QUINRA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5476
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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GOLPISTAS QUEREM QUE LULA MORRA: MOBILIZAR IMEDIATAMENTE PELA LIBERTAÇÃO DO EX-PRESIDENTE
EDITORIAL
CONTRADIÇÕES DO GOVERNO BOLSONARO EXPRESSAM CRISE DOS GOLPISTAS
MBL falsifica a história dos Palmares: escola sem partido é escola de ignorantes e falsários
Onyx Lorenzoni, o ministro sem função de Bolsonaro O governo fraudulento e ilegítimo de Bolsonaro nem mesmo tomou posse e já dá demonstrações de seu caráter completamente improvisado e, por que não, cômico.
O nazismo foi financiado pelos capitalistas: veja as empresas que foram favorecidas por Hitler Treinamento para o golpe militar? Quatro militares em postos-chave do governo Bolsonaro participaram da invasão do Haiti A direita saiu relativamente fortalecida das eleições realizadas há um pouco mais de um mês. Conseguiram por meio de fraude eleitoral colocar um governo minoritário, sem apoio da população, e totalmente improvisado pela burguesia para derrotar o PT.
Escola com fascismo na prática: policiais invadem escola sem-terra, é preciso combater o avanço da direita
“Saiam da cidade”: durante cúpula do G20, governo Macri quer Buenos Aires esvaziada, com medo de protestos
abaixo a escola com fascismo Organizar os professores Para acabar com a caça às Bruxas
Em cada sindicato, organizar uma central para denunciar a perseguição fascista, criar comitês para destruir a provocação da direita
número do disque solidário
11 972446304
OPINIÃO| 3 EDITORIAL
A
Contradições do governo Bolsonaro expressam crise dos golpistas
direita saiu relativamente fortalecida das eleições realizadas há um pouco mais de um mês. Conseguiram por meio de fraude eleitoral colocar um governo minoritário, sem apoio da população, e totalmente improvisado pela burguesia para derrotar o PT. Essa improvisação, entretanto, fica expressa nas contradições existentes dentro do aparato de governo do futuro presidente. Com imposições do imperialismo, das Forças Armadas e de outros setores da burguesia, o governo (que nem assumiu) já está uma bagunça. A luta de interesses entre os diversos setores da burguesia é explícita. Divergências entre Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes, e entre este úl-
timo e o general Hamilton Mourão, para ver qual grupo tomaria conta da chefia da Petrobras, deixou claro que o governo é um Frankenstein. Mas estas contradições internas só se arrastam. Existe uma briga dentro do bloco burguês para ver quem irá tomar conta de determinado ministério ou outro cargo público. Os militares têm tomado a dianteira, o que explica o número extraordinário de generais e militares da reserva nos ministérios de Bolsonaro. Onyx Lorenzoni, por exemplo, tem sido colocado de escanteio. Escolhido para ser ministro da Casa Civil, passou a ser um ministro sem funções, perdendo-as para os generais. A gerência dos ministérios ficou com o Vice-presidente, o general Hamilton Mourão, e o encarregado de
COLUNA
negociar com os parlamentares será o ministro da secretaria de governo, o general Santos Cruz. Um episódio envolvendo o mesmo general reflete a situação contraditória do governo. Na terça-feira o general Santa Rosa, crítico da Comissão da Verdade que revelou parte das atrocidades cometidas pelos militares na época da ditadura, foi confirmado para presidir o Programa de Parceria de Investimentos (PPI), que organizará as privatizações que serão feitas. Entretanto, na quarta-feira (28), o cargo que já tinha sido confirmado mudou de mão e foi para o general Santos Cruz. Fica claro que a burguesia está improvisando um jeito de sustentar um governo que tende a dar problemas. Isso é muito importante para
o movimento operário, pois indica que, mais que nunca, a estabilidade e força do governo irá depender da relação de forças entre os golpistas e os trabalhadores. O governo Bolsonaro estimula os movimentos fascistas e pode levar o país a uma ditadura com este caráter político. Por outro lado, há uma grande tendência de reação contra o governo que deve ser estimulada pela palavra de ordem de “Fora Bolsonaro e todos os golpistas”. A situação do país e o regime político que surgirá das cinzas do pacto de 1988 vai depender da reação popular contra o golpe. E por isso, mais que nunca é preciso intensificar estas mobilizações, lutar pela liberdade de Lula, contra os ataques dos golpistas e denunciar a fraude eleitoral.
CHARGE
E veio o “escola sem partido” e eu não era professor e não me importei… Por João Silva
A
direita brasileira está em uma ofensiva contra os direitos democráticos do povo desde 2012 com a movimentação golpista que se iniciou com o julgamento farsa do “mensalão”, passando pelas mobilizações de junho de 2013, as eleições de 2014 e o golpe e impeachment de 2016. Agora com o governo Bolsonaro a direita golpista e a extrema-direita estão em uma ofensiva contra a liberdade de expressão. Os ataques a exposições de arte realizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), organização financiada de dentro e fora do País por capitalistas, as ocupações das escolas pelos estudantes e alguns atos isolados contra professores e movimentos. Nas manifestações coxinhas financiadas pela FIESP e demais golpistas o ataque à educação era um dos alvos. O atual projeto intitulado “escola sem partido”, é a concretização dessa política de calar qualquer opinião que não seja favorável ao golpe. O “escola sem partido”, que na verdade é o “escola com fascismo” não é uma questão menor e não tem nada a ver somente com a escola, apesar de
ser uma perseguição voltada aos professores. Mas é uma política da direita de aniquilar qualquer pessoa de falar, de se expressar. O “escola com fascismo’ é o ponto de partida para a direita proibir as pessoas de se expressarem em qualquer lugar, não somente nas escolas. É um ataque para acabar com a liberdade de expressão em todos os níveis. Se os professores e estudantes forem impedidos de se expressar, seja pelas aulas ou pelo movimento estudantil, isso será o início de uma censura e ataque à liberdade de expressão para toda as áreas. Não será com palestras, discursos, música e outras artimanhas que os golpistas e os fascistas serão derrotados. É necessário uma ação de força, mais efetiva. Todas as forças de resistência tem que se agrupar para impedir o avanço da “escola com fascismo” em todos os níveis. A escola é apenas um primeiro terreno de combate” É necessário opor uma enorme resistência, uma enorme oposição popular. É preciso partir para cima do governo e impedir que este governo extremamente ameaçador se consolide.
FRASE DO DIA
O que se pretende é que Lula morra. É isso que estão fazendo. É esta a promessa de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista: deixá-lo apodrecer na prisão. E esta é ação do senhor Sergio Moro, que não tem outra coisa na vida a fazer senão a sua vingança, o seu ódio contra Luiz Inácio Lula da Silva Gleisi Hoffmann
3| OPINIÃO E POLÊMICA
MBL FALSIFICA A HISTÓRIA DOS PALMARES
Escola sem partido é escola de ignorantes e falsários P
or ocasião da passagem do dia 20 de novembro, dia de Luta do povo negro, em homenagem a Zumbi dos Palmares, o vereador do partido herdeiro da ditadura militar, o DEM, e notório capitão-do mato, Fernando Holiday, publicou vídeo intitulado A verdade sobre Zumbi dos Palmares, no qual procura de todas as formas desprestigiar a memória do líder negro, fazendo coro com os setores mais reacionários da burguesia golpista branca e racista. Ele repetiu o que há de pior na historiografia oficial que busca mentir e ocultar os fatos históricos que tenham alguma importância para que os trabalhadores e a juventude possam compreender as lições da luta dos explorados de nosso País e dai tirar lições para a luta de classes contra a burguesia na etapa atual. O vereador do partido dos banqueiros e latifundiários inimigos do povo negro, entre outras ataques, busca desqualificar toda a luta gloriosa do Quilombo dos Palmares, e com ela toda a luta do povo negro contra a escravidão, afirmando que a história que o movimento, os historiadores honestos e a esquerda proclamam não passaria de falsidade, segundo ele na “tentativa de construir um herói da liberdade” que não teria existido como tal. A luta heróica de Zumbi e dos quilombolas, seria segundo Holiday uma “invenção” dos marxistas e intelectuais como Darcy Ribeiro, e Zumbi “um mito construído com base em fatos falsos” Para atingir o dirigente do maior de todos os quilombos e que serviu de exemplo para centenas ou milhares de outros que se espalharam pelo País, o vereador que apoiou a ascensão golpista de Temer e a eleição fraudulenta de Jari Bolsonaro afirma que “o quilombo não era centro de luta dos negros” e que “Zumbi não po-
de ser chamado de herói, pois não fez grandes feitos, a não ser desafiar a coroa portuguesa”. Soa como um elogio ao guerreiro, vindo de um servo da burguesia branca, ativista de um partido, o DEM, e de um movimento fascista, o MBL, que tem como uma das principais características o seus servilismo diante do imperialismo norte-americano, o qual apoiam contra todos os interesses do povo negro e brasileiro. Segundo o negro “pai-joão”, a exaltação a Zumbi “pretende ofuscar figuras que trabalharam pela abolição como a princesa Isabel”. Dessa forma, Holiday endossa a versão fantasiosa e depreciativa da luta do povo negro, de que a abolição teria sido uma concessão da monarquia branca e da oligarquia e não um produto direto da luta do povo negro, da sua organização em quilombos, em movimentos como os dos caifazes e das inúmeras rebeliões regionais que tinham como uma de suas bandeiras o fim do regime de escravidão. Insultando Zumbi, sem ter o menor conhecimento dos fatos e sem apresentar quaisquer provas, o parlamentar à serviço dos banqueiros, latifundiários e outros sanguessugas defensores do extermínio do povo negro, ontem e hoje, tenta desquali-
ficar sua luta afirmando que ele era uma “pessoa sedenta por poder que tentou desafiar a coroa portuguesa sem grande sucesso”, mostrando-se como um verdadeiro administrador não da luta dos seus antepassados mas dos escravocratas e massacradores do povo negro. Fernando Holiday é um dos ativos defensores dos ataques e perseguição aos professores, dentre outras causas, por estes conterem o “crime” de estimularem os jovens a aprenderem da luta do quilombo e com Zumbi a rejeitarem a submissão dos negros diante dos brancos. Seu posicionamento na questão de Zumbi evidencia o caráter reacionário não apenas deste garoto-propaganda da burguesia racista e escravocrata como de todo o movimento que ele integra e lidera. Deixa evidente que o Escola com fascismo, por eles defendido, é uma escola de ignorantes e falsários, que estão dispostos a festejarem e a jogarem na lama toda a honrosa tradição de luta do povo negro para obterem, momentaneamente, vantagens pessoais, tais como os negros que sucumbiam ao regime escravocrata e se tornavam delatores e perseguidores dos seus irmãos negros, como capitães-do-mato, durante os mais de três séculos de escravidão no Brasil.
O regime de escravidão do negro no Brasil foi o último a ser abolido em todo o mundo, já no final do século XIX, quando seu potencial como regime de produção encontrava-se exaurido. As derrotas dos incontáveis movimentos de luta dos escravos na colônia e dos inúmeros movimentos revolucionários diante do poder centralizado do “império” está na raiz deste desenvolvimento histórico. Para liquidá-lo, mesmo assim, foi necessário uma das maiores mobilizações de massas a que o país assistiu em toda a sua história. Holiday, a burguesia branca e racista e todos os inimigos da luta do povo negro gostariam de apagar da história estes e outros momentos históricos e heróicos da luta do povo negro e trabalhador no Brasil e em todo o Mundo, para evitar as consequências desse aprendizado nos tempos atuais, quando os negros e todos os escravos modernos precisam, como nunca, entender que a emancipação do jugo capitalista só pode advir da sua luta, da sua organização independente. Para o que é fundamental deixar de lado a idéia fantástica da convivência pacífica entre escravos e seus donos, garantidos os direitos políticos e sociais dos primeiros. A história dos negros e de nosso País comprovou que a própria idéia de uma solução negociada para o problema do negro não tem qualquer fundamento. A experiência da história assinala claramente que nada, absolutamente nada, que diga respeito às reivindicações dos explorados – e particularmente, da enorme população negra do país entre eles – foi conseguido sem uma luta encarniçada, prolongada e cruel. E isto serve para a situação presente do negro no país, diante do golpe de Estado, que faz retroceder como nunca as condições de vida do povo negro e de todos os explorados.
COXÃO E COXINHA, POR JOTA CAMELO
DE SEGUNDA A SEXTA ÀS 9H30
POLÍTICA| 3
GOLPISTAS QUEREM QUE LULA MORRA
Mobilizar imediatamente pela libertação do ex-presidente L
ula está na cadeia há 235 dias, em decorrência do golpe de estado. Os golpistas, além de destituir o governo do PT, através do impeachment fraudulento de Dilma Rousseff em 2016, também foram obrigados a prender seu principal líder para que consolidassem a fraude das eleições de 2018. No entanto, o golpe, apesar de se manter vivo, e ter obtido uma vitória parcial com a eleição fraudada do direitista Jair Bolsonaro para presidência da República, continua instável, sem o apoio popular necessário para impor as vontades dos grandes capitalistas nacionais e internacionais contra a população trabalhadora do país. Nesse sentido, a prisão de Lula é peça fundamental para que os golpistas se mantenham no poder, atacando o povo. Como a situação pode sair do controle a qualquer momento e a população brasileira tende a sair às ruas contra o golpe, é preciso que essa luta não canalize em torno de uma liderança opositora ao golpe, que se expressa na figura de Lula.
A pressão contra as arbitrariedades cometidas pelos golpistas contra os direitos democráticos de Lula não se reduzem ao território brasileiro, mas a vários países no Mundo. Os golpistas, com medo das consequências de uma derrota, continuam as perseguição ao velho líder petista de 73 anos. A pena atual de Lula é quase que perpétua, pois o ex-presidente só poderia sair da prisão com com mais ou menos 85 anos, idade bem à cima da expectativa de vida do brasileiro normal. Sem falar que diversos processos ainda correm contra o ex-presidente Lula, podendo aumentar ainda mais a pena. Por isso, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e o líder do PT no Congresso, o deputado Paulo Pimenta, usaram essa semana o parlamento brasileiro para denunciar as arbitrariedades dos golpistas contra Lula. Querem deixá-lo morrer na cadeia. Pois fora da cadeia, Lula seria obrigado pela base que lhe sustenta, os operários metalúrgicos, a lutar contra toda a política dos golpistas, caso contrário ocorreria um suicídio político.
E a burguesia sabe disso. Lula, por mais alianças e capitulações que tenha feito, teve de liderar intensas greves de metalúrgicos que no final das contas acabaram derrubando a ditadura militar. Da mesma forma, os intensos ataques dos golpistas colocam em Lula a expressão de todo um movimento de luta contra o golpe. Lula representa no Brasil a luta contra o golpe e contra toda sua política de ataque aos direitos dos trabalhadores e das riquezas do país.
Diante da ameaça real de morte contra Lula, uma vez que o golpe não consegue se fechar sem eliminar a maior liderança da esquerda nacional, é necessária uma mobilização gigantesca no Brasil e no Mundo exigindo a imediata liberdade de Lula. Levantar a bandeira de liberdade para Lula é mobilizar o povo brasileiro contra o golpe e todos os golpistas. Por isso devemos ir para às ruas gritar: “Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Liberdade para Lula!”
ESCOLA COM FASCISMO NA PRÁTICA
Policiais invadem escola sem-terra, é preciso combater o avanço da direita A
redação do Diário da Causa Operária recebeu recentemente denúncias de que algumas escolas do campo dentro de assentamentos e acampamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) estão recebendo “visitas” de integrantes da Policia Federal (PF). Recentemente um acontecimento semelhante se deu nas aldeias e ocupações indígenas do Rio Grande do Sul, onde o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) denunciou que o Exército e a PF estavam entrando nas aldeias e perguntando sobre o dia-a-dia dos indígenas e conflitos fundiários. Essa ação da PF vem de encontro com as ações da extrema-direita para implementar a “escola sem partido” em todo o território nacional para instaurar uma verdadeira caça às bruxas contra os professores enquanto os golpistas destroem a educação.
Segundo os dados do próprio MST existem mais de duas mil escolas em acampamentos e assentamentos por
todo o Brasil, além de escolas itinerantes para garantir que crianças e adolescentes tenham acesso à educação
enquanto estão acampados e seus pais estão na luta por um pedaço de terra. A tentativa de intimidação do MST e de professores das escolas do campo realizadas pela PF é uma política deliberada do fascista Jair Bolsonaro. O fascista afirmou em outubro, durante as eleições, que quer “colocar um ponto final nas escolinhas do MST. A bandeira que eles hasteiam não é a verde e amarela, é a vermelha com uma foice e um martelo. Lá, eles não aprendem o Hino Nacional, eles aprendem a Internacional Socialista. Eles estão formando uma fábrica de guerrilheiros no Brasil”. Bolsonaro quer a mais ampla repressão sobre os movimentos do campo e, em particular contra o MST, pois quer imobilizar qualquer tentativa de oposição aos ataques que pretende realizar contra a população. A ação da PF é para intimidar, reprimir e controlar os professores e a juventude, impor o obscurantismo nas escolas e têm desdobramentos significativos sobre toda a classe trabalhadora e oprimidos do País.
4| INTERNACIONAL E MORADIA E TERRA
“SAIAM DA CIDADE”
Durante cúpula do G20, governo Macri quer Buenos Aires esvaziada, com medo de protestos I
nicia-se na próxima sexta-feira, dia 30, em Buenos Aires na Argentina mais uma reunião de cúpula do G20, grupo de países formado pelas dezenove maiores economias do mundo mais a União Europeia. Estabelecido em 2008, seu objetivo declarado em resumo é estabelecer os rumos da política econômica e financeira mundial de modo a evitar crises financeiras e endividamento excessivo de países. Desde a sua primeira ocorrência em Washington nos Estados Unidos em 2008 essas reuniões tem sido quase sempre marcadas por amplos e inflamados protestos populares que visam demonstrar a insatisfação geral com a ordem econômica mundial e pela resposta violenta das forças de repressão do governo anfitrião do encontro. Esta próxima reunião vai se realizar com o sistema financeiro internacional em convulsão bem longe de ter atingido a estabilidade que foi a motivação inicial para a formação do grupo. O colapso do sistema parece cada vez mais provável à luz de fatos como por exemplo a existência de derivativos no Deutsche Bank no valor de US$ 40 tri-
lhões ou seja mais de 10 vezes o PIB da Alemanha (US$ 3,677). A Argentina será uma anfitriã fracassada que acabou de pedir o empréstimo mais alto da história do FMI (US$ 56 bilhões) e que apresenta indicadores econômicos tais como: desvalorização de 50% do peso argentino em relação ao dólar, inflação prevista entre 45% e 50% para o fechamento de 2018, aumento da pobreza de 27,3% e desemprego de 9,6%, contração econômica prevista de 2,6% para 2018 e para 1,6% em 2019. Levando em consideração primeiramente que o encontro do G20 não tem nada a ver com o povão e temendo que o descontentamento da massa se corporifique em grandes manifestações nas ruas as autoridades argentinas estão recomendando que os habitantes de Buenos Aires deixem a cidade, medida surpreendente uma vez que não há nenhuma catástrofe à vista. “Recomendamos que vocês usem o feriado estendido para sair da cidade”, disse Patricia Bullrich, ministra da Segurança, “saiam na quinta-feira, porque a cidade ficará muito complicada”. “Estamos cientes de que haverá tentativas
de gerar a violência, caos e distúrbios durante o G20”, alertou. Está bem claro que o governo neoliberal argentino deseja tornar sua capital numa cidade fantasma onde os representantes dos capitalistas possam se reunir tranquilos. Um fato notável nesses encontros de cúpula do G20 é que praticamente nada do que ali ocorre nem os acordos ali assinados são detalhados ou ao menos noticiados pela imprensa para
que a população possa avaliar suas consequências nas suas vidas. Especialmente neste momento no qual todos estão vendo o barco do capitalismo mundial se aproximando cada vez mais do precipício é essencial que os trabalhadores prestem a atenção a eventos como o que se realizará na próxima sexta-feira porque neles os representantes do capitalismo tomam decisões que afetarão de modo negativo as suas vidas.
GOLPE NA FUNAI
De olho nas terras indígenas, latifundiários fascistas vão exonerar cargos que garantem a demarcação das reservas O
s golpistas anunciaram a exoneração de coordenadores da Fundação Nacional do Índio (Funai) das áreas de demarcações de terras indígenas e a área de licenciamento ambiental indígena. A presidência da Funai solicitou a exoneração da coordenadora-geral de licenciamento ambiental da Funai, a antropóloga Janete Albuquerque de Carvalho, e do coordenador-geral de identificação e delimitação de terras indígenas, o antropólogo Gustavo Hamilton de Souza Menezes. Os dois servidores atuavam desde o governo Dilma Rousseff nessas funções. As duas coordenações são as mais importantes da autarquia, pois são responsáveis pela proteção das terras indígenas já demarcadas contra os ataques de empreiteiras e latifundiários diante de grandes obras, como estradas e hidrelétricas, e a proteção dos povos e seus costumes com a garantia do principal direito que são suas terras. Um estudo organizado no início desde ano pelo Instituto Socioambiental (ISA) e a Funai apontou que há
pelo menos 40 grandes projetos que vão estar dentro de terras indígenas já demarcadas, por exemplo grandes hidrelétricas, linhas de transmissão e estradas. Bolsonaro já declarou “se eu assumir, índio não terá mais 1cm de terra” e que vai aprovar a exploração comercial das terras indígenas para projetos agrícolas, madeireiros e de mineradoras. E para realizar esses ataques vai ter que realizar uma enorme caça as bruxas e de colocar todos os ministérios nas mãos de latifundiários e pistoleiros. Por isso, essas exonerações são o início de um processo de caça as bruxas dentro da Funai para que o governo do fascista Jair Bolsonaro coloque em prática a sua política de ataques aos povos indígenas. A intenção da extrema-direita é perseguir os servidores que atuam para respeitar os direitos e modos de vida dos povos indígenas e montar uma equipe de latifundiários e pistoleiros para acabar colocar em prática uma política de terra arrasada e genocídio desses povos.
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MOVIMENTO OPERÁRIO | 5
BANCÁRIOS
Direção golpista na área de TI do Banco do Brasil, em Brasília, aprofunda ataques descomissionando trabalhadores A
reestruturação no Banco do Brasil, que já demitiu milhares de trabalhadores e o fechamento de centenas de agências e postos de serviços, aprofunda os ataques a todo o funcionalismo. Desta vez foi na área de tecnologia do banco, em Brasília. Houve, nesta semana, um descomissionamento em massa. Onze gerentes acabaram de perder as suas comissões, todos foram jogados no “esmolão” – nome dado pelos trabalhadores, em que o comissionado fica recebendo a comissão por até três meses para achar um outro setor que tenha disposição de vagas, o que é praticamente impossível nos dias de hoje, se não perde a comissão -, em nome da “nova” estrutura desenhada para o setor. Mais esses descomissionamentos é parte da política da direita golpista, à frente do BB que, conforme denunciado pelos próprios trabalhadores da área de tecnologia do banco, há uma pressão por parte da Diretoria de
Tecnologia (Ditec) que visa sucatear o setor com o objetivo de entregar esse filão do banco para empresas terceirizadas assumirem o controle. Sempre é bom lembrar que o setor de tecnologia é estratégico para a manutenção de um banco público – tem caroço nesse angu – e que a empresa Falconi Consultores e Resultados, empresa do Sr. Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do maior banco privado do país, o Itaú/Unibanco, é que realizou, recentemente, uma auditoria na tecnologia do BB para a reestruturação no setor. É necessário organizar os bancários do Banco do Brasil com os demais trabalhadores bancários, com as organizações dos trabalhadores da cidade e do campo com o objetivo de barrar o golpe, Fora Bolsonaro de Todos os Golpistas, eleitos através da maior fraude eleitoral da história do País, e revogar todas as medidas executadas pelo governo golpista de liquidação dos direitos e conquistas dos trabalhadores.
CORREIOS
CORREIOS
Correios terceirizará a entrega Professores lutam contra o de encomendas através de Uber projeto “Escola com Fascismo” N
O
processo de destruição da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) maior empresa de Correios da América Latina não para. A direção golpista da ECT, agora sob a liderança de um general, anunciou mais um ataque contra os trabalhadores dos Correios e a população usuária do serviço, que é a entrega de encomendas através do aplicativo UBER, ou seja, através de um sistema de entrega totalmente terceirizado. O cliente não mais vai receber sua encomenda postal através dos carros identificados pelos correios e seus funcionários, a entrega poderá ser feita por qualquer motorista que possua o sistema de Uber, com carro, moto e até bicicleta. É o começo da destruição total do serviço de entrega de correspondência pela empresa. Esse “serviço” era para
começar agora no final de ano (2018), mas como havia algumas burocracias que a empresa não conseguiu resolver a tempo, a destruição do serviço de entrega de encomendas pelos Correios se dará no início do ano que vem. Contra mais esse ataque os trabalhadores dos Correios precisam se organizar, denunciar a destruição do serviço postal nos Correios para favorecer grandes empresas internacionais de entrega de encomendas, como Fedex, UPES DHL etc. Além disso é fundamental organizar comitês de luta contra o golpe dentro das unidades dos Correios, levantando a palavra de ordem: Fora Bolsonaro e todos os golpistas! E Liberdade para Lula! Sem derrubar o golpe, a privatização dos Correios e por consequência a extinção da empresa pública anda a passos largos.
o último dia 27 de novembro foi criada uma frente pela defesa da educação, liberdade de cátedra e contra a “Escola com Fascismo” em São Paulo. De acordo com os sindicatos e as entidades presentes, o principal objetivo da frente é a luta dos professores contra a “lei da mordaça” na rede pública e privada. Comenta: “quando colocam ‘Escola Sem Partido’, o que na verdade querem é a ideologia deles, é o partido deles, a escola de um partido só. É matar a escola e amordaçar o professor”, diz o presidente do Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro), José Jorge Mággio. A lei tem como objetivo perseguir professores e alunos e depois se espalhar pela sociedade. Serão atacadas
todas as esferas municipal, estadual e federal,do ensino fundamental ao superior. A frente dos professores vão impulsionar ações entre a categoria, alunos e comunidade escolar contra essa arbitrariedade no interior das escolas. O movimento estudantil juntamente com os professores é essencial na luta que está sendo travada nesse momento, que é a luta contra o golpe e contra o avanço dos fascistas. Por tanto, com a atual situação, a união entre esses dois setores é primordial no que diz respeito aos avanços da “escola com fascismo”. Para isso, é preciso fortalecer a composição dos comitês de luta contra o golpe, os mesmos que impulsionam a luta efetiva e prática de combate contra a extrema-direita.
8| NEGROS E CULTURA
LIBERTAR TODOS OS PRESOS
Guardas torturam, espancam e humilham presidiários na maior prisão do Rio Grande do Norte A
situação do sistema prisional acompanha a situação política brasileira, de maneira que se existiam coisas horríveis antes do golpe, a tendência agora é piorar, como no caso dos presídios brasileiros, verdadeiros depósitos de seres humanos. A última denúncia se refere ao maior presídio do Rio Grande do Norte, o presídio de Alcaçuz, que chegou a ser comparado à prisão de Abu Ghraib nos tempos da intervenção norte-americana no Iraque. Segundo o “Relatório de Monitoramento de Recomendações: Massacres Prisionais dos Estados do Amazonas, do Rio Grande do Norte e de Roraima” tortura, maus tratos, péssimas condições de vida são a rotina dos presos de Alcaçuz. O relatório diz ainda que “Considerando o conjunto de fatores envolvidos nesses casos, entre eles a não realização de perícia adequada, pode-se averiguar indícios de desaparecimento forçado, prática identificada na ditadura brasileira e definida na Convenção Internacional que o Brasil firmou em 2007”. “há relatos de que os familiares são destratados e os presos são humilha-
dos diante dos familiares pelos agentes”, acrescenta o relatório ao tratar das visitas dos familiares dos presos. A realidade é que o que está sendo denunciado em Alcaçuz é a rotina de outras dezenas de presídios brasileiros. Esses locais viraram depósito de pessoas desde sempre, sendo que
40% dos presos ainda aguardam sentença no Brasil, umas 300 mil almas que deveriam ser soltas imediatamente. Por outro lado é preciso dizer que se o Estado não tem condições para manter pessoas presas com os mínimos direitos, então se impõe soltar todas as
pessoas maltratadas no sistema carcerário nacional. É preciso lutar pelo fim desse sistema, pelo fim das penitenciárias, pela liberdade de todos os presos, medida única capaz de acabar com o inferno sobre a terra que são as prisões brasileiras.
CULTURA
No mês da consciência negra, São Luiz terá VI Mostra Cultural Quilombola
O
agora vice-presidente das eleições do golpe, o General da reserva Hamilton Mourão, em um encontro no dia 6 de agosto deste ano, em que abordava as condições de subdesenvolvimento do Brasil e da América Latina, afirmou que o Brasil tem um ‘complexo de vira-lata’ e que a “herança do privilégio (presente no país) é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena (…). E a malandragem. Nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso ‘cadinho’ cultural.” Bolsonaro, o presidente da fraude das eleições sem Lula, por sua vez, afirmou que as demandas dos negros, e de outras minorias, são puro ‘coitadismo’ e que ‘quilombolas não servem nem para procriar’. No mês da consciência negra, saber que o novo presidente da república e seu vice são racistas e que não têm, portanto, o menor respeito pelos negros é revoltante, mas é também um chamado para a resistência, pois os negros serão alvo de perseguição do desgoverno militar que se instala no dia 01 de janeiro de 2019. Por isso, é importante chamar a atenção para a VI Mostra Cultural Quilombola que será exibida em São Luiz, no Maranhão, nos dias 29 e 30 de no-
vembro, na Casa do Tambor de Crioula, Casado Maranhão e Centro Cultural da Vale. E o dia 01 de dezembro, bem como para o encerramento da Semana da Consciência Negra: Tambores de Resistência. A Mostra contará com rodas de conversas sobre a luta e os direitos da população negra, apresentações de tambor e berimbau, oficinas de troque de caixa e de tranças, entre outras atividades. A programação completa é a que segue: Dia 29/11 CASA DO MARANHÃO 09h30 às 10h30 – abertura/mesa com convidados 10h40 às 11h30 – palestra “Juventude Negra Rural Quilombola: Sonhos e Perspectivas” 11h40 às 12h20 – Apresentação Cultural dos Jovens Quilombolas 13h30 às 14h30 – Seminário de Educação e Juventudes Negras Quilombolas Rurais 14h às 18 – Feira/exposição 14h30 ás 16h20 – oficina de Prática e Saberes Quilombolas: Toque de Caixa do Divino Espírito Santo 15h às 16h20 – tambor de Crioula e Dança do Carimbó (comunidades quilombolas Pedrinhas Clube de Mães e Oiteiro dos Nogueiras) 16h30 – Cortejo Cultural da Casa do
Maranhão à Casa do Tambor de Crioula do Maranhão Centro Cultural Vale Maranhão 15h ás 17h – visita à exposição AFRICANA: o diálogo das formas CASA DO TAMBOR DE CRIOULA 10h30 – Roda de conversa ‘Festival BR 135: Cultura não é crise, é saída’. (Semana da Consciência Negra: Tambores de Resistência) 16h – IV Mostra cultural quilombola ‘Juventude, perspectivas, sonhos e desenvolvimento’. 16h30 – Cortejo Cultural Quilombola – Casa do Maranhão. 17h30 – Tambor dos Crioulos com Punga dos Homens do Quilombo Quebra Dia 30/11 CASA DO MARANHÃO 13h30 ás 14h30 – Mesa de Abertura – Roda de Conversa “Juventude Negra, Direitos e Identidade” 14h40 às 16h – Tambor de Crioula com Punga das Mulheres e Boizinho de Cofo (comunidade quilombola Vila Fé em Deus) 16h às 17h – Aprsentação do Inventário de Referencias Culturais Quilomboas (nove comunidades com relacionamento Vale) 17h10 às 18h – roda de conversa sobre Saúde nos Quilombos (SEIR e SES) 16h10 às 17h – Oficina de trançado afro em cabelo
17h10 às 18 – Oficina de artesanato com palha de palmeira de babaçu (Pedrinhas Clube de Mães) 18h às 19h – Apresentação da Orquestra de Berimbau (comunidades quilombolas) CENTRO CULTURAL VALE MARANHÃO 15h às 16h – visita à exposição AFRICANA: o diálogo das formas CASA DO TAMBOR DE CRIOULA 14h – Roda de Conversa ‘O lugar da música preta’, trazendo as histórias, composições e ritmos que embalaram uma trajetória de resistência e luta nos diversos cantos da música afro-brasileira. Dia 01/12 CASA DO TAMBOR DE CRIOULA (Finalizando a Semana da Consciência Negra: Tambores de Resistência) 10h30 – Roda de conversa ‘Cantadores, Coreiros, Caixeiras e Cantores’, histórias e personagens da Cultura Tradicional do Maranhão e suas influências na música popular maranhense. Participantes: José Lazaro (MA), Mestre Zé Olhinho (MA), Josias Sobrinho (MA), Zezé de Iemanjá (MA). Mediadora: Fernanda Preta (MA). 14h às 18h – ‘Diálogo de Matrizes, do Berimbau ao Rufador Hora’. 18h – Encerramento com a apresentação do Tambor de Crioula na Ginga da Capoeira.
ATIVIDADES DO PCO E COMITÊS | 9
O NAZISMO FOI FINANCIADO PELOS CAPITALISTAS
Veja as empresas que foram favorecidas por Hitler A
vitória fraudulenta de Jair Bolsonaro foi vista por muitos elementos de esquerda como culpa povo inculto que deixou-se enganar pelo discurso de ódio do candidato fascista ao invés de escolher os valores democráticos representados pelo outro candidato. As ideias conservadoras venceram as ideias progressistas. O senso comum pequeno-burguês acadêmico, que domina a intelectualidade de esquerda no país, atribui aos fenômenos políticos em geral uma essência puramente ideológica. Como se as ideias, por si só, pudessem mover o mundo. Os fenômenos progressistas representariam o desenvolvimento espiritual das massas que progressivamente se aproximam dos valores democráticos da pequena-burguesia. As ditaduras e os fenômenos políticos reacionários são a corrupção ideológica e moral dos massas incultas. Trata-se portanto de um problema de ideologia, uma luta entre, tão somente, ideias progressistas e as ideias reacionárias, e no limiar de educação. Nessa luta imaginária a pequena burguesia é a classe preponderante. Naturalmente, essa concepção idealista e anti-científica está de acordo com os interesses e os preconceitos de classe da pequena-burguesia, que é por excelência a classe dos ideólogos profissionais da sociedade capitalista. Contudo, essa concepção leva, diante das manobras da burguesia, a paralisia
e a capitulação. Para agir é necessário compreender os fenômenos de maneira cientifica, materialista, marxista. O fascismo é um caso clássico deste tipo de análise idealista.
principal: a intensa luta entre a classe operária e a burguesia alemãs, entre a revolução e a contra-revolução. Evidentemente que estas tentativas de explicações não explicam nada. O
A vasta bibliografia deste fenômeno político enfatiza ou a personalidade do Füher ou as condições que levaram o povo alemão “aceitar”, seja por engano, seja conscientemente a solução final, e de como este, o povo alemão, conviveu com o nazismo pacificamente, mas pouco falam da questão
nazismo Alemão é fruto, não da adoção pela maioria da população de ideias extravagantes e reacionárias, mas de uma política da grande burguesia alemã para mudar a correlação de forças dentro do Estado para eliminar completamente a organização e o poder da classe operária, da esquerda
RÉVEILLON
No Nordeste, PCO irá realizar Réveillon em quatro estados: AL, PE, BA e PI O
Partido da Causa Operária (PCO) estará realizando neste fim de ano festas de réveillon em diversos estados do país. O crescimento de cidades onde será realizada a atividade é de mais de 200%, refletindo o crescimento do Partido se destacou nos últimos tempos na luta contra o golpe. No ano passado, as atividades foram realizadas em São Paulo, em Brasília, em Salvador e no Rio de Janeiro. Este ano, serão realizadas em diversas capitais do país, nas mais diversas regiões. No Nordeste, a atividade será realizada em quatro estados. Os militantes do nordeste poderão participar das atividades nas capitais dos estados de Alagoas, Pernambuco, Bahia e Piauí – respectivamente, Maceió, Recife, Salvador e em Teresina. Ainda há a possibilidade da realização da atividade de Réveillon no Rio Grande do Norte, na capital Natal. E em outros Estados, onde o partido está começando a se organizar. A atividade é uma boa forma de socializar e festejar com os militantes
de todo o povo trabalhador que os ameaçava, impondo seus interesses pela força extrema. Hugo Boss, Schoeder, Thyssen, Krupp, Nestlé e Ford financiaram e apoiaram Hitler e o nazismo. Shroeder, Thyssen e Krupp conspiraram ao lado de Hilter para derrubar a República de Weimar. Para conter a revolução proletária e seguir em frente com na defesa dos próprios interesses a burguesia alemã não se constrangeu em apoiar Hitler, desde que este garantisse segurança e tranquilidade para os negócios da burguesia, mesmo que a custa de milhões de vidas. O resultado foi um governo exercido diretamente sem necessidades de representantes ou sem precisar negociar com outros setores sociais, pela grande burguesia alemã apoiado em um gigantesco aparato repressivo e em uma das ditaduras mais atrozes que a história ja viu. Tal como a burguesia alemã apoiou Hitler contra o povo alemão, a burguesia brasileira e Internacional apoia Bolsonaro contra o povo brasileiro, eis o segredo da Vitória de Bolsonaro. Para compreender o fascismo e como combatê-lo, participe da 43 Universidade de Férias do PCO e acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), o mais tradicional curso de formação teórica marxista de toda a esquerda nacional. Com o tema: fascismo: o que é e como combatê-lo. A Universidade de férias acontece em Janeiro Janeiro 2019 em São Paulo. Entre em contato! Participe!
& CONVIDAM PARA
31 DEZ 2018 | A partir das 20h OPEN BAR • MÚSICA DANÇANTE • CEIA COMPLETA • SHOW DE FOGOS • SORTEIO DE PRÊMIOS
do Partido. O ano, apesar de todas as derrotas, expressou uma crescente tendência de mobilização contra os golpistas. E para recomeçar os trabalhos no ano que vem, que deverão ser intensos contra o governo Bolsonaro, será preciso retomar as forças. Por isso, aproveite seu final de ano com os militantes do partido da luta contra o golpe. Adquira já seu ingresso com os militantes do PCO e convide familiares, simpatizantes, amigos e vizinhos para participar destas importantes atividades.
E COM O EXTRAORDINÁRIO SHOW
CANTATA POPULAR
" SA N TA MA RÍA DE I Q U I Q U E"
Apresentada pela primeira vez no Brasil
INTERPRETADO POR MIRIAM MIRÀH & BANDA SENDERO A Cantata Santa Maria de Iquique é uma das maiores, senão a maior, obra da Nova Canção Chilena e de toda a música popular latino-americana desde os anos de 1960. Composta em 1969 pelo grande compositor Luís Advis. Esta interpretação da grande obra musical do país irmão é feita
pela primeira vez no Brasil pela Banda Sendero e com a cantora Míriam Miráh. A cantata narra a história do massacre dos operários do salitre realizado na escola que dá nome à Cantata ocorrida no governo de Pedro Montt em 1907. Um show inesquecível e que não se pode perder.
Tênis Clube Paulista, Rua Gualachos, 285 - Aclimação, São Paulo (Traje social completo obrigatório) Telefone e Whatsapp: 11-98589-7537 (TIM) | 11-96388-6198 (VIVO) | 11-97077-2322 (CLARO) | 11-93143-4534 (Oi) email: pco.sorg@gmail.com | mais informações em www.pco.org.br/reveillon
10 | MULHERES E ESPORTE
MULHERES
Exploração da mulher trabalhadora é 180 vez mais forte do que nas mais ricas A
o longo do desenvolvimento do sistema capitalista, os métodos de opressão a mulher foram sendo aprimorados. Elas, que possuem dupla jornada de trabalho, são obrigadas a cuidar da casa e dos filhos, vivendo em condição de escravização social. Mas, mesmo entre mulheres da mesma cidade, a exploração varia, de acordo com a classe. Assim mostra o estudo que saiu, nesta última quarta, 28, os dados coletados pelo Mapa da Desigualdade e divulgado pela Rede Nossa São Paulo. O ponto central da análise foi a disparidade, não apenas entre gêneros, mas também a desigualdade entre as mulheres de diferentes classes sociais. Em um comparativo, coletado pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificações (Sinan), em 2017
que mensura a quantidade de vítimas de agressão, física, psicológica, assédio e violência doméstica, dentro da capital paulista, as mulheres que vivem no distrito do Jardim Paulista, região nobre de São Paulo, por exemplo, registraram 0,55 casos, a cada 10 mil, enquanto as que vivem na Zona Sul, foram 100 para mesma proporção. No que tange a oportunidades de emprego, também há discrepâncias. Enquanto nas regiões centrais da cidade a média é 59 postos de trabalho, para cada 10 habitantes e idade, as regiões da periferia 0,2 postos, para a mesma proporção. Com o aprofundamento do golpe, a tendência é que aumentem, consideravelmente, as desigualdades, em especial as mulheres trabalhadoras, que vivem nas comunidades. Nesse sentido é fundamental que se organizem amplas mobilizações para derrotar os golpistas e conquistar os direitos que jamais lhes deveriam ser negados.
ESPORTES
Dinheiro, muito dinheiro. Mundo árabe entra na disputa para sediar a final da Libertadores A
s especulações em torno ao local de realização da partida final da Taça Libertadores não param de crescer. Depois da confirmação, pela Conmebol, de que a partida não seria realizada na Argentina, várias cidades dentro e fora do continente americano se ofereceram para sediar o evento que decidirá o título de campeão do mais importante torneio de clubes da América do Sul. A Conmebol marcou para quinta-feira, dia 29, o dia em que irá definir qual a cidade sediará o segundo confronto entre River Plate e Boca Juniors, os dois times argentinos que decidirão o título da Libertadores. O impasse começou no sábado, quando torcedores do River Plate apedrejaram o ônibus do arquirrival Boca Juniors, quando a delegação do time de La Bombonera se aproximava do estádio Monumental de Nuñez, palco da segunda e decisiva partida.
A entidade que controla o futebol sul-americano, depois de administrar de forma totalmente desastrosa o torneio em todas as suas etapas, se vê neste momento numa “sinuca de bico” em relação à decisão que precisa adotar para a realização da partida final. Num primeiro momento, os dirigentes da Conmebol anunciaram a capital do Paraguai, Assunção, já que o país é a sede da entidade. Depois vieram as outras cidades que se candidataram, como
Miami (EUA) Medellin (COL), cidade do México, chegando a ser cogitado também o Brasil, em Belo Horizonte (MG) e São Paulo. Também Gênova, na Itália, se ofereceu para receber o confronto final. No entanto, com a indecisão da entidade sul-americana em bater o martelo em relação à definição do local, entrou na disputa um candidato de peso, pelo menos no tocante a um fator considerado muito importante no futebol atual: o dinheiro. O
Catar – que sediará a próxima Copa do Mundo, em 2022 – já apresentou a sua capital, Doha, para receber os dois times argentinos protagonistas da decisão. A suntuosa capital do país árabe, assim que se dispôs a receber o cobiçado evento, já passou a figurar entre as favoritas pela Conmebol. Os cartolas dirigentes, evidentemente, cresceram o olho na montanha de dinheiro que podem ganhar com a realização da final em Doha, mesmo considerando que o país árabe não tem qualquer tradição e apelo popular pelo futebol. O esquema é puramente comercial e de marketing, nada mais. O que se vê – mais uma vez – é que os interesses capitalistas das grandes corporações e dos grandes grupos de investidores devem se sobrepor aos interesses do verdadeiro futebol. Em se confirmando a partida final entre os dois times argentinos na cidade de Doha, os grandes vitoriosos serão aqueles que nada têm a ver com o esporte mais popular do mundo, que pertence, pela história e pela tradição, às grandes massas populares.