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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.719 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018 DIVULGAÇÃO

OPINIÃO O fechamento do Belo Horizonte Othon Palace tem sentido mais amplo do que apenas o fim de um dos mais importantes hotéis em um mercado decadente, ele representa simbolicamente o fundo do posso, o fracasso do Estado de Minas Gerais, e a estagnação de uma capital que já teve importância no cenário nacional. Belo Horizonte está mergulhada em uma paralisia sem precedentes, sua economia arrasta-se em frangalhos, sua infraestrutura permanece defasada, com uma governança medíocre, jogando contra os interesses da cidade, há pelo menos 20 anos. A Copa do Mundo que todos achavam ser a redenção permanente da cidade deixou um legado que está custando caro para o setor hoteleiro. A Capital recebeu 8 mil novos quartos em mais de 50 hotéis, que estão sobrevivendo aos trancos e barrancos. (José Aparecido Ribeiro), pág. 2

EDITORIAL

Para o juiz Alexandre Magno Mendes do Valle, há indícios de aparelhamento ilícito das entidades

Decretada intervenção do Sistema Fecomércio TJMG acatou denúncia do Ministério Público Estadual O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, ontem, que um interventor judicial assuma provisoriamente a presidência e demais cargos de diretoria da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), do Serviço Social do

Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A decisão decorre de uma ação do Ministério Público Estadual (MPE), fundada na alegação de prática de atos de improbidade administrativa e desvios de patrimônio estimados em R$ 15 milhões.

A sentença do juiz Alexandre Magno Mendes do Valle, da 8ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinou também que os réus que exercem cargos de direção e presidência das entidades sejam afastados imediatamente e que todos os contratos passem por auditoria. Pág. 3

Setor de serviços em AngloGold e Fiemg MG sinaliza acomodação capacitam fornecedores O setor de serviços em Minas Gerais apresentou crescimento de 0,4% em agosto na comparação com o mês imediatamente anterior. Após a retração de

1,9% registrada em julho deste ano, os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) sugerem o início de uma estabilidade no setor. Pág. 4

O programa, voltado a micro e pequenos fornecedores da mineradora, foi finalizado neste mês, com 90% das 21 empresas envolvidas mostrando

ganhos em sustentabilidade, o que significa que as chances de vida longa do negócio aumentaram. O processo durou 18 meses. Pág. 5

O mercado até que reagiu bem aos resultados no primeiro turno das eleições, principalmente por conta da vantagem alcançada pelo candidato Jair Bolsonaro. Créditos, nesse particular, também para o economista Paulo Guedes, da escola de Chicago e apontado como ultraliberal. Faz sentido, mas sustos não deixaram de acontecer, por exemplo, quando Bolsonaro declarou, em entrevista, que seu programa de privatização terá limites, excluindo a área de geração da Eletrobras. Segundo o candidato que as pesquisas apontam como dono de maiores chances no segundo turno, não faz sentido entregar para estrangeiros áreas estratégicas. O susto foi mesmo grande e a reação do mercado imediata, com as ações da Eletrobras levando um tombo que chegou aos 15%. “Interesses a defender”, pág. 2

Giro na Superminas é estimado em R$ 1,85 bi Cerca de 3.300 vagas temporárias serão abertas somente para atender à demanda de fim de ano nos supermercados mineiros, das quais pelo menos 15%

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SIC promete movimentar R$ 60 mi e atrair cerca de 30 mil visitantes Maior estado produtor de café do Brasil, Minas Gerais sedia, de 7 a 9 de novembro, a Semana Internacional do Café (SIC). O evento, que será realizado na Capital e está entre os três principais do setor cafeeiro do mundo, deve movimentar em torno de R$ 60 milhões em negócios e receber

devem ser efetivadas. Já nas padarias a expectativa é de um crescimento de 15% nas vendas. É neste cenário que a Capital sedia a Superminas Food Show 2018. Pág. 11

cerca de 30 mil visitantes. Considerada uma importante vitrine para a produção cafeeira, a SIC reúne toda a cadeia produtiva. Todos os estandes da feira já foram comercializados e a expectativa é superar as 141 empresas participantes da edição anterior. Pág. 14 DIVULGAÇÃO

Para 35% dos participantes, a guerra comercial é identificada como o maior risco

Situação da economia mundial preocupa os investidores globais Na programação estão previstas sessões de cupping (prova de cafés) Dólar - dia 16

Euro - dia 16

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,7213 Venda: R$ 3,7223

4,2975

Venda: R$ 4,2993

Ouro - dia 16

Compra: R$ 3,6970 Venda: R$ 3,8600

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC)

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 17): ............................. 0,0000%

Turismo Compra: R$ 3,7073 Venda: R$ 3,7079

Os investidores globais estão com a visão mais pessimista sobre a economia mundial desde a crise financeira de 2008, segundo a pesquisa mensal do Bank of America Merrill Lynch (BAML), que também mostrou uma queda acentuada nas

Poupança (dia 17): ............ 0,3715%

+2,83 +0,53

0,00

IPCA-IBGE (Setembro):...... 0,48% R$ 1.231,00

IPCA-Ipead(Setembro):...... 0,37%

R$ 145,00

IGP-M (Setembro): .................. 1,52%

-2,80 09/10

10/10

-0,91 11/10

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alocações em ações dos Estados Unidos. A pesquisa, divulgada ontem, foi realizada de 5 a 11 de outubro com investidores que gerenciam US$ 646 bilhões. A sondagem mostrou que os investidores continuam com posição overweight em ações. Pág. 15


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

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OPINIÃO O fechamento do BH Othon Palace JOSÉ APARECIDO RIBEIRO * Aos 51 anos de idade, sendo 28 deles dedicados à hotelaria, eu achava que não fosse me surpreender mais com notícias sobre fechamento de hotéis. Participei diretamente na abertura de pelo menos quinze bons hotéis ao longo da carreira, como executivo ou consultor, e até acho natural a renovação, ela é necessária para que haja modernização da oferta de hospedagem nas cidades. Porém, alguns hotéis a gente nunca imagina que vai acabar, e o Belo Horizonte Othon Palace era um deles. Lembro-me do primeiro dia que pisei no Othon, 28 de dezembro de 1988, uma quarta-feira, e eu era um iniciante no ofício, cursando o primeiro período de faculdade, com apenas 20 anos. Ali dei meus primeiros passos numa carreira que dura 28 anos. Como promotor de vendas no maior e mais famoso hotel de Belo Horizonte, sentia-me nas nuvens, o cheiro do hotel me deixava inebriado. Era o sonho de qualquer estudante de hotelaria fazer parte da equipe que tinha no comando Celso Morandi, Milton Rodrigues, José Carlos (Zé do Park), Jamir Honorato, Peter Jacob, Angela Pena e tantos outros. Foi assim com dezenas de profissionais que iniciaram suas carreiras na maior empresa de hospitalidade do Brasil, uma reconhecida escola de hotelaria. Por muitos anos o BH Othon foi referência, único hotel 5 estrelas da Capital. Por cinco anos tive o privilégio de aprender com profissionais do mais alto nível. Fiz amigos que duram até hoje, tive ascensão na carreira que considero de sucesso, permitindo-me posições de destaque e um “pé de meia” que é minha sobrevivência atualmente. 14 anos depois de ter iniciado como promotor de vendas no BH Othon, recebi a honra de ocupar a presidência da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Seção Minas Gerais por dois mandatos, e conversar de igual para igual com um dos maiores ícones da hotelaria nacional, meu ex-patrão, Dr. Álvaro Bezerra de Melo, fundador do Grupo Othon, homem de virtudes raras e humil-

dade franciscana. Foram anos de aprendizagem associativa que também serviram como lição de vida. O fechamento do Belo Horizonte Othon Palace tem sentido mais amplo do que apenas o fim de um dos mais importantes hotéis em um mercado decadente, ele representa simbolicamente o fundo do posso, o fracasso do estado de Minas Gerais, e a estagnação de uma capital que já teve importância no cenário nacional. Belo Horizonte está mergulhada em uma paralisia sem precedentes, sua economia arrasta-se em frangalhos, sua infraestrutura permanece defasada, com uma governança medíocre, jogando contra os interesses da cidade, há pelo menos 20 anos. Chamo atenção para o desastre que é o PT na gestão da coisa pública em todos os níveis de governo onde atuou. A Copa do Mundo que todos achavam ser a redenção permanente da cidade deixou um legado que está custando caro para o setor hoteleiro. A Capital recebeu 8 mil novos quartos em mais de 50 hotéis, que estão sobrevivendo aos trancos e barrancos, disputando hóspedes a laço. Depois de 2014, oferta e demanda não andaram mais de mãos dadas, fazendo ocupação e diária média dos hotéis despencarem, com consequente baixa de rentabilidade e fechamento de grandes empresas como o Othon Palace. Com efeito, fica a sensação de que o turismo não existe enquanto atividade econômica para gestores públicos, embora seja uma das poucas áreas capazes de gerar empregos e impostos no volume e na velocidade que a cidade demanda. BH ganhou um aeroporto internacional, que é motivo de orgulho, mas vem negligenciando a importância do aeroporto central da Pampulha, que poderia ser atrativo para executivos e organizadores de eventos. O turismo é carro-chefe de milhares de cidades mundo afora, porém aqui tem sido tratado como

moeda de troca de partidos de esquerda oportunistas. Basta lembrar-se dos três últimos secretários que nunca tinham ouvido falar do assunto, mas que foram abrigados na secretaria para cumprir compromissos de campanha. O trade perdeu as forças que outrora tivera para exigir dos governantes nomes com experiência e capacidade técnica comprovada para gerir a Secretaria de Turismo. Assistir o fechamento de um dos mais importantes hotéis da Capital é triste, mas o futuro da hotelaria de Belo Horizonte é ainda mais preocupante. No mundo inteiro letreiros de hotéis são permitidos para sinalizar e facilitar a chegada de hóspedes aos seus locais de hospedagem, aqui eles são proibidos para atender caprichos de urbanistas desconectados da realidade e que desconhecem a dinâmica do turismo. No mundo inteiro os toldos que avançam sobre as calçadas para receber hóspedes e protegê-los da chuva ou do sol são permitidos, aqui eles são proibidos. No mundo inteiro hotel é atividade geradora de receitas para os municípios e por isso recebem incentivos de IPTU, ISS e tratamentos diferenciados, aqui paga-se valores exorbitantes e ainda se convive com uma praga chamada Ecad. No mundo inteiro é permitido a hóspedes estacionar para embarque e desembarque nas portas dos hotéis, aqui eles são multados e rebocados graças à intolerância, a miopia e a insensatez de gestores públicos que cuidam do trânsito sem a consciência do significado do turismo para a cidade. São exemplos que mostram que a hotelaria chegou a uma encruzilhada: ou faz dessa notícia azeda que é o fechamento do BH Othon uma limonada completa, ou mais hotéis em breve terão o mesmo fim. Não dá mais para esperar. * Jornalista, Bacharel em Turismo, Profissional de Hotelaria por 29 anos e ex-presidente da ABIH/ MG

O Estado empreendedor e a economia sustentável MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES * Neste momento em que muito se debate o papel do Estado no desenvolvimento sustentável, é muito simbólico o anúncio do Prêmio Nobel de Economia de 2018, compartilhado por dois cientistas americanos. Paul Romer e William Nordhaus foram reconhecidos por integrar, de forma independente, inovações tecnológicas e mudança climática às análises macroeconômicas de longo prazo. Muitos podem estranhar que o prêmio tenha sido concedido a estudos aparentemente não relacionados, mas uma análise cuidadosa mostrará que, em conjunto, eles contribuem para o tratamento de um dilema bastante contemporâneo: como mobilizar inovações que impulsionem o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, ajudem a conter os riscos à sustentabilidade – em especial aqueles decorrentes das mudanças climáticas. William Nordhaus ficou famoso por desenvolver estudos e modelos que propõem taxações sobre a emissão de dióxido de carbono, um gás de efeito estufa emitido quando combustíveis fósseis são queimados. Segundo ele, o imposto faria os poluidores pagarem pelos danos que a emissão desses gases causa à sociedade e incentivaria as empresas a buscar formas inovadoras de reduzir a poluição. Aí há uma conexão com o trabalho de Paul Romer, que se dedicou a estudar a forma como as inovações impulsionam a prosperidade e de que maneira as nações podem incentivá-las. Joshua Gans, economista da Universidade de Toronto, interpretou bem como os trabalhos de Nordhaus e Romer se conectam e estão em sinergia: no caso das mudanças climáticas, “estimando os custos da inação” e no caso da inovação, “estimando os benefícios da ação”. De fato, os custos das emissões de gases de efeito estufa para a sociedade são altos e mais altos ficarão se não houver uma ação concreta para contê-las. Mas tentar tratar o problema da proteção ao meio ambiente de forma isolada pode significar impor ao sistema econômico dominante enormes custos e sacrifícios, tornando a missão tão difícil a ponto de muitos preferirem ignorá-la, ou até mesmo negar a existência do problema, como tem acontecido. Por sua vez, conhecendo e dimensionando o problema, nações podem se dedicar a formular e implementar políticas públicas e estímulos que levem ao surgimento de novas ideias e abordagens para fazer crescer a economia e ao mesmo tempo proteger o ambiente. Portanto, o grande mérito do Nobel de Economia de 2018 é mostrar como uma contabilidade cuidadosa das forças econômicas pode indicar caminhos interessantes para a superação de problemas considerados intratáveis. O Nobel de Economia deste ano estimula um olhar cuidadoso ao conceito de “Estado Empreendedor”, proposto pela economista ítalo-britânica Mariana Mazzucato, que defende que o investimento público persistente é um requisito fundamental para a inovação na sociedade. A autora refuta a visão de que

o Estado não tem papel relevante a desempenhar no mundo da inovação, e demonstra que o setor privado estará mais propenso a investir, uma vez que o Estado Empreendedor tenha feito investimentos mais ousados e de maior risco. E esse parece ser exatamente o caminho para a construção de um futuro sustentável, com um modelo de criação de valor determinado por políticas públicas e investimentos estruturantes focados em crescimento econômico inclusivo e sustentável liderado pela inovação. O interessante é que em meio a todo o pessimismo associado à nossa persistente crise política e econômica, muitos não percebem, e pouco se fala, que o Brasil tem exemplos muito bem-sucedidos do Estado Empreendedor estimulando o desenvolvimento sustentável. O investimento público em pesquisa agropecuária, conjugado a políticas de estímulo e suporte adequado, deu ao Brasil a segurança alimentar e o projetou como grande exportador de alimentos em apenas quatro décadas. Nesse caso, a ação do Estado, à semelhança de uma “locomotiva limpa-trilhos”, fez com que o mercado funcionasse bem, estimulando as empresas a criar e a adotar inovações que permitiram ao Brasil dispor da agricultura tropical mais avançada do mundo. Em função de investimentos públicos em inovação e políticas públicas adequadas, é cada vez mais harmônica a relação entre a produção agropecuária e o meio ambiente no Brasil. O País conta com uma das leis ambientais mais ousadas e sofisticadas do mundo — o Código Florestal —, além de arrojada política pública de descarbonização da agricultura — o Plano ABC —, com estímulos à incorporação de inovações tecnológicas para a recuperação de áreas degradadas, que são fortes emissoras de carbono, além de diversas tecnologias que reduzem a emissão de gases e fixam carbono em florestas ou no solo. Ao incorporar tais práticas sustentáveis, o Brasil já desponta como um competidor diferenciado, capaz de produzir, por exemplo, carne com emissão zero de carbono, conforme recentemente demonstrado pela Embrapa. Portanto, a agricultura brasileira expõe de forma inequívoca quão merecida foi a premiação do Nobel de Economia de 2018. Aqui, a ação do Estado Empreendedor, organizando o segmento de inovação e viabilizando políticas e investimentos estruturantes, feitos de maneira correta, conseguiu produzir crescimento econômico consistente a partir do campo. E, além dos avanços que nos deram segurança alimentar e capacidade exportadora, o Brasil construiu um arcabouço de políticas de proteção ao meio ambiente, com estímulo à incorporação de conhecimento e tecnologias, que não só reduzem as emissões de gases de efeito estufa, mas também contribuem para fixar carbono emitido por outros setores da economia. * Pesquisador da Embrapa

Por que o Brasil importa petróleo? TIAGO REIS * Desde a quebra do monopólio estatal do petróleo brasileiro em 1997, tem-se visto uma subida nas importações de petróleo estrangeiro. Após várias promessas da autossuficiência do Brasil nesse campo e das grandes reservas de petróleo pré-sal já sendo exploradas, fica a dúvida: Por que o Brasil importa petróleo? Com a política de paridade de preços da Petrobras, a importação de petróleo estrangeiro passou a ser muito vantajosa para regiões brasileiras distantes de refinarias, que são concentradas na região Sudeste. Por exemplo, no estado do Maranhão, por conta de custos logísticos, vale mais a pena importar gasolina do golfo do México do que de refinarias mais ao sul do Brasil. Porém, o ponto mais importante e pouco abordada na discussão de importação e exportação de petróleo no Brasil é a importância vital que óleos leves importados têm para as refinarias brasileiras. Todo tipo de petróleo, bom ou ruim, deve passar por um processo de refino para virar combustível. Durante esse refino, ocorrem diversos processos químicos

que dependem de indústrias complexas, de alta tecnologia e caras para que eles sejam bem-sucedidos. Quanto mais pesado é o petróleo, mais complexo o processo se torna. O Brasil possui um petróleo pesado, que necessita de um processo de refino muito complexo. Há 20 ou 30 anos, o Brasil não possuía alta tecnologia para o refino e necessitava da importação de altas quantidades de petróleo estrangeiro. Isso porque, ao misturar o petróleo estrangeiro de alta qualidade (mais leve) e o petróleo brasileiro de baixa qualidade (mais pesado), o processo de refino do petróleo resultante se torna consideravelmente mais fácil. Porém, com o passar dos anos, diversas refinarias foram construídas e melhoradas no Brasil, de forma que essa a capacidade brasileira de processar esse petróleo aumentou. Ou seja, atualmente não é preciso que se exporte uma quantidade muito alta de petróleo estrangeiro para o refino de quantidades pequenas do petróleo nacional. Apesar disso, essa necessidade ainda existe e a importação de petróleo é necessária ao Brasil.

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Muito do petróleo nacional também é exportado. Isso porque no exterior, o petróleo brasileiro é utilizado para a fabricação de asfalto e para a mistura com o petróleo de lá, pois ele é mais pesado e mais barato. Ou seja, o Brasil é ao mesmo tempo exportador e importador de petróleo, com o detalhe importante de que exporta petróleo pesado e importa petróleo leve. Para agora avaliar-se o saldo da balança comercial dessa commodity em específico, devemos analisar o crescimento da produção nacional, pois ela diminui a necessidade de importação da gasolina propriamente dita, mas aumenta a necessidade de importação de óleos leves para mistura com o petróleo nacional. Além disso, a melhora de tecnologia, como explicado, é outra força que está diminuindo as necessidades de importação ao longo do tempo. Na prática, percebe-se que há também uma forte relação da balança com o câmbio.

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Interesses a defender O mercado, esta entidade que não tem cara nem endereço, mas certamente muito poder, reagiu bem aos resultados no primeiro turno das eleições, principalmente por conta da vantagem alcançada pelo candidato Jair Bolsonaro. Créditos, nesse particular, também para o economista Paulo Guedes, da escola de Chicago e apontado como ultraliberal. Faz sentido, mas sustos não deixaram de acontecer, por exemplo, quando Bolsonaro declarou, em entrevista, que seu programa de privatização terá limites, excluindo a área de geração da Eletrobras. Segundo o candidato que as pesquisas apontam como dono de maiores chances no segundo turno, não faz sentido entregar para estrangeiros áreas estratégicas. O susto foi mesmo grande e a reação do mercado imediata, com as ações da Eletrobras levando um tombo que chegou aos 15%. Mais que sensibilidade ou razão, um recado impertinente e alguma dose de especulação. E, pelo menos para os mais atentos, As reações do sem motivo. O candidato, mercado, que que talvez por muitos ainda conveniência tomam como alguns tentam pintar como uma bula sobre a alguém disposto qual não compete a vender tudo que encontrar discutir, na comprador, realidade e nesse deixou bem claro particular contam que existem áreas sensíveis pontos a favor do e também candidato estratégicas, apontando como exemplo o petróleo. Para ele, atrair investidores para bons negócios está bem longe se se promover uma espécie de grande liquidação. Preservar o que convém e liquidar o que está sobrando como a estatal criada – e mantida até agora – para construir o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. De fato, não faz sentido produzir lucros para quem opera na Bolsa de NovaYork vendendo derivados de petróleo a preços da especulação internacional, impondo ao consumidor interno pressões que, já parece evidente, não poderão ser suportadas por muito tempo mais. Por mais que o “mercado” diga o contrário parece evidente, aqui também, que seus interesses estão em outra órbita, aquela que nutre a especulação e penaliza a produção, impondo desajustes que ajudam a explicar parte das dificuldades que o País enfrenta ou as dificuldades enfrentadas por indústrias que perderam a competitividade ou, no extremo, foram liquidadas no processo de desindustrialização que também rouba empregos empobrece a maioria e concentra renda. As reações do mercado, que muitos ainda tomam como uma bula sobre a qual não compete discutir, na realidade e nesse particular contam pontos a favor do candidato. Afinal, não há como negar que ele está absolutamente certo quando diz que não podemos entregar nosso sistema elétrico a estrangeiros ou antecipa que a política de preços da Petrobras terá que ser revista, o que pode ser feito sem comprometimento de seu desempenho.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

INSTITUIÇÃO

TJMG decide por intervenção na Fecomércio de Minas Gerais Decisão resulta de ação do MPE MARA BIANCHETTI

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, ontem, que um interventor judicial assuma provisoriamente a presidência e demais cargos de diretoria da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A decisão decorre de uma ação do Ministério Público Estadual (MPE), fundada na alegação de prática de atos de improbidade administrativa e desvios de patrimônio estimados em R$ 15 milhões. A sentença do juiz Alexandre Magno Mendes do Valle, da 8ª Vara Cível de Belo Horizonte, determinou também que os réus que exercem cargos de direção e presidência das entidades sejam afastados imediatamente e que todos os contratos passem por auditoria. Por meio de nota, a Fecomércio informou que desconhece qualquer decisão judicial envolvendo

afastamento ou intervenção judicial na entidade. “Até o presente momento, a Federação não recebeu qualquer intimação. A Fecomércio MG, mais uma vez, firma o compromisso de colaborar com a Justiça para esclarecimentos de quaisquer fatos”, diz o documento. Já o Ministério Público de Minas Gerais preferiu não se manifestar sobre a decisão, sobre a qual cabe recurso. Nos últimos anos, o MPE vem averiguando irregularidades em contratos das entidades, sob alegação de direcionamento e superfaturamento dos mesmos. Há suspeitas de irregularidades e superfaturamento em contratos de compra de imóveis, de sonegação de impostos, entre outros problemas. O juiz determinou a intervenção judicial nas entidades, com a nomeação de interventor até a eleição e posse da nova diretoria, “com poderes plenos de gestão, podendo anular atos, revogar atos, contratar, demitir colaboradores, convocar assembleias, enfim, praticar todos os

Entre as alegações para auditoria estão suspeitas de desvios de R$ 15 mi e conluio nas entidades Senac e Sesc-MG

atos possíveis e necessários para regularizar a ordem, legalidade, transparência e probidade, devendo, periodicamente, apresentar relatórios de atuação”. O interventor ainda não foi nomeado pelo juiz. O interventor judicial deverá contratar auditores para auditarem as contas de cada uma das três entidades, tendo como parâmetro os últimos cinco anos, a contar a partir de janeiro de 2013, realizando uma profunda e minuciosa investigação interna (administrativa, contábil e financeira), com apresentação de relatório

ao final dos trabalhos, que “Trata-se de um grupo deverão ser iniciados e con- coeso, pelo que tudo incluídos no prazo de 60 dias. dica, liderado por Lázaro Luiz Gonzaga e que estaria Influências - Já quanto ao trabalhando para assegurar afastamento dos dirigen- esse objetivo comum de tes, Valle justificou que ocupação dos cargos diavalia que os diretores da retivos das três entidades, Fecomércio MG exercem acobertando as práticas leinfluências na ocupação dos sivas apuradas pelo TCU cargos diretivos das outras no Sesc-MG, dentre outras entidades, como na tomada eventualmente ainda não de decisões por parte dos descobertas. Em suma, há seus dirigentes. Segundo ele, indícios de aparelhamento há indícios de um conluio ilícito das entidades, sinadentro das entidades do lizando para uma atuação Sistema S, no sentido de de um grupo, agindo intergarantir a perpetuação do namente como verdadeira controle diretivo por um organização criminosa”, mesmo grupo. consta na sentença.

VAREJO

Ecommerce cresceu 5% no Dia das Crianças São Paulo - O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 1,82 bilhão durante o Dia das Crianças, uma cifra 5% maior que a do mesmo período do ano passado, quando o setor obteve crescimento de 4%, mostrou um levantamento divulgado ontem pela Ebit|Nielsen, que monitorou compras entre os dias 28 de setembro e 11 de outubro. O crescimento foi motivado por uma alta de 10% no volume de pedidos, para 4,5 milhões, que mais que compensou a queda de 5% no tíquete médio de compra, para R$ 408, segundo informou o diretor de inteligência e operações da Ebit|Nielsen, Keine Monteiro. Em 2017, o ecommerce brasileiro faturou neste período cerca de R$ 1,73 bilhão, com recuo de 1% nos pedidos e alta de 5% no tíquete médio. Este ano, ponderou o diretor da Ebit|Nielsen, 4,9% do total de pedidos foram relacionados a presentes para crianças, ante 3,6% em 2017. “Outras categorias, como cosméticos e perfumaria, que têm tíquete médio mais baixo que o mercado como um todo, tiveram crescimento forte no período”, explicou. Ainda assim, o Dia das Crianças deve responder por 3,4% do faturamento total de R$ 53,4 bilhões projetado para o comércio eletrônico em 2018, superando o Dia dos Namorados, cuja representatividade foi de 3,3%, e atrás do Dia das Mães, que deve registrar fatia de 3,9%, acrescentou Monteiro. (Reuters)

ALISSON J. SILVA

Resultado apurado pela Cielo indica piora em relação a agosto, quando foi registrada alta de 4,7% devido ao efeito calendário

Receitas aumentam 1,5% em setembro ante 2017 São Paulo - As receitas do varejo no Brasil subiram 1,5% em setembro, ante o mesmo período do ano passado, desconsiderando a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado ontem pela companhia de meios de pagamento Cielo. O resultado indica piora ante o mês anterior, quando

o índice registrou alta de 4,7% em agosto, prejudicado pelo efeito calendário, com um domingo a mais e uma sexta-feira a menos, dia mais forte para o varejo. Em termos nominais, a alta foi de 4,9% ante setembro de 2017, também mais fraco do que em agosto, quando subiu 7,8%. Sem o impacto do calen-

dário, o índice deflacionado indicaria alta de 3,2%, contra 4,1% no mês passado. “Percebemos que neste mês houve uma desaceleração em relação a agosto quando o varejo foi impactado positivamente por setores específicos, como o de vestuário... Ainda assim, setembro seguiu a trajetória positiva de cres-

cimento percebida desde o ano passado”, informou o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, no comunicado. Em setembro, a desaceleração foi conduzida pelos bens duráveis e semiduráveis, com destaque para os setores supermercados/ hipermercados e drogarias/ farmácias. (Reuters)

CENÁRIO

Itaú estima fraca recuperação da economia no 3º trimestre São Paulo - A recuperação da economia brasileira terá um respiro em agosto, com desempenho positivo da ampla maioria dos indicadores, mas provavelmente escorregou novamente em setembro, sugerindo fraqueza no ritmo do Produto Interno Bruto (PIB), segundo mostrou, ontem, uma pesquisa do banco Itaú. O cálculo sobre o desempenho mensal da economia realizado pela instituição, chamado PIB Mensal Itaú Unibanco com ajuste sazonal, registra avanço de 0,8% em agosto sobre o mês imediatamente anterior, informou o banco em um comunicado. “A alta do PIB mensal Itaú Unibanco, a dinâmica recente dos índices de confiança e a difusão dos principais indicadores mensais apontam para um quadro de crescimento subjacente da economia brasileira melhorando desde junho, mas ainda em ritmo fraco”, disse o banco. Sete dos 13 itens do PIB mensal do Itaú avançaram em agosto em relação julho, liderados pelo avanço de 3,1% em serviços de transporte, mais que compensando o recuo de 0,9% do mês anterior. A maior queda foi da indústria extrativa, de 2%, influenciada pela parada de refinarias de petróleo para manutenção. De acordo com o Itaú, a atividade econômica está 1,5% superior à média de fevereiro a abril, período anterior à paralisação dos caminhoneiros que interrompeu o fornecimento à indústria, gerou desabastecimento e prejudicou a retomada da economia no fim de maio. Para o mês de setembro, “com base em indicadores coincidentes já divulgados”, a projeção é de um recuo de 1,3% na mesma base de comparação, “compensando a alta de agosto”, segundo o banco. Com base nesta estimativa de setembro, o Itaú calculou uma variação positiva de 1,3% para o terceiro trimestre do ano. (Reuters)


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ECONOMIA ELZA FIUZA/ABr

SERVIÇOS

Em Minas, setor registra avanço de 0,4% em agosto Julho teve retração de 1,9% ANA CAROLINA DIAS

O setor de serviços em Minas Gerais apresentou crescimento de 0,4% em agosto na comparação com o mês imediatamente anterior. Após a retração de 1,9% registrada em julho deste ano, ainda em consequência dos impactos causados pela paralisação nacional dos caminhoneiros, os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sugerem o início de uma estabilidade no setor. “Depois da volatilidade causada pela variação no volume de receita e de serviços em decorrência da greve dos caminhoneiros, principalmente no segmento de transportes, o cenário ainda é instável e o resultado de agosto mostra uma acomodação dos dados”, afirmou a economista do IBGE Cláudia Pinelli. O levantamento apontou ainda uma expansão de 1,5% em agosto deste ano na comparação com igual mês de 2017. Na mesma base comparativa, os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,8%) e serviços prestados às famílias (1,4%) foram destaques com variações positivas. Já os serviços de informação e comunicação e os serviços profissionais, administrativos e complementares registraram, respectivamente, queda de -1,9% e -1,2% no mesmo tipo de comparação. Acumulado – De acordo com os dados do IBGE, Minas Gerais registrou recuo de -0,8% no acumulado dos primeiros oito meses do ano frente a igual período do ano anterior. A variação acumulada em 12 meses também foi negativa (-1,0%), representando o 47º resultado negativo consecutivo para o Estado nessa base comparativa.

Cláudia Pinelli destaca que a sequência de resultados acumulados negativos é consequência das condições adversas do cenário econômico no País. No entanto, a economista pontua que esse acumulado negativo tem apresentado redução. “A cada mês, o acumulado reduz um pouco, mostrando que a economia está se recuperando lentamente. Neste ano, as eleições têm causado incertezas no mercado, então, é preciso esperar que este período passe, para avaliar o que o setor vai sinalizar a partir de então”, considerou.

Segmentos de transportes, serviços auxiliares de transportes e correios tiveram avanço de 4,8%, segundo o IBGE

Resultado no País evolui 1,2%, o melhor desde 2011 Rio de Janeiro/São Paulo - A atividade de transportes ajudou e o volume de serviços cresceu mais do que o esperado em agosto, registrando o melhor resultado para o mês desde 2011, embora o avanço ainda não seja considerado o início de uma retomada para o setor. O volume do setor de serviços cresceu 1,2% em agosto em relação a julho, resultado mais forte para o mês na série histórica iniciada em 2011, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%, após queda de 2% em julho e avanço de 4,9% em junho. Na comparação com o mesmo mês de 2017, houve alta de 1,6%, contra expectativa de avanço de 0,1%, no maior ganho para agosto na comparação anual desde 2013 (2,2%). “O resultado de agosto não pode ser considerado o início de uma arrancada, até porque, o movimento parece pontual e os indicadores antecedentes já apontam para uma queda em setem-

SERGIO MORAES/REUTERS

Serviços profissionais, administrativos e complementares também apresentaram crescimento no País, de 2,2%

bro”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. “Essa instabilidade no mês a mês ainda faz parte do distúrbio causado pela greve dos caminhoneiros na pesquisa”, completou. No mês de agosto, o destaque ficou para o crescimento de 3,2% da ativida-

Passagens aéreas - “O resultado positivo de agosto tem a ver prioritariamente com transportes, graças às passagens aéreas, cuja inflação caiu e puxa para

cima a receita do setor”, explicou Lobo. Entre os cinco grupos de atividades acompanhadas, também apresentaram avanço serviços profissionais, administrativos e complementares (2,2%) e outros serviços (1%). Apesar dos ganhos apre-

sentados em agosto, o setor de serviços ainda enfrenta um quadro de desemprego elevado no Brasil que limita a atividade, aliado a uma conjuntura política e econômica que amplia as incertezas tanto entre consumidores quanto entre empresários. (Reuters)

TELECOMUNICAÇÕES

CORREIOS

Estatal anuncia fechamento de 41 agências em 15 estados brasileiros Brasília - Os Correios fechariam e encerrariam, a partir de ontem, as atividades em 41 agências de 15 estados do País. De acordo com a estatal, as unidades que seriam desativadas estão em imóveis alugados, localizadas muito próximas a outras agências (menos de dois quilômetros) e não geram lucros. A empresa informou que os funcionários que trabalham nesses locais serão realocados. Atualmente, os Correios têm pouco mais de 6,3 mil agências próprias em todo o País, além de 4,3 mil comunitárias, 1 mil franqueadas e 127 permissionárias. Segundo a empresa, o encerramento das atividades dessas agências faz parte do processo de remodelagem da rede de atendimento, que prevê a substituição gradativa de unidades convencionais “por soluções diferenciadas e mais adequadas às necessidades dos clientes”.

de de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.

“O processo de remodelagem prevê a ampliação dos pontos de atendimento, dos atuais 12 mil para 15 mil, em todo o País, até 2021, melhorando os serviços para a população”, informou a estatal, em nota. Remodelagem - Nenhuma outra agência foi desativada dentro desse processo de remodelagem do ano passado para cá e não há previsão de mais fechamentos até o fim de 2018. De acordo com os Correios, fechamentos pontuais que ocorreram foram relacionados a questões administrativas como reformas, aluguel e mudança de imóvel. Serão fechadas agências nos estados do Amazonas, da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Goiás, do Piauí, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, do Pará, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Roraima, do Rio Grande do Sul e de São Paulo. (ABr)

Anatel deve deixar leilões da tecnologia 5G para o segundo semestre de 2019 São Paulo - Os leilões das faixas que serão usadas para a tecnologia 5G devem ficar para o segundo semestre de 2019, de acordo com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros. “Há ainda uma série de ações a serem elaboradas, uma série de consultas públicas, com relação principalmente às frequências que seriam destinadas para isso”, afirmou a jornalistas após participar da 20ª edição da Futurecom, feira de telecomunicações que reúne empresários e representantes do governo. Quadros afirmou que trabalhos com as frequências mais baixas, como 2,3 GHz e 3,5 GHz, já estão em curso. “Inclusive, com

testes de campo sendo realizados com participação da indústria, operadoras e institutos de pesquisa, para começar a fazer a avaliação de eventuais interferências e performance.” Já sobre a frequência milimétrica, de 26 GHz, o presidente da Anatel afirma que esse assunto ainda depende de uma reunião da União Internacional de Telecomunicações que só acontecerá no ano que vem. Saída do cargo - Juarez Quadros está de saída da presidência da Anatel - seu mandato expira no próximo mês. Na segunda-feira (15), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTic),

Gilberto Kassab, disse que o secretário da radiodifusão da pasta, Moisés Queiroz Moreira, é o indicado para assumir a presidência da agência reguladora. Segundo Juarez Quadros, seu nome foi indicado por Kassab para uma eventual recondução ao cargo, mas o presidente da República teria dito que ele deveria atender a uma solicitação política na indicação de outro presidente da Anatel. Em um balanço de seu mandato, Quadros falou que conseguiu fortalecer a agência após um período de desgaste. “Hoje, não faltam recursos para a Anatel fazer seu trabalho de regulação e fiscalização pelo País inteiro.” (AE)


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ECONOMIA MINERAÇÃO

AngloGold qualifica pequenos fornecedores Programa voltado para a sustentabilidade na cadeia produtiva foi desenvolvido junto a 21 empresas ANA AMÉLIA HAMDAN

sos. Entre eles está o fato de a mineradora passar a contar com uma rede de fornecedores de produtos e serviços mais preparada. Além disso, segundo Trindade, a empresa fortalece o desenvolvimento da sociedade onde atua. “A gestão da cadeia de fornecimento de produtos e serviços é instrumento importante de melhoria da sociedade, pois interfere na geração de trabalho, renda, impostos”, explica. Segundo a empresa, em 2017, cerca de R$ 721 milhões foram investidos em compras nas cidades onde há operações. Dentro do programa, a AngloGold procura ainda reduzir a dependência da rede de fornecedores das atividades da mineradora, pois considera que sua atuação depende do que a natureza oferece. Ewerton Trindade fala com entusiasmo do programa e ressalta o envolvimento dos empresários no projeto. Ele informou que, durante o processo, houve intensa troca de informações entre os participantes. Dentro do projeto foram abordados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nesse caso, segundo Trindade, os participantes mostraram envolvimento e comprometimento com ações para erradicação da pobreza, acesso à água, entre outros. O objetivo é dar prosseguimento ao programa em 2019. Um dos desafios é melhorar a adesão das empresas. O programa ofereceu 30 vagas, sendo que houve a participação de 21 empresas, todas localizadas em seis cidades na região de atuação da AngloGold em Minas, como Belo Horizonte, Nova Lima, Sabará, Caeté, Santa Bárbara, Barão de Cocais e Catas Altas.

Os resultados do projeto Sustentabilidade na Cadeia Produtiva, desenvolvido em conjunto pela AngloGold Ashanti e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) superaram as expectativas. O programa – voltado a micro e pequenos fornecedores da mineradora – foi finalizado neste mês, com 90% das 21 empresas envolvidas mostrando ganhos em sustentabilidade, o que significa que as chances de vida longa do negócio aumentaram. O diretor de Suprimentos, Serviços e Suporte da AngloGold Ashanti, Ewerton Trindade, destaca o envolvimento e amadurecimento dos empresários durante o processo, que durou 18 meses. Ele explica que, no início do programa, as empresas participantes fizeram um autodiagnóstico. Com base nesse relatório, consultores da Fiemg fizeram a análise e construíram um plano de ação para cada um dos envolvidos. Ao final do processo – que inclui práticas dentro das empresas –, os indicadores foram comparados com os do autodiagnóstico. O resultado mostrou, então, que 90% das empresas tiveram melhorias quanto a aspectos econômicos, ambientais e sociais da gestão. Para o diagnóstico foram levados em conta 32 itens, que vão desde fluxo de caixa, passando por responsabilidade fiscal, relacionamento com fornecedores e proteção ao meio ambiente. Entre as áreas de atuação das empresas participantes estão as de eletrônica, recuperação de motores e revegetação ambiental. Para a AngloGold Ashanti, uma das maiores produtoras de ouro do mundo, os benefícios são diver- Avanço - À frente da MR

RONALDO GUIMARÃES / DIVULGAÇÃO

Com o programa conduzido em parceria com a Fiemg, 90% das empresas mostraram melhorias, inclusive em gestão

Services, Alysson Matareli participou do projeto Sustentabilidade na Cadeia Produtiva. A empresa fica em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e presta serviços de soluções de hidráulica, pneumática e automação para a AngloGold. Ele informou que a sua empresa cresceu 18% em 2018, sendo que ele atribuiu o resultado à consultoria que recebeu. Ele disse que, com o trabalho na área de marketing, recuperou 50% de clientes inativos. Com o resultado, a empresa ficou mais competitiva e se tornou menos dependente da Anglo.

Anglo American prepara operações Rio de Janeiro - A Anglo American deve reiniciar as operações em sua mina de minério de ferro Minas-Rio em novembro ou dezembro, mas um aumento planejado de produção para 26,5 milhões de toneladas por ano deverá ser adiado para 2021, de 2020 anteriormente, informou ontem o CEO da mineradora no Brasil. A empresa interrompeu a produção no Minas-Rio, em março, após dois vazamentos em mineroduto de mais de 500 quilômetros que canaliza a polpa de minério de ferro de Minas Gerais para um porto no Estado do Rio de Janeiro. A empresa inspecionou o mineroduto de abril a outubro e está trabalhando para trocar cerca de quatro quilômetros de dutos por causa da descoberta de rachaduras na soldagem. “Devemos terminar a substituição em novembro. Então, tudo está no caminho certo para as operações de retomada no quarto trimestre. Pode ser em novembro ou dezembro”, informou o CEO da Anglo American no Brasil, Ruben Fernandes, durante uma conferência sobre commodities no Rio de Janeiro. Comprado no auge do boom de commodities, há uma década, por US$ 5,5 bilhões, o Minas-Rio é o maior projeto em desenvolvimento da Anglo American. A mineradora contava anteriormente que o Minas-Rio produzisse 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro até 2016. Como o projeto sofreu atrasos, a data da meta já havia sofrido alteração anteriormente para 2020. A empresa conquistou duas importantes licenças para aumentar a produção

em janeiro, mas agora espera receber a principal licença de operação em maio de 2019. Isso significa que a produção deve atingir o tão esperado objetivo de 26,5 milhões de toneladas em 2021. “Seria por volta de 2021. Não é uma data muito firme porque depende do desempenho da unidade”, disse Fernandes, acrescentando que a produção deve atingir o ritmo esperado até o final de 2020. Fernandes reiterou a estimativa anterior da Anglo American de um impacto de US$ 300 milhões a US$ 400 milhões nos lucros devido aos vazamentos deste ano. Em junho, a Reuters informou que a Anglo American havia suspendido um contrato anual de quase US$ 1 bilhão para fornecer minério de ferro à Bahrain Steel, declarando força maior em abril, após os vazamentos. Na época, a Anglo American se recusou a comentar. Ontem, Fernandes reconheceu que as duas empresas já estavam em arbitragem para renegociar o contrato antes da declaração de força maior após os vazamentos. Ele descreveu as conversas como amigáveis, observando que elas incluem questões como volume e qualidade, além do incidente. “Sem dúvida, eles são um excelente cliente”, disse ele sobre a empresa sediada no Golfo. “Não há razão para não chegarmos a um acordo de longo prazo com eles.” Fernandes disse que a Anglo também estava em arbitragem com a Ferroport, uma joint venture que tem com a operadora portuária a Prumo Logística, depois de declarar força maior naquele contrato também. (Reuters)

Vale espera melhores preços do níquel Rio de Janeiro - A Vale, líder na produção global de níquel, vai esperar uma recuperação nos preços do metal para voltar a investir no segmento no qual a companhia tem registrado queda “consciente” na produção, informou, ontem, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman. Ele afirmou, durante evento no Rio de Janeiro, que a empresa só retomará investimentos quando os preços do níquel atingirem US$ 20 mil a tonelada, um nível muito acima do patamar atual, que está inferior a US$ 13 mil a tonelada . O executivo reiterou que a empresa permanece aguardando uma melhora desse mercado, pautada no potencial de uma futura demanda para a produção de baterias para carros elétricos. Schvartsman não fez previsões sobre o momento em que o patamar de preços poderá ser alcançado. Na véspera, a Vale reduziu novamente a previsão para a produção de níquel neste ano, após o terceiro trimestre ter apresentado um volume inferior ao previsto anteriormente. “Nós tomamos a decisão consciente de reduzir nossa capacidade por enquanto, aguardando o momento em que eventualmente os preços reajam e faça mais sentido utilizar essas reservas. Isso é uma

estratégia consciente que está sendo praticada há um ano e meio”, afirmou. A commodity é uma das principais apostas do executivo, desde que assumiu a empresa, maior produtora global de minério de ferro e níquel do mundo, em maio de 2017. Em declarações passadas, o CEO também previu que futuramente os metais básicos - o níquel, em grande parte - ganharão relevância nos resultados da empresa, como parte de uma estratégia de diversificação. O executivo destacou que a Vale tem na Indonésia as maiores reservas globais não utilizadas de níquel. “Se alguém no mundo pode reagir e entregar produto se houver essa explosão de demanda de níquel é a Vale”, afirmou. Ele reiterou ainda que a Vale busca atualmente empenhar o seu caixa na política de dividendos, para remuneração de acionistas, e planeja recomprar ações de tempos em tempos. Para o executivo, as ações da empresa não refletem atualmente o valor da companhia. Minério de ferro - Já do lado do minério de ferro, Schvartsman descreveu o atual cenário como excepcional, pois considera que a empresa está em uma posição mais favorável do que

suas grandes concorrentes da Austrália, cujas minas são mais antigas e já começam a apresentar declínio. Enquanto a produção e as vendas de minério de ferro da Vale foram recordes no terceiro trimestre, a concorrente Rio Tinto registrou recuo de 5% nos embarques no período, prejudicada por manutenção planejada e pausas por questões de segurança. O presidente da Vale ainda destacou que a demanda da China por minérios de melhor qualidade e menos poluentes, devido à luta do gigante asiático contra poluição, tem beneficiado a companhia que, ao aumentar a produção de sua mina S11D, inaugurada no fim de 2016, tem abocanhado maior parte do mercado, com prêmios maiores. Segundo o executivo, o prêmio do minério com mais qualidade sobre o de menor qualidade chega até US$ 56 a tonelada. Nesse cenário, Schvartsman destacou que a Vale está bem posicionada para atender seu principal cliente, com uma capacidade de “blendagem” de 120 milhões de toneladas de minério de ferro. Sobre os preços do minério de ferro, o presidente da Vale acredita que deverão se manter no atual patamar para o próximo ano. (Reuters)

Samarco pode retomar produção em 2020 Rio de Janeiro - A mineradora Samarco poderá retomar a sua produção no início de 2020, com um terço da capacidade, informou, ontem, o presidente-executivo da Vale, controladora de metade da joint venture com a australiana BHP Billiton. A Samarco interrompeu operações no fim de 2015, após o rompimento da barragem do Fundão, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central de Minas, gerando o maior desastre socioambiental do

País, e matando 19 pessoas. O desastre deixou centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, até o mar do Espírito Santo. Fabio Schvartsman disse, durante evento no Rio de Janeiro, que “todos os indícios são que não existirão problemas e que, no início de 2020, todas as questões serão superadas e será possível retomar operações”. No momento, a Samarco trabalha na preparação de um novo sistema disposição de rejeitos de mineração de ferro, a Cava Alegria

Sul, para poder retomar as operações no futuro. A cava é a estrutura resultante do processo de lavra. Por possuir uma formação rochosa e estável, permite a contenção segura do rejeito nela depositado, segundo a Samarco. As obras na estrutura devem durar dez meses. Em agosto, um representante da BHP disse ver pouca probabilidade de a mineradora retomar as operações no próximo ano, embora espere obter todas as licenças exigidas. (Reuters)


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ECONOMIA MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

COMBUSTÍVEIS

Preço do etanol sobe 1,64% na média dos postos do País São Paulo tem maior aumento, de 2,39% Ribeirão Preto (SP) - Os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 17 estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros oito Estados houve queda e no Amapá não houve avaliação. Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve reajuste médio de 1,64% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,914. Em São Paulo, principal estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado avançou 2,39% sobre a semana anterior, a maior alta entre todos os estados no período, de R$ 2,682 para R$ 2,746 o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 10,37% nos postos paulistas. Além de São Paulo, no período mensal os preços do etanol subiram em 19 estados e no Distrito Federal e caíram em cinco unidades da Federação pesquisadas. No Amapá não houve avaliação. A maior alta mensal, de 14,18%,

foi em Mato Grosso. Na média brasileira, o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 8,33% na comparação mensal. O Maranhão registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 2,45%, e o maior recuo mensal também foi de um estado nordestino, a Paraíba, com 4,30% O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,349 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,800 o litro, em Rondônia. Apesar da disparada nos preços, São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,746 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de R$ 4,040 o litro. Vantagem sobre a gasolina Com a queda de 2,32% nos preços médios na semana passada, o etanol ganhou competitividade sobre a gasolina na Paraíba. Os preços médios do biocombustível permanecem vantajosos também nos cinco estados entre os maiores produtores do País São Paulo, Minas Gerais, Paraná,

Maior baixa do biocombustível foi verificada, na semana passada, no Maranhão, com menos 2,45%

Goiás e Mato Grosso -, além do Rio de Janeiro e do Distrito Federal. O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Com o recuo, a paridade na Paraíba ficou em 69,13%. Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,62% do preço da

gasolina, em Goiás em 60,15%, em São Paulo por 61,04% e, em Minas Gerais, a 61,30%. No Paraná a paridade está em 65,39%, no Rio de Janeiro em 67,94% e no Distrito Federal em 68,68%. Na média brasileira, a paridade é de 61,71% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível. A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 84,52% para o preço do etanol. (AE)

Gasolina fica mais cara em 22 estados Ribeirão Preto (SP) - O valor médio da gasolina vendida nos postos brasileiros subiu em 22 estados na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Apenas em Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e em Sergipe houve recuo entre as semanas.

Na média nacional, os preços médios avançaram 0,47% entre as semanas, de R$ 4,700 para R$ 4,722. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina subiu 0,67% na semana passada, de R$ 4,469 para R$ 4,499, em média. No Rio de Janeiro, o combustível saiu de R$ 5,070 para

R$ 5,116, em média, alta de 0,91%. Em Minas Gerais houve leve recuo no preço médio da gasolina de 0,04%, de R$ 4,953 para R$ 4,951 o litro. A Petrobras manteve sem alteração o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, válido para hoje, em R$ 2,1490. Além disso, a estatal manteve sem alteração o preço

do diesel, em R$ 2,3606, conforme tabela disponível no site da empresa estatal. Hedge - No dia 6 de setembro passado, a diretoria da companhia petrolífera anunciou que além dos reajustes diários da gasolina, terá a opção de utilizar um mecanismo de proteção (hedge) complementar. (AE)

Shell tenta viabilizar projetos reduzindo custos Rio de Janeiro - O presidente da Shell no Brasil, André Araujo, afirmou que a empresa trabalha com parceiros para reduzir o “ponto de equilíbrio” dos projetos dos quais participa no País. A intenção é que esse ponto de equilíbrio seja inferior a US$ 30 por barril, disse o executivo, em palestra no seminário FT Commodities - Americas Summit 2018. Essa é a cotação mínima para que um projeto seja considerado viável.

O executivo destacou que o atual ponto de equilíbrio é de US$ 30 a US$ 35 por barril e que esse valor era maior quando a Shell começou a trabalhar com a Petrobras. As duas empresas são sócias na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Desde que o setor entrou em crise, em 2015, todas as grandes petroleiras foram obrigadas a implementar programas internos de redução de custos para viabilizar seus projetos.

Araujo afirma que a Shell não considera as volatilidades de preço de curto prazo. Por isso, a alta dos últimos meses não chega a afetar o seu plano de investimento. “Na Shell, trabalhamos com um cenário completamente diferente, tentando evitar a volatilidade. Estamos fazendo um grande esforço de disciplina no planejamento de projetos. Queremos manter desta forma e esperamos estar prontos para

ganhar mais dinheiro”, afirmou. Eleições - Sobre o efeito das eleições no setor, Araujo afirmou que vai aguardar o resultado das votações para se posicionar. “Vamos esperar o novo presidente e que decida cada estratégia específica que cada um vai implantar. Tenho certeza de que esta indústria tem muita contribuição a dar, porque pode gerar muito emprego”, argumentou. (AE) TÂNIA RÊGO / / AGÊNCI BRASIL

Pré-sal é uma das parcerias entre a Shell e a Petrobras, projeto que, segundo a companhia estrangeira, levou as duas empresas a cortarem custos

Brasil deve banir combustíveis fósseis em 2060 Brasília - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou um projeto de lei que proíbe, a partir do ano de 2060, a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis. A medida estabelece, no entanto, que essa mudança deve acontecer de forma gradual já a partir de 2030. A proposta tem caráter terminativo e segue agora para a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado. Caso não haja nenhum recurso para que o assunto seja apreciado no plenário, o texto seguirá direto para a Câmara dos Deputados De autoria do senador Telmário Mota (PTB-RR), o PLS 454/2017 foi aprovado com relatório favorável do relator, Cristovam Buarque (PPS-DF), que não alterou o texto original. O projeto prevê um escalonamento nessas mudanças: a partir de 2030, 90% dos veículos vendidos poderão utilizar combustíveis fósseis, como gasolina, óleo diesel e gás natural. O porcentual passará para 70% em 2040 e para apenas 10% em 2050. Dez anos depois, a proibição será total. A vedação não se aplica a veículos movidos exclusivamente por biocombustíveis. O objetivo da proposta é reduzir o consumo desse tipo de combustível e, consequentemente, a emissão de poluentes atmosféricos. O texto altera, inclusive, a Lei 8.723, de 1993, que trata da redução das emissões de poluentes por veículos automotores. O senador Telmário Mota justifica que a frota nacional de veículos passou de 32 milhões em 2001 para 93 milhões em 2016 e é necessário estimular uso de veículos elétricos ou que usam biocombustíveis. Europa - O parlamentar lembrou também que o prazo para a substituição da gasolina e do diesel é mais curto na Europa. Segundo ele, França e no Reino Unido, por exemplo, anunciaram o fim da venda de carros a diesel e gasolina a partir de 2040; na Noruega, a previsão é 2025. Em seu relatório favorável, Cristovam informa que dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o setor de transportes é responsável por 15% das emissões de gases do efeito estufa no mundo. Para o relator, o Brasil precisa acelerar a produção dos carros elétricos “não só para induzir um maior desenvolvimento da indústria brasileira, como também para apoiar a sustentabilidade do meio ambiente”. (AE)


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ECONOMIA MERCADO IMOBILIÁRIO

Inadimplência nos condomínios cai na RMBH Segundo levantamento da CMI/Secovi-MG, índice em setembro foi de 10,8%, contra 11,07% em igual mês de 2017 FILÓ ALVES

ANA CAROLINA DIAS

A taxa de inadimplência nos condomínios da Capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou redução em setembro de 2018. Levantamento divulgado ontem pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/ Secovi-MG) mostra que o índice de inadimplência no pagamento das taxas condominiais foi de 10,8% em setembro deste ano, frente aos 11,07% registrados no mesmo mês de 2017. Na avaliação do vice-presidente das Administradoras de Condomínios da CMI/Secovi-MG, Leonardo Mota, apesar de uma situação econômica instável no País, o resultado aponta que os condomínios têm conseguido se profissionalizar mais em relação à recuperação dos créditos. Ele destacou também que o melhor aparelhamento das administradoras de condomínio tem proporcionado mais eficiência na recuperação de crédito, ampliando as maneiras de resolver o problema, considerado o que mais impacta os condomínios. “Os síndicos têm tratado o condômino como uma empresa. A própria função exige que eles tenham mais conhecimento e tomem providências para cobrar do inadimplente. As administradoras estão ampliando a capacidade para fazer a cobrança das

Neste ano, a taxa de inadimplência mais baixa na Capital e RMBH foi verificada em janeiro, quando atingiu 10,52%; fevereiro teve o índice mais alto

taxas condominiais em atraso, criando inclusive situações para acordos”, afirmou. Os dados da CMI/Secovi-MG apontam que, em setembro, houve aumento de 0,4% na taxa de inadimplência em relação a agosto de 2018, quando a taxa registrada foi de 10,64%. O acréscimo é avaliado por Mota como sazonal e possivelmente relacionado a questões externas. “Não é um reajuste característico. As incertezas no cenário econômico devido às eleições fazem com que esse leve aumento seja um resultado positivo, levando em conta esse contexto atual”, disse Mota.

Pagamentos atrasados - Também na passagem de agosto para setembro deste ano, os pagamentos atrasados caíram de forma expressiva. Entre os condôminos que pagam suas taxas com atraso dentro do mês de referência, a taxa de impontualidade registrada em setembro foi de 7,57%, resultado 1,18 ponto percentual menor que o do mês anterior (8,75%). A redução é atribuída por Leonardo Mota à diversidade nas formas de pagamento, que permitem mais versatilidade e mobilidade para quitar os débitos. “O condômino tem mais facilidades de pagamento

oferecidas pelos bancos, entre elas DDA, débito automático, home banking e aplicativos. Isso permite mais possibilidades para realizar os pagamentos em dia e evitar multas”, ressaltou. Em 2018, o índice de inadimplência mais baixo foi registrado em janeiro, quando a taxa chegou a 10,52%, enquanto o mais alto foi observado no mês de fevereiro, com o índice de 11,64%. Já com relação à impontualidade, o menor índice deste ano foi registrado em fevereiro (7,46%) e o pico do ano, até o momento, foi atingido em janeiro, com 9,50% de condôminos com atraso de pagamentos.

Déficit habitacional do País subiu 3,1% em 2017 São Paulo - O Brasil registrou um déficit habitacional de 7,770 milhões de domicílios em 2017, o que representa um crescimento de 3,1% em relação a 2016, refletindo o ambiente de crise econômica no País e a deterioração da renda das famílias, de acordo com estudo divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Segundo o levantamento, o déficit é composto pelo seguinte quadro: 3,3 milhões de moradias com famílias pagando um valor de aluguel excessivo para seus rendimentos;

3,2 milhões vivendo em coabitação; 967 mil em habitações precárias; e 304 mil domicílios alugados com muitas pessoas ocupando o local. Um dos principais motivos para o crescimento do déficit foi o avanço da quantidade de famílias que se viram em uma situação de pagamento de valores de aluguel muito altos. “Este é um fenômeno ligado ao cenário econômico negativo e à perda de renda das famílias nos últimos anos”, afirmou Robson Gonçalves, economista da FGV, durante apresentação do estudo. A maior parcela do déficit se concentrou nas re-

giões Sudeste e Nordeste, que, juntas, totalizaram 68%. Em termos absolutos, o estado de São Paulo liderou o ranking de carência habitacional, com 1,8 milhão de domicílios em falta, o que representou 23% do déficit brasileiro. A maior parcela dos domicílios de déficit (92%) está situada nos estratos com renda de até três salários mínimos. Financiamento - O levantamento mostrou ainda que, entre 2018 e 2027, está prevista a formação de 9,564 milhões de novas famílias. E para atender a demanda por novas moradias, o financiamento

imobiliário deverá girar em torno de R$ 154,2 bilhões a R$ 318,8 bilhões por ano na próxima década. Embora a projeção para o número de famílias permaneça o mesmo, a faixa de renda da população pode variar de acordo com a situação econômica do País, o que implicará em necessidades diferentes de financiamento e subsídios. “Um dos alertas mais importantes é que existe no horizonte uma possível escassez de recursos para atender essa demanda”, apontou Gonçalves. “Isso significa que ou faltará recurso ou o déficit habitacional irá aumentar”, completou. (AE)

Vendas de imóveis em SP crescem 38,4% em agosto São Paulo - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo atingiram 2.581 unidades em agosto, resultado 67,4% superior ao de julho e 38,4% maior do que em agosto de 2017, conforme dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) divulgados ontem. No acumulado deste ano, foram vendidas 16.124 unidades, um aumento de 46,7% em comparação ao mesmo período de 2017, quando as vendas totalizaram 10.991 unidades. Os lançamentos, por sua vez, somaram 1.410 unidades em agosto, montante 46,4% inferior ao de julho

e 10,7% menor do que o registrado em agosto de 2017. No acumulado deste ano, os lançamentos totalizaram 12.107 unidades, 16% acima do registrado no mesmo período do ano anterior, com 10.437 unidades. Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais - na planta, em obras ou recém entregues - atingiu 16.692 unidades em agosto, uma queda de 15% em comparação ao mesmo mês do ano passado. A pesquisa do Secovi-SP identificou ainda que agosto teve o maior número de unidades vendidas

em todo o ano. Além disso, a velocidade de vendas (que mede o total de unidades comercializadas em relação ao estoque), de 13,4%, foi a maior de 2018. O resultado foi potencializado, sobretudo, pelo bom desempenho de comercialização dos imóveis econômicos enquadrados no programa Minha casa, minha vida, com preço de até R$ 240 mil e unidades compostas geralmente por um ou dois dormitórios. “Este produto atende principalmente a demanda das famílias que buscam adquirir a primeira casa própria e que se encaixam nos parâmetros do programa”, ressalta o econo-

mista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, em nota distribuída à imprensa. Para o presidente da entidade, Flavio Amary, apesar das incertezas no cenário político, ocasionadas principalmente pelo período eleitoral, os dados do mercado vêm comprovando que existe demanda e que o setor tem muito a produzir para atendê-la. “No médio e no longo prazo, as perspectivas são positivas. Até porque todos os presidenciáveis reconhecem a importância da indústria imobiliária como forte indutor da economia e importante gerador de emprego e renda”, afirma. (AE)

Preço do aluguel avança em Belo Horizonte São Paulo - O preço médio do aluguel residencial em setembro ficou quase estável ante agosto, mas acumula alta de 2,06% desde o começo do ano, mostrou o índice FipeZap, que monitora os valores de apartamentos prontos em 15 cidades brasileiras por anúncios na internet. Conforme o levantamento, o indicador teve variação negativa de apenas 0,01% na comparação mensal, mas subiu 1,72% em relação a setembro de 2017, atingindo uma média de R$ 28,55 por metro quadrado. A pesquisa também indicou que 9 das 15 cidades pesquisadas apresentaram elevação no valor médio da locação residencial em setembro ante agosto, com destaque para São Bernardo do Campo (+2,28%), Belo Horizonte (+1,13%) e Recife(+0,92%). Já os muni-

cípios com maior queda mensal no aluguel foram Fortaleza (-1,32%), Rio de Janeiro (-0,54%) e Goiânia (-0,41%). Em 12 meses, as principais altas no preço médio da locação residencial foram observadas em Recife (+9,33%), Curitiba (+8,02%) e Goiânia (+4,97%), enquanto as maiores baixas se deram em Niterói (-5,12%), Fortaleza (-4,56%) e Rio de Janeiro (-4,26%). Ao fim de agosto, São Paulo era o município com o aluguel residencial mais caro (R$ 36,95 por metro quadrado), seguido por Rio de Janeiro (R$ 30,44/ m²) e Santos (R$ 29,58/ m²), segundo o FipeZap. Na outra ponta, as cidades mais baratas para locação de moradia eram Fortaleza (R$ 15,79 por metro quadrado), Goiânia (R$ 15,84/m²) e Curitiba (R$ 18,03/m²). (Reuters)

Cyrela amplia lançamentos no trimestre São Paulo - A Cyrela, uma das maiores incorporadoras do mercado imobiliário brasileiro, elevou em 72,7% os lançamentos no terceiro trimestre, ante igual período do ano passado, para R$ 918 milhões, informou a companhia ontem. Do total, R$ 711 milhões corresponderam a empreendimentos da própria Cyrela e os demais R$ 207 milhões foram de parceiros. Ainda segundo a prévia operacional, a companhia lançou no trimestre encerrado em setembro 7 projetos na cidade de São Paulo, 3 no Rio de Janeiro e 1 em Campinas. Já as vendas líquidas contratadas cresceram 29,2% no período, para R$ 943 milhões, dos quais R$ 419 milhões correspondiam a imóveis para alta renda e R$ 523 milhões eram de médio padrão e voltados ao programa Minha casa, minha vida (MCMV).

A participação da Cyrela nas vendas contratadas foi de 73% no terceiro trimestre, ante 76% um ano antes. Conforme a companhia, 17% dos imóveis vendidos eram do estoque pronto, enquanto 35% estavam em construção e 48% eram lançamentos. O indicador que mede a velocidade de vendas, conhecido como VSO, de 12 meses subiu para 39,4% ao fim de setembro, ante 32,7% um ano atrás. Os dados operacionais da Cyrela surgem uma semana após a MRV, maior construtora de imóveis econômicos do País, apontar queda de 6,6% nas vendas contratadas do terceiro trimestre, para R$ 1,445 bilhão, e aumento de 18,5% nos lançamentos, para R$ 1,675 bilhão. Em 2018, as ações da Cyrela acumulam alta de mais de 2,5%, enquanto as da MRV recuaram quase 8% desde o começo do ano. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

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INTERNACIONAL ESTADOS UNIDOS

PaĂ­s mira acordos com UE, JapĂŁo e Reino Unido Segundo senador republicano dos EUA nĂŁo haverĂĄ tempo para Casa avaliar pacto neste ano

Votação de novo Nafta ďŹ ca para 2019 Washington - O principal senador republicano norte-americano disse ontem que senadores nĂŁo vĂŁo votar para aprovar a revisĂŁo do pacto comercial da AmĂŠrica do Norte em 2018, deixando o assunto para a prĂłxima legislatura. O lĂ­der da maioria no Senado, Mitch McConnell, informou Ă Bloomberg Television que o Senado nĂŁo terĂĄ tempo para avaliar o novo Acordo Estados Unidos-CanadĂĄ-MĂŠxico antes de 2019. “Isso serĂĄ assunto do ano que vem, porque o processo pelo qual precisamos passar nĂŁo permite que isso venha antes do fim deste anoâ€?, disse McConnel. Na semana passada, o nĂşmero 2 do Partido Republicano no Senado, John Cornyn, havia dito que era “improvĂĄvelâ€? que o Senado conseguisse votar nas Ăşltimas semanas de 2018. Alguns lĂ­deres industriais mantĂŞm pouca esperança de que um acordo ainda possa ser aprovado neste ano. A previsĂŁo de assinatura do novo acordo comercial ĂŠ

Pacto entre países - O acordo ocorreu após mais de um ano de negociaçþes para atualizar o Tratado de Livre ComÊrcio da AmÊrica do Norte (Nafta), de 1994, depois que o presidente Donald Trump se preparou para abandonar o acordo comercial no início de 2017. O objetivo do novo acordo

referindo-se aos principais atores alemães do setor, a Volkswagen, a BMW e a Daimler. BMW, Audi, da VW, e Mercedes detêm cerca de 90% de participação de mercado no segmento premium de automóveis, mas um esforço para cortar as emissþes prejudica os veículos de alta potência e, portanto, as marcas alemãs em particular. (Reuters)

Washington - O gabinete do representante comercial dos Estados Unidos (EUA) informou ao Congresso ontem que pretende abrir negociaçþes comerciais com a UniĂŁo Europeia (UE), o Reino Unido e o JapĂŁo. Sob as regras do chamado sistema “fast trackâ€?, o governo dos Estados Unidos sĂł pode começar negociaçþes com a UE, JapĂŁo e Reino Unido 90 dias apĂłs avisar o Congresso. “NĂłs continuaremos a expandir o comĂŠrcio e investimentos dos EUA ao negociar acordos comerciais com o JapĂŁo, UE e Reino Unidoâ€?, disse o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, em comunicado. “Estamos comprometidos a concluir essas negociaçþes com resultados oportunos e substantivos para trabalhadores, produtores, rancheiros e negĂłcios norte-americanosâ€?. As cartas de Lighthizer ao Congresso chegam semanas apĂłs os EUA obter um acordo para renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre ComĂŠrcio (Nafta) com o MĂŠxico e o CanadĂĄ e no momento em que o governo enfrenta persistentes tensĂľes comerciais com a China. O governo visa “tratar tanto de barreiras tarifĂĄrias como nĂŁo-tarifĂĄrias e alcançar um comĂŠrcio mais justo e equilibradoâ€?, com a UE e o JapĂŁo, segundo as cartas. O JapĂŁo â€œĂŠ um importante, mas frequentemente ainda insatisfatĂłrio mercado para exportadores de bens dos EUAâ€?, de acordo com a carta. O texto nota que os EUA tĂŞm um dĂŠficit comercial de US$ 69 bilhĂľes em bens com o JapĂŁo e grande parte disso estĂĄ no setor automobilĂ­stico. A carta sobre a UE nota que o bloco e os EUA tĂŞm US$ 1,1 trilhĂŁo em comĂŠrcio anual na “maior e mais complexaâ€? relação econĂ´mica do mundo e acrescentou que os EUA tĂŞm um dĂŠficit comercial de US$ 151,4 bilhĂľes em bens. A carta ao Congresso sobre o Reino Unido diz que planeja começar negociaçþes “assim que estiver prontoâ€?, apĂłs o Reino Unido deixar a UE em 29 de março. Os EUA querem desenvolver “obrigaçþes de liderança para setores emergentes onde inovadores e empreendedores dos EUA e do Reino Unido sĂŁo mais competitivosâ€?. (Reuters)

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro Oficial MAT. JUCEMG nº507 torna público que realizarå um leilão Online, por meio do Portal: www.gpleiloes.com. br, com abertura no dia 11/10/2018 e encerramento no dia 08/11/2018 às 14:00 horas, p/ alienação de ativos excedentes de Banco Semear . Normas para participação, registradas no Cartório do 1º Ofício de Reg. de Títulos e Docs. de BH, nº: 01419286. Info e edital no site www.gpleiloes.com.br ou p/ tel.: (31) 3241-4164.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro Oficial MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå um leilão online, por meio do Portal: www. gpleiloes.com.br, com abertura no dia 15/10/2018 e encerramento no dia 23/10/2018 às 15:00 horas, para alienação de ativos excedentes da AUTO TRUCK LTDA. E SEUS ASSOCIADOS, e outros. Normas para participação estão registradas no Cartório do 1º Ofício de Reg. de Títulos e Docs. de BH sob o nº: 01419286. Informaçþes sobre visitação aos bens e edital completo poderão ser obtidas no site: www.gpleiloes.com.br ou com a equipe do leiloeiro pelo tel.: (31) 3241-4164.

REBECCA COOK/REUTERS

30 de novembro, mas, para cumprir regras do chamado “fast trackâ€?, o Congresso deve receber um relatĂłrio da ComissĂŁo de ComĂŠrcio Internacional dos Estados Unidos (ITC, na sigla em inglĂŞs) sobre os impactos econĂ´micos do acordo de comĂŠrcio. Na sexta-feira (12), a ITC disse que lançou uma investigação sobre os impactos do acordo e vai realizar uma audiĂŞncia sobre o tratado no dia 15 de novembro. A comissĂŁo afirmou que aceitaria comentĂĄrios por escrito atĂŠ o dia 20 de dezembro. Tradicionalmente, o Congresso realiza audiĂŞncias antes de aprovar um grande acordo comercial.

Acordo comercial firmado envolve, alĂŠm dos americanos, os mexicanos e canadenses

Ê levar mais empregos para os Estados Unidos (EUA), com o Canadå e o MÊxico aceitando um comÊrcio mais restrito com os EUA, o principal comprador de suas exportaçþes. Qualquer ganho de empregos nos EUA estå provavelmente anos à frente

e muitos analistas dizem que o acordo terĂĄ um impacto econĂ´mico modesto. Um colapso do Nafta poderia custar aos fazendeiros norte-americanos, uma das principais bases eleitorais de Trump, acesso a grandes mercados agrĂ­colas no CanadĂĄ e

no MĂŠxico, ao mesmo tempo em que a China suspendeu compras de soja e outras commodities dos EUA devido a uma guerra tarifĂĄria com os Estados Unidos. O Nafta dĂĄ suporte a cerca de US$ 1,2 trilhĂŁo em comĂŠrcio anual entre os trĂŞs paĂ­ses membros. (Reuters) AXEL SCHMIDT/REUTERS

INDĂšSTRIA AUTOMOBILĂ?STICA

Setor vê liderança de montadoras alemãs ameaçada com regulação Frankfurt - Montadoras alemãs só têm 50% de chances de se manterem como líderes na indústria automobilística, a menos que transformem seus negócios para atender às novas regulamentaçþes e adaptar as cadeias de fornecimento, disse o presidente-executivo da Volkswagen ontem. Os fabricantes de carros se queixaram das novas regulamentaçþes, incluindo a proibição de veículos a diesel mais antigos nas cidades alemãs e medidas mais amplas da União Europeia para reduzir as emissþes de poluentes de carros, dizendo que vão prejudicar a indústria automobilística da Europa e custarão empregos.

“Se vocĂŞ olhar para os antigos bastiĂľes da indĂşstria automobilĂ­stica como Detroit, Oxford Cowley ou Turim, vocĂŞ entende o que acontece com cidades quando as empresas outrora poderosas e lĂ­deres industriais fraquejam,â€? destacou o presidente-executivo Herbert Diess em conferĂŞncia de fornecedores automotivos Wolfsburg. Risco - A associação da indĂşstria automotiva alemĂŁ, VDA, disse que a proibição da circulação de veĂ­culos movidos a combustĂŁo a partir de 2030 ameaça mais de 600 mil empregos industriais alemĂŁes, dos quais 436 mil estĂŁo em montadoras e seus fornecedores.

GNPP IMĂ“VEIS S.A. Assembleia Geral ExtraordinĂĄria (AGE) – EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - Ficam os senhores acionistas da GNPP ImĂłveis S.A. convocados para reunirem-se em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 31 de outubro 2.018, Ă s 10:00 (dez) horas, na sede social, na Avenida Afonso Pena, 3.577 – 8Âş andar, bairro Serra, CEP 30.130-008, em Belo +RUL]RQWH 0* D ÂżP GH GLVFXWLU H GHOLEHUDU VREUH D VHJXLQWH 2UGHP GR 'LD L (QFHUUDPHQWR GH ÂżOLDLV LL *UXSDPHQWR GH Do}HV QD SURSRUomR GH GH] PLO Do}HV DQWLJDV SDUD XPD QRYD DomR LLL )RUPD GH UHHPEROVR GDV Do}HV H[WLQWDV SRU QmR SRGHUHP VHU JUXSDGDV LY 2XWURV DVVXQWRV GH LQWHUHVVH GD &RPSDQKLD $ DFLRQLVWD FRQWURODGRUD FRORFD j GLVSRVLomR dos interessados atĂŠ 10 (dez) dias antes da data da AGE, a quantidade de açþes necessĂĄrias para completar um lote de açþes correspondente a uma nova ação, ao preço correspondente ao valor patrimonial apurado no balanço de encerramento do ~OWLPR H[HUFtFLR VRFLDO 'HYHUmR RV DFLRQLVWDV SDUD SDUWLFLSDU GD $VVHPEOHLD H[LELUHP GRFXPHQWRV GH LGHQWLÂżFDomR SHVVRDO H SDUD RV TXH VH Âż]HUHP UHSUHVHQWDU SRU SURFXUDGRUHV R V PDQGDWiULR V GHYHUi mR GHSRVLWDU R UHVSHFWLYR ,QVWUXPHQWR de Procuração, contra recibo, na sede da Instituição, atĂŠ 05 (cinco) dias antes da data da Assembleia. Belo Horizonte, 17 de outubro 2.018. GNPP IMĂ“VEIS S.A. – Diretoria 0DUFR 7XOLR /HmR GH $]HYHGR Âą %UXQR /XL] 2OLYHLUD GH $]HYHGR

ATO AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO – HOMOLOGAĂ‡ĂƒO/ADJUDICAĂ‡ĂƒO PROCESSO DE COMPRA NÂş 077/2018 – TOMADA DE PREÇO NÂş 001/2018 SICONV / ConvĂŞnio Federal nÂş 863735/2017 OBJETO: Reforma das Salas de PrĂŠ-Parto e Centro ObstĂŠtrico para criação dos quartos PPPs na ALA D do 11Âş pavimento do Hospital Central da Santa Casa de MisericĂłrdia de Belo Horizonte / MG. O Provedor da Santa Casa de MisericĂłrdia de Belo Horizonte - SCMBH, no uso de suas atribuiçþes legais e, com fundamento no inciso VI, do art. 43, da Lei 8.666/93 e alteraçþes, em conformidade com o que consta no Processo de Compras n.Âş 077/2018, HOMOLOGA a Licitação na modalidade Tomada de Preço n.Âş 001/2018, tipo Menor Preço Global e, considerando o Termo de Adjudicação assinado e encaminhado pelo Presidente da ComissĂŁo Permanente de Licitação – CPL, ADJUDICA Ă empresa LOPES & ROCHA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA - ME, inscrita no CNPJ N.Âş 18.997.345/0001-27, o objeto da licitação Reforma das Salas de PrĂŠ-Parto e Centro ObstĂŠtrico para criação dos quartos PPPs na ALA D do 11Âş pavimento do Hospital Central da Santa Casa de MisericĂłrdia de Belo Horizonte / MG, com fornecimento de mĂŁo de obra e materiais, pela proposta mais vantajosa a essa entidade no valor de R$212.942,64 (duzentos e doze mil novecentos e quarenta e dois reais e sessenta e quatro centavos). Belo Horizonte, 15 de outubro de 2018. Saulo Levindo Coelho - Provedor

Presidente-executivo da Volkswagen, Diess destacou necessidade de mudanças em empresas

Regras mais rĂ­gidas podem tirar algumas montadoras do mercado devido ao ritmo das reformas necessĂĄrias para migrar para a produção de carros elĂŠtricos e enfrentar ASSOCIAĂ‡ĂƒO DE CULTURA FRANCO-BRASILEIRA DE BELO HORIZONTE (A.C.F.B.) CNPJ/MF 17.490.616/0001-90 ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA A Presidente da Associação de Cultura Franco Brasileira de Belo Horizonte (A.C.F.B.), Vania Carvalho dos Santos, no uso de suas atribuiçþes, convoca os Associados da referida Entidade para AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria, a realizar-se no dia 23 de outubro de 2018, na sede da entidade, Ă Rua TomĂŠ de Souza, 1418, Ă s 19h00, em primeira chamada e Ă s 19h30 em segunda chamada, para tratar da seguinte ordem do dia: 1- Apresentação do novo Diretor Executivo 2- Outros Assuntos Belo Horizonte 16 outubro de 2018 Vania Carvalho dos Santos Presidente

novas ameaças geopolĂ­ticas, afirmou Diess. “Do ponto de vista atual, as chances talvez sejam de 50% de que a indĂşstria automobilĂ­stica alemĂŁ ainda pertença Ă elite global daqui a dez anosâ€?, disse ele, Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/MG, LeilĂŁo: 08/11/18 Ă s 10:00hs, para venda de 36 imĂłveis em MG, ES, SP, RS, CE, TO,PE, GO, RN, PR, MS, PA e SC. Comitente: Embracon Administradora e ConsĂłrcio Ltda. Normas p/ participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂ­cio de Reg. de TĂ­tulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Info. e edital no site: www. gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.

CONSĂ“RCIO STRATA-ZOCCO CERTIDĂƒO ESPECĂ?FICA A SecretĂĄria-Geral da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais CERTIFICA, nos termos do art. 29 da Lei Federal nÂş 8.934, de 18 de novembro de 1994, nos arts. 78, inciso III e 81 do Decreto nÂş 1.800, de 30 de janeiro de 1996; da Instrução Normativa IN/DREI nÂş 20, de 5 de dezembro de 2013, a requerimento, conforme protocolo de nĂşmero 18/531.174-1, que consta no Cadastro Estadual de Empresas Mercantis, formado e organizado por esta Junta Comercial na forma disciplinada no art. 7Âş, VIII, do Decreto 1800/1996, registro de CONSORCIO STRATA-ZOCCO, CONSORCIO DE SOCIEDADES, NIRE 3150022265-2, CNPJ 31.699.371/0001-37, ATIVA, com sede na RUA CASTELO DE SINTRA, 24, *$/3$2 %$,552 &$67(/2 %(/2 +25,=217( 0* FRP GDGRV TXH HP UHVXPR D VHJXLU VH HVSHFLƢFDP Ato/Evento

Data Aprovação

Nº Aprovação

CONTRATO

05/10/2018

31500222652

Data Assinatura 11/09/2018

&HUWLƢFD SRU GHUUDGHLUR VHUHP HVWHV RV ÂźQLFRV DWRV UHJLVWUDGRV QHVWD -XQWD &RPHUFLDO DWÂŤ D SUHVHQWH GDWD 2 UHIHULGR ÂŤ YHUGDGH 'RX IÂŤ -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV 1DGD PDLV %HOR +RUL]RQWH GH 2XWXEUR GH 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPƢP Ĺ&#x; 6HFUHWÂŁULD *HUDO GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

GOVERNO FEDERAL

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş: 38/GAPLS/2018 OBJETO: Aquisição de Material ElĂŠtrico. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 17/10/2018. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 29/10/2018 Ă s 09:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419

PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş: 40/GAPLS/2018 OBJETO: Aquisição de cestas bĂĄsicas. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 17/10/2018. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 29/10/2018 Ă s 09:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Ten Cel Int Ordenador de Despesas

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG $YLVR GH 5HWL¿FDomR H 1RYD 'DWD GR 3UHJmR ¹ 3/ Qž 2EMHWR 5HJLVWUR GH SUHoRV SDUD IXWXUD H HYHQWXDO $TXLVLomR GH UHOyJLR GH SRQWR GLJLWDO ELRPpWULFR FRP FRPSURYDQWH HP LPSUHVVmR WpUPLFD ¿[iYHO HP SDUHGH GRWDGR GH WHFODGR H OHLWRU ELRPpWULFR H OLFHQoD GH VRIWZDUH GH WUDWDPHQWR GH SRQWR LQFOXLQGR LQVWDODomR H WUHLQDPHQWR GR HTXLSDPHQWR H VLVWHPD FRQIRUPH VROLFLWDomR GD 6HFUHWDULD 0XQLFLSDO 6D~GH 6HFUHWDULD 0XQLFLSDO GH $GPLQLVWUDomR 6HFUHWDULD 0XQLFLSDO GH 'HVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR LQG~VWULD FRPpUFLR H PRELOLGDGH XUEDQD 6HFUHWDULD 0XQLFLSDO GH (GXFDomR 6HFUHWDULD 0XQLFLSDO GH 'HVHQYROYLPHQWR VRFLDO 6HFUHWDULD 0XQLFLSDO GH (VSRUWH /D]HU 7XULVPR H &XOWXUD 1RYD 'DWD GH DSUHVHQWDomR GH HQYHORSHV H MXOJDPHQWR K PLQ GR GLD 2 HGLWDO UHWL¿FDGR HQFRQWUD VH GLVSRQtYHO QR VLWH KWWS SPO ODYUDV PJ JRY EU 0DLRUHV LQIRUPDo}HV SHOR 7HOHIRQH 5RGULJR 0RUHWL 3HGUR]D ¹ *HUHQWH GH /LFLWDo}HV

EMPRESA MINEIRA DE PLACAS VEICULARES - EMPLAVE S/A CNPJ NÂş 19.998.396/0001-36 - NIRE 31300107426 ANĂšNCIO DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA O Diretor da Empresa Mineira de Placas Veiculares – EMPLAVE S/A (EMPLAVE), Sr. Wender Teixeira Moraes, no uso das atribuiçþes que lhe confere o Art. 123 da Lei 6.404/76 (Lei das S/A), bem como o Art. 6Âş, § 1Âş, do Estatuto Social da Companhia, convoca todos os acionistas para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada na Associação MĂŠdica de Minas Gerais, localizada na Avenida JoĂŁo Pinheiro, nÂş 161, sala 07, Bairro Centro, CEP 30.130-180, cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, no dia 25 de outubro de 2018, Ă s 10h00min, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) AnĂĄlise e aprovação de investimentos em equipamentos e soluçþes para maquinĂĄrios, logĂ­sticas e, utilização de lojas; b) AnĂĄlise e aprovação de contrato de mandato para administração de lojas estampadoras pela EMPLAVE; c) AnĂĄlise e aprovação de contrato de locação para uma APP; d) AnĂĄlise e aprovação do processo de aquisição do fundo de comĂŠrcio das lojas estampadoras; e) AnĂĄlise e aprovação do contrato de fornecimento de blanks - Placas Mercosul; e f) AnĂĄlise e aprovação da proposta de prestação de serviços referentes Ă estruturação jurĂ­dica e societĂĄria da EMPLAVE. Todos os documentos e informaçþes relativos Ă s matĂŠrias que constam na ordem do dia encontram-se Ă disposição dos acionistas, na sede da Companhia, em conformidade com o disposto no Art. 135, § 1Âş, da Lei das S/A. Belo Horizonte, 15 de outubro de 2018. Wender Teixeira Moraes - Diretor

CARTA-CONVITE CONVOCAĂ‡ĂƒO - REUNIĂƒO ORDINĂ RIA IMOBILIĂ RIA E CONSTRUTORA SĂƒO GONÇALO LTDA. CNPJ nÂş 17.270.943/0001-37 Ficam os Senhores SĂłcios em pleno gozo de seus direitos sociais, na forma do Contrato Social da IMOBILIĂ RIA E CONSTRUTORA SĂƒO GONÇALO LTDA, ClĂĄusula XIII, convocados para comparecerem Ă ReuniĂŁo ExtraordinĂĄria dos SĂłcios, a ser realizada no seguinte endereço: Rua ParaĂ­ba, 550, 8 andar (Regus), Savassi, CEP 30.130-140, Belo Horizonte/MG, no dia 19 de outubro de 2018, em primeira convocação Ă s 10:00 horas, e Ă s 10:30 horas em segunda convocação, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1) Abertura dos Trabalhos; 2) Nomeação de outro administrador e deliberação sobre regras de administração da empresa; 3) Retomada do EdifĂ­cio AcajĂĄ, sede da empresa; 4) Fixação de Pro Labore para o(s) administradore(s) da empresa; 5) Exposição e avaliação de vendas de imĂłveis da empresa; 6) Destinação das receitas/numerĂĄrio da empresa para pagamento das despesas e dĂ­vidas da empresa; 7) Outros assuntos de interesse da sociedade; Aos sĂłcios impedidos de comparecer, OHPEUDPRV D SRVVLELOLGDGH GH SURYLGHQFLDUHP SURFXUDomR DVVLQDGD H FRP Ă€UPD UHFRQKHFLGD GDQGR SRGHUHV para seu representante (outro sĂłcio ou advogado) de comparecer e votar em seu nome os assuntos constantes da respectiva ordem do dia. Finalmente, esclarecemos que para funcionamento da ReuniĂŁo em 1ÂŞ convocação ĂŠ necessĂĄria a presença de ž dos quotistas e em 2ÂŞ convocação com qualquer nĂşmero dos quotistas. Agradecemos de DQWHPmR VXD FRPSUHHQVmR H FRODERUDomR H Ă€FDPRV j VXD GLVSRVLomR SDUD HVFODUHFLPHQWRV H LQIRUPDo}HV Atenciosamente, Belo Horizonte, 25 de setembro de 2018 Irma Alves de Castro SebastiĂŁo Jackson de Castro SĂłcia Administradora SĂłcio Administrador


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POLÍTICA INQUÉRITO DOS PORTOS

PF pede o indiciamento de Michel Temer Sequestro e bloqueio de bens do presidente e a prisão preventiva do coronel Lima são solicitados ADRIANO MACHADO/REUTERS

Brasília - Na conclusão das investigações do inquérito dos portos entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento e o sequestro e bloqueio de bens do presidente Michel Temer, da filha dele Maristela Temer, do ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures e de outros oito investigados, conforme despacho do relator do caso na Corte, Luís Roberto Barroso. No relatório final, a PF também solicitou ao Supremo a prisão preventiva do coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, da arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do coronel, e outras duas pessoas. Em despacho de ontem, Barroso disse que vai aguardar a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito dos pedidos feitos pela PF antes de decidir. Ainda assim, ele de antemão decidiu proibir os investigados que tiveram a prisão preventiva requerida pela

PF de deixarem o Brasil. Procurada, a assessoria de“Aguardarei a manifestação do Ministério Público quanto aos requerimentos de sequestro e bloqueio de bens, assim como do pedido de prisão preventiva. Determino, no entanto, desde logo, a proibição de se ausentarem do País aos investigados que tiveram sua prisão processual solicitada pela autoridade policial”, disse Barroso. Segundo o ministro do STF, a PF decidiu apontar o indiciamento dos investigados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ministro cita que essa organização está “dividida em quatro núcleos: político, administrativo, empresarial (ou econômico) e operacional (ou financeiro)”. Provas - “De acordo com o relatório, foram produzidas, no âmbito do inquérito, provas de naturezas diversas, que incluíram

colaborações premiadas, depoimentos, informações bancárias, fiscais, telemáticas e extratos de telefone, laudos periciais, informações e pronunciamentos do Tribunal de Contas da União, bem como foram apurados fatos envolvendo propinas em espécie, propinas dissimuladas em doações eleitorais, pagamentos de despesas pessoais por interpostas pessoas – físicas e jurídicas –, atuação de empresas de fachada e contratos fictícios de prestação de serviços, em meio a outros”, informa Barroso, citando o relatório da PF. O inquérito dos portos foi aberto em setembro do ano passado, diante da suspeita de Temer ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a Rodrimar em alterações legais para o setor. A defesa do presidente Michel Temer informou à Reuters na noite de ontem que ainda não tinha tido acesso ao relatório final

da apuração e que vai se manifestar hoje. Blindagem - As investigações do inquérito dos portos atingiram indiretamente o ex-diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia. A situação dele, que assumiu o comando da polícia em novembro, ficou abalada após entrevista à Reuters, antes do Carnaval, em que ele afirmou não haver indícios de crime cometidos pelo presidente no inquérito. Na entrevista, Segovia indicava que a tendência era de arquivamento da investigação contra Temer. Na mesma entrevista, o então diretor-geral disse ainda que o delegado responsável pelo inquéri- A PGR deve se manifestar sobre o indiciamento de Temer to, Cleyber Malta Lopes, poderia ser investigado Pública, Raul Jungmann, inquérito de ser retirado da por eventuais abusos nos substituiu Segovia por condução do caso - disse questionamentos que fez Rogério Galloro, que está que o trabalho foi “conduao presidente, se houvesse no comando da PF desde zido diligentemente pelo delegado da Polícia Federal uma queixa formal sobre então. No despacho de ontem, Cleyber Malta Lopes, cujo isso. No fim de fevereiro, Barroso - que anterior- compromisso na presero então recém-empossa- mente tinha blindado o vação dos dados sigilosos do ministro da Segurança delegado responsável pelo merece registro”. (Reuters)

LEGISLATIVO

Senadores aprovam renegociação de dívidas rurais Brasília - O Senado aprovou ontem a medida provisória que permite a renegociação de dívidas rurais de agricultores familiares. Segundo o Ministério da Fazenda, o custo aos cofres públicos será de R$ 5,271 bilhões. O texto já tinha força de lei porque foi editado como medida provisória. Mas dependia da aprovação do Congresso para não perder validade. Com a aprovação na Câmara e no Senado, segue agora para sanção do presidente Michel Temer, que pode vetar as condições mais generosas que foram incluídas pelos parlamentares O impacto nas contas públicas é o dobro do previsto pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da MP na comissão especial. Inicialmente, quando editou a MP, o governo previa gastar R$ 1,6 bilhão com a renegociação de dívidas rurais apenas para produtores familiares do Norte e Nordeste. No entanto, o relator estendeu as condições a outras regiões, o que aumentou o custo do programa. Bezerra informou, quando o texto passou pela comissão especial de deputados e senadores, que o impacto com as modificações seria de até R$ 2,5 bilhões a Fazenda confrontou logo em seguida. O texto aprovado no Congresso manteve a possibilidade de renegociação de dívidas de agricultores familiares das regiões Norte e Nordeste com descontos de até 95%. Esse abatimento será compensado pelo Tesouro aos bancos públicos que são credores dessas dívidas - sobretudo o Banco do Brasil. Esse era o alcance da medida defendido pelo governo quando enviou a Medida Provisória (MP) 842. Além disso, os deputados deram aval para inclusão de renegociações para produto-

res das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que haviam sido excluídas pelo governo da MP. No entanto, as condições serão menos benéficas. Só a dívida vencida até 2011 poderá ser alvo da negociação, e os descontos serão menores, de 60% para os débitos vencidos até 2006 e de 30% para os inadimplidos até 2011. Na primeira investida, o Ministério da Fazenda enviou comunicado aos bancos públicos proibindo a renegociação das dívidas, pois o Tesouro Nacional não tinha dinheiro para repassar às instituições - ou seja, elas poderiam ficar no prejuízo se avançassem com os refinanciamentos.

tação, referindo-se à MP 842, que teve de voltar à Câmara para um ajuste de redação. Sobre o projeto de lei que regulamenta a duplicada eletrônica, aprovada na manhã de ontem pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Eunício disse que ele deve ser pautado em plenário até o fim deste ano. A proposta segue com urgência para o Plenário e é considerada uma das principais ações do Banco Central para modernizar a área de crédito no Brasil.”Não sei se hoje. Mas vou tocar no Senado até o fim de dezembro”, disse. Para hoje, está marcada uma sessão do Congresso, quando deputados e senaPauta – “A pauta está tran- dores devem se reunir para cada e eu vou destrancar a apreciar vetos da Presidênpauta”, disse presidente do cia da República. Segundo Senado, Eunício Oliveira Eunício, o primeiro item (MDB-CE),, antes da vo- é a derrubada do veto da

proposta que altera o piso salarial dos agentes comunitários, aprovado por meio de uma medida provisória e vetado por Michel Temer. O piso aprovado pelo Congresso aumentava a remuneração para R$ 1 250,00 em 2019, R$ 1.400,00 em 2020 e R$ 1.550,00 em 2021. O piso atualmente é de R$ 1.014,00. “Tenho o compromisso de colocar esse veto. É o primeiro item da pauta. Vai depender do plenário do Congresso e do quórum”, disse. Eunício disse ainda que aceita discutir a possibilidade de estender o prazo para inclusão de emendas ao Orçamento de 2019, que se encerra no dia 20 de outubro, para 8 de novembro. O presidente do Senado disse ainda ter sido procurado pelas equipes dos dois candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABr

A MP aprovada pelo Senado terá custo de R$ 5,271 bilhões

(PSL) e Fernando Haddad (PT), para discutir o Orçamento de 2019. “Vou analisar a prorrogação do prazo para emendas, e dia 28 teremos o resultado de quem será o novo presidente. Já fui procurado, inclusive, por ambas as partes,

para saber se, em caso de eleição, eu aceitaria discutir a questão do Orçamento, pois o Orçamento do ano que vem é feito pelo Congresso que ainda existe neste ano. É natural que eu abra esse espaço para fazer essa discussão”, justificou. (AE)

Venda de distribuidoras de energia é rejeitada Brasília - O plenário do Senado rejeitou o projeto de lei que destrava a venda e resolve pendências das distribuidoras da Eletrobras. A proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara, foi rejeitada por 34 votos a 18. O projeto será arquivado e não pode voltar à votação. Sem ele, há uma incógnita sobre o futuro da distribuidora Amazonas Energia, cujo leilão estava marcado para 25 de outubro. Como a empresa não tem mais contrato de concessão e a Constituição não permite que o contrato de concessão não tenha custo, um dos possíveis cenários é que a empresa seja liquidada. Na liquidação, todas as dívidas ficariam com a Eletrobras e todos os empregados seriam demitidos. Qualquer outra solução demandaria alterações legais e até mesmo constitucionais. Fontes

do governo reconhecem a dificuldade de lidar com a situação e avaliam que o Senado não avaliou as consequências da liquidação O projeto de lei tramitava em regime de urgência constitucional e estava trancando a pauta do Senado. Por isso, apesar dos apelos dos senadores do Amazonas, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse que não seria possível retirar o projeto da pauta. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) comemorou a decisão do Senado e disse que a rejeição do projeto ameaça a concretização da privatização das outras distribuidoras vendidas neste ano, no Acre, Rondônia, Roraima e Piauí. “Foi a decisão mais acertada do Senado da República. Diante da insegurança jurídica que significa a não aprovação desse projeto de lei, muito

provavelmente, não haverá a concretude da assinatura dos (outros) contratos”, afirmou. “E isso dará oportunidade ao futuro governo, escolhido pelo povo no dia 28, diante de dois projetos que estão sendo colocados, de decidir. O que não é correto é a gente, no meio de um turno e outro, votar a privatização de uma forma desequilibrada como proposta no texto que veio da Câmara. Não é que eu seja contra a privatização, e a maioria dos votos aqui não foram contra por ser contra, é que nós temos de ter a modelagem desse setor de forma correta e isso não foi feito neste projeto de lei, lamentavelmente”, disse. Nas discussões, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu a aprovação do projeto. Ele disse

que o programa Luz Para Todos não iria acabar, já que foi prorrogado até 2022, e que as dívidas da empresa não seriam repassadas aos consumidores. “A votação do projeto é em benefício do consumidor brasileiro, e não o contrário”, disse Bezerra Coelho. Ele disse ainda que o projeto mantém a energia subsidiada para os Estados do Norte do País, pois ela é paga por clientes de todo o País, através de taxas cobradas nas tarifas de energia. A aprovação do projeto de lei era fundamental para viabilizar a privatização da Amazonas Energia. Sem a proposta, a Eletrobras não tem segurança de que os créditos que assumiu ao privatizar as empresas vão se materializar. Leilões - Neste ano, o governo já leiloou as distri-

buidoras do Piauí, Acre, Rondônia e Roraima. Para vender a Ceal, há um impedimento no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de uma disputa financeira entre União e o Estado do Alagoas, que cobra ressarcimento. A oposição e a bancada do Norte atuaram fortemente pela rejeição do projeto. A senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) criticou o fato de o projeto ser discutido no “apagar das luzes” do governo Michel Temer. “Não podemos aprovar algo tão nefasto”, disse. O senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que o governo Temer “não tem autoridade” para fazer nenhum tipo de mudança. “O governo Temer acabou.” O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que o governo Temer não tem legitimidade para aprovar o projeto. (AE)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

ELEIÇÕES

Bolsonaro evita turbulências na reta final Diante da vantagem nas pesquisas, campanha do capitão reformado entra em fase de “modo avião” Brasília - A campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, entrou em uma fase de “modo avião” a fim de evitar turbulências a menos de duas semanas para o segundo turno, no momento em que os principais institutos de pesquisa têm registrado considerável vantagem do capitão reformado em relação ao adversário petista, Fernando Haddad. A determinação repassada por Bolsonaro, segundo integrantes do núcleo duro da campanha revelaram à Reuters, é que auxiliares não se exponham e acabem por dar “munição” para desgastar a candidatura. Na reta final do primeiro turno, a campanha do presidenciável sofreu críticas por declarações dadas e informações publicadas pela imprensa referentes ao candidato a vice-presidente na coligação, general Hamilton Mourão, e ao seu principal assessor econômico, Paulo Guedes. Mesmo à época hospitalizado, recuperando-se de cirurgias após ter sido alvo de um atentado à faca, Bolsonaro teve que intervir para reduzir os danos das

FABIO RODRIGUES POZZEBOM / ABr

O deputado Onyx Lorenzoni, tentou justificar a ausência de Jair Bolsonaro de debates

críticas que Mourão fez ao pagamento do décimo terceiro ou da possibilidade de recriação de um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)

sob análise da equipe de Guedes. Após esses episódios, auxiliares do candidato do PSL reduziram aparições públicas e entrevistas à imprensa - Mourão, por exemplo, teve

de cancelar agendas públicas de eventos que participava e, após conversas com Bolsonaro, se impôs uma espécie de lei do silêncio. Nessa reta final, até mesmo o grupo dos generais

- que estavam mais aberto a falar com jornalistas - decidiu reduzir o número de entrevistas. “Hoje, até por determinação superior, não estamos falando”, disse um auxiliar reservadamente. “Agora nós estamos, como dizem os marinheiros, não fazendo marola para não atrapalhar o Bolsonaro”, completou. Por ordem médica, o próprio Bolsonaro, que passou três semanas no hospital, tem se resguardado de participar de eventos de campanha, como debates e eventos na rua. Haddad, aliás, tem pressionado o adversário a ir aos debates da reta final, acusando-o de fugir. Redes sociais - O candidato do PSL tem usado principalmente as redes sociais para se contrapor a Haddad e falar sobre as propostas de um eventual governo dele. O deputado federal reeleito e cotado para assumir o Ministério da Casa Civil na gestão do presidenciável do PSL, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), saiu ontem em defesa de Bolsonaro e afirmou que uma coisa é falar 20 minutos, outra são duas horas. “Quer que eu fale em

bom português? Um cara colostomizado peida, fede, no meio de um debate político, acha adequado isso?”, afirmou a jornalistas na Câmara dos Deputados. “Viu o laudo médico? Já entrou no Google para ver o que é colostomizado? Então olha e pergunta para ti mesmo se uma pessoa assim pode ir a um debate televisivo”, completou. Segundo Onyx, Bolsonaro está há três anos e meio expondo suas ideias e propostas Brasil afora, visitando locais onde a imprensa não tem ido. “Conquistou tudo que conquistou, tem que dizer mais o quê?”, questionou. O presidente licenciado do PSL e deputado federal eleito, Luciano Bivar (PE), concorda com a estratégia adotada. “Você hoje quanto mais se expões, fala muito, você pode ter um jornalista pérfido e que pode desviar as coisas, então é um momento muito importante da sociedade brasileira e todos nós temos muito cuidado”, disse. “O PSL hoje é protagonista do cenário político e todos nós temos uma parcela de responsabilidade”, completou. (Reuters)

Haddad faz desafio ao Juristas assinam manifesto a favor do petista adversário para debate São Paulo - Adversários no segundo turno da corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) trocaram farpas ontem em uma rede social, com o petista respondendo a uma publicação do adversário chamando-o para um debate e recebeu como resposta que “quem conversa com poste é bêbado”. Haddad respondeu no Twitter a uma publicação de Bolsonaro em que o ex-capitão do Exército classificou de história “para boi dormir” o fato de o petista ter reconhecido erros cometidos pelo seu partido. “Essa história de o fantoche de corrupto admitir erros do seu partido é pra boi dormir. A corrupção nos governos Lula/Dilma não era caso isolado, era regra para governar. Por isso estão presos presidente, tesoureiros, ministros marqueteiros, etc, além de tantos outros investigados”, disparou Bolsonaro. Em resposta, Haddad voltou a chamar o rival para debates. O ex-capitão do Exército tem sido orientado por médicos a não participar de debates entre os dois candidatos ao Planalto, após passar por duas cirurgias devido à facada que sofreu no início de setembro durante ato de campanha. “Tuitar e fazer live é fácil, deputado. Vamos debater frente a frente, com educação, em uma enfermaria se precisar. O povo quer ver você aparecer na entrevista de emprego”, rebateu Haddad. Bolsonaro, então, subiu ainda mais o tom, referindo-se ironicamente ao adversário como “Andrade” e insinuando que o petista poderá ser preso em breve. “Senhor Andrade, quem conversa com poste é bêbado. Existe um que está preso por corrupção e você vai toda semana na cadeia visitá-lo intimamente além de receber ordens! Cuidado que pelo desenrolar das notícias reveladas você pode ser o próximo!”, ameaçou. O petista voltou a responder, publicando uma foto do estúdio em que é realizado o debate da TV Globo vazio e a mensagem: “Te espero aqui, deputado.” Lula - Bolsonaro tem atacado Haddad pela relação que o rival tem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Originalmente, Lula era o candidato petista à Presidência, mas ele teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados do Judiciário. Haddad, que está registrado como um dos advogados de Lula, tornou-se o presidenciável do PT em 11 de setembro e visitava o ex-presidente toda segunda-feira. A última visita que fez a Lula foi no dia seguinte ao primeiro turno da eleição. Após isso, o próprio Lula aconselhou o afilhado político a não mais visitá-lo, e Haddad tem buscado sinalizar ao centro para tirar a vantagem que Bolsonaro tem nas pesquisas e vencer o segundo turno, marcado para 28 de outubro. (Reuters)

São Paulo - Um grupo de mais de mil advogados e juristas, entre eles ex-ministros, magistrados, procuradores, professores de direito e expoentes do universo jurídico brasileiro assinaram um manifesto em defesa da candidatura à Presidência de Fernando Haddad (PT), que será apresentado em um ato amanhã. Eles argumentam que em um momento de “ameaça à democracia” setores da sociedade devem colocar de lado diferenças pontuais em nome de um interesse maior. “Pensamos diferentemente

sobre tantos temas. Temos crenças, valores, ideias sobre tantos assuntos, mas em alguns pontos chegamos no mesmo lugar e isto é inegociável”, diz o texto. O documento é assinado pelos ex-ministros da Justiça José Carlos Dias (governo Fernando Henrique Cardoso), Eugenio Aragão, José Eduardo Cardozo e Tarso Genro (governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence (advogado de Lula na Lava Jato), o ex-presidente da Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB) Marcelo Lavenère Machado, o ex-procurador-geral de Justiça Antônio Carlos Biscaia e os advogados Pedro Dallari, Belisário dos Santos Jr, Celso Antônio Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari, Pedro Serrano e Marco Aurélio de Carvalho (coordenador Jurídico do PT). Sem citar nominalmente o candidato Jair Bolsonaro (PSL) eles justificam o apoio a Haddad dizendo ser contra a “violência física ou simbólica”. “Por isso, nós juristas e demais profissionais subscritores do presente

manifesto, defensores da democracia e radicalmente contrários a violência física ou simbólica como forma de reprimir opiniões contrárias, declaramos apoio ao candidato à Presidência da República Fernando Haddad, independentemente de eventuais diferenças programáticas, pelo fato de ser o único, nesse segundo turno, capaz de garantir a continuidade do regime democrático e dos direitos que lhe são inerentes, num ambiente de paz, de tolerância e de garantia das liberdades públicas”, diz o texto. (AE)

PF vai investigar ameaça contra Rosa Weber Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu à Polícia Federal (PF) que investigue uma mensagem enviada ao tribunal, direcionada à presidente da Corte, ministra Rosa Weber, em tom de ameaça. Recebida através de uma rede social do TSE, o texto fala que o presidenciável do Jair Bolsonaro, do PSL, está “matematicamente eleito”, e que “se as urnas forem fraudadas”, a população irá para as ruas até que uma nova eleição com voto impresso. “Experimente deixar que isso aconteça”, diz parte da mensagem. A história foi revelada pelo jornal “Folha de S.Paulo” na edição de ontem. A reportagem apurou que a PF foi avisada na última segunda-feira (15) sobre a mensagem, e que um ofício para o órgão já foi elaborado para que a origem e o autor da mensagem sejam identificados, e seja feita uma apuração em torno da ameaça. “Es-

pero que a senhora fique de olho”, diz outro trecho do texto. Questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral têm sido um tópico frequente nessas eleições, com dúvidas lançadas por um de seus próprios concorrentes. Na disputa pela Presidência da República, Bolsonaro já chegou a dizer que não aceitava resultado das eleições diferente de sua vitória. Mais recentemente, na sexta-feira (12), o candidato voltou a falar do assunto e disse que a suspeição vale somente para a votação para presidente. Questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral têm sido um tópico frequente nessas eleições, com dúvidas lançadas por um de seus próprios concorrentes. Na disputa pela Presidência da República, Bolsonaro já chegou a dizer que não aceitava resultado das eleições diferente de sua vitória. Mais recentemente, na sexta-feira (12)

o candidato voltou a falar do assunto e disse que a suspeição vale somente para a votação para presidente. Bolsonaro disputa o segundo turno das eleições presidenciais com Fernando Haddad, do PT. Crime - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou ontem que “obviamente representa um crime” a mensagem enviada ao TSE, direcionada à presidente da Corte, ministra Rosa Weber, em tom de ameaça “O que eu sei é que ontem (segunda-feira), na reunião que tivemos com diretor-geral da PF (Rogério Galloro) e também do secretário nacional da Segurança Pública, Brigadeiro Fiorentini, é que ela (Rosa) fez essa queixa informalmente, e que iria formalizar, e que a Polícia Federal imediatamente ia apurar para chegar aos responsáveis por essa ameaça, que obviamente representa um delito, representa um

crime, e tem de ser identificado quem o fez para ser legalmente punido”, afirmou Jungmann na tarde de ontem, após assinar um termo do Ministério da Segurança Pública junto ao TSE relativo a atuação dos mesários no segundo turno das eleições. “A resposta vai ser dada, a Polícia Federal vai investigar, e nós vamos trazer para vocês um resultado”, completou o ministro. Segundo apurou a reportagem, o TSE têm recebido diariamente através das redes sociais mensagens com tom de intimidação, relativas as eleições deste ano. Várias questionam a segurança das urnas e do processo eleitoral brasileiro. Os encaminhamentos teriam se intensificado após o primeiro turno do pleito. A mensagem recebida ontem, no entanto, chamou atenção por ter sido direcionada a Rosa. “Espero que a senhora fique de olho”, diz um trecho do texto. (AE)


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VAREJO

Superminas deve movimentar R$ 1,85 bi Supermercados mantêm investimentos; cerca de 3,3 mil vagas devem ser geradas neste fim de ano JULIANA BAETA

Cerca de 3.300 vagas temporárias serão abertas somente para atender à demanda de fim de ano nos supermercados mineiros, das quais pelo menos 15% devem ser efetivadas. Já nas padarias do Estado a expectativa para a época é de um crescimento de 15% nas vendas. É neste cenário de expansão e crescimento que Belo Horizonte sedia, no Expominas, o 32º Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação, a Superminas Food Show 2018. O evento começou ontem (16) e vai até amanhã, com o objetivo de conectar fornecedores e empresários destes segmentos. Só no ano passado a feira movimentou R$ 1,85 bilhão em negócios, cifra que deve se manter nesta edição, assim como o número de visitantes. Cerca de 54 mil pessoas devem passar pelo evento, vindas de 650 municípios mineiros e de outros 25 estados do País, além da presença de compradores internacionais oriundos da Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, Guatemala, República Dominicana e Espanha. Segundo o presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni, a 32ª Superminas ainda bate um recorde: 100% dos espaços foram ocupados, com 480 estandes de expositores. “Apesar de estarmos vindo de quatro anos de crise, os supermercados não pararam de investir. Então, a feira é um reflexo do que o setor está acreditando e inovando. Porque estes investimentos são feitos para atender as expectativas do consumidor, e estão surgindo novos consumidores, mais jovens, com outras visões. É preciso se desenvolver e acompanhá-los”. Atualização - Por conta disso o evento também se torna um ponto não só de networking e troca de experiências, mas também de aprendizado e atualização para os lojistas e indústria. Ao longo dos dias de feira, são realizadas mais de 70 apresentações como palestras, talkshows, reuniões, visitas técnicas, oficinas e fóruns. Os temas são diversos e abordam desde a Indústria 4.0 e sua interface com a cadeia alimentícia, até profissionalização de empresas familiares, impacto do ICMS no varejo, inovações e tecnologias, o profissional do futuro, transformação digital, sustentabilidade, design de ambientes, inteligência artificial, entre outros. O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de Minas Gerais (SIP), José Batista de Oliveira, reitera que “o momento é de união e de fortalecimento da cadeia para vencer as barreiras e dificuldades”. Sobre as perspectivas pós-eleições, ele acredita que, independentemente de quem ganhar, Minas Gerais deveria receber investimentos compatíveis com o tamanho do Estado. A união dos dois setores - supermercados e padarias - já é, por si, uma forma de aprendizado e atualização, como comenta o presidente da Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão), Vinícius Dantas. “Acho que é de grande valia esta união, porque nós, da panificação, estamos aprendendo a revender o pão, enquanto eles, dos supermercados, estão aprendendo a fazer o pão”. O superintendente da Amis, Antônio Claret Nametala, endossa, ainda: “É uma boa oportunidade para as lojas fazerem suas compras porque os fornecedores levam promoções especiais durante o

DIVULGAÇÃO

evento. Então, em um só local, o lojista tem a possibilidade de entrar em contato com fornecedores de vários segmentos. Para a indústria, também é uma boa oportunidade de negócios, porque da mesma forma, em um só local estarão vários empresários do País, de forma que o setor consegue ali concretizar vendas que ele não conseguiria em uma agenda normal ao longo do ano. Imagina que oportunidade, são 650 municípios mineiros presentes no mesmo lugar e período”. Grandes números - Em Minas Gerais são quase 21,2 mil supermercados e a padarias, representando um faturamento próximo a R$ 44 bilhões. Ao todo, são 14 mil padarias e 7.173 lojas supermercadistas. Só nas padarias são registrados 4 milhões de consumidores por dia, e o setor é responsável pela geração de 80 mil empregos diretos e 180 mil empregos indiretos. Este segmento movimenta cerca de R$ 9 bilhões por ano no Estado. Até o final deste ano, Minas Gerais deve ganhar, pelo menos, mais 60 supermercados, o que significa aporte na ordem dos R$ 440 milhões e a geração de 7 mil empregos. Além disso, a chegada do Natal deixa o setor ainda mais otimista. A expectativa é de que a data represente um aumento de 2,5% de vendas em comparação com o mesmo período no ano passado. Negócios - É na Superminas que as marcas também encontram a oportunidade para impulsionar o seu crescimento e apresentar lançamentos. O Café Jequitinhonha, por exemplo, que pela primeira vez expões seus produtos na feira, mantém um crescimento anual de aproximadamente 15%. A expectativa após a feira, no entanto, é de um incremento de 50% nas vendas dos produtos. “Essa exposição é a oportunidade de fazer com que potenciais compradores conheçam nossa linha de produtos e, a partir daí, firmar parcerias”, conta o diretor-fundador da empresa, Luiz Carlos Barbosa. Além do crescimento, o plano de expansão da marca também deve ser impulsionado. A previsão é a construção de um novo complexo fabril administrativo na cidade de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, que ficará instalado em uma área maior do que a atual e que permite o melhor acesso de carretas. “Estamos saindo de uma área semiurbana para ir para uma área industrial”, explica. Para isso, a empresa vai investir, ao longo de três anos, cerca de R$ 10 milhões. A Vilma Alimentos também encontrou na feira a oportunidade de comemorar seus 93 anos de operação e apresentar ao mercado seus novos produtos, como a versão de 10gr do refresco em pó da marca, que rende 1 litro e tem redução de açúcares. A Apreciare também apresenta seus lançamentos na feira, já alinhados ao conceito de uma vida mais saudável, com seis novos produtos, incluindo um leite fermentado a base de kefir. E mesmo fora da área de alimentação, os produtos que vem com uma pegada de beleza e bem-estar também marcam presença nos supermercados. A marca Yeva Cosméticos, por exemplo, levou para seu stand na feita, o Sanctio, produto para antiqueda capilar que foi desenvolvido por cientistas da UFMG e pesquisadoes da Alamantec, empresa alocada no BHTec.

32ª Superminas bate recorde em 2018: 100% dos espaços foram ocupados, com 480 estandes de expositores

CIDADE CRIATIVA DA GASTRONOMIA

Capital concorre a título da Unesco DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

A candidatura de Belo Horizonte ao título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) foi anunciada ontem, durante o Encontro Cidades Criativas: Turismo e Gastronomia, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), na sede da PBH. De acordo com o presidente da Belotur, Aluizer Malab, Belo Horizonte tem na diversidade de sabores e ingredientes uma das suas maiores riquezas e que faz jus ao slogan “cidade surpreendente”. “A gastronomia é um ativo muito grande da cidade e do Estado. Enquanto a globalização pasteuriza o olhar, a gastronomia é capaz de nos oferecer o único, a experiência. Belo Horizonte é a porta de entrada de Minas e vamos trabalhar a singularidade da cultura mineira”, explicou Malab. Como embaixador da candidatura foi escolhido o chef Leo Paixão, eleito o Chef do Ano 2018 Prazeres da Mesa e chef do restaurante Glouton e Bar da Esquina, ambos em Belo Horizonte. Ele vai apoiar a articulação com a cadeia produtiva da gastronomia, a elaboração do book da candidatura e as ações de marketing e promoção e construção do dossiê técnico. “Belo Horizonte é o centro gastronômico do Estado de maior relevância gastronômica do País. Temos crescido em qualidade gastronômica e chefs muito criativos que estão resgatando os nossos produtos. No mundo a gastronomia vive a revalorização da regionalização e o que fazemos aqui é nosso e isso é o mais importante”, afirmou Paixão. Ao longo do encontro os participantes tiveram a oportunidade de se aprofundar na experiência peruana. O país que foi eleito seis vezes o World Travel Awards na categoria Melhor Destino Gastronômico do Mundo. Segundo a diretora de Turismo e Imagem do Escritório Comercial do Peru no Brasil, Milagros Ochoa, para que um trabalho como esse seja realizado com sucesso, é preciso que s pessoas do lugar acreditem na proposta.

Capital tem na diversidade de sabores e ingredientes uma das suas maiores riquezas

“Hoje os peruanos são os maiores propagandistas da marca, porém esse não é um trabalho fácil. É preciso reunir as pessoas, convencê-las. Então tivemos que fazer um trabalho de reposicionamento também para os peruanos. Hoje, o peruano sai com a marca pela roupa, pelo corpo e são promotores da nossa marca”, pontua Milagros Ochoa. Brasilidades - Pelo lado brasileiro estiveram presentes as cidades de Florianópolis (SC), Belém (PA) e Paraty (RJ), todas já admitidas como cidades criativas pela Unesco. O superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação de Florianópolis, Marcus Rocha, chamou a atenção para o fato de que na capital catarinense a gastronomia estar sob a pasta de Inovação. “Normalmente a pasta da Cultura ou do Turismo assume o programa. Lá, a pasta da Inovação é a responsável, mas ela não fica isolada. Normalmente quando falamos de Florianópolis pensamos primeiro nas praias, mas o turismo não é mais a principal atividade econômica da cidade. Hoje, a tecnologia é o nosso principal vetor econômico, com 30% do ISS. A inovação, promovida inicialmente pela tecnologia, é o motor que escolhemos para puxar os outros setores econômicos, inclusive o turismo, por meio da economia criativa. Criamos, em 2012, uma lei municipal de inovação. A nossa ideia como o programa Cidade Criativa da

Gastronomia é gerar inovação, criar startups que vão criar inovações, gerando desenvolvimento econômico focadas na economia criativa”, destacou Rocha. Em Belém, o primeiro grande desafio foi reconhecer nas atividades do dia-a-dia valores capazes de serem entendidos pela Unesco como algo singular e criativo e de se tornarem, na sequência, atrativos turísticos. “Até a nossa candidatura o trabalho era feito de modo muito compartimentado. As coisas aconteciam, mas não dávamos o devido valor. Foi preciso juntar todo mundo e reconhecer as nossas singularidades e capacidades”, relembrou a assessora da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem), Mônica Lobato. Já a cidade mais recentemente incluída pela Unesco na lista de cidades criativas pela gastronomia, Paraty é também a menor entre elas. Para a secretária de Cultura de Paraty, Cristina Maseda, a gastronomia é um patrimônio da cidade capaz de costurar as várias manifestações culturais e os vários eventos que a cidade abriga. “Paraty é essa cidade histórica e as praias que todos conhecem, mas é principalmente as suas comunidades tradicionais. Os eventos, a alta temporada, tudo passa, mas a gastronomia fica, ela existe todo o tempo e é capaz de cativar, emocionar e fidelizar os visitantes”, avaliou Cristina Maseda.

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

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NEGÓCIOS INOVAÇÃO DIVULGAÇÃO

Mineiro desenvolve marketplace exclusivo para o coaching Investimento inicial na plataforma Ilevus foi de R$ 150 mil THAÍNE BELISSA

Uma das profissões mais populares do momento, o coaching ganha um marketplace exclusivo: Ilevus, plataforma criada pelo empreendedor mineiro Ivan Nascimento Feliciano. Lançada há cerca de dois meses com investimento inicial de R$ 150 mil, o marketplace funciona como uma vitrine para os coachs no Brasil e facilita a vida dos clientes, que precisam encontrar um profissional com boas recomendações. A meta do empreendedor é chegar a um milhão de usuários na plataforma até 2021 e expandir a solução para a Europa. O criador da Ilevus explica que a plataforma resolve um problema do mercado, que é a de recomendação do profissional de coach. O marketplace faz uma seleção primária dos profissionais que serão expostos aos usuários, mas se torna ainda mais útil por permitir a avaliação pelos próprios usuários. De acordo com Feliciano, o sistema de avaliação é simples e muito conhecido em outros serviços como os aplicativos de transporte particular e os sites de aluguel de casas. “Antes de escolher o profissional, o cliente consegue ler seu

perfil, consultar quantas estrelas ele tem e o que outros clientes falaram sobre ele. A plataforma também mostra os profissionais de destaque, criando uma força reguladora interna”, explica o empreendedor. Ele acredita que, assim como marketplaces de outros segmentos se tornaram referência para quem busca determinado tipo de produto ou serviço, como no setor hoteleiro,

“O usuário acessa o marketplace gratuitamente e pode contratar serviços dentro da própria plataforma, por meio de pagamento on-line” a Ilevus tem potencial para ser uma das primeiras soluções a serem lembradas para quem procura um profissional de coach. A plataforma conta com profissionais de diversos nichos para desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, algumas escolas de coach também disponibilizam seus cursos na solução. O cadastro no marketplace é gratuito para qualquer profissional. Basta fornecer os dados exigidos pela Ilevus e o coach ganha um perfil, que fica disponível para consulta. Ele

Alocat desburocratiza locação de imóveis THAÍNE BELISSA

Alvo de inovações diversas e de startups que têm surgido com soluções de antigos problemas, o setor imobiliário está se reinventando no Brasil. Em Belo Horizonte, uma nova proposta acaba de ser lançada e promete desburocratizar o acesso das pessoas ao aluguel de imóveis. Trata-se da Alocat, associação de locatários que, por meio do corporativismo, garantem contratos de aluguel junto às imobiliárias, dispensando modelos tradicionais como o fiador e o custoso seguro-fiança. O serviço é oferecido pela associação por meio do produto Fiança Social, que já tem parceria com mais de 30 imobiliárias na Capital. A expectativa é ampliar esse número para mil até fim de 2019. O assessor jurídico da Alocat, Rafael Augusto Alves, explica que a solução trazida pela associação é pioneira no Brasil e resolve um problema real do setor imobiliário. “A pessoa que precisa alugar um imóvel hoje terá que ir atrás de um fiador ou recorrer ao seguro-fiança. O que fizemos foi pegar esse modelo de garantia locatícia e melhorá-lo, oferecendo às pessoas uma opção com custos mais baixos por meio do corporativismo”, explica. Na prática, a associação funciona como uma cooperativa em que os associados contribuem mensalmente com valores fixos. Esse valor arrecadado é o que garantirá o pagamento de provável inadimplência entre aqueles associados. Dessa forma, a Alocat será a garantia nos contratos de aluguel, funcionando como a fiadora dos associados. A associação tem sede no bairro Lourdes, na região Centro-Sul da Capital. De acordo com Alves, os loca-

tários podem escolher entre três planos diferentes para contribuir mensalmente. Eles são o plano Bronze, que cobre apenas o aluguel; o plano Prata, que também inclui IPTU e condomínio; e o plano Ouro, que abrange a cobertura dos dois primeiros, garante a quitação de multas pelo atraso e rescisão do contrato e também oferece assistência residencial. Todos os planos ainda incluem acesso a uma rede de descontos em 400 marcas do varejo. Segundo Alves, os preços dos planos variam de 6% a 8% do valor do aluguel. O assessor explica que os locatários passam por uma análise crédito para se associarem. Assim que estiverem aptos, basta submeterem sua documentação por meio de uma plataforma on-line para que a Alocat inicie o processo para ceder fiança. É necessário que o imóvel requisitado seja de uma imobiliária parceira da associação. Alves destaca que a solução é vantajosa para todos os envolvidos na cadeia. Para os locatários, o produto da Alocat é a chance de conquistar o contrato de aluguel de um imóvel sem burocracia e para as imobiliárias é uma oportunidade de aumentar os negócios fechados. “Vale lembrar que muitas pessoas interessadas em alugar um imóvel chegam a nós primeiro. Nós indicamos essas às imobiliárias parceiras, que ganham um novo fluxo de clientes”, frisa. O assessor afirma que, até o momento, a Alocat tem 200 associados e cerca de 30 imobiliárias parceiras. A expectativa dos gestores da associação é chegar ao número de mil imobiliárias em Minas Gerais até o fim de 2019. Depois disso, a associação pretende expandir seu produto para outros estados no País.

também pode optar pela assinatura premium, no valor de R$ 50, e ganhar vantagens, como uma plataforma para sessões virtuais e ferramentas comuns no coaching, como roda da vida e SWOT. De acordo com Feliciano, o usuário acessa o marketplace gratuitamente e pode contratar serviços dentro da própria plataforma, por meio de pagamento on-line. Os produtos oferecidos no marketplace vão desde sessões de desenvolvimento, passando por workshops e até cursos completos, que podem custar de R$ 50 a R$ 8 mil. O modelo de monetização da Ilevus é de cobrança de R$ 40 mais 1% sobre o valor da venda realizada pelo coach. Com dois meses de operação, o marketplace conta com quase 200 usuários, entre clientes e profissionais de coaching, sendo que cerca de 40% deles já realizaram encontros. A meta do criador da plataforma é alcançar 500 mil usuários até o fim deste ano e chegar a um milhão em 2021. A expectativa é de que o retorno do investimento inicial de R$ 150 mil aconteça no segundo semestre de 2019. Feliciano também está preparando a plataforma para lançamento do exterior e o objetivo é começar por países na Europa.

Plataforma resolve um problema desse mercado, garante Feliciano

Edital investiu mais de R$ 545 milhões Brasília - A inovação é um dos melhores caminhos para as empresas se diferenciarem dos concorrentes e conseguirem mais sucesso no mercado. O Edital de Inovação para a Indústria, um dos mais duradouros e estáveis instrumentos de fomento no Brasil, ajudou mais de 800 empresas a serem competitivas por meio de novos produtos e processos inovadores, desde que foi criado em 2004. Neste mês, o Edital atingiu a marca de mil projetos inovadores selecionados, nos quais foram investidos mais de R$ 545 milhões. O Edital de Inovação para a Indústria é uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). Além de fomento, as empresas selecionadas contam com apoio da infraestrutura da rede de 26 Institutos Senai de Inovação e dos 58 Institutos Senai de Tecnologia. O objetivo é estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras para a

indústria brasileira, sejam novos produtos, processos ou serviços de caráter inovador, incremental ou radical. “A inovação é o principal fator de competitividade das empresas. Com a quarta revolução industrial acirram-se cada vez mais no mundo instrumentos de apoio à capacidade inovativa. O Sistema Indústria tem orgulho de ter uma das mais estáveis experiências de apoio à inovação, que é o Edital de Inovação para a Indústria. Certamente é uma enorme contribuição que o Sistema Indústria dá à capacidade inovativa do empresariado brasileiro”, avalia o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi. Pequenas - As startups, micro e pequenas empresas foram as que mais se beneficiaram do apoio oferecido pelo Edital de Inovação ao longo de sua história. Entre os mil projetos selecionados, 29% foram apresentados por microempresas; 26% por pequenas, 19% por startups; 15% por grandes com-

panhias e 12% por médias. “O Edital comemora, desde 2004, excelentes resultados com ganhos de produtividade e competitividade para a pequena empresa”, avalia a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. “Do ponto de vista do Sebrae, a soma de esforços com o Sesi e o Senai foi fundamental porque trouxe a perspectiva de uma nova modalidade, em que a pequena empresa inovadora também passa a fazer parte do processo de criação na medida em que aceita um desafio tecnológico de uma média ou de uma grande empresa”, complementa. Os segmentos industriais que mais tiveram projetos aprovados foram o Químico, com cerca de 130 projetos, e Alimentos e Bebidas, com 110 projetos, aproximadamente. Empresas na região Sul foram as que mais conseguiram o apoio do Edital: foram 126 propostas apresentadas por companhias do Rio Grande do Sul; 124 do Paraná e 109 de Santa Catarina.

Agro IoT Lab ainda recebe inscrições São Paulo - As startups têm até o dia 21 de outubro para se inscreverem no Agro IoT Lab 2018 - programa de desenvolvimento de aplicações para o campo com foco em Internet das Coisas (IoT) da Vivo, Raízen e Ericsson, por meio da Wayra e do Pulse e em parceria com a EsalqTec. O processo é aberto a todas startups que tenham interesse em desenvolver e acelerar projetos para o agronegócio, com foco em soluções e produtos tecnológicos como IoT, energia, hardware, Inteligência Artificial, Machine Learnig, SaaS, Big Data, Cloud Computing, E2E (end to end), entre outros. As inscrições

devem ser feitas no portal www. pulsehub.com.br. A iniciativa une empresas e setores fundamentais para acelerar a transformação digital no agronegócio. A Vivo levará a sua rede móvel 4G para o campo, utilizando a frequência de 450Mhz; a Ericsson fornecerá apoio às empresas por meio do uso de plataformas de software para IoT, e a Raízen a expertise e infraestrutura agrícola e o acesso aos canaviais. Os projetos serão avaliados em duas etapas por uma equipe de especialistas formada por integrantes da Wayra - braço de empreendedorismo e inovação

aberta da Vivo, - e Pulse - hub de inovação da Raízen. Os 10 selecionados terão acesso ao espaço compartilhado do Pulse, localizado em Piracicaba, e a toda a sua infraestrutura de mentoria, workshops, networking, treinamentos aplicados ao agronegócio, além de terem a possibilidade de participar do ecossistema da Wayra com mentorias, workshops e treinamentos aplicados ao negócio. As empresas serão acompanhadas pela Wayra e, caso faça sentido para os dois lados, poderão receber investimento no futuro. A EsalqTec auxiliará os selecionados na facilitação acadêmica das tecnologias.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

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NEGÓCIOS OPORTUNIDADE

TRADIÇÃO

Minas Eventos X-perience acontece nos dias 19 e 20 Evento chega à sua 4ª edição JULIANA BAETA

Para reunir empresários e profissionais da área de eventos em Belo Horizonte, o Minas Eventos X-perience, que acontece nos dias 19 e 20 de outubro, chega a sua quarta edição com uma proposta diferente: agregar o turismo e a economia criativa ao setor. Por isso, em vez de ser realizado em um ponto fixo da cidade, como aconteceu nas edições anteriores, onde a cadeia de eventos era centralizada no Minascentro, a edição 2018 se espalha pela Capital especialmente no circuito cultural da Praça da Liberdade, Mercado Central e Mineirão. A expectativa é atrair um público de 500 pessoas. “O evento acontece desde 2013 e era bianual, mas a partir do ano passado passou a ser realizado anualmente por conta da demanda das próprias entidades parceiras para ter com mais frequência esse momento de encontro e debate. Durante os dois dias temos diversas palestras em mesas com pessoas representativas da área, desde eventos sociais, até eventos de hip hop e gastronomia, por exemplo. Temos um mundo de conteúdo a serem trabalhados”, relata a gestora do evento, Flávia Botelho. Ativar a criatividade, o mindset de crescimento e o networking, é consequência da experiência, que se torna também um bom momento para impulsionar os negócios. No entanto, a organização parou de estimar e divulgar o montante gerado durante o evento.

“Antes a gente fazia rodadas de negócios, mas elas acabavam funcionavam por conectar gente que já se conhecia. Por isso a proposta deste ano não é mensurar negócios e sim, manter pontos de conexão, uma rede ampliada de relacionamentos e, a partir destes encontros é que surgirão negócios”, diz Flávia Botelho. Com patrocínio da Cemig e apoio da Belotur, o evento tem gestão da Espaço Ampliar e conta com parcerias importantes do setor para ser realizado. “É um evento muito baseado em parceria, porque é feito para o próprio setor, então há uma soma de formas”, conclui. Durante seus dois dias de realização, o Minas Eventos X-perience vai ocupar o Teatro da Cidade, o Museu de Minas e Metal, o IEC Puc Minas Praça da Liberdade, duas unidades da UNA, o Mercado Central e o Mineirão. Alguns dos temas debatidos nas palestras são “Distrito Guaicurus - História e potencialidades no Baixo Centro”, “Design na modelagem de eventos”, “Tendências e inteligência cultural”, “Festivais internacionais: cases e experiências de sucesso no mundo”, “Mecanismos de financiamento da cultura”, “O funcionamento da lei Rouanet”, “O futuro do jornalismo cultural”, “O novo mercado do gênero”, entre outros. A programação completa está disponível na página do evento e as inscrições são gratuitas no site minaseventosexpo.com.br.

Redentor Bar completa 15 anos DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

Um dos bares mais tradicionais de Belo Horizonte, o Redentor, conhecido por trazer a boemia carioca para a capital mineira, pelos seus chopes tradicionais e deliciosos petiscos, acaba de completar 15 anos. E motivos para comemorar não faltam: tanto a unidade localizada em uma charmosa esquina da Savassi, nas ruas Fernandes Tourinho com Sergipe, quanto a que está dentro do shopping Cidade, na região central, estão com números bastante positivos. A primeira teve crescimento de 12% entre janeiro de 2017 e outubro de 2018, enquanto a segunda cresceu 3% no mesmo período. Embora debutantes, as duas casas já apresentam balanço de ‘gente grande’: Mais de 30 mil clientes passam pelos dois espaços todos os meses. Juntos eles consomem 12 mil litros de chope [a mais recente aquisição foi os chopes da Colorado] e nove toneladas de self-service. Diariamente, são mais de 30 opções de saladas, dois peixes e todo tipo de carne e guarnições, além de comida japonesa. Tudo isso orquestrado por 86 funcionários. Para celebrar os 15 anos, os sócios Daniel Ribeiro, Antônio Câmera e Fausto Dias contrataram, recentemente, a consultoria do chef Raoni Ribeiro. Ele é fundador da Mercearia 130, chef consultor do Djalma e do Ateliê da Wals, além de já ter prestado consultoria em casas como Bar do Lopes, Paladino, Dorsé e muitas outras. Agora, ele começa um trabalho nas unidades do Redentor que vai ser um grande desafio. “Atualizar uma cozinha que já está em movimento, com uma cultura de 15 anos e a todo o vapor, já que a casa está sempre cheia, vai ser bem mais difícil que começar uma do zero. O trabalho vai ser inicialmente melhorar os processos internos, capacitar

Os sócios Ribeiro, Câmera e Dias (da esquerda para direita) já tiveram 13 operações

mais a equipe com o que tem de novo no mercado, aperfeiçoar os pratos e trazer novas propostas”, diz Raoni. “Vamos buscar atualizar a cozinha sem perder a identidade do bar, que já tem uma clientela muito fiel”, completa o chef de cozinha do estabelecimento, Adenilson Batista, que está à frente deste projeto ao lado de Raoni. Outra novidade é a contratação do mixologista Tiago Santos, que está reformulando a carta de drinks. Ele é uma das principais autoridades no cenário da coquetelaria mineira e nacional. Com mais de 15 anos de experiência no mercado, já esteve à frente dos principais balcões de coquetéis da capital mineira. O bar na Savassi também acaba de ganhar novo visual e está totalmente repaginado. De acordo com a arquiteta Simone Dias, a ideia foi fazer muitas mudanças, mas sem perder a essência de bar casual e carioca. Foram feitas alterações funcionais que visam o conforto do cliente e a sustentabilidade da casa, como projeto acústico, troca de ar-condicionado e iluminação aconchegante. Também foi contratada uma

empresa de cenografia para criar nova fachada. As cores e os quadros de artistas da bossa nova e imagens antigas do Rio de Janeiro também foram trocadas, junto com o balcão que ficou com mais jeito de bar e mais funcional para a equipe. De acordo com Daniel Ribeiro, ainda faz parte do casting de novidades, a instalação de placas solares. “Assim, nossa empresa passa também a ser sustentável, gerando energia limpa e renovável”, diz. Marca registrada - O foco do Redentor sempre foi na qualidade da tiragem de chope, que envolve uma expertise desde o recebimento, o gás e equipamentos utilizados. “O nosso chopeiro Welington Duarte já disputou várias vezes prêmios como melhor chopeiro do Brasil. Já ganhamos também diversos prêmios na Ambev, e revistas como Veja e Encontro. Porém, o maior prêmio mesmo, após esses 15 anos, é escutar do belo-horizontino que gosta de chope que o Redentor é o melhor chope tradicional de BH”, diz Daniel Ribeiro. A ideia de fazer uma mistura do Rio com BH veio da

vontade de trazer o astral carioca para Minas, aquele lugar onde se bebe em pé, de bermuda ou de terno. O tema do Redentor é: O espírito carioca com o abraço mineiro. Desde sempre a ideia foi um bar descontraído, casual e alegre. Um bar familiar e de amigos que preza pela excelência na gastronomia de boteco, no chope e no atendimento: aquele bar aonde o garçom chama o cliente fiel pelo nome. Tradição em família - A história do grupo responsável pelo Redentor começou em 1982. Os fundadores, irmãos Fausto Dias e Antônio Câmera, abriram, há 36 anos, o Pop Pastel no BH Shopping, que, no primeiro dia, já foi um sucesso com direito a fila de clientes. Ao longo desses anos os sócios já tiveram 13 operações, com sete marcas, incluindo Pop Pastel, Kid Batata, Pop Kid, Kid Buffet, Barbotage, Urca e Redentor. Hoje, o grupo, que conta também com o sócio Daniel Ribeiro, na empresa desde 2007, filho de Fausto Dias, tem três empreendimentos: Pop Kid, Redentor do Shopping Cidade e Redentor Savassi.

ENERGIA

Solar 21 facilita acesso ao sistema solar fotovoltaico São Paulo - Impactar e melhorar a vida das pessoas: este foi o sonho que impulsionou os empreendedores Vinicius Ferraz, Lucas Sampaio e Ronaldo Cristiano a idealizar a Solar 21, uma startup fundada em Brasília e que oferece o aluguel de sistema solar fotovoltaico a custo zero de investimento. Mas o que isso quer dizer? O cliente consegue alugar as placas solares, enquanto que a empresa cobre o projeto, equipamento, instalação e manutenção. O mercado de fontes renováveis no Brasil, como energia solar e eólica, cresce em ritmo acelerado, porém se encontra longe de um cenário realmente transformador. Segundo informação da NREL (National Renewable Energy Laboratory), nos EUA são mais de 1,6 milhão de residências com sistema de energia solar instalados, em comparativo ao Brasil que é de apenas 29 mil, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ou seja, cerca de 1,8% do mercado americano. Para o cofundador e CEO da Solar 21, Vinicius Ferraz, este cenário é um reflexo dos altos custos para instalação de sistemas que produzem energia renovável. “Observamos que a grande dificuldade para

a expansão de geração de energia solar está no preço. Apesar dos incentivos fiscais, dos financiamentos e diminuição dos preços nos últimos anos, os sistemas são caros, exigindo um alto investimento inicial. O modelo de aluguel surgiu para preencher essa lacuna e alavancar o uso da energia solar no País”, diz o CEO. Com pouco mais de um ano e meio de mercado, a Solar 21 já atua com projetos nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Brasília. No momento, a startup atende apenas empresas e organizações, ou seja, comércios, condomínios e indústrias. Mas a expectativa é de que em breve o sistema de aluguel seja disponibilizado também para residências. Economia - Com contrato de aluguel assinado e projeto instalado, grande parcela da energia consumida virá do sistema solar fotovoltaico, e por isso acontece uma redução nos gastos. A diminuição gira em torno de 95%, mas por ser um sistema alugado, o cliente repassa 70% em forma de aluguel para a Solar 21, e fica com os 25% restante. Um exemplo, se o gasto antigo mensal era R$ 2 mil, com o sistema instalado, o novo gasto será de R$ 1.400.

Este valor somado a R$ 100 da nova conta de energia da concessionária, totalizaria R$ 1.500 de custo. Uma economia de R$ 500 todo mês para o cliente. Além disso, o consumidor poderá ter acesso ao sistema de gerenciamento solar através de um aplicativo. Ou seja, a Solar 21 disponibiliza gratuitamente, os dados de produção do sistema e também do consumo de energia da concessionária. Com isso, é possível realizar a gestão de energia e saber o

valor da conta, antes mesmo da concessionária enviar a fatura. Este tipo de modalidade foi estruturado em cima de um modelo de negócio já consolidado nos EUA, pertencente ao bilionário Elon Musk, fundador da gigante Tesla. Expansão - Com a meta de expandir e tornar o produto escalável em todo o País, a startup buscou capital para aceleração por meio de um sistema crowdfunding, que nada

mais é do que uma plataforma de financiamento coletivo, utilizada por empreendedores para buscar investimentos. Uma alternativa que permite captação de recursos de forma simplificada, ágil, e com amplo alcance de investidores. Há pouco mais de três meses, a startup foi aprovada na Kria, maior plataforma de equity crowdfunding da América Latina. Até o momento, o projeto já conta com 88 investidores e um total de R$ 302 mil de recursos levantados.

Atualmente, o mundo vive uma revolução energética, e a Solar 21 nasceu para fortalecer esta transformação, afirma Ferraz. “O que queremos é democratizar o acesso à energia solar no país e construir um Brasil onde cada um possa produzir sua própria energia através do sol. O Kria tem nos ajudado a romper barreiras, conectar às pessoas certas e a concretizar o nosso desejo. Veio para ajudar a construir o futuro e um novo Brasil, sem dúvida”, enfatiza.

Site vai monitorar consumo nos imóveis da MRV DA REDAÇÃO

Para celebrar o dia do consumo consciente, a MRV Engenharia lançou no dia 15 de outubro o site “MRV Usina Solar” (www.mrvsolar. com.br), uma plataforma que conta com dados atualizados em tempo real sobre economias e benefícios sustentáveis que são proporcionados pela energia solar fotovoltaica nos empreendimentos da construtora. O lançamento nesta data simbólica representa o avanço do investimento da companhia na tecnologia, que prevê totalidade de lançamentos de empreendimentos autossuficientes em energia elétrica nas áreas comuns até o final de 2022. A MRV

está investindo cerca de R$ 800 milhões neste modelo como forma de promover a democratização da produção de energia limpa, que está se tornando mais acessível nos últimos anos. Além de informações sobre o funcionamento das placas fotovoltaicas, dados, gráficos e infográficos com estatísticas sobre o uso e produção da energia solar, o “MRV Usina Solar” conta com cinco medidores que informam ao internauta alguns benefícios da produção deste tipo de energia. O primeiro deles mede a quantidade de energia produzida em kWh (quilowatt/hora) pelas usinas instaladas nos empreendimentos da MRV Engenharia. Para

exemplificar o caráter sustentável da tecnologia há outros dois medidores. Neles constam os valores estimados de toneladas de dióxido de carbono (CO2) que deixaram de ser emitidas para a atmosfera e a equivalência destes valores em quilômetros rodados por um carro popular. Já para informar o impacto econômico da energia solar gerada há um quarto medidor que informa o valor economizado em reais pelos consumidores que utilizam a tecnologia, demonstrando os benefícios que estes clientes MRV terão na conta de luz. E, por fim, o número médio de pessoas que poderão usufruir de forma direta da energia.


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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

CAFEICULTURA

SIC deve movimentar R$ 60 mi em negócios Semana Internacional do Café será realizada em Belo Horizonte no período de 7 a 9 de novembro DIVULGAÇÃO

MICHELLE VALVERDE

Maior estado produtor de café do Brasil, Minas Gerais sedia, de 7 a 9 de novembro, a Semana Internacional do Café (SIC). O evento, que está entre os três principais do setor cafeeiro do mundo, deve movimentar em torno de R$ 60 milhões em negócios e receber cerca de 30 mil visitantes. Considerada uma importante vitrine para a produção cafeeira, a SIC reúne toda a cadeia produtiva, sendo um momento fundamental para a divulgação dos cafés, promoção de negócios, investimentos e capacitação. O evento será no Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), em Belo Horizonte. De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das Comissões de Cafeicultura da Faemg e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, as expectativas em relação à SIC são positivas. Além de reunir toda a cadeia do café e fomentar a divulgação do café mineiro e nacional, a produção do grão na safra atual apresentou alta qualidade, o que deve estimular os negócios ao longo do evento e favorecer o cafeicultor. “A visibilidade nacional e internacional promovida pela Semana Internacional do Café vem nos surpreen-

dendo a cada edição. Nosso orgulho em realizar a SIC é muito grande, uma vez que o evento vem se consolidando como uma grande feira de negócios, onde os compradores nacionais e internacionais têm contato direto com os cafeicultores, promovendo uma negociação direta e sem atravessadores, o que é fundamental para a melhor renumeração dos produtores. Com todos os resultados positivos registrados nos últimos anos, a SIC está entre os três maiores eventos do café em nível mundial”, explicou Mesquita. Durante a SIC é esperada a participação de mais de 30 mil pessoas. Todos os estandes da feira já foram comercializados e a expectativa é superar as 141 empresas participantes da edição anterior. Estarão presentes na área de estandes de produtores rurais, cooperativas, torrefadores, exportadores, varejistas, empreendedores, food service e baristas. A expectativa é movimentar mais de R$ 60 milhões em negócios. No ano passado somente as comercializações iniciadas na feira somaram R$ 35 milhões. Eventos e premiações Com ampla programação, a SIC terá diversos eventos simultâneos. Entre eles estão encontros, seminários, cursos, concursos e sessões de cupping (prova de cafés). Nos três dias de Semana Internacional de Café, toda a cadeia produtiva, incluindo

O evento, que deve reunir 30 mil visitantes, é um dos três principais do setor cafeeiro do mundo

produtores, torrefadores, baristas, especialistas e consumidores poderão conhecer as novidades voltadas para a produção e mercado cafeeiro. Durante o evento, também serão eleitos os melhores cafés do Brasil na safra atual, premiação que ocorre dentro do concurso Coffee of the Year Brasil. Nesta edição do certame, com uma safra de alta qualidade, foram recebidas cerca de 400 amostras de café, que irão

ALIMENTOS

ser avaliadas, classificadas e premiadas. No ano passado, as inscrições ficaram em torno de 200 amostras. “A safra deste ano está com uma qualidade diferenciada e os produtores estão negociando a preços mais valorizados. A SIC será mais uma oportunidade para que o produto apresente a safra, conheça compradores e faça bons negócios. A SIC agrega valor ao café. Tivemos notícias de que café campeão do ano passado está sendo

negociado a R$ 88 em embalagens de 250 gramas. O produtor agregou valor e isto desperta o interesse dos demais em investir na produção de qualidade e participar dos concursos”. Outro destaque do evento é o Simpósio DNA Café 2018, onde os atores da cadeia cafeeira nacional e internacional irão debater tendências, desafios e ações para o futuro do mercado de café mundial. Os encontros são realizados em formato

de mesas redondas, com representantes de diversos setores e mediadores. Durante o Fórum da Cafeicultura Sustentável 2018, os principais profissionais do setor debaterão ações sustentáveis da cafeicultura e os próximos passos para o desenvolvimento das gerações futuras. Haverá também uma Cafeteria Modelo, que será direcionada ao mercado de food service. A atração conta com capacitação técnica para empreendedores e orientação em planejamento de negócios. Oferece também workshops práticos, com conceituados profissionais brasileiros, sobre o preparo de espressos e drinques, leite com café, torra, degustações e os mais diferentes métodos de preparo da bebida. Outros eventos simultâneos que farão parte desta edição da SIC serão os mundiais de barista World Coffee in Good Spirits Championship (drinques alcoólicos com café), World Latte Art Championship (desenho no café com leite), World Brewers Cup (preparo de café) e World Cup Tasters Championship (prova de café) organizados pela World Coffee Events e em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). A Semana Internacional do Café é uma iniciativa do Sistema Faemg, Café Editora e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae).

TRIGO

Produção, consumo e desperdício Moinhos recebem primeira carga dos ameaçam meio ambiente, aponta WWF russos desde 2010 e aprovam qualidade Brasília - A ameaça ao meio ambiente causada pelo processo de produção, consumo e desperdício de alimentos não é reconhecida por 91% dos consumidores. A constatação é da organização ambiental WWF, em levantamento com 11 mil pessoas de dez países, entre eles o Brasil. A pesquisa divulgada ontem, 16 de outubro, considerado Dia Mundial da Alimentação, mostra que, apesar de o sistema alimentar ser o maior consumidor de recursos naturais e também o maior emissor de gás de efeito estufa, a maioria dos entrevistados, principalmente jovens, não faz a conexão deste processo com a ameaça à natureza. De acordo com o estudo, 40% dos jovens entre 18 e 24 anos acham que a ameaça ao planeta é menos que significante e apenas 9% deles acreditam que a forma de produção de alimentos é a maior ameaça. Nessa faixa etária, 11% respondeu que não vê nenhuma ameaça. A consciência sobre o assunto é maior entre as pessoas com mais de 55 anos. Mais da metade dos entrevistados nessa idade acreditam que a produção e consumo de alimentos representam ameaça significante à natureza. Segundo a WWF, a cadeia de produção de alimentos

usa 34% do solo e 69% da água disponível nos rios. É ainda a maior causa de desmatamento e perda de habitat. A organização aponta ainda que um terço de todos os alimentos produzidos nunca é consumido e o volume desperdiçado é responsável por um terço das emissões de gases de efeito estufa, provocadas pelo sistema alimentar. Na última semana, relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou o prazo curto para conter os problemas que o sistema de alimentos acarreta para a questão das mudanças climáticas. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, se o mundo não evitar o aquecimento global acima de 1,5°, em relação ao nível pré-industrial, haverá resultados catastróficos e devastadores até o fim deste século para a humanidade. Entre as consequências destacadas pelos cientistas, estão algumas consideradas duradouras ou até irreversíveis, como a perda de ecossistemas, da biodiversidade, de habitats naturais e espécies, aumento do nível do mar, além de impacto na saúde humana, na produção de alimentos (com redução dos campos de milho, arroz, trigo e outros grãos) e no acesso à água.

Na pesquisa da WWF, 80% dos entrevistados sentem que o problema pode ser resolvido. Para 66%, os governos devem agir mais e outros 60% querem que as empresas aumentem seus esforços para conter o problema. Conscientização - A WWF diz que é possível fazer que o sistema alimentar funcione para as pessoas e para a natureza se a comida for produzida de forma mais sustentável, distribuída de forma mais justa e consumida de maneira mais responsável. “Precisamos aumentar a conscientização das pessoas sobre de onde a comida vem e mudar nossos comportamentos para garantir o funcionamento adequado de todo o sistema”, diz João Campari, líder da Prática de Alimentos do WWF. A organização desenvolve o sistema chamado Food 2.0 para garantir segurança alimentar e conservação. A ação é promovida por 100 programas relacionados a alimentos em todo o mundo e envolve governos, produtores de alimentos, empresas, organizações não governamentais que devem promover mudanças no setor focando em três eixos: Produção Sustentável, Dietas Sustentáveis e Perda de Alimentos e Resíduos. (ABr)

São Paulo – Representante de um dos três moinhos de trigo brasileiros envolvidos em um negócio para importar uma carga de trigo russo neste ano, a primeira importação desse tipo desde 2010, disse que a qualidade do grão era boa e que possivelmente compraria novamente, se o preço estivesse adequado. No começo deste ano, os moinhos brasileiros J Macedo, Dias Branco e Grande Moinho Cearense fizeram uma compra conjunta de 25 mil toneladas de trigo russo, embarcado no porto de Kaliningrado e com destino ao porto de Fortaleza. O acordo só foi possível depois que os governos do Brasil e da Rússia assinaram um protocolo fitossanitário no fim do ano passado, removendo uma proibição vigente por vários anos para evitar riscos às plantações brasileiras. A compra e a aprovação da qualidade pelos moinhos abre as portas para uma nova alternativa de fornecimento ao Brasil, que precisa buscar cerca de metade do seu consumo de trigo no exterior todo ano, já que o clima não é ideal para o cultivo. “Nós compramos dois tipos de trigo da Rússia, um regular e outro com uma maior quantidade de proteína” disse o diretor de

DIVULGAÇÃO

País importa cerca de 6 mi de toneladas/ano para suprir consumo

compras de um dos moinhos, que pediu para não ser identificado por não ter autorização para falar sobre o acordo. “Amostras foram avaliadas por laboratórios e estava tudo bem. É um bom trigo, boa qualidade”, ele disse. O Brasil importa quase 6 milhões de toneladas de trigo todo ano para suprir o seu consumo anual de cerca de 10,7 milhões de toneladas. A maior parte é originária da vizinha Argentina, que, por integrar o bloco comercial Mercosul, não é taxada. Os Estados Unidos e o Canadá também são fornecedores regulares, apesar de enviarem volumes menores. Entre janeiro e setembro, o Brasil comprou 4,6

milhões de toneladas de trigo da Argentina, 173 mil toneladas dos EUA e 167 mil toneladas do Canadá. A consultoria brasileira do setor Trigo & Farinhas reportou na segunda-feira que uma segunda carga de até 30 mil toneladas de trigo da Rússia estava vindo para o Brasil neste mês. O diretor do moinho que participou da primeira compra disse não ser responsável pelo segundo volume, acrescentando que ele não estava certo de que ocorreu efetivamente uma nova compra. “Os preços subiram muito na Rússia, não faz muito sentido agora”, ele disse. A Rússia produzirá uma safra menor do cereal neste ano em decorrência de uma seca. (Reuters)


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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa sobe quase 3% e dólar Segundo pesquisa, visão de investidores sobre economia mundial atingiu pior nível neste ano mantém queda

Pessimismo é o maior desde 2008

Londres - Os investidores globais estão com a visão mais pessimista sobre a economia mundial desde a crise financeira de 2008, segundo a pesquisa mensal do Bank of America Merrill Lynch (BAML), que também mostrou uma queda acentuada nas alocações em ações dos Estados Unidos. A pesquisa, divulgada ontem, foi realizada de 5 a 11 de outubro com investidores que gerenciam US$ 646 bilhões. A sondagem mostrou que os investidores continuam com posição overweight em ações, apesar de os 22% de overweight estarem apenas marginalmente distantes do recente recorde de baixa de 19%. Mas em sinal de cautela, eles mantiveram em caixa 5,1%, acima da média de 4,5% de dez anos. A pesquisa mostrou que 38% dos entrevistados esperam que a economia mundial desacelere, a pior perspectiva para o crescimento global desde novembro de 2008. Para 35% dos participantes, a guerra comercial é identificada como o maior risco. Os investidores também estão pessimistas em relação ao lucro das empresas, com um quinto dos entrevistados esperando que os lucros globais se deteriorem no próximo ano, disse o BAML, observando que, em janeiro, 39% dos investidores esperavam uma melhora. No foco da atenção dos investidores está a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos - os rendimentos dos Treasuries de dez anos atingiram máximas recordes em sete anos -, com a expectativa de mais aperto monetário e sinais de que a economia dos Estados Unidos (EUA) e os lucros das empresas poderiam desacelerar depois do impulso gerado pela redução dos impostos. Todos esses receios estão entre os fatores que desencadearam uma queda repentina de Wall Street na semana passada, colocando o S&P 500 no caminho de sua maior perda mensal desde meados de 2015. Há também preocupações com a esmagadora popularidade das grandes empresas de tecnologia, com a pesquisa do BAML mostrando que as ações de tecnologia dos EUA e da China permaneceram como as mais negociadas pelo nono mês consecutivo. Alocações em ações - A

BRENDAN MCDERMID / REUTERS

Levantamento apontou ainda que o pessimismo alcança também a percepção dos investidores sobre o lucro das empresas

pesquisa mostrou uma dramática queda de 17 pontos percentuais nas alocações em ações dos EUA, para 4% líquido overweight, com o Japão derrotando os Estados Unidos como o mercado favorito dos investidores, com 18% overweight.

A queda nas participações acionárias europeias também continuou, com recuo de 6 pontos percentuais em outubro para o menor nível desde dezembro de 2016. Os investidores continuam relutantes em desistir de ativos de maior risco, mantendo, no entanto, uma

posição global underweight em títulos. “Os investidores estão pessimistas em relação ao crescimento global, mas não pessimistas o suficiente para sinalizar algo que não seja uma recuperação no curto prazo dos ativos de risco”, disse o principal estrategista

de investimentos do BAML, Michael Hartnett. Em uma reviravolta interessante, 51% dos participantes da pesquisa classificaram o dólar como sobrevalorizado, “notadamente contra moedas de mercados emergentes”, destacou o BAML. (Reuters)

Stone pode levantar US$ 1,1 bilhão com IPO São Paulo - A operadora brasileira de meios de pagamento Stone entrou, ontem, com um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO) na Nasdaq, em uma operação que pode levantar até US$ 1,1 bilhão e atrair o conglomerado do investidor bilionário Warren Buffett, a Berkshire Hathaway. A Berkshire Hathaway e alguns dos atuais acionistas da Stone manifestaram interesse de comprar até quase metade das 47,7 milhões de ações que serão oferecidas no IPO, segundo o prospecto da operação. Os coordenadores do IPO definiram os preços da operação entre US$ 21 e US$ 23 por ação, o que pode permitir à Stone atingir um valor de mercado de até US$ 6,2 bilhões em sua estreia na Nasdaq. Outros acionistas da Stone incluem a empresa de investimentos dos bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, a 3G Capital, que já fez parceria com a Berkshire Hathaway na compra do controle da gigante norte-americana de alimentos Kraft Heinz. Individualmente, a Berkshire Hathaway poderá comprar até 13,7 milhões de ações no IPO, ampliando

a carteira de Buffett em companhias de meios de pagamento, que inclui ações da American Express. Em agosto, Buffett também revelou participação na emissora de cartões de crédito Synchrony Financial. A Madrone Capital Partners, uma empresa norte-americana de investimentos que administra parte da fortuna da família Walton, fundadora do Walmart, e outros atuais acionistas também poderão comprar outras 9,5 milhões de ações na oferta, segundo o prospecto. O envolvimento de grandes investidores internacionais sinaliza o potencial de crescimento do mercado de meios de pagamento no Brasil, onde dois terços do consumo das famílias é pago ainda em dinheiro. Em 2017, os pagamentos com cartões totalizaram R$ 1,36 trilhão, segundo a entidade que representa o setor, Abecs. Tanto a Stone quanto alguns de seus acionistas, incluindo os fundadores André Street e Eduardo Pontes, venderão uma pequena porção de suas ações na oferta. Recursos - O IPO vai levantar US$ 950 milhões para a Stone, recursos

que poderão ser usados para compra de empresas ou investimento em produtos e tecnologias complementares. Os acionistas receberão o restante vinculado à oferta secundária da operação. A Stone tem 200.600 clientes ativos e teve lucro líquido de R$ 87,7 milhões no primeiro semestre deste ano. A receita total somou R$ 636 milhões. Fundada em 2012, a Stone tem crescido em um mercado que já foi marcado pelo duopólio formado por Cielo, de Banco do Brasil e Bradesco, e Rede, controlada pelo Itaú Unibanco. Após mudanças na regulação do setor, ambas as empresas perderam exclusividade no processamento de cartões com as bandeiras Visa e MasterCard no Brasil e começaram a perder mercado para novos competidores. A PagSeguro, que listou ações na bolsa de Nova York em janeiro, é outra entrante no mercado de meios de pagamento do Brasil. O IPO da Stone é coordenado por Goldman Sachs, J.P. Morgan, Citigroup, Itaú BBA, Credit Suisse, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual. (Reuters)

BANCOS ESTRANGEIROS

Morgan e Sachs têm lucro acima do esperado O Morgan Stanley superou as estimativas de lucro para o terceiro trimestre ontem, uma vez que a maior receita com ações e forte subscrição de ações superou a fraqueza em suas divisões de negociação de títulos e consultoria. As receitas de vendas e negociações do banco aumentaram 7,5%, para US$ 3,13 bilhões, com a receita de ações subindo 7%. A

receita de negociação de títulos cresceu apenas 1%. A incerteza nos mercados globais devido a uma crescente guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China e a forte queda na lira turca mantiveram a volatilidade do mercado elevada durante a maior parte do terceiro trimestre. A receita de negociação de títulos no principal banco de Wall Street, o JPMorgan,

caiu no terceiro trimestre. A receita total do Morgan Stanley subiu 7,3%, para US$ 9,87 bilhões. O lucro líquido atribuível ao Morgan Stanley avançou para US$ 2,11 bilhões, ou US$ 1,17 por ação, no terceiro trimestre encerrado em 30 de setembro, ante US$ 1,78 bilhão, ou US$ 0,93 por ação, um ano atrás. Os analistas esperavam US$ 1,01 por ação, de acordo com dados

I/B/E/S da Refinitiv. Goldman Sachs - O Goldman Sachs também informou ontem que seu lucro líquido no terceiro trimestre avançou a US$ 2,52 bilhões, ou US$ 6,28 por ação, acima da previsão de US$ 5,38 por ação dos analistas consultados pela Refinitiv. A receita cresceu a US$ 8,65 bilhões. Em igual período de 2017, o lucro havia sido de US$

2,13 bilhões e a receita, de US$ 8,33 bilhões. O banco americano conseguiu cortar custos e também aproveitou o corte de tributos ocorrido nos Estados Unidos no ano passado. O balanço é o último da companhia sob o comando de Lloyd Blankfein, que estava como executivo-chefe desde 2006 e saiu em 1º de agosto, substituído por David Solomon. (Reuters/AE)

São Paulo – O Ibovespa fechou em alta de quase 3% ontem, puxado pelo avanço das ações de bancos e da Petrobras, mas também beneficiado pelos fortes ganhos em Wall Street, além de expectativas sobre a disputa eleitoral no País. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,83%, fechando a 85.717,56 pontos. O giro financeiro do pregão somou R$ 14,4 bilhões. Nos Estados Unidos, as bolsas também tiveram acréscimos expressivos, refletindo resultados corporativos acima do esperado por companhias, entre elas o Goldman Sachs. O S&P 500 subiu 2,15%. “Foi Nova York que ditou o ritmo no mercado no Brasil”, disse o chefe da área de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado, atribuindo o movimento a compras principalmente de investidores locais. Dados da B3 de ontem mostraram saída de estrangeiros nos últimos três pregões da semana passada, no total de R$ 786 milhões. No mercado futuro, esses participantes também elevaram suas posições vendidas em índice. Câmbio – Já o dólar terminou ontem em baixa, pelo segundo pregão consecutivo, mas longe da mínima do dia, quando foi abaixo de R$ 3,70, sob influência do ambiente mais positivo no exterior e após nova pesquisa eleitoral consolidar o cenário de ampla vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à Presidência da República. O dólar recuou 0,37%, a R$ 3,7203 na venda, acumulando, nesses dois pregões, queda de 1,55%. No mês até agora, o dólar já ficou 7,85% mais barato ante o real. Na mínima de ontem, a moeda marcou R$ 3,6922, mas o patamar acabou atraindo compradores. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,50%. “O Ibope deu praticamente como certa a eleição de Bolsonaro”, afirmou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara, ao acrescentar que essa leitura justificou o mercado testar o suporte de R$ 3,70 na sessão. Na noite de segunda-feira (15), o levantamento do Ibope mostrou que Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, contra 41% de Fernando Haddad (PT), repetindo o quadro apontado no mesmo dia em pesquisa encomendada pelo BTG Pactual. No exterior, o dia de ontem foi marcado pela busca por ativos de maior risco, o que faz o dólar perder força ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano. Ante a cesta de moedas, o dólar rondava a estabilidade. (Reuters)




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-XQKR 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60

-XOKR 954,00 0,30 23,54 3,2514 6,56

11/09 a 11/10 12/09 a 12/10 13/09 a 13/10 14/09 a 14/10 15/09 a 15/10 16/09 a 16/10 17/09 a 17/10 18/09 a 18/10 19/09 a 19/10 20/09 a 20/10 21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 a 23/10 24/09 a 24/10 25/09 a 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 28/09 a 28/10

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

02('$ 3$Ă‹6 BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ COROA ISLND/ISLAN &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 DINAR/KWAIT ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( DINAR/JORDANIA ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI ,(1( /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ LIBRA/LIBANO /,%5$ 6,5,$ 5(3 NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA 1292 62/ 3(58 3(62 $5*(17,12 3(62 &+,/( 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ 3(62 5(3 '20,1,& 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* RIAL/CATAR RIAL/OMA 5,$/ ,(0(1 5,$/ ,5$1 5(3 RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA 583,$ ,1'21(6,$ RUPIA/PAQUISTAO 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ (852 )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 30 35 55 95 125 150 155 170 190 195 205 345 425 450 560 640 642 800 805 820 825 828 830 870

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5296 0,7628 0,576 0,03122 5,2215 2,6466 3,7073 0,01762 4,4213 2,699 0,4731 0,01334 3,7463 0,0006232 0,002442 0,1203 0,6473 1,0179 9,6294 0,9881 0,0009006 0,8921 0,05675 0,2392

9(1'$ 0,5413 0,7677 0,5762 0,03144 5,2298 2,6482 3,7079 0,01783 4,4944 2,6998 0,4731 0,01336 3,7484 0,0006248 0,002459 0,1204 0,6485 1,0187 9,6309 0,9884 0,0009148 0,8931 0,05678 0,2405

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 954,00 (valor. MĂ­nimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR $Wp 5 $FLPD GH 5 D 5

9DORU XQLWiULR GD TXRWD 5 5

)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD Maio/2018 Junho/2018

&UpGLWR Julho/2018 Agosto/2108

Seguros

TBF

29/09

0,01311781 2,92791132

30/09

0,01311781 2,92791132

01/10

0,01311781 2,92791132

02/10

0,01311781 2,92791132

03/10

0,01311781 2,92791132

04/10

0,01311781 2,92791132

05/10

0,01311781 2,92791132

06/10

0,01311781 2,92791132

07/10

0,01311781 2,92791132

08/10

0,01311781 2,92791132

09/10

0,01311781 2,92791132

02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 )RQWH $(

10/10

0,01311781 2,92791132

11/10

0,01311781 2,92791132

12/10

0,01311781 2,92791132

13/10

0,01311781 2,92791132

14/10

0,01311781 2,92791132

15/10

0,01311781 2,92791132

16/10

0,01311781 2,92791132

17/10 0,01311781 2,92791132 )RQWH )HQDVHJ

0,2466 0,2466

0,4867 0,4867

0,5159 0,4911 0,4716 0,4464 0,4424 0,4658 0,4892 0,4856 0,4875 0,4675 0,4416 0,4649 0,4883 0,5116

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Setembro ,*3 ', )*9

Setembro ,*3 0 )*9

Setembro

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de setembro/2018, incidente sobre rendimentos de EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV ou domiciliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV da CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas a outras pessoas jurĂ­dicas, correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de setembro/2018 (Lei nÂş 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da Lei nÂş 13.137/2015). Darf Comum (2 vias) &RÂżQV (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de setembro/2018 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): &RÂżQV (QWLGDGHV )LQDQFHLUDV H (TXLSDUDGDV &yG 'DUI 6H o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR Ăşnico, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.15835/2001). Darf Comum (2 vias) 3,6 3DVHS (QWLGDGHV ÂżQDQFHLUDV - Pagamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de setembro/2018 (art. 18, I, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): 3,6 3DVHS (QWLGDGHV )LQDQFHLUDV H (TXLSDUDGDV &yG 'DUI 6H o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) Informe de Rendimentos Financeiros – PJ - Fornecimento, por LQVWLWXLo}HV ÂżQDQFHLUDV VRFLHGDGHV corretoras e distribuidoras de tĂ­tulos H YDORUHV PRELOLiULRV H GHPDLV fontes pagadoras, do Informe de Rendimentos Financeiros relativo ao 3Âş trimestre/2018, aos seus clientes (pessoas jurĂ­dicas), exceto TXDQGR D IRQWH SDJDGRUD IRUQHFHU mensalmente, comprovante com todas as informaçþes previstas na IN SRF nÂş 698/2006, com as alteraçþes da IN RFB nÂş 1.235/2012. Internet

1,0453 1,1033 1,1040

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 19

Taxas de câmbio

29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11

3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 Recolhimento das contribuiçþes SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV j FRPSHWrQFLD setembro/2018, devidas por

HPSUHVD RX HTXLSDUDGD LQFOXVLYH da contribuição retida sobre cessĂŁo de mĂŁo de obra ou empreitada e da descontada do contribuinte individual TXH OKH WHQKD SUHVWDGR VHUYLoR EHP FRPR HP UHODomR j FRRSHUDWLYD GH trabalho, da contribuição descontada dos seus associados como contribuinte individual. Produção Rural - Recolhimento - Veja Lei nÂş 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, 25, 25-A e 30, incisos III, IV e X a XIII, observadas as alteraçþes posteriores. 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR deve-se antecipar o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente anterior. 1RWD $V HPSUHVDV TXH RSWDUDP SHOD FRQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD SDWURQDO EiVLFD VREUH D UHFHLWD EUXWD /HL Qž 12.546/2011, observadas as alteraçþes posteriores, em especial as efetuadas pela Lei nÂş 13.670/2018), devem efetuar o recolhimento correspondente, mediante o Darf, observando o mesmo prazo. GPS (sistema eletrĂ´nico) Dia 20 ()' Âą ') 3( Âą 3HUQDPEXFR 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU WUDQVPLWLGR pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atĂŠ R ž GLD GR PrV VXEVHTXHQWH DR da apuração do imposto (Instrução Normativa RFB nÂş 1.371/2013, art. 12, caput). Distrito Federal: 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU transmitido pelos contribuintes do IPI, exceto os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atĂŠ o 20o dia do mĂŞs VXEVHTXHQWH DR GD DSXUDomR GR imposto (Instrução Normativa RFB Qž DUW 1RWD $ FOiXVXOD dĂŠcima segunda do Ajuste Sinief nÂş HVWDEHOHFH TXH R DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU HQYLDGR DWp R ž GLD GR PrV VXEVHTXHQWH DR HQFHUUDPHQWR do mĂŞs da apuração. No entanto, a DGPLQLVWUDomR WULEXWiULD GD UHVSHFWLYD 8QLGDGH GD )HGHUDomR SRGHUi alterar esse prazo. Sendo assim, os contribuintes do ICMS/IPI dos demais (VWDGRV GHYHUi REVHUYDU D OHJLVODomR estadual sobre o assunto. Internet Dia 22 6LPSOHV 1DFLRQDO Pagamento, SHODV PLFURHPSUHVDV 0( H SHODV HPSUHVDV GH SHTXHQR SRUWH (33 optantes pelo Simples Nacional, do valor devido sobre a receita bruta do mĂŞs de setembro/2018 (Resolução CGSN nÂş 140/2018, art. 40). NĂŁo KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR prorroga-se o recolhimento para o dia Ăştil imediatamente posterior. Internet


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2018

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LEGISLAÇÃO SISTEMA FINANCEIRO

Duplicata eletrônica avança no Senado CAE aprova projeto de lei que regulamenta título usado pelas empresas para obter crédito bancário Brasília- A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou ontem um projeto de lei que regulamenta a duplicata eletrônica. A proposta, que segue com urgência para o plenário, é considerada uma das principais ações do Banco Central para modernizar a área de crédito no Brasil. O projeto (PLC 73/2018) moderniza o lançamento desse comprovante de crédito, gerado pela venda de mercadorias ou prestação de serviços por uma empresa. A duplicata eletrônica é uma espécie de título usado pelas empresas para obtenção de crédito junto aos bancos, em especial de capital de giro. Na prática, uma empresa que vendeu um bem ou prestou um serviço pode emitir a duplicata e entregá-la ao banco, antecipando o recebimento do pagamento. Dados do Banco Central mostram que no fim de abril o estoque de crédito ligado ao desconto de duplicatas somava R$ 56,351 bilhões. O texto-base, aprovado

MARCOS OLIVEIRA / AGÊNCIA SENADO

Armando Monteiro prevê eliminação de registro de dados incorretos sobre devedores

na Câmara em junho, estabelece que as informações das duplicatas deverão ser obrigatoriamente registradas em um sistema eletrônico. Entidades autorizadas pelo Banco Central serão responsáveis pelo registro nacional de duplicatas. Elas deverão guardar os títulos, controlar os documentos,

formalizar provas de pagamento e fazer a transferência de titularidade. Atualmente, essas informações ficam dispersas. Caberá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) fixar as diretrizes para escrituração das duplicatas eletrônicas Pelo texto, a duplicata em papel não será extinta.

Deverá continuar sendo emitida normalmente, especialmente em localidades menos desenvolvidas do País e com mais dificuldades de acesso aos recursos de informática. O relatório foi redigido pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), que relatou o texto também na CCJ. Para o parlamentar,

além de evitar fraude, com a emissão de “duplicatas frias”, a inovação deve eliminar o registro de dados incorretos sobre valores e devedores. O senador argumentou ainda haver potencial de empréstimos usando esse instrumento de crédito da ordem de 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um montante que representaria em torno de R$ 347 bilhões, “desde que se criem as condições para se ampliar a segurança e agilidade nas transações desses títulos”. Segurança - O texto considera como título executivo, sujeito a protesto, tanto a duplicata escritural quanto a virtual. Mas exige, para a execução da emitida eletronicamente, que esteja acompanhada dos extratos de registros eletrônicos realizados pelos gestores do sistema. “Segurança e agilidade nas transações com esse título virtual são elementos fundamentais para a elevação da oferta e a redução do custo de cré-

dito aos empreendedores, principalmente às pequenas e médias empresas”, defendeu o relator da matéria no parecer. Entre as vantagens da adoção da duplicata virtual, Monteiro destacou a menor chance de fraude, possível com a emissão de “duplicatas frias” (títulos falsos que não correspondem a uma dívida real e podem ser levados a protesto sem o conhecimento do suposto devedor), e a eliminação do registro de dados incorretos sobre valores e devedores. Outro reflexo desejado a partir das duplicatas virtuais é a ampliação do acesso das empresas comerciais ao crédito com taxas de juros mais baixas. Mais um impacto positivo assinalado é destravar o uso de duplicatas por pequenos fornecedores como garantia na obtenção de crédito para capital de giro. Armando Monteiro rejeitou emenda apresentada pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), único a votar contra o texto. (AE/ABr) WILSON DIAS / ABr

CONCORRÊNCIA

Cade condena a Unilever a pagar multa por contratos de exclusividade Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou a Unilever, dona da marca Kibon, a pagar R$ 29 milhões por assinar contratos de exclusividade com pontos de venda para comercialização de sorvetes. O conselho entendeu que os contratos prejudicavam a concorrência e criavam barreiras à entrada de outras empresas nesse mercado. A Nestlé também era investigada no mesmo processo, mas o Cade entendeu que, ao contrário da Kibon, ela não tem um poder de mercado dominante e seus contratos de exclusividade para a venda de sorvetes não prejudicaram concorrentes. A investigação foi aberta em 2006 após denúncia da empresa Della Vita, que atua nos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo. A Della Vita reclamava de acordos que previam a cessão de freezers da Nestlé e da Kibon para pontos de venda, com a condição de que os comerciantes só utilizem os refrigeradores para a venda de sorvetes de cada uma das empresas. Além disso, a Unilever oferecia descontos e bonificações aos comerciantes em troca da exclusividade, além de impor aos pontos de venda a obrigação de comercializar uma quantidade mínima de produtos, sob pena de multa. No julgamento, o conselheiro relator, João Paulo Resende, ressaltou a liderança da Kibon “com folgada margem” desde 1997, quando a marca foi adquirida pela Unilever e concluiu que, com isso, a assinatura de contratos de exclusividade pela marca levava à exclusão de concorrentes neste mercado. “Os pontos de venda objeto da conduta são precisamente aqueles que concentram o maior volume de vendas

das empresas, localizados em pontos estratégicos”, afirmou. Resende votou por uma multa menor, de R$ 5 milhões, mas a maioria dos conselheiros seguiu o voto divergente da conselheira Paula Azevedo, que votou pela multa de R$ 29 milhões. Além disso, a Unilever terá que cessar os contratos de exclusividade e comunicar os pontos de venda da decisão do Cade. Divergência - A decisão do tribunal do Cade contraria a sugestão da Superintendência-Geral, que é a área responsável pelas investigações no conselho. Em julho do ano passado, a Superintendência concluiu que não foram encontrados indícios de conduta anticompetitiva capazes de beneficiar as empresas e sugeriu o arquivamento do processo. De acordo com a Superin-

tendência, as empresas alegaram que a exclusividade é necessária porque os equipamentos são de propriedade delas, que arcam também com custos de instalação e manutenção. “Para além do reconhecimento das justificativas econômicas, não há evidências contundentes de que tal exigência, por si só, tenha criado barreiras ao estabelecimento de novos concorrentes no mercado”, afirmou, em parecer. Durante o julgamento, o advogado da Unilever, José Inácio Franceschini, negou prejuízo à concorrência no caso. Ele ressaltou que o processo é antigo e que todos os pareceres dados no caso eram pelo arquivamento. O advogado da Nestlé, Gabriel Dias, defendeu que o processo já prescreveu e que os contratos de exclusividade “não causam qualquer prejuízo, ainda que potencial, à dinâmica desse mercado”. (AE)

Taxa abusiva no Porto de Santos é suspensa Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou ontem que a empresa Brasil Terminal Portuário (BTP) suspenda a cobrança de taxas alfandegárias no Porto de Santos, consideradas abusivas pelo órgão. A maioria do conselho decidiu conceder medida preventiva pedida pela empresa Marimex, que presta serviços de armazenagem no porto. No pedido, a Marimex alega que a operadora BTP estaria condicionando a liberação de contêineres ao pagamento de uma taxa (THC2)

que seria indevida, já que existe outra tarifa básica que cobriria os custos de movimentação dos contêineres. A conselheira relatora, Cristiane Alkmin, havia votado contra a concessão da medida preventiva na última sessão, mas o conselheiro Paulo Burnier pediu vistas e apresentou um voto pela suspensão da cobrança. Segundo o conselheiro, a BTP é monopolista no mercado de movimentação portuária em seu terminal, o que permite que ela imponha a cobrança da taxa adicional. (AE)

Juarez Quadros defende a redução da carga tributária que incide sobre as operadoras

TELECOMUNICAÇÕES

Presidente da Anatel critica demora do Congresso na revisão da Lei Geral São Paulo - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, criticou ontem a demora de políticos do Executivo e do Poder Legislativo em aprovar reformas do setor como a revisão na Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust): “Falta vontade política”, disse. A declaração aconteceu durante palestra de Quadros na Futurecom, evento que reúne empresários e representantes do setor em São Paulo nesta semana. No evento, ele defendeu que os candidatos à Presidência da República deem mais atenção ao setor de telecomunicações e à necessidade de o Estado acompanhar avanços tecnológicos no ritmo exigido pela sociedade brasileira. “Na hora em que decretos, leis, não saem, não andam, não caminham, se retarda o País”, disse a jornalistas. No evento, Quadros ressaltou que os consumidores brasileiros exigem redução de custo de conectividade, mas acrescentou que as empresas precisam de ajuda para aumentar a produtividade e diminuir as despesas correntes e de capital. “Precisamos reduzir encargos inúteis e

dispendiosos, incluindo a alta carga tributária incidente no setor”, disse. O discurso na Futurecom foi uma das últimas aparições públicas como presidente da Anatel. Quadros deixará o cargo no mês que vem e deve ser substituído por Moisés Queiroz Moreira, atual secretário de radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). “Me foi comunicado que o presidente dará o cargo a outra pessoa porque precisava atender a uma solicitação política”, disse o presidente da Anatel, durante o evento. Ele estava no cargo desde outubro de 2016. Na visão dele, a revisão da LGT seria ideal para “remover as amarras que travam os investimentos”. A reclamação está em sintonia com as empresas do setor que consideram a atual lei antiquada e difícil de ser posta em prática em tempos que seus clientes anseiam por melhorias em conectividade. Fust - O executivo também criticou a demora em reformular o Fust, fundo que hoje arrecada 1% da receita operacional bruta de prestação de serviço no País. Segundo Quadros, hoje a lei só permite o uso dos recursos

“onde não se faz necessário”. Entre os objetivos prioritários do fundo, há a implantação de serviço telefônico em escolas, bibliotecas, instituições da saúde e de telefonia rural Quadros disse que no último dia 12 a Anatel encerrou uma consulta pública sobre quais seriam a s simplificações regulatórias necessárias para estimular a “Internet das Coisas (IoT)” no Brasil. E que a agência já tem em mãos quais são os principais entraves do desenvolvimento da tecnologia no País. O presidente da Anatel citou as regras assimétricas entre outorgas licenciadas e não licenciadas para pagamento de taxas a fundos do governo e o roaming permanente como dois principais problemas para o IoT se tornar realidade do Brasil. Na visão dele, novas receitas e estratégias podem ser as soluções para o futuro das empresas de telecomunicações no mundo, que hoje sofrem perdas de receitas. “O mercado sinaliza para uma fusão entre operadoras, com mudanças no modelo de negócio que pode significar, por exemplo, que as empresas do setor passem a ser também fornecedoras de conteúdo para a internet”, disse. (AE)


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Uniapac A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) convida seus associados a participarem do 26º Congresso Mundial da Universidade Católica Portuguesa (Uniapac), que será realizado de 22 a 24 de novembro, em Lisboa. O evento é um convite aos líderes que desejam adotar uma visão mais ampla de seu papel na sociedade e transcender a busca pelo lucro no curto prazo para se tornarem construtores do bem comum e, assim, contribuir para a transformação da sociedade em um mundo melhor. Trata-se de um evento que ocorre a cada três anos e aborda temas de vanguarda sobre a relação das empresas e dos negócios com a sociedade, as pessoas e o planeta. Será debatido o futuro dos negócios e o papel dos líderes empresariais no mundo de amanhã. Empresários, pensadores, acadêmicos, políticos, representantes de igrejas, de órgãos multilaterais e da sociedade civil. Mais informações: www.uniapaclisbon2018.com.

Gestão cultural A ONG e grupo de pesquisa de Belo Horizonte Observatório da Diversidade Cultural acaba de lançar o livro Gestão Cultural e Diversidade: do Pensar ao Agir, com 12 textos de 17 autores, organizados pelo Coordenador do ODC José Márcio Barros e pela pesquisadora do ODC e técnica da Universidade Federal do Ceará Jocastra Holanda. O e-book está disponibilizado gratuitamente para download no site www.observatoriodadiversidade.org.br e é uma importante ferramenta para profissionais da área da cultura, com informações diversas sobre a prática diária no desenvolvimento e execução de projetos. Sob o selo da editora Eduemg, da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), a publicação reúne trabalhos relevantes sobre a gestão cultural, pensada sob a ótica da diversidade. “O objetivo é oferecer ao leitor reflexões conceituais e orientações práticas sobre aspectos presentes no dia a dia do gestor cultural”, conta Holanda.

Horário de verão é mantido em 4 de novembro, início do Enem Brasília - Com a confirmação de que o horário de verão começará no primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 4 de novembro, a recomendação é que os estudantes entrem no ritmo do novo horário, dormindo uma hora mais cedo, cerca de uma semana antes, para não serem prejudicados na prova. “A gente orienta os alunos a três, quatro dias antes do Enem, começarem a ajustar o horário do sono. Uma coisa é chegar nervoso, outra é chegar cansado”, alerta o professor de língua portuguesa do Colégio Único, Marcelo Freire. De 4 a 11 de novembro, 5,5 milhões de estudantes de todo o País farão o Enem. No dia 4, serão aplicadas as provas de linguagem, ciências humanas e redação. A aplicação terá 5h30 de duração. No segundo dia (11/11), haverá provas de ciências da natureza e matemática. Os estudantes terão cinco horas para resolver as questões. “No primeiro dia de prova, a carga de leitura é muito grande e tem a prova de redação. Já é elemento de estresse natural. Vai valer a pena tentar forçar um pouco o horário biológico alguns dias antes”, considera o professor, que acrescenta: “Se o estudante dormir mais cedo ao longo da semana, no sábado não vai ter problema com isso. Não adianta fazer isso na véspera, com o nervosismo, que é normal, não vai funcionar”. A dica, segundo Freire, pode ser adotada por estudantes de todos os estados, independentemente de adotarem o horário de verão ou não. Isso porque a aplicação do Enem segue o horário de Brasília, que pratica a alteração na hora. O Palácio do Planalto informou segunda-feira (15) que o início do horário de verão será mantido em 4 de novembro, cancelando um novo adiamento. Geralmente, o horário começa em outubro, mas foi adiado, em virtude do segundo turno das eleições. No começo do mês, o governo federal chegou a anunciar que iria adiar o começo do horário de verão para 18 de novembro por causa de um pedido feito pelo Ministério da Educação para não prejudicar os candidatos do Enem. O exame será aplicado

ELZA FIUZA/AGÊNCIA BRASIL

em dois domingos. O primeiro deles será o dia 4 de novembro. Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informa que os estudantes que realizarão as provas do Enem deverão “redobrar a atenção sobre o horário de verão, que será rigorosamente cumprido”. O MEC informa ainda que reforçará a comunicação aos candidatos sobre o fechamento dos portões e início das provas, que seguem o horário oficial de Brasília. O exame seleciona estudantes para vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e vagas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Fechamento dos portões - Nos seguintes locais, os portões abrem às 12h e fecham às 13h, no horário local: Distrito Federal; Espírito Santo; Goiás; Minas Gerais; Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; São Paulo. Nos seguintes estados, os portões abrem

às 11h e fecham às 12h, no horário local: Alagoas; Amapá; Bahia; Ceará; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Pará; Paraíba; Pernambuco; Piauí; Rio Grande do Norte; Sergipe; Tocantins. Nestes estados, os portões abrem às 10h e fecham às 11h, no horário local: Amazonas; Rondônia; Roraima. No Acre, os portões abrem às 9h e fecham às 10h, no horário local. Passagens - Recentemente, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) criticou a possibilidade de mudança, afirmando que isso poderia afetar 3 milhões de passageiros que já haviam adquirido passagens antecipadamente. No horário de verão, que tem como objetivo economizar energia elétrica, os relógios devem ser adiantados em uma hora. O horário é adotado nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. (ABr/Reuters) PATRICK ARLEYDIVULGAÇÃO

Congado A Irmandade Os Carolinos, tradicional reinado negro da capital mineira, começou o festejo de Nossa Senhora do Rosário e Sagrado Coração de Jesus no dia 7. No sábado (20), às 19h, haverá “Levantamento das bandeiras festeiras”, invocando devoção e promessa. No domingo (21) será a “Festa grande”, das 5h às 22h, quando diversas guardas de congado da Região Metropolitana de Belo Horizonte se encontrarão ao som dos tambores sagrados. O festejo é aberto e gratuito, e um almoço com tempero congadeiro será servido aos visitantes. O encerramento será na segunda-feira (22), às 19h, com a “Descida dos mastros”. A Guarda de Moçambique e Congo Sagrado Coração de Jesus – Irmandade Os Carolinos foi fundada em 1917 e é a terceira mais antiga da Capital ainda em atividade. Há 100 anos os descendentes de Francisco Carolino mantêm a tradição afro-mineira e homenageiam Nossa Senhora do Rosário. A festa é na rua Amiro Rodrigues Campos, bairro Aparecida.

CULTURA DIVULGAÇÃO

estreia de Chaplin no cinema. Quando: Sexta-feira, às 21h; Sábado, às 21h; e Domingo, às 18h Quanto: De R$ 50 a R$ 180 Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Música na Capela

Musical Chaplin - O espetáculo “Chaplin, o Musical” tem elenco de peso e versão brasileira assinada por Miguel Falabella. Jarbas Homem de Mello é o responsável por dar vida a Chaplin dos 13 aos 82 anos. Juan Alba interpreta Sidney Chaplin, irmão e grande amigo de Charles Chaplin. Paulo Gourlat Filho faz Mack Sennett, fundador dos estúdios Keystone e responsável pela

Barroco - A música barroca foi criada na Europa, no século XVII, e difundida pelo mundo, especialmente nos países colonizados, à época, por europeus, como Brasil, Peru e Bolívia. Para mostrar a riqueza dessa mistura, a REJANE LIMA/STUDIO CERRI/DIVULGAÇÃO

Orquestra Minas Barroca e Coro se apresentam no programa Música na Capela. Com regência de Guilherme Matozinhos da Silva, o concerto destacará composições sulamericanas. Quando: Domingo (21), das 11h às 12h Quanto: Entrada Gratuita. Espaço sujeito a lotação (80 lugares) Onde: Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários, Belo Horizonte) Fotografia Exposição - Os fotógrafos Bruno Magalhães, Eugênio Sávio, João Castilho e Pedro David se aventuraram em viagem de 12 dias pelas quatro capitais do Centro-Oeste brasileiro. Eles percorreram 4.500 quilômetros em busca de imagens reunidas na exposição Transoeste, parte da 8ª edição do Festival de Fotografia de

Tiradentes – Foto em Pauta, realizado em março. Quando: De 24 de outubro a 12 de janeiro de 2019. De terçafeira a sábado, das 9h às 21h; domingos, das 16h às 21h Quanto: Entrada Gratuita Onde: CâmeraSete – Casa de Fotografia de Minas Gerais (Avenida Afonso Pena, 737, Centro, Belo Horizonte)

literatura para a formação infantil. Quando: Dia 28, às 16h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, Belo Horizonte) MARCELO CARRUSCA/DIVULGAÇÃO

Teatro Infantil - Com texto de Lívia Gaudêncio e direção de Juliano Barone, “A Menina que entra em Livros” apresenta a história de Júlia, filha única, que se desespera ao saber que vai ganhar um irmãozinho e terá que dividir seu quarto com ele. O espetáculo tem música ao vivo e teatro de sombras em seu texto, trabalhando de forma lúdica a importância da criatividade e da

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