TERÇA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5460
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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SEGUIR O EXEMPLO DOS COMITÊS DO RJ E BOTAR PRA CORRER TODOS OS FASCISTAS DAS ESCOLAS Na manhã dessa segunda-feira (12), integrantes do grupo fascista MBL foram à porta do Colégio Pedro II, unidade Tijuca II, no Rio de Janeiro, com a intenção de intimidar professores e alunos.
EDITORIAL
EXPULSAR A EXTREMA-DIREITA, DERROTAR O ESCOLA COM FASCISMO
Em debate: defender já o Continua o massacre israelense em Gaza: sete direito ao aborto
palestinos são assassinados em operação clandestina
No PCO quem decide são os militantes: X Congresso é a Democracia Operária na prática Leia o Jornal Causa Operária Ediçao 1030 Leia: Abaixo a “caça às bruxas nas escolas”
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Leia também: 10º Congresso do PCO As tarefas da nova etapa política
Segundo dados do ultimo relatório do Guttmarcher Institute (2017)[1], entre 2010-2014 estimou-se a ocorrência de 36 (trinta e seis) abortos para cada 1.000 (mil) mulheres, com idade entre 15-44 anos, nos regiões em desenvolvimento, enquanto a média em regiões desenvolvidas o número seria de 27/1000.
“Abandonem o Lula”: PSTU propõe “frente contra a direita” sem luta contra a direita
2 |OPINIÃO EDITORIAL
Expulsar a extrema-direita, derrotar o Escola Com Fascismo
A
direita está em plena campanha de terror contra a Educação. Não bastasse o congelamento dos recursos por 20 anos, implementado pelo governo golpista de Michel Temer, ela agora quer colocar em prática um projeto fascista, baseado nas ditaduras de Hitler e Mussolini e importado dos Estados Unidos. O Escola Sem Partido é um programa nitidamente fascista. Nos seus primórdios, antes de tomar o poder na Itália, o fascismo definia-se como um movimento apartidário. Depois, tornou-se o regime mais cruel e repressor, com o objetivo de liquidar as organizações operárias e suprimir a luta de classes. São bandos fascistas os que estão tentando intimidar os professores e estudantes. E, como fascistas, são covardes e truculentos. São pais de alunos e alguns alunos coxinhas e de extrema-direita. São alguns professores reacionários com o apoio da direção escolar. São agrupamentos fascistoides, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e bolsonaristas. Porém, além de grupelhos de extrema-direita, os golpistas que controlam o Estado também participam desse ataque contra os professores e o povo. Há diversos projetos do “Escola Com Fascismo” apresentados e – inclusive – aprovados pelo Brasil afora. Deverá ser implantado a nível nacional no governo ilegíti-
mo e fraudulento de Jair Bolsonaro. Promotores e procuradores, uma casta de burocratas da burguesia e pequena-burguesia que não são eleitos pelo povo, também ingressaram na “caça às bruxas” contra os professores. O Estado, que impõe a estrutura de ensino burguesa e direitista aos professores, quer censurá-los e impedir sua liberdade de ensino. No entanto, são grupos minúsculos os que fazem patrulhamento nas escolas. E isso foi demonstrado pelo repúdio a integrantes do MBL nessa segunda-feira (12), no Colégio Pedro II. A agremiação financiada pelos irmãos Koch – magnatas industriais imperialistas – convocou um ato para intimidar os docentes da instituição, com integrantes contados nos dedos e proteção policial. Prontamente, militantes do PCO, dos Comitês de Luta Contra o Golpe, ativistas de esquerda, estudantes, professores e pais de alunos organizaram uma contramanifestação e, simplesmente, expulsaram os fascistas do local. Eles deram o exemplo. É assim que os professores e a esquerda devem agir. É preciso expulsar a extrema-direita das instituições de ensino e de todos os locais em que ela se expresse com o intuito de perseguir os trabalhadores e a população oprimida. Os fascistas devem ser combatidos na marra.
“Abandonem o Lula: PSTU propõe “frente contra a direita” sem luta contra a direita
O
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados – PSTU notabilizou-se nos últimos anos por defender uma política que está à direita da direita do PT. O que setores da direita do PT defenderam envergonhadamente, o PSTU defendeu de peito aberto e foi tão à direita que movimentos fascistas se valeram de material do partido, para também fazerem campanha a favor do golpe de Estado, como foi o caso do cartaz “Fora todos” divulgado durante o processo de impeachment da presidenta Dilma. Para quem não lembra o cartaz em vermelho trazia estampado a foto de Dilma, Aécio e outros. Os fascistas só tiveram o trabalho de alterar a cor e divulgá-lo como se fosse dele. A direita do PT defendeu explicitamente “virar a página” do golpe, como declarou em entrevista o senador de Pernambuco, Humberto Costa. Embora falasse em golpe, toda a política da direita do PT consistia em evitar qualquer movimento que de fato tivesse como propósito colocar o golpe em xeque, seja diante do impeachment, seja diante da campanha de perseguição e condenação de Lula. O PSTU idem, com a diferença que não teve meio termo para encobrir sua política de frente única com os golpistas, a começar que nem golpe havia existido. Segundo o seu discurso, Dilma foi derrubada pelas mobilizações populares. Lula havia sido condenado e preso por corrupção e o único problema da lava-jato é que a operação deveria prender os demais corruptos. Com evolução do golpe e na medida que a direita do PT começou a explicitar a sua verdadeira política, a começar pela tentativa de substituição de Lula por Ciro Gomes, depois por Haddad e em seguida a defender de que o termo golpe não era apropriado para a situação brasileira, que a Lava-Jato e Sérgio Moro haviam feito um bem para o país, entre outras aberrações, o PSTU se valeu dessa política para reafirmar que não havia golpe no país, que o PT estava junto com os golpistas, e tudo não passava de mera campanha eleitoral. Mais és que, como um raio caído em céu azul, o PSTU acordou do sonho da “rebelião popular” às portas de tomar conta do país e se deparou com o “fantasma” do fascismo bufando em sua nuca. Bolsonaro não significa a vitória do golpe, a continuidade do governo Temer, mas “O combate à candidatura Jair Bolsonaro coloca-se como uma tarefa prioritária para a classe trabalhadora no atual momento em função do cenário de autoritarismo que ela projeta, no sentido de possíveis mudanças qualitativas (e não meramente quantitativas) na atividade repressiva do Estado”. Foi um deus nos acuda! Apoiar ou não Haddad, eis a questão. O dilema durou pouco. “Vamos de Haddad. Votar 13, mas não no PT”. Que ridículo, apenas com Bolsonaro o PSTU veio perceber uma mudança qualitativa na situação política! Até o 2° turno das eleições as condições eram uma linha de continuidade com os governos petistas. Que o Exército tenha se assenhorado do Estado nesse período, que Lula estivesse preso porque era uma ameaça para o gol-
pe, que o país estivesse sob um ataque profundo do imperialismo, isso era a mera continuidade do governo do PT. Com Bolsonaro, tudo mudou. Eis que passadas as eleições o PSTU, admitindo o governo de mazelas representados por Bolsonaro, divulgou recentemente em seu site matéria sob o título “Frente Única: É hora de construir já a unidade para lutar! ”. Engana-se quem achou o título pomposo e acredita que o PSTU tem uma proposta para lutar contra o golpe de Estado, agora na sua versão Bolsonaro. A matéria é um plágio de matérias passadas do próprio partido. Trata-se da reedição da defesa de constituição de frentes sindicais para “lutar” contra as diferentes medidas que o governo ilegítimo e golpista de Bolsonaro quer implementar. Lutar contra o golpe? Que golpe? Nem pensar. É um proposta de fragmentação da luta ao estilo do que foi feito “contra” o governo Temer. Em resumo mais do mesmo. Assim como no período das “lutas” contra Temer, o PSTU tem um ponto pacífico. Nada de “’Lula Livre’, que não mobiliza e muito menos unifica a classe. Divide a classe operária, isso sim, e só serve para fins eleitorais”. Quer dizer, a esmagadora maioria da classe operária não está com Lula, aliás, boa parte dela estaria com Bolsonaro, como admite. Por outro lado, a frente parlamentar proposta pelo PT, PSOL, etc., seria uma frente eleitoral e essa frente teria como bandeira a luta pela liberdade de Lula. Trocando em miúdos, a frente parlamentar que tem como inspirador maior a direita do PT, nunca defendeu Lula, muito menos nas eleições. O PSTU, por sua vez, que nunca defendeu Lula, defende uma frente com esses setores e também acha que não deve defender Lula. Moral da história: o PSTU defende uma frente que tem como condição primeira enterrar Lula. Apoiar todas as medidas de arbitrariedades que são feitas contra o maior líder popular do país. Deixar Lula aos cuidados dos fascistas Bolsonaro e Moro. Isso em nome de quê? “ “Esse é o caminho para derrotar Bolsonaro. O outro caminho nos levará à derrota”. Pura fanfarronada. O PSTU, assim como a direita do PT, o PSOL são agrupamentos pequeno-burgueses. A única diferença entre eles é que a direita do PT, pelo seu largo convívio com a burguesia, estabeleceu laços com diversos setores dessa classe social. O objetivo desse setor é o de buscar um lugar ao sol no novo regime aberto com o golpe. Embora não admita, Lula é um entrave para o estabelecimento de novas relações. O fator Lula não deixa que o povo esqueça o golpe. Já o PSTU é o primo pobre dessa pequena-burguesia. Seus dirigentes também almejam um lugar ao sol, mas não têm nenhum lastro social. Como oportunistas pobres, seus objetivos são bem mais modestos. Talvez um carguinho sindical aqui, outro acolá. Quem sabe servir como bucha de canhão para implodir o lulismo… enfim, é a mediocridade em forma de Partido.
EM DEBATE| 3
EM DEBATE
Defender já o direito ao aborto S
egundo dados do ultimo relatório do Guttmarcher Institute (2017)[1], entre 2010-2014 estimou-se a ocorrência de 36 (trinta e seis) abortos para cada 1.000 (mil) mulheres, com idade entre 15-44 anos, nos regiões em desenvolvimento, enquanto a média em regiões desenvolvidas o número seria de 27/1000. Enquanto isso, na América Latina, a média é de 44/1000, embora no continente apenas 4 países permitam a interrupção da gravidez independente do motivo ( Guiana, Uruguai, Cuba – e Porto Rico o libera até a 12ª semana de gestação). A luta pelo direito de a mulher fazer o que quiser com o próprio corpo enfrenta avanços e revezes ao longo da história e de formas diferentes no mundo. Mesmo nos países considerados ‘mais avançados’, ou ‘mais desenvolvidos’, como os Estados Unidos e a França, frequentemente, a legislação que assegura a liberdade de a mulher decidir sobre a interrupção da gestação é contestada e há retrocessos significativos. Nos EUA, no final do século XIX até 1973, todos os estados da federação produziram retrocessos[2], aprovando leis para coibir ou proibir o aborto, para enfim ser proibido em todo o país. Quando a Suprema Corte julgou o caso Roe v. Wade[3], abriu-se um precedente no sistema americano. A Corte decidiu que o direito à privacidade assegurado pela 14ª Emenda da Constituição estendia-se ao caso da decisão pelo aborto e isso teve impacto para todos os estados membros. No entanto, novos ataques, promovidos por grupos religiosos, denominados pro-vida (pro-life) têm conseguido mais retrocessos país afora, e o aborto novamente é criminalizado em muitos lugares. Na França, a discussão sobre a legalização já ocorria, mas somente foi legalizado em 1975, pela Lei nº 17, conhecida como Lei Veil em homenagem Simone Veil, então Ministra da Saúde. A lei foi contestada, obviamente, mas não derrubada, foi mesmo aperfeiçoada e, em 2001, a Lei nº 588, retirou a obrigatoriedade do acompanhamento social para gestantes adultas; e estendeu o período de interrupção legal por angústia de 10 para 12 semanas de gravidez. Em 2014, a Lei n° 873, que trata sobre igualdade de gênero, retirou a necessidade de demonstrar situação de angústia como requisito à interrupção da gravidez, bastando, desde então, apenas a declaração de vontade da mulher. Até ano passado, 2017, 7 (sete) países latino-americanos proibiam o aborto em qualquer circunstância. Foi quando, o Chile flexibilizou sua legislação, mas El Salvador, Haiti, Honduras, Nicarágua, República Dominicana e Suriname mantém a proibição por qualquer motivo seja. Em alguns outros países, embora a interrupção voluntária da gravidez ainda seja criminalizada, ela pode ser realizada em casos específicos, como os em que há risco de vida, em que a gravidez seja decorrente de estupro ou em que se
sociedade, com a luta de classes. Ter direito ao próprio corpo, integralmente, passa pela luta contra tal regime de exploração. NOTAS:
comprove anomalia fetal. Paraguai, Venezuela, Antigua e Barbuda, Guatemala e Dominica só permitem o procedimento caso haja risco de morte para a gestante. Além dos riscos a que estão submetidas as mulheres, em qualquer caso, mas principalmente quando realizam procedimentos de forma ilegal e insegura (20 milhões de mulheres praticam o aborto em lugares onde ele é ilegal. Desse número, 66 mil morrem por complicações, segundo ainda o Guttmacher Institute), o que está em jogo em todo caso é o direito de a mulher fazer o que bem queira com seu corpo. Em Cuba, desde 1968, a mulher tem o direito de solicitar um aborto em instituições especializadas, gratuitamente, sem qualquer outro argumento além da sua decisão pessoal, até a 12ª semana de gestação, o que tem como resultado a menor taxa de mortalidade materna na América Latina. O exemplo de Cuba é importante por colocar em questão o papel exercido por grupos conservadores, em particular vinculados à Igreja (seja Católica ou Protestante), que pressionam o Estado, inclusive por dentro, com seus representantes fundamentalistas, para condenar à clandestinidade centenas de milhares de mulheres a cada ano. Em Cuba, isso não ocorre e temos então uma das legislações mais longevas de descriminalização do aborto no mundo, refletindo a forma como a própria sociedade vê a mulher e seu corpo, não dando espaço a grupos religiosos de impor sua visão de mundo e sua vontade de submeter as mulheres ao desejo dos homens, culpados, é bom que se diga, por milhares de gravidezes por estupro, inclusive de crianças e adolescentes, em todo o mundo. No Brasil, o aborto é permitido em três situações: risco de vida da mãe, gravidez decorrente de estupro, e se o feto for anencéfalo, mesmo assim, nem sempre esse direito é garantido – mesmo nos casos assegurados por lei. Aqui, como em grande parte do mundo, prevalece a pressão de grupos religiosos e dos conservadores em geral. Aqui, a luta pelo direito de a mulher ter garantido seu direito de ser dona do próprio corpo é fundamental, considerando ainda que isso impacta na vida da mulher trabalhadora de maneira ainda mais intensa. Como nossa epigrafe bem coloca, contrastando o argumento básico dos
grupos pró-vida, em primeiro lugar a vida da mulher, seu corpo e seu direito de decidir, exatamente porque se é a favor da vida e não contra ela, como costumam argumentar grupos conservadores. Ser favorável ao direito de a mulher decidir-se pelo aborto, não implica desprezo à vida, mas respeito à liberdade e à consciência do outro para que tome uma decisão responsável sobre sua própria vida. Quase sempre a moralidade é lançada na mesa para desqualificar decisões sobre interrupção da gravidez, como algo condenável, mas isso só faz sentido para os que compartilham uma convicção ou crença religiosa que assim a classifique, não podendo o Estado fazer tal julgamento moral. Da mesma forma, o argumento de que “A vida é sagrada”, acaba desaguando nas crenças religiosas, pois implica colocar acima de tudo uma força superior que, de toda forma, não caberia ao Estado fazer eco, pois implicaria torná-lo voz de grupos religiosos específicos. Se é verdade que todos consideramos a vida humana um valor em si mesmo, a hipocrisia dos que não admitem o aborto deveria fazê-los odiar a ideia de pena de morte, de linchamentos, de extermínio de ‘bandidos’, de crianças abandonadas à própria sorte, de milhares de seres humanos morrendo de fome – a despeito da fartura produzida neste mundo, de vidas perdidas todos os dias por causa da violência policial, da violência do latifúndio, da violência dos homens que insistem em considerar as mulheres como objetos que podem tomar e reter para si. Os argumentos dos grupos pró-vida, dos antiabortistas[4] que, por má fé, classificam a todos que defendem a descriminalização do aborto e o direito de as mulheres decidirem, como abortistas, como assassinos, como filhos do demônio e coisas similares, são frutos da mais pura hipocrisia, sem fundamentos, mas que a imprensa pequeno burguesa faz questão de não contrariar nem esclarecer. A grande verdade é que os capitalistas, os burgueses, homens e mulheres, têm controle sobre seus próprios corpos, mas o corpo do homem trabalhador e da mulher trabalhadora é vendido para os capitalistas por períodos de tempo específico. Assim, o que está em jogo, mesmo no caso do direito a fazer aborto, tem a ver, em grande medida, com a estrutura da
[0] Processo que ganhou grande difusão mediática na frança, contra cinco mulheres que realizaram um aborto e foram defendidas por Gisele Halimi. No centro da demanda, está adolescente, Marie-Claire Chevalier, então com 17 anos, que fez um aborto após um estupro. Sua mãe, Michèle Chevalier, a ajudou apesar da legislação existente punir criminalmente punidos a interrupção voluntária da gravidez. Ironicamente, foram denunciadas pelo autor deste estupro. Sua mãe e duas de suas colegas foram acusadas de cumplicidade, e uma quarta acusada de completar o ato ilegal. [1] Disponível em: https://www.guttmacher.org/report/abortion-worldwide-2017 [2] Apenas como curiosidade, o Colorado foi o primeiro estado norte-americano a ter uma legislação que descriminalizava o aporto, de 1967. A liberalização de leis de aborto foi bastante debatida, entre dos anos 1960 e 1970, em cinco estados: Alasca, California, Hawaii, New York, e Washington. No inicio dos anos 1970, muitas mulheres que desejavam abortar viajavam para Nova Iorque porque o Estado não exigia comprovação de residencia para solicitar o procedimento de aborto e não requeria também uma indicação médica do estado. Dessa forma, há comprovação de que cerca de 58% dos abortos no país tiveram lugar em Nova Iorque, entre 1971 e 1972 (JOYCE, Theodore J.; TAN, Ruoding; ZHANG, Yuxiu. Back to the Future? Abortion Before & After Roe. Working Paper 18338, 2012. Disponível em: https:// www.nber.org/papers/w18338.pdf). [3] Roe v. Wade , 410 US 113 (1973), surgiu da demanda de uma grávida Norma Leah McCorvey Nelson (que recebeu o pseudônimo de Jane Roe, para sua proteção). Iniciado em 1971, o caso resulta na decisão histórica proferida em 1973 pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos sobre a questão da constitucionalidade de leis que criminalizavam ou restringiam o acesso a abortos . [4] A contraposição aos grupos pro-life geralmente é apresentada por grupos pro-choise, mas que os fundamentalistas procuram descaracterizar e acusa-los de serem abortistas e assassinos de crianças. Ao mesmo tempo, os grupos pro-choice costumam devolver acusações de que a defesa da vida de que falam os pro-vida desrespeitam ou desconsideram a vida da mulher. Mais, lembram que os homens costumam fazer a escolha pelo aborto e desaparecem da vida das mulheres, que arcam sozinhas, quando não abortam, com a dura vida de cuidar de uma criança, não raro doentes e mesmo deficientes, sozinhas, por toda uma vida e com todas as consequências psicológicas e físicas que isso representa.
4| COMBATER A PERSEGUIÇÃO FASCISTA NAS ESCOLAS
CONTRA O GOLPE
Seguir o exemplo dos Comitês do RJ e botar pra correr todos os fascistas das escolas N
a manhã dessa segunda-feira (12), integrantes do grupo fascista MBL foram à porta do Colégio Pedro II, unidade Tijuca II, no Rio de Janeiro, com a intenção de intimidar professores e alunos. Com um carro de luxo e um carro de som estacionados em local proibido, com uma faixa pendurada de maneira irregular e com a proteção da PM e da Guarda Municipal (covardia típica de fascistas), o MBL iniciou seu ato patético ainda em horário escolar. Esse grupo é mais uma das ferramentas do regime golpista que visa atacar e retirar todas as garantias sociais da classe trabalhadora brasileira. Embora o ataque tenha sido feito ao Colégio Pedro II, o que os grupos fascistas efetivamente estão executando é um ataque ao conjunto da educação pública brasileira e dos trabalhadores. O Colégio Pedro II, fundado em 1837, é Federal e atende à educação básica de nível Fundamental e Médio. Com uma grande estrutura e comprometimento do corpo docente, do
corpo discente, dos pais e responsáveis, o colégio Pedro II se coloca no cenário da educação pública como uma escola de excelência e é alvo de tantos ataques do sistema golpista, que busca acabar com a gratuidade do ensino e censurar e perseguir a esquerda. A direita criou a narrativa de que o colégio Pedro II utiliza em seus métodos de ensino o que chamam de “doutrinação” de esquerda para com seus alunos, o que justificaria os atos fascistas do MBL contra a escola. Essa justificativa não passa de um factoide com a intenção de atacar e intimidar os professores e alunos para finalmente expulsar a esquerda das instituições de ensino, impor uma ditadura nas escolas e reprimir o movimento popular de conjunto. Acontece que a intimidação imposta por esse grupo fascista não será aceita nem tolerada pelos professores dos colégios públicos e pela comunidade de pais (e mães), responsáveis e alunos que dependem fundamentalmente da educação pública e de qualidade.
DITADURA
Isso ficou demonstrado com a brilhante reação dos movimentos populares, dos pais, dos alunos e dos professores em defesa do Colégio Pedro II, frente ao MBL, com gritos de “Fora MBL” e “Ao Pedro II? TUDO”. Em menos de 24 horas ocorreu uma rápida mobilização de grupos antifascistas, de defesa dos professores, das escolas públicas, dos sindicatos e do PCO, que levou à frente do Colégio Pedro II, uma quantidade de pessoas que superava em algumas vezes o número de alucinados do MBL. Ao término do ato esvaziado do MBL, o microfone do carro de som contratado por eles parou de funcionar e somente ouvia-se o coro entoado pelos manifestantes que defendiam a escola. Isso os fez sair rapidamente do local, como verdadeiros covardes, deixando o trabalhador do carro de som para trás, com seu carro enguiçado, que teve que ser empurrado pelos solidários militantes do PCO e alunos do colégio. O vexame do MBL só não foi maior, porque muitos professores do colégio
junto à direção persuadiram os alunos a saírem pelo portão dos fundos da escola para não se juntarem ao esmagamento do MBL, como era da vontade de um número muito grande dos alunos. Os militantes do PCO participaram de toda a atividade e saíram de lá muito animados e confiantes na capacidade de reação e de organização dos professores, dos pais e dos responsáveis, tanto do Colégio Pedro II como de toda a rede pública do Rio de Janeiro. Cientes de que o combate ao fascismo não se dará nas urnas fraudadas, que elegeram Bolsonaro de forma totalmente manipulada após tirar Lula das eleições, as organizações populares devem ganhar as ruas, fincar suas bandeiras e contra-atacar os ataques da extrema-direita. Em todas as instituições de ensino em que um fascista tentar abaixar a cabeça de um professor, deve ser organizado um ato popular para botá-lo pra correr como uma galinha verde, ou melhor, um coxinha verde e amarelo.
GROSSOMODO POR MUNA
Procuradores golpistas querem impor o Escola com Fascismo
O
s procuradores golpistas e Bolsonaristas, que apoiaram o golpe de Estado no Brasil, que apoiaram a operação golpista Lava Jato, e a prisao ilegal e política de Lula, quer agora que as escolas voltem para a época da ditadura militar, onde os professores só possam falar o que o estado repressor aprove. Sob o nome de escola sem partido, os procuradores golpistas e bolsonaristas, querm uma escola fascista, aonde o professor dava aula vigiado por soldados dentro das salas de aula. Hoje, os procuradores golpistas, que assinam um manisfesto em defesa da lei fascista da escola sem partido, querem usar o ministério público para legalizar o fascismo nas escolas, usando os velhos e batidos
argumentos da direita de que é preciso proteger as crianças da ideologia comunista, dos professores que são “ativisitas”. Os procuradores bolsonaristas, fazem parte do movimento reacionário que levou Bolsonaro a presidência da república em uma eleição fraudada, favorecendo a venda do patrimônio nacional para os grandes capitalistas internacional, e a retirada de direitos dos trabalhadores brasilieiros, como o fim da CLT (Consolidação da Leis Tabalhistas) e agora o Ministério do Trabalho. É preciso reagir ao golpe e o avanço do fascismo no Brasil, através de a formação de comitês de luta contra o golpe, fortalecendo a campanha fora Bolsonaro e todos os golpistas, e pela liberadade de Lula.
DE SEGUNDA A SEXTA ÀS 9H30
POLÍTICA | 5
GOVERNO COM MEDO DO POVO
Bolsonaro vai comprar carros blindados para se proteger O
governo decidiu comprar novos carros blindados, resistentes à submetralhadoras, para o governo de Jari Bolsonaro do início do ano que vem. A licitação foi feita pela Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do General Sérgio Etchegoyen, que vai gastar R$ 5,5 milhões para adquirir 30 carros – dentre eles, 12 blindados. Os carros servirão também para escoltar o General da reserva Hamilton Mourão. Ao que tudo indica, o governo está em um plano para aumentar a repressão política contra a população e para isso, sabendo da crise que irá gerar, estão procurando aumentar a proteção aos elementos do governo. Entretanto, a política burguesa é realizada debaixo dos panos, e portanto nunca se sabe efetivamente o que está se tramando. É preciso ficar de olho.
GOLPISTAS ESTÃO FALINDO O BRASIL
Comércio tem menor índice de vendas desde 2000 O comércio varejista teve uma queda de 1,3% em suas vendas em Setembro, ficando com o menor índice do mês, desde 2000, na época do governo de Fernando Henrique Cardoso (governo marcado pelas crises econômicas). Quem informa o dado é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, trata-se da pior queda em um período de um ano. Os golpistas criaram uma crise imensa no Brasil. Com a ajuda da operação Lava Jato, o desemprego aumentou extraordinariamente e, portanto, a economia capitalista entra
em um ciclo vicioso. As mercadorias vão ficando cada vez mais caras, e as pessoas cada vez mais pobres, uma crise natural do modo de produção anárquico do capitalismo. É preciso denunciar. Os golpistas estão jogando o país em um buraco sem fundo. Vendendo os recursos e o patrimônio brasileiro para os capitalistas estrangeiros. E colocando o povo em uma situação extremamente difícil, com o aumento da miséria e da fome. Não é por nada que nos encontramos em um momento parecido com uma época do governo de Fernando Henrique Cardoso.
COXÃO E COXINHA, POR JOTA CAMELO
Fora Bolsonaro
6 | INTERNACIONAL
CONTINUA O MASSACRE ISRAELENSE EM GAZA
Sete palestinos são assassinados em operação clandestina H
á décadas, o imperialismo criou mais um mecanismo para esfolar os povos que habitam o Oriente Médio: o Estado de Israel. Região importante para a sustentação do imperialismo, sobretudo por causa do petróleo, o Oriente Médio é rigorosamente controlado pelos monopólios internacionais, de modo a inibir qualquer iniciativa de caráter minimamente nacionalista. A criação de um Estado artificial e a migração induzida de judeus para o território que hoje é controlado por Israel não poderia resultar em nada diferente a não ser um grande choque com os povos que estavam acostumados a morar e produzir na região. Para manter o Estado de Israel, o imperialismo precisa constantemente
atacar os palestinos, aterrorizando a população autóctone para impedir que esta se rebele e, organizada junto às demais nações oprimidas, conquiste sua soberania. No último domingo, Israel, em conjunto com o imperialismo, empreendeu mais um massacre aos palestinos. Na Faixa de Gaza, local de constante conflito, ao menos seis palestinos foram assassinados pelos israelenses. Uma das vitímas é Nur Barake, comandante da ala militar do Hamas. O massacre sistemático dos palestinos é um dos piores crimes que o imperialismo vem cometendo ao longo da História. Por isso, é necessário defender os interesses nacionalistas de todos os povos do Oriente Médio e a dissolução do Estado de Israel.
13 DE NOVEMBRO DE 1887
Domingo Sangrento em Londres, polícia reprime 30 mil manifestantes U
m dos momentos históricos mais marcantes da luta dos trabalhadores na Europa, o Domingo Sangrento, como ficou conhecido, foi um episódio de violenta ação policial contra a população revoltosa, que saiu às ruas de Londres em protesto contra o desemprego, a repressão na Irlanda e a prisão do membro do parlamento William O’Brien. e milhares de policiais guardas do exército também foram usados na re-
pressão que resultou na prisão de 400 pessoas e em ferimento grave para outras 75. O total de pessoas no protesto foi de 30 mil, o que é para os padrões da época, uma número gigantesco. A dimensão e a ferocidade do enfrentamento entre a polícia e a população fizeram do Domingo Sangrento um fato relevante que forçou o debate sobre questões sociais até então ignoradas por setores da classe média e burguesia.
ATIVIDADES DO PCO E COMITÊS | 7
FOTOS
Veja como é o Réveillon do PCO
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pos um intenso ano de lutas, o Partido da Causa Operaria ira realizar em dezembro a sua tradicional festa de Réveillon. Abaixo você pode conferir algumas das imagens dos últimos Réveillons do PCO. A atividade conta com excelente musica, um ótimo jantar, sorteio de prêmios, além da confraternização entre os companheiros, amigos e familiares. Não deixe de aproveitar! Convide seus amigos, seus familiares e venha participar desta grande festa! A tradicional festa de Réveillon do PCO conta com sorteio de brindes para os companheiros que participam da festa. Dentre os prêmios, estão as
canecas estilizadas com as campanhas do Partido, camisetas das principais lideranças da luta em defesa do comunismo, livros, bebidas, etc. A festa e um momento de confraternização entre os companheiros do Partido, familiares simpatizantes, amigos, para todos aqueles que estiveram juntos ao longo de um ano de lutas em defesa dos interesses dos trabalhadores e suas reivindicações. Em São Paulo, a festa vai contar com o show espetacular da cantora Miriam Miriah, apresentando, junto a Banda Sendero, a cantada popular Santa María de Iquique, do histórico grupo chileno Quilapay.
NO PCO QUEM DECIDE SÃO OS MILITANTES
X Congresso é a Democracia Operária na prática N os próximos dias 15, 16, 17 e 18 do mês de Novembro será realizado o X Congresso do Partido da Causa Operaria, o PCO. A atividade ocorre em uma etapa decisiva da situação politica nacional. A vitoria por meio da fraude do candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, aprofundou o processo golpista, iniciado com a derrubada da presidenta eleita Dilma Rousseff. Os militares passaram a ter controle de praticamente todo o regime politico nacional. Uma clara ameaça aberta esta colocada para toda a esquerda, os partidos, movimentos sociais e para a população de um modo geral. O governo fraudulento e golpista de Bolsonaro prepara um duro ataque as condições de vida da população, como o fim das aposentadorias, do ensino e da saúde publica, de todos os direitos trabalhistas, bem como visa instalar uma perseguição generalizada a mobilização popular contra seu governo. Nesse sentido, o Partido da Causa Operaria convoca toda a sua militância, seus simpatizantes e apoiadores a participarem do X Congresso Nacional do Partido. Nos últimos anos o PCO tem se colocado em um papel de
vanguarda na luta contra o golpe de estado, na defesa da liberdade do ex-presidente luta e na defesa das revindicações e das condições de vida das classes mais exploradas no pais. Os delegados para o Congresso são eleitos de maneira democrática em todas as células organizadas pelo Partido no pais. No Congresso, o que predomina e a verdadeira democracia operaria. Todos os companheiros tem a oportunidade de apresentar suas posições politicas, ou seja, se manifestar no debate. O que rege o congresso e o chamado centralismo democrático. As posições acatadas pela maioria do partido, pela maioria de sua militância, são aquelas que serão defendidas na pratica por todos os companheiros do partido. O X Congresso, desse modo, se da em um momento fundamental. Durante quatro dias o partido ira decidir, de conjunto, quais serão as próximas acções politicas a serem adotadas frente ao avanço do golpe, da extrema-direita e do imperialismo contra todo o povo brasileiro. Companheiro, organize-se e venha participar do X Congresso do Partido da Causa Operaria.
Você sabe o que foi Noite das Facas Longas? Descubra na Universidade de Férias do PCO
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uas vezes ao ano acontece a Universidade de Férias do Partido da Causa Operária e Acampamento da Juventude Revolucionária. Uma edição de inverno, que acontece no mês de julho e uma edição de verão que acontece em janeiro. Cada edição conta com um tema que é debatido e abordado do ponto de vista marxista. Na edição anterior fora discutido o tema “Da crise da ditadura ao golpe de 2016” que foi um tema de extrema importância para o momento que está colocado. Com o avanço do cenário político e com o período eleitoral, representado pela ascensão da extrema-direita, é preciso uma compreensão contundente sobre o que é o fascismo e como combate-lo, e este é o tema da 43 Universidade de Férias do PCO. Um dos fatos a ser estudo durante o curso de formação política sobre o fascismo, será “A Noite das Facas Longas” fato que aconteceu na Alemanha Nazista em 1934. A Noite foi palco de uma grande execução para eliminar filiados do partido nazista, aqueles cujo Adolf Hitler desconfiava, bem como os que se declaravam anti-nazistas e os membros de sua própria ala paramilitar, representada pela S.A. O alvo principal de Hitler por trás dessa operação, seria a execução de Ernst Rohm, um dos principais membros da S.A e que o mesmo tinha como grande amigo e aliado. Rohm e a S.A acreditavam que o governo fascista de Hitler ia devagar e o mesmo não estaria dando o devido re-
conhecimento aos esforços feitos pela organização paramilitar para coloca-lo no poder. A S.A e seus membros queriam ir além daquilo que Hitler já havia promovido contra a população. Na contra partida, Hitler fazia acordos com as demais organizações, como o exército. Figuras dessas instituições se articularem para organizar e criar falsas evidências que comprovavam que Rohm estaria planejando um golpe contra Hitler. Prontamente, Hitler colocou seu exército em ação. Em 1º de julho de 1934, membros da SS foi ao encontro da S.A onde se reuniam em um hotel. No primeiro momento, a maioria dos presentes foram executados, com exceção de Rohm. Para ele a execução seria direitamente ordenada por Hitler, por fim fora levado para uma prisão em Munique. Ao chegar no local, Hitler decidiu que o mesmo poderia executar sua morte, lhe foi entregue um revolver, mas o mesmo afirmou “Se eu for morto, deixe Adolf fazê-lo ele mesmo” Quer saber mais sobre o que aconteceu na Alemanha nazista e em demais governos fascistas? Não deixe de participar da 43 Universidade de Férias do PCO, venha participar dessa tradicional atividade realizada a mais de 20 anos e que tem suas aulas ministradas pelo companheiro Rui Costa Pimenta, experiente militante na luta política. Faça já sua inscrição, deixe os dias 12 a 27 de janeiro reservados e não perca o maior e melhor curso de formação teórica marxista da esquerda nacional.
8 |MOVIMENTO OPERÁRIO
DENÚNCIA
Truculência e assédio moral em dependência da Caixa, em Brasília C
onforme denúncia dos funcionários de uma dependência no edifício Matriz da Caixa Econômica Federal, que preferem não se identificar, há, por parte da diretoria, uma postura de truculência e de assédio moral no setor. A eleição, fraudada, do aprendiz de fascista, Jair Bolsonaro, aumentou ainda mais, as tendências direitistas dos chefetes, borra botas do patrão, em relação aos ataques aos trabalhadores. Segundo relatos dos próprios funcionários, o gestor do departamento cria um clima de terror entre os funcionários com ameaças de descomissionamento para aqueles que não se dispuserem a fazer horas extras na
hora que ele bem quiser, chama a atenção do funcionário aos gritos na frente de todos do setor, rebaixou as notas de praticamente todo mundo na Gestão de Desempenho Profissional (GDP), o assédio moral é uma constante para que todos cumpram as metas do departamento. Mais este caso de assédio por parte das direções das empresas não é um fato isolado em relação à própria Caixa Econômica e demais empresas, diz respeito ao aprofundamento do processo de golpe de Estado no País que aumentou as tendências fascistas por parte dos capitalistas em crise para aumentar, ainda mais, a exploração aos trabalhadores e de toda população.
GOLPISTAS
CAMPANHA SALARIAL
“Segundo mês que professores paulistas tem salários errados”
Trabalhadores da carne e do frio realizarão assembleia na próxima quarta-feira (14/11)
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J
á é o segundo mês que milhares de professores da rede estadual de ensino tem recebido seus vencimentos errados, estão pagando menos aulas do que é a carga horária dos professores. Esses erros não são meros “erros”, na verdade fazem parte da política de privatização e sucateamento que vem sofrendo a educação com maior intensidade depois do golpe de 2016. A política de rapina dos cofres públicos tem gerado esses “erros” que somam mais de milhões e acarretam prejuízos e mal estar entre os professores. Além de todos os ataques que tem intensificado contra os professores,
agora os mesmos tem que viver com o salário bem menor que o real. Há professores com carga de 40 horas semanais que ganharam $300,00, $500,00 reais, na maioria das escolas alegam que o erro é da Diretoria de ensino e outros dizem que é da Secretaria de fazenda, porém não há “erro”, isso é a política dos golpistas. Somente com a mobilização dos professores e estudantes vamos barrar todos os retrocessos que estão na cartilha dos golpistas para a educação. Somente a luta coletiva vai levar todos os trabalhadores á barrar o golpe e a possibilidade de melhorar sua vida e dos demais.
o último dia 12 de novembro, os trabalhadores das indústrias de carne, derivados e do frio tiveram reunião com os patrões deste setor industrial, para discutir a pauta da campanha salarial referente ao período de 2018/2019 (a data base dos trabalhadores em frigoríficos é primeiro de novembro). Todos os aumentos de produtos e serviços, em média, tiveram um aumento muito acima da estipulada e manipulada inflação que, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), índice que os patrões utilizam para discutir o reajuste nas campanhas salariais, foi de quatro por cento. A gasolina teve majoração de seu preço em mais de 30%, gás de cozinha está com um valor absurdamente elevado, maior ainda, do que a gasolina, a maioria dos produtos alimentícios foram reajustados em percentuais acima de 10%, a carne, no ano
de 2017 já havia ultrapassado os 20% e neste ano está seguindo para algo bem parecido. Apesar de os patrões aumentarem seus produtos quanto e quando bem querem, na reunião desta segunda-feira (12) já vieram com choradeira de que só podem oferecer o reajuste de acordo com a regra do governo, de acordo com a inflação manipulada do governo golpista de plantão, ou seja, quatro por cento, o que, diga-se de passagem, a regra só serve para os trabalhadores. Estes que tem de esperar durante um ano inteiro para que seu salário seja reajustado, enquanto, praticamente todos os meses, os patrões, que financiaram o golpe no país, aumentam o preço da carne e seus derivados. Assim, os trabalhadores exigem: 39,5% de reajuste salarial, o que inclui perdas desde o governo Fernando Henrique Cardoso; Salário mínimo de R$ 4.000,00 que contemple as necessidades do trabalhador e sua família; 35 horas semanais de trabalho sem redução nos salários; Cesta básica de 45 kgs e de qualidade; e Convênio médico gratuito para o trabalhador e seus familiares A primeira reunião já demonstrou que os patrões, longe de querer discutir as reivindicações, querem continuar com a choradeira, portanto o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo, estará realizando, ainda nesta semana, assembleia geral para discutir os próximos rumos da campanha salarial da categoria. Não ao salário de fome imposto pelos patrões.
MULHERES E JUVENTUDE | 9
EL SALVADOR:
Jovem poderá pegar 20 anos de prisão por aborto fruto de um estupro
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m dos casos mais recentes de atrocidades contra as mulheres em El Salvador foi a condenação de Imelda Cortez, de 20 anos, que vive em San Miguel e possui más condições de vida. A jovem era estuprada por seu padrasto desde os 12, segundo comprovam os laudos médicos. A menina, em uma das últimas ocasiões engravidou e deu a luz em uma latrina em El Salvador. Como o procedimento foi efetuado de forma precária, ela teve fortes dores e sangramentos, sendo levada ao hospital pela mãe. O médico que a atendeu suspeitou de uma tentativa de aborto, chamando a polícia. Ainda quando estava hospitalizada, Imelda recebeu a visita de seu padrasto, que ameaçou ela e sua família de morte, caso ela relatasse os abusos a polícia. Estes só ficaram sa-
bendo pois o homem foi denunciado pelo paciente, que estava no leito ao lado, e ouviu a conversa entre ambos. Desde então, 2017, Imelda ficou sob custódia e, atualmente, recai sobre seu caso a tentativa de homicídio, sendo forçada a cumprir 20 anos de prisão. Sob análise psicológica, a jovem possui déficits, cognitivos e emocionais, cuja causa está diretamente vinculada ao trauma dos abusos que a vítima sofreu. Ela, que não possui direito ao tratamento psicológico, terá chances consideráveis de desencadeamento de ainda mais transtornos de ordem mental. Para completar a completa situação de tortura, a menina é proibida de ver sua filha. Casos como este representam a importância da luta das mulheres pela legalização total do aborto, em todas as regiões, sob qualquer hipótese.
CURITIBA
PM fascista mata mais um jovem estudante
Apenas elas são capazes de decidir o que acham mais convenientes a seus corpos e vidas, sem que recaia sobre elas qualquer julgamento moral
ou condenação. Organizar a luta das mulheres é a única forma de garantir direitos como esse, que jamais lhes deveriam ser negados.
JÁ NAS RUAS O JORNAL DE LUTA CONTRA O GOLPE EDIÇÃO Nº9 2 A LUTA CONTRA O GOLPE
10 DE NOVEMBRO DE 2018
POR QUE SE JUNTAR À CAMPANHA FORA BOLSONARO? 1. BOLSONARO QUER ACABAR COM O MINISTÉRIO DO TRABALHO E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES O político fascista disse, publicamente, que vai extinguir o Ministério do Trabalho, criado há 88 anos. No dia 7 de novembro, ele afirmou que “o Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério”. Tal posicionamento foi expressado após sua equipe se reunir com capitalistas de dez entidades patronais no início do mês, que o pressionaram para destruir o Ministério do Trabalho e criar uma espécie de “Ministério dos Patrões”. Ou seja, Bolsonaro atendeu imediatamente às ordens da burguesia para avançar sobre qualquer tipo de conquista dos trabalhadores. Isso é reconhecido pelo próprio futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, que admitiu que “se dependesse das centrais sindicais, Bolsonaro não era presidente”. Essa frase expressa o reconhecimento de que os trabalhadores não apoiam Bolsonaro e que ele foi imposto pela burguesia e pelo imperialismo em uma gigantesca fraude eleitoral. Todos os direitos dos trabalhadores serão atacados por Bolsonaro, que, mesmo antes de assumir a Presidência, já tenta impor a Reforma da Previdência para acabar com a aposentadoria dos trabalhadores, além de aprofundar a Reforma Trabalhista, as terceirizações, o fim da CLT e as privatizações dos serviços públicos e empresas estatais.
2. ELE É CANDIDATO DOS BANQUEIROS E INDUSTRIAIS Os ataques aos trabalhadores declarados publicamente por Bolsonaro demonstram de que lado ele está: do lado dos banqueiros e industriais, do lado da burguesia. Sua campanha eleitoral foi apoiada, principalmente no 2º turno, pelos grandes banqueiros
e industriais nacionais e internacionais. Os representantes de bancos como Bradesco e Itaú/Unibanco já expressaram seu otimismo sobre o futuro governo golpista, sabendo que Bolsonaro fará de tudo para aumentar os lucros desses setores, enquanto destrói todos os direitos dos trabalhadores bancários e das indústrias.
3. QUER QUE O EXÉRCITO REPRIMA A POPULAÇÃO Capitão reformado do Exército, Bolsonaro, em toda a sua vida, defendeu a criminosa ditadura militar (1964-1985), que assassinou e torturou milhares de pessoas, levou à miséria milhões de brasileiros e reprimiu qualquer tipo de protesto popular. Seu maior ídolo é o coronel Brilhante Ustra, um dos mais sanguinários torturadores e assassinos da ditadura, que torturava mães na frente de seus próprios filhos. Bolsonaro já disse que a ditadura deveria ter matado “30 mil” pessoas. Como deputado, ele sempre defendeu que a polícia tenha carta branca para matar cidadãos de maneira indiscriminada, principalmente nas periferias. Ele defende a intervenção militar a nível nacional, semelhante à que ocorre atualmente no Rio de Janeiro, onde a polícia e o Exército ocupam as favelas, matando e torturando moradores, como ocorreu recentemente no Complexo da Maré, onde policiais atiraram e deram facadas pelas costas a um professor, ou então na Vila da Penha, onde militares torturaram moradores com paus e choques elétricos.
4. QUER VENDER AS ESTATAIS PARA ESTRANGEIROS LUCRAREM COM O SUOR DOS BRASILEIROS Bolsonaro tem um programa econômico entreguista. Não tem nada de nacionalista, muito pelo contrário: ele quer
NÃO DEIXAR A DIREITA AVANÇAR NAS ESCOLAS
DEFENDER A LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS PROFESSORES NA SALA DE AULA A extrema-direita ficou motivada com a vitória fraudulenta de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Todos os elementos mais reacionários da sociedade ressurgiram no cenário político. Houve um aumento das agressões fascistas, contra os mais diversos grupos sociais, um aumento da perseguição política e judicial, e também um aumento da censura contra os grupos dissidentes. Esses grupos de extrema-direita já haviam levantado a cabeça no momento do golpe de estado contra Dilma Rousseff, em um momento anterior da etapa política. Agora, voltam ainda mais agressivos. Na época o projeto de censura nas salas de aula, o “Escola Sem Partido” não passava de uma lei que os vereadores procuravam passar por debaixo dos panos. A reação foi muito grande, e em diversas cidades
houve manifestações contra a aprovação da lei. No atual momento, com a volta destes grupos retrógradas, a situação piorou. A passividade política da esquerda durante o período eleitoral, que deixou de lutar contra o golpe para acreditar em fantasias, fez com que a extrema-direita voltasse com todas as forças. O “Escola Sem Partido” é um dos principais projetos do golpista Jair Bolsonaro e, por mais que ele não tenha assumido o governo ainda, toda o aparato do estado já se organiza no sentido da linha política de Bolsonaro, levando adiante suas propostas de aumento da repressão contra a população, como fica claro com a proposta de ampliação da lei antiterrorismo, para perseguir movimentos sociais, a criação da Força-Tarefa controlada pelos militares e também a
vender, a preço de banana, as empresas estatais brasileiras para os grandes monopólios imperialistas. Entre suas propostas, está o aprofundamento da privatização da Petrobras, da Eletrobras, de uma centena de empresas estatais (a maioria delas criada durante os governos do PT, como ele mesmo afirmou). Entregando as empresas estatais para os capitalistas estrangeiros, não haverá mais investimentos no Brasil, uma vez que os lucros irão todos para fora do País. Com os Correios e o Banco do Brasil, duas das mais antigas empresas brasileiras, é a mesma coisa. Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro, anunciou a pretensão do futuro governo de entregar o controle do Banco do Brasil – um dos maiores patrimônios nacionais – ao Bank of America, dos Estados Unidos. Ou seja, o maior banco brasileiro, estatal, será controlado pelos EUA.
5. ELE É A FAVOR DE MANTER LULA PRESO E QUE QUEM VOTA EM LULA É COMEDOR DE CAPIM Outra clara demonstração de seu repúdio aos interesses do povo é a perseguição que Bolsonaro faz ao ex-presidente Lula. Bolsonaro sempre foi a favor de sua prisão e, depois que Lula foi preso, Bolsonaro afirmou que quer ver Lula morrer na cadeia. Diga-se de passagem, uma das principais jogadas do golpe e da fraude eleitoral, foi a prisão de Lula decretada pelo juiz agente dos EUA, Sergio Moro, para que Lula (que era o favorito da maioria do povo para vencer as eleições) ficasse de fora, abrindo caminho para a eleição de Bolsonaro. Moro foi premiado com a nomeação para ser ministro da Justiça de Bolsonaro, comprovando definitivamente o golpe que foi a prisão de Lula e a fraude que foi a eleição. Além disso, Bolsonaro tem grande repúdio pelo povo ao afirmar várias vezes que os eleitores de Lula são escórias, seres inferiores, e, inclusive, comedores de capim.
discussão em comissão do projeto “Escola Sem Partido” em âmbito nacional. De qualquer forma, da mesma maneira que os neonazistas que apoiam Bolsonaro não aguardaram este assumir à presidência para iniciar uma política de agressões contra os explorados, e nem os latifundiários esperaram para aumentar os ataques brutais aos indígenas e sem-terras, a Escola Sem Partido já está colocada na prática. Bolsonaro e outros políticos da extrema-direita estão pedindo para que alunos e colegas de trabalho filmem professores em sala de aula que estiverem fazendo “doutrinação”. Um típica prática policial adota pela extrema-direita, e uma forma de tentar intimidar o professor em sala de aula. A extrema-direita utiliza isso como forma de linchamento. Divulgam um professor e formam um grupo, geralmente composto pelos pais, para começar a atacar o professor, persegui-lo e pressionar (se pressionar for necessário) a escola a demiti-lo de seu cargo. Isso em Santo André em que uma professora começou a ser perseguida por Bolsonaristas e
“É preciso que para cada professor demitido, tenha 100 professores na porta do colégio que o demitiu protestando contra a censura e fechando as salas de aulas.”
6. SEUS APOIADORES ESTÃO ATACANDO LGBTS E MULHERES COVARDEMENTE E UTILIZANDO SÍMBOLOS NAZISTAS Durante as eleições, a extrema-direita, incluindo grupos abertamente fascistas, atacou quase diariamente mulheres, LGBTs, negros, estudantes e ativistas de esquerda. Houve casos de ataques com facas, armas de fogo e, inclusive, assassinatos por parte de apoiadores de Bolsonaro. Foi amplamente divulgada a morte do capoeirista mestre Moa do Katendê, em Salvador, que sofreu 12 facadas de um eleitor de Bolsonaro, sem poder reagir. Em diversos lugares do País também houve pichações em alusão a Bolsonaro junto com o símbolo da suástica nazista, de Adolf Hitler. Em Porto Alegre, uma garota foi atacada por bolsonaristas e teve uma suástica entalhada com um canivete em sua barriga.
Uma das principais atividades dos comitês de luta contra o golpe é a colagem de cartaz nas ruas, praças e locais de grande movimentação. Na luta contra o impeachment de Dilma Rousseff, na luta contra a prisão e pela liberdade de Lula, na campanha pela Greve Geral na época da Greve dos caminhoneiros, na luta contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e agora na luta contra Bolsonaro, os comitês de luta contra o golpe produziram cartazes específicos para colocar suas campanhas nas ruas. É preciso entender que a campanha política nas ruas é fundamental para influenciar na situação política do país. As pessoas que passam e vêem um cartaz com determinada política reagem a ela. De forma positiva ou negativa, as pessoas são influenciadas pela pauta do cartaz. E são a maneira dos comitês de luta contra o golpe divulgarem sua política e entrarem em contato com a população. Não só isso, as atividades ainda são um pólo de aglomeração dos militantes contra o golpe e servem para manter os militantes mobilizados contra o regime golpista, fazendo uma campanha intensa e diária na mobilização e conscientização dos trabalhadores e dos setores populares e explorados.
www.lutecontraogolpe.com.br
A LUTA CONTRA O GOLPE Jornal dos comitês de luta contra o golpe • Fundado em 2018 Nº 9 • Jornal quinzenal | 10 de novembro de 2018 • Tiragem: 100.000 exemplares
TODOS À 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL ABERTA
DE LUTA CONTRA O GOLPE E O FASCISMO
7. QUER ACABAR E TRANSFORMAR EM TERRORISTAS OS MOVIMENTOS QUE LUTAM POR TERRA E MORADIA Em sua campanha, Bolsonaro prometeu, publicamente, que vai caracterizar os movimentos que lutam pela terra aos trabalhadores do campo (MST) e por moradia aos sem teto (MTST) como grupos terroristas. Ou seja, os milhões de brasileiros, no campo e na cidade, que não têm onde morar e onde trabalhar, e por isso ocupam propriedades (em sua maioria, improdutivas e desocupadas) para poderem trabalhar e morar, serão amplamente perseguidos, reprimidos e assassinados. Os latifundiários já realizam frequentemente uma limpeza no campo, assassinando sem terra em massa, com conivência e mesmo suporte das autoridades. Nas cidades, a polícia faz desocupações extremamente violentas. Com Bolsonaro, isso será lei e os trabalhadores do campo e da cidade serão considerados terroristas.
FORMAR COMITÊS DE LUTA CONTRA O GOLPE 8 E 9 DE DEZEMBRO DE 2018
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SÃO PAULO - SP
entrou em crise de choros em sua casa, com medo de ir à escola – ao que aproveitaram para demiti-la. É importante ressaltar que não se deve cair no discurso de “doutrinação nas salas de aulas”. Isso ocorre é apenas uma forma de pressionar os professores de esquerda a não apresentarem o fato tal qual eles acham estar correto, mas da forma que a direita quiser. Ou seja, é uma verdadeira censura, pois o professor não pode ter opinião própria e liberdade de expressão para apresentar um fato, deve repetir a opinião, geralmente incorreta, da direita golpista. A “Escola Sem Partido” é na verdade a escola com o partido da direita, sem a esquerda. As escolas e universidades devem ser o lugar da livre circulação de ideias, e deve ter isso como princípio fundamental. Os professores devem ter total liberdade de expressão nas salas aulas, caso contrário é uma censura, e assim deve ser denunciado. A direita atua de forma totalmente policial, de forma a cercear todos os passos dos professores e persegui-los quando saírem dos limites por ela traçados. O “Escola Sem Partido” reflete o aprofundamento do golpe de estado, e portanto de sua política de repressão e censura. Por isso, os professores precisam se organizar em comitês para barrar a ofensiva da direita nas escolas. É preciso que para cada professor demitido, tenha 100 professores na porta do colégio que o demitiu protestando contra a censura e fechando as salas de aulas. Para isso, a união entre estudantes e professores é fundamental para combater a extrema-direita, que de longe é minoria em todas as escolas.
O Jornal A Luta Contra o Golpe (LCG) é uma importante ferramenta de divulgação de informação dos comitês. Além de ser uma iniciativa deles para unificar todos os comitês dispersos em torno de uma política clara de luta contra o regime golpista, o jornal ainda é uma forma de manter os comitês em um política de denúncia constante do golpe de estado. Nas últimas semanas, 80 mil exemplares do JLGC foram distribuídos em diversas regiões do país, onde os comitês estão mais organizados. Do Nordeste ao Sul do país, passando pelo Centro-Oeste, o JLGC foi distribuído, refletindo o crescimento dos comitês em todos as regiões do país. Também, a distribuição destes jornais deixa explícito que a campanha pelo “Fora Bolsonaro e Todos Os Golpistas” já está nas ruas. É importante levar esta política para todos os locais do país, pois apenas desta forma será possível derrotar a política dos golpistas. Os comitês de todo o país devem reagrupar as pessoas em torno da distribuição deste material para aumentar o alcance da campanha, e também para aglomerar as pessoas e mantê-las mobilizadas para derrotar os golpistas. É preciso alcançar os 100 mil jornais distribuídos.
A LUTA CONTRA O GOLPE • 10 de novembro de 2018 • Tiragem: 40 mil exemplares • Site: www.lutecontraogolpe.com.br
Entre em contato para formar um comitê ou encontrar um comitê de luta contra o golpe mais perto de você!
FORA BOLSONARO
A política irresponsável de setores da esquerda pequeno-burguesa de participar das eleições fraudadas causou uma depressão, menor que na época do impeachment, mas mesmo assim uma depressão em setores da esquerda. Eles consideram que como participaram do processo fraudulento são obrigados a aceitar o resultado, não é verídico isso. Por trás da manipulação da informação, da fraude, do poder econômico e do cartel da imprensa, e principalmente da retirada de Lula das eleições, Bolsonaro venceu. Reconhecer as eleições como limpas, como fazem esses setores, é reconhecer que a maioria votou em Bolsonaro, e que ele tem legitimidade para realizar os planos de ataques ao povo, mais duas conclusões falsas. Em eleições fraudadas, no segundo turno, onde o eleitor é praticamente obrigado a votar
Para falar diretamente ligando ou através do whatsapp utilize os números abaixo: (11) 98589-7537 (TIM) (11) 96388-6198 (Vivo) (11) 97077-2322 (Claro) (11) 93143-4534 (OI)
nele se não quiser o PT, Bolsonaro obteve 39% dos votos totais, do eleitorado, ou seja, considerando que uma parte da população atua politicamente mas não pode votar, nem um terço da população ele tem ao seu lado, isso em números de eleições cuja lisura tem que ser questionada. Em segundo lugar, Lula seria vitorioso contra ele em qualquer cenário, e foi proibido de participar das eleições por isso, de forma ilegal, ou seja além de minoritário, ele é o segundo lugar, ele é ilegítimo, como Temer. Um governo minoritário e ilegítimo que almeja atacar os direitos do povo deve ser contestado nas ruas, com manifestações de todas as organizações de luta da classe operária, é preciso unificar o movimento em torno deste eixo, Bolsonaro é ilegítimo e precisa sair, de preferência nem deveria entrar. Este pensamento é resumido na palavra de ordem
de “Fora Bolsonaro!”, mas é preciso que amplos setores que militam na classe operária abracem esta política. Os Comitês de Luta Contra o Golpe, organizações autônomas e pluripartidárias, com o objetivo de enfrentar a direita golpista viram que era preciso um amplo debate em torno desta questão e convocaram uma Conferência, uma reunião de todos os setores ativistas, de qualquer central sindical, partido político ou movimento, para debater estas questões, e ajudar a unificar o movimento, desta necessidade nasceu a Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e o Fascismo que irá acontecer nos dias 8 e 9 de dezembro. Todos à Conferência Nacional Aberta de Luta contra o Golpe e o Fascismo! Abaixo a fraude eleitoral! Liberdade Para Lula! Fora Bolsonaro!
e-mail: alutacontraogolpe@gmail.com site: lutecontraogolpe.com.br face: www.facebook.com/lutecontraogolpe twitter: @lutecontragolpe
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o fim de tarde do sábado, dia 10, um jovem estudante, Deyvid Fronza foi assassinado no caminho para sua casa por um “erro” da polícia militar fascista do Paraná. A versão dos policiais conta de forma grotesca que quatro homens assaltaram uma loja, inclusive Deyvid, no bairro Jardim Primavera no fim da tarde de sábado. No local, um policial estava presente, que foi rendido e teve suas armas levadas, e que por pouco não foi morto pelos assaltantes. O policial saiu ileso e os assaltantes levaram cerca de 3.900 reais do comércio e fugiram de carro e abandonaram o mesmo depois de um tempo. Já a família afirma que o jovem não teria como ter assaltado, pois estava jogando bola com os amigos e que ele apenas estava com sede e foi na casa
da avó pedir cinco reais para comprar um refrigerante, e quando saía da casa da avó, foi assassinado brutalmente com 16 tiros pela força de repressão da burguesia, a Polícia Militar. A família ainda afirma que o jovem nem se quer sabia dirigir e apresentaram um vídeo mostrando o real assaltante saindo do carro. No Brasil a pena de morte não é legalizada mas a PM atua como se legal fosse. A polícia é um órgão retrógrado e completamente subordinado ao que tem de mais reacionário nas ideias da burguesia, são a força de repressão que só serve para criar um apartheid e para reprimir os negros, pobres e trabalhadores, está é a função da PM, esmagar os setores explorados da sociedade, principalmente a classe operária.
ACESSE E CONHEÇA OS COMITÊS:
LUTECONTRAOGOLPE.COM.BR
Acompanhe a Causa Operária TV, toda segunda às 19h no site: causaoperariatv.com.br | no youtube: causaoperariatv
10 | CULTURA, ESPORTE, MORADIA E TERRA ESPORTE
Brasileirão 2018 – Palmeiras com a mão na taça? F
altando tão somente cinco rodadas para o término do campeonato brasileiro de clubes, o Palmeiras desponta como o mais provável campeão da temporada. O tradicional time da capital paulista ostenta uma das mais regulares campanhas do certame, particularmente depois da chegada do técnico Felipe Scolari, que parece ter dado uma nova cara e uma nova energia para o “Verdão”. Foi sob o comando de “Felipão” que o Palmeiras cresceu no campeonato, mantendo uma ótima performance tanto nas partidas realizadas em casa, como fora. Os números falam por si só. Completadas trinta e três rodadas o time ostenta dezenove vitórias, dez empates e somente quatro derrotas. Trata-se de uma campanha com um elevado índice de regularidade. Os investimentos realizados pelo time resultaram em um elenco forte, competitivo, com peças de reposição em praticamente todas as posições. Para competições de longa duração, como o campeonato brasileiro, isso faz toda a diferença.
Depois da eliminação na Libertadores, o time pode voltar suas atenções exclusivamente para o “Brasileirão” e tudo indica, pelo andar da carruagem, que será muito difícil que a taça de campeão tenha outro destino que não seja a sala de troféus do “Verdão”. Na partida deste domingo, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, o time voltou a mostrar, mais uma vez, porque é o mais forte candidato ao título. Mesmo jogando nos domínios do adversário, contra uma equipe que dificilmente é batida em casa, o time mostrou personalidade e mesmo tendo saído atrás no placar, não se intimidou e foi para cima, encontrando o empate numa cobrança de pênalti, convertida por Bruno Henrique. O Palmeiras está invicto desde a décima quinta rodada, quando foi derrotado pela última vez. De lá para cá foram treze vitórias e cinco empates. Libertadores da América – Boca Juniors e River Plate empatam no primeiro duelo Os dois mais tradicionais times de futebol do país vizinho (Argentina) ini-
ciaram no domingo o duelo para ver quem leva para casa a cobiçada taça do mais importante torneio de clubes do continente. Boca Juniors e River Plate confrontaram-se em La Bombonera, casa do Boca, na primeira partida das duas que estão previstas para a decisão do título. O estádio estava literalmente lotado, tendo a Conmebol – por razões de segurança – adotado o esquema de torcida única. O mesmo esquema será repetido na segunda partida, quando somente os torcedores do River Plate terão acesso às dependências do Monumental de Nuñez, casa do River. A partida foi bastante movimentada, com as duas equipes jogando um futebol franco e ofensivo. Os donos da casa abriram o placar fazendo 1 x 0, mas quando ainda comemoram o River empatou, numa boa infiltração do centroavante artilheiro Lucas Pratto, que já atuou no futebol brasileiro. Mas o Boca fez valer o mando de campo e sempre empurrado por sua torcida foi encontrar o desempate ainda no primeiro tempo, no finalzinho, através do oportunista e sempre bem colocado
Benedetto, que depois de um levantamento de bola na área, desviou de cabeça contra o gol de Armani. Explosão em La Bombonera, com o time da casa fazendo 2 x 1. Na segunda etapa, nos vinte primeiros minutos, as duas equipes procuraram manter o mesmo ritmo, com um futebol veloz e ofensivo dos dois lados. O Boca desacelerou e o River Plate se aproveitou da situação para ir para cima, não se intimidando com o placar adverso. Aos dezesseis minutos, numa cobrança de falta com a bola sendo alçada à área, o zagueiro Carlos Izquierdoz – acossado por Lucas Pratto – cabeceou para as próprias redes, decretando novamente o empate da partida. Depois do gol de empate as duas equipes procuraram se conter, sem arriscar muito, já pensando na partida de volta. De acordo com o estabelecido pela Conmebol, não há vantagem de gols fora de casa para a próxima partida. Portanto, um novo empate por qualquer placar levará a decisão para os pênaltis. A segunda e decisiva partida está marcada para o próximo dia 24 de novembro, às 18h, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, com torcida única do time da casa.
“VILLA”
Peça de teatro sobre a ditadura de Pinochet fica em cartaz até dia 24 no Sesc Pinheiros, em SP E m meio ao turbulento panorama brasileiro atual, com aproximações sucessivas de comandantes militares golpistas nos poderes ditos “democráticos”, o SESC Pinheiros mantém em cartaz até o dia 24 de Novembro a peça “Villa”. O tema abordado diz muito sobre a onda provocada pelo avanço da extrema direita no continente americano e em todo mundo: Ditadura Militar no Chile (1973-1990).
Na obra do dramaturgo e diretor chileno Guillermo Calderón, três mulheres discutem o que fazer com as ruínas de uma instalação governamental que era usada como centro de tortura e extermínio de oponentes do ditador Augusto Pinochet. Pautada em reflexões recorrentes entre o povo chileno, a peça trata de violência estatal e direitos humanos, tão vilipendiados pela horda neoliberal que
toma os governos com apoio do imperialismo. No Brasil que busca proibir os livros , censurar obras de arte e calar professores, a peça adquire uma maior relevância. Ainda mais quando levado em consideração que existe uma profunda ligação intelectual entre a ditadura chilena de Pinochet e Paulo Guedes, ministro do provável governo Bolsonaro. O
Latifundiários e justiça golpista organizam onda de ataques contra indígenas e sem-terra
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a semana que passou, o fascista Jair Bolsonaro afirmou novamente que não vai demarcar nenhuma terra indígena, vai abrir as terras indígenas para latifundiários, madeireiras e mineradoras, e também que vai aprovar a lei que considera movimentos de luta pela terra, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), como organização terrorista. As ameaças de Bolsonaro foi um aval para que os latifundiários, pistoleiros e justiça realizassem uma nova ofensiva contra os movimentos de luta pela terra. Os alvos foram indígenas, quilombolas e trabalhadores sem-terra. Os ataques mais graves foram contra os povos indígenas onde houve duas emboscadas, resultando em um ferido e um assassinado. Na Bahia, a liderança indígena da etnia Pataxó Hã-hã-hãe Reinaldo Silva
Pataxó, foi assassinado na aldeia Catarina Caramuru Paraguassú, em Pau Brasil (BA). Reinaldo foi assassinado com seis tiros em uma emboscada dentro da terra indígena. No Paraná, o indígena Donecildo Agueiro, de 21 anos, da etnia Ava-Guarani, sofreu uma tentativa de assassinato após uma reunião com integrantes da Funai que discutiam a demarcação de Terra Indígena no município de Guaíra. Um dia após a tentativa de assassinato, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF4), Cândido Alfredo S. Leal Junior, suspendeu o processo de demarcação da terra indígena, numa decisão que ataca todo o movimento indígena do país. Na madrugada da quinta-feira, pistoleiros invadiram a casa da cacique da aldeia yaka Porã, Terra Indígena do Morro dos Cavalos, em Santa Catarina, depois de diversas ameaças.
A Cacique Eliana conseguiu fugir pela mata com seus filhos e nada ocorreu. Em Rondônia, juiz da 1ª Vara Genérica da Comarca de Buritis emitiu reintegração de posse e mandou oficial de justiça deixar 35 famílias da ocupação Nova Conquista, situada dentro do Distrito de Jacinópolis, no município de Nova Mamoré, na rua. Em Mina Gerais, o Juiz Walter Zwicker Esbaille Junior mandou despejar as 450 famílias sem-terra que ocupam a área da usina falida de Ariadnópolis, em Campo do Meio-MG, há mais de 20 anos, destruindo casas e 1.200 hectares de roças. Também em Minas Gerais, as famílias do Acampamento Gabriel Pimenta foram surpreendidas com a “visita” de um oficial de justiça e policiais militares para darem um prazo para as 30 famílias desocuparem a Fazenda Capão da Onça. Os latifundiários bolsonaristas nem
próprio SESC, entidade que, atualmente, cumpre um importante papel na propagação de eventos culturais relativamente “livres”, está sob ameaça de Guedes. A história chilena retratada em “Villa” tem muito a ensinar aos brasileiros para o próximo período. Lá, os “liberais” chegaram ao poder como aqui, levando adiante um governo violento e entreguista. Por isso, formação intelectual e informação são os alicerces da defesa do povo oprimido, já que permitem antever calamidades anteriormente experimentadas pela História.
se intimidaram com a visita de uma equipe da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Pará. A equipe visitou a aldeia Açaizal, no Território Munduruku do Planalto, em Santarém, onde latifundiários apareceram na visita e intimidaram e não deixaram os indígenas falarem o a situação de violência que estavam sofrendo. A semana que passou foi turbulenta para os movimentos sociais de luta pela terra. Fica claro a frente que se formou após o golpe entre os latifundiários, governo golpista e a justiça. E a situação se agravou após a fraude nas eleições que levaram ao governo o fascista Jair Bolsonaro. Este cenário tende a se agravar ainda mais e os que lutam por um pedaço de terra só podem confiar nos seus próprios movimentos e organizações, formando comitês de autodefesa. É preciso se organizar e repelir, com violência se necessário, a intimidação da extrema-direita com as famílias e ações dos movimentos de luta pela terra.
2ª CONFERÊNCIA NACIONAL ABERTA DE LUTA CONTRA O GOLPE E O FASCISMO FORA BOLSONARO E TODOS OS GOLPISTAS 8 E 9 DE DEZEMBRO DE 2018 SÃO PAULO - SP
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