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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.731 - R$ 2,50

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Vendas sobem mas a Fiat cai no ranking da Fenabrave Mesmo com o crescimento de 33,64% nas vendas da Fiat em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2017, a montadora de Betim perdeu posição no ranking do mercado nacional de automóveis e comerciais leves. Conforme a Fenabrave, a Fiat está em terceiro lugar, com participação de 14,04% das vendas deste ano. Pág. 4

Complexos hoteleiros vão receber aportes de R$ 1 bi Marca Aviva Algar FLC investirá em Rio Quente e Costa do Sauípe BRUNO BEZERRA/DIVULGAÇÃO

Confiança dos comerciantes da Capital tem alta, diz a CDL A confiança dos lojistas de Belo Horizonte subiu no terceiro trimestre, aponta pesquisa da CDL-BH. O Indicador de Confiança do Empresário (ICE) atingiu 58,2 pontos, com avanço de 2,6 pontos na comparação com o trimestre anterior. Já o índice relativo a finanças da própria empresa alcançou crescimento de 14,4 pontos. Pág. 6

O Hot Park Baía das Tartarugas será implantado no complexo da Costa do Sauípe a partir de 2019

OPINIÃO

Governo de MG eleva ICMS dos combustíveis

A missão primeira do presidente da República eleito Jair Bolsonaro, assim como dos novos governadores e legislaturas federal e estaduais, é pacificar o Brasil, depois de uma campanha eleitoral permeada por ânimos inflamados, discussões ríspidas e divergências exaltadas entre amigos e familiares. O grau de agressividade, muito perceptível nas redes sociais, foi ainda mais grave do que no pleito de 2014. É prioritário, portanto, que o governo seja de conciliação nacional. A legitimidade do voto, princípio basilar da democracia, faz do eleito o presidente de todos os brasileiros, independentemente de questões ideológicas. Com certeza, muitos dos que não votaram nele passarão a respeitá-lo, se realizar uma administração ética, empreendedora e na qual se efetivem as reformas estruturais esperadas há 30 anos. (João Guilherme Sabino Ometto), pág. 3

PAULO WHITAKER/REUTERS

A alíquota do ICMS incidente sobre a gasolina em Minas chega a 31% do preço na bomba

RODOLFO HUER/REUTERS

EDITORIAL Romeu Zema, empresário bem-sucedido, com trinta anos de carreira num dos maiores grupos varejistas mineiros no qual representa a terceira geração, será a partir de janeiro de 2019 governador de Minas. O escolhido, que começou como uma espécie de azarão, comemora sua vitória reafirmando que, simplesmente, pretende levar à administração pública princípios da boa gestão, aqueles mesmos que fizeram o sucesso da empresa que até há pouco estava sob seu comando. Para ele, em primeiro lugar, trata-se de escolher uma boa equipe, num processo de seleção que terá como principais parâmetros mérito e competência e sem qualquer espaço para ajustes de conveniência política. “O novo rosto da política em MG”, pág. 2 Dólar - dia 1º

Euro - dia 1º

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,6974 Venda: R$ 3,6979

4,2125

O juiz federal Sérgio Moro vai assumir a pasta da Justiça com poderes ampliados TR (dia 5): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,2142

Turismo

Ouro - dia 1º

Compra: R$ 3,6670 Venda: R$ 3,8400

Nova York (onça-troy):

Ptax (BC) Compra: R$ 3,6968 Venda: R$ 3,6973

BM&F (g):

A Aviva Algar FLC vai investir R$ 1 bilhão até 2025 nos complexos de parque e resorts do Rio Quente, no Sul de Goiás, e Costa do Sauípe, na Mata de São João, na Bahia. A nova marca, controlada pela Algar, com sede em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e pela FLC Participações e Investimentos, de Goiânia, tem como diferencial no segmento hoteleiro a oferta de entretenimento. Os aportes da Aviva-Algar-FLC incluem a construção, a partir de 2019, do Hot Park Baía das Tartarugas, na Costa do Sauípe, o primeiro parque aquático temático da América do Sul. Lançada no dia 30 de outubro, a nova marca une dois gigantes do mercado nacional de turismo com a proposta de priorizar conteúdo e entretenimento para as famílias, deixando a estrutura de hospedagem em segundo plano. Rio Quente e Costa do Sauípe somam 4.500 funcionários e 2.700 apartamentos que recebem 2,2 milhões de turistas por ano. A expectativa é de que o faturamento dos dois complexos chegue a R$ 700 milhões em 2018. Pág. 9

Poupança (dia 5): ............ 0,3715%

+1,95

BOVESPA +3,69 +0,62 +1,14

IPCA-IBGE (Setembro):...... 0,48% R$ 1.238,60

IPCA-Ipead(Setembro):...... 0,37%

R$ 146,50

IGP-M (Setembro): .................. 1,52%

-2,24 27/10

29/10

30/10

31/10

01/11

O governo de Minas aumentou o ICMS sobre gasolina (31%), etanol (16%) e diesel (15%) comercializados no Estado. As novas alíquotas entraram em vigor no dia 1º de novembro com base na atualização da tabela de tributação do Confaz e no preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF). O presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães, afirmou que o governo mineiro desconsidera todo o contexto econômico. Na gasolina comum, o ICMS passou de R$ 1,5114 para R$ 1,5794; no etanol, de R$ 0,4976 para R$ 0,5308; e no diesel, de R$ 0,5340 para R$ 0,5675. Pág. 5

Agenda anticorrupção é plataforma de Moro no Ministério da Justiça Em versão ampliada, o Ministério da Justiça será comandado pelo juiz federal Sérgio Moro, que espera implantar uma agenda anticorrupção no País no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. A pasta de Moro será reforçada com a reincorporação da Segurança Pública, o comando de todas as forças de segurança e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, que é responsável pelas auditorias e investigações internas do governo federal. Responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, Moro será obrigado a se aposentar da magistratura para assumir o ministério. Pág. 8


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OPINIÃO A glória de uma recusa A anunciada indicação do juiz Sérgio Moro para ministro do Supremo Tribunal Federal não surpreendeu os que acompanham o desenrolar da política e suas oportunidades. Antes do segundo turno, o advogado Gustavo Bebianno, entrevistado quanto às providências que deveriam marcar o governo de Jair Bolsonaro, revelou o propósito do presidente eleito em designá-lo para a mais alta Corte do País. Antes de receber oficialmente qualquer convite, o magistrado antecipara a sua disposição em avaliar a convocação, deixando antever a possibilidade em aceitar o Ministério da Justiça até que ocorresse a aposentadoria de Celso de Mello, no fim de 2020. Convite a jurista para vaga no Pretório Excelso, visando valorizar tanto o indicado como a própria Corte que irá integrar, não constitui fato novo. Também a recusa nada tem de inédito na história secular do STF. No rol daqueles que declinaram do convite presidencial, sobrelevam as figuras de Afonso Pena, na presidência de Prudente de Morais; Mendes Pimentel, convidado por Wenceslau Braz e Getúlio Vargas; Clóvis Beviláqua, que recusou o convite de Hermes da Fonseca e Washington Luiz; Hely Lopes Meireles, que enjeitou a indicação feita por Ernesto Geisel. Em Minas Gerais, dois fatos semelhantes ganharam relevo. O barbacenense Sobral Pinto,

embora reconhecesse que a sua indicação por Juscelino Kubitschek representasse uma grande conquista, eximiu-se do chamado a fim de manter a coerência de suas convicções. Não queria que pairasse suspeita de que a sua defesa em favor da posse do presidente e sua atuação como defensor da Liga da Legalidade, fossem movidas por interesse pessoal. Vale acrescentar que a remuneração com que passaria a contar cobriria as dificuldades financeiras de sua família, pois, sempre exerceu a advocacia com abnegação franciscana, sendo conhecida a sua tendência de pouco ou nada cobrar dos desvalidos que recorriam à sua atuação destemida. Não foi outra a prova de independência de Milton Campos, a quem Castelo Branco delegara a missão de elaborar o projeto de lei que importava no aumento do número de cargos do STF. Advindo o endurecimento do regime e a promulgação do Ato Institucional nº 2, Milton Campos pediu demissão, declinando do convite para compor o mais alto Tribunal do País. Não queria, com isso, gerar a desconfiança de que a sua contribuição à melhoria do funcionamento daquele Pretório decorrera do seu interesse em ocupar uma das cadeiras do STF. Nada mais justo que um magistrado ou um jurista possa dar sua contribuição à mais elevada instância como um de seus membros. No caso de Moro, tudo leva a crer que, ao deixar as suas funções, haverá

ARISTOTELES ATHENIENSE *

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda.

um enfraquecimento da Lava Jato, o que seria motivo de contentamento para aqueles que ainda poderão ser alcançados pela atuação do Ministério Público e da Polícia Federal. No próximo dia 14 de novembro, Sérgio Moro deveria ouvir o ex-presidente Lula sobre o processo que envolve o sítio de Atibaia. Mesmo já contando com uma substituta, a sua aceitação ainda dará muito que falar, em face das penalidades anteriormente cominadas. Trata-se, sem dúvida, de um “prato cheio” que será explorado ao máximo, inclusive com repercussão internacional. Moro deveria pesar, com absoluta tranquilidade, a oportunidade que lhe surgiu, não se entusiasmando com o aceno que lhe foi feito, a fim de que continue a desfrutar do bom nome que ostenta, mercê de sua autenticidade e coragem no exercício da magistratura. O motivo fundamental de ter aceitado assumir o Ministério da Justiça seria o propósito de atender o governo, implementando forte agenda anticorrupção e anticrime organizado. Se levarmos em conta o comportamento de outros brasileiros ilustres, seremos levados a admitir que recusar o cargo de ministro do STF é mais nobre do que aceitá-lo, quando o escolhido é movido, exclusivamente, pela vaidade que esse elevado posto possa trazer a qualquer mortal.

Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

* Advogado, Conselheiro Nato da OAB e Diretor do Iab

Conservação para um futuro de incertezas ROSANA HIGA *

Grande parte dos estudos internacionais relacionados com mudanças do clima está centrada nas emissões de gases de efeito estufa para implementação de medidas de mitigação. Esse esforço é fundamental, mas também há consenso de que os esforços para apoiar sistemas ameaçados pelas alterações do clima, em parte irreversíveis, são mais urgentes do que nunca, em escalas local e global. O planejamento da produção agrícola e florestal em uma situação de mudança do clima exige tomada de decisão baseada em práticas de gestão adaptativa e melhorias contínuas que incluam ciência. Também exige avaliação de especialistas, uso de indicadores relevantes para o clima e sistemas para medir e acompanhar a eficácia das ações de adaptação. Inclui ainda observação e monitoramento, controle de fronteiras e inspeções, especialização em avaliação de risco, ferramentas de diagnóstico para detecções antecipadas. Os impactos adversos da variabilidade climática sobre a produção agrícola e florestal estão ganhando mais atenção no campo da pesquisa, com um número crescente de estudos focando a inter-relação entre clima, sistemas de produção e os custos de adaptação associados. A mudança climática é inevitável e as espécies responderão de formas diferentes. Assim, é necessário poder contar com a maior diversidade de recursos genéticos para enfrentar as eventuais ameaças provocadas pela mudança do clima. Precisamos manter a biodiversidade, incluindo variedades de culturas tradicionais e melhoradas e seus parentes silvestres. Um bom exemplo de ações para construir resiliência em face de incertezas devido a mudanças climáticas está no domínio dos recursos genéticos, alguns utilizados em outros lugares considerados menos importantes, mas que podem ter grande relevância no futuro, ao serem adaptados. Também de grande importância são os germoplasmas ameaçados pelas mudanças climáticas, indispensáveis para os processos de adaptação. O acesso ao material genético pode impactar signifi cativamente o agronegócio e atenção

especial deve ser considerada com recursos florestais. Ciclos produtivos mais longos dificultam a caracterização do impacto e medidas de adaptação e, portanto, a análise de riscos e vulnerabilidades. Uma discussão sobre os riscos potenciais pode ser obtida na cultura do eucalipto, cujas plantações apresentam, no Brasil, as maiores produtividades do mundo, resultado de investimento em práticas silviculturais e melhoramento genético. A maioria dos plantios comerciais são de florestas intensamente selecionadas para produtividade e qualidade da madeira. Entretanto, secas ocorridas no Sudeste no período de 2013 a 2015 afetaram 150 mil hectares de plantações, causando grandes perdas. Esse fato, aliado à expansão dos plantios em novas áreas, muitas propensas ao déficit hídrico, tem forçado a ampliação da base genética intraespecífica ou mesmo a inclusão de novas espécies nos programas de melhoramento genético. O problema é que muitas populações em áreas de ocorrência natural do eucalipto na Austrália, fornecedoras da base do material genético usado no Brasil, foram desmatadas ou transformadas em Parques Nacionais onde agora é proibida a coleta de material. Portanto, se o material introduzido no Brasil precisa ser conservado ou importante ferramenta para adaptação será irreparavelmente perdida. Embora as pesquisas realizadas sugiram importantes caminhos, existem lacunas sobre impactos das mudanças climáticas e estratégias de adaptação mais apropriadas. É importante ainda considerar os potenciais efeitos colaterais adversos das estratégias adaptativas, a fim de evitar soluções mais danosas que o problema e os riscos decorrentes de pressões não climáticas que atuam como multiplicadores. Assim, a estratégia de conservação, particularmente de locais e espécies, deve ser prioridade e todo esforço possível deve ser empregado para enfrentar um futuro de incertezas. * Pesquisadora da Embrapa Florestas, especialista em mudanças climáticas

Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

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O novo rosto da política em MG Empresário bem-sucedido, com trinta anos de carreira num dos maiores grupos varejistas mineiros no qual representa a terceira geração, Romeu Zema será a partir de janeiro de 2019 governador de Minas, eleito no mesmo dia em que completou 54 anos. Primeiro governador, e por enquanto o único, eleito pelo partido Novo, Zema teve uma vitória consagradora, com pouco mais de 70% dos votos válidos, melhor evidência de que os mineiros desejam mudanças, ruptura com o que se poderia chamar de velha política, traduzidas em maior compromisso com o interesse público. O escolhido, que começou como uma espécie de azarão, comemora sua vitória reafirmando que, simplesmente, pretende levar à administração pública princípios da boa gestão, aqueles mesmos que fizeram o sucesso da empresa que até há pouco estava sob seu comando. Para ele, em primeiro lugar, trata-se de escolher uma boa equipe, num processo de seleção que terá como principais parâmetros mérito e competência e sem qualquer espaço para ajustes de conveniência política. Dessa equipe, ainda desconhecida, mas certamente valorizada pelo nome do vice-governador eleito, Paulo O escolhido, que Brant, também começou como uma de larga espécie de azarão, experiência no comemora sua setor privado, vitória reafirmando espera-se em que, simplesmente, primeiro lugar pretende levar que trabalhe à administração pública princípios para reduzir da boa gestão, os gastos do aqueles mesmos que Estado e, por fizeram o sucesso da consequência, empresa que até há seu pouco estava sob seu endividamento. comando Reduzir o número de secretarias, cortar vantagens e gastos que estarão elencados a partir de uma rigorosa linha de prioridades, será o começo. Na sequência, promete o candidato eleito, mudanças, profundas, na previdência pública, onde se aloja a maior parcela do déficit e, igualmente, as maiores distorções. Também imediata, no que depender do novo governador, será a rediscussão e repactuação da dívida pública estadual. Zema acredita que encontrará em Brasília interlocutores sensíveis ao tema. Cortando gastos, suprimindo o supérfluo e o desperdício, o que ele entende como “virada” poderá acontecer mais rapidamente do que se imagina, inclusive no que toca à retomada da normalidade nos pagamentos ao pessoal e a fornecedores. Uma vez cumpridas as ações emergenciais, está no horizonte do futuro governador mineiro mudanças, de ordem tributária por exemplo, e de redução da burocracia, capazes de atrair investimentos que ajudem a acelerar o processo de recuperação da economia, alavancando a arrecadação e, consequentemente, a possibilidade de investimentos em áreas críticas como educação, saúde e segurança pública. As linhas estão traçadas, assim como estão claros os desafios a superar. E não são objetivos fora do alcance. O jogo foi jogado e o resultado já é conhecido. Agora somos todos mineiros, torcendo para que o Estado reencontre seu lugar e protagonismo.


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OPINIÃO

Analfabetismo funcional

O Supremo não pode ser um “supertribunal de revisão”

JANAÍNA SPOLIDORIO *

CAIO MARCIO EBERHART * REPRODUÇÃO

Vivemos um tempo de grandes mudanças. Com o avanço da tecnologia, novas formas de comunicação foram e continuam sendo criados e elas têm um impacto gigantesco na aprendizagem social, em geral. Mesmo com tantos avanços que temos, a quantidade de analfabetos funcionais no País continua alarmante. Cerca de três a cada dez adultos estão dentro deste tipo de analfabetismo. Chamamos de analfabeto funcional o indivíduo que tem dificuldade de compreender textos simples. Geralmente são pessoas que conseguem ler decodificando, ou seja, dão a impressão de leitura, mas esta leitura não é funcional, pois não há interpretação do que se lê. Ser plenamente alfabetizado é uma necessidade para que tenhamos sucesso em várias áreas e a alfabetização deve ser encarada, desde cedo, com muito seriedade, não apenas na escola, mas também pela família. O processo de alfabetização começa muito cedo, ainda na educação infantil, quando a criança começa a ter contato com letras e números. Cabe à família incentivar, do modo que melhor conseguir, para que a criança tenha apoio nesta fase, que é vital para sua futura aprendizagem. A família pode – e deve - ajudar a criança incentivando a leitura de formas variadas. Sempre que tiver contato com algo escrito, pode chamar a atenção da criança para as letras (ou números). Perguntar sobre as letras, fazer brincadeiras envolvendo leitura e escrita, incentivar anotações de lembretes do mercado, escrever lista com nomes para a festa de aniversário são situações cotidianas que ajudam a chamar a atenção da criança para a função social da leitura e da escrita e incentivam-na a se interessar pelo assunto. Com tantos recursos para comunicação, como as mensagens de voz, por exemplo, pode acontecer deste estímulo ser afetado. O exemplo ainda é a melhor aprendizagem. Se os pais não usam nunca a leitura e a escrita, a criança não tem um parâmetro de uso em casa e a escola, neste caso, se torna distante de sua realidade. Atualmente há uma grande quantidade de crianças que apresentam demora na alfabetização e a culpa não é totalmente da escola. Durante o período de estudo o professor promove o contato e situações de aprendizagem diversas, mas se o mesmo não ocorre fora do ambiente escolar, se torna um fenômeno isolado, sem sentido para a criança. Ela deve ser cobrada e incentivada fora da escola também, para que se interesse pelo próprio processo de aprendizagem e tenha maior sucesso na alfabetização. É preciso que ela sinta a necessidade de ler e escrever, que se interesse por suas funções sociais. Apenas ler, codificando, não vale! É importante verificar se a criança compreendeu o que acabou de ler. Quando a família lê um livro para a criança é legal fazer brincadeiras de perguntas sobre a história, por exemplo, para verificar se ela prestou atenção, se consegue lembrar dos detalhes da história. Cada pessoa aprende de uma forma diferente, a metodologia não tem total relevância nesta parte. O que importa é o que se aprendeu e como aconteceu. O correto é perceber o modo de aprendizagem da criança para poder utilizar metodologias e estratégias que sejam eficazes para ela. O que conta, contudo, nesta fase de alfabetização, é o estímulo e o interesse. Assim como aprendemos a andar andando, aprendemos a falar, falando, também aprendemos a ler lendo e a escrever escrevendo. Aos poucos estas habilidades se ajustam. O que acontece e que preocupa é que há ainda muitas pessoas que aprendem a parte básica e não conseguem ultrapassar este limite e é então que ocorre o analfabetismo funcional. Por este motivo, é preciso estar atento se a criança está realmente lendo e interpretando ou se apenas junta letras e palavras, mas não entende o motivo da importância de fazê-lo. A alfabetização é a época que irá impactar de forma memorável o restante dos anos de aprendizagem, portanto deve-se sempre estar atento aos sucessos – e fracassos – deste período. Dessa forma, é possível já incentivar o aluno a buscar maior aprendizagem, evitando que tenha problemas futuramente.

A discussão não é nova, mas, em função do atual cenário jurídico-político brasileiro, o debate sobre a questão voltou à tona e ganhou força: o Supremo Tribunal Federal (STF) deveria se tornar apenas corte constitucional e deixar os demais assuntos para outros tribunais superiores? Em primeiro lugar, faz-se necessário diferenciar tecnicamente as expressões “corte constitucional” e “suprema corte” (ou “corte de apelação”, como alguns preferem chamar). A primeira é, por definição, um órgão do Poder Judiciário responsável pelo juízo de constitucionalidade de leis e atos políticos. Em outras palavras, cabe à “corte constitucional” a última palavra quanto à interpretação e concretização da constituição. Já a “suprema corte” tem caráter de última instância, ou seja, de “corte de apelação” e de administração de justiça propriamente. No Brasil, o STF não funciona essencialmente como “corte constitucional”, pois acumula funções híbridas (de “corte constitucional” e de “corte de apelação”). Por determinação do artigo 102 da Constituição de 1988, o STF foi soerguido a um tribunal multifuncional e revisional, com competência para processar e julgar originariamente as infrações penais comuns e crimes de responsabilidade praticados por pessoas detentoras de foro privilegiado, que abarcam: Presidente da República, Vice-Presidente, Procurador-Geral da República, Ministros de Estado e os membros do Congresso Nacional. Além disso, compete ao STF o julgamento de recursos extraordinários em face de decisões que violarem o texto da Constituição, assim como de recursos ordinários em face de decisões denegatórias de habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e de injunção julgados em única instância. E mais, cabe ainda ao STF processar e julgar as ações diretas de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e ações declaratórias de constitucionalidade, dentre outras hipóteses. A partir disso, fica fácil imaginar o volume gigantesco de demandas e o caos processual decorrente, que prejudica a eficácia de sua prestação jurisdicional. Com todo respeito a quem pensa diferente, a ideia de que o

Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes

Rafael Tomaz Gabriela Pedroso

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Filiado à

STF deve atuar como um supertribunal de revisão deve ser combatida. Para ilustrar a questão, lembramos que ao julgar o habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci, no início deste ano, o ministro Luís Roberto Barroso criticou o número de processos que chegam ao STF e o fato de a corte figurar como “4ª instância” de todos os processos. Segundo os dizeres de Barroso: “Essa ideia de que o STF deva ser a 4ª instância de todos os processos, inclusive de todos os processos criminais, é um equívoco que não tem como funcionar. É de uma trágica irracionalidade, e é por isso que o STF recebe 100 mil processos por ano. (...) Não é papel de nenhuma corte constitucional no mundo julgar 10 mil HCs por ano. É inexplicável. Não há sentido

nisso. Jurisdição constitucional não é feita para julgar habeas corpus originariamente”. Nesse contexto, a resposta à pergunta acima é: sim, o STF deve se tornar uma corte essencialmente constitucional, com competência para uniformizar a interpretação e aplicação da constituição pela via do recurso extraordinário e por meio da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e declaratória de constitucionalidade (ADC), deixando a cargo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a competência para atuar como última instância de apelação. * Advogado e sócio do escritório Trotta, Eberhart, Sotomaior Karam Sociedade de Advogados, e membro da Comissão de Direito do Agronegócio da OAB/PR

Pacificar o Brasil é prioridade JOÃO GUILHERME SABINO OMETTO* A primeira missão do presidente da República eleito, assim como dos novos governadores e legislaturas federal e estaduais, é pacificar o Brasil, depois de uma campanha eleitoral permeada por ânimos inflamados, discussões ríspidas e divergências exaltadas entre amigos e familiares. O grau de agressividade, muito perceptível nas redes sociais, foi ainda mais grave do que no pleito de 2014. É prioritário, portanto, que o governo seja de conciliação nacional. A legitimidade do voto, princípio basilar da democracia, faz do eleito o presidente de todos os brasileiros, independentemente de questões ideológicas. Com certeza, muitos dos que não votaram nele passarão a respeitá-lo, se realizar uma administração ética, empreendedora e na qual se efetivem as reformas estruturais esperadas há 30 anos, desde a promulgação da Constituição de 1988, em 5 de outubro daquele ano. Nesse contexto, é essencial que, logo no início do mandato, quando o apoio de milhões de votos e a ausência do desgaste natural do exercício do poder estiverem lhe conferindo maior força política, o novo presidente já adote medidas transformadoras de impacto, encaminhando junto com o Congresso as reformas política, tributária e previdenciária, implementando ações voltadas ao equilíbrio fiscal, ao compliance, à retomada do crescimento econômico e de combate à criminalidade. São essas as principais demandas da sociedade, evidenciadas, aliás, nos debates e em toda a comunicação das campanhas eleitorais. Na legislatura federal, a renovação observada no Senado e na Câmara são fatores importantes. Esperemos, porém, que tais mudanças não se limitem à troca de partidos e pessoas, mas que atinjam, também, os hábitos e comportamento dos parlamentares. Num cenário marcado pelas investigações, prisão, julgamento e aplicação de sentenças penais a políticos e empresários, sem precedentes em nossa história, não há mais espaços para fisiologismo e clientelismo nas relações entre Executivo e Legislativo. O Congresso não pode mais ser o balcão de negó-

* Designer de atividades pedagógicas, formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456

Compete ao STF o julgamento de recursos extraordinários em face de decisões que violarem o texto da Constituição, assim como de recursos ordinários em face de decisões denegatórias de habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e de injunção julgados em única instância. E mais, cabe ainda ao STF processar e julgar as ações diretas de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e ações declaratórias de constitucionalidade, dentre outras hipóteses

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cios da governabilidade. Precisa assumir, de modo taxativo e irreversível, sua missão constitucional de representatividade do povo (Câmara dos Deputados) e dos Estados (Senado). Tal missão pressupõe legislar com base nos interesses maiores da população, fiscalizar de modo imparcial o Executivo, fazer oposição responsável, apoiar o que for pertinente e rejeitar o inadequado. Esta mudança, uma total disruptura na cultura política de nossa República, atenderia a uma das mais enfáticas expectativas dos brasileiros quanto à classe política. Obviamente, não é uma atitude de mão única. É uma postura que deve ser mantida pelos representantes dos dois poderes, incluindo a sua interação com o Judiciário e o Ministério Público. Os desafios são muitos para o novo governo, pois o Brasil continua mergulhado em sua mais grave crise econômica desde 1929 e ainda se ressente da instabilidade causada pelos escândalos de corrupção, o impeachment presidencial e as denúncias que seguem sendo investigadas no âmbito da Operação Lava Jato. Em meio a tudo isso, o grande fator positivo foi a integridade de nossas instituições, que resistem firmes e inabaladas a fatores bastante contundentes. As eleições revigoraram o cenário nacional e, mais uma vez, reciclaram a esperança dos brasileiros. Com certeza, pelos antecedentes, anseios da sociedade e premência para a solução dos complexos problemas do País, tratou-se de um dos mais importantes pleitos de toda a nossa história. Que o voto legítimo seja honrado pelos novos governantes e parlamentares e que o Estado Democrático de Direito, que nos deu toda a liberdade política e prerrogativas da cidadania expressas na Constituição, nos contemple agora com desenvolvimento e mais justiça social! * Engenheiro, vice-presidente do Conselho de Administração da Usina São Martinho e membro da Academia Nacional de Agricultura (ANA)

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ECONOMIA VEÍCULOS

Vendas da Fiat avançam 33,64% em outubro Empresa aparece em terceiro lugar no ranking nacional do setor, com participação de 14,04% no mercado MARA BIANCHETTI

Embora as vendas da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), com planta em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tenha aumentado em outubro deste ano, sobre o mesmo mês de 2017, a montadora perdeu posição no ranking do mercado de automóveis e comerciais leves do País. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a companhia emplacou 34.357 veículos no mês passado, contra os 25.707 do décimo mês do ano anterior, uma alta de 33,64%. Com o resultado, a companhia apareceu na terceira posição do ranking, respondendo por 14,04% das vendas neste exercício. Na mesma época de 2017, a empresa figurava em segundo lugar na lista, com 13,07% de participação nas vendas. No acumulado de janeiro a outubro deste exercício, a Fiat registrou o emplacamento de 271.075 unidades. Nos dez meses do ano passado, esse número era 12,98% menor, ou seja, as vendas chegaram a 239.913 unidades naquela época. A posição da montadora no ranking nacional naquele período também foi a segunda, com 13,55% de participação. Neste exercício, a montadora manteve o terceiro lugar no acumulado dos meses até outubro, com 13,39% do mercado. Tanto em outubro quanto nos primeiros dez meses, o maior volume de vendas foi registrado pela General Motors (GM), que vendeu 44.082 veículos no mês pas-

ALISSON J. SILVA

sado e 345.526 de janeiro a outubro deste exercício. Já a fatia de mercado da companhia chegou a 18% no mês passado e a 17,17% no acumulado do ano. Após permanecer como líder de mercado por 12 anos, a Fiat foi a que mais perdeu espaço durante a crise. No ano passado, a companhia totalizou 291.324 veículos emplacados, com 13,41% do mercado. Um ano antes, o volume chegou a 304.979 e 15,35% de participação. Uma queda de 4,47% entre os períodos. Caminhões e ônibus Quando considerada a venda de caminhões e ônibus, o levantamento da Fenabrave apontou que a Iveco Latin America, fabricante de veículos pesados da FCA Industrial, em Sete Lagoas, na região Central do Estado, teve crescimento nas duas bases de comparação. Em outubro, a montadora emplacou 329 caminhões e 64 ônibus. Em igual mês de 2017, estes números tinham sido 188 e 55, respectivamente. Assim, a Iveco subiu da sétima posição no ranking mensal do ano passado, para a sexta neste exercício, com 4,15% de participação, no caso dos caminhões. Já nos ônibus, a empresa manteve a quarta posição, com 3,09% de fatia do mercado. No acumulado do ano, a companhia manteve a sexta e a quarta posição para caminhões e ônibus, nesta ordem. Ao todo, a Iveco vendeu 2.319 caminhões até o décimo mês de 2018 e 1.088 ônibus no mesmo período. Nos dez primeiros meses de 2017, os números foram de 1.600 caminhões e 1.062 ônibus.

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, a Fiat verificou o emplacamento de 271.075 unidades, segundo levantamento

Mercado de novos tem melhor número em 4 anos São Paulo - O mercado de veículos novos cresceu 25,5% em outubro, ante igual mês do ano passado, para 254,7 mil unidades, em soma que considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo dados divulgados na quinta-feira (1º), pela Fenabrave, federação que representa as concessionárias. Em relação a setembro, a alta é de 19,4%. O volume é o maior para um mês desde dezembro de 2014. Para meses de outubro, trata-se do resultado mais expressivo desde 2014. No acumulado do ano, as vendas subiram 15,2%, para 2,1 milhões de unidades. Os avanços registrados em outubro, no entanto, foram impulsionados principalmente pela venda para clientes pessoa jurídica, como

locadoras, produtores rurais e frotistas em geral, que normalmente contam com descontos oferecidos pelas montadoras. Segmentos - Entre os veículos leves (automóveis e comerciais leves), segmento para o qual a Fenabrave separa os resultados para pessoa jurídica e pessoa física, o mercado cresceu três vezes mais para o primeiro do que para o segundo. Para as empresas, a expansão foi de 39% em relação a outubro do ano passado, enquanto para o consumidor comum o avanço foi de 13%. Considerando os dois tipos de clientes juntos, o crescimento foi de 24,4% na comparação interanual, para 244,7 mil unidades. Sobre o resultado de setembro, as vendas de

veículos leves avançaram 19,5%. No acumulado do ano, a alta é de 14,3%, para 2,02 milhões de unidades. Entre pesados, os emplacamentos de caminhões cresceram 56,6% em outubro, ante outubro do ano passado, para 7,9 mil unidades. O volume, se comparado a setembro, mostra avanço de 18,1%. De janeiro a outubro, as vendas chegaram a 61 mil unidades, alta de 51,1% em relação a igual período de 2017. No caso dos ônibus, os licenciamentos subiram 77% na comparação com outubro do ano passado, para 2 mil unidades. Em relação a setembro, o crescimento é de 8,2%. No acumulado do ano até outubro, as vendas do segmento tiveram expansão de 27,2%, para 15,3 mil unidades. (AE) ALISSON J. SILVA

INDÚSTRIA

Setor registra queda na produção em setembro, de acordo com IBGE Rio de Janeiro - A produção industrial caiu 1,8% em setembro, ante agosto, na série com ajuste sazonal, divulgou, na quinta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi bem maior que a mediana das projeções, que indicavam uma variação negativa de 0,90%. Ainda assim, o resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,80% até uma alta de 0,60%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF). Em relação a setembro de 2017, a produção caiu 2%. Esse recuo foi também bem maior que a mediana das estimativas, que apontavam uma queda de 0,70%. No ano, a indústria teve alta de 1,9%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou avanço de 2,7%. Setores - A produção da indústria de bens de capital teve queda de 1,3% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2017, o indicador mostrou avanço de 3,9%. No ano, houve crescimento de 8,5% na produção de bens de ca-

pital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 9,2%. Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou redução de 1,5% na passagem de agosto para setembro. Na comparação com setembro de 2017, houve queda de 2,0%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 2,4%. No acumulado em 12 meses, o avanço foi de 3,2%. Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de setembro foi de recuo de 5,5% ante agosto. Em relação a setembro de 2017, houve redução de 4,5%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve queda na produção de 0,7% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro do ano passado, a produção diminuiu 1,4%. Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 1,0% em setembro ante agosto. Em relação a setembro do ano passado, houve uma queda de 2,6%. No ano, os bens intermediários tiveram aumento de 1,0%. Em 12 meses, houve elevação de 1,7% na produção. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria teve queda de 0,9% em setembro, informou o IBGE. (AE)

Apesar da retração mensal na produção, no ano, a indústria contabiliza alta de 1,9% e, no acumulado em 12 meses, de 2,7%

Faturamento e emprego também recuam Brasília - O setor industrial teve mais um mês com o desempenho negativo, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O faturamento da indústria caiu 1,1% em setembro, as horas trabalhadas na produção diminuíram 0,9% e o nível de utilização da capacidade instalada recuou para 77,8% no último mês, na comparação com agosto, na série livre de influências

sazonais. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada na quinta-feira (1º). Para a CNI, o desemprego ainda elevado e a fragilidade financeira das famílias mantêm o consumo em baixa, o que limita a produção, deixa a ociosidade da indústria elevada e desestimula as contratações. O faturamento é a única das variáveis pesquisadas

que mostra tendência de recuperação em 2018. Mesmo com a queda registrada em setembro, o indicador cresceu 4,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na mesma base de comparação, as horas trabalhadas na produção caíram 2,1%. Os dados do mercado de trabalho também são negativos, de acordo com os indicadores. O emprego teve queda de 0,1% em setembro, frente a agosto, na

série dessazonalizada. Na comparação com setembro de 2017, o emprego registra alta de apenas 0,4%. A massa real de salários subiu 0,3% e o rendimento médio do trabalhador aumentou 0,1% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2017, contudo, a massa real de salários registra queda de 1,9% e o rendimento médio tem redução de 2,2%. (ABr)


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ECONOMIA CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

TRIBUTOS

Mineiros pagam mais imposto sobre os combustíveis Governo estadual aumentou valores de referência MARA BIANCHETTI

Com a atualização da tabela do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), usada para indexação dos valores-base para tributação nas unidades federativas e o Distrito Federal e definição do chamado preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF), o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), elevou os valores do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) cobrado sobre a gasolina, o etanol e o diesel vendidos em Minas Gerais. Os novos preços passaram a valer no último dia primeiro e representam, em Minas, alíquotas de ICMS de 31% na gasolina; 16% no etanol e 15% no diesel, conforme informações do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro). Assim, no caso da gasolina comum, o tributo cobrado até o mês passado era de R$ 1,5114 e agora saltou para R$ 1,5794, uma diferença de R$ 0,0679. No etanol, o valor do ICMS que antes era de R$ 0,4976, agora passou para R$ 0,5308, diferença de R$ 0,0332. Já no diesel, passou de R$ 0,5340 para R$ 0,5675, diferença de R$ 0,0335. O sindicato destacou que, no modelo de tributação do segmento de combustíveis (Substituição Tributária), estes valores já sofreram alteração em uma etapa anterior à Revenda de combustíveis (distribuição). Ou seja, o combustível chega das companhias distribuidoras - Ipiranga, Shell, BR Distribuidora etc. - aos postos de combustíveis situados no Estado já com os novos valores de tributação. Contexto - De maneira complementar, o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães, que representa institucionalmente os cerca de 4 mil postos no Estado, lembrou que o governo de Minas desconsidera todo o contexto econômico pelo qual a população está passando. “Novamente, os consumidores terão que suportar mais um reajuste de ICMS em Minas. Para efeito de

comparação, em janeiro deste ano os mineiros pagavam cerca de R$ 1,37 de imposto; agora, o que já era muito alto. Agora, estão pagando R$ 1,58, 21 centavos a mais somente de imposto. Absurdo e desrespeito total”, reclamou. O Minaspetro ponderou ainda que não é papel da instituição estimar o período para que determinadas baixas ou altas de impostos sobre os combustíveis tenham impacto direto nas bombas, pois a cadeia de comercialização do setor envolve outros segmentos, como as refinarias e distribuidoras de combustíveis.

Além disso, segundo a entidade, não realiza pesquisas de preço, estoque, volume de compra ou qualquer outra informação comercial junto aos postos; e não existe tabelamento no setor. Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Gerais (SEF) para comentar o assunto. O PMPF serve de base para o recolhimento do ICMS feito pelas refinarias no ato da venda dos combustíveis aos postos de gasolina.

Novos preços de referência em Minas Gerais entraram em vigor em 1º de novembro

SETOR FINANCEIRO

Banco Inter registra alta de 83% no lucro LEONARDO FRANCIA

O Banco Inter, sediado em Belo Horizonte, apurou lucro líquido de R$ 19,1 milhões no terceiro trimestre, o que representou um salto de 83% na comparação com o resultado do mesmo período de 2017. Além disso, o banco registrou um aumento de 287% no número de contas digitais do final de setembro de 2017 para o término do mesmo mês de 2018, alcançando pouco mais de 1 milhão de contas digitais. “A proposta de revolução bancária e de alterar o jeito que cliente e banco se relacionam, pautada em conveniência, produtos digitais e gratuitos, tem atraído muitos clientes”, resumiu a superintendente de Relações com Investidores e Planejamento Financeiro do Banco Inter, Helena Lopes Caldeira. Segundo a superintendente, essa relação entre cliente e banco cria um ciclo virtuoso, onde os clientes utilizam, cada vez mais, os serviços, reduzindo, ao mesmo tempo, o custo de funding. Isso viabiliza ao banco praticar menores taxas de crédito para seus clientes. Ao final do terceiro trimestre deste ano, o banco atingiu a marca de pouco mais de 1 milhão de contas digitais, com um salto de 287% em relação à marca da mesma época de 2017. Somente em setembro, foram abertas cerca de 300 mil novas contas, o que representa aproximadamente 6 mil novas contas abertas por dia útil, naquele mês.

Além disso, o volume de depósitos à vista chegou a R$ 466 milhões no final do terceiro trimestre, com uma evolução de 3,6 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. “A maioria dos clientes que entram no banco começa a usar como uma conta primária e, a partir do momento que eles tomam a decisão de investir, farão isso dentro do banco. Este crescimento dos depósitos à vista é muito relevante porque remunera a conta digital gratuita e também reduz o custo de funding”, afirmou a superintendente. De acordo com informa-

ções do banco, com 85 mil clientes investidores, o custo de captação chegou a 83,8% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e a uma redução de 12,1 pontos percentuais no terceiro trimestre deste ano na comparação com iguais meses de 2017. O saldo de captação foi de R$ 3,58 milhões no período. Ativos - Os ativos totais de crédito do Banco Inter somaram R$ 4,9 bilhões no terceiro trimestre de 2018, evolução de 42,5% em relação aos mesmos meses de 2017. O destaque foi a carteira de crédito ampliada, que

ultrapassou R$ 3 bilhões e as receitas de serviços, que atingiram R$ 62,9 milhões em setembro de 2018, e já representam 18,6% da receita líquida total. “A boa prestação de serviços aos clientes faz com que esses clientes recomendem o banco a amigos. É uma indicação legítima, que faz com que outras pessoas entrem no banco e isso provoca o aumento da receita de serviços, que era um dos objetivos”, pontuou Helena Caldeira. O banco foi fundado em 1994, como Banco Intermedium, e faz parte do grupo da MRV Engenharia (MRVE3),

da família Menin, servindo como braço de financiamento das operações. O grupo tem também a MRV Logística, de galpões e shoppings, hoje uma empresa de capital fechado, mas que tentou entrar na bolsa algum tempo atrás, sem sucesso. O banco é o primeiro banco do varejo a abrir o capital em quase uma década. Hoje, o Banco Inter é um banco digital multisserviços, com plataforma para pessoas físicas e jurídicas. A instituição tem atividades nos segmentos de crédito imobiliário, empresas, consignado e cartão de crédito.

Sicoob Credicom tem resultados positivos ANA AMÉLIA HAMDAN

A cooperativa financeira Sicoob Credicom fechou o terceiro trimestre do ano com resultados positivos. Foi registrada alta de 2,4% nos resultados financeiros de janeiro a setembro deste ano no comparativo com iguais meses do ano passado. Com isso, as sobras do período foram de R$ 46,4 milhões. Presidente do Sicoob Credicom, Garibalde Mortoza atribui os resultados à elevação das operações de crédito e ao controle das despesas administrativas. “Boa eficiência operacional resultou em uma sobra maior”, resumiu. Segundo ele, a expectativa é que o Sicoob Credicom feche o ano com crescimento dos resultados financeiros próximo

de 2,5% no comparativo com o exercício anterior. Mortoza explica que no cooperativismo não há lucro, mas sobras, que vêm do resultado gerado nas operações. Parte dessas sobras é dividida entre os cooperados, proporcionalmente à participação dos mesmos na cooperativa. De acordo com a Sicoob Credicom, o resultado atingido neste ano, até agora, se torna mais relevante considerando a redução da Selic no período, que foi de 40,12%, passando de 8,05% de janeiro a setembro de 2017 para 4,82% de janeiro a setembro de 2018. A carteira de crédito do Sicoob Credicom teve uma evolução de 22% em 12 meses e chegou a R$ 886 milhões. Já o patrimônio líquido chegou

a R$ 357 milhões, alta de 21%. Em ativos, a Credicom atingiu a marca de R$ 2,4 bilhões. Voltada para pessoas físicas e jurídicas de toda a cadeia da área da saúde, a Sicoob Credicom é a maior cooperativa do País nesse segmento e atende a profissionais como médicos, psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos. São oferecidos todos os serviços prestados por instituições financeiras, entre eles conta corrente, aplicações, operações de crédito, consórcio, poupança, máquinas de cartão de crédito. Segundo Mortoza, a cooperativa oferece várias modalidades de crédito. Com a proximidade do final do ano, por exemplo, aumenta a demanda por empréstimos destinados ao pagamento do

13º salários de funcionários. Mas o maior volume se destina a crédito para construção e reforma de hospitais e clínicas. A cooperativa tem 32 agências localizadas em Belo Horizonte e nas principais cidades do interior de Minas. O alcance é ainda mais amplo, pois é oferecido atendimento remoto. Há também atuação em São Paulo. Mortoza considera que o sistema cooperativista é uma ótima opção para melhorar o cenário de competição com o sistema dos bancos comerciais, tema bastante discutido durante a campanha presidencial. Ele ressalta que o Banco Central já vem incentivando o desenvolvimento das cooperativas financeiras.

BOLSA

Ibovespa atinge patamar histórico e dólar recua São Paulo - O bom humor no mercado internacional e as perspectivas otimistas em relação ao governo eleito do Brasil levaram o Índice Bovespa à sua terceira alta consecutiva na quinta-feira, com a qual atingiu novo recorde histórico. O índice fechou com ganho de 1,14%, aos 88.419,05 pontos, superando o recorde anterior, de 87.652,65 pontos, registrado em 26 de fevereiro. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 3,15%.

As bolsas de Nova York exerceram influência sobre o mercado brasileiro durante praticamente todo o pregão, inclusive nos momentos de fraqueza, pela manhã, quando o Ibovespa chegou a cair 0,38%. O impulso mais forte veio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontando para uma possível aproximação da China. Pelo Twitter, Trump disse que teve uma conversa “muito boa” com o presidente chinês, Xi Jinping.

Internamente, o destaque do dia foi a nomeação do juiz federal Sérgio Moro para o futuro superministério da Justiça. Inicialmente, a notícia teve impacto neutro sobre os negócios, com avaliações positivas e negativas sobre o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro. “O cenário internacional ajudou bastante, embora as ações da Petrobras tenham sofrido forte desvalorização”, disse Pedro Guilherme Lima, analista

da Ativa Investimentos. “No cenário político, a notícia sobre Sérgio Moro foi bem recebida, embora não tenha impacto algum na economia. O mercado possivelmente veja na nomeação dele um indicativo de maior popularidade do novo governo, o que elevaria as chances de aprovação da reforma da Previdência”, disse. Além de operações pontuais de realização de lucros, a alta acabou por ser limitada pelas perdas das ações da

Petrobras (-1,81% na ON e -1,09% na PN), influenciadas pelas fortes perdas dos preços do petróleo. Entre os bancos, o dia foi de ganhos expressivos, com alguns papéis repercutindo seus resultados trimestrais. Bradesco ON e PN subiram 5,26% e 5,71%. Já as units do Santander caíram 0,95%

outubro, a maior desvalorização em 28 meses. Com a moeda americana perdendo força de forma generalizada ante divisas de emergentes, o dólar terminou o dia aqui em baixa de 0,82%, aos R$ 3,6979, perto das mínimas do dia. A moeda americana operou em queda durante todo o pregão, batendo na máxima de R$ 3,7133 (-0,40%) e na míDólar - O dólar começou nima de R$ 3,6802 (-1,29%). novembro em queda, mes- Na semana, acumulou alta mo após ter recuado 8% em de 1,24%. (AE)


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ECONOMIA ÍNDICE DE CONFIANÇA

Otimismo sobe entre empresários do varejo Pesquisa da CDL-BH aponta que, no terceiro trimestre, indicador teve alta de 2,6 pontos na Capital ANA AMÉLIA HAMDAN

Os comerciantes de Belo Horizonte estão mais otimistas. Segundo pesquisa divulgada na quinta-feira (1º) pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), o Indicador de Confiança do Empresário (ICE) atingiu 58,2 pontos no terceiro trimestre do ano (julho, agosto e setembro), com avanço de 2,6 pontos no comparativo com o trimestre anterior, quando foi de 55,6 pontos. No primeiro trimestre, o índice foi de 60,9 pontos. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, quando o ICE estava em 51,2 pontos, o avanço da confiança foi bem mais significativo. O indicador varia de 0 a 100, com valores abaixo de 50 indicando percepção de piora. De acordo com o levantamento, a avaliação sobre as condições gerais – que diz respeito à situação atual em relação à de seis meses atrás – foi o que puxou o resultado para cima, avançando 9,2 pontos, passando de 30,8 pontos no segundo trimestre, para 40 pontos no terceiro trimestre. Esse é o melhor resultado da série histórica. Já as expectativas para os próximos seis meses recuaram 2,3 pontos, passando de 74,1 pontos para 71,8 pontos na

ALISSON J. SILVA

mesma base comparativa. É o menor índice do ano. No primeiro trimestre, foi de 77,3 pontos. Presidente da CDL-BH, Bruno Falci ressalta que o ICE mostrou melhora após ter registrado queda no segundo trimestre. “Vínhamos com um aumento gradativo da confiança, mas houve um soluço forte na passagem do primeiro para o segundo trimestre devido à greve dos caminhoneiros, que levou o empresariado a pisar no freio. Agora veio a melhora e acreditamos que haverá alta também no quarto trimestre”, diz. Já a queda nas expectativas, segundo Falci, está relacionada às incertezas do período eleitoral. No período em que a pesquisa foi realizada, as eleições ainda estavam indefinidas. Indicadores - Quanto à avaliação da situação atual em relação à de seis meses atrás, o índice com avanço mais robusto foi o relativo a finanças da própria empresa, que registrou 48,7 pontos no terceiro trimestre, com crescimento de 14,4 pontos na comparação com o segundo trimestre. Já a percepção dos empresários quanto ao cenário econômico do País chegou a 31,4 pontos, com crescimento de 4,2 pontos na mesma base

Confiança do setor em Belo Horizonte é maior entre comerciantes proprietários de médias e grandes empresas

comparativa. A expectativa em relação ao cenário econômico do País para os próximos seis meses apresentou queda de 7,1 pontos, chegando a 64,5 pontos. Por outro lado, o indicador de expectativa

quanto às finanças da própria empresa nos próximos seis meses cresceu 2,4 pontos, passando de 76,7 pontos para 79,1 pontos.

estão à frente das médias e grandes empresas, com indicador de 64,3 pontos, elevação de 8,5 pontos em relação ao trimestre anterior. A confiança dos Porte - A confiança é maior proprietários das pequeentre os empresários que nas empresas chegou a

60,2 pontos, enquanto no trimestre anterior foi de 58,2 pontos. A avaliação daqueles que estão à frente das microempresas foi de 52,2 pontos no segundo trimestre, para 57,6 pontos no terceiro trimestre.

NEGÓCIOS EM FOCO

Zema diz que vai simplificar a vida do setor produtivo de MG “O apoio que recebemos das associações comerciais (ACEs) em todo o Estado sem dúvida contribuiu para a nossa vitória. Já estamos trabalhando no compromisso de simplificar a vida de quem produz em Minas Gerais, estudando uma forma de a administração estadual não atrapalhar quem investe, gera empregos e impostos”. A declaração é do governador eleito Romeu Zema, em mensagem enviada ao Sistema Federaminas agradecendo o suporte oferecido pelas entidades para a sua eleição. A expressiva vitória obtida pelo empresário nas eleições para o governo do Estado recebeu os aplausos do empresariado mineiro, representado pelas associações comerciais do Sistema Federaminas. Os líderes da classe empresarial destacam que o sucesso de Zema no pleito corresponde à antiga aspiração do setor produtivo de ter um de seus legítimos representantes à frente da administração estadual. Ao mesmo tempo, continuam eles, expressa a vontade popular por mudanças na administração pública, objetivando modernizar

a máquina do Estado de forma a dotá-la de maior eficiência para o seu desenvolvimento e o atendimento das aspirações maiores do povo mineiro. Para o presidente da Federaminas, Emílio Parolini, a eleição de Romeu Zema representa uma oportunidade ímpar para a introdução na emperrada máquina pública das modernas ferramentas de gestão do setor privado. “Empresário dos mais vitoriosos, com reconhecida competência no comando de um grupo empresarial com atuação em vários estados, em diversas e importantes áreas da atividade econômica, o governador eleito tem o perfil adequado para liderar o processo de transformação da administração estadual”, avalia ele. A simplificação da legislação tributária estadual, para facilitar o cumprimento das obrigações fiscais pelas empresas, é um pleitos do setor empresarial que, na visão da Federaminas, merecerá a atenção prioritária do futuro governo. Isto porque Zema, certamente, conhece os problemas e obstáculos que constituem verdadeiros gargalos ao

DIVULGAÇÃO

desenvolvimento da atividade empresarial e se empenhará na sua correção. “A Federaminas, entidade de maior capilaridade no Estado

Empresários do ano - I A cerca de três semanas da solenidade Mérito Empresarial 2018, que a Federaminas realiza em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em 24 de novembro, aproximadamente 80 municípios mineiros já fizeram a indicação dos empresários de destaque que vão representar suas comunidades na reunião festiva. Trata-se de um dos dois principais eventos do setor empresarial mineiro e que, historicamente, interage os mundos político e de negócios ao reunir mais

de mil pessoas, entre autoridades, homenageados e convidados O Mérito Empresarial ocorrerá no espaço Capitólio, marcando o encerramento solene do XXI Congresso das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais, a acontecer naquela cidade no período de 22 a 25 de novembro. Os homenageados são definidos pelo desempenho na atividade empresarial, no movimento associativo e em ações de interesse da comunidade.

e que abrange mais de 300 associações comerciais em todas as regiões mineiras, reafirma a sua disposição de trabalhar em consonância com o governo de

Romeu Zema, tendo em vista sempre os superiores interesses do desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais”, conclui Emílio Parolini.

Empresários do ano – II Os municípios que já inscreveram seus homenageados são: Andradas, Araxá, Arcos, Bambuí, Barão de Cocais, Barbacena, Barroso, Bela Vista de Minas, Belo Horizonte, Belo Oriente, Bicas, Caeté, Campo Belo, Capelinha, Conceição do Mato Dentro, Coronel Fabriciano, Diamantina, Divinópolis, Dores de Campos, Formiga, Governador Valadares, Guanhães, Guaxupé, Ipatinga, Itabira, Itajubá, Itaú de Minas, Ituiutaba, Janaúba, João Monlevade, João Pinheiro, Juiz de Fora, Juruaia, Lagoa da Prata, Lagoa Santa, Lajinha, Leopoldina, Lima Duarte e Luz.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS

Também indicaram as cidades de Manhumirim, Mariana, Monte Carmelo, Monte Santo de Minas, Montes Claros, Muriaé, Muzambinho, Nova Lima, Novorizonte, Ouro Preto, Patos de Minas, Patrocínio, Ponte Nova, Pouso Alegre, Pratápolis, Sacramento, Salinas, Santa Bárbara, Santa Luzia, Santa Vitória, Santos Dumont, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São João Del Rei, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso, Taiobeiras, Teófilo Otoni, Timóteo, Três Corações, Três Marias, Três Pontas, Turmalina, Unaí e Vespasiano.


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ECONOMIA GESTĂƒO

ABASTECIMENTO

Montes Claros terĂĄ plano de desenvolvimento econĂ´mico Projeto foi lançado pela Sudene e visa atrair aportes para a cidade DIVULGAĂ‡ĂƒO

ANA CAROLINA DIAS

Com o objetivo de fortalecer a capacidade de desenvolvimento do municĂ­pio, Montes Claros (Norte de Minas) vai ganhar um Plano de Desenvolvimento EconĂ´mico e SustentĂĄvel. O projeto foi lançado pela SuperintendĂŞncia de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em parceria com a Associação dos MunicĂ­pios da Ă rea Mineira da Sudene (Amams) e com a prefeitura. Com apoio do Programa das Naçþes Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ĂłrgĂŁo da ONU que busca a promoção do desenvolvimento e erradicação da pobreza no mundo, o plano vai realizar um diagnĂłstico para identificar deficiĂŞncias em diversas ĂĄreas como saĂşde, educação, mobilidade e segurança e preparar a cidade para receber investimentos com foco no desenvolvimento. ApĂłs a anĂĄlise e a definição dessas necessidades, a comunidade, entidades e o poder pĂşblico vĂŁo estabelecer metas relacionadas aos aspectos identificados, visando Ă qualidade de vida do cidadĂŁo. ResponsĂĄvel financeiramente pelo projeto, a Sudene formalizou a entrega do termo de referĂŞncia do Plano de Desenvolvimento EconĂ´mico para o Pnud que, por meio de edital, vai definir a empresa de consultoria para coordenar a elaboração do plano. “O plano vai permitir identificar demandas para aten-

Município do Norte de Minas tem se destacado na atração de projetos do setor farmacêutico

der determinadas atividades que se encaixem no perfil de desenvolvimento econĂ´mico da cidade, alĂŠm de definir a carĂŞncia de mĂŁo de obra qualificada para colocĂĄ-las em prĂĄticaâ€?, explicou o secretĂĄrio de Desenvolvimento EconĂ´mico de Montes Claros, Edilson Torquato. Segundo Torquato, ainda no mĂŞs de novembro serĂŁo formados comitĂŞs que vĂŁo auxiliar a desenvolver o plano no nĂ­vel municipal e o prazo de conclusĂŁo do diagnĂłstico ĂŠ de cinco a seis meses. Na avaliação do secretĂĄrio, o projeto ĂŠ importante porque cria uma linha de desenvolvimento a ser seguida dentro do âmbito da cidade com a participação da sociedade civil e o auxĂ­lio de uma empresa de credibilidade. “Independente da continuidade do gestor pĂşblico

na função, existe uma linha de ação a ser seguida. É um planejamento feito pela sociedade civil organizada com açþes que acham ser pertinentes e ajuda a minimizar um vĂ­cio de administração pĂşblica que existe no PaĂ­s de abandonar o que foi elaborado na gestĂŁo anteriorâ€?, afirmou. Projetos – Sobre a atração de investimentos para a cidade, Torquato destacou a implantação do Distrito Industrial II. Com uma ĂĄrea de 2 milhĂľes de metros quadrados administrada pela Companhia de Desenvolvimento EconĂ´mico de Minas Gerais (Codemig), o distrito vai receber a gigante do ramo farmacĂŞutico Eurofarma, que adquiriu 250 mil metros quadrados para construir uma fĂĄbrica que receberĂĄ investimentos de cerca de R$ 600 milhĂľes

com geração de mais de 500 empregos. Nas prĂłximas semanas o projeto serĂĄ encaminhado para a Secretaria Municipal de Planejamento e GestĂŁo e as obras devem ter inĂ­cio atĂŠ o final do primeiro trimestre de 2019. Torquato ressaltou que mais cinco laboratĂłrios mostraram interesse em se instalar no novo distrito industrial e que o planejamento ĂŠ fazer de Montes Claros um polo farmacĂŞutico. “Com as definiçþes polĂ­ticas apĂłs o resultado das eleiçþes, projetos que estavam parados voltam a ter andamento. Nossa posição geogrĂĄfica privilegiada e os incentivos da Sudene sĂŁo fatores relevantes para atrair empresas para cĂĄ e a construção do distrito industrial ĂŠ mais um passo para a atração desses investimentosâ€?, concluiu.

BANCO DE FOMENTO

Desembolsos do BNDES recuam 13% Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que desembolsou R$ 43,6 bilhþes entre janeiro e setembro de 2018, uma queda de 13% em comparação com o mesmo período de 2017. As aprovaçþes de novos financiamentos totalizaram R$ 50 bilhþes, uma redução de 1% em relação ao ano passado. Por outro lado, as duas primeiras etapas dos pedidos de financiamento, as consultas e os enquadramentos de operaçþes de

crĂŠdito, cresceram nos nove primeiros meses de 2018. As consultas aumentaram 6%, enquanto os enquadramentos subiram 12% ante o mesmo perĂ­odo de 2017. Houve alta mais robusta nas consultas dos setores de indĂşstria (+34%) e infraestrutura (+11%). Os enqua-

dramentos tambĂŠm tiveram aumento significativo na indĂşstria (+45%) e na infraestrutura (+17%). Em nĂşmeros absolutos, as consultas atingiram R$ 79,2 bilhĂľes de janeiro a setembro, e os enquadramentos chegaram

a R$ R$ 74,5 bilhþes. As micro, pequenas e mÊdias empresas (MPMEs) receberam R$ 21,7 bilhþes em liberaçþes do BNDES de janeiro a setembro, um crescimento de 4% em comparação com 2017. (AE)

A BLANKS INDĂšSTRIA E COMÉRCIO DE PLACAS LTDA., por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – SEMMAD, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 5451815247, a Licença AmELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD Âą &ODVVH SDUD D DWLYLGDde de Fabricação de letras, letreiros e placas de qualquer material, exceto luminosos, localizada na Avenida das AmĂŠricas, nÂş 955, Bairro )LODGpOÂżD %HWLP 0* Âą &(3

PCHPAR PCH PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF nÂş 07.628.569/0001-45 - NIRE: 31.3.0011049-4 ATA DE AGE EM 01/10/18. CERTIDĂƒO: *UNTA #OMERCIAL DO %STADO DE -INAS 'ERAIS #ERTIlCO O ARQUIVAMENTO EM SOB O NÂ? -ARINELY DE 0AULA "OMlM 3ECRETÂśRIA 'ERAL

JATAĂ? ENERGÉTICA S.A. CNPJ/MF nÂş 07.083.477/0001-27 - NIRE 31.3.0010938-1 ATA DE AGE EM 01/10/18. CERTIDĂƒO: *UNTA #OMERCIAL DO %STADO DE -INAS 'ERAIS #ERTIlCO O ARQUIVAMENTO EM SOB O NÂ? -ARINELY DE 0AULA "OMlM 3ECRETÂśRIA 'ERAL

IRARA ENERGÉTICA S.A. CNPJ/MF nÂş 07.060.755/0001-20 - NIRE 31.3.0010940-2 ATA DE AGE EM 01/10/18. CERTIDĂƒO: *UNTA #OMERCIAL DO %STADO DE -INAS 'ERAIS #ERTIlCO O ARQUIVAMENTO EM SOB O NÂ? -ARINELY DE 0AULA "OMlM 3ECRETÂśRIA 'ERAL

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ITATIAIA MOVEIS S.A. CNPJ/MF NÂş 25.331.521/0012-05 - NIRE N° 3130004740-7 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os senhores acionistas da Itatiaia MĂłveis S.A., convocados para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada em 8 de novembro de 2018, as 10:00 (dez) horas na sede social a Alameda Oscar Niemeyer, 119, Vila da Serra, Nova Lima (MG), para deliberarem sobre os seguintes assuntos: (i) Deliberar sobre o Habitat II. Victor Penna Costa – Diretor Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş028/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO POR LOTE, visando a aquisição de itens de alimentação (ĂĄgua sem gĂĄs, ĂĄgua com gĂĄs, suco, refrigerante e pĂŁo de queijo) para as reuniĂľes internas, visando atender as demandas GR 6(1$5 $5 0* SHOR SHUtRGR GH PHVHV GH DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV GHVFULWDV QHVWH Edital e seus Anexos. Abertura dia 14/11/2018, Ă s 9h:15m. O edital bem como mais informaçþes poderĂŁo ser obtidos na Av. do Contorno, nÂş1.771 – B. Floresta – Belo Horizonte/MG – Tel. (31) 30743079, no horĂĄrio de 08 Ă s 11h, de segunda a sexta-feira ou atravĂŠs do e-mail licita@senarminas.org. br. Pollyane de Almeida Santos – Pregoeira.

Copasa registra lucro de R$ 126,3 milhĂľes no terceiro trimestre LEONARDO FRANCIA

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 126,3 milhþes, aumento de 13,7% em relação aos três meses anteriores (R$ 111 milhþes). Por outro lado, na comparação com os mesmos meses de 2017, quando o resultado da concessionåria alcançou lucro de R$ 149,7 milhþes, houve uma queda de 15,7%. O resultado tambÊm considera os números da Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor). Entre julho e setembro, a receita líquida da Copasa/ Copanor foi de R$ 1,034 bilhão, contra R$ 1,030 bilhão, com um leve aumento de 0,4% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O faturamento do terceiro trimestre com a årea de ågua foi de R$ 668,3 milhþes e o do segmento de esgoto foi de R$ 365,2 milhþes, respondendo por 64,6% e 35,4%, respectivamente. Ainda em termos financeiros, o Ebitda (lucro líquido antes do Imposto de Renda, contribuição social, despesas financeiras líquidas, despesas de depreciação e amortização) totalizou R$ 346,8 milhþes no terceiro trimestre frente R$ 381,9 milhþes em igual período de 2017, recuo de 9,2%. A margem Ebitda do intervalo ficou em 30,8%. A Copasa reforçou ainda que Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de à gua e Esgotamento Sanitårio (Arsae-MG) divulgou, ao final de junho, a Resolução nº 111/2018, na qual autorizou a aplicação de reajuste mÊdio de 4,31% nas tarifas de prestação de serviços públicos de abastecimento de ågua e de esgotamento sanitårio da companhia.

EXÉRCITO BRASILEIRO 55Âş BATALHĂƒO DE INFANTARIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG Aviso de SUSPENSĂƒO do Processo LicitatĂłrio nÂş 195/2018 – PregĂŁo 111/2018. Menor Preço por item. Futura e eventual Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de um equipamento de hematologia, em regime de comodato, com toda a manutenção preventiva e corretiva inclusa, com fornecimento de reagentes para realização de testes de perfil hematolĂłgico para o laboratĂłrio Municipal Doutor Hugo de Paiva Teixeira e LaboratĂłrio de UrgĂŞncia e emergĂŞncia da UPA, conforme solicitação da Secretaria Municipal SaĂşde. Maiores informaçþes pelo telefone: (35) 3694-4021. Rodrigo Moreti Pedroza – Gerente de Licitaçþes.

POLĂ?CIA FEDERAL SUPERINTENDĂŠNCIA REGIONAL EM MINAS GERAIS

MINISTÉRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico n° 008/2018 - SR/PF/MG OBJETO: Contratação de serviços contĂ­nuos de recepção a requerentes de documentos de viagem, em pontos de atendimento da SuperintendĂŞncia Regional da PolĂ­cia Federal em Minas Gerais, conforme condiçþes, quantidades e exigĂŞncias estabelecidas edital e anexos. EDITAL: a partir do dia 02/11/2018 atravĂŠs de “downloadâ€? no site http://www.comprasgovernamentais.gov.br, e das 09:00 Ă s 12:00 horas e das 14:00 Ă s 17:00 no SELOG/SR/PF/MG. ENTREGA DAS PROPOSTAS: atĂŠ as 08:30h do dia 14/11/2018. LOCAL: Site: “http://www.comprasgovernamentais.gov.brâ€? SELOG/SR/PF/MG

Segundo a companhia, a aplicação ocorreu de forma proporcional para consumos registrados no mês de agosto e integral a partir de setembro de 2018. Assim, de acordo com a Copasa, somente a partir de setembro, jå no terceiro trimestre, o impacto do reajuste tarifårio foi contabilizado integralmente. Resultado operacional No acumulado do ano atÊ setembro, os investimentos da Copasa/Copanor somaram R$ 512 milhþes, 43% a mais que em igual período do ano passado, quando aportes somaram R$ 358 milhþes. Segundo a companhia, considerando só os investimentos da Copasa, R$ 199 milhþes foram alocados em sistemas de abastecimento de ågua, R$ 267 milhþes em sistemas de esgotamento sanitårio e R$ 17 milhþes em programas de desenvolvimento empresarial e operacional. Considerando tambÊm os números da Copanor, ao final de setembro, a concessionåria tinha 636 concessþes de ågua e 304 de esgoto, com estabilidade e crescimento de 1,3%, respectivamente, em relação ao número de concessþes da concessionåria na mesma Êpoca de 2017. Ao final de setembro, a Copasa, incluindo sua controlada Copanor, detinha 4,3 milhþes de ligaçþes de ågua e 2,8 milhþes de esgoto. A rede distribuidora de ågua da companhia somou 53,6 mil quilômetros de extensão e a rede coletora de esgoto, 27,9 mil quilômetros. O faturamento por categoria de consumidor no terceiro trimestre deste ano ficou distribuído da seguinte forma: 65,8% para o segmento residencial; 14,6% para o setor comercial; 9,4% para o setor público; 4,1% para a indústria; e 6,1% para o residencial social.

MINISTÉRIO DA DEFESA

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP- nÂş 27/2018 – UASG 160122 Objeto: Serviço comum de Engenharia – Contratação de pessoa jurĂ­dica especializada em recuperação de telhado. Total de itens: 01. Retirada do Edital e entrega das Propostas a partir de 1/11/2018, no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura das propostas: 20/11/2018, Ă s 13:30 horas, no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Contato: Seção de Aquisiçþes, Licitaçþes e Contratos (SALC) - (38) 3213 8290. Montes Claros MG, 1 de novembro de 2018. ALEXANDRE DOS ANJOS FERREIRA - Cel Ordenador de Despesas do 55Âş BI

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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

JUSTIÇA E SEGURANÇA

MEIO AMBIENTE

Moro quer agenda anticorrupção Juiz federal aceitou convite do presidente eleito para assumir a pasta em 2019 Brasília e Rio - O juiz federal Sérgio Moro aceitou na quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o Ministério da Justiça, em uma versão ampliada, e disse que tomou a decisão para poder implementar uma agenda anticorrupção no País. “Fiz com certo pesar, pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão”, afirmou Moro em nota, assim que deixou a casa do presidente eleito, no Rio de Janeiro. “Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior”, afirmou o magistrado, que vai liderar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Pouco depois da nota do magistrado, o presidente eleito usou sua conta no Twitter para fazer o mesmo anúncio e dizer que a agenda de Moro anticorrupção, anticrime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis serão o norte do seu governo. Em vídeo divulgado mais tarde, Bolsonaro disse ainda que o futuro ministro terá liberdade total para trabalhar. Moro, 46 anos, reuniu-se com Bolsonaro na manhã de ontem para acertar os últimos detalhes. Ao deixar o local, estava acompanhado do economista Paulo Guedes, que comandará o superministério da Economia no futuro governo. Segundo Bolsonaro, ambas as partes chegaram a “100% de acordo” durante a conversa, quando Moro apresentou o que gostaria de fazer à frente do cargo e indagou se teria meios e liberdade para perseguir uma agenda de combate à corrupção, de acordo com o presidente eleito. Moro, juiz responsável pela operação Lava Jato em Curitiba, terá que deixar a carreira para assumir o ministério, já que a legislação impede que magistrados da ativa assumam outras funções de governo. O juiz afirmou ao chegar ao Rio, na manhã de ontem, que sua decisão dependia de Bolsonaro concordar com algumas condições que teria para assumir o cargo. Fontes ouvidas pela Reuters, antes do encontro, já haviam confirmado que Moro estava decidido a aceitar o cargo. Em conversas anteriores com emissários de Bolsonaro, as condições do juiz já haviam sido apresentadas e aceitas. A conversa com Bolsonaro serviu para formalizar o convite. Moro queria estar à frente de um Ministério da Justiça ampliado, em que volte para a pasta a Segurança Pública - -separada pelo governo de Michel Temer -, o comando de todas as forças

RAFAEL MARCHANTE / REUTERS

Sérgio Moro afirma que aceitou convite com certo pesar em função de ter que abandonar carreira de 22 anos de magistratura

de segurança e também o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, que faz as auditorias e investigações internas do governo federal. Com a decisão de Bolsonaro e sua equipe econômica de enxugar ministérios, a Justiça volta a incorporar o atual Ministério da Segurança Pública, área que não está dentro das especialidades de Moro. “Obviamente não é uma especialidade dele a segurança pública, mas bem assessorado e com a inteligência que lhe é peculiar, tomará as decisões adequadas nessa área”, afirmou o presidente eleito no vídeo. A segunda condição seria o compromisso do governo com as chamadas 10 medidas contra a corrupção, compiladas pelo Ministério Público em uma série de leis que não chegaram a ser aprovadas pelo Congresso. O próximo ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), foi o relator na Câmara. Mesmo antes do encontro, a Justiça Federal já preparava a substituição de Moro na 13ª Vara Federal, responsável pela Lava Jato. Decidiu-se que será aberto um processo interno de substituição, em que outros juízes se candidatam a assumir a vara. A prioridade é dada por antiguidade entre os que se candidatarem. Além disso, está definido, segundo disse na véspera uma fonte à Reuters, que os processos da Lava Jato não serão redistribuídos, mas ficarão na 13ª com o novo juiz que assumir o posto. “A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências”, afirmou Moro na nota divulgada nesta quinta-feira. Entre essas audiências, está a oitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo sobre o

Nomeação gera reações distintas Brasília - A confirmação do juiz federal Sergio Moro para comandar o Ministério da Justiça e Segurança gerou reações distintas. Ontem, Moro aceitou o convite feito pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro. Enquanto aliados do presidente eleito elogiaram a escolha, a oposição criticou. “Sem dúvida alguma, a sua posição à frente do ministério vai resgatar cada vez mais a esperança do povo brasileiro”, disse o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), eleito governador de Goiás, no primeiro turno. Em vídeo publicado nas mídias sociais, Caiado se dirigiu diretamente ao presidente eleito, enaltecendo a sensibilidade de Bolsonaro ao escolher “um homem do quilate, da competência e da capacidade de Sergio Moro para combater a corrupção em nosso País”. Caiado finalizou a breve fala colocando-se à disposição para trabalhar em sintonia com o futuro governo: “Contem com Goiás para poder dar dignidade a toda esta nação e fazer a política com altivez.” Para o deputado Daniel Coelho (PPS-PE), a escolha segue o anseio da população de combate no que se refere ao combate à corrupção e representa o fortalecimento da Operação Lava Jato. “A gente sabia que teria chiadeira da velha política para a indicação de Moro, mas, pelo trabalho que ele fez e pelo desejo do povo brasileiro de combater a corrupção, sem nenhuma dúvida é uma grande escolha”, disse o deputado sítio de Atibaia, prevista para 14 de novembro. Seria o primeiro encontro entre Lula - preso em Curitiba desde abril desde ano pela condenação no processo

em vídeo postado nas mídias sociais. Após elogiar a escolha de Moro, Coelho disse que o PPS terá posição crítica em relação ao futuro governo e criticou a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Politização - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, manifestou-se no Twitter, primeiro em tom irônico, quando Moro estava reunido com Bolsonaro, depois atacando a decisão do juiz federal. “Moro será ministro de Bolsonaro depois de ser decisivo para sua eleição, ao impedir Lula de concorrer”, escreveu a senadora. Segundo Gleisi, o PT “denunciou a politização” das decisões de Moro, no episódio do grampo da ex-presidente Dilma Rousseff em conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no vazamento da delação do ex-ministro Antônio Palocci, nas vésperas do primeiro turno. “Ajudou a eleger, vai ajudar a governar”, afirmou. Antes da confirmação de Moro, Gleisi criticou o encontro dos dois, lembrando que Bolsonaro afirmou que “Lula vai apodrecer na cadeia” e queria “exterminar os vermelhos”. “Viva juízes isentos como Moro e presidentes democráticos como Bolsonaro”, finalizou. Ajufe - Em nota à imprensa, o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes, manifestou apoio a Moro na nova função. do tríplex do Guarujá - e o juiz que o condenou desde a prisão. Antes mesmo da decisão de Moro ser anunciada, a defesa do ex-presidente, nas

“Sergio Moro sempre foi um juiz federal exemplar e que muito contribuiu para o fortalecimento da Justiça Federal”, disse. “Competência profissional e dignidade pessoal não lhe faltam para exercer as maiores funções em nossa República”, completou o juiz federal Marcelo Bretas. Peritos criminais - A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) também comemorou a indicação de Moro. “Esperamos que o novo ministério, sob a chefia de Sergio Moro, possa avançar em medidas concretas necessárias para o enfrentamento do crime organizado, buscando minar o sistema financeiro das organizações criminosas, fortalecer ações de inteligência de combate ao crime organizado e criar centros integrados de ferramentas e de expertise nessa área”, disse o presidente da associação, Marcos Camargo, em nota. Delegados - A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) diz que Moro está credenciado para a função pela carreira “brilhante e atuação notável na Operação Lava Jato”. “Ao aceitar o desafio de chefiar um reformulado Ministério da Justiça, Moro terá a oportunidade de fazer no âmbito do Poder Executivo aquilo que mais demonstrou ao longo da atuação no Poder Judiciário: combater, de forma efetiva, o crime organizado e a corrupção endêmica no Brasil”, diz a entidade, em nota. (ABr) alegações finais do processo, entregues na quarta-feira, destacou as negociações de Moro com Bolsonaro e o considerou comprometido para julgar Lula. (Reuters)

Bolsonaro volta atrás em fusão de ministérios Rio - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou ontem que os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente devem permanecer separados, abandonando a proposta de uma fusão entre as pastas. “Tivemos uma ideia que seria a fusão do Ministério do Meio Ambiente e da Agricultura, (mas) pelo que tudo indica serão dois ministérios distintos, mas com uma pessoa voltada para a defesa do meio ambiente sem o caráter xiita como feito nos últimos governos”, disse Bolsonaro em entrevista a TVs católicas. “Nós pretendemos proteger o meio ambiente sim, mas não criar dificuldade para o nosso progresso. Por exemplo, muitas vezes você precisa de uma licença ambiental, isso leva 10 anos ou mais e dificilmente se consegue. Isso não vai continuar existindo”, acrescentou. Na terça-feira, o futuro chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que as pastas de Agricultura e do Meio Ambiente seriam unificadas. No entanto, um dia depois, Luiz Antônio Nabhan Garcia, aliado do presidente eleito e líder da União Democrática Ruralista (UDR), disse que Bolsonaro ainda não havia se decidido. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, posicionou-se de maneira frontalmente contrária à proposta de fusão dos ministérios, afirmando que a decisão “trará prejuízos incalculáveis ao agronegócio brasileiro”. O atual ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, também criticou a medida. Em nota, disse que o superministério teria “dificuldades operacionais” que poderiam prejudicar as duas agendas e resultar em retaliação comercial por parte de países importadores de produtos agropecuários. Previdência – Bolsonaro reconheceu que é difícil os parlamentares aprovarem nas semanas que restam de trabalho neste ano a reforma da Previdência, mas disse que “dá para aproveitar alguma coisa” da proposta que já está em tramitação no Congresso. Em entrevista coletiva, Bolsonaro disse também que a Petrobras não tem condições de investir mais e que é preciso buscar parcerias. O presidente eleito afirmou ainda que o acordo entre a Embraer a Boeing, em negociação, vai continuar. “Ninguém quer fazer maldade com ninguém, mas algumas reformas, nós temos que obviamente tentar fazê-las, da Previdência é uma. E não é a proposta inicial como o Temer quis lá, mas dá pra aproveitar alguma coisa dela”, disse Bolsonaro em entrevista coletiva. “Apoio a reforma (da Previdência) que pode ser aprovada pela Câmara, tá certo?” O presidente eleito disse que vai analisar melhor a última versão da reforma da Previdência e que na próxima semana estará mais a par para tratar na tentativa de votação. (Reuters)


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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 5 DE NOVEMBRO DE 2018

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

TURISMO

Aviva Algar fará aporte de R$ 1 bi Está prevista a construção, a partir de 2019, de um hot park na Costa do Sauípe THAÍNE BELISSA

Unidos pela marca recém-lançada, Aviva Algar FLC, os complexos de parque e resorts do Rio Quente, no Sul de Goiás, e Costa do Sauípe, na Mata de São João, na Bahia, receberão investimento de R$ 1 bilhão até 2025. Controlada pela Algar, localizada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e pela FLC Participações e Investimentos, com sede em Goiânia, a nova marca surge com o conceito de oferta de entretenimento e não apenas hospedagem, unindo dois gigantes do mercado de turismo no Brasil. Entre as ações previstas pela marca está a construção, a partir de 2019, do Hot Park Baía das Tartarugas, na Costa do Sauípe: será o primeiro parque aquático temático da América do Sul. O diretor de Experiência Marketing e Vendas da Aviva, Heber Garrido, explica que a nova marca, lançada no dia 30 de outubro, consolida a estratégia de inovar no segmento hoteleiro focando muito mais no conteúdo e entretenimento para as famílias do que na estrutura de hospedagem. “A hospedagem passa a ser um meio para o negócio, que tem o objetivo de levar felicidade às famílias por meio de diversas programações de lazer, shows e parques”, afirma.

Segundo ele, a marca já nasce grande, tendo em vista que o complexo do Rio Quente é a maior oferta de resorts e parques no Centro-Oeste e a estrutura na Costa do Sauípe é a maior oferta de resort do Nordeste. Juntos, os parques e resorts contam com 4.500 funcionários e 2.700 apartamentos que atraem 2,2 milhões de visitantes por ano. A expectativa é de que o faturamento dos complexos em 2018 seja de R$ 700 milhões. Uma grandeza que, segundo Garrido, só vai aumentar. Nos próximos sete anos, está previsto investimento de R$ 1 bilhão nos destinos, que ganharão diversas atrações e aumentarão o faturamento da marca em 10% a 12% já em 2019. Entre as principais atrações previstas para a Costa do Sauípe está a construção do primeiro parque aquático temático da América Latina, o Hot Park Baía das Tartarugas. O diretor não abre muitas informações sobre a atração, mas garante que ela seguirá o mesmo conceito do parque aquático no Rio Quente. “Vamos replicar o case de sucesso do Rio Quente, mas dessa vez em uma região de praia e clima quente, o que justifica, inclusive, a manutenção da marca Hot Park. Dessa vez o quente é de temperatura e não de água

DIVULGAÇÃO

Os investimentos também incluem ações no complexo do Rio Quente, em Goiás

quente”, explica. De acordo com ele, o parque terá tema ligado à ecologia e à preservação das tartarugas, fazendo uma ligação com o Projeto Tamar, que atua na preservação das tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. “A expectativa é lançar o parque em 2022 e acreditamos que ele vai mudar o destino, a geração de negócios, e os visitantes”, afirma. Na Costa do Sauípe ainda estão previstos outros investimentos como a revitaliza-

ção da orla e a construção da atração “Vila Assombrada” e a “Quermesse da Vila”, novidade que remete aos pequenos parques de diversões itinerantes que rodam o Brasil. Além disso, o destino ganhará mais três restaurantes. Segundo o diretor, o público mineiro está entre os cinco que mais visitam o complexo da Costa do Sauípe. Mas, ele acredita que, com todas essas novidades, Minas Gerais subirá para a segunda posição entre os estados que mais enviam

turistas para o destino. Os investimentos também incluem ações no complexo do Rio Quente. Um deles é uma mega-atração para 2019 que ainda não pode ser divulgada. “Será inaugurada no segundo semestre do ano que vem e será a atração mais radical que um parque aquático do Brasil vai receber”, garante. Além disso, o destino também receberá a “Hot City”, uma espécie de vila na entrada do parque com lojas, restaurantes e casa de espetáculo.

Parques poderão ter isenção de imposto Brasília - O Brasil deu mais um passo para solucionar um dos principais gargalos enfrentados pelo setor de parques temáticos no País. O comitê técnico do Mercosul emitiu, nesta semana, parecer favorável à proposta que poderá resultar na isenção permanente do imposto de importação para equipamentos de entretenimento sem similares no País. A isenção, que valerá para os quatro países-membros do Mercosul, será possível com a mudança de nomenclatura dos equipamentos de bens de consumo para bens de capital. Atualmente, o imposto para importação de rodas gigantes, tobogãs, montanhas-russas e outras peças utilizadas em parques de diversões é de 20%. “Reforçamos nossa interlocução dentro do governo brasileiro e estamos prestes a resolver um problema que afeta o investimento para a implantação e renovação dos parques temáticos, atividade com forte vocação para a geração de empregos”, comenta o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz. O setor trabalha hoje com isenções temporárias, que zeram a tarifa por períodos pré-determinados de até oito meses. De acordo com estudo realizado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), a mudança de nomenclatura e a isenção de imposto de importação geraria um investimento de R$ 1,9 bilhão e geraria 56 mil postos de trabalho nos próximos cinco anos. A decisão final do Comitê Técnico Um (CT1), que lidera as discussões sobre a adoção de uma mesma regulação de isenção para os países do Mercosul, deverá ocorrer em reunião no primeiro semestre de 2019.

Economia compartilhada se consolida no setor São Paulo - Tendência mundial, a economia compartilhada vai ao encontro com os interesses de uma nova geração de consumidores, que valorizam mais as experiências em detrimento da posse. Esse conceito ganha ainda mais força com a urgente necessidade de se racionalizar os recursos naturais. Esse emergente modelo econômico, há um bom tempo, vem ganhando espaço no turismo. “Hoje, existe uma tendência de compartilhamento, não só no segmento do turismo, mas em muitas outras áreas. Hoje em dia compartilha-se helicópteros, bolsas de luxo, lanchas. Com esse novo modelo econômico, o turismo compartilhado torna-se mais inteligente, porque o cliente compra exatamente o período que tem disponível para viajar e ainda tem a possibilidade de trocar os destinos, fazendo o intercâmbio”, explica Adriana Chaud, diretora da New Time, empresa líder na comercialização imóveis fracio-

nados ou compartilhados em empreendimentos turísticos. Adriana Chaud explica que o turismo compartilhado tem crescido no Brasil, impulsionando economicamente o setor. “Estamos no mercado de imóveis compartilhados desde 2011 e, de lá pra cá, observamos a mudança no turismo compartilhado e a consolidação desse modelo no Brasil”, diz. A executiva lembra que outros modelos de negócio dentro da área de turismo também reforçam a ideia de que o setor é o que melhor tem se adaptado ao conceito de economia compartilhada. “Temos as empresas de intercâmbio de férias, como a RCI e Interval, aplicativos de transporte que compartilham veículo, como o Uber ou o Cabify, ou aplicativos de hospedagem compartilhada. Essa é uma tendência mundial, que já chegou no turismo, e começa a ser adotada em outras atividades econômicas”, afirma.

A diretora da New Time também confirma que as novas gerações, como os jovens das chamadas gerações Y (entre os 21 e 34 anos) e Z (entre 15 e 20 anos), são os que melhor estão assimilando esse novo modelo de consumo proposto pela economia compartilhada. “Os jovens de hoje dão muito mais valor a experiência, a vivência de um momento, do que a posse. Então são pessoas que não querem ter o trabalho de ter um imóvel de férias, como um apartamento na praia ou uma casa de campo, e ter trabalho com a manutenção desse imóvel pela vida toda. Por meio de um imóvel fracionado, por exemplo, a pessoa terá acesso a um empreendimento turístico de altíssimo padrão, como um resort de luxo, em um destino altamente requisitado, sem ter a dor de cabeça com condomínio, IPTU, manutenção e outras coisas, e ainda, ao valor bem mais em conta. Ou seja, é algo mais prático e ao mesmo tempo de

DIVULGAÇÃO

qualidade, valores que os jovens consumidores buscam o tempo todo”, argumenta Adriana Chaud.

Viabilidade dos projetos - Eduardo Honorato, também sócio-fundador da New Time, diz que além de melhor para os novos consumidores, a economia compartilhada tem também impulsionado novos projetos na área de turismo. Segundo ele, empreendimentos que são comercializados no sistema de multipropriedade ou fracionados conseguem uma boa forma de financiamento e têm um significativo aumento no valor geral de vendas (VGV). “O cliente, se beneficia Tendência mundial já chega a outras atividades econômicas por adquirir um empreendimento de alta qualidade, Já o incorporador lança dar vazão ao estoque de muitas vezes em resorts, projetos que talvez não um produto que já foi com serviço de hotelaria lançaria pelo momento lançado e valoriza a venda de primeira linha e pelo econômico ou ganha ao final do empreendimentempo exato que irá usar. poder usar as frações para to”, esclarece Honorato. www.facebook.com/DiariodoComercio

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NEGÓCIOS CIÊNCIA E TECNOLOGIA

5ª rodada do Seed traz aceleração dentro do programa

REPRODUÇÃO

Programa selecionou 40 startups nesta edição DA REDAÇÃO

A quinta rodada do Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed), um dos maiores programas públicos de aceleração de startups da América Latina, conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), está a todo vapor e agora conta com uma equipe 100% do Seed em toda a aceleração. Para a quinta rodada do programa, que começou em agosto, o Seed recebeu 1.073 inscrições e selecionou 40 startups (denominação para empresas em busca de um modelo de negócio repetível e escalável, que desenvolvem produtos ou serviços inovadores com potencial de rápido crescimento). Para participar, as empresas devem ter um protótipo funcional já implementado e capacidade de entregar seu produto para clientes reais. No total, já passaram pelo programa 190 startups (contando as que estão atualmente em aceleração), sendo 36 delas estrangeiras. Minas Gerais é o segundo estado do País com maior número de startups, atrás apenas de São Paulo, segundo levantamento feito pela plataforma 100 Open Startups. Cerca de 90% delas estão instaladas em Belo Horizonte, e 77% já em estágio avançado, com clientela formada e faturamento fixo. Desde a quarta rodada, em iniciativa inédita no País, o Seed passou a treinar seus próprios agentes de aceleração, responsáveis pela capacitação das startups participantes. Para a quinta rodada, o treinamento ganhou metodologia própria e foi batizado de Seed Academy. Até então, parte dessas ações era terceirizada. O processo consistiu em uma jornada de seis semanas, nas quais 10 pessoas foram treinadas pelo time

do Seed e convidados do ecossistema de empreendedorismo e inovação. “Este treinamento foi fundamental para entregar pessoas mais qualificadas para auxiliar os projetos selecionados”, afirma o coordenador do Seed, Daniel Oliveira. “Para a quinta rodada temos um programa mais robusto, com uma equipe 100% do Seed. Assim, conseguimos customizar todos os processos, o que se reflete em maior eficiência e agilidade”, aponta o coordenador. O programa também mudou de local e agora funciona no hub, que fica no prédio Rainha da Sucata, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. “É um ambiente propício para inovação, com diversas universidades no entorno, e que abriga, ainda, o Hub Minas Digital e o Meu Primeiro Negócio, programas também conduzidos pelo governo estadual. Essa proximidade permite maior integração, aumentando e fortalecendo o ecossistema”, enfatiza Oliveira. “Outra novidade é que desenvolvemos um sistema interno de inteligência para metrificar todas as ações e gerar insights a partir de cada interação que os participantes têm ao longo do programa. Esse sistema nos permitirá mais assertividade nas ações”, completa Oliveira. Oportunidade - Em 2014, o educador físico carioca Paulo Campos começou a coletar dados relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes. “Hoje, o plano/ seguro de saúde é como um cheque em branco: a operadora espera o usuário ter o problema e procurar atendimento. Ela não sabe nada sobre ele, ao contrário do que faz uma seguradora de carro, por exemplo, que precisa saber em que bairro o carro fica estacionado, se fica fora ou dentro de garagem etc. Isso é um problema, já que essas doenças têm um grande período assintomático. A pessoa pode contra-

tar o plano sem saber que tem qualquer uma dessas doenças, que são responsáveis por entre 75 a 80% dos gastos das empresas de saúde atualmente”, relata. Pensando nisso, ele criou a Medex, startup que está sendo acelerada pelo Seed. “Nossa ideia é entregar soluções para essas operadoras de seguro, seguradoras de saúde, cooperativas médicas e até mesmo para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados dos usuários ficam concentrados em um aplicativo. Semanalmente, os pacientes crônicos devem nos atualizar sobre seu estado de saúde, por meio de fotos - sejam da balança, do medidor de pressão ou de glicose. O grande barato é que há um conceito de inventivo financeiro para a prática de hábitos saudáveis”, completa Campos. Segundo Campos, atualmente cerca de 80% dos contratos de planos de saúde são de pessoas jurídicas, isto é, empresas que pagam o benefício para seus empregados. “O nosso programa reflete em uma economia grande para a empresa cujo segundo maior custo mensal normalmente é com o seguro-saúde - e em maior qualidade de vida para o usuário”, acrescenta. Com 32 mil pessoas já mapeadas nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Piauí, a Medex veio para Minas Gerais em busca de mais conhecimento e captação de clientes. “Não tínhamos tentado entrar em nenhum outro programa de aceleração, até porque não existe iniciativa parecida com o Seed no Rio de Janeiro. Pensamos em fazer negócios em um estado que sabemos que tem um mercado muito promissor para nós”, enfatiza o empreendedor. “O Seed é um MBA na prática. Tem muita coisa que a gente, que está começando, não consegue perceber e colocar como prioridade. E o programa te faz ver isso. Estamos muito felizes”, enaltece Campos.

Mentorias impulsionam negócios O Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed) oferece aceleração personalizada, mentorias, eventos, conexões e capital semente (como é chamado este primeiro investimento em empresas ou novos negócios em fase de desenvolvimento) de até R$ 80 mil. O alto número de inscrições recebidas a cada rodada mostra o potencial do Estado para o desenvolvimento de empresas tecnológicas e inovadoras. “Minas Gerais é positivamente impactada, uma vez que as empresas se desenvolvem e geram renda e empregos no estado. Além disso, muitas se estabelecem aqui mesmo após o término da aceleração. Mesmo as que não permanecem levam o nome de Minas Gerais para onde forem”, afirma o coordenador do Seed, Daniel Oliveira. Há quase um ano, as mineiras Magali Alvarenga e Andressa Assis criaram o Wicar, aplicativo e site que conectam o proprietário de veículo automotivo ao profissional especializado em lavagem e estética automotiva. “O cliente quer qualidade e segurança, e na outra ponta existe a pessoa que oferece o serviço, mas que muitas vezes não sabe se vender. O nosso aplicati-

vo faz o link entre os dois”, conta Magali Alvarenga. Para ser cadastrado, o profissional de lavagem recebe treinamento, além de ter todos os seus antecedentes checados junto à Polícia Civil. “Também oferecemos a ele todo o suporte, inclusive para virar pessoa jurídica, para se profissionalizar”, explica a empreendedora. “A partir das mentorias que estamos recebendo no Seed nós já mudamos inclusive o conceito do negócio, estamos investindo mais em parcerias com empresas, como condomínios residenciais, estacionamentos, supermercados e clubes, para atender os clientes. Já conseguimos fechar parcerias com estacionamentos e condomínio”, comemora Magali Alvarenga. Quarta rodada - Os números da quarta rodada do Seed impressionam. Foram mais de 45 mil pessoas impactadas, mais de 500 atividades de difusão realizadas em todos os 17 Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais, 960 horas de mentoria personalizada e 120 horas de conteúdo compartilhado. Foram gerados, diretamente, 164 empregos, captados mais de R$ 7,5 milhões em investimentos e as startups

faturaram mais de R$ 2,8 milhões. A quarta rodada foi de muito aprendizado e testes para o novo modelo de aceleração do Seed, consolidado agora na quinta rodada. “Internalizamos a aceleração na quarta rodada. Montamos um time próprio para desenhar o processo, ao invés de contratar uma empresa terceirizada. Essa mudança foi fundamental para a evolução e maturidade do Seed, tendo em vista que precisamos gerar conhecimento interno e nossa própria rede de contatos para crescer e aumentar nosso impacto. Na quinta rodada esse time foi ainda mais fortalecido, inclusive pelos agentes formados no Seed Academy”, destaca Oliveira. “A partir da execução interna do processo de aceleração, aprendemos que podemos aumentar a nossa capacidade de impactar as startups e o ecossistema por meio de processos customizados, alinhados, inclusive, ao nosso contexto brasileiro de inovação, além de desenvolver uma rede própria de parceiros e mentores que, sem dúvida nenhuma, são nossos principais recursos para a jornada empreendedora de cada projeto selecionado”, finaliza o coordenador do Seed.

AVIAÇÃO CIVIL

Gol inaugura laboratório de inovação tecnológica LORENZO S. M. COSTA / DIVULGAÇÃO

Selfie check-in registrou mais de 1 mi de check-ins feitos a partir de software de reconhecimento facial

São Paulo - A Gol Linhas Aéreas Inteligentes inaugura a GOLlabs, uma nova unidade de negócios focada em desenvolver tecnologia e inovação para produtos de serviços. “A Gol investe continuamente em produtos e serviços inovadores que melhorem a experiência de voo dos Clientes,” afirma o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes. “A companhia é líder em inovação de voo. Foi a primeira aérea brasileira a vender passagens on-line, a primeira na América do Sul a oferecer wi-fi a bordo e a primeira no mundo a oferecer o selfie check-in por meio de um aplicativo mobile. Por meio da GOLlabs, estamos

alavancando ainda mais a cultura da inovação para criar a próxima grande onda de novidades em tecnologia de voo”. Localizado em São Paulo, o time multidisciplinar da GOLlabs reúne experts de diferentes setores da companhia, contando com profissionais das áreas de Marketing, Aeroportos, Desenvolvedores, Designers, Product Owners e Scrum Master. A GOLlabs tem como objetivo o desenvolvimento de soluções tecnológicas que melhorem a experiência de voo dos 32 milhões de clientes que voam todo ano com a Gol. As inovações já oferecidas pela companhia têm se popularizado cada vez mais

entre os clientes. Mais de 1,4 milhão de alterações de voo já foram feiras no aplicativo da Gol por meio de serviços de geolocalização - recurso que permite aos clientes anteciparem ou postergarem voos diretamente pelo celular, além de possibilitar o recebimento de informações sobre o tempo previsto para locomoção até o aeroporto. Além disso, desde o lançamento, há mais de um ano, o serviço de selfie check-in registrou mais de 1 milhão de check-ins feitos a partir de software de reconhecimento facial. Cerca de 500.000 clientes já se registraram na plataforma, disponível para voos domésticos e internacionais da companhia.


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DC AUTO FOTOS: MERCEDES-BENZ - DIVULGAÇÃO

LANÇAMENTO

MercedesBenz apresenta o AMG CLS 53 Motorização híbrida gera 457 cv DA REDAÇÃO

Com nova motorização e detalhes inéditos de estilo e tecnologia, o modelo Mercedes AMG CLS 53 4MATIC+ está chegando ao Brasil, introduzindo o conceito de coupé com quatro portas. O modelo conta com a nova motorização de 6 cilindros em linha da marca: o motor eletrificado 3.0, alimentado por um duplo compressor atuado pelos gases de exaustão e um inédito compressor elétrico auxiliar. Em situações normais, esse motor disponibiliza 435 cv de potência e um torque máximo de 520 Nm. Ele conta, também, com o auxílio do motor de arranque/ alternador EQ Boost, que pode fornecer, em momentos determinados, 22 cv de potência adicional com mais 250 Nm de torque. Além disso, o equipamento alimenta o sistema elétrico embarcado de 48 V. Outros destaques tecnológicos do CLS 53 incluem a transmissão Speedshift TCT 9G e o sistema de tração integral AMG Performance 4MATIC+. De acordo com a Mercedes, o CLS 53 4MATIC+ acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos e atinge uma velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente). Com os cinco modos de condução do Dynamic Select (Eco, Comfort, Sport, Sport+ e Individual), ao toque de uma tecla o motorista pode individualizar ainda mais as características do CLS 53 para se adequarem às suas preferências pessoais. A gama disponível varia de eficiente e confortável a muito esportiva. Os modos selecionados alteram parâmetros-chave, como a resposta do motor, transmissão, suspensão e direção. Independentemente dos programas de condução, o motorista tem a opção de pressionar a tecla M para mudar diretamente para o modo manual, no qual as mudanças de marchas são executadas exclusivamente utilizando as aletas do câmbio posicionadas no volante. Os acertos da suspensão também podem ser selecionados, caso desejado. Design - O modelo introduz a nova linguagem de design da Mercedes-Benz, que em breve estará presente em todos os modelos da marca, caracterizada pelas linhas mais simples e superfícies com menos vincos que reforçam a sofisticação dos veículos. O CLS 53 4MATIC+ traz uma grade frontal caracterizada pela dupla lâmina horizontal, a saia dianteira com design A-wing (o defletor aerodinâmico tem o aspecto da letra “A”), soleiras laterais exclusivas da AMG, a traseira com difusor e o acabamento das ponteiras redondas do escapamento em cromo de alto brilho.

Sistema elétrico de 48 volts - A energia para o sistema elétrico embarcado de 48 volts é gerada pelo motor de arranque/alternador EQ Boost. A rede convencional de 12 volts também á suprida pelo novo sistema por meio de um conversor de tensão. Com isso, a capacidade total das baterias do veículo foi aumentada, disponibilizando mais energia elétrica e, assim, permitindo também que novas funções inovadoras sejam introduzidas. O sistema elétrico embarcado de 48 volts é o primeiro passo em direção ao futuro híbrido da AMG. Além disso, a mesma energia requer apenas um quarto da corrente de um sistema convencional. O resultado é que a fiação pode ser mais fina e consequentemente mais leve, o que indiretamente contribui para economizar combustível. O sistema de 12 volts existente fornece energia para pontos de consumo como luzes, cockpit, displays do sistema de informação e entretenimento e as unidades de controle. Interior - O interior impressiona os ocupantes com detalhes exclusivos e materiais sofisticados. O maior destaque é o inovador conceito de display e controle com mostradores brilhantes de alta resolução e uma tela panorâmica de 12,3 polegadas na diagonal. Visualmente, os dois displays se unem sob uma cobertura de vidro formando um cockpit panorâmico que, como um elemento central, dá ênfase à orientação horizontal do design interno do veículo. Como o conjunto de instrumentos, esse cockpit panorâmico contém um grande mostrador com instrumentos virtuais no campo direto da visão do motorista, assim como um display central acima do console central. Como o equipamento é totalmente digital, o condutor pode optar entre três diferentes estilos de mostradores (Classic, Sporty e Progressive), bem como configurar a seu gosto as informações e dados que considerar mais importantes. Por meio do menu AMG, é possível conferir a temperatura do motor e do óleo, a aceleração lateral e longitudinal, potência do motor e torque momentâneos, pressão de alimentação, temperatura e pressão dos pneus, além do setup momentâneo do motor. As teclas Touch Control sensíveis ao toque no volante respondem a movimentos de arrasto. Elas permitem que o condutor controle todo o sistema de informação e entretenimento sem ter que tirar as mãos do volante. O sistema também pode ser operado por meio da superfície de toque com controlador posicionada no console central e pelo

controle vocal. O controle por voz foi ampliado para incluir também as funções do veículo. Agora, o ar-condicionado e o aquecimento/ventilação dos bancos, luzes internas e o display head-up opcional também podem ser controlados por comandos vocais. A síntese de exclusividade e esportividade é reforçada pelos bancos esportivos com visual integral, com acabamento com layout AMG e logotipo de marca, cintos de segurança vermelhos e elementos de acabamento em fibra de carbono ou fibra de vidro em prata fosco. O interior reforça a esportividade do modelo com o novo volante AMG Performance de série em couro nappa. No CLS 53 4MATIC+, os bancos integrais com apoios de cabeça ajustáveis também foram redesenhados e aperfeiçoados em termos de forma, cor e escolha de material. Isso inclui todos os aspectos relacionados à otimização do conforto, ergonomia, esportividade e segurança. A fileira de bancos traseiros também foi redesenhada, com três bancos em tamanho normal. O encosto do banco, que pode ser rebatido na razão 40:20:40, assim como os apoios de cabeça com altura ajustável, permitem maior flexibilidade e praticidade no dia a dia.

Novo coupé conta com suspensão pneumática Mais agilidade, desempenho neutro nas curvas e maior tração vem como consequência da suspensão pneumática AMG Ride Control+ desenvolvida em Affalterbach, na Alemanha. A suspensão conta com câmeras de ar múltiplas com regulagem especialmente esportiva das molas/ amortecedores e amortecimento ADS+ (Adaptive Damping System sistema de amortecimento adaptativo) continuamente ajustável. Uma regulagem mais dura das molas, por exemplo, aplicada nas curvas e frenagens, reduz com eficiência a rolagem da carroceria. O eixo dianteiro é equipado com juntas de direção especiais e juntas de suporte de carga. Todos os componentes foram otimizados em termos de rigidez. Uma cambagem mais negativa na dianteira e no

eixo traseiro multibraços eleva o dinamismo lateral. O amortecimento de cada uma das rodas é ajustado para a situação de condução momentânea e as condições da estrada. Isso é feito de forma rápida e precisa, utilizando duas válvulas separadas para as forças de expansão e compressão nos amortecedores. As características de amortecimento também podem ser pré-selecionadas em três modos (Comfort, Sport e Sport+), permitindo uma diferenciação significativamente mais perceptível entre conforto para longas distâncias e comportamento dinâmico na condução esportiva. Graças ao autonivelamento pneumático nas quatro rodas, o modelo mantém uma altura de rodagem constante, independentemente da

carga do veículo. Para aumentar a distância do solo, em entradas íngremes para estacionamentos subterrâneos ou rampas, por exemplo, o nível pode ser elevado ao toque de uma tecla. O nível é abaixado automaticamente em alta velocidade. Isso melhora a estabilidade e manobrabilidade, graças ao rebaixamento do centro de gravidade. O modelo é equipado com nove airbags no total, considerando os dianteiros para condutor e passageiros, os laterais para condutor e passageiro dianteiro, os laterais nos bancos traseiros, os de cortina e o que está presente na altura dos joelhos do motorista. O Mercedes-AMG CLS 53 4MATIC+ estará disponível nos concessionários da marca a partir de novembro, com preço sugerido de R$ 599,90 mil.


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AGRONEGÓCIO UESLEI MARCELINO / REUTERS

SOJA

Brasil tem exportação recorde em outubro Dados foram divulgados pelo Mdic São Paulo - As exportações de soja do Brasil cresceram em outubro tanto na comparação mensal, quanto na anual, a um recorde para o mês, mostraram dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgados na quinta-feira (1º), com o apetite da China pela commodity mantendo fortes os embarques do maior exportador global da oleaginosa. Foram enviados ao exterior 5,3 milhões de toneladas de soja em outubro. O volume é 16% maior ante o registrado em setembro e mais de duas vezes superior ao observado em igual momento de 2017. Com isso, as exportações brasileiras de soja acumu-

laram nos dez primeiros meses de 2018 cerca de 74,5 milhões de toneladas, já bem perto da estimativa de 77 milhões de toneladas feita pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para o ano todo. A própria entidade, em entrevista recente à Reuters, disse que os embarques de soja do Brasil devem ultrapassar o inicialmente esperado para 2018. Historicamente, as vendas da commodity pelo Brasil vão se enfraquecendo ao longo do segundo semestre, dado o fim da colheita e a concorrência com o produto dos Estados Unidos. Guerra comercial - Neste

Ao todo, foram embarcados pelo País ao mercado externo cerca de 5,3 milhões de toneladas do grão no último mês

ano, contudo, o Brasil dispõe de ampla oferta de soja, após uma colheita recorde, de cerca de 120 milhões de toneladas, e também viu a demanda chinesa disparar em razão da disputa comercial com os Estados Unidos, que levou Pequim a aplicar uma taxa sobre as importações de soja norte-americana. Pelos dados mais recentes da aduana chinesa, revelados também na quinta-feira,

as compras de soja do Brasil pelo gigante asiático aumentaram 28% em setembro. Segundo o governo brasileiro, as exportações de soja em outubro geraram receita de US$ 2,1 bilhões, com um preço médio de US$ 393,8 por tonelada, ante US$ 1,8 bilhão e US$ 397,2, respectivamente, em setembro. Há um ano, o faturamento foi de US$ 939,5 milhões e o valor médio por tonelada, de US$ 377,8. (Reuters)

FRUTAS E HORTALIÇAS

Estudo traça perfil de produtores do País Brasília – Para levantar informações sobre a produção de hortaliças e frutas no País, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e o Programa Hortifruti Saber & Saúde, com apoio do Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort), lançaram o estudo inédito “Perfil Tecnológico do Produtor de Hortaliças”. O documento traz o panorama nacional da produção de frutas e hortaliças e foi apresentado às entidades do setor, federações de Agricultura e Pecuária e governo. “O estudo vai nos dar uma visão mais ampla da produção de frutas e hortaliças no Brasil. Iremos trabalhar esses dados para transmitir segurança ao consumidor e agregar valor ao produto que ele está levando para casa”, afirmou o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi. A pesquisa levantou as práticas culturais e de manejo fitossanitário, os métodos predominantes de irrigação, uso de fertilizantes e fertirrigação em frutas tropicais e temperadas, raízes tubérculos, grãos, folhas e flores. O trabalho contempla 24 culturas, como abacaxi, banana, mamão, maçã, batata, cebola, alface e repolho, entre outras. “Ficou muito claro que temos um potencial grande para aumentar nossa produção de hortifrútis à medida que aumentamos o consumo, que ainda é muito baixo no Brasil” avaliou o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos. Ele destacou que os dados vão embasar a criação de uma estratégia para informar a população sobre a importância do consumo

ERASMO PEREIRA / EPAMIG

Meta do trabalho é reunir dados da produção de diversas culturas, como, por exemplo, a da banana

de hortifrútis. “Precisamos mostrar para a sociedade que a gente produz alimentos saudáveis e quanto mais a população se alimentar de hortifrútis, mais combaterá uma série de doenças que a falta do consumo de hortifrúti causa. Com tudo isso, teremos uma população mais saudável e mais longeva, com a geração de mais emprego e mais renda”. Uso de tecnologia - O relatório revelou que em culturas como mamão, melão e brócolis, por exemplo, o índice de produtores altamente tecnificados supera 50%. O levantamento aponta ainda que a horticultura brasileira se beneficia da utilização de técnicas de irrigação que evitam desperdício de água, como gotejamento e microaspersão. Além disso, mostra que o uso de fertilizantes se

destaca por propiciar uma lavoura que demanda menos defensivos químicos. “A ideia do estudo surgiu porque precisávamos de dados do setor, que é bastante complexo com uma distribuição muito grande no País. Quanto mais informações, mais podemos falar sobre a sua importância, empregos que gera, o tamanho dessa produção e, com isso, trabalhar mais próximos às necessidades do setor”, afirmou a coordenadora executiva do Programa Hortifrúti Saber & Saúde, Adriana Brondani. O Saber & Saúde foi criado em 2017 e é resultado de uma parceria inédita entre diversos atores da cadeia produtiva, como a CNA. “A intenção do programa é promover estudos para que tenhamos, todo ano, uma informação sobre o setor para auxiliá-lo, cada vez mais,

e deixar os consumidores mais informados sobre a importância da produção de frutas e hortaliças no Brasil”, ressaltou Adriana. Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Bananicultores, Jeferson Magário, os dados apresentados serão importantes para promover uma agenda positiva para o setor e principalmente para a cadeia da bananicultura, que ainda é pouco tecnificada. “Temos um baixo nível de tecnologia ainda e justamente por esse motivo estamos aqui buscando parcerias para poder melhorar e fazer essas tecnologias chegarem aos produtores de todo o País. Com mais tecnologia você vai usar menos insumo para a mesma produção que tem hoje, porém, respeitando o meio ambiente e produzindo com sustentabilidade.” (Com informações da CNA).

CAFÉ

Exposição destaca importância de commodity para a economia mineira DA REDAÇÃO

A produção de café no Brasil em 2018 deve superar a safra 2016/2017 (51,9 milhões de sacas), podendo atingir 59,9 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Grande parte dessa produção conquistou o mundo graças a Minas Gerais, que contribui com 53,22% da produção nacional – cerca de 31,88 milhões de sacas, segundo a Conab – e exporta os grãos para mais de 60 países. A venda internacional garante que aproximadamente 19% do café consumido no mundo vem do Estado. Para destacar a importância do café em Minas, será realizada, entre os dias 5 e 18 de novembro, a “Exposição Cafés de Minas Sabor e Saber”, que ficará montada no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. “O consumidor até conhece o nosso café, ele é Top of Mind como um dos mais lembrados, mas não sabe os detalhes da cadeia de produção e o tamanho que esse segmento representa na economia”, revela Cláudio Câmpara Alves, coordenador administrativo do Sindicado das Indústrias de Café de Minas Gerais (Sindicafé). Ele conta que a entidade tem uma grande expectativa com a exposição pela forma inovadora que as informações serão apresentadas pela cultura cafeeira mineira e brasileira. “O público poderá conhecer mais e consumir um café com a qualidade desejada”. De acordo com o diretor do Grupo Asas, Marcus Ferreira, a ideia do evento é mostrar, de forma interativa e tecnológica, que o café é universo representativo e muito interessante. Para ele, o mineiro tem muito que se orgulhar do seu produto, afinal, uma a cada quatro xícaras de café consumidas no mundo por ano vem da produção mineira. “Por meio de vivências inovadoras e consistentes iremos apresentar informações para melhor qualificar o consumidor para as suas escolhas. Outro aspecto de extrema relevância é reforçar, entre os próprios produtores, as boas práticas tecnológicas e ambientais que, cada vez mais, agregam valor

ao nosso produto à frente dos demais mercados”, comenta. “Esperamos que a exposição represente para crianças, jovens e adultos, uma imersão saborosa no universo de um de nossos principais produtos”. Paixão nacional - A história do café no País começou em 1727, quando mudas de café foram trazidas da Guiana Francesa para o Pará, na região Norte do País. Mas foi na região Sudeste, em especial Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, que a pequena fruta escura de gosto marcante encontrou as melhores condições – clima e altitude – essenciais para seu cultivo e produção da bebida. O café que caiu no gosto do brasileiro ganhou outros países e coloca hoje o Brasil como maior produtor mundial dos tipos Arábica e Robusta, responsável por 59,9 milhões (35,69%) das quase 165 milhões de sacas de café que serão produzidas neste ano em todo mundo, e principal exportador de café Arábica. Já o Vietnã ocupa a liderança na produção do café Robusta e o terceiro lugar na produção mundial, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). A Europa representa o principal mercado importador, responsável pela compra de 54% do total embarcado do produto brasileiro. De acordo com o Usda, os países mais desenvolvidos do mundo, em sua maioria, não são produtores de café e são os que mais importam café brasileiro, como é o caso da Alemanha (que também é reexportador), Estados Unidos e Itália, que absorvem 50% do café exportado pelo Brasil. Estão também na lista dos importadores: Bélgica, Japão, Espanha, Rússia e França. Para a América do Norte, foram 24% do total de sacas exportadas, 16% para a Ásia e 3% para a América do Sul. Já o Brasil não se enquadra entre os países que importam café em grãos no mercado mundial. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), a Finlândia é o país que mais consome por ano a bebida no mundo por pessoa – 12 quilos -, seguido pela Noruega, com 9,9 quilos, e Islândia, com 9 quilos.


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LEGISLAÇÃO TESOURO NACIONAL

Renúncia fiscal em saúde deve atingir R$ 39 bi De acordo com levantamento, medida deve beneficiar, principalmente, contribuintes de maior renda MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

Brasília - O governo abrirá mão de arrecadar R$ 39 bilhões em 2018 com benefícios tributários na área da saúde, divulgou, na quinta-feira (1º), o Tesouro Nacional, apontando o caráter “altamente regressivo” nas deduções no Imposto de Renda das pessoas físicas, que beneficiam sobretudo os contribuintes de maior renda. Sozinhas, essas deduções para pessoas físicas responderão por R$ 13,1 bilhões, ou um terço da renúncia calculada, destacou o estudo “Aspectos Fiscais da Saúde no Brasil”. Como o benefício é dado pela multiplicação dos valores gastos com saúde pela alíquota do contribuinte, 75% do abatimento no IR é apropriado pelos contribuintes com maior renda e que estão enquadrados na alíquota máxima, apontou o Tesouro, com base nas declarações entregues no ano passado. “Ao contrário das despesas em educação, também dedutíveis do IR, não há limite máximo para a dedução de despesas médicas. Tal fato se torna ainda mais latente quando se constata que o custo dos serviços privados de saúde supera sistematicamente o IPCA”, disse o Tesouro.

pansão, que inclui também a previsão de aumento na cobertura de alguns serviços, o salto seria para 12,6% do teto. Nos dois casos, os gastos seriam bem superiores à aplicação mínima estabelecida pela regra do teto, que institui que as despesas na área não podem ser inferiores, em termos reais, ao valor do mínimo constitucional em 2017. A saúde, portanto, tem um piso. Para ter mais recursos além dessa garantia, necessariamente deve haver redução em despesas de outros ministérios. O cenário é desafiador pelo fato de o País contar com uma pesada estrutura de gastos obrigatórios, como os ligados à Previdência e à folha de pagamento do funcionalismo, que também tendem a comer uma parte cada vez maior do bolo. “Dessa forma, é fundamental o debate sobre caminhos de se aumentar a eficiência e a equidade do gasto em saúde”, destacou o Tesouro. (Reuters)

Prejuízos - “Isso faz com que as perdas fiscais decorrentes desse benefício cresçam em termos reais ano a ano, prejudicando ainda mais o cenário fiscal restritivo que o País atravessa”, acrescentou. No estudo, o Tesouro Nacional também projetou que a despesa primária da União na área de saúde subiria a 11,5% do teto de gastos em 2027 em um cenário base, que considera a evolução dos custos de oferta dos serviços de saúde, o crescimento populacional e a mudança da estrutura etária da população. Em 2017, o percentual foi de 8,7%. Em um cenário de ex-

Brasília - Após o anúncio de que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) irá fundir os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio em uma superpasta da Economia, comandada por Paulo Guedes, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) emitiu uma nota na qual considera que essa fusão de órgãos é vista com “cautela” pela categoria. “A proposta de fusão de três ministérios de tamanha envergadura causa receio e estranhamento. Seja pela magnitude da área de abrangência do novo ministério; seja pela possibilidade de

Estudo do Tesouro mostrou também que a despesa primária da União na área deve crescer a 11,5% do teto em 2027

RECEITA FEDERAL

Fusão de ministérios preocupa auditores conflito de interesses nas competências; e pela concentração de tanto poder em um único ministro”, avaliou o Sindifisco Nacional.

afirma que isso não pode ser feito de qualquer maneira. “Um colapso no funcionamento da Receita Federal, por exemplo, poderia trazer prejuízos à arrecadação, Cautela - A entidade con- ao combate à corrupção, à corda ser necessário enxugar sonegação, ao contrabando os gastos do Estado, mas e ao descaminho”, completa

o documento. A categoria afirma que está pronta para prestar auxílio naquilo que for bom para a Receita Federal e para a sociedade, mas o sindicato alerta que se mantém vigilante e acompanha as medidas anunciadas pelo

novo governo, eleito no último dia 28 de outubro. “O Sindifisco Nacional se manterá firme na defesa dos auditores-fiscais, no caso de eventuais tentativas de ataques à sua autoridade e missão institucional”, conclui a nota. (AE)

Empresas entram na mira do Projeto Malha Fiscal Brasília - A Secretaria da Receita Federal informou, na quinta-feira, 1º de novembro, que está realizando mais uma etapa de cobrança de empresas dentro do Projeto Malha Fiscal, com foco em sonegação envolvendo o Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre

o Lucro Líquido (CSLL). A operação verifica inconsistências em declarações de contribuintes relativas ao exercício de 2014. Segundo o órgão, o total de indícios de sonegação verificado no período representa aproximadamente R$ 983 milhões.

Nesta etapa de cobrança, 8.076 contribuintes estão sendo alertados por meio de carta e de mensagens em suas caixas postais, e, destaca a Receita, mesmo aqueles que ainda não foram intimados, ao identificarem equívoco na prestação de informações, podem

fazer a autorregularização, o que evitará multas e representações ao Ministério Público Federal por crimes de sonegação fiscal, entre outros. A Receita avisa que o contribuinte poderá se autorregularizar até o dia 28 de dezembro. (AE)

PORTARIA

Acesso matutino ao DOU vai passar a ser cobrado Brasília - O governo federal resolveu cobrar pelo acesso matutino do público em geral ao Diário Oficial da União (DOU), que hoje é gratuito e pela internet. A gratuidade só ocorrerá a partir do período da tarde. Portaria publicada na quinta-feira, 1º de novembro, no próprio documento diz que “o acesso às edições completas do Diário Oficial da União em formato de leitura será gratuito entre 12h e 23h59min, diariamente”. O ato determina que “serão disponibilizados mediante pagamento do interessado: I - acesso às edições completas do Diário Oficial da União em formato de leitura imediatamente após a publicação no portal da Imprensa Nacional; II - acesso ao conteúdo das edições do Diário Oficial da União em formato aberto imediata-

mente após a publicação no portal da Imprensa Nacional; III - serviço de seleção e remessa diária de conteúdo publicado no Diário Oficial da União; e IV - acesso a painéis analíticos baseados no conteúdo do Diário Oficial da União” Pela portaria publicada na quinta-feira, “o acesso ao conteúdo das edições do Diário Oficial da União em formato aberto imediatamente após a publicação no portal da Imprensa Nacional será franqueado aos órgãos de fiscalização e controle da União, mediante solicitação formal ao Diretor-Geral da Imprensa Nacional”, traz o texto. A assessoria de imprensa da Imprensa Nacional, que é vinculada à Casa Civil da Presidência da República, foi procurada para explicar melhor a medida, mas até o fechamento desta edição não respondeu aos

ROBERTO STUCKERT FILHO/PR

questionamentos feitos pela reportagem. A norma publicada no Diário Oficial da União destaca que os termos e os preços que serão cobrados pelos serviços ofertados serão regulamentados em até 180 dias. “A Imprensa Nacional manterá atualizados em seu portal institucional o portfólio de serviços em plataforma eletrônica e a respectiva tabela de preços”, cita a portaria. Histórico - O Diário Oficial da União era comercializado na forma impressa até outubro do ano passado, por meio de assinaturas e contratos avulsos, mas, no mês seguinte, a venda foi encerrada e o diário passou a ser publicado apenas na internet, com acesso liberado. O DOU está em circulação desde 1º de outubro de 1862. A publicação edita as

Os termos e preços que serão cobrados pelos serviços vão ser regulamentados em até 180 dias

normas que regem o Brasil e é formada por um conjunto de três seções diárias. O DOU divulga também atos

de nomeação e exoneração de agentes públicos, assim como aqueles referentes a contratações, convênios

e licitações da Administração Pública Federal e dos Poderes Legislativo e Judiciário. (AE)





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IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de setembro/2018 relativo a operaçþes com contratos de derivativos ¿QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

ITR - Pagamento da 2ª quota do Imposto sobre a Propriedade 7HUULWRULDO 5XUDO ,75 GR H[HUFtFLR GH ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž 'DUI &RPXP YLDV &R¿QV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH ¹ $XWRSHoDV Recolhimento GD &R¿QV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW ž † ž GD /HL Qž FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL Qž QR SHUtRGR GH ž D 'DUI &RPXP YLDV

,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de VHWHPEUR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV que optaram pelo pagamento mensal GR LPSRVWR SRU HVWLPDWLYD DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

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Agenda Federal Dia 31

Taxas de câmbio

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,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ª quota ou quota única do Imposto de Renda devido no ž WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV QR PrV GH VHWHPEUR SRU SHVVRDV MXUtGLFDV LQFOXVLYH DV LVHQWDV HP operaçþes realizadas em bolsas de YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGDV EHP FRPR HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR H GH SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV IRUD GH EROVD DUW GR 5,5 'DUI &RPXP YLDV

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,53) /XFUR QD DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV 3DJDPHQWR SRU SHVVRD ItVLFD UHVLGHQWH RX GRPLFLOLDGD QR %UDVLO GR Imposto de Renda devido sobre ganhos GH FDSLWDO OXFURV SHUFHELGRV QR PrV de setembro/2018 provenientes de DUW GR 5,5 D DOLHQDomR GH bens ou direitos adquiridos em moeda QDFLRQDO &yG 'DUI E DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV RX OLTXLGDomR RX UHVJDWH GH DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV DGTXLULGRV HP PRHGD HVWUDQJHLUD &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por SHVVRDV ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH VHWHPEUR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) ¹ 4XRWD 3DJDPHQWR GD ž TXRWD do imposto apurado pelas pessoas ItVLFDV QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH VHWHPEUR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

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&6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ª quota ou quota ~QLFD GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR ž WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO GR ,53- FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DUW GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho GH &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo 6LPSOHV 1DFLRQDO LQFLGHQWH VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV REWLGRV QD DOLHQDomR GH DWLYRV QR PrV GH VHWHPEUR DUW ž † ž GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Qž &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

5H¿V 3DHV Pagamento pelas pessoas MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL Qž H SHODV SHVVRDV ItVLFDV H MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3DUFHODPHQWR (VSHFLDO 3DHV GD SDUFHOD PHQVDO DFUHVFLGD GH MXURV SHOD 7-/3 FRQIRUPH /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53) Âą &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV GR H[WHULRU QR PrV GH VHWHPEUR DUW

5H¿V 3DJDPHQWR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2, A SEGUNDA-FEIRA, 5 DE NOVEMBRO DE 2018

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

VIVER EM VOZ ALTA

Fórum Indústria 4.0 A Usiminas realiza, na próxima terça-feira, em sua sede em Belo Horizonte (rua Professor José Vieira de Mendonça, 3.011, Engenho Nogueira), o Fórum Indústria 4.0. Durante o evento, que acontece entre 13h e 17h30, profissionais da própria empresa e do setor irão debater conceitos, cenários e “cases” de sucesso e a importância da competitividade no novo ambiente de negócios. Entre outros nomes, participam o gerente de Inovação e de Tecnologia do Senai-SP, Osvaldo Lahoz Maia; o coordenador do Hub Minas Digital, Rodolfo Zhouri e a gerente Corporativa de Governança e Sistemas de Gestão da Usiminas, Éricka Menegaz. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link www.sympla.com.br/forum-industra-40 até segunda-feira (dia 5).

Inteligência artificial O tema da próxima Quinzenal ACMinas é “Inteligência artificial e as organizações comerciais”, que será realizada na próxima terça-feira, de 17h30 às 18h30, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), que fica na avenida Afonso Pena, 372, Centro. O palestrante Sérgio Viegas é fundador e CEO da Aion e vice-presidente de Inteligência Artificial da Sucesu-Minas. A inteligência artificial funciona como ferramenta na transformação do comércio físico e virtual e as inovações tecnológicas podem gerar forte disrupção no segmento, advindas do uso diferenciado e amplo de dados para tomada de decisão.

Rodadas de negócio com startups A ACMinas Jovem, entidade que representa jovens empresários e executivos de Belo Horizonte, realiza na próxima quinta-feira, às 18h30, no Itatiaia Rádio Bar, a segunda edição do “ACMinas Jovem Conecta”. O evento, que promove rodadas de negócios em clima de happy hour, com aperitivos, bebidas e descontração, é realizado em parceria com a Orbi Conecta, um espaço colaborativo de promoção de inovação. O objetivo do encontro é integrar, de forma criativa, empresas associadas, startups e parceiros estratégicos para incentivar o fomento de novos negócios e networking.

Cursos sobre gestão pública Especialista em direito tributário e em direito urbanístico, a advogada Juliana Fernandino Costa, consultora nos setores de gestão do solo urbano e de tributos municipais em várias cidades de Minas Gerais, vai realizar, nos próximos dias 6 e 7, cursos sobre a legislação e a fiscalização do Imposto sobre Serviços (ISS) de bancos e cartórios e como adequar a legislação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e atualizar a Planta Genérica de Valores (PGV). O evento do dia 6 será realizado no Royal Golden Hotel, na rua Rio Grande do Norte, 1015, no Funcionários e o do dia 7 será realizado no Royal Savassi Boutique Hotel, rua Alagoas, 699, na Savassi. O valor do investimento é de R$ 690,00, para cada curso. Mais informações pelos números (31) 3026-5544, (31) 99650-4700 ou pelo e-mail contato@pautamunicipal.com.br.

Unimed Minas é premiada A Unimed Federação Minas conquistou o 2º lugar no Prêmio SomosCoop – Melhores do Ano, realizado pelo Sistema OCB, na categoria “Fidelização”. A entrega aconteceu na última terça-feira (30), em Brasília. O Programa de Relacionamento com o Cooperado foi desenvolvido para auxiliar as Unimeds mineiras nos processos internos de integração com a cooperativa e fortalecimento da governança, construindo um relacionamento cada vez mais próximo, por meio de uma relação de confiança, admiração e credibilidade.

Cadeia alimentar

CARLOS ALBERTO/IMPRENSA MG

ROGÉRIO FARIA TAVARES*

Sem hesitar, desferiu o pior insulto que lhe veio à cabeça contra a menina que tomava conta de sua filha. A ele acrescentou, aos berros, a informação de que não a deixaria, naquele dia, levar a marmita com que a remunerava, em represália a um ou dois deslizes cometidos no trato com o bebê. Por um segundo, pensou até que o melhor seria aplicar-lhe um bom tapa na cara, como fizera de outras vezes. Pronta para sair, preferiu não correr o risco de atrasar-se. Profissional, sabia da importância da pontualidade em seu ramo de atuação. Levou a criança para a casa da mãe, comprometendo-se a buscá-la na manhã seguinte. Chegou ao seu privé a tempo de despir-se com calma, borrifar-se com a fragrância da moda e cobrir-se com o tecido sugerido pelo cliente. Deixou a porta entreaberta, conforme combinado. Satisfeito, ele a encontrou como pediu nas mensagens trocadas pelo WhatsApp: embalada em cetim vermelho. Aproximou-se. Mandou que ela afastasse o lençol. Avaliou a cor e os dentes, frente e costas. Tocou a pele viçosa, cheirando a perfume badalado, quitado em numerosas prestações. Sem dificuldade, constatou a autenticidade das fotos postadas. Salivou, desejando atracar-se logo com as carnes quentes da morena de boca grande e ancas largas. Alojou o paletó sobre a cadeira. Desabotoou a camisa, ansioso. Atirou cintos e sapatos contra o espelho. Desfazendo-se das peças restantes, viu-se em pêlo, animal de unhas afiadas, o pescoço projetado para frente, o maxilar retesado, os cabelos fartos em desalinho. Atacou a presa. Mergulhado em suas curvas, o suor escorrendo entre braços e pernas, o peito arfando, consumiu, voraz, o corpo rijo da fêmea contratada. Custou a saciar-

-se. Faminto, ao primeiro ápice de seu prazer seguiram-se mais dois ou três, ao longo da madrugada. Foi embora por volta das sete da manhã, deixando-a quatrocentos reais menos pobre. Seguiu direto para o trabalho. Em poucos minutos soube, pelos colegas, que o presidente da companhia estava de volta, depois de várias semanas viajando. Tentou, por um bom tempo, passar despercebido, na esperança de não ser incomodado. Estratégia inútil. No final do expediente, antes que pudesse escapar, o chefe entrou pela porta entreaberta de sua sala, como temia. Com o sorriso estampado no rosto tratado a cremes caros, comprados a vista, ele cumprimentou seu empregado com a voz macia, as mãos bem cuidadas afrouxando o nó da gravata.

Macho alfa, apropriou-se de todo o território: abaixou as persianas, reduziu a claridade do recinto, alterou a temperatura do ar-condicionado, mudou a ordem dos porta-retratos sobre a mesa. No frigobar, serviu-se de água com gás e uma dose de uísque. Aproximando-se, conferiu a textura da camisa do funcionário e a qualidade de seu terno, comprados no cartão de crédito. Fez um elogio sincero. Os ruídos vindos da rua foram diminuindo aos poucos. A noite cobriu o céu com seu pano escuro. Dono das horas, o líder empresarial do ano foi embora sem quitar as extras, largando o seu colaborador mais uma vez exausto, precisando aliviar a tensão. * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras

CULTURA DIVULGAÇÃO

Música Folk celta - A cantora e compositora canadense Loreena McKennitt, que acaba de lançar sua primeira gravação de canções originais desde 2006, faza turnê Lost Souls na América Latina, começando pelo Brasil e depois passando pela Argentina e Chile. A eclética mistura céltica de música popular, pop e folk de Loreena McKennitt já vendeu mais de 14 milhões de álbuns em todo o mundo. Ela será acompanhada pelos músicos Brian Hughes (guitarras, oud e celta bouzouki), Caroline Lavelle (violoncelo), Hugh Marsh (violino), Dudley Philips (contrabaixo) e Robert Brian (bateria). Quando: 4 de novembro (20h30) Quanto: a partir de R$ 175,00

Onde: Km de Vantagens Hall BH (avenida Senhora do Carmo, 230, São Pedro) Divas - As grandes intérpretes da música mundial sempre foram inspiração para a cantora e compositora mineira Gabriela Pepino. Para homenagear as inspirações de sua carreira, Gabriela Pepino estreia o show “Divas”. No repertório, os clássicos eternizados na voz de divas mundiais como Aretha Franklin, Diana Ross, Janis Joplin, Etta James, Whitney Houston, Celine Dion, Tina Turner, Adele, Mariah Carey, Joss Stone, Beyonce, Lauryn Hill e Amy Winehouse. A banda que acompanha Gabriela Pepino é formada pelos músicos Felipe Fantoni (baixo), Helton Lima (bateria), Paulinho Sartori (guitarra) e Marcos Nogueira (teclado). Quando: 2 e 3 de novembro (21h) Quanto: ingressos à venda no site Sympla (valor não divulgado) Onde: Teatro Pátio Savassi (avenida do Contorno, 6061, 3º andar, São Pedro)

Artes plásticas “Pintura Nua” - O artista plástico Fernando Pacheco inicia as comemorações de seus 50 anos de atividades com a exposição “Fernando Pacheco - Pintura Nua”, que reúne inédito conjunto de 40 obras, em formatos médios e grandes, que abrangem diversas facetas estéticas e conceituais do rico e criativo universo do artista. Quando: até 25 de janeiro de 2019 (de segunda a sextafeira, 10h às 18h; e sábado, 10h às 14h) Quanto: entrada gratuita Onde: P.S. Galeria (rua Antônio de Albuquerque, 911, Funcionários) Literatura Sempre um Papo – O jornalista e escritor Dino Sávio participa de debate e faz o lançamento do livro “Quem é de lá que vem aí?” (Ed. Letramento), que retrata a saga de um jovem à procura de uma mulher por quem se apaixonou perdidamente, mas que sumiu no mundo sem deixar nome, endereço,

telefone ou qualquer informação que pudesse indicar o seu paradeiro. Quando: dia 5 de novembro (19h30) Quanto: entrada gratuita Onde: Biblioteca Pública Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, Funcionários) Fórum - Com o tema “Emergências: Literaturas e Outras Narrativas”; Angelo Oswaldo, secretário de Estado de Cultura, media o debate sobre o “Patrimônio Colonial Latino-Americano” dentro do Fórum das Letras de Ouro Preto. O evento homenageará os poetas Guilherme Mansur e Paulo Leminski. Quando: dias 2 a 4 de novembro Quanto: entrada gratuita Onde: Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

inflamadas. Com direção de Miwa Yanagizawa e Maria Sílvia Siqueira Campos, do Areas Coletivo de Arte, “Urgente” discute nossas relações atuais com o tempo e a impressão de que os dias, meses e anos passam cada vez mais rápido, assim como a sensação de impotência diante de tudo. Quando: 2 a 18 de novembro, de sexta a domingo, às 20h Quanto: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia) Onde: Teatro Marília (avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia) TIAGO LIMA/DIVULGAÇÃO

Teatro “Urgente” – A peça “Urgente”, espetáculo da Cia. Luna Lunera em parceria com o Areas Coletivo de Arte, traz a captura do tempo de cinco pessoas com cotidianos ordinários em um espaço condensado e relações

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