QUARTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2019 • EDIÇÃO Nº 5643
WWW.PCO.ORG.BR
DIÁRIO OPERÁRIO E SOCIALISTA DESDE 2003
Hoje: todos às ruas contra Bolsonaro! e pela conquista das reivindicações dos trabalhadores e da juventude OPINIÃO
Sabrina Fernandes, do Tese Onze: ideóloga da esquerda bolsonarista? As manifestações contra o corte brutal de verbas das universidades e institutos federais e contra os ataques gerais contra a educação, como é o caso do “escola sem partido” trouxeram de volta grandes mobilizações de rua contra Bolsonaro e os golpistas.
PCO
COTV: Hoje tem a cobertura completa, ao vivo, dos atos da Greve Geral da Educação ESTE DIÁRIO PRECISA DE VOCÊ, AJUDE-NOS! FAÇA UMA ASSINATURA SOLIDÁRIA HOJE MESMO
EDITORIAL
Toda a greve pela educação é política: a esquerda tem que levar suas bandeiras em todos os atos do País Hoje, quarta-feira (15), o Brasil será palco de dezenas manifestações contra os cortes de verba do governo de Jair Bolsonaro.
Acesse o link abaixo e faça uma assinatura mensal de R$ 15,00, R$ 30,00, R$ 50,00, R$ 100,00 ou colabore com o quanto puder no link da Vakinha: https://www.causaoperaria.org.br/assinar
A política da esquerda que não quer gritar “Fora Bolsonaro” é de preservação do golpe Para qualquer pessoa que tenha um mínimo de discernimento político e tenha um senso crítico com relação à situação política do país, fica por demais evidente, que embora exista uma profunda repulsa popular ao governo Bolsonaro
OPINIÃO E POLÊMICA | 3 EDITORIAL
Toda a greve pela educação é política: a esquerda tem que levar suas bandeiras em todos os atos do País H
oje, quarta-feira (15), o Brasil será palco de dezenas manifestações contra os cortes de verba do governo de Jair Bolsonaro. Os estudantes e os professores das redes públicas estão se organizando para parar as principais avenidas do país em protesto à política neoliberal que o imperialismo está impondo aos brasileiros desde o golpe de 2016 que depôs a presidente eleita Dilma Rousseff. Assembleias estudantis, assim como manifestações, foram realizadas previamente. A expectativa é que milhares de pessoas se mobilizem contra Bolsonaro. É importante ter em mente que se trata aqui de mobilizações política, que não podem se limitar a
pautas econômicas. Por isso o papel da esquerda deve ser de liderar a luta e levar amplamente suas bandeiras, seus panfletos, adesivos, cartazes, faixas e palavras de ordem. Trata-se aqui de um movimento contra o Estado Burguês, já que estes controlam a educação pública do país. Logo um movimento político. A comunidade acadêmica já protagonizou esse papel diversas vezes, sobretudo quando foi posto em xeque a ditadura militar, e também quando lutou-se contra governos de direita. Basta lembrarmos das manifestações dos professores contra o governo de Beto Richa no Paraná e contra Alckmin em São Paulo, ambas fortemente reprimidas pelo Estado. Estes setores sempre
se impuseram contra os governos da direita brasileira. Pela importância e magnitude da manifestação, a esquerda não pode cometer alguns erros crassos como vem cometeu em algumas manifestações anteriores. A esquerda deve levar suas bandeiras e sob hipótese alguma abaixa-las. A esquerda pequeno-burguesa capitulou perante a direita cedendo aos setores reacionários de manifestações passadas que impuseram manifestações “apolíticas”, que nada mais é do que a política direitista impedindo o avanço da luta política da esquerda. A luta pela educação pública, ampla e gratuita para a população sempre foi uma pauta da esquerda. A direita
só se interessa em fortalecer seus monopólios a despeito da miséria da população que fica com as migalhas da burguesia. Por isso, a pauta não pode se limitar a conquistas políticas, pedindo simplesmente a anulação dos cortes. A esquerda deve reivindicar a abolição das reformas, a renúncia do governo e a liberdade dos presos políticos pelo golpe, como é o caso de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa greve geral da educação deve acarretar a paralização do país inteiro. Os trabalhadores devem se juntar aos estudantes. Só com uma paralização de todos os setores poderemos derrotar a agenda neoliberal do imperialismo e retomar a política brasileira e a soberania nacional.
GOLPISTAS
A política da esquerda que não quer gritar “Fora Bolsonaro” é de preservação do golpe P
ara qualquer pessoa que tenha um mínimo de discernimento político e tenha um senso crítico com relação à situação política do país, fica por demais evidente, que embora exista uma profunda repulsa popular ao governo Bolsonaro, existe todo um setor da esquerda, ou melhor, da ala direita da esquerda, que é absolutamente contrária a levantar essa palavra de ordem e pressiona a esquerda de conjunto para que não a adote na perspectiva de frear a crescente tendência às mobilizações populares que irão de encontro diretamente contra Bolsonaro e o golpe. Esse aparente contrassenso daqueles que apontavam durante as elei-
ções Bolsonaro com o “cavaleiro das trevas”, “a barbárie” e o “apocalipse para o país”, tem uma explicação que não tem nada de misteriosa. Ao mesmo tempo que alardeiam pelo país que tirar Bolsonaro implicaria na posse do seu vice, o general Mourão, portanto seria trocar seis por meia dúzia ou até pior que isso, promovem nos “bastidores da República” confabulações com os militares e como não poderia deixar de ser, com o próprio Mourão, sobre uma possível derrubada do presidente capitão ,e sua substituição pelo seu vice, o general Mourão. Esse quadro aponta que existe claramente duas políticas na esquerda.
Uma política que impulsiona a mobilização popular, e que tem na palavra de ordem “Fora Bolsonaro” a materialização da luta para derrotar o golpe de Estado de 2016 e uma outra política, que, diante do aprofundamento da crise do governo Bolsonaro e do próprio golpe, busca uma saída para o regime político nos marcos da preservação do próprio regime golpista. Um aspecto interessante dessa política de direita dentro da esquerda é o PSTU, que pela sua natureza peculiar, aos contrário de outros partidos que se camuflam, não consegue disfarçar que sua política é a expressão mais acabada dessa ala direita. O PSTU fez
coro com os golpistas para derrubar a presidente Dilma. As suas faixas e bandeiras durante a campanha pelo impeachment “clamavam” pelo “Fora todos”. Se era fora Dilma, Aécio, Cunha, Temer, etc., porque não “Fora Bolsonaro”? Ou o Bolsonaro, pela própria ótica do PSTU seria diferente dos demais politicos “burgueses e corruptos”? A resposta para isso é simples. O PSTU, apesar do seu aparente discurso de “extrema esquerda”, é um mero rabo dessa política direitista e por isso se auto denuncia com mais facilidade. Os motivos que estão por trás da política da direita podem ser os mais diversos possíveis, mais essa questão é absolutamente secundária. O que importa é que no final das contas essa é uma política de preservação do golpe e portanto, da sua continuidade.
TODOS OS DIAS ÀS 10H, NA CAUSA OPERÁRIA TV
4 | OPINIÃO E POLÊMICA
"ESCOLA SEM PARTIDO"
Sabrina Fernandes, do Tese Onze: ideóloga da esquerda bolsonarista?
A
s manifestações contra o corte brutal de verbas das universidades e institutos federais e contra os ataques gerais contra a educação, como é o caso do “escola sem partido” trouxeram de volta grandes mobilizações de rua contra Bolsonaro e os golpistas. Há claramente uma tendência de que o ato desta quarta-feira, dia 15, seja enorme em todo o País, tendo como principal alvo, como não poderia deixar de ser, o próprio governo golpista e fraudulento. Junto com essa tendência de grandes mobilizações, apareceu, ainda que de maneira pontual em algumas manifestações, uma política que estava adormecida desde o início dos atos coxinhas, mais especificamente desde que a direita foi infiltrada nos atos contra o aumento da passagem em junho de 2013: a política dos “sem partido” e do “abaixo essa bandeira… vermelha”. Nas redes sociais, alguns elementos desqualificados passaram a defender tal política, procurando arrebanhar alguns setores despolitizados e inexperientes. Quem entrou no política em defesa do projeto “manifestação sem partido” foi a “vlogger” e comentarista de esquerda Sabrina Fernandes. A moça, que se dedica a fazer vídeos explicando temas políticos no canal do YouTube chamado “Tese 11”, decidiu defender a censura contra as bandeiras dos partidos de esquerda em seu Instagram. Referindo-se ao caso da manifestação dos estudantes do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, quando alguns direitistas ou desavisados tentaram fazer o PCO abaixar as bandeiras, Sabrina Fernandes diz na postagem do Instagram que a “juventude tem medo da apropriação de suas manifestações orgânicas via bandeiras e carro de som” e que portanto dará importantes “dicas”.
Caneca de porcelana - 300ml
E ansiosos pelo seus ensinamentos tão valiosos, nós lemos que o problema é que os partidos políticos não “constroem no cotidiano” a mobilização, que falta até mesmo “humildade para construir em conjunto” e que por fim não podemos comparar os que têm uma política de MBL com o MBL por que isso não “conquista essa juventude”. O que seriamos de nós sem essas dicas tão descoladas e inovadoras? Mas a nossa querida “vlogger”, em sua aventura pelas redes sociais, foi contestada por uma seguidora no Instagram que ponderou suas dicas críticas apelando para o que deveria ser óbvio: que o movimento é democrático e que portanto todos os partidos de esquerda do PCdoB ao PCO têm o direito de se expressar. E mais ainda, a seguidora chama a atenção que essa política de “abaixar a bandeira” deu origem ao MBL e que foi o que favoreceu a infiltração da direita nas manifestações em 2013. Mas a nossa Sabrina não se deu por vencida e retrucou: “no caso do colégio Pedro II o PCO se apropriou do movimento com bandeiras desproporcionais e que essa é uma prática dirigista que não cola no século 21”. Segundo a ideia da nossa “vlogguer” para que um partido possa levar bandeiras em uma manifestação ele deveria participar diretamente da construção desse movimento. Ou seja, quem conhece a política do mundo real sabe o que isso quer dizer na prática. Um partido precisa ir na “construção” do movimento e pedir autorização para usar a sua bandeira. Aí, “democraticamente” as pessoas que são as “construtoras” desse movimento vão autorizar (ou não) que aquele partido leve as bandeiras. De repente, se levarmos ao pé da letra
Caneca térmica - 420ml
Camisetas personalizadas (silk e tranfer)
as “dicas” de Sabrina, os “construtores” do movimento poderão até mesmo adotar um tamanho adequado de bandeiras aos partidos. Resumindo: se um partido precisa passar por tudo isso para levar bandeiras, estamos diante de um caso antidemocrático. O que a esquerda pequeno-burguesa, que tem uma mentalidade coxinha não entende é que o direito de usar bandeiras não está em discussão. É um direito e pronto. Outra coisa importante é sobre a tal da “construção” do movimento. Sabrina, que é uma vlogger do século XXI talvez não saiba, mas seu conceito de “construção” do movimento já tem teia de aranha de tão antigo, e quem conhece sabe, não passa de uma palavrinha bonita para fazer demagogia e dar golpe no povo. Quem já participou de algumas assembleias comandadas pela esquerda pequeno burguesa, principalmente nas universidade sabe bem como funciona essa “construção”: “não vamos fazer a greve agora, vamos construir antes”, “não podemos ocupar a reitoria agora, vamos construir antes”, “você não constrói o movimento, portanto não pode se expressar” e por aí vai. A juventude do século 21, como gosta de dizer Sabrina Fernandes, precisa é aprender com a experiência política para não cair nesses golpes fuleiros e muitos antigos da esquerda pequeno-burguesa cujo objetivo é calar os opositores. Para uma “vlogger” moderninha, Sabrina está bem ultrapassada na demagogia esquerdista. Do mais, é preciso ainda dizer uma última coisa. Um ato verdadeiramente popular e com pautas populares – como é o caso da educação – deve aglomerar
Squeeze - 500ml
Caderninhos
todos aqueles e todas as organizações que se colocam a apoiá-lo. Quem está lutando quer o máximo de apoio para sua causa. Qual seria o interesse em proibir as bandeiras e os partidos? O único interesse, como bem disse a seguidora de Sabrina, é da direita que precisa se infiltrar nos atos para destruí-los. A ideia de que um partido levar suas bandeiras na manifestação seria “dirigismo” – seja lá o que exatamente quer dizer essa palavra – é parte da cabeça da esquerda pequeno-burguesa eleitoral. Não está disposta a impulsionar um movimento mas a competir por votos. Não importa se na eleição geral ou se na eleição para o Grêmio e o CA, ela quer votos e para isso vale até mesmo tentar calar o outro. Toda essa política esconde uma espécie de bolsonarismo de esquerda que deve ser combatido. É essa a ideologia que Sabrina Fernandes representa e talvez por isso Sabrina tenha recebido cada vez mais espaço na própria imprensa burguesa, com reportagens na revista Época da Globo e outros jornais. Mas uma coisa é fato, é preciso sair nas ruas com as bandeiras da esquerda, com as palavras de ordem da esquerda e não aceitar nenhuma “dica” que vai servir para que a direita ocupe a manifestação como em 2013.
Botons (redondos e quadrados)
Posters A3
CONHEÇA E DIVULGUE OS PRODUTOS DA LOJA VIRTUAL DO PCO. FAÇA SEUS PEDIDOS ATRAVÉS DO TELEFONE: (11) 9 4999-6537
POLÍTICA | 5
HOJE
Todos às ruas contra Bolsonaro! e pela conquista das reivindicações dos trabalhadores e da juventude P
ublicamos, na íntegra, Declaração conjunta do PCO – Partido da Causa Operária, da Corrente Sindical Nacional Causa Operária, da AJR – Aliança da Juventude Revolucionária e da Corrente Educadores em Luta, que estará sendo distribuída nos atos de todo o País no dia de hoje. “Tomar as ruas pela derrubada de Bolsonaro e de todos os golpistas e pela conquista das nossas reivindicações” Ao decretar o corte de 30% das verbas das universidades e institutos federais, o governo golpista deixou ainda mais clara sua política de destruição do ensino público, que também é seguida pelos governos estaduais e municipais que estão apoiando a “reforma”, mantendo salários dos educadores congelados, cortando verbas das Escolas e Universidades públicas. Unificar as lutas A experiência dos últimos anos comprovou o caminho de derrotas que é direcionar o movimento para lutas parciais, diante da ofensiva golpista. Com essa política, os explorados saíram derrotados a luta contra o congelamento dos gastos públicos (PEC 95), contra a “reforma” do Ensino Médio (mesmo com centenas de escolas ocupadas), contra a “reforma” trabalhista etc. A mobilização não pode ser dirigida simplesmente à questão das verbas ou da Previdência, que são formas que assumem um ataque que tem caráter geral. Tem que estar voltadas contra a raiz do problema que é o governo ilegítimo de Bolsonaro e todo o regime golpista. Há uma clara tendência de que a greve desse dia 15 se transforme em um polo mobilizador para a greve geral marcada para 14 junho. Isso reforça a necessidade de que o movimento adote uma política que seja capaz não apenas de conduzir um protesto contra os ataques mas de impulsionar uma derrota do regime golpista. Para isso é necessário englobar todas as lutas parciais e reivindicações dos trabalhadores, o que significa adotar a palavra-de-ordem, que vem sendo pronunciada por um número cada vez maior de jovens e trabalhadores, sob as mais variadas formas: Fora Bolsonaro! Essa política unifica amplos setores, como mostram até mesmo as pesquisas manipuladas da burguesia que apontam um crescimento da rejeição ao governo Bolsonaro, que já foi eleito com um apoio minoritário do eleitorado (33%), em eleições fraudulentas. Outro ponto central e que unifica o conjunto das organizações de luta dos explorados, que conta com amplo apoio popular, e é fundamental para o avanço da luta contra o regime golpista é a luta pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos. Além dessas questões centrais a mobilização deve se armar de um con-
junto de reivindicações positivas e de um plano de lutas para dar sequência à mobilização do dia 15, nas Escolas, Universidades, em todos os locais de trabalho, seja por meio de uma greve por tempo indeterminado da Educação, seja por meio da greve geral de verdade de todos os trabalhadores, ou seja, por uma greve até que as reivindicações sejam atendidas. Derrotar o roubo da Previdência • Nenhum apoio à “reforma”. Derrotar a proposta do governo na íntegra, por meio da mobilização popular, nas ruas • Contra a expropriação dos trabalhadores, expropriar as grandes empresas capitalistas que devem bilhões para a Previdência Aposentadoria para as professoras aos 25 anos de trabalho e para os professores aos 30 anos • Salário dos aposentados, igual ao salário da ativa • Colocar a Previdência sob o controle dos trabalhadores e das suas organizações Barrar a destruição do Ensino Público • Nenhum corte nas verbas para a Educação, que os capitalistas paguem pela crise • Mais verbas para a Educação. Verbas públicas somente para o ensino público • Nacionalizar o petróleo. Cancelar as privatizações e reestatizar a Petrobras (100% estatal) para garantir os recursos necessários à Educação, Saúde etc. • Ensino Público, Laico e de qualidade para todos, em todos os níveis • Fim do Vestibular: livre ingresso nas universidades • Fim do roubo dos salários: reposição integral das perdas salariais; Piso Salarial Nacional dos Professores de R$ 6 mil para todos os educadores do
ensino básico (Meta 17 do PNE)
abaixo o regime atual
Abaixo a ditadura nas Escolas e Universidades
Fora o imperialismo do Brasil e da América Latina
• Abaixo a Escola com Fascismo e a Militarização das Escolas. Fora a PM das Escolas • Eleição direta de todos os cargos de gestão e controle das Escolas e Universidades pela comunidade escolar • Plena liberdade de organização e expressão para educadores e estudantes: nenhum tipo de restrição ao debate ou censura nas Escolas e Universidades
• Não à entrega do País: Não pagamento da dívida externa; cancelamento de todas as privatizações; Não às privatizações dos Correios, Petrobras, BB. Caixa etc. Colocar as estatais soh o controle dos trabalhadores • Estatização do sistema financeiro e do grande capital imperialista • Não ao ao golpe e à intervenção dos EUA na Venezuela, Nicarágua , Cuba etc.
Defender os direitos democráticos de todo o povo
Um dia de luta não basta, parar todo o País para derrotar os golpistas!
• Abaixo a censura: liberdade irrestrita de expressão, de manifestação, greve etc. • Contra o massacre da população pobre e ação criminosa dos bandos fascistas: direito ao armamento de toda a população; construção de comitês de auto defesa dos sem terras, nos bairros operários, dos sindicatos e demais organizações de luta dos trabalhadores e da juventude • Abaixo a ditadura do judiciário: eleição e revogabilidade dos mandatos de todos os juízes; fim do STF • Dissolução da PM e de todo o aparato repressivo • Fim da criminosa operação lava jato Fim do regime golpista • Liberdade para Lula e todos presos políticos • Eleições Gerais, com Lula candidato e Lula presidente • Fora Bolsonaro e todos os golpistas • Revogar todas as reformas dos governos Temer e Bolsonaro • Por Assembléia Nacional Constituinte, resultado da mobilização revolucionária das massas que ponha
• É preciso realizar assembléias por categorias, nas universidades, Escolas e nos bairros para aprovar a greve geral contra o regime golpista, começando pela paralisação do dia 14 de junho. • Nas universidades e instituições federais atingidas pelos cortes, aprovar a greve geral por tempo indeterminado, exigindo o seu cancelamento bem como as reivindicações do movimento. • Transformar o dia 14 de junho (paralisação nacional) e um dia de assembleias operárias e populares unificadas em todo o País, onde sejam aprovadas a continuidade da mobilização pela derrota total da reforma da Previdência e demais reivindicações, com a realização de uma greve geral por tempo indeterminado. São Paulo, 11 de Maio de 2019. PCO – Partido da Causa Operária Corrente Sindical Nacional Causa Operária AJR – Aliança da Juventude Revolucionária Educadores em Luta
6 | PCO E ATIVIDADES COTV
Hoje tem a cobertura completa, ao vivo, dos atos da Greve Geral da Educação
N
ão perca a nossa programação e a cobertura dos atos da Greve Geral da Educação neste dia 15 de maio*
10 horas – Reunião de Pauta 11 horas – Panorama Brasil 13 horas – Plantão de Notícias – Greve Geral da Educação 17 horas – Universidade Marxista 19 horas – COTV Entrevista 20h30 – Resumo do Dia *Programação sujeita a alteração por conta da cobertura dos atos
CONTRA OS FASCISTAS
CURSO SOBRE O FASCISMO
“Nem a ditadura fez eu abaixar Saiba onde foram realizados os minha bandeira”: assista ao vídeo cursos do PCO contra o fascismo do companheiro Antônio Carlos no último final de semana Silva encarando os fascistas C
A
esquerda pequeno-burguesa tem atuado em conjunto com a extrema-direita em manifestações que, segundo eles, seriam apartidárias, a fim de suprimir o direito das organizações de esquerda de utilizarem seus materiais, bandeiras, cartazes e faixas. Foi assim nos atos de junho de 2013, quando a direita se infiltrou para desmontar a manifestação popular e transformá-la em coxinhato. Naquela ocasião, a esquerda pequeno-burguesa se amedrontou e capitu-
lou diante das ameaças dos fascistas para que abaixassem suas bandeiras. O PCO também foi atacado, mas, tendo consciência que não se pode recuar da direita, enfrentou os ataques e não abaixou suas bandeiras. O companheiro Antônio Carlos Silva, da direção nacional do Partido, esteve na linha de frente dos enfrentamentos. “Nem a ditadura fez eu abaixar minha bandeira”, respondeu, diante da tentativa de intimidação de brucutus fascistas. Veja o video no Diário Causa Operária.
omo é sabido, o Partido da Causa Operária (PCO) ofereceu, em 13 de abril, a primeira edição do curso “O Que é o Fascismo e Como Combatê-lo”. Inicialmente realizado em quatro capitais do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Maceió, foi oferecido, na sequencia, em mais 20 cidades, entre elas Blumenau, Volta Redonda, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. No final de semana passada, o curso foi realizado também em Florianópolis, Embú, Vargem Grande, Jundiaí, Contagem, Santa Barbara e Unaí, tendo reunido mais de 80 pessoas. A preocupação dos militantes com o momento que vivemos, que o Golpe de 2016 nos legou, com a certeza de que o fascismo não é uma ilusão mas um inimigo a derrotar, tem atraído muitas pessoas para o curso, reforçando nos participantes a necessidade de organização e mobilização. Diferente da abordagem que a esquerda pequeno-burguesa costuma fazer do fascismo, supervalorizando-o como um fenômeno ideológico de direita, mas desprezando seu poder destrutivo atual, sob a ilusão de um suposto avanço do Estado democrático que nos tornaria imunes a ele hoje, o PCO procura mostrar como funciona hoje e a forma de combate-lo. Nada mais falso e perigoso, portanto, do que tratar o fascismo como
mera curiosidade ou uma impossibilidade. O fato é que ele é o resultado de uma situação de degradação do capitalismo e de desespero de setores das classes médias e de setores mais atrasados da classe trabalhadora (lumpesinato), tendo como característica principal a de ser um movimento de ação, com objetivo de aniquilar as organizações da classe operária. Convidamos a todos para participar do curso ministrado pelo PCO, que, ao partir da essência do fascismo, de seu desenvolvimento na Europa – em particular das experiências na Itália e na Alemanha, discute a política da esquerda adotada diante da sua ascensão e a relação com os dias atuais, principalmente em relação ao sentido do bolsonarismo e da extrema-direita, incluindo o papel das cúpulas militares. Essencial é que o curso discute as formas de combater o fascismo: a questão da frente única entre partidos de esquerda, a constituição de milícias operárias e dos grupos de autodefesa, além de ressaltar o papel central do partido revolucionário nessa luta. O curso está previsto nos próximos finais de semana para ocorrer ainda em muitas outras cidades. Entre em contato com o PCO. Veja se sua cidade está na lista. Caso não esteja, não há problema. Com seu apoio, podemos organizá-lo em sua cidade também!
POLÍTICA| 7
GREVE DA EDUCAÇÃO
47 locais onde haverá atos contra Bolsonaro nesta quarta A
paralisação da educação nesse dia 15 de maio apresenta uma enorme tendência de se alastrar pelos diversos outros setores da economia, promovendo enormes atos contra o governo Bolsonaro. Abaixo, segue a lista divulgada pela Central Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) de atos marcados nos diversos estados e localidades do Brasil LISTA DE UNIVERSIDADES QUE TERÃO MANIFESTAÇÃO/ PARALISAÇÃO NO DIA 15 DE MAIO Veja a lista de universidades e categorias que já decidiram parar dia 15 e as que ainda vão realizar assembleias para aprovar a greve nacional da educação. Se sua universidade não está na lista ou já realizou assembleia e vai parar, atualize as informações e compartilhe. Acre Universidade Federal do Acre Alagoas Universidade Federal de Alagoas Amapá Universidade Federal do Amapá Amazonas Universidade Federal do Amazonas Universidade Federal Rural da Amazônia Bahia Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Universidade Federal da Bahia Universidade Federal do Oeste da Bahia Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira Universidade Federal do Sul da Bahia Universidade Estadual da Bahia Universidade Estadual de Feira de Santana do Estado da Bahia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Brasília Universidade de Brasília Ceará Universidade Federal do Ceará Univerdade Federal do Cariri Instituto Federal do Ceará Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira Espírito Santo Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Federal da Grande Dourados Minas Gerais Universidade Federal de Ouro Preto Universidade Federal de Juiz de Fora e IFMG Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Uberlândia Universidade Federal de São João del Rei Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Universidade Federal de Itajubá Universidade Federal de Minas Gerais Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri Instituto Federal de Minas Gerais Universidade Federal de Viçosa Pará Universidade Federal do Pará Universidade Federal do Oeste do Pará Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará Insituto Federal do Pará Paraíba Universidade Federal de Campina Grande Universidade Federal da Paraíba Universidade Estadual da Paraíba Paraná Universidade Federal da Integração Latino-americana Universidade do Paraná Universidade Tecnológica Federal do Paraná Instituto Federal do Parná (IFPR) Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal Rural de Pernambuco Piauí Universidade Federal do Piauí Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Mato Grosso Universidade Federal do Mato Grosso
Rio Grande do Sul Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal de Pelotas Universidade Federal do Rio Grande Universidade Federal da Fronteira Sul Instituto Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre Instituto Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Pampa
Mato Grosso do Sul Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Rondônia Universidade Federal de Rondônia Instituto Federal de Rondônia
Goiás Universidade Federal de Goiás Maranhão Universidade Federal do Maranhão
Roraima Universidade Federal de Roraima Santa Catarina Universidade do Estado de Santa Catarina São Paulo Universidade Federal de São Paulo Universidade Federal do ABC Universidade Federal de São Carlos Universidade de São Paulo Universidade de Campinas Sergipe Universidade Federal de Sergipe Tocantins Universidade Federal do Tocantins Fontes: Seções Sindicais do Andes-SN e Fasubra Confira como será a mobilização das escolas municipais e estaduais no dia 15 em cada Estado: (em atualização) As escolas e universidades ficarão vazias, mas professores, professoras e funcionários do administrativo não vão ficar em casa, vão participar de grandes atos nas capitais e em vários municípios do interior do país. Acre Às 8h terá um ato público em frente ao Palácio Rio Branco. Trabalhadores e trabalhadoras da educação estão participando da Greve Geral. Alagoas A partir das 07h, em frente ao CEPA Farol. Greve, terá ato Público unificado. Categoria vai parar as atividades. Amazonas Às 15h, na Praça do Congresso, os trabalhadores e as trabalhadoras da Educação farão ato público. Categoria também vai parar. Amapá Às 16 horas, os trabalhadores e as trabalhadoras da educação farão ato na Praça da Bandeira. Bahia
Ato às 9 horas, no Campo Grande. As redes estadual e municipal de Salvador e do interior, universidades federais e estaduais, rede privada, técnicos das universidades, movimento estudantil vão parar suas atividades e depois vão para Campo Grande. Às 8h na Praça 09 de novembro, o magistério municipal público de Vitória da Conquista estará presente e depois vai seguir em caminhada para a Câmara Municipal, onde haverá um debate sobre a reforma da Previdência. Os servidores da educação no estado farão greve com assembleia geral e ato público. Às 08h30 terá um ato unificado ao lado da Prefeitura Municipal com a participação de professores e professoras da rede pública de municipal de Camaçari, que estão de braços. Algumas escolas terão aula com toda comunidade para debater a reforma da Previdência de Bolsonaro. Algumas entidades de trabalhadores ainda estão articulando mobilizações Brasília Às 10h haverá um ato unificado com os trabalhadores e as trabalhadoras de escolas públicas e professores do Distrito Federal no Museu Nacional. Ceará Às 8h, na Praça da Bandeira os servidores Públicos de Educação e de Cultura do Estado e os trabalhadores e as trabalhadoras da educação da rede estadual vão se concentrar e farão uma caminhada até a reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde terá um grande ato unificado. Espírito Santo Às 8h30 terá um ato unitário com trabalhadores, alunos e professores na Praça do Papa, em Vitória. A rede estadual estará toda de greve. Goiás Às 15 horas os trabalhadores e as trabalhadoras da educação em Goiânia farão ato público na Praça Cívica.
8 | POLÍTICA Maranhão Às 8h30, ao lado da Praça da Biblia, na capital do Estado, haverá uma assembleia extraordinária dos profissionais do magistério na sede do Sindeducação, . Às 15 horas, na Praça Deodoro, no centro de São Luiz, os trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão farão greve e participar do ato unificado. Os trabalhadores e as trabalhadoras em educação da rede pública municipal, da cidade de Timon, vão cruzar os braços e participar do ato público frente ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. Outras categorias também farão parte da mobilização. Mato Grosso Às 14h, em Cuiabá, na Praça Alencastro, os profissionais da educação farão um ato público com a participação de Cuiabá e Várzea Grande. A categoria no interior vai realizar atos locais e outras atividades de mobilização, como reuniões, panfletagens e outros, envolvendo outros sindicatos e a sociedade para organizar a luta e barrar a Reforma da Previdência. Mato Grosso do Sul Às 10h os trabalhadores e as trabalhadoras em Educação no Estado, junto com as centria sindicais, vão parar e participar de um ato político em frente UFMS, na Avenida Costa e Silva. Minas Gerais Às 09h30 haverá ato público na Praça da Estação, além disso, atos locais nos municípios também acontecerão. Às 14h haverá um debate sobre a reforma da previdência na UFMG. Pará 08h na Praça da República, em Belém, haverá um ato público do ramo da educação. A categoria está em greve e terá mobilização da rede estadual e municipal em diversas cidades. Nos municípios: concentração em frente às prefeituras e secretarias municipais de educação. Também haverá manifestações nas cidades pólos e Unidades Regionais de Educação no interior do Estado. Em Belém, haverá ato público na Praça da República, às 8h. Paraíba Às 9h os trabalhadores em educação do Município de João Pessoa e os da Educação do Estado da Paraíba vão parar suas atividades, se concentrar em frente ao Lyceu Paraibano e Às 14h vão para o ato público em frente à Assembleia Legislativa. Paraná Vários sindicatos do Estado aderiram às atividades em Curitiba neste 15 de maio. Às 8h30 vai ter um ato na Praça Santos Andrade com caminhada a partir das 10h até o Centro Cívico, além de outras mobilizações em diversas cidades do estado. Em Londrina o ato unificado da educação será a partir das 9 no Calçadão. Às 11h30 haverá ato em frente a prefeitura e às 12h30 e acontecerá
uma reunião com a bancada da Educação na Assembleia Legislativa. Os servidores municipais do Magistério do Paraná aderiram a greve e vão panfletar em Paranaguá e depois vão se somar no ato em Curitiba. Pernambuco Às 15 horas, os profissionais de Ensino Municipal da rede oficial do Recife e os trabalhadores e trabalhadoras em educação de Pernambuco e de Jaboatão dos Guararapes vão se concentrar no Ginásio Pernambucano e seguirão em caminhada até a Praça do Carmo, onde haverá um ato público com movimentos sociais. A categoria também fará atos em Caruaru e Petrolina. Pela manhã, haverá um ato dos Professores do Cabo de Santo Agostinho e a tarde se juntarão ao ato no Recife. Piauí Às 08h os trabalhadores em educação básica pública do Estado com outras entidades da educação e Universidades vão parar suas atividades e vão participar do ato público unificado em frente ao INSS. Rio Grande do Norte Em Natal, às 15h, os trabalhadores em Educação Pública no Estado junto com Universidade e Institutos Federais estarão nas ruas participando do Ato Unificado que, em frente ao Midway Mall. A maioria das regionais do Sinte/ RN farão atos públicos nos municípios. Rio de Janeiro Às 15h, será realizado um ato unificado na Candelária. Atividades descentralizadas estão marcadas também para as primeiras horas do dia em todo o estado. Rio Grande do Sul 13h será a concentração, no Instituto de Educação, para fazer uma caminhada passando desde o INSS, passando por Institutos Federais e, finalizará com ato público na Esquina Democrática. 14h, em Ijuí, os professores do município e do estado aula pública na praça central da cidade, com os seguintes temas: bloqueio de verbas para a educação; escola sem partido; militarização do ensino público; e reforma da previdência. Às 13h os profissionais da educação de Canoas farão um ato unificado na Praça da Emancipação , em frente a prefeitura e vão em caminhada para a Praça do Avião. 18h terá ato unificado em Porto Alegre. Em todo o Estado haverá atividades regionais, aulas públicas e atos públicos. Na capital serão feitas atividades durante todo dia, em três espaços diferentes. Ações com universidades, movimento estudantil, IFES, entidades municipais da educação também estão sendo articuladas. Os trabalhadores da educação no Rio Grande farão panfletagem na parte da manhã no centro da cidade, plenária sobre a reforma da Previdência, no auditório da Escola Juvenal Miller, e a noite vai ter uma passeata luminosa. Rondônia Às 09h00, na sede do SINTERO, em
Porto Velho, haverá concentração de trabalhadores e trabalhadoras da Educação e depois seguirão em caminhada até a Praça das Três Caixas D’água. A paralisação está articulada com movimentos sociais, IFs e Universidade. Manifestações nas 11 Regionais. Roraima Às 15h ato público na Praça do Centro Cívico. Greve unificada com as Universidades e movimento estudantil e pela manhã mobilização nas escolas e nas universidades que não aderirem ao movimento. Santa Catarina 15h, em Florianópolis, em frente a Catedral, haverá o ato da educação. Às 16h e 17h iniciará uma grande marcha pela cidade, finalizando com um ato no TICEN. A partir das 14 horas, em São Miguel acontecerá um ato unificado. A concentração acontecerá na Praça Belarmino Annoni e em seguida os participantes seguirão em caminhada até a praça municipal Walnir Bottaro Daniel. Em Joinville, o ato unificado será às 15h, na Praça da Bandeira. Às 10 e às 16h, em Chapecó, terão 3 atividades: aulas públicas na Praça Co-
ronel Bertaso. Às 14h15, em Jaraguá do Sul, acontecerá o ao unificado ao lado do Museu da Paz. Às 18h terá um ato público no mesmo local. A partir das 14h30, na cidade de Blumenau, acontecerá o ato unificado, na Praça do Teatro Carlos Gomes. São Paulo Às 14 horas vai ter ato público no Masp com os servidores da Educação e os trabalhadores e as trabalhadoras do Estado, que vão parar as atividades e seguir para o ato. Sergipe 8h30, em frente a Câmara Municipal de Aracaju, o ato público reunirá profissionais do ensino da cidade ve será realizado um Ato Público em frente da Câmara Municipal para entregar aos vereadores um oficio a favor da aposentadoria. Às 14h, o Ato Público unificado com outras categorias e movimentos sociais na Praça General Valadão. Tocantins Às 09h na Câmara Legislativa do Estado, em Palmas, o movimento grevista fará ato público.
POLÍTICA| 9
RIO DE JANEIRO
Abaixar a bandeira é capitular para o fascismo A
s entidades representativas dos setores da educação estão convocando um grande ato para amanhã (15), e os estudantes e trabalhadores estão empenhados nas mobilizações a nível nacional. Devido à grande polarização que toma o País, os atos tendem a ser muito grandes, agrupando não somente os setores da educação mas todos os setores descontentes com o governo ilegítimo, tornando-se um verdadeiro movimento de massas. Para que o movimento englobe todos os setores da população, atitudes como as que foram vistas no ato dos professores e alunos do colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em protesto aproveitando a presença de Bolsonaro em um colégio militar onde elementos da própria esquerda pequeno-burguesa defenderam que o movimento deveria ser apartidário
e que os militantes deveriam abaixar suas bandeiras, não podem ser toleradas de forma alguma. Atitudes como essas não são novidade nos grandes atos, aparecendo já nos movimentos de 2013, que por não terem um programa claro nem uma direção coesa, foram tomados pela direita e transformaram-se nos coxinhatos verde e amarelos, onde a única bandeira permitida era a do Brasil. Todos devem ter o direito de participar dos atos populares portando as cores e as bandeiras de seus partidos e movimentos sem sofrer qualquer coação, desde que estejam de acordo com as manifestações e queiram lutar contra a destruição do setor público pelo governo Bolsonaro. Forçar o apartidarismo é um ato fascista e sufoca o movimento, sendo o elemento de esquerda ou direita, favorece sempre os direitistas que querem
tomar de assalto as manifestações de insatisfação popular para levar a organização da classe operária para um
beco sem saída, sendo assim tem que ser cortadas pela raiz como uma erva daninha dentro do movimento.
PELA LIBERDADE DE LULA
Temos que levar a luta pela liberdade de Lula para todos os cantos do País H
oje, estudantes e professores de todo o país irão realizar manifestações contra os ataques do governo Bolsonaro à Educação. Nos últimos dias, tem se mostrado uma enorme tendência à mobilização contra o governo Bolsonaro. É hora de aproveitar o momento para mobilizar o movimento de luta contra o golpe e colocar a direita contra a parede. Para que os trabalhadores, estudantes e setores democráticos consigam seguir adiante na luta pela derrubada do regime político, é necessário transformar o movimento contra os cortes na Educação em uma ampla mobilização contra o golpe. É preciso, portanto, que o movimento evolua no sentido
de exigir a liberdade de Lula e a queda do governo Bolsonaro. Em todas as manifestações de hoje, é preciso levantar as bandeiras que possam contribuir com a luta contra a direita. Atitudes como pedir que os partidos abaixem suas bandeiras ou de impedir que a liberdade de Lula seja pautada por “não unificar” devem ser combatidas energicamente pela esquerda. A censura a qualquer pauta legítima da esquerda em uma manifestação popular é uma atitude tipicamente bolsonarista e não pode ser aceita nas manifestações de hoje. A esquerda precisa garantir, até mesmo pelo uso da força, que a liberdade de Lula seja reivindicada em todo o país.
TODAS OS DIAS ÀS 3 NA CAUSA OPERÁRIA TV ASSISTA, CURTA E COMPARTILHE!
10 | CIDADES
SÃO PAULO
Falta até copo descartável nas escolas A
gestão para camuflar a situação caótica das escolas, apela para o discurso do copo sustentável, ao invés de discutir as mazelas da rede pública, contorna com esses chavões do politicamente correto. As embalagens, copos descartáveis, papel toalha fazem parte da vida moderna dos indivíduos. A escola pública está cada dia mais abandonada pelo governo tucano, falta de tudo nas escolas, xerox e impressão de provas são artigos de luxo, pois na maioria das vezes se tem a impressora, não tem tinta, se tem tinta não tem a folha de sulfite e assim por diante. Depois da proibição do consumo de merenda escolar pelos professores, em algumas escolas, os professores
não têm nem copo descartável para beber sua água, em uma escola alegaram que é para proteger o meio ambiente, as indústrias poluem o mundo. E não copo do professor. O governo e a burocracia da Educação falam muito nos índices das escolas, como se procurassem alcançar metas de melhorias dos resultados desastrosos do processo de ensino-aprendizagem e como se o caos que reina não fosse um produto direto e perseguido pelo governo inimigo do ensino público e defensor do ensino pago. Contra todos os ataques aos professores, à escola pública e às universidades, todos à paralisação do dia 15 de maio em todas as capitais do Pais.
NÃO À MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS
Governo do DF vai aumentar repressão contra os estudantes C
omo é sabido, desde a consolidação do golpe, que depôs a presidenta democraticamente eleita, Dilma Rousseff, os ataques à classe trabalhadora tomam proporções cada vez maiores. Não é diferente o que ocorre com os estudantes em todo o País. Um bom exemplo para demonstrar os ataques à educação está no corte de verbas já anunciado pelo presidente fascista, Jair Bolsonaro. Outra boa demonstração ocorre no Distrito Federal, onde está sendo implementada a militarização das escolas. A Secretaria de Educação local propôs, com o falso discurso de aumento da segurança aos alunos, que os mesmos fossem revistados, a fim de “garantir” o não porte de qualquer material suspeito ou ilícito. Concomitante a essa total violação dos direitos dos discentes, aumentará a presença da polícia nas escolas.
O resultado esperado, claramente, é o aumento da repressão a eles, através de penas diversas. É importante ressaltar que a ideia de aumento da segurança nas escolas
é uma completa mentira. O governo de Jair Bolsonaro vem realizando uma intensa repressão aos estudantes e movimentos estudantis. A proposta visa, sim, o aumento da opressão a
eles. Para além, a revista de materiais de menores de idade é proibida por lei, assim como consta no Estatuto da Criança e do Adolescente, conforme estabelece a Lei N° 8.069, de 13 de julho de 1990, em seu 18° Artigo: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”. É fundamental, assim, que as mobilizações de estudantes e professores previstas para esta quarta (15/05) não apenas tenham como pauta o corte de verbas, mas toda a reestruturação do ensino no país. Deve-se também exigir a saída do presidente fascista, Jair Bolsonaro, e de todos os golpistas que massacram o ensino e os direitos não só dos estudantes, mas de toda classe trabalhadora.