Edição Diário Causa Operária nº5449

Page 1

SEXTA-FEIRA, 2 DE NOVEMBRO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5449

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

WWW.PCO.ORG.BR

SÓ MOBILIZANDO OS TRABALHADORES SE DERROTA O GOLPE: FORA BOLSONARO E LIBERDADE PARA LULA! Não tenhamos nenhuma dúvida. Lula é a chave do golpe. Desde muito antes do impeachment forjado da presidenta Dilma, os golpistas já arquitetavam como neutralizar o fator Lula para a consumação do golpe. Apenas em um Estado sem as mínimas garantias de direitos democráticas seria possível levar a frente uma política tão odiosa de perseguição política.

Moro elimina o principal concorrente, dá vitória a Bolsonaro e ganha ministério O presidente ilegítimo, deputado Jair Bolsonaro, eleito nas eleições mais fraudulentas das últimas décadas, o que só foi possível graças à

Leia o Jornal Causa Operária Ediçao 1028

condenação sem provas e prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou como indicado para assumir um “superministério”

da Justiça, ampliado com órgãos que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Coaf, nada mais nada menos do que o juiz

Fora Bolsonaro: colocado no poder pela fraude, Bolsonaro já inicia as alianças com os principais golpistas

fascista, Sérgio Moro, responsável pelos processos-farsa que serviram de pretexto para a cassação da candidatura de Lula (aceita pela direção do PT).

Acabou a ilusão eleitoral: a esquerda precisa se organizar a partir da 2ª Conferência de Luta Contra o Golpe As eleições fraudadas de 2018 serviram para desorganizar toda luta que vinha sendo organizada contra o golpe e os golpistas.

“Democracia”: Trump quer usar 15 mil soldados contra imigrantes vítimas dos EUA

Página 3

Golpe entregou 400 empresas ao imperialismo

Fraude escancarada: Moro aceita ser ministro de Bolsonaro Nessa quinta-feira (01), desnudou-se completamente a fraude eleitoral e o próprio golpe de Estado. O juizeco golpista Sérgio Moro aceitou ocupar o Ministério da Justiça, a convite de Jair Bolsonaro, e vai participar ativamente do novo governo de extrema-direita.

Após promover uma completa desestabilização socioeconômica em Honduras – assim como em diversos países da América Latina – o governo dos EUA expõe sua reputada faceta “democrática” e intensifica o bloqueio à entrada de imigrantes na fronteira com o México.

Latifundiários e deputados bolsonaristas querem despejar sem terras em MG: resistir com comitês!


2 |OPINIÃO COLUNA

EDITORIAL

Moro elimina o principal concorrente, dá vitória a Bolsonaro e ganha ministério O

presidente ilegítimo, deputado Jair Bolsonaro, eleito nas eleições mais fraudulentas das últimas décadas, o que só foi possível graças à condenação sem provas e prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou como indicado para assumir um “superministério” da Justiça, ampliado com órgãos que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Coaf, nada mais nada menos do que o juiz fascista, Sérgio Moro, responsável pelos processos-farsa que serviram de pretexto para a cassação da candidatura de Lula (aceita pela direção do PT). A decisão foi anunciada nesta quinta-feita, após reunião do juiz com o deputado Bolsonaro, em sua casa no Rio de Janeiro. Segundo os planos anunciados pela equipe de Bolsonaro, o “superministério” também vai abrigar a Controladoria-Geral da União, órgão que a princípio deve ter autonomia para investigar integrantes do Executivo, inclusive o próprio ministro da Justiça. Ou seja, Moro seria o responsável até por investigar a si mesmo. Pelos serviços prestados ao golpe, o juiz apelidado de “Mussolini de Maringá”, ainda pode ter à sua disposição uma indicação para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, quando houver vaga; o que deverá ocorrer no próximo ano, quando o ministro Celso de Mello se aposentar compulsoriamente. Assim Moro pode, pode vir a repetir a trajetória do ministro golpista Alexandre de Moraes, que foi ministro da Justiça de Michel Temer antes de ser indicado ao STF.

Segundo o vice-presidente eleito Hamilton Mourão, Moro já havia sido convidado ao longo da campanha. “Isso faz tempo”, afirmou. isto significa que o juiz Moro era, há muito, candidato a “superministro” de Bolsonaro e, nessa condição, o juiz, ex-filiado ao PSDB, agiu em causa própria e da chapa do golpe para condenar, prender Lula e ainda realizar “vazamento” ilegal de delações como a do ex-ministro Antonio Palocci, colhida pela Polícia Federal, que foi divulgada na reta final do primeiro turno das eleições presidenciais, exatamente quando o agora presidente eleito teve um significativo crescimento nas pesquisas. O caso de Moro é mais uma das muitas evidências escandalosas do caráter totalmente fraudulento da eleição de Bolsonaro, diante do que qualquer reconhecimento de sua suposta legitimidade, por parte da esquerda e de setores da esquerda que lutou contra o golpe não é mais do que uma completa e absurda capitulação. A esquerda e todos os movimentos de luta dos explorados, devem repudiar totalmente a política de capitulação e colaboração com os golpistas dos setores que defendem a “frente ampla” com os golpistas e denunciar a fraude das eleições que continua produzindo novos episódios golpistas, como a nomeação de Moro, e que prepara o terreno para um nova ofensiva contra o povo brasileiro e a economia nacional. Fora Bolsonaro, Moro e todos os golpistas. Liberdade imediata para Lula e todos os presos políticos.

Ouça a Rádio Causa Operária radiocausaoperaria.com.br

A campanha da imprensa capitalista para legitimar o regime golpista pós fraude eleitoral Por Antônio Eduardo

A

imprensa burguesa logo após o resultado das eleições fraudadas tem procurado de maneira insistente legitimar a fraude e mais que isso esconder o caráter de estado de exceção imposto ao país pelo golpe de estado de 2016. Um outro aspecto fundamental neste imediato pós-eleitoral para grupos hegemônicos é a tentativa de influenciar nos contornos políticos do futuro governo e ao mesmo tempo enquadrar a oposição, em especial o PT. Assim, os editoriais dos principais jornais do pais, do PIG (Partido da Imprensa Golpista), como Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e O Globo reivindicam uma “normalização” e “respeito a soberania do voto e a constituição”, a necessidade de uma “oposição leal”. Se por um lado, o PIG procura estabelecer em alguma medida um mínimo controle sobre o ímpeto de Bolsonaro, pressionando para aceitação pelo menos parcialmente das regras do jogo político do ” presidencialismo de coalização”. Os analistas da grande imprensa ao reivindicaram respeito aos paramentos constitucionais escamoteiam que estão sendo desmantelados os direitos constituições básicos inscritos na constituição de 1988, além do mais mencionam apenas lateralmente, mas sem discutir o verdadeiro significado, que cada vez mais os postos chaves do Estado brasileiro estão sobre o controle dos militares, aprofundando o caráter autoritário do regime, que indica que podemos, a depender da evolução dos acontecimentos, inclusive ter um golpe militar aberto. É importante ressaltar que o processo sucessório do presidente golpista Temer foi feito através de uma manipulação absurda e de uma fraude eleitoral espetacular, que teve a prisão e impedimento da candidatura do ex-presidente Lula como um ponto chave. Um aspecto essencial dessa política é esconder que não houve eleição democrática, mas sim um mero jogo de cartas marcadas, para constituir um governo com um verniz de legitimidade para o prosseguimento e mesmo aprofundamento das políticas de ataques contra o povo, iniciadas com a derrubada da presidenta Dilma. Durante o período eleitoral para que essa operação de encobrimento dos objetivos e métodos dos golpistas pudesse prosperar foi necessário que a próprio esquerda pudesse participar ativamente dessa farsa. Neste sentido, as ilusões eleitorais que o golpe ou o fascismo poderiam ser derrotados simplesmente através do voto, em processo marcado pelo controle dos golpistas das instituições e da eleição cumpriu um papel extremamente negativo. É importante sublinhar que a política adotada pela candidatura do “plano

B” do PT, em especial no segundo turno, foi de capitulação permanente. O golpe não foi mencionado, o juiz golpista (agora indicado como futuro ministro) Sergio Moro foi elogiado e Lula foi simplesmente abandonado. Até mesmo a prisão dos líderes petistas pela Operação Lava Jato foi justificada. Depois de uma campanha suja, das manipulações e fraudes, o mínimo que se poderia esperar era que a esquerda não reconhecesse a vitória do candidato da “ barbárie” como foi classificado Bolsonaro pela campanha Haddad. Sem contar que o próprio PT entrou na justiça solicitando a impugnação de Bolsonaro, com base nas denúncias sobre caixa 2 , no episódio relatado pelo jornal Folha de São Paulo. Entretanto, no dia seguinte da vitória do candidato da fraude e do golpe, Haddad de “ coração leve” desejou sorte para Bolsonaro, o que demostra que os discursos de que era preciso combater o fascista Bolsonaro, não passaram de mera demagogia eleitoral para arrastar a esquerda para uma política de capitulação ao golpe. A campanha da imprensa política para legitimar os resultados eleitorais apresenta um aspecto mais abrangente visa evitar um transbordamento político, uma vez que a perspectiva é do aumento dos ataques do governo contra o povo, por isso é fundamental que a oposição seja “ leal” e que se restrinja a um espaço delimitado pelos donos do poder. Por isso é fundamental denunciar que houve fraude e que Bolsonaro não tem o apoio da maioria da populacao, isso é apenas uma ficção construida para legitimar os ataques contra os trabalhadores. Contrapor a campanha da imprensa golpista pela ” aceitação da derrota” com uma luta política pelo Fora Bolsonoro, como parte de uma efetva luta contra os ataques do governo ilegitimo.


OPINIÃOL| 3

FRAUDE

Até a imprensa internacional destaca a podridão do governo Bolsonaro

O

político colocado no poder por meio da fraude eleitoral, Jair Bolsonaro, anunciou Sérgio Moro, como ministro da justiça e futuramente como ministro do Supremo Tribunal Federal. Sérgio Moro ficou conhecido politicamente por ter sido o juiz que colocou Lula, por meio de um processo totalmente anti-democrático e fraudulento, na prisão, onde ele se encontra até os dias atuais, na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A prisão de Lula e sua retirada das eleições, através da capitulação absurda de seu partido (PT) diante das ameaças dos generais do exército e das manobras da justiça eleitoral, foi o ponto central da fraude eleitoral, já que a candidatura de Lula, por conta de sua alta popularidade e apoio na população brasileira, dificultaria o jogo dos golpistas de colocarem um candidato impopular do bloco golpista no poder. Então, fica claro que o juiz Sérgio Moro foi um elemento decisivo do golpe

de estado e da fraude eleitoral. Tanto é que a própria burguesia teve de anunciar a podridão de jogada, de forma simulada e confusa como sempre. O jornal inglês, The Times, anunciou que “Jair Bolsonaro promete função primordial para juiz que prendeu seu rival”. Isso demonstra que nem mesmo a burguesia está sendo capaz de esconder o absurdo que é a participação de Moro no futuro governo, pois vale lembrar mais uma vez que Bolsonaro só está no poder porque tiraram Lula das eleições. O fato é que tudo isso esclarece ainda mais o fato que já era óbvio: tirar Lula das eleições e prendê-lo era um ponto central do golpe. E por isso, a campanha de que as eleições sem o Lula são uma fraude total continua sendo atual. As eleições foram fraudadas, e colocaram Bolsonaro em um lugar que pertence, legitimamente, a Lula. E por isso, é preciso fazer uma intensa mobilização contra Bolsonaro, inclusive contra sua posse no governo,

em 2019. E se chegar a governar, a esquerda precisa lutar intensamente contra o governo ilegítimo de Bolsonaro até derrubá-lo, e forem chamadas novas eleições, com Lula em liberdade e podendo concorrer. É preciso continuar com as mobilizações contra o golpe, e realizar gran-

des atos nacionais contra Bolsonaro e pela liberdade de Lula. Ir às fábricas, colocando em pauta a Greve Geral para derrubar o regime golpista, pois só a força da classe operária e do povo organizado com seus tradicionais instrumentos de luta podem colocar em xeque o regime golpista.

NÃO AO ARMAMENTO DOS LATIFUNDIÁRIOS

Os comitês de luta contra o golpe são fundamentais para mobilizar contra Bolsonaro C

omo ficou claro ao longo de toda a luta política contra o golpe de estado, os comitês de luta contra o golpe são fundamentais para a mobilização do povo, na atual etapa política, contra a política de ataques e manipulação da direita golpista. São organizações compostas pelos militantes mais avançados politicamente dos mais diversos partidos – PCO, PT e assim por diante, uma série de outros grupos – e até de militantes sem organização, que vêm no comitê um instrumento de mobilização contra o golpe de estado. E, de fato, esse é o objetivo dos comitês, aglomerar todos os militantes em torno de uma frente única contra

o golpe. Isto é, uma união prática e objetiva de mobilização dos trabalhadores e da população, com uma estrutura de organização independente da burguesia. Os que participam destas organizações sabem como funcionam. Reuniões semanais, para discutir política e deliberar sobre as atividades semanais para fazer um trabalho de agitação contra o golpe e de aglomeração em torno dos comitês. Por isso, são realizadas festas, colagens de cartazes, panfletagem, venda de jornal, almoços, jantares, campanha financeira, plenárias e assim por diante. O objetivo sempre o mesmo: fazer o comitê crescer e mobilizar contra o golpe.

Com a recente fraude nas eleições, que colocou Bolsonaro de forma totalmente arbitrária no poder, o trabalho dos comitês precisam se intensificar. A campanha agora deve girar em torno de uma intensa campanha contra Bolsonaro, e claro, pela Liberdade do ex-presidente Lula, que continua preso pelos golpistas, mas que voltou recentemente ao cenário da luta política por conta da aceitação do juiz Sérgio Moro, que o prendeu, de participar do governo de Bolsonaro, mostrando que Lula foi preso por um adversário político, e não por um juiz “honesto e imparcial” com apresenta a imprensa golpistas. De qualquer forma, são campanhas

centrais de luta política: denunciar a fraude eleitoral, exercer uma forte luta contra Bolsonaro e exigir a liberdade do Lula. Apenas por meio deste caminho será possível derrotar o regime golpista. A organização dos comitês de luta contra o golpe são fundamentais, então, para levar adiante toda essa campanha política, que precisa crescer e se intensificar contra Bolsonaro e sua política de repressão e ataques aos trabalhadores e suas organizações. *Para os que se interessarem ou quiserem participar ou formar um comitê de luta contra o golpe em sua cidade, entre no site: https://lutecontraogolpe.com.br/ .

De segunda a sexta às 9h30 na Causa Operária TV


4| NACIONAL

DERROTAR O GOLPE

Só mobilizando os trabalhadores se derrota o golpe: Fora Bolsonaro e Liberdade para Lula! N

ão tenhamos nenhuma dúvida. Lula é a chave do golpe. Desde muito antes do impeachment forjado da presidenta Dilma, os golpistas já arquitetavam como neutralizar o fator Lula para a consumação do golpe. Apenas em um Estado sem as mínimas garantias de direitos democráticas seria possível levar a frente uma política tão odiosa de perseguição política. Lula foi acusado de todo tipo de falcatrua sem nenhuma prova. A república do Paraná, tendo à frente o serviçal das agências de inteligência norte-americanas, juiz Sérgio Moro, forjou todo tipo de denúncias contra o ex-presidente e sua família, utilizando-se de delações premiadas de políticos e empresários que em troca de se safarem da prisão e ainda terem preservados parte dos recursos oriundos de corrupção, em depoimentos forjados sem nenhuma evidência material, mas que tinham o único propósito de incriminar Lula. A teia maquiavélica orquestrada pelo imperialismo norte-americano – sim, pois os cérebros de galinha ao estilo de Moro e Deltan Dallagnol demonstraram durante todo o processo

de inquisição uma profunda ignorância até mesmo em temas que lhes deveriam ser afetos – tratou de deslanchar uma violenta campanha que se compunha da farsa e da fraude jurídico processual (apartamento Guarujá, sítio Campinas, terreno do Instituto Lula) e de uma gigantesca campanha de calúnias (filho dono da Friboi, dólares em bancos estrangeiros, quadrilhão do PT, doação de recursos para governos estrangeiros). Tudo muito bem “comprado” pelas cobras de plantão da chamada imprensa nacional, tendo como carro-guia a Rede Globo de Televisão com milhares de horas no ar a denegrir Lula e o PT. Mesmo diante de toda essa campanha não foi difícil para a esmagadora maioria do povo entender o que estava por trás. Para os mais incautos, o governo golpista de Temer tratou de mostrar muito rapidamente todo o arsenal de maldades do golpe. Vale atentar para os “neo-incautos” esquerdistas, que conseguiram enxergar “eleições isentas e democráticas” no País, para a última do grotesco Jair Bolsonaro, a personagem escolhida pelos golpistas para oficializar o gol-

ACABOU A ILUSÃO ELEITORAL:

A esquerda precisa se organizar a partir da 2ª Conferência de Luta Contra o Golpe A

s eleições fraudadas de 2018 serviram para desorganizar toda luta que vinha sendo organizada contra o golpe e os golpistas. Boa parte dos ativistas da esquerda que estavam nas ruas, andando de camisetas vermelhas, denunciando o golpe, fazendo manifestações e até vigílias pela liberdade de Lula, agora está acuada, achando que o Brasil é fascista, reacionário, devido ao golpe eleitoral que a burguesia conseguiu impor com a vitória de Bolsonaro. A política adotada pela maioria da esquerda nas eleições chegou ao absurdo de criar a ilusão para muitos ativistas de que o golpe de Estado, organizado através do Poder Judiciário, Poder Legislativo, Polícia Federal, imprensa cartelizada e Forças Armadas seria derrotado por uma urna eletrônica. O golpe só retroage diante das mobilizações populares, da organização dos movimentos sociais e operários nas ruas. A eleição fraudada de 2018 só serviu para os golpistas recuperar o fôlego perdido com o os ataques desferidos pelo governo golpista de Michel Temer, e se preparar para novos ataques. É por isso que devemos esquecer as eleições, e voltar as forças de es-

querda na organização das grandes mobilizações de rua, visando estrategicamente a realização de uma greve geral no país por tempo indeterminado, contra os golpistas, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas e pela liberdade de Lula. Nesse sentido, os comitês de luta contra o golpe e contra o fascismo espalhados pelo país estão preparando a 2° Conferência Nacional Aberta de Luta contra o golpe, a ser realizada nos dias 08 e 09 de dezembro na cidade de Sâo Paulo. A Conferência debaterá o desenvolvimento do golpe, com a eleição fraudade do direitista Jair Bolsonaro, e quais as ações que os ativistas desse movimento precisam fazer para se contrapor a esse novo governo golpista. O pior erro que o movimento poderia cometer é o de aceitar o golpe e sua extensão com o governo de Bolsonaro ser reagir, sem se reorganizar já que o próprio governo Bolsonaro começa cheio de contradições e crise para unificar os golpistas nos interesses dos grandes capitalistas em saquear o que resta do Brasil. Todos à 2° Conferência Nacional Aberta de Luta contra o golpe. Pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, pela liberdade de Lula.

pe pelas eleições, que sequer teve a preocupação em disfarçar as relações promíscuas estabelecidas com o golpe de Estado e convidou sem a mínima preocupação o juiz Sérgio Moro, o responsável principal por todas as barbaridades desfechadas contra Lula, para ser o futuro ministro da Justiça. As instituições (todas) estão dominadas pelos golpistas. Se ainda podia restar alguma dúvida, até o Moro vai virar ministro agora. O Estado é dominado por inimigos da esquerda e dos trabalhadores, não é possível ter

Acompanhe a programação COTV no site: causaoperariatv.com.br no youtube: causaoperariatv

qualquer esperança nas instituições ou esperar qualquer respeito às leis da parte dos golpistas nessas circunstâncias. Por isso Moro vazou aqueles áudios quando Lula ia virar ministro de Dilma. Prendeu Lula e o impediu de participar das eleições. Os militares impediram o STF de soltar Lula. Diante de tantas arbitrariedades, está mais claro do que nunca que para derrotar o golpe, pelo fora Bolsonaro e para libertar Lula é necessária a mobilização dos trabalhadores nas ruas.


MOVIMENTOS | 5

TREINADO, FINANCIADO E PROMOVIDO PELO IMPERIALISMO

Fraude escancarada: Moro aceita ser ministro de Bolsonaro N

essa quinta-feira (01), desnudou-se completamente a fraude eleitoral e o próprio golpe de Estado. O juizeco golpista Sérgio Moro aceitou ocupar o Ministério da Justiça, a convite de Jair Bolsonaro, e vai participar ativamente do novo governo de extrema-direita. Segundo o vice-presidente eleito pela chapa de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão Filho, sua equipe de campanha já havia sondado o juiz ainda durante as eleições. A imprensa capitalista também já especulava a indicação. Em entrevista recente, Bolsonaro já tinha dito que Moro poderia ser ministro da Justiça ou do STF em seu governo. Esse episódio escancara de uma vez por todas a fraudulência das eleições. Sérgio Moro, o algoz de Lula, condenou e prendeu, sem provas e em aberta violação à Constituição, o ex-presidente justamente para que este não pudesse concorrer à presidência da República. Lula era o único candidato capaz de vencer Bolsonaro, mesmo com todas as fraudes e obstáculos

impostos pelas instituições golpistas. Com Lula fora da corrida, o caminho ficou aberto para Bolsonaro vencer o pleito, beneficiando-se desta que foi a maior fraude destas eleições. Moro foi parte fundamental da trama que colocou Bolsonaro no governo. Mas não é somente a fraude eleitoral que ficou absolutamente nítida. O próprio golpe de Estado, que derrubou a ex-presidenta Dilma, também. Afinal, a operação golpista Lava Jato, foi um dos principais instrumentos pelos quais a campanha golpista se fundamentou. E Moro sempre esteve ativo em tal campanha, perseguindo Lula, Dilma e todo o Partido dos Trabalhadores. Treinado, financiado e promovido pelo imperialismo norte-americano, Moro obteve sua grande recompensa. E mais: com a possibilidade de ocupar uma superpasta ministerial, que englobaria a Justiça e a Segurança Pública, o “Mussolini de Maringá” poderia até mesmo comandar, ou ao menos participar, da Força-Tarefa de

inteligência decretada por Temer no último dia 15, a qual contará com os principais órgãos de repressão do Estado, como a Abin, a Polícia Militar, a Polícia Federal e as Forças Armadas, e servirá para perseguir violentamente os movimentos populares e a população em geral. Ainda segundo especulações da imprensa burguesa, já haveria a possibilidade de Moro se candidatar à presidência da República caso haja eleições em 2022 (uma vez que o

cenário político é caótico e que há a possibilidade de um golpe militar), sucedendo Bolsonaro caso este não se reeleja. Obviamente que isso ainda é especulação, mas mostra o conluio entre todos esses golpistas para dar continuidade e aprofundar o golpe de Estado. Não era a toa que o PCO já vinha, há algum tempo, denunciando o caráter fascista da Lava Jato e do próprio Sérgio Moro. Agora esse caráter está definitivamente comprovado.

FORA BOLSONARO

Colocado no poder pela fraude, Bolsonaro já inicia as alianças com os principais golpistas S érgio Moro, o Mussolini de Maringá, também reconhecido como “pau mandado da CIA”, acabou de receber nesta quinta-feira (1º) a “justa paga” pelos valiosos serviços prestados ao golpe que está destruindo o país e nos reduzindo novamente a uma colônia de escravos: o juizeco será alçado da primeira instância da Justiça Federal para a função de todo poderoso do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. É bom lembrar a extensa lista de ações golpistas do novo Ministro da Justiça, em sua verdadeira cruzada para tirar o direito do povo brasileiro de votar em Lula: • Moro condenou Lula sem provas por uma reforma no triplex do Guarujá, reforma esta que depois descobriu-se nem ter existido; • Obstruiu o acesso dos advogados de Lula ao apartamento, com o objetivo claro de impedir que a farsa fosse descoberta; • Baseou a condenação do ex-presidente em delações obtidas por meio de prisões completamente ilegais e arbitrárias, usadas como meio de tortura e coação psicológica; • Grampeou de forma mafiosa os telefones do Palácio do Planalto e depois vazou as gravações para a Globo usá-las a seu modo, gerando uma falsa comoção nacional que acabou por impedir Lula de ser Ministro da Casa Civil da Presidenta Dilma; • Tentou prender Lula por meio de uma condução coercitiva completamente arbitrária, que somente não

chegou ao objetivo por falta de articulação com a Aeronáutica; • E ainda sem condenação definitiva, ao final do processo emitiu mandado de prisão contra lula, ou seja, sem nem existir pena a ser cumprida, e isto já sem poderes, pois, após a sentença, o único poder que lhe caiba era o de enviar o processo para a Vara de Execuções Criminais; • E por fim, mesmo de férias, não permitiu que o Habeas Corpus que favorecia o ex-presidente fosse cumprido, e isto sem também poder (competência) sobre aquele processo; Em resumo, Moro fez tudo o que podia – e certamente o que não podia fazer de jeito nenhum – para entregar a “encomenda” golpista: impedir que estas eleições tivessem Lula como um de seus candidatos, já que, em um pleito minimamente democrático toda a burguesia sabia que seria quase impossível de impedir Lula de chegar novamente à Presidência da República. Nem Bolsonaro nem qualquer outro golpista teria qualquer chance de legitimar o golpe por meio das eleições se disputasse com Lula. Mesmo preso, sem poder se comunicar com a população e sendo alvo de uma campanha difamatória feroz, Lula era disparado o mais popular e querido candidato ao cargo máximo do governo federal. E Moro, como pivô central desta enorme operação golpista, agora recebe como prêmio ter nas suas mãos sujas um imenso poder sobre o aparato judiciário e policial brasileiro. Um verdadeiro agente da CIA infiltrado na

cabeça do sistema de repressão nacional. Moro terá amplos poderes para cumprir sua tarefa: ser a face jurídica da equipe que certamente irá atacar violentamente as organizações legítimas de esquerda, como o PT, MST e a CUT, não se descartando a criminalização dos movimentos populares e operários, alterando-se a legislação, ou simplesmente fechando o regime, por meio do já anunciado “auto-golpe”. O golpista Sérgio Moro fará parte de uma verdadeiramente sinistra, que conta com políticos vinculados até o pescoço com o golpe, como Onyx Lorenzoni que fomava uma verdadeira frente de batalha golpista no Congresso, e agora será o articulador do governo, além dos inúmeros militares que agora tomam conta do poder civil, como o General Augusto Heleno, o Tenente-Coronel Marcos Pontes, e isto sem esquecer do vice-presidente golpista, o General Mourão. Enfim, foi toda uma longa operação de fraude levada a efeito para afastar o povo do poder. Agora os participantes deste golpe fazem a festa dividindo e brigando por fatias do governo golpista que certamente somente atenderá os interesses do imperialismo e da alta burguesia. A premiação de Moro com uma quase onipotência jurídica e policial sobre o Brasil é o valor pago a este infiltrado da CIA por ter tirado do povo brasileiro o direito de votar e eleger Lula. É mais um fruto podre de uma eleição de fachada, fraudulenta e de men-

tira, que apenas gerou um governo Temer piorado e que é a continuidade e aprofundamento do golpe que está destruindo a população brasileira. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!


6 |MOVIMENTOS

MINAS GERAIS

Latifundiários e deputados bolsonaristas querem despejar sem terras em MG: resistir com comitês! M

ais de 450 famílias camponesas do Movimento Sem-terra, que moram e trabalham no acampamento Quilombo Campo Grande no sul de Minas Gerais, estão ameaçadas de despejo pelos fazendeiros da região. Depois de mais de 20 anos de lutas, as famílias camponesas que moram no acampamento haviam organizado a infraestrutura do local, com luz elétrica, além da produção de uma série de alimentos, como, feijão, hortaliças, frutas, sementes orgânicas gado, galinhas, porcos, etc. Logo após a eleição fraudulenta do candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, e seus capachos estaduais, como Romeu Zema, do Partido Novo, eleito em Minas, os acampados rece-

beram uma ordem de despejo, e estão ameaçados de terem suas casas e sua produção destruídas pela força policial e dos fazendeiros. É necessário organizar a luta dos camponeses contra o avanço da extrema-direita por meio da formação dos comitês de auto-defesa. É preciso resistir à violência dos latifundiários pelos meios que forem necessários. Abaixo a nota do Acampamento Quilombo Campo Grande: Nós, famílias da regional do MST do Sul de MG, do Quilombo Campo Grande, queremos denunciar a ação fascista contra a nossa luta de 20 anos. Aqui, as famílias, depois de tantos anos, já contam com infraestrutura de energia elétrica, casas de alvenaria

e produzem uma grande diversidade de produção agroecológica, como café, muitas variedades de milho, feijão, hortaliças, frutas, sementes orgânicas gado, galinhas, porcos. Essas famílias geram, com seu trabalho, soberania alimentar, não apenas para quem produz e vive na terra, mais para milhares de pessoas que passaram a ter acesso a um alimento saudável, sem veneno e de qualidade. Os acampamentos também geram distribuição de renda. A terra, que era apenas de um dono, agora traz dignidade para quase 450 famílias, mais de 2.000 pessoas que estavam quase tendo seu sonho de ter a posse da terra realizado com um decreto estadual. Mas agora, através de um conluio

jurídico entre os grandes fazendeiros, deputados da bancada ruralista e empresas do agronegócio da região, estão organizando um processo de despejo para as famílias que moram e resistem ao longo desses 20 anos de luta. Inaceitável a situação! Há dois meses atrás as famílias quase tinham sido assentadas e agora podem perder tudo o que construíram ao longo desses anos. Esses é um dos conflitos agrários mais antigos do país. Pedimos apoio das organizações parceiras, amigos, apoiadores, para estarem presentes no dia da audiência dia 7 de novembro as 13h, no fórum de Campos Gerais. Somos resistência! A luta pela Adrianópolis é a Luta pela democracia!

REPRESSÃO

CARTA BRANCA PARA MATAR

Fora PM das aldeias indígenas: pela autodefesa contra os latifundiários

Witzel diz que policial deve ter o direito de atirar em inocente

A

pós o incêndio criminoso provocado por jagunços, apoiadores de Bolsonaro, contra uma escola e uma unidade de saúde, localizados no interior da comunidade indígena PanKararu, situada no sertão do estado de Pernambuco, a Justiça Federal, da 34º Vara de Pernambuco, determinou o envio imediato de força policial para a região, com o objetivo de garantir a “segurança” da comunidade indígena frente aos ataques sofridos. Primeiramente, é preciso afirmar que o incêndio foi uma ação política da direita, ou seja, dos latifundiários da região, junto aos seus jagunços, como forma de tentar intimidar e reprimir o povo indígena. A ação violenta destes setores está inserida no avanço da violência dos grupos de extrema-direita contra determinados segmentos sociais, como as mulheres, os negros, os homossexuais e os índios. Em segundo lugar é necessário deixar claro que o envio da força poli-

cial para a região não é garantia nenhuma de segurança para os índios da comunidade Pankararu. A policia está do lado dos latifundiários, é um instrumento de repressão, junto com os jagunços, do povo pobre, camponês, sem-terra e indígena. Com o aprofundamento do golpe de estado e da violência da direita contra o povo, o envio de uma força tarefa para a comunidade tende a aumentar a repressão contra os índios, e não diminuir. A única forma de se garantir a integridade física da comunidade indígena frente aos ataques é por meio da organização dos comitês de auto-defesa. Diante da escalada da violência contra a tribo, os índios tem o direito de se defenderem dos ataques da maneira que for necessária. É preciso que a comunidade de Pankararu, os próprios índios organizem os comitês de auto-defesa para poderem resistir a violência da direita.

Na onda de ataques da extrema-direita, ativista LGBT sofre agressão a marteladas

O

cenário cada vez mais se demonstra penetrado pela violência da extrema-direita. Como característica geral desse setor, seus ataques são preferencialmente contra os setores oprimidos e marginalizados, como LGBTs, negros, mulheres etc. Não há surpresa que esse é o caráter específico da direita, mas é preciso destacar sua aparição constante durante o processo eleitoral e agora depois da constatação prática da fraude. O caso mais recente se deu na cidade de São Carlos (SP), por volta das 7h da manhã no bairro Cidade Aracy onde Ângela Lopes, ativista LGBT transsexual, sofreu brutal agressão de ho-

mem desconhecido na região que reside. A vítima foi atacada a marteladas pelo agressor, que enquanto a atacava disparava falas como “viado desgraçado “, depois de diversos disparos com o martelo ao perder o instrumento, agrediu a ativista com socos. Na tentativa de se defender, a ativista gritou para que vizinhos a ajudassem. Mesmo com a intervenção deles o agressor ainda continuava a atacá-la freneticamente. Após a violência sofrida, Ângela levou 15 pontos na cabeça e 5 na nuca, além das diversas escoriações deixadas pelo corpo. Não se sabe o real motivação da agres-

S

onho dos golpistas, assassinar a juventude negra e pobre brasileira sem qualquer impedimento agora é realidade nas mãos do novo governador eleito no Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do PSC carioca. Witzel afirmou que o policial que mata alguém portando fuzil não deve ser penalizado “em hipótese alguma”. “O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro”. Todos sabem que essa política não serve para bandido com fuzil, mas para gente comum das favelas e periferias. A defesa de Witzel, que não por acaso é ex-juiz federal, na verdade, é que a polícia tenha o direito de atirar em inocente sem que seja responsabilizada pelo ato. Essa é uma das principais reivindicações de todos os direitistas que se escon-

são, mas é fato que esse é um ato motivado pela extrema-direita que impulsiona ataques como esse pelo país. Assim foi durante o processo eleitoral por aqueles que se apoiavam na candidatura fascista de Jair Bolsonaro, e no momento tende a se acentuar com a chancela do presidente ilegítimo que corrobora com tudo isso. Sem mais ilusões em soluções imateriais, todos os setores devem se organizar diante dos comitês de luta, aqui em especial o movimento LGBT, que deve se pautar nessa política para que seja organizada a luta e autodefesa desse setor, alinhada a classe trabalhadora no movimento popular geral contra o avanço dos fascistas; não permitir a concretização de ataques monstruosos como esse. Organizar a reação deve estar na ordem do dia.

deram atrás da fraude eleitoral de Bolsonaro. “Se um bando de criminosos de fuzil, o Comando Vermelho e a Amigos dos Amigos, resolve fazer uma guerra de facção, quem é que para isso? A polícia vai ficar assistindo eles? Serão todos abatidos”. Todos, que o governador quer dizer, é todos os pobres, negros e moradores de favela. A política de segurança de Witzel, na verdade, é política de extermínio da população pobre, de execução de inocentes e de repressão a todo povo carioca. Como parte do golpe de Estado, a eleição de Witzel também deve ser denunciada como uma fraude escancarada, eis que meses atrás estava no calcanhar das pesquisas e, subitamente, acaba sendo eleito exclusivamente como parte do plano dos golpistas, não como resultado da vontade popular.

Toda segunda-feira às 19h


MOVIMENTOS| 7

BANCÁRIOS

Reforma em agência do BB prejudica saúde do trabalhador A

gerência da agência do Banco do Brasil Taguatinga Centro, localizada em uma das cidades satélites de Brasília, é um verdadeiro terror para os funcionários, conforme já denunciado por este Diário. Além de ser um verdadeiro carrasco ao exercer a sua função perseguindo funcionários, para que atinjam metas de vendas de produtos bancários, ou, aqueles por um acaso tenho se atrasado na hora da entrada ou do horário de almoço, ou mesmo demitir, por motivo fútil, trabalhadores terceirizados, esse mesmo gerente, carrasco, vem expondo bancários e clientes em ambiente degradante em que os mesmos são obrigados a inalar poeira, exposição prolongada a ruídos altos e a componentes químicos, tais como tinta e solventes, etc., por motivo de estar havendo uma reforma na de-

pendência do banco. Poe em risco a saúde do trabalhador para satisfazer o apetite dos banqueiros em busca de lucro a qualquer preço. O golpe de Estado no País alçou uma direita mais reacionária à frente do Banco do Brasil, e, consequentemente, elevou ao status de gerências, chefes de departamentos e demais chefias, pessoas com perfis mais direitista, como é o caso do gerente da agência Taguatinga Centro. É preciso dar um basta a esta política reacionária, que hoje domina a direção do banco, através de forte mobilização de toda a categoria bancária conjuntamente com os demais trabalhadores com o objetivo de derrotar o golpe e seus governos eleitos recentemente através de um processo eleitoral mais fraudulento na história recente do País.

FORA MBL DAS UNIVERSIDADES:

CORREIOS

Bolsonaristas criam ato para provocar movimento estudantil

Apesar dos golpistas, Correios recebe prêmio de melhor empresa em entrega de encomendas A

D

epois da eleição fraudulenta no último domingo (28), a extrema-direita que já durante o processo fazia cada vez mais avanços no cenário político, agora com a consolidação da fraude sente-se a vontade para ocupar espaços populares, locais esses que são representativos de luta dos trabalhadores e juventude do país. Na presente semana, setores da extrema-direita entraram em universidades na tentativa de promover atos a favor do presidente ilegítimo e contra a esquerda de conjunto. Na quarta-feira, fora anunciado que o movimento fascista MBL (Movimento Brasil Livre) realizará ato na Universidade Federal da Bahia, o qual denominaram de “enterro do PT”. Prontamente a resposta do movimento estudantil e de toda a comunidade acadêmica da UFBA deve ser direta; não permitir de maneira alguma que a direita fascista faça atos como esse na universidade, que é um local de luta dos estudantes, um campo progressista e que não há espaço para a extrema-direita na mesma, uma vez que é a principal inimiga das universidades públicas do país.

Em publicação com relação ao ato, o presidente da organização fascista na Bahia, Carlos Siqueira, disparou ameaças àqueles que tentassem impedir a realização do ato, afirmando que haveria a presença de policiais federais à paisana. Essa é a principal característica da direita fascista; se apoia no aparato repressor do estado para promover atos pérfidos para serem assegurados pelos cães de guarda do estado burguês e consequentemente atacar a universidade de maneira indiscriminada. Assim como na Universidade de Brasília (UnB), onde os estudantes colocaram os fascistas para fora da universidade, esta deve ser a mesma resposta dada pelo movimento estudantil da UFBA. Não permitir que a extrema-direita faça ato e expulsa-los se o mesmo se concretizar. Nesse momento, é preciso se organizar diante dos comitês de luta, que é a ferramenta mais efetiva de mobilização contra os fascistas serem combatidos. Para isso, os estudantes devem constituir comitês imediatamente em todas as universidades e não permitir que os fascistas façam mais avanços.

ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), apesar de estar sendo desmontada pelos golpistas que controlam o governo federal, a fim de entregá-la aos grandes tubarões do mercado postal, acaba de ganhar o prêmio Top of Mind. Esse prêmio serve para indicar a marca mais reconhecida pela população, quando perguntado a pessoa sobre seu seguimento comercial. Para conceder o prêmio aos Correios esse ano, os organizadoras da pesquisa entrevistaram 6.670 em 119 municípios do Brasil, com a seguinte pergunta: Qual a primeira marca que lhe vem à cabeça quando você pensa em serviço de entrega de encomendas? A maioria absoluta respondeu que era os Correios, sendo que a marca Sedex foi citada várias vezes. Lembrando que hoje os Correios tem que competir com mais de 200 empresas de logística no setor de encomen-

das, tanto de âmbito local, municipal, estadual, nacional e internacional. O golpista e direitista Jair Bolsonaro, eleito presidente do país, através de uma eleição fraudada, anunciou como besta fera que é, que os Correios não tem jeito, que melhor seria extingui-lo, pois se propor a sua venda, é capaz que não queiram comprá-lo. Essa pesquisa é mais um elemento para denunciar os entreguistas das riquezas do país, os Correios, como a Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Eletrobrás etc. são empresas que são eficientes para as necessidades da população, além de promoverem muito lucro para o Estado, por isso estão sendo cotadas pelos golpistas para serem vendidas. Os golpistas são verdadeiros lesa-pátria. É necessário a organização dos trabalhadores dos Correios em comitês de luta contra o golpe e contra as privatizações do patrimônio nacional.


8 | CIDADE E ESPORTE

“LAS SANDINISTAS”

Documentário sobre guerrilheiras da Nicarágua vence Mostra de Cinema de SP O

documentário “¡Las Sandinistas!”, que retrata a participação feminina na Revolução Sandinista, da americana Jenny Murray, foi premiado com o Troféu Bandeira Paulista da Mostra de Cinema São Paulo, que terminou nessa quarta (31). A opção pela produção de cunho político e de esquerda se manteve, com a escolha de “Torre das Donzelas” para o Prêmio Petrobras, drama que retrata a história do Presídio Tiradentes na época da ditadura militar. Esse era o local para o qual eram encaminhadas as detentas vindas de guerrilhas, dentre elas, a ex-presidenta Dilma Rousseff. O critério de premiação era estabelecido pela votação dos jurados e da própria plateia, que se manifestou com gritos “ele não”, associando a ditadura militar com o presidente eleito pela fraude Jair Bolsonaro. A Revolução Sandinista de 1979 foi a culminação de anos de batalha das diversas forças de resistência nicaraguense contra a ditadura da família Somoza que representava os Estados Unidos na Nicarágua. Essa ditadura havia sido estabelecida por meio de um golpe imperialista em 1936, após a morte do então líder da resistência antiimperialista, o general Augusto César Sandino. Ele viria,

então, a ser o símbolo da resistência que levou à Revolução Sandinista, que recebeu o seu nome como homenagem. A luta contra a opressão dos Somoza se deu através de uma luta de guerrilhas, cuja principal frente foi a Frente Sandinista de Libertação Nacional. A vitória da guerra veio em consonância com a Revolução Cubana de 1959, fato que incitou um amplo apoio popular aos movimentos de resistência armada nicaraguense. Os principais feitos do governo vitorioso foram a reforma agrária e a chamada “Cruza-

da Nacional de Alfabetización”, que reduziu os níveis de analfabetismo de 50% para apenas 12% a nível nacional. Uma das características dessa revolução foi a participação de setores importantes da Igreja Católica, adeptos da “Teologia da Libertação”. Essa presença, contudo, veio a representar uma importante força conservadora que levou o governo revolucionário a ceder em questões importantes, como foi feito com as reivindicações da luta feminina. O filme retrata a história das mulheres que lutaram nas guerrilhas da

Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) contra as tropas da ditadura Somoza apoiada pelo governo imperialista norte-americano. A participação feminina na batalha foi de fundamental importância para a vitória da FSLN, a exemplo de Dora Maria Tellez, uma jovem estudante de medicina que se tornou uma das lideranças do exército sandinista. A importância das mulheres na vitória da revolução, contudo, foi negligenciada pelos governos posteriores que acabaram estabelecendo uma coalizão de acordo com setores da burguesia, fato que acabou por levar à descaracterização do governo operário e ao posterior restabelecimento da lógica capitalista. Isso implicou na marginalização das pautas femininas que, a exemplo da reinvindicação histórica pelo direito ao aborto, foram ignoradas pela Junta de Governo de Reconstrução Nacional, e os posteriores. Com o tempo, a própria memória da luta das mulheres nas guerrilhas vitoriosas foi sendo apagada da história. Contra isso, o documentário “¡Las Sandinistas!” resgata a importância da luta feminina na aliança pelo socialismo e pelo governo operário. O documentário foi produzido a partir de uma campanha financeira. Sua história e o link para as doações estão no site https://www.lassandinistas.com/.

ESPORTES

Escândalo na Libertadores – Conmebol usa o VAR para estelionato contra o futebol brasileiro

U

ma sucessão de fatos ocorridos nas etapas decisivas da principal competição de clubes do continente sul-americano acabaram por contribuir para a eliminação de quatro times brasileiros (Santos, Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras) na Taça Libertadores. O melhor futebol do mundo e por consequência também do continente está sem representante na grande final do cobiçado torneio, que garante ao campeão o direito de disputar o título mundial

contra o campeão do continente europeu. Em uma das partidas das semifinais realizada na terça-feira entre o Grêmio e River Plate, na decisão de uma das vagas para a final, o time argentino acabou levando a melhor, depois de uma partida onde aconteceu de quase tudo. O Grêmio havia vencido a primeira partida, em Buenos Aires, pelo placar de 1 x 0 o que garantiu ao time gaúcho uma ótima vantagem para a segunda partida, que foi realizada em Porto Alegre, na Arena Grêmio. Nesta partida de volta o time brasileiro abriu o placar e vinha mantendo a vitória até os 35 minutos do segundo tempo, quando num gol irregular, onde a bola resvalou na mão do jogador do River Plate antes de ir parar nas redes, o time argentino empatou a partida. O VAR nada viu e o árbitro de campo validou o gol. Minutos após o time argentino chegaria ao desempate, num lance em que o VAR “resolver enxergar” um toque de mão involuntário e acidental do zagueiro Bressan, onde nem mesmo os jogadores do River Plate reclamaram. O árbitro uruguaio foi alertado e foi consultar o VAR, voltando com a decisão de assinalar pênalti contra o time da casa. Um verdadeiro escân-

dalo, um verdadeiro estelionato. O pênalti foi convertido e o River Plate ficou à frente do placar, permanecendo assim até o apito final, com a confirmação da vaga de finalista para o time da cidade de Buenos Aires. Outra irregularidade verificada na partida foi a violação da punição imposta ao técnico do River Plate (embora tenhamos nos manifestado aqui contra a punição), Marcelo Gallardo, que estava impedido de dirigir o time, inclusive de se comunicar com os jogadores e com o auxiliar técnico que lhe substituíra. O treinador argentino ignorou solenemente a punição e fez uso de aparelhos para se comunicar com a comissão

no intervalo, o que também estava interditado devido a punição imposta pela Conmebol. O fato objetivo e incontestável é que o time brasileiro foi escandalosamente roubado dentro de sua própria casa pela arbitragem da Conmebol, o que coloca sob suspeição a legitimidade não só do resultado da partida e a classificação do River Plate, como também a lisura do título de campeão da Libertadores, que será disputado entre dois times argentinos, o River Plate e o Boca Juniors, que eliminou o Palmeiras, na noite de quarta-feira, depois de uma movimentada partida que registrou o placar de 2 x 2.

Todos os domingos às 20h

técnica, inclusive indo até o vestiário


CIDADES E ESPORTE | 9

“DEMOCRACIA”

Trump quer usar 15 mil soldados contra imigrantes vítimas dos EUA

A

pós promover uma completa desestabilização socioeconômica em Honduras – assim como em diversos países da América Latina – o governo dos EUA expõe sua reputada faceta “democrática” e intensifica o bloqueio à entrada de imigrantes na fronteira com o México. Após o aterrador anúncio do envio de 5.200 soldados, Donald Trump não se contenta e diz que o efetivo pode chegar a 15 mil militares. O anúncio foi feito na Casa Branca, nessa quarta-feira (31), aclarando a impiedosa intenção do mandatário ianque, que consiste em: deter a entrada de uma caravana migrantes – que deixou Honduras no último dia 13 – e que atualmente estão a cerca de 1.600 quilômetros de distância da fronteira do país. O suporte militar servirá de apoio aos agentes de patrulha, o ICE (Serviço de Alfândega e Proteção das Fronteiras) e outros membros repressores locais. Segundo Trump, os EUA “estão preparados” e os migrantes “não vão entrar em nosso país”. Neste mesmo dia, porém mais cedo, o próprio secretário de Defesa, Jim Mattis, já havia prometido o emprego de milhares de soldados fortemente armados na fronteira – que já conta lanchas da Marinha e arame farpado nos portões que dividem os países. No último dia

25, Trump destilou sua vilania contra os despossuídos e, escrevera: “Àqueles na caravana, deem a volta, nós não vamos deixar pessoas entrarem nos EUA ilegalmente. Voltem a seu país e, se vocês quiserem, peçam cidadania como milhões de outros estão fazendo!”. Afirmou também que, havia “criminosos” infiltrados na caravana; além de pessoas do Oriente Médio. Atualmente, as fronteiras contam com o apoio de 2.100 guardas nacionais – que receberão mais 5.200 – anunciados na segunda-feira (29). Até o momento, quatro caravanas se dirigem aos EUA, sendo que dois últimos grupos – com cerca de 600 salvadorenhos – deixou a capital de El Salvador neste domingo (28). Enquanto isso, um outro grupo que chegou a reunir mais de 1.000 pessoas, encontra-se na fronteira entre a Guatemala e o México. Contudo, o grupo mais próximo [1.600 quilômetros] da fronteira já reúne 7.000 pessoas. Como parte de sua política de colaboração com o imperialismo, o governo mexicano afirmou na segunda-feira (29), que reforçou a segurança da fronteira com a Guatemala, visando conter o avanço de novas caravanas. Em contrapartida, Trump vem constantemente ameaçando cortar a ajuda à América Central e fechar a fron-

teira com o México. De acordo com o jornal The Washington Post, o mesmo avalia proibir até mesmo a imigração e o refúgio para centro-americanos, repetindo o que foi feito no ano passado com países de maioria islâmica. Essa não é a primeira vez que Trump ameaça utilizar as forças militares para acossar os imigrantes que estão em situação de extrema precariedade, fugindo da pobreza que a própria política ianque promove em seus países. Nessa árdua caminhada, onde idosos e crianças buscam o mí-

nimo para sua sobrevivência, – Trump os recebe com soldados. As atrocidades cometidas pelos EUA já esgotam páginas e mais páginas da história recente – perpetrando golpes de Estado e promovendo sucessivas ingerências à seu favor. Não esqueçamos que através de sua política imperialista, os ianques arquitetaram a derrubada de Manuel Zelaya em 2009, colocando um signatário pró-imperialista, que acabou por levar à lona toda frágil economia de Honduras.

Participe da 43ª Universidade de Férias do PCO, de 12 a 27 de janeiro de 2019 Procure o PCO pelos contatos a seguir e se inscreva já: (11) 98589-7537 (TIM) (11) 96388-6198 (Vivo) (11) 97077-2322 (Claro) (11) 93143-4534 (Oi)



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.