Estamos entre os primeiros no mundo telecom

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Jornal do empreendedor

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São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ESPECIAL

O Brasil investe em tecnologia?

Estamos entre os primeiros no mundo

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Somos o 5º no ranking mundial do mercado de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, com receitas de US$ 160 bilhões.

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Carlos Ossamu mercado mundial de TIC (Tecnologia da Informação e Tel e co m u n ic a ç õ es ) , movimentou US$ 3,3 trilhões no ano passado. No Brasil, este valor foi de US$ 160 bilhões, alçando o País ao 5º lugar no ranking mundial. De acordo com a empresa de consultoria IDC Brasil, a previsão inicial era que o Brasil pulasse para o 4º lugar ainda este ano, com receitas de US$ 175 bilhões, mas com a desvalorização do dólar, é mais provável que se mantenha na mesma posição. “O Brasil vem crescendo e galgando posições ano a ano – passamos a Alemanha em 2013 e estamos agora brigando com o Reino Unido”, conta Samuel Rodrigues, analista sênior de Telecomunicações da consultoria. Segundo o especialista, a estimativa é que o mercado brasileiro de Telecomunicações de Serviços seja de US$ 100 bilhões ao ano, sem incluir receitas com vendas de hardwares. “Este valor se refere apenas às receitas das operadoras de Telecom”, explica. Já os investimentos superam R$ 15 bilhões anuais. “É preciso continuar investindo por alguns motivos: temos demandas não cobertas em diversos serviços – o 3G ainda não atende toda a população, o 4G atende apenas uma par-

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Samuel Rodrigues: ainda temos demandas não cobertas em diversos serviços – o 3G ainda não atende toda a população brasileira.

cela muita restrita, há uma demanda reprimida de banda larga fixa, ou seja, ainda é preciso investir muito na ampliação da rede de cobertura”, afirma. “Também é preciso investir na qualidade do serviço – mesmo com a Anatel regulando o setor, em alguns momentos a qualidade deixa a desejar. Um exemplo gritante é a banda larga fixa, em que a Anatel determinou que as operadoras entreguem ao menos 30% da velocidade contratada – antes elas entregavam apenas 10% e foi imposto que aumentem ano a ano essa taxa”. Outro forte investimento

das operadoras de telefonia móvel é na modernização das tecnologias. A 3G, por exemplo, não atende mais em termos de qualidade determinados perfis de usuários de banda larga móvel. Entrou em cena a 4G, com velocidade muito maior, podendo chegar a 100 Mbps. “A tecnologia 4G já está em operação desde abril do ano passado, mas na frequência de 2,5 GHz. A Copa do Mundo acelerou essa implantação, pois era uma das exigências da Fifa – houve alguns improvisos, com o uso de estações móveis nos estádios para atender os usuários, mas no final o resultado foi positi-

vo”, avalia Rodrigues. “Em junho, atingimos 3,3 milhões de usuários 4G, incluindo usuários de smartphones e modem 4G para conectar em notebooks ou desktops”. Rodrigues explica que a diferença entre as faixas de 2,5GHz e 700 MHz é que nesta última o alcance do sinal é maior e será preciso menos antenas para replicar o sinal, ou seja, se cobre uma área maior com menos antenas. Como justamente o grande problema no Brasil é a cobertura, a frequência de 700 MHz vem suprir uma boa parte da demanda. “As duas frequências cobrem usos distintos. Lo-

cais que necessitam de maior tráfego de dados, como centros comerciais e locais com maior adensamento de usuários, é mais provável o uso de 2,5 GHz. Quando se precisa de um alcance maior, se usará o 700 MHz. Cada operadora desenhará a sua estratégia, mas esta seria a mais lógica”, diz. Competição Se por um lado as operadoras de telefonia móvel brigam numa ponta para conquistar o cliente final, reduzindo tarifas e margens de lucro, no recente leilão da faixa de 700 MHz da 4G não foi isso o que se viu.

Não houve muita disputa, fazendo com que os lotes fossem arrematados com preços próximos ao mínimo. O governo esperava arrecadar R$ 7,7 bilhões e viu este valor cair para R$ 5,8 bilhões, já que dois, dos seis lotes, não tiveram compradores. “A Oi não participou do leilão, já que está com um endividamento alto, quase quatro vezes o seu valor de mercado. Essa possibilidade de fusão da Oi com a TIM que estão falando pode até ocorrer, mas não acho provável, até pelo alto endividamento – seria preciso um aporte contábil forte”, argumenta Rodrigues. Para ele, a Oi não tem uma participação expressiva no segmento de mobilidade, sendo que em telefonia fixa e banda larga ela disputa as primeiras posições, mas em mobilidade está em quarto. “Não é um produto chave para eles, pelo menos não é o foco no momento. E como dados móveis faz parte de mobilidade, acho que eles olharam para a dívida muito alta, para um produto que não é o foco, e optaram em centrar forças na 3G e poupar esforços. Afinal, se você investe agora, só vai recuperar o investimento daqui a três ou quatro anos. A tendência é que usuário do 3G migrem para o 4G, passando a ter menos usuários por antena e menos congestionamentos, melhorando o serviço 3G sem muito esforço”, diz.


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Mercado de TI também cresce O Brasil é o sétimo no ranking de países que mais investem em tecnologia e líder absoluto na América Latina

mercado brasileiro de Tecnologia da Informação (TI) movimentou US$ 61,6 bilhões no ano passado, sem contar a receita com exportaç õ e s , u m c re s c i m e n t o d e 15,4% em relação a 2012. Deste montante, hardware participou com US$ 36,5 bilhões, serviços com US$ 14,4 bilhões e software com US$ 10,7 bilhões. Na América Latina, o Brasil está no topo da lista em investimentos em TI, representando 47,4% do mercado; já no mundo, estamos na sétima posição, com apenas 3% do mercado. Segundo Jorge Sukarie, presidente da Abes – Associação Brasileira das Empresas de Software, este ano o mercado de TI deve crescer menos, em torno de 12%, mas em 2015 o Brasil deve superar a França em investimentos em tecnologia. “Um país é mais maduro tecnologic a m e n t e quando se investe mais em softwares e serviços. O Jorge Sukarie: ideal é que tivéssemos um o software investimento ainda é superior a bitributado. 5 0 % e m software e serviços, onde está a inteligência do sistema”, diz o executivo. “O Brasil vem caminhando nesta direção, pois vem crescendo os investimentos nesses setores de inteligência, mas no ano passado os gastos com hardware estouraram, com a disparada nas vendas de tablets e smartphones. A expectativas para este ano é de vendas menores desses equipamentos”. Para Sukarie, o usuário hoje convive com vários devices além do computador pessoal, como smartphones, tablets e notebooks. Isso gera uma grande demanda por aplicativos. “Estamos migrando para um ambiente onde teremos milhares de aplicativos móveis. Até pelo perfil do usuário de smartphones e tablets, esses aplicativos têm uma modalidade de comercialização diferente do que estávamos habituados com os PCs. Há muitas oportunidades para o

O empurrão de faltava

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Brasil neste segmento de desenvolvimento de aplicativos, mas que são comercializados de maneiras distintas, eventualmente geram receitas não pela venda direta, mas por merchandising ou por anúncios”, explica. Hoje o usuário tem diversas formas de adquirir um software. Antigamente, ele era obrigado a comprar licenças, fazer um investimento inicial que muitas vezes era inacessível para uma pequena empresa. Hoje é possível pagar de várias formas, como mensalidade, no caso do SaaS (software como um serviço). “Os aplicativos para devices muitas vezes são gratuitos, mas se o usuário precisar de uma ver-

são mais sofisticada, ele paga por isso. Hoje há mais alternativas para adquirir o software de forma legal, o que é bastante positivo para o usuário e também para a indústria, pois diminui a pirataria. Quando fundamos a Abes, a pirataria era superior a 90%. Os últimos dados indicam que o índice agora está em 50%, caiu 3% em relação a 2011. Ainda é uma taxa alta, mas em comparação há três décadas, tivemos um grande avanço”, afirma o executivo, informando que a média mundial de pirataria está em 43% e o Brasil é hoje o país com menor índice de pirataria na América Latina. Em termos de valores, as perdas da indústria superam

os US$ 2,8 bilhões. Tributação Um problema que continua incomodando o setor é a bitributação, dentro da velha discussão se software, vendido em caixa, é produto ou serviço. “No nosso entendimento, software é serviço e deveria pagar somente ISS. Porém, existe o entendimento de que se pode categorizar o software, como software de prateleira e games, que deveriam pagar ICMS por serem mercadorias. Tem Estado que entende que game de computador em nenhuma hipótese é serviço. Este problema perdura há muito tempo, fica esta insegu-

Futurecom reúne lideranças globais omeça hoje em São Pa u l o a Fu t u re c o m 2014, o maior evento de Telecomunicações e Tecnologia da Informação da América Latina. Nos dois últimos anos o evento foi realizado no Rio de Janeiro, agora regressa à capital paulista e deve reunir 15 mil visitantes de 50 países, 4.200 congressistas, 325 palestrantes e 340 expositores. Lideranças globais estarão presentes, entre eles Markku Makelainen, sócio-diretor Global de Operações do Facebook; Hans Vestberg, presidente da Ericsson; Cristiano Amon, co-presidente da Qualcomm e Marco Patuano, CEO da Telecom Italia, além de outros nomes de influência no ambiente econômico. “Tomadores de decisão para TI e Telecom dos setores financeiro, governo, óleo e gás, comércio e varejo estarão presentes nos quatro dias do evento”, diz Luís Alberto Veiga, vice-presidente da Provisuale, organizadora do evento. Do Brasil, também marcam presença executivos como Antonio Carlos Valente, da Telefônica Vivo; Rodrigo Abreu, da TIM Brasil; Zeinal Baiva, da Oi; Amos Genish, da GVT; José Formoso Martinez, da Telebrasil/Embratel; Divino Sebastião de Souza, da Algar Telecom; e Francisco Ziober Filho, da Telebras. As autoridades regulató-

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m parceria com a Startup Farm, o Futurecom promove a 2ª edição do Startup Session. Destinado a apresentar ao mercado novos talentos da indústria de tecnologia, o concurso avaliará dez projetos em diversas áreas e segmentos, que priorizem o uso da tecnologia e o conceito inovador. Esses projetos serão apresentados a um comitê de investidores, cujo papel será eleger o grande vencedor. O perfil procurado é de empresas com projetos em Conectividade Móvel, Big Data & Analytics, Customer Experience e Segurança. Na edição do ano passado, a FIT Networks foi a grande campeã com uma solução de baixo custo para a entrega de internet banda larga via fibra óptica à casa do consumidor final. Em segundo lugar ficou a UpPoints, cujo sistema usa uma câmera para monitorar as gôndolas de supermercados e produzir análises sobre os hábitos dos consumidores. Fechando o time vencedor, na terceira colocação ficou a aceitaFone, desenvolvedora de solução para pagamentos dentro de aplicativos de celulares. Para Alan Leite, CEO da Startup Farm, o concurso é uma grande oportunidade para as startups apresentarem os seus projetos e fazerem networking. “O Brasil está formando um ecossistema empreendedor vibrante, que está atraindo as atenções do mundo inteiro. O Startup Session se insere neste movimento, que pode gerar impactos positivos para a economia brasileira”, avaliou. De acordo com Laudálio Veiga Filho, presidente da Provisuale, empresa organizadora da Futurecom, o Brasil, nos últimos anos, se tornou um celeiro de ideias inovadoras, então, nada mais natural do que incentivar o empreendedorismo e assim contribuir para a evolução do mercado de TI no País. “Além disso, para quem está começando, contar com a chancela de empresas renomadas é fundamental para trilhar um caminho de sucesso”, pondera o executivo. Durante o Futurecom 2014, empresas empreendedoras selecionadas para participar do Startup Session terão a oportunidade de divulgar o seu modelo de negócio.

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rança jurídica, mesmo com a Lei Complementar 116 de 2003, que deixa claro que o licenciamento de software deve ser encarado como serviço”, observa. Segundo ele, em alguns Estados, como São Paulo, quando tem mídia, manual etc., o Estado quer cobrar ICMS sobre a mídia e o manual. “A nossa recomendação no Estado de São Paulo é que o associado pague os dois impostos, apensar de ser bitributação, pois entendemos que o valor não é elevado em relação ao ICMS e por isso não vale a pena a briga, pois isso pode colocar a empresa em situação de insolvência. De qualquer forma, é uma situação absurda”, afirma.

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rias e governamentais também estarão presentes. João Rezende, da Anatel e o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, representarão o Brasil. Fátima Barros, presidente da Anacom, agência reguladora de Portugal, também confirmou presença e estará ao lado de representantes dos governos latinoamericanos do Equador, do Paraguai e de Costa Rica. Destaques do evento Os ingressos para a participação na Futurecom 2014 podem ser adquiridos pelo site do evento. Para participar apenas das cerimônias de abertura e encerramento, além dos três dias de exposição, o ingresso custa R$ 350. Já para participar do congresso, os pacotes custam R$ 4 mil e R$ 5 mil, dependendo do número de palestras. A cerimônia de abertura acontece hoje às 20h. A partir de amanhã até quinta-feira estão programados mais de 20 painéis de debates, coordenados por jornalistas de renome e a participação de lideranças empresariais. Amanhã, das 16h40 às 18h, o jornalista Caio Blinder, d o p ro g r a m a M a n h a t t a n Connection, da Globo News, coordena o painel em inglês “The Future of Telcos in the Years to Come”, que vai debater o futuro das operado-

ras das próximas gerações. O jornalista Guga Chacra, do jornal O Estado de São Paulo, comanda o tema “Propostas Inovadoras para a Melhoria da Qualidade dos Serviços nas Redes de Telecomun icações” no dia 15, das 16h às 17h10. Especialistas do setor vão debater como a inovação poderá contribuir na melhoria da qualidade dos serviços e da experiência do cliente. “Era da Mobilidade: Contribuições do Setor na Transformação da Sociedade” será o debate coordenado pela jornalista Christiane Pelajo,

da Rede Globo, no dia 16 das 11h30 às 13h. Renomados e experientes dirigentes vão debater as contribuições do setor para a sociedade e como buscar novos caminhos para o crescimento equilibrado do ecossistema de comunicações móveis.

O evento deve reunir 15 mil visitantes, 4.200 congressistas, 325 palestrantes e 340 expositores.

S ERVIÇO

Futurecom 2014 De 13 a 16 de outubro Transamérica Expo Center Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Informações: www.futurecom.com.br

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Lino Fernandes

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira

Edição e reportagem Carlos Ossamu

Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br


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Balanço final da Copa

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Telebras divulga os gastos com infraestrutura da rede de fibra óptica para os 64 jogos do mundial, que ficou pouco abaixo da previsão de R$ 90 milhões Telebras fechou em R$ 89,9 milhões o balanço final de investimentos na implantação de infraestrutura da rede de fibra óptica que transmitiu os 64 jogos Copa do Mundo deste ano. O valor abrange os investimentos de 2012, 2013 e 2014. A previsão inicial de gastos no projeto era superior a R$ 90 milhões, mas houve ajustes na contratação e cancelamentos de algumas ordens de serviços. Esta é a posição fechada de 2012 a 2014 e inserida no Portal da Transparência da Copa do Mundo de 2014, com os valores oficializados junto ao GECOPA (Ministério dos Esportes) e o Ministério das Comunicações, com data de fechamento de 31 de julho de 2014. A Telebras foi a empresa responsável pela construção da rede de fibra óptica usada na transmissão de imagens de alta definição (HDTV – vídeo e áudio) entre as 12 arenas e o Centro Internacional de Coordenação de Transmissão (IBC) no Rio de Janeiro. A empresa também interligou os centros de treinamento das seleções de todos os países ao IBC. A cidade-sede que recebeu mais investimentos, nestes três anos, foi o Rio de Janeiro, com R$ 18,3 milhões, seguida de Belo Horizonte, com R$ 12,2 milhões, e Brasília, com R$ 11,5 milhões. Estes investimentos mais altos são justificados porque Belo Horizonte foi a sede do Centro Internacional de Coordenação de Transmissão (IBC) da Fifa na Copa das Confederações 2013, enquanto o Rio foi a sede do IBC na Copa do Mundo de 2014. Este ano, todas as imagens em alta

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A Telebras transmitiu 166 TB de dados no anel óptico interligando as 12 arenas.

definição dos jogos foram concentradas no IBC do Riocentro (RJ). Em 2014, entraram nas despesas também os centros de treinamento em Maceió (AL), com R$ 3,2 mil e em Vitória (ES), com R$ R$ 17,4 mil. Além de investimentos de R$ 140,6 mil na cidade de Maceió. Ao todo, a Telebras transmitiu 166 terabytes de dados no anel óptico interligando as 12 arenas da Copa ao IBC da Fifa no Rio de Janeiro. Foram mais de 517 horas de transmissão na dupla abordagem entre as arenas e o IBC, de onde as imagens foram distribuídas a mais de 200 emissoras de TV de vários países em contrato com a Fifa. Para construir e operar essa rede de 15.280 km interligando os estádios ao IBC a Telebras mobilizou 229 colaboradores em atuação direta, além de 72 pessoas de empresas parceiras e 142 de fornecedores. Essas infraestruturas se incorporaram à rede da Telebras e ficaram como legado para utilização no Programa Nacional de Banda

Larga (PNBL), levando internet de alta definição a municípios mais remotos com preços baixos, além de servirem de base para as redes de governo. Com o objetivo de dar maior transparência da participação da Telebras nas ações para implantar essa infraestrutura, de acordo com a Matriz de Responsabilidades da Resolução Gecopa 24 e em observação ao item 9.4 do Acórdão nº 299/2014-TCU-Plenário, disponibilizamos no Portal da Transparência as informações sobre os dispêndios alocados pela empresa agregados por cidade-sede. Investimentos no semestre A Telebras investiu R$ 236 milhões no primeiro semestre de 2014 na expansão da sua rede de fibra óptica e no projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que está em construção na França. O projeto envolve os ministérios das Comunicações, da Defesa e

da Ciência e Tecnologia. O satélite será operado pela Telebras na banda Ka (civil) e pelo Ministério da Defesa na banda X (militar). Além de garantir segurança às comunicações militares e estratégicas de governo, o SGDC atenderá às necessidades do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), levando conexão de alta qualidade e a preço baixo aos municípios mais remotos, onde não chega a rede de fibra óptica da Telebras. O satélite vai também garantir a segurança das comunicações na área do pré-sal, a chamada Amazônia Azul. Seu controle será realizado no Brasil em estações localizadas em áreas militares, sob a coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa. O seu lançamento está previsto para 2016. Os investimentos da Telebras no primeiro semestre representam a execução de 45,3% do total de investimentos da estatal previsto para 2014, de R$ 521,5 milhões. No terceiro bimestre, foram investidos R$ 108,7 milhões.

O lado das operadoras or determinação do governo, as empresas ganhadoras dos leilões 4G em 2012 na frequência de 2,5 GHz tinham obrigação contratual de instalar dentro dos estádios serviços móveis de segunda, terceira e quarta geração, conhecidos como 2G, 3G e 4G. As operadoras informaram ao governo investimento de R$ 200 milhões nestas ações, segundo o Ministério das Comunicações. Foram instaladas 4.738 antenas nos estádios pelas operadoras, que fizeram uma parceria na implantação de infraestrutura de telefonia móvel e de banda larga, investindo R$ 226 milhões nas arenas, de acordo com dados do SindiTelebrasil. Embora não existisse obrigatoriedade de fornecimento do serviço Wi-Fi dentro ou fora

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dos estádios, o governo intermediou negociações entre operadoras e administradores das arenas para a instalação do serviço da internet sem fio para desafogar as redes 3G, permitindo um melhor serviço aos usuários na transmissão de dados. As operadoras disponibilizam cerca de 120 mil pontos de Wi-Fi nas 12 cidades. As empresas privadas investiram também R$ 1,3 bilhão nas cidades-sedes da Copa, expandindo em média em 28% a infraestrutura de telecomunicações, incluindo nesse total a instalação de 4G nas 12 cidades-sede, atendendo metas do edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mais de 15 mil novas antenas de 3G e 4G foram instaladas desde o início de 2013 nas 12 cidades.

PNAD: metade das pessoas com 10 anos ou mais de idade acessaram a internet no Brasil em 2013.

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Foram instaladas 4.738 antenas nos estádios pelas operadoras, com investimentos R$ 226 milhões

Tecnologias dentro do lar Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013 (PNAD), divulgada no fim de setembro, mostrou dados interessantes sobre a área de telecomunicações. Segundo o levantamento, metade das pessoas com 10 anos ou mais de idade acessaram a internet no Brasil em 2013. O percentual representa aproximadamente 86,7 milhões de pessoas. O levantamento indicou também que um total de 130,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone celular para uso pessoal, um crescimento de 6,3 milhões em relação ao ano anterior. O percentual dos que possuíam o aparelho aumentou de 72,8%, em 2012, para 75,5%, em 2013.

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Internet Dos 32,2 milhões de

domicílios do País que tinham microcomputadores em 2013 (49,5% do total de residências), 28 milhões contavam com acesso à internet. Esse número representa 43,1% do total de domicílios em todo o País. O crescimento absoluto registrado em 2013 foi de 2,3 milhões de casas conectadas à web, o que representa uma população beneficiada de quase 7,6 milhões de pessoas. Nos últimos cinco anos, o índice de domicílios conectados à rede mundial de computadores saltou de 23,8%, em 2008, para 40,3%, em 2012, ultrapassando, no ano passado, a marca dos 43%. Telefonia Também aumentou o número de domicílios com algum tipo de telefone. O índice teve um acréscimo de

2,2 milhões de residências, aumentando o percentual de atendimento de 91,2% para 92,7%. Em 2013, 1,8 milhão de domicílios possuíam somente a telefonia fixa (2,7% do total), número inferior ao registrado em 2012 (1,9 milhão, ou 3,0% do total). Já o número de domicílios com acesso apenas à telefonia móvel celular apresentou crescimento de 1,8 milhão de unidades, aumentando de 51,4% do total, em 2012, para 53,1%, em 2013. Televisão Os aparelhos de televisão continuam presentes no dia a dia do brasileiro. Segundo a PNAD, em 2013 foi registrado um aumento de 1,3 milhão de televisores nas residências brasileiras, alcançando 97,2% das casas.


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Uma gigante das Telecomunicações

Embratel apresenta na Futurecom 2014 um amplo portfólio de soluções de TI e Telecomunicações para o mercado corporativo. “Nossas ofertas refletem a última palavra em tecnologia de ponta. Vamos anunciar algumas novidades no evento e apresentar nosso amplo portfólio”, diz Ney Acyr Rodrigues, diretor executivo, enfatizando que a Embratel é a única empresa no Brasil capaz de oferecer um pacote completo de tecnologia totalmente integrado à maior rede de telecomunicações da América Latina. A Embratel se destaca no mercado pela sua infraestrutura de TI, garantindo as melhores ofertas de segurança e disponibilidade para os seus clientes. Por meio de seus cinco data centers, a empresa conta com servidores de alto desempenho, interconectados em nuvem própria, com isolamento de rede de ponta a ponta, em uma plataforma de gerenciamento full time. Além disso, a Embratel oferece gerenciamento de aplicações, no qual os usuários podem controlar seus sistemas e bancos de dados pela empresa, com total segurança contra perda de informações. No portfólio de Cloud Computing, a empresa apresenta no evento alguns serviços diferenciados, como o Office 365, soluções de segurança para proteção contra vírus, spywares, adwares e hackers, backup online, presença web, e-mail corporativo e servidores virtuais. Outros destaques são as ofertas SaaS, PaaS e IaaS disponibilizadas por infraestrutura própria, que proporciona plataforma mais robusta e flexível para a utilização de muitos recursos de tecnologia. A Embratel também apresentará no evento novas soluções de mobilidade corporativa. Em telecomunicações, a Embratel é uma das maiores e mais completas operadoras do setor no Brasil. Oferece serviços diferenciados para todo o mercado nacional, incluindo telefonia local, longa distância nacional e internacional, transmissão de dados, vídeo, Internet e soluções por satélite. A Telepresença com tecnologia Full HD (High Definition) é destaque entre as ofertas da empresa. Trata-se de uma evolução da videoconferência por permitir às empresas realizar reuniões a distância, em tempo real, como se todos os participantes estivessem juntos, no mesmo ambiente.

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A Embratel marca presença na Futurecom com um amplo portfólio de soluções em infraestrutura e TI Ney Acyr Rodrigues, diretor executivo da Embratel: nossas ofertas refletem a última palavra em tecnologia de ponta em TI e Telecom.

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Embratel, 49 anos

A Embratel completou recentemente 49 anos de existência. Pioneira na área de telecomunicações no País, a empresa foi responsável por diminuir a distância de um Brasil continental, viabilizando as comunicações e, sobretudo, permitindo que as mais diversas regiões estivessem interligadas, possibilitando que o desenvolvimento econômico se espalhasse por todo território nacional. A Embratel hoje faz parte do grupo América Móvil, líder na oferta de serviços de telecomunicações na América Latina. Oferece soluções completas a todo o mercado nacional, incluindo serviços de telefonia local, longa distância nacional e internacional, transmissão de dados, vídeo, Internet e TV por assinatura, além de assegurar o atendimento em qualquer ponto do território brasileiro por meio de soluções via satélite. “Estamos muito felizes por comemorar os 49 anos da Embratel repletos de cases de sucesso. Toda a experiência adquirida nesse tempo nos torna uma empresa ainda mais forte e competitiva nos mercados em que atuamos. Temos muitos desafios pela frente e, por isso, continuaremos realizando investimentos em infraestrutura para sempre ofertar serviços de alta qualidade”, afirma José Formoso, presidente da Embratel, destacando que a empresa diversificou suas atividades incluindo novas ofertas de TI, principalmente em Data Center, Cloud Computing, Segurança de Dados, Servidores Virtuais, Telepresença e Mobilidade Corporativa. A Embratel sempre esteve presente nos momentos mais importantes do Brasil. Foi responsável por viabilizar a tecnologia necessária para a primeira transmissão em cores da Copa do Mundo, em 1970. Nos anos seguintes, consolidou-se na oferta de soluções de ponta para a transmissão de grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos, Panamericanos, Copas do Mundo e Fórmula 1. Com esse histórico, a Embratel já está pronta para o próximo grande desafio, que será comportar todo o aparato de infraestrutura de telecomunicações, telemetria e dados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Ferramenta para fidelizar os clientes om o objetivo de facilitar e aprimorar a relação das empresas de Telecom com os consumidores, e assim evitar multas e o temível churn (perda do cliente para outra operadora), a Imagem, especializada em Sistemas de Inteligência Geográfica, lança a solução Geofidelização durante o Futurecom 2014. A ferramenta permite às operadoras reunir e analisar dados geográficos dos clientes (endereço, locais de uso, problemas de conexão, consumo) e correlacionar com informações internas, como histórico do sinal de antenas, cabeamentos e equipamentos de transmissão, para identificar problemas e soluções com mais eficiência, agilidade e com redução dos custos. A solução automatiza o processo de entendimento, gerenciamento e de tomadas de decisões referentes ao relacionamento com o cliente, com integração aos dados gerados pelos sistemas de CRM e BI, para aprimorar a gestão dos dados. A ferramenta Geofidelização ajuda também a eliminar erros humanos, duplicação de dados, além de permitir a checagem dos equipamentos por meio da integração com sensores inteligentes. “As empresas que atuam com prestação de serviço ou assinatura, tem como grande objetivo a fidelização de seus clientes, pois isso permite maior rentabilidade. O segmento de Telecom sofre com o alto nível de churn por não conseguir ter uma visão unificada dos dados de seus clientes. A solução Geofidelização, além de permitir tal visão, traz também as visões de engenharia, permitindo aos gestores entenderem todo o ecossistema para suas tomadas de decisão”, afirma Paulo Simão, gerente da área de Telecom da Imagem. Ele ressalta que o setor sofre com a falta de informações críticas sobre a infraestrutura estabelecida e dos consumidores. “Não há indicadores regionais definidos pelas operadoras em relação a ativos e usuários, tudo está mesclado em planilhas e sistemas diversos, não permitindo atender de maneira dinâmica os problemas enfrentados quanto às reclamações dos clientes, cada vez mais intolerantes a erros”, afirma.

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Avaya mostra arsenal de soluções

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Avaya, fornecedora global de software de comunicação, colaboração e serviços, marca presença na Futurecom 2014 tanto no congresso, quanto na exposição. Durante o congresso, a companhia participará de palestras e painéis. Na quarta-feira (15/10), Gaston Tanoira, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Avaya para a América Latina, ministrará uma palestra sobre as tendências para o segmento de dados; e Gregory Weber, diretor Estratégico da Avaya, será painelista no debate "How technology will be driven by the new Digital Lifestyle". Já no dia 16/10, é a vez do presidente da Avaya Brasil, Nelson Campelo, participar do painel “Inovação e Gestão de Qualidade: Pilares para o Desenvolvimento” no qual, ao

lado de outros executivos, discutirá o impacto das novas soluções de gerenciamento da experiência do cliente na percepção das marcas e no desenvolvimento das empresas. Além da participação no congresso, a companhia também apresentará o que há de mais novo em soluções de voz, videoconferência móvel e redes para comunicação, colaboração e gerenciamento da experiência dos clientes. Para completar sua participação, a Avaya e a sua parceira Seal Telecom farão demonstrações da solução de vídeo Scopia, que proporciona imagem de alta definição e funções de colaboração entre os participantes de uma videoconferência. A Avaya avança, cada vez mais, em sua transformação para uma empresa de software e serviços (hoje, softwares e

serviços já respondem por 80% da receita da empresa) sendo que, para isso, a estratégia de cloud computing tem um peso grandioso. Tendo como foco empresas de pequeno e médio porte, a Avaya oferece uma plataforma completa de comunicação e colaboração na nuvem, que pode ser adquirida como serviço, tendo, inclusive fechado uma parceria recentemente com a HP para acelerar a entrega desse serviço. Os módulos contam com opções para contact center, pontos de atendimento móveis, videoconferência móvel e demais opções para a criação de um atendimento completo e omnichannel, desenvolvido para oferecer a melhor experiência para o cliente. São soluções que não demandam investimentos em infraestrutura.


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