Edição Diário Causa Operária 5364

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QUINTA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5364

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

PCO LANÇA CANDIDATOS EM QUASE TODO O PAÍS PARA LUTAR CONTRA O GOLPE E DEFENDER UM GOVERNO DOS TRABALHADORES

WWW.PCO.ORG.BR

Causa Operária Ediçao 1016

Em dois terços dos Estados brasileiros, o Partido da Causa Operária (PCO), realizou reuniões e Conferências partidárias na última semana reunindo militantes, filiados e simpatizantes e expressando um significativo crescimento partidário e a evolução política do Partido

Na edição de hoje do DCO, conheça todos os candidatos lançados pelo PCO nas eleições deste ano, que irão para a rua defender a candidatura de Lula presidente, a liberdade do ex-presidente e a luta contra o golpe. Veja ainda a mobilização em torno do ato do dia 15 em Brasília pelo registro da candidatura de Lula

Conselho Editorial

EDITORIAL

COLUNA

Para garantir a liberdade de Lula e sua candidatura. Todos a Brasília dia 15! Por João Silva Depois de anunciada a indicação de Lula como o candidato a presidente pelo PT no último sábado e na segunda-feira os dois nomes para vice. Em primeiro lugar Fernando Haddad e também o nome de Manuela D’Ávila do PCdoB.

Apoiadores do plano B queimaram a largada, Lula ainda é o candidato e é preciso defendê-lo

Judiciário golpista agradece: PSOL quer usar a “lei Lula” para barrar Beto Richa nas eleições O PSOL declarou que irá entrar como uma ação na Justiça pedindo a inelegibilidade do governador tucano do Paraná, Beto Richa.

PSTU considera atentado imperialista contra Maduro “insuficiente” O fracasso da campanha de boicote às eleições presidenciais na Venezuela e a consequente vitória estrondosa de Nicolás Maduro le-

varam o imperialismo a tomar medidas cada vez mais abertamente antidemocráticas para tentar derrubar o regime chavista.

NESTA SEXTA, OCUPAR AS RUAS CONTRA O GOLPE E PELA LIBERDADE DE LULA Nesta sexta-feira, dia 10, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), junto com milhares de sindicatos, a Frente Brasil Popular e outras entidades de luta dos explorados de todo o País, estão convocando o denominado “Dia do Basta”, um dia nacional de lutas com mobilizações e paralisações contra o governo golpista de Temer e as suas “reformas”, que atacam duramente as condições de vida dos trabalhadores e estão levando o País ao maior retrocesso de todos os tempos.


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CHARGE

Nesta sexta, ocupar as ruas contra o golpe e pela liberdade de Lula

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esta sexta-feira, dia 10, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), junto com milhares de sindicatos, a Frente Brasil Popular e outras entidades de luta dos explorados de todo o País, estão convocando o denominado “Dia do Basta”, um dia nacional de lutas com mobilizações e paralisações contra o governo golpista de Temer e as suas “reformas”, que atacam duramente as condições de vida dos trabalhadores e estão levando o País ao maior retrocesso de todos os tempos. Em São Paulo, está prevista uma grande manifestação na Avenida Paulista, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a partir das 10h. De acordo com a CUT, há mobilizações confirmadas também em outros estados, como Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na recente Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe, que reuniu militantes de centenas de Comitês de todas as regiões do País, impulsionada pelo PCO e apoiada pelo PT, decidiu-se pela participação no “dia do basta”, para impulsionar uma grande mobilização nacional em torno de questões centrais da luta contra o golpe: a luta pela liberdade de Lula e a defesa de sua candidatura presidencial contra os golpistas. Para o ativismo que se opõe às eleições fraudulentas que a direita busca realizar, sem a participação de Lula, como também à política de colaboração e entendimento com os golpistas representada pelo “plano B”, de aceitar as decisões do judiciário golpista, desistir da candidatura de Lula e apoiar outras candidaturas, esse dia 10 deve ser também o “esquenta” para a grande mobilização nacional que precisa ser feita no próximo dia 15, em Brasília, na oportunidade da entrega do pedido de registro, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República aprovada na Convenção Nacional do PT, no último fim de semana, com o apoio incondicional do PCO e a a coligação com PCdoB e PROS. O dia 10 deve ser, portanto, um dia de intensa agitação e propaganda em torno da marcha para ocupar Brasilia no dia 15, data em que dezenas de milhares de trabalhadores de Norte ao Sul do país, irão em caravanas para a Capital Federal, exigir o registro da candidatura de Lula, a única que expressa os interesses da esmagadora maioria da população brasileira contra os golpistas. Esta perspectiva de luta parte, principalmente, da compreensão resultante da experiência política recente que evidenciou que no atual regime golpista, resultado do golpe de estado que derrubou a presidente Dilma Rousseff, por meio de um impeachment fraudulento, nenhuma reivindicação relevante para os trabalhadores pode ser conquistada, sem uma mobilização de con-

junto que enfrente e derrote as instituições golpistas. Isso ficou comprovado nas lutas contra o impeachment e na sequência nos enfrentamento com o governo golpista diante do congelamento dos gastos públicos, da “reforma” do ensino médio, da famigerada reforma trabalhista (que destruiu a CLT) e – ainda mais – na mobilização contra a prisão de Lula, que terminou com sua entrega para a Polícia Federal, contra a vontade de milhares de militantes. Em todos esses, e muitos outros, episódios ficou claro que o golpe e suas medidas não pode ser derrotado por meio de ações isoladas, medidas judiciais, mobilizações burocráticas, de aparência, conduzidas pelas direções burocráticas de organizações que não se opõe ao golpe de estado. As consequências cada vez mais desastrosas do golpe também evidencia que sem derrotar o golpe de estado, é impossível deter a ofensiva contra a economia nacional e o povo brasileiro. Trata-se portanto de adotar uma perspectiva de luta e de superar a política de realizar apenas um dia de protesto de sindicalistas, de caráter demonstrativo. Nesse sentido, o dia 10 de agosto deve servir também para dar um impulso para a construção da greve geral, uma arma necessária para derrotar o golpe e todos os planos macabros dos golpistas, que estão colocando no desemprego, abaixo da linha de pobreza, na fome e na miséria dezenas de milhões de brasileiros e liquidando com nossa economia para satisfazer os interesses do imperialismo, principalmente norte-americano. Nessa mobilização é preciso também denunciar o caráter reacionário que cumprem determinados setores que “participam’ desse movimento (na aparência, pois não mobilizam ninguém) para tentar contê-lo. São organizações que apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma e apoiam a prisão de Lula, como a Força Sindical e a Conlutas. A Força, chefiada pelo deputado golpista, “Paulinho da Força”, também presidente do Solidariedade, partido que apoia a candidatura de Geraldo Alckmin à presidência, depois de ter atuado em favor do golpe, aliada a Eduardo Cunha, Aécio Neves, Michel Temer. Já a Conlutas, minúscula “central” do PSTU, depois de se juntar à direita com seu “fora todos”, apoia a criminosa operação lava jato e quer que Lula mofe na cadeia. A busca da unidade na luta dos trabalhadores não pode impedir a denúncia desses verdadeiros “cavalos-de-Tróia” no interior do movimento de luta dos trabalhadores. Nesta sexta, vamos às ruas pela superação da política dos golpistas e divisionistas de fora e dentro do movimento operário e de “arregaçar as mangas”. Se juntar à CUT, a principal organização de luta dos trabalhadores do Brasil, a única em condições de convocar a greve geral e se lançar a por realizar uma grande mobilização no dia 10 de agosto pela liberdade de Lula, por Lula presidente!

TSE, POR RICARDO BAGGE

COLUNA

Para garantir a liberdade de Lula e sua candidatura. Todos a Brasília dia 15! Por João Silva

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epois de anunciada a indicação de Lula como o candidato a presidente pelo PT no último sábado e na segunda-feira os dois nomes para vice. Em primeiro lugar Fernando Haddad e também o nome de Manuela D’Ávila do PCdoB. Bastou este aceno da direção do PT para um possível plano B para que uma parte da esquerda pequeno burguesa dentro e fora do PT já assimilasse como “resolvida” o impasse eleitoral para o Partido dos Trabalhadores. Primeiramente Lula se inscreve e caso não seja ratificado pelos TSE, ou melhor dizendo, um dos donos do golpe, o PT segue na campanha com Haddad e Manuela. Esta suposta solução, apresentada pela direção do PT, na última hora antes do final do prazo de inscrição dos candidatos, no último domingo, dia 5, não resolve a questão do golpe. O golpe de estado está em curso no país há mais de dois anos e desde a queda da presidenta Dilma Rousseff os golpistas vem aplicando um programa de pilhagem da riqueza nacional e dos direitos democráticos e econômicos dos trabalhadores brasileiros. A eleição é mais um terreno pelo qual os golpistas vão agir para dar continuidade e aprovar a política imperialista contra o Brasil. O impasse das eleições é sem sombra de dúvidas o Lula, pois é o elemento que pode impedir a concretização do Golpe. Lula representa a maioria da população pobre e explorada do país. É o elemento na situação política que desestabiliza todo o golpe, pois está amparado no anseio popular de garantir e ampliar os direitos da população pobre e dos trabalhadores. Independentemente da vontade do

próprio Lula ou do PT, sua candidatura é um enfrentamento direto aos golpistas. Prova disso é todo o processo de perseguição política que o ex-presidente está sofrendo que resultou na sua condenação sem provas e o seu encarceramento há mais de 120 dias. O judiciário já demonstrou que desrespeita as leis e a Constituição Federal e que mesmo as medidas legais cabíveis não serão cumpridas. Basta ver o que ocorreu com a liminar de soltura do ex-presidente concedida, mas não cumprida pelo TRF-4. Para os golpistas Lula não pode estar nas eleições e para isso vai utilizar de todos os meios necessários. Diante deste quadro em que a justiça atua sistematicamente em favor do golpe somente o povo na rua pode responder à altura a esta perseguição. No próximo dia 15 de agosto está marcado o ato em Brasília, em frente ao TSE, para garantir que o registro da candidatura de Lula seja aceito. Neste ato também será exigida a sua liberdade. Não é possível acreditar nas eleições em situação de “normalidade” e muito menos em meio a um golpe de Estado. A eleição é uma forma em que a burguesia organiza a sua dominação. E para que a sua dominação perpetue é necessário que Lula não participe. O momento é de concentração e reunião de esforços de todos os setores populares e organizados, sindicatos, associações, partidos de esquerda e organizações democráticas para ocupar Brasília no próximo dia 15 e exigir dos a liberdade imediata de Lula e garantir a sua candidatura. Eleição sem Lula é fraude. Todos a Brasilia no dia 15 de agosto.


NACIONAL| 3

ELEIÇÕES 2018

PCO lança candidatos em quase todo o País para lutar contra o golpe e defender um governo dos trabalhadores E

m dois terços dos Estados brasileiros, o Partido da Causa Operária (PCO), realizou reuniões e Conferências partidárias na última semana reunindo militantes, filiados e simpatizantes e expressando um significativo crescimento partidário e a evolução política do Partido, como resultado de sua luta política, destacadamente, contra o golpe de estado, decidiu pelo lançamento de candidatos próprios do Partido, de deputados a governadores, ao mesmo tempo que referendou o apoio incondicional à candidatura presidencial da maior liderança popular do País, Luiz Inácio Lula da Silva. Eleições ou fraude? O Partido tem clareza que estamos diante de um processo eleitoral dominado pelo regime golpista que pretende fazer das eleições uma fraude total, sem a participação de Lula, que sirva apenas para referendar a “escolha” feita pelo imperialismo – com apoio dos seus servos da direita brasileira – de um novo carrasco do povo brasileiro, que aprofunde a política golpista de ataque ao povo brasileiro e de destruição da economia nacional em favor dos monopólios norte-americanos e consorciados. O PCO decidiu apoiar Lula, por ser ele o ponto de aglutinação dos que lutam contra o golpe. Em torno da luta pela sua liberdade e na defesa de sua candidatura está estabelecida, de fato, uma verdadeira frente única de luta contra o golpe, uma vez que ele é o único com autoridade para unir esse movimento de luta contra os golpistas e de derrotá-los. O PCO não participa da coligação em torno do candidato do PT, não apoio em função de acordos ou compromissos bilaterais. Trata-se de um apoio incondicional, ou seja, que o Partido não colocou qualquer condição para apoiar Lula, não esperando e nem pedindo nada em troca; sem ganhar nada, tendo como único objetivo fazer avançar a luta contra o golpe; essencial para defender quaisquer reivindicação fundamental para os trabalhadores. Defendendo a liberdade de Lula e defendendo que é Lula ou nada! o PCO vai participar os processo eleitoral tendo como base seu próprio programa, um programa de independência de classe que tem como eixo central a luta por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem partidos burgueses, sem patrões e sem golpistas. O PCO cresce na luta contra o golpe Em todos os Estados onde está organizado, o Partido vai usar as eleições para dizer a verdade: que estamos diante de uma grave crise, que não poderá ser enfrentada e resolvida – do ponto de vista dos explorados – por meio das eleições fraudulentas que estão sendo organizadas; que o centro da crise é o golpe que precisa ser derrotado para defender os interesses da imensa maioria do povo brasileiro. Assim o PCO não participa do processo eleitoral para apresentar projetos mirabolantes prometendo resolver esse ou aquele problema da população pobre, quando nada, absolutamente nada de importante será resolvido sem que se ponha abaixo o regime

golpista dominado por entreguistas, capachos do imperialismo que estão entregando toda a riqueza nacional (do petróleo à água) e fazendo retroceder como nunca as condições de vida do povo brasileiro, para satisfazer os apetites dos tubarões imperialistas diante da crise mundial do capitalismo. E o Partido vai dizer claramente que isso só será possível por meio de uma mobilização revolucionária. Nas eleições e fora delas, o PCO que se destacou como representante de uma vanguarda política da luta contra o golpe, que continuar impulsionando a unidade dos setores que lutam contra o golpe, e o avanço da sua organização independente da burguesia e dos seus partidos. Vai defender um programa de luta apoiado por uma parcela cada vez mais ampla de ativistas que vêm realizando uma importante experiência política e esgotando ilusões no regime atual e na política de colaboração de classes levada adiante pela maioria da esquerda. Com esta política os candidatos do PCO chamaram a juventude, os trabalhadores e demais explorados a se agruparem no Partido, nos Comitês de Luta e demais organizações de luta contra o golpe para impulsionar a necessária mobilização revolucionária, para libertar Lula, a marchar com Lula até o fim, proclamando em alto e bom som: é Lula ou nada! e para defender um governo dos trabalhadores da cidade e do campo. Nossos candidatos As Conferências do PCO deliberam pelo lançamento de mais de 150 candidatos, em 18 Estados. Os candidatos do PCO são trabalhadores e jovens estudantes que participam ativamente da luta contra o golpe de estado, construindo comitês, organizando atos, colagens, panfletagens. Ao lado de um punhado de experientes militantes construtores do Partido, há muitos novos militantes que vão participar das eleições pela primeira vez como candidatos. São candidaturas operárias e socialistas em defesa de um governo operário e camponês e das reivindicações essenciais de todos os setores dos explorados. São ativistas das lutas das mulheres, dos negros, da juventude, dos sem terras, de diversas categorias operárias como metalúrgicos e trabalhadores dos correios, e classe trabalhadora em geral, como professores, servidores públicos, bancários etc. Destacamos abaixo alguns dos candidatos do Partido em todo o País. Região Sul No Sul do País, o PCO lanço candidatos para todos os cargos em disputa em todo os Estados. No Rio Grande do Sul, o PCO terá como candidatos a governador e vice, os companheiros Paulo Medeiros, trabalhador aposentado, e Tiago Orengo, servidor público. Para o senado, o candidato é o companheiro Luiz Delvair, trabalhador anistiado dos Correios. Em Santa Catarina, o candidato do PCO ao governo é formada pelos companheiros Angelo Castro, funcionário público, e Flávio Amaral, economista. A candidata ao senado será a compa-

nheira Andrea Carvalho (foto à direita) Na “República do Paraná“, onde o juiz fascista e a direita levaram e levam adiante uma perseguição implacável ao ex-presidente Lula e aos direitos democráticos de todo o povo brasileiro, a chapa majoritária do Partido da Causa Operária tem como candidato ao governo a companheira Priscila Cristina Ebara, professora e jovem liderança local das mobilizações contra o golpe e em defesa da liberdade de Lula. Seu vice, o companheiro Hallyson Coutinho. Para o Senado, o PCO terá como candidato o professor Gilson Mezaroba, da rede estadual, da corrente Educadores em Luta. Região Sudeste Como candidato ao governo de São Paulo, a maior concentração operária do País, o PCO lançou o companheiro Edson Dorta, carteiro, integrante da direção nacional do PCO, ex-secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). Sua vice, será a companheira Lilian Miranda, professora da rede estadual, integrante da coordenação da corrente Educadores em Luta. O candidato ao Senado em SP será o companheiro Nivaldo Orlandi, servidor aposentado, coordenador do Comitê de Luta Contra o golpe de Embu e região. Encabeçando a chapa de candidatos a deputado federal do PCO no Estado está o companheiro Antonio Carlos Silva, professor da rede estadual, membro da direção nacional do PCO e da coordenação de Educadores em Luta, uma das principais lideranças na luta contra o golpe de estado em todo o País. O Partido lanço candidatos de diversas regiões do Estado, impulsionadores dos comitês de luta contra o golpe e organizadores da mobilização pela liberdade de Lula. No Rio de Janeiro, o PCO terá como candidato a governador o operário metalúrgico Luiz Eugenio Honorato, anistiado da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda, que participou das gloriosas lutas da categoria na décadas de 80 e 90. Seu vice será Joaquim Augusto nogueira neto. Para o senado o Partido lançou o professor universitário, Fernando Fagundes, da UFF, campus Niterói, integrante da direção nacional do PCO. Em Minas Gerais, o candidato ao governo do PCO será Alexandre Domingues, advogado trabalhista, coordenador do Comitê de Luta contra o golpe de Belo Horizonte e zebro da direção nacional do PCO. A chapa mineira está formada também pelos companheiros Sebastião de Oliveira Pessoa, como vice, e Ana Paula Saliba, como candidata ao Senado. Região Centro-Oesete No Distrito Federal, o PCO também lançou chapa própria com destacados ativistas da Luta Contra o Golpe, que judiaram a fundar uma dos primeiros Comitês de Luta Contra o Golpe e contra a prisão de Lula do País (há quase dois anos). Encabeçando a chapa está o companheiro Renan Arruda, no centro da foto, ao lado do vice, Gilson Dobbin. Renan é bancário do Banco do Brasil e diretor

do Sindicato dos Bancários de Brasília e Gilson é servidor do legislativo federal. O candidato ao Senado será o companheiro Danilo Macedo, arquiteto, servidor público e coordenador-geral licenciado do Sindicato dos Arquitetos do DF. A chapa de deputados federais e distritais está formadas por dezenas de ativistas das lutas dos sem terras, dos professores, dos servidores públicos etc. À frente da chapa estão os companheiros Ricardo Machado, diretor da CUT-DF e membro da direção nacional do PCO (como deputado federal) e Expedito Mendonça, servidor federal da saúde, diretor do Sindsep-DF (como deputado distrital). O PCO também terá candidatos majoritários em Goiás. Para o governo a candidata será a professora Alda Lucia Monteiro, tendo como vice o companheiro José Geraldo da Silva. Para o Senado, o candidato será Alessandro Aquino Cirqueira. O Partido lançará candidatos a deputados federais e estaduais em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Região Nordeste Na Bahia, o PCO lança como candidato ao governo, o companheiro Orlando de Jesus, carteiro, negro, da corrente Ecetistas em Luta, ca cidade de Feira de Santana. Seu vice será o companheiro Silvano Alves de Souza, taxista, da capital baiana. Para o senado o candidato será o professor Aldroaldo Oliveira, da Universidade Estadual da Bahia. Todos eles militantes dos comitês de luta contra o golpe de suas cidades. O professor Melquezedeque Farias, é o candidato a governador de Alagoas, tendo como vice o companheiro Élcio Lins. Para o senado o Partido terá como candidata a companheira Flavia Pires de Melo e uma chapa de candidatos a deputados integradas por jovens militantes organizadores da luta contra o golpe naquele Estado. Em Pernambuco a chapa do PCO também terá ã frente uma mulher, a agente de saúde, Ana Patricia Alves, tendo como vice Gilson Lopes de Oliveira. O candidato ao senado será o companheiro Alex Lima Rola. O Estado conta com um crescente numero de comitês de luta contra o golpe e o jovem Victor Assis da Silva (na foto ao lado de Ana Patricia) liderança dessa mobilização na região encabeça a lista de candidatos a deputado, como deputado federal. O professor da rede pública, Mikaelton Carantino, diretor do APEOEC, é o candidato do Partido ao governo do Ceará. O vice será o bancário aposentado Lino Alves de Almeida. O candidato ao senado será o companheiro Alexandre Barroso da Silveira. No Piauí, a companheira Lourdes Melo é a candidata do PCO ao governo. Destacada liderança da luta contra o golpe no Estado, Lourdes é professora pública e tem como vice o companheiro Cloves dos Santos. A chapa também conta com outra professora estadual, a companheira Albetiza Moreira, candidata ao Senado Federal. O Partido da Causa Operária terá candidatos a deputados também nos Estados do Rio Grande do Norte e Maranhão.


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PLANO B

Apoiadores do plano B queimaram a largada, Lula ainda é o candidato e é preciso defendê-lo H

á algum tempo foi relatado em um artigo escrito para este diário, que a eleição ideal para o Brasil, expressa por um dos porta-vozes do golpe, Merval Pereira, seria a que fosse “polarizada” entre dois candidatos do campo golpista. De um lado um candidato da “centro-direita”, leia-se o candidato preferencial dos “donos do golpe, Geraldo Alckmin” e um da “centro-esquerda”, representado pelo abutre Ciro Gomes. Uma candidatura que cumpriria o papel de legitimar o golpe. A campanha da Globo rapidamente encontrou eco entre setores da esquerda, alguns, aliás, já vinham se manifestando nesse sentido, com o chamado a “virar a página do golpe”, como defendeu o senador de Pernambuco e ex-governador daquele Estado, Humberto Costa, nas páginas amarelas da Veja, uma das revistas mais asquerosas do país, que vomita diuturnamente calúnias contra PT, Lula e a esquerda.

Com o chamado da Globo pelo Plano B, o assanhamento eleitoral se generalizou. O primeiro a se travestir em cabo eleitoral do monopólio dos Marinho, foi o PCdoB. De mala e cuia o Partido abraçou o “novo esquerdista” Ciro Gomes, inclusive deixando evidente que a candidatura de Manoela D’Avila não passava de uma barganha política no jogo eleitoral. Mas no meio do caminho do mundo ideal eleitoral da frente esquerdo-golpista tinha uma pedra chamada Lula, que, junto com a maioria do seu partido não arredou pé do Lula candidato, pois eleição sem Lula é uma fraude. Com a firme decisão de Lula e da direção do PT, tudo voltou à estaca zero. Melhor, começou a expressar todo o seu conteúdo a palavra de ordem “Eleição sem Lula é fraude”, para desespero dos golpistas e da sua venal imprensa, pois, afinal, o que será do presidente eleito caso o PT não participe das eleições e a denuncie como fraudulentas?

JUDICIÁRIO GOLPISTA AGRADECE

Finalmente, às vésperas do dia 15 de agosto, na hora do “vamos ver”, quando existe a espectativa real de deslocamento de dezenas de milhares de apoiadores de Lula para a capital com o intuito de garantir a inscrição de sua candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral, aquela mesma Rede Globo através dos defensores do “Plano B”, do “virar a página do golpe”, agora todos travestidos de lulistas pressionam a direção do PT justamente a adotar uma fórmula que traz para o centro do debate político a substituição da candidatura Lula por um “Plano B”, com o lançamento de dois candidatos a vice-presidência.. O primeiro “Plano B” com Ciro Gomes fracassou. O abutre Ciro está mais para um cachorrinho que caiu de um caminhão de mudanças. E a versão requentada, agora com Haddad e Manoela? Uma coisa deve ser dita, assim como na sua primeira versão, novamente queimaram a

largada. Dar a candidatura de Lula como “favas contadas” é um prato cheio para os golpistas e a sua imprensa, mas trás um sério problema para os setores mais conscientes do PT e da própria esquerda e mesmo na população que enxerga o golpe de um ponto de vista das suas consequências práticas e vê em Lula a derrota de tudo de ruim que está acontecendo. A candidatura Lula não é um mero problema eleitoral. Lula sintetiza a Luta contra o golpe de um ponto de vista da luta de classes. É por isso que sua candidatura é real. O “Plano B” é arremedo. É levar a luta contra o golpe para o campo do adversário. Por isso é preciso defender incondicionalmente a candidatura de Lula. Todos os setores conscientes da luta contra o golpe têm de cerrar fileiras por um ato com dezenas de milhares de pessoas em Brasilia no próximo dia 15. Eleição sem Lula é fraude! É Lula ou nada!

POLÊMICA

PSOL quer usar a “lei Lula” para PSTU considera atentado barrar Beto Richa nas eleições imperialista contra Maduro “insuficiente” O O PSOL declarou que irá entrar como uma ação na Justiça pedindo a inelegibilidade do governador tucano do Paraná, Beto Richa. Richa foi condenado em segunda instância esta semana pela Justiça do Paraná em uma acusação de ter utilizado dinheiro público para cobrir as despesas do governador e de sua esposa durante uma estadia em Paris, em 2015. Para embasar o pedido de inelegibilidade, o PSOL utiliza-se da lei da ficha limpa, a mesma que esta sendo utilizada contra o ex-presidente Lula. É preciso deixar claro, primeiramente, que a lei da ficha limpa, aprovada durante o governo do PT, foi consequência da pressão da direita sobre o partido, que na época estava no governo. Ao contrario do que prega, a lei não visa combater a corrupção e sim ser um instrumento de perseguição contra a esquerda, como está ocorrendo com Lula. Em segundo lugar, o pedido do PSOL de pedir a inelegibilidade de Beto Richa, apenas reforça o controle da direita, do judiciário golpista sobre as eleições. Em uma situação política de golpe de Estado, onde se instaura um verdadeiro estado de exceção no País, no qual a justiça passa por cima da Constituição, condena sem provas, diz quem pode e quem não pode participar da política, qualquer iniciativa que reforce essa política, ainda mais vindo de um partido de esquerda, apenas contribui para que a direita

tenha mais forca para aplicar a sua política golpista. Vale ressaltar ainda que leis, como a da ficha limpa, não foram feitas para punir a direita, como acredita o PSOL, quando isso raramente ocorre e porque expressa um conflito entre os próprios setores golpistas da direita. Leis como essa são feitas para perseguir a esquerda, suas lideranças, partidos, candidatos e organizações. Nesse sentido, utilizar-se desse expediente apenas fortalece a política golpista. No entanto, devido ao seu caráter de classe, partidos como o PSOL, com base na classe media, servem muito bem aos interesses da direita e acabam dando voz a suas campanhas direitistas, haja vista o apoio desse partido a Lava Jato e ao próprio golpe de estado, como fizeram setores do PSOL.

fracasso da campanha de boicote às eleições presidenciais na Venezuela e a consequente vitória estrondosa de Nicolás Maduro levaram o imperialismo a tomar medidas cada vez mais abertamente antidemocráticas para tentar derrubar o regime chavista. No último sábado, um atentado organizado pelo governo colombiano e pelos Estados Unidos colocou a vida de Maduro em risco. O acontecimento provocou reações em todo o mundo – organizações de esquerda, como o PCO e o PT, condenaram veementemente o ocorrido. Esse, no entanto, não foi o caso do PSTU e de sua organização “internacional”. A agremiação morenista que responde pelo nome de PSTU no Brasil e por LIT (Liga Internacionalista dos Trabalhadores) é aliado do imperialismo norte-americano em todas as ocasiões em que precisa se colocar claramente contra a política imperialista. O PSTU sempre fez coro com as campanhas da imprensa burguesa – como no caso da “prisão para os corruptos”, “viva a Lava Jato” etc. Quando a direita iniciou, em 2014, sua campanha para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, o PSTU se antecipou e pediu desde então o “fora todos” – isto é, a expulsão do regime político de todas as pedras no sapato do imperialismo. De fato, para o PS-

TU, o imperialismo estaria sendo muito modesto em suas reivindicações – seria necessário imediatamente acabar com o PT, o PMDB, o PCdoB, o PP e o PR para que o terreno ficasse livre para o PSDB e o DEM fazerem a festa. Dessa vez, quando a direita tentou assassinar a maior autoridade da Venezuela, o PSTU veio novamente a público para dar uma aula de “imperialismo” ao próprio imperialismo. De acordo com os sábios morenistas, matar Nicolás Maduro seria uma medida muito branda para satisfazer as necessidades do imperialismo. Seria necessário, portanto, jogar na vala todas as pessoas que têm algum papel importante na sustentação do regime chavista. Isso fica claro no seguinte trecho: “Mesmo que o suposto atentado tivesse sido bem sucedido, não teria acabado com o governo, que teria cerrado fileiras com Delcy Rodríguez (vice-presidente) e Diosdado Cabello (presidente da Assembleia Constituinte)”. O que seria “suficiente” para acabar com o regime chavista é uma incógnita que o PSTU deixa em aberto. Diante da completa desorientação em que se encontram as organizações morenistas, não seria surpreendente ver o PSTU daqui a alguns dias clamando para que o imperialismo norte-americano jogue uma bomba atômica na Venezuela.


INTERNACIONAL| 3

DIA 15 DE AGOSTO EM BRASÍLIA

Ocupar Brasília e exigir o registro da candidatura de Lula O

movimento de massas no País está se preparando para o evento mais importante e decisivo dos últimos anos. O dia 15 de agosto deverá ficar registrado na história do Brasil como o dia em que os trabalhadores e o conjunto dos explorados ocuparam a capital federal para realizar o maior ato em defesa dos seus direitos e conquistas, Centenas de milhares de ativistas e populares vindo de todos os mais distantes pontos do país deverão ocupar Brasília para exigir não só a liberdade do companheiro Lula, como ainda pressionar e também exigir do Tribunal Superior Eleitoral o registro da candidatura e o reconhecimento do direito do ex-presidente em concorrer ao cargo político máximo do país. Neste momento, Lula está com seus direitos democráticos cassados, impedido de exercer a plena cidadania em função de uma condenação totalmente fraudulenta, arbitrária e inconstitucional. O processo que condenou o ex-presidente é uma peça acusatória rigorosamente sem nenhum fundamento jurídico legal, forjado no submundo da famigerada operação Lava Jato, instrumento de perseguição política conduzida pelo juiz fascista Sérgio Moro, que juntamente com um núcleo de Procuradores igualmente fascistas, atuam partidariamente a favor dos golpistas, perseguindo, atacando e condenando os representantes da esquerda nacional. Lula é preso político do imperialismo e do regime golpista, que se valem da imprensa golpista para levar adiante uma hedionda campanha de calúnias e ataques ao ex-presidente, buscando desmoralizá-lo e deixá-lo de fora das eleições. Apesar desta virulenta e criminosa campanha, Lula vem liderando há vários meses todas as pesquisas de intenções de voto realizados pelos mais diversos institutos, inclusive aqueles diretamente controlados pela bur-

guesia e suas agências. O ex-presidente ostenta índices superiores a 40%, malgrado a tentativa de manipulação das pesquisas em apresentar o ex-presidente com percentuais na casa dos 30% a 32% das intenções de voto. Trata-se, evidentemente, não só de uma manobra, mas de uma política deliberada dos golpistas, da burguesia e dos inimigos do povo em não reconhecer que a maior liderança operária e popular do país é o franco favorito a conquistar, pela terceira vez, através do voto popular, o posto de presidente da república. Neste sentido, assume um caráter estratégico de grande e fundamental importância jogar todo o peso das estruturas de que dispõem o movimento de massas no país para fazer do 15 de agosto o dia em que a burguesia e os golpistas sentirão todo o peso, a luta, a energia e a mobilização dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros, do movimento sindical, operário e popular. Não há qualquer alternativa que possa substituir a mobilização e a determinação conjunta dos explorados na luta contra os golpistas usurpadores. Somente uma ampla e gigantesca mobilização e massas será capaz e impor uma derrota os intentos golpistas do judiciário. Acreditar em qualquer outra possibilidade que não seja a poderosa força social organizada do povo, é condenar a luta das massas à prostração, ao fracasso e à derrota. As eleições engendradas pela burguesia, seus partidos e suas instituições já são, de antemão, uma enorme fraude contra a vontade popular. Em geral, todos os pleitos realizados de 1989 até hoje foram controlados e manipulados diretamente pela burguesia e seus representantes, que buscaram de todas as formas e através de um conjunto de manobras e artimanhas, fraudar a vontade popular. Particularmente neste momento, em que os representantes do grande

capital, do imperialismo e a burguesia em seu conjunto encontram-se profundamente desmoralizados perante as massas, torna-se inevitável o aprofundamento dos mecanismos de controle das eleições e, por consequência, da vontade popular. É preciso ficar absolutamente claro que somente através de uma ampla mobilização social do conjunto dos trabalhadores e das demais camadas exploradas da sociedade será possível impedir a burguesia de manobrar mais uma vez e subverter a vontade soberana do povo. Neste quadro, eleições limpas e democráticas somente poderão ser conquistadas se forem o resultado de lutas vitoriosas das massas, da derrota da burguesia,

dos partidos golpistas, do judiciário, da criminosa operação Lava Jato e de todas as forças reacionárias e direitistas do país. Portanto, é dever de todos aqueles que desejam ver os golpistas derrotados envidar todos os esforços para fazer do 15 de agosto o dia da grande virada a favor dos trabalhadores, realizando em Brasília o maior ato em defesa da candidatura do ex-presidente Lula e do seu direito de concorrer livremente ao pleito presidencial. Nesta perspectiva, O PCO dirige um chamado a todas as forças democráticas e progressistas do país, ao ativismo do PT, da CUT dos demais partidos de esquerda a somarem forças e se engajarem efetivamente nesta luta.

CONTRA O GOLPE

Sem Lula, as eleições são uma fraude: não participar da fraude! A

pesar de Lula ter direito de se candidatar a qualquer cargo nessas eleições, a direita golpista não está disposta a assistir ao maior líder popular do país participar ativamente de qualquer episódio relevante na situação política. Há mais de cem dias, o ex-presidente Lula foi preso, mas, mesmo assim, é o único candidato real das eleições – o único que expressa toda a revolta da população contra o golpe de Estado. Após a prisão de Lula, a burguesia pressionou diariamente a esquerda

para que o PT desistisse da candidatura de Lula. No entanto, o PT não abriu mão de lançar a sua maior liderança e aprovou, em sua convenção partidária, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, a presidenta do PT, Gleisi Hoffman, e outros setores engajados na luta contra o golpe, como o PCO, estão convocando um grande ato para o próximo dia 15, em Brasília, quando a candidatura de Lula deverá ser registrada. Como a direita não conseguiu con-

vencer ninguém de que Lula não deveria ser candidato, sua única alternativa tem sido o Judiciário. O mesmo Judiciário que foi conivente com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e que condenou o ex-presidente Lula se encontra agora empenhado em proibir, de todas as maneiras, que Lula participe das eleições. A única forma possível de reagir às arbitrariedade é através da mobilização dos trabalhadores contra o golpe. É preciso sair às ruas, formar comitês

de luta, construir a greve geral contra o golpe – essas são nossas ferramentas para exigir a liberdade de Lula, anular as medidas do governo golpista e pôr abaixo o regime político apodrecido. Votar em outro candidato ou apontá-lo como o substituto de Lula seria nada mais que legitimar o golpe – seria aceitar que Lula seja impedido de se candidatar pela direita golpista. Os trabalhadores e setores que lutam contra o golpe não podem participar de nenhuma fraude. Lula ou nada!



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