TERÇA-FEIRA,5 DE MARÇO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5572
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
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EVOLUÇÃO À ESQUERDA: 10 MOMENTOS DE PROTESTOS NO CARNAVAL “Se a gente comparar o carnaval de 2017, de 2018 e de 2019, nós vamos ver que há uma evolução na intensidade da manifestação política no carnaval. Aquele carnaval do ‘fora Temer’
Falência do regime golpista: crescimento do PIB de apenas 1,1% significa retrocesso para o Brasil
Governo impopular: boneco de Olinda de Bolsonaro é hostilizado pelos foliões
Um país enorme como o Brasil, com recursos naturais em abundância, que chegou a ser a 6ª maior economia do mundo, com expectativa de em 10 anos chegar ao quinto lugar, hoje mal consegue sustentar o 9º lugar em que se encontra.
Processo de corrupção contra Haddad arquivado demonstra manobra da fraude para colocar Bolsoanro no poder
Campanha da imprensa golpista é refutada: Maduro não se apoia só no exército, mas nos trabalhadores mobilizados Os jornais burgueses Folha de S. Paulo, Estadão, O Globo, bem como a TV Globo e todos os demais veículos de comunicação nacionais e internacionais
2 | CAUSA OPERÁRIA ILUSTRADA E POLÍTICA CAUSA OPERÁRIA ILUSTRADA
FALÊNCIA DO REGIME GOLPISTA
Crescimento do PIB de apenas 1,1% significa retrocesso para o Brasil
U
FRASE DO DIA
Ela está errada ao dizer que a Venezuela é um “fracasso de democracia”, ao invés de dizer que os EUA estão organizando um golpe sangrento. Mas ele defendeu a intervenção? Apoia abertamente a intervenção dos EUA na Venezuela e defende o exército dos EUA e as grandes corporações que ela diz que está combatendo… Hmmmmm Pamela Anderson, criticando a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez
FRASE INOLVIDÁVEL
“Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB”, Jair Bolsonaro
m país enorme como o Brasil, com recursos naturais em abundância, que chegou a ser a 6ª maior economia do mundo, com expectativa de em 10 anos chegar ao quinto lugar, hoje mal consegue sustentar o 9º lugar em que se encontra. O anuncio de que o PIB brasileiro registrado para o ano de 2018 teria ficado em 1,1%, com projeção de que a economia permanecerá no ritmo de 2017, é decepcionante, mas não surpreendente. O Banco Mundial tem reduzido todas as suas projeções de crescimento do PIB Brasileiro e os golpistas, desde 2016, têm feito tudo para levar o país para o buraco. Um país em que o capitalismo não se encontra totalmente desenvolvido, país atrasado portanto, é comum que o crescimento percentual do PIB costume ser, percentualmente, muito maior do que em um país já industrializado, como os EUA, a Alemanha, a França, porque além de se ter mais espaço para investimento, possibilidades enormes de necessidade de infraestrutura, que abre um grande mercado. Uma vez que o Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos em uma determinada região (país, estado ou município), durante um período específico de tempo, o percentual do crescimento do PIB de um país desenvolvido representa um valor muito maior do que o de um país em desenvolvimento que tem um PIB, em termos de valores monetários, muito menor. Países como os Estados Unidos estão em crise e seu crescimento tem sido irrisório, em relação ao seu tamanho. No entanto, os EUA crescerem 1,1% não é o mesmo que o Brasil crescer 1,1%. A verdade é que o golpe colocou governos ilegítimos no governo, mas não
apenas ilegítimos, com um projeto encomendado de levar o Brasil para o buraco, para levar o país a patamares de algumas décadas atrás, com altos índices de desemprego, mais pobreza, mais fome, mais violência, salários mais baixos, barreiras para acesso à educação superior etc. O que temos hoje, com a mão podre do golpista Michel Temer primeiro, é um país que ruma para o precipício. Nada indica que com esse governo ilegítimo, porque chegou ao poder por meio de uma fraude eleitoral escancarada (que começa com o impedimento de o ex-presidente Lula poder concorrer), o Brasil vá sair do lugar que os golpistas nos colocaram em 2016, o atoleiro mostra-se cada vez mais profundo e intransponível. Desenvolvimento nas mãos de lunáticos como os ministros civis e militares desse governo fascista significa, com o imperialismo assumindo o controle de nosso petróleo, como já fazem hoje com muitos minerais importantes, desinteressados com que o país tenha indústrias de ponta, significa que mal e porcamente vamos aumentar exportação de alimentos envenenados. E nem isso parece que conseguiremos, uma vez que o mundo busca alimentos mais saudáveis, ao mesmo tempo em que nos obrigam a manter alto consumo de agrotóxico, uma maneira de nos tirar o pouco que temos de mercado mundial. Com a Lava Jato conseguiram reduzir o tamanho das empreiteiras brasileiras, que ameaçavam empresas dos países desenvolvidos, agora vão reduzir a Petrobrás, em seguida vão atirar pesado no agronegócio. Enfim, o único lugar para onde o governo Bolsonaro vai nos levar é para o buraco.
POLÍTICA | 3
EVOLUÇÃO À ESQUERDA: 10 MOMENTOS DE PROTESTOS NO CARNAVAL “Se a gente comparar o carnaval de 2017, de 2018 e de 2019, nós vamos ver que há uma evolução na intensidade da manifestação política no carnaval. Aquele carnaval do ‘fora Temer’ havia várias manifestações, mas era assim: setores mais organizados se manifestavam, tinham simpatia popular, ai vinha a polícia, recolhiam o cartazinho do cidadão[…] tinha um clima de proibição que mostra que o nível de adesão consciente da população era relativamente pequeno. No carnaval seguinte a coisa cresceu, o anti-temer era generalizado. E agora o que a gente vê em todos os lugares é que o lema oficioso do carnaval é o ‘Fora Bolsonaro'[…] é um indício muito forte do crescimento da oposição ao governo, da oposição à extrema-diretira, da oposição à todas essas reformas […] visivelmente nós estamos entrando numa nova etapa política, no quadro da “eleição do Bolsonaro”, e essa nova etapa política aponta um enfrentamento muito grande das massas contra o governo e isso daí é o que teria que ser impulsionado e organizado pelas direções” [Trecho do programa Análise Política da Semana, apresentada pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente Nacional do PCO] Bolsonaro não tem apoio popular. Até mesmo as pesquisas fajutas, en-
comendas pelos empresários, mostram que o governo teria apenas 39% de aprovação, sendo que isso ainda deve ser um número mascarado pelo instituto responsável pela pesquisa. É o pior índice desde o final da ditadura militar de 1964. A revolta do povo contra o golpe es-
tá crescendo, isso pode ser visto nas manifestações e protestos dentro das festas populares, com palavras de ordem saindo em coro das gargantas de centenas de milhares de pessoas. Seja cantando, dançando, pendurando cartazes ou vestindo fantasias, o povo está cada vez mais criando uma
consciência de que é necessário sair as ruas para exigir o “fora Bolsonaro e todos os golpistas”, “abaixo ao golpe” e “Liberdade para Lula”. Em seguida, algumas fantasias que exemplificam o quão ridículo é o governo fascista. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
FRAUDE
Processo de corrupção contra Haddad arquivado demonstra manobra da fraude para colocar Bolsonaro no poder C
aso as direções da esquerda, particularmente o PT, sejam minimamente consequentes com o clamor popular que se expressa no carnaval em repúdio ao golpe e ao fantoche do imperialismo colocado por meio da fraude e da manipulação como presidente do Brasil, não está longe o dia em que veremos ruir toda a base de sustentação do golpe de Estado, a começar pelo judiciário brasileiro, responsável por toda a farsa da operação jurídico-policial montada contra o próprio Partido dos Trabalhadores. Na quarta-feira passada, 27/02, o Tribunal de Justiça de São Paulo arquivou processo criminal contra o ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado à presidência, Fernando Haddad. Haddad foi acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro com base em delação premiada da UTC, pelo recebimento de R$ 2,6 milhões da empreiteira, a mesma que cumpriu papel fundamental, diga-se de passagem, na condenação de Lula. Tanto em um caso como no outro, nem precisa dizer, sem nenhuma prova material, mas apenas a palavra de delatores. Como todos os processos de corrupção contra o PT, a farsa jurídica se sustentou na puerilidade de argumentos que só um golpe de Estado seria capaz
de impor. Haddad foi acusado de receber um dinheiro quando sequer a UTC mantinha algum tipo de contrato com a prefeitura de São Paulo. Ao estilo Sérgio Moro, o candidato do PT foi acusado pelo promotor Marcelo Mendroni por haver “perspectiva de contrapartida”. Ou seja, uma mera suposição saída da cabeça de um golpista, encarregado de condenar petistas seja por que motivo for. E no caso em questão, o motivo era óbvio. O golpe não aceitaria a vitória de nenhum candidato do PT, mesmo sendo Fernando Haddad, que durante as eleições se notabilizou por negar o golpe, por negar o papel absolutamente canalha do Judiciário para com o verdadeiro candidato do partido e do povo brasileiro, o ex-presidente Lula e, finalmente, ao final das eleições, desejou “boa sorte” para o facínora Messias Bolsonaro. O arquivamento do processo demonstra que se tratava simplesmente de um processo de calúnias para atacar um candidato que em si já era fraco, mas que diante do próprio impasse do golpe, poderia significar algum tipo de ameaça à vitória de um candidato do próprio golpe. Por outro lado, o arquivamento também pode ter um outro sentido. Diante da acentuação da crise do governo
Bolsonaro, todo um setor da burguesia golpista busca um acordo com a “ala ética do PT”, justamente a sua ala direita, que tem demonstrado todo um interesse em estabelecer um compromisso com a institucionalização do
golpe de Estado no Brasil, vide a política dos governadores do partido com relação à Previdência nos estados em que governam e a defesa da política de segurança pública do ministério da Justiça.
4 | POLÍTICA
EFEITOS COLATERAIS
Em dois meses de governo, Bolsonaro tem pior resultado desde o fim da Ditadura Militar O
s “efeitos colaterais” da fraude eleitoral, realizada pela burguesia golpista e que levou a camarilha reacionária e fascista de Jair Bolsonaro ao poder, começam a apresentar-se. Não só o remédio (as eleições fraudadas) da burguesia golpista, para estabilizar o regime político destruído pelo golpe e promover assim o gigantesco ataque aos trabalhadores de maneira ordenada e segura, não surtiu efeito desejado, como os efeitos desta manobra tendem, não a estabilização, mas ao acirramento da crise social e política. Na primeira pesquisa de avaliação do governo imposto pelo golpe e pela fraude revelou-se a impopularidade ímpar da camarilha golpista. A pesquisa MDA/CNT revelou que o governo possui apenas 38,9% de aprovação, isso a apenas dois meses de empossado. É a pior avaliação de um presidente em início de governo desde o fim da ditadura militar e a Constituição de 1988. Tem de se salientar, contudo, o fato de ser uma pesquisa encomendada pela própria burguesia
golpista, o que nos leva a crer que o quadro real seja muito mais dramático para o governo do que aparece na pesquisa, servindo assim como alerta ao mesmo, diante de suas loucuras de tipo fascista. Segundo a pesquisa, publicada em 26 de fevereiro, 19% consideram o governo “ruim ou péssimo”, 13% não opinaram e 29% avaliaram como “regular”. A pesquisa tratou da também popularidade do presidente individualmente, segundo a mesma 57% aprovam sua conduta, 28% desaprova e 14% não souberam responder. A contradição é evidente, segunda a pesquisa uma parcela significativa da população aprova a conduta do fascista Bolsonaro, mas não o seu governo. É evidente que a burguesia procurou ajeitar o resultado da pesquisa as suas necessidades, alertar o governo para o período que ronda da o país, ou seja, a explosão social contra o plano neoliberal e os ataques fascistas do governo. Seja como for, fica evidente, e o carnaval o demonstrou na prática, que, tanto Bolsonaro, quanto o governo e
GOVERNO IMPOPULAR
Boneco de Olinda de Bolsonaro é hostilizado pelos foliões
N
oticiado a pouco neste diário, os tradicionais Bonecos de Olinda, neste caso do presidente golpista Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, que estavam encapuzados antes de desfilarem no grande bloco dos bonecos, por conta da possível hostilidade contra os mesmos, geraram revolta e foram atacados pelo povo. Isso confirma mais uma vez a análise do PCO sobre a situação política, demonstrando que o povo quer lutar nas ruas contra a extrema-direita e o imperialismo. Embora seja uma tradição do carnaval pernambucano, especificamente em Olinda, homenagear os presidentes com bonecos gigantes, a imagem de Bolsonaro não agradou aos foliões, como visto em todo o Brasil nas manifestações de marchinhas denunciando o golpismo da direita, gritos exaltados
de milhares de pessoas nas principais capitais e bandeiras defendendo o ex-presidente Lula – preso pelo bloco golpista de Sérgio Moro. Os bonecos foram hostilizados e por onde passavam o público fazia gestos diversos de repúdio, jogavam latas de cerveja e tudo mais que se pode imaginar. O auxiliar de serviços gerais Natan José de Oliveira, 23, disse à reportagem ainda na concentração do bloco que pela primeira vez em 11 anos estava com medo de desfilar como bonequeiro. O rapaz que desfilou com o boneco, entrevistado pela imprensa burguesa, reconheceu que foi a primeira vez em 11 anos que teve medo de sair com o gigante nas ruas. Esse é o resultado da política neoliberal dos golpistas, o completo repúdio a tudo que represente o presidente fascista. É um passo inicial contra os golpistas, uma expressão da revolta do povo que não aceita toda destruição dos serviçais imperialistas. As agressões contra o povo tendem a aumentar como estamos vendo a cada dia, e sendo assim, é preciso criar Comitês de Autodefesa do povo, centralizados nacionalmente em torno de uma política forte, contra Bolsonaro, pela liberdade de Lula. Convocamos todos para lutar em cada local, escola, bairro, fábrica, universidade e nas ruas de todo o país contra o imperialismo que está assaltando nosso país.
sua política subserviente e neoliberal são rechaçado pela população. A base social Bolsonarista, retornou ao seu tamanho natural, depois de inflada pelo conjunto da burguesia, o que não permite a estabilização do regime político sem-ditatorial que os golpista instalaram. O governo é sustentado apenas pela burguesia golpista, pelo imperialismo
e por uma pequena base Bolsonarista contra a esmagadora maioria do povo brasileiro. É preciso levantar as massas do povo brasileiro contra este governo de tipo colonial, cuja função é entregar a riqueza nacional aos capitalistas estrangeiros e eliminar os direitos do povo para beneficiar os capitalistas nacionais. Fora Bolsonaro e todos os golpistas,.
CIDADES | 5
ATIBAIA
Presidente do diretório municipal do PT de Atibaia é agredido e tem braço quebrado por PM A
vança o Estado policialesco fascista contra os trabalhadores. Neste domingo (3), o presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Atibaia, no interior de São Paulo, Geovani Doratiotto, foi agredido e teve o braço quebrado por um policial militar dentro de uma delegacia da cidade. Segundo a companheira de Geovani, Pham Dal Bello , a agressão ocorreu quando os dois acompanhavam um bloco de Carnaval e um policial provocou Giovanni que estava com sua camiseta que trazia a frase “Lula Livre”. Um vídeo mostra o petista já na delegacia, onde continuou a ser provocado, mesmo após de ser solto, respondendo aos policiais fascistas, teve seu
braço quebrado e foi preso. Pham fez um relato do episódio em sua página no Facebook, dizendo que na delegacia, “Foi algemado com duas algemas que eles apertaram o quanto puderam para machucar”. “Do lado de fora eu vi policiais nitidamente defendendo as agressões direcionadas ao Geovani pelo simples fato do meu companheiro vestir uma camiseta do Lula. Meu companheiro teve o braço quebrado por um policial por questionar as lesões e uso de duas algemas, quebraram o úmero e ele perdeu o movimento dos dedos”, contou ainda. É preciso denunciar amplamente este avanço fascistas dos órgãos de repressão do Estado Burguês que estão
OLINDA
Bonecos de Olinda de Bolsonaro e Michelle são escondidos com medo da reação do povo
A
tradicional programação do Carnaval de Olinda nesta segunda-feira (4), conta com trios elétricos independentes, diversos blocos, trazendo artistas diversos. Porém, nada tradicional foi o medo de colocar o gigantesco boneco do presidente na rua, neste ano, do golpista Jair Bolsonaro. O presidente ilegítimo iria estrear no Carnaval de Olinda (PE), mas, sua
TODOS OS DIAS, A PARTIR DAS 3H NA CAUSA OPERÁRIA TV
versão gigante, integrando um bloco de 100 bonecos que tomam as ladeiras do sítio histórico, gerou insegurança frente a imensa propagação de manifestações contra o fascista por todo o país. A escultura está posicionada desde cedo no Alto da Sé, de onde sai o cortejo, junto a da primeira-dama, Michele Bolsonaro, as únicas que estão com os rostos cobertos.
ao lado de Jair Bolsonaro. O PCO vem alertando que estes fatos poderiama acontecer e construindo Comitês de
Autodefesa da população para enfrentar a extrema-direita a mando da burguesia.
6 | MOVIMENTO OPERÁRIO
DEMISSÃO
Presidente do banco espanhol, Santader, pretende demitir em massa trabalhadores no Brasil O
banqueiro golpista presidente do Santander, Sérgio Rial, ameaça trabalhadores com demissão se os mesmos não tiverem em seus currículos a certificação CPA-10, certificado esse que se destina a atestar profissionais que desempenham atividades dos mercados financeiros e de capitais. Segundo Rial, em videoconferência com os funcionários de toda a rede de agências, exige que todos aqueles que obtiveram uma função comissionada tenham o curso, não sendo assim o bancário será sumariamente demitido. A atitude do presidente do Banco Santander evidencia, mais uma vez, que com o golpe de Estado, que teve com um dos grandes financiadores os banqueiros nacionais e internacionais, os capitalistas se sentiram à vontade para aumentar a ofensiva direitista à
toda categoria bancária e de toda a população em geral. É necessário ressaltar que a ofensiva dos banqueiros do Santander é parte de uma política geral dos golpistas para com todo os trabalhadores. Na categoria bancária os ataques partem das direções de todos os bancos, tanto os públicos (que tem a frente um governo fraldado e fascista, Bolsonaro) quanto dos bancos privados. Somente a luta dos trabalhadores poderá barrar a ofensiva dos banqueiros contra os trabalhadores bancários. As organizações dos trabalhadores devem chamar a organizar uma luta feroz contra a política da direita golpista e barrar o golpe de estado e derrubar todas as medidas, executadas pelos governos golpistas de Michel Temer ao fraldado governo Bolsonaro, de liquidação dos direitos e conquistas da classe trabalhadora.
FORD E GM
NEGROS
Mobilização de operários da Ford e da GM: governo Bolsonaro se encontra em uma situação delicada
Maioria na sociedade minoria nos camarotes: negros não foram convidados para o carnaval da Globo
À
medida que vai se desenvolvendo a política aplicada pela agenda do golpe, que através de suas manobras colocou o ilegítimo e impopular candidato do baixo clero Jair Bolsonaro na presidência, se intensifica de forma cada vez mais aguda os ataques aos trabalhadores. A burguesia escravagista, que age como uma lombriga, sem qualquer negociação prévia com os trabalhadores impôs um ilustre acordo que rebaixa os salários e outras remunerações de milhares de operários, além abocanhar outros direitos, como por exemplo o fim da estabilidade de trabalhadores com deficiência, entre outras violações. O governo bastardo de democracia e carente de apoio popular está definhando e não tem autoridade nem competência política para conter por meios democráticos a inevitável rebelião popular que está por vir. Esse cenário indica que o governo se encontra numa situação delicada, uma vez que a classe operária organizada é a única que tem plena capacidade de derrubar o atual regime. Isso já foi comprovado historicamente através da irrupção operária do dia 12 de maio de 1978 que colocou o golpe em xeque, através da paralisação da ferramentaria da Scania e de toda a
fábrica que, nesse dia, outras fábricas maiores do ABC também entraram em greve naquele maio de 1978, num movimento que foi se expandindo até as greves gerais metalúrgicas no ABC e em São Paulo, em 1979 e 1980. A história nos ensinou que não devemos apostar nossas fichas em manobras parlamentares, boicote e muito menos em negociação com empresários que estão a serviço do capital, e por sua vez dos golpistas que servem ao Imperialismo que tem como plano transformar o Brasil em seu curral. A esquerda, todas suas frentes e movimentos, sindicatos e organizações precisam se organizar na ocupação de todas as fábricas em todos os setores, uma vez que os trabalhadores sabem e tem condições de tocar uma empresa, da mesma forma que já fazem todos os dias. É imprescindível a expropriação sem indenização e administração pelos próprios funcionários. Os trabalhadores não devem deixar os capitalistas capachos dos Estados Unidos fecharem as fábricas. Os trabalhadores da Ford e da GM devem controlar a produção, visto que que os capitalistas e seu regime político insustentável negam até mesmo o direito ao emprego, esse direito precisa ser garantido pelos próprios trabalhadores.
P
rotagonistas da maior e mais popular festa brasileira, o Carnaval, a população negra está fora dos camarotes da Globo e tantos outros espalhados pelos carnavais privatizados pelo Brasil. O Carnaval é festa tradicional do povo, e, em virtude disso, teve a atenção da burguesia, que ao longo dos anos foi privatizando a festa nos mais variados locais, especialmente nas capitais. Um processo que envolve a venda de abadás e fantasias caríssimas, e assim vários blocos de carnaval e festivais foram clareando, embranquecendo, onde o negro só deve ocupar
postos de trabalho, como os famosos cordeiros do carnaval baiano. Não poderia ser diferente em uma emissora da burguesia que seus convidados sejam brancos, da burguesia, e que os negros mal figuram entre os trabalhadores dos camarotes, fazendo, assim, um carnaval privatizado e racista. É o que acontece em alguns carnavais de rua, onde os cordeiros, especialmente na Bahia, são colocados para separar o povo dos que pagaram os abadás caríssimos, os brancos e poderosos, já o negro e o trabalhador ficam de fora dessa festa expropriada do povo.
MOVIMENTOS| 7
ESSA É A POLÍTICA DOS GOLPISTAS
Milhões de professoras terão previdência roubada por Bolsonaro M
ulheres que trabalham na educação serão as mais prejudicadas se projeto de reforma da previdência de Bolsonaro for aprovado. Entre os mais 2,5 milhões professores brasileiros que atuam na educação básica, 85% são mulheres. Esse dados constam no censo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Porém, a proposta de Reforma na Previdência apresentada na PEC 6/19 (Proposta de Emenda à Constituição), desconsidera todas as peculiaridades da profissão de professor, como as
condições exaustivas e o trabalho considerado penoso. Além disso, a proposta representa um duro ataque ao direito das mulheres professoras de se aposentarem. No mês em que se comemora o dia da mulher, esse foi o presente de Bolsonaro. Atualmente, a idade mínima é de 55 anos com 25 anos de contribuição. Bolsonaro pretende aumentar para a mesma idade mínima que estão submetidos os professores, 60 anos com e 30 de contribuição. Para atingir o valor integral da aposentadoria o tempo de contribuição é de 40 anos. Na prá-
ENFRENTAMENTO
O
por nenhum afastamento por saúde. De acordo com estudos indicados pela APEOESP (Sindicato do professores do ensino estadual de São Paulo), as atividades de ensino estão associadas a uma série de doenças que levam a afastamento do trabalho. Dentre estas doenças, são comuns transtornos psíquicos, problemas no aparelho respiratório e nos ossos. Para a APEOESP a proposta é um ataque brutal ao direito das professoras e deve ser combatida. Todos os professores e professoras devem dizer não a proposta de destruição da previdência.
ESPORTES
Radicalização política no Carnaval expressa de tendência de enfrentamento das massa contra Bolsonaro carnaval é tradicionalmente conhecido como uma festa popular brasileira, que ocorre anualmente. Não apenas com a finalidade de entretenimento, o evento também serve como uma forma de protesto contra o sistema de exploração dos trabalhadores. Neste ano, em todo país, diversos blocos saíram às ruas denunciando, por exemplo, a prisão política do ex-presidente Lula, clamando por sua liberdade. Não apenas denunciando a prisão ilegal de Lula, nesse carnaval os trabalhadores denunciaram também o golpe, que vem massacrando os direitos do povo. A população pediu também a saída do presidente golpista, Jair Bolsonaro, do poder, deixando ainda mais evidente a fraude que foi o processo eleitoral no ano passado (2018). Juntamente a esta crescente denúncia do golpe de estado no país, aumenta a repressão contra a classe trabalhadora nesse evento tão importante para cultura brasileira. No último domingo, dia 3, por exemplo, os
tica, a proposta pretende que alguns professores e professoras continuem trabalhando com mais de 70 anos. No caso da professoras que trabalham na iniciativa privada a coisa é ainda pior, igualando a idade mínima com os homens em 60 anos, entretanto a idade mínima para as mulheres foi acrescida em 5 anos, chegando a 25 anos. Vale lembrar que 25 anos de contribuição significam mais tempo do que a mera passagem de tempo, já que para contribuir o trabalhador precisa estar empregado, de preferência com carga cheia de aulas e não pode passar
policiais que supostamente faziam a segurança do evento em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), atacaram gratuitamente os moradores que estavam aproveitando a festa é denunciando o golpe. Foram tocadas balas de borracha, juntamente a gás lacrimogêneo e spray de pimenta, sem se importarem, por exemplo, com a presença de crianças que estavam se divertindo junto aos seus pais. Na última sexta, dia 1, a Polícia Militar censurou também os trabalhadores que participavam do bloco “Tchanzinho Zona Norte”, que desfilou na capital mineira, Belo Horizonte. Os participantes denunciavam o governo fraudulento, golpista e fascista de Jair Bolsonaro. É importante que estas ações repressivas, de caráter truculento e fascista, sejam ainda mais denunciadas, por todos os trabalhadores. Neste sentido, é fundamental que se lute pela manutenção das festas de carnaval, bem como contra o golpe, denunciando o regime fascista que o Brasil se encontra.
São Paulo coloca fim a jejum de cinco jogos sem vitória e volta a vencer no Paulistão
T
alvez embalado pela folia de Momo, os jogadores do tricolor paulista entraram em campo no domingo muito mais energizados e dispostos a colocarem um fim ao jejum de cinco partidas sem conhecer a vitória. Foi preciso o segundo dia de carnaval para animar a galera sãopaulina, que se não desfilou em campo, pelo menos mostrou uma outra postura dentro das quatro linhas, quando enfrentou e derrotou o Bragantino, na casa do adversário, pelo placar de 2 x 0, marcando o reencontro da equipe com a vitória. Os dois gols que deram a vitória ao tricolor paulistano foram marcados ambos no segundo tempo, sendo o primeiro pelo atacante Pablo e o segundo pelo zagueiro Arboleda. Não foi o que se pode dizer exatamente de uma grande e brilhante exibição por parte do vencedor – não, longe disso -, mas o time dirigido interinamente por Wagner Mancini demonstrou em campo, segurança, consistência tática e soube usar sua superioridade técnica para se impor diante do adversário. Claro que ainda faltam muitos ajustes para o time voltar a praticar o grande futebol que todos conhecem e já viram o São Paulo Jogar, mas o triunfo do domingo devolve ao time a confiança necessária para se reerguer na competição. Os três pontos somados com a vitória sobre o Bragantino recolocam o São Paulo na zona de classificação para a etapa decisiva do Paulistão. O time voltou a liderar o Grupo B, agora com 13 pontos. Depois de terem que aguardar por 1 (uma) hora e meia para entrar em campo, Santos e Oeste protagonizaram a partida mais emocionante da rodada do Paulistão. A Chuva torrencial que desabou sobre a capital paulista, no entanto, não afastou os torcedores e menos ainda desmotivaram as duas equipes, que fazem ambas uma campanha bastante regular no maior e mais importante campeonato estadual do país. O Pacaembu foi palco deste espetáculo no sábado de carnaval, onde a persistente chuva quase não permitiu a realização da partida. O Oeste abriu o placar num gola-
ço de Bruno Lopes, que viu o goleiro santista adiantado e chutou de fora da área, encobrindo Wanderley. O Santos só viria a encontrar e empate aos 42 minutos, num gol contra. Mas o bom time do Oeste nem deixou os santistas comemorarem, pois desempataram 1 (um) minuto após, com Matheus Jesus, numa boa cabeçada de dentro da área, se antecipando ao zagueiro. Na segunda etapa o time praiano voltou decidido a não deixar escapar os três pontos que lhe assegurariam a classificação à fase decisiva. Mesmo com o campo sem oferecer as melhores condições para a posse de bola, o trime do técnico argentino Sampaoli foi para cima e encontrou o empate através de Derlis Gonzáles. Mas o empate não era o bastante para o “Peixe” e na pressão sobre o adversário, quando tudo já parecia se encaminhar para o empate, Victor Feraz fez a alegria do torcedor santista, que passou a ficar também encharcado de felicidade com o gol de desempate e a vitória pelo placar de 3 x 2, garantindo a ida dos santistas para a próxima fase. Festa santista no Pacaembu, com muita comemoração, aproveitando o sábado de carnaval. Ainda no sábado carnavalesco, o Corinthians foi até Sorocaba enfrentar a equipe local, o São Bento e voltou com somente 1 (um) ponto na bagagem, ao empatar em 1 x 1. O alvinegro paulistano chegou a abrir o placar numa boa jogada pelo lado esquerdo numa bola bem trabalhada por Sornoza, que Clayson concluiu. Ma os comandados de Fábio Carille não conseguiram segurar a vantagem e permitiram o empate do São Bento, numa partida equilibrada. Ao contrário da capital, muito sol e calor no interior paulista, onde era visível o desgaste dos jogadores, particularmente do Corinthians, que vem uma sequência de dez jogos, por três competições, a Copa do Brasil, a Sul-Americana e o próprio Paulistão. O time terá agora 1 (uma) semana para se recuperar e treinar, pois só volta a campo no próximo domingo, quando estará enfrentando, no clássico, o Santos.
8| INTERNACIONAL
IMPRENSA GOLPISTA
Campanha da imprensa golpista é refutada: Maduro não se apoia só no exército, mas nos trabalhadores mobilizados Os jornais burgueses Folha de S. Paulo, Estadão, O Globo, bem como a TV Globo e todos os demais veículos de comunicação nacionais e internacionais – El País, BBC, New York Times, Washington Post – a serviço do imperialismo americano, têm feito uma sistemática propaganda contra a Venezuela. O argumento principal é que o governo bolivariano de Nicolás Maduro (PSUV) é uma ditadura, apoiada exclusivamente nas forças armadas, responsável pela crise humanitária e que oprime o povo e o mantém na miséria para dominá-lo. Assim, a luta da “oposição”, liderada por verdadeiros bandidos, primeiramente da Mesa de Unidade Democrática (MUD) e, agora, pelo autoproclamado presidente Juan Guaidó seria pela democracia e por direitos humanos.
O imperialismo americano e seus títeres inventaram um pretexto para a intervenção externa na Venezuela, apoiados pelos governos do Brasil, Colômbia, a União Européia e o Grupo de Lima. Em 23 de fevereiro a ideia era propagandear o envio de “ajuda humanitária” ao povo da Venezuela e, com isso, ter um pretexto para invadir o território venezuelano. O governo bolivariano mobilizou as forças armadas, em conjunto com amplos setores das massas populares, que foram às ruas por todo o país para combater a tentativa de invasão imperialista. Nas fronteiras e em Caracas, a capital do país, houveram enormes comícios de massas. O governo Nicolás Maduro demonstrou, na prática, que a revolu-
ção bolivariana é um processo de massas e conta com o apoio ativo destas, que não aceitam as ameaçadas e a política intervencionista do imperialismo. A farsa da “ajuda humanitária” fracassou.O governo tem apoio tanto nas forças armadas quanto nas organizações de massas e na maioria do povo. A campanha da imprensa burguesa foi derrotada por Maduro e pela mobilização do povo venezuelano. A esquerda latino-americana deve mobilizar as massas para impedir qualquer tentativa de intervenção imperialista na Venezuela. A luta que se processa neste país é uma batalha de todos os povos oprimidos do mundo, por uma verdadeira independência nacional diante da opressão imperialista.
FORÇAS ARMADAS
Saiba porque as Forças Armadas venezuelanas são de esquerda e contra o imperialismo
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o contrário das Forças Armadas brasileiras, as Forças Armadas venezuelanas são de esquerda e possuem um vinculo direto com o governo chavista. Tal fato se deve ao processo histórico de lutas no país contra os governos direitistas que tinham como principal objetivo a imposição de uma política neoliberal de brutal ataque aos direitos da população pobre e trabalhadora. Um episódio fundamental dessas mobilizações foi o chamado Caracazo, ocorrido em 1989, uma verdadeira rebelião popular. Caracazo, 1989 Em 1989, o governo de Carlos Andrés Pérez dava início ao seu segundo mandato. Consistia em um governo totalmente capacho dos interesses dos banqueiros, representados pelo chamado Fundo Monetário Internacional, o FMI. Carlos André Pérez anunciou, logo nos primeiros dias de seu governo, um pesadíssimo pacote de ataque aos direitos do povo (aumento das tarifas básicas, corte nos investimentos sociais, aumento dos preços) tudo para sustentar a parasitagem do sistema financeiro. Contra esse brutal ataque, a população venezuelana tomou as ruas do país no dia 27 de fevereiro de 1989. As principais cidades da Venezuela foram tomadas pelo povo, que organizou barricadas para resistir a repressão policial. Durante cinco dias o governo buscou conter a revolta popular por meio de uma brutal violência. O resultado foram mais de 300 pessoas mortas. Como resultado da política neoliberal de Carlos Andrés Pérez e de sua brutal repressão ao povo, em 1992 um grupo de militares, liderados por Hugo
Chávez, tentam tomar o poder através de um golpe de estado. Chávez era líder do chamado Movimento Revolucionário Bolivariano – 200, o MBR/200. O número 200 faz referência às lutas pela independência na América Latina ocorridas dois séculos antes, tendo como principal líder Simón Bolívar. Exército Bolivariano de Libertação A origem desse grupo remonta o início dos anos 1980, quando, como consequência da crise no país, um grupo de militares passa a se organizar no interior do exército com o objetivo de combater a política de rapina contra o povo imposta pelos governos até então. O grupo adota como linha política o chamado nacionalismo bolivariano, além é claro das ideias socialistas. O pensamento de Bolívar, no entanto, é predominante, este grupo de militares revindica para si o status de libertadores da nação da opressão externa. Antes de serem conhecidos como Movimento Revolucionário Bolivariano, o grupo se declara Exército Bolivariano
de Libertação. No final dos anos de 1980, passam a recrutar civis, o que antes não ocorria, mudam então o nome para MBR/200. Em 1992, liderados por Chavez, são derrotados em uma tentativa de golpe contra o governo neoliberal. Chávez é preso e permanece na cadeia até 1994. Em 1997, tendo como base o MBR/200, Chávez organiza o Movimento V República, com o qual ganha as eleições de 1999. Mais tarde estes movimentos seriam incorporado ao Partido Socialista Unido da Venezuela, o PSUV. A participação dos militares de esquerda, no entanto, sempre foi muito marcante na Venezuela. Como podemos verificar, desde o início dos anos de 1980, setores de base do exército – Chávez era tenente quando começou a organizar o MBR/200 – passaram a se organizar para dar uma resposta à violenta política de saque ao país imposta pelos governos neoliberais. A crise provocada com o Caracazo em 1989 é o ponto chave para que o grupo chavista, tendo como base as re-
voltas populares, tome uma ação mais definitiva contra o governo. Golpe militar de 1964: expurgo nas forças armadas No caso brasileiro, após o golpe de 1964, houve uma verdadeira política de expurgo dentro das Forças Armadas. Para impedir qualquer oposição à ditadura, os generais comandaram uma verdadeira caça as bruxas, expulsando, prendendo ou até mesmo assassinando qualquer militar que se opusesse ao estado ditatorial contra o povo. Neste período também se consolida o apoio e o vinculo direto das organizações de espionagem e segurança do estado norte-americano com a cúpula das forças armadas. O próprio golpe militar de 1964 foi uma operação em conjunto entre o Departamento de Estado dos EUA e os militares de alta patente no Brasil. O controle direto dos EUA sobre as Forças Armadas brasileiras se manteve durante o chamado período “democrático”. A política de expurgo foi eficaz. Por meio da repressão impediu que se organizasse qualquer dissidência. Isso explica, por exemplo, o caráter completamente de fachada do chamado “nacionalismo” dos militares brasileiros, pelo menos da alta cúpula. O discurso nacionalista dos generais não passa da mais pura demagogia para encobrir a completa subserviência aos interesses externos. Desse modo, ao contrário dos militares venezuelanos, as Forças Armadas brasileiras, principalmente sua cúpula, ficaram sob total controle do imperialismo, o que a transformou, na prática, em uma seção do Exército norte-americano em território brasileiro. A colaboração com o golpe de estado em 2016 contra Dilma Rousseff, além da presença constante dos militares no cenário político nacional, em todo o processo golpista que culminou na eleição fraudulenta de Bolsonaro, são as evidencias deste fato.