveria chance de ospreçosficarem defasados em relação ao mercado internacional, o que poderia inibiras atividadesde algumas companhias. Isso já aconteceuno passado, afirmou o diretor. Segundo ele, houvemomentos em que o preço dagasolinano mercado domésticoficou abaixo do preço do petróleo no mercado internacional, fazendo com que as refinarias estabelecidasnoBrasil tive-

sem margem delucro comprimida.

A outrapossibilidade seria a de preços domésticos acima domercado internacional. Nesse caso, Manso ponderou queas refinarias não venderiam "uma gota"de gasolina, porque a alternativa da distribuidoraseria importaraum preço mais baixo.

Sobrea periodicidadedos reajustes da gasolina após o término daatualpolíticade transição, que vigorará por 90 dias, o diretor da Petrobrás disse que isso dependerá muito da intensidadedas variações dos preços internacionais. Com variações maiores, os reajustes seriam mais freqüentes, para evitar ajutes de grande intensidade. "A própria dinâmica do mercado vai ditar", afirmou.

Te nsão – A avaliação é igualà doministro-chefe da Casa Civil e presidente da Câmara de Gestão da Crisede EnergiaElétrica (GCE), Pedro Parente.

Ontem, o ministro afirmou que o mercado internacionalpassa porumquadro políticode tensão,de crisese guerras e isso tem provocado variaçõesbruscasno preço dopetróleo. "Nãotemoscomo isolaro Paísdessa repercussão", disse.

Sobre a decisão da Petrobrás de repassar as oscilações da commodity para os preços internos, o ministro disse que a estatal tem procurado agir com critério, sem transferir à sociedade um ônus acima daquele que seria razoável ou acima daquele que estaria sendo transmitido se houvesse concorrência no País. Parente lembrou que o mercado jápermite aimportação de petróleo. Por isso, se a Petrobráspraticar umpreçomuitoelevado, aprópria empresa estariaestimulando a concorrência.

O ministro disse que a Petrobrás tem de praticar um preço justo para garantir a manutenção da sua participação do mercado – que é, segundo ele, sob o ponto de vista da empresa, umobjetivo legítimo. (AE)

Brasil quer ser líder em vendas de carne bovina no mercado mundial

O Brasil, país com maior rebanhocomercial de gado bovino do mundo, quer atingir aliderança mundialdo mercado exportadorde carne de boi.

Executivos eespecialistas do setor acreditam que a enorme capacidade de produção aliada a um voraz mercado interno é a mistura perfeita para liderar a indústria mundial de carne.

"OBrasil, quepossuimais de 165 milhões cabeças de gado, está livre dos declínios da indústria decarne bovina mundial, já que 90% de sua produçãoé consumidaem casa",disse o presidenteda Associação Brasileira de Exportadores de Carne Bovina, Edivar Vilela de Queiróz.

O executivo acrescentou que as exportações do produto mais dobraram desde 1997 e saltaram quase39%em 2001, para 632 mil toneladas.

O Brasil é o terceiro maior exportador de carnebovina do mundo. O objetivoseria, segundo os analistas, passar os Estados Unidos e a Austrália, respectivamente primeiro e segundolugares nomercado mundial, até 2005.

"Não prevemos o mesmo

crescimento de 2001 este ano devido aos fatores do mercado externo, mas no médio prazo acapacidade doBrasil deexpandir suaproduçãode proteína animal é imensa".

Oreal teveumadesvalorização de 16% frente o dólar no ano passado, o que tornou as as exportações agropecuárias altamenteatrativas. Recentemente, entretanto, a moeda brasileira tem se mantido estável.

Baixo risco – O Brasil pode seduziros consumidoresexternos quebuscam produtos saudáveis, com animaisalimentados em pasto e carne livre de doenças. As grandes indústrias regionais de carne bovina da Argentina e do Uruguai estão fora de muitos dos mercados mundiais, como a Europa, enquanto tentam frear a epidemia da "doençada vaca louca".

O rebanho brasileiro tem umadas maisbaixas taxasde risco do mundo em relação ao mal da vaca louca devido à alimentação nopasto. Isso evita que os animais comam ossosou restosde animais que, acredita-se,transmitem a doença. (AE)

EUA vão recorrer à OMC contra as barreiras européias ao aço

A guerra doaço ganha novoscontornos. OsEstados Unidos decidiram recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as barreiras impostas pela União Européia às importações do produto, aumentando ainda mais atensãoentre os dois principais parceiros comerciais do mundo.

A Casa Branca solicitou a realizaçãode uma consulta com oseuropeus paradebatero protecionismo. Bruxelasargumenta, no entanto, queestabeleceu as barreiras para evitar as conseqüências de medidas protecionistas estabelecidas pelos próprios americanos,no início de março.

Segundo a UE, com as barreiras de 30% colocadas pelos EstadosUnidos aoaçomundial, haveria operigo de que os produtossiderúrgicos excedentes invadissema Europa.Diante dessetemor,Bruxelasaplicou barreirasdeaté 24% às importações de aço. Na avaliaçãodos diplomatasdeWashington, aUEnão tem justificativa para aplicar abarreira,já que osefeitos dasnovas taxasamericanas

não puderam, ainda, ser sentidos no mercado europeu. Aliança – Além da queixa americana, Japão, UE, China Coréia, Suíça eNoruegase reúnem amanhã, comos Estados Unidos,para debatera nova sobretaxaimposta pela Casa Branca. Na OMC, ointeressedos países pelas consultas com os EstadosUnidoschega aassustar os funcionários da Organização. Muitos dizem que jamais viram uma disputa que houvesse despertado o interessede tantos governos. No departamento legal da entidade, funcionários apontam que o contencioso poderá ter participação recorde na história da Organização Mundial do Comércio.

Para Washington, os efeitos das salvaguardas americanas ainda não atingiram a União Européia

Até mesmoo Canadá eo México, parceiros comerciais dos EstadosUnidosepouco afetadospelataxa aoaço,decidiram recorrer à OMC contra os americanos.

No caso do Brasil, que terá umprejuízosuperior aoda China com as barreiras nos

Estados Unidos, a decisão, por enquanto, é ficar de fora daaliançaquese formana OMC contra a Casa Branca. Naavaliação dodiretorda Organização, MikeMoore, o mecanismo legal da organizaçãoéa melhoropçãopara os países prejudicados pelas barreiras ao aço para que possam solucionar suas disputas. "Éparaisso queele(omecanismo) existe, e encorajo os países a usarem os instrumentos legais", afirma Moore, que ainda se oferece para prestar serviços de "bons ofícios" entre as partes do conflito.

NaOMC, porém,aavaliação é de que o momento para aplicar novas barreirasnão é conveniente. Depoisde uma ameaçade recessãoprolongada, a economia internacional volta a dar sinais de recuperação.

O governo Bush justificou as salvaguardas impostas às importações de aço como formade proteger ostrabalhadoresamericanos em um momento de crise. (AE)

Parceria da Caixa amplia

rede de correspondentes bancários para cartórios

ACaixaEconômica Federal deu mais um passo decisivo para ampliar sua presença junto às classes de menor poder aquisitivo,expandindo suarede decorrespondentes bancários. Ainstituição firmouontem convênionesse sentido com a Associação dos Notários eRegistradores do Brasil,entidade que representa os cerca de20 mil cartórios do País.

A parceria permitirá ainda que, até o fim de maio, 4,5 mil cartórios atuem como correspondentesbancários da Caixa, em cidadesonde a oferta destes serviços é precária ou inexistente.

A ampliação do número de correspondentes bancários, segundoValdery Albuquerque, presidente da instituição, fará com que a Caixa esteja presente em todos os municípios. “Atingiremos 100% até o fim de maio”, afirmou.

A tu al m en te , além das 9mil casas lotéricas, a Caixa contacom redes de padarias e lojas de material de construção para atender sua clientela e prestar serviços à população e conta com 2 mil agências. Outro convênio assinado ontem pela Caixa e a associação dos cartórios deverá fazer com queo processo de concessão de financiamento habitacional fiquemaiságil e barato até o fim do ano.

obter financiamento habitacional com recursos do FGTSparacomprade imóveis usados, um processo longo e burocrático.

Em algumas cidades, como Brasília, Riode Janeiro,LondrinaeMaringá, jáépossível contarcom oserviço eletrônico na hora de obter o financiamento habitacional.

Sistema integrado – A idéia, no entanto, é que o serviço sejausado portoda população, mesmo para aqueles que não são clientes da Caixa ou que não estão comprando um imóvel.

Custos do SPB devem

à concentração de operações

O economista-chefe da Federação Brasileira das AssociaçõesdeBancos, Febraban), Roberto Troster, não admite. Mas empresários já falam em trabalhar com um númeromenorde bancos, depois que o Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, estiver funcionando, a partir do próximo dia 22.

cartões de compra. "Já pensamos em restringirnossos negócios a um oudois bancos no máximo", diz.

A parceria permitirá que até maio 4,5 mil cartórios atuem como correspondentes

“Uma pessoa em Brasília poderá pedir certidões emitidas naParaíba ou aindaum testamento lavrado no Rio Grandedo Sul”,afirmouAri José de Lima, presidenteda associação dos cartórios. Menos fraudes– "A certificação eletrônica minimiza a fraude, eliminando intermediários. A Caixa falará diretamentecom os cartórios”, explicou o presidente da instituição.

Ele ressaltou ainda que esta interligação dos cartórios como bancofacilitarátambém a emissão de títulos lastreados em contratos de financiamento habitacional (securitização de recebíveis).

Neste período,será implementado um sistema para emissãoeletrônicade certidõesnegativase todadocumentação necessária.

Segundo o presidente da A ssociação, Rogério Barcelar, num processo de concessão de financiamento habitacional o candidatoa mutuário tem de esperar atualmente cercade 60dias paraobter as certidões negativas e registrara escrituradoimóvel eo contrato. “Esse processo deverá demorar 15 dias agora.”

O custodecertidões eregistros quehoje éde emmédia R$ 600, deverá ser reduzido em pelo menos 30%, segundo os cálculos da associação dos cartórios.

Os maiores beneficiados inicialmente serão os mutuários de baixa renda (até 12 saláriosmínimos), quepodem

Segundo Albuquerque, a Caixaestá preparandoduas operações que deverão ocorrer no segundo semestre. O objetivo é captar recursos para a realizaçãode novas operações de financiamentos dentro do Sistemade Financiamento Imobiliário, SFI.

Sem definição – A lbuquerque informa que a Caixa ainda não definiu os valores destas operações. Pelo menos umadelas deverá se beneficiardo convêniocom oscartórios.A parceriapermitirá que todo o processo de análise dos contratos, que serão usados comolastro para emissão dos títulos,seja feito por meio eletrônico.

Numa operação de securitização feitano anopassado, ostécnicosda Caixa eda Companhia Brasileira de Securitização, Cibrasec,demoraram 18 mesespara avaliar os 1,6 milcontratos envolvidos na operação. (AE)

Prêmios atingem R$ 98 mi no seguro-garantia

Desdea falência da construtora Encol em 1999, quando 42mil mutuáriosficaram sem receber os imóveis que haviam financiado, o setor imobiliário temimpulsionado os negócios com o segurogarantia.

Para o consumidor este seguro encarece o valor do imóvel em cerca de 2% a 3% a cada ano de construção.

Segundo os dados da Federação Nacional das Empresas deSegurosPrivados edeCapitalização, Fenaseg, em 1999 esta modalidade de seguros girou um totaldeR$52,9 milhões em prêmios.

O volume saltou para R$79,9milhõesem 2000 (crescimento de 51%)e para R$ 98,6 milhões em 2001mais 23,3% de crescimento. Osdemais tipos deseguros registraramum crescimento médio entre 6% e 8%.

Volumereduzido– De acordocom odiretor daFenaseg João Gilberto Possiede ovolumeéreduzido diante do total de lançamentos.

Istoocorre, segundoele, emvirtude da reticência das construtorase ao desconhecimento dosmutuários quanto à existência deste tipo de produto. (AE)

O objetivo da concentração seriao dereduzir custos. E conseguirmelhores condições de negociação para as operações de crédito e débito com valor igual ou acima de R$ 5 mil, que passarão a ser liqüidadas on-line e em tempo real pelo novo sistema.

Tendência – "Esta deverá seratendência natural de empresáriose comerciantes diante do SPB", diz José Francisco Gomes da Silva, diretor da Excard, empresa com sede em Belo Horizonte.

Limitar as operaçõesem uma ouduas instituiçõesjá está nosplanosda empresa, que trabalhano segmentode

Dor de cabeça – A convivência simultânea do mercado com duas formas distintas de liqüidação financeira a partir do dia 22 reduzirá o capital de giro das empresas e do comércio.São dois segmentosque se utilizam diariamente dos bancospara fechamentodeseus negócios. Isso porque poderá haver um descasamento entre as receitasde quemnãovigiarseu caixa em tempo real.

Para PlínioAssmann, consultor da Trends Engenharia e Tecnologia, o resultado pode ser resumidonuma única palavra: dor de cabeça.

Descompasso – "O modelo do SPB épositivoparao mercado. A resistência inicial de alguns setoresao SPB deverá ser absorvida com o tempo. Mas atélá será muito difícil para asempresas conseguir manter seus créditos e

débitosnomesmo compasso", diz Assmann. Relacionamento – Segundo Troster, que participou ontem em São Paulo da 7ª Exposição e Conferência Internacional de Cartões, Serviços e Tecnologias, o novo sistema criará um padrãodiferente derelacionamento financeiro dos bancos com as empresase comoutrasinstituições, em relação ao sistema atual. Ele alerta queascompanhias deverãoestar muito bem integradas no SPB. "A administração de liqüidezseráimportante para o sucessodessa integração", disse. Troster descartoua possibilidadede asempresas utilizarem ummenor número de bancos após o SPB. Também não aposta numa subida dos preços das tarifas. "Nãopodemos falaremtarifas porque ninguém sabe qual será a estratégia adotada pelos bancos", disse.

Roseli Lopes

Apetite por mais agências tende a cair

OSistemade Pagamentos Brasileiro, SPB,pode diminuir o apetite por aquisições e fusões no varejo bancário brasileiro. Com a nova estrutura a vantagem competitiva de se possuir agências por todo canto tende a diminuir, com a disseminação das operações em tempo real.

Dentro das novas regras, queentram emvigor apartir do dia 22, alguns dispositivos possibilitam queasinstituiçõessem presença física abrangente utilizem aestruturade grandesbancospara prestar serviços.

Ordem de pagamento –Um dos mecanismos referese à ordem de pagamento, que atualmente não é utilizada entre os bancos.

Segundo Ricardo Russo, consultor da E-Financial, o instrumento permite que uma pessoa remeta dinheiro, instantaneamente, para qualquer partedo País,mesmo que seubanco não tenha agência no local.

O dinheiro pode ser sacado porquemnão tem qualquer vínculo com o banco que efetivou a operação.

Isto não pode ser feito atualmente, informaRusso, devido à ausência de padrões para identificaro processo entreos bancos. Aomenos este obstáculo é derrubado: "SPB é padrão."

Lavagem – Conforme PedroGuerra, diretor do Citibank noBrasil responsável pela implantação do SPB, os grandes bancos vêem com apreensãoa idéiade efetuar pagamentos para não-clientes,portemor quantoalavagem de dinheiro. Um receio como qual não concorda o diretor de Produtos do Banco1.net, Gabriel Moura. "Eu, se fosse esse banco, ia adorar isso."

Mercado cresce – De acordo com ele, o serviço de pagamentos para não-correntistas atrai parao sistema quem

A questão das tarifas ainda traz preocupações

Mesmoa apenas 12 dias de sua efetiva implantação, o Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB,aindasuscita muitas dúvidas.

Na avaliação de Carlos Roberto Paschoal, diretor da consultoria Delloite Touche Tohmatsu, algumas dificuldades precisam ser vencidas antes que novos serviços saiam dos manuais de operação do Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, e entrem em operação."A grande questãoé como osbancos negociarão as tarifas." Paschoal teme que, para aceitar a remessade alguém quenãoseja cliente auma pessoa que tambémnão conhece, os grandes bancos do varejo acabem por cobrar uma tarifa alta.

O tráfego da ordem de pagamento tempreço distinto nos canais de acesso. O custo é de R$ 0,62, por meio do STR – em que o código da operação é STR 06, e de R$ 0,55, pela Câmara Interbancária de Pagamentos, identificada pela sigla PAG 105. Bradesco e Itaú, os dois maiores bancos privados, informam atravésdeassessoria deImprensa quenão comentam o assunto.(Reuters)

Marcos Menichetti/AE

está fora. "São 170 milhões de brasileiros e algo entre 45 milhões e 50 milhões de contas. Cria-semercado etodos ganham participação." ParaMoura, apresençade uma pessoa na agência para sacar dinheiroé meiocaminho para aconquista deum novo cliente.

ASR vai fabricar lâminas de

barbear no Brasil em 2003

A americana ASR (American Safety Razor Company), empresa de lâminascirúrgicase debarbear, estáentrando no mercado brasileiro com amarca Personna. A idéia échegar a10% domercado de aparelhos de barbear até dezembro e30% dentro de cinco anos.

A empresa está investindo US$ 300 mil na divulgação de seus negócios no País e outros US$2 milhões naorganização de seus estoques. Desde que as operações de entrada no País iniciaram, no final do anopassado, aslâminasvêm sendovendidas emmaisde 15mil pontos-de-vendado pequeno varejo e redes de supermercados como Pãode Açúcar, Extra e Barateiro.

A estratégia de investir num mercado dominado por marcas líderes há décadas está naoferta depreços10% abaixo da média, além do desenvolvimento de aparelhos descartáveis capazes de receberlâminasde outrosfabricantes. Osegmento delâminas para uso feminino é outra aposta do grupo no Brasil.

Indústria – Nesse primeiro momento, os produtos com a marca Personna vendidos no Paísserão importados dos Estados Unidos. Até o final de 2003, aASR podeestar inaugurando umaunidadefabril noPaís.A empresapossui17 fábricas em todo o mundo.

A ASR responde por 60% do mercado de lâminas cirúrgicas nos Estados Unidos. No segmento debarbear,oper-

Projeto de turismo e artesanato quer recuperar BR-040

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior, Sergio Amaral, lança hoje o Projeto Rota 040 de Artesanato eTurismo, em Petrópolis (RJ).O objetivo do projeto é estimular o artesanatoeo turismoao longo da Rodovia BR-040.

O presidente do Serviço Brasileirode ApoioàsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae), SérgioMoreira, tambémparticiparádo evento.

De acordocom informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), serãobeneficiados 23municípiosdo trecho entreBarbacena (MG) e Petrópolis (RJ).

O Sebrae oferecerá oficinas de design para os artesãos locais. O projeto também procurará criar novos canais de venda da produção local, utilizando para isso pontos de apoioao turistaerestaurantes. "Estamos coordenando ações parao desenvolvimentoregional deuma formaintegrada eestimulando osurgimento de novos empregos e outras formas de geração de ocupaçãoe rendaparaaqueles que vivemno entorno da rodovia", define osecretário de Desenvolvimentoda Produção doMDIC,Reginaldo Arcuri. O projeto deverá servir como modelo para outras regiões brasileiras. (AE)

centual é de 13%. Na Europa, a média é de 9% de participação no setor. "O uso das lâminas é praticamente um hábito diário para homens e mulheres.Trata-se de um nicho muito grande onde não existem muitasmarcas atuando", explicao vice-presidente da ASR no Brasil,Rui Dzialoschinsky. Em sua chegada ao Brasil, a marca Personna será oferecidaem trêsaparelhosdescartáveis etrêssistemas que permitem a troca dos estojosde duase trêslâminas."Os nossosprodutos são compatíveis com os sistemasde todasas outrasmarcas. Quem já possui a base do aparelhodebarbear pode

Empresa iniciou vendas da marca Personna no País no final de 2001 e quer 10% do mercado nacional

usar apenas as nossas lâminas como recarga", explica Rui. Resultado – Uma das principais característicasobservadas pela Personna em suas avaliaçõesdo mercado nacional foi a boa receptividade dos brasileirosàs novas marcasde produtos. "Cerca de 65% dos consumidores vão ao supermercado sem lista de compras e 85% decidemo que comprar noprópriopontode-venda", afirma Rui.

Segundo o vice-presidente da empresa , 67% dos consumidores brasileiros dizem adorarencontrar novidades na visita às lojas.

Isabela Barros

Unidade industrial de barbeadores é vendida por Philips

A Royal Philips Electronics NV,empresade produtos eletrônicosda Holanda, anunciouum acordopara vender suas operações de barbeadores,a PayerElektrodprodukte,para aCSHui Holdings,empresa deinvestimentos da Malásia. Detalhes financeiros não foram fornecidos. A unidade sediada na Áustria produz barbeadores elétricose emprega 600 pessoas. "A operação de barbeadores não é atividade principal da Philips e a decisãoé amelhormaneira de assegurar o seu futuro", informou a empresa em comunicado. (AE)

Ex-sócio da Andersen assume culpa por destruição de dados

O ex-sócio da Andersen, DavidDuncan, quecomandou a auditoria feita na empresade energiaEnron,declarou-se culpado pelas acusaçõesde obstruçãodaJustiça ontem.

Duncan agora está do lado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos como umatestemunha crucial na investigação sobre o colapso da ex-líder mundialem comercialização de energia.

Ele assumiu a culpa por ter ordenado a destruição de milhares de documentos sobre a Enron,que faliu em dezembro, mergulhada em dívidas e

escândalossobre práticas contábeis ilegais. Esta é a primeira confissãode culpanos três meses de investigação do Departamento de Justiça.

Com a declaração,os promotores federais têm uma armapoderosa para usar contra a Andersen e a Enron. A empresa deauditoria contábil enfrenta no dia 6 de maio um julgamento pela mesma acusação de obstrução.

A confissão também aumenta pressão sobre a Andersen para que sele um acordo assumindo a culpa no processo criminal que enfrenta.

A ordem do contador para

destruir os registrosfoi dada um dia apóso governo revelar queestava investigandoa Enron. Chile – Aunidadechilena da Andersenvaiunirsuas operações com a rival Ernst & Young e tornar-se a maior do setor no país. A fusão é a mais nova deuma sériefusões das unidadesda Andersen.Em uma tentativa de prevenir uma perda grande de clientes apóso colapsodaEnron,a AndersennoChile alterou seu nome semanas antes para Langton Clarke Consultores, comoera anteriormenteconhecida. (Reuters)

Sindicato de funcionários da Daewoo aceita oferta da GM

O sindicatodostrabalhadores dafabricante deveículos sul-coreana Daewoo Motor concordouontem coma venda dasoperações principais da montadora para a General Motors.

A decisão abre caminho para que um acordo final, no valor de US$ 400 milhões, seja selado. A GM, maior fabricantede veículosdomundo, pretende estabelecer uma basede operações num dos maiores mercados automotivosda Ásiapormeio daconclusão de um acordo prelimi-

nar assinado com os credores da Daewoo em setembro passado. Acordo – O acordo previa a compra dequatro das16 fábricas da sul-coreana. Mas, conformeo contrato selado entre a Daewoo e o sindicato dos trabalhadores, a montadora precisa da autorização dos funcionáriospara avenda de ativos e demissões. "Decidimos aceitar a última oferta da companhia", disse Choi Jong-hak, que é porta-voz da Daewoo Motors. Em um comunicado, a

montadora sul-coreana informou que propôsa recontratação,atéo fimdoano,de 300 dosmais de milfuncionários demitidos na sua fábrica principal, em Pupyong, no decorrer do ano passado. A empresa nãoinformou, porém,a posiçãoda GMsobre opedido feito."Nãohá grandes pontos pendentes", disse ontemKimJong-doà imprensa. Ele não informou quando umacordo finalpoderá ser assinado entre a sulcoreana e a montadora General Motors. (Reuters)

Rui, vice-presidente da ASR, espera ganhar 10% do mercado brasileiro de lâminas de barbear até o final do ano
Luzardo Carvalho/Digna Imagem

Borracha ganha companhia na Mercur

A empresa passou a produzir também colas, corretivos, lápis, apontadores e capas de cadernos, o que engordou a receita em 15%

A indústria gaúcha Mercur é uma das poucas empresas nacionaisasemanterhá 78 anos no mercado com um mesmo produtoe design.As borrachas brancasde formatoretangular estampadas com o rosto do deus Mercúriopersistem no topodas mais vendidas e dão à empresa 80% do mercado de borrachas de apagar.

O segredo do desempenho, segundo o diretor da unidade escolardaMercur, Sergio Smidt,é queospais, nahora de comprar o material escolar dos filhos vêem o produto elembramdainfância. "O produto remete os adultos ao

passado e eles querem o mesmo para os filhos", afirma.

A borrachacomo deus

Mercúrio geraumareceita equivalente a 40% do faturamentoda empresa. Outro produto da Mercur que continua a fazer sucesso são as borrachas para apagar tintas de caneta, nas cores azul e rosa. Novo – Apesar disso, a empresa decidiu investir em novas linhas de produtos há cerca de um ano, semdeixar as tradicionais para trás. Depois derealizaruma pesquisa de

Borracha da Mercur é lider de mercado, respondendo por 80% das vendas do setor no Brasil

mercado com mães ecrianças, aempresapercebeua possibilidade de explorar a linha completa demateriais escolares. "Notamos que a marca Mercur fez ou faz parte da vidadaspessoase temum enorme apelo emocional", diz

Smidt. As entrevistas indicaram ainda queo públicogostaria decontarcom novos produtos e que era preciso ampliar o canal de comunicação com as crianças.

Os kitsDisney,lançados neste ano pela Mercur, são v endidosnuma embalagem que aproveita a caixa do produto como display. A novidade foi criada especialmente

para as papelariasde pequeno portee permitea compra deum mixcompleto deprodutos, como lápis, borrachas, colas e corretivos líquidos em quantidades menores. (TN)

Enron mantém estrutura de controladas no Brasil

A reorganização daEnron nos Estados Unidos,que depende daaprovaçãodeum plano dereestruturação entregueà Justiçaamericana, não passapor suasempresas noBrasil, quetêm controle indireto e não estão envolvidas no processo de falência aberto nos Estados Unidos.

A Elektro, controlada indireta daEnron naárea dedistribuição de energia, atendendo atualmente 1,72 milhãode clientesem SãoPaulo, planejacrescimento,de acordo com o diretor financeiro BritaldoSoares."Não há razões para se pensar na venda da Elektroantes da reeestruturação da Enron nos EstadosUnidos", diz odiretor financeiro.

A Enron iniciou o processo de reestruturação nos EstadosUnidos combase noCapítulo 11 da Lei de Falências dos americanos. A EPC (Empresa Paranaense Comercializadora),a EnronInvestimentos Energéticos Ltdae a ETB (Energia Total do Brasil), holdings controladoras de 99,62% do capital social da Elektro, e controladas indiretas da Enron, não fazem parte da cadeia societária das empresasdo Grupo Enron que foram inlcuídas no processo de reorganização. Arenegociação deumadívidadeR$ 613,6milhõesda Elektro com a Enron ocorreu em novembro e foi fechado antes do ínicio do processo de reestruturação. (AE)

Ex-presidente

da Ford

consegue indenização

Jacques Nasser, ex-presidente-executivo da Ford mundial demitido em outubro, recebeu US$ 17,8 milhões emsalários,opções de ações eoutras compensações relativas ao ano passado. Nasser, quecomandoua Ford durante34 meses,tambémvai receberemdinheiro o equivalente a350 mil ações da montadora, o que representa US$ 5,3 milhõespelo valor atual dos papéis. As informações constam num documentoenviado pela empresa ao órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos.

Deacordocom oplanode incentivos, ele ainda pode obter até 750 mil ações da Ford, se aempresa atingir suas metasde desempenho. Em 2000,Nasser ganhou US$ 12,1milhões, incluindo bônus, salário e outras recompensas.

Na época, o executivo batalhavacontra acrise queatingiu a empresa em decorrência dos acidentes com o utilitário Ford Explorer, que causaram mortes e ferimentos. A Fordsuspendeu obônusde todos os executivos em 2001, quando registrou perdas de US$ 5,45 bilhões. (Reuters)

apagar em cores como verde, azulerosa."Osadultos nos pergutavam: mas não deveria sersó branco?E ascrianças: tem mais cores?", conta o executivo.

Para estreitar o contato com o público infantil, a Mercur fez ainda um acordo de licenciamentocom aDisney elançou uma linhade produtos comas marcasMickey, Minnie e Puff.

Odirecionamento tevereflexo direto, com alta de 15% na receitaem 2001.Para este ano, a expectativa é aumentar em 20% o faturamento.

Produtos – Aempresa decidiu entãolançar corretivos líquidos,colas,lápis, capas plásticas de caderno e apontadores. As borrachas de apagar mais simples ganharam novos formatos, como os quadrados e ovais e também novas cores, como salmão, verde e cítrico. Outra novidadeforam oscorretivospara

A empresa está negociando aexportação deborrachas para aAlemanha. Segundo Smidt,aqualidade eopreço chamarama atençãodeduas empresas. A Mercur fabrica ainda laminados de borracha para pisos e materiais médico-farmacêuticos.

Tsuli

Novo Sol busca cliente do Interior

As pequenasindústrias de artigos para festas infantis, comochapéus, pratose línguas de sogra, estão adotando novas estratégias para sobreviver em uma época dominadapelos buffets,que têmnas grandes fábricas os seus principais fornecedores.

Os brasileiros que ainda organizam as próprias festas de aniversário emcasa,encon-

trados em maiornúmero fora dosgrandes centrosurbanos, sãoumaalternativaao mercado saturado.

A Novo Sol, empresa paulista no ramo há 15 anos, está direcionando asuaprodução pararegiões forade São Paulo. São compradores quetêm perfildiferentedos consumidores das grande cidades. Atualmente,os

maioresclientesda marca estãono Nordeste.Aregião é responsável pela aquisição de40% do totalproduzido na Novo Sol. O proprietário da empresa, ValdirColaneri, explicaque oSudeste adquire 30%dos produtos e os demais 30% são distribuído nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.

Nesteano,a NovoSolpretende pretende se expandir para a Bahia, o Amazonas e o Espírito Santo, estados onde ainda não tem presença.

Crescimento – Apesar dessa mudança de perfil dos consumidoresfinais, aNovoSol temregistrado crescimento anual de 15% a 20% e faturamento que oscila deR$ 100 mil a R$ 120 mil ao mês.

Todaa linhade produtosé oferecidaem pacotescom10 unidades. São vendidos, mensalmente,800 milpacotes de pratos,convites, cha-

péus, sacolinhascombrinquedos-surpresa, guardanapos e toalhas plásticas, entre outros produtos. Tradição – De acordo com o proprietário, a empresa optoupor conquistar clientes forados grandescentrosurbanos, já que não possui contratoscom buffets defestas infantis.Nas regiõesmaisinterioranas, diz Colaneri, muitas famílias aindafazem suas festasemcasaeadquirem por conta própria os componentes básicos como convites, pratos,guardanapos, e copos. Ou seja, pesquisamem lojasdoramoesupermercados e fazem as escolhas em função do preço. Nesteano,a NovoSol aproveitoua Copa do Mundo para estampar nos seus produtosfiguras ligados ao futebol.

Nordeste projeta crescimento de 50%

Emmeio àcrise daaviação comercial, a Nordeste Linhas Aéreas, do grupo Varig, obteve lucro líquido de R$ 7,4 milhões no ano passado, registrando crescimento de 38% em relação a 2000.

As perspectivasparaeste anosão boas,de acordocom o presidentedaempresa, João Roberto Lacerda Sabi-

no,que estima um crescimento de 50%.

Um indicativodessatendênciafoi oresultado doíndice de ocupação dosassentos das aeronaves da Nordesteemmarço, que chegou a 54%, contra 53% da Tam, 52% da Vasp e51% da Gol. Na primeira semana de abril, o índice de aproveitamento nos vôos alcançou os 62%. Sabino passouaadministrar aempresaem2000, quando o grupo Varig decidiu descentralizar o comando das suas três companhias subsidiárias, a Nordeste, a Rio-Sul e a Rota-Tur. Depois de implantar umapolítica de redução de custos e aumento de receita, a Nordeste deixou

Eletrobrás teve lucro recorde no ano passado

A atividade bancária foi a principal responsável pelo lucrorecordequea Eletrobráscontabilizou em 2001. Sóde juros,comissõesetaxas, a holding estatal, dona de algumas das maiores geradoras de eletricidade no País, registrou R$ 3,1bilhões em receitas, praticamenteigual ao lucrolíquidofinaldeR$ 3,2 bilhões de 2001.

A Eletrobrás foi favorecida pelasvariações cambiais em maisR$2,5bilhões, devido

ao aumentode 18,6%do dólar emrelaçãoaoreal."48% dos nossos empréstimos são indexados ao dólar", explica a chefe da Contabilidadeda empresa, Celina Brinkmann. Os empréstimos concedidos pela empresa ao setor elétrico somavam R$32,2bilhões no final de 2001, o que a equipara ao oitavo maior banco do País. A Eletrobrás tem 31,15% do patrimônio como setorprivado, amaior parte estrangeiros. (AE)

de seruma companhiaaérea regionalcom menos de2% do mercado, para se transformarnumaempresa com 4,15%domercado da aviação comercial. Atualmente operando com 17 aviões , a companhia agregarámais12 aeronavesàsua frota esteano,dobrandoo número de Boeings. (AE)

Som do carro – Funcionário da Matsushita Electric Industrial sintoniza o novo modelo de som para automóveis B-flat Tube CQ-TX5500D. O

por US$ 796. (Reuters)

Narimatsu Borrachas são produzidas na fábrica da empresa, em Santa Cruz do Sul
D ivulgação
Paula Cunha
Colaneri, da Novo Sol, mostra produtos estampados com desenhos de futebol
CD player, equipado com tubo e MP3, reproduz sons profundos de fontes musicais comprimidas. Eleé vendido

Gasolina puxou alta de 0,6% da inflação no mês passado

OÍndice NacionaldePreços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,60% em março. O reajuste da gasolina foio principal responsável pela inflação – o combustível subiu 4,16% nomês.O aumentoda energiaelétrica,de 2,24%, também contribuiu.

No primeiro trimestre do ano, porém, opreçomédio da gasolina diminuiu 10,98%. Nesse intervalo, o item que mais contribuiu paraa inflaçãoforam astarifas de energia elétrica, que ficaram 7,05% mais caras.

Em fevereiro, o IPCA havia

registrado inflação de 0,36%. Noano, oíndice jáacumula avançode1,49%. Nos últimos 12 meses, a alta éde 7,75%. Emmarçodoano passado, a taxa foi de 0,38%. O indicador é calculado pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e serve como base para o monitoramento das metas de inflação do governo. Para esteano, ameta foi fixadaem 3,5%,podendo variar dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. Apesar disso, o Banco Central, emrelatório de março,

Aluguéis caem 0,3% em São Paulo, em março

Os valores médiosdos aluguéis na cidadede São Paulo tiveram redução de 0,3% em março.No ano,porém,houve aumento de 1,2% nos preços e, nos últimos 12 meses, a alta foi de 3%, segundo dados do peloSindicato daHabitação, o Secovi-SP.

O número de imóveis alugados cresceu em março. O Secovi não divulgou porcentuais precisos, mas informou que cerca dametade das empresasconsultadas paraolev antamento declarou que o

volume de contratos locatícios subiu no período. Em 58%doscontratos fechados, a garantia mais utilizadafoio fiador,seguidado depósito oucaução(36%)e do seguro-fiança (6%). Para opresidente deLocação do Secovi-SP, Sergio Luiz Abrantres Lembi, esses números indicam a recuperação do mercado. "As atividades estãose normalizando,principalmente após o período de férias.Este ano deveráser melhor do que 2001".

admitia umainflaçãode 4,4% para2002. Analistasdo mercado, porém, são mais pessimistas. Segundo o último boletim Focus, que mede as previsões feitas pelomercado eé divulgadosemanalmente pelo BC, a inflação pode passar os 5% neste ano. Baixa renda – Regionalmente, Porto Alegre foi a cidade que registroua maior taxa de inflação em março, de 1,26%, em razão dos aumentosde 7,84% das tarifasdos ônibus urbanose de 8,43% do esgoto.A inflação mais baixafoiverificada emBelo

Horizonte (0,29%). São Paulo teve o segundo menor IPCA do mês, de 0,42%.

OÍndice NacionaldePreços ao Consumidor (INPC), também calculado pelo IBGE,subiu para0,62%em março. Emfevereiro, oindicadorhavia registradoinflaçãode 0,31%.Noano, aalta chegaa 2,01%e, nosúltimos 12 meses, a 9,72%.

O INPCtoma comobase famílias que ganham entre 1 e 8 salários mínimos. OIPCA pesquisa famílias que ganham entre 1 e 40 salários mínimos. (AE)

Desemprego no ABC chega a 18% em fevereiro

A taxa de desemprego na região do ABC paulista subiu para18% daPopulaçãoEconomicamente Ativa(PEA) em fevereiro.Nomês anterior, oporcentualestava em 17,8%,segundo pesquisadivulgada ontem pelo Dieese e pela Fundação Seade. O total de desempregados foi estimado em 224 mil pessoas. O nívelde ocupaçãoda região, porém, cresceu 0,6% em fevereiro.Issosignifica que 6 mil novos postos foram criados. Mas isso não foi su-

ficiente para absorver os 10 mil novos integrantesdo mercado de trabalho.

Carteira – O rendimento médiodos trabalhadores cresceu emjaneiro (data da apuração dosúltimos dados), apósquatro mesesde queda. O dos ocupados subiu de R$ 755, em dezembro, para R$ 780, e o dos assalariados, de R$ 795 para R$ 846. Ototalde pessoas empregadas no grande ABC é estimadopelo levantamentoem 1,02 milhão de pessoas. (AE)

Pratini poderá destinar

R$ 25 bi para financiar a safra agrícola de 2003

O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, afirmou ontem quepode atender algumas das propostasfeitas pela Confederação Nacional de Agricultura ePecuária (CNA) epelaOrganização das Cooperativas Brasileiras para o financiamento da safra 2002/2003. "Muitosaspectos são viáveis e outros serão examinados",disse oministro, apósreuniãocom representantes do setor. A principal reivindicação do setoré queoMinistério destine R$ 25 bilhões para o custeioe comercialização da safra, que deverá superar 100 milhõesde toneladas.Ovalor teria de incluir também os pequenos agricultores.

sequeainda écedoparadiscutir a quedas das taxas, e que uma possível redução depende de decisãodo Banco Central. "Isso vai depender da redução dos juros básicos da economia".

Os agricultores pleiteiam ainda a redução dos juros, mas esse pedido o ministro não deve atender

Segundo Pratini, na última safra, o volume destinado aos produtores foi de R$ 18,7 bilhões. "Acredito que é possível fazermos essa elevação", disse. "Além disso, se incluirmos os recursos do Pronaf (Programa deAgricultura Familiar), o governo estará oferecendo R$ 22 bilhões".

Osetor tambémpleiteiaa redução da taxa de juros do crédito rural do nível atual, de 8,75% ao ano, para 5,75%. Nessa questão, porém, Pratini foi mais cauteloso. Ele dis-

Defesa sanitária – Hoje, o ministro deverá anunciar, na Exposição Agropecuária de Campo Grande (Expogrande), aliberação deR$5 milhões para atender as ações de vigilânciasanitária. Pratini garantiu que ira tomar providências para viabilizar os recursos federais, que estãoprevistos no orçamento de 2001 e deveriam ter sido liberados emnovembro doanopassadopelo Ministério daAgricultura.

No caso das verbas do café, oMinistério atribuiuaculpa pela retenção dos recursos ao Banco do Brasil. Segundo o secretário de Produção e Comercialização dapasta,Pedro deCamargo Neto,a verba destinada à colheita do café da safra 2002/2003 ainda não chegaram aos cafeicultores porque o BB, maior operador de recurso do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), está dificultando a assinatura do contrato com o Ministério. (ABr/AE)

As dificuldades conjunturais freqüentes no camp o econômico, as crises constantes na esfera política,a insegurançapermanente eas carências estruturaisna áreasocial f azem com que, muitas vezes, percamos devista as potencialidades doPaís e a capacidade de realização do povo brasileiro.

Pressionados pelo curto prazo elimitados nohorizontede nossosproblemas, deixamos, muitas vezes, de perceber as transformações positivas que vêm ocorrendo no Brasil, promovidas pela criatividade, ousadia e determinação deempresários, quese preocupam com os problemas e as dif iculdades, masseocupam em superá-las.

Reportagem do jornal

OEstadodeS. Paulo mostrou "a excelência brasileira"em diversos setores, como soja, celulo-

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP O Brasil que dá certo

se, aço e algodão, nos quais aprodutividade do País se equipara, ou supera,aos principaisprodutores mundiais, graças à atuação decidida dos empresários, que souberam darrespostas positivas aos sinais favoráveis apresentados pelo mercado, especialmentedepois da adoção docâmbio flexível,que eliminouapesadadiscriminação enfrentada pela produção nacional como artificialismo cambial anterior. Muitos outros setores, comoautopeças, têxteise calçados, por exemplo, apresentaram significativa expansão, demonstrandoa capacidade competitiva da empresa brasileira quando lhe são dadas condições mínimas paraenfrentaros desafios.

constitui o tripéque permitirá o "grande salto" parao desenvolvimento econômicoe social do País.

A agricultura e a pecuáriabrasileira, que apresentam um Produto Interno Bruto da ordem de 100 bilhões de dólares, segundoopresidente da SRB-Sociedade Rural Brasileira, João de Almeida Sampaio Filho, juntamente com o complexo de atividadesque forma o agronegócio, respondem atualmente por parcela significativadas exportações.

contribuir não apenas para atenderparte importante dasnecessidades energéticasdoPaís como, sobretudo, paraa geração de emprego e renda no campo,reduzindo de forma racional o problema socialnaárea rural.

Mas,sem dúvida,o agronegócio, juntamente com aindústria daconstruçãocivil eo turismo,

ANÁLISE João de Scantimburgo

As apostas eleitorais

Se estivéssemos em Londres, já estariam se acumulando com os brockers as apostas sobre o futuro pleito eleitoral, a se realizar em 6 de outubro, istoé,daqui apouco,pois o tempo voae os dias se aproximam com incrível rapidez. Estão no páreo o Lula da Silva,pelo seu PT, o senador José Serra e a encantadoraRoseana Sarney, que, segundo o noticiário, decidiu-se, finalmente,a correro riscode ser eleita ou derrotada. As apostas choveriam.

No momento, a seis mesesdo pleito, ganharia o Lula da Silva, torneiro mecânico formado pelo Senai, ex-líder sindical e hoje opulento candidato que trata,exclusivamente, à custa do partido, de sua candidatura. O candidato Lula da Silva estámuito bem nas pesquisas de opinião. Seumarqueteiroé bom,vê-se, embora não eleja definitivamente ninguém, se o candidato não oferecer aoeleitorado umaesperança demelhoria de situação dos eleitores, sobretudo numa situaçãode crise como a atual.

O candidato José Serra tem desempenhado a contento asmissõesquelhe sãoconfiadas. Semnunca ter tratado de assuntos de

saúde,saiu-se muitobem comoministro, logoapós asaídado professorAdib Jatene,glória damedicina brasileira que o presidente FernandoHenrique Cardoso desprezou, como desprezoutantos outros objetivos, serviços e apoios, para se manter no poder e viajar, viajar, que é oseu begin, nãoimporte que amulamanque, que ele quer é rosetar. Temosaí três candidatos. Estou desconfiado que o PFL, tão político como partido,vaicristianizar – fazer o que fizeram os do PSDcomCristiano Machado, em 1950 – a charmosa Roseana, que acabará perdendo, podendo ganhar, segundo as pesquisas.José Serra,eleito senador, não exerceu o mandato. Conta com o apoiode FHC, masesse apoio hoje vale pouco, sobretudo porqueestáausentedas disputas,e osr. Lula da Silva,queaprendeu a pontificar sobre todos os assuntos, que ele sabe e não sabe, terá o PT. Veremos. Osjogosestão feitos. Nada vai mais, além desses três.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

A safra de grãos para 2002 deverá superar, pela primeira vez, a casa dos 100 milhõesde toneladas de grãos, masnão esgota apossibilidade decrescimentoda agricultura com a incorporação de novas áreaseapresenta, ainda, uma potencialidadeimensano campo da biomassa, que poderia

Oestímulo aoProálcool seguramente conduziria, como ocorreu no passado, a umaresposta rápida de todos os setores envolvidos noprograma, comefeitos positivos sobre toda a economia, reduzindo a dependência de fontesexternas de energiae podendo,ainda, contribuir parao aumento das exportações. Esses exemplos de "excelência" no tocante a alguns produtos ocorreram apesar dos grandes obstáculos existentes para o sistemaprodutivo,o chamado "Custo Brasil", que, em vez de diminuir, continua aumentando,

especialmente no campo tributário. Eles demonstram quenão bastalutar para conseguir as mudanças institucionais que possammelhorar ascondições decompetitividade daeconomia brasileira. Isso é absolutamente necessário,mas nãopode nos paralisar àespera de que osobstáculossejam superados por decisões do Executivoou mudanças promovidas pelo Legislativo. É preciso avançar na construção doBrasilque queremos, adespeito das dificuldades existentes, semesperar queogoverno venha a solucionar os problemas, embora devamos continuar lutando para que os três Poderes atuem afinados como mesmoobjetivo defazer do País uma grande nação. Se cada um de nós decidir trabalharparamudar a realidade que nos cerca, assumindo respon-

sabilidade de contribui r para melhorar a situação do Paíse, principalmente, do povobrasileiro, representado por aquel a pessoa que está mais próxima de nós, convivendo com grandes dificuldades, seguramente conseguiremos avançarmuito maisrapidamente na s respostas aosgrandes desafiosqueainda temo s pela frente como empresários e como cidadãos. Precisamos continuar a lutar pelas mudanças que dependem dos outros, especialmente do governo, mas,também, serum agente demudança,começando pela mudanç a interior, deixandod e "transferirculpase responsabilidades", par a assumir nossa parcela na tarefadeconstruir o "Brasil que nós queremos", pois o Brasil somos todos nós. Se cada um fizer sua parte,as mudanças acontecerão.

Declaração de ministro

Toda vezque autoridade pública fala, a repercussão é imediata. Ainda mais se, mesmo dizendo a (aparente) verdade,a declaração é considerada politicamente incorreta. Quem não selembra do então ministro Ricúpero caindo do cargo de ministro da Fazenda porque não viu que os microfones estavam ligados e disse que "notícia ruima gente esconde"? Agorafoi oministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, excelente jurista (foi meu professor de Direito Penal na São Francisco em 1973), que, semquerer (será?)possibilitouo motivoparao PSDB e o PFL correrem de voltaum aocolodo outro.

Culpados?

Ao dizer que a busca pelo foro especial naacusação contraJorgeMurad e Roseana Sarney era uma espécie de confissãode culpa, Reale suscitou declarações de ambos os lados, PFL e PSDB, deinconveniênciae precipitação. A rusga surgida quando da invasão do escritório de Murad pela Polícia Federal, ainda nas manchetes, pelos desdobramentos equemotivouo afastamentodo PFLda basegovernista, ficoumenos grave pela solidariedade tucana em face das declarações do ministro.

Folga

O episódio já deve ter refletido noreinício dasvotações em plenário no Congresso, com o PFL voltandoa apoiar o Planalto. E devagar todos vão se acertarpara seguirem juntos, comRoseana ou semRoseanade candidata, na batalha eleitoraldo fim do ano.

Defesa

No horário gratuito dos partidos, Roseana Sarney foi se explicar.Justificar asacusações deenvolvimento em escândalos da Sudam. Conheçoum advogado quediz : "Quem se explica já perdeu". Mas não devemos nos precipitarcomoo ministroeesperar a decisão da Justiça.

Dinheiro

Que ficou estranha a lista de doadores para o dinheiro encontrado no escritório de Murad, ficou. Tanto tempo, tanta demora, para uma relação de familiares e amigos íntimos. Assim também quero.

Pesquisas

Lula subiu. Roseana desceu. Garotinhopor ali, Ciro por ali. Serra subiu. E assim vai.Quando acampanha setornar oficial e ocupar a televisão e o rádio é quea porcavai torcer o rabo. Até lá, éjogo de preparação para exploração das fraquezas alheias.

P. S . Paulo Saab

Deputado paulista será investigado por golpe de carnês

O deputado estadual Waldemar AlvesFaria Júnior (PL-SP)– omais votadonas últimas eleições –, integrante da bancada da Igreja Universal do Reino de Deus, estreou noEstado aEmendaConstitucional 14, dodia12, promulgadapela MesaDiretora daAssembléia Legislativa, que quebraaimunidadede parlamentares acusados de crimes comuns.

O desembargador Flávio Pinheiro,relator doprocesso, marcou para a tarde de hoje, no Tribunal de Justiça (TJ), o depoimento de Faria Júnior, do irmão dele Fábio Malvestio Faria e deoutros diretores da Top Vida Projetos Sociais.Responderão peloenvolvimento num golpe de milhões de reais, por meio de vendas em casas lotéricas de carnês intitulados Seguro da Sorte.

Intimação – Tudo indica queo deputadoestadual do PL de SãoPaulo não comparecerá,poiso oficialdeJustiça não conseguiu localizá-lo.

O inquéritovinha arrastando-se no TJ desde de 1º de agosto de2000, aguardando autorização da Assembléia Legislativa para processar Faria Júnior.A nova leiabriu a oportunidade parase iniciarem as investigações. (AE)

Geraldo Alckmin elogia

entendimento entre governo e os pefelistas

O governadorde SãoPaulo, Geraldo Alckmin (PSDB), elogiou ontem a retomada de diálogoentre PFL ePSDB, tornandopossível oreinício das votações no Congresso. "Acho que foi uma atitude madura, importante para o País", disse. "Temos de saber separar omomento eleitoral das questões administrativas e de governo", afirmou. Aação daPolíciaFederal (PF), apesar das críticas do PFL, não podem ser consideradas"perseguição política", disse.Alckmin evitou manifestar-se sobre alista de doadoresdo R$1,34 milhãoencontrado na Lunus, para a campanha dapré-candidata do PFL, Roseana Sarney. Relação – A relação foi apresentada anteontem, mais de um mês depois da operação da PF na empresa. Além do marido de Roseana, JorgeMurad,secretário extraordináriopara Assuntos da Área de Ciência e Tecnologia doMaranhão, aparecem entre osdoadores parentese amigos da família.

"Nãosou euque tenhode ficarsatisfeito ounão. Essaé uma questãodo PFLe dagovernadora RoseanaSarney. O importanteé quefique tu-

do esclarecido,rapidamente, que não deixe dúvidas."

Paraogovernadorde São Paulo, omomentoeleitoral propiciaas discussõesentre os partidos,o quedeveser considerado natural.

"Cada umtem seu candidato na disputa da eleição e issoé diferentedaresponsabilidade pública, com o interesse público que é de todos", avaliou.

Campanha – O PFL quer queas investigaçõessobrea pré-candidata a presidente RoseanaSarney (PFL)sejam encerradas até junho para queela façaa campanhapolítica semsuspeitas,afirmou osenadorWaldeck Ornélas (PFL-BA).

Ornélas disseque aPolícia Federal (PF) sabia desde o início que o dinheiro guardado na empresa Lunus era para a campanha. "Não sei porque deram outra versão", comentou."Mas essapoeira vaibaixar e nós teremos a prevalência da verdade", previu.

Ele criticou o governo federal e o pré-candidado a presidente JoséSerra (PSDB).Paraele,quando ocandidato eraera ministro da Saúde, "cuidou da economia enão do povo". (AE)

Governo

o

e PFL aprova aumento de energia elétrica

O PFL saiu da obstrução na Câmara e ogoverno conseguiu aprovar a medida provisória (MP) que transfere para os consumidores os prejuízos das concessionárias de energiaelétricacom oracionamento. A MP, aprovada ontem à noite por 275 votos a favor, 144 contra e oito abstenções,aumenta em 2,9%as tarifasde energiaelétricados consumidores residenciais. Estereajusteirá vigorar, em média, por seis anos.

Para ganhar o apoio maci-

agenda

Senado Federal – S e ss ã o deliberativa ordinária–Hora doExpediente: destina-sea beneficiaramemória deGinetta Calliari,representante exponencial do Movimento dos Focolares do Brasil. Pauta: PLC nº 93/01, alterao incisoI do art.28 daLeinº 8.906/94, que dispõesobre oEstatuto da Advocacia e a Ordem dos

ço do PFL, inclusive dos pefelistas da Bahia que ameaçavam votar contra a proposta, os líderes dos partidos aliados ao Palácio do Planaltocomprometeram-se a atender algumas reivindicações, como a liberação de mais verbas para os oito estados governados pelo partido.

Acordo – Também a pedido do PFL, o governo estuda a possibilidadedo presidente Fernando Henrique Cardoso não vetar a parte da medida provisória que aumentou em

quase R$ 1bilhãoa renegociação das dívidas dos agricultores.

Esta MP foi aprovada na semana passadapela Câmarae estabelecia umalongamento das dívidas de cerca de R$ 3 bilhões. Mas, na versão aprovada, essa renegociaçãopassou para quaseR$ 4 bilhões. OPFL decidiu apoiaro governo por uma questão de sobrevivência. Rachado internamente, o partido precisava dar umademonstraçãode união. (AE)

Advogados do Brasil (OAB); e PDLs nºs 326/01, aprova o texto do Acordo de Extradição entreos Estados Partes do Mercosul e as Repúblicasda Bolíviaedo Chile e 366/01, aprova o textodo Acordo-Quadrode Cooperação Científica e Tecnológica, celebradoentre Brasil e Eslovênia. Câmarados Deputados

– Audiênciapública daComissão de Seguridade Social e Família para debater o avançoda dengue noPaís. São convidadas a coordenadoraRegional da Fiocruz em Brasília,Fabíola de Aguiar Nunes, e a professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federalda Bahia, Mariada Glória Lima Cruz Teixeira.

Europa pode aplicar sanções a Israel

Parlamento aprova resolução que autoriza os 15 países do bloco a romperem trocas comerciais em protesto contra ação militar

O Parlamento Europeu, em uma incisiva resolução, pediu ontem a suspensão das relações comerciais comIsrael, emprotesto àofensiva militar contra os palestinos.

Em uma votação disputada, os deputados europeus aprovaram por269 a208, com22abstenções,uma resolução que exige que as 15 naçõesdo bloco"suspendam imediatamente" seu comércioe acordos de cooperação com o Estado judeu.

Embora a resolução não seja obrigatória, ela deverá adicionarpressão aoschanceleres europeus quese reunirão na próxima segunda-feira para considerar sanções concretas contra Israel.

Apoio – A resolução foi apoiada por socialistas, verdese liberaisdemocratas, masrecebeu aoposiçãode parlamentares dasfacções mais importantes, como os conservadores, queafirma-

ram que amatéria não foi longe o bastante em criticar o líder palestino, Yasser Arafat, por não denunciar o terrorismo.

O ministro das Relações Exterioresespanhol, Josep Pique,cujopaís ocupaapresidência rotativa da União Européia, disse nesta semana quepretende convocaruma reuniãocom Israelparadiscutir aatualsituação no Oriente Médio.

Armas – O Parlamento Europeu, formado por 626 membros,também conclamou ontem os países a fazeremum embargode armas contra israelenses e palestinos para tentar pôr um fim ao conflito.

A Alemanha já está retardando o envio de um carregamento de armas a Israel. Emborao governonegue,a atitude representa defato um embargoàs vendasdearmamentos ao Estado judeu.

Segundo um oficialalemão, que falou na condição deanonimato, umpedido para a venda de partes de tanqueschegou aoConselhode Segurança alemão, que tem a palavra final sobre a exportação dearmas,masnãohá uma data-limite para uma tomada de decisão.

O porta-voz do governo alemão, CharimaReinhardt, negou-se em comentar o conteúdode umareportagem do jornal Berliner Zeitung segundo a qual as exportações forambloqueadas. Reinhardalegou tratar-sede um assuntoconfidencial do conselho.

O governo decentro-esquerda da Alemanha defendeveementemente oembargo dearmaspara"regiões em crise", mas isso não impediu que o Estado judeu comprasse armamentos alemães em ocasiões anteriores. (AE/AP)

Petróleo: Irã reafirma que poderá suspender exportação

O ministrodo Petróleodo Irã, Bijan Namdar-Zanganeh, reiterou ontem que o país poderáseguir a decisão doIraque esuspender asexportaçõesdo petróleoseoutras naçõesaderirem aoboicote contra Israel.

A declaração foi feita um dia depois de a Arábia Saudita ter garantido que manteria o abastecimento.

Oscilação – Neste jogo de informações,acotação do petróleo em Londres fechou ontemcombaixade US$ 0,08, como barril custando US$ 26,00. Já os contratos futuros de petróleofecharam emaltanaNew York Mercantile Exchange (Nymex), comoscontratos para maio subindo US$ 0, 31, ou 1,20%, para US$ 26,13.

Inflação e as dívidas assustam os argentinos

A disparada depreços transformou-se no novo pesadelo dos argentinos.Segundo umapesquisa daconsultora Analogias, 94% dos entrevistados indicam que, atualmente, a principal ameaça econômica é "o grande aumento dos preços".

Atédezembro, amaior preocupação dos argentinos era o risco social, como o alastramento dos saques a supermercados, protestospopulares e greves.

Receio – Segundo a pesquisa,22% dosargentinosestão "aterrorizados" em relação ao futuroeconômico esocial.

Outros 44% "têm medo", enquanto que 31% estão "preocupados". Somente3%dos argentinos afirmam que estão "tranqüilos".

Os principais temores de aumentos de preços referemse aos produtos da cesta básica, os reajustes dos aluguéis e as indexações dos créditos hipotecáriose decréditosde bens de consumo.

Por este motivo,milhares de pessoas estão tentando pagarsuashipotecas omaisrápido possível.O receioé que oCoeficiente deEstabilizaçãode Referência,CER,que variadeacordocom ainflação ereajusta ovalor dasdív idas,cause uma disparada das mesmas. O CER é uma ameaçapara osendividados, já que a expectativa é que a inflação continue em alta

Hipotecas – Segundo o BancoHipotecário, onúmero de clientes que desde janeiroestápagando atotalidade das hipotecasde formaantecipadamultiplicou-se cinco vezes em comparaçãocom o mesmoperíodo do anopassado. O problema dos endividados é queseus salários não estão sendo corrigidos de acordo com a inflação. A CER está causando polêmica. A ombudsman da cidade de Buenos Aires,Alicia Oliveira, pediránospróximos dias a inconstitucionalidade da CER. No Congresso Nacional,umprojeto do líder dobloco dopartido Justicialista (Peronista),o senador José Luis Gioja, pretende desvincular oCERdainflação, e destaforma, diminuir seu impacto.

Cesta básica – O presidente da Coordenadoria de Indústrias Alimentícias(Copal), AlbertoAlvarez Gaiani, anunciouque os supermercados e industriais do setor de alimentos concordaramem lançarnos próximos dias uma cesta básica de produtos compreços "diferenciados" para apopulação mais pobre.

Desde oiníciodoano, os produtos da cesta básica tiveram aumentos, em média, de 50%. Naúltima semanade março, os preçosdos produtos da cesta básica aumentaram 3,5%. (AE)

Depois de novo atentado, Sharon diz que vai manter ataque

Em Nova York pressionou a interrupção da oferta do petróleo daVenezuelapor um período superiora 24horas, emrazão dagreve nacional que ocorre no país.

A grevevenezuelana assumeuma característica ainda mais preocupante porcausa da suspensãodas exportações de petróleo do Iraque por 30 dias. (AE)

O primeiro-ministro Ariel Sharonenviou umadura mensagem: Israelnão irárecuar enquanto as milícias palestinas não forem esmagadas. Apesar desua promessa demantera ofensivafrenteà intensa pressão dos Estados Unidos edetodaa comunidade internacionalpara suspendê-la, o Ministério da Defesa anunciou na noite de ontem que suas tropas foram retiradas dasvilas de Yatta, Qabatya e Samua,na Cisjordânia.

Yatta e Samua ficam pertoda cidade sulista de Hebron, e Qebatyaestápertode Jenin, onde estãoos mais duros enfrentamentos.

Desafio – A declaração de Sharon foium desafioà exigênciacada vez maisimpaciente dos Estados Unidos para uma retirada de todas as cidades palestinas –a ser entregue pessoalmente pelo secretário de Estado Colin Powell na sexta-feira – e ocorreu horas depois que um militante islâmico promoveu um atentado suicida a bomba num ônibus no norte de Israel, suicidando-see matando outros oito passageiros. Explicação – Sharon disse terexplicadoao presidente dos EUA, George W. Bush que "estamos no meio de uma batalha"que, seabandonada prematuramente, terá de ser

Anistia Internacional acusa EUA de dar abrigo a mil torturadores

Pelo menos 1.000 torturadores deváriospaíses vivem nos EUA, informouontem a AnistiaInternacional.A organizaçãodisse quede 14casosque identificaem uminforme, 11 são provenientes das Américas. Ostorturadoresestão espalhados porestadosamericanos. Os de origem hispânica têm preferência pela Flórida.Quase todosvivemlegalmenteno paíse muitosdeles adotaram a cidadania americana, disse William F. Schulz, diretordaAI nosEstados Unidos.

Levantamento – S ch ul z apresentou o informe "EUA: refúgioseguro paratortura-

NOTAS

Justiça mantém Cavallo na prisão

O ex-ministro Domingo Cavallo teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça argentina.Eleéacusado por suposto envolvimento na vendailegal dearmas parao Equador e para a Croácia entre1991 e1995. Cavalloserá processadoe poderápegar entre quatro e 12 anos de prisão. Permanecerá preso esperandoo julgamento,quepoderá acontecer apenas em 2003.Alémdisso,o juizdeterminou o confisco de 900 mil pesos (US$ 327 mil) em bens de Cavallo. (AE)

dores"–um trabalhode178 páginas que exibe na capa Tomás Ricardo Anderson Kohatsu,um majordareserva do exército peruanoacusado de torturar duas agentes de inteligência de seu próprio país, Leonor la Rosa e Mariela LucyBarreto. AAnistiadiz que ele recebeu imunidade diplomática do Departamento de Estado.

A cifra de um milhar foi obtidaatravésde fontesdogoverno americano, e que o Serviço de Imigração e Naturalização investigou 400 deles. Pedidos – AAnistia Internacional disseter identificado 150 casos de torturadores, masque publicouapenas14

Na Venezuela, greve pode se prolongar

Os líderes da greve geral da Venezuela ameaçamprolongá-laindefinidamente, seo presidenteHugo Chávezdeclarar um estado de emergência para lidar com a situação, disse PedroCarmona, presidenteda CâmaradeComércio Fedecamaras.Com oaumento da pressão popular, analistas afirmamque Chávez pode estar considerando um "estado deexceção", que permitequeele suspendaa maioriados direitosgarantidos pelaConstituição, egoverne por decreto. (AE)

porque,segundo Schulz,foi alertada sobre aexistência de petições para que eles sejam processados em tribunais civis, ou depedidos para que sejam investigados.

Entre estes, figuram nomes de torturadores do Chile, Haiti, Guatemala, Honduras, El Salvador e Cuba. De outros continentes, constam na lista umcidadãoda Somália,um da Etiópia e outro da BósniaHerzegóvina.

Schulz acrescentou que nenhum foi processado judicialmentenos EUA,muitas vezes devido à intervenção do governo americano, já que foram informantes da CIA em seus países. (AE/AP)

Pastrana perde apoio popular

O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana,sereunirá como presidenteamericano GeorgeW.Bush,no dia18. Pastrana, embora tenha contado com oapoio americano em sua campanhacontra as guerrilhaseo narcotráfico, enfrenta baixos níveisde popularidade, comum partido político em debandada. Deverá deixar o cargo em agosto. Pastrana recebeu dos EUA mais deUS$ 2 bilhões para acabar coma guerrilha,o narcotráfico edesenvolvero setor rural. (AE)

retomada no futuro."Uma vez que terminarmos, não vamos permanecer aqui", garantiu Sharon. "Mas primeiro temos de concluir nossa missão!"

Cessar-fogo – As Nações Unidas, os EUA, a União Européiae aRússiapedem aIsrael e aos palestinos que encerremseu "insensível confronto", o qual está provocando uma crise humanitária e elevandoa tensãona região do Oriente Médio.

A declaração é resultado do encontromantido ontem, em Madri, entre representantes dasgrandes potênmcias, que repudiamataques a civis palestinos. (Agências)

No México, Senado impede viagem de presidente aos EUA

Os senadoresmexicanos negaram permissão para uma viagem já programada do presidente VicenteFox aos EUA e Canadá. Eles não concordamcom aproximidade deFox com a política dos EUA em relação à Cuba. Pelas leis mexicanas, o Senado precisa autorizar qualquerviagem presidencialpara forado país. Avotação foi um protesto contra várias decisões dosEUA,incluindo uma tomada pela CorteSuprema americana, que considera que os trabalhadores mexicanos que estãoilegalmente nosEUA nãotêm direito à mesma indenização dos americanos. (AE)

Apoio a brasileiros na Palestina

Uma comissãode brasileirosdo ComitêInternacional do Fórum Social Mundial viajou para Israel para pedir a pazajudeus epalestinos.O desembarque emTel Avivde Ronaldo Zulke, deputado estadual pelo PT no Rio Grande doSul,JoséArbex Júnior, jornalista,e GuinterSuess, padre católico. Os brasileiros querem falar com o frade franciscano catarinense que está naBasílicada Natividade, e com o agricultor Mário Lill, do MST, confinado em Ramallah. (AE)

Representantes da União Européia, da ONU, da Rússia e dos EUA emitiram nota condenando a violência na região

Petrobrás poderá rever

sistema de reajuste da gasolina, admite Gros

A Petrobrás poderá rever o novo sistema dereajuste dos preços dagasolina,adotado nestemêspelaestatal. Ainformação foi dada ontem pelo presidente da empresa, Francisco Gros.

O executivo negou que a fórmula aplicadapela Petrobrás –que prevêo repasseda variação internacional do petróleo ao preço interno da gasolina–seja uma forma de gatilho automático.

Para Gros, a proposta foi "mal interpretada",o queestaria provocando especulações no mercado. Por isso, segundo ele, osistema poderiaser revisto.

parao reajustede preçosdos combustíveis.

Oministro decidiunão confirmar,mas tambémnão negar a possibilidadede mudança da fórmula.

Para o presidente da estatal, a nova fórmula de preços foi "mal interpretada" pelo mercado

Gros também afirmou que, apesar deo mercadoser livre e de a Petrobrás poder reajustar seuspreços, aprópria estatal se impôs um limite.

Malan –O ministroPedro

Malan (Fazenda) não quis comentarseo governoestá estudando umnovo sistema

Emeventode possedonovo novoministro doDesenvolvimento Agrário, José Abrão, Malan disse apenas que "o governo está sempre estudando todos os assuntos e que qualquer anúncio sobrequalquer tema só é feito quandohá uma conclusão". No começodo mês, a Petrobrás anunciou a adoção de um novo mecanismo de reajuste da gasolina.O modeloprevê a alteração de preços a cada 15 dias, sempre que a média dos valores internacionais do petróleo oscile mais de 5%, para cima ou para baixo. Desde o começodo ano, a estatal já aumentou em 23,06% o preço da gasolina vendidaem suasrefinarias.(AE)

Por ora, Brasil e Canadá desistem de retaliações

Representantes dosgovernos do Brasil e doCanadá confirmaram ontem que pretendembuscar uma solução fora da Organização Mundial doComércio(OMC) paraa disputa comercial entre as fabricantes de jatos dos dois países,a brasileiraEmbraere a canadense Bombardier.

Em reunião no Palácio Itamaraty, noRio, osrepresentantes afirmaramque ospaísesvão buscarum acordobilateral, em vez de aplicar as retaliações da OMC – já aprov adas pela Organização no caso canadense e em vias de ser definida, no caso brasileiro. Esse foi o terceiro encontro queteve oobjetivo desolucionar a controvérsia.

Isso não quer dizer, porém, que os governos vão abrir mão das retaliações previstas pelaOMC. O subsecretário geral para Assuntos de Integração doItamaraty, embaixador ClodoaldoHugueney, disse que o Brasil deverá solicitar a retaliação de US$ 4 bilhões àsimportaçõescanadensesno próximodia 19de maio. O país, contudo, não pretende exercê-la.

A mesma afirmação foi fei-

ta pelo diretor-geral de política comercial do Ministério dasRelaçõesExteriores do Canadá, embaixadorClaude Carriere. "Nãovamosabrir mãododireito dasretaliações, mas nãopretendemos exercê-lo".

Nareunião, foidefinida também a criação de um grupo técnico de trabalho que vai estudar"o conjunto de condições e parâmetros que incidem sobre aeronaves de médio porte",ou seja,os incentivos dados por Brasil e Canadá às suas empresas.Haverá nova reunião dogrupo dentrode ummês,com oobjetivo de eliminar subsídios considerados "inadequados".

A principal dificuldade para o entendimento, segundo Hugueney, é que o Canadá considerao financiamento em sicomo o pontovital do problema, enquanto o Brasil quer ampliar a discussão para osincentivos fiscaise até mesmo as "diferenças estruturais" entre os dois países. Os dois embaixadores admitiram que,caso oentendimento entre os países fracasse, as retaliações poderão vir a ser aplicadas. (AE)

Câmara aprova pedido de sobretaxa de até 30% ao aço

AComissão deRelações

Exteriores daCâmarados

Deputados aprovouuma indicação do secretário de Relações Internacionais do PT, deputado Aloízio Mercadante(SP),para que ogoverno adote, emcaráter emergencial, uma sobretaxa de até 30% às importações de aço.

A proposta de Mercadante sugere aindaque adiploma-

ciabrasileira façaumarepresentação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão do governo dos Estados Unidos de impor barreiras à entrada de produtos siderúrgicos. A indicação,aprovada por unanimidade pela Câmara, será encaminhada ao presidente FernandoHenrique Cardoso pelo presidente da

Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Pela Constituição brasileira,oExecutivo temaprerrogativa da condução da política comercial. Mas Mercadante dissequeo objetivo é orientar o governo. Proteção extra – Mercadanteargumentou queadecisãorecente dogovernodos Estados Unidos, de impor

um novosistemade cotase sobretaxas às importações de aço, deverá causar um prejuízo da ordem de US$ 400 milhões ao Brasil. Segundoo deputado,aalíquota hojepraticada pelo Brasil nas importações de aço do País, de apenas 12%, é insuficiente para proteger o mercadobrasileiro deaçona atual conjuntura. (AE)

Empresário cobra reação do governo

Cada vez mais empresários estãofazendopedidos para que o governo adote medidas preventivas em reaçãoàs salvaguardas impostas pelos Estados Unidos àimportação de aço. Ontem, foi a vez do presidente do conselho da AssociaçãoBrasileira deMetalurgia e Materiais (ABM) e presidente da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), Omar Silva Júnior. Para Silva Júnior,as medidas protecionistas anunciadas pela UniãoEuropéia, México, Venezuela, Tailândia,Chile eCanadá sãosuficientes para justificar aproposta da siderurgia brasileira,

de que o governo aumente as alíquotas de importaçãodo produto de 12% para 30%.

Exigências – Segundo o diretor comercial da Cosipa, Renato Vallerini Júnior, o setor está otimista em relação à propostabrasileira deexcluir, da cotade importação impostaaoBrasil,as placas exportadas pelaCompanhia Siderúrgica Nacional (CSN) para a sua controlada nos Estados Unidos,a CSNLLC (antiga Heartland Steel). "Esperamos uma resposta positiva nopróximo dia15. Mas, mesmoseela nãovieragora, oprojeto poderáserviabilizado até 5 de julho".

O Brasil pediu também a exclusãodacota as exportações de placas de baixo carbono, alegando que a produção americana é baixa.

Caso as sugestões do País não sejam acolhidas, o executivodefendequeas discussõesmigrem para oâmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Mas estou otimista, espero que o governo americanoabrauma brecha para o Brasil".

Devido às propostas, as negociações entre ascinco produtoras brasileiras de aços planos – Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), Companhia Siderúrgica Na-

cional (CSN), Usiminas, Cosipae Açominas–sobre adivisão da cotade 2,5 milhões detoneladas estão praticamenteparalisadas. "Jáfizemos quatro reuniões, mas ainda não batemos o martelo porque esperamos um aumento da cotapara pelo menos 3,5 milhões de toneladas, oque acabacompletamente com o problema", explicou. Sobre assalvaguardas criadas pelaUE parao aço,Vallerini Júniordisse queas medidas não afetarão o Brasil de maneira significativa. "O problemamaioré ofechamentoconjunto desse eoutros mercados".(AE)

Aneel fará leilão para 8 hidrelétricas

A Agência Nacional de EnergiaElétrica (Aneel)realizará, nodia 12de julho,leilãode concessõesparaconstruçãoe exploraçãodeoito novas hidrelétricas. Essas usinasacrescentarão1.584 megawatts (MW) ao sistema elétrico brasileiro, informou ontem o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo.

As novas usinas serão construídasem cinco estados –Goiás,Minas Gerais, Mato Grossodo Sul,Tocantinse Maranhão. Três delas deverão entrar em funcionamentoaté 2006 eoutras quatro, até 2007.

As novashidrelétricas deverão atender uma população de 12,1 milhões de habitantes, segundo a Aneel.

O investimentonecessário à construção das oito hidrelétricas foiestimado em cerca de R$ 3,5 bilhões.

O tempode concessãodas usinas é de 35 anos. Nesse período,a previsão édeque o governo arrecade,anualmente, R$ 17,4 milhões, referentesà CompensaçãoFi-

nanceirapela Utilizaçãode Recursos Hídricos. Esse valor serárepassado aos 19municípios e aos cinco estados que abrigarão as novas hidrelétricas, em razãodo alagamento deáreas situadasnessaslocalidades, e à União. Segundo semestre – Segundo odiretor-geral da Aneel, o leilão de 12 de julho será realizado na Bolsa de Va-

lores do Rio de Janeiro. No segundo semestre, a agênciadeverá realizaroutra licitaçãodemais noveconcessõesde hidrelétricas que, juntas, terão capacidadede geração de 2.734 MW. Alémdas licitaçõesdeusinas, também estãoprevistos para este ano dois leilõesde concessões de 5.149quilômetros de novas linhas de

transmissão da rede básica.

Segundo Abdo, essas linhas deverão beneficiar principalmente aregião Nordeste, alémde reforçar ainterligação entre o Sul e Sudeste.

A capacidade total do sistema elétrico brasileiro hoje é decercade 76milMW.A maiorparte (82%)dessa energia vem deusinas hidrelétricas.(ABr/AE)

SPB: crédito eventual usado no dia não pode ser taxado

Os bancos não poderão cobrartaxadejuros deseus clientes por crédito eventual durantehorasou segundos de um dia, em razão da liquidaçãoeletrônica emtempo real dentro do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB,queentra emvigor no próximo dia 22.

O chefe-adjunto do Departamento de Operações Bancáriasdo BancoCentral,BC, JoséMarciano, explicou ontem queesta é umadas principais dúvidassobreo SPB.

Em palestra nasede cariocado BC, Marciano disse que “não existe e não pode ser cobrada taxa de juro intradia.”

Compulsório – Ele afirmou que, da mesma forma, os bancos poderãousar, sem custos, osR$ 64bilhões que estão hoje depositados compulsoriamente no Banco Central,para disponibilizar recursos durante o dia, desde

que devolvamo dinheiro ao depósitos compulsórios do BC no mesmo dia. Segundo Marciano,nãoserão cobrados juros por esta operação. Marcianoafirmou que muitos empresáriose executivos temem ter que controlar seus recebimentose pagamentosa cada momento deum dia."Isso nãovai ser necessário. É natural que o banco dê um crédito durante o dia para a empresa com conta garantida ou pessoa com cheque especial, sem que para isso cobre juros se o crédito for para o mesmo dia”, disse. Ele afirmou, porém, que dar ou não este crédito dependerá de cada banco.

rema TransferênciaEeletrônica Direta, TED, só para transferênciasacima deR$5 milhões, mas com exceções, como a de pagamentosde cartão de crédito e de débito.

Os bancos poderão usar, sem custos, R$ 64 bilhões do depósito compulsório

Ele disseque o BCestá insistindo em que as tarifas para TEDs serão mais baixas queasde cheques eDocumentos de Operação de Crédito, DOCs, porque o custo operacional da transferência eletrônica é menor que os tradicionais e dão mais segurança.

Objetivo financeiro: a hora de definir o que você quer é agora

decasamento com

Limite – Marciano esclareceu ainda que o BC autorizou os bancos a inicialmente usa-

Tarifas – Mas não fez qualquerprevisão dequandoisto iráacontecer. Algunsbancos já divulgaram suas tarifas paraa TED, que serão as mesmas cobradas para DOCs. Marciano afirmou tambémqueatarifaé umdos principais instrumentos para

osbancos induziremosseus clientes a movimentarem valores acima de R$ 5mil pela TED, em vez de por cheque ou DOC.

Cheques – Segundo ele, uma dasprincipais dúvidas sobre o SPB é sobre o uso de cheque para valores acima de R$ 5 mil. Ele afirmou que não será proibido o uso de cheque para estesvalores, masos bancos deverão desestimular os cheques acima disso. Isto porque os bancos terão quereduzirem 20%,até agosto,os valores doschequescompensados emrelação à média entre fevereiro de 2001 e janeiro de 2002. “Tem banco que levando três clientesa operarcom aTED jáestará na média”, disse. De acordo com Marciano, as TEDs entre contas de um mesmo titular estarão automaticamente isentas da CPMF. (AE)

Captação de US$ 1 bilhão em bônus

O Brasil planejavender US$1 bilhão embônusglobais de 8 anos. O Banco Central, BC, informou ontem em Brasília que entregara uma autorização para umaemissão debônus globaisem dólares parao J.P.Morgane para o Morgan Stanley. Os bônus devem ficar entre 700 e710 pontos-baseacima dostítulos doTesouroamericano de10 anos e maisinformações doBC devem ser divulgadas hoje.

A notíciafoi bem-recebida no mercado doméstico de câmbio e no mercado de títulosde países emergentes no Exterior, ajudando a reduzir o risco do Brasil.

Em março – A última venda de títulos no Exterior pelo País foi realizada emmarço, quandovendeu 500 milhões de euros em bônus de 7 anos. No total, o Brasil já feztrês emissõesinternacionais de papéis soberanos.Nasduas operações anteriores realiza-

das tambémnomercadode dólares, uma ocorridaem janeiro ea outraem março, a República captou US$ 1,25 bilhão em cada uma delas. Se for confirmado o volume de US$ 1bilhão, o governo acumulará recursos da ordemde US$3,9 bilhõesnas quatrooperações atéagora. Este valor é mais do que suficiente para cobrir as amortizações que ogoverno tem de fazer aolongo desteano, que somam US$ 3,191bilhões. A metadogoverno écaptar US$ 5 bilhões esse ano. Anotíciafavorável influenciou positivamente a taxa de câmbio, fazendo com o dólaroperasse embaixamoderada na manhã de ontem, após uma abertura que demorou a se efetivar e apontou alta discreta.

Bem-recebida – Operadoresrelataramquea notícia sobre a escolha de líderes para uma emissão debônus soberano foi bem-recebida, em-

bora tenham lembrado que recursos via lançamento de papéisnão afetamo fluxodo mercado, já que entram direto nas reservas do País. "Com anotícia daemissão a cotação começou a cair mas logovoltou eseacalmou. Aliás, omercadoestábem tranquilo...", disse André Mallet, gerentede operações do Banco Zogbi. Às 11h50, amoeda americana no segmento comercial valiaR$2,271 navenda,com queda de 0,44% sobre ofechamento anterior, a mínima deste pregão.(veja matéria)

Outro operador de um banco estrangeiro afirmou que "é sempre positivo saber de captação soberana."

Mercado – Os bônus soberanos de mercados emergentes operavamsem grandes oscilações ontem.Investidores esperavam o Brasil emitir US$ 1bilhão,àmedida que ponderavam sobre a divulgação de uma nova pesquisa so-

Boas notícias derrubam a cotação do dólar pela quarta vez consecutiva

Embalado pornoticiário favorável, ingresso de recursos, e captação internacional o dólar mantevea tendência de queda e recuou pelo quartofechamento seguidoabaixo de R$ 2,30. O desempenho de ontem levou a moeda a indicar quedade mais de 2% frente ao real no ano.

Encerrados os negócios, a divisa registrourecuode 0,66% sobre a véspera, a R$ 2,266 para venda. Na mínima do dia a cotação chegou a bater nos R$ 2,258, a mais baixa duranteos negóciosdesdeo dia 10 de maio de 2001.

Entradas – "Estamos vivendo umperíodo de fluxo, muitofluxo.Daíé alei da oferta eda procura funcionando", comentou Alberto A lves Sobrinho, diretor da Fair Corretora.

O consultor da Agente Corretora, João Marcos Ci-

carelli,avaliouodia como "mais um de conjuntura favorável ao câmbio." "Vi outra vez ingressos de moeda e o noticiário também deuuma mãozinha. Captaçãosoberana serve de referência para incentivar outras incursõesdosetor privado...", completou Cicarelli. Caminhoaberto – A avaliação do consultor édeque bons resultados do País abrem caminho para captações também deempresas –umdos pontoscitadosrecentemente por operadores parajustificara baixadascotações do dólar. Neste mês amoeda americana acumula baixa de 2,58% sobre o real, enquanto no ano a queda é de 2,12%.

Futuros caem – Operadorestambém chamaramatençãopara apersistência de queda das cotações nos con-

tratosfuturos dedólar. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros,BM&F, ovencimentode maio– queestima acotação para o final deste mês – exibiu umnívelabaixo deR$2,30 pela primeiravez, desdeque assumiu o lugar de contratomais negociado.

Projeção – Ontem o contrato cedeu0,63% eprojetou R$ 2,2875, como a média oficial docâmbio parao último dia deabril. Segundoos operadores, foram fechados mais de 62 mil negócios. Apesar de alguns profissionais apostarem em manutenção docenário favorável, o diretor da Fair Corretora, AlvesSobrinho, destacou algunsfatores queaindaprecisam de atenção – como os conflitos no Oriente Médio e os preços do petróleo, além doquadro político interno em ano eleitoral. (Reuters)

Por quanto tempo você pode deixar seu dinheiro aplicado? Arespostadesta pergunta é fundamental na hora de escolhero melhor tipo de investimento.

Paraquem podedeixaro dinheiro rendendopor um prazo maior,os consultores financeiros recomendam aplicações em renda variável. Dá até para pensar na faculdade do filho ou em ter um bom rendimento na aposentadoria, aplicando nesse mercado. É verdade que muita gente fica ariscasempre que se fala em Bolsa deValores. Mas os especialistas ensinamque nolongo prazoo rendimento da renda variável tende a ser maior do que narenda fixa, assimcomo as chances de perder capital sãomenores. Vejaoque eles dizem:

Longo prazo – Quando se fala em investimento com um prazo de10 ou 15 anos arecomendaçãoé renda variável.

bre as eleições presidenciais. "Éumaboanotíciapara o governo", disseum operador nãoenvolvidona emissão. "Eles estão tentando captar até US$ 1,5 bilhão, que correspondem a vencimentos na semana que vem."

Risco cai – Às 17 horas (horáriode Brasília), oíndice EMBI+ do J.P.Morgan– termômetroda percepção de riscosobre economiasemergentes – cedia10 pontos-básicos, para 594. A porção brasileira noindicadorcedia6 pontos, a 746 pontos-bases. "As atenções estão no Brasil", disse Javier Kulesz, estrategistaparaAmérica Latina doUBS Warburg."As pesquisas mostram que Lula está ganhando terreno."

O Brasil deve fazer diversas amortizaçõese pagamentos de cupons este mês. O governo espera queos aplicadores internacionais façam o reinvestimento em novos bônus. (Reuters)

Projeções de juros encerram os negócios estáveis

Asprojeções dejurovoltaramaencerrar odiaestáveis, mesmo depois de um repique pela manhã –na esteira do IPCA, que veio acima do esperado,comalta de 0,60%em março, influenciado pelo reajuste da gasolina.

Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Luiz Carlos Costa Rego, a perspectiva é de que mesmo emum"piorcenário" –de maistensão no OrienteMédio – um aumento mais acentuadodopetróleoseria momentâneo.

Oprofissionalespera um novo corte de 0,25 ponto porcentual dataxabásica de juro, na próxima semana. Atualmenteojuro está em 18,50% anuais.

ODIde maioterminou com estimativadetaxa a 18,33% na virada deste mês, a mesma da véspera. (Reuters)

R$ 5.000,00 ou até com R$ 50.000,00. Se você estiver disposto a correr riscos, e não seimportar em fazer uma festa mais modesta em caso deperda, aplique em renda variável. Orisco égrande.Porém, existem chances de que vocêpossa darumagrande festa e aindasobrar algum para a lua de mel.

A rentabilidade desse tipo deinvestimento tendea ser melhor do que na renda fixa e, com um horizonte de tempo grande, é mais difícil sofrerperdas decapitalno mercado deações.Sehá perdas épossível recuperálas mais tarde.

Ensino – Por exemplo: veja quanto dinheiro você vai precisar para pagar toda a faculdade do seu filho. Esteserá seu objetivo financeiro. Depois converse com umconsultor parasaber como atingi-lo.

Se seu filho vai para a faculdade em15 anosé possívelaplicarem umfundo de ações uma quantia mensal durante 10 anos.

Renda fixa – Nos últimos 5 anospasse pararenda fixa, evitando risco de perdas na reta final.

É bem provável que, nestes últimos anos, você não precise tirar mais dinheiro dobolso.O objetivojáterá sido alcançado com a renda variável.

Eseoprazo for menor? Numhorizontede tempo curto o melhor é a renda fixa. Oganhoatépodeser menos atraentedo que na renda variável. Mas osriscos de perdas são menores. Se você pretende comprarumapartamento ou um carrocomodinheiro aplicadodurante doisanos evite a renda variável. Você podeter quesair doinvestimento na hora errada e perder capital. Perfil – Caso seus planos sejam mais flexíveis, como dar uma festa de casamento daquia doisanos, tudodepende dequal é oseu perfil deinvestidor: agressivoou conservador.

É possível daruma festa

A p r e n d e nd o – Muita gente estáaprendendo que fazer um planejamento financeiro nãosignifica apenas colocar seu dinheiro num fundo de investimento ousair donegativo no cheque especial.Émuito mais do que isso. Planejar significaestabelecer objetivose traçarmetas para cumpri-los.Tudo isso dentro deprazos estabelecidos.Sevocê quer comprar um imóvel, trocar o carro da família ou viajar para o Exterior naspróximasférias devecomeçara se planejar agora. Tenhaclaro osobjetivos quevocêquer atingireem quanto tempo. Quanto maiscedo começarmais cedo atingirá suas metas. Começarlogo– N u nc a deixepara fazerseuplanejamento quando estiver estourado no cheque especial ouno cartão decrédito. É melhor saldar todas as dívidas em primeiro lugar, para só depoissentar etraçar os planos para o futuro. As aplicações financeiras são uma parte de seu planejamento.E nesse caso um consultor pode lhe ajudar a escolher uma aplicação que permita atingir seus objetivos.

Qualquer um– Planejamento serve para quem temumarenda altaoubaixa. Já existem vários fundos deinvestimentos queaceitamaplicaçõesa partir de R$ 1.000,00. Vocêsabe quantoeonde gasta por mês? Se a resposta for não então, antes de fazer seu planejamento,gaste um tempinho erelacione suas despesas. Disciplina – Tenha disciplina. Não adianta traçar objetivos eno diaseguinte sair gastandoporaí.Não ponha tudo a perder. Lembre de incluir em seu planejamento eventuais gastos extras como uma doença. São situações inesperadas que devem constar em seu planejamento. Nãotenha medodemudar.Se uminvestimento lhe dá um rendimento muitoabaixodo esperado converse com um especialista que possa ajudá-lo a realocar seus recursos.

News

João Sorima Neto, do site On

Bolsa de Frankfurt é o destaque do dia

Os mercados acionários da Europa estenderam os ganhosatéo fechamento dos negócios ontem.

O destaque devalorização ocorreu em Frankfurt, com o índice DAX avançando 1,84%, com as ações de seguradoras e de bancos.

"Há algum apetitede compra de volta ao mercado, mas ainda é fraco e os grandes compradores continuam fora", disse Christian Schmidt, da Helaba, em Frankfurt. Entre asseguradoras,a Munich Re e a Allianz tiveramaltasrespectivas de 3,56% e2,77%.O segundo maior banco alemão, o HVB , terminou com seus papéis valorizados em 4,72%.

A BolsadeParis subiu 1,3%, para 4.521 pontos.

OCredit Lyonnaisganhou 4,63%, depois de o Commerzbank anunciar que poderá v ender sua participaçãono banco francês.

Em Londres, o índice FT fechou com alta de 0,96%, aos 5.229pontos,liderado pela alta de3,5% dafarmacêutica AstraZeneca.

Madri, por sua vez, subiu 0,74%,enquanto a Bolsade Milãoganhou 1,12%,a 23.672 pontos. (Reuters)

Bolsa do Rio é absorvida pela BM&F

Bovespa participa da compra, estimada em R$ 5 milhões, que inclui a negociação eletrônica de títulos

A Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F, anunciou ontem acompra daBolsa de Valoresdo Riode Janeiro, BVRJ. O negócio inclui ainda a aquisição porR$ 5 milhões do sistemaeletrônicode negociação de títulos públicos e câmbio, denominado Sisbex. A operação será feita em conjunto coma Bolsade Valores deSão Paulo, Bovespa, que arcará com metade do valor pago pelo Sisbex. Esta é maisumademonstraçãoclara doenfraquecimento do mercado financeironacidade. Nosúltimos anos o pregão do Rio deixou de negociar ações, que foram concentradas na Bovespa. Acomprafoifechada ontem após aprovação unânime doconselhode diretoresda Bolsa do Rio. Pela proposta, oscorretorestitularesda Bolsa doRio terão direito a trocar seu título, que vale cerca de R$ 360 mil,por umdireito denegociação na BM&F, que custa em tornode R$ 2milhões. A corretora que não quiser aderir àproposta receberá uma quantidadepouco acimado valor patrimonial do título. O presidente daBM&F,

ManoelFélix CintraNeto, avaliaqueboa partedascorretoras não deve migrar, pois cerca de 60% delas já negociam na bolsa de futuros. Concentração– A operação permitirá à BM&F concentrar os mercadosde câmbio à vista e futuro, além das negociações de títulos e juros futuros. “O objetivo da fusão seria reduzir os custos de

operação para corretores que operam no Rio e em São Paulo. Ao concentrar, ganhamos eficiência e escala. A Bolsa do Rio não estava se sustentando eiriater deelevarospreços”, explicou Cintra Neto. Segundoele, apesardafusão,aBolsa doRionão irá acabar e manterá sua estrutura jurídica. Pelo novo modelo a BM&F administrará as ope-

raçõesde câmbioe detítulos públicos do Sisbex, mas a receita dosnegócios comtítulos ficará com a Bovespa. Enfraquecimento – O enfraquecimento do mercado cariocanão érecente.Investidores lembramque aBolsa do Rio nunca mais se recuperou do escândalo do caso Naji Nahas, em 1989. Jápraticamente semliqui-

dez, a negociaçãocom ações daBolsa doRio foi vendida para aBovespa em2000. Ela levou também, recentemente, por R$ 1,7 milhão a Sociedade Operadora do Mercado de Ativos, Soma, mercado de balcão de ações. A BVRJ tentou se recuperar lançando em2001 oSisbex, que agora também segue para o mercado paulista. (AE)

Pregão paulista registra ganho de 1,67%

ABolsa de Valoresde São

Paulo manteve ontem a trajetória de recuperação dos preçosiniciada navéspera. Segundo operadores,com os pregões de Nova York em alta vigorosa eodólarfirmeno cursode baixafrente aoreal, não havia obstruções à alta.

O Ibovespa avançou 1,67%,aos 13.416pontos,e se aproximou do patamar mais altodo mês,de13.467 pontos atingido no primeiro pregão.O índice garantiu uma altanomêsde1,2%e perda de 1,1% no ano.

Nos EUA– Nos Estados Unidos, o Dow Jones ganhou 1,70%, enquanto o Nasdaq subiu 1,41%.

OavançodoIbovespa foi comandado pelocarro-chefe do pregão, as preferenciais da Telemar , que subiram 1,85%.

Segundoo diretordaNovação Corretora,CarlosAlberto deOliveira Ribeiro, a valorizaçãodeveu-sea comentários de queo BNDES estuda um aumento do crédito para as teles.

Cemig– Nãoforam só as teles, entretanto, que empurraramo Ibovespa.Adisposição do PFLde apreciar uma Medida Provisória referente ao setor elétrico fez com os os papéis decompanhiasenergéticas disparassem. O destaque foram as preferenciais da

Cemig,que subiram5,8%,a maior alta do Ibovespa no dia, cotadas a R$36,50. Em todo o pregão foram negociados R$ 511,2 milhões.

Bradesco– Papéis de bancos, cobiçadosno mercado externo,conforme um operador de recibos de ações (ADR) brasileirasemNova York, também contribuíram para o giro e para a alta da bolsa paulista.

As preferenciais do Bradesco subiram1,22%, eficaram entre ostrês papéismais negociados do dia,com giro de R$ 38 milhões. As ações PN do Itaú subiram 3,42%. Atéas ações da Petrobrás apresentaram recuperação, após reter a alta do Ibovespanos últimos dias. Os papéis daestatal petrolíferaavançaram 0,23%,a R$56,00 aunidade. (Reuters)

Evangélicos aquecem setor de móveis

Duas indústrias especializadas em mobília sacra têm a maior parte da receita atrelada aos templos protestantes

A abertura de novos templos religiosos, sobretudo evangélicos, está impulsionando a indústriade móveis para igrejas. ACardeal, uma das primeiras empresas a se especializar no segmento, comsedeno Paranáe no mercado desde 1970, comercializa por mês 1.200 bancos, o que equivale a 3.500 metros de madeira. Há cinco anos, a indústria vendia cerca de 10 metros,algo emtornode quatro bancos por mês.

O produto é o carro-chefe dessa indústriaquetambém fabrica e vende púlpitos, altares, gasofilácios,genuflexóriose cadeiraspastorais,usadas também na maçonaria.

Os empresários do setor são reservados ao tratar de números, mas todos reconhecemquea expansãoda igrejas evangélicas impulsionou os negócios. Na Cardeal, os evangélicos respondem por maisdametadedos80 mil clientes cadastrados. E na

Para entender a linguagem da mobília sacra

Gasofilácio –objeto específico para colocar as ofer tas

Genuflexório –móvel para ajoelhar

Púlpito– tribunade pregação elocalde leituras bíblicas

RBL,empresa paulistadosetor, eles são praticamente a totalidade.

Cardeal – A Cardeal é uma das fabricantes mais ecléticas, contendo linhase projetos de produtos específicos para católicos, espíritas, evangélicos e maçons, num total de 90 itens. "Cada padre oupastor cadastradoconoscoé responsávelpelomenos por quatroou cincoigrejas", afirma odiretor daCardeal, Ari Antonio Barnabé. Nãohádados oficiais que

contabilizem exatamente quantasigrejas existam no País, mas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 100 milhões de católicose 40 milhões de evangélicos no País.

RBL – ARBL Móveis, no mercadohá17anos, surgiu depoisque omarceneiroRicardo Barbosa Lima detectou a oportunidade de fazer produtos para esse nicho.

Ele conta que, aover uma encomenda debancos feita pelaigrejade suaesposa,se interessou pelo segmento. Hoje a empresa conta com 10 funcionários e um faturamento de R$ 50mil por mês. Oprincipalcliente éaIgreja do Evangelho Quadrangular, quetrabalha com a meta de abrir 10 igrejas por dia. Para cada uma delas são encomendadas, no mínimo, um púlpitoe três bancosde madeira maciça.

Bob’s tenta reverter prejuízo registrado

A rede de fast food Bob’s, que triplicou de tamanho nos últimosseismeses,tenta reverter as perdasfinanceiras.

Opresidente doBob’s,Peter van Voorst Vader,está colocandoem prática um novo plano para cumprir a meta.

Os dadosdo últimobalanço apontam prejuízo líquido de R$ 7,6 milhões nos primeiros nove meses de 2001.

Odepartamento jurídico estuda um meio de emitir açõesdaempresa no Novo Mercado daBovespa. Assim, o Bob’sdeixaria deser negociado em Nova York, como ocorre desde o ano de 1996. A idéia de Vader é buscar liquidez para as suas ações, depois

durante ano passado

das sucessivas perdas no mercado norte-americano.

O prejuízo foi reforçado no balanço do terceiro trimestre daempresa porqueaSecurities and Exchange Commission(SEC), órgãoregulador do mercado acionário americano, recomendou o registro dos custos com a captação de dinheiro quea empresapromoveu no primeiro trimestre do ano passadocomo despesa na contabilidade. Na ocasião, o Bob’s desembolsou R$ 1 milhãopara captar US$ 2 milhões emfinal de março do ano passado.

Receita – Areceitaoperacional vem crescendocom o aumento do número de lojas,

População

evangélica cresce 5,18% ao ano entre os brasileiros, diz Sepal

que hoje chega a 274. As vendas totais da rede de janeiro até setembro foram de R$ 131 milhões, 20% a maisdo que no mesmoperíodo de2000. A expectativa é de fechar 2001 com faturamento de R$ 182 milhões.

O projetode negociar as açõesdoBob’snoBrasil em vez de operar no mercado norte-americano tem o propósitode eliminar asatuais despesas coma captação de recursosfinanceiros. Vader vê comotimismo aoperação acionáriano Brasil, onde a marca é simpática para investidores e não uma ilustre desconhecidacomo nosEstados Unidos. (AE)

Sony processa Apex por causa de patente de aparelho de DVD

A japonesa Sony decidiu abrirum processo contraa norte-americana Apex Digital sob a alegação de que a empresa estariaviolando as patentes de aparelhos de DVD.

A Sony registrouo caso na justiça de Nova York, acusando a Apex de importar e vender aparelhos deDVD a preços mais baixos para o mercado norte-americano, sem pagar as taxasde licenciamento à fabricante japonesa.

A Sony detém uma licença da tecnologia DVD em conjunto com aPhilipsElectro-

nics ecom ajaponesa Pioneer, e tem pedido, não somenteà Apex,como também a outras pequenas vendedoras deDVD, opagamentode uma taxa de 3,5% do preço do aparelho, ou o mínimo de US$ 5 por unidade vendida. Neg ociaçã o – De acordo com o porta-voz daSony, Yoshikazu Ochiai,a empresa aindaestá abertaa umasolução amigável e retiraria o caso da justiça sea Apex acertasse opagamentodas taxasdelicença. No começo deste mês, a Apex divulgou em seu site a

informação de que havia acertado um acordo de licença com Sony, Pioneer e Philips. A informação foi negada ontem pelos porta-vozes tanto da Sony como da Pioneer. Nos últimos seis meses de 2001,os DVDsda Apexconquistaram cerca de20% do mercado norte-americano. Com alguns modelos sendo vendidospor menosde US$100,aApex alcançoua Sony ea sul-coreanaSamsung entre as maiores vendedoras da tecnologia nos Estados Unidos. (AE)

Cadeira – Um jovem experimenta cadeira especial para assistir televisão e acessaro computador ao mesmo tempo. O móvel foi apresentado ontem naFeira deDesign, que segueaté odia 15 em Milão. Ele foi desenvolvido pelo designer alemão Andreas Kraetcher. (Reuters)

De acordo com um estudo divulgado recentemente pelo Serviço para a Evangelização da América Latina (Sepal), enquanto apopulação brasileira cresce auma taxa de 1,36% aoano, osevangélicos têm crescido 5,18%.

A Sepal é uma agência missionária, comsede nosEstados Unidos, que trabalha com todas asigrejas evangélicas em várias partes do

mundo. Para a entidade, o número corretode evangélicosno Brasiléde19,5 milhões,metade do estimado pelo IBGE, cujo levantamento é feito combase na projeção de lideranças religiosas.

Se a estimativa da Sepal estiver correta e persistir, em 2037metade dapopulação brasileira será evangélica.

A AssembléiadeDeusmaioré amaior igrejaevan-

gélica doPaís,com 2,9 milhões de membros, presente principalmente nas pequenas cidades brasileiras.

A Igreja possui 13 rádios, duas geradoras de TV e 47 repetidoras em todo oPaís, além de mais de 130 mil locais de reunião, que vão desde salas alugadas em pequenos lugarejosaté enormestemplos nas principais capitais brasileiras. (TN)

Telesp Celular projeta receita 10% maior no trimestre

ATelesp Celularprevêque terá, no primeiro trimestre de 2002, um crescimento de receitas superior a 10%, com apenas 3%de aumento dos custos na comparação com o último trimestre.

A empresa conseguiu, nos primeirostrês mesesdeste ano, duplicar a taxa de crescimento das receitas e ao mesmotempo diminuiuaparticipação em atividades que não sãoligadasdiretamente ao setor. "Não podemos dar valores porquesomoscotados, masduplicamos avelo-

cidade de crescimento das receitas, e diminuímos os custos.Isso nos levanaturalmente a margens bastante interessantes", afirma opresidente dacompanhia,Carlos Vasconcellos.

Vasconcellos disse que a Telesp Celular fez umaavaliação do desempenhoda empresa,comparando com outrasoperadoras detelefonia celular e concluiu que está em vantagem. "Nós acabamosde fazerum estudocom cerca de 100 variáveis em âmbito internacional e nós esta-

Japão desenvolve robô para a área médica

Um robô do tipo humanóide, desenvolvido para ser utilizado naárea médicafoi apresentado àmídia durante umademonstração emTsukuba, ao norte de Tóquio, ontem. O Japão, que é o líder mundial nocampo darobótica,estáem seuquintoano de pesquisa e de desenvolvimento do Projeto de Robótica H u ma n ó id e . Oobjetivodo projeto écriar um robô que execute tarefas complexas, tenha movimentos flexíveis e consiga convivercomseres humanos. Alguns protótipos já foram apresentados no mercadonos primeiros meses do ano.(Reuters)

remos melhordo queas médias ou os melhores, em praticamente 90 variáveis", diz. Uma das áreas em que a Telesp Celular ficou atrásdas outras operadoras é nos call centers. Asegundaáreaem que a empresanão atingiu a médiafoi ade vendas,sobretudo as vendas corporativas. A Telesp Celular acredita que o fraco desempenho nas vendas corporativas aconteceu porquea maioriados investimentos foram voltados para o segmento de consumidores residenciais. (AE)

Yahoo! registra prejuízo líquido de US$ 53 milhões

O portal Yahoo! apresentou um prejuízo líquido de US$53,645milhões, noprimeiro trimestre de 2002, sobreprejuízo líquido deUS$ 11,486 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado antesdos itens extraordinários, porém,foi positivo, emUS$ 10,475milhões,deresultado negativo em US$11,486milhões no primeiro trimestre de 2001. A companhia registrou seu sexto trimestre consecutivo de prejuízo líquido. A receita líquida subiu para US$ 192,7 milhões no período, de US$180,2 milhões no ano passado. Oportal elevou novamente sua previsão para areceita em2002. OYahoo! agoraespera umareceitade US$ 870milhõesaUS$ 910 milhões no ano. (AE)

Lima, proprietário da RBL, mostra os bancos fabricados para igrejas na sua indústria em Embu Guaçu, São Paulo Paulo Pampolin/Digna
Projeto tem como meta fazer robô que atue como auxiliar nos hospitais

Nobel quer abrir livrarias no País todo

OempresárioSérgio Milano,donodaredede livrariaepapelaria Nobel, de São Paulo, entrou na empresa da família para reestruturá-la. Na época em queassumiu o comando, 1991, a companhia, que foi fundada pelo avô no início dos anos 40, tinha apenas quatro lojas em São Paulo. Hoje,aNobel tem94unidadesnoBrasil. CidadescomoMacapá, noAmapá, têm umaloja da rede.No ano passado,o faturamento do grupo foi de R$70 milhões. Este ano, Milano esperaabrir mais50unidades eaumentar30% ofaturamento. Veja o que o empreendedor diz sobre as estratégias da Nobel.

ANobelfoi fundadaem 1943 pelo meu avô, Cláudio Milano. A primeira livraria foi abertaemSão Paulo,na ruaMaria Antônia,noCentro. O negócio de editar livros começoupor acaso.Alémde vender os volumes, meu avô passou a publicar apostilas de professores–a lojaficapróxima a duasfaculdades: a de Sociologia e Política e a de Arquitetura,da USP(Universidade deSão Paulo) eda univ ersidadeMackenzie– elivros de amigos que estavam semprevisitando alivraria. Quando a publicação dos volumesse tornou constante, surgiu a editora Nobel. Organizar a empresafoi muito complicado. A editora nasceu um pouco desorganizada. Na verdade,era uma livraria quefazia apostilas, que, em geral, eram feitas paraapenasum cliente.Atéorganizar aempresa, foram, praticamente 20 anos. A segunda livraria Nobel foi aberta em 1967.

Entrei na companhia em 1991,depois quetermineia Faculdade deAdministração deEmpresas naFundação Getúlio Vargas,em SãoPaulo. Quandoeu assumia em-

presa, aNobel tinha apenas quatrounidadese precisava crescer. A minha primeira açãofoireorganizara casae delegartarefas.Meuavô e meupai centralizavamtodas as operações.Eu mudeiisso, contrateiprofissionais no mercadopara cargosimportantes e fiz um projeto de descentralização da companhia. Foiaprofissionalização da empresa familiar. Com a casa em ordem, decidimos abrirfranquias da rede Nobel. Para isso, não contratamos uma consultoriaexterna. Comeceiadevorar todo o material que falava sobre franquias de livraria, principalmente em outros países. Visiteigrupos estrangeiros que estavam em expansão no País. Selá fora davacerto, aquitambémpoderia funcionar.

Nessa época,redes de alimentação americanas que têm sistema de franchising estavam vindo em massa para o Brasil. Observei as estratégias, reuni omaterial de pesquisa eformatamos nossa franquia.Em 11anos,foram abertas 90 unidades da Nobel noPaís.Esse foiumprojeto do qual eu me orgulho muito.

cursos e seminários

Hoje

Básico deexportação - Ocurso é dirigidoa micro epequenos empresários quenunca exportaram.Os professoresvão desmistificaras barreiras resultantes da falta de informação dos empreendedores sobre o assunto. Duração: duas horas, das 9h00 às 11h00. Local: Sebrae São Paulo, rua Adolfo Pinheiro, 712, Santo Amaro. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no local ou pelo telefone 0800-780202.

Dia 13

Dia 13

Lalur (Livrode Apuração do LucroReal) – AspectosFiscais, Escrituraçãoe ControleTributário – O objetivodapalestra éorientar oscomerciantes a preencher de forma correta o Lalur. Duração: oito horas, das8h30às17h30.Oseminárioaconteceno sábado (13).Local:IOB Thomson, ruaCorrêa Dias, 184, Paraíso.Preço: R$ 210.As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

A equipe desenvolveue pensouemtodosos detalhese eventuais problemas que pudessem acontecer.

A distribuidora de livros daeditora foiútilpara odesenvolvimentodas franquias daNobel. Nósvendíamos para o consumidor final, parao varejistaepara oatacadista. Com a distribuição –a empresa distribuía livros de outras editoraspara diversas livrarias – eu poderia conseguir descontos com os fornecedoresque outras livrarias não poderiam conseguir. Minha condição comercial erafavorável,eu tinhamargem suficiente para tentar construir umarededelivrarias. Vi que havia espaço para abrir uma rede defranquia, porque tínhamos esse diferencial. Noinício, pensamos em centralizara operaçãode compra edistribuiçãopor causadessa vantagem.Logo, mudamos de idéia. Omodeloatual de franquia da rede Nobel é mais simplificado do que o que foi pensado no início. Hoje, na prática, paraconseguirmos as melhorescondições comerciais– arede compradiretamentedos fornecedores

–,evitar osimpostos emcascata e dificuldades como para quem vai a cobrança de frete, percebemos que a operação tinha deser mais simples. Passamos a usar o poder do volume de compra que tínhamosemproldaredee abrimos o benefício para todos os franqueados,paraque eles conseguissem o desconto. No primeiro ano, abrimos duas franquias. Tudo foi feitocom calmaeplanejamento. Não queríamos dar passos maiores que nossas pernas. Como otempo,fomos criando novos formatos para as lojase adequando-osaos espaços que tínhamos disponíveis. O primeiro desses conceitos foi ode megastore. Pesquisei em outros países e até no Brasil como funcionavaesse negócio.Viajeivárias vezes, visitei megastores e percebi como era boa a sensação de fazer várias coisas dentro de uma livraria.

A combinação do café e do CD, do vídeo leva o cliente a se sentirsatisfeitodentro das lojas. Émuito difícil um consumidor entrar numalivraria dessase nãocomprar nada. Temos pesquisasque mostram que os clientes que entram nasmegas, emgeral, nãosabem oquevãocomprar, mas entram porque o ambiente é acolhedor. Muitos consumidores saem das lojas com livros que nem sabiamque existiamou CDs quenão achavamimportante, mas que a partir do momentoem queforamvistos, se tornam essenciais. Isso tiraaimagem dalivrariaque tinha um balconista,na qual oconsumidor chegavaeperguntavase tinha olivro.Se não tinha, ele ia embora sem

Dia 15

Dia 15

Os benefícios da neurolingüística – Ocurso é dirigido a profissionais que querem melhorar o desempenho pessoal e profissional por meio da neurolinguística. Duração:15 horas, das19h00 às 22h00.O seminário começa nasegunda-feira (15) e terminana sexta-feira (19).Local: Sescon-SP (Sindicatodas Empresasde ServiçosContábeis deSão Paulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 140. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Básico de administração de pessoal – O seminário é destinado a participantes que querem saber quais os procedimentos para a implantação de um departamento pessoal na empresa. Duração: 15 horas, das 19h00 às 22h00. O seminário começa na segunda-feira (15) e termina na sextafeira (19). Local:Sescon-SP (Sindicato das Empresasde Serviços Contábeis de São Paulo), avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 140. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

comprar nada. Esse ambiente costumava expulsar as pessoas. Os corredoreseram estreitos, não se tinha liberdade nem variedade de volumes. Nas megastores, a área infantilé muitovalorizada. Nos preocupamos com a formação dos leitores. Em shoppings de lazer, como o Market Place, em São Paulo, o setordedicado àscriançasé bem amplo, porque há outras áreas paraopúblico infantil dentrodo shopping.Nos shoppingsdirecionados ao públicoadulto, essessetores são menores.

Estamos fazendo uma rede com a cara do Brasil. Uma das grandes diferenças nossas lojas, emrelação àsde outras redes, é que nós nos propusemos a desenvolver modelos específicos para cada tipo de local disponível no País.

A mega da Nobel em Suzano, por exemplo, tem 250 metros quadrados e tudo que a mega tem, mas o espaço é menor que a do Market Place, que tem1.000 metros quadrados. O mix de produtos vendidosnas lojasdeSuzano é diferente docomercializado num shopping classe A. Em Suzano, se vende somente livrose CDsda moda.No Market Place, os livros de arte têm uma boa saída. Opreconceitode queo brasileiro nãolê éfalso. Ele lê, só que na lista há muitos livrosde auto-ajuda. Outro problema é o acesso à leitura. Estamos entrando em mercadosquenuncaforam explorados. A lojade Macapá é um sucesso, vende, por mês, entre R$ 150 e R$ 200 mil. Antes de abrirmos a unidade, fizemosuma pesquisa simples e descobrimos que a livraria mais próxima de Macapá estava a três horas de avião, em Belém,porisso poucas pessoas dacidadetinham o hábito de ler.

Uma das estratégias para promover lojas em lugares remotos é publicar livros de autores locais. Osprofissionais da editora são encarregados da seleção dos volumes. Na unidade de Macapá, sempre temos lançamentos deautoresda região.Emge-

ral, oslivros nãosaem doestado, mas a venda na livraria, mesmo pequena, dá retorno para o franqueado, pois leva o consumidor a loja Com as lojas menores, queremos atingiros lugares que não comportam megas Osquiosques de 40 metros quadrados foram formatados para serem instalados em academias, cidadesmenores, postos de gasolina eprédios de escritórios. Hoje, o mercado está muito propício parafranquias boas. Eu considero as lojas da Nobel interessantes por dois motivos. Primeiro: o negócio de livraria é multifornecedor. Se amanhã determinado livro sai de moda ou o autor está envolvidonum escândalo, hádiversos volumesquevão estar no gosto do povo. Sempre vai ter um livro sendo lançado e fazendo sucesso. Com roupa isso não acontece. O risco é grande.

As franquias de comida têm o mesmo problema. Caso um cliente passe mal com a alimentação,o nomedetoda a rede é afetado. Livrarias são supermercados de cultura, não têm amarras com determinada marca. A editora tem trabalhado comlivros denegócios, infantise culinária. Hoje somos três empresas separadas, mas ao mesmo tempo unidas. Aprimeiraéavarejista, quecomercializa oslivrose gerenciaas franquias.A segunda é a editora, que selecionatextose autoreselança os livros no mercado. E a terceira a distribuidora, que presta serviço de logística para a Nobel epara outras editoras, como aMelhoramentos. Nessa última temos sócios estrangeiros. Hoje, vejo no Brasil, uma oportunidade de crescimentodosetorde livrarias.Há muitasregiões quenãoconsomem livrosporquenão têm acesso. Nós temos toda a estrutura de logística montada. Acreditoquesesurgisse um sócio,queinjetasse dinheiro no grupo, teríamos mais agilidade. A rede de franquiasda Nobelpoderia crescer a passos largos.

IR: País é último colocado em dedução

Pesquisa da Ernst & Young mostra que brasileiro tem pouca opção para abater em sua declaração de rendimentos O Brasil está entre os países com as maioresrestrições a descontos no Imposto de Renda daPessoa Física (IRPF) e, com isso, o contribuinte paga maisdo que em lugares como Espanha e Estados Unidos. A liminar que permite a dedução de gastos com medicamentos,óculos, lentes de contatoe aparelhos auditivos no IR pode ajudar a diminuir a carga tributária. Deacordo comumacomparação feita pela consultoria Ernst & Young entre o Brasil e outros cinco países, o brasileiro é o que tem o menor númerodededuções. Aforma de tributação na Alemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos eJapão permiteque os contribuintes descontem a maioria dos gastos essenciais, comoeducação, moradiae

saúde, entre outros ítens. Declarar – O brasileiro pode declarar o que gasta com planosde previdênciaprivada, despesas médicas, pensão alimentícia e R$ 1.080 por dependente. Há também um limite de R$1.700 para deduções de gastos com educação.

A liminar concedida na segunda-feirapela juízaLuciana de Souza Sanches, da 14ª Vara Cível Federal, favorece uma ampliação no direito à dedução de despesas ligadas à área da saúde.

A juíza argumenta que o direito à saúde é constitucional e quenegar adedução desses gastosvai contra opróprio conceito de renda. O tributarista Waldir Luiz Braga explica que, pela Constituição, cadaumdeve contribuirde acordo com sua capacidade.

"Isso significa que não deveriam ser tributados gastos comnecessidades básicas", afirma Braga.

Amplas – Outros países têm deduções mais amplas. A comparação feita pela Ernst &Young mostra como em outros países, onde as alíquotas do Imposto de Renda muitas vezes são superiores às brasileiras, as deduções c o mp r e e nd e m de formamais abrangente os gastos com necessidades básicas. Na Alemanha,os descontospordependentetêm valores maiores, e há umadedução para o próprio contribuinte. Além disso, podemser declarados todos osgastos com

Maioria dos países permite descontos com gastos essenciais, como saúde, moradia e educação

seguros. A lei também tenta proteger ostrabalhadores, pois despesas relacionadas com a preservação do emprego, comotransporte, roupas de trabalho e taxas sindicais são dedutíveis. Lá, até o dízimo pago às igrejaspodeentrarna declaração do imposto. Créditos – O governo espanhol concede créditos fiscais das despesas com a compra de uma casa ecalcula valores mais altos paradeduções de dependentes. Nos Estados Unidos,onde aalíquota de IR pode chegar a 39%, a lista de descontos é extensa. A legislação permiteque sejam relacionados gastos com financiamento da casa pró-

Tributaristas garantem que antecipação da CPMF é legal

A diminuição do prazode 90 para 50 dias,para o início da cobrança da CPMF depois de aprovada sua prorrogação no Congresso,não éinconstitucional, desde que se dê por meio de uma emenda constitucional, afirmaram ontem advogados tributaristas."Tem que ser feitapor meio de emenda constitucional,porque oprazo estáprevisto na Constituição", explicou o advogado tributarista Raul Haidar. O governo estudamudar o

prazo para compensar o atraso na aprovação da emenda, o que está prejudicando a arrecadação do governo. SegundoHaidar, hájuristas que considerampétrea acláusula que prevê a"noventena", como é chamado o prazo. "Não encaro assim. Cláusula pétrea são aquelas que garantemos direitosindividuais. Nãovejorelação comtributos", disse Haidar.

A Advocacia Geral da União (AGU)tem umparecer jurídicoqueapóia oen-

curtamento do prazo. Francisco Antônio Feijó, também tributarista, garante que "não sendo por emendana Constituição, é inconstitucional".

Se aprovada uma emenda, osprincípios daanterioridadeeda anualidade,queprevêem que um tributo só pode ser cobrado no ano seguinte à suacriação, tambémnãoserão feridos, disseFeijó.Para aprovar uma emenda constitucionalno Congressosão necessários trêsquintos dos votos. (AE)

Governo deve voltar a insistir na aprovação de mudanças na CLT

Após avotação daContribuiçãoProvisória sobreMov imentações Financeiras (CPMF), na Câmara,o governo poderá renegociar com os senadores ainclusão na pautade votaçõesdoprojeto que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A informação foi dada ontem pelo ministro doTrabalho, Paulo Jobim.

O ministro visitou informalmente os deputadosda Comissão do Trabalho. "Vim me apresentar e ouvir os parlamentares, com quem esperomanterumdiálogo permanente e direto", disse. O presidente em exercício da comissão, deputado Jair Meneguelli (PT-SP), agradeceu a iniciativa do ministro.

Retirar– O governo decidiu retirar o pedido de trami-

taçãodo projeto daCLTem regime de urgência para provocar o esforço do Congresso na votação da CPMF. Depois da decisão de ontem, do PFL, de retiraradesobstrução às votações na Câmara,aproposta da CPMF deve ser votadaaté ofinaldomês. Aproposta segue depois para o Senado, onde deverá ser concluída à votação no prazo legal, até o mês de junho. "O governopersiste coma idéia de continuar a debater a CLT, de reapresentar o projeto para discussão da sociedadee noCongresso,pois éde interesse dotrabalhador", disse Paulo Jobim. O ministro considerou normal as reações contrárias àsmudanças das leistrabalhistas ocorridas durante a discussãoe votação da pro-

posta na Câmara. "As pessoas ficaramapavoradas, achando que o projeto significaria perdas para o trabalhador. "Porém, lembrou o ministro, as áreas da oposição, a própria CUT (Central Única dos Trabalhadores) negociou com aVolkswagen umacordo que evitou a dispensa de maisde milpessoas noABC Paulista. Enegociou, flexibilizando a CLT."

O ministro disse que agora há umentendimentomaior sobre a proposta do governo. Ele lembrou que há propostas de deputados da oposição pedindo mudanças na CLT. Segundo oministro,no primeiro momento dadiscussão das leishouve incompreensão. "Eudiriaque essaé a natural reação que as pessoas têm diante do novo. (ABr)

pria, impostos sobre imóveis, saúde, pensão alimentícia, mudança e até roubo ou perda de bens. Contribuições paraprevidência ejurosde empréstimos educacionais também entram na conta.

Até 1988, as regras no Brasil eram parecidas comas dos países da comparação. Na lista, entravam itens como aluguel e juros para a compra da casaprópria. "Haviaabusos nas deduções, e por isso a lei foi alterada. A partir de 88, as alíquotas foram reduzidas paracompensar asdeduções menores nas declarações", lembra o tributarista Douglas Yamashita.

Confundir – "A Receita Federal passou a confundir renda com receita. Para se saber a renda, épreciso descontaros gastos básicos",comenta Ya-

mashita. Entreeles estariam os medicamentos, óculos e aparelhosde audição."Claro que deveria haverlimites paraestas deduções, mas eles têm de ser razoáveis", completa Waldir Luiz Braga. Não é a primeira vez que uma decisão preliminar da Justiça muda as regras do Imposto de Renda. Baseados em experiências anteriores, os tributaristas dizem que há poucas chances da liminar ser mantida neste momento. "A Fazendavairecorrercom o argumentode quealiminar causagrave ofensa àeconomia", avalia Braga. Caso a decisão seja mantida, os contribuintesque pediramcomprovantes poderão incluir já na declaração referente a 2001 as despesas listadas na liminar. (AE)

Empresas têm até dia 30 para escolher regime de

As empresas prestadoras de serviços que ainda não decidiram sobre qual o melhor regime de tributação para declarar seus negócios (se sobre lucros realoupresumido) devemseapressar. Oprazo parafazer a opção vence no próximodia 30e osespecialistas recomendam cautela na escolha do modelo.

Isso porque ainda nãofoi votadaa MedidaProvisória 22,que reajustaatabela do Imposto de Renda de Pessoa Física e prevê um aumento na base de cálculo da Contribuição Socialsobreo LucroLíquido (CSLL)das empresas optantes pelo lucro presumido. O atraso na votação significa que o aumento dessa contribuição já será válido no dia 30 de abril, quando as empresas pagam a CSLL.

Alternativas – Para fugir desse aumento, uma das alternativas é a substituição para o regime de lucro real. Antesdisso,porém,os especialistas aconselham fazer as contas na ponta do lápis a fim de verificar o impacto do aumentoda alíquota e se realmentevalea pena fazera substituição.Feita aescolha, o retorno ao regime anterior somente pode ser feitono próximo exercício.

Odiretor técnicodaConfirp ConsultoriaContábil, Richard Domingos, ressalta que amudança deregime de tributação somentepode ser feita desde que a empresa não tenha pago qualquer parcela do Imposto de Renda refe-

tributação

rente ao exercício de 2002. "É o lucro contábil (receitas menos despesas) da empresa que vai determinar qual a melhor opção. Sefor superiora 32% dofaturamento,é melhor permanecer no regime de lucro presumido. Ao contrário, valeapena mudarparaolucro real trimestral", aponta.

Cálculos – A Confirp fez os cálculos para o Diário do Comércio, dequanto aempresa prestadora de serviços desembolsaria de CSLL nos dois regimes de tributação, considerando o aumento da base decálculo da contribuição social(de 12% para32%).

Uma empresa com faturamento trimestral de R$ 30 mil, porexemplo,optante pelo regime de lucro real, pagariaR$ 495,00 de Imposto de Renda e R$ 297,00 de contribuiçãosocial. Pelosistema de lucropresumido,uma empresa com omesmo faturamentopagaria R$1.440,00 deIRe R$ 864,00decontribuição social.

Aumento – AMP22, que estabelece o aumento da CSLL das empresas de serviços, é uma das mais de 20 MPs a trancar apautade votação no Congresso. Ela corrige em 17,5% a tabela do Imposto de Renda daPessoa Física (IRPF) e em seu terceiro artigoestabeleceo aumentoda basede cálculo da CSLL das prestadoras de serviçosoptantes peloregimedelucro presumido como forma de compensar as perdas de arrecadação com a atualização da tabela do IR.

Como o aumento não estavaprevisto noacordofirmadoentre ogoverno oCongresso, nas discussões sobre a atualizaçãodatabela doIR,a maioria dosparlamentares, incluindo os da base governistas, demonstraram disposição em derrubar oartigo que aumentaa cargatributária das empresas de prestação de serviços.

Mudança unilateral de contrato é ilegal

Idec alerta para prática de algumas seguradoras, considerada abusiva, mas que não precisa ser aceita pelo consumidor

OInstitutoBrasileiro de Defesado Consumidor (Idec) alertaquenãopode haver alteração unilateral de contrato. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) proíbeestaprática, queocorre quando o fornecedor do produto ou serviço altera as regras docontratosem oconsentimento do consumidor.

OInstituto reiteraque aprática é ilegal e, portanto, não precisa seraceita seo cliente discordar da alteração.

Segundo o Idec, algumas empresas ainda ignoramas determinações legais e continuam a adotar tais medidas.

Um exemplo recente,ainda de acordo com o Instituto, é o das seguradoras Companhia de Seguros Aliança Brasil S.A.

Estado faz acordo para pagar dívidas com precatórios

O Ministério da Fazenda fechou ontem um acordo com o secretárioda Fazenda doEstadode SãoPaulo,Fernando Dall´Acqua, para solucionar o impasse da falta de pagamento dos precatórios alimentícios (associados à dívidas referentes a salários dos servidores) pelos Estados. Pela proposta, os Estados poderão utilizaroestoquedos depósitos judiciaisfeitosa partir de janeiro de 2001 para pagaros débitoscom osprecatórios alimentícios.

O uso dos depósitos recolhidos a partirdesse período, no entanto, não poderá ultrapassar o montante de 50% de todo o estoque do passado, acumulado ao longo de todos esses anos. (AE)

e Federação Nacional das Associações Atléticas Banco do Brasil (Fenabb), ligadas ao BancodoBrasil. Emjaneiro desteano, as duas empresas enviaram correspondência aos usuários do Seguro Ouro Vida–apólice40 –,afimde comunicar sua transferência para um novo grupo: o Ouro Vida Grupo Especial. Novo grupo – Segundo o Idec, essenovogrupoapresenta outro tipo de cobertura etraz duasdesvantagens:a perda dodireitoà cobertura porinvalidez permanente motivada pordoença ealteração no reajuste anual dos valores pagos pelossegurados, que passaria a ser por faixa etária. As alterações foram confirmadas pelaAssessoria

de Imprensa do Banco do Brasil (BB).

A assessoriareiterou também que tal procedimento foi adotado a fim de atualizar os contratos –comercializados entre 1989 e 1998 e com cerca de 400mil clientes– eevitar um desequilíbrio financeiro nos grupos. Em relação ao reajuste por faixa etária, a empresa informaque sua aplicação deverá ocorrer em abrilde2003 eserádiluído nas demais parcelas. Encontrado – Ainda segundoa assessoria,oSeguro Ouro Vida – apólice 40 – não pode mais ser encontrado no mercado, poisnão acompanhou as mudanças econômicas doPaís.AAssessoriado Banco confirmao envio de

Projeto institui falta gravíssima no trânsito

A ComissãodeViação e Transportes aprovou o Projeto de Lei 4748/01, do deputado Josué Bengtson (PTBPA), que caracteriza como infração gravíssima a condução de veículo com lacre, inscrição dochassis, selo,placa ou qualquer outro elemento de identificaçãodoveículo violado, falsificadoou encoberto. A proposição altera o artigo 230do Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal nº 9503/97).

O autorinforma quecerca de 50 mil pessoas morrem anualmente nas ruas das cidades e rodovias, vítimas dos motoristas inconseqüentes que ofendem as mais elementares regras de segurança, por vontade consciente de dirigir

perigosamente ou por culpa (negligência, imprudência, ou imperícia).

Restritiva – Ele lembra que acadamedidade controle restritiva oucoercitiva imposta pelo Poder Público –como os radares e as barreiras eletrônicas –surge umareação porparte dosinfratores, como a utilização de tintas especiaisqueembaralham os númerosdasplacas doscarros, impossibilitando a identificaçãodosque cometem infrações.

O projeto de lei, que tramita em caráter conclusivo (sem necessidade de passar por todas ascomissões), será apreciado pela Comissãode Constituição e Justiça e de Redação. (AC)

correspondência aosclientes do seguro, mas informaque outra carta será enviada em breve para que o cliente decidase quer aderir ao novo contrato. Quanto às ações contra a alteração do seguro, a assessoriaafirma queos argumentos poderão ser discutidos na Justiça.

Para suspender a alteração unilateral do contrato, o Idec entrou com uma ação contra as seguradoras, no dia26 de março,e aguardaconcessão de uma liminar (decisão provisória). Uma decisão favorável beneficiaria apenas os associados do Instituto. De acordocomoIdec, jáexiste uma liminar deum processo em Minas Gerais que impede a adoção da prática abusiva

pelaseguradora Companhia de Seguros Aliança Brasil S.A. cujobenefício seestendeaos consumidores da região. Ação – Outra açãofoimovidapelo MinistérioPúblico doRiode Janeiro.Deacordo com a ação proposta à 2ª Vara Empresarial deFalências e ConcordatasdoRio,a companhia de seguros Aliança do Brasil, ligada ao banco, encerrou o produto unilateralmente em janeiro deste ano e transferiu os clientes para outro seguro, o Ouro Vida Grupo Especial,comcobertura reduzida e aumentoanual por faixa etária. Para os demaisconsumidores, oIdecaconselha,em primeiro lugar, oenvio de uma carta à empresa infor-

mando sobre a prática abusiva de mudança unilateral do contrato, com base no artigo 51, inciso XIII, do Código de Defesado Consumidor (CDC), e recusando-se a aceitá-la. Oconsumidor pode também procurar os órgão de defesa do consumidor. Recurso – Caso oproblema não seja resolvido, ainda é possível recorrer à Justiça. Valelembrar que,nas ações cujo valor da causa não ultrapasse 40 salários mínimos (R$ 8 mil), háo benefício do Juizado Especial Cível. Até 20 saláriosmínimos (R$4mil), a presençado advogadoestá dispensada na ação.Acima destes valores, o processo é encaminhado à Justiça comum. (AE)

STJ: imóvel de devedor solteiro não pode ser penhorado

O devedor solteiro, ainda que more sozinho,deve ter o imóvel protegido da ameaça de penhora, estabelecida pela Lei 8.009, de 29 de março de 1990. A conclusão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,que não reconheceuo recursoda Construtorae Administradora Correia Ltda. contra um morador da Asa Sul, em Brasília, que estava sendo executado por dívidas.

Inicialmente, opedido do morador havia sido negado. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, no entanto,deu provimentoao recurso,paradeclarar aimpenhorabilidade do apartamento da SQS 205. “Incluída amoradiacomo direito so-

cial, tem-se como impenhorável oimóvel residencialde pessoa solteira, tal como assegurado na Lei 8.009/90”, afirmou o acórdão. Recurso – A construtora recorreuao STJ,alegando afrontaaos artigos1ºe 5ºda

Lei8.009, bem comodivergênciacom outrosprocessos julgados pelo Tribunal. O advogado da construtora alegouque o devedor nãotem direito ao benefícioda impenhorabilidade, por ser solteiro e morar sozinho. ( ABr)

Posição

da Facesp-ACSP

Mudanças dependem de cada um de nós

As dificuldadesconjunturais freqüentes no campo econômico, as crises constantes na esferapolítica, ainsegurançapermanente e as carências estruturais na área social fazemcom que, muitas vezes, percamos de vista as potencialidades do País e a capacidade de realização do povo brasileiro. É preciso quecada umde nósdecida trabalhar para mudar a realidadeque nos cerca, assumindo a res-

Irã reafirma que pode suspender a venda de petróleo

O ministrodo Petróleodo Irã reafirmou a disposição de seu país de suspender as exportaçõesde petróleo,como o Iraque, seoutras nações islâmicas fizerem o mesmo. A Arábia Saudita já se disse contraa medida.Ontem,os preços subiram em N. York e caíram em Londres. Página 4

Anistia acusa os EUA de abrigar mil torturadores

Segundo dados da Anistia Internacional, pelo menos mil torturadores de diversos países estão abrigados nos Estados Unidos. Nenhum dos 150 identificadospela Anistiafoi processado judicialmente.Muitos teriamsido protegidos pelos EUA por terem sido informantes da CIA em seus países. Página 4

ponsabilidade de contribuir para melhorar a situação do País e, principalmente, do povo brasileiro,representado por aquela pessoaque está mais próxima de nós, convivendo com grandes dificuldades. Dessamaneira, seguramente, conseguiremosavançarmuito mais rapidamente nas respostas aos grandes desafios queainda temos pela frente como empresários e como cidadãos. Página 2

Empresas aéreas iniciam temporada de promoções

Para oconsumidor anotícia é muito boa. Já para o caixa das companhias aéreas, nem tanto.A guerradas tarifas,queagitouosetor entre 1996 e 1997, está de volta. A TAM eaGoljáaderiramà batalha dos preços baixos. ATAM está oferecendo descontos que vão de10%a 70%, motivada pelaGol, que opera compreços 30%abaixo do mercado. A TAM oferece ainda redução de50% nospreçosdebilhetes para

certos roteiros,se adquiridos 21 dias antes da viagem. Com as medidas, o percurso deSãoPaulopara Porto Alegre, por exemplo, pode cair de R$ 546, pela tarifa cheia,paraR$152,seo desconto for o máximo concedido. Na semana passada, aTAMreduziu ospreços das tarifas da ponteaérea Rio-São Paulo para R$ 120 cadatrecho deida ou volta. Foi uma resposta à entrada da Gol na rota,oferecendo pas-

sagens porR$ 128. NaGol, o trechoSão Paulo-PortoAlegre sai por R$ 129.

Alerta – Consultoresespecializadosno setoralertam que a queda de preços deverá complicar ainda mais a situaçãode endividamentodas companhias nacionais.

"A guerra de preços é um tiro nas contas das companhias aéreas.A medida éprejudicial emtodososcasos.Melhoré investirem marketing e procurar outras formas

Um estranho na calçada

Associação Comercial de São Paulo

Você faz a Plenária

A Associação Comercial de São Paulo – ACSP realiza todas as segundas-feiras, às 17 horas, Reunião Plenária com palestrantes especialmente convidados. Na última segundafeira do mês, porém, a Plenária passará a ser programada com temas sugeridos pelos associados, diretores e conselheiros da entidade.

Envie sua sugestão até o dia 20 de cada mês para a Secretaria Geral (secretariageral@acsp.com.br ou fax 3244-3932) ou à sua Sede Distrital. Ela será submetida à Presidência e as consideradas mais relevantes ou oportunas constarão do temário da Plenária.

Dê sua sugestão.

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Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

BM&F compra a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

A BM&F anunciou a compra daBolsa de Valoresdo Rio de Janeiro. Aoperação vai ser feita em conjunto com a Bovespa. O negócio incluirá também a aquisição do sistema eletrônico de negociação detítulos públicosecâmbio, por R$ 5 milhões. Página 7

Safra 2003 poderá ter financiamento de R$ 25 bilhões

O governo poderá destinar R$25 bilhões para financiar a safra agrícola. A intenção foi anunciada ontem pelo ministro Pratini deMoraes, em respostaa reivindicações do setor.Os agricultorespedem ainda aredução dos juros do crédito rural. Página 8

Livraria Nobel quer se espalhar por todo o País

O empresário Sérgio Milano, dono da rede de livraria e papelaria Nobel, começou a reestruturar aempresa dafamília em 1991. Na época, eram quatro lojasna cidade.

Hoje,aNobel tem94unidades no Brasil.Neste ano, Milano espera abrir mais 50 unidades em localidades remotas do País eelevar o faturamento em 30%. Página 12

de atrairosconsumidores", afirma o professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, emSãoPaulo,Antonio Luiz de Carvalho. Página 11

Explosão mata 9 em Israel; Sharon vai manter ataques

Um atentado suicida matou nove pessoasontem em Israel. Depois da explosão, ocorrida num ônibus ao nortedeIsrael, oprimeiro-ministro Ariel Sharon afirmou quenãovai pararosataques enquanto asmilícias palestinas não forem esmagadas. Com adeclaração, Sharon desafiou os EUA, que exigem a retirada imediata das tropas na Palestina. Sharon disse ter informado aopresidente George W. Bush estar no meiode umabatalha que,se abandonada, terá de ser retomada no futuro. Nações Unidas, Rússia, EUA e União Européiadivulgaram umdocumento condenando o confronto e repudiando ataques a civis palestinos. Página 4

Alta da gasolina causa inflação de 0,6% em março

O IPCA registrou inflação de0,6%em março.Aprincipal causa da altafoi o reajuste de 4,16% do preço da gasolinanomês. Oresultadosuperou as previsões dos analistas.O IPCAéo índice de referênciadogoverno para as metas de inflação. Página 8

Brasil é o país que dá menores descontos nas declarações de IR Página 13

Alfa Romeo tem showroom para os modelos mais vendidos Página 11

Empresas têm até dia 30 para optar pelo melhor regime tributário Página 13

Um Boeing 767 da American Airlines atravessou ontem a cerca do Aeroporto Internacional de Los Angeles, no estado da Califórnia, Estados Unidos, invadiu a calçada e chegou até o meio da rua. O avião, que passava por reparos dentro do aeroporto, estava vazio. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Mike Nelson/AFP

Queda de preço agrava crise de aéreas

Na guerra das tarifas, a TAM já dá descontos de até 70%, mas consultores alertam para agravamento na crise financeira do setor

A guerra das tarifas que agitou o setor aéreo nacional em 1996e1997estádevolta. A novidade é a melhor possível para os consumidores,mas deve complicar aindamais a situaçãode endividamento das companhias nacionais.

A tendência foiaberta pela TAM, sobretudo em virtude da concorrência com a mineira Gol,cujaproposta de atuação está baseadana máxima baixo custo e tarifas baratas. AGoléorganizadade modo a reduzir custos operacionais, oferecendo bilhetes com preços até 30% abaixo da média de mercado.

Na TAM, os descontos concedidoshoje naspassagens vão de 10% a 70%. Além

dos descontos gerais,a TAM oferece reduções de preços de 50% para determinadosroteiros, desde que os consumidores compremseus bilhetes 21 dias antes da viagem. Se a passagem foradquirida com 14 dias deantecedência, odesconto é de 40%.

Em alguns roteiros da TAM, a compra do bilhete, feita 21 dias antes da viagem, garante desconto de 50%

Com as medidas, opercurso de SãoPaulo para Porto Alegre, porexemplo,pode sair de R$ 546a tarifacheia, porR$ 152 aproveitando o desconto máximo concedido.

Na semana passada, a TAM reduziu os preços das tarifas da ponte aérea Rio São Paulo

ou vice versa para R$ 120 cada trechode idaouvolta. Foi uma resposta à entrada da Gol na rota,oferecendo passagens por R$ 128 o trecho. Segundo informações da TAM, os descontos se adaptam à demanda de passageiros em cada vôo e horário. NaGol,o trecho de São Paulo até PortoAlegre sai por R$ 129. "A guerra de preços é um tiro nas contas das companhias. A medida é prejudicial emtodososcasos. Melhoréinvestir em marketing e procurar outras formas de atrair os consumidores", afirma o

Alfa Romeo ganha showroom para modelos mais cobiçados

A Alfa Romeo, famosafabricante italiana de automóv eisdeluxo, inaugurouontemum showroompara comercializarseus modelos mais famosos. O Alfa Romeo Studio foi abertona noite de ontem em uma das mais elegantesruas dacidade deSão Paulo, a Oscar Freire.

A Alfa Romeo pretende chegar ao final deste ano com 8% de participação nomercado decarros deluxono Brasil, de acordocom o diretor da fabricante, Nivaldo Nottoli. Ele diz que o investimentoem SãoPaulo éessencialpara o alcance dameta pois o mercado local representamais de50% dosnegócios de importados do País. Cultura –A empresa teve preocupação em criar um espaço sofisticado, que abrigará uma galeria de arte, na qual

serão organizadasexposições, eventosculturais elançamentos de livros.

Oprimeiro artistaescolhido para expor seu trabalho é o publicitário Alex Periscinoto. Naspróximas duassemanas, o público poderá conhecersuas esculturas.Elassão criadas a partir de peças recolhidas em ferros-velhos.

De acordo com as informações da assessoria da Fiat, que é a detentora da marca Alfa Romeo no Brasil,a empresa não divulgou as cifras investidasnonovoespaço, mas ressalta queos eventosservirão como um reforço no conceito de sofisticação da marca e consolidarão um novo estilo para comercializar os modelos dos automóveis jáconhecidos mundialmente.

Osmodelos expostossãoo Alfa 166 (US$ 59 mil), Alfa

professor da Escola de Administração deEmpresas da Fundação Getúlio Vargas em SãoPaulo,AntonioLuiz de Carvalho.

Segundooprofessor, medidascomoaredução das passagens nos vôos noturnos, por exemplo, seriam opçõesmais segurasparacompetirnosegmento nacional de passagens aéreas.

De acordo com o consultor da ABM&Consulting, Fernando Coelho,a concorrênciapelo desconto máximo nas tarifasaperta aindamais as margens de lucro na aviação brasileira. "Nãohá estrutura que resista", diz.

Nissan lançará sete novas versões de automóveis

ANissanMotor, terceira maiormontadorado Japão, lançará sete novos modelos naquele país em 2002, disse o presidente da empresa, o brasileiro Carlos Ghosn.

A montadora está em busca de crescimento agressivo apósdois anosde reestruturação. A companhia pretende reiniciar aexpansãodas vendas neste ano, depois do programa de reestruturação administrativae deprodutos ter sido concluído em março, um ano antes do previsto.

Ocupação de aeronaves continua decrescendo

156 commotor potência 2.0 (US$ 33.500) e Alfa Sport Wagon (US$ 34.900).

O espaço funcionará todos os dias até 10 de setembro deste anoeseuhoráriode atendimentoao públicoserá das10h às18h,nonúmero 1.055 da rua Oscar Freire.

Site – Alémdo espaçocultural,a AlfaRomeo estálançando o novo siteoficialda marca no Brasil. Nele, ointernauta poderá encontrar a história daempresa,desde a suacriação em 1910 atéos dias atuais.

Outro atrativo oferecido pelaFiat seráo serviçoWap, que possibilitará o acesso, atravésdo celular,àsfichas técnicasdosautomóveis e a contatos comrepresentantes da marca no Brasil.

Dentre os sete novos modelos de automóveis, Ghosn aposta no minicarro Moco, e nos compactos March, lançadono mês passado, eCube, para expandir as vendas entre os consumidores que planejam comprar seu primeiro veículo.Deacordocom o presidente daNissan,este segmento tem demanda relativamente firme.

ANissanvendeu40 mil unidadesdo modeloMarch em um período de três semanas após o seu lançamento em 5 de março, sendo que a produção ainda tem de alcançar o ritmo das encomendas, disse o executivo.

A Nissanhaviaestabelecido uma meta de vendas mensaisdeoitomil unidadesdo modelo naépocadolançamento. As vendas do Moco começaram ontem, com uma metamensalde quatromil unidades. (AE)

A tendênciadequedana demandapor vôosinternacionais,agravada apósos atentadosterroristas desetembronos EstadosUnidos, não deu trégua às empresas aéreas nacionais em março.

A retração,no mês passado, chegoua 11,1%em relação aomesmo período de 2001.A baixaacumuladano primeiro trimestredeste ano é de 6,1%, de acordo com dados doDepartamentode

Aviação Civil (DAC), divulgados peloSindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).No mercadodoméstico, a expansão foi de apenas 1,5%em relaçãoaosprimeiros três meses de 2001. Segundo analistas do segmentoaéreo,aqueda no transporte para oExterior pode estar refletindo migração depassageiros paraas companhias estrangeiras que operam no País. (AE)

Sem peças, Ford pára produção na Venezuela

A subsidiáriavenezuelana da Ford Motors nãoparticipouda greve geraliniciada terça-feira na Venezuela, mas teve de parar a produção ontem por problemas no fornecimento depeças. "Somos uma companhia internacionalesempre foinossafilosofia nãonosenvolvermosem problemas políticos locais, masficamos desprovidos de materiais porque nossos fornecedoresestãoem greve",

disseo porta-vozdacompanhia, Ricardo Tinoco. A unidadevenezuelana fabrica cerca de 120 veículos pordia,sendo amaiorparte deles vendida na Venezuela e nos países andinos. Outras companhias internacionais tambémnão deram atenção à greve, particularmente depois que o embaixador norte-americano se pronunciou arespeito do movimento. (AE)

Isabela Barros
Gol vende passagem da ponte aérea Rio-São Paulo por apenas R$ 128 Paulo Pampolin/Digna Imagem
O Alfa Romeo Studio fica na rua Oscar Freire, área nobre para grifes em São Paulo, e foi inaugurado ontem pela noite
D ivulgação

Alckmin promete fim de enchentes

Ao dar início ao rebaixamento da calha do rio Tietê, governador garantiu que livrará as pistas da Marginal das inundações

Dentro de 30 meses, os paulistanos irão deixar de ver inundaçõesnaMarginal do rioTietêem épocadechuva. Pelo menos essa é a expectativado governadorGeraldo Alckmin, que ontem participou daaberturadasegunda fase do rebaixamento da calha do rio Tietê.

As obras já iniciadas,que devem ser concluídas em dois anosemeio,irão permitir queo rioTietê suportechuvas de até80 metros cúbicos por segundo, 30 a mais do quea capacidade devazão atual. De acordo como go-

vernador, que iniciouos trabalhos ao acionar a retro-escavadeira, as chuvas superiores a esse índice só ocorrem a cada 25 anos em São Paulo. Durante aobra, aser realizadaem 24,5quilômetros, deverãoserremovidos cerca de6,8 milhõesde metroscúbicos de solo e rochas, aprofundando 2,5 metros e ampliando a largura do canal entre 41 e 46 metros. A vazão do rioTietê seráaumentada,na altura do Cebolão, de 640 para1.048metroscúbicos por segundo,na fozdorioAricanduva, de 210 para 561 e na

Governo anuncia projeto para ampliar rede de esgoto

Ogovernador GeraldoAlckmin, durantevisitaàs obrasnamargem dorioTietê, tambémanunciou ontem que, aindaneste mês,deverá ser assinado o contrato para a execução da segundafase do Projeto Tietê. Alckmin explicouainda queo projetoirá possibilitar a ampliaçãoda coleta de esgoto na Região Metropolitana de 80%para 95% das residências.

“Nósteremosmais 800 quilômetros de redede esgoto implantados e, para isso, o governo doEstadoinvestirá U$S 400 milhões”, afirmou o governador.

OProjeto Tietê,realizado

pelaCompanhiade Saneamento Básico do Estado (Sabesp), temo objetivode ampliara redede esgotos,reduzindo assim apoluição nos riose melhorarandoaqualidade da água nas represas Billings e Guarapiranga, na zona Sul da cidade.

Ontem, ogovernador foia Brasília conversar com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Na pauta estavam incluídas as abordagenssobre a parceriacom empresas estatais, por meiodaLei Rouanet, oprojetoEstação Luz da Nossa Língua, a Linha 4 do Metrô e também a questão das enchentes. (KF)

reunião plenária 15 ab+ L:9.4277cm A:18.7754cm

foz do Tamanduateí, de 270 para 640 metros cúbicos por segundo.

Os trabalhos serãodivididos em quatroetapas: da foz dorio Pinheirosaté 600metrosacimadapontedo Piqueri, deste ponto até a foz do Tamanduateí,depois até350 metrosabaixo da ponte do Tatuapé e, por último, até a Barragem da Penha.

Dinheiro –Segundo Alckmin, ofinanciamentoda obra pelo Banco Japonês é de R$ 498 milhões e do Tesouro Estadual de R$190 milhões. “As obrascomeçaram agora, mas no próximo verão já será possível obter resultados, minimizando aspossibilidades do rio transbordar”, disse o governador Alckmin.

De acordocom oDepartamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a obra está incluídano contrato de financiamentoassinado em julho de 1995 entre o DAEE e o JapanBankInternational Cooperation, de49,4 bilhões de iens (R$ 869 milhões). Esse contrato previa o aprofundamento em 16,5 quilômetrosdo rioTietê(entre oCebolãoe abarragem Edgarde Souza), acanalização de10,5 quilômetros dorioCabuçu deCimae a construção das barragens de Biritiba e do Pa-

raitinga, obras já executadas. A economia deR$ 500 milhõesproporcionou queo governo japonês, em setembrode2000, incluísseonovo trecho no financiamento.

Sobreaquestão seoprojetos é eleitoreiro ou não, Alckmin disse apenas que o governo não pode parar porque é ano de eleição.

Rebaixamento – A primeirafase derebaixamentoda calha do rio Tietê, de responsabilidade do DAEE, departamento ligado àSecretaria de Recursos Hídricos, SaneamentoeObras, foiiniciada

em junho de 1998 e concluída emdezembro de2000.Nessa fase, foi rebaixado o trecho entre aBarragem Edgardde Souza,em Santana do Parnaíba, atéo Cebolão. De acordocomo secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, paraa primeirafase da obra o Japan Bank International Cooperation financiou aoEstado R$859 milhões.Deste valor,houve a economia de R$ 500 milhões, que deu início à nova fase. Apesardesse esforço para tentar minimizar os problemasdasenchentes emSão

Paulo, o governo deverá também construir novos piscinões. "Todas as várzeas da cidade foram ocupadas por asfalto e, os piscinões podem ser considerados as várzeas modernas”, disse Alckmin. Até o momento, foram concluídas asobras deoito piscinões –seis naBaciado Tamanduateí e dois na do Pirajussara – e outros oito estão em andamento. Aconstruçãode outros doispiscinões no Pirajussara estãoem processo de licitação.

Viaduto Antártica reabre no sábado

A Secretaria de Infra-Estrutura Urbanareabre osentido MarginalTietê/Sumaré do viaduto Antártica, no final de semana, após a conclusão da recuperação estrutural iniciada emmaio de2000. O viaduto Antártica tem dois tabuleiros, ou seja, é formado por dois viadutos independentes. Foramrecuperadas as fundações no sentido Mar-

ginal Tietê/Sumaré e reforçadas as estruturas para que o viaduto aumentassea carga sobre seus tabuleiros. Além disso,foram trocados os aparelhos de apoio (espécie de amortecedores entre os pilares e a laje do viaduto), juntas de dilatação e cabos de sustenção etc. A última etapa da reforma contou com a troca das lajes e a substituição do

Ameaça de bomba em estação assusta usuários

Umafalsa denúncia de bomba assustou ontemos usuáriosda estaçãoDom Bosco da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em Itaquera. Um telefonema anônimo informou sobre dois pacotes com explosivos, deixados dentro de um cesto de lixo.

A área foi isolada e soldadosda PolíciaMilitar foram chamados. Eles encontraram apenas um envelope com medicamentos usados por portadores de aids.

Acidente – Dois funcionáriosda empresaJ.Ferreira, terceirizadae queprestaserviços para a CPTM, sofreram um acidentena madrugada de ontem quando realizavam

umaobra naEstação daLuz, noCentro.O cabodo guindaste que erguiaos trabalhadores dentro de uma gaiola metálica rompeu-se e os funcionários caíram de uma altura de 18 metros.

Segundo informações prestadas pelo Corpo de Bombeiros, Ramon Martins de Souza sofreu traumatismo craniano e foilevado para o Hospital das Clínicas (HC).

A outra vítima, Marcílio Oliveira,teve uma contusão no ombro direito e foi socorrido no HospitalVergueiro. Aassessoria deimprensada CPTMinformou queo acidente não afetou a circulação das composições no início da manhã. (SM)

pavimento deasfalto por concreto. Oviaduto Antártica,construído em1970,tem 690 metros de extensão. Coma conclusãodosentido Marginal Tietê/Sumaré, o sentido Sumaré/Tietêentra em obras a partir de segundafeira.O términodestaetapa, conforme ocronograma inicial, está previsto para setembro deste ano.

agenda

Hoje

Por tos – Oconselheiro José CândidodeAlmeida Sennaparticipa dareunião do conselho político da Comissão Portos/ABTP. Às 14h30, no Centro Nacional de NavegaçãoTransatlântica, rua dos Beneditinos, 16/8º andar (RJ).

SPB – O coordenador do Fórum dos Jovens Empresáriosda Associação,MarcusAbdo Hadade, participa de debatesobre o Sistema dePagamento Brasileiro.Às19h30, naFiesp,av. Paulista, 1.313/15º andar. T ri bu tá ri a – Ocoordenador-geral executivodas sedes distritaisdaAssociação,Gaetano BrancatiLuigi, participa de reunião plenária da Ação Nacional pe-

Como as fundações do viaduto já estão recuperadas para os dois sentidos, o trabalho será agora concentrado no seu interior, com as trocas de cabosde sustenção,daslajes, juntas de dilatação e do asfalto por concreto. O valor total da obra está orçado em R$ 10 milhões.

la Justiça Tributária(Anjut). Às 12h, no Clube Atlético SãoPaulo (Clube dos Ingleses), rua Visconde de Ouro Preto, 119.

I nt e rn a ci on a is – Reunião do Conselho deCâmaras Internacionaisde Comércio, coordenadapelo conselheiroLuiz Augusto de CamargoÓpice. Às 8h30, na sede,rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepçõese Eventos (Enre). Va lor – Osuperintendente-geral MárcioDomingues Aranha,participa da entrega do "Prêmio Executivo deValor" oferecido pelo jornal Valor Econômico.Às 19h,noBuffetRosa Rosarum, av. Francisco Leitão, 416, Pinheiros.

Associação Comercial de São Paulo
Kelly Ferreira
Geraldo Alckmin acionou a retro-escavadeira, começando as obras que deverão estar concluídas em 30 meses
Dudu
Sandra Manfredini

Bienal alternativa nos terminais

Estações da EMTU abrigam obras que retratam os fatos marcantes dos 50 anos de realização da Bienal de São Paulo.

Os 240 mil passageiros que circulam todos osdias pelos terminais de ônibus da EmpresaMetropolitana de TransportesUrbanos deSão Paulo(EMTU/SP), quefuncionam na Grande São Paulo, v erão cenáriosdiferentesa partirdo dia 17. Através da exposição “Bienal Linha do Tempo”, os usuários irão conhecer os eventos históricos e culturais quemarcaramo Brasil e omundo durante os 50 anos de realização da Bienal de São Paulo. Com patrocínio cultural

do Grupo International Paper do Brasil (dono da marca Chamex) e com o apoio da Fundação Bienal de São Paulo, da EMTU/SP e da concessionária Metra,a mostratem como objetivo levar cultura à população que não tem acesso ou não tem o hábito de freqüentar espaços culturais. As pessoas quecirculam pelos terminaispoderão fazeruma verdadeira viagem no tempo através de 500 reproduções, imagens efotos estampadasem56 painéis, queficarão expostosdurante

Exposição passará por seis pontos até o dia 20 de julho

A exposição Bienal Linha do Tempo acontece de 17 de abril a 20de julho nosterminais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos deSão Paulo (EMTU/SP).A abertura doeventoacontece naestação Santo André Leste e Oeste e tem como convidados os secretários estaduais da Cultura, Marcos Mendonça, e de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Veja a programação:

• De 17/4 a 26/4 – Estação Santo André Leste e Oeste

• De2/5a 11/5– Estação São Mateus

• De 16/5 a 25/5 – Estação São Bernardo do Campo

•De 30/5 a 8/6 – Estação Piraporinha

• De 13/6 a 22/6 – Estação Jabaquara

• De27/6a 6/7–Estação Diadema

dez dias em cada estação (Santo André Leste e Oeste, São Mateus, São Bernardo do Campo, Piraporinha,Jabaquara e Diadema).

“A exposiçãorelaciona as artes plásticasaosprincipais acontecimentos e às personalidades brasileiras e internacionais. Assim,a eleiçãode GetúlioVargasparaa presidência é representada por sua caricatura e a construção de Brasília é mostrada por esboços feitos por Oscar Niemeyer. Há também reproduções de artistas que marcaramépoca,como asdoamericano Andy Warhol”, explica o idealizador dos painéis, Francisco Homem de Melo, designer gráfico, arquiteto e professor de programação visual da Universidade de São Paulo (USP).

Na mostra podem ser vistos também o Nu Azul Sentado , de Henri Matisse, de 1952. A obra foi feita com colagem de papel colorido. Além dessa,estarão expostas a Romi-Isetta (1955), o primeiro automóvel produzido no Brasil e a peça Tupinambá, que fez parte da Mostra do Redescobrimento (2000).

Co ti di an o – Homemde Melo não pensou apenas nos grandes eventos eem artistas famosos,ele procuroutambém destacaros fatosdo cotidiano, principalmente nas áreasde design, esportes,

Almoço a R$ 1,00 na rua 25 de Março

Foi inaugurada ontem pelo governador GeraldoAlckmin a unidade do restaurante Bom Prato da rua 25 de março, no Centro. Esteé o nono restaurante popularinaugurado,sendooito naCapitale umem Guarulhos.Orestaurante serve o almoço, desegundaasexta,a R$1,00.O cardápio tem acompanhamento de nutricionistas. Alckmin, acompanhado de autoridades, como ocorreu nas inaugurações anteriores, almoçouno restaurante. O cardápio de ontem foiesca-

rolacomtomate, arrozefeijão, frango assado,creme de milho, pão e farinha de mandioca, suco de laranja e caqui

Divulgadas as regras do Orçamento Participativo

Aprefeita de São Paulo, MartaSuplicy, eocoordenador do Orçamento Participativo,Félix Sanches, apresentaram ontem as regras do Orçamento Participativo 2002. Por meio do Orçamento Participativo, apopulação pode opinar sobre quais devem ser as prioridades do orçamento em determinadas áreas. Qualquer morador da cidade com mais de 16 anospode participar.Os interessados devem procurar a Regional ou entrar em contato com a coordenaçãopelo telefone 3315-9077, ramal 2091).

O Orçamento Participativoserádividido emciclotemático e territorial. Neste úl-

timo, além de opinar sobre como será usado o Orçamento das áreas da saúde e educação, poderá escolher uma terceira área.

Nociclo temático,apopulação vai opinar sobre quais programas e subprogramas serão priorizados.Acidade será dividida em nove macroregiões e a população de cada uma das regiões vai poder votar nas prioridades das áreas de saneamento ambiental e recursos hídricos; transporte ecirculação; habitaçãoe desenvolvimento urbano; cidadania, inclusão sociale combateà pobreza;edesenvolvimentoeconômicoe geração de renda.

servido como sobremesa.

O Bom Prato da rua 25 de Março, 166,será administradopelo governoemparceria

Espaço

O Centro da cidadeacaba de ganhar mais uma opção de lazer: éo EspaçoCultural do Comércio& Imprensa,oEcco, sediado naDistrital Centro, na Liberdade. O novo espaço teve a sua pré-inauguração na noite de quarta-feira e contou coma presença de 130 convidados numa vernissagequereuniucinco artistas com trabalhosem óleo sobre tela e aquarelas. Quem quiser conferir a exposiçãoé bom se apressar porque a mostra sóvai até o hoje, das 14h às 17h. Os visitantespoderão conferir ostrabalhos dosartistas plásticos Hildo Pera, Dinah Maluf Ordine,Thereza Warcman, Tereza de Barros Fonseca, que fazem parte do

coma Congregação Israelita do Brasil. Esta unidade tem capacidadeparaatender 1,2 mil pessoas por dia.

O local para a implantação do restaurante foiescolhido com base nofluxo da região. Segundo o governo do Estado,passam por ali, diariamente, cerca de 400 mil pessoas. Ao todo, as unidades do BomPratoservem 10,8mil refeições pordia. O prédio queabriga orestaurantetem 800metros quadradosepassou por uma reforma que custou R$ 89 mil. (SM)

propaganda e de televisão.

Dessa forma,na BienalLinhado Tempo serápossível encontrar imagens do logotipo da TV Tupi, Ayrton Senna comemorando seu primeiro título mundial de Fórmula 1,

o lançamento da primeira caneta Bic, umafoto do apresentador de televisão Chacrinha, cenas de novelase até a foto de umorelhão. “Minha intenção foi resgatar um poucoda histórialigadaao dia-a-dia,queacabase perdendo ao longo do tempo”, acrescentou o artista. "A nossa idéia é democratizar e levar a arte para a população", explicou Izabel Taraschi, gerente deMarketing da International PaperdoBrasil. "As pessoas conhecerão as obras sem perder muito tempo e sem gastar", afirmou. Arte nos terminais - Bienal Linha do Tempo faz parte do Programa Arte nosTerminais.Realizada desde1997,a proposta élevarmanifestações culturais aos usuários do Corredor SãoMateus/Jabaquara, que passa por São Paulo, SãoBernardo doCampo, Santo André e Mauá. Outro objetivo é valorizar as manifestações culturais das cidades porondepassa ocorredor, através de intercâmbio com os departamentosde cultura das prefeituras. Sandra Manfredini

Parte da cidade poderá ficar sem água amanhã

O fornecimento de água em São Pauloserá interrompido amanhãparaarealização de serviçosde manutenção preventiva e corretiva nas principais instalações do sistemaCantareira. Segundoa Sabesp, ostrabalhos serão executados das 7h às 11h.

Entre os principais serviços estão a limpeza da grade do túnel que liga o manancial Águas Claras à estação de tratamento de águado Guaraú, manutenção emadutoras,

interligação da novaestação elevatóriade águaVila Formosae reparodevazamento no reservatório Jaraguá. Por causadaobra, apesar de ser por um curto período, a Sabesp recomendaque as pessoasracionalizem ouso da água nosreservatórios. O abastecimento voltará ao normal assim queterminarem os serviços. Os casos de emergênciaserão atendidos pelo telefone 195, quefunciona 24 horas. (KF)

Ecco é aberto na Liberdade

conselho da Distrital e de Regina Komatsu. OEcco contacomequipamentose máquinasrotativas do começo do século XX, jornaisantigos,exemplares raros do Diáriodo Comércio, alémdelivroscontábeis do antigocomércio doCentro Velhoe fotos.Olocal também servirá para a divulgação dos trabalhos artísticos, a cultura e a história dos 11 bairros quecompõem a regiãocentral da cidade. A vernissage tevea participação devários artistasplásticos que deram sugestões ou ofereceram seustrabalhos para mostras, segundo Roberto Mateus Ordine,diretor-superintedente da Distrital. "O Ecco jáé um sucesso", declara entusiasmado. Segundo Ordine,o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), e da Associação Comercial,Alencar Burti, também presente no evento,foi um dosque mais apoiou a iniciativa. A vernissageteve apresença de representantes de diversasentidades,como osecretário-adjuntoda Cultura do Estado, Sérgio Barbour. Dora Carvalho Alencar Burti foi um dos maiores incentivadores para a criação do espaço Dudu

O Nu Azul Sentado, de Henri Matisse, de 1952, estará em um dos painéis
Cardápio teve escarola, arroz, feijão, frango assado e caqui de sobremesa
Cavalcanti/N-Imagens

João de Scantimburgo

Bolsa e capitalismo

Preside aBolsa deValores de SãoPaulo anova geração decorretores. Estánapresidência ofilhodeumdos mais autorizados corretores que já operaram em São Paulo, direi, mesmo, no Brasil, o pai, já falecido,do atual presidente, Raymundo Magliano. Querocrer, peloconvívio que comele tive durante anosde umasólidaamizade sem rugas,que ninguémconheceu em nosso país melhoro mercado de capitais doque o velho Raymundo Magliano.

Raymundo Magliano Filho,seu imediato descendente, deresto único filho, segueseus passos. Faz-me lembrar que ogeneral Grant passeava poruma daspraias dos Estados Unidos com o filho, ia distraídoe, de repente,lembrando-se do filho, olhou paraos ladose, finalmente, para trás.Lá vinha o pequenino pisando,com cuidado,nas marcas deixadaspelospés dopai.Queria ser como o pai, queria seguilo em tudo, e ali dava a prova nas areias molhadas da praia em que passeavam.

O relatório da Bolsa que me chegou às mãos, enviadopor Raymundo Magliano Filho é

bem a imagem de um filho que saiuao paiemtudo,na aparência,evidentemente,e na prática da corretagem da Bolsa, onde se destaca como um expoente entreos expoentes, com osquais contaa instituição,para funcionar,como vem funcionando, na movimentação dos capitaise, portanto, na sustentação do capitalismo, ainda que este seja débil noBrasil, comparadocom outros, da UE e dos USA. Lio relatórioe apenaslamento,concluída a leitura, que no Brasil aindanão temos uma Bolsa – em São Paulo e no Rio de Janeiro – à alturade nossaeconomia.O brasileiro tem que se adaptar à Bolsa, como eu vi em Nova York, o NYSE, centenas de pessoas, homens e mulheres, acompanhando ofuncionamento daBolsa, tendonas mãos asnotas deseu portfólioouaexpressão desuas economias, investidas nas grandes empresas que mereçam confiança. Bravo, pois, ao presidentee ao relatório da Bovespa.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O trade também é rei

M

uito se tem falado sobre trade marketing e seu processode implementação nas empresas.Tenhopesquisado e encontrado diversos modelos de conceito e, principalmente, estrutura, haja vista que se trata de área ainda nova e,como tal, a melhorreceita tambémaindaé oquemelhor se adapta a cada tipo de negócio e a cada canal atendido pela empresa.

Contudo, alguns conceitos sobre trademarketing nunca poderão seresquecidos.Aí v ão:facilitaro "link"entre marketing e vendas; assegurar ofoco denegócios dentrodas estratégias dasmarcas; otimizarogerenciamentodos canais; agregar valor ao cliente com a melhor prestação de serv içopossível; transformar profissionais de vendas em gerentes denegócios; eestabelecer um correto plano de comunicação (e suasferramentas) com o cliente.

Analisando o mercado brasileiro, no qual onúmero de fabricantes de biscoitos,por exemplo, chega a 55, fica mais fácilentendero papeldoprofissional de trademarketing na conquistadeespaçosnos distribuidores e varejo final. Conquistar um novo canal de venda só não é mais difícil do que perdê-lo.Mas muitas empresas ainda não se deram conta de que entre o marketing e o consumidor existeo mundo dos canaisdedistribuição.É neste universo que o profissional de tradeatua. Hoje, maisdo que nunca, énecessário convencer os distribuidores a entenderem

cartas dosleitores se

Criminoso voyeur

Ocorreu noRio deJaneiro. Um jovem, amigode um casaleseu vizinho,tinhaohábito, confessado,de procurar espiar a bela vizinha, que morava aseu lado,com omarido, um técnico de alta competência.Praticava o voyeurismo, até que se decidiu entrar na casa e, armado de um pedaçode pau, achadonuma obra que está em curso na sua casa ou na vizinha, e tentou entrar nobanheiro onde estavaabela vizinha.Uma vez diante dela, e repelido, matou-a.

Um crime desses que os cronistas policiais qualificam de bárbaro.Matou-a compedaçode pau, numadesproporção de forças singular, ao ponto de abelavizinha sucumbirlogo. Opróprioassassinoligou paraapolícia efugiu.Vaiserpreso, evidentemente, eterá quepenarnas enxovias do Rio de Janeiro o seu voyeurismo de moleque travesso e maldoso, capaz de tirar avida de umajovem bonita,que erafielao maridoe seconsideravafelizcom a companhia que arranjara na vida.

É mais um crime nefando,

desses quedeveriam conservar na cadeia o assassino durante uns vinte anos, no mínimo, afim de queele apodrecessesobas grades,vendoo sol quadrado todosos dias. É preciso dar uma lição aos delinqüentes que seespalham pelasgrandes cidades,como esse criminoso quesaiu para as comemorações da Semana Santa em família, não voltou e aindaestuprou uma vítima infelizde seudelírio criminal.

O índice de criminalidade aumentou consideravelmente. Os defensores dos criminosos, em nome de uma deficiente interpretação dos direitos humanos, que desejam somente para um lado, não para todos os cidadãos, esses defensores concorrempara aumentaro crime nas grandes cidades, pois até Campinasjá entrounorol dascidades perigosas. É preciso reformar comurgência oCódigo Penal e o Código do Processo parapunir exemplarmente os criminosos, que se aproveitam de fraquezas legais e matarem

de Scantimburgo

Falsificação histórica

Carlos Celso Orcesi da Costa

os benefícios dasmarcas, saber posicioná-las e, principalmente, norteá-los com aquilo que desejam: o lucro.

Trade marketing passou a ser prioritáriodentro dasestratégias de negócios das marcas. As empresas nãopodem ser apenas"fechadorasde negócios"; necessitam,sim, deestratégias e serviços capazes de fortalecer o relacionamentocomoscanais em longo prazo. Outra característica tambémencontrada nas empresas é a ausência de uma política customizadaou "tailor made".Acreditamque uma estratégiade penetração noSulsejaigualàdo Sudeste, que o mercado do Nordeste assemelhe-seao doCentro-Oeste; e por aí afora. Em suma,certa éa empresa quetem contempladoemseu planejamentoum planoanual específico na área de trade, com todas as suas variantes por canal, tipo, mercado,perfil de vendedores(incluindo os dos distribuidores) etc. Algumas multinacionais já descobriram que o trade marketing é a parte eminentementelocal dasestratégiasglobais. Aqui não existem polices,alinhamentos e outros. Existe,sim, a capacidadede gerenciamentodos clientes, diferentespor sisó e tambémresponsáveispor exposição,visibilidade, promoção e precificação. Afinal, para asempresas,de nadaadianta seuconsumidor acreditarque valea penacomprarseu produtoseo tradenãoacreditar que vale a pena vendê-lo.

Flavio Chirichella é diretor executivo da IT’S Trade Mkt.

redigidas emtermos respeitosos, com assinatura autêntica, endereço com rua, número, bairro, Cep, telefone, RG e CIC. As cartaspoderãoserresumidaspela redação,publicando-se,apenas,oessencial que o missivista deseja transmitir. As cartas não publicadas não serão devolvidas. Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

Prestar atenção Recebi, com algum atraso, correspondência do leitor José AntônioRiva, contando uma história cativante sobre como aprendeu, há décadas,a se interessar pelaleitura, demodo aenxergar omundo com oolhodaverdade. Muitointeressante. Ecomo osleitores sempresão a razão de ser da coluna, presteiatenção aoqueele escreveu.

Poucas vezes uma novela terá feito tão mal quanto essaúltimadaRede Globo, que a pretexto de ser uma farsa oucomédia, falsificae enxovalha um dos melhores momentos do Brasil. Não é só porquenegao valor deD. João VI, tímido sim, indeciso, que porém salvou a Casa de Bragança das garras de Napoleão, e trouxe ao Brasil a prosperidade que não alcançaríamos em cem anos. Nem é porque ataca uma família que sempre defendeu o País.

Também não é, apenas, porquenega opapelde estadistaa D. Pedro I, o oposto do pai, impetuoso, recusando-se a obedecerà ordemdevoltar aPortugal (oFico), enfrentandoos militares portugueses (Avilez), convocando José Bonifácio paracontrabalançar opoder dos liberais cariocas (Ledo, Januário), ingressando na maçonaria para fazer frente à metaderepublicanada agremiação,compreendendo omomento histórico ao proclamar a Independência.

Nemse tratadepreferência histórica, masmera constatação: Pedro I abraçou sobre sua pessoaumpaís continentale distante. Está aí para quem quiserpensar:oBrasil ficou unido enquanto os vizinhos espanhóis se fragmentaram em diversas repúblicas.

Omaisgrave nãoéafalsificação, mas o mal que a imagem produz emmentesdespreparadas. Ao lixo isso que se chama civilização, bem que transmitimos a cada geração, massa espiritual quese traduz pelo sentimento decivismo. Numa discussão à mesa do jantar um sobrinhodiscordou deminha crítica à novela: "Isso aqui sem

pre foiumazona".Será? Não há climapara lembrarque todos nós, dos fugidos indecisos aos quese negaram a partir, formamos em 500anosa 8ª economia do planeta. Não há argumento contra o sentimento de anarquia. O jovem quedeveria sair em passeata, contestar, criticar, mas aospoucos ir formando sua consciência, hoje prefere negar. Sesempre fomosuma zona,nãoháidentidade histórica, nãoháporquetrabalhar duro para mudar; vale a pena sonegar, criarcaixa-2, corromper e aguardara vez de ser corrompido, enganar o sócio, legislar para este ou aquele lobby, muitomenos pensar em solidariedade ou filantropia. Não espanta a jovem classemédiapreferira reservado passaporte italiano para aeventualidade de o País não dar certo. Abandonar o navio... Jamaishouve malmaior no campodacriação artísticado que essa minissérie, embora não se questione a liberdade de criação. Ratinho do SBT seleciona 5 de100 casosbizarros,e porisso fazcrerque asviolênciaseabusos acontecem ‘na família dos outros’; a Globotrouxe o sentimento de vergonha para ‘dentro de cada lar’. Ratinho seria vetado naGlobo poringênuo e apolítico.Cheia deopinião,a Globo optou pela política de ridicularizar aformação doPaís. A maioria despreparada que infelizmentedesconhece ahistória riu-se de si mesma. E nunca se poderá retirar das retinas inocentesa ridícula imagemda maiscompleta... zona.Essemal está feito.

Carlos Celso Orcesi da Costa é superintendente jurídico da ACSP

Encaminhamento e minha atençãofoi suficiente ou inteligente, depreendi que o leitor me puxa a orelha pela minha visão demundo, nunca escondida, ao contrário, aqui sempre professada, de defesa irrestrita da liberdade em todos os seus sentidos,inclusive de mercado. Oleitorgentilmente enviou-me artigos deoutros jornalistas (todos com referências ideológicase mencionandoo PT)assinalando: "Emnenhum momento passoume pela cabeça que você é uma pessoa desinformada. Acredito,até, quepor sermuito ocupado,detalhes importantesacabam passando despercebidos".

Ocupado

Agradeço o empenho do leitor em melhor esclarecer-me. Penso que se trata também depessoamuito

ocupada,porquanto teve toda a preocupação em não me deixarpassar despercebidos detalhes importantes emechama na correspondência de"Paulo Sayad".

Compromisso

Detodomodo, reitero meu compromisso com a liberdade em sua expressão maior, como aliásé o compromisso centenário da Casa que edita este Diário do Comércio, onde a liberdadedeexpressão do colunista tem o mesmo direito sagrado da liberdade de opinião de seus leitores. E confessoao prezadoleitorRivaque jáhavia lido todos osartigos que me enviou. Parafraseando Voltaire, emalguns casos, "nãoconcordocom uma só palavra do que li,mas defendereiaté a morte o direito de serem ditas". Volte sempre.

Sendo rifada

Pelo andar da carruagem, a turmado PFL está rifando lentamente a candidaturadeRoseana Sarney à Presidência da República. Ao velho e profissional estilo da sigla, o afastamento vai se dando discretamente, na mesma proporção em que se namoram novasalianças. Pode seravoltaaoninho tucano ou a adesão a outro pretendente aotrono planaltino.

P. S . Paulo Saab
João

Roseana Sarney deixa governo com pensão

vitalícia de R$ 9,6 mil

A ex-governadora do Maranhão e pré-candidata do PFL àPresidência, Roseana Sarney (PFL), passaráa receber pensão mensal vitalícia no valor de R$ 9.622,92. Após sete anos e trêsmeses de governo,ela deixouo cargona última sexta-feiraparadisputar aseleições deoutubro.

A assessoria de Imprensa da ex-governadora informou queela nãovai renunciarao benefício.

O pagamento de pensão é previsto na Constituição maranhense e significa, ainda, aumento salarial de 40%. Enquanto governou o Estado, Roseana recebia R$ 6.857,80

por mês. Já o valor da aposentadoria éfixado combase no salário de desembargador.

A Constituição maranhense concede o benefício a todos os ex-governadores que tenham exercido o cargo em “caráter permanente”, sem especificar prazo mínimo de efetivo mandato.

O artigo 45 do Ato das Disposições Transitórias exclui apenas quem tenha sofrido suspensãode seus direitos políticos. Isso deixa defora ex-governadores afastados por impeachment.Opagamento da pensão é “automático”. Roseanavai começara receber neste mês. (AE)

Fernando Henrique garante que não perseguiu ninguém

O presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu ontem às acusações feitas pelo PFL de que tem promovido uma perseguiçãoà pré-candidatado partido ao Palácio do Planalto, Roseana Sarney. "O governo nunca procurou nemapontarodedo para acusar indevidamente, nem obscurecer ou proteger quem quer que fosse", disse, durante discurso na abertura do 1.º Encontro Nacional da Advocacia-Geral daUnião, AGU, realizado no auditório do Superior Tribunal de Justiça. Prioridade – Combater a

corrupçãofoi, e continuará sendo, uma das preocupaçõesdesua administração, afirmou o presidente, sem citar nomes. "Onde houver denúncias, elas serão apuradas", garante Fernando Henrique, frisando que as investigações sãolevadasadiante com recurso à Justiça e o cuidadodegarantir quea leise sobreponha ao arbítrio.

"Às vezes, vejo tanta gente, algunsdos quaisnão têm nemtítulosparafalar sobre corrupção, a criticar o governo, como se o governo não tivesse, realmente,se mobili-

zado,como nunca nanossa História, emuma cooperação estreita com os vários Poderes, para que houvesse realmente uma nova visão do que seja a probidade administrativa", afirmou FHC.

Durante o discurso, assistido pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal e do SuperiorTribunal deTribunal, FernandoHenriquese queixou quemuitas vezesas denúncias apresentadas pelo próprio governo não aparecem como tal.

"Mudamosórgãos inteiros, tal era o grau de podridão

em muitos deles, para que se criasse umoutro espírito", lembrouele, cujosegundo mandato foi marcado pela extinção defontes desuspeitas de desvios de verbas públicas, como na Superintendência de Desenvolvimento da Amazôniae na Superintendência deDesenvolvimento do Nordeste.

O presidenteressaltou que ascontas dogovernoforam abertas, eelogiouaatuação da Advocacia Geral da União na proteção opatrimônio público deatosde improbidade administrativa. (AE)

Na Venezuela, 300 mil protestam contra Chávez

O protesto gigantesco ocorrido ontem na Venezuela deixou um saldo dramático:pelomenos12 mortose cercade 100feridos noconfronto entremanifestantes e a política de Caracas. Os conflitos começaram quando a polícia tentava controlar cercade 300 milpessoas, que marchavam pedindo pela renúnciadopresidente da Venezuela, Hugo Chávez. Aviolênciaentrea polícia eosmanifestantes v eio depois que Chávez anunciou ofechamentode cinco estações privadas de tevê, alegando queelas haviam abusadoda liberdade de ex-

pressão eincitado osprotestos da oposição. Comunicado – Mas as tevês, por sinal via satélite, transmitiramuma mensagem dizendo:"Nestemomento, a Venevisión, a Rádio Caracase Televisão(RCTV), aTeleven eaCMT(Canal Máximo de Televisão) foram forçadas asair do arpelo governo nacional."

As transmissões dos canais já tinham sido interrompidas várias vezes na terça-feira, primeiro dia do protesto, por mensagens contra a greve que foi iniciada por sindicatos e empresários.

A Guarda Nacional lançou

bombasde gáslacrimogêneo contra os manifestantes para mantê-los longe do palácio presidencial e demilhares de partidários de Chávez.

Durante a confusão, vários disparos foram feitos perto do palácio e diversos choques com a polícia ocorreram em distintas partesdo centroda cidade. Algumas pessoas dispararamdoaltode telhados contra a multidão.

Proteção – Chávez disse ontem que ordenou que o palácio presidencial de Miraflores fosse cercado pelos militares para proteger seus simpatizantes damarcha opositora que tentava tirá-lo do poder.

Instalado tribunal internacional para julgar crimes de guerra

O TribunalPenal Internacional,TPI, entrouemvigor ontem com a ratificação do Tratado de Roma por mais de 65países.Apesar de a nova corte ser considerada histórica para osistema internacional,a maioriados paíseslatino-americanos ainda não estápreparada parafazerparte do Tribunal eteráquefazer emendas àssuasconstituições para poder participar da nova Corte.

O Tribunal terá o poder de julgar indivíduos por crimes de guerra, atos de genocídio e crimes contra a humanidade. Pela primeira vez, um tribunalpermanentenão será limitado pelaimunidade e chefes-de-Estado também poderão ser condenados.

Ditadores – Para muitos latino-americanos, o TPI representa a possibilidade de evitar que ditadores – tão freqüentes na históriada região – consigam escapar impunes. O jurista Hugo Relva, da Anistia Internacional,observaque osatos tratadospelo TPI ainda não são considerados crimes na maioria dos países da América Latina. "Os crimes necessitamser definidos pela lei nacional para que umacorte possalevar oacusado à julgamento", explica. NaArgentina,por exemplo, o genocídio ainda não estáno códigopenaldo país,o que impossibilitaque umindivíduo seja processadopor tal ato. Outro problema será a cooperaçãoentreos gover-

nos eo TPI. Aextradição de um cidadão brasileiro é proibida pela Constituição. Até agora, apenas cinco países latino-americanos–Argentina,Costa Rica,Paraguai, Peru e Venezuela – ratificaram o acordo que cria o Tribunal. NoBrasil, oCongresso ainda estuda o texto do tratado.

Suicídio – O ex-ministro do Interior sérvio Vlajko Stojiljkovic, quepode seracusado pelo Tribunal Penal Internacional de crimes de guerra contra a humanidadeem Kosovo, deu um tiro ontemna cabeça, na frente do Parlamento iugoslavo. Segundo um policial sérvio, Stojiljkovicaindaapresentavava sinais de vida. (Agências)

"Essa gentenão vemtrazer nenhum documento,pensam que vão chegaraqui e tirar Chávez e pensam que as Forças Armadas vão apoiar uma insurreição. Essa marcha nãopode chegaraqui", haviadito Chávezemuma mensagem à nação.

Para Chávez, a marcha tinha uma "atitudeprovocadora". Aviolênciairrompeu no terceiro dia de greve geral convocada em apoio a executivos da estatal Petroleosde Venezuela (PdVSA).Eles querem que Chávez demita a atual direçãoda companhia, que foi indicada por interesses políticos. (AE)

Na Colômbia, guerrilha seqüestra grupo de deputados

Um suposto comando das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc, entrouontem nasededa Assembléia Legislativa dodepartamento (Estado) de Del Valle,em plenocentro dacidade de Cali,e seqüestrou 13 deputados,informouo governo colombiano. Cinco parlamentares foram resgatados pela polícia.

Fazendo-sepassar porsoldados em uniformescamuflados, os homens armados raptaram os legisladores logo após emitirem um falso aviso de bomba no interior do edifício.

Durante a fuga, um policial que tentavainterceptar osuposto comando guerrilheiro foi morto a tiros. (AE)

Israel deixa 24 povoados, mas invade outras cidades na Palestina

Israel desocupou ontem 24 pequenas cidades e vilas da Cisjordânia, mas entrou em outras edeteve maispalestinos,apesar depedidosinternacionais e pressão dos EUA para pôr fim à sua campanha de esmagar milicianos.

O Exército deIsrael informou que 4.185 palestinos foram presos na operação –quase metade delesnosúltimos dois dias, depois que combatentes emJenin eNablus, duas cidades-chave no norte de Cisjordânia, ficaram sem munição e se renderam. Osecretário deEstado americano,Colin Powell, chegou ontema Israele deve se reunir com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sha-

Preço

do

ron, ecomolíderpalestino Yasser Arafat, quetemsido mantido como prisioneiro em Ramallah. Conversas – Powell afirmou queo ritmoda retirada israelense daCisjordâniafaria parte de "conversações muito longas" que terá hoje comSharon. Elepretendese reunir comArafat nosábado em Ramallah. Sharon disse que informou aos EUA que vai manter a ofensiva. Ontem, tropas israelenses invadiramas cidades de Dahariyah e Bir Zeit e o campo de refugiados de Ein BeinHilmeh. Depois de prenderem 300 pessoas, a maioria estudantes, as tropas deixaram Bir Zeit. (AE)

petróleo cai com a garantia de oferta

OIrã ea Líbianão vãosuspender as exportações de petróleo. A decisão foi anunciada ontem para a Organização dos PaísesExportadoresde Petróleo, Opep, que também anunciou que poderá aumentar a oferta do produto a partir do quarto trimestre. Diantedestesfatos,o preço do petróleo caiu ontem. Ajudouainda aprevisão dosnegociadores de que a greve dos petroleiros na Venezuela está perto do fim. O país é o quarto maior exportador mundial e vem sofrendo interrupções em seus carregamentos. Ontem,o mercado ainda não havia sentidoo impacto da piora da crise na Venezuela. Analistas estavam otimista com a tentativa do presidente

venezuelano, Hugo Chávez, denegociar comosgrevistas da petrolífera estatal,que estão de braços cruzados há sete dias.

Cotação – No fechamento, oscontratos para maio da commodity tipo Brent – referência do segmento londrino – registraram umaqueda de US$0,96paraUS$ 25,05o barril. Em Nova York, os vencimentosparamaio doóleo bruto cairam US$ 1,16, ou 4,4%, para ÜS$ 24,97.

A queda nospreços do petróleo podem beneficiaro Brasil, coma eventual baixa nos valores cobrados pela gasolinada Petrobrás.Astrês últimas altasdo combustível chegam,nomês, a23,08% nas refinarias. (AE)

Duhalde vai enfrentar protesto dos produtores agrícolas

AConfederação RuralArgentina (CRA),maior grupo de produtoresagrícolas do país, vai promover uma paralisação nacionalde quatro dias,entre 28de abrile 1ºde maio.Será umprotestocontra a política fiscalpara o setoradotada pelo presidente Eduardo Duhalde.

A CRA pediu a três outras organizações,a Federação Agrária Argentina (FAA), a Sociedade Rural Argentina (SRA) e a Coningro, que participem do protesto. Dessas

NOTAS

Na Argentina, 38 empresas dão calote

Só no primeirotrimestre deste ano,trinta eoitoempresas argentinasentraram em situação dedefault.O anúncio foi feito pela agência Standard &Poor’s, quetambém informou que as dívidas destasempresas equivalema US$2,3bilhões. JuanPablo De Molien, da Standard & Poor’s, disse que o colapso destas empresas foi causado pela desvalorizaçãoda moeda nacional, o peso. No início do ano, a moeda deixou de ter paridade de um aum com o dólar, e cada US$ 1,00 passou a valer 2,85 pesos. (AE)

três, a Coningro deve ser a única a não paralisar suas atividades.

Segundo um porta-voz da CRA, osprodutoresrurais vão impedir que vagões de estradas deferro ecaminhões que estiverem transportando grãos, oleaginosas,farelo e óleo vegetalpara exportação cheguem aos portos argentinos. O setor agrícola gera 50% dos US$ 26 bilhões que a Argentina exportaporano. Umdos principaisalvosdos protestos dasentidades do

Filipinas: fogo em navio mata 23

Um navioque transportavacerca de290pessoas seincendiouontem naregião centraldas Filipinas,causando a morte depelo menos 23 pessoas.Muitos passageiros saltaram ao mar para escapar do fogo e 13 continuam desaparecidos.Segundoo chefe da Guarda Costeira da cidade deLucena, Elpidio Gunio, o incêndio começou por volta das 7h locais. De acordo com alguns sobreviventes, ofogo teve origem nocompartimentoinferior,onde estavam caminhõese automóveis. (AE)

setoragrícolaargentino são os impostos que incidem sobre as exportações.

Déficit fiscal – A Câmara dosDeputados daArgentina converteu ontememlei a obrigatoriedadede osdistritos reduzirem odéficit fiscal. Osdeputados ratificaramo pactoquediz queas24provínciasdeverão reduzirodéficitfiscalem 60%para2bilhõesde pesos(US$ 715milhões) em 2002, ante a um déficit de 5 bilhões de pesos registrado em 2001. (AE)

Escritório da OLP é despejado nos EUA

A Organizaçãoparaa Libertaçãoda Palestina(OLP) foidespejada deseuescritório docentro deWashington por atrasono pagamentodo aluguel. Hassan AbdelRahman,representanteda OLP nacapital americana, afirmouque eleforadeterminado porrazões políticas.Rahman reconheceuo atrasono pagamento de aluguel, mas disse que problemassimilares no passado foram resolvidosamigavelmente com o proprietário do imóvel. Destavez, no entanto, odono não quis negociar. (AE)

25 países se unem contra os Estados

Unidos e buscam solução na OMC

Umaaliança de25países acusou, naOrganização Mundial de Comércio (OMC), os Estados Unidos de praticar uma "violação sistemática" das regras para aplicação de salvaguardas à importaçãode produtos,especialmente no setor siderúrgico. A aliança,formada pela União Européia (UE), Japão, Coréia, China, Suíça, Noruega, Venezuela,Bulgária, NovaZelândia, MéxicoeCanadásereuniu comrepresentantes dos EUA na OMC para tentar solucionar o problema criado pela barreira estabelecidapela CasaBranca àsimportações de aço.

"Háum consensoentreos países prejudicados de que as barreiras dos Estados Unidos violam as regras da OMC, e queremos que elas sejam retiradas",afirmaum assessor j urídico da UE.Elelembra quea CasaBrancajá foicondenada emseisoportunidades, pelos árbitros da OMC, por desrespeitar as regras de de medidas restritivas.

As negociações continuarão hoje, em Genebra. Mas os europeusalertaramque, se não houveracordo, aaliança de países pedirá, até o dia 6 de maio, a abertura de painel (comitê dearbitragem), formado porjuízes internacionais, para avaliar a legalidade

da lei dos Estados Unidos. Aestratégia européia não se limita à formação da aliançana OMC.Bruxelascontinua solicitando que osEstados Unidos dêem compensaçõesdeUS$ 2,5bilhõespelas perdassofridas.Caso essas compensações não ocorram atéodia19de maio,a UE promete seguir com a idéia de retaliar os produtos norteamericanos.

Japão – O ministro da Economia, Comércio e Indústria doJapão,Takeo Hiranuma, disse que o país poderá impor sobretaxas às importações americanas, se os Estados Unidos não atenderem ao pedidodecompensação feito pelo governo japonês.

Em março,o Japãopediu aos EUA que cortassem as tarifasde algumasexportações japonesas para compensar os prejuízos causados às siderúrgicas do país pela decisão americana de criar salvaguardas para o aço.

Ospaíses aindanãochegaram aumacordo. Maso representante de Comércio dos EUA, Robert Zoellick, afirmouontem, emencontro comHiranuma, queosEUA não aceitarão que o Japão imponha tarifasretaliatórias. Segundo ele, a medida americananãoviolaas regras da OMC. (AE)

Brasil e UE resolvem impasse no setor têxtil

Os europeus aceitaram retirar, do corpo do acordo para têxteis evestuário que está em processo de negociação como Brasil,a imposiçãode umcompromisso brasileiro para discutirrebaixamento tarifárioparao setor,noâmbito do Mercosul. Ficou definidoqueseráredigido um documento em separado, em queo Brasil assumirá um acordo de cavalheiros para levar a questãoaos fóruns do mercado comum.

Os europeus queriam incluir no acordo o compro-

misso brasileiro delevar ao Mercosul a discussão de rebaixamento de alíquotas a todososprodutos quenão constassem nesta negociação bilateral. O Brasil respondeu que não poderia assumir um compromisso pelo grupo. Pelo acordo dostêxteis e vestuário, a UE suspenderá dez cotas, com a contrapartida deo Brasil não aumentar as tarifas vigentes, entre 4% e 20%,sobreuma listadeprodutos que está sendo preparada, para a próxima semana, pelos europeus. (AE)

Por ano, protecionismo

US$

100 bi de países pobres

A manipulação das regras do comércio internacional temum custoalto. Políticas protecionistas dos países ricos retiram dos países pobres anualmente US$ 100 bilhões. Na América Latina, o custo dessarelaçãodesigualé de US$ 30 bilhões. O Brasil, por exemplo, somente na venda de suco de laranja, perde US$ 1 bilhão ao ano com as sobretaxas cobradas pelogoverno norte-americano. O exportador brasileiro paga US$ 418 por cada toneladacolocada nos Estados Unidos.

Essas são algumas das conclusões doestudo "Mudaras Regras –Comércio, Globalização e Luta contra a Pobreza", feito pela Organização Não Governamental (ONG) Oxfam Internacional.

A entidade,que seposicionacontra medidasprotecionistas, lançouontem, em21 países(inclusive noBrasil)a campanha"Comércio com justiça-Make TradeFair".O objetivo da Oxfam com essa campanha, que teráa duraçãode 3anos, "étransformar apolítica degovernose empresas transnacionais".

Segundo a ONG, as nações ricas – especialmente Estados Unidos e países da União Européia – gastam, diariamente, US$ 1 bilhão em subsídios aos produtos agropecuários. O estudo da entidade

aponta aindaque128milhões depessoas poderiam sair da pobreza se aÁfrica, América Latina, Sudeste Asiático e ExtremoOriente tivessem suas exportações mundiais ampliadasem 1%. Esse crescimento só não ocorre por um motivo, para a Oxfam: protecionismo. Para aONG,os paísesricosmanipulamas regrasdocomércio internacional a seu favor. O estudo da Oxfam conclui que,além desubsidiar aproduçãoagropecuária,as nações desenvolvidas influem na políticado FundoMonetárioInternacional (FMI)e do Banco Mundial para forçara abertura do mercado das nações pobres; impõem

sobretaxasalfandegárias às importações; epermanecem indiferentesàs quedasdos preços das commodities.

O coordenador de Comércioe InvestimentodaOxfam Grã-Bretanha, Michael Bailey, afirmaainda queos produtoresdepaíses pobres quando vendem para os ricos pagam tarifas quatro vezes maiores do que as recolhidas poroutras naçõesricas.A Oxfamquer organizarprotestos para mudar o quadro do comércio. "Aidéia é contribuir com um modeloincludente e não excludente". Para Bailey,asmudanças parapodemcomeçar hoje. "O sistema de comércio não é comandado por força da na-

tureza. É gerenciado por pessoas e reflete interesses".

Uma experiência decomércio justo, diz o corrdenador,éo casodosTigresAsiáticos."Elesoptaram por um modelo econômico exportador que beneficiou a população". Ele cita como exemplo a Coréia, que investiuem educaçãoe protegeusuaindústriaaté queelasetornasse competitiva.No Brasil,Bailey lembrou o que chamou de estrago causado pela aberturaeconômica dosgovernos Fernando Collor e Itamar Franco. "Aindústriatêxtil, que emprega 100 mil pessoas, ficou com apenas 20 mil".

Teresinha Matos

Estudo tem incorreções, diz OMC

Odiretor-geral daOrganizaçãoMundial doComércio (OMC), Mike Moore, rebateuascríticas feitaspelaOxfam às atuaisregras do comércio mundial. Moore disse quenem todasasafirmações contidasnoestudo divulgado pela ONG estão completas oucorretas. Segundoele,a entidade"falhou aonão mencionar queaOMCtem promovido uma série de medidas para ajudar ospaíses em desenvolvimento".

Moore afirmou que o estu-

doé "saudável e útil", mas contém várias declarações equivocadas sobre as regras da OMC. A Oxfamdiz que é necessário se"democratizar" aOMC,dando maiorpesoà participaçãodos paísesem desenvolvimento."A Oxfam ignora o fato que todas as decisões críticas tomadas aqui sãobaseadas noconsensode todos os países membros. Além disso, o nosso mecanismo denegociaçãodedisputas permite aospaíses menores a possibilidade de defen-

derem seus interesses contra até mesmo as maiores potências comerciais."

O diretor admitiu, no entanto, que os países com mais recursostêm umavantagem nas negociações. Moore afirmoutambém que a crítica da Oxfam às barreiras comerciais impostas pelospaíses ricos "étotalmente correta". Mas, segundo ele, a maneira pela qual essas barreiras poderão ser derrubadas já está sendo encaminhada pela OMC. (AE)

Juros não acompanham queda da Selic

As empresasque tomarem empréstimo neste mês vão pagar jurossemelhantesaos cobradospelos bancos no mês passado, e também em fevereiro.

Apesar de o Banco Central, BC, ter baixado a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, as instituições financeiras têmoptado pela manutençãodas taxas em suasoperações de crédito voltadas para as empresas.

Variação – Os juros mensaismostram umavariação entre2,2% a 5,8%,dependendo do tipode crédito solicitado e do prazo para o pagamento dadívida,conforme pesquisa feita pelo Diário do Comércioontem.

Os porcentuais ainda estão altos se comparados à atual situação econômicado País,

na opinião de Haroldo Guimarães, economista da Góes & Consultores. Paraele, não há motivos para que as taxas de jurosnão acompanhema redução da Selic.

Inadimplência – A inadimplência éapontadapor Guimarães comoum dosmotivos que têm levadoos bancosa manter uma postura de cautela em relação às taxas nas operaçõesde crédito.

sas, voltou aapresentar uma ligeira elevaçãoem 2001.No primeiro trimestre doano, o volume de pedidos registrou uma alta de 18,3% em relação aomesmo períododoano passado.

Em vez de reduzir taxas alguns bancos estão ampliando os prazos e os limites para empréstimos

Especialmente porque este tipo de empréstimo é para prazos mais longos e, portanto, o risco é consideravelmente maior também.

Onúmerodefalências requeridas, um termômetro da inadimplência entreempre-

Cotação baixa eleva a procura por dólares

O dólar interrompeu a trajetória de queda dos últimos diase avançou 0,8% ontem. Mas,mesmoassim, ficou abaixo de R$ 2,30.

O recuo preponderante no mês suscitou alguma procura pela moeda americana, segundo operadores, que ficaram atentos, também, ao retardamento daemissãode bônus soberano do País. Encerradasas transaçõeso

dólar no segmento comercial foicotado aR$ 2,284para venda.

Nadaanormal – " Nã o houvenada ’foradonormal’ no mercado. Parece que houve umacerta procura por hedge (proteção) e uma possívelinversãode posiçãodealguns bancos", comentou Rodrigo Trotta, responsável pela áreadeCâmbio do Banif/Primus. (Reuters)

Maior prazo – As instuições financeiras não explicam porque astaxas, apesar da redução da Selic, continuam nosmesmos patamares.

A Caixa Econômica Federal, por meio de sua assessoria de Imprensa, informouque o bancoestuda apossibilidade dereduzir osjuroscobrados atualmente. Mas não indicou um prazo para que isso aconteça.

O Bradesco, onde as taxas

para operaçõesdedesconto de duplicatas e para capital de giro podem chegar a 5,8% ao mês,nãodefiniuainda se promoverá reduções das taxas cobradasem suasoperações de crédito. A Nossa Caixa também nãoestipulou qualquer prazo para que as taxas sofram redução.

Prazo maior – Emvez de reduzir as taxas alguns bancos têm optadoporampliar os prazos para os pagamentos e aumentar os limites.

Este éo caso,por exemplo, da Caixa Econômica Federal. No empréstimo para capital degiro,o limite,queerade R$ 5 mil em fevereiro, passou paraR$ 10milem março.O prazo de pagamento passou de 60 para 90 dias.

Roseli Lopes

Taxa futura aponta recuo

As projeções de juros mostraram ligeiro recuo, embora a liquidez tenha encolhido.

A trajetória confirmou a faixa estreita deoscilação em que têm trabalhado estes contratos na BM&F desdeo último encontro do Comitê de PolíticaMonetária, Copom, que cortou a taxa básica para 18,50% anuais.

País fecha emissão de US$ 1

O Brasil conseguiuconcluir ontem pela manhã uma nova emissão de US$ 1 bilhão em bônus globais, em meio a uma certa relutância dos investidores em adquirir os papéis, seis mesesantes do que promete ser uma disputada eleição presidencial. Para isso teve de elevar o prêmio.

Os detalhes finais da operação deveriam ter sidodivulgados na quarta-feira. Mas os investidores pareciam cautelosos quantoàaquisição de novos títulos da dívida brasileira, adiando a precificação da emissão para ontem.

Valor– O bônus saiu por 98,086% do valor de face, tem umcupomde12% aoano, resultando numataxa deretornode12,384% ou 7,19 pontos porcentuais ao ano, informou oBanco Central, BC. O papel tem vencimento em 15 de abril de 2010. Contrabalanceando questõespolíticas,o mercado de títulos dedívidaemergente mostrou-se bastante líquido em um momento que o Brasil está fazendoumasériede amortizaçõese pagamentos

de cupons este mês. O governoesperavaque osdetentores de bônusreinvestissem parte desses reembolsosna nova emissão.

Absorção– "Oque émais importante sobrea operação é que existetanto dinheiro lá foraqueosbônus serãoabsorvidos", disse Jim Barrineau, vice-presidente de Pesquisa de Mercados Emergentes da Alliance Capital Management.

Às 16horas, horário de Brasília, a fatia brasileira do índice do J.P.Morgan para mercados emergentes estava em

leve baixa de 11 pontos, para 738 pontos-base ou 7,38 pontos porcentuais acima dostítulos doTesouroamericano. O índice geral estava em queda de 5 pontos-base. A colocaçãodos bônusfoi liderada pelo Morgan Stanley e pelo J.P.Morgan Chase e sua liquidação está prevista para 16 de abril de 2002.

Eleições – A emissão ocorreseismeses antes das eleições presidenciais,cujo processoos investidoresestão acompanhandode pertopara ter indicações sobre a futura trajetória da economia.

A próximareunião do colegiado do BCacontecena terça e quarta-feiras.

O contrato deDI mais negociado, dejaneiro,indicou taxa de 18,28%,ante 18,33% da véspera. Após a última decisão sobre ojuro básico, em 20 de março,as projeções indicavam taxa de 18,07% a 18,40%. (Reuters)

Umrelatóriodo Banco Schahin distribuído pela manhã recordouque o Brasil captou US$ 2,945 bilhões em três emissões até março. Captações – "No final do ano passado o Banco Central mostrou intençãodecaptar cerca US$ 5 bilhões em 2002."

ParaoSchahin,"a recente elevação do preço do petróleo no mercado internacional tem caráter temporário e, portanto, não deveráafetar substancialmente aevolução da inflação nolongoprazo". (Reuters/AE)

Investidores exigiram prêmio maior

Aoperação de colocação dos bônus brasileirosnovalor de US$ 1 bilhão não foi concluída na quarta-feira poiso prêmiooferecidoinicialmente, de 710 pontos-base,não foiconsiderado suficientemente atraentepelo mercado internacional.

Esta foi a primeira vez, nas últimas emissões feitas pelo Brasil, que isto aconteceu.

"Para nós, por exemplo, não valia a pena trocar os papéis com vencimento para 2009por essesnovosbônus 2010com umprêmio de710 pontos", disse Ingred Iversen, gerente paraMercados Emergentesdo FundodeInvestimentos Rothschild Asset Management. "Mas com o aumento do prêmio, a troca valeu a pena."

Cautela – Iversen descartouatese dequeanão-conclusão da operaçãona véspera possa ser um indício de que o mercado estejamais cauteloso em relação ao País,por causa da sucessão e o temor da alta da inflação.

"Muito pelo contrário. O fato deogovernoter sido obrigado a elevar apenas 7 pontos-base paracompletar aoperação, numpapel de longo prazo, mostraque o mercadoestá satisfeitocom os fundamentos do País", afirmou o analista.

De acordo comIversen, "a

turbulênciacausada pelasucessão já está devidamente precificada pelo mercado." Não-atrativo – Um outro analista, de um bancoespanhol com forte presença no Brasil,salientouque oprêmioinicial foiconsiderado não-atrativo pelo mercado. "O governo brasileiroteve de oferecer um prêmio pouco superior à curva dos papéis que já estão no mercado, pois o preçooriginal nãofoi considerado atrativo", disse. Novas emissões – "Acredito que até o final desse semestreo Brasilvaivoltar aomercado,semproblemas, para completar sua metade emissões paraeste ano, que éde US$ 5 bilhões", completou. Na esfera de preços internos,oíndice depreçosespecíficodacapital paulista,o IPC da Fipe,mostrou variação positiva de 0,03% na primeira medição do mês, ante 0,07% em março. ( R e uters/AE)

BC anuncia novo tipo de empréstimo no SPB

O BancoCentral detalhou ontem uma nova modalidade deempréstimopor um dia, quando entra em vigor o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, dia 22. "O BC oferece LTN e aceita qualquer título registrado no Seliccomo lastro",informou ontem Sérgio Goldenstein,

chefedoDepartamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central. "São duas (operações) compromissadas com sinal oposto."Ele dissequeo objetivoé deevitar falhasdeliquidação dentrodoSPB, alémdeestimularo mercadosecundário de títulos.(Reuters)

Quedas em NY afetam pregão paulista

Bovespa oscilou muito ontem, com a proximidade do exercício de opções, e o fraco desempenho de Wall Street para o dia 30.

Afetadapelomau desempenhode NovaYork, aBolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, fechou muito próxima da estabilidade, interrompendo uma seqüência de dois pregões em alta. A bolsa paulista encerrou os negócios em quedade 0,03%,com oIbovespa em 13.411 pontos.

O giro de R$ 554 milhões foi semelhante à média que vem sendo registrada emabril.

Agora aBovespa acumulaalta de 1,1% no mêse queda de1,2% no ano.

gunda-feira",comentou. No mercado de opçõesos investidores compram e vendem o direito de comprar ou vender uma ação emuma data futura. Os ajustes são feitos a cada dois meses.

"O vencimento mexe com as ações da Telemar, que têm o maior peso no Ibovespa"

NY e opções –Além das quedas dos índicesDow Jones (1,98%) eNasdaq (-2,37%),a proximidade dovencimento de contratos de opções também influenciou aBovespa, segundo Gustavo de Alcântara, analista de Renda Variável do banco Prosper.

"O vencimento mexe especialmentecomas açõesda Telemar, que têm o maior peso no Ibovespa. Os investidoresjá negociamo papelpara obter o melhor preço no vencimento das opções na se-

Oscilação – Por causa do vencimento a Bovespa teve grande volatilidadeao longo do dia, oscilando entre queda de 0,23% e alta de 1,06%. Alcântara lembra ainda que ontem a Bovespa não contou com desempenho favorávelde ações do setor de energia, que na véspera garantiram a valorização da bolsa. Entreasaçõesmais negociada destacaram-se Telemar PN (-0,61%), Petrobrás PN (-0,53%), Bradesco PN (2,15%) ePetrobrásON (-0,69%).

Itaú– Itaubanco PNcaiu 0,75%,com um volumede negócios superioraohabitual. O banco informou ao mercado que pretende elevar seu capital em R$ 553 milhões. A proposta será avaliada em assembléiamarcada

O Itaú também quer estenderàs açõespreferenciaisdireitos semelhantes aosdos papéis ordinários emcaso de venda do bloco de controle. Segundo comunicadoenviado à bolsa, aintenção é aprimorar a adoção de regras de boa governança corporativa.

Aracruz – As ações preferenciais série B da Aracruz tiveram a segunda maior queda entre os papéis que com-

põeo Ibovespa,de 4,53%.A empresa anunciou ontem quelucrouR$ 22milhõesno primeiro trimestre, resultado 70% inferior ao registrado em igual período de 2001. A maior baixa doíndice foi Tef Data Brasil PN (-7,3%).

Ações das siderúrgicastiveramfortesaltas. Usiminas PNA subiu4,4%, ernquanto Gerdau PN subiu 3,4%.

Rejane Aguiar

Banco do Brasil confirma que vai entrar no Novo Mercado

O Banco do Brasildeu a largada para integraro Novo Mercado da Bovespa, que valoriza as boaspráticas degovernança corporativa e a maior transparência por parte das empresas.

Uma assembléia geralextraordinária do BB será marcada, para o fim de maio ou início de junho, para dar início ao processo de conversão das açõesPN em ON e tomar outras providências. O secretário do Tesouro, Fábio Barbosa, disse que a adesão dará maior liquidez àações. Obanco tem 349.838 acionistas.(AE)

Sala de ações do Banespa faz sucesso

Uma experiência brasileira bem-sucedida do Banespa está sendo "exportada" para o seucontrolador,o espanhol Santander: as salas de ações. O Santanderpretendeinaugurar 10 salas até 2003, sendo que o local da primeira já está definido: Brasília.

As salasde açõessão espaços exclusivos, reservados aos correntistas em 84 agências doBanespa, ondeos investidores encontram apoio logístico para aplicar, como um canal direto com a Bovespa (nosistema home broker), acesso a análises sobre as em-

presas einformações técnicas, fatores de risco e mapas. E contamainda comnoticiário de agências especializadas no mercado euma equipe de profissionais.

Clientes – A corretoraBanespa tem hoje 15 mil clientes ativos e vai passar esta sua experiênciapara o Santander, que trata mais com clientes corporativos e investidores institucionais.

JoãoCarlos Pimenta,diretor da corretora Banespa, disse ontem que o público-alvo é odas pessoascom rendaacima de R$ 4 mil e nível de apli-

cação de cerca de R$ 30 mil. Pesquisa – Levantamento divulgado ontem pela empresa revela que o perfil atual do cliente da corretora é composto majoritariamente por homens (72%),das classes A e B, com mais de 30 anos e curso superior completo. Ogrupo estáintensificando no sentido de desmistificar o mercadodeações,já tendorealizado 150eventos nestesentido. Elegeumaio como o "o mês da bolsa", para realizar três grandes eventos em regiões estratégicas. Crescimento– Edv al do

Morata, diretor-comercial do grupo, diz que a aposta é de que o mercado vai crescer, junto com a economia.

Da mesma forma pensa Henry Gonzales, vice-presidente de Relações como Mercado: "É um ciclo virtuoso. Quanto mais ações forem emitidas mais pessoas se interessarão em comprá-las."

O grupo possui ativos de R$ 58 bilhões e adminsitra recursosde R$15,3 bilhões.O lucro líquido em 2001 foi de R$ 1,3 bilhão.

Marcos Menichetti

Canola vira maionese na Cocamar

A Cooperativa pretende vender 720 toneladas do produto com a marca Suavit neste ano, na região Sul e no interior paulista

A Cooperativa de Cafeicultura e Agropecuária deMaringá (Cocamar)vaicolocar no varejo brasileiro 720 toneladas de maionese e 2.880 toneladas de óleo feitos com canola neste ano.

Osprodutos, que levam a marca Suavit, serão resultado das 9 miltoneladas da planta que devem ser colhidas em agosto no Norte do Paraná.

A maionese decanola está no segundoano de comercializaçãoe vaiconsumir20% da plantação da Cocamar, que ocupará seis mil hectares. No ano passado, quandoforam cultivados 3,9 mil hectares, a industrializaçãodo produto utilizou 5% do volume de colheita daCooperativa. "Apenas nósproduzimos amaionesede canolano Brasil",diz o gerente industrial da Cocamar, Sidnei Leal. Os doisprodutos sãovendidos em estabelecimentos comerciais da região Sul e in-

teriordeSãoPaulo.O óleo chega ao varejo em embalagens de900milímetrose a maionese em potes de vidro de 500 e 250 gramas. Até o final dopróximo ano,eles devem estar sendo comercializadostambém nacapital paulista.

Planta concorre com o trigo nas lavouras da região Sul do País

A canola disputa com o trigoas lavouras daregião Sul. Como cultura de inverno, ela é plantada entre março e abril e colhida por volta do mês de agosto,período semelhante ao cultivo do trigo. Por serumaculturaainda novaparaosagricultores da região, queainda nãodominam totalmente as técnicas , o rendimentopor hectarevem oscilando. "Lavouras com um bomsolo chegama produzir2mil quilosporhectare",dizo gerentedodepartamento técnico da Cocamar, José Roberto Gomes.

A média de produção do ano passado na região de Maringá,porém, ficouem1.350 kg porhectare. Nesteano,a metada Cooperativa é tirar do solo 1.500 kg por hectare. Se o número for atingido e o preço da saca de 60 kg se mantiver em R$ 24, valor que aCocamargaranteaos seus

agricultores, a cultura pode ultrapassar o trigoem rendimentos. "Na atual condição de preço e produção média, a canola pode ser mais rentável que o trigo", diz Gomes. Para fazer a comparação, o gerente técnicocalculaparao trigo umrendimento de 1.900kg por hectare e preço de R$ 17. O bom desempenho da canola depende basicamente da boa adubação do solo e das chuvas. "Nãopode haverexcesso de chuvanacolheitae deve chover nos primeiros 90 dias apóso plantio, atéo enchimento dos grãos", diz Gomes. Opesquisador daInstituto Agronômico do Paraná (Iapar), Nei Lúcio Domiciano,dizque sea canolafor plantada entre o final de março e metade de abril, ela escapa de um dos maiores problemas das culturas de inverno, que é o pulgão, inseto que suga as plantas.

Ól eo s – AmarcaSuavité utilizada pela Cocamar para denominar os óleos mais nobres fabricados na sua unidade industrial,comoo azeite de milho, canola e girassol. A Cooperativa consegueuma receita de R$100 milhões com as vendas ao varejo.

A canola vemse apresentando como uma opçãode rotação de culturapara os agricultores acostumados ao plantio do trigo. "A canola é mais tolerante ao frio do que o trigo",diz Domiciano. Muitaslavouras de trigodo Sul doBrasil acabamsendo prejudicada pelasfortes geadas da região. Alémdeóleo decozinhae maionese, a canola também é utilizada com base de produção parafarelos dealimentação animal. O maquinário utilizado para o cultivo da canola é praticamente o mesmo da soja. A colheitadeira, por exemplo,pode ser a mesma usada na soja, com algumas adaptações. (ID)

Óleo de canola é vendido como produto nobre no Brasil

"Os produtosde canola chegarão a ser competitivos, em preço, com os de soja", diz opesquisadorda Instituto Agronômico doParaná(Iapar), Nei Lúcio Domiciano. O óleo de canola é vendido comumprojetonobree alcança preçomaior do queo azeite de soja nasprateleiras dos supermercados. Ameta dos produtores,porém, é

tentar popularizar o consumo do produto no Brasil. O óleode canolaé umdos mais consumidosem regiões como Estados Unidos, Canadá e Europa. O produto possui um menor teor de gordurasaturadae umaboaquantidade de Ômega 3, o que acabafavorecendoa saúdedo consumidor. Uma pesquisa realizada pelanutricionista

Márcia Barbosa Águila,da Universidade doRiode Janeiro, mostrouque oprodutoreduzo mau colesterol e tem efeito benéfico contra hipertensão arterial.

A Cocamar disputa mercado com empresas como Bunge e Cargil, também produtoras de óleo de canola. Além de óleo de canola, a Cooperativa produzoutros cincotiposde óleos, entre eles ode soja, girassol e milho.

A maionese produzida pela Cocamar é vendida com uma versão tradicionale também dentro da categorialight. A empresa ainda não planeja exportação do produto. No ano passado para conseguir manter a meta de produção, a Cocamar precisou importar a canola em formade commoditie. (ID)

A Cocamarproduztambém café, algodão, álcool, catchup, mostarda,cana-deaçúcar, grãos, farelos, madeira e suplemento mineral e foi umadasprimeiras cooperativas nacionais a agregar valor à produção agrícola com a industrialização das commodities. A Cocamar faturou no

ano passado em torno de R$ 503 milhões.

Canola – A região Norte do Paranáé umdos poucospólos produtivos da canola no Brasil.A planta,umaoleaginosa com características semelhantes àsoja,é própria para as regiões maisfrias. A região Noroeste do Rio Grande do Sul éoutro centro produtor da canola. A Cocamarvem fazendo experiências com aplanta desde 1992. Assementes são importadas do Canadá e fornecidas aos agricultores, que se comprometem a entregar a produção na Cooperativa.

Neste ano, aCocamar garantiuopagamento deR$24 pelasacade 60quilosparaos agricultores.Noano passado,os produtoresreceberam R$ 19 pela saca. "Há consumopara osprodutos feitos de canola e o preço do óleotambém está maior nomercadointernacional", diz o gerente dodepartamento técnico da Cocamar,justificandoa elevação daofertadepreço paraos agricultores. O óleo de canola éum dosseistiposdeóleo produzidos pela Cocamar.

Isaura Daniel
Produtores da região Norte do Paraná são responsáveis pelo cultivo e fornecimento da canola à cooperativa
O óleo de canola é industrializado em Maringá
Canola se adapta ao clima frio
Agência
Estado

Underforms entra no varejo espanhol

Os acessórios femininos da marca, lançados no ano passado no Brasil, serão vendidos em 20 lojas da Espanha em maio

Os acessóriospara lingerie da marca brasileira Underforms começarão a ser vendidos no varejo espanhol a partir de maio. A empresa fabricante, aUniverse,comsede emSãoPaulo, vaifornecer artigos como protetoresde mamilos, bojos autoadesivos e extensores desutiã para 20 pontos-de-venda do país.

O negócio foi fechado após a criação, em janeiro, da Universe Internacional, na Espanha. A empresa, na qual a Universe tem50%do capital, foi aberta em parceriacom uma companhia local doramo têxtil chamada Zincland.

A Universe atua no ramo de lingerie também como importadora de matéria-prima para a indústria

A primeira venda, no valor de US$ 50 mil, embarca para o país europeu ainda neste mês. No período de um ano, a Undeforms espera estar distribuindo seus produtos em 500 estabelecimentos da Espanha. Os acessórios serão exportados a partir do Brasil, onde a empresa mantém produção terceirizada.

Brasil – No varejo brasileiro, aUniverse pretendeatingir 500 estabelecimentos com amarcaUndeforms atéofi-

nal do ano. Os produtos foram lançados no mercado nacional em forma de coleção na metade do ano passado. Atéo iníciode 2002,eles eram vendidos ao varejo apenasem kitscom12, novee seis unidades. A venda avulsa será feita neste ano. Os acessórios passaram porumperíodo detestesno segundo semestre do ano passado em 50 estabelecimentos das principais capitais do País. Foram produzidos um total de 115 milunidades no período, o que gerou um faturamento de R$ 400 mil para aUniverse. Em2002, areceitacom asvendas noBrasil deve chegar aos R$ 3 milhões, deacordo comprojeçãodo sócio Marcelo Schmiliver. A maioriadosprodutos chega ao consumidor final com preços entre R$ 4 e R$ 15.Três tipos de artigos custam entre R$ 50 e R$ 60 e o par deseios desilicone tem preço médio deR$ 190. Os planos futuros da empresa são a fabricação de lingeries. AUniverse faturounoano passado R$3,1 milhões.

Além da comercialização dos produtos de marca própria, a empresa atua como importadora de matéria-prima para indústrias de lingerie. As principais marcas do mercado são abastecidas pela Universe, que traz produtos de 15 indústrias internacionais.

Aempresa tambémtem participação naindústria espanholadecolchetes Iber Band noBrasil.Ocapitalda UniversenaIberBand, que faturou R$ 3 milhões no ano passado, é de 25%.

Feira de moda inicia amanhã em SP

AFenamoda,feira devestuário depronta entrega,começaamanhã noExpoMart 5, em São Paulo. Os organizadores esperamcomercializar emtornode R$2,5milhões em produtos da coleção outono/inverno.

Diferente das demais feiras do setorde vestuário,nas quais osprodutos sãoentregues posteriormente, na Fenamoda, a mercadoria pode ser levada pelo lojista na hora. Não há volume mínimo para os pedidos de lojistas.

Em tornode60indústrias deSão Paulo, Minas,Goiás, Rio deJaneiroeRioGrande do Sul, vãoapresentar suas criações para estação fria na Fenamoda. Os fabricantes apostam nastonalidades terra, além do vinho e dos tradicionais pretoe branco para vender oestoque de roupas outono/inverno. Emtecido, asconfecções optarampor umagamaampla,queinclui tule,renda, chiffon, musseline, cetim, seda, malha, veludo,peles sintéticas, camurça e couro

Entregas – A feira de prontaentregaé feitanoiníciodo outono justamente quando as vendasestão começando no varejo. Em torno de 2.500 pessoas devem visitar a feira entre sábado e domingo. Segundo a organizadora do evento,VeraBecsi, oespaço foi preparado com visual de shopping. "Isso valoriza a feira e economiza o tempo dos expositores, que não terão quese preocupar como visual ", diz Vera. Até a edição anterior, a feira era realizada em hotéis. É a primeiravez queelaocorre

num centro de eventos, onde o espaço é mais adequado paraos altos volumes de estoque queasindústriastransportam em funçãodo sistem de pronta entrega.

Custos – Para participar da Fenamoda,os expositores pagaram umataxade R$1.350. Emfunção dopreço, abaixo damédia dosdemais eventos da área,a feira acabaatraindoum grande número defábricasde pequeno e médio porte.

A empresária SôniaBernier conta com feira para elevar a comercializaçãoda Les Clos.A fabricante de moda casual feminina, vai apresentar desde saias com viés de sedas mista e pura até calças fabricadas com veludo cotelê.

Paula Cunha

Acessório para lingerie é criação de três homens

Apesar dosacessórios Undeforms seremvoltados para o público feminino, a sua produção e criação está na mãodetrêshomens.O empresárioFredi Schmilivertoca osnegócios aolado dosfilhos Claudio e Marcelo.

A filha Patrícia também trabalha na empresa, mas são os três que participam diretamente da criação e pesquisa de novos produtos. "As peças servem para valorizar ocorpo damulher", explicaClaudio Schmiliver.

A empresa produz um total de 19 artigos.O sutiã invisível, porexemplo, queficou conhecido pela marca Lib’s, é uma versão discreta da lingerie para o uso de roupas deco-

tadas. O protetor de mamilos servepara disfarçar bicos de seios mais escuros em roupas transparentes e o extensor de sutiã é um pedaço de abotoadura quealonga a peça.Na lista de produtos figuram protetores de ombrospara aliviarapressãodas tiras do sutiã sobre o corpo, e bojos que, dentrodalingerie,aumentam o volume dos seios.

A empresa fornecia algumasdaspeças paraaindústriade lingerie, mas descobriuas consumidoras finais. A aceitação, dizem os empresários, foi boa. "Uma das consumidoras enviou um e-mail dizendo: ainda bem que alguém se preocupou com isso", conta Claudio. (ID)

Alça transparente impulsionou Universe

Foi a alçade sutiã transparente, conhecida no Brasil como alça de silicone, mas feitadepoliuretano, aresponsável pelo maior impulso da Universe.A empresanasceu em 1989, como importadora de matéria-prima para a indústriade lingerie, e foi uma das primeiras a disseminar o uso do material no Brasil, há seis anos.

O produto era usado em acabamento interno de camisaspóloe roupaspara crianças, mas a Universe, após conversas com estilistas,

sugeriuaos seusclientesque o produto fosse utilizado na alça dosutiã. "Aprincípio a idéia era facilitar o estoque, já que a alça de poliuretano poderia serutilizadaemqualquertipodesutiã, independente da sua cor", explica o sócio Marcelo Schmiliver. A novidade foiaprovada e, dois atrês anosapós, passou ser vendida em massa no Brasil. AUniversefoifundada por Fredi Schmiliver, neto de belgas,que vemexpandindo osnegóciosao ladodosseus três filhos. (ID)

Embraer sai na frente em licitação de indianos

Fenamoda

Público: lojistas

Data: 13 e 14 de abril

Horário: 10h às 20h

Local: Expo Mart 5, na rua

Chico Pontes, 1.500, na Vila Guilherme, em São Paulo

Entrada: gratuita

Informações: 0800 170087 ser viço

Mais leveza em estações pouco definidas

Os proprietários de pequenas emédias confecçõestêm expectativas de realizar bons negócios naFenamoda.Este é o caso de Sônia Bernier, que acredita que o evento vai contribuir para elevarasvendas da paulistana Les Clos. Há nove anosno mercado, produzindo moda jovem femininadotipo casual,aempresária pretende apresentar umacoleção onde o maior destaque são assaias em viés desedas mista e pura,calças emcrepe, em tecidos com

elastano e em veludo cotelê.

Outro destaque da Les Clos são as camisas de tricoline bordadas, as batas em seda com elastec, as blusas fabricadasemsuplexe os vestidos em chifon, tule e liganete. Sônia Bernier evita fazer previsões quanto às perspectivas de negócios na Fenamodae nãorevelaseu faturamento. Aempresáriainforma que já participou de eventossemelhantesdo setoreos resultados foram bastante positivos.

A Preta – Outra empresa que aposta no sucesso do modelo de organização da Fenamoda é a proprietária da confecçãoA Preta,de SãoPaulo. Maria das Graças Domingues Schartsman participa pelaprimeiravez destetipo de feira.

Elaexplica quea empresa existe hásete anos eque, anteriormente, apresentou suas roupas em mostras realizadas em hotéis e espaços menores. Porisso, estáentusiasmada coma perspectivadecon-

quistar maisclientes durante os dois dias da Fenamoda. Aproduçãoda Pretaévoltada principalmentepara jovens senhoras e é especializada em peças grandes. Para esteano, osconjuntos decalça com camisa e camisão, blusas detricô ecalçasjeans com elastanosão omaiordestaque da confecção. "Nossas cores serãomais suavesporqueas estações mais friasnão estãomuito definidasnestes últimos anos", conclui. (PC)

AEmbraer apresentouo melhor preço para a venda de seis aeronaves comerciais para o governo da Índia. Os envelopes com as propostas da empresa brasileira, da francesa Dassault e da canadense Bombardier, astrês finalistas do processo licitatório, foram abertos ontempelo Comitê de Avaliaçãodo Governo da Índia, formado, em sua maioria, por integrantesda Força Aérea Indiana. O preço apresentado pela Embraer foi o menor, e está longede seralcançadopelas empresas concorrentes.Isso significa que aindústria está

na frente nesta disputa pela venda deseis aeronaves, no valor de US$ 180 milhões. Opróximo passodalicitaçãodevedemorarcerca de trêsmeses. Um relatório, com avaliaçãodos preçosde cada empresa, será apresentado pelo Comitê, em detalhes, ao governo indiano. O contrato entre Embraer e Índia deve serassinadodepois desta avaliação. Após a assinatura, aEmbraer espera entregar as aeronaves, modeloLegacy, emdois anos.Até hoje,nenhum aviãobrasileiro haviasido comercializado para a Índia. (AE)

El ét ric o – Odiretor da montadora indiana Reva Electric Car,Chetan Maini, mostra oprimeiro carroelétrico dopaís em seu lança-

O proprietário Fredi Schmiliver é um dos encarregados da criação das peças
Clóvis
Sônia, da Les Clos, conta com a feira para a vender as roupas de outono
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Seguradoras têm planos para pequenos

Idade e número de empregados devem ser levados em conta na hora da escolha do seguro saúde adequado à empresa

As seguradoras estão apostando em produtospara micro epequenasempresas. Hoje, a maioria das companhias têm planos de saúde formatadospara atenderàs necessidadesdos microepequenos empreendedores. Na seguradora Sul América, 15% dos clientes são micro, pequenas e médias empresas.

Como há muitasopções, antes de fechar o contrato,os empresários devem checar o plano (ver tabela ) que melhor se adequa ao negócio.

Segundo o consultor

Clainton Fernandes, de São Paulo,a idadedosfuncionários da empresadeve ser o primeiro fator a ser analisado antes de contratação de um plano de saúde. Se uma companhia, tem apenas empregados na faixa etáriade 18 a 29

anos, deve contratar um plano específico para atender essesfuncionários."Isso pode geraruma economiadegastos", afirma Fernandes. As companhias, emgeral, têmessesserviços. NaPorto Seguro, o seguro empresarial que mais vende é destinado a faixa etária entre 18 e 29 anos.

A Porto tem dois planos para asmicroe pequenas empresas. Oprimeiro atendecompanhias que têm entre quatro e nove vidas para segurar. O segundo segura entre10 e 49 profissionais.

A seguradoraSul América tem umsistema semelhante. Na companhia, oseguro na faixa etária de zero a 39 anos é omaisvendido àmicroepequenas empresas. A Sul América segura entre cinco e trinta vidas no segmento de pe-

Ebx terceiriza serviço de logística para empresas

A empresa de entrega rápidadeencomenda EbxExpress, do empresário Eike Batista, deSão Paulo,criou um serviço de logística para atender às micro, pequenas e médias empresas."Companhias de menor porte têm dificuldade para organizar um departamento delogísticapor causa dos custos elevados", afirma José Carlos Solimeo, v ice-presidente deOperações e Mercados da Ebx.

A empresaentrega cargas em500cidades brasileiras. Para desenvolver o projeto direcionado aos micro epequenosempreendedores e ajustar ofocoem businessto-business (comércio entre empresas), os donos daEbx investiram R$ 20milhões –R$ 10milhões noano passado e o restante este ano.

O diferencialdo programa oferecido pela Ebx é que o empresário pode monitorar o caminho que o pacote vai fazer até a chegada ao destino. "O sistema de rastreamento permite que o empreendedor verifique, por meio daWeb, ocaminho dopaco-

te.Se houveratraso, épossível identificaro lugar onde está a encomenda e resolver o problema", diz Solimeo. Para acompanhar a operação viaInternet, quando a mercadoria sai da loja, o empresário recebe uma senha. "Isso é para garantir o sigilo", afirma Solimeo.

As entregas dentro da cidade de São Paulo custam R$ 8 o quilo. Para entregar no Rio de Janeiro, encomendas vindas da cidade de São Paulo, a Ebx cobraR$ 14oquilo. Ovalor muda de acordocom a localidade e o meio de transporte usado para o trajeto. A empresa usa carro,moto e avião para transportar as cargas. As encomendas são seguradas por um seguro porta-aportaquecobre, com uma única apólice, todas as etapas daentrega, independentedo meio de transporte usado. Expectativas –Com olançamento do programa de entregas para micro e pequenos empresários, Solimeo espera um faturamento de R$ 70 milhões este ano. "Ganhamos competitividade", diz. (CM)

quenos negócios. "A partir de dez vidas, não hácarência", afirma Jorge Bento, vice-presidente da SulAmérica,em São Paulo.

Osempresários também não têm custo com o complemento de carência, pago em caso de seguro individual. Na Sul América, osseguros empresariais custam 15% menos que os individuais.

Para Clainton Fernandes, outra vantagem dos planos de saúdeé opoder de negociação na hora de contratar os funcionários."Os benefícios são atrativos de bons funcionárioseservemcomo complemento salarial", afirma.

Documentação – A contratação dos planos deveser feita por meio de um corretor. Em geral,as seguradoras pedem o contrato socialda

empresa, oCNPJ(Cadastro Nacional dePessoa Jurídica) euma comprovaçãodevínculo empregatício, como o comprovante dosdepósitos no FGTS (Fundo de Garantia por tempo de Serviço).

A vigência do contrato é de 24 mesespodendo serrenovadoautomaticamente por períodos iguais.

A única exigência das segu-

cursos e seminários

Dia 15

Imposto derenda depessoas jurídicas– Ocurso édirigido aempresários e profissionais que querem esclarecer dúvidas na hora de fazer a declaração. Duração:oito horas,das 8h30 às17h30. Oseminário começa segunda-feira(15)e termina na terça-feira (16) . Local:IOB Thomson,ruaCorrêa Dias,184,Paraíso.Preço:R$ 305.Asinscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

TécnicasOperacionais deNegociação – O objetivodoseminárioé transmitir aos participantesos princípios básicos deuma negociação, mostrar como identificar os fatores que podem influenciá-la. Duração: 16 horas, das 8h30 às 18h00. O seminário começa segunda-feira (15) e termina na terça-feira (16). As aulas serão dadas pelo professor Sérgio Schendel.Elevaiabordaros seguintestópicos:conhecimentodapercepçãohumana, tipose aspectosda comunicação,táticas denegociaçãoe perfildosnegociadores. Local:IOBThomson,rua CorrêaDias, 184,Paraíso. Preço:R$325 (assinantesIOB Thomson)eR$ 375(não assinantes).Asinscriçõesdevemserfeitasaté hojepelotelefone 0800782755.

Administraçãode conflitos:estratégia paraumanegociação desucesso – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários que querem conseguir negociar com sucesso. Duração: 16 horas, das 18h30 às 22h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro 1.117, Liberdade. Preço: R$ 80 (pessoa física, micro e pequena empresa) e R$ 150 (média e grande empresa). O curso acontece na segunda-feira (15) e as inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Importação eexportação, rotinase procedimentos– Oseminário é dirigido a microe pequenos empresários quenunca exportaram nem importaram produtos. Duração: 20 horas, das 8h30 às 13h30. Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro 1.117, Liberdade. Preço: R$ 100 (pessoa física, micro e pequena empresa) e R$ 180 (média e grande empresa). O cursoacontece na segunda-feira (15) e asinscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Dia 16

Preço de transferência – O objetivo do curso é capacitar os participan-

radoras é que existam, pelo menos, duas famílias diferentesna empresa."Nãopodeser, por exemplo, todo mundo de uma mesma família. Nessecaso,oplanoéfamiliar e não empresarial", diz Reginaldo Nakao, diretorexecutivo da AGF Saúde.

A AGF lançou o plano para pequenas empresas no ano passado. Há seis diferentes ti-

posde seguros.Asdiferenças entre eles são opadrão de acomodação, o tipode prestador (hospitais)e oreembolso. Para o plano da AGF, o númeromínimo defuncionários seguradosé oito eo máximo 99. A empresatem três mil segurados de 250 pequenas companhias.

Cláudia Marques

tespara aaplicaçãodosmétodos deapuraçãodoscustos ereceitasna importação eexportação debens, serviçose direitos.Duração: 16horas, das 9h00 às 18h00. O seminário acontece na terça-feira (16). Local: Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo),avenidaTiradentes,960,Luz. Preço:R$140.Asinscriçõesdevem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Dia 18

Básicoem escritafiscal- Ocurso temcomo objetivoensinar aosparticipantes a forma correta para fazer a escrituração dos livros fiscais. Duração: 16 horas, das 9h00 às 18h00. O seminário começa na quintafeira (18) e termina na sexta-feira (19). Local: Sescon-SP (Sindicato das Empresas deServiços Contábeis deSãoPaulo), avenida Tiradentes, 960,Luz.Preço:R$ 140.Asinscriçõesdevemserfeitas apartirdehoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Marinho defende mudança sindical

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC diz que, antes de mudar CLT, instituições precisam se modernizar

Opresidente doSindicato dos MetalúrgicosdoABC, Luiz Marinho, defendeu uma reformado sistema sindical brasileiro antes de qualquer mudança na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

"Queremos a reformada CLT, masnão aapresentada pelo governo federal, que visa apenas a sobreposição do negociado sobreo legislado. Precisamos modernizar os sindicatos, para quetenham condições de negociar", em palestra sobre flexibilização daCLT aoComitê deRecursos Humanos da Câmara

Americana deComércio de São Paulo (Amcham-SP).

Premissa – Segundo Marinho, a proposta defendida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pela maior parte dos integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do qual o seu sindicato é filiado, parte de uma premissa de que os sindicatos terãoliberdade eautonomia para seremconstituídosnos próprios locais de trabalho, e que os trabalhadores tenham liberdade de filiação, além da eliminação da exigência da unicidade sindical (só acatar

Testemunha não prova tempo em aposentadoria

Apenas com testemunhas não é possível comprovar tempo de serviço no Instituto Nacional deSeguroSocial (INSS) para se aposentar. Esta foi adecisão do Superior Tribunal deJustiça (STJ)no julgamento de um recurso do INSS contra o servidor público José Ricarte. Eletentava acrescentar o período de dois empregos para fins de aposentadoria, que estavam anotados nacarteira detrabalho mas não tinham registro no IAPAS(Institutode Administração Financeira daPrev idência e Assistência Social), antigo INSS. José Ricarte trabalhou comocobradore auxiliar de portaria para o Clube dos Comerciáriosda CidadedeCajazeiras,na Paraíba,entre10 dejaneiro de 1961 e 30de marçode 1966,e comoauxiliar de escritório, para um Escritório de Advocacia, entre 3 de julho de 1967 e 14 de fevereiro de 1971. Para registrar estetempode serviçopara finsde aposentadoria,José Ricarte dirigiu-seao INSS

com alguns comprovantes.

Ação declaratória – S em obter respostadaInstituto, decidiu entrar com uma ação declaratória na Justiça contra o INSS.Segundo oservidor público, embora osdois empregos tenham sido anotados na carteiradetrabalho,o tempodeserviço nãofoiregistradono Iapas, como era chamado o INSS anteriormente. Em razão disso, José Ricarte apresentouquatro testemunhaspara justificara prestação do serviço.

O INSScontestou osargumentos do servidor público. Para oInstituto, oscomprovantes apresentados não são suficientes para comprovar o tempo deserviço, bemcomo odepoimentodas testemunhas. As primeiras instâncias foram favoráveis a José Ricarte. Porém, a decisão foi revertida no STJ, que votou por maioria pela obrigatoriedade de apresentação de provas materiais à Previdência Social eas testemunhasapenas como acessórioàs provas apresentadas. (AE)

um sindicato por categoria). Essa proposta ébaseada na Convenção87da OrganizaçãoInternacionaldo Trabalho, assinada pelo Brasil,mas aindanão ratificada peloCongresso Nacional. "O trabalhador tem que ter liberdade para escolher o sindicato de sua preferência, mesmo que isso signifique a formaçãode umsindicato emcada empresa", disse. Eliminação – O líder sindi-

Sindicalista é favorável ao fim do imposto sindical e à liberdade de escolha de representação

cal defendeu também o fim do imposto sindical e a eliminação da relação atual de que todo o trabalho é regulamentado com base na legislação. "Só assim os sindicatosterão repres e n t a t iv i d a d e paranegociar e mudar a atual relação entre capital etrabalho", argumentou. Hoje, existemmaisde16 mil sindicatos em todo o País, mas, segundo Marinho, essa quantidade nãosignifica que

os trabalhadores tenham representanção e agarantia de defesa de seus direitos. Para ele,se aprovada amudança daCLT propostapelogoverno, os trabalhadores serão muito prejudicados pelo fato de os sindicatos brasileiros, emsua absolutamaioria,estarem fragilizados.

Modelo – "No nosso modelo sindical de hoje, haverá regiões emque oempresário e o sindicato se aproveitar dos trabalhadores. Vimos nascer em vários locais sindicatos baseados em corrupção e gangsterismo."

Unibanco dá compensação

Os clientes do Unibanco já contam com o sistemade compensação tributáriapara osfundos deinvestimento. Trata-se deum procedimentonão obrigatório, que foi permitidodepois que aInstruçãoNormativa nº119,do dia 10 de janeiro, regulamentou aMedidaProvisórianº 16, a qual estabelece a compensação de perdas em diferentes fundos de investimento coma mesmaalíquota de ImpostodeRenda(IR)e de um mesmo gestor. Apesar de a nova regra ter sido criadano iníciodeste ano, acompensação tributária contempla as perdas do anopassado, poispodeser feita até ofinaldoexercício fiscal subseqüenteao doresgate total. Isso já era realizado dentro de uma mesma carteira. A partir da nova regra, o sistema é válido para carteiras distintas com gestão de uma única instituição e mesma alíquota de IR.

Compensado – Referente a perdas passadas, os clientes

do Unibancojá podemobter o valora sercompensado em suasaplicações. "Osgerentes das agências estão informando estes valores desde o início do mês. Além disso, uma correspondênciacom esclarecimentos sobreo sistemade compensação será enviada aos investidores até o final do mês. Paraquem tem perdas passadas, esta correspondência também facilitaráa indicaçãodo valor", afirmao diretor de captação do Unibanco, Marcos Eduardo Buckton.

fevereiro deste ano.

Marinho defende uma reforma na CLT que estabeleça diretrizes mínimas, resguardando determinados direitos.Ele citoucomoexemplo o estabelecimentodeuma jornada máxima de trabalho, quepoderia ser definida em horas semanais ou semanas trabalhadas anualmente. Com base nesse máximo de horas ou semanas de trabalho, os sindicatos poderiam negociar e definir a jornada queinteressariapara osegmento.

tributária

Entenda o sistema – A compensação tributáriapermite uma redução na base de cálculo do Imposto de Renda nas carteirasque apresentarem ganhos sempre que o investidor apurar perdas em aplicaçõesdeum mesmo agente financeiro.

Medida Provisória 16 estabelece a compensação de perdas em fundos com a mesma alíquota de IR

Os bancosOpportunitye BankBoston jáoferecema compensação tributáriaem seus fundos de investimento. O Opportunity foi a primeira instituição aimplantar osistema. Oprocedimentoestá disponível aosclientes desde janeiro. No caso do BankBoston, o sistema está em operaçãodesde meadosdo mêsde

No exemplo de um investidor quetemum fundo DI eum fundo de ações, casohaja necessidade desaque dos recursosdo fundode açõese o investidor apurar um prejuízo de R$ 1 mil, este total deve ser descontado do ganho alcançado emqualquercarteira em nome deste investidore dentro do mesmo gestor. Assim, nestemesmo exemplo, se o investidor apurou um ganho de R$ 3 mil no fundo DI, o gestor deve deduzir R$ 1 mil de R$ 3 mil e calcular o valor a pagar de IR sobre a base de cálculo de R$ 2 mil.

Compensar – A n te r i o rmenteaesta InstruçãoNormativa,o investidorpodia compensar a perda, mas apenas nacarteiraem que apurou o prejuízo. Ou seja, se o cotista resgatasseos recursos deum fundodeações,por exemplo, emum períodode baixa e, porisso, acumulasse umprejuízo, evoltasse ainvestir novamente na mesma carteira e apresentasse ganho na hora de sacar os recursos, a base de cálculode incidência de IRseria menor. Seriao resultado doganho diminuído do valor do prejuízo registrado nooutro saquena mesma carteira.

O cálculodo rendimentoé dado na data de incidência do IR. Nascarteiras tributadas mensalmente, como fundos cambiais efundosde renda fixa prefixados, o valor do ganhoou daperdaé apuradoa cada mês.Já nosfundosde ações, que sofrem a incidênciadeIR apenasnoresgate,a apuração doresultadotambém será no resgate. (AE)

Reclamações trabalhistas assombram

Guilherme Miguel Gantus

O passivo de natureza trabalhista,oriundo,via de regra, de reclamações trabalhistas, ondeumaempresa ouum empregador individual sofre uma condenação judicial, tornou-seuma grandepreocupação doempresário brasileiro, ocupando,emalguns setores, mais espaço que as preocupações de ordem tributária ou comercial.

O fatoé que asempresas gastam muitodinheiro pagando dívidas trabalhistasreconhecidas judicialmente,muitas vezes

decorrentes de decisões que não parecem tão justas,mas que são fruto de uma "má defesa" do processo. E, frise-se, nãosão menores os gastoscom advogados, prepostos, peritos, autenticação de documentos e outros custosindiretos, despendidos pelos acionados para se defenderem das aludidas ações.

Saliento que a aludida "má defesado processo"não significa culpa do advogado, mas sim falta de subsídios, à exemplo de documentosnecessários àcomprovação da tese da contestação, oufalta deorientação aorepresentante legal da empresa ou seu preposto, em Juízo.

Esteproblemasignifica que cerca de 65% das empresas brasileiras jásofreram comfraudes ou erros de administração da área trabalhista. Em conseqüência, 82,5% delas acumularam e acumulam problemas com o aumento excessivo dos encargos sociais e demandas ajuizadas na Justiça.

As empresas podem reduzir seupassivo trabalhistaatuando preventivamente através da adequaçãodo seudepartamento pessoal ou de recursos humanos à realidade atual das relações – empregado patrão –, sintonizando-seassim, com sistemática da legislação trabalhista. Um exemplo clássico desse ti-

po de erro: "Uma empresa onde osfuncionários trabalhamde segunda asexta feira, teriao direitodeformalizar umacordo de compensação dehoras extras, ou seja, compensar eventual trabalho em sobre jornada havidodurante asemana, com as horasnão trabalhadasaos sábados. Todavia, sema formalização desse acordo de compensação mediante um documento simples edesprovido desolenidades típicas de um ato jurídico, ainda que o empregado não trabalheaossábados, ashorasque excederem o limite diário (8 horas) serão consideradas extras e, assim sendo, ensejarão, em sede judicial, acondenaçãoaorespectivopagamento, aliás, com reflexos em todas as demais verbas trabalhistas." Mas, veja, não só a melhor organização dosdepartamentos pessoais eo preparodos profissionais que atuam nesse setor dentro das empresas podem evitar a ocorrência de uma demandatrabalhista.Nos dias atuais, onde não existe mais empregado sem orientação jurídica e alheio aoseu direitolaboral, os empregadores, necessariamente, também devem adotar mecanismos de proteção ao risco de contrair ou aumentar seu passivo trabalhista,sem que,com isso, tenham também que reduzir

o seu quadro de funcionários. Atualmente, um bom exemplo desse tipo de conduta é a utilização das Câmaras de Conciliações Prévia, onde os empregadores, bem instruídos, podem realizar acordos vantajosos relativos aosseus débitostrabalhistas. Existem outras alternativas que, bem estruturadas e com o devido respaldo ou orientaçãolegal, podemminimizaro risco de demandatrabalhista. A atual legislaçãovem flexibilizando a possibilidade de contratação de mão de obra terceirizada, aexemplo das cooperativas de serviços, onde o sócio cooperado tem apenasa "Subordinação Jurídica Civil " e não "Trabalhista" comacooperativa,não formando, também,vínculo de emprego com o tomador de serviço, conforme Art. 442 da CLT, red. Lei 8.949/94 e Lei 5.764/71. Enfim, o "fantasma da reclamação trabalhista" que assombragrandeparte dos empregadoresnacionais, podeserevitado, ou pelomenos, controlado, medianteumbaixocusto operacional, bastando, para tanto, a contratação temporária de uma boa assessoria legal preventiva.

Guilherme Miguel Gantus é especializado em Direito Cível e Trabalhista e titular da Gantus Advogados Associados
Catarina Anderáos/AE

Transbrasil deve ter três

Boeings leiloados para pagamento de dívidas

A Transbrasil pode perder partedo seu patrimônio,já comprometido com dívidas, nasemanaquevem. Aempresahomologou acordono Ministério do Trabalho com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) no último dia 3 de abril, se comprometendoa pagar,dentro de 72 horas, os salários dos funcionários, de setembro a fevereiro de 2001, além do 13º. O prazo para o pagamento do débito terminouno último dia8ea Justiçadeve levarà leilãotrêsBoeing 767 para quitar a dívida companhia. O caso está na 5ª Vara do Trabalho da Capital Federal. Odébito trabalhistaanunciado pela Transbrasil é de R$ 25 milhões. Para o SNA, a dívida pode chegar a R$ 200 milhões. "Aempresaenviou

umalistagem incompletaao Ministério do Trabalho, omitindo muitosnomese com cálculos equivocados", diz a presidente do SNA, Graziela Baggio. Convocar – Nos próximos dias, a 5ª Vara do Trabalho de Brasília deve convocar avalistas para verificaro preço dos Boeings a serem leiloados. "O processo já está em andamentoe nãodeve levarmais de 15dias para ser concluído", afirma Graziela.

A dívida total da Transbrasil estáem torno de R$1 bilhão. Um dos principais agravantes da crise na empresa, que não voa desde dezembro, é ofato dea maior partede seusdébitos envolverempagamentos a curto prazo.

Barros

Idec promete ir à Justiça contra seguro antiapagão

OInstitutoBrasileiro de Defesado Consumidor (Idec) vaientrar com uma ação civil pública contra a cobrançado seguroantiapagão novalorde R$0,0049/Kwhe da reposição de perdas sofridas pelas concessionárias no percentual de2,9%, caso sejam aprovadas pelo Congresso Nacional. Deacordo com o Idec, as medidas impostas pela Medida Provisória (MP) 14, de 21 de dezembro de 2001, representamuma ofensa aos direitos dos cidadãos.

Além de ação judicial, o Idec divulgará arelação dos parlamentares que votaram pelaaprovação daMP dosetorelétrico.O seguro antiapagão é uma taxa que deverá

ser cobradanas contasde energia para serusada na construção de usinas termelétricas, como medida preventiva paraeventuais novas crises de energia.

Aprovou – A Câmara dos Deputados aprovou anteontemànoite aMedidaProvisória do setor elétrico que cria um reajusteextranastarifas de energia para compensar as perdas que as distribuidoras tiveram no período do racionamento. As contas dos consumidores residenciaise ruraisserão reajustadasem 2,9%easdas empresas,em 7,9%. Oprazo médiodevigência do reajuste será de seis anos, com possibilidade de ser ampliação.

Também o Movimento das

Donas deCasadeMinas ingressa na Justiça Federal, na semanaque vem,com uma ação civilpública paratentar derrubar a decisão do governo decancelarosubsídioa consumidores de energia elétrica quecontinuam fazendo economia e de instituir o seguroantiapagão. Segundoo advogado mineiro Délio Malheiros, um dos autores da ação,o fimdo bônussignificará umaumentodeaté 290% nas contas de luz.

Críticas– A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo(Fiesp)declarou ser contraa medidadogoverno que institui um reajuste extra nastarifas deenergiaelétrica para compensar as perdas que as geradorase distribui-

doras possam ter sofrido com o racionamento. "Édifícil paraoindustrial, que perdeucom oracionamento, terde reembolsar as empresas de energia, sendo esse reembolso legal ou não", afirmou o diretortitular do Departamento de Infra-estruturaIndustrial da Fiesp, Pio Gavazzi.

Para os consumidores residenciais, o aumento na tarifa deenergiaserá de2,9%.Para asindústrias,será de7,9%. Em ambos os casos, o reajuste extradurarápor seisanos.A Medida Provisóriaque regulamenta a decisão foi aprovada na quarta-feira pela Câmara dos Deputados, e segue agora para apreciaçãono Senado. (AE)

o CIDADES & ENTIDADES

Concurso leva alunos à comunidade

Prêmio Construindo a Nação vai analisar trabalhos desenvolvidos por estudantes do ensino médio público e privado

OInstitutoBrasileiro de Desenvolvimento da Cidadania está divulgando o regulamentoparao Prêmio Construindo aNação, voltado para estudantes do Ensino Médio de escolaspúblicas e privadas. Serão premiados os alunos que apresentarem projetos realizados na comunidade de atuação da instituição de ensino.

As inscrições podem ser feitas através das fichas distribuídaspelo Institutooupelo site da organização não-gov ernamental (www.institutocidadania.org.br).

A premiaçãosó seráentregue emmarçodoano que vem.Porenquanto, asescolas poderão inscrever os trabalhosaté odia11do mêsde junho. A data final de entrega de toda a documentação e informações sobre o projeto seráo dia21 de outubro.Em novembro, serãodivulgados os nomes dos ganhadores.

Essa é a segunda edição do concursoque premiou, em

março desteano, 11 escolas do interior e da Capital. A divulgaçãodoprêmio foifeita pelo Conselhoda Mulher Empresária(CME) pormeio dassedes distritaisdaAssociação Comercial de São Paulo.Este ano,a entidadecontinua divulgando todas as informações para a premiação às escolas das regiões de atuaçãodas quinze distritais, segundo NormaBurti,superintendente do CME.

Na primeira edição do evento, foram inscritas 77 escolas,de acordocomMárcia Vasconcellos, diretora-executiva do Instituto. Conforme explicou, osalunos apresentaram trabalhos com análise técnica da situação das comunidades locais quesuperaramas expectativasdos examinadores. "Ao contrário do que se pensa, as escolas públicas já estão muito avançadas no processode educação para a cidadania", avalia Márcia Vasconcellos. Os vencedoresda premia-

Pó branco jogado em escola contamina alunos

Mais de 30 alunos da escola

estadual Deputado Silva Prado, na Água Rasa, foram contaminados ontempor umpó branco. Segundo os bombeiros,asubstânciafoi jogada, pela manhã, dentro da sala de aula, causando reações alérgicas e respiratórias.

As aulas foramsuspensas e os estudantes intoxicados lev ados para prontos-socorros.A suspeita da Secretaria da Educação de que o pó teria sido jogadopor aluno do 2º ano do ensino médio foi confirmada em nota oficial no final da tarde.

Nanota tambémfoiinformado que o pó foi jogado em duas salasde aula eno pátio da escola por adolescentes do próprio colégio por volta das 11h30. A direçãoda escola tentará identificarosalunos

responsáveis pelo ato. De acordo com o comunicado,osalunosde 1ªe2ªsériesdoEnsinoMédio, entre 15e 16anosforam osatingidos. A secretaria afirmou, ainda, que todosos alunos já estavam liberados. Auxílio – Conforme informações da Cetesb, uma amostrado materialfoicoletada por uma médica e enviada aoinstituto Adolfo Lutz. Dois técnicos estiveramna escolautilizando umfotoionizador, equipamento que monitora vaporesorgânicos, e constataram que o ar não foi contaminado. Adolescentes também foram socorridos nos hospitaisSanta Marcelina eVilaNhocuné.O pó branco será analisado. Kelly Ferreira

çãodoúltimo mêsdemarço são daEscola EstadualDoutorJosé RobertoMelchior, que temmais de1,5 milalunos. Cercade 35professores dedozesalas deaulacoordenaram umextenso trabalho de pesquisa naperiferia de Mairiporã. Depois disso, temas como saúde,educação, saneamento e meio ambiente passaramafazer partedarotina dos alunos. As 11 escolasvencedoras do concurso doano passado tiveram seus trabalhos publicados em uma revista feita pelaImprensa OficialdoEstado de São Paulo.

Dora Carvalho

Problema social aproxima

Preocupações sociaiscomunse desejode conhecimento mútuo deflagraram ontem umaimportante aproximação entre a Associação Comercial e a Associação Paulista do Ministério Público (APMP),interessada em ampliar e aprofundar as relações daquele Ministério com a sociedade civil paulistana. José Carlos Cosenzo, presi-

dente da APMP, disse que a Associação Comercialfoi escolhidapara uma parceria por ter uma grande capilaridade social e pela representaçãode váriossetores daeconomia nacional. "A Associaçãotem também um contato muito direto com nosso povo", disse Cosenzo. Para ele, oMinistério Público teminteresse também

entidades

emajudara resolver os problemas sociaisdo País."NossaAssociação quer agir não apenas na política judiciária, mas também como um agente social", afirmou após almoço como presidenteda Associação, Alencar Burti. Participaram tambémdo encontro, o ex-presidente da Associação,Lincoln da CunhaPereira, osuperintendente jurídico Carlos Celso Orcesi, o vice-presidente de Comércio Exterior, Robert Schoueri, odiretordoInstituto de Economia Gastão Vidigal,Marcel Solimeo eo consultordapresidência da Associação Miguel Ignátios. União – José Carlos Cosenzo explicou que os problemas que afligemas duas associações são idênticos. "A violência, por exemplo, éum problema de todos",salientou.

Feira da Saúde no programa de TV

O programa C on e xã o ACSP desta semana traz uma entrevistaespecialcom Roberto Brizola, gerenteda Unidade de Negócios Novos Associados. O Projeto Degrau é outro destaque do pro-

grama, que mostra também os melhores momentos da I Feira de Saúde no Pátio do Colégio.Duranteo evento foram atendidas maisde seis mil pessoas. O ConexãoACSP vai ao ar

neste sábado, a partir das 11h, pela TV Comunitária de São Paulo, canal 14, transmitido pela NET e TVA. Reprise às quintas-feiras, às22h30.Sugestões paraoe-mail:conexao@acsp.com.br.(DC)

Cosenzo saiu muito otimista do encontro e se disse felizcom as portas que foram abertas para troca de idéias. O Ministério Público tem hoje cercade1,7 mil promotores na ativa no Estado. Alencar Burti lembrou que sua luta é por uma verdadeira união nacional e que a APMP pode dar uma contribuição nesse sentido. "O importante éque todos possammostrar suas opiniõese desseintercâmbio de aflições buscar soluções comuns para os problemasdoPaís", disse. Burti acrescentou que essa busca tem como objetivo final "defender o bem comum."

Sergio Leopoldo Rodrigues agenda

Hoje C id a da n ia – Opresidente da Associação Comercial e Industrial de São Josédo RioPreto evicepresidenteda Facesp,Antonio Carlos Parise, participa doevento Cidadania paraTodos. Às 11h,no SescdeSão JosédoRio Preto (SP).

Márcia Vasconcellos, diretora do Instituto da Cidadania, ficou surpresa com o resultado da primeira versão do prêmio
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Alencar Burti e José Carlos Cosenzo durante encontro na Associação Ricardo Lui/Pool7

Protesto na Venezuela deixa 12 mortos

Mais de 300 mil venezuelanos foram às ruas, ontem, em Caracas, naVenezuela,exigindo arenúnciado presidente HugoChávez.Pelo menos12 pessoasmorreram e cerca de 100 ficaram feridas nos confrontosentremanifestantes e a polícia. O presidente disse pela televisão que não vai renunciar, apesar dos protestos e da greve geral que dura três dias.

Apóso pronunciamento, Chávez suspendeu as transmissõesdetrês redesdetelev isãoprivadas. Aeconomia daVenezuela, quartoexportador mundialdepetróleo, sofre com a greve de seis semanas da estatal do setor, que j áafetouasexportações. A empresaé umdosprincipais fornecedores dosEUA.A Bolsa deValoresdeCaracas permaneceu fechadapelo terceiro dia seguido. Página

25 países se unem contra Estados Unidos na OMC

Um grupo de 25 países acusou osEstados Unidosde praticar uma"violação sistemática"das regrasparaaplicação de salvaguardasàs importações. O grupo se reuniu com representantes da Organização Mundial do Comércio (OMC) para bus-

Nos bancos, os juros comerciais ainda não cederam

Mesmo apósdois cortes consecutivos da taxa básica de juros feitos pelo Banco Central(BC),as empresas continuam pagando altos juros para tomar recursos nos bancos. Levantamento feito ontem pelo Diário do Comércio com bancos de varejo revelou que as taxas permanecem nosmesmos níveisde dois meses atrás, entre 2,2% e 5,8% mensais. Página 6

car uma solução para a sobretaxa aoaço impostapelos EUA.Ontem, estudodivulgado pela ONGOxfam revelou que o protecionismo de países ricos causa perdas de US$ 100 bilhões por ano às nações pobres.Para aOMC, o estudo tem falhas. Página 5 Bolsa de Nova York prejudica Bovespa, que recua 0,03%

O maudesempenhoda Bolsa deNova Yorkafetou a Bovespaontem,que caiu 0,03%. O índice Dow Jones perdeu 1,98% e o Nasdaq recuou 2,37%. A ação mais negociada, Telemar PN, fechou em queda de 0,61%. Página 7

Primeira prévia da Fipe registra alta de 0,03%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fipe, mediu inflação de apenas 0,03%naprimeira prévia de abril em São Paulo. Os preços dos alimentos tiveram deflação, de 0,63%, no período, compensando a alta de5,42% da gasolina.O resultado feza entidade puxar para baixo suas expectativas de inflação para o mês. A previsão é que oIPC feche abril com alta de 0,20%. Página 11

Entra em vigor o tribunal com poder internacional

Entrou em vigor ontem o Tribunal Penal Internacional, com a ratificação do Tratado de Roma por mais de 60 países. Otribunal teráo poderdejulgar pessoasporcrimes de guerra,atos de genocídio e crimescontraa humanidade.Na Iugoslávia, um ex-ministro que poderia serjulgado por crimesde guerraemKosovo deuum tiro na cabeça, diante do Parlamento iugoslavo. Página 4

Maionese de canola nas gôndolas

A Cocamar, cooperativa de Maringá, vai colocar nas prateleiras desupermercados 720 toneladas de maionese de canola neste ano. O produto,

que leva a marca Suavit, consumirá 20% das 9 mil toneladasda planta.Acanolaserá colhida na região Norte do Paraná a partir de agosto.

Amaionese decanola está no segundo ano de comercializaçãoe deverá chegar às gôndolas dacapitalpaulista até o final de 2003. Página 9

Cisne Negro, 25 anos nas pontas dos pés

A Cisne Negro Cia. de Dança estácomemorando 25 anos de criação. Dois espetáculos, napróximasemana, marcam oevent o: Momentos Marcantes, que traz quatrocoreografias de diferentesfasesda companhia, e Vem Dançar, que conta a história da dança através dos tempos.

● Cinema traz uma viagem no tempo

● Bienal do Livro terá espaço para negócios

Página 8 c r é d to

Num dos espetáculos, colagens de coreografias para relembrar as fases importantes da companhia

Israel deixa 24 vilas palestinas e Powell chega a Israel para negociar a paz

Israel desocupou ontem 24 povoados palestinos, mas invadiu as cidades de Dhariyah e Bir Zeit eo campo de refugiados de Ein Bein Hilmeh. O secretário de Estado americano, Colin Powell, chegou ontem a Israel. Elevai se reunir com oprimeiro-ministro Ariel Sharon e com o líder palestino Yasser Arafat. Powell disse queo ritmode retirada dastropas israelensesdaCisjordânia vai depender de conversas "muitolongas" que teráhoje comAriel Sharon, que resisteem deixar o território palestino sem antes esmagar as forças milicianas. Petróleo – O Irã e aLíbia anunciaram ontem que continuarão mantendoa oferta de petróleo. Ea Opep garantiuque aumentaráaprodução se necessário. Página 4

Agricultores

vão parar por quatro dias na Argentina

O presidente Eduardo Duhalde vai enfrentaro protesto de produtores agrícolas. A Confederação Rural Argentina,amaior dosetorno país, está organizando uma paralisação de 4 dias, entre 28 de abril e 1º de maio, contra a política fiscal do governo. Os ruralistas planejam impedir que os vagões de trens e caminhões contendo cargas como grãos, farelo e óleos vegetais, destinadas à exportação,cheguemaos portos argentinos. O setor agrícola reclama dos impostos que incidem sobre as vendas externas e dos quais estavam livres há 11anos.Osprodutores respondem por 50% dos US$ 26 bilhões que a Argentina exporta anualmente. Página 4

Preocupação social aproxima associações

Preocupações comos problemassociaisque afetamo Paísderam início ontema uma importante aproximaçãoentre a AssociaçãoComercial de São Paulo e a Associação Paulista do Ministério Público, que quer ampliar as relações daqueleMinistério com a sociedade civil paulistana.José CarlosCosenzo, presidenteda APMP,sereuniu com Alencar Burti e disse quea AssociaçãoComercial foi escolhida para uma parceriapela granderepresentatividadeem vários setores da economia nacional. Página 15

foi

4 Foi o maior protesto contra Chávez em três anos de governo. Os manifestantes saíram em direção ao palácio presidencial e foram contidos pela polícia.
Kimberly White

Indústria perde 5 mil

vagas em março; nível do ano pode ser negativo

Onívelde empregonaindústria do estado de São Paulo caiu 0,32% em março frente a fevereiro. Isso representa o fechamento de 5.051 postos detrabalho, segundo dados divulgados ontempela Federação dasIndústrias doEstado de São Paulo (Fiesp). Foi a décima queda consecutiva do indicador.

No primeiro trimestre do ano, o recuo foi de 0,98% sobre o mesmoperíodo de 2001, comaeliminaçãode 15.502 vagas. No últimos 12 meses, a indústria paulista fechou 50.041 postosde trabalho, o que significa uma queda de 3,13% ante igual período anterior.

São Paulo registra inflação de apenas 0,03% em abril

A inflação na cidade de São Paulo caiu para 0,03% na primeira prévia de abril, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor(IPC), calculado pela Fipe. A inflação vem caindo desdea primeiramedição de março, quando ficou em 0,29%. No cálculo fechado de março,o IPC apresentou avanço de 0,07%.

Em abril, o grupo que mais pressionou ainflaçãofoi transportes, que teve alta de 1,27% devido ao reajuste médio de5,42% dopreço dagasolina. O aumento foi compensadopela quedadossegmentos alimentação (0,63%) ehabitação (0,29%).Em março, ogrupo alimentação também havia apresentado deflação, de 0,27%.

Segundo o coordenador da pesquisa, Heron do Carmo, a inflação em abrildeverá ficar em 0,20%. (AE)

De acordo coma diretora dePesquisase Estudos Econômicos da Fiesp, Clarice Messer, o nívelde emprego tende a se recuperar apenas no segundo semestre. A diretora afirmou, contudo, que oaumento no ritmo deatividadeindustrial, previstoparaos últimosmeses do ano, não será suficiente para compensar o fechamento de postos de trabalho verificadosaté marçode 2002. Ouseja, haverámaisdemissões do quecontratações, e o nível de emprego será negativonoano. "Aperspectivada indústriaédeconfiança no futuro,mas issonão devegerar mais contratações". (AE)

Térmicas não têm como competir, avalia

Eletrobrás

Asusinas térmicasainda não têm condições de concorrer com as hidrelétricas em termos de tarifa, e a situação deve se manter nos próximos anos. Essa é a avaliação dopresidente daEletrobrás, Altino Ventura Filho.

Segundo o executivo,as térmicasmais competitivas sãoasmovidas agásnatural, mas as tarifas dessas usinas ficarão acima dos US$ 30 (R$ 70,00) o megawatt-hora, "se conseguiremcomprar o gás por US$ 2,5 por milhão de BTU". As tarifasdas hidrelétricas estão em torno de R$ 45,00, segundo a Aneel. Atualmente, a Petrobrás comprao gás da Bolívia por cerca de US$ 3,3 o milhão de BTU.As outrastérmicastêm custos maiselevados.Nas usinas a carvão,diz Ventura, o custoé superiora US$50 o megawatt-hora. (AE)

Governo poderá intervir nos preços de combustíveis

O governo poderá intervir no sistema de preços livres dos combustíveis, emvigor desde janeiro, casoa cotação do barril de petróleo no mercado internacional saia de um "parâmetro aceitável", admitiu ontem o novo ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide. "Apolítica demercadolivre pode ser reavaliada", afirmou.Gomide nãosoubeespecificar, entretanto, de quanto seriaesse "parâmetro aceitável" e nãoquis dizer quais mecanismos ogovernos poderia seutilizar no casode umapossívelinterven-

ção. Masafirmou que,desde queassumiu ocargo,na semana passada, não foram realizadas reuniões sobre o assunto dentro do governo. O ministro também não soubedizer seaalta dacotação dopetróleodecorrente dosconflitos anoOriente Médio está se refletindo dentro do país, mas defendeu que o governo estude indicadores que sinalizemessas crises."É difícildefinir operacionalmente o que é uma crise, não especularia sobre isto", disse. "Racionalmente o mercado de preços livres é perfeito mas,noentanto, emcrises,

medidas excepcionaispodem ser tomadas se o preço sair de um parâmetro de controle. Intelectual eracionalmente o mercado livre é defensável, mas há a velha questãodo bom senso",completou o ministro.

Segundo analistasde mercado,seo preço do petróleo ultrapassar os30dólareso barril, o governo brasileiro terá motivos para tomar medidade controledepreços, porqueas taxasde inflação poderão ficarcomprometidas. Atualmente, o preço do barril tem oscilado entre US$ 26 e US$ 27.

As declaraçõesdeGomide contrastam com a opinião de seu antecessor, Pedro Parente, atual ministro da Casa Civil, que ocupou interinamente oMinistério deMinas e Energia.Elehavia ditoem marçoque o governo não tem mecanismos, dentro da lei dopetróleo,quepermitam uma intervenção nos preços dos combustíveis. A chamadalei dopetróleo abriu omercado do setora outras companhias, alémda Petrobrás,desdejaneiro. Na prática, porém,a estatalainda mantém omonopólio do setor. (Reuters)

Conselho comercial retoma atividade

Com a presença de presidentese representantesde 26s Câmaras de Comércio Binacionais, o Conselho de Câmaras Internacionaisde Comércio daAssociaçãoComercial deSão Paulo, retomou assuas atividades,com umareuniãorealizada ontem, na sede da ACSP.

O vice-presidente da Associação e responsável por questões de comércio exterior na entidade, Renato Abucham, destacou a importância e a tradição deste Conselho, quefoifundadoem 1925 por iniciativadasCâmaras britânica, Italiana, Americana e Portuguesa. Abucham apresentou formalmente o novo Superintendente do Conselho, Luiz Augustode CamargoÓpice, também diretor da ACSP.

Criar sinergia entre os serviços oferecidos pelaACSP e asCâmaras,reeditar oCongressoBrasileiro de Comér-

cio Exterior – promovido pela ACSP na década de 60 e que foi ummarco parao comércio internacional brasileiro –e recuperara memóriada atuação do Conselho nos seus quase 80 anos de existência foram algumas das propostas defendidas por Ópice. Outra idéia é compilar o passado da instituição em livro. Ovice-presidenteda Câmarado México,EdmyrPiereck, solicitou o apoiodo Conselho e da ACSP, para que oCongresso Nacional

aproveprojetoem tramitaçãohá quasedoisanosque isente os mexicanos da necessidade devisto paraviajarem aoBrasil, em reciprocidade aquilo que o México já concede aos brasileiros.

Piereck argumentou que não fazsentido oBrasil criar obstáculospara aentradano País deestrangeiros (empresários ou turistas). Segundo ele, o México hojeé o principal parceiro comercial dos países latino-americanos.

Além disso, disse Piereck, os

estrangeirosestarão trazendo divisaspara oBrasilcom as viagens.

Ovice-presidenteda Câmara Italo-Brasileira, Celso deSouza Azzi,testemunhou o apoio que a ACSP sempre ofereceuàs câmarasdecomércio no País. Souza Azzi lembrou que a suacâmara decomércio,que completará 100 anosde existência em maio,iniciou suas atividades e ocupou por vários anos as instalações da Associação Comercial.

Cinema faz espectador viajar no tempo

Estréias trazem filmes que levam de volta ao passado e desenho de animação usa a telona para discussões filosóficas sobre a vida

Viajarno tempo,voltarao passado para corrigir uma situação, é um tema recorrente no cinema. Já foi realizado satisfatoriamente em Feitiço do Tempo e na trilogia De Volta p ara o Futuro .Nesta sextafeira, chega às telas do cinema uma refilmagem de A Máquina do Tempo(The Time Machi ne ), baseadanaobrade H.G. Wells. Com direçãode Simon Wells,bisneto doau-

tor, a nova versão altera algumas situações, mas o resultado final é pífio. Apesar da parafernália que garante a realização de seresestranhos e áquinas perfeitas, ofilmeé apenas regular. Atrama central prende-se ao desejo do cientista e inventor AlexanderHartdegen (Guy Pearce, de Amnésia) de viajar notempo. Umatragédia pessoal o levaa criar uma

engenhoca capaz de fazer essa viagem. Eleconsegue seuintento edescobreque nada muda odestino deuma pessoa.Vai para ofuturo, vive outratragédiae vaiparaum futuroainda mais distante, 800.000 anos depois. Nessa altura, o espectador descobre que voltaremosaosprimórdios da civilização, pois o homem destruiu oplaneta e vivemos como primitivos. Nessa época, a humanidade está dividida entre os morlocks, ferozescriaturas canibais, e os eloi, que são caçados pelos primeiros.Rostosanimatrônicos foram usados para darvida a essascriaturas e osatores tiveram as roupas moldadasno corpo.Oresultado é um ser parecido com o homem de Neanderthal. O líderdeles, oUber-Morlock (Jeremy Irons, Perdas eDanos), é uma figura ainda mais estranha, assemelhando-se a umvampiro. Oroteirode

JohnLogan ( Gl ad ia do r )é confuso,enem mesmoos efeitos especiais conseguem encobrir as falhas. Unidos pela perda – Em contrapartida, I taliano para Principiantes ( Italiensk For Begyndere), produçãoda Dinamarca,nãorecorre anenhumrecurso tecnológico. Ao contrário, seguindo a linhaDogma, usando apenas luz natural e o trabalho dos atores, resulta num filme extremamenteinteressante. É umatragicomédia que parte das perdas para a união entre aspessoas.Os protagonistas são um grupo de solitários que perderam entes queridos ese tornaramainda maissolitários. Encontram-senum curso de italiano e a partir daí vão formarcasais.ComAnders W. Berthelsen, Anette Stovelbaek, Lars Kaalund e Peter Gantzler.Direção eroteiro: Lone Scherfig. Vivendo no sonho – Apre-

Bienal do Livro: espaço para negócios

Em sua 17ª edição, que se realiza de25 deabril a5 de maio, a Bienal Internacional do Livro mudou não apenasde local, do Ibirapuera para aRodovia dosImigrantes,mastambémamplia as suas atrações. Ocupando um espaço de 45 mil metros quadrados,o evento terá muito mais do que simples venda de livros. Umcentro gastronômico, doisSalõesdeIdéias com palestras, mesas-redondas e performances, presença de escritores famososnacionais e internacionais e para os expositores, uma atração extra – o Centro de Negócios. Nesse local,os profissionais poderão agendar encon-

tros com editores e contar coma infra-estruturanecessária. No Salãode Idéias, autores,expositores epúblico podem trocar idéias e discutir temas variados. Entre as atrações da mesa-redonda estão o jornalista Caco Barcellos, que lança pela Editora Globo um livro sobre narcotráfico, e Regina Echeverria,relançando Furacão Elis, biografia da cantora, que faleceu há20 anos. CarlosHeitorCony lança O Mistério da Coroa Imperial, parte doscinco volumes de uma coleção dos anos 60 que está sendo atualizada. C on vi da do s – Coma denominaçãode TravessaLiterária, o segundo Salão de Idéias éuma áreacom espaços menores, totalmente voltada para a literatura brasilei-

Cisne Negro festeja 25 anos de dança

Uma das mais importantes companhias de dança contemporânea do Brasil,a CisneNegro está completando 25anose paramarcaradata fazespetáculos no Sesc Vila Mariana, nos dias 17 e 18 próximos. Momentos Marcantes e Vem Dançar compõem as apresentações do grupo. O primeiro homenageia coreógrafos, figurinistas, professores, ensaiadores, patronos e amigosque colaboraram com a Cisne Negro. São quatrocoreografias dediferentes fases da companhia: "Del VerdeAl Amarillo", "Sabiá", "Gadget" e "Trama". Vem Dançar é um musicalque contaa história da dança, baseado em pesquisa da doutora, professora dedança eescritora Cássia Navas, que começa no séculoXVIechegaaos dias

racontemporânea.Entre os escritores que participarão estão MarceloRubens Paiva, Luiz Ruffato, Fernando Bonassi,MarileneFilinto, Ana Miranda, MarceloCoelho e Marco Luchesi. Entre as atrações internacionais já estão confirmadoso filósofofrancês JeanBaudrillard, oescritor inglês, deorigem paquistanesa, Tariq Ali, que escreveu ensaios sobre os atentadosde11desetembro; ea chinesa Wei Hui, que teve seu livro queimado em praça pública pelo Partido Comunista Chinês.

Estudantes – Um espaço para asescolase a formação de nova geração de leitores é o objetivo davisitação escolar. Na edição anterior, mais de 180 mil estudantes, deduas

mil escolas, estiveram na Bienal. Nesteano, aidéia éampliar esse número, com a programação especialmente preparada.Encontros com autores, ilustradores e contadores de histórias e as comemoraçõesdos120anos de MonteiroLobato e os100 anos de Carlos Drummond de Andrade eCecília Meirelles fazem parte do programa. Nos intervalos, entre uma atividadee outra,há várias opções de restaurantese lanchonetes. (BA)

17ª Bienal do Livro – 25/04 a 05/05 – 10 h às 22 h – Centro de Exposições Imigrantes –rodovia dos Imigrantes km 1,5 – Água Funda – ônibus gratuito no metrô Jabaquara –Ingressos: R$ 6 e R $ 3. ser viço

atuais. Inclui da dança clássica ao funk, rap e hip hop. Momentos Marcantes realiz a-se nos dias 17 e 18, às 21 h, e Vem Dançar, no dia 18, às 15 h. Os

ingressos para o primeiro custam deR$ 20 a R$7,50; e paraosegundo, ficamentre R$ 5 e R$ 10. Informações pelo fone 5080-3000. (BA)

Fotos:

sentado na última Mostra de Cinema Internacional e vencedorde váriosprêmiosinternacionais, ofilme de animação Waking Life(Waking Life) não é uma produção que agrada atodos. Filmadocomo "live action" e depois graficamente "pintado"frame por frame viacomputador, torna-se extremamente cansativo pelo tema abordado. O protagonista questiona-seo tempo todo se está sonhando

acordado ou se está acordado dentro do sonho. A partir daí, ele encontra várias pessoas, que discorrem filosoficamentesobre avida.Aimagemtremulante, para simularsonho,também cansaeé contra-indicada para quem tem problemas de labirintite. Direção e roteirode Richard Linklater e animaçãode Bob Sabiston.

Releitura de imagens e santinhos ganha mostra

O brasileiro éum povo de forte religiosidade, expressada também por meio de imagense santinhos.Vários artistas e até mesmoo cinemajá trabalharam com essas manifestações. São Paulo está recebendo, a partir deste sábado, uma nova leitura dessa religiosidade. Trata-se da mostra Santos Quase Todos, exposição individualde AnaDurães,que já passou por Belo Horizonte, Berlim e Rio de Janeiro. A artista mineira faz sua primeira individual na capital paulista, expondo 33 obras no Masp da Galeria Prestes Maia. Desde criança, Ana convive comimagensreligiosas. Em 1980, ela fez seu primeiro trabalho comsantos–uma sériede painéisdeazulejos com a imagem de São Jorge. Desde então, elanão parou mais. A mostra traz 21 caixas de luz, impressão em cianótipo (um tipo de decalque fotográfico)sobrepelee 12 telas em grandes formatos, com técnica mista. No catálogo de apresentação, DeniseMattar diz quea obra de Anaé um "permanente flerte entre o passadoe ofuturo,entrea tecnologia e o artesanal, entre o cleane o kitsch". Santos Quase Todos pode ser visitada

até12de maio,desegundaa sábado, das 11 h às 18 h. Mais informações pelo telefone 3101-7666.

Premiados – OCentro Cultural Banco do Brasil apresenta, no período de 16 de abril a 16 de junho, a mostra Artistas Contemporâneo s – PrêmioABCA2000/2001 Organizada pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, a exposição traz obras de artistaspor ela premiadosnos anoscitados, que receberão osprêmios nestasegundafeira, dia 15, às 19 h. A mostra é composta porsete obras de CíceroDias,14 deLuizSacilotto,10 deSironFranco, duas deCésar Romeroe instalação da artista Amélia Toledo. Com entrada franca, a exposição podeservisitada de terça a domingo, das 12 h às18h30.Informações pelo fone 3113-3651. (BA)

Depois de filmado, "Waking Life" teve cada segmento pintado no computador
Guy Pearce é o protagonista da refilmagem de "A Máquina do Tempo"
Beth Andalaft
Fragmentos de espetáculos anteriores compõem um painel das comemorações
"Sagrado Coração", trabalho de Ana Durães
ivulgação
Divulgação

Prazo elimina candidato a fornecedor

Se quiser vender para as grandes empresas, empreendedor precisa provar que a companhia é financeiramente saudável

Fornecer para uma grande marca está entre os desejos de muitos micro e pequenos empreendedores brasileiros. Mas, para se integrar a esse seleto grupo, o empresário precisa estarpreparado paraesticar o prazo de pagamento.

Segundo Ana Luiza da Cruz, gerente decompras da redede lojasde roupasToulon, no Rio de Janeiro, o prazo depagamento compatível com a capacidade da empresa aliado apontualidade naentrega das mercadorias, a qualidade do produto fornecido e àpersistência parachegar à companhia-cliente são imprescindíveis na operação. Na Toulon,o prazode pagamento elimina candidatos a fornecedores. "Para forne-

cerpara arede, asempresas têmque provarqueconseguemficar 120dias diretos semreceber", afirmaAna Luiza. Segundo a executiva, algunsempresáriosnão têm fôlego de caixa para ficar todo esse tempo sem receber, principalmente, nos primeiros meses de fornecimento. AToulon estáhá30 anos no mercado e tem 30 lojas espalhadas peloBrasil. Hoje,a redenãotem maisfábrica própria. "Todasas mercadorias, decalçajeansa chaveiros,são fornecidospor terceiros", afirma Ana Luiza. Antes de chegar aos consumidores, as roupasda marca passam por teste de qualidade. As peças são submetidas a provasderesistência àlava-

gem. Até o nível de cloro da água usado pelo fornecedor é checado pela rede."Se o fornecedorfalha, ésubstituído por outro", diz Ana Luiza. Prazer em fornecer – O empresárioAfonso Furtado, dono da confecção Convés, de SãoJoão Nepomuceno, em Minas Gerais, está entre

os empreendedoresque se deram bem fornecendo para grandes marcas. Hoje, ele fornece pararedescomo C&A,Siberiame LuigiBertolli. SegundoFurtado, osegredo para ser um fornecedor de grandes marcasé combinar confiabilidade,qualidade epreço."Aempresa que

Ensino interfere no lucro da empresa

Uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), do Rio deJaneiro, divulgada na últimasexta-feira,apontou fatores que interferem no lucro das micro e pequenas empresas brasileiras. Boa formaçãoeducacional efaltade crédito para osetor estão entre os itens identificados pelo economista Marcelo Neri, coordenador do trabalho. O estudoé baseadonas informações do IBGE (Instituto Brasileirode Geografiae Estatística) colhidas com 45.642 empresas, que empre-

gamaté cinco funcionários. Essaéa primeirafasedainvestigação,que deveserconcluída no final do ano.

Os dados da pesquisa mostraramquecada anodeestudodo dono daempresarepresenta um aumento de 5,8% no lucro da companhia, quando comparado a empresáriosque nãosepreocupam com a educação. Segundo Neri, a assistência de entidades comooSebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) e bancos como o do Povo, em

São Paulo, contribuem para o aumento do lucro.

Os empresários que não tiveram acesso aos programas dessesórgão tiveramrendimentos 25%mais baixos do que osempreendedores que receberam orientação e ajuda de profissionais.

Objetivo – Umdos objetivos doestudo da FGVé mapear osproblemas finaceiros e administrativos dos pequenos e micro empresários brasileiros. "Vamos identificar as dificuldades que podem ser solucionadas edevem contribuirpara ocrescimento da empresa", afirma Neri. E m p r e e n d e do r i s m o – As dificuldades dos empreendedores brasileiros também estão sendo debatidas pelos integrantes do projeto GEM (Global Entrepreneurship Monitor). O grupo de estudo é resultado de uma parceria

não temesse trinômio está fora", afirma Furtado.

O empresário vende 10 mil peças mensaisparaarede C&A – 25% de toda a produçãodaempresa. Sãoblusas, calças e outros artigos. Furtado fornece mercadoria para a varejista americana desde 1986. Aentregaéfeita,sem atrasos,na centraldecompras, no Rio de Janeiro. Além da qualidade do produto, o prazo de 60 dias para opagamento concedidopor Furtado a C&A foi importanteparao empresárioconseguir ganhara confiançados compradores."Aoficar sem receber por 60dias, provei que a minha empresa era saudável", afirma Furtado. Para daro prazo àC&A, o

entre a London Business School,da Inglaterra, e o BabsonCollege, dosEstados Unidos.

O estudo do GEM ouviu duas mil pessoas, em 27 cidades brasileiras, distribuídas em diversos estados, entre 2000 e 2001. Os entrevistados tinham entre 18 e 64 anos e eram donos de empresas. Com base nas respostas dos empreendedores, o grupo apontou medidas que podem contribuir para o desenvolvimento. Entre elas estão a desburocratização do sistema de créditopara os empresários, a diminuição dos custo do capital para investimento e a necessidade de se promover programas locais de auxílio aos empreendedores.

As informações do GEM mostraramé necessárioadequar os projetos às realidades locais. (CM)

empresáriofezacordos com os fornecedoresde tecidos, fechos e linhas usadas para fazeras peças. "Pago os meus fornecedoresa cada 60 dias também", diz Furtado. Em geral,para fornecera grandes marcas, é necessário entrar em contato com a centraldecompras da companhia e marcar a entrevista. Muitas empresas, como a Toulon, pedem que o candidato a fornecedor leve um produto para ser examinado. A aprovação depende de qualidade técnica empregada e de análise financeira. No caso deconfecções,o idealéprocurar as empresas antes da entrada da nova coleção.

Cláudia Marques

cursos e seminários

Dia 17

IPI e Aspectos da restituição e compensação – O curso é direcionado a empresários que querem esclarecer dúvidas sobre o ressarcimento e a compensação do IPI e de outros tributos. Duração: 12 horas, das 8h30 às18h00noprimeiro diaedas8h30às12h30,no segundodia.Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. O evento começa na quarta-feira (17) e termina quinta-feira (18). Preço: R$ 420 (assinantes IOB) e R$ 495 (não assinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Gestão de pessoal no serviço público – O curso é dirigido a secretários, diretores, chefes, servidores de prefeituras e câmaras municipais da administração. Duração: 16 horas, das 8h30às 18h00 no primeiro dia e das 8h30 às 12h30, no segundo dia. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias,184,Paraíso.Oeventocomeçanaquarta-feira(17)e termina quinta-feira(18). Preço:R$ 255(assinantes IOB)e R$295 (nãoassinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Planejamento e organização de empresas para o Comércio Exterior – O objetivo do seminário é capacitar os profissionais para a exportação de produtos. Duração: oito horas, das 8h30 às 18h00. Local: IOB Thomson, rua CorrêaDias, 184, Paraíso. O cursoacontece na quintafeira (18). Preço: R$ 210 (assinantes IOB) e R$ 240 (não assinantes). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Dia 18

Impostos devem chegar a 35% do PIB

A política tributária do País chegou ao limite do suportável por empresas de qualquer segmento produtivo. Sem perspectiva de melhora a curto prazo, as empresas fazem malabarismos para sobreviver. Nem sempre isso é possível, provam os setores têxtil e de laticínios, dos mais afetados.

Asprojeções envolvendoa carga tributária são alarmantes. Até o final do ano, a carga fiscal deverá alcançar 35% do

Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que o governoseapropria demaisde um terço de tudo que é produzido no País, ou seja, para cada R$3,00 produzidos,em média, maisdeR$1,00 fica nos cofres da União.

"Nas mãosdo setorprivado, parte disso poderia ser revertido em investimentos para aumentar aprodução. O retorno para a economia seria maior do que aquele que é proporcionado pelosetor público, menos ágil ecom menor capacidadeparainv estir",diz oeconomista Marcel Solimeo,diretor do Instituto de EconomiaGastãoVidigal, da Associação Comercial de São Paulo.

Exorbitante – Além de exorbitante paraum Paíscomoo Brasil,a atual política

tributária é totalmente irracional,naopinião deSolimeo. Isso porque o grosso da tributação recai sobre o setor produtivo. "O ideal é tributar a renda e o consumo e não o ato de produzir", acrescenta. O peso dosimpostos já começa ainviabilizar algumas atividades, especialmenteno Estado de SãoPaulo. Na opinião do tributarista Raul Haidar, uma carga fiscal superior a 25% do PIB começa a inibir o desenvolvimento econômico do País.

Têxtil– "Prova dissoé o número significativode empresas do setor têxtil e de queijos (vermatéria abaixo) que encerraramsuas atividades nos últimos anos, especialmente em São Paulo", diz, ao acrescentar que um terço do preço de uma peça de roupa, hoje, é imposto.

No setor de laticínios, o principalentraveé incidência do ICMS, somada àim-

possibilidade deos produtoresrecuperarem créditos do imposto, como acontecia no passado. Sobreo produto, considerando a incidência em cascata do ICMS, mais PIS,Cofinse encargos sociais, recai uma carga tributária de 39,27%, segundo estudo elaboradopela Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Produtivo– A contribuição do setor produtivo e do contribuinte comumcomo pagamento de taxas e impostos ao governo, cada vez mais voraz em arrecadar,se torna mais injusta quando não há o retorno social. Estima-se que de 1991 a 2000, a carga tributáriafoi elevada de 24,43% para 31,75%.

Apesar daescalada, osserviços desaúdee educação oferecidos pelosetor público continuam namesma situação de caos do passado, ou até piores. "Na Inglaterra, a carga

CNA comprova que ICMS é mais alto em cidades mais pobres

Aalta cargafiscal sobreos alimentos num país com as desigualdadesde renda precisaserrevista. Principalmente quando se constata a importância dos gastos alimentaresna rendadasfamílias mais pobres, evidenciando o alto grau de regressividade dos impostos. Essaé uma das conclusões de estudo encomendado pela Confederação Nacional da Agricultura, que avaliou a tributação em 33 produtos alimentícios nas principais regiões do Brasil. "Em cidades mais pobres, onde a população, emgeral, ganha até dois salários mínimos,50% da rendaé gasta com alimentação. É justamente nessas regiões,como

Belém e Fortaleza, que econtramosas maiorescargastributárias sobre as cestas de alimentos", dizochefedodepartamento de economia da da CNA, Vicente Nogueira.

Fortaleza e Belém têm as maiores cargas nos alimentos e a população recebe média de 2 salários

Segundo ele, a redução da carga tributária dos alimentos, comgrandepeso noorçamento das famílias mais pobres, poderia elevar a renda média disponível do Paíse, dessaforma, distribuí-la melhor.Isso reduziria as desigualdades sociais.

Diferenças– O estudo constatou que asdiferenças de alíquotas de ICMS contribuem para essas distorções. "Como a legislação é diferenciada, écomumencontrar Estadoscom alíquotasmais

ésuperiora doBrasil,maso acesso àsaúde e educação é gratuitoe deexcelentequalidade", compara o tributarista Raul Haidar.

Revertido – "É claroqueo dinheiro arrecadado com impostos poderia ser revertido em benefício para a população. Todosqueremque o montante seja bem aplicado, mas infelizmente,na prática, nãoé oqueacontece", dizo jurista Américo Lacombe. Ele aponta acobrança em cascata de algumas contribuições, como o PIS, Cofins e CPMF, comoo pior defeito do modelo tributário nacional.Oprincípioda não- cumulatividade dos impostos, aplicados emtoda a cadeia produtiva, encarecendo o preço final dos produtos, é garantidona Constituição mas nuncafoi respeitadopelo governo, na sua visão. Distorção – Essa distorção, que afetaacompetitividade das empresas tantono mercado externo como no interno, e contribui para a chamada indústriade liminares."O governo reclama tanto da proliferação deações naJustiça de empresas contestando opagamentode impostos mas esquece que é o principal

culpado, devido a seus atos inconstitucionais voltados paraaumentarainda mais a carga tributária", diz. Parasuportar o peso da cargafiscal, muitasempresas estão aderindo ao planejamento tributário, ou seja, buscando brechasna legislaçãopararecuperaro quefoi pago indevidamenteno passado, o que contribui para o eterno conflito entre o Fisco e os contribuintes.

Magnitude – Estudo elaborado pelos economistas da RC.W Consultores, Paulo Rabello de Castro e Ivan Wedekin, intitulado " A tributação dosalimentos"mostraa magnitudeda carga tributária nasgrandes companhias. O estudo cita, por exemplo,

queem2000 osimpostosrepresentaram 8,8% e 13,4% das vendas líquidas da Sadia e da Perdigão, respectivamente. O valor está bem acima da rentabilidade das empresas, queficouem 3,5%,naSadia, e 2,6% na Perdigão. Segundoo mesmoestudo, para asempresas que trabalham com escalas menores de produção, a excessiva "participação nos resultados" do governo podeinviabilizar os seusnegócios. Époresta razão que as estratégiaspara driblar o Fisco (entre as quais a sonegação)têm setornado cada vez mais sofisticadas e difundidas, genericamente, "de forma visível em algumas cadeias produtivas do setor de alimentos.

Para cada três reais produzidos, um vai para os cofres públicos

• Emmédia,para cada R$3,00 produzidosnoPaís, mais de R$ 1,00 fica com o governo em forma de impostos.

• A cargatributária deverá corresponder a 35% do PIB no final deste ano.

•Uma carga superior a 25% do PIB já começa a inibir o crescimento da economia.

•Atributaçãosobreos alimentos no Brasil é excessiva. No preçofinal,estãoembutidos 43 tributos.

•Os alimentosindustrializados chegam às mãos do consumidor48%maiscaros depois da aplicação dos tributos.

No preço final dos alimentos, estão embutidos 43 impostos

altas, concentrando nelas sua arrecadação", explica.

Pararevertero quadro,o estudo propõe a redução dos impostos em todas as etapas de produção e comercialização dos produtos alimentares de forma linear, sem diferenciação nos valores das alíquotas entre uma etapa e outra. "

Diferenciadas – Se vigorarem alíquotas diferenciadas, desfigura-se o funcionamento do mecanismo de recuperaçãodecrédito de umimposto sobre o valor agregado, ocasionandoo aumento da carga tributáriaefetiva",explica Vicente Nogueira.

O estudoda CNA tomou como base a amostragem das regiões metropolitanasde São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Curitiba, Fortaleza e de Belém.

A quantidadede impostos que recai sobre os alimentos é umdos exemplosde distorção da políticatributária. Segundoa AssociaçãoBrasileiradas Indústrias Alimentícias(Abia)estão embutidos no preçofinaldos produtos alimentícios 43tributos,o que faz com a carga tributária alcance 32,7%.

O valor é bem maior se comparado com odepaíses com renda per capitasuperiorado Brasil,comoaAlemanha (7%) eFrança (5,5%). O exagero da tributação sobre o setor faz com que um produtoindustrializado cheguenas mãos do consumidor com preço 48% maior depois da aplicação de todos os impostos. É o caso dos laticínios.

Evasão – A experiência mostra que quanto maior o

IR/Diário responde

Em novembro de 2001 perdi omeu emprego. Logo, os valoresreferentesa "Indenizações e FGTS", mencionadosno Informede Rendimentosda minhaex-empregadora, coloqueisomados no item " isentos" - campo nº 1. É corretoesse procedimento? (Cátia Isotton) Sim.

Com relação aos bens, o valor referente a um veículo adquirido em2000 (valortotal doveículo)informado (situação em 31/12/2000), repeti em "situação em 31/12/2001", pois o valor é fixo. Está correto? Sim.

Com referência a Plano de Previdência Privada contra-

tadopara minha filha, por não saber onde descriminálo, devo citar no item "bens" , sob o código nº 45?

Sim. Mas não se esqueça que noscasosdeprevidênciaprivada contratadapara depedente e suportada pelo declarante, épossíveltambéma dedução dos valores pagos, respeitando oslimites atuais.

Utilizei parte do FGTS para aplicar no Fundo da Petrobras em agosto de 2000. Devolançar nadeclaração?

(Carlos Alberto da Silva)

Sim. O valor deve ser informadonoquadro Declaração de Bens e Direitos, discriminando aquantidade de ações, o valor unitário, datade aquisição eque a

peso dos impostos, maior a evasão fiscale ainformalidade.Osetor nãofugiuàregra. As empresas quepagam em dias suas obrigações e estão sujeitas à fiscalização sanitária estão perdendoa participação no mercado para as informais, especialmente em São Paulo,ondeváriasdelas encerraram suas atividades, em parte, devido à carga tributária do Brasil. Encruzilhada – "O setor está numa encruzilhada.De um lado,enfrentaa concorrênciadesleal comasempresas informais, que não pagam impostos nemencargos trabalhistas. De outro, estão os produtos importados, que chegam com preços mais competitivos",diz odiretor demarketing daAssociação Brasileira dasIndústrias de Queijos, Cícero Hegg.

compra foiefetuadacom FGTS,lançando ovalortotal na coluna "2001".

Faço curso de inglês desde 2001. Onde devem ser lançados os pagamentos? Posso deduzir essas despesas na declaração? Esses gastos, por lei, não são dedutíveis

Mantenho saldo no SFH de R$ 28.804,60 e paguei durante o ano de 2001 R$ 6.750,00. Lancei o saldo em dívida e ônus reais. Como devo lançar o valor pago noexercício de 2001?

Vocêdeve lançaro valor pago duranteo exercíciona coluna "2001",somadoao valor constante na coluna denominada de "2000".

A elevadaalíquotado ICMS e as restrições impostas em alguns Estados para a recuperação de créditos do imposto são as principais reclamações do segmento. No passado, o leite, que é a principal matéria-prima do setor, vinha com o crédito presumido. Mas alguns Estados, como São Paulo, acabaram comessa possibilidade, aumentandoos custosde produção das empresas.

Redução – Na opinião do diretor da Abiq, a redução do pesodos impostosno setoré importante até para aumentar o consumode queijo no Brasil, considerado pequeno secomparado como de outros países. No País, o consumo atinge 2,5quilos por habitantes, enquanto na Argentina é de 8 quilos e no Paraguai, 6 quilos.

Minha esposaestá desempregada desde o mês de janeiro do ano passado. Devo fazer a declaração de isento dela ou incluí-lana declaraçãoconjunta?

Amaneira maissimplesé a declaração de isento.

As questõespara essaseçãodevem continuarsendo enviadas com nome e telefone paraoe-mail: d ct i r ad u vi d a si r @y a h oo . com.br. Asrespostas serão publicadas às segundasfeiras. As dúvidas dos leitores estão sendo esclarecidas pelo consultor tributário Carlos Roberto Bizarro, do escritório Bizarro & Associados Desenvolvimento Empresarial.

Sílvia Pimentel

Deputado quer garantir privilégios a ex-autoridades

Um projeto de lei do deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB/MG) propõe garantia de foro privilegiado à ex-autoridadesdo Executiv o,Legislativo eJudiciário quepraticaram crimes comuns ou de responsabilidade enquanto ainda ocupavam cargos públicos.

Em sua justificativa, Andrada deixa claro que amanutenção do foro especial à ex-autoridades é umadeterminação de bom senso em fav ordapessoaqueatuou na função pública e que precisa se garantir de tudoo que fez duranteoexercíciodela, inclusive ser julgada como se ainda estivesse no cargo."

Pressões – Ele acredita que a pessoa,aodeixarsua função, podecontinuarsofrendo pressões de inimigos e ficar desprotegida.A oposição parlamentar é contra o projetoe a opiniãode advogados está dividida. Uns discordam e classificam o projeto como absurdo e inconstitucional, outros acreditam queo foro especial pode oferecer um julgamento maisqualificado e que beneficie o réu.

Hoje, autoridades têmdi-

reito ao foro especial quando respondem por crimes comuns ou de responsabilidade durante o tempo em que ocupam funções públicas. Ou seja, não sãojulgadas pela Justiçacomum.O casovaidiretamentepara asegunda instância do órgão competente. Defesa – Especialistas explicamqueo foroespecialé uma defesa para a população. Tem a função de impedir que a sociedadesejagovernada porpessoas que estejamsob pressão. Quandoa autoridade sai do cargo, a sociedade deixa deser ameaçada por um governo pressionado.

O projeto,apresentado em fins de março, entrou em discussão no Congresso quando estourou o escândalodo envolvimento da ex-governadora doMaranhão, Roseana Sarney (PFL), em projetos irregulares daextinta Superintendência deDesenvolvimento daAmazônia (Sudam). Se o inquérito fosse instaurado depoisda publicaçãoda lei,RoseanaSarney, que deixou o governo do Maranhão para disputar a Presidência, noúltimo dia5, continuaria gosandodos benefí-

cios do foro especial.

Validade– Parao presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminais, Luiz Flávio D´Urso,comoo projeto de lei altera o Código de Processo Penal, se aprovado, terá validadeapartirda data depublicação. Poderão tramitar em foroespecial inquéritos ouações penais de ex-autoridades que forem instauradas após a publicaçãoda lei. D´Urso explica que, por setratar do aspecto processual, o projeto, se virar lei, não terá efeito retroativo. Oposição – O líder do PT na Câmara, deputadoJoão Paulo (SP), afirma que seu partido irá se posicionar contrariamente ao projeto. "Não é positivopara o Paíso Congresso dar imunidadea exautoridades. Elas podem estarenvolvidas numasériede crimes eseremjulgadasde forma privilegiada. Parece queestão com medo de enfrentar a Justiça

O advogado constitucionalista do escritório paulista Stahl Advogados,Cícero Botelho da Cunha, afirma que o foro especial perde a razão de ser quandoapessoadeixao

cargo público, o foro especial estáligado aocargo que ela ocupa e não à sua pessoa." Contra – O conselheiro da Ordem dosAdvogadosdo Brasil(OAB),Luiz Antonio Sampaio Gouveia, especialista em Direito Constitucional, também écontra o projeto. "Fereo princípio constitucional da isonomia.É uma proposta anti-democrática. Eterniza privilégiosque são discutíveis."

Já o advogadoLuiz Flávio D´Ursoafirma queo foroespecial permite que haja um julgamento mais qualificado. "Engana-se quem pensa que oforo especial éum privilégio.Emalgunscasos,é até prejudicial. Perde-se uma das três instâncias e a possibilidade de entrarcom um recurso a mais.Na Justiçacomum, o réu poderá ser julgado por umjuiz queconhecemelhor o lugare está pordentro dos fatos", diz o advogado. O projetoaguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação da Câmara antes de seguir para votação em plenário.

Catarina Anderáos

Design dá classe e sofisticação ao móvel

Linhas retas, sem supérfluos ou detalhes desnecessários, não impedem que as peças se destaquem nos ambientes

Classe e sofisticação, móveis que se destacam no ambiente, emborao designseja de linhasretas,sem supérfluos edetalhesdesnecessários. Entre as várias opções do mercado, a Orro & Christensen lançaa linhaFóssil,produzida em madeiras amazônicas certificadas. Os designers Ingrid Christensen e Nagib Orro optaram pela simplicidade, criando as peças com raízes no minimalismo. A madeira é complementada poraço inoxe tampo em vidro.

A linhaFóssilé composta por mesa de centro, banco, aparador, mesa lateral e mesa de jantar. Pode ser produzida

em diversos tipos de madeira, como louro faia, tanimbuca e acapu,que têm tonsque variamdo marromacastanhado ao quase negro. A mesa Fóssilcusta R$4.350.Com mais de 40anos na produção de móveis, a A r r e d am e n t o aposta emcor, movimento, formas ousadas e tecidos high tech. Os lançamentos incluem sofá Floffy,com encosto mais alto e almofadas soltas; pufe Frame, comalmofadadeassento fixaepés metálicos ou rodízio.

Poltronas, sofá bola, de formas arredondadas; mesas, cadeirase mesasdecentro completama linhadaArredamento, que tem preços en-

tre R$ 1.201 (pufe), R$ 2.346 (sofá bola de dois lugares) e R$ 2.716 (sofá três lugares). Já a Pavlon, seguindoastendências damoda,lançadois modelos de cadeiras em couro – Tabaco eNieder. A inspiração veio da jaqueta de couro, peçasimples ebásica, mas de efeito. A Tabaco (custa R$ 920) possui linhas retas, estruturaemmadeira lyptus tingida e pode ser revestida em soletaoucroco,com várias opções de cores. A Nieder,de linhasclássicas,também possui estrutura em lyptus, pés traseiros levemente arqueados, encostode soleta trançada eassento estofado em couro.

Importados – Tradicional no mercado de objetos de decoração e enfeites,a loja Cecília Dale ingressa no segmentodemóveis, trazendo para oBrasil peçasda Myanmar (ex-Birmânia), Vietnã e Filipinas. Poltronae mesade centro em ábaca, aparador de rattan, biombo, carrinho de chá, bandejacavalete,revisteiro,chaise-longue emrattan e cadeiras são algumas das peças que já estão na loja. A mesa globo em ábaca, em promoção, custaR$ 992,30e o revisteiro Joshua, R$ 225.

A Dpot investeno clássico, relançando apoltronaLeve Kilim, de Sérgio Rodrigues, um dosmais expressivosdesigners deste século. Conhecido pela poltrona Mole, Ro-

drigues concebeu a Kilim em 1973.Naépoca, elapossuía estrutura em jacarandá. Agora, com a escassez de reservas naturais, eleoptou porlyptus, obtidade plantiosrenováveis. Aestrutura ésimples, composta porduas lateraise duas travessasfixas pormeio de cunhas, com assento e encosto formados por peça única de couro natural, soleta ou lona preta. Custa R$ 1.258.

Beth Andalaft

ser viço

Orro & Christensen – fone 3819-2933; Arredamento –fone 3062-1188; Pavlon – fone 3083-1692; loja Cecília Dale –fone 3064-2644; Dpot – fone 3082-9513.

Tabaco Vermelha, uma das opções da Pavlon, que se inspirou na jaqueta de couro, peça simples e básica, mas de grande efeito. Linhas retas, madeira lyptus tingida, revestimento em couro, com destaque para o acabamento impecável.

Mesa de jantar da linha Fóssil, da Orro & Christensen, produzida com madeiras amazônicas e raízes no minimalismo
André Santana/Divulgação
Cadeira
Pufe Duetto, da Arredamento, para uso em residências ou espaços públicos
Mesa globo em ábaca, importada por Cecília Dale, que ingressa em móveis Fotos:

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 13, 14 e 15 de abril de 2002

PLENÁRIA

Bolsa eletrônica gera negócios para as pequenas empresas

Pequenos emédios empresários estão aderindo à Internet para vendermaisaogoverno estadual. Do universo de40.200empresas fornecedoras com cadastrona Bolsa Eletrônicade ComprasdaSecretaria da Fazenda Estadual, 90%sãode pequenoemédio porte. A aquisição de quase todos os itens de que o Estado precisa pode ser feita de forma

Cada vez mais difícil a vida das empresas aéreas

Duas companhias aéreas já fecharam as portasno Brasil nesteano.Aprimeira foia Nacional, emjaneiro. APassaredofoia segunda,noiníciodeabril. Oanopromete ser duro para as empresas do setor, que convivem com receita em reais, dívida em dólaresebaixaocupação nos vôos. Varig,TAM eVasp devem, juntas, US$ 3,8 bilhões. A taxa de ocupação alcançou, em média, 54% em quatrocompanhias,nomês de março.O prejuízodaVarig, quepodeenfrentar grevede pilotos,chegou aUS$ 200 milhões em 2001. Página 11

Roseana deverá disputar uma vaga no Congresso

A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, abriumãoda disputapela Presidência da República. Ao anunciaradecisão, Roseana denunciou uma“operação de guerra”contra asua candidatura e deixou claro que deve disputarumavagano Congresso. Arenúncia ocorreu após a ação da Polícia Federal na Lunus,que encontrou R$ 1,34 milhão no escritório da empresa.Com a decisão, Roseana assegura um mandato, o quelhe garantirá foro privilegiado para a batalha judicial a enfrentar.

TENDÊNCIAS/SEMANA

descomplicada através da internet. Para mostraro funcionamento e a facilidade de vender ao Estado através dos pregões eletrônicos, odiretor do Departamento de Controle de Contratações daSecretaria da Fazenda, AdrianoPereira de Queiroga, participará nesta segunda-feira da reunião plenária daAssociação Comercial de São Paulo. Página 13

Pesquisa revela que consulta ao SCPC evitaria prejuízos

Uma pesquisado Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de SãoPaulo,mostra que68% dosemitentes de cheques semfundosentrevistados já constavam docadastro de inadimplentesdo Serviço Central deProteção ao Cré-

Pequeno varejo procura meios para se adaptar ao novo SPB

A partir do próximo dia 22, dataem queentraem vigor onovo Sistemade Pagamentos Brasileiro, o SPB, o comércio terá um grande desafio pela frente: conciliar seus pagamentos com os recebimentos das vendas e manter ocaixa devidamente equilibrado. Atarefa, paraquemnão estiver informatizado, prometeserdura. Maso comércio não-informatizado já pensa em algumas saídas. " Imagino que teremos deantecipar ofluxo em um ou dois dias, ou depositar os chequese esperar a compensação antes depagar nossos fornecedores", calculaNelson Castro, responsável pela área financeirada DeMeo Ferramentas. Para o consultor MárioDiasSantos, o comérciodeve investir na automação e informatização de seu caixa. Página 6

Expectativa positiva com ações do Banco do Brasil

Comprar ações doBanco do Brasil, que serãooferecidasem ofertapública,pode ser umbom negócio, a exemplo do que aconteceu comaPetrobráse aValedo

Política tem menos chances de afetar mercado nesta semana

O novo cenário político que pode ser desenhadonesta semana, apartirdosúltimos acontecimentosnoPFL, não deve mexer com o mercado financeiro. O comportamento mudou.Basta lembrar oque aconteceuna últimasemana. Mesmo diante da notícia de que ocandidato do PT havia

subidonaspesquisas, omercado reagiu como senada tivesseacontecido econtinuou trabalhando coma expectativadevitória docandidatodo governo, José Serra. Na opiniãodo cientistapolíticoJosé LucianoGóes,da Góes&Consultores,nestasemana não deverá ser diferente. Página 6

dito(SCPC). "Ouseja,uma simples consultaao serviço teria evitado orecebimento detais cheques",afirmao presidente da Associação Comercial, Alencar Burti. A pesquisa constatou ainda que75% dosemitentes de cheques semfundosfaziam parte também da listade maus pagadores doSCPC. "Quando oconsumidor se torna inadimplente em uma modalidade de crédito, tende à inadimplência também em outros financiamentos”, diz.

Caminhada no Centro ajuda luta contra a dengue

Rio Doce. JoséCataldo, analistada corretoraSudameris, diz que há uma expectativa positiva em relação ao banco, desde que ogoverno iniciou a sua reestruturação. Página 7

No Memorial do Imigrante, fotos contam a história

O Memorial do Imigrante e o Museu da Imigração, que funcionam na antiga Hospedaria dos Imigrantes, estão completando quatro anos. Para comemorar a data, será realizada amostra R e t ro sp ec t iv a ,quelembra, por meiode fotografias,osmomentos marcantes do memorial e do museu. Última página

Uma caminhada promovidapor várias entidades foi realizadasexta-feirano centroda cidade.O objetivofoi mobilizar a população para combater a dengue. Página 17

Burti ressaltouque aAssociação vem mantendo conta-

to com o Banco Central na busca de soluções para o problema doscheques semfundos. “É equivocada a visão de queo cheque serárapidamente substituído por transações eletrônicas e,por isso, é fundamental o seu fortalecimento”, conclui. Página 13

Carga tributária deve chegar a 35% do PIB

Até o fim do ano a carga tributária brasileiradeverá atingir 35%doProduto Interno Bruto. Para cada R$ 3 em média, mais de R$ 1 fica comogoverno, dizoeconomista Marcel Solimeo, da Associação Comercial de São Paulo. Com esse peso, a competitividade dasempresasé afetada e algumas atividades chegam a ficar inviáveis, caso do setor têxtil. Segundo o tri-

Deputado

propõe privilégios para ex-autoridades

O deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG)está propondo estender os privilégios das autoridades também àqueles quejá deixaram o cargo.Caso o projetode lei que apresentouno Congresso seja aprovado, ex-autoridades nãopoderão responder por crimes que tenham cometido quando ainda detinham o poder. Página 16

butaristaRaul Haidar,uma carga fiscal superior a 25% do PIBjá começaa inibiro desenvolvimento econômico. Acarga tributáriaafeta tanto pequenas quanto grandes empresas. Um estudo feito por economistasda RC.W Consultoresmostraque em 2000 os impostos representaram 8,8% e 13,4% das vendas líquidas da Sadiae Perdigão, respectivamente. Página 15

ELEIÇÕES 2002

Empresariado quer gerar riquezas

Ascampanhas eleitorais estãona ordemdo dia.Para Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo, "aprioridadeparao Brasil é gerar riqueza, empregose exportarmais. Paraisso,todoprograma eleitoral precisaestar focadonaclasse média empresarial,espinha dorsal do País". Página 3

Chávez está de volta ao governo da Venezuela

Quarenta e oito horas após ser deposto, o presidente Hugo Chávez,daVenezuela, foi reconduzido ao poder porgrupos militaresecom forte apoio da população.

Toda a sofisticação do

São móveis de design, mas de linhas simples, que tornam os ambientes sofisticados. Feitoscom madeirascultivadas, deplantios florestais renováveise ambientalmentecontrolados, podemseguirtendências internacionais ou buscar o clássico, como fez a Dpot, querelança a poltronaLeve Kilin. Criação de umdos mais expressivos designers brasileiros, Sérgio Rodrigues, a nova versão utiliza o lyptus, madeiracultivada,epode combinar madeira e vidro ou couro. Página 10

O presidente interino, Diosdado Cabello, que assumiu apresidência na noite de sábado, após a renúncia de Pedro Carmona,entregou o cargo a Chávez. Página 5

simples

Nelson Castro, da De Meo: cheques respondem por metade das vendas
A poltrona Leve Kilin, de Sérgio Rodrigues, relançada pela Dpot

Pequenas empresas

preferem vender ao governo pela Internet

Pequenos e médios empresários estão aderindo à Internet para vender ao governo estadual. Do universo de 40,2 mil empresas fornecedoras comcadastronaBolsa Eletrônica de Compras (Bec), da Secretariada Fazenda Estadual, 90%sãodepequenoe médio porte. Entre os produtos mais comercializados para cerca de mil órgãos, autarquias e fundações ligados ao governo que usam a bolsa como principal instrumento de compra, estãosuprimentos para informática, itens de papelaria, pneus e câmaras.

Para mostrar o funcionamento dos pregões eletrônicos,o diretor do Departamento de Controle de Contratações da Secretaria da Fazenda, Adriano Pereira de Queiroga, participa nesta segunda-feira da reunião plenária da A ssociação Comercial deSão Paulo. "Além do f un ci o na me nt o dos pregõeseletrônicos, queremos mostrar as vantagens e as oportunidades de se tornar um fornecedor do Estado através do comércio eletrônico", diz.

sações são feitas em duas modalidades: dispensa de licitação, paracomprasatéR$ 8.000,00, e convite, entre R$ 8.000,01 a R$ 80.000. Licitação – A modalidade que dispensa alicitaçãoé a mais utilizada,principalmente pelas empresas de menor porte. As unidades públicas interessadas em adquirir qualquer produto pela bolsa eletrônicaenviam aofertade compra para o sistema, informando o item a ser adquirido e o seu preço de referência. O próprio sistema se encarrega deagendar adatae ohorário dos pregões eletrônicos.

Sistema de compra eletrônica será detalhado por diretor da Secretaria da Fazenda

Entre as vantagens destacadaspelodiretor, estãoafacilidade de operar o sistema, a comodidade e a rapidez em receber pelo produto vendido, ou seja, 30 dias após a entrega à unidade compradora. Para se tornar um fornecedor, oúnico requisitoé estar em dia com o INSS e FGTS. Queiroga informou ainda que o Estado gasta aproximadamenteR$2,7bilhões no processode comprasdemateriaise na contratação de serviços públicos. Somente na compra demateriais, que vãode itenspara escritórioa alimentos,ascompras atingem a cifra de R$ 1 bilhão por ano. "Eaaquisiçãodepraticamente todos os itens de que o Estado precisa pode ser feita por meio da Internet".

Na lista dos principais órgãos que compramutilizando abolsa eletrônica, está a Secretaria deSegurança Pública, com uma participação de40%.Para secadastrarna BolsaEletrônicade Compras, bastaacessar osite www.bec.sp.gov.br. As tran-

As informações sobre os itens pedidos são enviadas para os e-mails dos mais de 40 mil fornecedores, queapresentam seuspreços."Essa modalidade permite que a melhor oferta seja vista por todos os pa rt ici pan te s, acirrando a competição e,conseq ue n t em e n te , gerando economia para o Estado", explica. É comum, em alguns pregões, a participação de500 fornecedores.Aofinaldopregão, o sistema apura omelhor preço, informa o vencedor, publica o resultado nosite e devolve a operação ao órgão que estácomprando parafinalizar opedido.A empresa selecionada recebe opagamento 30 dias após entregar o produto.

Além de incrementar o volume detransações eletrônicas, outra prioridade para o governoestadual, neste ano, é acabarcom olimite fixado para as compras governamentais. A legislação que trata de licitações dos órgãos públicos fixa um teto de R$ 80 mil para cada transação,na modalidade convite. " É um valor pequeno,se considerarmos, por exemplo, o volume de itensque são adquiridos todos os dias pelo Hospitaldas Clínicas",explica Queiroga. Para acabar com o limitede valorportransação realizada, aSecretaria daFazenda estáestudando alegislação para elaborarum anteprojeto,que deveráficar pronto até o final desse ano.

Sílvia Pimentel

Consulta ao SCPC poderia

evitar prejuízo ao varejo

Pesquisa realizada em março deste ano pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo, revelou que 75%dos emitentes de cheques sem fundofaziam parte também da lista de maus pagadores do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC)."No geral, quando oconsumidor se torna inadimplente em uma modalidade de crédito, tende à inadimplência também em outras formasde financiamento”,diz opresidente da Associação, Alencar Burti.

A pesquisa constatou ainda que68% dosemitentes de chequessem fundoentrevistados já constavam do cadastro deinadimplentesdo SCPC. "Ou seja, uma simples consultaao serviçoteriaevitadoorecebimento detais cheques", completa. Deacordocom olevantamento, 87% dos cheques sem fundo foram usados para pagamentos pré-datados. Isto é,

houve uma concessão de crédito por parte do lojista.

Pe rs ist ent es – A pesquisa também revela que 56% dos entrevistados tinham mais de cinco "borrachudos" registrados nocadastrode chequessem fundodaAssociação, oUseCheque.Cerca de 20% tinhamde 10a 20registrose 10%,mais de 20. Segundo aentidade, háumamédia de 9,6cheques semfundo por CPF. "Essa situaçãoé um problema para quem trabalha com cheques”, conclui.

gasolina, ambos com 13%. Entre ascausas dainadimplência, o desemprego foi apontado como motivo principal, por 37% dos entrevistados. Mas o porcentual foi bem inferiorao apuradonas pesquisas do SCPC, de 56%.

Lojas de roupas são as que mais sofrem com os maus pagadores, diz Associação Comercial

As lojas de roupas ecalçados são asquemais sofrem com ainadimplência, apurou a pesquisa –os cheques emitidos nessas lojas correspondem a 17% do total de cheques sem fundo. Em segundo lugar, aparecem os supermercados e os postos de

A segunda explicação dada pelos entrevistados foi o "descontrole do gasto" (25%). No SCPC,esse item teve 10% das respostas. Além disso, amaioria dos emitentes de cheques sem fundo (66%). Meios eletrônicos – Segundo Burti, a grande a preocupaçãoda entidadecom aquestão dos cheques sem fundo levou a Associação a aprimorar oUseCheque. Ocadastro conta com informações adicionais, que permitem cruzar os dados apresentados pelo emitente como forma de prevenir,principalmente, ouso

do chequeroubado. No entanto, disse Burti, “é necessário que sejam adotadas medidas que possam dificultar a açãonão apenas dos marginais, que seutilizam decheques roubados, como ados contumazes passadores de cheques sem fundo”.

Segundo Burti,a Associação vem mantendo contato com o Banco Central na buscadesoluções paraoproblema. “É equivocada a visão de queo cheque serárapidamente substituído por transações eletrônicas e,por isso, é fundamental o seu fortalecimento”, afirmou, acrescentando que a transiçãodo cheque em papel para o eletrônico será gradativa. Por isso,concluiu, nãoserá possívelesperaraté queessatransiçãoocorrapara resolvero problema docheque sem fundo, que causa prejuízos não apenas para ocomércio mas, sobretudo, para os bons pagadores.

Vinho: marketing para subir vendas

Os produtores brasileiros de vinhoquerem, definitivamente, ganhar o consumidor local.Enão têmpoupadoesforços.Emparceriacom o Ministério daAgricultura, vão lançar,pela primeiravez no Brasil, uma campanha institucional. Serão investidos na empreitada US$ 1,5 milhão, que contará com anúncios na mídia impressa e eletrônica. O Ministériovaibancar parte da campanha, destinando recursos da ordem de US$ 1 milhão, e o restante será financiado pelos produtores brasileiros,diz opresidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), José Carlos Estefenon.

A campanha em suaprimeira fase terá a duração de seis meses. A aposta do setor é ampliaro consumodoprodutonacional,quejá vem crescendo.Segundo Estefenon, em 1995, o consumo per capitaera de1,8litro porhabitantee hojedeve estarpróximo dos 2 litros. Mas ainda é baixo diante das compras dos argentinos (42 litros por pessoa),franceses (60litros)e

BOLSA ELETRÔNICA DE COMPRAS

americanos (20 litros).

Para o presidente da Uvibra,ajustificativa éafaltade propaganda. "Oproduto brasileiro é tão bom quanto o importado. O problema é quenão temosmarketing ea população estáhabituada a consumir esta bebida".

Safra boa – "A safra de uvas que acabadeser colhidaé umadas melhoresdos últimos20 anosem termos de qualidade", dizEstefenon. "E esperamosque ade2002 também tenha excelente qualidade".

Para alcançar opadrão de qualidade esperado,o setor não investe somente em marketing, afirmaopresidente da Uvibra. Nos últimos cinco anos, diz ele, a vitivinicultura investiu R$ 20 milhões em novos vinhedose mudasimportadas de castas nobres. Tambémequipou asfábricas com novas máquinas.

Os investimentos geraram bons frutos – literalmente. Hoje, o produto nacional tem no currículo 133 premiações nacionais e internacionais. Além disso, o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçal-

Encontram-se abertas na Bolsa Eletrônica de Compras, do Governo do Estado de São Paulo, as seguintes Ofertas de Compras:

da Despesa 180234000012002OC00006Dispensa

Licitação15/4/2002AMERICANAPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS 090128000012002OC00023Dispensa

Licitação15/4/2002AMERICO BRASILIENSEMAT.DE ESCRIT.PAPEIS EM GERAL E IMPRESSOS 090128000012002OC00025Dispensa Licitação15/4/2002AMERICO BRASILIENSESUPRIMENTO DE INFORMATICA 380150000012002OC00001Dispensa

Licitação15/4/2002ANDRADINAPECAS DE REPOSICAO E ACESSORIOS 180295000012002OC00005Dispensa Licitação15/4/2002BEBEDOUROSUPRIMENTO DE INFORMATICA 180295000012002OC00004Dispensa Licitação15/4/2002BEBEDOUROSUPRIMENTO

a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), está reunindo 20 pequenos produtores do Vale dos Vinhedos que receberão das entidades orientação e apoio logístico. A intenção é fazer negócios com parceirosde fora ainda neste ano. Pelas previsões do presidente da Uvibra, a safra de uva deste ano deverá girar em torno de 470milhões de quilos de uva –se confirmado, o volume representará um aumento de 10% em relação aos números de 2001.

nos portais da Internet: www.bec.sp.gov.br ou www.becsp.com.br.

Nacional x Importado –

Os empresários do ramo tambémquerem conquistar o consumidor de outros países. Paraisso,umprimeiro consórcio de exportação vem sendo constituído.

Aprodução brasileira de vinhos tambémdeverácrescer 10%, estimaaentidade, ficando entre entre 280 milhões e 300 milhões de litros. Sul – O setor vitivínicola no Brasil está concentrado especialmente no Rio Grande do Sul, que detém 90% da produção. São 16 mil famílias produtoras.

Teresinha Matos ves, no Rio Grande do Sul, foi a primeira regiãodo País demarcada com denominação de origem, aexemplo do que acontece na França e Itália.

A Uvibra, em parceria com

Existem490 vinícolas,que reúne pequenas, médias e grandes empresas. A cadeia produtivatoda emprega120 mil pessoas.

Passeata contra a dengue no Centro

Manifestação, organizada por um comitê, levou informação sobre o mosquito transmissor para a população da área central

O Comitê Civil de Combateà Dengueparou, nasextafeira, o Centro da cidade para tentar mobilizar a população na luta contra a manutenção de criadouros dosfocos do mosquito Aedes aegypti ,o transmissor dadengue.Várias entidadesque compõem omovimento fizeramuma caminhada nas ruas da região central até a Praça da Sé.

Durante o percurso, os participantes distribuíram folhetose orientaramo público sobre o perigo da doença. Eles passaram pelas ruas Galvão Bueno, seguiram pela avenida Liberdadee fizeram umaconcentração emfrente à Catedral da Sé.

Entre os participantes estav amo secretário municipal de Saúde, Eduardo Jorge, que insistiu naimportância da populaçãomanter avigilância contra o mosquito, inclusive no inverno.

Até agora foram detectados 40 casosautóctones (contraídos na cidade) de um

total de1.201registros da doença, de acordo com dados do dia 3, apurados pela Secretaria Municipal de Saúde. Na próximasemana, aSecretaria Municipal deSaúde distribuirá 300 toneladas de areia,emsaquinhos de três quilos, doadas pelas empresas Quartzolit e Telhanorte.

Apasseata noCentro da Capital éa sextamobilização realizada desdea criaçãodo

Comitê Civilde Combate à Dengue.

Já foram feitas caminhadas saindo da Distrital Lapa, Santo Amaro e Penha da Associação Comercial deSão Paulo. Também já foram feitos mo-

do comitê se

vimentos no JardimVarginha, na zona Sul, e no Jaçanã, nazona Norte."Vamoscontinuar com a luta em locais onde hámaior concentração de pessoas, como em estádios de futebol",disseovereador Gilberto Natalini (PSDB, que representou a Câmara Municipal de São Paulo.

Sucesso motiva nova Feira de Saúde

Todasasentidadese empresas participantes da I Feira de Saúde do Pátio do Colégio sereuniram parafazerum balanço doevento, realizado semanapassadaem comemoração ao Dia Mundial de Saúde.Deacordo comocoordenador-geral das sedes distritais, Gaetano Brancati Luigi, o sucesso e a qualidade da feira motivaram o grupo a realizar maisuma ediçãoem setembroou outubro,com duração de dois dias.

dição dapressão arterial. O público fez filas durante o dia todo na frente das barracas. O evento contoucom a visita do diretorda Divisão de Doenças Não-Transmissíveis da Organização Mundial de Saúde (OMS), Derek Yach. Ele foi homenageado com uma medalhapelo presidenteda FederaçãodasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti.

Desta vez, acaminhada contraa dengue foi feita em parceria com a Distrital Centro da Associação Comercial. Deacordo comodiretor-superintendente Roberto Mateus Ordine, a Distrital será um posto de informações sobreadoençase combate ao mosquito, com a distribuição de panfletos de orientação. O coordenador-geral das sedes distritais, Gaetano Brancati Luigi, disse que a Associação Comercial está seguindo sua tradiçãoem participar e ajudara população em momentos de crise.

Palestra

sobre vinhos atrai

mais de 100 pessoas

AI FeiradeSaúde contou coma visitademaisde 6mil pessoas, que aproveitaram o dia para fazer um check up. A Associação Comercial de São Paulo e mais de 30 empresas e entidades parceirascolocaram à disposição da populaçãobarracas com médicos, enfermeiros e equipamentos para a realização de exames de medição de colesterol, diabetes, pressão arterial e capacidade auditiva.

Hoje

CME – ReuniãodoConselho da Mulher Empresária (CME) da Associação, coordenada pela diretora-superintendente, NormaBurti, com palestra da orientadora educacional e terapeuta corporal holística, Ivete Maria Moretto Fernandes, sobre Iridologia Orgânicae Comportamental. Às 14h30, na Associação, rua Boa Vista, 51/12º andar.

Miami – O conselheiro da Associação Márcio Arroyo recebe delegação da Câmara de Comércio de Miami, acompanhada pelo cônsul comercial dosEstados Unidos em São Paulo, Alain Letort. Às 15h, nasede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Tadashi Sakurai.

P le ná ri a – Reuniãoplenária da Associação Comercial de São Paulo, com palestrado diretor do Departamentode ControledeContratações (DCC)da Secretaria da Fazenda do Estado deSão Paulo,Adriano Pereira Queiroga, sobre o

O público também aproveitou paraverificaraocorrência de problemas nos olhos, como glaucoma e catarata,ecâncer depele.Pales-

tema BolsaEletrônica de Compras. Às 17h, na sede da Associação, ruaBoaVista, 51/9º andar.

Desenvolvimento– Odiretor-superintendente da Distrital Centro da Associação, Roberto Mateus Ordine,participadareunião do Fórum de debates e propostas parao desenvolvimento econômico, social,cultural, educacional e desportivo do município de São Paulo e região metropolitana.Às 17h, na CâmaraMunicipal de SãoPaulo,viaduto Jacareí, 100, sala Tiradentes. Transportes –O diretorsuperintendente da Distrital Centro,Roberto Mateus Ordine, participa da apresentação do Conselho Municipal de Transporte da SecretariaMunicipal de Transportes. Às 19h30, no ConselhoRegional dos Contabilistas - rua 24 de Maio, 104/14º andar.

Terça Urbana – Reunião da Câmara de Política Urbana (CPU) da Associação, com discussão doprojeto dono-

tras, apresentações teatrais, shows edança fizeram parte da comemoração do Dia Mundial de Saúde.

Os exames mais concorridosforamode colesterole diabetes, com o atendimento de mil pessoas em cada uma das barracas, seguidode me-

vo plano diretor do município.Às 12h30,naentidade, rua Boa Vista, 51/12º.

Automação – Osuperintendentede Informáticada Associação, Nelson Castilho, participa da abertura da IVExposição eCongresso de AutomaçãoComercialAutocom 2002. Às 15h, no Frei CanecaShopping & Convention Center, rua Frei Caneca, 627/5º andar. T ec no lo gi a – Osuperintendentede Informáticada Associação, Nelson Castilho,participa daapresentação da Lexmark 2002 - Soluções Inteligentes para Organizações em Evolução . Às 19h30,no RenaissanceHotel, Teatro Renaissance, alameda Jaú, 1.620. Paraguai –O conselheiro JoséCândidode Almeida Senna participa de recepção em homenagem à nova diretoriadaCâmara de ComércioBrasil-Paraguai. Às 20h, na rua Groelândia, 1.146, Jardim Europa. Quarta Consultivo - Reuniãodo Conselho Consultivo do

Diversas autoridades tambémcompareceramà Feira, como o secretário estadual de Saúde, José da Silva Guedes, e osecretáriomunicipal de Saúde, Eduardo Jorge. O secretárioestadual deJustiça, Alexandre Moraes, representouo governadordoestado Geraldo Alckmin. (DC)

Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coordenadapelo superintendente Celso Amâncio. Às 9h30, rua Boa Vista, 51/9º andar. China – Odiretor da AssociaçãoFarid Muradrecebe missão comercial da provínciade Hebei, daChina, liderada pelovice-governador HeShaocun. Às15h30, rua Boa Vista, 51/12º.

EUA – O presidente da Associação recebeo embaixador do Brasilem Washington, Rubens Barbosa, que fará palestra sobre Relações Comerciais Brasil x Estados Unidos .Às 16h,na sede, rua Boa Vista, 51/9º. Quinta Conjuntura– Reunião do Comitê deAvaliação da Conjuntura daAssociação, coordenada pelo conselheiro EdyLuiz Kogut,com palestra doprofessor edoutor em economia pela Universidade de Chicago, Adroaldo Moura daSilva,sobre As Perspectivas da Economia Brasileira. Às 12h30, na sede daentidade, ruaBoaVista, 51/12º andar.

Mais de uma centena de pessoas participaram da palestracom oenólogoRenato Fracini, promovida pela Distrital Pinheiros da Associação Comercial deSão Paulo. Duranteo evento,osparticipantes aprenderama escolhervinhos dediversas procedências e, nofinal, puderam fazer a degustação da bebida com queijos e patês. Arendaobtidacom apalestra, que foi de R$ 30,00 pa-

ra cadaaluno docurso,será revertida para aFundação Rotarya, que destinaráos recursosparaaerradicação da poliomielite no mundo. O diretor-superintendente da Distrital Pinheiros, Enrico Francesco Cirillo, recebeu do Rotary ClubedoAltodePinheiros umdiploma pelacolaboração para a campanha de erradicação da poliomielite promovidopela Fundação Rotarya. (DC)

Grupo

Fraterno fará assembléia geral dia 20

AAssociação GrupoFraternoNossosFilhos, Nossos Amigos, NossosIrmãosestá convocando seus associados para a Assembléia Geral Ordinária, marcada para acontecer no próximo dia 20 de abril. O evento será às 17h, na alameda dosAnapurus, 620, no apartamento 181. Conforme apresidenteda entidade, JuliaMariaMancusiTubel, naoportunidade será discutido o planejamento para 2002, entre outros assuntos de interesse dos participantese da associação beneficente. (DC)

acontece nas distritais

Terça Pirituba – Adiretoriada Distrital Pirituba realiza reunião, compalestra do vereadorJosé Laurindo.Às 19h30.

Quarta Lapa – A diretoria da Distrital Lapa realiza reunião ordinária. Às 19h30.

Vila Maria –A diretoria da Distrital Vila Maria da

Associação realiza reunião ordinária. Às 19h30. Sudeste – A diretoria da DistritalSudeste realiza reuniãoordinária. Às 19h45.

Quinta

Santana – Adiretoriada DistritalSantana realiza reuniãocom palestra do advogado MárioNelson Rondon Perez. Às 19h45.

Representantes do movimento, inclusive o secretário Eduardo Jorge, caminharam pelas ruas centrais até a Praça da Sé
Tuca
Representantes das entidades se reuniram para fazer um balanço da feira
Ricardo Lui/Pool 7
Integrantes
fantasiaram de mosquito para alertar a população
Dora Carvalho
Tuca
Vieira/N-Imagens
Dudu
Cavalcanti/N-Imagens
Renato Fracini ensinou a escolher vinhos das mais diferentes procedências

Memorial do Imigrante faz 4 anos

Exposição para comemorar a data traz 150 fotos com os fatos e eventos mais marcantes daquele espaço cultural

O Memorial do Imigrante e o Museu da Imigração estão completando quatro anos. Para marcar a data, entra em cartaz a exposição Retrospectiva, que segue até o dia 16 de j unho. São 150fotografias que mostramas principais etapas do desenvolvimento do memorial e do museu etambém os eventos que aconteceram dunaquele espaço.

O Memorial do Imigrante está situado na antiga Hospedaria dos Imigrantes, perto da estação Bresser

O Memorialdo Imigrante, situadona antiga Hospedaria dos Imigrantes,local que recebeumais de2,5 milhõesde pessoas de vários países entre osanos de1888e 1978.Na

R e tr o s pe c t i va é possivel encontrarparte dessahistóriae tambémimagens dareforma erestauraçãodo prédioe da festa de aniversário de São Paulo, porexemplo, quando

o local abrigou uma exposição de carros antigos. Quem tiver curiosidade em conhecer as raízes históricas da família ou até mesmo saberumpouco mais sobreo desenvolvimento de São Paulo deve conferir as outras exposições permanentes do acervo do Museu do Imigrante. O local recebe de 6 a 8 milpessoas todos os meses. Para atrairmais visitantes, o Memorial sempre oferece eventos novos. "Infelizmente, o público brasileiro não tem o hábito de visitar museusporque acreditaque só tem coisa antiga. Daí a necessidade de promover shows, festas eexposições diferentes todosos meses. Este ano,já realizamos nove eventos", diz a diretorado museu,Midory

Kimura Figuti. Passeio – Mas o público mais cativo ainda é composto de crianças,principalmente, estudantes que vêm com as escolas. Ofamoso passeioda antiga Maria-Fumaçatambém remete famílias inteiras aos tempos àureos do café. O pequeno trem relembra mais deumséculo dehistória e ainda guarda o desenho, decoração e estruturas da época emque circulouna cidade pela primeira vez. Ummonitor doMemorial do Imigrante acompanha excursões escolares e grupos pelos trilhos que marcaram a história dodesenvolvimento econômico e da agricultura paulista e, mais tarde, da industrialização. O passeio é curto, mas para o público mais interessadona história dos primeiros trabalhadores da Capitalpode seestender mais, diz a diretora.

Fazenda – Para quem nunca viuuma fazendade café,o museu aindaoferece aoportunidadede conhecer asvárias espécies daplanta, assim como técnicasde plantiodos

séculos XIX e XX. Os visitantes também vão aprender como eram construídas as antigas residênciasde pau-a-pique dos colonos das fazendas decafé,que eramfeitascom poucas divisórias e tinham como principal característica suas cortinas de pano.

O Memorial do Imigrante é umdos locaismaisprocurados porpessoasinteressadas em adquirir dupla cidadania, principalmente, a italiana. Só neste início de ano, já foram maisde trêsmil pedidos de documentos antigos para comprovar o parentesco com imigrantes.

Ospesquisadores domuseu já catalogaram em computadoros nomesedocu-

mentosdosimigrantes que chegaramno Paísentre1882 e1907."O nossoacervoé imenso. Será muito difícil informatizartudo. Temosaté comprovações das antigas residências dosimigrantes, antes de chegar ao Brasil", explica Midory Kimura. O Memorial do Imigrante ficana ruaVisconde deParnaíba, 1.316, próximoà estação Bresser do Metrô. O local éabertode terçaadomingo, das 10h às 17h. O ingresso custa R$ 3,00. Crianças de 7 a 14 anos pagam R$ 2,00. O passeio de trem custa deR$ 2,00 e R$ 3,00, para as primeira e segunda classes.

Muito verde, ferramentas e mobiliário

OMuseuda Imigraçãoeo

Memorial do Imigrantetêm muitas outras atrações, além da exposição Retrospectiva e da Maria-Fumaça. Confira:

•O Memorial do Imigrante possui uma área verde de 3 mil metros quadrados, que já valea visita.No localhá um palcoconstruído commateriais da antiga Estação Júlio

Prestes. Nos jardins, há várias carroças que transportavam os moradores do início do século XX.Lá, são realizadas apresentações de dança, corais, teatros e orquestras.

• A exposição Nos Trilhos daImigração conta o desenvolvimento de São Paulo através da história dasconstruções das ferrovias paulis-

tas,durante asprimeirasdécadasdo séculopassado.Em uma plataforma ambientada no estilo original estão um bonde, fabricadoem 1912,e duas locomotivas a vapor da década de 1920.

• A Sala de Navegação s imula umconvés dosantigos navios que aportavam no Porto de Santos. Aproveite

para ver as rotas marítimas que traziam os imigrantes para o Brasil.

•Fotografias, ferramentas e mobiliários contam o surgimentode profissõestrazidas pelosimigrantese quecontribuíram para a industrializaçãodacapital paulista,na exposição Com oSuor deSeu Rosto (DC)

Midory Kimura Figuti, diretora do Museu, lamenta a falta de hábito do brasileiro de freqüentar museus e exposições
Cena da reforma e rastauração do predio também está na retrospectiva
Foto da exposição mostra os carros antigos no dia do aniversário da cidade
Dora Carvalho

ANÁLISE João de Scantimburgo

O Proer positivo

Os membros do PT são línguassoltas, sejam quais forem os seusmembros. Falam o que lhes vem à cabeça, nem sempre cheia de alguma idéia plausível,e entornam críticas ao governo e aos partidoscomo seisso lhesfacilitasse avida.Ea conquista do poder, seuúltimo objetivo. Foi assim como Proer, criadopeloBanco Central, sob a administração segura e bem orientada de Armínio Fraga, o melhor presidente que o Banco Central teve até hoje.

Segundo os boquirrotos do PT, o Proer foi criado para favorecer banqueiros. Agora, pelopróprioProer, ficamos sabendooque foiaobrapositiva e benéfica do Proer para salvar o sistema bancário e financeiro do País. Tudo o que o PT clarinou por aí afora está esquecido, evidentemente, masosque selembram de suas bravatas de falsos Catões dogoverno, sabem queeles nãosabiam denadae nãotinham nada o que dizer, senão difamar.

O Proer foi útil, não aos banqueiros, mas aos clientes dos bancos, visto que os banqueirosnão sãomais doque

depositários da confiança de seus fregueses,depositantes, e investidores. Ademais, na realidade, anão ser algum tamborete que havia no meio bancário, nenhum banco necessitava do Proer para manter-se. Todos os grandes bancos estavam muito bem administrados, e não temiam crises, comoas que foram salvas por essa medida. É preciso que a opinião pública sejabem informada sobre as medidas postasem prática pelo governo, quando merecem sê-las, sobretudona área econômico-financeira,afim derepeliras aleivosias de umpartido, com responsabilidade na estrutura política do País, e queeste aja com maisprudência, a fim de não imputar às autoridades econômicofiananceiras ações que elas não praticariam, como não praticaram,para favorecer esteou aquelebanqueiroou os banqueiros, em geral. O PT que se policie.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O Timon maranhense

J

oão Francisco Lisboa é uma das grandes figuras do jornalismo brasileiro. Patrono de cadeira nº 18,daAcademia Brasileira de Letras, prestou vasta colaboração ao enriquecimento da culturabrasileira, com a obra construída em São Luís,RiodeJaneiroe Lisboa. Foi ummembromuitoativo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Criou o Jornal doTimon e dele o poetaGonçalves Dias afirmou "ter um estilo excelente, queele primano epigrama, naquele dizer faceto, alegre, espirituoso, umpouco chasqueador,noqualse desmandavaalgumas vezes falando, mas na escrita irrepreensível... Em suma, é um prosador de finos quilates."

Autoditada, jornalista, filósofo e historiador, João Francisco Lisboa viveu51anos intensos (1812-1863)e prestourelevantes serviçosao Brasil,resgatando importantes documentos históricos quandotrabalhou em Portugal.Não era homem deagrados fáceis, registrandose asua famosa polêmicacom Francisco Varnhagem eaté mesmoas divergênciascomo poeta Gonçalves Dias. Aquestão do indianismofoi discutida sob variadas facetas.

Escritor elegante e sutil, manejando a língua portuguesa comopoucos, eleéconsiderado umdos nossosmaiores autores clássicos,nascido nointerior do Maranhão, à margem do rio Itapecuru. Segundo o louvor de Josué Montello, seu conterrâneo, tudo quanto soube ele o aprendeu por si mesmo, com uma incomensurávelpaixão pelojornal, daío

Líder enfraquecido

O líder palestino, AutoridadePalestina como é designado, Yasser Arafat, está perdendo,cadavez mais,aautoridade que revestia suas atitudes e decisões, faz poucos anos. Arafat sacrificou avida,pois são anos, os que contam de sua vida, dedicados ao convívio com os judeus do Estado de Israel. Envelheceu. Está, visivelmente, outro homem, que não o Arafat dos tempos heróicos docomeçodasdivergênciascom Israel.Nãoémaiso mesmo.

Sabemos, desobra, que a usura dopoder eda liderança, sejam quaisforem, acabamporafetar asaúde,aresistência orgânica e as disposiçõesde lutardia enoite, sem hora para nada, nem para sossego nem paraconferências, como tantas vezes Arafatteve de ser personagem para esse fim. Deu-me sempre aimpressão queo líder Arafat não dormia, não se alimentava,não viviaparasi e para os seus, mas para a comunidade da qual era líder m á x i m o.

Agora, já é desobedecido e

seforresolvida aquestãopalestina, com a criação deum Estadomirimpara ospalestinos, ficando os israelitas com o Estado de Israel criado pela ONU em 1948, certamente Arafat não terá lugar ou o terá por pouco tempo,pois os seus companheiros o consideram velho para assumir aresponsabilidade de guardiãoda paz, uma paz das mais difíceis do mundo, emtodos ostempos, como é fácil averiguar pela História.

Arafat merece orespeito de todosos homenspúblicos elíderesde nações,pelomuito que fez e pelo muito que está fazendo, a fim de conseguir a paz definitiva para os dois povos,osjudeus eospalestinos. Eleadmitiu aguerra, paraobter a paz, quando foi à ONU com um fuzil e um ramo de oliveira, os símbolos da paz e da guerra. Vê-se que não adiantounadaa suaexibição.Ariel Sharon é decidido e, como tal, não cede facilmente. Veremos o que sairá da participação americana.

João de Scantimburgo

É preciso criar empregos

Oseuenvolvimento nas idéias que configurassema construção do futuro. Vários dos seus artigos forampublicados quandoJosué Montello teve a feliz iniciativa de editar, pelo Museu Histórico Nacional, osquatro tomos desua Crônica Maranhense Os temas, sempreveementes. Chegou até a aventurar-se pelos difíceis caminhos doromance,semconseguir completaro primeirodeles, mas mesmo assim recebendo elogios do crítico José Veríssimo. Para serter umaidéia da combatividade intermitente de JoãoFrancisco Lisboa,selecionei, do livro O Timonmaranhense, Academia Brasileira de Letras,Rio, 1986, o seguinte trecho de umadas suas desavenças com o professor Sotero dosReis:"Estamos perdidose perdida está toda a oposição. O respeitávelmestre, sr.Sotero, nãosó estáde palmatóriaalçada, como prometeu no Investigador arrojar lama àcarade quem quer que se lhe atravesse. A C rô nic a , nada menos, não duvidará entrar nas sabatinas, apesar de receber grandemente osaspectos emal asseadoscastigos com que a ameaça aquele museu intelectual. A Crônica é mal escrita,o seuredator éum ignorante, cuja educação foi desprezada,e daívem quenão tratade matériaalguma sem enfiar heresias edespropósitos." (24 de junho de 1838). Como sevê, combatividade jamaisfaltou ao bravo e competenteJoão FranscicoLisboa, aqui lembrado como um ponto luminoso da cultura brasileira.

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

s brasileiros acompanham odramaargentino sem revelar (pelo menos ostensivamente)grandes preocupações.O próprio governo cuidadeafastar os nossos temores, fiadono comportamento dos "agentes do mercado" que nos induzem a acreditarque nãoháperigo de"contágio",porqueo Brasilse libertouatempo darigidezda política cambial e fez oajuste fiscal recomendado pelo FMI. O problema nãoé exatamente de "contágio.Dele nos defendemos razoavelmente graças à flutuação cambial, embora os exportadores brasileiros estejam amargandoosprejuízos da inadimplência e da virtual paralisaçãodo comércioexterior argentino. O que nos deve alertar é o exemplo das dificuldades quenossos vizinhosestãoenfrentandoem conseqüência dos enormes déficits praticados durante 10 anos pelas províncias argentinas e pelo próprio poder central. No Brasil,o problema fiscal foi negligenciadonosprimeiros quatro anos do atual governo, quando acumulamos pesadodéficit. O ajustenas contas públicasdaUnião,Estados e Municípiossócomeçoua ser feito a partir dos acordos com o FMI em 1998, quando nos comprometemos a obter superávits primáriosanuaisda ordem de 3,2% a 3,5 % do PIB e com a disciplina imposta na Lei deResponsabilidade Fiscal aprovada pelo Congresso. É precisoreconhecer, no entanto, que o equilíbrio que existe hojeé muitoprecário: elefoi construído com o recurso a impostos de péssimaqualidade e mediante brutal aumento da carga tributária. Tem sido mantido graçasa expedientes na execução do orçamento da União, como é o caso da DRU e à manutençãode contribuições criadas a título provisório, mas que seeternizam, causando graves perturbações no pro-

cesso produtivo e retardando o crescimento econômico. O atual governo vai ficar devendo à sociedadebrasileira maiorempenho na realização da reforma tributária. O Congressoavançou bastantenessa direção,preparando umexcelente projeto coordenado pelos deputados Mussa Demes e Germano Rigotto, mas é ilusão imaginar que o Legislativo possa impor ao Executivo uma completa reformado sistema tributário. Afinal, é atribuição do governo a sua execução e, sem acordo, o resultado seria frustrante. Nas últimas semanas foi possível chegar a um entendimento com a Receita Federal para fazer progredir a iniciativa da Câmara dos Deputadosno sentidode substituiros impostos cumulativos, começandopelamudança dosistema decobrança doPIS/Pasep. É um avanço, que deverá abrir o caminho paraa substituição da Cofins e outras contribuições "em cascata" ainda na atual sessão legislativa. É incumbência inadiável do próximogoverno promovera conclusão da reforma no Congresso e tratar de implementálarapidamente. Ele precisará fazer isso logo no seu primeiro ano, perseguindo o objetivo de umequilíbrio fiscalmaissólidoe oferecendoà sociedade um sistema tributário que privilegie a produção e o trabalho. Essa mudança é fundamental para que o País retome um ritmo de crescimentocapaz de dar emprego à nossa gente, impedindo o aprofundamento da crise social. O desequilíbrio fiscal – e isso deve nos servir de alerta – teve uma influência decisiva na gestação do processoquereduziuàmiséria uma boa parte da população argentina. Elepermanececomoo maior obstáculo àsuperação da prolongada crise política, econômica esocial que está tornando o país ingovernável.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Síndrome da Colômbia Conversava eu com um executivo amigo, presidentede importanteempresa no País, e ele se justificava porque chegou atrasado ao almoçocombinado e, ainda, sem o tradicional terno e gravata. "Desculpe – disse ele –, me distraí na hora numa empresa de blindagem decarros". Perguntei: "Agora às quintas-feiras também é casual-day (sextas-feiras, quando não se usa mais gravata em algumas empresas)?" Meu amigo respondeu: "Não.É recomendação dasempresas desegurança.O executivo tradicional, de paletó e gravata éalvo doscriminosos em São Paulo".

Socorro!

Olhei meu terno, minha gravata e minha camisa branca. Quanto horror. Sou falsamenteidentificável como alguém de potencialrendimento aos criminosos.Umafalácia. Pior: posso também, embora seja um trabalhador,pornão usar macacão sujo, ser acusado por usar colarinho branco.

Censura

Sónãomedespi no restaurante para nãoser preso por atentado violentoao pudor. E nãoser alvo da chacota alheia na estética corporal.

Estilo

Esse é o paulistano´s way of life. Nos transformamos todos em potenciais alvos. Em potenciaisvítimas.E nosencurralamosatrás de grades, virtuais blindagens, cercas e câmaras,filmes escuros nos vidrosdo carro e, até,nos tornamossem-gravata, não porconforto ou anacronismo do adereço, mas por medo.

Feira

Foi organizada uma feira contra a violência em São Paulo.Vou tentarvisitar. Quem sabe não encontro uma gravata-colete ou uma roupa "safari"(tipo pijânio) que seja à prova d´água, à prova debala e com alarme/sirene embutidono bolso. Não é piada. Estamos todos traumatizados. Neurotizados. Estressados.

Definição

O mesmo amigo me disse que viver em São Paulo hoje éfazeruma provadiáriade roleta russa. Quem consegue voltar ileso para casa à noite, éporque escapoudo girodo tambor com bala. Naquele dia. Isola.

Voz do povo

Se nãoforemmortosuns quatro ou cincopolíticos não vai mudar nada (de um ouvinte de rádio sobre a criminalidade.

P. S . Paulo Saab
Rua Boa Vista, 51

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

Empresários precisam de apoio para gerar riquezas

As campanhaseleitorais, sobretudo a presidencial e para governadores, jáentraramnaordem dodiada mídia,nos debates acadêmicosenavida doscidadãos brasileiros.No caso dos empresários trata-se, além do dever cívico, de contabilizar umnovo fator de incerteza na hora de sentar para decidir que rumo dar a seus investimentos e a seus negócios ao longo desteano e,emmuitos casos, paraospróximos, muito além de um mandatode apenas quatro anos.

Esse planejamento torna-semais complexo porque o empresário não pode pensarapenas nasucessão presidencial e dos governadores, mas considerar os possíveis resultados eleitorais que poderão ocorrer na Câmara dos Deputadose noSenado Federal e, por que não?, igualmente nasAssembléias Legislativas.

eleição", assinala Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da AssociaçãoComercial de São Paulo (ACSP).

Para Burti, todas as atuais dúvidase angústiasdoempresariado têm queser discutidas comos candidatos. "É preciso haver um acompanhamento de perto das propostas de cada umdos candidatos, considerando as que atendem ou não a livre iniciativa, principalmente, amicro, pequenae média empresa", enfatiza.

É preciso haver pela iniciativa privada um acompanhamento de perto das propostas de cada um dos candidatos

A razão ésimples: depois das eleições alguns partidos vão ganhar força, outros vãoperder espaço,e as alianças hoje firmadas poderão ser desfeitas ou alteradas. Isso tem implicações na chamada base de sustentação de um governo, que na área federaldepende da configuração do Congresso Nacional e na área estadual das Assembléias Legislativas.

Afinal,o empresárionão pode esquecerqueessas Casas Legislativas irão criar, aprovare rejeitarleis quepoderãopesarou mexer com o mercado e com o bolso do contribuinte/consumidor. "Os empresários, sobretudo a classe média empresarial, precisam estar conscientes de que a vida delescomo pessoajurídica estáem jogona próxima

A prioridade para o Brasil gerar riqueza,empregos, e exportações, precisade um foco claro: "Para obter isso, qualquer programa precisa estar focado na classe média empresarial, que é a espinha dorsal do nosso país".

AlencarBurtilembra o esforço desses empresários noséculo 19einício do20 para construir uma base econômica sólida para o Brasil. "Agora há novos desafios e essaclassemédia empresarial precisa estar preparada, pois aquelas realidadesnão cabemmais no século 21", alerta Burti. Opresidente daAssociação Comercial acredita que essa readaptaçãotemque estardeacordo comosnovos processos políticos que exigem um compromisso muito mais estreito entre eleitor e eleito. "É preciso que nós, aforçavivado País, possamosconstruir juntos um novocidadão brasileiro, que começa com a responsabilidade na escolha de quem vai administraros destinos da nação brasileira", resumiu Alencar Burti.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Estrangeiros esperam por reformas e crescimento maior

Osempresários estrangeiros, responsáveis por investimentos no Brasil, também estão acompanhando com muitaatenção atrajetória da sucessão presidencial. Jean-Marie Lannelongue, conselheiroda Société Générale noBrasil, empresa bancária francesa, almoçou, na semana passada, com umalto dirigente da suasede, acompanhadode outros seis dirigentes de grandes empresas francesas sediadas no Brasil.

Lannelongue não esconde que o tema sucessão foi além da sobremesa. O destaque fica para o fato de que os rela-

Senado vota redução da maioridade penal na terça

A Comissão Mista de Segurança Pública do Senado deverávotar nestaterça-feiraa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade de maioridade penal de 18 para 16 anos. Para essa data,estava previstaaapresentação do relatório final do deputado Moroni Torgan (PFL-CE), mascomo areunião daquinta-feira passada não aconteceu, o tema será discutido napróxima reunião do colegiado.

De acordo com o presidente dacomissão,senadorÍris Rezende (PMDB-GO), o adiamento nãoatrapalhará o resultado dostrabalhos, pois o relatório final será votado ainda nesta semana.

Polêmica– Autor da PEC, Íris Rezende explicou que a questãoda maioridadepenal é polêmica e requer vários debates,masele acreditaqueé

possível se chegar a um consenso amanhã."Ojovem de 16, 17 anos de hoje tem muito maisdiscernimento doque há tempos atrás. Mas é precisoatentarque aemendaprevê que esse jovem, se detido e condenado, não cumprirá pena junto com os demais detentos,tendo localespecífico

para os presidiários dessa faixa etária", lembrou o presidente da comissão.

Íris Rezende observou também que, deuma maneira geral, todos os temas examinadospelaComissão de Segurança até omomento exigiram estudo aprofundado,poiseram considerados

controversosou difíceis, como a unificação das corporações policiais civil e militar. Projeto com esse objetivo foi aprovado na semana passada, definindo que aintegração das polícias acontecerá de forma gradual, num período de transição de oito anos.

O senador destacou ainda a aprovação, pela comissão, de outras modificações promovidas no Código de Processo Penal para aumentar as penas de quem cometer crimes relacionados com o narcotráfico;o seqüestro, inclusive o seqüestro-relâmpago; alavagem de dinheiro e a participação em outras organizações criminosas.

"A comissãoatuou deforma rápida e se ocupou de atacar a maior causa, segundo diagnósticos daescaladada violência: a impunidade", disse o senador. (AS)

MPs: Aécio tenta desobstruir votação

Nesta terça-feira,os deputados retomam as votações das medidasprovisórias. A expectativa é de quea pauta seja destravada em uma semana e meia, quando poderá ser finalizada a votação dos destaques daPEC que prorroga aCPMF até 2004. Para atingiresse objetivo,opresidente da Câmara,Aécio Neves, marcou sessão extraordi-

náriaparaquarta-feira, às9 horas.

Dessaforma, osdeputados terãoatardede terçaetodaa quarta-feirapara votaras19 MPs que trancam a pauta. Se esse objetivo não for alcançado, o presidente pode marcar sessão extraordinária para quinta-feira de manhã.

Diálogo – O governo marcoureunião com olíder do

Título eleitoral pode ser pedido até 8 de maio

O eleitores que precisam fazer alterações juntoa Justiça Eleitoral terão de ficar atentos ao calendário. Encerra no próximo dia 8 de maio o prazo para o recebimento de requerimentos de eleitores em todo oPaís que precisam obter seustítulos eleitorais, pedir segunda via da inscrição ou transferir o domicílio parapoder votarnaseleições gerais de 6 outubro.

De acordo com o Calendário Eleitoral, nessemesmo dia terminará também o prazopara oseleitores quemudaramderesidência dentro domunicípiopedirem alteração em seus títulos.

tosfeitos forammuitootimistas. Todos os presentes disseram que não acreditam queo próximopresidente, seja ele quem for, tome alguma atitude que possa "tirar o Brasil dos trilhos". Além disso,todos salientaram que o o País tem hoje grandes partidos políticos e um Congressocapaz de manter o equilíbrio do jogo democrático. ParaJeanMarie Lannelongue o clima político nacional está tranqüilo, mas persiste o desejo de ver umBrasil crescendo ataxas maiores efeitas as reformas que ficaram por fazer. (SLR)

•- O Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, promove nestas segunda e terça-feira, 15 e 16, o seminário "Desafios da política industrial", em Vitória, Espírito Santo.

Obrigatório – O título eleitoralé um documento obrigatório para todos os brasileiros natos ounaturalizados que tem entre 18 e 70 anos.

O título eleitoral é necessá-

Nesta semana, Supremo avalia regra de coligação

Os partidos políticos estão apreensivoscom a decisão que o SupremoTribunal Federal deve tomar sobre a verticalização das coligações. Nesta quinta-feira, oSupremo deverájulgar aAção Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo PCdoB, PL, PT,PSB e PPS.Os partidos questionam a decisão do TribunalSuperior Eleitoral, TSE, que obrigaa vinculação das alianças estaduais às federais. (AE)

rio também para quem precisa tirar passaporte ou carteira de identidade, obter empréstimo, ser admitido no trabalho ou até mesmo matricular-se em faculdades.

No diada eleição,o eleitor poderá comparecer ao local de votação, das 8 às 17 horas, com o seu títuloou com um documento de identificação. Candidatos – Os eleitores terão de digitar os números de candidatosa seiscargos, na seguinte ordem: deputado federal,estadual ou distrital (Brasília).Depois paradois senadores, governador e presidente daRepública. Os114 milhões de eleitores deverão fazer 25toques nasteclas das 406 mil urnas eletrônicas. Essa será a primeira eleição geral totalmente informatizada no país. As informações são do site do TSE. (AE)

PT,deputado João Paulo (SP), também na terça-feira, quandovaiapelar paraqueo partido nãoobstruaoutras votações.

O atraso interessa ao PT e à bancada ruralista, que aguardamoveto presidencial ao projeto que estende a renegociaçãodasdívidas agrícolas. O governo reclama perdas de R$ 960 milhões.

Se o presidente Fernando Henrique Cardosovetaro projeto até o prazo final, dia 17, os deputados poderão apresentar emendas na medida provisória. No dia21 de abril, mais uma MP passa a trancar a pauta de votações. No dia 2 de maio,a MPquefixou osalário mínimo em R$ 200,00 vai trancar a pauta. (AC)

Íris Rezende acredita que comissão deve apresentar relatório nesta semana

EUA investem em armas que assustam, mas não matam

Os soldadosdo futuropoderiam ter em seus arsenais armas muitosingulares: materiais escorregadios, raios de dor,balas deruído ebombas de mau cheiro. Atualmente, o Pentágono prepara uma série de armas defensivas para seus soldados, a fim de utilizá-las em lugares onde não estiverem bemdefinidasasdiferenças entre inimigos e civis. Muitos projetos são variações de armas convencionais, comoas balasde cera, que causam forte dor no momento do impacto.

Mas algumas tecnologias ainda são vistascomo parte de um livro de ficção científica. Uma empresa de San Diego desenvolve um fuzil alimentado por bateria que dispara"balas" de ruídoensurdecedor. A empresa American TechnologyCorporation dizque aarmapoderia ser usada contra seqüestradores de aviões sem colocar em risco a fuselagem da aeronave.

Escorregadias – Em San Antonio, a infantariada Marinha contratou um grupo de cientistas paraque desenvolvam um materialescorregadio,cuja aplicaçãofazcalçadas e escadas se tornarem tão escorregadias quanto o gelo. Funcionários do Pentágono pedirama cientistas dedicadosao estudo do paladar e do olfato que desenvolvamo pior cheiro possível. A iniciativa para desenvolver essetipo dearma foiiniciada apósa participaçãonorteamericana naSomália, entre 1992 e 1993, que levou os soldados norte-americanos à linha de tiro em áreas urbanas repletas decivis. Apenasum combateneste paísresultou namorte de 18militares e centenas de somalis.

Nos novos arsenais do Pentágono estão balas de ruído e de cera e bombas que lançam mau cheiro

rando os reflexos do corpo. "A idéia é nos concentrarmos nos cinco sentidos, assim como em nossa capacidade para caminhar", comentou o capitão Shawn Turner, porta-voz da DiretoriadeArmas NãoLetais doPentágono, um programada infantariada Marinha dotado de umorçamento deUS$ 25milhões.

Dez refugiados afegãos têm agora o Brasil como o mais novo endereço

As armasdo futuro poderiam ir além das balas de cera e do gás lacrimogêneo, explo-

Cheiros – A rmados com parte dessa cifra, pesquisadores do Centro Químico dos Sentidos Monell, na Filadélfia, tentam determinar quais são os cheiros que mais incomodamas pessoas.Dois anos de pesquisaspermitiram encontrar uma "versão reforçada do desperdício humano",disse PamelaDalton, encarregadado estudo. "É realmente terrível. Encontramos poucas pessoas capazes de senti-lo e não ter uma reação imediata", acrescentou.

Tais projetosrepresentam apenasuma partedotrabalho da diretoria, conta Turner. Alguns não passarão de simples projetos, mas outros já estão sendo preparados para uso.

Os fuzileiros da Marinha, responsáveis pelasegurança das embaixadas norte-americanas, planejam utilizar um material escorregadio para enfrentar grupos hostis, fazendo comque asfalto, concreto, cerâmica ou madeira fiquemtão escorregadioscomo ogelo.Aconclusão do projeto é prevista para 2003. Arma da dor – O Pentágono investiu US$40 milhões para o desenvolvimento de uma arma que cause dor sem danos permanentes. O armamentodispara ondas eletromagnéticas queativamos centros receptores dedor no corpo. Outra arma em desenvolvimento emite onda de ruído de140 decibéis.O ruído não é somente escutado, mas também sentido. (AE)

Palestinos vão receber US$ 150 mi

Acomunidade árabedecidiu colocar em práticaum plano de ajuda aos palestinos e não ficarapenas protestando contraas tropasde Israel. Árabes do Golfo Pérsico contribuíram comUS$150milhões paraos palestinos em váriosprogramas de arrecadaçãopela tevê.Na Arábia Saudita, um programa televisivo, superviosionado pela estado, arrecadoua somade US$ 85 milhões.

Novizinho Bahrein,outro programa semelhante levantou cercade US$13 milhões, sendoque US$4 milhõesforam doados apenas pelo rei da ilha,oprimeiro-ministro e o príncipe coroado. Em outros Estados do Golfo, três programas de tevê arrecadaram US$ 53 milhões. Cheque – Obilionário investidor príncipe Alwaleed binTalaldoou US$ 27 milhões no programa saudita.

Parte da doação foi o cheque de US$ 10 milhões que ele havia oferecido em outubro às vítimasdosataques de11de setembro em Nova York. Oentãoprefeito Rudolph Giuliani inicialmente aceitou o cheque, mas o devolveu posteriormente depois que Alwaleed exortou os EUA a reavaliaremsuas políticasno OrienteMédio eadotarem uma posição mais equilibrada em relação aos palestinos.

O Brasil recebeu o primeiro grupoderefugiadosafegãos. Eles chegaram em São Paulo e depois seguiram para Porto Alegre.As dezpessoas – dois casais com três filhos cada –foramrecepcionadas no aeroporto Salgado Filho pelo ministroda Justiça,Miguel Reale Júnior, e por representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e de organizações não-governamentais.

Alwaleed disse que metade da doaçãoseráusadaparaa reconstrução da infra-estrutura palestina destruída pelas forças israelenses, e o restante seráentregue emforma de produtos, incluindo 100 jeeps e roupas. Alternativa – Campanhas de levantamento de fundos ganharamforçanos últimos dias como alternativa a violentos protestos antiisraelenses no Oriente Médio. (AE)

"Quero ter umavida tranqüila e dormirem paz", disse Marzieh Rahimi, de 28 anos, esposa dojornalista eativista políticoAbdol Vahed Rahimi, de 37 anos.

Esperança – Feliz, surpresoe assustadocom oassédio da imprensa,ojovem Vali AhmadFaghiri,de 16anos, desembarcoucom odesejo de construirsua vidano Brasil:"Vamos permaneceraqui até quando nos deixarem."

FMI planeja instalar missão na Argentina

O Fundo Monetário Internacional, FMI,poderá instalaruma equipe permanente na Argentina para monitorar o cumprimentode cadauma dasexigências feitaspeloorganismo e acordadas na nova carta de intençõesque será assinada pelo governo. Esta seria outra exigência do FMI. A informação é de uma fonte doministério de Economia transmitida ao jornal Clarín Há quase dois meses, o economista doInstituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), Rudiger Dornbusch, disse que era preciso prestar assistênciafinanceiraà Argentina, mas somente se o país aceitasseaaplicação de reformas radicais. Além disso, recomendouaintervenção na política econômica argentinacom ocontroleea administração dogasto, da emissão monetária e da arrecadação de impostos. Segundo ele, tudo isso deveria ficar nas mãos de estrangeiros. Na ocasião, aproposta deDornbusch provocou uma enormepolêmicae muitaira na Argentina. Monitorar – Funcionários dogoverno chegaramadizer que se tratava de uma expressãodopensamento edosinteresses dosfatores depoder dos Estados Unidos. Não há

precedente na história argentina de instalação de uma equipe para monitoraro cumprimentodo acordoentre um governo e um organismo internacional. O controle,quenormalmente étrimestral, passaria a ser diário. Menem – O juiz argentino JulioSperon, queordenoua detençãodoex-ministro da Economia Domingo Cavallo, na semana retrasada, num caso de tráfico de armas, apontaagorapara Carlos Menem, mastemeque haja travas legais que evitem o aprofundamento dainvestigação do ex-presidente. Menem, quegovernouo país entre1989 e1999, ficou detidoem prisãodomiciliar durante cinco meses no ano passado, pelo caso de contrabando de armas para o Equadore aCróacia duranteseu mandato, masfoi liberado por uma determinaçãoa seu favor expedida pela Suprema Corte de Justiça.

Menem tinhasido preso por ordem deoutro juiz por supostamente terliderado umaquadrilhade funcionários que permitiu a venda ilegalde armas."Speroni tema intenção de continuarcom a investigação de Menem, o assunto aquié sevãodeixar", diz a fonte.(Agências)

Em nome do grupo, o professor NesarAhmad Faghiri, de56 anos,agradeceu asolidariedade do governo brasileiro, da ONU e da Central de Orientação eEncaminhamento(Cenoe), a ONG que está cuidando do assentamentodos afegãosnoRio Grande do Sul. O ministro daJustiça lembrou queo mundo vive um momento de intolerância e considerou a chegada dos refugiados como umatoque tem o significado da paz. Asfamíliasserão encaminhadas às casas alugadas pela Cenoe, na zona norte de Porto Alegre.A ONG receberá recursos do Acnur para dar assistência aos refugiados e obteve oferta deempregos para os refugiadosem oficinas mecânicas, postos de gasolina,restaurantes, confecções e comércio de madeiras. Os chefes defamília têm formação de nível médio. (AE)

No Paraguai, juiz condena Wasmosy a 4 anos de prisão

Em um fato sem precedentes na história do Paraguai, o ex-presidente Juan Carlos Wasmosy(1993-1998) foi condenado a 4 anos de prisão por corrupção.

O juiz criminalista Jorge Bogarínentregou aosjornalistas no finaldesta semana a cópiadasentença quelevou Wasmosya condenaçãode quatro anos. Também foi punido o e seu ex-ministro da Economia, Carlos Facetti. Neste caos, a pena foi menor, de 2 anos de detenção.

Juan Carlos Wasmosy e Carlos Facetti foram condenados por terem autorizado o desvio, em 1997, de US$ 6 milhões do Instituto de Previdência Social, encarregado da seguridadedos trabalhadores, para capitalizar o Banco de Desenvolvimento, comercial e privado, ao qual o ex-governante estava vinculado através de terceiros.

Sem declarações – Nem o ex-presidente Wasmosy, de 62anos, nemseusassessores quiseram fazer alguma declaração após adivulgaçãoda sentença. De acordo com a legislação do Paraguai, Wasmosypode apelardasentença e, se for confirmada a condenação, poderá recorrer a uma terceira instância, a Corte Suprema de Justiça. (AE)

Crianças acenam em Cumbica. Famílias seguiram para Porto Alegre.
Celso
Júnior/AE

Chávez retoma o poder na Venezuela

Depois de dois dias de sua deposição, o presidente Hugo Chávez volta ao poder com o apoio de grupos militares e de civis

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deposto na madrugada de sexta-feira por um golpe militar, está de volta ao poder. Chávez, que estav apreso na ilhade Orchila, no Mar do Caribe, chegou de helicópteroao PalácioMiraflores, sede do governo, às 2h50m(hora local). Milhares de simpatizantes do presidente oesperavam, gritando seunome, agitando bandeiras e cantando o hino nacional da Venezuela.

"ADeus oqueéde Deus,a César oqueé deCésare ao povo oque édo povo",disse Chávez, em discurso transmitido em cadeia de rádio e TV. O cargo foi entregue a ele pelo vice-presidente, Diosdado Cabello, que assumira o poder interinamente, após a saída de Pedro Carmona, o empresário que chegara à

presidência nasexta-feira, comapoio demilitaresChávez dissequeem nenhum momento assinousua renúncia e garantiu que reassume opoder’semnenhuma carga de ódioou rancor contra ninguém’.

Divisão – Chávez foi deposto na madrugada da sexta-feira. No sábado, as ruas de Caracas foramtomadas por simpatizantes do presidente. A reação popular e a oposição de grupos militares deixaram isolado o empresário Pedro Carmonaea juntamilitar que o sustentava. Os simpatizantes deChávezcontrolaramasituação nocomeçoda noite de sábado, e o vice-presidente dissequeassumia o comandodo país atéque Chávez voltasse.Carmona renunciou e está preso, segundo informações.

Vendas incluem petróleo e veículos

A relação comercial brasileira coma Venezuelacomeçoua apresentarsaldospositivos para o Brasil no ano passado.Até2000,o Paístinha déficitna balançadecomércio com o parceiro latinoamericano. Em 2001, porém, asituaçãose inverteu–devido, principalmente,àdiminuiçãodas importaçõesde petróleoe aoaumentodas vendasbrasileirasde automóveis para aquele país.

Em2000,o Brasil importou daVenezuela US$1,328 bilhão. Noanopassado,de acordocom dadosdoMinistério daIndústria, Comércio e Desenvolvimento brasileiro,o volume caiu para US$ 747, 9 milhões.

A diminuição foi provocada, em grandemedida,pela redução das compras de petróleo– umdos principais produtosimportados pelo BrasildaVenezuela. Entre 2000 e2001, ovolume depetróleoimportado peloPaís caiu de US$ 419,6 milhões para US$ 179,8 milhões. As exportaçõesparaa Venezuela,por outro lado,aumentaram de US$ 751milhões, em 2000, para US$ 1,092 bilhão, no ano passado. As maiores vendas brasileiras para o país se concentram no setor automotivo (com máquinas, equipamentos e veículos, basicamente). Em2001,houveum salto nosnegócios dosegmento,

especialmente deveículos com potênciasuperior a 1.500 cilindradas. As exportações de automóveis do tipo, que ficaram em US$ 15,8 milhões em2000, subirampara US$ 119,7 no ano passado. O Brasil também vende serviços ao parceiro, afirma o o presidente da Câmara Venezuelana-Brasileira deComércio e Indústria, José Francisco Marcondes Neto. "A Odebrechtestá presente na Venezuela tocando obras estimadas em US$ 1 bilhão".

Exp ansã o – Marcondes Neto se mostrou otimista em relação ao comércio entre os dois países. "As relações entre Brasil eVenezuela sãoboas e estão crescendo", diz

França aposta no fôlego do Mercosul

Os empresáriosfranceses confiam na economia brasileira e acreditam que o Mercosulpodeser um instrumentoimportantede estreitamentodas relaçõescomerciais com a União Européia. A té porque não agrada aos empresárioseuropeus um Brasil apenas assinando um contrato de adesão à Alca (Área de LivreComércio das Américas), que conceda uma posição privilegiada aos EstadosUnidos.A avaliaçãofoi feitapelo presidentedaCâmara deComércio FrançaBrasil(CCFB),Jean Marie Lannelongue.

O executivo observaque a Europa é hoje o maior parcei-

roeminvestimentos ecomércio com o Brasil, além das fortesligações afetivaseculturaisque existem entreas duas regiões."A Europatem interesse numaeconomia brasileirafortee independente". Nesse sentido, interessa tambémo fortalecimento doMercosul,ainda que o mercadoesteja, segundo ele, "cambaleante". Essa preocupação doseuropeus emrelação àbusca de hegemonia dos norte-americanos na América Latina tem fortes razões estratégicas. Segundo a Câmara,as exportações brasileiras para a UE devem atingir US$ 16,2 bilhões nos próximos dois anos, 10%

acima dos US$ 14,8 bilhões de 2001.

A entidade vairealizar, no dia 28 de maio, em São Paulo, oFórumEuropeu paradiscutir, entre outras coisas, o volume de investimentos entre as partes. Estarão presentes também as câmaras de comércio alemã,austríaca, belgo-luxemburguesa, britânica, espanhola,italiana, portuguesa e sueca.

Alcae protecionismo –Jean-Pierre Bourguignon, coordenadordo Fórum, reconhecequea Alcaéumdos principais desafios ao avanço nas relações comerciais entre Brasil e UE,além das discussõesemtorno dasbarreiras

protecionistas. "Por isso, precisamos cobrar uma definição políticae econômicasobreosrumos queoBrasilseguirá e quaisacordos são prioritários", afirma.

Jean Marie Lannelongue, não esconde que a Europa, no geral, e a França, em especial, têm suas barreiras protecionistas, sobretudo, no setor agrícola. Justifica as francesas como uma forma de não criar uma forte dependênciado paísem relação às importações de alimentos.

Lannelongue salienta que a França é o hoje o sexto maior parceiro comercial do Brasil e que tem interesse no crescimento das exportações brasi-

leirasem volume e paraum leque maior de países. Para ele, o ideal seria que as empresas estrangeiras pudessem criar uma plataforma exportadora, semelhanteao que ocorrena Coréiae naChina. "Mas o custo da mão-de-obra aqui não permitefazer como na China", disse. Além disso, há outros gargalos, para Lannelongue:um regimefiscal que não ajuda as exportações, elevados custos portuários e detransporte internoe,ainda, a falta de uma tradição exportadora,jáqueo enorme mercado interno não estimulou as vendas externas.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Segundo o executivo, os países vivem umafase de aproximação que começou quando Itamar Franco erapresidente do Brasil ese intensificou nos governos do presidente Fernando HenriqueCardosoe dos ex-presidentes venezuelanos Rafael Caldera (19941999) e Hugo Chávez. "Esperamos a estabilização da Venezuela para que a continuidade dessarelaçãoseja fortalecida", afirma Marcondes.Para opresidente daCâmara Venezuelana, essa aproximação éirreversível. "O Brasil comcertezavai continuar negociando com o novo governo", destaca.

Teresinha Matos

Powell: reunião com Arafat foi construtiva

Osecretário deEstadodos EUA, Colin Powelldisse que teve uma reunião "útil e construtiva" no domingo como líder palestino Yasser Arafat, que está cercado pelos israelensesemRamallah. Powell não deu detalhessobre avanços para umcessar-fogo. No sábado,após pressões internacionais, Arafat condenou em comunicado os atentados cometidos contra civis israelenses ou palestinos. Oprimeiro ministro israelense ArielSharon jádisse queseu exército não se retirará de Belém, Jenin, Naplusa e Ramallah, as principais cidades da Cisjordânia ocupadas.

Política e Copom: destaques da semana

O novocenáriopolítico que pode ser desenhado nestasemana, a partir dos últimos acontecimentos no PFL, não deve mexer muito com o mercado financeiro. O mercado deve continuar trabalhando com a expectativa da vitória de Serra.

O comportamento do mercado mudou. O candidato do PT, Luiz Inácio Lulada Silva, subiu nas pesquisasmas, nem porisso houve alarde. Bem diferente do passado.

O dólar encerrou a sextafeira com ligeira alta, de 0,43%, sobre o dia anterior. E apesar das recentes quedas doinício da semana a Bovespa fechou a sexta-feira com umaalta de 2,53%, acumulandoum ganho de 3,7% no mês.

Ou seja: os 31% conseguidos por Lula, entendeu o mercado, estariam apenas devolvendo ao candidato o patamar perdido para concorrentes, semanas antes. Não teriamvindo de novos eleitores e, portanto, não representariamum crescimento real.

Nesta semananãodeve sermuito diferente.O resultado líquido da mais nova crise dentro do PFL pode serum aumentode Serra nas pesquisas e sua polarização comLula.Esta,por exemplo, éaopinião de José Luciano Dias, cientista político da Góes & Consultores.

Outro ponto para o qual o mercadodeverá sevoltar é a reuniãodo Copom, que começa amanhã.Analistas passarama apostarnamanutençãodataxa. Aexplicação estariana divulgação do IPCApelo IBGE,na última semana, considerada

elevadapor algunseconomistas. Para Wilson Ramião, economista do Lloyds TSB,os números são altos considerando-se a meta de inflação estipulada pelo governo, e levando-se em conta que o Banco Central se utiliza do índice para o acompanhamento de seus objetivos.

"Istodeverá influenciar na decisão do BancoCentralemmanter ounãosua políticade redução daSelic." Segundo Ramião, se a opção for por um novo corte, ele deverá ser pequeno.

Ainda há a questão do aumento da gasolina.Se por um lado oconflitodo Oriente Médio, que ameaçavao preçointernacional do petróleo eosreajustes por aqui, poroutro os preços caíram nos últimos dias e, com eles, a ameaça à retomada da economia norteamericana ficouum pouco mais distante. E a política de reajustes da Petrobrás também pode ser revista.

A queda de Hugo Chavez na Venezuela devedeixar o mercado mais tranqüilo nos próximos dias. Com suasaídado governoagreve dos petroleiros no país chegou ao fim.

A divulgação do governo, naquinta-feira, davenda de ações do Banco do Brasil com apossibilidade deutilizaçãodo FGTS,deveainda ter impacto no mercado nesta semana. Os papéis do banco estão entre os mais negociados.

Depoisdo anúncio,as ações ON do banco fecharamna sexta-feiracomalta de 12,08%, a maior do índice,seguidas pelasaçõesPN também do banco,que subiram 8,08%.

OPINIÃO

Guimarães*

Redução do juro comprometida

Comércio busca saídas para perder menos com o SPB

NelsonCastro éresponsável pela área financeira da De Meo Ferramentas, rede que tem 11 lojas entre a Capital e a Grande São Paulo. Metade do volumedevendas feitas pela empresa, que não divulga seufaturamento, érecebida em cheques, com um valor médio de R$ 150,00.

Castro tem um desafio pela frente a partir da próxima segunda-feira, dia 22.

Neste dia entra em vigor onovo Sistema dePagamentos Brasileiro, SPB, que prevêa liquidação imediata de transações, com valor igual ou acima de R$ 5 mil. Os demais valores vãocontinuar sendoliquidados como hoje.

cheques menores, compensados em 24 ou 48 horas. Mas ovalordas faturasdevidasa seus fornecedores,que ficam acima do teto de R$ 5 mil, segundo Castro, vão sair da contada empresa nobanco em tempo real.

"É preciso que o comércio invista na automação e informatização de seu caixa", diz o consultor Santos

Desafio– É justamente aí que começa o desafio de Castro. A rede De Meo vai continuar recebendo o pagamento departe desuas vendasem

Resultado: "O saque que fazíamos em cimados depósitosem cheques,mesmonão tenso sido compensados, acabou para nós", diz Castro. Para ele, oSPB é ótimo. Penaque apenas para os fornecedores, na sua opinião. No vermelho – A De Meo, com o novo sistema, corre o risco de ficar com seu caixaa descoberto. O riscoserá igual para os cerca de400 mil pontosde-venda de todo o País, na avaliação do consultor Mario DiasSantos,da ECRBrasil, empresa especializada em otimizar os sistemas de logís-

tica de empresas e lojas.

Segundo Dias, o varejo que não estiverinformatizado terá mais dificuldade para acompanhar de perto o fluxo de seu caixa. "É preciso que o comércio invistana automaçãoeinformatização deseu caixa", alerta ele.

Saídas – Na falta desistemas informatizados, o comércio já tem pensado em algumas saídas caseiras. "Imaginoqueteremos de antecipar ofluxo em um ou dois dias", diz Castro.Ouentão

Vantagens para as empresas virão, mas só no longo prazo

Onovo SistemadePagamentosBrasileiro, SPB, ainda traz muitasdúvidas, principalmente para os pequenos empresários. Mas pode resultar em vantagensparaas companhiasnofuturo, após um custoso eárduo processo de adaptação.

Adiretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Clarice Messer, avalia que, para as indústrias paulistas esteprocesso de adaptação poderá causar uma perda de R$ 1,3 bilhão decapitaldegiropor mês.

depositar oschequeseesperara compensação,para depois pagar os fornecedores. Outra alternativa é a distribuiçãoda fatura com valor acima deR$5 mil emvárias notas, comvaloresmenores que o teto de R$ 5 mil e assim escapar da liquidação on-line. Isto evitaria que o dinheirodolojistasaiada contacorrente no mesmo dia. Mas vai depender dos fornecedores aceitarem a proposta.

Roseli Lopes

Troca de moedas antigas por euro fica mais difícil

rentes áreas e hierarquia. Além disso, onovo SPB exigirá umenorme trabalho de negociação da empresa com fornecedores, clientes e instituições financeiras.

Pesquisa – Clarice reportou-sea umapesquisafeita pela Fiesp, junto a seis setores daindústria paulista,emfins defevereiro,sobre ograude conhecimento do SPB. Dos 8 mil enviados, 1.024 questionários foram respondidos.

Quemainda possuipesetas,francos, marcos,escudos ou qualquer outra das doze moedas européias que deixaram de circular deve trocar as notas oumoedas antigaspor euro, nosbancos dosrespectivos países.

"A posição do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, de começar areverter suapolítica de juros, que já dão sinais de alta, mais o impacto dopreço dopetróleono mercadointernacional ea elevação dospreços administrados no Brasil, que refletem diretamenteno índicedeinflação, poderão impedir o Banco Central de mantero ritmoderedução dataxabásicadejuros da economia, a Selic. Já a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, que começa nestaterça-feirae vai até a quarta-feira,esses fatores deverão ser considerados pelo Banco Central".

Perdas– Esta perda, segundo estudo feito pela FederaçãodasIndústrias,se dará pelo aumento da necessidade de crédito; perda adicional de potencialde giropor outros descasamentos;custos de adaptaçãotecnológica ede novos processos internos para asempresas;treinamento de pessoal e perdas decorrentes dairreversibilidade das operações, depois de o sistema entrar em vigor, no próximo dia 22.

No entanto, amudança

* Haroldo Guimarães é economista pela Góes & Consultores

FIQUE DE OLHO

•O governo deve colocar à venda ações do Banco do Brasil. E deverá permitir a utilização de parte do FGTS.

•Ocaminhopara avotaçãodaCPMFfoi abertonasemanapassada,com avotaçãodamedidaprovisóriada energia. OPFL disse que votará nos próximosdias a Contribuição.

AGENDA ECONÔMICA

•Copom –O Comitê de Política Monetária volta ase reunir,nospróximos dias16e17,parafixar anovataxa básica de juros, a Selic.

•IGPM-FGV –Divulgação do ÍndiceGeral dePreços pela Fundação Getúlio Vargas. Dia 17.

•IGP-FGV – Divulgaçãodo Índice Geral dePreços da Fundação Getúlio Vargas. Dia 18.

•Emprego – Pesquisa industrial mensal de emprego e saláriodo IBGEsobre onívelde atividade,referente aomês de março. Dia 18.

não significará apenas perdas. Com as novas transferênciasfinanceiras eletrônicasem tempo realo sistema ficará,aolongo do tempo, maisconfiável, haverámais competitividade de tarifas entre os bancos, os pagamentosrecebidos tambémpoderãorepresentar mais caixa, desde que a empresa aproveite a eficiência do sistema. Vantagens – Para Clarice Messer, que falou sobre o SPB,numa palestra organizada em conjunto pelo Fórumde Jovens Empresários, FJE,da AssociaçãoComerciale NúcleodeJovens Empreendedores, da Fiesp, na noiteda últimaquinta-feira, as vantagens virão se algumas medidas forem, adotadas pelas empresas. Entre esses cuidados, Claricedestacou osseguintes: melhorianos sistemascomputacionais, maior qualificação do pessoal da tesouraria e maior integração entre tesouraria,administração efinanceiro. Em todasestas sugestõesa ênfaseépara otreinamentode pessoalnasdife-

Emboraela reconheçaque o processo de esclarecimento sobre o SPBdeve ter melhorado de lá para cá, à época o resultado médio é que 57% dos entrevistados desconheciam o SPB, em comparação aos 43% que conheciam.

Menos informadas– No entanto,ficouclaroque as empresas de menor porte estão menos informadas.

Enquanto 70% das micros e 67% das pequenas disseram não conhecer o novo sistema, apenas16% das grandes companhias derama mesma resposta.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Desdeodia 28defevereiro o setor de câmbio dos bancos brasileiros deixou de converter para o real estas moedas. Emalguns países,noentanto, nem mesmo os bancos locaisfazem maisatroca, ea única saída é recorrer ao Banco Central de cada nação. Alternativa – Fora essas alternativas complicadas,resta ainda outro caminho,mais arriscado: tentar negociar as moedas aquimesmo noBrasil,no mercadoparalelo.Algumas casas de câmbio ainda convertem as notas antigas. França, Portugal, Espanha e Luxemburgo, por exemplo, estabeleceramque, atéo dia 30 de junho, os bancos comerciais dessas nações troquem asmoedas nacionais por notas de euro. Na Alemanha,entretanto,o prazojá terminou. (AE)

Haroldo

Ações do Banco do Brasil: bom negócio

Analistas indicam a compra dos papéis em oferta pública. Ações ordinárias da instituição subiram 12,8% após o anúncio.

Comprar ações doBanco do Brasil, BB, pertencentes ao governo podeserumbom negócio, a exemplo do que aconteceu nos casos da Petrobrás e da Vale, segundo analistas do mercado.

A confirmação de que o gov ernopretende vender 16,3% do capital do banco fez os papéis da instituiçãodispararem na sexta-feira na Bov espa. BB ON teve alta de 12,8%, amaisexpressiva do dia, e BB PN subiu 8,7%.

Alta – O ótimo desempenho das ações prova que ana-

listas têm boas perspectivas para a instituição. Reestruturação contábil e intenção de entrada no Novo Mercado da Bovespa são dois dos motivos que levam os analistas a apostar no banco.

Omercadosabeque oBB está intimamente ligado ao governo. Mas vê na operação a possibilidadede a interferência política naadministração diminuir.

Para Mauro Mazzaro, analista da corretora Planner, o Banco do Brasilestá deixando de ser uma instituição pe-

sada,detentora deativosnão muitoconfiáveis,para se tornarcompetitivo emais transparente. Reestruturação – "O programa de reestruturação anunciadopelogoverno no ano passado,que limpou o balançodo banco,e agora a idéia daadesãoarígidas regras degovernança corporativa tornam atraente acompradas ações", observa José Cataldo, analistada corretora Sudameris. Expectativa – "O mercado já tem umaexpectativa posi-

tivaem relação aoBBdesde que o governo começou a trabalhar na reestruturação. O banco passou porumajuste significativo e se livrou, por exemplo, de créditos rurais queprejudicavam seus números", afirma Cataldo. Além disso, obanco vem melhorando seus resultados nos últimos anos. O lucro líquido atingiu R$ 1,082 bilhão no ano passado, contra os R$ 974,2milhões em2000e R$ 843 milhões em 1999. Liquidez – Outro ponto positivo citado pelos analis-

Momento favorável para entrar na bolsa

Preçosdepreciados, melhora do cenário político e acomodação dos preços do petróleo noExterior tornam o momento favorável para entrar nabolsa. Estaé aavaliação de Alexandre Carneiro, da Adinvest Consultoria. "Fatores negativos que prej udicavam o mercado estão perdendoforça. Comoos preços de muitos papéis estão baixos, vejo boas oportunidades de ganhos", observa.

Paraele, amelhora docenário abreespaço paramais uma queda nos juros. Esta semana acontece a reuniãoque decidiráanova taxa básica da economia. Jurofuturo – No mercado de juros futuros,da Bolsa de Mercadorias eFuturos, BM&F, os investidoresjá anteciparam aexpectativade uma redução dataxabásica. O contrato para maio fechou em 18,28%aoano, ante

18,32% da véspera. Bolsa sobe – O otimismo voltoua tomarconta daBovespa, que fehcou com ganho de 2,53%. Na semana, a bolsa subiu3,5%, ampliando para 3,7% a alta no mês. No ano, o ganho é de 1,2%.

Asmaiores altasforam Banco doBrasil ON(12,8%) e Banco do Brasil PN (8,7%). A maior baixa ficou por conta de Petrobrás ON (-1,1%).

Dólar – O dólarcomercial

subiu 0,43%,efechou em R$ 2,292 para compra e em 3,R$ 2,294 para venda. Na semana, valorizou-se 0,70%. Rolagem – Segundo operadores, a cotaçãodo dólar subiu porque o Banco Central pode diminuir a rolagem de títulos cambiais. O objetivo seria evitar quedas mais expressivas das cotações, que poderiam prejudicar o desempenho da balança comercial.(RA)

tas é oaumento daliquidez das suas ações. Para poder entrar noNovo Mercado,o BB precisater25% desuasações emcirculação, oquedeve acontecer depois de concluída a oferta do governo. Com isso o banco deve elevar suaparticipação no Ibovespa. Hoje, as preferenciais do banco tem peso de apenas 1,3%noíndice,e asordinárias menos ainda: 0,3%.

Valor de mercado – Mazzaro, da Planner, lembra aindaque no setor bancáriona bolsa,o Bancodo Brasilestá bem atrás deoutras instituições privadas. "O Bradesco, por exemplo, tem ativos de cerca de R$ 100 bilhõeseum valordemercado de R$ 21,9 bilhões. O valor doBBéde R$10bilhões,pequeno em relaçãoaosativos de R$ 165 bilhões. Ou seja, há bastante espaçoparacrescimento", destaca.

Segunda – Se realmente aumentar o volume de ações em circulação o BB deve ser a segunda empresaa terações no Novo Mercado.

Hoje,somenteos papéis ordinários daCompanhia de

Concessões Rodoviárias, CCR, estão nesta seção de negócios da Bovespa. Mas várias outras empresas já se dispuseram a adotar regras mais rígidas detransparênciana relação com seus acionistas.

Rejane Aguiar

Mais turbulência na aviação brasileira

Neste ano, duas companhias aéreas suspenderam as atividades no Brasil. Baixa ocupação dos vôos, receita em real e custos em dólar impedem as empresas de ajustarem as contas. Falências e fusões não estão descartadas para 2002. A dívida da TAM, Varig e Vasp juntas ultrapassa US$ 3,8 bilhões.

Duas companhiasáreas brasileiras suspenderam suas atividades desdeo iníciodo ano. Aprimeira delas foia

Nacional, emjaneiro. APassaredofoi asegunda adeixar seusaviões nochão,no dia5 de abril. As decisões são um sinaldeque abrigapromete ser feia no setor em 2002. Falências e fusões não estão descartadas, além daentrada de capital internacionalpara amortizar dívidas.

As companhias operam com custos altos, na maioria dos casos cotados em dólar, mascom receitaemreal etaxa de ocupação das aeronaves abaixo do necessáriopara fechar ocaixa comsaldo positivo.No últimomês demarço,a médiade assentosocupados nas quatro maiores empresas foi de 54%.

Acarga tributária édas maisaltasdomundo: 35% sobre opreço daspassagens, para 16% na Europa e 7,5% nosEstadosUnidos. Háexcesso de ofertana aviação brasileira, ao mesmo tempo em que as empresas precisam manter funcionandoas rotas

autorizadas pelo Departamentode AviaçãoCivil (DAC),sobpena deperdera concessão dos trechos. C ai xa – ATransbrasil se encontra a um passo da falênciadesde dezembrode2001, quando deixoude voar.A Varig fechouo ano passado com prejuízo de US$ 200 milhões. Acompanhiadecidiu que vai abrir o seu controle para investidores do mercado. Hoje, 56% do capital da empresapertence aosseus funcionários, através da Fundação Ruben Berta. Na Vasp, o balanço de 2001 aponta um lucro de R$ 36 milhões. Segundoespeculações domercado, acifra temrelação com o fato de a companhia possuir apenas aeronaves próprias,não assumindo maisgastoscom leasing. A possibilidade de maquiagem

contábil é levantada por nove de 10 consultores ouvidos. Mesmo tendoapresentado prejuízo de US$ 28 milhões no ano passado, a TAM possuium dosmenores índices de endividamento do mercado."ATAM manteveamargemde lucromais estáveldo setor entre 1993 e 1998: 8%", explica o consultor da ABM Consulting, Alan Marinovic. Enquanto avalia os resultados das três empresas, o mercado volta as suas atenções paraa divulgaçãodoprimeiro balanço da Gol, a ser publicado atéo final domês.De acordo com o vice-presidente de marketing da Gol, Tarcísio Gargioni, o resultado deve refletir oequilíbrio nas contas no primeiro ano. "Teremos um pequenolucro ou prejuízo,massempre perto do equilíbrio", afirma.

Dólar – Segundo o consultor daABM Consulting,Fernando Coelho, a desvalorização do real em 1999 pesou na contabilidade de todas as empresas. "Todastiveram prejuízos. A TAM apresentava lucro de 1992até 1998. Em

O segredo do tapete vermelho criado pelo

comandante Rolim

1999,foi observadoumprejuízo de US$ 72,8 milhões. Desde então, os saldos vêm sendo negativos", explica. De acordo com estudo da ABM Consulting, a composição dos custos das companhias envolve 20% de gastos com ocâmbio nacompra de peças e equipamentos, 13% com combustível, 19% de encargos com pessoal, 10% com despesas comerciais e 7% com tarifas aeroportuárias. Os custosincluem 5%de depreciação, seguro e aluguel, 9%comorganização terrestre e 17% com outros gastos. Oprincipal entraveaonegócio aviação é a obtenção do lucrotendo que lidarcom custos muito altos. "As em-

presas atéconseguemgerar receita,mas ataxa deocupação é baixadiante do custo parafazer umaviãodecolar.

Semcontar osjuroseoImposto de Renda, Varig e TAM não teriam registrado prejuízo em 2000", afirma o consultor Fernando Coelho. Osjuros para ofinanciamento de capital de giro chegama 18%aoano noBrasil. "A taxaé de 6%aoanonos EUA", diz Marinovic.

Acolocaçãodeum tapete v ermelhona entradados aviõesé umdos principais trunfos de marketingda TAM para agradar seus passageiros. Poisfique sabendo que a regalia possui uma outramissão, talvezmenosnobre, porémnão menosestratégica: limpar ospés dos viajantesantes queelesentrem na aeronave.

Isso mesmo,o tapete vermelhoestá ali paralivrar o carpete do avião detodoe qualquer sapato sujo."O custodelimpeza do piso da aeronave é muito alto e o tapete foi uma ótima saída do comandante Rolim (ex-presidenteda companhia)para reduzir a sujeira à bordo, sendo absolutamente simpático com ospassageiros",explica oprofessorda EscoladeAdministraçãode Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV)em São Paulo, Antonio Luiz de Carvalho.

Segundo Carvalho,uma boadosede marketing nos planos das companhias poderiaminimizara criseda aviação nacional. "Acabou a tolerância para asempresas que nãosouberem administrar bem seusnegócios. Há excesso de oferta no mercado eganhaa disputaquemfizer omelhormarketing deseus serviços", afirma.

Os altos e baixos do setor podem ser contornados com outras saídas que não a guerra das tarifas, mortal para a contabilidade das empresas. "O que existe hoje é um marketing burroque reduzos preços quandoninguém pode viajar e promove aumen-

Imagem

Pampolin/Digna

Paulo

Carvalho, da FGV, sugere às empresas que troquem promoções por marketing

tos pesados na alta estação", explica o professor. A vendade passagenscom preçosmais altosmomentos antesdo embarqueseriaoutra falha. "Passageiros de última hora desistem de viajar se podem escolheroutradata para o embarque. A aeronave perde ocupaçãoporuma simples questão de estratégia", afirma Carvalho. Rotas – A conquista de rotas menos trabalhadas é outra luzno fim dotúnel."Ainda existem trechos com demanda reprimida, como a ligação dacapital paulistacom ascidades do interior e as regiões

Sul e Centro Oeste", afirma. Entreas companhiasnacionais, aTAM é aque mais vemtirando proveitodas ações de marketing, muitas idealizadas sob a gestão do comandanteRolim, falecido em 2001. Além do tapete vermelho estrategicamenteutilizadocomo capacho,a empresa promove ações mais sutis, como servir café, suco e biscoitopara passageirosantes do embarque."São medidas simples, como o engraxate que se oferece para lustrar o sapato edepoisidentificao serviço como uma cortesia da empresa", afirma Carvalho.

Até o final do ano, a regra é gerar aumento de caixa. E valeparatodas ascompanhias aéreas. "Ou a receita aumenta ou as empresas se abrem para receber ocapitalinternacional. A fusão entre as companhias tambémnãoestáfora de cogitação", afirma o proprietário da ABM Consulting, Alberto Borges Matias. O segundo semestre deste ano, quando se espera que a economia brasileira cresça em tornode 3%em relaçãoa 2001,podeser omelhormomento para o setor rever os seusnegócios. "Nãorestam muitas opções. Aconsolidaçãodas dívidaspelogoverno é uma hipótese menos provável", explica Borges Matias.

Greve de pilotos é mais um

problema

A Varig completa 75 anos defundação nopróximodia 7 de maio. E pode passar a datatendoque resolveragreve deseuspilotos. Oscomandantese co-pilotosda companhia vêm realizando um protesto silencioso contra a empresa desde fevereiro e devemoptar pelaparalisação das atividades em assembléia a serrealizada no dia23de abril, em São Paulo. O movimento se baseia numpontobásico: garantia de emprego para os profissionais contratados pela Varig diante dosinvestimentos nas duassubsidiáriasda empresa,a NordesteeaRio Sul.O objetivo é negociar a elaboração de uma lista em que todos

para a Varig resolver

os funcionáriosestejam organizados por tempo de serviço, incluindo as equipes da Nordeste eda RioSul. Ocritério serviria para assegurar ospostosde trabalhodos profissionais commais tempode casa,a maioriapertencente ao quadro da Varig. Até o momento, o protesto consiste numaespécie de operação tartaruganos vôos, feita a partir do cumprimento rígido de normas mínimas nas aeronaves, como o fechamentodas portas apenas quando todos os comissários estiverem sentados. Desde fevereiro, jáforamregistrados atrasos de até duas horas nos vôos com as medidas.

"A empresase mantém ir-

redutível eé possívelque comemoremosos 75anos da Varigem greve",afirma orepresentante daAssociação dos Pilotos da Varig (Apvar) Márcio Marsillac. Segundo Marsillac, os funcionários da companhia são absolutamente a favor de que investidoresdo mercado assumam o controle da Varig, o que deve acontecer nos próximos meses."Nãohá outra forma decapitalizar as dívidas. A Varig precisa de capital externo e sob uma gestão corporativa competente", explica. A idéia é que os investidores sejamtambém osprincipais responsáveispela gestão dacompanhiadaqui por diante.

Promoção de tarifas aperta

margens

Umoutro agravantepode sesomarà crisedaaviação nacional em 2002: a concorrência pela ofertadas menores tarifas do mercado. A guerrade preçosjácomeçou edeveesquentar adisputa por passageiros no País.

A tendênciaé motivode comemoração entre os consumidores, mas atrapalha e muitoos negócios das companhias, que passam a contar com margensde lucroainda mais apertadas para operar. NaGol,os preçosaté30% abaixo damédia domercado são parte da estratégia de atuação da empresa,seguindo o padrão baixo custo/tarifas baratas. Em outras empresascomoaTAM, por

de

lucro nas empresas

exemplo, aordem éoferecer reduções entre 10% e 70% nos preços das tarifas cheias. A disputa pelos preços abalou o setor aéreo nacional em 1996 e 1997, quando todas as companhias passaram a conceder descontos de até 65% sobre o preço integral das passagens.Na ocasião,oaumento nas taxas de ocupação nãocompensouas perdas com a iniciativa.

NaTAM, um dos primeirosindicativos daguerrados bilhetes foi a redução no preçoda ponteaéreaRio-São Paulo evice-versapara R$ 120o trecho. Já naGol, a mesma rota sai por R$ 128. Outra açãoda TAM para ganhar a preferência dos con-

sumidoreséa ofertade50% de descontonaspassagens compradas com 21 dias de antecedência. Adquirindo o bilhete 14 dias antes de viajar, a redução cai para 40%. Paraseter umaidéiada disputa pelo preçomais baixo,atarifa daTAMdeSão Paulo para PortoAlegre, por exemplo, pode sair de R$ 546 para R$152, como desconto máximo. Já na Gol, o mesmo percurso sairia por R$129. "Ascompanhias trabalham sob custosaltos, inclusivede importação das peças das aeronaves. A redução dos preços leva ao aperto ainda maior das margens de lucro", diz o consultor da ABM Consulting, Fernando Coelho.

Isabela Barros
TAM continua decolando, apesar das dívidas, e Gol se prepara para apresentar o balanço do primeiro ano de operação

Futebol, churrasco e avião para chinês

A China vem se revelando uma fonte de receita para empresas brasileiras dos mais variados setores da economia

A relação comercial entre Brasil e China está indo além da áreaagrícola edo setorde minério de ferro, e chegando aossetoresde tecnologia de ponta e serviços.

Nomês passado,a fabricante brasileira Embraer abriu um centro de distribuição de peças em Beijing e agora acerta uma joint venture com uma das principais companhias aéreas da China, a A vic, para a construção de uma montadora de aviões.

A empresa já fechouum contratodevenda de cinco aviões, modelo ERJ 145, no valor de US$ 100 milhões. E estima que nos próximos cincoanosopaísadquira 700 dos seus jatos regionais. A estimativa tem como base a iniciativa do governochinês de desenvolver otransporte aéreo para facilitar o acesso a regiões mais distantes.

A Marcopolo, especializadaem soluções pararefrige-

ração e compressores herméticos, é outro exemplo de empresa tecnologia de ponta que foi buscar receita na China. A empresa fez parceria comogrupo localdeeletrodomésticos Snowflakeem 1995 eestima quenesteano atingirá o volume máximo de produção que é de 1,7 millhão de compressores. Ofaturamento da subsidiáriana

Obras prometem receita para as empreiteiras

A Chinaestálevando adiante um amplo projeto de modernizaçãodopaís, que leva emconta aurbanização de áreas rurais. A iniciativa promete alavancar os contratos de empreiteiras brasileiras com atuação internacional, principalmente para as que já realizaram obras no país, caso da Mendes Junior e Odebrecht. AMendesJunior ainda mantém operações na China.

Aempresa acompanhaoiníciodasoperações deumahidrelétricade1,2 milMWem Kun Ming, regiãode fronteira. A obra teve início em 1994 e aconstrutora foichamada pelo governo chinês para prestarserviços deassessoria técnica.O contratofoi de US$300 milhões.Aconstrutora possui umescritório no local e negocia a participação emmaisduas outrasobras para os chineses. (TN)

China, com a venda dos compressores,foi deUS$50 milhões,8%da receitatotaldo grupo no ano passado. Advoc acia – No setor de serviços, destaca-se o escritório de advocaciaNoronha e Associados. Oescritório abertona chinesaBeijing,há um ano, jáestá prestando assessoria aogoverno chinês em negociações coma Orga-

nizaçãoMundial doComércio (OMC),países daEuropa, Brasil e ações antidumping. Foram eles quem negociaram o contrato com Embraer para os chineses. A empresa demarketing esportivo, Brasil Sports Networking Clube,fazointercâmbio de jogadores e técnicos de futebol com o clube chinêsShangai Shenhua

A Embraer fechou contrato de venda de cinco aviões ERJ-145 no valor de US$ 100 milhões para os chineses

atravésde umaparceriacom o São Paulo Futebol Clube. Os técnicos Murici e Lazaroni já estiveram no país dando treinamento. Segundoo diretor da empresa, Luiz Amaro, a iniciativa naChinajá rendeu US$ 720 mil. Carne – E a Sadia, enquanto aguardaa quebradas barreiras fitossanitárias chinesas paraa importaçãodesuínos,

carnede vaca efrango, estabeleceu uma joint venture com a estatal Sky Dragon numa churrascariachamada Beijing Brazil. O apoio do governo faz parte de um projeto local para aumentar o consumo de proteínas de origem animal porparte dapopulação.Para aSadia, ainiciativa servecomo posto de observação para a conquista do mercado. Com aentradadopaísna OMC, as tarifas industriais serão reduzidas em média, de 24,6% para 9,4%. Quotas e licenças de importação cairão gradualmentenum período de cinco anose barreiras não tarifárias serão removidas. AChina éo mercadomais cobiçado do mundo, com 1,3 bilhão depessoas. Asdificuldades de fazer negócios estão noidioma, seus53 dialetose na extensão territorial.

Tsuli Narimatsu

Noronha decifra leis chinesas

Oescritóriobrasileiro de advocacia Noronha e Associados é o único do País e AméricaLatinaa colocaros pésno mercadochinês.Sem seassociara escritórioslocais, aunidade foi abertahá um ano com o objetivo de intermediar as parcerias comerciais entre Brasile China com a entrada do país na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Mas o pioneirismoe competência no trato de leis e tributos internacionais foi re-

conhecido primeiropelo governo chinês, que contratou a empresa para treinaros funcionáriosdo Ministérioda Indústriae Comércio na resolução de disputas na OMC.

Durval Noronha Goyos Junior, sócio-diretordo escritório, conta que ao perceber a iminência da entrada da China na OMC, detectou a oportunidadede sairnafrentee estabelecer suas bases por lá. Durval é especialista em direito internacional, árbitro do Gatt e da OMC.

Segundo ele, o Brasil, por ser um país em desenvolvimento, com áreasextensas e culturasdiferentes, tem semelhanças com o mercado chinês, o que facilita a relação entreos países.Quem quer fazer negócios no local, precisa, no entanto,ultrapassar a barreira dalíngua eo desconhecimento dos regimes internos."Nós conhecemosa China. Sabemos a lei, alíngua, como fazer negócios e aproveitar boas oportunidades", diz Durval Noronha. Ele conta que os chineses estãodispostos afirmarparcerias onde entrem com o capital easempresas internacionais com o conhecimento. Essaé, segundoele, amelhor forma parao Brasil ampliar seus negócios.

Noronhadá exemplosde características culturais que aproximam os dois países. "Uma piadabrasileira ébem entendida e faz o chinês rir", exemplifica. Cosméticos, alimentos e bebidas, como o suco de laranja e o mate, consumidos no Brasil sãoalguns itensque, segundo ele,podem cair no gosto do chinês.

Projeto – Oescritório iniciou o intercâmbio e treinamento dosprofissionais chineses e brasileiros para atuar no país há três anos e meio. E contratou especialistachines da universidadedoPovo, Winnie Pangpara integrara equipe. Hoje,a filialconta com novepessoas,10%do número defuncionários do maior escritório de advocacia da China.

ANoronhae Associados

realizaserviços de atendimento empresarial, consultoria legal e apoio logístico, obtenção de vistos necessários, suporte técnico e jurídico, incluindo tradutores, agendamento e acompanhamento de reuniões para empresários eautoridades,sejambrasileiros,chineses ou estrangeiros. É umaalternativa consistente para as empresas que querem entrar no mercado chinês mas nãodominam o idioma nem a astúcia dos comerciantes chineses.

A Noronha e Associados, existe há mais de 20 anos, possuiescritórios nos Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Argentina. É uma das empresasde advocaciado país comatuaçãomaisforte no exterior. (TN)

Cacique tenta criar hábito do

O consumo de café na China aindaé bastanterestrito e elitizado,estimado em 300 mil sacas ano, mas empresários do setor cafeeiro, que estiveram na recente missão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apostam nas vendas de café solúvel.

A expectativa de negócios é grande, uma vez que em todo o país há ohábito de consumir chá e bebidas quentes.

A CompanhiaCaciquede CaféSolúvel, quecomeçoua fazer contato com os chineses em 1975, está vendendo nove toneladas por mêsde Café

Pelé. De acordo com o diretor de exportações da empresa, Haroldo Bonfá, apesar do baixo volume, acompanhia fazquestão demanter arelaçãocomaChina, pensando nofuturo. "Negociarcom chinês exigeextrema paciência", afirma.

A Caciquenão aceitoua oferta para seassociar a empresaslocaise aguardaoaumento doconsumo doproduto para aumentar as exportações ao país. Para consolidar o hábito de tomar café, bebida considerada extremamente amarga peloschineses, osempresá-

café

riosbrasileirosapostam no sucesso de cafeterias internacionais,casoda redeamericana Starbucks,que mantém 40 lojasem Beijing e100 em Xangai. O primeiro passo é fazer com que estas cafeterias vendam café brasileiro. O potencial de consumo da bebida no paísjá despertou a atenção deautoridadeschinesas que expuseram, durante a missão brasileira, o desejo de desenvolver parcerias com os cafeicultoresnacionais. Trata-se deuma tentativade importar ogrão semprivilegiar o produto de maior valor agregado. (TN)

Durval, da Noronha, diz que empresa aprendeu a conhecer o mercado chinês
Clóvis Ferreira/Digna Imagem

Lixo, um problema ainda sem solução

Sem o número suficiente de lixeiras e com um serviço de coleta ineficiente, boa parte da Capital vive cercada de detritos por todos os lados. Para tentar contornar o problema, entram em vigor contratos mais rígidos com as prestadoras e a Prefetura promete uma campanha de conscientização.

Kelly Ferreira

Diariamente, na cidade de São Paulo, são recolhidas cerca de 12 mil toneladas de lixo domiciliar e 100 toneladas de resíduo sólido de saúde. Apesar disso, o serviço de limpeza urbana, realizado pela Prefeitura,ainda é insuficiente e ineficiente. Faltam lixeiras, conscientização para o problema e educação por parte da população. Outro agravantedaquestão do lixo é que o seu acúmulo afeta e coloca em risco a vidadapopulação –isso porque a sujeira pode aumentar a populaçãode ratos,baratase insetos transmissoresde doenças. Aevidência desse fato é aindamaior na periferia e na região Central. É comum,principalmente nas vias mais movimentadas

da cidade, ver algumas lixeiras, que escaparam do vandalismo, repletas de lixo que demoram dias para ser recolhido.Umexemplo éaavenida Brigadeiro Luis Antonio e rua a Pamplona, que nesta semana estavam com suas lixeiras transbordando. Sem encontrar um lugar para se livrar de papéis, latas e afins, muitas fazem aopção de jogá-los nacalçada ou nas ruas. "Jogar lixo no chão pode ser interpretadode duasformas.A primeira como falta de educação e a segunda, falta de opção. Às vezes, tenho de andar muito até achar uma lixeira", disse a estudante Priscila Mendes.

Conforme o Limpurb, empresaresponsável pelacoleta de lixo nacidade, a Prefeitu-

ra, por meio da Secretaria de Serviços e Obras, já está estudando apossibilidade de fazer campanhas educativas a fim de minimizaro descarte deresíduos sólidos.A idéiaé trabalhar com todos ossegmentos dasociedadee não apenas com estudantes. Cada segmentoterá uma abordagem diferenciada,deacordo com suas particularidades. Mudança – De acordo com informações do Limpurb, o serviço irá mudar apartir desta semana. O engenheiro e assessortécnico daempresa, Dan Schineider, explica que nos novos contratos paraos serviços de limpeza que entram em vigor agora já está prevista a coletacom contêineres eveículos adaptados emnúcleos habitacionais e locaisde difícilacesso,como favelas. Além disso,está prevista a implantação dos serviços de coletadiferenciada seletiva, lixo seco e orgânico serão separados. "A proposta é que esse serviço possa ser realizado uma vez porsemana emtoda acidade, complementando o trabalho que seráfeito pelas cooperativasou entidades que lidam coma coleta seletiva", disse o engenheiro. Dentro dos novos contra-

Novos contratos duram um ano e exigem mais das empresas

As empresas Vega, Júlio Simões,Enterpa, QueirózGalvão, Enob, Cliba,Marquise e SPL ganharamo processode licitação municipale serão responsáveis pela coleta de lixo na cidade, dividida em novelotes. Entre elas, apenas a Júlio Simões, Enob e SPL são novatas. Os contratos terão duração de um ano e poderão ser renovados por mais um. De acordo com a Secretaria de Serviços eObras,as empresas terão de fazer coleta diferenciada,ouseja separar lixoseco do orgânico, varri-

ção mecânica nas grandes vias detráfego, criarequipes para a limpeza de monumentose escadariase efetuara limpeza também em favelas. Oscontratos custarão R$ 337 milhões à Prefeitura, ouR$ 27milhões mensais, R$ 2 milhões a mais do que foi gasto mensalmente com os contratos emergenciais. Processo – Nos últimos anos, a limpeza públicafoi considerada um nicho de corrupção no Município. Nos governosPaulo Malufe Celso Pitta,o MinistérioPú-

tos também está prevista outra novidade.As administrações regionais deverão contar com equipamentos e equipes para lavagem especial delocais públicos, entre eles escadariase passarelas."Esseserviço iráampliar os atuais já prestados,que serestringem basicamente a Regional Sé", disse Schineider. Os contratos prevêem tambémvarrição mecânicanos corredores viários, (marginais Tietê/Pinheiros e grandes avenidas)parase ter maioreficiênciana limpeza em locais de difícil acesso ou quepossam acarretar perigo aosgaris. Atualmente,aPrefeitura não tem este serviço. Para Jorge Hereda, secretáriodeServiçose Obras,São Pauloinicia umnovoperíodonaárea dalimpezapública. "Alémde teremsido finalizadosos contratos emer-

genciais,os serviçosvãomelhorar consideravelmente para os moradores", disse. Coleta –Hoje, acoleta domiciliar de resíduos sólidos (lixo) é feitacom caminhões compactadores que recolhem os resíduos de portaem-porta, levando-os para os transbordos. De lá o lixo é levado, emcarretas, paraa sua destinação final,que nocaso dolixodomiciliar, sãoos aterrosBandeirantes, emPerus,zonaNorte,eSítio São João,naEstrada deSapopemba, na zona Leste. O lixo domiciliarnão é incinerado, apenas entram nesse processo os resíduos sólidosdesaúde (RSS),daclasse B, e cadáveres de animais. Das 100toneladas de resíduo de saúde recolhidas, cerca de 6% são incineradas. O restante vai para a Estação de Tratamento e Desinfecção do

Começa processo de licitação para lixeiras

Jaraguáe,depoisde passar pela desinfecção, é levado para o descarte em aterro. Problema – Segundo a Limpurb, a faltade coleta regular delixo expõea população ao contato direto com matériaorgânica emdecomposição, processoque no Brasil, porcausa do clima tropical, ocorre muito rápido.Issoporque amatériaorgânica decompostaconstitui um excelentemeio de proliferaçãode bactériasevetores transmissores de doenças. Quando não acontece a coleta regular de lixo, a população acaba lançando seus resíduosdomiciliaresem locais impróprios, como encostas de morros ou canais, valas de drenagem e leitos de rios, o que causa sérios problemas de desabamentos, obstruções de córregos, inundações e enchentes.

Operação para arrumar cidade vai para a zona Leste

blico chegou a calcular em R$ 1 bilhão o prejuízo causado pelocarteldo lixo,quefazia adiantamentos ilegais e pagava serviços não-prestados. Durante as investigações daMáfiados Fiscais,nagestão de Celso Pitta, o presidente da Enterpa disse que teria pago propinaa funcionários da Regional da Penha. Outra denúncia foi de que a empresa Vega teria cedido um carro àex-vereadora MaeliVergniano, que por essa razão teve seumandato cassado. Além dessas empresas, a Cliba também é acusada deformar o chamado cartel do lixo.

Emsua campanha,Marta Suplicy também aceitou doações das empresas de lixo Vega, Enterpa, Cliba e Enob. No primeiro ano degoverno Marta,foram firmados três contratosdeemergência e instituída uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)na CâmaraMunicipal, paraapurar denúnciasde verbas do império do lixo.

Com poucos cestos nas ruas, a população acaba jogando lixo no chão

A classificação do processo de licitação para a compra de 140 mil lixeiras, pela SecretariaMunicipalde Serviços e Obras,deverá sercomunicadananesta semana.Aslixeiras irãoprincipalmente para aregião Central.Segundoa Secretaria, a colocação das lixeiras tem duas novidades: as empresas contratadas tambémfarãoa higienização, manutenção e trocas e os cestos serão colocados em 17 mil pontos de ônibus.

Alémdisso,a Prefeitura também ficará encarregada em elaborar e implantar uma campanhaeducativa. Isso porque, segundo levantamento daSecretaria, omaior problema com aslixeiras é o vandalismo. A Prefeitura irá trabalhar com o índice de 10% dedestruição, ouseja, a expectativa é que das 140 mil, no máximo 14 mil sejam destruídas. Não há estimativas dequantas lixeiras existem nas ruas da Capital.

Para se ter uma idéia de como São Paulo ainda anda suja, bastaver osresultados da Operação Arrumação Geral, da Prefeitura,que durouseis dias e trabalhou na conservação de áreasverdes, tapa-buracos, limpeza e pintura de guias e sarjetas.

De acordo com a Prefeitura,duranteo períododaarrumação, foirealizada alimpeza e conservaçãode 1.245 quilômetros quadrados de áreas ajardinadas,foram tapados 5.660 buracos de tamanhos diversos, limpas 2.100 bocas de lobo e recolhidas 2.380 toneladas de lixo. O resultado da operaçãofoi considerado significativo, satisfatório e produtivo pelo secretário municipal de Implementação deSubprefeituras, Jilmar Tatto.

"Em breve anossacidade vai estar muito mais bonita e bem cuidada", disse Tatto. O próximo passoseráa Arrumação Geral na zona Leste, ainda sem data definida.

Associação Comercial de São Paulo
Todos os dias, a cidade produz 12 mil toneladas de lixo domiciliar; parte disso vira fonte de renda para os catadores

Cotação do dólar

abre a semana em alta de 1,13% e ultrapassa os R$ 2,30

Com valorização de 1,13%, o dólar comercial voltou a fechar acima da cotaçãode

R$ 2,30noprimeirodia de negócios dasemana. Amoeda americana encerrou em R$ 2,318para compra ea R$ 2,320paravenda, depois de ter operado em alta durante todoo dia. O dólarnão fechava acima de R$ 2,30 desde o último dia 4.

A preocupação do mercado com a campanha àPresidência da República voltou a elevar as cotações da moeda americana.

Proteção –

passada, reduzir a rolagem de títulos cambiaistambém continua afetando as cotações do dólar. Segundo operadores, a idéia doBancoCentral édiminuir aoferta de proteção aos investidores para evitar que as cotações caiam ainda mais.Istoporque odólar abaixo de R$ 2,30 pode prejudicar o desempenho da balança comercial brasileira.

A crise política na Venezuela afetou os títulos da dívida externa. O C-Bond, fechou com perda de 1,18%

Comentáriosdeque uma pesquisado Ibopemostraria o candidato do PSDB, José Serra, tecnicamente empatado com Anthony Garotinho (PSB) emsegundo lugarmexeram com o humor do mercado. Os investidores aproveitaram ospreços aindadepreciados dodólarfrente ao realpara buscar proteção (hedge)

O fato deo Banco Central, BC, ter decidido, na semana

Venezuela –Outrofator de pressãosobre a cotação do dólar ontemfoi acrise política na Venezuela, queafetou os títulos da dívidaexterna brasileira. O C-Bond, papel mais negociado no mercado internacional, fechou com baixa de 1,18%. No mercadofuturo de câmbio da Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F, o dia tambémfoide alta.Amoeda americana para maio fechou com alta de 1,13%, negociada em R$ 2,338. Foram negociados 59.985 contratos, com giro de R$ 7 bilhões. (RA)

Rumor sobre pesquisa e NY derrubam a bolsa paulista

Depois de tersubido mais de2%na sexta-feira,aBolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, retomoua tendência debaixa noprimeiropregão desta semana. A bolsa paulistaencerrou osnegócioscom desvalorização de 2,02%, comoIbovespa em13.471 pontos e volume financeiro de R$ 1,530 bilhão.

O giro foi bastante superior à médiado mês por causado vencimento de contratos de opções sobre ações: R$ 735 milhões. Como resultadodeontem a Bovespa reduz para 1,6% os ganhos acumulados em abril. Noano,o Ibovespapassoua ter baixa de 0,7%.

Os investimentos estrangeiros têm um saldo positivo de R$ 10 milhões nos dez primeiros dias de abril

Influências – A queda de 0,95% do índice DowJones da Bolsa deValores de Nova York e a volta da preocupação com aseleições, além da indefinidasituação política da Venezuela, prejudicaram a Bovespa ontem.

Desde o início dos negócios rumores de que uma pesquisa do Ibope encomendada porum banco mostrariaos candidatos José Serra (PSDB) eAnthony Garotinho (PSB) empatados tecnicamente em segundo lugar mexeramcom ascotações. Segundo analistas, uma posição maisconfortável de Serra nas pesquisas é o cenário preferido pela maioria. Petrobrás –No mercado de opções, Petrobrás tomou o lugar deTelemar comoas mais negociadas em dia de vencimento de contratos. As séries de opções de Telemar PN fechadas em fevereiro não foramexercidas pelos investidores. Já as opções de Petrobrásforam exercidas,o que elevou o volume de negócios com os papéis da estatal.

Telemar– Segundo Pedro Thomazoni, da área de Renda Variável doLloyds TSB, a quedadasações daTelemar

foi a razão do fracasso dos papéis da companhia.

"As séries de opções de Telemarforam montadas para cotaçõesentre R$34e R$38, nível de preços de cerca de dois meses atrás.Hoje, a cotação está em torno de R$ 31, o quedesestimulou oexercício das opções", explica. Inversão –Thomazoni diz que com Petrobrás PN ocorreu o inverso: o papel teve um bomdesempenho desde fevereiro e o exercício ficou atraente.

Asmaiores altasforamPetrobrásBRPN (1,8%)eGerdau PN (1,8%).

A Bovespadivulgouo balanço deinvestimentos estrangeiros referenteaos dez primeiros dias de abril. No período houve um saldo positivo de R$ 10,129 milhões, resultado de compras de R$ 1,181 bilhão em ações e de vendasde R$1,171bilhão. No ano osaldo está positivo em R$ 463,4 milhões.

Rejane Aguiar

Jovens empreendedores se unem para discutir saídas para a economia

Um evento histórico marcou, na última quinta-feira, o início de uma união nacional de entidades de jovens empresários em torno de objetivos comuns, para o desenvolvimento econômico esocial de São Paulo e do Brasil.

O Fórum de Jovens Empresários (FJE), da Associação Comercial de São Paulo e o NúcleodeJovens Empreendedores(NJE), daFederação das Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp),seuniram para discutire avaliaras vantagens e desvantagens do nov o SistemadePagamentos Brasileiro (SPB), queentra em vigor dia 22 próximo.

Juntaram-senesse esforço de unidade, outras entidades dejovens empresários,entre elas, daCâmara Americana, Câmara Italiana, Gênese de Campinas e de outras cidades paulistas. Antes da palestra-debate com a economista Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos, da Fiesp, os presidentesdas entidades tiveram um encontro com os presidentes daAssociação Comercial de São Paul, AlencarBurtieda Federaçãodas Indústrias,Horácio LaferPiva, na sede da Fiesp.

Jovens empresários de várias instituições consideraram o encontro um sucesso

em torno de princípios éticos e comumdenominador comumvisandoa melhoria econômicae socialdo País", enfatizou AlessandraFerreira Selhorst. Para ela, o importanteéque asentidades respeitemsuasdiferenças, mas se concentrem de consenso. Vandermir Francesconi Júnior, presidente do NJE, da Fiesp, destaca queessa união entreentidades fortalece os setoresindustrial,o comércial ede serviços. "Hojeo Estado de São Paulo tem propostasque são rejeitadas no mundopolítico, porfaltade pressão dos empresários", afirmou.Ele entendequecabe aos jovens neste momento "fortalecer oespírito empreendedor". SegundoFrancesconi,Burti ePivaincentivaram essa aproximação. "Eles vãodar ocombustível para andarmos, sempre no sentido da união".

Sucessor de Alckmin terá de terminar obras do Rodoanel

Os32 quilômetros do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas serão entregues até julho.Apromessaé dogovernadorGeraldo Alckminque, no entanto,deixará paraseu sucessor aresponsabilidade determinar a obra.O novo governador teráde cuidar dos projetos, contrataras empreiteiras e iniciar as obras dos 52 quilômetros do trecho sul, queligará rodovia Régis Bittencourt ao ABC paulista. O trechosul éconsiderado umdos maisimportantes, principalmente porque dá

acessoao sistemaAnchieta/Imigrantese ao porto de Santos. OEstadopreviacomeçara construção no segundo semestre,masnem concluirá aparte burocrática do tracheo até dezembro. "A pressão popular, dos caminhoneiros eda sociedade obrigará a continuidade", explicou Luiz Carlos Frayze David, secretário-adjunto dos Transportes, que domingo participou da inauguração de 7 quilômetrosdo trechooeste, entre a Régis Bittencourt e a Raposo Tavares.

Reforma no Tietê quer dar conforto a passageiro

OTerminal Rodoviário

Tietê, o maior da América Latina e o segundo do mundo –perdeapenaspara odeNova York–a partirdofinaldeste mês passará pela maior reforma desde sua construção, em 1982. O objetivo do Consórcio Prima, formado pelo Termini e pela Socicam (administradora dos terminais) é ampliar o conforto dos usuários durante sua permanência no terminal, com ambientes maisagradáveis e maior prestação de serviço.

Segundo ele, aLei deResponsabilidade Fiscal foium obstáculoparacomeçar as obras do trecho sul, que devemdemorar mais de dois anos.Eleprevê para2003a conclusãodo projetoexecutivo. "Nãoqueremoscomeçar uma obra e parar por falta derecursos. Todososrecursos de uma obra licitadadepois de abril precisam ser deixados em caixa", afirmou. A abertura do trecho RégisRaposoteve apresençado presidente FernandoHenrique Cardoso. Alckmin anun-

ciou a previsão de entregar mais umtrechode4quilômetros da obra em 60 dias, da Raposo aotrevo daPadroeira,antes daabertura totaldo trecho oeste.

O presidente anunciou a liberaçãode recursos para a obra–R$ 84milhõesdoOrçamento até julho,alémde uma suplementação de R$ 80 milhões, que depende do Congresso. Uma verba de R$ 60 milhões prometida para 2001 ainda não chegou.

Shopping para camelôs é instalado no Centro

União – Segundo os jovens líderes empresariais,o encontro foi um sucesso. "Nosso foco é a união de todos, acima de qualquer vaidades pessoais", disse MarcusAbdo Hadade, coordenadordo FJE. Ele disse que argumentoucom BurtiePivaque"o Brasil só será um País forte se empresários forem fortes." Hadade garantiu quea iniciativa recebeu apoio das duas entidades empresariais. "A nossa desunião facilita aos governos tomarem decisões isoladassem quesejamos consultados", disse.AlessandraFerreiraSelhorst, vicecoordenadora do FJE, acrescentou que aunião entre entidades jovens está sendo construída de fato.

"Essa uniãoestásedando

Alencar Burti lembrou que sua palavra de ordem tem sido a união empresarial, como forma de transformar o Brasil num País com mais empregos, rendae equilíbriosocial."Os jovens têmurgênciademudar e isso é bom quando combinado com osjovens mais antigos", destacou. Além disso, Alencar Burti enfatizou aimportância, sobretudo daclasse médiaempreendedora, para gerar economia mais sólida. "Precisamos tambémcompartilhar ao invés de apenas competir, poisapenas nosunindochegaremos onde queremos".

HorácioLafer Pivareafirmou a importância da parceriaentreaAssociação ea Fiesp: "Podemos ajudar mais o futuro do Brasil se atuarmos mais como aliados do que como concorrentes." Piva alertou que essa união entre jovens empresários representa um importante desafio para a iniciativa privada. "Mas acho quechegaremos a um bom porto", concluiu.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Campanha contra a dengue segue até dia 21

Em virtude do crescimento dadengueem SãoPaulo,o Shopping Paulista decidiu realizar umacampanha de conscientização no combate àdoença.Até odia 21deste mês,os funcionáriosda Secretaria Municipal deSaúde estarãonoshopping para orientar os clientes sobre o combate à dengue.

No ano passado, o Tietê registrou 11,1 milhões de embarques. Diariamente por ele passam cerca de 97 mil pessoas. Os investimentos da reforma ficarãoemtorno de R$ 14 milhões.

Amudança seráprincipalmente nas áreas deespera, comercialede alimentação, que irá contarcom várias redesdefast foodeserátransferida paraa frentedo acesso ao Metrô. Osquiosques fica-

rão espalhados, sem interferir no espaço de serviço e venda de bilhetes.

A reforma inclui também o remodelamento na áreade espera, que terá assentos mais confortáveis, clareamento do piso emais iluminação.O Tietê será dividido em quatro partes, de forma que uma áreafique em reformaenquanto outras três estejam funcionando normalmente, a fimde nãoprejudicaras operações no terminal.

“Comesse investimento, estamos definindoum novo padrão para os terminais de todoo País”, dizAltairMoreira, diretor da Socicam. Ele ressaltou que a empresa nãoterá aumentode receita comas mudanças naslanchonetes. “O que queremos é valorizar ousuário,dandolhe uma área confortável para uma permanência mais agradável”, disse Moreira.

Kelly Ferreira

Pó branco jogado em estudantes não é antraz

OInstituto Adolfo Lutz concluiuontemqueo pó branco, lançadoemalunos da Escola Estadual Deputado Silva Prado, na zona Leste, na última quinta-feira, não era a bactériaantraz. Asubstância provocoumal-estar em 39 alunos,causandodor decabeça,irritaçãonos olhose vias respiratórias e enjôos.

Conforme a Secretaria Estadual da Educação, o pó branco, ainda não identificado, foijogado em duas salas

agenda

Hoje Urbana – Reunião da Câmara de Política Urbana, comdiscussão doprojeto do novo plano diretor do município. Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar. Automação – O superintendente de Informática, Nelson Castilho, participa da abertura da IV ExposiçãoeCongresso deAutomação Comercial (Autocom 2002).Às 15h,no Frei Caneca Shopping & Convention Center, ruaFrei

de aula e no pátio por estudantes daprópriaescola. Apóspassarem por atendimento médico,os alunosforam liberados.

Segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde, a análise da substância foi feita somente para tirar a dúvida se era antraz ou não. Um exame mais detalhado, para definir o que exatamenteé o pó branco,será feita casohaja solicitação dos órgãos competentes. (KF)

Caneca, 627/5º andar. Tecnologia–O superintendente de Informática, Nelson Castilho, participa da apresentaçãoda L exmark 2002 -Soluções Inteligentes para Organizações em Evolução. Às19h30,no Renaissance Hotel, alameda Jaú, 1.620. Paraguai – OconselheiroJosé CândidodeAlmeidaSennaparticipa dehomenagem à novadiretoria da CâmaradeComércio Brasil-Paraguai. Às 20h, na rua Groelândia, 1.146.

O primeiro shopping que abrigará ambulantes da região Central da cidade, instalado num terreno na rua Santa Ifigênia,seráabertoamanhã. A única diferença entre o novo espaço e os camelódromos – locaisonde se concentram osambulantes – éa infra-estrutura. Agora, os vendedores e compradores terão àdisposiçãoalguns banheiros e o refeitório.

A medida é o resultado de um acordo entrea Prefeitura e o Sindicato dos Camelôs do Estado. Aadministração dos shoppingsserá feitaporempresas privadas.

"Com essa parceria, conseguiremos tirar esse pessoal das ruas e dar condições para que eles trabalhem dentro da lei", disse o presidente do sindicato, José Artur Aguiar.

O proprietáriodo local e responsável pelo shopping, JorgeRagueb,disse quea idéia éum bomnegócio para empresários e futuros consumidores. "O consumidor vai entrar,vai ternota fiscal,vai ter um garantia de onde achar o camelô", declarou. O próximo shopping de ambulantes deverá ser construído no mês que vem na rua Vitória, tam-

No espaço, localizado no Piso Treze de Maio, em frente à loja Shopmam, também estarão sendo veiculados vídeos educativos. Até o dia 20, o horário de funcionamento será das 10h às 22h. No dia 21, o horário é das 14h às 20 h. O Shopping Paulista fica na rua Trezede Maio,1947, noParaíso. (SM) Distrital

bém no Centro da cidade. Sem emprego – Na opiniãodo secretariomunicipal deImplementação das Subprefeituras, JilmarTatto,a culpado aumentodonúmero de vendedores ambulantes édo governofederalporque não há investimentos na área de empregos. Outroproblema do mercadoinformal, de acordo com Tatto, é a falta de fiscalização demercadorias contrabandeadas pelo governo federal. Isso, diz Tatto, somado ao roubo de cargas estimula o comércio informal. "Épreciso umaarticulação dos governos estadual e federal, da PolíciaFederal, paracoibir e fazer com que essas mercadoriasnão entrem no País", disse o secretário. Tatto disse que a Prefeitura tambémirá coibiro comércio irregular, contratando milagentes deapreensão.Os locaisonde os ambulantes poderãotrabalharainda estão sendo definidos. "Os ambulantes compermissão vão trabalhar, mas vãoterão que pagar uma taxa à Prefeitura". Oscamelôssem permissão, de acordocom osecretário, estão sendo retirados das ruas. (KF/SM)

A Distrital Mooca da Associação Comercial de São Paulo promoveu a palestra Fluxo de Caixa e seus Proveitos, com o consultor e sócio-diretor doGrupo Navarro, Rodrigo Damásio Oliveira. O evento teve aparticipação de conselheiros daentidade e empresários que atuam na região da Mooca. Na ocasião, os participan-

testambém puderamassistir à apresentação da empresa LoftyDecorações eProdutos Infantis, voltada para a fabricação de brinquedos pedagógicos ede madeira.Ela foi umas das primeiras a se apresentar no espaço "Meu Negócio" oferecidopela Distrital Mooca para queos empresários possam divulgar seus trabalhos e serviços. (DC)

Sandra Manfredini
Francisconi Jr., Alencar Burti, Horácio Piva, Clarice Messer e Hadade na Fiesp Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Rodrigo Oliveira, do Grupo Navarro, fez palestra sobre fluxo de caixa Dudu
Cavalcanti/N-Imagens

Brasil recorre à OMC contra barreiras européias ao aço

O Brasil recorreu, ontem, à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as barreiras impostas pela União Européia (UE) à importação de produtos siderúrgicos. No mês passado, Bruxelasestabeleceu uma sobretaxa de até 24,5% sobre a importação de aço. Estimativasda indústria apontam que a medida vai gerar prejuízos de US$ 60 milhões por ano ao Brasil. Os diplomatasbrasileiros enviaram à Organização e à delegação européia em Genebra um

pedido de consultas, que se realizarão conforme o acordo de salvaguardas da OMC. A UE alega que estabeleceu asalvaguarda paraevitarque o mercado europeufosse invadido pela aço excedente no comércio internacional. Na avaliação da União Européia, depois que os Estados Unidos colocaram uma sobretaxa de 30% à importação de produtos siderúrgicos de todo o mundo, existiria a possibilidade de que o aço que não conseguisse entrar no merca-

do norte-americano fosse desviado para a Europa. Durante as consultas, que ainda não têm data par ocorrer, uma daspossibilidades parao Brasil serápedir aos europeus concessões tarifárias pelos prejuízos, o que é considerado uma práticalegaldentrodas regras da OMC. Outros países, como osEstados Unidose oJapão, tambémsolicitaram consultas coma UE.Outra possibilidade étentar convencer Bruxelas de que a importação

Balança registra superávit de US$ 14 mi na 2ª semana de abril

A balança comercial brasileira registrousuperávit de US$ 14 milhões na segunda semana de abril (entre os dias 8 e 14). No período, o país exportou oequivalente a US$1,034 bilhãoeimportou US$ 1,020 bilhão.

Houve um aumento de negócios em relaçãoà primeira semana do mês. Entre os dias 1º e 7 de abril, as exportações do País somaram US$924 milhões e as importações, US$ 881milhões. Osaldo foi de US$ 43 milhões.

Produtos básicos – Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministé-

rio doDesenvolvimento, Indústria e Comércio, houve crescimento de 38,2% na média diária dasvendas de produtos básicos (como soja, café, carnes defrango e suínas, minério de ferro, petróleo bruto efumo emfolhas), em relação à primeira semana do mês. Tambémhouveelevação, de 13,8%, nas transações do setor de manufaturados, principalmente, aviões, automóveis de passageiro, veículos de carga, suco de laranja e laminados planos de ferro ou aço.

A média diária das exportações desemimanufaturados,

porém, diminuíram 33,9%. Os destaques na área são produtos como alumínio bruto, couros,pelese derivados de ferro e aço.

Entre as importações, houveaumento nascompras de combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, químicos orgânicos e inorgânicos, produtos farmacêuticos e cereais.

Em abril, a balança acumula um superávit de US$ 57 milhões.No ano,o saldoé de US$1,085bilhão –asvendas totalizam US$ 13,848 bilhões e ascompras, US$12,763 bilhões. (GN)

do produtobrasileironão causa danoà indústriaeuropéia e que, portanto, não precisaria ser alvo de sobretaxa. O embaixador da União Européiana OMC, Carlos Trojan, explicou queas tarifas impostas pelos europeus são provisórias e que a sobretaxa definitiva somente será adotada em seis meses. Durante esse tempo, a tendência é de que os países se esforcem para convencer os europeus a retirar as barreiras aos seus produtos. (AE)

Governo de SP negocia acordo com companhias italianas de autopeças

O governo de São Paulo iniciou ontem negociações para fechar um acordo tecnológico comempresáriositalianosdosetorde autopeças da província de Turim. Segundo o empresárioo presidente do Desk Torino da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria, Giuseppe Lantermo, a regiãoconta com empresas de alto nível tecnológico (entre elas, a Fiat), que movimentam, juntas, US$ 45 bilhões por ano. Lantermo disse ainda que os empresários italianos estão interessados em parce-

rias. "Eles querem vender, ser representadose representar empresas brasileiras".

Fazemparte damissãoas empresas: Avvito Service A&C, OMG, Instituto R.T.M.,Texno, Alentech, Tecnostare Telma. Aúnica que já está no Brasil é a Texno, que produz revestimento interno para automóveis. Vinho – Amanhã, chega ao Brasil uma missão italiana do segmento vitivinicultuor. A intenção é vender vinhos nobres ao mercado local.

Teresinha

Empresas brasileiras no Exterior poderão ter crédito do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) deve aprovar, até o final deste mês, uma linhade financiamento para empresas brasileiras sediadas no exterior.Oobjetivo, segundo o presidente do banco, Eleazarde CarvalhoFilho, é aumentar as exportações brasileirase explorarnovos mercados.

CarvalhoFilho dissequea nova linha de crédito deve ser voltada ainvestimentos ligados à logística, distribuição ou à industrialização de algum produto noexterior, semprevisando aumentaras

exportações,o conteúdoe o valor agregado dos produtos das empresas.

Segundo o executivo, que ontem participou de semináriosobre seminário o perfil das exportações brasileiras, os recursos paraessa carteira viriam da captação externa do BNDES.Eleazar informou que os comitês de análisedeprocessodobanco já aprovaram a nova linha. Agora,o financiamento depende doaval dadiretoria da instituição, que deve se reunir ainda neste mês.

Exterior – O presidente do BNDES disse aindaque está

emestudo arealizaçãode operações de financiamento em conjunto com outros países. O objetivo da medida é, segundo ele, gerar empregos no Brasil, alémde também aumentar as exportações. "Estamos procurando buscar linhaspor meiodeduas vias", afirmouEleazar. "Uma delas irá financiar investimentos estrangeiros que gerem empregos no Brasil, apor meio dejoint venturescom empresas brasileiras. Outra, uma instituição semelhante à nossa para financiar investimentos brasileiros no exterior", concluiu. (ABr)

Matos

As filas são as principais reclamações contra bancos

Os maioresbancos emnúmero de clientesdoPaíssão tambémoscampeõesde reclamações no Banco Central, BC, sendo que a principal são as longas filas.

Um levantamento feito pelo BC com base nas queixas que chegam àscentrais de atendimento dainstituiçãoem todo o País, e divulgado ontem, mostra que os correntistas não têmmuito para onde correr se quiserem fugir do mau atendimento.

Principais – As queixas apresentadas aoBC vãodesde filas longas, atendimento ruim, tarifaselevadas,problemas comdébitos esaques na conta-corrente e uso obrigatório dos caixas expressos.

Aotodoo BCrecebeu,somente em março, 2.642 reclamações,queforam encaminhadas pessoalmente, por carta, e-mail ou pelo telefone. Noacumuladodos três primeiros meses do ano as queixas de clientes ao Banco Central já somam 7.548.

As grandes instituições financeiras que dominam o

mercado – públicas e privadas, nacionais e estrangeiras – como Santander/Banespa, Bradesco, Banco do Brasil e Nossa Caixa, estão no ranking das 10 que mais recebem reclamações, no critério proporcional aonúmerode cleintes adotado pelo BC. Banco doBrasil – O maior númerode reclamações registradas pelo BC foi contrao Banco do Brasil,com 207. Mas, considerandoo total de mais de 20 milhões de correntistas,o índiceencontrado foi 1,03.

competitividade etrazer maistecnologia, casos do HSBCe o ABN Amro/Real, que ocupam o segundo e terceiro lugares no ranking, com índices de,respectivamente, 2,61 e 2,56.

Nacionais – Em seguida estão os grandes conglomerados nacionais, privados e públicos: Unibanco, Caixa Econômica Federal,Bradesco, Itaú e Banco doBrasil.

Nos três primeiros meses do ano, as queixas dos correntistas ao Banco Central já somam 7.548

Encerrando a lista figuram o Bancodo Estadodo RioGrande do Sul e a Nossa Caixa.

O Banespa, um ano e meio após a privatização, encabeça a lista, juntamente com o seu controlador, o espanhol Santander. Com 2,9 milhões de clientes, foramrecebidas 94 reclamações, o que equivale a um índice de 3,22.

Nasequência vêmbancos que ingressaram no País com a proposta de melhorar o atendimento, aumentar a

O Unibanco ficou com um índice de 1,21, no critério adotado pelo BC, enquanto a Caixa Econômica Federal teve um índice de 1,13.

Bradesco e Itaú – Os conglomerados Bradesco (com índicede1,07), Itaú(1,04)e Banco doBrasil(1,03)ficaram muito próximos uns dos outros. JáBancodoEstado do Rio Grande do Sul, Banrisul, (0,70)eaNossaCaixa

(0,52) fecham a lista.

O levantamento feito pelo BC, que passará a ser divulgadomensalmente todo o dia 15, levou em conta o número de reclamações em comparação com o total de clientes, que têmaté R$20 mildepositados na conta-corrente ou em aplicações como caderneta de poupança, exceto fundos de investimento.

Internet – Qualquer pessoa pode verificar os númerosque estão disponíveis na páginadoBancoCentral na Internet (www.bcb.gov.br)

A lista passou a ser divulgada após umalonga discussão jurídica noBC sobrea legalidade de se publicar os nomes das instituições financeiras.

O levantamento mostra ainda que houve uma mudança de foconas reclamações dos consumidores.

Anteriormente, segundo os técnicos do Banco Central, era a obrigatoriedade do uso do caixa rápidopara realização depagamentos. Esta queixadeulugar paraaslongas filas. (AE)

Serviço abrange também os consórcios

OBCAtende,serviço de atendimento aoconsumidor do Banco Central, também recebereclamações dosconsórcios, que vão ser divulgadas mensalmente.

Essas reclamações sãofeitas pelos próprios clientes, por cartaoupessoalmente, em algum posto de atendimento, cujos endereços estão disponíveis no siteda instituição (www.bcb.gov.br).

Liderança – No caso dos

consórcios,a liderançadas reclamações ficoucom aadministradora Autobens, com 8, dentre um universo de 398 consorciados ativos, o que resultouem umíndice,segundo o BC, de 25,13. Em segundo lugarfigura o Conab, Consórcio Nacional de Bens,com 7reclamações em umtotalde416participantes ativos, o que resultou em um índice de 16,83%.

Logodepoisestáa Sou-

thecca, tambémcom 7reclamaçõesmascomum total menor de consorciados (416) e índice de 16,83. Os campeõesde reclamações estão impedidos de abrir novos grupos. Segundo o Banco Central,o índiceporcentual foi apurado com a divisão do número de reclamaçõespelo de consorciados, multiplicado por 1.000. Honda – Por este critério, a maior administradora rela-

BNDES anuncia concorrência para oferta do Banco do Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, Eleazar Carvalho, disse ontem que convidará as instituições financeiras, na semana que vem,para a concorrênciada coordenaçãoda operação devenda dasações do Banco do Brasil. Ele espera que oresultado daconcorrência possa sair ainda neste mês. O modelo de venda deve ficar pronto até julho.

O governo pretende vender,no mínimo, 16%das ações do Banco do Brasil. Este porcentualseriao mínimo paraatender aum dosrequi-

sitosdo NovoMercado, da Bovespa, que é ter 25% das açõesem poderdopúblico. Hoje,oBancodoBrasil tem 8,7%desuas açõesempoder do público. Uso do FGTS– Ca r va lh o disse que ainda não está certo seos recursosdoFundode Garantia do Tempo de Serviço, FGTS, poderão ser usados para a compra das ações. Mas afirmou que a venda pulverizada com oferta no varejo será novamenteadotada. “O modelo pulverizado é fundamental”, disse, referindo-se à venda das ações. Ele ressaltoua vendade

ações da Vale do Rio Doce no varejo, em dinheiro, sem ser com recursos doFGTS, “também foi um sucesso”.

Passado – Sobre as análises domercado arespeitodo Banco do Brasil, Eleazar de Carvalhodissequese fala muito dopassado dobanco, mas aadministração atual tem mostrado resultados positivose oferece umnível de governança e deproteção ao acionista minoritário muito adequado.

Eleponderou aindaque nãotem nenhumaempresa do porte dobanco, no Novo Mercado da Bovespa. (AE)

Prazo para

cionada, o Consórcio Honda, com 811.946 participantesativos, teve16 reclamações e índice de apenas 0,02. Quantitativamente o ConsórcioFiatfoi ocampeãoem número de reclamações, com 21. Mas, com um total de 100.603 participantes, oseu índiceficouem0,21.O BC Atende funciona atravésdo telefone 0800-992345.

Marcos Menichetti

BC prorroga prazo para a declaração de ativos externos

OBancoCentral, BC, anunciou ontem a prorrogação, de 15 de maio para 31 de maio,o prazofinal para os brasileiros que tinham ativos no Exterior até dezembro de 2001encaminharem à instituiçãouma declaração de bens.

Aomesmotempoa instituição elevou de R$ 10 mil para R$ 200 mil o valor mínimo de ativos fora do País que devem ser declarados.

A mudança de valor foi provocada pelo fatodeque apenas 3% das 2.526 declarações já encaminhadas têm valor de até R$ 200 mil. (AE)

O diretor de Política Monetária do BancoCentral, BC,Luiz FernandoFigueiredo, admitiu ontemquepodemser adiadosos prazosde adaptação parao novoSistema dePagamentos Brasileiro, SPB, que entra emvigor na próximasegunda-feira, se as empresas não estiverem prontasaté agosto, quando vence a data-limite dada pelo próprio BC."O importanteé que seja uma transição sem traumas", afirmou.

Mas Figueiredo garantiu, em seminário sobre o SPB para empresários em São Paulo, queo BCnão quer forçar as empresas a se adaptarem às pressas ao sistema eletrônico que vai possibilitar acompensação depagamentos eletrônicamentee em tempo real.

terão dese preocuparcom o acompanhamento de seus caixas em tempo real.

Créditono dia– Segundo Figueiredo, não haverá qualquer tipo de cobrança nos empréstimos durante o dia. “Não há a menor possibilidade disso acontecer e as empresas não têm de acompanharo seucaixa em tempo real. Isto é história de consultor querendo vender seus sistemas”, alertou.

Figueiredo garantiu que o BC não quer forçar as empresas a adaptarem-se às pressas ao sistema

O BC aceitou que o patamar inicial de R$ 5 mil para as transferências eletrônicas fossejogadoparaR$ 5milhões e chegasse azero, dois meses depois da implantação do sistema.

Gradual – Esta redução seráfeita deformagradualao longo desses dois meses e será determinada em reuniões semanais dos bancos e do BC.

Figueiredo voltou ainda a afirmar que as empresas não

O presidente da Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto, Andima, Edgar Ramos, considera que vai ser bastante complicada a operação do SPB. Liquidez – Ele afirmou queo BC jáanunciou quevai fazertodo opossível para propiciar liquidez ao sistema. Eaté mesmoelevouo valor dasoperações nonovo sistema, de R$ 5 mil para R$ 5 milhões, para diminuir as possibilidades de erros.

Ramos disse ainda quehá muito afazer em relação à mudança de hábitos operacionais das instituições financeiras, empresase pessoas físicas.

De acordo com ele, o sistemaestaráajustado e funcionando sem problemas somente daqui a um ano. (AE)

Mercado dividido quanto ao juro básico

O BBVBancoesperauma posturaconservadora por partedo Banco Central,na reunião de abril do Comitê de Política Monetária, Copom, que começa hoje e termina amanhã. Aavaliação deseus analistas é de que a taxa básica de juros vai permanecer em 18,5% ao ano. Esta não é uma opinião consensual. Há duasvertentes depensamentos no mercado. O BBVBanco prevêestabilidade para a taxa de juros, mas há osque defendem cortede 0,25%.Os quependempela quedaalegam queospreços livres estãoem trajetóriadeclinante, o que justificaria suas previsões. Safra – "De fato, o núcleo porexclusão calculado pelo BBV Banco, que exclui preçosadministrados ealimentos “in natura”do índice, reduziu-se de 0,85% em fevereiropara0,58% em março. Além disso, diante das perspectivas favoráveis de safra de grãos neste ano é de se esperar queospreços livrescontinuem searrefecendo”, diz o economista Luís Afonso Lima, do BBV Banco. Ainda assim o banco espera manutenção pelofatodea queda dos preços livres ainda estar aquém donecessário, para que se cumpra a meta de inflaçãodesteano, de3,5% com margem dedois pontos para cima ou para baixo.

Só depois – "Não por outro motivo que o núcleo por médias aparadascalculado pelo BancoCentral aumentoude 0,54% em fevereiropara

0,58% em março, o que mostraque aindaháumacerta inérciainflacionáriana evolução dospreços. Diantedisso, nossa expectativa é de que o BC ainda pode manter a taxabásicadejuros nonível atual e a reduza posteriormente, assim que tiver a confirmação de queda dos preços livres em maior velocidade”, diz Lima. (AE)

Sem tendência, projeções têm alta na BM&F Astaxas projetadaspelos contratos de DI na Bolsa de Mercadorias eFuturos subiram, refletindoa altado petróleo no mercado internacional, frutodos acontecimentos na Venezuela. Comtudo issoacontecendona vésperadeumleilão de títulos prefixados do Tesouro e a dois dias da decisão sobre ataxa básicade juros, eranatural queomercado mostrasse volatilidade.

Todasas taxas projetadas peloscontratos deDIfuturo mais líquidos subiram. Porém asde curtoprazo continuammostrando possibilidade dequeda dojuro básico, atualmentefixadoem 18,50% ao ano.

O mercadodevecontinuar dividido, entre os que apostam em redução de 0,25 pontoporcentual eos que prevêem manutenção do juro, até a decisão final. Vale lembrar que a queda da taxa é considerada vantajosa financeiramente. (AE)

ANÁLISE

Cara nova do comércio

Em um de seus numerosos livros, Hayek destaca o fato deque oshomens não têm senão dois meiosdeobter aquilo que desejam:negociando ou tomando pela força, a guerra ou o comércio. Desenvolve brilhantemente essa idéia, mostrando como historicamente, afinal,o processoda negociação,envolvendo compreensão, respeito etolerânciamútuos, produzresultadosmais satisfatóriosparaas partes, e, porisso mesmo, resultados maisestáveis. Poder-se-ia acrescentar, igualmente, mais baratos, pois algumas obras de história recente evidenciamcomoos impérios acabam inviabilizados em suaexpansão pelaforça pelos custos de sua manutenção. Não há nada mais dispendioso do que a guerra. Comércio e comerciantes têmsido entretanto, entre povos, histórias e culturas os mais diversos, vistos como atividades e indivíduos de segunda classe, parasitários e ociosos. A economia política antigaodesqualificava como atividade geradora de riqueza e nos países sob influênciabudista oscomercianteseramcolocados no último grau da escala social. Atualmente sesabe queas atividades de comercialização são pelo menos tão importantesquanto asde produção, sendo normal para numerosos produtosque opreçono mercadopara oconsumidor final se divida pela metade entre custo deprodução e custo

de comercialização. De certa forma,com oavanço datecnologia há uma tendência a queaprodução setornecada vezmais fácilebaratae acomercialização,que envolve a atuação pessoal e individual, mais cara,maisdifícil e mais nobre economicamente. Num regime concorrencial avançado é normalque isso ocorra.

Mais do que isso, há na atividade comercial uma característica singular que tende a valorizá-la sobremaneira entreoutrasatividades econômicasea expandircada vezmaissuainfluência social. E é o fato de que a imensa maioria das transações comerciaiscontinua aserealizar mediante o encontro e a relação individual,o que personaliza de forma insubstituível o relacionamentohumano. Numa faseem que a tecnificação tende a reduzire desumanizaresses contatos,imprimindoà relação econômica um aspecto meramente monetário, isso confereà compra-e-vendao sobre-preço oumais-valia representado pelo contato humano."Freguêse vendedor" voltam a assumir na sociedade afigura deuma dupla capaz de unir economia e amizade e aliviar com o toque da atenção, cooperação e gentileza, as asperezas da concorrência e da impessoalidade.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Alta do petróleo e o Brasil

Carlos Alberto Bifulco

A escaladada violênciano Oriente Médioresultou em novos aumentos do preço dopetróleo,que jáestárefletido nas bombas de combustív eis e que surgirá com força tambémnosíndices inflacionários.

Caso ocorram aumentos aindamaiores, ogovernoterá de implementar medidas mais efetivasnaárea fiscalemonetária,sobo riscode perder a confiança do FMI e dos mercadosfinanceiros internacionais. Sabemosqueexistemlimitações na área fiscal, mas serãonecessárias medidasduras decontenção dedespesas ede investimentos. Na área monetária poderá ser preciso pagar um preço alto para a manutenção da liquidez apertada, talvezpor meiodamanutenção detaxasdejuroselevadas. O reajuste do petróleotambém põeem riscoas possíveisconseqüências positivas para o Brasiladvindas daatualretomada da economia americana. Maisqueisso,o aumentodo óleo ocorre emum momento em que a crise na Argentina ganha força, sem que seja vislumbrada uma solução positiva para o maior parceiro do Brasil no Mercosul.

Nesse sentido, os analistas permanecem prevendo dificuldadespara aArgentinaem relação ao pagamentoda dívida externa,novas desvalorizações do peso e uma inflação desenfreada. São momentos de extrema tensão que exigem mais habilidade de negociação e equilíbrio das autoridades governamentaisargentinas ea necessidade de união de todas as forças doMercosul (leia-se Brasil) em torno de soluções v iáveis. Aomesmotempo,é sabido queno mercadofinanceiro internacional está em curso um movimento de busca de qualidade pelos investidores. Os investimentos, principalmente derendafixa, em emissores de alta qualidade, estão sendo privilegiados.

Quase Platão

Fui surpreendido porinformação transmitida pelo professor Fernando Henrique Cardoso, lente aposentado da USP, interinamente exercendo o cargo de presidente da República Federativa do Brasil, em discurso comemorativo de nova láurea que lhe foi conferida, ao lhe serconcedido o prêmio de Comunicação, como Personalidade do Ano, pela AssociaçãoBrasileira dePropaganda. A informaçãoé a deconstar como integrante da academia platônica existente no Brasil membro que não encontro nos livros de História da Filosofia,umQuase-Platão, por alcunha SilvioSantos, aliásSeñor Abravanel.

Ignoro as fontes em que se baseou nosso sociólogo para atribuir a um dos maiores comunicadores doBrasil o cognomeou nomedeQuase-Platão.Há várias hipótesespara designação tão intrigante quão esdrúxula. A primeira é de que se trata de mero rapapé de umcomunicólogo aoutro. A segunda é de que se trate de umlapsus linguae, essesescorregõesde linguagem que acontecem em momentos de euforia do ego.A terceira é que,talvez,defato,pelo número de diálogos que entabulou durante sua carreira como apresentador de TV, só Silvio Santospossa ser comparado ao filósofo grego que escreveu os Diálogos. Há uma quarta, e é a de que FHC, que é entre os

governantes omaior detentor deláureas acadêmicas e universitárias do mundo, temendo que Bush possa lhe arrebataro troféu Guinness qualquer, tenha resolvido dar essa tacada espetacular e definitiva. Háuma quintahipóteseflutuando noar: de que QuasePlatãopossavir aserindicado como a tábua de salvação para onaufrágio de Roseana, caso emque nãoteriafalado oprofessor de sociologia,mas o político interessado em sua sucessão.Poisquemduvidade que se um dos maiores comunicadoresdoBrasil vierasecandidatar não meterá no chinelo os marqueteiros de todos osoutros pobres candidatos, como sérioconcorrenteao segundo turnoe seriíssimoprovávelfuturo presidente do País? Psicólogo com quem discuti essa hipótese me assegurou que,sendo defato SilvioSantos um "quase-platão" em matéria de realização pessoal, não se deixará meter nesse saco de gatos que é a política brasileira, onde se ombreiam e acotovelam um Garotinho, umCyroGomes, umEnéase nanicosdo mesmo porte.Assim, se vier a aceitar a candidatura, ficará definitivamente provado quesua"quase-platonicidade" éumequívoco atribuível a uma das outras hipóteses acima sugeridas.

Benedic toFerrideBarros

Benefícios do e-Business

AOproblemaé queo Brasil apresenta fragilidades em sua estrutura debalanço depagamentos, pois o pequeno superávit comercial nãoé suficiente para gerar as divisas necessárias para atender às remessas dejuros, dedividendos ede outrosdesembolsosnão comerciais. Dessa forma, aliada à alta dos preços dopetróleo, permanece a significativa dependência do fluxo de investimentos externos e a necessidade de renovação constante dos empréstimos tomados no Exterior. Neste ambiente, não se pode descartar por completoa possibilidade de ocorrer a percepção, por parte dos agentes do mercadode capitaisinternacional,do riscodea criseeconômicaargentina seexpandir para outrospaíses daAmérica Latina, considerando também adeterioraçãoacentuada na Venezuela.

Outro fatorde preocupação deveadvir dasfuturaspesquisasrelacionadas àseleições presidenciais no Brasil.Por enquanto, o mercado financeiroobserva atrajetóriaascendente dacandidaturade JoséSerra (PSDB)eidentifica no tucano o candidato que dará continuidade às atuais políticaseconômicas. Porém,no segundo semestre certamente haverá uma dança de números nas pesquisas. Em outras palavras, é interessante estarmos preparados desdejá parauma retomadadavolatilidade nos mercados financeiros, apesar de o governo federal continuar oferecendo sinais de que seguirá uma disciplinaorçamentária rígida, com conseqüentes superávits fiscais primários. Por enquanto,tais compromissosdo governovêmassegurandoa continuidade do apoio doFMI, oque jáimplicou em sucessivas melhorias naavaliaçãodo Paísporparte dos mercados financeiros internacionais.

Carlos Alberto Bifulco é presidente do IBEF/SP

pesardosetorde prestação de serviçosser atualmente umdosgrandesusuáriosdoe-Business, foramas indústrias que pioneiramente buscaram por tecnologias para manterem-seconectadas àcadeia de clientes e fornecedores. Já no início da década de 70, o foco dessas iniciativas decomércio eletrônicotangia asatisfação dosconsumidores ea redução de custos, benefícios almejados ainda hoje pelos empresários, segundo pesquisa realizada pela KPMG. Aprimeiratentativade eBusiness registrada na indústria foi ochamado EDI (Eletronic DataInterchange), utilizadoem largaescala pelas grandes corporações.Trata-se da trocaeletrônicadedados, ou seja, a transmissão de informaçõespartindodeum sistema decomputadores paraoutro,conforme acordadoentre parceiros comerciais.Noentanto, essatecnologia demandava grandes investimentos em infra-estrutura,comolinhas telefônicas dedicadas e canais de satélite,fora a instalação de terminais.

AInternetviabilizouo comércio eletrônico com cifras bem maisreduzidas,se comparadasaoEDI.Tanto que projeções feitas em 1997 previamque, até2001,90% das indústrias estariamutilizando a web parase comunicar com clientes e fornecedores. Isso só nãose concretizouporqueas companhias não prepararam seus back offices – grande parte das indústrias continua utilizando processoslogísticos obsoletos–eainternet não evoluiu como seesperavaem termosde custos,segurançae velocidade.

Mesmo com alguns insucessos, como foi o caso da crise en-

Futebol empolgante São poucas as vezesem que abordo o futebol aqui na coluna. E nunca escondi minha torcidapelo São Paulo. Assistinascer oMorumbiquandotinha 10 anosdeidade efreqüentoo Pacaembu desdeos tempos da "concha acústica". Por isso, posso mencionar a rodada decisiva deste domingo, do Torneio Rio-São Paulo, como uma das mais empolgantes das últimas décadas.

Decisões

frentada pelas empresas ponto.comno finalda décadade 90,os númerospermanecem bem animadores. Previsões apontam que os investimentos em comércio eletrônico no setor industrial devemmovimentar um montante de US$ 5 bilhões até 2005.

Oe-Businessindustrial engloba três etapas respectivamente evolutivas. A primeira é denominada Comunicação, quando a principal preocupação da empresa é assegurar que seus clientesconsigam efetuar pedidos de maneira rápida. Ao mesmotempo,o sistemaéintegrado à cadeia de fornecedores, garantido assim o cumprimentodosprazos firmados com o consumidor.

A segunda etapa diz respeito à Colaboração.Nesseconceito, demandas, ordens de comprasplanejadase alterações são transmitidasaosfornecedores via web e em tempo real, ou seja, assim que o cliente efetua oseupedido,o mesmo é enviado aosfornecedores responsáveis pelosmateriaisnecessáriosparafabricar oproduto solicitado. Dessa forma, a indústria consegue baixar os níveis de inventários e cumprir comosprazos preestabelecidos, garantindo aredução de custos e o aumento da lucratividade.

E, por fim, existe uma terceira etapa chamada Integração Inteligente, queenglobaos smart softwares e o ascendente e-Procurement, com oqual as empresas realizam cotações on-lineparaa comprademateriais. Grande usuária das ferramentasdee-Business,a indústria química é hoje a detentora dosmaiores portaisde eProcurement do mundo.

Celso Chapinotte é mestre em Ciências da Computação

Cada jogo tinhaem si uma decisão.Uma disputa. Umgol, em cada partida, poderia, como pode, mudar o destino de clubes, a classificação, a posição de enfrentamento dostimes nas rodadas semifinais. E foi o que aconteceu.

Paulistas

A definição dos4 semifinalistassó ocorreunosminutos finaisde cadajogo. O Corinthians superando o Vaso (e o Palmeiras) no minuto final e o Palmeiras sendo superado ao ser derrotado, também nos minutos finais, pela PontePreta, mudarama históriadas partidas seguintese a posiçãofinal dafase declassificação.

Queda

O gol da Ponte, dramático emtodos ossentidos,tirou o Palmeiras do primeiro lu-

gar, pôs o time do Parque Antarctica para enfrentaro São Paulo (pobre Palestra) e ainda salvou a própria Ponte dorebaixamento noTorneiodo próximoano.Além de tudo, jogoupara o rebaixamentoo rival Guarani. Uma emoção atrásda outra a cada minuto da rodada. E o Guarani tinha conseguido vencer também de forma dramática o Botafogo,no campo dotime carioca. Uma loucura.

São Paulo

A classificação doSão Paulo queenfrentará oPalmeiras(pobre Palestra...) foi também dramática. A vitóriade 5a3 sobre ofrágil Americano, deCampos, do Riode Janeiro,expõeo quanto a defesa tricolor é vulnerável. Nestafase semifinal enfrentaráo Palmeiras (pobre Tricolor ) e se passar pelo alvi-verde pegará o vencedor de Corinthians e São Caetano. Nessa fase classificatória o São Paulo perdeu paraostrês. Ouvai ou racha.

Rio

O Fluminense foi castigado noúltimominutopor um chute fulminante de Marcos Sena, do São Caetano. Mas se classificou,junto comos4 paulistas e o Vasco, para a Copa dos Campeões. Aplausos parao tricolordoRio. Parao vergonhoso Vasco de Eurico, vaias.

P. S .
Paulo Saab

Governo projeta crescimento de 4%

Para 2003, orçamento apresentado pela equipe de Fernando Henrique mantém superávit fiscal de 3,5% e inflação de 4%

O governo enviou ontem ao Congresso oprojeto da LeideDiretrizes Orçamentárias, LDO, para 2003, que fixaas linhas gerais para a elaboração do Orçamento noprimeiro anoda próximaadministração, prevendo uma expansão da economia de 4% no ano que vem. Como era esperado, o projeto prevê como meta fiscal um superávit primário do setor público de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sendoque2,8% paraogovernofederal e0,7% paraEstados e Municípios.

AnovaLeide Diretrizes Orçamentárias, LDO, fixa metas fiscais paraotriênio 2003-2005, como estabelece aLeide Responsabilidade Fiscal, sendo que as metas para 2004 e 2005 são apenas indicativas.

Metas – Paraesses dois anos, asmetasdesuperávit primário sãoas mesmas de 2003. Quanto ao crescimento daeconomia, aestimativaé de expansão de4% também em 2004 e de 4,5% em 2005. Tendo em vista esse cenário, quenão considerareceitascom privatização, a relação dívidapública/PIB deve

cair para menos de 50% ao finalde 2005,informou oministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guilherme Dias. Hoje esta relação está em 54,5%.

O ministro afirmou que o projeto da LDO ajuda a evitar "especulações sobremudanças radicais no próximo governo". Segundo ele, a melhor forma de contribuir para a tranquilidade desse processo de transição é dando continuidadeà políticaquevem sendo adotada.

Diasdisseque, paraterum horizonte fiscal previsível no ano que vem, são necessárias

Ações podem render R$ 4,8 bilhões

O secretário do Orçamento do Ministério do Planejamento, Hélio Tollini, disse que o governo procurou criar o mínimo possível de constrangimento na proposta para o próximo governo. Por isso,não hánovidadesintroduzidasem relação àLei de Diretrizes Orçamentárias, LDO, de2002. Tolliniobservou que não está prevista para 2003 avenda de controle acionário das estatais.

Oeconomista-chefe do Ministério do Planejamento, Joaquim Levy, disse que a receitaestimadade R$4,8bilhões comprivatizações para o próximo ano refere-se basicamente à venda do excedente deações deempresas estatais. Ele disse que também estão previstas receitas com a concessão de serviços públicos, masaestimativa ébastanteconservadora, emfunção das indefiniçõessobre

concessõespúblicas, não só no Brasil como no mundo inteiro.

Estáprevisto na LDO, segundo Levy,o reconhecimento de esqueletos no valor R$ 14 bilhões. A diferença entre esqueletoseprivatização previstapara 2003implicará um acréscimo de R$ 9,2 bilhões na dívida pública. Para 2004, aprevisão éde acréscimo de R$ 11,4 bilhões e, para 2005, R$ 12,2 bilhões. (AE)

Garotinho é alertado sobre PSDB

A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, conversou ontem, por telefone, com o ex-governador do Rio de Janeiroe candidato a presidente do PSB, Anthony Garotinho. Elapediu queele tome cuidado com o “jogo pesado” que, segundo ela, está sendo planejado pelo

agenda

Senado Federal – Sessão deliberativa ordinária–

Pauta: comparecimentodo ministro do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, Sérgio Amaral, paraprestar esclarecimentos sobre os efeitos das medidasprotecionistas norteamericanas na economia brasileira eas medidasque serão adotadas pelo governo brasileiro;MP nº14/01, dispõe sobre aexpansão da

PSDB e por aliados do candidato José Serra paraacabar com os competidores. No últimosábado,a pefelistaRoseana desistiude sua pré-candidaturae, emnotaà imprensalida nojardimde sua casa em São Luís, ela afirmou quefoi vítimadeum “poderoso esquema” monta-

oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa deIncentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta deDesenvolvimento Energético (CDE), dispõe sobre auniversalização do serviço públicode energia elétrica, dá novaredação às Leis nºs 9.427/98,nº 3.890A/61,nº 5.655/71, nº 5.899/73 e nº 9.991/00.

do por seus adversários para “aniquilar” sua candidatura. Aconversacomo ex-governador do Riodurou cerca de 10 minutos, segundo assessores de Roseana. Ela ligou paraGarotinho paraagradecer a solidariedade prestada pelocandidato doPSBsobre a renúncia. (AE)

Câmarados Deputados – AComissão deTrabalho, de Administraçãoe Serviço Público realiza audiência pública, a partir das 14h30. Deputados e convidados vão discutir o Projeto de Lei 1597/99, do deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), que cria o Conselho Federal dos Técnicosde Segurança do Trabalho e os Conselhos Regionais dos Técnicos de Segurança do Trabalho.

trêsâncoras: ocumprimento da meta fiscal, a aprovação da prorrogação daCPMFe a desvinculação de receitas tributárias daUnião, quejá foi aprovada pelo Congresso.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão está propondo a manutenção dameta fiscalem 2,8%do PIB para o governo federal, o queequivalea R$39,8 bilhões, parao triênio20032005, dentro do projetoda Lei de Diretrizes Orçamentárias, encaminha ao Congresso Nacional.

Para o setor público consolidado,a metadesuperávit

Presidente

do PFL

prefere composição com Jereissati

Em conversa com o coordenadorda campanhado PSDB à Presidência, deputado Pimenta da Veiga (MG), o presidentenacionaldo PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), comunicouqueseu partido embarcaria na candidatura presidencial do governador Tasso Jereissati (CE) sem problemas, mas que apoiar José Serra não dá. Nosbastidores, porém,dirigentes pefelistas de vários Estados dizem que a candidatura Serraestá crescendo no partidodesdea renúncia da candidata Roseana Sarney (PFL-MA), há três dias.

Aceitação – O deputado Gilberto Kassab (PFL-SP) é umdos quereconhecemque a posição de Serra no partido “melhorou muito”, assim como também cresceu internamente a candidaturade Ciro Gomes. “Não há porque não refletirsobre oeventual apoio a Serra”, diz Kassab. Ele está convencidode quea direção vai analisar todas as alternativas e, seja qual for a escolhida, teráa bancadapaulistadoPFL apoiandooprojeto nacional.

Jáo secretário-executivo, Saulo Queiroz,que,como Kassab,é próximoa Bornhausen, vê outro cenário. Apostaquea cúpula doPFL lutará contra 2hipóteses: apoiar Serra, o que significaria rendição, ou ficar sem candidato. (AE)

primário (receitas menos despesas excluindopagamento de juros) é de 3,5% do Produto Interno Bruto. Inflação – Ogoverno trabalha com as seguintes variáveis macroeconômicas:crescimento real do PIB de 4% em 2003,primeiroano do novo governo,inflaçãode 4% etaxade câmbiode R$ 2,42 por dólar. Para 2004, as variáveis são 4% e 3% e R$ 2,45 e para 2005 4,5%, 3% e R$ 2,48, respectivamente. "O esforço fiscal é compatível com as condições econômicas que têm prevalecido nos últimos anos", avalia

o ministro.O governoconta coma aprovação peloCongresso da prorrogaçãoda vigênciada CPMF,comprevisão de arrecadação é de R$ 20 bilhões ao ano e a desvinculação de 20% das receitas tributárias para fonte derecursos para a aplicação. (AE)

Superávit Primário do Setor Público – Carac teriza-se quando o governo consegue que sua arrecadação total supere suas despesas, descontados os gastos com juros e atualização monetária de dívidas. glossário

Roberto Freire rejeita aliança com pefelistas

O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), desautorizou ontem os integrantes da legenda a negociar o apoio do PFL à campanha dopré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes.

Freire pretendiaencontrar Ciro Gomes ontem ànoite para tentar pôr um freio nas articulações com os pefelistas. “Precisamos superar a crise ealguns desencontros”, admitiu o dirigente.

Freire procurou poupar Ciro –que apóiaas articulações com ospefelistas –, mas deixou claro seu descontentamento com interlocutores do próprio candidato, entre eles o líder do PPS na Câmara, João Herrmann (SP).

Encontro – “Herrmann não está autorizadoa marcar encontroscom oPFL”,disse

Freire, sobre a reunião programada para hojeentre Herrmann e deputados pefelistas. “Nãoaceito serpatrulhado”, reagiuHerrmann, garantindo que vai manter as conversas com os pefelistas. Entre os vários argumentos que usoupara se opora uma aliançacom oPFL,Freire destacou um: “Nãoposso aceitar no meupalanque um partido que é golpista e historicamente de direita”.

O senador Freire não aceita sequeralianças informais com o PFL. O dirigente tem o controle da máquina partidária para tentar barrar qualqueraproximação comos pefelistas.

Caso odiretórionacional sejaconvocado paraanalisar a proposta, pelomenos 70% dos 105 integrantes votariam com Freire. (AE)

Hugo Chávez garante ao

mercado venda de petróleo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez,prometeu aos Estados Unidos que o país será uma fonte estável de petróleo para o gigante norte-americano. "Eupossogarantir aos EUA um fluxo normal de petróleo e derivados", disse.

A estatal Petroleos de Venezuela (PDVSA) "está operando normalmente e continuará aoperar normalmente", acrescentou.

O presidentetambém ratificoua políticade suaadministração de continuar aderindo às cotas de produção de petróleoprevistas nos acordos com a Organização de PaísesExportadores dePetróleo, Opep. Chávez disse que a estatal Petroleos de Venezuela SA (PdVSA)não vai quebrar sua cota atualda Opep. "Apolítica écorreta" , reiterou Chávez.

Mesmo que a situação política na Venezuela venha a se estabilizar rapidamente, os preços dopetróleo devem continuar sofrendoforte volatilidade nos próximos meses. Pesam tambémas incertezas noOrienteMédio ea possibilidade deumataque dos EUA contra o Iraque.

Força aérea da Colômbia derruba aeronave das Farc

A Força Aérea Colombiana, FAC, abateu ontem um pequeno avião carregado de explosivos. A aeronave foi derrubada quando tentava atacar uma base militar no departamento de Arauca. O comandante da brigada militar no leste da Colômbia, general Martín Carreño, afirmou que o pequeno avião foi destruído quando sobrevoava a base.

"Oavião levava terroristas que tentavam lançar osexplosivos sobre as instalações de",afirmou ogeneral."O queos terroristasdas Farc buscavam eraprovocar uma grande tragédia", afirmou o general Carreño, que não disse quantas pessoas estavam no pequeno avião.

As Farc, que representa a maior organização guerrilheira do país,lançaram uma ofensivaapósaruptura das negociações depaz em20 de fevereiro. (AE/Ansa)

NOTAS

Anistia acusa EUA de maus-tratos a presos

O tratamentodispensado aos prisioneiros do Taleban e daAl-Qaeda na base americana de Guantánamo (Cuba) fereos direitos humanos, afirma ummemorando da AnistiaInternacional divulgado ontem emLondres. No documentoenviadoao gov ernodos EUA, a Anistia também acusaWashington de violarleisinternacionais ao impedir que os detidos tenham acesso aadvogados. A embaixada dos EUA em Londres nãocomentouanota.

Na base, há 300 pesos capturados em 33 países. (AE)

Oscilação – Aavaliação é do diretor do Instituto da Universidade de Oxford para Estudos de Energia,Robert Mabro. "Estamos distantes de uma situação de preços que continuaráoscilando nos próximosmeses, dependendoprincipalmente dos desdobramentosdo conflito entre israelenses e palestinos", diz o especialista.

"Com a suspensão da produçãona Venezuela, que também éum grandefornecedor norte-americano, tivemos uma combinação explosiva", acrescentou Mabro. Para ele, casoo presidente da Venezuela consiga se manter no cargo, o país deverá continuar respeitando as quotas de produção estabelecidas pela Opep.

Eleição – Mas Chávez tem pela frente o compromisso de de acertar a crise instalada no país, que levou a morte de cerca de 15 venezuelanos na semana passada,numa marchaquereuniu maisde500 mil pessoas.

No campo político, o presidente Hugo Chávez avisa que nãoconvocará eleições,até porque,acrescentou, conta

comapoio maciçodapopulação.

Chávez chamou os venezuelanos ao diálogo nacional e pediu que a população reflita sobre os fatos ocorridos nos últimos dias, considerando a tentativa de golpe que ele enfrentou na ýltima quintafeira.

O presidentemantém hoje encontrocom governadores e outros representantes dos poderes do Estado que deverá darimpulso aodiálogo nacional. Chávez lamentou que o confronto entre o exército e a população tenha provocado a morte de venezuelanos inocentes.

"Comprometo-me, como chefe de Estado, a contribuir com as investigaçõespara que os responsáveis nãofiquemimpunes", disseopresidente.Paraele,a liçãofoi sangrenta e acrescentou que a "poderosa força da verdade está prevalecendo".

Sem perseguição– Pa rt idáriosligadosa Chávezdeclararam que o governo não iniciaránenhuma perseguição política e não haverá vingançacontra osgolpistas, embora os envolvidos terão

de responderà Justiça. Representantes da Igreja Católica pediram ao presidente que impeçaatos derepresáliaaos golpistas.

A rápida passagempela presidência do país vai custar a PedroCarmona processo por "insurreição, traição, rebelião, usurpaçãode funções e outros delitos contra o Estado. Todasessas responsabilidadescontraCarmona eos militares que o apoiaram serão acompanhadas pelo Ministério Público, garantiram os porta-vozes do governo. Apesar daspromessas de quenãohaverá uma"caçaàs bruxas" naVenezuela contra osmilitares que apoiaram o golpe contra Chávez,vários militaresdoalto comando das forças armadas foram detidos. Entreeles, ocontra-almirante Carlos Molina Tamayo e o vice-almirante Héctor Ramírez Pérez".

É incerta também a relação entre o governo e os meios de comunicação privados do país.A administraçãode Cháveze partedapopulação acusamaimprensa decomter "exageros" sobre os conflitos de rua. (AE)

Queda de avião chinês mata 118

Umavião chinês com 166 pessoas abordo chocou-se ontem contrauma montanha próxima ao aeroporto da cidade sul-coreana de Pusan, a segunda maiordo país, em meio à chuva e à neve. Segundo a polícia, 118 pessoas morreram, 39 sobreviveram e nove estão desaparecidas. O Boeing767-200 seapro-

Imprensa adere à greve geral na Itália

Jornalistase funcionários de editoras italianas paralisaram ontem jornais e agências noticiosas, antecipando-se à greve geral deum dia convocadaparahoje pelastrês maiores centrais sindicais, Será o 1º protesto geral em 20 anos contra reformasda lei trabalhistapretendidas pelo primeiro-ministro Sílvio Berlusconi. "Nãohaverá jornais nesta terça-feira", disse Sergio Cofferati,presidente da esquerdista Confederação Geral Italiana dos Trabalhadores– amaiordo país,com 5,4 milhões de filiados. (AE)

ximava do aeroporto quando bateu em uma montanha, próximo a uma área residencial,às 23h30(horáriode Brasília), de domingo. O vôo da Air China partiu de Pequim rumo a Pusan, mas foi desviado para a capitalsul-coreanaporcausa do mau tempo. Testemunhas disseram que havia muita ne-

Timor Leste abre as urnas da 1ª eleição

Acontagemdosvotos da primeira eleição presidenciais de Timor Leste começou ontem em todo o país. Pela primeira vez, a contagem será feita em cada umdos 13 distritos e não apenas em Díli, como erafeito atéagora, por razões de segurança, pelos própriostimorenses, napresença de observadores nacionaise internacionais.Asprimeiras eleições presidenciais da história de Timor Leste tiveram outro aspecto histórico:foramdasmais pacíficas domundo. XananaGusmão é o favorito. (AE)

No Uruguai, empresários e sindicatos organizam protesto contra governo

Empresários rurais uruguaios e a central de trabalhadores esquerdista do país marcarampara hoje uma inédita manifestação conjunta com protestos de rua na capital, Montevidéu, contra a política econômica adotada pelo governo.

A central operária convocou uma greve de meio período com o objetivo de permitir maior presença àmanifestação diante do Obelisco no centro da cidade.A manifestação foi convocada por váriossetores, principemnte por empresários ligadosàa gricultura.

Ação inédita – O protesto conjunto não tem antecedentes nahistória doUruguai eocorre nummomento

em que aeconomia dopaís, sacudida pela crise regional, entrou noquarto ano desevera recessão. Segundo um representante dos produtoresrurais, ossetores começama compreenderqueo Uruguaiéumpaís produtivoe queépreciso uma ação conjunta para recuperar sua economia. Desemprego – Por sua vez, o Plenário Intersindical de Trabalhadores (Pit-Cnt) formulou reiteradas denúncias sobrea situaçãodedesemprego ea quedana atividade industrial – motivo pelo qual se juntou àjornada dos produtores agrícolas, cujo lema é "Pelo trabalhoe a produção nacional. Porque outro Uruguai é possível". (Agências)

Israel prende braço direito de líder palestino

O Exército israelense capturou ontem Marwan Barghouti, um dos principais assessoresdo presidente da Autoridade Palestina (AP), Yasser Arafat.A detençãode Barghouti, chefe na Cisjordânia da Fatah, o movimento de Arafat, depoisde umgrande cerco, constitiu para as autoridades israelenses um importanteêxito desuaofensiva iniciada em 29 de março.

O primeiro-ministro de Israel, ArielSharon, felicitouo Exércitopelaprisão de Barghouti, membro do ConselhoLegislativo palestino e um dos líderes da intifada (levante palestino contra a ocupação israelense).

Alerta– AAP advertiuIsrael a não atentar contra a vida de Barghouti, o mais importante dirigente palestino detidodesde oinício daintifada, em setembro de 2000. Israel responsabiliza Barghouti por ataques contra

blinana horadoacidente. Um dos sobreviventes, Kim Mun-hak, disse que o avião se chocou logo depois do anúncio para que os passageiros colocassem os cintos de segurança.Segundo oministro dos Transportes sul-coreano, Kim Young-woon, a caixapreta do avião já foi encontrada. (AE/AP)

Interpol vai procurar Stroessner no Brasil

Um juiz do Paraguai solicitou àInterpola capturado ex-ditadorparaguaio AlfredoStroessner (1954-1989) e deseu ex-ministro doInterior, Sabino Montanaro, asilados respectivamente no Brasileem Honduras.Oinforme indica queambossão apontados como autores intelectuais daprivação ilegítima de liberdade e torturas impostas ao advogado e educador Martín Almada e pelo "homicídioportortura psicológica" de suamulher, CelestinaPérezdeAlmada, no final de 1974. (AE)

israelenses especialmente contra colonos, e sua captura era um dos objetivos dos serviços desegurança israelenses há vários meses. Barghouti foi detido por uma unidade de elite do Exército na casa de Ziad Abu Ain, ummembro da Fatah, em Ramallah. Também foi preso Ahmed Barghouti, primo e assessor. Ataque – Em Belém, tropas israelenses trocaram tiros ontem com os palestinos armados que estão refugiados na Basílica da Natividade. Um palestino edois soldadosisraelenses foramferidos durante o tiroteio. "A situaçãoestápiorando deumdia parao outro, háferidos eas pessoas temem um ataque", disse o advogado TonySalman, que se encontra no convento franciscano com cerca de 30religiosos. Osferidos gritam de dor,a comida está acabando eos israelensesintensificaram a pressão. (AE)

Sharon aceita encontro, mas não sai de Ramallah

Osecretário deEstado americano,Colin Powell, abraçou ontem a idéiade uma conferênciainternacional para conter a violência no Oriente Médio e retomar as negociações de paz israelense-palestinas.

Powell pode voltar a se encontrar hoje, pela segunda vez,com olíder palestino Yasser Arafat em seu arruinado quartel-general de Ramallah. Até agora, ele teve pouco progresso na sua missão de paz na na região.

Conferência – O primeiroministro Ariel Sharon anunciou quetambémirásereunir novamentecomPowell. Sharon sugeriua realização de uma conferência internacional em seuencontro de domingo com Powellem Tel Aviv, apesar deo primeiroministro ter dito que não aceita a inclusão de Arafat. Powell afirmou que os EUA não seriam necessariamente o anfitrião da conferênciae que Arafat poderia enviarumadelegação palestinadealto nívelpararepre-

sentá-lo se asconversações forem realizadas entre ministros do Exterior. Tanto Sharonquanto Arafat endossaramos princípios da idéia,segundo Powell. Mas Hassan Abdel Rahman, a principalautoridade palestina nos EUA,disse que Sharon temprimeiro dedesocupar a Cisjordânia. Tempo– Sharon afirmou que as forçasisraelenses irão seretirar emuma semanade todas ascidades evilas –exceto de Ramallah, onde elas cercam oQG de Arafat,e de Belém. E adiantou que as tropas permanecerão indefinidamenteemRamallah, mas deixarão Belémse oque ele rotulou de terroristas palestinos que estão dentro da Igreja da Natividade se renderem. Powell disse que ainda não pensousobre quem deveria participar daconferência, masrepresentantes israelenses epalestinos estariampresentes. Sobre Arafat, Powell considerou que "ele não necessariamente deve estar presente". (AE)

Homens trabalham no local em que a aeronave bateu numa montanha próxima da cidade sul-coreana de Pusan

Legas Wall reabre no Brás com serviço de decoração

A fabricante demóveis paralojasLegas Metalinvestiu

R$ 100 mil para reformular o seu showroom de móveis, chamado Legas Wall,no Brás. O local, que foi reaberto no início do mês, comercializava móveispara lojase residências e agora se especializou em mobília comercial.

O Legas Wall funciona dentro de um grande supermercadovoltado paralojistas, chamado Legas Metal. Os proprietários estãotentando atrair pequenos varejistas com o oferecimento de serviços gratuitos de arquitetura e decoração.

A reformulaçãodo espaço, incluiu pesquisa do novo conceito,melhora das instalações, reestruturação administrativa etreinamento de pessoal. Jánesteprimeiro mês, a expectativa é de crescimento de5%novolumede negócios.

Gol faz redução de até 23% no preço das tarifas da ponte aérea Rio-SP

A Golanunciou ontem corte de até 23% nas tarifas cobradas na ponte aérea RioSão Paulo.O passageiro que comprarsua passagem pela Internet, no site www.voegol.com.br, pagará R$98 no vôo SãoPaulo-Rio (Congonhas-Santos Dumont).

O preçoé 23%menor do que a tarifa mínima cobrada anteriormentepela empresa no trecho, deR$ 128. Quem comprar o bilhete pelo telefone (0300 789 2121), pagará R$ 108 na ponte CongonhasSantos Dumont,15% menos que a menor tarifa anterior.

Apromoção éumareação daGol ao baixoaproveitamento de seus vôos na ponte aérea. Segundo o Departamento de Aviação Civil

(DAC), o índice de aproveitamentofoide 33%emmarço,logodepoisdaestréia da companhia narota mais lucrativa da aviação. Web – A Gol sustenta que a produtividade tem sidode 40% ainda assim abaixo do ideal, que seria de 50%. Com a promoção, a empresa pretendemelhorar a produtividade etambémestimular as vendas pela Internet, que respondem por 20 % do total. A Gol opera na ponte aérea com doisBoeings737-700 com 144 lugares. Desde o vôo inaugural, no dia 15 de janeirode 2001aGol realizou24 miloperações depouso edecolagem e quase 26 mil horas voadas. Acompanhiatem atualmente 15 Boeings. (AE)

O espaço foi concebido como um grande supermerca-

Lojas – No Legas Wall, o pequenolojista temacessoa stands que reproduzem o ambiente de diversos tipos de lojas, comode calçados,vestuário adulto, infantil epresentes.Magazines,hotéis e áreasde recepçãodeempresas também têm reproduções próprias no showroom.

do. Ele ocupa 400 metros quadradosdentro dosupermercado,cuja áreatotal éde dois mil metros quadrados, comestacionamento epraça de alimentação.

Pesquisa – O proprietário da Legas Metal, Nelson Miyazawa,explicaque aidéiasur-

Lojistas terão orientação gratuita em design

Os planosfuturosdo proprietário da Legas Metal, Nelson Miyazawa, incluem a montagemde um auditório dentro do supermercado. No local, especialistas em decoração ministrarão cursos e palestras para os lojistas inte-

ressados em mudar o visual de seus estabelecimentos.

Duranteos eventos,eles entrarão em contato comas últimas novidades nosegmento de móveis corporativos.Miyazawa aindanãodefiniua data deimplentação do seu mais novo projeto.

A empresatambémestá utilizandonovas formasde publicidade, como um site na Internet, em lançamento, e um catálogo para clientes.A equipe de telemarketing também foi treinada. (PC)

giuhácerca dedoisanos, após uma pesquisa de mercado que apurou que a necessidade constante de renovação emtodos ostipos deestabelecimentos comerciais.

A LegasMetal vendemóveis para lojasdesde o início de suas atividades, há 25 anos, mas oempresário percebeu que o mercado exigia reestruturação,com oferta de novidades eorientação de clientes.O desenvolvimento da nova linha de produtos foi concluído em um ano, com a parceria de escritórios especializados em design.

Paula Cunha

TAM receberá 14 Airbus para vôos

ATAM, líderdemercado da aviação doméstica nacional, confirmou o pedido de 14aviões à fabricante européia Airbus,numcomprometimento deleasing decerca de US$ 500 milhões. A empresa vairetirar dafrota dois Fokker 100 até o fim do ano.

nacionais

A TAMrecebeurecentementetrês A-320 etem 87 aviões na frota. Ela receberá mais doisA-319atéjunho, quando virãoquatronovos A-330. Outros dois A-330 serão devolvidospor causado fim do contrato de leasing. Os aviões novos serão usadosem freqüências abertas de São Paulo para Salvador, Recife, Fortaleza e Belém. O vice-presidente comercial, JoséWagnerFerreira, informou que a empresa manterá neste ano o foco nos serviços domésticos edeverá terpoucasnovidades no transporte regularinternacional, que já vinha abandonandodesdeo ano passado. (AE)

O proprietário do Legas Wall, Miyazawa, mostra móveis de loja infantil ambientados no showroom recém aberto
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Bicho de pelúcia perde exclusividade na Butterfly

Depois de conquistar adultos e crianças com bichos de pelúciamaciosegrandes, a Butterfly decidiu diversificar a linhade produtos.Almofadas,chaveiros, tapetes,pantufas e sacos dedormir são a aposta para crescere contornaros períodos desazonalidade das vendas.

O lançamentode novos itensemcaráter experimental, no ano passado, incrementouo faturamento da empresaem6%. Umdos produtos mais vendidos foi a almofada em forma de coração com a frase Amor I love you, lançada no período em que a músicada cantora Marisa Monte conquistavaas paradas musicais do País.

A proprietária, Georgia Abadi,conta queainserção de novos itens ocorreu gradativamente aproveitando oportunidades como a música. "Lançamos almofadas com a bandeira dos EUA e do Brasil no período pó s- ate nta do ", conta. A experiência foi decisiva paraa criação de uma linha de bolas e bandeiras depelúcia emcomemoração à Copa do Mundo. Coelhos – Aproveitar o períododePáscoa tambémfoi uma boa saída.Coelhosde pelúciaespeciaisparaa data geraram um movimento

Butter fly aumentou 6% o faturamento depois que diversificou a produção

equivalente a 25% das vendas de um ano. "Hoje essa data já é amaisimportantedepois do Dia dos Namorados", diz. Os fabricantes de bichos de pelúcia sofrem com os períodos de baixa nas vendas, uma vez que existem duas boas datas para as vendas: o Dia dos Namorados e o Natal. Prazos – Além disso, aconcorrênciacom produtosimportadosdaÁsiacausa distorções no comércio. "Alguns produtos são vendidos abaixo do preço de custo", diz. A alternativa para sobreviver perante os estrangeiros, fator

CBB utiliza canal de vendas de bicicletas também para motos

A Companhia Brasileira de Bicicletas (CBB) vai utilizar a mesma receita da comercialização de bicicletaspara vender scooters e motos. Além de lojas especializadas, a scooter Fifty Sundowne amotoneta Web Sundown,que começaram a ser fabricadas em janeiro, estãosendo distribuídas em grandes magazines.

A CBB pretende aproveitar os 10 mil estabelecimentos que já vendema marca Sundown no Brasil.A empresa produz bicicletas,fitnesse patinetes edecidiuampliar sua participação no segmento de duas rodas. Com investimentos de US$ 2,3 milhões, a CBBiniciou aprodução de motos e scooters.

A fábrica, instalada em Manaus, no estado do Amazonas, estáproduzindo inicialmente osdoismodelos.A motoneta WebSundown, de 100cilindradas, vai concorrer diretamentecom aHonda Bis, Yamaha Crypton e com a Kasinski Midas. Nosprimeiros 12meses,a empresa estima produzir seis mil unidades de motos e scooters.O objetivo écrescer gradualmente e abocanhar 2% do mercadonos três primeiros anos de operação, de acordo com o diretor comerciale de marketing daCBB, Nelber Mota Ramos. Antes de ingressar no segmento, a CBB investiu empesquisa de mercado e na escolha do parceiro,a chinesaQingqi, da qual absorveu a tecnologia. Ramos ressaltou que a CBB acompanhou odesenvolvimento do segmento de motos durante os últimos anos e detectou oportunidade de ampliar os negócios. "Desenvol-

vemos tecnologia de produçãoa partir de exp eriênc ias com grandes fabricantes internacionais e estamos prontos para lançar produtos econômicos, de alta tecnologia, que atendam às necessidades do consumidor brasileiro", explica Nelber Mota Ramos. Vendas – O sistema de vendafunciona quasecomoum self-service,onde ocliente coloca a motonocarrinho como se fosse um produto de uso de limpeza ou um alimento. Nesta fase inicial apenas lojas das grandes redes de magazines, tais comoo Ponto Frio, Casas Bahia e Brasimac,nasregiões SuleSudeste, venderão os modelos. O primeiro desafio será conquistara confiança do consumidor, como trabalho depós venda.As motosSundown utilizam tecnologia chinesa, o que pode elevar o

que acabou com a Maritel, foi criar um produto diferenciado em qualidade e centralizar as vendas nos pequenos varejistas para evitar a dependênciadegrandesredes. Aempresa garante aentrega dos produtos em 10 dias. "Os importados são mais baratos, mas demoram de 30 a 90 dias para chegar. Nesse período, se o estoque do lojista acabar, ele nos procura", diz.

A Butterfly é uma empresa nacional, conhecidapela qualidadedosprodutos. No Rio de Janeiro, segundo uma pesquisa recente, a fabricante detém40%domercado de bichos de pelúcia.

Tsuli Narimatsu

Brinquedos grandes são procurados por adultos para demonstração de afeto

Bichosgrandes forama primeira apostadaButterfly paraentrar nomercadoda pelúcia. Com qualidade, maciez e acabamentos especiais, os ursinhos Butterfly fizeram a empresária Georgia Abadi desistir do ramo de confecção feminina. "No início ninguémapostava nos bichos grandes.Masaos poucos,os

namorados foramassociando o tamanho do amor ao tamanho do presente", afirma. Os produtosempelúcia, segundo ela, estão ligada à carinho e afeto e são usados como presente para todas as idades. Avós e netos, amigos, crianças e jovens. Essefoio fatorqueimpulsionou a empresária a apren-

der as técnicas de cortes da pelúciae a desenvolverum padrão de qualidade próprio, hoje reconhecido internacionalmente. A Mattel, proprietária da marcaBarbie,escolheu aempresa parafabricar almofadas com onomeda boneca. Todos os produtos da Butterfly têma aprovação do Inmetro. (TN)

custo de manutenção e reposição depeças. O diretor da CBB garante que dispõe estoquee deumquadro deprofissionais técnicos nomeados paraprestarassistência ao consumidor. Agarantia éde um ano para as duas motos. Ospreçossugeridos ao consumidorsão deR$3,59 milpara ascooterede R$3,7 mil para a motoneta, com margem de lucro de20% a 24% para o lojista. Os valores sugeridospela Sundown, quando comparadoscom os praticadospela concorrência, podem ser fundamentais na decisão doconsumidor, uma vez que aWeb pouco se destaca da Honda Biz, da Yamaha Crypton,emvisuale desempenho.

O segmento da Sundown Web élideradopelaHonda Biz,a primeira do gênero produzida Brasil,com participação de17,4% nasvendas do primeirotrimestre deste ano, segundo a Associação Brasileira dosFabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetase Bicicletas (Abraciclo).

Diesel –Ferdinand Piech, executivo da Volkswagen AG,da Alemanha,e seusucessor, BerndPischetsrieder, apresentaram, ontem, o protótipo do modelo Vol kswagen Um Litro, em Hamburgo, naAlemanha.Omodelo foi construído com fibra de carbono. Ele usa apenas 0,999 litrode dieselpara percorrer uma distância de 100 quilômetros. (Reuters)

Geogia, da Butterfly, encontrou nas almofadas uma forma de elevar a receita Paulo Pampolin/Digna
Ricardo Ribas
Ramos, diretor na CBB, experimenta a Web Sundown
Chico Audi/Divulgação

Consultor critica política tributária dos alimentos

O economista Ivan Wedekim,da RC.W Consultores, disse que é um paradoxo o Brasil isentar o papel para impressãode livros, apesar de positivo,masnão adotar regimes especiais de tributação sobre os alimentoscomo ocorre em outros países. A opinião do economistateve como base a matéria publicada ontem no Diário do Comércio, que abordou as perspectivasdacarga fiscale os seusreflexos paraoaumento da informalidade eda sonegação emalgumas atividades produtivas.

O economista lembrou que o Brasil é um dos poucos países no mundo a taxar a comida.NaInglaterra, por exemplo, osalimentos são isentosdeimpostos. Segundodados daAssociaçãoBra-

sileira da Indústria Alimentícia (Abia), a carga tributária dosalimentos industrializados no Brasil é de 32,7%, bem superior a de países com renda per capita maior, como a Alemanha (carga de 7%) e França (5,5%). Complicada – Para Wedekim,embora acargatributáriapeseno bolsodasgrandes companhias, asituação é mais complicadapara ospequenos empresários."Tributação elevada levaas empresasmenores àinformalidade e à sonegaçãode impostos por falta de alternativas", disse. Isso porque, diferentemente das grandes empresas, as pequenas não podem contarcom um grande volume de vendas para neutralizar os custos dos impostos. "Quando o pequeno em-

presário faz as contas e percebe que o seu negócio pode estarinviabilizado,muitas vezes tentafórmulas paraburlar o Fisco até a contragosto", disse o economista. Essa situação,especialmente no setor de alimentos, prejudica asempresas que pagam em dia seus impostos, eimpõeriscos aoconsumidor.O consumidor muitas vezes adquire semo crivo da vigilância sanitária.

Queijo – Osprodutores de queijo, porexemplo, na maioria pequenos e médios empresários, enfrentam há muitoaconcorrência com empresas informais, que repassamparaos preçosaeconomia obtidacom onão pagamento de tributose encargos trabalhistas.

Considerando apenas a in-

cidência de impostos econtribuições federais, como PIS, Cofins e CPMF, as grandes empresaschegam acomprometer 8% da sua receita com opagamentodetributos. " O valor é muito acima da rentabilidadedos acionistas, próxima de 3,5%", calcula.

Carga – Quanto às perspectivas da escalada fiscal para o final do ano, o economista também acredita que a carga tributária deverá ultrapassar a 35% do Produto Interno Bruto (PIB), sem qualquer tipo debenefício paraa população em termos de melhoria de serviçospúblicos. "Cada vez mais a sociedade se convence deque não valea pena pagar tantos impostos".

Correção do IR, na pauta da semana

ACâmara dosDeputados que deve votar nesta semana a medidaprovisória quecorrige em 17,5% as alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física e aumenta a base de cálculo da contribuição social sobre olucro líquido(CSLL) dasempresas prestadoras de serviços.

Na semanapassada olíder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP),disse queinformou ao governo que a tendência entre os deputados é manter o acordo feito no ano passado. Ou seja corrigir a tabela do impostode renda e não aprovar o reajuste no cálculo da CSLL.

Obrigação – Faltando apenas duassemanas parao términodo prazode entregada

declaração do Imposto de Rendade 2002, ano-base 2001, maisde doisterços dos contribuintes ainda não cumpriram com essa obrigação. Dos 13,5milhões de declarações que a Receita Federal espera receberneste ano, apenas 4.27milhõesforem entregues até aúltima sextafeira.Do totalentregue,4.08 milhões foram enviadas pela Internet (95,4%) e 112,2 mil por meiodo formulário online,quedispensa ouso do programa IRPF 2002. Pelo telefoneda Receita(0300780300), foram enviadas 10,3 mil declarações. Mesmo com a ampla disponibilidade dos meios de entrega da declaração (Internet, telefone, correios, bancos), o contribuinte deve

Receita fala em aumento pesado da carga tributária

Para compensara demora na aprovação da prorrogação da CPMFpeloCongresso "é preciso que haja um aumento pesado de carga tributária", disseontem osecretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Segundo ele, o governo federalainda nãodefiniu se elevará o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ou se mexerá em outro imposto."Asituaçãoégrave e, mantidas todas as regras atuais, já temos perdas contabilizadas no mínimode

R$ 1,6 bilhão e a cada semana que passa, temos que somar maisR$ 420milhões aesse montante.

O secretário da Receita defende a manutenção da CPMF e disse que "essa contribuiçãonão temexpressão alguma no orçamento individual das pessoas e das empresas, ao passo quequalquer um desses outros impostos –que têm uma base mais reduzida –temuma expressão mais forte e mais dura;é lamentável que isso esteja acontecendo".

Correção – Sobre acorreçãodatabelado Imposto de Renda,o secretáriodisseque

"ninguém percebeu que ela já ocorreu, já quenão teve repercussão pessoalimportanteparaninguémque euconheço". Ele afirmou esta correção "significou uma perda de arrecadação em matéria de impostosde R$1,7 bilhão,o que está produzindo toda dificuldade de ordem fiscal que estamos vendo". (AE)

apressar-se paraevitar filase tumultos dos últimos dias. Risco – Se a maioria deixar para enviar o documento pela Internet ou pelo telefone na últimahora,há oriscode congestionamento nesses dois sistemas e o contribuinte pode perder o prazo, como já ocorreu emanos anteriores. E quem deixar de apresentar a declaração ou entregá-la fora do prazo pagará multa mínima deR$ 165,74e máxima de20%sobre o impostode renda devido no ano. Mesmopara quemapurou imposto a pagar, a entrega da declaraçãoantesdo fimdo mêsémais vantajosa.Seo problema é a falta de dinheiro para recolher o tributo, o declarante não deve preocuparse. Aindaque façaa entrega agora, o contribuinte tem prazo para fazer o pagamento do imposto, sem nenhum acréscimo, até dia 30. Palestras – Desdeo início deste mês, uma equipe da Receita Federal de São Paulo organiza palestras para orientar contribuintes que precisam fazera declaraçãodoImpostode RendaPessoa Física 2002.O atendimento começou em 1º de abril e segue até o dia 30, quando termina o prazo para a declaração do IR. Diariamente, são ministradas pelos técnicos duas pa-

lestrasnasede daReceitaem SãoPaulo,a primeira delas das 9h30 às 11h30 e a segunda das 13h30 às 15h30. Na primeira parte das conferências, com trinta minutos de duração, os técnicos da Receita apresentam slides explicativos sobre as regras para a declaração do IR, informam datas elocais para a entrega dos disquetes ou dos formuláriose esclarecemcomodeve ser feita a discriminação dos bens e dos rendimentos anuais, tributáveise não-tributáveis.No tempo restante doencontro, osorganizadores abrem espaçopara perguntas dos convidados. Idosos – Segundo a Assessoria de Imprensa da Receita Federal,o públicomédiodas sessões é de 120 a 140 pessoas, a maioria idosos. Em geral, quem busca as orientações na sede daReceita Federal irá entregar a declaração do Imposto de Renda por formulário,e não nositedaReceita ( w ww . r e c ei t a . f az e nda.gov.br) ou em disquete. Oendereço daReceitaFederal na Capital paulista é avenida PrestesMaia,733, Centro.Para agilizar o atendimento, antesdo iníciodas palestras, osinteressados devem retirar uma senha no andartérreo doprédio doórgão. (AE/ABr)

Renovação antecipada garante aluguel

Advogado ensina como locatários devem proceder para manter ponto comercial, ao fim do contrato, sem pagar luvas

Muitos empresários podem garantir ouso do ponto comercial onde têm seus negócioseevitaro pagamento de luvasse fizerema renovação do contrato de aluguel com antecedência, em juízo. Deacordo com o advogado do escritório paulistano Fernandes Vieira Advogados Associados, VagnerRoberto A vena, a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91)protegeos

locatários dessesinconvenientes desde que comprovem, primeiramente, haja umcontrato de locação por escritocomduraçãode, no mínimo, cinco anos. É comum nomercado imobiliário contratoscom prazos inferioresa esse,mas, de acordo com Avena, se o locador possuir dois ou mais contratos que totalizem cinco anosde aluguel,a renova-

ção antecipada também pode serfeita. Tambéménecessáriaacomprovação dequea mesma atividadecomercial é explorada no local há, no mínimo, três anos seguidos. Justiça – O locatário deve entrarcom açãonaJustiça, no mínimoum ano eno máximo seis meses antes de vencero contrato,solicitandoa renovação do aluguel por período igual ao do contrato em

Sem escritura, valor do imóvel deve ser devolvido ao comprador

OSuperior Tribunalde

Justiça (STJ) determinou que ovalor pagoporum casalna compra de imóvel deveria ser devolvido, uma vez que a viúva doantigoproprietário se recusava a entregara escritura definitiva do apartamento. A decisãobeneficiouo casal Evelise e André del Lucchese, que deverá receber valor equivalente ao praticado atualmente pelomercado imobiliário.

Em setembro de 1981, o casal negociou com Leão Schechtmann Neto a compra do apartamento em que moram. O pagamentofoi feito e o proprietário transferiu a posse do imóvel.Porém, como havia umarelação de amizade entre as duas partes, aescrituranão foientreguee a transação não foidocumentada.Emfevereiro do

anoseguinte, oantigoproprietário faleceu e a viúva não reconheceuo negócio,exigindoqueo casal a desocupasse o imóvel.

Em julho de 1984, a viúva e o casal entraram em acordo.

Ela ficou de entregar o imóvel apósofim doinventárioseo casal pagassea maispelo apartamento. Opagamento foi feito pela segunda vez à espera de que a escritura definitivade comprae vendafosse lavrada. Porém, em fevereiro de1989,o casalrecebeuuma notificação de que o acordo eranulo –aviúvanãohavia assinado– e elestinham 30 dias para desocupar o imóvel em questão.

Paragarantir apermanência noimóvel, ocasal entrou no processo deinventário da famíliade LeãoSchechtmann, alegando que a ocupa-

ção do imóvel era legítima, uma vez que a viúva havia recebido o valor estipulado no acordo, sem ressalvas. Na Justiça, eles pediram a conclusão do inventário e da partilhade bens,assimcomoa concessão da escritura de compra e venda e pagamento de indenização pelos eventuais prejuízos que tinham sofrido anteriormente. Como os filhos do antigo proprietárioficaram com 50% do imóvel, o Tribunal de Justiçadeterminou apenas que o valor recebido pela viúva fosse pago ao casal. Ambos recorreramao STJquereconheceu o direito de indenização do casal,jáqueelestinhampago duasvezespelo mesmo bem. Eles receberão umaquantia equivalente ao valor atual de mercadodo imóvel. (STJ)

vigência. Avena explica que, mesmo com a morte do empresárioque levao nomeno contrato do aluguel, esse direito éextensivoa cessionários, sucessores e sócios do estabelecimento.

Com isso, o empresário evita a dor de cabeça de ter de se mudar e formar nova freguesia ou arcar com gastos de luvas– normalmenteuma cobrança abusiva exigida co-

mo condição para se efetuar a renovação de um contrato de aluguelcomercial. "Éum processosimples erápido, que compensafinanceiramente. Tenho um cliente que perdeu oprazo parasolicitar a renovação e teve de pagar R$ 50 mil de luvas de um aluguel mensal de R$ 5 mil." Ressalvas – O proprietário do imóvel sópoderá se negar a renovar o contrato se alegar

Justiça faz concorrência irregular e TCU barra

O Tribunal de Contasda União(TCU) realizou um acompanhamento na Coordenação-Geral de Logística doMinistério daJustiçacom o objetivo de apurar possíveis irregularidades na formulaçãode umedital deconcorrência,asquais poderiam ocasionar restrições à competitividade do certame.

A licitação destinava-se a selecionar propostaspara contratação de pessoa jurídica especializada nofornecimentode serviçosdeinfraestrutura de novas tecnologias, desenvolvimento, implantação, suporte e operação de sistemase tecnologias de informação no âmbito do Ministério da Justiça. O valor estimado da contratação é de R$ 8.671.790,00. Impropriedades – O TCU apurou impropriedades co-

mo a falta de divisão do objetivo dalicitação emtantas parcelasquantas secomprovarem técnicae economicamenteviáveis, a exigência, sem aparo legal, de que os concorrentes indiquem a empresasubcontratada jána proposta da licitante.

Outra irregularidadeencontrada é quanto a pontuação, noquesito "desempenho" atribuída à implantação de site com determinado número depáginas,semlevar em conta as tecnologias utilizadas oua qualidadedas páginas, o que caracteriza uma avaliação inconsistente.Em relação à suspeita de favorecimento da empresa Politec Informática Ltda, , o TCU apurou que não existem elementos suficientespara comprovar a responsabilidadeda empresa. (ABr)

que o local será usado por ele próprio ou para a transferência deum estabelecimento comercial dele ou de parentes, como pais, filhos e cônjuge.Mesmo assim,oestabelecimento a sertransferido deve existir há, no mínimo, um ano e não podeservir para o mesmo ramo de negócio do atual locatário.

Catarina Anderáos

Mãe adotiva pode requerer salário a partir de hoje

As mulheres que adotarem crianças de até oito anos poderãosolicitar aoINSS osalário-maternidade.Alei que estende às mães adotivas o direito ao benefíciofoi sancionada ontem pelopresidente da República e entrará em vigor a parti de hoje.

A documentaçãonecessária para o salário-maternidade é atestado médico ou Certidão de Nascimento, com apenasum diferencial: a apresentação do termo de guarda da criança, se o nome damãeadotiva não constar da Certidão de Nascimento.

O requerimento poderá ser feito nas agências da Previdência oupelo sitedo Ministé rio (ww w.p revi den cia social.gov.br). Somente as adoçõesfeitas apartirda datada publicação da lei terão direito ao benefício. ( ABr)

Pregão eletrônico de compras do estado sai até 2003

A Secretaria daFazenda de São Paulo vai implantar, até 2003, um pregãoeletrônico de compras. Segundo Adriano Pereira de Queiroga, diretor do departamento de Controle de Contratações da Secretaria, queparticipou ontemdareuniãoplenária da Associação Comercial de São Paulo, a idéia é atender um númeromaior queosatuais

41 mil fornecedores cadastrados na Bolsa Eletrônica de Compras (BEC). Também facilitarámaisas vendasde materiaise serviços dos pequenosempresários. Cerca de90% dosregistradosna BEC sãoempresasdemédio e pequeno portes. Página 22

Bolsa perde 2,02% no dia e o dólar tem alta de 1,13%

A preocupação com as eleições, devido ao empate técnicodeGarotinho comSerra naspesquisas, a quedaem Nova York e a situação da Venezuela fizeram a Bovespa cair 2,02%ontem. Jáo dólar comercial fechou a R$ 2,320 para compra,com umaelevação de 1,13%. Página 17

Governo prevê expansão de 4% na economia em 2004

Ogovernoenviou ontem ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2003,quefixa as linhas gerais para a elaboração do Orçamentono primeiroano da próxima administração. O documento prevêumaexpansão da economia de 4% no ano que vem. Segundo as metas projetadas pelo governo, a inflação medida pelo IGP-DI ficará em4%. Como meta fiscal,a

previsão é de um superávit primário do setor público de 3,5%do ProdutoInterno Bruto (PIB). Destes 3,5%, 2,8%cabemaogoverno federal e0,7% aos estados e municípios. Ataxadecâmbiomédia serádeR$2,42% ao ano, pelasprojeções, eo juro nominal, que estáem 18,5% aoano, ficará em 12,84%, na média, em 2003. Oministro doPlanejamento,Orçamento eGestão,

Guilherme Dias, disse que o Orçamento, da forma como foi planejado, dará tempo suficiente para que o próximopresidente possamodificar o queachar conveniente, como, por exemplo, adotar uma reforma tributária.

Até 2005 – ParaDias, o futurogoverno terá tempode promover mudanças, se for o caso,porque asmetasoferecem conforto para que sejam feitas as modificações.

Pela primeira vez, a LDO também fixará metas para 2004 e 2005. Oíndice deinflaçãodeveficar em 3% em 2004. Prevê-se crescimento doPIBde4% em2004ede 4,5% em 2005. A taxa de juro média deverá ficar em 11,25%, em 2004, caindo para 10,21% em 2005.E a relação entre a dívidapública e o PIBdeverá cairpara 50%em 2005. Atualmente, adívida significa 54% do PIB.Página 3

Tragédia em meio à neblina

Butterfly descobre novos produtos para a pelúcia

AButterflyelevou 6%sua receita depois que passou a fabricar produtoscomo almofadas, chaveiros epantufas, além de bichos de pelúcia.

Aempresa atendeopequeno varejo e encontrou no prazo deentregacurto,de 10dias, uma forma de competir com os importados. Página 21

Ibope aponta empate entre Serra e Garotinho

ApesquisadoIbope contratada pelo Bank of America edivulgada nanoite deontem consolida o candidato do PT à Presidênciada República, LuizInácio Lulada Silva, no primeirolugar, com35% das intenções de voto. Em segundolugar,com 18%das

intenções, está o candidato do PSDB, o senador José Serra. O candidatodo PSB, AnthonyGarotinho,tem 17% das intenções, significando empate técnico com Serra. Em quarto lugarficou o candidatodoPPS, CiroGomes, com 11% das intenções.

Renovação antecipada garante ponto comercial

Pedir a renovação antecipada do aluguel,em juízo, pode garantiraosempresáriosa manutençãodoponto comercial,ao fimdocontra-

to, sempagar luvasde novo. O locatário, alémde certas condições, deve entrar com a açãoumano antesdovencimento do contrato. Página 25

Embaixador fala na Associação

Comercial sobre relações com EUA

As relações comerciais entra Brasil e Estados Unidos e as negociações da Alca serão otema doembaixadordo Brasil em Washington,RubensBarbosa,que fará uma palestra, amanhã, naAssociação Comercial de São Paulo,às 16horas.Barbosaluta pelo aumentodasexportações brasileiras para o maior mercado do mundo. Por sua iniciativa, foi criado no iníciodeste anoo GrupoBrasil nos EUA, reunindo empresas brasileiras que atuam nos Estados Unidos. Página 5

Chávez garante petróleo para os Estados Unidos

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou ontemque o país continuará fornecendo petróleo aos EstadosUnidose quenãoquebrarásua cota àOpep.Ontem, foram detidos vários militaresque participaram do golpe contra Chávez. Fontes do governo disseram que não haverá perseguição política nem vingança contra os golpistas, mas que estes responderão à Justiça. Página 4 Israel captura o chefe da Fatah na Cisjordânia

Marwan Barghouti, chefe daFatahnaCisjordânia e um dosprincipais dirigentes palestinos,foipreso ontem peloexércitoisraelense. Israelacusa Barghoutideser responsávelporvários atentados contra israelenses, especialmente colonos. Página 4

Lixo, um problema de 12 mil toneladas

A cidadede SãoPaulo joga fora diariamente 12 mil toneladas de lixo domiciliar. Apesar disso, oserviçodelimpeza urbana ainda éinsuficiente eineficiente.A falta de lixeiras, de coleta seletiva e de consciência da população faz com que boa parte da Capital viva cercada de sujeira por todos os lados. Com a assinatura de contratos mais rígidos comasempresas coletoras, aPrefeitura espera melhorara situação dalimpeza urbana. Última página

a Brasil é um dos poucos países a tributar produtos alimentícios Página 24 Sundown usa para motoneta e scooter a receita das bicicletas Página 21

Hora extra custa caro e existem outras saídas para as empresas Página 23 a

Equipes de resgate trabalham no local onde o Boeing 767-200 da Air China caiu, na Coréia do Sul, depois de bater em uma montanha. A forte neblina teria sido a responsável pelo acidente, que matou 118 pessoas. Nove outras estão desaparecidas e 39 sobreviveram ao desastre. Página 4
Georgia, proprietária da Butterfly, agora fabrica as almofadas da Barbie
Kookje Sinmun/Reuters

SP terá pregão eletrônico de compras

A idéia é ampliar o acesso de fornecedores, principalmente de micro e pequenas empresas, aos negócios do governo estadual

Até 2003, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo pretende implantar umpregão eletrônicode compras para atenderum número maior doqueos atuais 41 mil fornecedores cadastrados na Bolsa Eletrônica de Compras (Bec).

Segundo o diretor do departamento de Controlede Contrataçõesda Secretaria, Adriano Pereira de Queiroga, osistema iráfacilitar,ainda mais, as vendas de materiais e serviços dosmicro e pequenos empresários. Pelos dados da Secretaria da Fazenda, 90% dos fornecedores com registro naBec sãoempresas de pequeno e médio portes.

Queiroga salientou que, emboraonúmerototal de fornecedores cadastrados na Bolsa seja expressivo, ainda existe pouca agressividade do empresariado em atuar no mercado eletrônico de compras. "Mas esse é um caminho irreversível, queprecisa ser olhado com atenção", afirmou ele.

O diretor lamentou o fato de os empresários do interior paulista teremparticipação de apenas 30% nessas vendas eletrônicas,em comparação aos 70% de participação da grande São Paulo. Para ajudar na divulgação da importância da Bec, Queiroga destacoua importância

de uma aproximaçãocom a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Alencar Burti, presidente daAssociação Comercial e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp),deixou claro que vaipromover açõespara engajar asquase 400associaçõescomerciais eindustriais dointerior. "Isso representa uma possibilidadereal deincentivar as vendas dos micro e pequenos empresários para o Estado de São Paulo".

Oportunidades – Em reuniãoplenáriana Associação Comercial ontem ànoite, Queiroga fezuma minuciosa explicação de como os micro,

pequenos, médios egrandes empresários podemparticipar,emigualdadede condições, de compras de materiais e serviços feitas comou sem licitação pelogoverno doestado de São Paulo.

Queiroga disse que, das 41 milempresas cadastradas, apenas 2,3 milparticipam de comprar com valores superiores a R$ 80 mil.

Em 2001 o Estado comprou R$ 1 bilhão em materiais.Dessetotal,54% por meio de concorrência, para compra de produtos como alimentos para presídios, medicamentos, remédios e segurança pública.

Nacompra deserviçosfo-

Governo estuda chance de "caladão"

O governo está preocupado em evitar quese repita no setor de telecomunicações umacrisede proporções semelhantes àque atingiuo setor elétrico.Documento encaminhado pela área econômica dogovernoestá sendo avaliado no Palácio do Planalto por integrantes da equipe que cuidou deafastar o fantasma do "apagão".

Apreensivo coma possibilidade de um "caladão", o que poderiaserprovocado pela crise econômica pela qual passam as empresas de telefonia, um grupo coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, PedroParente,está analisando os cenários –sombrios –que sãotraçados para as operadoras.

O documento diz que "o setor corre o riscode deixar de ser um casode sucesso para entrar na lista de fracassos". A revitalização do setor de telecomunicações, com alterações no modelo atual, é apontada no estudo como uma necessidade. "O modelo básico criado para o setor à época da privatização foi esgotado".

As questõesabordadas pelodocumento fazem coro com as reivindicações, novas e antigas, das operadorasde telefonia, que pedem regras mais flexíveis.

O ministro das Comunicações,Juarez Quadros,nega que o setor esteja diante de uma crise de grandes proporções, semelhante à que atingiu o setor energético. Issoporque,explica ele,o setor foi todoprivatizado. Para Quadros, a crise financeiraé passageira eumadecorrência das circunstâncias da economia.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é apontada no documento, elaboradoantesdasaída de Renato Guerreiro da presidência da entidade, como um órgãoregulador movidopor "umavisão incompleta da realidade, temperada por um discurso pseudo-consumerista". Esse comportamento é avaliado como um risco para a atração de investimentos. As críticas ao modelo criado pela Anatelsãoincisivas também quanto à atração de

capital."No Brasil,oregulador preferiu limitar seu escopode atuaçãoa umasuposta defesa do consumidor, deixando em segundo plano seu papel fundamentalde promotordo desenvolvimento econômico sustentável do setor", doz o texto. A atração de investimentos estaria prejudicada pelos "baixos" resultados econômicos apresentados, segundo o documento, por todas as operadoras brasileiras.

Celulares –O textochama a atenção ainda para um "enfraquecimento" do serviço de

ramgastos outrosR$ 1,7bilhão, também noano passado – 47% do total foi feito por meiode concorrênciapública, explicou o diretor.

A facilidadeda BEC,esclareceu Queiroga,é queos cadastrados precisamterapenas personalidadejurídica, estarem em dia com o INSS e com o FGTS. "Isso ajuda na contrataçãode gastosmenores efacilita oacesso dosmicro e pequenos na venda de serviços e materiais".

Alencar Burti acrescentou que, normalmente, os governos dão o mesmo tratamento fiscal e burocrático tanto paraaspequenas comoparaas grandes empresas, o que gera,

telefonia móvel. Segundo o estudo, o modelo estabelecido pelaAnatel provocauma concentração em torno da telefonia fixa. A crítica pode ser associada ao fato de quea operação de novos serviços, como o Serviço Móvel Pessoal (SMP), está atrelada ao cumprimento antecipado demetas deuniversalização pelasempresasde telefonia fixa. "Esta mudança já está produzindoforte impactonegativosobre os investimentose agrega substancial incerteza regulatória ao setor". (AE)

BC diz que estudo foi feito por especialista do setor

O documento que analisa o setor de telecomunicações no Brasile está sendo avaliado pelo governo é um texto de quatro páginas. Foi levado para discussão naCâmara de Política Econômica pelo presidentedoBanco Central, Armínio Fraga, e pelo diretor de Política Monetária do BC,

Luiz Fernando Figueiredo. Fraga eFigueiredonegam queo textotenha sidoelaboradopelo Bacen.Quando apresentaram o documento, há ummês, ambos ressaltaram tratar-se de trabalho técnico, escritopor "um amigo especialistano assunto".Segundo disseram na época, o estudo"valia uma reflexão" por tersido escrito poralguém que atuava no setor das telecomunicações móveis. Depois do episódio, oexpresidenteda Anatel,Renato Guerreiro, demitiu-se do cargo. Para o seu lugar foi indicado Luiz Guilherme Schymura de Oliveira.

Oliveira é engenheiro elétrico, com doutorado em economia,atualdiretor da Fundação Getúlio Vargas Consulting, econsiderado um homem próximoa Fraga e a diretores do BC. (AE)

segundo ele, uma situação insuportável. Por isso, o presidente da Associação Comercial de São Paulo afirmouqueiráestimular oingresso dasempresas de pequeno porte nas vendasparao Estado."Essaparceria serviria para estimular os negócios dessas empresas e integrar a sociedade com o lado positivo do Estado".

Sergio Leopoldo Rodrigues

ser viço

Mais informações sobre a Bolsa Eletrônica de Compras (Bec) nos endereços: www.bec.sp.gov.br ou www.fazenda.sp.gov.br

Alta do petróleo mexe na inflação, afirma

O diretordePolíticaEconômicado Banco Central, IlanGoldfajn, afirmouquea inflação de abril sofrerá o impacto da alta do petróleo, emborao aumento seja passageiropeloque indicaomercado futuro.

Segundo o diretor, o BC está confiante de que a tendênciaparaainflação seráde quedatanto em 2002 como em 2003. Goldfajn sustentou ainda que não adianta baixar a taxa dejuros ou depreciara taxa de câmbio para tentar reduzir o déficit em contacorrente. "O déficit só se reduz aumentando a produtividade", afirmou. "Issose consegue com educação eabertura daeconomia", declarou. Me ta s – Oexecutivo afirmou queo BCnão pretende

Goldfajn

alterar a política de metas inflacionárias da instituição. ParaGoldfajn, omodelo atual "é suficiente flexível" para abarcar crises, como o recente choque do petróleo. A meta de inflação para este ano éde 3,5%. Atémarço, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado pelo IBGE e serve como base para o governo monitoraro cumprimento dasmetasestabelecidas, já acumulava alta de 1,49%. Ontem, oInstituto dePesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, divulgou dados preliminares sobre asestimativas deinflação.Segundoa entidade, o IPCA deve chegar a 5% em 2002.Em fevereiro,o Ipea previu alta de 4,7%. (AE)

Voluntariado pode diminuir pobreza na AL

A situação socialAmérica Latina épreocupante.Aregiãoatingiu oíndicedepobreza de50%e 12% de sua população está desempregada –30% dosjovens. Osdados foramdivulgados ontem por Bernardo Kliksberg,coordenador doInstituto Interamericano de Desenvolvimento Social de São Paulo. Uma das saídas para reverteressecenário precário,segundo ele,é ovoluntariado espontâneo da sociedade. "Com oapoiodainiciativa privada, a sociedade pode diminuir a desigualdade".

Para Kliksberg, o Brasil tem umcapital social estagnado, quepoderia seraproveitado com o estímulo de ações governamentaise gerenciamento adequado dosrecursosfinanceiros. "Um trabalho dessa envergadura começa pelo combate à corrupção baseado em valores morais e éticos. Osinvestimentos em educação,tirando os jovens das ruas,deveriam sermais consistentes". AAmérica Latina investe apenas 4% de PIB na área, afirma ele.

Ricardo Ribas

ANÁLISE

O ser humano

O homem nãonasce "humano". Nasce comoum "sapiens-sapiens", que é uma espécie zoológicacomo outra qualquer.Torna-se um ser humano pela educação que, ao modelá-lo, transmitindolhe aherançahistórico-cultural milenarmente acumulada, o converteem um ente diferenciado dosoutros animais, porque sua sensibilidade,seus pensamentos e seus atos sãomonitorados por umatríade devaloresexclusiva da espécie humana – a verdade, a beleza e a bondade. A "humanidade" de um ser humano pode ser avaliada pelo grau que sua pessoa e seu comportamento alcançam comreferência aesses valores. E se acivilização e o progresso dos povos e nações são conceitos que têm algum sentido, eles também sópodemseravaliados comrelação a esses valores.

Aopassoque aherança biológicaestáinscrita no DNA, é fixa e se transmite naturalmente pela hereditariedade no curto período da gestação denove meses,a transmissãoda herança cultural humanistadepende da educação, um processo social externo que se estende por décadas e está longede ser perfeito. Já porque os indivíduos reagem diversamente aos estímulos, já porque essa herança não é fixa, mas varia no

tempo e no espaço, já porque osmétodosde ensinosãofalhos.

É peculiar dacultura, como patrimônio e herança humanos que embora ela possa se exprimir por coisas físicas e concretas, como um livro, um prédio,uma ferramenta, sua vida e permanência se situem edependam deum meio não-físico que, à falta de melhor designação, chamamos deespiritual. Istosignifica que ela só se conserva e só se transmite se e enquanto os homensreconhecem seuvalor e aencaram como necessária.E essereconhecimento não tem outragarantia que a de um consenso tácito e convencional.

Vem daí ainstabilidade e volatilidade de sua existência, significando que quando os homens, as sociedades e os povos perdemo respeitoe a prática dos valores humanistas, o progresso e a civilização podem sofrer regressõesde amplitude históricamultissecular. Se alguma coisa o século passado nosensinou foi que os povos e indivíduos estão sujeitosa regressõespara a barbárie, independentemente do nível de avanço cultural quepossam terpreviamente alcançado.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Investidor e o dividendo

E ste assunto é um ponto que sempre desperta a dúvida e a desconfiança do investidor: o dividendo, se ele é importante ou não na hora de comprar uma ação ou na formação de umacarteiradeações.O dividendo éa parcela do lucroda empresadistribuídapara os seusacionistas. Estedividendo é tributado na fonte, o que deixa oBrasil em desvantagem comoresto domundo,poisjá que o lucro da empresa é tributado por que outro imposto na hora da distribuição? Este é um dosfatores, alémdo quecolocarei abaixo, que sempre desestimulou o investidor a comprar ações pensando no dividendo. A nossa cultura inflacionária impediu nasdécadasde 80e partedade90, deseestudaro dividendo pago pelas empresas na hora da compra das ações. Assim o que se queria saber era sea açãosubiriamaisdo quea inflação"galopante" quevivíamosnaépoca.Com aentrada do Plano Real, a estabilidade da moeda, e apreocupação constante do governo coma inflação, o dividendo foi aos poucos retomandoseu devidolugar,e hojevemos atéFundosde Investimentos baseados em ações que distribuemboa partede seus lucros.

Mas como fica o pequeno investidor? Bem o primeiro ponto que deve ser observado, como sempre, é o prazo do investimento. Isto é, se for superior a um ano, o dividendo de-

A Alemanha hoje

O Murode Berlim não foi derrubado. Desabou. Naquela noitecorreuo boatodeque suas portas seriamabertas, a população acreditou, de ambos os lados se aglomerou junto ao muro. Como asportas não se abriam simplesmente começaram adesmontaro muro.A polícianão interveio porque não recebera ordens paraissoeogovernante não as dera por duvidar que tivesse o apoiode Gorbachev.Numa palavra, o Muro despencou no abismo que o comunismo criara paraa Rússiae para si próprio.

Essa explicação se encontra no artigo AAlemanha Unificada, Onze Anos Depois – O Muro Invisível, que Vasco Mariz, exembaixadordoBrasil emBerlim em 1987, publicou no número de Car ta de dezembro passado, revista mensalda Confederação Nacional do Comércio. Outras notáveis informações seencontramnesse trabalho que relata impressões doautor colhidasde suavisita à Alemanha e Berlim em 2001. A Alemanha Oriental russocomunista, um território com a dimensão dePernambuco e uma população de 17 milhões de habitantes era em 1987 a economiamais desenvolvida do mundocomunista, segundo Gorbachov. O marco oriental valiacincovezesmenos queo ocidental,masosaluguéis eram baixíssimos,as escolase serviços médicosgratuitos,não haviadesemprego e podia-se ir à operapor US$ 2,00, o quena Berlim Ociden-

ve ser levado em consideração, então partirei deste prazo. Definido o prazo, investidor deve ter em menteque o reinvestimento do dividendo na compra de mais ações é quase sempre um bom negócio, mas se ele nãofizer istodeve levarem consideração estes recursos como parte de seu lucro que está sendo retirado antecipadamente. Quando se trabalha com prazos longos deve-se sempre observarparâmetros, parapoder compararrentabilidades. Assimestesraciocínios acima valemsomente para períodos estáveis, de baixa inflação. Umbomexemplo deempresas quepagam bons dividendos e que tem importância noinvestimento em açõesestãoosbancos ItaúeBradesco. A distribuição é mensal, e duas vezes por ano há uma complementação conforme o lucro do período. Assimum investidor queresolver fazerinvestimentos constantesnestas duas ações,poderá apartir dosegundo mês contarcom recursos extras paraserem reinvestidos e maximizar sua rentabilidade.

Odividendoterá acadaano que passa umaimportância maior, já que se observa a preocupaçãodogoverno comainflação,fazendo comque adistribuição do lucro seja real e contenavalorização dascarteiras de ações.

Mauro Giorgi é analista de investimentos

bairro, Cep, telefone, RG e CIC. As cartaspoderãoserresumidaspela redação,publicando-se,apenas,oessencial que o missivista deseja transmitir. As cartas não publicadas não serão devolvidas. Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

tal custava US$ 30. Um regime depanem etcircensisparadisíaco, não fosse o atraso que implicava ea onipresença do Big Brotherdo 1 98 4 de Or well.

Segundo o embaixador, o muro físico derrubado em 1989 foi substituído por um invisível muro mental, em virtude do traumatismoque o processode reunificaçãodaAlemanha acarretou.40 anosde domínio comunista resultaram em atrasopara a Alemanha Oriental que ainda hoje vemsendo pago pelosalemães ocidentais. "Durante a última década,cadacidadão alemão pagou cerca de US$ 50.000 para melhorar as condições de vida na antiga RDA. Sessenta milhões dealemães ocidentais pagam até hoje 7,5% desua rendaem "taxas desolidariedade" emfavorde menos de 16 milhões de orientais..." O processo de reunificação e de modernização não se acha entretanto terminado. Na atualidade a Alemanha está ameaçada por uma emigração do Leste Europeu constituída de camelôs de todos os gêneros, e uma multiplicação de punks, skinheads, extremistas e fanáticos detodas as espécies que produz acirramento da xenofobia, do anti-semitismo,da discriminação,da intolerância, daviolência, da criminalidade, principalmente contraidosos eemigrantes. Umhorrorque transcendeos limites deste artigo.

Benedicto Ferri de Barros

Mentes brilhantes

Miguel Ignatios

O americano Joseph Stiglitz, um dostrês ganhadores do Nobel de Economia de 2001, voltou a fazer duras críticasàs exigênciasqueo Fundo MonetárioInternacional (FMI) vemimpondo para conceder novos empréstimos à Argentina.Stiglitz nãoé um economistaqualquer. Além do Nobel, ele é duplamente qualificado para dar suas opiniões: éamericano, entusiasta daglobalização, esabe o que está dizendo, pois já foi diretor do Banco Mundial, que é o braço financeiro do FMI.

Em resumo, disse o seguinte: o que o FMI está pedindo à Argentina (mais arrocho fiscal e contenção dos gastos públicos) é um absurdo. Para ele, tudo o que os argentinos necessitam agora é de uma pausa nas pressõese deapoio financeiropara reorganizar aeconomia e voltar a crescer. Em outras palavras, o FMI está cobrandoa Argentinaporerros cometidosnopassado, com anuência e incentivo do próprioFundo, antesdeajudá-la asair dapior recessão desua história.

Essa "receita", de acordo com Stiglitz, já não deu certo nas economias de países emergentes do Sudeste daÁsia,quetambém recorreram aoFMI, comoCoréia do Sul, Tailândia e Indonésia. Ora,pergunta oeconomista,por queinsistirem umafórmula que não funciona?

Aindasobre asituaçãoda Argentina,acrescentou quese o governo localquiser adotar uma nova moedaserá melhor trocaro peso porumadivisa comum aos demais parceiros doMercosule não–como,de repente, voltaram a insinuar "gurus" internacionais – pelo dólar.

Quanto à globalização, o Nobelde Economiafoiainda maiscontundente: ela temde ser uma via deduas mãos; por isso, seusucesso vaidepender

Em busca do tempo... Perdido.... O governador Geraldo Alckminconcedeu entrevista áJovem Pan na última segunda-feirapela manhã, quando abordou com o jornalista e advogado Joseval Peixoto a questão da SegurançaPública noEstado de SãoPaulo e, especialmente, na região metropolitana. O governo bandeirante está correndo atrás do tempo de vantagem que deu aos bandidos, ao crime para se organizar, durante o longo período em que não deu a essa área aprioridade reclamada.

Medidas

de Estados Unidos,União EuropéiaeJapão deixaremdeladoas atuaispráticasprotecionistas,a começarpelaretirada dossubsídios pagos aos agricultores americanos, europeus e nipônicos. Ou seja, para ele, asnaçõesmais desenvolvidas precisam abrir seus mercados às exportaçõesprovenientes dos paísesemergentes, sejam elas mercadorias agrícolas ou aço. Exatamente o contrário do que fazem: querem que os mais pobres abram seus mercados a seus produtos industrializados, algunsdebaixa competitividade.

O diagnóstico feito pelo economista Stiglitz ésimples, claro,direto, semmeias-palavras e isento de economês. Mais do que isso: é brilhante! E vale para nações ricas e pobres. Mas se Stiglitz merece todos os elogios acima, por que então não é chamado para ocupar o cargo de secretáriodo Tesouro dos Estados Unidosou de diretor do FMI?

A resposta óbvia é que o presidente Bush, republicano e protecionista, não pensada mesma forma que Stiglitz. E isso faz a diferença. Mas há outra razão para que mentes brilhantes, como a de Stiglitz, não sejam ouvidas.O poderdetestaos gênios!Elesincomodam porquesuas engenhosassoluçõesnãolevam emcontainteresses contrariados. "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos". A frase é atribuída aChurchill e foi dita quando aviadores britânicos resistirambravamente aum grande ataque aéreo desfechado pela Alemanhanazista. Atrevo-me a mudar o seu contexto, masacho queela caicomo uma luva para definir o que oOcidentedeveaAtenas ea Florença. O que o mundo mais necessita hojeé deum choque de genialidade!

Miguel Ignatios é presidente do Conselho Deliberativo da ADVB

A mudança de atitude do governo paulista é notória. Não ficousó na trocado secretárioda Segurança. O atual, Saulode Castro, menos falante e mais atuante do que o anterior, Marcus Vinicius Petreluzzi, além de estar mais bem ajustado à função, recebeu do governador autorizaçãoeautoridade para tornarapolícia, tantoacivil quando amilitar,maiseficiente e enérgica.

Correr muito O governo do Estado, conformeos dadoseanúncios feitos pelo governador, tem muito a fazer. Bem mais doque estásendofeito. Eas promessas anunciadas devemsercumpridas,no aumento de efetivo, melhoria

das condições humanas e materiais, investigação, desmantelamentode quadrilhas, tudo queé necessário, inclusive, o combate aos pequenos crimes nas ruas, que setornam grandeslogodepois.

Caminho correto Semprecabe perguntar por que se demorou tanto a reagir. Antestarde doque nunca,entretanto, esem perder tempo com o leite derramado, é preciso que a sociedade apóie as medidasqueo governoestátomando e se envolvamais nas denúncias e informações que levem aos criminosos e aos que pretendem delinqüir. Combater o tráfico de drogas também é essencial.

Mérito

Emissoras de rádio comoa JovemPan, aEldorado, a Bandeirantes, Trianon,CBN eoutras,merecem osaplausosdospaulistas e paulistanos por seu envolvimento comas causas comuns de interesse da população. Inclusive,ou principalmente,na questãodaqualidade de vida urbana. Emissoras de televisão se dedicamao tema, masde forma menosjornalística e mais para show. O queé lamentável,já que oveículo,como orádio,é de impacto.

P. S . Paulo Saab

Deputados aprovam fim da pensão vitalícia dos ex-governadores

Uma semana após a notícia de queo pré-candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho (PSB),aos 41 anos, ganhara direito a pensão vitalícia de ex-governador – à qual renunciounodia seguinte–,a A ssembléia Legislativafluminense resolveu extinguir o benefício para os próximos ocupantes do cargo.

Por51 votosadois, osdeputadosaprovaram, emprimeira votação, Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado NiltonSalomão, também do PSB, que revoga dispositivos da Constituição que permitem aaposentadoria especialde ex-governadoreseexv ices.Elatramitava havia mais de quatro anos.

Benefício – "Não posso dizer quefoi umacoincidência infeliz; foi feliz, porque o proj eto foi votado", disse Salomão, referindo-se à aprovaçãonomeio dapolêmicasobre a pensão de R$ 9.600,00 requerida porGarotinho, quedesistiu dobenefíciodepois quea imprensao questionou sobre o episódio. Para que a emenda constitucionalseja promulgada,é preciso queseja aprovadade novoporpelo menos42dos

do Rio

70 deputados.O presidente da Assembléia, Sérgio Cabral Filho (PMDB), marcou a nova votação para dia 24. Aemendanãoatingirá os ex-governadoresque járecebem a aposentadoria especial, como MarcelloAlencar (PSDB) e Leonel Brizola (PDT). O próprio Garotinho poderá requerernovamente, no futuro, obenefício, já que pediu apenas arevogação da resolução da Secretaria de Administração que,noseu últimodia no cargo, concedera a pensão que pedira. Proposta – A atualgovernadora,Benedita da Silva, também manterá o direito de requerer a aposentadoria. O líder do PT, Chico Alencar, apresentou outra PEC, propondoo fimdetodas aspensões especiais no Rio. Antes da votação, o líder do PSB, Manoel Rosa, o Neca, cobrou publicamentede Benedita que mostre mais claramente que não vai requerer a aposentadoria especial: "Não vi boa vontade da governadora em abrir mão da aposentadoria, gostaria que todos os beneficiários fizessemisso". O líder do PDT, Paulo Ramos,o interrompeu."Inclusive o(ex) governadorGarotinho?" provocou. (AE)

PMDB deve escolher vice de Serra nos próximos dias

O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), afirmou que o partido anuncia até a próxima semana o nome do pré-candidatoa vice-presidentena chapa presidencial do senador José Serra (PSDB-SP). Os peemedebistas têm agora pressa em indicar logo o candidato porque estão preocupadoscoma aproximação entre o PSDB e o PFL, depois da desistência da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PFL).

O comando do PMDB quer firmar a posição privilegiada do partido na aliança com os tucanos e deixou isso claro para osdirigentes e coordenadoresda campanha do PSDB.

Nordestino– Não háum consenso no PMDB sobre o nome a ser indicado, mas ganhou força a idéia de um companheiro nordestino para Serra. Um dos motivos que reforçama hipótese é odesempenho do pré-candidato apresidente LuizInácioLula da Silva (PT) na Região Nordeste.Tanto oPSDB comoo PMDB ficaram impressionados com o crescimento de Lula na região.Pelas pesqui-

sas,ele temapreferênciade 41% do eleitorado nordestino contra 15% de Serra. Dentro da legenda, o nome mais fortehoje para sero vice-presidente de Serra era o do deputado Henrique EduardoAlves (RN).Ospeemedebistas lembraramque ele está no oitavo mandato na Câmara e foi o deputado mais

votado do País em 1998. Alckmin – O governador deSãoPaulo,Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu ontem que uma possível aliançado PFL com o candidato do PPS, Ciro Gomes, podeser prejudicial para Serra. Ele acredita ser possíveluma aliançado PSDBcomo PFLeoPMDB, apesarda disputadosdois

partidos pelo cargo de vice. O governador considerou normal oresultado da pesquisa do Ibope, na qual Lula é o líder, com empate técnico entre Serrae ocandidato do PSB, Anthony Garotinho. "Estamos vivendo por ondas. Tivemosa ondaRoseana,do Garotinho, do Ciro, do Serra. Estamos na onda Lula". (AE)

Milhões de trabalhadores param a Itália por 8 horas

Milhões de italianos foram àsruas ontemprotestarcontra a reforma das leis trabalhistas proposta pelo governo, e grande parte do país parou. Transportes aéreos e ferroviários foram interrompidos,escolas, bancos e correios fecharame aslinhas deproduçãode muitasempresas pararam na 1ª greve geralda Itáliados últimos20 anos.

Líderes sindicais, satisfeitos com o sucesso do movimento,disseramqueo primeiro-ministro SilvioBerlusconiteria deretroceder em face da demonstração popular ecancelarseusplanos de reforma, que visam tornar mais fáceis asdemissões de funcionários sob certas circunstâncias.

Adesão – A greve geral, marcada pelos principais sindicatosdopaís– Cgil,Cisle Uil –, paraprotestar contra a política econômicae social do governo Berlusconi, contou com a adesão de 90% dos trabalhadoressegundo fontes sindicais. De acordo com os números da Confederação das Indústrias, no entanto, o índice de participação foi de 60%.

Até a companhia elétrica, a Enel, entrou na guerra das cifras. Asanálises sobreo consumo de eletricidadena terça-feira revelaram uma diminuição de 20% –comonos

domingos. Tambémaderiramà grevetrabalhadoresda indústria, agricultura,setor terciário, públicoe deserviços, partedo comércioe imprensa.Os hospitaisatenderam apenas as emergências. Houve manifestações nas praças das principais cidades. Segundo os organizadores, participaram delas cercade 2 milhões depessoas. EmFlorença,diantede 400milmanifestantes, Sergio Cofferati, secretário do maior sindicato italiano, oCgil, disse entusiasmado:"Foi umdomingo nomeio dasemana, ogoverno deve refletir".

Aclamado pelo público, Cofferati,quedeixao cargo

em junhoeprovavelmente entrará napolítica comoum dosprincipaislíderesda esquerda italiana, foi interrompido35vezes nodiscursode 45 minutos que fez.

Negouquese tratassede uma greve política– como acusou a coalizão governante –, e confirmouque os sindicatosnãovão renunciarao artigo 18do estatutodos trabalhadores.

O sindicalista, assim como os secretários das outras confederações,define estacomo questão fundamental para retomar as negociações com o governo.

O artigo 18 é o principal motivo da greve de ontem.

No Uruguai, povo faz protesto contra política econômica

Os sindicatose associações rurais do Uruguai realizaram ontem um protestos contra o governodo presidente Jorge Battle,que incluiudesfilesa cavalo pelas avenidas da capital e um ato público para exigir mudanças na economia. A mobilização foi convocada pela centralúnica sindical PIT-CNT e por um conjunto de associaçõesde pequenose médios empresáriosligados principalmente àsatividades agropecuárias.

Proclamação – Re un i do s em umatode protesto no centro da capital, Montevidéu, líderes sindicais e empresariaisleram umaproclamação exigindo dogoverno

"um gesto de humildade para reconhecer queo modelo econômico fracassou".

Denunciaram que "o país está afundando e temos de levá-lo adiante", sugerindo uma"aberturaem direçãoa uma estratégiade desenvolvimento produtivo".

Em torno do estrado montado diantedo Obelisco,e ao longo da Avenida 18 de Julho, suaprincipal avenida,uma multidãocantou o hinonacional e aplaudiu a proclamação debaixo de chuva. O presidente Battle havia antecipado sua disposição de "escutar"ospedidos quelhe fossem encaminhados,mas exigiu dos organizadores

"propostas concretas". No entanto, disse queficou surpreendido com oprotesto porque"estegoverno pôde eliminar quasetodosos impostos do setor agrícola".

Alguns setores, como bancos, escolas, hospitais e transportes públicos, interromperam suas atividades.

Manifestação – Várias centenas demanifestantes, entre osquais mulherese crianças,também percorreram avenidas da capital. Gruposa cavaloeramescoltados por tratores, caminhões e automóveis com bandeiras uruguaias ecartazes deorganizações que promoveram os protestos. (AE/AP)

Hamas ameaça Sharon, que mantém as tropas na Palestina

As Brigadas EzedinAlQassam,o braço armado do movimento islâmico Hamas, ameaçou ontem assassinar o primeiro-ministro deIsrael, Ariel Sharon, a seus ministros e seusgenerais, porcausa da prisão de Marwan Barghouti, líder do movimento Fatah na Cisjordânia.

Barghouti, preso na segunda-feira em Ramallah, Cisjordânia, é acusado por Israel de ser o chefedas Brigadas dos Mártires da Al-Aqsa, responsáveis poratentados suicidas em território israelense. Ariel Sharon declarou ontem queBarghoutiserá julgado em Israel como o responsável

Produção industrial

americana tem o maior crescimento em 2 anos

A produção industrial nos Estados Unidos cresceu 0,7% emmarço.É omelhorresultado apuradodesde maiode 2000 e surpreendeu até mesmo os analistas. Esta indicador mostra que o setor está puxando a recuperação da economia norte-americana, segundo informouo Federal Reserve(banco centraldos EUA). Em fevereiro, a produção industrialhavia crescido 0,4% (dado não-revisado). A expectativa em Wall Street era de crescimento de 0,5%.

pelamortede centenasdeisraelenses.

Invasão – Forças israelenses invadiram ontem uma cidade da Cisjordâniae três vilaspróximasa Jerusalém–umdiadepois deSharonter ditoque a operaçãoestava sendo concluída– eimpuseram toques de recolher como parte de um alto alerta de segurançaantecedendo oDia da Independência israelense. Oficiais israelenses confirmaram que Israel reabriu o campode detençãode Ketziot,no DesertodeNegev, para colocar nele 4.250 palestinos presosem suaofensiva de 19 dias. Até agora, mais de

300prisioneiros jáforamlevados para ocampo de tendas,segundoo grupode direitos humanos israelense B’Tselem.

Powell – Apesar do clima de guerra, o secretário americano de Estado, Colin Powell, disse ter obtidoavançosnas conversaçõescom os líderes israelense e palestino e acrescentou queestá trabalhando para conseguir algum tipo de cessar-fogo em 24 horas antes deconcluir sua missãono Oriente Médio. Ospalestinos, contudo, afirmaram que qualquer progresso dependia da retirada das tropas. ((Agências)

Ele garantequeos trabalhadores demitidos sem justa causa sejam readmitidos, ponto que o governo de centro-direita pretende modificar, eliminandoa possibilidade de readmissão em alguns casos. Silvio Berlusconisedisse satisfeito com o fato de a greveter acontecidonumclima sereno, com oslíderes sindicais "pacatos" e anunciou o retorno às negociações o mais rápido possível. Mas tambémnãoparece teraintenção de voltar atrás. "E’ preciso fazer as reformas, que são necessárias, quem pede isso é a Europa e nossos eleitores", afirmou. (Agências)

Oposição a Hugo Chávez manteve contato com EUA

Representante do governo dosEstadosUnidos admitiramontemque mantiveram contatoscom opositores do presidente Hugo Chávez. Eles negaram, porém, que tenham encorajadoo fracassado golpe ocorrido na quintafeira na Venezuela. "Nossa mensagem foi firme. A situação política na Venezuela compete aos venezuelanos resolver pacificamente, democraticamente e constitucionalmente. Nós dissemos aoslíderes daoposição queos EUAnão apoiariam um golpe", disse o porta-vozda CasaBranca, Ari Fleischer.

Encontros– O The New York Times publicou ontem que autoridades do alto escalão daadministração Bushse encontraram por várias vezes nosúltimos mesescom oslíderesdacoalizão quedepôs Chávez por dois dias.

O presidente retornou ao poder aclamado no domingo, quando tropas leais ao seu governo colocaram um fim aogolpe depoisquecentenas de pessoas saíram às ruas para pedir o seu retorno.

Questionado sobre a possibilidade deos EUA terem apoiado o golpe,mesmo que não diretamente, Fleischer dissenãoconhecer essessinais, mas não descartou enfaticamente a possibilidade. Uma autoridade do Departamento da Defesa dos EUA, dissequeo país"enviasinais informais de que não apreciam Chávez". (Reuters)

Já a utilização da capacidade instaladana indústriaaumentou para 75,4%, após ter atingido 74,8% nomês anterior.Opercentual dousoda capacidade foi o maior desde setembro de 2001.

Expansão– A produção manufatureira, que repre-

senta a maior parte da produção total, subiu 0,8%, a maior expansão desde a alta de 0,9% em março de 2000. Os dados mostram que o setor manufatureironorteamericano, o mais prejudicado pela recessãodo ano passado, está voltando a registrar o ritmo de atividade à medida quea produçãoé elevadapara atender ademanda. A alta naprodução industrialgeral de março ocorreu pelo terceiro mês consecutivo. Inflação – Jáo índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,3% em março, segundo o Departamento de Trabalho, eficou abaixodas expectativas domercado para crescimento de 0,5%. A Alta foi atribuídaaosmaiores preços deenergia,comaltra de 3,8%, e da alimentação, com 0,2%. (Agências)

Argentina vai receber

US$ 1 bi para área social

AArgentina vaireceber ajudaexterna paracombater a gravecrise social.O Banco Mundial anunciou ontem quevai liberarUS$700milhõespara o país. Mais US$ 300 milhões serão destinados pelo Banco Interamericano.

Aodivulgara liberaçãoda verba, em Washington, o porta-vozdo BancoMundial, Christopher Neal, disse que"háuma crisesocialeestamos prontos paraajudar", porém destacouqueosfundos "não serão destinados para pagamentode outrosempréstimos".

A quantia de US$ 1 bilhão vai atender os desempregados e carentes, garantea primeiradama,Hilda ChicheDuhalde, coordenadora da área social.

Classe média – O montante chega nummomento em que o povo argentino está cada diamaispobre. Pelo menos sete milhões de argentinos deixaramde pertencerà classe médianos últimosdez anospara ingressar nacategoria de"pobres", informou o assessor da Organização

Aliados
ameaçam

das Nações Unidas (ONU) para assuntos de pobreza, Bernardo Kliksberg.

Nos anos 60 e70, 52% dos argentinosse enquadravam na classe média, o maior porcentual daAmérica Latina. Nofimdos anos90,essenúmero caiu para 23%.

Kliksberg explicou que a crise econômicateve impacto diretonos empregos típicos daclassemédia.Pequenos comerciantes e industriais,profissionais liberaise funcionários públicos foram os mais afetados. Novos pobres – A Confederação de Trabalhadores Argentinos, umadastrês maiorescentrais sindicaisdo país, afirmouque se a atual crise econômica persistir, o país terminará 2002 com 4 milhões de novos pobres.

O presidente Eduardo Duhalde não deixa de repetir que aArgentina estáquebrada eque sua intençãoé melhorara situação dos15milhões de pobres que sobrevivem em um paísde36milhões de habitantes. (AE)

de Duhalde

romper aliança

Um luta de poderes na empobrecida província argentina deEntre Ríosameaça terminar o pacto político que levou Eduardo Duhalde ao poder no país.

Aaliança entre opartido peronistadogoverno ea União CívicaRadical (UCR) formou a maioria parlamentar que em janeiro escolheu Duhalde como presidente. Essa maioria parlamentar aprovou reformas econômicas como a que colocou fim a 10 anos de conversibilidade e permitiu em janeiroa desvalorização do peso,que desde então já perdeu cerca de 70% do seu valor.

Ameaça– Agora,a UCR ameaça afastar-se do gover no, se a idéia dos parlamentares de Entre Ríos – com maioriaperonista– dedestituiro governador radical Sergio

Montiel por mal desempenho de funções for adiante. EntreRíos possui1,1 milhão de habitantes e sua população econômicamente ativaé de330.000 pessoas.A produção econômica da província representa apenas 2,1%do ProdutoInterno Bruto argentino. Os peronistas, que controlam a Câmar a dos Deputados e oSenadoe tema maioria dosgovernos de províncias, tentam controlar a situação. Oporta-voz presidencial, Eduardo Amadeo,disse que o governo não intercederá no processo e garantiu que, se ele é adequado, deve prosseguir. Umdos maisaltos líderes da UCR, o ex-presidente Raúl Alfonsín ameaçou renunciar ao Senado e comunicar a Duhalde o fim da Aliança. (Agências))

Manifestação organizada por centrais sindicais, contra a reforma trabalhista, foi a primeira realizada em 20 anos
Dylan Martinez/Reuters

Embaixador cria ações

para empresas brasileiras nos Estados Unidos

O embaixador do Brasil nos EstadosUnidos, Rubens Barbosa, que fará palestra hoj e na Associação Comercial de SãoPaulo, estáarticulando várias campanhasde promoção de empresas brasileiras no mercado americano, o maiorcomprador deprodutos brasileiros no Exterior.

Apósassumir opostode embaixador, Barbosa criou o Brazil Information Center (BIC). A entidadeé uma organização sem fins lucrativos criadapara levarmaisinformaçõessobreoBrasil aos EUA e para promover a marca Made in Brazil.

Aidéiaé envolverosetor privado na iniciativa. O BIC é independenteda embaixada em Washington – a embaixada é um membro da entidade que, como outras empresas, contribui financeiramente com ela.

Além de apoiar programas de divulgação do Brasil feitos pela embaixada em Washington e poroutros órgãosdo governobrasileiro,o

BIC também desenvolve proj etos próprios. Entre eles, o

Espanha

BrazilNews, umanewsletter para o Congresso americano, e o BrazilSpeak,uma série de debates informais com a mídiae funcionáriosdogovernoamericano sobretópicos relacionadosao Brasil eempresas brasileiras.

O BICtambémapóia empresas eentidades brasileiras na organizaçãode eventos nosEUA quepossam terimpacto positivo na imagem do país, como roadshows.

A entidade publicará ainda newsletterssetoriais divulgando notícias no mercado americano quetenham impacto para empresas brasileiras no país. Outra iniciativa de Barbosa foiacriação,no iníciodeste ano,doGrupo Brasil nos EUA. O grupo reúne companhias nacionais que atuam naquele país, e tem o objetivo de criar um canal de apoio do governobrasileirosa essas empresas, além de promover, de forma mais eficaz, os interesses comuns no mercado americano e permitira troca de experiências entre os empresários do dois países.

aposta em livre comércio com Mercosul

Coma aproximaçãoda

cúpula entrea União Européia (UE) ea América Latina e o Caribe,que será realizada nos dias17 e18 demaio em Madri,empresários eautoridades espanholasestãointensificando esforços para queas negociações para um acordode livrecomércioentre a União Européia e o Mercosul ganhem impulso. As negociações perderam fôlego por causa da crise argentina.

A Espanha, nosúltimos anos,setornou nomaiorinvestidor europeu naregião, e quer aproveitar o fato de ocupar a presidência interina da UE para agilizaroentendimento entre os dois blocos. O ministro daEconomia da Espanha, RodrigoRato, afirmou que um acordo de livrecomércio com o Mercosuldeve tornar-seumaprioridadeda UE nos próximos anos. "O respaldo da Europa àintegração doMercosule América Latina deveser inequívoco", disse, em seminário realizado na segunda-feiraemMadripela Fundação Euroamérica.

Rato,queé oatualpresidente do Conselho de Minis-

EUA podem elevar cota para aço do Brasil, diz Gianetti

O secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Roberto Gianetti da Fonseca, disse ontem que ainda espera que os Estados Unidos atendamo pedido do Brasil e elevem a cota de produtos siderúrgicos semiacabados exportados pelo País.

O governo brasileiro solicitou aos EUA um aumento da cota de 2,5milhões de toneladaspara 3,5milhões deto-

neladas de aço, depois que o governo norte-americano impôstarifasde até30%sobre a importação do produto para protegera indústria local. As autoridadesbrasileiras esperavam uma decisão até segunda-feira passada. "Existe esperança no fim do túnel", declarouo secretário. "Esperamos queosEstados Unidos tenham o bom senso deentendero prejuízoque eles estão trazendo ao comér-

cio mundial eao conceito de integração regional".

Gianettiafirmou queo Brasilainda vaiaguardara posição norte-americana para decidir que procedimentos adotar, mas admitiu que, caso aresposta sejanegativa, o governo brasileiro poderá solicitar aabertura de um painel na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Na segunda-feira, oBrasil fez um pedido formal de con-

sultanaOMC, contestando as salvaguardas deaté 24,5% impostaspela União Européia dias depois da decisão norte-americana. "Éuma questão deprincípio, porque a decisãoda União Européia de impor salvaguardas nãoatende mecanismos exigidos para sua implementação, como ter havido um surto deimportação recenteou umdano àindustria local’’. (AE)

Crise fez importações diminuírem 31%

trosdas Finançasda UE,ressaltou que um passo importante para aintegração dos dois blocos ocorrerá durante a cúpula, quandoo Chile deverá assinar um acordo comercial com os europeus. "O comércioé ogrande motor docrescimentoeconômico e seus benefícios são maiores que aquelesque podem ser obtidos com as ajudas financeiras obtidas com órgão multilaterais, comoo FMI e o Banco Mundial". Maior investidor – No mesmo seminário,omembro do conselho do banco espanholBBVA, José Ignacio Goirigolzarri, acrescentou que, na década de 90, a Europafoiomaior investidorna América Latina. Entre 1995 e 1999, osinvestimentos diretos da UEna região totalizaramUS$ 102,24bilhões de dólares–osfluxos dosEUA foram de US$ 68,82 bilhões. Um dosfatores quedeterminaram esse aumento do interesse europeu, segundo Goirigolzarri,é opotencial de crescimento econômico da América Latina, queé de 4,5%por ano,o dobrodo previsto para a Europa. (AE)

O ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior,Sérgio Amaral, disse, em exposição no plenário do Senado, que as importaçõesde açono mês passadocaíam 31%,secomparadas à média mensal verificada em 2001. Foram apenas US$24,306milhões de importações, comparadas com os US$35,340 importados mensalmente, em média, no ano passado. Segundo tabela apresentada pelo ministroaos senadores,a maior quedaporcentualfoinacomprade placas (96%), seguidada dechapas grossas (81%) e de aços planosrevestidos ougalvanizados (42%).

Oministrodisse queessa diminuiçãoé oefeito daprimeira medida defensiva adotada pelo governo contra as medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos e

pela União Européia. A secretaria de Comércio Exterior (Secex)está fazendo,segundoAmaral, um controleaduaneiro edeexame prévio das importações de aço. O objetivo é evitar um surto deimportações provocado pelas 16 milhões de toneladas de aço fabricados por paísesde todoo mundoque buscarão mercados alternativos aos que estão se fechando. O ministro observou, no entanto, queo controle prévio não poderá continuar indefinidamente, sob risco de prejudicar setores que necessitam do aço importado. Amaral informou os senadores de que a Secex começará a liberar, pouco a pouco, as importaçõesque não causarem prejuízos. Ele disse ainda que o governo continua estudando as medidas que adotará emcaráter definitivopara enfrentar o problema. Em al-

guns casos, disse, as salvaguardaspodem seromelhor caminho, mas emoutros podem ser as sobretaxas.

Precipitada – Amaral contestouainda a afirmação do do secretárioexecutivo da Camex, Roberto Gianetti da Fonseca,que dissenãohaver condições para o aumento da

alíquota deimportaçãodo aço no Brasil. O ministro afirmou que a declaraçãode Gianetti foi precipitada."Ele nãofalaem nome da Camex. Eu falei com ele hojee ele disse queé uma opiniãopessoale quenãoéa do governo. A do governo é a que eu expus aqui." (AE)

Juros para o consumidor recuam pouco nos bancos

Duas quedas consecutivas da taxa básicadaeconomia, de 19% para18,75% aoano em fevereiro e de 18,75% para 18,50% anuaisemmarço não serviram de estímulo para que os bancos alterassem, de umaforma mais significativa, as taxas cobradas dos consumidores em abril.

A Nossa Caixa não alterou sua tabela: cobra 3,95% pelo empréstimo pessoal, o mais barato do mercado

Pesquisa da Fundação Procon-São Paulo divulgada ontem revela que as taxas cobradas pela utilização do crédito do cheque especial tiveram um decréscimo de apenas 0,06ponto porcentual em abril, recuando de8,90% em março para 8,84% mensais.

NossaCaixa – A Nossa Caixacontinua cobrandoo customais baixomensal,entre os 13 bancos pesquisados, no cheque especial: 7,95%. O BCN, do conglomerado Bra-

desco, ficousozinho noranking dasinstituições detaxas maisaltasdesta modalidade de crédito, com 9,50%. A mudança mais significativa na pesquisa ocorreu com o HSBC. A instituição tinhaa mesma taxado BCNem março, mas resolveu baixá-la para 8,60% mensais. Vai-e-vem – O Banespa, por sua vez, foino sentidocontrário: emmarço a instituição cortou a taxa do cheque especial, que saiu de 8,99% em fevereiro para 8,89% no último mês. Agora, o banco, que faz parte do conglomerado Santander, deu meia-voltae retornou aosmesmos 8,99% mensais. Nos outros bancos não foram constatadas alterações pelo Procon.

Em relaçãoao empréstimo apenasuma instituição bai-

xou as taxas em abril, um panoramapior doque overificado em março, quando duas instituições cortaram o juro (Santander eCaixaEconômica Federal). O HSBC subiu juro de 5,90% para 5,70%.

A Nossa Caixanão alterou sua tabela econtinuacom o juro mais baixodo mercado: 3,95% ao mês. O posto de taxa mais alta permanece com o Itaú (6,95% mensais).

Banespa sobe– De acordo com apesquisa, oaumento mais significativo ocorreu no Banespa,que subiua taxade 5,29% para 5,60%mensais,

um acréscimo de 0,31 pontos porcentuais. Oseu controlador,o Santander(que havia baixado a taxa em março) promoveu umaumento de 0,03pontoporcentual, com o empréstimopessoal passando de 5,72% mensais para 5,75% ao mês.

O Procon fez a pesquisa em 13 bancos: BBV, Banco do Brasil, Banespa, BCN, Bradesco,CaixaEconômica Federal, HSBC,Itaú, Mercantil deSãoPaulo,Nossa Caixa, Real, Santander e Unibanco.

Marcos Menichetti

Preços de seguro para automóveis ficam estáveis

De acordocompesquisa realizada pela Agência Estado, os juros cobrados no parcelamento de seguro de veículos ficaram estáveis.Namédia, paracontratosdeaté quatro meses, as taxas mensais foram de 2,33%.O levantamentofoi feito com 11 seguradoras, entre os dias 10 e 11 de abril.

A taxa média mensal cobradapara parcelamentodeaté quatro meses foi de 2,33%. Paraparcelamento de5a 7sete meses, de 3% ao mês. E para 8 a 12 meses, de 3,45% ao mês.

FleetBoston nega a venda das operações do BankBoston na AL

O FleetBoston convocou ontema Imprensaparauma coletiva na cidade de Boston, nos EstadosUnidos, paradizer que não há planos de venda de suas operações na América Latina.

A notícia de que o banco FleetBoston Financial,pesopesado naárea degerenciamento de recursos de clientes private,e sétimo maiordos Estados Unidos, teria aintenção de desfazer-se do banco de investimentos FleetBoston Robertson Stephens foi publicada pelo The Wall Street Journal

O BankBoston respondeu por 30% dos lucros mundiais do grupo, com R$ 737 milhões em 2001

Aseguradora quecobroua menor taxa média mensal de juros, de acordo com a pesquisa divulgada ontem, para parcelamento de até 4 meses, foi a TokioMarine Brasil: 2%. Esta foi a mesma taxa cobrada pela Generali Seguros,para osparcelamentos de seguros entre 5 e 10 meses.

As seguradorasque participaram da pesquisa não cobram juros paraparcelamentos deaté 4 vezes,com pagamento da primeira parcela à vista. (AE)

Mercado não aponta consenso para taxa

Àsvésperas dotérminoda reunião doComitê dePolítica Monetária, Copom, que define hoje o nível do juro básicos daeconomia, omercadocontinua dividido:de12 instituições consultadaspela Agência Estado, seisapostam na manutenção da taxa em 18,50%ao ano e seisacreditam num corte para 18,25%.

As dúvidas remetemà persistênciada inflaçãoem níveis razoavelmenteelevados (o IPCA acumula variação de

7,75%em12 meses)eoimpactodoreajustedos combustíveis, provocado pela alta do petróleo, sobreos índices de preços. O diretor de Asset Management do BancoInter AmericanExpress, MarceloAllain, acreditaque háespaço para um cortede 0,25ponto. Para ele, ainda não é possível dizer se a pressão sobre ospreços do petróleo é permanente. Para Allain, outras variaveisque afetama decisãodo

SPB: micros não vêem dificuldades com sistema

Asmicro e pequenasempresasdoEstado deSãoPauloentendem que nãoserão afetadas e serão poucos os reflexos das mudanças previstas no novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae e divulgada ontem. Deacordocom olevantamento realizadocom 450 empresas,dossegmentos da indústria, comércio e serviços do Estado, 74% delas não realiza pagamentos acima de R$ 5 mil.

Onovosistema depagamentos, que entra em vigor a partir desta segunda-feira, dia22, prevêqueastransferências de valores superiores a este limite sejam feitas eletronicamentee em tempo real.Recentemente oBanco Central,BC, aumentou esse patamar paraR$5 milhões, que deve cair gradativamente após a implantação do SPB. Cheques e DOCs terão taxas maiores do que as transa-

ções on-line, quandoa liquidação permanecerno sistema antigo. As medidas fazem parte dasmudançasque o Banco Central está desenvolvendoparaestimular aadoçãodetransferências de dinheiro em tempo real. Desdobramento – Segundo o coordenador de Pesquisas e Planejamento Estratégico doSebrae, MarcoAurélio Bedê, uma alternativa para driblaras taxasaltas énegociar com os credores o desdobramento para os débitos. Bedêaconselha asempresasa darmaisatenção aofluxo de caixa e a centralizar suas operações em um único banco. Em casosde pagamentos numerosos,o conselhoérecorrer às transações on-line. Teoricamente,o novoSBP vai diminuir a inadimplência e aumentar aagilidadedas transações, evitando riscos de falta de liquidez.

Tsuli Narimatsu

Copom permitem uma redução dos juros: “O nível de atividadenão está aquecido, o País tem recebido um fluxo expressivo de capitais estrangeiros eo câmbio está comportado, e atérecuou, desde a reuniãoanterior do Copom.”

NY: manutenção – Em WallStreet, amaioriados analistas aposta na manutenção da Selic em 18,50%.

"Tudo ainda depende dos números da inflação, que

continua elevada”, afirmou o economista-chefe para AméricaLatina doING-Barings, Larry Krohn.“É possívelque um corte dataxa Selic ocorra em maio."

Já na opinião do economista-chefe para América Latina doHSBC, Santiago Millan, disseque"o núcleodainflaçãoaindaestáacima doteto da meta”. Por conta disso, ele acreditaqueo BCirámanter ataxa Selicinalterada neste mês. (AE)

Banco do Brasil: 10 dias para concluir relatório

A ComissãodeValores Mobiliários, CVM termina nospróximos 10dias aidentificação de todas asoperações comações doBanco do Brasil feitasdias antes do anúncioda vendade 16%da participação do governo na instituição.Aautarquia investiga suspeitade usode informações privilegiadas com ações do banco na bolsa.

O volume atípico e a disparada no preço dospapéis do bancoacenderam aluzamarela e fizeram as ações caírem na malha fina da CVM.

Indícios – Osindícios, segundo fontes queacompanham o processo, são muitos. As ações do banco subiram 25,7% somente em abril, contra umaaltadeapenas 2,8% do Ibovespa.

A autarquia já informou que pediu ao Banco do Brasil paraexplicar sealguémteve acesso à informação privilegiada sobre a oferta do governo.Já nasofertas globalcom

ações da Petrobrás e da CompanhiaVale doRioDoce,a CVM não identificou movimentos atípicos com ospapéis das duas companhias. Nossa Caixa adia – O secretáriodeEnergia eRecursos Hídricosde São Paulo, Mauro Arce, afirmou que o edital para pulverização de 49% de ações da Nossa Caixa deve ser publicado apenas no segundosemestre desteano. A expectativa era de que a venda dasações dobanco estadual saísse até junho.

Umaliminar paralisouo processode criaçãodassubsidiárias e terminou por prejudicartambém oandamento do programa.

A estimativa é de que o edital seja divulgado emjulho, embora aindanão haja confirmação. A única certeza, até o momento, é que a publicação do edital ocorrerá após a venda de 51% do capital das subsidiárias que foram reduzidas de 7 para 4. (AE)

Criação – O FleetBoston Robertson Stephensfoi criado em 1999 depois que o FleetBoston Financial incorporou oBankBoston. A marca foi conservada no Brasil.

Segundo o jornal, por trás da venda estaria o objetivo do FleetBoston de concentrar suaatuação nos serviços financeiros para pessoas físicas eno varejo,doisnegócios consideradosdebaixo risco

pelo banco. Haveria, em contrapartida, umaredução dos empréstimos para empresas. Lucro– Em 2001 oBankBoston respondeu por 30% dos lucros mundiais do FleetBoston Financial.Seulucro líquido foi de R$ 737 milhões, 200% maior doque registrado em 2000. O resultado foi o melhor emtoda ahistória do banco no País. No Brasil, o BankBoston tem 200 mil clientes e tem sob seu guarda-chuva os bancos comercial, múltiplo, leasing, distribuidora de títulos e valores, alémda administradorade cartões, companhia hipotecária e Asset Management. Entre os possíveis interessados na compra estaria o Citigroup Private Bank. O banco nãoquis comentaro assunto. Os rumores sobre o interesse do Citibank na compra do BankBoston são antigos, embora sempre negados pelo grupo.

Roseli Lopes

FMI: País quita US$

4,2

bi e

não saca recursos

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, anunciou ontem queo governobrasileironão vai exercer no momento o direitode saqueaque oBrasil tem direito junto ao Fundo Monetário Internacional, FMI, depois da última revisão do acordo, quando o País, pela avaliação positiva do desempenhode suaeconomia, ganhouodireito desaquede US$ 4,6 bilhões.

O Brasil também pagará, nos próximos dias, cerca de US$ 4,2 bilhões ao Fundo.

Empréstimo – Estes recursos representam parte do empréstimoque oBrasilsacou nodia 28desetembrode 2001, após a assinatura do novo acordo com o FMI.

Na época oBrasil havia sacado US$4,2 bilhõesde uma linha de crédito chamada SRFeoutrosUS$ 450milhões de outra linha chamada stand by parafazerfrente às turbulências daquelemomento, logo após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.

O ministro da Fazenda citou os doismotivosprincipais para que o Brasilesteja pagando, nospróximos dias, os US$ 4,2 bilhõesao FMI. O primeiro, segundo ele, é o fato de que o País tem feito captações junto a credores priva-

dos que satisfazem as necessidades de rolagem do setor público,estimadas em US$ 3,1 bilhões em 2002. Cenário melhor – I sto porque as condições gerais da economia internacional têm permitido aoBrasilfazer estas captações e receber fluxos regulares de investimentos diretos estrangeiros.

O ministro lembrou que, desdejaneiro, foramcaptados US$ 3,9 bilhões e que o fluxo deinvestimentosdiretos estrangeiros,deoutubro do anopassado (datade início do novo acordo como FMI) a fevereiro deste ano, totalizou US$9 bilhões,sendoque noprimeirobimestre deste anoforamcercade US$ 2,3 bilhões.

Contingencial– O segundo motivo, disseMalan, é o fato de que o Brasil, desde o primeiromomento, terindicadoque suadisposição era tratar o programa com o FMI como "contingente",ou seja, seus saques estariam vinculados a incertezas no cenário internacional, que inviabilizassem oudificultassem o acesso brasileiroa recursos externos.

O ministro disse também que,após opagemento, adívida brasileira com o fundo será de US$ 4 bilhões. (AE)

Aracruz é a 20ª empresa a aderir ao

Começaram ontem na BolsadeValoresdeSão Paulo, Bovespa, os negócios com ações da Aracruz Celulose no nível 1 de governança corporativa.

Os papéisdacompanhia agora fazem parte do Índice de Governança Corporativa (IGC),quetambém conta comaçõesde outras19 empresas de grande porte. Na estréia as ações PNB da empresa subiram 5,8%.

Depoisdeumcomeço tímido, a governança corporativavem ganhando forçano mercadobrasileiro. Brasil

Telecom,Brasil Telecom Participações, Sanepar e Globo Cabo, por exemplo, já preparam sua adesão.

BB e Sabesp – O Banco do Brasil, BB, deve entrar diretamentenoNovo Mercado, convertendo todas suas ações em ordinárias. A Sabesp também confirmou ontem sua adesão a esta seção.

A consolidaçãode boasrelações empresas-acionistas pode, em médioprazo, contribuir para dar novo fôlego ao mercado de ações, de acordo com analistas.

Segundo odiretor-presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, a companhia não teve grandes dificuldades para aderir às regras do nível 1. "A Aracruz sempre privilegiou a transparência, compromisso que ficou ratificado com a adesão ao nível 1. Sequer precisamos fazeradaptações nas normas da companhia."

Informações – Aguiar destacouque a companhiajá oferece informações detalhadas ao mercado, pois foi a primeira empresa brasileira a ter recibos (American Depositary Receipts, ADRs), de nível 3 negociados emNovaYork. AçõesdaAracruz também sãonegociadas noLatibexda Bolsa de Madri.

O diretor-presidente da empresa disseainda quenão estásendo discutidaapossibilidade dea Aracruzaderir ao nível 2 de governança corporativa, que antecede o Novo Mercado.

No nível 2 a empresa precisa seguir regras de transparência mais rígidas. "Precisamos darumpassodecada vez", afirmou o diretor-presidente da Aracruz. (RA)

Bovespa recupera terreno e registra ganho de 1,11%

Favorecida pelas altasdos índices da Bolsa de Nova York, a Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa,conseguiuretomar atendência de alta no pregão de ontem.

A Bovespa chegou a subir 1,64% no melhor momento no dia, mas perdeuforça no meio da tarde, por causa de uma inesperada entrevista coletiva convocada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, que geroucerta apreensão no mercado.

No fim do dia, a bolsa paulista recuperou terrenoe fechou com valorização de 1,11%, como Ibovespa em 13.622 pontos ebom giro de R$ 668,3 milhões.

Como resultadodeontem a Bovespa passa a acumular alta de 2,7% no mês e de 0,3% desde o início do ano.

IOFsobe – Malan anunciou a compensação da perda de arrecadação com a CPMF comoaumentodo Imposto sobre Operações Financeiras, IOF. (Leia mais sobre o assuntona página17) O ministro anunciou o pagamento de

US$ 4,6bilhões ao Fundo. Em NovaYork, oDow Jones subiu2,05% eo Nasdaq 3,59%.

Segundo Luiz Antônio Vaz das Neves, da Planner CorretoradeValores,abolsa não conseguiu manterumatendência consistente ao longo do dia, entre outros fatores, por causa daexpectativa em torno da decisão do Comitê de Política Monetária, Copom, sobre os juros. "Como não háconsenso a respeito da decisãodoCopoma expectativaacabatravando um pouco os negócios com ações. Abolsa não conseguemantertendência firme. Foi o que aconteceu nesta terça-feira", comentou. O resultado da reunião sai hoje. Especulação – Segundo o gerente derenda variávelde um banco estrangeiro, o momento no mercado financeiroé degrandecautela, oque favorece a especulação.

O profissional dizque a combinação de campanha eleitoral, instabilidade políticana Venezuela,alta dopreço do petróleo e expectativa decorte dejurosnoBrasil torna o mercado mais suscetível a rumores.

O momento no mercado financeiro é de grande cautela, o que favorece a especulação

Por isso,segundo ele, há tanto nervosismo quando surgem comentários de divulgação de mais uma pesquisa eleitoral, como aconteceu na segunda-feira.

Confusão– "Não havia motivoparatanta confusão no mercado,principalmente porqueatéa eleição muita coisa podeacontecer",disse. Ele acrescenta que muitas vezes as pesquisas eleitorais e outrasnotícias sãousadas por gestorespara justificar as perdas. Embora não tenham determinado o desempenho do Ibovespa,notícias deempresas importantes movimentaram o dia na bolsa.

Bradesco e Itaú – As ações dos dois maioresbancos privados do País, Bradesco e Itaú, caíram com a notícia de que forammultadospor atrasar o repasse de informações sobre saldos de FGTS do fim dadécada de 80.Itaú PN caiu 1,07% e Bradesco PN recuou 1,01%, ambas com bom volume de negócios. As ações preferenciais da Petrobrás BR subiram 6,2% com a confirmação de que a empresa pretende fechar o capital. Já as ações PN da Aracruz Celulose valorizaram-se 5,8%porcausa daadesãoda empresaaonível 1degovernança corporativa. Globo Cabo – Na outra ponta,GloboCabo PN recuou4,3%,apesar deacompanhia ter anunciado intenção de entrar no Novo Mercado. A maior alta foi de Tele Leste Celular PN (8,4%). Nomercado decâmbio, o dólar comercial fechou cotadoa R$ 2,321paravenda, com leve alta de 0,04%.

Autocom 2002 iniciou

ontem em São Paulo com soluções para o comércio

A Autocom 2002 - Exposição e Congresso de Automação Comercial abriusuas portas ontem emSão Paulo, noFreiCaneca Shopping & Convention Center. Cerca de 110 empresas dosetorestão mostrando as novidades tecnológicas e as soluções para o varejo até amanhã.

Aexpectativaé dequesete mil lojistas visitem a feira durante os três dias, prevê Múcio Dória, presidentedaAssociaçãodos Fabricantese Revendedoresde Equipamentos para Automação Comercial, Afrac. Coletores de dados, impressoras fiscais, microterminais,PDVs e scanners estão sendo mostrados na feira.

Marcam presença na Autocom empresas como Visanet, BPSolutions,Dataregis, Betamech,Epson,Pertoe Metrologic. Paralelamente à mostra,aconteceum Congresso de Automação Comercial. Informações podem ser obtidas nosite www.ideti.com.br/autocom.

Dataregis – A Dataregis e a Associação Comercial de São Paulo,ACSP, estão apresentando umterminal detransferênciaeletrônica.O equipamento,que operasemfio, permite consultas on line ao UseCheque e ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em apenasum equipamento, reduzindo custos e agilizando o processo.

A máquina permite ainda ao varejista operarcartões de débito e crédito,diz Horácio Malcervelli, gerente de produtosda Dataregis. Elimina também um problema: funciona como um emissor fiscal, conformeexige alegislação federal e estadual.

Cercade 100 equipamentosjá estãooperando emSão Paulo. Oproduto daDataregis custa R$ 2,9 mil e pode ser pagoem24 vezes.AAssociação Comercial de São Paulo também está mostrando na feira outros serviços direcionados a pessoas jurídicas.

Teresinha Matos

Site jornalístico No.com encerra suas atividades

Osite denotíciasjornalísticas www.no.com.br deixou defuncionar. Umanotapublicada ontem na página eletrônicainformava aos leitores que, por decisão dos investidores, não haveria novas atualizações. "Ao longo dedoisanos,e sem qualquer campanha publicitária, www.no.com.br tornou-se oendereçojornalístico de maior prestígio na Internet brasileira e alcançou marcas de mais de 1,5 milhão depageviewsmensais. Não foi suficiente", diz o texto. Segundo a nota, o arquivo do site fica disponível ao público porgentilezado portalViva Favela e da ComDomínio.

Formalmente, osite no. pertence aos jornalistas Marcos Sá Corrêa e Manoel Francisco do NascimentoBrito, o Kiko, ex-dono do Jornal do Brasil, mas os investimentos partiam dos bancos Opportunity e GP e do grupo Lafonte, de CarlosJereissati irmão dogovernador doCeará, Tasso Jereissati. Os investidores teriam deixado de honrar a folha de pagamentose desde janeiroos salários estavam atrasados. Cerca de 40 profissionais podemser demitidos.Nenhuma das empresasque garantiam o site financeiramente quis comentaro cancelamento das atividades. (AE)

Cinebank quer ampliar pontos de locação para 40

A paulistana Amega quer popularizar o uso das máquinas de locação automática de filmeseDVDsCinebank no Brasil. Osequipamentosestão instaladosem pontoscomosupermercados e postos de gasolina,mas oobjetivo é chegar a locais como lavanderias, universidades, farmácias,condomínios, cafés e centros empresariais.

Hoje,existem17 equipamentos do tipo instalados em São Paulo e 20 no País. O plano da empresa échegar a 40 serviços até o final de 2002 em todo o Brasil, sendo previstas 1,5 mil unidades para um prazo de cinco anos. A expansão nacionaldo produtotem início no Ceará e no Rio de Janeiro. "Já sãoduas máquinas em Fortaleza", explica a diretora de marketing da Amega, Elizabeth Carol.

O equipamento consiste numa espécie de locadora automatizada, emque osclientes podem alugarseus títulos por conta própria,sem o auxílio defuncionárioscomo numa locadora convencional. O pagamento é feito com cartões onde são debitados os preços doaluguel dosfilmes de acordo com o uso.

Máquina – Os equipamentoscomamarca Cinebank são fabricados na Itália, com aincorporação dealguns componentes nacionaispara

baratear o preço final. Pelo acordo como fabricanteitaliano, é permitida hoje a colocaçãode 50%daspeçasda máquina no Brasil. "A nacionalização de alguns itens permitea redução dos custos em 35%", diz Elizabeth.

Os preços das máquinas Cinebank variam entre R$ 45 mil e R$ 50 mil, de acordo com omodelo. Cada equipamento possui um único funcionário à disposição dosclientes entre seis edez horas pordia para fazero ca-

Lavanderias e farmácias também devem ter máquina de locação automática

dastro dos clientes. Aslocadoras automáticas da marca têm como prioridade a instalaçãoempontos de atendimento 24 horas. "O custo inicial ésimilar ao de uma locadora tradicional, mas o retornovem maisrápido em função docorte de custoscom pessoal e da rotatividade maior noaluguel dosfilmes",explica Elizabeth.

Pr eço – Nas máquinas da Cinebank,os preçosdelocação dostítulos variam de acordo com o tempo que os

Feira de Mônaco chega ao Brasil para promover artigos de luxo

O Brasil ganhouuma feira para produtos de luxo. A empresaIdice MCpromoveentre hojee amanhã,em São Paulo,a primeira edição da Luxepack, mostra realizada há 14 anos na cidade de Monte Carlo, em Mônaco.

A expectativa é que o eventomovimente US$500mil, principalmente coma comercialização decosméticos e perfumaria de grifes internacionais. O setor representa 72% dos expositores da feira. Em seguida, estão os de bebidasfinas (4%),acessóriosde moda (4%),bijuteriae relojoaria (3%), alimentos finos (3%), produtos farmacêuticos (2%) e outros (12%).

Além de produtosfinais, voltadosàs comprasdevarejistas, a feira terá matéria-prima para indústrias de setores comoodecosméticos. Segundo a diretora doevento,

RenataAshcar,oobjetivo é estabelecer contatosa médio e longo prazo entre fabricantesestrangeiros eempresas brasileiras. Empresários do Peru, Argentina eChile confirmaram presença. Haverá, também, conferências epalestras ministradas por especialistas do setor.

História – Segundoosorganizadores do evento,até o início da década de 90, o mercado de luxo no Brasil era muito pequeno. Com a aberturadas importações,oquadro mudou radicalmente.

Comoo maiordestaque deste setor sempre foi o setor de perfumariaecosmética, que representa cercade 70% do mercado mundial de produtos de luxo, a indústria nacional passou rapidamente a investir em produtos e embalagens sofisticados para concorrer com os estrangeiros.

Brasil – Segundodadosda Abihpec (AssociaçãoBrasileira da Indústria de Higiene Pessoal,Perfumaria eCosméticos), higienepessoal, cosméticos e perfumaria movimentam quaseR$15milhões ao ano no Brasil. O País ocupa aquartaposiçãono ranking do mercado mundial deperfumaria deluxo, atrás de EUA, França e Alemanha.

Paula Cunha

ser viço

Luxepack

Dias: 17 e 18 de abril

Horário: das 9h às 18h

Local: Museu Brasileiro da Escultura (Mube), na avenida Europa, 218 Feira: entrada franca para profissionais do setor com cartão de visita

Conferências: participação mediante inscrições, com taxa de R$ 240.

consumidores ficam comos filmes em casa. Para umperíodo delocação de seis horas, por exemplo, o valor debitado no cartãopré-pago é de R$ 1,50. Os prazos de permanência do filme com o cliente vão de seis a 48 horas. Em São Paulo, a Amega calculaque existamhoje 20mil clientesda Cinebank."A marca é dona de 60% do mercado de locação automática na Europa, com mais de 5 mil equipamentos instalados", diz Elizabeth. Cada máquina abriga em torno de 1,2 mil títulos entre VHS e DVD.

Philips consegue voltar ao lucro antes do esperado

APhilipsElectronics voltou mais rapidamente do que se esperava ao lucro. A empresaanunciou, ontem,que teve balanço positivo em suas operaçõesno primeirotrimestre do ano, no mundo.

A companhia, maior fabricante de eletrônicos da Europa, disse queo melhor resultado de suas operações e o aumento nasmargens delucro foram responsáveis pelo bom desempenhologono início do ano, após prejuízo de 2,6 bilhões de euros em 2001.

O lucro líquido da empresa no período foi de nove milhões de euros, alcançando já no primeiro trimestre do ano o objetivo de sair do vermelho.O faturamentonoprimeiro trimestre foide 7,6 bilhões deeuros, quedaem relação aos 8,2 bilhões de euros nomesmo períododo ano anterior. (Reuters)

Isabela Barros
A diretora de marketing da Amega, Elisabeth, promete expandir locação automatizada também para o Rio de Janeiro
Paulo Pampolin/Digna
Dataregis está presenta na Autocom, que segue até amanhã em São Paulo Paulo Pampolin/Digna Imagem
Excepcionalmente, hoje não será publicada a coluna Em Linha.

ANA busca 10% dos vôos para o Japão

A companhia japonesa vai reforçar a parceria com a Varig para alcançar US$ 6,5 milhões de receita com a rota em 2003

A All Nippon Airways (ANA),empresa japonesade aviação, pretende reforçar a sua atuaçãono transportede passageiros do Brasil para o Japão evice-versa. Aidéia é chegar aos 10%de participação novolume de pessoas transportadas na rota. Hoje, a empresaé responsávelpor 1% dos viajantes.

AANA atuanoPaís em parceria coma Varigatravés daStarAlliance, rede mundial que reúne companhias aéreas para o complemento e intercâmbio dos serviços nos trechos internacionais.

Saindo deSão Paulo,por exemplo, o passageiro que compra o bilhete da ANA pode seguir paraLos Angeles e Nova York num avião da Va-

rig,com conexãoemTóquio numa aeronaveda companhiajaponesa nesses locais. Outraopção éviajartodoo trechoem vôoconvencional da Varig pela ANA.

Ointercâmbio nasoperações envolveainda oacúmulo de pontos nosprogramas de milhagens e a realização de checkinsunificados. Oscódigosde reservasdasempresas também são conjuntos. A expectativa da companhia japonesa é faturarUS$ 6,5 milhões por ano com a operação no Brasil.

Mundo – A ANA é a oitava maior companhia aéreado mundo eteve faturamento bruto de US$ 9 bilhões no ano passado. A empresa começou a atuar no Brasil em 1999. "O objetivo é reforçar a presença daANA forado Japão. A maioriado nosso público ainda é composta pelos executivos japoneses em viagens de negócios, foco que deve ser

ampliado daqui por diante", explicaogerente daANAno Brasil, Eduardo Sakamoto. Os vôosda ANAdos Estados Unidos para oJapão são feitos por Boeings 747 400.

Juiz dá sobrevida à Transbrasil

O voto do juiz Ruiter Oliva pelonão acolhimentodopedido defalência formulado contra aTransbrasil pelaGeneral Eletric Capital, salvou ontema companhiade teras portas lacradas de imediato, dando, na pior das hipóteses, sobrevida de alguns meses.

Dois outros desembargadores, da 9ª Câmara do DireitoPrivado doTribunalde Justiça, Antônio Vilenilson (relator) eMarcos César, mantiveramvotos proferidos a 26de março,dataem

que foi iniciado o julgamento peladecretação daquebrada Transbrasil.

Como a decisão de falência nãofoi unânime,a empresa aérea ficará em suspenso até o julgamento de recursoque irá ingressar, por meio do advogado João Piza. O recurso, denominado embargos infringentes, deverá ser interposto num prazo de 15 dias, após a publicação do acórdão no DiárioOficial. Serájulgado pelamesma Câmaracom oacréscimo demais doisde-

sembargadores. Recurso desse tramita emmédia seis meses até o julgamento.

GE –O recursocujo julgamento agora seencerrou, após trêsadiamentosconsecutivos, foiinterposto pela General Eletric contra a decisãodajuíza CintiaAdas, da 19ªVara Cívelque emjunho do ano passado julgara improcedente a falência.

A General Eletric ingressou com o pedido de falência com base em uma nota promissória deUS$ 2,7milhões, pro-

Ganhos mundiais da General Motors caem 3,79% no trimestre

A General Motors anunciou ontem forte aumento no lucro antesdeitensextraordináriosno primeirotrimestre desteano, impulsionada pelos vendasde caminhões em seu principal mercado, os Estados Unidos.

Maso lucrolíquido caiu 3,79% em decorrência de gastos com reestruturação na Europa.A empresa também aumentou a previsão de vendas e lucro para o ano todo.

A GM enfrentou custos de US$407milhões naEuropa no trimestrepelademissão de empregados e pagamentos de ativos.Excluindo esses gastos, o lucro da companhia subiu de US$ 225 milhões para US$ 645 milhões no período. Incluindoasdespesas, porém, olucrolíquido caiu deUS$237milhões para US$ 228 milhões.

AmBev – AGMdoBrasil fechou coma AmBev um

contrato de venda de 1.650 unidades do Celta, fabricado em Gravataí, no RS. As empresasnãodivulgaram o valor do negócio, que é parte do investimento de R$ 350 milhões que serão aplicados pela AmBev no País neste ano. Os automóveis serão pintadosnas cores vermelho, amarelo, verdee azul para caracterizar ascervejas Brahma e Skol, o guaraná Antarctica e a Pepsi Cola. (AE)

Empresa estuda fusão com Gerdau

A siderúrgica norte-americana Birmingham Steel está em negociações avançadas para umafusão,evitando dessaforma uma aquisição hostil por uma das suas maiores rivais, a Nucor .

A Gerdau, dona da siderúrgica norte-americanaAmeristeel, seria uma das candidatasàfusão, masaempresa descartou qualquernegociaçãonesse sentido."Negamos qualquer conversa para fusão com aBirmingham",afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Gerdau, Osvaldo Schirmer. Em fevereiro, a Nucor ofereceuUS$ 500milhõespela Birmingham. (Reuters)

Saquê – O saquê japonês é acondicionado emgarrafas em formato debola defutebol, na destilaria Kumazada

em Chigisaki, em Tóquio. A empresa produziráseismil unidades paravender naCopa do Mundo. (Reuters)

Chrysler faz recall de 1,1 milhão de veículos esportivos

A Chrysler, subsidiária da DaimlerChrysler, vai fazer recalldemaisde 1,1milhão de veículos esportivos da marca Jeep para consertar problema de motor que pode provocar um incêndio.

O recall acontece no momentoemque aempresa procura melhorar sua reputação entre os consumidores. Orecall incluiosmodelos JeepCherokee, Grand Cherokeee Wrangler,fabricados entre 1999 e 2002. A Chrysler nãoregistrou acidentesdevido ao problema. (Reuters)

testada por falta de pagamento. Ajuíza CintiaAdas indeferiuo pedidopoiso título em questão era objeto de uma ação declaratória de nulidade proposta em outra Vara pela Transbrasil.

Noiníciodo julgamento do recurso, dois desembargadores votaram pela reforma integral da sentença e conseqüente decretação imediata daquebra. Agora o terceiro juiz Ruiter Oliva votou pela manutenção da sentençade primeira instância. (AE)

Varig também vai anunciar promoção na ponte aérea

A Varig vai anunciar na semana quevem promoçãona ponte aérea Rio-São Paulo (Congonhas-Santos Dumont) para entrar na guerra tarifária iniciada pelas concorrentes Gol, Vasp e TAM. Ogerente-geral de vendas deSãoPauloda empresa, Gervasio Tanabe, não quis anteciparse haveráquedade preços. Ele disse apenas que a companhia estuda incrementar os serviços."A Varig não quer participar da guerra tarifária, pois acredita que ela é muitoprejudicialparatodas as empresas", declarou. Segundo o executivo, todas as empresasestãotendo resultados difíceisna ponteaérea e não há margem para baixardemais astarifas.Tanabe diz que a Varig não sentiu migração expressivade passageirospara as companhias com promoções. (AE)

Alémdas rotas para oJapão, a parceria entre a Varig e a companhia japonesa envolve outros trechos, como os vôos do Brasil para Cingapura ouBangcok. Asatividades

conjuntas valem para outros países da América Latina, como a Argentina e o Chile. Hoje, a Varig possui um vôopordia paraoJapão."As rotas equivalema 5%da receita da companhia com os vôos internacionais",explica o diretor de vendas da Varig, Gervásio Tanabe.

Copa – A Copa do Mundo, a serrealizada noJapão ena Coréia, já aumentou a taxa de ocupaçãonasaeronaves da Varig com vôos para o Japão. "O crescimento foi de 10% nos assentos ocupados nas aeronaves", diz Tanabe. Em média, ataxa de ocupação nosvôos daVarigpara oJapão alcança 75%.

Gol promete divulgar hoje primeiro balanço

A Gol podedivulgar hoje seu primeirobalanço. Asexpectativas do mercado são de quea empresaapresenteum pequeno lucro ou prejuízo, sendo a última hipótese também amaisprovável. Odesempenho seria resultado dos investimentos na abertura da companhia.

A Gol segue um modelo de gestão diferente do que é praticado hoje pelas companhias aéreas brasileiras. A proposta de redução dos custos para a oferta de tarifas em média 30%abaixoéinspirada nas companhias americanas Southwest e JetBlue.

Oscortesvão desdeatroca das refeições servidas a bordo por petiscos até o controle do tempoem queas aeronaves ficam paradasnosaeroportos, natentativa deobter a

maior circulação possível das aeronaves. Omodelopede uma taxa de ocupação nos vôosacima dos 60%parase viabilizar, o que ainda não vem acontecendo na Gol. Ou tras – Segundo informou ovice-presidentede marketing daGol,Tarcísio Gargioni, nasemanapassada, o primeiro balanço da empresa deve tender ao equilíbrio. Para as demais empresasdo setor,osaldo de2001 foi de US$200 milhõesde prejuízospara aVarig eUS$ 28 milhões para a TAM. A Vasp exibiu um lucro de R$ 36 milhões, relacionado ao fatode que aempresa não possui débitos relativos a leasing de aeronaves, além de ter devolvidoalguns de seus aviões com a suspensão dos vôos internacionais. (IB)

Isabela Barros
Sakamoto, gerente da ANA no Brasil, anunciou os planos ontem em São Paulo
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Quality quer manter clientes do apagão

Rede de lavanderias está lançando um programa para fidelizar os consumidores que ganhou com o racionamento de energia

Arede delavanderiasnorte-americanaQuality Cleanersestáinvestindo num programapara fidelizarclientesbrasileiros. "Queremos manter os consumidoresque ganhamos noano passado com o racionamento de energiaelétrica",afirma Renato Silderman, diretor da Quality Cleaners no Brasil. Segundo dados do grupo, o número declientes darede aumentou25%como apagão. Desses,cercade10% continuamusando os serviços da Quality Cleaners. O objetivo do programa de fidelizaçãoé atingirosconsumidoresque foramembora como término do racionamento de energia. "Por terem empregada em casa, os brasileiros não têm a cultura de levar a roupa para a lavanderia. Isso acontece esporadicamente, em geral, quando o

cliente tem uma peça especial, que merece cuidado", afirma Silderman. Para reativar os consumidores, osprofissionaisda Quality estão trabalhando emtrês projetos.Oprimeiro deles é o desenvolvimento de umsistema maiseficientede delivery. Mala direta dando lavagens gratuitas e promoções que mudam a cada nova estação do ano são asoutras ações da rede. Paramelhorar oprograma dedelivery, aQualitydeve lançarem 30 dias caçambas especiais para transportar as roupas em motocicletas com maior segurança."Descobrimos que, para ganhar um consumidor quemora longe da loja,teríamosque chegar mais rápido a ele", afirma Silderman. Nos outros países, como México eItália, onde a redeestá presente,essesiste-

cursos e seminários

Hoje

Questões trabalhistas – O curso é dirigido a micro e pequenos empresários e gerentes de recursos humanosde empresas e vai abordar assuntos como as formas de contratação de funcionários. Duração: duas horas, das 10h00às 12h00. O curso acontece hoje.Local: Sebrae São Paulo, rua Barra Funda, 836, Barra Funda. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas diretamente no local ou pelo telefone 0800-780202.

Desenvolvendolideranças – O curso é dirigido aprofissionais que exercem ou deverão trabalhar como líderes de equipes. Duração: oito horas, das 18h00 às 22h00. O curso começa quinta-feira (18) e termina nasexta-feira(19). Local:Sescon(Sindicatodas EmpresasdeServiços Contábeis) de São Paulo, avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 140. As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Planode negócios– Apalestra édirecionadaamicro epequenosempresários que querem fazer um plano de negócios para a empresa. Duração: duas horas, das 9h30 às 12h30. O curso acontece na quinta-feira (18). Local: Sebrae São Paulo, rua Barra Funda, 836, Barra Funda. As inscriçõessãogratuitas edevemserfeitasatéhoje pelotelefone0800780202.

Auditoria no setor público – Oseminário é direcionado a servidores responsáveis pela auditoria no setor público e demais profissionais que tenham interesse sobre o assunto. Duração:sete horas, 8h30 às 12h00 noprimeirodiaedas13h30às18h00,no segundodia.Local:IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso.O evento começa na sextafeira (19) e termina no sábado (20). Preço: R$ 325. As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Imposto de renda na fonte – O objetivo do seminário é abordar de maneira prática e teórica a sistemática de cálculo e a apuração do imposto derenda retidonafonte.Duração: trêshoras,8h30às 12h00.Ocurso acontece nosábado (20).Local: IOB Thomson,rua CorrêaDias, 184, Paraíso.Preço:R$210(assinantesIOB) eR$240(nãoassinantes).As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

ma não existe. O transporte é feitoemcarros decarga,mas em São Paulo,por causa dos congestionamentos de trânsito, foi necessário criar um método alternativo para entregar as roupas aos clientes. O trabalho de mala direta já estásendo feitoem quasetodas as lojas da rede. Em geral, são oferecidas lavagens gratuitas para os clientes. A cada três peças levadaspara lavar, o consumidorganha umalavagem gratuita.

Franqueados da rede também estãoligando paraos clientese questionandoo motivo pelo qual ele parou de levar roupas para lavar. "Na loja de Campinas, no interior de São Paulo,das 50 ligações feitas num período de 60 dias, pelo menos oito consumidores voltaram à lavanderia", afirma Silderman.

Primavera – As roupas

com as cores da estação tambémtêm desconto na rede Quality. Segundo Silderman, foram estabelecidos dias para cada cor. No dia das roupas brancas, por exemplo, o consumidor que levar peças dessa corganha umdesconto de

30% na lavagem das peças. Para o Dia das Mães, a rede pretendefazer umapromoção parecida. Acampanha ainda não está formatada, mas deve dardescontopara filhos quelevarem roupasda mãepara lavar."Como aslo-

jas, vamos usar fazer promoçãonas datasespeciais",afirma Silderman. Osnamorados, no Dia dos Namorados, também deverão ser alvo de ações de fidelização.

Cláudia Marques

Grupo norte-americano tem companhia aérea de carga, TV a cabo e construtora

A rede norte-americana

Quality Cleaners integra um grupo empresarial que tem uma companhia aérea de carga, TV a cabo e presta serviço na área de construção civil. A primeira lavanderia aberta fora dosEstados Unidosfoi noMéxico, em1993. Um ano depois, foi a vez da Venezuela e da Argentina. NoBrasil, aredeabriu aprimeira loja em 1999. "Fizemos

pesquisase notamosqueo brasileiropoderia setornar umcliente de lavanderia", afirmaGustavo Zviklich,diretor da Qualitypara a América Latina. Hoje, a rede tem quatro lojas própriase 56franqueadas no País.Em 10 anos,o grupo pretende chegar a 300.

Pesquisa –Segundo Renato Silderman,daQuality no Brasil, aredeestá fazendo

pesquisas em diversas regiões do País para identificar locais para aaberturade lavanderias. No Sul, Porto Alegre, Curitiba, LondrinaeFlorianópolis estão entre as cidades cotadas para aspróximas lojas. Um dos critérios eliminatórios é o número de habitantes. Somentemunicípios com população acima de 150 mil habitantes comportam uma loja da Quality. (CM)

Indústria investe em calçado gigante

A indústria de calçados Califórnia,deFranca, nointerior de SãoPaulo, está investindo na produção de calçados com numeração entre 45 e57parahomens. "Aspessoas quecalçamnúmeros grandes, emgeral,têm dificuldade para encontrar sapatos", diz Carlos Gilberto Garcia, dono da Califórnia.

A estratégia deu certo. Desde o ano 2000,quando a Califórnia passou a fabricar os calçados gigantes, o faturamento da empresa cresceu 20%. "Ao contrário dos sapatos tradicionais,os calçados grandes nunca encalham", diz Garcia. Para este ano, o empresário esperaaumentar em 30% as vendas.

Até 1999,a Califórniafabricavasomente calçados com numeraçãotradicional – até número 45. Hoje, a produção dos sapatões representa40% das mercadoriasfabricadas pela empresa. Para atender osconsumidores dos sapatos grandes, Gilberto Garcia teve de investir na modernização do maquinário e notreinamento dos funcionários. "Nossos produtos eramfeitos quase artesanalmente. Para fazer os sapatos com a numeração grande, tivemos que comprar equipamentosnovos eadaptar os antigos", diz Garcia. Clientes – Os maiores consumidoresdos sapatõesda Califórnia estão localizados

nas grandes cidades.Em geral, oscalçados sãovendidos em lojasespecializadas em SãoPaulo, Rio deJaneiro e Belo Horizonte.

Hoje, a empresa fabrica somente sapatos para homem. Segundo Garcia,produzir para calçados masculinos é uma experiência. "Logovamos entrar no mercado de sapatões para as mulheres", afirmaGarcia. "Muitasmulheresligam para afábrica perguntando sobre sandálias e sapatos finos com numeração acima de 45", diz.

A empresatambémestá desenvolvendopesquisas no mercado externo. "Nosegundo semestre, vamos nos dedicara estudaromercado

de sapatos grandes em outros países", afirma Garcia. Feiras – Para o empresário, a participação em feiras e eventos tem contribuído para os resultados positivosda Califórnia e adescoberta de novosmercados. Amontagemdeumstandna última feira Couromodas, em São Paulo, em janeiro, rendeu bons contatos internacionais a Garcia. Para a Francal, próximo evento do setor calçadista queacontece emjulho, o empreendedor espera coletar mais dados sobre o mercado estrangeiro e o segmento de sapatos grandespara mulheres.

Paula Cunha

Malan anuncia aumento de impostos

Aumento do IOF, que incide sobre aplicações financeiras, pode não ser suficiente para compensar perdas, diz o ministro

O governo anunciou ontem que vai compensar as perdasde receita da CPMF promovendo umcortenas despesas e aumentando o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo o ministro da Fazenda, Pedro Malan, somente oaumento do IOF e os cortes no orçamento do governo não serão

suficientes para cobrir o atraso na aprovação, por parte da Câmara,da prorrogaçãodo imposto sobre os cheques. Para Malan, outros impostos devem aumentar.

Na opinião de Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado deSão Paulo(Facesp) e Associação Comercial

de São Paulo (ACSP) ainda é possível achar um caminho para evitar esse aumento. Noentanto,deixou bem claro que se o ministro tiver mesmo que aumentar oimposto, "osefeitos serãoruins paraa economiaepara ocomércio, pois incidirá sobre as aplicaçõese osfinanciamentos resultando, na prática, em

umaumentodosjuros". Ele enfatizouque anotíciapreocupa os empresáriosqueestãolutando por umaqueda dos juros, "para que tenhamosuma economia mais produtiva, capaz gerar novos empregos. "

Paratanto, AlencarBurti afirma que as empresas precisam deaumento naoferta de crédito e prazos mais longos para o consumidor. Alíquota – Malan anun-

ciouqueserão feitasalteraçõesna cobrançado IOFde modo queum impostoincida sobretodos osfatos geradores quecoincidamcoma CPMF. Eleafirmouqueas novas alíquotasserão divulgadas oportunamente e que o objetivo,além deasseguraro equilíbrio fiscal,seráo de combater o planejamento tributário quepermitiriaa isençãotributária emfunção da não vigência da CPMF.

Auditorias

Cortes – Sobre os cortes no orçamento, o ministro da Fazenda não antecipou a sua dimensãonem oprazo devigência das medidas queentrarãoemvigor. Malanreafirmousua confiançadeque apesar do atrasona votação da CPMF, o Congresso cumprirá sua tarefa de aprovar a emenda que prorroga o imposto até 2004. Sergio Leopoldo Rodrigues/AE

devem se limitar à sua área de atuação, diz Trevisan

O consultorAntoninho Trevisan disse ontemque o escândalo Enron-Andersen veio confirmar a tese de que a Comissãode ValoresImobiliários estava no caminho certoquando baixou uma norma que proíbe as empresas deauditoria deprestar serviços deconsultoriaao mesmo cliente.

Para o consultor, com o desaparecimento daAndersen, desaparece,também, odomínioque ascinco maiorese principais empresas da área de consultoria exerciam sobre o mercado. "Essa concentração dá um poder para ditar regras, queéprejudicialao mercado decapitais", disseo consultor, durante o seminário "Princípios éticos pós-casoEnron" ,realizado nasede da Trevisan. Justiça – Anorma da CVM,baixada em1999,está sendo contestada naJustiça pelo Sindicatodas Empresas deAuditoria deSãoPaulo, pela Arthur Andersen e Price. "Esperamos que o episódio envolvendoaEnron contribua para uma decisão favorável à CVM por parte do Judiciário", disse o procuradorchefe da CVM, Henriquede

Alencar Burti receberá condecoração do Exército

Durante as comemorações do Dia do Exército Brasileiro, na sexta-feira, o comandante militar do Sudeste, general de exército Francisco Roberto de Albuquerque,entregará a condecoração no Grau CavaleirodaOrdem doMérito Militaraopresidenteda Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti. Segundo ogeneral Albuquerque, a Ordem do Mérito Militar é a principal condecoração doExército brasileiro, que pode ser entregue a militares das trêsarmase a civis queprestaram serviços relevantes aoExército. "AAssociação Comercial, por meio de seupresidente Alencar Burti, tem dividido conosco a tarefa de aproximar o Exército da sociedade", disse. Segundoo comandante militardo Sudeste,essaintegraçãoé feita poratose não apenas porpalavras. "Eo

AlencarBurti tem feitoesse trabalho", salientou.Ele destacou que as funções do Exército vão além da defesa da soberania nacional, segurança e outras estabelecidas pela Constituição Federal. "O Exército temsuaatividade complementar, colaborando comodesenvolvimento do País nas suas causas sociais". Integração – O general Albuquerque acrescentou que oprocessode integraçãodo Exércitocom aAssociação Comercial tem sido muito espontâneo. Essa,segundo ele, é arazão pelaqual oExército resolveu condecoraroseu presidente, Alencar Burti. Esse trabalho deintegração do Exército com instituições nacionais, disseo general,é reconhecido pela população. Recentemente umapesquisa revelouque83%dos entrevistados identificaram o Exército comoinstituição de

enorme credibilidade. Ocomandante militar do Sudeste justificou essa aprovação: "É um sinal de que está havendo umagrande integraçãoeque a sociedade reconheceu o nosso trabalho e a importância da nossa instituição".

O general Albuquerque repartiu parte dessa confiança popular no Exército comos jovens queprestamserviço militar. "Pois trata-se também de um trabalho educacional, não apenas ao que se refere à defesa nacional, mas também na orientação que servepara todaavida dohomem", explicou. Nessa formação, disseo general,estão noçõesde civismo,cidadania, patriotismo, além de mostrar a importância de unir isso tudo com qualidades afetivas,tais como a camaradagem e lealdade.

"Nós fazemos uma defesa dos valores morais e éticos da

sociedade",disseo general Albuquerque. Isso, salienta, influencia positivamente todosquetrabalham oupartilham alguma atividade com o Exército. "Isso tudo acaba dando um reconhecimento da sociedade como um todo à nossa instituição", resume. O rg u lh o –Alencar Burti, presidenteda Federação das Associações Comerciaisdo Estado de São Paulo (Facesp) eAssociação Comercial de São Paulo, disse que recebe com orgulho a condecoração do Exército brasileiro,lembrando os elevados níveis de credibilidade que a instituição desfruta hoje entre a população brasileira."Essa credibilidade mostra a importância de valores como ética e patriotismo", disse.

Resende Vegara, presente ao seminário. Para uma platéia de 50 executivos, Trevisan explicou que quando umaempresa exerceoutra atividade além de simplesmente auditar os balanços aumentao riscode contaminação entre a empresa de auditoria e o cliente. "Isso implicanumarelação incestuosa que leva à perda da confiançado auditor", diz Trevisan. A derrocada da Andersen,na suavisão, fezcom que o investidor se sentisse enganado, pois sempre acreditouquecontratando uma das cinco consideradas melhores, ele estaria protegido. Considerada uma das principais empresasda áreade energia, a Enron escondia os prejuízos coma conivência da ArthurAndersen.Aexauditora aprovou acontabilidade fraudulenta da empresae os esquemasilegais que adotou para esconder os prejuízos e depois destruiu parte das provas. A primeira consequência do episódio, na visão de Trevisan, será o movimento de valorização das auditorias locais. Tanto que as grandes corporaçõesjá estãorevendo seus critérios de esco-

lha."Empresas brasileiras, entre elas a Votorantim, a TAM eo Bradesco, sempre acreditaramque somente contratando uma das chamadas Big Five (agora sobraram quatro maioresempresas) elas teriam o reconhecimento do mercado de capitais internacional", diz. Derrocada – Na opinião de Trevisan, contribuiram para aderrocada da Andersen as pressões constantes para corresponder às expectativas do mercado. "O mercadode capitais no mundo inteiro é extremamente ativo e cobra resultadostodosos diasdos executivos das empresas", explica. A forma de remunerar os profissionais também teve pesosignificativo. Isso porque é comum o oferecimento de bônus baseados nos lucros dosclientes.O rompimento do padrãoético éapontado pelo consultor como o terceiroaspecto. Antes,osauditores limitavam-se apenas a auditar os balanços das empresas.Apartirdos anos80,os profissionais começaram a emprestar sua criatividade a outros serviços.

o CIDADES & ENTIDADES o

Para Burti, a sociedade brasileiraatravessa momentos de difíceis transformações, inclusive, por causa do processo deglobalização, ea integridade,o respeitoe opatriotismo reconhecidos no Exército devem ser um exemplo para a Nação, no seu processo de união para aconstruçãode umfuturomelhor

para as futuras gerações.

A entrega da Ordem será às 10h no Comando Militar do Sudeste, rua

Sergio

General Francisco Roberto de Albuquerque é comandante militar do Sudeste Dudu Cavalcanti/N-Imagens
sargento Mário Cozel Filho 222, Ibirapuera.
Leopoldo Rodrigues
Sílvia Pimentel

São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 2002

Indicadores mostram inadimplência estável na primeira quinzena do mês

O número de registros recebidos peloServiço Central deProteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercialde SãoPaulo, subiu 23,2%na primeiraquinzena de abril, frente ao mesmo período de 2001. Os cancelamentos, isto é, o volume de pessoas que pagaram seus débitos, cresceram 42,6%.

"Os resultadosfizeram com queo nível deinadimplênciaficasseestável", disse o presidentedaentidade, A lencarBurti. As falências requeridas cresceram 44% e

as falências decretadas, 18,8%. Segundo Burti, os dadosmostram queocenário econômico é de recuperação, masonível deatividadeainda continua baixo. Página 12

Comércio com os EUA em debate hoje na Associação

O embaixador do Brasil nos EstadosUnidos, Rubens Barbosa, que fará palestra hojeàs 16horas naAssociação

Comercial, está articulando diversas campanhas de promoção de empresas brasileiras no mercado americano. Barbosa criou, porexem-

Bovespa consegue recuperação e fecha em alta de 1,11%

A Bovespa, favorecida pelo desempenho das bolsas norte-americanas, conseguiu retomarontema tendênciade alta e fechou com elevação de 1,11%. Anotícia do pagamentode partedoempréstimo aoFMI ede elevação do IOF agitou o pregão. A alta só não foi mais consistente em razão da expectativa quanto à reunião do Copom, hoje.O dólar comercialfechouquase estável,comvariação de 0,04% sobre a véspera, a R$ 2,31 para venda. Página 6

plo, o BrazilInformation Center (BIC),organização sem finslucrativos parapromoveramarca MadeinBrazil nos Estados Unidos. Outra iniciativa foia fundação do Grupo Brasil, que reúne companhias nacionaisque atuam nos EUA. Página 5

País quita US$ 4,2 bilhões com FMI e abre mão de saque

OBrasil nãovaiexercero direito de saque a que tem direitojuntoaoFMI, afirmou ontemoministro daFazenda,Pedro Malan. OPaísganhouo direito de sacar até US$4,6bilhões,depois da avaliação positivada economia brasileira feita pelo organismo internacional. Nos próximos dias, o Brasil pagaráUS$ 4,2bilhões ao Fundo, como parte do empréstimo que fez no final de setembro de 2001, após a assinatura de um novo acordo. Página 6

Homenagem do

Exército

à Associação Comercial

Quer falar com

Cavalcanti/N-Imagens

Dudu

Recentepesquisa deopinião pública revelou que 83% dos entrevistados apontaram o Exército Brasileiro como umainstituiçãode grande credibilidade.Para ogeneral Francisco Roberto de Albuquerque, comandante militardo Sudeste, a Associação Comercial tem contribuído para essa aproximação do Exércitocom asociedadecivil. Por isso, o general entrega ao presidente da Associação, AlencarBurti, nasexta-feira, a Ordem do Mérito Militar, no Grau Cavaleiro. Página 17

Governo vai elevar IOF para compensar perda com CPMF

O governo vai compensar as perdas na arrecadação da CPMF com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, anunciou ontemoministro daFazenda, Pedro Malan. A CPMF deixará de ser cobrada porque ogoverno não

70

consegueaprovar noCongressoaprorrogaçãodo tributoaté2004. Malandisse que as novas alíquotas do IOF aindanãoforam definidas e disse que outros impostos poderão ser elevados. Também não descartou cortes adicionais no Orçamento.

Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, ainda é possível encontrarumcaminho paraevitar oaumento,mas, se estevier a ocorrer,os efeitosserão ruinspara aeconomia, pois incidirásobreas aplicaçõese osfinanciamentos, resultando,naprática, em um aumento dos juros. O anúncio pegou os congressistas de surpresa.O deputadoInocêncio Oliveira (PFL-PE) reclamou que os partidos não foram consultados pela área econômica do governo. Página 17

mil nas ruas de Montevidéu

Carregando bandeiras e vestidos com trajes típicos, uruguaios desfilam pela Avenida del Libertador, perto do Congresso, em Montevidéu. Mais de 70 mil pessoas participaram ontem de manifestações contra a política econômica do governo. O protesto foi promovido em conjunto por sindicatos e associações rurais. Página 4

Ferramentas

já não são apenas um artigo para homens

As mulheres se tornaram consumidoras deferramentas elétricas e portáteis. Segundo Júlio Landaburu,gerente da Black & Decker, a mulher passou a fazer muitos serviços por ser sozinha ou porque o companheiro não tem tempo. Página 8

Autocom mostra novas tecnologias para o comércio

A Autocom2002, feira de automação comercial, abriu as portas ontem em São Paulo,no FreiCanecaShopping &Convention Center.Cerca de110empresas estãomostrando soluções tecnológicas para o comércio varejista de São Paulo. Página 10

Greve na Itália contra a reforma de leis trabalhistas

Boa partedaItáliaparou ontem, quando milhões de italianos foram às ruas para protestar contraa reforma das leistrabalhistas proposta pelogoverno doprimeiroministroSilvio Berlusconi. Foia primeiragreve geralda Itália nosúltimos20anos. Houve manifestações nas praças das principais cidades. De acordocom osorganizadores, participaram cerca de 2 milhões de pessoas. Página 4

EUA: indústria tem a maior produção desde maio de 2000

A produção industrial nos EUAaumentou 0,7% em março. É amaior altaregistradadesde maiode2000 ea terceira seguida neste ano. Segundo o Fed, o setor fabril estápuxando o crescimento econômico do país. Página 4 Microempresas não vêem problemas com o novo SPB

Pesquisa feitapeloSebrae revela que as micro e pequenas empresas nãoterão dificuldades coma implantação do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, o SPB. Segundo olevantamento, 74% das empresas consultadas, de diversos segmentos,não realizam pagamentosde valores acima de R$ 5 mil. Página 6

Rede de lavanderias Quality lança programa para fidelizar cliente Página 13

Setor de embalagens espera um crescimento de 10% neste ano Página 12 Rio aprova a extinção de pensão vitalícia para ex-governadores Página 3

Indústria ganha clientes com a produção de calçados gigantes Página 13

General Francisco R. de Albuquerque

Brasil tem a 3ª frota de helicópteros do mundo, atrás dos EUA e do Japão

O mercadobrasileiro de helicópteros éumdos maiores domundo.Segundo dados divulgados ontempela Associação dePilotos de Helicóptero do Estado de São Paulo (Aphesp),o País tem uma frota de 894 aeronaves. Em número de unidades, perde apenas para os Estados Unidos e o Japão.

Somente emSãoPaulo, operam cerca de 400 helicópteros –o que colocaa cidade na segunda posição do ranking mundial, atrás apenas de Nova York,ondevoam600 aeronaves. Em Tóquio, a frota é de 300 helicópteros.

Nos últimos cinco anos, a frota brasileiraaumentou 37%. Segundo opresidente daAphesp, comandante Marcos Infante, o crescimento foimotivado pelaestabilização econômica e pela necessidade de locomoção rápida. Aexpectativaé deque a frote suba para mil helicópteros ainda este ano.

Esse mercado, apesar de restrito, movimenta milhares de dólares.A elevação da demanda nacional atraiu a atenção dos principais fabricantes, como a americana Robinson,cujo helicóptero

mais barato, o modelo para dois passageiros, custa US$400mil, ea Bell francesa, cujas aeronaves podem custar até US$ 1,5 milhão. Financiamento –As comprasde helicópteros podem ser financiadas pelo Finame, a agênciade financiamento industrial do BNDES. Também é possívelalugar as aeronaves (porvalores que variam de R$ 400,00 a R$4.000,00) ecomprar"cotas de vôo", compartilhando o tempo com outros usuários (ospreços vãodeR$50 mila R$ 250 mil por ano.

A c id e n t es – Nos últimos cinco anos, a quantidade de acidentescom helicópteros registrados peloDepartamento de Aviação Civil (DAC) diminuiu 50%,de 15 ocorrências, em 1997, para sete, noanopassado.Onúmerode vítimas fatais,porém, dobrou no período – foi de sete para 14. Para prevenir os acidentes, além das inspeções técnicas, a Aphesp destaca a necessidade de osproprietáriosinvestirem na atualização profissional dos pilotos.

Nível de inadimplência no varejo fica estável em abril

Aumentou, na primeira quinzena deabril, onúmero de registros recebidos pelo Serviço Central de Proteção aoCrédito (SCPC),daAssociação Comercial de São Paulo. Em relação ao mesmo período de 2001, houve alta de 23,2%, com164,4 milnovos cadastros.

Nomesmo período, porém, a quantidade de cancelamentosderegistros subiu 42,6%, isto é, foram retirados do cadastro 101,2 mil nomes. "Esse resultado fez com que a inadimplência semantivesse relativamenteestávelno período,masdeve-se observar que osdados deinadimplên-

cia na quinzena, no geral, não refletem o movimento do mês, umavez queo enviode registros parao cadastropode se concentrar em determinados períodos", afirmou o presidenteda Associação, Alencar Burti.

Nacomparação commarço, onúmero denovos registros no SCPC se manteve praticamente estável, com queda de 0,2%. Os cancelamentos diminuíram 4,6%.

Consultas – Onúmero de consultasaoSCPCnos primeirosquinzedias deabril registrou crescimento de 17,3%,frenteaomesmo intervalode2001. Oresultado

pode ser explicado pelos dois dias úteis a mais computados nesteano. Emrelação amarço, houve redução de 4,8% nonúmero de consultas, o que está de acordo com a sazonalidade doperíodo,afirmou Burti.

Asconsultas ao UseCheque tambémcresceram: ante abril de 2001, a alta foi de 23,7% e, frente a março, houve aumento de 5,2%.

Falências – As falências requeridas aumentaram 44% na primeira abril frente ao mesmoperíodo do anopassado.As falênciasdecretadas subiram 18,8%.

Burti destacou queos da-

dosmostram queocenário daeconomia é de recuperação,maso níveldeatividade ainda ébaixo. Por isso,afirmou ele, é necessário manter a políticade reduçãodos juros para que asvendas possam seacelerareparaquea economiaatinja o crescimento esperado. "Esperamos que a taxa Selic seja novamente reduzida em 0,25 ponto porcentual, o que, embora percentualmente modesto, serviria para sinalizara disposição do Banco Central de continuar a baixar os juros. Issopermitiria ao varejo ampliar os prazos de financiamento".

Setor de embalagem deve crescer 10%

Aindústriabrasileira de embalagemdeve crescercerca de10%nesteano, alcançando um faturamento da ordem de R$ 17 bilhões. No ano passado, o setor registrou expansão de 11% e movimentou R$ 15,7bilhões,segundoa AssociaçãoBrasileira deEmbalagem(Abre).A produção também aumentou.Para opresidenteda Abre, FábioMestriner,esse crescimento resultou de uma mudança: as embalagens passaram a ser menores. Uma dasprincipaisações

da indústriapara elevarsuas vendas, explica o empresário, é oinvestimento emcampanhas publicitárias. Uma delas terá o slogan "O Brasil precisa de embalagens". SegundoMestriner, uma embalagem de melhor qualidade tornará oproduto brasileiromaiscompetitivo no mercado internacional e possibilitará que ele enfrenteos produtosestrangeiros empé deigualdade.Uma embalagem eficiente,dizele, reduz asperdas doprodutoembaladoemelhorao manuseio. No agronegócio, por exemplo, as perdas entre a lavoura e a mesa do brasileiro, por embalagens inadequadas, chegam a 30%, afirma ele. Incentivo aos pequenos –

A Abre também tem outros projetosparaajudaras indústrias brasileiras. Criou um Centro Nacional de Apoioao Desenvolvimento deEmbalagens (Cenade)especialmente para as pequenase médias empresas."Os grandes já têm as boas embalagens,os pequenos é que precisam deorientação". No Cenade, as empresas encontram dados estatísticos, normas da ABNT e um catálogo

de fornecedores e fabricantes de embalagens, matérias-primas, insumoseequipamentos, entre outros. A indústria de embalagem emprega hoje 136 mil trabalhadores. A expectativaé de chegar ao final do anocom 140 mil.O setortem 2,5mil empresas eé compostopor cinco subsetores.As embalagens de papel,papelão e cartãorepresentam 35% do mercado;asembalagens de resina, 35%, as de metal (aço e alumínio) 22%, vidro, 7% e madeira 1%. O setor exporta

8% de sua produção para países do Mercosul. Prêmio –A Abretambém anunciou ontem a segunda ediçãodo PrêmioAbre Design Embalagem, que abriu as inscrições nodia 1ºde abril. Serão premiadas embalagens em diversas categorias, como design, tecnologia para exportação eembalagempromocional. Há ainda o prêmio Empresa do Anoe odeMelhor Embalagem, que será escolhida por voto popular.

Teresinha Matos

Entidade propõe plano nacional de reciclagem ao governo

A indústria de embalagem está elaborandoe deveentregar ao governo, ainda neste ano, umplano nacionalde reciclagem. A informação foi dada ontem pelo o presidente da Associação Brasileirade Embalagem (Abre),o empresário Fábio Mestriner. Areciclagemde embalagens de alumínio movimenta no Brasil US$ 4 bilhões, segundo o empresário. Uma tonelada de latinhas

custa US$ 850. "Mas não é possívelbasear toda umaindústria apenasno trabalhode catadoresinformais", afirma Mestriner. Por isso,o presidenteda Abre defendea expansão da coleta seletiva de lixo. "Apenas 140 cidades brasileiras têm coleta seletiva", dizele. E não é possível investir em indústrias para reciclagem sem a separação do lixo". O País tem mais de 5 mil municípios. (TM)

Anatel descarta ameaça de crise

grave em telecomunicações

O presidente emexercício da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Antonio Carlos Valente, descartou a possibilidadede as empresas de telecomunicações do País enfrentarem uma crise semelhante à que atingiu o setor elétrico. "Isso não vai acontecer", afirmou. "O setor de telefonia, aocontrário do elétrico,tem abundânciade soluções".

Valente afirmouainda que aAnatel sempreteve apreocupaçãodeter umavisão equilibradaentreos interesses dos consumidores e dos empresários,e que entende que asteles sãoum patrimôniodoBrasil, quegeramempregose impostos.Asdeclarações foramumaresposta ao estudo, divulgado ontem na imprensa, que faz um diagnóstico negativo do setor de telecomunicações no País. O estudo diz que a Anatel tem

uma visão voltada apenas para o consumidor.

O executivo reconheceu que há necessidade de ajustes no modelode telecomunicaçõesbrasileiro. Mas isso, segundo ele, não quer dizer que o modelo seja ruim. "É um dos melhores do mundo".

Críticas – Valente reforçou as declarações de que o estudo não foi elaborado pelo governo, e disse que o texto merece questionamentos.

O executivo afirmouque a Anatel semprerecebeestudosdesse tipo,e sesurpreende que alguém tenha se mobilizado com isso. Segundo ele, as idéias do documentoforam apresentadas há um mês numa reunião com representantes do governo, inclusive o ex-presidente da Anatel, Renato Guerreiro. Oexecutivo disse que os integrantes do governo na reunião, exceto os representantes do Banco

Central, consideraram que as avaliações eram maisuma queixa do setor privado. Avalia ção – Valente disse ainda que, emsetembrode 2001, a Anatel contratou a consultoria Ernest&Young para fazerumaradiografia das empresas de telecomunicações. "Sabíamos que era precisodialogarcom as empresas com fatos e dados".

O executivo afirmou que, até omomento, nenhuma empresasolicitourevisão de tarifascom base na cláusula de preservaçãodo equilíbrio econômico-financeiro, prevista nos contratos de 1998. Segundo ele, eventuais pedidosde revisãoserãoanalisados. Valente alertou, porém, quenão é qualquer motivo que pode justificar um pedido derevisão."Os contratos expurgamumasériede razões, como a administração temerária". (AE)

Novas empresas iniciam coleta de lixo

Contratos, com cláusulas mais exigentes, terão duração de um ano e pretendem garantir uma cidade mais limpa

A limpeza urbana de ruas e avenidasjá está sendofeita por novas empresas, conformematéria publicadanasegunda-feira,no Diário do Comércio. Os contratos com as empresas Vega, Júlio Simões,Enterpa, QueirózGalvão, Enob, Cliba,Marquise e SPL, responsáveispela coleta delixo,terão duraçãodeum ano e poderãoser renovados por mais um. Destas, somente aJúlio Simões,Enob eSPL são novatas na cidade.

Deacordo com o engenheiro e assessor técnico Dan Schineider, do Limpurb –empresa responsável pela coleta de lixona cidade–, nos novoscontratos estáprevista a coleta com contêineres e v eículos adaptados em núcleos habitacionais e locais de difícilacesso,como favelas. Também acontecerá a coleta seletiva, ouseja, a separação do lixo seco e orgânico.

"Esse novo serviço, que deveráserrealizado umavez por semana, irá complementar otrabalho dascooperativas ou entidades que lidam com a coleta seletiva", disse o engenheiro.Os novos contratos também prevêem varrição mecânica nos corredores viários, como marginais e avenidas. Atualmente, a Prefeitura não tem este serviço. Apesardesse esforçoda Prefeitura em deixar a cidade mais limpa,muitos locaisna região central e na periferia ainda estãocarentes de limpezaurbana. Aoandarpelas ruas é fácil encontrar lixeiras, as poucas que ainda restam, repletas de lixo e o chão cheio depapéis elatas. Paratentar acabar com esse problema, sem saber se é questão de educação ou falta de cestos nas ruas,a Prefeiturairácolocar 140 milnovas lixeirase fazer uma campanhaeducativa

para que o lixo seja jogado no lixo epara queas lixeirasnão sejam destruídas. Parase ter uma idéia do problema, todos os dias são recolhidas cerca de 12 mil toneladas delixo domiciliar e 100 toneladas de resíduo sólido de saúde na cidade, fora o lixo encontrado no chão. Pesquisa – De acordo com a Pesquisa Nacional deSaneamento Básico 2000, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos anos, houve umamelhoradasituação de destinaçãofinal dolixocole-

Associação Comercial começa discussão sobre o Plano Diretor

O projeto doPlano Diretor, previsto para chegar à Câmara até o final deste mês, começou a ser debatido por representantes da Câmara de Política Urbana da Associação Comercial.Ontem,em reunião na Associação, o projeto que cria as subprefeituras também foi discutido.

"OnovoPlano Diretor irá prejudicar São Paulo, provocardesemprego eatéreduzir aarrecadação doIPTU.Esse projeto consegue aborrecer gregos e troianos", disse Luciano Wertheim, coordenadorda CâmaradePolítica Urbana. A redução na arrecadação do IPTU,conforme W ertheim, ocorrerácasoo projeto seja aprovado,porqueaPlanta GenéricadeValores também será alterada.

Wertheim salientou ainda aimportânciadetodos conhecerem o novo Plano Diretor da cidade.O projeto está disponível na internet no endereço www. prefeitura.sp.gov.br/planodiretor. A discussão sobreo Plano Diretor também fará parte hoje de uma reunião no Sindicato daHabitaçãode São Paulo (Secovi). De acordo com informações do Secovi, presidentes de várias entidadesirãose reunirparadebater o projeto do Executivo e decidir se ele é inviável ou não para a cidade. (KF)

Último balanço mostra que a cidade tem 1.201 casos de dengue

Na cidadede SãoPaulo, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde, foram confirmados até agora 1.201 casos de dengue, sendo que52deles sãoautóctones, ou seja,foram contraídosna própria cidade. As pessoas contaminadas pelo mosquito transmissor, o Aedes aegypti, sãoprincipalmentede bairros da zona Norte da Capital. Veja aseguira relaçãodaslocalidades e o número de casos: Mandaqui (2 casos), Vila Medeiros (16), Pari (2), Vila Guilherme (4), Vila Maria (7), Cursino (5), Jaguara (2), Ipiranga (5),

Tremembé (1), Brasilândia (1), Vila Mariana (1), Vila Prudente (1) e Jaçanã (5). Em todo oEstadodeSão Paulo, os casos autóctones confirmados já somam 10.680, segundo informaçõesdo mais novobalanço divulgado pelaSecretaria Estadual da Saúde. Desde janeiro até agora, foram notificados 46.124 casos de dengue no Estado de São Paulo. As cidades commaior número de casos autóctones registrados continuam sendo Santos e São Vicente, no litoralSul.Acidade santista registrou 2.534 casosda doença.SãoVicentevemem se-

guidanoranking como registrode 2.131 casos. De acordo com a Direção Regional deSaúde,desdejaneiro, foram notificados 6.605 casos de dengue na Baixada Santista.

Rio de Janeiro – Oscasos dedengueregistrados na cidade do Rio de Janeiro já ultrapassam os87 mil,sendo pelo menos 520 casos do tipo hemorrágico. De acordo com aSecretaria Municipalda Saúde, desde 1º de janeiro, já morreram 31pessoas emdecorrência da doençana cidade. Em todo o Estado carioca morreram 53 pessoas vítimas da doença. (KF)

tado em todo o País. Conforme o relatório da enquete, no anode 2000,eramproduzidos diariamente no Brasil 125.281 toneladas delixo. Deste total, 47,1% era destinado a aterros sanitários, 22,3% a aterros controlados e 30,5% a lixões. Isso mostra

que mais de 69% de todo o lixocoletadoteveum destino final adequado. Mas não se pode comemorar queo lixo do Paísfoi coletado adequadamente, o problema estava centralizado nos municípios brasileiros: 63,6%usavam lixõese 32,2%, aterros adequados (13,8% sanitários,18,4% aterros controlados), 5% não informaram o destino. Outrodado importanteda pesquisa é a estimativa de que nas cidades comaté 200 milhõesde habitantessejamrecolhidas de450 a700 gramas de lixo porhabitante.Jánas com um número maior de habitantes,a estimativaé de 800 a1.200 gramaspor pessoa. As 13maiorescidades, entre elas São Paulo e Rio, são responsáveis por 31,9% do lixo urbano brasileiro.

Burti faz doação de cartões para ajudar trabalhos beneficentes

Um ato para ajudar a inclusão social. Alencar Burti, presidente daFederação dasAssociaçõesComerciais doEstado de São Paulo (Facesp) e AssociaçãoComercial doou ontem 84 mil cartões-postais com mensagens do Marco da Paz (kitda Paz)para opadre José Maria FernandesMachado, SJ, diretor executivo do Pátio do Colégio e para Roberto MateusOrdine,diretorsuperintendente da Distrital Centro.

Na cerimônia de doação estavam presentes Julia Maria MarcusiTubel, gerente administrativa do Pátio, e Gaetano Brancati Luigi, coordenador-geral executivo das Sedes Distritais. A venda dos cartões será revertida para obras assistenciais das duas entidades,que receberam42 mil kits cada.

Burti agradeceu o apoio do padre José Maria em todos os eventos promovidos pela Associação no Pátio, comoa Feira daSaúde. "São obras que vão muito além de coisas materiais pois dizem respeito àféecrença nofuturodo País", disse. Para ele, esses tra-

agenda

Hoje Consultivo – Reunião do Conselho Consultivodo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coordenada pelo superintendente Celso Amâncio. Às 9h30, rua Boa Vista, 51/9º andar. China –O diretorda AssociaçãoFarid Muradrecebe missão comercial da pro-

balhostransformaram oPátio do Colégio em umlocal melhor e mais agradável. Burti acrescentou que açõessociais podemnãosalvar ahumanidade, "maspodem contribuir harmonizandoavida dealguémqueleva uma vida sofrida."

O padre José Maria disse queo dinheiroda vendados postaisirápara oprojeto OCA (OficinaCultural Anchieta), que tem oficinas para formação de corais, orquestras, cursos de cerâmica e restauração. O projeto estará sendo implementado a partir do segundo semestre.

Ordine disse que o dinhei-

víncia de Hebei, da China, liderada pelovice-governador HeShaocun. Às15h30, nasede, rua BoaVista, 51/12º andar. EUA – Opresidente da Associação recebeo embaixador do Brasilem Washington, Rubens Barbosa, que fará palestra sobre Relações Comerciais Brasil x

ro irá para Círculo de Amigos Patrulheiros Mirins (CampiCentro), projeto que conseguiu empregoparamaisde doismiljovenscarentes. "O projeto procuraajudaradolecentes a receber uma formaçãoprofissional. Elestêm todo o tipo de orientação e são encaminhados para empregos", relatou. Para Gaetano Brancati Luigi, adoação feitapor Alencar Burti, representa mais um ato de trabalho da Associação Comercialpela inclusão social, alémde levaruma mensagem de paz.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Estados Unidos.Às 16h,rua Boa Vista, 51/9º andar. Quinta Conjuntura– Reunião do Comitê de Avaliação da Conjuntura,com palestra doprofessor edoutorem economia pela Universidadede Chicago, Adroaldo Moura da Silva.Às12h30, rua Boa Vista, 51/12º.

Falta de lixeira e de conscientização faz com que o lixo fique espalhado pelo meio das ruas do Centro e da periferia
Luciano Wertheim e Paulo de Andrade Costa durante reunião na Associação
Ordine, Alencar Burti, Dom José Fernandes, Julia Laria e Brancati Luigi
Ricardo
Lui/Pool 7
Associação Comercial de São Paulo

Nem só o homem usa ferramentas

O perfil do consumidor vem mudando nos últimos tempos, incluindo a mulher, faixa etária menor e conquistando a classe D

Consumidor de ferramentas elétricas ou portáteis é homem, adulto e chefe de família.Se vocêconcordou coma afirmação, saiba que já bem é assim. A mulher, que se inseriu em praticamentetodas as atividades, tornou-se parte do mercadodesse segmento. Júlio Landaburu, gerente de marketing da divisão ferramentas da Black & Decker, líder de mercado, com 47% de participação, dizque operfil do consumidor de ferramentas vem semodificando nos últimos três anos.

Antes, entre 85% e 90% dos consumidores eram homens, na faixaetária dos35aos 50 anos e das classes B e C. Hoje,

65% pertencemà classeD e são mais jovens, entre 20 e 25 anos de idade. O ingresso da classe Dno consumodeu-se, segundoLandaburu, devido ao reposicionamentode preços.O preçoindustrialcaiu 30%, por aumento do volume de produção, diminuição no custode produçãoe menor margem de lucro. Essa queda fez a demanda aumentar 5%. O mercado consumidor inclui ainda os jovens casais, que montam a casa e precisam comprar tudo,até ferramentas. Há ainda aqueles

homens quecompramacessórios, para incrementar suas oficinas, mesmo que não os usem.

Acrescente-se apresença feminina, já que a mulher passou a realizar tarefas antes atribuídasao homem.Alguns pequenos reparosque agoraelas mesmasfazem.As ferramentas elétricas também passaram a ser usadas em trabalhosde decoração, área em que a mulher atua mais. Outro fator que aproximou aconsumidora doproduto foi a colocação de 100 promotoras em pontos-devenda. Ele acredita que a presença feminina diminui a idéiadeque ferramentaé complicada e difícil, até mesmopara oconsumidormasculino.Além disso,aspromotoras substituemas pesquisas, conhecendo de perto os desejos e a opinião do consumidor.

Muda local de venda – Outra mudançase deunos pontos-de-venda. Há seis ou sete anos,60% dacomercialização sedava narevenda especializada. De lá para cá, os supermercados conquistaram espaço, tornando-se um dosprincipais pontos-de-venda dasferramentas caseiras. Os especializados ficaram com o

segmento de peças mais pesadas, profissionais. Os home centers, imensas lojas de material de construção, também abriram espaço para o produto, pois sua principal característica éofereceramplo evariadoestoque, aproximando os produtos do consumidor final.

Entreas linhas oferecidas pelaBlack &Decker estãoas ferramentas elétricas, como furadeiras (quetambém têm versão a bateria, como telefonecelular), serras (tico-tico ou circular), parafusadeira, lixadeira (serve ao polimento de móveis) e esmiralhadeira, entre outras. Comercializada em kit, a furadeira é acompanhada poracessóriosque multiplicam a função principal do aparelho. Nesses casos, destaca Landaburu,oskits são adquiridos principalmenteparapresentear em datas como Diados Pais e aniversários.O kit furadeira custa R$ 89.

Comercializada sozinha, a furadeira,quepossui nove modelos, variando velocidade, apresentação, potência e capacidade domandril (broca), tem preços que variam de R$ 59 a R$ 129. A furadeira/parafusadeira a bateria, comduas velocidades eluz

Massa, sanduíche e vinhos ecológicos

Forno a lenha para pizzas à noite e assados no bufê do almoço.É a Forneria Tamandaré (fone 3078-0175), que abriu suas portas há quatro semanas, numa discretarua do Itaim Bibi. Com a consultoria gastronômicado chefe LuizCintra,acasa tem no forno a lenha sua vedete. As pizzaspodem ser tradicionais, regionais oucriativas. Os assados são de pernil, aves, bacalhau e lasanhas.

Um dosdestaques éo F iloncino Calabrês, umamassa de pizza bem fininha, recheadacom pimentãoassado,tomate,cebola, lingüiçacalabresa emussarela, enrolada comorocambole elevadaao forno (R$ 24). Receita siciliana,fazparte daseçãodepizzas regionais, ao lado da Sfincione di San Vito (molho refogado de tomates, semente deerva-doce, lingüiça calabresamoída eumtoque de v inho Marsala, assada com uma crosta crocante, com preço de R$ 26).

Uma opção individual é a Ca es ar (R$ 18), na qual a massa é assada com um toque de mussarela, bacon e rodelas de tomate,depoisacrescida da tradicional Salada Caesar Há ainda a opção de entradas,

Vinhos ecológicos e orgânicos no Konstaz

como a Foccacia al rosmarino (foccaciafina cobertacom alecrim fresco, servidacom azeite deolivaaromatizado comalho,custa R$6).Entre as sobremesas, além de pizzas doces, háas opções do C r ocante de maçãs (fatias de maçã gratinadascom farofa crocante de amêndoas, servido com sorvete) ou Bolinho jojo de chocolate (bolinho de chocolate com recheio de calda quente,com sorvetedecreme).Ao custodeR$ 7,50cada.

S an du í ch es –Quando o tempo éescasso, ossanduíchessãoa principalopçãode

refeição rápida.Porisso, o restaurante Arábia (fone 3061-2203) implantou emseu cardápio delivery opções com ingredientestípicosda culinárialibanesa. Entreeles:sanduíchedefrango desfiado (R$ 14,60),acompanhadode tomate, alface, pepino em conserva e pasta de alho; de kafta com molho tarator (custa R$ 15,60),com kafta na chapa ao molho de tahine,alhoe coalhada e o mediterrâneo (R$ 14,60), com berinjela em fatias, coalhada seca, záhtar etomate seco. Todos no pão árabe. Vinhos ecológicos e orgânicos –Até o próximodia 31 de maio, orestaurante Konstanz, (fone 5543-4813)especializado em cozinha alemã, promoveo 1º Festival de Vinhos Ecológicose Orgânicos–o Weinfest. A diferença entre os dois tipos está no cultivo das uvas. Enquanto o orgânico usa uvas cultivadassem nenhumtipode fertilizante ou adubo químico, o ecológico, também produzido dessa maneira,permitea introduçãodeaté doistiposdeconservantes navinificação.Os orgânicos são os produzidos pela Oltrepo Pavese Montini, eosecológicos davinícola alemã Weingut SchäferHeinrich.

Para a degustação dessas bebidas, o Konstanz introduziu três pratos individuais em seu cardápio: escalope de lombo ao molho de pimenta (R$ 19,90), medalhão de filé e purê de brocólis (R$ 22,90) e salmão ao molhode shiitake com legumes (R$24,90).As opções de bebidas são Bonar-

para trabalhos em locais com pouca luminosidade, custa R$ 189. Outro produto atraente, paraquem temcomo hobby o"faça você mesmo", éomultitarefas.São quatro ferramentas em uma: furadeira,parafusadeira, lixadeira e serra tico-tico. Elétrica, nas versões 110v ou 220v, custa R$ 400. Oficina portátil – Lançada em dezembro como sugestão parao Natal,tambémvoltado para o segmento "faça vocêmesmo", aoficinaportátil tem uma furadeiracom duas velocidadese mais247itens numamaleta organizada. Martelo,alicates,chave inglesa, chavesdefenda, brocas, soquetes,chave decatraca, pontaspara parafusa-

da Doc tinto (R$ 47,90), Riesling Itálico Doc branco e seco (R$ 47,90) ePinot Noir Doc Enolitinto (R$77,90) emvinhos orgânicos. Entre os ecológicos pode-se escolher: Heilbronner Stiftsberg tinto e seco (R$ 43,50), Heilbronner branco eseco (R$ 38,90) ouErlenbacher Kayberg branco (R$ 55,90). (BA)

mento, arco deserra, trena, estilete,pregos, parafusose ganchos fazem parte da maleta. De uma só vez, o consumidor leva um jogo de ferramentas completo, ficando abastecidopara todosostiposdeserviços dereparoou produção de peças na linha faça você mesmo. Também disponível nas versões 110 v ou220v.O preçomédioda oficina portátil é R$ 149.

ser viço

Black & Decker – atendimento ao consumidor – telefone 0800-194644; atendimento ao distribuidor de ferramentas –fone 0800-194646.

Beth Andalaft
Multitarefas atende ao "faça você mesmo", por oferecer quatro funções
A maleta da oficina portátil e no destaque, a furadeira/parafusadeira
" Filoncino Calabrês", pizza em formato de rocambole da Forneria Tamandaré
Fernando Perelmutter/Divulgação
Gustavo
Cintra/Divulgação

Contratados para animar as festas

Atores, músicos, mímicos, palhaços, verdadeira trupe, à disposição para entreter convidados dos vários tipos de eventos

Comida, bebida, música e a combinação certa de pessoas podem fazer uma boa festa. Mas, hoje, as festaspodem contar com uma trupe de animadores profissionaisou quase.Com isso, elastambémse tornaramumgrande mercado de trabalho para vários profissionais. Os tradicionaispalhaçoshoje dividem espaço com atores, performistas, músicos, caricaturistase até cãesadestrados. Quanto maior a criatividade, melhor o rendimento desses profissionais, que disputam comemorações de aniversá-

rios de crianças eadultos, chás-de-cozinha, despedidas de solteiro, confraternizações de empresase homenagens em geral. O mercado é tão amplo que muitos começam como autônomos eterminam montando empresas de animação. Donizete Gonçalves é um deles. Atuando como o palhaçoPirulito desde1974, há10 anosmontou suaprópria companhia, que conta com uma equipe de 40 profissionais. São artistas circenses, como equilibristas, aramistas, contorcionista, pirofa-

Andressa e Danilo, covers da dupla Sandy & Júnior. Há três anos fazem shows, dublando os irmãos, vestindo-se como eles e acompanhados de bailarinos que executam a mesma coreografia. O sucesso do original garante mercado.

gista (engolidor de fogo) e mágico, além de escultores de bexiga, maquiadores e personagens infantis. Custos de shows – "Os preços variam deacordo com o profissional procurado e o tempo do show", diz Gonçalves,que sededica emtempo integral à sua companhia. A atuação de um malabarista poruma hora,porexemplo, custa R$ 150.O palhaço, que ainda é o artista mais procurado da trupe, sai a R$ 120 por duas horas. Jána Companhia deAnimação CircoMaluco pode-se contratar um show duplo de 50 minutos,com mágico e palhaçojuntos por R$ 330 (valor para festas na Grande São Paulo).

O Circo Maluco também ofereceoutros artistascircenses, salão de cabeleireiro infantil (queémontadona festa),camaelástica, tatuagens e animação com personagens,como osdoSítio do Pica-Pau Amarelo. No total, são 20 profissionais que podem se caracterizarem mais de 50personagens.Paraa contrataçãode dois recreadores infantis(quecontrolam 20 crianças) opreço é de R$ 270 por duas horas.

Criatividade– Apesar da grande atração exercida pelos

Caricaturas e balões originais

A união de criatividade e talento é o trunfo de alguns profissionais para se destacarem no mercado de festas. Com essa receita,o administradorde empresas e desenhista Ivo AntônioFaveroJúnior ganhaa v idacomo caricaturista há dois anos.Já oprojetista mecânico Wilson Sawaki confecciona esculturas gigantes em balõesdesde 1997.Ambos abandonaram as suas antigas profissõese hojetêmcomo

principal atividade a animação de festas infantis.

A Balloon Happy, empresa que Sawaki montou, faz, em média, 50 festas por mês. São 12 monitoresque organizam atividades recreativas, oficinas de balões gigantes e decoração desalões. Paracontratardois monitores (que entretêm cercade 30crianças por uma hora e meia) o preço é R$ 170. O valor inclui a criação de personagens infantis, bonecos, bichos e fantasias feitas a partir de 180 balões.

Ivo faz

durante as festas

D ivulgação

Já a oficina, que dura quatro horas, confecciona cerca de 40figuras gigantes, que são infladas com gás hélio, por R$ 400. Eosarranjos para entrega, que podem ser dequalquertema, custam a partir de R$ 80. "Nossos arranjos enormescha-

mam a atenção por onde passam.Aentrega ésemprefeita em umclimadescontraído", diz Sawaki.

Desenhos – Descontração também éamarcadotrabalho dodesenhista IvoFavero. PorR$400ele passa quatro horas fazendo caricaturas em festas (todo o material de desenho incluso).Nesse tempo são feitascercade40ilustraçõescom grafite em papel CansontamanhoA3. "Os convidados podemlevar suas caricaturas paracasa, como uma lembrançapersonalizada", afirma Favero.Ele também trabalha em eventos para empresas (preços sob consulta) e produz caricaturas individuaispor encomenda(custa R$50 empreto-e-branco e R$ 100 colorida). (EC)

ser viço

Balloon Happy–fone 4363-2357; Ivo Favero – fone 4712-4952

O sabor chega com a comida típica

Os buffets em domicílio oferecem várias possibilidades de cardápios de pratos típicos. Na maioriados casos, além da comida, se responsabilizam pelo material necessário (pratos, talheres, copos, travessas)e mão-de-obra (cozinheiro, copeira, garçons).

No Buffet Lua de Cristal,o pacotepara ocrepe francês inclui seis saboresde crepe salgado, molhos, saladas e acompanhamentos e quatro doces, refrigerante, água, café e licor. O custo é de R$ 19 por pessoa, com pedido mínimo para 30 convidados.

Da mamma –A culinária italianatem duas opções no

buffet em domicílio Pizza & Massa. Para montar a pizzariaem casa, o custo para 30 pessoas é de R$ 530, sem bebidas. São15tiposde pizzas salgadas e 4 de doces. Com um pedido mínimopara 25 pessoas, monta-se uma cantina italiana em casa. A partir de R$ 620, os pacotes incluem entrada, saladas, massas, molhos e sobremesas.

Do Oriente – O restaurante e buffet em domicílio Sushitakê oferece três opções para festas. O primeiropacote é compostopor saladasunomono, sushi esashimiaR$25por pessoa. Os outros dois pacotes intercalam pratos frios e quentes e custam R$ 31 e R$ 39 por

palhaços,uma dasmaisantigas empresas de animação de festasaposta em animais adestrados para cativar seus clientes. A Show Tradição , que existe desdea década de 30, apresentacomoponto forte asacrobaciasde cães. "São dez animais,entre poodles, dálmatas, collies e setter irlandês queandam sobrodas e saltam obstáculos de fogo", explica Fabiano Fonseca, queherdou aempresa deseu pai. Há ainda a apresentação de pombos ornamentais. O pacote completo da Show Tradição dura uma hora e meiae inclui malabarismos, a apresentação dos cães,

Esportes radicais, uma forma de entretenimento

Para proporcionar uma recreação esportivaque atraia crianças e adultos,a Raceboy oferece autorama gigante, escaladae descidatirolesa. A empresa, que existe há 12 anos e nos últimos dois faz animação de festas,tem monitores com formaçãoem Educação Física e com cursos no Senac.

Osautoramas gigantes,de fabricaçãoprópria, podem ser de dois tamanhos (2,85m x 6,5mou 2mx 4m)e comportampistas paracinco pessoas. O pacotepara locação mais simples tem preço promocional de R$ 380 por quatro horas, coma locação doaparelho eoapoio deum monitor na região da Grande São Paulo. Para incluir equipamentodeáudio, computador, premiação simbólica eotrabalho derecreaçãode doismonitores, são acrescidos aovalordo pacoteR$ 250.

pessoa. Todas para, no mínimo, 25pessoas, e incluemos serviços desushiman ecopeira, além de todo o material necessário. Sobremesas e bebidas são cobrados à parte. Para, nomínimo, 30pessoas, a armênia Ivone George oferececulinária árabe.São seis entradas, cinco pratos frios, cinco pratos quentes e sobremesa por preços que variam entreR$ 22e R$30 por pessoa. (EC)

ser viço

Buffet Lua e Cristal – telefone 4123-4066; Delícias Árabes –fone 3744-2705; Pizza & Massa – fone 6204-8352; Sushitakê –fone 5571-3104

Radicais – Osadeptos dos esportes radicaistêm como opção a parede de escalada e a descida tirolesa.Para a escalada, a Raceboy leva para as festas equipamento profissional com o monitoramento de alpinistas. Ovalorpor quatrohoras éde R$250 .O preço éo mesmo paraa descida tirolesa,em queo participante desce com uma espéciedecadeirinha poruma corda.Para contratarapenas umaduplade monitoreso custo éde R$ 200por quatro horas.A duplaentretémcercade 30crianças,organizando gincanas. (EC)

Raceboy – telefone

dupla depalhaços epombos ornamentais. O preço do showé R$400.Somentea apresentaçãodos palhaços porumahora saiaR$230e apenas oshow decães, de40 minutos, custa R$ 300 (nesse caso o cliente ganha 10 minutos de malabarismos).

Covers – Há ainda quem prefiratrocar asapresentações circensespeloshowde seu artista favorito. Andressa e Danilo, 14 e 17 anos respectivamente, há três anos trabalham como covers, imitando Sandy & Júnior. Em seu show deuma horae meia,dublam asprincipais músicasdadupla,comroupase coreogra-

fias iguais àsdo show verdadeiro."A apresentaçãoinclui quatro bailarinos e efeitos especiais, comogelo seco para criar fumaça", conta Zilda Pavani, mãe de Andressa e empresária dos covers, que fazem, em média, quatro shows por semana.O preço da apresentação é de R$ 500.

Performances divertem em reuniões de adultos

Nem sóde comemorações infantis vive o mercado de animação de festas. Os eventos de adultos cada vez mais contamcom aparticipação especial deatores,performistase drag-queenspara alegrar o ambiente. As opções sãomuitas,detelegramas animados a shows musicais.

Segundo Carlos Adan Trade Alves, dono de uma agência de animadores de festas, essetipo de serviço é muito requisitado paraaniversários, chás-de-cozinha, chábar edespedidas desolteiro. Há quatroanos nosetor, Alves deixou de ser escultor para atuar como drag-queen.

"Fazemos cerca de 25 apresentações por semanae oferecemos mais de 50 personagens",dizAlves. Entreos personagens, MarilynMonroe, Elvis Presley, Mulher Maravilha, freiras eempregadasdomésticas. Paracontratar aapresentaçãode20 minutos de uma drag-queen, o cliente paga cerca de R$ 150. Uma bailarina de dança doventre sai aR$180pelo mesmo período. Commais R$ 50, pode-se incluir a saída de qualquer personagem de um bolo gigante. (EC)

Palhaço Pirulito – telefone 3873-3845; Companhia de Animação Circo Maluco –telefone 6261-5277; Show Tradição – telefone 6601-4985; Sandy & Júnior
O palhaço Pirulito anima de festas infantis a eventos em empresas ou portas de lojas, tendo para isso uma companhia
Fotos: Divulgação
Estela Cangerana
Esquete com grupo de freiras, lembrando a Cia. Baiana de Patifaria
D ivulgação
caricaturas

OMC avalia barreira a frango brasileiro

A Organização atendeu ao pedido do País e decidiu investigar as medidas protecionistas impostas pela Argentina ao produto

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou, ontem,o estabelecimentode um painel (comitê de arbitragem) sobre as barreiras ao frango brasileiro colocadas pela Argentina. Em março, o Brasil apresentou à OMC um pedidopara quefosseaberta umainvestigaçãosobre as barreiras que Buenos Aires aplica sobre as importações do frango nacional.

O Itamaratyargumenta que amedida antidumping estabelecida pelo governo argentinoviola oitopontos da regrasda OMCerepresenta, na verdade,umainiciativa para evitar que os produtos brasileiros supostamenteinvadam o mercado vizinho.

Regras – Segundo o regulamento da OMC,as barreiras antidumping podem ser apli-

cadas após a realização de uma investigação que comproveque determinadoproduto estaria entrando no mercado com preços desleais e gerando prejuízos para a indústria nacional. Com base nessa regra, BuenosAiresargumentaque os produtores brasileiros estariam vendendoofrangonacional na Argentinaa preços inferiores aos praticados no mercadobrasileiro, oque comprovaria o dumping. O resultado dessa prática, segundo o vizinho, tem sido a perda decompetitividade do frango argentino em seu próprio mercado. Por esse motivo, asautoridades dopaís estabeleceram umpreço mínimo deUS$ 0,98 do quilo de frango para que o produto brasileiro possa entrar no

Argentina só reagirá ao ver os argumentos apresentados

O governo argentino pretende ter acesso ao conteúdo da representaçãodo Brasil antesde emitirumaopinião oficialsobrea decisãodaOrganização Mundial de Comércio (OMC) de instalar um painel para avaliar as barreiras impostas por Buenos Aires contra a importação do frango brasileiro. A informação foi passada, ontem, por uma alta fonte da chancelaria da Argentina.

Afonteacredita queofato doconflito ter chegado à OMC não implicanum problema para as relações políticase diplomáticasentre os países. "São apenas elementos comerciais que não interferem na relação estratégica", afirmou."Arelação como Brasil temelementos muito mais importantesdo queum mero conflito dogênero, natural emqualquer relaçãode comércio exterior". (AE)

UE faz novas exigências no acordo para têxteis

AUniãoEuropéia incluiu todoo universo tarifário do segmento têxtil brasileiro em seu documento-resposta à negociação bilateral que está em curso.A medidaé mais uma parte do quebra-cabeças do acordocomercialparao setor têxtil queestá sendo costurado entre UE e Brasil.. Até o momento, estava acertado que a UE suspenderiacotaspara dezcategorias de produtos. Em troca, o Brasilnão aumentariaastarifas dos produtos têxteis,que variam entre 4% e 20%.

A nova lista da União Européia,porém, surpreendeuos

negociadores brasileiros, porque incluiu não só os produtos importados pelos europeus, masos todosos têxteisimportadosdo mundo inteiro pelo Brasil.

Caso o País aceite a lista, isso significa quenão poderá aumentar as tarifas de importação, que estão abaixo do teto estabelecidopeloAcordo dos Têxteis daOrganização Mundial do Comércio (OMC).

O governo brasileiro analisará o documento europeu amanhã, durantereunião especial naCâmara deComércio Exterior (Camex). (AE)

país. Caso ovalor mínimo não seja respeitado,é cobrada uma taxa adicional.

"Essas medidas, em vigor há quase dois anos, têm grande impacto sobre as exporta-

çõesdefrango doBrasilpara a Argentina", afirmou um diplomata brasileiro na OMC.

A Associação Brasileira de Exportadores deFrango (Abef) se queixa de que já teve

prejuízos no valorsuperior à US$50 milhõesdesde queas barreiras antidumping passaram a ser aplicadas. Pelo regulamentoda OMC, com a abertura do pai-

nel, trêsárbitros serão selecionados e, depois de uma análise de três meses, decidirão se o argumento do Brasil é válido edeveser respeitado pela Argentina. (AE)

Gol perde R$ 5,4 milhões no primeiro ano de operação

A Gol obteveum prejuízo de R$ 5,4 milhões em seu primeiroano de atividades.A empresadivulgou, ontem, seu primeiro balanço. Entre osinvestimentos feitos pela companhiadesdejaneiro de 2001, quando começou a operar, estão R$7 milhões aplicados em propaganda e R$ 17,1 milhões para o pagamento das manutenções e revisões das aeronaves.

Hoje, a Golpossui 15 aviões Boeing 737- 700 e 737800.De acordo como presidente da Gol, Constantino de Oliveira Jr., a meta é encerrar o ano com 20 aeronaves."O prejuízo nãoserepetiráno

ano quevem.Mesmo em anosde atividadenormalno setor aéreo, é aceitável que novasempresas apresentem algum prejuízo emseus dois primeiros anos de operação", explica.

O ano de 2002 começou com R$ 44 milhões de divisas compassagens já vendidas. "Em 2001 começamos do zero", diz Constantino. A Gol opera hoje em 16 cidades do País. A ampliaçãodasrotasoferecidas depende, sobretudo,da infraestrutura dosaeroportos."É

A brasileira Gol investiu R$ 7 milhões em propaganda no início das suas operações

possível que entremos em até quatro novas capitais ao longo do ano", diz Constantino. Outraestratégia paratentar fechar 2002 no azul é o aumento naprodutividade das aeronaves da empresa. "Os nossos aviões voamem média 14 horas por dia. É um desempenho 30% superior ao do ano passado, devido ao maior fluxo de passageiros transportados", explica. V ô os – A Gol possui hoje 8,3% do mercado de vôos domésticosdoPaís. Acompa-

Americana Boeing tem prejuízo de US$ 1,25 bilhão no trimestre

A fabricante de aeronaves Boeing teve um prejuízo de US$ 1,25bilhão noprimeiro trimestre. O resultado foi negativoporque aempresa foi forçada a reconhecer uma grande baixa contábil para refletir a queda do valor de certas aquisições realizadas. A maior fabricante de aviões do mundo registrou no balançodo primeirotrimestre uma perda de US$ 1,8

bilhãopara amortizaroprêmio pago em aquisições. Anteriormente, essesprêmios poderiam ser amortizados ao longo de diversos anos.

Os encargos nãoforam uma surpresa. Esperava-se que elespoderiam variarde US$ 1,9bilhão e US$1,4 bilhão.Excluindo-seas baixas extraordinárias, a Boeing lucrou US$ 602 milhões no primeiro trimestre,uma queda

de 21% em relação ao lucro domesmo período do ano passado e abaixo das expectativas de Wall Street. Entre janeiro e março de do ano passado, a Boeing lucrou US$761 milhões.Asreceitas trimestrais, no entanto, subiram de US$ 13,3 bilhões para US$ 13,8 bilhões. As entradas com venda deaviões comerciais ficaram em US$ 8,3 bilhões. (Reuters)

Embraer espera aval da China

para instalar base operacional

Ovice-presidente deRelações Externas da Embraer, Henrique Rzezinski, afirmou que só depende da China a finalização de um acordo entre a Embraer e a estatal chinesa Avic para a instalação de uma unidade da Embraer no país. As negociações estão em andamentohácerca deum ano. Rzezinski não revelou se a empresa vai utilizar os novos recursos doBNDES destinados à internacionalização de empresas brasileiras,

IBM anuncia maior queda de lucro dos últimos nove anos

A IBM anunciou nesta quarta-feira sua maior queda no lucro desdeo prejuízo registradoem 1993.Deacorco com a empresa, gigante de informática, o mercado corporativoestágastando menos com tecnologia. A empresa tevelucro neste primeiro trimestre do ano de US$1,19 bilhão,comparado com ganhos de US$ 1,75 bilhão domesmoperíododo anopassado. A receita caiu 12%, deUS$ 21bilhões para US$ 18,6 bilhões.

Em 8 de abril a IBM alertou que teria uma receita cerca de US$1bilhão inferioràestimada poranalistas, enquanto olucro deveriacair cerca de 20% no trimestre.

Os gastos comtecnologia pelas empresas têm diminuído desde 2001, devido à desaceleração da economia, o que tem afetado ofaturamento das empresas de hardware e software. (Reuters)

mas admitiuque obanco eo governo federal estão envolvidos na negociação. Rzezinski afirmou que a Embraer, assim comoos órgãosoficiais,estão fazendo todo opossível parao fechamentodo negócio, mas a Chinatemum processo de negociação extremamente lento,oque dificultaafinalização do acordo. Durante sua exposição no seminário"Alca e seu impacto no desenvolvimento tecnológico brasi-

leiro", ele defendeua utilização de subsídios e apoio à indústria aeroespacial.

Segundo o executivo,esse apoioé crítico para osetor porque os custos de financiamento no Brasil são muito altos. "Sequeremos continuar competitivos, precisamosde suporte oficial", afirmou. Ele defendea criaçãodeempresas nacionais com nível de qualidade em pé de igualdade com asconcorrentes estrangeiras. (AE)

Motorola planeja voltar a ter ganhos neste ano

A norte-americana Motorola, segunda maior fabricante de celulares do mundo, espera voltar aolucro no terceiro trimestre, com previsão de conseguir um pequeno ganho no ano excluindo itens extraordinários.

No início da semana, a Motorola anunciou o quinto trimestre consecutivodeprejuízo.A empresa teve perda de US$ 174milhões nos três primeirosmesesdo ano, comparado comresultado negativo deUS$ 211milhões no mesmo período de 2001. Vendas – As vendas líquidas caíram,na mesma comparação,de US$7,68bilhões para US$ 6,02 bilhões. Para o ano todo, a companhia prevê um declínionareceitaentre 5% e 10%.

A Motorola, ao lado de empresascomo Nokia eEricsson , tem sofrido com a queda da demanda por telefones celularese infra-estruturapara

nhia possui 1,4 mil funcionários e opera sob a proposta de gestão baixo custo/tarifas baratas. O modelo é diferenciado das demais empresas aéreasnacionais ese baseiaem companhiascomo asamericanas Southwest e JetBlue. A idéia é cortar custos com despesasoperacionaise ampliar aprodutividades dos aviões. Além de participar da atual guerra de tarifas da aviaçãonacional,a Golpretende estimular acompra de seus bilhetes pela Internet em 2002, oferecendo descontos nesse canal de vendas.

Andersen demite 1.500 funcionários no Reino Unido

A unidade britânicada auditora Andersen, que na semana passadaacertou uma aliança com a rival Deloitte & Touche, vai demitir 1.500 funcionários, afirmou a companhia em comunicado. Os cortes integram a anunciada redução de 200postos de trabalho na Grã-Bretanha, relativos a administração internacional da companhia. "Acombinação decondições econômicas difíceise osefeitos dasituação daEnron significam quea unidadebritânica não está atingindo os níveis de atividade necessários",disse ogerente da subsidiária, John Ormerod. Os escritórios da Andersen fora dos EUA estão se desligando damatriz efazendo alianças com empresas concorrentes. O processo foi precipitadopelo escândalo que envolveu a companhia na falência da Enron, que resultou na perda de dezenas de clientes, investigações criminais e processos judiciais. No Reino Unido,a Andersen perdeu clientes comoa transportadora Stagecoach. (Reuters) Celular pré-pago deve ser cadastrado até 19 de maio

redesmóveis detelecomunicações. AMotorola informouque planeja fechar sua fábrica em Harvard, Illinois, até abril de 2003 erealocaressasoperações. Serãoeliminados 850 postos de trabalho, mas as posições serão recriadas em outras unidades. Cerca de 400 empregadosserão realocados em outras unidades. HP – Tambémnaáreade tecnologia, a A Hewlett-Packard (HP) anunciou que obteve aprovação dos acionistas para sua controversa propostadecompradarival Compaq Computer por umapequena margem de 3%. De um total de 1,63 bilhão de açõesvotantes,837,9 milhões foram favoráveis à fusão e 792,6 milhões votaram contraonegócio. Acompanhia informouque um número insignificantede votos ainda permanecemnão-decididos. (Reuters)

Os proprietários de aparelhos de celulares pré-pagos em São Paulo têm até o dia 19 de maio para realizar o cadastramento do telefone na operadora. A obrigatoriedade foi regulamentada pelogovernador do Estado, Geraldo Alckmin, emfevereiro. A lei tem objetivodedificultara ação de criminososque utilizamcelulares emseqüestros, extorsões, ameaças e rebeliões em penitenciárias. Ocadastramento dosaparelhospode serrealizadopor telefone.O usuário deve entrar em contato com a operadora. Osusuáriosdecelular quenãorealizaremo cadastramento até o dia 19 de maio estarãosujeitos amultasque variam entre 100 e 500 Ufesps (Unidades Fiscais do Estado deSãoPaulo), fixadaem R$ 10,52 cada. O governo estadual estima que existem cercadeseis milhõesdeaparelhos em São Paulo. (AE)

Isabela Barros

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP Burocracia e desenvolvimento

Aestabilidade dasregras éessencialparapermitir odesenvolvimento do País, pois oferece aos agentes econômicosum quadro dereferências que lhes permiterealizar investimentos,no geral, de longo prazo.Constantes mudanças desse quadro de referênciasdesorientam osempresários einibem os investimentos. A lémda estabilidade,é necessárioqueas regras sejamclaras, simples,flexíveis e uniformes, garantindo não apenas sua fácil compreensão, como, também,seu cumprimento.

Tais condições parecem longe deexistir noBrasil, como se constata de levantamento publicado no jornal O Estado de S. Paulo, que revelaque de 5de outubrode 1988,ou seja,na vigência danova Consti-

ANÁLISE

tuição, forameditadas 1.787.248 normas – leis, decretos, portarias e outros atos normativos–com a impressionante média de 41 textos legais por dia.

Mais grave se afigura esse quadro quando se constata que nem a Constituição apresentaestabilidade,pois jáfoiobjeto de41 emendas, embora ainda necessite de muitas mudanças para atender à nova realidade do Brasil e do mundo globalizado. Além disso, o uso exageradode Medidas Provisórias cria uma grande insegurança jurídica, poismuitas regras importantes podem ser mudadas por meio desse instrumento, sem o préviodebate, esujeitasa alterações posteriores.

governo, sendo que no planomunicipal se encontra a maiorparte dos atos legislativos que afetam o dia-a-dia tanto das pessoas jurídicascomo das pessoas físicas. Cria-se umemaranhado burocrático queapresenta grandes dificuldades para as empresas e cidadãos, impondo-lhescustos e barreiras e, deoutro lado, um aparato burocrático também oneroso para os contribuintes.

porque "não pegaram" ou porque noBrasil "aprática de contornarregras legais por meio de expedientes foi elevada a uma alta categoria de instituição para-legal, chamadajeito ou jeitinho", definido como "umprocessogenuinamente brasileiro para resolver dificuldades a despeito das normas das leis, códigos e regras".

A legiferaçãobrasileira se dá em todos os níveis de

O futuro do Estado

Há uns poucosanos escrevi parauma obracoletiva da Academia Internacional de Direitoe Economia um ensaio relativamente alentado sobre o futuro do Estado, no qual assinalavaas tendências correntesde reduçãoecerceamento das atividades monopolísticas quecaracterizamas funções políticas e, portanto,a circunscriçãodo poder doEstado sobre asociedade e os indivíduos. Fundamentalmente, essas atividades residem no poder de legislar, no poder de emissão de moeda, no poder de uso da força armada.Mostrávamos nesse trabalhocomo todas essas funçõesepoderesvêm sob numerosas formas sendo corroídos poroutras forçase agências sociais. Nadateríamos atirarnem pôr às observações ali formuladas, excetuada a ressalva de que elas devem ser vistas sob a coordenadado tempo,no sentido de queemborarealmentesejam uma das tendências importantes dahistóriapolítica corrente,aprazo mais longodeve-se contemplara hipótesecontrária dequeela sejasuperadapela tendência inversa, de um crescimento do poder, do Estado e da política até aqui desconhecido na história humana.

Três fatosbásicossustentam essa hipótese. O primeiro é adimensão já alcançada pelo Estadona economia mundial.Osegundo éaintensificação daamplitudee nível de conflito interno e internacional. Oterceiro, mais

difícil de se exprimir sinteticamente de forma clara, é o graudedegradação dacoerênciaculturaldos grupose culturas, isto é, das formas sociaisde convivência entre os indivíduos. Tudo isto aponta para um estado de desentendimento e violência crescentes, de que o terrorismo é apenas uma das manifestações. Mas pode-se ter como indiscutível que entre a anarquia e a violência do despotismo o homem sempre preferirá este.Pela simples razão deque odespotismo ameaça alguns e a anarquia ameaça todos. Foi com base na experiênciahistórica deumasituação dessa natureza vividapor Hobbes que ele concebeu a explicação da origem e função do Estado, o Leviatã que o homem criou por contrato livre econsensual para abrir mãodesualiberdadee violência transferindo-a em monopólio de um soberano. Sem o que o homem, lobo do homem, inviabilizariapela autofagia sua existência social. Uma olhada de conjunto por dentro e para fora de nossa naçãopermite compreender aque ponto ograude anarquiae violênciaexistentes ameaça avidae sobrevivência de cada um e de todos. É a situação em que o crescimento dospoderes eda violência do Estado se apresentam coma sedutorafisionomia do mal menor.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

A maioriados textoslegais não obedece a técnicas legislativas adequadas, com remissões, repetições e contradições, muitos deles extremamente detalhistas, outros muito vagos, sendo comum "leis e regulamentos baixados coma presunção de que uma substancial porcentagem nãoiráser obedecida" ou

Em quem votar?

Em qualquer local onde a conversa é a eleição presidencial, a tônicadas manifestações é de que não há em quem votar. Antes que o leitor mais engajado se rebele,explico que falo das pessoas do dia-adia, aqueles comuns mortais que lutam para sobreviver e nãotêm ograu demilitância queosengajados gostariam que tivessem (e deveriam ter),mas quepossuem opoder do voto, que define os vencedores.

Disponíveis

Claroque seforperguntado entre os que estão com seusnomes colocados, estas mesmas pessoasfarão uma opção.De livreeespontânea vontade,todavia, aomenos com quem tenhoconversado,a maioria,gostaria deter outrasalternativas. Os nomes hoje disponíveis não empolgam o eleitor comum.

E spera

Os mais bem informados sabemque oscandidatossó sedefinemdepois das convenções partidárias eestas acontecerãoem junho.Portanto, aindahátempo de surgir mais nomes ou os atuaisserem trocados. É poucoprovável, já esfrioo entusiasmo dos descontentes. Esperar para ver é bom, mas não convém nutrir esperançasde que além de Lula, Serra,Ciro, Garotinhoe do indefectível Enéas, vamos ter opçõesmais palatáveis. Esqueci alguém?

Se a instabilidade da legislação, inclusiveda Constituição, afeta os investimentos, pela insegurança quegeraemrelação aolongo prazo,o excesso de normas e o caráter intervencionista e burocratizante das leis, decretos e regulamentos dificultam a administração das empresas e a vida doscidadãos, quesão obrigados a recorrer a uma repartição pública

para realizaratos rotineiros ou esporádicos de suas atividades.Basta constatar a imensa burocracia, o tempo e os recursos despendidos por quem pretenda abrir uma empresa, por menor que seja seu porte,para obter uma certidão negativadequalquer órgão (mesmoquandoele não seencontra em greve), para obter um alvará para construção ou reforma de um imóvel emuitas outras açõesque exijam um registro, permissão ou atestado de um organismo governamental.

A criação de dificuldades leva, inevitavelmente, à venda de facilidades ou à informalidade que seexplica, em grande parte, à burocracia, querepresenta custo adicionalque se soma aos ônus referentes

aosimpostos eencargo s sociais.

Precisamos fazerno País uma grande esforço de revisãoda parafernália legal existente, com o objetivo de eliminarasregras inúteis oucontraproducentes, dar clareza aos textos legais, simplificar a burocracia e reduzir o intervencionismo,acreditando mais nos cidadãose estimulandoo espíritoempresarial, porque nosso grande desafio é a geração de empregos, para o que é necessário criar empresas.Vamos reviveroesforço doex-ministro Hélio Beltrão no sentidodedesburocratizar o Brasil. Se é difícil realizar as grandes reformas vamos, ao menos, fazer as coisas mais fáceis, como "limpar" a legislação, acabar com as "leis que não pegam",com aburocracia inútil e com o "jeitinho".

Questionamento

As pessoas se perguntam porque no sistema representativo asmelhores cabeças doPaís, osmaispreparados, passamlonge davidapolítica, do comando das decisões nacionais. Sem resposta mais rápida (colunas seriam necessárias), serveo exemplo do grande irmão do Norte.Alguém aíacreditaque GeorgeW. Bushéo queeles têmdemelhorpara ocargo de Mr. President?

Reta final

Sendo os atuais postulantes osfuturos candidatosoficiais a partir de junho e, ainda, iniciadaa corridasucessória,cada eleitorconsciente teráque fundamentar seus conhecimentos sobre eles para a decisão do voto. No quadro de hoje, se fosse feita uma pesquisa espontânea e não dirigida e se fosse dado ao eleitor o direito de dizer quem gostaria de ver como presidente da República, o quadro seria, certamente, outro.

Quem?

Não façoidéia.Queriaalguém que empolgasse pelo respeito e sem vícios políticos. Existe?Você, leitor,esqueça parafins de exercício,os nomescolocados(a nãoserque sejaum deles).Em quemvotaria espontaneamente para presidente da República? Em sua opinião, quem deveria ser?Sequiser compartilhar suaopção comos demaisleitores, diga pelo e-mail psaab@uol.com.br

P. S . Paulo Saab

PFL não aceita fechar chapa com Serra

Partido admite que pode voltar a aliança com tucanos, mas quer ex-ministro da Saúde fora da disputa à Presidência

O PFL voltou a dizer ontem ao PSDB que só existe uma possibilidade deretomar a aliança entre os dois partidos para aseleiçõesdeste ano: a desistência do senador José Serra (SP) em disputar o Planalto.No encontrocom olíder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE), que contou coma presença dos vice-líderes do partido na Câmara,o presidentedoPSDB, deputado José Aníbal (SP), ouviu queixase críticas ao pré-candidato do PSDB.

Aníbal pediu a retomada da aliança política entre PSDB ePFL, considerada fundamental pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para garantir a maioria parlamentar no finaldo mandato.

“Desde que exista outra alternativa que não seja Serra”, interveioo deputadoPaulo Magalhães (PFL-BA),sintetizando a aversão do grupo ligado ao ex-senador Antonio Carlos Magalhães a Serra. Responsáveis – O deputado PauderneyAvelino (PFLAM) deixouclaro quea crise

instalada entre PSDB e o PMDB, que começou na disputa pelos postos de comando da Câmara e Senado no ano passado, não deve ser atribuída ao PFL.

“Todos são responsáveis pelo desentendimento”, disse Avelino, ao que o deputado Mussa Demes completou: “O PSDBtornou-se um partido arrogante”.Mussa Demes criticou também a postura “muito paulista”e “antiPFL” de Serra. “Ele é um candidato concentrado na região Sudeste”, disse o pefelista. Outra crítica foi em relação à aliança entre PMDB e PSDB que,paraos deputadosdo PFL,teria sidofeita deforma apressada. A principal conseqüênciadisso teriasido adificuldade do PMDB em indicar um nome para a vice-presidência na chapa de Serra. Desabafos – Os deputados do PFL estavam à vontade nos desabafos, mas sem criar constrangimentos aopresidente do PSDB. “Foi um gesto importantedo PSDBpara melhorar o ambientepolíti-

Lula condena proposta de aumentar impostos

Opré-candidato doPTà Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontemser contraos aumentosde impostospropostos pelo governo Fernando HenriqueCardoso para compensar as perdas de arrecadação causadas pelo atraso do Congressona aprovação da CPMF. Lula lembrou que, durante atramitação da reforma tributária na Câmara, o PT defendeu uma política tributária "como fator de justiça social".

Ele disseque oPT defende o fimdos impostoscumulativos– comoPIS eCofins –e criticouo governo pornão ter aprovado no prazo necessário a prorrogação da CPMF.Lula afirmou que a bancadapetista naCâmara está presenteepronta para participar de todas votações. Defesa– O pré-candidato petista rechaçou a afirmação de que recentes alta do dólar e queda da bolsa teriam ocorrido em função dos resultados de pesquisa eleitoral do Ibope que mostraram o crescimento dele na preferência do eleitorado e a possibilidade de estar emsegundolugaroprécandidatodoPSB, Anthony Garotinho, empatado tecni-

agenda

Senado Federal – Sessão deliberativa ordinária–Pauta: segunda sessão de discussão, em segundo turno, da PEC 87/99, altera dispositivo da Constituição federal(parágrafo8º doart. 144 – guardas municipais); substitutivo da Câmara ao PLS nº 129/95, regulamenta o direito de propriedade das terrasdas comunidadesremanescentes dos quilombos e o procedimento da sua titulação de propriedade imobiliária, na formado

co”, disse o deputado José Carlos Fonseca (PFL-ES), um dos pefelistas que está conversando como líderdo PPS, João Hermann Neto (SP), em busca de uma aliança entrePFL eo PPSdo candidato Ciro Gomes. Os pefelistas são unânimes

em afirmarqueostucanos queremse reaproximar do PFL para impediruma eventualcomposição do partido com Ciro. Na terça-feira, em jantarentre deputadosdo PFL e PPS na residência do líder João Hermann Neto (PPS-SP), foi feito um levan-

tamentodo reflexodeuma composição nos estados. Na avaliaçãododeputado Roberto Brant (PFL-MG), a situação mais complicada é em Pernambuco, onde seria inviável uma aliança entre o PFL dovice-presidente Marco Maciele oPPS comanda-

Aécio Neves volta a ser citado como o candidato de base aliada

dopelosenador Roberto Freire. “Mas, em 80% dos estados umaaliança entre os doispartidos podeser feita sem problemas”, avaliou Brant, que vem sendo cogitado para disputar a vice-presidência de Ciro na hipótese de uma aliança.

O desempenho eleitoralde Serra nas pesquisas, segundo os pefelistas, não tem entusiasmado também o grupo do PFL que se identifica com Serra. Mas, ospartidários doPFL não pretendem decidir o rumo antes de meados de maio. Até lá,aguardam umaceno do presidente e a demonstração prática deque o governo cumprirá os compromissos mantidos com o PFL. Umdeles énãovetar asalteraçõesfeitas peloCongressona medidaprovisóriaque trata da renegociação da dívida dosruralistasque Aníbal entrou emaçãopara evitar que isso aconteça. “É um tipo de veto que pode acirrar aindamais”,disse odeputado Abelardo Lupion (PFL-PR) ao dirigente tucano. (AE)

Roberto Freire rejeita acordo com os pefelistas

camente com o candidato do PSDB, o senador José Serra. "Não acredito em medo do mercado", disse, citando recente declaração do presidenteda Volkswagendeque vai permanecerno Brasilindependentemente do resultado das eleições. "Os investidores estão mesmo interessadoséno tamanhodomercado e na estabilidade social".

Coligações– O pré-candidatodo PT à Presidênciada Repúblicaafirmou desejar que o SupremoTribunal Federal (STF) derrube a decisão do TribunalSuperior Eleitoral (TSE) de verticalizar as coligações nas eleições de outubro."Como não tenho nenhum ministro indicado lá, só me resta torcer", disse Lula, referindo-seao fatode os ministrosdoSTFserem nomeados pelo presidente da República.

Lula evitoucomentar as críticasfeitas aoPT peloprécandidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho. "Nãofaçoaliança compessoas, e sei por que o Garotinho quer se bater comigo, assim comosei porque eunão querobater bocacomele. Acho queo PSBé maissério que seu candidato". (AE)

art.68do AtodasDisposições Constitucionais Transitóriasda Constituiçãode 1988; PDL nº420/01, aprova o texto do Acordo sobre Cooperação nas Áreas de Proteçãode Plantas eda Quarentena Vegetal, celebrado entreos governosdo Brasil e da Romênia; PDL nº 421/01,aprova otexto do Acordo entre os governos do Brasil e daRússia sobre Cooperação na Área da Quarentena Vegetal. Câmara dos Deputados -

O comando da campanha presidencialdoPSDB está nervoso. Reunidosontem com o candidato José Serra, líderes e dirigentes do partido concluíram queo fatordecisivo para alavancar uma candidatura presidencial é o programa de rádio e TV. Serra tomarápelo menos ametade dos 20 minutos do programa do partido, queseráexibido em todo o País em 6 de maio. O drama é que o adversário CiroGomes,do PPS,tem50 minutosde campanha eletrônica pela frente.

Para acelerar o crescimento de Serra nas pesquisas eleitorais, o comando tucano definiu que o candidato terá um discurso específicopara cada Estado, abordando questões deinteresse doeleitoradolocal. Masistoépouco diante dotempo farto queCiro ameaça ocuparna TV,usando ohorário gratuitodestinado aos partidos que compõem a aliança: PTB e PDT. Aécio– Deolho naspesquisas, deputados da base governista pregaramontem abertamente atroca do can-

didatodo PSDBnoplenário da Câmara. Os mais entusiasmados eram os pefelistas, que entoavam o coro em favor do presidente daCâmara, Aécio Neves (PSDB-MG). Ao deixar uma roda de líderes pepebistas,odeputado Gerson Peres (PPB-PA) afirmou insinuante, apontando para a Mesa do plenário: "Nosso candidato é oAécio." A articulação estaria sendo comandada pelo ex-ministro e deputado FranciscoDornelles (PPB-RJ), primo do presidente da Câmara. (AE)

Garotinho não descarta aliança com partido de Paulo Maluf

O candidato àPresidência pelo PSB, AnthonyGarotinho, disse que sua candidatura é "sólida" e que seu partido estádispostoa fazercoligações com que apoiar seu programa de desenvolvimento econômico.Com empate técnico no segundo lugar das pesquisas com José Serra, Garotinhoinformou quepoderá fazer composição inclusive com os partidos mais conservadores, como o PPB de Paulo Maluf ou até o PFL.

A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambientee Minoriasrealizaaudiênciapública paracomemorar o Dia Nacional do Índio. Foramconvidados para participar da reunião o presidente da Conferência Nacionaldos Bispos doBrasil (CNBB),Dom JaymeHenrique Chemello;o ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior; e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Glênio da Costa Alvares, entre outros.

Sobre um possível apoio do PFL, Garotinho afirmou que, apesar deo partidoter compactuado por sete anos com o programa econômico do governo – que ele rejeita por ter trazido estagnação econômica –as pessoas têmdireito de fazer "sua autocrítica".

A deputada LuizaErundina(PSB-SP)irá pediraExecutiva Nacional do PSB que o presidenciável Anthony Garotinho seja proibido dene-

gociaralianças compartidos de extrema direita.

A parlamentar fezseveras críticas a aproximação de Garotinhodo ex-prefeito paulistano PauloMaluf (PPB). "Somos forças antagônicas; comoágua evinho",disse. Segundo Erundina,a próxima reunião daexecutiva socialistaestámarcada para sexta-feira.Ela afirmatambém que proporáo fim das conversas com o PFL. (AE)

O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE),disse ontemquecontinuará se opondo a um acordo com o PFL para a sucessão presidencial e que nenhuma aliança será fechada sem passar pelo crivodaconvenção do partido.Adeclaraçãofoi umareação às reportagens dando contade que o senador teria sido isolado e desautorizado a falar sobre o assunto pelo pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PPS). "Ninguémse atreveua limitar o que eu digo", afirmou Freire. "Continuo sendo contra acoligaçãoecontinuarei falando". Segundo o senador, "é evidente que Ciroé o porta-voz da Frente Trabalhista", por tratar-se do candidato,masa decisãosobrequalquer aliança dependedo aval do PPS, não bastando o apoio do PTB e do PDT. "Votocontrae voutrabalhar contra", avisou Freire, confiante em sua liderança. O presidentedoPPS também disse que nenhuma resolução favorável à aliança com o PFL será aprovada hoje na préconvenção da frente, no AuditórioPetrônioPortela, no Senado. (AE)

Líder tucano, José Aníbal, pediu ontem ao deputado Inocêncio Oliveira a retomada da aliança política
Ed Ferreira/AE

Greenspan vê com

cautela a reação da economia americana

OFed (Banco Centraldos Estados Unidos)vai aguardaraté quea recuperaçãoda economia do país esteja firme e que ocorra um melhor controle da inflação para elevar as taxas de juro. A garantia foi dada ontempelo presidente do Fed, Alan Greenspan.

Em testemunhoante ocomitê econômico conjunto do Congresso norte-americano, Greenspan reforçou as expectativasde Wall Streetde que o Fed não elevará as taxas de juro antes de agosto. Eleafirmouquea economia está acelerando-se, mas que a força desse movimento de recuperação ainda é incerta,com riscodeainflação crescer.

Petróleo – Greenspan afirmou que o atual nível da taxa de juro "não seguirá consistente com amanutenção da estabilidadedos preços" no futuro, sugerindo provável elevação nas taxas. No entanto,disseque umaaltadastaxas de juro não é garantida, já que as perspectivas da economia são incertas.

A alta recente nos preços do petróleoconstitui um novo perigo àrecuperação, afirmou Greenspan. E permaneceigualmenteincerto seos gastos com consumo e com investimentos permanecerão fortes, uma vez que as empresas concluíram oreplanejamento dos estoques desestruturados durante a recessão.

"Algumas dasforças que pesaram fortemente sobre a economia no último ano começarama dissipar-se, mas outros fatores,como aforte elevação nos preços do petróleo, surgiram para impor novosdesafios", disse Greenspan. "Em conseqüência, o curso da demanda final deverá ser monitorada de perto".

Imobiliário – Green span minimizou preocupações com o inesperado fortalecimentodos preçosno segmento imobiliário, que durante a recessão refleteuma "bolha"no mercado.Asvendasde residências,disse,são muito mais onerosasdo que as vendas de ações,porque

Fracassa a missão de Powell no Oriente Médio

Osecretário deEstado americano,Colin Powell, nãoconseguiuo cessar-fogo que buscou em sua missão de 10 dias no Oriente Médio, masdestacou ontem, como um progresso, a promessa israelense de acelerar a retirada das tropas da Cisjordânia.

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, deu garantias de "verdadeirosresultados nos próximos dias", afirmou Powell."Só com o fim das incursões e com o engajamento em conversações de segurança poderáseralcançado um cessar-fogo".

Cairo – Powell, depois de se reunir hojecom Arafat, se encontrou no Cairocom o ministro do Exterior egípcio, A hmed Maher, antes de seguir para Washington. Originalmente, Powell deveriase reunir com o presidente HosniMubarak,mas lhedisseram que Mubarak estava "indisposto".

AatitudedeMubarak reflete o descontentamento no mundo árabe, que acredita

que Powell não colocou pressão suficiente sobre Israel para pôr fim à sua ofensiva.

Retaliação– O governo da Grã-Bretanha declarou que embargará futuras exportações de armas a Israel por este não ter cumprido um acordo bilateral e continuar utilizando armamentosmilitares britânicoscontra opovopalestino.

Já o Egito, por sua vez, suspendeusuas parceriasno campo agrícola com Israel no instante em que decidiu limitarsuas ligaçõesdiplomáticas, no iníciodo mês, anunciouontemo Ministroda Agriculturaegípcio, Youssef Waly,que também ocupa o cargo de vice-premier.

Clérigosislâmicos demais de 25 países, reunidos no Cairo para uma conferência de 2 dias, conclamaram ontem todos osmuçulmanos aboicotarem produtos de Israel e de nações que o apoiam, além de usarema "armado petróleo",caso necessário, em apoio aos palestinos. (AE)

envolve custosrelevantesde transação eo vendedordeve mover-se fisicamente quando a venda ocorre. "Portanto, enquantoo retornonomercadode açõesé superior a 100% anualmente, o retorno para os detentores de imóveis é inferiora 10% anualmente", disse Greenspan.

Desemprego – Ele tambémdisse queainda nãoestá preocupadocom a taxa de desemprego. "Eu não estou preocupado quantoaosníveis elevados de desemprego. Acho queà medidaque arecuperação tome lugar, esses níveis vão cair".

O presidente do Fed afirmou que uma recuperação significativa da economia dos EUAestá em andamento no contexto de ganhos fortes na produtividade.Ele também disse que no decorrer do tempo essesganhos, queinicialmente podem refrear oemprego, devempermitir quea taxa de desemprego"seja direcionadapara baixo sem quaisquerimplicações inflacionárias". (Agências)

Redução do estoque de petróleo nos EUA ajuda a elevar cotação do produto

Ospreçosdo petróleono mercadointernacional atravessaram o dia em alta e mantiveram o rumo no fechamentode ontem. Segundo operadores, dados sobreestoques doproduto nosEstados Unidos e as mudanças na política da Organizaçãodos PaísesExportadores dePetróleo guiaram a trajetória. O secretário-geralda Opep, Ali Rodríguez, disse que não vê necessidade de aumentonaprodução, apesar de interrupções na oferta da Venezuela e do Iraque.

O ministrodo Petróleodo

Iraque, AmirMuhammad Rasheed, informouontem que poderá estender a suspensão de suas exportações de petróleo por um prazo superior a 30 dias, anunciada na semana passada. A suspensão é em protestocontra a ofensiva de Israel na Palestina.

Previsão– Apesar desta novaameaça, Ali Rodríguez entende que o cartel deverá decidir, na reunião do próximo dia 26, em manter o nível de produção".

Em Londres, o contrato pa-

Na Argentina, funcionários públicos fazem novos protestos

No mesmodia dapartida da missão do Fundo Monetário Internacional, FMI, as províncias argentinas foram ontem cenário de diversos protestos contra os ajustes. Diante dasexigênciasdo FMI, que pedea aplicação de drásticoscortes nos déficits fiscais das províncias, funcionários públicos invadiram edifíciosdo governonointerior dopaís eentraramem choque com a polícia.

O presidente Eduardo Duhalde admitiu que"énatural queocorram convulsões sociais nas províncias argentinas. Porcausa daqueda vertical do poder aquisitivo das pessoas, vão ocorrer convulsões, como em outros paísesquepassaram pormomentos dramáticos".

Províncias – Enqu anto Duhalde fazia esta afirmação, a província de San Juan, produtora de vinhos e frutas, era ocenário de umasérie de protestos dos funcionários públicos que culminaram com ainvasão dosedifícios

NOTAS

Países pagam salário mínimo de US$ 534

O salário mínimo na Espanha,Portugale Gréciaémenor em relação ao do restante dospaíses da União Européia, constatouum levantamento do Eurostat, escritóriode estatísticasda União Européia. Deacordocom o Eurostat, osaláriomensal nessespaísesé inferiora600 euros (aproximadamente US$534,00). Ostrabalhadoresno restantedos paísesda UE recebem um cifra superior a 1.000 euros ou cerca de US$ 890,00. (AE)

do governo.Os funcionários protestaram contra os atrasosnos pagamentos de seus salários desde janeiro.

No início da manhã, os funcionários tomaramtodos os edifícios públicos, incluindoo paláciodogovernador, hospitais e escolas.Ao meiodia invadiram a Assembléia Legislativa, atacandoo edifício com pedradas. Um grupo dedeputados provinciais quase foi apedrejado pelos manifestantes.

Na cidade de La Plata, capital dessa província, funcionários públicos tentaram tomar o paláciodo governador.Armados com pedras e estilingues, os funcionários foram vencidos pela polícia, que conseguiu expulsá-los. Segundoos manifestantes,várias pessoas foram feridas com balas de borracha.

Na cidade de Córdoba, o mais tradicional foco de protestos popularesna Argentina, existia o temor de que pudessem ocorrerincidentes nos próximos dias.

Juiz quer interrogar Henry Kissinger

O juiz espanholBaltasar Garzón quer interrogar em Londresoex-secretário de Estado americano Henry Kissinger pelos delitos de terrorismo, genocídio e tortura supostamentecometidos no âmbito da "Operação Condor",de repressãocoordenada entre as ditaduras dos anos 70 no Cone Sul latino-americano. Garzón pediu autorização àsautoridades britânicas para interrogar Kissinger em 24 de abrilpor seus vínculos com o plano. (AE)

Sematraso – Ao contrário dos funcionários públicos, os deputadosprovinciaise os juízes receberam seus salários pontualmente.

Em San Juan, a polícia, que tentou sem resultado expulsar os funcionários, foi atacada com uma saraivada de garrafas queforam jogadasdesde oprédio da Assembléia. Os funcionários públicos também bloquearam as principais avenidas docentro de San Juan e as estradas de acesso à cidade.

Segundo eles, somente voltarão à normalidade quando ossaláriosforem pagos.O governador daprovínciade San Juan, Alfredo Avelín, que adquiriunotoriedade noinício da semanaao mandar o FMI "parao inferno",viajou às pressas a Buenos Aires para pedir ajuda ao presidente. Duhalde disseque "estáfalido".O FMIconsidera as provínciascomo responsáveis por grande parte da crise e exige ajuste de 60% em seus déficits fiscais. (AE)

Pastrana pede mais recursos para Bush

O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana,reuniu-se ontem com congressistas americanose comosecretário de Defesa,Ronald Rumsfeld, paradefender aampliaçãodaajuda antidrogas ao combateaos gruposrebeldes naColômbia.O Congresso americano quersaberpor que a ajudaamericana à Colômbia nãosurtiu até agora resultadona campanhaantidrogas. Pastrana encontra-se hoje como presidenteGeorge W. Bush. (AE)

ra junhodo petróleo tipo Brent– referênciadopregão – fechoucom ganhode 0,79 dólar, aUS$ 25,37 obarril. EmNovaYork, o contrato paramaiodo óleo brutosubiu US$1,24, paraencerrar na máxima de US$ 25,99. Ontem, aAdministração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) reportouumabaixanos estoquesde 5,6milhões,para 319,4milhões debarris. O mercadoesperao restabelecimentoda produçãonaVenezuela. (Reuters)

Papa faz um apelo pela restauração da paz na Venezuela

O papa João Paulo II pediu ontem que seja criado "um clima de convivência pacífica naVenezuela, emqueprevaleçao espírito da reconciliação". Após saudar os fiéis presentes àaudiênciageral semanal,o pontífice disse em espanhol: "Os graves acontecimentosvividos nestes dias pelopovodaVenezuela me levam a dirigir umapelo às autoridades e aos cidadãos dessa querida nação".

O Santo Padre manifestou suaesperança deque, "deixando delado todatentação de revancheou violência,caminhem todosna Venezuela com espírito de fraternidade, solidariedadee colaboração diante dos objetivos elevados de Justiça". (AE) Caminhoneiros travam fronteira com Uruguai

O sindicato das transportadoras de carga do Uruguai denunciou ontem que seus colegas brasileiros estavam impedindo sua entrada no país como protesto pela recusadas autoridadesuruguaias deque elescirculem no seu território.

O bloqueio, que afeta as exportaçõesde produtosuruguaiosao Brasil,começouna madrugada de ontem e se concentrava principalmente nascidades fronteiriças de Chuí e Rio Branco, ao leste e noroeste de Montevidéu, respectivamente.

"Éum grupo de transportadores (brasileiros)que não nos deixa passar. Não sabemos quando isso termina", disse o dirigente da sindical do TransportedoUruguai, Ernesto Toledo. (Reuters)

Greenspan, do Fed (Banco Central dos EUA), entende que inflação pode colocar em risco atual retomada

Dívida em títulos públicos recua para R$ 626 bilhões

Um volumoso resgate de títulos públicos voltou a contribuirparareduzir adívida públicafederal interna em março, que caiu pelo terceiro mês consecutivo. Mas a valorizaçãodo real anteo dólar, de cerca de 1,1%, também contribuiu para esta queda. Nomês passado,oresgate líquido somou R$ 10,1 bilhões, levandoa uma queda no estoque total da dívida de0,84% em relação a fevereiro, caindo para R$ 626,3 bilhões.

Já o chefedo Departamento deOperações doMercado Aberto doBancoCentral, Sérgio Goldenstein, informou que "dificilmente" haverá outro resgate dessa magnitude neste ano.

Em março, o Tesouro também conseguiu vendertítulos corrigidos pela inflação (o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA), as NTN série B. Foram vendidos R$ 518 milhões. Vaicrescer –

Apesar da 3ª queda seguida, a tendência é de que o estoque da dívida cresça ao longo do ano

Em fevereiroo resgatelíquido alcançou R$ 8,3 bilhões. Superávit ajuda – O resgate foi feito em parte com o superávit primário alcançado em março e, em outra parte, com recursos do caixa do Tesouro Nacional.Segundo disseo coordenadordaDívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional,Paulo V alle, esta foi uma "decisão estratégica".

Apesar da queda nosaldo,a tendênciaéde queoestoqueda dívida cresçaaolongo do ano, deacordocom Valle. "Isso é uma tendência que já está dada, porquenão temos superávit nominal. Masa dívida vai crescer menos do que o seu custo."

Segundo o Banco Central e o TesouroNacionalhouve resgateslíquidos de 16,8 bihões de LetrasFinanceiras do Tesouro, papéis pós-fixa-

dos corrigidos pela variação da taxabásica (títulospós-fixados), de 1,1bilhão de títulos cambiais e a emissão de 8,7bilhões dasLetras doTesouro Nacional (LTN).

Prazocai– Com a colocação de LTNshouve redução noprazomédiodos papéis emitidos nomês, caindo de 20,30meses emfevereiropara 18,14 meses em março.

A participação de títulos prefixados nadívida aumentou de 7,5% para 9,07%, em função da estratégia de substituição de LFT por LNT.

O porcentualde papéis cambiais não se alterou significativamente, tendo uma queda pequena de28,7% para 28,68%,enquanto ospósfixados caíram de 52,72% para 51,17%.

O prazomédio deemissão detítulos pré-fixados(9,59 meses),entretanto, foio maior nos últimos 12 meses.

Em 12 meses – Mas o volume detítulospúblicospara vencer em 12 meses declinou deR$155,54 bilhões

(24,62%) para R$ 147,95 bilhões (23,6%), menor patamar desdedezembrode 1999.MasGoldenstein, advertiu que "esse número vai piorar bastante".

Ele explicou que a partir do próximo mês serão computados ostítulosa vencerem abril de 2003, quando haverá um volume muitogrande de vencimentos, de aproximadamente R$ 30 bilhões.

Para o resto doano,Goldensteindisse esperar um comportamento dentrodo esperado,entre26%e 29% nessa relação. (Reuters/AE)

Juro básico fica nos mesmos 18,50%

Mesmosendo umapossibilidade admitida pelos analistas, a decisão do Comitê de Política Monetária, Copom, demanter ojuro básicoda economia,a Selic, em 18,50%, deve frustaro mercado e provocar um ajuste nas projeções dos juros. Ontem, o mercado apontava mais firmementena direção de que haveria pelo menosum cortede0,25ponto porcentualna Selic,principalmente para ocontrato futuro mais curto, o Depósito Interfinanceiro (DI) de

maio, que encerrouem 18,28% na viradadeste mês, ante 18,31% da véspera. Sinalização – A mesma expectativade queda,lembraram operadores, já era sinalizadanasúltimas semanas. "As apostasmais firmes são mesmo neste sentido, mas o volume mais enxuto de negóciosmostrou oclimadeexpectativa", sintetizou um operadorderendafixa de uma corretora.

Após cortes de0,25ponto porcentual nos últimos dois meses, o Copom resolveu in-

terromper a trajetória de baixa. Apesar da expectativa positiva domercado,pesquisa conduzidapela Agência Reutersmostrou que 14 de 21 economistas previram amanutenção da Selic. Um relatório do Lehman Brothers, distribuídoontem, tambémcitava queomercado esperava a queda.

Câmbio e petróleo – Entre aala queacreditava emmais uma dose de redução da Selic, alguns dosargumentos levantados são de que o câmbio tem semostrado "comporta-

Reservas do País

aumentam para US$ 37,02 bilhões

Asreservas internacionais brasileiras aumentaram US$ 1,049bilhãoentre asegunda-feira e a véspera. A variação,deacordo comasinformações do Banco Central, BC, decorre da entrada de recursos externos com a quarta emissão soberana do Brasil neste ano, na última semana. Com isso, asreservas do Brasil subiram de US$ 35,973 bilhõespara US$37,022 bilhões, pelo conceito adotadode liquidez internacional. A cifra é disponibilizada pelo site do Banco Central (www.bcb.gov.br), mas sempre com um dia de atraso. Acaptaçãobrasileira foi concluídana última quintafeirae correspondeua US$1 bilhão em bônus globais com vencimento em 2010.

À ocasião, o bônus brasileiro foiprecificadoa98,086% doseuvalor deface,comum cupom de 12% ao ano. A taxa de retorno ficou em 12,384%, ou 719 pontos-básicos acima daremuneração do título do Tesouro norteamericano de referência. O País foi obrgadoa aumentar esta remuneração para fechar a operação. (Reuters)

Ainda não dápara saber em númeroso estragoque o aumento das alíquotasdo IOF vaifazernoseubolso.

Estrago vai haver sim: afinal o IOF incide sobre operações de crédito e aplicações financeiras. Portanto, tomar dinheiroemprestadono banco, usar o cheque especial ou contratar um seguro deve ficar mais caro.

O rendimento de sua aplicação financeira também deverá ser atingido, mas aindanão dáparasaberem quanto. Primeiro, o governo precisa estabelecer como será esse aumento para que depois se façam os cálculos.

Brasília deveestabelecer primeiro quanto querarrecadar com o aumento.

do"recentementee dequeo aumentodos preçosde petróleo, porrepresentar um choque de oferta,não seriam combatidos via política monetária.

Desde a últimareunião do Copom, no dia 20, o dólar se mantém ao redor de R$ 2,30. O DI de janeiro, indicou estabilidade, comtaxaa 18,30%. Foram pouco mais de 86 mil negócios, contra uma média diária em torno de 108 mil deste mês.

Marcos Menichetti/Reuters

Itaú garante: saque indevido em contas será ressarcido

As movimentaçõesindevidasnaconta dosclientesnas agências do Itaú, no bairro de Perdizes, na Capital, serão ressarcidas. É o que informa a instituição, por meio de sua Assessoria de Imprensa.

O problema ocorreu no último final desemana e, embora nãodivulguenúmeros exatos, a instituição financeira afirma que o volume de ocorrências não foi grande.

O cliente que teve quantias retiradas de suas contas, e não reconheceu odébito como correto, deveprocurarasua agência do Itaú com o extrato em mãos.

Além disso é preciso registrar aocorrênciae apontar exatamente os lançamentos não realizados por ele e também não autorizados.

A partir daí, de acordo com a Assessoriado Itaú,o banco analisaráos dadosrapidamente para logo ressarcir seu cliente a fim de evitar maiores prejuízos. A análise será feita caso a caso.

André Siqueira, diretor de RelaçõesInternacionais do Itaú, Aldous Gallett, afirmou ontem que, nestes casos, a palavra do cliente basta. (AE)

No ano passado o IOF rendeuao governocerca de R$3,8 bilhões, enquanto a CPMF contribuiu com R$ 18 bilhões. Mas a CPMF de existir em 17 de junho, e causará um prejuízo de R$ 400 milhões por semana.O IOF arrecada R$400milhões ao mês. Issose explica porqueo IOF atinge apenas operações relacionadasao crédito. Já a CPMF incide sobre qualquer saque feito na conta ou poupança. Portanto será mais penalizado quem fizeroperações de crédito frequentemente. Inicialmente, o IOF era cobrado apenas em empréstimos bancários,operações de câmbio, emações, ouro ou de seguros. Pela idéia do governo, ele vaiincidir também sobremovimentações nas contas bancárias, como aconteceatualmente com a CPMF.

O IOF já compensou as perdas com a CPMF. Em 1999, o governo elevou o imposto para 15%.

o aumento do imposto fica mais diluído.Essa opçãoé a menos dolorosa num ano eleitoral. Além disso, aumentar muito o IOF num prazo curto pode ter efeito inverso e aarrecadaçãodiminuir.Oraciocínio éoseguinte: se o IOF aumenta demais com a atividade econômicajá desacelerada,como está agora, atendência é que as empresas produzam menos porqueoconsumodiminui. Nesse cenário, cai a arrecadaçãode outros impostos comoIPI, porexemplo”,diz oconsultorMiguel Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças. De qualquer forma, só o IOF não vai compensar as perdas da CPMF. O governo poderá aumentar o Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI), eoImposto de Importações para compensar toda a perda. Quanto às aplicações financeiras, hoje os resgates em fundode rendafixa com liquidez diária efetuados entre o 1º e 29º dia, contados a partir da data da aplicação, estão sujeitos ao IOF.

Além disso, ogoverno vai aumentara alíquota de outros impostos. É que apenas o IOF não será suficiente para proporcionara arrecadação da Contribuição.

Oministro PedroMalannãoquisadiantarquais os outros impostos que vão subir (e nem quanto), porque a medidaainda estariaemestudo pelogoverno.Malan avisou que, se for necessário, poderão ser feitos novos cortes no Orçamento.

Depoisde estabelecer o quanto quer arrecadar, o governo deve dizer em que prazo quer fazer isso. Pode optar por arrecadar em um prazo mais longo. Nesse caso, o aumento do IOF se dilui em vários meses. A outra alternativa édar uma “paulada no imposto” paraarrecadar mais em menos tempo.

“Eu acredito queo governoestabeleçauma metade arrecadaçãoe coloque um prazo mais longo (tipo 12 meses) paraatingí-la. Assim

A tabela é regressiva: quanto menos tempo o dinheiro fica na aplicação mais alto éo imposto. Porexemplo: seo dinheiroficou aplicado por um dia, o investidor vai recolher 97%do ganhonominal como IOF. Se o dinheiro fica 29dias, oIOFéde 0,5%sobre o ganho nominal. Uma das possibilidades é o governo aumentar bastante a alíquota do IOF para quem deixa o dinheiro aplicado pormenos de30dias, jáque as aplicações financeiras só sãotributadas pelo IOF em prazos inferioresa 30dias como se viu acima.

O outrocaminho queo governopode escolheré estabelecerumaalíquota fixa, porexemplo de 0,20%,que incide sobreo ganhonominal, independentedo prazo que o dinheiro fica aplicado. Nesse caso, poupança e CDBs,que antesestavamlivres do IOF porque só começamarender depoisde30 dias, passariam a ter perdas. Para quem não se lembra o IOF jácompensou asperdas com a CPMF em 1999. Naqueleano,o governooptou por elevaro impostode 6% ao ano para 15% anuais para as pessoas físicas. Para as empresas o imposto subiu de 1,5% ao ano para 3%. Depois foireduzido até chegaraos atuais 1,5%(tanto parapessoa física como jurídica).

João Sorima Neto, do site ON News

Bovespa mantém a tendência de alta

Foi o segundo pregão consecutivo no terreno positivo, com destaque para as ações da Gerdau e Sabesp

O vencimento de contratos de Ibovespa futuro na Bolsa deMercadoriase Futuros, BM&F, ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, a manter a tendência de alta no pregão deontem. Osinvestidores comprados, que apostaram na alta do índice, adquiriram ações epuxaram para cima o mercado à vista. A bolsa paulista fechou com valorizaçãode0,80%,

Ibovespa em 13.732pontos e giro de R$ 1,041 bilhão. O volumefoi infladopelas operações ligadasaovencimento do índice futuro. Com oresultado de ontema Bovespa amplia para 3,6% os ganhos nomês. Desdeo início do ano a bolsa registra um ganho de 1,1%.

ABovespafechou em alta pelo segundopregão consecutivo, mesmo com aqueda

SPB: liquidação de operação já obedece a novas regras

Investidores tiveramproblemas jáno primeirodia de operações nomercadoacionário, que já está sob as regras do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, em função dasoperações queserão liquidadasa partirde segunda-feira.

A faltade informação dos investidores fez com que algumas operaçõesdeixassem de ser concluídas.

"Há clientes com dificuldade para entender como a operação será fechada.Na dúvida,alguns preferiramnão comprarações", disse Túlio Bonsaver, da Coinvalores. Quemnegociou açõesontem precisa ter reserva para liquidar a operação na segunda-feira.O idealé quetenha acessoà TransferênciaEletrônica Disponível(TED). Senão oinvestidordeve pagar à corretora em cheque hoje ou em DOC amanhã. Em caso de dúvida deve procurara corretoraouligar paraa Bovespa(08007700149).(RA)

da Bolsa de Nova York, que anulouparte dos ganhos da véspera. O índiceDow Jones fechou com baixa de 0,78% e o Nasdaq caiu 0,33%.

Poucosnegócios – Segundooperadores, obaixovolumede negócios no pregão paulista aumentou a influência dovencimentode índice futuro sobre o mercado.

Os investidores retraíramse por causa da expectativa em relação aoresultado da reunião doComitê dePolítica Monetária, Copom, que seria anunciado ontem.

Liquidação – Anotícia da liquidaçãodacorretora carioca Objetiva chamou a atenção dos investidores, masnãochegou aafetar os negócios.

O mercado sempre fica alerta quandoháproblemas em um agente financeiro, como aconteceu há pouco mais deum anocoma corretora Marlin, também do Rio, e comas fraudes recentes no banco Santander.

Gerdau e Sabesp – As ações da Gerdau e da Sabesp foram os destaquesontem. Nocaso da Gerdau, mais uma vez

atraíram o interesse dos investidores os bons resultados do primeiro trimestre.GerdauPN subiu 5,1%, aalta mais expressiva do Ibovespa. Já nocaso daSabesp agradouomercado oanúnciodo início das negociações das açõesno Novo Mercadoda Bovespa, previsto para a próxima quarta-feira. Sabesp ON teve alta de 4,2%.

Petrobrás PNtomou olugar de TelemarPN como a ação mais negociada, com 9,3%dosnegócios.O papel subiu 1,40%, favorecido por mais uma rodada de alta dos preçosdopetróleo.A maior baixa foi Tele Leste Celular PN (-3,8%).

Sanepar – A Companhia de Saneamento do Paraná, Sanepar,diminiu suaspretensõesde captarUS$ 223 milhões (R$ 500 milhões).

Agora, a empresa espera arrecadar US$ 156 milhões, com uma oferta inicial de ações simultânea naBovespae em Nova York. A Sanepar pretende vender 43,2 milhões de papéis no Brasil.

Rejane Aguiar/Reuters

Controlador da Bombril multado em R$ 62,5 mi

A Comissão de Valores Mobiliários, aplicou uma multa deR$ 62,5milhões ao empresário italiano Sérgio Cragnotti, controlador da Bombril. Esta multa é três vezes superiorà pagaem 1994 peloinvestidor Naji Nahas, culpado por crimede manipulação na Bolsa do Rio.

A CVM julgou que houve abuso de poder do controlador, que fez várias operações irregulares de compra e venda entre as companhias do grupo Cragnotti.

Segundo a autarquia a Bombrilfuncionava como um banco, financiando as companhias do grupo.

Além dapenalidade, oitaliano Cragnotti também foi inabilitado porcinco anos, enão poderá participar como membro doconselho de administração de qualquer empresa no Brasil.

No pregão de ontem da Bovespa as ações PN da Bombril fecharam estáveis, em R$ 9,20. (AE)

Dólar sobe pouco, em dia de baixo volume de negócios

Em umdia debaixo volume de negócios no mercado de câmbio, o dólar comercial mais uma vez fechou quase estável, mas mantendo-se ainda na casa dos R$ 2,30. Depoisde oscilar bastante ao longo do dia, amoeda americana encerrou os negócios cotadaa R$2,322 para compra e a R$ 2,324 para venda, com alta de 0,12%.

Umfluxo derecursoslevemente negativo e a alta internacional do petróleo foram osprincipais motivosquelevaram odólar afecharcom cotações mais altas ontem. Aliquidezreduzida, reflexoda expectativaemrelação àreuniãodo ComitêdePolítica Monetária, Copom, provocoua instabilidadedascotações ao longo do dia.

O anúncio feito na terçafeira pelo ministro da Fazenda,Pedro Malan,dequeo Brasil não vai sacar R$ 4,6 bilhõesem recursosdo FMI agradou os investidores.

Na interpretação do mercado, a medida garante maior credibilidade ao governo brasileiro,o que contribuiu para evitar uma nova alta forte do dólar. (RA)

Xadrez em ouro é produto de tabacaria

O importador Raffaele quer transformar a D’Angelo Tabacaria, aberta neste mês, numa referência em presentes masculinos

Raffaele D’Angelo,um dos maiores importadores de tabacodoPaís,acaba de abrir uma tabacaria paraa filha Cristina,no bairroBrooklin, emSão Paulo. Oestabelecimento, inaugurado neste mês com o nome de D’Angelo Tabacaria,deve se tornar um pontode presentesfinos para homens.

Umadas especialidadesda D’Angelo está no comércio decachimbos. Alojapossui mais de600 tiposdiferentes demodelos em rádica eoutros tipos de madeiras nobres. Os preçosvariam de R$ 60 e R$ 2.000.

Apesar doconsumo decachimbos no País não estar em alta, a tabacaria resolveu apostarneste item.Aempresa está procurando "cachimbeiros" paracampeonatose promoções especiais.

Charuto – Osamantesde umbom charuto não ficam

para trás na tabacaria. Há uma grande variedade de marcas, caixas e edições especiais, com produtos vindos de países como Cuba e Repú-

blica Dominicana. Os produtos são atrativos tanto para os colecionadoresdeselos como para os fumantes.

Aexperiência deRaffaele comoimportador,com 22 anos de mercado, diferencia a loja, que se destaca pela variedade de produtos, preços competitivos ecuriosidades em artigos de luxo.

A lojasepropõea comercializar presentesmasculinos, comojogosdexadrez, dominó, isqueiros e canetas importadas. Um xadrez italiano com peças em ouro e prata,peçararano País,é vendidopor R$ 6.500. Há aindaopções maisacessíveis como um bloco de papel e canetaemcouro porR$185. Ou mesmo um dominó de Firenza por R$ 240. Dentre os artigosde maior destaque está uma caixa de cedro para armazenar charutos, produzida pelo governo

D’Angelo terá concurso do fumo lento para amantes de cachimbo

A D’ Angelo Tabacaria está cadastrando fumantesde cachimbo para participar do campeonato do fumo lento, competiçãoonde os participantes recebem três gramas de fumo e apenas dois palitos de fósforo.

Ganha quem conseguir ficar mais tempo com a chama

acesa. O recorde mundial é de umsuíçoque conseguiuse manterpor 3horase 30minutos dentro das exigências. Exposições– Outrasatividades destinadas aos amantes do fumo estãosendo programadas para os próximos meses na D’Angelo. Uma delas é apromoçãode exposições

com a participação de colecionadores de cachimbos. Opai deCristina,Raffaele D’Angelo, foi o criadordo primeiro Museu do Cachimbodo Brasil,queconquistou o reconhecimento da Accademia Internazionale della Pipa, órgãomáximo daItália no segmento. (TN)

cubano em comemoração aos 30 anos damorte de Che Guevara. No mundo, só existem 200destas caixas, que contam com umidômetro e umidificador. A unidade 83ª encontra-seàvenda naloja por R$ 4.500.

Me stre – A filha, Cristina D’Angelo, explica queo pai tem sido seu grande mestre. A escolhados produtosqueintegram o portfólio da tabacariapassapelo crivopaterno. "Temosartigos inéditos", afirma orgulhosa. Cristina explica que muitas tabacarias não se interessam em dispor deprodutosde luxocomreceio denãovender."Mas a proposta da D´Angeloé exatamente essa", diz.

Bons conselhosnão faltam paraCristina,que desdepequena vem aprendendo com opai umpouco daarte edo

requinteque envolvemadegustação de um bom fumo. Comsimpatiae avontadede crescer, a empresária prometetornaropontouma referência no ramo.

A família investiu R$ 300 mil no ponto, reforma e aquisição de produtos e espera recuperar o montante em aproximadamente dois anos.

F u ma n t e – Os proprietários explicam que os brasileirosconsumidoresde charutos, cachimbos e cigarrilhas fumam quantidadescomparáveis aos consumidores de paísesde primeiromundo, apesar de representarem uma pequena parcelada população. Emmédia, umbom amante decharuto consome entre duas e três unidades por dia. Um charuto nacional custa cerca de R$ 9 a unidade e um cubano pode chegar a

R$ 60 cada. Quando vendido em caixas com 25 unidades, o preço do artigo unitário cai.

Num ano são vendidos um milhãode pacotesdefumo para cachimbosnoPaís.O comércio dofumo,incluindoos cigarros,movimenta no Brasil US$ 4,5 bilhões. Descontos – Nestemêsde inauguração toda a linhade charutose acessóriosFittipaldi estará com descontos especiais naD’AngeloTabacaria. O charuto custará R$ 9. Uma caixa Fittipaldi em fibra decarbono paraarmazenar charutos, estará custando R$ 1.200, com umidômetro. Mas há itensde valores mais modestos, comoo porta-charuto com cortador da marcaJôSoares, apresentador, que custa R$ 180.

Tsuli Narimatsu

O empresário Raffaele montou para a filha Cristina, no Brooklin, uma tabacaria especializada em cachimbos
Paulo Pampolim/Digna Imagem

Azulejos Tatuapé se torna atacado

A empresa, que vende material de construção usado no varejo, vai direcionar os seus negócios para os clientes corporativos

O Cemitério dos Azulejos Tatuapé, comércio de de material de construção usado, devese transformar em atacado. Aempresaatuacomo varejista, mas vende os produtos tambémpara opequenocomércio dosegmento.A idéia do proprietário, o empresário João Claudino dos SantosJúnior,é focaroconsumo nos clientes corporativos no médio prazo.

O Cemitério de Azulejos Tatuapé mantém 80 mil itens em suas seisunidades de comercialização. De acordo com João Santos Claudino, a variedade é essencial nesse tipo denegócio, ondepessoas procuram azulejos forade linha para utilizar em reformas de residênciase estabelecimentos comerciais.

Para ampliar ainda mais a gama de oferta, o empresa está fechando acordos com indústrias do setor. O objetivo é absorver as produções que saem de linha e ampliar o número de ofertasnas lojas. Há 21 anos no mercado, Claudinoexplicaquea iniciativa é facilitada pelointeresse das indústrias em divulgar tanto suascoleçõesde pisoseazulejos forade linhaquanto os lançamentos. "As fábricas querem atender seus clientes com qualidade e se preocupam em encontrar uma solução quando não possuem o produto solicitado. A saída é encaminhar os compradores

aoscemitérios quetêmestes itens", explica. Caminho – João Claudino optou, também,por estabelecer contato estreitocom os varejistas. "Atendo cerca de 20 comerciantes de todo o País diariamente, além de outros 25só do Riode Janeiro. Estecontato é positivo,pois através deleestou meatualizandoem relaçãoàstendências do mercado", relata. Outra vantagemé a ampliação doquadro declientes."Consigovenderaeles eadquirir sobras de lotes de produtos fora de linha quepodem atendera pedidos de profissionais da área, como engenheirosresponsáveis por

80 mil itens

grandes obras e pedreiros encarregados de pequenas reformas domiciliares", informa. Os preço médio do metro quadrado varia de R$ 30 a R$ 80.

Condomínios – Os condomínios, que necessitamde constantes reformas internas eexternas, sãooutroassunto de interesse doCemitério de Azulejos Tatuapé. "Contratei uma pessoa que os visita e oferece nossos produtos. Enviamos, antes, catálogos via mala-direta e assim estabelecemos oprimeiro contato", explica.

Perspectivas – Sem revelar seu faturamento,o proprietário do Cemitério dos Azu-

lejos Tatuapé, acredita que só sobreviverá neste mercado as empresas que se especializarem e, ao mesmo tempo, conseguirem manter o estoque mais diversificado. "O caminho é a especialização com conhecimentodo mercado. Por isso, freqüento as feiras do setor para, além de estreitar ocontato com as fábricas, adquirir mais informaçõese atualizarmeusconhecimentos. Só quem realmente conhece os produtos que oferecetem futuroneste ramo", conclui. João Claudino trabalha no ramo desde os seus 13 anos de idade.

Paula Cunha

Comércio de usados disputa consumo com fabricantes

Existemem SãoPaulo em torno de 60 cemitérios, de acordo com o proprietário do Cemitério de Azulejos Tatuapé,João Claudinodos Santos Júnior. Nem todos os estabelecimentos, porém, estão satisfeitos como desempenho do segmento.

Oproprietário doAntigão Azulejos, Félix Cabrera, diz que a maior dificuldade dos estabelecimentos de médio e pequeno porte é a concorrência com as grandes redes vendedorasdeprodutos novos. "Com a estabilização dos preços e aqueda dainflação,as pessoas passaram a preferir produtosnovos. O que ganheino setorem14anosde atividades, estou perdendo nos últimos quatro", argumenta ele. Loc aliz ado no bairro da Pompéia, o em pr een dimento existe há 18 anos e conta com mais duas unidades na mesma região. Entre os principais clientes estão as construto-

rase oscondomínios.Atualmente,as vendas estão mais concentradasnos tradicionais azulejos de 15 centímetros, medida considerada padrão no mercado.

S a zo n a l –O proprietário da Casa Antiga Azulejos e Pisos, Luís Carlos Vieira, diz queas vendasestão sujeitasà sazonalidade. O início do ano é sempre um período morno. "Depois doCarnaval, nossas vendasvoltaram a crescer tanto emSão Pauloquanto nas duaslojas deCampinas e nadeAmericana edePiracicaba", explica. Vieiradiz que o desempenhode 2001 foi positivo e espera, no mínimo, igualar o faturamento neste ano."Nossos clientessãopedreiros, construtoras e donos de imóveis. (PC)

João Claudino, proprietário do Cemitério de Azulejos Tatuapé, mantém
no estoque da empresa
Paulo
Vieira, da Casa Antiga, reforça vendas após o Carnaval
Cesar
Diniz/Digna
Imagem

Para Tostão, jogador precisa improvisar

Cláudia Marques Oapelidofoi dadopelosamigosde infância.EduardoGonçalvesde Andrade,oTostão,era omenorjogadordo timedo bairro onde morava, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O nome, que o tornou conhecido no Brasil e no estrangeiro, faz uma alusão a uma antiga moeda brasileira, o tostão. O jogadorcomeçou acarreira aos 16anos, noAmérica de Belo Horizonte. Depois de competir na Copa de 1970, ao lado de Pelé eRivelino, Tostão abandonou ofutebol, aos 26anos, por causa de um descolamento de retina. A 42 dias do início da Copa do Mundo, veja o que o jogador, que aposta em Ronaldo comodestaquedoMundial,dizsobre aSeleçãoBrasileiraeofutebol no País.

•Minha aposta na Copa é o Ronaldo. Acho que mesmo seo Romáriofosse ao mundial, oRonaldoéquemtem mais chance de se destacar. O Rivaldo, o Roberto Carlos e Cafu, que jáforam destaques naúltima Copa,tambémdev em terumbomdesempenho. Todos estão em boas fases. O Lúcioe o Ronaldinho Gaúcho também são promessas da seleção.

• Sofri um descolamento de retinaem1969 e, em 1970, passei pela mesma ansiedade do Ronaldo. Fui submetido a uma operação emHouston,nos Estados Unidos, e minha idaà Copa de 1970eraincerta. Fiz um esforço muito grande para j ogar.O resultado foibom, pois estava concentrado,e consegui me sair bem. Acho que o Ronaldo pensa da mesma forma.Diferentemente do meucaso, ele aindatem o episódio da última Copa, que ainda não está resolvido para os torcedores.

Paraapagar oqueaconteceu em1998, oRonaldo sabe que ter um bom desempenho nesse mundialé importante para a carreira. É o mesmo caso do Roberto Baggio (jogador italiano) que precisou cobrar e converter um pênalti paraespantar ofantasmado gol perdido na final contra o Brasil na Copa de 1994.

•A preparação da Seleção Brasileira para esse mundial foi muito conturbada. E nquanto muitasseleçõesforam definidas há muito tempo, otime brasileiro foi for-

mado somenteagora. Testar osjogadores éimportante, masnão por um período de quatro anos, como aconteceu com a seleção.

•O time da França é o que tem mais chancedeganhar esse mundial. A equipeestá trabalhando juntahá oito anos. Isso é muito importante. Asituação dosfranceses é parecida coma da seleção brasileira quefoi campeãem 1958 e 1962.

A Argentina também tem uma seleçãobempreparada para disputaressa Copa.Depois desses dois times com melhores chances de vencer o mundial, Brasil, Itália e Inglaterra aparecem embolados em“terceiro lugar”,como mesmo nível de jogadores e a mesma formade armaro jogo. Os três não têm um grande conjunto e a definição dos convocados foi feita tarde.

• Ter umoumais líderes em campoé importante. Umjogador comooGérson, quejogou em1970, dava apoio técnico emoral para o grupo, chamava a atenção dos colegas e tinha uma visão dojogotodo. Hoje, com o fortalecimento da figura do técnico, as lideranças em campo acabaram sendo podadas. Isso é errado e pode ser um fator negativo para o Brasil. Na seleção, o Émerson é o único que tem personalidade e que pode ser um líder.

•O Romário é um jogador que fez uma carreira brilhante. É impressionante como um profissional continua tendo umbom desempenho

tinha menos importância . Os jogadores entravam em campo sabendo o que tinham de fazer para virar o jogo, por exemplo. Hoje, o que existe é uma submissão dos jogadores ao técnico. Quem toma as decisões de jogadas é o técnico. Quem decide a que horas os jogadores devemdormir é o técnico.

no desempenho em campo. Olado negativoé que os profissionais tornam-se menos criativos. Numa jogada em queé precisotomar uma decisão, o jogador espera que o técnico o oriente e, num jogo,esperar pode significar perder a chance de fazer gol.

emcampoaos 36anos.Mas foi um exagero tudo o que fizeram, inclusive opróprio Romário, para que acontecesse a convocação. Ele só está em evidência no Brasil porque, infelizmente, háuma falta de novos talentos.

Hoje, o Romário joga paradoesó sepreocupaemfazer gol. Numa seleção, que está disputando um mundial, essacaracterísticanão éamais importante. O jogador precisa semovimentar mais em campo. Estaratento aojogo, veroqueestá acontecendo emtodoo campoéessencial para armar uma boa jogada.

•A relação entre o técnico e os jogadores mudou muito nos últimos anos . Quando eu jogava futebol, o técnico

Achoque háum exageroe não falo de controlar o tempo que sefala ao celular.Ter um único responsável num time inteiro éruimpara todo mundo. O jogador precisa sentir que temresponsabilidades e que pode tomar decisões em campo. Numa Copa, todosos jogadorestêm dese sentirresponsáveis pelotítulo que podem ganhar.

•Adiferença deumgrande jogador para o outro é a capacidade de inventar o mo me nt o. De repente,sai umajogada maravilhosaque nãoestavaprevista, quenão foi experimentada nos treinos. Isso é o que caracteriza o bom jogador de futebol.

• A submissão a uma única pessoa temvantagens e desvantagens. O lado positivo éque alguns jogadores, realmente, precisam serdisciplinados e ensinadosa seguirregras. Hoje,osjogadores são menos preparados culturalmente. Isso interfere

cursos e seminários

Hoje

Desenvolvendo lideranças – O curso é dirigido a profissionais que exercem ou deverão trabalhar como líderes de equipes. Duração: oito horas, das 18h00 às22h00. O curso começahoje (18) e terminana sexta-feira (19). Local: Sescon(Sindicato das Empresas deServiços Contábeis) de São Paulo, avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 140. As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Planodenegócios – Apalestraédirecionadaa microepequenosempresários que querem fazer um plano de negócios para a empresa. Entre asdificuldades enfrentadaspelasempresas,a faltadeumplano denegócios está entre as maiscitadas pelos empreendedores. Duração: duas horas, das9h30 às 12h30.O curso acontecehoje (18). Local:Sebrae São Paulo,rua BarraFunda,836,Barra Funda.Asinscriçõessão gratuitase devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800-780202.

Dia 19

Auditoria no setor público – O seminário é direcionado a servidores responsáveis pelaauditoria nosetor públicoe demaisprofissionais quetenhaminteressesobre oassunto.Duração:setehoras,8h30 às12h00no primeiro dia e das 13h30 às 18h00, no segundo dia . Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. O evento começa na sexta-feira (19) e termina no sábado(20). Preço: R$ 325.As inscrições devem serfeitas até hoje pelo telefone 0800782755.

•O nível dos times brasileiros caiu muitonos últimos quatro anos. Os talentos revelados pelo nosso futebolestão indocada vezmais cedo paraa Europa. Osclubes, pela forma incorreta que administram o dinheiro,estãopassando por crises financeiras e não conseguem pagar os profissionais. Se isso não mudar, o nível vai piorar ainda mais.

• OParreira éo melhor técnicodoBrasil hoje. E le está mais bempreparado para umasituaçãode crise,é maisculto, muitoequilibrado e sabe tomar decisões.

•A CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito) do Futebol foium grande passo para a legalização no futebol br asi lei ro . Agora épreciso começar a colocar em ação as medidasproposta nela.Para funcionar no Brasil,os times defutebol têmdeser administradoscom qualqueroutraempresa.A formadeelegerum dirigente tem deser mudada.Os torcedorestêm

deexigir o direito deopinar na escolha de quem vai dirigir o clube.

Achoquedepois daCopa do Mundo, já teremos mudanças mais significativas nessa área.

•Seria bom se a função de ministro dos Esportes e outros cargos de direção em áreas esportivas fosse exercida por atletas, que conhecem as peculiaridades do esporte. Oproblemaé quenemsempreum atletaexemplarpode setornar umbomdirigente. Para dirigir, é preciso estudar legislação, ser político, ter bom trânsito, por exemplo.

•Quando abandonei o futebol (Tostãoparou dejogar aos 26 anos por causa do descolamento da retina) fiquei um ano tentando descobrir o que fazer. Decidifazer medicina porque era o meu sonho de adolescência. No começo foi difícil me livrar do jogador de futebol. Todosos colegas queriam saber como era jogar numa Copae ficavam fazendo perguntas. Para exercer a profissão de médico, tivequemedesvinculardo jogador.Duranteos 16 anos que trabalhei com medicina,deipoucas entrevistassobre futebol.Sempre procurei não misturar o Tostão jogador com o Eduardo médico.

Imposto de renda na fonte – O objetivo do seminário é abordar de maneira prática e teórica a sistemática de cálculo e a apuração do imposto derenda retidonafonte.Duração: trêshoras,8h30às 12h00.Ocurso acontece nosábado (20).Local: IOB Thomson,rua CorrêaDias, 184, Paraíso.Preço:R$210(assinantesIOB) eR$240(nãoassinantes).As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Dia 20 Dia 22

Básicodecâmbio etradefinance– Oobjetivo doseminárioétransmitiraosparticipantes asinformaçõessobreaatuação detrades.Duração: 15 horas, das 19h00 às 22h00. O curso começa na segunda-feira (22)e termina na sexta-feira (26).Local: IOBThomson, ruaCorrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 305 (assinantes IOB) e R$ 350 (não assinantes). As inscrições devemserfeitasaté hoje pelo telefone 0800782755.

Cálculos trabalhistas - teoria e prática – O seminário é direcionado a micro e pequenos empresários e gerentes de recursos humanosque querem aprender acalcularos direitostrabalhistas dos empregados. Duração: 15 horas, das 19h00 às22h00. O curso começa na segundafeira (22) e termina na sexta-feira (26). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 305(assinantes IOB) e R$ 350 (não assinantes).Asinscriçõesdevemserfeitasaté hojepelotelefone 0800782755.

É erro mexer no IOF, dizem analistas

Para economistas e advogados, a sociedade não pode pagar pelo atraso na prorrogação da CPMF, o imposto do cheque

A intençãodo governoem aumentar aalíquota doIOF, que incide sobre as aplicações financeiras, para compensar afaltadaCPMF, anunciada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, está sendo vista como um grande equívoco, naopinião de economistas, advogados e parlamentares.

Pelos cálculosdo governo, o atraso na votação da CPMF vai acarretar perdas semanais deR$400 milhões.Alémdo IOF, o governo pode aumentar outros impostos.

Para odiretor doInstituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de SãoPaulo, oeconomista Marceo Solimeo, independente da alíquota a ser adotadapelo governo, o reajuste

vaiatingir asoperações financeiras, comoo crediário, que vai ficar mais caro para o consumidor. "Mesmo aslojasmaiores, quecostumam trabalhar com financiamento próprio, não escapam do aumento. No momento de tomarem dinheiro nosbancos vãopagarmaisimposto pelasoperações", explica.

Para Marcelo Solimeo, o aumento dos juros pode ocorrer de duas maneiras. Para compensaroaumento do imposto, o aplicador vai querer umaremuneração maior,aumentandoo custo decaptação. "Jánofinanciamento concedido às pessoas físicasoujurídicas,uma alíquota maior aumenta o custo

do dinheiro", disse. Para o economista, o BancoCentral poderiacompensar o reajuste com uma redução significativa na taxa Selic. "Ganharia dos dois lados, pois reduziria o custo da dívida eaumentaria a arrecadação do IOF, causando menos prejuízos à economia".

Equívoco – MarcelSolimeo classificou como um grandeequívoco oaumento doimposto. Isso porque o IOF não é um tributo arrecadatório. "Elefoiinstituído como um instrumento de política monetária, tanto que a sua alíquota pode ser modificada atravésdeportaria", explica. Com o aumento, acrescentou, ogovernoestá desvirtuandoa finalidadeea

natureza do imposto.

Reforma –" O Brasil precisa é de uma reforma tributária de verdade e não de remendos, que só prejudicam a competitividade doproduto brasileiro lá fora", disse o primeiro vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Moreira Ferreira (PFL-SP). Na sua opinião,todavez que se fala em qualquer assunto ligado atributos, sempre surge essa mentalidade de ampliara cargatributária."É um grande equívoco, e que isso não deveria acontecer nesse momento", acrescentou Moreira Ferreira.

Já o deputado Emerson Kapaz entendeque aoimporo reajuste, o governo contribui

Nova CLT vai reduzir informalidade

A secretária executiva de Relações do Trabalho, do MinistériodoTrabalho, Maria Lúcia DiIório Pereira,acreditaque aflexibilizaçãoda Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)diminuirá a informalidade no mercado. Ela afirma que, hoje, cerca de 55% daspessoas trabalham sem carteira assinada. SegundoMaria Lúcia,oelevado custo de demissãode pessoal tem desestimulado as empresasa contratarem funcionários dentro das regras da CLT. Ela também destacaque, se a i n fo r m al i d ad e está crescendo, é porque existem postos de trabalhoque ficam à margem dalegislação devidoaos altos encargosda rescisão contratual, por exemplo.

sas contratar com alguma flexibilidade. "O novo projeto daCLTé ocoroamentodessas ações já em andamento."

Sindicalismo precisa se fortalecer para trabalhador ter poder de negociação

Terceirização – A diretora-regional da Adecco– Top Services, multinacional presenteemmais de60paísese uma das maioresempresas noBrasil detrabalhotemporárioe terceirização,Márcia Costa, acreditaque aflexibilizaçãoda CLTvaiaumentar ademanda deempregosformais, principalmente nas pequenas emédias empresas, beneficiando o setor de terceirização e serviços temporário.

o índice de informalidade diminuiu e o desemprego caiu de20% paraafaixade 10%a 12%, entre 94 e 98, em decorrência daflexibilização do mercado de trabalho.

A secretária executiva de Relações do Trabalho acredita nareduçãodessescustos como uma dassoluções para a formalidade do mercado de trabalho aumentar.

Embora aindalongedo ideal, Maria Lúcia diz que hoje háuma sériede modalidades quepermitem àsempre-

"Hoje,as empresas de grande porte representam cerca de 80%dos nossos contratos. As pequenas e médias empresas, que são um grande mercado para nós mas ainda empregam informalmente, são o nosso foco este ano."

O diretor-geral da Adecco, Sergi Riau, sustentou a necessidade demudançanalegislação trabalhista citando a experiência deflexibilização adotada em países europeus. Segundo Riau, na Espanha,

Sindicalismo – Seguindo a linha de discursodos opositores à aprovaçãodo projeto de lei que flexibiliza a CLT, o presidente daFederaçãodos Metalúrgicos do Estado de São Paulo,AdirdosSantos Lima, disse que, antes de discutir a flexibilização da legislação, é preciso que haja, primeiramente, uma reforma na estrutura sindical do País para fortalecer ossindicatos. Após isso, ostrabalhadores serão capazes de negociar. Lima lembrou que o recente acordo da Volkswagen flexibilizou alguns direitos, garantindo inclusive recursos comoparticipação de resultados, mas isso só foi possível porque o sindicato está atuando no local de trabalho. Sindicalistasvêm afirmando que os sindicatos em geral estão afastados do trabalhador, que, como conseqüência, são desinformados sobrea situação de suas categorias e não se engajam nas lutas para melhorar condiçõesde trabalho e salários.

Tabela do IR é aprovada sem CSLL

O plenário da Câmara aprovou no início da noite de ontem, emvotação simbólica,aMedidaProvisória 22, que corrige atabela progressiva do Imposto de Renda.

para aampliação deum círculo vicioso: com redução de desenvolvimento, a arrecadaçãoé, consequentemente, menor. A conta, na sua visão, será paga pela sociedade e setorprodutivo."O governo jogouumaduchade água fria, pois o crescimento da economia iriapropiciar aumento de arrecadação."

Obstrução – O anúncio sobre o aumento do IOF irritou a bancada do PT no Congresso. Segundo informou odeputado federalepré-candidatodoPT aogovernopaulista, José Genoíno, entre as medidas que o partido estuda está a obstrução da votação de matérias deinteresse do governo. "Num primeiro momento vamos protestar,

A secretária executiva de Relações do Trabalho do MinistériodoTrabalho, Maria LúciaDiIório Pereira, concorda com a posição do sindicalista."O movimentosindical está perto do caos e o atual modelo deve ser repensado e reformulado."

Catarina Anderáos

chegandoaté aobstruir avotação", informou.

"O governo está confiscando o patrimônio alheio e o reajuste de qualquer tipo de imposto éimoral einaceitável para a sociedade", reagiu o tributarista Álvaro Trevisioli, do escritórioTrevisioli Advogados Associados.

Para ele, o Brasil está vivendouma ditadura tributária, que leva ao aumento da sonegação, fiscal, à diminuição do consumo e emprego.

"Se o aumento do IOF realmente acontecer,o candidato do governoàpresidência da República, José Serra, vai despencarnaspesquisas de opinião sobre votos", prevê.

Sílvia Pimentel/AE

Maia retirou do texto o aumentodaContribuição Social SobreoLucroLíquido (CSLL) dasempresas prestadoras de serviço, tributadas pelo lucro presumido.

A MP foiaprovada com as alterações feitas no projeto de lei de conversão do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ).

Além disso, limitou acobrança da alíquota de 27,5% ao exercício de 2002 e estabeleceu isenção do Imposto de Importação dosequipamentos olímpicosque nãopossuem similares produzidos no Brasil. (AE)

Posição da Facesp-ACSP

Excesso de burocracia desestimula empresários

A estabilidade das regras é essencial para permitir o desenvolvimento do País, pois oferece aos agentes econômicos um quadro de referências que lhes permite realizar investimentos.Nem aConstituição de 88 apresenta estabilidade, pois já foi objeto de 41 emendas, embora ainda necessite de muitas mudan-

ças para atender à nova realidadedo Brasile domundo globalizado. O Brasil precisa fazer um grandeesforçode revisão da parafernália legal existente, com o objetivo de eliminar as regras inúteis ou contraproducentes, dar clareza aos textos legais, simplificar a burocracia e reduzir o intervencionismo. Página 2

Dívida pública cai, mas passa dos R$ 626 bilhões

A dívida pública federal interna teve queda em março pelo terceiro mês consecutivo. O resgate de papéis, da ordem de R$ 10,1 bilhões, levou a umareduçãono estoque de0,84% em relação a fevereiro,caindopara R$ 626,3 bilhões. Mas, segundo ocoordenador da Dívida Pública

Powell admite que fracassou nas negociações de paz

Osecretário deEstado americano,Colin Powell,reconheceu ontem seu fracasso em obter o cessar-fogo entre palestinos eisraelenses.Ele destacou,porém, comoum progresso a promessa de Israel de acelerar a retirada da Cisjordânia.O presidente George W. Bush declarou-se "muito satisfeito" comos resultados da missão de Powell no Oriente Médio. Página 4

Grã-Bretanha suspende a venda de armas a Israel

A Grã-Bretanha vai embargar futuras exportações de armas para Israel, quenão cumpriu acordo bilaterale continuou utilizando armamentos militares britânicos contra os palestinos. Página 4

falar com 20.000

do Tesouro Nacional, Paulo Valle, a expectativa é de que a dívida cresçaaolongo do ano. "A tendênciajá está dada. Mas a dívida vai crescer menos do que oseu custo", disse. Houve redução no prazo médio dospapéisemitidos, caindo de 20,30 meses para 18,14 meses. Página 13

IGP-M sobe para 0,45% na segunda prévia de abril

O Índice Geralde Preços do Mercado (IGP-M), divulgado ontem, apurou inflação de 0,45%na segunda prévia de abril(entre 21de marçoe 10 de abril). O resultado ficou acima do previsto e levou a Fundação Getúlio Vargas, quecalcula oíndice,a aumentara previsão para ainflação total do mês – de 0,3% para algo entre 0,6% e 0,7%.

Copom mantém cautela e juro fica em 18,5% ao ano

OComitêde PolíticaMonetária(Copom) mantevea Selic, a taxa básica de juros da economia, em 18,50%ao ano, sem acolocação de viés. Issosignifica queaté apróximareuniãodo Comitê, nos dias 21 e 22 de maio, a Selic ficará neste patamar.

O comunicado divulgado ao final da reuniãodiz que "a

convergênciamais lentada inflação às suas metas, associada aoefeito secundário dos choques dos preços administrados,levou oCopom a manter a Selic em 18,50%, sem viés". A ata da reunião será divulgada na próxima quinta-feira.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo,

Alencar Burti, disse que a decisão do Copom, aliada à ameaça do governo de aumentar o IOF, funcionou como uma ducha fria sobre o mercado, epode gerar uma desaceleração da economia. "Uma decisão rápida sobre a questão da CPMF melhoraria o clima", entende ele.

Os mercadospodem apre-

Governo deve assumir as rédeas das exportações, diz Barbosa

Produção nacional sofreu queda de 1,4% em fevereiro

A produção industrial caiu em fevereiro emrelação ao mesmoperíodo doano passado, segundo o IBGE. Aindústriaregistrou queda média de 1,4%. Página 4

Tabacaria tem até jogo de xadrez em ouro e prata

A D’Angelo Tabacaria, no Brooklin,ofereceartigos especiais. Alémdos charutose cigarrosimportados, alojaé

uma opçãodepresentes de luxopara homens,comocachimbos, jogosdexadrez, isqueiros e canetas. Página 16

"Não dámaispara dividir o apito entre muitos ministérios", afirmouontemo embaixador doBrasilem Washington, Rubens Barbosa, em palestra a empresários na Associação Comercial deSão Paulo.O governo deve concentrar as decisões na área, entendeele, que sugeriuacriação deumaespécie de Secretaria de Comércio Exterior ligadaà Presidência da República. Página 5

Culturas da cana e soja avançam na América Latina

As culturas de cana-deaçúcar,soja emilhoganharamimportânciana última década, enquanto as de trigo, café ealgodão, que usam mão-de-obra intensa, perde-

ramrelevância nospaíseslatino-americanos.As informações são de estudo sobre o setor agropecuário na região, feito pela Cepal, organismo das Nações Unidas. Página 15

Prejuízo com vandalismo na CPTM é de R$ 5,5 mi

Só no ano passado, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) teve umprejuízo de R$ 5,5milhões com atosde vandalismo. As principais ocorrên-

cias são destruição de portas e janelas e furto de fios nas vias. Para tentar amenizar o problema, aCPTM estáimplantando uma série demedidas de segurança. Última página

sentarhoje reaçãonegativa, pois parte dos analistas apostavaemquedadaSelic. Nos negócios entre investidores, as taxastambém sinalizavam a expectativade reduçãodos juros. Ontem, os contratos de DI com vencimento em maio negociados na BM&F pagavam juros anuais de 18,280%. Ver mais na página 13

Gol continua otimista, apesar do prejuízo de R$ 4,5 milhões

A Gol registrou um prejuízode R$5,4milhões noprimeiro ano de atividade, de acordo com balanço divulgado ontem.De acordocom o presidente da Gol, ConstantinodeOliveira Jr.,odesempenho refletiu os investimentos iniciais da companhia. "O prejuízo não se repetirá. É aceitável que novas empresas apresentem algum prejuízo em seus dois primeiros anosde operação",explicao executivo. Ele cita ainda que a empresa gastou R$ 7 milhões com publicidade no início das suas atividades. Página 18

EM LINHA

O Brasil está muito doente

Apesar de ocupara décima primeira posiçãona economiamundial, oBrasilestá doente. Cinco milhões de brasileirostêm doença de Chagas e 577paulistas morreram detuberculoseem 2000. Doençastidascomo controladas voltaram. O Brasil gasta só 6,5%do PIB com saúde, umadascausas da doença nacional. Página 18

Tostão: falta invenção no futebol

O ex-jogador da Seleção Brasileira Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, diz que os jogadores brasileiros precisam ser mais criativos. "A diferença entre um grande jogador e o outroé a capacidade de inventar o momento. O profissional criativo faz, no campo, jogadas maravilhosasquenuncaforam feitas nos treinos", diz Tostão. Para aCopa,aposta emRonaldo:"Ele quer provar queé um bom jogador". Página 19

ex-jogador:

Alencar Burti e Rubens Barbosa na palestra: negociação é fundamental
Raffaele D’Angelo e a filha Cristina: charutos especiais e jogos para presente
Tostão,
pouca liberdade e criatividade dos jogadores brasileiros

Produção industrial cai 1,6% em SP

No ano, a indústria paulista também teve retração, de 1,7%, revelou o IBGE. O resultado ficou abaixo da média nacional

A produção industrial do estado de SãoPaulo recuou 1,6% em fevereiro,frente ao mêsanterior. Foi aterceira queda consecutiva no indicador,segundo pesquisadivulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, a baixa foi de 1,7% e, nos últimos 12 meses, de 1,4%.

Em relaçãoa fevereirode 2001, principalrazãoparao desempenho negativodo estado – cuja produção corresponde àmetadedacotanacional – foi aretração das indústrias de computadores e automóveis, informou a pesquisa do IBGE.

Por isso,os setores dede

material elétrico e de comunicação e de material de transporte registraramquedas de, respectivamente, 8,1%e 6,3%no período. Além desses, outros sete setores, dos 19 analisados pelo IBGE, pisaram o pé no freio no mêspassado emrelação a fevereiro de 2001. Entreos que tiveram desempenho positivo, destaca-se a indústria mecânica, que apresentou expansão de 6,7%.

No ano, houve queda em 14 setores.Asmais acentuadas foramnas indústriasalimentícia(8,5%) e têxtil (10,6%). Entreospositivos, destacam-se osresultados dos produtos farmacêuticos (11,5%) e materiais elétrico e de comunicações (2,1%).

Geral – No País, a produçãoindustrial caiu 1,4% em fevereiro frentea janeiro.No primeiro bimestrede 2002,a baixa foi de 1,3%. Nos últimos 12 meses,porém, houve elevação de 0,3%.

Entre as 12 regiões que

constam do levantamento do IBGE, setetiveram resultado negativo em fevereiro ante janeiro e seis, no ano. Pernambuco foi umdos estados que apresentou maiorretração: de7,7% nocomparativo mensal e de 9,1% no ano. O Cearátambém registrou

AL planta menos trigo e mais soja

O perfil da atividade agrícola naAmérica Latinaentre 1990 e 2000 mudou em relação às características observadas nos anos 80. É o que revela um extenso estudo sobre o setoragropecuárionaregião, feito pela Comissão Econômicapara aAmérica Latina e o Caribe (Cepal), organismo das Nações Unidas. Segundo o documento, divulgadoesta semana,asculturas de cana-de-açúcar, soja e milho ganharam maior importânciana última década,

enquanto as de trigo, café e algodão, que utilizam mão-deobra intensa, perderam. Amudança maissignificativa foi verificada no cultivo de algodão. Em 1990, 4% da superfícietotal daregiãoera ocupada pelo produto. Em 2000, caiu para 1,8%. O café e o trigo também começaram aocupar menos áreas na região, passando de 6,8% para 5,8% e de 11,6% para 9,0%, respectivamente. Nas plantações de milho, porém,houveaumento de

26,8% para 28,8%. O mesmo aconteceu nas de soja, que foram de 19,4% para24,1. A Cepalafirma que essaredistribuiçãoesteve ligadaàrentabilidade.

Pecuária – O estudo aponta que a produção agrícola latino-americana aumentou de US$ 155,18 bilhões para US$ 219,27 bilhões na última década. Segundoa entidade, o crescimento teve como baseaexpansão dasuperfície cultivada e a elevação do rendimento por hectare. Isso foi

causado, explica a Cepal, pela maior mecanização, seleção devariedades,da expansão dairrigação edoaprimoramento genético. "Todas essas inovaçõesprovocaram também altas consideráveis nos custos", disse o organismo. Ainda nesse período, o crescimento agropecuário latino-americano foi liderado pelo setor pecuário, cuja participaçãopassoude 35,8%, em 1990, para 42,8% em 2000 – a do setor agrícola caiu de 64,2% para 57,2%. (AE)

desempenho negativo: de 8,9% entre janeiro e fevereiro e de 8,2% no primeiro bimestre. Segundo o IBGE, o estado vemapresentando retração desde abril de2001,puxada pelos ramos de material elétrico e de comunicações, com queda de 65,7%,minerais não-metálicos (31,8%) e vestuário (12,1%). Crescimento – As regiões que tiveram alta na produção, em relação a janeiro, foram Espírito Santo (1,0%), Rio de Janeiro (1,7%), Santa Catarina(3,6%) eRioGrandedoSul (2,7%),e aregião Sul(2,3%). No acumulado doano,asmaiores altasforam observadas no Espírito Santo (3,8%) e no Rio (3%).

No estado carioca,o aumento foi impulsionado, basicamente, pela performance favorável do setor extrativo mineral – petróleo e gás registraramelevação de9,8% no período.

A indústria de transformação, porém,teveresultado negativo, de 5,4%, em razão dasbaixas observados em material elétrico e de comunicações(40,4%) enaindústria química (11,1%).

A pesquisa do IBGE abrangeu os dados de dez estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande doSul), alémdas regiões Nordeste e Sul. (GN)

Comissão de Ética avalia presidente da Anatel

A Câmara dePolítica Econômica divulgou ontem nota desautorizandoo presidente interinoda Anatel,Antônio CarlosValente,pelas declarações dadas na terça-feira. O comunicadodiz queacondutadoexecutivoserá submetida àComissãodeÉtica Pública, porquepode terinfrigido os artigos11e 12 do Código de Conduta da Alta Administração Federal. Valente acusou o Banco

Centraldefazer lobbyemfavor dasoperadoras detelefonia do País.As declarações foram uma respostaa um estudo sobre osetor de telecomunicações, que foi feito pela BCP."Asempresas sabem queaqui tem gente que entende donegócio,que não é qualquer ponderação que é objetode aprovaçãotácita. Talvez por isso precisem usar outros veículos para alcançar seus objetivos", disse. (AE)

Vandalismo custou R$ 5,5 mi à CPTM

Destruição de portas e janelas e furto de fios são as principais ocorrências, que param trens e prejudicam a população

A CompanhiaPaulistade Trens Metropolitanos (CPTM)perdeu aproximadamente R$ 5,5milhões, em apenas um ano,por causa de atos de vandalismo. Em 2001, a Companhia gastou esse montante somente com a destruição de portas e janelas e furto de fios, nos 270 quilômetros de ferrovia.

Aprincipal preocupação da empresa, além dos roubos defios– queacontececonstantemente – é com a destruiçãodejanelas. Ovalorgasto com a manutenção das 1.829 ocorrências registradas no anopassado foideR$ 2,13 milhões, sendo R$ 1,15 milhão somente na troca dos vidros das janelas do trem espanhol modernizado, que cir-

cula nas linhas C (Osasco-Jurubatuba) e D (Barra Funda –Rio Grande da Serra). "Existem dois tipos de vandalismo. Um em que a pessoa retiraa janela para vender o alumínio,e aqueleque épraticado por simples maldade", salientou César Dias, gerente do Departamento de Segurançae VigilânciadaCPTM. Atualmente, são registradas em todasaslinhascerca de seis ocorrências por dia.

Ainda no ano passado foram registrados 217 furtos de fios, num total de 31,5 quilômetros. As linhas E (Brás/Estudantes) e F (Brás/Calmon Viana), na zona Leste, aparecem entre as mais afetadas, como registro de 148 ocorrências.Deacordo comaes-

tatística do Departamento de Segurança,as linhasB(Júlio Prestes/Itapevi) e C foram as menosafetadas, com21 ocorrências. Já as linhas A (Brás/Francisco Morato) e D, somaram 48 furtos. Os prejuízos da CPTM,que opera seus trens em uma malha de 270 quilômetros e 107 estações, chegarama soma de R$ 2 milhões com o furto dos fios, porém uma análise mais ampla das conseqüências, apontarianúmeros ainda maiores.

As janelas das composições são retiradas para serem vendidas ou destruídas por pura maldade

Jáoprejuízo comovandalismo contra mecanismos de portaschegoua R$1milhão

em 2001.Somados, osdanos contraas portase janelasdos trens aparecemcomo os principaisna listadasocorrências de vandalismo registradas pela empresa.São cerca de700ocorrênciasmensais e um gasto médiode R$300 mil nomesmo período, para o conserto ou reposição de peças. "No primeiro trimestre desteano houve umareação positiva, com 30 ocorrências", disse Dias.

Atraso – Quando acontecem os casos de destruição de janelasou édetectado furto ou outrocrime grave,o trem é retirado de circulaçãoaté

que o conserto seja realizado. A reposição pode levar de três horas a três dias, reduzindo o número das composições. No caso de furto de fios o sistema de sinalização fica bloqueado no Centro de Controle Operacional (CCO), como sehouvesse um tremnaquele trecho.Em decorrência dessa"falsa ocupação", oscontroladores de tráfegotêm dechecar, viarádio, todas as composições em circulação para se certificar dalocalização exatade cada uma. Enquantooserviçoé realizado, os trens são obrigados a circularem velocidade reduzida, provocando lentidão e atraso nas viagens.

Operação especial – Para tentar evitaros furtosestão

sendo montadas operações especiais.Os cerca de 1.300 agentesdesegurança observam os pontos mais críticos, ou com crescimento de ocorrências, além das rondas preventivas ao longo das linhas. ACompanhia também tem outros projetos. O primeiro é embutir caixas de fios na terra, o que já aconteceu na linha B e está em execução naslinhasE eF.Ooutroé mostrar aos alunos de escolas públicas como funciona o sistema da empresa. "Isso pode evitar futurosproblemas parao transporte público. ", disseDias. Pordia,cerca de um milhão de pessoas utilizam os trens da CPTM.

queixas sobre coleta de lixo

Em dois dias, Prefeitura recebe 157

Depois da entrada em vigor dos novoscontratosde limpeza pública,nesta semana, foram registradas157 reclamações emapenasdois dias de trabalho das empresas. No mesmoperíodo domêspassado, foram 74 registros. Informações da Prefeitura e de técnicos do Departamento de LimpezaPública (Limpurb), o número de chamadas está abaixo do esperado. Deacordo comeles, não se percebe um acúmulo de li-

xo nas ruas e não há nenhuma área da cidade com maior número deocorrências. Masnão é isso queacontece nos bairrosdaperiferia ena região Central, ondetodo tipo de lixose acumulanas guias, ruas, avenidas e bueiros. As reclamações, segundo a Prefeitura, são atendidas com uma frotaextra que as empresas contratadasdisponibilizaram paracobrirpossíveis falhas nos roteiros (10% da frota contratual).

Conforme informaçõesdo Limpurb, a reclamação registrada érepassada paraa empresa,que deslocaumaequipe para o local. Sugestões, dúvidas oureclamações sobrea limpezaurbana públicapodemser feitaspelotelefone 3047-2945, de segunda a segunda, das9h às 21h.O serviço tambémestá disponível no site da Prefeitura, ww w.p ref eit ura .sp .go v.b r, no ServiçodeAtendimento ao Cidadão (SAC). (KF)

Campanhas contra gripe e hanseníase nos terminais

Até ofinal do mês,serão realizadasnos terminaisde passageiros da cidade duas campanhas de saúde para a prevençãoda gripeehanseníase. Haverá distribuição de folhetos, além da vacinação gratuita nos Ambulatórios do Viajante. Nos ambulatóriosdos terminais Tietê eBarra Funda, até o dia 26, será aplicada gratuitamente a vacina contra a gripe em pessoas com mais de 60anos. Esta é aépoca ideal para se tomar a vacina, pois a pessoa ficaráprotegida durante o período mais crítico de contágio, oinverno. Já de 22 a 26 de abril, das 9h às 16h, será realizada a Campanha de Combate à Hanseníase. Alémdos cartazese folhetosespalhados pelos 17terminais rodoviários e urbanos administrados pela Socicam, haverá, noterminalTietê, uma equipedeprofissionais paratirar dúvidase fazer diagnósticos. Os Ambulatórios doViajante funcionam todos os dias, das 8h às 22h, e também vacinam contra a febre amarela. (SM)

Reunião do CME tem palestra sobre medicina alternativa

O Conselho da Mulher Empresária (CME) da Associação Comercial de São Paulo promoveu, segunda-feira, a palestra Iridologia Orgânica e Comportamental, com a orientadora educacional e terapeutacorporale holística Ivete Maria Moretto.

O evento teve aparticipação maciça de conselheiras das quinze distritais da AssociaçãoComercial, convidadas e associadas da entidade. Durantea palestra, Ivete Moretto explicou a relação entre ascondiçõesde saúde do organismo eos sinais apresentados pela íris. A iridologiaensinaa cuidar da saúde através dos olhos.

Encontro do Conselho da

Segundoela,a coloração dosolhos, pontosescurosno entorno da pupilae sinais de origem genéticasão osprincipais indicadoresna análise física dos pacientes.

"Através do estudo, podemosestudar atéasoscilações decomportamentode uma pessoa", explica a terapeuta.

Entre os sinais que podem ser percebidosatravés daíris estão problemas estomacais, de intestino, decirculaçãoe estresse,explicouIvete Moretto, formada pela Faculdade Holística de Brasilia.

CEI –A prefeitaMartaSuplicy participou do lançamento da pedra fundamental do CentrodeEducação Infantil (CEI), em Pirituba, zona Oesteda cidade.A Prefei-

tura, em parceria com a Fundação Telefônica,deverá entregarasinstalaçõesdo CEI atéofinaldeste ano,beneficiandocerca de250crianças entre 0 e 6 anos. (AE)

Achados e Perdidos do Metrô pode ser consultado por site

O serviço de Achados e Perdidos do Metrô, que existe desde 1975, também pode ser consultado pelo site www.metrosp.com.br/achados/achados_perdidos.html. Oposto centralfuncionana estaçãoSé, desegunda asexta, das 8h às 18h, exceto feriados. Nesteposto, osusuários podem procurar objetos perdidos nos trens e estações . Para o caso de perda de documentos,a consultaé pelo telefone 3286-0111, de segunda a sexta, das 7h às 19h (excetoferiados) eaossábados, das 9h às 15h. Os objetos ficam à disposição dos interessados por até 60dias. Noano passado,foram atendidas no Posto Central de Sé. As consultas telefônicassobredocumentos somaram 42.080. (KF)

Kelly Ferreira
Dora Carvalho
Mulher Empresária aconteceu na Associação
Ricardo Lui/Pool 7

Associação recebe Marca Brasil 2001

O prêmio foi conferido na categoria de Melhor Entidade depois de pesquisa realizada junto a leitores da Lojas & Lojistas

A Associação Comercial de São Pauloacaba dereceber o prêmio MarcaBrasil 2001.A premiação foiconferida na categoria Melhor Entidade do setor de lojas e lojistas e apontado por leitoresda revista Lojas & Lojistas

Pesquisa feita junto a usuáriosdos serviçosdaAssociação Comercial – entre os quaisSCPC eUseCheque–também apontanesta direção. "As empresas paulistas v êem a Associação como uma entidade excelente, sólida, atuante e preocupada com o cliente", revela o superintendentede Serviços,Roberto Haidar. Transformação – "Nós podemos transformar este país e istoserve para a Associação Comercialcomo prestadora de serviços", disse ontem AlencarBurti, presidente da Associação, durante reunião doConselho Consultivodo Serviço Central de Proteção ao Crédito(SCPC),presidido pelo diretor deCréditoe Cobrança de Casas Bahia, Celso Amâncio.

agenda

Quinta

F a c es p – Reunião do conselho diretor e gestor da Federação dasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Às 14h, na sede da Associação Comercial e Industrial de Mogidas Cruzes,rua Barãode Jaceguai, 674, em Mogi das Cruzes.

C o n j un t u r a – Reunião

Alencar Burti ressaltou a parceria entre as empresas paulistasusuárias doSCPCe UseCheque e a Associação. "Nósprecisamosde críticas construtivas. O que podemos fazer por vocês e vocês por nós?", perguntou.

O presidente da Associação Comercial lembrou que os empresários precisam se deslocar para o futuro de maneira rápida, pois a velocidade das decisões é que tem mais peso."Temosquepensar no coletivoedeixar deladoavisão individualistaque émedíocre", destacou.

Na opinião do empresário, os homensde negócioprecisam se preocupar com a velocidadeda informação. Um país não pode crescer sem informação?", questionou. Para ele, o empresário também deveestar atentoàs questões sociais como desempregoe violência."Temos que pressionar os políticos da mesmamaneira que pressionamosnossos clientes,exigindodeles compromissos", destacou.

do Comitê deAvaliação da Conjuntura da Associação, coordenadapelo conselheiro Edy Luiz Kogut, com palestra do professor e doutorem economiapelaUniversidade deChicago, Adroaldo Moura daSilva, sobre As Perspectivas da Economia Brasileira . Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º.

Alencar Burti agradeceua colaboração constante dos usuáriosdosserviços do SCPC,quecontribuem com suascríticas paraque aentidadeofereça produtosainda mais adequados. "Os nossos serviços, na média, precisam atender às necessidades de todos", completou.

Números – A Associação tem cumpridoesse papel,re-

vela a pesquisa de satisfação dos clientes. Para 89% das empresas ouvidasos serviços daAssociação Comercialsão muito satisfatórios.

Das 203empresasconsultadas noestudo,40%são grandes usuários dos serviços; 27%, médios e 27%, pequenos. Participaram do estudo empresas comerciais (60%), bancos (13%), finan-

Palestra sobre dinheiro brasileiro no Jabaquara

Mais de 60empresários participaramda palestra Características do Dinheiro Bras i le i r o , promovidapelaDistritalJabaquara daAssociação Comercial de São Paulo. O gerentetécnico doDepartamento de MeioCirculante do Banco Central, Leon Alfonsin Vagliengo, explicou aosparticipantes, principalmentelojistasdaregião, as principais curiosidades sobre as cédulas da moeda brasileira. O evento teve a coordenaçãoda diretora superintendente da entidade Victoria Ayrosa Saracchi. (DC)

ceiras (8%),indústrias(4%) e outros segmentos (15%). O estudo mostra ainda que asempresas consideramimportante a confidencialidade ea confiabilidadedasinformações recebidas. "As principais insatisfações dos usuários (11%) jáforam identificadas eestamos embusca de soluções", completa Haidar. Uma das sugestões é a com-

posiçãode um banco de dados nacional doserviçode pessoas jurídicas. Os pequenos e médios lojistas querem termais apresença dorepresentante da Associação nos pontos de vendas. "Masisso vem sendo resolvido com a implantação de células de telemarketing ativo e do CustomerRelationship Manager, CRM (que cuida do gerenciamento dasrelaçõescom o cliente)", diz Haidar. Novos serviços – Preocupada em atender com prestezao usuário, aAssociação Comercialacabade lançar o UseAuto. O novo serviço oferece uma variada gama de informações sobre o veículo, como característiccas, gravame(dados dealienação),pagamento do seguro obrigatório (DPVAT), roubo, furto e multas pendentes e confirmação do nome e CPF/CNPJ do proprietário. "O UseAuto pode ser mais uma ferramenta na hora da concessãodo crédito,"arremata Haidar.

Resultado de pesquisa foi discutido em reunião do Conselho Consultivo do Serviço Central de Proteção ao Crédito
Leon Vagliengo, gerente técnico do Departamento de Meio Circulante do BC
Tuca Vieira/N-Imagens

Governo deve ter posições mais firmes

O embaixador do Brasil nos EUA, Rubens Barbosa, defende que o Planalto assuma as rédeas das políticas de exportação

O embaixador do Brasil em Washington (EUA), Rubens Barbosa, fez ontem uma proposta e um alertasobre o comércio exteriorbrasileiro. Primeiro, deixou claroque o avançodas exportações do Brasildependem, fundamentalmente, de mais força e concentração do poderde decisãono governo."Nãodá maispara dividiro apitoentremuitos ministérios", disparou, empalestra paraempresáriosna Associação Comercial de São Paulo. Barbosa também apresentou,comodesafio paraofuturo, a criação de uma espécie

deSecretaria de Comércio Exteriorligada àPresidência daRepública, "paralideraro processo decisório." Alca – Oembaixador alertouos empresários sobre a importância da Área de Livre Comércio dasAmérica (Alca) e do maior mercado do mundo, os Estados Unidos, para o Brasil. "Mas, se o setor privadonão entendera importância e participar dessas negociações, vamos ter problemaspelafrente".Ele ressaltou, porém, que tanto o governo como os empresários jáevoluíram muitoem relaçãoao passado recente,

no que diz respeito a dar prioridade para as exportações. O presidente das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial, Alencar Burti, concordou. "A negociação comercial não é para ser agradável, mas para obter resultados", afirmou.

Para Burti, o Brasil deve participar das negociações da Alca e com os EUA, nem que seja como uma forma de aprendizado. "Se formos discutir as oportunidades, essa discussão só podeser favorável, atéporque nãopodemos viver descoladosda maior

economia do mundo".

O vice-presidente da Associação, Renato Abuchan, disse queogovernotambém precisa ajudar o exportador, que sofrecomosjurosaltos praticados no Brasil. Gigante –Rubens Barbosa salientou aimportânciado mercado americano, que compra todo ano US$ 1,4 trilhão nomercadomundiale vende US$ 1trilhão. "Temos detentar abriressemercado para nossos produtos, descobrir novas oportunidades e nichos". Ele enfatizouque os EUA representam 24% do total das nossas exportações, ou

FMI: Argentina não contagia Brasil

Odiretor-gerente doFundo Monetário Internacional (FMI), Horst Köhler, elogiou apolítica econômicadoBrasil e reconheceu queo país se descolou totalmente de qualquer contágio dacrise da Argentina. "Isso é reflexo de políticas saudáveis adotadas pelo Brasil", avaliou. "Tenho confiança de que o bom desempenhode indicadores

econômicose ocompromisso do atual governo, e mais ainda a experiência da populaçãobrasileirade perseguir reformas estruturaise melhorar a políticafiscale monetária, vão resultarem crescimento econômico e emprego para o Brasil". Köhler descartou também qualquer influência de natureza política vinda da crise ar-

gentina. Mas odiretor disse que os países da América Latina, incluindo o Brasil, ainda apresentam vulnerabilidade externa maior do que a de outrospaíses dosmercados emergentes. "Isso acontece porque os paísesda América Latina estãorelativamente mais integrados aos mercadosde capitais do mundo", justificou."Ao mesmo tem-

po, porém, esses países não conseguiram elevar a parcela desuas exportaçõesemrelação ao PIB(Produto Interno Bruto) no mesmoritmo que o crescente financiamento externo", disse. Köhlerafirmou queacrise naArgentina e a persistente vulnerabilidade emvários países não deixam espaço para a complacência. (AE)

seja, US$ 14 bilhões, 77% dos quais de produtos manufaturados. O embaixador reconheceu, contudo, que o protecionismo americano cresceu e está sendo enfrentado em várias frentes pelo governo brasileiro. Em relação aoaço, o ministro esclareceuque jábuscousensibilizar as autoridades americanas eque estáaguardando uma resposta, provavelmente no iníciodo próximosemestre, antesde tomarnovas iniciativas, entre elas apelar para a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Barbosa disse que um estu-

do feito pela embaixada em Washington, e entregue ao governo americano, mostrou que, embora seja um mercadoaberto,os EUApraticam barreiras protecionistas, na média, bem acima das do Brasil. Esse trabalho pegou os 15 produtos mais exportados pelosdoispaíses. Echegouà seguinte conclusão: se os produtos norte-americanosfossem vendido para o Brasil, incidiria sobre eles uma tarifa média de 14%;no sentido contrário, a tarifa imposta pelos EUA seria de 45%.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Expansão do PIB mundial deve ser de 2,8% em 2002

O ProdutoInterno Bruto (PIB) mundial deve crescer 2,8% em 2002,segundo projeçãofeita pelodiretor-gerente do FMI, Horst Köhler. Para o diretor,as perspectivassão otimistas."Háuma forte recuperação em curso nos Estados Unidos. O ponto de interrogação é quão forte e

durável ela será", disse ele. Oexecutivo criticouaEuropa pornãoteruma ambição maior de aumentar o potencial de crescimento da região. "Eu ficaria mais confortávelcom uma metade crescimentoparaa União Européia de 3% e não de 2%, como eles têm". (AE)

UD leva tecnologia para dentro do lar

A feira de utilidades domésticas inicia hoje, no Anhembi, mostrando produtos curiosos, como o sofá que vira beliche

Sob a promessa de apresentarao grandepúblico oslançamentos maismodernosos em equipamentos domésticos no País, será aberta, hoje, a UD2002. A feirareúne 700 expositores noPavilhãode

Exposições do Anhembi até o próximo dia 28.

Aexpectativaé de atrair mais de 800mil visitantes. A principal atração do evento desse ano é acriação de uma

Casados Desejos,área de1,2 milmetros quadrados,onde serão montados todos os ambientesde umacasaconvencional,só quereunindo as maioresinovações daindústria de móveis, acessórios e eletroeletrônicos. Entreas novidades estão artigos como uma lareira ecológica onde nãoháuso defogo,masuma imagem virtual que reproduz as chamas. O calor fica por conta de um aquecedor instalado no equipamento.

AUD existehá 30anos ejá foi palco de lançamentode produtos de usofreqüente hoje, como oferro elétrico e os liqüidificadores de fabricação nacional. A expectativa de geração denegóciosé de que cada expositor venda, em média, o equivalente a dois meses de produção durante o evento.A feira se destina ao público consumidor, que pode fazer compras no local.

O objetivo é que todos os lançamentos expostospossam ser adquiridos pelos consumidores. "Adiversificaçãodasempresas participantes garante a variedade de produtos oferecidos. Estamos lançandoprodutosno mercado desde que esfregadeiraerasinônimo deesfregão",explica odiretor daAlcântaraMachado, JairSapo-

nari. AAlcântara Machadoé aempresa responsávelpelo evento. A UD se divide em seções comoCasae Conforto, Viagem, Festas e Casamento, entre outras.

A Casa dosDesejos está sendo montadapela própria organização da UD 2002, com equipamentos fornecidos por 30diferentes empresas. A Philco, por exemplo,

participadacasa coma sua TV InfowayPlasmaPhilco 42", com imagem de alta resolução emtela deplasma de fina espessura. "São produtos como um sofá que vibra de acordo com as cenas do filme exibidona televisão,por exemplo.O truqueestánum sensor que liga omóvel à TV, repetindoas vibrações de um meio para o outro", explica odecoradore designer da Casados Desejos Lionel Sasson.

O ut ro s lan çamen tos ap rese ntados são umaestante quese abre com controle remotoe fechaduras eletrônicas programadaspor números,sem o uso de chaves. A seqüência deve ser digitada numvisor. Sea senhacolocada estiver incorreta e a porta for forçada a abrir, osistema dispara um alarme de segurança.

Divulgação

Fotos:

Móveis – Entre os móveis, aidéiaé exploraraomáximo a funcionalidade decada peça,comoumsofá que se transforma em beliche. Também será oferecida uma es-

tantequepode serutilizada emmesa dejantar paraquatro pessoas. "Sãotendências muito atuais,como ouso de pésdevidro para diferentes tipos de móveis", diz Sasson. Além dos móveis e eletroeletrônicos, serão lançados durante a UD 2002, objetos detodos osportes efunções, como um aparelho para limpar celular ou um tapete antistress, elaborado para massagear os pés.

A edição desteano da UD terá um espaço específico pa-

ra a mostra de produtos de 20 estadosbrasileiros. O local seráchamado EspaçoSebrae e integrado porum totalde 182 micro e pequenas empresas de todo o País. Segundo estimativa do Ministério do Desenvolvimento,Indústria eComércioExterior, oartesanatoemprega 8,5 milhões de pessoasno Brasil, movimentando em torno de R$28 bilhões por ano em negócios.

Espaço para dois veículos em garagem onde só cabe um

O objetivo é resolver o problemade noveentre 10paulistanos na hora de estacionar o carrona garagemdo edifício: criarespaçoparadois veículosonde sócabe um.O produto, denominadoCar Lift,consiste numaplataforma elevatóriaparaveículos de até 1,5tonelada de peso, transformando uma única vaga em duas.

A novidade, já oferecida no Japão, Europa e Estados Unidos,chega ao Paísadaptada paraumaalturadeaté 3,5 metros, com capacidade para ser colocada nas garagens dos edifícios.

A plataforma na qual consiste o CarLift é programada com um sensorde presença que evita a descida da plataformase umcarro estiverna parte debaixo. Nessescasos, umatravaimpedeo choque deum veículo no outro. O motorista aciona osistema com a chave do carro.

O produto custa entre R$ 6 mil e R$ 7 mil. "A expectativa éde venderumamédia de50 equipamentos durante o evento, sem falarna divulgação do produto para o grande público",explica Marcelo Trevisan, diretordemarketingda TwinSpace,empresa responsável pelavendado produto em São Paulo. Hoje, os principais clientes do Car Lift são empresas comolocadorasdeveículos e estacionamentos. Oequipamento é vendido com garantiadedois anoscontradefeitos de fabricação etambém comassistência técnicapermanente. Segundo Trevisan, a capacidade de peso do Car Lift suporta 90% dos modelos de automóveis à disposiçãono mercadobrasileiro. "Ficam de foraapenas veículos de grandeporte como Pajero, Jeep Cherokee", explica. (IB)

Refrigerador de ar consome 90% menos energia elétrica

OEcobrisa pareceum arcondicionado, funciona comoum ar-condicionado e custao equivalentea umarcondicionado.A diferençaé que consome 90% menos energia.A invençãoéoutro lançamento da UD2002, de fabricação da VivaEquipamentos, de São Paulo. OEcobrisapossuium pequeno reservatório de água e uma bomba. Olíquido éassim conduzido até um painel evaporativo, em que o ar am-

biente em contato com a água fica umedecido,resfriando a temperatura. A energia elétrica necessária àoperação é para abombaeoventilador que aspira o ar externo para o equipamento. Daíaeconomia de 90% em relação ao arcondicionado tradicional. A reduçãona temperatura ambienteé deaté 12 graus Celsius em relação àtemperaturaexterna."Estamos investindo muito no mercado de uso residencial", diz o só-

cio proprietário da empresa, a Viva Equipamentos Zsolt Markray. OEcobrisacusta R$ 750.Até o finaldeste ano, o aparelho será vendido nas lojas de aparelhos eletroeletrônicos de todo o território brasileiro. (IB)

Trevisan, da Twin Space mostra equipamento que cria nova vaga para carro
Isabela Barros
O sofá de design moderno pode ser transformado numa camabeliche com pouco esforço do consumidor; a armação da peça se abre e o estofado vira colchão para as duas camas
A estante é também usada como mesa de jantar para quatro pessoas
Na lareira ecológica, calor vem do aquecedor; fechadura é aberta com código

Reviravoltas e guerras ocupam a tela

"Cidade dos Sonhos", novo filme de David Lynch, que dá uma guinada em sua parte final, e a II Guerra são temas das estréias

Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes eexibido noFestival do Rio 2001, Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive)éa grande estréia deste fim de semana.Trata-se deumverdadeiroDavid Lynch(deHistória Real),o controvertidodiretor que provoca todosos sentimentos no espectador, menos apatia.Também chegam àstelas nestasexta-feira duas produçõesque têmcomo tema a II Guerra Mundial – AGuerra de Hart ( H ar t’ s War)e Charlotte Gray – Uma Paixãosem Fronteiras (Charlotte Gray). Outrofilme programado para hoje é A Máquina do Tempo ( The Time

Machine ) que, por engano, foi anunciado como uma das estréias da semana passada. Osegredo de Cidade dos Sonhos estána estruturanarrativa. Ao contar a história de duasmulheres –Betty(NaomiWatts, de Em Luta pelo Amor) e Rita (Laura Harring, de Um Diabo Diferente ) –, Lynch muda tudo no terço final do filme. Personagens e situaçõesalteram-se e ahistória passa por uma transformação. Não hádefinição se é realidade ou apenas um sonho. Porém, a produção é instigante,prende a atenção do espectador e Naomi surpreende em sua atuação, passando por uma transforma-

ção na parte final do filme. A ação se passa em Los Angeles, para onde a ingênua Bettyvai tentaracarreirade atriz. Lynch usa o recurso para criticar a indústria cinematográfica, principalmente nasimposiçõesfeitas adiretores porparte dosprodutores. Elecolocasuas críticas por meiode Adam Kesher (Justin Theroux, Zoolander), o diretor obrigado a aceitar a atriz principal de seu filme, ameaçadopor figurasestranhas que parecem mafiosos. Masculino – Coincidentemente estão programados dois filmes de guerra para este fim de semana. O primeiro, A Guerra de Hart, é uma produção mais voltada para o

público masculino. Nãohá mulheres no elenco e a trama repeteo esquema hollywodiano de sempre: corajosos soldados norte-americanos enfrentam os vilões inimigos. Comonovamentea ação se passanaII GuerraMundial, os alemães são de novo a bola da vez. O filme é apenas regular, porque insiste e coloca os soldados sempre preocupados com honra, coragem e sacrifício, em situações nas quais só pensam mesmo em sobreviver.

Destavez,a ação sepassa nos campos alemães para prisioneirosde guerra. O racismoeo preconceitocontraos negros estão no centro da trama. O coronel McNamara

Centro da cidade é palco de música

Fim de semana dos mais agitados emtermos demúsica. Há espetáculos para todos os gostos, a começar pelo Skol Beats 2002, que se realiza neste sábado, 20,no autódromo de Interlagos, reunindo representantesdos maisvariados ritmos. Ao todo, são 54 atrações(31 nacionaise23 internacionais), quese apresentam apartir das 16h.Os ingressoscustam45, com censurapara18 anos.Entre as estrelas estão Marky, Anderson Noise, Patife, Mau Mau, Felipe Venâncio e os internacionaisGroove Armada, Kosheen e François K. Em pleno centro de São Paulo, comentradafranca, realiza-se show de Arnaldo A ntunes edo DJDolores y Orchestra Santa Massa. Com onomede Ritmos e Poesia,o espetáculo alterna improviso com batidas de maracatu eletrônico, eversosdedesafio com poesia concreta. O show faz parte das comemorações deum ano deexistênciado

CentroCultural Banco do Brasil e se realiza às 16h30, na rua Álvares Penteado, 112. Novos CDs –Nando Reis, de quem Arnaldo foi compa-

nheiro quandointegravaOs Titãs, apresenta-se no Sesc Vila Mariana,naspróximas terça e quarta-feiras, dias 23 e 24 de abril. O repertório do espetáculo baseia-seno mais recenteCDsolode Nando, Infernal – but there is still a full moonshiningover Jalalabad, uma coletânea de obras de suacarreira. São composições do próprioNando, porém gravadaspor outros intérpretes, comoCássia Eller, Marisa Monte e Samuel Rosa, entre outros. O show realizase às20 heosingressostêm preços de R$ 20 a R$ 7,50 (trabalhadores no comércio).

Mais informações pelo telefone 5080-3000. Outro que traz para São Paulo espetáculo baseado em CD recém-lançado é Ed Motta. Dwitza (lê-se duítza, palavraescolhida pelasonoridade, mas que não tem nenhum significado) é umprojeto acalentado há oitoanos pelo músico.Elerompe como pop e faz experimentações musicais,quevão davalsaao samba-jazz. Edapresenta-se de 26 a 28 de abril no Sesc Vila Mariana (fone5080-3000), sextae sábado,às 21 h edomingo, às 18h. Ingressos: R$ 25 a R$ 7,50.

Canções de Dorival Caymmi fazem parte do reper tório interpretado pelo Coral Unifesp. O espetáculo gratuito fica em cartaz até o dia 28 deste mês no Teatro Marcos Lindenberg.

Caymmi – Outra interessante opção musical é o espetáculo Caymmi– Lendas do Mar, que se realizaaté o próximo dia 28, no Teatro Marcos Lindenbergh, com entrada franca. Interpretadas pelo Coral Unifesp,que completa 35 anos de atividades neste ano, são apresentadas as canções praieiras de Caymmi, como "O Mar", "O Vento", "É Doce Morrer no Mar" e "Lenda do Abaté". As apresentações serealizam aossábados, 21 h e domingos, 19 h. O teatro fica na rua Botucatu, 740. Mais informações pelo telefone 5576-4203. (BA)

(Bruce Willis, de Vida Bandida) arma o julgamento de um negro, acusadode assassinato,para desviara atençãodo coronel alemãoVisser (MarcelIures, Missão: Impossível) econseguir destruirafábrica de munição que funciona ali. Contrapõe-se a McNamara o jovemtenente Hart (Colin Farrell, T igerla nd ), que vai defender o réu. Willis, apesar demaissério ecompenetrado,não consegue passar verossimilhança a seu personagem, recorrendo a caretas para se expressar. Feminino – C h a rl o t t e Gray, que também tem a ação na II Guerra Mundial, vai por outro caminho. É um drama romântico queenvereda por

uma história deamor. Charlotte (CateBlanchett, Vi d a Bandida) é uma escocesa que vaiparaaFrançapara integrar o grupo local de resistência.Mas elanãofoimovida pormotivospatrióticos. Na verdade,Charlotte querencontrar o aviador inglês Peter (Rupert Penry-Jones, Hilary and Jackie ), seu namorado. Porém,ela se envolve muito mais do que deseja, principalmente com Julien (Bill y Crudup, Quase Famosos), líder da resistência. É um filme mais feminino, com belíssima fotografia e elegante figurino usado por Cate, que está muito bonita.

Passeio para gostar

Umaforma divertida de criar o hábito da leitura entre os pequenos élevá-losa um passeio pela Cidade do Livro Trata-se de um espaço cenográfico, numa área de 1.000 metros quadrados, em Santana,com vários ambientes, nos quais o visitante conhece todo o processo de feitura dos livros e entra em contato com vários títulos infanto-juvenis. A partir deste sábado, a visita, que se restringia a grupos, abre-se para opúblico em geral.

Acriança ingressanacidade e vai passando pelos am-

bientes, comoa Praçado Papel Chamequinho, o Castelo dasDelícias, aÁrvore daHigiene Oral Johnson& Johnson Reach e a Prefeitura. O passeio completo pela cidade dura 2h30e pode serfeito de 2ª a6ª feira,das 8às 18h, somente paraescolas egrupos. Aos sábados, das 13 h às 18 h, para o público em geral. O ingresso custa R$ 25 e nesse dia, acompanhante adulto não paga. Informaçõese reservas podem ser feitas pelos telefones 6977-8674 e6959-6179 ouno sitewww.cidadedolivro.com.br. (BA)

Beth Andalaft
Laura Harring e Naomi Watts são as protagonistas de "Cidade dos Sonhos"Billy Crudup e Cate Blanchett estão em "Charlotte Gray", romance de guerra
Colin Farrell e Bruce Willis em "A Guerra de Hart", visão masculina do conflito
Valentine Moreno/Divulgação
Árvore da higiene oral, onde a criança aprende escovação correta dos dentes
D ivulgação
de ler

ANÁLISE

Cum quibus?

Trata-se de uma expressão latina que, vertida meio à galega, querdizer"dequejeito?" Também usada popularmente para significar dinheiro, ou, ainda mais vulgarmente, "bufunfa". Interpretada seriamente, porém, sumaria recursos, indicando do que é necessá rio dispor em cada caso para se fazer algo.Seja uma compra, uma viagem ou um empreendimento. Tudo isso demandarecursos. O"cum quibus".

Recursos não só de dinheiro, mas de local, de tempo, de pessoas, de conhecimento e tudo o mais de que depende a açãoem um mundo tão complexo quanto o nosso. Pode-se resumir o desenvolvimento da civilização como a ampliaçãoe,também, a complicação do "cum quibus". Enquanto o homem primitivo, que vivia como caçador-coletor, podia se resumir a sua própria pessoa e, penetrando numafloresta apenascomarco eflexa,seu "cum quibus", garantir sua sobrevivência, na atualidade mal o indivíduo nasce começam ase acumularsobre ele exigênciasde "cumquibus".

A começar pela de registro de nascimentoem cartório, sem o que para todos os efeitos ele inexiste. Não poderá nem receber bolsa-escola, para começo de conversa. E se por acaso cometer a asneiradefalecer antesderegularizar burocraticamentesua existência,viráa darumtra balho enorme para se conseguir sua inhumação. (Vul-

garmente conhecidapor enterro.)

Estamos tentandoamenizar a gravidade do assunto, visto que de sériabasta a vida. Mas a idéia do "cum quibus" também podeser encarada peloseu ladomelhor. Utilizada inteligentemente, fornece um meio prático extremamente simples para conduzir a discussão de um assunto, ouoequacionamento deviabilidade deum projeto. Por melhor que seja a idéia ou projeto, em primeiro lugar é preciso saber se se dispõedo"cumquibus", sem o que, nada pode ser feito. Sem o "cum quibus" toda especulação é ociosa. Usado como instrumento de discussão daviabilidade de qualquer proposta, o "cum quibus" se desdobra sempre, esquematicamente, em um mesmo número de recursos básicos. Oprimeirodeleséo dinheiro, sem oquenada é possível,Vemdaí oquem (executa), o quem (dirige), onde (se fará a coisa) e quando ela será feita. Passado esse teste mínimo deviabilidade, podese cogitar detocaroassunto para a frente. Não antes. Assim, em todos e em qualquer caso,deve-sesempre propor a pergunta: "Cum quibus?" E se não se encontrar resposta pronta e satisfatória para os tópicosbásicosacima apontados, serámelhor desistir do projeto ou idéia e pensar em outra coisa.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

A saúde das empresas

Reynaldo Farah

V oltamos ao mesmo assuntoporque abordaum problema comparado à "saúde pública"das empresas, com exceçãodas quereceberamaltaoudas quenãoficamdebilitadas por causa do pessoal. Temoslido comfreqüência sobreos bonsresultadosobtidos pelas organizações que contrataram cursos de retreinamento dos seus vendedores, atendentes, gerentes e outros. Emmaior número, nosúltimos dois anos, que é uma provada conscientizaçãodosempresários para permanecerem no páreo pelo sucesso. Além disso, eles têm à mão o que necessitam para esse objetivo, isto é, a própria ACSP através do seudepartamento especializadode Primeiro Mundo. Umindivíduo debilitado recorre ao médico para se curar, se tivervontade ou preocupação coma suasaúde. Da mesma maneira é uma organização;quando doente, procura consultores, tomando apenas ocuidadocomos"especialistas",que dãoumshow de oratória e dinâmica de grupo, masque não implantam uma sadiafilosofiadetrabalho, com acompanhamento e correções de rumos.

É importante que os empresários selembrem quea causa dafalta de produtividadepode, estardentrodassuasempresas etambémasolução.

Não culpem só a recessão. O pior é que ainda encontramosempresários queresistem a essa necessidade, achando que: 1) nãoadiantanada;2)tenho que investir; 3) meu gerenteé competente;4) vouesperar passar a "crise"; 5) vamos ver como ficará a situação com o novo governo;6) quem não

Nanotecnologia

Podemoschamar de"informação"a todarepresentação mental da realidadeconfigurada por um símbolo. Na informática os símbolos são representadospor unidadeseletrônicas, os "bits". Tais bits são reunidosemcircuitose estes circuitosinscritos em"chips"–pastilhasde silício.Apossibilidade de escrever esses circuitos em linguagemdigital nessas pastilhas depende dese poder isolar uma ordem de outra, o que foi viabilizado pelas chavesde conexão-desconexão denominadas transistores. Como qualqueroutra coisa física, os transistoresocupam lugar no espaço, e, assim, apossibilidadede inscrever circuitos nos chips depende do tamanho dessestransistores. Oavançoda tecnologiatem permitido reduzir drasticamente o tamanhoe o espaço ocupado por elesnos computadores, reduzindo as distânciasnos circuitose, porconseguinte, aumentandoo número e avelocidade de execução das ordens inscritas.Chegando a conter 41 milhões de transistores no Pentium 4 esse modelo decircuitocomputacional está chegando porém ao seulimite.Na atualidade se procura viabilizar outros processos deescrever as cadeias de ordens aserem executadas pelos computadores. Um primeiro ensaio foi o de utilizar moléculas de carbono para substituír os transistores, os chamados nanotubos de carbono,nano significando

uma medida mil vezes inferior ao milímetro.Além desse,outrosensaiose especulações estão no ar. O fato é que, com todoo seuimensopoder de execução de ordens, alguns cálculos matemáticoselementares, como o de números primos, podem demandar milhões de anos para os computadores disponíveis. Os cérebros de alguns deficientes mentais calculam númerosprimos maisrapidamente do que os "inteligentes computadores".

Aparentemente, trata-se de um problema de possibilidades de miniaturização. E esta estásendotratada na Física dentro dos limites da mecânica. Atéaqui parecenão seter conseguidoequivalentes de transistorespara sinaisóticos. Mas a coisa vai mais longe quando se cogita da distância entre aminiaturização conseguidapelohomem eaquea natureza utiliza para seus dispositivose seresosmaissimples. Em matéria de miniaturização e nanotecnologia ainda estamos engatinhando, bastando pensar no volume de informações que seacha disponível no sistema de ação de um pernilongo,paranada falarmos doque umabactéria dispõe e, ainda menos, do número de informações contidas no DNA. O sistema de registro biológicoutilizado vai muito além do que sonha nossa incipiente e vã nanotecnologia.

Benedicto Ferri de Barros

Matando a galinha

José Nivaldo Cordeiro

produzir mando embora; 7) não vouinvestirem aperfeiçoamento dos meus funcionários porqueacabarão indopara osconcorrentes,eoutras desculpas esfarrapadas. Como consultor na área de treinamento emotivação, inclusive para gerentes,tenhosentidonapele essa indesculpável miopiapelos querespondem porumaorganização, que dependade um ou mais grupos de funcionários paraa suasobrevivência.

O Diário do Comércio traz sempre reportagens sobre o sucessode empresasqueadotaram um programa de retreinamento por especialistas altamente qualificados em todas as áreas e departamentos.

O Sebrae,por exemplo, também é umaautêntica universidade deexperiência econhecimentos com professores diplomadose amaismoderna tecnologia empresarial, com exemplos de sucesso dos que a ele recorreram. Enfim, a evolução muito rápida dos meios de comunicação num mundo globalizado,a concorrência, os compradoresmaisesclarecidose exigentesdequalidade e serviços são motivos mais queurgentespara queosdiretoresqueainda nãoofizeram comecemas mudançassequiserem sobreviver e prosperar.

Terry Farnsworth escreveu há trinta anos: "Nas condições cadavez maiscompetitivasde nossos tempos, o desenvolvimento de gerentes deixoude serum luxo.É umanecessidadedesobrevivência eumrequisitoindispensável ao crescimento". Magister dixit!

D ias atrás, rodando oscanaisdaTV, pudeverum trecho do programa Roda Viva, da TV Cultura. O convidado era o notável Boaventurade Souza Santos, o sociólogo lusitano que leva avida acriticar ocapitalismo e o liberalismo. Só tive estômago paraouvir apergunta do economista Luiz Belluzzo, da Unicamp. Belluzzo é um dos arautos do Estado grande, um socialista da melhor cepa. Apergunta foi menos um questionamento do que uma longae professoral exposição sobre a supostafalha do capitalismo em garantir as aposentadorias e os direitos sociais. Fiquei boquiaberto com o fato dequeuma pessoatãocultuada colocasseascoisasnesses termos, uma pergunta que já é uma afirmação mentirosasobre a realidade. O ilustre lusitano não se fez de rogado. Começou fazendo uma esotérica distinção entre"liberalismo novo" e "novo liberalismo", sobre a qualos meus modestos meiosintelectuais não conseguiram distinguir a origem da sutildiferença, uma vez que a expressãome parece significar uma única e mesma coisa, também falseando a realidade. O liberalismo foi sempre o mesmo, nunca mudou. Depois que as suas idéias foram criadas, têm sido reafirmadasdesde sempre,a cada geração,pelos escritores epelos fatos.É claro que Boaventura não discordou do besteirol do Belluzzo. Ora, dizer que o capitalismo não garanteaposentadorias e direitossociais éumabsurdo. Enquanto mecanismo social protetordasmassas, sóas sociedades capitalistas é que podem garantir tais direitos, medianteum crescenteaumento da produtividadedo trabalho. Outras formas de organização social,por nãoconseguirem ter a mesma produtividade, não apenas nãoconcedem essesdireitos: associedadesnão capitalistas obrigam as pessoas a trabalhar praticamente desde o nascimento até o túmulo,

Como melhorar?

Na coluna de ontem, mencionei a questão dos candidatos existentes para o cargo de presidente daRepública. E reproduzi pergunta de muitos sobrea qualidade dos candidatos, por não se apresentarem para disputar o cargo as pessoas consideradas as mais capazes, mais preparadas, do País. Falha do sistema representativo queos milhares de cientistas políticos que pululam no patropi podem explicar.

Precisa querer

em virtude da baixa produtividadedotrabalho. Éumaimposição do cristalino princípio da escassez.

O que Belluzzo deveria ter dito éque a quantidadede parasitas, desocupados e rentistas do Estado nas sociedades capitalistascresceutanto queasituação está chegando próxima dainviabilidade. A quantidade dos quetrabalham écadavez menor, enquanto a de desocupadosremunerados écadavez maior.Esseé um fenômeno mundial, por causa dos governos de tom socialista que têm sido pródigos na concessão de benefícios. Entãopodemos dizer que Belluzzo negou duas vezes a verdadedos fatos:a deque sóo capitalismopode sedar aoluxo deprotegeros velhoseincapazes para o trabalho, de um lado, e a de que o ideário socialista de muitos governos está inviabilizando o próprio sistema econômico, ainda que notavelmente produtivo.

Belluzzo acusa o capitalismo de um pecado quenão é seu, e sim, da cegueira ideológica daqueles que acham que riquezas brotam nas ruas sem o concurso do trabalho humano. Como diria Milton Fridman, não existe almoço grátis.

O insuspeito Alain Torraine fez na Folha de S. Paulo u ma análise surpreendentemente lúcida sobre o assunto. Ele atribui acrise daArgentina aoexcessode pessoasociosasdependentes do Estado. E afirma que a crise que lá está acontecendo deverá serepetir muito em breve nospaíses europeus, pois lá a massa de ociosos cresceu demaise a culturado ócio substituiua cultura do trabalho. Belluzzo deveriaouvir essa lição, com a qual estou inteiramente de acordo.

O fato cristalino é que só nas sociedadescapitalistas riquezas sãogeradas emgrande escala. Infelizmente, o parasitismo socialista está matandoa galinha dos ovos de ouro.

José Nivaldo Cordeiro é mestre em Administração de Empresas

De minha parte, prefiro defender osistema representativo, as liberdades democráticaseo votodireto,sempre. Para suprir a falha que levaao topo dapirâmidede candidatos nomesque não são fruto dodesejo da população,mas dasmanipulações partidárias, épreciso estender umpouco a questão. O Paíscomo umtodo temque querer melhorarseu padrão educacional e cultural.

Exemplo

Volto ao exemplo dos Estados Unidos. Aliás, oantiexemplo, porquedeLincoln para cá contam-senos dedos os estadistas que ocuparam o cargo mais importante do mundo. Cá entre nós, quem achaquea capital do Brasil (ainda)é Buenos Aires não pode tambémser considerado um modelo acabado de genteestudada ebeminformada. Daí Bush estar presente na cena. Lá como cá.

Educação

Tudo isso para cair na tecla velha e sempre nova da necessidade do investimento maciço em educação no Brasil. Precisamos aumentar dramaticamente a qualidade cultural eintelectual de nossa gente. A conseqüência mediata é a substancial melhoria daqualidade da representação popular e do nível dos governantes públicos.

Atração

Se conseguirmos, pela educação,melhorar oníveldo ambiente político, é possível que aquelas pessoas que poderiame deveriamestar navida pública se sintam mais atraídas em participar. Sonho? Utopia? Pode ser. Mas acredito nesse caminho e por ele trabalho. Quando chegaremos lá aindaé difícil demedir, mas cada dia trabalhado em favor dessa causaé um amenos de dissabor lá na frente.

Distância

Perguntohojeàspessoas se participamou queremparticipar de partido político (seja qual for) ea respostaé deojeriza. Quando nãoofensivaaoperguntador. Cruz credo, se benzem alguns.Como esperarque as melhorescabeças queiram, no clima de hoje,estar alí? E no sistema democrático,representativo, os partidos políticos são a via legal de chegada ao poder.

Desafio

Aquestão mais umavez está posta. E como sempre, ninguém se habilita a enfrentar o desafio.

P. S .
Paulo Saab

Mantida a verticalização das alianças

Supremo reafirma a proibição das coligações nos Estados entre partidos opositores na disputa presidencial

O Supremo Tribunal Federal manteveontem averticalizaçãodas alianças partidárias nas eleições deste ano. Fica mantida a proibição de diferentes composiçõesnos Estados, caso os partidos lancem o mesmo candidato para a Presidência.

Por seis votos adois, o Supremo Tribunal Federal decidiu não deliberarsobre a decisão anterior do TSE – que determinavaque asregrasde coligações valeriam para as eleições de outubro – e, assim, permanece a decisão das coligações já dada pela Justiça Eleitoral.

Com isso, o STF rejeitou as duas adins (ação direta de inconstitucionalidade), dos partidos políticos, que pediam o fim da exigênciado Tribunal Superior Eleitoral.

Celeuma – O ministro e relator da ação, Sydney Sanches, do STF, apresentou uma sériede casosanteriores de julgamentode açãodireta de inconstitucionalidadepara justificar a apreciação.

Mas expôsuma justificativapolítica,dizendo que,seo STF,depois da celeuma que se criou em torno do assunto, deixasse de analisaro mérito da questão, teria de apreciá-la depois.Como agravante de deixar o julgamento às vésperas da eleição.

Emfevereiro,oTSE (TribunalSuperior Eleitoral)decidiu vincular as coligações para as eleiçõesdos governos estaduais às alianças para a Presidência.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manteravinculaçãodas coliga-

Candidato tucano e Ciro

aprovam a decisão da Justiça

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)foi bem recebida pelos pré-candidatos à Presidência do PSDB, José Serra, e da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, mas criticada por Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Serra disse que viucom naturalidadeadecisão e que ela não vai interferir na sua campanha. "Estou ansioso para debateroBrasile seus problemas. Agora,temos mais condições de discutir as coisas mais importantes para o País", afirmou.

Para Ciro Gomes, "aconfirmação da verticalização das alianças nacionais consolida a Frente Trabalhista, que, na sua origem, deliberou pela repetição, nos Estados, de sua matriz nacional: "Finalmente temos regraspara aseleições deste ano."

Silêncio – O presidente Fernando Henrique Cardoso não quis comentara decisão, segundo o porta-vozda Presidência, Alexandre Parola.

Críticoda verticalização, Lula disse que ela vai estimular composições políticas "hipócritas". Falandoantes que a decisão do STF fosse conhecida, ele disse que os partidos vão optar por "alianças brancas" e "candidatos laranjas" nos Estados e na disputa presidencial.

Com averticalização, Lula viu seu projeto de atrair o PL para sua chapa ser praticamente sepultado. Isto porque os liberais tendem a não fechar aliança para adisputa presidencial, com oargumento de quequerem ter liberdade para compor diferentes coligações, deforma a elegeruma fortebancadano Congresso.

Antes que a decisão do STF fosse divulgada, o petista voltou a dizer que estava interessado em atrair o apoio do PL e de setores do PMDB à sua candidatura.

Apoio – Para Serra,a decisão do STF não vai dificultar a

aliança com o PMDB. Ele afirmou que pretende procuraralianças amplas para governaro Brasil."Não dápara governaro Brasilsem uma maioria", afirmou. "É preciso uma aliança ampla para a governabilidade. Se houver problemas locaisemfunção das novas regras, vamos nos debruçarsobre essesproblemas.É precisover naprática os efeitos disso".

Antes deconhecer adecisão do STF , o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que se insurgia contra a verticalizaçãodas coligações naseleições deste ano, e que, na hipótese de manutenção dessa verticalização, eleiria defender que o partido não indique candidato à Presidência pelo PFL. Ele sustentou que a solução para o partido deve ser a de buscarcoligações queassegurem a eleição do maior númeropossívelde parlamentares. (AE)

Lula disse a empresários que não reduzirá

Opré-candidato doPTà

Presidência, Luiz Inácio Lula daSilva, admitiuque,se for eleitopresidente daRepública, não reduzirá "numa só tacada" os jurosde 18,5% para 12% aoano – metainicial fixada por ele.

Para ocandidato,os responsáveis pelo comando da equipe econômica em seu governo terão,primeiro, deredirecionar os rumosdaeconomia para garantira queda das taxas. "99% dos brasileiros querem a queda dos juros, mas aconteceque,comoo País está dependente da política dejuros para captarrecursos, teremosdecriar outras fontes", disse a empresários do Distrito Federal.

CLT – Lula defendeu ainda

juros numa só tacada

mudanças na Consolidação das Leis doTrabalho (CLT), masdisseser contrário ao formatoda propostado governode flexibilizaçãodalegislação. "Eu só cresci no movimentosindical, porqueme insurgi contraa CLT",declarou,acrescentando serfavorável à adoção do contrato coletivo de trabalho. Apóssua exposição, opetistafoi sabatinadopela platéia e teve de falar novamente sobre apolítica de jurosa ser adotada num eventual governo petista. Depoisdedizer que seuobjetivo na campanha será apresentar promessas factíveis, Lula disse que o patamar ideal dos juros deve ficar entre 5% a 6% ao ano. Mas ressaltou que sua equi-

pe só conseguirá atingir essa meta por meio de uma política dediminuição gradual das taxas.

O petista ousou também criticar, diante da platéia, empresários que semantêm oficialmente distantes da política,mas financiamcampanhas eleitorias. "O grave é que temgente quefalaque nãoé político, masfinancia bandido. É por isso que o PT defende o financiamento público de campanha". Opresidenciável ouviudo presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, CarlosMagno, queoempresariado tinha,em eleições passadas, pavor de sua vitória. "Mas o PT mudou e o Lula também", diz Magno. (AE)

aliançasregionais, euneinimigos ferrenhos.

Perda – Em São Paulo, por exemplo, o governador GeraldoAlckmin, doPSDB, perde oapoio do PPSe do PTB, que estãocom o candidato Ciro Gomes,do PPS. O PT continua a contar com seu fiel companheiro, oPC do B, queterá deabandonar oPSB em algunsEstados,comoo Ceará, onde jáhavia fechado uma coligação.

NoAcre, os tucanos terão deabandonara chapadogovernador Jorge Viana, do PT, que tenta a reeleição, e passar a darapoio aFlaviano Mello, do PMDB, seforfechadaa aliança nacional dos peemedebistas com o candidato José Serra (SP).

ções estaduais à nacional desmanchaembriõesdas mais diversas alianças que vinham sendo feitos nos Estados. Aumenta a pressãodas bases dealguns partidos,como o PFL,para que nãolance candidato à Presidência da República,deixando livreas

No PMDB, cresce oposição à chapa com José Serra

Cresceno Senadoummovimento de peemedebistas, comandado pelo líder do partido Renan Calheiros (AL), para evitar a aliança oficial com o PSDB do candidato José Serra. Embalados pela decisão final da Justiça,que manteve a obrigatoriedade deos partidos repetirem nosEstados o modelo dacoligaçãonacional, senadores do PMDB movimentam-se para garantir liberdade nas parcerias estaduais e apostam que ela vai prevalecer porque nada é mais importantepara ospolíticos do que a própria sobrevivência.

"A preocupação com as disputas regionais são legítimas,masa aliança(comos tucanos para a Presidência) será mantida e preservada pelobem doBrasil", garante o líder doPMDBnaCâmara, Geddel Vieira Lima (BA).

"OPMDB estánumasinuca de bico,porque a verticalização é uma camisa de força quenãoconsegue vestiradiversidade regional do partido", diz o senador Amir Lando(RO). Os peemedebistas acreditamque o recuodo partidoseria prejudicialao candidato José Serra. (AE)

Em três Estados, pelo menos, inimigosdeclarados terão de ficar juntos: em Goiás, o PMDB éo principal adversário do governador Marconi Perillo, do PSDB; na Paraíba, otucano CássioCunhaLima candidato aogoverno, nem fala com o PMDB do senador

e ex-ministro Ney Suassuna e, em Tocantins, não há possibilidade deacordo entreo senador Eduardo Siqueira Campos, presidentedo PSDB, com Freire Júnior e Udson Bandeira, do PMDB. Vantagem – Comoo PFL dificilmenteterá candidatoa presidente da República ficará em situação mais cômoda, podendo fazer alianças diversas.

No Riode Janeiro, oPFL poderá fechar acordo com JorgeRoberto daSilveira,do PDT; emSão Paulo, poderá continuar adar apoioa Geraldo Alkmin e, em Santa Catarina, ao PPB do governador Esperidião Amin. Anthony Garotinho, do PSB, terádificuldades emalguns Estados,porque,pertence a um partido médio e não poderá lançar candidatos em todos os locais. E o PL, quevinha tentandouma aliança como PT,deverá esqueceros meses em quese aproximou de Luiz Inácio Lula da Silva. (AE)

Câmara vai arquivar projeto de coligações

O presidente da Câmara, Aécio Neves(PSDB-MG), arquivará o projeto de decreto legislativoquederrubaa decisão da Justiça Eleitoral obrigando ospartidos nos Estadosa repetiremaaliança fechada para a Presidência. O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) concorda com o arquivamento daproposta. "Depois dessa decisão do Supremo, o projeto morreu."

O líder doPFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), também é favorável ao arquivamento doprojeto querevê

a verticalização."Não ébom brigar com o Supremo."

Antecedência– Para olíder do governo na Câmara, ArnaldoMadeira (PSDBSP), oideal seria quea verticalização tivesse sido proposta com mais antecedência. "Mas, independente de qualquerregrada Justiça,parase ganhar a eleição, é preciso ter voto" disse.

O presidente nacional do PFL, senadorlicenciado Jorge Bornhausen, disse que consultará a bancada sobre a decisão do STF. (AE)

Ministro Sydney Sanches lembrou que a matéria deveria ser votada agora para não prejudicar as eleições

Destruição na Palestina choca ONU

Kofi Annan pede a países que enviem para a região forças armadas multinacionais para conter ação militar de Israel

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, pediu queforçasmultinacionaisentremnos territórios palestinos ocupados pelo exércitoisraelense paraajudar a encerrar a violência.

Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York, Anann solicitou a intervenção dasforças armadas multinacionais, ao invés de força de paz das Nações Unidas.

O enviado das Nações Unidas ao Oriente Médio, Terje Roed-Larsen, visitou ontem ocampo derefugiados deJenin e descreveu o que viu como "horror inacreditável" causadopelastropas israelenses. Ele exigiu de Israel que permita o acesso imediato de agências humanitáriasinternacionais.

Corpos – Os palestinos afirmam que centenas de corpos continuam expostos no centro do campo, que fora devastado no início do mês por tropas israelenses. "Acho que posso falar por toda a delegação da ONU ao afirmar

que estamoschocados. Parece que esta área foi atingida por um terremoto, e os sinais de morte estão por todos o lados", afirmou Roed-Larsen.

A Cruz Vermelha e a Crescente Vermelha estão operando dentro do campo, mas afirmamnão possuíremos equipamentos para recolher os corpos ou montaresquema de resgate.

Roed-Larsen criticou veementemente Israelpor manter um toque de recolherno campode refugiados, que abrigacerca de14.000palestino. "Étotalmente inaceitáveleinacreditável queuma força deocupação mantenha um toque de recolher e mantenhaemsofrimento uma enorme parte da população. Isto temque pararimediatamente", afirmou.

Retirada – O diário independente Maariv i nfo rm ou queas tropasisraelensesirão se retirar deRamallah, Jenin, Belém e Nablus nesta semana.A decisãofoi tomadadepois de umaconversa do ministro da Defesa, Benjamin

BenEliezer, comchefesdas ForçasArmadas edoServiço de Segurança geral. Eliezer confirmou que as tropas ficaram em volta das cidades para impedir"asaída deterroristas e suicidas palestinos" com destino a Israel.

Apenasas cidadesde Ramallahe Belémnão serãototalmente desocupadas, segundo Eliezer,por"haver problemas nestes locais". Ele se refere aos mais de 30 palestinos, procurados porataques contraIsrael, que estão entreos 200palestinosrefugiados naBasílica daNatividade, em Belém e de outros confinados no quartel general daAutoridadeNacional Palestina, em Ramallah, ondeestáo líderpalestinoYasser Arafat.

Israelcomeçará também a desmobilizaçãode várias unidades dereservistas entre os20milrecrutados para a operação "Muro de Proteção", iniciadaem 29de março, mas poderá autorizar uma novamobilização "caso seja necessária". (Agências)

FMI prevê crescimento

de 2,8% na economia mundial em 2002

A economiaglobal deverá recuperar-se solidamenteno final deste ano, devido a uma virada nasperspectivaseconômicas nos Estados Unidos, onde os efeitos dos ataques de 11 de setembro se mostraram brandos, informouontem o FundoMonetário Internacional (FMI).

No relatório Perspectiva Econômica Mundial, o prognóstico econômicofoi bem melhordoque emnovembro, quando tudo parecia pessimista e os efeitos totais do 11 de setembro ainda eram incertos.

Otimismo – "Existem agora crescentessinais dequea

Preço do petróleo sobe em Londres e Nova York

Ospreçosdo petróleono mercadointernacional fecharam ontemnovamente em alta. Pesaram sobre os negócios a reduçãode estoques norte-americanos.

A suspensão das exportações da commodity pelo Iraque, anunciada na semana passada, também continuava a influenciar as operações. Operadores perceberam ainda uma reação momentânea das cotações após um pequeno avião de turismo atingir um prédioem Milãona Itália. "Rumores de que o incidente estava relacionado ao terrorismo fizeram comque o mercado subisse", disse um operador.

Alta– Em Nova York,o barrildoóleopara entrega em maio subiu US$ 0,26, para US$ 26,20. Em Londres, o v encimento para junho do petróleo tipoBrent registrou alta deUS$ 0,34, para US$ 25,72, obarril. AOpep reiterou na véspera que não vê necessidade de aumentoda produção. (Reuters)

desaceleração global, iniciada emmeados de2000, atingiuseu ponto mais baixo", disseo FMI. "Oseventos de 11desetembrotiveram um impacto de curto prazo sobre a atividade, mas, ao contrário do que muitostemiam,não atrapalhou a recuperação na primeira metade de 2002."

OFMIagoraprevê um crescimentoglobal de2,8% para este ano, acima dos 2,4% estimados em novembro e acima daexpansão de2,5% do ano passado.

O Fundo estima um crescimentode2,3% dosEUAem 2002, acima da previsão de 0,7% de novembro. A econo-

miaamericana cresceuapenas 1,2% no ano passado.

Segundo o FMI, existem "riscos signficativos para a sustentabilidade e durabilidade darecuperação,nos EUA e outros países, que trarão desafios aos formuladores de política".

Entre esses riscos estão os aumentos no preço do petróleo e o potencial de guerra no Oriente Médio. "A volatilidadenomercado de petróleo tornou-se um risco potencial para arecuperação, especialmentese asituação desegurançanoOriente Médiodeteriorar-seainda mais." Mais informações na página 13

Economia argentina deve contrair entre 10% e 15%

A Argentinadeve apresentar umaredução da economiaentre10%e15% neste ano.A previsãoédoFundo Monetário Internacional, FMI. Ontem, o banco central da Argentina cortou pela metade o limite de dólares que os bancos e casas de câmbio podem vender ao público e para seus clientes de varejo. A partir de agora, os bancos e casas decâmbio podemvender US$ 500 por dia para pessoas físicas e US$ 5.000 por dia para empresas. Redução – Desde março, o banco central vinha permitindo avendade US$1mil para o público e exigia que os bancos e casas decâmbiolimitassem a US$ 10 mil as vendas aosclientes. Oslimites que o banco central impôs têm o objetivo de controlar o volume demoeda nomercado e elevar o valor do peso. Depois de anunciar a medida,o presidenteEduardo Duhalde recebeu ontemum duro golpe dos governadores dasprovíncias controladas

Para presidente americano, Ariel Sharon é um homem de paz

O presidente norte-americano George W. Bush elogiou oprimeiro-ministro deIsrael, Ariel Sharon, como "um homem da paz" e disse que está satisfeitocomo fatodele estaragindo deboafé. Bush ignorouas críticasdequea missãodo secretáriodeEstado, Colin Powell, tenha fracassado,enfatizandoos esforçosde Powell emacabar com a violência, dizendo que "aviagem dosecretáriodelinou em um plano para alcançar a paz".

Duassemanas após exigir que Sharon retirasse as tropas daPalestina,Bush disse que Israel mantém a promessa de tirar as tropas, aumentando a pressão sobreo líderpalestino YasserArafat paraque assuma uma posição mais dura com relação ao terrorismo. Justificativa– Bush afirmou que entendeporque Israel está mantendo as tropas emBeléme Ramallaheafirmouquecinco suspeitos de assassinato deumministro de Israelparecem estar es-

condidos noquartel general de Arafat, em Ramallah. Nem Bush nem Powell disseram quais serão os planos após a viagem do secretário. Powell disse que Arafat "não deveráapenas denunciar a violência, mas tomar medidas contra atos terroristas".

Bushavalioua crisenaregião em reunião com Powell, com o vice-presidente Dic k Cheney, com oassessorda Segurança Nacional, Condoleezza Ricee ochefe daCasa Branca, Andrew Card. (AE)

Brasil vai se abster da votação que pode isolar ainda mais Cuba

O Brasil optou por uma posição de isolamento em relaçãoao resto dohemisfério, principalmente aosEstados Unidos, e vai se abster hoje de votar a resolução sobre Cuba, durante a conferência da Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, ONU.

por seuprópriopartido,o Justicialista (Peronista). Eles cancelaram areunião que discutiria as formas de implementar o ajuste de 60% nos déficits provinciais,exigido pelo FMI.

Os governadores estão irritados com Duhalde,pois consideram que o presidente "cedeu" demaisnas negociações com o FMI, que também exige o fimdos bônus emitidospelos governadores. Segundo os governadores, a somatória destasduas medidas acabarálevando a demissão de 400mil funcionários públicos, o que poderia aumentar os protestos populares. Duhalde reconhece que as medidas de austeridade fiscal exigidaspeloFMI podem profundar criseeconômica. Oscomentários foramfeitos depoisque odiretor-gerente do Fundo, Horst Koehler, afirmou que a Argentina deve tomar decisões rígidas, como despedir funcionáriospúblicos,apesar deodesemprego recorde. (Agências)

Apresentada pelo Uruguai, e apoiada pela maioria dos países latino-americanos, a resolução "convida"o governo cubano arealizar avanços no campo dos direitos humanos epolíticos. Otexto coincide com posição que o Brasil vem expressando nos encon-

tros internacionais, e até mesmonoscontatos bilaterais com o governo cubano.

Isolada– Maso Paísdecidiu que não vai reforçar o isolamento deCuba na conferência. "Vamos nosabster por tradição epor não querermos que Cuba fique isolada nesse contexto", afirmou o ministro das RelaçõesExteriores, Celso Lafer. O texto da resolução resultou de amplasnegociações conduzidaspelos Estados Unidos comdiversos países, principalmente do hemisfério. Ele traz, diz Lafer, uma "visão latino-americana" da

situação dos direitos humanos e políticos em Cuba. O governo americano conseguiu obter o apoio do Uruguai, da Argentina, da Guatemala, do Peru, da Costa Rica, do Canadá, daPolônia, da Suécia, da Alemanha e da República Checa para a aprovação do texto. No ano passado, os Estados Unidos haviamconseguido que aOrganização dasNações Unidas aprovasse a resoluçãoque condenouCubae exortou esse país a "assegurar o respeito aos direitos humanose àsliberdadesfundamentais". (AE)

Em Milão, acidente aéreo mata

Pelo menoscinco pessoas morreram e cercade 30 ficaram feridas no choque de um pequeno avião monomotor Air Comander, de fabricação americana, contra a Torre Pirelli,de 30andarese 100metrosde altur a–omais alto edifíciodeMilão,a capital econômica da Itália.

Num primeiro instante, os moradoresda cidade, ainda

NOTAS

Árabes avaliam caos na região palestina

A Liga Árabe convocou uma reunião urgente para dia 24, após as imagens "dos massacresperpretadospelos israelensesnascidadese campos palestinos, especialmente em Jenin". (AE/Ansa)

com as trágicas imagens dos atentados de 11de setembro nos Estados Unidos, ficaram alarmadas.Mas oMinistério do Interior italiano e Agência Nacional deSegurançade Vôo (Anav) afastarama possibilidade de terrorismo. Precaução – Por medida deprecaução, asautoridades americanas, que haviamadvertidoRomasobre apossi-

Afegãos recebem monarca com festa

O ex-rei MohamadZaher

Shah regressouontemao

Afeganistão, após 29anos de exílio. Milhares de entusiastas afegãos saíram às ruas para dar as boas-vindas ao idoso ex-monarca. (AE)

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bilidade de atentados no nortedo país(principalmente Milão)determinaram aretiradadetodo seupessoalda sededoconsulado. EaForça Aérea da Otan, estacionada em Aviano, entrou em estado de alerta.

O piloto, Mino Fasulo, suíco de origem italiana,figura entre os mortos. Era o único ocupante do avião. (AE)

Noruega: sindicato quer punir Israel

A Confederação Norueguesa das Uniões Comerciais, de 800 mil associados, quer boicotar Israel porsua ofensivana Palestina, por violar asleis internacionaise os diireitos humanos. (AE)

Destruição no campo de refugiados de Jenin foi descrita como cenas de "horror" pelo enviado nas Nações Unidas

Saldo comercial do início de abril decepciona, mas previsão é de aumento

O resultado da balança comercial nasduas primeiras semanas de abril ficou aquém do esperado pelo governo, masa expectativaé deaumento das exportaçõesaté o final domês, impulsionado pelasvendas deprodutosbásicos, principalmentesoja. Esse foi o cenário traçado ontem pelosecretário-adjunto de Política Econômicado Ministério da Fazenda, Roberto Magno Iglesias.

O superávit no mês éde US$ 57 milhões. Na primeira semana, a balançateve saldo de US$ 14 milhões, puxado pelo aumento de 38,2% na média diária de vendas externas de produtos básicos.

Em abril, tradicionalmente,háo iníciodotrimestre mais favorável no ano para as exportações,com oescoamento da safra degrãos. Segundo Iglesias, um possível atraso nos embarques de soja pode explicaro mauresultadodo iníciodomês. "Osexportadores de soja podem estaresperando uma melhora da taxa de câmbio. Eles estão capitalizados com o dinheiro da boa safra de 2001".

Transgênicos –O problema de exigência de certificaçãode sojatransgênicatambém é apontado como um dos entravespara oescoamento da safra.

A China éo maior país comprador de soja do Brasil e

nãoaceita aentradanoseu mercado desoja transgênica. Asexportações brasileirasficaram paralisadas até a semanapassadaporque aChina estava exigindo umacertificação da soja brasileira para atestarseera transgênicaou não. Uma missão do Ministérioda Agriculturafoia Pequim e negociou com os chinesesoadiamento para1ºde dezembro do prazopara o início da exigência.

Normalizados osembarques, a expectativa é de um aumento dosaldo comercial na segunda metade do mês. "A balança vaidaruma melhorada na próxima semana". Para Iglesias, o desempenho da balançaem 2002tem sido positivo e não há motivo para preocupação. "Não há nada errado. Não há grandes restrições de oferta exportadora, nem de competitividade".

Segundo o secretário, o maior entrave para o aumento das exportações é mesmo o daredução da demandainternacional. A aposta é de um impulso maior a partir de junhoe julho,com aretomada da economianorte-americana.A crisena Argentina,importantemercadopara os produtos brasileiros, tambémafeta ocomércio. Osargentinos, lembrou ele, são o segundo maior comprador deprodutos manufaturados do Brasil. (AE)

Superávit não deve bater os US$ 5 bi, diz Pastore

O economista Affonso Celso Pastore mostrou-se cético em relação à possibilidade de oPaís alcançarsuperávitcomercialacimados US$5 bilhões neste ano, como chegou a prever o Fundo MonetárioInternacional (FMI). "Peloandar da carruagem, deve ficar umpouco abaixo disso", afirmou. "Nenhum de nós é extremamente otimista comrelação aoaumentoexpressivo das exportações".

O economista citou odesempenho da balança comercial nas duas primeiras sema-

nasdeabril –quandohouve baixo superávit. Na avaliação dePastore,podehaver também um aumento das importações, em razão da retomada da atividade industrial. Para o economista, a elevação dospreços do petróleo deve ter impactonegativo na balançacomercial, masnada que seja muito drástico, se essa alta selimitar aos intervalos que vêm sendo registrados,de US$ 20aUS$25,o barril,ressaltou. "Sedisparar para US$ 30, aí as coisas estariam complicadas". (AE)

UE exige a abertura do setor brasileiro de serviços

O preço pelo acesso das exportações agrícolasbrasileiras ao mercado europeu pode sairmais alto do que oPaís pensava.Documentos produzidos por diplomatas em Bruxelasmostram quea União Européia irápedir, na Organização Mundial do Comércio(OMC), que oBrasil liberalize cerca de 100 setores daárea deserviços, entreeles bancos,serviçoslegais, saneamento, telecomunicação, energia,turismo, mídia, transporte e até correios.

Muitos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, aposta na rodada da OMC como forma de conseguir um melhor acesso aos seus produtosagrícolas nomercado europeu.Masa listadaUE prova que isso terá seu preço – e que o pagamento poderá virna formadeliberalização do setor de serviços. A lista de pedidos, com 34 páginas, será entregue ao governo brasileiro até julho. O Itamaraty terá atémarço de2003 parafazer uma contra-oferta.

Bancos – Entre os pedidos, a UE daráênfase em serviços financeiros, setorem que os europeus já mostraram competitividade na América Latina.Mas Bruxelas parece nãose contentar com issoe pede maior abertura para atuaçãode bancos e seguradoras. Outros setoresde grande interesse doseuropeussãoos detele-

Proposta é condição para o acesso das expor tações agrícolas do Brasil à região

comunicações e de energia. Masalista nãoseresumea isso. AUE que garantir que seus administradores, escritórios de advocacia, engenheiros, arquitetos, guias turísticose publicitários tenham licença para atuar no mercado brasileiro. A listaé tão ampla que chega a incluir serviços de segurança, de tradu-

EUA brecam

A União Européia atacou ontem, mais uma vez, as taxas sobre o aço recém-impostas pelos Estados Unidos, dizendoqueas medidas estavam arruinando qualquerchance deum acordo para cortar a produção mundial do metal.

Nesta semana, integrantes daOrganização paraCooperação eDesenvolvimento Econômico (OCDE)estão reunidosem Paris paradis-

ção, de empacotamento, de tratamento de água e de transporte (ferroviário, rodoviário e marítimo).

Oseuropeus fizerampedidos a outros 22 países, em um nível que exigiriao fimde monopólios e a mudança em leis constitucionais.

Ospedidos aindaestão sendo avaliadospela Comissão Européia e estavam sendo guardados em sigiloaté que as informações vazaram para uma ONG européia. (AE)

acordo para o aço

cutirsobre cortes naprodução,queimpulsionariam os preçose ajudariamaassegurar o futuro da indústria.

O porta-vozda Comissão Européia de Comércio, Anthony Gooch, disse em entrevista coletiva que as taxas americanas de até 30% amarraram as conversações. "Enquantoas medidastomadas pelosEUA continuarem valendo, as chances de se chegar

aqualquerresultado substantivo emtermosdecortes está muito comprometido".

A UE, que já entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os EUA e também impôs sobretaxas ao aço, disse que poderá adotarsançõesainda mais pesadas se Washington se recusara compensarasperdas quevirãocom astarifasaos produtos siderúrgicos. (AE)

Governo quer mais álcool na gasolina

O governo está avaliando aumentar opercentual de adiçãodo álcool anidro na gasolina para 26%. O secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pedro de Camargo Neto, disse ontem que o objetivo é assegurar o abastecimento interno de álcool e equilibrara ofertadeaçúcar no mercadoexterno,para que uma superofertanão venha a deprimir ainda mais os preços do produto. A tonelada deaçúcarno mercado internacional está cotadaemcerca deUS$110, um dos preços mais baixos da história do setor. Atualmente, o porcentualde álcool na gasolina é de 24%, conforme determina lei de 2001, que fixou uma"banda"de20% a 24%. Pode havervariação de um ponto porcentualpara mais ou para menos.

O aumento do limite da

adiçãode anidropara26% significará consumo adicional de 250 milhões de litros de álcool por ano.

Sem danos – Segundo CamargoNeto, o aumento de anidro na gasolina para 26% não causará danos aos motoresdos veículos porque esse limite já foi testado e aprovado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O aumento na mistura virá no bojo de uma nova política para o setor de álcool, cujas linhasbásicas estão contidas na Medida Provisória número 18, aprovada na Câmara dos Deputados no início destasemanae enviada àapreciação do Senado. Conforme aMP, osetorterá umapolíticabaseada emformaçãode estoques oficiais e em apoio à comercialização.

Os recursos para a política do álcoolvirão departe da

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que substituiua chamada PPE (Parcela de Preços Específica), procedente da conta-petróleo eque eraadministradaaté31 dedezembro pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Dos R$ 7,2bilhões previstosnaarrecadaçãoda Cide neste ano, R$ 1,4 bilhão será destinado à subvenção do gás (para as famílias de baixa renda)e ao álcool. Desse total, cercadeR$ 450milhõespoderão ser aplicados em política de apoio ao setor.

O governo também está interessadoem estimularoaumentodouso deálcooldiretamente como combustível.

No início desta semana, o ministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio, Sérgio Amaral, pediu que os dirigentes dasmontadorasde veículos instaladas no Brasil

se manifestem sobre seu interesse emaumentara produção decarroa álcool,tanto para o mercado interno como para exportação.

Al tern ativ as – Camargo Neto disse que o governo também tem interesse em apoiar a fabricaçãode veículosmovidosà combustível flexível, o chamado "Flexfuel".Ou seja, veículos que contêm um dispositivo (software) quefazaleitura automática deque tipo de combustívelestásendo usadopelo veículo.Com isso,o carro pode ser abastecido com gasolina ou com álcool. Oestímulo viriacom acobrançadoImposto sobre Produtos Industrializados (IPI)de20% paraoscarrosa álcool, em vez dos25% dos à gasolina. Camargo Neto apresentoua sugestão àReceita Federal no início desta semana. (AE)

Cheque acima de R$ 5 mil será taxado em agosto

Apartir deagosto, osbancos que aceitarem cheques no valor de R$ 5 mil ou acima serão punidos pelo Banco Central, BC, com o recolhimento de um compulsório sobre o valor compensado.A Febraban, Federação Brasileira das Associações deBancos,confirmou ontem que as instituições financeirasvão repassar para os clientes queinsistirem em utilizar o cheque para transações neste valor os custos que tiverem que arcar com a decisão do BC.

Esta foiamaneiraencontrada pelo Banco Central de forçar os bancos a desestimularo usodocheque emoperaçõesdeR$ 5miloumais, depois da entrada em vigor doSistemade Pagamentos Brasileiro, SPB, nesta segunda-feira.

Negociação – OSPB prevê a liquidação eletrônica eem tempo real de todos os valores iguais ou superiores a R$ 5 mil. Com isso, os clientes que

não tiverem saldo suficiente em contapoderãoterseus cheques recusados. As empresase o comércio serão os maisafetados,uma vez que trabalhamcom valores mais elevados. Nestes caso a Febraban disse que haverá uma negociação à parte dos bancos com cadacliente que precisar de crédito por algumas horas, para que os cheques sejam compensados.

A Febraban confirmoua informaçãodo BC de queos bancos nãopodem cobrardocliente nenhuma taxapelo "empréstimo" no dia.

Mas a Febraban anunciou ontem que pretende liberar a TEDpara qualquervaloraté o mês de julho. O nível de R$5 milhões será reduzido gradativamente ecada novo patamar será divulgado pela instituição ao longo dos próximosdois meses,atéchegar aos R$ 5 mil em agosto.

Se o BC impuser o uso da TED para qualquer quantia criará sérios problemas para o varejo

Teto – Porenquanto, apenasas transaçõesbancárias com valor igual ou superior a R$ 5milhõeséque serão liquidadas pelo documento chamado deTransferência Eletrônica disponível, a TED, dentro do novo sistema.

Em julho–"Devemos chegar no mês de julho com a TED disponível para todas as transações, independente dovalor", disse José Carlos Lima de Abreu, coordenador de Divulgação do SPB.

A idéia é permitir que qualquer pessoainteressada em efetuar pagamentos pelo sistemaeletrônico, em tempo real, possa fazê-lo.

Parao economista Marcel Solimeo, diretordo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de

São Paulo, a grandedúvida com a medida é saber se o uso da TED para qualquer pessoa viráacompanhado de uma vantagem de tarifa. Problemas– Segundo Solimeo, se o BC impuser o uso da TED para qualquer quantia criará sérios problemas paraquem depende do chequecomoinstrumento de compra e venda, como é o caso do varejo. "Cada caso será analisado individualmente,a exemplo do quejá acontecehoje", diz José Carlos Lima. Tampouco será cobradaa CPMF nessas operações, garantiu Reinaldo Rios, diretor Setorial de Operações de Tesouraria.

Mas o banco tem a liberdade de recusara operação, lembra Rios. Ainstituição que cobrar juros nesse tipo de operaçãodeve serdenunciada ao BC,através do telefone 0800-992345.

Roseli Lopes

Compensação pode ficar mais barata

O Banco Central, BC, autorizou ontem que os bancos façam acordos bilaterais para facilitar e baratear a compensação de cheques.

Segundo o chefe do Departamento de Operações Bancárias da instituição, Luís Gustavo daMatta Machado, o acerto permitirá que o cheque emitido porum cliente de um banco,depositado na conta do correntista de outra instituição, sejacompensado sem a necessidade da movimentação física do cheque.

A segunda instituição comunicará eletronicamente aoprimeirobanco quetemo documento,ea compensação será feita.

Custo – "Umcheque não precisará transitar de uma agência para outra. Muitas vezesisso ocorreporaviões, caminhões ou canoas, o que representa custo que é repassado para astarifas dos bancos”, disse Machado.

No acordo,entretanto, segundo Machado, o banco que recebeuocheque,se

comprometerá a observar todos os dispositivos legaisrelacionados com a guarda de documentos e com os direitos dos clientes, o que inclui, entre outras coisas, fornecimento de cópiado cheque e de informações. "Para o cliente a compensação não mudará. O que pode ocorrer

é redução de custo dos bancose,como consequência, das tarifas.”

Câmaras – O Banco Central deutambém autorização paraque câmaras decompensação já existentes possam começar a operar no novo sistema de pagamentos. Aúnica exceçãoficoucom

Resgate

a Cetip (Centralde Custódia e Liquidação Financeirade Títulos), quenão está totalmenteadaptadaeirá operar deforma restrita.Foramautorizadas, além da BM&F (câmbio e derivativos) CBLC (ações), Redecard (cartões), Visanet (cartões) eTecban (rede 24 horas). (AE)

de aplicações terá documento eletrônico provisório

O Banco Central criou também um instrumento de transferência de recursos paramovimentaro dinheiro aplicado no mercado antes de outubrode2001e quetem vencimento programado a partir da semana que vem.

A Transferência Eletrônica Agendada (TEA) será temporária e foi criada para evitar um descasamento da regra em vigor(quandooinvestimentofoi feito)com asnormas do SPB, que entra em vigor na segunda-feira.

Segundo o chefe do Departamento de Operações Bancárias da instituição, Luís Gustavo da Matta Machado,Machado, esse instrumento beneficiaráprincipalmente grandesinvestidores, que se retraíram nos últimos dias em função do SPB. (Leia mais na página seguinte)

Negociação – Agora o BC está permitindoque,especificamente nessescasos de operações contratadas pelas regras anterioresa outubro, as partespossamnegociaro

resgate utilizando a TEA. Naprática significaque o cliente faráa solicitaçãohoje e obancose compromete a fazer a transferência em tempo real no dia seguinte. "Esse é um instrumento para um período determinado. Será negociado entreas partes.Alémdisso aTEAsóvaleráatéabril de2004”,explicouMachado.No casodos fundos, as instituições precisamavisar qualquermudança na forma de resgate com 20 dias de antecedência. (AE)

Risco do Brasil: Fitch é criticada

O professor José Cesar Castanhar, da Escola Brasileira de AdministraçãoPúblicae

Empresarial da FGV, criticou ontem a agência de classificação de risco Fitchpor ter colocadooBrasil comriscosuperioraoda Argentina,eem 41° lugarnumalista de 43 países emergentes, perdendo ficando à frente apenas do Líbano e da Turquia, em vulnerabilidade.

Tal classificaçãofoifeita

tendo como base a exposição dos emergentes a um crescimento mundial, preço de petróleo elevado e juro alto. Absurdo – "Isso é um absurdo. Ou são incompetentes ou estãofazendo issodeliberadamente porque,paraos administradores de fundos, é muito bom ganhar 700 pontos de risco num País que pagasempre emdia”,afirmou. Segundo ele, oBrasil tem as estatísticas maisprecisas e

maistransparentesentre os emergentes e Imprensa livre. Castanhar observou que as agências utilizaminformaçõesdos governossemquestionara qualidadedessasinformações, o que, segundo ele, levou a agência Moody’s, em julho de 1999, a dar à Rússia classificaçãorelativamenteboa,melhor doque ado Brasil, quando dois meses depois “a Rússia quebrou.” Debate– De acordo com

OComitêde PolíticaMonetária, Copom, do Banco Central, BC, exagerouno conservadorismo ao manter ojurobásico daeconomia,a taxa Selic, em18,5% ao ano, interrompendo, assim,a trajetóriade quedainiciadaem fevereiro.

A avaliação é do presidente da Sociedade Brasileira de Estudosde EmpresasTransnacionaise daGlobalização Econômica (Sobeet), Antônio Correia deLacerda, que mantém, no entanto, sua previsãodeque os jurosfecharão o ano ementre 17% e 17,5% anuais.

"Na reunião passada a atitude (do Copom)já havia sido conservadora ao reduzir a taxa em 0,25 ponto porcentual. Onormal seriaque estaqueda se repetisse”,opina. Para ele não há nenhum argumento especialmenteodaadministração da inflação, para que a atual política de manutenção dos juros permaneça.

Choque de oferta – "Os fatoresdeelevação sãodechoquede oferta,comopetróleo e energia. Não tem nenhuma relação com escalada de consumo e, por isso, o argumento da inflação não é sustentável”, argumenta.

Lacerda lembra que, ao manter os juros no nível atual oBC encareceainda maisos créditospara investimentos das empresas e o consumo da população,o que resultaem inibiçãodecontratações de trabalhadores.

IOF e CPMF – Agrava ainda maiso quadro,diz Lacerda, a perspectiva de que o Imposto sobre Operações Financeiras,IOF, terásuasalíquotas ampliadas, conforme anunciou o ministro daFazenda,Pedro Malan, para compensar o atraso nas votações da CPMF.

Castanhar, o Brasil precisa colocar este assunto em debate efazer um trabalhode promoção, mostrando que paga em dia.

Moratórias – "Outros países também tiveram moratória no passado, como o México, e estãocom classificações bem melhores(nocasodo ranking da Fitch, o México tem a melhor colocação entre os 43países avaliados).“Precisamos anunciar asincoerências enão deixar que a nossa agenda de discussão política sejadada por essas agências", criticou. Castanhar afirmou que, no anopassado,nenhuma empresa brasileira teve d efaul t (insolvência)e queo País foi o únicoa sofrer crise cambial sem deixarde pagar suas dívidas. (AE)

"Ocrédito ficarámaiscaro eisso consolidanossaperspectiva deque ocrescimento econômico deste ano será muito baixo, em torno de 2% do Produto Interno Bruto PIB”, sustenta. Segundo ele, ogoverno tornou-serefém de sua própria “inércia”.

"O raio de ação é limitado porque temosvulnerabilidade externa e disputa de crédito para financiamento das contaspúblicas.O risco de corrida porativos em dólar obriga o governo a conceder um alto prêmiode remuneração para quem mantém reais”, explica Lacerda. Sem estímulo – Para o economistaCarlosTadeu de Freitas, membro do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, e ex-presidente do BC, o governo nãopretende estimular uma rápida recuperaçãoda economia,paraevitar um aumento nos índices de inflação e principalmente para queissonãopressione as contas externas do País. Freitas afirmou que até o fimdo anoataxade jurosficando como está ou caindo um pouconão vaialterar muito o quadro.

Segundo ele, com a decisão de ontem, o BC sinalizou que não quer estimular a economia no ritmo que ela estava. Contas externas – “O Banco Centraldeuumsinal de quepretende desestimular um pouco uma possível recuperação mais rápida da economia para que essa recuperação, na frente, não pressione astaxasinflacionáriase não pressioneas nossascontasexternas. Se ataxa ( S elic)caíssem umpouco poderia estimular um pouco a economia lá na frente, com mais importações. Então, esse foi o sinal que oBanco Central deu”, diz Freitas. Vulnerabilidade– O expresidente do BC afirmou que umdos problemasque o País ainda enfrenta é a chamada ’vulnerabilidadeexterna’, ouseja, o Brasil crio u uma imensadívidaentre 1995 e 1999.

“Nossa dívidapública hoje é enorme e nós precisamos criar saldos na balança comerciale nãopodemosficar o tempo todo dependendo da entrada de dólares. Então, se de repente o País deixar de ter dólaresentrando vai ter um problema enorme na dívida externa”, diz Freitas. (AE)

As projeções de taxas sofrem ajustes para cima

Osjuros futurossofreram ajustes para cima ontem, e reteve aatençãodos aplicadoresdomésticos, noprimeiro dia após a manutenção da taxa básica brasileira, a Selic, em 18,50% ao ano.

Operadores derenda fixa justificaram o comentário de ajuste destacando o volume de apostas negociadas.O

contrato DI dejaneiro registrou um volume recorde de mais de 200 mil negócios. Esteativo terminou com expectativa de taxa no final doano a18,68%,contra 18,30% na véspera. "A decisão doBC deixou o mercado sem eira nem beira", comentou um operador." (Reuters)

Novo sistema dita ritmo lento nos negócios com dólar

O dólar encerrouos negócios ontemcom acotação mais alta do mês. Operadores notaram que o ritmo de negócios mostroulentisdão do começo ao fim do dia.

"As tesourarias ficaram meio fora,provavelmente por cautela, pois as operações de hoje sãoliquidadas na segunda-feira,diaemque começa a vigorar o Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, disse João Carlos Mendes, diretor-geral da Renova Corretora de Câmbio.

Com umavariaçãopositiva de 0,17% sobre a véspera, a moeda americana encerrou em R$2,328 para venda no segmento comercial.

Foi acotação maisexpressiva desde 26 de março, quando odólar valia R$ 2,346. Com o fechamento de ontem, o dólar estabeleceu valorização de0,09%no mês frente ao real,com ganho de 0,56% no ano.

Para Mendes, há certa confusãoe temorentreagentes quanto à eficáciada liquidação de negócios a partir de segunda-feira. "Estão todos na expectativae euacreditoque amanhã (hoje) nãoseja diferente." (Reuters)

Bolsa: cautela reduz giro financeiro

Recuperação do volume diário sofreu interrupção ontem, com a retração dos grandes aplicadores

O giro financeiro diário da Bovespa, que vinha apresentando uma recuperação nesta semana, com um volume sempresuperiorR$600 milhões, sofreu uma quedaontem, comos grandes investidores adotando uma postura mais cautelosa. Além disso, a desinformação e osproblemas com a entrada emvigorno novoSistemade Pagamentos Brasileiro, SPB, atrapalharam a recuperação da bolsa paulista.Mesmo assim ovolumefinanceirode ontem (R$ 561,3 milhões) foi

superior ao do dia 12 (R$ 511 milhões), no fechamento da última semana.

Cautela dos investidores em ano de eleição também prejudica a recuperação da bolsa paulista

Média– Apesar deas preocupações políticas hojeserem menores do que há um mês, a média de negócios em abril está inferiorà de março. De acordo com dados da Bovespa, o giro médio diário dos dez primeiros dias de marçofoi de R$ 721,8milhões,que caiu paraR$ 514,32milhõesem igual período deste mês. Novo sistema – O início da operação do novo Sistema de

Pagamentos Brasileiro, SPB, acabou prejudicandoa recuperação do volume da bolsa. Omercado acionário começou a conviver antecipadamentecomanova forma de acerto das transações. Co-

mo osnegócios com ações sãoliquidados trêsdiasúteis depois, desde quarta-feira os investidores já se preocupam em ter recursos disponíveis para transferênciaa partirde segunda-feira.

Juro frustra e a Bovespa perde 1,15%

A frustração dos investidores do mercadoacionário, coma manutenção do juro básicoda economia em 18,50%ao ano,decididana quarta-feira pelo Banco Central,BC, interrompeuuma seqüência deduasaltas na Bolsa de Valoresde São Paulo, Bovespa. A bolsa paulista encerrou

osnegócios ontemcomdesvalorização de 1,15%. O Ibovespa encerrou em 13.573 pontos e o volume financeiro caiu para R$ 561,3 milhões. Com este resultado a Bovespa agora acumula alta de 2,4% no mês, mas volta à estaca zero no acumulado do ano, sem variação.

NaBolsade Nova York, o

índice Dow Jones teve baixa de0,15%,enquanto o Nasdaq registrou uma perda maior: 0,46%.

Acidente – No meiodo pregão, a notícia de que um pequeno aviãochocou-se com um edifício em Milão, naItália,afetou os negócios porcausa do temordemais um atentado.

Maistarde, indíciosdeque foi um acidente deixaram os investidores mais tranqüilos e os índices americanos recuperaram parte das perdas. As maiores altas do Ibovespa foram Sabesp ON (4,8%) e Itaubanco PN (1%)e as maiores baixas, Tractebel ON (-6,1%) e Banco do Brasil PN (-5,1%). (RA)

Adesinformação fezcom quemuitos investidoresdeixassem de operar, afetando o volume de negócios.

Descasamento– Segundo o gerenteda BanespaCorretora,CarlosKayatt Neto, há um descasamento para quem não é membro de compensação da bolsa e terá de depositar o pagamentopelasações compradas um dia antes da liquidação do negócios, para queodinheiroesteja disponível na data prevista. Operadores e gerentes de corretoras comentamque os clientes têm tido dificuldades para checar nos bancos se poderão contar coma Transferência Eletrônica Disponível (TED) na segunda-feira. Por isso, muitos preferem ficar afastados, pelomenospor enquanto, do mercado.

Além disso, a cautela dos investidoresem umanode eleição tambémprejudicaa recuperaçãoda Bovespa, na avaliação deBruno Costa,da corretora Liquidez. "O ambiente ainda está muito instávelparaa aplicação em ações", comentou.

Rejane Aguiar/Reuters

Josapar busca receita fora do arroz branco

Na empresa, proprietária da marca Tio João, os produtos de maior valor responderam por 15% do faturamento

A Josapar, fabricanteda marcaTioJoão, teve15%do faturamentodo anopassado desvinculado da venda de arroz branco e parboilizado. Os dois tipos dearroz, tidos como de consumo de larga escala, continuam sendo carrochefe na empresa gaúcha, com 85% da receita, mas a indústriavem focandoseu crescimento em alimentos de maior valoragregado, como a bebida de soja SupraSoy e os arrozes semiprontos.

A Josapar deu os primeiros passosno segmentodesemiprontos em 1995, com a criação da linha Cozinha Fácil TioJoão, ejáocupa 68%do mercado nacional. "A mulher está cada vez mais dentro do mercadodetrabalhoe precisa de produtos quea ajudem na cozinha", diz a gerentedemarketingda Josapar, Marissol Iglesias. A linha inclui arrozes temperados e embaladosemsaquinhos de cozimento instantâneo.

A Josaparresponde, atualmente, por 9,7% do mercado nacional de arroz, acima da Camil, que tem 4,7% do segmento. O último lançamento fora do arroz branco ocorreu no início do ano passado, com aentrada dostipos parboilizado e integral para a p ro du çã o, em pacotes tradicionais e porções individuais.

Antes disso, a empresa criou, em 1999, a C ozinhae Sabor Tio João, para v ender arroz com galinha, arroz carreteiroe de ri-

Fotos: Divulgação

soto, em envelopesderefeições individuais. As variedadesmundiais, como o arroz tailandês, italiano, selvagem e japonês, integram a marca TioJoãohá doisanos."Queremos modernizar amarca TioJoãocom ocrescimento em produtos de maior valor a gr e ga d o" , diz Marissol. Aempresa processa mais de 700 mil toneladas de arroz por ano. L íd e r –A Josapar mantém a liderança nacional no consumo de arroz bran-

co. De acordo com os últimos dadosda ACNielsen, a empresa ocupa 10,4% do mercado coma marcaTio João.A Josapartevecrescimento de 0.9 ponto percentual sobre o levantamento anterior, que indicava 9,5% do market share para a marca Tio João. A empresa comercializa o agulhinha dotipo 1(com até 10% degrãos quebrados)e a Camil, a maior concorrente, vende,além dotipo1,também o arroz de tipo 2. A marca Tio João existe no mercado há mais de 20 anos.

Soja – Dentroda metasde expansão da Josapar também estáa bebidade soja SupraSoy. A marca Suprasoy é produzidapelaJosapar desde 1996, em parceria com Protein Technologies Interna-

Produção do cereal é mantida com parceria de agricultores

Para levar o beneficiamento e a distribuição do arroz adiante, aJosapar trabalhaem parceria comprodutoresagrícolas. Nasafra 2001/2002,os agricultores gaúchos devem entregar 750 mil sacas de arroz em casca à Josapar para a industrialização.

A bebida de soja SupraSoy é fabricada em parceria com a multinacional PTI e a linha Cozinha e Sabor Tio João, vendida em envelopes, entrou para a linha de produção da Josapar em 1999, dentro da proposta de modernização da marca de arroz

tional (PTI), maior fabricante mundial deproteína isoladadasoja.O produto éimportado da unidade da PTI na Bélgica eembalado e distribuído pela Josapar no Brasil.

A Josaparé uma das dez maiores fornecedorasdas redes de supermercados por faturamento. Os produtos fabricadospelaindústria são distribuídos em maisde 50 mil pontos-de-venda.

A produção ébeneficiada em três unidades, duas delas no Rio Grande do Sul, nas cidades dePelotas e Itaqui,e a outra no Recife. A empresa fabricaoito marcasdearroz, além do feijão Biju e dos produtos defarinha, comomassas e papinhas, e de soja.

Isaura Daniel

Os produtores recebem insumos agrícolas, sementes, adubos e defensivos e se comprometem avender oresultado da colheita para a empresa. ORioGrandedo Suléoprincipal estado produtor de arroz noBrasil edeveter umasafra de 5,3 milhões detoneladas. As estimativas atuais apontam

Soja ajuda

umacolheitanacionalde arroz de 11 milhõesdetoneladas.Noano passado,a safra brasileiradoarrozem casca chegou aum total de10,3 milhões de toneladas. O consumo interno do grão, porém, ficou em 11,7 milhões, e teveque sercomplementado porestoquesanteriorese importações de países do Mercosul. Os estoques de passagem registradosno finaldo anopassadoerade 1,5 milhões de toneladas, o que deve garantir oabastecimentoda população brasileira neste ano, estimada em 11,8 milhões de toneladas. (ID)

indústria

a reverter prejuízo

Apesardo crescimento de 58% no faturamento do ano passadoem relaçãoa 2000,a Josapar nãoconseguiu registrar lucro no último balanço.

A empresa obteve receitade R$ 467 milhões, mas um prejuízo líquido deR$ 15milhões. As perdas, porém, ainda foram menores em relação ao desempenho de 2000, quando chegaram a atingir R$ 19,9 milhões. Durante todoo anopassado,a Josapartrabalhoucom redução decustos edespesas operacionais para reverter o quadro contábil. No relatório enviadoaos acionistas,a empresa gaúcha qualificaos númerosde 2001como"claramente positivos", lembrandoaredução deR$4,91 milhões no prejuízo.

A alta na receita é atribuída, principalmente, aos negócios com soja, queresponderam por 28% da receita. Entre eles estão a comercializaçaõ do óleo Coccinero,que atingiram 107 mil caixase da bebida de soja SupraSoy, com 119 mil caixas. O crescimento nas vendas do óleo chegou a 41,6% e da bebida a 35%.

A empresa também encerrou no ano passado as negociaçõescoma CamilHoldingsLLC. Aprincipalconcorrente da Josapar, fabricante da marca de arroz Camil,pretendia comprara empresae unirasoperações debeneficiamento edistribuiçãode arroz. AJosapar chegou a levar a proposta em conta, mas achou melhor não fechar o negócio. (ID)

Cavalo lusitano pode conseguir

R$ 120 mil em leilão no domingo

Os mais valorizados cavalos de puro sangue lusitanos doBrasilserão vendidosno domingo,em Araçoiabada Serra, no interior paulista, no V Leilão Internacional LusoBrasileiro. A comercialização dosanimais deve atingir R$ 990mil, deacordo como diretor comercial da Bolsa do Cavalo, Vagner Antônio Lazzuri,que participa do leilão com doisdos poucoscavalos negros da raça, o Paiol do Top e o Napoleão.

Garanhões de 17arasvão serofertados naCoudelaria Ilha Verde. A raça puro sanguelusitano éumadasmais bem comercializadas entre os criadores brasileiros de cavalos. "Há umnúmero reduzido de criadores e pouca oferta", explica Lazzuri. O Parágrafo do Top, pai do atual Campeão InternacionalBrasileiro, deve chegara R$ 120 mil no leilão.

Amédiade preçodosanimais, porém, ficará em R$ 35 mill, de acordo com o diretor da Bolsa do Cavalo. O cavalo Queméticodo Top, favorito para representar o Brasil no próximo Campeonato Mundial de Equitação deTrabalho,na Europa,temperspec-

D ivulgação

Quemético, favorito para representar o Brasil no mundo, estará em leilão

tivade ser arrematado por US$ 30 mil. No ano passado, o leilão gerou R$ 800 mil. "A qualidade dos animais comercializado cresceu neste ano", justifica Lazzuri. Duranteo evento também serão vendidas quotas deR$ 12 mil do cavalo Condomínio Donaire, cujos filhos estão sendo vendidos por US$ 20 mil. R a ça – O LeilãoInternacional Luso-Brasileiroéo mais importanteeventoda raça no País. Além dele, ocorrem anualmente mais cinco leilões decavalos lusitanos. Atualmente existemnoPaís oito mil cavalos da raça, composta por filhos de animais

portugueses ouanimaisimportados de Portugal. Em 2001, osleilões dosegmento geraram R$ 3 milhões. Oleilãode domingoécercadoporumasériede atividades, como aIII Etapado Campeonato Brasileiro de Equitação doTrabalho, que inicia amanhã e Simpósio Internacional de Equitaçãodo Trabalho. Oleilão ocorreno domingo, às 14 horas. (ID)

ser viço

Patrocínio cultural leva clientes à loja

Empresas de pequeno e médio porte podem patrocinar espetáculos para atrair consumidores e pagar menos impostos

Prática normalmente associadaàsempresasde grande porte, o patrocínio é acessível a empreendedores de todos os segmentos. Aestratégiaé estimular a marca e o perfil da empresa através deações concretasjuntoao público. "Apublicidade serveparadizer aosclienteso quea empresa pensa. Patrocinarsignifica agirdeacordocomo que se pensa", explica Yacoff Sarkovas, presidente Articultura, agência de comunicação, de São Paulo, especializada em patrocínio.

A opção pelo patrocínio ainda é uma tendência nova no Brasile nomundo. Entre os grandes patrocinadores do País, estãoempresas como a Petrobrás,Credicard, Visa, Philips, Natura e bancos como o Santander, Itaú e Banco

do Brasil,entre outros.Sempre na linha de fortalecer vínculos com a comunidade. Via de regra, as áreas de patrocínio para as empresas são quatro: cultural, social, ambiental e esportiva. Hoje, os empreendedores interessados empatrocinar algum grupo ou atividade podem obterbenefíciosfiscais pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.

Segundo a lei, é possível deduzir doImpostode Renda entre 50% e 100% do valor patrocinado, desdequeo montante não ultrapasse 3% do totala pagarpelo tributo. Na capital paulista, há outra opção de lei sobre o assunto: a Lei Mendonça. Nessecaso, pode-se abater até 70% do valor que foipatrocinado no IPTU ou noISS, observando

Pequenas empresas podem ter ombudsman

Ombudsmannas pequenas e médias empresas. Essa é asolução apresentada pela consultoria AML Marketing , de São Paulo, para os empresários que querem estreitar as relações com os clientes, sem gastar uma fortuna.

Segundo aconsultora Ana Maria Leandro, daAML, as pequenos e médios empreendedores podemtransformar um assistente de diretoria em ombudsman da companhia. "O funcionário pode trabalhar meio período como assitente e a outra parte do tempo comoombudsman", afirma Ana Maria.

Numaempresa demenor porte, em geral, as reclamaçõese dúvidas não sãomuitas. "Um profissional que dedicarquatro horasparafalar comos consumidores,vai conseguir solucionar os problemas comtranquilidade", diz a consultora.

Oombudsman temdeser um funcionário da confiança da diretoria eque tenha bom trânsito dentrodacompanhia. "Para resolver osimbróglios, é preciso conhecer o funcionamentode todosos departamentos da empresa", afirma Ana Maria.

Segundo aconsultora, o ombudsman deveser preparado para enfrentar situações de crise dentro da empresa. "Como o profissional defende o interesse do cliente e avalia as ações da empresa, vai sofrer pressão dos setores onde forem apontadasincoerências", afirma.

Grandes empresas – Nas grandes empresas,como Pão de Açúcar, AGF Seguros e Gradiente,o ombudsmanse tornou uma figura indispensável. Em geral, essas companhias fazem um trabalho conjunto. Elas contam com os funcionários do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor),que tambémrecebem informações dos consumidoressobreas qualidades dos produtos e serviçosda empresa. "Nesse caso, os problemas que chegam ao ombudsmansão filtrados",afirma Ana Maria.

Sem o serviço doSAC, é preciso que todosos funcionários dacompanhia recebam e passem as informações para o ombudsman. "Vendedores, por exemplo, devem estar atentos às reclamações dos consumidores", afirma Ana Maria. (CM)

o limite de 20% do valor total para cada um dos impostos. "As possibilidadessão ilimitadas desde que se tenha criatividade", diz Sarkovas. De acordo com o presidente da Articultura, as pequenas e médias empresas podem obter benefíciospatrocinando sob custos muito baixos. "Uma lavandeirado interior de São Paulo,por exemplo, conseguiuuma ótimarepercussão da marca ao se ofere-

cer paralavar osfigurinos de umapeçacom Fernanda Montenegro que estava em cartaz nacidade.Ocustode imprimir panfletos relatando oapoio foimínimo,destacando conteúdos como "Faça como a Fernanda Montenegro, lave as suas roupas na lavanderia tal.Comessechamariz, o empresário acabou ganhando uma garota-propagandade primeiralinha apenas lavandoosfigurinos

do espetáculo", afirma Yacoff Sarkovas.

O retorno dos investimentosem patrocínio nãoé de longo nem curto prazo."O patrocínionão substitui outras ações, como a propaganda, nemserve paraesconder falhas. O objetivo é fortalecer areputação daempresas eos vínculoscom opúblico",explica Sarkovas. O patrocínioesportivo éo querecebe osmaioresinvestimentos porpartedas empresas, tanto noBrasil quanto no exterior. No País, a aplicação de recursosna área social vem ganhando força na horade decidiro quepatrocinar. "O conceito de responsabilidadesocial vem crescendo entre as empresas, sem falar queo quadrodedesigualdade no Brasil motiva os

empresários a agir em benefíciode suascomunidades", afirma Sarkovas. Segundo o presidente da Articultura,a expansão do patrocínio foi responsável pelo aumento na oferta de opções culturaisnas grandes cidades,como SãoPaulo. "Foi umcrescimento em diversidade, qualidadee quantidade. Semospatrocinadores,os eventosdependeriam de recursos públicos ou da viabilidade das bilheterias para acontecer", explica. Outratendência nova éa compra dos nomesdos estabelecimentos pelas marcas. "A cidade está repleta de casas como o DirectTv Music Hall, Teatro AbrilouCredicard Hall", diz Sarkovas.

Software controla a produção de pão

A empresa BM Informática, de Olinda, em Pernambuco, desenvolveu um software específicopara gerenciarpadarias. O Datapão controla todas asetapas de produção de uma panificadora.

O sistemafoi formulado para reduzir as perdas de, em média, 30% do setor. Com o softwareé possívelcontrolar ascontas apagare areceber, analisar os custos, monitorar o consumo deenergia da padaria, administrar oestoque e o uso da matéria-prima e programar as encomendas.

Segundo Benjamin Machado,sócio gerente daBM Informática, para instalar o sistema, o estabelecimento

precisa estar organizado. Nesse caso, a implantação do software demorade 30a 45 dias. Em empresas menos organizadas, o prazo para a instalação do sistemapode chegar a três meses. "Antes de instalar o software, o empresário deve checar se os papéis estãoem ordem. Um dado incorreto compromete toda a operação", diz Machado. Uma solução para os donos de padarias mais desorganizados é a contratação de uma consultoria em informática para levantare organizar os dados que vão alimentar o Datapão, antes de instalá-lo. Preço – O software custa R$ 1.060,00.O pagamento

cursos e seminários

Dia 22

Rescisãode Contratode Trabalho– Oobjetivodo cursoé promovera reciclagemde profissionaisda áreade recursoshumanos. Duração:15 horas, das 19h00 às 22h00. O cursocomeça na segunda-feira (22) e termina na sexta-feira(26). Local: Sescon (Sindicato dasEmpresas de Serviços Contábeis) deSão Paulo, avenida Tiradentes, 960,bairro da Luz. Preço: R$ 70 (associados Sescon) e R$ 140 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Apuração de custoda produção – A palestra édirecionada a empreendedores e gerentes de lojas eempresas que querem trabalhar na elaboração dos custos dos seus produtos. Duração: três horas, 19h00 às 22h00. O curso acontece na segunda-feira (22). Local: Sescon (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis) de São Paulo, avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados Sescon) e R$ 140 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900. Comoentender matemáticafinanceira– Ocurso édirigidoa microe pequenos empresários que queremsaber sobre matemática financeira para aplicar na empresa. Duração: 20 horas, das 8h30 às 12h30. O curso começa nasegunda-feira (22). Local:Sebrae São Paulo,rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$ 100 (pessoa física, micro e pequeno empresário) e R$ 180 (médio e grande empreendedor). As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800-780202. Como melhorar a produção na empresa – O seminário é direcionado a micro epequenos empresáriosque estãoprocurando mecanismospara melhorara produção da empresa. Duração:16horas,das das8h30às 12h30. Ocurso começana segunda-feira(22). Local:Sebrae SãoPaulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$ 80 (pessoa física, micro e pe-

pode ser feito à vista ou em três vezes. Depois da implantação, se o empreendedor tiverdúvidas deveresolvê-las pelotelefone. "Sehouvernecessidade, vamosatéaempresa, mas, em geral, o suportevia telefone resolve",afirma Machado. ODatapãoé atualizado quase todos os anos. As despesas com as mudanças no software sãoporconta do empreendedor.Quem atualizou o sistemaeste ano, por exemplo, pagou R$ 430,00. O sistema da BM Informática está implantado em cerca de 70 padarias. A maioria dos estabelecimentosficana regiãoNordeste, maso Data-

pão atende todo o Brasil. O programa foidesenvolvido em 1996 para atender as exigência do curso de Ciência daComputação queMachadocursava. Depoisdeuma pesquisa apontando que1% das 54 mil padarias do país nãosão informatizadas,Machado decidiucomercializar o sistema que tinha feito para a faculdade.

ser viço

BM Informática

Tel.: (81) 3249-6519 Site: www.bminformatica.com.br

queno empresário)e R$150 (médioe grandeempreendedor). Asinscrições devem ser feitas pelo telefone 0800-780202.

Qualidademáxima noatendimentoao cliente– Oseminário édirecionado aosmicro epequenos empreendedoresque quereminstalar um programa de atendimento ao cliente.Duração: 16 horas, das das 8h30 às12h30. Ocurso começa nasegunda-feira (22).Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$ 80 (pessoa física, micro e pequeno empresário) e R$150 (médio e grande empreendedor). As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800-780202.

Vendas no balcão: sua empresa de portas abertas para o lucro – O curso é dirigido a micro epequenos comerciantes que querem inovar nasvendas usandoo balcãoparaatrair osconsumidores.Duração: 16 horas, das das18h30 às 22h30. O curso começa na segunda-feira (22). Local: Sebrae São Paulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade. Preço: R$80 (pessoafísica,micro epequenoempresário) eR$150 (médioe grande empreendedor). As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800-780202.

Dia 23

Cooperativasdeserviços etrabalho – O objetivodoseminárioé orientar os empreendedoressobre o uso dosserviços da cooperativas detrabalho. Duração:12horas, das8h30às 18h00,noprimeiro dia,e das8h30às 12h30,nosegundodia.Local:IOB Thomson,ruaCorrêa Dias, 184,Paraíso. O cursocomeça na terça-feira (23) eterminana quarta-feira (24). Preço: R$ 320 (associados) e R$ 390 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Isabela Barros

Dois impostos estão na mira do governo para garantir arrecadação

O governo está preocupadocom as perdasnaarrecadação de impostos,decorrentes de três principais fatores. Umdeles dizrespeito ao atraso na votação da prorrogação da CPMF.Depois vem a correção da tabela do Impostode Rendada PessoaFísica(IRPF)ea isençãoda CPMFnas bolsasdevalores.

Paracompensar aquedana arrecadação, o aumento de pelo menos dois impostos estão na mira do Executivo: o IOF,o ImpostodeImportação (II) eo Impostosobre Produtos Industrializados (IPI). O secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, sinalizou que serão necessários "aumentos pesados" de tributação para lidar com esses problemas aoscofres públicos.

cheque para as bolsas de valores– estimadaentreR$700 milhões e R$ 950 milhões – , o governo ainda não definiu comoagir. Issoporqueporque a emenda que prorroga a CPMF aindanão foivotada. Sóapós a aprovação pelo Congresso serápossível estimar qual é o valor que ela deixará de arrecadarem relação ao previsto noOrçamento e, portanto,comoo problema será atacado.

Governo estima perder R$ 3,8 bilhões só com correção da tabela do Imposto de Renda

Perdas – A perda estimada coma correção databela do IRé deR$3,8bilhões, mas parte dela – aquela resultante da correção dos limites de dedução,estimada nesteano em R$188 milhões –tem de ser coberta comaumento de outros tributos, segundo determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Não pode sercorte nosgastos", afirmouosecretário."Por isso, vamos ter de pensar em outro aumento de tributação."

Atraso – Quantoao atraso na votação da CPMF e a queda na arrecadação provocada pela insenção do imposto do

Impostos – O ministroda Fazenda, Pedro Malan,já anunciou queo primeiro passo será elevar as alíquotasdo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, haverá aumentode outros impostos e cortes de despesas, ainda não definidos. Uma alternativa à disposição dogovernoé propor a elevação daCSLLeda Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), porqueessas medidaspodem entrar em vigor no mesmo ano em que forem aprovadas.

Conta – O secretário Everardo Maciel, porém, recusase a comentar qualquer das alternativas emanálise.Ele reconhece quenão será fácil negociar um aumento de carga tributária com o Congresso. "Mas, se não o fizermos, a conta ficará muito mais cara, porque aí estaremosameaçando o ajuste fiscal". (AE)

Aumento da alíquota do

IOF pode ser apenas ameaça

O economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São, não acredita que o governo vai levaradiante asua intençãode aumentaro Imposto sobre Movimentação Financeira (IOF), conforme anunciou nesta semana oministro da Fazenda, Pedro Malan.

"O governo feza ameaça para tranquilizarosmercados internacionais e o FMI de que o orçamento está sob controle", acredita. Ao classificar o anúncio como um balão de ensaio, Alfieri acha que o governo está usando o artifício para pressionaro Congresso aaprovar omais rápi-

dopossível aprorrogaçãoda CPMF. O economista explica que para compensar integralmente as perdas com a falta do impostodo cheque,a alíquota mensal do IOF precisaria subir dos atuais 0,12% para,no mínimo,1,5%. Issolevaria ao aumentoda taxa de juros, colocando emxeque a recuperação da economia. "Aumentando esseimposto, o governo estaria dando um tiro no pé", disse.

Endividados –O possível aumento da alíquota do IOF, que incide basicamente sobre os financiamentos,vai atingir todas aspessoas que costuram tomar dinheiroemprestado. "Tanto pode ser a

classe média comoas pequenas empresas, principalmente aquelas que estão endividadas", explicou. Diferentemente das grandes empresas, as de pequenoportegeralmente nãosão capitalizadas, sendo obrigadasa recorrer commais frequênciaa empréstimos.

Na opinião do presidente da Sociedade Brasileira de Estudosde EmpresasTransnacionaise daGlobalização Econômica, Antônio Correia de Lacerda, a manutenção da taxa de juros em 18,5% ao ano, somada aoaumento do IOF, vai agravar ainda o atual quadro econômico.

"Com o reajuste do impos-

to, o crédito ficará mais caro e isso consolida nossa perspectiva dequeo crescimento econômico para este ano será muito baixo, em torno de 2% do Produto Interno Bruto (PIB)", sustenta. Nasua opinião, o governo federal acabou se tornando refém de sua própria "inércia". Mutuários – A estratégia demexer comoIOF foiadotadaporquea legislaçãovigente permite ao governo modificaros valores dasalíquotas a qualquer momento, desde que não ultrapasse o limite máximo estabelecido pela lei 8.894, de 1994.

Sílvia Pimentel

Alívio para as prestadoras de serviços

As empresas prestadoras de serviçosrespiramaliviadas com a derrubada, no Congresso, do aumento da ContribuiçãoSocial sobre o LucroLíquido (CSLL). "É umagrandenotícia, apesar de sempre acreditar, que o Congresso nãoaprovaria o aumento", disse o presidente do Conselho Regional de Contabilidade deSão Paulo, Pedro Ernesto Fabri. Aumento – O reajusteda contribuição representava um aumento de quase 2% sobreo faturamentodas empresase estavaprevistona Medida Provisória 22, a mesma que atualiza em 17,5% a

Propaganda de remédios deve recomendar

Osmeios decomunicação doestado deSão Pauloestão obrigadosa veicularnos anúncios publicitários de medicamentos mensagem de advertência sobre a necessidade de consultar um médico antes de usar o remédio. Apesar desta lei estarvigorando há quatro meses, oautor da proposta, deputadoestadual

A ntonio Mentor (PT), afirmaque amedidanãovem sendo obedecida. "Semana passada enviamos mais de 60 ofíciosaos principais veículos de comunicação reiterando as modificações que dev em serfeitas eesperamos que a lei passe a ser obedecida em breve."

A fiscalização está a cargo da Vigilância Sanitária do Estado e a multa para quem não cumprir a medidaé de 80 Unidades Fiscais do Estado

consulta médica

de São Paulo (Ufesp),que hoje vale R$ 10,52 a unidade. Na reincidência, a multa é dobrada.

Atualmente, em todo o País, é veiculada a mensagem "Ao persistiremos sintomas, consulteseumédico" nos anúncios publicitários de medicamentos, por determinação do Ministérioda Saúde. Depois dapublicaçãoda lei, a mensagem já deveria ser sido substituída em São Paulo por "Consulte um médico antes de utilizar qualquer medicamento." Segundoo deputado,apesarde sutil, é uma mudança relevante porque ressalta a importância do médico recomendar o uso do medicamento. "Osmeios de comunicação veiculam indiscriminadamente medicamentosde todosostipos eo seu mau uso tem levado pes-

soasà morte. Estágerando problemasde saúdepública. Os cidadãosprecisamsaber se determinadomedicamento é adequado para as suas necessidades e individualidades. E essas informações só um médico pode passar." Inconstitucional – A proposta do deputadofoi considerada inconstitucional e vetada pelo governador em outubro do anopassado. Segundo Alckmin, uma medida que diga respeito à propaganda comercial é de competência federal e por isso não poderia ser legislada no âmbito estadual. Mas ao voltar para a Assembléia Legislativa, o veto foiderrubado ea leisancionada pelo presidenteda Casa, deputado Walter Feldman (PSDB).

Catarina Anderáos

tabeladoImposto deRenda das pessoas físicas. Por falta de consensono Congresso,o artigo queprevia oaumento foi retiradodo texto,permanecendo apenas o reajuste da tabela progressiva do Imposto de Renda de Pessoa Física. Pelascontas dogoverno,o aumento da contribuição social representaria uma arrecadação em R$ 360 milhões e compensaria parte da perda de receitacom acorreção na tabela progressiva do IR. Pressão – Aforma como o governotentou impororeajuste da CSLL contribuiu, em parte, paraas empresasescaparem do aumento dacarga

tributária. Isso porque no acordofirmadoentre ogoverno e Congresso para reajustar a tabela do IR não estava previstoqualquer outro aumento para compensar perdas aos cofres públicos. "Aatitude de baixar uma medidaprovisória gerouum grande descontentamento, inclusivedentro dabasealiadadogoverno", lembraFabri. Apressãoda sociedade civil, completou,especialmente de entidades representativas do setor, também teve peso importante. Campanha – "Pela primeira vez, a sociedade se organizou contra um abuso tributá-

riono Brasil",disseo presidente do Sindicato das Empresas ContábeisdeSão Paulo (Sescon), Carlos Castro. Ele se refere à campanha deflagradapela entidade contra oaumentoda carga tributáriadas prestadorasde serviços,incluindo arealização de uma audiência pública para sensibilizar os deputados no Congresso Nacional. Na opinião de Carlos Castro, ao contrário de o governo tentar compensar as perdas aumentando impostos de quem paga corretamente, deveria buscar recursos,combatendo, por exemplo, a evasão fiscal. (SP)

São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 2002 FMI prevê inflação de 6,1% para o Brasil neste ano e recomenda atenção

OFMI recomendou, em um estudo divulgado ontem, que o Brasil se mantenha alerta na condução da políticamonetária, deforma a garantir as metas de inflaçãoparaesteano.O estudo prevê inflação de 6,1% para o Brasil em 2002 e projeta crescimento do PIB brasileiro de 2,5% neste ano e de 3,5% em 2003. Além disso, o FMI estima um déficitem conta corrente de 3,7% do PIB para este ano. Página 17

Segunda prévia da Fipe fecha com elevação de 0,08%

O IPC do município de São Paulo, medido pelaFipe, subiu0,08%na segundaquadrissemana do mês, contra 0,03%na prévia anterior.Já o IGP-10 deabrilficouem 0,36%, segundoa Fundação Getúlio Vargas. Página 17

Estados continuam obrigados a seguir coligações nacionais

Os partidos políticos estão mesmo obrigados a repetirnos estadosas coligaçõesnacionais. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que nãotemcompetência para julgar as ações diretas de inconstitucionalidade contra a verticalização das coligações.

Assim, as alianças nos Estadosserão subordinadasàinterpretação doTribunalSuperior Eleitoral(TSE),que, em fevereiro,decidiuvincular ascoligações paraas eleições dos governos estaduais às alianças para a Presidência. O partidoque não lançar

ou apoiar umcandidato à Presidência ficará livre para compor da forma que achar melhor nos estados. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), espera que a Câmara dos Deputadosaprove odecretolegislativo quederruba averticalização. Para o senador, a decisão do Supremo pode ter sido juridicamenteperfeita, masfoi politicamente injusta."Mudaras regrasdojogo aos 45 minutos do segundo tempoépior doquerecorrer aotapetão.É melar o campeonato", afirmou. Página 3

Retração de grandes investidores reduz giro financeiro da Bovespa

A Bovespa interrompeu ontem arecuperação doseu giro financeiro diário, que vinha acontecendo desdea segunda-feira.Os grandesinvestidores adotaramuma postura mais cautelosa. Isso foicausado emgrandeparte pela desinformaçãonomercado eos problemas com a

Diminui

entrada em vigor do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro,SPB, queatrapalharam a recuperação da bolsa paulista. Mesmo assim, o volume financeiro de ontem ficouemR$ 561,3milhões, superioraodo dia12,quandoabolsapaulista movimentou R$ 511 milhões.

a confiança

dos empresários na economia

O Índicede Confiançado Empresário Industrial, medidopelaCNI, ficouem58,9 pontosem abril, 3%abaixo domesmo período do ano passado. O índicenão caía paraumnível inferioraos50 pontosdesdeoutubro de 2001, quandoa indústriarefletiu a recessão americana. ParaaCNI,a quedaneste indicador reflete,provavel-

Mais um quebra-cabeça de Lynch chega às telas

Polêmico, conhecido por seu gosto pelo bizarro e pelos roteiros marcadosporreviravoltas,o diretorDavid Lynchvoltaà cena.Chegaàs telas docinema nestefim de semana Cidade dos Sonhos, filmequedeu aeleoprêmio de melhor direção no Festival de Cannes.Lynch centra-se na históriade duasmulheres para abordar temas como amor, ódio, ciúme, paixão e traição. Disparatambém contra a indústria do cinema. E na terceira parte de Cidade dos Sonhos acontece mesmo uma reviravolta. Página 14

Lula diz que não poderia baixar a taxa de juro de "uma tacada só"

Em encontrocomempresários do Distrito Federal, o pré-candidatodoPTà Presidência da República, Luís InácioLula daSilva,afirmou ontem que, caso seja eleito,nãopoderá reduzirosjuros, "deumatacada só", de 18%para 12%.Ressaltou, porém, que seu governo trabalhará numprogramade queda das taxas. Página 3

Implantação do Projeto Degrau começa em Mogi

mente, o fraco ritmo de recuperação da economia no primeiro trimestre. Segundo a entidade, uma recuperação maisfirmeparece depender da trajetória da queda da Selic. Naquarta-feira, oBC interrompeu a redução de juros iniciadaemfevereiro por conta de preocupações com a inflação após os recentes reajustes da gasolina. Página 17

Economia argentina deve ter recuo de até 15% em 2002

Operadores e gerentes de corretoras comentamque os clientestêm tido dificuldades para checar nas agências bancáriasse poderão contar com a Transferência Eletrônica Disponível (TED) na segunda-feira. Por isso, muitos preferem ficar afastados do mercado de ações. Página 11

O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado de São Paulo eda Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, marcou ontem, em Mogidas Cruzes, o iníciodo ProgramaConvivência e Aprendizado no Trabalho, que põe em prática os ideaisdo MovimentoDe-

grau e que pretende incluir os jovens nomercado detrabalho. No auditório lotado do Teatro Municipalda cidade, Burtidisseque"esteéo primeirodegrau de uma enorme escada na busca da inclusão social, da ética, com mais cooperação entreoshomens de bem". Última página

Avião na torre assusta Milão

Torre Pirelli, o

alto edifício de Milão, na Itália,

Cinco pessoas morreram e dezenas ficaram

Empresa vai além do Tio João e investe nos semiprontos

Curiosidades e tecnologia, marca registrada da UD

ONU defende envio à Palestina de uma força multinacional

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, pediu ontemaoConselhode Segurançada entidade,no qual osEUA têm poderde veto,autorizaçãopara envio de uma força multinacional de paz à Palestina. Página 4

A UD 2002, feira de utilidadesdomésticas,abre asportashoje, noAnhembi, coma promessade levartecnologia para dentrodolar.Afeira

OFMI avaliaque aeconomia da Argentina deverá sofrer retração entre 10% e 15% neste ano, numa previsão muito maispessimista quea do governo argentino.As previsões do FMI baseiam-se na suposiçãode inflaçãoentre 25% e 30%. O governo argentinoestima quedadoPIB decercade 5%nesteano e inflação de 15%. Página 4 a a Puro-sangue lusitano vai a leilão e pode conseguir até R$ 120 mil Página 16 Alencar Burti recebe do Exército a medalha do Mérito Militar Última página Bancos taxarão cheques acima de R$ 5 mil a partir de agosto Página 10

AJosapar quer ir além do arroz branco.No anopassado, osprodutos demaior valor agregado, como alguns tipos de arrozsemiprontoe a bebidade sojaSupraSoy,representaram 15% da receita da empresa. AJosapar já tem 68%do mercado de semiprontos no País. O arrozagulhinha,noentanto, continuasendo ocarro-chefe na indústria gaúcha. A participaçãode mercado damarca de arroz branco TioJoão alcançou10,4%em fevereiro e março. Página 17

reúne 700expositores etraz produtos curiosos, como a estante que vira mesa de jantar eafechaduraresidencial aberta com código. Página 16

Ano
A
mais
foi atingida ontem por um avião em chamas. O desastre fez lembrar o ataque a Nova York e assustou a cidade.
feridas. Página 4 Stefano
Rellandrini/Reuters
Naomi Watts e Laura Harring confundem-se em "Cidade dos Sonhos"

Para Fiesp, indústria está menos otimista hoje do que no começo do

A indústria paulista não está mais tão otimistano final do primeiro trimestre quanto nocomeçodo ano ejá vê cadavezmais afastadaatão desejada recuperação da atividade, que traria a tiracolo o aumento do nívelde emprego. Os fatores que prenunciavam a retomada, como a trajetória descendente dos juros, o aumento docréditoe o crescimento da demanda, não se c o n c r e ti z a r a m , afirmou ontem o presidente em exercício da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Carlos Roberto Liboni.

Empresários estão desanimados com a manutenção da taxa de juros e com a queda da demanda interna

"As dificuldades têm aumentado.A manutenção da Selic naquarta-feiraprorrogaosobstáculos paraarecuperação do nível de atividade da indústria".

Anteontem, o Banco Centralmanteve ataxaSelic em 18,5% ao ano, sem viés. Liboni acreditaque, semredução dosjuros,serádifícil haver maior movimentação da economia. "É o fator primordial. Precisamos crescersustentadamente, e nãoé num clima de instabilidade desses que isso acontecerá", disse.

ano

Pressão – Oexecutivo garantiuque aentidadecontinuaráa pressionaro BCpara quereduzaosjuros nareunião do próximo mês. Libonitambém afirmou estar preocupado com a política de metas de inflação. Outro fatornegativocitado pelo empresários foi a possibilidade deaumento de tributos – o Imposto sobre Movimentações Financeiras (IOF) e provavelmente mais um –, para compensar as perdasde receitaque serãocausadas pelasuspensão da CPMF. "Entendemos as dificuldades demanter oequilíbrio fiscal no País. É um conforto muito grande para o governo elevar umtributo para salvar aarrecadação.Mas precisamos de um comportamentodo governo de mais respeito à produção e ao crescimento da economia", alfinetou ele.

Carlos Roberto Liboni lembrou ainda que o aumento o IOF,se efetivado, deverá diminuir a já restrita oferta de crédito,essencialparaa indústria promover ocrescimento. (AE)

Pequenos e médios têm mais

dúvidas

sobre a economia

Os pequenos e médios empresários têm menos confiançanosrumos daeconomia e da atividade industrial do País do que os grandes. Essafoiuma dasconclusõesda pesquisa sobre o nível de confiança empresarial no Brasil, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em abril deste ano, o índice que mede a confiança dos pequenos e médios empresários caiu para 57,6pontos.Na

pesquisa anterior (de janeiro), estava em 58,7 pontos. O indicador relativo à expectativa dosgrandes empresários passou de 59,9 para 58,9 pontos, no mesmo intervalo. De acordo com a CNI, o resultado menor das pequenas emédiaspode serexplicado pelo fraco ritmo de recuperação da economia do primeiro trimestre– oque é sentido mais fortementeemempresas de menor porte. (GN)

Confiança dos empresários recua em abril, revela CNI

O Índicede Confiançado Empresário Industrial, medido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), recuou de 59,9 pontos em janeiropara 58,9pontos em abril.

Aentidaderessaltou que, apesar do recuo, o índice ainda se mantém positivo, isto é, acima dos 50 pontos, de acordo com os critérios da pesquisa.O índice,divulgado trimestralmente, avalia as expectativas da classe empresarial para os próximos seis meses em relação à economia do País, aosetor de atividadee à própria empresa.

Para o coordenador de Política Econômica da CNI, Flávio CasteloBranco,aqueda ocorreu porquenão houve fatosnovos que indicassem recuperação da economia,

como a redução da taxa básica de juro. "Os cortes da Selic foram relativamente pequenas, em 0,5 ponto porcentual, e ontemo Copom (Comitê dePolíticaMonetária) decidiu manter a taxa no mesmo patamar".

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 de março e 17 de abril, ecaptou,portanto, os aumentos do preço dos combustíveis e as incertezas a respeito da decisão do Copom.

IPC da Fipe sobe para 0,08% em São Paulo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apurou inflação de0,08% na cidadedeSão Paulo, na segunda prévia de abril.O resultado foi poucosuperior à primeira prévia do mês, quando ficou em 0,03%.

Como previam os analistas, a pesquisa já apurou a incidência do aumento dagasolina na inflação do municípiode SãoPaulo.O grupo transportes registrou a maior alta do período, com variação de 2,23%, ante1,27% da primeira prévia do mês.

O segmento alimentação continuou apresentandodeflação. Nesta segunda medição, a queda foi de 0,77% – na pesquisaanterior, haviasido de 0,63%.

Habitação também mante-

FMI reforça alerta sobre inflação

O Fundo Monetário Internacional recomendou que o Brasil semantenha emalerta na condução da política monetária paragarantirameta de inflação neste ano. O Fundoobservou quea política monetária temsido afrouxada modestamente nos últimos meses, mas é preciso que o País continue "vigilante para garantir a obtenção da meta de inflação", enquanto a política fiscalpermanece nos trilhos. A recomendação consta do World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial), estudo div ulgado ontem, na reunião de primavera do FMI.

O Fundo prevê inflação inflação média anual de 6,1% para o Brasil em 2002. Para 2003,a projeçãoéde3,9%.

Em relaçãoàeconomia do País, o FMI aumentou em 0,5 ponto suaprevisão decrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2002, para 2,5%. A previsão de dezembro de 2001 era de 2%. Para2003, aestimativa é de expansão de 3,5%. O organismo internacional também

espera umdéficit emconta corrente de 3,7% do PIB em 2002 e 4,1% em 2003. Odocumento avaliouque o fortalecimento da economia brasileira este ano eno ano que vem deveráser influenciado pela recuperação econômica em cursonos Estados UnidosenaEuropa, além doalívio nacrise energéticae doaumento daconfiança doméstica. "No entanto, as vulnerabilidades permanecem, especialmenteem vista dagrande (emboradeclinante) necessidade de financiamento externo que o Brasil tem".

O FMI ressaltou que o acesso do país aomercado de capitaismundial no primeiro trimestre quasecobriua necessidade de de financiamento externo para 2002, além de prover forte volume de investimento direto.

Risco – Ementrevistapara divulgaro estudo,ovice-diretordo departamento de pesquisaeconômica doFMI, David Robinson, afirmou que a elevadadívida pública ainda é um dos principais en-

traves ao crescimento econômico do Brasil. Robinson citou especialmentea parcela dadívida indexada ao câmbio. "O Brasil precisa reduzir a sua vulnerabilidadenessa área". Uma das maneiras para isso, segundo Robinson, é continuar a atingir as suas metas desuperávits primários de 3,5% do PIB. Outra forma para reduzir a vulnerabilidade externa,explicouoeconomista, éampliar gradualmente a abertura da economia brasileira parao comérciomundial."Isso contribuiriapara reduzir a relação dívida/exportações". Eleições – O economistachefe doFMI,KennethRogoff, reforçou os elogios à conduçãoda políticaeconômica. "Embora tenha havido um ligeiro aumentona inflação, isso parece estar sendo administrado". Rogoff disse, porém, que o fato de 2002 ser um ano eleitoral pode ser preocupante. "Alguns países tendem a relaxar sua atenção ao equilíbrio fiscal. Masnão vemos isso ocorrendo neste momento no Brasil". (AE)

ve tendência de baixa,com deflação de 0,46%. Na primeirapréviado mês,areduçãofoide0,29%.O grupo vestuário registrou inflação de 0,16%;despesas pessoais, de 0,11%; educação (0,08%); saúde (0,35%). (AE)

Abaixo da média – O indicador ainda está abaixo da média do início do ano passado, de64 pontos,mas continuaacimado "fundodopoço",registradoem outubro de 2001. Naquele mês, o índice bateu47,3 pontos,após os atentados terroristasnos Estados Unidos e em plena crise energética.

Segundo Castelo Branco, entre janeiro (data da última pesquisa) e abril deste ano,

houve uma quedadas expectativas do empresariadoindustrial quantoàs condições atuais da economia, e as perspectivas com relação aos próximosseis mesescontinuam praticamente inalteradasem relação à última pesquisa. Oindicador dascondições atuais, de acordo com a CNI, caiupara 47,9pontos,frente aos 50,1 pontos em janeiro. O índice de expectativas futuras,por suavez,permaneceu em 64,7 pontos. Os dois indicador compõem o índice geral de confiançado empresário. As projeções para o futuro,contudo, temmaiorpeso relativo dentro do índice geral, já que oobjetivo é justamente ter um indicador mais voltado àsperspectivas sobre ospróximos meses,explicou Castelo Branco. (AE)

Apresentador Otávio

Mesquita escapa de seqüestro na madrugada

O apresentador Otávio Mesquita escapou, na madrugada de terça para quartafeira, de um seqüestro quando saía daTV Bandeirantes e foi perseguido por três carros. Um dosveículos fechou oseu Audiblindado, masele conseguiu desviar e fugir. A tentativa de sequestroocorreu por volta das 2h, nas proximidades daTV Bandeirantes, no Morumbi.

De acordo com Mesquita, pelo menos oito homens fortemente armados estavam no interior dos veículos. O apresentadorpassou adesconfiar que estava sendo vítima de

uma tentativadesequestro quandodoisdos carros se emparelharam na lateral do Audi que dirigia. Umterceiro veículousado pelos sequestradores ultrapassouo carrode Mesquitae fechou o caminho do apresentador. De dentro do automóvel saiu umhomem sem capuze armado com uma pistola. Gesticulando e gritando,o bandido apontou a arma nadireção doapresentador. Mesquita, contudo, confiandona blindagem de seu Audi e na perícia de sua direção, acelerou e conseguiu escapar do cerco.

Doação de sangue mobiliza contabilistas

Os contabilistas resolveram lançaruma campanha para incentivar a doação de sangue na cidade, no Estado e no País. A iniciativa, que tem o apoio do Ministério da Saúde edaAgência Nacional de V igilância Sanitária(Anvisa), partiu do Conselho Federal deContabilidadee dos conselhos regionaispara comemoraro DiadoContabilista, em 25 de abril.

O Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo irá distribuir 10milcartazes convocando os 92 mil contabilistas doEstado, aincentivarem também seus clientes,

parenteseamigos para doarem sangue.

O presidente do CRC-SP, Pedro ErnestoFabri, disse que os350milcontabilistas de todooPaísestarãoformando umarededesolidariedade na Campanha Nacional de Doação de Sangue. Carência – Nos hospitais e clínicas do País são utilizadas cerca de 5.500 bolsas de sangue pordia.Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existe uma carência de 600mil doações no Brasil, pois menos de 1,5% da população brasileira doa sangue regularmente. (SM)

Shopping Light promove primeira feira de móveis

O ShoppingCenter Light, na região Central, irá realizar a sua primeira feira de móveis a partir de hoje. A Feira Light Design reunirá os 13 maiores fabricantes dosetordemóveis no Brasil, que irão oferecerdiversos produtosdedecoraçãocom preçosdefábrica. A expectativa é de que cerca de 45 mil pessoas visitem a Feira Light Design.

Deacordo com Francisco Gomes, diretordaWRW Projetose Decorações, empresa responsável pela organizaçãodoevento, afeira

pretende atingir os freqüentadores do Shopping Center Light. "A maior parte dos consumidores do Light é composta de pessoas que trabalhanaregião, portanto consumidoresem potencial”, afirma ele.

Para amaioriadosfabricantes essa é uma boa oportunidadede divulgarseusprodutos, pois a feira está em um espaçoinédito quepodeser visitadopor umgrande número de pessoas.

Bilar Saifi, expositore proprietárioda empresaSanta

Terezinha, de São Bernardo Campo, acredita queo atendimentoe asformasfacilitadasdepagamento serão os grandesdiferenciais. ASanta Terezinha, que comercializa dormitórios,salas dejantare sofás, estará facilitando em até10 vezes, sem juros, para pagamentos em cheque.

Paraa administração do Light, afeirarepresenta um novo passo nahistóriado shopping, queestá ampliando seu mixpara poder atender asmais variadasnecessidadesde seusclientes.“Nos-

so intuito écomplementar o mix do shopping ea Feira Light Design vem suprir a carênciano ramo de móveis e decoração”, disse Luiz AlbertoVaz, superintendentedo shopping Light.

A Feira Light Design vai até o dia 20 de maio, de segunda a sexta-feira,das 10hàs 21he, aos sábados, das 10h às 19h. O Shopping Center Light fica na rua rua Coronel Xavier de Toledo, 23, 4º Piso. A entrada é gratuita.

Programa Conexão traz novidades

O Conexão ACSP desta semanatraz umanovidade:a estréiado quadro C on ex ão com o Presidente. De agora em diaten,em todos asedições do programa, Alencar Burti, presidenteda Federação das AssociaçõesComerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo, teráumaparticipação especial. Ele fará comentários sobre a situação política e econômicado Paísetambém arespeito dos fatos importantes que marcaram a semana.

Exte rior –O trabalhode apoio epromoçãodas empresas que atuam ou negociam em outros países tam-

bém será destaque do Conexão ACSP. SidneyDocal,gerentedo Departamentode ComércioExterior daAssociaçãoComercial, faladas

oportunidades de negócios para empresários brasileiros noexterior edos serviços prestados pela entidade. Oprogramamostra ainda

os melhores momentos da visita do embaixador do Brasil emWashington (EUA),RubensBarbosa,e davisita da Missão Comercial Chinesa, essa semana, na entidade, que trouxe oportunidades comerciais comempresas sediadas naChina.

O Conexão ACSP vai ao ar neste sábado, a partir das 11h, pela TV Comunitária de São Paulo, canal14 das TVsa cabo NETeTVA.Reprise às quintas-feiras, às22h30.Sugestõespara oprogramapodemserenviadasparao endereço eletrônico conexao@acsp.com.br.

Dora Carvalho

Kelly Ferreira
Alencar Burti, presidente da Associação, fará comentários semanais

Programa de inclusão começa em Mogi

Com o auditório lotado, Movimento Degrau dá o primeiro grande passo para levar 120 mil jovens para a escola do trabalho

"Este é o primeiro degrau deumaenormeescada na buscadainclusãosocial, da ética, de um mundo melhor, com mais cooperação entre os homens de bem", disse ontem Alencar Burti, presidenteda FederaçãodasAssociações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e Associação Comercial deSão Paulo, no Teatro Municipal de Mogi dasCruzes, totalmente lotadocom empresários, representantescomunitários de mais de uma dezena de cidadesede entidadesassistenciais e filantrópicas.

Burti marcouo iníciodo projeto piloto do Programa Convivência eAprendizado no Trabalho, que põe em prática os ideaisdo Movimento Degrau (Geração de Redes da Sociedade Civil), iniciativa da Facesp, Associação Comercial de São Paulo e Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas(Rebraf), cujo objetivo éconstruir, reunindo recursos e estruturasjáexistentes, ações deresponsabilididade einclusão social.

O Programa Convivência e Aprendizado no Trabalho é a primeira ação do Degrau, cuja proposta é enfrentar o desafioda educação profissionalizante para adolescentes de 14 a 18 anos. A meta inicialécolocar120mil desses jovens nomercado detrabalho. Esse esforço daclasse

empreendedora visa,entre outras coisas, conter o avanço do chamado Quarto Poder,o crimeorganizado,por meio do lema"tirar o jovem da escolado crime,para aescola do trabalho". Pelo coração – Alencar Burtidissequeo esforçodo Movimento Degrau e do Programa Convivênciae Aprendizado no Trabalho passa "pela alma e pelo coração daquelequequer ummundo melhor." Como sempre, agradeceu a inspiração e o exemplode DorinadeGouveia Nowill, diretora presidente daFundação Dorina Nowill paraCegos, queestava participando do evento. "Só fiz o que fiz (na área filantrópica) porque todos vocês existem",respondeu elapara

Burti.

O presidente da Associação Comercial agradeceu o esforço do prefeito de Mogidas Cruzes, Junji Abe (PSDB), em abrir acidade para sediar oprojetopiloto, quedeverá se expandir para todo o Estado e servir de exemplo para o País. AlencarBurti salientou queo trabalho decomparti-

lhar ações sociais e filantrópicas é o caminho para "melhorar o coletivo."

Burti lembrou quea falta de oportunidade,escolae emprego podem jogar o jovem num caminho sem retorno. "Nossoobjetivo éimpedir que esses jovens sejam aliciadospelocrime organizado", disse.Eacrescentou:

"Por isso estamos aqui em Mogidas Cruzes,numgrande movimentoque começae não tem fim, na busca de uma vida diferente,melhor."

Concluiu dizendoque oempenhodaFacespe da AssociaçãoComercial sejustifica "pois acreditamos que estamos no caminho certo."

Marco Aurélio Bertaiolli, vice-presidente da Facesp, agradeceu o desafio assumidopor Burtinacoordenação do Movimento Degrau. "Essa liderança foi fundamental para que possamos vencer essedesafio", disse.Bertaiolli salientou ainda oempenho e a dedicação de Gulherme Afif Domingos, doConselho Superiorda Associação, ede Rogério Amato, presidente da Rebraf, do apoio do prefeito deMogi ede representantes de uma centena de cidades paulistas e entidades. O prefeitoJunjiAbe elogiouo esforçodeBurtiem buscar aunião entreempreendedores,apostar nosuces-

sodo MovimentoDegraue investir no Programa Convivência e Aprendizado no Trabalho. Lembrou otrabalhoda AssociaçãoComercial eIndustrialde Mogipelas ações de ajuda à cidade e prometeu seu empenho pessoal parasuperara metadegeraçãode milvagas paraadolescentesaprendizesna cidade. "Faremos o possível para chegar a dois mil ainda este ano", enfatizou.

Reuniãoda Facesp – Durante a tarde deontem, a Associação Comerciale Industrialde Mogidas Cruzes,sediou a reunião do Conselho dasFiliadase dadiretoriada Facesp. No encontro, foram avaliados os rumos do MovimentoDegraue doPrograma Convivência e Aprendizado no Trabalho. Além disso,osparticipantes discutiram detalhes sobre a proposta de reforma do Estatuto da Facesp. Sergio Leopoldo Rodrigues

Objetivo é afastar os jovens das ruas

Desemprego, violênciae falta de perspectiva empurram jovens e adolescentes para a escola dasruas. "E estamos aqui para trazer esses jovensparaa escoladotrabalho", disse Guilherme Afif Domingos, doConselho Superior da Associação.

Afif deixou claro que a partir do exemplo de unidade e participação obtido naquele instante,que reuniumaisde 500participantes,o efeito multiplicador será aarma do Programa Convivência de Aprendizado no Trabalho. Informou que já estão previstas outros 18 encontros como odeMogi. "Depoisexplicou que o Programaé uma saída estratégica dos empreendedores, com o terceiro setor (entidades assistencias e filantrópicas) paraenfrentar o avanço do quarto setor (o crime organizado).

Alencar Burti recebe hoje

homenagem do Exército

Ocomandantemilitar do Sudeste, general de exército Francisco Roberto de Albuquerque, entregará amanhã, às10h,a condecoraçãono Grau Cavaleiro da Ordem do MéritoMilitar aopresidente da Associação Comercial, o empresário AlencarBurti. A homenagemintegra ascomemorações do Dia do Exército Brasileiro.

Segundo ogeneralAlbuquerque, a Ordem do Mérito Militar representa a principal condecoraçãodo Exército brasileiro, que tanto pode ser entregue a militares dastrês armas, como a civis que prestaramserviçosrelevantes ao Exército."A AssociaçãoComercial, por meio de seu presidente Alencar Burti, tem dividido conosco a tarefade aproximação do Exército com a sociedade", disse. Serviços – A Ordem do MéritoMilitarfoicriada em 11 de julho de 1934. Ela pode serentreguecomo prêmio aos militares do Exército que tenhamprestado notáveis serviçosaoPaís ousedistinguido noexercício daprofis-

são.Também podeserdada aosintegrantes daMarinha, Aeronáutica, Forças Auxiliares,civiseestrangeiros, que tenham prestado relevantes serviços ao Exército.

Vale lembrar que a insígnia da Ordemé constituídapor umacruz nomodelo datradicionalCruz deAviz,com quatro braças iguais. É entregue aos agraciados no dia 19 de abril, Dia do Exército Brasileiro.Os nomesdoshomenageados são escolhidos pelo seu histórico e analisados, em Brasília, pelo comandante do Exército, generalde Exército Glueber Vieira, e por um alto conselho compostoporvárias autoridades, inclusive ministros.

A entregada Ordemacontece no Quartel General do Comando MilitardoSudeste,rua sargentoMárioCozel Filho 222, noIbirapuera, em frente à Assembléia Legislativa de SãoPaulo. Mais informaçõessobrea Ordemdo Mérito Militar podem ser obtidas nos sites www.sgex.eb.mil.br ou www.exercito.gov.br. (SLR)

"O País só não está pior por causa dos empreendedores sociais que trabalham anonimamente", enfatizou. Guilherme Afif. Ele lamentou que o peso dos juros, o "infernofiscal" reinante no País têmimpedido ainiciativa privada deampliarsua função geradora de riquezas e empregos. "O crime organizado não tem ninguém em cima e por isso cresce". Afiffez um históricodo Movimento Degrau e do Programa Convivênciae Aprendizado noTrabalho,lembrandoque a antiga legislação proibia,sobretudo omicro e pequeno empresário, de treinar ojovem notrabalho. Mas quecom oadvento da Lei10.097/2000, quealteraa CLT e permite o aprendizado nas empresas para adolescentes entre 14 e18 anos, as coisas mudaram. "Agora esse é o desafio ", resumiu.

Rogério Amato, presidente da RedeBrasileira deEntidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf),disse que a inclusão social deve ser vista comouma metainadiávelpara oPaís.Mostrou umestudo doIpeaquemostra queos 10%mais ricosdo Brasildetêm 50% da renda nacional, enquantoos50%mais pobres apenas 10% da renda na-

cional. "Isso é um escândalo", afirmou. Especialmente,ressaltou, quando se leva em contaqueentreesses 10% mais ricos estãoos que atendem a pelo menos dois destes trêsrequisitos: ganhamacimade R$440,têm tetopara morar ou curso superior. Amatoenfatizouque as mais de 600 entidades sociais (das 220 mil do País) que participam do Movimento Degrau, têm valorescomuns: buscama inclusãosocial,a recuperação de valores éticos e morais e o bem comum. Segundo o presidente da Rebrafa missãodessasentidadesé congregarorganizações privadas para compartilhar ações e conhecimentos gerando alianças estratégicas em prol de uma sociedade inclusiva.A ferramenta disso, explicaRogério Amato, éa mobilização compartilhada. "E o Programa Convivência e Aprendizadono Trabalho é umexemplo de que isso é possível na prática", resumiu Amato. (SLR)

agenda

Sábado

Campanh a – O integrante do Fórum dos JovensEmpresários (FJE) daAssociação Ronaldo Koloszuk Rodrigues participa de reunião para o balanço do mandato do deputado estadualArnaldo Jardim (PPS)e discussão dasmetas da campanhade2002. Às 10h, na Assembléia Legislativa.

O presidente da Associação, o empresário Alencar Burti, agradeceu o apoio de todos que trabalham pelo bem comum

ANÁLISE João de Scantimburgo

Velho tema

A deposição eo retorno de Chávez ao poder são velho tema na América Latina. Esforçosinauditos têmsidopostos emprática nocontinenteibérico para valorizar a democraciacomo oúnico regimesusceptível de bem governar os povos,aomenosmelhor do que qualquer outro, como acentuouChurchill numdiscurso.Mas, supúnhamosque a liçãohavia sido assimilada nos países, quando estoura o atode rebeldia de uma parte das Forças Armadas, e Chávez foi deposto.

Felizmente, durou pouco a permanência deumcivil na presidência,como poucoduraramas mudançasjáoperadas na estrutura do Estado pelo novochefe deEstado interino.A facçãomilitarfavorável a Chávez reconduziu-o ao poder e otemos na presidência da Venezuela, que ele insiste em denominar bolivariana, quando de Bolívar não guarda sombra deaparência, talo descompasso entre os ideais do libertadore arealidade de nossos dias.

Oque Chávezestavafazendo como presidente todos nós, queacompanhamosos acontecimentosdenosso interesse, e sãoos mundiais ho-

je, globalizados, queira-se ou não, somosincapazes deprever. Não será nada de construtivo, nem de positivo para o desenvolvimento da Venezuela, um país que poderia estar navanguardadocrescimento econômico,se soubesse bem aplicar os recursos que lhe provêmda exploraçãodo petróleo, situando-se,como sesitua, noquarto lugar dos produtores mundiais. Chávez não é homem em quem se confie, principalmente, osdemocratas. Esseo perigo que corre a Venezuela. Com sua ascendência sobre uma parte das ForçasArmadase, notadamente, sobreo "pequeno povo", opovo miúdoque faz a maioria da população venezuelana, Chávezterá apoio popular para os seus planos de governo, que,ao quesaibamos, não são planos de espécie alguma, pois suaignorânciaé enorme a respeito. Infelizmenteem carisma. Aguardemos e estejamos alertas, nós, seus vizinhos. Que temos convulsõesno continenteemhora, tão difícil como a tal.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Tributos e pedágio

U m dos problemas sérios do Brasil é a má distribuição de renda,decorrente defatores históricos como a escravidão e a inflação, agravada por um sistematributário regressivoe por legislações eações destinadas a beneficiar parcelasespecíficas da população.

Os estudos sobre a regressividade do sistema tributário brasileiro mostramqueosmais pobrespagam proporcionalmente muitomais tributossobre sua renda do que os mais ricos. Isso porque a arrecadação é baseada em contribuições e impostosindiretos, queincidem sobre os produtos e serviços de uso universal, que tanto pobres como ricos utilizam.

Da mesma forma, sabe-se queosgastos sociaisdopaísestão numnível adequado, mas seus benefícios não se destinam principalmente aos mais necessitados: aposentadorias maiores vão para os servidores públicos, o ensino universitário gratuito atende principalmente às classes mais privilegiadas, absorvendo grande parte dos recursos, e assim por diante.

O caso dopedágio é emblemático dessas mudançase resistências. As pesquisas e estatísticas mostram que cercade dois terços dapopulação não temacesso aveículospróprios e nãousa,ouusa muitoraramenteas rodovias,particularmente os principais eixosrodoviários. E quando as utiliza é emônibuse não emveículos próprios.É lógico entãoque quem trafegapelas principais rodovias dopaís pague pela sua conservação e manutenção, através do pedágio. Tratase de umaevidente medida de justiça social, permitindo que os recursos tributários, que seriamusados paraesse fim,sej am destinadosa atendercarênciasdaparcelamais pobre dapopulação, ajudando areduzir a misériae permitindo a sua promoção social.

Trêstipos de alegação são usados contra essa lógica de justiça social: a primeira é que

História e mitologia

Achamo-nos a anos-luz de uma visualização realista da história humana. Ela pode ser vista em suas dimensões micro e macro como uma luta interminávelentreos ideaisos maiselevados eosinteresses os maismesquinhos, dupla quese achapresente naação quotidiana dosindivíduos e nos rumos culturais e políticos dos povos e nações. O racionalismo e iluminismo francês, que tanto influenciaram a formação da mentalidade contemporânea, contribuíram decisivamente para que, paradoxalmente,seenxergasse e narrasse a história como o desenrolardeum enredointeligente desempenhado pelos melhoresatores. Escritaem grande parte por corifeus cujo pão dependia de mecenas, ela se acha maispróxima das histórias da carochinha do que de um relato objetivo e lúcido sobreos acontecimentos e suas figuras. E éassim que ainda hoje se enaltece o republicanismo e se vilipendia a monarquia, se fala no despotismo régio e se omite o pré-totalitarismonapoleônico,se exaltaa democracia e denigre o liberalismo.

ao cobrar pedágio está se restringindoolivre direitodeire vir previsto naConstituição, a segunda éque asrodoviasforam construídascom tributos pagospelasociedadee, portanto não cabe um novo pagamento para usá-las, e a terceira é queo pedágioonera opreço das mercadorias,que tantoricos como pobres consomem. Quanto a primeira alegação, ela jáfoi claramenterejeitada pordecisõesjudiciais dostribunaissuperiores ecomoexpressou umdos ministrosem seu voto: "O direito de ir e vir é do cidadão e não do seu veículo". Já a argumentação de que a rodoviajá foi pagapor tributos, também usada em outros países, incluindo os Estados Unidos, mostra uma compreensão equivocada. A rodovia é uma obra queexige continua manutenção e modernização, sem asquais ela sedegrada rapidamente. Além disso, a operaçãodeuma rodoviacomsegurançatemcustosaltos, envolvendo sinalização, controle, serviços aosusuáriose outros desembolsos.

Finalmente, a hipótese que ospreçosdemercadorias são afetados pela incidência das tarifas de pedágio, foi negada em todos osestudosrealizados por especialistas, como o Laboratório deSistemasde Transporte (Lastrans) da Escola de Engenharia da Universidade Federal doRio Grande do Sul e a consultoria Tectran. Eles demonstraram que, para os transportadores de carga, as economias com pneus, combustível, manutenção e reposição, decorrentes do melhor estado das rodovias, são superiores aos custos com o pedágio. Assim, a luta contra o pedágioacaba sendo,maisdo quetudo,umadefesa da concentraçãode renda,fazendocomque osmaispobres paguem pelas rodovias que não utilizam.

Moacyr Servilha Duarte é presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias

Detodos osaspectos davida humana nenhum mais do que a história política tem se prestado a mistificações. A grandiloqüência dos discursos temsido utilizadaparacamuflara baixezados interessese comportamentos. E o pragmatismoestatístico daseleições democráticas, espelhado pela imagem das pesquisas e o

resultado das urnas, tem servido de trampolim para elevar estratosfericamentena vida pública políticos que são a negação mesmada política.Os queseservemdopúblico em lugar de servi-lo. Todos essesaspectos foram desmistificadosna obra O Poder-História Naturalde seu Cre s ci m e nto, publicada por Bertrand de Jouvenel em 1947, a qualpor questõesde direito editorial e talvez também pelo patrulhamento das esquerdas, ainda nãofoi editada em nosso país. Ela desmascara, afinale principalmente,a idéiadeque apolíticaevoluiu no sentidode aumentaros direitose liberdades doscidadãos, quando narealidade, desde que surgiu,o poder políticoe oEstado nãocessaram de aumentar sua invasão e interferêncianavidados homens. Essa evolução,que veio a desfechar no totalitarismo empaísestidos comoospoliticamente mais evoluídos (outro absurdodasconcepções correntes) desmente as ilusões deumaliberdade crescente e deuma ininterruptaevolução política. Um índiceglobal e sintético desse fato é a crescente participação do Estado na riquezae produçãonacional sobtodos osregimes políticos atuais. Esse fato que invade edominaa vidade todos dispensaquaisquer outrosargumentos.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Bloqueio do Congresso

Antonio Delfim Netto

N os últimos dias, os brasileiros foram surpreendidos com a ameaça do governo federalde decretarum novoaumento deimpostos. O tributo escolhido desta vez para ter a alíquota majorada é o IOF, queincidenas operações financeirase atinge pessoasfísicase empresas.Aalíquotaatualé de1,5%.Ainda nãofoi decididoonovopercentual, mas de acordo com informaçãodo jornal V a lo r Econômico, da última quartafeira, uma dashipótesesem exame é fixar em 3% a alíquota para a pessoajurídica e em 6%paraas pessoasfísicas. O IOF incide nas operaçõesde empréstimosbancários, cartõesde crédito,chequesespeciais, na contratação seguros e aplicaçõesemFundos deInvestimento, dentreoutras modalidades.É bemprovável que tenha seu alcance ampliado, pois ogovernojáavisou queeledeveabranger "todos os fatos de suabase que coincidem com a CPMF."

A justificativa oficial para esse novoavanço nobolso do cidadão é a necessidade de "compensarainterrupção da arrecadaçãoda CPMF"apartirde 18de junho,já que a prorrogação da vigência desse impostonão foiaindavotada noCongresso. Opresidente daRepública continuainsistindo queo Congressotem se omitidoe queissopõe emsériorisco oequilíbriofiscal, pois haveráuma perdade arrecadação de 400 milhõesde reais porsemana. É ocaso de lembrar que,seogoverno "perde" 400 milhões, alguém está ganhando e, este "alguém"

é ocontribuinte, que certamente ficaria muito feliz ... O Congressotem apoiado todas as iniciativas do governo que sustentam o equilíbrio fiscal, porque tem consciência que ele é absolutamente necessário para ocontrole da inflação. Foi mais além, ao preparar uma reforma tributária que levaria aum equilíbrio muito mais estável e ao votar cortes nos gastospúblicos,inclusive deemendas dosprópriosparlamentares. É do conhecimento geralque foio governoque pôs uma pedra emcima da reforma . E é sempre o Executivo que reage a cortar seus dispêndios,que cresceram deforma extraordinária nos últimos oito anos .

No episódio atual da prorrogação da CPMF, é preciso dizer o que realmente aconteceu: em primeirolugar, o governose atrasou em enviar o pedido de renovaçãodaCPMF;em segundo lugar, após o correto encaminhamentodo projeto na Câmara dosDeputados,o governo não se esforçou para quefossepossível aprová-lo com rapidez. Por último, a obstruçãona pautadevotações– queéapresentada àmídia como se fosse uma falha nostrabalhosdaCâmara– é simplesmente ofruto do exagerodaemissãodas Medidas Provisórias. O Executivo entopeo Legislativo comMPs,algumas delasabsolutamente supérfluas, atéridículas,que não atendem aos requisitos de urgência ou relevância. É isso que desorganiza os trabalhos do Congresso eproduz o bloqueio na pauta das votações.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Seu Cabral "Estava terminando o capitão-mor sua refeição, na hora dosolforte,entrea horada Terça e da Véspera, perto das três da tarde, saboreando as amêndoas euva-passasque eram comuns aos oficiais de comando, mas servidas somente aos domingos para a tripulação. A esquadra viajava na velocidadede seis nós. Cabral havia mandado chamar omestre para transmitir ao piloto e sinalizar às demais embarcações da frotaa ligeira manobraque fariam,retomando anavegação menosa sudoeste e desviando-se para sudeste. Com a demora deixou a cabina na proa e dirigiuseao convésonde percebeuo movimento da tripulação correndoem direçãoà amurada de estibordo, forçando a vista na direção paralela ao rumo da nave."Terraà vista! Terraà vista", gritou o marinheiro alojado no cestodagávea....haviam avistado terra na direção contrária àquela onde os mapas indicavam a África".... Era 22 de abril de 1500.

Descober tas

Não sou historiador nem cientistamassobrea expedição de Cabral conheçoum pouco. Durante mais de quatro anos pesquisei todos os documentosdisponíveis sobrea viagem em que o Brasil foi descoberto. Fui duasvezes à Portugal por conta dessa pesquisa, entre 1986 e1990, que culminoucom olançamento em91 da primeira edição do livro 1500, A Grande Viagem, onde

narro na forma de romance de ficção histórica a viagem de Cabral, entre 9de marçode 1550 , quando deixou o Tejo, e 23 dejunho de1501, quando retornou com o que sobrou da frota. Fiz descobertas incríveis sobre esta viagem.

Território

Hoje, 22de abrilde2002, completamos502 anos de existência (conhecimento) do territóriobrasileiro. É semprebomlembrar, e não me canso disso, que o Estado brasileiro foi criado a partir de 1808quando o reide Portugal, Dom JoãoVI, fugindo de Napoleão, aportou por estas bandas. Entre 1500 e 1808, séculos infindáveis de exploração dosrecursos naturaise condição de colônia nos aprisionaram. Ainda assim, esse Estadonascido apartirda vontadedoreitem apenas 194 anos. Sempre pergunto: e a Nação brasileira? quantos anostem? Erespondo:ainda a estamos construindo e passará a valer a partir do dia em que a sociedade tutelar o Estado e não o inverso, como ocorre desde antanho.

Conhecer

Recomendo aosleitores conhecermelhora história da viageme do descobrimento. Até sugiroadquirir naslivrariaso 1500,A GrandeViagem, emsua quarta edição, daAugustus Editora. É por uma boa causa. Sua melhor informação e porque os direitos autorais eu encaminho aos meninos do Orfanato São Judas Tadeu.

Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo - CEP 01014-911 Tel.: 3244-3322 - Fax: 3244-3046E-mails: dcomercio@acsp.com.br - redacao@acsp.com.br

Repórteres:Adriana Gavaça, Catarina Anderáos, Cláudia Marques, Dora Carvalho, Estela Cangerana, Isabela Barros, Kelly Ferreira, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Roseli Lopes,

P. S . Paulo Saab

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

É preciso ter bem claro um projeto de desenvolvimento

A campanha eleitoral paraa sucessão presidencial vai bem, não tem atrapalhado osnegócios, nemassustado os investidores, cada vez mais cientes de que a democracia já faz parte da novacultura brasileira.

Contudo, o presidente da Federação das Indústrias doEstado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, acredita quepoderiaestar melhor: "Queria que o processo político estivesse mais calcado em propostas e projetos do que detalhes sobreos candidatos"

rios eà imprensa orientar todosos debates,daquiaté outubro,para apresentação depropostasparao Brasil.

Senado vota a partir de terça 18 medidas provisórias

Consolidar os avanços dos últimos anos e dar um salto com justiça social

Piva defende que épreciso aproveitar este ano para fazer com que o País desenhe um projeto claro dedesenvolvimento para o futuro, consolidando osavançosobtidosnos últimos anos, para dar o salto decrescimento com justiçasocial. "Mastenho preocupaçãoque oclima quente que tomaconta das eleiçõespossa atrapalhar esses objetivos".

Por outro lado, o próprio Horácio Piva reconhece quealguns candidatos já mostraram estar envolvidos com seus programas de governo, coisa que não acontecia com freqüência no passado. Cabe também, segundo ele, aos empresá-

Enquanto a eleição não vem, os negócios vão sendo tocados sem maioresproblemas. "Podemosatéter algumapressão, algumum stresseleitora l,umpouco mais próximoda votação". Para Piva, no entanto, o empresário ea sociedade estão mais consc ientes doque épolítica edo queé economia. Ele assegura que de alguma maneira vivemos hoje um ambiente "extraordinariamente"definido doponto de vista do processo democrático. "Para o empresário isso é bom."

De qualquer modo,os empresários ainda estão aguardando maioresdefiniçõesdo processosucessório para embutir o risco eleiçãonas suasplanilhas decustos. "Na minha opinião o jogo eleitoral está começando nestemomento; agora équevamos vercomo os candidatos vão se colocar, quaissãoasalianças políticas e o que isso pode criardeoportunidades ou riscos", diz Piva.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Jovens empresários querem uma maior renovação

Os empresários já conhecem muitobemo período eleitoral. Doponto devista estritamente econômico da resulta, normalmente, numcerto reaquecimento do mercado pela injeção de recursos emobras públicas ou investimentosdiretos emcampanhas –material de propaganda, divulgação e marketing, entre outros. Marcos Abdo Hadade, coordenador doFórum de Jovens Empresários (FJE), da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP)reconhece que esse é o lado bom do ano eleitoral. No entanto,há tambémo reversoda moeda. "Eleição a cada dois anosameu veré demais", diz. Ele explica que a proximidade de uma eleição da outra acabatravandoum pouco as votaçõesno Congresso, nas Assembléiase nasCâmaras Municipais. "Porque a cada dois anos há umambiente eleitoralcom seus acordos,acertos políticos e assim por diante." Apesar disso, Abdo Hadade acreditaque arenovação dos quadros políticos ainda tem ocorrido muito lenta-

O Senado começa a semana com aagenda cheia.A pauta devotações doPlenárioserá trancada apartir destaterçafeira por 18 medidas provisórias (MPs)aprovadaspelos deputados nesta semana. O presidente da Casa, Ramez Tebet,pretende realizar até mesmo sessões extraordinárias, aprimeirananoite de terça, paralimpar apauta de MPs e voltar às votações normais de projetos.

O trancamento da pauta de votações na Câmara e no Senado é um mecanismo introduzido na Constituição federal no final doano passado, quando o Congresso alterou osistemade vigênciaevotação das medidas provisórias editadas pelopresidenteda República.

Tempo – Medida provisória agora é assinada e tem vigência por 60 dias, podendo ser reeditada por mais 60.Entretanto,se ao final de 45 dias, contados da publicação, não for apreciada, ela entra na pauta de votações em caráterde urgênciae prioridade, impedindo que outras matérias sejam votadas.

Senado

Agência

As MPs valem por 60 dias e entram na pauta da Casa com prioridade para não estourar prazo de vigência

Das 18 MPs, três chegaram

ao Senado na semana passada e constam da pauta de votações. As outras devem chegar à Casa até hoje, conforme informação da Secretaria-Geral daMesada Câmara. Entre elas, está o projetode conversão da MP nº 22,de 2002,que corrigeo Imposto deRendadasPessoas Físicas em 17,5%.

Estamedida provisóriagerou grande polêmica na Câmara, pois ela substituiu, com modificações, projeto dosenador PauloHartung (PSB-ES) aprovado pelo Congresso. Opresidente vetou o projeto eeditou aMP prevendo a correção da tabela do IR, mas incluiu uma elevaçãona alíquotadaContribuição Socialsobre o Lucro Líquido (CSLL) pagopelas empresas prestadoras de ser-

viços – de 1% para 3%. Os deputados derrubaram o aumento da CSLL.

Na mesmaMP, oExecutivo incluiu vigênciaindefinida para oadicionalde 2,5 pontos percentuaisnaalíquota de25%doIR depessoas físicascomsalários superioresa R$ 2.115,00. Por acordo partidário, o adicional será cobrado apenas até dezembrodeste ano.Todas asalterações feitas pelosdeputados foram aceitas pelo governo, o que significa votação semmaiores problemas no Senado.

Alteração – Das18 MPs que estarão trancando a pauta doSenado, deznão sofreram qualquer alteração na Câmara, enquantoas outras oito receberam projetos de conversão, ou seja, houve mudanças em seu conteúdo. Cinco delas abrem crédito extraordinário dentro do OrçamentodaUnião para ministérios.

Duas medidas provisórias tratam das renegociações das dívidasdeagricultores, inclusivepara ospequenos,e uma institui o Programa Bolsa-Renda para agricultores de municípios que decretaram calamidadepública por causa de estiagem ou de enchentes. (AS)

menteno Brasil: "É preciso discutir o que vem entravando a renovação, o que dificulta a entrada de novas lideranças no quadro político." Nomais, ocoordenador doFJE garanteque tudovai indobem noatualprocesso sucessório, embora os negócios ainda não estejam sentindo o "efeito eleição". Ao contrário, o setor gráfico de impressos promocionais sofisticados (folhetos de venda, catálogos e portifólios, entre outros) teve um desempenho em janeiro e fevereiro passados, abaixo de igual período,em 2001. "Março foi um pouco melhor e acreditamos que 2002 será melhor que 2001."

Aproveitando oano eleitoral, o FJE daACSP está buscando discutirpropostas para ofuturo do Brasil. MarcusAbdoHadade informa que o ex-governador da Bahia (PFL), César Augusto RabelloBorges, estaráreunido comjovensempresários na sededa ACSPl nopróximo dia29.Oassunto: uma nova visão para odesenvolvimento do Brasil. (SLR)

AGENDA POLÍTICA

•O PTlançará sua propostapara o setorenergético, no Rio de Janeiro,no próximo dia 30. Aproposta foi elaborada peloInstituto Cidadania,ONG coordenadapelo dirigente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ramez Tebet pretende realizar sessões extraordinárias para limpar a pauta

Mais pobres, argentinos mudam hábitos

Mergulhada na crise, classe média enxuga orçamento e faz ajustes até na alimentação. Trocou a carne de 1ª pelo frango.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, prevê que a economiaargentina reduza até 15% em 2002. Ninguém sabe ao certo se o porcentual v ai se confirmar. Nem que rumos a políticaeconômica vai tomar naquele país. O certo é que hoje começa mais um feriado bancário, e portempo indeterminado.

De dentro dacrise, restam poucascertezas: aArgentina escolarizadaestá cada dia mais pobre;a governabilidadedo presidenteEduardo Duhalde é frágil; sem crédito, o país não consegue retomar o crescimento; a classe média já não come carne de primeira como antes; e, por fim, a situação pode ficar ainda pior.

Pobreza – "Os níveis de pobreza já chegam a 49,9% da população e nãodemoram a crescer ainda mais, sobretudo com uma inflação projeta-

dade 57%aoano naArgentina", diz o analistapolítico argentino Artemiro Lopes. Noauge dahiperinflação, no iníciodadécadade90, 59%da populaçãoargentina estava pobre. Em outubro de 2001, antes do agravamento da atual crise, o índice de pobrezaera de44,2% dapopulação. Segundo Lopes, a taxa de desemprego já é de 23,8%, com18%dos argentinos vivendo às custas de subempregos. "Entre os jovens de 18 a 24 anos a situação é ainda mais complicada, com 45% dos cidadãosdesocupados nessa faixa", diz. "Existeumanovafaixa de pobres.São pessoasdeclasse média baixa que estão pobres. Asaída éreduzir oconsumo decarne, partirpara a carne de segunda e o frango e cortar os gastos com vestuário e com a casa", explica o

consultor argentino Manuel Mora Yaranjo, da YPSOS.

A novapobreza gera reações fortes napopulação argentina,mais escolarizada que a doBrasil. "O primeiro problema da crise é político, é o fato de que não há governabilidade para seguir qualquer política econômica semque haja conflitos", afirma Marcel Solimeo, diretordo Instituto de Economia Gastão Vidigal,da AssociaçãoComercial de São Paulo.

Risco – ParaSolimeo, a estagflação ou recessão com inflaçãoé umdosriscos parao país. "Aemissãode moeda podefugirdo controle, sem quehajade fatoaumentodo poder de compra", explica.

A possibilidade de queda de 15% no PIB argentino neste anoserá resultadonão só da recessão,mas tambémda atual fragilidade política.

"Duhalde não foi o candidato escolhido nasúltimas eleições. Perdeu a campanha para (Fernando) De la Rúa, que já caiu. Os grandes grupos estãoisolados, brigando pelos seus interesses.Na Argentina, só há consenso entre a população, queempobrecee não aceita aatualpolítica econômica", explica a pesquisadora do Núcleode Pesquisa de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, Ana Maria Stuart. Paraa diretorado escritório da agência de classificação de risco Standard&Poors em Buenos Aires, Diana Martino, o risco país da Argentina não piora depois da previsão doFMI. Jáé omais baixona classificação da agência: nível D, o que significa que o país não consegue pagar a dívida.

Isabela Barros

Família corta gastos triviais e teme

pelo futuro do país

A comunicadora Zelmira Andrade abandonou a terapia, cancelou as reformas na casae reduziuo consumode carne da família. A compra de roupase o planejamento de viagensde fériastambémestão descartados.

Zelmira nãoé umamulher pobre.Pertence àclassemédiaaltadaArgentina. Vive com confortoe não se sente constrangida com os apertos no orçamento. Todos os amigos e conhecidos fazem o mesmo. Teve sorte de não ter dinheiro guardado no banco. Escapou do corralito.

Panelaço – Es pa n ta -s e quando a filha Trindade, de 7 anos, diz que apóia os pane-

laços:"Estávamostodos ansiosos acompanhando os processos pela TV quando ela disse, comumabanana nas mãos,que achacertosairàs ruas para protestar."

Noquese refereàalimentação,Zelmiraoptou pelo corte da carne nasrefeições diárias, mas manteve o leite e bebidaslácteas paraas 2filhas: "Elas estão em fase de crescimento e precisam dos alimentos à base de leite".

Elatemeo futuro da Argentina. Mas quando fala de Palermo Viejo, bairro em que vive em Buenos Aires, muda a entonação da voz. "A região é linda,parecida comoSoho, em Nova York", diz. (IB)

Discussões sobre a Alca no

O ministro das Relações Exteriores, CelsoLafer,afirmou nasexta-feiraque aresistência de parteda sociedade à participação do Brasil na Área de Livre Comérciodas

A méricas (Alca) deve-se à força política exercida pelos Estados Unidos, o que torna a discussão ideológica. Para o ministro, as negociações com a União Européia, tecnicamente, sãotão difíceis quanto com os Estados Unidos, masnão tão contestadas.

Há resistência a um acordo com os EUA, porque o país, além de potência econômica, tem força política

Isso ocorre, segundo ele, porque a UE não tem grande força política, apesar de ser uma potência econômica.

"Os EstadosUnidos são grande potência econômica, umenorme mercadoe uma grande potência política", disse ele, em Curitiba. "Há uma conotação ideológica que permeia adiscussão que setrava na opinião pública, nos setoresprodutivos enos partidos políticos."

Lafer ressaltou, no entanto, que o Brasil não subscreverá umacordoque nãoseja "compatívelcom osinteresses doPaís". Paraele, contu-

do, "não haverá Alca na lógica em que foi prevista sem a presença do Brasil". Reunião – Na próxima semana, oministro estarána Venezuela parauma reunião em queserão discutidosmétodos queservirão como pauta para a Alca. Em encontro do Comitê Empresarial Permanente do Itamaraty, realizado na sexta-feira em Curitiba,Lafer recolheu sugestões para a reunião. Em novembro, o Brasil assumirá a co-presidência do processo de formação da Alca, juntamente com os Estados Unidos. "O próximo governo terá tempo para avaliar os interesses e conveniências da sociedadebrasileira". O prazo para fechamento dasnegociações é 2005.

De acordo com Lafer, a fragilidade política e econômica vivida pela Argentina não dificultará a posição do Mercosul na reunião da próxima semana. "O Mercosul negocia em conjunto na Alca", afirmou. O ministro acrescentou que a Argentina é "capaz de se recompor". (AE)

Figueiredo recebeu texto sobre teles de "primo"

O diretor de Política Monetária do BancoCentral, Luiz Fernando Figueiredo, afirmou ter recebido o documentoquese tornoupivôda crise entre a equipe econômica ea AgênciaNacionalde Telecomunicações (Anatel) das mãos do primo e vicepresidenteda operadorade telefonia celular BCP, Arnaldo Tibyriça.

O documento, encaminhado à Câmarade Política Econômica (CPE), presidida peloministroda Casa Civil, Pedro Parente, contém duras críticas àAnatel.O episódio gerouuma polêmicasobreo papel do Banco Central ao ter sido o portador do documento à CPE.

"Foi entregue por meio dele, sim", afirmou Figueiredo na sexta-feira passada, depois de ter confirmado que é primode Tibyriça."A genterecebe cemmil documentos, que vãopara a Anatele para outros lugaresdo governo.A

País quer ampliar compra de óleo de palma da Malásia

Até o finaldo mês, uma missão formada por empresários brasileiros e representantes do governo do Pará irá à Malásia apresentar um projetocomum emostrar aviabilidade econômica docomércio bilateralde óleode palma – conhecido, no Brasil, comooóleo dedendê.Esseé umdosresultadosde uma missão de empresários malasios, que visitou oPaís em meadosde março em busca de novos negócios.

Segundo o oficial do ministério da Indústria Primária da Malásiarepresentado no Brasil pelo Conselhode Promoçãodo Óleode Palma, Iderlon Azevedo, oacordo deve aumentar as importações doBrasil do óleode palma produzido pela Malásia. O executivopreferiu nãocitar detalhes sobre a operação, mas disse que há planos do governomalásio de investir no Pará,o principalestado produtor no Brasil.

A Malásia é o maior exportador de óleo de palma do mundo – de sua produção total de 13 milhões de toneladas porano, 11milhões sãovendidos no comércio internacional.Internamente, são consumidorapenas700 mil quilos. O restanteé utilizado na produção de alimentos, que também são exportados.

questão de discutir se o documento veio defulano ou beltrano não é relevante". Sem conflito – Tibyriça é vice-presidente de Assuntos Legais, Regulatóriose Institucionais daBCP evice-presidente da Associação Nacional dasPrestadoras deServiço Móvel Celular (Acel).

Figueiredo disse que não identificou conflitode interesses."Odocumento não contémuma reivindicação,é umaanálise dosetor."Senão eu jamais entregaria".

Fontes do mercado de telefoniacelulardisseram que Tibyriça já havia comentado com colegas daAcel ter "um contato" no Banco Central para receber o documento apócrifo, divulgado na semana passada na imprensa. Entreoutras críticas, o documentoafirma quea Anatelé movida por "uma visão incompleta darealidade", com um discurso "pseudoconsumerista". (Reuters)

Comissão de Ética não avalia conduta de Amaral

Apesar deter abertoprocesso para apurar as críticas públicas atribuídas ao presidente interino da Agência Nacionalde Telecomunicações (Anatel), AntonioCarlos Valente, contra o Banco Central, aComissão deÉtica

Pública decidiu não adotar procedimento semelhante contrao ministrodoDesenvolvimento, Sérgio Amaral. Em nota oficial, a comissão esclareceu que o fato de Amaral ter essa semana desautorizadopublicamente odiretor da Camex, Roberto Gianetti

da Fonseca, não constituiu transgressão ao código de condutadaalta administração federal.

Segundoa Comissão,as manifestações do ministro "ocorreram no contexto de suaconvocação aodeporno Senado". "Nessas circunstâncias, não pode a autoridade pública furtar-se a responder perguntas".

A comissão lembraainda que a Camex é um órgão vinculadoaoministério eque Gianettitem vinculaçãohierárquica com Amaral. (AE)

O Brasil produz90 mil toneladas de óleo de palma. O consumo interno chega a 160 mil toneladas.

De margarina a aço –O óleo de palmaéusado,por exemplo, na fabricaçãode chocolates, margarina, sabões, gorduras para sorvetes e biscoitos.

Os grandes compradores são a China e a Índia – cada umcompra cerca de 2milhões detoneladasporano. Issoporque, nesses países,o produtoéusado comoóleo de cozinha. No Brasil, o principal consumidor do produtoé aindústriasiderúrgica,

que utiliza a palma para fazer o resfriamento do aço. No ramoalimentar, é usadona produção artesanal de óleo de dendê, produto típico do Nordeste. Recentemente, foi inaugurada a primeira fábrica de margarina produzida a partir do óleo de palma no Brasil,a Agropalma. Segundo Azevedo, entre 20% e 30% da produção dessaindústria será exportada para África, Europa e América Central. Cifras – O comércio bilateralentre oBrasile aMalásia movimenta entreUS$ 800 milhões e US$ 900 milhões por ano. O Brasil exporta cer-

ca de US$ 600 milhões para o parceiro, principalmente, em minério de ferro, armamentos eaviões.E importa US$ 200 milhões em componentes eletroeletrônicos, borracha e óleo vegetal. América Latina – Os empresários malásiostambém estiveram naColômbia eem Cuba, parafechar acordode comércio em tornodo óleo depalma. AColômbia irá comprar1,3 bilhõesdesementes pré-germinadas de palma. Cuba importará 10 milhões de litros do óleo.

Teresinha Matos

A soja é o principal concorrente

O óleo de palma é o segundo óleo mais transacionado no comércio mundial, depois do de soja. A produção global do óleode palmavaria entre 22 e 23 milhões de toneladas. A de soja foi de 26,24 milhões de toneladas na safra 2000/2001, segundoo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

A diferençaé queo óleode palma é negociado no mercado internacionalem grandes quantidades. No caso da soja, os grandes produtores são geralmente os maiores consumidores. Os Estados Unidos,

principal produtor, fabricam 14 milhõesdetoneladase consomem 12milhões. No Brasil, a produção de 2001 foi de4,350 milhões detoneladas, conformeaAssociação Brasileira dasIndústrias de Óleos Vegetais.O mercado interno consumiu 2,750milhões. AArgentina éa exceção. O país exporta praticamente todas as 4 milhões de toneladas que produz. Preço – Em2000, a grande produção de óleo depalma acarretou umaretração dos preços do produto no mercadomundial – que foramde

US$ 380 (em meadosdejunho de99) paraUS$ 320por tonelada.

Outro fator que influi no aumento ou redução de oferta doóleo vegetal é otipo de cultura.Segundo ooficialdo ministério daIndústriaPrimária da Malásia, Iderlon Azevedo, as árvores de palma têm vidamédiade25a30 anos. Aprodução gira entre 3,5 e6 toneladaspor hectare por ano. A soja é plantada duasvezes aoano. Aprodução anual oscila entre 700 mil e 1,2 milhão de toneladas por hectare. (TM)

Aplicar em teles agora exige cautela

Preço baixo das ações do setor é atrativo, mas especialistas alertam para as dificuldades das empresas

As ações de empresas de telecomunicações não têm sido uma boa alternativa de investimento na Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, este anoe asperspectivas,segundoanalistas,não sãodasmelhores. Do início do ano até a últimaquinta-feirao Itelecom, índice que reúne 32 papéisdo setor, acumulava queda de 8,4%.

Esta baixa deixou as ações dosetor mais baratas, o que

poderia aumentar a possibilidade de ganhos. Mas os especialistas recomendamcautela na hora deaplicar em empresas de telefonia.

Cenárioincerto – Para o analista de Renda Variável do banco Prosper,Gustavode Alcântara, o cenário para o setor de telecomunicações ainda éincerto. Segundoele, em muitos casos os grandes investimentos feitosdesde a privatização do setor, em

1998, não geraram o montante de lucros esperado,o que frustou muitos agentes do mercado.

"Hoje os analistas e investidores estão reavaliando as expectativas em relação às teles. Esseé um dosmotivos que explicam o mau desempenho do setor nabolsaeste ano", observa Alcântara.

Agora não– Embora trabalhe com umpreço-alvo de R$38 paraos papéisprefe-

Ritmo de negócios cai mais e giro na Bovespa recua para R$ 320 milhões

ABolsade Valores deSão Paulo, Bovespa, ensaiou uma recuperaçãono meio da semana passada, mas não conseguiu manter o ritmo, afetada pelo fraco giro de negócios no pregão, que somou pouco mais de R$ 320 milhões.

Com a quedade 0,69% registrada na sexta-feira, a bolsa paulista perdeu 1,9% na terceira semana de abril.

Novo sistema – Mais do que aperda em pontoso que preocupou osanalistasfoia queda do volume financeiro.

O início das operações do novo SistemadePagamentos

Brasileiro, SPB, nesta segunda-feira, fez os investidores retraírem-se ea expectativaé de que a novidade continue afetandoa liquidezestasemana eatrapalhando osnegócios, pois ainda há muita desinformação.

Baixo giro – Na sexta-feira, a Bovesparegistrou volume deapenas R$328,6 milhões, pouco mais da metade da média do mês de abril. O Ibovespa encerrouo pregão com

14.478 pontos, contra 13.750 pontos nasexta-feira dasemana anterior.

Abrusca quedadovolume abriu espaço para boatos, comoo defechamento dosnegócios umahora antese protesto deoperadorescontraa entrada em vigor do SPB. Destaques – As maiores altas foram Embratel Participações PN(-4,1%)e Embraer PN (-1,3%). As maiores baixas foram Globo Cabo PN (-4,8%) e Banco do Brasil PN (-3,8%). (RA)

renciais daTelemar (valorização prevista de 20,5% sobreo fechamentodequintafeira),Alcântara dizqueeste não é um bom momento para investir no setor.

"A projeçãode valorização tem mais a ver com o baixo preçodo papel do que com boasexpectativas. Pelo menos no curtoprazo, as teles não parecem ser um bom negócio para o investidor", afirma o especialista.

ReflexodoExterior – Os problemas que osetor de telecomunicações temenfrentadoemtodoo mundosão outrofator responsável pela queda dos papéis na Bovespa, destaca Rodrigo Pereira, analista do banco Pactual.

"Nos Estados Unidos, a competição é cada vez mais acirradae naEuropaasempresas do setor têm dificuldades com os órgãos reguladores. Tudo isso prejudica os

papéis no Brasil", diz ele.

Concorrência– Na avaliaçãode Pereira, as recentes discussões a respeito da atuação da Agência Nacionalde Telecomunicações, Anatel, e o aumento da competição entre as empresas prejudica as perspectivas das ações do setor na bolsa.

"Omomento nãoépropício para comprar ações de teles. O cenário para o setor está muito incerto em curto e médio prazos", afirma Pereira.

Há, ainda, outro aspecto citado pelo analista. "O investidor precisa lembrar que empresas de telecomunicações têm as ações de maior liquidez na bolsa. Isso significa que sãoas quemaissofrem quando há turbulências no mercado", diz Pereira. As ações do setorrespondem por 42,5% do Ibovespa.

Rejane Aguiar

Mercado

Nacontagem regressiva para a estréianesta segundafeira do novoSistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, o mercado de câmbiofechou a semana com poucos negóciose variaçõesdiscretas.O dólar encerrou em alta de 0,17%, em R$ 2,332 para venda no segmento comercial. Profissionais lembraram que, desdea véspera,as transações no mercado interbancário estavam"travadas", em função do SPB. "Todos estão cautelosos", justificouo diretorde uma outracorretorapaulista, de grande porte.

Emmeio aeste cenário, o Banco Central anunciou a realização de leilões de venda conjugados com ofertas de compra de dólares. "É para dar garantia de que nãovai haver distorção (nas cotações) por causa de falta de liquidez", observou Fernando FerreiraLeite, daQuality Corretora.

Os leilões de dólaresserão realizados pelo BC exclusivamente por meio dos dealers, quesão asinstituiçõescredenciadaspela instituição,e poderãoserepetir também nesta semana. (Reuters)

Indústrias se voltam para o atacado

A indústria tenta reforçar as vendas para o atacado. O segmento atende o pequeno varejo, que cresceu 8% nos últimos três anos. As fábricas querem fugir da dependência das grandes redes, poderosas na barganha de preços.

Os atacadistassão aaposta atualda indústria brasileira na guerra para decidir preços comas grandes redes desupermercados.As fábricasestão interessadas em reforçar as suas marcas no atacado, local de compras para o pequeno varejo e aslojas devizinhança.O motivo?Os estabelecimentoscomerciais de menorportenão têmtodoo poderde baraganhados hipermercadospara pagarmenos pelas mercadorias.

A participação dos atacadistas na distribuição de produtoscresceude 42,8%em 2000 para 43,5% no ano passado.O quesignificaque as v endasdiretas da indústria para as grandes redes de varej o perderam espaçoparao comércioatacadista noPaís. "O mais importante para os fabricantesémanter equilíbrio na cadeia de abastecimento. E os pequenos exercemumpapel decisivo que passa peloatacado", afirmao diretor executivo da Associação Brasileira deAtacadistas

(Abad), Oscar Attisano. Dadosda consultoriaACNilsen revelam que nos últimos três anos,em estabelecimentos do pequeno varejo comaté 9caixas registradoras, as vendascresceram 8%, enquanto nos supermercados com mais de 20 caixas registradoras, caíram3%.Nos supermercados de vizinhança, com 10 e 19 caixas, o crescimentona comercialização chegou a 16%.

Oresultado, segundoogerente de Atendimento ao Varejo da Nielsen, Ari Gonzalis, eleva a importância do atacado, que passade distribuidor a parceiro estratégico. Perfil – Existem no Brasil cercade5 milatacadistasem operação.A estratégia usada por cada um deles, porém, é bem distinta. Makro e Atacadão seespecializaram noauto-serviço, ouseja,o cliente entra e compra produtos passando pelo caixa.

O Atacado Martins se destacacomo maior distribuidore apartirdo segundose-

Distribuidor ajuda cliente a elevar vendas

Grandes atacadistas estão tomando o papel de líderes de conjuntos de pequenos varej istas, caso do IGA, associação de 13 atacadistas que vende para supermercados com bandeira que leva também o nomeIGA.OAtacado Martins éoutro,quedentre as inúmeras frentes de negócio, possui distribuição especializada para farmácias, pet shops, empresas de informática e telecomunicações.

Atacado Martins possui distribuição especializada para segmentos como o farmacêutico e de informática

Aatuação não se limita apenas à co merc ial izaç ão e distribuiçãode produtos. Há uma ofensiva dos atacadistas para melhorar a eficiência e a rentabilidade dos estabelecimentos que atendem."O sucesso dospequenos estabelecimentosfortalece oatacado e cria uma relação de fidelidade",explica oconsultor da ThePartner Group(TPG), Denis Herbach.

O consultor é especialista na otimizaçãodos processos de distribuição na indústria, varejo e atacado."O pequeno

mestrecomeçaa atuarnum outroramoatacadista,o de distribuição focada no segmento de alimentaçãofora do lar. Os menores se especia-

Atacados como oDiana’s (foto acima), no Jabaquara, atendem também o consumidor final. Pequenos estabelecimentos têm papel decisivo na cadeia de abastecimento, diz Attisano, da Abad.

lizam no atendimento a pizzarias e "dogueiros", caso do Atacado Assai. Jáoutrasempresas doramo, comoo Diana’sAtacado

e Varejo, partem para a atuação no varejo para crescer. "Abrir para o varejo ajudou a crescer e equilibrar as contas", afirma o proprietário do Diana’s Atacado, Orlando Diana.

Números –Em 2001,o setor atacadista movimentou R$43,8bilhões,com crescimento de 2,3% em relação ao anoanterior. Eas perspectivaspara 2002sãofavoráveis, comopequenovarejo crescendo.

Para fortalecer o atacado, a indústria tem concedido descontos,flexibilizado prazos de pagamentose feitoentre-

gas com maiorincidência.Empresas como Unilever, Procter &Gamblee Melitta realizam ações maisfocadas para o segmento, comocursose promoçõesparaincrementar a comercialização por meio do atacado. Asindústriasnão confirmam, mas em parceria com atacadistas organizam uma ofensivaparapromover eficiência nasvendas dosestabelecimentos comerciais.A ECR (Efficent Consumer Response),associação mundial de empresase cadeias de abastecimento,estará àfrente do programa.

Diana’s é também fábrica e varejo

Pequenos atacadistas que não podemfazer parcerias diretas com aindústria estão se mobilizandoem outras frentes. O Diana’sabriu as portasparao público, passando avender tambémno varejo, eacabadeadquirir umaindústriade queijos no Paraná, a Laticínios Nituano, para otimizar os lucros do estabelecimento.

comerciante, que só compra pensando em preço baixo, semlevarem contaitenscomoprazos deentrega,volumes edia depagamento, não estáagindo deformaeficiente", afirma o diretor da Efficente Consumer Response (ECR), Claudio Czapski. Ele explica que se um atacadistavende um pouco mais caro, mas entrega pequenas quantidades pulverizadas no mesmodia, eo outro demora três dias, entregando todo o pedido, é importantelevar em c o ns i d e r aç ã o tanto gastoscom a estocagem quantoaqualidade deleseo tempo para a entrega. Nos EUA as ações no sentido de otimizar os processos e conscientizar ospequenos varejistas estãomais avançadas. A parceria de comerciantes varejistase atacadistasna troca de informações, otimizaçãode tempoecustos,foi responsável por um aumento no volume devendasda ordem de 20%.

Os laticínios são os itens maisvendidosno Diana’s. Por isso, a empresa comprou uma fábricacom capacidade de produzir 1.500quilos ao dia de queijo. Até o fim do ano,ametaéchegar a2.500 quilos diários. "Já estamos até vendendo para alguns supermercados grandes, fazendo o papel deindústria", afirmao proprietário da empresa, Orlando Diana.

Eleexplica que nem todas ascomprasde seuatacado são feitas diretamente na indústria. Em muitoscasos é precisocomprar deatacados maiores."Quando hágran-

des promoções deum determinado produto é mais baratocomprar noconcorrente", afirma.Outro segmento cujos itenstêm boa saídaé o de refrigerantes, voltado para ambulantes. Nesse caso,pórém,a comprado atacado é feita diretamente na fábrica.

A empresa existe desde 1971 e contacom 32 funcionários, incluindo familiares. Há 20 anos possuía três lojas, masseviu reduzidaaumasó comaentrada degrandesre-

des na região da zona Leste, onde atuava. Oproprietário resolveuinvestir tudonum ponto mais isolado, no bairro do Jabaquara, na zona Sul da cidade, local com menos concorrência. Hoje o faturamento mensal giraemtorno de R$700mil aR$800milpor mês e é maior do que nos anos anteriores.

A opção para abrir ao varejo foi a forma encontrada há cerca de 10 anos para crescer. Orlando conta que percebeu

Sadia, Martins e Accor juntos

A atuação conjunta de duas indústriase umatacadistade grandeporterevela como a readequaçãoe ainovaçãono setor de distribuição ao varejopode setornarumaatividade rentável.

Asempresas brasileiras Atacado Martins e Sadia vão seunirà fabricantefrancesa Accor, a partir do segundo semestredeste ano, para uma operação conjuntano mercado de compra, venda e distribuição de produtos. A empresa deveráter comoclientespotenciaisaos proprietáriosde restaurantes,barese

lanchonetes do Brasil. Inicialmente estão sendo investidosR$32 milhõesna iniciativa,com previsão de faturamentode R$35milhões para o primeiro ano e de R$200 milhões a partir do segundo ano.

Anova empresadelogísticanão trabalharácomcigarros, cervejas e refrigerantes. O motivo é que os fabricantes destesprodutos jápossuem distribuição própria eatingem diretamentetodo tipo de estabelecimentos de alimentação. O foco inicial estará em pequenose médios es-

tabelecimentosde alimentação da Região Metropolitana de São Paulo. Anovaempresa seráchamada de Apprimus e não trabalharácom produtros exclusivos de seus sócios. A Chapecó,por exemplo,que, como a Sadia, atua no segmento de carnes refrigeradas, será uma das fornecedoras. "Namaioria dos casos aexclusividade encarece as operaçõese nãosatisfaz osclientes", explicao diretorda Abad, Oscar Atissani.A empresa venderá produtos de diversas marcas.

queno atacadoas vendas já estavamlimitadasà região ondeatuaeque precisava conquistar maisclientes. Daí surgiu aidéiado varejo."As pessoas do bairro também pediam. No início fragmentávamos as vendas para pacotes detrêsunidadesaté passarmos a vender um só", diz. Em faturamento, as vendas do atacado são maioresdo quenovarejo,segundo OrlandoDiana, masacirculação de pessoas em busca de itensunitários para odia-a diaajuda na divulgaçãoe equilibra o orçamento. Segundo o consultor José AugustoJ.P daSilveira, do Programa de Varejo (Provar) daUniversidade deSãoPaulo, muitos atacadistas, ao perder clientes para as grandes redes de varejo resolvem atuar no mesmo segmento delas."Nãodigo queelesnão sobrevivam,mas, semdúvida,vão procurar novasformas para se adaptar", afirma o especialista.

Interior é mercado potencial para setor de distribuição

A extensão territorial do Brasil favorece a atuação dos atacadistas, umavez quenão interessa àsgrandesredesos mercados commenos de 50 milhabitantes,segundo a Abad.

No interior, onde o varejo de pequeno portepredomina, osetor de distribuição acabaencontrando ummercado potencial. O comércio atacadista nacional gera em torno de110 mil empregos diretos em todooterritório brasileiro.

Paulo Pampolin/Digna Imagem
Orlando já teve três atacados e agora mantém uma só unidade no Jabaquara
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Comércio deve levar em conta prazo e preço de atacado, diz Claudio, da ECR
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Tsuli Narimatsu

Fenasoft aproxima usuários e indústria

Feira de tecnologia, que inicia amanhã, terá menos varejistas para reforçar o contato entre fabricantes e consumidores

A 16ª edição da Fenasoft, feira nacional de informática, começa amanhã no Expo CenterNorte, emSãoPaulo. A organização do principal evento detecnologia doPaís decidiumudar decasa esaiu doAnhembi paraocuparos pavilhões Branco,Vermelho e Azul da zona Norte.

A transferência ocorreu para colocar em prática um novo modelo que privilegia o espaçodestinadoaos fabricantes e reduz a participação dos grandes varejistas.O obj etivoéfavorecero contato diretoentre aindústria eo consumidor final.

O presidente do Grupo Fenasoft, MaxGonçalves,informa que apenas o Carrefour e o Makro Atacadista estarãopresentes como compromisso de comercializar unicamente produtos de fabricantes queparticipam da feira.

"Criamos um novo modelo de evento que deve se estabelecer como uma tendência.Estamosantecipando as feiras do futuro e incentivando as grandes empresas a respeitarem ousuário final,que é o consumidor de tecnologia de informáticae équem dita as regras do mercado.Ele quer umcontato diretocom o fabricante. Isso lhe dá maiorsegurança eentendimento do produto", explica. Diante da mudança, a Fenasoft diminuiu o número de participantes e a área destinadaaoevento. Nesteano,serão 412 expositores organizadosem 302estandesque mostrarão cerca de1.200 marcas. Elas estarão distribuídasem umespaço de20 mil metros quadrados. Na ediçãoanterior,foram 460

empresas participantes. A expectativa de público é de cerca de 400 mil visitantes.

Vermelho – Nopavilhão Vermelho estarão as empresas fabricantesde softwarese criadoras de soluções integradas.Os estandesestarão identificadosde acordocom o perfildos participantes e agrupadossegundoo seu campo de atuação. Assim, as associações como Abes, Abranet e Assespro e as empresas que utilizam determinadas plataformasnodesenvolvimento de suas soluções, comoLinuxeWindows, terãoespaços diferenciados. Omesmo acontecerá comaquelas queusamsoluçõesatravés de meioscomo Internet e Intranet.

O Pavilhão Azul será destinado ao setor de varejo e também abrigará eventos como Eletronic Game Expo e Fórum de Revendas.

Feira terá apenas duas empresas de varejo, Carrefour e Makro Atacado, entre os 412 expositores

B ra n co – No pavilhão Branco, empresas de telec om un ic aç õe s, treinamento e editoras contarão comquatrosalas com capacidade paraatender cerca de 40 pessoas por hora. Cada umaabordaráumtema, como gerenciamento de relacionamento com o consumidor,recursos humanos e dicas e truques de softwares.

O pavilhão também abrigará o Projeto Conhecer, destinado a mostrar últimas novidades da área para estudantes. A estrutura foi concebida pela FenasofteaCatho,que levará palestrantes ao local. O público pagará valor simbólico de R$ 1, que será destinadoao ComitêparaaDemocratização da Informática.

Paula Cunha

Interior paulista representa 41% do público na mostra

Os organizadoresda Fenasoftdecidiram modificar o perfil do evento neste ano baseados em pesquisas que vêm sendo realizadas há sete anos para identificar corretamente os seus freqüentadores.

Segundo o estudo elaborado em 2001, 41% dos visitantes são do interior de São Paulo e 12% de outros estados. O levantamento revela que 83% deles têm interesses empresariais no evento.

A organização da feira viu nesseitem a necessidadede realizarafeira deterçaadomingo, com maior quantidades dedias, paraque osinteressados possam visitar os estandes maisdeumavez.A abertura no final de semana serve paraatrair osempresários que têm outros compromissos nos dias úteis.

Estudo –A pesquisa também apontaque 64%do público temnível universitário. Deste total,13% concluíram a pós-graduação. Os executivos e profissionais liberais representam 39% dos freqüentadores da Fenasoft. E os analistas, consultores e assessores somam 21%.

Emrelação aopoderaquisitivo, 34% recebem salários que variam de R$ 2 mil a R$ 5 mil. A pesquisa apontou, ainda, que92%dos visitantes possuem computador em casa e 75% usam a Internet diariamente. Entre os participantes da feira do ano passdo, 21,5mil eramestudantes, 70% pertencentes à rede particular de ensino. Eles consumiram cerca de US$ 1 milhão em hardware esoftware durante a mostra. (PC)

Feira para automatizar pequenos

As empresas fabricantes de softwares destinados ao comércio varejistaestão indo para a Fenasfot com o objetivo de fechar vendas.

A companhia paulista EquaçãoInformática eComércioLtda, por exemplo, pretendeatrairnovos clientes com serviços de organização e montagem de cadastros deendereços. Odiretorcomercialda enmpresa, Luiz César Ruiz, afirma que a participação em edições anteriores rendeu bons negócios.

Estréia – A Eteg Internet Ltda especializou-se em elaborar sites de busca de preços de DVDs,CDs e livrose participapela primeira vez da

Maserati traz os carros de luxo Coupé e Spyder para o Brasil

A Maserati do Brasil vai disputar o mercadode automóveis de luxo e superesportivos com mais dois modelos, o Coupée Spyder.A ViaEuropa,importadora oficialda Ferrari e agora tambémda Maserati, encomendouum lote inicial de 20 carros para comercializar no País. A Via Europa planeja abrir mais duas filiais nos próximos meses,uma noRiode Janeiroe outra em local a ser definido. O diretor de Comunicação e Marketing da Maserati, Antonio Ferreirade Almeida, dizque os preçosdos carros variam de US$ 195 mil, para o Coupé, e US$ 212 mil, para o Spyder. No mercado americano, ondeé cobradoapenas o Imposto sobreValor Agregado(IVA)de20%, eles são oferecidos por US$85 mil e US$ 95 mil, respectivamente. "No Brasil, acarga tributária atinge um patamarde 125%, ficando atrásapenas deCingapura, onde os impostos somam 300%", comentou. No Brasil, os automóveis vão concorrer em preço com osalemães daBMW,Mercedes-Benz, Porsche, além do

inglês Jaguar. A estratégia de vendas da Maserati vai seguir o padrão da Ferrari. A empresaescolhea quemquervender, não é escolhida. Ousadia?"Nemtanto", disseodiretor,emendado por FranciscoLongo, presidenteda Ferrari, que alega "não vender carros, mas sim mitos da indústria automobilística".

Para mantera estratégia,a marca produz sempre um volume de carros inferior ao que o mercado podeabsorver. "Issofaz aumentaro desejo do consumidorde comprar um carro exclusivo", explicaAlmeida. A receita deu certo para a Ferrari e está funcionando para a Maserati. A fila de espera, no mercado americano, no qual foram vendidos900carros desdeo lançamentodosdois modelos, é deseis meses. Segundo Longo, "oscompradores potenciaisestãosendo selecionados e convidados a experimentar osnovos carros". A expectativadaMaseratié de fechar o ano com 30 unidades vendidas no Brasil.

A empresa conseguiu resultadosimportantes nosúl-

timos quatroanos, passando de 666 unidades em 1998 para2.027 carrosem 2000no mundo. A Ferrari "convidou" suas concessionárias a venderem, também, oscarros Maserati. "Com mais uma marca de prestígio os negócios da loja tendema aumentar",diz Almeida. A Via Europa vende as duas marcas desde 99. A nova fábrica da Maserati, em Modena, naItália, inaugurada há trêsanos, exigiu um investimento de US$ 400 milhões e vai produzir um totalde 3,5milunidadeseste ano, sendoque 60%da produção serão do Spyder e 40% doCoupé. Oprivilégioao Spyder ocorreem funçãodo mercado norte-americano, maior consumidor de carros esportivos desta categoria. A fábrica da Maseratiemprega 400 pessoas etem a linhade montagemtotalmente automatizada.Com olançamento dos novos carros, a Maserati,agora sob a gestão da Ferrari SpA, espera consolidar oposicionamento mundial da marca.

Ricardo Ribas

feira.Ameta paraosseisdias de exposição na Fenasoft é estabelecer parcerias com grandes redesde lojasaos moldes deAmericanase docanalde vendas onlineSubmarino. A médio prazo, os planos da Eteg Internet incluema entrada no ramo de comercialização de produtoseletroeletrônicos,alémdos CDse DVDs e livros.

Busca – Outra empresa que procuraránovos clientes entre os pequenos comerciantes quevisitarão aFenasofté aSoftwareTecnologia de Soluções Ltda. Háapenascinco anosno mercado, ela pretende expandir seu campo deação e

conquistar novos mercados paraos softwares de gestão voltados para os empresários que enfrentamdificuldades ao informatizarseusestabelecimentos comerciais.

O gerente daempresa com sedenoRiodeJaneiro, Luiz Antônio Pedrosa, explica que o software que será mostrado durante a mostra faz o controle financeiro, administrativo, de estoques, além de organizar o cadastro de clientes e de fornecedores. O produto estásendo vendido no mercado por R$ 175.

"Também oferecemossuportetécnico atravésdeuma linha especialde telefone de formagratuita. Nossaexpec-

O modelo Spyder ( foto ao lado) tem capacidade para transportar dois passageiros, conta com motor V8, de 4.2 litros, e 390 cavalos de potência, com promessa de economia de 10% no consumo de combustível

tativaquantoà Fenasoftéestabelecer contatos com futuroscompradores dosprodutos", afirma. (PC)

ser viço

Fenasoft 2002

Período: de 23 a 28 de abril

Local: Expo Center Norte

Rua José Bernardo Pinto, 333Vila Guilherme - SP

Horários: de 23 a 26 (terça até sexta), das 12h às 22h e de 27 a 28 (sábado e domingo), das 10h às 22h

Ingresso: R$ 30 (estudantes e maiores de 65 anos têm desconto de 50% no valor do ingresso nas bilheterias)

Informações: 0300-7892900 ou pelo site www.fenasoft.com.br

O esportivo Coupé (ao lado), como o Spyder, tem painel completo, com computador de bordo; a grade dianteira deixa clara a presença da Ferrari

Uma pitada de Ferrari nos modelos

Bonitos, confortáveise rápidos. Esse trinômio é pouco para definir os Maserati Coupée Spyder,apresentadosna última semana em São Paulo. A marca do Tridente, agora totalmenteabsorvida pela Ferrari, caprichounosdetalhes, oferecendo aosseus concessionáriosa possibilidade de ampliação dos negócioscom oscarros numafaixa de preços mais atraente. Vistos defora, osMaserati impressionam pela elegância daslinhas da carroceria, desenvolvida pelo StudioItal-

jet, deGiurgetto Giugiaro. Na partedianteira,o capô elevado e sem a entrada de ar, passa a sensação de o carro ser um esportivo por natureza, o que se confirma logo na primeira pisada no acelerador. A gradedianteiradeixa clara a presença da Ferrari, com a tomada de ar "boca de tubarão" e o Tridente, logotipo da Maserati, ao centro. Por dentro, o painel de instrumentos é completo e traz, ainda, um computador de bordo. Apesar da vocação esportiva, oCoupétransporta

quatro passageiros. Já o Spyder apenas dois. O motor é igual nas duas versões: V8, de 4.2 litros, aspirado, capaz de gerar 390 cavalosdepotência. Todo de alumínio, o motor, fabricado pela Ferrari, segue os mesmos conceitosadotados em carrosdecorrida, oquepermite economia de 10% no consumo de gasolina.O câmbio pode ser configurado para trabalhar em modo automático, manual,para quemnão abre mão da trocade marchas, e na versão sport. (RR)

Contato com o fabricante dá segurança ao usuário, diz Gonçalves, da Fenasoft
D ivulgação

Terceirização chega a cargos de gerência de marketing

A agência de publicidade

ABA, de São Paulo, está terceirizando gerentesde marketing e venda para pequenas e médiasempresas. Aeconomia com a contratação de funcionários para coordenar esses setores das companhias e a redução das despesas com a estruturaoperacional estão entre as vantagens.

Segundo o administrador de empresas JorgeAssumpção, sócio-diretor daABA, o empresário que precisa baixaros custospodeeconomizar até 40% contratando uma consultoria que terceirize gerentes. Esse cálculo é baseado num saláriomédiodeR$7 mil, que seria investido na contratação de um gerente de marketing, atuandonuma empresade porte médio, com faturamento de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões mensais.

O valor dosalário ainda temde ser dobradodevido aosencargossociais recolhidos pela empresa e benefícios,que acompanhia dáao funcionário, esomado às despesas para manter o escritório. Ao todo, os gastos mensaiscom essegerentede marketingficariam entreR$ 18 mil e R$ 20 mil. No caso da terceirização, ou seja, da contratação dosserviços deuma agência para contratar eadministrar o funcionário, o investimento seriade aproximadamente 60% do total dessa despesa. "O empresário paga só R$ 12 mil para a consultoria", diz Assumpção. Entreas empresasqueestão usando o serviço da ABA e já conseguiram baixar as despesas,estão companhiasda área de transporte e mudança e torrefação de café.

Vip – A ABA atende,no máximo, três clientes ao mesmo tempo. "Para o sistema funcionar, os executivos têm de passar bastante tempo nas empresas", diz Assumpção. Esse sistema deterceirizaçãodemão-de-obra capacitada segue a cultura de que os profissionais devemserresponsáveis pelosresultados das vendas das empresas. "Em geral,as companhias contratam aagência parareestruturar um departamento. Naárea devendas, oprofissional trabalhacom metas quetêmde sercumpridas num período determinado", afirma Assumpção. No caso de um profissional parao departamentodevendas, ele pode fazer diagnóstico comercial da companhia cliente e umplano diretor. O gerentetambém pode coor-

denar o treinamento dos profissionais do departamento. Para evitar conflitos com a equipede vendas,oprimeira açãodo profissionalterceirizado éentrevistar osvendedores. "É importanteouvir quemjátrabalha na empresa", afirma Assumpção. No caso daconsultoria de marketing, o gerente fica responsávelpelo planejamento estratégico, pela análisede mercado,análise da concorrência e estratégiade marketing para todos os ciclos de vida do produto. Se o contrato for de terceirização deassessoriadecomunicação, a agência contrada podefazerplanejamento de mídia,criação de campanhas,assessoria deimprensa e projetos de merchandising.

Cláudia Marques

Escultura com defeito vira peça de exportação

Uma peça imperfeita se transformou noobjetomais vendido daempresa doartesão BetoFreitas,de Aracajú, em Sergipe.Umaescultura com pés grandes, que hoje é a principalpeçade Freitas, foi feita dessaformaparaparar em pé. "O peso do corpo e da cabeçanãodeixavam apeça ficar de pésem apoio. Então, criei uma baseemforma de um pezão", diz o empreendedor, que ficouconhecido como Beto Pezão.No próximo

As indústrias, como automobilística e farmacêutica, são afetadas pela espionagem industrial dos próprios empregados.Os atacadistas sofrem mais com os roubos, por parte dos funcionários, de pequenos produtos. As fraudes empresariais podem surgirem todososdepartamentos.Paraevitá-las,o empresário precisa criar formas parafiscalizar os funcionários sem constrangê-los.

Segundo BarryWolf, diretor da consultoria KPMG, em São Paulo, para ficar livre das fraudes, o empreendedor deve estabelecer regrasna contratação de funcionários. Antes de contratar um profissional, o empresário deve checar os antecedentes civis, criminais,financeiros edecrédito de todos os candidatos.

semestre,as esculturasvão chegar a países europeus.

O empreendedor já vendeu paraconsumidores de Santiago, no Chile eLisboa, em Portugal. O próximo passo é vender para lojistas da Itália, Inglaterra eFrança. "Neste ano,estou mepreparando para participarde feirasna Europa. Esseseventos abrem caminhos para asvendas aos varejistas", afirma Freitas. Parapromover oproduto, Freitas contou apenas com o marketing boca-a-boca.Um cliente gostou da escultura, levou-a para casa e a mostrou aosamigos. Freitaspercebeu que as pessoasgostavam das esculturas e começoua leválas em feiras e lojas. Hoje, oempreendedor produz 250esculturaspor mês.Antesde fazeraspeças com pés grandes, Freitas fazia apenas peçassacras, como santos."O artesanatocom personagens locais ficava sempreem segundoplano. Euachava queiriaencalhar", afirma Freitas. Depoisquea escultura compezãoficou conhecida, Freitas começou a fazer pescadores, lenhadores e até personagens como Lampião.Todos emcerâmicae com os pés grandes. Segundo oconsultorde marketing Claiton Fernandes,da consultoriaOlifer,de São Paulo,os empreendedores devem procurar fazer produtos diferentes."Os consumidores,em geral, procuram mercadorias que tenhamum diferencial. Isso pode ser na forma da peça, no jeito de divulgar o produto ounas áreasdeatendimento ao cliente,porexemplo", afirma Fernandes. (CM)

Se a contrataçãofor para o setor de segurança, o cuidado deve ser redobrado. Nesse caso, deve-se consultar outras empresas para as quais o candidato ou a firma de segurança prestou serviço. Com o armazenamento de informações estratégicas, como um produto que ainda está sendo desenvolvido, o empresário também deve buscar referências do futuro funcionário ou da companhia terceirizada encarregada.

O conhecimento dosfornecedoreséoutro fatorque deveserlevado emconta."O empresáriodeve conhecer profundamente todos os seus fornecedores edistribuidores", afirma Barry Wolf. A empresa também deve adotar um código de conduta dos funcionários,principal-

mente, para aqueles que estão sempreem contatocomfornecedores eclientes. "Numa companhia onde é possível promovera rotatividadedos funcionários, pode-se mudar o funcionário responsável por uma entrada onde se descarrega carga importante, para evitar um estreitamento de relações entre o funcionárioda empresa eo fornecedor", diz Wolf . As grandes empresas, em geral, contratam consultoriaspara identificarfraudesque custama partir deR$ 30 mil. Nas micro e pequenas, que nãopodem arcarcom custos altos, énecessário determinarcomclareza se a fraude existe ou sese trata de uma má gestão do negócio. Pontos fracos – As empresas vítimasde fraude precisam identificar em sua estrutura os pontos que possibilitaramailegalidade. "Oproblema é que muitas empresas costumam falhar na definição e no uso de seus mecanismos de controles internos. Uma dascausas éo medode constranger os empregados", afirmaWolf. Oempresário tambémdeve estar atento a setores como contabilidade e informática. Fraudes nesses setores são comuns nas pequenas empresas Pesquisa– Uma pesquisa recente daKPMG mostrou que 70% das fraudes em companhias brasileiras ocorrem por sistemas ineficientesde controles internos.Os 30% restantes podem ser perdas provocadas por outras causas.

cursos e seminários

Dia 23

Lidando com situações difíceis – O curso tem o objetivo de capacitar os participantes para lidar com situações problemáticas no trabalho. A palestra acontece na terca-feira (23) e será dada pelo professor Gustavo Falcão, graduadoemComunicaçãoSocial, certificadopeloService Quality Institute como Líder Multidisciplinar de Excelência, professor da Escola Nacional de Administração Pública, consultor da Idort, idealizador do Projeto Revista Viva esócio da Consultoria Great Desenvolvimento Humano. Duração: oito horas,das 9h00 às 18h00. Local: Sescon (Sindicato das Empresas deServiços Contábeis) de São Paulo, avenida Tiradentes, 960, Luz. Preço: R$ 70 (associados Sescon) e R$ 140 (não associados). As inscrições devem serfeitas até hoje pelo telefone (11) 3328-4900.

Financiamentoe câmbionaimportação – O objetivodocurso éfornecer aos microe pequenos empresários informaçõessobre os procedimentos de importação de mercadorias. Duração: 24 horas, das 9h00 às 18h00. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. O curso começa na quarta-feira (24) e termina na segunda-feira (29). Preço: R$ 800 (associados) e R$ 920 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Licitação e Contratos (Ênfase na Lei de Responsabilidade Fiscal – O objetivodoseminárioétransmitir aosmicroepequenosempresários dados para o gerenciamento dos contratos públicos. Duração: 16 horas e meia, das 8h30 às 18h00. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. O curso começa na quarta-feira (24) e termina na quinta-feira (25). Preço:R$ 325 (associados) eR$ 375 (não associados).As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Dia 24

Impostos levam 30% da renda familiar

Pesquisa realizada pela Price detectou impacto causado pelos tributos no orçamento de uma família com renda de R$ 3.300

Os impostos consomem até 30% da renda de R$ 3.300 de umafamília declasse média paulistana. A constatação édaconsultoria PricewaterhouseCoopers, que fez um levantamento doimpacto dos tributos no orçamento de uma família neste padrão.

A pesquisa da Price teve comobase osdados daFundaçãoGetúlio Vargas,queanalisou,em 2001,240 itensque compõem o orçamento familiar, como alimentação, habitação, higiene e limpeza. Fazendooscálculos, da renda de R$ 3.300 de uma família com quatro membros, onde pai e mãe trabalham, exatos R$ 990 são destinados ao pagamento de impostos.

Desse total,33% vaipara a Previdência Social e maisda metade (58%) vai para os chamados impostos "embutidos", aqueles que compõem o preçofinal deitens deconsumo, comoalimentos, produtosde higienepessoal e material de limpeza.

São eles:ISS, IPI, ICMS, CPMF,PIS eCofins,sendo que os três últimos têm efeito cascata, ouseja, incidemem

cada etapadoprocessoprodutivo atéo produto chegar ao consumidor final. "Chamamesses impostos de ‘embutidos’ porque as empresas fornecedorasdos produtos ou serviços consumidos pela população têm que arcar comtais tributos e compensam repassando a suaperdapara o preço pago pelo consumidor", explica a gerentedo Departamentode

Consultoria Tributária da Price, Luciana Aguiar, uma das coordenadoras do levantamento feito pela empresa.

Custos– Sãoas rarasas pessoas que sabem que, ao comprar feijão no supermercado, 15% dopreço vai para os cofres do Governo. Segundoa pesquisa da Price, uma

família de classemédia consome mensalmente em óleo, R$ 8,08 e, deste total, R$ 1,19 sãode impostos.O gasto mensal familiar em macarrão equivaleaR$ 12,17eR$3,13 vão para os cofres públicos.

Cercade11% dosgastos comhabitação vão para impostos e dos materiais de limpeza, 31,88%. O preço da cervejaleva 70% em impostos, refrigerentes, 49% e bebidas destiladas, 80%. Estes três são os itens mais tributados.

"Aspessoas emgeralnão têm percepção da carga tributáriaa que estão sujeitas cotidianamente. De concreto,sósabemquanto custao Imposto de Renda porque vemdiscriminado noholerite todosos mesese todoano

tem quefazer a declaração", diz Luciana Aguiar. Reforma – Para o sócio-diretorda área tributáriada Price, Álvaro Taiar Júnior, o resultado da pesquisa confirma a necessidade de uma reforma urgente do sistema tributário brasileiro. "Os tributos atuaispenalizammais fortemente o consumoe o emprego, desestimulando o investimento e o crescimento econômico."

Taiar tambémcriticaos impostos cumulativos, como PISe Cofins."Tiram acompetitividade dos produtos brasileirosem relaçãoa seus concorrentesproduzidos no exterior."

Catarina Anderáos

Família considera tributos absurdos

A nutricionista Denisee o bancário Ricardo Barbuscia, juntamentecom seusdoisfilhos Eduardo eRodrigo, formam umatípica famíliade classemédiapaulistana pesquisada pela PricewaterhouseCoopers. O seu gasto men-

sal com alimentos estáem tornodeR$ 400.Dessetotal, segundo a pesquisada Price, 17,93%éconsumido pelos impostos. Já com produtos de limpeza, Deniseinforma que ogasto éde R$40, ecuidados pessoais, R$ 60. Pela pesquisa, respectivamente, 31,88%e 21,19% do gasto com os itens vãopara os cofres públicos. "Realmente é um absurdo o quanto queo governotira dobolso dapopulação.Os nossos saláriosnão sãoreajustados há mais de um ano e os impostos estão sempre subindo. Estamossendomassacrados", diz Denise, acrescentandoque osseusgastos quase nãocabem dentrodos seus rendimentos.

Desinformação – Ela não ficou tão espantada com as alíquotas de impostos cobradosporque játrabalhou no comércio de alimentose tem

Brasileiro não

sabe quanto paga de impostos

Odiretordo Institutode

uma noçãodo quantode tributos recaisobreessesetor, masacredita fazerpartede uma minoriada populaçãoa par doassunto. "Obrasileiro é muito desinformado e alienado pela própria política do País. Somos manipulados." As mensalidades pagas às escolasdos doisfilhos não sãoconsideradas tãoelevadas por Denise -R$ 550 no total - , mas mesmo assim, 13%, ou seja, R$ 71,50 são destinados aopagamento de tributos. (CA)

Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo, o economista Marcel Solimeo, concorda com a gerente da área Tributária da Price, Luciana Aguia. ParaSolimeo, a maioria dapopulação não sabe o valor queestápagandode impostosquando adquire um produto.

"Isso é comum com o ICMS. Apesar de estar discrininado nas notas fiscais uma alíquota de 18%, na verdade, o consumidor paga 21,95%.

Ocálculo doICMSé feito ‘por dentro’, incidindo sobre ele mesmo."

Marcel Solimeo diz que a polêmica emtorno da cobrança embutida de impostos é antiga no País e cita o regimedecobrança praticado

empaísescomo os Estados Unidos como ideal.

Lá, quando uma pessoa vai ao supermercado, o preço etiquetado nos produtos é o real, sem impostos. Quando a pessoa passa pelo caixa e paga a suaconta éque otributo é cobrado. O quanto ela recolhe para os cofres do governo vemdiscriminado na nota fiscal separadamente.

"Como isso não ocorre no Brasil,as pessoas não sabem quantoestão pagandoaogoverno e como os impostos encarecem o produto nacional tanto no mercado interno como externo", diz.

Para o economista, essa desinformaçãoexplicaa passividade, e consequente aceitação,do brasileirodiante da quantidade deimpostos a que está sujeito. (CA)

IR: Receita recebe declaração até dia 30

Contribuintes que ainda não acertaram as contas com o Leão devem se apressar, pois o prazo de entrega não vai mudar

O prazo final para a entrega da declaração do Imposto de Renda das pessoas físicas v ence na próxima semana (30)e quemainda nãoacertou as contas o Fisco deve se apressar para evitar imprev istos. Ohorárioderecebimento das declaraçõespela internet ou telefone será encerrado às 20 horas.

Segundo informou a assessoria de Imprensa da Receita Federal,emSão Paulo, não haveráprorrogaçãoda data. Quem entregar fora do prazo vai pagar multa de até 20% do imposto devido. Ovalor mínimo é de R$ 165,74.

Formulários – O contri-

buinte que está acostumado a declarar por meiode formulário impresso, deve se lembrarquesomente os Correios, neste ano,estão recebendoessasdeclarações. No ano passado, além dos Correios,ocontribuinte podia contar com as unidades da Receita Federal. A restrição tem como objetivo incentivaraentregaeletrônica, como a internet e o telefone.

Disquetes – Quem optar pela entrega em disquete, deverá se dirigiràs agências do Banco do Brasil e daCaixa EconômicaFederal atéàs16 horas, dodia30.Segundoa Receita, pelo menos por en-

quanto, nãohá nenhuma previsão paramudançade horáriode funcionamento dosbancos para o recebimento dasdeclarações do ImpostodeRenda. Paradeclarar atravésdedisquete,é necessário baixar o programa dadeclaração,no sitedaReceita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)

Telefone – Asdeclarações pelo Receitafone (0300-780300) serãoaceitas até às20 horas do dia 30. Somente podemoptar pelaalternativa aqueles com com patrimônio até R$ 20mil. Contribuintes nesta situação podem também utilizar adeclaração

simplificada on line, que possibilitao preenchimentoe envio diretamente do site da receita,sem anecessidadede baixar os programas. Outraopção quedispensa a cópiadosprogramas pela interneté oCD-ROM, que vem acompanhado com o manual doIReseçãocompleta de pergunta e resposta. Com o CD – disponível nas unidades da Receita Federal –depois de preecheros dados, ocontribuinte poderáenviar a declaração pela internet ou gravá-la em disquete para entrega nos bancos.

Sílvia Pimentel

IR/Diário responde

Épossível deduzir gastos com planosdesaúdefeitos fora do País?(Cristovan Albuquerque)

As despesasmédicas realizadas no exterior são dedutíveis, desdeque devidamente comprovadas.

Sempre declarei meu imóvel porR$ 80mil.No anopassado, gastei R$ 20 mil com reformas. Comodevo declarar? (Elisabeth de Oliveira)

Informe nacolunaDiscriminação, da Declaração de Bens, junto com os dados do imóvel, gastos com

Como entregar a declaração

Disquete

É aceito apenas nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Receitafone

Através do 0300-78-0300, atéas20horasdodia 30,para contribuintes com patrimônio até R$ 20 mil.

Formulário on-line

Dipensa baixaro programa. Atransmissãopelainternet será encerrada às 20 horas.

CD-ROM

O envio podeser feito pela internet ouatravés de disquete gravado para entrega nos bancos autorizados.

Formulário impresso

Aceito apenas nos Correios, ao custo de R$ 2,50.

benfeitorias. Informeo valordoimóvel nacolunade 31.12.2001. Não esqueça de guardar os comprovantes até 31.12.2007.

Comodevo declararrendimentos provenientes de aluguelde umacasacomercial, nototaldeR$ 2mil. (Rodrigo Luis de Sousa).

Como rendimentos tributáveis, informando o nome e o CNPJ do locatário.

Depois de entregar minha declaração,há 15dias,verifiquei que deixeide lançar gas-

tos no valor de R$ 700,00 com tratamentodentário. Posso fazer uma declaração de retificação? (Ernesto Barreto) Sim.Você podeentregar a declaraçãoaté odia 30de abril.

As questões paraesta seção devemser enviadaspara o e-mail dctiraduvidasir@yahoo.com.br.As respostasserão publicadastodas as segundas-feiras. As dúvidas dos leitores foram esclarecidaspelo contador Salvador Strazzeri,daFinancial Contábil S/C Ltda.

Peças raras e caras, verdadeiras jóias

Canetas e relógios em materiais nobres ou peças como anéis e brincos transformam-se em objetos para ocasiões especiais

Design e o uso de materiais nobrestornam algumaspeças raras. Elas passam, então, a ser objetos de colecionador. Outras são jóias mesmo, para ocasiões especiais. ACartier coloca no mercado brasileiro algumas dessas preciosidades,comoa caneta-tinteiro com relógio na tampa. Da família Stylos d’Exception , em linhas contemporâneas,tem acabamento emplatina com laca preta incrustada.A pena de ouro 18 quilates é banhada a ródio. Na tampa de encaixe, orelógio commovimentoa quartzo, algarismos romanos e o logotipo da marca. Produzida emsérie limitada de 2.000 peças, terá apenas oito delas vendidas no Brasil, ao custo de R$ 6 mil cada. Laca e ouro folheado são os materiaisusados na confecção dasminicanetasfemininas Diabolo de Cartier. Leves, elas são folheadas a ouro com laca preta incrustada e cabo-

chão (enfeite) na cor rubi. Estãodisponíveis nas versões caneta-tinteiro (R$ 1.500), esferográfica (R$ 1.050) e lapiseira (R$ 1.050). Em jóias, a Cartier oferece os anéis L anières,quepodem ser justapostos, formando outra peça. Disponíveis em ouro amarelo,ouro brancoebrilhantes, possuem aro com entalhes quadrados quecaptama luz pelas quatro facetas, ampliando o brilho dos metais. As combinações dependem apenas do gosto edo bolso da consumidora.Em ourobranco, custaR$2.400; emamarelo, R$2.100;acrescido de diamantes, o ouro branco fica em R$ 13.500 e o amarelo,em R$12.900.Outra peça é o relógio Must T an k , clássico dosanos80, agora relançado. Servea pulsosmasculinos e femininos. Possui mostradorlaqueado cor marfim, ponteiros de aço azulado, caixa emvermeil

(prata banhada a ouro) e pulseiraem courodecrocodilo. O pequeno custa R$ 4.200 e o grande, R$ 4.400.

Ex ub er an te s – Mulheres que apreciam jóias ousadas têm na Coleção Capulet , da designer Adriana Taub, peças coloridase marcantes,com grandespedras.Citrino, topázioe turmalina, além de opalas azuis e de fogo, de origemaustraliana,sãoas pedras combinadasaouro18 quilates. O anel com trabalho de flores e folhas, em brilhantes ekunzita (R$6.900) faz

conjuntocombrinco, que junta o topázio às pedras anteriores (R$ 9 mil). Para mulheres tradicionais, peças clássicas, com preços que variam de R$ 12 mila R$ 25 mil.

Produto atua sobre cabelos rebeldes

Uma das primeiras marcas a lançar linha de produtos para cabeloscacheados,Seda investe de novonesse segmento. Com Seda Hidraloe com Redução de Frizz, que inclui poly-proteína em sua formulação,alinha atua sobre os fios rebeldes e arrepiados, que insistem em ficar fora do lugar, o chamado efeito

frizz. Formadapor xampu, condicionador, cremede pentear e creme de tratamento,a linhatem tambémuma nova emodernafragrância, combinando notas florais, verdes, ozônicas (aquosas)e frutais. As embalagens vêm com tampa plástica translúcida numa nova tonalidade verde limão. Os preços va-

riam de R$ 2,80 a R$ 4. Em 97, um ano antes do lançamento de produtospara cabeloscacheados, aparticipação em valor da marca Seda era de 7,8% no mercado de xampus e 5,9%empós-xampus,segundo dados da ACNielsen. Doisanosdepois, comaparticipação de Seda Hidraloe, os números surpreenderam,

passando para 16%em xampus e 23,8% em pós-xampus. Com o lançamento de outras variantes, como Seda Keraforce, Color Vital e Control, de 1999 a 2001, a participação chegou a 23,4% em xampus e 18,1% em pós-xampus, linha formada por cremes de tratamento, cremes de pentear e condicionadores. (BA) Xampu, condicionador e cremes para acabar com o chamado efeito frizz

As minicanetas Diabolo de Cartier, folheadas a ouro, para o público feminino
Vários anéis para formar outra peça
Pedras no brinco de Adriana Taub
Fotos: Divulgação
Beth Andalaft
Cartier – fone 3081-0051; Adriana Taub – fone 3083-5909 ser viço

OJORNALDOEMPRESÁRIODESÃOPAU

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de abril de 2002

TENDÊNCIAS/SEMANA

Verticalização tranqüiliza mercado, mas o petróleo ainda preocupa

Asemana deve começar morna, com pouco volume de negócios, até devido à quebra de expectativas com a decisão doCopom de mantera Selic em18,5%ao ano.Noentanto, o clima é de tranqüilidade, até por conta da manutenção, pelo STF, da verticalização das alianças partidárias,que favorece ocandidatodoPlanalto, JoséSerra.Muitos investido-

resestrangeiros andam arredios,pelo temorde crescimento do candidato do PT, Luiz InácioLula da Silva, mas podemmudarde idéiacoma decisão do Supremo. Um fator de preocupação ainda é o preço dopetróleo, jáque oagravamento do conflito entre Israelepalestinos certamente provocará reflexos nos preços internos do produto. Página 9

Empresas começam hoje a conviver com novo SPB

Entra hoje em vigor o novo

Sistema de Pagamentos Brasileiro, o SPB. Apesarde alguns benefícios, como tornar as operaçõesde alto valor mais seguras, o impacto dev erá ser grande na vida das empresas. Um dos problemas, destaca oeconomista Marcel Solimeo, é que haverá necessidade de investimentoem informatização,por partedospequenos, para melhorar o controle do caixa. "Isso, num momento em que o créditonos bancosestá escasso e caro", afirma ele.

Atacado é o canal para fabricante chegar ao pequeno

A indústria está interessada emvender parao atacado.O segmentofornece paraosestabelecimentos de pequeno porte, locaisonde as vendas cresceram 8% nos últimos três anos. Já nos supermercados com mais de 20 caixas registradoras,a comercialização recuou 3%. Ter os produtos no atacado,para a indústria, significa menos dependênciados hipermercados, com grande poder de barganha quando o assunto é preço. A participaçãodos atacadistas nadistribuição de produtossubiu para 43,5% no ano passado, contra 42,8% em 2000. Página 11

PLENÁRIA

Cada vez mais pobres, os argentinos mudam de hábitos

Em mais um capítulo da criseeconômica argentina, começa nestasegunda-feira mais umferiado bancáriono país. Ao mesmo tempo, a previsãodoFMI deumaqueda de 15% do PIB apavora os argentinos.Não se sabe se as previsões serãoconfirmadas,

mas ofato éque aArgentina está cadavez maispobre.A classemédia nãocomecarne de primeira e gastos com roupase lazerforam cortados.A taxa de desemprego é de 23,8%e45% dosatingidos são jovens de 18 a 24 anos. "O nível de pobreza já che-

O economista destaca que o crédito deverá ficar ainda maiscaro comadecisãodo governo de elevar o IOF, medida queatingirá duramente as pequenas empresas. Os bancosestréiamnesta segunda-feira liquidando, em tempo real, apenas as operações com valor igual ou acima de R$ 5milhões.Luiz Fernando Figueiredo, diretor do Banco Central, acreditaqueas empresasnãoterão problemasem seadaptarao sistema mas,se necessário,o BC esticará o prazo. Página 9

Segmento de lingerie quer elevar consumo interno

Aindústriabrasileira de moda íntima tem feito um esforço grande para aumentar o consumo interno de lingerie, que ébaixo. Parase ter uma idéia,enquanto asamericanas compram em média, porano,41 artigos demoda íntima,as brasileiraslevam apenas19. Parareverteresse quadro, as empresas nacionaisestão investindoemnovasmarcas, emlojaspróprias,aumentode açõesnos pontos-de-vendae marketing no Exterior. Além disso, será realizada emSão Paulo, em agosto próximo, a 12ª feira do setor, que deve reunir as principais marcas. Página 13

Secretário discute segurança na reunião da Associação Comercial Areuniãoplenária que acontece hoje, às 17h, na sede da Associação Comercial de SãoPaulo,terá apresençado secretário da Segurança PúblicadoEstado, SaulodeCastro AbreuFilho,que faráumapalestra sobre segurança. Devemser abordadostemascomo policiamento ostensivoe comunitárioe contrataçãode

Quer falar com 20.000 empresários de uma só vez?

soldados para elevaro efetivo daPolíciaMilitar. Antesdeassumira secretaria,Saulode CastroAbreuFilhoestava no comandoda Fundaçãodo BemEstar doMenor(Febem). Abreu Filhotambémfoipromotor de justiça etitular do I Tribunaldo Júri. Éaprimeira visita à Associaçãodesde que tomou posse. Última página

ga a 49,9% da população e devecontinuar crescendo,sobretudocom uma inflação projetada de 57% ao ano", explicaoanalistapolítico argentino Artemiro Lopes.

Autêntica representante da classe média argentina, a comunicadora ZelmiraAndra-

Ricardo e Denise, sócios do governo

Peças raras têm mercado restrito, mas público cativo

Peças rarasecaras,para quemcoleciona ouparaocasiõesmuito especiais, acabamde chegaraomercado. São canetasqueincluemrelógio na tampa,penas de ouro e outrosadornos, ou jóias com design ematérias nobres. Atendem a um mercado restrito,mas voraz na aquisição de exclusividade, poismuitaspeças sãofeitas em edição limitada. Página 8

ELEIÇÕES 2002

Piva quer projeto de desenvolvimento

Os empresáriosdesejam queo processo sucessório seja mais calcado em projetosdoqueem detalhessobre candidatos. Para Horácio Lafer Piva, presidenteda Fiesp, deve-seaproveitaro ano parafazercomque o Paísdesenhe umprojetode desenvolvimento futuro, consolidando os avanços dos últimos anos. Página 3

de abandonou a terapia, cancelou as reformas da casa e reduziu oconsumode carne de sua família. Roupas novas eviagensde fériasestãodescartadas. Zulmira mora em umaeleganteresidência no bairrode PalermoViejo, em Buenos Aires. Página 4

Exército entrega condecoração a Alencar Burti

Nesta Fenasoft, o espaço é quase todo para as indústrias

A 16ª Fenasoft começa nesta terça-feira no Expo Center Norte, em São Paulo. A maior feira de tecnologia do País vai incentivaro contatodireto entrefabricantes doramoda informática eo consumidor final. Amostrateráapenas dois varejistas, o Carrefour e o Makro, para dar mais lugar às indústrias, com 410 expositores. A feira terá desde venda de soluções de automação comercial até palestra para estudantes. Umapesquisa da organização aponta que 41% do públicodaFenasoftvem do interior paulista. Página 12

Terceirização já atinge os gerentes de marketing

A agência de publicidade ABA, de São Paulo, criou um serviço diferente das outras empresas do ramo: está terceirizando gerentesde mar-

ketingde pequenasemédias companhias. Os dados da ABA apontam para uma economiade40%nas despesas com funcionários. Página 14

Projeto Quintal gera ocupação e já beneficiou mais de 800 famílias Página 17 Ações de teles têm bom preço, mas o cenário é ruim para comprar Página 10

O presidente da Federação das Associações Comerciais doEstado de São Paulo eda Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, recebeu a condecoração no Grau de Cavaleiro daOrdem doMéritoMilitar,aprincipal do Exército. Acerimônia,que premiou 17 civis e 12 militares, aconteceu no quartel-general do Comando Militar do Sudeste. "Recebo a homenagem com orgulho e humildade", disse Burti. Última página a a

Alencar Burti recebeu a medalha das mãos do comandante militar do Sudeste, general Francisco de Albuquerque
Cerca de 30% dos ganhos do casal Ricardo e Denise Barbuscia são consumidos com o pagamento de tributos, que vão desde o IR até os impostos embutidos, que compõem o preço final de produtos de consumo. Página 15
Clóvis Ferreira/Digna Imagem

Ações para subir consumo de lingerie

Empresas investem em produtos diferenciados, marketing e lojas próprias para aumentar as vendas locais, que são baixas

Aindústriabrasileira de moda íntima – que inclui lingerie dia e noite – tem feito um esforço grandeparacrescer.

As empresas estão investindo em novas marcas, em lojas próprias, em ações nos pontos de vendas e em campanhas de marketing no exterior.

Em 2000,o setorproduziu 432,3 milhões de peças e faturou US$ 607 milhões, confor-

meos últimosdadosdivulgados pela Associação Brasileira daIndústriaTêxtil edeConfecção(Abit). Asexportações somaram,no anopassado, US$ 56,7 milhões, volume bastantesuperior aodasimportações (US$ 6,2 milhões). São 6mil empresas, que empregam 40mil pessoas.O preço médiode umalingerie brasileira esté em R$ 3,75.

Feira especializada vai reunir principais empresas na cidade

A 12ª edição dafeira de lingerie Íntima/Intimatex – Salão Internacional de Moda Íntima e Matéria-Prima acontece de 4 a 7 de agosto, no ITM Expo (antigo Centro Têxtil), em São Paulo.

Organizadapela Guazzelli Messe Frankfurt e com o apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção,

Abit,o evento vaimostrar as tendências do setor. Estarão apresentando suas novidades gigantes como Darling,Del Rio,Liz,Mari M, Valfrance, Moda Mondo, Monizac, entre outros. A expectativa é de que 8 mil lojistas visitem afeira.Os profissionais poderão participar de palestras técnicas e desfiles. ( TM)

Mas o consumo per capita ainda é baixo. As brasileiras consomem 11 calcinhas e 8 sutiãs por ano. As norte-americanas, as campeãs de compras, levam para casa 23 calcinhas e 18 sutiãs. C ap r ic ho – Apaulistana Marcyn cresceu em 2001 cercade 8%.Oaumento dasexportações e o investimento na linha juvenil Capricho foi decisivo paraoresultado,dizo diretor comercial HélioOliveira Junior.

Segundo o diretor, a Marcynvaigastar US$1,5milhão em mídiae ações promocionais para divulgar a marca Capricho. A empresa também está redirecionando as exportações feitas ao Mercosul para outros mercados. "Cerca de 12% das suas vendas externas, em2001,foram paraaAmérica Latina, especialmente paraa Argentina(10%),onde mantinha uma filial fechada em setembro último".

A Marcyn produz 600 mil peças por mêse emprega 700 trabalhadores. "A produção da marca era duas vezes maior noinício dosanos 90,mas a concorrência da produção caseira –mais barata– prejudicou a peformance dos grandes que fazemprodutos mais elaborados e com controle de qualidade,portanto, com custo maior".

O diretordisse estar apostando numa retomada a partirdofinaldoprimeiro semestrecoma CopadoMundo. "Até agora o ano foi difícil, mas as encomendas para o Dia das Mães começam a chegar", acrescenta.

Otimismo – A Darling cresceu 20%em2001e pretende repetira doseesteano, dizLilian Masijah, diretora de Marketing. Essa marca também está apostando numa linha juvenil, a Amor Agarradinho.

A empresa, que produz mensalmente 300 mil peças e

Emprego industrial cai 0,9% em SP

O nível de emprego industrialcaiu 0,9%em SãoPaulo em fevereiro, frente a janeiro. O resultadofoi divulgadona sexta-feira peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retraçãonaindústria paulista ficou acima da média nacional, que foi de baixa de 0,3%. Osmaiores recuosfo-

ram verificados nos setores de vesturário (2,3%), máquinase aparelhoseletroeletrônicos (1,6%) ealimentos e bebidas (0,6%). No acumulado do ano, a redução do nível de emprego emSãoPaulofoide3,3% –mais baixa, portanto, do que a média do País, que foi de 1,9%. O Rio de Janeiro teve o

pior resultadoentre as áreas pesquisadas, de 6,7%.

C re s c im e n to – Aregião Sul apresentou as maiores elevações no nível de emprego. Em relação a janeiro, a alta foide0,9%.Nobimestre, atingiu 1%, puxada pelo desempenhopositivo de Santa Catarina, que registrouaumento de 4,3%.

Salário –A folhade pagamentos da indústria teveredução de 4,7% entre janeiro e fevereiro,em termosreais. No acumulado do ano, a queda é de 2,4%. O estado de São Paulo apurou diminuição de 4%. A baixa mais expressiva foi observadaemMinas Gerais,de 13,4%. (GN)

emprega 500pessoas, vende seus produtos para Inglaterra, Venezuela, Portugal, Chile e Estados Unidos.Outra estratégiada Darlingé investirem ações de marketing, em propaganda e trabalhar o pontode-venda, com o envio para os lojistas de cartazes, malas-diretas, folders e displays.

O cuidado com as coleções também é outro diferencial da marca. "A cadadoismeses uma nova coleçãoé lançada", dia Lilian. A empresa também está acreditando no movimento devendas doDia das Mães e dos Namorados.

Diferente – Aaposta emlinhas diferenciadas tem ajudado na performance da Fruit de La Passion que cresceu 15%

em 2001. "O sucesso é explicável.Os nossosprodutossão feitos comrendas,guipüre, tulebordado,e tambémseguindo as cores da estação", diz agerente de Marketing, Bruna Bianca Nicolau.

A marca, que produz 40 mil peças e emprega150 pessoas, tem uma loja em Boa Viagem, noRecife, evaiabrir umasegunda naalameda Lorenaaté o final do mês.A loja tem 160 m2 evai exigirinvestimentos da ordem de US$ 200 mil, afirma Bruna.

A Fruti de La Passion também aposta nos lançamentos. Lança duas coleções por mês. "Nossas peças são praticamentelimitadas etêmqualidade comparávelaosprodutos importados", afirmou a gerente. O preço médio de um conjuntode calcinhae sutiãé da ordem de R$ 80,00.

SegundoBruna,o crescimento de 2001foi limitado peloracionamento. Aexpectativa noinício do anoera de crescer 30%. "A intenção é tirar o atraso em 2002, com um aumentode vendasde20%", arrematou.

Teresinha Matos

Famílias ganham a vida com Quintal

Projeto de secretarias estaduais de criação de hortas e oficinas de panificação já atende mais de 800 pessoas carentes

O desempregado José Pereira, casado e paide dois filhos de 11e 12anos,passa quase todos os dias pela horta da crecheImaculadoCoração de Maria, no Jardim Princesa, nazona Norteda cidade. É de lá que ele tira parte da alimentação e dosustento de suafamília.Como muitos outros desempregados, moradores derua, criançase famílias carentes,José Pereirafaz parte do Projeto Quintal.

D e se n v o l vi d o pela Secretaria

Estadual da Agricultura e Abastecimento com apoio da Secretaria Estadual de Relação doTrabalho, oProjetoQuintal jáestácolhendo frutos,ou melhor, legumes, v erduras e fabricando pães. Criado com o objetivo de gerarocupaçãoe rendaparaa populaçãocarente, pormeio da implantação dehortas e oficinas depanificaçãoede artesanato, o Projeto Quintal j á faz parte darealidade de quatrocomunidades emSão Paulo. Ao todo,mais de 800 pessoasestãosendo beneficiadas pelo programa.

jeto semelhante está em andamento no interior do Estado, com aulas de reaproveitamentodealimentos e distribuição de sementes. O projeto, voltado especialmente para creches e associações de bairros, conta com investimentos que variam de R$ 12 mil a R$ 16 mil, divididos em gastos com infra-estrutura,entre eles,maquinário,material deconsumo e instrutores.

Os participantes aprendem a fazer adubo e, também , técnicas para o cultivo de três tipos de hortas

Porenquanto, deacordo com aSecretaria deAgricultura, o Quintal atende somente entidades e comunidades daregião metropolitanade SãoPaulo. Outropro-

"Aintenção é oferecer qualificação edar dicas de comomontar c oo pe r at iv as , para que a comunidade comece a gerar sua própria renda", explica Moacir Rossetti, responsávelpela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios da Secretaria da Agricultura. Começo– O Quintal começou a ser desenvolvido, de acordo com Donizete Borges Barbosa, gerente do projeto, apartirdo momentoemque se verificou que apenas doar cestas básicasàsentidadese associações cadastradas na Secretaria da Agricultura era muito pouco, e que também ainda existemáreasociosas na cidade. "Após um ano, a doaçãodas cestasésuspensa. Percebemos que o ideal então seria ensinar algo que gerasse uma renda própria para eles",

diz Barbosa.Todos osmeses são doadas aproximadamente 60 milcestas básicas. Em breve, esse número aumentará para 80 mil.

A partir dessa conclusão, tudoficou mais fácil.As comunidades e entidadesuniram o útil ao necessário: treinamento ematerialparao trabalho. Através deum curso, com duração de três meses, os interessadosem montar hortas aprenderam a fazer a compostagem (adubo), utilizando serragem e lixo orgânico e tiveram técnicas de hortas convencional, hidropônica(àbase deágua)eex-

Eletropaulo doa terreno e moradores preparam adubo

No JardimPedreira, zona SuldaCapital, adoação de um terrenode5mil metros quadrados pelasempresas Eletropaulo ePetrobrás, está possibilitando o fim do desemprego a 17 pessoas. Isso porque o Movimento Paulista de Luta por Moradia entrou no Projeto Quintal e seus representantes já aprenderamas técnicasdashortas convencional e hidropônicas. NoJardimEldorado, também na zonaSul, a mesma entidade realizou o projeto de artesanato. As técnicas,por enquanto, estão sendo aplicadas na produção do adubo que servirá dealimento básicopara afuturahorta. "Comoprocesso de compostagem,também estamos aprendendo a fazer a coleta seletiva e até a aprovei-

taros restos de alimentos", diz Joel Zamengode Souza, responsável pela implantação do projeto no bairro. Agorao lixo orgânico está sendo misturado a terra. Zamengo, queainda cuida dasdistribuições, doadaspelo Governo do Estado, de leite para150 famílias,semalmente, e de cestas básicas para cerca de 100 famílias, mensalmente,conta que o primeiroplantio da nova horta, assim queo adubo estiver totalmentepronto, será feito por crianças de uma crecheda regiãoda VilaAparecida. "É importante que as criançasaprendam desdecedo a respeitar e cuidar da terra,que é uma dasfontes da nossa vida".

Futuro – Para Zamengo, os sérios problemas de violência

que acontecemnobairro–somenteem um mês houve uma chacina de nove pessoas e foi descoberto nove cativeiros – devem começar a ser minimizados com iniciativas como a do Projeto Quintal. "Osmoradoresdaqui, na maioria, são de baixa renda, moram emáreas invadidase estão desempregados. O Quintal, além de acabar com a ociosidade,irá gerar uma fonte de renda para os trabalhadoresda horta",diz ocoordenador do projeto.

Após a colheita, os legumes e verduras serão vendidos à própria comunidade."Eles terão o privilégio de consumirprodutos semagrotóxicos",encerraZamengo, que acredita que em breve outros Quintais sejam implantados na região. (KF)

pandida (com ervasmedicinais, aromáticas e condimentos alimentícios).

Após o curso, os alunos foramincentivados e orientadosa formarumacooperativa ou associação que se encarregará da compra do ma-

terialnecessário, da produção eda comercialização, vendae divisão doslucros. Além da horta, os alunos podem ter aulas de artesanato, produçãode salgadinhos e panificação.

Deacordo comBarbosa,o

maior problema encontrado dentro do projeto foi a degradaçãoda terra."SãoPaulo tem muitos terrenos,mas secas. É preciso trabalharbem para que se tornem produtivos". O projeto Quintal que, por enquanto está tendopiloto em quatro locais, deverá ser ampliandoparaoutras comunidades a partir do mês que vem.

Expectativa – Para Moacir Rossetti, coordenador do projeto, a expectativa é que as entidades e comunidades envolvidas sejam agentes multiplicadores de cooperativismo eque aprendam agerar sua própria renda. O projetotambémprevê outros cursospara esteano, entre eles, o defruticultura, criação de pequenos animais e produção de licores. Mais informações podem ser obtidas na Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios, pelos telefones 50733230 ou 5073-5441.

Na creche, a produção da horta vai para a mesa das crianças

A creche Imaculado Coração de Maria, no Jardim Princesa, zonaNorte,tambémé umadas instituiçõesque fazem partedo ProjetoQuintal. Desde1985,a creche já mantinha uma hortaem um terreno cedido pela empresa Eletropaulo. Com o passar do tempo e sem conhecer as técnicas para fazer adubo e manter aprodução defrutas, verduras e legumes, a horta foi ficando abandonada. A expectativaé de queo projeto beneficie mais dedoismil moradores da região.

"O adubofoi acabando e não sabíamosquenós mesmos poderíamos fazê-lo", diz ManoelMessias, queháoito anos cuida da horta. "Tinha a intenção de ficar por pouco tempo aqui, mas comecei a amara terraenão tivecoragem de abandoná-la".

Na horta,umlugar tranqüilo rodeado de verde e com 5 milmetros quadrados, é possível encontrar plantas raras como a novalgina. Além dela, aindasão encontrados cana-de-açúcar, de mamão, abacate e pinha. A partede verduras, legumes, raízes e grãos, tem muitasvariedades: milho, mandioca, abó-

bora, alface, salsinhae cebolinha, chuchu, fava, cenoura, entre outros.

"Já chegamosa ter 1.200 pés de mandioca,mas faltou adubo e a produção começou a cair", completa Messias. Ajuda – A horta também já traz benefícios à comunidade e às 120 crianças, de até 7 anos, que ficam na creche por voltadedez horaspordia.A responsável pela creche, Maria de Lourdes dos Santos, diz que é da plantação que são retirados os ingredientes para a alimentação diária das crianças. "Aproveitando o que nós plantamos sobra dinheiro para comprar osoutros alimentos utilizados na cozinha, como leite e carne".

As frutas, verduras e legumes não ficamrestritos somente ao consumo das crianças. É láque o desempregado José Pereira, por exemplo, tira parte do sustento de sua família. "Comonãoestoutrabalhando, ajudo como posso aqui. Planto, cuido e colho os alimentos. Muitas vezes, levo-os para casa para complementara alimentação dos meus filhos", conta. Assim que osresultados da nova faseda horta começa-

rem a ser colhidos, os produtos serãovendidos para que as pessoas envolvidasno cultivosejam remuneradas. "Nãohábemmaior doque saber que podemos ajudar a nósmesmose aoutraspessoas também. As pessoas que cuidam da horta, são consideradas como heróis pra mim", diz Mariade Lourdes dos Santos. História – Aluta de Maria de Lourdesdos Santos para ajudar a comunidade começoucedo, em1984.Coma ajuda do Governo do Estado, ela distribui leite – dia sim, dianão –para100 famíliase cestas básicas. Outra luta é paramanter as120crianças, quepassam basicamenteo dia todo na creche. Oproblemamaior équea Prefeiturareembolsa cerca deR$ 10mil, quesãogastos com opagamentodos funcionários responsáveis por 90 crianças. Asdespesas comas outras 30 crianças, em média R$ 4 mil, ficam por conta da creche. "Para arcar com as despesas extrasfazemosbazares de roupas usadas e sacolinhasde papelão para vender", diz Maria deLourdes dos Santos. (KF)

José Pereira, pai de dois filhos, colhe chuchu na horta que ajuda a cuidar, da creche Imaculado Coração de Maria
Integrantes do movimento por moradia, no Jardim Pedreira, misturam lixo orgânico à terra para fabricar o adubo
Edson
Marlede/N-Imagens
Manoel Messias e Maria de Lourdes trabalham na horta, que quase deixou de existir por falta de conhecimento
Dudu
Cavalcanti/N-Imagens

Alencar Burti recebe condecoração

As comemorações do Dia do Exército Brasileiro, festejado na última sexta-feira, dia 19 de abril,culminaram em São Paulo com um cerimônia civico-militar com centenas decivis e militares, alémde 350 escolares,no quartel-general do Comando Militar do Sudeste. Dezessete civis e doze militares, entre eleso presidente daFederação dasAssociaçõesComerciais doEstado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de SãoPaulo, AlencarBurti,receberamdasmãosdo comandantemilitar do Sudeste,general deExércitoFranciscoRoberto deAlbuquerque, medalhas da Ordem do Mérito Militar e29 diplomas decolaborador eméritodo Exército paracivis queprestaram relevantesserviços à Força Terrestre. "Recebo com orgulho e humildade essa homenagem,já que o Exército Brasileiro é uma instituição comelev ado nível de credibilidade junto à populaçãoeaprovada por83%dos cidadãos", disse Alencar Burti. O empresário lembrou que repartea condecoraçãono Grau de Cavaleiro da Ordem do Mérito Militar, a principal do Exército Brasileiro, com a direção e associados da Associação Comercial.

Também foram entregues 29 diplomas de colaborador emérito do Exército

Burti reconhece que a Associação Comercial, uma instituição secular,tem que dar exemplo, estando sempre nalinha de frente e contribuindo para diminuir as assimetrias existentes na sociedade. "Nãopretendemos consertar omundo, mas melhorálo", prossegue. Segundo Burti, a confiabilidade do Exército como instituição é fruto de sua postura de preservação de valores. "O Exército cultiva a disciplina e sempre tem se posicionado em defesa da Constituição brasileira", diz.

Outros homenageados –Oassessorespecial daAssociação Comercial e do Conselho daAssociaçãodosDiri-

gentes de Vendas do Brasil, ADVB,MiguelIgnatios, recebeu aMedalha da Ordem do Mérito Militar no Grau de Comendador. O diretor-superintende daDistrital Lapa, Moacir Roberto Boscolo, foi agraciado com odiploma de

Colaborador Emérito. Estiveram presentesà cerimônia doDiado Exército Brasileiro, o senador do PFL, Romeu Tuma,o ex-presidente emembro dosConselhosSuperioreVitálicio da Associação, Guilherme Afif

Domingos, os vice-presidentes Luciano Wertheim e Francisco Giannoccaro, o coordenador-geral das Sedes Distritais, Gaetano Brancati Luigi, o conselheiroda Associação, general Oswaldo Muniz Oliva,os superintendentes Márcio Aranha e Marcel Solimeo,e adiretora-superintendente do Conselho da Mulher Empresária, Norma Burti, além de outras autoridades civis e militares.

Matos

Segurança será tema de palestra hoje

Osecretário daSegurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, estará hoje, às 17h, na sede da Associação Comercial de São Paulo, participandoda Reunião Plenária com empresários. Naocasião, o secretário fará uma palestra sobre segurança.É aprimeiravezque osecretáriovisita aentidade, após assumir a pasta da Secretaria de Segurança,em janeiro.

Aexpectativa éde quedurante a palestra sejam debatidos temas como policiamento ostensivo e comunitário, a contratação de novos soldados para oaumento do efeti-

agenda

Hoje

Plenária – Reunião plenária com palestra doSecretário de Estado da Segurança Pública,Saulode CastroAbreu Filho, sobre Segurança. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Fórum – O diretor da Associação Elias Farah participa da solenidade de instalação do Fórum Social da Justiça Federal Ministro Miguel Jerônymo Ferrante, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Às 15h, rua São Joaquim, 69.

D es en vo lv im en to –O di ret or -su per int en den te da DistritalCentro, Roberto MateusOrdine,participadareunião dofórumde debatese propostas para o desenvolvimento econômico, social,cultural, educacional e desportivo do município de São Paulo e região. Às 17h,na Câmara, viaduto Jacareí, 100/8º andar, sala Tiradentes.

vo da Polícia Militar e a resolução governamental, assinada semana passada, que criou oGabinete deGestãoEmergencial deSegurança Pública para a cidade de Campinas, com o objetivo de combater e desestimular açõescriminosas na região. Ogabinete serácoordenadopelo secretário-adjunto, Marcelo Martins de Oliveira, e será dividido em doisnúcleos:umde SegurançaPública e outro de Ação Social. Entre as diretrizes previstas para o Gabinete de Gestão Emergencial estãoomapeamento da criminalidade com o cruzamento das estatísticas

Quarta

Ci oi – Reunião-almoço daCâmara Intersetorialde Operações Internacionais (Cioi), coordenada pelo vice-presidente deComércio Exterior,Renato Abucham. Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar.

Quinta

Comus – Reunião do Comitê dos Usuários dos Portos e Aeroportosdo Estado de São Paulo(Comus), coordenada pelo conselheiro José Cândido Senna. Às 17h, rua Boa Vista,51/11º andar, auditório.

Sexta

Segurança– Odiretor da Associação Luiz Flávio Borges D´Urso participa do terceiro encontro do Fórum Nacionalde Segurança Pública como expositor dopainel Opapel doadvogado e o aumento da criminalidade . Às 12h, na Assembléia Legislativa.

e informações das polícias cívil, militar e também da guarda municipal. O grupo também pretende promover ointercâmbio entre municípiosvizinhos.A manutenção de programas sociaistambém está prevista e a criação de frentes de trabalho, principalmente, nasregiões mais carentes que apresentemaltos índices de criminalidade. De acordo com o secretário de Segurança Pública, a solução do problema de criminalidade não é apenas uma ação exclusivado Estado, sendo necessária a participação do município e dasociedade ci-

vil organizada. Febem– Antes de assumir a secretariade SegurançaPública doestado deSão Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho estavanocomando daFundação doBemEstardoMenor (Febem).Abreu filho também foi promotor de justiça, cargo que exerceu entre 1990e1995, períodoemque assumiu as comarcas do Interior eda Gande SãoPauloe foi titular do I Tribunal do Juri.Tambémé mestreemDireito pela Pontifícia Universidade Católica deSão Paulo (PUC/SP).

acontece nas distritais

Hoje Tatuapé –A diretoriada Distrital Tatuapé realiza reunião ordinária. Às 20h.

Terça Jabaquara – A diretoria da Distrital Jabaquararealiza reunião ordinária. Às 19h45.

Quarta Pirituba – Adiretoriada Distrital Pirituba realiza almoço mensalde confraternização. Às 12h, na Sociedade Holandesa, avenida Raimundo Pereirade Magalhães, 4.123.

Centro – A diretoria da DistritalCentro realiza reunião, com o novo regional da Sé, Sérgio Marasco Torrecillas. Às 18h.

Lapa – A diretoria da Distrital Lapa tem encontro de confraternização. Às 18h30, naChurrascaria Novilho de Prata,av. Marques de São Vicente, 1.215. Butantã–A diretoria da Distrital Butantã tem reu-

niãocom palestradafonoaudiólogaGlaucya Madázio, sobre Aprenda a Cuidar de sua Voz. Às 19h. Ipiranga – A diretoria da Distrital Ipiranga realiza reunião ordinária. Às 19h. Mooca –A diretoriada Distrital Mooca tem reunião com palestras de Tarcisio JoséMartinseJosé Paulo Dias. Às 19h. Santo Amaro – A diretoria da DistritalSanto Amaro temreunião compalestrado regionalde Santo Amaro,Nerilton Antônio do Amaral. Às 19h30. Vila Maria –A diretoria daDistrital VilaMariatem reuniãoe palestra o presidente da Sinafresp, Davi Torres. Às 19h30. Quinta-feira

Penha – A diretoria da Distrital Penha realiza reunião ordinária. Às 19h30. São Miguel – Adiretoria de São Migueltem reunião ordinária. Às 19h30.

Teresinha
O presidente da Associação, Alencar Burti, recebe condecoração do general AlbuquerqueMiguel Ignatios, Guilherme Afif Domingos e Alencar Burti ao final da cerimônia
Dora Carvalho

Maior adição de álcool à gasolina poderia levar a economia de US$ 102 mi

O Brasileconomizaria

US$102milhões poranoem gasolina se aumentasse o percentual de álcool anidro no combustível de24% para 26%, informou o consultor

Plínio Nastari, diretor da Datagro, consultoria internacional especializada no setor sucroalcooleiro. Ontem, o governo voltou a afirmar que está analisandode perto a possibilidade de aumentar o percentual. O único obstáculo estaria na mudança de uma lei que permite adição de até 25%de anidrona gasolina. Commais anidro–produzido internamente– nagasolina, o volume de petróleo a ser importado seria reduzido.

Nastari dizque oaumento do anidro na gasolina retiraria do mercado, anualmente, 550 milhões delitros do produto, o que seria benéfico em um ano em que o Brasil deve-

Camex

rá registrar uma safra recorde de cana-de-açúcar. Para produzir 550 milhões de litros de álcool anidro para atender o aumento da mistura, o Brasil poderia deixar de produzir 970mil toneladasdeaçúcar, retirando pressãonos preços internacionais do produto. As exportações brasileiras de açúcar do Centro-Sul, por exemplo, estão estimadas em 11,1 milhões de toneladas em 2002/2003, um recorde histórico, segundo Nastari. Se oaumento for confirmado,as exportaçõesdevem ficar em10,1 milhõesdetoneladas,volume semelhante aorecorde anterior,atingido em 1999, de 9,9 milhões de toneladas– consideradotrágico para o setor. Mas, para o consultor, os preços não deverão chegar aos níveis de 1999. "Os pisos de 2002 já foram atingidos". (AE)

mantém previsão de

superávit de US$ 5 bi

O secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior,RobertoGiannetti da Fonseca,disse nasexta-feira esperar queda nas importaçõesparaquea balança comercial atinja o saldo programado de US$ 5 bilhões.

Levantamento feito no mercado mostra que, de segunda-feirapassada até quinta-feira, a balança tinha superávit deUS$ 65milhões – nasemanaanterior, havia sido de US$ 7 milhões. Segundo Giannetti, isso é resultado da irregularidade no fluxode embarques – o que ocorre freqüentemente – e não indica tendência. (AE)

Bird discorda do Brasil e apóia o FMI sobre dívida

O presidente do Banco Mundial(Bird), JamesWolfensohn, apoioua proposta para umnovo modelode reestruturaçãoda dívidasoberana apresentada pela vicediretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI),AnneKrueger, discordando da posição do Brasil. O País temeque a adoção de um mecanismo oficial para declaração de moratória de países afugente os investidoresestrangeiros demercados emergentes.

"O Brasil e outros países têm apresentado um ponto importante que deve ser considerado", ponderou. "Mas minhaexperiência mostra que há muitos pontos a favor

da proposta de se encontrar uma base para que, se um país estivercom problemas,você possa estabelecer um corte na hora de fazer a contabilidade". Wolfensohnacrescentou que"oobjetivo étrazer dinheironovoe ajudaresse país a sairdessa situação negativa".

OFMI, viaAnneKrueger, propôs a criação de um tribunal internacional para permitir que países insolventes entrem em concordata. O objetivoé facilitara reestruturação da dívidadesses países. Osubsecretário do Tesouro norte-americano, JohnTaylor,por suavez,sugeriu aintroduçãode Cláusulade AçãoColetiva,que

permite ao país que emitiu títulos de convocar os credores para a renegociação da dívida desde queconte comadesão de 85% a 90% do total de credores.

Normas – Wolfensohn comentouque oobjetivodas propostas do FMI e do secretário deTesouro norte-americano, Paul O’Neill, é de tentarconseguirsuporte internacional para estabelecer procedimentos de concordata. "Se conseguirmos consenso para fixar esses procedimentos, será muito positivo. Um mecanismo com tal objetivo não irádesestimular investidores significativamente porque eles já lidam com concordatas nos seus

respectivos mercadosdomésticos".

O presidente do Bird ressaltou que as propostas para um novo modelode reestruturaçãodadívida soberana deveriam merecer maior atenção. "O mercado mundial dedívidas seriamais racionalse encontrássemos uma basepara resolveresse tipo de problema, assegurando que todos os participantes do mercadopossamcontribuir para a solução da dívida", disse.

O executivo salientou aindaque seriapreciso incluir todos oscredores emqualquer reorganização de dívida. "Masissonão épossível hoje". (AE)

Preço do petróleo pode cair 10%

A retomada da atividade econômicanosegundo semestre não impedirá a queda de 10% do preço médio do petróleo nomercado internacional.Aprevisão édeFabiana Fantoni, da Tendências Consultoria Integrada. Aconsultora afirmouque, em 2002, pode ocorrer uma pequenarecuperação de 0,7%da demandae umareduçãode1%daoferta. Para ela,a maiorpressão sobreos preços só virá em 2003.

Internamente, aconsultorada Tendênciaspreviu aredução dos gastos com importações depetróleo. Aconsultora prevê oaumento de 7% daprodução interna, o que favoreceria o resultado da balança comercial. Apenasa importação de derivados de petróleo pode crescer, alertou. Com o fim do monopólio da Petrobras –e a liberação das importações e da produçãode gasolina e óleo diesel –, há possibilidade

da entrada denovos concorrentes no mercado. Fabiana salientou, no entanto,que acompetiçãono setor ainda "engatinha", e que deve ocorrer com mais força no médio e longo prazo. As dificuldadesenfrentadas pelos novos concorrentes começam, segundo a consultora, pela aquisiçãode derivados no mercadoexterno a preçoscompetitivos, aconquista de clientes no mercado interno e acesso à infra-estru-

tura necessária. "A ANP (Agência Nacionaldo Petróleo) deve ficar atenta à movimentação de preços de modo a garantir o cumprimento da livre concorrência".

Para Fabiana,aPetrobrás deve continuar buscando elevar aprodução eampliar sua participação no mercado internacional, com a aquisição de plataformas, refinarias e aumento das exportações. Ricardo Ribas

João de Scantimburgo

As alianças eleitorais

Quando o ministro Nélson Jobim, do Supremo TribunalFederal edoSuperior Tribunal Eleitoral, tomou a decisão de determinar que as coligaçõespartidárias formadas para as eleições presidenciais sejamreproduzidas nos Estados, estava certo, ou supomos que estaria certo, deque osseuspares oaprovariam, quando tivessem de julgara causa. Nãodeuoutra. A partir de agora, os partidos quese coligaremterão demanter-seunidos, com algumas concessões, que não alterem o quadro estabelecido pelo TSE. Oproblema, pois setrata de um problema, das eleições no Brasil são as coligações. Estamos muito próximos de uma absurda,de tal maneira absurda que não sabemos comoficaráoucom quecaraficaráum político dealta competênciacomoo sr.Jorge Bornhausen,se tivesse a possibilidade de unirse ao PPS, ou Partido Comunista do Brasil,com novo nome, para apoiar acandidatura de CiroGomes, que, agora, por seu turno, está definitivamente derrotado.

Num país onde não há partidos institucionaliza-

dos, depois do Ato Institucional nº 2, de Castelo Branco,ascoligaçõeseramo recursocom oqualcontavam os dirigentes e os candidatos para tentaremchegar aopoder. DeDutraaJânioQuadros, antesda revoluçãode 64, prevaleceramascoligações, e saíram fortalecidos, portanto, eleitos, os candidatos dos partidos mais fortes,a agregados de outros, menos fortese alguns fracos.

Agora,o ministro Jobim quis pôrordem nessaverdadeira balbúrdia políticoeleitoral, de união de extremos inconciliáveisna prática, como PPS e PFL, para dar um exemplo, e limitou as coligações, no que fez muito bem. Ocandidato Lulajá protestou. Não ficará sozinho.É o conhecido "jusesperneandi"do latimmacarrônico dos antigos alunos do Largo deSão Francisco.Em nossa opinião, será para melhor eo ministroJobim merece um aplauso demorado pela obra que realizou.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Insulto à dignidade

Edilberto Wickbold

A s cenas vistaspor toda a Nação e por parte do mundo dosnossos conterrâneosse digladiandopararecuperar o que fosse possível de um entrepostode alimentosquepegou fogo,sãoalgo que foge da nossa capacidade de tolerar.Não émais possív elcontinuarmos imóveis frente a uma humilhação nacional como essa. Chega! Gabar-sede recordesde produção de grãos com mulheres, idosos e crianças entrando em meio a escombros queimados,prestes adesabar, tentando pegaruma fraçãodealimentos possivelmente sem boas condições de consumo é, no mínimo, uma vergonha nacional.

Estamos entrando no século XXI com 13% da nossa população em estado de indigência, ou seja, 21 milhões de brasileiros, em contrapartida comuma produção dealimentos capaz de disponibilizarmaisde 2.900kcal/pessoa/dia,enquanto omínimo recomendado é de 1.900 (dados do Ipea).

Mais espantoso que isso é o desperdício e a quantidade de alimentos, literalmente,posta nolixo. Para se ter uma idéia,maisde20%da nossa produçãoagrícolase perde entre o campo e o prato e, não raro, vemos notícias dando

Foro especial para quê?

Enquantoajustiça ordináriaoucomum, aquelaquecaracterizaoEstado deDireitoe se aplica por igual a todos os cidadãos, enquanto essa justiça busca, por todas as formas, desestimular, coibir e punir infrações, delitos e crimes, os políticos procuram criar salvaguardase exceçõesqueos imunizem contra os rigores da lei e os privilegiem contra suas sanções. Recentes medidas foram tomadas no sentido de se restringirem as imunidades parlamentares às que asseguram o exercício de funções propriamente políticas, daíse excluindo impunidade para crimescomuns. A impunidade que vinha sendo garantida em tais casosvinha transformandoo Parlamentobrasileiro numvalhacoutopara bandidos de alto coturno, assassinos inclusive.

Esse impulso salutar de saneamento dascasas dos representantes do povo e da Nação está longe, contudo, de ser um movimento unânime e consensual do Parlamento brasileiro. Exemplo desse fato seencontra emrecenteiniciativa queveiculamos aseguir, transcrevendo parte de artigo assinado por FaustoMacedo recentemente publicado pelo O Estado.

"...aComissãode Constituição eJustiça (CJC) aprovou por unanimidade emenda que

estabelece foro privilegiado a ex-ocupantes de cargos públicos sob a suspeita de prática de crimesdurante oexercício funcional, inclusive corrupção e fraudes contra oTesouro. A emenda,de autoria dosenador Romero Jucá(PSDB-RR), amplia osbenefícios aosacusados por ato de improbidade – danosao patrimôniopúblico – e será levada a plenário." Dependendo doque decida o plenário se poderá saber se a unanimidade manifestada pela Comissão de Justiçade fato representao inconfessado e inconfessável desejo dos políticos deseassegurarem privilégios que sustentem o regimedeuniversal corrupção que se alastroupor todosos ramoseníveis doEstadobrasileiro. Pois uma medida desse gênero,se aprovada,maisdo que salvaguarda de privilégios indefensáveis, constitui confessadoincentivo àpráticade delitos e crimes contra o patrimônio público. E este não passado repositórioderecursos dasociedade e dos cidadãos para obras e serviços fundamentais que, de formaalguma, podem ser transformados em delitos e crimes merecedores de foroespecial de nenhuma natureza.

Benedicto Ferri de Barros e-mail: bdebarros@sanet.com.br

Ditadura tributária

Álvaro Trevisioli

conta de que toneladas foram "esquecidas" em depósitos ou armazenadas inadequadamente.

Estima-se tambémquehá uma sobra de comida em restaurantes, feiras,mercados e etcdeoutros 20%;queéinerente ao negócio. Não se pode imaginarqueesses estabelecimentos possam trabalhar com aquantidade exata que comercializarão. Aondeestá o erro dessa equação?

Se produzimos além do suficiente e desperdiçamos mais do que o necessário para matara fomedapopulação, deveríamos ser capazes de nosprivardessa "barbárie" nacional!

A fonte existe, o que nos colocaem situaçãomelhor do quemuitos paísesonde afomeé causada inexistênciade comida, porémtambém nos colocanumacondição moralmente inaceitável. Se temos adisponibilidade,nada justifica não patrocinarmos o acesso.

Políticas emergenciaise mesmo assistencialistas têm de sertomadas imediatamente,senão pornãoquerermos ver nossos irmãos de sangue morreremde fome, nomínimo, paranãotermos nossa dignidade insultada.

Edilberto Wickbold é diretor da Wickbold, indústria de pães

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Publicaremos cartas dosleitores se forem redigidas emtermos respeitosos, com assinatura autêntica, endereço com rua, número, bairro, Cep, telefone, RG e CIC. As cartaspoderãoserresumidaspela redação,publicando-se,apenas,oessencial que o missivista deseja transmitir. As cartas não publicadas não serão devolvidas. Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

É compreensível queo governotente cobrirorombo na arrecadação provocado peja "janela" na cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), apartir de 17de junho. Mas o impasse e a solução ensaiadapelo ministrodaFazenda,Pedro Malan, de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras),são mais uma prova de que o Brasil está vivendo uma ditadura tributária.

Ficaaimpressão dequesoluções de gabinete,com o objetivoúnicodeequilibrar as contas públicas, nada tem a ver comaeconomia realecomo bolso dos contribuintes. Aumentaro IOFnestemomento em que a economia ensaia uma recuperaçãoé umtapa nacara dequem estáplanejandocaptar recursos para investir. A carga tributária representa hoje cerca de 34% do PIB. Mais tributos levam aoaumento da sonegação e à redução do consumo e do emprego.

A atual investida no campo tributáriotemcomocausa o atrasona aprovaçãoda prorrogação da CPMFno Congresso, onde asvotaçõesemperraramapósa saídadoPFL dogovernoe orompimento da base aliada. Para continuar sendocobrada após17 dejunho, a CPMF deveria ter sido aprovada até18 demarço. O atrasodeixará umainevitável "janela",porqueentre a conclusãodavotação noCongresso e o reinício da cobrança deve, pela Constituição,ser respeitado oprazo de90 dias. O governo ensaiou uma mudança nesse prazo, mas a idéia foi rejeitada.A cada semana de"janela",aReceita deixará de arrecadarmaisde R$400 milhões.

Malan surpreendeu o Congresso ao anunciar que o rombo será coberto com o aumentodo IOFsobretodas asoperações de crédito, câmbio e se-

Sem candidatos

Na semana passada instei o leitora se manifestar sobre eventuais nomes que julgasse capazesde participardacorridapresidencial, foraosque estão postos ou reiterar apoio aos mesmos.Sou obrigadoa confessar que, em quase vinte anos depublicaçãoda coluna, a serem registrados em junho próximo, foi amenor resposta já obtidana manifestação dos leitores. Sinal de que oassunto não desperta interessemaiorou queninguém encontra nomes para sugerir.

Desinteresse

guroe sobreoperações relativas a títulos ou valores mobiliários. Não estádescartado também um aumento no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O aumento desses doistributospode ser feito por portariae vigorar no momento em que o governo quiser. Haveriaainda apossibilidade deaumentaraContribuição Social sobreo Lucro Líquido(CSLL)ea Cofins (Contribuiçãoparao Financiamento da Seguridade Social),mas desde quetambém seja respeitado prazo de 90 dias (a chamada noventena) para osaumentos entrarem emvigor. Uma alta do Imposto de Importação(II) estádescartada, pordependerde negociações comos sóciosdo Mercosul.

Há quem diga que Malan simplesmente ameaçouaumentar o IOF para que o Congressoapresse aaprovaçãoda CPMF. Pode ser e pode não ser. Ofato éque doismeses sem CPMF deixarãoum rombo próximo a R$ 3,2 bilhões. E issosea votaçãodaprorrogação forconcluídaatémeados de maio, permitindo a volta da cobrança emagosto.É muito provável que o governo, baseado em parecerdaAdvocacia Geral da União,ainda tente mudar ouacabarcoma noventena para a CPMF. A idéia é aguardar o final da votação na Câmarae depois,no Senado, propor uma emenda constitucional que legalizemudanças na noventena. Assim, o imposto poderia continuara ser cobradonormalmente após17 de junho.E nãohaveria odesgaste político-eleitoral de mexer noIOF. Só háum problema:a noventenaobedece ao princípioda anterioridade(o contribuinte deve saber antes o que vai pagar depois) e mexer nesse princípio éinconstitucional.

Álvaro Trevisioli é sócio do escritórioTrevisioli Advogados Associados

A apatia do eleitorado, refletida no leitor da coluna, está registrada nas pesquisas de opinião pública. Poucos estão entusiasmados ou com a atenção voltada para o pleito deste ano. Aomenos por enquanto. Não sei avaliar se é bom isso. Penso, em princípio que não. É o nosso destino em jogo,enquanto país e sociedade. Falta de nome é tãograve quanto odesinteresse.

Apontados

Para não cometer injustiça, menciono a leitora SMPS, que sugeriu o nome do governador deSanta Catarina,Esperidião Amin, e de leitor não identificado, em e-mailde empresa (NV)que indicou Silvio Santos.

Apatia

A lamentar no geral.

Segurança

Já o leitor ME, em longa mensagem àcolunasobrea questão da segurança públi-

ca, sugere a adoçãode uma carteiraobrigatória epermanente de certidãonegativa de registro policial para todo brasileiro ebrasileira apartir de 14 ou 16 anos.

Alegação

Diz o leitor que esse tipo de documento, renovável a cada 12 meses, seriaretirado pelas pessoas de bem. E os criminososseriam detectados,poiso documento seria exigido em todas as atividades sociais, comerciais, empresariais e poderiaser usadocomoum "crachá" de atestado de bom comportamentoem locais públicos.

Insupor tável

A situação de insegurança e paranóia em São Paulo está em limites imponderáveis. Até porque abanalização do crimeultrapassouos limites do razoável. Comtoda a reação policialqueseiniciou. Epidemia pura.

Europa

O correspondente do Estadão eda Jovem Pan em Paris, Reali Júnior,mencionou que o tema segurançapública foi o mais exploradono primeiro turno da eleição francesa, ondeficaram para adisputa final Jaques Chirac, de centro-direita,e JoséMarieLe Pen,daextremadireita, deixando Leonel Jospin, primeiro-ministro, daesquerda, de fora. Lá como cá,aspessoas andam tremendo de medo.

Apoio

Lula foi a Paris apoiar Jospin. Nãoadiantou.Osocialismo está perdendo as eleições em toda a Europa.

Catarina Anderáos, Cláudia Marques, Dora Carvalho, Estela Cangerana, Isabela Barros, Kelly Ferreira, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Roseli Lopes, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Giuliana Napolitano, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu e Vera Gomes Chefe de Arte: Gerson Mora Secretário gráfico: Ivan de Almeida Material noticioso

P. S . Paulo Saab

Candidato tucano afirma

que vai adotar política voltada às exportações

O pré-candidato apresidente José Serra (PSDB) disse ontem paracercade50 empresários, em São Paulo, que "oprincipal fatordeconstrangimento ao crescimento econômico no Brasil é o déficit em conta corrente, hoje maior que 4% doPIB (Produto Interno Bruto)".

"A reversão desse processo depende, alémdo regimede câmbio flutuante, do aumento das exportaçõese da substituição deimportações. Todo o esforço público deve estar voltado para uma política moderna e ativade comércio exterior", afirmou, completando que, se eleito, praticará um "ativismo governamental nessa área".

Condenação – No documento de 17 páginas intitulado "A Infra-Estrutura e o Nov o Projeto de Desenvolvimento", lido para os empresários,Serraafirma que será indispensável uma "postura pró-ativa do País junto à co-

munidade econômica internacional, especialmenteem fórunscomoa Organização Mundial do Comércio (OMC), pois são inaceitáveis osabusos protecionistasque desviam e distorcem os fluxos de comércio einvestimento internacionais".

Vice do PMDB – Na semana considerada decisiva para a escolha do candidato a vicepresidente na chapa presidencialde Serra (PSDB),os caciques do PMDBenfrentam a resistênciada bancada do Nordeste, que não abre mão em ter na aliança um representante da região.

O presidente nacional do partido, deputadoMichel Temer (SP), está empenhado em acertar as divergências internas. O objetivo de Temer é obter um consenso,uma vez que os peemedebistas estão divididos.O governadorde Minas Gerais, Itamar Franco, prega abertamenteo fim da aliança com o PSDB. (AE)

Garotinho defende um salário mínimo de R$ 400

Ocandidatodo PSBàpresidênciada República, Anthony Garotinho, prometeu ontemque,sefor eleito,vai elevaro saláriomínimopara

R$ 400 num prazo de dois anos. Além disso, quer criar um fundo para auxiliar as prefeituras apagarem esse valor.

"Há condições para esse aumento, que vai fortalecer o mercadointerno", assegurou. Garotinho salientou que

a reforma tributária, oferta de crédito e subsídios agrícolas sustentarão sua política econômica.

Garotinho alfinetou o candidatodoPT aopreverque Luiz InácioLula daSilva poderá ficar de fora do 2º turno. Lembrou a surpresana eleição francesa, em que o candidato do partido da Frente Nacional,JeanMarie LePen, derrotou osocialista Lionel Jospin no 1º turno. (AE)

Para Lula, nova regra de alianças só interessa a Serra

A decisão doTribunal Superior Eleitoral, TSE,de verticalizar as coligações para a disputa presidencial de outubro, é mais um "casuísmo" quedificulta oprocessoeleitoral. É a opinião do pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao falar naabertura do seminário Reforma Política, promovido pelo Instituto Cidadania,ligado aoPT,Lula disse entender que a verticalizaçãointeressaapenas ao candidato do governo,o senador José Serra (PSDB).

E lembrou que, no pleito de 1994, houvea proibiçãode imagens externasna campanha doscandidatos: "Queriamtransformara campanha em bastidores para não mostrar o Brasil que existia."

Alteração– Jáo processo eleitoral de 1998,Lula classificou como casuísmo."Foi quando o presidente FernandoHenrique exigiudosparlamentares da base governista que diminuíssemo tempo detelevisão dos candidatos, de 60 para 45 minutos. Isto

paraquea oposição não tivessetempopara criticar o governo", disse. Com averticalização, Lula

entende que os partidos políticos revejamsuas posições sobre candidaturas majoritárias, até junho, época em que

se realizarão as convenções para oficializar oscandidatos. Segundo informou, o PT estátranqüilo econtinua abertopara discutircomoutros partidos possíveis coligações.

Maluf – Outro assunto de destaque durante o semináriofoia declaraçãodePaulo Maluf (PPB), feita no programa Passando a Limpo, da TV Record, de quepoderia votar no petistanum eventual segundo turno. "Eu não acredito, masse ele (Maluf)disse, talvez seja o primeiro gesto sério delenapolítica", disse Lula. Na ocasião, Maluf, précandidato agovernador, disse ainda que os eleitores de Lula poderiam votar nele,já queamboslideram aspesquisa de intenção de votos. O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB), précandidatoao governo estadual, de "biruta de aeroporto". "Ele gira conforme o vento, não tem nenhuma coerênciae ninguémleva asério o que ele fala". (AE)

Decisão desagrada senador e ministro

Não ésóo pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que critica a verticalização.O senadorRobertoRequião (PMDB-PR) e o ex-ministro do Superior Tribunal deJustiça (STJ),PauloCosta Leite, possível vice de Anthony Garotinho, do PSB, são contrários à decisão.

PFL mais inclinado a apoiar a candidatura de Ciro Gomes

O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, disse ontem quediversosdiretórios estaduais do partido – não especificou quantos – tendem a apoiar o pré-candidato da Frente Trabalhista (PPSPDT-PTB) à Presidência, Ciro Gomes

Bornhausen considera, no entanto, difícil haver uma posiçãooficial nacional da agremiação nomesmo sentido,por causadedificuldades regionais para reproduzir a aliança.

Previsão – "Grande parte do partido vê com bons olhos a candidatura Ciro Gomes", afirmou Bornhausen. "Mui-

Senado Federal – Sessão deliberativaordinária – Pauta: MPnº 16/01,altera alegislaçãotributáriafederal; MPnº 17/01,dispõe sobre remissão daContribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Condecine) deque trata a MP nº 2.228-1; MP nº 18/01, dispõe sobre subvenções ao preço eao transportedo álcoolcombustívelesubsídios ao preço do gás liqüefeitode petróleo (GLP);terceira eúltimasessão dediscussão, emsegundoturno, da PEC nº 87/99 (votação nominal), altera dispositivo da Constituiçãofederal (parágrafo8ºdo artigo144-guardas municipais); segundasessão dediscussão, emprimeiroturno,daPECnº 5/02,dánovare-

to provavelmente, se nós abrirmosa questão,o que é possívele o mais provável, pelo menos aparentemente, vai haverposiçãodevários Estados com Ciro. Não posso responder se a maioria, mas eu diria que vários concordariam", disse.

O presidente do PFL começa hoje o processo de consultas internas para, até o fim de maio, estabelecera suaposição oficial. O prefeito do Rio, Cesar Maia, disse esperar que já no fimdesta semana esteja fechada a tendência. Para ele, o partido deveráliberar seus diretórios regionais.

Bornhausenafirmou não

dação ao parágrafo 1º do artigo 222 da Constituição federal, suprimindo-se o parágrafo 2º do referido artigo, que trata da propriedade de empresas jornalísticase deradiodifusãosonora e de sons e imagens; PLS nº 70/02, altera dispositivos do Decreto-Leinº 3.689/41(Código de ProcessoPenal) relativos àprova; PDLnº 369/01,aprova solicitaçãopara oBrasil fazera declaração facultativa prevista no artigo 14 daConvenção Internacional sobre a Eliminação de Todasas Formasde DiscriminaçãoRacial, reconhecendo acompetênciado Comitê Internacional paraa EliminaçãodaDiscriminação Racial parareceber eanalisar denúnciasde violaçãodosdireitos humanos cobertos na convenção.

excluir nenhuma hipótese na sucessão, nem a de reaproximação com o PSDB, mas disse que essa possibilidade é difícil."Acho queos acontecimentos vividos trazem grandes dificuldades para uma reaproximação".

O presidente do PFL admite, no entanto, que,se o PFL se unir a PSDB, PMDB e PPB nadisputa pelo governodo Rio, esse palanque poderá ser franqueado ao pré-candidato tucano, José Serra.

Maia admitea possibilidade de abrir o palanque a Serra. Mas tambémpara Ciroe até ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. (AE)

Câmara dos Deputados– R euniãoordinária da representaçãobrasileira naComissãoParlamentar Conjunta do bloco comercial do Mercosul para discutire votarrelatórios, atase requerimentos. Da pauta da Cãmaraconsta tambémaMensagem 1105/01, do Poder Executivo, que submeteà consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo entre os governos do Brasil e da República Argentina para o Provimento de Capacidade Espacial, celebrado no Riode Janeiro,em8 de maio de 2001. O relatório do senador Casildo Maldaner (PMDB-SC)éfavorável amatér ia.

Ostrêsestiveram juntos ontem, em São Paulo.Para Requião, a decisão de manter averticalização dascoligações para a disputa presidencial causou uma enorme confusão, porque os partidos se prepararam para uma disputa eleitoralque foi alterada durante o seu andamento.

"É interessantenateoria, mas do ponto de vista imediato é um golpe. É fascista; é comotiraro goleironomeio do jogo", disse o senador. Segundo ele, adecisãocausou umaenorme confusãonos partidos. Ele diz que o PMDB tem candidatopróprio, osenador Pedro Simon.

O ex-presidente do STJ, ministroCosta Leite,tambémcriticou averticalização das coligações, mantida pelo STF. "A verticalização criou vários problemasno plano partidário, masnãoseráem função dela que vamos deixar de trabalhar nossa candidatura", disse Costa Leite. (AE)

Lula acusa governo de agir com casuísmo nas últimas campanhas eleitorais
Milton Michida/AE

EUA conseguem derrubar Bustani

Países cederam à pressão americana e votaram pela saída do brasileiro da Organização para a Proibição de Armas Químicas

O diplomata brasileiro José Maurício Bustani não suportou a pressão feita pelos Estados Unidos. Ontem, em Haia,odiplomata perdeuo cargo de diretor da Organização para aProibição deArmas Químicas, Opaq.

Dois meses depoisdoiníciodacampanhada Casa Brancacontra obrasileiro,o resultado da votação refletiu o poder de Washington: 48 países votaram contra a permanência de Bustani, 43 se abstiveram (a maioria dos países latino-americanos) e apenas setenações foramfavoráveis à sua permanência, China, Rússia,México,Irã, Bielo-Rússia, Cuba e Brasil. Rapidez – Os EUA precisav am de 66% dos votospara conseguir afastar Bustani. Conseguiram87%. "Foium

linchamento. Fui trucidado confortavelmente", reconheceuBustani. Obrasileiro se surpreendeu pelarapidez do processo de votação. "Estou decepcionado. Não houve nem sequer debate sobre a base legal de minha saída. Esse é o efeito dorolo compressorda atuação dos EUA", afirmou. Para ele, ospaíses votaram "acuados e aterrorizados".

pelas delegações ao deixar o centro de conferência, com exceção dos diplomatas de Washington: "Não me arrependo de nada do que fiz."

Os EUA alegavam que a administração de Bustani havia levado a Opaqao caos financeiro e a Casa Branca havia perdido a confiança no embaixador.

Apesar da derrota, Bustani foi aplaudido pelas delegações ao deixar o centro de conferências

Entreas abstenções a surpresa foi a França,que nãoseguiu aorientação dos demais governos europeus de apoiar os EUA. "Os europeus pediramparaque eu saísse", disse Bustani.

Aplauso – Ao final da votação, Bustani foi aplaudido

Para Bustani, porém, osreais motivos foram sua recusa em aceitar as ordens da Casa Brancae o estilounilateral adotado por John Bolton, um dos diplomatas norte-americanos encarregados dos temas de desarmamento.

Ordens – "Eles queriam me dar ordens,aos funcionários

Le Pen, no segundo turno, preocupa União Européia

A vitória deJean-Marie Le Pen, extremadireita, noprimeiro turno das eleições presidenciais francesas trouxea Bruxelas, capitaldaUnião Européia (UE), um diade reações amargas e até mesmo um certo presságiodetemposdifíceis paraos maispessimistas.

O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, declarou ontem que sua esperançaé de que olíder da FrenteNacionalrespeite os v alores fundamentaisda

União Européia de tolerância e democracia.

Antieuropeu – Br ux el as sabe bem que Le Pen é antieuropeu. Oultranacionalista

Jean-Marie LePen defendeu ontemasaídadaFrança do Tratado deMaastricht,que estabeleceu a União Européia, UE, em 1992, e pregou o desenvolvimento derelações bilateraisentre ospaísesda UE sem passar por Bruxelas. LePen, doPartido Frente Nacional e que vai disputar o segundo turnocompresi-

Nações Unidas vão investigar ação em campo de Jenin

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, ONU,Kofi Annan,nomeou ontem uma equipeparainv estigar oqueocorreu durante oassaltomilitar israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.

A missão será presidida peloex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, que afirmou esperar que a equipe chegueà Cisjordâniaainda nesta semana.

Outros dois integrantes são Cornelio Sommarunga, expresidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha; e Sadako Ogata, ex-alta comissária da ONU para refugiados, que atua na reconstrução do Afeganistão. (AE)

e nas contas da Opaq. Eu disse queisso eunãoaceitaria", afirmou o diplomata. Outrofator, naavaliação deBustani, foisuatentativa de estabelecer um diálogo com o Iraque. "Eu buscava um diálogocom aquelespaíses quesupostamentefazem parte do ’eixo do mal’. Mas será que os EUA querem acabar mesmo com o eixo?"

Na avaliação de Bustani, a crise na Opaq não afetaráas relaçõesentre o Brasil eos EUA. Nos últimos dias, os diplomatas brasileiros fizeram questãode mostrarque apoiavam Bustanie negociaram com outros países para evitar asaída do brasileiro. Hoje, os países continuarão a se reunirem Haiacom oobjetivode encontrarumsubstituto para Bustani. (AE)

Tropas de Israel prendem líder do MST em Ramallah

dente Jacques Chirac, tambémdedireita eque tentaa reeleição na França, disse não ser "um inimigo da Europa", mas partidário de uma Europa de nações, não de uma Europa supranacional. Funcionários, deputadose diplomatas europeusdemonstraram-se decepcionados. " Nós só falamos disto. É a surpresa geral e uma consternação absoluta ", assegurou um alto funcionário europeu, traduzindo o sentimento geral em Bruxelas. "É uma catástofre, mas não uma tragédia", definiu o professor-doutor em ciência políticadaUniversidade Libre de Bruxelas, JoelKotek, a vitória de Jacques Chirac, centro-direita, e de Le Pen, extrema direita,paraosegundo turno das eleições presidenciais na França. “Há um vento de direita que sopra sobre aEuropa desde a vitória de Bush nos Estados Unidos”, constatou o ex-presidente português MarioSoares,hoje eurodeputado no Parlamento Europeu (PE), citando ocrescimento “inquietante deuma direita agressiva e xenofóbica ",na Austria,Dinamarca, Portugal e na França.

Governo americano não aceita cerco à Palestina

A estratégia israelense de manter seus soldados cercando aperiferia do território autônomo palestino foi rejeitada ontem pelo Departamento de Estado dos EUA, que renovou a exigência norte-americanadeuma retirada total da Cisjordânia.

Funcionários do governo dos EstadosUnidos também não apóiam a exigência israelense de que os palestinos entreguem suspeitos de atentados.

Acordo– O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse que a Autoridade Palestina (AP) reclamajurisdiçãosobre os homens procurados e os dois lados devemchegar a um

acordo sobre o tema. Governosárabese europeus vêm pressionando o governo de George W. Bush paraque abandonesua atual postura, vista como claramente favorável a Israel.

Porém, o líder da maioria democrata no Congresso dos Estados Unidos, Tom Daschle, disse ontem ao maior grupolobistaem favordeIsrael que o apoio americano ao Estado judeu deve ser total. No Oriente Médio,o enviadoespecial dosEUA àregião, o subsecretário de EstadoWilliam Burns,reuniu-se comolíder palestinoYasser Arafat durante cerca de 2 horasno quartel-general de Arafat em Ramallah. (AE)

O líder gaúcho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, MST, MárioLill, deixouna manhãde ontemo complexodaAutoridade Palestina,AP, emRamallah, na Cisjordânia. Logo depois, ele detido pelo governo de Israel, segundo informou a entidade. O MST relatou queLillsaiudo quartelgeneral do líder palestino Yasser Arafat junto com outros sete ativistas estrangeiros por volta de 11h em Ramallah (6h em Brasília).

Nos últimos dias, o grupo de estrangeiros preparava sua substituição, o que teria sido possívelcoma entradade12 ativistas no domingo no quartel-general da AP, de acordo com dados do MST.

Segurança – Os movimentosestrangeiros consideram importante sua presença no quartel-general de Arafat como forma de preservar a segurança do líder palestino.

Na saída do complexo, os ativistas foram detidos para suposto interrogatório, segundo o MST, e não puderam ser recebidos pelos funcionários ediplomatasque os aguardavam. Lillestava no quartel-general deArafat desde 31 de março. (AE)

Em Belém, Israel retira credenciais de 17 jornalistas

O exércitoisraelense apreendeu ontem as credenciais de17 jornalistasestrangeiros epalestinos quecobriamo conflitoentre militaresepalestinos armados na Igreja da Natividade,em Belém(Cisjordânia).

Os jornalistas foram parados a cerca de 400 metros da PraçadaManjedourae do complexo da basílica, onde 200 homens armadose cerca de100 clérigos epalestinos desarmadosestão cercados por 21 dias, desafiando uma ordem feita por Israel para que eles se entreguem. Umoficial doexércitodisse aos jornalistas que eles estavamemuma árearestritae retirou as credenciais. (AE)

Presidente argentino diz que abandona cargo se plano não for aprovado

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, ameaçou ontemdeixar ogoverno seo Congresso não aprovar o novo plano econômico, e o mais rápido possível. Sob protestos populares, o plano prevê a conversão dos depósitos bancários em bônus. "Seja o que Deus quiser". Esta foi a expressão utilizada pelo presidente Eduardo Duhalde quando lhe perguntaramo queaconteceria seo Senado não aprovasse hoje o projeto do Plano Bonex 2, ou "Novo Bonex". Aproposta implica na troca de todosos prazos fixos bancários por bônus em pesos e dólares, respectivamente com prazo de 5 e 10 anos.

Corralito– O impopular plano tem a intenção de deter atorrencial chuva derecursos na Justiça contra o "corralito", como éconhecido o semi-congelamento de depósitos bancários, eassim, evitar umcolapsona liquidez dos bancos. Os analistas afirmam que poucos dias depois de criados, estes títulos somente terão 25% de seu valor original.

Odebate sobreo planoestava previsto para ocorrer ontem à noite no Senado. No entanto, no fim da tarde, o líder dobloco doPartido Justicialista(Peronista) na Câ-

mara Alta, JoséLuisGioja, declarou que "talvez" hoje o plano seria debatido,para posterior votação. Na tarde de ontem, no Parlamento,a indisposiçãocom o planodo governo se espalhava por quase todos os partidos políticos. Protesto – Nas ruas,a populaçãoprotestava. Uma multidãoenfurecida cercou o edifíciodo CongressoNacional, com a intenção de impedira votação. Como voz grave, Duhalde afirmouque se oprojeto não for aprovado, isso implicará no colapso detodo osistemafinanceiro, quenão poderiasobreviverà faltade liquidezcausadapelas retiradas em massa. Visivelmente farto da crise que nãotermina edaresistência de diversos setores políticos à sua política econômica, Duhaldedisparou: "Se o Parlamento não estiver satisfeito, podem convocar outraAssembléia paraescolher um novo presidente". É a primeira vez que o presidente daArgentina, Eduardo Duhalde,sugere queestariadisposto adeixar ogoverno desde que foi eleito no primeiro diadeste anoatravés de uma sessão conjunta da Câmarade Deputados edo Senado, como presidente provisório. (AE)

Para o diplomata brasileiro, os países votaram "acuados e aterrorizados"
Ed Ferreira/AE
Le Pen, candidato à Presidência na França, quer país fora do bloco europeu
Charles Platiau/Reuters
Houve panelaços na frente dos bancos, em Buenos Aires, contra confisco
Enrique Marcarian/Reuters

País fecha acordo para

fornecer tecnologia do Proálcool à Índia

A Índia querproduzir etanola partirda tecnologiadesenvolvida pelo Proálcool. No início de abril, durante viagem à Índia, o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, e o ministro indiano do Petróleo,Ram Naik,assinaram memorando de entendimento para que o Brasil forneça a tecnologia à Índia.

Durante o seminário "Brasil-Índia: Uma parceria estratégica", ontem em São Paulo, ochefedaDivisão deÁsiae Oceania do Itamaraty, Oswaldo Biato, disse que, firmado o acordo, o andamento do projeto fica agora por contado setor privado.No ano passado, a Índia permitiu adição de 5% de álcool anidro

no combustível,porcentual que deverá crescer para 10% nos próximos anos. T ra ns p or te s – Biato afirmou quea Índiavai incentivar a construção de estradas e a renovação de sua frota de ônibus – o que abre oportunidades para empresas de engenharia e fabricantes de veículos do Brasil. Ainda no setor de transportes, a Embraer participa de duas concorrências promovidas pelo Ministério da DefesaIndiano para fornecimento de jatos de treinamento (AMX-T) e para o transporte deautoridades, com oLegacy, que concorre como Falcon,da Dassault,e comoGlobalExpress, da Bombardier. (AE)

Comércio bilateral continua deficitário para brasileiros

O Brasilé tradicionalmentedeficitário em sua relação de comércio com a Índia. No ano passado, o saldo negativo foi o maior da década,de US$ 257,5 milhões.

O Brasil compradaÍndia, principalmente, óleodiesel, produtosquímicos efarmacêuticos, e exporta óleo de soja, algodão e automóveis. O comércio entre os países mais do quedobrou recente-

mente –passoudeUS$400 milhões, noanoretrasado, para US$ 828 milhões, em 2001. Apesar disso,o cônsul daÍndiaem SãoPaulo,Deepak Bhojwani, afirmou que o volume estáaquém do potencial.E culpoua falta de promoção dos produtos brasileiros na Índia pela situação. A Índia, ao contrário, disse, traz missões comerciais anualmente ao Brasil. (AE)

Embraer vai disputar venda de US$ 1,4 bilhão aos EUA

O sindicatodos pilotos companhia aérea americana US Airwaysautorizou aempresa a comprar 70 aviões regionais. Onegócio, avaliado em US$ 1,4 bilhão, deverá gerar intensa disputa entre a fabricante brasileira de aeronaves Embraer e sua concorrente canadense, a Bombardier. Os pilotos aprovaram na última quinta-feira a propostaapresentada pela US Airwaysde dobrarpara140 unidadessuafrotade aviões regionais em troca de garantias de emprego. A encomendapotencial da companhia americana tem grande impacto na indústria

de aviação, pois ocorre num período de forte desaquecimento nas vendas, causado pelosataques terroristas de 11 de setembro.

Se qü ên cia –Além disso, essa compra podeser apenas a primeira de uma série a ser realizada pela companhia norte-americana.

Segundo analistas, aUS Airlines deveráencomendar 300aeronaves nospróximos anos.

Onovo diretor-executivo daUS Airways,DavidSiegel, disse que está elaborando uma nova estratégia de negócios que inclui o aumento do usodeaviões depequeno

porte. Isso permitirá que a empresa se equipareaos seus grandes concorrentes no mercado norte-americano, que ao longo dos últimos anos elevaram substancialmenteas suasfrotas deaeronaves com capacidade entre 50 e 90 passageiros.

Analistasdo setoracreditam que a US Airways pretende receberváriasdezenas de aviões regionais o quanto antes. Se a intenção for confirmada, deverásair vencedora da oferta de vendas a fabricante que tiver capacidade de produzir osaviõescoma maior rapidez.

Segundoo diário canan-

dense Financial Post, isso pode representarvantagem para Embraer, que tem excesso de capacidade deprodução superiorao daBombardier–apesar deo grupocanadense teraumentado asua capacidade nos últimos meses. Outro fator que poderia indicarvantagem daEmbraer seria o fato de a companhia já ter fornecidoa maioria dos aviões daatual frotaregional da US Airlines.

Além disso, Siegel, antes de assumiro comando da US Airways, chefiava a unidade devôosregionais daContinental Airlines, maior cliente da empresa brasileira. (AE)

80 mi na 3ª semana

Superávit aumenta para US$

Abalança comercialregistrou superávit deUS$ 80 milhões na terceira semana de abril. Com isso, o saldo do mês subiupara US$137 milhões e o do acumulado do ano, para US$ 1,165 bilhão, segundo oMinistério doDesenvolvimento. As exportaçõessomaram US$1,069bilhão,e asimportaçõesforam de US$ 989 milhões. Atéa segundasemana do

mês, o superávit tinha sido de apenas US$57milhões, resultado considerado decepcionantepelogoverno– já que em abril há o início do trimestre mais favorável para as exportações de produtos básicos, como soja e café. Na terceira semana, frenteao mesmo período de 2001, continuou havendo redução, de 16%, nasvendas externas desses produtos. (GN)

México deve elevar cotas para veículos do Brasil

O ministro daEconomia do México, Luis Ernesto Derbez, anunciou que será assinado nas próximas semanas um acordoque aumentaráa cota de veículos importados do Brasil.

Derbez disseque oacordo elevará a cota de compra do país para a faixa entre 100 mil e 150 mil veículos, em relação ao númeroatualde50mil veículos.

Um acordo com a Argentina incluirá umacotadeimportaçãode 35mila50mil veículos, afirmouDerbez, acrescentando que osacordos serão recíprocos. Angel Villalobos, negociador do Comércio do México, disse que, dentro das cotas estabelecidas, a tarifa de importaçãoseráde 8%.Acimadessas faixas, será cobrada uma tarifa superior. (AE)

SPB estréia, sem muitos problemas

Federação dos bancos considerou um sucesso o primeiro dia de operação do novo sistema de pagamentos

A estréia do Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, nos bancosfoitranqüila.

Mesmo coma Cetip, aCentralutilizada pelasinstituições para a liquidação de operaçõesfeitas nomercado,forado arporalgum tempo,os bancos conseguiram operar normalmente.

A FederaçãoBrasileira das

A ssociaçõesde Bancos, Febraban, considerou a estréia do SPB um sucesso, com base em informações fornecidas pelas instituições financeiras no final do dia, informou sua assessoria de Imprensa.

Os problemas ocorridos teriamsido menores do que osverificados em dias normais de operação antes do SPB, sendo superados rapidamente, permitindoque os bancos liquidassem suas operações dentro do novos horários estabelecidos pelo Bancos Central, BC.

Dúvidas – O número de ligaçõesfeitas porbancospara aCentral deControle daFebraban passou de 100. Pelo menos 60% das ligações fei-

tasforampara tirardúvidas sobre o limite de R$ 5 milhões para a Transferência Eletrônica Disponível,a TED,e sobre as mudanças nos horários de liquidação feitas pelo Banco Central.

Nosistema deteleconferência montado pelaFebraban com os principais bancos do sistema financeiro, ontem no final do dia, as instituições financeiras participantes não apontaram nenhum problema significativo. Os participantes, segundo aassessoriada Federação, consideraram oprimeiro dia do sistema um sucesso.

Os problemas ocorridos foram menores do que os verificados antes da implantação do novo sistema

Acima das expectativas –No Lloyds, por exemplo,o primeiro dia do novo sistema foi considerado melhor do que se esperava, segundo Elói Fortes, responsável peloSistema de PagamentosBrasileiro do banco.

"Conseguimos operar sem nenhum problema com a

Compensação do câmbio supera a expectativa

O primeiro dia de negócios na câmarade compensaçãodasoperações decâmbio da Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F, que coincidiu como início das operações do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, superou as estimativas da instituição. Foram fechados ontemUS$72 milhõesemcontratos paraserem liquidados amanhã, resultado de 70 operações com a moeda.

"O resultado do primeiro dia de operações na estréia do SPBsuperou muitonossas expectativas.Isso nos leva a imaginarque onovosistema de liquidação de operações de câmbio na BM&F terá grande participação no mercado", afirmou Sney Manoel Rodrigues, diretor da câmara de compensação de câmbio dabolsa defuturos. Eleestimaque emcurto prazoentre 70% e80% dasoperações de câmbio serão liquidadas pela BM&F.

Rodriguesdisse que 45

bancos já estãocadastrados e que 20 delesoperaram no primeiro dia, depois de terem feito depósitos de garantia no valor de R$ 340 milhões. O diretor disse ainda que a aceitação dos bancos foi bastante positiva, tanto que uma instituiçãosedispôsa depositar garantias na conta da câmara, em dólares, em Nova York. Derivativos– Na nova câmara de derivativosa estréia também foi positiva, segundo seu diretor de administração de risco, Verdi Monteiro. CercadeR$ 170milhõesem operações feitas na sexta-feira foram liquidadas ontem já no novo sistema.

As dificuldades dos investidores em ações noprimeiro dia do SPB foram superadas, de acordo com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. Foi necessária,no entanto, a ampliação em uma horadoprazo finalparaaliquidação das reservas.

Rejane Aguiar

clearing (câmara decompensação que surgiu com o SPB)de câmbio e fazer as liqüidações com acâmara dederivativos via corretoras",dizFortes. Segundo ele, apesar da rápida paralisação da Cetip, o sistemade mensagens se manteve funcionando, e por isso asoperaçõesdobanco não foram prejudicadas. "Foi muito melhor doqueesperávamos", resumiu Fortes. Rotina mantida – A situação nãofoi diferente em outros bancos. No banco Itaú, por exemplo,as operaçõescom o mercado financeiroforam feitassemnenhum contratempo e as liquidações ocorreram com tranquilidade.

Segundo aassessoria de Imprensa, arotina dobanco foi mantida.

A compensação, outra grande preocupação dos bancos neste primeiro dia de SPBe oenviodos dadospara

o Banco Central foram considerados um sucesso, mostrando que omercado operou com confiança.

O BBV Banco conseguiu

cumprir com folga todos os horários de liquidação. A instituição, inclusive, chegou a antecipar-se no enviodas informações ao Banco Central,

informoua diretoratécnica de Desenvolvimento de sistemas, Maria José

Para Burti, um avanço importante

Na avaliação do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo,Facesp, edaAssociação Comercial deSão Paulo, ACSP, Alencar Burti, a entrada em vigor do Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, se constitui em um marco na atual administração do BC. Para Burti, onovo sistema representa um importante avanço nosentido dereduzir os riscos do sistema financeiro brasileiro.

"Praticamente as atividadesempresariaisnão serão afetadas nesta primeira etapa, já que os bancos vão liquidaremtempo realapenasas operações com valor igual ou superior aR$ 5milhões", disse.

Novas etapas– Burti aler-

ta, noentanto, queé preciso que as empresas comecem a se preparar para as novas etapas, quando qualquer transação com valor superior a R$ 5 mil deverá ser feita mediante aTransferência Eletrônica Disponível, TED, que terá compensação eletrônica online e em tempo real e exigirá uma administraçãomaisrigorosa do fluxo de caixa para evitar saques a descoberto.

"O problemamaior será para as empresas que recebem muitos cheques de baixo valor, cuja compensaçãose dáem24ou48 horas,para pagamentos com valor superior a R$ 5 mil".

Para Burti, os empresários devem acompanhar o funcionamento doSPB eir procurando se ajustar às novas

regras criando os controles financeiros necessários. Além disso, procurar negociar com seus fornecedoresosprazos de pagamento, emantendo contatocom osgerentesdos bancos para evitarqualquer problema.

Investimento – Ele disse ainda que para muitas empresas, especialmente de micro epequenoporte,este ajustamento poderá implicar nanecessidade de investimentosem tecnologiaoude capital de giro adicional.

"Entendemos que o Banco Central poderia criar alguma linha de crédito especial com essa finalidade, utilizando-se da redução dos depósitos compulsórios dos bancos para permitirprazose juros adequados", concluiu Burti.

BC considera dificuldades normais

O Banco Central, BC, gostou da estréia do novo sistema de pagamentos. O diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, disse ontem que oprimeiro diade operaçõesdentro donovoSistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, foram normais.

“Tivemos pequenasdificuldades nonovo sistema, queforamrapidamente sanadas”, disse Figueiredo.

Ele também afirmou que todos oshorários deliquidação de operações foram cumpridos sem problemas.

Prazo – Figueiredo afirmou também que poderá ser prorrogado oprazo para o comércioseajustar aosistema.“As empresas (do comércio) vão ter prazo entre agosto eoutubro paraseajustarem. A nossa visãoé que elas vão conseguir se ajustar.Se isso não for possívelvamos prorrogar oprazo”,observouo diretor do BC.

“De qualquermaneira, aquele comércio até R$ 5 mil não muda nem hoje, nem

Inquérito vai apurar omissão

A ComissãodeValores

Mobiliários, CVM,abriu inquéritoadministrativo para apuraromissão da Bolsa de Mercadorias eFuturos, BM&F, em várias investigações realizadas pelaautarquia, entreelas manipulação com contratos de Ibovespa Futuro feitapelos Bancos FonteCindame Marka, em 1998.

Os envolvidos, entre eles o ex-banqueiroSalvatore Alberto Cacciola, dono do Marka, foram absolvidos por falta de provas.

Desgaste– O desgaste entre aBolsa de Mercadorias e Futuros ea CVM tendea ser maior de agora em diante.

A pósa entrada emvigor da nova Lei das S/A em março, a

bolsa passou paraa tutela da autarquia, que agora irá fiscalizar suas operações.

Aabertura deinquérito éa primeira providência tomadapela ComissãodeValores Mobiliários.

Aautarquia aleganãoconseguir investigar em profundidade as suspeitas de operações irregulares, em função doarquivamento precário dasordens decompra evenda feitas na BM&F.

Dificuldade – "As instituições foram liberadas pela BM&Fde preencherasordensde compraou vendano mesmo momento em que são dadas. Isso só é feito no fim do dia, o quedificulta a identificação dos participantes e atrapalha as investigações”,

explicou Marcelo Trindade, que foi o responsável pela abertura do inquérito na CVM.

A dificuldade em investigar casosna BM&F foiexpressa oficialmente no voto do relator do inquérito do caso Markae FonteCindam,odiretor da Comissão de Valores Mobiliários, Wladimir Castelo Branco.

Julgamento – No julgamentoeleafirmou que “em que pese afundadasuspeita da existência de irregularidades, temoqueos precários controles deordens apresentados pela BM&F tenham prejudicado aacusação, subtraindovaliosos elementos capazes de instruir devidamente o inquérito.” (AE)

SPB não vair reduzir risco do País no curto prazo, diz Fitch

Apesarde considerar a adoção do Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB, comoum fator benéficoao País, o diretor para instuiçõesfinanceiras daagência de classificaçãode riscoFitch Ratings, Peter Shaw, não acredita que as novas regras poderão ter peso importante na redução da taxa de risco doBrasil, pelomenos no curto e médio prazos.

"Trata-se sem dúvida de um avanço, mas orisco Brasilé condicionado por outros fatores ",disse Shaw à Agência Estado em Londres."No momento em queumamudança como essativerumimpacto no

nuncamudará. Ouseja,para valores atéR$ 5 milfica tudo com umaestá”,ressaltouo diretor do BC.

Fraga: sucesso – Em Nova York, o presidente do BC, Armínio Fraga, disse que, com base no relatório que recebeu

risco isso significará que o Brasil atingiu outro estágio."

Ele afirmou, no entanto, que o SPB é positivo para o país por dois motivos básicos: o o sistema limitaos riscosdo sistema financeiro etorna mais ágil e barateia as negociações, beneficiando os integrantes do mercado.

Segundo Shaw, trata-sede mais umpassoimportante adotado pelo Banco Central paratornar maistransparente esólidoo sistemafinanceiro doPaís. "O fatodasautoridades reguladoras reconhecerem os riscos e tomarem as medidas para tentar saná-los é muito positivo." (AE)

doBrasil aestréia doSistema de Pagamentos Brasileiro foi um grande sucesso. Ele disse que onovo sistema trazalgumasboasnotícias no que diz respeito à taxa de riscoBrasil. “Primeiro, como SistemadePagamen-

tos Brasileiro, a possibilidade de algumproblemasealastrar numaespéciedereação emcadeia ou efeitodominó diminuiu muitíssimo, para não dizer quefoi totalmente eliminada”, avaliou.Ele afirmou queessa foi umamudançade nível,e nãoapenas algo gradual. Fiscalização – Outro ponto destacadoporArmínio Fragaé odeque as próprias instituições financeirasvão tratarde fiscalizaresupervisionar os seus pares do mercado porqueo risco,em última instância, deixou de ficar com o Banco Central e, agora, recai em cadacontraparte de uma transação. "Essas duas mudanças são cruciais. Temos agora um sistema onde o risco é bem distribuído e bem administrado – os riscos grandes são administrados emtempo real– e, além disso, temos um sistema onde osparticipantes têmos incentivos corretos para administrar os seusriscose acompanharos riscosdos outros", disse Fraga (AE)

Implantação gradual do novo sistema afasta possível colapso

O superintendente da CâmaraInterbancária dePagamentos,CIP, Paulo Mallmann, disse que não há risco de colapsono sistemafinanceiro por causa da entrada em vigor ontem do SPB - Sistema Brasileiro dePagamentos. Segundo ele, o novo sistema deverá ser implantado gradualmente, com quantidade inicial reduzidadetransações, que passaram a ser processadas eletronicamente, em tempo real. Mallmann declarou que o BC ea Febraban estabeleceram um critério de prudência em relação ao novo sistema. “As transações com valores superiores a R$ 5 milhões e

Tarifas – Sobre as tarifas cobradasparaessee outros serviços prestados pelos bancos,Mallmannacredita que elas deverão cair.

“Eudiria queas tarifascobradas hojepelos bancossão maioresdo que as que serão cobradas peloTED.Certamente a nova transaçãovai implicar num custo bem mais baixo." (AE)

aquelas ligadas à liquidação de operações realizadasnos dias anteriores na BM&F e na Bovespaserão asprimeirasa utilizar a TED. Isso significa dizer que cerca de mil transações pordia comorigem em clientes deverão utilizar o TED". Ele destacou ainda que,alémdessas transações tambémfarãopartedo esquema as operações comtítulos públicos. Precisão– Paulo Mallmann disseque “comoesse é um sistema em que não há estorno datransação, épreciso que tanto o banco que manda comoaquele que recebee o próprio BCtenham certeza daquilo que a gente chama de queos dadosinseridosna transação eletrônica sejam precisos." Segundo ele "é precisoqueseja dadoumtempo para que os sistemas dos bancos possam fornecer essa garantia, para que se possa chegar àplenitudedessanova prática.”

Cabrino. Roseli Lopes

Cotação do dólar inicia semana com a 8ª alta seguida

Asemanacomeçou com ummal-estar generalizado no mercado de câmbio. Desânimo láfora e apreensão com política internacombinaram-se comalguma saída de moedae afliçãopelo novo sistema de pagamentos, o que garantiu espaço paranovo degrau de alta para o dólar. Foi o oitavopregão consecutivo de valorização. A moeda americanasubiu 0,47% em relação ao final da sextafeira e terminoua R$ 2,343. No mês há um ganho acumulado do dólar frente ao real de 0,69% e de 1,17% no ano. "O mercado operou praticamente emcima deespeculações sobre pesquisas eleitorais.O dólarabriu emqueda e, justamentequando começoua "boataria", reverteu a posição eacaboufechando perto da máxima", descreveu Daniel Szikszay, gerente de câmbio do Banco Schahin. O consultor da Agente Corretora, João Marcos Cicarelli, informou que "rolaram algumas remessas de dólares. Pelo que vi, foram cifras modestas destinadasa (comp anhia s) matrizes noExterior. Alémdisso, oambiente foi péssimo." (Reuters)

Teles derrubam as principais bolsas

Queda foi generalizada na Europa, puxada pelo mau desempenho de Nova York; Bovespa perdeu 1,88%

O mau desempenho de ações do setor de telecomunicações derrubou a Bolsa de Nova Yorkno primeiropregão da semana, prejudicando tambéma Bovespae osprincipaismercados europeus.A bolsa paulistafechou ontem com queda de1,88%, com o Ibovespafechouem 13.224 pontos e o volume financeiro somou R$ 518,2 milhões. Agoraa Bovespaacumulaperdade 0,2%nomêse de 2,6% no ano.

Preocupação – As fortes quedas das ações da WorldCom (controladora da Embratel no Brasil), da Eriscsson edaLucentnos mercados americano e europeu determinaram o comportamento do setor naBovespa. As empresas anunciaram revisão de lucros e vendas.

Destaquesnegativos – Na bolsa paulista caíram ações importantescomo Telemar PN(-2,98%),Embratel Participações ON (-7,70%) e Embratel Par PN (-7,40%).

Sustentaram valorização ações como Bradesco PN (0,27%), Itaubanco PN (0,14%) eVale do Rio Doce PNA (3,8%, a maior altado

pregão paulista), mas os ganhos não foram suficientes para compensar o peso negativo das telefônicas.

Europa– Ossetores detelecomunicações e tecnologia mantiveram a pressão ao longo do dia e patrocinaram um fechamento no vermelho das principais bolsas da Europa. No pregão inaugural da semana, a sueca Ericsson, assim

comoa americana WorldCom, anunciaram previsões mais pessimistas.

Londres – A Bolsa de Londresfechouem quedade 0,42%. Operadorsouvidos pela Agência Dow Jones disseramque perdasnosetor de telecomunicações pesaram sobre o índice.

Encerraramem baixa as ações como asda Vodafone

(-4,6%) e Logica (-5,6%).

Paris – Na Bolsade Paris o índice CAC-40 fechou em queda de 1,02%. Os papéis de tecnologia etelecomunicações registraramas maiores perdas.CAPGemini caiu 5,3%. A Alcatel, outra gigante, recuou 4,3%. Frankfurt – A Bolsa de Frankfurtfechou comperda de 1,50%. Oalerta da Ericcs-

Sabesp: venda de ações

Ogoverno paulistaanunciou ontem que vai fazer uma oferta globaldepartedas ações ordinárias que detém na Sabesp,semelhante às operações dePetrobrás, Embraer e Vale do Rio Doce. Mas os investidores pessoa física não poderão desta vez usar os recursos do FGTS. A reserva de ações começa amanhã. Devem sercolocadosà venda 16% do capital votante dacompanhia desaneamentobásicodo estado, emum negócio quedeve movimentar pouco menosdeR$ 700 milhões, segundo estimativas do mercado. As ações ON da empresa fe-

charam com queda de 1,97% nopregãode ontem daBovespa, cotadas a R$ 149. Colocação – Inicialmente serão colocados à venda 4,6 bilhões de papéis. Mas a oferta pode ser ampliada se a procura for grande. O Estado tem hoje 88% do capital com direito a voto da companhia. De acordo como edital, as ações dacompanhia serão oferecidasprimeiropara os pequenos aplicadores. Depois haverá a oferta para investidores institucionais e estrangeiros. Asaçõespoderãosercompradas diretamente ou por meio de fundos que devem ser criados.

começa

Desconto – Quem comprar ações da Sabesp na oferta terá 5%de descontosobre o preço,com acondiçãode manter oinvestimentopor no mínimo seis meses. A exemplo do que aconteceu nas outras ofertaspúblicas, o preçoserá fixado posteriormente,com basenas ofertas dos investidores. O prazo para reserva das ações vai de amanhã atéo dia 8de maio, no Banespa. A Sabesp tem 24 milhões de clientes em 366 municípios. Em 2001 a empresa teve lucro de R$ 216,2 milhões, com ativos totais de R$ 15,9 bilhões. (RA/Reuters)

son, quecortou suasestimativas,disseque nãovairetomar o lucro antes de 2003. As ações da Siemens caíram 5,92% e as da Epcos perderam 4,64%.Em Madri,a bolsa encerrouembaixa de 0,68%, com omercado pressionado por uma realização de lucro.

amanhã

Rejane Aguiar/AE/Reuters

Nutriwan adquire fábrica de sucos da mineira Tial

A marcade sucos Tial,de MinasGerais, foiadquirida pela holdingpaulistaNutriwan. O grupo já detinha 50% do capital da empresa e agora responde pela totalidadedos negócios.ANutriwan éaempresa licenciadaparaa produção do suco Tampico, da americana Marbo, para os estadosde MinasGerais,São Paulo e Rio de Janeiro. A holdingatuaainda comamarca de água de coco embalada Bom Coco.

As metassão deque aTial cresça 25% nos mercados internoeexterno sobonovo controle. A idéia é investir entre8%e 10% do faturamento projetado para o ano em propaganda na grande mídia e no ponto-de-venda. O auge da campanha será o verãode2003. Asexpectativ as sãode que os três negócios da Nutriwan gerem, juntos, R$ 60 milhões em 2002. Hoje, amarca Tial é dona de7% domercado de sucos prontosno Brasil,cifraque pode chegar a 13% até o final do ano. "Os planos são ambiciosose oobjetivoé buscara liderança de mercadodesucos prontos nos próximos dois anos", dizo novo presidente da Tial, Saulo Wanderley Filho.

Segundo o executivo, a nova gestão deve priorizar o fortalecimentoda marcaTial.A primeiraetapa desseprocesso deve ser feita nos pontosde-venda do varejo de pequeno e grande porte, seguida porações de propaganda de massa. "O sabor dos sucos é o nosso maior trunfo e não devemfaltar açõesfortes dedegustação e promoção nos pontos de venda", explica. Outra meta da Nutriwan é reduzir os atuais custosde produçãoem até 12%.Segundo WanderleyFilho,o atual quadro de 180 funcionários na fábricaserá mantido e os cortes virão das nego-

ciações com os fornecedores. "O segredo é aprimorar as negociações em todas as etapas, incluindo a compra de matéria-primae insumos de modo geral. Oganho virá do maior volume com que trabalharemos daqui por diante", diz o presidente da Tial. Negócio novo – A marca Tial representa hoje 35% dos negóciosdaNutriwan, para outros 40% concentrados no suco Tampico e 25% para o Bom Coco.

A atual capacidadede produção da fábrica da Tial, no município mineiro de Visconde do Rio Branco, é de 27 milhões de litros por ano.

A marca possuisucosnas versões tradicional e light. Lançada há seis meses, a linha light járesponde por7% das vendastotais. "Oobjetivoé chegar aos 15% das vendas até ofinal do ano",diz Wanderley Filho.

Os produtosdaTialsão vendidos em nove estados situados entre aBahia eo Rio Grande doSul,incluindoa Região Centro Oeste.

A empresa exporta seus sucospara os Estados Unidos, Itália, Chile, Japão, China e Canadá. Ospaísescompradores dosprodutosdaempresadevem permaneceros mesmos, apesar da aquisição, mas o volume de exportações deve aumentar.

Austrália pode garantir aumento das exportações de caminhões Ford

Além de aumentar sua participaçãono mercadoeste ano, a Ford pretende ampliar as exportações de caminhões da marca. Apesar da queda nas vendas paraa Argentina, oobjetivo écrescer cerca de 15% em2002, alcançando US$ 75milhões,anteos US$ 60 milhões de 2001.

Oprincipalcliente da montadora será a Austrália, mercado que deveimportar 2,8 mil dos 4,1 mil caminhões programados para vendas externasnesteano.O país comprou 1,5 mil unidades dos modelos F-250 e F-350 em 2001. Ospequenos caminhões são montados na fábrica deSão Bernardodo Campo, no ABC paulista, eseguemparaa Austráliacomo volante do lado direito. O restante do volume deve ser exportado parapaíses como Chile, Colômbiae Venezuela.Asexportações paraa Argentina caíram 61,5% no ano passado, para 756 unidades, ante 1,9 mil caminhões em 2000."Estamos trabalhando também para ganhar outros mercados e compensar a redução", disse o diretor deOperações deCaminhões da Ford, Flávio Padovan. As vendas de caminhões da marca foram responsáveis por uma receita de aproximadamente R$ 1,1 milhão, o

equivalente a26,5% dofaturamento na Ford no Brasil no ano 2001, de R$ 4,3 bilhões. Vendas – Neste ano, a Ford Caminhões também quer implementar aterceirafase de suareestruturaçãono País: o fortalecimento da rede deconcessionáriase melhoria do serviço de pós-vendas. Desde 1999aempresainvestiu US$200milhõesna nova fábrica de caminhões de São Bernardo e na nova linha deprodutosCargo eSérieF. A idéia agoraé reestruturar a redede concessionárias,formadapor 129distribuidores que vendemcaminhões. O número atual, segundo Padovan, deveráser mantido. "Nosso objetivo é aumentar o número de concessionárias exclusivas de 33 para 55 em 2002", ressaltou. Iniciativas paramelhorar osserviços de pós-vendas tambémfazem partedaestratégia.A Ford criou neste mêso Disque Ford Caminhões(0800 7033675),para atendimentoaos usuários24 horas pordia, além do SOS Ford (socorro ao usuário) e o PeçaFácil, serviçodeentrega deautopeças nascapitaisem 24 horas. "Não adianta somente vendercaminhões, o importanteé dar osuporte para oclientedepois",lembrou Padovan.(AE)

Nissan começa a produzir picape Frontier em fábrica da Renault

A montadorajaponesa Nissaniniciou ontemaprodução da Frontier, seu primeiroveículo fabricadono Brasil. Apicape,produzida na fábrica de veículos comerciais leves daRenault Nissan em São José dos Pinhais, na região metropolitanade Curitiba,noParaná, entranalinha de montagem um mês antes do prazo programado pela montadora. Resultado da aliança global entre a montadora francesa e a japonesa, a fábrica paranaense é a primeirada Re-

Lucro da Bunge, dona da Ceval e Santista, cresce

A companhia de agronegócios norte-americana Bunge informouontem queos lucros do primeirotrimestre quase quadruplicaram, superando cálculos de analistas.

A maiorprocessadorade soja das Américas anunciou que sua exposição ao câmbio na Argentina foi reduzida e o impacto da desvalorização da moeda local foi minimizado. No Brasil, a Bunge detém as empresas Santista e Ceval.

A Bunge, terceiro maior fabricantede alimentosdos EUA, divulgou líquido de US$22 milhões,comparado com US$ 6milhões do mesmo período do ano anterior. O resultado foi puxado por corte nos custos e taxas de juros,alémde bomdesempenhoemalimentose fertilizantes. ABungeprevêlucro de US$ 30 milhões no segundo semestre. (Reuters)

naultaproduzirum veículo coma marcaNissan. Aunidadefabricatambémo furgão Renault Master,que teve sua produção iniciada em dezembro. A expectativa da montadora é de que a fábrica produza de2,5milMastere 4,5 mil Frontier este ano. As vendas da Nissan no País cresceramquase seisvezesnoanopassado, para 1.552 unidades, ante os 266 carroscomercializados em 2000.O aumentotrouxenovos objetivos para os executivos da empresa, que esperam

fechar2002 compoucomais de 4 milunidades comercializadas. ANissan tinha apenas 16 concessionáriasno País. Ao longo de 2001, foram abertasmais24lojas, todas em parceria com a Renault. A previsãoé deque outras concessionárias sejam abertas neste ano, que deve fechar com algo entre 60 e80 pontos-de-venda. Nospróximos cinco anos, a montadora vai investirUS$300milhões no País, com a produção de mais quatromodelos,entre eles um popular. (AE)

Fiat – O campeão mundial de Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher,acenaparaosfãs ontem,aochegaràfábricade automóveis
Isabela Barros
Sucos Tial ocupam as gôndolas de supermercados de nove estados do Brasil
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Empresas químicas

sustentam crescimento da indústria fluminense

O ótimodesempenhoda indústria química resultou emaltanas vendasdaindústriafluminenseem todos os indicadores em março.A expansão de64,7% nasvendas reais dosetor químicono mês,na comparaçãocomfev ereiro, foi responsável por 80% daelevação de44,6% das vendas reais no Estado no período.

Semacontribuiçãodo setor, que no Rio é sinônimo de Petrobrás, a expansão em geral teria sido bem menor, não ultrapassando 8,9%. A chefe da assessoriadepesquisas econômicas da Federação das Indústriasdo Rio de Janeiro (Firjan), Luciana deSá, disse quetambémo crescimento de 14% das vendas ante março do ano passado teria revertido em queda do mesmo valor, caso osetor químico não registrasse expansão de 37,8% na comparação.

A indústria química foi beneficiada pelosreajustes nos preços dos combustíveis e pelo aumentodas exportações.

A estimativa da economista é de um crescimento de 5% nas vendas da indústriado Estado neste ano, ante 2001. Se-

gundo ela, apesar dos bons resultados registrados em março, o nível de atividade continua em alta suave e a aceleração noano vaidepender da queda dos juros, maior oferta de créditoe recuperação do poder de compra dos trabalhadores.

A utilização da capacidade instaladada indústriafluminense passou de 74,9% em fevereiropara78,2%em março. O porcentual de março foi o maior volume no mês desde o início da série histórica da Firjan, em 1992. Nesse caso também, assimcomo naalta das vendas no período, houve forte influência da indústria química.

No que diz respeito ao pessoalocupado,o númerode trabalhadores na indústria fluminense cresceuem março ante fevereiro (0,6%), com a aberturade 2.174postos de trabalho. Houve, no entanto, queda de 5% em relaçãoao mesmo mêsdo anopassado. Entre os segmentos que estão apresentando asprincipais quedas destaca-se o de perfumaria, sabões e velas, com redução do pessoal ocupado de 3,37% ante fevereiro. (AE)

Yahoo fornecerá acesso grátis à Internet no Brasil

Asubsidiária brasileirado

Yahoo! anuncia nesta semana sua entrada no mercado de acesso à Internet, com a ofertade conexãogratuita por meiode umaparceria coma operadora Brasil Telecom .

A assessoriade imprensa do portal informou que os detalhes do negócio serão anunciados amanhãpelo diretor-geral doYahoo! Brasil, Bruno Fiorentini. Aversão argentina do portal já oferece o serviço.

A oferta de acesso já era esperada. Noinício dejaneiro, uma fontepróxima àempresa disse que "desde dezembro o Yahoo! estuda a possibilidade de entrar no mercado de acesso" à Internet no País.

Em entrevista àimprensa no início doano para anunciar aaquisição dobuscador Cadê?,Fiorentini dissequeo Yahoo! vinha sendo procurado por algumasempresas de telecomunicações. "Nós somos grandes distribuidores

detráfego... énatural ointeresse das operadorasde telefonia", disse o executivo. Acesso – Ainda não se sabe se a estratégia do Yahoo! é entrartambém nomercado de acesso pagopara gerar uma nova fonte de receita, oque vem acontecendo em outros países onde o portal está presente,como forma decombater a queda do faturamento com publicidade online.

O Yahoo! oferece serviços deconexãoà Webembanda larga no Japão desde setembro de2001.Em novembro passado,a empresapassoua oferecer acesso rápido nos EUA, por uma parceria com a operadorade telefoniaSBC Communications.

A versãobrasileira doportalentrou noarem 1999.De acordo como rankingde audiência do Ibope/NetRatings, o Yahoo! ocupava a terceira posição em março, com cerca de 3,8 milhões de usuários no Brasil. (Reuters)

Ericsson anuncia 20 mil demissões após prejuízo

A fabricante sueca de equipamentos detelecomunicação Ericsson pretende eliminar 20 mil postos de trabalho nos próximosdois anos,informou a empresa ontem apósanunciarperda trimestral acima do esperado.

A companhia perdia cerca um quartodo seu valor de mercado no meioda manhã, com as ações caindo cerca de 23%. AEricssonpediuaos acionistasquase US$3bilhõesde novosfundos ealertouque nãovaivoltar aolucroneste ano.A previsãoanterior era alcançar uma margem operacional de 5%.

Cosmotec abre nova fábrica para atender setor de beleza

ACosmotec, fabricantee importadora de matériasprimas para a indústria cosmética, está investindo US$ 1,5 milhãonaaberturade uma fábrica em Guarulhos, em São Paulo, com capacidadeinstalada paraaprodução de 2mil toneladasde produtos earmazenagem para300 toneladas.A inauguração ocorre na sexta-feira.

A empresa, essencialmente brasileira, concorrecom multinacionais como Basf, Ciba, Croda,Dow Corninge Roche, na fabricação de princípiosativosque compõem asfórmulas dosprodutosfabricados pela indústriacosmética.Entreos principais clientes da Cosmotec estão empresas comoAvon, Natura,L’Oreal, OBoticário, Payot, Wella,Nívea, Colorama e Colgate-Palmolive. Ele-

mentos como ceramidas, pantene e siliconepara cabelossão algunsdosprincípios fabricados pela Cosmotec. Inicialmente, a fábrica usará 50%da capacidade,mas até 2004, a utilização deve ser total. O investimento de US$ 1,5 milhãofoi feito com recursos próprios,sem oauxíliodebancos. Ofatura-

mento da Cosmotec em 2001 foi de R$ 21,5 milhões. A empresa registrou crescimento de 52% sobre o resultado do ano anteriore esperadobrar o faturamento em dois anos. Crise – De acordo com o diretor financeiro, Douglas Vocci, o mercadode cosméticos está em expansão e não é abalado mediante a crise. "Quando há crise, o mercado de cosméticosaumenta porqueas pessoas precisam se sentirmelhor", afirma.Além disso, ele lembra que a população estãobem informada quanto ànecessidade deutilizar produtos como protetores solares ou hidratantes.

O mercado de cosméticos no BrasilmovimentouR$5 bilhões no ano passado, de acordocom aAssociação Brasileira dasIndústrias de HigienePessoal, Perfumaria

e Cosméticos (Abihpec). P e rf i l –A Cosmoteciniciou suasatividades em1987 e o primeiro grande passo foi conquistar representações exclusivas de grandes empresasdoexterior comoaamericana GE Silicones e asalemãs GoldsmidteDegussa. Atualmente,a empresa possui um portfólio de 300 princípiosativos queatendemàs produções de linhas cosméticas inteiras, incluindo produtos para cabelo, pele e maquiagem.

ACosmotecé aúnicaempresa dosetor decosméticos do Paísa conquistaro Certificado Internacional SA 8000 de Responsabilidade Social. Ocertificado édestinadoa empresas quedesenvolvem práticas sociais corretas.

Embratel cria unidade para empresas

AEmbratel, operadorade telefonia fixa no Brasil, anuncia hoje a criação de duas unidades de negócios destinadas ao mercado corporativo, formado por empresas.

A Embratel Empresas será voltada para os grandes clientes corporativos, e a Embratel Massa, vai centralizarasatividades noconsumidor final

e nas pequenas empresas. A unidade corporativa será presidida pelo atual vice-presidente executivo, Eduardo Levy, e a de Massa será acumulada pelovice-presidente econômico-financeiro, José Maria Zubiría. Ambos continuamsereportandoa Jorge Rodriguez, presidente executivo da Embratel.

Lucent registra oitava perda consecutiva

A Lucent Technologies, maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo, anunciou ontem o oitavo prejuízo trimestral consecutivo e novas medidas deredução de custos,com demissão de seis mil pessoas até setembro. A empresa ficará com 50 mil empregados. A Lucent teve prejuízo líquido de US$ 631 milhões no segundotrimestrefiscal ou 20centavosporação, muito inferior às perdas de US$ 1,39 bilhão do mesmo período no

ano passado. A Lucent iniciou uma reestruturação no início de 2001 e mantém a expectativa de voltar a ser lucrativa em 2003. Areceitano trimestreencerradoem31 demarçocaiu para US$ 3,52 bilhões, após registrar US$ 5,33bilhões no ano passado, fruto de uma desaceleração nomercado mundial de telecomunicações.Analistas previampara aLucentreceita deUS$3,57 bilhõesde dólaresnosegundo semestre. (Reuters)

Sócia da Intelig compra empresa de energia

ANational Grid, empresa britânica dosetor energético e sócia da Intelig no País, anunciou quevaicomprara rede de gás Transco UK por 6,3 bilhões de libras.

A empresa teve prejuízo antes de impostos de 5,4 bilhões de coroas suecas, o equivalentea US$ 521 milhões, entre janeiro e março.

A expectativa era de perda de 4,9 bilhõesde coroassuecas. A receita no período foi de 37 bilhõesde coroassuecas, queda de 40% em relação ao mesmo período de 2001.

A Ericsson espera para suas vendas de redes de celulares uma quedade maisde 10 % neste ano. O presidente-executivo da Ericsson, Kurt Hellstrom, disse que não prevê recuperação num futuro próximo. (Reuters)

A novaempresa, resultado dafusão, seráamaior dosetor na Grã Bretanha, com um valorde mercadode 14,8bilhões de libras e uma dívida de 14,3 bilhões de libras. Para as duas empresas, a fusão vai assegurar opoderfinanceiro necessário para expandir as operações nos EUA. "Afusãodeveacelerar as reduções de custos de ambos oslados", disseo analista da SG Securities, Philip Hollobone.

O grupo será o grande rival de outras empresas européias dosetor, queestão seexpandindo em mercados desregulados, como o próprio britâ-

nico.NoBrasil, aNational Grid detém 50% do capital da Intelig, mas manifestou interesseemvender aparticipação na operadora. (Reuters)

Essareorganização daempresa, com mais foco nos segmentos de clientes, reproduz o movimento que já acontece no mercado brasileiro de telefonia. Naprática,a duas unidadesdaEmbratel jáestão operando desde oinício de abril.

Naárea deoperações, ovice-presidente deRede, Ivan Campagnolli, promoveuum enxugamento da estrutura, com a demissão de 140 pessoas, a maior parte na última sexta-feira. Treze diretorias foramreduzidas aseis:serão três regionais equivalentes às áreas da Telemar, Brasil Telecom e Telefônica de São Paulo, além das regionais de operações centralizadas, engenharia e processos.

Deacordo com fontesda empresa, ameta agora éadministrareotimizar ousoda rede já instalada, com pouca perspectiva de expansão. "Há uma desaceleraçãonainstalação de fibras óticas e no aumento do backbone", afirmou umprofissional. Aoperadora detelefonia prevêinvestimentosde R$1,1bilhão ainda neste ano. Balanço – No ano passado, a Embratel obteve prejuízo de R$ 500 milhões decorrente de despesas financeiras com a dívida atrelada ao dólar. Analistas de mercado consideraramo resultado favorável, tendo como base os quatro últimostrimestres. Obalanço detalhado foianunciado ontem à noite. (Reuters)

Tsuli Narimatsu

Pizzaria cria sistema para atender consumidores vips

Deixaros clientesàvontade.Essa éaestratégia daempresária Miriam Freitas, proprietáriada pizzariaA Talda Pizza,de SãoPaulo, paraganhar os consumidores vips. Nascincocasas– existem trêspizzariasemSão Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma Miami, nos Estados Unidos –não há garçons. Os pedidos de pizzasãofeitosnocaixa.

Bebidas ficam à disposição. Os clientes abrem a geladeira, escolhem o que querem beber e marcam nacomanda.

Tudo na base da confiança. Para comer apizza, não se utilizam talheres.Come-se com guardanapos para respeitarocalor eaproveitaro máximo da massa fresca – requintes que fazem parte da degustação completa das pizzas especiais da casa. Os 57 funcionários das cinco pizzarias da rede nunca tinham trabalhado no ramo. Todos eles são treinados pes-

soalmente pela proprietária.

A base para a elaboração da massa, éproduzidaexclusivamente, até hoje, pelas mãos da dona, Miriam.

A primeira unidade da Tal daPizzafoiaberta em1991, no quintal da casa de Miriam, na Granja Viana, local que permanece até hoje. "Como estávamos entreamigos, eles mesmos anotavam oque consumiam e depois prestavam contas", lembra. Esse jeito caseirode fazer pizza permeia as atividades das lojas Tal da Pizza até hoje. Ponto comercial – A chave para o sucesso desta relação deconfiança estánopúblico seletoque frequentaa casa. Por isso, a escolha dos pontos comerciais tem como critério locais restritos, sem a circulação contínua de pessoas.

Na Tal da Pizza, de São Paulo, são os clientes que anotam na comanda o que consumiram

"Procuro locais mais afastados porque nosso objetivo não éo público quepassa na rua e lembrade comer uma pizza", diza proprietária. "Buscamos pessoasquevenham fazer um programa específico", afirma Miriam. É por esse motivo que a casa sóatende mediantereservas antecipadas. Não é possível entrar sem marcar umamesa. Até porque as unidades darede vivem lotadas.

A Tal da Pizza só funciona de quintaa domingo, no jantar. A casa sóabrepara eventos às segundas e quartas. Nesse caso, o cliente precisa encomendar um evento fechado. O sistema da casa não é selfservice nemrodízio.Aspessoas escolhem epagampor uma pizza inteira.Os preços das guloseimasvariam deR$

32a R$37a unidade,dependendo da cobertura. Miami – A pizzaria de Miamiéa únicaquenãoatende dessa forma. Lá foi implantadoo sistemade fast-food. A entrada no mercado americano, aconteceu em 1998, como um teste para avaliar se suas receitas seriam bem aceitas. No futuro, o objetivo é abrir uma unidade nos moldes das que a empresária implantou por aqui. Ocardápioconta com 15 sabores. Não hápizzas tradicionalmente preparadas comomuzzarela e portuguesa. As receitassão exclusivas, com sabores que diferem do que secome por aí.A massa nãopesa noestômago.Dentre asmais pedidasestão aA tal da Pizza, com lingüiça napolitana light feita na própria casa e a pizza de shiitake picado com ervas de Provence.

Tsuli Narimatsu

Rede vai premiar profissional do café

A rede de cafeterias Fran’s Café, de Bauru, no interior de São Paulo,está promovendo um concurso de barista –umaespécie debarmando café. A promoção faz parte do programa da empresa para incentivar o consumo do café gourmet noPaís edivulgar a marca Fran’s Café da bebida. Com o concurso de melhor barista, a redequertrazer maiscriatividade aopreparo da bebida. "Osfuncionários vão poder criar drinques e serão desafiados a tirar um café ainda melhor da máquina", diz a nutricionista Arlete Nagano,coordenadora doprogramado Fran’sCafé.Todos

os drinques criados pelos baristas serão avaliados pela rede. Se aprovados, vão ser disponibilizados paratodas às lojas. "Com essa atitude, queremos valorizar o café que servimos", afirma Arlete. Para participardo concurso, os funcionários da rede tiveramde fazerum cursosobre cafépromovido pelaempresa."Queremos que os nossos funcionários tenham mais conhecimento doproduto que estão servindo aos consumidores", afirma. Segundo Arlete, durante o workshop, foram selecionados os empregados quevão participar doconcurso. "Ca-

cursos e seminários

Hoje

Locação comercial – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários que precisam alugar um imóvel para finscomerciais. Duração: duas horas, das 9h00às 11h00.Apalestraacontece hoje. Local: Sebrae São Paulo, avenida Pires do Rio, 259, São Miguel Paulista.As inscriçõessão gratuitase devem serfeitas no localoupelo telefone 0800-780202.

Dia 24

Direito do Consumidor– O curso visa informar os participantes sobre o Código de Defesa do Consumidor. Duração:oitohoras,das 8h30 às 12h30. Local: IOB Thomson, rua CorrêaDias, 184, Paraíso.O curso começa na quarta-feira (24) e termina na sexta-feira (26). Preço: R$ 255 (associados)e R$295 (nãoassociados). Asinscriçõesdevemser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

daloja vaiter,pelo menos, um profissional", diz. OFran’s Cafévai premiar três baristas por mês, dejunho adezembrodeste ano. Osmelhorescolocados vão ganhar umaquantiaem dinheiro, que ainda está sendo definida pela rede.

O modelo de barista foi importado da Itália. Os italianos têmum paladaraguçadopara o café. "Na Itália, o barista é tão valorizado quanto o barman", diz Arlete.

Oprimeiropasso doprogramado Fran’sCafé foidado no ano passado, quando a rede começou atrocaros equipamentosantigosde ti-

Dia 25

Apuração de fraudes: inquérito policialeprocesso-crime– O objetivo do cursoé informar aos participantes como são apuradas as fraudes nasempresas. O seminário é coordenado pelo especialistaemDireitoPenal Antônio Sérgio Moraes Pitombo, do escritório MoraesPitombo ePedroso Advogados,de SãoPaulo.Duração: oito horas, das 8h30 às

rarocafé pormáquinasmodernas. "Notamos que o consumidorbrasileiro estava mais interessado no café. Hoje, o cliente quer saber se a bebida éodotipogourmete qual a procedência do café", afirma Arlete.

Primeiraloja– A rede Fran’s Café foi fundada em abril de 1972 pelos empresários Francisco Antônio Conte eJoséRoberto Conte, em Bauru. Em 1988, foi aberta a primeira lojaFran’s Caféem São Paulo, no edifício Itália. Hoje, a rede tem 72 lojas no País, 45 em São Paulo.

Cláudia Marques

18h00. O curso acontece na quinta-feira (25) e é promovido pelo ADPO (Academia de Desenvolvimento Profissional e Organizacional).Local: AuditórioGolden Tower Hotel, rua Deputado LacerdaFranco, 148,Pinheiros. Preço: R$ 870 (incluso café da manhãe almoço). As inscrições devemser feitasa partir de hoje pelo telefone (11) 3031-6777.

Comportamento

José Carmo Vieira de Oliveira

Quer melhorar a produtividade da sua empresa, asvendas edesenvolver o trabalho em equipe? Você sabeclaramenteque comportamento querque aspessoas adotem para conseguir essas melhorias? Comovocê pode prevercorretamente quais programas de treinamento e metodologias vão funcionar? Ondee comogastar seu dinheiro? Muito bem. Saiba quevocê nãoestá sozinho nessa questão.

As empresas, em geral, aspiram a implantar melhorias, e ficam freqüentementedesapontadas quandoos esforços aplicados no treinamento não alcançamosobjetivos preestabelecidos de mudanças do comportamento.

Algunsprogramas de treinamentofazem comqueas mudanças na companhias sejam profundas e duradouras, outros não. Então, como fazer um bomprogramade treinamento na empresa?

Veja algumas dicas para contratare oferecerumbom treinamento aos profissionais da empresa.

Saibado quea equipe precisa –Primeiro faça um levantamento dasnecessidades deseus vendedores. Verifique qual o grau de conhecimento de vendas que esses profissionais possuem.

clientes(ciclo decompra de cada cliente e como fazer para vender mais para os cliente já existentes)

3º)Técnicasde abordagem 4º) Técnicas específicas paraademonstraçãoea apresentação do produto 5º) Técnicas de superação de objeções 6º) Técnicasde fechamento de vendas

7º) Técnicas de acompanhamento pós-venda.

Identifiqueas carências–A atençãomaior deverá ser sempre dada no item em que o pessoal estiver mais carente de conhecimento.

Sabemos que nem todos os lojistas possuem dinheiro suficiente para estar investindo em treinamentosconstantes, principalmente os comerciantesde pequeno porte. Mas isso não é um empecilho para não estar treinando o pessoal. Existem várias alternativas para se fazer um bom programa detreinamento de pessoal semdespender grandes investimentos. Veja a abaixo técnicas usadas por empreendedores:

Especialistas recomendam que treinamento tenha, por exemplo, técnicas de pós-venda

Use oesquemadocomprador fantasma – Peça para alguém de suaconfiança que entre em sua loja e faça todos os passos de um comprador, descrevendoos comportamentos de sua equipe.

Com essa pesquisa,você saberá quais os pontos fracos da sua equipe de vendas. A partir dessas informações você poderá direcionar o treinamento adequado à equipe de vendas da companhia.

Estabeleçaparceiros –Outro fator importante é o esquema de parceria que você pode fazer com os fornecedores. Uma pergunta que costumamosfazer sempreé: seus vendedores conhecem100% os produtos que vendem ?

Se não conhecem, com certezanãoconseguirão fazer uma boa venda. Há empresas como a Bic, decanetas, e Helios Carbex, de produtos para papelaria, quesempre fazem seminários quando estão lançando nova mercadoria. Diante disso, programe com osfabricantes oufornecedores treinamentos constantes deconhecimentode produtos. Essa atitude vai ser boa para seus vendedores e será melhor ainda para aquele fabricante ou fornecedor queaindanãopercebeu que com isso estarámotivando seu principal aliado.

Siga as regras – Os especialistas recomendam que um treinamento básico em vendas,paraopessoal delojas, seja composto dos seguintes itens:

1º)Conhecimento deproduto

2º) Técnicas de ciclagem de

1º) Você podefazer parcerias com um grupo de fabricantes ou fornecedores, onde elesestarão patroc inando um treinamento a cada mês . 2º) Você pode alugar filmesnas locadoras quepossuem uma vasta gama de títulos sobre vendas e estar passando-os de forma programada para seu pessoal. Muitosdestes filmes sãoacompanhados deGuias para dinâmicas de fixação do aprendizado.

3º) Você pode contratar uma empresa de consultoria que poderáfazer umprograma detreinamento incompany, ouseja, específicopara as necessidades dasuaempresa. Nesse caso,recomenda-se a contratação de profissionaiscom muitaexperiênciaem vendase queconheça bem doramo deatividade. Aindaaqui, pode-seestarfazendotambém parcerias com os fabricantes para ajuda nesse investimento. Não espere milagres –Uma observação se faz necessárianaquestão treinamento: o treinamento por si só não é o milagre que sempre se espera como resultado final na áreade vendas. Eleé parte de um compostode atitudes envolvendo os aspectos motivacionais usados na empresa,aspectos deambienteda companhiaeo propósitode investir continuamentenos treinamentose nasreciclagens constantes do pessoal. Sem essas considerações não se muda para melhor nem a produtividade companhia,nemas vendase,muito menos, o trabalho em equipe, independentemente da atividade e porte da empresa.

José Carmo Vieira de Oliveira é consultor de marketing, da divisão de atendimento a clientes, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), de São Paulo

Associação vai instalar câmara de arbitragem

A Associação Comercial de SãoPauloestá estudando a instalação de sua Câmara de Arbitragem Empresarial. A expectativa éde que outras dez Câmaras sejam instaladas em cidades importantes do Interior, em unidades das Associações Comerciais.

O anúncio foi feito ontem, pelo presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e da AssociaçãoComercial de São Paulo, Alencar Burti, durante encontro com o presidente da Confederação das AssociaçõesComerciais doBrasil, CACB,LuizOtávio Gomes.

Tribunais – Os tribunais ou as câmarasde arbitragem foraminstituídos apartirda promulgação da Lei 9.307/96

como uma alternativa à justiça tradicional.Aspartes envolvidas no conflito decidem quem será oárbitro, que não precisanecessariamente ser juizou advogado,masespecialistas nas matérias que vão julgar. Os conflitossão solucionadosem até seis meses.

A Confederação das Associações Comerciais doBrasil estálevandoà frente em parceriacom o BancoInteramericano deDesenvolvimento (BID)e como Sebrae Nacional um projeto para divulgar ascâmaras dearbitragemcomerciais. AConfederaçãojáconta comcâmaras arbitrais em 18 dos 27 Esta-

Existem no Brasil mais de 100 câmaras arbitrais, que já solucionaram seis mil conflitos

dos brasileiros."Não dápara levarà frenteum projetono Brasilsem contarcomSão Paulo.É preciso a composiçãodeuma Câmaradosistema CACB no Estado", disse Luiz Otávio Gomes. Segundo Burti,a arbitragem é uma boa alternativa, pois encurta os caminhospara asempresas. "Do que adianta ganhar um processo na Justiça privada quando a empresajá morreu?",questiona, lembrando a morosidade da justiça tradicionalna resolução de conflitos.

Cultura– No Brasil já existem maisde100câmarasde arbitragem, quesoluciona-

Rapidez é uma das maiores vantagens

As vantagens da arbitragem empresarial são muitas. A rapidezna solução dos conflitos é uma das mais importantes. Isso porque depois de proferida a sentença, oingressoderecursos somente é possível em duas hipóteses.

A primeira quando a sentençaélavrada deforma equivocada, comfalha processual. "A sentença também corre orisco de ser anulada quando uma das partes se negaacumpri-la", explicaodiretor daCorte Brasileira de Arbitragem Empresarial,José Geminiano Jurema.

O absoluto sigilodas sentençase aescolha dosárbitros foram apontados como pontosfavoráveisda arbitragem. Os árbitros são escolhidos decomum acordo entre as partes, ao contrário do que ocorre na justiça tradicional.

Celeridade – Segundo Geminiano Jurema,a arbitragemempresarial podetirar da Justiça brasileira questões que podem ser resolvidas com mais facilidade,especialmente nomundo dosnegócios.

"Mesmo havendo controvérsias entre as partes, muitas vezes não há interessede rompimento, nos julgamentos arbitrais. Na Justiçaoficial,asituação ficamaistensa", explica.

Ele apontatambém vantagens para aspequenas e médias empresasque, namaioria dasvezes, nãotêm poder defogo parapagar umescritório de advocacia. "O pequenoempreendedor acaba abrindomão deseu direito, pois é mais barato", diz.

Co nfi anç a –Para ele,a arbitragem aindanãodecolou como deveria no Brasil por faltade demanda e deuma novacultura. "Os próprios advogados temiam perdermercado", completa. Ele explica que, ao contrário, o mercado tende a se ampliar com a arbitragem, que vaicontribuirpara desafogaroJudiciário."Numprocesso ar-

bitral, ninguém deixa de comparecer sem a presença de um advogado", diz.

T re i na m en t o– A Confederaçãodas AssociaçõesComerciaisdo Brasilemparceria com o BID está elaborandoum projeto dedifusores das Câmaras de Arbitragem. O Banco Interamericano já destinou US$ 1,5 milhão para o projeto.

Estrutura– As câmaras terão abrangência estadual e serão coordenadas pela corte. Hoje, existem 42 câmaras ligadas ao sistema CACB. A expectativa da Confederação é dobraressenúmero atéofinal de 2002.

A Confederação está programando a realização de cursossobre arbitragemem Brasília e emSão Paulo, com a presença de especialistas internacionais. (TM)

ram mais de 6 mil questões (controvérsias). "Maséevidente que esteé um processo em implantação,faltauma cultura para usá-la", disse ontemem São Paulo odiretor superintendente daCorte Brasileira deArbitragem Internacional, JoséGeminiano Jurema.

Morosidade – Segundo os especialistas, na área cível e comercial,uma demandajudicial nãoencontra solução, em primeirainstância, em menos dedoisanos.Emsegunda instância, ademora chega até a 2,5 anos. Havendo recurso ou utilizando outros meios legais existentes, a conclusão do conflito não ocorrerá em menos de 12 anos.

Diário do Comércio noticiou assunto em 1927

Em1927,o Diário do Comércio já noticiava a constituição de umacâmara de arbitragem comercialna Associação Comercial. "Aqui funcionavam cinco câmaras estrangeiras e uma de arbitragem", lembrouo diretordo Instituto de Economia "Gastão Vidigal",o economista Marcel Solimeo. "Na época, outraentidade congênerecriticoua formação da Câmara de Arbitragem, pois não era prevista na Constituição", diz Marcel Solimeo, lembrando que o projetonãoprosperou por falta de legislação. Asprimeirasdiscussões a respeito da Lei de Arbitragem Comercial, proposta inicialmente pelo senador Marco Maciel, aconteceram num encontro na Associação Comercial de São Paulo, lem-

brou oassessorjurídicoda Federação das Associações Comerciais, João Baptista Morello Neto. Nova lei – As normas sobre arbitragem foram criadas em 1996, com a lei 9.307. Até dezembro do anopassado, ainda perduravam dúvidas sobre a constitucionalidade do artigo 7º da lei.Mas o Supremo Tribunal Federal decidiu pela legalidadedas sentenças arbitrais.

Internacional – A arbitragemcomercial épraticamente adotadano mundo inteiro. Nos Estados Unidos há a American Association Arbitration. A França e a Inglaterra também lançam mãodessetipo de justiça privada. "Estamos atrasados mesmo no âmbitoda América Latina", explica Marcel Solimeo. ( TM)

Teresinha Matos

Encontro discute medidas para combater a violência

No estado de São Paulo foramregistrados 1,35 milhão de ocorrênciasnosdistritos policiais em 2001. De 2000 para 2001, o número de seqüestrosnoestado cresceu 400%. Os dados, fornecidos pelopresidente doSindicato dos Investigadores de Polícia doEstadode SãoPaulo,João BatistaRebouçasda Silva, justificama realizaçãodoIII Encontrodo FórumNacional de Segurança Pública. A aberturasolene doevento acontece às 20 horas de hoj e na Assembléia Legislativa deSão Paulo.Promovidopelo Sindicato dos Investigadores,o objetivodo encontroé levantarsugestões demedidas que ofereçamumanova saídapara oatual quadrode violência do País.

"Épreocupantea situação da insegurança no Brasil. A SegurançaPública ficou parada no tempoe precisa se qualificar paracombater marginais queestão cadavez

mais bempreparados parao crime", diz o presidente do sindicato. Ele informa que no encontro deste ano haverá representantesde 18estados, congregando omaior númerodeautoridades detodasas edições anteriores.

Ao finaldo evento,na sexta-feira, será elaborado um relatório desugestõespara combater a violência no País. O documento será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB), que se encarregará de passarpara oministro da Justiça, Miguel Reale Júnior. Unificada – O presidente do Sindicato dos Investigadores defende a idéia da unificação da polícia no Brasil. "O sindicato quer ver a políciaunificada porque temos observado em países europeus quejá têmessa estrutura,uma maioreficiênciapolicial. Bons modelos devem ser copiados."

Representando a Associa-

ção Comercial de São Paulo no evento, o criminalista Luiz Flávio BorgesD´Ursoapóia iniciativascomo essa por proporcionara oportunidade para discutirum assunto que vemganhandorelevoe atinge a vida de toda a população. D´Ursoressaltaaimportância de sociedades civis, como aAssociaçãoComercial, serem maisbemaproveitadasno combateàcriminalidade justamente pelo contato maisdireto com a população.

"Se nós esperamos que o Estado enfrente acriminalidade exclusivamente, perderemosabatalha. Ofluxode informações nas sociedades organizadas égrandee, se bem orientados, seus filiados podem informar a polícia quando perceberem a ocorrência de situações anormais. A polícia não está em todas as partes, mas essas organizaçõessime aspessoaspodem fazer essa comunicação atra-

vés do Disque-Denúncia."

Segundo Luiz Flávio D´Urso, existem algunspontos que agravam a criminalidade no Brasil, como os aspectos sociais,asituação policialeo sistema prisional, que devem ser observados na discussão do assunto.

Temas – "Umnovo modelo de SegurançaPública para oPaís"éo temaaserdiscutidoemdois painéisamanhãe contará com a presençado diretor do Institutode Economia Gastão Vidigalda Associação Comercial, Marcel Solimeo, como um dos debatedores. Na quinta-feira, o assunto é "Que tipo de Polícia o Brasil precisa?".

Epara fecharo evento, "A Polícia, os Direitos Humanos ea Imprensa"é otemaque contará com aexposição do criminalista Luiz Flávio Borges D´Urso, diretorda Associação Comercial.

Catarina Anderáos

Fórum Social da Justiça

Federal promete agilizar causas previdenciárias

Seguradose aposentadosdo INSS deverão resolvercom maior rapidez suas pendências judiciais com a previdência social.Pelomenosé isso oque promete oTribunalRegional Federal da3ª Região com a inauguração,ontem,do Fórum Social da Justiça Federal. O Fórum Socialvai reunir, nummesmo local,oJuizado Especial Federal Previdenciário, uma turma de três juízes parajulgarosrecursos contra as decisões proferidas pelo Juizado, nove varas previdenciárias eo mutirãoprevidenciário,formado por 18 juízes queatuam diretamente nojulgamentode ações contra a previdência.

Segundo o presidente do Tribunal Federal de São Paulo,desembargador Márcio Moraes, o novo fórum vai propiciar melhor qualidade no atendimento dos segurados e,principalmente,rapidez no julgamento dos processos, que deverão passar de anos para meses. Segundo ele, os principais beneficia-

dos serãoossegurados do INSS e os aposentados. Aniversário – Em quatro meses de funcionamento, o Juizado Especial Federal Previdenciário deSão Paulojá atendeu 3.548 pessoas,o que resultou no ingresso de 2.247 processos.Nesseperíodo, já foram proferidas 545 sentenças, sendo que 55 foram acordoshomologados em audiências de conciliação. Osjuizados especiaisfederais funcionam como os da esfera estadual. Até olimite de vinte salários mínimos não é necessária a presença de advogado.Valores de até 60 salários mínimos (R$ 12 mil) são resolvidas em até dois meses. OTRF da 3ªregião –responsável pelo julgamento de causas originadas dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul – possui atualmente 470 milprocessos em tramitação.Desse total,58% são ações de segurados e aposentados contra o INSS.

Sílvia Pimentel

Sistema de pagamentos estréia sem problemas

O primeiro dia de funcionamento do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro foi calmo.A Febraban classificou aestréiacomo "umsucesso", apesar das numerosas ligações feitas por bancos para a Central de Controle da entidade. As dificuldades encontradas foram consideradas normais pelo Banco Central. O diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, dissequeosho-

rários de liquidação de operações foram cumpridos. Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo, entende que o novo SPB é ummarco na atual administração do Banco Central. Segundo ele, as atividades empresariais não devem serafetadas nesta primeira etapa, mas alertou para a necessidade de as empresas seprepararemparaas etapas posteriores. Página 6

Governo

paulista anuncia a oferta de ações da Sabesp

Ogovernopaulistavai fazer uma oferta pública de parte dasações ordinárias que detém na Sabesp. Devem ser colocados à venda 16% do capital votanteda empresa. Desta vez,porém, osinvestidores pessoa física não poderão utilizar recursos do FGTS para aplicar, como ocorreu com as ações da Petrobrás e da Vale do Rio Doce. Página 7

Ônibus prometem parar hoje por cinco horas

Segundo uma nota divulgada no fim da tarde de ontem pelo Sindicatodos Condutores,os motoristasecobradoresde ônibusdaCapitalvão parar suasatividades hoje, das 10h às 15h. De acor-

Nutriwan compra a fábrica de sucos Tial para ganhar mercado

ANutriwan, holdingpaulista, adquiriu a fábrica de sucosmineira Tial.Ogrupo já detinha 50% do capitalda empresa. Neste ano, a Tial espera crescer 25% no mercado interno e externo. Página 10

do com o sindicato, os veículos serão recolhidos àsgaragens das empresas, evitando interdições em terminaise ruas, como ocorreu na última paralisação da categoria, em 13 de março. Última página

Cosmotec: mais uma fábrica, para lutar com gigantes

ACosmotec, fornecedora de matéria-primaparaa indústriadecosméticos, terá uma fábrica em Guarulhos. Éa segundaunidade daempresa,queconcorre comgigantes do setor. Página 11.

Policial tem de ser valorizado, diz secretário da Segurança

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, disse ontem,na reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo, queo combate ao crime équestão prioritáriae para atingir esse objetivo será preciso não só modernizar as políciascivil emilitarmas, sobretudo, valorizar o trabalho dospoliciais. Alencar Burti,quepreside aACSPea Facesp, disse que as duas entidades participarão do esforço da OAB para prestigiar e ajudar as famílias de policiais mortos no combate ao crime organizado. "É importante que governo e sociedade se unam", disse. Última página

Duhalde

ameaça deixar o cargo se seu plano não for aprovado

Já prevendo dificuldades para aprovação do Plano Bonex, opresidente argentino, Eduardo Duhalde, disse que se o Congresso não estiver de acordo com sua gestão, ’’deve reunir-se edesignaroutro presidente’’. O projeto quer impedir que osargentinos, que vêm conseguindo liberar na Justiça recursos presos pelo "corralito", retirem mais dinheiro dos bancos, provocando um colapso do sistema por falta de recursos. O plano propõe que os depósitos congelados sejamtrocados por bônus federais com vencimentoem cincoanos,quando em pesos, e dez anos, quando em dólares. Página 4

Importação cai e balança registra um novo superávit

Abalança comercialfechoua terceira semanade abril com superávit de US$ 80 milhões,resultado deexportações deUS$ 1,069bilhão e importaçõesde US$989milhões. O acumulado no ano é de US$ 1,165 bilhão. O resultado no mês é considerado tímido.As exportaçõesestão emquedaemabril,mês tradicionalmente mais favorável ao Brasil, que inicia a venda da safra de grãos. Página 5

Conheça o Schindler português

Começa hoje em São Paulo umaexposição emhomenagem a Aristides de Sousa Mendes doAmaral eAbranches,diplomata conhecido como Schindler Português Durante a Segunda Guerra Mundial,quando eracônsul em Bordeaux, naFrança, ele ajudou a salvar a vida de cerca de 30 milpessoas.A mostra contará 21 painéis, contendo fotos e documentos da época epeçasque vieramdoMuseu da República da Resistência, de Lisboa. Página 21

Associação deverá ter câmara de arbitragem

A AssociaçãoComercial de São Paulo está estudando instalar uma Câmara de Arbitragem Empresarial. Segundo odiretor daCor-

Comodidade para os clientes eleva o lucro das lojas

De olho nos consumidores que não têm tempo de ir às lojas, as grifes criam serviços de atendimento domiciliar. E o conforto dos clientes significa o lucro das lojas. Página 14

te Brasileira de Arbitragem, Geminiano Jurema, uma das vantagensdo tribunalé arapidez nasolução dos conflitos. Página 17

Brasileiro afastado de organismo contra armas químicas

A pedido do governo dos Estados Unidos, o diplomata brasileiro José Maurício Bustani foi afastado ontem, em uma reunião emHaia, da direçãoda Organização para Proibição de ArmasQuímicas (Opaq). Os EUA queriam tirar Bustani da Opaq devido àssuas tentativasdeconvencer o Iraque a entrar para a organização e submetê-lo a inspeções de armas. Para analistas,isso seriaobstáculo aum possível ataquemilitar dos EUA ao Iraque. Página 4

Políticos europeus pedem que franceses rejeitem Le Pen

Políticoseuropeus manifestarampreocupação como avanço da extrema-direita após a passagemdo candidato daFrente Nacional,JeanMarie Le Pen, ao segundo turno das eleições presidenciais francesas. "Esperoque todosos poderesdemocráticosse unam contra oextremismodedireita eaxenofobia", disseo primeiro-ministro da Suécia, o social-democrata Goran Persson. Página 4

Israel prende e expulsa militante do MST que estava em Ramallah Página 4 Um encontro nacional para discutir medidas de combate à violência Página 18 Embraer disputará venda de aviões regionais com a Bombardier Página 5

Saulo de Castro Abreu Filho e Alencar Burti: modernização e apoio aos policiais que combatem o crime organizado
Ricardo Lui/Pool 7
Sousa Mendes morreu na miséria após desafiar as ordens de Salazar
Geminiano Jurema vê vantagens para pequenas e médias empresas
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Até 2006, mercado de "segunda mão" venderá 11% dos celulares na AL

O mercado secundário, popularmente chamado de "segunda mão", será responsávelpor 11%detodas as vendas detelefones celulares na América Latina entre 2002 e 2006. Éo que revela uma pesquisarealizada pelaPyramid Research,empresainglesade consultoria especializada em telecomunicações.

Isso significa que os fabricantes deixarão de faturar US$ 2 bilhõesna região, afirma o levantamento.

NoBrasil,deixarãode ser comercializados1,1 milhão de celulares novos até 2006, o que poderá reduzir em US$ 900 milhões as vendas dos fabricantes.

A autora da pesquisa, a analista Juliana Abreu,disse que o mercado secundário de celularesé muitocomplexo. "Há, porexemplo,o comérciode celularesusadosque são recondicionados por pequenas empresas antes de serem novamente vendidos", explicou. "Além disso, muita gente acabavendendoou dando o celular paraumfamiliarou amigoquandoadquire um novo modelo."

Segundoa analista,omercado de segunda mão no Brasil ainda não é tão forte como em países mais pobres da América Latina, como Para-

guai eHaiti."Mas,devidoà dimensão do mercado brasileiro, a perda de negócios para os fabricantes no país será substancial", ponderou. Celulares baratos – Para Juliana, osfabricantesignoraram, nos últimos anos, o segmento de aparelhosmais baratos, criandoum vácuo que está sendo preenchido pelos usados. "Os fabricantescolocam no mercado aparelhos cada vez mais sofisticados para atrairnovos compradores. Mas o problema na América Latina é que o segmento de assinantes com maior renda já atingiu um ponto de maturação e agora é preciso atrair os consumidores mais pobres e esses não têm condições de comprar aparelhos de última geração."

Além disso, afirmou a analista, as operadoras, procurando elevar seus lucros, querem parardeoferecersubsídios navenda dos telefones paraatrairnovos clientes. Por isso, em países como o Paraguai, as empresas de telecomunicações já comercializam aparelhos de segunda mão. "O mercado secundário permite àsoperadoras reduzir custosde aquisiçãoe elevarsua basede assinantesde baixa renda." (AE)

Vendas secundárias podem subir com tecnologia GSM

A migraçãodo sistema TDMA para GSM nos Estados Unidos poderá aumentar substancialmente o mercado de segunda mãona América Latina,concluiu um estudo sobre o setor realizado pela Pyramid Research.

De acordo coma pesquisa, a cidade de Miami, na Flórida (EUA), estáse transformando numa basede empresas que recondicionamento dos aparelhos usadospor consumidores norte-americanos, queos exportampara omercado latino-americano.

"Os fabricantes, ao mesmo tempo em que ganham com a migração de tecnologiasnos EUA,poderão perdercomo mercado latino-americano sendo invadido por esse fluxo detelefones usados",alertou a analista responsável pelo estudo, Juliana Abreu.

Julianasalientou que o crescente mercado secundário de celulares é um problema global, fora das fronterias e que, muitas vezes, causa conflitos entreas operadoras e fabricantes.

Segundo Juliana, porém, os dois lados poderiam trabalhar juntos para minimizar o crescimentodo mercado de segunda mão e aumentar os seus faturamentos.

"Uma das estratégias que deveria ser adotada é o lançamento de marcas separadas, comcelulares bem baratos", sugeriu.

"Issopermitiria que os fabricantes atendessem à enorme demanda por celulares baratosna AméricaLatinae outrosmercados emdesenvolvimento, sem comprometer suasmarcas principais".(AE)

Nível de emprego em obras públicas cresce 1%

Onívelde empregoem obras públicas aumentou 1% no Estado de São Paulo no primeiro trimestre, em relação a dezembro de 2001. Entrejaneiro emarço,foram abertos337 postosdetrabalho, elevando o contingente empregado para 34.301 pessoas. Emdezembro de2001, o número era de 33.964.

Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Pesadado Estado deSãoPaulo (Sinicesp), apesar do avanço, ainda écedo para falarde recuperação dos postos de trabalho. "O número de contrataçõesé tão pequeno que só

Inflação deve cair e ficar dentro da meta, diz Fraga

O presidente do Banco Central, Arminio Fraga, disse ontem a empresários e investidores que não houvemudança no regime de metas inflacionárias. "Estamosainda muito comprometidosem manter o curso da meta inflacionária desteano", afirmouo executivo, ao receber o prêmio "Liderança de Destaque" da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York.

Fraga acrescentou que a inflação "foi muito alta em 2001 e está em queda". Para 2002, a previsão do presidente do BC é de que a inflação fique abai-

xo de 5%, apesar das pressões sobre os preços causadas pelo aumento da gasolina. J ur os –De acordo com Fraga, sea inflaçãocair conforme oesperado,haverá espaço para novas reduções da taxa básica dejuros, a Selic.OBC baixouos juros em 0,25 ponto percentual em fevereiro e março,para 18,5% ao ano ano. Na semana passada, porém, resolveu deixar a Selic inalterada em razãode preocupações com a inflação.

Se não houver pressão dos preços, a taxa de juros pode baixar novamente, afirma o presidente do BC

Fraga disse ainda que a baixainflaçãoe asfortes políticas fiscais devem render ao País um positivo "investment grade" – quepermite ao País ter acesso a uma gama maior de investidores institucionais, como seguradoras e não apenas aqueles dedicadosa comprar papéis de mercados emergentes – pelas agências classificadorasderisco dos Estados Unidos. Previsão – Em seu último relatório deinflação,divul-

gado no final de março, o BC apontava parauma inflação de 4,4% paraeste anoe de 2,8% em 2003. As expectativas domercado,contudo, são mais altas. Pesquisa feita semanalmente pelo BC revelaque as principaisinstituições aumentaram, na últimasemana, suas projeçõesparaoÍndice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,32% para 5,46%.Para 2003,aprevisão se manteve em 4%.

O IPCA serve comobase para ogovernomonitoraro cumprimentodas metasde inflação.(AE/Reuters)

Saúde: ONU aprova proposta do País

A Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou,por consenso,uma proposta brasileira para assegurar que o acesso aos remédios para tuberculose e malária seja garantido como um direito humano. Depois de conseguir,no anopassado, quea ONUdeclarasse que o acesso ao tratamentocontraa aidséumdireitohumano,oBrasil propôs que os países também garantamremédios e tecnologias para otratamento das

outrasduas epidemiasem quantidade suficiente para o alcance de todos e com preços acessíveis. A resolução solicita queosgovernosnão adotem leis que limitem o acesso ao tratamento da tuberculose e da malária.

P a t e nt e s – No anopassado,Brasil eEstadosUnidos travaramuma dasbatalhas mais polêmicas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Washington alegava que a lei brasileira de propriedade intelectual feria asregras internacionaisaonão

No Rio, faturamento da indústria sobe 44,6%

Asvendas reaisdaindústria do estado do Rio de Janeiro aumentaram44,6% em março,na comparação com fevereiro. Segundo a Federação das Indústrias do Rio (Firjan), o resultado se deve à indústriaquímica, queregistrou expansãode 64,7%no faturamento.

Em relação a março de 2001, o aumento das vendas foi de14%, tambémpuxado

pela indústriaquímica –que apresentou alta de 37,8%. Segundoachefe daassessoria de pesquisaseconômicas da Firjan, Luciana de Sá, o setor químicofoi beneficiado pelosreajustes nos preçosdos combustíveis.

Apesar dos bons resultados de março, aprevisãode aumentodas vendas para este ano é de 5%– abaixo da alta de 13,5% em 2001. (AE)

deixar claro em que circunstâncias umapatente de um remédio poderiaser quebrada pelo governo.

Segundo asautoridades de Brasília, a quebrada patente seriaautorizada parapermitir que medicamentos fossem produzidos localmente –portanto a preçosmais acessíveis –, em caso de emergência nacional.

O tema acabou sendo levado àONUpeloBrasil,que queria que o acesso aos remédios para ocombateà aids fosse considerado um direito

Petrobrás

humano, oque ajudariaa legitimar sua lei de patentes. Na votação, o Brasil recebeu o apoio de todos os países –apenas os EUA se abstiveram, alegando que saúde não seria um direito humano. Desta vez, porém, a luta para conseguir que essereconhecimento fosse ampliado para a tuberculose e a malária não encontrouoposição dos EstadosUnidos, queforam excluídos da Comissão de Direitos HumanosdaONUe, pelo menos neste ano,não têm poder de voto. (AE)

incentiva importação de GLP

APetrobrásquer queas distribuidoras degásliquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão,comecema importaro produto.Asimportaçõesestãoliberadas desde 1998,mas atéagora apenas uma empresa, aAgipLiquigás, pediu autorização à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para fazê-lo, informou a Petrobrás em nota. Cerca de 35% do GLP ven-

dido no País é importado pela Petrobrás, que prefere dividir a obrigação com outras companhias.

A notafoi umaresposta às críticas doSindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP sobre o preço cobrado pela estatal, que afirma que o valor da tonelada de GLPno Brasil, deR$540,é muito superioraocobrado no mercado externo. (AE)

podemos falar em estabilidade do nível de emprego", afirmou uma fonte da entidade. Em janeiro, foramabertas 92 vagas; em fevereiro, 97; no mês passado, 148. No acumulado dos últimos 12meses, noentanto,houve o fechamentode 3.595 postos. Em março do ano passado, 37.896 trabalhadores atuavamem obraspúblicas no estado. Entre os projetos que absorveram mão-de-obra,em março, estão recuperação e construção de estradas e obras públicasno litoral,revelou a entidade. (AE)

O herói português da Segunda Guerra

Mostra conta história de diplomata que ficou conhecido como Schindler Português por ter ajudado a salvar 30 mil pessoas Começa hoje, no clube A Hebraica, a exposição em homenagem a Aristides de SousaMendes doAmarale A branches, diplomataportuguêsque ajudoua salvara vida de de 30 mil pessoas, durante a Segunda Guerra Mundial e aofensiva nazista naEuropa. Aabertura teráa inauguração do busto do homenageado e a mostra contará em 21 painéis que retratam fotos e documentos da época. As peças vieram do Museu da República da Resistência, de Lisboa, econtamtoda ahis-

tóriae trajetória deSousa Mendes, que jáfoi aclamado por seu povo como verdadeiro herói português. Sousa Mendes arriscou a própria vida para salvar10 mil judeus e outras 20 mil pessoas dediversas nacionalidades que eram perseguidas pelo regime nazista. O diplomata eracônsul dePortugal, em Bordeaux, França, no início do segundograndeconflito mundial. Ao conseguir, usando sua influência,visto de entrada paraessas pessoasemoutros

países, acabou sofrendo retaliações do governo de António de Oliveira Salazar e destituído dasfunções dediplomacia. Morreu namiséria e sozinho, em 1954.

A homenagem aAristides de Sousa Mendes foi organizada pela Comunidade Portuguesa, InstitutoCamões e pelo clube AHebraica, além do consuladoportuguês em São Paulo. SegundoHélio Bobrow, presidente da Hebraica,o projeto daexposição foi idealizado há cerca de doisanos. "Estamosaproveitando o aniversário de 48 anos da morte de Souza Mendes para realizar a homenagem", explicou.

A presidenteda Fundação Aristides de Sousa Mendes, Maria de Jesus Barroso Soares, esposa do ex-presidente de Portugal Maria Soares, também estará presenteà cerimônia de abertura da mostra. Oevento contaráainda com a participação de Álvaro Sousa Mendes,um dosnetos

do diplomata eherói de Portugal.

De acordo com o curador da mostra, João Mascarenhas, a exposição será dividida em dois segmentos. A primeiraserá paraatenderao público das escolas e a segun-

Junho foi decisivo para os refugiados

Os dias 17, 18 e 19 de junho de 1940 foram decisivos na v idado diplomataAristides de Sousa Mendes, considerado por muitos como o Schindler Português, e de 30 mil refugiados da Segunda Guerra Mundial,quetentavam de todas asmaneiras escaparda perseguição dos militares nazistas de Adolf Hitler.

Ocônsulportuguês em Bordeaux,França, decidiu conseguir ovisto deentrada para os refugiados em outros países daEuropa,poisera contra o regime salazarista, que não permitia a entrada de imigrantes emPortugal. António deOliveira Salazarera simpatizante dos ideais de Hitlere Mussolini eachava que a entrada de estrangeiros permitiria ainvasão dessas tropas em Portugal.

A únicasaída eraa fronteira com a Espanha, mas os vistos eram constatementenegados. Sousa Mendes decidiu então fazeruma intervenção

pessoal e conseguiu vistos para todos que procuravam o consulado. Os interessados formavam filas dia e noite. "De agora em diante, darei vistos atodos. Não hámais nacionalidades,nem raças, nem religiões",disseSousa Mendesna ocasião,deacordo com historiadores. Antes de tomar essa decisão,no entanto,ficouconfinadopor três dias.Quando comunicou o que decidiu fa-

zer para a esposa e filhos, alertou-os para aspossíveis retaliações que poderiam sofrer. Eleacabou sendodestituído docargo dediplomatae teve de retornar a Portugal, onde ficou em exílio interno. Sua esposa e14 filhos acabaramnamiséria, jáqueSousa Mendes foi proibido de exerceraprofissãode advogado. Morreu em 1954, aos 69 anos, no Hospital daOrdemTerceira, em Lisboa, quase como

um indigente.

Com o final da ditadura salazarista,em 1974, começou uma forte campanha popular pelareabilitação donomede Aristides de Sousa Mendes. Hoje,existe emJerusalém, Israel, um bosque com 30 mil árvores, simbolizando cada um dosrefugiados deguerra que Aristides deSousa Mendes ajudou a salvar. Atualmente, o diplomata português éconsiderado um herói em seu país. Conseguiu auxiliar mais refugiadosdo que Oskar Schindler, que ajudou cerca de 1,2 mil pessoas, e RaoulWallenber, diplomata sueco que salvou aproximadamente20 miljudeushúngaros do extermínio.

Sousa Mendes foi eleito pela revista portuguesa Visão , comoumadas personalidades mais lembradas pelos portugueses, ao lado de António OliveiraSalazar,FernandoPessoae Amália Rodrigues. (DC)

da irá contar todo o contexto histórico de Portugal e da Segunda Guerra Mundial, principalmente daépoca em que os30 milrefugiadosdo conflito foram auxiliados por Sousa Mendes.

As pessoas queforamajudadaspelo diplomataacabaram se espalhando pelo mundo. Famílias inteiras se deslocaram para o Brasil,Estados Unidos e Canadá,tentando fugirdas tropasde AdolfHitler, conformeexplica ocônsul de Portugal em São Paulo, Domingos Fezas Vidal. Um delesé PedroMeyer, que conseguiu sair da França, em 1940, com a ajuda de Aristides de Sousa Mendes,dois

diasantes dainvasãonazista naquele país."Eu tinhadoze anos naépoca. Nossafamília teve de caminhar apé até os Pirineusporque aponteque dava acessoà fronteirajá havia sidoexplodidapelosalemães", disse. A homenagema Aristides de Sousa Mendes acontece hoje,às 20h,no salãoNobre Marc Chagall. A Associação Brasileira AHebraica deSão Paulo está situada na rua Doutor AlbertoCardosode MelloNeto, 115.MaisInformações podemser obtidas nos telefones 3818-8860ou 3818-8828.

Dora Carvalho

Diplomata teve 14 filhos e foi cônsul no Brasil por três vezes

Em sua carreira na diplomacia, Aristides de Sousa Mendes do Amarale Abrancheschegou a sercônsulde Portugal também noBrasil. Portrês vezes ele representou seu país em terrasbrasileiras: emCuritiba(PR), PortoAlegre(RS)e São Luís (MA). Nascido em 1885, em Cabanas de Viriato,cresceuem meio à aristocracia portuguesa.Formou-se emDireitoem 1907 pela conceituada Universidade de Coimbra.

Teve 14 filhos com sua esposa Angelina. Só em 1910, decidiu ingressar na carreira política, quando dedicou-se então à diplomacia. Foi cônsulna Guiana Britânica,na África Oriental, no Brasil, nos Estados Unidos, na Espanha, na Bélgica e na França. Foi fiel ao regime salazarista até 1938, quando tinha 55 anos. Perdeu o cargo de diplomata,em 1940, quandofoi confinado porSalazar emexílio interno em Portugal. (DC)

Prédio onde funcionava o consulado português em Bordeaux, na França
Exposição dos 21 painéis sobre a trajetória de Sousa Mendes começou a ser montada ontem à noite e será aberta hoje
João Mascarenhas, curador da exposição, mostra foto de Sousa Mendes

Secretário quer modernizar as polícias

Durante palestra na Associação, para mais de 200 pessoas, Saulo de Castro Abreu Filho fez uma radiografia da

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, deu umademonstração inequívoca ontem de que o combate ao crimecontinua sendo prioridadedogoverno estadual. Além disso,deixou claro que o seu principal instrumento paraatingir esseobjetivo será não apenas modernizar as polícias civil e militar mas, sobretudo, valorizar o trabalho dos policiais das duas forças nas ruas.

A declaração foi bem recebida pelasmais deduas centenas de empresários e autoridades nacionais e estrangeiras que lotaram o auditório –e aos que assistiram a palestra do secretário pelo telão – onde foi realizada, ontem, a reuniãoplenáriada Associação Comercial deSão Paulo.Todoselogiaram aatuaçãoque o secretário vemdesempenhando à frente da secretaria, desde que tomou posse, em janeiro passado.

AlencarBurti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)eAssociação

Comercial disse que as entidades que preside vão participar doesforçodaOrdem dos Advogados do Brasil (OAB) em prestigiar e ajudar as famílias depoliciaismortos nocombate aocrime organizado. "Éimportante que governo e sociedade se unam, poiso quartosegmento(crime organizado) não perdoa e age muito rápido", disse. O secretário adjunto, Marcelo Martins, enfatizou que a imagem das polícias está bem melhor perante os olhos da população. Ele criticou o fato de as entidadescivis estarem ausentes durante as homenagens a policiais mortos em combate e reafirmou a elevada qualificação dospoliciais civis e militares de São Paulo. "A sociedade ainda não reconhecea dimensãodessetrabalho, que hoje é feito nos estritos moldes da lei",enfatizou.

Radiografia –O secretário Saulo de Castro fez uma rápida e detalhada radiografia da estrutura da Secretaria de SegurançaPública (SSP).Mostrouos esforçosdogoverno

notrabalhodereequipar as polícias civil e militar, seja com a compra de armas específicas –pistolas calibre45, metralhadoras 9 mm e fuzis 762, específico para o uso em centrosurbanos –eo trabalho de integração das polícias civil emilitar, na buscade açõesconjuntas ecoordenadas de repressão ao crime. Duranteosdebates, osecretário disse que, basicamente,três fatorescausaram o crescimento da violência em São Paulo eno País: a má urbanização dascidades,a degradação dos costumes e os problemas sociais. O secretário lembrou o papel assistencial prestado pelaspolícias nas delegacias. "Na verdade, nossa função é lutar contra o crime eeunãodeixodeser um chefe de polícia", disse. Alencar Burti informou o secretário queestá emandamentoo MovimentoDegrau que,por meio do Projeto Convivência eAprendizado no Trabalho, pretende tirar das ruas e trazer para a escola do trabalho, 120 mil jovens em todo oestado aindaeste

ano."O senhorvaiconhecer todos os detalhes desse audacioso projeto de inclusão social", disseBurti. ODegrau é uma iniciativa conjunta da Facesp, Associação Comercial e Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf).

Saulode Castro mostrouseentusiasmado coma iniciativae pediuo apoio das

Material escolar: trabalho surpreende

O Conselho da Mulher

Empresária (CME) e as quinze distritaisdaAssociação

Comercial arrecadaram mais de 226 mil unidades de material escolar. A campanha deste ano foi considerada um sucesso já quearrecadou quase o dobro do ano passado. As coletas dositens escolares foram feitas pelas coordenadoras do CME e conselheiras de distritais que buscaram uma sériedeparcerias com empresários eoutras entidades. O públicoem geral também não ficou de fora. Várias pessoas chegarama procurar asdistritais interessadasem participar da campanha.

A coleta também foi feita através de eventos promovidos pelas distritaisem que os conviteseramtrocados por

materiais escolares. Foram doadosesteanolápis, canetas, sulfite, borrachas, lápis decor, cadernos,apontadores e tesouras e até livros. Forambeneficiadas várias escolas de regiões mais carentes da Capital, como as do extremo Sul dacidade,locais distantesquase40 quilômetros do Centro. Sãoescolas comumgrande número de alunos que, mesmoapós o início do ano letivo, não tinham comoestudarporque os pais nãopodiam comprar cadernos, lápis e borrachas. A campanha tambémbeneficiou crianças internadas emhospitaiseque estudam no local. Outras entidades cadastradas nas distritais, como orfanatose creches,também receberam doações.

Associações - A Distrital Penha da lançou o Projeto Mobilizando Entidades , que pretendeatrair associações de bairros e envolvidos em projetos de saúde, segurança pública, transportes, cultura e meio ambiente. O objetivo é reivindicar melhorias junto às autoridades. O próximo passo agora é fazer um levantamento dasnecessidades da regiãoe oferecersoluções criadas pela população.(DC)

Burti, superintendente do CME, agradeceu o empenho das distritais

cerca de 400 Associações Comerciais de todo o Estado, para ajudar a polícia na sua missãode combateaocrime organizado, o que foi prontamente atendido porAlencar Burti. Estiveram presentesao debate osex-presidentes daAssociação Comercial, Elvio Aliprandi e Lincoln da Cunha Prereira, além do se-

Motoristas

nador RomeuTuma (PFLSP), a vereadora Myryan Athiê (PMDB)e superintendentede praticamentetodas asDistritais da Associação. Aliprandi entregouao secretário uma medalha, um livro com ahistória daAssociação Comercialeoutro comaposição da Facesp.

de ônibus prometem parar hoje

No final da tarde de ontem, notado SindicatodosCondutores informou que motoristas ecobradores vão fazer umaparalisação hoje,das 10hàs 15h.Segundo osindicato, os veículos serão recolhidos às garagens, evitando interdições em terminaise ruas, como aconteceuna última paralisação da categoria, em 13 de março. Os trabalhadores,cerca de 50 mil, reivindicamreajuste de 9,26%, mais 5% de aumento por produtividade, PLR(Participaçãonos Lucros e Resultados) e convênio médico gratuito.

Dora Carvalho

Para NormaBurti, diretora-superintendente do CME, osucesso dacampanhamostrao empenho detodos os participantesem ajudar crianças efamíliascarentes. Segundo ela, a criatividade dasdistritais tambémfoium fator decisivo para elevar a arrecadação. "Elasnão pouparamesforços parasensibilizar moradores e empresários dos bairros, com a entrega de saquinhos emedifícios,carreatas e promoçõesde palestras", destacou Norma Burti.

Negócios – A Distrital Sudeste promoveu, semana passada, a palestra P lane jamento Estratégicode Negócios, proferida pelo consultor Jorge LuizdaRocha Pereira doServiço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresasde SãoPaulo(Sebrae-SP). Oevento,coordenado por José Frederico Athia, superintendente da Distrital, contou com mais de 60 empresários. (DC)

O Transurb(sindicato das empresas deônibus), informouque osempresáriosnão

Ex-funcionários da Febem fazem greve de fome na Capital

Seis ex-funcionários da Febem entraram em em greve de fome ontem, para protestar contra demissões, e acamparam em frente à AssembléiaLegislativa. Osindicato dizque as demissõessão injustas, monitoresafastados por motivosdesaúdeforam dispensados e que não foram pagas as verbas rescisórias. Segundo a Febem, os ex-funcionários nãoapresentaram as carteiras detrabalho para homologação, impossibilitando o pagamento.

podem atender às reivindicações porque houvequeda no número depassageiros eaumento dos custos. Alémde nãoatenderemàs reivindicações, as empresas acenamcom apossibilidade de não distribuirem vales-refeiçãoapartir de1ºdemaio, data-basedacategoria. Segundo o sindicato, caso os tíquetes não sejam distribuídos, os funcionários poderão cruzar os braços.

O piso salarial de um cobrador é de R$ 546,00 e de um motorista, de R$ 948,00. O sistema de ônibus é responsávelpelotransportede cerca de 3,6 milhões de pessoas por dia, segundo a SPTrans. Na paralisaçãorealizada em 13 de março, mais de 170 milpessoas ficaramsemônibus no meiododia. Os ônibus foram estacionados nas ruaseavenidas eospassageiros obrigados a completar o trajeto a pé. (SM)

agenda

Hoje Constitucionalista –O superintendente da Distrital Centro, Roberto M. Ordine, vai àreuniãoda comissão organizadora do 70º Aniversário do Movimento Constitucionalista. Às 15h, no Palácio dos Bandeirantes, avenida Morumbi, 4.500.

Associação Comercial de São Paulo
Sergio Leopoldo Rodrigues
Saulo de Castro Abreu Filho, secretário de Segurança, e o presidente da Associação, Alencar Burti, durante a Plenária Ricardo Lui/Pool 7
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Norma
Tuca Vieira/N-Imagens
Dudu
Cavalcanti/N-Imagens

Grifes conquistam clientes em casa

Profissionais que não têm tempo de freqüentar as lojas agora podem receber roupas e acessórios em casa ou no escritório, com hora marcada. A comodidade dos serviços de atendimento em domicílio agrada aos clientes e torna as vendas certeiras para as grifes.

O atendimento personalizado se tornou um bom negócio tanto para os consumidoresquantoparaas lojas. Executivosocupados recebem os produtosde suas grifes preferidas no escritório ou em casa. Ganham muito mais privacidade ecomodidade. Os preços são os mesmos das lojas.Só queasvendas são certeirase osvolumesde compra são maiores.

NoBossOne-to-one, comoo serviço é chamadona grife Hugo Boss, 80% das saídas resultam em boas vendas. "Quandoo cliente chamao One-to-one, elerealmente tem interesse e necessidade de comprar", diz Monika Cavaliere, gerente de marketing da marca. "O serviço traz comodidade, os consumidores sesentem especiaise ficam mais àvontade.Issocerta-

mente favorece as compras." Van personalizada - Para oferecer o atendimento em domicílio, a Hugo Boss montou uma vanadaptada, que é equipadacom roupaseacessórios de acordo com cada cliente. No carro, vão um vendedor,um gerente eum alfaiate.Aspeças quecompõem a van sãoescolhidas a partir da necessidade e da solicitação do consumidor.

O One-to-one daHugo BossdoBrasil foicriadohá cerca de um anoe funciona nas principais lojas da grife. Em São Paulo, ele está disponível nas filiais Morumbi e HadockLobo. Sónessaúltima,o serviçojá representa 40% das vendas totais da unidade. Ea previsão éde que, até ofinal desteano, hajaum crescimento de cercade 30% no volume das vendas através

do Boss One-to-one.

Além de São Paulo, o serviço também funciona nas cidadesdo Riode Janeiro(RJ), BeloHorizonte (MG),Vitória (ES),Curitiba (PR) eem Brasília. Segundoagerente de marketing, o objetivo é expandir o One-to-one para todas aslojas dasprincipais capitais do País.

Perspectivas - As perspectivas para oatendimento em domicíliotambém sãoboas para a Daslu Homem. A empresa espera que o Daslu Homem Privated tenha um crescimentode50% nospróximos meses. Atualmente, há 50 clientes cadastrados no serviçoque funcionaháum ano em São Paulo. Por mês, o Privated faz, em média, 30 visitas. Todas por solicitação dosconsumidores. ADaslu nãofaznenhuma açãodete-

Vendedores precisam conhecer perfil do cliente

Executivos com a agenda apertada e quecompram roupas quando realmente precisam,poucasvezes por ano e váriaspeças da mesma vez. Esse é o perfil dos clientes que usam os serviços de atendimento em domicílio. "São consumidoresque jáconhecem os produtosdamarca, mas não têm tempo de ir à loja", diz Monika Cavaliere, gerente demarketing daHugo Boss do Brasil.

Quando o cliente pede o serviço pela primeira vez é feito um cadastrocom informações como númerodas roupas edossapatos,medidas, cores preferidas eestilo pessoal,entre outrascoisas. "A partirdo primeirocontato, vamos atualizando asinformações e acrescendo detalhes apartirdo relacionamento daequipe como consumidor", diz Monika.

Treinamento - Todos os profissionais quefazem o One-to-one da Hugo Boss recebem treinamentos periódicos eestão aptosa darinformaçõessobre tecidos, cores, modelagense origem dos materiais.Tudo paraatuarem como consultoresde moda. Como a equipe que vai até ocliente é semprea mesma,aproximidade derelacionamento fazcomqueos vendedores conheçam detalhes do guarda-roupa e carac-

terísticas do consumidor.

"Eles sabem as peças que eu tenho e me indicam o que devomanterou jogarforado guarda-roupa", diz o advogado trabalhista Maurício de Campos Veiga, 52 anos, um dosconsumidoresfiéis do Boss One-to-one.Veiga, que trabalha cerca de 15 horas por dia, costuma usar o serviço em domicílio de três a quatro vezes por ano. "Tudo é melhor em casa, é mais cômodo, objetivo e posso ver o tenho e o que realmenteestou precisando comprar."

Necessidade - "A maioria dos clientes chamao serviço quando realmente tem necessidadede comprar",diz Karen Terenzzo, gerentede marketing da VR. "Uso quando não consigosair do escritório ou em ocasiõesespeciais",afirma André Carlos Dissenha, 30 anos, diretor da MadeparLaminados, que usa o VR at Home.

Dissenha, quecostuma comprar roupas duas vezes ao ano, chamou o serviço em domicíliopela últimavezhá cerca de duas semanas, quandoprecisava deum ternodiferentepara umcasamento. Masatéosadeptos desse atendimento personalizado confessam que nãodeixam de visitaras lojasde vez em quando para conferir asnovidades.

lemarketingativo paraoserviço.

O Privated também funciona apartir deumavan adaptada, com vendedor, gerente e alfaiate. Para utilizar o atendimento emdomicílio tanto da HugoBoss quanto daDasluHomem não énecessário que o cliente já tenha feitocompras anterioresnas lojas. Já na Giani Versace, essetipo deserviçosó estádisponívelpara consumidores que pertencem ao cadastro da empresa.

Segundoa gerentedaVersace, AdrianaBarrak,além dos atendimentos por iniciativa dos clientes, os vendedores também oferecem o serviço em domicílionolançamentodas coleções novase

Serviços em domicílio devem se popularizar

O atendimento em domicíliotende asepopularizar, mas não deveser visto como uma ameaçaao varejotradicional. A análise é da psicóloga especializada em marketingEmília Guan, quehá14 anos atuacomoconsultora devarejo."Sem dúvidanenhuma,essetipo de serviço deve se expandir cada vez mais.Éa estratégiade benchmarking, ou seja, as empresas copiam fórmulas bem-sucedidas de outras empresas."

Emília, quetambém dá treinamentos na Associação

Comercial de São Paulo e no Sindicato dos Lojistas, faz alguns alertas aoempresário que pretende iniciarum atendimento em domicílio. Primeiro, deve-se avaliar três itens do público almejado. "O consumidor tem de pertencer ao mercado que a empresa já atende,deve tercondições depagar pelo que será oferecido e ter necessidade real desses produtos."

Exigências - O segundo alertaé sobre o aumento constante dasexigências do consumidor."Depois dapopularização, o que antes era um diferencialpassa aser uma obrigação", diz. "O consumidor sempre vai querer algo a mais, as exigências aumentam." Segundo Emília, as necessidades das pessoas (como atendimento personali-

zado) permanecem sempre iguais,mas osníveis de exigência para obter a satisfação mudam. "O que satisfazia antes, deixa de ser suficiente depoisde umdeterminado tempo."

Nessas horas, vale observar asdicas queo clienteacaba dando de forma indireta. "A todo momento as pessoas dão pistasdo quedesejam. E elas sempre querem voltar ao princípio." Oprincípio, para Emília, seriam os itens fundamentais em qualquer atendimento, mas que muitas vezes são esquecidos. A atenção eboa educaçãosão alguns exemplosdisso. Comentáriosdo tipo"Como osenhor está passando? Melhorou daqueleproblema?"ou "Há muitotempo vocênãopassa na loja", podem ser essenciais para retomar afidelidadede um cliente.

Dicas - Para a consultora, um outro segredo para o bom atendimento emdomicílio é a percepção dos detalhes. "As equipesque vão até onde o cliente está devem receber treinamento especialpara observar detalhes quevão além do consumidor. O estilo do ambiente em que a pessoa está pode ser algo altamente revelador de sua personalidade, por exemplo. Éimportante observarocliente de forma completa."

em promoções especiais. "Montamos osconjuntose enviamos aos clientes. Um vendedor pode ou não ir junto.Casohaja necessidade de ajustes, enviamos uma costureira."

Nacional - Os serviços em domicílio não são exclusividadedaslojas que vendem grifes importadas. A marca VR,do grupoVilaRomana, oferece o VR at Home em todas as suas lojas. Seis delas em São Paulo, como a da rua Oscar Freire e shoppings Iguatemi e Morumbi, por exemplo.

Segundo a gerente de marketing da marca, Karen Terenzzo, são feitos, em média, cinco atendimentospor semana na cidade, o que resulta em cerca de 20 saídas por mês.

Em cada saída, a van segue com um promotor de vendas e umalfaiate. Aequipe acaba criando relacionamento mais próximo com os consumidores."Os promotores se tornam consultores de moda dos nossos clientes.Conhecem o que o consumidorjá tem em seu guarda-roupa e aconselhama aquisiçãodas peças."

Embora aempresa nãodivulgue aparticipação doVR at Homenasvendastotais, Karen revelaque aquantidade de peças vendidas no sistema é sempre maior do que a das comprasnas lojas."Cada visitaé sempreuma venda realizadae em volume maior", diz a gerente de marketing.

Mulheres ainda resistem ao atendimento

O público feminino não foi esquecido pelas grifes que fazematendimento emdomicílio. As mulheres são alvo direto dasmarcasderoupase indireto de produtos como as jóias. O prazer de visitar as lojas e conferir as novidades começaa ser intercalado às compras por necessidade entre as mulheres com vida profissional agitada. Um público que cresce a cada dia.

Na Claudetedeca, que vende peças de diversas grifes exclusivamente para o público feminino, o serviço em domicílio existe hácerca deum ano. Sua participação nos negóciosainda épequena(cerca de10%), masa certezada venda compensa. "O relacionamento próximo cria um vínculomaior entreaequipe ea clienteeissose refleteem mais vendas", diz a gerente Sarita Roysen.

O atendimento, que é mais procurado em ocasiões especiais, como festas, tem como público principalexecutivas acimade 35anos. "Elascontinuam frequentando a loja e solicitamoserviço emcasa quando estão sem tempo." Ambos os sexos - Na Giani Versace, quetambém atende o público masculino, 50% das solicitações domiciliares são paramulheres. Aquantidadedesaídasé maiornos mesesde lançamentodasco-

em casa

leções. "Apesarde um volume representativo de mulheres que usam nosso serviço emcasa, amaioria não dispensaasvisitas àloja",diz AdrianaBarrak,gerente da grife.

Na Hugo Boss, as mulheres quepedemas peçasemcasa também são minoria, apenas 20% das solicitações totais. Jóias - Pioneiro nos serviços domiciliares,o segmento dejoalheria vendemaisprodutos femininos, mas os maiores usuáriosdos atendimentos personalizados são os homens. "80% das solicitaçõesque recebemossão de executivosque querem presentear suas mulheres", diz Jacques Rodrigues Júnior, diretor da Talento Jóias. A joalheria faz atendimentos domiciliares hádez anos, com um volumede cerca de 15saídaspormês emSão Paulo. Os critérios para receber o serviço são rigorosos e a maioriadas saídas sãofeitas para pessoasque jásão clientes da loja ou que foram indicados por outros clientes. Apesar das restrições, os resultados são bons. "95% das nossas visitas se transformam em vendas", afirma o diretor. As peças mais procuradas são brincose relógiosfemininos. "As mulherescomprammenos, massão oprincipal motivo de nossas vendas."

Vendedor da Daslu Homem Privated equipa a van com peças selecionadas a partir do perfil de cada cliente
Fernando Antony / Digna Imagem

João de Scantimburgo

O caso Bustani

Não conheçoo currículo dasmatérias lecionadas no Instituto RioBranco, que forma os diplomatas brasileiros para a c a rr i è r e , mas querocrerque ahistóriadas relaçõesdo nosso país com os demais,inclusive com os grandes, assim como própria história dospaíses mais importantes da classificação diplomática, são lecionados por professores altamente preparados. Seria impossível admitirdiplomatas quenão conhecessem a história.

Tenhopara mim,portanto, ao menos é a minha suposição, queo big stick eo Destino Manifesto figuraram no currículoe foram ministrados ao alunos, futuros diplomatas. Todos devem ter tido conhecimento da ação dos Estados Unidos, como potência de primeira grandeza, hábilno usodo big stick, como o provou o primeiro Roosevelt, e o Destino Manifesto, o fundo calvinista da civilização americana, quese manifesta sempre,quando os interesses danação estão em jogo.

Não tenho, portanto, dúvida que o embaixador José Maria Bustani, de quem eu

nunca ouvira antesfalar, conhece bema históriados Estados Unidos e sabe que os americanos agem sempre como cowboys , no uso da big stick e, diplomaticamente, ou em outras circunstâncias denível elevado, apelam para o Destino Manifesto, que guardam no inconsciente coletivo e o tiram desse arcano para fazeremvaler asuperioridade americana, hojeincontrastável, pois que a velha URSS morreu esfarelada.

Seassim é,atéa atitudede um scholar dealta formação intelectual como o chanceler Celso Lafer o confirma, sem referência ostensiva a essas peculiaridades americanas, os Estados Unidos acabaram vencendo a parada em que se encontravam, exigindo a demissão do diplomata brasileiro. É prudente conviver bem com quem detém tamanhopoder, comoosEstados Unidos e todos os países precisam de suaajuda, tanto na paz quanto na guerra.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

O novo SBP e as finanças

M uito tem se falado sobre o Sistemade Pagamentos Brasileiro(SPB) nosúltimos meses, com as mudanças anunciadas pelo Banco Central (BC), que entraram em vigor dia 22 de abril,mas poucas pessoassabem exatamenteparaque ele serve. A resposta para esta dúvidaé simples.Você usao SPB quando vai ao banco pagar uma conta, ao usar o cartão de débito automático,o cartãodecrédito ouemitir um cheque. A partir de agora, algumas alterações foramfeitas nesse sistema para aproximá-lo dos mais modernos de todo o mundo.

A função básica de um sistema de pagamentos é realizar toda e qualquer funçãode transferência de recursose processamentoou liquidação depagamentosseja para pessoa física, empresas ou outras instituições financeiras.

Uma das principais mudançasé quea compensaçãobancária passará aser feitaem tempo real. O que isso quer dizer? Significaquea esperade atétrêsdias para compensar umcheque oudebitar umvalor pago com cartões de débito daconta doconsumidor vai chegar ao fim. Sabe o DOC, aquelatransferência dedinheiro quese fazentre contas debancos diferentes? Com o tempo, ele será substituído por outra sigla: a TED, Transferência Eletrônica Disponível. A principal diferença entre eles é o tempo de compensação bancária.A TEDserá maisrápida e, segundo o Banco Central, mais barata.

Tanta rapidez vaiexigir mais responsabilidade dos correntistas e das empresas na hora de fazer seu planejamento financeiro. Isso porquenãoserámais

A crise da aviação civil

Não direi um fato inédito, mas, ao contrário, repetirei o que temos ouvido e lido, nos últimos tempos, sobre a aviação civil. Temos aqui uma empresa em estado falimentar, a TransBrasil, em outros tempos opulenta, muito procurada pelosviajantes. Temos as demais em estado de vermelho, a cor fatídica em tudo, na política, nos movimentos sociais e no registro dos movimentos financeiros das empresasde aviação.Éum malmundial, esse, pois até nos Estados Unidos se registram prejuízos. Pelainformação da Ve j a desta semana, tevelucro a Air France, oque éum verdadeiro milagre,poisessa empresa sempreperdeu dinheiro.Mas, com boaadministração, acolaboração do pessoal, que não aquer privatizada,e aslinhas semprequase lotadas,para todas as direções do mundo, a grande empresa francesa acabou no azul, a cor que todos os administradores adoram de usar no registro de suas transações comerciaisenosseus negócios de cada dia e cada ano.

O prejuízo que sofrem as empresasde aviaçãocomer-

cialtemdese lhedarumparadeiro,sob penadeficarmos impossibilitados de voarnão só num país continental como o Brasil, mas no mundo, que sehabituoucoma aviação, aindaquehaja quemtenha muito medo do que não se deve ter medo, do avião, como é o caso da herdeira do trono da Noruega, que entrou num aviãoeantes dapartida,levantou-se e saiu correndo, alegando que tinha medo de estar ali dentro quando aquela máquina voava.

O avião éseguro. Acidentes se registram, semdúvida, não hámáquina perfeita, nem condutores perfeitos. Ou falha a máquinaou falhao condutor, o comandante, para sermos mais exatos. Seria preciso encontrar um meio de assegurar àsempresassobrasdereceita, que perfizesse lucro no fim do ano comercial. A não ser com subsídio oudiferente formade garantir ovôo das empresas,em breve teremos dificuldade de encontrar lugares em aviões, tal a procura e a limitação dos assentos.Será uma pena.

João de Scantimburgo

A Venezuela e Jefferson

Miguel Ignatios

possível fazer uma transferência de valores ou emitir um cheque sem que odinheiroenvolvido natransação esteja disponível na conta do emitente.

Todasessasalterações não afetarão deimediato oconsumidor e as microempresas. A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) decidiu que o limite mínimo obrigatório para autilização daTED éde R$5 milhões. No entanto, a partir de julho, este limite passará paraR$ 5mil,atédeixar deexistir. Resumindo: em três meses, todas as operações serão feitas em tempo real. OBancoCentral (BC)diz que está tudo pronto para a estréia doSPB. Asegurança das transaçõesfinanceiras estágarantida. Investimentos pesados em tecnologia já foram testadoseserão usadoscom freqüênciaa partirda implantação do sistema.

A Bolsa de Valoresde São Paulo(Bovespa),por exemplo, já opera como novo SPB desde odia 17de abril.Grandes empresas anteciparamo fluxodecaixa paranãosentirem asmudançasde cara.Já as micro e pequenas empresas ainda estão desinformadas sobre as mudanças, que só deverãoatingi-las depoisdejulho. Enquanto isso,o consumidor continua perdido em meio aotiroteio, sem saber direito oque vaimudar. Mas o impacto real dessas mudanças sobre a economia brasileira sópoderá serconhecido a partir de agora, com a real utilizaçãodo Sistema dePagamentos Brasileiro (SPB).

Roberto Brizola é presidente da Anefac e gerente da Unidade de Negócios Novos Associados da ACSP

À s vésperas de formação da Área de Livre Comércio das Américas (aAlca), nada parecemaisanacrônico elamentável do que o golpe de Estado, felizmente fracassado, para depor o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Digam o que disserem seus detratores, a verdade é que ele foi eleito democraticamente para governar o seu país. Nesse contexto, a reviravolta que o colocou novamente no poder deve ser vista como um atestadode maioridade política da América Latina. Alémdisso, se,por forçade impeachment, como no caso de CollordeMello, em1992;renúncia, como nocaso de Fernandodela Rúa,em2001;ou dequalquer outroeventoque o tirasse do poder, a solução teria de ser forçosamente constitucional.Dessa forma, assumiria o vice ou qualquer outro sucessor que viesse a ser definido pelo Congresso.

Masnão foiissoo queaconteceuemCaracas, ondeosinimigos de Chávez, passando por cima da Constituição, designaramo líderempresarial,Pedro Carmona,para sucedê-lo.Ele ficou no poder menos doque 48 horas. Talvez tenha sido o governo mais curto em toda a história do subcontinente. Curiosamente, os sisudos tecnocratasdoFundo Monetário Internacional (FMI), que vinham fazendo mil e uma exigências paraapoiar aArgentina, apressaram-se em oferecer ajuda financeira aos golpistas venezuelanos,sem que estes tenham tido ao menos tempo hábil de solicitá-la. Essaatitude constrangeuaté mesmoaCasa Branca,que, àquela altura dos acontecimentos, ainda tentava, diplomaticamente, negarter mantidocontatos com políticosde oposição ao presidente Hugo Chávez.

Cidade "trash"

Tais acontecimentos deixaram os líderes democratas latino-americanos sobressaltados. Enão é paramenos. Será que é essa apolítica externa de Bush para a região? Defender a abertura de mercadoe adotar medidasprotecionistas, louvar a democracia e incentivar a deposição de líderes indesejáveis, na visão da Casa Branca?

Isso mais sugere a reedição davelhadoutrina Monroe (aquela da América para os americanos do Norte, é claro), posta em prática pelos Estados Unidos durante o século 19.

Éprecisoque adiplomacia americana reveja,comurgência, suas idéias e, principalmente, seus arraigados preconceitos a respeito das nações que se situam abaixo do rio Grande. Aliás,a propósito, no começo do seu governo, Bush deixou escapar que sua política para a regiãoresumir-se-ia àboavizinhança com o México.

Isso equivale, na prática, a virar as costas para uma região pobre echeia deproblemas, mas que luta com todas as forças para vencer o subdesenvolvimento.E quejáincorporou no seu cotidiano valores essenciaisdacivilização comoaliberdade e a democracia.

A América Latina não aceita mais ser vista como um conjuntode repúblicas de bananas. Dialogar com respeito e soberaniae negociar as divergências até aexaustãoéoúnicocaminho para se construir um futuro próspero e comumpara toda a América, tenhaela onomede Alca ou qualquer outro. Até porque os ideais de Thomas Jeffersone deSimón Bolivar são exatamente os mesmos.A única diferença entre eleséo idiomaemqueforam originalmente expressos.

Miguel Ignatios é presidente do Conselho Deliberativo da ADVB

Sou obrigado, como quase sempre, a concordar com os leitores. A leitora AF diz à colunaem e-mail enviado: "Concordo quando você diz que a educação éa solução (parece slogan político) para onosso país.Graças aoBom Deus fui muito bem educada em ótimos colégiose, não só isso,tive educação,cultura, princípios, lições de cidadania,em casa,noberço.Fico indignada quando vejo essa inversão de valores, a falta de respeito, de conhecimento nas pessoas. Uma"peituda" vale mais do que uma professora.Pensoque sócomeducação e começando cedo é que as coisas vãomelhorar, senão as "bundudas, peitudas,os manoe as mina", é que vão continuar esse reinado no país das maravilhas. Só tem "trash". São Paulo virou "trash". Literalmente só tem lixo".

Concordância

Como discordar da opinião da leitora?Em primeiro lugar, aeducação segue sendo, em minha opinião, a principal meta a ser perseguida peloPaís. Em segundo, a valorização superficialhoje existente, dentro do princípio dos 15 minutos de fama, desvirtua a formação de milhõesde brasileirosde nova geraçãoquesão seduzidos pelo apelo fácil do enriquecimentoe dodeslumbre dos holofotes. Umafalácia onde poucos se destacam. Deixasedeestudar parairatrásde

modismos eilusões. Destróisea formaçãodeumageração. Atrasa-se o desenvolvimento intelectualdoPaíse sua gente.

Lixo

Também não sepodediscordar que São Paulo está um lixo. Em tudo. Na concepção cultural, na insegurança pública, na limpeza das ruas e calçadas,praçase tudoo mais. Na qualidade do pensamento que hoje predomina. É um salve-se quem puder. São Paulo, mais do queum lixo, está abandonada por sua própria gente. Está sem identidade e sem representação.

Abandono

Tão ou mais decepcionado com agestãomunicipal,estoucom aCâmara deVereadores.Quanto ausência. Quanta omissão.Quando na oposição, o atualpresidente da Casa, vereador José EduardoCardozo, erabrilhante. Atuante.Hoje, na presidência do Palácio Anchieta, vinculadoao Executivo,nãofaz jus aosmais de 200mil votos recebidos.Desapareceu da cena de defesa da cidade, comoantes fazia. Eseuspares majoritários, idem. E ainda expulsamdopartido quem defende São Paulo.

Mensagens

Quando tiver interesse em escrever à coluna, leitor, use o e-mail psaab@uol.com.br. Ou utilize o fax de São Paulo, 5053-4214. Sua opinião sempre é bem recebida.

P. S . Paulo Saab

Ibope dá 35% para Lula e 18% a Serra

Outra pesquisa, da Vox Populi, mostra candidato do PT com 39% das intenções de voto e tucano com queda de 23% para 19% Pesquisa realizadapelo

Ibope entre os dias 18 e 21 de abril confirmaa liderançado pré-candidato do PT à presidênciadaRepública, Luís

Inácio Lula da Silva, com 35% das intenções de voto. Em seguida, empatados tecnicamente, aparecem o senador tucano José Serra, com 18%, eopré-candidatodo

PSB, Anthony Garotinho, com 16% dos votos.

Em quarto lugar está o précandidato do PPS, Ciro Gomes, com 11%, que é a mesmataxa deeleitores indecisos.Foram entrevistados2 mil eleitores em todo o País.

Destetotal, 9%informaram que votariam em branco ou nulo, caso a eleição ocorresse hoje.

Margem – A pesquisado Ibope possui margem de erro de 2,2 pontos porcentuais e considera um graude confiança de 95%. Na pesquisa, o Ibope reiterou quea iniciativae osrecursospartiramda própria empresa paraa sua realização.

A pesquisa mostra ainda que Lulavenceria osegundo turnodas eleições,casoo pleitofossehoje. Adisputa mais acirrada paraLula seria com José Serra.

Nesse cenário, o candidato petista teria 46%dos votos e Serra, 38%. Brancos e nulos representaram 9% das intenções de votos enquanto os eleitores quenão souberam ounão opinaram significaram 7% das respostas.

Na simulação de um segundoturno comopré-candidato do PSB,Anthony Garotinho, Lula obteve 46% das intençõesde voto, e Garotinho, 36%. Contra o candadato do PPS,Lula recebeu 48% e Ciro Gomes, 34%.

Outra pesquisa, doVox Populi, mostra que Lula cresceu 7 pontos percentuais e

chegou a 39% das intenções de voto.Serracaiude23% para19%, Garotinhoficou estagnado, com16%,assim como Ciro Gomes, com 12%.

Empresários – Pe squi sa encomendada ao Instituto Vox Populi pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, mostra que, para 45% dos empresários paulistas, as propostasdos candidatosserão oprincipal fator paradefinira intenção devotos naseleiçõesparaa Presidência da República. O levantamentofoi divulgado pelo presidente da enti-

Empresários apresentam proposta

O empresariadobrasileiro reafirmouontem quevaicobrar do próximo governo uma política mais agressiva paraincentivo dasexportações,além dereformatributária eredução dasatuais taxas de juros.

Os pontosforam detalhados ontem no documento "A Indústria eo Brasil:Uma agendapara oCrescimento", divulgado pela Confederação Nacional daIndústria, CNI. A propostaserá entreguepara ospartidose,principalmente,para os principais candidatos à Presidência.

"Aestabilidade (daeconomia) é necessária,mas não é suficiente", disse o presidente da CNI, senador Fernando Bezerra (PTB-RN).

Debate – A agenda com sugestões para o próximo gov erno servirá de ponto de partida para um debate com os quatro principais pré-candidatos à Presidência, marcado pela confederação no próximo dia 9 de maio.

Os candidatos convidados, e quesegundo aCNI jáaceitaram participar do debate, são o petistaLuiz Inácio Lula daSilva,o tucanoJoséSerra, Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS). "Resolvemosinvertero papeldessa v ez. Agoranósmostramos aos candidatos o que pensamos e elesdiscutemas propostas", disse Bezerra.

Além da necessidade de fazera reformatributária eincentivar asexportações, Bezerra fez questão de frizar que

agenda

Senado Federal – Sessão deliberativa ordináriaPauta: substitutivo ao Senado ao PLC nº 26/99, estabelece normas parao uso médico daspróteses de silicone; terceira sessão de discussão, emprimeiro turno,da PECnº5/02, dánovaredação ao parágrafo 1º do artigo 222 da Constituição federal,suprimindo-se o parágrafo2ºdo referidoartigo, que trata da propriedade deempresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons eimagens; Parecernº 278/02, submete à deliberação doSenado o nome de Max Hoertel para exercer o cargo deministro doSuperiorTribunalMilitar; PLS nº 71/02, altera dispositivos

acredita que o governo pode reduzira atual taxade juros de 18,5%.

"Eu não posso entender uma taxa de juros nesta dimensão. Além de impedir o crescimento,agrava aquestão da dívida. A taxa de juro é distorcida eabsurda",acrescentou."Fazemos o contrário dos EUAqueabaixamjuros para conter a recessão."

O próprio governo admitiu recentemente,ao apresentar aLeideDiretrizes, LDO, para2003, umaprevisãode acentuada quedados juros ainda este ano.

Social– O documento da CNI, muitoparecido como quefoi divulgadopelaFederação dasIndústrias doEstado de São Paulo, Fiesp, em janeiro deste ano, também dá ênfase à necessidade do incentivo àeducação ea projetossociais. "Precisamos

transformar gasto social em gastos sociais de verdade", diz Bezerra. Sobre a cobrança das propostas, a CNI reconheceu que não obtevemuito sucesso nos últimos anos.(AE)

Principais pontos do plano anunciado pela indústria

•Reforma tributária;

• Redução dastaxasdejuros;

• Reavaliaçãoa estratégia de aumentar as exportações, apoiar projeto de substituição competitiva de importações e desburocratizar o setor;

•Desenvolvimento do mercado de capitais;

•Aumentar a ofertade crédito de longo prazonosetor industrial;

•Relações de trabalho: pro-

do Decreto-Lei nº 3.689/41 (Código de Processo Penal) relativos ao interrogatório do acusado eà defesa efetiva; PDL nº 384/01, aprova o texto do AjusteComplementar aoConvênio básico deCooperação Técnicapara Cooperação Turística celebrado entreosgovernos do Brasil e da República Bolivariana da Venezuela; e PDL nº418/01, aprova o texto do Acordo entre os governos do Brasile do Peru sobre Cooperação eCoordenação emMatéria deSanidade Agropecuária.

Câmarados Deputados – Reunião ordináriada Comissão de Agricultura e PolíticaRural. Dentreositens da pauta, estão dois projetos

mover mais negociação, reduzir despesasde contrataçãoe elevara qualificação da força de trabalho;

•Investir eminfra-estrutura portuária, marítima, ferroviária, rodoviária, hidroviáriae aérea;

• Aperfeiçoara legislação de defesa da concorrência e estabelecer regras paraestimular a competição;

•Investir na preservação do meio ambiente.

do Senado Federal, que propõema criaçãodedistritos agropecuários em Roraima: umno município de São LuizdoAnauá (PL 4940/01), eoutro nacidade de Cantá (PL 5071/01). Ambos os projetos têm parecer favorável dodeputadoAlmir Sá(PPB-RR). Também está na pautaoProjeto de Lei4895/01, deautoriado deputado Telmo Kirst (PPB-RS), queveda adiscriminaçãocontra osplantadores defumo naconcessão de créditos do ProgramaNacional deFortalecimento da Agricultura Familiar(Pronaf).O relator,deputado NelsonMeurer(PPB-PR), apresentou parecer pela aprovação.

dade, HorácioLafer Piva. Outros28% empresáriosentenderam que o nome do candidato é a principal condição para a definição do voto,apenas 8%indicaram o partido e15% consideraram asomatóriadostrês fatores (programa de governo, nome e partido político). A pesquisa ouviu 400 empresários entre os dias 2 e 4 de abril. Outra pesquisa da AssociaçãoBrasileira daInfra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib) com150associados apontou que 90%dos entrevistados pretendem manter os investimentos noBrasil,

mesmo com a vitória da oposição nas próximas eleições. O mesmo porcentual de pesquisados, no entanto, avaliou que o candidato governistadeverá venceraeleição presidencial neste ano. Os150 associados da Abdib responderamem2001 pelo faturamentodeR$103 bilhões, pelo emprego de 294 mil profissionaisepela aplicaçãode R$ 1,1bilhãoem pesquisa e desenvolvimento na melhoria e expansão dos processos produtivos do setor. Mais de 50% dos associados Abdib esperam elevar o faturamento. (AE)

Garotinho quer reduzir taxa de juros para 15%

O pré-candidato apresidente Anthony Garotinho (PSB)disse ontem,emPorto Alegre, que a taxa básica de jurosjápoderia cairdopatamar atual (18,50%) para 15% ao ano.

Segundo Anthony Garotinho, oespaçopara aqueda corresponde a uma "gordura"de 4 pontosporcentuais, quefoi estimadapelosassessores econômicos dele.

Crítica – A projeção foi feita na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul),onde ocandidatoparticipou de uma reunião-almo-

ço. Nos discurso, ele voltou a defender a redução da taxa de juros, "que só perde ou empata com a da Polônia".

Segundo Garotinho,a elevação dataxa funcionapara momentos de crise, mas provoca estagnação econômica, se for adotadapor um período prolongado. O pré-candidato do PSB a presidentecomeçou aintervenção às 13h40 e o encontro foi alongadoalém doprevisto, até por volta de 15h30, num clima quepermitiuo debate direto dos participantes com Garotinho. (AE)

Bezerra: Confederação fará debate entre candidatos no dia 9 de maio
Ed Ferreira/AE

Crise derruba ministro argentino

Lenicov pediu demissão depois que o Congresso decidiu não votar novo plano econômico do governo de Eduardo Duhalde

Cento equatro diasdepois detertomado possecomoo novo ministro da Economia, Jorge RemesLenicovapresentou sua renúncia ao presidente EduardoDuhalde. A queda de Lenicov foi precipitadapelo Congresso Nacional,que recusou-sea votaro PlanoBonex 2,ou NovoBonex,com o qual o governo pretendia transformaros depósitos a prazo fixos nos bancos em bônus com prazos de 5 e 10 anos.

Pesou ainda o fato de o exministro ter fracassado de suas negociações com o Fundo MonetárioInternacional, FMI. Apesar dasaída deRemes Lenicov, analistas consideramqueo presidente Duhalde nãoseráatingido imediatamente.

Tentativa – No fimdo dia de ontem, Duhalde mano-

bravapara tentar obter respaldo dos governadores de seu partido, o Justicialista (Peronista), durante uma reunião na residência oficial deOlivos. Opresidentetambém haviaconvocado osgovernadores doprincipal partido da oposição, a União Cívica Radical (UCR).

Especulava-se que um grupo degovernadores havia apresentado a Duhaldeuma proposta de antecipar as eleições presidenciais, inicialmente previstas para setembro do ano que vem. O presidente tambémhavia convocado as lideranças da Confederação Geral do Trabalho (CGT) oficial.

Um rumor indicava que o governo analisava a possibilidade de implementaruma nova conversibilidade econômica, embora com uma

paridade diferente àquela utilizadadurantea década passada, quando um peso equivalia a um dólar. Desta forma,o governo pretenderia deter a escalada da moeda americana.

Confiança – Desde os temposem queera secretárioda Economiada provínciade Buenos Aires, quando Eduardo Duhaldeera governador (1991-99), Remes Lenicov foi um fiel escudeiro de seu chefe, e comandou a economia provincial seguindo estritamente suas ordens. Sem base políticaprópria, chegou ao ministério por ser um homemde confiançado presidente Duhalde.

Quando Remes Lenicov tomou posse,no dia3 dejaneiro deste ano,recebeucomo herançaumaeconomia em estadocaótico. Para re-

verter asituação, o ministro Lenicov desvalorizoua moeda nacional, o peso, esperando conseguiruma reativação da economia localatravés do aumento desua competitividade, etambém coma esperançade deterafuga dedivisas,ao terminarcom ascontas bancárias em dólares. Sem efeito – No entanto, o resultadofoium maiorestancamentoda economiado país, o que provocou o retorno dainflação àArgentina, e disparouos índicesdedesemprego epobreza. Além disso, aarrecadação tributária continua despencando. Ontem, o nome mais cotado parasubstituirLenicov era o atual secretário de Energia, Alieto Guadagni, que foitambémsecretário daIndústria eComércio doex-presidente Carlos Menem. (AE)

General já fala em intervenção

O chefe do Exército argentino, Ricardo Brinzoni, não descarta uma intervenção das Forças Armadas caso haja umcaossocial nopaís.Ogeneral disse que a intervenção, casoocorra, será "nomarco da Constituição e da lei".

Brinzoni adverte que o país corre o risco de maior desordem e acredita que o Exército pode substituir asfunções de segurança realizadas pela Gendarmeria Nacional ou pela PolíciaFederal paradeixar a estas instituições a tarefa de "restaurar a ordem".

Determinação – " Cre io que o presidente sabe como o Exércitopode serencarrega-

dopara contribuir, emcaso de extrema necessidade, a paz social sem necessidade de ter os tanquesnas ruas.Neste marco vamos cumprir todas suas ordens", declarou em um programa de televisão, dois dias antes da visita que o presidente Eduardo Duhalde fará ao Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. Ontem, a polícia reforçou a segurança em frenteao Congresso Nacional para tentar evitar incidentes contra parlamentares e funcionários que foramapedrejados por manifestantes no dia anterior. Eles tentavam impedir a sessão do Senado para votar o

plano Bonex, que substituirá osdepósitos congeladospelo "corralito".

Agressão – Vários senadores,como o ex-presidente Raúl Alfonsín, tiveramque deixar o edifício protegidos porpatrulheirossob uma chuva de cuspes , pedras e vários insultos.

Ao meio-dia(horário local), com os sinais cada vez mais intensos de renúncia do ministro daEconomia, Jorge Remes Lenicov, o Senado decidiu suspender a sessão na qualseriadebatido o Plano Bonex 2.

Comeste plano,ogoverno pretendiadeter asangriade

Papa repudia escândalos de padres americanos

Emseu primeiropronunciamento sobre os escândalos de pedofilia no clero norteamericano,o papaJoãoPaulo2º afirmou ontem que o abusosexualde menoresé "corretamente considerado umcrime" pelasociedade, e que esse comportamento não tem lugar na Igreja.

Comandando uma reunião decardeais norte-americanose outras autoridades católicas,o papa também ofereceu conforto às vítimas de casosdepedofilia dentro da Igreja e disse esperar que o escândalo sirva para produzir "um clero mais santificado". Crime – "O abuso que cau-

sou esta crise é errado por todos os padrões e corretamente considerado um crime pela sociedade: étambém umpecadoterrível aos olhos de Deus", afirmou. "As pessoas devem saber que não há lugar no clero e na vida religiosa para aquelesque fazemmal aos jovens."

Essas palavras duras devem influir na adoção de uma nova política, por parte do episcopadodos EUA,dedenunciar os padres pedófilos à polícia. Apesar de ter lamentado pelasvítimas dosescândalos de pedofilia, o Papa não usou a palavra "desculpa" em seu pronunciamento. (Reuters)

depósitos bancárioscausada por uma avalanche de recursos na Justiça contra o "corralito" (semicongelamento de depósitos bancários).

A saída para o impasse seria a de criar uma lei que pudesse complicar os recursos judiciários dentro da própria Justiça, causando grandes demoras nos processos.

Decreto – Diversos senadoresargumentavam que preferiam que o Plano Bonex 2 fosse implementado por decreto presidencial. Desta forma, o Congresso Nacional poderia evitar "sujar as mãos" com a aprovação do impopular plano.

Esta tendênciaa deixaro peso do Plano Bonex 2 nas mãosdogoverno aumentou mais ainda depois da noite de segunda-feira, quando uma multidãoenfurecida cercou o Congresso, protestando contra o plano.

Uma alternativa que estava sendo analisada era a possibilidadede que o Congresso Nacional aprovasse uma projeto que, emvez de transformar os depósitos a prazo fixo em bônus –como forma de impedir uma forte saída de depósitos,o quepoderiacolocar os bancos em colapso, –seria deixar apoupança com está, embora complicando os recursos na Justiça. (AE)

Uruguai rompe relações diplomáticas com Cuba

O governouruguaio, atingido pelo que considerou como constantesinsultosdas autoridades cubanas,rompeu ontem relações diplomáticas com a ilha comunista. "O clima de agressões não atinge minha pessoa, mas todo um país", informou o presidente uruguaio Jorge Batlle. "Eisso geraum distanciamento queé inexorável". O presidente disse também que a "ruptura se manterá até que o povo cubano tenha paz e liberdade".

Crise – Batlle disse que instruiuo chanceleruruguaio, DidierOpertti, paraqueleve acaboos passosnecessários

para romper as relaçõesdiplomáticas com Cuba.

As relações diplomáticas entre os dois países, reestabelecidas em 1986, ingressaram em seu pior momento depois que o governo uruguaio tomou ainiciativa deapresentar uma resolução contra Cuba,promovida pelosEstados Unidos,diante da Comissão deDireitosHumanos das Nações Unidas em Genebra. A proposta uruguaia de enviar observador para verificar o respeito aos direitos humanos recebeu voto favorável na Comissão. Olídercubano, Fidel Castro,chamou Batlle de "judas". (Agências)

Bancos pedem à Corte que mantenha corralito

A Associação de Bancos

Públicos e Privados da República Argentina, Abappra, e a Associação de Bancosda Argentina, ABA, fizeram um apelo à Corte Suprema de Justiça paraqueparaliseas sentenças contra o "corralito" e dê oportunidade aos bancos paraapelação. "Osistemafinanceiroestá à beira do colapso em tempo muito curto" devido aos saques permitidos pela Justiça, diz o documento enviado à Corte Suprema. Osbanqueirospedem que os juízesassumam o"rol institucional para evitaras conseqüências deum colapsodo sistemabancário e financeiro,fato previsível à luzdos acontecimentos e que não registra antecedentessimilares na história do país".

Ações – O documento afirma que o"altotribunal éa únicasalvaguardados interesses dos clientes, usuários e poupadores... mas nos encontramos próximos a 200 mil ações judiciaisque questionam aconstitucionalidade do corralito, mas resultam um númerosignificativamentemenor aos9 milhões de poupadoresqueexistem no sistema e que não demandaram contra anormativa". O documento adverte para o

fechamentomassivo dos bancos que deverão ser liquidados pelo Banco Central. Euros – As empresas espanholas com investimentos na Argentina já repatriaram 5,2 bilhõesde euros desde antes do inícioda crise financeira no paísno ano passado. Segundo o jornal Cinco Dias, os investidores espanhóis utilizaram todos osrecursos disponíveis para minimizar o impacto da crise. Metade dos5,2bilhõesde euros corresponde ao pagamento de dividendose o restantefoirepatriado através da venda de ativos. Segundo o diárioespanhol,o quemais chama a atenção é o aumento do pagamento de dividendos. Num exercício tão difícil comoodo anopassado,eles foram quasequadruplicados em relação a 2000. Embora a maior parte da venda de ativos de 2,6 bilhões foi resultadode operações planejadas anteriormenteou forçadas por exigências regulatórias, essas operações também foram aceleradaspara reduzir o risco Argentina. A companhia petrolífera RepsolYPF, porexemplo, aprovou uma distribuição de dividendo antecipado de US$ 787 milhões. (AE)

EUA reafirmam interesse no comércio comBrasil

A nova embaixadora dos Estados Unidosno Brasil, Donna J.Hrinak, disseontem,logo apósentregarsuas credenciais aopresidente Fernando Henrique Cardoso,no PaláciodaAlvorada, que adestituição doembaixador brasileiro, José Maurício Bustani, da Organização para a Proscrição de Armas Químicas(Opaq) nãovairepresentar nenhumproblema nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos. "Issofoi uma decisão tomadano fórummultinacional,por umgrupo depaíses. Não tem nada a ver com as relações bilaterais", afirmou.

Sobre as discussões em tornoda instalação daÁreade Livre Comércio das Américas, Alca, a embaixadora admitiu quevai seruma negociação difícil,não sóentre os EstadosUnidose oBrasil,já que a questão envolve 34 países do hemisfério. Donna J. Hrinak conversou como presidente Fernando Henrique e com o ministro das Relações Exteriores, CelsoLafer, porcerca de 40 minutos.

Os países da América Latina decidiram apresentar único candidato para substituir o embaixador brasileiro Bustani na Opaq. (AE)

Remes Lenicov estava há 104 dias à frente do Ministério da Economia
Jamil
Bittar/Reuters
População protesta contra corralito e pressiona Congresso para não aprovar plano que troca depósito por bônus
Enrique Marcarian/Reuters

Depois da China, Brasil é o país mais investigado por dumping na OMC

O Brasil é osegundopaís que mais sofreu investigações antidumpingentre osmembros da Organização Mundial do Comércio (OMC), de 1 de julho a 31 de dezembro do ano passado. O País perdeu apenaspara aChina. As informações foram divulgadas pela OMC. No período pesquisado, foram abertas nove investigações contra exportações brasileiras – as vendas externas chinesas sofreram 25 processos.

Somente a Argentina iniciou quatro investigações contra o Brasil;Estados Unidos, duas. Em contrapartida, o Brasil iniciou 13 investigações antidumping, contra a China, Argentina, Canadá, Rússia, Japão, EUA e outros.

Além de Brasil, Estados Unidos, Formosa e Tailândia também tiveram nove investigações iniciadas contra suas exportações. Siderurgia – Osprodutos siderúrgicos (ferro, aço e alumínio) foram osmais investigados (60 processos).Das 35 investigações abertas pelos Estados Unidos no período,33 estãoligadasa essesetor. A seguir, aparece o grupo de químicos, com 41 ações e, na seqüência, plásticos (35).

Argentina e EUA iniciaram a maior parte dos processos contra o País no segundo semestre de 2001

Amaioriadas investigações (121) foiiniciada por paísesemergentes.Nos primeirosseismeses de2001, porém, ospaíses desenvolvidosabriram 88 processos contra 46 iniciadospelas nações em desenvolvimento.

Revisão – O Brasil vem pedindo a revisão da legislação antidumping da entidade por se sentirprejudicadopelas regras.Segundoo relatório, no segundo semestredo ano passado, 19 países abriram 186 investigações antidumping contra 55 países. No mesmoperíodode2000, 18 membros da OMC iniciaram 187 processos antidumping. Só a Índiaabriu 51 processos e os EUA, 35.

O Acordo Antidumping da OMCpermite que ospaíses imponham sobretaxas à importação deprodutos que,após eventual investigação, comprovadamente são exportados a preços abaixo dos níveis praticados no mercadointerno.Para terdireitoa utilizar essaregra, opaís que se sente prejudicado também tem de provar que a importação do produto prejudica a indústria nacional.

Nosegundo semestrede 2001,oito paísesimpuseram 79 medidasantidumping contra as exportações de 33 países. No mesmo período do ano anterior, 107 medidas foram impostas.

Onúmerode países asobretaxar as exportações também caiu, de 16 para oito . Somente os EUA impuseram 21 medidas,seguidos porÍndia, com 20. A Argentina adotou 11 medidas. AChina foi o país mais afetado, com 21 ações antidumping. (AE)

Déficit em conta corrente cai para US$ 997 milhões

O déficit em conta corrente do País caiu para US$ 997 milhões emmarço, informou ontem o Banco Central. Em fevereiro, haviasidode US$ 1,090 bilhão e, em março de 2001, de US$ 2,61 bilhões. Nos 12 meses terminados em março,a contacorrenteacumula saldo negativode US$ 19,775bilhõesdedólares – o que corresponde a 3,88% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. O resultado é o melhor desde outubro de1996. Atéfevereiro, o déficitestavaem4,22% do PIB, ou US$ 21,386 bilhões. No primeiro trimestre do ano, o déficit ficou em US$3,232bilhões, praticamentea metadedoresultado de igualperíodo doano passado, de US$ 6,670 bilhões. Investimentos diretos –"O que tivemos foi a conjugação de fatores positivos", afirmou o chefe do Departamento EconômicodoBC,Altamir Lopes.

Aconta correnteengloba os resultadosda balança comercial(importaçõese exportações) da contade serviços (que inclui os pagamentos dejurosda dívidaexterna)e transferências unilaterais de recursos.

Do lado comercial, a balançateve superávitde US$594 milhões em marçodeste ano – frente ao déficit de US$ 280 milhões no mesmo período de2001.Além disso,noano passado, a balança registrou saldo positivo de US$ 2,64 bilhões –oprimeiro superávit

comercial desde 1994, graças à diminuição das importações ea uma taxade câmbio favorável.

Na ponta de serviços, o déficit caiu de US$ 2,477 bilhões, emmarço doano passado,paraUS$1,711 bilhão agora.

Além disso, os investimentos diretos líquidos no País somaram US$ 2,37 bilhões em março, cobrindo com folga odéficit em transações correntes nomês. Emfevereiro,os investimentoslíquidos haviam sido de US$ 856 milhões e, em março de 2001, de US$ 2,09 bilhões.

No trimestre, osinvestimentos diretos somaram

4,697 bilhões de dólares –também superandoo déficit em transaçõescorrentes no período.O resultado ficou praticamente estável em relação aos primeiros três meses de2001, quando atingiu US$ 4,738 bilhões. Em abril, até o momento, os investimentos estrangeiros somam US$1,4bilhão. "Isso mostraque a nossa projeção de investimentodireto de US$ 18 bilhões para este ano é perfeitamentefactível", disse Lopes. Para diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, os investimentos podem passar os US$ 18 bilhões. Goldfajn explicouqueos investimentos diretos estran-

geiros noBrasil hojenão incluem quase nada de privatização,e que estão cadavez maispulverizados naeconomia, com 60% do total sendo em operações demenos de US$ 10 milhões. "O investimentodireto estásurpreendendo", afirmou o economistaAdauto Lima, do WestLB Banco Europeu. Ocenário parainvestimento direto melhoroumuitocom a quedaforte das taxasde juros nos Estados Unidos a partir de setembro,e também porque se conseguiu mostrar que os fundamentosda economia brasileira eram melhores queosdaArgentina", conluiu. (Reuters/AE)

Balanço de pagamentos no azul

O balanço de pagamentos brasileiro registrou superávit deUS$ 989milhões emmarço, segundo dados divulgados ontempeloBanco Central. Emfevereiro, obalanço haviaapurado déficitde US$ 358 milhões e, em março de2001,o saldonegativohavia sido de US$ 659 milhões. No trimestre, o balanço teve um superávit de US$ 1,136 bilhão – abaixo do US$ 1,792 bilhão do mesmo período do ano passado.

Compõem o balanço de pagamentos as transações computadas na conta corrente ena conta de capitais. São registrados na conta corrente os saldos da balança comercial,da contadeserviços

etransferências unilaterais. Daconta de capitais, fazem partea contadeinvestimentos (que inclui os investimentos estrangeiros diretos e as receitas obtidas com privatizações)e aconta deempréstimos e financiamentos.

A dívida externatotal brasileira, englobando os setores público e privado, teve uma levequeda em janeirode 2002,para US$ 209,487 bilhões.Emdezembro, estava em US$ 209,903. Sem risco – O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, rejeitou as críticas doFundoMonetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa do Brasil. Em entrevista nodomingo,o di-

retor doDepartamentodo HemisférioOcidental do FMI, ClaudioLoser, afirmou que o excessivo endividamento externo brasileiro deixa o País em situação vulnerável. Lopes reconheceuque o valor da dívida externa é alto, mastemumperfil devencimentosmuito diversificado, está estável e com tendência de queda.Eledestacoutambémque maisde50% dadívida é de responsabilidade do setor privado, oquereduzo risco para o País. Doestoque dadívidaem janeiro, mais de 40%, ou cercade US$92bilhões, sãodo setor público. O restante é de responsabilidade do setor privado. (Reuters/AE)

SPB: bancos ainda têm

No segundodia defuncionamento do Sistema de PagamentosBrasileiro,SPB, algunsbancos continuaram tendodificuldade de secomunicar com o Banco Central, BC,para registrar suas operações.

Segundo odiretor dePolítica Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, quatro instituições financeiras tiveram de usar instrumentos alternativos como Internet e telefone.

Entretanto, ao contrário do que ocorreu ontem, as câmarasde compensaçãooperaram normalmente, sem nenhum imprevisto."Issodá mais confiançaao sistema.O dia foi mais tranqüilo do que ontem", afirmou o diretor.

Mais tarde – O horário de fechamento das operações, no entanto, foi novamente prorrogado. Até oinícioda noite o SPB havia registrado 4,918 mil operações, num volume totalde R$53,3bilhões. Essevalor continua baixo em comparação com osdias normais,masjárepresenta um aumentoem relaçãoaos

pela Cetip se reduziu grandementecoma entradaemvigor doSPB, até maisque ontem, dia de estréia do SPB. Na véspera a Cetip fechou às 23h, emvezde às18h15,como normalmente ocorre, e ainda assimo volume total negociado pela Cetip foi de R$ 7,956 bilhões, cerca da metade da média diária dos negócios na central no mês de abril (até o dia 19), que foi de R$ 16,06 bilhões.

Ontema Cetip fechou no horário,mas os negóciosliquidados totalizaram R$ 4,08 bilhões, pouco mais da metadedomovimento da segunda-feira e cerca de um quarto da médiadiáriado mês de abril até o dia 19.

Ao contrário da segunda-feira, as câmaras de compensação operaram normalmente

R$52,4 bilhõesmovimentados ontem, primeiro dia de funcionamento do sistema.

Saldonegativo – Segundo Figueiredo,nessa fasede adaptação, alguns bancos ainda estão registrando saldo negativo na conta de reservas bancárias ao longo do dia. O ponto central do SPB é justamenteevitar queissoocorra para tirar do BC o risco de ter de assumir o prejuízo no caso dequebrade instituiçãofinanceira.

O diretor explicou que nessa etapa inicial, os bancos ainda podem registra saldo negativonacontade reservas, atéum determinadolimite, imposto pelo Banco Central.

A Cetip,câmara responsávelpelo registrodenegócios com títulos privados e alguns papéis públicos, não conseguiu se adequar a tempo e continua operando com restrições.

Quedanovolume – O volume denegócios fechados

Nota – Em nota à Imprensa divulgada no fimda tarde, o superintendente-geral da Cetip,Paulo Roberto Mendonça,disse que "a redução do volume de negócios emrelação a ontemjá era esperada porqueo primeiro dia defuncionamentodo novo SPB ainda refletiu osnegócios realizados na sexta-feirae na própria segunda-feira– dois dias, portanto."

Segundo odocumento "além disso,também incluiu o último dia de liquidação financeira das bolsas através da Cetip. O volume de hoje (ontem) reflete apenasos negócios realizados no dia."

Ele afirmou também que "o dia de hoje foi muito tranqüilo. A Cetipnão teveproblemas, encerrou aprimeira janela, de liquidação multilateral, no horário previsto. E a janela de liquidação bruta, durantea tarde, está sendo processada normalmente."

Desmentido– Mendonça usoua notaaindaparadesmentir informações publicadas naImprensa de que o atraso da véspera no fechamento da Cetip tenha sido causado por problemas técnicos. "O fechamentodo sistema da Cetip foi prorrogado atéas 23h,a pedidodo BCe dos bancos, para acatar lançamentosque ainda não tinham sido feitos". (AE)

Indústria também pede queda na taxa de juro

A indústria está fazendo coro com ocomércio em relaçãoàtaxa básicadaeconomia.O presidentedaConfederação Nacional da Indústria,CNI, FernandoBezerra, disse quenãoentendepor que os juros noBrasil estão no nível de 18,5% ao ano.

Segundo Bezerra, as taxas impedem o crescimento e agravam o problema da dívidainterna."A indústria não aceitaisto. Nãopossoentender comoo Copom (Comitê dePolítica Monetária) se reúne eacha razoável uma taxa de juros de 18,5%", disse. OpresidentedaCNI afirmou que o Brasil faz o contrário dos Estados Unidos, onde os jurossão reduzidosquando há ameaça de recessão. "Is-

Vendas de consórcio de imóveis crescem

Avenda acumuladadecotasde consórciosimobiliáriossomou 11,1mil nosdois primeiros meses doano. O volume é 50%maior do que as 7,4 milcotas vendidas no primeiro bimestre de 2001. E a tendência é de que as vendas cresçam ainda mais.

A prometida entradada Caixa Econômica Federal, CEF, no segmento, a liberaçãodo usodoFundo deGarantia por Tempo de Serviço, FGTS, paraos consorciados, somada àpolíticaagressiva de algumas administradoras, promete agitar o mercado até dezembro.

Este é o caso do Banco PanAmericano, dogrupo Silvio Santos, que já acumula 2.354 cotistas ativos em apenas três meses de funcionamento, indicam um ano melhor do que 2001 para as administradoras. (v eja matéria)

renda para obter financiamentos pelo Sistema Financeiro da Habitação, SFH, devido às altas taxas de juros e à necessidade de oferecer entradade 40%do valordo imóvel.

Participantes – O número de consorciadosem todosos segmentos das empresas da Abac alcançou 2,88 milhões de participantes em fevereiro, oequivalenteaaumento de2,5%em relaçãoaoresultado de feverereiro de 2001. Diferentemente dos outros segmentos de consórcios, como o de imóveis e o de veículos,o númerode participantes em grupos de eletr oel etrô nic os caiu nosprimeiros dois meses do ano.

O número de consorciados de todos os segmentos alcançou 2,88 milhões

Contemplações – As contemplações (consorciados que receberamo imóvel)subiram 35,71%nacomparação dos dois períodos, de 1,4 mil para 1,9 mil. O número de participantes atingiu 99,2 mil em fevereiro, total 27,9% acima dos 77,6 mil deigual mês de2001, segundoa AssociaçãoBrasileira de Administradoras de Consórcios, Abac.

Uso do FGTS – Para a presidente daAssociação, ConsueloAmorim,as vendasde cotas devem aumentar com a regulamentação, pela Caixa, do uso do saldo do FGTS para lances ou complemento de crédito em consórcios de imóveis.

A expectativa é de que a Caixaregulamente amatéria até o final da primeira quinzena de maio.

Condição melhor– Co nsueloafirma queissopermitirá queos consorciadosparticipem dosgruposem melhores condições financeiras, já que amaioriadoscotistas paga aluguel e não dispõe de

Total de cotistas– Ototal de cotistas passou de 322,2 mil emfevereiro de 2001 para 316,6 mil participantes no mesmomês desteano, uma queda de 1,7%.

Asvendasdenovas cotas destesegmento no período registraramqueda ainda maior: 37,6%.

Em janeiroe fevereirode 2001, foramcomercializadas 64,2 mil planos, ante 40 mil no mesmo período de 2002.

Marcos Menichetti/AE

Pan Americano adota política agressiva na UD

Atacar em todas as frentes e não perder nenhumaoportunidadede negócio, para vender consórciode imóveis e computadores. Seguindo esta política agressiva, o Banco PanAmericano, dogrupo Sílvio Santos, está presente, aomesmotempo,em duas das maioresfeirasdenegócios da América Latina: a UD ea Fenasoft,ambasem São Paulo.

Disposto a estar entre os líderes na venda de consórcio deimóveis, o plano Minha Casa, do banco, já contava até ontem com 2.354 cotistas ativos e mais de 5 mil pedidos de participação encaminhados. São números significativos quando se conta o pouco tempo de atividadenomercado, com menos de três meses,lançado que foi em8 de janeiro. A meta para as duas feiras é audaciosa: 2 mil cotasde imóveis, assim como do Computador do Milhão. Muita procura – A gerente de Marketing do Pan Americano,Magui Malta,diz quea procura aumentou bastante peloconsórcio de imóveis, "acima da expectativa."

Em parceria com a seguradorado grupo,oscotistas concorrem todo mês por sorteio auma casa, umcarro zero quilômetro e prêmio de R$ 5mil embarras de ouro. "A aceitação tem sido muito boa do consórcio,principalmente pela facilidade de participação", diz Magui.

Meta – Até o fim do ano o PanAmericanoquer atingir vendasde 15 mil cotasdo consórcio, ao ritmo médio de mil por mês.

Sea expectativaseconfirmar, o Banco Pan Americano devefechar 2002 entre os maiores do mercado.

Ranking– De acordo com o ranking do Banco Central, a liderançanos consórcios de imóveisé daRodobens,com 20.156 consorciados, seguida pela PortoSeguro (6.836)e Remaza (5.210).

Em quarto lugar está o consórcio Randon (4.933 participantes), vindo a seguir a Bancorbrás (4.247),ConsórcioNacional Cidadela (3.302), Ademilar (2.951), Battistella(2.947), Govesa(2.778) e Libra (2.732participantes).Estes todosquese cuidem. (MM)

Veículos têm 2 milhões de cotistas

Apesar da ligeiraqueda no númerode cotas deconsórcios de veículos comercializadas noprimeiro bimestre, em relaçãoao mesmoperíodo de 2001,o segmento continua sendo de longe omais representativo do negócio. Os resultadosda Associação Brasileira deAdministradoras de Consórcios, Abac, confirmam a tendência.

O número de participantes ativos em grupos de veículos nacionais eimportados,novos e usados,aumentou 2%, de 2,41 milhõesem fevereiro do ano passado, para 2,46 mi-

lhões no mesmo mês de 2002. O volume de cotas comercializadas noprimeiro bimestre do ano, entretanto, caiu 0,5%, de 190,7 mil nos primeirosdois meses de2001, para 189,7 mil cotas. Duas rodas – As vendas de cotasde motocicletascontinuamliderandoo segmento de veículos, com 1,42 milhão de consorciados, o equivalente a 57,7% do total dos veículos automotorese a49,3% do total dos consórcios.

O volume comercializado de novas cotas cresceu 10,5% no bimestre, subindo de 121

Prestação da casa própria

vai cair 4% com a ampliação de prazo

mil nos dois primeiros meses de 2001 para133,7 mil cotas em janeiro e fevereiro deste ano.

Usados – Outro nicho de destaque foi o de consórcio de usados, com27,5% de crescimento nos últimos dois anos. O total de participantes subiu de 57,6 mil no primeiro bimestrede 2001para 73,4 mil pessoasnos doisprimeiros meses deste ano. No segmento de transportes,onúmerode consorciadoscresceu4%, de106,8mil para111,1mil participantes em fevereiro. (AE)

Citigroup está pronto para novas aquisições

sonão éfeito noBrasil ecertamente não dá para crescer com esta taxa que está aí."

Projeções sobem – As projeções de juros subiram pela terceira sessão seguida na BM&F, que registrou grande volume de negócios. "Odia começoucomuma pesquisa eleitoral e, pelo que se comenta, deveterminar com outra", observou um operadorderendafixa de uma corretora paulista.

A subida nas taxas projetadas no DI foi sentida nos prêmios garantidos em um leilão de títulos prefixados pelo Tesouro, que cresceram mais de 0,50ponto porcentual na comparação com aoferta da terça-feira passada. (AE/Reuters)

A prestaçãoinicial de financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal com recursos do Fundo de Amparo aoTrabalhador, FAT, baixará 4% coma ampliação dos prazos depagamento.

A partir de 2 de maio, o prazo será ampliado dos atuais 150 meses para 168 meses, e o comprometimento de renda subirá de 25% para 30%.

"Razoável" – "A queda da prestaçãoé razoável", afirmou oconsultor técnico

Anecir Scherre,daDiretoria de Desenvolvimento Urbano daCaixa. Segundoele aestimativa baseia-se nas mesmas taxas de juros em vigor atualmente.

O crédito habitacional comrecursos do FATfoi aberto em 2 de janeiro. Vol-

tado para famílias com renda mensal superior a R$ 2 mil, o programa sofre críticas dos incorporadores imobiliários, sobretudo em relação ao menor prazo de pagamento.

Pelas linhas convencionais daCaixa, suspensas no ano passado e baseadas em recursos dacaderneta depoupança, os empréstimoseramfinanciados em até 240 meses.

Críticas – Devido ao menorperíodo deamortização, as prestações iniciaisdo programa do FAT chegavam a ser40% maioresdoque ade operações semelhantes pela poupança, desestimulando diversos interessados.

Um estímulo adicional, segundo Scherre, é a ampliação do comprometimento de renda de 25% para 30%. Embora não haja estimativas de

quantas famílias serão beneficiadas pela medida,a Caixa entende que isso incorporará novos contratos à carteira. Limite – Scherredisse aindaque nãohá maispossibilidadedeampliaro prazodo programadoFAT. "Chegamos aolimite; alémdele, teremos problemas de fluxo de caixa", declarou. Ele explicou que o empréstimo de R$ 1 bilhão do FAT tem prazo de 180 mesespara amortização, a partir da liberação da primeira parcela de R$ 200 milhões, ocorrida em janeiro. O crédito habitacional conta comcerca de R$100 milhões em operações com análise de riscoaprovada. Isso significa queo tomador já conta com sua carta de crédito, mas ainda busca um imóvel para comprar. (AE)

O presidente da divisão deMercados Emergentes do Citigroup Inc., Victor Menezes, dissequeo grupoestáseposicionandona construçãode centros de processamento para os mercados emergentes eque apostanocrescimento da classe média. Alémdisso, Menezes destacoua possibilidadedeefetuar aquisições nos mercados emergentes, onde já possui operações significativas, tais como no Brasil, México, Polônia,Turquia, Coréia evários outros países asiáticos. BankBoston– R ec e nt ementeo Citigroupfoialvo novamente de rumoresde que teria interesse em adquirir as operações do BankBoston noBrasil. À épocao Citigroup não quis comentar o assunto.(AE/Dow Jones)

0,27%, com Embratel desvalorizando 12,7%

Pelo segundo pregão consecutivoa Bovespa acompanhou a baixa da Bolsa de Nova York e fechou em queda. O péssimo desempenho das ações daEmbratel Participações, oagravamentoda crise naArgentina ea expectativa em torno dadivulgaçãodepesquisas eleitorais também prejudicaram o pregão paulista, impedindo a retomada deuma tendência dealta da Bovespa.

Perda – A bolsaperdeu 0,27% em sua quarta queda seguida.

taram asofrernomercado paulista. O papel PN despencou 12,7% e o ON, 9,7%.

A empresa anunciouna vésperaque teve prejuízo de R$ 36,4milhões noprimeiro trimestre, número que desagradou. Além disso, a WorldCom, sua controladora, também tem enfrentado dificuldades no Exterior.

Embratel anunciou um prejuízo de R$ 36,4 milhões no primeiro trimestre, o que desagradou ao mercado

O Ibovespa fechou em 13.188 pontos e o volume financeiro somouR$527,6 milhões. Com este resultado a Bovespa amplia para 0,5% a queda acumulada no mês.

Desde janeiroas perdaschegam a 2,8%.

A Bovespa seguiu as quedas dos indíces americanosdurante todo o dia. O Dow Jones caiu 0,46%e oNasdaqperdeu mais: 1,75%.

Embratel – As ações da Embratel Participaçõesvol-

Na segundafeira as açõesda WorldCom haviam despencadomaisde 30% em Nova York. Sabesp – As ações ordinárias da Sabesp começam aser negociadashoje no Novo Mercado da Bovespa. A companhia paulistaé a segunda empresaa aderir a esta seção denegócios— a primeira foi a Companhia de Concessões Rodoviárias. Oferta – O governo paulistavaiofertar 16%docapital votante, com a colocação inicial de4,6 bilhões deações. Nopregão deontem ospapéis ON da Sabesp ON recuaram 0,67%, sendo que na véspera caíram 1,97%.(RA)

Tendência é de alta para o dólar no curto prazo

Mesmocom altade2,38% acumuladadesde oprimeiro diadeabril,atendência de curto prazodo dólarcomercial aindaé desubir, deacordo com analistas que acompanham omercado de câmbio.

Uma combinaçãodefatores, como mais um agravamentodacrise argentinaeo crescimento da oposição na corrida presidencial, tende a manter a moeda americana pressionada, pelo menos no curto prazo.

manutenção da tendência de alta do dólar nas próximas semanas. Ele acredita que as expectativasde divulgaçãode novas pesquisas eleitorais, sempre precedidasporrumores no mercado, aumentam a procura pela moeda.

"Nos próximos meses, a preocupação com o rumo das eleições deve ser mais marcante"

Ontem o dólar comercial teve a nona alta consecutiva, cotado a R$ 2,359 para venda (+0,81%).A moedanão fechava acima da casa dos R$ 2,35 desde o último dia 25 de março,quando foicotada a R$ 2,365. No ano, odólar tem alta de 1,94%.

Pesquisas – Para oeconomista-chefedo BicBanco, LuizRabi, ocenáriopolítico deve ser o responsável pela

NaTV– "Nos próximos dois meses esta preocupação do mercado de câmbio com o rumo das eleições presidenciais deve ser ainda maismarcante", diz Rabi. Para ele, "nesse período,os candidatos da oposição vão fazer programas de televisão. E omercadosabe queum candidato melhora nas pesquisasse tem um bomdesempenho naTV",afirma Rabi.

Ele destaca que os programasdeJosé Serra(PSDB),o candidatopreferido dos investidores, devem ficar para o segundo semestre.

Argentina – Além dapolítica, segundoRabi, também

devem continuar pressionando para cimaas cotações dodólar asignificativapiora da situação na Argentina, a tendênciade altadopetróleo no Exterior, a redução da rolagem de títulos cambiais e os resultadosainda tímidosda balança comercial.

Fernando Leite, da Quality Corretora, vêna criseargentinaoprincipal motivopara as altas do dólar.

Estabilização – "Mas se a situação melhorar um pouco acreditoque atendênciado

dólar é estabilizar, possivelmente em um patamar próximo aR$ 2,35", diz.Segundo Leite, o mercado estácomprado, ou seja,abastecido de dólares,e esperaapenasuma notíciapositiva paravoltara vender.

"É precisolembrar, queestamos perto dofim do mês, período em que o mercado tem volatilidade maior para o fechamento de contratos futuros de dólar", ressalta.

Graco vai fabricar móveis e roupas infantis no Brasil

AGraco vaipassar afabricarmóveis eroupasinfantis noBrasil. Aempresa estáinvestindo R$ 500 mil para produzirno Paísoqueaté oinício do ano importava da Graco Children’sProducts,dos Estados Unidos. A fabricação será terceirizada e ficará a cargo de oficinas e ateliês de roupas e móveis nacionais.

A Graco quer obter um faturamento de US$ 1,5 milhão em dois anos comas linhas próprias, voltadas para crianças com até quatro anos de idade. O foco são as classes A e B. O representante da empresa, DárcioSanches, dizque o objetivoinicial écomercializarestesprodutos noBrasile depois exportá-los paradistribuidores da multinacional empaísescomo Chile, Uruguai, Israel e México.

Matéria-prima –"O Brasil conta com matéria-prima em abundância emão-de-obra qualificada", diz Dárcio Sanches paraexplicar atransformação da Graco do Brasil em indústria. Os móveis e as roupasserão fabricadosporempresas contratadas,mas a

Passaredo tenta renegociar crédito para aviões Brasília

APassaredo Transportes

Aéreos, a mais nova baixa no segmentode aviaçãocivilregional, responsabiliza amanutenção de aeronaves pelo término das atividades. O sócio-gerente da Passaredo, José Luiz Felicio, disse que dificilmente retomará as operações, suspensas desde o dia 4, sob aalegação deque osdois turboélicesBrasília entrariam em manutenção.

A técnica de atendimento do Procon, Cláudia Ogata, dizqueossócios dacompanhia sãoosresponsáveispelosbilhetesde passageiros que não chegaram aembarcar. No casoda passagem ter sido comprada junto a agências de turismo, estas têm dever de buscar um novo vôo.

A companhia, criada em 1995, acumulouprejuízos superiores a US$10 milhões nos últimos três anos. Felicio tentará renegociar,com o BNDES, o financiamento dos dois aviões Brasília que ainda nãoestão totalmente pagos.

A Passaredo já empregou 320 pessoas e operou em 20 municípios, mas estava restrita a 70 funcionários evôos entre Ribeirão Preto, SP, Governador Valadares, Vitória da Conquista e Salvador. (AE)

própria Graco se encarregará do acabamento final dos dois produtos.As terceirizadas passaram por treinamento paraseguir padrõesinternacionais da empresa.

O objetivo élançarainda neste mês os primeiros conjuntos de móveis para dormitórios. As linhas que serão fabricadas no Paíspartiram de dois anosde pesquisascoordenadas porprofissionais brasileiros e devem chegar ao varejo até o final deste mês.

AGracoatuano mercado nacional desde 1996e alcan-

çou aposição delíder nadistribuição de produtos para bebês e crianças.

História – Nos EUA, a Graco Children’s Products Inc, da qual a empresa brasileira é representante,possui 60% do mercado doprodutos pesados (carrinhosdebebês e móveis) infantis. A empresa foi fundada em 1942, na Filadélfia,e hojeintegra ogrupo Newell/Rubermaid, composiçãodelíder mundialnosetor de produtos infantis. O objetivo inicial do empreendimento eraprestar

Boneca – Miki Sagara (à direita), supervisora do Centro de Informações sobreDiamantes, eAkaneNoma,dodepartamento de brinquedos da empresa japonesa Takara Co, observam a bonecaLica-chan, em um vestidodecorado com 881 diamantes. O preço do brinquedo, uma versão japonesa da Barbie, é de US$ 7,7 milhões, mas não está à venda. Trata-se de uma edição comemorativa dos seus 35 anos. (Reuters)

Sharp terá unidade para telas de cristal líquido

A Sharp construirá, nos próximos meses, uma fábrica para produzir telasde cristal líquido pequenas. Já a Sanyo instalaráumalinha deprodução adicional para amanufatura de painéis de tela de cristal líquido de grande porte para uso em computadores pessoais e televisores.

As fabricantes japonesas de eletrônicos Sharp e Sanyo planejam investir separadamente quase 80 bilhões de ie-

Amazon tem prejuízo menor e vendas maiores

A Amazon.com , maior varejista de Internet do mundo, conseguiu reduzir seu prejuízolíquidono primeiro trimestre no mundo, com o aumento das vendas em 21%. A Amazon.comteveperda líquida deUS$ 23milhões no período, comparado com prejuízo de US$234 milhões no mesmo período de 2001.

As receitas cresceram 21%, de US$700milhões, há um ano, paraUS$ 847milhões. As vendas no segmento de livros, música evídeo melhoraram após uma queda, crescendo8%, paraUS$ 443milhões. O faturamento com eletrônicos, ferramentase utensíliosdecozinha também subiu 8%. (Reuters)

nes, o equivalente a US$ 610 milhões, na produção de telas de cristal líquido neste ano. Osinvestimentos têmpor objetivo competircom rivais da Coréiado Sul eTaiwan, e estimular esse mercado, que começa adarsinais dedesaceleração. Afábrica daSharp produzirátelas para aplicaçãoemaparelhos celularese computadoresde mão.Olocal de instalaçãodas fábricas ainda é desconhecido. (AE)

serviços emmetal parafabricantesda região.Em 1955, porém, a empresa iniciou suas atividades próprias no ramo de puericultura, lançando a cadeirade ninar batizada de Swyngomatic. Até hoje, foramvendidos cerca de 20 milhões de unidades. Nos anos 60, a estratégia de lançamento constante de novos produtos colaborou para colocar a empresa na liderança do segmento. Ogrupo consolidouestaposição ao adquirir, em 1998,a Century Products, sua concorrente.

Lucro da DuPont cai 3% no primeiro trimestre do ano

O lucro líquidoda companhia química norte-americana DuPont caiu 3% noprimeiro trimestre deste ano, para US$479 milhões,comparado aos mesmos meses de do ano passado. A empresa registrou uma desaceleração nospedidos das indústrias eteve resultados negativos comgastos extraordinários,como na Argentina, onde teve um encargo de US$ 63 milhões em funçãodaconversão desuas contas de dólares para pesos. O lucro bruto, que não incluiosgastos extraordinários, sofreram redução de 2,6%,para US$552milhões, sobre o primeiro trimestre de 2001 e não alcançaram as previsões do mercado.

Alémda Argentina,na América Latina, a DuPont atua no Brasil, México, Porto Rico, Chile, Colômbia e também na Venezuela. A DuPont realizou umareduçãogeneralizada dos seus custos, mas a maior economia da empresa veio de um corte de 5,5 mil empregos.A reduçãosignificou 6% menos força de trabalhonasunidadesde todoo mundo. Os cortes começaram a ocorrer em abril do ano passado. (Reuters)

Eletronet conclui ligação entre

Nordeste e Sul

AEletronet, empresacontrolada pela norte-americana AES, encerrano fim deste mês a implementação de uma das maioresredes de comunicações de fibra ótica do País ecomeça abuscar clientes. "Comaligação doanelItáGravataí, no RioGrande do Sul, completamos a ligação de Fortalezaa PortoAlegre"

afirmaopresidenteda empresa, Elson Lopes. Aotodo, foram investidos cerca deUS$ 330milhões na construção darede. Opúblico-alvo da Eletronet são operadoras de telefonia, principalmente as que passarem a atuaremregiões diferentes das suasáreasoriginaisde concessão. (AE)

Paula Cunha
Móveis são dirigidos a crianças com até 4 anos de idade das classes A e B
Kimimasa
Mayama/Reuters

PerfumAllegro vai dobrar de tamanho

Empresa de perfumes quer duplicar número de lojas até o fim do ano, abrindo mais 25 pontos-de-venda licenciados

A indiana Tristar, especializada na fabricação e comercialização deessênciasefragrânciasemtodo omundo, querampliar as vendasde perfumes no País com a marca PerfumAllegro. A empresa possui 25 lojas licenciadas no País e espera dobrar o número deestabelecimentosatéo final do ano.

Para cumprir a meta, a multinacional, no Brasil há sete anos, acabade desenvolv erumsistema delicenciamento, ondeo lojistainveste cerca de R$ 15mil e obtém a exclusividade nacomercializaçãodos perfumesdamarca. O contrato não prevê a cobrança deroyalties ouparticipações sobre lucros. São cobradasapenasas taxasde adesão deR$3milemSão

Paulo e R$ 5 mil no interior e nas demais localidades. O pedido mínimo inicial é de R$ 5 mil. As despesas com aluguel, funcionários e instalações ficam por conta do licenciado.

Pornão setratar de franquia, o sistema possibilitaao lojistautilizaro pontocomercial para a venda deoutros produtos complementares, como cosméticos, bijuteriase bolsas, quenãoconcorram diretamentecom os itens PerfumAllegro. O comerciante pode ainda escolher se a loja recebe o nome PerfumAllegro ou um outro nome qualquer.

A indiana Tristar, dona da Per fumAllegro, tem fábricas na Índia, França, EUA e África do Sul

Umadas licenciadas da PerfumAllegro, YoniAntunes, há um ano e meio no segmemto, começouvendendo perfumesda marca e depois partiupara avenda delingeries no mesmo espaço. "É umaforma de aumentar o orçamento eatrair clientes", afirma. A proprietária escolheu adotar o nome da marca para fortalecer o ponto, que fica no Centro de São Paulo. Bra sil –Atualmente, são vendidos 160milhõesde frascosde perfumenoBrasil. Destes,1milhão sãodaPerfumAllegro. Alguns produtos da empresa estão disponíveis no varejo, em redes como

Tela dobrável – Umnovomodelode teladecomputador dobrável da Samsung é apresentado. Especialistas do setor explicamqueaLCDéideal parausuáriosdaInterneteleitores on-line de livros, pois sua espessura é de apenas 20 centímetros.Elaé semelhanteaumlivroeoferece nitidezdeimagem superior aos modelos já existentes. (Reuters)

Nove empresas querem investir na Asia Global

Aempresa detelecomunicações Asia Global Crossing, que está procurando conseguir injeção de capital para se recuperar de problemas financeiros,informou que há nove companhias interessadas em investir no negócio. A empresa é controlada em 58,8% pela norte-americana Global Crossing, que assinou pedido de proteção contra falência em janeiro passado.

Senãohouver injeçãode dinheiro, a empresa diz que terá caixapara atravessar o ano de 2002 e talvez o começo de 2003. A companhia diz ter US$351milhõesem caixa. "Espero que eles (controladora) consigam se recuperar. Mas somos umaempresa separada e, se eles fracassarem, nóssobreviveremos", disse Jack Scanlon, presidenteexecutivo da Asia. (Reuters)

Extra, Sendas, Wal-Mart e Lojas Americanas. Mas os licenciados recebem algumas linhas premium exclusivas. A multinacional indiana Tristarpossui fábricasnaÍndia, França, Estados Unidos e África doSul.NoBrasil,a empresasó comercializaos produtos, todos importados. Os preços dos perfumes variam de R$ 15 a R$ 37. E as fragrânciasacompanham as marcas de maiorsucesso. Os principaisprodutosda PerfumAllegro são Euro, Nadije, Soul, Prime, Royal, Euro, Lamis,Galla eParis Touch.Ao todo,aempresa possui80tipos deperfumes. Eno segmento de maquiagem possui a linha In Style.

Wal-Mart tem maior alta em vendas

Arede norte-americana Wal-Mart apresentou o maiorcrescimento entreas líderesdo setorsupermercadista, segundolevantamento feito pela revista Supermercado Moderno (SM) O faturamentodogrupo cresceu 24% de 2000 para 2001,fechandoemR$ 1,48 bilhão, o quemanteve a empresa na sexta posição no ranking da publicação. A taxa decrescimento éa mesma desde que o grupo desembarcou no Brasil, em 1995. Hoje,

Preço da Embratel para transmissão de dados caiu 38%

Ospreçospraticados pela Embratelna áreadetransmissãodedados, inclusive Internet,caíram cerca de 38% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado. A informação consta do balanço trimestral da empresa.

Nos três primeiros meses do ano, amaiorempresa do País na área de transmissão de dadoscontabilizou receitaslíquidas deR$450,1 milhões comesseserviço,com queda de 2,1% em relação aos R$ 459,7 milhões obtidos nos primeiros meses de 2001.

Nesse mesmoperíodoo volume médio em megabit/equivalente registrou crescimento de 40%. Ou seja, a quantidade de informações trafegadaspelarede da Embratel continua em crescimento acelerado e a queda refletiu aestratégia daempresa de reduzir os preços visando a semanter isoladanaliderança desse segmento. Telefones – O prejuízo total do trimestreatingiu R$ 36,4 milhões, um aumento de 7,9% frente ao mesmo período do ano passado. A guerra depreços coma concorrenteInteligfoi umadas responsáveispelo desempenho negativo da operadora, que registrouumrecuode 21,5% nas receitascom ligaçõesinternacionais. Ofaturamento com ligações interurbanas, porém, se manteve estável, na faixa R$ 1,1 bilhão no primeirotrimestre deste ano. (AE)

aWal-Marttem12 hipermercados e oito clubes de compra, além de dois supermercados Todo Dia. Carrefour – O ranking dos supermercadosdoano passado da revista SM mostra a liderançada rede Carrefour, que faturou R$9,23 bilhões em2001, nafrente dogrupo Pãode Açúcar, comR$ 9,06 bilhões. Em 2000, oPão de Açúcar havia assumido o primeiro lugare oCarrefour, o segundo. As companhias brigam pela liderança há anos.

No ranking daAssociação Brasileira de Supermercados (Abras), entretanto, o Pão de Açúcar está à frentee o Carrefour,em segundo. Isso ocorre porque a Abras e a SM trabalham com metodologias diferentes. A SM , por exemplo, não anualiza o faturamento deredes adquiridas ao longo do período. O Pão deAçúcar, por exemplo, comprou arede cariocaABC Supermercados em dezembro. No ranking da SM, só é somado o faturamento de de-

zembro da rede ABC à receita anual da companhia. O grupoportuguês Sonae, com forte presença no Sul do País, retomouoterceirolugar no ranking da SM , com faturamento de R$ 3,4 bilhões, crescimentode 13,4% em relação a 2000. A rede Bompreço, que operanoNordeste, ficouem quarto lugar, com faturamento deR$ 3,2bilhões. Em quinto lugar,estáa redecarioca Sendas, com receita de R$ 2,6 bilhões. (AE)

iBest opera como provedor gratuito em mais 70 municípios

O iBest, portal que oferece conexão gratuita à Internet, dobrou sua capacidade de acesso com novas operações em 70 municípios e aumento da infra-estrutura nas localidades em que já estavapresente. Agora, são 164 as cidades que compõem a área de abrangência de conexão. Entre as novas operações, 54 foramdisponibilizadas entreodia20 deabrileasegunda-feira e marcaram a presença do provedor em todososEstados dasregiões Nordestee Sudeste.Deacordo como diretordemarketinge acessodo iBest,André Izay, a expectativa é ampliar a utilização do provedor em 80% nos próximos 30 dias. O iBest oferece aos internautas conexão gratuita à Internet por meiodo provedor da Brasil Telecom, o BrT Ser-

viço. O conteúdo informativo é produzido pela Agência Estado, do Grupo Oesp, e traz notíciasatualizadas 24horas pordia. Emquatro mesesde

operação,o provedordo iBestultrapassoua base de 600 mil usuários. O portal estreou emdezembrocom4 milhões de usuários. (AE)

Tsuli Narimatsu A licenciada Yoni Antunes vende também lingerie para aumentar a receita
Clóvis
Ferreira/Digna
Imagem

Técnica samurai é aplicada nos negócios

Executivos e donos de companhias estão praticando luta japonesa com espada para aprender a avaliar os concorrentes

Os gerente derelações estratégicas Marcos Fugulin, da Intel,espera sempre o momento certo para fechar um negócio.Fugulinafirma que avaliatodos os aspectos do negociador. "Se morde os lábios, deveestar muitoansioso. Nesse caso, espero para fazera negociação",diz. Essaé umadas técnicasqueoexecutivo, praticante de kenjutsu, arte de lutar com a espada, aplica nas negociações.

Fugulinfazparte deum grupodecerca de300alunos em todo oBrasil que aprendem kenjutsu no Instituto Niten. A luta dos samurais japoneses (ver matéria abaixo), está sendo cada vez mais procurada por executivos, médicos, dentistas e artistas que querem melhorar o desempenho no trabalho.

Para atender ademanda, o médico especialista em medicinaesportiva Jorge Kishikawa, de São Paulo,desenv olveuo método KIR(Ken Intensive Recuperation),exclusivo para brasileiros.

Segundo Kishikawa,o KIR busca arecuperação do potencial humano daspessoas pormeiodas técnicasefilosofia dos antigos guerreiros j aponeses."Para osamurai

eraimportante estar sempre atento ao movimento do adversário, qualquer distração poderia lhe custar a vida", afirma o médico. No método KIR, os alunos desenvolvem aconcentração, adeterminação, adisciplina e otrabalho em grupo. "Ensino os profissionais a tratar todasassituaçõescomo de vida ou morte. Um erro significa uma batalha perdida", afirma Kishikawa.

Concentração – Os profissionaistreinados por Kishikawa aprendem como avaliar as reações do negociador e do cliente que está do outro lado da mesa. Segundoo médico, asfraquezasespirituais eas ansiedades de um samurai eram reveladasnapontada

espada.Umguerreiro bem preparado poderia identificar esses pontos fracos, quandoasespadas se tocassem,e derrotar o adversário. Nos treinos no Instituto Niten, osalunos fazemexercíciosparatentar avaliar quais serãoos próximosmovimentos dos adversários. Fugulin, daIntel, usaessa estratégia para contratar novos empregados e avaliaros 120 funcionários comandados porele noBrasil."No dia-adia, uso o contato visual para observar apessoa.Depois que comeceia praticar kenjutsu, identifico os funcionários que são tensos pelo olhar", afirma Fugulin.

Para manter a concentração, as pessoas devem manter

sempre ofoconoqueestão fazendo. "Não se deve levar o celular para o almoço, para resolver negócios. Hora de comer é para comer", diz. Brecha – Enxergar uma brecha na defesado adversário. Nas lutas, nem sempre o mais forte e commelhores condiçõesfísicas vence. Ganha quem tema melhor estratégia para atacare encontrauma brechano concorrente. "A companhiapode não ter o melhor produto, massetiver umametatraçadaparachegar onde quer, tem mais chance queuma empresaquenão sabecomo agir para conseguir um cliente", afirma Kishikawa.

Cláudia Marques

Guerreiros eram classe dominante

A espada era a principal arma dos samurais, que fizeram parte da classe dominante japonesa durante oito séculos. Esses guerreiros da época feudalficaramfamosos por causa do seu código de honra, o Bushido. Nele,o samuraisepropunha a servir um único senhor com todo o empenho, lealdade ebravura. Oguerreiro se

comprometia a até cometer o suicídioseo senhordelepedisse. A arte da espada praticada pelos samurais, como o Kenjutsu se tornou conhecido noBrasil, começoua ser desenvolvida entre oano de 1390e1400, noJapão.Cada feudo tinha uma escola própria de kenjutsu para treinar osguerreiros. Otreinamen-

to era feito com espadas de madeira.

Nos duelos, eram usadas armas de madeiraou de aço. A maioriadas lutasterminavam coma morteou ainvalidez deum dos lutadores. Embora seja uma estratégia de guerra,foi duranteos períodos de paz, que o kenjutsu mais se desenvolveu no Japão.(CM)

CNA vai trocar pontos por prêmios

A rededecurso de inglês CNA fez uma parceria com o Smart Club para fidelizar os consumidores. Dezoito escolas do CNA do Rio de Janeiro e dez, de São Paulo fazem parte do programa. Até o final do ano, todos os alunos das 343 escolas da rede, deverão estar no Smart Club. No programa, todos os alunosque fazemmatrícula,rematrícula eindicamamigos paracursar inglêsouespanhol no CNA ganham pontos quepodemser trocadospor produtos."Estamos incentivando oacumulo depontos paraqueos alunostroquem por viagens", afirma Marco A urélio Mezzacapa, gerente

de marketing da rede CNA. Os pontos ganhos pelos alunos ainda não está definido. Por ter unidades espalhadasportodo oBrasil,apontuação deve variar de uma cidade paraoutra. Quemestuda em São Paulo,por exemplo, pode acumular mais ponto numa rematrícula que os estudantes de outras cidades do País. Smart Club – No programa de multifidelidade Smart Club, o cliente acumula pontos em empresas de vários segmentose podeescolher entre muitos prêmios. São 250 companhias parceiras para atender 2,2 milhões de associados.

A cada compra, o consumidor junta pontos que ficam armazenados no chip do cartão. Quando se atinge uma determinada pontuação, em geral, pode se ganhar diversos tiposde prêmio:assinaturas de revistas, utilidades domésticas, passagens aéreas etc.

A propostado programaé oferecer aoassociadouma variedade de marcas em diversos segmentos, agregando valor às suas compras.

NoBrasil,a idéiadoSmart Club foi concretizada em 1998, com a iniciativa de três empresas acionistas, a Shell, o Bradesco e as Lojas Americanas, queadotaram aestratégia para os mercados que têm

alta competitividadee baixa margem de lucro. Pequeno negócio – Fidelizar os clientes dando prêmios pode ser uma boa para os micro e pequenos empresários. Segundo o João Abdala Neto, consultordemarketing do Sebrae(Serviço Brasileirode Apoio às Micro e Pequenas Empresas), para viabilizar açõescomo essa,oempreendedor deve fazer parcerias com fornecedores, por exemplo. "O empresáriopode dar pontospara clientesque comprem um determinado produto", afirma. Nesse caso, as despesas com a premiação podemser rateadasentrelojista e fornecedor. (CM)

Roche

usou luta para treinar representantes do Xenical

Para venderaos médicoso medicamentoXenical, aRoche Produtos Químicos e Farmacêuticostreinou osrepresentantes do remédio usando as técnicas dos samurais. O objetivoera dar mais segurança aos profissionais. "Como se tratavadeumremédio novo,os representantes precisavam identificar, na hora da apresentação do produto, a melhor forma de convencer o médico", diz o coordenadordocurso Jorge Kishikawa, do Niten.

O seminário foidividido em duas etapas. Na primeira, os profissionaisaprenderam a melhor forma para se aproximardosclientese como motivar os médicos a comprar os produtos.

Segundo Kishikawa, a

abordagem tem de ser feita de umaformaque possibilite umarelação duradoura. Diferentementedo modoamericano, queprega abocanhar o consumidor, no método oriental,a idéiaeconquistálo pela confiança. "Dentro da cultura samurai, os clientes são deuses", diz Kishikawa. Na segunda parte,osfuncionários partirampara aluta.Todos ficaramfrente-afrente com um oponente. "Queríamos testar a perseverança dosprofissionais diantede umadversário",afirma Kishikawa.

Depois dotreinamento,o grupo mudou a estratégia de representação. Osdados da Roche apontaram um crescimento de 1% ao mês nas vendas do Xenical. (CM)

cursos e seminários

Dia 25

Logística Internacional – Ocurso visacapacitarprofissionaisagerir comeficiência oprocesso dacadeiade suprimentosem operaçõesinternacionais. Duração: 30 horas, das 8h30 às 12h30. O curso acontece na quinta-feira (25) e nos dias 2, 9 e 16 de maio. Local: IOB Thomson, ruaCorrêaDias,184,Paraíso.Preço: R$900(associados)eR$1.035 (não associados). As inscrições devem serfeitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Apuração de fraudes: inquérito policiale processo-crime – O objetivo docurso éinformar aosparticipantes comosão apuradasas fraudesnas empresas.Oseminário écoordenadopeloespecialista emDireito PenalAntônio SérgioMoraes Pitombo,do escritórioMoraes Pitombo e Pedroso Advogados. Duração: oito horas, das 8h30 às 18h00. O curso acontece na quinta-feira (25) e é promovido pelo ADPO (Academia de Desenvolvimento Profissional e Organizacional). Local: Auditório GoldenTower Hotel,rua DeputadoLacerda Franco,148, Pinheiros. Preço:R$ 870. As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone (11) 3031-6777.

Dia 27

Dia 27

ROF Empréstimos – Ocurso édirigido aempresáriosquequeiram mais informações sobre as normas do Banco Central do Brasil referentes ao Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras -RDE -ROF, queentraram emvigor nodia 01de março.Duração: oito horas, das 8h30 às 18h30. O curso acontece no sábado (27). Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 440 (associados)e R$516(não associados).As inscriçõesdevemser feitasa partir de hoje pelo telefone 0800782755.

TRT suspende acordo dos metalúrgicos

Em liminar concedida na última sexta-feira, juíza diz que a convenção coletiva conflita com a atual legislação trabalhista

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) suspendeu o efeitodaconvenção coletiva assinada hápoucomaisde um mês pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). O documento antecipa a flexibilização da Consolidaçãodas LeisdoTrabalho (CLT).

A juíza doTRT, Vânia Paranhos, que proferiu a liminardepoisde analisaraação declaratória de nulidade apresentada pelo Ministério Público do Trabalho, afirma

que ascláusulasabrangidas na convenção conflitam com a legislação em vigor. Em 21 de março, o Sindicato dosMetalúrgicos, Federação dosTrabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico doEstadode SãoPaulo,Sindipeças e outros sindicatos assinaram a convenção coletiva em questão.

A convenção prevê a negociação das fériasem até quatroperíodosde cinco dias úteis, oparcelamento dopagamentoda participaçãonos lucros eresultadose do 13.º salário, aredução dohorário

de almoço para meia hora e o pagamento em dinheiro da licença paternidade.

Pela atualCLT, osdireitos colocadoscomo negociáveis na convenção não podem ser mexidos.

Os sindicatos queassinaram a convenção coletiva foram notificados na última segunda-feira e têm prazo de 15 dias, contados a partir de ontem, para fazer o pedidode reconsideração ao Tribunal. Senegados os pedidos, os

Sindicato dos Metalúrgicos alega que a convenção só seria colocada em prática após mudança na CLT

sindicatos deverão aguardar o final do julgamento. Tanto o Sindicato dos Metalúrgicosquanto oSindipeças devem contestar a liminar do TRT ainda esta semana. Intenção – Segundo oassessor derelações trabalhistas do Sindipeças, Gustavo Martuscelli, essa convenção, na verdade, se transformou numa carta de intenções. "Enquanto o Executivo não sancionar o projeto de lei que flexibiliza a CLT, será impossí-

Alíquota mínima para o ISS é mantida na emenda da CPMF

Na tentativa de acabar com a guerra fiscal entre os municípios, os deputados mantiv eram ontem, na emenda constitucional que prorroga aContribuição Provisória sobre Movimentação Financeira(CPMF) até 31 de dezembrode 2004,a alíquota mínima parao Imposto sobre Serviços (ISS).

Pelaemenda, asalíquotas mínimas do ISS serão fixadas emlei complementar.Mas, enquanto essa leinão for aprovadapelo Congresso, o mínimo será 2%.

Atualmente, os municípios são obrigados apenas a cum-

prir aalíquotamáxima do ISS, que é de 5%. A inexistência deumaalíquotamínima permiteque osprefeitosdas pequenas cidades,principalmenteaquelas situadas nas regiões metropolitanas,concedam reduções ouaté mesmo isenções do imposto para atrair empresas.

Guerra – Esta guerra fiscal acaba prejudicando a arrecadação tributáriadas capitais e grandes cidades. Por isso, a propostada alíquota mínima tem apoio maciço dos prefeitos dos municípios de maior porte. O ISS é oprincipaltributo arreca-

dado pelas prefeituras e rende,anualmente, cercadeR$ 6 bilhões para os mais de cinco mil municípios brasileiros.

Segundoo deputadoRodrigo Maia (PFL-RJ),o mercado financeiro de São Paulo, quehoje temisenção doISS, terá depagar o imposto, assimquea propostaforaprovada pelo Senado. "As corretoras de São Paulo terão de pagar ISS sobre a corretagem e taxa deadministração", afirmou Rodrigo Maia, presidente da Comissão Especialque analisoua emenda da CPMF. (AE)

vel firmar acordoscombase nela." Ele explicaque aconvenção é do tipo"guardachuva", que abrange todos os filiados mas só tem validade quando uma empresa se interessa em firmá-lo com seus empregados.

O assessor alega que a idéia de fazer aconvenção coletiva era adiantarum documento que pudesseser colocadoem prática imediatamente à sanção do projeto de lei, que permite queo negociado entre patrõese empregadosprevaleça sobre o legislado.

Senado – Atualmente, o projeto de lei de flexibilização

da legislação trabalhista está paradonoSenado, semprevisão devotação. Ogoverno retirou oregime deurgência davotação numacordocom a oposição para acelerar a votação da emenda constitucional que prorroga a CPMF até dezembro de 2004.

A assessoriadoSindicato dos Metalúrgicos informou que a convenção não foi negociada e nem está em fase de negociaçãopor nenhumafábrica. Qualquer acordo só será cogitado quando a CLT for modificada.

Câmara vota hoje projeto sobre o fim dos impostos

A comissão especial da Câmaraque estudapropostas para eliminar o efeito "cascata" das contribuiçõessociais iniciahojea votaçãodoprojeto de lei que altera o sistema de cobrança doPis-Pasep. O deputado Mussa Demes (PFL-PI)apresenta aúltima versão do texto, incorporandoalgumas mudanças sugeridas por parlamentares e empresários.

A mais importante delas é a manutenção das atuais regras parao recolhimentodosalário-educação. Antes, o texto previa que o tributo, hoje cobrado sobrea folhadesalários, seriaaplicadosobrea nova base dos tributos.

Teste – A apreciação da proposta seráo primeiroteste sobre a disposição do Congresso de apoiar o compromisso assumido pelo presidente da Câmara,Aécio Neves (PSDB-MG), com o presidente FernandoHenriqueCardoso.No iníciode março, Aécio se propôs a conduzir as negociações para compatibilizar as propostas

em cascata

do Congresso e do Executivo, a pedido do presidente da República.

Reforma – A substituição dascontribuições sociaissobreo faturamentodas empresas por um tributo sobre o valoragregado– incidindo sobre uma base menor e, em conseqüência, resultandona reduçãoda carga tributária paravários setoresdaeconomia – é a principal reivindicação do setor empresarial. Por falta deapoiodo próprio governo,que temiaperder receitas,a reformatributáriaficou paradano Congresso nosúltimos seisanos.

O fim do efeito "cascata" do Pis-Pasepé umapequenafatia das mudanças. Mesmo assim, o projeto de lei emestudodeveráencontrar resistência de alguns segmentos econômicos,que sofreriam um aumentoda cargatributária, emdetrimento de outros, que sairão ganhando. A idéia é que o Pis-Pasep, hojecobradona forma de 0,65%sobreo faturamento das empresas em todas as eta-

pas da cadeia produtiva, tenhaumaalíquota de1,65%, porém sobre umabasemenor. As empresaspoderiam deduzir dofaturamento bruto várias despesas da base de cálculo, como o tributo embutido nos preçosdos insumos, aluguel, juros de empréstimos e aquisição de máquinas e equipamentos. Abatimentos – A novasistemáticade cobrança,noentanto,vai onerarsetoresque utilizam poucos insumos e equipamentos e, portanto, poderão fazerpoucos abatimentos dabasedecálculoe passarãoa pagar1,65%, em vez dos atuais 0,65%. Éocaso doshospitaiseescolas. Já outros setores, como os supermercados, que agregam pouco valor, serão beneficiados com as mudanças. IR – O Senado aprovou ontem aMedida Provisóriaque corrige a tabela progressiva do Imposto de Renda para pessoas físicasem 17,5%. A MP foi aprovada nasemana passada na Câmara. (AE)

Catarina Anderáos

740 mil pessoas ficaram sem ônibus

A greve de cinco horas organizada por motoristas e cobradores deixou os pontos de ônibus lotados e fechou 15 terminais

A greve de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo deixou cerca de 740 mil pessoas sem transporte ontem, por cinco horas, das 10h às15h. Aparalisação,de acordocomo Sindicato dos Motoristas e Cobradores, foi de 96% da frota de 9.860 ônibus.Ainda segundo o sindicato, não houve registro de incidentes, quebra-quebra ou ocorrências policiais.

Os terminais administrados pela São Paulo Transportes (SPTrans)ficaram fechados durante a paralisação, entreeles Bandeira,Parque D. Pedro, Princesa Isabel, Capelinha, João Dias, Santo A maro, A.E.Carvalho, Aricanduva, São Mateus, Penha, Vila Prudente, Carrão, Casa Verde, Cachoeirinha e Santana.A categoriase reúnehoje para avaliar a paralisação.

Os pontos de ônibus ficaram cheios. Somente alguns veículosclandestinos e vans

faziam otransporte. NaavenidaCruzeirodo Sul,zona Norte, porexemplo, oponto em frente ao Terminal Rodoviário do Tietê ficou lotado.

Amanifestação dacategoria foi criticadapelo secretário municipal de Transportes, Carlos Zarattini, que disse que há outras maneiras de

reivindicarem uma campanha salarial. Apesar da crítica à greve, Zarattini garantiu que a categoria não será punida.Apóso encerramento da

Começa reforma no Terminal Tietê

O TerminalRodoviário do Tietê, o maior da América Latina esegundodo mundo –perdeapenaspara odeNova York – já está passando pela maior reformadesde quefoi construído, há 20anos. As obras, divididasem quatro etapas, foram iniciadas pela ala norte, que terá as duas primeiras partesda reformaentregue em setembro. A previsão é de que até março o projeto de R$ 14 milhões esteja totalmente concluído.

Amudançanolayout do terminal será principalmente nas áreas de espera, comercial e de alimentação que, além de contarcommarcas como Bob’s, Mr. Sheik, Dunkin Donuts e Casa do Pão de Queijo,serátransferida do fundo do terminal para a área perto do acesso pelo Metrô. "A intençãoéqueonovo espaço seja utilizado também pelas pessoas que passam pe-

lo terminal e não somente pelas queviajam",disseAltair Moreira, diretorda Socicam, empresa que administraos terminais rodoviários em São Paulo. Cerca de97 milpessoas transitam diariamente pelo terminal e aproximadamente 50mil pelaestação do Metrô Tietê. Além das novidadespara a área de alimentação, a reforma inclui também a colocação de assentos mais confortáveis e modernos, clareamento do piso e mais iluminação. As obras do Terminal Tietê são de responsabilidade doConsórcio Prima,formado pelo Termini e Socicam. Pesquisa– O novo formato do Tietê, desenvolvido pelo arquiteto Gabriel Kalili, foi idealizadoa partirdeuma pesquisa realizada há um ano e meio, que indicou que apenas 46% dos usuários utilizavam as lanchonetes.

De acordo com Marcos Romitti, diretor da consultoria Intermart Austin, outros itens da pesquisa também serviram para identificar e definirasmudanças doterminal,entre eles,ode que mais de60% dopúblico que utiliza o terminal é de jovens, ecerca de50%tem 2ºgrau completo ou nível superior, ganhandoacimade 10salários mínimos. "Com esses resultados ficou evidente que

temos de oferecer melhores serviços".

Conforme Altair Moreira, diretor daSocicam,a reforma do Tîetêestádefinindo um novo padrãopara os terminais de todo o país. "Esse projetodemelhoria deverá ser repetido em outros terminais.A intençãoé valorizaro usuário, com áreas mais confortáveis que tornem a sua permanênciamais agradável", disse Moreira. (KF)

greve,o transportefoinormalizado gradativamente.

A paralisação foi para reivindicar a correção de 9,26% do salário, referente às perdas

salariais causadas pelainflação no último ano, e mais 5% de aumento por produtividade, PLR(Participação nos Lucros e Resultados), além de convênio médico gratuito. A Transurb (sindicatodas empresasde ônibus)jáanunciou que nãoconcederá reajuste salarial. A categoria tem cerca de 45 mil funcionários. Asempresas também ameaçam nãodistribuirvales-refeição a partir de 1º de maio. Conforme o Sindicado, se isso acontecer, poderá ocorrer novaparalisação por tempo indeterminado.O piso salarial de um cobrador é de R$ 546 e de um motorista, R$ 948. Está prevista para hoje uma audiência de conciliação entre funcionários e representantes das empresas de ônibus. A categoria deve se reunir também para fazer avaliação da paralisação.

Moradores da zona Leste

ficarão sem água hoje

Aproximadamente 295 mil moradores da zona Leste irão ficar semo fornecimento de água hoje. De acordo com a Sabesp, serão realizados serviços de interligação de redes de água no setor Vila Alpina. Para realizaçãodostrabalhos,das6h às 19h,será necessáriointerrompero fornecimento de águanos bairros do Jardim Independência, VilaPrudente, Vila Zelina, Vila Elois, Jardim Teresa, Vila Ivone, Vila Rosa, Vila Charlote, Jardim Silveira, Quinta daPaineira, Vila Califórnia, Sítio Pinheirinho, JardimGuairacá, Vila Alpina, Sítio da Figueira, Vila Mirandópolis, Vila Lúcia,Vila Bela, Parque São Lucas, Vila Amadis, Cidade Continental, VilaMiami, Vila IVG,Vila Arlinda, Vila Merly, Vila Nova Paulicéia e Vila Mendes.

Em fotos, história do Alto de Pinheiros

Quemmorano AltodePinheiros e quiser conhecer um pouco mais sobre o desenvolvimento do bairro, pode visitara exposiçãofotográfica O Alto dePinheiros, aPraça eo T e m po , que prossegueaté o dia19 noEspaço Culturaldo Shopping Villa-Lobos.Trinta imagens mostram o crescimento dobairroapartirda praça Panamericana. Uma fotode1950, por exemplo, traz a praça sem nenhuma construçãoao redor. Já um retrato de 1977 e outro atual exemplificam a essência damostra: retrataratrajetória do Alto de Pinheiros através de sua ocupação e as alterações na paisagem.

Umdos painéisdaexposição apresenta a planta baixa dapraça Panamericana,com uma pequena biografia. "Nós mostramos também biografias das pessoas que deram

nome às ruas que convergem paraapraça, como Pedroso de Morais e São Gualter", explica a restauradora Beatriz CarvalhoRicardo, daequipe da Magodas Imagens, em-

presa especializada em manipulação digitalde imagens responsável pela mostra. Pesquisa – Um amplo trabalho depesquisa foirealizado para encontrarasfotos mais antigas, que foram digitalizadas. Deste processo nasceu amaior parte dos30 painéis quecompõem aexposição. "O depoimento de antigosmoradores dobairro também foi essencial", disse Beatriz. Através dessas conversas foi possível comparar e identificar oslocais atuais com os retratados nas fotos. As fotos mais recentes, que representam30% damostra, também foramampliadas pelo sistema digital. Uma boa

parte das fotos foi extraída do arquivo da Cia City (empresa que loteou o bairro).

Algumas imagensforam fornecidas pela Saap (Sociedade Amiga do Alto de Pinheiros) e pela Estação Memória dePinheiro.Fotosdo acervo deJorge Siufie AntonioIvo Pezzoti tambémforam aproveitadas.

Sandra Manfredini

ser viço

A exposição Alto de Pinheiros, a Praça e o Tempo, acontece no Espaço Cultural do Shopping Villa-Lobos, piso G1, (avenida Nações Unidas, 4.777). Diariamente, até 19 de maio, das 10h às 22h. Grátis.

A Sabesp recomenda que água armazenada nascaixas residenciais seja utilizada racionalmente,evitando desperdícios. O retorno do abastecimento deverá acontecer gradualmente, logo após o término dos serviços.Os casos de emergência serão atendidospelotelefone 195, que funciona durante 24 horas. A ligação é gratuita. G ua ru lh os – Moradores dosParques Continental 2 e 3, em Guarulhos, também terão o fornecimentode água interrompido hoje, para serviços de manutenção preventiva no"booster"Jardim CiSaaeinterromperá oabastecimento das 9h às 17h, com retorno gradativo amanhã. A previsão éde que 40mil pessoas sejam afetadas. Mais informações pelo telefone 0800-101042. (KF)

agenda

Hoje

Confr aterniza ção –O membro licenciado do Conselho Superior e ConsultordaPresidência da Associação, Miguel Ignatios, participa de jantar promovido pelavereadora HavanirNimtz emhomenagem ao empresário Pedro Olavo Severini. Às 20h30,noEsporte Clube Sírio, avenida Indianópolis, 1.192.

Cioi – Reunião-almoço da CâmaraIntersetorial de OperaçõesInternacionais (Cioi), coordenada pelovice-presidente de Comércio Exterior, Renato Abucham. Às 12h30, rua Boa Vista, 51/12º.

Na avenida Cruzeiro do Sul, na zona Norte da cidade, os pontos de ônibus já estavam lotados logo depois do início da greve, por volta das 11h
As mudanças serão principalmente nas áreas de espera e de alimentação
Tuca
A mostra, no shopping Villa-Lobos, tem a praça Panamericana como tema
Dudu Cavalcanti/N-Imagens

Déficit em conta

corrente

cai para US$ 997 milhões, melhor resultado desde 96

O déficit em conta corrente do País caiu para US$ 997 milhões emmarço, segundoinformou ontem o Banco Central.Em fevereiro,haviasido de US$ 1,090bilhão. Nos 12 meses terminados em março, a conta acumulasaldo negativode US$19,775 bilhões,o que corresponde a 3,88% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. O resultadoé o melhor desde outubro de 1996.

Porco é dinheiro no cofre

Em menosde umadécada o Brasil será o principal fornecedorde carnede porcopara a Rússia, China, Índia e os países da América Latina. Produzindo abaixo custouma carne dealta qualidade,a suinocultura brasileira vem aumentando rapidamente sua participação nomercadointernacional. Se em 1990 as exportaçõesde suínosnãopassavam de 13 mil toneladas, neste ano o País deverá colocar no mercado internacional 350 mil toneladas. Para intensificar as vendas externas, umamissãobrasileira vaià China em maio para fechar acordos sanitários entre os doispaíses. Osacordos permitirãoaumentaras vendas decarnes suínaspara oschineses. Joel SantosGuimarães escreve na página 14

Câmara aprova a prorrogação da CPMF até 2004

Por327votos afavor,117 contra eduas abstenções, a Câmaraaprovou nanoitede ontem a emenda constitucional que prorroga a vigência da CPMF até 31 de dezembro de 2004. Os deputados mantiveram a isenção da cobrançadacontribuição paraocapital estrangeiro nas bolsas de valores. Também ficou mantida, por 395 a 42 votos, a alíquota mínimade 2%do ISS. A gora,a proposta seguirá para o Senado. Página 18

Os investimentos diretos líquidos no País somaram US$ 2,37 bilhõesemmarço, cobrindo com folga o déficit em transaçõescorrentes. Com isso, o balanço de pagamentos foi superavitário em US$ 989 milhões. Já adívida externatotal do Brasil, englobando os setores público eprivado, ficou em US$ 209,487 bilhõesemjaneiro deste ano. Página 5

Pesquisas mostram que Lula

tem 35% a 39% dos votos

Opré-candidato doPTà presidênciada República, Luís Inácio Lula daSilva, continua na liderança,com 35% das intenções de voto, segundopesquisa divulgada ontem pelo Ibope. Em seguida, empatados tecnicamente, aparecemo senador tucano José Serra, com 18%, e o précandidatodoPSB, Anthony

Garotinho, com 16% dos votos. Em quarto lugar está o pré-candidato do PPS, Ciro Gomes, com 11%.

Seo segundo turno das eleições fossehoje, aponta o Ibope, Lula venceria qualquerum dos outros três adversários. Nas simulações da pesquisa, ele bate Serra por 46% a 38%. O petista ainda

vence Garotinho, por 46% a 36%, e Ciro, por 48% a 34%. Vox Populi – Já na pesquisa do instituto Vox Populi, Lula cresceu sete pontos em abrile chegoua39% dasintençõesdevoto.José Serra perdeupontos:caiude 23% para19%. AnthonyGarotinho ficouestagnado,com 16%, assimcomo Ciro Go-

Um encontro constrangedor

Graco vai fabricar móveis e roupas com terceirizados

A Graco vai fabricarmóveis e roupas infantis no Brasil.Até oiníciodoano, aempresa distribuía os produtos damultinacional americana Graco Children’s Products. A produção será totalmente terceirizada. Osconsumidores potenciais são crianças de até quatro anos das classes A e B. NosEstadosUnidos,a Graco detém cerca de 60% do mercado de produtos infantispesados, comomóveise carrinhos de bebê. Página 14

a a Uruguai rompe relações com Cuba e alega ofensas de Fidel Castro Página 4 Casa Cor será realizada em imóvel tombado pelo Condephaat Página 12 Multi indiana da área de perfumes quer ganhar mercado no Brasil Página 15

Samurais ajudam os profissionais de venda

Executivos, profissionais de venda eempresários estão aplicando nas empresas estratégias usadas pelos samurais,antigos guerreirosjaponeses da época feudal. Segundo o gerente de relações estratégicas da Intel, Marcos Fugulin, praticar a luta com espadas, kenjutsu, o ajudou a se concentrarmais

duranteuma negociação. "Hoje, fico procurandobrechas paraconquistar um cliente.Noduelo, abuscaé pelo pontofracodoadversário", afirma Fugulin. Para vender oremédio Xenical aos médicos, os representantesda Rochetambém receberam treinamento de luta com espada. Página 17

mes, doPPS, com12%. Para o presidente do instituto, Marcos Coimbra, Lulase beneficioudo programadoPT na televisão. Mas o quadro podemudar muito,disse,já que os índices são fruto direto da propaganda na TV, quevem causandooscilações no gosto do eleitorado desde o ano passado. Página 3

Ministro argentino renuncia e abre nova crise no país

O ministro daEconomia da Argentina, Jorge Remes Lenicov, renunciouao cargo ontem,depois queo Congresso recusou-se a votar a segunda versão do plano Bonex (queprevê atroca dosdepósitos bancários retidos nas instituições por bônusde até 10 anos). O mais cotado para seu lugaré AlietoGuadagni, economista peronista, atual secretário de Energia, que foi embaixador no Brasil.

Apósa renúncia de Lenicov, todos os membros do gabinete argentino teriamcolocado seus cargos à disposição do presidente, de acordo com informações não totalmente confirmadas. O portavoz da presidência, Eduardo Amadeo, garantiu que EduardoDuhaldenão tem planos de renunciar. Página 4 Tendência a curto prazo é de alta na cotação do dólar

Analistas queacompanham omercado cambial avaliam quea tendênciaé de alta a curto prazo. O agravamento da crise na Argentina e ocrescimento dacandidatura deLula na corrida presidencial brasileira tendem a pressionar ascotações. Ontem, o dólar comercial fechouemalta de0,81%,pelo nono dia seguido. Página 7

Consórcios imobiliários: vendas aumentam 50%

Os consórcios imobiliários estão tendo forteexpansão: sóno primeirobimestre,as vendas do segmento cresceram50%em relaçãoaomesmo período doano passado. A tendência é de que aumentem ainda mais, com a entrada da Caixa Econômica Federal, a liberação do FGTS para os consorciadosea política agressivade algumas administradoras. Enquanto isso, osconsórcios deautomóveis tiveram expansão bem mais tímida, com umaumento de 2%no número de participantes no bimestre. Página 6

Num encontro difícil, para tratar do caso dos padres pedófilos, o papa João Paulo II condenou os abusos praticados contra crianças e jovens nos EUA e em outros países. Participaram da reunião 24 prelados, entre cardeais e bispos americanos e chefes
das
mais influentes congregações da Cúria Romana. Página 4
EM LINHA
Fugulin, da Intel: técnica deu mais concentração na hora de fechar negócio

Telecomunicação voltará a crescer em 2002, diz estudo

Depois doboom deinvestimentos em equipamentos e serviços de telecomunicações em 2000, seguido de retração no anopassado, asempresas de telecomunicaçõesde médio e grandeporte projetam ligeiro aumento de desembolsos neste ano. A constatação é do estudo Brazil Corporate Telecom Investments Trends 2002, realizado pela consultoria IDC Brasil,que ouviu 500 companhias de diferentes segmentos do País. O trabalhoaponta que,do total de investimentosem tecnologia da informação em 2001,16,2% foramparaserv iços detelecomunicações, que incluem telefoniafixa e móvel, comunicaçãode dados, serviços de valor agregado e acesso à Internet.

Para este ano, a sondagem indica crescimento para 17,3%.A elevação também deveser sentidanos gastos cominfra-estruturae equipamentos,com redes,PABX e aparelhosdiversos, como celulares, palms e fax.

Devem ir para o setor 17% do total de investimentos feitos em tecnologia da informação no ano

De acordo como estudo,os invest imentos feitos pelas empresas nesses áreas deve aumentar de 12,4% dototal dirigidoàtecnologia dainformação, em2001,para 13% neste ano.

Queda – Os dados levantados pelaconsultoria referentes a2001são umretratoda retração vivida pela indústria de telecomunicações.

Supermercados

Alucratividade dosetorde supermercadocresceu em 2001, segundo relatório anual darevista Supermercado Moderno (SM). O levantamento, feito comcerca de 13 mil lojas em todo o País, mostra queo lucro líquidodo setor foi de 2,05% sobre o faturamento bruto no ano passado,contra 1,77% registrado noano anterior (2000) e 1,30% alcançado em 1999. Deacordocom oeditorda SM, Valdir Orsetti, o total das empresas cobertas pela pesquisarepresenta80% do faturamento do setor. Ficam de fora lojasque nãotêm asseguintesseções básicas:açougue,padaria, laticínioefrios; mercearia (enlatados, produtos de limpeza) e não-alimentícios(produtos deplástico, metal, aço etc).

De acordo com a SM, o auto-serviço faturou R$ 79,2 bilhões,10%a maisdoqueem 2000. O valor, entretanto,

Segundoo analistaJosé Roberto Mavignier,responsável pelo estudo, em 2001 nenhuma empresada amostra de 500 companhias investiuacima deUS$ 10,5 milhões em tecnologia da informação e telecom u ni c a ç õe s . "No ano anterior", compara, "20% da amostra indicava investimentos superiores a US$ 13,5 milhões".

Outro indicativo da retração: em 2000, 25% das empresas entrevistadasprojetava investimentosacima de US$ 2,5 milhões. No ano passado, 91,6%da amostraconcentrava-se na faixa abaixo deUS$ 1milhãoemgastos

comtecnologia etelecomunicações.

Inovações – Noque se refere à adoção de novas tecnologias, o levantamento aponta a voz sobre IP (sigla em inglês para Protocolo Internet) com o maior índice de implementação futura. "Apenas 6% das empresas entrevistadasjáadotam atecnologia, mas 22% delas pretendem implementá-la este ano". Mavignier destaca, porém, que 66% das companhias que participaram do levantamento demonstraramnão conhecer o sistema de voz sobre IP. "O desconhecimento concentra-senas empresas de menor porte, apontando o grande desafio que os fornecedores têm pelafrente", conclui. (AE)

lucram mais em 2001

não desconta a inflação do ÍndiceNacional dePreçosao Consumidor (INPC) do período, que foi de 9,44%. Descontada a inflação, o crescimento real do ano passado foi de 5,12%.

Osnúmeros foram considerados"vigorosos" pelapublicação,por conta das dificuldades enfrentadas com a desaceleração econômica do ano passado. Oshipermercados –lojas deno mínimo 5milmetros quadrados de área de venda –foram os que mais cresceram, segundo o relatório, com aumentode 11,3%do faturamento bruto.

Os supermercados –com lojasabaixode 5mil metros quadrados– registraram expansão de 8,6%.

No cálculo de produtividade,entretanto,ou faturamento por loja, os supermercados superam o formato hiper. A receitados supermer-

cados por unidade foi de R$ 4,8 milhões, 10,3% a mais do que em 2000. No caso dos hipermercados, o faturamento porloja foide R$80,9 milhões,quedade 2,5% em relação ao ano anterior. O aumentomais significativo no número de lojas das grandes redes explica a queda – a expansão foi de 14,2%, segundo o relatório, o que aumentaa base dedivisãoda venda por número de pontos. Os supermercadostiveram pequenaqueda nonúmero de lojas, de 11,5 mil para 11,3 mil em 2001.

R eg io na l – Na análiseregional, as regiões CentroOeste e Sul foram as que mais cresceram:14% cada uma, superando o Sudeste, que viu sua receita subir 9%.

Os incentivos fiscais dos Estados e cidades do centro do País, que atraíram investimentos de grandes empresas, justificam essa alta, de acordo

com a análise da revista. Já o Sul doBrasil foi beneficiadopor terficado defora do racionamento.A situação do Norte e Nordeste não está avaliada no revista.

Médias – Umdestaqueno levantamento da S M foi o avançodasredes médiasde super ou hipermercados.

Enquanto as sete maiores do setor venderam 4,66% a mais no ano passado, o crescimento médio das empresas entrea 10ªe a20ª posiçãofoi de 25%.

A Master Sonda Hipermercados, do Rio Grande do Sul, que ocupa o 51º lugar no ranking de supermercados da revista,teve crescimento de vendas de 91,84%, atingindo faturamento de R$ 96,4 milhões.

EmSãoPaulo, odestaque foi a rede D’Avó (20º), cujo faturamento cresceu23,95% e fechou emR$ 285,3 milhões. (AE)

Esmagamento de cacau recua 17,6%

Pressionada pelos preços firmes da amêndoa e pela fraca demanda pela manteiga, a indústria de esmagamento de cacau viveum períodode retração no Brasil e no mundo. A atividade industrial vem caindo e algumas unidades periféricas foram fechadas nos últimos meses.

Estudo elaborado pelo analista Thomas Hartmann e divulgadopela Associação

Comercial daBahia(ACB) mostraqueo esmagamento de cacaunoBrasilrecuou

17,6% noprimeiro trimestre deste ano. Noperíodo, a indústria esmagou38.024 toneladas, contra 46.132 toneladas doprimeiro trimestre doano passado.Os dadosda ACB mostram que o esmagamento no começodo ano foi o pior desdeo segundotrimestre de 1995.

Redução global –Nos EstadosUnidos ena Europa,o cenárioserepete:queda de 13,83% e 16,6% no primeiro trimestredo ano,respectivamente. A AssociaçãoEuro-

péia de Cacau mostrou, na segunda-feira,que 153.811toneladas foram esmagadas entrejaneiro e marçode 2001, em comparação com as 184.411do mesmotrimestre de 2001.

Da mesma forma, a Associação dos Fabricantesde Chocolate dos EUA informou na última sexta-feira que98.005 toneladas de cacau forammoídasnaquele período, frente às 113.734 toneladas recordes do primeiro trimestre do ano passado. O declínio superouas expectativas de analistas em ambos os casos.

A redução das margens de lucro também está fazendo as tradings reestruturarem sua cadeia produtiva. Processadorasdo mundo inteiro anunciaram, recentemente, que iriam fechar unidades ou reduzir o volume de processamento.

A Hershey FoodsCorp., dos EUA, afirmou que encerraria as atividades de três fábricas no final de 2002. A suíçaBarry Callebauttambém estádiscutindocom traba-

Provável presidente da

Anatel quer criar fóruns de discussão com teles

O provável novo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura, afirmou ontem,durantesabatina na Comissão de InfraEstrutura do Senado, que pretende criar fóruns permanentes de discussão comas empresas do setorparagarantir investimentos no País.

"Quando estiver na Anatel, pretendo sentarcom as empresas para discutir mecanismos que possibilitem investimentosnosetor", declarou.

"Serão fóruns que vão se perpetuar, porque precisamos acompanhar asmudanças para que as empresas sintamse confortáveis econtinuem investindo aqui".

Schymura admitiu realizar uma avaliação jurídica sobre a possibilidade de antecipar os prazospara fusõese aquisições no setor. Os senadoresda Comissão aprovaram ontem aindicaçãodeSchymura paraapresidênciadaAnatel. Agora,a indicaçãoserásubmetida ao plenário do Senado.Se aprovado, Schymuravai concluir omandatode RenatoGuerreiro, que pediu demissão em março.

A substituição ocorre num momento polêmico. Nos últimos dias, aAnatel, o Banco Centralerepresentantes de empresas entraram em atrito sobrea situaçãodas telecomunicações no País. (AE)

Taxa de desemprego sobe para 19,9% em São Paulo

O desemprego na região metropolitanade SãoPaulo atingiu19,9%da População Economicamente Ativa (PEA)em março.Onúmero faz parte de pesquisa divulgadaontem pelaFundaçãoSistema Estadual de Análise de Dados (Seade)e peloDepartamentoIntersindical deEstatísticaeEstudos Sócioeconômicos(Dieese). Em fevereiro, o índice de desemprego havia ficado em 19,1%.

Ocontingente dedesempregados foi estimado em 1,838 milhão de pessoas. No mês passado, foram eliminados 103 mil postos de trabalho.

O númerofoi atenuado

porque 35 mil pessoas saíram domercadode trabalho,ou seja, não estão à procura de emprego no momento. N or ma l – Segundotécnicos do Seade e do Dieese, a alta dodesemprego emmarço pode serconsideradaum movimento usual desteperíodo do ano, caracterizado por uma diminuição nas contratações. O aumento do desemprego ocorreu principalmente nos setores de comércio eserviços. De acordo com a pesquisa, os salários de fevereiro caíram 0,5%. Com isso, o rendimento médio dos trabalhadoresregistrou quedade R$ 829,00. (AE)

Livrarias buscam reduzir competição

de editoras

lhadoreso fechamentode uma unidade em Bussum, na Holanda.Já aADMfechou duas de suas fábricas no começodoano, sendoumana Polônia e a outra na Geórgia, nos EUA.

No Brasil, circulam rumores entre produtores e analistas de que a ADM teria fechadosua unidadedeprocessamento de cacau em Ilhéus, na Bahia. A empresa nega a informação e reiteraque o esmagamento daunidade prossegue normalmente. Paraa assessoriadecomunicaçãoda ADM,o fechamento de unidades no Exterior estaria gerando os boatos.

Causas – Os altos estoques de manteiga de cacau mantidos naindústria seriamum dos principais motivos para a redução do esmagamento. A manteiga decacau –parte de gordura resultantedo esmagamentodo grão– vemperdendoespaçopara outras gorduras vegetais hidrogenadas, principalmentena União Européia (UE), onde a substituiçãono chocolate é permitida. (AE)

As 1.200livrarias do País queremampliar odiálogo com as editoras para garantir o crescimento desse canal de varejo, que faturou R$ 1,1 bilhão no ano passado, praticamente o mesmoresultado de 2000. Segundorepresentantes da Associação Nacional de Livrarias(ANL), queparticiparam ontem da 12ª Convenção Nacional de Livrarias, em São Paulo, as distribuidoras das editoras competem com aslivrarias para chegar ao consumidor final. Éo casode venda de livros para escolas. Muitos distribuidores vendem diretamente para colégios exemplares didáticos com condições diferenciadas: em consignação, com a possibilidade de devolução integral doquenão foivendido. "As livrarias não podem comprar em consignação.Têm deinvestir na aquisição dos livros, e só podem devolver no máximo 10% da compra, que será trocadapelo queeles querem enão peloque nósqueremos", diz o diretor da ANL, Francisco Edmilson Gomes. Conflito – Aexpectativaé encontrar soluçõesparaque osparceiros nãosetornem concorrentes. "Faltano mer-

Os livros escolares são vendidos diretamente pelos distribuidores em condições desiguais, diz ANL

cadoumanovapolítica de comercialização,pela qualse negociemelhora distribuição",avaliao presidenteda ANL, Eduardo Yasuda. Yasuda lembraaindaque háescolas quevendemlivros para seus alunos com incentivo dedescontos das editoras,mas nãomudam suarazão social,ou seja, nãose posicionam como comércio perante a lei."Dessa forma, elas nãopagam impostos enão contratamfuncionários comoa gente". Hoje, existem 6 mil livrarias no País, que respondem por cerca de 40%das vendas. Aoutra parteé dividida entre as distribuidoras, o governo e outros canais, como bancas de jornais.Desses canaisconcorrentes, o mais predatório paraaslivraria sãoasmegastores, que promovem descontos generosos noslivros recém-lançados. A ANL estuda um projetopara criar a Lei do Preço Fixo, que na prática tabelaria opreço de capa doslançamentos porumdeterminado tempo, garantindo a todas as livrarias usufruir dointeresse dopúblico por novos títulos. "Essa lei é válidanaFrança há10anos", diz Yasuda. (AE)

Casa Cor, vitrine para profissionais

Arquitetos, decoradores e paisagistas têm, no maior evento de decoração do País, forma de expor o trabalho e fixar o nome

Maior evento do segmento de decoração dopaís, a Casa Cor é a melhor vitrine para os profissionais arquitetos, decoradores epaisagistas. Há uma fixação do nome, graças à divulgação namídia e posterior procura para realizaçãodetrabalhos, dizaarquiteta Débora Aguiar, que em suaquartaparticipação no evento ficou com o maior espaço – 280m2 destinados ao jardim de inverno, que se amplia para 340 m2, incluindo a escada. Mas Débora explica que aindahá dificuldadesna obtenção de patrocínios, pois o profissional arca com todos os custos de montagem e funcionamentode seuambiente na Casa Cor.

A arquiteta destaca que este anoestámelhor queaedição passada, muito prejudicada devido ao racionamento de energia, que assustou os patrocinadores multinacionais. Agoraestá havendoumaretomada de investimentos. Outro aspectopositivo, na opinião de Débora, é o fato de aCasa Cor estar ocupando espaçosdiferenciados. No ano passado, na Cinemateca; neste ano, num imóvel tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Locais amplos como esses permitema criação de ambientes diferenciados, fugin-

O prédio

do damesmice dequarto do bebê, sala de estaretc. Já um fator que dificulta, segundo Débora, é o tempo exíguo para obtenção do patrocínio e realização do ambiente. A definição e cessão do local escolhido são decididas muito em cima da hora e, quase sempre, quando as empresas já definiram suas verbas de patrocínio. Aarquiteta jáiniciou os trabalhos de seu ambiente. Múltiplos usos – O jardim deinverno de Débora éum espaço de múltiplos usos, como determinam astendências atuaisem arquitetura e decoração. Oambientedeve servir a várias finalidades, comoreceber, estudar, assistir TV ou fazer ginástica. No ambiente da Casa Cor, Débora colocou uma lareira,que vai estar funcionando, há espaço

Prédio tombado será restaurado

O Asylu Sampaio Vianna pertenceà Fundação Faculdadede Medicina daUSP. Foiprojetado, em 1895,por Ramos de Azevedo, responsável por váriasobras públicas,como oTeatroMunicipal, a Casa das Rosas, o Colégio Caetanode Campos e a atual Prefeitura,entre outros.A construção,realizada pela Irmandade da Santa Ca-

sa de Misericórdia,destinava-se a abrigar as crianças desamparadasda RodadosExpostos, como eram chamadososbebês abandonados por suas mães, nascidos de uniões proibidas oufilhos de carentes.

Inaugurada em 1935, recebeu a denominação de A Casa dos Expostos, mudou para AsyluSampaioVianna em

homenagemaomédico que como diretorfez ampliações no complexo. Na década de 60, foi desapropriadoe atendeucrianças carentesaté75. Apartirdaí, passouaseradministrado pela Fundação Bem-Estar do Menor, que lhe devolveu onomeanterior. Em98,ano emquefoitombado, a Febem o vendeu à Faculdade de Medicina.(BA)

para áudio e vídeo, local para ginástica e um espelho d’água,com colchões, para relaxamento. Para montar o espaço, a arquiteta conta com o patrocínio de empresas como Comgás, Saint-Gobain, Construmet eComplemento, entre outras.

ACasa Cor2002ocupará 46.130 m2de terrenoe 6.800 deárea construídadoAsylu Sampaio Vianna, prédio projetado em 1895 por Ramos de Azevedo, localizado num dos pontosmaisaltos dobairro do Pacaembu. Após a mostra, que se realiza de 28 de maio a 9 de julho, o prédio recuperado será usado pela Fundação Faculdade deMedicina. Serão 87ambientes projetados por113 profissionais.Aárea

residencial terá sete apartamentos e 10 estúdios, além de escritórios, bibliotecae salão de festas.

Produtos – Háosambientes daárea de convivência, como loja de conveniência, assinada por Olegário de Sá e GilbertoCioni;sala demassagem,de DéboraRoig;perfumaria/salãode cabeleireiro, por Tânia Messina; lavanderia comsala de costura/passadeira, pelas estreantes Maria Antônia Magalhães e Marina Teixeira; shoppingCasa Cor,quevenderá objetos de decoração e presentes, assinado por Ricardo Miura e Carla Ysuta; loja Casa Cor, comercializando objetos com a grife; e a floricultura a cargo de Paula

Andalaft

Galeria para projetos de decoração

Outros espaços vêm se abrindo paraque osprofissionais da áreade decoração mostrem seus trabalhos. Desde o último dia 19, eles contam com a Galeria Profissionais D&D Caras, uma parceria entreo shoppinge arevistade mesmosnomes.Ali, 10 arquitetos edecoradores apresentamseus trabalhos mais significativos, por meio de painéis fotográficos. Para esteano, estãoprevistasoito ediçõesda mostrae ostemas serão projetos decozinha, home-theaters, escritóriose quartos. A atual é sobre living rooms.

A arquiteta Célia Tosi

preocupa-se com funcionalidadee conforto. Ambientes amplos, poucosmóveis de qualidadeecirculação livre fazem parte de seu estilo moderno eatemporal.O ambienteé projetadoparareceber amigos e ser usufruído pela família. Para odesigner de interioresMarcelo Mujalli, o living room é o cartão de visitas dacasa, porisso éum espaço clean,agradável,em estilo contemporâneo. Um lugarde reuniãoe lazer, é assim que a arquiteta Sylvia Brener Baser vê o living. Seus projetos integram ao máximo os ambientes, dando-lhes características de

multiuso. João Mansur prefere o estilo clássico em seus ambientes, com detalhes orientaise ocidentaisqueinteragem. Chantal Alexander prefere móveis grandes e confortáveis, deixando a personalidadedo morador transparecernos objetos de arte. (BA)

Galeria D& D Caras – Shopping D& D – avenida das Nações Unidas, 12.555 – informações fone 3043-9000 ser viço

Croqui do jardim de inverno que ocupa o maior espaço da Casa Cor 2002, que possui múltiplos usos, tendência atual
Fotos: Divulgação
Débora Aguiar já iniciou suas obras
Mattar, Vera Mattar Mesquita e TeresaCristina Gouveia. A novidade deste ano é uma programação musical, com concertos de músicasacra, orquestradecâmarae corais.
Beth
projetado por Ramos de Azevedo será devolvido restaurado
Shopping Lar Center, passando pela alameda Gabriel Monteiro da Silva, com saídas a partir das 12 horas.
Célia Tosi opta por ambientes amplos, com poucos móveis de qualidade. Espaço para livre circulação. Local para receber amigos e também para conviver com a família
Marcelo Mujalli considera o living room o cartão de visita da casa, por isso prefere o estilo clean, contemporâneo.

Brasil exporta calibradores de pneus

O sistema aqui adotado – máquinas eletrônicas movimentadas por moedas – vem sendo bem aceito em vários países

Visãode mercadoassociada a boas idéias deu a Augusto Ferreira, formado em engenharia e marketing, a oportunidadede exportarseuscalibradores de pneus para mais de30 países, entre eles Estados Unidos eInglaterra. Ele esperafechar este ano faturando US$ 1,2 milhão em exportações, pois o crescimento tem sido de 20% ao ano. A explicaçãopara osucesso –o mercado internacional não possui o sistema adotado nos calibradoresdepneus comercializados pela Excel, empresa de Augusto. A Excel é líder demercado no Brasil, detendo 70% de participação

e no Exterior tem 40% de presença.

A versão atual do calibrador resulta de uma associação comvending machine (máquinas que funcionam por meio de moedas). Eletrônico, o calibrador substitui as antigas balanças de ar a manivela, que reinavamnos postos de gasolina. A idéia foi colocadaemprática em1993e, em 94,o empresáriocomeçou a exportar o produto. Foi no ano passadoque Augusto resolveu introduzir omecanismode pagamento por moeda.

Parcerias – Oscalibradores,produzidos pela Excel,

sãoadministrados pela Goodshare Participações,por meio deparcerias comos postos de gasolina,havendo 25 máquinas em testes, desde agosto do ano passado, em São Paulo, Riode Janeiro e Paraná. Augusto diz que já foramfechadas parcerias com as bandeiras Texaco e Aster. A expectativa deleé colocar 1.000 calibradores no mercado em dois anos. É preciso mudar conceitosparaaimplantação do novo sistema. O posto de gasolina não

O calibrador é cedido em comodato ao posto de gasolina, que não tem qualquer despesa

tem custos com a adoção desse sistema de calibragem de pneus.A Goodsharecolocae opera as máquinas em comodato. Oposto cede apenas o espaço. Para usar a máquina,que ele mesmo opera, o consumidor paga R$0,50. Ao posto cabe 25% darenda auferida. SegundoAugusto,não tem havido resistência por parte do consumidor, poiso custo é até inferior à caixinha que normalmente é dada ao frentista. É exatamente desse funcionáriodoposto quetem

vindoa restriçãoaoscalibradores pagos.

O frentistase sentelesado, por isso a Goodshare tem sugerido aos postos de gasolina quedividam areceita como funcionário. Mas Augusto sabequeleva algum tempo para mudar o hábito. Ele ressalta ainda que o consumidor prefere não pagar, mas acaba se acostumando. Augusto revela ainda outro dado importante: 2/3 das pessoas que usamcalibradores vão ao posto exclusivamente com essa finalidade e não recorrem a outros serviços.

West Coast: brinde valoriza a marca

Atualmente,o homem consome mais moda, está mais exigente, seguindo tendências e buscando produtos comqualidade, confortoe marca reconhecida. Mas, diferentemente da mulher, ele émais prático, não gosta de ficar procurandolojas,prefere ir diretoondesabeque encontra o que deseja. Por isso, setorna umconsumidor fiel.Com basenessesdados, maisainformaçãode que cerca de 47% dos homens adquirem produtos pela marca, a West Coast , fabricante de calçadose acessóriosmasculinos, desenvolve suasações de marketing, diz Sérgio Bac-

caroJúnior, gerente dessa área.

Voltada a umpúblico jovem e moderno, a marca realiza açõesque visamagregar valore também fidelizar o consumidor. Sérgio explica que são usadas formas que se relacionem com o públicoalvo, comoestáocorrendo agora com o lançamento de um CD.Por serconsiderada uma marca lançadora de moda,o discotem umrepertórioextremamente eclético, com uma faixa decada segmento aque sedestina: pop, rock, música eletrônica.

As bandas e intérpretes são maisconhecidosno Exterior

quenoBrasil, comoomúsico Cholly,que jáparticipou de projetosno eixo Filadélphia/Nova York, Flu que já integrouo De Falla,a bandaFu Wang Fooe oDJ FabrícioPeçanha.A primeira tiragemdo CD, com 3.000 exemplares, esgotou-serapidamente. Asegunda, de mais 1.000 exemplares, está terminando. Para conseguir o brinde, o interessado se cadastra no site da empresa. P re mi a çã o –A primeira açãoda WestCoast foirealizadano lançamentodacoleçãoverão, noanopassado. Mensalmente era distribuído um kit, contendo dois pares decalçados,um cinto e

um par de meias, para internautas que visitassem o site e respondessem questões. Neste mês, há uma premiação semelhante ocorrendo. A empresa investe mais de R$ 2 milhões anuais em marketing.Os produtos da West Coastsão comercializados em todo o Brasil, na América Latina e Europa. O preço dos calçados variade R$ 74a R$ 114 e a coleção inverno já está nas vitrines das lojas. (BA)

ser viço

West Coast – informações pelo fone (51) 563-1155 ou www.westcoast.com.br

Beth Andalaft Calibrador como vending machine
Coleção inverno da West Coast, marca considerada lançadora de moda

Argentina poderá taxar

exportações de grãos, oleaginosas e derivados

O governo da Argentina pode elevar os impostossobreas exportações degrãos, oleaginosasederivados em dezpontos porcentuais como parte de seuprograma econômico, a ser anunciado no final da semana.

Com a medida, as alíquotas dosimpostos iriam para valores entre 30% e33,5%.A notícia foidivulgada ontem pela rede de televisão argentina Todo Noticias ,que cita fontes próximas ao presidente Eduardo Duhalde.

Hoje, oimposto sobreexportação de oleaginosasé de 23,5%;osgrãossão taxados em 20% e derivados como farinha e óleos vegetais têm alíquota de 20%.Se o aumento previsto for confirmado, será a segunda elevação do imposto. Quando o governo argentino resolveuretomar apolítica detaxaçãodas exportações de produtos agrícolas, as primeiras alíquotasinstituídas eram de 13,5% para oleaginosas, 10% para grãos e 5% para derivados.

Comércio fraco – Noprimeirotrimestre desteano,as exportações brasileiras para a Argentina recuaramcerca de 80% em relação ao mesmo período do anopassado. Com isso, o País deixou de venderperto deR$1bilhão ao seuprincipal parceiro do

Mercosul. Ainformação foi dada pelo secretário-executivo da Câmarade Comércio Exterior (Camex) , Roberto Giannetti da Fonseca. Paracompensara perda, Giannettidisseque oBrasil temfeito umesforçoadicional para conquistar novos mercados, especialmente na China, Índia, Oriente Médio e países do Leste europeu. Sua expectativa é de que as vendas brasileiras naqueles paísescresçam ataxas superiores a 40% – o que considerou viável em razão dos resultados obtidos em 2001.

Gianneti explicou que os exportadores brasileirosvivem situações distintas quanto aorecebimentodos valores desuas vendaspara a Argentina.Háos queforam pagos, mas em pesos, e os que sequer foram pagos. Em relação aos primeiros, afirmou, vários empresários já começaram a receber os pagamentos. Aos exportadores que não receberam nada, o secretário disse que o governo não tem como ajudar. "Éum risco comerciale, por isso, o governo tem muito pouco a fazer. Recomendamos que o exportador procure negociar.Éumasituação temporária e devemos ter habilidade para negociar esses créditos." "(AE)

Contágio argentino no País será pequeno, avalia FMI

O ministro das Relações

Exteriores, Celso Lafer, o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Brasil, Lorenzo Peres, e vários analistas do mercado financeiro afirmaram ontem que o Brasil não deve serafetado fortemente pela crise argentina.

"O Brasil tem uma condição macroeconômicae política muito sólida", afirmou Lafer. Ele admitiu,no entanto, que poderáhaver "conseqüências indiretas, á que "uma Argentina enfraquecida enfraquece o projeto comumdoMercosul eaAmérica do Sul".

LorenzoPeres, apesarde afirmar queo riscoimediato está afastado, observouque "oBrasilnão está imuneao que acontece na Argentina e no mundo".

Já oanalista do CSLA Emerging Markets, Sebastian Taylor, afirmou que a economia brasileira está totalmente imune aos sobressaltos no vi-

Superávit do setor público

cai para R$ 1,9 bi em março

As contas dogoverno central – Tesouro Nacional, Previdênciae BancoCentral –registraram superávit primário (receitas menos despesas, descontados ospagamentos de juros) de R$ 1,906 bilhão em março. Oresultado ficou abaixo do saldo positivo registrado em fevereiro, de R$ 2,45 bilhões.

Em março de 2001, o superávit das contas públicas foi o dobro do apresentado no mêspassado (R$ 3,88 bilhões). Isso foi ocasionado, principalmente,pelo déficit da Previdência, que foi de R$ 800 milhões para R$ 1,134 bilhão, no período.

O Tesouro contribuiu com superávitdeR$3,099 bilhões, enquanto oBanco Central teve déficit de R$ 57,8 milhões. Os dadosforam divulgados ontempelo Tesouro Nacional.

No acumulado do primeirotrimestre,o governo cen-

Governo decidirá hoje sobre aumento de tarifas para o aço

O governo decide hoje se há necessidade de elevar a alíquota de importaçãodo aço. A medida vemsendo pedida pelosetor siderúrgicobrasileiro como saída para evitar um possível aumento desenfreadodas importaçõesdo produto.

zinho. "Osmercadosjáderam mostras que sabem distinguirasituação decada país",avaliou."A situação brasileira é muito diferente, o País conta com fundamentos muito mais sólidos e o perigo de contágio está totalmente afastado"

Para odiretordefinanças públicasda agênciadeclassificação de risco Fitch Ratings, Richard Fox, o impacto da situação argentina no País será limitado."Mas apercepção deriscopara aAméricaLatinaestá sendo afetada,ainda mais depois dos eventos na Venezuela".

Taylore Foxacreditam aindaquea situaçãonovizinho deve piorar. "Tudo é possível", afirmou Fox. Para o analista,"nenhum novoplanoeconômico conseguirá funcionar". "A Argentina tem só duas opções: ouobtém ajuda financeira externa com o FMI, ou continua imprimindodinheiro parafinanciar o seu orçamento". (AE)

Apreocupação surgiudepois que os Estados Unidos criaram barreiras protecionistasà entradadeprodutos siderúrgicos emmarço. Segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), as salvaguardas deixaramsemmercado 16 milhões de toneladas de aço em todo o mundo.

De acordo como o ministro dasRelações Exteriores, Celso Lafer, ogoverno ainda não temuma posiçãodefinida sobre o assunto.

"Nós vamos examinar a matéria junto com o Ministério do Desenvolvimento, mas não temosno momento uma pré-definiçãodequais são as tendências".

Sobre se estáhavendo entrada em grandes quantidades de produtos siderúrgicos no mercado brasileiro, Lafer afirmou apenas que "tem notíciasde problemas".Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, asimportações de aço caíram 31% no Brasil em março,comparadas à média de 2001. (AE)

tral apresentasuperávitprimário de R$10,416 bilhões –o volume equivale a 3,46% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2001,o superávitfoi deapenas R$ 6,754 bilhões, que correspondia a 2,45% do PIB.

Nos três primeiros meses do ano, o déficit da Previdência Social soma R$ 3,232 bilhões, acima dos R$ 1,963 bilhões de igual período do ano passado. O déficit do Banco Centralestáem R$133,8milhões no trimestre. O superávit do Tesouro Nacionalalcança R$ 13,782 bilhões, bem mais do que os R$ 8,864 bilhões do primeirotrimestre de 2001.

Mais receita – Esse superávit foi alcançado graças ao aumentodereceitas. Em relação ao mesmoperíodo do de 2001, a alta foi de 22%, passandodeR$ 62,816bilhões para R$ 76,731 bilhões.

Uma das causas desse cres-

cimento das receita do governo central foi o pagamento de impostospelos fundos de pensão (R$ 4,3bilhões). Outra, a tributação sobre a operação de troca dos títulos públicos da Petrobrás (R$ 1,1 bilhão).

Além disso,também subiu a arrecadação obtida com a CPMF. Apartir demarço de 2001, a alíquota do imposto subiu de 0,30% para 0,38%. A elevaçãogerouum caixa extra de R$ 1,2 bilhão.

As transferências a Estados e municípios totalizaram R$14,6 bilhõesno primeiro trimestre do ano, um aumento de 26,8% em comparação a 2001.

Com isso, a receita líquida dogoverno central somou R$ 62,2 bilhões, até março, 21,1% de acréscimo.

Enquanto isso, as despesas do governocentral somaram R$ 51,606 bilhões, o que representaumcrescimento de

R$ 7,2 bilhões (16,2%) em relação ao mesmo período de 2001. Asdespesascom pessoal cresceram 15%, devido, principalmente, aoaumento salarialde3,5% concedido em 2002 ao funcionalismo públicofederal eàreestruturação dealgumascarreiras específicas.

A dívida líquida total do Tesouro em poder do mercado caiupara R$294,319 bilhõesemmarço, montante que corresponde a 24,2% do PIB.Emfevereiro, adívida era de R$ 299,519 bilhões, ou 24,8% do PIB. (AE)

Direita mais forte na UE não

ameaça acordos com Mercosul

Membros da delegação para as relações com os países da América Latina e Mercosul do Parlamento Europeu acreditamque os ventosde direita que sopram sobre o velho continente atualmente não ameaçam asnegociaçõesentrea União Européia e o Mercosul. Para o presidente da delegação, o alemão Rolf Linkohr, do grupo de partidos socialistas europeus, ocrescimento"inquietante deuma direita agressivaexenofóbica" na Áustria, Dinamarca, Portugal, Itália e França refletem a fragilidade dos partidostradicionaiseafaltade credibilidade dos políticos.

Linkohravalia, no entanto, que mesmo que alguns parlamentos fiquem maisà direita, depois daseleições legislativas em junhona Françae em setembro, na Alemanha, as negociações multilaterais continuarão a ser prioritárias para a União Européia. "Os acordos com México e Chile já sãouma realidadee com oMercosul podedemorar um poucomais por uma questãopolíticainterna do bloco sul-americano", afirmou. Fortalecimento –A eurodeputada portuguesa Teresa Almeida,dopartido popular europeu, o grupo de democratas cristãos mais numeroso no Parlamento, acredita que a negociaçãocom oMercosul,assimcomo outrasnegociações de bloco, fortalecerãoa Europa de dentro para fora. "O crescimento dessa xenofobia nãopassa demovimen-

tos isoladosque não terão acesso ao poder, mas o que aconteceuna França serviu para acordar as forças democráticas", disse. "A direita que está começando adesenhar onovo quadro político europeué umtipo de direita comvínculos ao livre comércio, ligada ao capital", afirma o eurodeputado do grupo dos verdes, ofrancês Alain Lipietz. O eurodeputado espanhol José Ignácio Salafranca reconhece que o Mercosul não tem sido prioridade para a UE, mas afirmou que há espaço para mudança. "AUnião Européia costumaolhar mais para os países do Mediterrâneo e ao Leste Europeu,mas hávontade de ambos os blocos para uma aproximação". (AE)

Brasil quer participar de disputa entre EUA e México na OMC

O Brasil pediu ontem à Organização Mundial do Comércio(OMC) autorização para fazer parte da disputa envolvendo os Estados Unidos e o México no setor de telecomunicações.

No últimodia17,aOMC estabeleceu um painel (comitêde arbitragem)parainvestigar as acusações feitas pelos

Associação: crise centraliza debate

Atônicada reuniãodaCâmara Intersetorialde Operações Internacionais (Cioi), realizada ontem na Associação Comercial deSão Paulo, foi a preocupação dos empresários com o desgaste da economia argentina. Para o coordenador da Câmara Intersetorial e vice-presidente de Comércio Exterior da Associação Comercial, Renato Abucham, este é o momento propício para o governo brasileiro começar a

definir acordosbilaterais para dinamizaros negóciosentre os dois países. Na opinião dele,aArgentinaainda tem fôlego comercial, principalmente no setor de turismo. "É queficoubarato paraosbrasileirosvisitaremo país, depois da alta desvalorização do peso argentino".

Os empresários temem que as compras argentinas de produtos brasileiros fiquem bem abaixo dos US$ 5 bilhões do ano passado.

Durantea reunião,Abucham criticou ainda a manutenção da política de juros do País. "Os juros nesse patamar (18,5%) chega a ser uma perversidade com os pequenos e médios exportadores. Isso deverá provocarno futuro sérios problemas em diversos setores que nãoestão conseguindo deslanchar".

Feirasde exportação –A Associação Brasileiradas Empresas de Trading (Abece) divulgou, no encontro, os

dois eventosmais importantes do anoque deverão atrair pequenas e médias empresas. Nos dias 21 e 22 de maio deste ano, na Câmara Americana de Comércio(Amcham),acontece oFórum Made in Brazil 2002. Nos dias 7, 8 e 9 de agosto, na Flórida (EUA), está previstaa Made in Brazil - Flórida Expo. Mais detalhes serãodivulgados na próxima semana.

Dora Carvalho

Estados Unidos de que o México estaria dificultando o acesso ao seu mercado de telecomunicações – apesar dos compromissos assumidos pelos mexicanosna OMCde liberalizar o setor.

Trata-seda primeira disputanosetor deserviços na história da OMC e Washington também alegaque a TelMex (operadora estatalmexicana) estaria cobrando taxas "exorbitantes"das operadoras norte-americanaspara que suas ligações fossem completadas no México.

Segundoos norte-americanos, a TelMex cobra das companhias dos Estados Unidos uma taxa de US$ 0,13 por minuto para interligar as chamadas. Para Washington, esse valor impede que as operadoras norte-americanas ofereçam taxas competitivas aos seus clientes.

Reflexos – Para o Brasil, o objetivo de participar da disputa é poder acompa-

nhar odebate entreos dois países e ter acesso aos documentos. OPaís tambémé pressionado pelosEstados Unidos para abrir seu setor de telecomunicações,apesar de não ter nenhum compromisso de liberalização na OMC. Diplomatas da Casa Branca querem que o Brasil retire de sualegislaçãoo artigoquedá aopresidente daRepúblicao poder de vetar qualquer investimento estrangeiro no setor de telecomunicações. O artigo nuncafoi utilizado e,segundoogoverno,a prova de que nãose tratade umabarreiraéo fatode as privatizaçõesterem atraído um grande número de investidores.

Apesar disso, os Estados Unidos estão convencidos de que a lei pode ser uma ameaça às empresas norte-americanas que queiram ampliar seus investimentos no setorno País. (AE)

O setor público acumula superávit primário quando as receitas obtidas pelo governo central superam as despesas em determinado período. Não fazem parte do resultado os pagamentos de juros da dívida pública. glossário

A briga política que imp licou na paralisação dos trabalhos do Congresso, levando ao retardamento da aprovação da CPMF,desencadeou ofensiva do governo, ameaçando coma elevação da alíquota de outros tributos, como se a única forma de equilibrar o orçamento fosse pelo lado da receita. Atuar sobre as despesas parece não fazer parte do manualde administração do setor público, como se faz em qualquer empresa ou família quando os recursos serevelam insuficientespara atender atodos os gastos.

Pairam sobre os contribuintes a ameaça de elevaçãoda alíquota do IOF, o aumentodo IPI,ou amajoração de alguma das contribuiçõesCofins, Ciseou CSLL, com o que as empresas e os cidadãos enfrentam dificuldadespara realizar

POSIÇÃO DA FACESP - ACSP Repensar é preciso

negócios, poisnãoconhecema "regra dojogo"que estará prevalecendo no País no tocanteà tributação. Nãobastasse isso,propõese, na emenda que prorroga a CPMF, fixar um alíquota mínima de 2,0% que os municípios poderãocobrar no tocante ao ISS,o que irá afetar as atividades de muitas empresas que decidiram sualocalizaçãoem função do tributo e, também, a arrecadação de muitas cidades que se valeram desse imposto para concorrer com as demais na atração de empresas.

No passado, atribuiu-se ao Senado opoder de fixar alíquotas máximas para alguns tributos, com o objetivo de proteger os contribuintes da fúria fiscal. Agora se busca proteger aqueles municípios que querem cobrar mais impostos, emdetrimentodas

ANÁLISE João de Scantimburgo

A vitória de Le Pen

Assisti na França,na televisão, cerca de uma dúzia de entrevistas de Le Pen, o líder da FrenteNacional,e confesso quenão votarianele por nada deste mundo. Autoritário, convicto de seus direitos de comando de seus seguidores, prega, no entanto, o que não poucos franceses –como estáprovadopelo resultadodaeleição – gostam de ouvir e gostariam que fosse efetivado por medidasdegoverno, entre outrasas imigrações sem controle, o aumento do crime nos subúrbios eoutros males de nosso tempo. AFrançadepende, em parte, do turismo. Um país que tem Paris e suas seduções, aCôte d’Azur,Dauville, Biarritz eas montanhas para osesportes deinverno, está preparadoparaatrair muitos, mas muitos turistas. No ano passado, foram mais de 60 milhões, cifra superior à da sua população, fato que confirmaa importânciaque o turismo tem para a balança comercial francesaeparaa indústria do turismo, como osrestaurantes, amoda,os divertimentos noturnos e outros itens.

Quando, pois,começaa aumentara criminalidade, que dos subúrbios, onde es-

empresas e, em conseqüência, dos trabalhadores, pois o setor serviços tende a ser o de maior expansão na "novaeconomia". Comtoda essa insegurançadas normas tributárias, qualquer transação pactuada no momento pode se revelar desvantajosa para uma das partes no futuro, em virtudeda mudançadasregras ou das alíquotas dos impostos. Isso afeta os investimentos e, mesmo, arealização de muitos negócios, pois falta umelemento essencial à realização de contratos, que é o conhecimento dasregras sob asquais o mesmo vaiser executado. Assim, além do peso excessivo da tributação sobre a população, dasdistorçõese perda de competitividade no processo produtivo resultante deimpostos "emcascata", soma-se a insegurançajurídica provocadapela

discussãosobrea CPMFe pelas ameaças de aumento de outros impostos.

Parece que tanto o Executivocomo o Legislativo não avaliamosprejuízos causados por essa situação, peloque permitem queo debatese arraste indefinidamente.

Paralelamente à questão tributária, o Copom, em suaúltimareunião, frustrou as expectativas do mercado e as esperanças das empresas edos cidadãos,na continuação dapolítica de reduçãodosjuros,a qual, apesar de seu gradualismo excessivo, acenava com uma trajetóriadescendente dos custos financeiros, que permitiaalongamento dos prazos dos financiamentos e a manutenção do processo derecuperaçãoda economia,que vem sendomais lento do que o esperado e desejado. Por causa da pressão

dos aumentosdetarifas e preços administrados sobre ataxade inflação osjuros são mantidoselevados, fazendo com queasociedade sejaduplamente penalizada: pelo "tarifaço" e pelo altos custos financeiros. O próprio governoperde com essa política de juros, que tem forte impacto sobre a dívida eas finançaspúblicas, além da perda de receita decorrente da retração da atividade econômica.

tava confinada, passa aos Champs Elysées, é um caso a pensar para os franceses, para os governos que, pelo que sabemos, nada faziam, senão política emais política, deixando a segurança nas nãos daprefeiturade polícia, que já estava sobrecarregadacom suasocupações rotineiras. Daí, Le Pen insistir no seuprograma, oferecendo-se para pôr ordem na França,já acaminho dadesordempelocrime organizado.

Nãocreio queLe Penganhe deChirac nopróximo dia 5 demaio, o dia dosegundo turno. Mas, como tudo é possível, e a diferença entre os dois é pequena, se o sorridente e simpático presidentenão se esforçar como deve,poderá serbatido nas urnas e teremos um chefe autoritário no Elysée a comandar ogoverno francês, contra milharesde franceses nas ruas contra ele. Tudo são suposições, no momento, mas que Chirac deve ter cuidado,isso,deve. Enfim, LePenestá nopáreo,como um perigo iminente.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

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Drogas

A própria expressão revela acondenação. Éuma blasfêmia: droga!. Representa também a designação de remédiosfortesque atuam no organismopara combater doenças. E muitas outras finalidades.A verdadeé queaquestão dasdrogas se tornou praga, notadamente nas escolas. Reflete, uma vez mais, os tempos em que vivemos, onde a insegurançapública,a crisedevalores e a falta de paradigmas positivos influi de forma negativa na formação das novas gerações.

Efeito devastador

As drogas usam os estudantes comocobaias,vítimas, traficanteseilusionários.Fazem dafragilidade da adolescência sua porta de entrada,seu ingresso para ummundo de fantasia que se transformaem pesadelo. E devastaa juventude,a família, os amigos, a pessoa que nela se vicia. Não há nenhuma política pública de contra-ataque. Como a sociedade está praticamente nas mãos do crime organizado e a droga é sua fonte de receita,entende-se porque cresceu tanto anefasta presença nas escolaspúblicas e privadas enas festasadolescentes.

Espaço aberto

Os meios de comunicação de massa pouco ou nada têm feito para ser um instrumento deeducaçãodasociedade. Ao contrário, como citei ontem aqui, através da opinião da leitora AF, contribuipara aculturado

lixo, do descartável,dos falsos valores, dafama a qualquer preço. Do descartável. Inclusivevalores descartáveis, deixando ainda mais aberto o espaço para a disseminação dos mitos e aberrações.

Novela

A questão das drogas na juventude vemsendo abordada na novela O Clone da Globo.Explora amiséria moral causada.A física. E emdoses homeopáticassugerequeaspessoas devem passar ao largo, fugir delas. É mais uma denúncia do que umaformação.Melhor do que nada, porquepelomenos traz depoimentos pedagógicos de drogados em tratamento.

Permissividade

Sem falsomoralismo, o que tem contribuído em muitopara a atualcrise moralda sociedadeé oexcesso de permissividade. A ausênciade padrõesdereferênciae mesmo de lideranças a serem imitadas. O esporte énossoprincipal meio de dar bonsexemplos. Insuficiente,ainda, para uma tomadade posição, uma consciência de que poressemeio, queé educativo, constrói-se uma Nação mais digna.

Perdidos

Vagamos,nos tempos modernos, no deserto da crise de identidadee de valores. Vejamospadrespedófilos. Emvão procuramosum Moisése umaterra prometida. É a nossa e não a fazemos bem feita.

Pretender conter uma inflação provocada por preços administrados com ataxa de juros se afigura um equívoco, especialmentese considerarmos quea fraqueza da recuperação econômica impede os "efeitos secundários" resultantes dos aumentos das tarifas,com o que se verifica apenas uma mudançade preçosrelativos eumabrutaltransferênciaderenda de todaa sociedade para alguma s empresas. No caso dos combustíveis, onde existe um monopólio de fato, é absurdo pretenderargumenta r com as "forças do mercado" e a necessidade de remunerar os acionistas, para justificar os fortes e freqüentes aumentos de preços.

Os dadosalarmantes do desemprego na Grande São Paulo, otempomédio d e recolocação do trabalhadore aquedaderend a mostram nãohaver pressão de demanda para justificar os juroselevados, revelando, pelocontrário, a urgente necessidadedeestimularaeconomia par a evitar o agravamento do s problemas sociais e permitir umcrescimento doPIB que, pelo menos, compense a taxa de incrementod a população, evitandonova quedada rendapercapita brasileira.

P. S . Paulo Saab
Rua Boa Vista, 51 - 6º andar - São Paulo

Instituto alerta para ética nas eleições

Ethos orienta empresários para a necessidade de manter a transparência no financiamento de partidos e candidatos

Aparticipação dasempresas no processo político, com éticae transparência,representauma contribuiçãosocial decisiva parao futuro do Brasil.É aopinião dodiretor da YázigiInternexus,Ricardo Young.

As eleições, porém, não podem ser vistas como negócios, embora envolvam "muitodinheiro" dainiciativa privada, disse Young. Proposta – Para tornar o processo transparente, o Instituto EthosdeEmpresa e Responsabilidade Social propõe que o financiamento seja público e que a distribuição da soma seja igualitariamen-

te dividida entre os partidos. Desse modo seria possível evitar a criação do caixa 2, entre as empresas, além de estabelecer mecanismode controle fiscal mais eficientes sobre os partidos. "A responsabilidade social pressupõe desvincular o apoio à campanha dos interessesdosempresários", disse Oded Grajew, presidente da entidade. Ou seja, a transparência. OInstitutoEthosde Empresase Responsabilidade Social reúne 587 empresas associadas.Juntas, elasempregam 1,5 milhão de pessoas e representam 29% do Produto Interno Bruto brasileiro.

Partido de Maluf, PPB, não vai apoiar os tucanos

Contrariando expectativas de que seria omaior beneficiado daverticalizaçãodas coligações partidárias, o précandidato do PSDB à presidência da República, senador José Serra (SP), sofreu ontem o primeiro prejuízo causado pela nova regra. O PSDB não conseguirá coligar-se com o PPB,que inviabilizou uma aliança com os tucanos na corrida presidencial durante reunião dos diretórios estaduais, ocorrida ontem.

No encontro,prevaleceu a tesede queuma coligaçãosó poderáocorrerse foruma posição unânime dentro do partido e, como nenhum candidatopresidencial tem consenso,o PPB preferiuliberar seus filiados.

Sem acordo – "Na prática, isso inviabiliza um acordo com Serra e cada diretório estadual fará sua opção", disse o deputado Ricardo Barros (PPB-PR), aliado doPalácio doPlanalto. Semconsenso em tornodo nomede Serra, que tem como principal opositor o presidente do partido, Paulo Maluf, o grupo do PPB aliado ao governodesistiu de brigar pela coligação.

Alckmin nega crise entre Malan e o candidato do PSDB

O governadorde SãoPaulo, Geraldo Alckmin, (PSDB) negou queexistauma crise no governo causada pelo fato de o ministro da Fazenda Pedro Malan não ter citado, em seu pronunciamento em NovaYork,o nomedopré-candidatodo PSDB à Presidência,senadorJoséSerra. Na ocasião, Malandissequeo candidato dogoverno, qualquerque sejaele,teráde ter "um maior grau de afinidades eletivas com o que este governo veio tentando fazer nos últimos sete anos".

Para Alckmin, a declaração doministro nãofoi umindicativode queapré-candidatura do senador Serra esteja sendo questionada: "Não acho quefoiuma crítica de Malan. Oministrofalouo óbvio, ele repetiu o que Serra v em falando, que devemos consolidar as conquistas do governo Fernando Henrique Cardoso". (AE)

Young entende que não há consenso,entreos políticos, sobre asreformaspolíticae partidária. "Mudando as regras, eles correm orisco de perder os seus empregos – referindo-se aos cong ressis tas. Não se deve transformar o jogo político num mercadode troca de benefícios empresariais. Os interesses do Brasil tem de estar à frente".

Organismo sugere que as empresas adotem o cuidado de tornar pública soma investida nas campanhas

"A participação das empresasno processopolíticodeve sernorteada porpadrõeséticose transparentesderes-

ponsabilidade social e pelo cumprimento rigoroso da legislação eleitoral vigente" observou Grajew. Em suaopinião, a construção de um País melhor, própero e mais justo para todos exige uma iniciativa privada engajada em questões sociais. "O setorprivado precisa atuar deforma articulada com os diversos atoressociaise,ao mesmo tempo,atento àsaspirações e demandas da coletividade. Essa interação é, cadavezmais, umaquestãode

sobrevivência para as empresas, paraos negócios epara o consumidor", concluiu. Cartilha – E, parafacilitar este entendimento, o Instituto Ethoslançou ontem,em SãoPaulo,a cartilha"AResponsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral". Com uma tiragem é de 25 mil exemplares, em parceria com a Fiesp/Ciesp e Yázigi Internexus, o Ethos quer discutir como as empresas podem participar do processo eleitoraldeforma ética etransparenteede quemaneiracombatero abusodopoder econômico na política.

Segundo Oded Grajew, a

cartilha de 20 páginas é uma reedição ampliada e aperfeiçoada da versão publicada no contexto das eleições de 2000. "Nosso propósitoé levar ao empresário referências nacionais einternacionais sobre o processo eleitoral para que ele possa refletir de forma ética, quem apoiar, como evitar a corrupção e osdesvios de recursos". Mas não é só. A publicação traz, ainda, relatossobre os impactosda corrupçãono Brasil e aborda os aspectos legais para financiamento de campanhas.

Serra quer vice de centro-esquerda

"Teríamosdificuldades na convençãoe seria um custo muitoalto para o partido", concluiu Barros. A decisão do PPB fortalece a posição de Maluf, apesar de a moção para liberar o partido tenha partido do deputado Francisco Dornelles (PPB-MG), da ala governista.

Negociar – Com adecisão doPPB,o senadorJoséSerra teráde negociar apoios nos estados paraatrair setoresdo partido à sua candidatura. Serra trabalha para obter apoio do PFL nos estados. Maso ex-senadorAntonio Carlos Magalhães (PFL-BA) confirmouquevem conversandocom opré-candidato doPSB àpresidência daRepública, Anthony Garotinho, e sonha com uma união entre pefelistas, socialistase ogrupo dopré-candidato doPPS, Ciro Gomes, no 1º turnoda eleição. "Essas forças unidas seriam imbatíveis,seria uma terceira via, boa para o processo eleitoral", avaliou. Magalhães lembrou só ter veto aumnomenessa eleição: o pré-candidato do PSDB, o próprio ex-ministro José Serra. (AE)

Aescolha dovice paraa chapa presidencial do tucano José Serraempacou, pois a cúpula do PMDB e ocandidato não se entendem. O presidentedo PMDB,deputado Michel Temer(SP), dizaos tucanosque ofundamentalé uniro partidonaconvenção que vai examinara aliança e propõeaescolha entreodeputado Henrique Eduardo Alves (RN) e o ex-prefeito de Joinvile Luiz Henrique da Silveira (SC).

Mas Serra está preocupado comosegundo turnoe defende nomes de impacto para ajudá-lo contrao PT."Além de unir o PMDB e agregar a direção partidária, o vice tem de ter um perfil de centro-esquerda paraatrair oeleitorado na disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva", diz um dos estrategistas da campanha tucana.

Sempreconceito – S er r a voltou ontem do Rio Grande do Norte, onde recebeu o apoio de prefeitos, revelando entusiasmo comHenrique Eduardo. O tucanodisse que o deputado fezumdiscurso competentíssimo na ocasião, desfazendo os preconceitos que pesam contra ele. Mas oque mais assustao

Embaixadores

PSDB é a possibilidade de enfrentaruma chapacom asenadora Marina da Silva (PTAC) como vice. "Será uma eleição muito dura, muito difícil, e eu vou precisar de um vicequeagregue votos eme ajude a vencer", resumiu Serra a um interlocutor.

Segundoesse tucano, o candidato avalia que os nomes mais adequados seriam o senadorPedro Simon(RS)e a deputada Rita Camata (ES), nesta ordem. Ritaseria uma ótima opção para enfrentar a simbologiaforte daseringueira queparticipou daslutas de Chico Mendes. Mas Simon, velho "autêntico" do MDB, agora reconhecido como expressão do grupo ético

europeus

buscam informação sobre planos de Lula

Aprefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT),passou duas horas respondendo a perguntasde 39embaixadores e cônsules da União Européia sobreaspropostas do candidatodo PTàPresidência, Luiz InácioLula da Silva. E, principalmente, sobre a posição do partidoemrelaçãoàs negociaçõescomerciais internacionais. A União Européia, além de ter centenas de multinacionais instaladas no País, negocia com o Mercosul um acordo de livre comércio qualificado como prioridade pelos dirigentes europeus. "Chamamosa prefeitaporque tínhamos muitos temas a tratar comela", explicouo embaixador da Espanha em Brasília, José Coderch. Interesse – Marta foi a convidadade honra do almoço organizado pelo diplomata espanhol nesta quarta-feira, em São Paulo. Mas falou

muito poucosobre acidade. "Eles praticamente só perguntaram sobre eleições, aproveitandoque sou da Executiva Nacionaldo partido", afirmou a prefeita logo após a reunião. Martaesclareceu queoPT temomáximo interesseem reforçar os laços com a União Européia, até mesmo para diminuir a dependênciacomercial que o Brasil tem hoje dos Estados Unidos. A prefeita afirmou aindaque o partido apóiaacriação daAlca (Área de LivreComércio das Américas), mas apenas se as barreiras ao comércio impostaspelos EstadosUnidos deixarem de existir e se o acordo for negociado de forma abeneficiar oPaís emtodas as áreas.

Lula – Em Brasília, Lula mostrou-se evasivo ao ser questionado sobre alianças que pretende para seu partido fora do campo das esquer-

das. Ele disse que quem está tratandodesseassunto éo presidente doPT, deputado José Dirceu (SP). Mas Lula ressaltou queo PTnãodeve colocar nenhum “fiscal” para fazer apuração ideológica dos eleitores que queiram votar no candidato do partido. Ele garantiu que oPT não está disposto a fazer “negociatas políticas”, masque mantém diálogoaberto com todo mundo.

Segundo o pré-candidato, a negociação faz parte da vida dos políticos e o PT precisa sinalizar, por meio de alianças, que quer governar para todos os brasileiros.

Luladissedesejarque sua candidatura reúnaem torno de si um movimento juntando todos os homens e mulheres de bem do País, e que gostaria que a campanha servisse parapolitizara sociedade. E que a sonha com a aliança dos partidos de oposição. (AE)

do partido, anima Serra em qualquer circunstância, sobretudoseovice doPTforo senador Eduardo Suplicy. Conflitos – Diante das preferênciasdesencontradas, a cúpula doPMDB decidiu que, antesde falar emvice, é preciso resolver os litígios entretucanos e peemedebistas nos Estados. "Não podemos abandonar oscompanheiros que sempre nos apoiaram nas lutas internas e hoje estão em dificuldades porque nãohá umacerto com oPSDB", ponderou Temer na reunião. "Ou bem resolvemos as questões regionais, ou corremos o risco dea aliança nãoser homologada na convenção", disseolíder doPSDBnoSe-

agenda

Senado Federal – Sessão deliberativa ordinária –Pauta: quarta sessão de discussão, em primeiro turno, da PEC nº 5/02, dá nova redação ao parágrafo1ºdo artigo 222da Constituição federal, suprimindo-se o parágrafo 2º do referido artigo, que tratadapropriedade deempresas jornalísticasederadiodifusão sonora edesons eimagens; PLC nº 126/01, institui o Dia Nacional da Defensoria Pública; PLC nº 130/01, dispõe sobrea comercialização de preservativos masculinos de látex de borracha; PLC nº 145/01, institui oDia Nacional do Bacharel em Turismo; PLC nº 150/01, institui o Dia Nacionalde Combate ao Glaucoma;PLS nº72/02, altera dispositivos do Decreto-Lei nº3.689/41 -Códigode ProcessoPenal,relativos ao tribunal do júri; e PDL nº 419/01, aprova o texto do Acordo sobre Co-

nado, Renan Calheiros (AL). Defensor do apoio informal a Serra, para que as regionais possam fechar as aliançasque quiserem,Renandiz que há problemas na maioria dosEstados,como Acre, Amapá, Sergipe, Maranhão, Goiás, Mato Grosso,São Paulo, Paranáe Riode Janeiro. Em sua própria Alagoas, queixa-se do senador Teotônio Vilela (PSDB),que decidiu lançar seu primo João Tenório ao governo. Os tucanos queriam fechar a chapa, aindaque informalmente, para pôr fim às ameaça a uma aliança capaz de garantir a Serra os preciosos minutosdo PMDB napropaganda no rádio e na televisão. Mas ocandidato preferearrastaraescolha aterdehomologar umnome semestar convicto de que é o melhor. "Toda aliança que deixa a sobrevivência política de muitos pendente nos estados estásujeita aturbulências", diz olíder do PMDBnaCâmara, GeddelVieira Lima (BA). Para ele,a escolhado vice pode atépôr combustível nacrise, aodesagradar os outrospostulantesque acabaram preteridos ou, pior, a cúpula partidária. (AE)

operaçãono CampodaSanidade Veterinária, celebrado entre os governos do Brasil e da Romênia e PDLs aprovandoatos deoutorga e renovação de concessões e permissões paraa exploração de serviço de radiodifusão comunitária. Câmara dos Deputados –A Comissão Especial destinada a avaliara aplicação da Lei 9503/97, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, encerra oSeminário "O Disciplinamentono Transporte Rodoviário de Cargas", em parceria com Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANTC), no auditório Nereu Ramos. O setor movimenta anualmente450 miltoneladas/quilômetro, emprega 350 mil pessoas, é composto por mais de 10 mil empresas, 377mil motoristasautônomos eé responsávelpela movimentaçãode62% dos produtos transportadosno Brasil.

Serra: "Será uma eleição dura. Vou precisar de um vice que agregue votos ".
Agliberto Lima/AE

Presidente Duhalde fecha

acordo com governadores

Depois de um dia e meio de exaustivas discussões sobre qual seria o novo rumo da política econômica do país, o presidente Eduardo Duhalde e os governadores das provínciasargentinas chegaram a um suado consenso.

No iníciodanoitede ontem,no meiode grandesexpectativas e dosprotestos da população, ogoverno anunciouumalistade 14pontos que, maisdo que umplano econômico, tinha tons de uma carta de boas intenções.

Acordo – A lista deixa claro que o governo e as províncias pretendem cumprir os compromissos com o Fundo Monetário Internacional, FMI, embora sem explicar como fariam isso.

No acordo, o governo não emitiu nenhumapalavra sequersobrequal seria anova política cambial do governo, nemsequer onome donovo ministro daEconomia, que substituiriao ex-ministro Jorge Remes Lenicov. "Isto aqui foi feito para ganhar tempo emostrar imagemde solidez deDuhalde", afirmavam analistas políticos.

Ospontos doacordoentre osdoislados, com oqualos governantespretendem remover o país da grave crise econômica,financeira esocial são os seguintes:

•O paíscumprirá oscompromissos com os organismosfinanceiros internacionais (aArgentina devepagar US$900 milhõesao FMIem maio);

•Daqui a 15 dias o governo argentino pretende chegar a um acordo bilateral com cada uma dasprovínciassobre a redução de gastos(oajuste pedidopeloFMI às províncias é de 60%de seus déficits fiscais);

•Daqui a 90dias será redigidauma novalei deco-participação deimpostos (esta lei determinaráqual proporção daarrecadaçãofica com as províncias, e quanto será destinada à União);

• O governo propiciará uma políticafiscal quemantenha o equilíbrio;

•Os correntistas terão seus depósitos garantidos através deum mecanismoparlamentar;

•Será garantido o reestabelecimentodo sistemafinanceiro(os bancospassampela maior crisede sua históriae váriosdeles ameaçamdeixar o país);

•O governo instrumentará um acordo de responsabilidade fiscalentre a União,as províncias e os municípios;

• Ogoverno propiciará a reforma tributária;

•A leidefalênciadas empresas deverásermodificada;

•A lei de subversão econômica será eliminada;

• O governo tentará repatriar capitais argentinosno exteriorpara investimentos destinadosà produção dentro da Argentina;

•O governo estimulará os investimentos para as exportações;

• Areforma política será cumprida completamente;

•O governo implementará os planos de empregopara gerar postos efetivos de trabalho.

Intenção – Após o anúncio da listade pontos por parte do oradoroficial da presidência,Duhalde declarou queestasmedidas "têmaintenção de colocar a República de pé e em paz".

Entre os nomesmais cotadospara ocuparoministério da Economiaestão osnomes do secretário da Economia da provínciade Córdoba,Juan Carlos Schiaretti; oecono-

Vaticano ameniza críticas sobre escândalos sexuais de padres

Areunião noVaticanoentrecardeais ebisposnorteamericanos coma cúpulada Santa Sé, paratratar dosescândalos de abuso sexual na Igreja Católica, terminou ontemcom umadeclaração de intenções.

O documento final não é tãoincisivo quantoodiscursodo papano dia abertura. Os cardeais norte-americanospropõem um"processo especial" para punir os padres envolvidos em pedofilia e casos de abuso. Adiado– Porém, a definição dos detalhes e linhas de ação que serão adotados pelo episcopado americanode agora emdiante para tratar do problema foi adiada para a assembléia da Conferência Episcopal dos EstadosUnidosmarcadapara junho, na cidade de Dallas, Texas. Os cardeais admitiram que houvedificuldadepara se

chegaraum acordo sobreo texto, entre os mais radicais que esperavammedidas drásticas e os favoráveis a uma linha menos repressiva. Os cardeais apresentaram uma carta, na qual pedem desculpas por não terem sido capazes de preservar a igreja doescândalo e ao mesmo tempo exprimem gratidão a todos os sacerdotes dos EUAs que carregam "a cruz da dor e da vergonha". (AE)

Sharon faz exigências

para autorizar investigação da ONU

Ogovernoisraelense só permitirá ainvestigaçãode umacomissãoda Organização dasNações Unidasno campo derefugiadosde Jenin, na Cisjordânia, depois que aONU esclarecer com precisão omandato daequipe de investigadores.

A autoridade israelense querque asapuraçõesseestendamaos atentadoscometidos por palestinoscontra Israel e a inclusão de especia-

Banco Central dos EUA reafirma a recuperação da atividade econômica

listasmilitares eemcontraterrorismo na comissão.

A decisão do governo israelensede "bloquear"amissão dasONUéresultado dotemor de sofrer sanções internacionais e terminar num tribunal por crimes de guerra. O primeiro-ministro Ariel Sharon e seus colaboradores queremque omandatoda comissão investigadora seja estendidopara "aatividade de grupos terroristas refugia-

mista Carlos Melconián, e o embaixador argentino na União Européia, Roberto Lavagna.

Lenicov – No meioda tarde, um helicópteroque pousou nos jardins da residência oficial de Olivos causou surpresa, quandodele desceu o ex-ministro da Economia, JorgeRemesLenicov. Oexministro havia sido convocado àspressas por Duhalde. Um grupode governadores, dianteda impossibilidadede definirumnovo nomepara ocupar o ministério, pediu que o ministro voltasse para o cargo. Lenicov conversou comDuhalde eosgovernadores durante duas horas. Lenicov permaneceráno cargo até amanhã, quandoo presidente concluiráa definição do novo programa econômico.

Apesar de Duhalde não ter anunciado nenhum dos pontos esperados para a nova política econômica, como a adoção docâmbiofixo,a liberaçãodo"corralito" earedução do IVAde 21% para 16%, esteplanoestásendo elaborado junto com osgovernadores ecom economistasdo PartidoJusticialista.O presidente não deve adiantar nenhuma medida enquanto não definiro sucessorde Lenicov.

Protesto – O clima de insatisfação continuava crescendo. Na cidadedeSanta Fe, manifestantes incendiaram o departamento de aposentadorias. EmCórdoba, funcionários públicos pediram a renúnciado prefeitoGermán Kammerath. Em Chubut, deputados eo vice-governador tiveram que pernoitarna Assembléia, cercada por professores que pediam pagamento de salários. (AE)

65% dos mexicanos desaprovam atos de Fox frente à Cuba

Entre os mexicanos, 65% desaprovarama atitude do presidente Vicente Fox em relação a seu colega cubano, Fidel Castro. Eles também reprovam a ruptura das relaçõesentreos doispaíses, segundo pesquisa do jornal Reforma divulgada ontem. No entanto, 64% dos entrevistados opinaram que o México deve privilegiar suas relaçõescom osEUA. Apesquisa foi realizada por telefone,na terça-feira, com521 adultos, em todo o país.

Onze dos 12distritos americanos quetemagênciasdo Fed (banco central dos EUA) apresentaram umaumento na atividadeeconômica em março e no começo do mês de abril. Alguns distritos, porém, foram cautelosos em relação ao ritmo da recuperação."Quase todosmostraram sinais de melhoria ou real crescimento da atividade econômica desde o último relatório", analisa o banco.

Olivrobege, queéumsumário sobreascondições econômicas do país, serve de basepara asdecisões doComitê dePolítica Monetária do Fed. Apróximareunião do Comitê está marcada para o dia 7 de maio.

Boston– "A única exceção foi Boston, que descreveu sua atividade econômica como variada",declarou oFed.O tom geral dos distritos foi positivo, masalgunsdistritos "expressaram considerações sobre o ritmo da recuperação ou aforça daseconomias regionais", analisa.

O distrito de Cleveland disse que a economia continuou melhorando, mas citou preocupações de que a velocidade da recuperação havia caído

consideravelmente em relação ao ano anterior.

Kansas e Dallas – Os distritos da cidade do Kansas e Dallas também apontaram que suas economias "ainda estão fracas", apesardos recentes sinais demelhoria. Esteúltimo sumário foi feito com dados na1coletadosantesdo dia 16 de abril.

O livro bege mostra ainda que a atividadeindustrialse mostrou em processo de estabilização ou crescimento em todos os distritos. Os setores que registraram uma retomada mais forte incluíramfabricantes depeçasautomotivas deaço, materiais para construções residenciais e mobiliário.

Dados da maioria dos distritos apontaram para uma estabilização dos estoques, depoisde umlongoperíodo de declínio e algumas empresas nos distritos de Chicago e São Francisco foram"cautelosamente aumentando os níveis de estoques". Produtoresestão "otimistas"emrelaçãoà atividadeindustrialno fim do ano. Gerentes de compranodistrito deNovaYork apontam asmais altasprojeções em dois anos. (AE)

Parlamento Europeu recebe Le Pen com vaias

Jean-Marie Le Pen, líder da extremadireita francesa e candidato à presidência da república, compareceu ontem ao Parlamento Europeu. Foi recebido naBélgica com ruidosos protestos de deputados europeus,no plenário, ebelgas, nasruas. Oultradireitistaparticipou deuma conferênciaparlamentar sobre o conflito no Oriente Médio e cancelouentrevista coletiva que daria depois "por motivos de segurança".

Le Pen e mais quatro membros seu partido – a xenófoba Frente Nacional – têm cadeiras no Parlamento Europeu. Quando ele entrou no plenário, ocomissário europeude relações exteriores, o britânico ChrisPatten,comentou em voz alta: "Tenho a impressão dequeumadas figuras menos agradáveis da civilização européia está passando pela porta."

Vaias – Le Pen – que se eleitopromete "expulsarosimigrantes" e tirar a França da União Européia – não chegou a falar maisque um minuto sobre oOriente Médio.

dos no campo", mas não para todaa operação"Muralhade Defesa".

Papa – O papa João Paulo

IIquerumasoluçãopara a "situação desumana" das pessoascercadasna Basílica da Natividade, em Belém, e pela paz na região. "Meupensamentoestá semprevoltado para a Basílica, onde a comunidadereligiosa enumerosas outraspessoas continuam sofrendo o cerco". (AE)

Pressão – As relações entre México e Cubacomeçaram a deteriorar-sedepois que Fidel Castro foi pressionado pelo governo mexicano a abandonar a cúpula da Organização das Nações Unidas, ONU, em Monterrey, após ter participado do fórum sem fazer pronunciamentoscontra os Estados Unidos.

Fox eo chancelerJorge Castañeda negaram o fato, provadodepoispor Fidel. Hoje,"7em cada10mexicanos achamque Foxperdeu credibilidade" e "muita" para 43%. (AE/AP)

O presidenteda mesa, Pat Cox, teve de intervir com energia para pôr ordem no

plenário,quevaiava olíder ultradireitista francês eestendia faixas com frases como "Fora nazista" e "Racista" "Senhores, protestemem silêncio.Permitam aodeputado(Le Pen)expor seupensamento", disse Cox. "AFrança protegeuaquele lugarsanto (OrienteMédio) durante anos, mas hoje a França e a União Européia estão ausentes. Isso porque obedecem ordensdos EstadosUnidos napessoa de Javier Solana(chanceler daUE eresponsável pelasegurança da instituição)",disse LePen em meio a aplausos de seus quatro colegas de partido. Protestos – Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, reiterou a convicção de que os franceses vão repudiar em 5 de maio de forma esmagadora Le Penque classificou de "repugnante". Já o desfile de 1º de maio vai se caracterizar por uma mobilização unitária de forças sindicais e políticas como não se via há mais e30 anos na França. O objetivo da gigantesca marcha,que poderá reunir mais de 1 milhão de pessoas,éimpedira eleição de Le Pen. (Agências)

População usa martelo para protestar na porta de banco em Buenos Aires
Enrique Marcarian/Reuters

Trajetória da Selic: para onde caminha o juro básico da economia

O cenário mais provável para 2002é queoBanco Centralconsiga reduzir a taxa básicade juros,a Selic, para 17% anuais – hoje ela está em18,5% ao ano. Aprojeção consta deum relatório divulgado pela Itaú Corretora, que leva em conta a influência que o petróleo e odólar terão na inflação e,conseqüentemente, nos juros.

Câmbio – No casodo dólar,a corretoralevaem contao fluxodeinvestimentos estrangeiros para o País. Mas, também, a demanda dos bancos por hedge (proteção).

Esta segundaparte édifícildeprever,pois lida com aexpectativa decada um. O que se pode dizer é que, apesar de o dólar estar comportado até agora, 2002 é um ano de eleição e isto sempre pode gerar insegurança. Portanto, o dólarainda podedaralguns pulos até o final do ano.

Petróleo – O caso do petróleotambém écomplicado. Desdeo começodo ano opreço do barrildo óleo subiu deUS$ 19 para US$ 26 com a crise no Oriente Médio.

Como a crise deve se estender por mais tempo e os EUA(maior consumidor do mundo) devem voltar a crescer no segundo semestre,dificilmente opreço vai cair muito.

Tudo isso significa que a inflaçãovai serumapreocupação.O petróleoinfluencia a alta no preço dos combustíveis, que gera inflaçãoe provocasaltosno IPCA (o índice oficial usado pelogoverno). Odólar faz a mesma coisa, pois influenciapreços deprodutos queusamcomponentes importados. Cenários possíveis – O

economista-chefe da Itaú Corretora, Marco Antônio Maciel, traça três cenários possíveis. Na sua visão, o mais otimista tem apenas 15% de chancesde seconcretizar; opessimistatem 25%de possibilidade, o que é preocupante. Já o cenário mais provável é o meio termo, com 60% de chances. Veja cada um deles:

Otimista – Neste caso,o preço do barril de petróleo caideUS$ 25paraUS$23 até o final do ano e o dólar fica em R$ 2,36 em dezembro. Issosignificamenor pressão sobreainflação, que seria de 4,5% em 2002. Neste cenário bonito, a taxa dejuros seriade 16,5% aoano (bem abaixo dos 18,5% ao ano atuais).

Pessimista – Aqui as coisas ficam difíceis. O petróleo mantém-seno patamarde US$26 obarril eo dólar fecha 2002. Com estes dois problemas, ainflaçãoseriade 5,4% – valor que bate com a expectativado mercado, e fica quaseno limite da meta do BC, que é de 3,5%, com tolerância de dois pontosporcentuais, para cima ou para abaixo. A Selic terminaria 2002 em 17,75% ao ano.

Básico – Este é tido como o cenário maisprovável. Ele pressupõe que o preço do barrilde petróleovai recuar para US$ 25 e o dólar vai terminaro ano em R$ 2,45 (o que representaria uma valorização de 6% noano frente ao real).

Nestequadro,a inflação ficariaem5%(abaixo da expectativa do mercado).

Neste caso, ataxa Selic seria de 17% ao ano.

Leandro Loyola, do site On News

Diminui o repasse para financiar a casa própria

Estetalveznãoseja omelhor momento para quem deseja financiara comprada casa própria. Desde agosto do ano passado, a Caixa EconômicaFederal, principal banco quefinanciaimóveis no País, deixoudesoltar recursos próprios parafinanciamentos de imóveis destinadosafamílias comrendasuperior a R$ 2 mil. E os bancos privados estão liberando menos recursos. As famílias declasse média que procuram recursos para comprarum imóvelainda podem recorrer à Caixa, mas têmde contaragoracom os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, FAT. Volume – Um dado que demonstra a reduzida oferta

Tarifa bancária não cai mesmo com o novo sistema

Na estréia do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB,os bancossurpreenderam omercado ao manter inalterados o valor das tarifas cobradas dos clientes.

Na semana passada, o diretor de PolíticaMonetária do Banco Central, BC, Luiz Fernando Figueiredo,afirmou que o custo das operações dos bancoscoma implantação donovo SPB,queaconteceu na última segunda-feira, permitiria umaredução deaté 4 vezes no custo das tarifas para os clientes. Mas não foi isso o que se viu.

Mesmo valor – Quem precisar passar uma TED – Tarifa Eletrônica Disponível – na agência hoje vai pagar o mesmovalor queera cobradona semana passada pela emissão de um DOC.

Crédito

O valor médio da TED entre os bancos está em R$ 9 paraquemfizer a operaçãona agência. Se a opção for pela Internet o gasto é menor. Algo em torno de 40% menos. Limitação – Comoo valor permitido para se utilizara TED hojeé muitoelevado– R$5 milhões, nãosendo possível fazer a transferência pela Internet, quem precisar fazer um pagamentoneste valorou acima não terá outra alternativa anão ser usar aagência e arcar com a taxa maior. Ajuste – Na opinião de CelinaLopes, daSuperitendência NacionaldeProdutos e Captação da Caixa Econômica Federal,ovalordas taxas

Os bancos vão passar a oferecer produtos que ajudem no gerenciamento do caixa das empresas

devem sermantidosaté que os bancos se ajustem ao SPB. "A TED interferiu em todos os produtos eas contas tiveramdeseradequadas para queas operaçõesentre os bancos e o Banco Central não tivessem problemas", dizCelina, justificando a manutenção dos valores.

AdaptaçãoNo HSBC, as tarifas também são praticamente as mesmas cobradas antesda implantação do novo sistema de pagamentos.ATEDfeita na agência não sai por menos de R$10.Valoridêntico ao cobrado hoje por um DOC. Mas caiparaR$ 3,50 seo cliente optar por fazer o envio pela Internet.

Além da TED, os bancos vão passara oferecerpara as empresas produtos queajudem na organizaçãoe gerenciamento do caixa.

Agendamento – S e g un d o Osias Brito, diretor-executivo do Santander, o banco lançouo chamadoagendamento de contas.

"Basta que o cliente nos informe datas e valores de pagamentos erecebimentose o banco se encarregará de deixar seus compromissos em dia", diz Brito.

Segundo ele,esta éuma maneira deajudar asempresas – especialmente as menores que não investiram em informatização – a manter suas contassem oproblemade descasamento, completa.

tem expansão de apenas 0,4%

O volumede crédito concedido pelos bancos em março cresceu. Ainda que pequena,a evolução,para oBanco Central, BC, é um sinalizador para governo de retomada do nível de atividade.

O saldototal deoperações de financiamentos apresentou uma expansão de 0,4% em relação a fevereiro, passando de R$334,196 bilhões para R$ 335,533 bilhões. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, os empréstimos às pessoasfísicas cresceram 1,6%em relação a fevereiro. Créditopessoal – O volume total dos empréstimos livres dedirecionamento às pessoasfísicas aumentou

1,6% em março em relação a fevereiroe passou de R$72,631bilhões para R$ 73,799 bilhões. Lopes destacou o aumentode 3,2% do créditopessoal etambémo crescimento de 1,9% dos empréstimosconcedidos paraa aquisição de automóveis. Saída docheque – "O aumento do crédito pessoal ocorreu em função de uma migração dequem estavano chequeespeciale também devido a operações de antecipação da restituição doImposto de Renda", explicou Lopes.

Nocaso dos automóveis, ele disse que a expansão pode ser explicadacomo umreflexo da retomada gradualdos níveis de atividade econômi-

ca.As operaçõescomcheques especiais caíram, ao mesmo tempo, 0,3%.

Estabilidade– Em relação às empresas,o estoquepermaneceu estável. No entanto, Lopesressalta que está havendo uma migração de operações de prazo mais curto para outras mais longas. "Coma desaceleração da economia, asfamílias, sem perspectivasde manutenção do emprego, não demandam créditoe asempresastomam empréstimos de curtíssimo prazo apenaspara manutençãodas suas atividades", explicou Lopes. "Quando a economia começa a deslanchar as empresas procuram operaçõesmais longase as pessoas retomam o crédito."

Taxas médias para as empresas recuam para 42,8% ao ano

Apequena recuperaçãodo mercado de crédito foi acompanhadade um recuo, também pequeno, das taxas cobradas pelos bancos.

Na média geral,houve um recuo de um ponto porcentual nosjuros cobradospelas instituiçõesfinanceiras das pessoasjurídicas, que passaramde43,8% anuais para 42,8% ao ano.

é o volume repassado pelo Sistema Financeiro Nacional ao crédito habitacional, que está bem abaixo do mínimo determinado pela legislação. Baixa aplicação – O acompanhamentoqueo Banco Central fez sobre o setor mostra que,em janeirodeste ano estavam aplicados em crédito imobiliário cerca de R$ 31,2 bilhões,oque representa 58%do mínimoexigido (R$ 54,5 bilhões). Dos R$28,8 bilhõesque os bancos privadosdeveriam emprestar, somenteR$ 15,5 bilhões (53,78% do total), foramefetivados. Pelasregras do BC, 65% dos depósitos da poupança devem ser direcionadosparao financiamento da casa própria. (AE)

Operações – As maiores quedas foram verificadas nas linhas direcionadas para as empresas:1,4 pontoporcentual nas operações de desconto de duplicata, 1,3 no capital degiroe1,7 pontoporcentual na conta-garantida.

Osjuros dos empréstimos caíram 0,6ponto porcentual em março com relação a fevereiro. De acordocom os dadosdivulgadosontem pelo Banco Central, ataxa média geralfoi de60,2%ao anoem março, o que representou uma queda de 0,8 ponto porcentual, em relação a feverei-

ro, conforme o BC.

Cheque especial – O custo do cheque especial também recuou– 0,8 pontoporcentual– passando de 160,4% em fevereiro para159,6% ao ano em março.

Já nos últimos 12mesesa taxa média subiu 10,8 pontos porcentuais.As taxasmédias para as operações vinculadas a aquisição de carros recuaram 1,2 ponto porcentual, alcançando 40,8% ao ano. Reflexo – Segundo Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, estasquedas sãoreflexo da redução da taxa básica de juro, a Selic. Entre fevereiro e março a Selic foi reduzida em 0,5 ponto porcentual. Isso influencia o custode captaçãodos bancos, que tevequeda de 0,9 ponto porcentual.

Mas nemtodo ganhoobtido pelasinstituições financeiras foi repassado aos clientes. "As empresas tiveram um

ganho superior à redução verificadana taxa decaptação dos bancos. Já para as pessoas físicas, a queda no custo de captação não foi integralmente repassada", observou. Spread – O spread dos empréstimosbancários –que mede a diferença entre o custo de captação e o que é cobrado dos clientes nas operações decrédito–aumentou 0,1 ponto porcentual, indo de 41,8% para 41,9% anuais. O spread para os consumidores cresceu 0,5% e, para as empresas, caiu 0,5%.

Estabilidade– A inadimplência dosconsumidores junto aosistemafinanceiro manteve-se estável em 8,5%.

Para a pessoa física, houve uma redução na inadimplênciade0,1% e, paraa pessoa jurídica,o BCregistroucrescimento de 0,1%.

O indicador do Banco Central leva em conta atrasos superiores a 15 dias nos pagamentos. (AE/Reuters)

Retomada – No mês,o estoque das aplicaçõesdeempresasem hot money (cu rto prazo), caiu 24%. No mesmo período, ovolume totalde operaçõesde capitaldegiro, que têm prazo médio de 150 dias, cresceu1,7 %eodesconto deduplicatascresceu 5,9%. "Estesmovimentos estão vinculados à retomada do nível de atividade econômica", disse Lopes. Eleressaltouque as mudanças noperfil dosempréstimos aindasãomuito ligeiras enão representamameaça de pressão inflacionária. "Há ainda grande capacidades ociosanas empresase, portanto, muito espaço para ocrescimento dademanda", disse Lopes. (AE/Reuters)

Tesouro já vendeu

R$ 21 milhões em títulos pela Web

O Tesouro Nacional já vendeuR$ 21,25milhõesem títulos pela Internet. Balanço divulgado ontem mostra que desdejaneiro,2.512 investidores de 23 Estados e do DistritoFederaljá adquiriram papéis do governo pela Web. Segundoo Tesouro,60% dos investidores fizeram aplicações inferiores a R$ 5 mil. A idade variou de 19 a 82 anos.

A maior parte dos títulos vendidos foi de LTN (títulos com correçãoprefixada). Do total depapéis vendidospelo Tesouro, 77,69% foram LTNs. As NTN-C (títulos com correçãopelo IGP-M) ficaramem segundo lugar, com uma participaçãode 16,36%.

Banco doBrasil, Investshop, Caixa Econômica Federal, Patagone acorretora Socopa foram as cinco instituições cujos clientes cadastrados mais realizaram compras de títulos pela rede mundial de computadores. (AE)

Roseli Lopes

CPMF: só a isenção não levanta a bolsa

O fim da Contribuição não é capaz de, sozinha, reerguer os negócios: o giro em 2002 já caiu 34% em relação a 2000

Aisençãoda cobrançade CPMF nos negócios com açõesestáperto deseraprovada pelo Congresso Nacional. Mas não deve resolver todosos problemasdomercado. Analistas dizem que o fim do tributonabolsa não garante arecuperação dovolume financeiro. Na terça-feira, a isenção passou em segundo turno na Câmara dos Deputados, mas para entrar em vigorainda precisa doaval do Senado.

Os altoscustos doinvestimento em bolsa de valores no Brasil,a forteconcorrência do mercado americano e a

falta de liquidez de novos produtos de investimento são os principais motivos apontados pelos analistas paraexplicar oenf ra q ue c im e nt o dos negóciosna Bovespa. Há, ainda, a retração natural dos grandes investidores em um período pré-eleitoral.

O mercado continuará arcando com altos custos de operação, o que afasta investidores

Ajuda – "O fim da CPMF na bolsa ajuda, mas não assegura a melhora da liquidez. O mercado ainda continuará arcando, por exemplo,com os altos custosde operação",

afirma Flávio Barros, da ClickInvest Gestão de Ativos. Ele lembra também da elevação da alíquota do IR sobre os ganhos com ações,de 10% para 20%."Com essaalta cargade impostos e gastos oinvestidor tende a se afastar cada vezmais do mercado acionário", acrescenta Barros. O volume de negócios na Bovespa tem diminuídosistematicamente nos últimos dois anos. De janeiro a abril de 2000, o giro da bolsa so-

mou R$71,6 bilhões,caindo paraR$56,2 bilhõesnomesmo período do ano passado. Este ano, o volume deve ficar poucoacima de R$45 bilhões no primeiro quadrimestre,comquedade 34% em relação a 2000.

Nova York – Além da elevadacarga tributária,omercadobrasileirosofre coma concorrência da Bolsa de Nova York, onde é possível negociar, com custo menor, recibos deações demuitas empresas da Bovespa. De acordo com cálculos da bolsa paulista,comprarou vender uma ação no mercado

Bovespa recupera terreno e sobe 1,46%

Uma recuperação técnica de preçosdepoisde quatro pregões consecutivos de queda fizeramaBovespafechar em alta ontem, apesar da baixa da Bolsa de Nova York e de mais um dia ruim paraas ações da Embratel.

A Bovespaencerrou osnegócios com valorização de 1,46%,Ibovespa em13.380 pontos e volume financeiro

de R$ 522,6 milhões. Com o resultadodo pregão deontem, a bolsapaulistapassa a acumularaltade 0,9% no mês e queda de 1,4% no ano. As açõesPNdaEmbratel, afetadaspelos resultadosnegativose problemasda controladora WorldCom, tiveram baixa de 3,4%.

Sabesp – Começaram ontem os negócios com ações da

Sabesp no Novo Mercado, ambiente de negociação que exige maistransparência das empresas e melhor relacionamentocom os acionistas.A Sabesp junta-se à Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR).

Na estréia, os papéis ON da Sabesp subiram 0,94%. Segundo operadores, o movimento com as ações foi con-

siderado normal, pois o mercadojá sabiahá umasemana da entradada Sabespno Novo Mercado. Também ontem começou o prazo de reserva para comprade açõesda Sabesp, na oferta global de 16% do capital da empresa. O prazo termina no próximo dia 8 e a reservadeveser feitanasagências doBanespa. (RA)

americanoéentre 10e12vezes maisbaratodoqueno Brasil. A bolsa estima que quase 40% dos negócios com ações de empresas brasileiras já são feitos nos EUA. Apatia– A bolsa paulista tem se esforçadopara oferecer ao mercado novos produtos de investimento.Mas esbarra naapatia e nacautela dos investidores. Aindanão ganharamforça produtos como o mercado futuro eo recibodeações (cesta que permite ao investidor comprar 11 açõescomo se fossem apenas uma). Novo Mercado – Mesmo a criação do Novo Mercado aindacaminhaa passoslentos. Apenas duas empresas (CCRe Sabesp) fazem parte deste ambiente de negócios. Para o analistaAlexandre Carneiro,da AdinvestConsultoria, "o fluxo de recursos paraabolsadevese manter reduzido, se nãoforem criadascondiçõespara arenda variável competir com a renda fixa. E issopassa pela queda dos juros", afirma.

Cotação do dólar interrompe tendência de alta

Umnoticiário morno, combinadocom fluxoainda encolhidode divisas resultou em ligeirabaixa no câmbio ontem.

Aqueda de0,17%quebrou uma sequência de nove altas seguidas. No final, o dólar comercial valia R$ 2,358. O diretordecâmbioda Corretora Liquidez, Hermann Miranda, disse que o recuo no dia veio na esteira de "fluxo um pouquinho melhor." (Reuters)

Philips tenta deslanchar em barbeadores

Multinacional vai fazer campanha para estimular o consumo de aparelho elétrico, considerado baixo no Brasil

O Brasil vai ficar de fora do lançamento de um novo modelo de barbeador elétrico da Philips,chamado CoolSkin. A multinacionalvai fazer uma produção limitada do equipamento paracomemorar a comercialização de 400 milhões de barbeadores no mundo desdea entradano segmento, em 1939.

O consumo limitado dos equipamentosem território nacional éarazão pelaqual o produto não vai chegar atéo Brasil. Anualmente são vendidos apenas110 mil aparelhos elétricos de barbear no País, uma marca considerada baixa para o mercado consumidornacional.De acordo com a gerente demarketing da empresa, CecíliaAbreu, a Philips tem 92%do segmento no Brasil, onde comercializa a marca Philishave.

não machuca a pele.

A multinacional atingiu a marca dos 400 milhões de barbeadores desde início da produção

A Philips quer reverter o baixo consumo brasileiro de barbeadores elétricos. Cecília Abreu dizqueacompanhia pretende lançar, nos próximos meses, ações em pontosde-venda dos principais centros urbanos do País para conquistar um novo público consumidor. Aestratégiade abordagemserá ousada,pois permitirá que os interessados experimentem o aparelho eo devolvam se não gostarem dele. Todos os esforços da campanha, cujas cifras de investimento não foram divulgadas,estarãovoltados para conquistar osjovensde20a 35 anos nos pontos-de-venda e fazer com que o mercado do produto cresça.

De acordo com pesquisa elaborada pelaprópria Philips, entreos usuários brasileirosda marca, 35% passaram autilizaro barbeador porque oreceberam de presente. Já 60%afirmam que optaram pelo aparelho por suapraticidade e,principalmente, porque acham que

Lançamento

da

rede 3G da J-Phone é adiado no Japão

A J-Phone, unidade de telefoniamóvel noJapão dabritânica Vodafone , está adiando olançamento desua rede de terceirageração decelulares (3G)dejunhoparadezembro, no segundo atraso anunciado pela empresa.

A mudança da data de lançamento coloca a J-Phone bem atrás de outras operadoras japonesas, comoas rivais NTT DoCoMo e KDDI, que já lançaramseusserviços de 3G, que permitem o acesso rápido àInternetatravés de aparelhos celulares. Mas o adiamentotambém reflete uma precaução da J-Phone devido aos altoscustos de construção das redes avançadas de telefonia móvel, disseram analistas.

A J-Phone, que no mês passadoultrapassou aKDDIem número de usuários tornando-se a segunda maior operadora móvel doJapão, disse que precisa demaistempo para se adequar aos padrões internacionaisde3G.A empresaplaneja iniciartestesde seu serviço em 30 de junho na região metropolitana de Tóquio, utilizando aparelhos produzidos pela NEC. Para osanalistas, oatraso da entrada no segmento não é negativo. "Isso mostra que a J-Phone está avançandode formagradual,o queépositivo", disse Katsuo Hori, analista do BNP Paribas. No ano passado, antes da Vodafone assumir o controle daJ-Phone,os planosoriginais daoperadorajaponesa de lançar serviços da nova tecnologiaaté ofinal doano foramadiados parajunho deste ano. (Reuters)

A escolha por esta faixa etária é conseqüência da constatação de que é mais fácil introduzir novoshábitosde consumo entre osmaisjovens. A divulgação da campanha também será veiculada em revistase natelevisão, tanto aberta quanto a cabo. História – O Philishave foi desenvolvidopor Alexandre Horowitz,naHolanda, eo primeiro barbeador foi fabri-

cado em 1939. No mesmo ano, foramcriadosainda mais seis modelos do mesmo produto. Os aparelhos foram apresentados em uma feira denegóciosnacidade de Utrecht, na Holanda. Noano seguinte,aprodução conseguiuatingir amarca de 12mil aparelhos. Em 1970,aempresa anunciou umaprodução barbeador, que chegou a dobrar 14 anos após, em 1984. Agora a Philips comemoranovamarca para a comercialização.

Vendas mundiais atingiram US$ 28 bilhões em 2001

Rio Sul, da Varig, vai demitir 10% dos seus funcionários

A Rio Sul,empresa de viagensaéreasdo grupoVarig, vai demitir cerca de 10% dos seus2.200 funcionários. A medida é resultado dos maus resultadosobtidosno ano passado,deacordo comaassessoria de imprensa da companhia aérea.

Em 2001, a empresa teve um prejuízo de R$ 71 milhões frente ao lucro de R$ 31,3 milhões registradosno anoanterior.Alémdo prejuízo,a RioSul apontacomomotivo para asdemissõesaredução de sua frota.

A Royal Philips Electronics é um dos maiores fabricantes de equipamentoseletrônicos do mundo e o maior da Europa. No ano passado, suas vendas atingiram a cifra de US$ 28,8 bilhões.É considerada líder mundial no ramo de aparelhos de TV em cores, iluminação, barbeadores elétricos, equipamentos médicos para diagnóstico por imagem e monitoramento de pacientes. Atuaem maisde60 países econtacom 189mil funcionários.

Já a Philipsdo Brasil foi fundada há 77 anos no Rio de Janeiro. Na época, a empresa importava lâmpadas incandescenteselogo passouaadquirir tambémaparelhos de rádio.Hoje aempresaatua em telecomunicações,informáticae equipamentosmédico-hospitalares. (PC)

Dell aguarda para concluir fábrica

A Dell Computadores do Brasil informouontemque sócomeçará aconstruçãode suafábricadefinitiva noRio Grande doSulquandoas condições de mercado forem mais favoráveis.

Atualmente, a indústria ocupa umainstalação emEldorado do Sulque tem caráter temporárioaté aconclusãoda unidadeprojetada na vizinhaAlvorada,na região metropolitanade PortoAlegre.A construçãodafábrica estava prevista para o primeiro trimestre, mas o presidente da Dell para o Brasil e Mercosul, Terry Kahler, disse on-

tem que não há data marcada para a mudança. Kahler explicou que três fatores preocupam osetor: o ritmo do mercado, que apresentoua primeira queda no último trimestre de 2001 na venda decomputadores pessoais (-0,4%), a expansão do chamado mercado cinza, que representa concorrência desleal,e a crisena Argentina, onde a Dell implantou um escritório emjunho,umade suas prioridades de vendas. O executivo ressaltou que o mercado argentino é novo e a companhia busca substitutos para ele, comoo Chile. No

anopassado, as exportações daDell somaramUS$ 18milhões,de acordocom odiretor decomunicação eassuntos corporativos da Dell, Fernando Loureiro.

Cinza –"A nossa previsão era de que o mercado cinza ficariaem 50%oucairia, mas ele subiu",afirmou Kahler, sobre aparticipação destetipodecomputadornas vendas totais em 1999. No ano passado, a participação subiu para 65% entre as 3,3 milhões de máquinas vendidas. No mercado cinza, componentes que não recolheram imposto de importação são

Itautec e Metron disputam clientes

Duas das maiores fabricantes brasileiras de computadores de mesa, os PCs, iniciaram uma acirradacompetição no segmento de equipamentos portáteis, os notebooks. Certos de que há espaço no mercado para aparelhos com preços maisacessíveis ede que as projeções ainda não conseguem estimartodoo potencialparaessas vendas, os executivosda Itautece da Metron miram nesse nicho com apetite.

Em 2001 foram vendidas cercade 135 mil máquinas, com faturamento em torno deR$ 675 milhões.No ano passado, asvendasficaram estáveis emrelaçãoa 2000, quando houveexpansãode maisde30%.Para esteano, espera-se um crescimento de, no mínimo, 15%. Aestratégiadasduas empresasé trazero preçode computadores para uma realidade mais próximado consumidor brasileiro. Segundo

estimativas da Itautec, o mercado tem potencial para absorver de 250mila 300mil notebooksao ano."Issodemonstra queo mercadoestá crescendo epermiteentusiasmosuficientepara enfrentarosintegradores, que trazem peças sem procedência", diz o gerente de Micros da Itautec, Alexandre Fortes. A tendência é de que os notebooks substituamos PCs, pois podem serusados em qualquer lugar. (AE)

Elétrico – A Toyota planeja vender a outras fabricantes de veículos os chamados modelos híbridos, ou seja,com motores movidos aeletricidade e gasolina, como o Prius apresentado ontem em Tóquio.A metaé produzir300 mil automóveis, denominados ecológicos, por ano a partir de 2005, informou o diretor gerente da montadora Hiroyuki Watanabe. (Reuters)

incorporados aos equipamentos vendidos no Brasil, o que leva àconcorrência desleal, explicou Loureiro. Os fabricantes sugeriram a reduçãopara zerodo impostode importação de componentes que não tiverem correspondente no Brasil. "Quando aquelasmarcas forem favoráveis, nós iremos para Alvorada", afirmou Kahler, sobre as três condições citadas. Ele observou que aconstruçãodafábrica será rápida, em cercade seis meses, oque permiteesperar pelo momentomaisfavorável. (AE)

Vivavinho 2002 apresentará mais de 15 mil produtos

OVivavinho2002, maior evento da América Latina direcionado ao negócio do vinho,exibirámais de 15 mil produtosque vãodeitalianos, franceses, chilenos a americanos e alemães. A feira abresuas portasentre osdias 7 e 9 de maio, no ITM Expo, na Lapa, zona oeste de S. "Oobjetivoé promover a reunião de todos os profissionais da cadeia produtiva de vinhoe proporcionar negócios paraosprodutoresnacionais, internacionaise importadores",afirma Zoraida Lobato Viotti, diretora comercial do Vivavinho. Até dois anos atrás a distribuição de vinhos no Brasil estavaconcentrada nasmãos de menosdemeiadúzia de importadores e hoje são mais de 40importadores tradicionais na área de alimentos, que passaram a trabalharcom o produto. (AE)

Até o dia 1 de julho, a Rio Suldesativará todas as suas aeronaves tipoBrasília,que têm capacidadepara 30passageiros. A frota desse tipo de avião era de oito unidades no ano passado,e atualmente opera com cinco, informou a empresa.

De acordo com a assessoria de imprensa,aRioSul vem fazendo umajuste gradativo nos seusquadros hámais ou menos um mês. Há ainda possibilidade de que parte do pessoal demitido seja reaproveitado emoutrasempresas do grupo.

O grupo Varig possui,entreoutrasempresas, aNordeste. "Há uma negociação para aproveitar parte desse pessoalna VEM (VarigEmpresa de Manutenção)", informou a assessoriade imprensa ontem. (Reuters)

Jaguariúna é novo pólo exportador da região de Campinas

A pequena cidade de Jaguariúna, com seus 35 mil habitantes, despontoucomo a principal exportadorada região de Campinas em 2001. No ano passado, 17 indústrias instaladas em Jaguariúna exportaramUS$803 milhões, enquanto 214 unidades fabris de Campinas somaram um total de US$ 746 milhões em exportações. Osnúmeros foram divulgados ontem pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) - Diretoria Regional de Campinas. A balança comercial de Jaguariúna somou US$ 1,666 bilhão no ano passado, sendoUS$ 863 milhões deimportação, com déficit de US$ 60 milhões. Em Campinas,o déficit foide US$ 76 milhões e as importações representaramUS$ 746 milhões, uma balança comercial de US$ 1,568 bilhão. As exportaçõesdeJaguariúnaforam baseadasprincipalmente em eletrônicos, informática e telecomunicações. Em Campinas, a produção das exportadoras é bastante diversificada. O Ciesp-Campinas divulgou que as 19 cidades da região metropolitanade Campinas tiveram balança comercial de US$6,137 bilhõesem 2001, 6% da balança comercial do Brasil, comdéficitdeUS$1 bilhão. (AE)

Paula Cunha
Cecília, do marketing da Philips, vai coordenar uma campanha agressiva para reverter baixo consumo de barbeadores
Paulo Pampolin/Digna

Compra aproxima Ullian do Mercosul

A fabricante de portas e janelas adquiriu no ano passado a empresa gaúcha Mecal, que servirá de base para exportação

A Mecal, indústriagaúcha de esquadrias metálicas, deve se transformar naporta de entrada da Ullian Portas e Janelas, de São José do Rio Preto,parapaísesdo Mercosul.

A Mecal foi adquirida pela Ullian emsetembrodo ano passado e deve ter sua produção elevada das atuais 144 mil portas e janelas para mais de 200 mil unidades em 2002.

Aempresa queraproveitar a proximidade das instalações da Mecal de países como Uruguai,Argentina, Paraguai e Chile para começar a exportar.O iníciodapesquisa demercadoestáprevisto para este ano, mas as vendas externasdevem começar apenas em 2003. "Estamos esperando para ver o que acontece com a Argentina", explicaodiretor daUllian,AristidesUllianFilho.Tantos os produtos fabricadospela Ullianquantopela Mecalintegram os planos de expansão.

Comaaquisição,a indústriapaulista tambémpretende fortalecer sua presença no Rio Grande do Sul, onde a Mecal mantém liderança de mercado. "Precisávamosdesenvolver o mercado do Sul do País com uma linguagem

Aspirina terá de mudar comercial de televisão

A Fundação Procon-SP determinou que a partir do próximo domingo a indústria química alemã Bayer altere a publicidade de TV em que sugere aos consumidoreso uso de dois comprimidos do analgésico aspirina para combate a dores no corpo.

OProcon alegaque aprópria bula do medicamento recomenda dosagem inferior a um comprimido para pacientes apartirde 12anos. Com base nisso, a entidade considerouquea indicação da Bayer em peças publicitárias pode induzir a população a se automedicar, prática não recomendávelpeloórgão. A aspirina é uma droga OTC, ou seja, cujas vendas são livres já há 100 anos, desde que foi lançada. (AE)

maisregional", dizAristides. Os produtos da marca Mecal continuarãosendo comercializados,mas aslinhasLucasa, Squadriaço, Plus, Ullian e Riobrás, fabricadasem São José do Rio Preto, também devemreceber impulso na região.Aempresavai abrir,

na cidade de Casca,

no segundosemestredeste ano, umcentro dedistribuição para as portas e janelas da Ullianno municípiodeCasca, ondea Mecal temsede. A comercialização da Ullian é mais forte nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. A Ullian é líder nacional em portasejanelas deaçoedeve passar parte da sua tecnologia de produção para a fábrica da Mecal. "Tambémtraremos osdiferenciais daMecalpara São José do RioPreto", diz Aristides.

Ullian – O centro de distribuição que será aberto no Rio Grande do Sul deve colaborar para quea Ullian cumpra suas metas de expansão neste ano. A fábrica paulista produziu no ano passado 1,7 mi-

lhão de portas e janelas e pretendecrescer 28%até ofinal de 2002.Atualmente, aproduçãojá alcança1,9milhões deunidades. Asaberturasda Ullian são vendidas em cinco mil pontos-de-venda do Brasil. A empresa mantém 88 caminhões terceirizados para fazer a distribuição dos seus produtos.

As janelas e portas deaço sãoas mais utilizadasna construção civilbrasileira. O produtoocupa 55% dosegmento, ficando acima do alumínioe damadeira. Asaberturas dePVC aindatêm uma parcelamuitopequena do mercado nacional, com uma média de 1%.

Isaura Daniel

CDC projeta alta de 20% nas vendas ao pequeno varejo

A CDC Brasil (Centro de Distribuição do Comércio), empresa do setorde distribuição de produtos para a automação comercial, pretende fazer seu faturamento crescer 20% até o final do ano. A distribuidoraconfianas compras depequenosemédios varejistas para chegar aos R$ 30 milhões em vendas. O diretor comercial da empresa, Marcelo Duarte, diz que os pequenos estãose conscientizando danecessidade de investir na gestão automatizada de seu negócio para não serem engolidos pelas grandes redes.

ACDC atua no ramo há um ano. Os resultados obtidos até o momento estão sendo considerados positivos pela empresa, já que ela tem

pouco tempo de vida. A CDV nasceu da fusão entre a Prohard, especializada em logística,ea Visage,distribuidora de produtos para automação comercial.

O grupode produtosvendidos pelaempresaécomposto de impressoras fiscais e de etiquetas, leitores de códigosde barra, no-breaks, gavetas de dinheiro e aparelhos de consulta de cheques.

Serviços – Para consolidar sua posição, a empresa está investindo, também,em um pacote queofereceaosseus revendedores. Nele,sãoincluídosserviços de treinamento técnico ecomercial, road-shows com fabricantes, suporte técnicosespecializadoe ferramentasde marketing para apoiar as vendas.

TAP Air Portugal quer fazer do Brasil uma base de lucros

ATAP AirPortugalcontinuará a apostar no mercado brasileiro para crescer e obter lucro líquido em 2003. O vice-presidenteda TAP, Luiz da Gama Mór,afirmou ontemque oBrasil responde atualmente por 17% da receitadaTAP, doispontos percentuaisacimados 15% de 2000. "O Brasil é o mercadochave para o nosso breakeven em 2002", declarou. Aempresa elevouem41% o tráfegode passageirospara o Brasilem 2001,em relação ao ano anterior, transportando mais de 400 mil pessoas na rota. A companhia aumentaráde24para 29onúmerode v ôos semanais de Portugal para o Brasil a partir de junho e tem intençãode criar mais freqüências para o Nordeste.

Segundo Mór, o índice de ocupação nosvôos para o País têmsido de80% e até 100% em alguns casos.De acordo com ele, a alta produtividade do mercado nordestinocompensou eventuais perdasnaclasse executivaea retração decorrente de alta do dólar no ano passado. Mór afirmou que a TAP pretende criar vôos diários para Salvadore Fortaleza, sem data prevista. Atualmente,são cinco freqüências semanais para Salvador e três paraFortaleza. Acompanhia mantémvôos diáriospara SãoPaulo,Rio eRecife."Podemos aumentar a oferta se o tráfego forcrescendo", disse. A TAP tem65% do mercado da rota Brasil-Portugale 8% do Brasil para a Europa.

A TAP, companhiaque pertence ao governo português, conseguiu reduzir seus prejuízosno ano passado, mas ainda fechou no vermelho. Isso ainda deve ocorrer em 2002, ano em que pretende reduzir ainda mais as perdas."Vamos atingiroequilíbrio financeiroem2002e queremos lucros em 2003", disse Mór.

A empresa não está pesadamente endividadae nãoprecisou renegociar o leasing das aeronaves após 11de setembro. Mór declarouque o plano do governo português de privatizaracompanhia será retomado este ano e só há investidores institucionais de Portugal interessados. "Não há outra empresa aérea envolvida", disse. (AE)

A serralheria de São José do Rio Preto ficou grande

Nãoéa primeiravezquea Ullian adquire umadas suas concorrentes do mercado de portas e janelas. Em 1998, a empresa comprou aLucasa e incorporoua fabricaçãodas esquadrias da empresa ao seu parqueindustrial. ALucasa setornou, então, umadas marcas da Ullian.

A Ullian,na verdade,foi desbravando o segmento brasileiro de construçãoaos poucos. Aempresa nasceu como uma pequena serralheria, na década de 50, na cidade deSão JosédoRio Preto.As aberturas eram feitas artesanalmente pelas mãosde dois irmãosda família Ullian. Apenas na década de 80, o ne-

gócio tomou forma de indústria. Nessa época houve mudança deendereço emaior destaque no Brasil. Pintura – Hoje a fábrica do interiorpaulistaabriga tecnologia de ponta no setor. No início desteano,por exemplo, aempresacomeçoua utilizar aeletropintura nas portase janelas dasmarcas Lucasa e Plus. O processo de pintura erautilizado atéentão apenas na indústria automobilística,de auto peçase de eletrodomésticos. Com o processo, as peças recebem uma pinturade base(fundo) e o consumidorpode escolher a tonalidade ou a cor definitiva. (ID)

Francesa Renault vende

2,5% mais no mundo

A receitadamontadora francesa Renault aumentou 2,5% noprimeirotrimestre de 2002 para9,29 bilhões de euros, igual aUS$ 8,27bilhões. No mesmoperíodo de 2000,o faturamentoalcançou 9,06 bilhões de euros.

Atualmente, os maiores clientesda empresasãoas chamadas revendasde equipamentosde automaçãocomercial.Asprincipais estão localizadas nos estadosde SãoPaulo, Paraná,SantaCatarina,Minas Gerais,Bahia, Ceará, além de algumas cidades das regiões Centro-Oeste e Norte.

Previsões – As expectativas paraos próximosmesessão positivas paraaCDCBrasil, depois deum períodode retraçãoobservado nofinalde 2001. Houveumadiminuição no ritmo dos negócios de vendaspara check-outs nos últimos meses do ano passado, de acordo com Duarte.

Mas apesar disso, a empresa conseguiu manter liderança no segmento.A obrigatoriedade da automaçãofiscal docomércio fezcomqueo pequenoempreendedor tivesse quese adaptarmais rapidamente a estas exigências legais, o que garantiu demanda para a distribuidora.

Oresultado desseano foi impulsionadopor sólidas vendas na Coréia do Sul e pelo lançamento de modelos mais caros na Europa. Em bases iguais,excluindo oresultadocoma participaçãoda empresa na empresa francoitaliana de ônibus, Irisbus, que foi vendida no ano passado, a receita cresceu 5,3% em relação a 2001.

Foram 625.065 automóveisvendidosno primeiro trimetre desteano, emcom-

paração com as 597.123 unidades comercializadas em 2001. As vendaspor unidade da Renault Samsung Motors, seu braçocoreano, maisque duplicaram para24.746veículos no período. Na Europa, aRenaultverificou altade 3,2% nas vendas por unidade e disse que o desempenho no continentefoi contrabalançadopor vendasmenoresna Turquia e Argentina. ARenault vai apontaro executivo-chefe daNissan, o brasileiro Carlos Ghosn, para seu conselho de administraçãonaassembléiageral de acionistas que ocorre amanhã. ARenault tambémvai cortar o número de representantesdo governofrancêsno conselho. (AE)

A fábrica da Mecal fica
interior do Rio Grande do Sul
Paula Cunha

Alma do negócio é publicidade popular

As paredes doescritório do publicitário BáAssumpção são repletas dequadros como significadoda palavrapopular em diversos idiomas. Lá, funciona a sede da Popular Comunicação, de São Paulo, primeira agência de grande porte do País que trabalha, exclusivamente, com campanhas voltadas para os consumidores de baixa renda.

Alógicaé dequenenhumprodutoouserviço podeserlíder de mercado sem liderança entre as classes C, D e E. A aposta nas vendas para o povão é alta. A meta da Popular é estar entre as dez maiores agências brasileiras em cinco anos. A Popular tem outros dois sócios, João Augusto Neto e Wagner Sarnelli. Veja o que Assumpção diz sobre o mercado publicitário popular.

•As classes populares representam 80% da população brasileira . Sãomaisde 54% dos consumidores do País. Nãoexiste ummercado dessetamanho em outrolugar do mundo.São comportamentos muito específicos, comgrandepotencial de crescimento, poucoexplorados pelas agências de publicidade no Brasil.

• Éimpossívelfazer propagandapara opovobrasile iro de dentro das salas fechadas, lendo recortes de jornal. Todas as semanas, passamos 30% do nosso tempo na rua,fazendo pesquisade campoem locaiscomofavelas e bairros mais afastados do

centro. Sabemos onde moramtodosos chefesdefamília nordestinos estabelecidos em SãoPaulo comrenda entre 7 e15salários mínimos. Somos capazes de aplicar trabalhos tão específicos quanto açõesde marketingdiretona Favela da Rocinha.

•OBrasil tratamalquem não tem dinheiro, esquecendo o fato de que as classes C, D e E são as que mais empregam seusrecursos em consumo. Nesses casos,cadaaumento na renda é acompanhado de uma ampliação nos bens consumidos.

Desdeoinício, sabíamos quehaveria preconceitodas agências que fazem campa-

nhas para a classe A em torno da proposta da Popular. Ficamos conhecidos como os publicitários dos pobres. O nosso trabalho põe o mercado publicitário em questão.

•As grandesmarcas estão perdendo espaço. Elas se distanciaram da maior parte dos seusconsumidores. Apublicidadenãoacompanhou as mudanças desse mercado. No último ano, 85% dos compradores debebidas trocaram de marca. O mesmo aconteceucom 74%daspessoas no setorde alimentose 65% no ramo de higiene pessoal.Os consumidores de baixa renda movimentam 58% de produtos de higiene e

cuidados pessoais, 64% do consumo de alimentose remédios ou 51% dos vestuários e calçados. É preciso estar atento e entender essas características dos consumidores de menor poder aquisitivo.

•Nos últimos anos, a Seda ganhou a liderança do mercado dexampus oferecendo produtospara todosostipos de cabelos, incluindo os cabelos crespos. Foi só descobriro óbvio,só perceberque os brasileiros são do jeito que são: do liso ao crespo. JackWelchcostumava dizerquepassou avidainteira ensinando seus executivos a trabalhar com a realidade como ela é, nãocomo eles gostariam que fosse.

•O Brasil é o país das classes C, D e E. Nem todo mundo sabe,mas opovo éextremamente sábio em suas decisõesde consumo.Numadas pesquisas de campoque realizamos juntocom oInstituto Data Popular, ligado à agência, ouvi de uma senhora de Itaquaquecetubaque "o real é bom, mas é um dinheirodifícil deganhar".Essa éa lógica. Ninguém quer jogar dinheiro fora.

• Mesmo num país rico, como os EstadosUnidos, ninguém arredondatroco , ninguém desperdiça. Imagi-

Software gerencia contas de igrejas

Oempresário HélcioHermes Hoffmann, deBlumenau, Santa Catarina, está deixandoas paróquias em ordem. Hoffmann, dono da Visoft, criouumsoftwarepara gerenciar os membros e as finanças das igrejas.

O sistema atende 40 igrejas de diversas religiões na região doValedoItajaí, em Santa Catarina."O software pode ser instalado em igrejas de todas asreligiões, decatólica a evangélica", diz Hoffmann. Casar sem ter sido batizado é impossível nasigrejas que têm oprograma daVisoft. O

sistema controla todas as ações da paróquia. Os registros como batismo,crisma e casamento dos fiéis, que sempre foramregistradosemlivros,são cadastradosnum programa que cruza os dados e não permite irregularidades comocasar comalguémque já é casado. Isso se o casamentoforentre pessoasdeuma mesma região ou paróquias de lugares diferentes, mas que troquem informações. O software tambémestá programado paranão realizar o matrimôniode pessoas do mesmo sexo.

O controle daparte financeira funciona como um livro caixa. Os responsáveis cadastram as despesas e as receitas e o software fazas contas. Pelo sistema, é possível programar lançamentosfuturos. "Se agendadoum pagamento,o software avisa o usuário no dia do vencimento, por exemplo", diz Hoffmann. Para segurançados usuários, quem trabalha com as finanças da paróquia, por exemplo, nãotem acessoao registro dos fiéis. "O software direciona o funcionário sempre para aatividade que ele

Uso de e-mail para marketing deve movimentar

A utilizaçãodo e-mailcomo ferramentade marketing deverá movimentar US$ 1,2 bilhãoemtodo omundoaté o final do ano, estima a U.Near, empresa especializada emtecnologiasdeadministraçãode canaisdevenda. De acordo comodiretor de marketing da empresa, Marcelo Smarrito, a participação do Brasil no montante será de 3%a 4%. "Cada vez maisas empresas utilizam o e-mail para marketing porquehá necessidade deintegração de todos os canais de venda para manter-se competitivo", diz. Ofuturopromissor do emailmarketing, afirma Smarrito,é comprovadope-

US$ 1,2 bi

los números.Hoje, 30% da correspondência recebida em todo omundo é eletrônica.Até2005, estima-seque esse índice atingirá 60%. "Até esse ano, aferramenta movimentarácercade US$1,5bilhão", afirma Smarrito. No anopassado, essemercado foi de US$ 900 milhões.

A U.Near foi criada no final de 1997 com a proposta de interligar canais de venda e explorar o comércio eletrônico. Pormeioda ferramenta U.Mail, a empresa presta serviços demarketing eletrônico a clientescomo o Submarino, Telemar e Unibanco, entre outros, e distribui mensalmente 3 milhões de corres-

pondências eletrônicas. "Essa ferramenta permite saber se o destinatáriorecebeu oemail, se abriu, leu e acessou o link", afirma o executivo. "Enfim, permite a análise completado comportamento do internauta."

Em decorrência da polêmica criada em torno do recebimentode e-mailsindesejados, os chamados spams, a U.Near não trabalha com base de usuários. "Cada cliente utiliza suaprópriabasee sempre aconselhamosmuito cuidado ao adquiri-la de outrasempresas", dizSmarrito. "As respostasboas vêmdaqueles que autorizamo recebimento do e-mail." (AE)

neentãopara quemvivesob umorçamentoapertado. A renda precisa ser aplicada naquilo que vale a pena. Marcas líderes como Omo, por exemplo, são sucessos de venda mesmo sendo mais cara que a média exatamente por esse motivo.

•Oconsumidor de classe C, D e Enão pode arriscar comprando o sabão em pó que não atende suas expectativas.Nãodá para comprar outra embalagem se a primeira marca não deu certo.

Aestabilização damoeda trouxe mudançasprofundas nos hábitos de compra desses brasileiros. Quem não perceber sutilezas, como essa, estará fora do mercado.

•O Data Popular realizou uma pesquisa parauma indústria nacionalde cosméticos sobreo mercadopopular deprodutosde higieneebeleza para bebês.A equipe escolhida para otrabalho conviveu com mães das classes populares e descobriu que, ao contrário do que se possa imaginar, todas têmacesso a categorias de produtos caros, como o algodão colorido e as fraldas descartáveis.

As marcas encontradas nas casaseram, normalmente,as mais famosasde cadamodalidade, mesmo que o espaço

faz. Issoimpede, por exemplo, que um membro veja um trabalho que não deve ser visto", afirma Hoffmann. Preço – O software custa R$500,00. Ocontratoé semestral. Por essa quantia, o cliente tem suporte técnico gratuito por telefone oupor e-mail durante seis meses. As visitas pessoais de técnicos não estão inclusas na taxa. Depois do período de seis meses,sefor precisofazer uma atualização no software, a igreja cliente tem depagar uma quantiaque vaidepender do tipo de mudança feita no sistema.

fosse dividido, em algumas situações, com as chamadas marcas talibãs.

• Todos os segmentos do mercado podemaprimorar seu desempenho o b s e r v a ndo oshábitos epreferências das classes populares.A casa própria, por exemplo, é o bem de consumomais desejado dos brasileiros. Independente da renda. Entreas classesC,De E,a compradoimóvel éfeitapor impulso na maioria dos casos. Poupar durante anos para darentrada nacasa éuma possibilidaderemota paraas famíliasnessafaixa. Oorçamento não permite. O segredoé oferecer condiçõesde compra sobprestaçõesacessíveis à renda de cada família. Todos farão apertos aqui e ali para sair do aluguel.

• Nacampanhado Plano Minha Casa ,do Banco PanAmericano, a comunicação com osconsumidores foitoda baseada em expressões como "vai que dá" ou "você e sua família merecem,ligueagora". O aval de alguma instituição conhecida e confiável é outro ponto importante para convencer as pessoas a adquiriro primeiroimóvel dessa forma. Sãoestratégias assimiladas na fonte, direto dos consumidores.

cursos e seminários

Dia 26

O operador logístico na cadeia de suprimentos –O curso visamostrar aos participantes o papeldo operador logístico como elemento básico no gerenciamento da logística. Duração: 30 horas, das 9h00 às 12h00. O curso começa na sexta-feira (26) e termina no dia25de maioeserádado peloexecutivoViníciusDias deOliveira. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 900 (associados) e R$ 1.035 (não associados). As inscrições devem ser feitas até hoje pelo telefone 0800782755.

Dia 29

IntroduçãodoEuronaUnião Européia– O objetivo do seminário é orientar os participantes sobre o funcionamento da moeda da União Européia. Duração: três horas, das 19h00 às 22h00. O cursoacontece nasegunda-feira(29) eserádado peloprofessor JoséRoberto deAraújo Cunha,mestradoem RelaçõesInternacionais pela Carleton University, em Ottawa, Canadá. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 440 (associados) e R$506 (não associados). As inscrições devemser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800782755.

Dia 29

deve atrasar

votação do imposto do cheque no Senado

O deputado federalMarcos Cintra (PFL-SP) disse ontem ao Diário do Comércio que a votação daemenda constitucional que prorroga a cobrança da CPMF no Senado deverá ser concluída dentro de 30 ou 40 dias. "O PFL vai apresentar, no mínimo, duas emendas.Se elas forem alteradas,a matéria deverá voltar para a CâmaradosDeputados, atrasandoa votaçãonoSenado", disse.

Segundoo parlamentar, uma dasemendasreforça o Fundo Nacional de Combate aPobreza. Aoutra,completou, tem como objetivo desoneraracesta básicadosalimentos a partirdos recursos da CPMF. "As sugestões estão sendo acatadas pelos senadores, informou.

Colaboração – "Nós estamos fazendotodos os esfor-

ços e mantendo conversas no sentido de que o PFLreveja sua posição de não colaborar na diminuiçãodo prazos dentrodo regimento.Quando há acordo entre líderes, a passagem daMedidaProvisória pelasvárias comissões pode ser suspensa e isso abrevia o prazo para a votação", disse,ontem, o líder do governo no senado, Arthur da Távola (PSDBRJ).

zões pelas quais o PFL adotou essa posição depois que rompeu com aaliança governista vão,aos poucos,ficandodistantesemostram quenãotinham fundamento.

O atraso na votação deverá acontecer devido à apresentação de duas emendas, em estudo pelo PFL

Naopinião do parlamentar, o ideal seria que a votação acontecesse dentrode20ou 25 diasequetambémfosse reduzido oprazo devigência dachamadanoventena (90 dias) para 50 dias. Távola declarou que "vê uma luz no fim do túnel"em relaçãoa essae outras questões porque as ra-

"Nãohánenhuma comprovação efetiva deque houve participação do candidato do PSDB ou do governo no episódio RoseanaSarney, quefoi uma questão local. Enfim, esse processo jáestá sendo lentamente absorvido", ponderou.

Para ele, o partido está hoje meditando sobre tudoo que aconteceu e analisando quais oscaminhos quedeverátomar principalmenteem relação às próximas eleições.

Sílvia Pimentel/AE

IR: contribuinte preso na malha

fina não obtém informações

Faltando poucos dias para otérminodo prazodeentrega da declaraçãode Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), muitoscontribuintes que vão fazer a declaração deste ano ainda estão presos namalhafina– checagem mais rigorosadosdados apresentadospelo contribuinte – da Receita Federal.

A retenção namalha fina podeocorrerpor diversos motivos. Desdediscrepâncias entre valores declarados pelo contribuintee valores informados pelo empregador atéerrosnopreenchimentodos dados cadastrais.

Motivos– A Receita Federal nãodáaocontribuinteo direitodesaber omotivoda retençãona malhafina.Não

adianta comparecera um posto, telefonar ou enviar correspondência.Há um departamento que cuidado assunto, oGrupoMalha, mas elenão é acessívelao público.

A ReceitaFederal sóinformaque o contribuintedeve esperar e que receberá uma notificação emsuacasapedindo o seu comparecimento a um posto paraapresentar provas ou retificar erros. Transparência – De acordo com o professor de Direito Tributário da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Roque Carazza, os atos da Receita Federal deveriam ser públicos para o contribuinte. "Seo contribuinteficoupreso na malha é porque alguma informaçãonão estácorreta.

Mas, se a Fazenda não informa esse contribuinte, como ele poderegularizar asua situação?A instituiçãopode até sair perdendo,pois muitoscontribuintes podemter provas do erro, o que facilitariao acertoda situaçãopendente.

Balanço – A Receita Federalrecebeu atéontem 8milhões de declarações. A estimativa éde que14 milhões de pessoas declarem o IR neste ano.

O prazofinal paraentrega da declaraçãoé terça-feira (30). O contribuinte que perder o prazo ou deixar de apresentar sua declaração está sujeitoapagar multacorrespondente a 20% do IR devido ou o mínimo de R$ 165,74. Atéo momento,aReceita registrou crescimento de 32%no volume de declarações entregues, em comparação com igual período do ano passado.

Dica – Ostécnicos daReceita Federal recomendam aos contribuintespara não deixar o preenchimento e o envio para a última hora, pois há risco de ocorrer congestionamento nos provedoresda Internet,o quedificultaráo trabalhode "baixar" oprograma da declaração. (AE)

Para especialistas, alíquota mínima de ISS não coíbe guerra fiscal

Tributaristas não acreditam que a fixação de alíquota mínima de 2%para Imposto sobre Serviços (ISS) irá coibir a guerra fiscal entre pequenos egrandes municípios.Háaté quem considere inconstitucional a medida aprovada anteontem pela Câmara dos Deputados,incluída noprojeto de emenda constitucional que prorroga a ContribuiçãoProvisória sobreMovimentação Financeira (CPMF) até final de 2004. "Não sei até que ponto essa emenda acabaria com a guerrafiscal, jáque asprefeituras que, hoje, oferecem alíquotas baixas de ISS, poderão concederoutros tiposde benefícios", diz o advogado tributarista econselheiro daOrdem dos Advogados do Brasil (OAB),Raul Haidar. Oferecer subsídiosàs empresasna locaçãode imóveisnascidades éuma dasvárias iniciativas que esses municípios poderiam dar como alternativas ao aumento do ISS.

Finanças – O chefe do gabinete da Secretaria de Finançasde São Paulo, Fernando Haddad, diz que a aprovação daalíquotamínima poderá atenuar a guerra fiscal que vitimaa capital.Enquantoem SãoPauloa alíquotadeISSé 5%, em Barueri, é 0,25%.

Para Haddad,a medida trará ganhos paraas empresas instaladasemSãoPaulo,

que sofremconcorrência desleal comas instaladasem cidadescomo ascitadas.O ISSéo impostoquetem maiorparticipação (50,9%) na receita tributária do município e em 2001 foi responsável pela arrecadação de cercade R$1,8bilhão aomunicípio.

Autonomia – O tributarista José Roberto Pisani, do escritório paulista Pinheiro Neto Advogados,concorda que,ao aprovarumamedida como essa, o governo está negando aautonomia dosmunicípiosem legislaraspectos tributários competentesa eles. O ISS é um imposto municipal.

"A pretexto de inibir a guerra fiscal, o governo está entrando em uma decisão peculiardos municípios", diz Pisani,queacreditana inconstitucionalidade da medida e acha até mesmo salutar aguerrafiscalentre municípios. "A fiscalização tem é que coibira instalaçãodeempresasfraudulentasnas cidades que oferecem incentivos."

Existem muitas empresas que se instalam só no papel em municípios que oferecem incentivos fiscais, sem manter qualqueratividade econômica. Elas apenas recolhem o imposto nessas cidadese continuam atuando na capital.

Catarina Anderáos

Mudam as regras da aposentadoria complementar

Ogovernovoltou atráse extinguiu a idade mínima para aaposentadoria complementar.A idade tinha sido adotada pordecreto em janeiro do anopassado ese transformounuma grande polêmica no setor. A mudança está nodecreto publicado ontem no Diário Oficial d a União,que regulamenta,um ano depois, a lei complementar109, quetrata dasentidades de previdência complementar (fundos de pensão). Antes – Pela regra anterior, o segurado tinhaque esperar atéos 60anospara recebera contribuição definida (quandoo valor do benefíciodepende da contribuição mensal e da rentabilidade do fundo) e até 65 para o benefício definido (quando ovalorda aposentadoriaé fixadoem contrato).

O ministro da Previdência, JoséCechin, explicouontem que haviauma enxurradade ações naJustiça questionandoa idademínimae quehavia bonsargumentospara que o decreto não fosse cumprido. "Encerra-se essa celeuma. A filosofia que adotamos é dedar escolhas,e nãolimitar asopções daspessoas", disse.

Segundo ele,a mudança também foipossível porque agora aSecretariade Previdência Complementar está acompanhando anualmente o desempenho dos fundos e isso evita surpresas. (AE)

Posição da Facesp-ACSP

É preciso baixar o juro para criar mais empregos

Porcausada pressãodos aumentos de tarifase preços administrados sobrea taxa de inflação os juros são mantidos altos, fazendo com que a sociedade seja duplamente penalizada: pelo "tarifaço" e peloaltos custosfinanceiros. Osdados dodesempregoem São Paulo, o tempo médio de recolocação do trabalhador e

Superávit primário do governo central tem queda em março

Ogoverno central,queinclui Tesouro, Previdência e BC,registrou superávitprimário de R$ 1,91bilhãoem março, abaixo dos R$ 2,45 bilhõesdefevereiro.No primeiro trimestre, o superávit dogoverno central somou R$ 10,416 bilhões, o que representa3,46%do Produto Interno Bruto (PIB). Página 5

PFL deve mesmo atrasar votação da CPMF no Senado

A votação da emenda que prorroga a cobrança da CPMF até 2004 e que entrará em debate no Senado não deveser votadatão depressa.O deputado Marcos Cintra, do PFL, já disseque opartido deverá apresentar nomínimo duas emendas. Página 16

O publicitário Bá Assumpção, da Popular Comunicação, de São Paulo, desenvolve campanhasdirigidas exclusivamente àsclasses derendimentomaisbaixo. SegundoAssumpção,as empresasdeviam melhoraro tratamentoaos consumidores de menor poder aquisitivo. "Marcas estão perdendoespaço nomercado por sedistanciaremdesses clientes", afirma. Página 15

Imagem

a queda de rendamostram não haver pressão de demanda para justificar os juros altos. Aocontrário, revelaque é preciso estimulara economiaparaevitaro agravamento dosproblemas sociais e permitir um crescimento doPIBque, aomenos,compense a taxa de incremento da população. Página 2

Cai no trimestre o ritmo de recuperação da economia

O primeiro trimestre frustrou as expectativasdos empresários industriais, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, indicando que a recuperação da economiaem 2002serámais lentadoquea inicialmente prevista.Todos os índices de

evolução da atividade econômica,comoprodução, faturamento, emprego e utilização dacapacidadeinstalada, oraram em relação ao último trimestre de 2001, sendo os mais baixos para esse período dos últimos dois anos.

Alencar Burti, presidente

da Associação Comercial de São Paulo, atribui a inibição das expectativas ao excesso de cuidado doBC na conduçãoda políticadejuros, àindefinição dos partidos que apóiam o governo na votação de questões importantes para oPaíse àsituaçãodaArgentina. "Com a excessiva cautela, ogoverno dáo recadode que algo não vai bem", avalia. Burti acredita,porém, quese não houver um descuido dos preços administrados (que influem na inflação e no juro) a situação pode melhorar nos próximos meses. Página 14

Um fantasma assusta a Europa

Como fazer doações para campanha de forma ética

É possível participar de forma absolutamente correta do processo eleitoral, doando dinheiro paraas campanhas de forma ética. Ontem, o diretor-presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew, lançou umapublicaçãocom recomendações sobre asformas

deosempresários atuarem no apoio a seus candidatos. "A ação da empresa deve respeitara responsabilidade social e estar rigorosamente dentro da lei. Se cumprir isso,não há problemas em contribuir paraas campanhas", disse Grajew. Página 3

Philips tentará estimular uso de barbeador elétrico

OBrasil nãoreceberáo barbeador Cool Skin, como qual a Philips comemorará os 400milhõesde aparelhos vendidos desde1939. Omotivoéobaixo consumono País,com apenas 110 mil unidades aoano. Paratentar reverter oquadro,a Philips, que tem 92% do mercado, vai iniciar umacampanhae quemnão gostardoproduto poderá devolvê-lo. Página 12

Duhalde define lista de 14 pontos com governadores

O presidente Eduardo Duhalde e os governadores das províncias argentinas chegaram ontema umconsenso, após exaustivasdiscussõessobre orumo dapolítica econômicado país. Duhalde anunciou uma lista de 14pontos,um dos quais deixa claro que o governo e as províncias pretendem cumpriros compromissoscomo FMI. Ontem, o ex-ministro daEconomia, JorgeLenicov, foi convocado àspressas por Duhalde e concordou em permanecer no cargo até sexta-feira, quando o presidente concluirá a definição do novo programa econômico. Enquanto isso, cresce o climade insatisfação popular. Em Santa Fe,um dos principais centros agrícolas do país, umgrupo demanifestantes incendiou ontem o edifício daAnses, odepartamento de aposentadorias. Página 4

Comércio se torna refém da violência em São Paulo

Oscomerciantesde algumas regiõesda cidadede São Paulo, onde a atuação do crime organizado é mais declarada,não escolhemmaiso horário de fechar as portas de seus estabelecimentos. E nem os moradores dessas áreas decidem ahora de chegar ou sair de suas casas. "A atividade comercial, hoje, está condicionada ao local e aohorário queo crimeorganizado determina",afirma

o superintendente do Instituto de Economia Gastão Vidigal,da AssociaçãoComercial de São Paulo, Marcel Domingos Solimeo, que participou ontem dedebateno III Encontrodo FórumNacional de Segurança Pública. Com participação de mais de 20 estados, adiscussão sobre segurançavai até amanhãe pretende encontrar soluções parainibir oavançodaviolência no País. Última página Economia cresce em

todas as regiões dos Estados Unidos

Onze dos 12 escritórios regionais do Fed viram sinais de recuperaçãoeconômica em março eno começode abril. Os dados constam do Livro Bege, baseparaapolítica monetária dos EUA. Página 4

Alíquota mínima de ISS não basta para acabar com a guerra fiscal Página 16 Brasil bate o recorde mundial em reciclagem de alumínio Página 14

Empresa obtém bons resultados levando automação a pequenos Página 13

Deputados belgas protestam contra o líder da extrema-direta francesa, Jean-Marie Le Pen, candidato à presidência da República, que compareceu ontem ao Parlamento Europeu. Visto como uma reencarnação do nazismo e do racismo, Le Pen foi vaiado pelo

Falta de segurança assusta comércio

Fórum nacional debate a ousadia do crime organizado e as medidas necessárias para fortalecer a atuação das polícias nais possuem equipamentos e uma preparação que os nossos policiais atualmente não têm", disse Vechiatti.

Em algumasregiõesda cidade de São Paulo, principalmenteonde háumaatuação mais ousada do crime organizado,nãosão maisoscomerciantes e a população que escolhem o horário de fechar as portas de seus estabelecimentos ou de suascasas.O toque de recolher já é conhecido por muitos e determinado por criminosos que operam nessas áreas há tempos. "A atividade comercial hoje estácondicionadaao locale ao horário queo crime organizado determina. Com isso, nós perdemos vidas, qualidade devida e nos tornamos prisioneiros",disse ontemo superintendente do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Domingos

"A atividade comercial está condicionada ao horário que o crime organizado determina"

Solimeo, que participou de debate no III Encontro do Fórum Nacional de Segurança Pública. Para Solimeo, vários fatores contribuem para que a segurança pública esteja do jeito que está:preocupante. Ele dizquea soluçãopara essa questão está no po lici amen to preventivo, nas perspectivas de vidados jovense em medidas legislativas. "Segurança éumproblema de toda a sociedade e, principalmente, do Estado. A preocupação do comércio e daindústria é investir em segurança", disse. Cássio Vechiatti, diretor da Fiesp, completadizendo que hojeo crimeorganizadoestá muito maisbem estruturado do que a própria polícia. "Hojeas organizaçõescrimi-

Bomba caseira explode em banheiro de escola

Mais um caso de vandalismo foiregistrado ontemnuma escola de São Paulo. Uma bomba de fabricação caseira estourou,ontemde manhã, no banheiro daescola Deputado CiroAlbuquerque, na rua Rogério de Brito, número 100, noJardim SãoJanuário, região do Campo Limpo, zo-

na Sul da capital paulista. Segundo informações da Polícia Militar, a explosão causou somente danos materiais. Até o final da tarde, ninguém havia sido detido. Há poucos dias,numa escola também da zona Leste, um póbranco causoualergia em mais de 20 alunos. (SM)

Debates – A questão sobre a prevenção e repressão ao crimecomum eorganizado foi umdos temasdebatidos no Forúm Nacional de Segurança Pública, que começou ontem na Assembléia Legislativa de SãoPaulo e contou com aparticipação derepresentantes de 22 Estados.

O evento éumainiciativa do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo,com apoioda Associação Comercial e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Alternativas– Na opinião dopresidentedo Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo, João Batista Rebouças daSilva,não sedeve culpar somente o Estado pela falta de segurança nascida-

des, a sociedade também deve e tem de participar. "É através da troca de informações e de experiência que podemos adequar asegurança pública em todo o país".

Rebouças disse ainda que hoje não existe mais o temor, por parte dos bandidos. "Eles sabem que, muitas vezes, não são punidos e,quando o são, cumprempenas mínimas.

Temos defazer com que os bandidos tenham novamente medo da ação da polícia". Para o desembargador aposentado Renato Laércio Talli,a soluçãoparaasegurança pública passa pela integração das polícias militar e civil, pelamudança docódigopenal – em vigor desde 1943–,e tambémpelaestruturação dasdelegacias emo-

tivação dos funcionários. "Sabemos que existe corrupção dentro da organização policial de todo o País. Isso se transforma em um espelho para a segurança pública. Seelessãodeficientes, ela também será. O ideal é qualificar os trabalhadores, não só com salários, mas também com melhores equipamentos de trabalho. Amotivação é a chaveparatemos bonspoliciais", disse Talli. O encontro continua até sexta-feira.Otema aserdebatidohoje é Quetipo depolíciao Brasil precisa? e, amanhã, APolícia eos Direito s Humanos. O relatório com as sugestões das autoridades que participaram do seminário será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, e ao ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior. Kelly Ferreira

Homenagem ao herói português

Foiaberta em São Paulo a mostra Homenagem a Aristidesde SousaMendes,considerado o Schindler português por ajudar a salvar 30 mil refugiados daSegunda GuerraMundial.A exposição, que percorre vários países,teve, pelaprimeira vez,a presença do netodohomenageado, Alvaro de Sousa Mendes, que pretende divulgar os trabalhos de valorizaçãodo nomedodiplomata, que foi cônsulnoBrasil por três vezes.

Muitoemocionado com a homenagem aoavô,Alvaro de SousaMendes contou que, até 1988, todaa família sofreu retaliações por causa daatitudedo avô."Sódepois disso é que o nosso nome foi, aos poucos,reabilitado pelo governoportuguês. Amaior parte da família teve de ir morar fora dePortugal, indo viver na Bélgica, Estados Unidos e Canadá", disse. Alvarode SousaMendes chegou a conviver com o avô, quandoera muito pequeno. Apesardisso, lembra-seapenasde vê-lo muito doente e da miséria da família.

A abertura do evento aconteceuna noite deterça-feira

noClubeA Hebraica,onde foi inaugurado um busto em homenagem ao diplomata, feito pelo artista plástico Santos Lopes. A cerimônia contou também com a presença da presidentedaFundação Aristides de Sousa Mendes, Maria deJesus Barroso.Ela é esposade MárioSoares, expresidente de Portugal. Imagens – Aexposição sobreavidae otrabalhododiplomata português conta com 21 painéis, com textos, fotos e relatos do próprio Aristides de Sousa Mendes. As imagens impressionam pelas atrocidades cometidas por militares nazistas nos guetos de Varsóvia, Polônia, e nos campos deconcentra-

ção criados pelos alemães. Amostratambém conta um pouco da juventude e carreira de Sousa Mendes, que nasceu em Cabanas do Viriato,emPortugal. Háfotosda família e dos catorze filhos que teve com a sua esposa Angelina. As imagens foram feitasantes de SousaMendes conceder,em 1940,vistosde entradapara outrospaíses para cercade 10 miljudeus e 20 mil refugiadosperseguidos pelo regimenazista. Ele foiexilado noprópriopaís pelo então presidente António OliveiraSalazar eperdeu o cargo de diplomata. Direitos humanos – A presidentedaFundação Aristides deSousa Mendes,Maria

Bispo de Franca admite que padre engravidou adolescente

O bispo de Franca, dom Diógenes Silva Matthes, disse ontem que o padre Heriberto dos Santos, que atuava na Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio,em PatrocínioPaulista, teve relações sexuais com uma adolescentede 16 anos, que está no quinto mês de gravidez. Os advogados do padre eda famíliada adolescente cuidam docaso e, após onascimentodobebê, será feito exame de DNA. Afamília daadolescente, que moravaem Franca,mudou-se de cidade para preservarsua dignidade. Obispo não informou para onde a família foie disseque seuúltimo contato com o padre Heriberto foi em 13 demarço. Ele foi informado da gravidez em janeiro, quando estava em Patrocínio havia 3 meses. Antes, atuavanaParóquia Santana, em Franca. (AE)

de Jesus Barroso, disse que a entidade vai lutar em defesa dosdireitos humanos, principalmente, derefugiados de guerra. A Fundação, que existe há dois anos, também vai premiariniciativas que contemplemestudos sobrea vida de SousaMendes e dos direitos dos refugiados. Segundo Maria de Jesus, a entidade estáarrecadando recursospara a criaçãodo Museu Aristides de Sousa Mendes, que será instalado na antiga residênciada família, na cidade de Cabanas do Viriato. "Pretendemos transformar a casa em um local para adivulgaçãoda vida do nosso herói português". De acordo com o curador da mostra, João Mascarenhas,opróximo paísarecebera exposiçãodeverá sera Bélgica, onde o diplomata Aristides Sousa Mendes também foi cônsul.

Dora Carvalho

agenda

Hoje H o t el e i r o – O conselheiroValdir Abdallah participa dasessão solene deinauguração do Centro de Treinamento Hoteleiro Governador Mario Covas Às18h,na Universidade SãoMarcos, avenida Nazaré, 900, Ipiranga. H S BC – O vice-presidente da Associação, Carlos R. P.Monteiro, participa da inauguração do primeiro HSBCPremier CentreMasp Paulista.Às 18h30, naavenida Paulista, 1.708.

Associação Comercial de São Paulo
Rebouças, João Batista da Silva, Renato Talli e Marcel Solimeo no Fórum
Álvaro de Sousa Mendes ao lado da foto do avô diplomata e da avó Angelina
Tuca
Vieira/N-Imagens

País bate recorde mundial

de reciclagem de alumínio

O Brasil é o campeão de reciclagem de alumínio, entre os países quenão são obrigadosporlei, comoJapão,Itália, Espanha, Estados Unidos e México. Em 2001, o País reciclou85% de todas as latas de bebidas consumidas. No ano anterior, o porcentual estava em 78%.

Foram recicladas, em 2001, 119,5 mil toneladas de alumínio, ou o equivalente a 9 bilhões de latas.Foram produzidas no Brasil 10,3 bilhões de latas. O número corresponde a20vezesa produçãode 1990, quando a lata de alumínio foi introduzida no País.

Segundo o coordenador da Comissão Nacionalde Reciclagem da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), JoséRobertoGiosa, orecorde deveserconfirmado apósa divulgação dos números de reciclagem no Japão, que em 2000reciclou81%das latas produzidase foio campeão entreospaísesque nãosão obrigados areciclar. "Historicamente, o crescimento no Japão é de 1%, por isso o Brasil deve liderar orankingde reciclagem de lata".

Em 2000, o Brasil apareceu emsegundono ranking,seguidopelos EUA(62%),Argentina (50%)e Europa (43%, em média).

R e co r d e – Giosa cita dois motivos parao saltobrasileiro em 2001. Oprimeiro éo preçodo alumínioreciclado. Atualmente, a sucata é cotada a US$ 820 a tonelada. A sucatade papelcustaUS$ 98por toneladasea degarrafastipo Pet, de plástico,US$ 140 por tonelada. "O vendedor recebepor quilo de lata entre R$ 1,50 e R$ 1,60 o quilo, ante os R$ 0,20 pagos em 1991".

O segundo motivo foi a campanha de conscientização empreendida pela indústria durante os últimos dez anos. "Esse recorde é fruto de um processo educacional constante. Foram 200 palestras em escolase universidades de todo o País".

Catadores – Areciclagem dealuníniotem números grandiosos no País. Emprega 150 mil pessoas, envolve 2 mil

empresas emovimentaao ano R$ 850 milhões em toda a cadeia, dizPauloLara,diretor financeiro e de planejamento da Alcan do Brasil.

A coleta hoje já não está somente na mãodecatadores, como em1992, quando95% do recolhimento era feito pelos catadores.

Em 2001,ascooperativas responderam por 34% das latasrecolhidas, as escolas e clubes por 20%, as entidades assistenciais por 12% e os catadores por 12%. O coordenador da Comissão de Reciclagem revela que a tendência écada vezmaisde ascooperativas levarem à frente esse trabalho.

Com a aprovação da lei que institui o Programa Nacional de Resíduos Sólidos, prevista para ser votada no final deste mês,ascooperativas passa-

rão a ter apoio oficial, com financiamento paraa compra deequipamentos ecaminhões, além de supervisão técnica.

A reciclagem incentiva aindao crescimentodeoutros setores, afirma Giosa. Existem hoje no País seis indústriasquefazem amassador manual de latas, a um custo de US$ 2. Mais de 15 mil equipamentosdessesforam distribuídos para escolas e instituição beneficentes, para incentivar a recuclagem. Outras seis fábricas fazem os equipamentos que processama lata, transformando-a em sucata.O Brasilimportavaestamáquinapor US$70 mil, mas atualmente passou a fabricá-la e até exportá-la por menos da metadedopreço, US$ 30 mil, informa Giosa. Pr odu tos –Cerca de60% da sucata coletadase transformam em lata novamente e orestanteé utilizadoparaa fabricação de utensílios domésticos, bloco de motor, enfeitesnatalinos, entreoutros produtos. O ciclode reciclagem no Paísé extremamente rápido.Ociclo entreacoleta da lata ea sua transformação em chapa é de 31 dias, contra 47 em outros países.

Teresinha Matos

Desempenho deste ano frustra a indústria, mas a expectativa é de melhora

Osindicadores de desempenho da indústria nacional, que fazem parte da sondagem industrial daConfederação Nacional da Indústria (CNI), mostraram redução no primeiro trimestre deste ano em relaçãoaoprimeiro eaoúltimo trimestres de 2001. "Estamos vendo uma certa frustraçãodeexpectativas em relação àintensidade derecuperaçãoquese esperava no início desteano",afirmouo coordenador da unidade de política econômica da CNI, Eduardo Castelo Branco. Apesar disso, as expectativas emrelação aos próximos seis mesessão deestabilidadeem relação ao nível de emprego e de melhora quanto ao faturamento,exportações ecompra de insumos ematériasprimas. "A impressão hoje é que asituação paroude piorar", disseocoordenador da sondagem, Renato Fonseca. O indicador de utilização dacapacidade instaladacaiu de 75%, noúltimo trimestre de 2001, para 70% no primeiro trimestre desteano. Foi o nívelmais baixodesde oterceiro trimestre de 1999, quando estava em 70%.No primeiro trimestre de 2001, estava em 72%.

Segundo Fonseca, as indústrias estão com estoque umpoucoacima do desejado.O executivoafirmouque isso "mostraque arecuperação daatividade econômica não será imediata".

Fonseca acrescentou que imaginaruma forterecuperação do nível de atividade no Brasil só será possível a partir do segundo semestre.

A utilização de capacidade instalada recuou para 70%, o pior nível desde 1999, segundo a CNI

O coordenador observou ainda que, neste pesquisa, aumentou para 40% o número de grandes empresas que apontarama faltade demanda como um problema real. Nolevantamento anterior, havia ficado em 20%.

Comércio exterior – Segundoa CNI,a substituição deimportações continuapequena,inclusivenas projeções para este ano: 61,7% das pequenas emédias empresas e65,8% das grandes pretendem manter seus níveis de compras externas.

A pesquisa também revelou quemais exportadores consideram aatualtaxade câmbio um entrave. Entre as grandes empresas, a porcentagem passoude 15,8%, em 2001, para 23,8%, em 2002. Entreaspequenas emédias, foi 16,2% para 20,4%. (AE)

Família envolta em humor negro

"A Sete Palmos" é uma série que mostra o cotidiano familiar num estilo a la Nelson Rodrigues, repleto de dramas pessoais

De tudo um pouco, nas mostras de arte

Emsua terceira exposição individual, que abre napróximaterça-feira, dia30, o pintor Walter Goldfarb apresenta umconjuntode11 obras,produzidas nosúltimos 18meses. Umdos poucos pintoresbrasileiros que surgiram na década de 90, e cujas obras participam de leilões internacionaisda Christie’s e Sotheby’s, Walter aborda nessas obras temas como erotismo, modernidadee discriminação. Astelas, com escala monumental (algumaschegam atercinco metros de altura), são bordadasem richelieue gobelin com fios de algodão,retirados da própria lona da pintura, seda e lã.

O artista desenvolveu um processo, denominado combustão orgânica,para transformarbastões decarvãoem tinta, usada para realização das obras. Não lhe prometo umJardim deRosas, títuloda mostra que fica na Galeria Thomas Cohn (telefone 3083-3355) até odia25de maio, traz imagens e assuntos que inspiraram artistas como JerônimoBosch,Van Eyck, Rembrandt eLouiseBourgeois, entre outros. A exposição pode servisitada de 3ª a sábado, das 11 às 19 h. As obras têm preçosque variam de R$ 28 mil a R$ 85 mil. Figurinos –A partir deste

domingo, dia 28, São Pauloganha seu primeiro museude figurinos. Ali poderão ser vistas malhas medievais, túnicas gregas, capas, armaduras e figurinos usados por Hebe Camargo, Irene Ravachee Tony Ramos, entre outros.Estará exposta umapequena parcela das 6.300 peças do acervo da Casa Temaghi, doado porseuantigo proprietário Fausto Favale.A Casasurgiu em1919, quandoo italiano Amadeu Temaghichegou ao Brasil. Em suas malastrazia roupaseadereços teatrais, durante 81 anos alugados para peças eóperas produzidas em São Paulo, como Romeu e J ul i e ta , To s c a , La Traviata e Aída, entre outras.

Depois dosucesso de Band of Brothers , o canal a cabo HBOlança, nestedomingo, 28, às 22h30, a série A Sete Palmos (Six Feet Under), escrita e produzida por Alan Ball, premiado roteirista dofilme Beleza Americana . Premiada com oGlobo de Ourode melhor série e melhor atriz coadjuvante para Rachel Griffits,A Sete Palmos tem nocentro da trama o cotidiano de uma família. A diferença é que o drama de seus componentes é tratadocom muitohumor negro. A primeira temporada da série é composta por 13 episódios.

Profissionaisdamorte, já que são donos de uma funerária, a família Fisher é bastante problemática, emborana superfície demonstre total serenidade. Quando opatriarca Nathaniel (Richard Jenkis, de Diga QueNãoé Verdade ) morre num acidente,a família desmorona, nãosabendo

presentadopor umacoleção completa.

comolidar com ofatoedeixando vir à tona todos os problemas. Ala Nelson Rodrigues, vão se revelando as frustrações, a hipocrisia e os desajustes de seus integrantes.

Há cenas fortes, jáque o filho do meio, David (Michael C.Hall), quepreparacadáveres, revela-sehomossexual;a filhamaisnova, Claire(Lauren Ambrose), começa a experimentar drogas; o mais velho,Nate (PeterKrause),saiu decasapara nãoassumirresponsabilidades; e a mãe, Ruth (Frances Conroy), confessa ter cometido adultério. Rachel Griffiths interpreta Brenda, uma jovem que se envolve com Nate.

Popstars – O Disney Channel passa a apresentar, a partir de segunda-feira, dia 29, a sua

produção original Muito Mais Popstars , que complementa o programa Popstars, apresentadopelo SBT.Tratasede um reality show que mostra a formação de uma bandafeminina. As garotas participamde eliminatóriase depois gravarão disco e videoclip. Muito Mais Popstars será apresentado de 2ª a 6ªfeira, das 20 h às 20h15, com reprise às 23 h e, aos sábados, das 18 h às 19 h. O Disney Channel é distribuídono BrasilpelaDirectv e pela TVA.

Sonhos Tropicais traz um passado bastante presente

Criado pelaSecretaria de EstadodaCultura, o Centro de Memória da Ópera do Theatro São Pedro – Coleção Temaghi abre de quarta a domingo, das 10 às18 horas, comentrada franca.Funciona no anexo ao teatro (rua Barra Funda, 171).As próximas exposições serão temáticas e cada período, entre Idade Média e século XX, será re-

Cabeças – Artista paulistano,com uma trajetórianas artes plásticas de mais de três décadas, ValdirRocha abre, neste sábado, para convidados,a mostra Cabeças. Composta de pinturas (óleo sobre tela) e esculturas, a exposição mostra o jogo de várias possibilidades que oartistafaz com suas cabeças. Paralelamente à mostra, está lançando olivro comtítulo homônimo, reproduzindo todas as obras. Aexposição C a be ça s pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10 h às 19 h, e aos sábados, das 10 h às 14 h, até o próximo 18 de maio, na Galeria de ArteAplicada (fone 3062-5128). (BA)

Todos – população, autoridades e governantes – estavam envolvidosna lutacontra o mosquito Aedes aegypti Um exércitode mata-mosquitosvisitava asresidências e eliminavaos possíveisfocos, como água empoçada, pneus velhos egarrafasvazias.Essa éuma dashistórias narradas em Sonhos Tropicais . Parece retratar os dias atuais? Engano,aaçãodessa produção nacional se passa em 1899, início do século XX. O lançamento do filme ocorre em momento oportuno, já que o Brasil atual passa por situação parecida e se vê às voltas com epidemia de dengue e outras doenças infecciosas. Baseado noromance homônimodeMoacyr Scliare primeiro trabalhode direção de André Sturm, Sonhos Tropi cai s contaduas histórias paralelas. A primeira, a luta do médico sanitarista Oswaldo Cruz(BrunoGiordano, conhecido porcomerciaise estreando nocinema) por melhores condições de saúde dapopulação.Aoutra, ada judia polaca Esther (Carolina Casting, de Terra Nostra , também estreando no cinema),quevempara oBrasil, acreditandoque vaisecasar, mas éobrigadaa trabalhar como prostituta, e se envolve com o malandro Amaral (Douglas Simon).

Com boa reconstituição de época e figurinos, o filme mostra como a ignorância levou a populaçãoa ficar contra a obrigatoriedade da vacina contra a varíola, no que foi chamado de a Revolta da Vacina.Tambémháum lado político,mostrando os militaresquetentaram deporo presidente Rodrigues Alves,

usando umlíder sindicalque fezdos trabalhadoressua massa de manobra. Sturm sai-se bem emseuprimeiro trabalho,acertouem cheio usando legendas quando Esther chega e fala somente em íídiche. Para isso, a atriz estudouoidioma durantealgumas semanas.Destaque-se ainda a divertida participação da trinca de veteranos, José Lewgoy, Antônio Pedro e Hugo Carvana, responsável pelos comentários jocosos no transcorrer de todo o filme. Açãoeaventura – A outra estréia programada para hoje é o filme de ação e aventura O Escorpião Rei ( The Scorpion K i n g ). Protagonizadopelo astro de luta livre da TV norte-americanaThe Rock,a produçãovai agradar em cheio aos fãs do gênero. Poucas falas e muita ação. Sopapos,lutas deespadas,cobras,

escorpiões e outros bichos invadem a tela emmeio a efeitosespeciais. O personagem surgiu em ORetorno da Múmia e agradou aos produtores, que viramnele possibilidades nalinhados fortões, como Schwarzenegger e Stallone. E acertaram! O roteiroé aquelahistória rocambolesca de sempre. A açãose passa na cidadede Gomorra,ondeo malvado Memnon (o estreante Steve Brand) quer dominar todos os povos do deserto. Mathayus (The Rock)é um dos últimos acadianos, hábeis em assassinatos, que toma para si a tarefa de eliminar Memnon. Para isso, vai contar com a ajuda de Balthazar (Michael Clarke Duncan, Planeta dos Macacos) e da feiticeira Cassandra (Kelly Hu). Em meio às lutas, há espaço para romance. (BA)

"Provocador", de Valdir Rocha, bronze pintado
Beth Andalaft
Michael C. Hall é David, o filho do meio, que aprendeu o ofício com o pai
"A Sete Palmos", a nova série do HBO
Douglas Simon e Carolina Casting estão no elenco de "Sonhos Tropicais"
O astro das lutas livres, The Rock, é o protagonista de "O Escorpião Rei"
Fotos:
Divulgação

ANÁLISE João de Scantimburgo

Concórdia impossível?

Quemme lêeacompanha os acontecimentos, cotejando-os com os comentários desta coluna, develembrarse que previo malogro de Colin Powell na sua missão a Israel,a primeira degrande importânciapara omundo, do antigo chefe das Forças ArmadasdosEstados Unidos. Não sei dizer, mesmo, como se sairia o solertíssimo Henry Kissingernessa encrenca local, com repercussões mundiais, de que é palco a Terra Santa, hoje marcada pelos males que se acumularam na História.

Oassunto jáestádemais de batido, para que o recapitulemos como lembrete. O certo é que as duas partes não entregam os pontos, para falarmoslinguagem popular. Cada qual quer ganhar e ganharsemque, nofuturo,tenha de voltar aos confrontos de hoje. Da Intifada dos palestinos, mais grave ainda, dossuicídios de muçulmanosparamatar inocentes, numa luta em que não mais se distingue quem merece e quem não merece morrer, temos a lutaque não apresenta sinais de trégua.

Deixemosde ladoasreferências aos esforços postos

em prática pelos organismos internacionais e os Estados Unidos,desde oaperto de mão de Shimon Peres, Yasser Arafat e Bill Clinton, para nos lembrarmos que nas mesmas pedras onde morrem abatidos pela fúria dosinimigos que se odéiam, transitouJesusCristo, acompanhadode seus apóstolos, epregouo amor entre os seres humanos, amais belapregação, na palavra de Paul Valery, como fundamento da paz.

Estive duas vezes em Jerusalém, percorritodas assuas ruas, freqüentei os seus conventos, fui da casa de Pilatos, que não mais existe, senão pedaço doatrium, aoSanto Sepulcro,parando emtodas as estações da cruz. Senti que estavaem TerraSanta eque foi alique nasceuo cristianismo, para mudar a face do mundo, como, de fato, o mudou. Mas voltamos aos tempos dacrueldade enão hámais entendimento.Não entronos motivos.Bastalamentar queapalavra de Cristo se perdeu na luta.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Sigilo na Internet

Milton Zlotnik

O s serviços via Internet estãose tornandocadavez mais comuns. As preocupações e medos que as pessoas tinhamquantoà privacidadee segurança dessenovo meiode comunicaçãoe comérciodiminuíram muito. Issose deve àssoluções da certificaçãodigital, uma tecnologia avançada eseguraquepermiteo reconhecimentodaspessoas que trocam informações em redes de comunicação.

O certificado digital é um arquivo decomputadorque identificaapessoa. Essesarquivos são muito seguros, desdequevocênãodivulgue sua chave privativa e sua senha. Os certificados digitaissãoutilizadospor sitese aplicativosde rede para embaralhar os dados permutados entre dois computadores e podem ser utilizados de diversas maneiras.

A criptografiaé ummétodo de proteger as informações antes de enviá-las de um computador paraoutro.Normalmente, os aplicativos de e-mail utilizam ocertificadodigital do destinatário da mensagem criptografada.

A autenticaçãode cliente é utilizada paracomprovarsua identidade para outrapessoa ou computador. Por exemplo, é usadapelosbancoson-line que precisam ter certeza de que determinada pessoa é o verdadeirocliente dedeterminada conta bancária.

A assinatura digitalgarante quedeterminada mensagem

O presidente original

Disse-me,em conversa, antigo ministrodoatualpresidente, que o sr. Fernando Henrique Cardoso não despachavacom os ministros.Conversava com o que interessava no momento,maspor iniciativa do ministro e não do presidente. Quem mandava, mesmo, eraClóvis Carvalho e,hoje, provavelmente, Pedro Parente, aquemosr.DelfimNetto não poupa elogios à sua competência,ao seuesforçoem acertar,à suacapacidadede trabalho.

O sr. Fernando Henrique Cardoso é mesmode viagem, aviagemé oseufraco.Provam-noas viagensrealizadas nos seus oito anos de mandato, faltandoainda algunsmeses, que ele aproveitará para ir até algum país deque não se lembrou em tempo. É bom viajar. Quem não gosta, sobretudo com Hino Nacional, tapete vermelho e salvade canhões? Éuma beleza,depois obanquete,as conversas sobreassuntos de governo,mas todas superficiais, que a viagem não foi para assuntos sérios.

Os presidentesquepassa-

rampelo maisalto cargo do Brasil, todosdespacharam com seus ministros. Getúlio Vargas era, aessepropósito, disse-me o saudoso Alexandre Marcondes Filho, rigoroso, exigindoocumprimentode sua agenda para cada ministro, para as visitas, para arecepção àsautoridades estrangeiras, para osdiplomatas e pessoas que pediamaudiência. Os outros presidentes foram semelhantes, de Dutra aos militares, sobretudo estes. O próximo presidentedeve retornar à prática dos despachos,para queo presidentefique a par dos problemas de cada uma das pastas, e dê as suas instruçõesaos ministros. Senão forassim, será difícil governar oBrasil,sobretudo um país que tem uma dívida externa de cerca de 50% do PIB eque deveserpaga,pois odinheiro foitomado deempréstimo para obrase outras finalidades.Esperemos queocandidatosaiba sair-sebemde suas funções, e governar como se deve.

Síndrome de Napoleão

não seja alterada durante o seu trajeto. Esse processo envolve a criação, a criptografia e o envio da mensagem, tanto da original,comoda criptografada. O destinatário secertifica, assim,dequeamensagem veio decerta pessoae quenão foi adulterada.

Acriptografiaéuma ferramentapoderosa, mas por sisó não constitui proteção suficiente, pois não pode provar a identidadeda pessoa queestáenviando dados criptografados. Os certificados digitais solucionamesse problema,fornecendo uma segurança mais completa, assegurando a identidade de todas as pessoas envolvidas na transação.

A maneira mais avançada de criptografar é através de um sistemaqueutilizapares de chaves.Ocertificado digital contém um par de chaves formado por uma chave pública e outra privativa. A chave privativa normalmente é protegida por umasenha earmazenada no computador. Só é conhecida pelaprópria pessoa enão é enviadaaninguém.A chave pública é compartilhada com outras pessoas.

Caso alguém consiga o certificado digital deoutra pessoa, não poderá utilizá-lo, a não ser que possua sua chave privativa e sua senha. E é por isso que ele forneceuma maiorsegurança e privacidade aos seus usuários.

Milton Zlotnik é advogado especialista em Direito Eletrônico

Os artigos enviados à Redação do DC para eventual publicação devem conter no máximo2.800caracteres,sedigitados,ou40 linhasde70 toquescada,se datilografados.

Publicaremos cartas dosleitores se forem redigidas emtermos respeitosos, com assinatura autêntica, endereço com rua, número, bairro, Cep, telefone, RG e CIC. As cartaspoderãoserresumidaspela redação,publicando-se,apenas,oessencial que o missivista deseja transmitir. As cartas não publicadas não serão devolvidas. Os missivistas devem ficar adstritos a estas normas, que são de caráter geral.

G eopolítica no mundo não é jogo de futebol onde se escolhe um time e passa-se a torcer fanaticamente, a despeito dos seus erros e acertos. Principalmente após a queda do Muro de Berlim edo fim daGuerra Fria creio queaquela simplificação de divisão do mundo, entre bem e mal ou capitalismo e comunismo, está superada. Hoje, a questão colocada é ade promover o bem-estarinterno nospaísese ao mesmo tempo garantir o equilíbrio e a paz no mundo. Sob este ponto de vista, a atuação dos Estados Unidos tem sido lamentável. GeorgeW. Bush tem ignorado olimpicamente as questões políticas, econômicas e sociais que permeiam as relações internacionais.Age movido por um nacionalismo pueril e pela incapacidade de assumir o papel de dirigente da nação mais poderosa do planeta e,portanto,comextrema responsabilidade pelosdestinos da humanidade.

Vitimadoporum desejodese transformar em Napoleão do séculoXXI, opresidenteamericano mexe as peças do xadrez internacionalde forma atabalhoada: insiste noprotecionismo àagricultura e ao aço americano; omite-se emrelação aosconflitos Israel-Palestina; apóia a tentativa frustrada degolpe contrao presidente venezuelano, democraticamenteeleito, Hugo Chávez; consegue ademissão doembaixador brasileiro José Maurício Bustani, diretorda Opaq–Organização paraa Proscriçãode Armas Químicas, da ONU; organizaumEstadopolicialesco que cerceiaas liberdadesindividuais em seu próprio país.

Tenho muito medo dessa pretensão de Bush demonstrar ser o xerife do mundo, capaz de arbitrar esolucionar conflitosà luz de uma lógica provinciana onde o que vale é o interesse restrito e fragmentado do povo americano. Nesta lógica não existe mundo,nãohá preocupaçãocomas desigualdades sociaisentreos povos e nem contam as diferenças culturais oua soberania dos outros povos.

Acho impossívelconstruira pazse estedesejonão fortransformadoem ação concreta. Quem apenassubjuga nãoquer apaz, masacapitulação. Nacapitulaçãonãohá paz, mas osilênciotumular doscemitérios

Atos positivos

ou alamúriadasprisões.Povo nenhum se submete feliz. Não se pode, portanto, exigir racionalidade quando não se é racional. Voltemos a algumas questões já citadas. O protecionismo à agriculturae aoaçoamericano significauma bordoada muito forte em economias emergentes quedependem de novos mercados para gerar riqueza, combater as desigualdadesinternas epromover odesenvolvimento sustentado. É o caso do Brasil, por exemplo, que depende enormemente do fim das barreiras protecionistas aos produtos agrícolas e ao aço para sair do circulo vicioso da dependênciaexterna einaugurar umciclo virtuoso de riquezae prosperidade.

A omissão olímpica dos Estados Unidos em relaçãoao Oriente Médio alimenta o terrorismoe oradicalismoislâmico que culminano torpeatentado de11 desetembrode2001em Nova Yorke se estendenum sangrento conflito Israel-Palestina, no qual o Estado de Israel lança mão da Lei do Talião, comoforma delegitimarpráticas terroristas condenáveis.

O apoio, mesmo que disfarçado, ao golpe contra o presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, éum graveatentado contra a consolidaçãodemocráticada América Latina, algo tão caro aos habitantes do continente, cuja construção é acalentada pelo esforçode forçaspolíticas de matizes ideológicas diferenciadas, masimbuída dacerteza da opção democráticacomo modelo estrutural.Ademissão de Bustani da Opaqé na verdade uma reação truculenta contra a posturaindependente do embaixador naquestão davistoria de armas químicas e tem muito a ver com o desejo cego dos EUA em invadir o Iraque.

Quem visita hoje os EUA percebe no dia-a-dia da vida dos cidadãos o crescimento deuma sociedade policialesca, de restrição aos direitos civis e de fomentoà indústria bélica, oque nos remete a situações históricas semelhantes, de final nada feliz. Dentro das nossas limitações cabe-nos aumentar a vigília e a indignação ante avoracidade imperialista do xerife Bush. Afinal, o que está em risco é a paz e o futuro da humanidade.

Arnaldo Jardim é deputado estadual

Osatos positivosnoBrasil tendema ficarrelegados a um segundoplanoumavez que a grandeza do País, tanto territorial quanto populacional, se reflete na dimensão de seus problemas, diferenças e impede que os trabalhos de reversão deste quadroganhem a repercussão capaz de servir de estímulo,de exemplo, para que a multiplicação dessa ação positiva se transformeem referênciaemotivação.

Estímulo

Esta foi a tônica de minhas palavras, como presidente do Instituto daCidadania (Instituto Brasileirode Desenvolvimento da Cidadania) na cerimônia de entrega, no Itamaraty, em Brasília, do Prêmio Cidadania Brasil Exportação, na noite de quarta-feira última, quando foram homenageadas asempresas exportadoras brasileiras que tambématuam nasáreassocial e educativa.

Câmara

A iniciativada Câmarade Comércio Árabe Brasileira, conjunta como Institutoda Cidadaniae como apoiodo Ministério das RelaçõesExteriorese daApex,visaestimularas empresas exportadoras atuantes no comércio exteriore nasações sociaise educativas e dar exemplos a outras, paraque sigam no mesmocaminho, poisosbenefíciosparao Brasil,como um todo, são imensos.

Construindo a Nação A linha demeu discurso foi a mesma da premiação das escolas participantesdo prêmio Construindo a Nação, envolvendocercade 80escolaspúblicas eprivadas doEstado de São Paulo, ocorrida em março último, numa promoção conjunta da Associação Comercial de São Paulo, através de seu Conselhoda MulherEmpresária, do Instituto da Cidadania e da Colméia.

Fatos positivos

Aênfasenas premiaçõese nas palavras é para dar espaço às coisas boas, construtivas, que estão sendo feitas em favor de um Brasil melhor e que desaparecem namídia diante da proporção enorme das coisas mal feitas, dos problemas e das crisesinternas detoda ordem que acometem o Brasil.

Futuro chegou

Dizia eu,nas duas oportunidades: ofuturo chegou,ele está presente na impossibilidade de reverter a história, no avanço tecnológico que transformou o mundoem instantâneo euniformizou ainformação. Elechegou porqueas diferenças existentes no Brasil,sejam elas de ordemeconômica, social ou educativa, não podem mais esperar. Necessitam ser resolvidas agora. Estão sendo resolvidas agora. Só precisamos demuito mais pressa.

Valor

Valorizemosentão quem está ajudando nessa pressa.

P. S . Paulo Saab
João de Scantimburgo

Tribunal libera debates

de candidatos em rádio e TV a partir de agora

As emissoras de rádio e televisãopodem entrevistarou promover debates entreos pré-candidatos às eleições para presidente da República egovernador deEstado.Isso antes do dia 6 de julho, data já permitidapelo Calendário Eleitoral para o início da propagandapara aseleições de 2002.

O relator das instruções das eleiçõesgeraisde6 deoutubro,o ministro Fernando Neves,do TribunalSuperior Eleitoral, entende que a Justiça Eleitoralnão poderáproibirarealizaçãode nenhum programa de entrevistas, individuais ou coletivas,com os pré-candidatos.

Parecer – "Penso que tal atividade não pode ser impedida,já queéinerente aodeverdeinformar, quenãopode sofrer restrição, segundo o artigo 220, daConstituição da República", ressaltou o ministro,na questãodeordem aprovada emsessão administrativa.

O TSEadvertiu, porém, que, se osprogramas forem utilizados como propaganda eleitoral, as emissoras que infringirem a lei estarão sujeitas àmulta porpropagandaantecipada.No casodoscandidatos, os beneficiados poderão ter seus registros cassados por uso indevidode meio de comunicação.

De acordocom oentendimento dos ministros do TSE, as emissoras de rádio e televisão deverão dara mesma oportunidadepara oscandidatosque seencontremem igual situação.

Governadores – Os ministros doTribunalSuperior Eleitoral decidiram também que os governadores reeleitos não podem se candidatarao cargo de vice-governador. Eles também concluíram que a mulher de um governador reeleitonão poderá disputar o cargo do marido ou o de vice-governadora mesmo que ele tenha renunciado seis meses antes da eleição. (AE)

Pefelistas não aceitam

chapa com PSDB e Serra

Amaioria expressivadas bancadas do PFL écontraa coligação com outrospartidos para a sucessão presidencial. Apenas 6dos 118 parlamentares ouvidos pela cúpula pefelista são favoráveisa uma aliança com o PSDB para apoiar a candidatura do senador José Serra (SP).

A consulta às bancadas de senadores e deputados, realizada nos últimos três dias pelo presidentedoPFL, senadorlicenciado Jorge Bornhausen (SC), foi concluída onteme serálevada àslideranças do PFL, na segundafeira, em jantar na casa do vice-presidente Marco Maciel.

Proposta – A resistência ao nome de Serra ficou evidente nas bancadas e, segundo Bornhausen, parcelamajoritária dospefelistas respondeuque o PSDB poderia contar com o PFL,desdequeonome do candidato seja trocado.

Osparlamentares responderama umquestionáriode três perguntas. A primeira questão envolvia ateseda candidatura própria.A maioria foi contra, mas algunscitaram alternativasco-

moBornhausen, MarcoMaciel e Sílvio Santos. A segunda questão foi em relação à coligação. Os parlamentares optaram, de modo considerável, pelaliberação dopartido nosestados.Os pefelistaspreferem ficarlivres paramontar ospalanques estaduais considerados vantajosos para garantir a reeleição para o Congresso. "Esse resultado do questionário facilitaa eleiçãode uma bancada federal expressiva", previu Bornhausen. Trabalho– Essasaída, no entanto, vaiimpor ao précandidato do PSDB maior trabalho parabuscarapoios dentro doPFL egarantir sua presença nos palanques estaduais. "A campanhavai ficar mais cara para o candidato do governo", comentou um deputado do PFL, deixando claro que, a partir de agora, Serra terá de negociarapoios individuais à sua candidatura. Apesar de minoritário, um grupode parlamentaresdo PFL posicionou-se favorável a coligação com a Frente Trabalhista para apoiar o précandidato Ciro Gomes. (AE)

Jaime Lerner mantém apoio a candidato tucano

O governador do Paraná, Jaime Lerner (PFL),reafirmou ontem sua posição favorável aumacomposiçãode seu partidocom oPSDB eo apoio à candidatura do exministro José Serra à Presidência daRepública."Ouo partido caminha para isso ou não terá candidato à Presidência", disse.

Segundo informou, a reunião de segunda-feira na residênciado vice-presidenteda República, MarcoMaciel, reunindo todasas lideranças partidárias, será "definitiva". Entendimentos – " To d o s

Lula defende adoção de alíquotas de IR de até 50%

O pré-candidatodo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, queralteraro sistemadecobrança de Imposto de Renda, IR, com a adoção de alíquotas diferentes como um dos pontos dareforma tributária. "Não é justoum trabalhador que ganha em torno de R$ 3 milpagara mesmaalíquota (27,5%)de alguémquereceba bem mais", comparou.

Lula pensa numaescala de desconto que vá de um mínimo de 5% até 50% para os salários mais altos, passando por alíquotas de 10%, 20%, 30% e 40%, embora não quisesse falar sobre em quais rendimentos esse porcentuais seriam aplicados.

"A classe média está sufocadacom oatualImpostode Renda", constatou, informando que a idéia do partido é também desonerar a produção e a exportação, além de melhoraro sistema decobrançaparaevitar asonegação, buscando a Justiça fiscal: "No Brasil, só quem paga impostoséo assalariado,que tem o desconto retido direto na fonte."

Juros – O pré-candidato do PT apresidentetambém pretende diminuir, gradualmente, a taxa de juro, criando um sistema alternativo de atração deinvestimentos externos. "A economia brasilei-

ra é muito dependente do capital externoe, porisso, precisaremosoferecer itens que mantenham ointeressepelo nosso País: infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e um população compoder de compra".

Opré-candidato do PT acredita que pode incentivar o crescimento econômico baixandoa taxa de juro."O Brasil éum paíscapitalista, nãopodemos cercearopovo de comprar e as empresas de produzir; nosso dinheiro não pode ser tão caro", disse. Financiamento – O u tr a proposta dopetistaé queas instituiçõesfinanceiras oficiais só venham a emprestar dinheiro paragrupos comprometidos em abrir novas vagas. Para Lula, está medida é um"dogmade fé" eque atinge o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimen-

to Econômico e Social e Fundode Garantiado Tempode Serviço).

"Cada real emprestado equivalerá a contrapartida de um emprego gerado", disse ontem Lula, em visita a Salvador.

ACM e Maluf – Logo cedo, Lula participou do programa Jornalna Bahiano Ar, transmitido emrede paramais de 300 municípios do interior daBahia. Váriosouvintesligaram parao pré-candidato doPT, querendosaber se o partidofariaalianças com o PPB do pré-candidato agovernador Paulo Maluf e o PFL do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (BA).

"Depois de até me excomungarem,Malufe ACM andam dizendo que vão votar emmim,masnãovou ficar constrangidocomisso; podem votar, serei agradecido", comentou, esclarecendo, contudo, que esse é um caminho de "uma via".

"Não há hipótese de o PT se aliar aoPPBou aoPFL;são partidos antagônicos; são como águae vinho,não semisturam", disse.Luladesmentiu osboatos de que teriase encontrado, secretamente, com ACM. "Não sou político clandestino; seum dia tiver de me encontrar com ACM, isso será feito às claras." (AE)

Maluf e Alckmin, os mais conhecidos

O Partido dos Trabalhadores contratou uma pesquisa qualitativadoInstituto Vox Populi no Estado de São Paulo para identificaro perfil principal dos eleitores do partidoe comoopré-candidato agovernador José Genoíno (PT) é identificado. Segundo Genoíno, o ponto

Governo paulista

quer encerrar ano com contas em dia

principal levantadopela pesquisa é o de que ele é pouco conhecido no eleitorado. "Mais de 70% dos entrevistadosnão sabemque soucandidato, enquantomeusdois principais adversários são reconhecidos por mais de 80% dosentrevistados comocandidatos", afirma, referindo-

seao pré-candidatoagovernadorPaulo Maluf (PPB) e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Otimismo– "Isso revela o enormepotencial quetemos para crescer,principalmente a partir de junho", avalia José Genoíno.Segundo aassessoriado diretório regional do

PT no Estado, os levantamentos de dados servirão paradirecionara modelo da campanha, alémde identificar pontos de rejeição. Comoa pesquisafoirealizada para conhecimentointerno dalegenda, opré-candidato do PT não revelou detalhes dos resultados. (AE)

têm uma idéia do que vai acontecer, mas é necessária essa reuniãopara quedepois possam ser iniciadososentendimentos para alianças regionais",afirmou. "Eunão consigo conceber,nem opovo brasileiroenxergaoPFL como oposição".

Segundo o governador, as informações de que ele poderiasairdo PFLsão"umapiada". "Isso nunca existiu. A gente não sabede onde surgem essasinformações, mas também não interessa. O que importa éa maneiracomo a gente procede". (AE)

Déficit zero e equilíbrio fiscal são ordens do governador deSãoPaulo,Geraldo Alckmin (PSDB) parao fechamento do ano, apesar da queda na receita em comparação com o calculado no orçamento. Adeclaração foifeita ontempelo líderdogoverno naAssembléia Legislativa, Duarte Nogueira (PSDB). Na avaliaçãodo governo,a retração aconteceu por causa da crise energética e do período derecessão, apósos atentados terrorista de 11 de setembro, nos EUA. Alckminse reuniuontem com líderesda bancadaaliada na Assembléia – PFL, PPS, PMDB, PSD, PV, PDT e PL –paradiscutiros planos ea queda da arrecadação. "A determinação éde fecharo ano com sem déficit e manter o equilíbrio fiscal, como ocorre desde 96", disse Nogueira. Pelas contasda equipe,no primeiro trimestre deste ano, a receita somou um total de R$ 6,135 bilhões, 5% a menos que a obtida no mesmo período de 2001. (AE)

Lula quer bancos oficiais emprestando dinheiro em troca de mais empregos
Valter Pontes/AE

Explosão assusta população

e deixa 40 feridos nos EUA

Os americanos tomaram um susto ontem. Uma explosãoacidentalatingiu dois prédios em Manhattan, deixando pelo menos40 feridos etrazendoà tonaopesadelo dos atentados ocorridos em 11 de setembro.

"Quero garantirque absolutamente não há razão para pensar outra coisa a não ser num trágico acidentee esperoque nãohajaperdas devidas", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Estilhaços – O prefeito disse que pelo menos 40 pessoas ficaram feridas na explosão, que ocorreuàs11h29locais (às 12h29 de Brasília), lançou

Ariel Sharon quer general americano

na missão da ONU

Israelcoloca mais uma condiçãopara aidadeuma missão da Organização das Nações Unidas, ONU, para investigara crisenosterritóriosocupadosda Palestina. Muitos diplomatas já questionam a credibilidade e a independência da equipe internacional.

Emuma reuniãorealizada ontem em Genebra, representantes do governo de Ariel Sharonquerem que aONU incluanãoapenas civisna equipeque visitará aregião, mas também militares.

Estratégia – Omotivoé a tentativa deIsrael de justificar suas ações dentro da lógica de uma guerra. Portanto, a presençade militaresinternacionais seria essencial para Israel explicar porque tomou adecisão de invadir campos de refugiados.

Os israelensespedem ainclusão do general aposentado

W illiam Nash, dos Estados Unidos, como membro efetiv o da equipe,e não apenas como um assessor.

O envolvimento dos israelensese dos norte-americanosna preparaçãodaequipe internacional está irritando os embaixadores dos países árabesna ONU. "Queindependência terá uma missão composta por um militar americano?", questiona um diplomata árabe. (AE)

escombros e estilhaços de vidrospelacalçada,abalou os prédiospróximos equebrou as vidraças das lojas da rua. Falandoem umposto de bombeirospertodolocal da explosão naárea deChelsea, em Manhattan, Bloomberg desmentiuas informações preliminares de que uma caldeira haviaexplodido.Segundo oprefeito, a caldeira do prédioestádesativada há vários anos,portanto acausa da explosão é desconhecida. O prefeito disse que possivelmente substânciasquímicas, que se encontravam no térreo do prédio,causaram a explosão – que foi acompa-

nhada por chamas que invadiram o vão doelevadordo edifíciode dezandares –e abalou oprédio aolado, de oito andares, onde ficauma escola técnica.

Início – Aparentemente, a explosão ocorreu no depósito da empresa Kaltech, que produz letreirospublicitários e placas de sinalização viária. Bloomberg disse que a empresa havia recebido uma entrega de quase duzentos litros de materiais químicos. Inicialmente, acreditavase que a explosão havia ocorrido na Escola Técnica Apex na esquina da Sexta Avenida com aRua 19.Naescola, os

alunos aprendem como repararar-condicionado eautomóveis. Algumas das reparações feitas nolocal são feitas com o uso de solda. Em poucos minutos, foram convocados mais de uma centena de bombeiros dos quartéis da região, alguns dos quais aindaostentamfaixas comosnomes doscolegas mortos no atentadocontra o World Trade Center.

Dezenas de pessoas ensangüentadase envoltaspelopó dos escombros foram socorridas nas ruas, num cenário que lembrou as imagens após os ataques terroristas de 11 de setembro. (AE/AP)

Presidente da Argentina autoriza a abertura parcial dos bancos

O chefe de Gabinete da Presidência daArgentina, Jorge Capitanich, informou ontem queopresidentedo Banco Central, Mario Blejer, decretou ofim parcialdo feriado. Osbancos reabrem hoje, mas comnovo horário: de 12h às 17h. Antes, o horário bancário erade10h às 16h.

O chefe de gabinete confirmou que a lei para retardar a fugadedepósitos já foisancionada pelopresidente Eduardo Duhalde eserá publicada pelo Diário Oficial. Duhalde disse que o feriado bancário efiscal será parcialmente suspenso nesta sexta-feira, mas não deu maiores detalhes. Ele creditou areabertura dosmercados à aprovação, por parte do Congresso, da lei que impede os saques bancários apoiados em decisões judiciaisdeprimeira instância.

Corralito – O corralito, comoo limite a saques bancários imposto pelo governo é conhecido, apenas poderá ser desrespeitado em caso de decisão de última instância. Duhalde argumenta que os saques dedepósitos bancários poderiam quebrar o sistema financeiro argentino. O secretário do Tesouro dosEstados Unidos, Paul O’Neill, disse que ficou "satisfeito de ver que o presiden-

Justiça manda soltar 4 oficiais na Venezuela

O Supremo Tribunal da Venezuela concordou com a libertação de quatro altos oficiais, incluindo o ex-chefe do Exército, queserebelaram em 11 de abril contra o presidente Hugo Chávez.

O Tribunal Supremo ditou sem efeito a prisão domiciliar dogeneral de Divisãodo Exército,Efraín VásquezVelasco, do vice-almirante HéctorRafael RamírezPérez,de Daniel Lino José Comisso Urdaneta e do general de Brigada da Aviação Pedro Antonio Pereira Olivares. Restrição – Segundo o presidente do Supremo, Iván Rincón, apesarde estarem em liberdade,osmilitares

não poderão sair do país, deixarCaracas edeverão apresentar-seuma vezporsemana ao tribunal. Também estão proibidos de participar de reuniões, marchas ou qualquer atividade política. Agentes da inteligência militar do país apreenderam armas e munição de guerra na residência do empresário Isaac Pérez Recao, um dos supostoslíderesdo fracassado golpe de Estadocontra Chávez. Segundo oadvogado do empresário, Francisco Gadea, as armaspertencem aos seguranças.Também foram apreendidos coletes à prova de balas euniformes camuflados. (AE)

te da Argentina e todos os governadores das províncias pretendemrealizar açõessérias" paraatacar odéficit fiscaldosetor públicoqueestá naraiz.Ele refere-seaoconjunto de14medidasanunciados naquarta-feirapara ajustar a economia.

"Esta é uma expressão bem-vinda do espírito de cooperação nacional", disse O’Neill,num brevecomunicado. Ele indicou, diplomaticamente, que só acreditará no acordo entre Duhalde e os governadores quando as medidas de saneameto contempladas forem efetivadas.

FMI – O FMI manteve-se em silêncio sobre o acordo de Duhalde com os governado-

res e as medidas aprovadas pelo Congresso argetino para apertaro congelamentodos depósitos bancários.

O acordo "mudouo clima político do País e de qualquer forma, ter um marco político adequado é um requisito fundamentalparaa economia", afirmou o embaixador argentinojunto àscomunidades européias, Roberto Lavagna,naestação de trem central de Bruxelas antesde embarcar para Paris, onde rumaria a Buenos Aires.

Roberto Lavagna, de60 anos, economista graduado na Universidade de Buenos Aires, éum dosnomes cogitados para o Ministério da Economia. (AE)

Políticos do Uruguai reiteram apoio a Cuba

Depois do rompimento das relações diplomáticas com Cuba se aprofundou a divisãopolítica noUruguai. Aesquerda alinhadanacoalizão da Frente Ampla cerrou fileiras para denunciar a atitude do presidente uruguaio

JorgeBattle evoltou alançar mão de chavões como "imperialismo ianque".

Fidel Castro chamou Battle de "lambe-botas" e "lacaio", em respotaa proposta do Uruguai (representandoos interesses americanos), que conseguiu aprovaruma moção perante a comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, ONU, paraque oregime co-

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE), emseu estudo "Perspectiva Econômica", afirmou que os Estados Unidos estão liderando a recuperaçãoglobal.Essa recuperação mundial, que deve seintensificar em 2003,está sendo sustentada principalmente pelo relaxamento monetário, com as taxas de juros baixasestimulando oconsumo,além doapoio depolíticas fiscais.

O estudo ressalta, porém, que ainda há risco para a economia mundial, considerando, por exemplo, uma possível alta do petróleo, oscilação deeconomias emergentes, novos atentadosterroristas e uma maior disputa comercial .

Mas,hoje, oqueestácontando é que aconfiança nos mercados foi reestabelecida antes do que havia sido previsto logo após os ataques terroristas de11 de setembro, principalmente nosEstados Unidos. O colapso dos investimentos nas tecnologias de informação e comunicação está sendo substituído pela "recuperação cautelosa".

Previsão – Segundo aOCDE, a recuperação em várias regiões do mundo deverá gerar um aumento do comércio mundial de 2,5% em 2002 e de 3% em 2003. O estudo observaque com

a consolidação da recuperação dos Estados Unidos, o momento e o ritmo da retirada do estímulo monetário "se tornam temas cruciais". Com a normalização dos mercados, "aspolíticas monetárias deveriam gradualmenteser levadas a um estágio neutro e, porfim, auma instânciarestritiva". Mas,segundo aOCDE, o ritmo e a escala desse aperto monetáriotêm de levar em conta vários riscos.

Fiscal – No lado fiscal, após a adoção de medidas que permitiram cortes de impostos e estímulo aos gastos,"a renovada limitação seránecessária para levaros governos de volta aos superávits".Isso contribuirá parareduzir os desequilíbrios externos.

A alta do petróleo,"como foivistono anopassado,poderia gerarmaior inflação, queda nos ganhos, depressão na confiançadosconsumidores e enfraquecer a recuperação".Segundo a OCDE, a fragilidade dealguns países emergentes tambémrepresenta uma ameaça.

OPIBdostrinta países da OCDEdeverá crescer1,8% em 2002 e 3% em 2003. A economianorte-americana deverá crescer 2,5%neste ano e 3,5% em2002. "Essedesempenhoestá sendosustentado peloconsumo tantoprivado como público, e também pela queda nos estoques". (AE)

Japão tenta vencer sua pior

recessão pós-guerra

Aeconomia doJapãocontraiu-seem termos reais 1,2% noquarto trimestrede 2001, mostraram dados revisados e divulgados ontem. Este recuoconfirma que o país passou pela sua mais profunda recessão pós-guerra no ano passado.

O pessimismodeverá perdurar em 2002, deacordo com a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico.A OCDE prevê que o Produto Interno bruto (PIB) do Japão deve cair 0,7% neste ano ecrescerapenas 0,3% em 2003.

Efeitos– "Os ventos contrários continuam significativos. A intesificada reestruturaçãocorporativa devereduzir o emprego e o salário

munista da ilha aceite ser monitorado no que diz respeito à preservação dos direitos humanos. Cuba rejeitou apresença de qualquer monitor. Umacentral operáriadominada pela esquerda está colhendoassinaturas emsolidariedade a Cubae antecipou que uma delegação as entregaria a Fidel Castro, em Havana, no dia 1º de maio. A esquerda do Uruguai sustenta queos EUAestá por trás destaruptura.Opresidente daFrente Ampla,o socialista Tabaré Vásquez, assegurouque "houveumaação absolutamente preparada, premeditada embuscada ruptura". (AE/AP)

familiar,mantendo oconsumo em baixo crescimento", afirmou o organismo. Por outro lado, algumas partes da economia estão melhorando, julgando-se pelos relatóriosde lucrodivulgados ontem por várias empresas japonesas de alta tecnologia, sendo que a maioria também prevê melhores resultados no atual ano fiscal, iniciado em 1º de abril.

O PIB revisado para o trimestre outubro-dezembro de 2001ficouinalterado em relaçãoà estimativa inicial, mostrando aterceira retração trimestral consecutiva. O estudo mostra que as exportaçõesjaponesas estão reagindo com a desvalorização do iene. (AE)

Duhalde sanciona hoje lei que dificulta retirada de depósitos congelados
Haupa/Reuters

País cumpre, sem folga,

meta do FMI de superávit

primário

no 1º trimestre

O superávit primário do setor público consolidado (Tesouro Nacional, Previdência, Banco Central, estados municípios e empresas estatais) foide R$ 3bilhões emmarço.No trimestre, o saldo alcança R$ 11,6 bilhões (3,84%do PIB), informou ontem o Departamento Econômico do Banco Central.

Como resultado, quenão inclui os pagamentos de juros dadívida pública,ogoverno conseguiu cumprir–mas sem nenhuma folga–a meta trimestral acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Pelo acordo com o FMI,o Brasil deveria ter superávit de 11,4 bilhões. "Sempre émelhor trabalhar com folga, mas temos uma programação queassegurao cumprimento das metas", disse o chefe do Departamento EconômicodoBC,Altamir Lopes. Para o semestre, a meta é de R$ 25 bilhões.

março, o governo governo central (Tesouro, BC e Previdência)teve um superávit primário de R$ 25,919 bilhões–formado porumsaldo de R$ 40,702 bilhões do governofederal eumdéficit primário de R$ 678 milhões doBCe deR$14,106bilhões da Previdência Social.

Saldo foi prejudicado pelas estatais federais, que registraram déficit de R$ 4,778 bilhões

Os governos regionais tiveram um superávit primário de R$ 9,62 bilhões, sendo R$7,182bilhões dosgovernos estaduais e R$ 2,480bilhões dos governos municipais. As empresas estatais registraram, no período, saldo positivo de R$ 4,614 bilhões.

D í v i d a – A dívida líquida do setor público consolidado fechou março em R$ 680,710 bilhões (54,5% do PIB). Em fevereiro, a dívida líquida estava em R$ 679,997bilhões (54,7% do PIB).

Governo decide não criar sobretaxa ao aço importado

O governo brasileiro anunciou que não vai adotar medidas protecionistas contra a importaçãode aço.Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sérgio Amaral, o volume de produtos siderúrgicos importadosem marçonãojustifica a imposição de uma sobretaxaàs entradasexternas. A avaliação foi feita ontem peloministro, durantereunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Em vezdeadotarsalvaguardas,o governo decidiu monitorarmaisdeperto as importações de aço nos próximos dias antes para resolver que medidas tomar. Para isso,foicriadoum grupode acompanhamento das compras externas deprodutos siderúrgicos, coordenadopela secretária de Comércio Exte-

rior,Lytha Spindola, eque tem representantes dosministérios da Fazenda e das Relações Exteriores.

"Vamos começar a fazer um pentefino, poisjá temos uma avaliação global", afirmou Amaral. "Queremos verificarsehá umsurtodeimportações.Se issoforidentificado, o grupo recomendará medidas a serem tomadas".

OMC – A avaliação da Camex também vai servir para que ogoverno decidase vai entrarcomuma açãonaOrganização Mundial do Comércio (OMC) contra as sobretaxas ao açocriadas pelos Estados Unidos. Amaral afirmou que a Camex estáinclinada aquestionar as medidas protecionistas dos EUA na OMC. Ele disse que vários ministrosque participaramda reuniãode

ontem se posicionaram favoravelmente à iniciativa, mas decidiu-seesperar aavaliação do grupo de trabalho.

Em março, os Estados Unidos elevaram as tarifas de importação ao aço para até 30%, alegando que precisavam proteger suassiderúrgicas. A medida gerouprotestos em váriospaíses elevou aUnião Européiaa tambémaumentar suastarifas deentrada do produto, justificando que a região seriainundadapelo aço excedente. O Brasil já solicitou uma consultasobre a questão na OMC, que é a primeira etapa de um processo de resoluçãodeconflitos na entidade.

Osetor siderúrgicobrasileiro, alegandotambém temer a invasão do aço excedente noPaís, pediuformalmente ao governo que au-

mentasse a tarifa de importaçãode produtossiderúrgicos de 12%para 30%. Masos fabricantes de veículos,o segundo setor consumidor do aço, temem que restrições à importação elevem os preços internos dos veículos.

SegundoAmaral, ogovernoidentificou apenas elevaçõeslocalizadas deimportação de aço,como de chapas grossas, que subiram 318% de janeiroa marçodeste ano em relaçãoao mesmoperíodo de 2001. O ministro acrescentou,porém,quesó nesta semanaforam liberadasimportações de 50 mil toneladas deaço, mas hápedidos para 84 mil toneladas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as importações de aço, em março, caíram 31,2% em relação àmedia do ano passado. (Reuters)

E s t at a i s – O responsável pela cumprimento apertado da meta foio déficit registradopelasestatais federaisno primeiro trimestre deste ano, de R$ 4,778bilhões, afirmou Lopes. O executivo justificou o déficitpelos investimentos feitos por essas companhias no período. Do superávit demarço de

Do total dos débitos em março,R$427,750 bilhões (34,3%do PIB)referem-seà dívida do governo central; R$205,227 bilhões(16,4% doPIB)aosgovernos estaduais;R$ 26,399 bilhões (2,1% doPIB)aosdébitos dos governos municipais e R$26,385 bilhões(2,1%do PIB) das empresas estatais. O BCtemcréditos areceberno valor de R$ 5,051 bilhões (0,4% do PIB). (AE)

Argentina: Brasil quer mais comércio

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu manter aberto o fluxo de importações deprodutos argentinos. Noprimeiro trimestre,aArgentina contabilizou um superávit deUS$ 781 milhões no comércio com o Brasil. Segundo o ministro do Desenvolvimento, SérgioAmaral,o Brasilencaminhoutrês propostas a Buenos Aires pa-

ra elevar o comércio bilateral. Aprimeira dizrespeito ao acordo automotivo, a segunda à eliminação de restrições comerciais e a terceira à flexibilizaçãodo Convêniode CréditoRecíproco (CCR), espécie de seguro para o comércio entre paíseslatinoamericanos. Amaral não quis entrar em detalhes sobre as propostas,

alegando que aindaestão em negociação. Oministroinformou apenas que o diretor da Área Internacional do BancoCentral,Beni Parnes, estará pronto para discutir a questão assim que receber o sinal verdedas autoridades argentinas. Segundooministro, aflexibilização doCCR éimportante para solução das dívidas

de importadores argentinos com os brasileirase também para garantir maior segurançaemoperações futurasde exportações do Brasil. Ele informou queem maiodeverá se reunir com o presidente do Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias,paratratarda liberaçãode recursos para o CCR. (AE)

Ata do Copom joga para frente corte do juro básico

A leitura que o mercado fez da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, Copom,doBancoCentral,BC, divulgada ontem, é de que um corte na taxa de juros só poderá voltar a ocorrer no segundo semestre. Antes de julho, segundo analistas, uma queda é muito pouco provável.

Estetom ainda maisconservador do BC não foi surpresa,jáquea decisão de manter aSelicem 18,50% prenunciava essa rigidez na política monetária.

Aceitação – "As expectativas de inflação têm subido de forma contínua... aparentemente o BCestá aceitando a convergênciamais lentada inflação e admitindo que o risco deultrapassar oteto de 5,5%está setornandotangív el, depoisdarevisão para piordos preços administrados", disse Alexandre Bassoli, economista-chefe do HSBC Investment Bank.

"No curtoprazo,a manutenção dos juros se torna mais provável", disse Alexandre Mathias, economista-

chefe do Unibanco Asset Management.

O economista doABN AmroAsset Management, HugoPenteado, disseque o BCsinalizoua possibilidade de quedada inflação,a partir do segundo semestre, quando ponderouqueapressão dos preços administrados deveseconcentrar entreabrile julho.

Preços livres –Segundo Penteado, ocomportamentodos preços livres também indica uma queda,o quefacilitariaa retomada datrajetóriadeclinante dos juros. "O BCvai olharpara ocomportamento da inflação."

Eleição – Outro possível fator derisco, aproximidade da eleição, tambémé descartado pelos analistas. Se houverespaço paraum corte,segundoos analistas,o BCbaixaráataxa, nãotemendointerpretações políticas.

Para o mercado, no curto prazo a tendência de manutenção do juro se torna cada vez mais provável

TantoPenteado quanto Alexandre Mathias acreditam que osreajustes dos preços administradosnão tragam surpresas. Sãoconhecidos os reajustes para a energia etelefonia, restandoincerteza sobre o petróleo, embora o preço,em torno deUS$ 27, seja tido como o teto.

A expectativade queum novo corte dosjurospoderá vir a partir de julho é reforçada pela consolidação do nível de atividade."Os sinais são de uma economia em marcha lenta", disse Penteado. Estagnação –O PIB acumulado em 12 meses até julho deve ficar perto do zero, o que indicaria uma economia estagnada, de acordocom uma projeção do Unibanco Asset Management,citada porseu economista-chefe, Alexandre Mathias.

Se o ritmo da atividade econômicacontinuar sobcontrole, eliminando pressão inflacionária de demanda, a trajetória de queda fica facilitada, mas não garantida.

Espaço – Na opiniãode Marcelo Allain, diretor-executivode AssetManagement do Banco Inter-American Express, oBCestá dando uma leitura"de quehaverá espaço para reduções (de jur os ) , mas oBCvai escolher cuidadosamente os momentos para fazê-lo".

Outros quatro fatores serão levados em contapelo Copom, a partir de agora, segundo Mathias: 1) a trajetóriado preçodobarril depetróleo; 2) a decisão do BC de mirara meta de inflaçãode 2003, que, segundo informaçõesanteriores doBC,deveriaocorrerem "meados do ano"; 3) alguma modificação na lógica do BC, de uma atitude mais flexível para mais rigor; e 4) uma eventual decisão do Conselho Monetário Nacional de revisara política de metas de inflação.

Esta última decisão seguiriao modeloda NovaZelândia,quepermitiria ao BC, frente a determinados eventos específicos, adotar uma "cláusulade escape". ( R e uters/AE)

Preços administrados preocupam

OComitêde PolíticaMonetária,Copom, manteveo j urobásico em18,5%este mês preocupado comos riscos associadosaos aumentos dospreços administradose comaquedamaislenta dos demaispreçosna economia queelevaram asprojeçõesde inflação para perto do teto da meta de 2002.

De acordo com a ata da reunião de abril divulgada ontem, o Copom decidiu por unanimidade mantera Selic inalterada nasemanapassada, interrompendouma tendência de queda.

Na reunião,o Copomelevou suaprojeção parao rea-

juste doconjunto depreços administrados – isto é, combustíveis, energia etelefonia – em 2002 de 6,8% para 7,2%, por causa dos recentesaumentos da gasolina.

Expectativapiora – As pressõessobreestes preços, quetêm peso significativo nos índices de inflação, combinada aumadesaceleração menos intensados preçoslivres, resultaram num aumento das expectativas para a inflação.

Com a taxa a 18,5% e mantido ocâmbio no patamar que prevaleciana vésperada reunião do comitê, o Copom passou a trabalhar com uma

inflação acima de4,5%em 2002 e abaixo de 3,25% em 2003. Na reunião anterior do Copom, em março, com juros a 18,75%, a projeção apontavapara inflaçãoabaixo de 4,5% e de 3% em 2002 e 2003, respectivamente.

Na ata, o BC alega que "a

Projeções de juros e dólar sobem

Ofato demuitas dasvariáveisquevêmsendo apontadas pelo Copom terem piorado de um mês para o outro aumentouo mal-estardos mercados. Comoconsequência, as projeções de juros e o dólar subiram.

Na BM&F,o juro docontrato de DI futuro para maio, o próximo a vencer, em 1º de maio, ficou estável em

18,42% aoano, ante18,41% da véspera. O juro do contrato de DI futuro para junho subiu para 18,48%, ante 18,45%dequarta-feira. No contrato mais negociado, o DIdejaneiro de2003,ojuro disparou, passando de 18,86% para 18,96%. Câmbio – A cautela do BC reveladanaata do Copom deixou o mercado de câmbio

debarbasde molho.Odólar fechouem altade 0,25%,cotado a R$ 2,364, no segmento comercial.

As operações ainda não retornaram ao nível anterior à implementação do Sistema de Pagamentos Brasileiro. "O SPB ainda estáafetando o mercado. O volume de negóciosestábaixo", disseum operador. (Reuters/AE)

Osbancosnão estão mais obrigadosa cobrarde seus clientes a apresentação de documentos originais de identidade e de comprovação de residência nomomento da abertura daconta, conforme decisão tomada ontem pelo Conselho Monetário Nacional, CMN.

Com isso ficou mais fácil abrir conta de depósitos num correspondente bancário, como os correios, as casas lotéricas e qualquer estabelecimento comercial conveniado com um banco.

Controle– O diretor de Normasdo Banco Central, Sérgio Darcy, afirmouque caberá aos bancos estabelecer os seus próprios critérios de controle.

Darcy explicou que o Conselho decidiueliminar algumas exigências, como por exemplo, a conferência dos documentos originais dos clientes, que tinha de ser feita pelo gerente da agência. Esta exigência, segundo ele, acabava por tornar inviável a abertura de contas pelos correspondentes bancários. Veracidade – Pela norma até então em vigor, o gerente da agênciabancária eraobrigado a atestara veracidade das informações referentes à identificação do cliente. "Isso não impede que obanco mantenha essa exigência", disse o diretor do BC.

convergênciamais lentada inflação às suas metas, associada aoefeito secundário dos choques dos preços administrados, e à proximidade do teto da banda, recomenda cautela na condução da política monetária."

O Copom admite que, embora mire numa inflação entre 4,5% e 5% em 2002, à medida em que seeleva a projeção de inflação para este ano, "aumenta o risco de a inflação atingirolimite superior do intervalo de tolerância".

A meta central de inflação este ano é de 3,5%, com margem detolerânciadedois pontos percentuais paracima e para baixo.

Pressão– OCopom nota que as pressões dospreços administrados deve concentrar-se entre abril e julho, em virtude dos recentes reajustes dos derivadosde petróleoe da concentração dos reajustes da energia e da telefonia. Em abril, os aumentos da gasolina de 10,4% e do gás de cozinha de 10,25% vão elevar ainflação. Para astarifasde eletricidade, o Comitê projetaaumento médiode15% em 2002, inferior aos anteriores 16,6%.

Quanto aos preços livres, o BC espera que eles subam em torno de 0,2% e 0,3% ao mês. Osmercados reagirammalà divulgaçãoda ata, interpretando que amargem de manobra parao BCvoltar areduzir osjuros diminuiu. (Reuters)

Segundo odiretor doBanco Central, a Caixa EconômicaFederal, que temcomo correspondentes asagências lotéricas,estaria cogitandoa possibilidade de exigir dos clientes apenasa apresentação decópias autenticadas em cartório deseus documentos, no momento da abertura da conta.

Cartórios– Além das agências dos correios, casas lotéricasediversos estabelecimentos comerciais, tambémos cartóriospoderão atuar comocorrespondentes bancários.

Os bancos continuam sendo responsáveis pelo monitoramento de operações suspeitas

A Caixa anunciou, recentemente,um convênioneste sentido com os mais de 20 mil cartórios existentes no País. O diretor do BCressaltou queos bancossó poderão autorizar seuscorrespondentes bancários acomeçar a receber depósitos quando tiverem controles operacionais capazes de identificar os clientes eas movimentaçõesrelevantes dessas contas.O objetivoé evitar que essenovo procedimento facilite a transação de recursos de origem duvidosa.

Crédito – O Conselho também aprovou modificaçãona resoluçãoqueestabeleceasregrasde contingenciamento de créditoao setor público.

Darcy descartou a possibilidade dea mudançafacilitar aaberturade contas"laranjas"(movimentadas por clientes desconhecidos)."Os bancos continuamsendo diretamente responsáveispelo monitoramento de operações suspeitas", disse.

Epermitiu quefossemexcluídasdo valor globaldas operações aquelas previstas nos programasde ajuste fiscal assinados pela União com Estados e municípios. Em contrapartida o CMN limitou em R$ 200 milhões o valor das operaçõesde crédito dosbancos paracom osetor público. (AE/Reuters)

Estatais: forte presença na carteira do BNDES

Asempresas estataiscontinuamcom fortepresençana carteira deaçõesda BNDESPar, braço do Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômicoe Social, BNDES, paraa áreade mercado de capitais. Segundo dados da instituição, no fim do ano passado a carteira de açõesda BNDESPar estava avaliadaem R$ 15,8bilhõesa preços de mercado, dos quais 48,5% de empresas estatais. Petrobrás – A maior participação da BNDESPar no fim do ano passado era em papéis da Petrobrás, com valor de mercadode R$4,4bilhões, ou o equivalente a 28% do total. Em seguida vinham os papéisda Eletrobrás,donadas maiores geradoras de energia elétrica do País (Chesf,Furnas, Eletronorte, Eletronuclear), em quea participação era avaliada, a preços de mercado, em R$ 2,2 bilhões, o que representava 13,6% da carteira de ações.

Outra empresa do setor elétrico,a Copel(controlada pelogoverno paranaense), ocupava a quarta posição na

carteira da instituição, com o equivalente a 6,9%da carteira e valor de mercado de R$ 1,1 bilhão.

Telemar– As ex-estatais representavam 31,6% da carteira da BNDESPar.O destaque são os papéis da Telemar, com valorde R$1,65 bilhão, ou o equivalente a 10,4% da carteira no fim de 2001.

Em termos setoriais, a preferência tem sido na áreade energia, comparticipação de 20,51%,graças aEletrobráse Copel. A segundamaior participação era do setor de telecomunicações,com 18,7% da carteira.

Vale – A subsidiária do BNDES detinha ainda R$ 1,2 bilhão de papéis do grupo Vale do Rio Doce (R$ 673 milhõesdaprópria Valeemais R$589milhões daValepar,a holding que controla a Vale), quecorrespondiaa 8% da carteira.

Do setor de papel e celulose a instituiçãotem papéis da Votorantim (R$ 469 milhões), Aracruz(R$423milhões), IndústriasKlabin (R$ 195 milhões), além de Bahia Sul (R$ 145 milhões).

Saldo do capital externo

na Bovespa: R$ 287 mi

Os investidores estrangeiros não estão mostrando muita preocupaçãocom os rumos da eleição presidencial, ao contráriodomercado. O capital estrangeiro continua chegandona Bolsade Valoresde SãoPaulo,Bovespa. De acordo combalanço divulgadoontem, osaldode investimentos internacionais ficou positivo em R$ 287,6 milhões nos 20 primeiros dias de abril.

Aentrada foiresultadode compra deações deR$ 2,665 bilhões, superiores às vendas, que somaramR$ 2,377bilhões. Ogiro de R$5 bilhões dosestrangeiros correspon-

dea poucomais de 11%do volume deR$ 45 bilhõesda bolsa paulista em abril. Os estrangeirosaumentaram osinvestimentos naBovespa nas últimas semanas. Nos20primeiros dias de março, o saldofoi positivo em R$ 38,112 milhões.

Também na comparação com 2001 o balanço está mais favorável. Nos 20primeiros dias deabril de2001, osaldo foi deR$ 1,131bilhão.Este volume, no entanto, foi inflado pela ofertapública para a compra dasaçõesdoBanespa,feita peloSantander,que movimentou R$ 2,275 bilhões. (RA)

Para quem tem ações da

Embratel é melhor esperar

As ações da Embratel foramo destaque negativo da semana naBolsa de Valores deSãoPaulo,Bovespa, mas os analistas não recomendam a vendados papéis porenquanto.Elesdizemque as ações tendem a sofrer perdas emcurto prazo, maspodem garantir lucroaos investidores que tiverem paciência paraesperar. Alémdisso,os preços estão muito baixos para venda neste momento. Afetados peloprejuízo de R$ 36,4milhões noprimeiro

Revisão econômica do BC para pior faz a bolsa paulista recuar 0,8%

A revisão das expectativas de inflação do Banco Central, que reduz apossibilidade de queda dos juro básico, fez a Bovespa retomaro território negativo ontem. A bolsa encerrou os negócios com desv alorização de 0,80%. Em uma semana de instabilidade e falta de tendência, as perdas somam 1,5%.

O Ibovespa ficouem 13.272 pontos eo giro financeiro somou R$ 541,6 milhões.Com este resultadoa Bovespa acumulaaltade 0,1% no mês e queda de 2,2% desde o início do ano. Recuperação – Depois de terem registradofortesquedas desdesegunda-feira,as açõesda EmbratelParticipa-

ções tiveram recuperação ontem (veja matérianesta página ) . As ações PN subiram 5,4% easON, 9,3%(a mais expressiva do Ibovespa). As ações preferenciais da Inepar continuaram em queda,por causadaexpectativa negativadomercado para a empresa.Ontem abaixa foi de 8,8%. (RA)

trimestre e pelas dificuldades da controladoraWorldCom, os papéis PN da Embratel acumulam queda de 16,3% na semana. As ações ordinárias acompanharamo movimentoe recuaram14,4%no período. O mau desempenho dacompanhiavem prejudicando o Ibovespa ao longo da semana.

Perdas em um ano – Em um ano, asperdassãoainda maisexpressivas. No fim de abril do ano passado, Embratel Participações PNeranegociadaemtornode R$21, valor que despencou para R$6,15no fechamentode ontem. Isso representa uma desvalorização de 70,7%. Somentenestemês,aqueda já atinge 20,7% (de R$ 7,76 para R$ 6,15).

No pregãode ontem,a confirmação de que a WorldCom pretende vender sua participação na empresa brasileirafezas ações recuperarem-se um pouconaBovespa, mas a alta não foi suficiente para compensar a queda dos dias anteriores.

Conjuntura ruim – S egundo Eduardo Hajime, analistade telecomunicaçõesda Sudameris Corretora, Embratel têm sofrido no mercado porcausa deuma combinação de fatores negativos. Em primeiro lugar ele cita a dificuldadeque a empresa deve ter para enfrentar a concorrência em seu serviçode longa distância. Ele trabalha com um preço-alvo de R$ 12 paraEmbratel PN(valorização de 95,1%sobre ofechamento de ontem).

De acordo com Hajime, o mercado também já especula a respeito da forma como a Embratelpode servendidae para quem. O mercado precisaria ter certeza, por exemplo, de que a nova Lei das S/A vai ser respeitada – a lei prevê opagamento aos detentores de ações ON de 80% do valor

obtido pelo controladorna venda.

Balanço– O balanço ruim do primeiro trimestre e a diferença entre os resultados obtidose asexpectativas anunciadas pelaempresa também prejudicam o desempenho das ações.

"O que tem acontecido é que as estimativas da Embratel não são confirmadas nos balanços, o que deixa o mercadoconfuso emaisreceoso na hora de fazer suas projeções", acrescenta o analista da Sudameris Corretora.

Acorretora FatorDoriaAtherino, porexemplo, considerou o desempenho operacionalda Embratelnoprimeiro trimestre decepcionante e o lucro inferior às expectativas.

Grandes redes perdem espaço em 2001

Os cinco maiores grupos de supermercados ficaram com 39% das vendas do setor no ano passado contra os 41% de 2000

As grandes redesde supermercados perderam espaço paraospequenose médios em 2001.Do totalde R$72,5 bilhões gerados pelo setor no ano passado, apenas39% ficou concentradonasmãos dos cincomaiores:Companhia Brasileira de Distribuição (Grupo Pão de Açúcar), Carrefour, Sonae, Bom Preço e Sendas.Em 2000,as maioresredes concentravam41% do faturamento.

Osnúmeros foram divulgados ontem pela ACNielsen emparceria com aAssociação Brasileira de Supermercados (Abras). "Asgrandes empresas incorporaramempresas de médio porte e tiveram dificuldadesoperacionaisnos últimosdois anos,o que abriu uma oportunidade aopequeno varejista",explica o presidente da Abras, José Humberto Piresde Araújo. "Além disso, houve uma fixação dos consumidores nos bairros", afirma o presidente da entidade.

O númerode lojasno formato dehipermercado manteve-se estável, enquanto empórios e mercearias com até 1 caixa registradoracresceram 13,3%. No segmentode lojas com duas oumais caixas re-

gistradoras,o aumentodo número de lojas foi de 18,9%. "Os números mostram que as lojas tradicionais, que atendem no balcão, estão se tornando lojas de auto-serviço ou pequenos supermerca-

BNDES vai dar crédito de até R$ 50 mil aos supermercados

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) quer ampliar o crédito destinado aos pequenos supermercadistasanunciado ontempelo presidente do BNDES, Eleazarde Carvalho,emBrasília.

Pelo acordoassinado entreo banco e a associação, micro empresas podem contar com um financiamento de até

R$ 50milparaa compra de bens eequipamentos deprodução,como gôndolas,freezers e produtos.

Masaentidadequer ampliarovolume definanciamentopara empresasdepequeno e médio portes. A proposta é fazer com que empresascomfaturamento de R$ 900 mil a R$ 9 milhões recebam financiamentos de até R$ 100 mil. Médias empresas com receitade até R$45 milhões receberiam até R$ 300 mil. De acordo com o presidente do BNDES,Eleazar de Carvalho, numa primeira

etapa será destinado um total de R$ 300 milhões para atendercercade 16milpequenos varejistas que não têm acesso às linhas de crédito.

O empréstimoserá concedido com taxas de 2% ao mês reajustadas pela tabela Price e prazo de pagamentode12 meses."Esseéo primeiro passo do banco no sentido de abrir linhas de crédito aos pequenos", afirma.

Para autilizaçãodoserviço, osupermercadistadeve procurar um dos agentes do B NDES com documentação do estabelecimento. Depois disso, receberá um cartão com o qual poderá sacar o dinheiro. O serviçoserá disponibilizado em julho. (TN)

China – Além de centro industrial, a China quer se tornar pólo de moda. Modelos chinesas apresentaram ontem vestidos do designer italiano Mossoni durante desfile na cidade de Shangai. O evento organizado na China faz parte do Festival Internacional de Shangai, que terá duração total de dez dias. Trata-se de uma tentativa de colocar a cidade no circuito internacional da moda, que hoje tem como centro os estilistas europeus e as suas criações. Coleções de profissionais chineses famosos poderão ser apreciadas, também, durante a competição internacional entre modelos, que ocorre no Festival de Shangai. Os produtos da China vêm se destacando em competitividade no mundo. (Reuters)

ção detecnologias de automação e administraçãode estoques. D’Avó – O supermercado D’Avó, 22º no ranking do ano passado, subiu quatroposições este ano, passando para a 18º colocação com a adoção de tecnologia. De acordo com o diretor comercial, Martinho Paiva Moreira, em 2000 a rede investiu R$ 1milhão na implantação de um software corporativo para melhorar a eficiência dos processos internos. "Começamosacolherosfrutos no ano passado", justifica.

D’Avó investiu

R$ 1 milhão em 2000 para crescer em eficiência interna e subir no ranking do setor

dos", afirma Pires de Araújo. Outromotivoparao aumento da participação dos pequenos emédios supermercados, segundo a associação, se deve aos ganhos de eficiência comaimplementa-

Concentrada no atendimento das classes C e D, a redejá possui sete lojasna Grande São Paulo, sendo duas emformato de hipermercados eas demaisem lojas de vizinhança. No ano passado, atingiu um faturamento de R$ 285 milhões.

A participação das lojas de tamanhomédio, com 250 metros quadradosa milmetrosquadrados sobreofaturamentototaldosetor cresceu de 37,8% para 40,6%. E nas lojasde milmetros quadradosa 2,5mil metrosquadrados, aparticipaçãoaumentou de 26% para27,6% em 2001. "Osnúmeros evidenciam o fort alecim ento do modelo das lojas de vizinhança", afirma o consultor da Abras, Antonio Ascar. O volume de vendas de produtos de marca própria aumentou4% emrelaçãoao ano anterior. E em algumas categorias cresceu até 23%. Por outro lado,a participação desses produtos sobre o faturamento dossupermercados caiude 4,7%para 4%, com a redução de preços.

Tsuli Narimatsu, de Brasília
D’Avó saltou do 22º lugar no ranking para o 18ª maior faturamento, de acordo com levantamento da Abras
Claro
Cortes/reuters

Só 1% da soja nacional vira refeição

O consumo de bebidas de soja deve sextuplicar como parte da reversão do baixo consumo do grão nas mesas do Brasil

Apesar da produção nacional de 37,6 milhões de toneladas de soja,a leguminosa aindanãodeslanchou como alimento no Brasil. A utilização da soja namesa dos brasileiros, emformadegrãoe farinha, alcança apenas 1% do montante cultivadonas lavouras nacionais.

Oconsumo porpessoano Brasil, maior produtor mundial do grão, éde sete gramas ao dia, um valor ainda baixo se comparado a países como o Japão, onde cada habitante consome em média300 gramas diárias. "No Brasil, a soja aindaé consideradaumproduto exótico e não há hábito de consumo", diz o pesquisador daEmbrapa naáreade soja para alimentação humana, José Marcos Contijo Mandarino.

O pesquisadorafirma que grandeparteda ausência da soja no cardápio nacional se deve ao modo pela qual ela foi introduzida no País, primeiramentecomo alimentação animal edepois emprogramas nutricionais para pessoas debaixa renda."Muitos ainda lembramdosabordo leite das vacas mecânicasda década de80, que não era bom", diz Mandarino.

O quadro, porém, vem se transformando lentamente.

A s bebidas feitas apartir da soja,que tiveramumconsumo de 67,2 milhões de embalagens tetra pak no ano passado, devem ter seu mercado sextuplicado nos próximos anos noBrasil. Nosegmento estão grandes indústrias comoOlvebrae Santista,da Bunge. Agaúcha Josapar,da marca de arrozTio João, entrou no mercado em 1997, com a bebida SupraSoy.

Fazem parte da gama de produtos o leite de soja e tambémossucos defrutasàbase de soja. Oconsumo desse ti-

po de bebida cresceu 50% nos últimos três anos nos Estados Unidos e70% noCanadá. "Entreos americanos,oproduto de soja mais consumido é o tofu, queijo feito com leite desoja", explicaMandarino. No Brasil, o produto tem boa saída nas famílias japonesa. Farinha – Paraa farinhae as proteínas da soja, a estimativa decrescimento éde 15% aoano, segundoaEmbrapa. No ano passado, a farinha de soja integral e desengordurada chegou a um consumo de 11 mil toneladas.

O isoladoe oconcentrado protéico de soja, utilizados na fabricação de recheios de bombons, bolachasesopas pré-cozidas,tiveram uma saída de 13 mil toneladas. A proteína texturizada da soja, usada para fazer carne de soja, alcançou 40mil toneladas de consumo e o molho de soja 5 mil toneladas. As papinhas, chamadas babyfórmulas, chegaram a 1 mil toneladas. O óleo, a margarina e a maionese ainda são os produtos feitosa partirda leguminosa quetêm maiorsaída no Brasil. Asojarepresenta 85% do mercado nacional de óleos, com 3,15 milhões de toneladas consumidas ao

ano. O País nãochegaa absorver, porém, toda a produçãobrasileira, de4,11 milhões de toneladas de óleo. O crescimentoregistrado nos últimos10 anos éde 3%, o que deve se manter em 2002,deacordocom opesquisador daEmbrapa, Mandarino. Amargarina alcança um consumo de234mil toneladas ao ano e a maionese 82 mil toneladas. Grão – Se o óleo, a maioneseeam argarinajá foram aprovados pelo paladar nacional, o grão de soja ainda é alimento raro nas gôndolas dos supermercados.Entre os pontos-de-venda doBrasil, as casas naturaisainda são as que mais vendem o produto. Muitas das empresasque embalam a soja paraconsumo finaltambém sãodo segmento dealimentação natural, caso da indústria paulista Mãe Terra. A empresa, fun-

dada em 1979,vendedesde extratode soja em pó(leite) atéo grãointegral (comcasca) e deforma convencional (sem casca e também partido). "A maioria das empresas do ramo são da área de alimentos naturais", diz o gerente de marketing, Maurício Noznica.

As bebidas de soja acabam tendo uma melhor saída no segmento pois são de fácil consumo. Na maioria dos casos, são vendidas em pó, bastando adicionar água para o preparo. O mesmo não ocorre coma soja em grão,a farinha de soja oua proteína de soja. A maior parte dos brasileiros não sabe comopreparar ostrês tiposde alimentos para a refeição. As grandes consumidoras da soja acabam sendo os restaurantes de alimentação natural.

Maná: fruta de laboratório chega a SP

Em agosto chega aos supermercados e mercearias de São Paulo, a maná, uma fruta exótica com sabor semelhante aoda goiababranca, jáexportada em pequenas quantidades para o Japão.

Inicialmente será distribuída pelo Ceagespe o preço do quilo custará deR$ 4,70 a R$5.Do tamanhodeumtomate, a maná, na opinião de quem já experimentou, além do sabor, tem aroma agradáv el. Resultante do melhoramento genético deuma das 150 subespécies docubiu, fruto usado na Amazônia como alimento, medicamento e cosmético, ela está sendo plantada como alternativa ao café em vários municípios de Rondônia.

Nos próximos dois meses agricultores paulistas devem dar início ao plantio no Estado. A maior produção da fruta édacidadeMinistro Andreazza, norte de Rondônia, que deve colher neste ano cerca de 30 mil toneladas. De acordocom ochefe degabinete da prefeitura, Jean de Almeida, a produção será destinada ao mercado paulista. "Inicialmente vamosco-

mercializarafruta,mas os produtores estão criando uma cooperativa para montar umafábrica de sucode maná e tambémpara produzircosméticoscom oóleoda fruta. As índias da região amazônica passavamo suco do cubiu nocabelos para dar brilho e maciez",conta Jean. Nomunicípio, cercade100 pequenos produtores plantaram 800 mil mudas de maná. Comumcusto deprodução

80 % menor que o de uma pequena lavoura de café, cuja colheita e preço de mercado não pagam os custos de produção, a maná pode se transformar numa alternativa ao café, cultivadopor96%dos agricultores da cidade. A experiênciagenética que deu origem à maná é dos pesquisadores daAssociação Mundial dos Mercados Associativistas(Amma), ONG que pesquisa em seus labora-

Nova variedade torna grão mais agradável ao paladar

No próximo ano os produtores brasileiros poderão cultivar um tipodesojamais adequado ao paladar humano: a BRS 213. O grão, que serádistribuído pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), terá umsabormais suave.Oproduto não conterá lipoxigenases, enzimas responsáveis pelo gosto de feijãocru da soja, que faz muitos brasileiros rejeitarem o alimento. A nova variedade deve incrementar ainda mais o consumo de soja nasrefeições nacionais. A utilização da soja no cardápio brasileiro, apesar de ainda baixo, começou a crescer na década de 90. O pesquisador da área de soja paraalimentação humana, da Embrapa, José Marcos

Mãe

tórios ou em parceria com orgãos oficiais,alternativas para pequenos agricultores. As experiências foramfeitas nas estações experimentais da Amma emAtibaia e Guareí, interior de São Paulo. Conrado Todesco,presidente daAmma, explicouque a partir de informações obtidas noInstituto Nacionalde Pesquisas da Amazônia (Inpa)sobre ocubiu, ospesquisadores desenvolveram cruzamentosgenéticosque resultaramemsemente próprias para regiões mais secas do centro-oeste e também para regiões frias. "AManá havia nascido com as mesmas propriedades nutrivas emedicinais do cubiu, cujosestudosdepesquisadores do Inpa jácomprovaram que pode ser utilizado também no controle do colesterol", explicouConrado. Depois de desenvolver sementes da fruta em suas estações, a Amma, que conta com 15 milassociadosnoPaís, passou a divulgar a nova fruta como alternativa à agricultura familiar.

ContijoMandarino, dizque o fato acompanhoua criação do Simpósio Internacional sobre oPapel da Sojana Prevençãoe Tratamentode Doenças Crônicase Degenerativas. O último e quarto encontro ocorreu em San Diego, na Califórnia, em 2001. Mandarino dizque asoja é benéfica na prevenção de doenças cardiovasculares, reduzo mau colesterole aumenta o bom. "Também previne câncer de mama, de colo deúteroe depróstata",afirma. Opesquisadordizque, na China, onde o produto é usado em larga escala, apenas uma em cada 100 mil mulheres, têmcâncer demama. As fibras da soja também são capazes de controlar a diabetes tipo dois. (ID)

Terra ensina a utilizar a leguminosa na cozinha

A paulista Mãe Terra, especializada em alimentos naturais, resolveu ensinar os consumidores ase alimentar com soja para impulsionar as vendas. Além depublicar receitas nas embalagens e no site, aempresa dácursos sobre a utitilização da soja e suas propriedades nutricionais nos pontos-de-venda."Fazemos umtrabalho deeducação, falando das vantagens do consumo da soja",explicao gerentede marketing,Maurício Noznica.

As maiores interessadas noscursos, contaNoznica, são mulheres com idades entre 30 e 50 anos. O gerente de marketing dizqueoconsu-

mo da soja vem aumentando na alimentação brasileira. O grande problema do segmento, dizele, é que o produto não integra a cultura alimentarnacional. "O prato brasileiro é o arroz e o feijão", diz. A marca éuma das poucas que comercializa soja em grão nos supermercados. A gama de produtos fabricados pela empresainclui leitede soja em pó, proteína de soja, grãos, salgadinhos, biscoito e missô. O biscoito Soy Cookie foilançado noano passadoe osalgadinho Mãe Soy em 2000.No Brasil,sãomantidos 25 representantes e 10 distribuidores para vender os produtos. (ID)

Segundoos pesquisadoresda Amma,a Manápode sercultivada em todo o País, já que foram desenvolvidas variedades que permitem o plantio nas regiões áridas, de clima tropical, e outras pararegiões de climamais frioA exemplo deseu pai genético,ocubiu,amanáé umaplantadepequenoporte.A florada resulta em dezenas de frutos por árvore. A exemplo do cubiu, chamado pelos agricultores de azedinha gostosa, além da grande produtividade por hectare, a fruta é matéria-prima comexcelente custo-benefício.Exemplo:10quilos defrutos podemsertransformadosem 7,5litrosdesuco.Amesma quantidade da fruta pode ser transformada em 4 quilos de doce ou 1,5 quilo de geléia. Informações sobre a Maná podem ser obtidas na Amma pelo telefone 5044-3124. (JSG)

Isaura Daniel
Noznica, da Mãe Terra, mostra produtos de soja vendidos pela empresa
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Joel Santos Guimarães
Todesco, presidente da Amma, mostra a planta que dará origem à fruta
Paulo
Pampolin/Digna
Imagem
Paulo Pampolin/Digna Imagem

Luz certa atrai cliente e ajuda a vender

Projetos de iluminação dos supermercados e das lojas devem valorizar os produtos sem atingir diretamente os consumidores

Para que ocliente sesinta bem num supermercado e consuma,o localprecisater uma iluminação correta.

"Cada setor da loja tem de ser iluminado de acordocom os produtos que estão expostos", afirma a arquiteta Jovita V alleTorrano, gerentede projetosdo grupoPãode

Açúcar.

Para as gôndolas de hortifruti, os empreendedores devem usar lâmpadas com alto poderde reproduçãodecor.

"Como o apelo desses produtosé pelacor,que garanteao cliente a boa qualidadeda mercadoria, é preciso utilizar luzesquerealcemessas cores", afirma Jovita.

A luz natural também é eficiente na iluminação dos hortifruti.Algumas lojasdo grupo Pão de Açúcar estão trabalhando com iluminação zenital.Esse sistemaconsiste na implantação de faixas de

telhas transparentes no telhado. "Esses rascosna cobertura também ajudam na economia de energia", diz Jovita. Paraque oshortifruti não madurem rápido por causa da exposiçãoàluznatural, são usados filtros de proteção nas lojas. "O filtro é o protetor solar das frutas", afirma a arquiteta. Nos supermercados que têm padaria, por exemplo, é recomendável o uso de luzesquentes. O objetivo é transmitir aos clientes a sensação de que o pão está quentinho e os produtos, como bolos e doces, são frescos.

Nas gôndolas de hortifruti, por exemplo, deve-se usar lâmpadas com alto poder de reprodução de cor

Noscaixas, tambémépreciso cuidado. O reflexo na tela do monitor do funcionário dificultaa visualização do operador e doconsumidor.

Paraamenizar essesefeitos, utiliza-se telaplana, filtrode luminosidade e posiciona-se corretamente as lâmpadas. Soluções como vidros que vão do chão até o teto na frentedos caixas também estão sendo usadas em supermercados darede Pãode Açúcar. "Os clientes gostam de ambientes iluminados naturalmente", afirma aarquiteta.

Custos– As despesas de um projeto de iluminação são variados. Para cada tamanho de loja, há equipamentoseprojetosde iluminação específicos.

Nossupermercados pequenos, por exemplo, os gastos são proporcionalmente menores que os de um grande mercado por causa do tamanho da loja.Esses mini-mer-

cados precisamtrabalhar com uma incidência menor de luz, pois o excesso de atinge diretoo cliente,causando incômodo e desconforto.

Para arquitetos consultados pelo Diário do Comércio, nas lojasmenores, lâmpadas de vapormetálicosão ideais para esses ambientes.

Luminotécnico – Segundo oarquiteto WashingtonFiuza, da Arquitetônica, o empresário brasileiro precisa dar mais atenção a projetos de iluminação. "Esse setor é o itemda arquiteturaquemais evoluiu nos últimos dez anos, porisso, énecessário saber que soluçõesexistem paraos ambientes", afirma.

Para Fiuza,o idealé queo empreendedor quepretende iluminar corretamente a loja contrate,alémdo arquiteto, um luminotécnico.

Cláudia Marques

Empresa lança sistema anti-seqüestro

Os pequenos empresários

DiógenesBarros, LigiaMarcondes Barros e Paulo de Oliv eira, da DB Programas, do Paraná, desenvolveramum programa para evitar os seqüestros relâmpagos.

Oprojetoconsiste num dispositivo queécolocado nos caixas eletrônicosdos bancos e osclientes passam a ter duas senhas de acesso: uma parao dia-a-diae outra

para se proteger do ladrão. As duassenhas funcionam domesmo jeito. "É possível fazer as mesmas operações com as duas senhas", afirma Oliveira. A diferença é que o usoda segundasenhaaciona um alarme numa centralde segurança. A polícia recebe os dados da vítima, como o local do saque e a placa do carro do cliente."Ospoliciais podem chegar mais facilmente aos

bandidos", afirma Oliveria. Como o alarmeé sempre acionado, o programa também é adequado para inibir e reprimir os crimes de clonagem de cartão e transferência indevida de dinheiro via Internet ou Wap celular.

Segundo Oliveira, o software foi apresentado a Febraban(Federação Brasileirade Bancos) eentidades deoutros países,como aEs-

panha. "Os bancos têm 80% da tecnologia implantada para o sistema funcionar",diz. Asdespesas comainstalação do software custariam entre R$ 2,00 e R$ 5,00 por cliente. OsistemadaDB Programassurgiudepois que um dos sócios, Diógenes Barros, foi assaltado sete vezes. "Ficamos pensando numa solução paradiminuir aviolênciano País", afirma Oliveira. (CM)

cursos e seminários

Dia 29

Transporte e suas implicações com ICMS – O curso é direcionado a micro e pequenos empresários que querem saber o custo do transporte.Duração:oitohoras, das9h00às18h00.O curso acontece na segunda-feira(29).Local: Sescon(Sindicatodas E mpresasde ServiçosContábeis)de SãoPaulo, avenidaTiradentes, 960, Luz.Preço: R$ 70 (associadosSescon) e R$ 140(não associados). Asinscriçõesdevem ser feitasatéhojepelo telefone (11) 3328-4900.

Introdução do Euro na União Européia – O objetivo do seminário é orientar os participantes sobre o funcionamentoda moedada União Européia. Duração: três horas, das 19h00 às 22h00. O curso acontece na segunda-feira (29). Local: IOB Thomson, rua CorrêaDias,184, Paraíso.Preço:R$440(associados)e R$506(não associados). As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800782755.

Código de Defesa do Consumidor – A oficina é direcionada a micro e pequenos empresários que querem aprender a usar o Código de Defesa do Consumidorem favorpróprio. Duração: duashoras, das9h00 às 11h00.Ocursoacontecena terça-feira(30).Local:SebraeSãoPaulo, Poupa Tempo Itaquera, metrô Itaquera. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800-780202.

Básico de importação – A palestra é dirigida a microe pequenos empresáriosquequeremimportar produtosparavender.Duração:duas horas, das 10h00 às 12h00. O curso acontece na quinta-feira (02). Local: SebraeSão Paulo,rua Vergueiro,1.117, Liberdade.As inscriçõessão gratuitase devemser feitasa partirde hojepelotelefone0800780202.

RDE (Registro Declaratório Eletrônico) de Investimentos Externos Diretos – O curso é dirigido a empreendedores que querem saber sobre o funcionamento das normas do Banco Central para o RDE–IED. Duração: oito horas, das 8h30 às 18h00. Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. A palestra acontece no sábado (04). Preço: R$ 440 (associados) e R$ 506 (não associados). As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800782755.

Dia 30 Dia 2 Dia 4

Um movimento tenta inibir a escalada da carga tributária no País

Será lançadonapróxima segunda-feira, em São Paulo, omovimento AçãoNacional pela Justiça Tributária (Anjut), doqual fazemparte entidades empresariais, trabalhadorese representantesda sociedade civil. Mais de 60 entidades aderiramao movimento, entre as quais a Associação Comercial de São Paulo. O objetivo é convencer governantes elegisladores de que a sociedadeprecisa ser ouvida antesde se criarou aumentar impostos.Numa segunda fase, a idéia é elaborar propostas para evitar a escalada tributária. Página 19

Capital externo na Bovespa já é de R$ 287,6 milhões

Os rumos daeleição presidencialnão preocupam os investidores estrangeiros. O capital externo continua chegando à Bovespa: em 20 dias de abril, atingiu R$ 287,6 milhões . Os investimentos neste mês estão bem superiores aos do mês passado. No mesmoperíodode março,osaldo revelou-se positivo em R$ 38,112 milhões. Página 7

Comércio global deve crescer 2,5% ainda em 2002

Estudo da Organização paraCooperação eDesenvolvimentoEconômico (OCDE) afirma que os EUA estão liderandoa recuperaçãoglobal. Oaquecimentogeral deverá gerar um aumento do comércio mundial de 2,5% em 2002 e de 3% em 2003. Página 4

BC eleva a meta de inflação para o ano de 4,5% para 5%

A leitura que o mercado financeirofezda atadaúltima reunião doComitê dePolítica Monetária, Copom, divulgada ontem, é de que um corte na taxa de juros só poderá voltara ocorrerno segundo semestre. Antesde julho,segundo analistas, uma queda é muito pouco provável. Estetom conservadorse deu depois de o BC ter revisto a metade inflaçãopara 2002, prevendo agora uma taxa entre 4,5%e5%em2002.Em março, a estimativa era de 4%

a 4,5%. A rigidez da política monetária faz com que os analistasesperem umcorte no juro básico somente no segundo semestre. "No curto prazo, a manutençãodos jurosé maisprovável", dizAlexandre Mathias,do Unibanco Asset Management. Ontem, a Fipe divulgou a inflação da 3ª quadrissemana deabril, que fechouem 0,06%.A Fipeprojeta uma variação de preços da ordem de 0,10% para este mês.

O presidente da Associação

Comercial de São Paulo, Alencar Burti, entendeque o governodeveria promover repasses mínimos para os preços administrados. "A elevação dessespreços continuará pressionandoa inflação, o que, por seu lado, não permite a reduçãodos juros. Conseqüentemente, ocorre a desaceleração econômica e a queda da receita, o que geralmenteleva a novo aumento de impostos. O risco é de o governo cair numcírculo vicioso", adverte. Páginas 6 e 17

Soja ainda é alimento pouco usado nas refeições do brasileiro

Justiça derruba dedução de remédios da declaração do IR

O Tribunal Regional Federal de São Paulo derrubou ontem a liminar que permitia quegastos com remédios, óculos, lentes de contato e aparelhos de surdezfossem deduzidas do Impostode

Renda. Adecisãofoidodesembargador Márcio Moraes.A liminar havia sido concedida no último dia 8 de abril e já valia para a declaração deste ano. Quem já entregou a declaração com a dedução desses gastos terá de fazer a declaração retificadora.

Em agosto, paulistas vão conhecer a goiaba da Amazônia

São Paulo conhecerá uma nova fruta em agosto: a maná, de gosto semelhante ao da goiaba, desenvolvida em laboratórioapartir docubiu, fruto daregiãoamazônica. Agricultores de SP e Rondônia farão o cultivo. Página 16

Apesar doBrasil ser o maior produtor mundial de soja, o grão ainda não faz sucesso nas mesas nacionais. Apenas 1% das 37 milhõesde toneladas colhidas aoanosão utilizados em refeições. O percentual nãoincluiprodutos industrializados como óleo e margarina de soja. A Embrapa distribuirá no próxima safra uma nova semente, com sabor mais suave. O objetivo é satisfazero paladarnacional.A Mãe Terra, empresa de alimentos,estampa receitas nas embalagenspara ensinar os brasileiros a utilizarem o produto na cozinha. "Fazemosum trabalhode educação", diz o gerente de marketing, Maurício Noznica. Página 16.

Humor negro para discutir a morte na nova série de TV

Lula defende alíquotas de até 50% para o Imposto de Renda

O candidato do PT à Presidência,Luiz InácioLulada Silva, defendeu uma reformulação completa no sistemadealíquotas do Imposto de Renda. "A classe média está sufocada. Precisamos criar alíquotas mais justas, numa escala que vá de 5% a 50%", disse. Mas não explicou que faixas de rendapagariam alíquota tão elevada (atualmente,a maior éde27%).Disse ainda que, caso seja eleito, determinaráaos bancoseinstituições financeiras oficiais só emprestar dinheiro se houvercriaçãodeemprego pelo tomador. Página 3

Bancos argentinos vão abrir parcialmente hoje

Osbancosargentinos vão abrir nestasexta-feira, em horárioparcial. Aleitampão para retardara fugade depósitos jáfoisancionadapelo presidente Eduardo Duhalde.Pelalei, ossaquesbancários apoiados em decisões judiciais de primeira instância estão proibidos. Osecretário do Tesouro dos EUA, Paul O’

Neill, se disse satisfeito com o acordoentre opresidenteargentino e os governadores das províncias, que vê como evidência de que se pretende realizar ações sérias para atacar o déficit fiscal. Comentava-se aindaque RobertoLavagna, economista, deverá mesmo assumir ocargo deministro da Fazenda. Página 4

Explosão em Nova York fere 40 e causa novo susto

A população de Nova York tomouumsusto ontem, depois que uma explosão atingiu dois prédios em Manhattan edeixou cerca de40 feridos. Ascausas do acidente ainda são desconhecidas.

O prefeito de Nova York, MichaelBloomberg, precisou acalmar a população, que

não esquece os atentados de 11 de setembro. De acordo com o prefeito, é possível que substânciasquímicas, encontradas notérreo de um dos prédios, causaram aexplosão. Chamasinvadiram o vãodoelevador do edifício de 10 andares e abalaram ainda o prédio ao lado. Página 4

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Ações de Embratel estão em baixa, mas não é momento de vender

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Barulho de motor provoca surdez nos motoristas de ônibus Última página

a a Debates com os pré-candidatos à Presidência estão liberados

Iluminação certa ajuda supermercados a aumentar vendas

A iluminaçãodossupermercados deve valorizar os produtos sem afetar diretamente ocliente."Luzerrada espanta freguês", diza arquiteta Jovita Torrano. Página 18

Nestedomingo estréia no canal a cabo HBO a série A Sete Palmos ,vencedora dos Globos de Ouro de melhor série dramática e melhor atriz coadjuvante para Rachel Griffiths. Comhumor negro e estilo à Nelson Rodrigues, a sériemostraocotidiano de uma família. Proprietários de uma agênciafunerária,os Fisher parecem totalmente normais. Mas quando o chefe da famíliamorre, vêmà tona os dramas interiores. Eles, que vivem damorte, não sabemlidarcomelaquando o problema os atinge. Página 14

MaurícioNoznica, da Mãe Terra, diz que empresa educa, além de vender
Elenco de "A Sete Palmos": problemas familiares vistos com humor negro
D ivulgação

Safra de 2002 poderá

atingir 98,58 milhões de toneladas, prevê o IBGE

A produção decereais, leguminosase oleaginosaspoderáalcançar 98,58 milhões de toneladas em 2002. Essa é a estimativa demarço, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção é praticamenteigual a que foi anunciada no mês anterior.

Se confirmado, o resultado da safra deste ano será 0,04% superior à de 2001.

A estimativa de safra de 100 milhõesde toneladaspode nãoser atingidaem razãode problemas climáticos na Bahia e no Rio Grande do Sul.

Por isso, a região Nordeste, que responde nesta safra por cerca de7,44% daprodução total,registra omaiorcrescimento em relação ao ano passado:30,79%.Aregião Sul, com participação de 45,27%,

apresenta redução de 9,67%.

Asregiões Norte,Sudestee Centro-Oeste, responsáveis, respectivamente, por 2,19%, 14,49% e 30,62%, apresentam, na mesma ordem, acréscimos de4,27%,12,46%e 4,93%. O levantamento abrange a produção nacional de algodão em caroço, amendoim, arroz, feijão, milho, soja, aveia, centeio, cevada, sorgo e trigo.

SegundooIBGE,nas regiões em que a colheita já começouaser feita,asmaiores quedas foramverificadas na produção de algodão herbáceo (12%) emilho primeira safra (17%). Já a produção de soja, feijão primeira safrae milho segunda safra apresentaram, respectivamente, ganhos de 8%,42%e 32%, no intervalo. (AE)

Uso do parque industrial tem pior nível desde 95

A utilização da capacidade instalada da indústria ficou em 79,1% em abril, revelou a pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, divulgadaontem pelaFundaçãoGetúlio Vargas.O nívelfoio menorpara um mês de abril desde 1995. Além disso, é a primeira vez no período que o uso do parque cai em abril, na comparação com janeiro –quando a utilizaçãoda capacidadeestavaem79,5%.Tirando os efeitos sazonaisna comparaçãocom janeiro,a quedano usodoparque emabrilfoi ainda maior,de 1,3 ponto porcentual.

Otimismo – Apesardocenário,os industriaismantêm o otimismo. Segundo o coordenadorda sondagemda FGV, SalomãoQuadros,a utilizaçãoda capacidadenão

avançou em abril porque as empresas não venderam todo o estoquee ademanda está pouco melhor do que no início do ano, mas ainda permanece fraca.

"Nãohánadaque sinalize quea recuperaçãodeixoude ocorrer, mas acontinuidade do processo está muito devagar, quase parando"

A pesquisa,que ouviu 1.222 indústrias, registra também que onível de estoques, que estavaalto em outubro, praticamenteandou de lado em abril, depois de cair bastante em janeiro.

A frustração quanto à recuperação da atividade não afetou as expectativas das indústriassobreo futuro.Parao trimestre entreabril ejunho, 53%dos empresáriosentrevistados apostam em demanda superior. (AE)

Aluguel sobe 1,32% em SP, acima do IGP-M

O preço médio dos aluguéis residenciais na cidade de SãoPaulo subiu, em média, 1,32% em março. O resultado do mês é superior à inflação medida pelo Índice Geral de Preçosdo Mercado (IGP-M), que foi de 0,09% no período.

Osnúmeros foram divulgadosontem pela Hubert Imóveis, que realiza a pesquisa mensalmente.

Segundo odiretor da empresa, Hubert Gebara,o reajuste dosaluguéis emmarço (o sexto consecutivo) confirma atendência deelevação iniciada emoutubro. Desse mês até março, a alta dos aluguéis chegaa 6,78%– nointervalo,o IGP-M ficou em 3,04%.

No acumulado de 12 meses (abril de 2001 a março de 2002), contudo,osresultados sediluem, poissão afetados por quedasdo valor médio ocorridas até setembro.

Assim,o reajustemédioacumulado atinge 3,74%, abaixo doIGP-M do período (9,39%).

T am an ho – Os aparta-

Inflação na cidade fica em

0,06% na 3ª prévia do mês

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fipe,apurouinflação de 0,06% na cidadede São Paulo, na terceira quadrissemana de abril(período de30dias terminadono dia22). Nasegunda préviado mês, a alta havia sido de 0,08%.

Oresultadolevou aFipea reduzir sua expectativa de inflação para o mês, que passou de 0,20% para 0,10%, segundo o coordenador do IPC, Heron do Carmo.

Isso graças à deflação registrada pelos produtos alimen-

tícios. Na última medição, a queda chegoua 0,85% –e foi aquarta consecutiva.Segundo Heron, o recuo tem ficado acima do esperado. No ano, a retração é de0,64%. Habitação tambémapresentoudeflação naterceira quadrissemana, de 0,51%, confirmando a tendência verificada desde o início de abril.

Os grupos saúde, vestuário e educação mantiveram-se praticamenteestáveis nas duas medições, registrando elevações de, respectivamente, 0,28%,0,16%e 0,05%.

Despesas pessoais teve um aumento maior: passou de 0,11%, na primeira enasegundapréviado mês, para 0,34%, neste última.

IPCA-15 vai a 0,78% em abril

Ainflação medidapeloÍndicedePreços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiupara 0,78%em abril,informou ontemo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O resultado équaseodobro doapurado em março, quandoo indicador registrou alta de 0,40%.

Segundoo IBGE, a elevaçãode abrilfoi causadapelo reajuste do preço da gasolina – que foi de 9,52% nos postos de combustíveis, em média. Outro destaque foi o gás de botijão,que apresentou aumentode 3,66%noperíodo.

Distribuidoras não repassam recursos do seguro-apagão

Representantes das distribuidoras deenergia elétrica nãodescartarama possibilidade deque algumasempresas não tenham feito o repassedaarrecadação com oseguro-apagão, pago desde março pelos consumidores, para a energia emergencial. A justificativa dadapelos empresáriosé adequeessas companhiasestariam enfrentando dificuldadesde caixa no momento.

mentos de 1 dormitório apresentam as maiores elevações depreços,emqualquer base de comparação.

Em março ante fevereiro, a alta chega a 1,77%, enquanto os imóveisde doisquartos subiram0,97%;os detrêstiveram elevação de 1,34% e os de quatro, 1,22%. Nos 12 mesesencerrados em março, as unidades de um dormitório apresentamreajuste acumulado de 8,88%, seguidaspelasdedois, três e quatro quartos, com altas respectivas de2,30%, 2,13%, e 1,83%.

A faltade apartamentosde um quarto no mercado pode ser a explicação para as altas. Segundo o levantamentoda Hubert, a procura por unidades deum dormitório cresceu 29% em março, ante fevereiro.Mas aofertaaumentou apenas 20%.

Em dois dormitórios, a demanda éde 26%,enquanto a disponibilidade fica em 24%. No caso dos imóveis de três e quatro dormitórios, a relação é de 45% (procura) para 56% (oferta). (AE)

A ComercializadoraBrasileirade EnergiaEmergencial (CBEE) confirmou que, além denão recebernadade20 empresas, asque repassaram os recursos ofizeram de formaincompleta.A estatalrecebeu só 25% dos R$ 100 milhões que teriamsido arrecadados com o seguro.

Entre os inadimplentes, estão a Light e a Eletropaulo. O governorecebeu comestranheza ofato de cerca de 20 distribuidoras de energia, das 61 empresas que atuam nesta atividade, não terem repassado nenhum centavo.

Mas técnicos do governo não acreditamque ainadimplência doprimeiromês de cobrança doencargose transforme em um calote duradouro. Aanálise édeque teriam ocorridodificuldades na contabilização dos recursos arrecadados a título de seguro-apagão dos consumidores. Técnicos lembram que a distribuidora dispõede apenastrês diasparareceber o pagamento dascontasde luz, separaro que é ICMSe o que é o encargo da energia emergencial e repassá-lo à CBEE. (AE)

Energia elétrica também ficou entre ositens mais pressionados, com 1,47% de alta. Umadas causasdaelevação foio reajuste nastarifas de energia,autorizado pelo governo para compensar as perdas das empresas com o racionamento. Além disso, houve aumentoscontratuais em Belo Horizonte (2,92%) e Recife (8,44%). Ba ixa –Algunspreços de alimentos caíram no período, contribuindo parasegurar ainflação – comoo arroz (5,21%), do frango (2,11%) e do óleo de soja (2,01%).

O IPCA-15segue amesma metodologiado IPCA. Adiferençaé ointervalo detempo do levantamento. O IPCA-15 mede as variaçõesde preços entre os dias 15dos meses pesquisados – nesta divulgação entre 15de março e 12 de abril. Entre as 11cidades do País pesquisadas,as queapresentarammaior inflaçãoforam Curitiba, com 1,06%, e Recife (1,03%). As menores altas foramverificadas noRio deJaneiro(0,57%)e Brasília (0,70%). Em SãoPaulo, a inflação foi de 0,73%. (GN)

O grupo transportes continuou sendo o grande responsável pela inflação – o aumento médiode preçosdosetor foi de 2,23%, mesmo nível da segunda quadrissemana. A alta foi causadapelo reajuste dos preços da gasolina e da tarifa de ônibus, de 9,28%, em média. "Aboa notíciaé quea inflaçãodo segmento ficou estávelnasduas quadrissemanas, o que pode ser reflexo da concorrência entre os postos de gasolina". Heron acrescentou que a alta do combustívelnãodeve chegara12%, como chegou a ser previsto. Se aprojeção da Fipe se confirmar e a inflação de abril fecharem0,10%, oIPCacumuladoem12 mesesdeverá recuar de 7,02% para cerca de 6,5%. Emabril de2001, oíndice fechou em 0,61%. Para o ano,a expectativaé deinflação de 4%. (AE)

Barulho deixa motorista de ônibus surdo

Segundo pesquisa de engenheiro da USP, o ruído dos motores está acima do limite permitido por normas técnicas

Os motoristas e cobradores deônibus devem começar a se preocuparcom sua audição e fazer periodicamente examesde audiometria.O alerta vem de uma pesquisa, realizada peloengenheiro Luis Felipe Silva, da Faculdade de Saúde Pública da Univ ersidade de São Paulo (USP), commotoristas entre 38 e 48 anosde uma empresa da zona Norte.

A preocupaçãoda categoria não deve se resumir apenas ao trânsito caótico, ao estresse do dia-a-dia e à falta de

segurança – no ano passado a SPTrans registrou 9.067 assaltos a ônibus na cidade. Alémdisso, osmotoristase cobradores, quando estão trabalhando,convivem com altos níveis de vibraçãoque chegam asuperar oslimites deexposição definidos pela Organização Internacional para Normalização (ISO). Deacordocoma norma ISO2631, ovalor limite da aceleraçãopermitido para a atividade decondução de ônibus, para uma jornada de 8horas,é de0,63m/s2 (so-

Médico de sindicato pede motor traseiro e frota nova

Para o vereador Gilberto Natalini (PSDB), médico do SindicatodosMotoristas de São Paulo, osproblemas auditivos são mais intensificadospor causa dascondições dos ônibus da cidade. "Eles têm mais de dez anos de uso e a maioria ainda tem motor colocadona partedianteira do veículo", explicou o vereador Natalini. Ele relembrou uma pesquisa realizada pelo sindicato, há 10anos, quejá identificava que osruídos aque ostrabalhadores de transporte público eramsubmetidos era30% maior do que eles poderiam suportar. "Cercade 20%dos motoristas têm problemas

relacionados àaudição, que vão desde aqueles que passam semser notados até a surdez total". De acordo com Natalini, a categoria tem cerca de 50 mil trabalhadores. O ideal, segundo o vereador e médico, seria diminuir osruídos dentrodosônibus, colocandomotor traseiro nosveículos erenovandoa frotacom novos carros. "Acompanhei casos de motoristas que abandonaram os ônibus por causa da irritação causada pelo barulho da campainha. Isso é muito sério, pois a profissão de motorista exige o máximo de atenção e envolve outras pessoas", encerrou Natalini. (KF)

matóriavetorial deaceleração),que correspondeàunidade de medida da vibração. Conforme o engenheiro Silva, todos os valores apurados pelapesquisa emseismodelos de ônibus utilizados pela empresa estudada (não identificadaapedidodo pesquisador) encontravam-se acima desse limite.

Durantea pesquisafoi constatado que umdos modelos de veículo da empresa, considerado mais instável, apresentou vibração iguala 1,07 m/s2. Isso quer dizer que ele poderiaser dirigido por apenas 3horas e50 minutos. Outroproblema équeatéo veículo menos prejudicial registrou um valor de aceleração igual a0,91 m/s2, tendo como tempo limite de 6 horas e 30 minutos diários.

Horário – Silva diz que outroagravente paradesenvolver doenças auditivas e de coluna é a carga horária. "A jornada diária de trabalho de um motoristaé, emmédia,de7 horas e 10 minutos, mas muitas vezes acabasendo ultrapassada pelosatrasos provocados pelo trânsitoou pelas horas extras. "As causas da vibração e dos ruídos, que provocam desvios na coluna e na audição estão relacionadas à faltade manutençãodasvias públicas e às características mecânicas dos veículos,sobretudo à suspensão."

A pesquisa,autorizada pelo Ministério Público, foi feita com141motoristas, acompanhados por Silva du-

Conexão mostra homenagem do Exército a Burti

O Conexão ACSP desta semana terá aparticipação do vereador Vicente Cândido (PT), que dará detalhes sobre o Fórumde Desenvolvimento de São Paulo. A homenagem do Comando Militar Sudesteao presidentedaFederação dasAssociaçõesComerciaisde SãoPauloeda Associação Comercial,Alencar Burti, também será destaque.Elerecebeu oGraude Cavaleiro daOrdem doMérito Militar.

Destaque ainda para o quadro Conexão com o Presidente, queterá aanálise deAlencar Burtisobre os principais fatos da semana. Além da opiniãodeMarcel Solimeo, diretor do Institutode Economia GastãoVidigal, sobre os impactos do possível aumento do IOF.

Oprograma vaiao ar,a partir das 11h,pela TVComunitária deSão Paulo, canal14 dasTVsacabo NETe TVA.Reprise àsquintas-feiras, às 22h30. (DC)

rante 92 viagens. Algumas informaçõesforamobtidas no Centrode Referênciaem Saúde do Trabalhador do Estado deSão Paulo,do Ministério Público do Estado, e da Promotoria de Justiça de Acidentes da Capital. "Durante essas viagens, muitos deles reclamavam que tinham dificuldade em perceber os sinaissonoros dotrânsito", disse Silva. Danos – O estudo também investigou a exposição combinada entreoruídoe avibração de corpo inteiro e os efeitos na audiçãodos trabalhadores. Foi verificadoque entreos queexerciam afunção há mais de cincoanos, 46% sofriam dePerda Audi-

Outro agravante para desenvolver doenças auditivas e de coluna é a carga horária excessiva

tiva InduzidaporRuído (Pair). Para saber se as perdas auditivaseramassociadas à vibração e ao ruído, Silva controlou, entre outras variáveis, o histórico de diabetes, doença associada à Pair. O limite de exposição permitido pelamaioria das normasé de 85 decibéis (dB), para 8horasde trabalho. O resultado foi s ur pr e en d en te : dos trabalhadores analisados, com idade de 44 anos ou mais, com histórico de diabetes e com nível de exposição ao ruído superior ou igual a 86,8 dB, foiencontrada uma probabilidade de86,2% para odesenvolvimento dedoenças auditivas. No mesmo grupo, sem histórico de diabetes,

esse númerofoi de 69,3%.

Segundo o pesquisador, não houveconfirmação de quea vibraçãoassociadaao barulho desencadeavadoençasauditivas. "Observamos ainda que a vibração é um fatorsignificativo eagressorà saúde do trabalhador, causando lombalgias e outros problemas de coluna", disse. O otorrinolaringologista Leandros ConstantinosSotiropoulos, do Hospital Cema, explica que éde extrema importância aperiodicidade da audiometriapara trabalhadores expostosa locaisbarulhentos."Oideal équeoexame seja feito pelo menos uma vezporano. Quando oproblemase tornasérioe écausado por trauma induzido por ruído, é irreversível".

Kelly Ferreira

Poder para guarda civil

também

é tema em fórum de

Falta pouco para as guardas civis municipais terem poder de polícia. Depois de ter sido aprovado, emsegundoturno,noSenado, oprojetoque dá igualdade de poder às guardas municipais seguirá para aCâmara dos Deputados.A votação, que ocorreu doisanos depois daaprovaçãoem primeiro turno, está sendo considerada por muitos como uma resposta à violência em todo o país. A categoria tem cerca de 44 mil trabalhadores. São Paulo, Rio de Janeiro, Maceió e Recife são algumasdas cidades com guardas municipais. Eles só podem atuar em locais públicos, como escolas e hospitais. Assim que o projeto entraremvigor, elesterão competêncialegalpara, por exemplo, prender suspeitos. Essaquestão desegurança pública tambémestásendo discutida no IIIEncontro do Fórum Nacional de SegurançaPública,realizado naAssembléiaLegislativade São

Paulo. Hoje,porexemplo,o advogado criminalistae membro do Conselho Consultivo da Associação Comercial, LuizFlávio Borges D’Urso, irá debater temas comoa legislaçãocriminal,as deficiências do processo criminal e osproblemas do sistema prisional brasileiro. Naopinião deD’Urso, a única saída para a redução da criminalidade é aunião da sociedade civil com o Estado.

"É preciso a articulação de todasas entidadesepopulação para fornecer informações e dados detalhados sobrea ocorrência de crimes", diz.

segurança

"Só a partir disso é que teremos uma chancepara venceressabatalha", complementa D’Urso, que também é presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas,membro da OAB-SPe doConselhoNacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. O Fórum seráencerrado hoje.Todasas sugestõesserão estudadas por representantes do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado e apresentadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, e ao Ministroda Justiça, Miguel Reale Júnior. Uma das sugestõesdopresidente do sindicato, JoãoBatista Rebouças da Silva, e a de unificação das polícias. ( KF/DC)

Hoje Voluntariado – O vicepresidente da Associação, Rogério PintoCoelho Amato, participa dacerimônia deentrega da outorgado título Doutor Honoris Causa,pela Universidade Vasile Goldis da Romênia, a Milú Villela pelo seu trabalho devoluntariado. Às 19h, no auditório do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Ibirapuera.

Motoristas deveriam fazer audiometria uma vez ao ano, já que os problemas causados por ruído são irreversíveis agenda
Associação Comercial de São Paulo

Projeto na Assembléia

pede caixas eletrônicos nas delegacias de polícia

Caixas eletrônicosde bancospoderão sertransferidos para delegacias de polícia, batalhões e companhias da PolíciaMilitarno estadodeSão Paulo se for aprovado um projeto que está em discussão na Assembléia Legislativa.

O autor, deputado Wilson Morais (PSDB), mais conhecido como Cabo Wilson, justifica aapresentação doprojeto devidoao aumentovertiginoso de seqüestros-relâmpago,esses em queo assaltantesurpreendea vítima em seu carro no trânsito e a obriga a informar a senha do seu cartão do banco e sacar dinheirodos caixaseletrônicos, normalmente à noite.

Seqüestros– O deputado informa queforamregistrados, em 2001, 307 seqüestros, ondeestão incluídososseqüestros-relâmpago, pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o que representou um aumento de 387%em relação a2000.Só em janeiro deste ano, foram computados 47seqüestros. "Colocaros caixasmaisvisados dentro de delegacias e quartéis inibirá a ação dos assaltantes."

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública, esse projeto não é inédito e na ocasiãoda sua discussão, há menos de cinco anos, a Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) não concordou com a proposta.Procurada pelareportagem,a Federaçãonãoquis se manifestar.

Ineficácia – O delegadoda seccionalde Diadema,ReinaldoCorrêa, apesar de apoiar a medida, não acredita

na sua eficácia. Ele acha que a proposta poderá conflitar com regulamentosdaspolícias. "Os caixas eletrônicos sãopropriedades particulares e não podemfazer uso de bens públicos,queé o caso dasinstalações dasdelegacias. Teriaque teressa autorização primeiro."Eletambém dizque muitasdelegacias, como aprópria onde trabalha, dispõemdepouco espaço. "Certamente iria nos causar transtorno. Mal temos espaço para desenvolver nossas atividades,quanto mais ceder para um caixa."

O relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia, deputado Vanderlei Siraque (PT), critica duramente a proposta. "Delegacia não é garantia de segurança. Tem até caso de resgate de presos."

Limitação – Siraque questionaa limitaçãodoslugares onde os caixas poderão ser transferidos, vinculando a instalação de um caixa com a localização de uma delegacia. "Os caixas foram criados para facilitar a vida dos clientes em locais onde não há bancos. Não dáparainstalarcaixas seguindo a localização de uma delegacia." Ele acredita que deveria haverum maior policiamento nos locais mais vulneráveis.

Opesquisador daáreade segurança pública do Instituto Fernand Braudel deEconomia Mundial, José Peres Netto, é pessimistaquanto à proposta."As pessoastêm aversão de entrar numa delegacia. Elas não vão nem para fazer queixas", diz.

Catarina Anderáos

Reunião na segunda-feira exige redução de impostos

O aumento de impostos somente podeser contido através da pressão da sociedadepela reformatributária. Sem isso,o governovai continuar aaumentar tributos, inviabilizandoo desenvolvimento econômico.

É para reverter este quadro queempresários, trabalhadores e representantes da sociedade civillançam, napróxima segunda feira, em São Paulo, o movimento intitulado Ação Nacional pela Justiça Tributária (Anjut).

Consumo – "A redução da carga tributária é fundamental para a sociedade, pois contribuipara oaumentodo consumo e, consequentemente, para a retomada do crescimento econônico. Infelizmente, hoje,ocorrejustamente o contrário. Aumentos de tributos são repassadosao preçodosprodutos ouserviçosou,então, aempresa mergulha na informalidade para sobreviver".

A colocação édo coodenador do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), Percival Maricato. Além doPNBE,mais de60entidades já aderiram ao movimento, como a Associação Comercial de São Paulo, o Secovi e aFederação de Serviços do Estado de São Paulo.

Ao explicar que o movimento nasceu devido à insatisfação de um grupo de entidades, o presidente da Federação das Empresasde Serviços do Estado de São Paulo, Luigi Nese,diz que oseu objetivo principalé o de convencer governantes e legisladores de que a sociedade pre-

cisa ser ouvida antes dese criar ouaumentar impostos. "A pressão da sociedade é imprescindível para mudar essa situação e também para reduzir a elevada carga tributária", acrescenta Luigi Nese, um dos coordenadores. Ele prevê a adesão de mais 50 entidades durante o lançamento oficial da campanha.

Fases– Numa primeira fase, a campanha tem como objetivo sensibilizar o maior número de entidades da sociedade civil paraa importância de se engajarem na luta contra o aumento de impostos, tributos e taxas.

Depois,os integrantes do movimentopretendem elaborar propostas para reverter a escalada da carga tributária, queserão levadas aos candidatos à presidênciada República.

Ato – Durante o lançamento da campanha, que será realizadaàs9horas, noHotel Crowne Plaza,o presidente da Trevisan Auditores e Consultores, Antoninho Trevisan vai analisar a situação tributáriado país,com baseem perspectivasalarmantes, comoa deque acarga fiscaljá está próxima a 35% do PIB. Também será lançada a Carta de Princípios, que traz dados sobre a atual situação tributária e os princípios gerais para umacarga querespeite acapacidade decontributivada sociedade.

Segundoo documento,a carga fiscal passou de 22% para 34%nos últimosdez anos e, a julgar pelas recentes alegações do governosobre a necessidade de compensar perdasna arrecadação,atrajetória tende a aumentar.

Princípios da justiça tributária

•Sistematributário justoé aqueleem que todospagam impostos.

• Os governos devem adequar acarga tributáriaà capacidade contributiva da sociedade.

•A carga tributárianão pode criar distorções entre os setores econômicos e sociais

•O modelo tributário deve sersimplificado parareduzir

Reforma – "Por causa da pressão dasociedade, opróximo presidente, seja ele quemfor,vai fazerareforma tributária nos primeiros seis meses de mandato", prevê o deputado federal Marcos Cintra (PFL-SP).

Ootimismo doparlamentar estárelacionado aoparecer favorável, nesta semana, da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, da Câmados Deputadosà PEC 407. A proposta, de sua auto-

os custosdas empresase facilitar a fiscalização pelo governo.

• Areceita tributária deve ser aplicadacom competência e transparência

•Acriação ou aumentode tributos deve ser amplamente discutida pela sociedade.

•É preciso melhorara gestãodos recursospúblicos, através da redução de custos.

ria, cria oimposto único federal.

O parlamentar adiantou queo presidentedaCâmara, Aécio Neves, vai anunciar em breve a criação de comissão especial, composta por 33 deputados, que vão analisar o méritodaproposta. "Éimportanteporque asociedade acompanha com preocupação o atraso da reforma tributária".

Sílvia Pimentel

Sebrae fará rodada de negócios na Web

Os micro e pequenos empreendedores vão poder vender produtos pela Internet, mesmo sem ter computador na empresa O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas) Nacional vai lançar na próxima semana o programa Rodada Virtual de Negócios.A ferramenta vai permitir aos micro e pequenosempreendedores v ender para as grandes empresas usando a Internet.

Segundo José Octávio Knaack Júnior, técnico do projeto do Sebrae, aRodada Virtual leva para a Web o sistema de rodadas de negócios feito cara-a-cara que o Sebrae já faz com os empresários.

Uma dasvantagens daRodada Virtual é o contato entre empresas de todo o País. "Em geral, osmicro epequenos empresários de regiõesdistantes, como o Acre, não têm condições de mandar um vendedorpara mostraros produtos da empresaem São Paulo. Os custos dessa operação sãoaltos para esses empreendedores", diz Júnior. As empresasde pequeno porte internacionais e os profissionais liberais também poderão apresentar seus produtos e serviços para as Roda-

das Virtuais de Negócios. Para participar das rodadas virtuais, é preciso se inscrever noSebrae. Ainstituiçãocheca a identificação das empresas interessadas em vender. "Esse p r o c e di m e n t o assegura a credibilidade ea privacidade do negócio", diz Júnior. Se estivertudo certo, o empresário cadastrauma senha para as transações.

O programa

Rodada Virtual de Negócios deve começar a funcionar na próxima semana

O sistema vai funcionar co-

Motos são usadas para anúncios

São Paulo tem 120 mil mo-

toboys. Todos eles podem virar garotos-propaganda. A empresa paulista Moto Mídia está usando as motos para fazer campanha publicitária. Osdonosda companhia desenvolveram uma capota, a moto cover, para ser acoplada àsmotocicletas de125 cilindradas. O equipamento, em formatodearco, tem 50 centímetros de largura e vai do guidon ao banco traseiro. Os anúncios podem ser colocados tanto na parte traseiraquanto na dianteira. Eles podem terum metropor 50

cm, se colocados na parte de trás e 20 por 50 cm na frente. Em SãoPaulo,oscustos mensaisvariam deR$300a R$ 350 reais por anúncio. Açúcar União e a cerveja Brahmajá estãotestandoa nova mídiana Capital.Hoje, 200 motoboys estão circulandocoma motocover na cidade. Eles rodam em média 300quilômetros pordia. "Não há mídia que tenha esse alcance", afirma Maurício Cirillo, diretor comercial da MotoMídia.Até ofinaldo ano, Cirilloestima que1.500 motoqueiros andememSão

Paulo usando a moto cover. A Moto Mídia também disponibilizou oprodutopara Curitiba, no Paraná, e Florianópolis, em Santa Catarina. Segundo Cirillo, o projeto foi baseado no design da motocicleta C1, da BMW. Proteção – O equipamento da MotoMídia éfeito depolicarbonato, o mesmo materialda janelados aviões, e tambémserve paraproteger os motoboys da chuva e do vento. Amotocovertema aprovaçãodo Denatran(Departamento Nacional de Trânsito). (CM)

mo nas rodadas onde há presençafísica dosnegociadores. Primeiro, os agentes do Sebrae fazemaspesquisas com os departamentos de compras das grandes empresas. Depois de identificar osprodutos deinteresse dessas companhias, os profissionais entramemcontatocom o empreendedor, por e-mail ou telefone,para informá-lo danegociação.É marcada

uma data para a apresentação das mercadorias do vendedor ao comprador. Transações híbridas também poderãoser feitas."Numa mesma rodada, pode ter, um empresário negociando pela Internet junto com dois outros que estão sentados cara-a-cara", afirma Júnior.

Nosite do Sebrae vai dar para saber quem quer comprareo quecadaempresário produz. Os dados dos encontros programadostambém estarão disponíveis.

Na Rodada Virtual, o em-

preendedor vai poder discutiros preços da mercadoria, as condições de pagamento, o prazo da entrega e outros detalhes da negociação. Para disponibilizar esseserviço, o Sebrae cobrauma taxa que varia de um cidade para a outra. O valor nãoé sobre o volume negociado. Os microepequenos empreendedores que não tiverem Internetna empresapodem fazer aoperação nos escritórios do Sebrae.

Indústrias de informática criam serviços

Fabricantes de computadores estão adotando estratégias específicas para conquistar micro e pequenos empresários. Algumascompanhias estão apostandoem serviços que ensinam como montar uma rede e aumentar a memória doscomputadores. Outras criaram equipamentos específicos para esses consumidores.

Paraconquistar osempresáriosde pequeno porte, a multinacional Dell estão oferecendo um serviço de orien-

para atrair pequenos

tação aosclientes.Quem quer montar uma rede na empresa,por exemplo, liga paraa CentraldeAtendimento da Dell erelata o problema.A empresadiz que apresenta asolução. "É uma forma de estreitaras relações com esses clientes não permitindo que eles sejam enganadosporprofissionais ruins", afirmaa gerente demarketingde serviços daempresa, Siane Pasetto.

Para os empresáriosde pequeno porte que querem aumentar a memória do equipamento, aDell criouo costumer kit. O preço varia entre R$ 300,00 e R$ 600,00 dependendo do tipo de equipamento e do processador.

Segundo Siane,a empresa está conseguindo ganhar clientes e enfrentar a concorrência das pequenas montadoras oferecendoesses serviços aos micro e pequenos empresários.

Compaq – A Compaq do Brasil criou uma linha de produtos específica para os os pequenos empresários. O objetivo são as empresas com menos de mil funcionários.

A empresa está comercializando uma linha específica

para esses empresários. Os dois modelos de desktops são o Evo D300 e o D500, que têm soluções de segurança específicos. Esses equipamentos são utilizados por grandes indústriasparaa proteçãode dados internos ea segurança das informações armazenadas. Os preços são R$ 2.419 e R$ 3.310, respectivamente No segmento de notebooks corporativos,a Compaqlançoutrês novos modelos. Os computadoresEvo N600c, N400c, N200 e N160 têm ferramentasavançadas deacessoà Webe aplicaçõesmultimídia. Eles custamR$ 5.599, R$ 6.649 e R$ 7.499, respectivamente.

Nasemana passada,aempresatambém colocou no mercado norte-americano o PC300v. O equipamento tem 20 gigabites e 128mega bites de memória.

Paula Cunha

ser viço

Compaq do Brasil – tel. (11)

5502-4555 (São Paulo) e 0800-153015 (outros estados) Dell – tel. 0800-7014185 e 0800-903355

cursos e seminários

Hoje

Preparando a suaempresa para o futuro– O curso édirecionado a micro e pequenos empresários que estão de olho no futuro do negócio. Duração: três horas, das 9h30 às 11h30. A palestra acontece hoje. Local: Sebrae São Paulo, rua Adolfo Pinheiro,712, Santo Amaro. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800780202.

Como se tornar um líder eficaz – O curso é direcionado a micro e pequenos empreendedores que pretendem melhorar como líder. Duração: 20 horas, das 18h30 às 22h30. O curso começa na próxima segunda-feira (6).Local: SebraeSão Paulo,rua AdolfoPinheiro, 712,Santo Amaro. Preço: R$ 100 (pessoa física, micro e pequeno empreendedor) e R$ 180 (média e grande empresa). As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800-780202.

Pagamentodedébitostributáriose dívidascomobrigaçõesdaEletrobrás– Oseminário vaimostraraos empreendedorescomo épossível pagar débitos tributários oferecendo os títulos emitidos em decorrência do pagamento da cobrança do extinto: empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, as denominadas Obrigações da Eletrobrás. Duração: 16horas, das8h40 às18h30. O cursoacontece nosdias 7e 8de maio. Local:MissionDesenvolvimentoProfissional, noAuditórioPontesdeMiranda, na Alameda Santos, 2.400, Cerqueira César. Preço: R$ 1.950,00. As inscriçõespodemser feitasapartirdehojepelos telefones0800-143040e 0800-143041 ou pelo e-mail telemarketing@mission.com.br.

Administração competitiva – O curso é direcionado aos micro e pequenos empreendedores que querem mudar a forma de administrar a empresa. Duração: duas horas, das 9h00 às 11h00. A palestra acontece no dia 7 de maio. Local: Sebrae SãoPaulo, rua Vergueiro, 1.117, Liberdade.As inscrições são gratuitas e devem ser feitas a partir de hoje pelo

Cláudia Marques
Dia 6
Dia 7

Estrangeiro na bolsa: mais especulação

Crescimento do saldo do capital externo na Bovespa em abril tem a ver com proximidade de ofertas públicas, como Sabesp

O saldode investimentos estrangeiros na Bolsade Valores de São Paulo, Bovespa, tem melhorado nas últimas semanas. Mas de acordo com analistas isto pouco tem a ver como cenário econômico neste momento. O aumento das aplicações é fruto principalmentede especulaçãodos estrangeiros com papéis que sãoalvo deoferta públicade venda de ações, como Sabesp e Banco do Brasil.

De acordo com os analistas o movimento ésemelhante ao observado nos períodos que antecederam as ofertas de vendadeações daPetrobrás, em2000,eda Companhia Valedo Rio Doce,no início deste ano.

Ambiente – Segundo Luiz

A ntônioVaz das Neves,da Planner CorretoradeValores, a melhora do balanço divulgado pela bolsa não significa que os investidores de fora do País considerem o ambiente favorável para aplicar em ações no Brasil.

"Oaumento daentradade recursos de investidores de fora do País não tem a ver com a tendência do mercado.

Tanto quea Bovespa continua com volume financeiro considerado fraco", diz Vaz das Neves. Paraele,o saldo positivo maior está mesmo relacionado às recentes operações de oferta de ações.

Especular – "Muitos estrangeirosaproveitaram o momentopara aumentar seus investimentos em papéis específicos na bolsa paulista", acrescenta. Segundo o analista, os investidores compram evendem maisestas ações para especularcom opreço antes das ofertas.

sões deinflaçãomaisalta", afirma Bonsaver.

Ele também considera que os investidoresinternacionaispodem teraumentadoo volumedeaplicações em ações de empresas que estão adotandoregrasdaboa governança corporativa.

O aumento da entrada de recursos de fora do País não tem a ver com a tendência do mercado

Túlio Bonsaver, dacorretora CoinValores,dizque aparentemente nãohá sinais de retornovigorosodos estrangeiros aomercadode ações brasileiro. Segundo ele, o cenário atual não anima os estrangeiros.

Juro afeta – "Os próprios investidores brasileiros estão cautelosos como cenário atual, que é afetado ainda pela menor possibilidade de cortedejuros comasprevi-

DopróprioBrasil – O gerente de renda variável de um banco estrangeiro destacaque às vezes os valores computados pela bolsa como investimentos estrangeiros são, na verdade,aplicações de instituiçõesfinanceiras e empresas brasileiras quetêm escritórios de representaçãoem outros países.

Quando compram ou vendemaçõesemnomedas filiaisno Exterior,podemacabar entrando nobalanço como estrangeiros.

Eleição – "A verdade é que o mercadoainda está muito cautelosoe preocupadocom o crescimento da oposição na corrida presidencial. E essa preocupação é ainda maior

nos investidores estrangeiros, que não conseguem acompanhar tão de perto a situação", afirma. Na última semana a Bovespa divulgou que o saldo de investimentosvindos defora do País, nos 20 primeiros pregões de abril, ficou positivo em R$ 287,6 milhões.A entrada de recursos foi superior à registrada em igual período domêspassado, deapenas R$ 38,1milhões. Ou seja, os estrangeirostêm comprado mais e vendido menos ações na bolsa paulista.

Pregão – A bolsa encerrou a sexta-feira com desvalorização de1,48%, fechando a semana com perdasacumuladasde2,9%.O Ibovespa inicia a segunda-feira com pontuaçãomuito próxima dos 13 mil pontos (13.075).

As quedasdos índices da Bolsa deNova York ea cautelados investidorescoma crisenaArgentina impediram que a Bovespa retomasse a tendência de alta. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 1,23% e o Nasdaq registrourecuode2,91% eo volume financeiro somou

R$ 588 milhões. A Bovespa acumulaquedade 1,3% no mês e de 3,6% desde janeiro. Embratel – Depois de terem ensaiadouma recuperação, as ações da Embratel voltaram a cair. As ações preferenciais da companhia tiveram uma baixa de 2,43%. Os papéis da Inepar tiverammaisum diaruim. As ações PN despencaram 12,1%, por causada desconfiança domercado em relação ao futuro da Inepar. Tambémfiguraram entre as maiores baixas ações da Tele Celular Sul ON(-6,8%), Tele Celular Sul PN (-5,4%) e Telemig Par PN (-5,2%). A maior alta do índice foi Light ON (5,1%).

Rejane Aguiar

Dólar mantém tendência de alta

Aosabor de pequenasremessas, o dólarreverteu a queda apresentada na abertura eterminou asexta-feira em alta. Amoeda americana indicou avanço de 0,47%, paraR$ 2,372navenda, seunívelmaiselevadodesde7 de março, quandofoicotadoa R$ 2,375. "Não houve muita liquidez", relatou o diretor de câmbio da corretora Souza Barros, Carlos Abdalla. Omercado ficouatentoa declarações dopresidente do BC. Armínio Fraga disse que existe risco de contágioda crise argentinana economia brasileira, apesar de isto estar sob controle.

Moda nacional passa da cópia à criação

Moda deixou de ser assunto de Milão e Paris. No Brasil, há faculdades que formam 300 profissionais por ano. O sucesso de estilistas como Alexandre Herchcovitch impulsiona os talentos brasileiros, que vêm se multiplicando no mercado.

Há pouco mais de uma década, modaeraumtemano mínimo longedocotidiano dos brasileiros. Os desfiles internacionaiseramo centro das atenções,masninguém estava preocupado em entenderde fatoosignificado daquilo tudo. Pois bem, os anos 90e oadventodaglobalização fizeram com que esse quadro mudasse.

OBrasil podeserconsideradoumdosprincipais centros damoda nomundo? Não,mas jámerece ostatus de país emergente no setor, o que não é pouco. Hoje, os profissionais dispostos a in-

Isabela Barros

vestir em moda têm acesso à formação superior em faculdades em todo o País. O mercado de trabalho é o mais abrangente possível e vai desde acriaçãoaté odesenvolvimento demarketing de moda nas grandes redes de varejo. Da ascensão de Gisele Bündchen na cena internacionalà criatividadedosnovos talentos brasileiros, a hora édeaproveitar ocrescimento da moda nacional. Setor –Segundo informaçõesda AssociaçãoBrasileira daIndústriaTêxtil edeConfecção (Abit), osetor emprega 1,45 milhão de pessoas em

Santa Marcelina criou o primeiro curso do País

No início da década de 60, a irmã Eugenie Villene decidiu incorporar uma cadeira de desenho de moda no Curso de Artes Plásticas da FaculdadeSanta Marcelina (Fasm). Foi o primeiro passo para a criação do primeiro curso superiordeModa não apenas do Brasil, mas de toda a América Latina.

Oficialmente,o cursopassouaser oferecidoem1989. O foco do ensino da Fasm está na criação demoda e a faculdadeéconhecida porter formado nomes docircuito mundial como Alexandre Herchcovitch e Icarius, além de outros talentos. Entre as cadeiras do curso de Moda da SantaMarcelina, estãodisciplinas comooficinas decriação, estilismo, administração e marketing e planejamento estratégico. "Estamos ampliando a cargahoráriade matérias comotecnologia têxtil nos próximos semestres",diz acoordenadora do curso, Raquel Valente. Todos osanos, 110alunos ingressamno cursodaFasm. Osjovens quedecidemestudar Modapodem optar por áreas de trabalho bem diferentes entre si.Além da cria-

toda a cadeia: da tecelagem ao varejo. Em2001,aindústria têxtil faturou US$22 bilhões noBrasil. AAbit estimaque, até 2008,serão investidos US$ 12 bilhões emtoda a cadeia produtiva.

"Apreocupação coma identidade nacional,trazida com aglobalizaçãoveiono momento em que surgiam as primeiras faculdadesde moda em SãoPaulo. A indústria têxtil se desenvolveu muito na última década e o destaque dasmodelosbrasileiras no Exterior foram o impulso que faltava, junto com jovens estilistas comoAlexandre Herchcovitch ou Fause Haten", explica a diretora adjunta da Faculdadede Moda do Senac em São Paulo, Vera Pavão.

São Paulo – No País, a capital paulista é o principal pólo criadorde moda,concentrando as faculdades e estilistasmais conhecidos.Forade São Paulo, osestados de Minas Gerais eCeará são outras referênciasfortes. EmFortaleza, por exemplo, funciona a única faculdade pública de moda doBrasil, naUniversidadeFederaldo Ceará."O

grupo mineiro émuito forte, ganhando espaço sobretudo depois de Reinaldo Lourenço. No Ceará, Lino Villaventura é outro nome importante para amoda nacional", diz o consultor de moda Ricardo Nejme.

Aascensão dasmodelos brasileiras teve início com Shirley Mallman eGianne Albertoni. Hoje, além de Gisele Bündchen,profissionais como Fernanda Tavares e Mariana Weickert também são conhecidas como profissionais brasileiras na cena in-

ternacional. No quesito criação, Ocimar Versolatoe o próprio AlexandreHerchcovitch foram os pioneiros da nova geração de estilistas. "A grande viradafoi passar da cópia dos modelosinterna-

cionais àcriaçãocom acara do Brasil, fugindo de estereótipos como o colorido e os balangandãs", explica a coordenadorado cursode Modada Faculdade Santa Marcelina, Raquel Valente.

Senac tem parceria com franceses

ção/estilismo de roupas, é possível desenvolvercoleçõesde jóiase outrosacessórios, como bolsas, cintos e sapatos. Sem falar nos figurinos para peças, filmes ou programas de TV. No item produção, existem opções comoa organização de desfiles e eventos de moda. O varejoé outrogrande pólo de atração de profissionais da área, seja para atuação em consultoria,marketing ou comunicaçãodemoda. Na média, os jovensrecém-formadosrecebem salários entreR$ 1,5mileR$2 mil no primeiro anopós-faculdade. Depois de dois ou três anos de mercado, a cifra fica entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. A nh e m bi - O cursoda Anhembi Morumbi échamadodeNegóciose Design da Moda.Além dacriação, o foco está nas disciplinas específicas de acordo com as escolhas dos alunos."Trata-se de ummercadocrescente eos alunos precisamestar preparados para trabalhar com o varejo, por exemplo", explica a coordenadora do curso de Moda da faculdade Rita Andrade. Todososanos,300 alunos ingressam no curso.

Todos os anos, o Senac formaseismilalunosem seus cursosde Moda,incluindoa formação superior e técnica. O curso superior é oferecido em convênio com a École Supérieure des Arts et Téchniques de la Mode ou Escola Superior de Moda, localizada em Paris, na França. Antes da oferta do curso superior,a instituiçãopossuía um CursoLivre de Moda, com três anos de duração. "Fizemosuma pesquisacom a nossa última turma do cursolivre edescobrimosque, um ano depois da formatura, 80% dos estilistas e 100% dos modelistas já haviam sido contratados",explica adiretora adjunta da Faculdade de Moda do Senac, Vera Pavão. Segundo Vera,a demanda domercadoégrande por profissionais de Moda comcursos de formação superior. "Os modelistas, por exemplo, são muito solicitados. As empresasjá descobriram que a simplescópiadas modelagens internacionais não fun-

ciona mais. Até porque o corpodos brasileirosédiferente do padrãoeuropeu eamericano", diz.

F ac ul da d e – AFaculdade de Moda da Instituição oferece 130vagas por anoparao curso.Abibliotecada faculdadecontacom umacervo total de2,9miltítulos sobre

Zuzu levou

O estilistaDener foio primeiro profissional de moda do Brasil a criar o conceito de produçãonacional emdetrimento dacópia dosmodelos desenvolvidos na Europa.

No ateliê aberto em São Paulono finaldadécadade 50, a ordem era vestir as clientes socialites tendo como inspiraçãoostons eformasbrasileiras.

Dener foipioneiro ainda no uso do marketing como estratégiaparaalavancar a

moda, além de 700 fitas de vídeo contendo desfiles das últimastemporadas e filmes ganhadores doOscar demelhorfigurino, como Golpe de Mestre e Sansão e Dalila, entre outros. Nolocal, foiinstaladoainda um museude moda, chamado de Modateca, onde fi-

cam expostos objetos de todas as épocas, como tecidos, roupas e também chapéus. "Operfildos alunoséomais variado possível e vai desde os jovens entre18 e20 anosaté profissionais com anosde atuação no mercado à procura de uma qualificação maior", diz Vera.

o Brasil para as coleções

venda das suas criações. Tanto que, em 1968,foi criada a DenerDifusãoIndustrial de Moda, tida como a primeira grife de vestuário nacional formalmente constituída.

O estilista brasileiro começou a fazercarreira desenhando seus modelosna Casa Canadá, quando ainda tinha 13 anos.

Zuzu – Osegundo nomea levantar a bandeirada moda nacionalfoi aestilista Zuzu Angel. Mais ousada que De-

ner, Zuzu chegou a aplicar motivoscomo flores,pássaros e borboletas em suas criações.Asrendas epedraspreciosasencontradas noBrasil tambémfaziam partedas roupas das suas coleções. A proposta era desenvolver uma modaadaptávelaopadrão das mulheres comuns, respeitandoas formasdo corpo brasileiro.

O trabalho da estilista Zuzu Angel teve repercussão internacional sobretudo após a

morte de seu filho Stuart Angel,durante ogovernomilitar. A busca pelocorpo do filho desaparecido levou ao desenvolvimento deuma coleçãocom motivos de anjos machucados, tanquesde guerra emanchas vermelhas. AprópriaZuzu morreu durante um acidente de carro sobsuspeita demotivação política, no ano de 1976. Dessamesmageração fazparteo estilista Clodovil.

Os alunos do Senac saem da faculdade para disputar o mercado de trabalho que vem ganhando glamour no Brasil
O curso de Moda coordenado por Rita, no Anhembi, também foca negócios
Vera, diretora adjunta da Faculdade de Moda do Senac, diz que o mercado pede profissionais com formação superior
Paulo Pampolin/Digna
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Paulo Pampolin/Digna Imagem
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Beleza feminina inspira Icarius a criar

O estilista brasileiro desfila suas coleções na Europa e tem peças com a própria marca na Bélgica

Aprimeira opçãoprofissional de Icarius foi estudar Medicina. O problema ou a soluçãofoi queaaprovação no curso da Universidade Federal do Paraná veio junto com o sinal verde do curso de Moda da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Foi quando ele decidiu que queria serera estilista."Sempre tive uma vivência de moda muito forte em casa. A minha mãe foi Miss Santa Catarinae houvetodo umenvolvimento com esseambiente de glamour e sofisticação", conta.

Um ano e meio depois de se formar naSantaMarcelina, em 1997, o estilista foi convidado para trabalharna França.Hoje, aos27 anos,Icarius desfila suas coleções na Europa eproduz as peças coma sua própria marca numa empresa na Bélgica. No Brasil, é consultor darede delojas de roupas TNG.

No próximo mês de setembro, o estilista será o primeiro brasileiro a desfilar em Milão. A presença no circuito da moda italiana foi obtida através de concurso desenvolvido pela revista Vogue da Itália em parceria com a fabricante deviscose Enka.Icariusfoi selecionadopara o evento junto comquatro outrosestilistas de todo o mundo.

"Tereitodo osuportepara desenvolver tecidosexclusivos para a coleção", conta.

A criação de novas modali-

dades de tecidos, aliás, faz parte da auto confessável obsessão estética do estilista. Entre as inovações já desenvolvidas, está um tecido com maquiagem ou pó de arroz aplicado. O resultado é uma textura similar ao couro, que não desgruda com a lavagem do material.

Criação – No item criação, ofio condutorsão asformas femininas, a leveza,o belo. A musainspiradoraé umasó. "Aminhamãeestá presente em todosos trabalhos.Desenho imaginando que todas as

mulheressão tão lindas quanto ela", diz.

O padrão brasileiro na criaçãodaspeças éestrategicamente desenvolvidopara supreender os pilaresda moda européia. "Ninguém aposta nas criações de inverno brasileiras. Na minha última coleção apresenteimacacõesde tricô pintados de modo a dar a impressão de corpo nu. O jogo de luz e sombra cria um efeito desensualidade numa peça feita para aquecer", diz.

Isabela Barros

Uma estilista para vestir os pés

A assistente de estilo da loja Saad éuma estilistade sapatos. Mostradaabrangência da formação em moda, o trabalho de Vanessa Checoli, 22 anos, é desenvolver idéias para vestir ospés. "Sempre gostei mais dos sapatos. É um detalhe que muda completamente o visual,diz quem você é", explica. Oprimeiro convitedeemprego deVanessa veiocom a apresentação de seu trabalho de conclusão de curso de mo-

da naSanta Marcelina, em novembro do ano passado. O projeto apresentado foi uma coleção de sete pares de sapatosinspirada nosturbantes árabes. "Gosto dos temas étnicos, queria dar um enfoque bem cultural ao meu trabalho", diz a estilista.

Segundo Vanessa, o mercado émuitoreceptivopara quem temvontade detrabalharcriando sapatos."Tem espaço para todo mundo", afirma ela. (IB)

Dinheiro que vem dos uniformes

Aestilista MariaBeatriz Domingos, 25 anos, nunca quis trabalhar com criação de moda. Seu focosempre esteve na comercializaçãoda indústria dovestuário, oumelhor, na aberturadeumnegócio próprio. Hoje, Beatriz trabalha como sempre planejou, fornecendo uniformes para empresas."Tive umaorientação boa na faculdade sobre negócios, sobre como poderia atuarcom moda dessafor-

ma", diz. Beatriz seformou na Anhembi Morumbi, no final do ano de 2000. Nahoradeoferecer seus uniformesàs empresas,aestilista investe no diferencial daformação que teve nafaculdade."Planejotudo dentro dosconceitos demoda, capricho nos moldes. Não faço nada que esteja fora das tendências da estação. Desenvolvo peças resistentes e muito práticas, como pede a indústria de moda", diz. (IB)

A história da Mulher do Padre

O estilista Vinícius Campion começoua pensar na criação de sua própria marca quandoaindaestudava Moda na SantaMarcelina, há cinco anos. Hoje, aos 30, se prepara para abrir franquias da grife A Mulher do Padre em todo o Brasil.

"A maioriadasmarcas tinha nomes rápidos, sofisticados. Queriauma denominação mais específica, o compromisso com uma moda transgressora. A Mulher do Padrepartiudessa concepção", explica Vinícius.

A grifefoiconcebidapara atenderàsexpectativas de uma moda urbana, com a caradas metrópolescomo São Paulo. As peças da marca têm preços entre R$ 35 e R$ 200.

Na faculdade, os primeiros trabalhosforam acriaçãode camisetas epeças emmalha. Amarca de Viníciusé especializadaem modafeminina, mas ocrescimento do negócioenvolve acriação de outraslinhas além dasroupas.

"Estamos avaliando propostas denovos produtos,como uma linha de tênis de plástico

emparceriacom aGrendene", diz.

Também estão no páreo artigos como uma linha de cama, mesa e banho, entre outros produtos com a marca

A Mãe do Padre. AMulher doPadrepossui cinco lojaspróprias em São Paulo: trêsnaRuaAugusta, umano ShoppingMorumbi e aoutra no Shopping Villa Lobos.

Forado estado, a grife é vendida em 200 pontos-devenda multimarcas de todo o País."Já existeinteressepelas franquias no Rio de Janeiro,

Rio Grandedo Sule também na Bahia,além dointerior de São Paulo", diz Vinícius. Fora do Brasil, a grife é distribuída no Japão, tem representantes na Argentina e ainda será oferecidanaFrança, com distribuição em estabelecimentos comerciais multimarca.

A primeiraunidade da marca foi aberta na Galeria Ouro Fino, na ruaAugusta. "A galeria não tinha o reconhecimento quetemhoje, andava até muito apagada", explicao estilista Vinícius Campion. (IB)

Icarius usa padrão brasileiro para surpreender circuito europeu de moda
D ivulgação
Vanessa optou por criar calçados
Maria Beatriz produz uniforme
Vinícius prepara a abertura de franquias da sua própria grife de roupas
Clóvis

Panzarini aprimora o controle fiscal

Sílvia Pimentel

Com menos fiscais e mais tecnologia, a Secretaria da Fazenda paulista conseguiu aumentar a arrecadação de impostos. À frente do controle da arrecadação fiscal está o economista Clóvis Panzarini. Há 33 anos na mesma repartição, onde começou como estagiário, ele explica, na entrevista abaixo, os principais pontos e resultados do processo de modernização e aborda outras questões, como guerra fiscal e carga tributária.

Aumento da arrecadação

"Houveum aumentoreal da arrecadaçãobasicamente por causadamodernização da máquina fiscaldo Estado. Hojeanossa basededadosé muitomais confiável e adequada doque em1994. Apesarda diminuiçãononúmero de fiscais – hoje são 300 a menos do que em 1994 – e das reduções tributárias nos últimos doisgovernos, aarrecadação passoude R$21,7bilhões, em 1994, para R$ 26,5 bilhões, no ano passado. Descontada a inflação, houve um aumento realde 22%no período. Semconsiderar os efeitos da Lei Kandir, que isentou bens de capital e exportações,o aumentoseria de 28%."

Fiscalização setorial "A implantaçãodafiscalização setorial, em 1999, modificoua maneiradecontrolar a evasão fiscal.Em vez de dividir o Estado em regiões, o que contribuía para uma relação paroquialentre osfiscais e os estabelecimentos, o dividimosem setores deativ idade econômica.Ouseja, criamosgrupos defiscaisespecializados emdiversos setores. Hoje temos grupos controlandoo segmento de combustíveis, commodities, plásticos, embalagens, entre outros, que conhecem profundamente toda a cadeia produtiva."

Inteligência fiscal "Esse é outro conceito para combater asonegação. Contamos comum grupode fiscais queforam treinadosnos EstadosUnidos principalmentepara combateraschamadasfraudes estruturadas, ou seja, aquelas que vão além da não emissão de nota fiscal, e estão ligadas ao crime organizado. O grupo trabalha em conjunto como Ministério Público embuscadasraízes do crime de sonegação fiscal. Temos equipamentos, únicos noBrasil, queforam importados dos Estados Unidos, que permitem, por exemplo, entrar numcomputador, quebrar asenha em segundos, absorver todo o seu arquivo magnético, o que nos dá a garantia de que a justiçavaireconhecereste arquivo como prova inviolável. Os equipamentos são importantes porque, obviamente, o caixa dois do contribuinte fica registrado, geralmente, no computador do dono do estabelecimento"

Setores problemáticos "Háproblemassérios de sonegação no setor de álcool hidratado, em decorrência da complexidadeda cadeia de comercialização, pois envolve usina, distribuidora e posto. Outros setores problemáticossãoosdemetais nãoferrosos e embalagens.A sonegação também é grande no

comércio varejista,principalmente devido à pulverização. São cerca de400 mil varejista no Estado,que representamentre 7%e8% daarrecadação. É um setor composto por um grande número de contribuintes, geralmente pequenos e médios, que administram o próprio caixa, facilitandoa sonegação. Os pequenos empresários precisam ser fiscalizados através da tecnologia. Por esta razão, o cruzamento de dadosé maisintenso.Essaéa única forma de manterum melhor controle da sonegação.

Evasão de R$ 350 milhões "As farmácias individuais recolhem uma parcela pequena de impostos.No Estado de São Paulo, existem cercade 30milestabelecimentos,sendo quegrande parte está registrada como microempresa.Ésabido queaspequenasnão emitemnotafiscal, amenos queseja exigida pelo contribuinte.Essa parafernália tecnológicaestá permitindo o cruzamento de dadossobre comprasinformadas com os dados fornecidos pelos laboratórios.Nomês passado, por exemplo, em poucos dias, num cruzamento de dados por meio de computador, envolvendo um grupo de farmácias, descobrimos vendas não registradas decerca de R$350 mi-

lhões, oqueequivale auma perda aos cofres públicos da ordem de R$ 100 milhões. Está claro que por trás do ato de não registrara notade compras está apretensão de vender sem emitir nota fiscal."

Mudançasna legislação do ICMS

"Nos últimos anos,não houve mudanças significativas na legislação do ICMS que tenha restringido o direito das empresas em recuperar créditos do imposto. A única mudança na legislação diz respeito à Lei Kandir, que autorizava determinados créditosdo imposto,mas antesde entrar em vigor, foi revogada. Foi um retrocesso, masem conseqüênciadeumalei federal. No âmbito estadual, ao contrário, no âmbito estadual todas as mudanças têm sido feitas no sentido de agilizaroaproveitamento de créditos."

Guerra Fiscal "A guerra fiscal não cria empregos emnível nacional. Um emprego a mais num Estado queoferece incentivo é acompanhado poruma vaga a menos emoutro. A guerra fiscal simplesmente muda o endereço do desempregado, além de gerar ineficiências na economia. Uma indústria mal localizada em busca de mamatasfiscaisgera custos, que são pagospela própria sociedade. As empresas já estão enxergando osriscos que estão correndo. Se o próximo governo de um Estado que concede benefícios não honraresses incentivos,que são ilegais, pode inviabilizar a empresa. NoRiode Janeiro, por exemplo, a governadora já anunciouque vaireavaliar os benefíciosfiscais concedidos no passado.Se tais benefíciosforem realmenterevogados,pode haverquebrade muitasindústrias. Sãobenefícios inconstitucionais. A política adotada em São Pauloé adenão concederbenefícios ilegais." Queijo na cesta básica "Atualmente, três tipos de queijos estãoincluídosna cesta básica (minas frescal, tipo pratoe mussarela),portanto, com alíquota de 7% de ICMS. Uma das reivindicações da indústria de laticínios é acrescentar produtos mais sofisticados, oque é um absurdo. Não é coerente cobrar impostos deremédios e

acrescentar queijos de luxo nacesta básica. Os motivos pelos quais algumas empresas de laticínios encerraram suas atividades ou mudaram de estado não estão ligados à elevadacarga tributária.Não me consta queos ricos estão comendo menos queijo por causa do ICMS."

Carga tributária global "A carga tributáriano Brasil é escandalosa e injusta, principalmenteporque é composta deimpostos ruins, cumulativos, comoPIS, Cofins, CPMF, IOF. Existe carga tributária justaouinjusta. Podemos ter uma carga de 40%, masasociedadeouos agenteseconômicos sesentirem confortáveis.Sãovárias as formas de analisar a carga fiscal, como por exemplo pelo critério do benefício devolvidopelo governoàsociedadeem serviçospúblicos,em termos de qualidade e quantidade. Por este critério, a carga no Brasil é alta."

Cesta básica sortida

"Acesta básicadopaulista tem muito poucoICMS. É a mais sortidae completa do Brasil. Sem contar as isenções fiscais. Frutas, legumes e verduras,por exemplo,nãosão tributados. Ogovernojáincluiu mais de uma dezena de produtos nacestabásica, fazendo reduzir a carga tributária de 18% para 7%, portanto uma redução de 61% na carga fiscal de produtos pesados na formação dareceita,como óleos, açúcar, café, leite longa vida, macarrão e outros."

Autenticações frias

"Com a modernização, conseguimos aumentara arrecadação IPVA. De 1994 a 2001, o volume arrecadado passou de R$ 499 milhões para R$ 1,571bilhão, um crescimento de 215%.No passado, ocofres dogoverno perderam dinheiro devido à falta decontrole sobres os pagamentos do imposto. Muitos contribuintes até pagavam, mas o dinheiro não ia para os cofres. Issoporque nãoexistia cruzamento da base de dados daSecretaria daFazenda com a do Detran. Na prática, recolhia quem queria. Na guia antiga, o contribuinte podia, por exemplo, informar quepossuía um carro dez anos maisvelho para pagadiminuiro valordotributo.Muitasvezeso contribuinte pagavacorretamente

corretamente, mas oEstado não recebia.O dinheiroficava no meio do caminho. No iníciodo governoMárioCovas,foram encontradasmáquinasque faziamautenticações frias noBanespa, que ficava dentro do Detran. Se até noBanespa, asautenticações eramfrias,imaginao quese passava nos escritórios de despachantes. Hoje, a secretaria está on line com o órgão. Isso significa que se o dinheironão entraaqui, olicenciamento nãoé liberadono Detran."

Controle da corrupção "Tínhamos uma corregedoria no passado, a Corfisco, que foi criadapor decreto. Mas havia alguns questionamentosjurídicos sobreasua competênciade realizarsindicância. Nofinaldo ano passado,foi criadapormeio delei complementara Corcat, que possuiumaconsistência jurídica diferente. Todas as denúncias envolvendo fiscais são investigadas. Hoje, todos os processos que estavam represados na antiga corregedoria foram enviados para a Corcat,o que resultou na demissão de uma dezena de fiscais nos últimos meses.Mas nãoésócoma correçãoque se combatea corrupção. O modelo de trabalho em equipe implantado da fiscalização setorial é muito menos suscetível aos desvios éticos do que no passado. Hoje, todo mundo enxerga todo mundo e o controledo trabalho fiscalé muitomais adequado.A transparênciaé útilnãosomente para combater a sonegação, mas para controlar de forma maiseficiente osdesvios éticos de fiscais. Autuação eletrônica Uma dasnovidades que deverácoibiraindamais os desvios éticos é o auto de infração eletrônico, a ser implantado nos próximos dois meses.Hoje, umfiscallavra um auto de infração sozinho até o limite de R$ 800 mil. Acimadesse valorele deve submeterainfraçãoà comissão de controle de qualidade, quevai autorizar ou não. Com a novidade, os fiscais vão lavrar os autos de forma eletrônica, em tempo real, para que todos vejam, o quevai contribuir paraum controle mais adequado da produção fiscal."

Amanhã é o último dia para declarar IR

Receita Federal não irá prorrogar o prazo de entrega e aqueles que atrasarem arcarão com uma multa mínima de R$ 165,74

Termina amanhã oprazo paraoscontribuintes entregaremsuasdeclarações do Impostode Renda.AReceita Federal informaque nãohav eráprorrogação.O prazo para a entrega da declaração pela Internet e pelo Receitafone termina às 20 horas e não às24 horas como muitos podempensar.Quem atrasar, arcarácom uma multade 20%doIR apagar ou R$ 165,74, o que for maior. Horário – Os bancos autorizados a receber formulários são Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Ambos informam quenão háprevisão para estender o horário de atendimento na terça-feira,

exceto seis agências do Banco do Brasil do Espírito Santo, que funcionarão até as 18 horas, apedido das delegacias da Receita. Orestanteatenderádentrodohorário normal de expediente das agências.. Segundo os auditoresda Receita, os contribuintesnão precisam se preocupar comcongestionamento nas linhas do Receitafone ou no site. Omáximoquepode acontecer éo acessoà Internet ficarum poucomais lento. A Receita promete aumentar em 40% a capacidade

O contribuinte que optar pela Internet deve fazer a entrega de sua declaração até às 20h de amanhã

de recepção de declarações de seuscomputadores, queéde 150.000 documentos por hora, hoje e amanhã. Internet – A Receitaconstatouque praticamente95% das declarações estão sendo feitas pela Internet eque os contribuintes estão percebendo a praticidade oferecida por essa opção de declaração do IR.

A estimativa é que 14 milhõesdepessoas declarem o IR nesteano. Atéofinal da tarde desexta-feirapassada, 10,168 milhõesdedeclara-

ções haviam sidorecebidas pela Receita.

Medicamentos – O contribuinteque declarougastos com medicamentos, óculos ouaparelhos deaudiçãovai precisar retificar asua declaração do Imposto de Renda já que aReceita conseguiuderrubar,naJustiça, uma liminar quegarantia essasdeduções. Segundo o supervisor da ReceitaFederal, André LuizViol,as pessoasquese utilizaram dessa liminar e que, em função disso, tiveram uma diminuição do imposto, precisam retificar a declaração, de preferência até amanhã,para evitar multas sobre a diferença do imposto a pagar.

Na avaliação do supervisor da Receita aliminar deve ter atingido muitas pessoas.Ele não acredita, no entanto, que aretificação dasdeclarações porparte dessescontribuintes possacongestionar ainda a transmissãoda declaração via Internet.

André Luiz Viol não acredita que o índicede retificação vá ser maiorque do ano passado, 3,3%.Até ofinal da semana, oíndicenãohavia atingido 3%.

Catarina Anderáos/AE

Receita oferece seis opções de declaração ao contribuinte

• Internet – O programa está disponível para cópia no sitedaReceita Federal ( ww w .r e ce i ta f ed eral.gov.br),para onde a declaração pode ser enviada.

Disquete – As declarações emdisquete poderãoserentregues nas agências do BancodoBrasil e da Caixa Econômica Federal. Os disquetes são distribuídos pelas próprias instituições.

•Telefone – O contribuinte pode fazer sua declaração discando para o número 0300-720300.O Receitafone sópodeser utilizado pelos contribuintes com patrimônio de até R$ 20 mil. Cada minuto da ligação custa R$ 0,27, deaparelhofixo, ou R$ 0,50 de aparelhos celulares.

•Declaração Simplificada On-line – Está disponívelno site da Receita e viabiliza o envio da declaração pela Internet sem a necessidade de baixar o programa no computador. A opção pode ser usada

para os contribuintescom patrimônioinferiora R$20 mil.

•Formulários – Estão disponíveis nas unidades da Receita Federal. Esteano, a entrega somente poderá ser feita nas agências dos Correios ao custo de R$ 2,50 para cada formulário enviado.

• CD-ROM – Contém o programa da declaração e um manual completo do IR, alémdeumasessão deperguntaserespostasmais freqüentes. Ocontribuinte instala o programa em seu computador,preencheo formulárioe enviaasinformações pela Internet. Na capital, o CD-ROM pode serencontradonos seguintesendereços: Luz - Av. Prestes Maia, 733 - 2º andarsala 204, Lapa - Rua Schilling, 512, Santo Amaro - Rua Padre José de Anchieta, 244, Pacaembu - Av.Pacaembu, 715, Pinheiros -Rua Teodoro Sampaio,1312, TatuapéAv. Celso Garcia, 3.580.

Dois em um, tendência em cosméticos

Grandes marcas lançam produtos que oferecem duas funções numa só embalagem, sendo mais práticos e funcionais

Alémdas novastonalidades, ascoleções outono/inv erno2002 demaquilagem trazem também produtos inovadores. Uma tendência que vemse firmando é ade j untar duasou trêsfunções numsóproduto.A Natura, por exemplo, lança a caneta 2 em 1 automática, nas versões para olhos e lábios. A primeira traz de um lado sombra, de outrocontorno para os olhos. A segundatem batom e contorno para lábios.Em embalagem prática, emforma de caneta retrátil, é de fácil manuseio e cabe na bolsa.

é o duo de sombras multiefeitos suave intenso, que possibilita diferentes resultados na maquilagem dos olhos. Se aplicada seca, proporciona umefeito suaveeaveludado. Molhada, transforma-seem emulsão levementecremosa, intensificandoa cor.Seguindoa tendência mundialde aparência saudável,a Natura lança o blushcremoso efeito bronzeado, decor levemente avermelhada. As canetas para olhose lábiostêmpreçoem torno de R$ 36 cada e o duo de sombras, R$ 44. O Boticário éoutra marca que apostanodoisem um.

Outono/inverno

Em sua coleção Natural Colorsinclui osduosautomáticossombrae contorno para os olhos econtornodos lábios e batom. São produtos que oferecem aplicação suave, longa duração e excelente cobertura. Para os olhos, há ainda o trio de sombras, com cores que permitem variadas combinações. Os duos para olhos e lábios têm preços médiosdeR$ 32,50cada.Otrio de sombras, R$ 37. Tons da temporada – Diversosestilos convivem em harmoniana temporadaoutono/inverno2002. Amoda realça e incentivaos contrastes. Importante éressaltar a feminilidade.Assim, o rosto pode ser sensual, clean, enigmático.Quandoosolhos se destacam, a boca é discreta. Para olhoslimpos, lábiosluminosos. A Natura aposta em tonsde fúcsiae acobreados para as sombras, e vinho ou cereja para os lábios. O Boticário vai de cores radiantes, com nuanceslilases,rosadas e azuis, sem esquecer dos verdes, terrosos e caramelos da natureza. Odouradobrilha nos lábios e nas unhas.

é temporada para clarear manchas da pele

Outono/inverno éatemporada idealparaos tratamentos que visam clarear as manchasque surgemnapele, devidoà exposição solarno verão. Líder mundial em pesquisas dermatológicas, a Stiefel desenvolveu estudos sobre umproduto bastante eficaz no clareamentodas manchas

de pele: Clariderm. Com o objetivodeatender àspessoas que têm pele oleosa, a empresa desenvolveu o produto na versão gel. Clariderm Gel e Clariderm Creme devem ser usados principalmente no inverno, pois não se deve tomar sol duranteo tratamento. Aplicadoànoite,o produto

Para as mais jovens, a linha Cores d’O Boticário é bem alegre, emtonslilás, violeta e pink. O brilho nos lábios é obtidocomglitter ougloss. Nessa coleção,os preços variam de R$ 11,00 (batom) a R$ 15,75 (sombra).A Avon também vaidecoresfortes. Com sua coleção Avon Color Luxe Life ela dá ao clássico uma reinterpretação con-

Versão brasileira de panela asiática chega ao mercado

deveser retiradopelamanhã comágua.Durante odia,é preciso usar um protetor solar com FPS15 oumaior. Ouso não é indicado para mulheres grávidas,no períododeamamentaçãoe porcriançasmenores de 12 anos. O preço médiodo produto,emqualquer uma das versões, é de R$ 19.

Para atender às pessoas que têm pele oleosa, a empresa desenvolveu o produto em versão gel. Em ambas as formas, o tratamento deve ser realizado na temporada outono/inverno.

Malhas aquecem na medida certa

Peças versáteis, com toque de ousadia e que se ajustam facilmente a qualquer guarda-roupa feminino fazem parte da coleção outono/inv erno Diana.Sãomalhas clássicas elevescom ou sem gola, tricôsque marcampresençanesta temporadaem básicos sanfonados, túnicas e twin-sets.A cartelade cores abre espaço para os mais variados tons naturais,como marrom, cinza e as combinações verdee caramelo,marrom ebege. Os clássicose indispensáveis brancoe preto tambémtêm espaçogarantido. A numeração vai do PP ao GG. A coleção outono/inverno 2002 Diana pode ser encontrada em lojas multimarcas epode ser umaopção de presente para o Dia das Mães, agasalho na medida certa.

Malhas clássicas e leves, com ou sem gola. Tricô que sempre tem espaço no guarda-roupa feminino e que pode ser uma boa sugestão de presente para o Dia das Mães. Há grande variedade de modelos e cores, atendendo aos variados gostos

As comidas japonesas e chinesas já se incorporaram aocardápio brasileiroaponto de ganhar preparo caseiro. De olho nesse mercado, a Jolly está lançando o Wok, utensílio doméstico dos mais usadospara opreparo decomidas típicas. O produto foi desenvolvido deacordo comas características básicasda peçaoriginalusadanas cozinhas asiáticas, mas modernizadoo suficiente paraatenderàsnecessidadesda dinâmicacozinha brasileira.O Wok da Jolly tem design delicado, que deixa o produto mais leve e bonito que os tradicionais tachosde ferrodisponíveis no mercado. Com dupla camada de revestimento antiaderente, o Wok p e rmite o uso menor de gordura no preparo demolhos de shoyu com carnes,frango e vegetais. A peça tem preço médio de R$ 18.

Jogo americano é brinde na compra de produtos Círio

Com 150 anosde presença no mercado italiano dealimentos, a Cirio está há dois no Brasil e já é líder com 52% de participação.Até ofinal deste mês, a empresa realiza a promoção Compree Ganhe, emsupermercadosde São Paulo, Rio de Janeiro e Sul do País. Nacompra detrês produtosda marca,o consumidorganha noatoumjogo americano com duas peças. A promotora fica em frente à gôndola dos produtos, não havendo necessidadede preencher fichaspara retirar os brindes. Em São Paulo, a promoção realiza-se nos supermercados Andorinha, Extra, Sonda, Bergamini, Carrefour, Pão de Açúcar e Sé.

temporânea.A paleta de cores inclui chocolate,violeta e bordeaux nas bocas e unhas. Paraolhose faces,tonsmais suaves.Ospreços variamde R$ 8,99 (batom) a R$ 16 (blush em pó).

Dourado e prata são as grandes tendências presentesna coleçãodaElke DonnaKell, marca daNashaCosméticos. Osbatons têm ascoresouro,

ivulgação

vinho, bicolor prata e rosa e bicolorouro erosa. Osbrilhos labiais, cacau, amêndoa e uva, têm aromas de frutas. Os delineadores surgem em prata e ouro, assombras em preto e prata eouroemarrome os blushes, em amêndoa e rosê. Os preços variam de R$ 4 (batom) a R$ 10,40 (blush).

com Splenda, o novo cereal chega ao mercado com dois sabores

Sem açúcar, com sabor

Com base em sugestões de consumidores e em pesquisasdemercado,a Quaker Brasil amplia a linha de produtos Quaker + Sabor , um ano após seu lançamento, com aversão Quaker + Sabor Light . Foi detectada a busca do consumidor por alimentos sem açúcar,mas comsabor. Constatou-se tambéma preferênciapor sabor de frutas tropicais. Os novos produtoschegam ao mercado nos sabores Frutas Vermelhas eBanana com

mel. Quaker +Sabor Light é adoçado com Splenda, o adoçante com gosto mais semelhanteao açúcaresem sabor residual. Pode ser consumido por diabéticos, gestantes e crianças. Os pedaços defrutas liofilizados, quandomisturados aoleite ou iogurte, voltam às suas características originais de sabor e consistência. As novasversões são acondicionadasem sachês individuais, namedida certa de uma porção.

Proteção para os dentes

O Juá, um produto natural tradicionalmente usado na limpeza e no clareamento dos dentes, e o própolis, conhecido por suas propriedades antibióticas, analgésicas e antiinflamatórias,estão nafórmula de Sorriso Juá+ Própolis , o novo creme dental da Kolynos do Brasil. Além de

deixar os dentes maisbrancos, asgengivas protegidas,o novo produtoproporciona refrescância com saborde hortelã. Em embalagens de 90 gramas e de 50 gramas, nas cores verde e amarelo do Brasil. Mais informações sobre o novo produto podem ser obtidas pelo fone 0800-120833.

Outra novidade da Natura
Beth Andalaft
A Natura lança a caneta automática para lábios e olhos, retrátil e fácil de usar
O Boticário lança duos automáticos para olhos e lábios, com sombras e canetas para contorno e preenchimento
Fotos: Divulgação
Adoçado
Juá e Própolis, combinação de ingredientes para clarear e proteger os dentes
D ivulgação
D ivulgação

Dia das Mães divide o comércio em SP

Alguns setores, como o de confecções, esperam um desempenho "morno". A indústria de eletrônicos, porém, cresce 30%

Como não poderia deixar de ser, o comércio está de olho no Diadas Mães– dataque é considerada a segunda melhor do ano para o varejo, depois do Natal.Para 2002, as expectativasvariam conforme os setores. Alguns apostam numempate em relação ao ano passado. Outros chegam a preveraté30% deaumento. Um dos mais otimistasé osegmento deeletroeletrônicos,que teráno Diadas Mães a principal oportunidade de vendas desdeo final do racionamento.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a indústria já registrou em março um aumentodevendasda ordemde 30%, emrelação afevereiro. Isso, segundoo presidenteda entidade, Paulo Saab,reflete as encomendas para o Dia das Mães. Oempresárioaposta emnovo saltoem abril,também emcomparação com o desempenhode2001, mas prefere nãoarriscar números antes dofechamento dobalanço mensal.

C o nf e c ç ã o – O setor de confecções, porém,ainda "andadelado". Otempo quente e seco dos últimos dias atrapalhou a entradada coleçãooutono/inverno. Apesar disso, opresidentedoSindicato da Indústria do Vestuário Feminino e Infanto-Juve-

nil de São Paulo (Sindivest), Stefanos Anastassiadis, disse que, de forma geral, não houvecancelamento dospedidos da nova coleção. Anastassiadis tem mantido um otimismo "moderado". Ele afirma que as vendas deste anotêm semantido nomesmo ritmo de 2001, que já foi morno."Não houvecancelamento de pedidos, mas as vendas foram moderadas".

SeSão Pedroder uma "mãozinha" e o clima esfriar, o empresário aposta em melhora. "Aexemplo doque aconteceu no ano passado, o clima mais ameno devese instalar nocomeço de maio. Isso vai ajudar o comércio a vender muito presente em roupas para as mães".

O presidente do Sindivest lembra que, nos últimos anos, as confecções paulistas estão apostando numa moda mais levee, porisso, oencalhe de mercadoria émenor."O que muda são apenas as cores, padronagens e estilo das roupas, masos tecidoscontinuamleves", diz. Somente a moda que vai para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina éproduzida em tecidos mais pesados. Essa é a estratégia da paulista Prelude,rede especializada em moda feminina,que tem 20lojas.Para atingirocrescimento esperado de10% para esteano, emrelaçãoa 2001,a empresa investiunuma coleçãode tecidos mais leves e com variedade deitens. "Nos últimossete anos,tivemos

apenas um com inverno mais rigoroso,quefoi oano2000", comenta o diretorcomercial da rede, Sérgio Levinzon. Juro – Parao comércioem geral, asperspectivassãode elevação, frente ao mesmo período de 2001, são modestas. O economista Emílio Alfieri,da AssociaçãoComercial de São Paulo,dizqueatendência é de um aumento de de 2% a 3% nonúmero de consultasaoServiço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e ao UseCheque – sinalizadores de vendas a prazo e à vista. Para Alfieri,o desempenhopoderia sermelhor seo governo tivesse mantido a política de redução da taxa de juro.

Teresinha Matos

Marketing e promoções são as saídas

Já que não se esperam grandessaltos nas vendas em razãodo DiadasMães,ocomércio está apostando em esforçosde marketingparagarantir um bom desempenho nas vendas.

Para ganhar ocliente, vale tudo: ampliarprazos, fazer promoçõese oferecer prêmios que vão de carros zero quilômetroa convites para shows.

Nos shopping centers, como acontecetodo ano, as

campanhas jácomeçaram. Apesar de predominar o otimismo–amaioriados centrosde comprasconsultados pelo Diário do Comércio estimam crescimento de vendasentre 10%e30%, emrelação a 2001 –, para garantir o desempenho,muitos shoppings da cidade estão investindo em promoçõese campanhas de marketing (veja detalhes no quadro acima).

Demilhagem a segurod es em pr eg o – Fora dos

shoppings,as campanhas continuam. APrelude,por exemplo,reformulou seu cartãode milhagem."Acada R$ 1,8milemcompras as clientesganham R$180,00", completa o diretor comercial.Também envioumalas diretas mostrando as novidades para filhos e mamães. ALojasCem aposta nas ofertas e nos prazos mais curtos(cinco pagamentossem juros) para vender.

Arede CasasBahia,que

temumadascampanhas de vendasmaisagressivas do mercado,ainda estáfazendo segredo sobreas promoções para oDiadas Mães. "Tem muita gente copiando as nossas promoções darede", justificoua assessoriadecomunicação.

Acampanha atualdarede, que começou em março, incluiparaeletroeletrônicos e móveis incluio parcelamento em até 15 vezes, sem entrada, eo oferecimento de um

seguro-desemprego, quecobre atéR$ 600,00 da dívida. Alémdisso,nas compras de móveis com prestações superiores a R$ 34,00, o cliente ganha com uma cesta básica. O atacadotambém sepreparou.OMart Center–atacado que reúne 400 lojistas e atendecomerciantes doBrasil inteiro – enviou cerca de 50 mil malas diretas para a clientela, prometendo agradar todo tipo de mãe, da casual à moderna. (TM)

Poluição pode causar problemas na voz

A fonoaudióloga Gláucya Madázio, durante palestra na Distrital Butantã, alertou sobre os cuidados com as cordas vocais

Com a chegada do período de estiagem eo aumentoda poluição do ar nas grandes cidades nesta época do ano, cresce o númerode casos de pessoas com problemas nas cordasvocais. Duranteesse período, é necessário aumentara ingestãodeágua para amenizar a sensaçãode ardência e arouquidão. Oalerta foi feitopelafono aud ió log a, Gláucya Madázio,quefez uma palestra da Distrital Butantã da A ssociação Comercial de São Paulo com o tema Aprenda a Cuidar de sua voz. O evento, coordenado pelo diretor-superintendente da casa, José Carlos Pomarico, contou com a participação de 35 pessoas.

Ar condicionado, má postura e até salto alto podem agravar doenças no aparelho respiratório

A principal dúvida dos participantes foi osproblemas na fala em crianças de até cinco anos de idade. "Os país só devem começara sepreocupar depois dos seis anos, caso a criança continue pronunciando as consoantes trocadas",explicou. "Seissoacontecer, é possívelque também ocorra problemasde aprendizagem eescrita", complementou. Maso principal problema das cordas vocais, pr inc ipal men te em quem vive nasgrandes cidades, é mesmo a poluição, segundo Gláucya Madázio, especialista em voz e mestre em distúrbios da comunicação humana. A fonoaudióloga explica que a poluição,além de pro-

Mais de50 pessoasparticiparam daspalestras sobrePrevidência Privada, promovida pela Distrital Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo. Os temas debatidos foram Seguro de Vida e Geração de Fundos de Previdência Privada, com Valter Gomes Moreira Filho, da Embraseg Corretora de Seguros. Já a coordenadora comercial daCaixa Seguros, Silvia Regina Pereira de Andrade, falou sobre os planos oferecidos pela Caixa e explicou os benefícios da Previdência Privada. (DC)

acontece nas distritais

O Sistema Tributário no Brasil e na Alca, ICMS eReforma Fiscal foramos temasda palestrade DaviTorres, presidente do Sindicato dos Fiscais de Rendado Estado deSãoPaulo, apresentada na Distrital VilaMaria daAssociação Comercial de SãoPaulo. O evento foi coordenadopelo d ir et o r- su pe r in te ndenteda entidadeJoséBueno deSouza e teve a presençade mais de30 empresários. (DC)

Hoje Pinheiros - Adiretoria da Distrital Pinheiros da ACSPrealiza reuniãoordinária. Às 19h30. Quinta-feira Santana - A diretoria da DistritalSantana daACSP realiza reunião,com palestradocomandante do IV Comar, major brigadeiro do ar, José Orlando Bellon, sobre Projeto Sivam . Às 19h45.

vocar problemas em todo o aparelhorespiratório eagravar casos de alergia, pneumonia e asma, pode afetar as cordas vocais.

Sintomas – Conforme a especialista em voz,os primeiros sintomassão sensaçãode ardência, provocada pelo ressecamento das mucosas,

A Fundição Crespi doou um novo sinopara aprimeira paróquia Santa Mônica. A doação foi umahomenagem aopadre Gino Cavaletti, que morreu em 1990. Ele foi responsável por trazer, em 1958, a tradicional família italiana Crespi Marenco, originária de Crema, na Itália, dona da mais antigaempresa defundição,que existe desde 1498. (DC)

seguidos de rouquidão e sensação de "bolo" na região. Em casos maisgraves,o tratamento tem que ser cirúrgico.

Dicas – Gláucya Madázio

aconselha que neste período de outono-invernoé preciso aumentar a ingestãode água durante todoo dia. Éque, nessa época,aumentamos casosdegripes, resfriadose alergias, que agravam os problemas vocais.

Gláucya Madázio também explicou que a exposição excessiva a aparelhos de ar-condicionado também é prejudicial. Para estecaso, a prevenção também é feita com o aumento do hábito de beber água ao longo do dia. Para evitar problemas com a voz também é necessário evitar cafée álcoolem excesso,falar baixo,semforçara voz, evitarroupas apertadas no pescoço, como gravatas, e salto alto que pode provocar problemas de má postura.

O administrador regional de Santo Amaro, Nerilton Antônio do Amaral, realizou uma palestra para empresários e moradores da região, na Distrital Santo Amaro da Associação Comercial de São Paulo. Durante o evento, coordenado pela vice-superintendente em exercício Angela Simões, foi discutida a atuação da Administração Regional do bairro e apresentadas sugestões para melhoria da região.(DC)

agenda

Hoje

FJE – O coordenador do Fórum dos Jovens Empresários (FJE) da Associação Comercial deSãoPaulo (ACSP), Marcus AbdoHadade, recebeo ex-governador do Estado da Bahia, César Augusto Rabello Borges, que fará palestrasobre o tema Umavisão parao desenvolvimentodo Brasil . Às 8h30,na sededa ACSP,rua Boa Vista, 51/12º andar. Anjut – Omembrolicenciado do Conselho Superior e Consultor da Presidência da ACSP,Miguel Ignatios, participa do lançamento da Ação Nacional pela Justiça Tributária (Anjut). Às 9 ho-

ras, no Hotel Crowne Plaza, rua Frei Caneca, 1.360. CME – Exposição das atividades institucionais, de serviços e negócios da ACSP, seguida devisita técnica do Conselho da Mulher Empresária (CME) da AssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP) às dependências daentidade, coordenada pela diretora-superintendente, NormaBurti.Às 14horas, nasede daentidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Abílio Borin. Plenária – Reunião plenária da Associação Comercial deSão Paulo (ACSP), com análisedaconjuntura econômicae política.Às17

A DistritalCentro daAssociaçãoComercial de São Paulo promoveu mais uma reunião com a AçãoLocal ea União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco) para buscar soluções para os problemasdaregião. Sujeira, violência, reurbanização e comércio informal foram algunsdos temasdo debate,coordenado pelo diretor-superintendente da entidade Roberto Mateus Ordine, com a participação de empresários da região. (DC)

horas, na ACSP, ruaBoa Vista, 51/9º andar. Abigraf – O vice-presidente daACSP Abdo Antonio Hadade participa da posse da nova diretoria da Abigraf Nacional. Às 19h30, na Câmara Americana de Comércio, rua Amaro Guerra, 415, Chácara Santo Antônio.

Amanhã Saúde– A Associação Comercialde São Paulo (ACSP) realiza entrega de certificado aos participantesda 1ªFeirada Saúde.Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobrede Recepções e Eventos (Enre).

Segurança– O Fórum dos Jovens Empresários (FJE) da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP),emparceriacoma OABJovemGrupo deJovens Advogados, promovem debate sobre o tema Segurança Pública, uma questão de vida. Às 18h30, na sede da ACSP, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Sexta-feira Lojista – O coordenador SII da Facesp, João Martinez Vargas, participa da 26ª Convenção Estadual do Comércio Lojista do Estado do Rio de Janeiro.Às 14 horas, no Hotel BlueTree, em Angra dos Reis-RJ.

Dora Carvalho
Água ajuda a amenizar irritações e ressecamentos nas mucosas provocados pela poluição, diz a fonoaudióloga
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Edson
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Empresários revitalizam ruas da cidade

A luta para recuperar praças, ruas e avenidas está unindo empresários e a comunidade. Os primeiros resultados já podem ser observados nos bairros de Vila Mariana, Alto da Lapa, Pinheiros e, também, no município de Barueri, na Grande São Paulo. Nesses locais, a população conseguiu implantar jardins, nova iluminação e até recapear ruas.

A união de empresários está ajudando a recuperar ruas, avenidas e atébairros inteiros. Nacidade,jáhávários exemplos de locais que foram restaurados pela iniciativa da população,como naLapa, Pinheiros e na Grande São Paulo, emTamboré, nomunicípio de Barueri.

Cansados de esperar pela iniciativa da Prefeitura, os moradores e comerciantes desses locais decidiram resolv er sozinhosproblemas de segurança, arborização, construções irregulares e de depredação de praças e deterioração de calçadas. Enãoé sóisso.Reunidos em associações,elesestão conseguindo pressionar o poder público para melhorar a iluminação,recapear e até alargar ruas, provando que não énecessário grandessomas de investimentos. Un ião — O pequeno trecho da rua Mateus Grou, que fica embaixo do viaduto da rua Teodoro Sampaio, na zonaOeste, estavasetornando

umlocal temidotanto por clientes das lojas locais como por funcionários e moradores. É que, além do cheiro insuportável de fezes de animaiseaté humanas,olocal estava completamenteesquecidopela Prefeitura de São Paulo.

No ano passado, os comerciantesdarua,entre elesa empresa dedesign demóveis Orro& Christensen,Empório Beraldin e a fábrica da grife Lita Mortari, decidiram se unir e oferecer uma mensalidade para a manutenção da limpeza e segurança da rua. A contribuição é, em média, de R$ 50,00 por mês.

O projeto acabou tomando grandes proporções e contou com acolaboração depaisagistas, arquitetos,moradores e, no final, até a prefeita MartaSuplicy foiàfesta deinauguração da rua.

Futuro — Hoje, os moradores mantêm um carro com um vigilante particular e a ruafica iluminada ànoite.

Embaixodo viaduto, que passasobrea rua,osalunos da Escola Aprendiz fizeram um mosaico.Mas a parte maisdifícil foia retiradados moradores derua que ficavam na região. "Foi preciso a ajuda de assistentes sociais pararetirar aspessoasaos poucos e encaminhá-las para os abrigosoferecidospela

Moradores tentam preservar bairros

Preocupados com o crescimento de empreendimentos imobiliários, moradores de bairros-jardim, construídos pelaCia. CitydeDesenvolvimento,desde oinício doséculo passado,estãolutando pela preservaçãodessas áreas verdes, até na Justiça.

Asassociações demoradoresconseguiram oembargo de construçõesde prédiosna região,há sete anos. Depois de um longoperíodo na Justiça, em março deste ano foi decidido que todos os alvarás concedidosdeverão seranulados, de acordo com Berenice Martin, uma das fundadores da Associação de Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança. Segundo a diretora de relações externas da Cia City, Nancy Assad, em toda a cidade,pelo menos4% dosbairros têm as características de

jardim, que começarama ser implementadoshá cerca de 90anos eforamprojetados pelo urbanista inglês Barry Parker. Ele tambémfoi responsável pelo projeto do parqueSiqueiraCampos, conhecido comoTrianon, que fica na avenida Paulista. As principais características dos bairros-jardim são as calçadascom canteiroscentraisajardinados, ruaslargas earborizadas paraaumentar a quantidade de solo permeávele evitarproblemas deenchentes. Quando oprojeto começou a ser idealizado, a intenção do urbanista inglês eraconstruirumanel verde na Capital paulista.

Conforme Nancy Assad, as praças desses bairros são usadas principalmenteporjovens deregiões carentes,que nãotêm outrasopções delazer na cidade.

A CiaCitymantémtodos os documentos dos bairrosjardim da cidade, como plan-

tas e fotos de época. Segundo a diretorade relações externasdaempresa,a procura poresses documentoscresceu porque os moradores desseslocais estãopropondo o tombamento dos bairros.

Preservação —De acordo com a Secretaria Municipal do Planejamento,esses bairrosintegram avegetaçãosignificativa do município, que amenizam as condições de poluição do ar.

Conforme Nancy Assad, em todos os contratos de venda de imóveis existe uma cláusulaque dizque todasas obras realizadas no bairro necessitam de consultasà Cia City, para evitar o uso irregulare construção de novos prédios nessas regiões.

Na cidade, os bairros-jardins estão localizados no Alto da Lapa, Bela Aliança, Sumaré, Perdizes, Jardins Petrópolis e Campo Grande, Pacaembu, JardimEuropa, Paulistano, City Boaçava e Moema.

Prefeitura", conta Dorcas Konishi, gerente da loja de design de mobiliários Orro & Christensen. O próximo passo é implantar umprojeto dereciclagem detodoo lixoproduzidono

local. A maior vitória foi a conscientização que os moradores da rua ganharam comas mudanças nolocal. Agoratodos fazem questão até de limpar a sujeira dos cachorros nas calçadas, disse a gerente da Orro& Christensen, Dorcas Konishi.

Shopping transforma avenida em área verde

OShoppingMetrô Santa Cruz, naVila Mariana,zona Sul da Capital, está empenhado em transformar a avenida Domingos de Moraes e os arredores do centro de compras em um bulevar.

Asobrasno localjácomeçaram e prevêem o plantio de ipês amarelos nas ilhas da avenidaem frente aoshopping. Em todo o entorno do complexo serãoplantadas murtas em formatos de desenhos. Estão previstos investimentos de R$ 100 mil. Por enquanto, as mudançasirão acontecernotrecho da avenida Domingos de Moraes,entre asruasBorges Lagoa e Onze deJunho, de acordo com Felipe Horta, superintendente do Shopping Metrô Santa Cruz.

Serão plantados um total de 40 ipês perfilados no canteirocentralda avenida. No pórtico do Shopping Santa Cruz serão colocadas palmeirasde cincometros emvasos gigantes nas calçadas. De acordo com o superintendentedo centrodecom-

pras, a iniciativa visa também transformar o lugar em um pontoturístico da cidade, principalmente em datas festivas, comoo Natal,quando haverá investimentos em iluminação para a região .

A estação Santa Cruzdo Metrô é a segunda com maior freqüência de público do eixo dalinha Norte-Sul. Por dia, circulam em torno de 100 mil pessoas.No centrode compras,quefoi inauguradohá poucomais dequatromeses, passamde segunda asextafeira 70 mil pessoas.

"Pesquisas norte-americanasapontam que shopping que tem umclima agradável emseu entornotemumaumento considerável de público", disse. Aprincipal expectativa dos empreendedores doShoppingMetrô Santa Cruz é aumentar o público de final de semana.

Uma parceria com a Prefeitura prevê ainda a construção do terminal de ônibus dentro do centro de compras. No local, ficarão cincolinhas fixas em locais cobertos.

Novas praças em Barueri

Aalameda Araguaia, que faza ligaçãoentre osbairros Tamboré e Alphaville, foi adotada pelos empresários instalados nolocal. Comum orçamentode R$4,6mil,as empresas conseguiramrecuperar todo ocanteiro central daavenidae transformá-lo em um jardim, com nova ilu-

minação e lixeiras. Conforme Eduardo Pereira, gerente operacionaldo Shopping Tamboré, a Prefeitura de Barueri alargou e recapeoua alameda e mais12 empresários decidiram fazer a manutenção da região com a ajuda da Sociedade Empresarial de Tamboré .

No bairro de Pinheiros, a rua Mateus Grou está de cara nova. Ganhou nova decoração, jardins e mais segurança.
Dudu Cavalcanti/N-Imagens
Dora Carvalho
Felipe Horta diz que serão investidos R$ 100 mil em obras de reurbanização
Segundo Nancy Assad, diretora da Cia City, nos últimos anos, cresceu a procura por documentos dos bairros-jardim
Paulo Pampolin/Digna

ANÁLISE João de Scantimburgo

Das Arcadas à anarquia

Num livrosociologicamente bem estruturado, e comoobra histórica bem fundamentado, o saudoso LuísMartins, jornalista,acadêmico e ensaísta, publicou um livro, O patriarcae o bacharel, estudando a transformação dasociedadede fazendeiros,abridoresde fazendas, agricultoresaos pais bacharéis,porqueos filhos nãoqueriam ficar na roça, para continuar o negócio paterno. Queriam a cidade e a profissão que era rendosa e, a seu ver e em realidade verdadeira, conduzia os destinos do País.

O bacharel dominou a Primeira República. Todos os presidentes, com exceção dos doismilitares daProclamaçãoe dea sucessão de Deodoro, e de Hermes, eram bacharéis,e dosmais destacados davelha Faculdadedo convento e das arcadas de SãoFrancisco, no centro de São Paulo. Com uma Constituição que era modelo de liberalismo, obra, principalmente, de RuiBarbosa,que assumiu a sua paternidade, e foi, mesmo, incluídasem suas Obras Completas , só veioa ser reformada em 1926, sem profundidade.

Derrogada em 1930 pelos revolucionários de Getúlio Vargas,oshomens del.000, de que falaOliveira Viana,

sucederam-lhe várias Constituições, até que chegamos à de 1988,a que osmais abalizados constitucionalistas criticam pelos seus erros, dispositivos incompatíveiscom o desenvolvimento da Nação e estabilidade das instituições políticas e outros erros. Em suma, uma Constituição que deveria ser revogada in totum, dando-seao Paísoutra, bem feita, como as de 1891, 1946 e 1967, reformadas. Os governosdeCollor, Sarney, Itamar, Fernando Henrique, os quatro aos quais coube governar com essa Constituição, viram-se abarbados com um texto incompleto, necessitando emendasconstantes, parase adaptar àrealidade ecorresponder aos imperativos do Direito Constitucional, sobretudo o de nossos dias. Essauma dascausas dascrises sucessivasemque temosvivido. Obrigando os chefes de governo a governar, praticamente,desprezando otexto, como fez Campos Sales, com ade 1891.Por outromotivo, direiquese justificaria uma nova Constituição, mas não convém, no momento. É melhor ir remendando essa.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Um grande cronista

Arnaldo Niskier

U m dia, na Academia, provocado pela perspicácia deAustregésilo deAthayde, Jorge Amado atribuiu à sua famíliauma qualidade genética para a literatura. Falou de GilbertoAmado, seuprimo,mas citou também carinhosamente um outroprimo sergipano, de cujascrônicas eledemonstrou seraficionado: Genolino Amado.

Hoje um tanto esquecido, comoéhábito nestaNaçãode memória furtiva, Genolino fez muito sucesso com os seus textos inspirados, sobretudo quando lidos por César Ladeira na entãopoderosaRádio

Mayrink Veiga, que falava do Rio para o Brasil. Crônicas corajosas e belíssimas.

Antes, um toque pessoal na minharelaçãocomo grande acadêmico eescritor. Entrei para a ABL com o seu voto. Visitei-o nopequenoapartamento do Flamengo,emque convalescia deuma complicação na bacia. Andar para ele, só com muita dificuldade.

A nossa conversa foi extremamente simpática. Por isso, agradável. Ele não me perguntou sobreacampanha,nema rotina da Academia.O seu interesse maior era a situação do A mérica Futebol Clubeno campeonatocarioca. Como sabia que eu também torcia pelotime CampeãodoCentenário, queria saberalgo de bastidor a respeito das nossas possibilidades, que eram bastante razoáveis. Demoramosum bom tempo discutindo isso e maiso passado glorioso do clubequehavia sidosetevezes campeão carioca. Tínhamos um grande orgulho disso. Chegamosa cantarolarohino inspirado de Lamartine Babo. Depois, entramosno domínio literário. A comparação entre conto e crônica. Ele com-

Le Pen e os franceses

Acabo de ler um livro de seiscentas páginas, editado por uma das importantes editoras francesas,sobre assublevações,as revoltas,asinsurreições e outrosmovimentos populares, sobre os mais variados interesses. Até mesmo uma revolta de um vilarejo por tersidoo padretransferidode uma paróquiapara outraparóquia, o povo se levantou em favor de seu pároco, e acabou levando o bispodiocesano a ceder, conservando o pobre do padre na sua igreja local. Em suma, o francês não custaparase unircomoutros, formar umgrupo esair àrua, com cartazes,logo preparados, contraou a favordo que desejam. É um povo especial, esse. De nossa parte sempre o admiramos,pois a nossa cultura, ao menos até a minha geração, era francesa. Quem não soubesse francês,como quem não sabe inglês nos nossos dias, estaria perdido no seu interessepelas letrase pelos acontecimentos, quasetodos difundidos pelos franceses. Está esse povo, com um passado riquíssimo deinsurreições – riquíssimo é maneira de

dizer – com uma batata quentenas mãos,semsaber oque fazer com ela. Na eleição presidencial do dia 21, Le Pen, comoelepróprio previu,ementrevista a Le Figaro de quintafeira passada,vai para osegundoturno, disputar com Jacques Chirac a presidência daRepública.Jávenceu aesquerda, já derrubou por nocaute Lionel Jospin,que até mesmo sedespediu apolítica. Agora é a sua vez. Esse o grande problema. A vitóriade LePen foilegitimamente democrática, como queremostodos.Não houve golpe, não houve trapaça, nada, sobretudo tendo Le Pen um nome que, segundo os comentaristas, nãomerecia votos. Um homem público eleito democraticamente, em país que fazquestãode defender energicamente a democracia em todos os sentidos, esse homem pode vir a ser eleito presidente. E daí?Que farãoos franceses?Vãoquerer derrubá-lo e exigir outras eleições? Não será democrática. Aguardemos.

João de Scantimburgo

Círculo vicioso

Antonio Delfim Netto

partilhavada opiniãodeJosué

Montello: "Conto é tudo aquilo que chamamos de conto". Já acrônica temalgumcompromisso com arealidade, com o cotidiano.E aí dedicou-se a discorrer sobreos quatro grandes cronistas da Manchete,de queeu eraum dosdiretores. Falou do apreço por Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos,Henrique Pongettie RubemBraga, com otempo maiordedicado aesteúltimo. Conhecia muito bem o seu antológico Aborboleta amarela Falamos em Eneida e Elsie Lessa, para depoisnos concentrar no acadêmico D.Marcos Barbosa, descendente de Lúcio Cardoso, e que brilhava com suascrônicas naRádioJornal do Brasil, bemcedinho, como era hábito na ocasião. Genolino era um intelectual extremamente atualizado, sem nenhum traço de inveja pelo êxito alheio. Genolino nãofoi apenas o grande cronista,que asondas hertzianas ajudarama consagrar. Foi também ensaísta e teatrólogo,tendo publicado obras que jamais poderão ser esquecidas, como Vozes do Mundo (ensaios), O reino perd id o (memórias) e Dona do M un d o (teatro). Além disso, foium cuidadosoerequisitado tradutor. É natural que suasmemóriastenham origens nos idos de 1902, na cidade sergipana de Itaporanga, onde nasceu também o jornalista e homem de televisão Gilson Amado. A consagração literária é claro que ele só veio a conhecer no Rio de Janeiro, tidoe havidocomoprincipal centro cultural do País, principalmente para os nordestinos que aqui aportaram e conheceram a glória.

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras

N areunião do FMIem Washington, semana passada,o ministrodaFazenda do Brasil criticou os organismos internacionais pela demora em socorrer a combalida economia argentina. É do interesse brasileiro ajudar o país vizinho a superara crise que já causou enormes prejuízos aocomércio regionale da qual muito provavelmente ele não conseguirá libertar-se sem o suporte externo. Ao sugerir, porém, que o FMI organize ummega-pacote deajuda, aexemplodosqueforam utilizados"com sucesso"para resolver crises em diversos paísesemergentes(dentre os quais o Brasil), o ministro foi menos feliz.

Se observarmos os resultados dosprogramas deajuste impostos pelo FMI a países comoa Rússia,Indonésia, Tailândia eCoréia, porexemplo, nãohá nenhuma razãopara achar queaqueles megapacotes foram bem sucedidos, muitopelocontrário. Mesmono caso brasileiro – quando o FMI foiforçado peloDepartamento do Tesouro dos EUA a organizar um empréstimo de 45 bilhões de dólares em 1998,às vésperas da reeleição – é certamente um exagero falar em sucesso.Até aundécima hora,o FMI sustentava que nossa economia seria destruídase alterássemos a política cambial e chegou a sugerir como alternativa a dolarização. O que nos salvoufoi a pressão do mercado, que produziu a desvalorização doreal e nos levoua adotaro sistema de câmbio flutuante.A verdadeé queo FMInosajudou asupe-

Agitação permanente A percepção que a população em geral tem das Casas legislativas é de que os parlamentarestrabalham pouco, quandotrabalham, eganham muito, sempre. Pode ser assim mesmonas milhares de Câmaras e nas dezenas de Assembléias espalhadas pelo País. Ou em parte delas, não quero generalizar.Em muitas, certamente.Mas também há muito trabalho.

rara crisecambialfornecendo recursospara garantiropagamentoaoscredores.E oque restou do pacote?

Após quatro anos de rigorosocumprimentodos acordos comoFMI, aeconomiabrasileira apresenta os seguintes resultados: um ajuste fiscal ainda precário, sustentado por impostos depéssimaqualidade; uma dívidainternacrescente de 580 bilhões de reais, algo como55%doPIB; umpassivo externode400 bilhõesdedólares(2/3do PIB); taxasde crescimentomedíocres, de 0,8%do PIBanual, percapita; taxas dejurosquedesestimulam o crescimento da produção e das exportações; e um nível de desempregosem precedentes.

É esse quadro nada lisongeiroqueo sr.ClaudioLoser,diretor doFMI encarregadodos problemas da América Latina, qualificou de"círculovirtuoso",ao dissertarnaterça-feira emWashingtonsobre odesempenhoda economiabrasileira... Após fartos elogios, o sr. Loser, cautelarmente, tratou de prepararo seu"hedge": advertiu que o Brasil tem um grave problema, na relação Dívida Líquida/PIB, que põe em risco todos os"progressos" alcançados. Foi comotirar o "chantilly" do bolo ... Seria interessante, então, descobrir emque pontono "circulovirtuoso"se poderia inserir a solução para os problemasda dívida,dos altosjuroseimpostos, dobaixocrescimento e do elevado desemprego que serão herdados pelo próximo governo.

Antonio Delfim Netto é deputado federal

Questão de justiça Estou mencionando isto, porque é maisfácil criticar, condenar. Muitasvezes faço isto. Equando vejotrabalho exaustivo sendo levado a efeito, não posso deixar de registrar.

Comissões

Refiro-me, no caso, às Comissões Técnicas da Câmara dos Deputados. Tenho acompanhado algumas delas e sempreque posso assistoum pouco, aovivo enão pela TVCâmara, essetrabalho. Acrediteo leitor,há deputados, nas Comissões, que trabalham horas a fio em cima deprojetos,semsair da cadeira, debatendo,argumentando, escrevendo, negociando, buscandooque entendemcomo melhorpara aprovação, ou não.

Visibilidade Éraraa visibilidadedesse trabalho parao grande público. O que normalmente se vê são asreuniões em plenário,já na votação final dos projetos. As discussões técnicas nas Comissões consomem horas exaustivas. Claro,há muitabobagemno

meio disso tudo, mas não tira o mérito do trabalho ali anônimo, quase sempre.

Termômetro Se meperguntarem como avaliar o desempenho, a produtividade, de um deputado federal,não hesitarei em sugerirque sejaverificado em quantas comissões ele estáinscrito, níveldecomparecimento e de intervenção no andamentoda apreciação dos projetos. Deve servir também como modelo de avaliação para os demais cargos legislativos existentes no País.

Sem cansar Nunca morri de amores pelaex-prefeita ehojedeputada federal Luíza Erundina. Mas o denodo, a paciência e o empenho por horas a fio com quese dedicouà tratativade umprojetooutro dia, independentemente do mérito, é de cumprimentar, pelo grau de consciênciano desempenho da sua missão. Eu cansei antes dela.

Longe da política O leitorAA diz ter61 anos enãoacreditarem nenhum político.Já antecipa que eu não vou concordar com ele nacrítica generalizada que faz ecompara aminguada (suposição minha) pensão que vai receber como aposentado com os benefícios dospolíticos. Alegaqueas pessoas de bem ficam longe da vida pública. Talvez esse sejao mal, meucaroleitor. As pessoasde bemprecisam estar na política e tomar para si os encargospúblicos para moralizar todo o sistema.

P. S . Paulo Saab

ELEIÇÕES 2002

O QUE SE ESPERA DO FUTURO GOVERNO?

Estabilidade

tem de ser preservada

A verticalizaçãodas coligações pode ter seu lado político perverso, esvaziando o debate em torno de idéias e programas. Motivo: a eleiçãodeste anoparapresidenteda Repúblicapoderá se tornar plebiscitária, tendode umlado ocandidato doPSDB,José Serra, ede outroodo PT,LuizInácio Lula da Silva.

O alerta é do cientista político ÂngeloDel Vecchio, vice-presidente do Conselho Superior da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. As razões, segundo ele, sãosimples:a verticalização fortaleceu as duas grandes máquinas políticas centralizadoras do País; o PT – que tem uma estrutura partidáriacapaz de ações uniformes – ea máquina governamental,ondese apóiaa campanhado PSDB.

Fora disso, sobrou muito pouco espaço para outras candidaturas, como Garotinho (PSB), Ciro Gomes (PPS) ou mesmoItamar Franco (PMDB) eRoseana Sarney (PFL) pulverizadalogo no início do processo sucessório. Del Vecchio lembra que a dificuldade de fazer alianças cresce tantopara Garotinho quanto para Ciro Gomes, eque issopoderá fortalecer a tese de uma aproximação em direção a Serra ou Lula.

o PT e o PSDB, por meio da máquina do governo", explica.

Dentrodessa perspectiva, observao cientistapolítico, Lula tembuscado mostrar aos empresários queachaa estabilidade da economiaumameta aser preservada e que o discurso mais radical derever reformas e privatizações faz parte dopassado. Dooutro lado, Serra já tem uma candidatura "vigorosa" e o apoio dosempresários, além da máquina governamental, que temumpesoeleitoral enorme.

Tebet não aceita reduzir prazo de votação da CPMF

O presidente do Senado, RamezTebet,é contra areduçãodoprazode tramitação das emendas constitucionais no Congresso. A proposta foi levantada por setores do governo preocupadoscom a lentidãonaaprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, CPMF. Segundo Tebet, a medida é "inconveniente" do pontode vistainstitucionale nãoalcançaria osobjetivos pretendidos.

se tiver um problema", disse o senador.

Discurso mais radical de rever reformas econômicas e privatizações faz parte do passado

Isso deverá ficar ainda maisclaro, no decorrerdo ano, porque asbancadas dosdeputados federais,em cada Estado, tenderãoa acompanhar as candidaturas majoritária agovernador e a presidente da República. "Porque a centralizaçãodas campanhasfavorece as máquinas maiores e maisestruturadas,ou seja,

No entanto, o cientista político pondera que o candidatotucano pagaumtributoporesseapoio, associadoa seu estilo mais agressivo. Emais: quando se trata de alianças, Serra terá que equacionar a "questão paulista" do PMDB. Vale lembrar que no plano nacional o PMDB apóia Serra. "Mas aqui em São Paulo, OrestesQuércia já rompeu essa possibilidade", diz. Emoutras palavras,quem nãoapoiaro candidatotucanoem São Paulo poderá cair para o lado do candidato petista, ainda que passando, informalmente, por cima da lei da verticalização. Noentanto,os partidos que apoiarem este ou aquele candidato na forma de subalternos,não terãogarantiasde comoficaráesse quadro de alianças depois dosresultados daseleições. "E ocandidatoJoséSerra terá dificuldade de manter coesa a base de apoio, porquetemo PFL dissociado da campanhahoje",resumiu.

Sergio Leopoldo Rodrigues

Teses econômicas prevalecem

O economista Carlos Roberto deCastro, presidente do ConselhoFederal de Economia(CFE), achaque as últimas pesquisas de opinião,que apontam um avanço do candidato do PT, nãoafetaram aeconomia, pelo menos até agora. "Na verdade, um debate público de idéiase programas dos candidatos ainda nem começou", explica. Castro acha que a economia brasileira tem hojealguns fundamentosque deverãopermanecer, seja quem for o candidato eleito para presidente.Ele dáum exemplo, que vale para todos os postulantes à presidência: oequilíbrio fiscalé um pré-requisitopara aestabilidade monetária. "E comcerteza ofuturopresidente não vai mexer nisso", assegura. Em outras palavras, as prioridadespolítico-ideológicasdo futuro governo só virão depois de garantidosesses fundamentos. (SLR )

AGENDA POLÍTICA

• Os pré-candidatos à Presidência da República participarão deum encontronesta segunda-feira,29, às13 horas,napraça CampodeBagatelle,zona NortedeSão Paulo. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apóia o evento, promovido pela Força Sindical. Cada candidato fará uma exposição sobre suas propostas para a sociedade e, em seguida, responderá às perguntas formuladas por personalidades, representantes do mercado de capitais e pela platéia. A expectativa é de que a iniciativa reuna cerca de 1.500 pessoas, entre lideranças sindicais, empresários e trabalhadores.

"É inconvenientealterara Constituição por um problema momentâneo. Ao mesmo tempo, a proposta é inócua, porque,antes deseraprovada, a CPMF já terá passado. Acho que não se deve ficar mexendo na lei a cada vez que

Ele garantiu que colocará a emenda da CPMF napauta "imediatamente",assim que chegarda Câmara, eenfatizou quea tramitaçãoserá normal – com prazo mínimo de 45 dias –, a não ser que seja realizado acordo de lideranças que alcance a unanimidadedos partidosrepresentados na Casa. Judiciário – Tebet não quis comentar a possibilidadede aumento para os integrantes do Judiciário, porque, segundo informou, nãoseria ético antecipar opinião sobre a iniciativa que sequer foi tomada poroutropoder. Maselegarantiu que no Congresso não existequalquer movimenta-

Deputado acusa governo de beneficiar aliados

Os Estados governados peloPMDB epelo PSDBforam os mais privilegiados na liberação deverbas federais. É a conclusão do levantamento feito pelo deputado Pauderney Avelino (AM), vice-líder do PFL naCâmara, que aponta a Paraíba, seguida pelo Ceará, como os estados que maisreceberam recursosda União, em 2001. Oestudoseráentregue ao líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira.

Senado vota hoje proposta de capital externo na mídia

O Senado deve decidir nestasegunda-feira, emprimeiro turno, sobre a proposta de emenda à Constituição, PEC, que libera – até o limite de 30% das ações– a participação do capital estrangeiro nas empresas jornalísticase de radiodifusão.

A PEC abre ainda a possibilidade de essas empresas pertencerem a grupos empresariais. Hoje, apenas as pessoas físicas podem serproprietárias de empresas jornalísticas ede radiodifusão,o queimpõe restrições à sua organização societária e ao acesso a capital estrangeiro.

Participação – A proposta, entretanto, estabelece que pelo menos 70% do capital das empresas terãodeestar em poder de brasileiros natos ou naturalizados,osquais deverão exercer obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecero conteúdo da programação.

Na terça-feira, também em primeiro turno, o Senado vota propostadeemendaà Constituição do senador Bernardo Cabral (PFL-AM) que assegura aos partidos autonomia para definir os critérios deescolha e oregime de suas coligações eleitorais em nívelnacional, estadualou municipal,sem obrigá-los a vincular-se com legendas do plano federal ao municipal. O texto contrariao Tribunal Superior Eleitoral. (AE)

ção visando aumento dos proventos dos parlamentares ou do presidente da República, e ponderou que o assunto "teriaque ser analisado cautelosamente,dentro docontexto econômico internoe externo".

Pauta em dia – Tebet disse ainda queo Senadoestá com a pauta em dia e que a semana passada esta foi uma das mais produtivas, com a votação de 14medidas provisórias. Ele anunciou que vai realizar sessões nesta segunda e terça paradar andamentoàtramitação de emendas. (AE)

Liberação – Pelo estudo da Coordenadoria de Orçamentoe FiscalizaçãoFinanceira da Câmara, a Paraíba recebeu,até odia 7de marçoúltimo, 40,08% – o equivalente a R$ 92,8 milhões - do total de recursos destinados aoEstado. O Estado é governado pelo PMDB. Já oCeará, com o PSDB, teve liberados 37,58% (R$249,6 milhões).Amaioria dos8 Estadosgovernados peloPFL aparecena"lanterninha". (AE)

Tebet: "É inconveniente alterar a Constituição por problema momentâneo"
Victor Soares/ABr

Le Pen, um alerta à América Latina

Especialista entende que democracia da região deve combater o populismo, da direita e da esquerda, e posições radicais

O ensinamento maior que as democraciasmaisjovens daAmérica Latinapodemtirar do "efeito Le Pen"é ode que elas precisam se prevenir contra o fenômeno do populismo tanto à direita quanto à esquerda,tal comoestese manifestou na França no primeiro turno das eleições presidenciais.

A observação édo professor RenéRémond, presidentedaFundação Nacionalde Ciências Políticas de Paris, membro da Academia Francesae especialistadahistória dos partidos e movimentos de direita naFrança. Ele tem várias obras publicadas a respeito e tidas, hoje, como referências consagradas.

Memória – Para ele, "brasileiros, argentinos edemais povos latino-americanos que jáviveram e/ouaprenderam na escola o que foi a experiênciado populismomisturado aocaudilhismo emseuspaíses, àmaneira de Getúlio Vargas, Juan Domingo Perón,Carlos Meneme agora de Hugo Chávez(na Venezuela), àluz doque sepassa na França, é preciso reavivar a memória e verificar a nova configuração sociológicaassumidapelo fenômeno engendrado pela demagogia político-eleitoral."

Como explica Rémond,a nova"configuração sociológica" – registrada na França, e já observada em outros países

europeus– se baseiano fato de que os atuais movimentos populistas e extremistas de esquerda e de direita se estenderam ao mundo rural,ao contrário dos predecessores, que permaneceram circunscritos aos centros urbanos. "Os candidatostrotskistas, que, com seus discursos e cobrançasradicais, tantocontribuíram na demolição do Partido Comunista e no esvaziamento da candidatura de Lionel Jospin, tiveram expressivas votações no campo, assim como Le Pen, que ali "mordeu" parte considerável doeleitorado dedireita ede esquerda com suas promessas demogógicas numregistro quase semelhante". (AE) Jovens franceses

Discurso demagógico chega à área rural

Oanalista RenéRémond considera "aterradora" a derrapagem populistana França, representada pelo candidato de extrema direita JeanMarie Le Pen. Transpondo a análise para o quadro latino-americano, ele sepergunta se ovoto populistade diferentesconotaçõesideológicas, em geral concentrado nas grandes metrópolescomoSão Paulo, Rio, Buenos Aires, Caracas, Cidade do México, não estaria estendendo sua presença àszonas ruraisempropostas demogógicas de reforma agrária, demuitas vantagens a pequenos produtores.

Brasil recebe o segundo grupo de refugiados afegãos

Três famílias refugiadas do A feganistão chegaram ao Brasil. Na bagagem,trouxeram a esperançade reconstruir a vida, esquecer a fome e o clima de guerra do país.

Treze pessoas (três casais e seus filhos) buscaram primeiro abrigo na Índia. Partiram de lá direto para o Brasil. Eles vão morar em Porto Alegre, onde já tem até empregos arrumados.

"Antes dainvasão(da exUnião Soviética), a vida era boa noAfeganistão, masdepoisavida ficoudifícilefaltava até comida", disse o professor voluntário e comerciante Abdul Mugim Atbai, de 36 anos. "No início, se não fossem os russos, muitos de nós iríamos morrer. Mas, depois, ficou muito ruimcom eles". Segundo Atbai, a perspectiva de vida na Índia era também muito difícil.

Primeiro grupo – No último dia 12, O Brasil recebeu o primeiro grupode refugiados afegãos. Ele já está instaladoem PortoAlegre. Avinda de afegãos para a capital gaúchafoiviabilizado por um convênio do Alto Comissariado das Nações Unidas paraRefugiados (Acnur) com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgãovinculadoao ministério da Justiça, e com a Central de Orientação eEncaminhamento(Cenoe). A ONG vai cuidar daintegraçãodasfamílias à comunidade. (AE)

Chiapas– Depois de uma alusãoà controvérsia mexicanasobre aregião doChiapas,"ondecamponeses são seduzidos pelo comandante Marcos com idênticas promessas populistas", Rémond focaliza o caso brasileiro. "Peloquemedisseram figuras insuspeitas das esquerdasbrasileiras eque nãosão próximas do presidente (Fernando Henrique) Cardoso, o Estado tem muita terra devolutapara distribuiraoscamponeses e não precisaria se lançar numa política de desapropriações dealtos custose suscetível de entravar o aparelho produtivo no campo".

Otimismo – Cético quanto à determinação dos venezuelanose argentinos,"talvez por dificuldades circunstanciais,deconterema ameaça populista de direita e de esquerda, capazdeconduzira novas rupturas institucionais",o humanistafrancêsé, no entanto, otimista em relação ao Brasil. Eleacredita que a política exercida no Paíspelo presidente Cardoso põe o Brasil a salvoda tentação populista. "O problemaésaberseseu sucessor, seja qual for sua origem partidária, manterá os equilíbrios introduzidos por Cardoso na política,naeco-

nomia e na diplomacia." Sobrea possibilidadedea Frente Nacional, do candidato Le Pen, estender as atividadesà AméricaLatina, René Rémond acha que "talvez sob o impulso do sucesso pessoal naseleições presidenciais,Le Penqueira abrirnovasfronteiras para seu programa neofascista."

O Brasil, a Argentina, a Venezuela, a Colômbiae o México, já amargando seus tormentos extremistas,podem perfeitamenteabster-se do "lepenismo", que, por seu racismo congênito, nunca se adaptará às culturas mestiças dos trópicos, concluiu. (AE)

Aumenta o contingente de colombianos que deixam o país

Nunca tantos colombianos deixaram o paíscomo agora. O alerta é da Organização das NaçõesUnidas, ONU, que acredita que2002serámarcado peloêxododa população colombiana diante da guerra civilqueatingeanação.Em 40anos deconflitos, 2 milhõesde cidadãosforam expulsos de suas casas. Segundo asNações Unidas,desde janeirootrânsito de pessoas nas fronteiras tem se intensificado em comparação com os últimos anos. Panamá – Somenteo Panamá recebeu 1,6 mil colombianos entre janeiroe março e mais 3,2 mil foram para a Europa eEstadosUnidos. Venezuela eEquador sãoos

outros destinos dos colombianos. EmCaracas, cercade 400 colombianos pediram oficialmente asilo ao governo venezuelano nos três primeiros meses de 2002, número superiorao volumedetodos os pedidos registrados em 2000 e no ano passado. Destinos – No ano passado, quase 20 mil colombianos deixaram o país, mais da metade seguiram em direção à Europa e aosEstados Unidos. Outro país que recebeu colombianos foi Costa Rica. Segundo a Organização das Nações Unidas, a explicação para a fuga dos colombianos nestes últimosmeses é a existência de conflitos em regiões perto das fronteiras do

país,como emSantader,Nariño e Chocó. "Em alguns casos, a população tem apenas a opção de deixar a Colômbia", afirma umfuncionáriodas Nações Unidas. Um dos problemas enfrentados pelos colombianos que deixamo paíséo perigoque corrempara chegaraooutro lado da fronteira. De acordo comaONU, muitasvezes,a população éobrigada aatravessar a florestaamazônica para chegar ao país vizinho. Para a ONU, o Brasil ainda não está sendoo destino dos colombianos. Mas a organização alertaque seos conflitosnãoforem solucionados, o País poderá começar a receber refugiados. (AE)

Chile fecha acordo de livre comércio com União Européia

A União Européia,UE, e o Chile concluíram as negociações deum acordo delivre comércio, iniciadas em 1999. O anúnciofoi feito pelo comissárioeuropeu deComércio, Pascal Lamy, e a ministra chilena das Relações Exteriores,SoledadAlvear, nofinal dadécima rodada de negociações, que durou onze dias, em Bruxelas.

Oacordo seráassinadoem meados demaio,duranteo encontro decúpula doschefesde governodaAmérica Latina e da União Européia,

em Madri.Depoisdisso,ele ainda precisa ser ratificado pelos 15países-membrosda UE e pelo Chile. Acordo – O tratado prevê a liberalização do comércio entre a UEe o país latinoamericano, no valor de 8,6 bilhões de euros. Oseuropeus compram do Chile, principalmente, produtosagrícolas, e vendem máquinas e produtos químicos. Os prazosde liberalização das exportações serão mais curtos para a UEdo que para o Chile. Nosetor agrícola, a

aberturamútuados mercados ocorreráemetapas, nos próximos dez anos.

Mercosul – Pascal Lamy disseque oacordoé aconseqüênciapolítica de"umaassociação muito ambiciosa. Eleincorporauma áreadelivre comércio, um diálogo político e aspectos de cooperação extensiva’’, afirmou. Para ele,a liberalizaçãocomercial que a UE terá com o Mercosul será menor do que o pacto comoChile: "OChileémais aberto no comércio do que o Mercosul.’’ (Agências)

Analista não acredita na expansão da extrema-direita

René Rémond não acredita queo populismo extremista de direita tenha alguma chance de imprimir sua marca nas eleições legislativas de setembropróximo naAlemanha. "O chanceler social-democrataGehard Schrödercorre sério riscode perderaseleições para o partido conservador(CDU), massem propiciar aascensão dascorrentes deextrema direita,quesempre foram contidase ’digeridas’ nas formaçõesde direita regionais alemãs."

Neutralizar – O especialista francêsacredita quea Alemanha,a Espanhae aGrãBretanha adotaram mecanismos políticos e institucionais para neutralizar os movimentos extremistas, particularmentemais ativosàdireita, depois da desintegração, nos três países, das formações de esquerda.

"Mas, abemdaverdade", acrescenta, "épreciso destacaresse fato: a vitória de Le Pense deveu,de modogeral, menos àrepresentatividade deseu partido,a FrenteNacional, àsuaefetivaimplantação no País, do que ao fenômenocoletivo einorgânico de exasperação dos franceses de todas as tendências ideológicas ante a falta de diferença entre osprogramas da direita eda esquerda,após os5 anos degovernode coabitação Chirac/ Jospin".

Para ele, houve outras razões, como as relacionadas às demandas sociais não satisfeitas pelo governo socialista e recuperadas no discurso demogógicodeLePen,mas o essencial é que, pelo menos 30% doeleitoradoforam buscar nos extremos a identidade política respectiva, desnaturada ou perdida à direita e à esquerda. (AE)

Na Alemanha, aprovado cadastro anticorrupção

A Alemanha vai criar um cadastro anticorrupção para punir práticas ilegais de propina e de doações aos partidos políticos. O Parlamento emBerlim aprovouumalei, na sexta-feira, determinando que a firma que entrar na lista negra nãoreceberá mais encomendas públicas, seja no nível federal, estadual ou municipal. A iniciativa foi do ministro da Economia, Werner Müller, oúnico sem partidono gabinete do chanceler federal Gerhard Schröder, com o argumentode queaAlemanha nãoseriaumaRepública de banana.

Projeto – A medidafaz parte de um projeto de lei que proíbe encomendas estatais às firmasde construçãocivil quenão pagam ossalários previstos nosacordos coletivosde trabalho.Ela foiaprovado na câmarabaixa do Legislativo(Bundestag) pela maioria dospartidosgovernistas social-democrata (SPD) e Verde, mas ainda terá de passar pela câmara alta (Bundesrat), onde o governo não dispõe de maioria.

A oposição democratacristã,social-cristã eliberal argumentou nodebateno Bundestagque ascondições previstas prejudicam a concorrênciae geram desvantagens paraasfirmas doleste alemão,onde onível dossalários é inferior aos pagos na região ocidental.

Escândalo– A criação do registro defirmascorruptas foi proposta pelo ministro da Economia, duas semanas atrás, em meio a um escândalo de doaçõesanônimas ao SPD, em Colônia, supostamente parafacilitar aconstrução de um centro de incineração e tratamento de lixo. Aleié tambémuma conseqüência do escândalo de doaçõesàCDU, notempo em que Helmut Kohl era chefe de governoe presidia opartido democrata-cristão.

Uma ComissãoParlamentar de Inquérito investiga se o governo Kohl tomou decisões influenciado por propinas ou doações. O ex-chanceler admitiu ter depositado doismilhões de marcos de doações anônimas em contas secretas na Suíça. (Agências)

protestam contra discurso ultranacionalista de Le Pen, candidato a presidente da França
Daniel Joubert/Reuters

Safra de café pode bater

recorde em 2002/2003 e superar 42,9 mi de sacas

A safra de café do ano agrícola 2002/2003 pode ser a maiordetodosos tempos, superando até o recorde de 42,9milhões de sacasregistrado em 1987/1988.

Segundo a previsão da Companhia Nacional de A bastecimento(Conab), a produção deste ano deve ficarentre37 milhõese40milhões de sacas de 60 kg. Mas os tradersesperam resultado melhor. A ComeximExportadorae Importadora, de Santos (SP), projeta uma colheita de 45 milhões de sacas, e a Coimex Trading, de Vitória (ES), estima a safra em 49,5 milhões de sacas.

Preços – A excelente produção nacional entra no mercado em um momentode "transição" dospreçosdo grão, avalia opesquisador

Luiz Moricochi, especialista doInstituto de Economia Agrícola (IEA),da Secretaria de Agricultura de São Paulo.

Em maiode 1997,as cotaçõesinternacionais da com-

modity, que já vinham subindo há meses, atingiram o pico de US$ 3,18 por libra-peso na Bolsa deNova York.Os preços ascendentes estimularam o plantio e a oferta começou a crescer. Conseqüência:no ano passado, os preços alcançaram os piores níveis dos últimos 30 anos, de 41,50 centavos de dólar por libra-peso, aparentemente fechando um ciclo de baixa.

A crisede preçosprovocou abandono de lavouras de café no mundo todo, ou substituição por outras culturas. "Neste ano, a ótima produção brasileira compensará a diminuição da safra nessas regiões". Apesar disso, a oferta global de café em 2003 possivelmente será menor do que a demanda, iniciando um ciclo de alta, prevê Moricochi. O consultor José Milton Dallari, que foi secretário de AcompanhamentoEconômico doMinistério daFazenda, concorda. "As cotações internacionais não vão oscilar muito". (AE)

Exportações caem 13,9%, apesar do saldo comercial

Apesar do superávit da balança comercial, asexportações brasileirasapresentaram umaretração de13,9% noprimeiro trimestreno ano. Os dados – consolidados –foram divulgadosnasextafeira pelasecretáriade Comércio Exterior doMinistério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Lytha Spíndola.

Asvendas detodas ascategorias de produtos tiveram queda no período: básicos (7,2%), manufaturados (15,4%) e semimanufaturados (18,1%).O recuo ocorreutantoem termosdevalores – devido à redução de preços dos produtos no mercado internacional –, comoem quantidade.

Ospreços dos produtos brasileirosvendidos noexterior caíram 9,4% nos primeiros trêsmeses doano emrelação aoprimeiro trimestre de2001. “Estamos tendo

queda de preços, inclusive de manufaturados que não caíam”, disse Lytha.

A quantidade exportada caiu5,7%. Asvendas deprodutos manufaturados, que respondempor57,1% da pauta deexportação,sofreu uma queda de 10,2% de janeiro a março, enquanto os preços caíram6,6%.

Os semimanufaturados tiveram os preços reduzidos em 12,4%, e a quantidade, em 7,7%. Ospreços dos produtos básicos, que representa 23,1% das vendas ao exterior, caíram 11,1%, mas ao contrário dosdemais grupos aquantidade exportada subiu 3,5%.

quedada demandamundial, afirmou a secretária. Lytha apontou tambémproblemas específicos de produtos.

A secretária citou a redução dasvendasde aeronaves,o quereflete ocenárioadverso do setor de aviação, agravado pelos atentados terroristas de setembro.

A diminuição da demanda mundial, principalmente por aviões, foi um dos motivos do recuo no trimestre

Causas – Além da diminuição dos preços dos produtos no mercado internacional, outro motivo que levou à retração das exportaçõesfoi a

As vendas da Embraer, que têm grande peso napauta de exportação, caíram 28,2% nosprimeiros três meses do ano.

Entre os produtos básicos (por exemplo, soja, café e carbe), a retraçãodas vendas se justifica, segundo Lytha, pelo fato de, no primeiro trimestre do ano passado, os exportadores teremvendido assobras da safra de 2000.

Além disso,as exportações de grãos(especialmente, soja) ainda não decolaram. “Es-

tamosobservando um pequeno adiamento das vendas de soja. Há uma expectativa de que os preços subam. É um sinal de que os produtores estãoem condiçõesdesegurar os seusestoquesàespera de um preço melhor”.

Lytha apontou também fatores ligados àrenovação de acordos bilaterais paraa redução das exportações. Entre eles,citouos acordos automotivos assinadoscomo México eoChile,queestão sendo renovados. Acrise na Argentina é outro fatorque vem contribuindo para a queda. Noprimeiro trimestre, as exportações para o país encolheram 68,9%.

Mesmo coma diminuição nasvendas, ogovernomantém a previsão de superávit de US$ 5 bilhões para a balança comercial em 2002. “O governo não temnúmero diferente. Por enquanto está mantido”. (AE)

Inflação e juros devem manter mercado lento

O último índice inflacionário divulgadopelo IBGE mostra quea inflaçãopode estar voltando, aindaque de forma suave. Mas o mercado já começa a ficar preocupado.

As chances de o governo cumprir a meta de inflação para o ano podem ser reduzidas. Tambémdiminui a possibilidadede os juros voltarema níveismaisbaixos no curto prazo.

Uma inflação controlada,com jurosmaispalatáveis, é importante para o reaquecimento daeconomia interna.

Instabilidade – Na opinião de Fernando Mattos, professor de Economia Brasileira e de Economia Internacional da PUC de Campinas, o movimento de retomada da economia mundial dá novos sinais de consistência. Mas o investimentodo setor privado brasileiro naprodução não deve aumentar tão cedo.

Omotivoé oclima de instabilidade econômica gerado pela incerteza quanto àredução da taxade jurospor partedoBanco Central.

Essa incerteza ganhou forçaapós adivulgação,na últimaquinta-feira, daAta doCopom. OBancoCentral citou aalta da inflação como um dos motivos que preocupam atualmente o governo.

A explicação doBanco Central reduziu a expectativa do mercado de que novos cortes na Selic poderiamvirmaiscedo edeve aumentar a cautelados investidores.

A caminho – Se a recuperação domercado mundial

está a caminho,os Estados Unidospodem lideraresse movimento, segundo Mattos.

OPIB norte-americano, divulgadona últimasemana, cresceu 5,8%no primeiro trimestre.

A retomada para cima da economia dos Estados Unidos é importante para a economia mundial devido ao peso elevado que ela tem na economia de outros países. Como na do Brasil, que pode serbeneficiadocom um volumede exportações maior.

Mais exportaçõessão sempre bem-vindas. Engordariam a balançacomercial brasileira,que já perdeu entre 50% e 60% de seu volume com acrisena Argentina.

Economia engessada –Masumvolumemaior de exportações não deve, sozinho, animar omercado financeiro. É preciso lembrar queparteda recuperação norte-americana veio da redução dos juros e do corte de impostos.

Portanto, oBrasil,com medo de uma volta da inflação, ainda deverá ter dias de instabilidade no mercado. Équeosjurosaltos não engessaramapenas os negócios no varejo e as operações decrédito –que jáandavam baixas porcausa do achatamentoda massasalarial e do aumento da taxade desemprego. "O mercadoficou desorientado e os investidores sem rumo com a decisão do Banco Central defrear o corte dos juros", diz Fernando Mattos.

Roseli Lopes

OPINIÃO

Johny

Dólar: tendência é de alta

"O câmbio poderá subir nesta semana em parte pelas declarações do presidente doBanco Central,Armínio Fraga, de que o Brasil não está totalmente descolado da Argentina. Mas isso não quer dizer que o mercadodevaviver sobressaltos nem quetrabalhará muito tempo com aalta.A liquidezdo mercadodecâmbio ainda é baixa, o que faz com que a moeda fique suscetível a operações de compra e venda com volumemaior. Duas ou três operações de venda da moedano mercadopoderão ser suficientes para fazer comque o dólar volte aum patamar razoável, deixandoomercado mais tranqüilo.

Johny Kneese é diretor de operações de câmbio da Levycan Corretora

FIQUE DE OLHO

•Atenção investidoresquetêmpapéisdeempresas do setor elétrico:a Comissãode ValoresMobiliários, CVM, determinou a republicação dos balanços das empresas AES Tietê,Celesc,Duke Energy,CEEEe EnergiaPaulistaParticipações. Motivo: informações incorretas.

•As bolsas não funcionam na quarta-feira, feriado.

AGENDA ECONÔMICA

• IGP-M – A Fundação Getúlio Vargas divulga nesta segunda-feirao ÍndiceGeral dePreçosMédio referenteao terceiro decênio.

Balança comercial– Sai hoje o resultado semanal da balança comercial brasileira, divulgadopelo Ministériodo Desenvolvimento.

Índice deDesempregonosEUA– Seráconhecido, na próximaquinta-feira,dia2,o númerodepedidosdeseguro-desemprego. Oíndice dáuma idéiade comoanda o nível de atividade econômica norte-americana.

SPB: os fornecedores vão

somar esforços com varejo

Parceiros do comércio, muitos fornecedores já falam em ajudaro varejoa manter seu fluxo de caixa equilibrado durante o período de adaptação do setor, ao novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB.

Fornecedores dizem estar dispostos a flexibilizar prazos de pagamento e trocar duplicatas por cheques pré-datados, como alternativa para esticar o vencimento da fatura e não provocar os descasamentosentre recebimentose pagamentos.

Segundo Oscar Attisano, diretor-executivo da Associação Brasileira de Atacadistase Distribuidores, Abad, que atua como intermediário entre a indústria e o comércio na distribuiçãodeprodutos de higiene, limpeza, perfu-

maria, bebidas e alimentos, o varejonão terágrandesproblemas em relação aos fornecedores.

Disposição– "Es tam os dispostos a ajudar o comércio naquilo que for necessário para reduzir o impactoque o novo Sistemade P a g a me n t o s Brassileiro poderá trazer em seu fluxo de caixa", dizAttisano.Ele frisa que o fornecedor deve cumprir sua missão de prestador de serviço.

Abad: "Estamos dispostos a ajudar o comércio no que for necessário para reduzir o impacto do novo sistema"

com problemas em seus fluxos de caixa. É que o dinheiro dasvendas, distribuído em pequenos valores, vai entrar aos poucos, enquantoa dívida com o fornecedor, que costumaser acimadeR$5 mil, vai sair daconta do varejistano mesmo dia.

quantoaos prazos atuais de recebimento",diz. Segundo Passos, o fornecedor que não forflexível perderáparaa concorrência.

Momento difícil – Na Bergamo, umadasmaiores do segmento demóveis doPaís, a disposição de ajudar o pequeno comerciantetambém existe.

O novo SPB, que prevê a liquidação em tempo real e onlinedetodas astransações com valor igual ou superior a R$ 5 mil, a partir de agosto, ameaça deixaro comércio

Cliente manda– Para Rosinaldo Passos, gerente de vendas da Agomes, empresa com sede em Salvador, naBahia, fornecedora de material para escritório, como artigos de papelaria,alémde armarinhosebrinquedos, dizqueo cliente, no casoo varejo, está em primeiro lugar.

"Com certeza haverá de nossa parte uma flexibilidade

De acordo com a área financeira da empresa, oSPB pegou as companhias em um momento conturbado, em que o créditoestá caro e escasso, justamente quando elas mais precisam de caixa. Por isso a possibilidade de darem amão ao varejonão está descartada. Pelomenosno períodode adaptaçãoaonovo sistema.

Fundos multicarteiras rendem mais

Você é do tipodeinvestidor que gosta de correr risco, mas está um pouco cansado do desempenho da Bovespa nos últimos tempos? Tente os fundosmulticarteiras. Estas aplicações são indicadas para osmais ousados,comvisão de médio e longo prazos. A diferença é que, ao contrário dos fundosde ações, cujas carteiras são compostas apenas de papéis, os multicarteirastêm emseuportfólio renda fixae câmbio, além da renda variável.

Mix– Comummix deativos a probabilidade de o investidor perder émenordo que se estivesse aplicado ape-

nas na bolsa. Veja só: a bolsa acumula uma queda de quase 3% neste ano. No mesmo períodoosMultimercado ganharam 4%, de acordo com a Thomson Financial Brasil. Estes mesmos fundos conseguiram, nos últimos seis meses, desempenho muito próximo ao do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).Nos últimosseismeses,oCDI acumulaumavariação de 8,78%. Os multicarteiras ganharam 8,25%. Vantagem – A grande vantagem está nadiversidade de ativos em sua carteira, segundoBruno Joséda Silva,diretordeMarketing da

BMG Asset Management. Outra vantagem apontada ppelos analistas de mercado é queestes fundossão bons quandoa bolsaperde ou quandoelaganha. Isso porque oadministrador tem mobilidade e pode aumentar ou diminuir oporcentual de cada tipo deativo dentroda carteira. Jogo de cartas – Se o gestor do fundo achar que a bolsa vai subirele podeaumentar sua posição em ações e conseguir aumentaro ganho do fundo. O mesmo faz com o dólar e os papéisde renda fixa.É como se fosse um jogo de cartas, em queele pode ir

Analistas prevêem um lucro 6% maior para o Banco Santander

O lucro do banco espanhol Santander, que noBrasilé o controlador do Banespa, deve crescer cerca de 6% no primeiro trimestre deste ano. Mas as estimativas dos analistasvariam maisdoqueo usual, devido adiferenças de expectativas quanto ao desempenho das operações domésticas e o impacto da América Latina.

Analistasconsultados pela Agência Reuters previram, em média, um lucro líquido atribuível de 709milhões de euros no banco espanhol.

As receitas de intermediaçãofinanceira, porsua vez, devem aumentar 6,1%, para 2,56 bilhõesde euros,e olucro operacional deve crescer 13,3%, para 1,58 bilhão de euros.

Espanha – Aexpectativa é de que o crescimento das operações tenha diminuído junto com a desaceleração da economia espanhola. "Nós achamos que a tendência dos negócios domésticosvaiser mais ou menos, com volumes baixosepressão sobremargens, com menores receitas líquidasdejuros", disseum analista de um banco estrangeiro. "No anopassado, osnegócioscrescerame, nesseano, vai ser o contrário, principal-

mente devido à desaceleração econômica", completou. Outroponto deinterrogação éo desempenhodo Santander na AméricaLatina. O banco espanhol operana Argentina, Venezuela, México, além do Brasil.

Argentina – Analistas esperamque os resultados do Santander naregião sejam afetados negativamente pela criseeconômica argentina, onde o banco tem entre 4% e 5% de seus investimentos. Em menor parte, o desempenho tambémdevesofrer com as turbulências políticoeconômicas na Venezuela. Mas oBanespaobteveum bom lucro no primeiro trimestre, que saltou 411%, comparativamente aos três primeiros meses de 2001. O resultado foi impulsionado por uma forte reduçãode custos.

O banco apurou lucro líquido deR$ 526,3 milhões entre janeiro e março deste ano, em relaçãoaos R$ 102,9 milhõesdomesmo período do ano passado.

Intermediação– As receitas da intermediação financeira, no entanto, tiveram um crescimento bem mais tímido, depoucomaisde10%.

Foram R$ 1,19 bilhão no primeirotrimestre, emcompa-

ração a R$1,08 bilhão registrado nostrês primeirosmeses de 2001.

Grande parte do aumento do lucro deveu-se a uma economia de quase 60% registrada nas depesas operacionais.

Despesas – Entre janeiro e março de 2001 o Banespa teve despesas deR$618,8 milhões, que recuaram para R$249 milhõesno mesmo período de 2002.

A maior parte da economia foi nas despesas com pessoal, que caíram para R$ 254,5 milhões, menosda metade dos gastos de há um ano.

Funcionários– Desde a privatização o Banespa reduziu o número de funcionários em 29%, para cerca de 16 mil empregados.

No final do ano passado os funcionários remanescentes assinaram um acordo coletivoquegaranteos empregos até outubrodeste ano, em troca demedidas quesignificam, naprática,o congelamento dos salários.

Em todo o ano passado, o primeiro em que esteve inteiramente sob a administração doSantander,o lucrodoBanespa foi de R$ 1,09 bilhão, quase 84%dos ganhoslíquidostotaisregistrados pela grupo Santander Banespa no Brasil. (Reuters)

substituindonamedida em que as vantagens aparecem. "O investidor pode aproveitarasoportunidades queo próprio mercado aponta", diz Silva.

Atenção – O ganho, como em qualquer outro fundos de investimento, vai depender da estratégiado adminsitrador. Por isso convém o investidor, antres de aplicar, informar-se sobre a estratégia do fundo.

Desempenho passado, comoregra,nãoé garantiade ganhos. "Mas é preciso observar o comportamentodo fundo nos últimos 12 meses", diz Bruno. (RL)

BNDES defende aporte financeiro na Globo Cabo

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, Eleazar de Carvalho, voltou a defender o aporte financeiro dobanco naGlobo Cabo.Isso mesmodepoisdo anúncio extraoficial feito nos EUA dequea Microsoft, também acionista da empresa,não deveráparticipar do aumentodecapital. Fontes da Microsoft dizem quea companhia não irá injetar recursos na Globo Cabo.

Dizendo inicialmente que "o que tinha a falar sobre Globo Cabo foi faladoem audiência pública", Carvalho argumentouqueopapel do banco é o de fomentar a indústriabrasileira ausaro mercado de capitais.

Risco – "É uminvestimentoquetem deser olhadodo ponto de vista interno. Se está adequadamente colocando em equilíbrio a questão de risco e retorno. A participação acionária é um investimento de risco. Mas achamos que háganhoeretornona operação da Globo Cabo." Mas esquivou-sedecomentar adecisãodaMicrosoft. "Cadaacionista tomaa decisão de acordocom sua estratégia. Nós achamos que é um investimento com perspectiva de retorno."

Kneese*
Roseli Lopes

ANÁLISE João de Scantimburgo

Arábia

Saudita e os EUA

O príncipeAbdullah, herdeiro dotronosaudita,foi claro aopresidenteGeorge Bush: os Estados Unidos têm de moderar seu apoio a Israel, a fimde quetenha umparadeiroaguerra queenlutalares e mancha de sangue a Terra Santa, pelasmesmasruas porondeandou, nasuapregação terrena, Jesus Cristo, filho de Deus. O príncipe Abdullah procurou o presidente dos Estados Unidos para chamá-lo ao bom senso, que é esse, o da moderação pedida.

Dir-se-á que a Arábia Saudita é nada perto dos Estados Unidos,como poderio bélico. Efetivamente, num dia de batalha, os Estados Unidos destruiriam todaaArábia Saudita, fazendo os sauditas atuais voltar parao deserto e às tendas dosbeduínos. Acabaria o reino fundado por Ibn Saud e conduzido, até hoje, por seus descendentes, segundo alei doProfeta, istoé, com muitas mulheres,muitos príncipes e a posse das terras santas do Islão.

Mas oqueopríncipeAbdullah levou aWashington e, com ele, pediumoderação ao presidente dos Estados Uni-

dosedomaiorarsenal de guerra do mundo, foi uma arma que os americanos têm de respeitar,pois quedelaprecisam para manter em ação sua poderosaeconomia: opetróleo.AArábiaSaudita éa maiorprodutora depetróleo do mundo e dispõe, ainda, de bilhões de barris, debaixo da terra, para serem explorados. Comesseargumentoé de esperarque opresidente George Bush venha a ser moderado e consiga de Ariel Sharon e de Yasser Arafat um entendimentodefinitivo, ou tantoquanto possíveldefinitivo, para que seja, enfim, criado um minúsculo Estado Palestino,com bandeira,hino e diplomacia, representação nos organismos internacionaisetudo oquesignifica umEstadosoberano. Nãoé difícil para George Bush. Bastaquerer, queAriel Sharone Yasser Arafatacabarão apertando pelaenésimavezas mãos, só que, desta vez, com mais força e para ficar.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras – e-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Uma usina de idéias

José Police Neto

O cientista político italiano Giovanni Sartori afirma em seu livro A Teoria da DemocraciaRevisitada que"nenhum outro empreendimento do homem dependeu de forma tão acentuadada força das idéias"e, portanto, "denossa capacidadede empregá-lase de nossa habilidadeno domíniodo mundo simbólico". Mas,diz ele, nãobasta ter idéias,mas éprecisoacreditar nelas e em seu valor, sem o que, dizSartori, "ficadifícilcompreendercomo umarealidade democrática pode sobreviver de forma decente". Nós vivemosemummomentonoqual asvelhasformas de fazer política já estão se esgotando. Oexercício da cidadania encontra muitosoutros nichos onde se alojar e não selimitando a refletir coloca em prática idéias novas e soluções criativaspara fazerfrente aos problemas,grandes epequenos, que cada comunidade enfrenta.

Talvezainda sejacedopara dizer quais serão os componentes desta nova forma de fazerpolítica,masuma coisaé certa,nelaos cidadãosnãoserãomeros espectadores,mas sim atores efetivos.Seu palco se limita cada vez menos às instituições oficiais e partidos, pelo contrário vai se expandindo paraterrenos eáreasnovas. Também não se limitaa lamentar e reclamar, esperar que o Estadoresolva todosos problemas. O novo cidadão não vacila em fazer o que pode em v ezde ser apenas elemento passivo.Portodo oPaísépossível enxergar os mais diversos movimentos neste sentido através de ações comunitárias nas quais sebusca resolver problemas através da criatividade e dasolidariedade. Estas duas palavras-chavesindicam os novos rumos que a política, em seu sentido mais amplo e mais adequado, irá tomar. Gostaria de chamar a atenção para o fato de que se trata de um movimento que, ao contrárioda maioriadosoutros na história do País, nasce nas bases,nas comunidades, não é algo imposto ou dirigido de cima, mas algo que natural-

Talvezpor considerarmatéria insignificante a mídia deixou de dar omerecido destaque apronunciamento dehora e meia feito por Lula perante cerca de mil estudantes na Universidade Católicade Brasília, situada em Taguatinga (DF). Entretanto, poucas manifestações públicas revelam com maior limpidez o que Lula tem na cabeça. E,pior do que isso,sua ingenuidadepolítica e despreparo para o cargo.

Segundo o noticiário ele admitiuseureceio devirasofrer um golpe militar,caso vença as eleições, e ad cautelam já preparavasua reação esperando que os estudantes tivessem coragem desairàs ruas para repô-lo no cargo! Comentando adeposiçãoe reposição de Chávez na Venezuela, disse que se lá houvesse um PT a deposição não teria ocorrido. Mas, neste caso, comoo Brasiltem umPT, como seexplicao delíriode se ver deposto por um golpe militar, antesmesmo de ser eleito e empossado?

mente vai brotando, talvez comofruto doamadurecimento da nossa cultura política. Enquanto os meios políticos tradicionaisvivem àbeiradaquela crise de idéias de que fala Sartori, muitas vezes apenas reciclandovelhos projetos comrótulos novos, as comunidades eo chamadoTerceiro Setor avançam, trazem novas pessoas para a vida política –mesmo quando eles não sabem que estão fazendo política – e, principalmente, resolvem problemas. MarioCovasconhecia bem opotencial destes doisconceitos –criatividadee solidariedade. Ele não só procurava estimular a solidariedadeporque sabiaqueninguém melhor que a própria comunidade para resolver seus problemas, como também gostava de dizer como muitas vezes problemascomplexos quedesafiavam seus técnicos podiam serresolvidos ouvindo-seo que aprópria comunidadetinha a propor como solução. A BR-101– RodoviaMario Covas –é umaespinhadorsal do País, como a criatividade e a solidariedade sãoasespinhas dorsais desta nova forma de fazer política que está emergindo do BrasilModerno,queteve, por suavez, como umadas espinhas dorsais Mario Covas. Assim, estou absolutamente certo que o Projeto BR-101 –que vai mapear ao longo de toda a rodovia as iniciativas de açãocomunitária– será ele próprioum eixoem tornodo qual a cidadania se aperfeiçoará ese desenvolverá,enriquecendo-se com a troca de experiências fomentando a criatividade de todoscoma base de conhecimento que ela gerará e estimulando o enfrentar de desafios com a solidariedade que elaestimulará. Esteprojeto tem todas as condições para se transformar emuma Usinade Idéias que transformará a energia gerada pela solidariedade em soluções inovadoras para espalhar ao longo de todo este eixo do País as sementes de uma nova,maisconscientee mais madura cidadania.

José Police Neto é coordenador executivo do Núcleo de Ação Comunitária da Fundação Mario Covas.

O risco da vitória do PT nas eleições presidenciais não se achano seusocialismorevolucionário, que há muito tempo deixou de ser revolucionário esocialista.Podehaver coisa mais light doque ogovernode uma so cialite c uja campanha foi em grande par-

te financiada por empresários dolixo? O grande risco está no primarismo e despreparo de seus quadros. Por outras palavras,o risco doPT não é o esquerdismo, mas a burrice crônica dasesquerdas brasileiras. Com raríssimasexceções– entreelasa deFHC,ex-ativista aquieem Nanterre (esqueçam tudo o queeu disse), elas nãotêm conseguidoengajarse não intelectóidesde segunda classe e espertalhões de primeira –para nadase falarde extremistas quepor palavras e atos violam a ordem que dizem querer aprimorar. No pronunciamento de Lula há outro aspecto revelador da realidade petista.E é que no fundo,a despeitode todosos esforçosque seuspróceres vêm empregandopara lightizar sua linguagem, na intimidadede seupensamentonão conseguiram se desfazer da visão ideológicaque possuem da economiae dapolítica dadapelo velhomarxismo. Afamosa injustiçado capitalismo e sua solução pela luta de classes. Sentindo-se emcasana Univers idade Católica,Lula se deixouempolgar pelasinceridade,desnudando porinteiro sua perigosa ingenuidadee despreparo político.

Benedicto Ferri de Barros

Nova realidade financeira

Altair Assis

B ancoCentral, Câmarasde Compensação e instituições financeirasadotaram,a partir de 22 de abril, o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro).A nova infra-estruturafinanceira nacionaltraz profundas mudanças, no que se refere ao trânsito de recursos entre empresas e bancos, e pode alterar significativamente oposicionamento das instituições no mercado. Asempresas competentessuportarão amudança com direitoà comemoração. Aquelas quenão compreenderemos impactos decorrentes do SPB ficarão assistindo à festa da arquibancada. Sem o SPB, as transações interbancáriaseram efetivadas de um dia para outro ou em até 48 horas, como é o caso do Doc entre bancos diferentes. Desde de 22 de abril, sob a nova infraestrutura decomunicação padronizada(queé oSPB), os clientes eusuários optampela transferênciaimediata interbanco (Doc online). As transações bancárias acima de R$ 5 mil devemobrigatoriamente migrarde cheques,Docs eoutrosinstrumentos,que exigiam compensação ao final do dia,parao sistemadeliquidação instantânea, atravésda TED (Transferência Eletrônica Disponível). Aquelatradição defazer compras para cobrir a dívida a posteriori, com cheques de terceiros, deixará de existir. Só vai comprar quemtemo direito ouo dinheiro defato, pois o sistema não permite nenhuma transação sem fundos. Tudo aconteceno atoda compra.Se tiver fundos, ocliente leva a mercadoria. Se não tiver, deixa para comprar quando puder. A regra parece dura, mas o SPB"dá aCésar oqueé deCésar", não permitindo roletas financeiras existentesno passado. O SPB é implacável com os fantasmas. Valem a seriedade e a transparência.É oBrasil ganhando confiabilidade junto à comunidadefinanceira internacional.Por tudoisso,temos de ser solidários com o SPB.

Naturalmente,as mudanças acontecemde forma gradativa.Nas transações abaixo de R$ 5 mil, o cliente continua, casodeseje, comodireito de utilizar a rede de compensação tradicional.

De qualquermaneira, oSPB exige extrema atenção. Ao comprar, todos devem adquirir artigosconforme suas posses. Transações sem qualquer lastro são acusadas imediatamente pelo sistema. Épreciso analisar custos, as verdadeiras necessidades,refletir. Onovosistema, não permitindo operações de alto valor sem lastro, faz uma seleção natural dos inadimplentes – a maior inadimplência ocorre nas camadasmédias enão nas menos favorecidas. O vendedor faz sua escolha de acordo com o histórico do cliente, para vender mais e com maior segurança. Ficaum conselho:vender para empresas sólidas e ajudar as empresas insolventes com informação.

Para quem trabalha com crédito, é o Nirvana. Transparência sempre foi a base do sistema, que fará o filtro inicial. Para salvar os maus pagadores, as empresas devem trabalhar com informação e consultoria, eexplicarao clienteanova conjuntura, além de intermediar constrangimentos com os credores (bancos),de modoa manter a fidelidade da clientela.Emrelação aoscartões,nadadevemudar a curtoprazo, mesmo porque são relações cobertaspor contratosexistentes que não têm ligação imediata com o novo SPB. A relíquia chamada moeda fica mesmo muito mais preciosa. Refletecadavezmaisa competênciadequem apossui, de quem tem valor agregadoe algoaoferecer. Eliminaa ciranda financeira e traz credibilidadepara osistemacomo umtodo.Mudamas relações comerciais, amédio prazo, e deixade existirespaço paraos aventureiros.

Altair Assis

é diretor de Negócios na Área Financeira da Novabase do Brasil

Leia na íntegra Grande Paulo Saab:meu nomeéNélio, sougerentede vendas,formadopela vida e assinante do Diário do Comércio . Sendo sincero, não sou leitor assíduo de suas matérias mas,quando possoler, confesso quegosto do que você escreve. Você diz que quando tiver interesse em escrever podemos usar seu email eé oque estoufazendo. Você já deve estar "careca" de tantoreceber e-mailquefala sobre as falcatruas, roubos e outros adjetivos de nossos políticos, delegados de polícia, policiais, juízes de direito e agora mais do que nunca os "malabarismos eróticos" de nossoschefes religiosos.O assuntoé sobre apróxima eleição para presidente de nosso amado, querido e abandonadoBrasil (ainda sou patriota). Sou literalmente apolítico, nãogosto, não apóioe não doue nunca dei meuvotoparanenhum político. Talvezesteja atéerrado, mas minha consciência não permite que eu dê apoio ou voto para quemnão fará nadapelonossoPaís (vejaa educação,saúde, desempregoetc)nem pornóse,especialmente, por mim, que sou um trabalhador e um "grande filho daluta",masusaráo cargo emproveitopróprio como temos visto. Tenho minhas opiniões sobre política e políticos e, entreos candidatos(ai!!) ànossaPresidência

queaíestão, nãoconsigover umqueseja nem"menos ruim".Vejamosas prévias eleitorais que o Ibope tem divulgado (eu nunca vi um pesquisador do Ibope). Nosso povo, eleitor,é malinformado e acima de tudo tem memória curta, digo isso porque o Lula (nadapessoal,mas se for eleito afundará de vez o País) que lidera as pesquisas e outrosmais nãotêmpreparo para ser presidente de uma República (a nãoser de estudantes... quem sabe). Imagineumagrandeempresa que coloca na presidência alguém que nunca exerceu função ou cargo similar (caso de Lula) e sem nenhumconhecimento ouexperiência. Essaempresa vai paraa "cucuia",a nãoser que dê sorte, mas o Brasil não pode dependerdesorte.Segundo os veículos de comunicação o Lula nunca trabalhou (apesar de ser do Partido dos Trabalhadores (foi operário, nota do colunista) e nunca exerceu cargo político, que eu saiba ( foi deputadofederal, nota do colunista). Ele tem experiência em incitar greves, coisa de anarquista e pergunto como umhomem deste se atrevea pretender ser presidente de um país como o Brasil?Lulaéocioso. Nadapessoal contra o Lula e você pode até ser eleitor dele, mas estou indignado com as injustiças e estourevoltado. Desculpese tomei seu tempo. Grande abraço. Nelinho".

P. S .
Paulo Saab

Para Serra, exportação é prioridade

Candidato tucano acredita que o melhor desempenho da balança comercial leva ao crescimento sustentado da economia

O pré-candidatodo PSDB à Presidência da República, senador José Serra, fez ontem uma crítica ao "pesquisismo", que considerou uma doença infantil do processo eleitoral; prometeumanter "acasa arrumada" –referindo-seàestabilidadeda economia – mas com crescimento econômico sustentado pelas exportações e substituição de importações.

O discurso foi dirigido para mais deoitocentos empresários, dirigentes de entidades de classe e políticos, reunidos pela Associaçãodos Dirigentes deVendaseMarketing (ADVB), no clube Monte Líbano, em SãoPaulo. O FórumADVBestá promovendo encontro comtodos os presidenciáveis. Em contraponto ao "pesquisismo", José Serra propôs o debate de teses e idéias.

Presente aoencontro, AlencarBurti, presidente da Federação das Associações

Comerciais do Estado de São Paulo, Facesp, e Associação

Comercial de São Paulo (ACSP), disse que está ouvin-

do atentamente a proposta de todos os candidatos,para fazer uma avaliação em cima de um projeto para o Brasil. Crescer – Serra deixou claro que o Brasil precisa entrar numa etapadecrescimento para gerar empregos e reduzir as desigualdades sociais no País.Eleacredita queé possível fazerisso, "mantendo a casa arrumada", que deve se apoiar em três pontos básicos:austeridade fiscal, câmbioflutuante e metas de inflação. Lembrou o casoda Argentinaque, aoingressar no processode globalização, "acreditou nas medidas e certezas dos outros". Alertou os empresários que se esses fundamentos econômicos não forem preservados "o Brasil poderá andarpara trás". Aalternativaparao crescimento sustentado, segundoSerra,chama-se exportaçõesesubstituição de importações. Os juros altos, disse, deve-ao déficit em contas correntes(balançacomercial e de serviços), na casa dos 4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Lula cresce na pesquisa de intenções de votos

O pré-candidatodo PT, Luiz InácioLula daSilva, subiu de 32,1%, de março, para 37,9% nasintenções devoto em abril, revela pesquisa CNT-Sensus.O mesmolevantamentomostraa queda na intenção de votos para o pré-candidato do PSDB, José Serra, caiu de 19,1% para 16,1%.

O pré-candidato do PSB, A nthony Garotinho, também recuou na pesquisa estimulada de19%para15,2%.

O pré-candidato doPPS, Ciro Gomes,subiu de9,7% para10,5% e Enéas, doProna, caiu de 2,9% para 2,4%.

Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, a pesquisa mostra que Lula ganhou partedos votosque em março estavam sendo destinados aSerra ea Garotinho. "Isso pode ser resultadoda exposição de Lula na mídia e também do seu posicionamento emrelação ao MST (Movimento dosTrabalhadores Sem Terra)".

Silvio Santos – Nessa atual

rodada da pesquisa, feita mensalmente pelo Instituto Sensus paraa Confederação Nacional dos Transportes, pela primeira vez foi apresentada uma opção em que o empresárioeapresentador de TV Silvio Santosaparece como candidato do PFL. Nessa opção, a preferência pelo pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, baixoude 37,9%para30,5% eo apresentador Silvio Santos ficou com 17,8% dos votos. Neste caso, a preferência pelo pré-candidatodo PSDB recuou de 16,1% para 13,6%; para Garotinho, de15,2% para 12,9%; para CiroGomes, de 10,5% para 8,8%; para Enéas, de2,4% para 1,4%. Onúmerode indecisos, brancos e nulos também diminui de 18,2% para 15,12%.

Segundo o presidente da CNT,ClésioAndrade,a inclusão do nome de Silvio Santos nas pesquisasmês atende a uma solicitação da imprensa e não do PFL. (AE)

Malan quer discursos "racionais" de candidatos

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disseontem que vai continuar cobrando "um mínimo de racionalidade" no discurso dos candidatos à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso eque faráisso comapreocupação de que aeleiçãonãoprovoque turbulências que possam causaralgumdanoà economia do País.

Malan observou quefoi mal interpretado quando começou a chamar a atenção para alguns fatos e idéias que, se prosperassem,poderiam trazerparao atual governo

Para Serra, é preciso aumentar a competitividade interna e externa dos produtos primários eindustriais.Ele pretende estimulara instalação de uma indústria de componentes eletroeletrônicos no País, setor responsável por um déficit de US$8bilhões na balança comercial.

Mercosul – Para aumentar as exportações, Serra defendeu 4 ações pontuais: centralizar as decisões de comércio externo,desonerar asexportações, desenvolver nas empresaseno Paísamentalidade exportadorae usaro peso políticodo Brasilparanegociar acordos bilaterais, inclusive, os que são impedidos pelo Mercosul. O pré-candidato defendeu o Mercosul, mas enfatizou que não abandonou algumas antigas críticas. Por exemplo, écontrametas consideradas excessivamente ambiciosas para umespaço detempo muito curto. "A União Européialevoumais de20anos para se consolidar".

Sergio Leopoldo Rodrigues

Presidenciáveis

mostram propostas a trabalhadores

Opré-candidato doPTà Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse considerar-sea únicapessoa do Paíscapaz de realizar uma amplareforma agrária de forma negociadae sem conflitos. "Tenho experiência no movimentosindical. Sou a única pessoa nesse País a fazera reformaagrária sem umamorteouocupação de terra, só na base da mesa de negociação", afirmou, durante o seminário sobre emprego etrabalhoorganizado pela Força Sindical, em São Paulo.

Também participaram do seminário os pré-candidatos José Serra(PSDB),Ciro Gomes (PPS) e Anthony Garotinho (PSB).

Proposta – Lula defendeu ainda a busca de mecanismos de geração de emprego, com a desoneração dosetorprodutivo e das exportações, paraque oPaíscresça empatamares suficientes para reduzir suas distorções sociais.

JáSerra dividiuemtrêsas questõesprincipais aserem enfrentadas pelo próximo presidente: asegurançado emprego, asegurança contra aviolência easegurança quanto ao futuro.

Ex-governador

da Bahia defende juros menores e menos impostos

O ex-governador da Bahia, CésarBorges, defendeu ontem durante palestranoFórumdos JovensEmpresários da Associação Comercial de São Paulo, ACSP, a adoção de uma política de desenvolvimento regional, a reforma tributáriae aredução dastaxas de juros.

Segundo ele, o Brasil continua prisioneiroda inflaçãoe de políticas para combatê-la, como o aumento das taxas de juros. "Ninguém quer a volta dainflação,mas éprecisoa retomada do crescimento", disse Borges.

Dívida – O aumentodos juros levou a dívida brasileira a saltar nos últimos anos para US$ 680bilhões."Anualmente,o País tempagosomenteemjurosUS$90 bilhões", destacou.

Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São PauloedaAssociação, concorda com a necessidade de se aprovara reforma tributária e areduçãodos juros."Se a carga tributária tem queser esta, pelo menos o governo poderia reduzir a carga burocrática, simplificando o sistema", disse.

Borges criticou o aumento dacargatributária através das contribuições, como a CPMF, o PIS e a Cofins que ficam somente com o governo

federal. Apesar dospesados impostos, o executivonão tem ampliado os investimentos em infra-estrutura, saúde e educação.

Borges destacouo crescimento da pobreza a uma taxa de 5% ao ano. O desemprego pulouno Paísde5,4% em93 para entre 7% e 7,5%.

Regional – Para Borges,o totalde investimentosdoFinor(programa definanciamento do Nordeste),que era da ordem de R$ 500 milhões porano,hoje malsuperaos R$ 100 milhões. "O Nordeste tem 30% da população brasileira e recebe apenas 12% dos recursos do BNDES", disse.

Em sua opinião, épreciso repensaro modelodedesenvolvimentoregional, para preservar o pacto federativo.

Borges informa que a Bahia hoje éadimplente etem credibilidadejunto aorganismosfinanceiros nacionais e internacionais."Estão sendo investidos US$ 2 bilhões em projetos para desenvolvimento da estrutura social".

O ex-governadorinforma que a política deincentivos fiscais na Bahiavisaapenas combater as desvantagens do estado,longe domaiormercado consumidor ede custos mais altosdeprodução, em razão daescalae denãoter mão-de-obra treinada. "Estamos trabalhando na diver-

sificação do nosso parque industrial", destacou, lembrando ainstalação na Bahia de empresas portuguesas, italianas,daFord edaindústria calçadista. Somente a Azaléia significou 5 mil novos postos de trabalho e deverá gerar outros 5 mil empregos.

Segundo oex-governador, nos últimos anos a Bahia atingiuo equílibriofiscale gasta,no máximo,45% dos recursos com a folha salarial. Os custos operacionais da administração do estado caíram de 17% para 14% da receita líquida e os investimentos aumentaram. Estão sendogastosUS$ 1,7bilhãoem obrasde infra-estruturae apoio às empresas. Participaram do encontro oex-governador deSãoPaulo e membro do Conselho SuperiordaAssociação, Paulo Maluf,opresidentedo Fórumdos JovensEmpresários da Associação Comercial, Marcus Abdo Hadade, e o vice-presidente, Abdo Hadade, entre outros empresários. Também marcaram presença representantesde lideranças de jovens da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp; da Associação Paulistade Supermercados, Apas; e da Fundação Armando Alvares Penteado.

alguns prejuízos em razão das perspectivasquanto aopróximo governo. Elogio – O ministrodaFazenda elogiou algumas entrevistas concedidas recentemente por dirigentes do PT, e usou como exemplo uma entrevista dodeputado Aloízio Mercadante (PT-SP). O deputado petista reconheceu,entre outrascoisas, que a redução das taxas de juros não é uma questão de vontade política. Malan disse esperar que isso não seja apenasdiscurso de véspera de eleição. (AE)

Já Garotinho quer a reduçãodos jurose concessãode créditos pelo governo federal para financiamento de projetos nos setores agrícola, industrial e na áreade educação. "A política atual só favorece aos bancos".

Ciropor suavez, disseque concorda com Lulade que o modelo atual de cobrança do IRéinjusto, masquediscorda da alíquota de até 50% proposta pelopetista. O poré-canddidatodo PPStambémé favorávelàmudança daPrevidência,que está "quebrada". (AE)

César Borges também defende a adoção de uma política de desenvolvimento
Teresinha Matos
Serra disse a empresários que Brasil precisa crescer para gerar empregos e reduzir as atuais desigualdades sociais

Argentina: dólar cai depois de feriado

Analistas prevêem, no entanto, que ainda é cedo para comemorar e consideram decisivas as próximas semanas

O novo ministro da Economia, Roberto Lavagna, respirou ontem aliviado quando a cotação do dólar caiu em relaçãoà sexta-feira (19),último diaantes doferiado bancário e cambial que durou toda uma semana.

A moedanorte-americana terminou a jornada com uma cotação de 3,00 pesos nos bancos,e de3,07 pesosnas casas de câmbio. Sete dias antes, logo antes do feriado, a cotação havia sido de 3,15 pesos nos bancos e de 3,30 pesos nas casas de câmbio.

Analistas– Aestréia sem

percalços de Lavagna em seu primeiro dia útilfoicomemorada pelo governo. No entanto,analistas consideraram que qualquer canto de vitória poderia ser precipitado,e queas próximassemanasserão decisivas, e possivelmente não tãotranqüilas como esta segunda-feira.

Diante dosilêncio doBancoCentral sobreumaprovável intervenção,diversos rumoresindicavam queo BC teria colocado US$ 30 milhões nomercado paradeter uma eventual alta da moeda norte-americana.

No entanto, segundo diversosanalistas,abaixa do dólarteria ocorridopor outros fatores, entre elas a liqüidação dedivisas por parte dos exportadorese o fim demês, época em que a capacidade de compra dedólares por parte da população está quase esgotada. Juros– Outro fatorque desviou pesos que seriam destinados à compra de dólares foi a licitação de Letras do

Moeda americana fechou ontem cotada entre 3 e 3,07 pesos. No dia 19 chegou a ser negociada a 3,3.

Tesouro com prazo de 15 dias por parte do BC, que colocou 61,4 milhões de pesos (de um totalaleiloar de170milhões depesos). Ataxa de juros, no entanto,foia mais alta aceita pelo BC desde fevereiro, de 94 8%.

O analista da Bolsa, Rafael Ber, acredita que existe uma espera para ver comofunciona anova equipe econômica. Além disso, sustenta, "daquipara a frente é preciso ver como ficam as va-

Destruição de Jenin é qualificada como uma "tragédia" pela ONU

O enviado especial da UniãoEuropéia (UE)parao Oriente Médio, Miguel AngelMoratinos, classificou ontem de "tragédia humana" adestruiçãodo campoderefugiados de Jenin pelas tropas israelenses. "Estou profundamentecomovido ecomuma impressão terrível doque vi. É uma tragédia humana", declarou após sua primeira visitaaocampo desdequeaconteceramos combates,entre3 e 12 de abril.

Questionado se o que ocorreufoium massacre,como afirmamos palestinos, Moratinos negou-se aresponder. "É umfracasso para pessoas como eu, que trabalham sem descanso para evitar esse tipo de incidente e devolver a paz à região", disse.

Ajuda– Moratinos lembrou que a "União Européia j á tomou medidasurgentes paraaajuda humanitáriaea reconstrução da infra-estrutura" do campo.

Consultado sobre a missão da ONU (Organização das Nações Unidas) que deve esclarecer o queaconteceu em Jenin, Moratinoslimitou-se a dizer que ela "tinha que chegar omais rapidamentepossível".

Procura – Enquanto isso, a população que vivia na devastada Jenin tenta recuperar objetivosemmeio aosdestroços.Nosúltimos10 dias, Yehia al-Hindi tem ido ao lo-

calondeumdia ficava asua casa. Até agora,ele encoontrou apenas um passaporte, um álbum de família, os atestados deóbito de seuspais e várias peças de roupas de seus filhos.

Ainda não há a menor pista do que al-Hindi vem procurando: aseconomias deuma vida inteira, 12.000dinares jordanianos (cercadeUS$ 15.000) eas jóiasde suamulher. (Agências)

Israel liberta Arafat, mata militante e reocupa Hebron

Horas depois de o gabinete israelense ter aceitado um acordo parapôr fimao confinamento deYasserArafat emseu quartel-generalem Ramallah, tropasde Israel reocuparama cidadepalestina de Hebron, causandoa morte de pelo menosnove palestinos.

A invasão deHebronfoi classificada por Israel como "uma operação por tempo limitado", em represália ao ataque de sábadocontra um assentamento judaicoem

Adora,nas proximidadesde Hebron, no qual morreram quatro israelenses –incluindo uma menina de 5 anos. Arafat – Ao mesmo tempo, o ministro daDefesa deIsrael, Binyamin Ben-Eliezer, anunciou que o cerco ao QG de Arafat tinha sido relaxado. "Apartir de hoje (ontem), Arafat pode ir para onde quiser", declarou. Mas o líder palestinoafirmou quenãodeixará ocomplexo– de onde nãosaidesde29de março–até que os tanques israelenses

se retirem de Ramallah. Peloacordo, o sítio ao complexo da Autoridade Palestina emRamallahterminaria com a transferência para uma prisãoem Jericóde seispalestinosacusados do assassinato do ministro israelensede Turismo,Reshavan Zeevi, em outubro. Na Basílica da Natividade, em Belém, Nidal Aweiba, de 28 anos, militante da Brigada de Mártires deAl Aqsa,foi mortoontem dentro da igreja por um franco- atirador israelense. (AE)

riáveis monetárias e fiscais. O importante éque o dólar se tranqüilizou.Mas temosque ver se esta tranqüilidade permanece em maio. Para que isto ocorra, é preciso que exista um quadrode maiorprevisibilidade econômica".

"Parece que o dólar alcançouseu teto", disseemtom confiante o secretário-geral da presidência da República, Aníbal Fernández.

Segundo um dos principais analistas do país, Rosendo Fraga, se o presidente Eduardo Duhalde não conseguir detera crise,opaísteráque

tereleições presidenciaisantecipadas até o fim do ano. "Se a crise não parar de avançar, odólarvaificarmuito além de 3,00 pesos", disse. Segundo Fraga, Duhalde está em grande "confusão ideológica", referindo-se aos vários e antagônicos candidatos que o presidente analisou para substituir o ex-ministroda Economia, Jorge Lenicov, neste caso o centroesquerdista DanielCarbonetto e o ultra-liberal Guillermo Calvo. "O governo parece que não se decide a escolher um rumo definido". (AE)

Ex-presidente quer obrigar bancos a liberar os depósitos

O ex-presidente Raúl Alfonsín eoutrosmembrosda União CívicaRadical (UCR) apresentaram noSenado um projeto de leique tem como objetivo forçar osbancos estrangeirosa devolveremtodos os depósitos aos clientes. Os bancosestrangeiros com operações na Argentina são: The Bank of Nova Scotia, FleetBoston Financial Corp, Banco Santander Central Hispano, ItesaBCI SpA, ABN AmroBank, ING Bank NV, Banca Nazionale del Lavoro SpA, BNP Paribas, Citigroup, Societe Generale, HSBC Holding e Lloyds TSB Group.

Fechado – O Scotiabank Quilmes, subsidiária do Bank of NovaScotia, foiforçado a fechar no início deste mês até pelo menos 18 de maio para reconstruir sua reserva de capital.

O Scotiabank foi forçado a fechar, emparte,porque os acionistas do BNS se recusam

até agora a enviar fundos adicionais que a instituições necessita para continuar operando.

Os executivos do BNS disseram que manterão o banco fechado até que eles fiquem convencidos de que a administração do presidente argentino, Eduardo Duhalde, é capaz de estabilizar o sistema bancário e sustentar as finanças do país.

Esta tarde, executivos do Banco Santander Central Hispano, em Madri, emitiram uma mensagem similar, dizendo quesuasubsidiária

Banco Riode la Platatem reservassuficientes paracontinuaroperandopelos próximos três meses e não receberá capitaladicionalno futuro previsível.

Defesa – De acordo com declaração divulgada pela agência Diários y Noticias, a lei apresentada pela UCR foi formulada "para defendera propriedadede milhões de

cidadãos que colocaram seu dinheiro em bancos estrangeiros nacrença de quea segurança dessasinstituições garantiria suas economias, algo que no final não aconteceu".

Alfonsín disse queos bancos estrangeiros têm aobrigação de devolveremaos clientes argentinosas economiascongeladas pelasadministrações do ex-presidente Fernando de la Rúa e do atual presidente Duhalde, porque o marketing e os anúncios que eles usaram para atrair esses depósitos implicavam que eles eram mais fortes que os bancos argentinos. Banco – Ogrupo deacionistasdo BancoMundialinformou para o governoargentino que só vai liberar novosrecursos quando opaís fechar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Aexplicação foidada porDaviddeFerranti, vicepresidente do Banco. (AE)

Na França, pesquisa dá 22% de votos a Le Pen no segundo turno

O candidato de extrema direita àseleições presidenciais da França, Jean-Marie Le Pen,podeobter 22%dosvotos no segundo turno, e o presidente francês,Jacques Chirac, 78%,indicouumapesquisade opinião publicada pelo jornal Le Figaro Umpesquisa anterior,publicada no sábado, indicava que Le Pen poderia obter 19% dosvotos e Chirac, 81%.

A pesquisa realizada por Le Figaro, aRadio Europe-1e a agência Ipsos entrevistou 922 eleitores.

Surpresa – Le Pen ficou em segundo lugar nas eleições do dia 21, surpreendendo toda a

Apoio – O primeiro ministro do Japão, JunichiroKoizumi,visita oTimorLeste. Koizumi foi cumprimentar o novo presidente Xanana Gusmão (E), eleito neste mês. No encontro, o primeiro ministro japonês demonstrou total a Xanana, em Dili. Koizumiparabenizou todo o paíspor suaindependênciae declaroua líderesdoTimor Leste que poderão contar com o governo japonês.

Lirio da Fonseca/Reuters

Françae causando consternação nos paísesdemocráticos. Milhares depessoas saíramàsruas daFrançadiariamente paraprotestas contra o resultado, que forçará muitosesquerdistasa apoiaro conservadorChirac no segundo turno.

Na votação do dia21, Le Pen, líder da Frente Nacional (FN,de extremadireita)obteve 16,8%dos votos,derrotando na disputa presidencial o primeiro-ministro socialista, Lionel Jospin.

O próprio Le Pen disse que será um"grande fracasso"se ele obtiver menos de 30% dos votos no dia 5e acredita que poderá ficar entre 40 e 51%.

Promessa – Le Pen disse que tomará medidas para que aFrançase afastedaUnião Européia,restaurará oscontroles fronteiriços para impedir o fluxo de imigrantes, suspenderá o pagamento do imposto de renda e impulsionaráuma estratégia protecionista, com barreiras comerciais, para protegeros empregos.Ele se opõe ao aborto, apóia a pena de morte e é anti-semita.

A principal federação de empregadores daFrança advertiu ontem que se Le Pen vencer as eleições seu programa econômicoocasionará "uma crisefinanceirasem precedentes". (AE)

Moratinos visita área de campo de refugiados que sofreu ataque de Israel
Greg Baker/AP

UE pode compensar o Brasil pelo aço

A União Européia está disposta a discutir políticas para diminuir os efeitos das salvaguardas impostas à siderurgia

A União Européiaestá disposta anegociar compensações comerciais como Brasil em decorrência dos prejuízos causadospelasbarreiras européias impostas à importação de aço.

"Estamos abertos para dialogar sobre compensações. Trata-se deum instrumento previsto nas regras da OrganizaçãoMundial doComércio (OMC)", afirmou o em-

baixador da UE em Genebra, Carlos Trojan.

No mês passado, Bruxelas impôs sobretaxa de até 24,5% sobre a importação de aço. Os europeus justificam a criaçãoda salvaguardacomo forma deevitar queo mercado da região fosse invadido pela aço excedente no comércio internacional– oque poderia ocorrer em razão das sobretaxasimpostas pelos

Barreiras brecam vendas agrícolas no Exterior

O cenário político internacional está gerando um pessimismo entre os especialistas sobre as possibilidades do Brasil aumentarsuasexportações agrícolas nos próximosanos.Estados Unidos e União Européia são os maiores compradores de produtos agrícolas do País, mas as barreirascomerciais impedem que as vendas aumentem.

Na semana passada, o Congresso americano anunciou a nova lei agrícola, que destinaráUS$ 73,5bilhões nospróximos seis anos aos produtores locais– volume400% maior ao de 1995.

Os subsídios podem impedir que os exportadores brasileirosconcorram empéde

igualdade no mercado local. Outroproblema sãoastarifas. O especialista em política agrícola, Marcos Jank, alerta que, apesar de mais da metade das importações dos EUA receber tarifas abaixo de 3,7%, 120 produtos agrícolas são taxados em até 350%. Na Europa, a situação parece aindamais complicada. O sucessodos partidos conservadores em vários países indica,entreoutras coisas, que os lobbies agrícolas estão cada vez maisfortes. Na avaliação dediplomatas na OMC,governoscomoo da Itáliaeprincipalmente oda França não devem facilitar a abertura de seus mercados nos próximos anos.(AE)

Estados Unidosà entradade produtos siderúrgicos.

Sem convencer – "Todos sabem quenossa barreirafoi uma reação aoque ocorreu nos Estados Unidose aplicamos a tarifa como uma forma de garantir que o comércio de aço no mundo permanecesse justo",explicouum assessor jurídico da UE. Masnem todossão damesma opinião. "Muitos crimes já

foram cometidos em nome do comércio justo", afirmou ontemna OMCoex-presidente do México, ErnestoZedillo. Para ele, essa justificativa pode sermaisuma formadelegitimar o protecionismo.

Co nce ssõ es – Nocaso do Brasil, as barreiras européias devem gerar prejuízode US$ 60 milhões por ano. Uma das saídas para a disputa seria a negociação deconcessões ta-

rifárias por parte dos europeus."Nósmesmos já pedimos isso aos norte-americanos", reconheceu Trojan, em referência ao pedido de compensações feitopor Bruxelas depois que Washington estabeleu suas barreiras.

O tema será tratado na reunião entre diplomatas brasileiros e europeus, na próxima sexta-feira, em Genebra. Outrapossibilidade parao

País é simplesmente tentar convencerBruxelas dequea importação do produto brasileironão causadanoà indústria européia e que, portanto, não necessitariaser alvo de uma sobretaxa. A medida européia é de caráter provisórioe, nospróximos meses, diplomatas da UE farão estudos sobre o impacto da importação de cada produto. (AE)

Superávit vai a US$ 447 mi em abril

O saldo dabalança comercialsaltoupara US$310milhões na quarta semana de abril(entreosdias 22a28). Como resultado– quefoi maisdeduasvezes superior ao volume positivo registrado nas três primeiras semanas do mês– o superávitde abril subiupara US$447 milhões. Atéa semanaanterior, estava em US$ 137 milhões.

O saldo foi beneficiado peloaumento de42,5% dasexportações deprodutosbásicos, frente ao acumulado no mês até o dia22 – principalmente, soja em grão, farelo de soja,petróleoem bruto,fumo em folhas,carne de frango e bovina. Apesarda alta, as vendas desse produtos continuam apresentando queda,de

7,1%, emrelaçãoao mesmo período de 2001. Orecuo é justificado pelo Ministério do Desenvolvimento,Indústriae Comércio peloatraso nosembarques degrãos–que, tradicionalmente, começam a ocorrer em maior volume neste mês.

O total exportado de ma-

nufaturados (como aviões, automóveis de passeio, motores paraveículos, móveise papel) e semimanufaturados (entre eles, ferro, aço e celulose), também cresceu na quartasemana, respectivamente, 12,3% e 23,3%.

Demaneira geral,houve elevaçãodas exportaçõespara US$1,226bilhão, ante os US$ 1,069 bilhão da semana anterior. A médiadiária atingiu omelhor níveldo ano,de US$ 245,2 milhões.Emrelação aomesmo período de 2001, porém, houve queda, de 10,1%.

Impo rtaçõe s – Na quarta semanade abril,asimportações caíram para US$ 916 milhões –a média, pordia útil, ficou em US$ 183,2 milhões, a segunda menor taxa de

2002, depois dosUS$ 172,6 milhões de janeiro. Frente ao mesmoperíodo do anopassado, a queda foi de 17,4%. No intervalo, reduziram-se os gastos com eletroeletrônicos(47,6%), automóveis (41,2%), produtos siderúrgicos(26,4%), borracha e obras (18,7%), instrumentos deótica eprecisão(13,7%), equipamentos mecânicos (11,5%), químicos orgânicos e inorgânicos (7,7%). Como saldoda quartasemana, o superávit da balança comercial, no ano,aumentou para US$ 1,475 bilhão. Apesar do bom desempenho, a balança não deve repetir o saldo positivodemarço,de US$ 594 milhões.

Giuliana Napolitano

Dívida: bancos reduzem a indicação para compra

Doisbancos de investimentos estrangeiros – Morgan Stanley Dean Witter e Merrill Lynch – reviram suas recomendações para compra detítulos da dívida externa brasileira. Mas as decisões pouco afetaram os mercados domésticos, repercutindo muito mais no Exterior.

O Morgan Stanley baixou sua recomendação para a dívidabrasileira paraodesempenhode mercado ( ma r ke t p erform) citando também como um dos principais motivos os riscos maiores de vitória docandidato do PT, à eleição presidencial,Luís

Inácio Lula da Silva.

No flanco eleitoral, a pesquisa CNT/Sensusmostrou crescimento da candidatura Lula, equeda de todosos demais. A reação do mercado só nãofoi intempestiva porque Anthony Garotinho, do PSB, continuou em terceiro, ainda que empatado tecnicamente com o tucano José Serra.

Estabilidade – A agência de classificação derisco Moody’s, porsua vez, reiterou quea perspectivapara oPaís se mantém estável e que não teme o processo eleitoral brasileiro. Também a Standard

& Poor’s mostrou tranquilidadeem relação ao eventual resultadodaseleições. Ambas as agências enfatizaram que não têmos mesmos critérios que os bancos para a classificação de países.

Oestrategista-sênior de renda fixa paramercados emergentes da Merrill Lynch, FelipeIllanes, disseque orebaixamento darecomendaçãodos títulospara market w ei gh t foi motivadopor três fatores.

Fluxo menor –

O primeiro é a perspectiva de redução defluxo decapital para o mercado de dívida de países emergentes. "Nas próximas semanas, a conjuntura externa não será favorávelem termosdeapetite de risco dos investidores, oque vaiprovocarimpacto nos ativos de rendafixa de países emergentes, e os do Brasil emparticular",afirmou Illanes.

O terceiro fator éque,no curtíssimo prazoe em especial esta semana, haverá poucos motivos de alívio do mercado, emrelação aosresultados das pesquisas.

Nas próximas semanas a conjuntura não será favorável em termos de apetite dos investidores

"Teremos poucaschances de ver uma reversão nos resultados das pesquisas eleitorais que venhama ser bemaceitos pelomercado. Ouseja, não deveremos ver esta semanaosresultadosde pesquisas queagradem ao mercado em termos de ver ocandidato do governo mais competitivo na corrida presidencial. No curto prazo, não vemoso candidatodogoverno crescendo nas pesquisas", afirmou Illanes.

da Merrill Lynch, uma reversão para umnovopotencial dealtanos títulos dadívida brasileira no médio prazo vai depender damelhora em duas frentes:

1)retomada sustentável noscortesda taxaSelic.Para issoseria importanteocorrer queda nos preços do petróleo no Exterior, o que pode possibilitar redução nopreço da gasolinanoPaíse, porsua vez,menorpressão sobrea inflação;

Outro motivo, explicou o estrategista,é opreçoainda alto do petróleo. "Isso deverá limitar ainda maisa perspectiva de redução do juro."

Brasil perde espaço e a preferência de investidores

Os títulos da dívida do Brasil perderam seu favorecimento entre administradores de fundos e analistasfinanceiros internacionais,à medidaquesão divulgadas pesquisas mostrando o candidato, Luiz InácioLulada Silva.

Um levantamentomensal do bancode investimentos

J.P. Morgan com administradores de fundos de mercados emergentes mostrouuma substancial queda no número defundos com classificação do Brasil.

Representativo – Apesar disto, o País continua representativoem muitascarteiras.Mas,em umaescalade um a 10, a dívida do Brasil na pesquisa caiu de 2,1 no fim de março para 0,9 agora.

"Nós vimos um interesse maiorno finaldo anopassado e estável em fevereiro e março", disseJonathan Bayliss, analista do JP Morgan.

"As pessoascontinuamdizendo que estão sobrecarregando o Brasil e que, contudo, os valores das ofertas são definitivamente vulneráveis a qualquer má notícia".

A pesquisa do JP Morgan cobre 183investidoresque administram em torno de R$ 125 bilhões.

Lula – O avanço consistentedeLula naspesquisasfoio argumento utilizado. Mais tarde, Lula criticoua decisão do Morgan Stanely e do Merrill Lynch de reduzirem sua recomendação da dívida brasileira com base nas pesquisas que omostramnaliderança da corrida presidencial.

"O País é muito grande, temgrande capacidade de crescimento. Tenhoaim-

pressão que essas pessoas são eleitoresdealguns candidatos que nãosãodoPT.Eles precisam respeitaro Brasil", disse Lula em entrevista coletiva.

O mercado de títulos da dívida de emergentes, porsua vez,mostravacerta indiferençae oscilava poucoontem, enquantoos receiossobre o quadro eleitoral no Brasil se contrapunham ao avanço dos bônus da Venezuela.

O indicador do J.P. Morganque serve como umtermômetro do risco dos papéis, o EMBI+,cedia 1ponto-básico, para 612 pontos, no final da tarde. Quanto mais baixo o número, melhor a avaliação deinvestidores nacomparação comtítulosdo Tesouro americano.

C-Bond – A porção brasileiradoíndice subia13pontos-básicos, para 826 pontos. O C-Bond, papel brasileiro mais líquido, tinhaqueda de 0,63%.

"(O) Brasil é que está levando todo o mercado junto hoje, (os títulosda dívida) estão emleve quedapelas pesquisas mostrandoLula ganhando e Serra perdendo terreno", disse CostasHamakiotes, vice-presidente sênior da área de mercados emergentes do Lehman Bros.

A pesquisa incentivou preocupações deque Lula,o candidato que comseuscomentários sobre renegociação da dívidaem campanhas anteriores desapontouWall Street, tenha chance crescente de vitória. Muitos em Wall StreetvêemSerra como o candidato mais provável a dar continuidade à estabilidade econômica.(Reuters)

Já esperado– Ele ressaltou que, embora os resultados das pesquisas nesta semana talvez nãoagradem omercado, podem ficar dentro do esperado. "Há uma expectativa de bom desempenhode Lula nas pesquisas desta semana emrazão deele ter maior tempode televisão",comentou. Na opinião do estrategista

2) diminuiçãona distância entre Lula e Serra nas pesquisas deopinião.Nestecaso, ressaltou Illanes, uma eventual quedanos preçosda gasolina poderiamelhorara popularidadedo presidente FernandoHenrique,e influenciar positivamente a candidatura de Serra. (MM/AE/Reuters)

glossário

Over weight: quando agências de classificação, consultorias e bancos de investimentos atribuem a um determinado País ou empresa um peso superior ao da média do mercado.

Marketweight: quando é atribuído um peso de acordo com a média do mercado.

Mercado de câmbio não reflete cenário externo

O mercado de câmbio relevou as más notícias e o dólarcomercial inicioua semana em queda de0,34%, vendido a R$ 2,364, ajudado por algumas entradas de recursos.

"O mercado esteve bem parado e a liquidez ’não foi grande coisa", conforme descreveu DanielSzikszay, gerente de câmbio do Banco Schahin. "Houve algumas entradas aolongodo dia,o que garantiua quedado dólar", completou.

Acumulado – Nomês a moeda americana tem alta de 1,63% frente ao real. No ano, acumula avanço de 2,12%.

Os bancos de investimento MorganStanley eMerrill Lynch reduziram a recomendação para a dívida brasileira. Ainda assim, empresas exportadorasgarantiram um fluxo comercial positivo e tesourarias debancos venderampequenos lotesdedólares, provocando o recuo das cotações.

Pesquisa – Apesquisa da CNT-Sensus piorou o humor do mercado. O resultado mostrou que na votação estimulada o voto para oprécandidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, subiu de 32,1%, em março, para 37,9%, em abril. Na mesma pesquisa, o voto para o pré-candidato do PSDB, José Serra, caiu de 19,1% para 16,1%.

Profissionais dasmesas de operação afirmaram que o avanço de Lula e recuo de Serra, aindaqueo tucano permaneçana segundaposição, incomodam o mercado.

Os temores principais são de que, em casode vitória do candidato de esquerda, seja interrompido o fluxo de in-

As mulheressão onovo alvodomercado decartõesde crédito. De acordo com estudo divulgado ontem pela Credicard, as mulheres financiammais suascompras no cartão de crédito – pagam o valor mínimo da fatura e adiamo pagamentodo restante paraoutros meses–, masainda gastammenosdo que os homens. Por outro lado, deum totalde 36,7milhões de cartões de crédito em circulação noPaís asmulheres já são titulares de 64%.

Brasileiro de Meios Eletrônicosde Pagamento",divulgado ontem pela Credicard, estima ainda que o mercado de cartões decrédito no Brasil deve alcançar amarca de R$ 5,1bilhões de faturamento no mês de abril.

Comeste resultadoofaturamento de janeiro a abril subirá para R$ 20,3 bilhões, um número13,2% superior ao registrado noprimeiroquadrimestre de igual período de 2001 (R$ 17,9 bilhões).

vestimentos estrangeiros e alterada a condução da política econômica do País.

Futuro – Os operadores disseram que o vencimento do contrato futuro de câmbio amanhã, dia 1º de maio (a ser liquidado na quinta-feira) e as rolagens deposições para os mesesseguintes também afetaramem partea baixado dólar no mercado à vista.

Por isso, os profissionais avaliam queaindapode haver influênciadol vencimento do contrato futuro nas cotações da moeda americana no mercado à vista hoje.

A retomadaaparentementetranquila dosmercados bancário e cambial na Argentina, após umasemana de feriado e da mudança de ministro de economia, também favoreceu orecuo dodólar no cmercado à vista.

Balança – O anúncio de superávit deUS$ 310 milhões da balança comercial na quartasemanadeabril também foi bem-recebido pelo mercado,masnãoafetou as cotações do pronto. Em abril, osaldo comercialestápositivoemUS$ 447milhõese,no ano, em US$ 1,475 bilhão. Houve ainda quem relatasse a presença menos vigorosa de algumasinstituiçõesnos negócios. "Alguns ficaram fora (do mercado)para fazer ajuste no final do mês..."

Juro sobe – As projeções de juros seguiram em alta, como na sexta-feira.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) mais badalado – de janeiro – estimou taxa a 19,24% para o encerramento do ano, ante 19,17% dopregãoanterior. ( R e uters/AE)

Baixarenda– A concentração maior é de titulares em famílias de rendamais baixa, o que explica o gasto menor emrelação aoshomens, segundoa vice-presidentede Marketingda Credicard, Carla Schmitzberger. Como encontram-se hoje à frente de 25% dos domicílios do País,a Credicard acredita que esse segmento tem um grande potencial de crescimento para os próximos anos. Apenas para 2002, a expectativaé deque asmulheres gastem R$ 23,8 bilhões no cartãode crédito, oequivalente a 35% do que deve faturar todo o mercado.

Revisão – Mesmo sendo um resultadorecorde –em todo o anopassado o faturamento do mercado de cartões de créditosomou R$58,6 bilhões – a Credicard reviu para baixo a previsão de crescimento até dezembro.

A previsão anterior era de que omercado crescesse 16,2%.Agora a expectativa é de que essenúmero não ultrapasse 14%.

A expectativa é de que as mulheres gastem R$ 23,8 bilhões no cartão de crédito até o final do ano

Na divisão de gastos por ramo de atividade, as mulheres mostram preferênciade uso do cartão para o entretenimento (viagens, restaurantes,teatroetc). Pelo menos 55%dos gastosdestadivisão são pagos com cartões de crédito.Omeiode pagamento também é muito usado no setor de vestuário.

Maisdametadedas compras– 51%– épaga comcartão.Destaque ainda para o ramo de saúde, que inclui basicamente os gastoscom farmácias. Pelo menos41% das compras femininas são pagas com dinheiro de plástico.

Faturamento – O estudo "Indicadores do Mercado

Acima da capacidade – "Não foi otemorde umanova crise econômica que levou a Credicard a rever esses números. Acreditamos apenasque havíamos trabalhado com um porcentual muito acima da capacidade decrescimento do mercado", diz Carla. "Mesmo com arevisãoo número ainda é muito acima doprevisto paraaeconomia, de 2%", diz a executiva.

Em abril o desempenho do mercado deveficar12,4% acimade igual períodode 2001, mas 2,9% abaixo do registrado em março passado. Aexplicaçãopara aquedade um mêspara ooutroéque houve diminuição no número detransações – de74 milhões em março para70milhões em abril. Em contrapartida o valor da compra médiasubiude R$70,em março, para R$ 72, em abril.

Adriana Gavaça

Unibanco lança versão nacional do cartão Pelé

OUnibancoacabade lançar aversão nacionaldo cartão de crédito oficial da Copa doMundo Fifa 2002:o Pelé Unibanco Mastercard.

O cartãoestava disponível hádoisanos,masapenas na versão internacional. "A importância de estender o cartão à versão local é que a renda mínima exigida passa a ser baixa, de R$ 400, o que torna o cartão mais acessível", diz Rodrigo Dantas, diretor de Cartõesdo Unibanco.Oobjetivoé dobraronúmerode usuários, de 30 mil para 60 mil. "Éum cartãoque deverá

ser muito procurado devido à Copa", diz Dantas. Além de ser associado a um dos principais eventos esportivos,ocartão Peléoferece vários benefícios. É possível dividir a anuidade em 12 parcelas de R$ 4,50 e financiar até 85% do valor de compras. O usuário do cartão faz parteainda deumclubede vantagens,peloqual pode comprar ingressos para jogos através do telefone e também pela Internet.O Unibanco realiza ainda promoções com o objetivo de premiar os bons clientes. (AG)

Ação da Sabesp é para médio prazo

Analistas do mercado estimam valorização de até 40% em um ano, mas alertam que ações têm grau de risco maior

Investir nas ações ordinárias daSabesp queestão sendo vendidas pelo governo paulistapode valera penano médio prazo, principalmente para investidorescom maior tolerância ao risco.

Os analistas têm boas perspectivas para as açõesda companhia. Masrecomendam que o aplicador pondere os pontospositivos enegativos, antes decomprar os papéis: receita crescente, de um lado, edívida em moedaestrangeira, de outro.

Vale e Petrobrás – Na avaliaçãodos profissionais de mercado, a ofertapública da Sabespnão podesercomparada a operações semelhantes como Petrobrás e Vale.

"É incoerente fazer comparações com as ofertas de Petrobrás eVale, quesão ações comrisco menor, de grande liquidez no mercado. É importantelembrar que as ações da Sabesp têm giro menore estão sujeitasa um maior graude oscilação",diz Gustavo de Alcântara, do banco Prosper.

De acordo com ele, o índice

devolatilidadedas açõesda Sabespnos dezúltimos dias foi de 45%, porcentagem que cai para 25% no caso da Vale e para 24% no de Petrobrás.

Segunda linha– "Para decidirparticipar daofertapública o investidorprecisa saber que vai comprar ações de uma empresa desegundalinha na bolsa, com maior grau de risco e oscilações mais significativas", acrescenta. Alguns itens dobalanço da Sabesp e a adesão da empresa ao Novo Mercado da Bolsa de Valoresde SãoPaulo,Bovespa, levamosanalistas ater perspectivas positivas no médio prazo (valorização entre 30% e 40% em um ano).

Caixa favorável– "Por ser a concessionária de serviços de água e saneamento do Estado de SãoPaulo,a Sabesp tem umageração de caixa bastante favorável", diz Mauro Mazzaro, analista da Planner Corretora de Valores. Em 2001, a empresa teve lucro líquido de R$ 216,2 milhões e conta com uma espécie de receita cativa, de consumidores que não têm outra

prestadora dos seus serviços. A adesão da Sabesp ao NovoMercadofoi muito bem vistapelos analistas. Principalmente porque, com regras mais rígidas para o relacionamento com os acionistas, a influência políticana gestão daestatal tendea diminuir. "Por isso não acredito que a mudança do governo estadual no fim do ano afete a administraçãoda Sabesp",afirma Alcântara. Dívidas – Do ladonegativo,aSabesp convivecom umadívidade curtoelongo prazos atrelada amoedas estrangeiras que corresponde a cerca de 40% do total do passivo. Em ano de eleição presi-

dencial, égrande apossibilidade de o dólar voltar a subir, aumentando as dívidas da Sabesp e, conseqüentemente, prejudicando as ações. Além disso, a regulamentação do mercado deágua e esgotoestá sendodiscutidano Congresso Nacional. Os deputados avaliamse aresponsabilidade dofornecimento de águaé de Estadosou municípios. Se o Legislativo decidir que omercado deve ser dividido entre empresas municipais eestaduais, aSabesp pode perder espaço. Masa expectativa é de que a regulamentação ainda demore muito para sair.

Até dia8 – O prazopara a compra deaçõesda Sabesp termina no próximo dia 8. Os interessados podem comprar as açõesdiretamente, fazendo reservanas agências do Banespa edo Santander,onde aaplicação mínimaé de R$ 1 mil e a máxima de R$ 50 mil. Quem quiserpode aplicar em fundos de ações da Sabesp, por enquanto só disponíveisnoSantander enoBanespa, com mínimo de R$300. Aquelesqueficarem com as ações da Sabesp por seis mesestêm direitoa desconto de 5% no preço.

Rejane Aguiar

Feriado reduz giro na Bovespa

A proximidade do feriado de amanhã doDia do Trabalho reduziuainda maiso volume financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo. No primeiro pregãoda semanao girode negóciossomou apenas R$ 344,9milhões, um dos mais baixos do mês. Abolsa paulistafechou

ontempraticamente estável, com leve alta de 0,11%, e Ibovespa em 13.090 pontos, acumulando uma queda de 1,2% no mês e de 3,5% no ano.

Embratel – As ações da Embratel tiveram um bom desempenho ontem,recuperando pequena parte das perdas da semana passada. As

ações preferenciais da Embratel Participações subiram 7,2%, a alta mais expressiva do Ibovespa. Osetor elétricofoidestaqueentre as baixas. Caíram açõescomoEletropaulo PN (-3,2%), Eletrobrás ON (-2,9%) e Eletrobrás PNB (-2,9%). (RA)

Vestidos ganham cores na Exponoivas

A mostra inicia amanhã em São Paulo com 154 expositores e previsão de movimentar R$ 14 milhões até o domingo

A sétima edição da feira Exponoivasiniciaamanhã no ExpoCenter Norte,nacapital paulista. Além das conv encionais roupas brancas para noivas, a mostra terá opções para os casamentos mais modernos, como vestidos em cores fortes e temáticos.

OestilistaJuarez Fernandes é um dos que vai apresentar na mostra umaopção de vestimenta para o que ele denomina de "mulheres independentes".Entre osexpositores da feira haverá desde fabricantes de trajes até empresas especializadas em serviços como buffets e pacotes de viagem para lua-de-mel. Enxov ais e lembrancinhastambém estarão nos estandes. O evento deve movimentar R$ 14 milhões, R$ 2 milhões a mais do que em 2001. Um total de 154 expositores participam damostra. Onúmero é superior às 120 empresas que integraram aExponoivas na edição anterior.

Cor – O estilista Juarez Fernandes, há 18 anos no mercado da moda, apresentará

Pão de Açúcar tem

lucro 7,3% maior no trimestre

O grupo Pão de Açúcar teve lucrodeR$55,8milhões no primeiro trimestre deste ano, 7,3% acima doregistrado no mesmoperíodo do anopassado, quando a redeobteve um saldo positivo total de R$ 52 milhões.

De acordo com comunicado da empresa divulgado ontem, as vendas líquidas do Companhia Brasileira de Distribuição, razãosocial do grupo Pãode Açúcar,atingiram R$ 2,149 bilhões, o que representa um crescimento de 9% sobre os resultados dos mesmotrês mesesdo ano passado.

Já pelo critériomesmas lojas, nomenclaturaque exclui as unidades abertasnos doze meses anteriores a março, o crescimentodas vendas líquidas daempresachegou apenas a 1,1%.

A geração de caixa da companhia (conhecidapela sigla em inglês Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciaçãoe amortização)cresceu 14,6% para R$ 176,9 milhões no primeirotrimestre deste ano.

Set or –No levantamento sobre o desempenho do segmento em 2001, apresentado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) na última semana, o grupo mantevealiderança emfaturamento. O maiordestaque do ranking foi a rede D’Avó, que saltou da 22ª para a 18ª maior receita do setor. (Reuters)

duascoleções devestidos de noivadurante aexposição. Umadelasterá modeloscoloridos etemas comoa Copa doMundo eocinema. Aoutraterácomobase ostradicionais brancos. "A Exponoivas serve par dar destaque ao meutrabalho, masestouinteressado, também, em fechar bons negócios", diz o estilista.

Segundo Juarez Fernandes, dos 30 vestidos encomendados mensalmente em suaempresa,apenas trêsou quatrosão brancos."Sou

desdeo tecidoatéosadereços. Façovestidos apartir de R$1.500.Não existepreço máximo. O limite é a imaginação da noiva", diz.

procurado pelos modelos diferenciados quecrio.Conquisteimeu espaçonomercadoatravés devestidosinovadores", explica.

As principais cores escolhidas pelas noivas são azul, champagne, dourado, vermelho e opreto. O estilista nãoreveladetalhesda coleção que pretende lançar até o final do ano, mas diz que usará filmesclássicos docinema como tema.

Opreço mínimo de um modelo é R$ 1.500. "Tudo dependedo material utilizado,

As clientesdeFernandes são mulheresque játrabalham há algum tempo e não sãofacilmente influenciadas pelas convenções estabelecidas para a cerimônia de casamento. "Geralmente, elas pagam pelo vestido e não aceitam opinião de parentes ", explica Juarez Fernandes.

A Exponoivascostuma recebercasais queestão sepreparandopara ocasamento, além de profissionaise varejistas do setor.

Personal usa humor para manter liderança em papel higiênico

A Santher, fabricante da marcaPersonal, vaiusaro humor para vendermais papel higiênico. Aempresa deu uma novacaraà campanha publicitária Tudo na vida tem jeito,menos papel higiênico ru im, apresentada hádois anos. ASanther pretendeinvestirnapublicidadedo papelPersonal partedos R$13 milhões que integram o orçamentode marketing daempresa para este ano. Dois comerciais da campanha, assinados pela agência publicitária Talent, estão sendo veiculadosna TVdesde oúltimodomingo epermanecerão no ar durante dois meses. O objetivo é consolidar aliderança damarca no mercado,onde ela tem 19% dasvendas ereforçar a comercialização. Paraa gerente demarketingda marcaPersonal,Ana CláudiaPugina, aopçãopor dar continuidade a mesma linhapublicitária éresultado desua boaaceitação dacampanha anterior entre o público. O objetivo é fazer com que o humorutilizado seja contrastante comascampanhas dos principais concorrentes do Personal,atualmente as marcas de papel higiênico Neve e Nice. O slogan Tudo navidatem jeito,menos papel higiênico r ui m voltaporque os filmes foramos maislembradosde acordo com as pesquisas Top of Mind em propaganda e

marca. Noprimeiroitem pesquisado, acampanha atingiu35% deaceitaçãopor parte do público. O mesmo percentual - 35% - foi obtido na pesquisa sobre lembrança da marca do produto. Humor – Nos três filmes, a principal arma de convencimento junto aos consumidores é o bom humor diante de situações insólitas. O primeiro comercial mostra um casal de turistas desavisadoque chega aumapraiade nudismo, onde banhistas jogam vôlei, dançam e passeiam com naturalidade. Eles acabamtendo queaderir àpráticapois têmsuasroupas confiscadas. Sem condução para voltar ao hotel, o casal se conforma porque o papel higiênicousadonolocal éda marca Personal.

O mesmo acontece no comercial que aborda as dificuldades em um escritório, onde

Feira terá venda de serviços e espaço para cursos

Além dos expositores, com seus vestidoseprodutos específicos, edosdesfiles com estilistas famosos, a Exponoivas também terá um setor totalmentededicado aserviços para casamento e a outras festas, como aniversário de 15 anos.

As informações são da diretora da feira, Mônica Freitas.

Participam do evento também profissionais que ministram cursospara aelaboração dos itens da festa. É o caso ceda empresa Marcela Sanches. A proprietária, com mesmo nome da empresa, especializou-sena confecção de bolos decorados para casamentos epossui uma escola

A Exponoivas terá desde venda de trajes até cursos para quem quer aprender a fazer o próprio bolo

ondeministra cursos. Ela tambémensinará durante a feira. Alémdedarcursos, Marcela fabricaboloscujos preços variam deR$ 70 a R$ 150, de acordo com o tipo de decoração escolhido. Desfiles –O evento também terá desfiles de estilistas brasileiros.Entre os60 que ocorrerão duranteos quatro dias de mostra, os destaques serão osestilistasRonaldo Esper e Juarez Fernandes. AExponoivas começa amanhã e segue até o domingo no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte. O ingressocustaR$ 8. Crianças com até 10 anos não pagam. (PC)

Telesp Celular se prepara para concorrer com TIM

A Telesp Celular, operadora que detém 66% do mercado paulista, prometetudo menos timidez naestratégia para manter seus 5,2 milhões de clientes frente àfutura concorrência da Telecom Italia Mobile (TIM).

A Telesp Celular, do grupo Portugal Telecom, concorre atualmente com a BCP na região metropolitanadeSão Pauloe comaTess, nointerior e litoral do Estado.

funcionários reclamam dos baixos saláriospagos edos seus chefes ditadores. O filme satiriza a Casados Artistas, onde os participantes do programa não agüentam mais a convivência com os companheiros. Mas o grupo que gostade reclamaracabaconsolado pois pelo menos tem um bom papel higiênico no escritório, o Personal.

Absorvente –Além dopapel higiênico Personal, a Santhertambémcomercializa o absorventeSym,a toalhaeo guardanapo Snob, além de lenços de papel.

ASantherpretende dar destaqueespecial, nosegundo semestre,à divulgaçãodo absorvente Sym. Haverá uma campanhasemelhanteà do papel higiênico e a verba destinada ao produto está incluída nos R$ 13 milhões.

O presidenteda companhia, Carlos Vanconcellos, encaminhou aoórgão regulador maisde 20pacotesde tarifas inovadores. Sementrar em detalhes, ele afirmou que algumas alternativas são combinaçõesde serviçospré epós-pagos. "Nãohaverá

ações tímidas de resposta à concorrência, de forma a manter nossa cota de mercado", afirmou Vasconcellos. Embora aTIMaindaenfrente restrições regulatórias, a Telesp Celulartrabalha comum cenárioem queadmite a estréia da empresa italiana no mercado paulista a qualquer momento. Para aliberação daTIM, a Telecom Italiaterá quese afastar do grupode controle da Brasil Telecom, o que está sendo negociado com o sócio Opportunity. "Estamos preparando um conjunto de iniciativas na área de tarifação queprevê todotipo decenários para resposta rápida e eficazaqualquer mudança", disse Vasconcellos. (Reuters)

Paula Cunha
Mônica Freitas, diretora da feira, diz que serviços farão parte da Exponoivas
Barbie – Acriadora da maispopular bonecadomundo, Ruth Handler, faleceu no último sábado aos 85 anos. Na foto, elamostraum dosseusmodeloscriado especialmenteparaa comemoração do 40º aniversário do brinquedo. (Reuters)
Ana Cláudia, do marketing da Personal, quer reforçar vendas com campanha
O estilista Fernandes dá os últimos retoques na coleção que apresentará amanhã na Exponoivas: os vestidos claros e também coloridos, como o da Copa do Mundo (ao lado), para casamentos mais ousados
Paulo Pampolin/Digna Imagem
Paulo Pampolin/Digna Imagem
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Jeff Christensen/Reuters

Maria Silvia deixa comando da CSN

Versões não oficiais apontam que a executiva queria avançar no mercado externo, o que não era consenso na empresa

A presidenteda Companhia Siderúrgica Nacional (CSN),Maria SilviaBastos Marques,oficializa hoje, em assembléia de acionistas, que deixará a companhia.

A saídadeMariaSilvia ocorre simultaneamenteaos rumores de que o controlador da CSN, oGrupo Vicunha,estaria negociandoa venda de fatia acionária à anglo-holandesa Corus, oitava maior siderúrgica do mundo. A executiva nãoestaria de acordo com a decisão.

No comunicado, Maria explicou que o ciclo de trabalho dentroda empresa haviase completado. No mercado, comenta-se queo atualdiretor docentro corporativo, A ntônio Ulrich, assumirá o comando daempresa, o que seria anunciado hoje. Ulrich foio principal executivo da Companhia Brasileirade Pe-

tróleo Ipiranga (CBPI). Outra versão, contudo, dava contadeque Benjamin Steinbruch poderia trazer um executivodomercado, comperfil estrategista.Neste caso, ocargo de presidente poderia seraté extinto e o comando da empresa compartilhado peloexecutivo vindo de forae o próprio Ulrich. Alguns dos nomes especulados no mercadosãodo presidente da Embraer, Maurício Botelho; do Grupo Brasmotor/Multibras, Paulo Periquido, edoexecutivo Manoel Horácio da Silva. Versão –Em nota,Maria Silvia informou que sua saída deveu-searazões pessoais. Fontes contam quehavia divergência entre Maria Silvia e

Steinbruch sobre o futuro da companhia.

Entrada na vida política e divergências com Steinbruch seriam motivo para saída de Maria Silvia

A executivaestaria dispostaa expandir os negócios da companhia para o Exterior. A CSN jáhavia compradouma unidade nosEUAe estaria negociando outra. Steinbruch, por outrolado, estaria interessado em atrair outrosócio estrangeiro emelhorar a situaçãofinanceira do grupo controlador.Maria defendia aentradado BrasilnaOMC contra as salvaguardas americanas à indústria do aço. Tambémcirculou nomercado a versão de que a executiva teria interesse na carreira pública e que, já hoje poderia circular uma pesquisa eleitoralcomseu nomeparaa disputa para o governo do Es-

tado. OprefeitoCésarMaia informou que nunca ouviu falar num projeto da executiva pelo PFL, o que para algunsrepresenta queaexecutiva poderia articularuma eventualcandidatura pelo PSDB.

Nos últimos 60 dias circularamrumoresde queaCSN estaria negociando associação com a Corus e com a americana Bethlem Steel.

A CSN era a maior siderúrgica doPaís até2000, masno ano passado passoupara o terceiracolocação, atrásda CST e da Usiminas. Em 2000, a siderúrgica chegou a lucrar R$ 1,6 bilhão, reflexo das vendasde participações na Lighte na Vale, eem2001, R$ 296 milhões.

MariaSilviaentrou nadireção da empresa em 1996. O convite foifeito pelopróprio Steinbruch. (Agências)

Pilotos decidem sobre greve em maio

Os pilotos da Varig vão decidirseentramounão em greve entreos próximosdias 15 e 20 de maio. Segundo pesquisa poramostragem encomendada pela Associação de Pilotos da Varig (Apvar) à Copesquisa, noRio deJaneiro,80% dosprofissionaisda categoria são a favor da paralisação das atividades.

A decisão será tomada através de umplebiscito enviado pelosCorreiosa todosospilotos.Os resultados serão apresentados durante assembléias emSãoPaulo,Porto Alegre e no Rio de Janeiro. As reivindicações dos pilotos, inicialmente baseadas em garantias de empregopara os profissionais contratados pela Varig, envolvem hoje ou-

trosaspectos,como opagamento de R$ 30 milhões a todososfuncionários da empresa relativos ao Plano de Participação nos Resultados.

A Varig fechou 2001 com prejuízo de US$ 200 milhões, masos pilotos alegamque cumpriram asmetas deprodutividade estabelecidas pelo plano. Outra estratégia é reivindicar, naJustiça, mudançasnaestrutura degestãoda empresa.

Desde o início do movimento,emfevereiro, jáforam demitidos32 pilotos ligados àApvar, incluindo o presidente daassociação, Flávio Souza."A pesquisa realizada mostrou que 77% dos pilotos consideram que o movimento é oportuno ou já

Profissionais prometem paralisação na Air France

Os três sindicatos que representam os pilotos da companhiaaéreafrancesa Air France anunciaram ontem planospara umagrevede quatrodias nestasemana. A paralisação é um protesto por melhoressalários eameaça complicar o tráfego aéreo durante o feriado de amanhã.

A porta-voz da Air France, BrigitteBarrand,disse que aindanão sabequantosvôos devem ser afetados ou o número de pilotos que participará daparalisação,prevista para ocorrer de 2 a 5 de maio.

A foto é do presidente da Mãe Terra, Vital Zurita, e não do gerente de marketing, Maurício Noznica, conformepublicado em 26/04/02.

Amanhã é feriado na França e muitas pessoas devem viajar na quinta e sexta-feira.

Os pilotosjá começarama conversar com a empresa e pedemaumentosalarial de 1,5% acima do previstopor lei e o estabelecimento de um calendário regularpara conversações sobre pagamentos. Em comunicado conjunto, os sindicatos disseram que "a greve foi programada em resposta à intransigência da administração da Air France em relação a algumasdas nossas demandas". (AE)

Caterpillar investe R$ 5 milhões para vender escavadeira

A Caterpillar apresentou ontem aomercado aprimeira escavadeira de grande porte a ser produzida no Brasil, a 330 CL, para a construção pesada e a mineração. A empresa investiu US$ 5 milhões para adaptar sua unidade de Piracicaba, no interior paulista. A expectativa é que a nova escavadeira responda por 5% do faturamentodaempresa nesteano, 60%referentesà exportação. (AE)

veio tardedemais", dizo representante daComissãode Negociação daApvarcoma Varig, Márcio Marsilac.

Gestão – A Apvar encomendou um estudo à agência de classificação derisco SR Rating, do economista Paulo Rabelo de Castro, no Rio, sobre a viabilidade da atual gestão da Varig, em que o Conselho dos Curadoresda Fundação Rubem Bertatêm maior poder de decisão que o Conselho de Administração da companhia. Afundação pertence aos funcionários da empresa e detém 87% de suas ações."AVarignunca vai

General Motors conclui aquisição de fábrica coreana

Após um ano e meio de negociações, a General Motors concluiu hoje a aquisição dos principais ativos da Daewoo Motor, fabricante de automóveis da Coréia do Sul.

Analistas disseram queo fechamento do negócio deve ajudar a sustentar a confiança do mercado no comprometimento do governo sul-coreano coma reformadosetor corporativo do país, em grande parte estatal.

A GM investirá R$ 400 milhões paraadquirirdoisterços de uma joint-venture que será formada com os credores daDaewoo. O objetivo é revitalizar a terceira maior fabricante de automóveis da Coréia do Sul.Incluindo as açõesque a novaempresa emitirá,o negóciodevemovimentar US$ 2 bilhões.

A GM vai comprar duas das quatro fábricas da Daewoo. No ano passado, a companhia norte-americanavendeu menos do que 300 veículos na Coréia do Sul, enquanto aDaewoo vendeumais de 170 mil unidades.

A Daewoo Motor disse que a GM tambémdeve comprar 10de suasunidadessituadas foradaCoréia doSul, incluindonove subsidiáriasde vendas localizadas na Europa Ocidental, além deumafábrica no Vietnã. (Reuters)

A dama do aço faz segredo sobre o seu novo rumo

conseguircapitalização de investidores do mercado para equilibrar suascontas se permanecer sobo atual modelo de gestão", diz Marsilac. De acordo com Marsilac, os representantes da fundaçãonoConselhodos Curadores são escolhidos pelos membrosdo conselho,com mandato vitalício pelo tempo em que permanecerem na empresa. Segundooestudo daSR Rating,o principalriscoé ode governançacorporativana Varig,afastando a empresa dos investidores.

MariaSilvia BastosMarques entrou na CSN em 1996 e foia primeiramulher aassumir cargoexecutivo numa empresa siderúrgicabrasileira. Ela foi também o primeiro nome feminino a ter um posto na diretoria do BNDES.

O mercado, quechegoua chamar a executiva de dama doaço, atribuíagrandeparte do sucesso da CSN, no período pós-privatização, ao modo com que ela conduzia os negócios. Nascidanoextremo norte fluminense,a economista assumiu a CSN num

momento em que ela enfrentavaaentrada nossetoresde energia e de infra-estrutura. Se os rumores sobre a entrada de Maria Silvia na vida política se confirmarem, ela estaria de volta a um velho nicho, pois chegou aatuar como secretáriamunicipal da Fazenda do Rio de Janeiro, onde foi apontada como responsável por sanear as contas doEstado. MariaSilviachegou a ser cogitada, um pouco antes da entradana CSN, comopotencial candidataao governo do Rio de Janeiro.

Isabela Barros
Maria Silvia, na CSN desde 1996, vai deixar o cargo de presidente da empresa
João Cerqueira/AE

A criatividade é a melhor

forma de resolver os novos problemas do negócio

divergente. Na segunda fase, aconvergente, selecioneas idéias viáveis.

A s rápidas mudanças que enfrentamos nos negócios geram novos problemas e novasoportunidades que exigem novassoluções enovasmaneiras depensar.Por isso, os negóciosseguem necessitando decriatividade desdeaestratégiaea administração atéas exigênciasde mercado. Aempresa precisa tornar-se mais competitiva. Como? Commelhoria constante da qualidade, preços baixos, produção mais eficiente, etc.Porém, apenasissonãoésuficiente. Ainda existem pessoas e empresas que continuam a fazer as coisas comosempreforamfeitas.Elasaindanão perceberam que o fato de algo ter sido feito sempreda mesma maneira não garante que esta seja a melhor maneira.

Hoje, apremissa básica é fazer mais com menos, buscar novas alternativas, repensar,fazer melhor,maisrápido ede forma economica. Pensar diferente, fazer diferente. Usar a criatividade no dia-a-dia. Apesar disso, muitas empresas fazem o processo de inovação mais difícil do que precisariam. Inovar ou morrer– A situação é: inove ou evapore. Quer ver?Liste três empresas quejá foramimportantese que encolheram ou sumiram porque algo novo surgiu.

O próximo passo é agir, antes que oconcorrente o faça, porque este é como uma coruja: nunca dorme.

Iniciativa – Valorizea iniciativa de seus colaboradores e mantenha acesa a chama da criatividade. Quandouma pessoa tem uma idéia, ela precisa sentir-se segura e confortável em comunicá-la . Se a empresaé muitoburocratizada, formal,repleta de normas, inibe o funcionário a manifestar-se.

Para permitir que as idéias fluam nasequipes érecomendável questionar, rever asnormas eosregulamentos internos . Com estrutura menos rígida as pessoas sentemse mais livres, com maior autonomia e tambémcom maior responsabilidade sobre o trabalho.

Campanha interativa faz

bem à imagem de empresa

Campanhas publicitáriasqueseapóiamna interatividade com o público ajudam a alavancar a imagem das empresas. OschocolatesM&M estãolançando umapromoção mundial para a escolha da cordo novoconfeito. Rosa, roxoe verdeáguasão asopções.Mais de 78 países, incluindooBrasil, participam da votação que está sendo feita pela Internete termina no próximo dia 19 de junho.

No Brasil,algumas empresas já utilizaram o artifício da interatividade com os consumidores paragarantir o envolvimentoemocional do público com a marca.

Ser criativo nos negócios é ter habilidade para fazer conexões que outros ainda não conseguiram

Em seguida, olhe para o céu estrelado. Tente conectar todas as estrelas formando uma enorme rede.

Agora,faça uma analogia com a criatividade. Pegue objetos ou idéias totalmente diferentes e tente fazer uma conexão. Muitos já fizeram isso com sucesso.Alguém conectou a fotocópia com o telefone e criou o fax, outro conectou o gravador com o telefone e surgiu a secretária eletrônica, ou o rádio com o relógio e produziu o rádio-relógio.

Mais recentemente conectaram um aparelho cirúrgico à Internete um cirurgião, em Paris,operou um paciente em Nova York.

Não esqueça: a criatividade étambéma habilidadepara fazer conexões que outros ainda não conseguiram . Outra maneira de usar seu potencial criativo: mude seus pontos de vista. Expanda suas possibilidades até vislumbrar algo impossível dever antes. Olhe para situações conhecidas com uma nova versão.

Num passado recente, uma montadora de automóveis tinha um problema: acomodar o estepe no porta-malas ocupando o menor espaço possív el.Umdia,um mecânico conseguiu colocar o estepe economizando umespaço interessante. Sabe como? Ele mudou o seu ponto de vista e parafusou o estepe ao contrário, do avesso.

A pessoa criativa não aceita uma primeira resposta ou idéia . Na primeira fase, estimulea produçãoquantitativ a de idéias, o pensamento

Outro elemento importante é o contato humano. Ouça com atenção as idéias que seus colaboradores apresentam. Não pré-julgue, não desestimule, não critique ou ridicularize.Estimule-os afalar maissobrea idéia. Pergunte, comente, compare. Mesmo queesta idéia, no momento oportuno, demonstrese inviável, o autor apresentará muitas outras.

Know-how – En t r e t a n t o , ainda existem empresas que acreditam que o know-how é o seu grandediferenciador. Continuam presas aos sucessos dopassado e desestimulam novas idéias.

Estãomais preocupadas em evitar erros doque estimular as pessoasa tomarem riscos inteligentemente.Se vocêpergunta: "o queaconteceu aqui",quandoocorre um problema, você provocará apenas observações. Mas se vocêperguntar: "de que maneirapoderemos evitar que isto ocorra novamente", você estará provocando a geração de idéias. Uma boa maneirapara estimular acriatividadeé deixarclaro queum erronãoé objeto de punição.

As pessoas criativas são determinadas epersistentes. Possuem grande energia e entusiasmo para realizar suas tarefas. Gostam de ser excêntricas, no sentido de estar fora do centro, buscando novas referências para construir, desenvolver, completar,embelezar e expandir as idéias. Éimportante deixarclaro que aempresa desejareceber as idéias e que todas serão avaliadas e respondidas ao autor.Paraenvolver toda a equipee aumentar aprodução de idéias em sua empresa proporcione um seminário ouworkshopsobre criatividadee ,principalmente, sobretécnicasdegeração de idéias. Pense Diferente. Treinar é um bom começo.

Antonio Carlos Teixeira da Silva é consultor sobre criatividade e inovação, e-mail: pense@pensediferente.com.br

A campanha mais recente aconteceu este ano, no relançamento do supermercado Barateiro,quando a rede foi comprada pelo Grupo Pão de Açúcar. No mês de inauguração, osconsumidoresescolhiam dentre três produtos de marcas líderes, aquele que seriaa promoçãodasemana.

Doiscomerciais diários,veiculados na TV em horário nobre,indicavam os produtos e os telefonespara a votação,queseencerrava uma hora depois. No primeiro dia 26mil pessoasparticiparam. Oprodutoescolhido foia Coca-Cola, que disputou com o Leite Moça. De acordo com o diretor da agência Popular C o mu n i c a çã o , deSão Paulo,Bá Assunção, responsável pela campanha, a utilização dessa ferramentade aproximação com o público foi fundamentalparaatingir asclassesCe D,público-alvodo supermercado. "Precisávamos acabar coma idéiade quequem não tem dinheiro é mal tratado",afirma. "Comapromoção, resolvemos mostrar que, no Barateiro, os clientes mandam até no preço".

Os realty shows, como o Big Brother Brasil, mostram que os consumidores gostam de opinar

A inserção da operadora de telefonia Intelig, também foi feita com base numa campanha de âmbito nacional. Mais de um milhão de pessoas ajudou a escolher o nome da empresa, entre as opções Intelig, Dialog e Unicom – apresentadas, por DéboraSecco, AdrianeGalisteu eLetíciaSpiller. Resultado: amarca foi assimilada pelo público. Outra votação que mobilizou o País foia escolha do novo Baby da Telesp Celular. Napromoção, elaborada pela FischerAmérica, deSão Paulo, foraminscritas de mais decinco mil crianças e 776 milpessoas votaram. A transmissão foi feitano programa Domingão doFaustão, da Globo.

De acordo com a publicitária, Claudia Kalim, gerente de atendimento da Fischer, o

primeiro bebêda TelespCelular foi marcante e precisava ser substituído porque estava crescendo muito depressa. Comoaimagem dobebêestava muito difundida entre os consumidores,a alternativa foi deixar que o público escolhesse a criança substituta. Custo – Segundo Cláudia, esse tipo de artifício funciona mas custacaro esó podeser feito noscasos emque aempresa seja, realmente, capaz deadotar uma posturademocrática. "Estamosaprendendo com osrealitys shows que o públicogosta de participar ede sesentir parteimportante do processo de decisão", afirma a publicitária. ParaCláudia,o mercado publicitáriopoderá migrar para umanova tendênciaseguindo os passos dos programas interativos como o Bi g Brother Brasil, da Globo, e o Casa dos Artistas, do SBT.

Compra em grupo reduz os custos

Donos depadaria deSão Paulo estão conseguindo diminuiros custos fazendo compras em grupo.Na aquisição deprodutos, como a embalagem para o pão, a economiamensalé de cercade R$ 180,00 por loja. OGrupo de Negóciosfoi criadoháum anomeiopelo empresário Eduardo Antonio de Sá Pires, dono da padaria SãoJosé, naVila Guilherme,em SãoPaulo. Noinício, apenas quatro empresários participavam das negociações. Hoje, há70 comerciantes cadastrados.

Para fazer a compra, os empresários se reúnemuma vez por semana. Nasconversas são decididos quais os produtos que o grupo precisa comprar naquela semana. "Cada empresáriodá uma sugestão", afirma Pires.O critério de escolha é a quantidade. "Se quisermos bonspreços, precisamos pedir um determi-

nadovolume,quevaria de acordocoma mercadoria", afirma Pires.

Nas reuniões, os empresários tambémdecidem deque marcapretendem comprare qual o melhor prazo de pagamento. Quanto a forma do pagamento, boletobancário, chequepré-datadoetc,é escolhida individualmente.

Com os dados da compra, o responsável pela negociação chama,no máximo,trêsfornecedorespara cotarpreços. "Compramos de quem oferece as melhores condições ", afirma Pires.

Aeconomia mensalpor produtoé R$50,00,emmédia,porpadaria. Nascomprasde fermento,porexemplo, os empresários do grupo economizam R$ 60,00 por mêsadquirindoo produto em conjunto.

Segundo Pires, o valor economizado ainda pode ser maiorsea entrega forfeita

cursos e seminários

Dia 7

Pagamentodedébitostributáriose dívidascomobrigaçõesdaEletrobrás – Osemináriovai mostraraosempreendedorescomoépossível pagar débitos tributários oferecendo os títulos emitidos em decorrência do pagamento da cobrança do extinto: empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica, as denominadas Obrigações da Eletrobrás. Duração: 16 horas, das 8h40 às 18h30. O curso acontece nos dias 07 e 08 de maio. Local: Mission Desenvolvimento Profissional, no Auditório Pontes de Miranda, na Alameda Santos, 2.400, Cerqueira César. Preço: R$ 1.950,00. As inscrições podem ser feitas a partir de hoje pelos telefones 0800-143040 e 0800-143041 ou pelo e-mail telemarketing@mission.com.br.

Administração competitiva– O curso édirecionado aos microe pequenos empreendedores que querem mudar a forma de administrar a empresa. Duração: duas horas, das 9h00 às 11h00. A palestra acontece nodia07 demaio.Local:SebraeSãoPaulo, ruaVergueiro,1.117,Liberdade. Asinscrições são gratuitase devem serfeitas a partirde hoje pelo telefone 0800-780202.

Estratégias de Negociação Internacional – O objetivo do seminário é orientar os participante sobre os métodos e técnicas necessárias à preparação e condução dos processos negociais com empresas e entidades públicas e privadas no exterior. Duração: 24 horas, das 19h00 às 22h00. Ocurso começano dia10de maioe terminanodia 3de junho.Local: IOB Thomson, rua Corrêa Dias, 184, Paraíso. Preço: R$ 800 (associados) e R$ 920 (não associados). As inscrições devem ser feitas a partir de hoje pelo telefone 0800782755.

num único local. Hoje, só as compras de cartões telefônicos sãoentregues numacentral. As outras comprassão deixadas sempre na loja do empresário que fez o pedido. "Temos umproblema deespaço. Assimqueresolvermos, poderemos centralizar a entrega. Opreço vai ficar mais baixo", afirma.

Contato direto – A forma de negociar dogrupo facilita o contato direto com as indústrias.Hoje,os donos de padaria compram diretamente de empresascomo Cooperçúcar ePerdigão. Os empresários também estão tentando fechar um contrato coma Nestlé."Seconseguirmos negociar como pessoal daNestlé, essesprodutosserão vendidosno mesmopreço dos grandes supermercados", afirma Pires. A informatização das padarias do grupoé o próximo passo dos empreendedores. Segundo Pires, 70% das panificadoras não são informatizadas. "Paraagilizar ascompras, todas as lojas devem estar coligadas", afirma Pires. Hoje, o contato é feito por meio de bips. Quando uma negociação é concretizada, os empresários são avisados pelo bip sobre as condições.

Para solucionar oproblema da informatização, o grupo está fazendo uma parceria com a Itautec. Oobjetivo é desenvolver um sistemade Intranetque coligueaspanificadoras.

Dia das Mães – O grupo de empresáriostambém está promovendo açõesconjuntasde marketing.No Diadas Mães, todos as lojas que fazem parte do grupo distribuirão flores para as mães. Parte das despesas com as rosas será custeada pelo grupo de negócios.Osempresários usam 2% sobre o valor das compras para a manutenção mensal do escritório, promoções paradatas comemorativase treinamento de funcionários. "O objetivo éformarmos uma rede", diz Pires. Uma das únicas exigências do grupoparaaentrada de novossócios éopagamento sematraso. "O empresário quenão cumpreessaobrigaçãoé expulsodo grupo.Precisamosganhara confiança do fornecedor", diz Pires.

Cláudia Marques

ser viço

Grupo de Negócios Tel. : (11) 3291-3739, e-mail: central_negocios@hotmail.com

Antonio Carlos Teixeira da Silva
Tsuli Narimatsu

Trevisan propõe redução gradativa de tributos

"Para fazer a reforma tributária sem colocar em risco o ajuste da sua dívida pública, o governo precisa estabelecer umcronograma, ouseja,reduzir as alíquotas dos impostos deforma gradativa,a começar pela eliminação dos impostoscumulativos. Com areduçãode impostos ede suas alíquotas, não tenho dúvidas de que a arrecadação vai aumentar".

A análisefoifeitaontem, pelo consultor Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Trevisan, durante o lançamento domovimento "Ação Nacional pela Justiça Tributária", que já conta com a adesão de60 entidadese pretende conter o aumento da carga tributária.

Convidado paraparticipar como palestrante, Trevisan apontou oexcesso detributossobrea produção como

Hoje é o último dia para declarar seu Imposto de Renda

Hoje é o últimodia que os contribuintes têm para declararo Imposto deRenda. Segundo aReceita Federal,o prazo não será prorrogado. A multa mínima paraquem atrasar é de R$ 165,74 e a máximaé de 20% do imposto devido.

Até às 17 horas deontem, 87,5% dos14 milhõesde declarações esperadas este ano já haviam sido entregues.

Retificações – Consultores da Receita Federal orientam os contribuintes que precisam retificar suas declarações a fazerem isso ainda dentro do prazo. Assim, evitarão gasto com multas sobre a diferença do imposto a pagar.

Porexemplo,pessoas que declararam gastos com medicamentos, óculos ou aparelhos de audição precisam corrigira declaraçãojá quea Receita conseguiu derrubar, na Justiça, uma liminar que garantia essas deduções.

Opções – Se você é um dos cerca de1,75 milhãode contribuintes queainda nãoentregou suadeclaração,pode escolherentre asvárias opções que a Receita Federal disponibiliza para este ano. Declarações pela Internet (www.receitafederal.gov.br) e pelo Receitafone (0300720300) devem ser entregues atéàs20horas. Essasduas modalidadessópodem ser usadas por contribuintes com patrimônio inferior a R$ 20 mil.Quemoptarem declarar por telefone arcará com umcusto de R$0,27 o minutoda ligação feitade aparelho fixo,ou R$ 0,50de aparelhos celulares.

Quem fizer adeclaração em formulário de papelou disquete devefazer aentrega nos bancos autorizados, que este ano são Caixa EconômicaFederal eBanco doBrasil. As duas instituições informam que não haverá ampliaçãonohoráriode atendimento em São Paulo.

Catarina Anderáos/AE

um dos principais defeitos do sistema tributário atual. "Apesar de carregar os tributos na produção, infelizmente, nãohá qualquer esforço do governo para aplicar os recursosem benefícios para a população", disse, ao prever umacarga tributáriacorrespondente a 35% do PIB no final deste ano. Para ele, o aumento da carga fiscal é perversoe cruelprincipalmente porque 1/3 do montante arrecadado é transferido para o pagamento dos juros da dívidainterna. "Nãoexiste oretorno parao contribuinte", ressalta.

Refrigerantes – Para dimensionar o tamanho da carga fiscal e os seus reflexos em determinados setores,Trevisan citou o segmento de refrigerantes. NoBrasil,por exemplo, 37,2% do preço de umagarrafade doislitrosde

refrigerantesé carregadode tributos, semconsiderar os efeitos da CPMF. Já no Japão e México,ostributos representam, respectivamente, 5%e 13,1%dopreço final. No setordecervejas, oquadro também é dramático.

"Paracada R$1,00 quepagamos num litro dechopp, desembolsamos R$ 0,30 em impostos que estão embutidosno preço", comparou. Quanto aos níveis de sonegação alcançados pelo setor, estima-se que 23% do mercado de refrigerantes e 7% do de cerveja estão nasmãos de informais.

Falsificações – Além de estimular a sonegação e a perda de competitividadedas empresas, a altacarga tributária contribui para aumentar as falsificações, que vão desde brinquedosa programasde computador. A venda de pro-

dutos falsificados no Brasil impedeo governodearrecadar cerca de R$ 10 bilhões por ano em impostos. "Este valor é superior aoorçamentoda Uniãode 2002,comeducação, saneamento e habitação", comparou Trevisan. Sonegação – Segundo dadosda ReceitaFederal,apresentados noevento, cercade R$ 31,9 bilhões deixaram de entrar para os cofres do governo por conta da sonegação,noanopassado.As grandes empresas foram responsáveis por 53% da sonegação detributos, seguidas pelas empresas pequenas e médias, com 40%. Somente o setor financeiro deixou de arrecadarR$ 7,3 bilhões, devido a irregularidades no repassede tributoscomoa CPMF e IOF.

Campanha pela reforma fiscal quer a adesão da sociedade

"A Ação Nacional pela JustiçaTributária éummovimentoabertoa todaasociedade, em favor de umBrasil melhor ", disse o coordenador do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), Percival Maricato, um dos integrantes da Ação Nacionalpela JustiçaTributária (Anjut).O movimento foi lançado ontem, no Crowne Plaza,porlíderes de60entidades eorganizaçõesdasociedade civil. O objetivo principal do movimento, que está recebendoadesões através do site www.anjut.gov.br, é pressionaro governo adiminuir a escalada fiscal e propor idéias para a reforma tributária.

De acordo comMaricato, numa primeira fase, pretende-se alcançar o maior número de entidades de empresários, trabalhadorese profissionaisliberais emostrar paraasociedade queocaminho percorrido pelo governo,baseado noaumento de impostos, vai levar ao desas-

tre e não ao desenvolvimento econômico."Depois, vamos pressionar para oavançoda reformatributária", explicou. Uma das idéias em estudoé elaborarumprojetode lei, queestabeleçalimitesna arrecadação de impostos e tambémna aplicaçãoderecursos. Adesão – "Paraalcançar o objetivo é necessárioo engajamento do maior número de entidades e organizações civis. Dessa forma, o movimentovai tomar corpo em nível nacional, com repercussão dentro da Câmara dos Deputados, para trazer adeptos, também, da classe política",disse opresidente daFederaçãode ServiçosdoEstado de São Paulo, Luigi Nese. Na opiniãodeAntoninho Trevisan,é precisomanter, antes de mais nada, a sociedade informada sobrea escaladada carga tributária. "As pessoas em geral não têm noçãode quantopagam detributos", disse.Pelos seus cálculos, para cada R$ 1,00 pago

numproduto brasileiro,cerca de R$ 0,54 é tributo. Reforma – Aocolocar que a reforma tributária é o grande débito que a classe política tem com a sociedade, o deputado federal Marcos Cintra (PFL-SP) disse queo grande desafio da Anjut é o de propor um novo modelo tributário, baseado na simplificação e desoneração do setor produtivo. " Não teremos a reformatributária esteano, mas ela será feita, com certeza, nos primeiros seis meses do próximo governo, seja ele quem for", previu. Estiverampresentes no evento o deputado federal Antonio Cunha Bueno (PPB-SP), o vereadorRicardo Montoro (PSDB-SP) eo vice-prefeito da cidade de Embudas Artes, Roberto Torrazi, alémde representantesdeentidades como a Abigraf,Abredi, Associação Comercial de São Paulo, Alshop, Sinduscon,Abimaq, Secovi,Sescon,ABF, ADVB entre outras. (SP)

Combustíveis

O Índice Geralde Preços do Mercado(IGP-M)registrouinflaçãode0,56% no mêsde abril.Oresultado éo maior desde novembro.No ano, a alta acumulada chega a 1,07%. Novamente, o reajustedospreçosdos combustíveis foio granderesponsável pela inflaçãono período.Somente esse item contribuiu com 0,47 ponto porcentual noIGP-M. Oíndicesó não foimaior graçasaos produtos agrícolas,que tiveram queda de 0,51%. Página 18

Título da dívida do País é menos recomendado

A decisão de dois bancos de investimentos estrangeiros–Morgan Stanley Dean Witter eMerrillLynch –derebaixar suas recomendações para compra de títulos da dívida externa brasileira pouco afetou os mercados domésticos.

O Morgan Stanley citou como um dos principais motivos os riscos maiores de vitória do candidato presidencial

Pesquisa mostra avanço de Lula e de Ciro Gomes

Pesquisado InstitutoSensus, divulgada ontem, mostra que Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, ampliou sua liderança para 37,9% dasintenções de v otopara a Presidênciada República,contraos 32,1% anteriores. O tucano José Serra recuou de 19,1% para 16,1%. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PSB) tambémcaiu,de19% para 15,2%. O pré-candidato do PPS,Ciro Gomes, subiu de 9,7% para 10,5%. Página 3

do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Outros motivos alegados pela agência foram a alta dopreço dopetróleo, quelimitaumapossívelqueda do juro básico da economia. As agências de classificação derisco reiteraram,noentanto, que aperspectiva para o Brasil se mantém estável e quenãotemem oprocesso eleitoral brasileiro. Página 12

Trevisan defende redução gradativa da carga tributária

O consultorAntoninho Marmo Trevisandefendeu ontem,no lançamentodo movimentoAção Nacional pela Justiça Tributária, um cronograma de redução das alíquotas de impostos de forma gradativa por parte do governo. Isso tornaria possível fazera reformatributária sem colocar em risco o ajuste dadívida pública. Trevisan apontou como efeitoda alta carga tributária o aumento das falsificações. Página 20

Serra defende austeridade

fiscal e metas de inflação

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra,falou ontem amais de 800empresários, dirigentes de entidades e políticos no Fórum ADVB, que está promovendo encontros com todosos presidenciáveis.Serra defendeu a necessidade de crescimento econômico para gerar empregos e reduzir a desigualdade social no País. Para isso, é preciso manter "a casa arrumada",o que pode ser feito apoiando-se em três pontos básicos: austeridade fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação.

Em evento paralelo promovidopelaForça Sindical,

tambémontem, foramrealizadaspalestrascom osprécandidatos, que não chegaram a se encontrar. A segurançae oemprego foramtemas predominantes.

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, que esteve presente em ambos os eventos, disseque estáouvindoatentamente as propostas de todos oscandidatos. Elepediu mais união entre os empresários e justificou o apelodizendoque nãoviu atéagora, nos programasdegoverno, um compromisso explícito em defesados pequenose médios empresários. Página 3 José Serra, pré-candidato

Dama do aço deixa CSN e faz segredo sobre o futuro

Aexecutiva MariaSilvia

Bastos Marques oficializa hoje asua saídada CSN, onde ocupa o cargode presidente. Eladeixa opostoquandoo Grupo Vicunha, controlador daempresa,negocia parte dasaçõescom a companhia anglo-holandesa Corus. Ma-

Copa é tema para vestido de noiva

A 7ª Exponoivas começa amanhã, no Expo Center Norte,emSãoPaulo. Alémdas convencionais roupasbrancas, a mostra terá opções para noivas maismodernas.São vestidostemáticos, como o da Copa do Mundo criado pelo estilistaJuarez Fernandes, etambém coloridos. Fernandes diz que, dos 30 vestidos que vende ao mês, apenas quatro são brancos. Desfiles e cursos farão parte da mostra, que terá desde empresas de viagens para lua-de-mel até os fabricantesdelembrancinhas.A feira será realizada até domingo. Página 16

riaSilviaalega motivospessoais, mas fontes do mercado dizem queela vai paraa carreira política. Divergências sobre o rumoda empresa seriam outra razão da saída da executiva,conhecida como dama do aço. Maria Silvia entrou na CSN em 96. Página 17

Associação realiza Feira da Cidadania no Pátio do Colégio

Depois do sucesso da I Feira deSaúde, aAssociação Comercial lançou ontem a I Feira da Cidadania. O evento acontecerá no Pátio do Colégio e irá oferecer uma série de serviços aopúblico.Serão instalados postos para emissãodo documentos,como carteiras de identidade e CPF. Haverá também um estande daFundaçãoProcon para o esclarecimentode dúvidas e reclamações. O evento está previstopara serrealizado em junho. Última página

Crescem investimentos para o setor de serviços

Os investimentos destinados ao setor de serviços superaram, pela primeira vez, os dirigidos ao segmento industrial no estado de São Paulo. É o que apontam os resultados da Pesquisa de Investimentos doEstado deSãoPauloem 2001, divulgada ontem e realizada em parceria pela Secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e a Fundação Seade, vinculada à Secre-

Ações da Sabesp, uma opção para o médio prazo

Analistas de mercadoentendem que investir nas açõesordináriasda Sabesp queestão sendocolocadasà venda pelo governo paulista pode ser interessante a médio prazo, principalmente para investidores com maior tolerância ao risco. A valorização podechegara 40%noprazo de umano,entendemos especialistas, mas o investidor deve contar com possíveis oscilações significativas no decorrer do período. O prazo paracompraraçõesda Sabesp termina dia 8. Página 13

taria estadualde Economiae Planejamento. Osinvestimentos destinados à indústriaem 2001 corresponderam aUS$ 10,2bilhões, o que equivale a 43,4% dototal de investimentos, que foi de US$ 23,5 bilhões. Já para osetor deserviços, foram anunciados US$ 12,6 bilhões,53,7% do total. Ocomércio recebeu investimentos de US$ 632,72 milhões, 2,7% do total. Página 18

Mulheres são o novo alvo dos cartões de crédito

O mercado de cartões de crédito no Brasil deve ter faturamento de R$5,1 bilhões em abril, acumulando R$ 20,3 bilhões desde janeiro, de acordo com estudo da Credicard. E as mulheres devem ser o novo alvo domercado, já que o estudo indicou que elas financiam mais suas compras no cartão, pagamo valor mínimo dafatura e,mesmo assim, gastam menos do que os homens.As mulheresdevem gastar o equivalente a 35% do que faturartodoomercado em 2002. Página 12

Hoje é o último dia para contribuinte entregar a declaração do IR Página 20 Embarques de soja fazem subir o saldo da balança comercial

Página 5 Dólar cede na estréia de Lavagna à frente da economia argentina

Página 4

do PSDB, e Alencar Burti, durante o Fórum ADVB Tuca
Maria Silvia oficializa hoje sua saída da CSN, onde estava desde 1996
Fernandes mostra os vestidos que levará para a mostra
Wilton Junior/AE

Inflação sobe para 0,56% em abril

O reajuste dos combustíveis puxou a alta do IGP-M, a maior desde novembro. Em março, o índice havia ficado em 0,09%.

Ainflação medidapeloÍndiceGeralde Preçosdemercado (IGP-M) subiu para 0,56% em abril. O resultado é o maior desde novembro. Emmarço, oíndice, queé calculado pela Fundação Getúlio Vargas e foi divulgado ontem,registrou alta de 0,09%.

Apenas os reajustes nos preços dos combustíveis foram responsáveis por0,47 ponto porcentual, ou seja,

quase a totalidade do índice. A altado IGP-M sónão foi superiordevidoao bom comportamento dospreços dos produtos agrícolas, que apresentaram variaçãonegativa no atacado (0,51%) e levaram a um pequeno crescimento de 0,08% da alimentação no varejo. No ano, o indicador acumula elevação de 1,07% e, em 12 meses, de 8,92%. Atacado e varejo – O IGP-

M é composto por três outros indicadores: oÍndice dePreços no Atacado (IPA), que tem peso de60% na composição total; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com participação de30%; eo ÍndiceNacional do Custoda Construção (INCC), com 10%. Em abril, as maiores altas de preço foram verificadas no IPC, que registrou inflação de 0,72%. No mês anterior, o ín-

dicehaviaficado em0,33%. OIPAsaiude umadeflação de 0,14%em marçopara um avanço de 0,52% nestemês. O INCC, porém, apresentou redução entre os meses: foi de 0,84% para 0,32%.

O chefe do Centro de Estudosde Preços daFundação Getúlio Vargas, Paulo Sidney de Melo Cota, destacou que, além dos combustíveis, os produtos industriais, com alta de 0,90%, pressionaram os

Siderúrgicas reduzem investimentos

Osetor siderúrgicobrasileiro tirou o pé do acelerador e está reduzindo os investimentos de forma expressiva. Segundo dados consolidados pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia(IBS), osinvestimentosprogramados para este ano devem atingir US$ 1,4bilhão,caindopara US$876 milhõesem2003e US$ 763milhões em 2004.

No período de 1994 a 2001, o setorinvestiu oequivalentea US$ 10 bilhões, commédia anual de US$ 1,4 bilhão. Pelos dados doIBS, o faturamento consolidado do setor de aço no Brasil atingiu 8,6 bilhões noanopassado, comqueda de 14% em relaçãoa 2000.Mas, apósvários anos reduzindo onúmero de empregados, aindústria vol-

tou a contratar. O pessoal efetivo em atividade no setor siderúrgico atingiu 66.155 pessoas em 2001,com aumento de 3.443 postos de trabalho. Produção – A produção de aço bruto nacional, porém, diminuiu.Em março,emrelação ao mesmo período de 2001,a queda foide 2,7% e, no primeirotrimestre, de 0,8%.Na mesmabase de

CSN perde para CST a liderança

na produção de aço no País

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) perdeu a posiçãode maiorsiderúrgica brasileira em2001, ultrapassada pela Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST). Segundo dadosconsolidados peloInstitutoBrasileiro de Siderurgia(IBS), a CST, localizada noEspírito Santo, produziu4,784 milhõesde toneladas, enquanto a produção da CSN,situada em Volta Redonda (RJ), somou 4,048 milhões de toneladas.

A queda na produçãoda CSNresultou da paralisação doalto fornoda empresapara reforma e ampliação e está previstoque aproduçãodeverá voltar aos 6 milhões de toneladas, oque poderiarestituir a liderança à empresa. Ogrande aumentodaprodução da CST tornou o Espírito Santo oterceiro maior produtor de aço do país, com 5,183milhões detoneladas–abaixodeMinasGerais, que continua liderando com 10,9

milhõesde toneladas, edo Rio de Janeiro, com 5,484 milhões de toneladas.O estado de São Paulo produz 3,471 milhões de toneladas.

No primeiro trimestre de 2002, já com a reativação dos equipamentos paralisados,a CSN voltou a apresentar a maior produção,de 1,24milhão de toneladas. A CST e a Usiminas produziram, respectivamente, 1,17 milhão de toneladas e 1,14 milhão de toneladas. (AE)

Brasil cai para o 31º lugar em ranking de competitividade

OBrasil caiuparao 35ºlugarnoranking "Relatório A nual da Competitividade Mundial", estudo elaborado peloInternational Institute for Management Development (IMD), universidade suíça especializada no treinamentode executivos.Nos dois anos anteriores, o Brasil ocupava a 31ª posição.

Para elaborar oestudo, o IMD avaliou 314 critérios em 49 países, como o desenvolvimento da infra-estrutura tecnológica, o funcionamento da administração pública, a qualidade do sistema educacional, índices macroeconômicos, adaptabilidade da população,produtividade eíndices de violência.

Oranking continuasendo liderado pelos Estados Unidos,seguidos pelaFinlândia, Luxemburgo, Holanda e Cingapura. O país com a pior performance éaArgentina, na 43ª posição. O segundo pioréa Venezuela.Entretodos os países latino-americanos, o Chile éo melhor colocado, no 20º lugar. O México ocupa a 41ª posição.

Segundo o autor do estudo, professor StéphaneGarelli, a performance brasileira foi afetada pela volatilidade de seu mercado interno epela desaceleração econômica no

ano passado. "A turbulência na América Latina, principalmente na Argentina, e o desaquecimento econômico nosEUA, que afetouas exportações brasileiras, tiveram impacto desfavorável". Garelli afirmou ainda que o atraso do programa de reformas no Brasil também foram negativos. "Estamos vendo agorasinais dequeasreformas tributárias vão avançar e isso certamente deixará o País mais atrativo aos investidores estrangeiros". Altose baixos – OIMD elabora umranking paraum cada dos critérios avaliados. OBrasil temomelhor desempenho entre todos os países pesquisados noquesito "flexibilididade e adaptabilidade da populaçãodiante de novos desafios". Outra boa performance éregistrada no "crescimento das exportações de produtos", ocupando osegundo lugar.O País se destaca também no "crescimento daexportação deserviços comerciais"(emquinto), "total de pessoas empregadas" (sexto),"índicede custo de vida" (sexto) "crescimento da taxa deemprego" (oitavo), "estoques de investimentos estrangeiros"(nono), "média dos impostos sobrelucros corporativos"

preços no atacado. No IPC, omaior aumento – sempre depois dos combustíveis– foi registrado pelos grupo habitação,que subiu 0,86%,em razãodoimpacto dos reajustes da eletricidade (2,35%) e gás de botijão (7,36%).

Queda – A avaliação de Cotaéde queainflaçãomedida peloIGP-M emmaiodeverá ficar em 0,4%, desde que não ocorra novo reajuste de com-

comparação, aprodução de laminados recuou 7,4%.

Com as exportações, aconteceu o mesmo. Houve recuo de33,56%no primeirotrimestre deste ano, em comparação com igualperíodo de 2001. De acordo com a Secretaria, o desempenho foi reflexo das medidas protecionistas adotadas pelo Estados Unidos. (AE)

Custo do trabalho sobe com a queda da produtividade

O custo unitário da mãode-obra na indústria,que vinha apresentandotendência de queda entre 1996 e 2000, ficou estável nos últimos 20 meses, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No primeirobimestre de 2002, houve umligeiroaumento docusto dotrabalho, refletindoa estagnação da produtividade, que deixou de crescer. No período, o custodo trabalho aumentou 11% em relação ao mesmo período de 2001 – o que, descontada a inflação, significou um aumento de 1,7%.

(sexto), "custos trabalhistas no setor manufatureiro" (terceiro) e "gerentes graduados competentes" (quinto).

Entre os critérios negativos,odestaque éa"médiade estudantes por professor no ensino secundário", em que o País ocupa aúltima posição, "aproporçãodo comércio em relação ao PIB" (47ª), "exportação de serviços comerciais" (47ª), "balança da conta corrente" (47ª), "spreadda taxa de juro" (48ª) e "custo do capital "(47ª). (AE)

O custo unitário da mãode-obraé arazãoentre osaláriomédio eaprodutividade. Segundo a CNI, o aumento dos salários médios reais foireduzido (0,5%), mas a produtividade recuou 1,2%, o queexplica aelevaçãodo custo do trabalho. Entre 1995 e 2001 o custo unitário do trabalho havia crescido 126% em termos nominais. Descontadaa inflação,essecrescimento reverte-se em queda de 13,8%, resultado do maior aumento da produtividade emrelação aossaláriosmédios reais. (AE)

Varejo continua abaixo dos níveis

Os empresários estão preocupados com ofraco desempenho da economia e seus reflexo nas vendas. Segundo levantamento feito junto ao grande varejo, as vendas continuam retraídas ou equilibradas frentea 2001. Para o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, haverá retomada com o Dia das Mães.

O presidente da Associação, Alencar Burti, mostrou preocupação com os efeitos da altacarga tributáriae burocrática, principalmente, sobre as pequenas e médias

de 2002

empresas. Depois deuma maratona, ontem, em que ouviupraticamente todosos candidatosà Presidência, Burtipediu maisuniãoentre os empresários.Oexecutivo justificou seu apelo, afirmandonão tervisto, emnenhum programa de governo, um compromissodedefesa da classe empresarial. "Não vejo ninguémpreocupado como pequeno empresário. Não ouvi nenhum compromisso de redução da carga burocrática e tributária".

Sergio Leopoldo Rodrigues

bustíveis. Paraele, ainflação também deverá continuar sofrendoimpacto, aindaque menor, dos preçosadministrados e das tarifas. Apesar disso, e economista daGetúlioVargas manteve sua estimativa de inflação para esteanoentre4,50%e 5%.

O IGP-M de abril foi calculado com base nos preços coletadosentreos dias21de março e 20 de abril. (AE)

SP recebe US$ 23,5 bi de recurso privado em 2001

Os investimentos privados no estado deSãoPaulo se mantiveram estáveisem 2001, segundo pesquisa da SecretariaEstadualda Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômicoe daFundação Seade, vinculada à Secretaria Estadual de Economiae Planejamento. O total de investimento somou US$ 23,5 bilhões, volume 0,19% inferioraoregistrado em 2000. Osdados mostramtambém quea regiãometropolitana de São Paulo e o interior do Estado se equilibraram na capacidade deatrairnovos investimentos privados. Foram destinados US$9,7 bilhões à região metropolitana, ou seja, 41,5% do valor total. Os municípios do interior receberam US$ 9,1 bilhões, 38,6% do total de investimentos em 2001.

O segmento que registrou maior volume de anúncios de investimentos foi o de telecomunicações,com14,3% do total. Em segundo lugar, ficou eletricidade, gáse água quente, com 13,8%. A indústria detransporte aéreofoi a terceira, com 13,1%, seguida deatividades imobiliárias

(9,6%) e de transporte terrestre (8,4%).

Se rvi ços – Pelaprimeira vez,osinvestimentos destinados ao setor de serviços superaram osdirigidos aosegmento industrial.

Os aportesfeitosà indústria em2001 corresponderam aUS$10,2 bilhões –43,4% do total de investimentos. Para o setor de serviços, foram anunciados US$ 12,6 bilhões, 53,7% do total. O comércio recebeu investimentosdeUS$632,72 milhões, 2,7% do total.

Comparando-se essesvalores com os de 2000, a Seade indicou uma queda no investimentode29,4% paraosetor industrial, e um aumento de 50,3% para osetor de serviços e de 0,97% para o de comércio.

Na região metropolitana de São Paulo,predominou o investimento no setor de serviços, com60%do total,e 25% foramparaosmunicípios do interior do Estado. Na indústria, ocorreuo inverso:62% dosinvestimentos desse setor foram destinados para as cidades dointerior e17% ficaramna região metropolitana. (AE)

Aportes nacionais superam os estrangeiros no estado

Os investimentos nacionaisnoestadode São Paulo superaramos estrangeiros em 2001, segundo a pesquisa feita da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômicoe da Fundação Seade. Os empreendimentos controlados porcapital nacional responderam por 69% de um total de US$ 23,5 bilhões de investimentos anunciados para o anode 2001. Osrestantes, US$ 7,4 bilhões (31%),tiveram origem em empreendimentos controlados por capital estrangeiro. Apesquisa indicouque houve redução de 27% no valor médiodos investimentos anunciados eaumentode 38% naquantidade de empreendimentos. Isso mostra maior presençade pequenos e médios investidores. Em 2000, a pesquisacoletou 1.062 anúncios de investimentos com ovalor médio de US$ 22 milhões. Em 2001, aforam levantados 1.519 anúncios de empreendimentos com o valor médiode US$ 16 milhões. (AE)

Poder para Guarda divide polícias

Polícias Civil e Militar mostraram posições divergentes sobre projeto que faz alterações no trabalho das guardas municipais Adiscussão sobreopoder de polícia para as guardas municipais ainda divide opiniões detécnicos doassunto. Parao delegadoseccionalde Osasco, Wagner Pereira, cabe aomunicípio desenvolver atividades que sejam ligadas à segurança, comoo saneamento básico, iluminação, transportee moradia.Tudo isso,segundo Pereira,implicana segurançapública. "Mas nada impede que o municípiotambém desenvolva ações de segurança, por meio daguarda municipalrevestida de poder de polícia".

Pereira disse ainda o impedimento para queisso acon-

teça éa reformaconstitucional. "Hojeaguardamunicipalé,de acordocomaConstituição, órgão para defesa de bens e instalações do município. Isso precisa mudar". Em Osasco, de acordo com o delegado,o municípiojá vem tomando algumas medidas para combate à violência. "Estamos, por exemplo, abrindoescolas nos finsde semanapara a prática de esportes", disse Pereira.

Já na opinião do coronel da Polícia Militar, AlaorSilva Brandão, a guarda municipal deve ser apenas um colaborador das demais polícias. "Eles podem fazer muito pela cida-

Juiz garante vale-refeição para motorista de ônibus

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ojuizFrancisco Antonio de Oliveira,concedeu ontem, no final da tarde, medida cautelar garantindoa database e a manutenção do fornecimento de vale-refeição aos motoristas e cobradores de ônibus. O juiz determinou aindaa suspensãode uma possível greve da categoria anunciada para hoje. O pedido de liminar foi impetradopelo Sindicatodos Motoristas contraoTransurb (sindicato patronal), queameaçava cortarovalerefeição dos trabalhadores. O presidente doTRT arbitrou multa R$ 50 mil caso haja descumprimento de qualquer uma das determinações (patronal ou profissional) Os motoristas e cobradores de ônibusdeSão Paulo,que ameaçavam paralisar suas atividades a partir de hoje nas empresas que suspendessem a entregados vales,voltaram atrásno inícioda noite.Eles decidiram dar 15 dias de pra-

Túnel da Nove de Julho fica fechado para manutenção

A CET vai interditar o túnel NovedeJulho,hoje ànoite, paralimpeza emanutenção. O bloqueio vaiser realizado das 23h30 às5h,nosentido bairro-Centro. O motorista com destino aoCentro deverá seguir pelaavenida Nove de Julho, rua Convenção de Itú, alameda Jaú, alameda CasaBranca, ruaProfessor Otávio Mendes erua Professor Picarolo,retornando para a avenida Nove de Julho. Os ônibus elétricos serão substituídos por ônibus a diesel evão utilizar otrajeto alternativo. Técnicos da CET v ão acompanhar o trânsito das imediações. (SM)

zo para as empresas distribuírem os vales.

Alémdagarantia do valealimentação,eles pedemaumento nosmesmos- de R$ 6,80 para R$ 8 - e a reposição de 9,26%,referente a perdas inflacionárias.

O sindicato da categoria, que representa mais de 50 mil trabalhadores, pede ainda umaumentode 5%porprodutividade, convênio médico gratuitoe cestabásicacom produtos de limpeza.

O Transurb, por sua vez, afirma que osetor passa por umagravecrise porcausada diminuição donúmerode passageiros. As empresas seriam obrigadasa demitir se tiverem novos gastos.

Tarifa – A tarifa dos ônibus custaráR$1,00 amanhã.O desconto sóvale paraquem pagar com dinheiro. A intenção é facilitar a circulação dos trabalhadoresque participarão das comemoraçõesdo Dia do Trabalho.

de",disse. Brandãoaindalevantou a questão da dificuldade em se aprovar,por exemplo, leis para a cidade, que poderiam colaborar com a questão da segurança. "Aprópria sociedade dificulta isso. Ela criaum certotipo deresistência", conclui. Guarda – P ar a o coronel Josias Sampaio Lopes, comandante da Guarda Civil Metropolitana, é importante que as guardas tenham poderde polícia. Deacordo com ele, no ano passado foram atendidas

Se o projeto for aprovado na Câmara, os guardas terão poder para prender suspeitos

50% mais ocorrências do que em 2000."Foram quasenove mil registros em 2001. Com o poder de polícia, os guardas poderão agir nos parques e nas ruasequem irá lucrar éa população. Quanto mais guardas nas ruas, mais segurança", completou Lopes. O assunto sobre a municipalização da guarda foi discutido ontem na Câmara Municipal de São Paulo. O encontro reuniu várias autoridades das polícias civil, militare municipal paradebatera impor-

tância da cooperação entre as polícias no combate à criminalidadee o comprometimento de todos os órgãos policiais que influenciamas decisões de melhoria dasegurança da populaçãonas 645 cidades paulistanas. A iniciativa do debate foi do vereador Roger Lin (PPS) e da Associaçãodos OficiaisdePolícia Militar do Estado.

"É a partir de debates como este,junto comesforços,respeito ereciprocidade queserá possível desenhar um mundo maisjusto eseguro", disse o vereador.

Senado – Depois de ter sido aprovadono Senado,emse-

gundoturno,o projeto que dá igualdade de poder às guardas municipais seguirá para aCâmara dos Deputados.A votação, que ocorreu doisanos depois daaprovaçãoem primeiro turno, está sendo considerada por muitos como uma resposta à violência em todo o País.

A categoria tem cerca de 44 mil trabalhadores. Eles só podem atuar em locais públicos, como escolas ehospitais. Assim que o projeto entrar em vigor, eles terão competência legal para, por exemplo, prender suspeitos.

Kelly Ferreira

Pediatra De Lamare enterrado no Rio

O corpo do pediatra Rinaldo De Lamare, que morreu domingoaos 92anos, foisepultado ontem pela manhã noCemitério SãoJoãoBatista,no Riode Janeiro. Autor do best-seller A Vida do Bebê, De Lamare morreu de insuficiência respiratória em sua casa, em Ipanema. O pediatra não gostava de hospitale nãoqueriaserinternado. Ele sofreu um derrame em setembro de 2001 e passavaportratamento médico em casa. De Lamare deixa a mulher Germana, com quemfoicasado pormaisde 60 anos, e duas filhas. Mesmo após oderrame, o pediatrafezquestão de acompanhartodoo lançamento da41ª ediçãodo livro A vida do Bebê, que já vendeu mais de 6,5 milhões de cópias. Aprimeira ediçãodo livro é de 1941. DeLamare costumavadizerque"para orientaraeducação decrianças rebeldes é preciso impor limites, mas com carinho". O livro pretende ensinar asmães a lidarem com o bebê antes, duran-

te e depois da gestação. No Rio – O médico trocou Santospelo Rioaos16 anos paraconcluir seusestudos. Assim que chegou ao Rio, De Lamare foi morar com o avô, o almirante José Victor De Lamare,masrecebiado pai uma mesada de200 mil réis, com aqual comprava livros de Medicina.Ele estudouna Universidade do Brasil,hoje a Federal do Rio de Janeiro, Em1932, quando se formou, aos 22 anos, De Lamare abriu sua primeira clínica em Madureira, no subúrbio do Rio. Cobrava 5 mil réis pela consulta, atendendo acem criançaspor dia.Ainda não havia antibióticos nem vacinas e eram freqüentes os casosde doenças contagiosas. Surtos de meningite também surgiram,assimcomo os de paralisia infantil.

Contraa desidratação, o pediatraintroduziuo tratamento à base de soro caseiro, feito apenas com uma colher de açúcar,uma desal eágua, receita atéentão desconhecida no Brasil.

Além de clinicar, o pediatra

passou a dar aulas na Universidade doBrasil.Abriuum novo consultóriono Centro. Masficousem clientespor três anos. Foi quando resolveu escrever AVida do Bebê DeLamarefoio pediatra mais famoso do País.

Na década de 50, o pediatra transferiuseu consultório para Copacabana, onde chegou acobrar milcruzeiros pelaconsulta.Ele eratãorequisitado quecontratou dois motoristas para levá-lo nos atendimentos em domicílio. Em 1964, o pediatra passou a ser diretor do Departamen-

Feira da Cidadania será no Centro

A Associação Comercial de São Paulo lançou ontema I Feira da Cidadania. O evento vai acontecer no Pátio do Colégioeirá oferecerumasérie de serviços ao público que passa por aquela região da cidade. Serãoinstalados vários postosde emissão do documento de identidade, certidões denascimento, CPF (Cadastro de Pessoa Física) Várias entidades, empresas e órgãos governamentais já foram convidados para participar. Um deles é a Secretaria Estadual de Justiça, que deverá colocar à disposição da populaçãoestandesda Fundação Procon, parao esclarecimentode dúvidasdoconsumidor. O público também

Reunião para discutir detalhes da Feira aconteceu ontem na Associação

poderá registrarreclamações e receber orientações.

A Secretaria Estadualde Emprego e das Relações do Trabalho e a Força Sindical também irão participar. Durante a I Feira de Cidadania, o

públicopoderá tiraracarteira profissional.

A Polícia Militar Ambiental vai distribuir folhetos explicativos sobreproteçãoda fauna e flora e mudas de plantas e sementes.

Doação – O público também poderá doar sangue. Para isso, será necessário trazer um documentodeidentidade, ter mais de 18 anos e pesar acima de 50 quilos. Crianças e adolescentes terão ainda atendimento odontológico. Segundo o coordenadorgeral das sedes distritais, Gaetano Brancati Luigi, o sucesso da I Feira da Saúde, que atendeu mais de 6mil pessoas também no Pátio do Colégio, motivou olançamentodo Programa Cidadaniapara Todos, do qual faz parte a Feira da Cidadania. A previsão é deque oevento aconteçano final do mês de junho.

Dora Carvalho

toNacional da Criançano governodo general Castello Branco. Nessa época, ele quis distribuir pílulas anticoncepcionaisno Nordeste,masfoi repreendido pelos militares. Pelas mãos de De Lamare passaram bebês ilustres como osnetosdospresidentes Epitácio Pessoa,Arthur Bernardes, Castello Brancoe Garrastazu Médici. DeLamare sóparou declinicar em 1985,aos 75anos, quandose submeteu à primeira das quatro cirurgias deponte de safena que fez nos últimos anos. (SM /AE)

agenda

Hoje Saú de - A Associação Comercial realizaentrega decertificado aosparticipantes da1ª Feirada Saúde. Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre).

Se gu ran ça - O Fórum dos Jovens Empresários (FJE) da AssociaçãoComercial de São Paulo, em parceria com a OAB Jovem -GrupodeJovens Advogados, promove debate sobre otema Se gurança Pública, uma questão de vida.Às18h30, na sede daentidade, ruaBoa Vista, 51/9º andar.

Associação Comercial de São Paulo
O autor e sua obra: o pediatra De Lamare com o livro que o tornou famoso Tasso Marcelo/AE

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