SEXTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5456
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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ATENÇÃO, PROFESSORES PERSEGUIDOS: LIGUEM AGORA MESMO PARA (11) 972446304, VAMOS ORGANIZAR SUA DEFESA É preciso organizar os professores para acabar com a “caça às bruxas” que está sendo implementada nas escolas por parte da extrema-direita, a partir da campanha em favor da imposição do projeto fascista Escola Sem Partido, antes mesmo que ele seja aprovado em muitos lugares. EDITORIAL
ORGANIZAR OS PROFESSORES PARA ACABAR COM A CAÇA ÀS BRUXAS
Lula está certo: não se deve colocar esperanças no judiciário golpista
Um chamado à mobilização dos professores contra a “caça às bruxas” nas escolas por Antônio Carlos
Moro no Ministério: Lula é um preso político preso por um político
Leia o Jornal Causa Operária Ediçao 1029
Festa de Revéillon
Leia: O encarte especial sobre a Vitória da fraude
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Abaixo a ditadura dos golpistas, mobilizar desde já contra Bolsonaro e a extrema-direita
Pagamento pelo golpe: senadores golpistas aumentam salário de juizes golpistas Não é só Moro que está recebendo o pagamento pelos serviços prestados ao golpe.
Com Extraordinário show CANTATA POPULAR “SANTA MARÍA DE IQUIQUE” Interpretado por Miriam Miráh & Banda Sendero
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2 |OPINIÃO EDITORIAL
COLUNA
Organizar os professores para acabar com a caça às bruxas
O
projeto Escola Sem Partido apareceu com grande repercussão na luta política atual. Trata-se de uma vitória da extrema-direita contra a população. E de mais um ponto central da política de repressão e censura apoiada pelos direitistas. Não se trata de algo novo, já que ao longo dos últimos anos, os direitistas têm apoiado a censura a obras de artes e existe toda uma perseguição política por meio do judiciário contra os opositores do regime golpista e contra as organizações de luta dos explorados. O que indica que toda essa movimentação é uma ofensiva geral dos bandos fascistas contra toda a população. O objetivo da direita é de calar todo mundo. Começaram pelos professores e as escolas, onde a circulação de ideias e o princípio da liberdade de expressão são fundamentais. Ou pelo menos deveria ser assim. Sabe-se bem que a escola capitalista tem como doutrina, por questões óbvias, a ideologia de direita e capitalista. Algo de certa forma normal, já que a maneira como é formulada toda a educação é assim. Como os assuntos são abordados no livros escolares, como são feitas as provas e assim por diante. Porém, sempre houve uma preocupação da burguesia em controlar a Educação, pois as salas de aula e o ambiente escolar são propícios para o debate, onde surge todo tipo de opinião sobre política e outros temas. Sem falar nisso, muitos professores são de esquerda ou têm um pensamento progressista. Isso por conta da própria condição social do trabalho. E o trabalho deles os colocam diretamente em contato com a classe operária nas escolas públicas, e nas privadas promovem um debate que também não favorece a burguesia. É por isso que querem censurar os professores. Tem que mantê-los
sob as rédeas da direita, precisam ser colocados dentro dos limites criados pela burguesia e os generais. A Escola Sem Partido é mais uma das maneiras de os golpistas aumentarem seu controle sobre o regime político. Por isso, estão estimulando uma campanha de assédio, vigilância e censura, que visa criar um clima de paranoia e uma atmosfera de medo. Ao estilo da Ditadura Militar. Inclusive, a situação, como todos sabem, pode se desenvolver ao ponto de realmente haver militares em salas de aula para “observar” o professor. O que estão procurando fazer é intimidar a sociedade. Manter todo mundo calado para que não haja denúncias das brutalidades cometidas pelo regime golpista. E a extrema-direita estabelece isso pelo uso da força, pois no atual momento são minoria. E é justamente por isso que é preciso enfrentá-los. Um grupo bem organizado de professores e estudantes venceria facilmente essa minoria de direitistas que se encontram nas escolas. Mas de qualquer forma, o momento de enfrentar a extrema-direita é agora, no momento em que ainda estão se organizando. Por isso, todos os professores, seus sindicatos, além dos estudantes devem se organizar em um grande comitê de solidariedade para se proteger da ameaça desse bando agressivo de bolsonaristas. Dessa forma, uma grande rede de apoio, de denúncias e de enfrentamento com a direita será criada e será um passo a mais na história política dos professores, inclusive contribuindo de uma muito boa forma para o desenvolvimento da luta contra o golpe, de interesse da imensa maioria da sociedade, daqueles que produzem sua riqueza, defendem e necessitam do ensino público e gratuito em todos os níveis, livres do controle da direita reacionária.
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Zé Dirceu. Memórias volume I. Resenha Parte I Por Antônio Eduardo
A
autobiografia de José Dirceu de Oliveira e Silva, aborda temas , acontecimentos e personagens fundamentais no cenário político nacional, tratando em especial o desenrolar da política da esquerda, desde da resistência à ditadura militar no final dos anos 60 até a experiência do governo Lula no início do século XXI. O texto memorial foi escrito pelo autor na prisão da Lava Jato, no Primeiro Capítulo Se não me falha memória. Por que resolvi colocar no papel as minhas vidas e a minha luta, informa José Dirceu que incentivado Simone, sua atual esposa e mãe da sua filha caçula Maria Antônia, resolveu contar sua história para seus filhos, e também como uma forma de resposta diante da colossal campanha de calunias que sofreu pela imprensa capitalista, desde do processo do mensalão no primeiro governo Lula. O livro, portanto, tem um valor em si como documento político contra os golpistas, mas representa mais que isso, o leitor é blindado com um texto bem articulado, bem escrito que permite uma leitura em fluxo continuo através não somente da descrição de acontecimentos, mas de valiosas apreciações políticas sobre personagens e conjunturas políticas, que em alguns casos Jose Dirceu participou desempenhando papel relevante. José Dirceu, nasceu em 16 de março de 1946, em Passa Quatro, Minas Gerais, mas teve atuação política em São Paulo, chegando na capital paulista em 1961. Começa sua militância política muito cedo, como militante do movimento secundarista, atuando no principal partido de esquerda da época, o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Em 1965, iniciou o curso de Direito na PUC de São Paulo, fez parte do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da PUC, em 1967, foi presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), sendo uma das principais lideranças estudantis nas mobilizações estudantis em 1968,junto com Luís Travassos, presidente da UNE, e Vladimir Palmeira. No 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizado em Ibiúna, interior de São Paulo, José Dirceu, que era um dos candidatos a presidente da UNE, foi preso junto com mais 600 participantes do encontro pelas forças repressivas. No seu livro, José Dirceu descreve as divergências políticas e a crise do PCB após o golpe de 1964, sua participação no movimento estudantil e sua adesão a resistência clandestina .“ No turbilhão em que se transformou o Brasil na segunda metade da década de 1960, vivi no olho do furacão: Movimento Estudantil, PCB, dissidência do PCB e, mais tarde, a luta armada.” P. 56. Ao apresentar o fio histórico do seu percurso, José Dirceu apresenta os dilemas colocados pelo fechamento do espaço político provocado pelo golpe de 1964 e pelo endurecimento com AI-5 em 1968. Uma questão que é abordada
nas suas memórias é sobre o significado político da decisão não somente do próprio Jose Dirceu e da sua jovem geração em aderir a luta armada e a clandestinidade, mas inclusive de quadros experientes do PCB , como Mario Alves, Jacob Gorender , Jover Telles, Joaquim Câmara Ferreira e Carlos Marighella. No descrição do processo de formação dos agrupamentos políticos que participaram da luta armada, José Dirceu faz uma critica sobre a avaliação da correlação de força, que embasaram a decisão do enfrentamento armado, indicando que “ sobrava decisão política e faltava uma leitura correta da realidade do momento”. A esse respeito é importante assinalar que na avaliação do período e da sua própria trajetória, José Dirceu não abjura o seu passado, mas procura entender o processo no seu conjunto, indicando que um aspecto marcante era que “ a resistência era um imperativo moral e política. Os meios: a luta de massas e a resistência armada”. Além disso, José Dirceu pretende demostrar que a derrota dos grupos armados foi produto do isolamento imposto pelos militares e “ virou uma luta militarista e deslocada da realidade política, até mesmo pela dinâmica de sobrevivência dos grupos armados” p.61 Isso não quer dizer, que Jose Dirceu comungue com a crítica simplista de que os aderentes eram apenas movidos pela paixão e não tem nenhum contato com a realidade. Neste sentido, havia ao ser ver que uma “ percepção correta do caráter e natureza do golpe”,: “Para nós, da dissidência do PCB, 1964 não fora uma quartelada cívico-militar que logo convocaria eleições e entregaria o poder ao vencedor, fosse Lacerda ou Juscelino. Percebemos que estávamos diante de uma contrarrevolucionaria autoritária.” P. 61 Em 1969, Jose Dirceu foi um dos 15 presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick no episódio do sequestro organizados pelo consórcio das organizações ANL e MR8. No exílio, morou em Cuba, faz treinamento guerrilheiro e participa da luta clandestina no Brasil por um breve período, regressa a Cuba, e finalmente restabelece-se no Brasil, após uma cirurgia plástica, vivendo com outra identidade em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná entre 1975 e 1979, quando beneficiado pela Lei da Anistia retorna as atividades públicas. O livro Zé Dirceu, memórias Volume I tem interessante discussão sobre a formação do PT, a luta interna dentro do PT nos anos 80 e 90, o crescimento eleitoral do partido até a vitória nas eleições presidências de 2002, com a constituição do governo Lula, e a posterior queda de Jóse Dirceu com as acusações do “ mensalão”. Este será tema da segunda parte da resenha critica dessa coluna. DIRCEU, José. Zé Dirceu. Memórias Volume I. São Paulo: Editora Geração, 2018.
COMBATER A PERSEGUIÇÃO FASCISTA NAS ESCOLAS| 3
ATENÇÃO, PROFESSORES PERSEGUIDOS:
Liguem agora mesmo para (11) 972446304, vamos organizar sua defesa
É
preciso organizar os professores para acabar com a “caça às bruxas” que está sendo implementada nas escolas por parte da extrema-direita, a partir da campanha em favor da imposição do projeto fascista Escola Sem Partido, antes mesmo que ele seja aprovado em muitos lugares. Professores estão sendo ameaçados, agredidos, vigiados e inclusive demitidos das escolas por terem um posicionamento político progressista. Na Escola Liceu Jardim, em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, uma professora de História foi perseguida por pais de alunos, que pressionaram a direção da instituição para que ela fosse demitida. A direção acatou a pressão e demitiu a docente. Em entrevista ao site da CUT São Paulo, Juliana de Oliveira Lopes, a vítima da perseguição em Santo André, disse que sempre evitou manifestar seu voto em sala de aula, mas seus alunos insistiram em saber sua opinião sobre a atual situação política do País. Então, ela falou que não votaria em Bolsonaro devido à sua política de ataques a grupos como mulheres, negros, LGBTs e indígenas. Os pais dos alunos ficaram sabendo e monitoraram as redes sociais da professora. Foram pressionar a direção da escola, como já vinham fazendo ao longo do ano, sempre afirmando que os professores estariam “dou-
trinando seus filhos a serem comunistas” e exigindo que a escola adote o Escola Sem Partido. Este caso é emblemático da onda de censura à liberdade de expressão e de cátedra e também à perseguição à esquerda nos locais de ensino. Especialmente a partir das eleições, diversas escolas e universidades vêm sendo pichadas e atacadas por grupos fascistas que tentam intimidar e agredir alunos e professores de esquerda, mulheres, LGBTs, negros, etc. A perseguição desenfreada aos professores tem recebido crescente apoio de políticos da extrema-direita bolsonaristas recém-eleitos pela fraude eleitoral. O caso de maior destaque é o da deputada estadual eleita em Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL). Sua campanha teve como um dos principais pontos a Escola Sem Partido. Quando Jair Bolsonaro venceu, de maneira fraudulenta, as eleições, ela divulgou um anúncio pedindo a seus seguidores filmarem professores em sala de aula que fossem críticos ao fascista, e enviassem os vídeos e informações pessoais dos docentes para que grupos fascistas pudessem intimidá-los. Não se pode deixar que uma campanha abertamente fascista como essa tome conta das escolas e demais instituições de ensino no Brasil. É preciso expulsar os fascistas das escolas. Eles são inimigos dos professores e
do movimento estudantil, defendem claramente a privatização do ensino, a censura e uma educação reacionária, contra uma verdadeira educação. Os professores precisam se organizar para combatê-los. Diante disso, a corrente sindical Educadores em Luta, do Partido da Causa Operária (PCO), criou um comitê de solidariedade para apoiar todos os professores perseguidos pela extrema-direita nas instituições de ensino. O número de contato da rede de solidariedade é (11) 97244-6304. Quando houver um ataque ao docente, ele deverá entrar em contato, e um representante do comitê organizará o apoio solidário direto na instituição em que a vítima trabalha, a fim de realizar um ato com outros professores, estudantes, trabalhadores, em apoio ao companheiro, enfrentar e expulsar da instituição os fascistas que censuraram e buscam aterrorizar os professores. A categoria docente é uma das maiores e mais combativas do movimento sindical brasileiro. Os professores costumam realizar algumas das mais combativas greves do País, com consciência de sua força. Já existe uma importante organização da categoria, que é uma das maiores do Brasil com diversos sindicatos. Além disso, a Apeoesp, dos professores estaduais de São Paulo, é um dos maiores sindicatos da América Latina. Ou seja, a categoria dos professores é muito forte e tem plenas condições de levar adiante essa campanha de defesa de seus interesses contra a extrema-direita e derrotar a perseguição política. Em cada sindicato, os professores devem organizar uma central de in-
formações para receber denúncias da perseguição fascista, e criar comitês para destruir a provocação da direita. Os professores devem ser solidários uns com os outros, são companheiros trabalhadores que sofrem os mesmos problemas e dificuldades, por isso a solidariedade classista, no sentido de defender a coletividade da categoria. É necessário expulsar os fascistas das instituições de ensino e colocar um fim na “caça às bruxas” que estão realizando. A escola é local de organização popular, a escola é do povo, dos professores e estudantes. Não da direita.
4| COMBATER A PERSEGUIÇÃO FASCISTA NAS ESCOLAS
Um chamado à mobilização dos professores contra a “caça às bruxas” nas escolas Por Antônio Carlos
N
o programa Colunistas ao Vivo, desta quinta feira (8), o companheiro Antônio Carlos Silva, professor da rede estadual de SP, coordenador da corrente Educadores em Luta e membro da direção nacional do Partido da Causa Operária (PCO), abordou a onda de ataques contra os professores quem vem sendo levada adiante pela direita golpista, que se agrupa em torno do movimento “Escola sem Partido”. O programa denunciou os ataques que já causaram demissões, agressões, prisões e todo tipo de assédio contra os docentes e que atinge também estudantes das escolas secundaristas e a livre manifestação dos jovens e trabalhadores nas universidades. Um ataque que visa desmoralizar e colocar os professores na defensiva em um momento em que os golpistas preparam uma brutal ofensiva contra o ensino público em todo o País, com cortes de recursos, demissões, terceirizações e privatizações. O governo ilegítimo de Bolsonaro, resultado da frade eleitoral, quer impor a “reforma” do ensino médio aprovada no governo Temer que prevê, entre outras coisas a imposição do Ensino à Distância em larga escala, para expulsar milhões de jovens das escolas públicas. Antônio Carlos falou da proposta de luta de Educadores em Luta/PCO de criar comitês de luta nas escolas e sindicatos e realizar uma ampla mobilização contra os ataques da di-
reita, assinalando que o caminho para derrotar a ofensiva não pode ser no Judiciário golpista ou no Ministério Público, dominados pela direita que mantém preso o ex-presidente Lula e prepara toda uma ofensiva contra os trabalhadores e juventude. O programa fez um chamado a que educadores, estudantes e pais denunciem todo tipo de assédio e ataque contra os professores que precisa ser enfrentado por meio de uma ampla mobilização. E divulgou o telefone da campanha o disque solidário, que visa foram uma rede para receber denuncias e organizar o devido enfrentamento com a direita para colocar os fascistas para correr das escolas. Para a campanha contra os ataques da direita, estão sendo produzidos vários materiais como boletins e cartazes para serem distribuídos nas escolas de todo o País e impulsionar a mobilização necessária. Acesse a edição de Colunistas ao Vivo desta quinta, “Educadores, vamos derrotar a ‘caça às bruxas’ nas escolas”, com Antônio Carlos. E se você ainda não está inscrito no canal Causa Operária TV, inscreva-se já e acompanhe nossa programação que cresce a cada semana, com uma diversificada programação com informação, cultura, análise política marxista e defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores e de todos os explorados.
Disque solidariedade dos professores (11) 972446304: saiba o que é e como participar A
direita golpista intensifica sua campanha de perseguição, censura e violência contra os professores e toda a Educação publica. Aproveitando-se da vitoria fraudulenta do candidato da extrema direita Jair Bolsonaro, os coxinhas, milionários e fascistas estão incentivando o assedio contra os educadores e estudantes nas escolas de todo o Pais. Somente na ultima semana, foram inúmeros os casos de assedio, perseguição e violência contra os professores. No Espirito Santo, um professor foi preso somente porque estava debatendo politica com um colega de trabalho. Em Santo André, uma professora foi demitida, após a direção da escola ser pressionada pelos pais de alunos, por conta de sua posicao politica nas aulas. Ainda em São Paulo, uma professora idosa foi agredida por apoiadores de Bolsonaro. É preciso reagir a essa situação, enfrentar os setores reacionários defensores do projeto “Escola Sem Partido”.
A Corrente Educadores em luta e o Partido da Causa Operaria lançaram essa semana a campanha disque solidariedade, destinada a todos aqueles educadores que forem intimidados e ameaçados nas escolas pela direita, bem como a outros setores da comunidade escolar que tenham conhecimento de casos de perseguição, de casos de “caça às bruxas” contra os professores. Em caso de ameaça, basta entrar em contato pelo numero 11 972446304 para que o movimento organize junto aos comitês, sindicatos etc. a defesa e a mobilização contra os ataques da direita. E necessário organizar também em todas as escolas os comitês de luta contra o golpe e desenvolver uma mobilização junto aos estudantes, os pais e os próprios professores contra a ofensiva da direita nas escolas. E preciso botar para correr das escolas de todo o pais os bolsonaristas, inimigos do ensino publico e dos educadores.
GROSSOMODO POR MUNA
FRASE DO DIA Sob o pressuposto de enfrentar as “organizações criminosas”, a mencionada Força-Tarefa – que pela natureza com que foi estruturada, não terá qualquer controle dos Poderes Constituídos ou de quaisquer outras Instituições Democráticas – poderá auscultar ilimitadamente a vida de qualquer cidadão brasileiro, “vigiar” movimentos sociais e organizações de defesa da sociedade, mergulhando o País num odioso retrocesso democrático, sem qualquer base legal ou constitucional. Gleisi Hoffmann
POLÍTICA| 5
LULA ESTÁ CERTO
Não se deve colocar esperanças no judiciário golpista L
ula foi visitado na prisão por seus advogados e Fernando Haddad nesta quarta (7). Na visita, Lula confessou que não vê mais saída com a instituições, estaria cético quanto aos futuros julgamentos e não vê possibilidade de sair dali juridicamente com o clima que passa o País. Também foi combinado com Haddad que ele continuaria participando da política porém sem cargo dentro do Partido dos Trabalhadores. Lula também declarou que não espera que Ciro saísse do país e se ausentasse no segundo turno. Por último disse que sabia que Moro assumiria a política mais não esperava que fosse tão cedo. O ex-presidente que acreditava sair por vias institucionais e que a justiça o inocentaria está enfrentando a dura realidade: a justiça está inteiramente a serviço da política golpista imperialista. As esperanças de que Haddad se elege-se para gerar um clima que favorecesse sua soltura também foram por água a baixo. Lula está certo: não devemos esperar nada das instituições burguesas, e devemos acrescentar que nada deve-se esperar dos partidos burgueses também, nem do PDT de Ciro
Gomes, PSB, PSDB, nem ninguém que somente por palavras se oponha ao governo fascista do capitão e dos generais, devemos contar somente com a militância disposta a paralisar o país para liberar Lula da cadeia e tirar Bolsonaro e os golpistas na marra. O cinismo dos golpistas é tamanho que agora que venceram as eleições, querem mudar todas as regras com a qual prenderam Lula e incriminaram arbitrariamente os políticos do PT. Uma enorme pressão está sendo colocada em cima do atual presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM), para votar uma gama de projetos que alterariam as leis sobre delação premiada, caixa dois e crimes de improbidade. Agora o delator precisaria ter participado diretamente dos fatos e ter provas sólidas para ser válida a delação, ou seja, não bastaria pegar alguém que alegasse saber das circunstâncias do crime, e nem um laranja para proferir mentiras roteirizadas que não fazem menor sentido e sem solidez factual como no caso do próprio Lula. Agora, a delação ficaria limitada aos próprios participantes do crime. No caso de crimes contra o dinheiro
público, em agosto foi aprovado que o ressarcimento é imprescritível. Maia é a opção dos parlamentares que lideram esse processo para manter o cargo em 2019 , por isso está fortemente pressionado para aprovar essa pauta altamente impopular. A burguesia muda as regras do jogo conforme ela vai jogando e estamos anunciando isso desde que se deu início ao processo de impeachment da Dilma.
PAGAMENTO PELO GOLPE
Senadores golpistas aumentam salário de juizes golpistas N
ão é só Moro que está recebendo o pagamento pelos serviços prestados ao golpe. O Senado aprovou nesta quarta-feira (7) um aumento de 16% para os salários de juízes e promotores de justiça, que passarão a receber algo em torno de quarenta mil reais, ou seja, aproximadamente 42 vezes mais que o salário mínimo, que é o valor recebido pela grande maioria dos trabalhadores brasileiros. O aumento dos juízes também resultará no aumento dos vencimentos dos parlamentares e dos chefes do poder executivo. São mais R$ 4 bilhões gastos com esta classe de golpistas, cuja imensa maioria, se sentem muito mais próximos aos anseios da burguesia do que do povo, e julgam com muito mais rigor os pobres do que os ricos. Não é para menos. O nível de vida de um juiz proporcionado pelos seus R$ 40 mil mensais, não é algo casual. Pelo contrário, a burguesia calcula, e o faz com muito acerto, que a vida luxuosa e privilegiada de magistrados e promotores os levarão a identificarem-se com a vida da alta burguesia, e, com isto, naturalmente serão muito mais simpáticos às suas demandas e à sua ideologia, passando a ver com grande antipatia tudo o que representa a luta da classe operária e de todos os explorados. A casta de juízes e promotores servirão como uma verdadeira muralha
a proteger a burguesia contra a luta de classes, transformando-se em um exército jurídico sem o qual o regime de superexploração em que vivemos seria inviável ou até mesmo impossível de existir e se manter. Com o golpe, ficou claro de que lado está o judiciário brasileiro, julgando contra todas as pautas favoráveis ao povo e blindando os golpistas, mesmo que isto signifique passar por cima de todas as leis, princípios jurídicos ou normas constitucionais, rasgando o Estado de Direito que deveria haver no Brasil. E agora chegou a hora do pagamento: para o golpe, não há dinheiro para Minha Casa Minha Vida ou Luz Para Todos. O dinheiro vai mesmo é para os juízes e as máfias políticas que controlam o Estado, à serviço dos grandes capitalistas. E o povo, que viva nas ruas.
Acompanhe a programação COTV no site: causaoperariatv.com.br no youtube: causaoperariatv
A força política da esquerda está nos trabalhadores, na sua mobilização. A aliança com elementos direitistas como Ciro Gomes, ou demais políticos e partidos burgueses e pequenos burguesas para tirar Lula da cadeia é uma completa armadilha, seus interesses estão em cargos, acordos com os golpistas e outras mesquinharias, e não em levar adiante uma política para o povo. Lula deve depositar suas esperanças no povo; na sua mobilização e organização.
6 | ATIVIDADES DO PCO E COMITÊS
CONGRESSO DO PCO
Nesse final de semana, o PCO elege delegados para participar de seu X Congresso N
esse próximo final de semana o PCO realizará, em todo o País, reuniões partidárias que escolherão os delegados do Partido ao seu X Congresso, que ocorrerá entre os dias 15 e 18 de novembro, em São Paulo. São esperados centenas de militantes entre delegados, observadores e convidados. O PCO adquiriu nos últimos anos uma enorme relevância política nacional em decorrência do acerto de suas caracterizações políticas e da luta política que levou adiante, tornando o PCO, reconhecido como o Partido da luta contra o golpe. Desde 2013/2014 o Partido denunciou o desenvolvimento de um golpe de Estado no país, situação que adquiriu nítido contorno a partir de 2015 e que consumou o seu primeiro ato com o impeachment fraudulento da presidenta Dilma. Sempre com participação ativa na luta contra a direita, o Partido, em uma segunda etapa do golpe, apontou que o próximo passo dos golpistas seria o de condenar e prender o ex-presidente Lula e excluí-lo das eleições de 2018. Prognósticos que foram novamente confirmados pela realidade. Durante todo esse período, o Partido se notabilizou pela luta política travada em torno da defesa das suas posições aliada a uma intervenção prática na luta de classes, sendo a organização que assumiu a dianteira na luta contra o impeachment, pela sua anulação, contra a prisão de Lula e por sua liberdade. Em todos os momentos cruciais da luta contra o golpe, o PCO chamou à mobilização independente dos traba-
lhadores. Denunciamos a ampla unidade de todos os setores da burguesia brasileira com o imperialismo, o verdadeiro “cabeça do golpe”, e a comunhão de inúmeras instituições nacionais com os golpistas. Em contrapartida à unidade deles, o Partido defendeu a unidade dos trabalhadores, dos sindicatos, dos partidos de esquerda que realmente defendiam a luta conta o golpe, enfim, uma grande mobilização nacional dos explorados como única maneira de colocar abaixo o golpe e suas instituições. Em todas essas etapas, o PCO travou uma luta política sistemática contra as posições centristas e capituladoras da esquerda diante do golpe. Posições como a crença nas instituições que faziam parte do golpe seriam capazes de barrar a evolução do golpe, como o Congresso com relação ao impeachment e o Judiciário com relação à condenação e prisão de Lula e o seu posterior banimento das eleições. Com maior intensidade ainda, o PCO combateu a esquerda pequeno burguesa e burguesa (de dentro e de fora do PT) que, independentemente do discurso, têm em comum o fato de buscarem virar a página do golpe e se adequarem ao novo regime político estabelecido com o golpe. É justamente a nova etapa política que se abre com a eleição fraudada do candidato da extrema-direita, que o Partido debaterá em seu Congresso, bem como as tarefas que estão colocadas para o próximo período como a continuidade da luta contra o próprio golpe, expressas nessa etapa no avanço dos militares sobre todas as
instituições do regime, o combate ao avanço dos movimentos fascistas em decorrência do próprio avanço do golpe. A luta contra o governo eleito pela fraude e a luta pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos. Nesse sentido, o X Congresso será uma linha de continuidade de todas as discussões e ações que o Partido já vem fazendo. Desde o final de 2017, quando realizou o seu IX Congresso até esse que agora está prestes a ser instalado, foram realizadas quatro conferências nacionais com a participação ampla de delegados e observadores de todo o País, que nortearam – democraticamente – toda a intervenção partidária. O debate democrático é para o PCO a ferramenta fundamental que faz com que o partido aja de maneira homogênea, como ocorreu nessas últimas eleições. Foram lançadas candidaturas a cargos majoritários em 13 estados e em outros 4 a proporcionais e o que se viu de norte a sul do País
foi o reconhecimento de milhares de trabalhadores e jovens do caráter revolucionário da atividade do Partido. Nesse Congresso estará em debate também como fazer crescer ainda mais a imprensa partidária. Isso em um quadro de significativa evolução, quando já são centenas de milhares de pessoas que acompanham os órgãos do PCO, impressos e nas redes sociais, que vêm se consolidando como um dos principais instrumentos de luta dos explorados e de propaganda socialista e revolucionária em nosso País. Finalmente, caberá ainda ao Congresso estabelecer os métodos políticos para consolidar o rápido crescimento partidário. Em todas as grandes cidades do país o PCO já tem núcleos de apoio. A tarefa consistirá em integrar esses novos militantes às atividades partidárias e integrá-los organizativamente ao Partido. Mão à obra! Viva o X Congresso Nacional do Partido da Causa Operária.
PT, PCO, CUT, CMP, MST E FNL
Todos à 2ª Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe e o Fascismo O
golpe de estado, que iniciou os ataques ao conjunto da classe trabalhadora com o impeachment de Dilma Rousseff, entra em uma nova fase, com o governo golpista de Jair Bolsonaro, eleito em uma eleição totalmente fraudada. O que antes era difícil para o governo golpista de Michel Temer realizar devido a sua impopularidade e as mobilizações do movimento de luta contra o golpe, com Bolsonaro a direita vai voltar a carga máxima, tentando utilizar da fraudada eleição de 2018, como respaldo institucionais para as realizar as maiores barbaridades contra os direitos dos trabalhadores e suas organizações sociais. Nesse sentido é necessário a organização imediata da luta da classe operária e seus movimentos sociais, contra o golpe e o governo golpista de Jair Bolsonaro. Os comitês de Luta contra o golpe estão convocando a 2° Conferência
Nacional Aberta de luta contra o golpe e contra o Fascismo, a ser realizado nos dias 8 e 9 de dezembro de 2018, na cidade de São Paulo.
A Conferência também é impulsionada pelo PCO (Partido da Causa Operária), e conta com apoio de diregentes do PT, da APEOESP (Sindicato dos
professores do Estado de São Paulo), CUT (Central Única dos Trabalhadores), lideranças do MST (Movimento dos Sem Terra), FNL (Frente Nacional de Luta). A primeira Conferência, realizada no mês de julho/18, contou com mais de 700 ativistas de várias organizações operarias e populares, analisou o cenário do golpe e deliberou como questão central, o fortalecimento dos comitês de luta contra o golpe espalhados por todo país, levando a campanha pela liberdade de Lula. A nova etapa do golpe coloca a necessidade que a 2° Conferência nacional de luta contra o golpe fortaleça essa luta e os movimentos sociais que lá estarão deve se engajar nesse convocação, chamando todos os trabalhadores do país a ir para atividade com a finalidade de organizar os trabalhadores para por para fora os golpistas do Palácio do Planalto.
ATIVIDADES DO PCO E COMITÊS | 7
EM 1923, HITLER TENTOU REALIZAR UM GOLPE DE ESTADO
Saiba mais sobre o fascismo na Universidade de Férias do PCO A
Universidade de Férias, realizado junto com o Acampamento da Juventude Revolucionária do Partido da Causa Operária, de janeiro próximo ano, vai abordar uma temática que está estreitamente relacionada com a situação politica atual do Pais: o fascismo. O tema da Universidade de Férias é “O que é o fascismo e como enfrenta-lo?”, tendo como base o livro de um dos principais dirigentes revolucionários russos, León Trotsky, que – ao lado d eLênin – comandou a revolução vitoriosa de 1917. Diante do avanço da extrema-direita no Pais, após a vitoria fraudulenta de Jair Bolsonaro nas eleições, os grupos fascistas, apoiadores de Bolsonaro, vêm intensificando uma campanha de intimidação, violência e perseguição contra a esquerda, a juventude, trabalhadores, professores, estudantes etc. Nesse sentido, é de fundamental importância a compreensão teórica do problema do fascismo para que se possa organizar uma resistência e uma reacção eficiente contra a extrema-direita. O curso será ministrado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária, e trará uma abordagem marxista do problema, trazendo a tona a história do fascismo. Um exemplo histórico do desenvolvimento do fascismo no mundo, foi a tentativa fracassada de golpe de estado levado adiante por Adolf Hitler e seus partidários nazistas, na Alemanha em 1923. O pais encontrava-se em grave crise economica por conta da derrota na Primeira Guerra mundial. Os nazistas alemães, que inspi-
ravam suas idéias no Partido Fascista Italiano, tentaram subir ao poder no início da década de 1920, por meio de um golpe, episódio esse que ficou conhecido como Putsch da Cervejaria. Devido a crise, o governo da Baviera decreta estado de urgência, cria-se então um triunvirato para governar a região formado por Gustav von Kahr, o general Otto von Lossow, comandante do Exército, e o coronel Hans von Seisser, chefe da polícia. No dia 8 de novembro, os nazistas invadem a cervejaria Bürgerbraükeller em Munique, onde o triunvirato era apresentado ao povo, e sequestram os três governantes em uma sala. Hitler a frente, tenta tomar o poder. Há resistência por parte dos apoiadores do governo e os nazistas são derrotados e expulsos do local. Uma análise profunda desse e de outros acontecimentos centrais e o restante da história do desenvolvimento do nazismo na Alemanha você poderá acompanhar na próxima Universidade de Ferias do PCO. Não perca essa oportunidade. Faça a sua inscrição! Assista uma das aulas da última Universidade de Férias que ocorreu na cidade de Suzano (SP): https://youtu.be/3YxgwsbEsPM Assista também a Universidade de Férias sobre a crise do sistema capitalista: https://youtu.be/lsvjqdenbCE Para maiores informações e inscrições, entre em contato com a Secretaria de Organização e se inscreva já: (11) 98589-7537 (TIM) (11) 96388-6198 (Vivo) (11) 97077-2322 (Claro) (11) 93143-4534 (Oi)
Venha participar do Réveillon do PCO, comemorar, comer uma deliciosa ceia e saborear maravilhosos drinques F
inal de ano chegando, hora em que todos costumam fazer balanços, e pausas para repor energias. A comemoração da passagem do ano com uma festa de gala é tradicional junto ao movimento operário. Os grande partidos operários no início do Século XX comemoravam a passagem de ano, o Partido da Causa Operária mantém esta tradição. A luta contra o golpe tem exigido, e continuará a exigir, de todos uma dedicação especial e mobilização permanente, pressionando a todos nós. Por isso, os eventos sociais continuam sendo importantes para não entrarmos em ‘modo automático’. Estabelecer laços de convivência entre os militantes é fundamental, daí a importância do nosso tradicional réveillon. Tradicional em São Paulo e Brasília, o réveillon do Partido da Causa Operária também foi comemorado pela primeira vez ano passado em
Salvador e Rio de Janeiro, devendo contar com edições em outros estados e cidades onde o PCO estiver organizado nesse final de 2018. Em São Paulo, como de costume, teremos diversas atrações, com open-bar de diversos coquetéis, música ao vivo com a apresentação da cantata popular Santa María de Iquique – do histórico grupo chileno Quilapayún, interpretada por Miriam Miráh e pela Banda Sendero. A festa é aberta a todos os interessados e os convites logo serão disponibilizados. Entre em contato conosco, participe das atividades de final de ano do PCO. Não fique de fora! Participe, traga sua família, seus amigos e todos os interessados. pelo email: pco.sorg@gmail.com telefone fixo: (11) 2276-2548 TIM: (11) 98589-7537 Vivo: (11) 96388-6198 Claro: (11) 97077-2322 Oi: (11) 93143-4534
8 | INTERNACIONAL
VENEZUELA
Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela aprova acordo contra novos ataques e bloqueios dos EUA R
eproduzimos a seguir reportagem da Agência Venezuelana de Notícias (AVN): Em sessão ordinária, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), aprovou nesta terça-feira um acordo em rechaço aos novos ataques e bloqueios do governo dos Estados Unidos (EUA) contra a Venezuela, e as sanções impostas pela União Europeia (UE) contra a pátria de Bolívar e Chávez. No texto, lido pelo secretário da ANC, Fidel Vásquez, os deputados do órgão plenipotenciário condenam veementemente as agressões da administração de Donald Trump, contra os povos da América Latina, assim como as ameaças imperiais e o bloqueio financeiro ilegal do qual é objeto a Venezuela. “Considerando que uma elite fascista, racista e xenófoba que hoje governa os EUA e alguns dos países que integram a UE carecem de moral para sancionar ou estabelecer diretrizes a qualquer povo de nossa mãe terra,
em especial aos povos da América Latina que veem com repúdio a manutenção destas ações de agressão”, afirma o documento. Os integrantes da ANC decidiram como primeiro ponto, rechaçar os novos ataques e bloqueios ilegais unilaterais e imorais do governo estadunidense contra o povo, as instituições e a democracia da Venezuela, “por ser violatórias do direito internacional e dos direitos humanos dos venezuelanos”. “Repudiamos as agressões da elite fascista e de alguns governos que integram a UE contra o povo venezuelano e dos povos latino-americanos, que decidiram em paz, democracia e liberdade construir um caminho de bem-estar e desenvolvimento, longe da nefasta esfera de influência de uma elite estadunidense supremacista que pretende colocar por cima seus interesses”, afirma o texto. Os constituintes ratificaram sua lealdade e compromisso com o presidente constitucional da República
Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, reeleito em 20 de maio. “Continuar fazendo nosso esforço para consolidar apesar de todas estas agressões a paz em nosso país, que somente será possível pelo caminho da justiça, o diálogo, e o entendimento das diferenças entre venezuelanos, sem cair na chantagem de submeter nossa vontade aos bastardos inte-
9 DE NOVEMBRO DE 2018, ÀS 14HS, AO VIVO
ELEIÇÕES NORTEAMERICANAS ACOMPANHE NA CAUSA OPERÁRIA TV
resses estrangeiros cuja pretensão final é eliminar o modelo alternativo de construção de uma sociedade que privilegia o ser humano e não o capital”. Por último, o presidente da ANC, Diosdado Cabello, informou que a constituinte, Mercedes Gutierre, foi nomeada como vice-presidenta da Comissão de Trabalhadores.
POLÍTICA E CIDADES | 9
DISTRITO FEDERAL
Ibaneis entrega a Secretaria de Gestão do Território e Habitação aos donos do mercado imobiliário C
onforme anunciado por Cláudio Humberto, porta-voz do governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o responsável pela Secretária de Estado de Gestão do Território e Habitação será o advogado Mateus Leandro de Oliveira. Sua missão seria “‘destravar’ o setor, responsável pela liberação de alvarás de construção, por exemplo, ‘e empoderar o cidadão’”. Como em todos os casos de governos golpistas, trata-se, na verdade, de “empoderar” quem já tem poder: os grandes empreiteiros e empresas do mercado imobiliário do Distrito Federal, responsáveis pelo agravamento da segregação espacial em Brasília e principais lobistas da burguesia no universo político da Capital Federal. Como se sabe, Ibaneis Rocha, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) é parte da burguesia brasiliense, composta majoritariamente por empresários da área de serviços terceirizados, por varejistas, donos de empresas de transportes, e sobretudo construtores, incorporadores e corretores do setor imobiliário. Na política, Ibaneis foi apadrinhado por uma raposa velha local: Tadeu Filipelli (MDB) – ex-deputado distrital, ex-Secretário de Obras de Joaquim Roriz, ex-deputado federal, ligado ainda a Paulo Octavio, José Roberto Arruda e atual presidente do MDB no DF. Se o advogado não tinha qualquer experiência política, sua base social fundamental de apoio era decididamente mais forte mesmo entre golpistas como o atual governa-
dor Rodrigo Rollemberg (PSB) ou Eliane Pedrosa (Pros). Tanto que, à semelhança das fraudes ocorridas em outros estados como São Paulo (Janaína Paschoal, Major Olímpio e João Dória), Rio de Janeiro (Wilson Witzel) e Minas Gerais (Carlos Viana e Romeu Zema) Ibaneis foi catapultado ao segundo turno por uma ascensão “milagrosa”
tista do governo, tal influência se estende diretamente sobre os cargos da Secretaria de Estado correspondente, encarregada dos programas habitacionais e do planejamento urbano. Nas últimas gestões, a Secretaria tem sido “neutralizada”, e a própria Terracap – cuja diretoria é capturada pela burguesia – se encarrega de fazer o
na última semana do primeiro turno. A relação de especuladores imobiliários com o poder público no DF evidentemente data da época da construção da Capital na década de 1950, passa pelos governadores biônicos da ditadura militar, pela grilagem de terras públicas promovida por Roriz et caterva. O ponto focal de atuação desse setor da burguesia é a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap): a agência pública que gerencia as terras desapropriadas pelo governo federal quando da criação do Distrito Federal. A depender do caráter direi-
planejamento territorial, definindo os vetores de crescimento na periferia, as novas cidades, os novos assentamentos. Afinal é um gigantesco montante de terra pública a ser gerenciada e leiloada. A nomeação de Ibaneis pode levar tal captura à própria Secretaria. Proprietário da M. Oliveira Advogados o novo Secretário de Gestão do Território e Habitação seria um “homem do mercado” imobiliário: foi assessor jurídico da Prefeitura de São Paulo durante a gestão de José Serra (PSDB) e diretor jurídico brasileiro da
MORO NO MINISTÉRIO
Lula é um preso político preso por um político E m um dos maiores escândalos dos golpistas, Sérgio Moro, o juiz da operação Lava Jato, vai assumir o Ministério da Justiça a convite do presidente ilegítimo, recém “eleito”, em uma eleição completamente fraudulenta, Jair Bolsonaro. É de Sérgio Moro a autoria de um dos maiores crimes políticos da história nacional que foi a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, que seria candidato nestas eleições de 2018 e venceria com facilidade gente como Bolsonaro. A prisão se deu no marco do aprofundamento do golpe de Estado, ainda em abril deste ano, e foi completamente ilegal. Ilegalidade denunciada inclusive por organismos internacionais, países, chefes de Estado, e também pelo movimento de luta contra o golpe no Brasil. Lula já afirmou, em entrevista, que sempre acreditou que o Moro militaria fora da magistratura pois o considerava um quadro político. Mas a ra-
pidez desse raciocínio surpreendeu a todos, até mesmo golpistas, como o político Cristovam Buarque, que disse, no Congresso Nacional, que “se Moro virar ministro prevalecerá que houve conspiração” Lula estava certo. Moro é um político a serviço do golpe e prendeu Lula para eleger Bolsonaro e virar ministro da justiça logo em seguida. O que acontece com Lula é pura e simples perseguição política, a serviço dos interesses dos grandes capitalistas estrangeiros e “nacionais”, os verdadeiros donos do golpe.
incorporadora multinacional Brookfield Asset Management. Sua empresa vem atendendo conhecidos incorporadores e empreiteiros do Distrito Federal, chegando a ser representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). O objetivo da nomeação é claro: entregar completamente o planejamento territorial nas mão dos empresários que antes atuavam somente nos bastidores, esmagar com mão-de-ferro os movimentos sociais de luta pela terra e pela moradia, aumentar a segregação urbana da qual depende a máfia dos transportes e seus preços superfaturados. O planejamento urbano consiste num importante elo da cadeia de poder da burguesia nas grandes metrópoles. É necessário que todos os movimentos sociais e todas as organizações de trabalhadores ligados à questão da terra, da moradia e da construção civil iniciem uma mobilização imediata no sentido de reforçar os meios democráticos de participação popular no planejamento urbano e territorial e na definição do orçamento público em geral. Somente por meio da pressão política real, do povo nas ruas mobilizado contra o golpe e contra os golpistas, é possível garantir não apenas a relevância de conselhos participativos no poder público, mas também a representação expressiva de movimentos verdadeiramente populares em sua composição.
10|MOVIMENTOS
GOLPISTAS
Equipe de transição do governo golpista de Bolsonaro anuncia que demissão é a regra nos Correios O
s golpistas ligados ao direitista Jair Bolsonaro estão em Brasília, no Ministério do Planejamento, para fazer a transição do governo golpista de Michel Temer. Declararam ao jornal golpista O Estado de S. Paulo que continuarão as demissões nas empresas estatais do Brasil. A ordem do ministro indicado para o ministério da Economia é de enxugar ao máximo o número de funcionários das empresas estatais, que hoje empregam cerca de 500 mil tra-
balhadores, dentre estes, 105 mil são funcionários dos Correios. Paulo Guedes já avisou que seu plano é a privatização total no Brasil, e para isso é necessário enxugar ao máximo o quadro funcional dessas empresas, como parte do projeto de liquidação da máquina pública. Nesse critério, o governo golpista se prepara para demitir os trabalhadores dos Correios passando por cima das leis que determinam que as demissões nos Correios precisam ter
fundamento legal. Para o novo governo do golpe, que vai até extinguir o Ministério do Trabalho, a lei só vale se for para beneficiar os patrões. Aproveitando a onda direitista advinda das eleições fraudadas de 2018, o governo Bolsonaro irá demitir os trabalhadores velhos, doentes e que fazem greve e lutam no interior da ECT, nessa mesma ordem, por isso é preciso a constituição de comitês de luta contra o golpe dentro dos Correios, em todos os estados do país.
UFPE
Golpe! Estaria o Pinguim da Privataria tramando a derrubada do reitor da UFPE? Após colocar na cadeia o maior líder popular do país e impedir que este participasse das eleições desse ano, a burguesia se prepara para atacar frontalmente a população brasileira. Um dos eixos fundamentais desses ataques são as universidades, que são entendidas como uma fonte de “gastos” para os banqueiros que estão assaltando o Brasil e que se apresentam como uma oposição natural ao regime golpista, visto que são um local tradicional de organização da esquerda. Para levar adiante todos os ataques planejados contra as universidades, o imperialismo corrompeu inúmeros lacaios, dispostos a se infiltrar nas universidades para sabotar a luta dos estudantes e professores contra os golpistas. Apesar da mediocridade intelectual que esses direitistas costumam carregar, sua atuação é extremamente nociva para o desenvolvimento de uma verdadeira resistência contra o golpe de Estado: articulam bandos fascistas, processam estudantes e professores, trazem a Polícia para dentro dos campi, difamam o marxismo etc. O mais notável infiltrado da direita dentro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é o suposto “professor” de Filosofia Rodrigo Jungmann, mais conhecido como Pinguim da Privataria. Defensor do Estado de Israel, discípulo do astrólogo Olavo de Carvalho, cabo eleitoral de Jair Bolsonaro e mentor nos bandos fascistas que atuam na UFPE e no Estado de Pernambuco, o Pinguim da Privataria vem, há mais de dois anos, atacando sistematicamente a esquerda universitária. Os ataques aos direitos democráticos dos estudantes e professores da UFPE são tantos que estes vêm se rebelando cada vez mais contra o Pinguim da Privataria. Em outubro do ano passado, estudantes mobilizados pelo Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE expulsaram os skinheads, bolsonaristas e neonazistas convida-
dos pelo Pinguim, deixando claro a inadmissibilidade das provocações da extrema-direita. Nas últimas semanas, o Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE vem encampando uma intensa campanha de denúncia do caráter entreguista e pró-imperialista das investidas do Pinguim da Privataria. Afinal, quem semeia vento, colhe tempestade… Tanto no caso da batalha da UFPE, quando os neonazistas foram expulsos, como no caso da campanha contra a privatização das universidades, o Pinguim da Privataria adotou uma postura bastante defensiva ao ver a esquerda reagir. Acusando a esquerda de ser muito violenta”, o Pinguim da Privataria reduziu bastante seus ataques após ser confrontado. Se o Pinguim da Privataria deixou de fazer vídeos atacando a esquerda, se ele faltou ao trabalho por medo da reação dos estudantes ou se todo dia é reiterado seu desinteresse pelo cargo de reitor, a única conclusão razoável que aqueles que lutam contra o golpe podem chegar é a de que o suposto “professor” está articulando ataques ainda mais subterrâneos ou, na melhor das hipóteses, está “esperando a poeira baixar”. Uma prova de que a extrema-direita, mesmo tendo sua impopularidade desmascarada, não evita intimidar estudantes e professores é o fato de que, após todas as atitudes dissimuladamente “pacifistas” do Pinguim da Privataria, uma carta contendo graves ameaças contra a esquerda foi tornada pública. Em resposta a essa carta, mais de cem estudantes realizaram um ato na quarta-feira contra a extrema-direita. Um dos planos da direita golpista para a UFPE é tornar o Pinguim da Privataria reitor, conforme já foi noticiado e analisado por este diário. Isso, no entanto, não é uma operação muito simples: demandaria uma série de manobras por parte dos interessados em desmontar o Ensino Superior
público. O Pinguim da Privataria não venceria nenhuma eleição minimamente democrática, o que obrigaria qualquer um a concluir que há um plano da direita para acabar com as eleições para reitor ou fraudar completamente o processo eleitoral. Seja qual for o método que a direita pretender utilizar para conduzir o Pinguim da Privataria ao cargo, é necessário compreender que a única forma de impedir que um reitor privatista e fascistoide assuma a UFPE é através da luta dos estudantes e professores contra o golpe. É necessário, para tanto, mobilizar toda a comunidade acadêmica para enfrentar a direita com os meios que forem necessários. O Pinguim da Privataria, além de estar se propondo enquanto ideólogo de um movimento pelo fim das eleições para reitor, está também pressionando o atual reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, para que este se posicione contra os interesses dos estudantes. Em uma publicação recente, o Pinguim da Privataria diz: “se eu for agredido ou morto na universidade, a culpa será também do reitor”. Em um dos comentários, um seguidor seu afirma: “ele [Anísio Brasileiro] deve ser preso inclusive”. Mas por que razão o atual reitor da UFPE deveria ser responsável pelo que possa vir a acontecer com o Pinguim da Privataria? Ao contrário dos estudantes e professores citados na carta, o Pinguim da Privataria não sofre nenhuma perseguição política nem nenhuma ameaça da extrema-direita – a única coisa que há é uma grande revolta de estudantes contra os ataques que são desferidos pelo próprio direitista. Deste modo, a publicação do Pinguim da Privataria é uma verdadeira chantagem contra o reitor da UFPE. Isto é, ou Anísio Brasileiro atende as exigências do Pinguim da Privataria e coloca a Polícia Federal para perseguir seus estudantes, ou ele será perseguido pela extrema-direita – lembrando que um dos seguidores do Pinguim da Privataria suge-
riu a prisão do reitor. A publicação do Pinguim da Privataria lembra bastante o “golpe militar virtual dado pelo comandante Eduardo Villas-Bôas. Na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, o general golpista deu a entender que, caso a ministra Rosa Weber votasse de maneira favorável ao petista, as Forças Armadas dariam um golpe militar no país. Essa não foi a única vez que o Pinguim da Privataria condicionou sua suposta “perseguição” a uma suposta conivência do reitor. No dia 5 de novembro, o Pinguim da Privataria falou: “bom, talvez o único remédio que me tenha sobrado seja o de processar o senhor Reitor, não é mesmo?”. Além disso, o Pinguim da Privataria já alegou que, caso Anísio Brasileiro não atendesse às suas exigências, ele iria pedir licença e abandonar, no meio do semestre, todos os cursos em que se comprometeu a ensinar. A pressão que o Pinguim da Privataria faz sobre Anísio Brasileiro tem dois objetivos. Por um lado, as chantagens servem para, de algum modo, constranger o reitor a fazer o que o Pinguim da Privataria quer. Por outro, serve para orientar a extrema-direita no sentido de constituir um movimento de aversão ao reitor, que poderá ter como consequências um desgaste de sua gestão, ou sua derrubada antecipada por meio das instituições que controlam o Regime Político. Seja como for, o objetivo final será entregar a Reitoria da UFPE nas mãos de alguém disposto a massacrar toda a comunidade acadêmica. As ameaças do Pinguim da Privataria são inadmissíveis para qualquer pessoa que lute contra o golpe. Por isso, é preciso organizar os estudantes, trabalhadores e toda a comunidade acadêmica em comitês de luta e autodefesa, de modo a enfrentar a extrema-direita em todas as suas investidas. Fora Bolsonaro! Fora extrema-direita das universidades!
ESPORTE | 11 ESPORTES
Boateng: no futebol europeu, o racismo não mudou, apenas ficou escondido
O
jogador alemão-ganês Kevin-Prince Boateng desabafou em entrevista dizendo que seis anos após os incidentes ocorridos numa partida de futebol amistosa contra um time do norte da Itália, onde foi ofendido com insultos racistas – o que motivou a saída de campo do time pelo qual atuava à época, o Milan – que muito pouca coisa mudou em relação às manifestações de racismo nos gramados europeus. Boateng declarou também que o órgão máximo do futebol europeu, a UEFA, fez muito pouco de lá para cá e que somente coloca placas nos estádios com os dizeres “Não ao racismo”. Boateng já atuou por grandes clubes europeus em países como Inglaterra, Itália, Espanha e Alemanha. Ele é irmão do zagueiro da seleção
alemã, Jeróme Boateng, que joga no Bayern de Munique, um dos gigantes europeus e maior campeão da Alemanha. Kevin-Prince Boateng, apesar de ter nascido na Alemanha, prefere defender a seleção de Gana, país africano que é a pátria do seu pai. Boateng integrou a seleção ganesa que disputou as copas de 2010 e 2014. O jogador, que atualmente defende o Sassuolo, da Itália, disse que “após o incidente foi convidado para integrar a recém-criada Força Tarefa Contra o Racismo e a Discriminação da Fifa, mas o ex-jogador da seleção de Gana afirma que seu contato com a entidade maior do futebol mundial já não existe há muito tempo” (ESPN, 08/11). Indo diante nas críticas, o jogador declarou que “o silêncio das
autoridades do futebol incomoda” (Idem, 08/11). “Eu tive três ou quatro ideias. Expus elas. Conversei com eles sobre isso. Mas no fim do dia, nada aconteceu. Nada mudou”, afirmou o jogador em entrevista à ESPN, dizendo que a decepção é muito grande (Idem, 08/11). O que o ex-jogador da seleção ganesa afirma em sua entrevista é algo que o mundo inteiro já tem conhecimento, sendo mais um episódio nas dezenas de denúncias que figuram (ou não) nas páginas dos jornais mundo afora. Boateng revela sem sua entrevista que há uma espécie de cumplicidade silenciosa das autoridades europeias ligadas ao futebol que muito pouco ou quase nada nada fazem para coibir as manifestações racistas nos estádios
do velho continente. A UEFA e a FIFA apenas encenam campanhas contra o racismo e outras formas de discriminação, mas que efetivamente, as coisas ficam nisso e não dão em nada. O racismo ficou tão somente escondido, está meio oculto, mas em nenhum momento foi banido dos estádios. “A única coisa que mudou é que o racismo é mais escondido. Não é mais na frente, ou com pessoas cantando, porque eles sabem que vai existir sanção, as pessoas vão ver. Então é apenas um pouco mais escondido. Mas ainda está lá pois você vê os últimos cinco anos e muita coisa aconteceu ainda, e é muito alarmante porque depois de cinco anos nada aconteceu, nada mudou. Isso é triste”, declarou (Idem, 08/11).
Fora Bolsonaro