Diário Causa Operária nº5825

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QUARTA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2019 • EDIÇÃO Nº5825

Abaixo o golpe de Estado norte-americano na Bolívia

O

s EUA deram mais um golpe na América Latina durante o fim de semana. Evo Morales renunciou à Presidência no domingo (10) obrigado pelos militares. O comandante geral das Forças Armadas bolivianas, Williams Kaliman, “sugeriu” a Evo Morales que renunciasse. Deve ficar claro que esse pronunciamento foi equivalente a apontar os tanques para o Palacio Quemado, sede do governo boliviano. Até então, os militares permaneciam ocultos nos acontecimentos, como se nada tivessem a ver com o golpe de Estado que estava em curso.

Bolivia: não é o primeiro nem o último golpe O golpe de Estado na Bolívia foi um raio em céu azul para a maior parte da esquerda brasileira e porque não dizer latino-americana. Cumpriu o papel de um balde de água gelada sobre as comemorações com a soltura de Lula ocorrida no último dia 7 de novembro e é, ainda, uma demonstração do que teria ocorrido com a Venezuela se o golpe tivesse derrotado a revolução.

Psol acredita nas instituições e no imperialismo para barrar o golpe

“Nem com Evo, nem com Mesa”: Camacho atende pedido do MRT

A Executiva Nacional do Psol publicou uma nota no último dia 10 sobre o golpe na Bolívia. Embora a posição oficial do partido seja de denúncia do golpe, é preciso algumas palavras sobre a política expressa na nota do partido e que revela a mentalidade capituladora da esquerda diante da direita golpista.

Os recentes acontecimentos que tiveram lugar na Bolívia, onde a extrema direita golpista e reacionária, diante da derrota de mais uma candidatura que representava os interesses do grande capital e do imperialismo, reagiu de forma violenta, não só não reconhecendo a legitimidade da vitória do candidato do Movimento Al Socialismo (MAS)

Bolívia, princípio de guerra civil Bolívia: sinal de alarme

para a esquerda que só pensa em eleições A esquerda pequeno-burguesa acumula uma série de capitulações políticas diante da direita cujo conteúdo fundamental é sua política eleitoral.

Bolívia: a política de resistência é a política de não resistência Assim que foi dado o golpe militar na Bolívia, que levou à renúncia do presidente Evo Morales e de diversos políticos de seu partido – Movimento al Socialismo (MAS) -, os trabalhadores do país reagiram contra as agressões da direita. Em El Alto formou-se um foco de reação dos trabalhadores contra o golpe.

Bolívia: a capitulação de Evo Morales e dos dirigentes do MAS

No dia 10 de novembro de 2019, o imperialismo conseguiu derrubar mais um governo nacionalista na América Latina: o governo Evo Morales, da Bolívia.

Repressão também toma conta do Equador Lenín Moreno e seu governo neoliberal próimperialista, pró FMI, fingiu que recuou e agora promove perseguição e repressão contra adversários, jornalistas e lideranças populares.


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