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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.729 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2018

Projeto da planta de amônia está cada vez mais difícil de sair do papel Petrobras tem plano de colocar duas fábricas existentes no País em hibernação DIVULGAÇÃO

Embora a Petrobras tenha adiado para janeiro de 2019 a hibernação das fábricas de fertilizantes do Sergipe e da Bahia, o prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Paulo Piau, avaliou a decisão da estatal brasileira de deixar o mercado de fertilizantes como um equívoco. Para Piau, medidas como a paralisação das unidades e o abandono do projeto de instalação de uma planta de amônia no município mineiro por parte da companhia deixarão o País ainda mais dependente do mercado internacional. “Não é nada benéfico para a economia de um país, cuja principal pauta econômica está no agronegócio, que ele se torne ainda mais dependente da importação de fertilizantes. Se o Brasil tem hoje cerca de 75% destes insumos vindos do exterior, com o fechamento das unidades da Fafen-SE e Fafen-BA, este número poderá superar os 90%”, alertou. As obras foram iniciadas em 2014, com cerca de 30% de execução mediante custo de R$ 1,2 bilhão. O projeto total previa inversões de mais de R$ 2 bilhões e a previsão inicial era que a conclusão das obras ocorresse no O projeto em Uberaba foi abandonada pela Petrobras em 2015, com a paralisação das obras em julho daquele exercício ano passado. Pág. 5

Consumidor mineiro mais disposto a economizar O índice de intenção de compras dos mineiros para novembro registrou queda no comparativo com o mês anterior. De acordo com pesquisa divulgada ontem pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-

Governo facilita a entrada de fintechs estrangeiras

OPINIÃO

-MG), dos entrevistados, 34,5% responderam que têm intenção de comprar em novembro, enquanto a maioria (65,5%) disse que vai poupar o dinheiro. Em outubro, os resultados foram, respectivamente, 39,3% e 60,7%. Pág. 4 ALISSON J. SILVA

Em seu primeiro discurso como novo comandante do País, Jair Bolsonaro disse que, entre outras medidas econômicas urgentes, estará a mudança do sistema previdenciário. E suas palavras foram reforçadas pelo seu futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, e pelo seu vice-presidente, General Mourão. Na verdade, já era esperado que a reforma da Previdência Social fosse retomada com a chegada de um novo governo. Agora, o ideal é que as mudanças sejam melhor estudadas e discutidas com a sociedade. Que o projeto, assim como tentou a equipe de Michel Temer, não seja imposto a qualquer custo. (João Badari), pág. 3

As fintechs de crédito no Brasil poderão contar com 100% de aporte de capital estrangeiro, a partir apenas de autorização do Banco Central para operar dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O decreto reconhece que é de interesse do governo

brasileiro a participação estrangeira no capital social de todas as instituições que forem constituídas como Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) e que apresentarem pedido ao BC para funcionar. Pág. 4 DIVULGAÇÃO

EDITORIAL

Supermercado é o segundo item na intenção de compra

Jair Bolsonaro já começa agora a montar sua equipe e detalhar seus planos, sabendo que encontrará pela frente cofres vazios e muitas contas a pagar. A rigor, a maior das emergências, porque o déficit tende a emperrar toda a máquina administrativa. Começa agora a transição, depois de cumpridos alguns ritos cerimoniais como a visita ao presidente que está deixando o cargo, e a equipe de transição começa a atuar. Ao mesmo tempo os novatos vão dando pistas do que pretendem fazer e repetindo, como foi feito durante a campanha por quase todos os candidatos, que a contenção de gastos começará pela redução do número de ministérios. “Incômodos e resultados”, pág. 2

CJ Selecta projeta expandir a produção da unidade em Araguari Com fábrica em Araguari, no Triângulo Mineiro, a CJ Selecta pretende ampliar a presença na cadeia do agronegócio com a expansão da capacidade de produção industrial do seu portfólio de derivados Dólar - dia 30

Euro - dia 30

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,6919 Venda: R$ 3,6924

de soja. O salto na produção está relacionado basicamente à originação de grãos e, a princípio, as 300 mil toneladas extras serão destinadas ao mercado externo. Pág. 7

4,2058

Turismo

Ouro - dia 30

Compra: R$ 3,6700 Venda: R$ 3,8470

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC) Compra: R$ 3,7013 Venda: R$ 3,7019

BM&F (g):

9,5 milhões de reses serão imunizadas na 2ª etapa de vacinação da aftosa A segunda etapa anual de vacinação do gado contra a febre aftosa em todo o território mineiro, quando deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses, começa amanhã, 1º de novembro. A BOVESPA

TR (dia 31): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,2068

Para o Banco Central a medida estimula a concorrência

+3,69

+1,23 +1,95

Poupança (dia 31): ............ 0,3715% IPCA-IBGE (Setembro):...... 0,48%

R$ 1.225,30

IPCA-Ipead(Setembro):...... 0,37%

-2,62

R$ 145,56

IGP-M (Setembro): .................. 1,52%

24/10

-2,24 25/10

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30/10

vacinação é obrigatória, e o produtor que não imunizar o seu rebanho estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 81,25 por cabeça. Pág. 12


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2018

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OPINIÃO O que o governo não é JOSÉ PIO MARTINS * “Para começar, o governo não deve agir como um fabricante de flores, mas como um jardineiro cuja função é criar o ambiente para que as flores nasçam e cresçam bonitas e saudáveis. No plano interno, o País tem três entidades econômicas: pessoas, empresas e governo. Quem produz e gera riqueza (no sentido de bens e serviços úteis e consumíveis) são as pessoas e as empresas. Para a execução de bens coletivos e serviços públicos, a sociedade constitui um condomínio (o governo) e elege um síndico (o governante). A primeira lição em economia é: o governo não dá nada à sociedade que dela não tenha tirado. Quando gasta mais do que os recursos arrecadados em tributos, ele tem de tomar empréstimos nos bancos, cujos fundos disponíveis são os depósitos e aplicações feitos por... pessoas e empresas. O governo não tem recursos próprios para gastar, apenas os recursos que lhe são entregues pelas pessoas e pelas empresas. Nestas eleições andaram dizendo que o crescimento somente é possível pelo aumento dos investimentos públicos. Em parte, é verdade. Mas, a pergunta é: de onde virão os recursos? Como o governo tem déficits anuais crônicos, se gastar mais, ou ele aumenta impostos, ou corta gastos administrativos e custeio dos serviços públicos, ou faz mais dívidas. Não existe outra opção. Em tese, até há: o governo pode imprimir dinheiro para pagar os gastos. Mas aí, vem inflação que, além de ser um imposto sem lei, destrói o

sistema de preços e prejudica o crescimento econômico. Fabricar dinheiro é imprimir papel pintado sem lastro na produção de bens e serviços. Se isso fizesse a riqueza de alguém, não haveria país pobre no mundo. A segunda lição importante é: o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é feito pelo setor privado, isto é, pelas pessoas e empresas. O governo contribui quando constrói os bens de uso coletivo (caso das rodovias, ferrovias, praças públicas, etc.), que são necessários, porém insuficientes. Ademais, se o dinheiro que o governo usa para pagar suas obras é retirado da sociedade, diminui o dinheiro disponível para consumo e investimento do setor privado. Terceira lição valiosa: não há sistema produtivo sem a função empresarial, nem nos regimes comunistas mais radicais. A produção de bens e serviços exige a união dos fatores de produção (recursos naturais, trabalho e capital), que não podem se juntar espontaneamente. Alguém tem de reuni-los, decidir o que produzir, o quanto produzir, para quem produzir e coordenar o processo. Essa é a função empresarial, que existe em qualquer sistema, mesmo onde é proibida a propriedade privada dos meios de produção. Um país onde não existisse a figura do empresário privado, todas as empresas seriam estatais e a função empresarial seria comandada por burocratas, que são capitalistas sem risco, em boa parte ineficientes, opressores e corruptos. No socialismo real, como ocorreu na União

Soviética, a economia estatizada funcionou mal, sobretudo porque sem mercado não há preço, sem preço não há cálculo econômico, e sem isso a economia não funciona. Ludwig von Mises produziu farto material provando isso já nos 1920. A economia estatizada, sem mercado livre, falhou a ponto de Antonio Gramsci, teórico do comunismo, ter dito às esquerdas para abandonarem a ideia de acabar com a propriedade privada, e que a economia deve ser mantida nas mãos do setor privado, com o governo carregando as pessoas e as empresas com tributos para estatizar a saúde, a educação e a cultura, controlar a imprensa, penetrar no meio universitário e cooptar os intelectuais. Para tanto, propunha Gramsci que o governo tomasse 40% ou 50% da renda nacional, e tudo ficaria à mercê do comando do governo. Em uma sociedade liberal, o papel do governo é outro: é construir um ambiente institucional favorável à criação de empresas, colocar o indivíduo acima do Estado e deixar o cidadão livre para desenvolver seu projeto de felicidade pessoal, com a condição de que respeite a vida, a liberdade e a propriedade de seu semelhante. Nas sociedades civilizadas, o mais importante é saber o que o governo não deve ser e o que não deve fazer, ou seja, a arte de governo implica concentração de poderes, logo, é preciso limitar os poderes do governo. * Economista e reitor da Universidade Positivo

O desespero das prefeituras JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO * A indignação dos prefeitos mineiros contra a decisão do governante mineiro que bloqueou as transferências do Estado para prefeituras tem razão de ser. Reunidos recentemente em Belo Horizonte para participar de sabatina com os candidatos ao governo de Minas, os prefeitos disseram claramente que a crise financeira que se agravou por atrasos nos repasses de verba do Tesouro estadual chegou ao limite. Em vários municípios, alguns prefeitos já estavam trabalhando só com a possibilidade de não poder pagar o 13º salário. Agora, o problema se agravou e até o salário do mês em alguns casos não pode ser quitado. Os candidatos ao governo até que afirmaram na imprensa que, se eleitos, a prioridade número um seria quitar o que o Estado deve para as prefeituras do interior. Agora, ter ou não ter o dinheiro disponível é outra história. A dívida do governo de Minas com as prefeituras é calculada em R$ 9,4 bilhões e levou a Associação Mineira de Municípios (AMM) a realizar um mutirão de ações judiciais para pressionar o Estado a honrar os compromissos. Calcula-se que 90% dos municípios mineiros já não terão dinheiro para pagar até a folha de novembro e o chamado “abono de Natal”. Os recursos do ICMS, IPVA, Fundeb e aqueles destinados à saúde já não serão honrados. Entretanto, em algumas cidades, a situação é até pior porque não existem recursos para pagar nem o mês de setembro. Depois que Fernando Pimentel foi derrotado nas urnas pode ser que, em represália, ele está deixando de pagar até o essencial. Minas Gerais possui 853 municípios, sendo que 767 deles estarão impossibilitados de arcar com os as remunerações dos servidores e do 13º salário. A responsabilidade desse caótico quadro é do governo estadual que, por sua vez, coloca toda a culpa do que

ocorre no governo de Michel Temer que não repassa como deveria as verbas constitucionais para as administrações. O que vem amenizando a situação é que 73 cidades mineiras já conseguiram decisões favoráveis na Justiça que obrigam o Estado a repassar de imediato o dinheiro previsto em lei referente ao IPVA, ICMS e o Fundeb. Em alguns casos, foi “a salvação da lavoura” como se diz. Acionar a Justiça, recurso que pode ser até possível de ser utilizado, algumas vezes, é até inócuo. Como o Estado e as prefeituras não podem emitir moeda, o que adiantará as ordens judiciais para isso? Alguns prefeitos como Fernando Cabral, de Bom Despacho, que já está no segundo mandato, afirmou durante a reunião de prefeitos em Belo Horizonte que “se soubesse o que aconteceria com as finanças do município, não teria se aventurado a ser eleito para um segundo mandato”. A solução que pode não ser a ideal é tirar recursos de algumas coisas, até urgentes, para poder pagar os salários. O governo mineiro tem se esquivado de atender a imprensa, mas, como sempre fez durante o mandato, sempre procurou jogar a culpa dos problemas ou nos governos passados ou no atual presidente da República Michel Temer. Jogar a culpa nos outros sempre foi o que os governos do Brasil inteiro sempre fizeram. Entretanto, nem sempre este artifício é aceito pelos eleitores como aconteceu no primeiro turno das eleições em Minas Gerais. Tanto Fernando Pimentel quanto Dilma Rousseff não foram agraciados pelas urnas. O povo mineiro trabalha em silêncio, mas quando chegam as eleições, cobram sempre daqueles que estão no governo. * Economista e professor titular de macroeconomia da PUC-Minas

Para além do alimento CLEBER OLIVEIRA SOARES * Acesso ao alimento e à água, oportunidades de gerar renda, estar incluído socialmente e viver em um ambiente saudável e pacífico são condições que conferem dignidade e qualidade de vida às pessoas. No entanto, o crescimento da população mundial e os recursos naturais limitados impõem desafios para as nações na garantia de direitos fundamentais como esses. Nesse cenário, o Brasil deverá se posicionar com protagonismo no provimento de alimentos com sustentabilidade. Poucos lugares no mundo conjugam condições de clima, disponibilidade de terra e um setor agrícola empreendedor, que permitam incrementar ainda mais a produção de alimentos, como o nosso País. E, o melhor, sem necessidade de aumentar a área de plantio. Além de exportarmos produtos agrícolas para mais de 150 países, já influenciamos a dieta de muitas nações. Por exemplo, a cada dez bifes exportados no mundo, três são provenientes do Brasil, sem contar os copos de suco de laranja, a carne de frango, etc.

É preciso ressaltar que nossa agropecuária é considerada a mais sustentável do planeta, e o Brasil deve consolidar sua reputação de grande produtor de alimentos dentro dos padrões e conceitos de sustentabilidade. É possível transformar essa vocação em símbolo internacional, como marca de país que conta com tecnologia, inova, produz com qualidade, e é capaz de atender às demandas dos mercados mais exigentes com competência e competitividade. O Brasil tem aderido às agendas internacionais integradoras, a exemplo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Com 169 metas a serem atingidas até 2030, os ODS propõem ações globais para erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, dentre outras. A agropecuária, na condição de geradora de alimentos, saúde, renda, serviços ambientais e, por que não dizer, paz,

trabalha em harmonia com os ODS. Conectados a esses objetivos, uma série de sinais e tendências globais e nacionais foram captados pelo Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa, o Agropensa, que coordenou um estudo e sintetizou sete megatendências para a agricultura brasileira no horizonte 2030, sendo que uma delas mostra que a intensificação produtiva sustentável é a ênfase a ser dada à produção de alimentos, fibra e agroenergia. A revolução agrícola do Brasil se deu sustentada em ciência, tecnologia e inovação tropical. Saímos da revolução verde para os sistemas integrados, e migraremos para a agricultura de base biológica. Deixamos de importar alimentos, passamos a abastecer parte do mundo e estamos influenciando hábitos de consumo. Mas, para além do alimento, do nutriente, do pão de cada dia, e da paz, estamos contribuindo com novos parâmetros de humanidade. * Diretor-Executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

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Incômodos e resultados O presidente eleito, Jair Bolsonaro, começa agora a montar sua equipe e detalhar seus planos, sabendo que encontrará pela frente cofres vazios e muitas contas a pagar. A rigor, a maior das emergências, porque o déficit tende a emperrar toda a máquina administrativa. Começa agora a transição, depois de cumpridos alguns ritos cerimoniais como a visita ao presidente que está deixando o cargo, e a equipe de transição começa a atuar. Fundamentalmente para apresentar aos que estarão chegando uma espécie de prestação de contas num sentido mais amplo e que impeça a descontinuidade administrativa. Ao mesmo tempo os novatos vão dando pistas do que pretendem fazer e repetindo, como foi feito durante a campanha por quase todos os candidatos, que a contenção de gastos começará pela redução do número de ministérios, essas entidades que custam caro mas, parece, valem muito pouco, pelo menos se considerada a ótica dos pagadores de impostos. Evidentemente que é diferente na ótica de quem ocupa a cadeira e se apropria das vantagens inerentes, que não são poucas e custam caro. Aí a explicação, Começa agora a muito transição, depois provavelmente de cumpridos única, para a proliferação alguns ritos de ministérios cerimoniais e, na mesma como a visita ao proporção, a resistência presidente que aos cortes está deixando o prometidos. cargo, e a equipe Interessante observar que, de transição entre os que começa a atuar resistem, surgem portavozes de áreas, ou setores, que entram na lista de degola ou de fusão, evidenciando mais uma distorção. E assim fica no ar a impressão, ou o convencimento, de que no Brasil as coisas funcionam se estiverem sob abrigo de um ministério. Evidentemente não é o que mais importa ou o que verdadeiramente deveria importar. Valeria muito mais, nos planos da objetividade e do bom senso, da gestão aplicada, a disposição efetiva de acolher, por sua importância, esta ou aquela área, com políticas adequadas, com gente capacitada e motivada e, da parte do governo, efetiva disposição de realizar. Eis o que verdadeiramente importa e o que pode fazer diferença, quem sabe traduzindo menos formalidades, menos mordomias e mais ação, o que por suposto seria o interesse maior, verdadeiro, de quem proclama que esta ou aquela área não pode ficar sem o seu respectivo ministério. Pode e deve ser diferente e é de se esperar que este seja o entendimento daqueles que, se ainda não descobriram, brevemente descobrirão que no Brasil o Estado ficou maior do que o caixa ou, como disse um empresário, do que o PIB. Já não há como pagar essa conta que foi inchando com o tempo, crescendo sempre mais que as receitas. Para quem está chegando, para quem precisa definir seu plano de trabalho, não existe outro ponto de partida. No primeiro momento estará produzindo incômodos, mas, adiante, com certeza, terá resultados para exibir.


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OPINIÃO REPRODUÇÃO

Reforma da Previdência deve ser prioridade do governo Bolsonaro JOÃO BADARI* A reforma da Previdência Social no Brasil será uma das prioridades da equipe do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro. Em seu primeiro discurso como novo comandante do País, Bolsonaro disse que, entre outras medidas econômicas urgentes, estará a mudança do sistema previdenciário. E suas palavras foram reforçadas pelo seu futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, e pelo seu vice-presidente, General Mourão. Na verdade, já era esperado que a reforma da Previdência fosse retomada com a chegada de um novo governo. Agora, o ideal é que as mudanças sejam melhor estudadas e discutidas com a sociedade. Que o projeto, assim como tentou a equipe de Michel Temer, não serem impostas a qualquer custo. Acredito que seja necessária uma mudança, um ajuste nas regras atuais da Previdência Social, pois a expectativa de vida brasileira aumenta anualmente e ao longo das próximas décadas a nossa previdência não será estável. Entretanto, é necessário um estudo mais profundo, uma auditoria nos números atuais, para que o trabalhador brasileiro e segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não seja o único prejudicado e responsável pelos problemas previdenciários do Brasil. Inicialmente, a ideia da equipe de Bolsonaro, proposta em campanha, é a de aumentar a idade mínima de aposentadoria para o serviço público de 60 para 61 anos, e o tempo de contribuição de 35 para 36 anos. Além disso, criar uma regra progressiva, em que esse limite aumente em mais um ano a cada período de tempo. Outro ponto levantado durante a campanha do presidente eleito é a introdução do regime de capitalização, em que cada pessoa é responsável por acumular sua própria reserva para a aposentadoria, para quem vai entrar no mercado de trabalho. Hoje, o regime é de repartição, os mais jovens contribuem para a

aposentadoria das gerações futuras, e no qual há um teto para o benefício. Para quem não conseguir poupar, o governo garantiria uma renda mínima, menor do que o salário mínimo e maior do que o Bolsa Família. Pelo novo regime, o trabalhador usaria a carteira verde e amarela, que não seria regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Este sistema de capitalização é preocupante e utópico, sendo apenas positivo na doutrina e não na prática, pois traz prejuízos no curto prazo, em razão da diminuição das receitas do instituto previdenciário, caindo sua renda e mantendo as despesas. A longo prazo o sistema é ainda pior, como exemplo citamos o Chile, que adota este sistema e hoje colhe os frutos de suas primeiras aposentadorias, que não custeiam os gastos do aposentado. Os trabalhadores chilenos são obrigados a depositar ao menos 10% do salário por no mínimo 20 anos para se aposentar. A idade mínima para mulheres é 60 e para homens, 65. Não há contribuições dos empregadores ou do Estado. Agora, quando o novo modelo começa a produzir os seus primeiros aposentados, o baixo valor das aposentadorias assustou o governo: 91% recebem menos de 149.435 pesos, ou seja, metade do salário mínimo do país. Existem, logicamente, uma série de planos sendo elaborados por economistas e que podem ser adotados pelo futuro presidente. Uma certeza é a de que o projeto elaborado pela equipe econômica de Michel Temer não será aproveitado em sua totalidade, ou até nem seja levado em consideração. Importante ressaltar que a nova bandeira da reforma precisa e deve ter um olhar para os direitos dos atuais segurados. Vale destacar que, se o novo governo decidir continuar com a regra do fator previdenciário, uma boa saída é a continuação da Fórmula 85/95 progressiva para 90/100, pois assim se equaliza idade e

Apurações informatizadas EPIPHÂNIO CAMILLO * As apurações de votos das recentes eleições representaram mais que um grande avanço tecnológico: é a garantia de transparência e segurança na captação da vontade do eleitor. Os Sistemas de Informação que foram disponibilizados pelos Tribunais Eleitorais demonstraram o crescimento da competência com que esses Tribunais vêm conduzindo os processos eleitorais em nosso País. Se considerarmos o contingente de cidadãos que foram às urnas, um certo grau de complexidade oriundo das duas cédulas e duas cabines, e o número das escolhas possíveis, podemos afirmar que os problemas ocorridos estão dentro da margem esperada. Não obstante as dificuldades que ainda persistem e resistem à introdução de novos mecanismos para validar e fazer valer a vontade do eleitor, saudamos o progresso ocorrido desde a apuração eleitoral anterior. Ainda é necessário avançar muito no sentido de utilizar com maior intensidade os mecanismos proporcionados pelas Telecomunicações e pela Informática, reduzindo ou mesmo eliminando os procedimentos intermediários de digitação que sobrecarregam os Tribunais e permitem a ocorrência de falhas na contagem dos votos. Os partidos e institutos de pesquisa também evoluíram muito e têm tido, com suas apurações paralelas, papel muito importante na fiscalização e, certamente, muita contribuição e sugestões a oferecer aos Tribunais para o aperfeiçoamento de sistemas que venham garantir maior segurança, rapidez e qualidade na prestação desses serviços à população votante. A melhoria desses procedimentos interessa a todos. Nós da Sucesu-MG estamos convencidos que essa formidável massa de usuários - os eleitores - terá já nos próximos pleitos a maior utilização dessas tecnologias como fator importante para assegurar que nossas vontades sejam explicitadas e ouvidas de modo seguro e transparente. * Presidente do Conselho Diretor da Sucessu-MG (texto publicado no Jornal da Sucesu-MG, Revista Banco Hoje - Outubro/1994) Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes

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tempo de contribuição para a não aplicação do fator, exigindo que o aposentado tenha idade mais avançada para se aposentar. Também deve ser estudada e debatida a continuidade da aposentadoria por tempo de contribuição, pois seria um enorme retrocesso social extinguirem este direito. Não podemos ter apenas aposentadoria por idade mínima no Brasil, pois em razão de suas peculiaridades territoriais e sociais, os menos favorecidos entram no mercado de trabalho jovens e a expectativa de vida desses trabalhadores é menor. Ou seja, contribuem mais e recebem menos. Vale citar como exemplo que dentro da cidade de São Paulo a expectativa de vida é de 80 anos, em média, nos bairros mais nobres, enquanto que na periferia a média de expectativa de vida é de 55 anos. Um grande contraste que retrata as diferenças nas regiões e estados brasileiros. O outro ponto a ser levantado: a reforma deve ser realizada tanto no regime geral como no regime próprio, e a proposta do governo Temer tratava também de reformar o regime próprio, igualando o mesmo as regras do regime geral.

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Para ter uma previdência mais justa é necessário combater privilégios de todas as partes. E também será necessário fazer um levantamento e uma ação para a cobrança dos principais devedores da Previdência: as grandes empresas. Elas têm, segundo levantamento da CPI da Previdência Social do Senado Federal, dívidas de mais R$ 1 trilhão, com valores atualizados pela taxa Selic. E são esses mesmos grandes empresários devedores que clamam e defendem as mudanças nas regras de aposentadoria no País. Portanto, a reforma da Previdência será um dos principais temas dos próximos meses e dos primeiros dias do novo governo. Existe bastante tempo para apresentar, estudar e avaliar propostas. Que esse trabalho seja realizado em conjunto com especialistas e com a sociedade, para que, no final, seja discutido e votado pelo Congresso Nacional um texto mais justo para o trabalhador e para o desenvolvimento do Brasil. * Especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

Esperança, confiança e desenvolvimento CIRO ROSOLEM * Em seu ótimo livro Sapiens, o historiador Yuval Noah Harari discute porque alguns impérios antigos cresceram e se desenvolveram, e outros ficaram estagnados por séculos. Resumidamente, o progresso começa pela admissão da ignorância. A partir do reconhecimento da ignorância surge o ímpeto de descobrir, de aprender, e de crescer. Mas, o mais interessante, é que o crescimento acontece quando os povos param de olhar e venerar o passado, e passam a ter esperança e confiança no futuro. Havendo vontade de saber e de crescer, havendo esperança e confiança no futuro, as sociedades de desenvolvem, ficam complexas, mais ricas. Acabamos de passar por uma campanha eleitoral pautada por “fake news”, o nome moderno para mentiras e por promessa vazias; bom, sabemos como foi. Enfim, eleito o novo presidente, há uma sensação de esperança renovada. A maioria da população deu um basta ao velho. Parou de “olhar para trás” e se conformar. Bom, paramos de ignorar os malfeitos, e plantamos a esperança. Mas, isso não é suficiente para o progresso, como nos ensina o historiador. Em seu primeiro discurso, o presidente eleito deu pistas de que, além da esperança, poderá haver confiança no futuro. De acordo com suas palavras, está disposto a garantir um estado que atrapalhe menos o empreendedor, a dar segurança jurídica a empresas, a livre concorrência, a liberdade, tudo com o estrito cumprimento da Constituição. Não depende

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Já era esperado que a reforma da Previdência fosse retomada com a chegada de um novo governo. Agora, o ideal é que as mudanças sejam melhor estudadas e discutidas com a sociedade. Que o projeto, assim como tentou a equipe de Michel Temer, não serem impostas a qualquer custo.

somente dele, mas sua disposição é um bom começo. Teremos um novo Congresso Nacional, com perfil novo, mas ainda desconhecido. Mais esperança. Até que ponto nossos representantes estarão dispostos a moldar um país viável? Muito bem, estabelecemos pelo menos dois passos importantes para o desenvolvimento de riquezas: olhamos para frente e, novamente, temos esperança. Ainda nos falta estabelecer definitivamente a confiança no futuro. Difícil, frente aos enormes desafios que existem, mas possível. Possível, desde que o presidente fique firme nas suas convicções declaradas no discurso e, principalmente, que exista uma oposição responsável ao seu governo. Que a oposição não se preocupe somente em destruir o poder constituído, pensando na próxima eleição. O momento é de exercer a maturidade, a discussão séria e responsável, sem projeto de poder. Queremos ser um império estagnado ou desenvolvido? Assim, com a vontade dos brasileiros, com a esperança plantada, mais a confiança estabelecida, cresceremos, teremos um país mais rico, melhor para todos. * Vice-Presidente de Comunicação Científico Agro Sustentável (CCAS) e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu)

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2018

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ECONOMIA VAREJO

Intenção de compras recua em Minas Pesquisa da FCDL-MG mostra que, para novembro, mineiros projetam consumo menor ALISSON J. SILVA

ANA AMÉLIA HAMDAN

O índice de intenção de compras dos mineiros para novembro registrou queda no comparativo com o mês anterior. De acordo com pesquisa divulgada ontem pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), dos entrevistados, 34,5% responderam que têm intenção de comprar em novembro, enquanto a maioria – 65,5% - disse que vai poupar o dinheiro. Em outubro, os resultados foram, respectivamente, 39,3% e 60,7%. Em relação ao ano passado, houve um avanço: em novembro de 2017, 18% dos consumidores disseram que tinham intenção de fazer compras naquele mês, enquanto 82% informaram que iriam poupar. De acordo com o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva, dois fatores influenciaram no resultado de novembro: o quadro eleitoral e a proximidade do fim do ano, o que leva algumas pessoas a fazerem reservas e adiarem as compras pensando no Natal. “Mesmo com a queda (de novembro em relação a outubro), o resultado é bom para o comércio. Temos 34,5% dos mineiros com intenção de fazer compras”, diz. Na análise de Vinícius Carlos, a perspectiva de um cenário de mudanças políticas deixou o consumidor mais cauteloso. “É uma perspectiva positiva, mas a mudança traz cautela para o consumidor”, avalia. A pesquisa da FCDL-MG foi realizada de 3 a

Perspectivas quanto ao cenário político ainda pautaram a cautela dos mineiros para as compras no levantamento

26 de outubro. Como o primeiro turno ocorreu no dia 7, na maior parte do período os entrevistados já sabiam que iam escolher entre Romeu Zema (Novo) e Antonio Anastasia (PSDB). Pesquisas apontavam a preferência do candidato Zema, que venceu o pleito realizado no último domingo. Preferência - O levantamento da FCDL-MG mostrou que roupas é o item campeão em intenção de compras e foi citado por 11,7% dos entrevistados. Em seguida, estão supermercados e hipermercados, com 10,3%; calçados (7,6%); automóveis (6,2%); far-

mácias e medicamentos (6,2%), entre outros. Segundo o economista, o fato de a opção roupas vir à frente indica a influência da Black Friday, com muitas pessoas aproveitando a promoção, que será realizada no próximo dia 23. Ainda na avaliação do economista, a presença dos automóveis entre as principais intenções de compra é um bom sinalizador de que fatores macroeconômicos – como inflação e juros – estão estáveis. A forma de pagamento mais utilizada será à vista em dinheiro, alternativa citada por 42,9% dos consumidores. Em seguida,

estão: parcelamento no cartão de crédito, com 35,7%; à vista no cartão de débito, 12,5%; e a prazo, 8,9%. O meio mais utilizado de pagamento é o cartão de crédito (42,3%), seguido de dinheiro (34,6%); cartão de débito (21,2%) e cheque (1,9%). Investimentos - Entre os entrevistados que disseram que vão poupar dinheiro, 67,1% relataram que investirão na poupança. As outras opções citadas foram fundos de investimento (15,9%); previdência (6,1%); tesouro direto (6,1%); ações (3,7%) e capitalização (1,2%).

IGP-M

Minério e milho puxam desaceleração no mês São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 0,89% em outubro, depois de subir 1,52% no mês anterior, diante da queda dos preços de minério de ferro e milho no atacado, de acordo com os dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 0,90%. Depois de subir 2,19% em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve em outubro alta de 1,11%. No IPA, o índice que mede o comportamento das Matérias-Primas Brutas passou a recuar 0,11% em outubro, depois de uma alta de 3,53% no mês anterior. O destaque foi a queda dos preços dos itens minério de ferro e milho, respectivamente de 0,85% e 5,47%. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, mostrou maior pressão no varejo ao registrar no período alta de 0,51%, sobre 0,28% no mês anterior.

IABR / DIVULGAÇÃO

Destaque no IPA, o minério de ferro registrou uma redução de preços de 0,85% na análise de outubro

A principal contribuição partiu do grupo Alimentação, que registrou alta de 0,70%, ante avanço de 0,01% em setembro.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a alta a 0,33%, contra avanço de 0,17% em setembro.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. (Reuters)

CONSTRUÇÃO CIVIL

Moradia popular terá mais recursos, diz MRV São Paulo - A MRV Engenharia publicou ontem um comunicado informando que a Instrução Normativa número 26 do Conselho Curador do FGTS remanejou para a habitação popular R$ 5,4 bilhões do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que estavam previstos para as áreas de saneamento básico e infraestrutura urbana, mas que não foram utilizados até aqui. Segundo a MRV, essa medida ajudará bastante nas contratações

e repasses do quarto trimestre. Isso porque os recursos do fundo são usados para financiar tanto a construção de novos empreendimentos quanto a compra de imóveis novos pelos consumidores dentro do Minha casa, minha vida (MCMV). No entanto, o orçamento do FGTS para o programa habitacional estava prestes a se esgotar. Conforme mostrou reportagem do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado,

de 26 de setembro, cerca de 90% dos recursos para habitação já haviam sido consumidos, o que representava um gargalo para contratações e repasses a partir daí. “Profunda conhecedora do programa habitacional, nos antecipamos na contratação de financiamento à construção e possuímos hoje quase a totalidade das unidades à venda já contratadas”, afirmou a MRV, em comunicado. “Diante da percepção de que a faixa 1,5 do MCMV, maior consu-

midora de recursos de subsídios por unidade habitacional, é a mais susceptível a reduções, nos posicionamos estrategicamente em faixas de renda que demandam pouco ou nenhum desconto (faixas 2 e 3)”, complementou. “Além disso, retomamos os lançamentos no SBPE, os quais utilizam recursos da poupança (sem subsídio) e com o mesmo modelo de negócios da baixa renda”, acrescentou a incorporadora. (AE)

INDICADOR

Incerteza quanto à economia tem queda em outubro Rio de Janeiro - O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 11,2 pontos na passagem de setembro para outubro, alcançando 110,3 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) ontem. Com a queda, o indicador atingiu o menor nível desde março deste ano, ainda que o patamar continue sendo considerado elevado. Embora o período de coleta do IIE-Br de outubro seja anterior ao resultado do segundo turno das eleições presidenciais, que terminou com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), as pesquisas de intenção de voto já ditavam algum rumo. “A incerteza atingiu seu menor valor em sete meses, contudo permanece em um patamar elevado. Neste mês, as pesquisas eleitorais que apontavam para a vitória do candidato Jair Bolsonaro contribuíram para a queda do indicador, uma vez que sua equipe econômica se mostra comprometida em conduzir um ajuste fiscal e políticas pró-mercado”, diz a nota divulgada pela FGV. De acordo com a nota, o foco no pleito eleitoral fez com que o noticiário e o mercado financeiro no Brasil se descolassem do cenário externo, o que permitiu uma forte valorização do Ibovespa e do real durante o período de coleta deste indicador. “Dado o cenário atual, espera-se que o movimento de queda só seja sustentável se o presidente eleito conseguir aprovar as medidas necessárias para a retomada da sustentabilidade fiscal e de um crescimento econômico mais robusto”, traz a nota. O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA. Em outubro, o componente Mídia caiu 10,5 pontos, contribuindo com 9,1 pontos para a queda do índice global no mês. Já o IIE-Br Expectativa recuou 9,5 pontos, embora sua participação relativa no resultado total tenha sido menor, com queda de 2,1 pontos. A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada pela FGV entre o dia 26 do mês anterior e o dia 25 do mês de referência. Confiança empresarial - O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela FGV, subiu 0,9 ponto em outubro e chegou a 90,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. O indicador é calculado com base em entrevistas com empresários da indústria, comércio, serviços e construção civil. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, caiu 0,3 ponto, para 87,6 pontos, mas o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, avançou 0,4 ponto, para 96,6 pontos. Entre os setores, houve recuo da confiança apenas entre os empresários da indústria (2 pontos). Os empresários do comércio foram os que apresentaram maior crescimento da confiança: 3,8 pontos. (AE/ABr)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

Com cerca de 30% das obras executadas ao custo de R$ 1,2 bilhão, o projeto de instalação de uma planta de amônia em Uberaba foi abandonado pela Petrobras em julho de 2015

INFRAESTRUTURA

Agronegócio perde sem planta de amônia Abandono de investimento em Uberaba agrava dependência do País na importação de fertilizantes MARA BIANCHETTI

Embora a Petrobras tenha adiado a hibernação das fábricas de fertilizantes do Sergipe e da Bahia, o prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Paulo Piau, avaliou a decisão da estatal brasileira de deixar o mercado de fertilizantes como um equívoco. Para Piau, medidas como a paralisação das unidades e o abandono do projeto de instalação de uma planta de amônia no município mineiro por parte da companhia deixarão o País ainda mais dependente do mercado internacional. “Não é nada benéfico para a economia de um país, cuja principal pauta econômica

está no agronegócio, que ele se torne ainda mais dependente da importação de fertilizantes. Se o Brasil tem hoje cerca de 75% destes insumos vindos do exterior, com o fechamento das unidades da Fafen-SE e Fafen-BA, este número poderá superar os 90%”, alertou. Por meio de nota, a estatal informou que continua com a avaliação de alternativas à hibernação. E que está em contato com representantes dos governos e federações das indústrias. Disse que “se faz necessário este tempo adicional para a conclusão da análise das alternativas à hibernação, desde que mantidos os níveis mínimos de rentabilidade”.

“Dentre estas alternativas consta um possível processo de arrendamento das fábricas a terceiros”, acrescentou a Petrobras, completando que futuros passos no desenvolvimento das análises serão comunicados ao mercado. Anteriormente, a petrolífera havia informado que concluiria a hibernação das unidades até hoje (31 de outubro), em um processo que se arrasta desde o começo deste ano. Inicialmente, esperava-se que a hibernação ocorreria até o fim do primeiro semestre, data que depois passou para 31 de outubro. Agora ficou para 31 de janeiro do ano que vem. Já a instalação da planta

Petrobras pode embolsar US$ 20 bi Rio de Janeiro - A Petrobras poderá obter mais US$ 20 bilhões até o próximo ano, caso sejam realizadas as vendas de todos os projetos já anunciados para desinvestimentos, afirmou ontem à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto, em um sinal de que a companhia espera manter o ritmo de seu robusto plano de negociações apesar de recentes dificuldades. Nos últimos três anos, a estatal realizou cerca de US$ 20 bilhões em vendas de ativos e parcerias, a partir do programa traçado para reduzir uma enorme dívida, acrescentou a fonte, na condição de anonimato. Dentre os acordos que poderão ser concluídos neste ano está a venda da refinaria Pasadena, no Texas, para a Chevron, embora o negócio não deva recuperar o enorme investimento feito pela empresa no ativo, envolvido no escândalo de corrupção, segundo a fonte. A Reuters publicou na semana passada que negociações estavam em curso com a petroleira norte-americana. A planejada venda de gasodutos no Nordeste, da subsidiária TAG, seria também importante para atingir aquele montante projetado para ser realizado até 2019. A esperada venda da fatia em empresa que a Petrobras tem na África também deve agregar montante bilionário na conta. Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente. A fonte também apontou que poderá ser concluído até o fim de dezembro o processo de venda dos polos de petróleo em águas rasas de Enchova e Pampo, localizados no Estado do Rio de Janeiro. Anteriormente, a Petrobras confirmou que a Ouro Preto Óleo e Gás havia apresentado a melhor proposta na fase vinculante do processo de venda de Enchova e Pampo. A Ouro Preto recebeu apoio da companhia de private equity EIG Global Energy Partners, conforme reportado pela Reuters em julho. Uma segunda fonte confirmou ontem à Reuters que um acordo para a venda dos polos poderá ser alcançado ainda neste ano. Dívida - Com a maior dívida global para uma petroleira listada em bolsa, a Petro-

bras traçou um plano de arrecadar US$ 21 bilhões o biênio 2017-2018, com vendas de ativos e parcerias. Em meio aos esforços, a empresa reduziu a dívida líquida de US$ 100,4 bilhões em 2015 para US$ 73,7 bilhões no fim do segundo trimestre deste ano. O resultado foi alcançado mesmo em meio a resistências encontradas em sindicatos e tribunais. No entanto, a empresa não deverá atingir a meta projetada para o biênio 2017-2018 caso não conclua a venda bilionária da rede de gasodutos TAG neste ano, segundo a fonte. A negociação da TAG, unidade de gasodutos no Nordeste, foi suspensa por uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que exigiu que vendas de subsidiárias por estatais sejam aprovadas antes pelo Congresso. Para vender, a empresa precisa derrubar a decisão do tribunal. A Petrobras também tem buscado maneiras de aumentar a produção em áreas maduras, vendendo uma participação de 25% em seu importante campo de Roncador, na Bacia de Campos, para a norueguesa Equinor. Na mesma linha, a empresa também abriu uma concorrência e convidou as gigantes Schlumberger, Baker Hughes (da GE) e Halliburton para um possível acordo de compartilhamento de produção para um campo terrestre. Um acordo representaria um novo caminho para a Petrobras impulsionar a produção de campos maduros sem perder o controle ou arriscar o capital, em parceria com um dos maiores provedores de serviços de petróleo do mundo. Mas o negócio não deverá acontecer até o primeiro trimestre de 2019, disse a fonte. Outra pessoa familiarizada com o assunto disse que um acordo neste ano é possível, mas mais provável para o próximo ano. Apesar dos contratempos, a empresa não deve deixar de bater a meta de alavancagem de 2,5 vezes Ebitda/dívida líquida, traçada para o fim deste ano. A Petrobras, segundo já foi informado recentemente por diretores, deverá anunciar seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023 em dezembro. (Reuters)

de amônia em Minas Gerais, até então, único grande projeto da estatal no Estado, foi abandonada pela Petrobras em 2015, com a paralisação das obras do empreendimento em julho daquele exercício. Iniciados em 2014, os trabalhos foram suspensos com cerca de 30% de execução mediante custo de R$ 1,2 bilhão. O projeto total previa inversões de mais de R$ 2 bilhões e a previsão inicial era que a conclusão das obras ocorresse no ano passado. Dilapidação - “O que fizeram com a planta de amônia de Uberaba foi um erro primário, uma irresponsabilidade. Tínhamos um ativo grande, um

projeto promissor. Recursos foram aplicados na fundação, na estrutura e compra de equipamentos e posteriormente, deixados de lado. O mesmo agora acontecerá com as demais unidades de fertilizantes. Isso é dilapidação de patrimônio público”, denunciou o prefeito de Uberaba. Sobre a unidade mineira, num primeiro momento, a Petrobras informava que a unidade se manteria em fases de hibernação. Paralelamente, a estatal admitia também que estudava outras opções para viabilizar a conclusão do projeto. Algum tempo depois, porém, a petrolífera iniciou processo para a venda de suas subsidiárias, incluindo

os equipamentos da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados V – como foi batizado o projeto do Triângulo. Assim, a prefeitura tomou para si a implantação do empreendimento e, há alguns meses, encomendou estudo de viabilidade econômica para a Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com Piau, desde então, três relatórios parciais já foram entregues e a versão final será concluída em novembro. “Já sabemos que o negócio é viável e a partir das informações finais iremos atrás de possíveis investidores. A expectativa é que ainda em 2018 consigamos alguma negociação”, avaliou. (Com agência Reuters)

Preço da gasolina cai nas refinarias São Paulo - A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,20% a partir de hoje, no maior corte já feito pela estatal desde o anúncio de uma política de reajustes até diários do combustível, em vigor desde julho do ano passado. Com a alteração, o valor médio do combustível cairá para R$ 1,8623 por litro, o menor valor em quase seis meses, desde a cotação de R$ 1,8523 praticada em 9 de maio, conforme informações do site da petroleira compila-

das pela Reuters. O corte se dá em meio a uma valorização do real ante o dólar e também a um enfraquecimento das referências internacionais do petróleo, parâmetros utilizados pela companhia para a formação de preços dos combustíveis. A redução ocorre ainda um dia depois de a Petrobras anunciar uma diminuição de 10,1% no preço do óleo diesel nas refinarias, dada a definição de um novo preço de comercialização para o programa federal de

subvenção ao combustível. Em outubro, o preço da gasolina nas refinarias caiu cerca de 16%, enquanto no acumulado de 2018 apresenta alta de quase 10%. Na semana passada, o preço médio da gasolina nas bombas dos postos se manteve em R$ 4,723 por litro, praticamente estável ante o recorde nominal de R$ 4,725 por litro visto na semana imediatamente anterior, conforme monitoramento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). (Reuters)

Cosan está interessada em parcerias São Paulo - A Cosan, que atua em produção de etanol e distribuição de combustíveis, está interessada em parcerias de refino com a Petrobras, afirmou ontem o presidente do Conselho de Administração da companhia, Rubens Ometto. A empresa está “olhando” para possíveis parcerias, mas isso dependerá da forma que a petroleira pretende vender participações em suas refinarias no País, disse Ometto. A Cosan tem uma joint venture com a Shell, com participação de 50%para cada, a Raízen, a maior produtora de açúcar do mundo e também uma das principais distribuidoras de combustíveis do Brasil. Ometto não deixou claro se a união de forças com a Petrobras seria uma iniciativa da própria Cosan ou da joint venture. Conselheiros do presidente eleito, Jair Bolsonaro,

disseram que pretendem vender várias estatais, como uma maneira de aumentar a arrecadação e cortar a dívida do governo. Mesmo antes da eleição, a Petrobras já tinha anunciado a intenção de vender sua participação em refinarias. Ometto disse que o possível processo de privatização “será bom para o país e bom para a Petrobras”. “Nós estamos focados em energia e logística”, ele disse, acrescentando que a Cosan poderia participar da venda das refinarias da Petrobras “dependendo do modelo, dos detalhes da operação” “Nós já temos ativos de refino na Argentina, e ter aqui poderia ser uma maneira de continuar a tendência”, disse o executivo a repórteres nos bastidores da conferência internacional de açúcar e etanol da Datagro, em São Paulo.

A Raízen comprou os ativos de refino e distribuição da Shell na Argentina em abril. Etanol - Em relação à nova safra de cana de açúcar no Brasil, que começa em abril do ano que vem, Ometto disse esperar que as usinas continuem a focar na produção do etanol. “O (preço do) açúcar tem de subir muito para mudar isso”, disse o executivo. Ometto rejeitou qualquer possível expansão de capacidade de processamento de cana da Raízen no País, dizendo que a joint venture precisa focar em incrementar o uso da capacidade. De acordo com o executivo, a Raízen tem a capacidade de processar entre 70 milhões e 72 milhões de toneladas de cana por ciclo e atualmente está processando entre 60 milhões e 62 milhões de toneladas. (Reuters)


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ECONOMIA MERCOSUL

CNI pede a novo governo priorização de bloco De acordo com alerta da entidade, caso contrĂĄrio, China serĂĄ a maior beneficiada com exportaçþes BrasĂ­lia/Rio de Janeiro O novo governo do Brasil precisa priorizar e fortalecer o Mercosul, sob pena de favorecer ainda mais as exportaçþes da China. Esse ĂŠ o alerta feito pela Confederação Nacional da IndĂşstria (CNI) em nota divulgada ontem. Na noite de domingo (28), o indicado para ministro da Economia do novo governo, Paulo Guedes, afirmou que o Mercosul nĂŁo serĂĄ uma prioridade. Ele tambĂŠm jĂĄ indicou que reduzirĂĄ as tarifas de importação, abrindo o mercado brasileiro. “Se o governo brasileiro nĂŁo der prioridade ao Mercosul, ou ainda pior, se reduzir a Tarifa Externa Comum de forma unilateral, o Ăşnico ganhador ĂŠ a China, que jĂĄ vem tomando o mercado brasileiro em toda a AmĂŠrica do Sulâ€?, diz a nota divulgada pela CNI. “Pequenas e mĂŠdias empresas, que exportam mais para esses paĂ­ses, serĂŁo as mais afetadasâ€?. A CNI lembra que a Constituição Federal es-

tabelece, em seu artigo 4Âş, os princĂ­pios de atuação do Brasil nas relaçþes internacionais. Entre eles, estĂĄ a integração econĂ´mica dos paĂ­ses da AmĂŠrica Latina. Em seu discurso apĂłs a divulgação do resultado das urnas, Jair Bolsonaro repetiu que obedecerĂĄ Ă Constituição. A entidade da indĂşstria defende o fortalecimento do Mercosul e o aprofundamento da agenda de integração regional. “O bloco ĂŠ um complemento do mercado domĂŠstico brasileiro e ĂŠ o destino de exportação no qual a indĂşstria tem maior participaçãoâ€?, diz a nota. Entre as propostas para a ĂĄrea elaboradas pela CNI e entregues aos presidenciĂĄveis durante a campanha eleitoral, ĂŠ sugerido que o governo trabalhe em quatro ĂĄreas fundamentais: estabilidade macroeconĂ´mica; livre circulação e integração intrabloco, com inclusĂŁo de açúcar e automĂłveis no livre mercado; polĂ­tica comercial frente a terceiros e agenda externa de acor-

dos; e o aprimoramento institucional do bloco. “O Mercosul ficou uma dĂŠcada sem avançar na agenda econĂ´micaâ€?, destaca a CNI. Mas a entidade nota que as negociaçþes foram concretamente retomadas em 2017, com a introdução dos acordos de compras governamentais e facilitação e proteção de investimentos no âmbito do bloco. Em sua edição de ontem, o jornal O Estado de S. Paulo traz artigo do ministro das Relaçþes Exteriores, Aloysio Nunes, relatando a retomada da agenda econĂ´mica do Mercosul. Na equipe de Bolsonaro, o bloco vem sendo criticado como se nada tivesse acontecido desde o governo de Dilma Rousseff, o que nĂŁo ĂŠ verdade. A nota da CNI defende as relaçþes do Brasil com os sĂłcios no Mercosul, principalmente a Argentina. â€œĂ‰ para onde o Brasil exporta produtos de alto valor agregado e onde possui diversas multinacionaisâ€?, traz a nota. “AlĂŠm disso, o

SERGIO MORAES/REUTERS

setor automotivo brasileiro ĂŠ integrado em cadeia de valor com o setor automotivo argentinoâ€?. Pedido de desculpa - O economista Paulo Guedes, principal assessor econĂ´mico do presidente eleito da RepĂşblica, Jair Bolsonaro, pediu desculpas ontem pela forma como se dirigiu ao papel da Argentina na polĂ­tica de comĂŠrcio exterior do futuro governo, mas voltou a afirmar que a prioridade da polĂ­tica econĂ´mica serĂĄ o ajuste fiscal por meio de corte de gasto e nĂŁo o comĂŠrcio bilateral com os argentinos. “O nosso foco, o nosso principal problema sĂŁo os desequilĂ­brios internos, o excesso de gasto pĂşblico. Eu nĂŁo quis, em nenhum momento, desmerecer a Argentina, o Mercosul. Eu quis dizer o seguinte: nĂŁo ĂŠ minha prioridade. A minha prioridade ĂŠ o gasto pĂşblico. Nada contra o Mercosul, nada contra a Argentina. Eu sĂł disse que nĂŁo ĂŠ a nossa prioridade.

Pedido ocorre apĂłs Paulo Guedes colocar bloco em 2Âş plano

Como eu estava afogado, com muito microfone em cima, disse que não era prioridade�, afirmou Guedes, ainda quando chegou à reunião entre Bolsonaro e seus principais assessores, na casa do empresårio Paulo Marinho, na zona sul do Rio.

Após a confirmação da eleição de Bolsonaro no domingo, 28, Guedes afirmou que o Mercosul e a Argentina não eram prioridade do futuro governo, ao responder a pergunta de jornalista do jornal El Clarín. (AE)

PNAD CONTĂ?NUA

Taxa de desemprego diminui e vai a 11,9% no trimestre Rio de Janeiro/SĂŁo Paulo - O mercado de trabalho do Brasil continuou em lenta recuperação no terceiro trimestre, com queda na taxa de desemprego em relação aos trĂŞs meses anteriores, porĂŠm ainda marcado pelo desânimo dos trabalhadores e pela informalidade. A taxa de desemprego caiu a 11,9% no terceiro trimestre, ante 12,4% entre abril e junho, em um perĂ­odo marcado por geração de vagas, ainda que a maioria seja informal, e redução no nĂşmero de pessoas procurando emprego. Os dados da Pnad ContĂ­nua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica (IBGE) ontem ficaram em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters. “Se olhar para geração de vagas e resgate de pessoas desocupadas, hĂĄ sim uma melhora. Mas por outro lado hĂĄ muita informalidade. A geração se concentra em

informalidade que resolve uma necessidade de curto prazo, mas no mĂŠdio e longo prazos jĂĄ sabemos o efeito negativo dissoâ€?, disse o coordenador do IBGE Cimar Azeredo. O PaĂ­s encerrou o terceiro trimestre com 12,492 milhĂľes de desempregados, contra 12,966 milhĂľes nos trĂŞs meses atĂŠ junho. No mesmo perĂ­odo de 2017, o nĂşmero era de 12,961 milhĂľes. Desânimo - Nesses trĂŞs meses atĂŠ setembro, o nĂşmero de trabalhadores que desistiram de procurar uma recolocação chegou a 4,776 milhĂľes, enquanto no segundo trimestre eram 4,833 milhĂľes de desalentados, mostrando que embora o nĂşmero tenha caĂ­do, o desânimo continua sendo uma marca do mercado de trabalho em meio a uma economia que apresenta ritmo fraco. JĂĄ o emprego sem cartei-

CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINARIA DA CVX-MG A Associação das Comunidades de vida CristĂŁ de Minas Gerais – CVX-MG, registrada com o C.N.P.J. 07.314.531/0001-06, convoca seus membros de Comunidades e PrĂŠ-Comunidades para a nossa Assembleia Geral OrdinĂĄria, a ser realizada QD )$-( ² )DFXOGDGH -HVXtWD GH )LORVRĂ€D H 7HRORJLD ORFDOL]DGD QD $Y 'U &ULVWLDQR *XLPDUmHV EDLUUR 3ODQDOWR %HOR +RUL]RQWH 0* QR ViEDGR GLD GH GH]HPEUR GH D SDUWLU GH KRUDV HP SULPHLUD FRQYRFDomR RX D SDUWLU GH KRUDV HP VHJXQGD FRQYRFDomR FRP D SUHVHQoD GH SHOR PHQRV XP WHUoR GH VHXV PHPEURV FRQIRUPH SUHYLVWR HP QRVVR HVWDWXWR SDUD GHOLEHUDUHP D UHVSHLWR GD VHJXLQWH SDXWD (OHLomR GR QRYR &RQVHOKR ([HFXWLYR 5HJLRQDO &(5 H GR &RQVHOKR )LVFDO 'HĂ€QLomR RĂ€FLDO GD $VVRFLDomR VREUH D FRQGLomR GH QRVVR & 1 3 - VH R PHVPR FRQWLQXDUi DWLYR RX VH VHUi EDL[DGR H 'HPDLV DVVXQWRV GH LQWHUHVVH GH QRVVD FRPXQLGDGH &9; %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH Pela CER: 0DULD $X[LOLDGRUD )HUUHLUD 'RULQKD &RRUGHQDGRUD )UDQFLVFD +HQULTXH GD &UX] 9LFH &RRUGHQDGRUD 0DXUtFLR *HQHURVR GH 2OLYHLUD 6HFUHWiULR 7HUH]D &ULVWLQD %DWLVWD 7HVRXUHLUD H 3DGUH 0LJXHO 0DUWLQV )LOKR VM $VVHVVRU (FOHVLiVWLFR

COMPANHIA SETELAGOANA DE SIDERURGIA - COSSISA

CNPJ (MF) - 16.942.195/0001-29 - NIRE: 3130003385-6 - Ata da Assembleia Geral OrdinĂĄria - Realizada em 02 de Julho de 2018, lavrada em forma de SumĂĄrio. Data da Realização: 02 de Julho de 2018 - Local e Hora: Rua Bernardo PaixĂŁo, 900 - Bairro SĂŁo JoĂŁo - Sete Lagoas, Ă s 9:00 (Nove) Horas. Quorum de Instalação: Em primeira convocação, com a presença dos acionistas detentores da totalidade do capital social, sendo o EspĂłlio de Silvio TĂşlio Vasconcelos Gonzaga, representado pelo seu Administrador, Marco TĂşlio MourĂŁo Gonzaga, Carteira de Identidade M-3.639.839 e CPF 793.339.906-15, e a Acionista Maria Silvia Vasconcelos Gonzaga, devidamente assistida pelo procurador Geraldo Teixeira Nery Lopes, OAB-MG nÂş 107.091, conforme assinaturas no livro de Presença dos Acionistas. Convocação: Por publicação nos jornais “Minas Geraisâ€?, ediçþes dos dias 22/06/2018, Folha 03, 23/06/2018, Folha 03 e 26/06/2018, Folha 03 e no “DiĂĄrio do ComĂŠrcioâ€?, ediçþes dos dias 22/06/2018, Folha 06, 23/06/2018, Folha 08 e 26/06/2018, Folha 08. Instalação: $SHVDU GD 1RWLÂżFDomR ([WUDMXGLFLDO UHFHELGD HP FXMRV QRWLÂżFDQWHV VmR RV DFLRQLVWDV $QW{QLR *RQ]DJD GH Carvalho e Maria Silvia Valadares Gonzaga, registrou-se o comparecimento de todos, sendo instalada a AssemblĂŠia. Composição da Mesa: Presidente: Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga; SecretĂĄrio: Carlos Geraldo Camilo dos Santos. Assuntos e Deliberaçþes: 1- Exame, e discussĂŁo do RelatĂłrio da Diretoria, do Balanço Patrimonial Consolidado, 'HPRQVWUDo}HV GH 5HVXOWDGRV GHPDLV GHPRQVWUDo}HV HFRQ{PLFDV H ÂżQDQFHLUDV UHODWLYDV DR H[HUFtFLR HQFHUUDGR HP 31/12/2017, tendo os acionistas minoritĂĄrios nĂŁo votado pela aprovação, sob a alegação de nĂŁo ter havido tempo para R H[DPH GDTXHOHV SDSpLV SRUpP FRPR OKHV DXWRUL]D D /HL DV GHPRQVWUDo}HV FRQWiEHLV H ÂżQDQFHLUDV GR H[HUFtFLR GH 2017, foram aprovadas pelos acionistas majoritĂĄrios, representantes da maioria absoluta do capital social com direito a voto. 2 - Em que pese o voto dos acionistas minoritĂĄrios contrĂĄrios Ă manutenção do prĂł-labore do Diretor Presidente, esta matĂŠria foi aprovada pelo voto dos acionistas majoritĂĄrios, representantes da maioria absoluta do capital social com direito a voto. 3 - Tendo em vista o comparecimento da totalidade dos acionistas, nesta oportunidade, foi entregue a todos, FySLDV GR %DODQoR 3DWULPRQLDO GDV 'HPRQVWUDo}HV GH 5HVXOWDGR H GR 5HODWyULR GD 'LUHWRULD UHIHUHQWHV DR H[HUFtFLR encerrado em 31/12/2017 e, tambĂŠm, uma relação do endividamento da Empresa, para o conhecimento de todos. ApĂłs D OHLWXUD GHVVDV SHoDV R SUHVLGHQWH GD PHVD IH] XPD H[SODQDomR VREUH D VLWXDomR ÂżQDQFHLUD GD HPSUHVD SULQFLSDOPHQWH o seu endividamento, no montante de R$ 42.586.580,92 (Quarenta e Dois MilhĂľes, Quinhentos e Oitenta e Seis Mil, Quinhentos e Oitenta Reais e Noventa e Dois centavos), salientando, particularmente, sua preocupação com o contrato de mutuo no montante de R$ 15.388.269,48 (Quinze MilhĂľes, Trezentos e Oitenta e Oito Mil, Duzentos e Sessenta e Nove Reais e Quarenta e Oito Centavos), o qual sofre acrĂŠscimo mensal de juros Selic mais 1% (Hum por Cento) ao mĂŞs, com o agravante de que o faturamento e pequena rentabilidade da empresa nĂŁo conseguem amortizar, sequer, o principal, menos ainda, os juros, sendo os mesmos capitalizados. Por sugestĂŁo dos acionistas minoritĂĄrios, a forma de VROXomR VHULD D YHQGD GH DWLYRV SRUpP R PRPHQWR QmR p SURStFLR GHYLGR j UHFHVVmR GR PHUFDGR $OpP GHVVD QmR IRUDP apresentadas outras sugestĂľes. Os acionistas deliberaram a convocação de uma AssemblĂŠia ExtraordinĂĄria, no prazo de DWp 7ULQWD GLDV SDUD QRYDV VXJHVW}HV H DQiOLVH GD VLWXDomR GH XP SRVVtYHO DXPHQWR GH &DSLWDO $ ,QFRUSRUDomR GD 5HVHUYD GH &DSLWDO QD &RQWD GH 3UHMXt]RV $FXPXODGRV QmR IRL YRWDGD SHORV DFLRQLVWDV PLQRULWiULRV PDV DSURYDGD SHORV acionistas representantes da maioria absoluta do capital social com direito a voto. Legalidade e Aprovação: AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria, realizada de conformidade com o artigo 131, parĂĄgrafo Ăşnico da Lei 6.404/1976. Ata redigida em 3 (trĂŞs) vias, na forma prevista no Artigo 130, parĂĄgrafo 1Âş da Lei 6.404/1976, aprovada, assinada e transcrita no livro prĂłprio. Assinaturas: Ata assinada pelo acionista, detentor da maioria absoluta do Capital Social com direito a voto, e presidente da AssemblĂŠia, Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga; e pelo secretĂĄrio, Carlos Geraldo Camilo dos Santos, deixando de VHU DVVLQDGD SHORV GHPDLV DFLRQLVWDV SUHVHQWHV GHWHQWRUHV GD PLQRULD GR FDSLWDO VRFLDO -~OLR 9DODGDUHV *RQ]DJD $QW{QLR Gonzaga de Carvalho, Maria Silvia Valadares Gonzaga, assistida pelo seu Procurador, Geraldo Teixeira Nery Lopes, EspĂłlio de Silvio TĂşlio Vasconcelos Gonzaga, representado pelo administrador Marco TĂşlio MourĂŁo Gonzaga, porque se ausentaram antes da lavratura da ata. Confere com o original lavrado no Livro de Atas das Assembleias Gerais. Sete Lagoas (MG), 02 de Julho de 2018. Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga - Presidente. Carlos Geraldo Camilo dos 6DQWRV 6HFUHWiULR -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP da Empresa Cia Setelagoana de Siderurgia - COSSISA, Nire 31300033856 e protocolo 184865808 - 12/09/2018. $XWHQWLFDomR ) % ) $ % % % &$ $ ( &&& 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

ra assinada subiu 4,7% na comparação com o segundo trimestre e 5,5% em relação aos três meses atÊ setembro de 2017, para 11,511 milhþes de trabalhadores. Enquanto isso, o número de pessoas com carteira assinada no setor privado aumentou 0,4% no terceiro trimestre sobre os três meses

atÊ junho, mas continuou a cair em relação ao ano passado, atingindo 32,972 milhþes, um recuo de 1% na comparação anual. O IBGE ainda informou que o rendimento mÊdio do trabalhador foi de 2.222 reais no terceiro trimestre, contra 2.229 reais no segundo e 2.208 reais no mesmo

perĂ­odo de 2017. Dados do MinistĂŠrio do Trabalho mostraram que o Brasil registrou criação lĂ­quida de 137.336 vagas formais de emprego em setembro, no desempenho mais forte para o mĂŞs desde 2013. “O grande desafio do prĂłximo governo estĂĄ na

geração de vagas e emprego no PaĂ­s. Ele terĂĄ que olhar nĂŁo para os quase 12,5 milhĂľes de desempregados, mas para 27 milhĂľes de pessoas que estĂŁo desempregadas, subocupadas, na força de trabalho potencial e desalentadas por conta da crise econĂ´micaâ€?, completou Azeredo. (Reuters)

Informalidade ainda prevalece na geração de vagas Rio - O mercado de trabalho mostrou melhora no terceiro trimestre, mas a geração de vagas permanece concentrada na informalidade, com prejuízos à contribuição para a Previdência Social, observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre do ano, a taxa de desemprego recuou de 12,4% para 11,9%, com a geração de 1,384 milhão

de vagas, embora apenas 138 mil delas com carteira assinada no setor privado. “Temos motivos para comemorar, esse 1,4 milhĂŁo (de vagas), mas temos motivos para ficar preocupados, porque a qualidade do emprego continua em quedaâ€?, ressaltou Azeredo. “Ainda restam 12,5 milhĂľes de pessoas em situação de desocupação no territĂłrio brasileiro. Essa geração de vagas tem parte expressiva voltada para ocupaçþes caracterizadas pela informalidadeâ€?, completou.

-XL]R GH 'LUHLWR GD � 9DUD &tYHO GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH 0* (GLWDO GH &LWDomR SUD]R GH GLDV &KULVW\DQR /XFDV *HQHURVR 00 -XL] GH 'LUHLWR GD � 9DUD &tYHO GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH &DSLWDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QR H[HUFtFLR GR FDUJR QD IRUPD GD OHL HWF )D] VDEHU D WRGRV TXDQWRV HVWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH SRU HVWH MXt]R SURFHVVDP RV WHUPRV GH XPD DomR 0RQLWyULD SURPRYLGD SRU &RPSDQKLD %UDVLOHLUD GH &DUWXFKR FRQWUD (VSRUWH H 3HVFD &RPpUFLR GH $UWLJRV GH 3HVFD /WGD SURFHVVR Qž FRP GpELWR LQLFLDO GH 5 RLWHQWD H VHLV PLO VHLVFHQWRV H WULQWD UHDLV H GH] FHQWDYRV DWXDOL]DGR HP ( HVWDQGR R UHTXHULGR (VSRUWH 3HVFD &RPpUFLR GH $UWLJRV GH 3HVFD /WGD HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR ILFD R PHVPR FLWDGR SRU HVWH HGLWDO SDUD QR SUD]R GH DWp TXLQ]H GLDV SDJDU D LPSRUWkQFLD GH 5 RLWHQWD H VHLV PLO VHLVFHQWRV H WULQWD UHDLV H GH] FHQWDYRV TXH GHYHUi VHU GHYLGDPHQWH DWXDOL]DGD RX TXHUHQGR RIHUHFHU HPEDUJRV HP LJXDO SUD]R VRE SHQD GH FRQYHUVmR GR PDQGDGR LQLFLDO HP PDQGDGR H[HFXWLYR &XPSULGR R UpX R TXH IRL UHTXHULGR ILFDUi LVHQWR GH FXVWDV H KRQRUiULRV DGYRFDWtFLRV (VWH HGLWDO p SXEOLFDGR H DIL[DGR QD IRUPD GD OHL %HOR +RUL]RQWH GH MDQHLUR GH . H

ITATIAIA MOVEIS S.A. CNPJ/MF NÂş 25.331.521/0012-05 - NIRE N° 3130004740-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os senhores acionistas da Itatiaia MĂłveis S.A., convocados para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada em 8 de novembro de 2018, as 10:00 (dez) horas na sede social a Alameda Oscar Niemeyer, 119, Vila da Serra, Nova Lima (MG), para deliberarem sobre os seguintes assuntos: (i) Deliberar sobre o Habitat II. Victor Penna Costa – Diretor Presidente

COMPANHIA SETELAGOANA DE SIDERURGIA - COSSISA - CNPJ (MF) - 16.942.195/0001-29 - NIRE: 3130003385-6 - Ata da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 21 de agosto de 2018, lavrada em forma de sumĂĄrio. Data da Realização: 21 de Agosto de 2018 - Local e Hora: Rua Bernardo PaixĂŁo, 900 - Bairro SĂŁo JoĂŁo - Sete Lagoas as 10:00 (Dez) Horas. Ata refeita para atendimento as exigĂŞncias da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais - JUCEMG. Quorum de Instalação: Em primeira convocação, com a presença parcial dos acionistas, sendo o EspĂłlio de Silvio TĂşlio Vasconcelos Gonzaga representado pela procuradora Mariana Loyola Ferreira Sgarbi, OAB/MG 106.733, Antonio Gonzaga de Carvalho e Maria Silvia Vasconcelos Gonzaga representada pelo procurador Geraldo Teixeira Nery Lopes, OAB/ MG 107.091 e Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga, representando 93,33% da totalidade do Capital Social, conforme assinaturas no livro de Presença dos Acionistas. Convocação: Por publicação no Minas Gerais e DiĂĄrio do ComĂŠrcio, nos dias 08.08.2018, 09.08.2018 e 10.08.2018. Composição da Mesa: Presidente: Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga; SecretĂĄrio: Carlos Geraldo Camilo dos Santos. Deliberaçþes: 1 - Os Acionistas Antonio Gonzaga de Carvalho, Maria Silvia de Vasconcelos Gonzaga e o EspĂłlio de Silvio TĂşlio Vasconcelos Gonzaga, nĂŁo assinaram a ata da AssemblĂŠia de 02 de Julho GH UHLWHUDQGR RV WHUPRV GDV 1RWLÂżFDo}HV 6ROLFLWDUDP R SURWRFROR GH YRWR HP VHSDUDGR SDUD D $VVHPEOpLD DWXDO TXH foi feito mediante recibo, alegando vicio de convocação da AGE, tudo nos termos do voto em separado, com as seguintes VROLFLWDo}HV ,QVWDODomR H QRPHDomR GR &RQVHOKR )LVFDO QRV WHUPRV GR DUWLJR GD /HL TXH IRL UHFXVDGD SHOR acionista detentor da maioria absoluta do Capital Social e Presidente da AssemblĂŠia, alegando nĂŁo ser necessĂĄrio, colocando D GLVSRVLomR GRV GHPDLV DFLRQLVWDV SDUD TXDOTXHU YHULÂżFDomR GDV FRQWDV DSHVDU GRV SURWHVWRV GRV GHPDLV DFLRQLVWDV detentores da minoria do Capital Social, presentes. - Voto contrĂĄrio ao aumento de Capital. - Voto contrĂĄrio a mudança do Estatuto. 2 - O Presidente da AssemblĂŠia colocou em votação a proposta de emissĂŁo de 10.300.000 (Dez MilhĂľes e Trezentos Mil) açþes ordinĂĄrias nominativas, de valor nominal R$ 1,00 (Hum Real), tendo o acionista detentor da maioria absoluta do Capital Social, Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga integralizado, nesse ato, 6.180.000 (Seis MilhĂľes, Cento e Oitenta Mil) Açþes, no valor de R$ 6.180.000,00 (Seis MilhĂľes, Cento e Oitenta Mil Reais) compensado com o seu crĂŠdito, GHFRUUHQWH GH FRQWUDWR GH P~WXR HP DGLDQWDPHQWR GH GLQKHLUR IHLWR SRU HOH j 6RFLHGDGH HTXLYDOHQWH D PHVPD SURSRUomR GH VXD SDUWLFLSDomR QR &DSLWDO 6RFLDO H R UHVWDQWH 4XDWUR 0LOK}HV &HQWR H 9LQWH 0LO Do}HV HTXLYDOHQWH D SURSRUomR GH SDUWLFLSDomR GRV GHPDLV VyFLRV QR &DSLWDO 6RFLDO FXMD LQWHJUDOL]DomR VHUi GHÂżQLGD SRU SDUWH GRV PHVPR GHQWUR do prazo de 30 (Trinta) dias, contados da data da AssemblĂŠia, sem prejuĂ­zo da objeção do voto em separado, alegando estar em desacordo com os artigos 170 e 171 da Lei 6.404/76. Os demais acionistas minoritĂĄrios se opuseram Ă integralização com R FUpGLWR GHFRUUHQWH GR FRQWUDWR GH P~WXR TXHVWLRQDQGR RV WHUPRV H FRQGLo}HV GR FRQWUDWR GH P~WXR FRQIRUPH YRWR HP separado. 3 - Com a emissĂŁo, subscrição e integralização por todos os sĂłcios da totalidade das novas açþes, o Estatuto Social serĂĄ alterado para registro do novo Capital, independentemente de nova AssemblĂŠia. Legalidade e Aprovação: AssemblĂŠia Geral ExtraordinĂĄria, realizada de conformidade com o artigo 130 parĂĄgrafo Ăşnico da Lei 6.404/76. Ata redigida em 03 (trĂŞs) vias, na forma prevista no Artigo 130 ParĂĄgrafo 1Âş da Lei 6.404/76, aprovada, assinada e transcrita no livro prĂłprio. Assinaturas: Acionistas Antonio Gonzaga de Carvalho e Maria Silvia Valadares Gonzaga, pelo Procurador Geraldo Teixeira Nery Lopes, EspĂłlio de Silvio TĂşlio Vasconcelos Gonzaga, pela procuradora Mariana Loyola Ferreira Sgarbi e Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga e pelo secretĂĄrio Carlos Geraldo Camilo dos Santos. Confere com o original lavrado no livro de Atas das Assembleias Gerais. Sete Lagoas - MG, 21 de Agosto de 2018 - Carlos Mauricio Vasconcelos Gonzaga 'LUHWRU 6XSHULQWHQGHQWH -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP GD Empresa Cia Setelagoana de Siderurgia - COSSISA, Nire 31300033856 e protocolo 184866138 - 12/09/2018. Autenticação: ' ))'( ' & & ( &%% $ 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO

No trimestre encerrado em setembro, foram criadas 522 mil vagas sem carteira assinada no setor privado e 432 mil pessoas passaram a trabalhar por conta prĂłpria, sendo 299 mil delas sem carteira assinada. Aumentou tambĂŠm o total de pessoas subocupadas por insuficiĂŞncia de horas trabalhadas, atingindo o recorde de 6,859 milhĂľes de indivĂ­duos. Segundo Azeredo, o fenĂ´meno tem relação com a informalidade, mas tambĂŠm com a mudança na legislação que permitiu o vĂ­nculo empregatĂ­cio do contrato intermitente, em que o trabalhador sĂł recebe remuneração quando EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINĂ RIA ASSOCIAĂ‡ĂƒO DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS Frederico Gomes Jabbur, na qualidade de Coordenador Geral da Associação dos Servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, convoca os Associados para a AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria a ser realizada no dia 8 de novembro de 2018, Ă s 17:30 horas, em primeira convocação, ou Ă s 18:00 horas em segunda convocação, com qualquer nĂşmero de presentes, na sede da associação, na Av. Prudente de Morais, 320, tĂŠrreo, bairro Cidade Jardim, Belo Horizonte/MG, para tratar do seguinte tema: 1. Prestação de Contas – PerĂ­odo Janeiro a Dezembro de 2017. Belo Horizonte, 31 de Outubro de 2018. FREDERICO GOMES JABBUR Coordenador Geral da ASSOCIAĂ‡ĂƒO.

acionado pelo patrĂŁo para trabalhar. “O que puxa o emprego ĂŠ (vaga) sem carteira assinada e conta prĂłpria sem CNPJ. A gente tem entrada (no mercado de trabalho) pela informalidade bem caracterizada mesmoâ€?, afirmou Azeredo. O percentual de trabalhadores ocupados contribuindo para a PrevidĂŞncia Social caiu de 63,7% em junho para 63,1% em setembro No auge da sĂŠrie, em dezembro de 2015, havia 60,577 milhĂľes de ocupados contribuindo. Em setembro, caiu a 58,398 milhĂľes, o equivalente a 2,179 milhĂľes de contribuintes a menos. “Essa contribuição estĂĄ muito relacionada tambĂŠm ao dinamismo que o trabalho estĂĄ te dando. Se vocĂŞ nĂŁo tem dinamismo, como vai contribuir? O quadro de contribuição para a previdĂŞncia estĂĄ muito aquĂŠm do que se via antes da crise econĂ´micaâ€?, observou Azeredo. (AE)

PLANTAR PARTICIPAÇÕES S.A.

CNPJ N° 11.221.286/0001-51 - NIRE 3130009306-9 ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os acionistas da Plantar Participaçþes S.A. (“Companhiaâ€?) convocados para se reunirem, em primeira convocação, no dia 08 de novembro de 2018, Ă s 10 horas, em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, na sede social da Companhia, nesta Capital, QD $YHQLGD 5DMD *DEDJOLD Qž ž DQGDU 3DUWH EDLUUR *XWLHUUH] D Ă€P GH GLVFXWLU H RX GHOLEHUDU VREUH a) Aumento de capital da Companhia mediante capitalização dos AFACs- Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital; b) Reforma do estatuto social (capital social, estrutura e atribuiçþes da Diretoria, atualizaçþes do estatuto, limites de alçada dos administradores); c) Consolidação do estatuto social da Companhia; e d) Eleição e destituição de conselheiros de administração. Belo Horizonte, 30 de outubro de 2018. Ricardo Carvalho de Moura - Presidente do Conselho de Administração

&20$5&$ '( %(/2 +25,=217( � 9$5$ &Ë9(/ (GLWDO GH &LWDomR 3UD]R GH GLDV 2 00 -XL] GH 'LUHLWR 'U 5RQDOGR %DWLVWD GH $OPHLGD HP SOHQR H[HUFtFLR GR FDUJR H QD IRUPD GD OHL HWF )D] VDEHU DRV TXH YLUHP RX GHVWH HGLWDO WLYHUHP FRQKHFLPHQWR TXH SHUDQWH HVWH -Xt]R H 6HFUHWDULD WUDPLWDP RV DXWRV GR SURFHVVR Qž 2$% 0* $omR GH 0RQLWyULD TXH R %DQFR %UDGHVFR &DUW}HV 6 $ PRYH FRQWUD 2$. 5HVWDXUDQWH H %XIIHW /WGD (33 e R SUHVHQWH HGLWDO SDUD FLWDU 2$. 5(67$85$17( ( %8))(7 /7'$ (33 SHVVRD MXUtGLFD GH GLUHLWR SULYDGD LQVFULWD QR &13- VRE R Qž TXH VH HQFRQWUD HP ORFDO LQFHUWR H QmR VDELGR SDUD QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV HIHWXDUHP R SDJDPHQWR GD LPSRUWkQFLD GH 5 YLQWH H FLQFR PLO H VHWHFHQWRV H WULQWD UHDLV H FLQTXHQWD FHQWDYRV R TXDO GHYHUi VHU DFUHVFLGR GH KRQRUiULRV DGYRFDWtFLRV GH FLQFR SRU FHQWR GR YDORU DWULEXtGR j FDXVD QRV WHUPRV GR DUW GR &3& &LHQWH GH TXH QR PHVPR SUD]R SRGHUi RIHUHFHU (PEDUJRV SRU SHWLomR QRV SUySULRV DXWRV LQGHSHQGHQWH GH SHQKRUD FDVR HP TXH ILFD VXVSHQVD D HILFiFLD GR PDQGDGR LQLFLDO 1mR VHQGR RSRVWRV (PEDUJRV FRQVWLWXLU VH i GH SOHQR GLUHLWR R WtWXOR H[HFXWLYR MXGLFLDO FRQYHUWHQGR VH R PDQGDGR LQLFLDO HP PDQGDGR H[HFXWLYR +DYHQGR SDJDPHQWR QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV GD � FLWDomR ILFDUi LVHQWD GH FXVWDV H KRQRUiULRV 5HJLVWUH VH TXH QR PHVPR SUD]R UHFRQKHFHQGR R FUpGLWR GD SDUWH DXWRUD H FRPSURYDQGR R GHSyVLWR GH WULQWD SRU FHQWR GR GpELWR DFUHVFLGR GH FXVWDV MXGLFLDLV H KRQRUiULRV DGYRFDWtFLRV D SDUWH GHYHGRUD SRGHUi UHTXHUHU TXH OKH VHMD SHUPLWLGR SDJDU R UHVWDQWH HP DWp VHLV SDUFHODV PHQVDLV DFUHVFLGDV GH FRUUHomR PRQHWiULD H GH MXURV GH XP SRU FHQWR DR PrV 1&3& DUW † ž F F DUW )LFDP RV GHYHGRUHV FLHQWHV GH TXH HP FDVR GH UHYHOLD VHU OKHV i QRPHDGR FXUDGRU HVSHFLDO DUWLJR ,9 GR 1&3& 3HOR TXH VH H[SHGLX R HGLWDO TXH VHUi SXEOLFDGR QR '-H HP MRUQDO GH DPSOD FLUFXODomR H DIL[DGR HP ORFDO GH FRVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH 2XWXEUR GH


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2018

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ECONOMIA FABIO SCREMIN / ASCOM-PARANÁ / DIVULGAÇÃO

NOVO GOVERNO ABIMAQ

Paulo Guedes defende independência do BC

Receita de fabricantes avança 13,4% em setembro São Paulo - A receita do setor fabricante de máquinas e equipamentos em setembro foi de R$ 7,08 bilhões, crescimento de 13,4% na comparação com o mesmo mês em 2017. Houve queda de 4,1% em relação a agosto. No acumulado do ano, foi registrado alta de 7,4% sobre o ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) na capital paulista. A exportação teve receita de US$ 736,60 milhões, queda de 9,4% em setembro ante o mesmo mês no ano passado e retração de 24,7% sobre agosto. O acumulado desde o início do ano teve alta de 10,9% em relação ao mesmo período de 2017. A importação registrou US$ 1,13 bilhão, queda de 3,1% em relação a setembro de 2017 e redução de 12,6% em relação a agosto. No acumulado do ano, houve alta de 15,6%. O número de empregados no setor foi de 301,4 mil pessoas no final do mês de setembro, alta de 3,6% sobre o mesmo mês em 2017. Na comparação com agosto, foi registrada elevação de 0,5%, a nona alta consecutiva. No acumulado do ano, o setor ampliou em 12 mil o número de funcionários. Segundo a entidade, a valorização cambial e o aumento das exportações durante o ano contribuíram com a melhora da receita. A projeção da Abimaq é de queda nas vendas no último trimestre do ano, o que não deve interferir na expectativa de 7% de aumento nas vendas até o final do ano. Novo governo - João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq, disse que a entidade está otimista e esperançosa com as primeiras notícias ligadas ao novo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ele citou a reforma da Previdência, a privatização de estatais, a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento, o ajuste fiscal e a redução sustentável dos juros. “Temos que reindustrializar o País, fazê-lo voltar a crescer”, declarou. Marchesan informou que representantes da Abimaq se reúnem hoje em Brasília com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Em reuniões no período de campanha realizadas com Bolsonaro, já foram encaminhadas demandas sobre a importância da indústria para a retomada do crescimento. Os empresários disseram que ouviram do futuro presidente que o governo não atrapalhará a indústria e que a exportação se dará com maior valor agregado. (ABr)

Grupo atualmente origina próximo a 1 milhão de toneladas de soja, segundo superintendente de logística da empresa

INDÚSTRIA

CJ Selecta planeja expandir produção de derivados de soja Ampliação está entre estratégias do grupo para crescimento no País ANA CAROLINA DIAS

Com fábrica em Araguari, no Triângulo Mineiro, a CJ Selecta pretende ampliar a presença na cadeia do agronegócio com a expansão da capacidade de produção industrial do seu portfólio de derivados de soja. Adquirida pelo grupo sul-coreano CJ Cheil Jedang em agosto do ano passado com um investimento da ordem de US$ 450 milhões, a CJ Selecta faz parte de um projeto de crescimento do grupo no Brasil, sobretudo na área de ingredientes especiais e proteínas concentradas de soja. Junto a esse plano de aquisição, o grupo tem o planejamento de continuar crescendo no Brasil por meio da aquisição de novas plantas e da ampliação da fábrica de Araguari. Sem divulgar valores que serão investidos na expansão, a companhia, que tem ainda uma fábrica de aminoácidos em Piracicaba, vai financiar as aquisições e ampliações com capital próprio.

A estratégia de expansão do grupo inclui ainda ampliar a capacidade de produção industrial, que atualmente origina próximo a 1 milhão de toneladas de soja e processa 700 mil toneladas do grão ao ano. Segundo o superintendente de originação e logística da CJ Selecta, Alessandro Reis, o salto na produção está relacionado basicamente à originação de grãos e, a princípio, as 300 mil toneladas extras serão destinadas ao mercado externo. “O grupo tem a missão de continuar crescendo no País. As 700 mil toneladas continuam a ser encaminhadas para a fábrica e as 300 mil toneladas adicionais serão enviadas para exportação de grãos. Além disso, com a ampliação e os novos investimentos, esse número pode ser ainda maior que 1 milhão de toneladas”, explica. Maior produtora de Concentrado Proteico de Soja (SPC) do mundo, a CJ Selecta é responsável pela produção de 360 mil tonela-

das por ano em um mercado de aproximadamente 700 mil toneladas anuais. No mercado de aminoácidos, a empresa também está entre os maiores fabricantes do produto com finalidade de uso na ração animal. Inovação – Com um mix de produtos permanentemente renovado e em constante crescimento, a companhia vai aproveitar a cadeia de aminoácido e carbono para desenvolver uma linha de fertilizantes organominerais, na busca de alcançar um nicho de mercado atrelado ao segmento agrícola. “O DNA do grupo é de inovação e desenvolvimento, e acreditamos que, quando se tem produtos exclusivos, é possível obter valores que ninguém tem. Temos centro de pesquisa que desenvolve novas soluções para a cadeia e isso é um dos valores do grupo”, afirma Reis. Entre as mudanças que o grupo pretende implantar para o ano que vem, a Selecta vai deixar de ser

um player de originação de grãos para se tornar um facilitador de operações trituradas, que vão desde a compra e comercialização de grãos, venda de sementes convencionais não transgênicas e fertilizantes, além do financiamento agrícola. Para Alessandro Reis, essa ampliação de portfólio torna a empresa mais verticalizada e capaz de oferecer produtos, serviços e comercialização de grãos. O objetivo, de acordo com o superintendente da CJ Selecta, é oferecer ingredientes de alta tecnologia, extremamente elaborados na cadeia final e, junto ao produtor rural, disponibilizar produtos e serviços cada vez mais desenvolvidos. “Queremos enxergar o produtor rural como um captador de demandas para quem podemos vender e comprar com o interesse de que ele desenvolva a produção e nos permita capturar, nessa parceria, valores cada vez mais interessantes tanto em termos de margem como de fidelização”, concluiu.

EMPRÉSTIMOS

Itaú pode apostar em crédito de maior risco São Paulo - O Itaú Unibanco pode explorar os empréstimos com maior risco de inadimplência, no futuro próximo, como forma de aumentar sua carteira de crédito, disse o presidente-executivo, Candido Bracher, ontem. Bracher afirmou a analistas que uma proposta para aumentar o apetite ao risco de crédito será submetida ao conselho do banco, sem especificar quando a medida poderá ser implementada. O movimento do Itaú Unibanco poderia amenizar preocupações de alguns analistas, que acreditam que a cautela demasiada prejudicou a concessão de crédito. Na esteira da recessão mais profunda do País em décadas, os bancos brasileiros se tornaram mais seletivos no empréstimo de recursos, para evitar perdas. A carteira total de crédito do Itaú subiu 10,6% em 12 meses. Quando ajustada para uma moeda mais fraca,

ALISSON J. SILVA

a alta foi de apenas 3,4%. O banco tem como meta o crescimento do volume de empréstimos entre 4% e 7% em 2018. “No geral, o Itaú continua lutando para aumentar as receitas”, disse o analista do Brasil Plural, Eduardo Nishio, em nota a clientes. Ainda assim, Bracher disse que o banco deve cumprir sua meta de crescimento da carteira de crédito, principalmente devido ao aumento dos empréstimos a pessoas físicas. O Itaú divulgou, na segunda-feira (29), lucro líquido recorrente de R$ 6,454 bilhões, alta de 3,2% sobre um ano antes, mas quase 2% abaixo do consenso Refinitiv, de R$ 6,585 bilhões.

Proposta ainda será submetida ao conselho do banco

Custos - Bracher disse aos analistas que as despesas não ligadas a juros devem continuar crescendo abaixo da inflação, embora o banco continue contratando pessoas para seus negócios de corretagem de seguros e aquisição

de cartões de crédito. O número de funcionários do Itaú aumentou em 842 no trimestre, atingindo 100.756 empregados. As despesas não decorrentes de juros atingiram R$ 12,65 bilhões no trimes-

tre, 7% acima do mesmo período do ano anterior. Excluindo a aquisição dos ativos de banco de varejo do Citigroup no País, as despesas cresceram 0,9% nos primeiros nove meses do ano. (Reuters)

Rio de Janeiro - O economista Paulo Guedes, indicado para o Ministério da Fazenda, defendeu ontem a independência do Banco Central (BC), com mandato de presidente não coincidente com o do presidente da República, e disse que seria natural que Ilan Goldfajn permanecesse no cargo, por ter a mesma posição. Apesar disso, Guedes afirmou que a continuidade dele no BC ainda precisaria ser acertada com o próprio Ilan e com a equipe de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. “Não podemos estar a cada eleição falando será que ele (presidente do Banco Central) fica? Será que ele não fica? Será que ele muda? Será que ele não muda? Então, teremos um Banco Central independente”, disse. Ilan ocupa a presidência do Banco Central há dois anos, e Guedes disse que seria “a coisa mais natural do mundo” que o governo aprovasse o projeto que prevê a independência da instituição com o apoio dele e que ele permanecesse no cargo. “Isso tem que combinar com a nossa equipe aqui dentro, tem que combinar com o Ilan. Estou dizendo que seria natural”, disse, acrescentando que o convite dependeria da vontade do atual presidente do BC. “Não quero convidar alguém que não tem o desejo de ficar. A motivação é fundamental”. Reunião - Guedes participaria de uma reunião com o núcleo do futuro governo, no Rio de Janeiro. Além de Jair Bolsonaro, também chegaram ao local o ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno e o deputado federal Onyx Lorenzoni, que atua na articulação política. Ao conversar com jornalistas, Paulo Guedes defendeu a aprovação da reforma da Previdência como prioridade para a economia. “Previdência é mais importante e mais rápida. Privatização é devagar e ao longo do tempo”. O economista comentou ainda o desempenho do mercado na segunda-feira (29), que abriu com dólar em queda e a B3 em alta e depois se inverteu. Para o economista, a reação foi influenciada por declarações da equipe política do futuro governo. “Ontem (29) houve gente falando que não tem pressa para fazer reforma da Previdência. Aí o mercado reagiu mal”, disse Paulo Guedes. “É um político falando coisas de economia. É a mesma coisa que eu sair falando de política. Não dá certo”. Paulo Guedes afirmou ainda que, em um eventual cenário de dólar alto por conta de uma crise especulativa, o País pode vender reservas e se aproveitar disso para reduzir sua dívida interna. “Se houver uma crise especulativa, nós não temos medo nenhum”, disse. (ABr)


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POLĂ?TICA politica@diariodocomercio.com.br

NOVO GOVERNO

SuperministĂŠrio fundirĂĄ 3 pastas Ministro da Economia comandarĂĄ Fazenda, Planejamento e IndĂşstria e ComĂŠrcio Rio de Janeiro - O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que chefiarĂĄ a Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PSL), confirmou ontem que a gestĂŁo terĂĄ entre 15 e 16 ministĂŠrios. ApĂłs uma reuniĂŁo da cĂşpula de Bolsonaro, na casa do empresĂĄrio Paulo Marinho, Onyx tambĂŠm anunciou a fusĂŁo dos ministĂŠrios do Meio Ambiente com o da Agricultura. JĂĄ o da Economia unirĂĄ o da Fazenda, o do Planejamento e o da IndĂşstria e ComĂŠrcio. A questĂŁo estava sendo reavaliada por Bolsonaro durante a campanha. “O presidente nĂŁo recuou em nada. Ele sempre disse que, assim como tem experiĂŞncia em alguns estados, como Mato Grosso, Agricultura e Meio Ambiente ficarĂŁo juntosâ€?, disse Lorenzoni. Um dos ministros jĂĄ anunciados, o economista Paulo Guedes, comentou a proposta de criação de um superministĂŠrio da Economia. “No programa, os trĂŞs jĂĄ estavam juntosâ€?, disse o economista. Braço direito de Bolsonaro, o ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que as conversas do nĂşcleo duro do novo governo nĂŁo chegaram Ă s (indicaçþes para) estatais. Ele disse que houve um significativo avanço, em torno de 80% dos ministĂŠrios na reuniĂŁo de ontem. “Hoje, jĂĄ foram decididos alguns dos nomes (ministĂŠrios). Por uma questĂŁo estratĂŠgica, nĂłs vamos divulgar os nomes um pouquinho mais para frenteâ€?, completou. Onyx tambĂŠm ressaltou que serĂĄ um governo “de absoluta uniĂŁoâ€? e que irĂĄ trabalhar em sintonia. O deputado informou que Bolsonaro deve ir na prĂłxima terça-feira a BrasĂ­lia para começar a transição. “O presidente jĂĄ tem uma lista de nomes (de ministros) e estĂĄ fazendo a definição final. Acredito que nos prĂłximos dias Bolsonaro deva liberar mais alguns nomes. Na segunda-feira, o presidente, depois de tomar decisĂŁo, vai nos permitir divulgar toda a estruturaâ€?, declarou. Moro - O juiz federal SĂŠrgio Moro, da Operação Lava Jato, sinalizou ontem ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), sobre eventual convite para chefiar o MinistĂŠrio da Justiça ou para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota oficial, o magistrado declarou que “caso efetivado oportunamente o convite, serĂĄ objeto de ponderada discussĂŁo e reflexĂŁoâ€?.

“Sobre a menção pĂşblica pelo sr. presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para ministro da Justiça em sua gestĂŁo, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, serĂĄ objeto de ponderada discussĂŁo e reflexĂŁoâ€?, afirmou Moro. A interlocutores prĂłximos, Moro tem dito que se, de fato, for convidado para o MinistĂŠrio da Justiça, vai inicialmente conversar com Bolsonaro para identificar “convergĂŞncias importantesâ€? e “divergĂŞncias irrelevantesâ€?. O juiz da Lava Jato acredita que no MinistĂŠrio da Justiça poderia adotar “boas

iniciativasâ€?. Depois, eventualmente, seguiria para o Supremo, quando surgisse uma vaga na Corte mĂĄxima. Na Ăşltima segunda-feira (29), em entrevistas concedidas ao SBT e ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro afirmou que pretende convidar Moro para a pasta da Justiça em seu futuro governo ou ainda para ocupar uma vaga no Supremo. “Pretendo conversar com ele (Moro) para ver se hĂĄ interesse da parte deleâ€?, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT. “Se eu tivesse falado isso antes (na campanha) soaria como oportunismoâ€?, justificou. Ao Jornal Nacional, o presidente eleito disse que Moro ĂŠ um “grande sĂ­mboloâ€? da luta contra a corrupção. “Poderia ser ministro da Justiça

SERGIO MORAES/REUTERS

Paulo Guedes confirmou a criação do superministÊrio

ou, abrindo uma vaga no STF, (escolher) a que achar que melhor poderia contribuir para o Brasil�. Aliados de Bolsonaro jå haviam dito

que Moro era cotado para ocupar futura vaga no STF. Esta ĂŠ a primeira vez que o nome do juiz federal ĂŠ citado como possĂ­vel ministro. (AE)

Setor de infraestrutura terå reformução Brasília - O grupo responsåvel por formular o desenho do setor de infraestrutura no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) propôs a criação de um superministÊrio, embora representantes do setor elÊtrico venham pressionando nos bastidores para deixar o MinistÊrio de Minas e Energia (MME) fora desse novo modelo. No novo organograma sugerido à equipe de Bolsonaro, segundo revelou à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto, fariam parte desse superministÊrio de infraestrutura as åreas de transportes (rodoviårio, ferroviårio, aÊreo, portuårio e hidroviårio), mobilidade urbana, saneamento, energia, petróleo, gås, mineração e telecomunicaçþes. O órgão, se vingar o plano, ficaria responsåvel por competências que atualmente estão espalhadas pelos MinistÊrios de Minas e Energia; Ciência, Tecnologia, Inovaçþes e Comunicaçþes e Cidades; e Transportes, Portos e Aviação Civil. Dentro dessa estrutura, disse a fonte, ainda seria criado um organismo para lidar com questþes ambientais regulatórias. Seria uma espÊcie de autoridade forte para tratar com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o MinistÊrio Público, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e demais órgãos de controle para acelerar licenciamentos ambientais de projetos e reduzir prazos para implementação de açþes. Esse novo órgão foi incluído na

quarta-feira da semana passada pelo grupo de militares, servidores públicos e outros auxiliares - o chamado QG de Brasília, em alusão à presença de representantes das Forças Armadas-- na proposta final da estrutura do setor de infraestrutura no governo Bolsonaro. O general da reserva do ExÊrcito Oswaldo Ferreira Ê o principal nome para assumir essa pasta, caso esse desenho seja confirmado pelo governo eleito. Em entrevista recente à Reuters, Ferreira disse que era preciso avaliar se o melhor seria uma estrutura única para a infraestrutura. Procurado por telefone nesta terça-feira, ele não foi localizado para comentar o assunto. Setor elÊtrico - Apesar da estrutura jå desenhada, representantes de peso do setor elÊtrico buscam manter o MME fora desse novo superministÊrio, disse a fonte. A avaliação de pessoas do setor, que jå chegou à equipe de Bolsonaro, Ê que o atual ministÊrio jå tem uma sÊrie de atribuiçþes e que a fusão a outros órgãos poderia atrapalhar planos. Reportagem da Reuters mostrou que a equipe de Bolsonaro tem avaliado uma lista de nomes que poderiam ser indicados para assumir a pasta das Minas e Energia, incluindo o do ex-chefe do ministÊrio no atual governo Fernando Coelho Filho (DEM-PE) e o do deputado federal JosÊ Carlos Aleluia (DEM-BA), disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto. Em paralelo, Bolsonaro tambÊm tem sido sondado pelo deputado federal

Leonardo QuintĂŁo (MDB-MG), interessado na pasta, e avaliado a possibilidade de nomear um nome ligado ao meio militar para o cargo, adicionou uma das fontes com conhecimento das conversas, que falou sob a condição de anonimato. Segundo fonte ouvida pela Reuters ontem, parte do setor -- fragmentado em diversas associaçþes -- pressiona, caso o MME fique fora do novo ĂłrgĂŁo, para emplacar Fernando Bezerra Coelho Filho. Outro nome citado para o cargo, que nĂŁo ĂŠ do nĂşcleo partidĂĄrio de apostas, ĂŠ do professor associado do departamento de Economia da Universidade de Iowa (EUA), Luciano de Castro, que tambĂŠm fez parte da equipe de formulação de propostas para o setor em BrasĂ­lia. No inĂ­cio do mĂŞs, reportagem da Reuters mostrou que Bolsonaro tem prometido uma polĂ­tica liberal no setor elĂŠtrico e a privatização da Eletrobras, em modelo diferente ao do governo do presidente Michel Temer. “O pessoal do setor, como tem uma cultura muito consolidada e tradicional, eles nĂŁo queriam misturar com os demais ramos da infraestruturaâ€?, disse a fonte que acompanha internamente esse embate entre as duas concepçþes para a Reuters. Para essa fonte, a aposta ĂŠ que Ferreira serĂĄ o superministro da Infraestrutura, mas ele disse que ainda nĂŁo estĂĄ descartado que outro nome assuma exclusivamente o MME. (Reuters)

Pasta das Cidades serĂĄ extinta, afirma Bivar Recife - Reconduzido Ă presidĂŞncia do PSL, o deputado federal eleito por Pernambuco e fundador da sigla, Luciano Bivar, disse ontem que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai extinguir o MinistĂŠrio das Cidades.

LOCALIZA RENT A CAR S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ: 16.670.085/0001-55 - NIRE: 3130001144-5 Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 24 de outubro de 2018 Data, Horårio e Local: 24 de outubro de 2018, às 09h00min, na sede da Companhia, na Avenida Bernardo de Vasconcelos, nº 377, Bairro Cachoeirinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Presença: Presentes os seguintes membros do Conselho de Administração: JosÊ Salim Mattar Júnior, Antônio Clåudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar, JosÊ Galló, Paulo Antunes Veras, Maria Letícia de Freitas Costa e Oscar de Paula Bernardes Neto. $XVrQFLD MXVWL¿FDGD GH )OiYLR %UDQGmR 5HVHQGH Mesa: JosÊ Salim Mattar Júnior, Presidente do Conselho e Gabriella Gomes Vieira Campos Faustino, Secretåria. Ordem do dia: (1) Apreciar a ata de reunião do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Compliance; (2) Apreciar a ata de reunião do Comitê de Gestão de Pessoas; (3) Apreciar os resultados de setembro de 2018; (4) Aprovar as informaçþes trimestrais - ITR do 3T18; (5) Monitorar o Programa de Compra e Venda de Carros para expansão e renovação da frota; (6) Aprovar ajustes QRV 5HJLPHQWRV ,QWHUQRV H 3ROtWLFDV GD &RPSDQKLD EHP FRPR DSURYDU D YHUVmR ¿QDO GR &RGLJR GH eWLFD H Conduta da Companhia; (7) Realização do treinamento do Programa de Compliance e Lei Anticorrupção, pelo Conselho e Diretoria Executiva; e (8) Realização da avaliação do Conselho e Comitês referente ao exercício de 2017. Deliberaçþes tomadas por unanimidade: (1) Apreciada a ata de reunião do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Compliance, sendo aprovado o conteúdo de suas deliberaçþes. (2) Apreciada a ata de reunião do Comitê de Gestão de Pessoas, sendo aprovado o conteúdo de suas deliberaçþes. (3) Apreciados os resultados da Companhia, referente ao mês de setembro de 2018. (4) Aprovadas as informaçþes trimestrais (ITR) relativas ao 3º trimestre de 2018. (5) Efetuado o monitoramento periódico do Programa de Compra e Venda de Carros para Expansão e Renovação da Frota. (6) Aprovados os ajustes nos Regimentos Internos e 3ROtWLFDV GD &RPSDQKLD EHP FRPR DSURYDGD D YHUVmR ¿QDO GR /LYUR GH 9DORUHV &yGLJR GH eWLFD H &RQGXWD GD Companhia, sendo certo que, as versþes consolidadas dos documentos serão arquivadas na CVM e no website da Companhia. (7) Realizado o treinamento periódico do Programa de Compliance e Lei Anticorrupção pelo Conselho e Diretoria Executiva. (8) Realizadas as avaliaçþes do Conselho e dos Comitês referentes ao exercício de 2017. Encerramento e Lavratura da Ata: Sem mais deliberaçþes, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessårio à lavratura desta ata para posterior aprovação pelos participantes. Certidão: Declaro que HVWD p FySLD ¿HO GD DWD GH 5HXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR DFLPD FRQVWDQWH TXH VH HQFRQWUD WUDQVFULWD no livro próprio, arquivado na sede social da Companhia, com a assinatura de todos participantes: JosÊ Salim Mattar Júnior, Antônio Claudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar, JosÊ Galló, Paulo Antunes Veras, Maria Letícia de Freitas Costa e Oscar de Paula Bernardes Neto. Gabriella Gomes Vieira Campos Faustino Secretåria do Conselho de Administração

Em entrevista Ă RĂĄdio Jornal, no Recife, Bivar afirmou que o novo governo vai mudar a forma de interlocução com os prefeitos e governadores e, por isso, a pasta nĂŁo terĂĄ mais serventia. O MinistĂŠrio das Cidades foi criado em 2003, no primeiro ano do governo Lula (PT). “O MinistĂŠrio das Cidades vai acabar. Vamos fazer uma linha direta com as cidades e os estadosâ€?, declarou. Bivar defendeu a possibilidade de a presidĂŞncia da Câmara ser disputada pela sigla, ao contrĂĄrio do que recomendou Bolsonaro. Na entrevista Ă RĂĄdio Jornal, o futuro parlamentar, que voltou ao comando do PSL, nĂŁo descartou ser o nome da legenda para a eleição do comando da casa. “Acho que esse ĂŠ um assunto que devemos colocar em pauta. É claro que a opiniĂŁo do Bolsonaro ĂŠ uma diretriz,

mas ĂŠ um assunto que a gente ainda nĂŁo discutiu na bancadaâ€?, afirmou. O PSL tem, por enquanto, a segunda maior bancada federal com 52 parlamentares, mas com expectativa de crescimento, absorvendo membros de partidos que nĂŁo cumpriram a clĂĄusula de barreira. O PT ĂŠ o que mais tem nĂşmero de assentos, com 57 deputados. Bivar tambĂŠm discordou da ideia defendida na campanha por Bolsonaro em relação ao fim da reeleição. Ele disse que se for “uma renĂşncia pessoal do Bolsonaroâ€? serĂĄ uma “atitude louvĂĄvelâ€?, mas alterar a Constituição Federal ele tem “restriçþesâ€?. CiĂŞncia e Tecnologia - O astronauta Marcos Pontes confirmou ontem que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser o ministro da CiĂŞncia e Tecnologia. Pontes

fez a declaração em entrevista ao telejornal “Bom Dia, RNâ€?, da Inter TV, afiliada da Rede Globo de TelevisĂŁo no Rio Grande do Norte. “Fui convidado e jĂĄ aceitei, convite estĂĄ aceitoâ€?, afirmou. Ele revelou, no entanto, que jĂĄ havia aceitado o convite “hĂĄ algum tempoâ€?. Pontes disse que quando iria se candidatar a senador, foi convidado por Bolsonaro para ser ministro. Com isso, declarou, decidiu se candidatar a segundo suplente de senador na chapa do hoje senador eleito Major Olimpio (PSL-SP). “Eu assumo o ministĂŠrio, fico os quatro anos e depois, eventualmente, posso entrar no Senado para continuar o trabalho dentro do Congressoâ€?, disse. Assumir uma cadeira no Senado, no entanto, dependeria da saĂ­da ou licença de Major OlĂ­mpio da vaga de titular. (AE)

Reforma da PrevidĂŞncia gera discĂłrdia Rio de Janeiro - A decisĂŁo sobre articular pela aprovação, ainda neste ano, da proposta de reforma da PrevidĂŞncia que estĂĄ atualmente em discussĂŁo no Congresso Nacional caberĂĄ ao presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou ontem o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), principal articulador polĂ­tico da campanha eleitoral e indicado para chefiar a Casa Civil no futuro governo. Mais cedo, o assessor econĂ´mico de Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmara que o melhor seria aprovar a reforma da PrevidĂŞncia o quanto antes. Ao dar entrevista a jornalistas ao lado de Lorenzoni apĂłs reuniĂŁo com Bolsonaro na casa do empresĂĄrio Paulo Marinho, na zona sul do Rio, Guedes destacou que ĂŠ preciso levar em conta fatores polĂ­ticos antes de trabalhar pela aprovação da reforma previdenciĂĄria neste ano ainda. “Do ponto de vista econĂ´mico, quanto mais rĂĄpido melhor. Estamos atrasados com essa reforma. Agora, evidentemente, existe um cĂĄlculo polĂ­tico. O nosso Onyx, corretamente, nĂŁo quer que de repente nossa vitĂłria nas urnas se transforme numa confusĂŁo no Congressoâ€?, disse Guedes. Bolsonaro deixou a residĂŞncia de Paulo Marinho sem falar com a imprensa. LĂ­deres das bancadas partidĂĄrias da Câmara avaliam como baixa a possibilidade da Casa aprovar qualquer mudança sobre PrevidĂŞncia ainda neste ano. O calendĂĄrio apertado, a complexidade da matĂŠria e o acĂşmulo de outras propostas essenciais na pauta devem impedir o avanço do tema ainda nesta legislatura, dizem os parlamentares. O lĂ­der do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que o calendĂĄrio ĂŠ muito apertado e a matĂŠria ĂŠ complexa. “Vai exigir um esforço conjunto muito grande para isso poder acontecerâ€?, disse. O lĂ­der do PPS, deputado reeleito Alex Manente (SP), diz que nĂŁo hĂĄ “condiçþes de se votar a reforma da PrevidĂŞncia na Câmara ainda neste anoâ€?. Para ele, nĂŁo hĂĄ possibilidade nem de se passar um texto reduzido ou com alteraçþes sobre a proposta. “Se ficou empatado atĂŠ agora nĂŁo vai passar e ser for um texto muito reduzido nĂŁo resolve o problema da PrevidĂŞnciaâ€?, afirmou o lĂ­der do partido que elegeu oito deputados federais e dois senadores neste ano. O lĂ­der do PT na Casa, Paulo Pimenta (RS), tambĂŠm nĂŁo acha possĂ­vel passar o projeto neste ano. Na Ăşltima segunda-feira, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que vai trabalhar pela aprovação de pelo menos parte da reforma da PrevidĂŞncia enviada pelo presidente Michel Temer, embora ainda enfrente resistĂŞncias dentro da prĂłpria equipe. A declaração do presidente eleito vai na contramĂŁo do que tem dito o seu futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que descarta seguir com a reforma previdenciĂĄria proposta por Temer. (AE)


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INOVAÇÃO

Noeh já negocia 150 calçados para bebês por mês Vendas são feitas pela internet DA REDAÇÃO

Sentir com os “pés” a areia, a grama, a terra, além de ser uma experiência sensorial transformadora para os bebês que começam a dar os seus primeiros passos, é também uma forma de consolidar a marcha e evitar problemas no futuro. Pensando nisso, a pesquisadora e designer Ana Paula Lage desenvolveu o Noeh, um sapatinho especial para bebês de até 18 meses que simula o andar irregular. Com produção em Belo Horizonte, o calçado já é vendido em todo o Brasil pela internet. Desde 2014, quando começou a ser desenvolvido, até a sua chegada ao mercado, o que aconteceu em fevereiro do ano passado, o investimento foi de cerca de R$ 1 milhão, incluindo um financiamento pelo Senai no valor de R$ 150 mil. “O Noeh surgiu por um acaso. Eu já trabalhava na indústria de calçados e quando descobri que meu irmão ia ser pai, quis fazer um sapatinho especial para o bebê. Aí comecei a pesquisa e entendi que o desenvolvimento da marcha da criança desde quando ela começa a se equilibrar sozinha até os 2 anos vai interferir na saúde do corpo todo ao longo da vida. Este período é justamente o que requer mais cuidado com os pés. Na época em que iniciei os estudos, não havia pesquisas sobre isso, não havia mercado. Hoje já tem, por exemplo, uma pesquisa que mostra que mais de 70% das crianças chega aos 7 anos com algum problema nos pés. E há duas hipóteses para este problema: o uso de calçados inadequados e o fato de que o ser humano evoluiu para andar na grama, na terra, na areia, mas as crianças acabam andando mais em superfícies retas e planas”, explica a pesquisadora. Após as pesquisas, o primeiro protótipo artesanal do produto foi finalizado, mas vencer o prêmio de inovação do Senai em 2016 permitiu desenvolver o protótipo industrial, construir uma máquina de enchimento de palmilha para produção em escala comercial e realizar os testes científicos com bebês, por exemplo, para se comprovar os efeitos do uso do sapato. Em fevereiro de 2017, o produto foi, então, colocado no mercado, via internet. Hoje, a produção é feita em diversas fases, sendo que a montagem e os detalhes finais são feitos na fábrica localizada no bairro Floresta, aonde funciona também uma loja da marca com cinco colaboradores. A oficialização da unidade como show room da marca Noeh vai acontecer no dia 10 de novembro e já

tem trazido bons resultados. Somente ao anunciar nas redes sociais a existência da loja, mesmo antes da inauguração oficial, a venda dos produtos dobrou, passando de dois sapatinhos vendidos diariamente para quatro. Projeto - O próximo passo é licenciar a marca, conseguir um grande parceiro para revender e distribuir o produto em larga escala. “Assim, vamos conseguir impactar mais crianças, e a chegada de um grande parceiro vai ajudar também a democratizar o acesso, porque atualmente a nossa produção é pequena e o valor para produzir e distribuir acaba ficando muito alto”, explica Ana Paula Lage. A produção é de cerca de 150 sapatinhos por mês e o preço do produto para o consumidor final chega a cerca de R$ 200. Além disso, a captação de uma parceria para revenda e distribuição dos produtos vai trazer ainda a possibilidade de desenvolver produtos focados no bem-estar e saúde da criança, especialmente na primeira fase da vida. Como pesquisadora, Ana Paula Lage lembra que este é o sentido da marca. “A gente tem o pensamento, que na verdade é uma tendência mundial, de que o cuidado com a criança precisa acontecer principalmente no início da vida, porque os estímulos saudáveis e habilidades sociais oferecidos e desenvolvidos até os 2 anos é que vão impactar ao longo da vida. Assim, a criança vai se tornar um adulto melhor e mais saudável”, defende. Outros produtos - A marca conta ainda com outro produto inovador, ainda não divulgado amplamente, justamente por conta da atual capa-

Próximo passo da Noeh é licenciar a marca e conseguir um grande parceiro para revender e distribuir o produto em larga escala

cidade de produção. Trata-se de uma roupinha repelente para bebês. “A Noeh Para Vestir é uma linha de roupas repelentes que pode ser usada mesmo por recém-nascidos. Como os bebês menores não podem usar nenhum tipo de repelente e vacinas para febre amarela, zica, por exemplo, são aplicadas somente a partir dos 9 meses, a criança acaba ficando vulnerável neste período”, conclui. Outros dois produtos estão em fase de desenvolvimento. Um deles é um coletor de urina neonatal, que permite fazer o exame de urina em bebês desde prematuros extremos até os 2 anos. O outro, que ainda não pode ser divulgado em maiores detalhes, é um sistema que promete diminuir o trauma da separação do bebê e da mãe após o período de licença-maternidade. DIVULGAÇÃO

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NEGÓCIOS MERCADO FINANCEIRO

Fintechs poderão ter 100% de capital estrangeiro Medida incentiva a entrada de novas instituições, estimulando a concorrência, e promove o processo de inovação Brasília - As fintechs de crédito no Brasil poderão contar com 100% de aporte de capital estrangeiro, a partir apenas de autorização do Banco Central para operar dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O Decreto nº 9.544, assinado pelo presidente Michel Temer e publicado no Diário Oficial da União, abriu essa possibilidade ao declarar o interesse do Brasil a essa participação. “A medida incentiva a entrada de novas instituições, estimulando a concorrência, e promove o processo de inovação”, informou o Banco Central na nota. A medida desta terça-feira faz parte da Agenda BC+, de ações da autarquia no pilar “Sistema

Financeiro Mais Eficiente”. De acordo com o BC, o decreto reconhece que é de interesse do governo brasileiro a participação estrangeira, em até 100%, no capital social de todas as instituições que forem constituídas como Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) e que apresentarem pedido ao BC para funcionar. Atualmente, a participação de estrangeiro no capital de instituições financeiras somente é possível se ela for reconhecida como de interesse do Brasil. “Dessa forma, cada instituição que pretende se instalar no País e que tenha participação de capital estrangeiro, além de passar por um processo

de autorização no Banco Central, precisa esperar a manifestação de interesse do governo, por meio de decreto assinado pelo presidente da República”, informou o BC. Em abril deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) criou a SCD e a SEP como denominações a serem usadas pelas fintechs de crédito para operar no Brasil. Na prática, as fintechs com participação estrangeira também estariam sujeitas ao reconhecimento do interesse do governo. “Com o decreto, o processo de autorização se torna mais célere, de maneira compatível com a natureza dos investimentos estrangeiros em fintechs, produzindo benefícios para

BCB/DIVULGAÇÃO

o País”, defende o BC. “A realização de investimentos estrangeiros nas fintechs é fundamental para fomentar avanços contínuos em inovações tecnológicas e para permitir que tais instituições ampliem o leque de produtos financeiros diferenciados e inovadores”, acrescentou a autarquia. A SCD é uma instituição que realiza operações de empréstimo, financiamento e aquisição de direitos creditórios por meio de plataforma eletrônica, com o uso de capital próprio. Já a SEP viabiliza a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas por meio eletrônico - é o chamado peer-to-peer (ponto a ponto). (AE) Medida depende de autorização do Banco Central

STARTUP

REDE SOCIAL DIVULGAÇÃO

Facebook registra lucro líquido de US$ 5,14 bi

iClinic viabiliza redução de até 30% nas faltas de pacientes em consultas São Paulo - A rotina administrativa de uma pequena clínica ou consultório médico é bastante pesada. O médico gasta muito tempo preenchendo prontuários, receituários, com a solicitação dos exames, só para citar alguns exemplos. Já a recepcionista ou secretária precisa gerenciar as agendas do médico e dos pacientes, esclarecer dúvidas, lidar com as demandas dos convênios, entre outras tarefas. Isso sem falar nos pacientes que marcam a consulta mas não aparecem, gerando prejuízo financeiro para o consultório e prejudicando aqueles que realmente precisam de atendimento. É neste contexto que se insere a iClinic, líder em software na nuvem para gestão de pequenos consultórios e clínicas. O sistema da empresa oferece um leque extenso de funções que facilitam uma série de tarefas do dia a dia da recepcionista e do médico e fortalecem o consultório como negócio. A parte de agendamento de consultas e exames, por exemplo, é capaz de proporcionar uma redução de até 30% nas faltas dos pacientes. Envio de lembretes automáticos de consultas e exames na agenda sincronizada e atualizada em tempo real são algumas funções simples que viabilizam a redução. Já as ferramentas de prontuário personalizável, receituário digital, e solicitação de exames com criação de modelos mais solicitados, por sua vez, agilizam as tarefas burocráticas do atendimento do médico, de forma que o especialista ganha tempo para dar mais atenção ao paciente durante a consulta ou exame. O software apresenta ainda diversos gráficos de evolução de pacientes, gestão financeira e relatórios, entre outros, que, em resumo, desafoga o médico e a recepcionista, aumentam sua produtividade e possibilitam a expansão do negócio. Destaca-se ainda seu alto grau de segurança, equivalente inclusive aos sistemas utilizados nos principais bancos do mundo, já que o software criptografa todos os dados inseridos na plataforma – desde os indicadores e relatórios internos da clínica, até informações sensíveis acerca do tratamento e estado clínico dos pacientes

presentes nos prontuários. Tudo isso por meio de uma interface simples e intuitiva, o que facilita o manuseio sem grandes dificuldades, e disponível em planos que variam de R$ 79 a R$ 119. “Nossa empresa tem um objetivo simples: deixar que o médico exerça a medicina com excelência. Ele se preparou no mínimo uma década para isso. Só que para exercer medicina com excelência, a atenção dele não pode ser diluída com atividades burocráticas. A pegadinha é que ele precisa que essas atividades sejam feitas para que o consultório prospere. E essa não é uma dor somente do médico brasileiro. Em diversas partes do mundo esses profissionais sofrem quando o assunto é gestão. A boa notícia é que nosso software é capaz de ajudá-los em boa parte dessas tarefas, com eficiência e segurança”, afirma o fundador e CEO da iClinic, Felipe Lourenço. Da criação à expansão Essa diversidade de funções combinada a uma interface simples e a um sistema altamente seguro vem agradando profissionais de saúde de diversas partes do mundo desde a sua criação, em 2012. Para se ter uma ideia, a iClinic conta hoje com uma base de 16 mil clientes ativos e já beneficiou mais de 70 mil profissionais de saúde, número que inclui os impactos por sua frente em educação. Além disso, o software já é utilizado em cerca de 20 países da América, Europa e África, como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Colômbia, Cabo Verde e Angola. Uma curiosidade é que o sistema é em português e, mesmo assim, vem sendo cada vez mais utilizado por profissionais de nações que falam diversos idiomas, o que evidencia ainda mais seu potencial de uso intuitivo. Lourenço diz que percebeu o gap no mercado quando ainda era aluno do curso de Informática Biomédica na Universidade de São Paulo, em 2012. “Durante alguns estágios dentro do Hospital das Clínicas da USP, passei a observar o quanto todo o mercado de saúde ainda era deficitário em relação à adoção de tecnologia e práticas de gestão. Foi aí que

enxerguei a oportunidade de negócio e então nasceu a iClinic”, detalha o executivo, que fundou a empresa ao lado Rafael Bouchabki e Leonardo Berdu. No ano seguinte, o potencial da companhia chamou a atenção de uma das principais aceleradoras da Europa, a holandesa Rockstart. Durante nove meses, os fundadores da startup ficaram entre Amsterdã e Vale do Silício, em São Francisco, se aprimorando nos quesitos empreendedorismo, tecnologia e inovação, sob a mentoria de executivos de algumas das maiores empresas do mundo, entre elas Google, Facebook e Salesforce. Já em 2015, a startup foi escolhida como uma das 10 empresas promessas da Endeavor, entidade internacional que promove inovação ao redor do mundo. “O processo de aceleração da Rockstart foi, sem dúvida, um divisor de águas para a iClinic. Nessa época, tínhamos um background técnico relevante, voltado para programação e desenvolvimento de produtos, mas precisávamos adquirir bagagem na área de negócios. E lá aprendemos muito sobre o mercado de SaaS (Software como Serviço, na tradução para o português), nas esferas de marketing, vendas, desenvolvimento de produto, investimentos e muitas outras coisas que vem nos ajudando desde então a construir o negócio. Essa passagem inclusive foi decisiva para nossa indicação com promessa da Endeavor, que veio a acontecer anos depois”, pontua. Próximos passos - Lourenço acrescenta ainda que iClinic está com uma série de ferramentas e novas funções a ser lançada nos próximos meses. Uma que já está à disposição é o perfil médico, que inclusive é gratuito e também pode ser utilizado por médicos que ainda não são clientes. “Na prática, é uma espécie de site do profissional, cujo objetivo é informar seus pacientes quanto à sua atuação, locais e horário de atendimento, procedimentos realizados, quais são os convênios parceiros, formação e foto do profissional, entre outros. Vale destacar que o iClinic é o software médico com melhor

Lourenço: assim o médico exerce a medicina com excelência

posicionamento no Google, o que potencializa periodicamente o ranqueamento dentro dos buscadores e, por consequência, tende a gerar maior visibilidade, ao longo do tempo, aos perfis cadastrados na plataforma”, explica. Interessados em utilizar o perfil médico devem se cadastrar diretamente no site da empresa. Outra novidade prevista para meados de novembro é o agendamento on-line. “Essa ferramenta possibilita que o paciente agende o horário de consultas e procedimentos pela internet, inclusive por smartphones, sem precisar telefonar. É agendar e aparecer para a consulta ou exame. E isso se complementa com uma funcionalidade já existente no iClinic: as mensagens de confirmação de consulta, que dependendo da resposta do paciente o software identifica o padrão da resposta de maneira automática, cancelando ou confirmando a consulta marcada”, explica. Segundo Lourenço, as novidades fazem parte da estratégia macro da empresa, que é de tornar a vida do médico cada vez menos complexa. “Buscamos resolver e automatizar toda a parte de gestão administrativa para que o médico e a recepcionista se dediquem exclusivamente ao atendimento. Os resultados até o momento são promissores mas ainda há muito trabalho pela frente”, finaliza. Linha do tempo - Criada em 2012, a iClinic é referência em software na nuvem para gestão de pequenos consultórios e clínicas. Atualmente, a empresa conta com uma base de 16 mil clientes ativos e já beneficiou mais de 70 mil profissionais de saúde, número que inclui os impactos por sua frente em educação. Além disso, o software já é utilizado

em cerca de 20 países da América, Europa e África, como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Colômbia, Cabo Verde e Angola. A proposta da empresa é bastante simples: trazer agilidade e organização para a clínica para que o profissional possa focar no que realmente importa, que é atender os pacientes. Para alcançar este objetivo, o sistema conta com prontuário eletrônico personalizável, receituário digital, solicitação de exames com criação de modelos mais solicitados, gráficos de evolução de pacientes, gestão financeira e relatórios, entre muitas funções, em planos que variam de R$ 79 a R$ 119. Em 2013, a iClinic foi selecionada para o processo de aceleração da holandesa Rockstart, uma das principais aceleradoras da Europa. Durante nove meses, os executivos da startup ficaram entre Amsterdã e Vale do Silício, em São Francisco, se aprimorando nos quesitos empreendedorismo, tecnologia e inovação, sob a mentoria de executivos de algumas das maiores empresas do mundo, entre elas Google, Facebook e Salesforce. Em 2015, a startup foi escolhida como uma das 10 empresas promessas da Endeavor, entidade internacional que promove inovação ao redor do mundo. A iClinic é fundada por Felipe Lourenço, Rafael Bouchabki e Leonardo Berdu. Lourenço é graduado em Informática Médica e especialista em gestão em saúde pela USP e conta com quase 10 anos de experiência no setor. Bouchabki é especialista em tecnologia e possui vasta experiência na construção de aplicações web e sistemas escaláveis. Por fim, Berdu possui MBA em Publicidade & Propaganda e cerca de 12 anos de experiência em marketing digital.

São Paulo - O Facebook registrou lucro líquido de US$ 5,137 bilhões no terceiro trimestre de 2018, uma alta de 9% em relação ao resultado do mesmo trimestre do ano passado, quando o lucro foi de US$ 4,707 bilhões. Já o ganho por ação foi de US$ 1,76, superando a previsão de US$ 1,46 de analistas ouvidos pela FactSet e crescendo 11% em relação ao terceiro trimestre de 2017, quando o lucro foi de US$ 1,59 por ação. Já a receita cresceu 33% na comparação anual do terceiro trimestre, para US$ 13,727 bilhões, mas um pouco abaixo da previsão de US$ 13,77 bilhões de analistas ouvidos pela FactSet, contra US$ 10,32 bilhões registrados de julho a setembro de 2017 A receita de publicidade para aparelhos móveis representou 92% da receita de publicidade no terceiro trimestre, em comparação com aproximadamente 88% da receita de publicidade entre julho e setembro de 2017. De acordo com o presidente-executivo da companhia, Mark Zuckerberg, os negócios do Facebook continuam a crescer rapidamente “e agora mais de 2 bilhões de pessoas usam pelo menos um de nossos serviços todos os dias”. Zuckerbeg comentou, ainda, que está construindo os melhores serviços para mensagens privadas “e há grandes oportunidades à frente” nos segmentos de vídeo e comércio. O Facebook informou, ainda, que o número de usuários ativos diários nas plataformas cresceu 9% na comparação anual, registrando em média 1,49 bilhão de pessoas em setembro, enquanto o número de usuários ativos mensais foi de, em média, 2,27 bilhões no mesmo mês, uma alta de 10% em relação ao mesmo período de 2017. Nos negócios do after hours em Nova York, a ação do Facebook apresentou fortes oscilações. Em um primeiro momento, chegou a subir levemente, mas, depois, passou a cair, chegando a perder mais de 4%. No entanto, o papel da companhia reverteu o sinal e voltou a operar em alta moderada de 1,05%, a US$ 147,75, às 17h48 (de Brasília). No ano, a ação do Facebook apresenta recuo de mais de 17%. (AE)


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

VAREJO

Vendas de supermercados sobem 0,5% em setembro Setor apurou crescimento real de 1,92% São Paulo - As vendas de supermercados no Brasil em setembro cresceram 0,47% em termos reais ante mesmo mês de 2017, mas encolheram 0,05% na comparação com agosto, informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No ano até setembro, o setor apurou crescimento real de 1,92% contra mesma etapa do ano passado. A Abras projetava antes alta de 3% nas vendas em 2018. Em julho revisou a estimativa para 2,53% devido à greve dos caminhoneiros. “No acumulado do ano, acreditamos ainda que chegaremos mais perto da meta”, disse o presidente da entidade, João Sanzovo Neto. Segundo ele, o consumidor se mostrou receoso nos últimos meses com o cenário econômico em meio a disputa eleitoral, mas o setor aguarda o início do novo governo com otimismo. “Os empresários são a favor de uma economia liberal, com um

Estado menor e mais eficiência na aplicação de impostos... O que se ouviu na campanha e agora vem nessa direção”, disse Sanzovo, frisando a importância de reformas previdenciária, tributária. A Abras divulga a primeira projeção para 2019 em janeiro. Preços - Em setembro, a cesta de produtos Abrasmercado teve alta de 0,39% sobre agosto, a R$ 460,29, tendo entre as maiores altas o arroz, o frango congelado, o queijo prato e a margarina cremosa. Na outra ponta, cebola, sabão em pó, farinha de mandioca e batata tiveram as maiores quedas. “Não esperamos ter grandes oscilações nas 35 categorias da cesta até o fim do ano”, disse o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima. Segundo ele, a cesta Abrasmercado deve encerrar o ano com alta de cerca de 3,5%, um pouco abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em setembro, a cesta de produtos Abrasmercado teve alta de 0,39% sobre agosto, a R$ 460,29

Regionalmente, o Centro-Oeste registrou a maior alta na cesta Abrasmercado em setembro ante agosto (+2,35%), seguido pelo Nordeste (+1,62%), enquanto Sul (-0,7), Norte (0,5) e Sudeste (0,3) tiveram retração. (Reuters) PIXABAY / DIVULGAÇÃO

O novo recurso “Confira Comigo” permitirá que os clientes de lojas físicas ignorem as filas em caixas

Walmart vai oferecer pagamentos mais rápidos

Nova York - O Walmart vai oferecer pagamento mais rápido em suas lojas físicas e uma navegação mais fácil em seu site com mapas digitais que indicam os locais exatos dos produtos, conforme se prepara para conquistar uma fatia maior das compras de final de ano. O varejista também está confortável com a quantidade que tem em estoque, disse Steve Bratspies, diretor de merchandising do Walmart. As vendas on-line sofreram durante o mesmo período do ano passado, quando o Walmart armazenou mais produ-

tos comprados no final de ano, como eletrônicos, brinquedos e presentes, mas não teve estoque suficiente para itens do dia a dia. O novo recurso “Confira Comigo” do Walmart permitirá que os clientes de lojas físicas ignorem as filas em caixas e paguem pelos itens no departamento em que estão comprando. A empresa também irá estocar uma variedade maior de brinquedos, eletrônicos, moda e produtos para casa em suas lojas e em seu renovado site, o que espera elevar as vendas. O varejista adicionou 30% mais

brinquedos novos a suas lojas e expandiu sua variedade online em 40%. O Walmart adicionou mais de 2 mil marcas on-line, disse Scott Hilton, diretor de receita do Walmart ecommerce, dos EUA. O varejista também oferecerá frete grátis de dois dias para pedidos acima de US$ 35. A rival Target na semana passada anunciou que vai oferecer frete grátis de dois dias para compras realizadas entre 1º de novembro e 22 de dezembro, sem valor mínimo ou necessidade de assinatura. (Reuters)

GPA firma parceria com a Livelo São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar (GPA) firmou parceria com a Livelo, permitindo aos clientes da administradora de programas de fidelidade de clientes que também utilizam os aplicativos de recompensas Clube Extra e Pão de Açúcar Mais resgatar prêmios diretamente nas lojas da rede, em um esforço para ampliar o universo de usuários. “Entendemos que pode aumentar em mais de 20% a quantidade de resgates por mês”, afirmou o presidente da Livelo, Alexandre Rappaport. Atualmente, a Livelo conta com uma carteira de cerca de 19 milhões de clientes, enquanto o GPA reúne aproximadamente 17 milhões de participantes no Clube Extra e no Pão de Açúcar Mais. As conversas para integração

dos programas de fidelidade começaram há pouco mais de dois meses e a solução, que foi desenvolvida em menos de 30 dias, estará disponível aos clientes a partir de novembro, segundo Rappaport. “O cliente que tiver pontos Livelo vai poder fazer resgate em loja por meio de desconto em produtos, vales-compras ou vouchers”, disse o diretor de desenvolvimento estratégico do GPA, Eduardo Leonidas. “Hoje nosso programa tem cerca de 200 mil resgates por mês e esperamos um incremento substancial com essa parceria”, afirmou Leonidas, sem projetar o percentual de crescimento. De acordo com ele, a solução desenvolvida em parceria com a Livelo atenderá somente as

marcas Extra e Pão de Açúcar no curto prazo, mas o GPA não descarta ampliar o alcance da parceria para outras bandeiras no futuro. Na avaliação de Rappaport, a iniciativa ajudará a manter o cliente Livelo motivado e engajado ao programa de fidelidade, trazendo opções de resgate que não exigem o acúmulo de tantos pontos. “Já temos mais de 40 parceiros no comércio eletrônico, mas essa é a primeira no mundo físico, onde se reforça a recompensa imediata”, disse. Fruto de uma joint venture entre o Bradesco e o Banco do Brasil, a Elopar, a Livelo tem entre os rivais companhias como Smiles e Multiplus, esta última também mantém parcerias com o GPA. (Reuters)

Comércio de produtos natalinos deve subir 10% São Paulo - Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) junto a 102 empresas do setor indica melhora na estimativa de vendas de produtos natalinos em 2018, na comparação com o ano anterior. Os dados do Departamento de Economia da Abras revelam que as vendas desses produtos devem crescer 10,27% neste ano, ante uma projeção de 8,34% em 2017. As consultas foram feitas entre 4 de setembro e 5 de outubro. Na avaliação do presidente da Abras, João Sanzovo Neto, os empresários estão mais otimistas quanto à possibilidade de aumento do consumo nessa época, com base na leve recuperação do emprego e do poder aquisitivo diante de uma inflação mais controlada. A maioria dos supermercadistas (66%), no entanto, manteve o mesmo nível de encomendas do ano passado. Apenas 18% apostaram em vendas superiores às de 2017. Pela projeção, entre os itens que deverão ser mais procurados estão o vinho importado e o panetone, seguidos de refrigerante, carne bovina, cerveja e frango congelado. Para promover o escoamento dos produtos, várias lojas trabalham com estratégias como degustação, promoção e brindes. Ainda de acordo com as expectativas, as frutas nacionais deverão ter uma saída 11,38% maior do que no Natal do ano anterior e também acima do estimado em relação às frutas secas (9,7%). No segmento de carnes, espera-se alta de 11,91%. Já para pescados, as vendas de peixes frescos devem aumentar 11,25%; de pescado congelado, 9,1%; e do bacalhau 8,85%. O setor também acredita que, em 2018, a procura por produtos importados deve ter um incremento de 6,92%, ante uma estimativa de 5,83%, no ano passado. Como o dólar em alta, principalmente, no período pré-eleitoral, as projeções indicam preços mais elevados para itens importados. Na média, o consumidor deverá pagar 10% mais por esses produtos. Fora da lista de alimentos, as previsões mostram alta de 10% nos eletrônicos e de 8,27% nos brinquedos.

De acordo com a sondagem da Abras, houve aumento na proporção de empresários com intenção de contratar empregados temporários nas funções de operador de caixa, repositor, empacotador e entregador. Do total entrevistado, 33% disseram que vão ampliar esses postos de trabalho ante 23%, em 2017. A estimativa é de que sejam abertas entre 11 mil e 14 mil vagas. Índice Nacional de Vendas - As informações foram divulgadas na manhã de ontem durante o anúncio do Índice Nacional de Vendas da Abras, que aumentou de 1,92%, de janeiro a setembro, já descontado no cálculo o impacto inflacionário com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O presidente da entidade, João Sanzovo Neto, informou que o ritmo de crescimento está abaixo do esperado. Mesmo assim, ele manteve a meta de alta de 2,53%, taxa que havia sido revisada para baixo, em julho último. No começo do ano a estimativa era de 3%. O empresário justificou que o setor foi muito afetado pela greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio deste ano, e o impacto dessa paralisação deverá se refletir no desempenho anual. “Estamos com um crescimento estável e acreditamos ficar próximo dessa meta. Com parte do PIB [Produto Interno Bruto] retido pela greve dos caminhoneiros, o nosso setor sofreu um impacto”. O executivo também comentou que o reajustes de preços estão em níveis compatíveis com a inflação oficial. A pesquisa mostra que, em setembro, os 35 produtos que compõe a cesta da Abras oscilaram em média 0,39% na comparação com o mês anterior e 3,07% na comparação com setembro de 2017. Entre as maiores quedas estão: cebola (-24%); sabão em pó (-17,48%); farinha de mandioca (-5,7%) e batata (-3,29%). Já as maiores altas foram observados em: arroz (+4,39%); frango congelado (+3,64%): queijo prato (+3,44%) e margarina cremosa (+2,97%). (ABr)


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AGRONEGÓCIO AGÊNCIA MINAS / DIVULGAÇÃO

PECUÁRIA

Minas Gerais inicia 2ª etapa de imunização contra febre aftosa Vacinação é obrigatória em todo o Estado DA REDAÇÃO

A segunda etapa anual de vacinação do gado contra a febre aftosa em todo o território mineiro, quando deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses, começa amanhã, 1º de novembro. A vacinação é obrigatória, e o produtor que não imunizar o seu rebanho estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 81,25 por cabeça. Nesta etapa, deverão ser vacinados cerca de 9,5 milhões de animais. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o órgão responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha junto aos produtores rurais. A diretora-geral do IMA, Cristina Fontes Araújo Viana, ressalta a importância da vacinação para a manutenção da saúde do rebanho e do reconhecimento internacional de zona livre com vacinação obtido pelo estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Este status favorece o agronegócio e o acesso da carne bovina e dos produtos da bovinocultura

de Minas a mercados internacionais, contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro”. O último registro de febre aftosa em Minas Gerais ocorreu em 1996. O Ministério da Agricultura prevê, para 2021, iniciar a retirada da vacinação do rebanho contra a febre aftosa no País. Rebanho mineiro - Minas Gerais possui o segundo maior rebanho nacional de bovinos, com cerca de 23,6 milhões de animais, sendo a bovinocultura, tanto de corte como de leite, atividade que é importante geradora de empregos e de divisas para o estado e o País. De janeiro a setembro deste ano, o estado exportou em carne bovina o equivalente a US$ 428,9 milhões, o correspondente a cerca de 130 mil toneladas do produto. Em volume, houve um aumento de 23,1% nas exportações em comparação a igual período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Imunização eficaz – A dirigente ressalta a importância de realizar corretamente a vacinação, de forma a garantir eficácia na imunização dos animais. “Entre esses cuidados, é necessário manter as vacinas armazenadas

Produtor que não imunizar rebanho estará sujeito a multa; cerca de 9,5 milhões de animais devem ser vacinados

em temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, desde o momento em que for adquirida em estabelecimento registrado até a hora da aplicação”, diz. Cristina Fontes lembra que o produtor deverá comprovar a vacinação de seu rebanho junto ao IMA até o dia 10 de dezembro. O descumprimento dessa norma sujeita o produtor a multa de cinco Ufemgs, o equivalente a R$ 16,25 por animal. O IMA estabelece que os produtores rurais proprietários de 150 ou mais bovinos ou bubalinos deverão declarar a vacinação do seu rebanho contra a febre aftosa exclusivamente por meio do site www.ima.mg.gov.br ou pelo Portal do Produtor, no endereço https://www.sidagro.ima. mg.gov.br/portaldoprodutor/ login.jsf . Para quem tem plantel com até 150 animais, a declaração poderá ser feita pelo site ou também presencialmente em uma unidade do Instituto. (Com informações do IMA).

USINAS SUCROALCOOLEIRAS

Dívidas atingem menor nível em 5 anos São Paulo - Produtores de açúcar e etanol no Brasil reduziram as suas dívidas para o menor nível em cinco anos, como resultado de cortes profundos em custos e investimento quase nulo em capacidade de processamento de cana, disse ontem o banco de investimentos Itaú BBA. De acordo com os dados coletados pelo banco a partir de empresas que respondem por 80% da capacidade de moagem de cana na região Centro-sul do Brasil, as usinas fecharam a temporada 2017/18 com uma dívida média de R$ 117 por tonelada de cana processada, ante R$ 120 no ciclo anterior e o menor nível desde os R$ 140 por tonelada registrados na safra 2013/14. Nos piores momentos do setor, em 2014 e 2015, a dívida estava acima dos R$ 130 por tonelada de cana esmagada, um nível insus-

tentável para muitas companhias e que levou a dezenas de fechamentos no maior exportador de açúcar do mundo. “A redução da dívida veio, principalmente, via cortes de custo, particularmente a redução dos gastos nos canaviais”, disse o diretor de Agronegócio do Itaú BBA, Pedro Fernandes. Fernandes explicou que as usinas aumentaram a eficiência das operações no campo, fazendo um melhor uso do maquinário e diminuindo a mão-de-obra. Ele disse acreditar que as empresas da indústria estão indo em direção a um panorama mais favorável devido à melhora nos preços do açúcar e à alta demanda por etanol, que deve diminuir ainda mais a dívida e começar a dar condições para o retorno dos investimentos. “Nos últimos anos, o retorno

dos investimentos no setor açucareiro do Brasil foi menor do que os custos do capital, então não havia muito interesse”, ele disse a repórteres, nos bastidores da conferência internacional de açúcar e etanol da Datagro, em São Paulo. Fusões e aquisições - A situação também atingiu as fusões e aquisições. Apenas poucos acordos foram reportados desde os anos de crescimento, antes de 2012. Apesar da melhora no panorama, Fernandes não vê uma volta dos investimentos em capacidade tão cedo, dizendo que as usinas devem optar pela melhora no uso da atual capacidade antes de qualquer expansão. “A capacidade ociosa ainda é significativa no setor, as usinas vão procurar reduzir isso”, disse. (Reuters) PETROBRAS / DIVULGAÇÃO

Usinas analisadas em levantamento fecharam temporada 2017/18 com dívida média de R$ 117 por tonelada de cana

Preço e fidelidade estimulam mercado de orgânicos no País O mercado de produtos orgânicos derivados de leite cresce 30% ao ano no Brasil, mas ainda não chega a 1% da produção total do País. Os principais desafios são a logística e o tempo curto de prateleira, mas vem crescendo o número de projetos de certificação, atraído pela fidelização do consumidor e preços até 70% acima dos produtos convencionais. As conclusões são do especialista Luiz Henrique Witzler, presidente e fundador do Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), empresa líder em certificação de fazendas pecuárias para exportação à Europa, e sócio-proprietário do IBD Certificações, Instituto Biodinâmico responsável pela primeira certificação de café orgânico vendido ao exterior pelo Brasil, em 1990, e hoje responsável por dezenas de certificações sociais, ambientais e de produtos da pecuária, de tecidos, perfume, entre outros, com atuação em mais de 20 países. Ele foi um dos palestrantes e debatedores do Encontro da Pecuária Leiteira, promovido pela Scot Consultoria, em Ribeirão Preto (SP), que reuniu oito especialistas e discutiu o mercado e as diferentes formas de agregação de valor no leite. O evento integrou a programação do Encontro dos Encontros 2018, que, durante cinco dias, reuniu mais de 1,5 mil pecuaristas do Brasil inteiro para 59 palestras, 40 horas de conteúdo técnico e duas visitas, em torno de temas envolvendo produção de carne bovina, leite e adubação de pastagens. “A atuação de produção e os mercados de orgânicos no Brasil tiveram regulamentação em 2007, com legislação semelhante à da Europa. No leite, envolve uma atividade baseada na produção de volumoso e animais a pasto, com pequena oferta de grãos orgânicos e busca de adaptação ao meio ambiente. Pressupõe rastreabilidade no uso de medicamentos, processamento em pequenas propriedades, com o sistema sanitário normal e rastreabilidade das unidades no caso de também trabalharem com o leite convencional”, explicou Luiz Henrique Witzler. A atividade é controlada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e atualmente são duas mil vacas certificadas. “Temos hoje, no ministério, 76 projetos para certificação de diversos produtos. É uma atividade que cresce 30% ao ano, mas não

significa mais do que um por cento do total da produção”, acrescenta Witzler. Mercado atrativo - O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, com 35 bilhões de litros em 2017, uma queda de 5% sobre o ano anterior. Em 2018, o setor começou bem, mas a greve dos caminhoneiros fez a oferta cair drasticamente. Os profissionais do setor estimam um crescimento de apenas 1%. Segundo eles, a atividade rende margens pequenas, o perfil dos fazendeiros é bem diverso e a maioria dos produtores não tem capital para investir em novas tecnologias. Por isso, a estabilidade nos preços de venda e os consumidores fiéis de variedades orgânicas podem ser uma solução interessante para os criadores. “É um tipo de consumidor bem informado. Em países como Estados Unidos e Austrália, 30% dos produtos orgânicos são lácteos. É produto seguro, com mercado em franco crescimento e um consumidor muito fiel, que topa pagar a mais porque são itens produzidos sem antibióticos, de forma natural e com proteção do meio ambiente”, justifica. Um dos pais da rastreabilidade bovina no Brasil e pioneiro em certificações e acreditações de produtos para mercados externos exigentes, Luiz Henrique explicou como é o trabalho no Laticínio Sítio Caipirinha, propriedade que mantém em Botucatu (SP) há dezoito anos. São 500 litros de leite por dia para produtos gourmet. Iogurte artesanal de qualidade elevada, desnatado e natural, queijos Minas e Mussarela e ricota entregues em lojas e feiras da Grande São Paulo, Bauru, Piracicaba e Botucatu. Sistema totalmente certificado por auditoria. “Existem três tipos de auditoria. Feita por uma empresa, por controle social ou pelos próprios produtores. O processo não é demorado e o futuro compensa. Se for o caso de importação para venda aqui dentro, é necessário fazer a certificação com base na legislação brasileira. E muitos países exigem o mesmo se o nosso produtor resolver exportar. Porém, aqui no Brasil, os preços de leite, queijo, ricota, iogurte concentrado e manteiga podem chegar a 70% a mais do que os produtos convencionais. E o mercado está muito comprador para inúmeros outros artigos, como doces, chocolates, sorvetes, leite em pó”, resumiu Luiz Henrique Witzler. (AE)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2018

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LEGISLAÇÃO OPERAÇÃO LAVA JATO

INPI

Ação penal contra Lula é mantida

CAE aprova anulação de patente de Defesa pediu suspensão de processo relativo ao pagamento de propina da Odebrecht medicamento CARLOS MOURA/STF

Brasília - O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, negou um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suspender uma ação penal que investiga se o petista recebeu propina da empreiteira Odebrecht. A defesa de Lula queria a suspensão do processo até um pronunciamento final do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O comitê já se posicionou a favor de o ex-presidente poder se candidatar nas eleições 2018, mas por 6 a 1 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro de Lula. O único voto a favor do registro de Lula naquele julgamento veio do ministro Edson Fachin, para quem a posição do comitê atinge apenas a situação eleitoral O ministro Edson Fachin rejeitou o pedido para aguardar pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da ONU de Lula e não a esfera criminal do petista, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. A defesa de Lula alega que o comitê da ONU Brasília - A Segunda Turma do do agravo regimental, o ministro partilhamento deve respeitar os recomendou que o Brasil Supremo Tribunal Federal (STF) Fachin lembrou que a jurisprudência termos do acordo. De acordo com não pratique ato para predefiniu na sessão de ontem que o da Corte aponta no sentido de que, o ministro Gilmar Mendes, numa judicar a análise do mérito compartilhamento de termos de ainda que remetido a outros órgãos colaboração premiada, o delator pelo comitê de um recurso depoimentos prestados no âmbito de do Poder Judiciário para apuração aceita produzir provas contra si de Lula contra sua condecolaboração premiada deve respeitar de fatos declarados, o juízo homo- mesmo tendo em vista os termos nação. Para os advogados as balizas do acordo homologado logador do acordo de colaboração acordados no pacto com o Estado. do ex-presidente, o julgaem juízo. A decisão foi tomada permanece competente para analisar “A utilização de tais elementos mento de Lula não é justo por unanimidade no julgamento pedidos de compartilhamento de probatórios produzidos pelo próe imparcial e o juiz federal de agravo regimental na Petição termos de depoimentos prestados prio colaborador em seu prejuízo Sérgio Moro não poderia (PET) 7065. no âmbito da colaboração. Ele tam- de modo distinto do firmado com a julgar uma nova ação até O agravo foi interposto pelo Mi- bém realçou que o entendimento do acusação e homologado pelo Poder o caso ser examinado pelo nistério Público Federal (MPF) contra STF é de que é admissível o uso da Judiciário é prática abusiva que viola comitê. decisão do ministro Edson Fachin prova emprestada, como no caso, o direito à não autoincriminação”, “Quanto às alegações atique autorizou o compartilhamento para subsidiar apurações de cunho salientou. nentes ao comitê da ONU, com o Ministério Público de Santa disciplinar. Para o ministro Celso de Mello, como citado, a matéria Catarina (MP-SC) de trecho da cola“Havendo delimitação dos fatos, embora viável sob a perspectiva não se enfeixa em exame boração premiada do ex-executivo não se verifica causa impeditiva ao jurídica, o compartilhamento de preambular atinente ao do Grupo J&F Ricardo Saud para compartilhamento de termos de de- provas impõe que se observem campo especificamente da apuração de eventual prática de poimentos requerido por Ministério limites, principalmente aqueles seara penal, verticalização ato de improbidade administrativa Público estadual com a finalidade de estabelecidos consensualmente no compatível apenas com a por parte do governador do Estado. investigar a prática de eventual ato acordo de colaboração premiada análise de mérito. Sendo Para o MPF, o Supremo não teria de improbidade administrativa por ou de leniência em relação a todos assim, por não verificar competência para analisar o pedido parte de agente público”, afirmou os que participaram de sua forilegalidade evidente, sem de compartilhamento de elementos o relator. malização. O decano explicou que prejuízo de ulterior reaprejá remetidos a outras instâncias do deve ser considerado o conteúdo ciação da matéria no julPoder Judiciário, como no caso. Limites - Os ministros destacaram, das cláusulas pactuadas no acordo. gamento final do presente Em seu voto pelo desprovimento no entanto, que o pedido de com- (As informações são do STF) habeas corpus, indefiro a liminar”, concluiu Fachin -ministro Antonio Palocci, pela Operação Lava Jato. a pasta da Fazenda -, a O levantamento do siem sua decisão. que foi incluída na ação Segundo o ex-ministro distribuição de diretorias gilo ocorreu às vésperas Palocci - No início de ou- penal. Segundo Palocci, - que foi um dos mais po- da petrolífera tinha como do primeiro turno e está tubro, o juiz federal Sérgio Lula sabia, desde 2007, do derosos auxiliares de Lula, objetivo captar recursos sendo avaliado pelo ConMoro levantou o sigilo de esquema de corrupção na especialmente no primeiro ilícitos para campanhas do selho Nacional de Justiça trecho da delação do ex- Petrobras desmantelado mandato, quando ocupou PT e de partidos aliados. (CNJ). (AE)

Colaboração premiada deve seguir acordo

SIMPLES

Prazo para quitar 5% do Pert vence hoje DA REDAÇÃO

O prazo para pagamento dos valores referentes aos 5% de entrada dos Programa Especial de Regularização Tributária do Simples Nacional (Pert-SN) e Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional (Pert-MEI) para os contribuintes que fizeram negociação em junho termina hoje e no último dia de novembro para aqueles que negociaram em julho. Para que os contribuintes consigam emitir as parcelas com desconto e se manterem em seus respectivos programas de parcelamento, os valores correspondentes aos 5% de entrada deverão estar integralmente quitados até o último dia útil de outubro ou

novembro, conforme o mês de adesão. Aqueles que não pagarem todas as parcelas de entrada ou pagarem parcelas a menor terão seus parcelamentos rescindidos, com a consequente perda dos seguintes benefícios : Redução de 90% dos juros de mora, 70% das multas da mora, de ofício ou isoladas e 100% dos encargos legais, inclusive honorários advocatícios, para os contribuintes que liquidaram integralmente, em parcela única; redução de 80% dos juros de mora, 50% das multas da mora, de ofício ou isoladas e 100%dos encargos legais, inclusive honorários advocatícios, para os contribuintes que parcelaram em até cento e quarenta e cinco parcelas mensais e sucessivas; redução de 50% dos juros de mora, 25 % das multas da

mora, de ofício ou isoladas e 100% dos encargos legais, inclusive honorários advocatícios, para os contribuintes que parcelaram em até cento e setenta e cinco parcelas mensais e sucessivas. O prazo para quitação da entrada não será prorrogado sob nenhuma hipótese e o contribuinte que porventura tenha débitos a quitar junto à Receita Federal poderá ser impedido de emitir Certidão Negativa de Débitos (CND), bem como ser excluído do Simples Nacional, caso não regularize sua situação junto ao órgão. Boas práticas - A Receita Federal abriu a Consulta Pública RFB nº 4, de 2018, para receber opiniões sobre programa a ser lançado pelo órgão, que pretende estimular as empresas a adotarem

boas práticas com o fim de evitar desvios de conduta, por meio do estabelecimento de uma classificação dos contribuintes conforme o grau de risco que representam para a Receita Federal. A proposta se inspira em boas práticas adotadas por outras administrações tributárias, seguindo modelo mundialmente reconhecido de favorecimento às práticas de conformidade tributária. No âmbito federal, o programa é denominado Pró-Conformidade. O objetivo da Receita Federal é criar condições mais favoráveis aos contribuintes que têm um bom relacionamento com o Fisco, facilitando o cumprimento de suas obrigações e lhes prestando atendimento eficiente e ágil, quando demandarem. O bom contribuinte terá então prioridade

em suas demandas e será previamente comunicado de suas pendências, para fins de autorregularização. Hoje é o último dia em que a consulta pública estará disponível. Como etapa prévia à implantação do programa, a Receita Federal vai realizar a classificação dos contribuintes levando em conta quatro critérios objetivos que avaliam o seu comportamento para com o Fisco federal: situação cadastral compatível com as atividades da empresa; aderência nas informações prestadas à Receita Federal por meio de declarações e escriturações; - tempestividade na apresentação das declarações e das escriturações; e adimplência no pagamento dos tributos devidos. (As informações são da Secretaria da Receita Federal)

Brasília - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem a edição de um projeto de decreto legislativo que anula a decisão do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), ligado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de conceder patente do remédio sofosbuvir, medicamento usado no tratamento contra a hepatite C. Além disso, a CAE também decidiu convocar o ministro Marcos Jorge para dar explicações sobre o assunto. Como se trata de uma convocação e não um convite, o ministro Marcos Jorge é obrigado a comparecer na comissão na próxima terça-feira (dia 6). O motivo é que o Inpi reconheceu, sob tutela do ministro, a patente do remédio para a farmacêutica Gilead Sciences, o que dá o monopólio da fabricação da droga para a empresa e impede a fabricação do genérico no Brasil. O medicamento vinha sendo distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2015. Segundo os parlamentares, a patente pode custar ao governo federal cerca de R$ 1 bilhão por ano. O projeto de decreto legislativo foi aprovado antes mesmo que o texto da proposta estivesse pronto. Os senadores da CAE deram aval para que a Mesa da comissão elabore os termos da medida nas próximas horas. A ideia é levar esse texto para apreciação em Plenário ainda hoje. Se aprovada, a medida será enviada à Câmara dos Deputados. “O índice de cura do genérico é de 90% e foi regulamentado pela Anvisa. Não tem sentido parar de produzir um remédio mais barato para comprar dos americanos”, disse o senador Romero Jucá (MDB-RR), um dos parlamentares que defendeu a suspensão da patente. “Cada dia que passa fica mais difícil reverter essa situação. É muito importante que o Senado tome uma posição”, complementou. Além de gerar custos para os cofres públicos, a concessão da patente coloca em risco a vida de cerca de 700 mil brasileiros que, segundo estimativa do Boletim Epidemiológico Hepatites Virais 2018, estariam infectados e não teriam condições financeiras de buscar tratamento eficaz sem a intervenção do SUS O presidente do CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), fez questão de enfatizar que o ministro Marcos Jorge tem obrigação legal de ir ao Senado para falar sobre o assunto. “Foi lido um requerimento comunicando que aconteceu e pedindo presença imediata do ministro para dar explicações”, disse. Em setembro, O juiz federal Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, concedeu liminar (decisão provisória) que anula a concessão de patente do medicamento. A decisão do magistrado atendeu pedido da então candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, e de seu vice, Eduardo Jorge (PV). (AE)



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IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de setembro/2018 relativo a operaçþes com contratos de derivativos ¿QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

ITR - Pagamento da 2ª quota do Imposto sobre a Propriedade 7HUULWRULDO 5XUDO ,75 GR H[HUFtFLR GH ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž 'DUI &RPXP YLDV &R¿QV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH ¹ $XWRSHoDV Recolhimento GD &R¿QV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW ž † ž GD /HL Qž FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL Qž QR SHUtRGR GH ž D 'DUI &RPXP YLDV

,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de VHWHPEUR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV que optaram pelo pagamento mensal GR LPSRVWR SRU HVWLPDWLYD DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

)RQWH 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR

Agenda Federal Dia 31

Taxas de câmbio

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,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ª quota ou quota única do Imposto de Renda devido no ž WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV QR PrV GH VHWHPEUR SRU SHVVRDV MXUtGLFDV LQFOXVLYH DV LVHQWDV HP operaçþes realizadas em bolsas de YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGDV EHP FRPR HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR H GH SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV IRUD GH EROVD DUW GR 5,5 'DUI &RPXP YLDV

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,53) /XFUR QD DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV 3DJDPHQWR SRU SHVVRD ItVLFD UHVLGHQWH RX GRPLFLOLDGD QR %UDVLO GR Imposto de Renda devido sobre ganhos GH FDSLWDO OXFURV SHUFHELGRV QR PrV de setembro/2018 provenientes de DUW GR 5,5 D DOLHQDomR GH bens ou direitos adquiridos em moeda QDFLRQDO &yG 'DUI E DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV RX OLTXLGDomR RX UHVJDWH GH DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV DGTXLULGRV HP PRHGD HVWUDQJHLUD &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por SHVVRDV ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH VHWHPEUR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) ¹ 4XRWD 3DJDPHQWR GD ž TXRWD do imposto apurado pelas pessoas ItVLFDV QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH VHWHPEUR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

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&6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ª quota ou quota ~QLFD GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR ž WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO GR ,53- FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DUW GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho GH &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo 6LPSOHV 1DFLRQDO LQFLGHQWH VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV REWLGRV QD DOLHQDomR GH DWLYRV QR PrV GH VHWHPEUR DUW ž † ž GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Qž &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

5H¿V 3DHV Pagamento pelas pessoas MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL Qž H SHODV SHVVRDV ItVLFDV H MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3DUFHODPHQWR (VSHFLDO 3DHV GD SDUFHOD PHQVDO DFUHVFLGD GH MXURV SHOD 7-/3 FRQIRUPH /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53) Âą &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV GR H[WHULRU QR PrV GH VHWHPEUR DUW

5H¿V 3DJDPHQWR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br ROVENA ROSA/ABr

Situações adversas Com o mercado cada vez mais competitivo, só sobrevive a empresa que consegue se adaptar rapidamente às constantes mudanças. O gestor à frente do negócio bem-sucedido é aquele capaz de lidar com a complexidade, antever adversidades e estar física e emocionalmente pronto para agir a qualquer momento. Para tanto, precisa de disciplina para executar suas ações e atenção aos detalhes. É para a formação desse profissional que foi criado o curso Mindful Líder, que será oferecido no San Diego Convention (avenida Álvares Cabral, 1.181, Lourdes), no dia 10 de novembro, das 9h às 17h. pelos consultores Reinaldo Rachid e Ana Elisa Murta. As inscrições estão abertas. O valor é R$ 450,00.

Videolivro infantil A escritora, jornalista e ambientalista Dorinha Aguiar lança hoje, às 17 horas, no Instituto Monteiro Lobato (avenida Assis Chateaubriand, 312,– Floresta), no formado de videolivro, a coletânea “As 7 Virtudes - Histórias do Ranchinho do Gavião”. Na obra infantil, os personagens humanizados geram empatia, permitem trabalhar o autocontrole das sete emoções básicas (tristeza, alegria, medo, raiva, nojo, surpresa e vergonha), a tempo de contribuir para a formação de arquivo mental positivo, desenvolvendo habilidades emocionais e sociais que refletir-se-ão por toda a vida. O videolivro incorpora à prática da leitura a fonética e a imagem, reduzindo a distância mental entre palavras e significados.

Chope cor de rosa A Plataforma Albanos de Cerveja vai encerrar em grande estilo o movimento Albanos Cor de Rosa, em referência ao Outubro Rosa. Hoje, toda a renda da venda do chope Alba Wit Cosmopolitan no Albanos Bar Conceito (rua Rio de Janeiro, 2.076, Lourdes), de 17 às 24 horas, será 100% revertida para as ações beneficentes de uma associação de prevenção do câncer de mama. De coloração rosa, o chope Alba de 500 ml é a bandeira do Albanos para o Outubro Rosa, visando conscientizar a população sobre a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama.

Formação artística

Zica tem potencial de ciclo silvestre no Brasil São Paulo - Um estudo feito por pesquisadores, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostrou que macacos haviam sido mortos a tiros ou pauladas pela população em São José do Rio Preto (São Paulo) e Belo Horizonte estavam infectados com o vírus da zika, o que fez com que adoecessem e ficassem mais vulneráveis ao ataque humano. Os ataques ocorreram porque as pessoas suspeitavam que eles estavam com febre amarela. “A descoberta indica que existe o potencial de um ciclo silvestre para a zika no Brasil, como acontece com a febre amarela. Se o ciclo silvestre for confirmado, isso muda completamente a epidemiologia da zika, porque passa a existir um reservatório natural a partir do qual o vírus pode reinfectar muito mais frequentemente a população humana”, disse o coordenador do estudo, Marcio Lacerda Nogueira, que é professor na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia. Segundo Nogueira, apesar de o vírus da zika já ter sido encontrado em macacos que vivem perto de humanos no Ceará, esta é a primeira vez que é identificado como epidemia. O professor disse ainda que, durante a epidemia de febre amarela, os pesquisadores perceberam que havia muitos macacos mortos, não pela febre amarela, mas pela ação das populações humanas, com medo de serem contagiadas. Esses macacos foram mortos a

tiros, pauladas ou mordidos por cachorros. “Quando saudáveis, esses primatas, principalmente saguis e micos, são muito difíceis de capturar. Raciocinamos, então, que, se estavam sendo mortos com facilidade, era porque poderiam estar doentes. Não com a febre amarela, uma doença que os mata. Mas com alguma outra doença, que, sem matar, os deixava mais fracos e vulneráveis”, explicou Nogueira. Após análise de carcaças dos macacos, constatou-se que o vírus que os infectou é muito parecido com o que estava infectando os humanos. No mesmo lugar onde as carcaças foram coletadas, foram encontrados e coletados mosquitos infectados por zika. “Para levar adiante o estudo, induzimos infecção experimental por zika em macacos vivos. E a inoculação dos vírus provocou presença de vírus no sangue. Os macacos tiveram alteração de comportamento, confirmando nossa hipótese inicial, de que a infecção os teria tornado mais suscetíveis a serem capturados e mortos”, acrescentou o pesquisador. Hospedeiros - Os pesquisadores concluíram que a infecção natural e experimental de macacos com zika indica que esses animais podem ser hospedeiros vertebrados na transmissão e circulação do vírus em ambientes tropicais urbanos, mas é preciso que sejam feitos mais estudos para avaliar o papel deles macacos na manutenção do ciclo urbano do zika. Segundo o professor no Centro

de Doenças Tropicais da University of Texas Medical Branch (UTMB) Nikos Vasilaks, doenças que ocorrem ao mesmo tempo em vários animais de uma mesma área geográfica serão sempre fonte de epidemias entre humanos, mesmo após um possível controle e erradicação do ciclo de transmissão urbana por meio das vacinas e antivirais. “É um fator fundamental que deve ser levado em conta pelos responsáveis por políticas públicas e pelo setor de saúde, bem como por desenvolvedores de vacinas”, afirmou Vasilaks. O vírus da zika apareceu originalmente em macacos na África. Esporadicamente, o vírus saía das florestas e infectava populações humanas. Quando se propagou da África para a Ásia, o vírus passou a circular só entre humanos. E, aparentemente, manteve essa característica quando se instalou nas Américas, o que sugeria um ciclo semelhante ao do vírus da dengue. Segundo o professor, a nova descoberta sugere uma epidemia mais parecida com a da febre amarela, o que, se for confirmado, pode tornar o combate à zika mais difícil. “Nossas observações terão implicações importantes na compreensão da ecologia e da transmissão de zika nas Américas. Embora este seja um dos primeiros passos no estabelecimento de um ciclo de transmissão entre primatas não humanos no Novo Mundo e mosquitos arbóreos, as implicações são enormes, pois é impossível erradicar esse ciclo de transmissão”, disse Vasilaks. (ABr)

O Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), da Fundação Clóvis Salgado, encerra hoje as inscrições para as escolas de dança e teatro. Ao todo, serão ofertadas 133 vagas. O valor da inscrição é de R$ 55,00, com vencimento em 11 de novembro de 2018. As provas de seleção serão realizadas a partir entre 24 de novembro e 20 de dezembro, e o resultado estará disponível no site da FCS a partir das 18h de 27 de dezembro. As inscrições podem ser feitas no horário: de 9h às 12h e 14h às 18h, na Secretaria do Cefart/ Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Para o próximo ano, a expectativa é de que a escola abrigue mais de 1000 estudantes, com a abertura das novas vagas via edital.

Halloween Solidário Doces ou Travessura? Solidariedade! Essa foi a escolha da TagPlus (www.tagplus.com. br) para a sua gincana de Halloween que envolve todos os seus 64 colaboradores nestee mês. Separados em dez equipes os funcionários foram desafiados a arrecadar brinquedos, roupas, fraldas geriátricas e alimentos nãoperecíveis. Até agora foram arrecadados 400 brinquedos que foram distribuídos para crianças carentes de Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Já o volume de doação de roupas já chega a mais de mil peças e ainda estão sendo contabilizadas, assim como o volume de alimentos não-perecíveis e fraldas geriátricas. O sistema de pontuação é revertido em fichas de consumo no Bar Beb’s para a Festa de Halloween do time, marcada para hoje.

CULTURA ATHOS-SOUZA/DIVULGAÇÃO

clipes serão lançados faixa a faixa no Youtube Quando: 1º de novembro (21h) Quanto: R$ 25,00 (inteira) | R$ 12,50 (meia) Onde: Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia

Divas - As grandes intérpretes da música mundial sempre foram inspiração para a cantora e Música compositora mineira Gabriela Pepino. Para homenagear as Autoral - A cantora mineira inspirações de sua carreira, Marina Araújo (foto) Gabriela Pepino estreia o comemora dez anos de show “Divas”. No repertório, carreira com apresentação de os clássicos eternizados na canções autorais do último voz de divas mundiais como CD, intitulado “Sem Pressa Aretha Franklin, Diana Ross, Pra Amar”, como “Reza”, Janis Joplin, Etta James, “Não Demora”, “Nunca Tem Whitney Houston, Celine Fim”, “Sem Pressa Pra Amar”, Dion, Tina Turner, Adele, “Par Perfeito” e “Mais” e Mariah Carey, Joss Stone, releituras das principais Beyonce, Lauryn Hill e Amy músicas que marcaram Winehouse. A banda que sua trajetória. O show será acompanha Gabriela Pepino é registrado em vídeo e os formada pelos músicos Felipe

Fantoni (baixo), Helton Lima (bateria), Paulinho Sartori (guitarra) e Marcos Nogueira (teclado). Quando: 2 e 3 de novembro (21h) Quanto: ingressos à venda no site Sympla (valor não divulgado) Onde: Teatro Pátio Savassi (avenida do Contorno, 6061, 3º andar, São Pedro) Artes plásticas “Pintura Nua” - O artista plástico Fernando Pacheco inicia as comemorações de seus 50 anos de atividades com a exposição “Fernando Pacheco - Pintura Nua”, que reúne inédito conjunto de 40 obras, em formatos médios e grandes, que abrangem diversas facetas estéticas e conceituais do rico e criativo universo do artista. Quando: até 25 de janeiro

de 2019 (de segunda a sextafeira, 10h às 18h; e sábado, 10h às 14h) Quanto: entrada gratuita Onde: P.S. Galeria (rua Antônio de Albuquerque, 911, Funcionários)

DIVULGAÇÃO

Literatura Conversação - Em comemoração ao Dia Internacional do Saci, a Academia Mineira de Letras sedia a “Conversação Procurando Sacy”. Com curadoria e mediação da artista visual Marlette Menezes, que tem o personagem folclórico como objeto de estudo, o evento busca instigar o imaginário, suscitar novas conexões e estabelecer um diálogo aberto entre arte e ciência. Participarão da conversação a professora Eneida Maria de Souza, doutora em Literatura; a contadora de histórias

Gislayne Avelar de Matos; a filósofa Patrícia Kauark (foto), doutora em epistemologia; e o músico Paulo Santos. Quando: 31 de outubro (19h) Quanto: entrada gratuita Onde: Academia Mineira de Letras (rua da Bahia, 1.466, Lourdes) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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