Edição Diário Causa Operária nº5484

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SEXTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2018 • EDIÇÃO Nº 5484

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

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TODOS ÀS RUAS PELA LIBERDADE DE LULA NESTE DIA 10

O Comitê Nacional Lula Livre, junto com as mais de 80 organizações que integram a Frente Brasil Popular, entre entidades sindicais (CUT), do movimento popular (como a CMP), da luta dos sem terra (MST), partidos de esquerda (como o PT, PCdoB e PCO), estão convocando para a próxima segunda-feira, dia 10, a realização de atos em todo o País, pela liberdade do ex-presidente Lula. Após receber prêmio milionário, Palocci ataca Lula mais uma vez

EDITORIAL

UMA POLÊMICA COM A CUT: OPOSIÇÃO “PROPOSITIVA” SERIA UMA COLABORAÇÃO COM OS GOLPISTAS

Governo de capachos: céu é o limite para “relações” com os EUA

Ditadura do judiciário: Lewandowski mostra que é proibido criticar os tribunais Golpe aumentou número de pobres em 2 milhões e extrema pobreza em 13% A oposição ao governo de Jair Bolsonaro não pode ser uma oposição “propositiva”. O movimento popular e sindical deve entender que apresentar propostas de classe para a extrema-direita que chegou ao poder não dará qualquer tipo de resultado positivo aos trabalhadores.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) anunciou nessa quinta-feira (dia 5), através de levantamento estatísticos, que nos últimos dois anos, mais duas milhões de pessoas entraram na linha de pobreza, e o número de pessoas na extrema pobreza aumentou 13 %.

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OPINIÃO| 3 EDITORIAL

Uma polêmica com a CUT: oposição “propositiva” seria uma colaboração com os golpistas

A

oposição ao governo de Jair Bolsonaro não pode ser uma oposição “propositiva”. O movimento popular e sindical deve entender que apresentar propostas de classe para a extrema-direita que chegou ao poder não dará qualquer tipo de resultado positivo aos trabalhadores. O governo Bolsonaro está sendo construído para implementar o mais devastador ataque aos direitos do povo jamais visto na história do País. É um governo dos capitalistas, dos latifundiários e dos militares. É um governo pau-mandado do imperialismo. Nesse sentido, as afirmações do presidente da CUT, Vagner Freitas, são totalmente equivocadas para a mobilização independente dos trabalhadores. Em entrevista à TV 247 na última segunda-feira (03), ele declarou que a oposição a Bolsonaro não deve ser sistemática e que não vai ignorar todas as possibilidades

de acordos ou diálogos com o presidente ilegítimo. “A gente vai fazer oposição propositiva e nos interesses da classe trabalhadora”, disse. Falou também que, logo no início do governo, a CUT vai convocar um encontro nacional da classe trabalhadora para tirar uma pauta de reivindicações a ser entregue e negociada com o governo. “Se for um governo democrático, vai receber a pauta dos trabalhadores”, comentou. É preciso ficar claro, em meio a tanta confusão da esquerda, que o governo Bolsonaro nem mesmo pretende ser um governo democrático. Não há negociação a ser feita com a extrema-direira, porque ela não quer negociações. Ele não irá atender minimamente as reivindicações operárias e populares, mas simplesmente esmagar essas reivindicações, porque é um governo comandado pela direita e pela burguesia. O gol-

pe contra Dilma e a prisão de Lula provaram que a burguesia não quer mais conciliação de classes. Ela está buscando derrotar definitivamente a classe operária neste período de intensificação da luta de classes. Tal pensamento é promovido pela ideia ingênua de que Bolsonaro foi eleito pela maioria do povo brasileiro em eleições normais ou, ao menos, com fraudes toleráveis. “A maioria dos trabalhadores votou, a maioria do povo brasileiro votou” em Bolsonaro, disse o presidente da CUT. Para ele, mesmo que o político fascista tenha sido eleito porque Lula, o candidato predileto do povo, foi preso ilegalmente, isso não configura que Bolsonaro seja um presidente golpista e ilegítimo. “Eu não posso tratar o governo Bolsonaro da mesma forma que tratamos o desgoverno golpista de Temer. O Temer era um golpista que não era um presidente da República (…), absolutamente irregular.”

Bolsonaro é tão golpista quanto Temer. Bolsonaro é a continuação e radicalização do golpe de Estado. Portanto, só pode ser contestado de maneira igualmente radical. A oposição a Bolsonaro, longe de ser feita nas regras do jogo que os próprios golpistas refizeram aos seus próprios interesses, deve ser uma oposição concreta, sistemática e organizada. Não se pode reconhecer esse governo ilegítimo fruto da fraude e do golpe, imposto para exterminar a organização da classe trabalhadora. Este governo não representa minimamente os trabalhadores brasileiros, mas sim os inimigos mortais dos trabalhadores. É preciso lutar incansavelmente para derrubar o governo de Bolsonaro e, com ele, todo o regime golpista. É necessário derrubar o governo de Bolsonaro e colocar em seu lugar um governo dos trabalhadores.

candidato para poder ” eleger” Bolsonaro, que mesmo assim conseguiu um pouco mais de um terço dos votos, e o candidato plano B do PT mesmo com toda a manipulação e fraude chegou ao segundo turno. Como se vê o suposto ” repúdio” ao PT é tão somente uma posição de exaltação de Bolsonaro, o candidato contra ” todos” pela esquerda pequeno burguesa. Para Zé Maria , o “Fora todos” não serviu apenas derrubar o PT, tem um alcance maior, relaciona-se com ” mobilização popular ” para “derrubar tudo isso que existe ai”. Neste sentido, precisamos concordar com o dirigente do PSTU, o ” Fora todos” é uma politica que levou ao bolsonarismo. A política do PSTU é uma caricatura da política stalinista do chamado ” Terceiro período” que permitiu a ascensão do nazismo na Alemanha nos anos 1930. Naquele contexto histórico, o Partido Comunista Alemão recusou a frente única com a social-democracia contra o nazismo, alegando que eram ” irmãos gêmeos”. O resultado pratico dessa política sectária foi a derrota dos movimentos populares e trunfo da extrema-direita. Mesmo diante dessa catástrofe política, o PCA caracterizou a chegada de Hitler no poder em 1933, como inicio do declínio do nazismo, representando de maneira ” distorcida” a rejeição de ” Todos” pelas massas e indicava a ” ruptura” da classe trabalhadora com a social -democracia. Com sabemos essa política ultraesquerdista levou a um desastre político. No Brasil, o PSTU assim como os stalinistas na década de 1930 adotou a politica de combater a esquerda reformista como inimigo principal, recusando-se a frente única contra o golpe da direita, apresentando a justificativa que ” todos

são iguais”, que o ” PT era igual a direta”. Agora, após o resultado eleitoral, o PSTU primeiro enaltasse a ” eleição” de Bolsonaro como produto da vontade popular, do ” voto do castigo” e da ” ruptura da classe trabalhadora com o PT”, ( não realizando a elementar análise dos dados). e depois, também como os stalinistas na ocasião da eleição de Hitler, fomentam a noção que a vitória da extrema direita indica um voto anti sistema, que levará a vitória no futuro da ” esquerda não reformista”. Na narrativa de Zé Maria, os trabalhadores abandonaram os reformistas e derrubaram Dilma. Depois de maneira provisória( para castigar o PT) votaram em Bolsonaro, rejeitando ” todos” e demostrando um ” sentimento contra o sistema”. Em breve, os trabalhadores desiludidos com ” mito bolsonarista”, passaram para posições ” revolucionarias”. Curiosamente, o PSTU defendeu que primeiro tiramos Dilma, depois Temer, e assim por diante, até tiramos ” Todos”, mas não seria então incoerência recusa-se a chamar o ” Fora Bolsonaro”? Para os simples mortais, pode parecer inocorrência, mas a intervenção de Zé Maria serviu para elucidar também essa questão. O Fora Todos não era para tirar todos, mas para levar ao poder alguém que representasse o “povo” ( e também os trabalhadores) contra ” todos” e ” contra tudo isso que esta ai”. Assim, o PSTU não defende o ” Fora Bolsonaro”, pois seria lutar contra um candidato que de maneira ” distorcida” representa própria política do PSTU do ” Fora Todos”. Assim, mesmo considerando Bolsonaro um filho bastardo do ” Fora todos”, Zé Maria tem razão identificar Bolsonaro como parte ou resultado da sua política.

COLUNA

Para Zé Maria (PSTU): Bolsonaro é a vitória do Fora Todos Por Antônio Eduardo No seminário jurídico da CSP Conlutas, realizado no último dia 22 de novembro, contou com a participação de Plínio Arruda Sampaio Jr. (PSOL) e Zé Maria de Almeida (PSTU). O evento discutiu o cenário político após a eleição de Bolsonaro e as “ tarefas e desafios” da conjuntura. Um ponto mais interessante do debate foi justamente a caracterização do significado da vitória de Bolsonaro. Para o representante do PSTU. “Entre os fatores citados, Zé Maria falou da crise econômica, da devastação social que se abateu sobre os trabalhadores e o sentimento contra o sistema, o “fora todos”. (http://cspconlutas.org. br/2018/11/debate-sobre-conjuntura-abre-seminario-juridico-nacional-csp-conlutas/”). Como teve gente que acusou a política do PSTU de ” inócua” e ” sem base real”, Zé Maria releva de maneira cristalina que o ” Fora Todos” tem resultados concretos e tangíveis na conjuntura brasileira. Revelando-se uma política estratégica. Veja você, que o triunfo de Bolsonaro, um representante ” anti político” da extrema direita é na visão de Zé Maria resultado do ” sentimento contra sistema, o Fora todos”. Assim, colocar um demagogo fascista como Bolsonaro no poder é o resultado da lógica da política “ Fora todos” pregada pelos morenistas. A política do Fora Todos que levou Bolsonaro no Brasil é a aplicação coerente do PSTU da política da LIT( a ” inter-

nacional” morenista), que apoio o golpe militar no Egito e os nazistas na Ucrânia como resultado das ” revoluções”. Não importa para o PSTU, o fato de que a derrubada de governos da esquerda reformista ou de nacionalistas dará lugar a regimes da extrema direita. A queda dos governos como do PT no Brasil ou da Irmandade Mulçumana no Egito seria algo ” progressista” pois expressam a ” vitória das massas nas ruas” assim como os governos da extrema direita seria o resultado( ainda que distorcido) da “ruptura das massas” com a esquerda reformista ou nacionalista. Um dos mais exóticos e aberrantes balanço das eleições é a visão do PSTU, que por sinal já criticamos aqui nesta coluna, de que a classe trabalhadora para “ castigar” o PT resolveu apoiar Bolsonaro. Além do mais, para Zé Maria é uma exagero afirmar que a chegada a presidência de um representante da extrema direita, ” com voto da classe trabalhadora” significa que a classe trabalhadora foi derrotada “A classe trabalhadora não está derrotada, apesar de ter votado nele”. O colega do PSOL na mesa de debate de conjuntura no evento da CSP/ Conlutas, que por sinal também não lutou contra o golpe, acompanhou no geral as análises de Zé Maria. Para Plinio Sampaio, “as eleições demonstraram não somente o repúdio ao PT, mas a todos os partidos da ordem. “( idem). Interessante observar a completa falta de concretude dos representantes do PSOL e do PSTU, o regime golpista teve que impedir que Lula fosse


3| OPINIÃO E POLÊMICA

CONTRA O GOLPE

Todos às ruas pela liberdade de Lula neste dia 10 O

Comitê Nacional Lula Livre, junto com as mais de 80 organizações que integram a Frente Brasil Popular, entre entidades sindicais (CUT), do movimento popular (como a CMP), da luta dos sem terra (MST), partidos de esquerda (como o PT, PCdoB e PCO), estão convocando para a próxima segunda-feira, dia 10, a realização de atos em todo o País, pela liberdade do ex-presidente Lula. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está completando noite meses como preso político, depois de ser condenado sem provas, em um momento em que a perseguição contra ele, outros dirigentes do PT e toda a esquerda não pará de crescer, às vésperas da posse do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, que só chegou à presidência por conta da realização de eleições fraudulentas, nas quais Lula foi impedido de se candidato. O Comitê e a FBP decidiram realizar, nesse dia 10, o Ato Internacional Lula Livre, no Sindicato dos Metalúrgicos

do ABC, de onde Lula foi retirado para ser preso, ilegalmente, no dia 7 de abril passado. Nesta data vai ser lançada também a Jornada Nacional Lula Livre, com ações em vários lugares do País. No dia 16 de dezembro, sábado, serão realizadas as Conferências Estaduais de Luta contra o Golpe e contra o Fascismo, convocadas pelos Comitês de Luta contra o golpe de todo o País, e pelo Partido da Causa Operária. O dia 10, deve ser usado como o ponto de partida para desenvolver uma ampla mobilização contra a direita e o golpe, porque o programa dos golpistas é um amplo ataque às condições de vida e à organização dos trabalhadores. E já ficou mais do que provado que qualquer vitória real contra essa ofensiva e contra a perseguição imposta à Lula e à toda esquerda só pode ser derrotada por meio de uma ampla mobilização nas ruas. Em sua carta ao Diretório Nacional do PT, Lula denunciou a fraude eleitoral, a perseguição contra ele e toda

a esquerda, como parte da ofensiva contra os trabalhadores e apontou a necessidade de voltar às ruas. Não há outro caminho possível para fazer vitoriosa a luta dos trabalhadores contra a direita. Dia 10, todos à São Bernardo do

Campo e aos demais atos em todo o País. Ocupar as ruas pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos. Nenhuma conciliação com o governo ilegítimo, fruto de eleições fraudulentas, capacho do imperialismo. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

DITADURA DO JUDICIÁRIO

Lewandowski mostra que é proibido criticar os tribunais N

esta terça-feira (4), em vôo de São Paulo a Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu provas do caráter – golpista e ditatorial – do judiciário brasileiro e mandou chamar a Polícia Federal como defesa após advogado dizer que tinha vergonha do Supremo. Após pôr em prática um direito fundamental, o advogado Cristiano Caiado Acioli, de 39 anos, sente na pele a ditadura de toga e quase sai preso do avião. Cristiano disse que, tem vergonha da atual corte e mais ainda de ser um brasileiro representado por aqueles ministros. Lewandowski arbitrário pediu ajuda da Polícia Federal e ameaçou prender o manifestante. “Vem cá, você quer ser preso? Chamem a Polícia Federal, por favor”, disse Lewandowski. Impedido pelos agentes da Polícia Federal, o passageiro, portanto, foi

obrigado a permanecer na aeronave até que Lewandowski deixasse o aeroporto. Ao ser entrevistado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o advogado disse que não recebeu nenhuma informação sobre os motivos para que permanecesse retido. Apesar de não haver

ainda qualquer acusação formal, Cristiano teve que se explicar ao delegado, ficando retido por um bom tempo. Não obstante, os intocáveis ministros ainda buscam maneiras de repreender quem ousar se expressar contra seus abjetos comportamentos.

Depois do caso, Toffoli pediu providência à PGR e enviou ofício ao ministro da Segurança Pública. Este caso deixa claro que, diante da ditadura golpista, cujo judiciário cumpre um papel fundamental, a liberdade de expressão já não se encontra disponível aos meros mortais. Enquanto isso, os intocáveis “seres superiores” do STF que sequer passaram pelo escrutínio popular, gozam de pleno poder, rasgam a Constituição quando a mesma já não lhe convém, e mantém preso o ex-presidente Lula sem quaisquer provas. Essa e outras ações arbitrárias só destacam a necessidade de dissolução dessa casta despótica que serve e sempre serviu aos interesses das classes dominantes. Está cada vez mais claro que vivemos uma verdadeira ditadura de toga e que somente a mobilização popular pode derrotar o golpe e todo seu aparato judiciário.


ATIVIDADES DO PCO E COMITÊS | 3

LUTA CONTRA O GOLPE

Conferências estaduais mobilizarão os comitês para combater o Escola Com Fascismo N

o próximo dia 16, comitês de luta contra o golpe de todo o País estarão realizando conferências estaduais abertas para discutir a mobilização contra a direita golpista. As conferências estaduais são parte de uma etapa preparatória para a 2ª Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e o Fascismo, que será realizada em fevereiro de 2019. As conferências estaduais acontecerão na última quinzena do governo Temer e serão uma atividade importante para preparar a necessária mobilização contra o governo Bolsonaro. Eleito por meio de uma operação explicitamente fraudulenta, Bolsonaro é a aposta momentânea do imperialismo para levar adiante uma política de guerra contra a população. Dentre as diversas discussões que serão feitas nas conferências estaduais, os militantes da luta contra o

golpe irão debater sobre as investidas da direita contra população, sobretudo no caso do Projeto Escola sem Partido (Escola com Fascismo). Organizado pela burguesia internacional, o Escola com Fascismo não é apenas um projeto de lei, mas sim

um movimento fascista para intimidar e perseguir os professores nas escolas. Embora o Escola sem Fascismo tenha colocado as escolas como foco dos ataques da extrema-direita, este deve ser combatido energicamente

PARTICIPE

Faltam 18 dias para o Réveillon, venha comemorar com o PCO

por todos os setores que atuam na luta contra o golpe. Afinal, o ataque aos professores é apenas uma tentativa da burguesia de organizar a extrema-direita poder utilizá-la, futuramente, contra toda a população quando esta se rebelar contra a política neoliberal. A única forma de impedir a perseguição e a intimidação da extrema-direita aos professores é através da mobilização popular. Nenhuma lei, nem nenhum juiz, nem muito menos nenhum delegado irá impedir ou punir a direita por atacar os professores – por isso, é fundamental organizar os professores para expulsar a extrema-direita na marra das salas de aula. Nesse sentido, as conferências estaduais serão fundamentais para preparar a mobilização contra a Escola sem Partido. Participe da conferência na sua cidade e contribua com a mobilização contra a direita fascista!

& CONVIDAM PARA

31 DEZ 2018 | A partir das 20h OPEN BAR • MÚSICA DANÇANTE • CEIA COMPLETA • SHOW DE FOGOS • SORTEIO DE PRÊMIOS

E COM O EXTRAORDINÁRIO SHOW

F

altam exatamente 18 dias para a espetacular festa de Réveillon do Partido da Causa Operária. A já tradicional atividade do PCO de passagem de ano, que chega a sua 14ª edição, é imperdível para todos aqueles que querem comemorar a chegada do novo ano em grande estilo. Uma ceia farta e deliciosa, uma variedade de drinks, além do open bar, e as excelentes apresentações musicais são algumas das principais atrações que compõem a celebração do ano novo. Nesta edição, o Réveillon do PCO ocorrerá em 13 estados do país, companheiros de diferentes regiões poderão se reunir para comemorar o ano novo junto aos seus amigos, familiares, demais simpatizantes do partido, uma verdadeira celebração socialista. Em São Paulo, o Réveillon terá como atração principal a Cantata Popular de

Santa Maria de Iquique, interpretada por Mirian Miràh, um dos principais nomes da música latina atual. A abertura da festa ficará por conta da banda da juventude do Partido da Causa Operária, Revolução Permanente, tocando canções próprias e outras de renome na música nacional e internacional. Durante a festa, os companheiros poderão acompanhar o tradicional discurso do companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, no qual é feito um balanço dos acontecimentos e das lutas ocorridas durante o ano que passou e as perspectivas para o ano que chega. Não perca tempo! Adquira já seu convite, convide seus amigos e familiares e venha comemorar com o PCO a chegada de 2018! http://pco.org.br/reveillon/

CANTATA POPULAR

" SA N TA MA RÍA DE I Q U I Q U E"

Apresentada pela primeira vez no Brasil

INTERPRETADO POR MIRIAM MIRÀH & BANDA SENDERO A Cantata Santa Maria de Iquique é uma das maiores, senão a maior, obra da Nova Canção Chilena e de toda a música popular latino-americana desde os anos de 1960. Composta em 1969 pelo grande compositor Luís Advis. Esta interpretação da grande obra musical do país irmão é feita

pela primeira vez no Brasil pela Banda Sendero e com a cantora Míriam Miráh. A cantata narra a história do massacre dos operários do salitre realizado na escola que dá nome à Cantata ocorrida no governo de Pedro Montt em 1907. Um show inesquecível e que não se pode perder.

Tênis Clube Paulista, Rua Gualachos, 285 - Aclimação, São Paulo (Traje social completo obrigatório) Telefone e Whatsapp: 11-98589-7537 (TIM) | 11-96388-6198 (VIVO) | 11-97077-2322 (CLARO) | 11-93143-4534 (Oi) email: pco.sorg@gmail.com | mais informações em www.pco.org.br/reveillon

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4|ATIVIDADES DO PCO E COMITÊS

CURSO DE FORMAÇÃO MARXISTA

5 motivos para participar da 43ª Universidade de Férias do PCO A

mais tradicional atividade de formação da esquerda brasileira terá sua 43ª edição entre os dias 12 e 26 de janeiro de 2019, em São Paulo. É a Universidade de Férias do Partido da Causa Operária e Acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária, cujo tema será Fascismo: o que é e como combatê-lo?, coordenado e ministrado por Rui Costa Pimenta. O tema do fascismo adquiriu especial relevância a partir dos movimentos de rua de 2013 e mais recentemente com a perspectiva da posse dos fascistas Jair Bolsonaro (PSL) e Hamilton Mourão (PRTB) no governo. Mas afinal, o que é o fascismo? Desde a 2ª Guerra Mundial, fascista tornou-se um adjetivo comum – sinônimo de autoritário ou intransigente. Evidentemente, tal generalização gera uma grande confusão sobre a natureza desse fenômeno político. Ocorre que o fascismo é um movimento político direitista, de características bastante específicas, que deve ser combatido de modo também bastante específico. Quer cinco bons motivos para aprender mais sobre o fascismo e a luta contra ele e para não perder essa atividade única? 1. UM CURSO SOBRE FASCISMO INÉDITO EM SUA EXTENSÃO E PROFUNDIDADE Desde a nova ascensão do fascismo no Brasil, sobretudo a partir de 2013, pipocam palestras e debates sobre o tema nas universidades, nas escolas, nas organizações populares. É inédito porém um curso com 14 dias de duração sobre este tema candente. As aulas ocorrem em um turno do dia, e os participantes ficam livres para dialogar e indagar sobre suas dúvidas pessoais sobre o tema, numa construção dialética do conhecimento. A livraria do PCO montará ainda uma banca especial com título sobre o tema. Assim, além da apostila do curso, você poderá adquirir outras obras importantes para a compreensão do fenômeno político do fascismo. 2. FEITO POR MARXISTAS QUE LUTAM CONTRA O FASCISMO O Partido da Causa Operária vem se destacando sobretudo nos últimos anos na luta contra o golpe e contra o fascismo no Brasil. É considerado, in-

ternacionalmente, uma das organizações políticas de vanguarda na defesa de uma política verdadeiramente marxista e revolucionária, com ramificações em mais de 20 estados da federação em em diversos países da Europa e América do Sul. No que concerne especificamente à luta contra o fascismo e suas diversas manifestações, foi o PCO quem estimulou desde 2014 a formação de Comitês de Luta contra o fascismo – e em 2016 contra o golpe. Foram esses comitês que organizaram sua autodefesa e enfrentaram decididamente os fascista nas instituições de ensino e nas ruas em Recife, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e mais recentemente no Rio de Janeiro – no caso da revoada dos coxinhas do MBL em frente ao Colégio Pedro II. Os militantes do PCO buscam levar à prática a política do Partido, e por isso estão presentes na organização dos principais atos de rua dos últimos anos, como as manifestações pela anulação do impeachment de Dilma Rousseff, contra a prisão de Lula – em Curitiba, Porto Alegre e São Bernardo do Campo –, ou no registro de sua candidatura – em Brasília. Na universidade de férias, você não apenas estudará o fascismo, mas estará em contato direto com alguns daqueles que organizam hoje a luta contra o fascismo no Brasil. 3. RUI COSTA PIMENTA: UM IMPORTANTE LÍDER POLÍTICO E INTELECTUAL Rui Costa Pimenta, o principal ministrante do curso, esteve presente nos anos iniciais da corrente Causa Operária na década de 1970, tendo participado da criação do Partido dos Trabalhadores e, no início da década de 1990, da criação do Partido da Causa Operária. Não apenas tem uma ampla experiência política como militante e liderança dessa importante organização de esquerda, como também é um destacado intelectual autor de diversos livros e responsável por conduzir regularmente o Análise Política da Semana, programa transmitido na internet pela Causa Operária TV, com dezenas de milhares de expectadores. No campo da formação política, é ainda o principal responsável pela criação da própria Universidade de Férias do PCO, tendo estado à frente de suas 42

DE SEGUNDA A SEXTA ÀS 9H30

edições anteriores ao longo de mais de 20 anos. 4. A BIBLIOGRAFIA Serão disponibilizados textos de autores marxistas fundamentais – alguns dos quais lutaram diretamente contra os fascistas no Entre Guerras. Uma coletânea do revolucionário bolchevique Leon Trotsky é Revolução e contrarrevolução na Alemanha, trazendo textos escritos entre 1929 e 1933 pelo organizador do Exército Vermelho soviético. A obra foi coligida e impressa em 1933 pelo intelectual trotskista brasileiro Mário Pedrosa (1900-1981), que também a traduziu e prefaciou no calor dos acontecimentos. Outra obra de Trotsky traz seus escritos entre 1932 e 1940 e foi organizada pelos editores da Pioneer Publishers, quando deu aos prelos pela primeira vez o panfleto Fascismo: o que é e como combatê-lo [Fascism: what is it and how to fight it] em 1944, a qual teria 15 anos depois, em 1969, uma nova edição revisada e prefaciada pelo próprio jovem editor George Lavan Weissman (1916-1985).

5. LAZER E BOA COMPANHIA O curso será realizado num hotel-fazenda em São Paulo, onde será possível ter lazer com a família, além de ambiente de estudos e concentração. As refeições e a manutenção do ambiente de estudos é realizada pelos próprios participantes, em organização coletiva do trabalho em atmosfera de camaradagem. Quem se aproxima do PCO pelas Universidades de Férias cultiva uma duradoura relação de amizade com os militantes e de afinidade com sua política. Você pode integrar-se ao acampamento da juventude ou instalar-se nos confortáveis quartos coletivos do hotel. Há muitos mais motivos – sobretudo políticos – para a participação na Universidade de Férias e para o aprofundamento neste tema. Afinal, desde 2016 a luta contra o golpe está na ordem do dia da política nacional. Você não vai perder essa chance, vai? Entre em contato conosco e inscreva-se já na 43ª Universidade de Férias do PCO e no Acampamento da AJR! (11) 98589-7537 (TIM) (11) 96388-6198 (Vivo) (11) 97077-2322 (Claro) (11) 93143-4534 (Oi)


POLÍTICA | 5

ATRASO CAPITALISTA

No Brasil, 60% da população não tem acesso a serviços básicos E

sses foram os dados revelado pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, onde 60% da população não possui acesso a serviços básicos que é dever do estado suprir, como: educação, saúde, moradia, segurança, saneamento básico, etc. Os dados comparados são provenientes do ano de 2017 com relação ao ano de 2016. Os dados demonstram com clareza os efeitos do golpe de Estado no Brasil, um país altamente explorado pelo imperialismo, que trava seu desenvolvimento e o coloca na posição de um país oprimido. O golpe foi crucial na realidade concreta desses dados, que nos mostra como uma das causas o aumento do desemprego, que é propriamente decorrente do avanço dos golpistas por trás de medida impopulares como a Reforma Trabalhista e a emenda constitucional 95, que congela os investimentos em saúde e edu-

cação por 20 anos, estando em vigor desde 2016. O subjugo do país às mãos dos tubarões capitalistas, demonstra na prática que dentro desse sistema, o povo é esmagado e por consequência dentro de um país atrasado, o desenvolvimento também o é. No período de dois anos de golpe, o contingente de desempregados aumentou significativamente e uma grande parcela da população entrou no índice de extrema pobreza, sendo esse o setor que de fato não consegue alcançar alguma política pública satisfatório promovida pelo estado. Essa parcela da população teve aumento de 1,7 milhão no ano passado, assim passando a representar 7,4% do todo populacional que antes era de 6,6%. Essa é a perspectiva deixada pelos golpistas e por aqueles que corroboram com o massacre da população. Em contrapartida, é preciso organi-

zar a luta e a reação dos trabalhadores por um sistema que os represente verdadeiramente que é o governo operário. No momento que está colocado,

somente a luta contra o golpe é o caminho viável de derrota do golpistas e de garantia dos direitos que lhes foram usurpados.

LINHA DA POBREZA

Golpe aumentou número de pobres em 2 milhões e extrema pobreza em 13% Conheça o PCO, acesse: https://pco.org.br/

O

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) anunciou nessa quinta-feira (dia 5), através de levantamento estatísticos, que nos últimos dois anos, mais duas milhões de pessoas entraram na linha de pobreza, e o número de pessoas na extrema pobreza aumentou 13 %. Segundo o IBGE, 54,8 milhões de brasileiros estão na situação de pobreza e cerca de 29,5 milhões de brasileiros vivem com menos de um salário minimo por mês. Esse crescimento da pobreza dos últimos no Brasil só pode ser explicada pelo golpe de Estado, que ocorreu no ano de 2016, através do impeachment fraudulento do governo de Dilma Rousseff do PT, pois o golpe impôs aos brasileiros a política de destruição dos direitos dos trabalhadores e das empresas nacionais. O governo golpista de Michel Temer atacou a CLT (Consolidação das Leis

Trabalhistas), através da “reforma” trabalhista, aprovou a venda de empresas públicas, como as empresas navais, entregou boa parte do pré-sal brasileiro, e ainda apoiou o desmonte das empresas nacionais provocada pela golpista operação Lava-Jato, como as empreiteiras. Com a continuidade do golpe, através da eleição fraudada que indicou o direitista Jair Bolsonaro como o atual presidente golpista do Brasil, a tendência é aumentar o desmonte da economia nacional, o aumento do desemprego através da privatização e toda política liberal que está sendo anunciada, levará a uma maior pobreza da população brasileira. Por isso da necessidade de lutar contra o golpe através da organização dos comitês de luta contra o golpe e contra o fascismo, através da campanha de Fora Bolsonaro e todos os golpistas! E pela Liberdade de Lula!


8| POLÍTICA

BONS SERVIÇOS PRESTADOS

Após receber prêmio milionário, Palocci ataca Lula mais uma vez A

tática dos golpistas contra Lula é a de sistematicamente trazer à tona denúncias requentadas contra o ex-presidente, todas, literalmente todas, sem nenhuma prova material de comprovação, utilizando-se de depoimentos forjados de réus da operação Lava-Jato colhidos em delações premiadas. Nesse quesito, o “queridinho” nº 1 da turma de Curitiba e de seus associados é o ex-ministro de Lula e Dilma, Antônio Palocci. Palocci é pior do que um delator, pela sua antiga proximidade com Lula, foi comprado para produzir denúncias contra Lula e vários dirigentes do PT em fatos já exaustivamente vasculhados pelo aparato policial do regime golpista. Em todos os momentos cruciais em que o regime dos golpistas esteve à beira da dissolução, os depoimentos de Palocci eram retirados da cartola para promover uma enxurrada de denúncias requentadas contra o PT e Lula, justamente porque o ex-presidente é a expressão maior da luta contra o golpe no país. Foi assim em setembro de 2017, quando o golpe, depois de um ano, fazia água por todos os lados. Naquele momento, o “mimo” de Mouro acusou sem nenhuma prova um suposto “pacto de sangue” entre a Odebrecht e o PT. Em troca de benefícios para a empreiteira, Lula havia “ganho” o sítio de Atibaia e o terreno para o Instituto Lula e mais as cotas de 200 mil por palestras dadas e o PT teria abocanhado a quantia de 300 milhões de reais.

Novamente em abril de 2018, no auge da crise com a prisão de Lula, o traidor-mor foi puxado pela coleira de seu dono e voltou à carga, acusando Lula de ter loteado os cargos na Petrobras em troca de propinas, assim como os investimentos no pré-sal e que as campanhas de Dilma em 2010 e 2014 haviam sido financiadas com 80% de recursos ilícitos. Em setembro, às vésperas da decisão do PT sobre a manutenção ou não da candidatura de Lula, Palocci foi novamente colocado no circuito em um novo depoimento para uma das operações subsidiárias da Lava-Jato, a Greenfield. No depoimento de setembro, o Judas comprado pelas moedas do golpe, ao referir-se sobre o comportamento do ex-presidente depois da descober-

ta do pré-sal, afirmou que “Ele sempre soube que tinha ilícito e sempre apoiou as iniciativas de financiamento de campanha etc. Mas, no caso do pré-sal, ele começou a ter uma atuação pessoal.” Depois de tão bons serviços prestados, o inescrupuloso Palocci foi contemplado com a redução de sua pena, estando prestes a ir para o regime domiciliar, tendo ainda liberado metade do valor bloqueado em suas contas pela Justiça do Paraná, a bagatela de 30 milhões de reais. No auge da euforia por tanta caridade por parte do seu algoz, Palocci voltou a forjar denúncias contra o ex-presidente, em depoimento a uma outras das sucursais da Lava-Jato, a operação Zelotes. No último dia 06/12, acusou Lula de ter acertado uma propina para o

seu filho em 2013 ou 2014 [imprecisão de Palocci], no valor de 2,5 milhões, em troca de isenção fiscal para duas montadoras de automóveis. Além da falta de provas, o curioso é que Lula foi presidente até 2010 e o ato ilícito teria ocorrido 3 ou 4 anos depois, mas para os holofotes da Globo emprenhar os ouvidos entupidos da classe média idiotizada, tudo vale. O interessante de Palocci é que, como em muitas outras denúncias, a operação não teve a sua participação. O seu depoimento é baseado em um “conversa” que teria tido com o ex-presidente Lula, que não se furtava em confidenciar ao “amigo Palocci” todos os seus segredos mais recônditos. Quanta canalhice. O “menininho” de Moro, embora cumpra um papel absolutamente repugnante, um traidor do seu partido e de Lula, é um mero instrumento do golpe, um coadjuvante que permite a Globo e os meios de comunicação venais bombardearem Lula e o PT. Um funcionário menor comprado por 30 moedas. Em algum momento os trabalhadores saberão como lidar com esse tipo de gente. O que importa na situação política é intensificar a campanha em torno da liberdade de Lula. O aumento da popularidade de Lula com a sua prisão, demonstra que o povo está do seu lado contra o golpe. Essa é a tarefa central da esquerda que está contra o golpe, portanto não reconhece Bolsonaro como presidente legítimo.

GOVERNO DE CAPACHOS

Céu é o limite para “relações” com os EUA D

urante reunião nos EUA, com a participação de empresários norte-americanos, o futuro chanceler do governo golpista de Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, afirmou que após a eleição fraudada do candidato da extrema-direita, o “céu é o limite” para as relações econômicas entre Brasil e os EUA. Durante o encontro, os norte-americanos defenderam a eliminação das barreiras comercias no que foram prontamente atendidos pelo chanceler golpista, que defendeu mudanças nos acordos envolvendo as relações internacionais com os EUA. O futuro chanceler de Bolsonaro tem em seu currículo uma série de atividades em solo norte-americano. Em 2016, por exemplo, assumiu a direção do Departamento dos Estados Unidos, do Canadá e Assuntos Interamericanos no Itamaraty. Ernesto Araújo é um admirador declarado de Donald Trump, tendo elaborado um artigo elogiando a política externa do atual presidente dos EUA. Sua indicação ao governo ocorreu por meio do guru coxinha de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, que teria recomendado o nome de Edson Araújo.

A declaração do futuro chanceler de Bolsonaro apenas reforça o caráter verdadeiramente vendido e submisso aos interesses do imperialismo norte-

-americano do próximo governo golpista. Nas últimas semanas, Bolsonaro e sua corja deram inúmeras demonstrações de que o tão propagado pa-

triotismo da extrema-direita, não passa de uma farsa, uma demagogia barata para tentar ludibriar a população. O tão patriota Bolsonaro lambeu as botas do EUA após bater continência para a bandeira dos Estados Unidos e para o acessor do presidente Donald Trump. Seu filho, Eduardo Bolsonaro, demonstrando ser um pau mandado dos EUA, também teceu elogios a Trump, posando para foto na imprensa com um boné de campanha da reeleição de Trump. Ao comemorar a submissão do Brasil aos interesses do imperialismo, Edson Araújo, segue a linha de seus chefes políticos, todos funcionários dos EUA. O patriotismo desaparece completamente frente à necessidade defender os interesses dos grandes monopólios empresarias estrangeiros, ou seja, a política predatória neoliberal contra as riquezas e à economia brasileira. A única saída contra essa política de assalto ao país é a mobilização popular contra o golpe. É necessário organizá-la por meio dos comitês de luta contra o golpe, defender o Fora Bolsonaro e todos os golpistas!


POLÍTICA| 9

Quem são os bolsonaristas? Sérgio Moro, o “Mussolini de Maringá”

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oro é um bolsonarista típico. Provavelmente o exemplo mais bem acabado desta corja covarde de fascistas que busca dominar o Brasil, impulsionada pelo imperialismo. Moro foi peça-chave no golpe contra o povo brasileiro. Ele teve a função de passar a limpo a tomada de poder pelos golpistas, retirando o ex-presidente Lula da vida pública. Claro que se deixasse-se livre a vontade do povo, o poder naturalmente voltaria para o PT e o impeachment e todo o golpe, acabariam não dando em nada. Para executar esse trabalho sujo, o imperialismo certamente pesquisou muitas pessoas até encontrar melhor candidato, o “Mussolini de Maringá”. Um juizeco de primeira instância, como centenas de outros no Brasil, mas cujas ambições iriam muito além das limitadas possibilidades de uma carreira de funcionário público, saído de uma cidade de importância secundária no país, situação que não permitiria que ele passasse de sua condição natural de um “zé-ninguém” com toga. Como outros capachos, o imperialismo tratou logo de levá-lo para um estágio de formação doutrinária e técnica no Departamento de Estado dos Estados Unidos, já em 1998. Pouco tempo depois, já começando a operar como verdadeiro agente do imperialismo, Sérgio Moro foi colocado à frente de dois grandes casos de corrupção dos tempos do Fernando Henrique, o caso Banestado e o seu desdobramento, a Operação Farol da Colina, esquema que facilitou a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais, entre 1996 e 2002, na ordem de R$ 150 bilhões. Nestes casos, o aprendiz de Mussolini já pôde testar suas recém-aprendidas técnicas de golpe jurídicos: a delação premiada e o colaboracionismo com forças policiais imperialistas, inclusive com ações de espionagem. Com precisão cirúrgica, não prendeu nem condenou ninguém fiel ao mesmo imperialismo. Os figurões do PSDB, como Beto Richa, Fernando Henrique e José Serra, envolvidos até o pescoço com as maracutaias do Banestado, p´rivatizações fraudulentas etc., saíram ilesos. Pouco tempo depois, continuando sua atuação como agente do imperialismo, vemos o fascista Moro como auxiliar da Ministra Rosa Weber, justamente no berço do golpe de 2016, os escandalosos julgamentos do chamado “mensalão”. É sempre bom lembrar que foi esta ministra que, em sua decisão claramente antipetista, adotou uma teoria maluca, a tal “presunção relativa de autoria dos dirigentes”. Para esta fina flor da genialidade jurídica burguesa, mesmo sem provas ou mesmo indícios de culpa, é possível condenar por simples presunção – leia-se, achismo jurídico – certamente acompanhada por forte convicção (política). Assim, já no mensalão, os dirigentes petistas foram considerados culpados, pela “presunção relativa de autoria” que todos os dirigentes (petistas, é claro) têm. Em resumo, condenados porque são dirigentes petistas ora essa! No esoterismo medieval da linguagem jurídica, trata-se de um desdobramento da já absurda teoria do domínio do fa-

to. É a “teoria do domínio da posição de comando”, onde a posição de comando em si é o suficiente para o indivíduo ser condenado. Naturalmente esta teoria jamais foi aplicada contra alguém favorável à política imperialista. Será que já temos aí o dedo podre do Moro? E então Moro vai para Curitiba, e – que interessante ironia do destino – justamente para ele é sorteada a ação que viria a dar origem à Operação Lava Jato, que desde o início tinha um alvo certo: Luiz Inácio Lula da Silva. Mas não se pense que o dedicado capataz do imperialismo, nosso Mussolini Moro, deixou de aprimorar suas técnicas. Se já tinha domínio das delações premiadas, das técnicas de espionagem que há bom tempo já não poupavam nem mesmo o Palácio do Planalto, os interesses do grande capital internacional levaram o nosso juiz pago pela CIA a desenvolver técnicas de tortura legais altamente eficazes para facilitar as delações: as prisões coercitivas. Moro transformou-se em um grande mestre das prisões coercitivas. Foram 227 prisões coercitivas até que o STF acordasse de seu conveniente letargo e, em junho de 2018, proibisse a utilização destas conduções para levar réus a interrogatórios sem prévia intimação ou presença de advogados. E como não poderia deixar de ser, logo de início Lula foi o alvo principal das prisões coercitivas. Não fosse um descompasso ocasional entre o comando da Aeronáutica do aeroporto de Congonhas e os golpistas do Moro, e Lula já estaria preso desde março de 2016. O cinismo escorre pelo despacho de Moro: “evidentemente, a utilização do mandado só será necessária caso o ex-presidente convidado a acompanhar a autoridade policial para prestar depoimento na data das buscas e apreensões, não aceite o convite”. Ou seja, pela lógica do fascista, a autoridade iria “convidar” o ex-presidente a acompanhá-la. Acaso não fosse atendido o convite, aí sim, e na mesma hora, passariam à condução coercitiva. Uma vez que não deu certo prender o ex-presidente em 2016, ainda antes do impeachment, passou-se a imediatamente cercar toda e qualquer possibilidade de Lula auxiliar a presidenta Dilma, contra o processo-farsa do impeachment. Moro, um simples juiz de primeira instância, passou a monitorar o Palácio do Planalto, e tudo o que a mandatária maior da nação dizia ao telefone. Se a escuta telefônica já era completamente ilegal porque teria de ser autorizada pelo STF, o mais importante não é questões jurídicas, mas sim a mais simples das perguntas: como um juizinho lá do fundo do País poderia ter o poder de levar avante uma arapongagem explícita contra a Presidência da República? E mais: no preciso momento para os golpistas, lançar em rede nacional a conversa pessoal entre dois presidentes? Obviamente que Moro era apenas uma peça de um esquema muito maior, mas uma peça preciosa, especialmente dedicada à destruir o nosso país, atacar nossas riquezas, e levar a zero nossa

maior empresa estatal. Com esta manobra, o imperialismo foi capaz de impedir que a legítima presidenta, no que deveria ser o pleno exercício de seu poder, realizasse o ato trivial de nomear alguém para sua equipe de trabalho. Uma verdadeira façanha que já por si deveria servir para desmascarar totalmente a Sérgio Moro. E o mais notável: o conteúdo das conversar não guardava relação alguma com nenhum objeto de investigação da lava jato! Moro era, já como juiz, aquele que tudo pode no Brasil. Superior a todo o poder constituído. Acima da lei e de nossas instituições. E alguém ainda tinha dúvidas que ele condenaria Lula? Para Teori Zavascki, que apenas invalidou parte das gravações em que Dilma avisa Lula que está mandando o termo de posse como ministro, não restou nenhuma dúvida, quando viu sua vida acabar no fundo no mar. No processo do Triplex, o Ministério Público acusou Lula de três coisas: influenciar a Petrobrás para favorecer a OAS em um contrato; receber em troca um apartamento Triplex em um edifício onde a falecida Mariza Letícia já havia pago as prestações de outro apartamento, e receber como mais um agrado uma reforma neste apartamento, instalando-se um elevador e uma luxuosa cozinha, além de outras benfeitorias. O problema é que nada disso pôde ser comprovado, porque até mesmo o imperialismo, às vezes, não consegue mudar os fatos concretos da realidade. O contrato da OAS com a Petrobrás foi comprovado como um contrato totalmente lícito e normal, sem nenhuma influência do então Presidente da República, Lula. O triplex, comprovou-se que jamais chegou às mãos de Lula, que nunca foi seu proprietário. E nem mesmo a reforma sequer existiu, fato este que teve de ser provado na marra pelo MTST, em uma invasão ao imóvel, tirando fotos que revelaram um apartamento em péssimo estado de conservação, acabamento da pior espécie, sem nenhum elevador nem cozinha de luxo, como Moro considerou em sua sentença. Lógico que a defesa de Lula solicitou uma perícia sobre a reforma, ou mesmo uma simples visita, para constar se havia ou não a tal reforma, ainda que esta prova caberia ao acusador, o Ministério Público. Lógico que Moro não permitiu a ninguém ir ao apartamento. Suas reais condições transformaram-se em um verdadeiro segredo de Estado, do “Estado Imperialista” de quem o nosso Mussolini é um simples fantoche. Fim do processo sem nenhuma prova das acusações feitas pelo Ministério Público? Sem problemas! Moro tem a solução: altera-se a acusação e condena-se assim mesmo. Como não conseguiram provar que Lula recebeu a propriedade do triplex, como o acusaram, Moro o condenou por “ocultação da titularidade do imóvel”. Mas qual foi a prova desta “titularidade”? Para Moro, ação criminal não se discute questões de direito civil, do que se conclui que qualquer coisa serve para mal e porcamente comprovar a acusação, até mesmo uma reportagem de O

Globo, convenientemente mencionada pela delação mais que premiada de José Adelmário Pinheiro Filho, que, mesmo sem assinar acordo formal de delação premiada com a Lava-Jato, conseguiu obter a redução máxima de pena prevista em lei (dois terços), na revisão de sua sentença realizada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Como a reportagem teria sido escrita pelo O Globo antes de que fossem iniciadas as investigações da lava jato, naturalmente ela seria meio hábil para suprir toda e qualquer necessidade de que Lula tivesse mesmo recebido o triplex. Afora a “ocultação”, Lula também foi condenado pela “vantagem indevida”. Aquela reforma que nunca existiu. Condenado, tem que ir preso, e rápido. Em tempo absolutamente recorde, Lula foi condenado na segunda instância, e, ainda que a Constituição diga claramente que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, Lula não é “ninguém”, ora bolas, e pode ser preso sim, mesmo que não seja culpado, ou seja, que nem exista uma pena a ser cumprida. Preso sem prova e sem pena, um habeas-corpus poderia facilmente ser deferido e anular toda a empreitada golpista. Mas Moro estava novamente lá! Quebrando a hierarquia jurídica, desacatando a autoridade de um Desembargador, e ainda que não tivesse mais nada a ver com o processo, o Moro-pode-tudo impediu que um habeas-corpus fosse cumprido em favor de Lula, demonstrando que realmente não há mais nem um leve resquício do já falacioso “Estado de Direito”, no Brasil. Até o Ministro Marco Aurélio registrou o que qualquer aluno de primeiro ano de direito sabe. Em um Estado de Direito, a regra é clara “decisão judicial, cumpre-se”. Observando que “O TRF é o revisor dos pronunciamentos da primeira instância. O titular da décima-terceira vara [Moro] nada tem a fazer. A parte que pode insurgir-se, no caso, é o Ministério Público”. Mas, “no caso”, é o Moro quem manda no Brasil, faz tempo, ainda que como um capacho do poder real. E sua meteórica carreira não parou por aqui. Agora, o imperialismo deu ao Moro um super Ministério da Justiça, que além de acumular os poderes da Segurança Pública, também irá tutelar Sindicatos, Federações Operárias, movimentos populares e, em futuro breve, certamente, partidos políticos de esquerda. À sua disposição, o maior orçamento da década. Enfim, o Brasil seria o País fabuloso em que um juizinho de primeira instância teve mais poder que todas as instituições, a leis e a própria Constituição Federal. Mas como o mundo real não é feito de fábulas, tudo isto só prova o que Marx sempre preconizou: a luta de classes é o real motor da história. O real poder nunca foi de nenhuma instituição, nem mesmo do Moro, um simples capitão-do-mato traidor da nosso povo, mas sim da burguesia imperialista, cujo poder somente pode ser confrontado pela classe que é a sua maior inimiga: a classe operária. Não por acaso, classe à qual Lula pertence e é seu maior líder em nosso país. E exatamente por tudo o que passamos é que lutar pela liberdade de Lula é o ponto central para derrotar o golpe e colocar Moro e todo o bolsonarismo no único lugar que eles merecem: no esgoto.


10 | INTERNACIONAL

FRANCESES MOSTRA O CAMINHO

Macron recua diante de protestos

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protesto dos chamados “coletes amarelos”, que se originou na França e está se espalhando para outros países como a Bélgica, é um acontecimento político da maior importância. Em primeiro lugar e mais importante de tudo, os coletes amarelos apontam para a esquerda brasi-

leira e internacional o único caminho para enfrentar a onda de golpes e a política neoliberal de profundos ataques contra o povo: a mobilização dos trabalhadores nas ruas. Estes protestos, a exemplo do que aconteceu na greve dos caminhoneiros no Brasil, deixaram a esquerda

brasileira, francesa e internacional atônita. Em ambos os casos, tanto o brasileiro quanto o francês, a mobilização aconteceu em torno do problema do preço dos combustíveis. Outra similaridade entre os dois protestos é o fato de ambos terem surgido ‘espontaneamente’, sem que tivessem sido organizados pelos partidos de esquerda, sindicatos e movimentos populares. Explorando a confusão de setores da esquerda, tanto a burguesia brasileira quanto a francesa se lançaram em uma política de tentar tomar as rédeas dos movimentos, de forma análoga ao que aconteceu aos protestos de 2013 de julho no Brasil. Os “coletes amarelos”, que mergulharam o governo Macron em uma crise extraordinária, conseguiram impor ao governo francês uma grande derrota. Depois de ter sido forçado a suspender o aumento nos combustíveis por seis meses, de modo a tentar encerrar os protestos, Macron foi obri-

gado a recuar ainda mais e desistiu de aumentar, ao menos por hora, o preço dos combustíveis. As mobilizações na França tem um significado especial, uma vez que o presidente francês, Emmanuel Macron, foi eleito em uma manobra muito similar à que elegeu Jair Bolsonaro. Isso mostra que a direita encontra-se em uma sinuca de bico. Por mais que consiga, através diversas manobras, empurrar candidatos desconhecidos e impopulares, a política neoliberal é tão agressiva que os povos massacrados inevitavelmente se levantarão contra estes governos, por mais capituladoras que sejam as direções do movimento operário e popular. Os “coletes amarelos” são a prova viva de que a política neoliberal não tem nada a oferecer ao povo, senão a miséria e a revolta. Por isso não devemos esperar o governo Bolsonaro começar, muito menos torcer para que ele dê certo. Temos que armar ideologicamente o povo contra o governo Bolsonaro e a sua política de ataques à população. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Liberdade para Lula!

CHILE

Empregados públicos realizam greve nacional no Chile S

antiago do Chile, Prensa Latina – Centenas de trabalhadores membros do Agrupamento Nacional de Empregados Fiscais (ANEF) realizaram ontem uma greve nacional e manifestaram-se em frente ao palácio presidencial em rejeição à demissão de cerca de dois mil de seus colegas nas últimas semanas. Algumas entidades do serviço público amanheceram com balões negros e cartazes em suas fachadas, ainda que chamaram a atenção do público, mas a um ritmo muito menor que nos dias normais. Também não detiveram-se outros conceituados de primeira importância, como os do registro civil, o Depar-

tamento de Estrangeiros e o Serviço Nacional de Saúde (Fonasa). O ato central da greve realizou-se por volta do meio dia com um ‘banderaço’ na praça da Constituição, no qual centenas de filiados à ANEF marcharam diante do Palácio da Moeda exigindo a volta ao trabalho dos colegas despedidos. Carlos Insunza, presidente da ANEF, declarou que com esta ação pretendem denunciar que são absolutamente inaceitáveis as duas mil demissões contabilizadas nas últimas semanas, o qual, também, vulnerável a lembrança do Governo pela ANEF na mesa de negociações faz só duas semanas.

Em mudança, Felipe Larraín, ministro da Fazenda, respondeu ao protesto alegando que a cada vez que começa uma nova administração se produzem mudanças de empregados nas entidades do Estado, e que o Governo sempre esteve ‘na melhor disposição’ para negociar com a ANEF. Ainda que até o fechamento desta informação não se tinham informado nesta capital, Rádio Cooperativa deu conta de que em Temuco, capital da região da Araucanía, se registraram alguns incidentes depois que três empregadas se prenderam a sede da Central Unitária de Trabalhadores, e membros de Carabineiros intervieram para desalojá-las.


MOVIMENTO OPERÁRIO | 11

BANCÁRIOS

Falta pessoal em todas as dependências do Banco Itaú/Unibanco O

s banqueiros, entre os maiores financiadores do golpe de Estado no País, por meio do processo farsa e comprado no reacionário Congresso Nacional de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, logo após o golpe, aprofundaram a política de ataques à categoria bancária através de diversos mecanismos, dentre eles a política de reestruturação nos bancos. A tal reestruturação, que acontece em praticamente todas as empresas bancárias, tem como fundamento aumentar o lucro dos banqueiros parasitas às custas da miséria e da maior exploração dos trabalhadores. Depois da posse do golpista Michel Temer já foram demitidos dezenas de milhares de trabalhadores do ramo financeiro com o fechamento de centenas de agências em todo o País. O Banco Itaú, um dos maiores beneficiados com o golpe (logo nos primeiros momentos do golpe o Itaú foi isentado, no processo movida pela receita

federal, pelo vampiro Temer de sonegação de impostos no valor de R$ 25 bi), tem sido, junto com os outros quatro maiores bancos, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica, os maiores responsáveis por essa enxurrada de demissões na categoria bancária. A diminuição do quadro funcional da empresa e o fechamento de diversas agências (consequentemente a transferência dos clientes para outras agências) tem ocasionado uma sobrecarga de trabalho devido ao baixo número de funcionários nas agências e nas dependências do banco. Em consequência de toda essa política, os trabalhadores vêm sentindo na pele a política de terra arrasada contra os trabalhadores, como vem ocorrendo, por exemplo, na agência do Conjunto Nacional, em Brasília, que depois do fechamento da agência do Setor Comercial Sul, sofrem todos os dias com a agência lotada sem a quantidade suficiente de trabalhadores

DENÚNCIA

para dar conta da demanda no atendimento. Os trabalhadores e suas organizações não devem aceitar a política de aprofundamento dos ataques dos banqueiros e de seu governo golpista, onde meia dúzia de parasitas capita-

listas lucram à custa da demissão de dezena de milhares de trabalhadores, do arrocho salarial de centena de milhares bancários. É preciso organizar imediatamente um movimento nacional dos bancários para barrar a ofensiva dos golpistas.

PORTO ALEGRE

Operários são obrigados a usar Professores prestam concurso tripas de animais para proteção mas não são chamados de suas mãos H á dois meses atrás, a Prefeitura de Porto Alegre fez um concurso para professor de Educação Infantil e Anos Iniciais. A prova foi realizada e o gabarito divulgado, mas ninguém foi chamado ainda. A prefeitura alega que falta recursos, por isso, a seleção foi interrompida porque a prefeitura de Porto Alegre está com repasses atrasados à Fundação La Salle, contratada para executar o concurso. O valor pago na taxa pelos milhares de professores do recurso foi retido nos cofres públicos e não foi para a entidade que realizou a prova, a Fundação La Salle foi contratada para executar o serviço pelo valor milionário R$ 326,7 mil.

O

Frigorífico do grupo JBS/Friboi de Juína, cidade de Mato Grosso terá que pagar um valor de dois milhões por essa e várias outras irregularidades que perduram de muito tempo. No entanto, o valor estipulado corresponde ao período de 2014 até agora. A decisão é da Vara do Trabalho de Juína, que julgou uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho (MPT). Conforme o juiz Ediandro Martins, a ausência de alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, extintores vencidos, além de outros problemas colocavam em risco a saúde e bem-estar dos trabalhadores. Por isso, a decisão fixou 30 dias para o frigorífico obter toda a documentação, sob pena de interdição da unidade.

Com cerca de 300 trabalhadores, no setor de triparia, uma parcela desses operários que manuseiam as tripas, para isso, ao invés de utilizar luva apropriada, ou seja, luva de malha de aço, à medida que usam facas. Os trogloditas dos patrões fazem com que os trabalhadores utilizem as próprias tripas como luvas, o numero de cortes sofridos nos dedos, mãos, braços, etc. é imenso. Todo o Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA) elaborado pela empresa é desrespeitado, são apenas palavras colocadas no papel, mas que não existe nenhum interesse de cumprir. Para o JBS/Friboi não existem no dicionário seres humanos, Para os patrões, os trabalhadores são meros objetos. É como se fossem iguais aos escravos no período colonial do Brasil.

Para o encerramento do concurso, faltam as etapas de correção da redação, recurso, apresentação de títulos e a homologação do concurso. Tudo mentira, pois há muitos municípios que realizam concursos para encher os cofres públicos. Outro problema é a política de privatização e terceirização promovido pelo pelos golpistas que tomaram o poder através do impeachment de Dilma Rousself o concurso está na contra-mão do objetivos desses governos, inimigos da Educação. Com a mobilização de todos os excluídos e atingidos pelo golpe de 2016 que tirou diversos direitos da população, vamos derrotar essa política de rapina e enganação como esse e outros concursos que não vão a diante.


12 | MULHERES, JUVENTUDE, NEGROS E ESPORTES

COMO FUNCIONA O CAPITALISMO

Mulher é demitida na véspera de parto N

eoliberais de toda espécie fazem sempre uma cantilena em defesa do capitalismo e dos benefícios que esse sistema teria, apesar de toda a realidade de opressão, massacre, fome e pobreza. No Brasil, em um local repleto de liberais, com mais de 50 organizações nacionais e internacionais, uma moça foi demitida às vésperas do parto. O caso aconteceu na Rua Virgílio de

Carvalho Pinto, no bairro de Pinheiros, São Paulo, sede da coworking de mais de 50 empresas. “Gostamos de gente. E nos inspiramos no poder daquelas que são responsáveis, engajadas, que sonham e trabalham por um mundo melhor”, diz um dos objetivos da coworking. Uma das funcionárias, Raiane dos Santos, de 26 anos, foi dispensada às vésperas de seu parto, e para fazer

POLÍTICA DOS GOLPISTAS PARA A JUVENTUDE

1/4 dos jovens não trabalha e nem estuda A

pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou que 23% dos jovens do Brasil não trabalham ou estudam, em grande parte, mulheres de baixa renda. Um dos maiores percentuais no Brasil nessa situação, 49%, se dedica exclusivamente à capacitação ou estudo, 13% trabalham e 15% trabalham e estudam ao mesmo tempo. Com o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, esses índices só irão tender para o pior, pois a política do governo fraudulento é a continuidade e aprofundamento do golpe, pois a extrema direita não quer que os jovens tenham estudos e trabalhem com o que querem, a extrema direita quer mão de

obra barata para servir ao capital e gerar lucros e ainda por cima criar uma massa alienada e servil ao governo reacionário. Bolsonaro irá tentar em seu governo tudo que Temer não conseguiu, com ataques mais violentos à classe trabalhadora É preciso uma mobilização revolucionária com as palavras de ordem “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” e “Liberdade para Lula”. Lula é uma liderança fundamental para mobilizar a classe trabalhadora em torno de uma luta contra o golpe efetiva e é preciso expulsar o governo ilegítimo e golpista de Jair Bolsonaro, para a classe trabalhadora não perder mais seus direitos.

REFLEXOS DO GOLPE

Desemprego de negros triplicou e um terço estão no mercado informal

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om o aprofundamento do golpe, os ataques a classe trabalhadora são cada vez mais brutais. O reflexo do avano da direita no país pode ser percebido, por exemplo, no aumento de indivíduos desempregados no país. Segundo estudos desenvolvidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados no último dia 05 deste mês, a taxa de brasileiros considerados “desocupados”, ou seja, que não integram o mercado de trabalho de modo formal, passou de 6,9%, e 2014, para 12,5% e 2017. Esta taxa de desocupação é maior para negros (14,7%), em comparação a população branca (10%). Entre os gêneros, as mulheres também são as mais afetadas: 14,6% delas não estão inseridas de forma formal no mercado de trabalho. Já entre os homens, a taxa foi de 10,9%. No que tange a desigualdade salarial entre negros e brancos, os números foram ainda mais gritantes: uma diferença de 72,5%. Enquanto, para população negra, a

média salarial foi de R$ 1.516, brancos receberam R$ 2.615. Parcela considerável da população que não consegue ingresso no mercado de trabalho formal, acaba por conseguir sua sobrevivência na informalidade, a exemplo dos ambulantes, que ocupam as ruas e transportes públicos em todo país. Como forma de reprimir ainda mais a classe trabalhadora paulista, por exemplo, o prefeito Bruno Covas assinou, nesta segunda-feira (3), decreto que cria a Comissão Municipal de Combate do Mercado Ilegal (CCMI), que visa coibir ainda mais o “comércio ilegal”, preparando guardas municipais para agirem ainda mais duramente, em situações de flagrante. É preciso que se organizem comitês de luta contra o golpe e mobilizações populares por todo País, a fim de derrotar os golpistas e barrar o avanço da extrema direita no país, para que a classe trabalhadora não continue sendo brutalmente massacrada, conforme vem ocorrendo.

isso, o patrões contrataram Raiane como se fosse micro empreendedora individual, dotada de Pessoa Jurídica, ou seja, sem nenhum direito trabalhista. Essa que é a realidade do capitalismo. A realidade da demissão, da contratação sem direito algum, que é o sonho dos patrões golpistas, com o fim da CLT. Essa é a realidade sonegada pelos neoliberais.

ESPORTES

Copa Sul-Americana: Atlético-PR empata fora de casa e fica muito próximo da conquista do título Junior Barranquilla e Atlético-PR confrontaram-se na Colômbia em partida válida pela final da segunda mais importante competição do continente americano, depois da Libertadores. O campeão será conhecido depois de duas partidas, sendo que o segundo embate ocorrerá na próxima quarta-feira, em Curitiba-PR, na Arena da Baixada, casa do time brasileiro. Nesta primeira partida, o time brasileiro mostrou porque é neste momento uma das melhores equipes do país. O time – mesmo jogando fora de casa e sob pressão do adversário e da torcida – mostrou altivez e personalidade, praticando o mesmo bom futebol que jogou na temporada de 2018, tanto pelo campeonato paranaense como pelo “Brasileirão”. O “Furacão” chegou a abrir o placar numa rápida jogada do ataque, onde Pablo concluiu com categoria para as redes dos donos da casa. Contudo, não demorou muito para o time colombiano empatar, depois de uma bola que sobrou limpa para o atacante do time da casa concluir. O Junior Barranquilla ainda teve a oportunidade de sair com a vitória, depois que o árbitro marcou um pênalti a favor do time colombiano. Pé-

rez foi para a cobrança e soltou um balaço no meio do gol, mas a bola subiu e foi chocar-se com o travessão. Daí para frente nada foi produzido pelas duas equipes, que se limitaram a incursões esporádicas ao ataque, sem levar maiores perigos às metas adversárias. A partida terminou empatada em 1 x 1 e não há vantagem do gol qualificado, na casa do adversário. Assim, havendo um outro empate por qualquer placar na próxima partida, a decisão irá para a prorrogação e, se for o caso, pênaltis. O time brasileiro, pela ótima retrospectiva da temporada e também pelo próprio desempenho nesta primeira partida, vai para o segundo confronto como favorito à conquista do título, pois dificilmente deixará escapar a oportunidade de conquistar a taça diante de sua torcida, o que lhe garante uma vaga na Libertadores de 2019. Depois da eliminação dos times brasileiros na Libertadores – que foram abertamente prejudicados pela arbitragem da Conmebol – o Atlético Paranaense é o representante nacional com chances reais e efetivas de terminar a temporada trazendo para o Brasil mais uma importante conquista internacional do futebol.

DOMINGO ÀS 20H


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