Diário Causa Operária nº5775

Page 1

TERÇA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5775

WWW.CAUSAOPERARIA.ORG.BR

Sair às ruas! Fora Witzel, assassino! Fora Bolsonaro! O assassinato da menina Agatha, de apenas oito anos, ocorrido no último final de semana no Complexo do Alemão, deve ser respondido pela população do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. Tratou-se de uma execução cometida pela PM de Wilson Witzel, que transformou o estado em um verdadeiro campo de extermínio do povo pobre e negro.

EDITORIAL

Witzel é Bolsonaro Na última sexta-feira (20) uma menina de 8 anos foi assassinada no Rio de Janeiro com um tiro de fuzil durante uma operação policial no Complexo do Alemão. Ágatha Félix foi atingida quando entrava em um Kombi, ao lado da mãe. A polícia afirma que teria havido uma troca de tiros, o que as testemunhas do caso negam. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, não se pronunciou sobre o caso até segunda-feira (23).

Uma maratona de 42 mil mortes Setores da esquerda, para justificar sua oposição à política do fora Bolsonaro, usa uma equivocada análise da correlação de forças para dizer que, não estando esta favorável, deveríamos tratar de fazer uma política parlamentar de baixa intensidade, focando em reivindicações parciais e que tem como objetivo as próximas eleições.

Assassinato de negros dispara quase 500% em 20 anos

Mais e melhores programas: Causa Operária TV tem nova grade, veja só!

Enquanto a Polícia mata crianças no RJ, Freixo chora morte de PMs O assassinato de uma criança em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro, executada covardemente com um tiro de fuzil nas costas, ação praticada pela Polícia Militar carioca, sob determinação do criminoso e nazista governador do Estado, Wilson Witzel, desencadeou em praticamente todo o país um sem número de manifestações de indignação e repúdio

País-prisão: EUA tem mais presos no mundo e empresas lucram com isso Os Estados Unidos são o país no mundo com o maior número de presos. São 2,2 milhões de cidadãos nas masmorras norte-americanas, o equivalente a 25% de toda a população mundial encarcerada. A China, mesmo tendo uma população mais de quatro vezes maior (1,4 bilhão, contra 320 milhões), tem uma população carcerária de 1,6 milhão de pessoas.

A Causa Operária TV vai passar por reformas nas próximas semanas. Gradativamente, alguns programas vão mudar de dia e horário e novos programas estão sendo planejados e devem estrear em breve.

Plenária Lula Livre decide: todos a Curitiba pela liberdade de Lula! Dia 27 de outubro é o 74º aniversário do expresidente e preso político, Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, foi decidido na Plenária Lula Livre, que ocorreu no último sábado (21/09), que os comitês de luta contra o golpe e Lula Livre irão retornar às ruas de Curitiba neste dia para realizar um grande ato pela liberdade de Lula.


2 | OPINIÃO EDITORIAL

Witzel é Bolsonaro Na última sexta-feira (20) uma menina de 8 anos foi assassinada no Rio de Janeiro com um tiro de fuzil durante uma operação policial no Complexo do Alemão. Ágatha Félix foi atingida quando entrava em um Kombi, ao lado da mãe. A polícia afirma que teria havido uma troca de tiros, o que as testemunhas do caso negam. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, não se pronunciou sobre o caso até segunda-feira (23). Quando finalmente abandonou o silêncio, foi para reafirmar seu apoio incondicional à polícia e culpar os traficantes, que “atiram nos policiais” e “atiram nas pessoas”. O assassinato de Ágatha provocou protestos na cidade, inclusive durante o enterro da menina, no domingo. Da parte do governo, mortes como essa são resultado de uma política deliberada de massacre da população. Antes mesmo de assumir, em novembro do ano passado, Witzel declarou que “a polícia vai mirar na cabecinha e… fogo!”, durante uma entrevista a O Estado de São Paulo, em que afirmava que os policiais que matassem quem estivesse portando fuzis não seriam punidos. Era já uma senha para encorajar os policiais a atirarem a esmo nas favelas da capital carioca. Um encorajamento para as ações policiais para aterrorizar a população pobre. Depois disso Witzel continuou com suas ações de propaganda fascista, como na recente comemoração do assassinato de Willian Augusto da Silva, que sequestrou um ônibus na Ponte Rio Niterói no mês passado. Ou, ainda, quando subiu em um helicóptero em maio em que foram disparados tiros para baixo na população em uma comunidade em Angra dos Reis. Operações semelhantes, com helicópteros atirando pra baixo, continuaram acontecendo no estado. A política de massacre da população e terror contra os pobres, no entanto, não ficou apenas em propaganda e palavras. Rapidamente o governo

do estado sob Witzel mostrou em números o que significava sua política de terror. Só no primeiro trimestre, a polícia de Witzel matou 434 pessoas. Maior número de mortos pela polícia em um único trimestre desde que as estatísticas começaram ser registradas, em 1998. Bolsonarismo Essa política de Witzel é a mesma de Jair Bolsonaro, que se notabilizou nacionalmente dizendo coisas como “bandido bom é bandido morto” na TV, enquanto tinha uma atuação praticamente nula na Câmara dos Deputados. Witzel não era conhecido por ninguém quando de repente apareceu

com quase metade dos votos para participar do segundo turno das eleições. Sua propaganda era de extrema-direita e o então candidato tinha apoio das redes bolsonaristas. Acabou eleito no mesmo processo fraudulento que colocou Bolsonaro no governo federal. Na esfera federal, o ministro da Justiça de Bolsonaro, Sérgio Moro, que condenou Lula sem provas quando juiz, quer incluir em seu “pacote anti-crime” o chamado “excludente de ilicitude”, que permitiria que policiais não fossem condenados por assassinatos caso estivesse agindo sob “medo” ou “forte emoção”. O juiz poderá, nesses casos, condenar o policial, mas o policial homicida não teria que cumprir pena. Na prática, é uma licença para

matar, formalizada em lei. A mesma política do bolsonarista Witzel. Fora Witzel! Fora Bolsonaro! Tanto no caso de Bolsonaro como no caso de Witzel, o “bandido” é o pretexto para levar adiante uma política de terror contra a população pobre e trabalhadora em geral. Seus mandatos acabaram de começar, e se os trabalhadores esperarem até 2022 corre-se um grande de risco de muito mais vidas se perderem sob o fogo indiscriminado das forças de repressão do Estado. É preciso mobilizar imediatamente em torno da exigência do fim desses governos assassinos. Fora Witzel! Fora Bolsonaro!

COLUNA

Fora Witzel, assassino do povo! Por Juliano Lopes

Em mais uma ação macabra da PM do Rio de Janeiro, uma criança de 8 anos, chamada Ághata Vitória Sales Felix, foi alvejada por um disparo de arma de fogo da corporação. Com essa vítima, chega quase a 10 o número de crianças mortas pelas mãos repressivas do Estado carioca. O responsável por isso é o governo Witzel, que, com apoio do governo federal do golpista Jair Bolsonaro, instaurou um regime de terror nas comunidades pobres, favelas e periferias do Rio de Janeiro. Ele está colocando em prática a política dos golpistas, que é a pena de

morte para negros e pobres, pena aplicada pela PM. É a promessa de Bolsonaro, que deseja que nenhum PM seja processado por qualquer crime que seja, especialmente homicídio doloso. Isso se consagrou no pacote de segurança apresentado pelo golpista Sérgio Moro, que prevê que um PM não deve ser culpado pelas mortes que causar se estiver no exercício de sua atividade, se estiver “tenso”, ou em estado de “comoção”. É a exclusão de ilicitude, ou, em bom português, a carta branca para matar, e é o que estão fazendo, antes mesmo do

projeto do golpista Moro virar efetivamente lei. A população pobre carioca protestou, corretamente. Gravou vídeos de manifestações que circulam na internet, dizendo que não irão mais aceitar a ação truculenta do estado. Estão no caminho certo. Ao contrário da esquerda que, como prega Marcelo Freixo, do PSOL, vê como solução do problema a defesa da polícia, da repressão, das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras). É preciso instigar ainda mais a revolta do povo. A partir daí organizar comitês de autodefesa, onde a po-

pulação possa se defender, à altura, diante dos ataques dos órgãos de repressão. Lutar pelo direito de autodefesa, organizar grupos e comitês pelo fora Witzel, pelo fora Bolsonaro, patrão dessa política sangrenta das polícias nos estados. Existe a disposição para isso, e é essa disposição que precisa ser organizada, apesar da esquerda, que só enxerga saída através das instituições. Não haverá “investigação” no caso de Ághata, como nos milhares de outros casos. Só o povo organizado pode por abaixo o regime de terror instalado no Rio de Janeiro e nos demais estados.


POLÍTICA | POLÊMICA| 3

DERRUBAR OS FASCISTAS DO PODER

Sair às ruas! Fora Witzel, assassino! Fora Bolsonaro! Witzel está para o RJ o que Bolsonaro está para o Brasil; é preciso derrubá-los antes que instalem uma ditadura fascista acabada que esmague o movimento popular O assassinato da menina Agatha, de apenas oito anos, ocorrido no último final de semana no Complexo do Alemão, deve ser respondido pela população do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. Tratou-se de uma execução cometida pela PM de Wilson Witzel, que transformou o estado em um verdadeiro campo de extermínio do povo pobre e negro. Ao contrário do que prega a esquerda parlamentar pequeno-burguesa, não existe diálogo quando se trata de uma guerra imposta por um governo ilegítimo de um fascista contra o povo. Witzel, mesmo antes de ser eleito em um processo fraudulento, já havia afirmado a política que iria seguir no governo do RJ. Ele foi colocado no governo pela burguesia para fazer exatamente o que está fazendo. Agatha não foi a primeira criança vítima de execuções da PM na ditadura Witzel. Pelo menos outras cinco foram assassinadas este ano pela repressão estatal no Rio: Cauê Ribeiro dos San-

tos (12 anos), Victor Almeida (7 anos), Kauã Rozário (11 anos), Kauan Peixoto (12 anos), Jenifer Silene Gomes (11 anos). Sob Witzel, quem manda mais do que nunca no estado são as milícias, a polícia e o Exército (que, de modo geral, estão diretamente ligados entre si). O Estado os utiliza para dizimar a população que vive nos morros e favelas, e o povo precisa reagir a isso de maneira organizada e radical. São inúmeras as manifestações contra essa política nazista, especialmente por parte de familiares e vizinhos das vítimas, mas que se estendem por todo o estado, tal a brutalidade das ações policiais. Essas manifestações se resumem à palavra de ordem Fora Witzel, assim como, a nível nacional, a população pede, de diversas formas, o Fora Bolsonaro. Isso porque o que Witzel faz no Rio de Janeiro é o que o presidente ilegítimo faz em âmbito federal. É a mesma

política. Bolsonaro está para o Brasil o que Witzel está para o RJ. Não é à toa que são aliados políticos. São dois fascistas igualmente repudiados pela população. A esquerda precisa organizar a revolta popular contra Witzel no Rio e Bolsonaro no Brasil. É preciso derru-

bar o regime golpista de conjunto, pois ele está transformando todo o País em uma ditadura de tipo fascista, com personagens como Witzel e Bolsonaro se espalhando pelos governos municipais, estaduais e todos os aparelhos estatais. Fora Witzel! Fora Bolsonaro!

extrema-direita posso se fortalecer e se aprofundar. O caso escandaloso da morte da menina Ágatha, de 8 anos, atingida pelas costas por um fuzil disparado pela PM, revela ainda outra face assustadora. O governo Bolsonaro é o mesmo governo de Witzel no Rio de Janeiro, o mesmo de Zema em Minas Gerais e Doria em São Paulo. São governo anti-populares que tem como principal política a defesa do assassinato do povo. Deixar Bolsonaro e todos os seus fascistas no poder não é uma maratona de 42 km. Mais precisa-

mente deveríamos chama-la de maratona de 42 mil mortes. A maratona do genocídio do povo. Somente esse ano no Rio de Janeiro a Polícia Militar matou uma média de cinco pessoas por dia. São 1.249 casos registrados de janeiro a agosto de 2019. Esse é o resultado direto da política de Bolsonaro. Sair às ruas pelo fora Bolsonaro e no Rio de Janeiro pelo fora Witzel não é um problema meramente de análise de relação de forças, é uma questão de sobrevivência do povo.

UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA

Uma maratona de 42 mil mortes Pedir o fora Bolsonaro e o fora Witzel no Rio de Janeiro é urgente. Setores da esquerda, para justificar sua oposição à política do fora Bolsonaro, usa uma equivocada análise da correlação de forças para dizer que, não estando esta favorável, deveríamos tratar de fazer uma política parlamentar de baixa intensidade, focando em reivindicações parciais e que tem como objetivo as próximas eleições. Ou seja, como a relação de forças estaria, segundo esses ideólogos, muito desfavorável para a esquerda, seria necessário esperar e introduzir uma política totalmente defensiva, que ele chamam de “resistência”. Alguns chegaram a comparar a sua política com a disputa de uma maratona. O jornalista e membro do PT, Breno Altman, chegou a dizer que a luta contra Bolsonaro e o golpe era uma “maratona de 42 quilômetros”. Era preciso ter fôlego e paciência para enfrentar todo o trajeto. Por outro lado, segundo a concepção desses setores, defender a derrubada de Bolsonaro já seria correr uma corrida de 100 metros rasos que a esquerda não tem ne-

nhuma chance de vencer. As metáforas um pouco desconjuntadas servem para justificar a análise muito errada da relação de forças. Há muitos fatos, muitas evidências que mostram que a relação de forças é favorável para derrubar o governo. Aliás, cada dia que passa a situação torna-se mais favorável com o risco inclusive de que a própria burguesia tome a iniciativa, tamanha é a crise do governo. Mas independente da discussão sobre a relação de forças, a ideia de que se deveria esperar, de que se deveria correr uma maratona é absurda por si só. Não é apenas absurda, é perigosa. O governo golpista e fraudulento de Bolsonaro é um risco para toda a população, para as organizações populares, para toda a esquerda. Não precisa ser analista da situação política para saber que a extrema-direita tem como objetivo exterminar o povo. Esperar as eleições, levantar pautas parciais, ou seja, deixar Bolsonaro no poder até sabe-se lá quando, é dar a possibilidade para que a política da

Não temos anúncios. Fica mais fácil de ler. Assine, ajude a manter o Diário assim


4 | POLÊMICA

EXTERMÍNIO DA POPULAÇÃO POBRE

Enquanto a Polícia mata crianças no RJ, Freixo chora morte de PMs Deputado Marcelo Freixo considera a ação do tráfico mais letal do que a PM O assassinato de uma criança em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro, executada covardemente com um tiro de fuzil nas costas, ação praticada pela Polícia Militar carioca, sob determinação do criminoso e nazista governador do Estado, Wilson Witzel, desencadeou em praticamente todo o país um sem número de manifestações de indignação e repúdio, muito deles exigindo o impeachment e/ou a interdição do bolsonarista chefe do executivo do segundo Estado mais importante do país. Vários populares e também personalidades, artistas, intelectuais, religiosos, juristas e políticos compareceram às redes sociais para repudiar a ação da PM mais violenta do país, que ostenta em seu macabro prontuário, somente neste ano, nada menos do que 1.075 mortes, o que dá uma média de 4 pessoas assassinadas por dia, comprovadamente praticadas pelos agentes armados do Estado, sejam eles a PM ou outros organismos que compõem o mosaico da repressão carioca contra a população pobre e explorada que habita as comunidades, morros e favelas da cidade, permanentemente aterrorizadas em seu cotidiano pela repressão e também pelas temidas milícias, que atuam sob a cobertura do Estado, muitos deles, os milicianos, integrantes dos próprios órgãos oficiais da polícia do Estado do Rio de Janeiro. Este verdadeiro estado de terror e morticínio, que foi instalado de forma mais aberta e ostensiva a partir da posse do nazifascista Witzel (eleito sob a mais escancarada das fraudes), nunca foi objeto de qualquer campanha de denúncia por parte de nenhum setor da esquerda carioca, que conta com representantes do Psol, PCdoB e do PT, tanto no legislativo local como nacional (Marcelo Freixo-Psol; Jandira Feghali-PCdoB) e muitos outros, que se limitam a fazer discursos da tribuna parlamentar, incapazes, como já vimos, de impor qualquer limite, muito menos deter, a ação de extermínio que o governador carioca e sua polí-

cia vem realizando contra a população pobre da cidade. Em mais um episódio de pura lamentação e “indignação” verbal contra a barbárie que está instalada em seu próprio Estado, o Deputado Federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), o homem que é o defensor das UPPs cariocas, ocupou sua conta em uma rede social para mais uma declaração que é muito reveladora da política que vem sendo a marca da atuação parlamentar do Deputado, procurando igualar situações e fenômenos que não podem ser igualados, pela sua natureza e conteúdo. Freixo publicou em sua conta, em referência ao assassinato da menina Agatha Félix, que “um terço dos moradores do Rio estão nas comunidades, que não são compostas de gente envolvida no crime. Tem tráfico? Tem, mas os moradores são as maiores vítimas do que acontece lá. Hoje, o governador disputa com o tráfico quem faz mais mal à favela” Não, senhor Deputado. Isso que o senhor publicou é um completo despautério, um descalabro, uma sandice e tornam as coisas ainda muito piores do que já estão e que contribui para alimentar ainda mais a confusão. Gostaríamos de dizer ao senhor Marcelo

Freixo que não há qualquer parâmetro de comparação entre a carnificina que é perpetrada pela PM carioca contra os que habitam as comunidades pobres e a ação do tráfico, no quesito “maldades’ contra a população. Nunca é demais lembrar que a PM é o braço oficial da repressão estatal, que detém o monopólio da força, que pode agir quando quiser e como bem quiser e contra quem quiser, a qualquer hora e a qualquer momento e em qualquer lugar, mas preferencialmente, como vem fazendo, contra os pobres, explorados e indefesos da cidade. Lembramos ainda que embora seja constitucionalmente ilegal o que a repressão oficial vem fazendo no Estado do RJ, a legislação que trata da questão é simplesmente desconhecida e pisoteada e a PM segue matando, impunemente. O tráfico, senhor Deputado, não pode ser igualado à ação criminosa da polícia – que aterroriza a população – pelo simples fato de que o ainda comércio ilegal de drogas é realizado justamente por parte da população que é marginalizada e excluída pelo Estado de qualquer política pública que beneficie os menos favorecidos, os mais vulneráveis, que são empurrados para

o tráfico pela mais completa ausência de amparo social, pelo desemprego, pela completa ausência de perspectiva de vida. Os jovens que se tornam “soldados do tráfico” estão muito, mas muito longe de poderem ser comparados aos assassinos autorizados do Estado, vale dizer, o atual governador, a PM e outras derivações desta. Trata-se de um verdadeiro escárnio contra a população pobre das comunidades dizer que a PM e o tráfico, conjuntamente, são hoje os grandes inimigos da população que habitam essas localidades. Na verdade a declaração de Freixo é ainda mais absurda e inaceitável, pois o Deputado coloca o tráfico em primeiro lugar no que diz respeito a fazer mal às comunidades, afirmando que… “Hoje, o governador disputa com o tráfico quem faz mais mal à favela”. Mais claro e explícito, impossível. Para o deputado psolista o mau maior, que aterroriza as comunidades, é o tráfico e a quem ele se vincula e trabalha. A polícia assassina do governador, a polícia que já assassinou mais de 1.000 pessoas somente este ano, a polícia que dispara contra crianças indefesas, entra como personagem coadjuvante neste sinistro, macabro e horripilante enredo.

Notícia se encontra em qualquer lugar Análise consequente e um plano de ação só no Diário Causa Operária


POLÍTICA | 5

PESQUISA DA FUNDAÇÃO ABRINQ

Assassinato de negros dispara quase 500% em 20 anos Uma política de genocídio da população pobre Uma pesquisa da Fundação Abrinq feita com base em dados do Ministério da Saúde mostra que o assassinato de jovens negros aumentou 429% em 20 anos, entre 1997 e 2017. Entre os brancos, o número de assassinados também cresceu, mas em proporção bem menor: 102%. A quantidade de assassinatos em geral aumentou em 57,3% durante esse período. O relatório conclui que o Brasil vive uma situação de “guerra civil”. De fato, há uma guerra em curso da parte do Estado brasileiro. Uma guerra contra a população pobre, que consiste em uma política de terror e extermínio. Trata-se de uma política impulsionada pela direita, que desde as eleições de 2014 começou uma campanha golpista para tomar o governo mas desde sempre faz a campanha pelo aumento da “segurança pública”. A solução apresentada pela direita é sempre a mesma: endurecimento das penas, e a caça aos “bandidos”. Essa caçada, no entanto, não reduz em nada a criminalidade, que continuou aumentando. Serve apenas para ampliar o extermínio da população pobre, e especial-

mente dos negros, maiores vítimas da violência policial, que exerce uma opressão racista, letal e sistemática para conter a população diante da miséria e das desigualdades. Agora que a extrema-direita está no governo, o programa político de quem está no comando é ampliar esse massacre contra os negros e contra os trabalhadores dos bairros periféricos em geral. Uma das vítimas mais recentes dessa política foi a menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos, assassinada na sexta-feira (20) no Complexo do Alemão, no rio de Janeiro. Justamente o estado governo por Wilson Witzel, bolsonarista que levou a polícia a um recorde de letalidade no primeiro trimestre do ano, com 434 mortes causadas por policiais. É essa política que a direita defende quando declara que “bandido bom é bandido morto”. Sob o pretexto de combate à criminalidade, na verdade a direita defende um genocídio. A criminalidade é um problema social, que a direita não tem o menor interesse em resolver e só usa para fazer demagogia e esmagar a população. O

resultado dessa política se reflete em estatísticas como essas levantadas pela Fundação Abrinq, com um aumento de quase 500% no assassinato de jovens negros. A esquerda deve rejeitar totalmente esse debate da “segurança pública”, que não passa de um pretexto para um massacre. Para reduzir os crimes é preciso reduzir a miséria, isso é tudo

que se pode fazer. Quanto ao massacre de setores da população promovido pela direita, a tendência agora é piorar muito. É necessário derrubar esses governos de direita como os de Bolsonaro e Witzel. Essa luta é uma questão de sobrevivência. é preciso fazer uma grande campanha levantando as palavras de ordem: Fora Witzel! Fora Bolsonaro!

FORA BOLSONARO!

TORTURA

Bolsonaro sanciona MP da escravidão econômica dos trabalhadores

Vídeo mostra homem sendo electrocutado por segurança de supermercado

A MP da escravidão econômica fará com que os trabalhadores não precisem mais registrar seus horários no serviço, além de fazer com que os bancários trabalhem aos sábados.

Vídeo demonstra como os golpistas querem tratar o povo

Após passar oito dias se recuperando de uma cirurgia de uma hérnia, o presidente fascista Jair Bolsonaro sancionou uma nova medida provisória para retirar ainda mais os direitos dos trabalhadores. Nessa MP, o presidente ilegítimo conseguiu que os bancários trabalhem aos sábados, desconsiderando totalmente toda a luta da categoria para ter os direitos que os trabalhadores possuem hoje. Além de fazer com que os bancários trabalhem aos sábados, privilegiando assim os banqueiros donos dos bancos, a MP permite que as empresas com menos de 20 funcionários não registrem os horários de entrada e saída dos trabalhadores. Essa medida fará com que os trabalhadores percam totalmente o direito de horas extras, além de não possuírem controle nenhum sobre seus horários de entrada e saída do serviço, ficando a mercê daquilo que os patrões decidirem. As medidas de Bolsonaro vêm para favorecer a burguesia, retirando os direitos dos trabalhadores. Bolsonaro enxerga nisso uma possível escapatória para a crise em que o governo se encontra, crise essa que leva até mesmo setores da burguesia a pedirem sua saída do governo. A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), relatora da proposta no Se-

nado chegou a afirmar que a MP é uma carta de alforria para os empresários. Soraya só esqueceu de avisar a população que é uma das mais beneficiadas pela MP, pois, sua família possui alguns motéis no Mato Grosso do Sul, o que fará com que ela lucre ainda mais em cima de seus funcionários, que agora não terão de registrar mais seus horários de chegada e saída do trabalho. É praticamente um regime de escravidão para os trabalhadores. É necessário lutar contra o governo Bolsonaro. O governo não será colocado na linha e muito menos irá assegurar os direitos da população trabalhadora. Precisamos lutar pelo “Fora Bolsonaro!” com novas eleições gerais, pois as últimas eleições foram fraudadas justamente para retirar os direitos da população trabalhadora.

Através de um vídeo lançado em redes sociais nesta última semana, tivemos conhecimento de mais um caso de tortura ocorrido há mais um ano atrás, em março de 2018. O vídeo mostra imagens repugnantes de tortura e humilhação de um rapaz negro por seguranças do supermercado Extra no bairro elitista do Morumbi. Os torturadores chegaram a despir o rapaz, a amarraram-no pelo pescoço e boca, enquanto batiam em suas mãos com uma barra e aplicavam choques elétricos em todo seu corpo. A assessoria de imprensa do Extra e da empresa de segurança privada, a G8, soltaram notas em que afirmam cinicamente ser contra tais atos. É preciso saber que este caso não acontece de maneira isolada. Nos últimos meses as notícias de casos de tortura contra a classe trabalhadora só vem aumentando, sobretudo à população negra e pobre. Os casos registrados são somente um indício que a tortura vem sendo método utilizado pelos patrões e pelos seus capangas serviçais do capitalismo como política de repressão e perseguição aos trabalhadores. No vídeo divulgado é possível notar que o segurança, capacho e serviçal dos patrões, demostra o caráter fascista das empresas e exige que o torturado repita “galera, não rouba mais o Extra Morumbi”. Isso demonstra a política de guerra das empresas con-

tra a classe trabalhadora e a população negra e pobre, que soltam seus cachorros serviçais para fazer o serviço sujo que o capitalismo necessita. O governo golpista e as empresas têm interesse de esconder a situação de miséria e revolta que vive a classe trabalhadora no Brasil. E para isso recorrem à violência para reprimir qualquer tipo de manifestação que reage à barbárie que governa esse país. Os casos de tortura precisam ser denunciados amplamente e combatidos pela classe trabalhadora organizada em Comitês de autodefesa e Comitês de luta contra golpe. Não é possível contar com os órgãos de justiça e a imprensa burguesa e golpista para combater essas práticas. É preciso denunciar o caráter político da violência utilizada pelos golpistas em geral contra a classe trabalhadora desde o golpe de Estado, e incentivada sobretudo pelo governo autoritário de Jair Bolsonaro. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Eleições Gerais! Liberdade para Lula!


6 | INTERNACIONAL

CRISE DO CAPITALISMO

A falência do capitalismo: mais uma grande empresa encerra atividades A empresa Thomas Cook, mais antiga do ramo turístico, fecha as portas por conta da crise global atual do capitalismo. A falência da empresa acentuará ainda mais a crise britânica. A companhia imperialista Thomas Cook, empresa mais antiga do mundo no ramo do turismo e a responsável pela criação de pacotes com tudo incluso, declarou falência nesta segunda-feira. A empresa deixa 22.000 pessoas sem emprego do dia para a noite, sendo 9.000 delas no Reino Unido. A empresa anunciou o encerramento de suas atividades por meio do Twitter, em que lamentou o fato de seu encerramento e orientou seus clientes a procurarem mais informações em seu site oficial. Inúmeros clientes ficaram sem saber o que fazer, sendo que muitos deles se encontravam em viagens fora de seu país de origem. O Reino Unido prometeu auxiliar na volta para casa dos clientes da empresa que residem no país, porém, o número de britânicos clientes da em-

presa chega ao número de um terço, enquanto os outros três terços de clientes não receberão nenhum auxilio do imperialismo britânico. Como não acontece em situações normais, o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, prometeu auxilio a todos os residentes do país que estivessem viajando sob os serviços da Thomas Cook. O natural seria que somente os clientes que tivessem contratado pacotes completos da empresa tivessem o direito de auxilio, enquanto os que apenas tivessem comprado passagens aéreas com a companhia tivessem de arcar com o prejuízo. O Auxilio a todos os clientes é uma tentativa de amenizar a crise no Reino Unido, que já está grande por conta das tratativas do Brexit. Agora com a falência da empresa, a crise ten-

de a se aprofundar, pois serão milhões de libras a menos em circulação, além de muitos trabalhadores sem emprego de uma hora para a outra. A falência da empresa é um sintoma

avançado da crise que vive o capitalismo a nível global, sem ao menos conseguir poupar as grandes empresas imperialistas. A tendência é de que a crise aumente ainda mais.

FALSIFICAÇÃO DA HISTÓRIA

Perseguição ao comunismo agora é política oficial da União Europeia Trata-se de uma distorção da história que demonstra a preocupação do imperialismo europeu com a crise, que tem levado à derrocada a “democracia” liberal e à polarização política Na semana passada, o Parlamento Europeu publicou uma resolução na qual acusa a União Soviética, juntamente com a Alemanha nazista, de serem as culpadas pela deflagração da Segunda Guerra Mundial e iguala o stalinismo ao fascismo, em uma manipulação típica da direita e da burguesia com o objetivo de manipular a história para criminalizar o comunismo. O documento leva em conta diversas resoluções e declarações anteriores de entidades europeias que condenam os “crimes dos regimes comunistas totalitários”, homenageiam as “vítimas do comunismo”. Além disso, a resolução leva em consideração “fatos” históricos que fizeram com que o comunismo fosse proibido por lei em Estados-Membros da União Europeia. Esses fatos seriam, além das supostas atrocidades do stalinismo e dos Estados Operários no leste europeu (sempre superdimensionadas pela propaganda direitista), a assinatura do tratado de não-agressão germano-soviético, conhecido como Ribbentrop-Molotov. A resolução do Parlamento Europeu, portanto, afirma que a Segunda Guerra “foi resultado imediato” desse pacto e de seus protocolos secretos, “através dos quais dois regimes totalitários que partilhavam o objetivo da conquista do mundo dividiam a Europa em duas zonas de influência”. Assim, a resolução “condena todas as manifestações e propagação de ideologias totalitárias, tais como o nazismo e o estalinismo, na União” e “expressa preocupação com a continuação da utilização de símbolos de regimes totalitários em espaços pú-

blicos e para fins comerciais e recorda que vários países europeus proibiram a utilização de símbolos nazis e comunistas”. Trata-se de uma distorção da história que demonstra a preocupação do imperialismo europeu com a crise política e econômica no continente, que tem levado à derrocada a “democracia” liberal e à polarização política, com a ascensão de partidos de extrema-direita em diversos países e governos, por um lado, e também a tendência à mobilização da classe operária, por outro. A distorção é clara quando o documento afirma que URSS e Alemanha nazista foram corresponsáveis pela Segunda Guerra, quando esta foi, na verdade, uma guerra provocada pelo imperialismo mundial a fim de salvar o sistema capitalista da gigantesca crise que se iniciou em 1929. Foi uma tentativa das burguesias dos diferentes países imperialistas (Alemanha, Inglaterra, EUA e França) de dominarem a economia mundial, uma delas fazendo uso do fascismo, mas onde em todos os países este não deixou de ser uma segundo opção para os capitalistas. A União Soviética de Stálin apenas se defendeu da agressão que sofreu. Após trair a Revolução de Outubro e dizimar a vanguarda operária, a direção do Estado Operário degenerado atuou contra si própria ao castrar a URSS de sua maior força protetora, a classe trabalhadora organizada. Assim, adotou a capitulação diante do perigo que representava à sua soberania nacional o avanço das tropas nazistas sobre a Polônia e assinou o pacto de não-agressão com Hitler.

Mas a URSS foi a principal vítima da Guerra, com mais de 20 milhões de seus cidadãos morrendo durante o conflito. Isso, obviamente, o Parlamento Europeu esconde, em outra clara manipulação. Tal invenção também serve para atacar o atual governo russo de Vladimir Putin. A resolução “Considera que a Rússia continua a ser a maior vítima do totalitarismo comunista e que a sua evolução para um Estado democrático será entravada enquanto o governo, a elite política e a propaganda política continuarem a «branquear» os crimes comunistas e a glorificar o regime totalitário soviético; exorta, por isso, a sociedade russa a confrontar‑se com o seu trágico passado” – uma clara intromissão nos assuntos da Rússia, que não pertence à UE.

Segundo esse relatório, existem “esforços envidados pela atual liderança russa para distorcer os factos históricos e para «branquear» os crimes cometidos pelo regime totalitário soviético, e considera que estes esforços constituem um elemento perigoso da guerra de informação brandida contra a Europa democrática com o objetivo de dividir a Europa, instando, por conseguinte, a Comissão a contrariar estes esforços de forma decisiva”. A União Europeia distorce a história e acusa a Rússia de fazer isso. Ao mesmo tempo que utiliza essa falsificação para reprimir o movimento operário dentro de seu território, ela atribui à Rússia os seus próprios “podres”, para facilitar a agressão contra Moscou, que já vem sofrendo há anos os ataques do imperialismo europeu e norte-americano.


INTERNACIONAL | 7

GRANDE CAMPO DE CONCENTRAÇÃO

País-prisão: EUA tem mais presos no mundo e empresas lucram com isso EUA detêm um quarto da população carcerária mundial Os Estados Unidos são o país no mundo com o maior número de presos. São 2,2 milhões de cidadãos nas masmorras norte-americanas, o equivalente a 25% de toda a população mundial encarcerada. A China, mesmo tendo uma população mais de quatro vezes maior (1,4 bilhão, contra 320 milhões), tem uma população carcerária de 1,6 milhão de pessoas. A prisão em massa de milhões de pessoas serve a dois objetivos elementares do regime capitalista. Um, é a repressão generalizada, mas particularmente contra os mais pobres e oprimidos, a fim de manter o povo sob o total controle do Estado e impedir a maior organização popular. Outro, é gerar lucros aos grandes capitalistas, que, em um sistema como o dos EUA, mantêm o domínio de todas as instâncias da sociedade, incluindo os presídios. Atualmente, ao menos 19% da população carcerária norte-americana está em um presídio que pertence a alguma empresa privada, índice que vem crescendo grandemente desde a década de 1990, quando foi ampliado o processo de privatização das penitenciárias. Segundo artigo de Alejandro Nadal publicado no jornal mexicano La Jor-

nada, essas empresas recebem um subsídio anual de 23 mil dólares por preso do governo federal. Para se ter uma ideia, o salário mínimo nos EUA é de 15 mil dólares ao ano. Graças à política de Estado de passar as prisões aos capitalistas, a CoreCivic, principal administradora privada dos presídios, teve um aumento de 500% em seus lucros entre 2000 e 2017. Passou de 280 milhões para 1,7 bilhão de dólares em ganhos nesses 17 anos. Logicamente, essa fortuna, ao contrário do que apregoam os ideólogos

do livre mercado, não vem da livre concorrência com outras empresas do setor. À medida que seu poder econômico cresce, cresce também seu poder de lobby no Congresso – o que, nos EUA, devido ao sistema ser absolutamente dominado pelos capitalistas, é permitido por lei. Entre 1999 e 2010, por exemplo, a companhia desembolsou 1,4 milhão de dólares apenas para fazer lobby no Congresso. “Obviamente, o que realmente convém a estas empresas é que a população encarcerada continue a aumentar.

E para isso são necessárias leis mais severas, com sentenças mais longas para todos o tipo de crimes e com esquemas de saída da prisão mais difíceis de alcançar. Mais presos e sentenças mais longas é a receita para maiores lucros destas empresas privadas. E para reduzir custos nesta nova aventura do capitalismo, o importante é uma mistura de má alimentação e péssimos serviços de saúde. Tudo isto condimentado com abusos de todo o tipo e violência generalizada”, escreve Nadal. Principalmente sob o governo de Donald Trump, as ações das principais empresas privadas que administram presídios têm aumentado, mesmo após a divulgação de diversos relatórios mostrando os alarmantes índices de violência nesses locais. É a isso que serve a política de encarceramento em massa da população, nos Estados Unidos ou em qualquer outro país. Trata-se de uma política fascista, de um Estado assassino e repressor. Não tem nada a ver com o combate à violência e ao crime. Serve apenas à limpeza social contra os pobres. Os presídios são máquinas de moer gente e dar lucros aos capitalistas, por isso é preciso libertar todos os presos.


8 | ATIVIDADES DO PCO

MUITAS NOVIDADES

Mais e melhores programas: Causa Operária TV tem nova grade, veja só! Novos programas e mudanças de horário vêm aí A Causa Operária TV vai passar por reformas nas próximas semanas. Gradativamente, alguns programas vão mudar de dia e horário e novos programas estão sendo planejados e devem estrear em breve. Por exemplo, o Programa de Índio, que atualmente é transmitido ao vivo às quartas-feiras, passará a ser às segundas. O programa Conexão Caracas, transmitido da Venezuela em português, trocará as quintas-feiras à tarde pelas quartas. Outras novidades serão o programa Música ao Vivo, nas quartas-feiras no início da tarde, e o Primeiras Notícias, que será todas as manhãs, de segunda a sexta, às 8h. O aclamado programa Música Clássica retorna às tardes de sexta, enquanto o COTV Entrevista ressurgirá em novo dia da programação: terças-feiras, às 19h. O Resumo do Dia não mais será o último programa de todos os dias, de segunda a sexta. Um novo programa vai ser transmitido ao vivo no horário das 22h: Colunistas da Noite, e cada noite terá o seu colunista diferente – Renato

Farac, na segunda, Alexandre Flach, na terça, Renan Arruda, na quarta, Expedito Mendonça, na quinta, e Vitor Lara, na sexta. Naturalmente que, além da exibição ao vivo nesses horários, todos os programas poderão ser vistos ou revistos sempre que der vontade, inclusive os programas mais antigos, de alguns anos, estão lá no canal no YouTube. A diferença é que durante a transmissão ao vivo tem a interatividade através do chat (o bate papo com os apresentadores e entre os participantes do chat). A expansão da programação da Causa Operária TV é fruto do apoio da audiência do chat e da comunidade de membros da COTV. Durante a transmissão ao vivo dos programas, quem assiste pode contribuir financeiramente com a manutenção das atividades do canal enviando um “superchat” de qualquer valor ou um “sticker”. A qualquer momento, mesmo não havendo transmissão no momento, quem gosta da COTV pode se tornar membro e destinar o valor fixo mensal de R$ 7,99

à manutenção e crescimento de uma televisão revolucionária para o Brasil e o mundo. Esses membros, além da satisfação de ver o seu dinheiro render em mais horas de bons programas e melhores equipamentos, têm acesso a conteúdos exclusivos e integram uma comunidade que está ansiosa pelo seu primeiro encontro, que está marcado

para acontecer no mês de outubro: será uma ocasião festiva, com comes e bebes e muita alegria, em que toda a equipe da Causa Operária TV, seus apresentadores e equipe de produção, vão tirar fotos e bater papo com quem assiste aos programas da casa. Se você ainda não é membro da COTV, venha fazer parte dessa comunidade agora mesmo.

27 DE OUTUBRO

Plenária Lula Livre decide: todos a Curitiba pela liberdade de Lula! O Partido da Causa Operária (PCO) decidiu acatar a decisão da Plenária Lula Livre e participar em peso da convocação e organização do ato em Curitiba. Dia 27 de outubro é o 74º aniversário do ex-presidente e preso político, Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, foi decidido na Plenária Lula Livre, que ocorreu no último sábado (21/09), que os comitês de luta contra o golpe e Lula Livre irão retornar às ruas de Curitiba neste dia para realizar um grande ato pela liberdade de Lula. O ato será uma continuação do ato realizado pelos comitês, PT e PCO no último dia 14 deste mês, que foi um marco da luta contra o golpe e pela liberdade do ex-presidente. Lula é um preso político fundamental para a manutenção do golpe de Estado. Sua prisão permitiu a eleição fraudulenta do atual presidente Jair Bolsonaro, uma vez que ele, o principal candidato, foi retirado das eleições.

A luta pela liberdade de Lula é primordial para garantir os direitos democráticos da população, uma vez que trata-se da prisão de um líder operário preso por uma operação conspirativa da direita, que passou por cima de todos os direitos garantidos pela lei. Lula foi preso sem provas através da já comprovada fraude da operação Lava Jato, em que o juiz (que seria o setor imparcial do julgamento) atuou junto à acusação para prender o ex-presidente metalúrgico. O Partido da Causa Operária (PCO) decidiu acatar a decisão da Plenária Lula Livre e participar em peso da convocação e organização do ato em Curitiba. Por isso, no dia 27 de outubro, todos às ruas pela liberdade de Lula e pela anulação da Lava Jato!

Nossas notícias direto na sua caixa de entrada Assine o nosso boletim e receba diariamente


MOVIMENTO OPERÁRIO | 9

PRIVATIZAÇÃO BANPARÁ

Plano de demissão no Banpará: mais um passo para a privatização PDV no Banpará é mais um ataque aos bancários e ao banco público A direção golpista do Banpará (Banco do Estado do Pará) anunciou um Plano de Demissão “Voluntária” (PDV), endereçado apenas para os funcionários aposentados do INSS, que continuam trabalhando no banco, e que tenham mais de 20 anos de trabalho na empresa. O plano foi aberto para adesões no último dia 16 e vai até dia 15 de outubro. O PDV no Banpará segue a mesma linha dos planos de demissões nos bancos públicos federais, Banco do Brasil e Caixa Econômica, realizado pelo governo ilegítimo/fascista, Bolsonaro, de intensos ataques aos trabalhadores, que já colocou no olho da rua dezenas de milhares de trabalhadores. A perseguição, através de pressões, ameaças, etc. aos trabalhadores mais velhos do Banpará, para aderirem ao plano, vai no sentido de diminuir o custo na folha de pagamento e de enxugamento do quadro funcional da empresa com vistas à sua privatização.

O Banpará foi um dos poucos bancos estatuais que não foram privatizados na famigerada era FHC (PSDB) que privatizou a maioria desses bancos, e, agora, com o golpe, trazendo de volta os neoliberais da escola de Chicago, abriu-se uma nova etapa de privatizações. Sempre é bom ressaltar que o Estado do Pará é controlado por um representante direto, Helder Barbalho, do que é mais atrasado e reacionário no cenário político do país: o coronelismo, que, em última instância, são subservientes aos interesses dos banqueiros internacionais, que querem a todo o custo confiscar o patrimônio do povo brasileiro. Os trabalhadores bancários do Banpará não devem aceitar mais esse ataque dos patrões, e através das suas entidades de luta, organizar uma mobilização contra a política de destruição do patrimônio do povo do Pará, com vistas à sua privatização.

“FUTURE-SE” ACABA COM DOCENTES CORREIOS

Golpistas vão destruir estabilidade de professores universitários

Carteiro morre de câncer de pele em Americana, interior de SP

O governo golpista, através do MEC, quer acabar com as estabilidade dos docentes universitários através do Future-se

Trabalhador dos Correios morre de câncer de pele

O ministro golpista da Educação, Abraham Weintraub, vai mudar o regime de contratação de professores universitários e técnicos pela CLT e não mais por meio de concursos públicos. O argumento do golpista é o corte de verbas que está ocorrendo nas universidades, pois os professores perderiam seus direitos mais elementares e perderia a estabilidade. A contratação dos professores está no bojo do Future-se, plano do Ministério da Educação (MEC) para financiar as universidades públicas com recursos junto à iniciativa privada. As universidades federais, com os cortes de verbas, serão forçadas a se unir à iniciativa privada, e logo o docente torna-se um mero professor contratado sem direitos, pois a CLT está bastante liquidada com a terceirização e a “reforma” da Previdência. No Future-se, os contratos de novos professores e técnicos seriam intermediados por Organizações Sociais (OSs), entidades privadas que prestam serviços públicos e não precisam seguir a Lei de Licitações e Concursos, logo seriam funcionários da iniciativa privada. Segundo o ministro, “as universidades e os institutos que quiserem ficar como estão podem ficar. Não haverá nenhum dano ou prejuízo para quem quiser ficar [como está]. Simplesmente, a gente vai permitir às universidades e aos institutos fazerem parcerias, convênios, associações, buscar patrocinadores para que eles possam fazer

investimentos e melhorar a situação financeira.”, porém, na prática, o governo está secando os recursos das universidades. Sobre aderir ou não ao Future-se, fica claro que não restará escolha às universidades. Bolsonaro interveio em diversas reitorias, nomeando pessoas de sua confiança e passando por cima do processo eleitoral (Unirio, UFTM, UFC), e mantém as demais universidades sob vigilância. Enquanto isso, a burguesia vai cortando o orçamento e inviabilizando as universidade federais. Os golpistas alegam também que a Previdência está quebrada, porém sabemos que esses recursos retirados da educação servem para alimentar a sanha do grandes bancos e instituições financeiras. O povo deve se unir contra todos os golpistas e seus cortes nas áreas de educação, saúde e moradia. Ganhar as ruas pelo Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula.

Na na manhã de quarta-feira (1909) faleceu na cidade de Americana/ SP o carteiro Ricardo Felske, do CDD Americana. Felske lutava há um ano contra um câncer de pele adquirido no trabalho de carteiro, que exercia há mais de 15 anos. No entanto, a direção golpista da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) se recusou até o último dia de vida do trabalhador reconhecer a relação da sua doença com o trabalho de carteiro. A família de Felske só foi conseguir abrir uma CAT (comunicado de acidente de trabalho) através do sindicato,. A medicação que Felske precisava usar devido a doença, como alimento

intravenoso, foi várias vezes recusada pela Postal Saúde, que ajudou a matar o trabalhador. Com o golpe de Estado em 2016, e os ataques aos direitos e benefícios dos trabalhadores dos Correios pelo golpistas, como o fim do plano de saúde, a empresa vem tentando eliminar os trabalhadores através da demissão ou até como nesse caso, através da morte. É preciso denunciar a política de destruição que os golpistas estão fazendo nos Correios, que está levando a categoria a várias doenças e até a morte. É necessário uma grande campanha contra esses golpistas que precisa partir da campanha pelo Fora Bolsonaro!


10 | ECONOMIA | NEGROS | CULTURA

FORA BOLSONARO!

Bolsonaro sanciona MP da escravidão econômica dos trabalhadores A MP da escravidão econômica fará com que os trabalhadores não precisem mais registrar seus horários no serviço, além de fazer com que os bancários trabalhem aos sábados. Após passar oito dias se recuperando de uma cirurgia de uma hérnia, o presidente fascista Jair Bolsonaro sancionou uma nova medida provisória para retirar ainda mais os direitos dos trabalhadores. Nessa MP, o presidente ilegítimo conseguiu que os bancários trabalhem aos sábados, desconsiderando totalmente toda a luta da categoria para ter os direitos que os trabalhadores possuem hoje. Além de fazer com que os bancários trabalhem aos sábados, privilegiando assim os banqueiros donos dos bancos, a MP permite que as empresas com menos de 20 funcionários não registrem os horários de entrada e saída dos trabalhadores. Essa medida fará com que os trabalhadores percam totalmente o direito de horas extras, além de não possuírem controle nenhum sobre seus horários de entrada e saída do serviço, ficando a mercê daquilo que os patrões decidirem. As medidas de Bolsonaro vêm para favorecer a burguesia, retirando os direitos dos trabalhadores. Bolsonaro

enxerga nisso uma possível escapatória para a crise em que o governo se encontra, crise essa que leva até mesmo setores da burguesia a pedirem sua saída do governo. A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), relatora da proposta no Senado chegou a afirmar que a MP é uma carta de alforria para os empresários. Soraya só esqueceu de avisar a população que é uma das mais beneficiadas pela MP, pois, sua família possui alguns motéis no Mato Grosso do Sul, o que fará com que ela lucre ainda mais em cima de seus funcionários, que agora não terão de registrar mais seus horários de chegada e saída do trabalho. É praticamente um regime de escravidão para os trabalhadores. É necessário lutar contra o governo Bolsonaro. O governo não será colocado na linha e muito menos irá assegurar os direitos da população trabalhadora. Precisamos lutar pelo “Fora Bolsonaro!” com novas eleições gerais, pois as últimas eleições foram fraudadas justamente para retirar os direitos da população trabalhadora.

WITZEL, ASSASSINO DO POVO

CENSURA

Imprensa não consegue esconder: política de Witzel é assassina

Escritora perde prêmio de literatura por apoiar Palestina

A imprensa burguesa não consegue esconder a rotina macabra da PM

O prêmio que diz ter como objetivo “promover a tolerância’, está censurando uma autora por exercer sua liberdade de expressão e apoiar a causa Palestina.

No governo de Witzel, policiais sob seu comando são responsáveis por quase metade da mortes violentas na cidade do Rio. Uma política de conceder aos policiais uma espécie de licença para matar está sendo responsável por 41,5% das mortes violentas, que engloba a capital fluminense e mais 16 municípios de seu entorno. Significa dizer que a polícia matou entre seis e sete pessoas por dia. Em contra partida, nenhum policial do Rio perdeu sua vida enquanto estava trabalhando. Levando em conta esse período, as polícias Civil e Militar do Rio já mataram mais de mil pessoas ao longo de 2019 em todo o Estado. No jornal El país foi apresentado as seguintes declarações. “A julgar pelas declarações do secretário da Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, a escalada deve continuar. Em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio nesta quarta, ele afirmou que as mortes decorrentes de operações policiais continuarão a subir até dezembro ‘porque as ações estão sendo feitas'”, explicou. “Conforme a gente vai trabalhando as investigações, a inteligência e a integração com a Polícia Militar, a tendência é abaixar. É um número alto, não é um número que a gente deseja”, explicou. Em tese, a Polícia Civil é a responsável por investigar todas as mortes violen-

tas, inclusive as cometidas por policiais durante operações ou fora delas. Nem um jornal golpista como El País consegue esconder a política de extermínio da população do Rio praticada por Witzel, e fica tentando parecer ser um jornal progressista. Acontece que os crimes praticados por esse fascista estrapola os limites da racionalidade, que mesmo um jornal demagogo como o El Pais é obrigado a denunciar tamanha atrocidade, pois se não criticar pegaria mal.

Uma importante autora paquistanesa-britânica, Kamila Shamsie, perdeu um prêmio de prestígio por apoiar o movimento BDS de apoio ao povo palestino. Foi anunciado no dia 10 de setembro que a autora receberia o prêmio Nelly Sachs. Mas por conta de declarações publicadas pela autora, em que demonstra seu apoio ao boicote a Israel liderado por palestinos, o júri decidiu retirar o prêmio. O Prêmio Nobel Alemã-Judaica Nelly Sachs é concedido pela cidade alemã de Dortmund a um escritor reconhecido por promover “tolerância e reconciliação”. Segundo os júris, eles reconhecem a excelente obra literária da autora, porém “o posicionamento político de Shamsie de participar ativamente do boicote cultural como parte da campanha BDS está claramente em contradição com os objetivos estatutários do prêmio”. Em resposta à reversão do prêmio, Shamsie disse ter sido um motivo de grande tristeza para ela “que um júri se curvasse à pressão e retirasse um prêmio de uma escritora que exercita sua liberdade de consciência e liberdade de expressão”. A decisão de retirar o prêmio a Kamila Shamsie insere-se num quadro

mais geral, particularmente na Alemanha. Em maio, o parlamento alemão aprovou uma moção que condena o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções). O movimento internacional BDS trabalha para acabar com o apoio internacional para a opressão dos palestinos de Israel e pressionar Israel a respeitar o direito internacional. O prêmio que diz ter como objetivo “promover a tolerância’, está censurando uma autora por exercer sua liberdade de expressão e apoiar a causa Palestina, ou seja, até importantes prêmios como esse, sofrem a interferência dos imperialistas. Sendo assim, fica claro a importância da luta pela liberdade de expressão e o combate à censura daqueles que atendem aos interesses imperialistas.


MORADIA E TERRA | 11

NOVA AMEAÇA À SOBERANIA NACIONAL

Secretário-geral da ONU ameaça soberania brasileira na Amazônia Secretário Geral da ONU quer impor limites à soberania brasileira O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, ONU, António Guterres, declarou na última sexta-feira, 20, durante um almoço na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que a soberania dos países deve ser respeitada, mas que os governos devem ter responsabilidades e limites. A declaração foi feita diretamente ao atual governo golpista brasileiro de Jair Bolsonaro devido aos incêndios ocorridos na Amazônia desde o último mês. Guterres abordou a necessidade de se preservar as florestas no mundo, além do clima. Citou o Brasil e, não por curiosidade a China, dizendo que a ONU orienta os chineses a usarem menos carvão. Trata-se obviamente de um discurso demagógico, o qual assim como fez o presidente francês, Emanuel Macron, quer utilizar os incêndios na Amazônia como um pretexto para uma intervenção estrangeira na região.

É preciso deixar claro, primeiramente, que a soberania nacional é um princípio de todo o país e não deve ser violada por nenhuma nação, ou organização estrangeira. Em segundo lugar, países como a França e organizações como a ONU não tem qualquer interesse em preservar a floresta brasileira, estão interessados em abrir caminho, por meio do discurso ecológico, para que as empresas estrangeiras, ligadas à mineração, à indústria farmacêutica, entrem no país e explorem ainda mais nossas riquezas em benefício dos capitalistas estrangeiros. A declaração de Guterres consiste em uma ameaça à soberania do país, da mesma forma que a fala de Macron no último mês. É preciso defender a soberania nacional, denunciar os interesses predatórios do imperialismo na Amazônia, assim como o governo capacho dos norte-americanos, de Jair Bolsonaro, o qual por meio de um fal-

so discurso patriótico, quer entregar as riquezas do país para os EUA. É preciso mobilizar a população pela derrota do governo golpista, por meio

da palavra de ordem de Fora Bolsonaro! Se opor também a interferência estrangeira, levantar a palavra de ordem de Fora Imperialismo!

ATAQUE AO MST

MST faz campanha contra despejo de Centro de Formação Movimento Sem-Terra denuncia ação de despejo do Centro Paulo Freire em Pernambuco. É preciso mobilizar para barrar a ofensiva! O Movimento Sem Terra, MST, denuncia e faz campanha contra o despejo do Centro de Formação Paulo Freire, localizado no Assentamento Normandia em Pernambuco. O Centro de Formação existe desde 1999 e, de lá para cá, 100 mil pessoas já participaram de atividades no Centro, 8 mil estudantes se formaram no espaço, além de que 60% da merenda escolar de Caruaru é fornecida pelo Centro. A remoção se deu por meio de uma liminar concedida pela justiça golpista no último dia 21 de agosto, pelo juiz Tiago Antunes de Aguiar. Atende diretamente aos interesses do governo golpista e ilegítimo de Jair Bolsonaro de acabar com as organizações populares no país. O Centro de Formação conquistado em 1999, foi fruto de cinco anos de luta dos sem-terra, que ocuparam a área e, por meio de intensas mobilizações, conquistaram a posse do terreno. Na liminar concedida pelo juiz golpista, há a autorização, inclusive, do

uso da força policial contra os assentados, como o arrombamento do local, a remoção dos materiais e dos animais, além da prisão dos ocupantes da área. É preciso denunciar mais esta ofensiva do governo golpista contra os movimentos populares. Desde o golpe de estado de 2016 e, após as eleições fraudulentas do último ano, a direita vem impondo um verdadeiro regime de terror contra as organizações populares e suas lideranças. O MST vêm sendo um dos principais alvos, são vários os casos de assassinatos e mortes envolvendo integrantes do movimento nos últimos anos. Além da denúncia, é de fundamental importância a mobilização da população camponesa contra o governo golpista e fascista de Jair Bolsonaro. Organizar nos assentamentos e acampamentos os comitês de autodefesa e impulsionar a luta pela derrubada do governo golpista e fraudulento, além da libertação do ex-presidente Lula. Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!


Não leia o que eles querem que você leia. Saiba o que realmente está acontecendo

SEMANÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA O jornal Causa Operária é o mais tradicional jornal da esquerda nacional, um semanário operário, socialista que contém notícias e análise de interesse para as lutas operárias, populares e democráticas. Adquira o seu com um militante do partido por apenas R$2,00 ou entre em contato e peça já o seu exemplar


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.