SEGUNDA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5774
WWW.CAUSAOPERARIA.ORG.BR
Ato em Curitiba, Rui Costa e muito mais: assista à análise política No programa Análise Política da Semana, transmitido no sábado (21) pela Causa Operária TV, Rui Costa Pimenta, fez um balanço do ato em Curitiba, no sábado anterior, quando ele estava lá e seguiu em carro de som, junto com a multidão de militantes, que se mobilizaram em caravanas de ônibus que saíram de várias partes do País, da Bahia, do Rio, de Brasília, do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, de Brasília, de Londrina, no próprio Paraná, de São Paulo e do interior do estado, e passaram o dia na capital paranaense exaltando as palavras de ordem Liberdade para Lula e Fora Bolsonaro, além de anulação das últimas eleições fraudulentas e convocação de novas eleições gerais, com Lula candidato.
Em Pernambuco, militantes continuam a campanha pela liberdade de Lula No último domingo (22), militantes e ativistas da luta contra o golpe se encontraram em Recife e Olinda, em Pernambuco, para dar continuidade à campanha pela liberdade de Lula e pela derrubada imediata do governo Bolsonaro. Em Recife, o mutirão aconteceu na Praça do Derby pela manhã. Ao mesmo tempo, acontecia o mutirão de Olinda, na Feira de Peixinhos.
Haddad: Fora Witzel, mas não Fora Bolsonaro Depois do assassinato da menina Agatha Vitória Sales Félix, de oito anos, pela polícia assassina do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, publicou em sua conta no twitter: “Tenho evitado tuitar esses dias.
Em Pernambuco, militantes continuam a campanha pela liberdade de Lula
PCO realiza mutirão pela liberdade de Lula na parada gay em Salvador
Duda Salabert: ataque à esquerda esconde o oportunismo mais rasteiro A es-candidata do Psol ao senado em Minas Gerais, Duda Salabert, concedeu entrevista ao site Universa, ligado ao Uol/Folha de S. Paulo, sobre sua entrada no PDT de Ciro Gomes. Como tem sido tradicional na imprensa golpista, os elementos da esquerda burguesa ou pequeno-burguesa são usados para atacar a esquerda. Foi o que aconteceu na entrevista.
Mutirões pela Liberdade de Lula continuam por diversas cidades de SP Em várias cidades do estado de São Paulo, militantes do Partido da Causa Operária (PCO) e membros dos Comitês de Luta contra o Golpe, além de integrantes de outros partidos de esquerda (como o PT) e simpatizantes da causa, realizaram neste domingo, dia 22, mais uma rodada dos já tradicionais mutirões de coleta de assinaturas pela anulação dos processos fraudulentos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político da direita e da operação Lava-Jato.
Neste domingo (22/09), os militantes do Partido da Causa Operária (PCO) e dos comitês de luta contra o golpe realizaram mutirões pela liberdade de Lula em diversos municípios do Estado da Bahia.
Tio de menina de 8 anos morta denuncia ação assassina da polícia Elias Cesar, tio de Ágatha Félix – menina de 8 anos, baleada nas costas nesta sexta-feira (20/9) – confirmou, no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, o que os moradores já vinham denunciando. A polícia não foi surpreendida por qualquer ataque, enquanto fazia ronda na Favela do Alemão.
2 | OPINIÃO | POLÊMICA COLUNA
Cabo de guerra no Encontro Nacional Lula Livre Por João Pimenta
No último sábado, dia 21 de setembro, ocorreu o segundo encontro nacional Lula Livre, um encontro planejado para ser um encontro de cúpula, com representantes de entidades e dos chamados comitês Estaduais Lula Livre. Por conta das cotas estabelecidas para o encontro, apenas 3 ou 4 pessoas por entidade nacional, ou comitê, o encontro era para ser um encontro afastado das bases que clamam por Lula livre. Mas o que se processou ali foi bem diferente disso. Foi uma demonstração do verdadeiro cabo de guerra está atravancando a luta pela liberdade de Lula. O PCO (Partido da Causa Operária) organizou uma ampla convocação do Encontro, levando dezenas de companheiros e indiretamente mobilizando outras dezenas de militantes de outras organizações que compareceram à reunião de um dia, que contava com por volta de 200 pessoas. Isso criou um encontro contrastante, por um lado uma política, clara e definida de desmoralização da luta por Lula livre, e por outro, o calor, espontaneidade das bases dos partidos de esquerda, mais notavelmente PCO e PT (Partido dos Trabalhadores). Falemos um pouco no que consistia a política de desmoralização da luta. Em primeiro lugar o local do en-
contro: O famigerado sindicato dos metalúrgicos de São Paulo. Este sindicato é um inimigo jurado dos trabalhadores, controlado pela Força Sindical e por Paulinho da Força, é um dos símbolos do peleguismo sindical brasileiro. Mas isso não era o mais espantoso de tudo. A discussão central era levada no salão batizado de “Paulo Pereira da Silva” (Paulinho da Força), uma homenagem ao líder da Força Sindical, apoiador do impeachment. Paulinho foi um dos mais enfáticos golpistas, sendo ele mesmo um dos deputados votantes pela derrubada de Dilma. A cena era trágica, discutiasse o que fazer para Lula libertar sob o letreiro “Auditório Paulo Pereira da Silva” escrito em letras garrafais metálicas. Outro ponto que vale a pena ser comentado é a presença do ex-PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e também apoiador do golpe, Valério Arcary. Como dirigente do finado MAIS (Movimento Alternativa Independente Socialista, racha do PSTU) ele disse que ficaria feliz em ver Lula sendo julgado pelo que ele chama de um “Tribunal popular”, ou seja, condenado, mas não pela Lava Jato. Os interessados podem consultar esta matéria, de 26 de setembro de 2016, do Acervo deste Diário, Como se não bastasse a presença de um defensor da condenação de
Lula, no auditório de um golpista, o Encontro ainda tinha outro fator da mais pura sabotagem da luta pela liberdade de Lula, a exclusão do PCO, que acaba de realizar o único ato nacional pela liberdade de Lula este ano, da mesa e da convocação do encontro. Isso mesmo, caro leitor, um ex-PSTU pode se sentar à mesa, mas não o partido que defende o presidente Lula. Mais ainda, omitiram o PCO da convocatória do ato, sendo ele um dos quatro partidos que compõem a frente por Lula Livre. Por quê fizeram tudo isso? O leitor pode estar se indagando agora. A
resposta é simples, existe um esforço ativo, uma política coordenada, para desmoralizar a luta por Lula Livre, que puxa a corda da mobilização para a direita. Afinal, esquecer de colocar o PCO na convocação, pode ser um acidente, chamar Valério Arcary poderia ser ingenuidade, mas tudo isso que foi citado acima, não é acidental, é proposital. O que deu ao encontro um alento foram os militantes, críticos, impacientes e mais importante, combativos, eles propuseram atos, mobilizações, a base puxa para a esquerda, resta saber quem ganhará o cabo de guerra.
FORA WITZEL É FORA BOLSONARO
Haddad: Fora Witzel, mas não Fora Bolsonaro A política de não levantamento do Fora Bolsonaro só tende a agudizar a forma violenta como o governo fascista trata a população em todo o País. Depois do assassinato da menina Agatha Vitória Sales Félix, de oito anos, pela polícia assassina do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, publicou em sua conta no twitter: “Tenho evitado tuitar esses dias. Coisas absurdas acontecendo. Mas, com toda sinceridade, eu realmente penso que há razões de sobra para que se peça o impeachment de Witzel. Ele é o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio de Janeiro. Um assassino!” Haddad acerta na caracterização do governo, Witzel é genuinamente responsável pelas atrocidades no Rio, contudo, esses ataques não partem somente das mão do governador fascista. Pedir o impeachment de Witzel não está errado, apesar de não ser a política mais acertada de acordo com este Diário, que concorda que o caminho gira em torno de eleições gerais, mas é uma saída que expressa a insatisfação popular com um governo que é uma verdadeira máquina de moer pobres e negros. De qualquer forma, Haddad parece se acovardar diante de uma questão óbvia: Se o assassino Witzel
merece impeachment, o que merece Bolsonaro, que pratica as mesmas atrocidades, mas em escala nacional? Afinal, não há razões de sobra para o impeachment de Bolsonaro, também? A política de esmagamento dos movimentos populares e execução dos pobres que Wilson Witzel promove no Rio de Janeiro é apenas uma amostra do que o governo golpista de Bolsonaro faz pelo Brasil inteiro, o que, pela lógica, significa que se um merece im-
peachment, o outro também. Contudo, Fernando Haddad, assim como uma parcela da esquerda, se recusa a levantar o Fora Bolsonaro, pois acredita que, de alguma forma incompreensível, isso possa significar uma manobra antidemocrática. Quando Haddad desejou o indesejável ao governo Bolsonaro, o famoso “Boa sorte!”, foi no intuito de não se igualar ao Aécio Neves – como se isso fosse possível, tendo em vista a discrepância na ideologia política dos dois -, que não aceitou a derrota nas eleições de 2014 contra Dilma Rousseff. Agora, se tratando do Witzel, ele nega essa intenção benevolente e democrática de que tem que aceitar a derrota, contudo, é impossível acreditar que Haddad seria ingenuo o suficiente para acreditar que Bolsonaro não iria afundar o país mais ainda na crise, além de dar carta branca para os aparatos de repressão do Estado e para a burguesia bolsonarista matarem pobres, negros, mulheres, LGBTs etc. Ou seja, a mesma política de Witzel, que quer transformar o Rio de Janeiro num verdadeiro campo de concentra-
ção, onde as favelas serão local oficial de tortura e assassinatos, incluindo crianças. Witzel utilizou-se da brecha bolsonarista que foi surgindo e se elegeu para perpetuar as políticas fascistas em consonância com o governo golpista de Bolsonaro. Enquanto Haddad estiver mais interessado na presidência do que em tirar Lula da prisão, acabar com a operação fraudulenta que é a Lava-Jato e derrubar os golpistas, ele vai continuar sendo alguém da esquerda que se acovardou, pode-se dizer que até de modo oportunista, para focar nas eleições de 2022, já que um impeachment de Bolsonago agora ou um chamado de eleições gerais com o Lula solto e concorrendo poderiam acabar com seus planos. O petista, por fim, acaba dizendo de forma velada um grandessíssimo “Fica Bolsonaro e dispute comigo as eleições de 2022”. É dever da esquerda levantar e propagar o “Fora Bolsonaro” pelo País e organizar o movimento popular, pois já ficou mais do que evidente que é desejo da população a derrubada do governo fascista, antes que o Brasil vire uma ditadura genuína.
OPINIÃO | POLÊMICA| 3
ALIADA DE CIRO GOMES
Duda Salabert: ataque à esquerda esconde o oportunismo mais rasteiro Uma política direitista: esse é o significa dos discursos de Ciro Gomes A ex-candidata do Psol ao senado em Minas Gerais, Duda Salabert, concedeu entrevista ao site Universa, ligado ao Uol/Folha de S. Paulo, sobre sua entrada no PDT de Ciro Gomes. Como tem sido tradicional na imprensa golpista, os elementos da esquerda burguesa ou pequeno-burguesa são usados para atacar a esquerda. Foi o que aconteceu na entrevista. Sem explicar exatamente o porquê de ter saído do Psol com acusações de transfobia, Salabert afirma que “a esquerda é pedante, elitista e tem um discurso excludente, distante da base. Tem, há tempos, dialogado com o próprio umbigo.” E continua: O PT precisa fazer autocrítica e a esquerda, uma reflexão. Precisamos entender onde erramos para construir uma alternativa ao governo Bolsonaro”. Na linha de seu novo correligionário, a política mineira acredita que o golpe e o atual governo Bolsonaro é culpa do PT e da esquerda. A fraude nas eleições, a conspiração política –
que já era óbvia mas que agora é escancarada pela “Vaza Jato” – para prender Lula e derrubar Dilma, enfim, todo o processo golpista são ignorados pela ex-Psol. Assim como no caso de Ciro Gomes quando dispara contra o PT, a esquer-
da e Lula, o objetivo desse discurso, além de atacar o movimento de luta contra o golpe – e por isso a imprensa golpista dá tanto destaque para tais declarações – é estabelecer uma competição eleitoral com o PT. Salabert não esconde seu real motivo de
ter escolhido entrar no PDT, afirma ela que “o PDT garantiu que minha candidatura vai estar no protagonismo do partido em Belo Horizonte. Ainda não decidimos se vou concorrer à prefeitura ou à Câmara Municipal”. Ou seja, por trás de todo o discurso contra a esquerda, da saída do Psol por “transfobia” etc há uma política eleitoreira e oportunista. Salabert e Ciro Gomes exigem que o PT faça “autocrítica” por erros que teria cometido na realidade, mas não estão preocupados com o fato de que o PDT é parte da base da prefeitura de BH, do prefeito Alexandre Kalil, do PSD, partido que é base de Bolsonaro no governo federal. Tudo isso mostra que as críticas de Ciro Gomes contra a esquerda são direitistas e mais ainda uma tentativa de apresentar o coronel do Ceará e seus correligionários como é o caso de Duda Salabert, como esquerdistas. Na realidade não passam de políticos burgueses, oportunistas e direitistas.
TORNE-SE MEMBRO DA CAUSA OPERÁRIA TV! Apenas
R$7,99 Ajude a construir uma TV revolucionária 24h por dia. Além disso, você terá diversos benefícios, como a transmissão de programas exclusivos e a possibilidade de participação nos programas do canal.
www.youtube.com/causaoperariatv
4 | ATIVIDADES DO PCO
PROGRAMA DE SÁBADO
Ato em Curitiba, Rui Costa e muito mais: assista à análise política O plano é encher as ruas de gente em todo o País e não “dialogar” com os golpista No programa Análise Política da Semana, transmitido no sábado (21) pela Causa Operária TV, Rui Costa Pimenta, fez um balanço do ato em Curitiba, no sábado anterior, quando ele estava lá e seguiu em carro de som, junto com a multidão de militantes, que se mobilizaram em caravanas de ônibus que saíram de várias partes do País, da Bahia, do Rio, de Brasília, do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, de Brasília, de Londrina, no próprio Paraná, de São Paulo e do interior do estado, e passaram o dia na capital paranaense exaltando as palavras de ordem Liberdade para Lula e Fora Bolsonaro, além de anulação das últimas eleições fraudulentas e convocação de novas eleições gerais, com Lula candidato. Rui comentou que todo esse esforço não mereceu uma única linha na imprensa ou uma menção nos canais
de TV e rádio, mas destacou o apoio recebido de portais progressistas na internet, como o Brasil247, a Revista Fórum e o Viomundo. Segundo Rui, havia uma certa apreensão, antes do ato, sobre como a população da cidade receberia a passeata, o bloqueio das ruas durante o trajeto, afinal era a suposta terra da coxinholândia, da Lava Jato, alguma demonstração de hostilidade estaria dentro do previsto. Mas o que ele viu lá de cima do carro de som era total tranquilidade e muitas pessoas nas ruas comerciais, nas calçadas, portas de lojas e nas janelas fazendo o sinal do “L” do Lula com os dedos das mãos em direção à manifestação. Ao final do percurso da passeata lá em Curitiba, já perto do tradicional “boa noite, presidente Lula”, na frente do prédio da Policia Federal
de lá, o presidente do PCO estabeleceu a próxima meta da mobilização: expandir para todas as capitais dos outros estados com manifestações semelhantes, para encher as ruas do país, cada vez mais, de gente, exigindo os itens da pauta. Além do ato de Curitiba, Rui Costa Pimenta analisou outros assuntos que foram destaques ao longo da semana, como a polêmica entrevista que seu xará, o governador petista da Bahia, deu para a revista Veja, na qual defendeu uma política de conciliação não condicionada à liberdade de Lula. Rui lembrou que essa política de conciliação com a direita golpista ou omissa já foi responsável por grandes fracassos do PT. Em um certo ponto do programa, ele argumentou que é equivocada a ideia de que mesmo todos evangélicos sejam de
direita, citando o caso da Benedita da Silva, senadora do PT pelo Rio de Janeiro, que foi abandonada pelo seu partido no estado quando se lançou candidata ao governo e PT preferiu fazer alianças com “os bandidos do PMDB do estado”, disse Rui.
LIBERDADE PARA LULA
Mutirões pela Liberdade de Lula continuam por diversas cidades de SP Mutirões de coleta de assinaturas seguem a todo vapor e ajudam na preparação dos próximos passos da luta pela Liberdade de Lula Em várias cidades do estado de São Paulo, militantes do Partido da Causa Operária (PCO) e membros dos Comitês de Luta contra o Golpe, além de integrantes de outros partidos de esquerda (como o PT) e simpatizantes da causa, realizaram neste domingo, dia 22, mais uma rodada dos já tradicionais mutirões de coleta de assinaturas pela anulação dos processos fraudulentos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político da direita e da operação Lava-Jato. Na capital paulista, nem mesmo o tempo nublado e a garoa fina conseguiram espantar a militância do lugar onde se convencionou realizar a atividade aos domingos — a Av. Paulista. Como de costume, os militantes montaram uma banca de materiais ao lado Museu de Arte de S. Paulo (MASP) e, a partir dali, deram início à coleta de assinaturas pela anulação dos processos contra Lula, à distribuição de adesivos, panfletos e cartazes relacionados à luta contra o
Golpe, à venda do Jornal Causa Operária e de artigos como camisetas, canecas, chaveiros, bótons, livros etc., entre outras atividades. Os mutirões ocorreram também em diversas cidades do interior do estado e, como sempre acontece, serviram para demonstrar a ampla aceitação e receptividade da população quanto à defesa da Liberdade de Lula e à luta pelo Fora Bolsonaro. As revelações trazidas pelo que ficou conhecido como “Vaza Jato”, que pôs a nu as falcatruas da operação golpista que prendeu Lula e o tirou das eleições de 2018, criaram uma excelente oportunidade para as massas avançarem na defesa da liberdade do dirigente político mais popular do país. A paralisia das direções de esquerda, no entanto, vem freando o movimento e, caso não seja quebrada, ameaça fazer as massas operárias e populares perderem o momento propício para entrar em ação. Os mutirões destinam-se justamente a se opor a essa paralisia, na medida
em que mantêm viva a agitação em torno da Liberdade para Lula e conseguem reunir, mobilizar e organizar a população para esse objetivo político. Depois da vitoriosa iniciativa das caravanas para Curitiba no último
dia 14, o próximo passo é organizar atos estaduais, nas capitais de todo o país. Os mutirões pela Liberdade de Lula aos domingos, e também às quartas-feiras, têm a função de ajudar na preparação desses novos atos.
ATIVIDADES DO PCO | 5
MUTIRÕES
Em Pernambuco, militantes continuam a campanha pela liberdade de Lula No último domingo (22), ocorreram mutirões nas cidades de Recife e Olinda pela liberdade de Lula e pelo fim do governo Bolsonaro. No último domingo (22), militantes e ativistas da luta contra o golpe se encontraram em Recife e Olinda, em Pernambuco, para dar continuidade à campanha pela liberdade de Lula e pela derrubada imediata do governo Bolsonaro. Em Recife, o mutirão aconteceu na Praça do Derby pela manhã. Ao mesmo tempo, acontecia o mutirão de Olinda, na Feira de Peixinhos. Os mutirões em Recife fazem parte da campanha nacional dos comitês de luta contra o golpe, que vêm realizando mutirões todos os domingos em dezenas de cidades pelo país. Do norte ao sul do país, centenas de militantes saíram às ruas para levar adiante a luta contra a direita golpista. Os mutirões do último domingo fo-
ram os primeiros realizados desde o grande ato nacional pela liberdade de Lula em Curitiba, realizado no dia 14 de setembro. Os militantes e ativistas saíram em caravanas de vários estados do país, dando um passo fundamental na luta contra o golpe de Estado. É preciso, agora, avançar na luta contra o governo Bolsonaro e pela liberdade de Lula. É preciso continuar os mutirões nas cidades aos domingos, continuar os mutirões, às quarta-feiras, nas universidades, e organizar atos locais pela liberdade de Lula. A liberdade de Lula e o fim do governo Bolsonaro não virão através do Congresso golpista, nem muito menos do STF corrompido pelo imperialismo. A burguesia está disposta a manter
BAHIA
um governo inimigo dos trabalhadores, que esteja disposto a atacar a população da maneira mais dura possível. Para que isso aconteça, a direita não irá permitir que a maior liderança popular do país, isto é, o ex-presidente Lula, saia da cadeia e possa influir
diretamente nos acontecimentos. A única forma de barrar os ataques da direita é, portanto, a mobilização dos trabalhadores: somente as ruas poderão dar fim à ofensiva dos golpistas. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Liberdade para Lula!
LULA LIVRE É A QUESTÃO CHAVE
PCO realiza mutirão pela liberdade Os mutirões de Minas comprovam: de Lula na parada gay em Salvador todas as lutas precisam de Lula Livre! Militantes do PCO, PT e PCdoB e dos comitês de luta contra o Golpe realizam mutirões pela liberdade de Lula e diversos municípios do Estado da Bahia.
Neste domingo (22/09), os militantes do Partido da Causa Operária (PCO) e dos comitês de luta contra o golpe realizaram mutirões pela liberdade de Lula em diversos municípios do Estado da Bahia. Nesta semana é importante destacar o mutirão que ocorreu em Salvador durante a Parada Gay, no dique do Tororó. Os militantes organizaram a coleta de assinaturas pela anulação dos processos fraudulentos contra o ex-presidente Lula, distribuíram milhares de panfletos, cartazes e adesivos, além da banca de venda de materiais de campanha. A campanha foi um grande sucesso entre os participantes da parada, onde foram coletadas centenas de assinaturas. Os mutirões também ocorreram nas cidades de Teixeira de Freitas, Itamara-
ju, Eunápolis, Porto Seguro, Itabuna, Feira de Santana e Coração de Maria. Nesses locais foram organizadas nas feiras livres, praças e bairros de trabalhadores. Os mutirões estão se mostrando como um importante instrumento de agitação e organização da luta pela liberdade de Lula e contra o governo Bolsonaro. Revelam a rejeição da população diante do governo Bolsonaro e da falácia que parte da esquerda que busca acordo com os golpistas de que a luta pela liberdade de Lula não aglutina a população e os trabalhadores. É preciso intensificar os mutirões, ampliar as cidades e realizar uma enorme campanha dos atos pela liberdade de Lula em todos os Estados do país e de um nova grande ato nacional em Curitiba no dia do aniversário de Lula no dia 27 de outubro.
Não há luta popular que não tenha a liberdade de Lula como questão chave para a vitória Minas segue na luta pela liberdade de Lula, realizando mutirões para coleta de assinaturas pela anulação dos processos do ex-presidente nas principais cidades mineiras, junto às mais diversas lutas populares. Em Contagem, o mutirão foi realizado em manifestação próximo à lagoa da Vargem das Flores, com a presença de associações de moradores, do Sindicato da Educação e de companheiros do PCO de Contagem. A lagoa Vargem das Flores é uma das mais importantes reservas hídricas de Belo Horizonte e região metropolitana, e está na mira da especulação imobiliária, que visa urbanizar a região, com grave impacto sobre este fundamental recurso da população da Grande BH, colocando em risco o abastecimento de água, que já se encontra em situação crítica. Em Uberlândia, o mutirão foi realizado na Parada LGBT, com grande aceitação da luta pela liberdade de Lula. Os mutirões realizados em atos relacionados às mais diversas lutas populares, sempre com intensa adesão, demostra que o povo sabe muito bem que a liberdade do ex-presidente é questão chave para o avanço de todas as pautas setoriais nas quais o povo se mobiliza. Não há questão, pauta ou luta popular que não dependa diretamente da libertação do ex-presidente, como o meio mais eficaz de colocar imediatamente um freio na onda de arbitrariedades que se alastra pelo país. A luta por Lula Livre levanta também a questão da anulação das eleições de 2018, a única política capaz de colocar para fora do poder os fascistas que hoje ainda estão se sentindo à vontade para realizar todo gênero de ataques ao nosso povo, principalmente contra os mais pobres e vulneráveis.
O regime golpista, que segue em crise, certamente não poderia conviver com a liberdade do ex-presidente, principalmente com o povo mobilizado pela anulação dos processos da Lava Jato, e, em consequência, em luta por novas eleições, com Lula candidato. É neste contexto que cada vez mais pessoas de Minas Gerais aderem à campanha dos mutirões, levando estas atividades para as mais diversas cidades mineiras, incluindo as principais do Estado, como Juiz de Fora, Ouro Preto, Belo Horizonte, Contagem e Uberlândia. Em cada um destes locais, novos companheiros se integram à luta pela Liberdade de Lula, e vários outros demonstram interesse em organizar novos mutirões em outras cidades de Minas. É desta maneira que a luta popular se faz: multiplicando esforços por todos os lugares, conduzindo a discussão política geral do país para as pautas setoriais, integrando mais e mais companheiros nesta batalha, até que o regime golpista caia pela força do povo organizado, assim como já aconteceu com a ditadura de 1964. Os mutirões são um meio de luta extremamente simples e eficaz, e que conduzirão a novos atos de grande porte pela liberdade do ex-presidente, tais como o realizado no último dia 14, em Curitiba, movimentando o cenário político nacional em favor de Lula, até que não haja outra saída para a burguesia a não ser se render à vontade do povo. Em Minas, o povo segue cada vez mais intensamente na luta pela Liberdade de Lula, Fora Bolsonaro e por novas eleições, com Lula candidato, para mandar para o esgoto toda a corja golpista que ainda está instalada no poder, incluindo os governadores fascistas Doria, Zema, Witzel e diversos outros.
6 | CIDADES
SÓ A POLÍCIA ATIROU
Tio de menina de 8 anos morta denuncia ação assassina da polícia “Troca de tiros” é desculpa. A polícia foi a única a atirar, na direção da população. Menina de 8 anos foi baleada nas costas e morreu. Elias Cesar, tio de Ágatha Félix – menina de 8 anos, baleada nas costas nesta sexta-feira (20/9) – confirmou, no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, o que os moradores já vinham denunciando. A polícia não foi surpreendida por qualquer ataque, enquanto fazia ronda na Favela do Alemão. “Isso aí que teve troca de tiros, que eles foram atacados, é tudo mentira” – afirmou. Foi uma resposta à nota da Polícia Militar, que alegava que os policiais haviam sido atacados ao mesmo tempo de vários pontos e revidaram. A PM alega, ainda, que fez uma varredura no local à procura de feridos, sem nada encontrar. Segundo a nota, Bárbara teria sido baleada em outra ocasião, e a polícia teria tomado conhecimento só depois, através dos moradores. O caso ocorreu a céu aberto e a própria Comissão de Direitos Humanos da OAB confirma que a versão da mãe e testemunhas que estavam no local
foi bem diferente da policial. A polícia estava fazendo revista na comunidade e atirou contra um motoqueiro que não quis parar. Bárbara estava com sua mãe dentro de uma kombi, das que fazem transporte alternativo no Rio de Janeiro, e levou um tiro de fuzil nas costas. A mãe ficou em estado de choque. Essa é a política genocida de Bolsonaro e seu aliado Wilson Witzel – apelidade de Auschwitzel por sua forma truculenta de atacar a população pobre carioca. A polícia não pode atirar contra civis, a não ser em situações de legítima defesa. Mas esta não é a maneira criminosa como Witzel conduz seu trabalho. Na prática, o governador aplica a pena de morte sem julgamento, em sua política de atirar contra a população, inclusive do alto de helicópteros – o que é um crime de guerra. No vídeo a seguir os moradores do complexo do Alemão fazem um protesto pelas ruas do Rio de Janeiro e gri-
tam Fora Witzel, Fora UPP, “chega de chacina, polícia assassina” – cansados das Unidades Policiais “Pacificadoras” que espalham o terror nas favelas cariocas. A cada dia a consciência popular aumenta, percebendo que a polícia não está “despreparada”, e sim que ela é preparada para atacar a população
pobre. E está consciente de que os governos de Bolsonaro e Witzel são uma declaração de guerra contra o povo, com uso de tanques, helicópteros e snipers. A população precisa se organizar em comitês de autodefesa para impedir o avanço do governo fascista.
DITADURA NAS UNIVERSIDADES
Reitoria proibie ato #Moromente na UFF e sindicato repudia decisão O governo brasileiro caminha cada vez mais para uma ditadura, são muitos os exemplos que deixam clara a repressão do povo e a censura, como o ocorrido na Universidade F.Fluminense. Quando fala-se a respeito das reitorias nas universidades, em tese fica subentendido que as mesmas são um órgão de representação da comunidade acadêmica, logo, suas ações deveriam ir de acordo com o interesse de seus representados. Entretanto, refletindo o estado ditatorial que se forma no Brasil, estes organismos estão na realidade tomando o mesmo caminho de todas as outras instituições, sendo dominados por uma burocracia parasitária ligada aos interesses do governo golpista, que domina e reprime todos da instituição. Como consequência desta política, temos como exemplo o ocorrido na tarde desta sexta-feira, 20 de setembro, na Universidade Federal Fluminense (UFF), onde a reitoria decidiu por arbitrariamente suspender um evento programado para segunda, dia 23, na Faculdade de Direito. O evento, como não poderia ser diferente, era justamente em defesa dos direitos democráticos da população, em uma campanha formada por movimentos sociais e organizações da educação, intitulada “Moro Mente”. Tendo como principal função, denunciar a
ação criminosa da operação Lava Jato, o ministro da Justiça Sérgio Moro, e todos os ataques feitos a população e ao ex-presidente Lula, principal representação popular, preso há mais de um
ano, vítima de perseguição política. Revela-se assim o caráter de censura ditatorial presente na instituição, que já durante a campanha eleitoral de 2018, foi palco de atos de censura,
e agora, novamente encabeçado pela reitoria, impede que seus estudantes possam ter voz. A ação da reitoria vem junto a ameaça por parte do Ministério da Educação que, ao considerar a atividade como “político-partidária”, declara que irá responsabilizar por improbidade administrativa o dirigente da instituição. Porém, em contraposição a censura e aos ataques contra a autonomia acadêmica, promovidos pelo Estado e a reitoria, os estudantes e organizadores decidiram por não aceitar essa intervenção, e mesmo sem o aval da reitoria, irão organizar a atividade no dia combinado. Dessa forma, a associação dos docentes da Universidade Federal Fluminense, convoca “todas e todos ao evento #Moromente e à plenária dos 3 segmentos no dia 26!”. Por isso, devido a estes e outros tantos ataques, precisamos estar presentes de forma organizada nas universidades, como ocorre nos mutirões de quarta-feira, realizados nacionalmente, com o intuito de mobilizar os estudantes e docentes na luta contra o governo golpista de Jair Bolsonaro.
Nossas notícias direto na sua caixa de entrada Assine o nosso boletim e receba diariamente
MORADIA E TERRA | 7
DITADURA NO CAMPO
Golpistas querem despejar centro de formação do MST no Nordeste Incra da ordem de despejo a assentamento do MST responsável pela formação de agricultores no estado de Pernambuco, ameaçando de por centenas de pessoas na rua e sem emprego. Inaugurado no nordeste em 1999, graças a uma série de lutas do movimento sem terra que duraram por anos, o Centro de Formação Paulo Freire, do assentamento Normandia, está, junto a todo assentamento, sento vitima de mais uma perseguição política aos sem terras e a população pobre do campo. O centro de formação é conhecido por capacitar centenas de milhares de agricultores na produção de alimentos saudáveis, formando importantes parcerias com a Universidade Federal de Pernambuco e a Fundação Oswaldo Cruz, um verdadeiro marco para a organização dos sem terras, realizando serviços não só para as centenas de pessoas que vivem no assentamento, local onde finalmente podem morar, mas também para toda comunidade, que tem a possibilidade de receber toda uma formação agrícola, voltada a sua sustentação. Porém, nas últimas semanas, o Incra notificou o MST de que eles seriam despejados do local, contrariando uma norma do próprio Incra que garantia a posse aos sem terras. O MST denúncia que o órgão está na realidade ressuscitando uma ação vencida de 2008, utilizando-se de um
embate feito por quatro das 41 famílias assentadas, na qual eram contra morar em agrovila, que prontamente foi usado pelo Incra como forma de incitar essas famílias a entrarem com processo administrativo contra o MST. Em todo este tempo foram inúmeros os ataques do órgão governamental contra o assentamento e os sem
terras, tendo em 2017 novamente indo pela retomada das terras pelo governo, algo que foi impedido na época, mas que, sem qualquer aviso prévio, retornou no final deste mês de agosto. A decisão ordena que a área de 15 hectares do assentamento seja reintegrada. Pois, de acordo com o Incra, foi realizado “várias irregularidades” por
parte dos organizadores, uma desculpa esfarrapada para viabilizar o ataque aos sem terra. Com esta decisão, o Incra não irá apenas destruir uma das principais escolas de formação voltadas a população pobre do campo, mas também, irá colocar centenas de pessoas nas ruas, sem casa para morar e sem emprego para se sustentar. Pois, por todo o assentamento, as famílias de forma organizada cooperam entre si, no desenvolvimento da agricultura local, responsável por tanto alimentar os moradores como também a comunidade em sua volta. Na luta contra este ato de perseguição e esmagamento da população pobre, no último sábado, dia 14, formou-se uma vigília no local, com a pretensão de mobilizar os agricultores em defesa do assentamento, contra o despejo. O acampamento foi montado, e desde então realiza-se forte atividade que busca resistir as ameaças do Incra, que diz que 30 dias após a ordem pretende invadir o local, mostrando a ditadura que está se formando por todo país, atacando em primeira mão a população mais pobre, sobretudo a do campo.
Não leia o que eles querem que você leia. Saiba o que realmente está acontecendo
SEMANÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA O jornal Causa Operária é o mais tradicional jornal da esquerda nacional, um semanário operário, socialista que contém notícias e análise de interesse para as lutas operárias, populares e democráticas. Adquira o seu com um militante do partido por apenas R$2,00 ou entre em contato e peça já o seu exemplar