QUARTA-FEIRA, 8 DE AGOSTO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5363
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
PELA CANDIDATURA DE LULA: OCUPAR BRASÍLIA DIA 15
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Causa Operária Ediçao 1016
No próximo dia 15, o Partido dos Trabalhadores (PT) irá registrar a candidatura do maior líder popular do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na edição de hoje do DCO, leia mais análises sobre as eleições, especificamente sobre a manobra do PT de lançar a candidatura de Lula mas indicar Haddad como um possível plano B. Leia também o editorial sobre o desemprego e a multidão em São Paulo atrás de uma vaga de emprego.
Conselho Editorial
EDITORIAL
COLUNA
Frente Popular sem “frente popular”?
A candidatura de Lula é uma Retrato do Brasil do golpe: frente única contra o golpe fila de desempregados
Por Rafael Dantas Não é novidade que a burguesia criou um cordão sanitário em torno do ex-presidente Lula.
Alckmin e Bolsonaro se declaram inimigos dos PCO apoia Lula mas trabalhadores não participa da coligação dos Correios eleitoral do PT
juntou 6 mil em São Paulo
Defesa de Lula retira pedido do STF para evitar manobra golpista da direita “Tudo culpa do Lula”: Ciro, o isolado, não se conforma com fracasso da aliança com “centrão”
12 MILHÕES DE FAMINTOS, 13 MILHÕES DE DESEMPREGADOS… NÃO SÃO ELEIÇÕES, É UMA GUERRA CONTRA O GOLPE DE ESTADO
Enquanto a imprensa capitalista e os partidos golpistas fazem enorme esforço para apresentar um suposto clima de normalidade no País, a situação se agrava e se deteriora a uma velocidade sem paralelos para milhões de explorados brasileiros, por conta da crise capitalista e da política do regime golpista diante dela: sacrificar os mais elementares direitos e as limitadas condições de vida de milhões para satisfazer. o voraz apetite de grandes monopólios estrangeiros e “nacionais”.
2 | EDITORIAL EDITORIAL
CHARGE
12 milhões de famintos, 13 milhões de desempregados… Não são eleições, é uma guerra contra o golpe de Estado
E
nquanto a imprensa capitalista e os partidos golpistas fazem enorme esforço para apresentar um suposto clima de normalidade no País, a situação se agrava e se deteriora a uma velocidade sem paralelos para milhões de explorados brasileiros, por conta da crise capitalista e da política do regime golpista diante dela: sacrificar os mais elementares direitos e as limitadas condições de vida de milhões para satisfazer. o voraz apetite de grandes monopólios estrangeiros e “nacionais”. Os dados que comprovam esta caminhada rumo ao precipício, já com vários passos dados, surgem por todos os lados. Dentre muitos exemplos, temos a explosão do desemprego que de acordo com recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem o maior índice em 22 anos, com mais de 13,5 milhões de desempregados “oficiais” e outros 13 milhões que ou desistiram de procurar emprego e/ou vivem de “bicos”. Nestas condições um em cada quatro brasileiros adultos e que compõem a população economicamente ativa, estão fora do mercado de trabalho regular. Uma situação que facilita o triste espetáculo de aproveitadores que reúnem milhares de desempregados em filas quilométricas para se promoverem como na foto em destaque, no Vale do Anhangabau, em São Paulo, no começo desta semana. Nessa mesma direção, dados apontam que o Brasil voltou a ter os índices de extrema pobreza de 2006, quando a situação em melhoria apontava que o País tinha 12 milhões de famélicos. Ainda expressando o tmanho do caos produzido pelo regime nascido com o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), uma instituição judicial autônoma da Organização dos Estados Americanos (OEA)por despontar como líder na América Latina em escravidão moderna, sendo “responsabilizando internacionalmente por não prevenir a prática de trabalho escravo moderno e de tráfico de pessoas”. Temer e seus consorciados golpistas conseguiram que o Brasil foi o primeiro país condenado pela OEA por esse motivo. A situação tem dados negativos, do ponto de vista da população pobre por todos os lados: caem os salários, os serviços públicos com
gastos “congelados” por 20 anos se deterioram como nunca, há reintrodução de epidemias de doenças extintas no século passado etc. etc. Nessas condições a direita se prepara para realizar um processo eleitoral que sirva apenas e tão somente para tentar dar alguma legitimidade a um governo que dê sequência aos ataques contra a maioria do povo para favorecer os abutres capitalistas. Esse, obviamente, não pode ser um processo democrático, uma vez que o povo – em condições “normais” jamais escolheria ser governado por seus carrascos (como mostram até mesmo as pesquisas sempre manipuladas da burguesia que mostram que os candidatos golpistas somados não tem o apoio de nem mesmo 25% do eleitorado). Nestas condições e com o candidato apoiado pelos trabalhadores e pela juventude e suas organizações de luta, mantido como preso político e (pré) condenado a ficar de fora das eleições fica evidente que não estamos diante – nem de longe – de um processo eleitoral mas de uma verdadeira guerra contra o povo brasileiro, na qual a direita serviçal do imperialismo está disposta a ir até as últimas consequências para manter e aprofundar o regime atual de fome, desemprego e escravidão. A resposta do ativismo classista e das organizações de. luta contra o golpe, em tais condições não pode ser – de modo algum – aceitar as “regras” impostas pelos seus inimigos, as únicas capazes de lhes permitir uma “vitória”nessa verdadeira guerra contra o povo. Para que as forças populares tenham algum possibilidade de vitória, não apenas no terreno eleitoral, mas – principalmente – no terreno da defesa das suas condições de vida, da própria sobrevivência de milhões e da luta por melhorias é preciso enfrentar as instituições do regime e derrotar o golpe de estado. A liuta pela liberdade de Lula e a defesa incondicional de sua candidatura à presidência da República é parte fundamental desta luta. Qualquer concessão em sentido oposto é uma clara capitulação que será usada pela direita não apenas para buscar impor uma derrota eleitoral mas para aprofundar muito mais ainda os ataques nessa verdadeira guerra que não pode ser vendida pelos explorados e suas organizações a não ser por meio de uma mobilização revolucionária.
APOIO, POR VITOR TEIXEIRA
COLUNA
Frente Popular sem “frente popular”? Por Rafael Dantas
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ão é novidade que a burguesia criou um cordão sanitário em torno do ex-presidente Lula. Depois de transformá-lo em preso político na República de Curitiba há mais de 120 dias, os golpistas vêm trabalhando intensamente para cassar o direito do ex-presidente concorrer nas eleições. Querem tirar seu nome das urnas a todo custo. Sua prisão, além do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e a perseguição aberta, com processos e a prisão de outros dirigentes do Partido dos Trabalhadores, deixaram clara a intenção dos donos do golpe de Estado: não só impedir que Lula participe da campanha, mas isolar e, por fim, destruir o PT. Por quê? Entre outras coisas, principalmente porque o PT está, e sempre esteve, à cabeça das principais organizações do movimento operário e popular do País, como a CUT e o MST. Seus militantes dirigem milhares de sindicatos, associações e organizações de luta dos trabalhadores e da juventude. Os donos do golpe não podem mais tolerar nem mesmo a política moderada, de conciliação dos interesses de classe, levada adiante pelo PT no movimento operário e popular e em seus governos. Depois do PT, em um processo que já está em marcha, com ataques aos sindicatos e organizações populares, virão a CUT e outras organizações de peso. Para atingirem seus objetivos, os golpistas precisam justamente liquidar toda resistência, passar por cima das organizações de luta para destruírem os direitos, as conquistas e rebaixar as condições de vida das classes trabalhadoras. Eis que o PT chegará às eleições de 2018 isolado. A coligação que defenderá o nome de Lula, além do
PT, conta apenas com o PCdoB e o PROS. É o que restou da coligação que elegeu Dilma Rousseff em 2014, sucessora da “Frente Brasil Popular”, de 1989, e das que levaram “povo” no nome, encabeçadas pelo PT desde então. Agora, PSD, PP, PR, PDT, PRB e PMDB, os partidos burgueses que a integravam, abandonaram a “frente popular”. Restou apenas a política de colaboração de classes, dita de frente popular, da esquerda pequeno-burguesa que se colocou a reboque da burguesia em vários aspectos de seu programa, representada pelo PT e o PCdoB, e a “sombra da sombra” da burguesia que é o PROS, uma pequena legenda de aluguel. Juntos têm 75 deputados no Congresso Nacional, menos de 15% das cadeiras.Essa situação é o retrato do isolamento imposto pela burguesia pró-imperialista e golpista ao PT. Uma frente popular sem “frente popular”. É nesse quadro, em que a aliança foi desfeita, em que Lula está isolado, preso e ainda assim sob ataque permanente dos golpistas, em que o golpe de Estado continua a avançar, que nosso Partido decidiu apoiar o nome do ex-presidente, porque ele é visto pela população como representante da única força capaz de derrotar o golpe: o povo. Não apoiamos nem a política de frente popular, nem a coligação que restou da “frente popular” encabeçada pelo PT. Fazemos isso com nosso próprio programa, sem abandonar nenhuma das nossas reivindicações, a defesa do salário, do direito ao trabalho e à terra, a revolução, o governo operário e o comunismo. Votaremos Lula, pela derrota do golpe de Estado e por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.
NACIONAL| 3
ELEIÇÃO SEM LULA É FRAUDE
Pela candidatura de Lula: ocupar Brasília dia 15 N
o próximo dia 15, o Partido dos Trabalhadores (PT) irá registrar a candidatura do maior líder popular do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Preso político há mais de 100 dias, Lula é a figura política que mais vem sendo perseguida desde o golpe de 2016 e tem sofrido uma série de boicotes da direita golpista, que tenta a todo o custo eliminá-lo do processo eleitoral. Diante disso, o PT e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) decidiram convocar um grande ato em Brasília no dia do registro da candidatura do ex-presidente. A decisão é acertada
porque apenas a mobilização dos trabalhadores é capaz de derrotar os golpistas e garantir que Lula seja candidato. Se o TSE e os donos do golpe não se sentirem pressionados, sequer permitirão que Lula participe das eleições. Todas as organizações de esquerda e setores democráticos não podem ter outra opção a não ser ocupar Brasília no próximo dia 15. Comitês de luta contra o golpe, partidos e personalidades da esquerda nacional, artistas e trabalhadores: todos a Brasília! Lula presidente! Liberdade para Lula! Lula ou nada!
LULA PRESIDENTE
APOIO A LULA
A candidatura de Lula é uma frente única contra o golpe
PCO apoia Lula mas não participa da coligação eleitoral do PT
D
iante do atual quadro político nacional, de golpe de estado, as eleições estão sendo organizadas para que a direita consiga dar uma aparência democrática ao processo golpista e assim legitimá-lo perante o povo. O principal fator que demonstra que as eleições desse serão uma fraude completa, mais do que as anteriores, é o fato de que o principal candidato popular, aquele que possui o maior número de votos e apoio perante o povo, está impedido de participar devido a um processo arbitrário e golpista que o colocou, sem qualquer prova, atrás das grades. Nesse sentido, Lula, que está preso em Curitiba, é o único canidato que expressa uma oposição real, no interior do campo eleitoral, ao golpe de estado. O fato do ex-presidente ter um amplo apoio popular, ter uma ligação concreta com o movimento operário, seus sindicatos e os movimentos populares, tornam Lula uma ameaça ao golpe e à farsa eleitoral promovida pela direita. A ameaça de Lula pode ser percebida na intensa campanha feita contra ele pela imprensa golpista todos os dias, mesmo o ex-presidente estando preso. Vale destacar que Lula, preso em Curitiba, está disparado nas pesquisas eleitorais e tem grandes chances de vencer as eleições ainda no primeiro turno. A direita tenta atacar a candidatura Lula por meio de suas instituições, como o judiciário, ameaçando torná-lo inelegível, e por meio da disseminação da campanha do
plano B, ou seja, um candidato substituto a Lula, mais controlável pelos golpistas, uma forma de fazer tentar com que o povo e aqueles que lutam contra o golpe abandonem essa luta e esqueçam da completa arbitrariedade que foi cometida contra o ex-presidente. A esquerda pequeno-burguesa entrou de cabeça nessa campanha do plano B lançando seus próprios candidatos, quando a política correta era concentrar todas as forças no apoio incondicional a candidatura de Lula. Essa foi a política adotada pelo Partido da Causa Operária, que decidiu em suas conferencias eleitorais pelo país que não irá lançar candidato à presidência esse ano e irá apoiar, incondicionalmente, a candidatura do ex-presidente Lula, pelo fato dela expressar uma oposição ao golpe. Não se trata de estabelecer uma coligação eleitoral com o Partido dos Trabalhadores, o qual aposta na política de colaboração de classes, mas lançar um apoio político em defesa de Lula, de sua candidatura e de sua liberdade. É preciso deixar claro, portanto, que a única forma de garantir que Lula seja candidato, que tenha sua liberdade garantida e seja eleito é por meio da mobilização popular. É necessário ampliar campanha nos comitês de luta contra golpe de todo o país em defesa da liberdade de Lula e convocar amplamente uma gigantesca mobilização no próximo dia 15, exigir o registro da candidatura do ex-presidente.
A
pós a convenção nacional do Partido dos Trabalhadores, realizada no último final de semana, que reiterou o companheiro Lula como candidato oficial do Partido à presidência da República, uma série de matérias tem sido divulgadas na imprensa golpista e mesmo na da esquerda, dando conta que o Partido da Causa Operária faria parte da coligação eleitoral que se conformou em torno do candidato. Essa informação não condiz com a realidade dos fatos. O PCO, a partir de reunião ampliada do seu Comitê Central, ocorrida em maio último, reafirmada pelas suas conferências estaduais e a ser referendada pela sua Conferência Nacional, aprovou por unanimidade o “apoio incondicional à candidatura de Lula”, por entender que o ex-presidente é a expressão fundamental da polarização e radicalização políticas, que toma corpo no meio das amplas massas da população brasileira na luta contra o golpe, não sendo por outro motivo o seu encarceramento há mais de quatro meses na tentativa desesperada dos golpistas em impedir a sua candidatura.
Esse é o significado do apoio incondicional. O PCO está com Lula, com o povo para derrotar o golpe. Incondicional quer dizer que não vamos impor nenhum tipo exigência para apoiar o maior líder popular da história do país em um momento que todas as forças golpistas têm o único objetivo de de alijá-lo do processo justamente para aprofundar o golpe. Incondicional significa, ainda, que nossa defesa de Lula não está condicionada à política ou ao programa da aliança conformada pelo PT, mas que defenderemos Lula independentemente do que venham a defender nas eleições, mas com o nosso programa e com os nossos métodos de luta, que se baseiam, no fundamental, na mobilização das amplas massas em sua luta contra o Estado capitalista. Finalmente, o PCO apoiará o programa do PT em tudo aquilo que tiver convergência com o nosso, como por exemplo na defesa que Lula faz de revogação de todas as medidas dos golpistas, ou ainda em todas as ações do PT que visem mobilizar as massas para defender a luta contra o golpe e a candidatura de Lula.
4| NACIONAL
RETRATO DO BRASIL DO GOLPE
Fila de desempregados juntou 6 mil em São Paulo A
pós o golpe o nível de desemprego e sub-empregos no país vem aumentando a cada mês, trabalhadores. Um mutirão organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), Sindicato dos Comerciários de São Paulo e Sindicato dos Padeiros em parceria com 27 empresas oferece 4 mil vagas em diversas áreas e perfis, de jovem aprendiz ao ensino superior completo. O Brasil tem hoje 13 milhões de desempregados, segundo o IBGE. Mas a quantidade de pessoas na fila do
mutirão, que já está na sua segunda edição, surpreendeu até os organizadores. Apenas na Grande São Paulo há mais de 2 milhões de trabalhadores desempregados, segundo dados oficiais. O desemprego é uma das faces mais cruéis do golpe de Estado que está fazendo retroceder como nunca as condições de vida do povo brasileiro. E que só pode ser derrotado por meio de uma ampla mobilização revolucionária.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
“TUDO CULPA DO LULA”
Defesa de Lula retira pedido do STF para evitar manobra golpista da direita
Ciro, o isolado, não se conforma com fracasso da aliança com “centrão”
A
defesa do ex-presidente Lula decidiu retirar o pedido encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o qual pedia a liberdade do ex-presidente. A estratégia da defesa de Lula consistiu no fato de que o STF poderia, além de negar a liberdade do ex-presidente, julgar também a sua inelegibilidade no processo eleitoral, o que acabaria com qualquer chance legal do ex-presidente concorrer, uma vez que o julgamento seria feito pela instancia máxima da justiça nacional, ou seja o STF. O ministro do Supremo Edson Fachin, já havia afirmado que não iria conceder a liminar pedindo a liberdade de Lula, além de ter citado que o ex-presidente já seria inelegível, isso mesmo antes do julgamento. O caso revela a total arbitrariedade e a verdadeira ditadura que existe no país, onde os tribunais, os quais deveriam agir de acordo com a lei, com a constituição, já determinam de antemão, de
acordo com os interesses dos juízes, quais serão as decisões e a quem elas irão favorecer. No caso de Lula, o recurso da defesa, que deveria beneficiar de alguma forma o réu, o ex-presidente, tornou-se um objeto de ameaça nas mãos dos ministros golpistas do STF, Lula ficaria preso e de brinde já seria julgado inelegível pelo tribunal. A defesa do ex-presidente preferiu manter a discussão do tema no Tribunal Superior Eleitoral, TSE, mesmo que este negue a candidatura, ainda caberia recurso no STF. Para além das disputas institucionais, a única forma de se impor uma derrota aos golpistas, de fato, é por meio da mobilização popular. Nesse sentido, é preciso organizar caravanas de todo país e ocupar Brasília no próximo dia 15 de agosto. Exigir, por meio da força popular, a candidatura do ex-presidente e sua liberdade.
O
presidenciável Ciro Gomes (hoje no PDT) tentou sem sucesso agradar a direita, buscando se credenciar como o candidato preferencial dos golpistas; ao mesmo tempo que buscava (e ainda tenta), também sem muito sucesso, aplicar o estelionato de se apresentar como candidato de esquerda, auxiliado por notórios direitistas como Miriam Leitão e Merval Pereira (da Globo) que o apresentaram como o “melhor candidato da esquerda”. Como todo mau perdedor, ele procurou um culpado por estar sozinho e acusa o Lula de ter armado pra ele, fazendo-se de esquecido de que o ex-presidente é o lider em todas as pesquisas e que agrupa em torno de sua candidatura as principais organizações de luta dos trabalhadores e da juventude, de todo o País. Além de intensificar seus ataques contra os petistas e, particularmente, contra Lula, Ciro aprofundou suas alianças com a direita, anunciando como vice a senadora Kátia Abreu e
alianças com o líder da UDR – organização assassina de sem terras – senador Ronaldo Caiado. O insucesso de Ciro em ludibriar amplas parcelas da esquerda, evidenciam uma evolução política de setores que levaram adiante a denuncia do caráter reacionário e golpista de sua candidatura, o que precisa ser intensificado durante o processo eleitoral em que novas manobras estarão colocadas pela tentativa da burguesia de legitimar o processo fraudulento que estão buscando realizar sem a presença de Lula.
para ser vendido, pois ninguém vai querer, tem que ser destruído. Esses dois golpistas mostram que são inimigos dos mais de cem mil trabalhadores dos Correios, que sem dúvida nenhuma ficarão sem empregos com esses direitistas no cargo de presidente da República do Brasil. É por isso, que os trabalhadores dos Correios precisam se organizar contra
o golpe, pela derrubada dos golpistas e de qualquer manipulação eleitoral que venha ocorrer a fim de dar autoridade para inimigos do povo brasileiro entregar nosso patrimônio ao capital internacional. Pela formação de comitês de luta contra o golpe e pela liberdade de Lula, eleição sem Lula é o aprofundamento do golpe no País.
MOVIMENTO OPERÁRIO
Alckmin e Bolsonaro se declaram inimigos dos trabalhadores dos Correios C
om a corrida à presidência da República nas eleições de 2018, dois candidatos da ala direitista e golpista, Geraldo Alckmin do PSDB (Partido Social Democrático Brasileiro) e Jair Bolsonaro do PSC (Partido Social Cristão) estão dando entrevistas para a imprensa golpista, afirmando suas intenções de vender praticamente o que restou do patrimôniEm entrevista ao golpista jornal da Globo News, Geraldo Alckmin afirmou para os representantes da família Marinho, Miriam Leitão e Merval Pereira, que a ECT (Em-
presa Brasileira de Correios e Telégrafos) será umas das primeiras estatais a serem privatizadas se ele for colocado à frente do governo nacional do Brasil. Já o fascista Jair Bolsonaro, para assustar ainda mais os trabalhadores e a população brasileira, anunciou para um outro programa de entrevista da golpista Rede Globo que ele vai extinguir os Correios. Segundo o golpista fascista, que serve de espantalho para candidatura do golpista Geraldo Alckmin, os Correios no Brasil é tão ruim que não dá nem
INTERNACIONAL| 3
CRISE DO IMPERIALISMO
União Europeia sabota sanções econômicas de Trump contra o Irã C
ada vez mais a crise do imperialismo se aprofunda. Isto é, com o decorrer do tempo, as contradições dentro do próprio imperialismo se acentuam, gerando conflitos dentro dos principais estados que controlam a política mundial. Isso fica explícito com os conflitos gerados à partir da política de Trump
de impor sanções ao Irã, desrespeitando até o próprio acordo feito pelo imperialismo que desfavorece o desenvolvimento do Irã, tamanho o direitismo da política de Trump. Setores do imperialismo europeu estão furando o bloqueio norte-americano e se posicionando contra Trump.
Fica claro que cada vez mais a ala mais fraca do imperialismo, representada por Donald Trump, está entrando em um profundo conflito com o setor dominante, o que está culminando nos duros ataques da imprensa contra o presidente norte-americano, em defesa do impedimento (impeachment) de seu governo.
OFENSIVA GOLPISTA
O imperialismo amplia o cerco contra a Rússia: Geórgia se tornará membro da OTAN O
primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, em entrevista na Rádio, advertiu sobre a entrada da Geórgia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar dos países imperialistas para impor pela força bélica a sua dominação internacional. Segundo ele, este fato poderia levar a um “conflito terrível”. Uma grande percepção dos russos, que perceberam a ofensiva do imperialismo para cercar o país, que hoje representa a maior ameaça a sua hegemonia econômica e política. Este passo é mais uma das preparações golpistas contra o governo de Vladimir Putin, que já está sofrendo sanções econômicas. Ele ocorre em um momento em que a campanha esquizofrênica da principal ala do imperia-
lismo norte-americano se intensifica para atacar o governo Trump, ameaçado de impeachment, e legitimar uma guerra militar contra a Rússia. A campanha de que o governo Russo teria interferido nas eleições norte-americano para eleger Donald Trump. O imperialismo há alguns anos entrou numa ofensiva abertamente golpista, estimulando golpes na América Latina, em países africanos, asiáticos, além de países europeus, como a Ucrânia, derrubando os países que não estão de acordo com a ditadura internacional dos monopólios capitalistas que controlam estes estados. Agora, a ofensiva é contra um dos principais países que se opõe a este domínio, e por isso, estão procurando cercá-lo antes de invadi-lo e atacá-lo.
Sábado musical
Couvert: R$ 10,00
Programação do mês, sempre às 19h 1º sábado: Aninha Batucada e Renato Dias, samba paulista da velha guarda e da nova geração 1º sábado: Renato Dias, samba paulista autoral e da velha guarda 2º sábado: Samba de Canto a Canto, projeto formado por integrantes da velha guarda e da ala musical da Vai Vai
3º sábado: Aninha Batucada, samba autoral e de compositores da nova geração paulista
4º sábado: grupo Sendero, música latino-americana Local: Rua Serranos, 90 - Saúde (próximo ao metrô)