SEGUNDA-FEIRA, 27 DE AGOSTO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5382
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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Candidatos ao Senado e ao Governo de Pernambuco participam de exibição pública da Análise Política da Semana
Análise Política da Semana reúne militância em almoço em Brasília
GOLPISTAS PRORROGAM LAVA JATO POR PELO MENOS UM ANO: GOLPE AINDA TEM MUITO O QUE REPRIMIR
Causa Operária Ediçao 1019
ADQUIRA JÁ SUA EDIÇÃO EDITORIAL
INTERVENÇÃO NO RIO EVIDENCIA PORQUE É PRECISO LUTAR CONTRA O GOLPE MILITAR
COLUNA
Boulos, o candidato chave de cadeia
Eleição sem Lula é fraude, Lula tem que estar nas urnas
Por Henrique Áreas
Nesta sexta-feira, dia 24, mais uma pesquisa apresentou o ex-presidente Lula
A esquerda pequeno-burguesa é dada a entrar na onda da direita no ataque aos direitos democráticos do povo.
A defesa de Lula presidente e a armadilha do plano B, assista na Análise Política da Semana
Sem Lula é fraude! Mais uma pesquisa da burguesia e mais uma vez Lula cresce nas intenções de voto disparado na frente das intenções de voto para as eleições desse ano.
Eleições 2018, quem decide é a imprensa golpista Há uma tendência crescente em sobrepor a candidatura de Fernando Haddad (vice na chapa de Lula) à do próprio ex-presidente. Tal manobra, que guarda uma certa semelhança com o golpe que derrubou Dilma
Rousseff e levou ao poder seu vice, Michel Temer, seria um erro fatal do Partido dos Trabalhadores. Não por acaso, a imprensa golpista faz pressão todos os dias para que o nome de Lula seja abandonado e o plano B oficializado.
O Exército “comemorou” a semana do soldado com uma mega operação na cidade do Rio de Janeiro que envolveu cerca de 5 mil agentes, entres soldados dessa Força, juntamente com agentes da Força de Segurança Nacional, PM`s e integrantes da Polícia Civil do Estado.
Segundo dia seguido de ato pela liberdade de Lula em São Paulo, agora o tromPetista atacou no Mercado Municipal Do alto, uma sequência de notas musicais saídas de um vistoso trompete dourado, representando um grito latente e inflamado, que tem ecoado por todos os cantos do Brasil. Embaixo, a multidão ecoa os cantos:
2 | EDITORIAL EDITORIAL
CHARGE
Intervenção no Rio evidencia porque é preciso lutar contra o golpe militar
O
Exército “comemorou” a semana do soldado com uma mega operação na cidade do Rio de Janeiro que envolveu cerca de 5 mil agentes, entres soldados dessa Força, juntamente com agentes da Força de Segurança Nacional, PM`s e integrantes da Polícia Civil do Estado. Apenas nesses dias, foram, apresentados ao público mais oito mortos, sendo cinco “suspeitos civis”, supostamente em decorrência de tiroteio, e três militares. Segundo o Portal G1, ligado à Rede Globo, notório apoiador do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma e da intervenção militar no Rio de Janeiro, o número de mortes por intervenção policial no RJ mais que dobra em cinco anos” e esse “Índice mantém alta mesmo se contado apenas o período da intervenção federal”. Para não deixar dúvidas de que além do crescimento geral da matança, há um aumento ainda maior, desde a intervenção militar, os golpistas assinalam que sob a intervenção alcançou-se “o maior índice para os sete primeiros meses do ano desde 1998”. Destaque-se ainda que “entre janeiro e julho de 2013, 236 pessoas morreram em ações da polícia. Já nos sete primeiros meses de 2018 foram 895 mortes, um aumento de 279%. A média mensal que era de 33 mortes passou para 127”. Tais números não deixam a menor dúvida que a intervenção militar no Rio não serviu, de modo algum, para “combater a violência” como se anunciou, com o tradicional cinismo dos golpistas. E o próprio comando das Forças Armadas aponta que as situação vai ainda ficar pior. O ministro da Defesa, general do Exército Joaquim Silva e Luna, afirmou – em entrevista ao jornal O Globo –que os conflitos entre as Forças Armadas e facções criminosas devem se intensificar e “gerar mais mortes” .durante a fase final da intervenção federal no Rio de Janeiro, prevista para acabar em 31 de dezembro. No dia 24, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, – durante as celebrações
antecipadas do “dia do soldado”, criticou, a falta de integração de outros setores da administração pública e da sociedade civil no combate à criminalidade no Rio de Janeiro e elogiou a ação criminosa do Exercito, que já provocou a morte de quase 100 pessoas durante a ocupação. No mesmo dia, o ministro ativo militante do golpe de estado que levou ao governo o presidente mais impopular da história do País, o golpista Michel Temer, lembrando os (para ele) saudosos tempos da ditadura militar, o “radicalismo” e condecorou os ministros do STF que vem violando a Constituição Federal, para manter como preso político o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram condecorados com as mais altas “honrarias” do Exército os ministros Edson Fachin, relator do processo que indeferiu o habeas corpus solicitado pela defesa de Lula, e Luís Roberto Barroso, ativo defensor do regime golpista no STF e, agora, relator do processo de cassação do registro da candidatura presidencial de Lula. Fica cada dia mais evidente que a intervenção no Rio é parte do conjunto da operação golpista que, para impor seus planos de cassar todos os direitos democráticos do povo (como é o caso da realização de eleições fraudulentas, sem a participação de Lula) e para promover o maior retrocesso nas condições de vida dos explorados (como acontece com a população pobre, negra e a juventude do Rio de Janeiro que índices de desemprego de mais de 40%) é preciso intensificar a repressão contra a população, espalhar o terror e, se preciso, dar um golpe de estado, contra o “caos” e o “radicalismo” dos trabalhadores e da juventude que não aceitem se submeter à esse regime de escravidão e submissão total do povo brasileiro aos planos ditados pelo imperialismo norte-americanos. Não pode restar dúvidas da necessidade, para os explorados, de lutar contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e contra o golpe militar que paira como uma ameaça concreta sobre o povo brasileiro.
COLUNA
Boulos, o candidato chave de cadeia Por Henrique Áreas
A
esquerda pequeno-burguesa é dada a entrar na onda da direita no ataque aos direitos democráticos do povo. E assim como a direita tem seus próprios argumentos morais para defender atrocidades contra o povo, a esquerda também tem suas justificativas religiosas. Nos dois casos, a a justificativa não é nada mais do que aquele falso moralismo. Por ser atualmente o partido da esquerda pequeno-burguesa por excelência, o PSOL tem se destacado na cruzada moral e em nome dessa moralidade sua preferência é a de exigir que o Estado capitalista coloque em marcha todo o seu poder repressivo para aumentar o controle e a violência contra a população. Claro que a moralidade da esquerda pequeno-burguesa é sempre revestida da pseudo defesa de princípios que parecem progressistas. Assim, de acordo com a vontade e a política do PSOL, o Estado capitalista teria carta branca para exercer todo o tipo de abuso contra um cidadão, desde que seja em nome desses princípios abstratos. Assim, Guilherme Boulos recentemente aplaudiu quando o Facebook derrubou mais de uma centena de páginas ligadas ao MBL. Contra o fascismo do MBL, todo o poder ao Estado capitalista, todo poder ao monopólio capitalista que tem condições de impor ao povo aquilo que ele quer ou não que apareça na internet. Perto do Estado capitalista, suas instituições como o Judiciário e a polícia, e do imperialismo, o MBL parece mais uma espécie de cos play de fascismo. Mas para o PSOL, é preciso dar mais poder aos primeiros contra o segundo. Boulos, que é dirigente de uma organização popular, comemora a censura ao MBL esperando para ser o próximo. E por falar em MTST, Boulos, o candidato, agora decidiu ir além na sua
cruzada moral. Agora passou a processar as pessoas por não concordar com o que dizem. Na verdade, Boulos exigiu que uma página fosse tirada do ar por te-lo chamado de terrorista. Boulos e sua equipe de campanha pediram agilidade do TSE para derrubar a página. Se o exemplo for seguido, veremos muitas páginas de esquerda, não de direita, sendo derrubados por terem “ofendido” algum nobre candidato burguês, com certeza muito mais nobre do que Boulos. A última do candidato do PSOL foi processar o golpista e ator pornô Alexandre Frota. Este teria dito em seu Twitter que “cobraria a cabeça” de Boulos, justamente ao comentar sobre a censura ao Youtuber. Era uma crítica do ator pornô que o nobre candidato Boulos interpretou como uma ameaça. Guilherme Boulos como dirigente do MTST nunca enganou com sua política pequeno-burguesa. Mas sua entrada no PSOL em plena eleição serviu para mostrar que aquela imagem que passavam dele em cima do carro de som nos atos de rua nunca foi nada mais do que uma imagem, uma demagogia de quem nada tem de verdadeiramente combativo, diferente inclusive dos milhares de companheiros que lutam pela moradia seja dentro do MTST seja em outras organizações. Boulos virou um candidato no significado mais negativo da palavra, melhor dizendo, o PSOL transformou Boulos numa caricatura de candidato burguês. Quando as eleições terminarem, Boulos voltará para o MTST mais demagogo do que quando saiu de lá. Vai propor ao MTST parar de ocupar terrenos e fazer manifestação de rua, afinal isso pode ofender alguém e ofensa não é legal. Vamos confiar no Estado capitalista e pedir moradia para o povo, mas sem ofender ninguém.
NACIONAL| 3
LAVA JATO
Golpistas prorrogam Lava Jato por pelo menos um ano: golpe ainda tem muito o que reprimir P
ara que a direita conseguisse dar um golpe de Estado no Brasil e entregar o país ao imperialismo, foi criada a Operação Lava Jato. Apoiada irrestritamente pela imprensa burguesa em seu início, a Lava Jato reuniu procuradores, juízes federais, policiais federais e até mesmo o STF com um único objetivo: destruir todos os direitos democráticos dos setores rebeldes aos olhos do imperialismo. Graças à Lava Jato, o governo de Dilma Rousseff foi desgastado o suficiente para que a direita conseguisse uma unidade em torno do impeachment. Graças a Lava Jato, também, que o maior líder popular do país está preso.
A Lava Jato também já foi responsável pela morte de várias pessoas – diretamente, assassinou a ex-primeira dama Marisa Letícia e o ex-reitor Luiz Cancellier. No entanto, a operação não está nem perto de acabar. O Ministério Público resolveu prorrogar a Lava Jato por mais um ano – que pode ainda ser prorrogável no futuro. Ou seja, a Lava Jato não tem data para acabar – o imperialismo continuará reprimindo muita gente. A Lava Jato é uma atrocidade intolerável. Por isso, é necessário que os trabalhadores e setores democráticos se mobilizem contra o golpe e exijam o fim da Operação Lava Jato.
LULA OU NADA
PESQUISA
Eleição sem Lula é fraude, Lula tem que estar nas urnas
Sem Lula é fraude! Mais uma pesquisa da burguesia e mais uma vez Lula cresce nas intenções de voto
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á uma tendência crescente em sobrepor a candidatura de Fernando Haddad (vice na chapa de Lula) à do próprio ex-presidente. Tal manobra, que guarda uma certa semelhança com o golpe que derrubou Dilma Rousseff e levou ao poder seu vice, Michel Temer, seria um erro fatal do Partido dos Trabalhadores. Não por acaso, a imprensa golpista faz pressão todos os dias para que o nome de Lula seja abandonado e o plano B oficializado. Os militantes da esquerda que escolhem essa via substitutiva por achá-la mais viável cometem um erro bastante ordinário: colocam as manobras eleitorais acima da conjuntura política. É preciso que se entenda que, mais do que nunca, as eleições agendadas para Outubro não são uma corrida em que vence o melhor e mais preparado candidato. Não se trata de plano de governo, de bons discursos e da viabilidade jurídica de cada um dos concorrentes. É, em verdade, uma luta do povo contra o golpe de estado. É a última oportunidade “institucional” de fazer recuar a intentona da nuvem de gafanhotos que vem se apoderando do país. Para esta função, a única candidatura viável é a de Lula. É instintivo ao ser humano a urgência em afastar incertezas, restituindo a solidez dos próximos passos. Neste caso, todavia, apostar em Haddad por este estar livre e ter chances de vencer através da transferência de votos traria uma ilusória sensação de tranquilidade. Afinal, Lula é um bem intangível na luta progressista justamente por estar sendo descaradamente caçado, por ser um condenado e pela condição de preso político internacionalmente conhecida. Sua defesa como presidente seria o
caminho correto ainda que seu apoio popular não fosse tão avassalador, pois sua vitória implicaria na derrota dos cachorros loucos do judiciário, do monopólio da grande imprensa, dos imperialistas e de todas as forças reacionárias atuantes na América Latina. Ademais, as condições nunca estiveram tão favoráveis. As manifestações espontâneas de apoio ao ex-presidente se espalham por todos os cantos do país, os veículos de informação oficiais do golpismo fazem malabarismos diários em seus editoriais para tentar reverter a situação, a manifestação favorável da ONU veio como um filtro, acentuou ainda mais os contrastes dos setores burgueses. Não há nenhuma razão para mudar a estratégia e se desfazer da principal linha de ação da esquerda. Se o imbróglio jurídico parece uma emaranhado irresolvível, é importante que a esquerda tenha claro: o problema não é nosso. Com pressão suficiente do povo, uma decisão virá da cartola de algum magistrado. Deste modo, é crucial que a candidatura de Lula seja sustentada e que seu nome apareça na urna no dia da votação. Mais do que a aglutinação ao entorno do principal candidato do país, esta estratégia transcende o jogo eleitoral, posto que estica ao máximo o tecido roto das instituições nacionais. Lula nas urnas, haja o que houver, é uma política revolucionária, que, por si só, constituiria uma enorme vitória. As incertezas não se pacificarão e outras dúvidas ainda mais angustiantes tomarão as ruas. Lula sairá da cadeia? Será empossado no cargo? Como se sustentará o seu próximo governo? Tudo isso pertence ao futuro e, com muita luta, cada resposta virá ao seu tempo.
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esta sexta-feira, dia 24, mais uma pesquisa apresentou o ex-presidente Lula disparado na frente das intenções de voto para as eleições desse ano. De acordo com o levantamento da Rede Bandeirantes, Lula lidera a disputa para a presidência com 45% dos votos, o segundo colocado e Jair Bolsonaro do PSL, com 24% dos votos. O levantamento da Band junta-se a outras pesquisas, realizadas também por institutos ligados a burguesia, como o IBOPE e o Datafolha, os quais demonstram que Lula está bem à frente dos demais candidatos. De acordo com o IBOPE, o ex-presidente aparece com 37%, já o Datafolha aponta Lula com 49%.
Os dados demonstram, além do amplo apoio popular do ex-presidente, a crescente polarização política do país. Após o golpe e a destruição dos direitos da população, há um acentuado deslocamento de parcelas do povo à esquerda, sendo Lula o polo centralizador desse deslocamento. Os índices comprovam também a fraude total das eleições desse ano, na qual o candidato mais popular esta preso arbitrariamente e pode ser impedido de participar. Nesse sentido, é preciso mobilizar a população em defesa da candidatura de Lula, impedir mais uma manobra dos golpistas impedindo a participação de Lula nas eleições.
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UM JOGO DE CARTAS MARCADAS
Eleições 2018, quem decide é a imprensa golpista C
om o aprofundamento do golpe, a polarização política se torna inevitável. Nas eleições deste ano, as manobras da direita se tornam ainda mais intensas e perceptíveis. A burguesia conta com um importante aparato: o monopólio da imprensa. Ela, que juntamente as redes de rádio, dedicam um espaço para transmissão das propagandas eleitorais, dividem o tempo de participação de cada candidato de acordo com seus interesses e a altos custos. A propaganda eleitoral, que deve iniciar na televisão e no rádio no dia 1º de setembro, até 4 de outubro, terá a divisão de tempo da seguinte forma: serão dois blocos de 12 minutos e 20 segundos cada, em dois horários diferentes. O tempo que cada partido tem para expor seu programa é diferente. A direita possui candidatos cuja média chega há 5 minutos e meio, enquanto a esquerda mal chega a 2 minutos de campanha. Tal disparidade deixa claro quem que a burguesia quer que apareça. Os candidatos à presidência terão seus programas apresentados nas terças, quintas e sábados.
Geraldo Alckmin (PSDB) lidera o tempo de propaganda. Ele, que é financiado por investimentos milionários dos imperialistas, terá 5 minutos e 32 segundos destinados para que ele apresente suas propostas, que são contrárias aos interesses da classe trabalhadora. Já o líder das pesquisas, o candidato do povo, Lula, terá 2 minutos e 23 segundos para campanha. Além da desigualdade, no que se refere ao tempo, o monopólio da imprensa burguesa exclui o candidato líder da esquerda dos debates políticos. Além de vetar a possibilidade do presidenciável em expor seu programa, dia após dia inventa novos esquemas de corrupção, com o objetivo de criminaliza-lo e afastá-lo das eleições. As redes sociais também cumprem um papel grande de agitação e propaganda. Alguns partidos apostam nessa ferramenta para conseguir expor seus candidatos, atingindo grande número de pessoas. O candidato Jair Bolsonaro (PSL) aposta na campanha online, como forma de propagar suas asneiras. Ele é um dos presidenciá-
veis com maior número de páginas (83) nas mídias. Segundo os representantes do seu partido, essa é uma das formas dele se expor, uma vez que são apenas 8 segundos que Bolsonaro possuirá na televisão. Todavia as redes sociais também estão, cada vez mais, cerceando a liberdade de expressão. A censura, que começou com a exclusão de páginas do Movimento Brasil Livre (MBL) foi um pretexto para atacar a esquerda. Seja através do bloqueio de contas, com a desculpa de ser conteúdo
impróprio, ou de publicações, com a falsa alegação das fake news. É preciso de uma ampla denúncia da fraude eleitoral deste ano. O único candidato que o povo realmente quer na presidência é Lula. Com sua candidatura ameaçada, apenas a mobilização popular garantirá a concorrência do presidenciável, que, atualmente, é um preso político no regime ditatorial imposto pela direita. O maior líder de massas da América Latina também é o único capaz de barrar o curso do golpe.
LIBERDADE PARA LULA
COTV
Segundo dia seguido de ato pela liberdade de Lula em São Paulo, agora o tromPetista atacou no Mercado Municipal
A defesa de Lula presidente e a armadilha do plano B, assista na Análise Política da Semana
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o alto, uma sequência de notas musicais saídas de um vistoso trompete dourado, representando um grito latente e inflamado, que tem ecoado por todos os cantos do Brasil. Embaixo, a multidão ecoa os cantos: – OLÊ, OLÊ, OLÁ; LULA, LULA… – LULA LIVRE, LULA LIVRE, LULA LIVRE… – BRASIL URGENTE, LULA PRESIDENTE; BRASIL URGENTE, LULA PRESIDENTE… – LULA GUERREIRO DO POVO BRASILEIRO; LULA GUERREIRO DO POVO BRASILEIRO… Esses foram apenas alguns dos muitos clamores entoados pela multidão
aguerrida no mercado municipal de São Paulo. A cada dia que passa, Lula se consagra cada vez mais como o candidato do povo, o representante da luta contra o golpe de Estado. A mobilização em torno de Lula tem crescido a cada dia, demonstrando que mesmo com todos os vertiginosos ataques da burguesia e de sua pérfida imprensa golpista, cresce a mobilização em torno do ex-presidente. Ampliemos a luta contra o golpe em ritmo exponencial; busquemos a máxima organização em torno da candidatura de Lula – para que em breve, o trompetista que através de uma singela interação com seu instrumento, seja também, o arauto da vitória!
A
Análise Política da Semana, programa que vai ao ar todos os sábados e que tem se tornado um dos faróis da esquerda na luta contra o golpe, foi transmitido direto de Brasília no último dia 25. Com a precisão e clareza que são suas marcas registradas, o companheiro Rui Costa Pimenta falou sobre a inviabilidade do eventual plano B. Além disso, os motivos que levam o Partido da Causa Operária a defender incondicionalmente a candidatura e a
liberdade de Lula foram esmiuçados, com um apanhado histórico das rusgas havida entre os dois partidos e os pontos comuns na luta atual. Rui denunciou a profunda capitulação que setores do PT planejando, virando a página do golpe, abandonando Lula na cadeia e abraçando ilusões eleitoreiras. Mais uma vez, a análise cumpre a função de informar, agitar e alinhar a luta contra o golpe. Mais uma vez, o programa está imperdível.
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ATIVIDADES
Análise Política da Semana reúne militância em almoço em Brasília O
programa Análise Política da Semana, apresentado pelo companheiro Rui Costa Pimenta ocorreu em Brasília no último sábado (25), seguido por um almoço com os candidatos do PCO do Distrito Federal e Goiás nas eleições de outubro. Em torno de 50 convidados, estavam militantes do partido, familiares e companheiros simpatizantes da política do Partido, além da presença de companheiros do Partido dos Trabalhadores adeptos à luta contra o golpe e à liberdade de Lula. Pela primeira vez direto da capital Federal, a análise foi transmitida ao vivo pelo canal Causa Operária TV no Youtube. O companheiro Rui Costa Pimenta, em mais um estudo semanal do que ocorre na política no Brasil e no mundo, expôs a atuação da burguesia para boicotar e mais que isso, dizimar o direito do povo trabalhador em votar em Lula para presidente. Na última semana, pesquisas de intenção de voto confirmaram, mais uma vez, que Lula é o preferido do povo com mais de 39% na preferência do eleitorado. Ressalta-se que os Institutos de pesquisa Ibope e DataFolha que
apresentaram esse número pertencem à Grande Imprensa endinheirada, a qual não hesita em usar todos os artifícios possíveis para manipular o povo. Ou seja, é de se desconfiar que esse número que aponta Lula na preferência do eleitorado seja ainda maior. E com base nesse fato que está definindo o caráter das eleições mais que qualquer outro quadro, na análise o companheiro Rui falou sobre a errônea política de uma ala do PT em não manter a candidatura do Lula adiante. Estamos diante de um golpe de Estado e a não concorrência de Lula à presidência é uma submissão do PT aos setores golpistas que controlam as eleições. Segmentos petistas pretendem executar a política de se conformar às arbitrariedades jurídicas contra Lula e introduzir outra candidatura do PT para concorrer. Como de costume, na Análise Política da Semana são feitas perguntas e comentários dos convidados. Um companheiro do PT perguntou se devemos continuar em defender a política de levar a candidatura do Lula até
PERNAMBUCO
o fim, mesmo sabendo de uma provável anulação do resultado da eleição caso Lula vença. A política do PCO defendida na análise de sábado por meio do companheiro Rui é de que devemos defender a candidatura do Lula até o fim, mesmo que este venha a ser impedido. Os golpistas terão que mostrar que a situação política segue dentro da normalidade, o que será muito difícil pois o impedimento da candidatura do maior líder popular do país escancara a fraude da eleição e quem a controla.
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Candidatos ao Senado e ao Governo de Pernambuco participam de exibição pública da Análise Política da Semana
IMAGEM DO DIA
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esse sábado, o tradicional programa Análise Política da Semana, apresentado pelo presidente nacional do PCO Rui Costa Pimenta, foi exibido no Comitê de Luta Contra o Golpe da Boa Vista, em Recife. Após a análise, os militantes do PCO promoveram uma campanha de arrecadação para a campanha pela liberdade de Lula. O evento contou com a participação de várias pessoas, entre elas simpatizantes do PT e candidatos do PCO. O companheiro Alex Rola, analista social da Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC) e militante da luta contra o golpe, é o candidato a
senador pelo PCO em Pernambuco e esteve no evento. Ana Patrícia, agente comunitária de saúde e candidata ao governo de Pernambuco, também participou da exibição da Análise Política. Além de Ana Patrícia e Alex Rola, participaram também os candidatos Victor Assis (deputado federal) e Manassés André (deputado estadual). A análise política reiterou a posição do PCO em relação às eleições: é Lula ou nada! Por isso, é necessário fortalecer os comitês de luta contra o golpe e organizar os trabalhadores para libertar o ex-presidente Lula e torná-lo presidente.
Ainda há um sentimento ilusório e de esperança em mudar a situação do país e vencer o golpe por meio de eleição. Não está em jogo ganhar a eleição e sim derrotar o golpe. Um advogado por mais bem preparado que seja, não pode barrar o golpe e as fraudes na eleição contra Lula. Só o povo derrota o golpe. Nossa política é de ajudar a desenvolver o movimento popular, promover a conscientização do povo. Conscientização que direciona o povo a lutar contra a burguesia golpista e barrar a ditadura que se consolida no país.
Sábado musical
Couvert: R$ 10,00
Programação do mês, sempre às 19h 1º sábado: Aninha Batucada e Renato Dias, samba paulista da velha guarda e da nova geração 1º sábado: Renato Dias, samba paulista autoral e da velha guarda 2º sábado: Samba de Canto a Canto, projeto formado por integrantes da velha guarda e da ala musical da Vai Vai
3º sábado: Aninha Batucada, samba autoral e de compositores da nova geração paulista
4º sábado: grupo Sendero, música latino-americana Local: Rua Serranos, 90 - Saúde (próximo ao metrô)