Edição Diário Causa Operária 5314

QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5314

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

DIREITA PREPARA NOVO GOLPE CONTRA LULA: IMPEDIR O REGISTRO DE SUA CANDIDATURA

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Causa Operária Ediçao 1009

Verdade seja dita: o tempo e o golpe não param: é fato que ministros doTribunal Superior Eleitoral (TSE) cogitam barrar a candidatura presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

ADQUIRA JÁ SUA EDIÇÃO Na edição de hoje do DCO, a declaração de um ministro do TSE afirmando que não vai registrar a candidatura de Lula. Veja também como foi o julgamento da presidenta da PT, Gleisi Hoffmann, no TSF. Sobre a Copa do Mundo, acompanhe a polêmica sobre a premiação prometida pela CBF aos jogadores caso o Brasil seja campeão, o que gerou ataques por parte da esquerda pequeno-burguesa e a direita coxinha, acusando os jogadores de mercenários.

Piada pronta: Temer diz que é Vitimismo? Fernando falso dizer que é impopular Ninguém está a Holiday vai processar “O Brasil voltou 20 anos Temer, que em sua versão salvo do golpe Ciro Gomes em mais uma em 2”, esse é o mote popular original usava uma vírgula Por Rafael Dantas campanha de escárnio que depois do verbo, para tentar tentativa de censura do MBL dao povo brasileiro fez com a passar a ideia que nos 2 anos COLUNA

Nesta terça, 19 de junho, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal deu início ao julgamento da senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann e de seu marido, o ex-ministro dos governos de Lula e Dilma, Paulo Bernardo, acusados de corrupção na Operação Lava-Jato.

2,5 mil estudantes quilombolas e indígenas perdem bolsas universitárias

campanha publicitária do governo golpista de Michel

de golpe o Brasil tinha recuperado 20 anos de retrocesso.

Bênção do Exército? Ciro Gomes se encontra com o general Villas Bôas

Fernando Holiday é o vereador negro do DEM, partido herdeiro da ditadura militar, em São Paulo.

Governo tucano não perde a chance de azucrinar o povo em São Paulo: proibido portão que passe pela calçada

Conselho Editorial

EDITORIAL

NÃO AO JULGAMENTO FARSA DA PRESIDENTA DO PT A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nessa terça, dia 19, o julgamento da presidenta nacional do PT, senadora Gleise Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo Silva, sob a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

2 | EDITORIAL EDITORIAL

Não ao julgamento farsa da presidenta do PT

A

segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nessa terça, dia 19, o julgamento da presidenta nacional do PT, senadora Gleise Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo Silva, sob a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A acusação é de que eles teriam pedido e recebido R$ 1 milhão em doações (agora chamadas de “propinas”) para a campanha dela ao Senado em 2010.

Na sessão, a defesa da senadora Gleisi Hoffmann fez a sustentação oral e pediu sua absolvição por falta de provas diante do fato de que a acusação do Ministério Público Federal se baseia apenas em palavras de delatores super premiados.

A delação apresentada pela PGR afirma, sem qualquer prova, que o dinheiro teria sido repassado pelo então diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, o qual era vinculado ao Partido Progressista, partido que teve candidato próprio ao Senado na disputa eleitoral vencida por Gleisi, ou seja, que não foi beneficiado pela eleição da senadora.

Em seu discurso de acusação o sub-procurador Carlos Alberto Carvalho de Vilhena fez um pronunciamento claramente político, afirmando que “enquanto parlamentar, líder do Partido dos Trabalhadores, do qual hoje é presidente, a senadora Gleisi Hoffmann podia, devia, ter estancado a sangria que ocorria na Petrobras”, no que parafraseou o então ministro Romero Jucá (MDB), quando da ascensão do governo golpista de Michel Temer.

A administração golpista da Petrobrás – que está dilapidando a empresa, favorecendo os grandes monopólios e especuladores que detém a maioria das ações da empresa – participa do processo como assistente da acusação, por meio do advogado André Tostes que elogiou a investigação do Ministério Público e da Polícia Federal e defendeu a condenação de Gleisi e Paulo Bernardo ao ressarcimento da estatal, também sem apresentar

qualquer prova contra eles. Os verdadeiros advogados do “diabo” (no caso dos especuladores internacionais que estão no comando da empresa) dando prejuízo de bilhões ao povo brasileiro que é obrigado a pagar uma das gasolinas mais caras do mundo, mesmo sendo o legítimo proprietário de um imenso mar subterrâneo de petróleo, a “ressarcirem a empresa no valor mínimo de R$ 1 milhão, além de indenização por danos morais”, disse o advogado”.

A defesa os petistas atua para desmascarar judicialmente a farsa e se fia no fato de que a segunda turma do STF teria, supostamente, uma maioria favorável à respeitar a Constituição que impediria a condenação sem apresentação de provas.

Mas isto de nada tem adiantado naquela Corte e em todo o judiciário golpista que age todos os dias pisoteando a Lei, para satisfazer a vontade dos donos do golpe, que querem manter na cadeia o ex-presidente Lula e outros dirigentes petistas, que são presos políticos, e ainda avançar contra outras lideranças do PT, como é o caso de sua presidenta.

Isto tudo em pleno processo eleitoral (sob o perigo constante de não ser realizado) no qual a direita prepara uma fraude para tentar legitimar o regime golpista que não tem o menor apoio popular.

No caso atual, bem como no julgamento fraudulento e prisão de Lula, a ação dos petistas têm se concentrado nos atos jurídicos, o que vem se mostrando totalmente ineficaz diante do controle dos golpistas sob o judiciário.

A situação já evidenciou que para barrar a ofensiva golpista e garantir os direitos democráticos de Lula, Gleise e de todo o povo brasileiro é preciso se enfrentar com as instituições golpistas por meio de uma mobilização revolucionária, ou seja, com os explorados e suas organizações de luta nas ruas, com seu meios e recursos próprios, capazes de derrotar os golpistas, o que não pode ser alcançado apenas no judiciário e no terreno eleitoral.

A MALDIÇÃO DO VICE, POR JOTA CAMELO

PAUNOCOCO, POR RALFO

COLUNA

Ninguém está a salvo do golpe Por Rafael Dantas

N

esta terça, 19 de junho, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal deu início ao julgamento da senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann e de seu marido, o ex-ministro dos governos de Lula e Dilma, Paulo Bernardo, acusados de corrupção na Operação Lava-Jato.

A denúncia, apoiada nas delações do ex-diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Yousseff, é de que Hoffmann e Bernardo teriam usado R$1 milhão desviado de contratos da estatal na campanha que elegeu a senadora petista. Em troca, os petistas trabalhariam para manter Costa na Petrobrás e fazer vistas grossas na fiscalização de ilícitos na administração pública, dizem os delatores. É o segundo caso da Lava Jato a ser julgado no STF. Chegou à corte suprema em 2015 pelas mãos de Rodrigo Janot e Teori Zavascki. O primeiro caso, condenado pela mesma segunda turma do STF, foi o do deputado federal Nelson Meurer (PP-PR), recebeu pena de quase 14 anos de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mais multa de R$265 mil. Boi de piranha. Hoffmann terá que pagar R$4 milhões em danos materiais e morais e perder o mandato, segundo o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

E não é, certamente, por acaso que a presidenta do PT está sendo julga-

da a essa altura dos acontecimentos.

Com Lula na cadeia, Gleisi Hoffmann tornou-se seu porta-voz oficial, liderança no PT uma vez que o ex-presidente está preso. O cronograma do golpe de Estado colocado em movimento a partir da prisão de Lula impõe que seja assim.

Com Lula na preso desde abril e as eleições se aproximando, os golpistas buscam todas as maneiras para se impor em um momento crítico do golpe de Estado. A prisão de Lula, embora tenha criado condições para conduzir um processo eleitoral fraudulento de ponta a ponta, cria um problema. A ausência de Lula nas urnas precisa ser administrada, porque deixa evidente todos os sinais de fraude. E Gleisi Hoffmann, como porta-voz do ex-presidente, precisa ser atacada para que a direita enterre não só Lula como o eco de sua voz.

Se, como pensam os juízes, é hora de julgar Gleisi, a tempo de tirá-la do centro dos acontecimentos tendo Lula sido preso, chegará o momento em que outros serão igualmente acusados para que sejam afastados da vida pública. O tempo passa e se o golpe de Estado não for derrotado, chegará a hora das outras figuras políticas de proa do PT e para as lideranças do movimento operário e popular. Ninguém está a salvo do golpe. Por isso estão todos obrigados a lutar contra ele.

NACIONAL| 3

GOLPE

Direita prepara novo golpe contra Lula: impedir o registro de sua candidatura V

erdade seja dita: o tempo e o golpe não param: é fato que ministros doTribunal Superior Eleitoral (TSE) cogitam barrar a candidatura presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo que Lula tente adiar ao máximo a rejeição do registro da candidatura o TSE já adianta processos para estar livre para cassar a candidatura de Lula o mais rapidamente possível.

O ministro do TSE, Admar Gonzaga, por exemplo, já adiantou que o registro da candidatura de Lula poderá ser rejeitada, adiantando – de certa forma – seu possível voto e fazendo campanha em favor dos planos da direita golpista.

A candidatura Lula representa – nas condições atuais – a única alternativa real contra os golpistas. No entanto, fica cada dia mais evidente que Lula só sai da prisão e poderá ser candidato se houver um enfrentamento real

com as instituições golpistas, dentre elas o judiciário e suas decisões contra a Constituição Federal.

Advogados do ex-presidente Luiz

Inácio Lula Da Silva (PT) dizem que o “registro formal” é um ato “essencialmente formal e não contém nenhum impedimento, na Lei”. No entanto,

tudo o que estava assegurado na Lei, vem sendo deixado de lado para perseguir Lula e o PT; como no caso de sua prisão ilegal, por cima do direito e da Constituição Federal que estabelece que ninguém será privado da liberdade, sem que tenha sido esgotados todos os recursos legais e ocorrido o trânsito em julgado.

Diante dessa situação, não é possível colocar todos os trabalhadores e suas organizações de luta em compasso de espera. É preciso mobilizar pela liberdade de Lula, parte fundamental da luta contra o golpe e em defesa das reivindicações da classe operária e de todos os explorados.

Multiplicar os comitês de luta contra o golpe em todo o País e unificá-los na Conferência Nacional Aberta de Luta contra o golpe, a ser realizada em São Paulo, nos próximos dias 21 e 22 de julho.

VITIMISMO?

PIADA PRONTA

Fernando Holiday vai processar Ciro Gomes em mais uma tentativa de censura do MBL F

Temer diz que é falso dizer que é impopular

ernando Holiday é o vereador negro do DEM, partido herdeiro da ditadura militar, em São Paulo. Ele é conhecido por suas posições contra as reivindicações do movimento negro. Contra as cotas raciais, contra o 20 de novembro, contra qualquer direito do negro, Holiday é um típico capacho dos brancos, um contratado, um serviçal. Por isso o chamam de “negro de alma branca”.

Rodada Internacional de Palestras com Rui Costa Pimenta Nessa mesma onda, Ciro Gomes, tentando se apresentar como um esquerdista apesar de todas as evidências, chamou Holiday de “capitãozinho do mato” em uma entrevista concedida à Rádio Jovem Pan. Chateado com a colocação de Ciro, o outrora anti-vitimismo o vereador (que cansou de declarar que as denuncias de opressão e racismo feitas pelos negros é “vitimização”) vai processar o presidenciável por injúria racial. “Não se trata de divergência ideológica, mas de injúria racial pura e simples. Justamente por isso irei processar o pré-candidato.

Nossa conversa será na Justiça”, disse Holiday.

Holiday sempre foi desbocado para atacar o movimento negro e a esquerda, e falava que as cotas raciais, por exemplo, é vitimismo. Que o racismo contra o negro é vitimismo, mas, agora, o garoto (negro) propaganda da direita virou o disco e é ele a vítima.

Não deve haver confusão sobre a posição de Ciro, ou seja, o candidato da continuidade do golpe de Estado, o candidato que acha ótimo que Lula esteja e continue preso, o candidato abutre-mor.

Por outro lado, além de uma farsa total, a posição de Holiday e do próprio MBL é, na verdade, de censurar as posições políticas contrárias aos seus interesses. Não se trata da defesa do negro, mas da instauração de um tribunal de censura política no Brasil, um sonho antigo da direita brasileira.

A luta contra o racismo se dá com o movimento negro nas ruas, em torno das suas reivindicações mais sentidas, luta que Holiday é abertamente contra. Holiday é o “negro da casa”, aquele disposto a entregar a própria vida para manter a situação do negro tal como está.

O

Brasil voltou 20 anos em 2”, esse é o mote popular da campanha de escárnio que o povo brasileiro fez com a campanha publicitária do governo golpista de Michel Temer, que em sua versão original usava uma vírgula depois do verbo, para tentar passar a ideia que nos 2 anos de golpe o Brasil tinha recuperado 20 anos de retrocesso.

Como todos vimos, diante da imensa chacota em que se transformou o slogan golpista, a campanha foi abortada.

Muito embora nunca tenha tido qualquer apelo popular, o vampirão do golpe conseguiu a proeza de se transformar numa das figuras mais odiadas na história da República brasileira. E não é para menos, pois Temer é justamente a expressão na consciência do povo de tudo de ruim que o golpe produziu. E olha que não foi pouca coisa.

Mas façamos um pouco de justiça ao presidente golpista. Em todo o desenvolvimento do golpe, Temer nunca passou de uma marionete, um pau mandado dos “verdadeiros donos do golpe”, um escroque da política burguesa, que se prestou ao papel de trair a presidenta legitimamente eleita, em uma operação escancaradamente maquiavélica gerada pelas agências golpistas norte-americanas.

Temer faz parte da corja que se vangloria em destruir a economia nacional, em recolocar dezenas de milhões de brasileiros na miséria

absoluta, em destruir a Educação, a Saúde, os direitos trabalhistas da população, entregar para os abutres imperialistas as nossas empresas, promover o massacre dos trabalhadores da cidade e do campo, dos índios, das mulheres, enfim o rol de maldades seria gigantesco para descrever o que são esses dois anos de golpe no país.

Sem dúvidas que as pretensões dos “donos do golpe” vão muito mais além do que foi feito até agora. Não é por outro motivo a perseguição ao Partido do Trabalhadores e as suas principais lideranças, a começar pelo ex-presidente Lula, preso político, acusado por crimes em que os acusadores não apresentam uma única prova. Aliás, a fim de impor o cerceamento absoluto das garantias constitucionais, rasgaram a própria Constituição e se utilizam, como faz o “Mussolini de Maringá”, um juizeco de 1ª Instância chamado Sérgio Moro, de uma comarca controlada pelos “donos do golpe”, para “legislar” (isso, o judiciário não apenas interpreta como legisla em substituição ao Congresso Nacional) com base em leis de outros países.

Temer tem razão. Não é simplesmente impopular, “Temer é odiado pelo povo brasileiro. Não é à toa que a sucursal de propaganda norte-americana no Brasil, a Rede Globo e suas afiliadas, estão prontos para a qualquer momento entregar Temer para os leões, como quem se desfaz de um sabujo velho.

4| NACIONAL

CANDIDATO GOLPISTA

Bênção do Exército? Ciro Gomes se encontra com o general Villas Bôas D

ada a dificuldade de forçar o PT a abandonar a candidatura de Lula esquecendo-o na cadeia, o pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) tem gradativamente abandonado a nada convincente máscara de esquerdista e aplainado relações com a direita nas suas mais diversas vertentes.

Enfrentamentos pontuais (e superficiais) que o pré-candidato do PDT tem tido com ideólogos neoliberais da imprensa burguesa, a respeito da condução da economia, fazem setores menos atentos da esquerda e do eleitorado em geral embarcarem na miragem de político progressista e nacionalista.

Contudo, a sucessão de indícios que Ciro tem dado de que é candidato dos golpistas, a despeito da confusão que possa causar em quem leva a sério suas falas públicas, recebeu ontem um reforço demasiado marcante. O pedetista se reuniu com um dos heróis dos coxinhas intervencionistas, General Villas Boas.

O Exército, que na prática já exerce grande controle sobre o Brasil, jamais abriria espaço para diálogo com elementos não golpistas, uma vez que a derrubada de Dilma contou obviamente com uma retaguarda militar pronta a agir caso os planos do imperialismo não se consumassem. É determinante ainda lembrar que o próprio STF sofreu publicamente pressão dos militares para garantir a prisão ilegal de Lula, que, segundo Ciro, teve seu direito de ampla defesa plenamente respeitado num julgamento perfeitamente lícito. Para Ciro, Lula não é nem mesmo preso político, como ele mesmo declarou.

Nesse sentido, é preciso denunciar o caráter golpista da candidatura-abutre de Ciro e mais do que nunca manter as mobilizações em nível nacional e internacional contra o golpe, a prisão de Lula e pelo retorno à democracia no Brasil; desfazendo ilusões de candidaturas alternativas

que só servirão para dar aos golpistas o controle total do processo eleitoral Veja abaixo o relato do encontro, feito pelo próprio general em seu twitter: “À tarde, conversei com o Sr. Ciro Gomes na mesma toada dos outros

pré-candidatos. Necessidade de orçamento previsível; atenção aos projetos estratégicos do @exercitooficial; defesa e segurança no foco da sociedade foram alguns temas discutidos.”

— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 19 de junho de 2018

ATAQUE AOS DIREITOS

BRUNO COVAS

2,5 mil estudantes quilombolas e indígenas perdem bolsas universitárias

Governo tucano não perde a chance de azucrinar o povo em São Paulo: proibido portão que passe pela calçada

O

golpe de estado continua impondo a sua política de ataque aos direitos das diferentes parcelas da população brasileira. Os indígenas e quilombolas, já massacrados pelos latifundiários e fazendeiros, sem o direito às suas terras minimamente respeitado pelos latifundiários e pelo Estado capitalista, agora sofrem com o corte feito pelo governo golpista do Programa de Bolsa-permanência, que destinava uma bolsa aos estudantes de origem indígena e quilombola, possibilitando-os de entrarem na universidade, no ensino superior.

O programa, que foi criado durante o governo Dilma Rousseff em 2013, já possibilitou o acesso ao ensino superior de quase 18 mil estudantes indígenas no Pais. O projeto concedia

uma bolsa de R$ 900 aos estudantes, dinheiro utilizado para os gastos com o material didático, transporte e alimentação. Com o fim do programa, cerca de 2,5 mil estudantes serão afetados, ate o final do ano o numero poderá chegar a 10 mil estudantes.

Trata-se de mais um ataque do golpe contra os setores mais vulneráveis da população brasileira. A cada medida do governo golpista contra o povo, maior o número de pessoas que ficarão sem acesso à Educação, Saúde e outros serviços fundamentais.

A reversão desse quadro somente poderá ocorrer com a derrota do golpe de estado, para isso, no entanto, é necessário organizar a população, o que somente poderá ocorre com o fortalecimento dos comitês de luta contra o golpe em todo o Pais

O

atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decretou nessa terça-feira (19), no Diário Oficial, a proibição de cancelas e portões automáticos que abram para o passeio público. O projeto de lei vem de uma vereadora do (DEM), Sandra Tadeu, e valerá também para dispositivos já instalados. Os paulistanos tem 6 meses para fazer os ajustes necessários e depois passarão a pagar multa de R$ 250 se descumprirem o decreto. É simples, mais um pequena lei para atordoar o povo de São Paulo e criar um clima de controle. Fica cla-

ro que essa medida não foi tomada baseada em nenhuma necessidade real da população, não foram divulgados dados de pessoas “prejudicadas” por portões ou cancelas automáticas, nem nada do tipo, muito menos podemos suspeitar que uma vereadora do DEM ou o próprio Prefeito estejam preocupados com a “alarmante” situação da portas “invasoras” de calçadas. É apenas uma medida repressiva que tem por objetivo mostrar a presença de um estado que só aparece na hora de restringir o povo e lucrar através de multas.