TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5383
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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Imprensa golpista defende mais uma vez a privatização das universidades públicas
Enquanto fecha agências dos Correios, golpistas distribuem dinheiro em patrocínio
SEM ELE É FRAUDE:
Causa Operária Ediçao 1019
LULA LIDERA COM 45% EM NOVA PESQUISA, RUMO AOS 100%? ADQUIRA JÁ SUA EDIÇÃO Na edição de hoje do DCO, a cobertura das eleições, os candidatos da direita e como o PSOL tenta transformar Boulos em uma caricatura de político burguês. Também a luta pela liberdade de Lula e por Lula candidato. Conselho Editorial
EDITORIAL
Aborto: proibição obriga mulheres a correr risco em procedimentos clandestinos
PE: terceiro lugar nas pesquisas, candidata do PCO é excluída de debate pela imprensa golpista
Boulos “pé no barro”… do calçadão de Madureira: PSOL faz caricatura de campanha eleitoral burguesa+
Greve de fome mostrou até onde ativistas estão dispostos a ir em defesa de Lula
Guilherme Boulos, candidato do Psol estacionado nos 1% das intenções de voto, continua sua campanha abutre com o intuito de desqualificar a candidatura de PT e de Lula. Foi
Foi encerrada no sábado (25), com um ato político em Brasília, a greve de fome de 26 dias dos sete ativistas do movimento popular, Jaime Amorim,
se fazer de popular – como buscam todos os candidatos burgueses e pequeno burgueses – em um mercado popular em Madureira, Rio de Janeiro, em uma clara simulação.
Zonália Santos, Rafaela Alves, Frei Sérgio Görgen, Gegê Gonzaga, Vilmar Pacífico e Leonardo Soares, iniciada em 31 de julho.
“Gestão”: tribunal já suspendeu 164 licitações da prefeitura Doria-Covas A figura patética, caricata e ridícula do ex-prefeito da cidade de São Paulo, o coxinha-golpista João Dória, volta a ocupar o noticiário jornalístico. A motivação, no entanto, nada tem a ver com
a sua candidatura ao governo do estado de São Paulo – em queda nas pesquisas -, mas diz respeito aos 16 meses que esteve à frente do executivo municipal do terceiro maior orçamento do país.
DOMINGO, TODOS NA PAULISTA PELA LIBERDADE DE LULA E POR LULA PRESIDENTE Entidades populares anunciaram que será realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo, 2 de setembro, nova edição do Festival Lula Livre.
Outro “Daciolo”? Amoêdo tem mesmo programa econômico de Bolsonaro, e pode dividir votos da extrema-direita
2 | EDITORIAL EDITORIAL
CHARGE
Domingo, todos na Paulista pela liberdade de Lula e por Lula presidente
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ntidades populares anunciaram que será realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo, 2 de setembro, nova edição do Festival Lula Livre. O evento reuniu, em sua primeira edição, mais de 50 mil pessoas, nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, dia 28 de julho, e contou com a presença de destacados artistas como Gilberto Gil e Chico Buarque. Também estão sendo preparadas grandes manifestações para o feriado de 7 de setembro, data em que – há vários anos os movimentos populares realizam o Grito dos Excluídos. Tais iniciativas revestem-se da maior importância, no momento em que coloca-se na ordem-do-dia para todo o ativismo de luta contra o golpe dar continuidade à combativa mobilização realizada no último dia 15, em Brasilia, quando dezenas de milhares de pessoas marcharam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apoiar o registro da candidatura presidencial do ex-preidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior liderança popular do País, que é líder disparado nas pesquisas eleitorais, expressando a profunda rejeição da imensa maioria do povo brasileiro ao regime golpista. Diante desse apoio massivo e das pesquisas mostrarem que Lula ganharia as eleições já no primeiro turno com mais de 60 milhões de
votos, a direita articula para cassar sua candidatura, pisoteando o que determina a Constituição Federal e até a resolução do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). A armação golpista é tamanha que o comando do Exército, condecorou no último dia 24, os ministros destacados no STF e TSE para perseguir e cassar Lula. O relator da negação do habeas corpus de Lula, em abril passado, Edison Fachin, e o relator do processo de cassação da candidatura de Lula, no TSE, Luís Roberto Barroso, foram agraciados com a mais alta condecoração do Exército, a mesma que foi dada ao juizado fascista Sérgio Moro, em 2016, ano do impeachment fraudulento da presidenta Dilma. A direita está desesperada e dividida, mas também decidida a fazer das eleições uma fraude total, sem a participação de Lula. Uma situação que reforça a necessidade de uma ampla mobilização popular contra o golpe, pela liberdade de Lula e em defesa de sua candidatura presidencial. A única capaz de enfrentar e derrotar os golpistas. Por isso, neste domingo é hora de uma gigantesca manifestação popular na Paulista. Desde já, convocar nas fábricas, nos bairros operários, nas escolas e universidades. Todos à Paulista. Pela liberdade de Lula, por Lula presidente, pela derrota do golpe.
CHARGE
Tucanos em campanha na periferia, por Jota Camelo
Pau no Coco, por Ralfo
PSOL
Boulos “pé no barro”… do calçadão de Madureira: PSOL faz caricatura de campanha eleitoral burguesa+ G
uilherme Boulos, candidato do Psol estacionado nos 1% das intenções de voto, continua sua campanha abutre com o intuito de desqualificar a candidatura de PT e de Lula. Foi se fazer de popular – como buscam todos os candidatos burgueses e pequeno burgueses – em um mercado popular em Madureira, Rio de Janeiro, em uma clara simulação. Em uma eleição em pleno andamento do golpe de Estado, qualquer esforço para legitimar o pleito eleitoral sem Lula – principal alvo do imperialismo golpista no atual período – não passa de uma movimentação leviana. Dessa forma, Boulos e o PSOL fazem sua parte para legitimar o golpe de Estado nessas eleições, que estão sendo fraudadas pela direita golpista que buscam cassar Lula e impedem – violando a Constituição – que Lula participe da campanha eleitoral. Essas performances de Boulos, que dissimulam sua completa capitulação diante do golpe, são pura charlatanice e ma-fé política para confundir a esquerda e dar um ar democrático para um período eleitoral dominada pela burguesia imperialista. Boulos sabe muito bem disso e atua como um verdadeiro pelego nesse sentido, ou seja, não bus-
ca promover uma mobilização contra a fraude e o golpe, mas age como se tudo estivesse funcionando de forma normal e democrática. Inclusive, busca repetir os candidatos burgueses (aquele s que buscam ser os escolhidos pelos donos do golpe) apresentado supostas proposta para o “seu governo”. Dessa forma, tudo o que Boulos e o PSOL fazem, que nada tem a ver com a defesa incondicional da liberdade e candidatura de Lula, é para quebrar a rejeição da população para uma eleição sem Lula. O PSOL serve assim, como uma legenda de aluguel, para os planos de Boulos – que se filiou ao partido, depois de ter sido aprovado como candidato – e do imperialismo, que age em sintonia com a direita para eleger um capacho que dê sequência aos ataques contra os explorados e à destruição da economia nacional. A única política possível para a esquerda progressista é a campanha pela liberdade para Lula e sua participação nas eleições. O candidato que, segundo as próprias pesquisas burguesas, já ganharia no primeiro turno, deve ter sua presença garantida pela luta popular. Qualquer política que não seja essa não passa de um serviço prestado ao golpismo.
NACIONAL| 3
SEM ELE É FRAUDE
Lula lidera com 45% em nova pesquisa, rumo aos 100%? O
maior líder popular do País, mesmo depois de preso, continua liderando todas as pesquisas de intenção de voto. Além de aparecer sempre como candidato favorito nas pesquisas, Lula tem tirado o sono da burguesia porque sua candidatura é a única candidatura real, a única candidatura que expressa a tendência à mobilização contra o golpe. E sendo sua candidatura a única real, ela não para de crescer. A última pesquisa apontou que Lula já tem 45% dos votos – a distância dos demais é colossal. Com a impopularidade do governo golpista e de seus aliados, a tendência é o ex-presidente se tornar uma unanimidade – ao me-
nos entre os explorados, entre aqueles que são vítimas dos banqueiros e dos patrões. Os índices de Lula nas pesquisas mostram a verdadeira fraude que seria uma eleição sem a participação de Lula. Seria uma eleição sem a maioria dos votos da população – uma votação apenas da direita golpista. A esquerda não pode se omitir diante da tentativa do imperialismo de fraudar as eleições. Por isso, é preciso lutar pela candidatura de Lula até as últimas consequências – não ao “plano B”, nada de aceitar a política de desistir da luta contra o golpe e buscar um compromisso com os golpistas. Não às eleições sem Lula!
FIM DA GREVE, A LUTA CONTINUA
GESTÃO
Greve de fome mostrou até Tribunal já suspendeu onde ativistas estão dispostos 164 licitações da prefeitura a ir em defesa de Lula Doria-Covas F
oi encerrada no sábado (25), com um ato político em Brasília, a greve de fome de 26 dias dos sete ativistas do movimento popular, Jaime Amorim, Zonália Santos, Rafaela Alves, Frei Sérgio Görgen, Gegê Gonzaga, Vilmar Pacífico e Leonardo Soares, iniciada em 31 de julho. Embora não tenha sido consenso entre os grevistas o encerramento da greve, prevaleceu o entendimento que todo o grupo deveria agir com uma decisão unitária, que fortaleça os próximos passos do movimento em torno da luta contra o golpe e pela garantia da candidatura de Lula. De acordo com a direçao do movimento, embora a greve não tenha conquistado seu objetivo maior que é a liberdade de Lula, foi um importante instrumento para denunciar o golpe e a política absolutamente anti-povo encampada pelo governo golpista e, em particular, pelo judiciário brasileiro, um instrumento à soldo do imperialismo e totalmente alheio à realidade do país. Para Jairo Amorim, “Ao longo dos 26 dias, foi feito um grande debate com a sociedade brasileira, denunciando a volta da fome, e mostrando para o mundo as consequências do golpe, o aumento da violência, o abandono dos mais pobres por parte do estado e o papel que o poder judiciário exerceu para que isso acontecesse”, complementando que “O judiciário cumpriu um papel decisivo a favor do golpe e contra o povo, mostramos para todos esses cenários em que se conduziu a judicialização da política e a politização do poder judiciário, o que é incompatível com uma sociedade democrática”. O grito de guerra foi lançado no próprio ato, com os grevistas deixando claro que agora vão se engajar de norte a sul do país, nos movimentos
A
que lutam contra o golpe “Nós saímos da greve para um outro patamar da luta, seguiremos lutando pela liberdade de Lula, mas olhamos para a frente vislumbrando o Congresso do Povo e a consolidação da Frente Brasil Popular como um instrumento de desenvolvimento político e social para toda nossa gente, abrigando a nova militância que surgiu da resistência ao golpe e vem crescendo cada vez mais, uma militância sem vícios, que está disposta a ajudar a construir uma nova história possível e necessária.” A luta contra o golpe não se encerra nas eleições de 7 de outubro, muito ao contrário. Embora todo o esforço dos golpistas tenha o objetivo de eliminar Lula das eleições, os setores verdadeiramente empenhados em derrotar o golpe têm que ter claro que levar sua candidatura até às últimas consequências, significa justamente colocar na ordem do dia a preparação de grandes mobilizações populares contra o golpe e como sustentação de um possível governo Lula. A burguesia golpista procura transformar as eleições em uma panacéia, mas, obviamente, sem a participação de Lula. Levantar o povo imediatamente é a tarefa do movimento que construiu a greve de fome e dos próprios grevistas que colocaram suas vidas em risco justamente para lutar contra o golpe e defender a liberdade de Lula e a sua candidature.
figura patética, caricata e ridícula do ex-prefeito da cidade de São Paulo, o coxinha-golpista João Dória, volta a ocupar o noticiário jornalístico. A motivação, no entanto, nada tem a ver com a sua candidatura ao governo do estado de São Paulo – em queda nas pesquisas -, mas diz respeito aos 16 meses que esteve à frente do executivo municipal do terceiro maior orçamento do país. Dória foi eleito em 2016 surfando na onda do golpe, onde disputou a prefeitura com o petista Fernando Haddad, que buscava a reeleição. Naquele momento, o conjunto da esquerda nacional se encontrava sob intensa pressão e ataque dos golpistas, o que favoreceu, de certa forma, a vitória da direita em várias importantes capitais e municípios. O candidato Dória, à época, fez campanha afirmando não ser “político”, procurando negar a política e se dizendo “gestor público”. Sob intenso bombardeio da imprensa golpista que atacava impiedosamente a esquerda, as eleições ocorreram logo após o impeachment/golpe que destituiu o governo eleito, onde a manobra e a manipulação escancarada da direita e dos golpistas acabou por repercutir em um contingente expressivo da classe média paulistana e também entre setores despolitizados das classes populares. Logo nos primeiros dias, João Dória já havia dito a que veio, deixando sua marca na administração municipal. Passou a atacar duramente a população pobre e oprimida da, onde não faltou a conduta sádica e nazista dos banhos de água gelada na madrugada fria da cidade contra os moradores de rua. Além de ter usado e abusado da violência para aterrorizar os moradores de rua, a figura ridícula de “João Trabalhador”atacou também, de for-
ma selvagem e truculenta, os usuários e dependentes de drogas, numa operação que tinha o claro propósito de promover uma assepsia social na cidade, tornando-a uma “cidade linda”, um dos seus patéticos e fraudulentos slogans de campanha. O resultado de toda este embuste, de toda esta enganação e de toda esta fraude contra a população paulistana, está expresso neste momento no mais completo e retumbante fracasso da administração do “gestor” joão Dória. O órgão responsável pelas contas públicas da cidade, o Tribunal de Contas do Município (TCM) – que o agora candidato a governador tentou extinguir – já suspendeu um total de 168 licitações só em 2018. Um verdadeiro escândalo, o que dá uma ideia do que vem sendo a “gestão” de Dória e do seu sucessor (Bruno Covas) na prefeitura paulistana. Por detrás de toda a propaganda de “gestão eficiente” vem sendo ocultada as maiores negociatas envolvendo os bilionários recursos do município, onde falta de tudo para o atendimento dos serviços básicos essenciais às populações carentes e menos favorecidas. O “gestor” Dória e seu substituto nada mais são do que agentes dos grandes capitalistas incrustados na máquina pública para viabilizar os interesses dos grandes capitalistas que controlam o orçamento da cidade. A campanha eleitoral da esquerda (em particular do PT) deveria colocar na ordem do dia a denúncia do significado da candidatura de Dória e do PSDB ao governo do Estado, da mesma forma que seus aliados que, agora, participam como adversários da disputa, que representam uma ponte para atender os interesses dos exploradores e das máfias que controlam o orçamento público em detrimento do conjunto da população.
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ELEIÇÕES
Outro “Daciolo”? Amoêdo tem mesmo programa econômico de Bolsonaro, e pode dividir votos da extrema-direita A
direita, a pouco menos de um mês das eleições, não conseguiu emplacar nenhum candidato para presidente. Alckmin, que é o principal representante do governo golpista, não conseguiu sequer chegar a 7%. Por outro lado, Lula permanece disparado nas pesquisas. Marina Silva e Ciro Gomes, que gostariam de substituir Alckmin, não conseguiram também decolar. No entanto, a candidatura de João Amôedo, do Partido Novo, tem animado alguns setores, principalmente depois que alcançou Ciro Gomes em algumas pesquisas, empatando com 3% das intenções de voto. Embora João Amôedo se apresente como uma novidade na política, o Partido Novo não representa nada de novo e nem apresenta nenhuma pro-
posta real para a população. Seu programa econômico é igual ao de Bolsonaro – o que, lhe torna, nesse sentido, um “Daciolo 2”, isto é, uma segunda caricatura de Bolsonaro. O programa de Amôedo é baseado no “Estado mínimo”, que significa o mínimo de investimentos em assistência social e o máximo de investimentos na repressão. O Partido Novo, formado por banqueiros – como próprio Amoedo – quer privatizar tudo, destruir a Educação Pública, a Saúde pública etc desempregar e matar de fome os trabalhadores, que não têm condições de comprar o que deveria ser obrigação do Estado suprir. A velha política reacionária defendida por Bolsonaro, Alckmin e todos os candidatos da direita golpista.
ABORTO
PERNAMBUCO
Proibição obriga mulheres Terceiro lugar nas pesquisas, a correr risco em procedimentos candidata do PCO é excluída de clandestinos debate pela imprensa golpista A
U
m evidente fato comprovado pela proibição do aborto na realidade das mulheres, está diretamente ligado aos abortos realizados em clínicas clandestinas pelo País. Isso demonstra que uma vez existente a lei que proíbe, não necessariamente o aborto deixa de acontecer, mas como se acentua, sabendo que essa é única saída encontrada pelas mulheres. Logo resultando na morte de milhares mulheres. Um exemplo prático disso, está no número revelado. No Brasil seriam realizados 500 mil abortos por ano. É fato também que esse número representa quase que majoritariamente os abortos clandestinos, pois as formas de aborto permitidas por lei, não englobam a maioria dos casos. Mesmo nas situações em que o aborto é permitido, as mulheres enfrentam dificuldades, como a burocracia, que prontamente já se coloca como obstáculo na realização do processo. Logo, a situação na qual as mulheres estão colocadas, as mesmas são obrigadas a recorrerem aos procedimentos clandestinos e correrem risco
de vida, quando não se há nem uma política que as amparem nesse sentido, e por isso a criminalização de mulheres com a proibição do aborto, deixa claro que na verdade o maior crime não é cometido pelas mulheres desamparadas, mas sim o estado que referenda o ataque contra as mulheres. Casos pelo país já demonstraram no que isso implica na vida das mulheres cotidianamente, desde a ter que sair do país para realizar o procedimento de maneira legal, e nos casos extremos a morte de mulheres que sofrem com as complicações, seja por remédios ou por realização precária e insegura do aborto. É preciso reafirmar o direito incondicional das mulheres ao aborto, se tratando da manutenção da saúde da mulher de maneira segura, para que se garanta a realização do aborto com todo aparato necessário. E para isso, a luta organizada das mulheres é urgente, para que finalmente direitos básicos como o aborto sejam conquistados e caminhe para uma verdadeira emancipação das mulheres.
s eleições burguesas, por essa natureza de classe, são totalmente truculentas e antidemocráticas. Grandes exigências burocráticas, pouco tempo de eleição e exibição publicitárias, para os partidos opositores do regime, principalmente, e um elevado custo financeiro, são apenas algumas características de sua forma elitista. Contudo, para conter a revolta das massas, a burguesia se esforça para atribuir algum ar de democracia para as eleições. Uma de suas mais centrais iniciativas é a disseminação de que o debate entre candidatos é livre e respeita todas as liberdades democráticas garantidas por lei. Isso é mais um engano. Os debates eleitorais são em sua totalidade organizados e controlados pela burguesia por meio de seus tentáculos na imprensa corporativa. São impostos os conteúdos, temas, perguntas partidos e candidatos que os compõem; se as eleições fossem democráticas, todos os candidatos poderiam participar dos debates. No entanto, mais um mito da burguesia para impedir a participação de candidaturas e partidos operários nos debates cai por terra. Para justificar essas ausências, era usada a desculpa de que se tratavam de campanhas que não tinham percentuais satisfatórios nas intenções de votos, que só era possível realizar os debates com um reduzido número de candidatos etc. Contudo, Ana Patrícia Alves candidata do PCO ao governo do Pernambuco, mesmo sendo a terceira colocada nas pesquisas nunca foi convidada
até o momento para nenhum debate. É claro que esses boicote ao PCO se trata pela política operária que divulga nacional e internacionalmente. Por seu desempenho nos últimos períodos da política nacional, que se pautou na denúncia e no golpe de Estado sofridos pelo PT, Dilma, Lula e a população brasileira. Nesses termos, a exclusão do PCO e de Ana Patrícia dos debates pernambucanos para o cargo de governador, evidenciam ainda mais claramente o caráter burguês e golpistas das eleições, além de escancarar o acerto do PCO em denunciar a fraude em que estão e constituindo as atuais eleições, sem Lula, e de colocar a necessidade de uma mobilização revolucionária para derrotar o golpe, libertar Lula e garantir sua candidatura presidencial, apoiada pelas principais organizações de luta dos trabalhadores e da juventude.
INTERNACIONAL| 3
MOVIMENTO OPERÁRIO
Enquanto fecha agências dos Correios, golpistas distribuem dinheiro em patrocínio O
presidente golpista dos Correios, Carlos Roberto Fortner, braço direito do ministro golpista das Comunicações, o direitista Gilberto Kassab do PSD, esteve presente em um evento de natação no dia 24 de agosto de 2018, para levar o dinheiro produzido pelos trabalhadores dos Correios a título de patrocinio. Os Correios patrocina os esportes aquáticos desde 1991, e agora o dinheiro (milhões de reais) é entregue à direção da CBDA (Confederação Brasílieira de Desportos Aquáticos) que diz organizar o esporte aquático no país. Patrocinar de fato o esporte no país é uma necessidade, sem entrar no mérito se o dinheiro de fato está sendo empregado nos esportistas brasileiros.
No entanto, os golpistas da direção dos Correios, que tiram fotos e fazem entrevistas para mostrar que são defensores do esporte no país, estão destruíndo o patrimonial nacional,
como por exemplo os Correios, para favorecer os grandes capitalistas do mercado postal. O mesmo golpista Carlos Fortner que sorri dizendo que os Correios de-
ve patrocinar a natação no país, está no mesmo momento assinando papéis, com o mesmo sorriso falso, que fecha agências de correios no Brasil inteiro. Os golpistas dos Correios, com a alegação de que a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) está dando prejuízo, quer fechar no país, mais de 500 agências de Correios, com a possibilidade de demissão de mais de 5 mil funcionários dos Correios. É a famosa expressão popular, fazer agrado com o chapeu alheio. Enquanto os trabalhadores “doam o sangue” para manter a empresa lucrativa, os golpistas a destroem por dentro e ainda fazem demagogia pública com o dinheiro dos trabalhadores em patrocinios que ninguém controla a sua utilização. Somente derrubando os golpistas os trabalhadores poderão controlar a empresa e o emprego de todos os recursos advindo do trabalho dos ecetistas.
JUVENTUDE
Imprensa golpista defende mais uma vez a privatização das universidades públicas D
esde as declarações de Geraldo Alckimin, de que uma das propostas de seu governo seria a cobrança de mensalidades nas universidades públicas, a imprensa golpista se aproveitou da situação para reforçar e colocar novamente em pauta a defesa das mensalidades e propriamente a privatização total do ensino superior no País. Em matéria publicada no “Estadão“, um articulista dedica um texto inteiro para uma clara defesa de desmonte da universidade pública e frontalmente na permanência e ou ingresso da população mais pobre. Em um primeiro momento, a direita e a imprensa golpista ainda estão fazendo uso de termos que parecem não ter muito impacto, sendo o objetivo para que a população acate, mas a verdade é que esta é a maneira utilizada pelo aparato da direita golpista que está na imprensa burguesa, ini-
ciar a campanha de ataques de maneira “sutil”, mas que finalmente tem os objetivos mais pérfidos, neste caso, a privatização direta da universidade e a entrega do patrimônio público ao capital estrangeiro. Além de deixar claro que, quando colocam a proposta na mesa, se mascara a proposta como quando se coloca que a mensalidade será apenas para que aqueles que podem pagar, e que por consequência quem não pode, permanece não pagando. Na prática, a realidade é outra, e se mostra em um quadro muito claro: a exclusão dos estudantes mais pobres da universidade e o próprio afastamento de qualquer setor popular quanto a universidade, tendo em vista a implementação da medida esdruxula. Políticas como essa, representam o avanço do golpe contra setores como a juventude, que compõe as uni-
versidades e propriamente contra a população como um todo. Portanto, a luta em defesa da universidade inteiramente pública e de controle do corpo docente e discente, está na ordem do dia. É preciso barrar qualquer
avanço de uma política impetrada pelos golpistas, que somente visa a privatização da universidade e o ataque contra a população, logo a luta contra o golpe é a luta contra os ataques a educação no país.
Sábado musical
Couvert: R$ 10,00
Programação do mês, sempre às 19h 1º sábado: Aninha Batucada e Renato Dias, samba paulista da velha guarda e da nova geração 1º sábado: Renato Dias, samba paulista autoral e da velha guarda 2º sábado: Samba de Canto a Canto, projeto formado por integrantes da velha guarda e da ala musical da Vai Vai
3º sábado: Aninha Batucada, samba autoral e de compositores da nova geração paulista
4º sábado: grupo Sendero, música latino-americana Local: Rua Serranos, 90 - Saúde (próximo ao metrô)