SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5582
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
WWW.PCO.ORG.BR
Massacre de Suzano: sintoma do caos do governo Bolsonaro e do golpe Os efeitos de um golpe de Estado podem ser sentidos nas mais variadas formas possíveis. O caso de Suzano, onde dois jovens entraram atirando em uma escola, resultando em 10 mortos, é efeito direto do golpe e do governo Bolsonaro. EDITORIAL
Todos à Plenária Nacional Lula Livre, organizar a ocupação das ruas Realize amanhã, dia 16, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a Plenária Nacional Lula Livre, convocadas pelo Comitê Nacional Lula Livre e pela Frente Brasil Popular (FBP), que reune as maiores organizações sindicais, populares, estundantis , dos movimentos de luta dos negros, mulheres etc. e os partidos de esquerda que se opuseram ao golpe de Estado: PT, PCO e o PCdoB; além do PSol
Atentado em escola vira pretexto da direita pra retirar os direitos da população Com a chacina na quarta (14) de oito pessoas seguida do suicídio dos dois agressores na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, a burguesia se apressa em usar a comoção popular como pretexto para retirar direitos da população.
Capitalismo funcionando: Boeing derruba mais um avião na Etiópia Os dois acidentes com o Boeing 737 Max 8 nos últimos 6 meses, dos quais um dos aviões havia acabado de sair do chão, trouxeram a tona mais um vez a velha falácia de que no capitalismo as coisas funcionam melhor pois a “concorrência” obriga as empresas em oferecerem o melhores serviços possíveis para manterem-se relevantes e requisitadas, evitando assim a bancarrota.
ADQUIRA JÁ!
Revista Mulheres nº29 BARRAR A OFENSIVA FASCISTA CONTRA AS MULHERES Entre em contato com o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO
Hipocrisia: maiores violadores de direitos humanos, EUA acusam países rivais por violação
Imperialismo norte-americano é o grande promotor do massacre no Iêmen Louquinho no ministério quer enterrar o comércio brasileiro em favor dos EUA porque seria a vontade de Deus Já é bastante claro que a política prevista por Jair Bolsonaro pelo País é de completa destruição. Os capachos do imperialismo que compõe o governo visam destruir a economia brasileira, para atender exclusivamente aos interesses do imperialismo norte-americano.
Direita golpista Voz dos banqueiros: Guedes usa mortes ameaça deixar o governo se em escola “reforma” não for como ele quer para realizar campanha pela redução da maioridade penal Após o massacre de Suzano, a direita golpista se ouriçou e trouxe de volta a campanha pela redução da maioridade penal no país.
2 | OPINIÃO E POLÍTICA EDITORIAL
Todos à Plenária Nacional Lula Livre, organizar a ocupação das ruas R
ealize amanhã, dia 16, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a Plenária Nacional Lula Livre, convocadas pelo Comitê Nacional Lula Livre e pela Frente Brasil Popular (FBP), que reune as maiores organizações sindicais, populares, estundantis , dos movimentos de luta dos negros, mulheres etc. e os partidos de esquerda que se opuseram ao golpe de Estado: PT, PCO e o PCdoB; além do PSol. A Plenária vai reunir representantes dos mais diversos Comitês de todo o País que foram formados nos últimos anos para luta contra o golpe, contra a prisão do ex-presidente Lula e por sua liberdade, como é o caso dos Comitês contra o Golpe, Pela Liberdade de Lula, Lula Livre, Pela Democracia etc.; além das mais diversas entidades que se oponhem ao regime golpista e aos seus ataques contra o povo trabalhador.
Mesmo com as debilidades da convocação, que refletem uma certa confusão e defensiva de setores da esquerda que não entendem a importância decisiva de se apoiar nas tendências à mobilização presentes na situação, a plenária tende a se constituir em um importante momento de unificação e retomada da campanha pela liberdade de Lula e contra os ataques do governo Bolsonaro. O encontro acontece em um momento em que há um claro deslocamento à esquerda no País, com uma crescente tendência a se mobilizar contra o governo como ficou evidenciado durante o carnaval, quando em todo País ecoaram os gritos de “fora Bolsonaro”, sob as mais variadas formas, expressando um nível muitíssimo elevado da revolta popular contra o atual governo golpista e todo o regime e seus ataques contra a imensa maioria da população.
CONTROLE IMPERIALISTA
Brasil entregou Embraer para empresa imperialista que derruba aviões
O
s governos golpistas de Michel Temer e Jair Bolsonaro consolidaram a entrega da empresa brasileira de aviação, a Embraer, para o monopólio norte-americano do ramo, a Boeing. A empresa imperialista terá controle praticamente integral sobre a produção da empresa nacional. A entrega escancarada trata-se de uma política criminosa contra a indústria, a ciência e a tecnologia nacional. É preciso ressaltar ainda que o ataque ao desenvolvimento da indústria nacional favorece a um monopólio estrangeiro que na última semana foi responsável pela morte de 157 pessoas na queda de um avião durante um voô entre a Etiópia e o Quênia. O modelo do avião da Boeing, 737 Max 8, que caiu na África está sendo alvo de críticas por pilotos e especialistas no mundo todo, demonstrando a falta de preocupação dos capitalistas com o avanço da tecnologia e da segurança da população que utiliza estes serviços.
Para os abutres capitalistas a aquisição de uma empresa gigantesca como é o caso da Embraer serve somente aos seus interesses especulativos e de acumulação de capital. Além deste massacre na África, vimos também o resultado da política criminosa de privatização no caso da Vale, em Brumadinho. O rompimento da barragem, consequência também do abandono por completo de qualquer investimento na segurança e no desenvolvimento tecnológico da empresa, é culpa da sanha especulativa dos grandes capitalistas e banqueiros. É preciso organizar um amplo movimento que coloque abaixo todo esse regime de exploração das condições de vida da população pobre e trabalhadora. É preciso derrotar os golpista, levantar a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas, além de um programa de revogação de todas as privatizações e estatização das empresas nacionais, colocando-as sob controle dos próprios trabalhadores.
Realiza-se também em uma semana em que uma série de acontecimentos mostraram o caos que o governo ilegítimo de Bolsonaro impulsiona em todo o País, o que aprofunda a crise do próprio governo e abre enormes possibilidades para que os explorados e suas organizações superem a política dos setores que, no interior da esquerda, defendem uma política de colaboração e/ou capitulação diante do regime golpista e que propõem que toda a política da esquerda esteja apontada para se preparar e esperar por novas eleições em 2020 e 2022. A mobilização em torno da Plenária, que vem superando as expectativas bastante tímida de boa parte de seus organizadores, com centenas de escritos de todo o País, deve ser impulsionada e traduzida em uma plataforma de mobilização e atividades unificadas em torno da luta pela liberdade de Lu-
la, que sirva para ganhar as ruas, desenvolvendo as tendências presentes na situação atual com uma política de enfrentamento do governo em crise para o que é preciso aprovar como eixos a luta pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos e o “fora Bolsonaro” e todos os golpistas. Apontando para todo os movimentos de luta que não há saída pelo judiciário, no Congresso, a política de esperar pelas eleições, que é preciso enfrentar e derrotar os golpistas por meio de uma mobilização revolucionária. Assim, a Plenária precisa deliberar ações concretas diante do calendário de lutas já apontado pelo próprio movimento, como os atos unificados contra a reforma da Previdência (dia 22/03) e pela liberdade de Lula, em 07/04, quando se completa um ano da prisão ilegal do ex-presidente.
OPINIÃO E POLÊMICA | 3
CHACINA
Atentado em escola vira pretexto da direita pra retirar os direitos da população
C
om a chacina na quarta (14) de oito pessoas seguida do suicídio dos dois agressores na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, a burguesia se apressa em usar a comoção popular como pretexto para retirar direitos da população. O governador almofadinha João Doria Jr. (PSDB) já fala em alocar policiais militares em cada uma das escolas da rede pública, o discurso pela militarização do ensino ganha novo fôlego, recrudesce a campanha pelo desarmamento com apoio da esquerda pequeno burguesa e o senador fascista Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) já fala mesmo em redução da maioridade penal – já que o atirador tinha 17 anos. Em que pese a gravidade dos fatos e a barbaridade das cenas veiculadas na televisão e na internet, cumpre denunciar, preliminarmente, que a maneira como a imprensa burguesa conduz a cobertura dos fatos tem um só objetivo: amplificar o terror, o medo, o desejo de vingança da população. Chacinas ocorrem diariamente em casas, lojas, bares e restaurantes diariamente nas comunidades de todas as grandes cidades brasileiras – a maioria executada por policiais, jagunços e milicianos, sem que sejam tratadas de modo a promover tal comoção. A exploração da ação de franco-atiradores na realidade é um recurso clássico para a difusão do medo dentro da cultura norte-americana, e é sintomático que em tempos de golpe imperialista tais casos voltem a ocorrer. Mas o
medo nunca foi bom conselheiro. Os “remédios” propostos pelos golpistas tendem a agravar o problema. Como praticamente todas as experiências de policiamento dito “comunitário” mostram – a exemplo das UPPs defendidas por Marcelo Freixo (Psol) , a presença ostensiva de policiais em qualquer comunidade provoca o aumento da violência a longo prazo. Agentes de repressão fomentam a repressão, e esta fomenta a violência. Verdadeiras lideranças dessas comunidades se opõem veementemente à política das UPPs, como era o caso da vereadora Marielle Franco, do próprio Psol, originária do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, cujo assassinato por policiais completa um ano agora. Com as escolas, não será diferente. O policiamento ostensivo ou, pior ainda, a militarização do ensino proposta em diversos Estados – como no Distrito Federal – não tem outra finalidade que anular o potencial que as escolas têm de constituírem centros comunitários, onde estudantes, professores, servidores e pais se reúnem para se organizar e se mobilizar contra os arbítrios da burguesia. Tal vocação é natural, por assim dizer, devido à distribuição territorial e à permeabilidade dessas estruturas, além da tradicional combatividade do movimento estudantil e das categorias de professores e de servidores públicos. Como já analisado diversas vezes neste diário, por influência externa,
a discussão sobre o armamento no Brasil ocorre com sinais trocados. A esquerda parlamentar, fomentadora do debate, promoveu a campanha do desarmamento no governo Lula a partir de pressão de agentes imperialistas. Inicialmente tal política era evidentemente uma concessão num governo de conciliação de classes. Afinal, é a burguesia, com medo do proletariado, que sempre fomentou o desarmamento da população. O caráter pequeno-burguês de nossa esquerda porém, com medo da revolta do proletariado, levou-a tomar para si a causa à semelhança da política do Partido Democrata norte-americano. O proletariado sempre foi a favor do armamento, para ter o direito de organizar sua autodefesa contra as forças de repressão a serviço da burguesia. A extrema-direita representada por Bolsonaro quer armar não a classe trabalhadora, mas sim os jagunços e milícias ligados às forças de repressão. Seu discurso armamentista é mera demagogia. É o que demonstra a inefetividade real das medidas até aqui levadas a cabo por Bolsonaro nesse sentido, como o decreto promulgado em janeiro, bem como o caráter restrito da “liberação da posse de armas” das propostas já apresentadas. Bolsonaro não quer armar a população, mas sim seus carrascos. Nessa mesma linha, quanto mais amplos os setores passíveis de repressão, tanto melhor para a burguesia. Se
o Estatuto da Criança e do Adolescente amplia os direitos dos adolescentes, porque não – num contexto de golpe – revogá-los? A redução da maioridade penal nada mais é que um movimento nesse sentido, visando a jogar no mercado de trabalho o quanto antes os adolescentes, privando-os de ter alimentação e educação garantidos pelo Estado. Acresce que aumenta-se o contingente de desalentados e desempregados no mercado, reduzindo o preço geral da mão-de-obra. Por fim, potencialmente, a já gigantesca população carcerária brasileira ganharia novo e significativo contingente – sobretudo a partir das políticas repressivas da ditadura que se aprofunda após o golpe. Na realidade, a escalada da criminalidade e o suicídio nada mais são que uma consequência da brutal desigualdade social promovida pelo capitalismo, que empurra as pessoas para condições de vida sub-humanas, próprias da escravidão de classe promovida pela burguesia com a classe trabalhadora. Refugiadas em tugúrios sem saneamento, sem saúde pública, sem escola, distantes de seu local de trabalho, assassinadas pela polícia diariamente. Qual a perspectiva de vida de nossa juventude trabalhadora quando é socialmente oprimida e instada a resolver seus problemas individualmente? Com o aprofundamento do golpe, a intensificação da repressão, a visão do futuro torna-se cada vez mais sombria.
CAPITALISMO FUNCIONANDO
Boeing derruba mais um avião na Etiópia
O
s dois acidentes com o Boeing 737 Max 8 nos últimos 6 meses, dos quais um dos aviões havia acabado de sair do chão, trouxeram a tona mais um vez a velha falácia de que no capitalismo as coisas funcionam melhor pois a “concorrência” obriga as empresas em oferecerem o melhores serviços possíveis para manterem-se relevantes e requisitadas, evitando assim a bancarrota. Esse disputa pelo mercado impulsionaria o desenvolvimento tecnológico provendo a humanidade o melhor de seu alcance produtivo. O capitalismo superou a fase da livre concorrência, necessária para seu desenvolvimento, há séculos atrás,
assim como sua fase escravocrata e seu modelo feudalista. Estamos hoje na última fase do capitalismo: imperialismo. A malha produtiva das grandes empresas hoje tem proporções internacionais potencializando a produção de maneira absurda, embora este avanço possa ser extremamente beneficente para a população mundial, no capitalismo ele potencializa ao máximo a maior contradição inerente a esse modelo econômico: a concentração de riqueza. A ideia de que as coisas funcionariam melhor no capitalismo, ou como apresentam de outra forma, as empresas privadas seriam mais eficien-
tes do que as estatais é uma premissa absurda na atual etapa do capitalismo. Simplesmente não existe mais a livre concorrência, existem conglomerados empresariais gigantescos que engolem qualquer novo concorrente. O monopólio é regra e tem proporções intercontinentais. Por isso que hoje temos 80% das riquezas mundiais na mão de 1% da população. É uma proporção que só vem aumentando desde o início do século passado. Mesmo tendo em vista que a própria razão que causaria essa “eficiência” das empresas privadas nem sequer existe, basta a experiência prática para nos mostrar a loucura dessa afirmação. Nessa caso da Boeing, muitos pilotos já haviam declarado publicamente que o modelo em questão tem defeitos “criminosos” como afirmou um piloto norte-americano no jornal Dallas News, fora as cinco reclamações formais já feitas às autoridades norte americanas. Problemas com mecanismos de segurança, perda de altitude brusca, problemas no auto-piloto e outros problemas que parecem ser inerentes ao modelo. Mesmo com as reclamações foi preciso dois acidentes – donde um matou 189 pessoas de uma só vez – que comovessem a po-
pulação para que as autoridades começassem a se preocupar e as companhias aéreas botassem os modelos fora de circuito. Essa empresa que quer apossar-se da Embraer, e os golpistas estão dispostos a entregar essa fonte de renda nacional nas mãos dos monopólios internacionais. A verdade é que não só não existe essa superioridade como ao contrário os monopólios por terem agentes da burguesia agindo em seu favor no mundo inteiro e uma gama gigantesca de recursos pode se permitir esse tipo de descaso com a vida alheia. Os advogados estão em seu favor e mesmo assim não existe multa que não possam pagar e não há quem os faça pagar. A Vale, culpada de duas catástrofes idênticas no espaço de dois anos, não sofreu nenhuma retaliação considerável e continua burlando leis ambientais e de segurança, sonegando, comprando juízes e sendo uma verdadeira ameaça a população, e não será diferente para a Boeing. Empresas estatais em um sistema capitalista não são mais éticas ou mais eficientes, mas seus ganhos e sua produção está, de certa maneira, à benefício da população de um país, são mercados enormes que não estão na mão da burguesia imperialista, e por isso a ânsia de privatizar, nada a ver como uma suposta eficiência das empresas privadas.
4 | POLÍTICA
MASSACRE DE SUZANO
Sintoma do caos do governo Bolsonaro e do golpe O
s efeitos de um golpe de Estado podem ser sentidos nas mais variadas formas possíveis. O caso de Suzano, onde dois jovens entraram atirando em uma escola, resultando em 10 mortos, é efeito direto do golpe e do governo Bolsonaro. O ano mal começou e os ataques à população começaram ou foram prometidos, como é o caso da reforma da Previdência. O efeito para a juventude de uma reforma que promete que ela vai trabalhar até a morte é devastador, como é para o restante da sociedade. Isso sem falar no congelamento dos gastos feitos ainda por Michel Temer, outra marionete dos golpistas, que vão destruir a saúde e a educação a curto prazo. Destruição da educação esta que os dois jovens foram vítimas, como os demais estudantes. Se aproxima tempos tenebrosos para a educação brasileira nas mãos dos golpistas.
Se por um lado desperta todo um movimento de luta contra o golpe, por outro, um setor mais despolitizado, desperta um sentimento gigantesco de falta de perspectiva, de que nada
irá mudar, de que as coisas irão piorar, em último caso, de que o golpe de Estado sairá vencedor. O governo Bolsonaro é o governo da direita brasileira, aquela que de-
GOLPISTA
Louquinho no ministério quer enterrar o comércio brasileiro em favor dos EUA porque seria a vontade de Deus
J
á é bastante claro que a política prevista por Jair Bolsonaro pelo País é de completa destruição. Os capachos do imperialismo que compõe o governo visam destruir a economia brasileira, para atender exclusivamente aos interesses do imperialismo norte-americano. Mais uma demonstração a respeito pode ser vista nesta semana, com a declaração do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, dada em aula magna, focada para aqueles que visam seguir a carreira diplomática, no Instituto Rio Branco. Segundo Araújo, o Brasil fazer negócios com a China, Europa e América
Latina, representa um atraso econômico, afirmando, ainda, que o foco do atual governo será manter relações diretas com os Estados Unidos, enquanto principal parceiro comercial. O que fica ainda mais evidente, com declarações como essa, é que essa “parceria” nada mais é do que o Brasil tendo sua economia destruída, enquanto os imperialistas atendem à seus interesses. Não obstante, quem mais sofre e sofrerá com as medidas tomadas pelos direitas é a classe trabalhadora. Um bom exemplo é o que aconteceu com a Petrobrás: através da Lava Jato, destruíram a empresa brasileira,
o que culminou em inúmeros desempregos e na entrega do petróleo brasileiro para monopólios internacionais. Tanto o ministro, como o próprio presidente, já deixaram claro que haverá uma forte “parceria” (ou melhor dizendo, forte submissão) do Brasil com os Estados Unidos, seja qual for a pauta. Assim o único interesse que importa é aquele dos imperialistas norte-americanos. O pretexto do ministro para esse total absurdo foi a existência de uma suposta afinidade entre a população brasileira e a norte-americana, no que tange a valores morais e religiosos. Segundo Araújo, mais importante do que as próprias relações comerciais entre dois países, é manter a “integridade do país, sem vender sua alma”. Vale lembrar que os ataques de Bolsonaro à China representam não apenas uma estupidez com pretextos ideológicos, mas um ataque direto à economia. Em 2018, o Brasil exportou 86% de sua produção de soja para os chineses. Essa iniciativa do governo fascista, coloca em risco cerca de US$30 bilhões em vendas para os chineses, com a reaproximação comercial entre Pequim e EUA. Neste sentido é fundamental que seja barrada a ofensiva da direita, que vem destruindo a economia nacional, atacando diária e diretamente aos interesses dos trabalhadores. Seus direitos estão sendo brutalmente massacrados, em prol dos interesses da burguesia internacional. Assim se faz necessária a organização de amplas mobilizações populares, pedindo a saída de Jair Bolsonaro e de todos os golpistas, bem como a liberdade do principal preso político brasileiro e líder da classe operária: Lula.
fende os linchamentos, destruição de obras de arte, a venda do país para o estrangeiro, etc. No começo do governo, toda as contradições dessa política vieram a tona, deixando o governo na corda bamba. São contradições que levam a política do governo para o caos total, ficando apenas a ideologia direitista de ataques aos direitos elementares da população brasileira. Tudo isso influencia alguma parcela da sociedade e os jovens autores da chacina em Suzano não ficaram de fora da pressão do golpe de Estado, das loucuras do governo Bolsonaro. O que aconteceu em Suzano foi uns dos primeiros efeitos do golpe de Estado. A desestabilização que resultou em mortes. Outros virão e por isso é preciso lutar contra o golpe, contra o governo Bolsonaro, pela sua imediata derrubada.
POLÍTICA| 5
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
Direita golpista usa mortes em escola para realizar campanha pela redução da maioridade penal A
pós o massacre de Suzano, a direita golpista se ouriçou e trouxe de volta a campanha pela redução da maioridade penal no país. Esse é mais um mecanismo utilizado pelos golpistas para atacar a juventude pobre e negra. O que aconteceu na escola em Suzano, representa uma reação violenta de uma grande opressão sofrida por aqueles jovens, é evidente que se resultaria em algo irracional e cruel com a mesma intensidade. O fato é, que a esquerda pequeno-burguesa tem feito coro com a direita, uma vez que reforçam o argumento do desarmamento da população e o reforço dos órgãos de repressão do Estado. A direita se aproveita muito bem dessa confusão desses setores da esquerda para colocar sua política arrasadora em prática. João Doria, o governador fascista de São Paulo, já declarou que irá pressionar parlamentares
para fazerem a defesa da redução no Congresso Nacional. Além disso, toda sua argumentação está baseada no bolsonarismo. Flávio Bolsonaro, foi outro representante da extrema-direita que fez campanha pela redução da maioridade e afirmou que o acontecido é justamente consequência da redução ainda não ter passado no país, também publicou nas redes sociais “mais uma tragédia protagonizada por menor”. E afirmou, que se os funcionários estivessem armados isso não teria acontecido. O argumento do bolsonarista, é muito claro e representa diretamente a repressão e encarceramento da juventude pobre e negra. Finalmente, é isto que essa política representa, é de característica do estado burguês o reforça da repressão quando se trata dessas questões. O debate gerado em torno dessa questão, somente reforça que a po-
VOZ DOS BANQUEIROS
Guedes ameaça deixar o governo se “reforma” não for como ele quer
D
emonstrando a crise no interior do governo golpista de Jair Bolsonaro, o ministro dos banqueiros, Paulo Guedes, ameaçou deixar o governo caso a proposta de roubo, chamada de reforma da previdência não for aprovada na integra, ou seja, de acordo os interesses dos grandes capitalistas. A proposta, que na prática, significa um roubo gigantesco do dinheiro da população, ao aumentar a idade o tempo de contribuição para que um trabalhador se aposente (dentre outros ataques), encontra resistência no interior da própria burguesia e dentro dos setores golpistas. A rápida crise do governo ilegítimo de Bolsonaro no começo do ano com a intensificação do repúdio popular a sua política, como foi visto no carnaval, colocou em cheque as tentativas de saquear os direitos da população. Já se discuti uma proposta de reforma da previdência mais amena, o que não agrada aos bancos e aos grandes monopólios. O próprio Paulo Guedes já anunciou que a reforma da previdência não será suficiente para satisfazer a sanha pelo lucro bilionário de seus patrões. O ministro golpistas apresentou como um plano B a pro-
posta de desvinculação do orçamento da União, o que retiraria a obrigação do governo e garantir as percentagens mínimas de investimento do orçamento público nos setores sociais, como Saúde, Educação etc. Uma verdadeira política de massacre e rapina contra o povo, o qual perderia por completo o acesso aos serviços públicos, como saúde e educação. A declaração de Guedes de que sairia do governo, caso a proposta não fosse aprovada, ocorreu durante a posse do novo presidente do Banco Central. O ministro golpista afirmou que a “reforma” seria necessária devido ao chamado rombo da previdência, e que no futuro faltaria dinheiro para pagar as aposentadorias caso o sistema atual se mantenha. Trata-se de um discurso farsesco, pois a previdência nos últimos anos foi superavitária, além do que os maiores devedores são justamente os grandes capitalistas e banqueiros. A própria Embaixada dos EUA, país querido de Paulo Guedes, Bolsonaro e todos os golpistas, deve R$ 138 milhões aos cofres da previdência social. Como afirmamos anteriormente, a fala de Guedes evidencia o descontentamento do imperialismo com as dificuldades e as contradições impostas à sua política de devastação das condições de vida da população. Para derrotar de maneira consequente toda essa política é necessário colocar em marcha o movimento amplo que tenha como centro unificador a derrubada de todo o regime golpista. Mobilizar pelo “Fora Bolsonaro e todos os golpistas!”
lítica que deve ser levada adiante é a de combater o avanço da extrema-direita por meio de leis repressivas que atacam o povo. Enquanto a esquerda pequeno -burguesa se lamenta e faz árdua campanha pelo desarmamento,
isso tende a favorecer a direita oportunista e não os trabalhadores. Portanto, é preciso organizar a luta e a mobilização popular contra os golpistas, com uma política verdadeiramente combativa.
6 | INTERNACIONAL
ATAQUE AO SISTEMA DE ENERGIA
Venezuela derrota sabotagem imperialista ao sistema de energia elétrica
A
pós a sabotagem do sistema de energia elétrica provocada por agentes do imperialismo, no último dia 7, o vice-presidente de Comunicação, Cultura e Turismo, Jorge Rodríguez, comunicou, na quarta-feira (13), através da Agencia Venezuelana de Notícias, que o sistema já foi 100% restabelecido. A informação foi dada em uma entrevista coletiva no Palácio de Miraflores. Ainda segundo Rodríguez, “alguns problemas permanecem em certas áreas, relacionados a transformadores que foram sabotados”, como o caso dos municípios de Baruta e Hatillo, no estado de Miranda, destruídos por um incêndio provocado em uma subestação, ocorrida no último domingo. Todavia, o serviço já foi cerca de 70% recuperado nessas localidades. O ministro de Comunicação também condenou o golpista Juan Guaidó por ter convocado uma série de ações visando prejudicar o restabelecimento do sistema elétrico. Rodríguez qualificou o ataque cibernético perpetrado pelo governo dos EUA como um ata-
que – genocida – contra o povo venezuelano. Vale salientar que, o ataque foi realizado contra o Sistema de Controle Automatizado (ARDA) de Guri, localizado no estado de Bolívar. O ministro ainda afirmou: “eles tentaram destruir a pátria venezuelana, através do mais atroz dos crimes, um verdadeiro genocídio tentado com a suspensão do serviço de energia elétrica”. É preciso deixar claro que o ataque ao sistema de energia elétrica é apenas uma das sabotagens dentre muitas outras realizadas. Nesta mesma quarta-feira, foi registrado um novo ataque contra as instalações do cinturão petrolífero do Orinoco, a maior reserva bruta do planeta. A informação foi dada pelo ministro de Petróleo, Manuel Quevedo, através de seu Twitter. Segundo o ministro, houve uma explosão no patio de tanques da empresa Petro San Félix. Felizmente, o atentado não deixou vítimas. A patente derrota malograda pelo imperialismo após o ultimato dado ao – governo legítimo de Maduro – provocou efeitos antagônicos entre a massa
A QUEM SERVE A JUSTIÇA
venezuelana apoiadora do governo e o grupo golpista de Washington. Os golpistas, entretanto, recorrem ao método da sabotagem – prática comum do imperialismo – provocando ataques estruturais contra o governo. Por outro lado, a agudização dos conflitos tem elevado o moral e a consciência dos que estão dispostos a defender o governo de Nicolás Madu-
ro e a Venezuela dos ataques imperialistas até as últimas consequências. É preciso, intensificar o apoio à luta do do povo venezuelano pois, dadas as experiencias acumuladas no decurso histórico do imperialismo, os ataques podem e provavelmente irão aumentar na medida em que a crise do capitalismo aumenta e as investidas contra o povo venezuelano se desmantelam.
TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS, 12H30
PMs condenados em 1ª instância por tortura e morte de Amarildo são absolvidos
A
Justiça do Rio absolveu 4 dos 12 policiais militares acusados pelo desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza na Rocinha, na Zona Sul do Rio, em 2013. A decisão, dos desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a libertação imediata dos ex-PMs Jairo da Conceição Ribas e Fábio Brasil Rocha da Graça, que haviam sido condenados a 10 anos e 4 meses de prisão. As agentes Rachel de Souza Peixoto e Thaís Rodrigues Gusmão também foram libertadas. Elas cumpriam 9 anos e 4 meses de sentença. Também houve redução de pena para o tenente Luis Felipe Medeiros, que era subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha na época do desaparecimento do ajudante de pedreiro. Os outros policiais envolvidos no crime continuam presos, incluindo o major Edson Raimundo dos Santos, que foi condenado a 13 anos de prisão. Segundo as investigações, ele teria mandado os policiais levarem Amarildo para para prestar esclarecimentos na base da UPP em julho de 2013. O ajudante de pedreiro nunca mais voltou para casa. A Justiça concluiu que Amarildo foi torturado até a morte. O corpo dele não foi encontrado até hoje. Ao todo, 25 policiais foram processados. Um deles morreu antes da decisão, e, em 2016, 12 foram condenados pelo sequestro, tortura seguida de morte, ocultação do cadáver e fraude processual. Tanto a ação das polícias militares, que seguem torturando e matando no campo e nas periferias das cidades,
quanto a parcialidade da justiça, com condenações discriminatórias sobre a parcela mais pobre da população, são instrumentos de um Estado opressor. A justiça que condena o ex-presidente Lula, sem provas, e o mantém encarcerado sem direito às prerrogativas da lei no cumprimento das penas injustamente impostas, é a mesma que anula sentenças e absolve assassinos protegidos pelo Estado. O Caso Amarildo é emblemático e demonstra a luta das comunidades amordaçadas, que serão exemplo de resistência contra a política do medo e da opressão.
TODAS AS SEXTAS-FEIRAS, 14H00
Relembrando o caso Amarildo Entre 13 e 14 de julho de 2013, o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza foi levado para a base da Unidade de Polícia Pacificadora – UPP da comunidade da Rocinha pelos PMs, que acreditavam que Amarildo sabia do paradeiro de traficantes. No primeiro momento, a UPP afirmou que o pedreiro foi abordado e liberado pela PM. Desde então Amarildo jamais foi visto. A campanha “Onde está Amarildo?” logo ganhou até mesmo a imprensa burguesa e se tornou um dos principais motivos de manifestações dos trabalhadores e do movimento popular. Em 2016, no julgamento em 1º instância, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro imputou penas ínfimas ante a gravidade do caso. A pseudo condenação não passa de uma tentativa de abafar o caso e tentar mostrar que existe alguma justiça, mesmo que parcial, mas que na verdade não muda a postura de “capitão do mato” das polícias militares.
TODOS OS DIAS, A PARTIR DAS 3H NA CAUSA OPERÁRIA TV
MOVIMENTO OPERÁRIO | 7
ATAQUES AOS TRABALHADORES
Contra os ataques dos golpistas, Lula envia carta em solidariedade aos trabalhadores da Ford L ula enviou uma carta para os trabalhadores da Ford que estão sendo ameçados de perder o emprego, na última quinta-feira (14). A empresa imperialista norte-americana ameaçou fe-
char uma fábrica em São Bernardo dos Campos, colocando milhares de trabalhadores no desemprego. Lula relembrou sua história ao dizer que “há 11 meses estou preso sem
provas, uma prisão política como há 40 anos quando fui preso pela ditadura por representar os trabalhadores dessa categoria. Mesmo longe fisicamente da luta, me coloco solidário aos
atingidos por essa decisão”. Lula na época da ditadura representou os metalúrgicos do ABC contra os ataques dos capitalistas que apoivam os militares.
8 | MOVIMENTO OPERÁRIO, CULTURA E ESPORTES
CARAVANAS
Oeste paulista terá caravana para Plenária Nacional Lula Livre O
s militantes do Partido da Causa Operária e dos Comitês de Luta contra o Golpe e o Fascismo do interior de São Paulo estão organizando uma caravana para a Plenária Nacional Lula Livre, que acontecerá neste sábado na capital. A Plenária tem horário previsto de 9h às 18h. Teremos diversas caravanas organizadas pelos comitês de luta contra
o golpe, o oeste paulista não poderia ficar de fora, particiipando com transporte saindo de Marília, levando companheiros de Lins, Assis e demais cidades. Enquanto Lula, como liderança política que é, permanecer preso, os ataques às organizações populares tendem a se aprofundar brutalmente. Por outro lado, se o governo Bolsonaro
ECT
ESPORTES
Demissão, venda de imóveis, agências móveis: a política dos golpistas para acabar com a ECT
A
ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) possui unidades de trabalho em mais de 1.200 municípios espalhados por todo país, com mais de 106 mil funcionários concursados, e mais de 50 mil trabalhadores terceirizados. Considerada a maior empresa de Correios da América Latina e a segunda maior do mundo, os Correios no Brasil estão sendo desmontados pelos golpistas que usurparam o poder no Brasil, através do golpe de 2016. Para conseguir destruir os Correios, o golpista Jair Bolsonaro está propondo a demissão de 8 mil trabalhadores, já no inicio de ano, através de um programa de demissão voluntária (PDV). Para facilitar o lucro das atividades das agências franqueadas, que são controladas por capitalistas, o governo golpista está fechando as agências pró-
prias dos Correios e fazendo propaganda de que irá abrir agências móveis. Os golpistas também precisam agradar a especulação imobiliária no país, para isso, estão vendendo imóveis valiosos dos Correios, desfazendo do patrimônio do povo, além dos incêndios “sem origem”, que estão abalando vários prédios operacionais da empresa. Os golpistas estão destruindo os direitos dos trabalhadores da empresa, como o direito ao plano de saúde, a PLR etc, a fim de reduzir cada vez mais os gastos que a empresa tem com os trabalhadores. Para impedir a destruição dessa empresa do povo, somente com a luta contra o golpe, derrubando os golpistas e levantando a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas e Liberdade para Lula.
CAUSA OPERÁRIA TV
Entrevista Deivid Domenico, compositor do samba da Mangueira: veja como foi o último Uzwela, conversa sobre cultura
O
programa “Uzwela, conversa sobre cultura” da Causa Operária TV entrevistou nesta quinta-feira (14) o compositor do samba-enredo da escola campeã do desfile de 2019, Deivid Domenico de uma das mais tra-
mostra uma fraqueza e uma desagregação pouco usuais para um início de mandato, é sinal de que a hora da mobilização e da luta pela liberdade para Lula e pelo Fora Bolsonaro é agora. Vamos levar todos os companheiros dispostos a participar desse encontro, e fazer dele uma mola que permita impulsionar a luta pela liberdade de Lula.
dicionais escolas de sambas do Rio de Janeiro, Mangueira. Domenico é trabalhador dos correios e ativista de esquerda. O samba da Mangueira, por conta do clima polarizado do país, foi político.
Flamengo e Internacional liquidam adversários e assumem liderança dos seus grupos na Libertadores Mais dois times brasileiros entraram em campo na quarta-feira, pela segunda rodada da Taça Libertadores. Internacional e Flamengo enfrentaram, respectivamente, o Alianza Lima, do Peru e a Liga de Quito, a LDU, do Equador. As equipes brasileiras, cientes da dificuldade da competição, onde os tropeços, principalmente em casa, podem comprometer a classificação para a próxima fase, não vacilaram e fizeram valer não só o mando de campo, como também a superioridade técnica e derrotaram seus respectivos adversários. Inter e Fla já haviam estreado com vitória na abertura do certame continental. Com o triunfo nesta segunda rodada, os dois representantes nacionais assumiram a liderança isolada dos seus grupos, cada um com seis pontos. O acúmulo de vitórias já nas duas primeiras rodadas garante uma margem importante na pontuação para a passagem às fases de mata-mata da Libertadores, onde não há espaço para tropeços e vacilações, pois trata-se de fase eliminatória da competição. Jogando em Porto Alegre, em seus domínios, o Internacional soube se impor diante do adversário – tecnicamente inferior – e tratou de não dar chance ao adversário, fazendo 2 x 0 e assegurando a vitória, que lhe rendeu os três pontos e a liderança do Grupo A. Nico López foi o nome do jogo, autor dos dois gols do Colorado na partida. O Internacional se comportou como um verdadeiro participante de Libertadores, liquidando a partida ainda no primeiro tempo, com os dois tentos acontecendo antes dos vinte minutos iniciais. Os gaúchos entraram em campo determinados e, com uma marcação forte e sob pressão, sufocaram o adversário em seu próprio campo, com bolas recuperadas e logo servidas ao ataque. Foi assim que rapidamente chegaram ao primeiro gol aos nove minutos e logo em seguida ao segundo, aos dezenove. Atordoado, o time peruano mal conseguia entender o que se passava, tamanha a fúria dos comandados do técnico Odair Hellmann, que simplesmente não deixaram os adversários respirar em campo. O próximo compromisso do Internacional na Libertadores é contra o atual campeão, o River Plate-ARG, que em
partida também pelo mesmo grupo, tropeçou nos chilenos do Palestino, empatando sem abertura do placar. Antes de encarar os argentinos, todavia, os colorados disputam o maior clássico do sul do país, o Grenal, em compromisso pela penúltima rodada do campeonato gaúcho. Outro time brasileiro que esteve em campo e também fez bonito, foi o Flamengo. O rubro-negro enfrentou, diante de sua torcida, no Maracanã, a Liga de Quito (LDU) e fez o dever de casa. Sempre empurrado por sua imensa torcida, o “Mengão” fez 3 x 1 nos equatorianos e assumiram a liderança isolada do grupo D, agora com seis pontos. O Flamengo teve uma vitória convincente, pois foi o dono do jogo em todos os momentos. A Liga de Quito valorizou a vitória do Flamengo, pois teve dois pênaltis a seu favor, convertendo um deles e desperdiçando outro, defendido por Diego Alves. Os gols rubro-negros foram assinalados por Everton Ribeiro, Gabriel Barbosa (Gabigol) e Uribe. Copa do Brasil – Corinthians vence fora de casa Pela terceira fase da Copa do Brasil, em partida isolada, o Corinthians viajou até Fortaleza para enfrentar o então invicto Ceará e não tomou conhecimento dos cearenses. O “Timão” realizou uma partida segura e consistente, mesmo com o campo pesado depois de um forte temporal, e venceu os donos da casa pelo placar de 3 x 1. A chuva atrasou o início da partida, mas não atrapalhou o esquema tático do técnico Fábio Carille, que soube montar um esquema eficiente para furar o bloqueio montado pelo técnico Lisca, que funcionou tão somente no primeiro tempo. Na segunda etapa, o time paulistano deslanchou, com Junior Urso abrindo o placar, Juninho empatou, de pênalti, para o time da casa. Melhor em campo, o Corinthians voltou a ficar em vantagem no marcador com Vagner Love, depois de um bom passe de Sornoza. Jadson ampliou novamente sete minutos após o segundo gol, dando números finais ao placar. Com a vitória, o Corinthians leva uma importante vantagem para a partida de volta, marcada para o dia 3 de abril, em seu campo.