Edição Diário Causa Operária nº5641

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SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5641

DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003

Deputados que querem aprovar roubo das aposentadorias devem R$ 500 milhões à Previdência

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POLÍTICA

Fora Bolsonaro: 7 motivos para derrubar o governo golpista OPINIÃO

Armamento seletivo de Bolsonaro é uma enganação, a única política democrática é armar toda a população O decreto imposto pelo presidente golpista e ilegítimo, Jair Bolsonaro, na última terça-feira, 8, facilitando o porte de armas para determinados setores da sociedade evidenciou a farsa e a demagogia da política defendida pela extremadireita de liberação do armamento.

NEGROS

Fora Bolsonaro: Antes de atacar a aposentadoria, Bolsonaro quer agradar os “amigos” com o dinheiro da presidente classe trabalhadora. Isso por que o governo federal tem a obrigação de cobrar os débitos ilegítimo e das empresas que não pagam a previdência. São diversas empresas e instituições ligadas à racista diz deputados que sonegam. Se existe um rombo e roubo, isso também parte dos sonegadores que racismo é empresários-políticos que não cumprem suas obrigações fiscais com a União. “coisa rara” no Brasil ESTE DIÁRIO PRECISA DE VOCÊ, AJUDE-NOS! FAÇA UMA ASSINATURA SOLIDÁRIA HOJE MESMO

EDITORIAL

O MST deve ter o direito de se armar É um direito do MST se armar. Se os latifundiários estão armados para assassinar os sem terra, estes também devem poder se armar para se proteger da repressão fascista no campo, que aumenta a cada dia.

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Juventude de Curitiba mostra o caminho: “Fora Bolsonaro”, “…seu facistinha, os estudantes vão botar você na linha”



OPINIÃO E POLÊMICA | 3 EDITORIAL

O MST deve ter o direito de se armar

É

um direito do MST se armar. Se os latifundiários estão armados para assassinar os sem terra, estes também devem poder se armar para se proteger da repressão fascista no campo, que aumenta a cada dia. A burguesia está apavorada com a possibilidade de armamento do MST, a partir de brechas no Decreto 9.785, do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, que permite, entre outros, pessoas que residem em áreas rurais portarem armas. Segundo os juristas burgueses, os camponeses do MST que comprovem residência em áreas regularizadas se enquadrariam no decreto. Por volta de 400 mil famílias vivem nos assentamentos do MST conquistados através da luta pela Reforma Agrária, portanto terras regularizadas e com a possibilidade de portarem armas, segundo o decreto. No entanto, é difícil entender a postura do coordenador nacional do movimento sem terra, João Paulo Rodrigues. Em declaração à imprensa capitalista, ele afirmou: “Não queremos nem sonhar com essa possibilidade (de armar os sem terra). O MST tem 2 milhões de pessoas em sua base. Seria um contingente cinco vezes maior do que o Exército brasileiro.” Quem não quer nem sonhar com isso são os inimigos dos sem terra, os latifundiários, que se aproveitam do fato de a lei e todas as autoridades (juízes, policiais etc.) estarem ao seu lado e fingirem que não veem (ou mesmo ajudarem concretamente) os ataques aos camponeses pobres e sem terra, para esmagarem os militantes que lutam pelo solo onde trabalhar e viver.

“Não acreditamos na guerra como alternativa porque quem morre sempre são os filhos da classe trabalhadora”, disse o também dirigente Gilmar Mauro. Mas os sem terra, filhos da classe trabalhadora, já estão morrendo aos montes. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entre 1985 e 2018 foram assassinados 1.938 trabalhadores em conflitos no campo. Apenas 101 executores e 33 mandantes foram condenados por esses crimes. Entre 2017 e 2018, houve um aumento de 59% no número de famílias expulsas por latifundiários (2.305). No ano passado, 19 lideranças de movimentos pela terra foram assassinadas, o que também é maior do que nos anos anteriores. Já neste ano, foram ao menos três massacres registrados: dois no Pará e um na divisa do Acre com o Amazonas. Assim, chegou a 47 a quantidade de massacres compilados pela CPT nos últimos 24 anos. Com Bolsonaro no poder, os massacres são a política oficial para o campo. O presidente fascista declarou guerra aos sem terra, acusando o MST de terrorismo, colocando um general no comando do Incra e nomeando para a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura o histórico dirigente da UDR, Luiz Antonio Nabhan Garcia. A União Democrática Ruralista (UDR) é a organização criada pelos latifundiários, em 1985, justamente para espalhar o terror contra os sem terra, formando milícias fascistas que são as maiores responsáveis pelas mortes desses trabalhadores rurais.

Como impedir que esse cenário continue como regra no Brasil? O próprio João Paulo reconhece que o número de sem terra armados seria cinco vezes maior do que o contingente do Exército. Isso já levaria os latifundiários a pensarem duas vezes antes de cometerem qualquer atentado contra o MST e demais grupos camponeses. O armamento popular sempre foi uma reivindicação democrática para que o povo tenha como se defender da repressão do Estado. Os sem terra são esmagados diretamente por uma classe que detém uma parte do controle do Estado burguês, que são os latifundiários. E para esses massacres, os parasitas da terra contam com o apoio irrestrito dos banqueiros e industriais e seus fantoches do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, bem como das forças policiais e militares. É um aparato gigantesco funcionando a serviço da completa supressão dos direitos dos sem terra, particularmente o direito à Reforma Agrária, que é um direito democrático, assim como o direito ao armamento. E o próprio direito à vida.

Logo, não serão essas instituições que irão frear as chacinas no campo. Os únicos que podem impedir isso são os próprios sem terra organizados e armados, fazendo o uso de decretos como o 9.785. O MST deve ter a consciência de que, se não utilizar essa brecha e se não lutar pelo amplo direito ao armamento, o massacre dos camponeses tende a aumentar. É uma medida de autodefesa, de proteção da vida. Os trabalhadores da cidade e suas organizações, como a CUT, e os partidos políticos de esquerda devem apoiar a luta dos sem terra e o seu direito a se proteger de armas na mão. É preciso fortalecer a aliança de operários e camponeses, formando comitês de luta contra o golpe e comitês de autodefesa no campo, bem como unir de forma organizada e ativa tais organizações a partir da Frente Brasil Popular, com ações frequentes de apoio aos sem terra, que são o grupo mais violentamente atacado e indefeso dentre as classes populares.

GOLPISTA

Armamento seletivo de Bolsonaro é uma enganação, a única política democrática é armar toda a população O decreto imposto pelo presidente golpista e ilegítimo, Jair Bolsonaro, na última terça-feira, 8, facilitando o porte de armas para determinados setores da sociedade evidenciou a farsa e a demagogia da política defendida pela extrema-direita de liberação do armamento. O decreto, na prática, é extremamente limitado e amplia o acesso às armas a um setor minoritário da sociedade, parte do qual já se encontra armado. Trata-se, em sua maioria, da base social que compõe o bolsonarismo, categorias ligadas aos órgãos de repressão, como é o caso dos funcionários de empresas de segurança, agentes públicos da área de segurança, agente de trânsito, entre outros.

O decreto demonstra que nem Bolsonaro, tampouco a extrema-direita, nunca quiseram armar o povo de verdade, o discurso não passava de demagogia barata. A extrema-direita sempre quis fortalecer o armamento de seus próprios setores, sua própria base, os chamados “cidadãos de bens” uma forma de ampliar ainda mais a repressão do regime golpista contra a população. O direito ao armamento de todo o povo é um direito democrático e a única organização que defende de maneira consequente esse direito é o partido revolucionário, o PCO. O armamento dos setores populares, das organizações de esquerda,

dos sindicatos, como a CUT, dos movimento sociais, como o MST, constitui uma medida necessária de defesa dos ataques da direita fascista e uma ameaça à política de terror imposta pela extrema-direita e a direita golpista contra toda a população. O direito ao armamento de todo povo é reivindicação democrática fundamental e uma política a ser defendida por todos os querem impor uma derrota ao grande capital e seu aparato repressivo, que não cederam com discursos e “convencimento” mas somente diante da força da classe trabalhadora, organizada e mobilizada, pelos meios que forem necessários.


4 | POLÍTICA

ATAQUE A APOSENTADORIA

Deputados que querem aprovar roubo das aposentadorias devem R$ 500 milhões à Previdência A

ntes de atacar a aposentadoria, Bolsonaro quer agradar os “amigos” com o dinheiro da classe trabalhadora. Isso por que o governo federal tem a obrigação de cobrar os débitos das empresas que não pagam a previdência. São diversas empresas e instituições ligadas à deputados que sonegam. Se existe um rombo e roubo, isso também parte dos sonegadores empresários-políticos que não cumprem suas obrigações fiscais com a União. Os débitos chegam a quase R$ 500 milhões conforme se pode observar no quadro Importante destacar que é fundamental que os deputados e suas empresa além de não pagarem o que devem – como a maioria das grandes empresa capitalistas que devem cerca de R$ 500 bilhões à Previdência – ain-

da são beneficiados por benefícios fiscais, renegociação de dívidas etc. e outros golpes como como a entrada no processo de regularização, pois essa medida, nada mais é que uma negociação palatável aos bolsos dos capitalistas com o instrumento negociação de débito e na maioria das vezes não resultam em quitação. Todos os setores que apoiam a reforma da previdência são interessados diretamente por que lucram com a reforma. Não se trata de uma opção de ataque ao povo brasileiro para acumular dinheiro para amanhã devolver a sociedade. É um roubo descarado, o maior de todos os tempos, uma verdadeira expropriação da classe trabalhadora. Essa situação evidencia o caráter reacionário da política de aprovação parcial da reforma da previdência, co-

mo alguns setores da esquerda burguesa e pequena burguesa defendem, como a ala direita do Partido dos trabalhadores em conjunto com alguns governadores petistas.

É fundamental nas ruas uma necessária mobilização ampla para derrubar o governo Bolsonaro e todos os golpistas e sepultar essa reforma da previdência.

FORA BOLSONARO

7 motivos para derrubar o governo golpista 1. O governo é ilegítimo Jair Bolsonaro só venceu as eleições porque houve uma fraude eleitoral. Apesar de ser um governo improvisado pois a burguesia queria o PSDB no governo, Bolsonaro é a continuação do golpe estado que teve inicio com a derrubada do governo Dilma em 2016 passando pela prisão de Luiz Inácio Lula da Silva e com isso impedindo que ele participasse das eleições. A burguesia usou de uma eleição fraudulenta para se legitimar minimamente perante o povo brasileiro e levar adiante o programa neoliberal comandado pelos Estados Unidos. 2. Bolsonaro é o Temer piorado Além de Bolsonaro ser a continuação do Golpe ele é também um versão piorada de Michel Temer. Bolsonaro é extremamente perverso com as pautas sociais e sempre lutando contra as classe operaria e os movimentos sociais. Bolsonaro está do lado dos ricos e diz que luta contra a corrupção mas sempre atuou do lado do Maluff e tem proximidades com milicianos e o seu partido (PSL) tem envolvimento com esquema de candidatura laranja. 3. O Povo quer o Fora Bolsonaro Ficou claro nas comemorações de carnaval e no festival Lollapalooza a rejeição do povo ao governo Bolsonaro nos dois casos o pode se ouvir o gritos de “Fora Bolsonaro” e “Ei Bolsonaro vai tomar n c*. Essas manifestações apenas comprovam que as eleições foram fraudadas e que o povo não queria votar em Bolsonaro. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) encomendou uma pesquisa para o Instituto Vox Populi que só con-

firmou a rejeição ao governo golpista. Mesmo entre os que votaram em Bolsonaro (que representaram apenas 39% dos eleitores nas últimas eleições), 29% acham que caminho que o País está tomando está errado. Do total pesquisado, 45% consideram que, até o final do ano, as coisas vão piorar ou ficar igual ao caos atual. 4. Bolsonaro é subserviente aos Estados Unidos Bolsonaro nada mais é do que um capacho dos Estados Unidos. O governo Bolsonaro não tem o minimo de preocupação com o povo brasileiro. Bolsonaro foi eleito através de uma eleição fraudulenta apoiada pelo banqueiros e o capital imperialista norte-americano. A contra partido de Bolsonaro por esse apoio é a a entrega total da riqueza nacional para o capital privado. 5. Bolsonaro é um fascista Este governo é produto do golpe de Estado, de uma fraude eleitoral e do desmantelamento da constituição

nacional. O governo é uma ditadura dirigida por um grupo de pessoas de extrema-direita. Porque esse grupo que está no governo, esses são todos fascistas. Isso já é mais difícil da pessoa não reconhecer. Quer dizer, nós estamos diante de um movimento que se inclina claramente no sentido da extrema-direita. Assim como os fascista de Mussolini na Itália o governo de Bolsonaro está para exterminar as organizações operárias. Para esse governo tenha sucesso nessa empreitada ele pretende criar uma ampla ofensiva nacional de censura e de perseguição à esquerda e aos movimentos sociais. Esse governo quer exercer uma doutrinação fascista e anti científica na escola. Eis o objetivo do projeto, que evidentemente tem como pano de fundo o auxílio na destruição completa do sistema educacional público. É importante frisar que Mussolini foi pioneiro em privatizações, a privatização também é um dos grandes projetos do governo Bolsonaro. 6. Bolsonaro quer roubar sua aposentadoria

Jair Bolsonaro, quer uma idade mínima para aposentadoria de 62 anos para homens e de 57 para mulheres, como se isto fosse algo positivo para a sofrida população brasileira. O fascista também prevê o estabelecimento de diferentes idades mínimas de acordo com a categoria profissional e a expectativa de vida. Em suas palavras, “Todo mundo vai ter que ceder um pouquinho. Proposta boa é a que passa no Congresso, não a que eu ou a minha equipe queremos. Mas definimos que a idade mínima será de 62 anos para homens e 57 para mulheres. No serviço público, isso pode variar”. Esse é definitivamente um governo de ataques generalizados contra os trabalhadores. Por isso, é necessário impedir o avanço de qualquer uma destas medidas exploradoras e organizar os movimentos sociais para derrotar o golpe e seu governo eleito pela fraude que tirou Lula da disputa pelo poder em 2018. 7. Bolsonaro cortou 30% das verbas para educação O Ministério da Educação (MEC) que anunciou corte de 30% das verbas para a Educação. O que Bolsonara quer aplicar é um projeto de asfixia sobre a educação e a ciências brasileira. O governo já bloqueou verbas de pesquisas e universidades para que se adequem ao teto de gastos. Poerem as universidades já estão sucateadas e Bolsonaro cortou mais verbas como se as universidades estivessem nadando em dinheiro. Estes contes afetaram as universidades em necessidades básicas como o pagamento de água, energia elétrica e prestação de serviços como limpeza e segurança. Restaurante universitário e programas de assistência a estudantes pobres também ficaram comprometidos.


NEGROS | 5

GOVERNO GOLPISTA

Fora Bolsonaro: presidente ilegítimo e racista diz que racismo é “coisa rara” no Brasil N

a noite do último dia 7, a RedeTV exibiu a entrevista que a apresentadora Luciana Gimenez realizou recentemente com o presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro (PSL). Ao longo dessa entrevista, Bolsonaro comentou sobre uma situação que lhe sucedeu nos anos de 1970, enquanto estava no Exército, na qual ele supostamente teria livrado um colega negro de um afogamento. Imediatamente, Bolsonaro utilizou esse exemplo como um pretexto para afirmar que o racismo “é algo raro no Brasil”, depreciando os numerosos casos de racismo que, dia após dia, acontecem no país. Obviamente, o discurso de Bolsonaro não agradou nada ao grande público, gerando polêmica e levando a uma avalanche de críticas nas redes sociais. A fala de Bolsonaro é semelhante a de figuras como Ali Kamel, que, aliás, é diretor de jornalismo de outra emissora: a Rede Globo. Kamel publicou em 2006 um livro cujo título patético chama-se “Não somos racistas”. É claro que a intenção dele com esse livro não

é defender o cidadão comum e alegar que uma pessoa de origem humilde não seria racista, mas sim, defender a sua classe: a imprensa da burguesia, capacho do imperialismo e dos grandes capitalistas. Através de argumentos rasos e poucos convincentes, e também com muita demagogia, tanto Bolsonaro como Kamel são figuras que ignoram as estatísticas que apontam para dezenas de milhares de mortes de negros todos os anos, principalmente nas favelas e nas mãos da Polícia. Sem contar que a população negra é a que mais sofre com o analfabetismo, menores salários, maior incidência de desemprego/informalidade e com menor acesso à universidade. A frase proferida por Bolsonaro em entrevista à RedeTV revela uma política cujo plano é o massacre da população, principalmente a população negra e moradora das favelas. Na verdade, a política bolsonarista e de todos os elementos da extrema-direita tem esse fundamento racista.

Esse plano de ataque ao povo negro precisa ser combatido, mas não com meros discursos ou com críticas nas redes sociais, mas por meio da luta política e pela mobilização das massas, nas ruas. Os coletivos que defendem a

causa do povo negro devem levantar a palavra de ordem “Fora Bolsonaro” e mobilizar esse setor, junto com todas as organizações de luta dos explorados, imediatamente, para combater os golpistas.

13 DE MAIO

131 anos da Abolição que frustrou uma revolução N

o dia de hoje, há 131 anos, foi assinada a Lei Áurea, oficialmente Lei Imperial n.º 3.353, sancionada em 13 de maio de 1888, Lei Áurea (Golden Law).tifestabelecendo a extinção legal da escravidão no Brasil. O Brasil foi o último País independente do continente americano a abolir completamente a escravatura e um dos últimos do mundo a por fim a este

regime de opressão, que foi uma das formas de acumulação primitiva de capital no Brasil. No vídeo abaixo, trecho do programa Analise Política da Semana, do ano passado, o companheiro Rui Costa Pimenta relata algumas verdades sobre esse importante episódio e da luta revolucionária dos negros no final do século XIX.

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6 | ATIVIDADES DO PCO E RCO

CONTRA O FASCISMO

Curso sobre o fascismo foi sucesso em Embu das Artes F

ascismo: o que é, e como combatê-lo”, curso distribuído por todo o Brasil pelo partido da Causa Operária, também efetuado no município de Embu das Artes, no último fim de semana. O curso mostrou a história do fascismo e seus métodos de agir contra a classe dos trabalhadores e também a importância da formação de comitês de auto defesa. Para combater o fascimo é extremamente necessário uma política correta e revolucionária, não podemos cair na

propaganda imperialista e da esquerda pequena burguesa. É necessário o armamento civil e a criação das milícias operárias, garantir o direito democrático da população se armar. Estiveram presente no curso ministrado pelo companheiro João Jorge da Costa Pimenta, da direção nacional do Partido da Causa Operária (PCO) e da coordenação da AJR (Aliança da Juventude Revolucionária) dezenas de trabalhadores, professores, estudantes, militantes e simpatizantes do PCO e de

ANÁLISE INTERNACIONAL

Só as massas podem impedir o caos da economia mundial R

ui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), explica – no programa Análise Internacional – como o esquema neoliberal está se esfacelando no mundo todo: “Nós estamos vendo aqui na América Latina a situação Argentina, onde a situação degringolou. Macri, para a frustração generalizada da burguesia, teve que voltar a aplicar medidas intervencionistas, teve que fazer controle de preços. Se essa política se mostrar obrigatória daqui por diante, isso significa que o esquema neoliberal, que já é precário, vai se desfazer e que nos vamos voltar ao ponto de partida da política neoliberal. Que são tendências hiperinflacionárias, agora turbinadas por uma falência dos estados nacionais. O déficit por exemplo do estado brasileiro é quase impossível de pagar.

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capitalista) ai você vai rolando a dívida, porque sanear as contas do estado é impossível. O caso da Ucrânia mostra numa

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certa medida o fracasso do golpe de 2014. deram o golpe, derrubaram o governo, fizeram aliança econômica com a União Europeia, mas não resolveram nada; isso por um lado. Por outro lado, mostra também que as ilusões da esquerda brasileira e em geral da esquerda latino americana de que o pós golpe é uma volta a normalidade é uma besteira. É como no caso do Brasil: O lula não vai sair da cadeia, o PT vai ser e mais e mais atacado (ou vai se integrar ao esquema golpista) e o golpe passa a ser o novo status quo brasileiro. Assim como a situação de dominação da direita, extrema direita, eleições fraudadas, a proibição de partidos, se tornaram o novo status quo na Ucrânia. E assim nós vamos ficar ad eternum a não ser que o golpe seja derrubado pela revolução das massas.

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JUVENTUDE| 7

FORA BOLSONARO

Juventude de Curitiba mostra o caminho: “Fora Bolsonaro”, “…seu facistinha, os estudantes vão botar você na linha” N

a última sexta (dia 10), o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro (PSL) esteve em Curitiba junto com os golpistas Sérgio Moro, o secretário de Operações Integradas, Rosalvo Ferreira Franco e os governadores bolsonaristas do Paraná (Ratinho Júnior-PSD), de Santa Catarina (Comandante Moisés-PSL) e do Rio Grande do Sul (Eduardo Leite-PSDB), para a inauguração de mais um instrumento de repressão contra o povo, o Centro Integrado de Inteligência e Segurança Pública da Região Sul (CIISP-Sul). Com medo da revolta popular e da grande movimentação de pessoas, a PM e a segurança do Palácio reforçaram o efetivo, armaram uma operação de segurança considerável para a comitiva, incluindo centenas de policiais, snipers nos prédios próximos, bloqueios no trânsito, nas vias de acesso à Praça Nossa Senhora Salete, ônibus Ligeirinhos deixaram de parar na estação-tubo Centro Cívico às 14h30.

Mesmo assim, milhares de estudantes, trabalhadores da educação, professores do ensino regular e universitários, petroleiros e diversas categorias protestaram em frente ao Palácio Iguaçu, repudiando a presença dos golpistas, exigindo a saída de Bolsonaro e a revogação de todas as medidas de ataque à população (reforma da previdência, cortes nas universidades e nos programas sociais, privatizações, etc). As palavras de ordem mais presentes foram dirigidas contra Bolsonaro: “Fora Bolsonaro!”; “Ei Bolsonaro vai tomar no …!”; “Bolsonaro, seu fascistinha! Os estudantes vão botar você na linha!”; entre outros. A imprensa golpista utilizou a manipulação de sempre noticiando que houve manifestações contra e a favor de Bolsonaro. Segundo o Major Paulo Roberto da PM, cerca de 1,5 mil estudantes e 150 pessoas simpatizantes de Bolsonaro, estiveram presentes na região do Palácio Iguaçu. No entanto,

quem esteve presente viu que os coxinhas bolsonaristas não chegaram a 30 e ficaram o tempo todo atrás da PM (fotos abaixo), enquanto a esquerda reuniu uma pequena multidão, com milhares de pessoas. A manifestação expressou a tendência à mobilização, a popularidade da

palavra de ordem Fora Bolsonaro e a necessidade de colocar na pauta da greve nacional da Educação, que ocorrerá na próxima quarta (15/05), o eixo de Fora Bolsonaro e todos os golpistas e da Liberdade de Lula como questões chave para a derrota de todas as medidas dos golpistas.

TODOS ÀS RUAS

Presidente da CUT publica carta à juventude convocando mobilização do dia 15 D

esde o dia 6 de maio as mobilizações estudantis vêm crescendo, o corte de 30% no orçamento da Educação fez com que milhares de estudantes saíssem às ruas para protestar. A manifestação em frente ao Colégio Militar Dom Pedro II, as mobilizações em Salvador (UFBA), Niterói (UFF), Natal (UFRN), Curitiba (UFPR), João Pessoa (UFPB) e nos diversos Institutos Federais pelo país, são um indicativo da dimensão da Greve Geral da Educação no próximo dia 15/05. O presidente da Central Única do Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, publicou no dia 11 de maio uma carta em apoio às mobilizações estudantis e à greve do dia 15: “Podem contar com a CUT Nacional, as CUTs Estaduais, Confederações, Fede-

rações e Sindicatos filiados. Estamos de portas abertas para ajudá-los nesta luta importantíssima para o desenvolvimento do Brasil, com justiça e inclusão social de todos os brasileiros e brasileiras.” “Um governo que corta R$ 7,4 bilhões

na educação e libera 12,3 bilhões para os deputados, em troca de votos a favor da reforma da Previdência comete dois crimes simultâneos: condena o futuro da juventude e do país; e retira de todos, jovens e idosos, o direito a uma aposenta-

TODAS AS QUINTAS-FEIRAS, 14H

doria digna em futuro incerto.” A união entre estudantes e trabalhadores é fundamental para derrotar a ofensiva do governo ilegítimo de Bolsonaro, o qual subiu ao poder através de uma fraude que condenou sem provas e prendeu o candidato em primeiro lugar nas pesquisas, Lula, fazendo com que ele não pudesse concorrer. Todos os ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo desde o golpe de 2016 e agora com o governo Bolsonaro, que é a continuação do governo Temer, têm um eixo político. Por isso, a mobilização do dia 15 precisa ser política, é necessário levantarmos nossas bandeiras não apenas contra o corte na educação, mas partimos à luta com duas pautas fundamentais: o Fora Bolsonaro e a Liberdade de Lula.


8 | MOVIMENTO OPERÁRIO E MULHERES

REFORMA GOLPISTA

Se “reforma” for aprovada, trabalhador vai ter de pagar seguro para doença ou acidente A

“reforma” da Previdência que pretende roubar a aposentadoria dos trabalhadores, para atender aos interesses dos bancos e dos grandes capitalistas, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro, não quer apenas acabar com a possibilidade da classe trabalhadora de se aposentar algum dia, mas quer passar para o trabalhador os custos de qualquer afastamento do trabalho por motivos de doença ou acidente, deixando a cargo do mesmo a contratação de um seguro particular, para ter alguma cobertura nessas situações. No regime atual, a licença trabalhista é garantida pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas o artigo 10 da PEC da Previdência estabelece que “a lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios de riscos não programados, inclusive os de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado”. Sob o regime de capitalização – defendido pelo ministro Paulo Guedes (foto) e todo o governo -, o segurado do INSS será responsável pela própria poupança destinada à aposentadoria, a cobertura de benefícios previdenciá-

rios deverá ser feita por empresas privadas em parceria com o setor público, mas de forma individual, de acordo com especialistas. Mesmo com manutenção da estrutura tradicional do INSS, a reforma permitirá é a existência de um sistema concorrente a ser feito pelo setor privado, diminuindo a participação do Estado e deixando para o mercado privado a maior parte da cobertura contra qualquer tipo de benefícios de risco não programados. A falácia do sistema privado de saúde já é sentido por muitos brasileiros que tem planos de saúde, que constante-

mente colocam entraves na cobertura de cirurgias, questão quase sempre resolvida pela via judicial. Para Gilvan Cândido, coordenador do MBA de previdência complementar da FGV (Fundação Getulio Vargas), a proposta reflete uma mudança no papel do Estado não vai mais ser provedor dos direitos individuais relacionados ao trabalho. Esta situação já é comum para os contratos de estagiários, que além das formas tradicionais do convênio com faculdade, tem que contratar um seguro de vida privado para ele. O mesmo caso se aplica a

atletas profissionais, de acordo com uma regra da Lei Pelé que obriga o clube empregador a fazer um seguro em caso de acidente incapacitante ou morte”, afirmou. O desamparo do Estado num momento de total vulnerabilidade do trabalhador doente ou acidentado, é cruel com a classe trabalhadora mais pobre que, recebendo baixos salários não tem qualquer condição de reservar parte do seu salário para adquirir uma previdência privada ou um seguro de vida, em caso de acidentes. Diante dessa covardia com os trabalhadores, ainda mais cruel é a política de setores que se dizem da esquerda, colaborando com essa expropriação, defendendo a reforma que a verdadeira pá de cal sobre os direitos do povo brasileiro a uma vida minimamente digna, ao fim da sua vida laboral. O único caminho para os trabalhadores e suas organizações é a greve geral e a mobilização nas ruas, para derrotar o governo Bolsonaro, colocando abaixo o esse regime que impõe ataques diários a classe trabalhadora, à educação e a população das periferias com uma política genocida e de terra arrasada.

O MEMORIAL DOS NOSSOS FILHOS VIVOS

Mães lançam livro sobre filhos mortos pela Polícia

N

a quarta-feira(16), será lançado o livro O memorial dos nossos filhos vivos – as vítimas invisíveis da democracia, na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, no centro de São Paulo. Com 181 páginas, a obra apresenta 23 relatos a respeito de 26 vítimas de policiais e outros agentes do Estado. “O Estado os mata…. e eles passam a ser suspeitos” A decisão de transformar as histórias de vida dos jovens assassinados em livro partiu de Débora Silva, coordenadora do movimento Mães de Maio, que teve um filho assassinado pela polícia num ataque contra civis que deixou aproximadamente 600 mortos em maio de 2006, no estado de São Paulo. “Nossos filhos tinham nome e sobrenome, mas quando o Estado os mata, eles passam a ser suspeitos ou são criminalizados (…) Além de matar nossos filhos, o Estado ainda contamina a população ao colocar uma interrogação na cabeça das pessoas: ‘se a polícia matou, alguma coisa tem’”, afirma Débora. Durante estes 13 anos, os familiares que integram este movimento relatam para pesquisadores e jornalistas de que maneira os filhos foram assassinados. O livro traz também relatos de mães que tiveram os filhos assassinados por policiais em Chicago, no Rio de Janeiro, em Goiás, no Rio Grande do Norte, no Pará e no Ceará.

Um destes relatos é o de Vera de Freitas. Integrante do movimento Mães de Maio, conta como o filho Mateus foi assassinado em Santos, no litoral de São Paulo por dois homens encapuzados no período dos crimes de maio de 2006. Seguem alguns trechos do relato presentes no livro: “Terminei a faculdade e engravidei do Mateus. Pra minha família foi a maior alegria. Tanto pro irmão, como pro pai, como pra mim, porque a gente queria mais filhos, não queria só um. […] Eu ia trabalhar e comecei a sentir as dores, fui tê-lo no hospital. E, foi muito bom. Os meus amigos que trabalhavam comigo me mandaram um ramalhete muito lindo de flores. Aquela felicidade”. “Meu filho tinha uma saúde boa, tinha um corpo bom. Magro. Ele sempre se cuidou. E, de repente, a coisa. A gente sempre com cuidado. Na gestação, mil cuidados…Não tomava um remédio sem falar com o médico. Com medo de que algo pudesse afetar o filho, né? A gente tinha aquela coisa, aquele cuidado. Meu marido sempre foi muito cuidadoso com eles… “olha, cês num vão pra cá, vão pra lá…”. Eles estudavam, dava pra eles ir a pé. Eu pagava a condução. Pegava passe escolar pra eles não ter que vir na avenida. Eu tinha receio, muito carro, eles tivessem brincando e que…A gente tinha aquele medo, aquele cuidado. E, de repente...”. De acordo com o professor da Universidade da Califórnia, que escreveu o prefácio do livro,“O convite aqui é que te-

nhamos a coragem de defender os ‘nossos’ mortos e os ‘nossos’ mortos devem ser todo/a aquele/a vítima do Estado, qualquer que seja sua biografia. O projeto político das mães, portanto, é um convite à criação de uma comunidade moral forjada na dor e na raiva, não na cumplicidade com a lei”, afirma o professor. Cresce número de pessoas mortas pela polícia no Brasil De acordo com um levantamento realizado pelo Monitor da Violência, uma parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o G1 a partir dos dados do Distrito Federal e dos 26 estados, no ano passado, o Brasil teve 6.160 pessoas assassinadas por policiais, o que representa 935 a mais do que em 2017. A pesquisa apontou que, a cada 100 mil habitantes, a taxa de mortes pela polícia subiu de 2,5 para 3. O Rio de Janeiro é o estado com maior taxa de mortes por policiais. São 8,90 a cada 100 mil. O Atlas da Violência 2018 já havia mostrado que, num grupo de 100 mil pessoas, 87,7 homicídios foram de jovens negros e pobres. A professora Nalayne Mendonça Pinto, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), afirma que “O Rio é um estado violento por intervenção policial, temos um grave problema com os autos de resistência. Estamos assistindo um aumento no índice de morte da população de jovens

negros também por armas de fogo. O governador [Witzel] faz afirmações que representam uma grave violação constitucional de autorizar as execuções”. No Estado de São Paulo, os dados divulgados pela Ouvidoria da Polícia Militar no mês de março mostraram que os PM`s assassinaram 64 pessoas durante confrontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, em que os policiais militares cometeram 43 assassinatos, este número representa um aumento de 46%. Esta alta no índice dos assassinatos no Estado são responsabilidade do governador bolsonarista João Doria e do presidente ilegitimamente eleito Bolsonaro. De acordo Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao reforçar a ideia de que “bandido bom é bandido morto”, Doria promove um estímulo da letalidade policial. “De um lado, a letalidade da PM que historicamente é alta, independente do Doria. De outro, você tem um governo com uma agenda voltado para o enfrentamento violento, é uma combinação explosiva e o resultado é esperado”, afirma. Este aumento no número de pessoas assassinadas aponta para a necessidade da dissolução da PM e de todo o aparato repressivo. Ao ser entendida como um braço armado do Estado, a Polícia Militar está voltada para a proteção da burguesia e o extermínio dos pobres e negros. Ao ser dissolvida, torna-se necessária a criação de uma milícia popular eleita e controlada pelo próprio povo que não dependa da burguesia e, muito menos, do Estado.


INTERNACIONAL E COTV | 9

HONDURAS

Israel envia 1.000 soldados para apoiar repressão a protestos contra golpistas H

onduras é palco de vários protestos desde o final de abril como forma de impedir o avanço do programa neoliberal no país. Através de uma manobra parlamentar, os lideres dos partidos da base do presidente golpista Juan Orlando Hernandez, foram aprovados vários projetos de privatizações dos setores de ensino e saúde públicos. Os projetos, via determinação do presidente do parlamento, foram votados por aclamação e de forma que dispensassem a discussão em plenário e comissões, um expediente comum, usado no brasil ainda em 2015/2016 como forma de sabotar o governo Dilma. La ciudadanía clama por menos armas y más educación, a la vez que exige la salida del presidente de Honduras Juan Orlando Hernández. Estado hondurenho reprimido protestos pacíficos.

Contudo, dessa vez, os hondurenhos resolveram enfrentar o atropelo dos parlamentares. Uma onda de protestos atinge o pais nos últimos dias, intensificando a crise já instalada, que já estava muito agravada, entre outras coisas, com a migração forçada de hondurenhos em direção aos EUA em busca de uma alívio a situação de miséria que o governo liberal de Hernandez vem impondo. Como medida de contenção dos protestos, o governo hondurenho não se envergonha de se ajoelhar mais uma vez aos imperialistas. no último dia 9, chegou ao País uma tropa de 1000 soldados israelenses, especialistas em triturar palestinos, com o pretexto de ajudar o governo local a “apaziguar a população”, através de um programa de treinamento de policias. Para isso, invocaram um acordo assinado em 2016 por Her-

nandez, no qual o estado hondurenho se compromete a passar os próximos 10 anos comprando sucata do exercito israelense, bem como permitir que tanto Israel quanto os EUA atuem militarmente dentro de suas fronteiras, em conflito direto com a vontade popular. O quadro é estarrecedor. De um lado a população, que em parte foge da ameaça do estado golpista e sua milícia e quando enfrenta, é tratada como terrorista ou baderneira somente

por defender seus direitos básicos: acesso a saúde e educação básicos, gratuitos e universais. De outro lado, dois exércitos estrangeiros, armados até os dentes, sedentos por usar todo o seu arsenal contra uma população indefesa, que nem mesmo entende porque esta sendo atacada, e isso com a anuência de um governo, que muito embora tenha o dever de impedir esses abusos, os patrocina, os estimula e defende essa politica de extermínio do seu próprio povo.

VENEZUELA

A posição do PCO sobre a tentativa de golpe na Venezuela a nossa posição política, porque o caso da Venezuela, ela dá uma orientação totalmente equivocada, que é a orientação da esquerda em geral. A esquerda se comporta não como se nós estivessemos, no caso da Venezuela, no caso de outros países, diante de um golpe continental, mas como se isso daqui fosse uma coisa sem maiores consequências. O governo da Venezuela tem todo o direito de tomar essas medidas, qualquer outro governo já teria tomado essas medidas há muito tempo, e na nossa opinião tem também o dever de tomar essas medidas, não é apenas que ele tem o direito como que ele tem a obrigação de fazer isso daí, e se não houver uma luta mais intensa e mais rígida contra os agentes diretos do imperialismo norte-americano e do imperialismo em geral na América Latina, o que vai acontecer é que nós vamos ser completamente esmagados.”

A

Análise Política da Semana é um programa da CausaOperariaTV, apresentado pelo presidente nacional do partido, Rui Costa Pimenta, todos os sábados às 11h30 da manhã. No programa o companheiro Rui faz uma análise dos principais acontecimentos políticos da semana a partir de uma visão marxista e revolucionária. Na análise do dia 4 de Maio, Rui explicou a posição do PCO sobre a tentativa de golpe na Venezuela: “Antes de passar para a segunda questão, seria importante a gente afirmar aqui a nossa posição sobre a questão da Venezuela. Nós somos partidários de que todos os golpistas sejam presos imediatamente, sejam julgados e condenados

por traição a pátria. O Juan Guaidó está lá, leve, livre e solto, é uma barbaridade, é por causa da pressão internacional, do imperialismo, que o Maduro mantem ele solto. Eu vi algumas pessoas comentando, nós fizemos uma análise internacional ontem e algumas pessoas comentaram o seguinte, que “o que o Maduro fez está dando certo”, então nós queremos aqui explicar que não é fato, não é verdade. O fato de que os opositores possam andar livremente por Caracas dando golpe todo o dia sem acontecer nada, porque é isso que tá acontecendo, passa duas, três semanas e eles tentam um golpe de Estado, isso daí só estimula o golpe de Estado. Essas pessoas não tem apoio ne-

nhum dentro do país, todo mundo que esteve na Venezuela e não pegou as informações pela imprensa internacional, ou pela imprensa brasileira no caso, diz que os golpistas não tem apoio nenhum, então é um absurdo, praticamente é um incentivo ao golpismo você deixar as pessoas soltas lá. Vejam a audácia do Juan Guaidó, ele foi lá e organizou para soltar um preso comum, para dar um golpe de Estado, chamar a deposição do presidente, a sublevação das Forças Armadas, falando em nome de um país estrangeiro e não acontece nada. Eu coloco isso daqui não é tanto pra expressar uma divergência com o governo da Venezuela, embora seja uma divergência, mas é mais para esclarecer

TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS, 12H30



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