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SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2020 • EDIÇÃO Nº5879
Truques eleitorais não vão derrotar a direita
C
omo é tradicional dos períodos que marcam a passagem do ano, a esquerda pequeno-burguesa tratou de realizar balanços políticos de 2019 marcados pela falta completa de uma visão crítica da própria esquerda, que se recusou, cada vez com maior profundidade, a colocar o problema da derrubada de Bolsonaro e do regime golpista de conjunto. Escrava de uma política eleitoral rasteira, a esquerda se adaptou de maneira vergonhosa a cada ataque de Bolsonaro. Essa adaptação tem como fundo a ideia de que seria preciso se apresentar para as eleições com um programa que fosse uma espécie de versão de esquerda para a política da direita. Acredita na imprensa golpista quando afirma que Bolsonaro é popular, que o povo em geral seria de direita e que, portanto, para agradar o eleitorado cada vez mais conservador (segundo essa concepção) seria preciso apresentar-se com uma roupagem direitista.
Os que tiveram a coragem de enfrentar o fascismo
O Arditi del Popolo (algo como Os Valentes do Povo) foi uma milícia popular italiana formada em junho de 1921 por militantes de esquerda descontentes com a política de tolerância adotada pelo Partido Socialista Italiano e pela esquerda em geral diante da ascensão do fascismo. Desde o final da I Guerra Mundial, a Itália vivia uma agitação operária muito forte, com milhares de fábricas ocupadas e greves por toda a parte, enquanto no interior do país os camponeses iniciavam movimentos de ocupação de latifúndios.
Partidos do centrão são os maiores apoiadores da política de Bolsonaro De acordo com levantamento recentemente divulgado pelo portal Congresso em Foco, os partidos que mais aderiram aos projetos do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados foram o Podemos (92%) e o Patriota. Por incrível que pareça, o partido pelo qual Bolsonaro disputou as eleições, o PSL, aparece apenas como o terceiro que mais apoiou a política bolsonarista.
Fuga de dólares do Brasil Desde o governo Fernando Henrique Cardoso não se via a grande imprensa tão escancaradamente mancomunada com um governo, principalmente no que diz respeito a encobrir a evolução da situação econômica do País. Não é para menos. A imprensa venal foi fiel patrocinadora do golpe de 2016 e de toda a operação que se seguiu para impedir a candidatura de Lula nas eleições de 2018 e garantir a vitória de um candidato do golpe.
Integralismo sai do armário. Veja como combater na Universidade do PCO
Em campanha pela sua reeleição, Guaidó dispara ameaças contra Maduro
Considerados até então “meia dúzia de gatos pingados” pela iludida esquerda pequeno-burguesa, hoje o integralismo volta à tona no Brasil demonstrando uma reorganização acentuada nos últimos anos, sobretudo após o golpe de Estado de 2016, e ainda mais com a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder
O autoproclamado presidente da Venezuela, o golpista Juan Guaidó, mesmo frente sua desmoralização e ao perigo iminente de perder o cargo de presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, continuou tentando desestabilizar o governo de Nicolás Maduro a mando dos Estado Unidos.
Equador: continua perseguição a Rafael Correa O ex-presidente Rafael Correa será julgado no Equador sob acusação de receber dinheiro ilegal da construtora brasileira Odebrecht para financiar sua campanha eleitoral em 2013. A ação será julgada à revelia, isto é, sem a presença do réu, por corrupção passiva. Rafael Correa vive na Bélgica desde que deixou o cargo. Segundo a imprensa burguesa, Correa teria recebido cerca de US$ 8 milhões de empresas para financiar a campanha presidencial de 2013. Segundo a acusação, em troca dos recursos recebidos para sua campanha, o governo de Correa daria obras às empresas de engenharia, dentre elas a brasileira Odebrecht.