Edição 723

Page 2

Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU ANO III Nº 723 QUINTA-FEIRA , 02 DE MARÇO DE 2023

Foi o responsável por modernizar o jornal impresso “A Gazeta”, unindo o jornalismo ético e correto às novas tecnologias, transformando o periódico no primeiro jornal a imprimir em cores no país. Continuou inovando quando inaugurou o Palácio da Imprensa, primeiro prédio a abrigar a redação, gravura, composição, impressão e distribuição de um jornal. No mesmo edifício, inaugurou a PRA-6 Rádio Gazeta, com grandes nomes da música lírica

Admirador e incentivador do esporte, foi o idealizador da “A Gazeta Esportiva”, publicada inicialmente como coluna, posteriormente suplemento do jornal, depois de maneira independente, sendo considerado o mais completo jornal de esportes da América Latina Idealizou a Corrida de São Silvestre, a maior e mais famosa corrida pedestre do mundo, criou a Prova Ciclística 9 de Julho, a mais tradicional do Brasil no ciclismo, e também foi o responsável pelas primeiras transmissões de um jogo de futebol, que aconteciam no Rio de Janeiro, via alto-falantes.

Infelizmente, Cásper Líbero teve sua vida interrompida precocemente em um acidente de avião em agosto de 1943. Como não era casado e não tinha herdeiros, em seu testamento, o jornalista e empresário pediu que seus bens fossem destinados à criação de uma fundação para apoiar a construção de uma sociedade justa e desenvolvida, por meio da educação qualificada e da comunicação. Em 1944, nasce a Fundação Cásper Líbero.

1ª Faculdade de Jornalismo do Brasil

Seguindo o desejo manifestado por Cásper em seu testamento, a Fundação Cásper Líbero cria a primeira escola de jornalismo do país, a atual Faculdade Cásper Líbero, que posteriormente ampliou suas opções de curso na área da Comunicação.

(2/3/1889 – 27/8/1943)

Sob administração de Cásper Líbero, o jornal “A Gazeta” criou em 1918 uma pequena coluna, de ¼ de página voltada ao segmento esportivo, entitulada “Gazeta Esportiva”. Sua popularização fez com que esta pequena coluna se transformasse em Suplemento em 24 de dezembro de 1928, agora denominado “A Gazeta – Edição Esportiva”.

Em 10 de outubro de 1947, quatro anos após a morte de Cásper Líbero e sob a gestão de Carlos Joel Nelli, o suplemento tornou-se um jornal diário e ganhou um grande número de páginas. Nasceu, então, “A Gazeta Esportiva”, já apoiada no sucesso de diversas provas promovidas por “A Gazeta” como a Corrida de São Silvestre e a Prova Ciclística Nove de Julho.

A GAZETA ESPORTIVA A TRADICIONAL CORRIDA DE SÃO SILVESTRE

Em uma viagem que fez a Paris, CÁSPER LÍBERO ficou maravilhado com uma corrida realizada à noite, em que os corredores carregavam tochas ao longo do percurso. Decidido a promover algo semelhante no Brasil, criou uma corrida noturna a ser realizada no último dia do ano de 1925. Estava fundada a Corrida de São Silvestre, que recebeu esse nome em homenagem ao santo do dia.

A corrida, a mais famosa e tradicional do Brasil e a da América do Sul, tem um percurso atual de 15 km pelo centro de São Paulo e é uma corrida mista desde 1975, quando começou a participação oficial das mulheres. Entre 1925, ano de sua criação e 1944, foi disputada apenas por corredores brasileiros. O maior vencedor da prova – e recordista até a edição de 2019, quando afinal teve sua marca quebrada após 25 anos – é o queniano Paul Tergat com cinco vitórias e, entre as mulheres, a portuguesa Rosa Mota, que com seis vitórias consecutivas nos anos 1980 é a maior vencedora geral. Entre os brasileiros, o título fica com Marílson Gomes dos Santos, com três vitórias. (Fonte: Wikipedia)

Cásper Líbero foi um homem visionário e suas ideias contribuíram para o desenvolvimento da Comunicação no Brasil.

Cásper Líbero

Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e dois anos mais tarde, fundava o jornal Última Hora, na cidade do Rio de Janeiro. Aos 23 anos, criava a primeira agência de notícias do estado de São Paulo, a Agência Americana

Em 1918, aos 29 anos de idade, tornou-se diretor e proprietário do vespertino A Gazeta, modernizando-o e transformando-o num dos maiores órgãos de imprensa da época. Para esse fim, importou rotativas da Alemanha, substituiu o telégrafo pelo teletipo e implantou novas técnicas de gravura, composição e impressão gráfica, a primeira em cores no Brasil. Paralelamente, implantou, uma nova dinâmica no transporte e distribuição do jornal, possibilitando que os exemplares chegassem às mãos dos leitores em tempo recorde.

Em 1932, foi um dos líderes da Revolução Constitucionalista. Em 1939, inaugurou o Palácio da Imprensa, como viria a ser chamada a sede própria do jornal A Gazeta na antiga Rua da Conceição, atual Avenida Cásper Líbero. Foi o primeiro edifício

erguido no país com as características apropriadas para redação, gravura, composição, impressão e distribuição de um jornal. Presidiu, entre 1940 e 1941, a Federação Nacional da Imprensa (FENAI - FAIBRA).

Criou um suplemento especialmente dedicado aos esportes, voltado para a cobertura futebolística, chamado de A Gazeta Esportiva e foi o idealizador da Corrida de São Silvestre

Ao morrer num acidente aéreo no Rio de Janeiro, no qual também morreu o então rcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar d’Afonseca e Silva, ele deixou, de acordo com sua vontade presente no próprio testamento, um complexo de comunicações que é administrado atualmente pela Fundação Cásper Líbero. Este complexo que reúne atualmente a TV Gazeta, Rádio Gazeta e Gazeta FM, o portal Gazeta Esportiva, a Faculdade Cásper Líbero e o Grupo Cidadania Empresarial

Encontra-se sepultado no Obelisco de São Paulo, onde repousam os restos mortais dos heróis da Revolução de 32

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

Contato@diariodacuesta.com.br

Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Diário da Cuesta 2
WEBJORNALISMO
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
DIÁRIO
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas,

BAHIGE FADEL

O Joãozinho chegou com a nota quatro na prova de matemática. O pai chamou-lhe a atenção. Onde se viu isso, menino? Não estudou? Ficou o dia inteiro mexendo no celular com coisas inúteis? Olhe no que deu. Só quatro. Reprovado. O Joãozinho, que, apesar de ser ainda muito novo, já tem a malícia dos experientes, não perdeu a pose. Já tinha a resposta na ponta da língua. Minha nota não foi tão ruim assim, pai. A Maria Lúcia tirou três e meio e o Paulinho, só dois. A minha é o dobro disso. Lógico que ele se esqueceu de dizer que o Lauro e a Sônia tiraram dez. Isso, claro, não tinha a menor importância. Importantes eram as notas da Maria Lúcia e, principalmente, do Paulinho.

Essa história não é ficção. Todos os dias acontecem cenas parecidas. É que é muito mais fácil mostrar quem está pior do que a gente do que analisar por que alguém está melhor, para que um dia a gente chegue ao nível superior. No emprego é a mesma coisa. Você não produziu muito neste mês, diz o gerente ao João Paulo. O João Paulo tem a resposta pronta: o Pedro produziu menos ainda. Ele se esquece de dizer que o Antônio, funcionário inexperiente, produziu muito mais. É mais fácil dizer que um é pior. Mais difícil é tentar melhorar, para se equiparar ao melhor.

Esse preâmbulo é para chegar à política brasileira. O presidente da república, no seu discurso de posse, falou em herança maldita. Herança maldita. Não explicou direito o que é essa herança maldita, mas nos discursos seguintes bateu na mesma tecla: herança maldita. Então, chego à conclusão de que o Brasil é uma herança maldita para o presidente. Desculpem-me, mas não posso concordar. Jamais considerei o Brasil uma herança maldita. Muito pelo contrário. O Brasil é um país abençoado, que não teve muita sorte com alguns governantes.

Qual seria essa herança maldita? A economia? Sou um leigo, mas me parece que a economia está relativamente bem, apesar dos problemas internos e, principalmente, externos. A agropecuária? Parece-me que esse setor vai bem, obrigado. O agronegócio tem produzido bem para o consumo interno e externo. A saúde pública? Bem, essa nunca esteve muito

bem. Não me consta que tenha piorado tanto nos últimos anos. A educação seria essa herança maldita? Bem, essa vai mal. Ocupamos a 54ª posição no PISA . Lá na rabeira. O analfabetismo entre pessoas até quinze anos de idade é de 6,8%. A média mundial é de 2,6%. É essa a herança maldita, então? Mas eu pergunto: quando é que a educação brasileira esteve melhor? Quando é que fomos destaque no PISA? Quando é que o índice de analfabetismo foi melhor que o atual? Todos sabem que a educação brasileira nunca foi lá essas coisas. Fazem reformas sem o mínimo conhecimento das necessidades e possibilidades da educação. Os maus resultados são previsíveis. Insistem na educação de tempo integral, como se fosse a salvação da lavoura. Mais tempo na escola não é sinônimo de boa educação. O que importa é a qualidade de ensino, não a quantidade de tempo. Só se faz boa educação com bons profissionais, num ambiente preparado para esse fim. Mas isso não é herança maldita. Isso já era assim, ou pior, nos mandatos anteriores do atual presidente.

Então, vamos parar com esse negócio de herança maldita e arregaçar as mangas. O Brasil é um país possível. Tudo de bom é possível no Brasil. Mas não há geração espontânea. É preciso trabalho, planejamento e competência. Discurso não resolve problema.

ARTIGO
HERANÇA
Diário da Cuesta 3

MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA

E foi assim que com muitas ideas mas poucas palavras para descrever o que me passa, pois parecia que as palavras se desvaneciam com o calor desses últimos dias.

Para dizer a verdade, estou mesmo querendo fugir a julgamentos.

Culpados? Todos nós!

Incredulidade? Estupor?

Vamos aos fatos.

Quase completando 2 anos de pandemia que se estende com variantes, ai surge uma guerra entre dois países.

Como cristã estou pedindo Paz!

Rezando por Paz!

Enviando Paz!

Num momento que não podemos perder mais nada, vemos esse desperdício de vidas, armas, dinheiro, uma ameaça para o mundo, destruição.

Quem ganha com a guerra?

Quem produz as armas.

Sabe porque?

Vende para os dois lados da contenda.

Enquanto esses brigam e se matam, destruindo tudo, alguém tranquilamente, sem nenhum problema de consciência, fuma seu charuto tomando seu uisque 50 anos, ouvindo Wagner.

Pobres jovens são enviados para o campo de batalha abater inocentes.

Enquanto os que mexem as pedras no tabuleiro de xadrez brincam com vidas, como jogo mortal.

Não é o fim.

Chega o carnaval que por conta da pandemia que se arrasta, não tem Carnaval.

Mais uns feriados para o povo adormecido.

Está na hora de acordar!

Cacareja o Galo da Madrugada lá no Recife.

A indústria do poder que move essa estrutura mortal dorme em berço de ouro.

A mesma arma que cria e vende, pode mudar o alvo e apontar para a própria cabeça.

Esse dia pode estar próximo.

Oremos!

Diário da Cuesta 5
“Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia.” Johann Goethe
A R T I G O

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.