QUINTA-FEIRA, 8 DE NOVEMBRO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5455
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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ORGANIZAR A LUTA CONTRA A DITADURA DOS GOLPISTAS: PARTICIPE DA 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL ABERTA São muitos e evidentes os sinais de que o próximo governo prepara não apenas a continuidade do governo golpista de Michel Temer – de quem tem toda a colaboração, inclusive com a nomeação até mesmo de um ministro do futuro governo para compor o ministério atual – mas também uma nova etapa do regime golpista com mais repressão e ataques ao povo brasileiro.
EDITORIAL
SEGUNDA TURMA DO STF TAMBÉM É UMA “CÂMARA DE GÁS”: SÓ O POVO NAS RUAS VAI LIBERTAR LULA
Leia o Jornal Causa Operária Ediçao 1029
Boulos: o “líder” que vai levar a esquerda para o abatedouro
Gabinete de Segurança Institucional: órgão de repressão política ditatorial Quem comanda o regime golpista desde a derrubada de Dilma Rousseff, em 2016, são os militares.
Festa de Revéillon Com Extraordinário show CANTATA POPULAR “SANTA MARÍA DE IQUIQUE” Guilherme Boulos, ícone da incipiente “resistência pacífica e democrática” contra uma ideia eleitoral de fascismo, assume a “frente ampla” como método de luta e o “observatório jurídico” como método de autodefesa.
Leia: O encarte especial sobre a Vitória da fraude
Quem é Hamilton Mourão? O homem de frente do golpe militar
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2 |OPINIÃO EDITORIAL
Segunda turma do STF também é uma “câmara de gás”: só o povo nas ruas vai libertar Lula N
a semana passada, caiu a máscara de juiz imparcial de Sérgio Moro, quando tornou-se público que o magistrado vinha barganhando havia meses ou bem o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou bem o posto de ministro da Justiça. O nazista Jair Bolsonaro, presidente supostamente eleito, optou pelo posto no Poder Executivo, e o vice-presidente Hamilton Mourão revelou que a negociação era antiga. Evidentemente, isso constitui uma prova de envolvimento político e de parcialidade de Moro, o Mazzaropi da Odebrecht, na condenação, prisão e impedimento da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Com base nessa nova revelação, a defesa do ex-presidente entrou com novo pedido de habeas corpus junto ao STF na última segunda (5). O recurso foi encaminhado à Segunda Turma da Côrte, composta por Cármen Lúcia, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. A bem dizer, o pedido de liberdade provisória é o mínimo a ser feito diante da perseguição política perpetrada pela Operação Lava-Jato contra a esquerda e mais especificamente contra Lula: provavelmente deve ser demandada a nulidade de todo o processo. A nomeação de Moro ao cargo de ministro só mostra aquilo que já era visível à luz do dia: o juiz, elementos da Polícia Federal, o Ministério Público, agiram com finalidade política de modo a perseguir a esquerda, o Partido dos Trabalhadores, e com a finalidade de quebrar importantes setores da economia nacional que vinham se destacando no mercado externo: as indústrias petrolífera e da construção civil. Esta operação e suas congêneres constituem uma das espinhas dorsais do golpe de Estado em curso no Brasil. Convém lembrar, por isso mesmo, que todo o judiciário está em alguma instância comprometido com o bom andamento do golpe. O STF avalizou formalmente a condução do processo fraudulento de impeachment – inclusive com Lewandowsky presidindo a sessão no Senado –, negando-se até hoje a avaliar o mérito da questão suscitado pelos pedidos de anulação impetrados pela defesa de Dilma Rousseff há mais de dois anos. Foi o STF que negou-se sucessivas vezes a conceder habeas corpus a Lula. Foi o STF quem avalizou por jurisprudência ou por Ações Diretas diversas medidas golpistas inconstitucionais, como a cassação do direito de greve dos servidores públicos ou a prisão de réus condenados em segunda instância. Vale lembrar ainda que hoje a Côrte é comandada pelo general Fernando Azevedo e Silva,
colocado pelos militares como “assessor” de Dias Toffoli na Presidência. Se a Primeira Turma do STF é chamada de “câmara de gás” – de onde ninguém sai vivo – considera-se tradicionalmente que a Segunda Turma do STF tem perfil mais garantista – ou seja, que manipula menos a letra da lei em função de interesses políticos e econômicos, garantindo os direitos e liberdades políticos e individuais dos cidadãos. Em “condições normais” e em casos comuns, certamente seria o caso. Não se pode ter qualquer ilusão, porém, quando o réu é uma liderança popular – ainda mais Lula –, e num contexto de golpe de Estado, em que direitos vêm sendo subtraídos corriqueiramente à população, em que uma presidente legitimamente eleita foi tirada do poder num processo manifestamente ilegal e em que um nazifascista ascendeu ao comando do País por meio de eleições fraudulentas. Da continuidade do encarceramento de Lula depende visceralmente o andamento do golpe de Estado, o aprofundamento dos ataques à população, a privatização e entrega desenfreadas do nosso patrimônio ao estrangeiro. Para Lula, enfim, qualquer instância do Judiciário é hoje uma “câmara de gás”. Certamente a iniciativa jurídica não basta: somente um processo real de mobilização da classe trabalhadora com seus instrumentos tradicionais de pressão política será capaz de mudar a relação de forças reais em jogo. Não basta a letra da lei, não bastam os acordos de camarilha, não bastam a campanha eleitoral e os votos (jogados no lixo pela fraude nas urnas). Não basta, enfim, o combate inscrito à esfera institucional, completamente dominada pela direita golpista. Numa situação análoga à questão da anulação do impeachment de Dilma Rousseff, o STF só libertará Lula algum dia caso haja uma pressão irresistível do povo nas ruas.
Fora Bolsonaro
POLÊMICA| 3
BOULOS
O “líder” que vai levar a esquerda para o abatedouro
G
uilherme Boulos, ícone da incipiente “resistência pacífica e democrática” contra uma ideia eleitoral de fascismo, assume a “frente ampla” como método de luta e o “observatório jurídico” como método de autodefesa. Para o ex-candidado à presidência, o “embrião” dessa frente se desenhou no segundo turno, quando a esquerda “lutou” ao lado de Marina Silva e do PSDB. Traduzindo, o “lider” do MTST e da Frente Povo Sem Medo está chamando seus pares a apoiarem seus algozes na perseguição preparada pelos golpistas contra a esquerda brasileira. A prática dessa muito peculiar forma de “resistir”, Boulos ensinou em seu discurso no prédio do Masp dois dias após a vitória de Bolsonaro pela fraude: “nós reconhecemos como legítimo o governo Bolsonaro”, é “fake news” denunciar a fraude eleitoral, é preciso agir “pacificamente” e travar uma luta parlamentar contra o fascismo, “O bolsonaro, presta a atenção, a sua casa vai virar ocupação!” dá cadeia, não pode falar. Contra Bolsonaro, apenas insultos infantis – “Bolsonaro é presidente, não é imperador do Brasil”. Se essa é a maior conclusão a ser tirada da situação brasileira hoje, então qual seria o fundamento de todo o terror eleitoral da luta final da “democracia contra a barbárie” imposta à esquerda na semana anterior? Isso o próprio Boulos responde. A grande vitória dessa campanha eleitoral desesperada seria o “embrião” da Frente Amplíssima de esquerda e golpistas contra uma ideia confusa daquilo chamado de “fascismo”. Contra esse fascismo imaterial, feito de “nuvem de ódio destilado”, portanto, cabem saídas parlamentares e saídas judiciais. Contra “nuvens”, um “observatório jurídico”, com mais de 250 ad-
vogados, e uma rede de juristas são as saídas mais “eficazes” indicadas pelo líder do MTST e da Frente Povo Sem Medo. Suas bases e ele mesmo, contudo, estão sob ameaças reais, cuja materialidade excede qualquer discurso inflamado ou técnica política mirabolante e puramente nominal de “resistência”. O fascismo real não se curva a qualquer uma dessas armas idealistas, pelo contrário. A extrema-direita se alimenta dos espaços cedidos pela esquerda confusa, capituladora e crente nos mecanismos institucionais burgueses chamadas tão divinamente de “Estado”. A verdade é simples: a mesma burguesia responsável pelo Estado, manda na Justiça, controla o Legislativo, subjuga o Executivo. A polícia, o exército, a repressão, também são braços da classe dominante. E, possuindo tudo isso, foi o capital, foram os patrões, aqueles que deram o golpe de Estado, aqueles que elegeram Bolsonaro e aqueles que optaram pelo fascismo como uma política de Estado a ser implantada à sua conveniência. Os agentes do fascismo são os mesmos agentes do golpe e da perseguição política a Lula. Nesse sentido, fica claro o tamanho do engodo levado pela política de Boulos ao chamar os sem-terra, para abraçar tucano e deixar a escolha da lei burguesa toda estrutura de resistência operária contra os ataques fascistas. Isso é levar a esquerda para o abatedouro. É preciso lembrar que não importou o número de pedidos de habeas corpus para Lula, as milhares assinaturas pelo pedido da anulação do impeachment anexadas ao processo de Dilma Rousseff, ou os inúmeros recursos jurídicos utilizados na tentativa de manter a candidatura favorita do
ex-presidente. A tudo isso, a “justiça” respondeu com Sérgio Moro, Raquel Dodge, Carmen Lúcia, Dias Toffolli e general Fernando Azevedo e Silva. O “cercar e não deixar prender” e o
“ocupar brasília por lula presidente”, por sua vez, surtiram um resultado tão profundo, a ponto de nenhuma força repressiva ter se atrevido a intervir nessas situações. Não interviram e, ainda mais, cederam. Lula manteve-se no sindicato dos metalúrgicos do ABC até sair, por conta própria, fugir da população e se deixar prender. Em Brasília, a candidatura do maior perseguido político do golpe foi inscrita sem qualquer moção repressiva por parte da direita. Nessas duas situações, o povo estava mobilizado, estava organizado. Os movimentos sociais tinham uma política de combate independente da burguesia e não nutriam uma esperança sequer em relação a classe dominante. A política era “lutar até o fim” e “invadir o TRE se for preciso”. Na luta de classe, é preciso lutar a partir de uma posição bem definida. No Brasil hoje isso significa que: é preciso formar Comitês de Luta Contra o Golpe para estabelecer os centros organizativos. É preciso formar os Comitês de Autodefesa para garantir a segurança das ações de maneira independente. É preciso comparecer e auxiliar na construção da 2a Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e Contra o Fascismo para estabelecer uma diretriz política clara a nível nacional, capaz de fazer recuar o golpe e seu viés fascista.
4| POLÊMICA
ELEIÇÕES FRAUDADAS
Esquerda que não lutou contra o golpe pressiona o PT a abandonar Lula para virar um PSDB A
s eleições foram fraudadas. Essa não é um constatação unitária do PCO, mas de todos aqueles setores que não se deixaram levar pelo “canto da sereia”do poder das urnas. As eleições foram, sim, fraudadas de cabo a rabo, por um motivo muito simples: os “donos do golpe” de Estado estabeleceram as eleições como o marco da institucionalização do golpe, que objetivamente iniciou-se com a deposição absolutamente ilegal da presidenta Dilma e que teve como maior cartada a perseguição, a prisão e o impedimento de Lula em concorrer à presidência em uma das operações mais sinistras já realizadas contra um líder popular no mundo. São fatos inconstestes. Do outro lado da trincheira, temos a unidade do imperialismo e da burguesia “nacional” associada, que se utilizam do fato de serem donos do Estado e, obviamente, de suas instituições, para produzir todo tipo de falcatrua a fim de construir “uma verdade” disseminada numa gigantesca campanha de manipulação, calúnias e mentiras por parte da imprensa deles. Uma pessoa mais leiga poderia concluir que de um lado estão os que mandam no país e de outro a esquerda que procura lutar contra essa dominação e, por isso, a perseguição que sofre. O problema é que a lógica da conclusão não vale para a luta de classes real. Existe um cortina de fumaça intecionalmente criada no interior da própria esquerda, que visa criar confusão para favorecer, em última instância, os donos do Estado, os donos do golpe. Do período que vai do impeachment da presidenta Dilma até a capitulação da direção do PT em abrir mão da candidatura de Lula, esses setores agiram diuturnamente para evitar qualquer movimento de reação ao golpe. Figuras públicas da direita do PT como os Humberto Costa, Jaques Wagner e Tarso Genro do PT foram porta-vozes de posições que iam de encontro a qualquer perspectiva de luta contra o golpe, que teve como sua primeira vítima o próprio partido do qual fazem parte. Humberto Costa em entrevista à re-
vista Veja, logo após o impeachment, defendeu que o seu partido deveria “virar a página” do golpe, pouco depois da deposição da presidenta Dilma. Genro defendeu que o PT deveria fazer “autocrítica” no momento em que
pendência de classe dos trabalhadores diante da burguesia, nas condições de golpe de Estado, é um verdadeiro cavalo de Tróia, que tem por objetivo abrir caminho para a consolidação do golpe.
Sérgio Moro e a Globo desfechavam uma violetíssima campanha contra o Partido com as denúncias forjadas de corrupção. Jaques Wagner chegou ao cúmulo de defender que Lula, preso político em Curitiba, com mais de 40% das intenções de voto, abrisse mão de sua candidatura a favor do direitista Ciro Gomes, um testa-de-ferro histórico do PSDB. Ainda cabe uma menção ao candidato substituto de Lula, que defendeu durante a campanha eleitoral a Lava-Jato e o juiz colocado a dedo à frente da operação para condenar e prender Lula e que ao final do 2º turno desejou sucesso ao presidente eleito,sem sequer considerer a sorte de um governo Bolsonaro será a desgraça do povo brasileiro. Se em condições normais essa já seria uma política absolutamente nefasta. De um ponto de vista da inde-
Alguém ainda mais ingênuo poderia objetar que essas declarações guardavam apenas um “cálculo eleitoral” e que agora o PT terá unidade para combater o golpe. Será que se tratam mesmo apenas de opiniões? Passadas as eleições, eis que se intensifica nos meios jornalísticos ligados à imprensa golpista e entre partidos ditos de esquerda (PDT, PSB e PCdoB) uma campanha que visa, justamente, levar à frente às sementes plantadas pelos arautos da direita do PT, a partir da constituição de um frente ampla parlamentar de oposição. Trocando em miúdos, as eleições legitimaram o golpe, resta à esquerda fazer oposição ao governo da extrema direita no circo do Congresso Nacional. Para dar ares pomposos a essa política de colaboração de classes, de subserviência aos golpistas, não poderia faltar a fina flor da intelectualidade
DE SEGUNDA A SEXTA ÀS 9H30
acadêmica”. Um dos eméritos em voga patrocinado pela “democrática” imprensa brasileira é o “filósofo socialista” Ruy Castro, que com o seu discurso de “conhecedor de Marx”, justifica a necessidade da política de “virar a página” do golpe, com um disurso emprenhado de sociologuês barato. Em entrevista concedida à revista Carta Capital, publicada em 07/01/2018, em que não faz uma única menção ao golpe em curso no país, Guerra inicia afirmando que a vitória de Bolsonaro tem como “fatores fundamentais (…) a utilização do tema da corrupção, o problema da violência, a orquestração desonesta em torno de temas “de sociedade”. E que em quase tudo isto, a responsabilidade da direção do PT foi imensa”. Subtraindo a “violência” e a “orquestração desonesta”, aspectos absolutamente secundários da entrevista, o problema central é a “corrupção”. Quer dizer, o PT foi corrupto, não foi vítima do golpe, sequer existiu golpe. As “investigações independentes” realizadas pelos “probos” Ministério Público e Polícia Federal é que constaram a corrupção sistêmica engendrada por Lula e o PT. Rui Fausto vai além. Relaciona Lula e o PT ao populismo e ao patrimonialismo no Brasil, uma concepção sociolôgica que vincula o “casamento” de interesses públicos e privados, reforçando a campanha de que o PT, de fato, meteu os “pés pelas mãos”, se locupletou. Em um outro momento, Fausto classicou, ainda, como erro do PT ter lançado a candidatura de Lula por este representar “a continuidade”, se refirou à Haddad como “muito maior que o PT”, enfim corrobou com toda a política canalha da direita do PT em culpar o próprio Partido pela vitória de Bolsonaro, por não ter lançado o “plano B” com Ciro e que depois com Haddad, pelo menos no 1º turno, era um mero poste de Lula e que depois foi tarde. Finalmente, do alto da sua soberba “intelectual”, o celestial professor “conhecedor a fundo da doutrina de Marx” e da sua concepção de luta de classes como motor da história, acrescenta “o fato de que, desde o início, se sabia que a candidatura de Lula dificilmente obteria registro legal. Essa ênfase em sua candidatura não é inocente: a burocracia do partido vive do mito Lula. Ela sabe que se ele tiver um sucessor, principalmente se for um bom sucessor, ela está morta”. Quer dizer, Lula não é a expressão da luta contra o er popular que expressa o atual estágio da luta de classes no Brasil, ms simplesmente uma figura criada pela burocracia do PT e que por determinadas circunstâncias, provavelmete diabólicas, se transformou em um mito, que essa burocracia se utiliza para controlar a esquerda. Esse é o significado maior da frente ampla preconizada pelos setores que vão englobam os “democratas” golpistas, a direita do PT, a esquerda pequeno-burguesa e uma intelectulidade inculta, se é que isso não é um atentado à filosofia do professor “marxista”, um ardoroso defensor de um PT como o novo PSDB do Brasil.
NACIONAL| 5
GOVERNO MILITAR
Quem é Hamilton Mourão? O homem de frente do golpe militar F
ilho de um General de Divisão, Antonio Hamilton Mourão, e de Wanda Coronel Martins Mourão, Antônio Hamilton Martins Mourão nasceu em Porto Alegre em 15 de agosto de 1953. Ingressou no Exército em fevereiro de 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e, já como aspirante a oficial, seguiu cursos de formação, de aperfeiçoamento, de altos estudos militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, além dos cursos básico paraquedista, mestre de salto e salto livre, também possui o curso de guerra na selva. Foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, cumpriu Missão de Paz em Angola, foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela, Adido de Defesa, Naval e do Exército junto à Embaixada Brasileira no Suriname, exerceu a função de Observador Militar das Nações Unidas em El Salvador – ONUSAL, América Central, e foi comandante do 27.° Grupo de Artilharia de Campanha em Ijuí (Rio Grande do Sul), da 2.ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (Amazonas), da 6.ª Divisão de Exército e do Comando Militar do Sul, ambos em Porto Alegre. Foi também Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, no Rio de Janeiro, e exerceu o cargo de Secretário de Economia e Finanças pelo Alto Comando do Exército, de que foi exonerado em dezembro de 2017. Deixou o serviço ativo em 28 de fevereiro de 2018, quando foi transferido para a reserva remunerada. General Mourão tem em comum com outros militares hoje no centro do golpe o fato de ter passado pela Aca-
demia Militar das Agulhas Negras e seguido os mesmos cursos de formação, durante a Ditadura. Augusto Heleno Ribeiro Pereira, graduou-se na Aman em 1969; um ano depois, Eduardo Dias da Costa Villas Bôas ingressou na Academia; Sérgio Westphalen Etchegoyen, em 1971; e Fernando Azevedo e Silva, em 1973. Jair Bolsonaro passou pela mesma Academia, na qual ingressou em 1974, onde conheceu grande parte dos atuais generais, como companheiros ou como instrutores. Tomando como base diversos pronunciamentos do General Mourão nos últimos anos, em particular os de 2017, ele deixa claro ser um intervencionista e inimigo das esquerdas, fica claro que é um neoliberal assumido. Fazem parte de seu repertório a ideia de que há uma demanda exagerada da sociedade sobre o Estado e que isso leva inevitavelmente, quando os governantes são irresponsáveis, à redução da capacidade financeira do Estado, podendo chegar a uma crise econômica. Crítica, então, as pressões do ‘cidadão-cliente’ e considera que a ‘extensão dos direitos sociais’ seja um fator de desestabilização, apontando como problemas do estado a cultura burocrática e a má qualidade do serviço público. Os fundamentos econômicos de que lança mão para receitar uma saída para o país são velhos conhecidos: “disciplina fiscal e priorização dos gastos, reforma tributária e liberalização financeira, regime cambial e liberalização comercial, investimentos estrangeiros, privatizações, desregulação e propriedade intelectual. ” Aliás, sobre privatizações, ele é sempre efusivo em sua defesa. No geral, há completa afinidade com a agenda neoliberal do desgoverno golpista de
Michel Temer/PSDB, mostrando-se um perfeito representante dos interesses da nossa elite econômica e do capital internacional. De certo que o General Hamilton Mourão não é um Emílio Garrastazu Médici (1905-1985), além de neoliberal em termos econômicos, está mais próximo de Humberto de Alencar Castelo Branco (1897-1967), pois tem-se revelado calculista e um político profissional, até mais que Jair Bolsonaro. Para quem acompanhou as manifestações do General nos últimos anos, soube atrair simpatia dos intervencionistas com seus discursos dúbios sobre a possibilidade de as Forças Armadas agirem diante do ‘caos’ político e social, mas também fez campanha contra Bolsonaro quando isso pareceu conveniente para posteriormente, quando a burguesia adotou Bolsonaro como seu candidato, silenciar e, por fim, tornar-se seu candidato a Vice-Presidente.
Vale lembrar que o General Mourão realizou pelo menos um curso nos Estados Unidos, o Curso Avançado de Blindados na Escola de Blindados do Exército Norte-Americano, em Fort Knox, além de Cursos de Especialização em Operações de Paz do Sistema das Nações Unidas. Tendo sido adido militar na Venezuela e no Suriname, além de ter passagem por El Salvador, não se pode dizer que seja um ignorante em questões internacionais, conhecendo muito bem o continente e, como todos os oficiais brasileiros formados na Escola Superior de Guerra (ESG), está impregnado pela Doutrina de Segurança Nacional, conforme a moldaram os norte-americanos. Por fim, é importante lembrar que foi presidente do Clube Militar, onde reúnem-se os militares da reserva, discute-se abertamente questões políticas e, sem receios, costura-se o golpe militar. Acredite quem quiser que o vice de Jair Bolsonaro é apenas um estabanado e despreparado militar de pijamas.
6 | NACIONAL
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
Órgão de repressão política ditatorial Q
uem comanda o regime golpista desde a derrubada de Dilma Rousseff, em 2016, são os militares. Especialmente organizados no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), recriado pelo golpista Michel Temer em uma de suas primeiras medidas como presidente ilegítimo, e colocando neste que é o principal organismo do Executivo, atrás apenas da Presidência da República, o general Sergio Etchegoyen. Nesta quarta-feira (07), foi confirmado que Etchegoyen será substituído pelo general Augusto Heleno na chefia do GSI no futuro governo de Jair Bolsonaro. O GSI e seus antecessores encarnam a histórica repressão estatal contra o povo brasileiro. A partir da década de 1920, especialmente, o Estado brasileiro iniciou o desenvolvimento dos serviços de inteligência e espionagem. Em 1927 foi criado o Conselho de Defesa Nacional, durante o governo de Washington Luís, sendo o primeiro órgão ligado à área de inteligência da República. O motivo principal da instituição desse órgão foi a desestabilização da República Velha causada pelo movimento tenentista e, logo em seguida, pela Coluna Prestes, que ameaçavam o regime político oligárquico. O Conselho foi criado para conter e suprimir novos movimentos nesse sentido. Ou seja, a Inteligência estatal foi criada, reconhecidamente, para reprimir de maneira mais eficaz os movimentos e organizações populares que surgiram, a fim de manter o controle absoluto do regime político. Com a chegada de Getúlio Vargas e o golpe de Estado que originou o Estado Novo, em 1937 (para impor uma ditadura e perseguir o movimento operário que era crescente na época, refletido pela tentativa frustrada de insurreição liderada por Luís Carlos Prestes), foi implantado o Conselho de Segurança Nacional (CSN). Um pouco antes disso, já no início da Revolução de 30, foi organizado o Estado-Maior do Governo Provisório, em 1930, antecessor direto do GSI. Um ano depois da implementação do Estado Novo, o Estado-Maior do Governo foi substituído pelo Gabinete Militar, cujo chefe estava na mesma condição de ministro de Estado (condição esta que foi revogada apenas em 1990). Ainda durante a ditadura de Vargas, em 1942 assumiu a chefia da polícia do Distrito Federal (então no Rio de Janeiro) Alcides Etchegoyen, avô do atual chefe do GSI, Sergio Etchegoyen. Alcides, na mesma época, passou o controle das atividades de contraespionagem do Estado brasileiro para a embaixada dos EUA – segundo a pesquisadora Marta Huggins, no livro “Polícia e Política: relações Estados Unidos/América Latina”. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrocada de Vargas, em 1946 o governo direitista de Eurico Gaspar Dutra fundou o Serviço Federal de Informações e Contra-Informações (SFI-
CI). A criação do SFICI foi diretamente influenciada, senão uma imposição, do governo dos EUA, relacionada tanto com a caça aos comunistas (em 1947 o PCB foi cassado e seus membros, perseguidos) quanto com a formação da Agência Central de Inteligência (CIA), no mesmo período. Na prática, a submissão do governo brasileiro ao imperialismo significou que a Inteligência brasileira ficou subordinada, desde o início, ao controle imperialista. O SFICI foi extinto em 1964, sendo incorporado e substituído pelo temido Serviço Nacional de Informações (SNI) no mesmo ano, já sob a ditadura militar. Foi com o SNI que a área de Inteligência se expandiu e se estruturou nacionalmente. Seu idealizador e primeiro chefe foi o general Golbery do Couto e Silva, um dos principais ideólogos da doutrina de segurança nacional brasileira, como um plano de contra-insurgência interna para repelir e esmagar os movimentos de esquerda, considerados terroristas pelos golpistas. Um dos principais nomes do golpe, Golbery ganhou de presente do imperialismo norte-americano (promotor do golpe) a presidência da filial brasileira da Dow Chemical. Emilio Garrastazú Médici, um dos mais sanguinários ditadores da história do País, sucedeu Golbery na chefia do SNI, entre 1967 e 1969. Ele e Carlos Alberto da Fontoura (justamente no governo Médici) foram responsáveis pelo período de maior atividade repressiva do órgão, na perseguição e espionagem em massa da população e de militantes de esquerda, na Operação Condor, de repressão política em escala continental, e tudo isso em estrito contato (ou melhor, comando) com a CIA. Já entre 1974 e 1978, o seu chefe foi João Batista Figueiredo, o último ditador militar (1979-1985). Por sua vez, e paralelamente, o Gabinete Militar teve Ernesto Geisel como seu chefe em 1961 e depois entre 1964 e 1967, e também João Batista Figueiredo (1969-1974). Isso significa que todos os principais dirigentes militares da ditadura contra o povo são, historicamente, ligados diretamente à área de Inteligência. O SNI foi extinto somente cinco anos depois do fim da ditadura. Em seu lugar foram criados o Departamento de Inteligência (DI), em 1990, e, em sua substituição, a Subsecretaria e Secretaria de Inteligência (SS e SSI), dois anos depois. O DI significou uma mudança radical por parte do governo de Fernando Collor. Embora seus agentes tivessem todos trabalhado no antigo SNI, ele havia sido rebaixado de categoria (para departamento) e passado para o controle de uma entidade civil, a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Além disso, seu primeiro diretor foi Flávio Duarte, um civil, que perdeu o status de ministro que os chefes anteriores tinham. Ademais, Collor cancelara os cursos da Escola de Inteligência. Ob-
viamente tudo isso gerou descontentamento entre os militares. O governo Collor, como se sabe, foi extremamente frágil e por isso a burguesia decidiu descartá-lo, com ajuda dos próprios militares, o que ficou nítido com a passividade do DI durante todo o processo de denúncias e impeachment de Collor, sem defendê-lo minimamente, e também do Gabinete Militar, que havia perdido o status semelhante ao de ministério. Com a queda de Collor, o DI se transformou em Subsecretaria de Inteligência (SSI) em 1992, voltando para as mãos dos militares, assim como o Gabinete Militar passou a se chamar Casa Militar e seu chefe foi novamente alçado ao status de ministro de Estado. Mesmo depois da ditadura, o serviço de inteligência permanecia controlado pela linha-dura dos militares, extremamente anticomunista. Como lembra Lucas Figueiredo, em seu livro “Ministério do Silêncio”, em meio à campanha eleitoral de 1994, a SSI produziu um relatório com informações falsas sobre um alegado acampamento do MST em que cubanos, nicaraguenses e alemães treinavam membros do MST para a luta armada de guerrilhas. O SSI vazou para a imprensa o falso relatório, que foi noticiado como verdadeiro e virou manchete do jornal reacionário O Estado de S. Paulo. Era uma tentativa, já naquela época, de criminalizar o MST e, ao mesmo tempo, prejudicar a candidatura de Lula nas eleições presidenciais. Foi um episódio da fraude que ajudou Lula a perder a eleição para o candidato da burguesia e do imperialismo, Fernando Henrique Cardoso. No final do mandato de Itamar Franco, os militares o pressionaram para que a SSI se tornasse mais parecida com o extinto SNI, o que foi levado a cabo por FHC ao criar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no lugar da Casa Militar e da SSI. Já no governo Dilma Rousseff, o GSI (que havia voltado a se chamar Casa Militar durante os governo Lula) perdeu o status de ministério e o controle da Abin. Os militares, no entanto, a partir de operações como a Rio + 20 e os Jogos Olímpicos, já na preparação do golpe, utilizaram o órgão para reestruturá-lo e treiná-lo para assumir sua
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importante função no poder, o que foi concretizado com Michel Temer, que recriou o GSI como ministério ligado diretamente à Presidência da República e concedendo o cargo de ministro-chefe a Etchegoyen – o homem forte e quem realmente segurou o governo Temer até o fim. Analisando a história do GSI, desde sua criação como Estado-Maior do Governo Provisório, em 1930, nota-se que nunca deixou de ser comandado por generais, entre eles Geisel e Figueiredo. Ou seja, o setor de Inteligência do Estado é o núcleo político dos militares. Quando Dilma tirou poderes do GSI, esse foi mais um dos motivos para o golpe de Estado. Os militares queriam o controle direto da Inteligência, por isso – uma vez que um golpe sempre é dado com apoio ativo ou ao menos a permissão dos militares – impuseram a Temer a volta do GSI e o comando de um general linha-dura como Etchegoyen, principal articulador do golpe. Atualmente, além de ser o núcleo político dos militares, o órgão é, na prática, o núcleo político do governo, que se militariza cada vez mais. Conforme o desenrolar da crise do regime político e o seu endurecimento, o GSI (e sua ampliação, com a Força-Tarefa de Inteligência recém-criada, que agirá no governo Bolsonaro) poderá se tornar o núcleo político do golpe militar. Agora, com o general Augusto Heleno escolhido por Bolsonaro para substituir Etchegoyen, em um governo de extrema-direita com militares em posições-chave e cada vez mais militarizado, a repressão tende a aumentar. É possível especular para onde irá Etchegoyen, que certamente será um nome de destaque no cenário de repressão. De qualquer forma, é nítido que, em toda a história, a área de Inteligência ficou responsável por detectar e eliminar o que, na doutrina de segurança nacional, se caracteriza como o “inimigo interno” do Estado antidemocrático: os movimentos populares, as organizações de massa, os partidos de esquerda e, inclusive, políticos da esquerda moderada. Tudo indica que essa política linha-dura será implementada de uma maneira cada vez mais aberta e às claras, num cenário perigoso que se aproxima com o total domínio do regime político pelos militares, e que a repressão poderá ser semelhante ou mesmo idêntica à da ditadura militar que durou 21 anos.
POLÍTICA | 7
GOVERNO GOLPISTA
Burguesia quer que Bolsonaro acabe com ministério do Trabalho e crie ministério dos patrões O
governo golpista de Jair Bolsonaro, que saiu de uma fraude eleitoral, mal começou e já mostra que será um governo totalmente contra os trabalhadores, em defesa da sua exploração pelos patrões. Vários capitalistas da burguesia nacional se reuniram essa semana, dia 5 de novembro com o nomeado ministro golpista da Casa Civil do governo direitista de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM/RS) para reivindicar o fim do Ministério do Trabalho. A proposta dos patrões é que o atual Ministério Trabalho se dilua com o Ministério da Indústria e Comércio, formando uma espécie de Ministério da Produção, ou seja, para organizar a exploração da mão-de-obra no Brasil de forma que os trabalhadores não tenham como reagir.
Segundo os capitalistas envolvidos na reivindicação, essa proposta está sendo copiada do governo golpista da Argentina, de Maurício Macri, que está produzindo uma das maiores crises econômicas da história do país vizinho, com o empobrecimento generalizado dos trabalhadores argentinos. O governo golpista e fraudador de eleições de Jair Bolsonaro anunciou que irá aceitar esse pedido “singelo” da burguesia nacional, e realizará a destruição do Ministério do Trabalho, pois como todos que lutam contra o golpe sabem, o golpe de estado no Brasil veio para entregar o patrimônio nacional e acabar com os direitos trabalhistas da classe operária brasileira. O governo do direitista Jair Bolsonaro nada mais é que a continuidade do
golpe de estado que derrubou o governo de Dilma Rousseff do PT, nesse sentido o ataque aos direitos dos trabalhadores está apenas começando. É por isso que a luta contra o golpe
e a campanha pelo “fora Bolsonaro” têm que ganhar as ruas, para que a classe operária impeça na força que os golpistas escravizem a população brasileira.
SEM LIMITES
Quem são os apoiadores de Bolsonaro: Magno Malta, o torturador em nome de Deus
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m setembro desse ano saiu uma entrevista do jornal capixaba Século Diário com o ex-cobrar de ônibus, Luiz Alves de Lima, preso em 2009 por uma falsa acusação de Magno Malta o acusando de pedofilia com a própria filha de dois anos. O ex-senador do Espírito Santo, que na época presidia a CPI da Pedofilia, usou-se do caso para se promover e se reeleger. Luiz Alves de Lima, mais um operário flagelado até a beira da morte para suprir ambições da burguesia brasileira, veio por meio da imprensa relatar os acontecimentos durante sua prisão injusta e as torturas que sofreu na mão da polícia e do ex-senador, agora cogitado por Bolsonaro para ser “ministro da família”. O caso começou quando Luiz e sua esposa decidiram levar sua filha no hospital para tratar da doença que tinha na pele, a doença causava coceira na criança que acabava se machucando. As feridas levantaram suspeitas no hospital e geraram boatos que foram parar nos ouvidos de Magno, que levou adiante uma acusação para poder se promover, caluniando o ex-cobrador de ônibus dizendo que além de ter violentado a própria filha de dois anos tinha o computador repleto de pornografia infantil. O casal foi levado até a delegacia onde dois delegados e o ex-senador forjaram um laudo falso e prenderam definitivamente Luiz por 10 meses no Centro de Detenção Provisória de Cariacica (CPDC).Durante todo seu encarceramento o operário sofreu diversas sessões de torturas comandadas por Magno Malta e os dois delegados. Choques nas partes íntimas, espancamentos, asfixia com sacolas plásticas,
e teve um dente arrancado com um alicate, o resultado foi a perca da visão em um olho e a quase perda do outro. A perícia na época não achou sequer rastro de pornografia ilegal no computador de Luiz, e com a ajuda de uma segunda médica consegui provar que o laudo médico sobre sua filhas estavam errados, e foi finalmente inocentado. Os rastros físicos e psicológicos deixados pelas sessões de tortura, perseguição pública, exposição da vida pessoal e calúnias em Luiz e sua família são inestimáveis. Como de costume da burguesia a campanha de Jair Messias Bolsonaro pautou-se no moralismo hipócrita e no cinismo sem fim. Após uma eleição completamente fraudulenta os paladinos da moral e dos bons costumes formam uma chapa com o juiz inquisidor que prendeu seu adversário, um indicado por caixa dois que para ser absolvido bastou pedir desculpas, generais herdeiros da ditadura militar e um torturador. A política que promo-
vem não tem nenhuma respaldo popular, é de perseguição e aniquilação da classe trabalhadora, vemos o que um trabalhador tem que passar para que um político desse tipo possa se promover: encarceramento e tortura. É um governo selvagem, escatológico cujos componentes não conhecem limites e muito menos têm pudor. A população deve se organizar para não deixar esse governo assumir. Partir para o concreto é essencial: formar Comitês de Luta Contra o Golpe e Contra o Fascismo, comparecer a 2ª Conferência Nacional Aberta de luta contra o golpe e o fascismo e pressionar para que haja o Congresso do Povo esse ano. O fascismo se combate nas ruas, com greves, piquetes e com organizações dos trabalhadores. Os que trabalham não podem ficar a mercê dos capitalizam esse trabalho tal sanguessugas. As instituições: judiciário, executivo, legislativo e polícia, servem aos golpistas e não podemos esperar nada delas.
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8 | ATIVIDADES DO PCO | COMITÊS
CONTRA O GOLPE
10º Congresso do PCO será um marco na luta contra o golpe de Estado
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ntre os dias 15 e 18 de novembro, irá se realizar o 10º Congresso do Partido da Causa Operária, em uma atividade que será um marco na luta contra o golpe de Estado, pelo Fora Bolsonaro e a denúncia da fraude eleitoral de 2018. O Congresso é a instância máxima de deliberação partidária, e deve ter como ponto principal a discussão da situação política além da eleição da nova direção nacional do PCO. No primeiro dia será realizado o credenciamento dos participantes, sendo que convidados também poderão participar do Congresso com direito a voz. Um fator especial a ser considerado nos congressos do PCO é o caráter democrático do partido, que convoca seus militantes e simpatizantes a participarem, uma vez mais, das discussões destes dias agitados de novembro pós eleição.
Com a quantidade de conferências já realizadas, além da participação da direção do partido em uma série de atividades públicas, como a Análise Política Semanal, o PCO é, de longe, o partido mais democrático que existe nos dias atuais, e, coloca mais uma vez sua política para ser debatida e desenvolvida neste 10º Congresso, especialmente no tocante à luta contra o golpe, pelo Fora Bolsonaro. Em um momento oportuno o PCO realiza seu Congresso. Em uma situação onde Bolsonaro foi eleito em uma das mais fraudulentas eleições e os militares se assanham, fazem parte de futuros ministérios, estão controlando o País. O partido acertadamente chama a militância a se concentrar, estudar e trabalhar nas próximas ações da agremiação, que convoca, desde já, toda população trabalhadora para a luta contra o regime golpista, contra suas
instituições, pelo Fora Bolsonaro. O partido que denunciou o golpe desde seus primeiros passos, desde que as primeiras engrenagens golpistas se colocaram em movimento, e que, consequentemente, organiza a luta contra o regime golpista, con-
voca os militantes e simpatizantes do PCO para participarem deste 10º Congresso, que tem na sua realização um importante passo na luta contra o golpismo, contra direita fascista, contra o golpe militar. Todos ao 9º Congresso do PCO!.
ORGANIZAR A LUTA CONTRA A DITADURA DOS GOLPISTAS
Participe da 2ª Conferência Nacional Aberta
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ão muitos e evidentes os sinais de que o próximo governo prepara não apenas a continuidade do governo golpista de Michel Temer – de quem tem toda a colaboração, inclusive com a nomeação até mesmo de um ministro do futuro governo para compor o ministério atual – mas também uma nova etapa do regime golpista com mais repressão e ataques ao povo brasileiro. Após a vitória alcançada por meio da fraude eleitoral, a direita golpista está se organizando para impor ao povo brasileiro uma nova e brutal ofensiva contra suas condições de vida e seus direitos democráticos, para fazer valer os interesses dos donos do golpe, o grande capital imperialista (norte-americano principalmente) e “nacional”. O novo presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro, está travando a aprovação imediata de uma primeira etapa da “reforma” da Previdência que, segundo o próprio presidente vai exigir “sacrifícios” dos trabalhadores. Contra o funcionalismo público estão sendo preparados um conjunto de cortes orçamentários; ministérios serão fechados (incluindo o do Trabalho, da Cultura, do Meio Ambiente) e preparara um ataque em larga escala contra a Educação (que detém os maiores recursos orçamentários), a Saúde
e outros setores. Estatais (como os Correios), estão na mira da política de privatização, para garantir a entrega de parte significativa do patrimônio nacional para o grande capital. A submissão ao imperialismo do “novo” governo tende a ser ainda maior do que no atual. Bolsonaro anunciou que quer retirar as restrições para que os militares norte-americanos use a base de Alcântara e se intensificam as articulações com outros governos capachos do imperialismo na região, como a Colômbia, para atacar a Venezuela, sob o comando dos EUA. Já há também articulações com o governo italiano para deportar Cesare Battisti, asilado no Brasil há mais de 15 anos. A campanha direitista, incluindo as declarações do próprio Bolsonaro, desataram uma onda de perseguições e ataques contra os professores (em uma verdadeira operação de caça às bruxas nas escolas de todo o País), da mesma forma que se intensifica o extermínio de jovens e trabalhadores pelas forças de repressão. Presos levados ao Quartel do Exército no Rio de Janeiro, denunciaram que foram espancados com pedaços de madeira e que levaram chicotadas com fios elétricos dentro de uma “sala vermelha” no quartel. Nesta quarta, um professor foi morto com um tiro de fuzil
dados pelas costas em operação do Exército na favela da Maré (foto). Em todo o País cresce exponencialmente as mortes realizadas pela PM e demais órgãos de repressão, bem como os ataques covardes contra mulheres, índios, sem terras, gays etc. Confirmando que pretende intensificar ainda mais a repressão, o futuro governo anunciou que o general Augusto Heleno vai assumir a GSI, que inclui a Abin. Ferrenho defensor do golpe militar (desde o governo Dilma), Heleno comandou a missão invasora da ONU no Haiti, uma força de ocupação e repressão daquele povo pobre e negro e está entre os militares que defendem a extensão da ação militar realizada no Rio de Janeiro para outros estados. A nomeação do juiz fascista Sérgio Moro – “premiado” por ter conduzido o processo de perseguição política, condenação sem provas e prisão ilegal do ex-presidente Lula, que garantiu a fraude nas eleições – para o “superministério” da Justiça, englobando a Polícia Federal e outros órgãos, sinaliza também que está se montado um amplo esquema para perseguir a esquerda judicialmente. Moro declarou que em entrevista, que “usará modelo da Lava Jato” no ministério, ou seja, que o Executivo vai usar toda a máquina estatal para perseguir as lideranças e as organizações dos trabalhadores, tal como foi feito contra Lula, José Dirceu e outros opositores do regime. Finalmente, os ataques organizados por parlamentares e outros elementos ultra-reacionários de pequenos grupos fascistas defensores do projeto reacionário da “Escola Sem Partido”, usando-se de denuncias de elementos ultra reacionários – geral-
mente com vínculos com órgãos de repressão ou grupos empresariais – mostram a disposição dos direitistas para assediar e atacar a população, criando o clima para a ditadura. Diante de toda essa operação criminosa, os trabalhadores e juventude, e suas organizações de luta, precisam se organizar para enfrentar a ofensiva da direita e não permitir esse avanço da extrema-direita. É preciso reagir, com a mobilização popular a todo tipo de ataque, como no caso de assédio e agressões contra os professores, sem terras etc. Para impulsionar essa mobilização é preciso multiplicar os comitês formados para lutar contra o golpe, pela anulação do impeachment, pela liberdade de Lula etc. e realizar uma ampla campanha pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas desde já. A maioria do povo brasileiro não apoiou nas eleições essa política de ataque. Mesmo levando-se em consideração os dados produzidos e divulgados pela justiça eleitoral golpista, mais de 60% dos eleitores não votaram em Bolsonaro. Os golpistas estão agindo com rapidez porque sabem que a rejeição só tende a crescer diante dos ataques que virão e do agravamento da crise econômica. Por isso mesmo, é possível e preciso fortalecer a organização e sair às ruas, mobilizar milhares em todo o País, como no próximo dia 30, quando estão sendo organizadas manifestações pelo “Fora Bolsonaro” em diversas cidades. Um passo decisivo nesse sentido é a realização da II Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe e o Fascismo, convocada pelos Comitês de todo o País, a ser realizada nos próximos dias 8 e 9 de dezembro, em São Paulo. Para maiores informações e inscrições, acesse lutecontraogolpe.com. br.
INTERNACIONAL | 9
ELEIÇÕES NORTE-AMERICANAS
Imperialismo se organiza para derrubar Trump N
o momento em que está sendo escrito este artigo, a apuração nacional dos votos nas eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, onde está se definindo novos parlamentares do congresso e do senado norte-americanos. O momento tão esperado pelo partido Democrata, que perdeu as últimas eleições pelos republicanos, que colocaram Donald Trump no poder, um político da ala dissidente do imperialismo norte-americano. Para o setor mais tradicional do imperialismo, estas eleições podem ser definitivas ao que diz respeito ao governo de Donald Trump. Até agora, durante todo o período em que governou o país, Trump foi alvo de uma dura campanha do imperialismo para enfraquecer o governo, e tirá-lo da presidência da república. Isso porque muitas das políticas por ele adotadas entram em contradição com a política da aliança financeira que apoiou a candidatura de Hillary Clinton em 2016. Por isso, a campanha contra Trump e a perseguição política, ao estilo da lava-jato no Brasil, aos setores da direita alinhados com ele foi importan-
te. No sentido, de levar adiante um processo para tirar Trump do poder, por meio de um impeachment, ou ao menos pressioná-lo a adotar uma política mais alinhada com o do capital financeiro. Até antes das eleições, um impeachment de Donald Trump seria um fator de crise para o regime político norte-americano. Isso porque dentro do Partido Republicano, que é maioria no congresso, existe uma ala alinhada com a ala tradicional do imperialismo, que poderiam fazer parte do Partido Democrata e não faria nenhuma diferença.
O apoio existentes dos políticos republicanos ao impeachment de Trump, se colocados em prática no congresso, geraria uma crise muito grande no partido, gerando uma crise muito grande no sistema de ditadura partidária da “democracia” norte-americana. E desta forma, as eleições de meio de mandato foram esperadas durante todo esse tempo para mudar a correlação de forças dentro das instâncias legislativas. O objetivo seria os democratas conseguirem maioria tanto no Congresso quanto no Senado para
passar o impeachment sem rachar o Partido Republicano. Entretanto, como estão demonstrando as apurações (e o que já será fato consumado quando este artigo for publicado) os Democratas conseguiram maioria apenas no Congresso, estando o Senado ainda na mão dos Republicanos. De qualquer forma, nas duas instâncias do legislativo norte-americano a situação está bastante apertada. Os deputados democratas podem levar adiante o processo de impeachment no congresso, sem ter muita dificuldade, já que são maioria. Desta forma estariam pressionando o governo e aprofundando uma luta interna na burguesia estadunidense. No Senado, o aperto nos resultados eleitorais, pode fazer com que o imperialismo utilize alguns vira-casacas republicanos para apoiar o impeachment do Presidente, que é do próprio partido. Ou mesmo, durante o decorrer do desenvolvimento político, alguns políticos republicanos podem migrar para o Partido Democrata e apoiar a proposta no Senado. Então, fica explícita a crise da burguesia norte-americana e para saber o resultado destas eleições será preciso esperar e analisar o desenvolvimento da situação.
FRANÇA
CRISE DO BREXIT
Presidente francês, Emmanuel Macron, defende projeto para criar um “verdadeiro exército europeu” contra Rússia e China
Reino Unido prepara maior repressão policial caso saia da União Europeia
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presidente francês declarou, em entrevista concedida à estação de rádio Europe 1, na manhã de terça-feira (06/11), que defendia um projeto para criar um “verdadeiro exército europeu”. Segundo ele, uma forma de defender a “soberania européia” das ameaças Russas e Chinesas, países com quem a tensão do imperialismo está aumentando. A primeira colocação que deve ser feita em relação à esta declaração é o fato de que os exércitos, na prática, são controlados por Estados e que a União Europeia não é um estado, mas sim uma união entre diversos estados. Basta a saber à quem este grande exército responderá, pois na possibilidade de uma junção de todos os exércitos, mandará quem tiver o Estado mais potente, e portanto a França e a Alemanha terão controle sobre poder militar de toda europa, aumentando desta forma a ditadura estabelecida por esses dois países já dentro da própria União Europeia. Mas desta forma o exército europeu poderá ser usado para reprimir as próprias nacionalidades europeias oprimidas, como os galegos, os bascos, os eslavos, os catalães, etc. Outra coisa que vale lembrar é que, recentemente, os Estados Unidos saírem do acordo nuclear firmado com a Rússia (então União Soviética) nos anos 1980. E portanto, com o aumento da tensão entre os dois países,
uma guerra com utilização de armas nucleares não é possibilidade para descartar. E desta forma, os países imperialistas fica totalmente enfraquecidos diante de seus vizinhos russos, com quem estão em conflito. Em sua fala, Macron falou de um exército que não seja dependente totalmente dos Estados Unidos, já que atualmente é como se desenha o problema na Europa, que dependeria dos EUA contra os exércitos inimigos dos russos, dos chineses, dos Turcos e assim por diante – os vizinhos próximos com imenso poder bélico. Portanto, a declaração de Macron serve como índice para calcular o grau de crise que se encontra o imperialismo europeu, junto com o conflito geral do imperialismo contra os russos e os chineses. Conflito este à partir do qual os países já estão começando a se posicionar estrategicamente e manobrar politicamente para estar pronto para qualquer tipo de imprevisto. A criação de tal exército seria uma maneira de o imperialismo levar com mais força a política de ataques contra os russos e os chineses, que por conta da política nacionalista que tanto incomoda o imperialismo, tem conseguido criar uma influência política na parte oriental do globo, diminuindo o poder de influência da burguesia imperialista em determinadas regiões do país.
A
polícia metropolitana de Londres, informou nesta quarta-feira (7) que está formando uma rede de segurança interna para assegurar o combate contra a “delinquência”, frente a possibilidade de que Reino Unido abandone a União Europeia (UE) sem um acordo. Porém, deve ser destacado que os tais “delinquentes”, são os trabalhadores que irão se mobilizar contra a crise regime que sempre acaba esmagando as condições de vida da classe operária. O Ministério do Interior aprovou o financiamento no custo de 2,4 milhões de libras esterlinas, equivalentes a aproximadamente 2,7 milhões de euros, como mostrou o jornal The
Guardian, citando os números da própria Scotland Yard. É uma crise imensa do Brexit, onde o Reino Unido prepara a maior repressão policial caso saia da União Europeia, devido às negociações para sair da UE, refletindo a crise geral do regime capitalista no país e no mundo. Outro reflexo da crise geral do regime (político, econômico e social) é o crescimento do movimento operário, expresso pela ascensão da ala esquerda do Partido Trabalhista com a grande possibilidade do líder do partido, Jeremy Corbyn, se tornar primeiro-ministro. O Estado britânico já prepara uma repressão para um possível movimento das massas.
10| CIDADES
DESTRUIÇÃO DE SP
Dória vai colocar ministros de Temer como funcionários do Estado O
governador eleito de São Paulo, João Doria, que é odiado em todo o Estado, anunciou mais dois ministros do atual governo golpista de Michel Temer como parte da sua equipe de governo, Doria já havia confirmado Gilberto Kassab, atual ministro de Ciência, Tecnologia, inovações e Comunicações de Temer e réu na Justiça de São Paulo como o futuro Secretário da Casa Civil. O futuro governo de São Paulo será, ao que tudo indica, uma reprodução localizada intensificada do governo do golpista Michel Temer. As pastas das Secretaria da Educação e da Cultura e Economia Criativa serão entregues a Rossieli Soares da Silva, atual Ministro da Educação e Sérgio Sá Leitão, atual Ministro da Cultura, respectivamente. Nomes absolutamente inexpressivos, no entan-
to, com grande capacidade de destrutiva, como o comprova a atuação de ambos no governo Temer, que só fez debilitar o Estado nacional e os direitos povo brasileiro. Doria, um personagem caricato e grotesco da política nacional, procurou a todo custo desvincular-se de Temer, o político mais impopular de todo o país, durante o processo eleitoral, apoiando abertamente, mesmo contra o candidato de seu Partido, o igualmente caricato e grotesco Jair Bolsonaro. Um dos motes essenciais da campanha, tanto de um,. como do outro foi a “luta contra a corrupção”. Saídos, ambos, vitoriosos da fraude eleitoral, reproduzem em escala local e Federal a mesma política, ainda que piorada, de Michel Temer. O governo ilegítimo de Doria é o resultado de um acordo espúrio en-
tre brasileiros e criminoso de toda ordem, a começar pelo próprio governador, representado os mais diferentes interesses da burguesia brasileira, dos latifundiários e do capital Inter-
nacional unificados por um interesse comum, a destruição total do Estado, dos direitos sociais, do bem estar etc, da população em favor dos grandes capitalistas.
PLANO WITZEL DE SEGURANÇA
Aumentar ainda mais o poderio bélico do golpe no Rio de Janeiro M al acabara de receber as comemorativas salvas de artilharia – provenientes da maior fraude eleitoral da história recente – o filisteu Jair Bolsonaro (PSL) já conta com total apoio num dos principais eixos nacionais. Replicando a fraude orquestrada pela direita golpista no âmbito nacional, o mais novo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) estabelece suas metas quanto a segurança – dos interesses das classes dominantes – e promete um governo termidoriano. Com o repentino aparecimento de uma das figuras mais repugnantes da política carioca, abarcando 59,87% dos votos no segundo turno, Wilson Witzel “O sicário” do Partido Social Cristão (PSC), se configura como o mais novo representante da frente golpista no Rio de Janeiro. Desde sua suspeitosa vitória, Witzel vem colecionando uma série de anúncios belicosos. Em entrevista ao jornal Extra, o celerado juiz federal afirmou: “A polícia tem que ser agressiva com o cri-
minoso, se o bandido tem uma arma na mão, ele tem que morrer” e, caso haja necessidade, serão criados centros de treinamento para a formação de verdadeiros esquadrões da morte. Assim complementa, “muitos policiais não sabem o que fazer por falta de treinamento, vamos criar células de combate ao crime em cada batalhão, eles serão treinados para tirar os fuzis de circulação.” “Aponte na cabeça e … fogo!” “A polícia vai fazer a coisa certa: eles vão mirar na cabeça e … fogo, para não errar”, disse o novo governador ao Estadão. Ademais, os agentes assassinos contarão com todo o apoio do Estado, uma vez que o futuro governador assegurou a defesa dos agentes nos tribunais. Segundo o facínora: “O policial que foi interrogado será defendido pela promotoria”. Para garantir a manutenção, bem como os ultrajes ulteriores – que já tem sido postos em prática desde o sórdido governo transicional de Mi-
chel Temer (MDB), os golpistas tem recorrido a todo tipo de opressão; buscando assim, varrer qualquer foco de resistência quanto aos ditames da burguesia – que por sua vez resguarda sua pretérita condição de vassala do imperialismo. Dentre as ignóbeis propostas copiosamente defendidas pelo novo mandatário do golpe no Rio de Janeiro, destacam-se: O aumento e criação de escolas militares, a utilização de milhares de câmeras de rua e drones equipados com armas. Durante o pleito eleitoral, o facínora chegou a dizer ao portal de notícias G1 que, em cada município deveria haver “pelo menos de uma a três escolas militares”. Nas contas do Foro Brasileiro de Segurança Pública, somente em 2017, foram registradas 63.895 mortes violentas, o que corresponde a uma taxa de 30,8 mortes para cada 100.000 habitantes. Só no Rio de Janeiro, o número de cadáveres chegou a 6.749, chegando ao disparatado índice de 40,4 mortes para cada 100.000 ha-
bitantes. Ainda segundo o relatório, 5.159 civis foram assassinados pelas mãos da polícia e dos militares; sendo que 1.127 desse total de mortos são do Rio de Janeiro. Considerando o atual estado de coisas, torna-se ainda mais imperativo – o estabelecimento de comitês de luta contra o golpe e de autodefesa – para evitar que haja um massacre da população do Rio de Janeiro, visto que os militares já contemplam boa parte do aparato burocrático do Estado e, que por sua vez não estão dispostos a recuar um centímetro sequer no fronte de batalha contra a população trabalhadora. Na medida em que o golpe avança, a famigerada burguesia – tutelada pelos militares – fará de tudo para consolidar seus vis interesses; e nessa cruzada, quanto maior o grau de organização da população disposta a derrubar o golpe, menos trabalhosa será a prodigiosa tarefa de levar a cabo toda a política golpista e, enfim – desenvolver uma política dos trabalhadores para os trabalhadores.
MOVIMENTOS | SINDICAL| 11
LISTA CONTRA PROFESSORES
Perseguição da Escola Sem Partido se aprofunda A
vitória, por meio da fraude, de Bolsonaro, candidato da extrema-direita dos golpistas, deu ensejo a uma onda de intimidações, ataques e violências dos grupos direitistas contra a esquerda, ativistas, professores, militantes, negros, homossexuais, etc. Um dos principais alvos, nesse primeiro momento, é a educação, principalmente os professores. Logo na primeira semana, pós as eleições a direita golpista, aproveitando-se do clima de “vitória” de Bolsonaro, tentou aprovar em uma comissão especial da Camara dos deputados o Projeto Escola Sem Partido. A proposta que instaura a censura nas escolas de todo o país, somente não chegou a ser aprovada por hora, pois os educadores se mobilizaram e impediram a votação. De qualquer forma, o assédio aos professores e estudantes continua em todo o país. Mesmo antes das eleições mais de 30 universiddades de todo o país foram invadidas pela justiça eleitoral, em um momento
que crescia a mobilização estudantil contra Bolsonaro. Após o pleito, uma série de ataques e violência contra professores vem ocorrendo no país. Os bolsonaristas, como a deputada de Santa Catarina do PSL, Ana Caroline Campagnolo, estão incentivando os direitistas à persegurem e intimidarem os professores de esquerda e progressistas nas escolas e universidades. No Espírito Santo, por exem-
plo, um educador chegou a ser levado a delegacia, pois foi “denunciado” poruma professora bolsonarista enquanto discutia política com colegas de trabalho. Um absurdo total. O episódio mais recente deste fato foi o que aconteceu na Universidade federal de Pernambuco, a UFPE. Uma carta foi divulgada nas redes sociais, sem assinatura, mencionando os nomes de 22 professores do Departa-
mento de História e Sociologia da insituição, ameaçando-os de serem banidos da Universidade após a eleição de Bolsonaro. A carta é um ataque direto da direita contra os professores, bem como toda a comunidade acadêmica. É preciso ter claro que as universidades, bem como as escolas, não são espaços para a extrema-direita fascista, defensora do ensino pago, da censura e da perseguição política contra os trabalhadores e a juventude. É preciso denunciar essa ofensiva fascista contra o ensino público e chamar professores, estudantes, funcionários a se mobilizarem para botar pra fora das universidades e das escolas os bolsonaristas. Na UFPE um ato está sendo chamado para hoje a tarde às 16 horas, É necessário intensificar a mobilização, por meio dos comitês de luta contra o golpe e desenvolver uma luta permanente contra direita no interior das escolas e universidades. É precis fazer os fascistas baixarem a cabeça por meio da força da mobilização da juventude, dos estudantes e professores.
BAHIA
GUERRA CONTRA OS PROFESSORES
Principal agência dos Correios de Salvador/BA é fechada pelos golpistas
Bolsonaro continua a investida contra os professores
N
esta quarta-feira (07-11-18), a agência central dos Correios da Cidade de Salvador/BA, localizada no Bairro da Pituba, que funcionava no Complexo dos Correios da Pituba não abriu. O motivo é que ela faz parte da “reestruturação” que os golpistas do governo Michel Temer/Bolsonaro estão realizando nos Correios, com o argumento de que é para equacionar os gastos desnecessários da empresa, no entanto, essa agência é a que mais arrecada em toda a cidade de Salvador. Na realidade o governo golpista está “limpando o terreno” para a privatização da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), a fim de en-
tregar o serviço postal do Brasil, principlamente na setor de encomendas para as grandes empresas do mercado postal, a exemplo da DHL, Fedex, UPS etc. É o sucateamento da maior empresa de Correios e Telégrafos da América Latina, atacando o direito da população brasileira usar o serviço público, e dos trabalhadores que sustentam suas famílias com esse emprego, mais de 100 mil servidores ecetistas. É necessário criar comitês de Luta contra o golpe dentro dos Correios, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, contra a privatização da ECT e de todas as demais estatais que estão na mira desse governo entreguista.
A
pós o segundo turno, a investida da deputada Ana Caroline Campagnolo, deputada estadual eleita de forma fraudulenta por Santa Catarina e do mesmo partido do bolsonaro PSL, declarou guerra contra os professores do Brasil. Depois da “vitória” de jair Bolsonaro, a deputada,escreveu em suas redes sociais que os alunos deveria filmar os professores, que expressassem suas opiniões políticas nas salas de aula contra o “eleito”. Um governo policialesco, pois não pode mais expressar as suas ideias nos locais de trabalho, a escola virou o lugar da vigilância e medo. Bolsonaro em entrevista para a
Band voltou a defender a filmagem dos professores pelos alunos, disse que o: “Professor tem que se orgulhar e não ficar preocupado. Mau professor é o que se preocupa com isso aí”. Então o mau professor é aquele que tem opinião contra Bolsonaro? Sabemos que isso é pura demagogia, pois o que estão promovendo a caça as bruxas. A intenção é criar o clima de terror e vigilância, um caça as bruxas, onde qualquer opinião ou apenas um professor com camiseta vermelha, será indiciado e condenado. Os professores devem se armar para a investida da direita que já começou, criar comitês de luta contra o golpe para barrar os retrocessos. Fora Bolsonaro!!!
BANCÁRIOS
Bradesco demite 44 trabalhadores em Brasília, já foram 229 somente neste ano na região centro-oeste D ando continuidade a onda de demissões dos banqueiros golpistas do Bradesco, para aumentar os seus já fabulosos lucros às custas da miséria dos trabalhadores (o banco lucrou somente neste ano R$ 14 bilhões), o banco demitiu, somente na Capital Federal, 44 trabalhadores. Na região central do País, que engloba os Estados do Acre, Amapá, Brasília, Campo Grande, Dourados, Mato Grosso, Pará Rondônia, Rondonópolis, Roraima e Sinbama, já foram colocados no olho da rua 229 pais de famílias, sendo na sua maioria trabalhadores
oriundos do Banco HSBC, adquirido do Bradesco em 2016. O processo de demissão dos trabalhadores do extinto HSBC começou em 2017, um ano após a aquisição do banco, que só não começou a demitir, já em 2016, devido a um acordo feito com os trabalhadores, de que não haveria demissões no prazo de um ano após a compra do HSBC pelo Bradesco. Desde então o Bradesco, em 2017, fechou dezenas de agências e postos de atendimento, principalmente no Estado do Paraná, onde estava localizada a sede o HSBC e a maioria
das agências e funcionários; somente naquele período demitiram mais de 2.500 bancários da sucursal do banco inglês no Brasil. Como se pode perceber o processo de demissão continuou e continua a todo o vapor neste ano de 2018, só na região centro-oeste 229 trabalhadores perderam os seus empregos. Não é por acaso que o presidente do Bradesco, Octávio Lazari Junior, saudou, efusivamente, a vitória na eleição, mais fraudada da história do Brasil, do golpista Jair Bolsonaro, para que o próximo governo leve adiante o
programa neoliberal de ataques aos trabalhadores e a toda a população em geral em benefício de meia dúzia de parasitas capitalistas.
10| MOVIMENTOS | NEGROS | JUVENTUDE
MORTOS PELAS COSTAS E DESARMADOS
PM assassina 4 jovens negros e mente sobre os fatos N
o dia 6 de Outubro, três policiais da Força Tática do 23 Batalhão da Polícia Militar de São Paulo assassinaram quatro adolescentes, dois de 16 anos e dois de 17, no Jaguaré, zona Oeste de São Paulo. O Sargento, o Cabo e o Soldado alegaram que havia ocorrido uma troca de tiros com os adolescentes que fugiam em um carro roubado. Contudo, a ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, após análise de Laudos Periciais e das armas do crime, afirmou que há “fortes indícios” de que os adolescestes foram executados sem oferecer reação. O documento da ouvidoria cita os laudos balísticos que comprovam que os tiros foram efetuados de cima para baixo, que atingiram inclusive antebraço, região lombar e glúteos das vítimas, o que seria impossível em uma tro-
ca de tiros. O documento, enviado a Corregedoria da Polícia Militar nesta segunda feira, 5 absolutamente em contradição com as elevações dos assassinos e de acordo com o depoimento de testemunhas. Duas testemunhas informaram que os relatos do bairro dão conta de que os jovens se renderam e foram executados e depois simulado troca de tiros. Uma terceira testemunha, sobrevivente da bárbaro e policial, contou que o grupo buscou-a na Estação Presidente Altino da CPTM e que dirigirão-se, em um carro roubado, a uma choperia em Osasco. A jovem contou que não viu armamento com nenhum dos adolescentes. No trajeto, ao depararem-se com o assassinos, por medo, empreenderam fuga até a favela do Areia, no Jaguaré. Em determinado momento o
carro parou, todos desceram e deitaram no chão para se render, A sobrevivente afirma que nesse momento ouviu os disparos e os gemidos de dor. Ela sobreviveu por fingir-se de morta em baixo de um dos adolescentes. Só depois da execução os policiais encenaram a troca de tiros. O ouvidor afirmou que: “os laudos periciais conversam mais com a versão apresentada pela testemunha do que com o relatório feito pelos policiais”. Fica absolutamente evidente que os jovens foram executados sem reação e sem a menor chance de defesa. Esse, porém, não é, em hipótese alguma, uma ação isolada. Trata-se do modus operandi da Polícia Militar, que é um órgão de assassinos do povo pobre e negro. Uma instituição de extermínio da população.
Essa instituição instituição assassinos, torturadores, criminosos da pior espécie deve ser dissolvida, abolida, extinta para o benefício do povo brasileiros e de seus direitos democráticos.
REPRESSÃO
Ameaças a professores e alunos da UFPE: organizar a autodefesa nas universidades O imperialismo, que vem conduzindo o golpe de Estado dado em 2016, infiltrou uma série de agentes para propagandear o neoliberalismo dentro de espaços historicamente ocupados pela esquerda. Nas principais universidades brasileiras, isso já é uma realidade: “professores” direitistas estimulam atividades para reunir a extrema-direita, utilizam toda a estrutura das universidades públicas para fazer campanha privatista e ainda se propõem enquanto ideólogos de bandos fascistas. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rodrigo Jungmann, mais conhecido como Pinguim da Privataria, é quem atua com maior empenho para desenvolver uma extrema-direita universitária. Diariamente, o suposto “professor” de Filosofia faz postagens em seu perfil no Facebook atacando a esquerda. Além dos ataques virtuais, o Pinguim da Privataria já promoveu alguns eventos e é um polo de atração de skinheads, neonazistas e eleitores de Bolsonaro. Em reação às sistemáticas investidas do Pinguim da Privataria contra os setores progressistas da Universidade, estudantes mobilizados pelo Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE iniciaram uma campanha de denúncia da atuação do direitista. Com pouco tempo, a campanha dos estudantes surtiu efeito e colocou o Pinguim da Privataria na defensiva. Fazendo-se de vítima, o Pinguim diminuiu drasticamente seus ataques à esquerda e solicitou escolta permanente da Polícia Federal. Se o Pinguim da Privataria simplesmente reconhecesse que é impopular e adotasse esse comportamento es-
quivo, a UFPE estaria em uma situação muito melhor. No entanto, não é assim que a direita funciona – se sua impopularidade é cabalmente demonstrada, os lacaios da burguesia encontram uma forma covarde de atacar estudantes e trabalhadores. Pouquíssimo depois de o Pinguim da Privataria publicar várias mensagens de “trégua”, afirmando que não queria confusão e prometendo que não seria candidato a reitor, os infiltrados da direita na UFPE realizaram um de seus ataques mais baixos. Conforme foi denunciado pelo Diretório Acadêmico Francisco Julião – o chamado D.A. de História -, uma carta contendo uma série de ameaças foi posta por baixo da porta de sua sala. A carta contém uma lista com nomes de vários estudantes e professores da UFPE. Caracterizados como “viados”, “comunistas”, “petistas”, “baderneiros” e “feminazis”, os citados na carta são chamados de “escória” e ameaçados de serem “banidos” da Universidade. No final da carta, lê-se: “o mito vem aí”. Essa tentativa de intimidação covarde por parte da extrema-direita não pode ser aceita pela esquerda. Diante do aprofundamento do golpe e dos sucessivos ataques nas universidades, é necessário organizar, urgentemente, a autodefesa dos estudantes, professores e toda a comunidade acadêmica. A extrema-direita não está disposta a “dialogar” ou “argumentar” com os estudantes. Por isso, é preciso formar comitês de autodefesa que protejam os setores perseguidos nas universidades e reajam, na mesma moeda e com intensidade ainda maior, às provocações sofridas. Fora Bolsonaro! Abaixo o golpe!
Segunda-feira às 19h
Terça-feira às 19h
MORADIA| TERRA| ESPORTE| 11
PLANOS DE BOLSONARO
Bolsonaro afirma em entrevista que vai atacar Terras Indígenas E
m entrevista à rede Bandeirantes nesta segunda-feira, o fascista Jair Bolsonaro mais uma vez afirmou que vai atacar duramente o movimento indígena. Bolsonaro disse “no que depender de mim, não tem mais demarcação de terra indígena”. Essa declaração é uma reafirmação do que vinha prometendo para os latifundiários, madeireiros e mineradoras antes e durante a campanha eleitoral. O apoio que esses setores deram a Bolsonaro foi para impedir novas demarcações de terras indígenas, mas também revisar as áreas já demarcadas e abrir as portas para que empresas do agronegócio e da mineração explorem essas terras. Apesar de toda a retórica de Bolsonaro sobre o desenvolvimento das terras indígenas com esse tipo de exploração, o que vem por aí e um agravamento da situação de miséria e violência contra os povos indígenas para as empresas e latifundiários lucrarem ainda mais.
Não é por acaso que logo após o anúncio de que Bolsonaro tinha sido eleito iniciou-se uma ofensiva contra diversas terras indígenas e aldeias em áreas retomadas por parte de latifundiários em diversos estados do país, por exemplo, em Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Ceará e Alagoas. Os planos de Bolsonaro para as terras indígenas é, na verdade, acabar com as terras indígenas. Seja impedindo novas demarcações através do judiciário e da polícia, seja permitindo que as mineradoras, madeireiras e o agronegócio explorem essas terras até a exaustão dos recursos naturais agravando ainda mais a situação de exclusão e miséria dos povos indígenas. Os povos indígenas serão os primeiros a serem atacados pelo governo do fascista Bolsonaro e dos latifundiários, com extrema violência para que estes grupos alcancem seus enormes lucros. Não é por acaso dessa declaração dada a Rede Bandeirantes e já há um agravamento da situação de
violência no campo em pouco mais de uma semana após as eleições. Por essa situação fica evidente que o movimento indígena tem que se fortalecer e juntar-se a outros movimentos de luta pela terra e dos trabalhadores da cidade para derrotar os golpistas e expulsar Bolsonaro da presidência com todos os golpistas. Os indígenas devem criar
comitês de autodefesa para se protegerem dos ataques dos latifundiários e se unificarem em torno da luta contra o golpe. É preciso mostrar aos latifundiários e aos fascistas que tomaram o governo que os indígenas não vão aceitar a invasão de suas terras, retiradas de direitos e violência dos golpistas e, caso tentem, vai haver resistência.
ESPORTES
Fortaleza, virtual campeão da Série B, deixa escapar oportunidade para comemorar o título
O
novo integrante da família Série A do Brasileirão, o Fortaleza, também conhecido como “Leão Cearense”, desperdiçou a chance de comemorar junto à sua numerosa e fiel torcida o título inédito de campeão da Série B. Nenhum time nordestino nunca levantou a taça de campeão da segunda divisão do campeonato brasileiro. Mas o Fortaleza está muito próximo de ser o primeiro time da região Nordeste a realizar a proeza. O time cearense enfrentou um dos candidatos a figurar na Série A em 2019, o CSA, de Alagoas, diante de mais de 47 mil torcedores, mas não conseguiu ir além de um empate contra o time azul alagoano. A expectativa era grande em torno a possibilidade de conquista do título, o que aconteceria em caso de vitória do Fortaleza. A torcida tricolor compareceu em massa para prestigiar o time e comemorar o título. No entanto, os donos da casa tinham, como adversário, um time que vem realizando uma excelente campanha na segunda divisão, mantendo uma das campanhas mais regulares durante o certame, onde figura em segundo lugar, com 58 pontos na tabela, sendo um dos quatro candidatos a subirem para a divisão de elite do futebol nacional. Restam agora três partidas para o término do campeonato e o Fortaleza necessita tão somente de 1 (uma) vitória para sagrar-se campeão e garantir o primeiro título da segundona para um time nordestino. A partida terminou com o placar em 1 x 1, mas poderia ter sido diferente, pois a arbitragem anulou um gol legítimo dos donos da casa, além de não
ter marcado um pênalti também favorável ao Fortaleza. A atuação do árbitro irritou o técnico Rogério Ceni, que criticou a arbitragem. O Fortaleza, no entanto, enfrentou um time muito bom, que esteve entre os quatro primeiros colocados por várias rodadas, mantendo uma das campanhas mais regulares. O CSA tem um dos melhores elencos da segunda divisão e certamente deve confirmar o acesso à Série A. Figueirense e Guarani também ficam no empate Na outra partida da noite de terça-feira, confrontaram-se na capital catarinense Figueirense x Guarani, que não conseguiram abrir o placar e finalizaram a partida em 0 x 0. O Guarani está entre os oito times que mantém chances matemáticas de chegar à primeira divisão, ocupando neste momento a nona posição, com 50 pontos. A tarefa, contudo, não é das mais fáceis para o time de Campinas, pois necessita agora vencer os três próximos compromissos para ainda sonhar com a vaga na primeirona. Por sua vez, o Figueirense luta apenas para não cair. O alvinegro de Florianópolis está posicionado no pelotão intermediário da tabela, ostentando a décima primeira posição, com 46 pontos e não está diretamente ameaçado pelo fantasma do rebaixamento. A Série B desta temporada vem se mostrando uma das mais competitivas e disputadas dos últimos anos e certamente a luta, tanto no topo quanto na ponta de baixo da tabela, será marcada por um ferrenha disputa ponto a aponto até a última rodada.
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