Edição 749

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Diário da Cuesta

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1º de Abril Dia da Mentira

É mundial a comemoração. No imaginário de crianças e adultos, a mentira está associada à figura do Pinóquio, personagem que apareceu pela primeira vez em 1883, no romance “As Aventuras de Pinóquio”, escrito pelo italiano Carlo Collodi. Depois de inúmeras adaptações, o personagem foi imortalizado no filme homônimo de Wall Disney. Toda vez que o boneco de madeira mente seu nariz cresce, como uma forma de evidenciar que a verdade sempre aparece.

DEFESA
MEIO AMBIENTE
CIDADANIA
BOTUCATU ANO III Nº 749 SÁBADO E DOMINGO , 1 E 2 DE ABRIL DE 2023
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A teoria mais aceita diz que o Dia da Mentira ou “April Fools’ Day” (Dia dos Bobos de Abril), como é conhecido nos países de língua inglesa, surgiu de uma mudança no calendário utilizado na França do Século XVI. Esse século ficou marcado por inúmeros debates a respeito de mudanças no calendário, pois o que era utilizado na época, o juliano, estava bastante defasado.

Na França da segunda metade do Século XVI, o Ano-Novo era comemorado tradicionalmente em 25 de março, pois o início da primavera era enxergado como o momento da renovação de um ciclo. A comemoração de Ano-Novo acontecia até o dia 1º de abril, mas, em 1563, o rei francês Carlos IX propôs a mudança do Ano-Novo francês para 1º de janeiro.

Essa mudança proposta pelo rei francês foi aprovada no Parlamento, ficando conhecida como Édito de Roussillon. Com esse édito, oficializou-se a mudança do Ano-Novo na França para o dia 1º de janeiro. Acontece que muitos se recusaram a seguir a nova data e continuaram realizando sua celebração de Ano-Novo no período citado (25 de março a 1º de abril).

EXPEDIENTE

Essas pessoas começaram a ser alvos de zombariana sociedade francesa e passaram a ser chamadas de Poisson d’Avril, expressão em francês que significa “tolos de abril”. A partir daí, acredita-se que a prática de realizar brincadeiras e zombarias com as pessoas em 1º de abril fortaleceu-se e, posteriormente, espalhou-se pelo mundo.

Como mencionado, existem alguns registros históricos que apontam o Dia da Mentira como uma prática mais antiga do que se acredita atualmente. Um dessas menções é de um poeta chamado Eduard de Dene, também do Século XVI, que escreveu um poema que sugere práticas parecidas com as do Dia da Mentira

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

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Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU WEBJORNALISMO DIÁRIO
O Dia da Mentira é celebrado, no Brasil, em 1º de abril. Acredita-se que a data surgiu na França em meados do Século XVI.

“Ave de Esperança

Passo a noite a sonhar o amanhecer. Sou a ave da esperança.

Pássaro triste que na luz do sol Aquece as alegrias do futuro, O tempo que há-de vir sem este muro De silêncio e negrura

A cercá-lo de medo e de espessura Maciça e tumular; O tempo que há-de vir - esse desejo Com asas, primavera e liberdade; Tempo que ninguém há-de Corromper” (…)

Hoje veio uma lembrança de um tempo que eu participava de tudo que pudesse.

Era como correr atrás do vento.

Tinha que fazer tudo que coubesse nas horas que tinha para viver, no menor tempo possível.

Parecia um balãozinho colorido

“andando e cantando e seguindo a canção” como se não houvesse tantos amanhãs.

Conhecia um pessoal do Centro Acadêmico que frequentava o Banco e me chamaram para várias atividades. Naquele tempo todo dia era dia de festa em repúblicas, fui a poucas.

Uma dessas festas foi perto da minha casa lá da Costa Leite

Era uma noite fria de lua cheia muito bonita e inspiradora.

Tocavam música alegre lá e a poesia estava no ar.

Foi quando vi entrando porta adentro como que iluminado por um belo raio de lua nos cabelos longos e encaracolados, de um loiro quase branco, um rapaz com cara de anjo.

Vestia camisa de manga longa preta e calça social preta, enormes olhos verdes brilhantes e um belo sorriso. Impressionou pela elegância.

Fez-se a magia instantânea quando cruzou o olhar com o meu.

Ficamos ali nos olhando disfarçadamente e uma amiga comum, que estava perto nos apresentou.

Era descendente de suiços e tinha um nome totalmente diferente e inesquecível como ele.

Chamava-se Udo.

A partir daí nos encontrávamos sempre como amigos mantendo uma certa distância, pois ele estava temporariamente por Botucatu.

Queria cumprir seu sonho de estudar Oceanografia e biologia marinha.

Um sonho que era totalmente contrário a vontade dos seus pais que queriam que se formasse emgenheiro agrônomo.

Quando nossa amiga comum ia ao Banco onde eu já trabalhava, ele sempre a acompanhava e sempre me chamavam para churrascos no Lageado, shows de música no terreiro.

Lembro de um show da nossa querida Inezita Barroso realizado naquele terreiro ao lado do casarão da fazenda. O povo todo presente cantava acompanhando as canções, foi lindo.

Iamos a cineminhas, comer um lanche no Sheik Lanchonete com a turma, bailinhos no Mocó.

Como eu trabalhava e estudava a noite, não era possível sair muito.

Udo era bastante determinado e cumpriria seu sonho de ir para Santa Catarina estudar, e um belo dia veio despedir-se.

Nunca mais soube dele.

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(Miguel Torga--) Maria De Lourdes Camilo Souza

Pinocchio: História Original

Suas aventuras, criadas pelo escritor italiano Carlo Collodi, oscilam entre o moralismo e o humor negro. Ele não cai no sentimentalismo, mas reflete os problemas da Itália do século 19.

“A história original tem um certo tom sombrio”, explica Roberto Vezzani, da Fundação Nacional Carlo Collodi, na Itália, à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

“A história foi escrita 20 anos depois da reunificação italiana. O país lutava para encontrar a reunificação real. Havia muita pobreza e muitos problemas sociais. Por isso, a história, normalmente considerada uma história infantil, na verdade reflete os problemas da Itália daquela época”, explica Vezzani.

“As versões da Disney sempre são um pouco mais doces e atenuam as versões originais dos livros infantis escritos entre os séculos 17 e 19, que sempre são contos mais obscuros, tristes e desoladores que as versões da Disney”, afirma Fredy Ordóñez, tradutor de uma versão colombiana de Pinóquio

“Isso porque o conceito de criança que temos agora não existia naquela época. Não havia diferença entre a psicologia infantil e a adulta. São contos muito sombrios e reais”, ele acrescenta.

As origens do livro

Carlo Collodi (18261890), cujo nome verdadeiro era Carlo Lorenzini, nasceu em Florença, na Itália, onde seu pai trabalhava como cozinheiro de uma família aristocrática.

Depois de servir como voluntário do exército toscano durante as guerras da Independência da Itália em 1848 e 1860, Collodi criou um semanário satírico intitulado Il Lampione, cujo objetivo era “iluminar a quem permanece nas trevas”.

O italiano Carlo Collodi (1826-1890) ficou conhecido como jornalista escrevendo artigos — mas também foi autor de comédias e livros humorísticos

No dia 7 de julho de 1881, Collodi publicou no Giornale per i Bambini (“Jornal para as Crianças”, em tradução livre) os primeiros capítulos da série História de uma Marionete Dois anos mais tarde, a série foi compilada em um livro intitulado As Aventuras de Pinóquio.

Capa da edição italiana de 1924 de ‘As Aventuras de Pinóquio’ João Fellet tenta entender como brasileiros chegaram ao grau atual de divisão.

Reflexo de uma época

Com as aventuras de Pinóquio, Collodi nos apresenta os problemas do seu tempo.

“O que caracteriza o romance original é que ele mostra a imagem da Itália daquela época, mas, ao mesmo tempo, é um romance universal. Seu protagonista, Pinóquio, comete erros com frequência, mas logo os reconhece devido ao seu caráter bondoso”, diz Vezzani.

“Ele vive diversas aventuras que o fazem amadurecer e permitem que ele compreenda que as pessoas devem equilibrar a parte divertida da vida com a necessidade de trabalhar e cumprir com suas obrigações”, acrescenta.

“Estes são os temas universais do romance, que fazem com que todos reconheçam alguma parte do livro nas suas vidas e explicam por que é um dos livros mais traduzidos do mundo”, conclui Vezzani.

(Fonte: BBC News Mundo)

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