Diário Causa Operário nº5787

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DOMINGO, 6 DE OUTUBRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5787

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Todos a Curitiba pela liberdade de Lula; inscreva-se A situação está evidenciando cada vez mais, a importância do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na luta contra a ofensiva do regime golpista à população explorada e sua política de destruição da economia nacional em favor dos tubarões capitalistas norte-americanos.

Comitês convocam pela liberdade de Lula: todos a Curitiba no dia 27/10 A segunda plenária nacional Lula Livre, que reuniu no dia 21 de Setembro passado centenas de companheiros de todo o país deliberou: no aniversário de Lula, dia 27, realizar um ato em Curitiba, em frente à Polícia Federal, onde Lula segue preso.

Conlutas: uma organização em decomposição organizativa e política O 4º Congresso da CSP-Conlutas, iniciado na última quinta-feira, dia 3, chegou ao fim neste domingo (6), e a conclusão que se tira desses vários dias de discussões e análises entre dirigentes sindicais e políticos dominados pelo morenismo é uma só: a central sindical de brinquedo criada pelo PSTU, afundada até o pescoço na lama da sua política confusa e reacionária, encontra-se em estágio avançado de decomposição e falência.

A crise no Peru é parte de uma mudança política na América Latina Haiti, Honduras, Colômbia, Equador, Argentina, Paraguai, Brasil: uma desestabilização da ofensiva direitista na América Latina


2 | ATIVIDADES DO PCO

DIA 27

Todos a Curitiba pela liberdade de Lula; inscreva-se Organizar caravanas em todo o País para cercar as masmorras da criminosa operação lava jato,no dia do aniversário do expresidente e exigir sua liberadade A situação está evidenciando cada vez mais, a importância do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na luta contra a ofensiva do regime golpista à população explorada e sua política de destruição da economia nacional em favor dos tubarões capitalistas norte-americanos. Por isso cresce a importância da realização no próximo dia 27, dia do aniversário oficial de Lula, do grande ato nacional pela liberdade do ex-presidente Lula em Curitiba, conforme proposto pelo PCO e pelos Comitês de Luta Contra o Golpe de todo o País e aprovado pela II Plenária Nacional Lula Livre, com Comitês, Partidos de esquerda e organizações populares de todo o País. No momento em que se intensifica a desmoralização da criminosa operação Lava Jato e de todo o regime

golpista é preciso exigir a anulação de todas as suas condenações fraudulentas – a começar por aquelas impostas ao ex-presidente – e a liberdade imediata de Lula e de todos os presos políticos do regime golpista. Trata-se de lutar para impor a vontade da imensa maioria do povo brasileiro contra a vontade do imperialismo imposta por seus súditos no Brasil, no MPF e no Judiciário, que condenaram Lula para impedir sua candidatura e que ele liderasse a luta contra os brutais ataques impostos aos trabalhadores da cidade e do campo e demais explorados. Para fazer vitoriosa essa mobilização e levantar o País contra a Lava Jato e na defesa dos direitos democráticos de Lula e de todo o povo brasileiro é preciso passar à organização das cara-

vanas para levar gente de toda parte à capital paranaense. É preciso mobilizar os comitês, os partidos, os sindicatos, os movimentos populares e da juventude. Essa mobilização precisa ser referendada pela maior organização operária do País, a Central Única dos Trabalhadores que, nessa semana, realiza seu XIII Congresso Nacional, em Praia Grande (SP). A liberdade de Lula é um reforço fundamental na luta dos trabalhadores e,portanto, um potencial fator de crise para o regime político da direita golpista, que já se encontra em uma profunda crise. Mesmo preso, Lula já é um fator de polarização, em um momento em que a crise da burguesia não para de crescer diante da sua impotência para debelar a crise econômica no Brasil, embalada pela cri-

se histórica do capitalismo em todo o Mundo. A liberdade de Lula é também uma alavanca para impulsionar a luta pelo “Fora Bolsonaro!”, que já ganhou mentes e corações de milhões de brasileiros, revoltados com o governo do presidente ilegítimo. Por isso é hora de arregaçar as mangas e trabalhar por uma grande mobilização no dia 27, em Curitiba. Inscreva-se para participar desta empreitada. Participe das caravanas e ajude a organizar a mobilização no seu local de trabalho, estudo e moradia. Entre em contato, para se inscrever ou obter maiores informações. Ligue ou envie mensagem por WhatsApp:(11) 98589-7537 (TIM) (11) 96388-6198 (Vivo) (11) 97077-2322 (Claro) (11) 93143-4534 (Oi)

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4 | POLÍTICA

27 DE OUTUBRO TODOS À CURITIBA

Comitês convocam pela liberdade de Lula: todos a Curitiba no dia 27/10 Seguindo a deliberação da segunda plenária nacional Lula Livre, o PCO e os Comitês convocam à todos para o aniversário de Lula, dia 27 de outubro em Curitiba. “Lula Livre” já!

Reunião do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo Todos os sábados às 16h

A segunda plenária nacional Lula Livre, que reuniu no dia 21 de Setembro passado centenas de companheiros de todo o país deliberou: no aniversário de Lula, dia 27, realizar um ato em Curitiba, em frente à Polícia Federal, onde Lula segue preso. Esta militância comprovou uma tese do nosso Partido: há um amplo setor da militância de esquerda que deseja colocar a luta pela liberdade de Lula como tarefa central para o Brasil de hoje. Tendo em vista esta tendência e a deliberação da plenária Lula Livre, o PCO, os Comitês Lula Livre e os Comitês de Luta contra o golpe e o fascismo convocam companheiros de todo o país para um grande ato nacional em Curitiba, no dia 27 de outubro. A militância planeja preparar um bolo gigantesco, de 74 metros, cada metro para celebrar um ano de vida de Lula, e assim saciar todo o público presente. Tendo em vista o amplo potencial de mobilização em torno do “Lula Livre”, demonstrado na prática pelo vitorioso ato convocado pelo PCO, que ocorreu do dia 14 de setembro em Curitiba, pela liberdade de Lula, acreditamos que é fundamental ampliar a campanha. Afinal, por um lado as denúncias do sítio The Intercept contribuem para amplificar a popularidade do “Lula Livre”, ao mesmo tempo em que desmoronam a Lava Jato e o próprio governo

Bolsonaro, que só conseguiu se “eleger” com a retirada de Lula das eleições. Por outro, a política neoliberal e o capachismo de Bolsonaro tem provocado uma profunda destruição da economia brasileira, e portanto tem ampliado a crise política e econômica. Na realidade, o governo Bolsonaro é uma profunda ameaça à própria integridade nacional, conforme vimos na crise que se abriu em torno do problema da Amazônia, onde, devido à política devastadora da base agrária bolsonarista, abriu-se uma janela para a intervenção voraz do imperialismo sobre esta riqueza brasileira incalculável. Os últimos atos, que ocorreram no dia 3 de outubro, embora não tivessem atingido seu pleno potencial de mobilização, demonstraram que, embora as direções da esquerda e do movimento popular venham tentando esvaziar a luta em torno do “Fora Bolsonaro”, e também pela liberdade de Lula, as bases estão cada vez mais superando este entrave e encampando estas palavras de ordem. Por isto, é o momento de “aquecer as turbinas” e realizar um grande ato no dia 27 de outubro, em Curitiba, pela liberdade de Lula e pelo “Fora Bolsonaro”, de modo a impor uma dura derrota a este governo direitista e à toda a direita golpista.

Local: Centro Cultural Benjamin Perét Rua Serranos nº 90, próximo ao metrô Saúde - São Paulo - SP Entre em contato conosco: • telefone/whatsapp: (11) 98192-9317 • facebook: @coletivorosaluxemburgo • Se você não for da cidade de São Paulo, participe a distância via Skype. Contato no Skype: mulheres_8


MOVIMENTO OPERÁRIO | 5

PSTU/CONLUTAS EM CRISE

Conlutas: uma organização em decomposição organizativa e política O imperialismo vem implementando uma forte campanha contra o programa nuclear iraniano O 4º Congresso da CSP-Conlutas, iniciado na última quinta-feira, dia 3, chegou ao fim neste domingo (6), e a conclusão que se tira desses vários dias de discussões e análises entre dirigentes sindicais e políticos dominados pelo morenismo é uma só: a central sindical de brinquedo criada pelo PSTU, afundada até o pescoço na lama da sua política confusa e reacionária, encontra-se em estágio avançado de decomposição e falência. É mais do que sabido que o PSTU, que domina a “central”, em pleno ano de 2019 — ou seja, passados três anos do golpe de Estado que derrubou o governo de Dilma Rousseff e, na sequência, colocou Lula, o principal dirigente do PT e político mais popular do país, na cadeia, permitindo assim a ascensão do governo fascista e fraudulento de Jair Bolsonaro — continua a sustentar a mesma política que, objetivamente, colocou o partido ao lado da direita golpista, numa espécie de frente única. Para o PSTU, não houve golpe de Estado, não houve a derrubada do governo PT por uma operação política dirigida pela direita pró-imperialista; Lula, para o PSTU, não é alvo de perseguição política, mas sim colhe os frutos da “conciliação com a burguesia” e do envolvimento com negociatas corruptas; o governo Bolsonaro, por sua vez, é um governo “eleito” pelo povo, segundo o PSTU, um governo que contou com os votos de grande parte dos trabalhadores, uma vez que “foi uma expressão distorcida da indignação [das massas] contra ‘tudo’, mas que acabou desembocando no voto na ultradireita.” O Congresso, no entanto, não poderia deixar de refletir a pressão do movimento de luta contra o golpe, que desde então só cresce e cuja tendência é se desenvolver ainda mais, no seu interior. Na sua “casa”, o PSTU foi obrigado a discutir, ainda que de maneira tímida e defensiva, as principais reivindicações que o movimento de luta das massas levantam no momento atual: o “Fora Bolsonaro” e a “Liberdade para Lula”. O PSTU interveio no Congresso por meio do denominado Bloco Classista, Operário e Popular. Magno de Carvalho, dirigente sindical do Bloco, defendeu em plenário que a central precisa sair na frente do “Fora Bolsonaro” para disputar os trabalhadores que rompem com o seu governo. Cyro Garcia, também do Bloco, respondeu apontando que era positivo a aproximação dos trabalhadores em relação ao “Fora Bolsonaro”, mas que “infelizmente a classe operária não fez a experiência com esse governo. É preciso ganhá-los para lutar contra esse governo.“ Pontuou ainda que a evolução política da situação poderá obrigar a central a adotar o “Fora Bolsonaro”, mas logo em seguida esclareceu: “esse momento não é a hora certa.” (Congresso da CSP-Conlutas: 2º dia traz internacionalismo e polêmicas sobre a situação nacional).

Alguns setores do PSOL, presentes no Congresso, como, por exemplo, o grupo Resistência, um racha recente do próprio PSTU, trouxeram também ao plenário a questão da liberdade do ex-presidente Lula, preso político da criminosa Operação Lava Jato. Nessa questão, coube a Hertz Dias, candidato a vice-presidente na chapa do PSTU nas eleições de 2018, manter a Conlutas na linha direitista em que ela se afundou e adaptar a política do PSTU em defesa do prisão de Lula às revelações da Vaza Jato, divulgadas pelo The Intercept: “O que os jornalistas do Intercept mostraram é que o Moro tem bandido de estimação. Ele se juntou com os 70% dos corruptos desse país sob o pretexto de combater os outros 30% dos corruptos. Existe uma crise muito profunda no Judiciário (…) É uma briga entre os de cima, do bloco da direita com o grupo da conciliação de classe. Mostrou que a Justiça desse país é seletiva, sim, é pobre, assim como a Operação Lava Jato. O Lula tem direito a um outro julgamento, a um julgamento regular. Mas isso não implica de maneira alguma em dizer que Lula seja inocente, que esse Congresso tenha que votar pela prisão ou pela liberdade de Lula. Tem que ter um julgamento regular, assim como os 40% da população carcerária desse país. A grande maioria de preto e favelado que não teve direito sequer a um julgamento.” O dirigente do PSTU termina sua fala reforçando os princípios carcerários que orientam o seu partido: “É muito importante que a gente entenda, e essa é uma defesa da classe trabalhadora histórica, que todo aquele que está sob suspeita tem que ser julgado, e se for condenado tem que fazer que nem eles fazem com a juventude da periferia: tem que

ir pra cadeia, sim! E mais do que isso, tem que ter os seus bens confiscados!” A completa desorientação e oportunismo desse agrupamento sindical postiço fica ainda mais evidente quando analisamos sua atuação nas lutas mais recentes do movimento sindical e operário. Em São José dos Campos, o Sindicato dos Metalúrgicos, há décadas dirigidos pelo PSTU/Conlutas, que não organizou qualquer luta real contra a privatização da Embraer, também não organizou qualquer mobilização real contra a compra da empresa pela norte-americana Boeing. A única “iniciativa” tomada pelo sindicato foi assinar um documento com os sindicatos dos metalúrgicos de outras cidades, documento no qual, singelamente, “reafirmam seu posicionamento contrário à entrega da Embraer” e exigem que “O governo federal, seja o atual [Temer] ou o futuro [Bolsonaro], tem de agir em defesa da Nação.” Sem oferecer nenhuma luta, nenhuma resistência à entrega da empresa nacional ao monopólio capitalista estrangeiro, a direção sindical do PSTU apenas assistiu passivamente à conclusão do negócio, já no governo Bolsonaro. No final de setembro deste ano, os trabalhadores da Embraer entraram em greve por aumento real de salário e renovação de todos os direitos da Convenção Coletiva. Tratava-se da primeira paralisação da fábrica nos últimos cinco anos, fruto da pressão das bases operárias, profundamente insatisfeitas com paralisia da direção do sindicato controlado pelo PSTU/Conlutas. Diante da greve, o comando da empresa convocou a Tropa de Choque, que prontamente atendeu ao chamado. Logo no segundo dia de greve, dia 25 de setem-

bro, policiais mascarados realizaram um “corredor polonês” para garantir que os trabalhadores pelegos pudessem entrar na fábrica normalmente. Além disso, com a habitual truculência, reprimiram a Assembleia dos trabalhadores que estava sendo realizada no local. Ante tudo isso, qual foi a atitude do sindicato dos metalúrgicos? Simplesmente, suspender a greve e reafirmar a disponibilidade do sindicato em “manter o diálogo”, apesar da intransigência da empresa! Criada com base numa política sindical ultraesquerdista, de caráter divisionista, a CSP-Conlutas chega a 2019 numa situação extremamente difícil, mostrando que o plano de construir uma central sindical alternativa à CUT não passou de um sonho vazio, de uma promessa vã. Negando o ABC do marxismo, o PSTU e seus grupos satélites enveredaram por uma política sindical que revela hoje seus resultados desastrosos: forjaram uma “central” de mentira, uma “central” que não tem condições de organizar os setores fundamentais da classe trabalhadora brasileira, uma “central” que serve apenas abrigo para minúsculos agrupamentos pequeno-burgueses e herda a incapacidade quase patológica de seu dono, o PSTU, para identificar as coordenadas políticas corretas do mapa da situação atual. Insistindo na luta por reivindicações parciais, miúdas, e recusando as palavras de ordem unificadoras do “Fora Bolsonaro” e da “Liberdade para Lula”, o PSTU/Conlutas assume de maneira cada vez mais irreversível o papel de um instrumento de desorganização, confusão e atraso no seio do movimento operário e popular.


6 | INTERNACIONAL

ANÁLISE INTERNACIONAL NA COTV

A crise no Peru é parte de uma mudança política na América Latina Haiti, Honduras, Colômbia, Equador, Argentina, Paraguai, Brasil: uma desestabilização da ofensiva direitista na América Latina

No programa Análise Internacional da Causa Operária TV desta sexta-feira, apresentado por Rui Costa Pimenta, ele fala sobre o país que passou

pela maior crise política após a redemocratização, o Peru, e toda a situação econômica que passou e levantes de camponeses, a atuação do grupo

maoísta Sendero Luminoso, a guerra civil que atingiu o auge com o governo de Alberto Fujimori, que foi uma ditadura carnificina, até chegar ao mo-

mento de impasse institucional atual, em que o presidente Martín Vizcarra fechou o parlamento e o parlamento devolveu com um impeachment do presidente. Além do Peru, Rui Costa Pimenta também discorreu sobre o estado de sítio decretado pelo presidente do Equador, Lenin Moreno, que traiu seu padrinho político e responsável pelo lançamento de sua candidatura e por sua eleição, o ex-presidente Rafael Correa, que quem foi vice. Está havendo enfrentamento nas ruas do Equador entre os exército e os indígenas, que não estão respeitando a autoridade e colocam os soldados para correr. Outro ponto alto da análise de Rui no programa desta sexta, foi o comentário sobre a provável eleição do peronista Alberto Fernández na Argentina, que representa a volta de Cristina Kirshner, sua vice. Rui traça paralelos entre o que acontece nos outros países e a situação atual no Brasil e aponta otimismos ingênuos da esquerda brasileira, que acredita que o panorama é de derrota da direita no continente e refluxo.

As denúncias e polêmicas que não saem nos outros jornais

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