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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 24, A SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018 PAULO CUNHA/OUTRA VISÃO/DIVULGAÇÃO
EDITORIAL
A empresa investe não apenas na expansão das lojas, mas também em promoções, diversificação do mix de produtos e comércio digital
Decisão Atacarejo investe R$ 20 milhões em expansão Com seis lojas em Minas, rede saltará para 10 nos próximos dois anos A rede mineira de supermercados e atacadista Decisão Atacarejo, com seis lojas na Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai abrir mais quatro unidades na Grande BH a partir do
ano que vem. Com investimento médio de R$ 5 milhões por loja, a rede deverá aportar, somente em pontos físicos, R$ 20 milhões nos próximos dois anos, chegando a 10 lojas em Minas Gerais até 2020. De
ABRH: as transformações no mercado de trabalho O impacto das novas tecnologias e de processos inovadores no mercado de trabalho foi o principal tema discutido na segunda edição do “Conexões Humanas”, evento realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), na Capital. Especialistas de RH, empresários do setor e professores na área de negócios trouxeram contribuições sobre as mudanças impostas pela era digital e apontaram possíveis soluções de “sobrevivência”. Págs. 11, 12, 13 ALISSON J. SILVA
acordo com o diretor Comercial e de Marketing da empresa, Leonardo Vilaça, a expansão é ancorada pelo aumento das vendas registradas nos últimos anos com a mudança do perfil do consumidor, que
Salim Mattar comandará Secretaria de Privatizações O executivo Salim Mattar, fundador da mineira Localiza, aceitou na última sexta-feira o convite para comandar a Secretaria de Privatizações, que será vinculada ao Ministério da Economia no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. O órgão será responsável pelos projetos de desestatização e desinvestimentos. Pág. 10
cada vez mais busca promoções e comodidades na hora de ir às compras. Além disso, para o ano que vem está previsto o lançamento de uma nova plataforma digital de vendas. Pág. 5
Varejista da Zona da Mata mantém os investimentos Os empresários do comércio varejista da Zona da Mata conseguiram manter investimentos mesmo num cenário de crise. Dos estabelecimentos da região, 73,3% foram afetados pela recessão, mas apenas 2,4% fizeram cortes nos investimentos. O principal efeito sentido foi queda na receita de vendas, percebida por 90% dos comerciantes. Os números fazem parte do “Estudo sobre as regiões de Planejamento de Minas Gerais – Zona da Mata”, realizado pela Fecomércio MG. Pág. 4 ALISSON J. SILVA
Copasa contará com 80 milhões de euros para investimentos
A urgência de adaptação foi debatida no evento Dólar - dia 23
Euro - dia 23
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,8236 Venda: R$ 3,8241
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A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pode contratar um empréstimo de 80 milhões de euros do banco de fomento alemão KfW. Os recursos serão aplicados no Programa de Proteção Ambiental em Municípios, contemplando a eficiência energética em elevatórias, melhorias em estações de tratamento de esgoto e sistemas de esgotamento sanitário. Pág. 7
Venda: R$ 4,3222
Poupança (dia 26): ............ 0,3715%
Turismo
IPCA-IBGE (Outubro): ....... 0,45%
Compra: R$ 3,7870 Venda: R$ 3,9630
Nova York (onça-troy): US$ 1.223,20
IPCA-Ipead (Outubro): ...... 0,29%
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IGP-M (Outubro): .................... 0,48%
Compra: R$ 3,8075 Venda: R$ 3,8081
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Ouro - dia 23
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O principal empecilho é a alta carga tributária
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Reequilíbrio das contas públicas e recuperação do ambiente de negócios em Minas Gerais. Para o governador eleito Romeu Zema, estes dois pontos resumem os maiores desafios de sua gestão e o sinal de partida para ações que pretendem ser transformadoras. Simplificar e desburocratizar está nessa linha, num processo que pode guardar semelhanças com todo o esforço realizado, a partir da publicação do Diagnóstico da Economia Mineira, em meados dos anos sessenta quando o governador Israel Pinheiro chegou ao Palácio da Liberdade e só encontrou restrições, por conta da falta de sintonia com o regime militar. Sem poder agir, o construtor de Brasília teve a sabedoria de planejar, de construir um modelo que respondia às fragilidades assinaladas no diagnóstico, e que seu sucessor, Rondon Pacheco, teve a sabedoria de implantar. “A receita já está pronta”, pág. 2
OPINIÃO Mais de 170 anos depois, o cooperativismo está mostrando que pode ser um antídoto eficaz a outro tipo de crise, esta bem mais grave do que aquela provocada pela Revolução Industrial. Neste ano completamos 10 anos de um dos maiores terremotos econômicos da história, que teve início nos Estados Unidos com uma “bolha” no mercado imobiliário – os chamados subprimes –, cujo alarme soou quando o banco Lehman Brothers quebrou. A crise se espalhou para a Europa, a China e o resto do mundo, inclusive o Brasil. E até hoje não nos livramos completamente das ondas de choque desse terremoto. No Brasil, mesmo com a instabilidade global e a maior recessão econômica de sua história, o cooperativismo pôde mostrar a força de um modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade, visando ao bem-estar de seus cooperados e das comunidades. (Edivaldo Del Grande), pág. 3
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OPINIÃO O conflito entre a lei e a integridade YURI SAHIONE * Com a entrada em vigor da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13) e com a promulgação de sucessivas regulamentações pelos entes federativos (União, Estados e Municípios) a prevenção à corrupção e aos atos lesivos contra Administração Pública virou realidade no ambiente de negócios do País. Ainda que o incentivo dado pela Lei Anticorrupção para a adoção dos programas de integridade não seja dos mais vantajosos - a adoção de programa de integridade pela empresa pode levar à redução da multa, que no âmbito federal pode chegar a 4% -, as empresas passaram a entender que não se trata apenas de garantir a atenuação de uma eventual penalidade, mas de adequação a uma nova postura empresarial. As empresas que possuem um programa de integridade implementado e ativo diminuem as chances de se verem envolvidas em atos ilícitos. Isso porque são funções típicas do programa: detectar, prevenir e remediar, ou seja, o programa irá identificar os riscos de corrupção a que a empresa está exposta, indicará boas práticas de conduta para mitigar esses riscos, além de promover treinamentos aos colaboradores e à alta direção. Mesmo com a identificação de riscos e com a adoção de medidas para reduzir a probabilidade e o impacto da sua materialização, em se concretizando o risco, a empresa poderá valer-se de suas políticas internas para aplicar as consequências lá previstas, que podem chegar até a demissão por justa causa do funcionário ou a rescisão do contrato, havendo a responsabilidade de terceiros. Com todos os benefícios que o programa de integridade pode trazer às corporações, na perspectiva de evitação de prejuízos materiais, de imagem ou mesmo para mostrar para a sociedade e parceiros de negócios que a empresa é confiável e socialmente responsável, parece imperativa a implementação do programa pelas empresas. É fato, contudo, que a lei não torna obrigatória a implementação do programa pelas empresas. Embora
as grandes corporações, como regra geral, exijam de seus contratados a existência de programa ou a adesão aos seus programas, esse tipo de exigência não pode ser implementada pelo Poder Público, ante a falta de lei que a ampare. Com raras exceções, como no caso do Estado do Rio de Janeiro, que torna obrigatório o programa de integridade para quem queira contratar com a administração estadual, não existe na legislação federal qualquer exigência semelhante, mesmo depois da promulgação da Lei 13.303/16 (Lei das Estatais), que obriga as empresas públicas e sociedades de economias mistas a terem Comitê de Auditoria Estatutário e a adotar as melhores práticas de governança e gestão de riscos. Se as empresas com participação estatal são obrigadas a fazer a gestão dos seus riscos de integridade, incluindo os decorrentes da relação com terceiros, é natural que, a exemplo da iniciativa privada, possam fazer uma due dilligence e decidir por não contratar ou manter contratos com aqueles terceiros que representem alto risco para o negócio. O problema é que a Administração Pública, assim como as empresas com participação estatal, está vinculada ao princípio da legalidade, ou seja, aos parâmetros e limites definidos em lei, inclusive quanto às questões relacionadas à contratação. Dessa forma, utilizar o resultado das diligências de integridade como critério para limitar a participação de empresas em certames ou mesmo para escolher o vencedor dentre os competidores participantes não é legal, por objetiva ausência de lei que permita tal restrição nos processos de contratação públicos. Não havendo lei que ampare a limitação da concorrência, não se pode impedir a participação de empresas que atendam aos requisitos legais e aos critérios do edital, ainda que o risco de integridade seja alto. Mesmo que a legalidade impeça a restrição da concorrência pelo risco de integridade, empresas têm sido impe-
didas de participar de concorrências promovidas pela Petrobras, por falharem no processo de due diligence de integridade, ainda que tais empresas sejam atuais prestadoras de serviços da sociedade de econômica mista. A questão acabou judicializada, havendo algumas poucas decisões contraditórias de primeira instância. As sentenças que reconhecem a ilegalidade na limitação da participação nas concorrências se fundamentam basicamente na inexistência de previsão legal para justificar a restrição à competição. Do outro lado, há decisões que reconhecem a autonomia da Petrobras em estabelecer suas regras de contratação, especialmente porque amparadas nas políticas de prevenção à corrupção aprovadas pelo seu Conselho de Administração e que a postura empresarial de evitar parceiros comerciais que tragam alto risco de integridade está em linha com a nova fase que a empresa vive no pós-Operação Lava Jato. A polêmica travada nos tribunais não deveria ter razão de existir, se já houvesse sido promovida a tão anunciada reforma na legislação federal que trata das licitações e contratações públicas em geral. É contraditório exigir que as empresas com participação estatal tenham uma gestão profissional e adotem as melhores práticas de governança, gestão de riscos e compliance, se estão impedidas de mitigar um conhecido foco de riscos, que deriva da contratação de terceiros. Enquanto não vier a mudança legislativa, ainda não que desejável a celebração de negócios com empresas que possuem alto grau de risco de integridade, caberá às empresas promover supervisão mais próxima desses prestadores de serviços, quer pelos fiscais dos contratos, quer pela realização de auditorias mais periódicas, em atendimento às obrigações importas pela Lei das Estatais. * Advogado especialista em compliance e membro do Conselho Deliberativo do Instituto Compliance Rio (ICRio)
Êta mundo velho de guerra! (II) CESAR VANUCCI * “Vladimir Herzog era um agente do serviço secreto inglês.” (Olavo Carvalho, escritor e filósofo) Mais amostras de situações singulares derivadas de um momento humano repletos de perplexidades e inexplicabilidades. l As declarações do escritor Olavo Carvalho. O filósofo e escritor Olavo de Carvalho, autor de trabalhos bastante difundidos, sobretudo nas redes sociais, concedeu longa entrevista ao repórter Fred Melo Paiva, na “CartaCapital”. No depoimento, ele assinala ter recusado o cargo de ministro da Educação e Cultura para o qual foi convidado pelo futuro governo Bolsonaro. Aqui estão algumas das afirmações por ele transmitidas. Disse que, no Brasil, “a esquerda voltou do exílio depois do período militar com muita sede de poder e fez a partilha do território entre eles, petistas e tucanos.” O repórter, a respeito desse registro, perguntou se “tucanos e petistas são de esquerda?” Esta a resposta dada: “Cem por cento. O PT é o bom e velho Partido Comunista. É o líder do Foro de São Paulo, o estrategista maior da revolução latino-americana, o criador de Hugo Chávez”. Noutro momento da entrevista, indagado sobre se não representaria violência a perseguição aos assim chamados “professores doutrinadores”, declarou o que se segue: “Por que seria violento um aluno filmar a opressão que um professor exerce sobre ele? E não é violento professor proibir essa gravação? O que esses professores estão querendo é o direito ao sigilo no serviço público, ou seja, ninguém pode saber o que estou ensinando. Só existem três motivos pelos quais um professor pode querer isso: ou é um agente comunista e não quer que ninguém saiba, ou é incompetente e deseja esconder isso, ou é um pedófilo. Impedir um aluno de gravar o que estão ensinando é censura exercida em massa por essa cambada de manipuladores filhos da p ...” Diante da observação do repórter, noutra parte das declarações, de que não existe ninguém empenhado em “ensinar homossexualismo em escolas infantis”, o escritor assim se expressou: “Não venha me dizer que esse negócio de “kit gay” não existe, que isso é coisa do Haddad, um mentiroso compulsivo. Esse projeto existe, nós temos o vídeo! E o Haddad foi o criador. Mais: isso está nos planos
da Escola de Frankfurt desde 1940, defendem até a relação incestuosa entre mãe e filho como meio de derrubar o capitalismo. Esses caras são todos loucos!” Instado a se manifestar sobre o suicídio forjado de Vladimir Herzog, Olavo Carvalho acentuou: “Ah, muito bem. Sabe o que Herzog era? Um agente do serviço secreto inglês, isso foi contado pelo próprio cônsul da Inglaterra ao governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins. Então quem matou Herzog? O serviço secreto inglês.” Defendendo ações mais severas dos policiais no combate a criminosos, o entrevistado registrou, noutro momento: “Um policial que aplica a lei é fascista? Não, porque as leis são aplicadas no fascismo, no comunismo, na democracia, na p.q.p. Lenin acabou com a delinquência na Rússia matando todos. Isso não é um bom método? Às vezes, atirar num sujeito armado cometendo um crime é a única solução. Ou você vai ficar discutindo o Código Penal com ele?” l Remédio genérico afrodisíaco. Objetivando, conforme explicou aos jornais, balancear os conceitos da tradição e da preservação, tão caros à cultura de seu país, o inventor chinês Kuang-Yi Ku concebeu surpreendente produto genérico, ainda sem data para sair do papel mas já premiado na Holanda pelas características pioneiras. É o “tiger pênis project.” Recorreu à bioengenharia para formatar um órgão que une células e formas do pênis do tigre, tentáculos de polvo e ostras. Dessa mixórdia, assegura, brotará algo infinitamente superior à “pílula azul” da farmacopeia alopática. Um produto em sincronia com postulados da medicina chinesa tradicional, capaz de potencializar a desempenho sexual em escala nunca dantes alcançada. O projeto em questão ganhou notoriedade por ter sido anunciado no momento em que o governo da China resolveu revogar a proibição, vigorante há um quarto de século, de comercialização de chifres de rinocerontes e ossos de tigre empregados com finalidades afrodisíacas. A suspensão do embargo foi reivindicada por associações representativas da medicina chinesa, que utiliza órgãos retirados desses animais como matéria-prima terapêutica. Está claro que isso desagradou os setores ambientalistas, que classificaram a medida de tremendo retrocesso. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa
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A receita já está pronta Reequilibrar as contas públicas e recuperar o ambiente de negócios em Minas Gerais. Para o governador eleito Romeu Zema, estes dois pontos resumem os maiores desafios de sua gestão e o sinal de partida para ações que ele pretende ser transformadoras. Simplificar e desburocratizar está nessa linha, num processo que pode guardar semelhanças com todo o esforço realizado, a partir da publicação do Diagnóstico da Economia Mineira, em meados dos anos sessenta quando o governador Israel Pinheiro chegou ao Palácio da Liberdade e só encontrou restrições, por conta da falta de sintonia com o regime militar. Sem poder agir, o construtor de Brasília teve a sabedoria de planejar, de construir um modelo que respondia às fragilidades assinaladas no diagnóstico, e que seu sucessor, Rondon Pacheco, teve a sabedoria de implantar. Deu absolutamente certo, gerando um ciclo de expansão econômica sem paralelo no País à época. Este modelo, posto de lado por injunções políticas ou falta de visão, ainda contém os elementos essenciais para as transformações que o futuro governador Deu absolutamente imagina certo, gerando um implantar. Vale ciclo de expansão esse olhar, por exemplo, econômica sem quando Zema paralelo no País à lembra que o produto interno época. Este modelo, do Estado tem posto de lado por um terço de injunções políticas ou sua composição vindo do falta de visão, ainda agronegócio, contém os elementos mas também aponta que essenciais para as é preciso e transformações que urgente agregar o futuro governador valor, via beneficiamento, imagina implantar a tal produção. Como, afinal, aceitar que o Estado seja um dos maiores produtores de café no mundo enquanto a Alemanha, que não deve ter um único pé plantado, é a maior processadora? Zema, como empresário bem-sucedido, sabe a resposta. Que se aplica igualmente aos minérios e às pedras preciosas, que nos faz exportadores e não produtores de riquezas. Pode mudar e a receita é mesmo simplicidade e objetividade, em condições tais que empresários de fora possam, de fato, enxergar Minas Gerais como o melhor abrigo para investimentos. Para isso, e como também já disse o futuro governador, é preciso também rever, simplificando, a questão tributária, fator essencial de competitividade, e recuperar a infraestrutura de transportes, além de melhorar, em termos de custos inclusive, a oferta de energia. Quem sabe não seria o momento de repetir o binômio energia e transportes que consagrou Juscelino Kubitschek? Como ele, trata-se de pensar grande, numa receita que, essencialmente, está contida no já mencionado Diagnóstico da Economia Mineira, que não envelheceu, como o exemplo de seu principal autor, o economista Fernando Roquete Reis, e carece no máximo de atualização. Tudo isso também significa, como vem sendo dito neste espaço, que a questão se resume em devolver a Minas Gerais seu natural e esperado protagonismo, num processo que também se aplica ao País.
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OPINIÃO
O cooperativismo contra a crise EDIVALDO DEL GRANDE * O cooperativismo nasceu como resposta a uma crise: a desvalorização do preço da mão de obra causada pela Revolução Industrial (século XVIII). Diante dos baixos salários e do aumento brutal da jornada de trabalho, em meio a busca por soluções, líderes trabalhadores tiveram a ideia de criar empreendimentos econômicos baseados na ajuda mútua, sendo que a pioneira delas foi estabelecida em Rochdale (Inglaterra), em 1844. A iniciativa, voltada à compra comum de alimentos para a distribuição entre os associados a preços justos, se revelou um grande sucesso e o cooperativismo se espalhou por todo o mundo como a expressão de uma forma solidária de aquisição de bens, produção e distribuição de riquezas. Mais de 170 anos depois, o cooperativismo está mostrando que pode ser um antídoto eficaz a outro tipo de crise, esta bem mais grave do que aquela provocada pela Revolução Industrial. Neste ano completamos 10 anos de um dos maiores terremotos econômicos da história, que teve início nos Estados Unidos com uma “bolha” no mercado imobiliário – os chamados subprimes –, cujo alarme soou quando o banco Lehman Brothers quebrou. A crise se espalhou para a Europa, a China e o resto do mundo, inclusive o Brasil. E até hoje não nos livramos completamente das ondas de choque desse terremoto. Nos Estados Unidos, em meio ao colapso do sistema financeiro, as cooperativas tiveram atuação destacada, conseguindo, inclusive, expandir seus negócios. Ancoradas em investimentos mais seguros, com atuação voltada aos interesses dos associados e não na busca pelo lucro fácil, os empreendimentos cooperativistas mantêm solidez invejável no país líder da economia global. No Brasil, mesmo com a instabilidade global e a maior recessão econômica de sua história, o cooperativismo pôde mostrar a força de um modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade, visando ao bem-estar de seus cooperados e das comunidades. Os números são uma prova disso: as 6.665 cooperativas brasileiras beneficiam, direta e indiretamente, cerca de 52 milhões de pessoas. São mais de 13 milhões de cooperados, em empreendimentos econômicos que geram 370 mil empregos diretos em 13 ramos econômicos. Quando examinamos as cooperativas brasileiras nesses diferentes ramos, os números revelam enorme consistência. As cooperativas de crédito, por exemplo, são as únicas instituições financeiras existentes em mais de 560 municípios brasileiros. Imagine a importância desse fato para municípios de pequeno porte e com parcos recursos financeiros, onde o acesso ao crédito é bem mais difícil do que nos grandes centros urbanos. Em todo o país, o cooperativismo de crédito tem crescido 20% ao ano.
No Brasil, mesmo com a instabilidade global e a maior recessão econômica de sua história, o cooperativismo pôde mostrar a força de um modelo de negócio que incentiva o empreendedorismo e a solidariedade, visando ao bem-estar de seus cooperados e das comunidades Já as cooperativas ligadas ao agronegócio – uma das atividades mais pujantes da economia do País – respondem por quase 50% de toda a produção agrícola brasileira, sempre buscando agregar mais valor aos produtos de seus associados. Cooperativas de eletrificação, por outro lado, atendem mais de 800 cidades em todo o território nacional. Na área da Saúde, quase 40% dos brasileiros que dispõem de assistência médica são atendidos por cooperativas. E o segmento transporte então? Nossas cooperativas transportam cerca de 430 milhões de toneladas de produtos; e as cooperativas de táxi, por sua vez, transportam cerca de 2 bilhões de passageiros por ano – média de 5,5 mil pessoas por dia. E o cooperativismo também colabora com o esforço exportador do Brasil: em 2017, cerca de 240 cooperativas brasileiras exportaram produtos para 147 países no valor de US$ 5 bilhões. Além dos indicadores econômicos diretos, é preciso destacar ainda a contribuição das cooperativas para a distribuição mais justa da renda – uma vez que os resultados são distribuídos de acordo com a participação dos associados. Pesquisa realizada pela FEA-USP Ribeirão Preto já comprovou que onde tem
cooperativas o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é, em média, superior aos demais municípios. Isso porque os recursos econômicos circulam na própria região, fazendo girar a economia local e melhorando a qualidade de vida na comunidade. É atribuída ao naturalista britânico Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução das Espécies, a afirmação de que, na história da humanidade, assim como no reino animal, aqueles que aprenderam a colaborar e a improvisar foram os que sobreviveram. Creio que o cooperativismo, que representa o ápice da colaboração no trabalho, está mostrando mais do que o caminho para sobrevivermos à crise; ele está mostrando o caminho para construirmos as bases de uma sociedade mais solidária, mais sustentável e, por isso mesmo, mais eficiente e menos instável. * Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP)
Retrato da gestão da água no Brasil VIRGINIA SODRÉ * A boa notícia é que o BNDES anunciou recentemente que ampliará de 80% para 95% o limite de financiamento disponibilizado a projetos de saneamento, medida que busca dobrar o volume de investimentos privados na área. Basta saber, entretanto, se também haverá uma redução no prazo de liberação destes recursos, que hoje gira em torno de 2 anos, espera que muitas vezes inviabiliza a sua tomada. Voltando ao déficit de saneamento no Brasil, a solução passa pela adoção de medidas integradas que permitam o planejamento da gestão da água das cidades a nível macro, com a gestão e preservação das bacias hidrográficas; meso, por meio da implantação da infraestrutura adequada que reduza a poluição e o desperdício; e micro, que engloba, por exemplo, mudanças culturais que resultem em menor consumo de água e edificações projetadas para promover maior eficiência hídrica. Fale-se muito na gestão da água no nível urbano, porém este é um setor que consome, segundo dados da ANA divulgados no Fórum Mundial da Água no Brasil, menos que 23% dos recursos hídricos. Dois outros setores altamente intensivos no uso de recursos hídricos, a irrigação agrícola e a pecuária, respondem por quase 70% de todo o consumo de água do País e praticamente não pagam por isso. Estes setores poderiam ser atendidos por água de reúso que, por meio de tecnologias avançadas e subsídios financeiros, têm se mostrado uma alternativa viável técnica e economicamente em diversos países. Isso transformaria um então passivo ambiental em um interessante produto que atenderia a irrigação e a indústria, setor que também apresenta grande demanda por recursos hídricos, os quais nem sempre precisam ser água potável. A dessalinização da água do mar também pode ser uma alternativa interessante para a diversificação da matriz e para a segurança hídrica no Brasil, principalmente em algumas regiões litorâneas onde já há um grande adensamento e uma baixa disponibilidade de água. Com mais de 8 mil km de costa banhada pelo Oceano Atlânti-
O Brasil é reconhecido como uma das maiores reservas de água doce do mundo, inclusive transformando recursos hídricos em motor energético por meio das usinas hidrelétricas. Contudo, apesar da grande disponibilidade de água, algumas regiões enfrentam escassez, principalmente pela distribuição demográfica da população brasileira. A maior parte da água potável do Brasil, 68,5%, está concentrada na região Norte, onde vive somente 6,9% da população, enquanto no Sudeste, 42,65% da população vive com apenas 6% da água doce, sendo esta também a região com maior concentração industrial, setor que depende também dos recursos hídricos para se desenvolver. O País está longe de seguir um planejamento efetivo que resulte na gestão eficiente dos seus recursos hídricos e há um déficit enorme no saneamento, com 35 milhões de pessoas sem acesso a água potável e 100 milhões sem acesso a redes de esgoto. Além disso, tratamos menos de 50% do esgoto gerado, resultando na poluição dos corpos d’água e na consequente redução da disponibilidade hídrica. Há também o desperdício oriundo das perdas no sistema de distribuição: perdeu-se 38% da água potável em 2016, segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Trata Brasil. Isto representa uma perda de receita de aproximadamente R$ 10,5 bilhões, o equivalente a 92% do valor de R$ 11,5 bilhões investido por todo o setor de saneamento básico no mesmo período. A água perdida é a maior registrada desde 2012 pelo instituto, e seria suficiente para encher quase sete mil piscinas olímpicas diariamente. Mesmo diante destes dados tão preocupantes, o IBGE aponta que um quarto dos municípios brasileiros não possui e nem está desenvolvendo uma política pública ou plano estruturado para gestão dos sistemas de saneamento básico. No geral, a infraestrutura de saneamento básico brasileira tem contado apenas com a utilização das fontes naturais de água potável, que, infelizmente, não serão capazes de comportar a crescente demanda das regiões mais adensadas e desenvolvidas do Brasil.
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co, o Brasil tem tudo para se beneficiar da tecnologia de osmose reversa, que faz com que as usinas de dessalinização retirem a salinidade e impurezas da água do mar e salobra e a transformem em apta para o consumo. Esta solução já está sendo utilizada em larga escala em países como a Austrália e a Espanha com bastante sucesso e, devido a fatores como o custo da energia e inovações tecnológicas, está se tornando cada vez mais competitiva financeiramente, viabilizando sua adoção por exemplo por indústrias e complexos portuários que enxergam na dessalinização uma oportunidade de autonomia hídrica e desenvolvimento sustentável. Um movimento que promete grandes benefícios ao setor é a MP 844/18, que trará uma maior regulação e centralização da gestão dos recursos hídricos no Brasil, ampliando a atuação da ANA – Agência Nacional de Águas. O resultado esperado é a adoção de uma regulação a nível federal, com diretrizes a serem seguidas pelas agências reguladoras municipais ou estaduais, trazendo mais segurança para os investimentos no setor de saneamento e benefícios como um todo para a gestão da água no Brasil. A implantação de soluções que supram a falta de infraestrutura no setor de saneamento é urgente. Precisamos reduzir as perdas de água e investir no tratamento e no eventual reúso planejado dos esgotos sanitários, além de adotar de alternativas como a dessalinização. Tais medidas, desde que bem planejadas e integradas, podem trazer, além da segurança hídrica para as cidades, inúmeros benefícios a outros setores como o agrícola e o industrial, que concorrem com o consumo urbano da água e não podem se dar ao luxo de enfrentar a falta deste recurso principalmente em tempos de promessa de retomada da curva do crescimento do PIB. * Diretora de Desenvolvimento de Negócios da Acciona Água no Brasil
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ECONOMIA GUILHERME BERGAMINI/ALMG
Região que tem Juiz de Fora como uma das suas principais cidades, conta com um Produto Interno Bruto de R$ 41,7 bilhões e concentra cerca de 100 mil empresas registradas
ESTUDO
CONJUNTURA
Empresas da Zona da Mata mantêm os investimentos Aportes continuaram apesar da crise econômica vivenciada no País ANA AMÉLIA HAMDAN
Os empresários do comércio varejista da Zona da Mata conseguiram manter investimentos mesmo num cenário de crise. Dos estabelecimentos da região, 73,3% foram afetados pela recessão, mas apenas 2,4% fizeram cortes nos investimentos. O principal efeito sentido foi queda na receita de vendas, percebida por 90% dos comerciantes. Essas são algumas das conclusões do “Estudo sobre as regiões de Planejamento de Minas Gerais – Zona da Mata”, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). Com 11,1% da população mineira e responsável por 8% do PIB do Estado, a Zona da Mata conta com 142 municípios. Entre as principais cidades estão Juiz de Fora, Ubá, Manhuaçu, Muriaé, Cataguases, Viçosa, Ponte Nova, Visconde do Rio Branco, Leopoldina e Santos Dumont. De acordo com o estudo da Fecomércio MG, na Zona
da Mata, a maior parte dos estabelecimentos comerciais – 23,4% – atua no setor de tecidos, vestuário e calçados. Em seguida estão os supermercados, com 22,9%. Os que trabalham com artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos correspondem a 20%. Aproximadamente 73% das empresas possuem até nove funcionários, se caracterizando como microempresas. Dos setores que receberam investimentos dos comerciantes, o principal foi segurança, opção citada por 76,1% dos entrevistados. Na análise da Fecomércio, tal característica não é positiva e mostra que o interior do Estado – assim como a Capital e região metropolitana – vem enfrentando problemas de segurança pública. E, ao direcionar recursos para a segurança, os comerciantes deixam de investir em outras áreas que podem gerar maior competitividade, como qualificação e mix de produtos. Também foram registrados investimentos em tecnologia da informação (69,8%);
capacitação de funcionários (69,1%) e publicidade e propaganda (65,3%), entre outros. Além disso, os empresários se mantiveram atentos a diferenciais competitivos, com 83% deles tendo implantado algum processo de inovação em seus negócios nos últimos 12 meses. Desse percentual, 70,8% lançaram produto novo ou com melhoria relevante; 48,1% introduziram alguma mudança na estrutura organizacional ou de marketing. Os 17% que não implantaram inovação apontaram os custos como empecilho. Na opinião dos comerciantes ouvidos, as principais características que garantiram o sucesso do negócio foram variado mix de produtos (82,8%); estrutura da loja, vitrine (76,8%); crédito facilitado ao cliente (64,6%). Já o principal empecilho é a alta carga tributária, citada por 21,2% dos entrevistados. Quanto ao comércio exterior, a participação dos empresários ainda é tímida. O estudo apontou que apenas 5% das empresas atuam nesse nicho, seja por importações
e/ou exportações. Entre os motivos para não adesão a esse tipo de comércio estão o fato de a empresa ser pequena ou nova no mercado (32,68%) e falta de interesse (22,96%). Perfil - O levantamento faz parte de série de estudos da Fecomércio MG que traçam o perfil econômico das empresas do setor varejista das dez regiões de planejamento do Estado. A Zona da Mata é a quinta área contemplada. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Zona da Mata apresentou, em 2015, PIB de mais de R$ 41,7 bilhões. Há predominância do setor de serviços, com 52,7% do total, seguido da indústria (19,2%) e agropecuária (5,8%). Administração, saúde e educação públicas e seguridade social ficam com 22,3%. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a região da Zona da Mata contava, em 2016, com mais de 100 mil estabelecimentos, sendo que 78% desses atuavam no setor de comércio e serviços.
BANCOS
Caixa lança novo Plano de Demissão Voluntária ALISSON J. SILVA
São Paulo - A Caixa Econômica Federal anunciou na sexta-feira (23) uma nova etapa do Programa de Desligamento de Empregado (PDE), cujo período de adesão será de 26 a 30 de novembro. Podem aderir ao PDE os empregados aposentados ou aptos a se aposentar até o último dia do ano; empregados com mais de 15 anos de trabalho na instituição; ou ainda aqueles que possuem adicional de incorporação de função de confiança. O limite de desligamento dessa edição do Programa de Desligamento está fixado em 1,6 mil empregados, conforme orçamento aprovado para o ano. Caso o banco atinja o número máximo de desligamentos, a expectativa é economizar mais de R$ 324 milhões ao ano. Segundo o banco público, cerca de 12,5 mil empregados se desligaram do banco desde 2016, sendo 8,6 mil por adesão aos programas de demissão voluntária. O lucro de R$ 11,5 bilhões acumulado nos nove primeiros meses deste ano, divulgado no último dia
Confiança do consumidor atinge o maior patamar desde 2014, aponta CNI Brasília - O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 2,7% no último mês e alcançou 113,6 pontos em novembro, o maior valor desde janeiro de 2014. Foi a quinta alta consecutiva do indicador, que está 5,8 pontos acima da média histórica, que é 107,8 pontos. Os dados são da pesquisa divulgada na sexta-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Inec deste mês é 12,5% maior do que o registrado em novembro do ano passado. Para a CNI, essa melhora da confiança é fundamental para o crescimento econômico, já que consumidores mais confiantes têm mais disposição para comprar, gerando aumento da demanda, da produção, do emprego e dos investimentos. De acordo com a confederação, o aumento do Inec é resultado, especialmente, da melhora das perspectivas dos brasileiros sobre a inflação e o emprego. O indicador de expectativas para a inflação subiu 8,6% o de desemprego aumentou 6,5% em relação a outubro. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego nos próximos seis meses. Na comparação com novembro do ano passado, o indicador de expectativas de inflação subiu 25% e o de desemprego cresceu 19,1%. O indicador de expectativa de renda aumentou 3,3% em relação a outubro e registra um crescimento de 17,9% frente a novembro do ano passado, mostrando
que os brasileiros esperam o aumento da renda pessoal nos próximos meses. Além disso, o indicador de endividamento subiu 1,1% frente a outubro e está 15,8% maior do que o do mesmo mês de 2017, o que mostra que os brasileiros estão menos endividados. Finanças pessoais - Segundo a pesquisa, entretanto, os consumidores ainda mostram insegurança em relação à situação financeira. O indicador de situação financeira ficou praticamente estável neste mês na comparação com outubro e, embora esteja 16,6% acima do registrado em novembro do ano passado, continua abaixo de sua média histórica, de 103,2 pontos. O único componente que está abaixo do nível registrado em novembro de 2017 é o de compras de bens de maior valor, como móveis e eletrodomésticos. Na comparação com outubro o indicador caiu 0,5% e está 3,8% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, confirmado que os brasileiros estão mais cautelosos com as compras desse tipo de bem. Por outro lado, para a CNI, o aumento da confiança do consumidor cria as bases para a recuperação do consumo e a expectativa é que as compras de Natal deste ano sejam melhores do que as do ano passado. Esta edição do Inec, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 8 e 12 de novembro. (ABr)
Setor industrial está mais otimista no País Programa de demissões da instituição financeira pode atingir até 1,6 mil empregados
14, foi impactado de forma direta, de acordo com a instituição, pela redução de 7,1% nas despesas de pessoal em relação ao mesmo período de 2017. O objetivo do programa é dar continuidade aos ajustes de estrutura do banco diante do cenário competitivo e econômico atual, buscando mais eficiência. O índice de eficiência operacional da Caixa no terceiro trimestre alcançou o patamar de 45,8%,
melhor marca da instituição. Na última quinta-feira, a assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que ele recomendou ao presidente eleito Jair Bolsonaro a indicação de economista Pedro Guimarães para presidir a Caixa. O escolhido é PhD em Economia pela Universidade de Rochester, com especialização em privatizações, tendo mais de 20 anos de experiência no mercado fi-
nanceiro, com passagem por instituições como Banco Bozano, Simonsen, banco BTG Pactual e Banco Brasil Plural. De acordo com matéria publicada na quinta pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o novo comando do banco público deve se debruçar na venda de ativos e redução de despesas. O foco de desinvestimento na Caixa inclui o balcão de seguros e as loterias. (AE)
Rio - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de novembro teve um avanço de 0,6 ponto em relação ao resultado fechado de outubro, para 94,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Se confirmado, o resultado será o primeiro avanço desde maio passado. Houve melhora nas avaliações dos empresários em relação ao presente, mas deterioração nas expectativas para os meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,9 ponto, para 94,8 pon-
tos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,9 ponto, para 94,6 pontos, o menor patamar desde julho de 2017 O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou uma redução de 1,1 ponto percentual em relação ao patamar de outubro, passando de 76,4% para 75,3% em novembro A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 780 empresas entre os dias 1º e 20 de novembro. O resultado final da pesquisa será divulgado no próximo dia 29. (AE)
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ECONOMIA PAULO CUNHA / OUTRA VISAO
ATACAREJO
Rede Decisão deve investir R$ 20 milhões em expansão Grupo planeja abrir 4 lojas na RMBH MARA BIANCHETTI
A rede mineira de supermercados e atacadista Decisão Atacarejo, com seis lojas na Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai abrir mais quatro unidades na Grande BH a partir do ano que vem. Com investimento médio de R$ 5 milhões por loja, a rede deverá aportar, somente em pontos físicos, R$ 20 milhões nos próximos dois anos, chegando a dez lojas em Minas Gerais até 2020. De acordo com o diretor comercial e de Marketing do Decisão Atacarejo, Leonardo Vilaça, a expansão vai ser ancorada pelo aumento das vendas observado nos últimos anos, a partir da mudança do perfil do consumidor, que tem cada vez tem mais buscado promoções e comodidades na hora de ir às compras.
“Desde 2016 temos acompanhado esse movimento do atacarejo crescer. Antes, o varejo representava 30% das vendas da rede, enquanto as negociações no atacado chegavam a 70%. Hoje, as fatias são iguais”, destacou Vilaça. Por isso, desde então, a marca vem investindo fortemente não apenas na expansão das lojas, mas também em promoções, diversificação do mix de produtos e comércio digital. Somente no ano passado foram inaugurados três novos pontos de venda. Além disso, para o ano que vem estão previstos o lançamento de uma nova plataforma digital de vendas, a possibilidade de retirada de produtos comprados on-line nos pontos físicos e o início da atuação de vendedores externos. “É uma combinação de estratégias que vai facilitar a experiência de compra dos
A participação do varejo no faturamento da rede Decisão vem crescendo e já chega à metade das vendas
clientes, sejam eles pessoa física ou jurídica, que vai permitir também a manutenção do crescimento da rede. A ideia é atender ao consumidor da maneira que ele achar mais conveniente”, completou o diretor do Decisão. Dois dígitos - Assim, a expecta-
tiva é manter o ritmo de crescimento do faturamento da rede na casa dos dois dígitos, como vem ocorrendo nos últimos anos, mesmo diante do conturbado cenário econômico vivido pelo País. Somente para este exercício já é esperado um incremento de 20% sobre o faturamento de 2017. “Este desempenho foi possível
graças ao próprio desempenho da empresa, a partir da abertura das novas lojas e também à migração do cliente do supermercado tradicional para o atacarejo. Sem contar os investimentos em lojas, diversificação do mix e desenvolvimento de linhas específicos para o consumidor final”, concluiu Vilaça.
PREÇOS
IPCA-15 registra alta de 0,17% na RMBH RICARDO MORAES / REUTERS
ANA CAROLINA DIAS
Seguindo uma trajetória de aumentos consecutivos desde janeiro de 2018, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,17% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) neste mês. Os dados divulgados na sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,30% na RMBH, quarto maior inflação entre as áreas de abrangência da pesquisa. Em novembro de 2017 a mesma variação acumulada foi de 2,18%. O aumento no índice geral foi puxado pelo grupo alimentação e bebidas, que apresentou variação positiva mensal de 0,95%. O vilão do mês de novembro foi o tomate, com aumento de 102,45% e o maior impacto no índice geral, de 0,16 ponto percentual. Os outros grupos que registraram aumentos acima da média na RMBH foram vestuário (0,56%), despesas pessoais (0,29%) e educação (0,28). Também no grupo alimentação e bebidas, 11 subitens apresentaram as maiores elevações neste mês. São eles a batata-inglesa (20,12%), a cebola (14,26%), o repolho (14,03%), o mamão (8,94%), o morango (7,41%), a couve (5,50%), a maçã (5,40%), o quiabo (5,29%), a alface (4,80%), a farinha de trigo (3,91%) e o açúcar cristal (3,68%). O coordenador da pesquisa em Minas Gerais, Venâncio Otávio Araújo da Mata, ressaltou que o aumento do IPCA-15 seria ainda maior se não fosse a variação negativa de 0,37% do grupo habitação. A queda de 1,80% do subitem da energia elétrica residencial, apesar de não estar entre os subitens com menor variação mensal, teve o maior impacto negativo no índice geral, de -0,07 ponto percentual. “O grupo alimentação e bebidas teve grande influência com aumento de preços de itens como tomate, batata inglesa, cebola e repolho. Por outro lado, a mudança da bandeira tarifária da energia elétrica impactou o índice geral e fez com que o aumento não fosse tão grande”, explicou. Entre os grupos, as maiores quedas em novembro na RMBH foram de artigos de residência
O grupo alimentação puxou o índice geral do IPCA-15, com aumento de 0,95% em novembro na RMBH
Prévia da inflação oficial dentro da meta
São Paulo - O alívio nos preços de combustíveis e energia elétrica fez a prévia da inflação oficial do Brasil desacelerar ao nível mais baixo em 15 anos para novembro e mais do que o esperado, voltando a ficar abaixo do centro da meta oficial em 12 meses e mantendo o Banco Central (BC) na rota da manutenção dos juros no curto prazo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA15) subiu 0,19% em novembro, contra alta de 0,58% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (23). Essa é a taxa mais baixa para o mês desde 2003, e levou o resultado acumulado em 12 meses para uma alta de 4,39%, de 4,53% em outubro. Assim, o IPCA-15 volta a ficar abaixo do centro da meta da inflação --de 4,50%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanços de 0,24% na comparação mensal e de 4,44% em 12 meses, segundo a mediana das projeções. Em novembro, o avanço dos preços do grupo transportes enfraqueceu para 0,31%, de 1,65% no mês anterior. Isso se deveu principalmente ao comportamento dos combustíveis, que subiram 0,69% depois de registrarem avanço de 4,74% em outubro. A partir de 31 de outubro, a Petrobras reduziu o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,20%, no maior corte já feito pela estatal desde o anúncio de uma política de reajustes diários do combustível. Habitação, por sua vez, registrou deflação de 0,13% em novembro, contra alta de 0,15% no mês anterior, depois que os preços da energia elétrica recuaram 1,46% com a entrada em vigor a partir de 1º de novembro
da bandeira tarifária amarela, com redução de custos para os consumidores frente aos cinco meses anteriores. Por outro lado, o grupo formado por alimentação e bebidas acelerou a alta dos preços para 0,54% em novembro, de 0,44% antes, pressionado pela alimentação em domicílio com tomate, batata-inglesa e cebola. Juros - O Banco Central já indicou que não há urgência para elevar os juros, em um cenário de pressões inflacionárias confortáveis, com o nível alto de desemprego e atividade fraca contendo avanços mais fortes. A expectativa no mercado é de que a taxa básica de juros, atualmente em 6,5%, não será elevada na reunião de dezembro do BC, que no ano que vem passará a ser comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro para substituir Ilan Goldfajn. (Reuters)
(-0,41%) e de saúde e cuidados de preços foram banana-prata (-4,52%), que teve o segundo maior pessoais (-0,38%). Já os subitens (-8,50%), abóbora (-8,27%), per- impacto negativo do mês no índice com as reduções mais expressivas fume (-5,82%) e o leite longa vida geral (-0,06 ponto percentual.).
Expectativa dos consumidores tem ligeira queda Rio de Janeiro - A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,6% em novembro, ante 5,7% em outubro, informou na sexta-feira (23)a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Em relação a igual período do ano passado, houve recuo de 0,3 ponto porcentual no indicador. “Os consumidores têm mantido projeções bem-comportadas para a inflação, com diferenças cada vez menores em relação às de especialistas de mercado. Parte desse efeito está relacionada com a inflação atual, que está sendo influenciada positivamente pela desaceleração nos preços de itens importantes da cesta de consumo, como os combustíveis e a energia elétrica. A aproximação das previsões de consumidores e especialistas também mostra que o Banco Central tem feito um bom trabalho na ancoragem das expectativas”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Na distribuição por faixas de inflação, 58,5% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, ou seja, entre 3% e 6%. No mês anterior, esse porcentual era de 57,1% dos consumidores. A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 3% subiu de 6,4% em outubro para 7,7% em novembro. A expectativa de inflação caiu para todas as faixas de renda em novembro, exceto para famílias que recebem entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 mensais. O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação. (AE)
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ECONOMIA MINERAÇÃO
Licenciamento atrasa projeto em Serra Azul Retomada das operações da mina Tico-Tico da Morro do Ipê, prevista para 2020, deve ser adiada em 1 ano ável, um tipo de minério de Bicalho de Alvarenga Menferro, segundo a companhia, des, afirmou que o processo A Mineração Morro do competitivo e de melhor não tem data prevista para Ipê, que previa retomar as qualidade e um cenário de ser concluído. operações da mina Tico-Tico, demanda estável. O motivo é que procesna região de Serra Azul, em sos incidentais, que são 2020, só deve iniciar as procedimentos secundáatividades no ativo em A mina Tico-Tico foi rios que incidem sobre o 2021. O atraso se deve principal, precisam de submetida a um novo projeto ao processo de licensolução antes da decisão de produção e exploração e ciamento ambiental, da causa (recuperação cujas expectativas da atualmente encontra-se em fase judicial) ser proferida. companhia apontam Além disso, a antiga mide licenciamento ambiental para a obtenção das neradora que fez parte do licenças até meados império do empresário de 2019. Eike Batista, anunciou que A Morro do Ipê assumiu Nas suas operações no vai reduzir seu capital social os ativos de Tico-Tico e Ipê, Estado, a companhia conta, de R$ 5,404 bilhões para que pertenceram à antiga atualmente, com 200 cola- R$ 30 milhões, mantendo MMX Sudeste, e já havia boradores, que foram con- inalterado o número de reiniciado as atividades na tratados prioritariamente ações de emissão da commina Ipê, com foco no pro- nas comunidades locais de panhia e o percentual de cessamento de estoques de Igarapé, Brumadinho e São participação dos acionistas minério de ferro já existentes Joaquim de Bicas, segundo no capital social. no complexo minerário, o informações da empresa. que, segundo a companhia, A Mineração Morro do continua acontecendo. Ipê foi criada para deter e AÇO Já a mina Tico-Tico foi administrar as minas Ipê e submetida a um novo proje- Tico-Tico e suas unidades de to de produção e exploração processamento localizadas e atualmente encontra-se na região de Serra Azul, no em fase de licenciamento Estado. A Mubadala DeveloSão Paulo - A produção ambiental. De acordo com pment Company e Trafigura brasileira de aço bruto em informações da mineradora, detêm, cada uma, 25,5% da outubro foi a maior para um além do desenvolvimento de composição acionária da único mês desde outubro novos estudos de impacto de companhia e os demais 49% de 2012, segundo dados do meio ambiente, o licencia- pertencem aos credores da mento inclui questões como MMX Sudeste, que aprova- Instituto Aço Brasil (IABr), o tratamento de rejeitos do ram a iniciativa de acordo divulgados na sexta-feira processamento do minério com o plano de recuperação (23). As siderúrgicas do País por meio de um sistema de judicial da mineradora, que produziram 3,153 milhões filtração, secagem e empilha- pertenceu ao empresário de toneladas de aço bruto mento, o que deve reduzir Eike Batista. em outubro, um crescimena quantidade de resíduos depositados na barragem Recuperação - Recentemen- to de 3,5% sobre o mesmo de rejeitos. te, o presidente da Comissão mês de 2017 e de 4% na Além disso, o potencial de Falência e Recuperação comparação com setembro. das áreas de recomissiona- Judicial da OAB/MG e No acumulado de 2018 até mento da mina também está administrador judicial do o final do mês passado, as sendo estudado. A produção Plano de Recuperação Ju- usinas produziram 29,247 em ambos os ativos e nas dicial da MMX Mineração milhões de toneladas de unidades de processamento e Metálicos, controladora aço bruto, alta de 2,6% na do minério é de itabirito fri- da MMX Sudeste, Bernardo comparação anual.
BRUNO MAGALHÃES / NITRO / DIVULGAÇÃO
LEONARDO FRANCIA
Ativos da MMX Sudeste foram assumidos pela Mineração Morro do Ipê após recuperação judicial
Siderurgia tem melhor outubro desde 2012 O desempenho ocorreu com aumento no consumo interno, crescimento de exportações de placas e queda nas importações, em meio à desvalorização do real contra o dólar, e expansão na produção de setores como o de veículos, que este ano acumulou até outubro alta de 10% sobre o mesmo período de 2017. Na véspera, o presidente-executivo da Gerdau citou um cenário de recuperação na demanda brasileira por aço e importações contidas, o que criva possibilidade de aumentos de preços da liga no mercado interno nos próximos meses.
Apesar do crescimento da produção de aço bruto em outubro, a produção de laminados ficou praticamente estável contra um ano antes, a 2,067 milhões de toneladas. A produção de placas, que tem se aproveitado de ambiente melhor de preços nos Estados Unidos por conta das tarifas impostas pelo governo Trump, subiu 4% na comparação anual, para 834 mil toneladas. Segundo os dados do IABr, as vendas de aço no mercado brasileiro, enquanto isso, foram de 1,591 milhão de toneladas, crescimento de 8,4% sobre outubro de 2017, mas queda de 2,7%
no comparativo mensal. Em meados do ano, o IABr cortou suas projeções para produção e vendas de aço no Brasil este ano. A estimativa para produção de aço bruto foi revista para alta de 4,3%, a 35,8 milhões de toneladas e a de vendas no mercado interno passou a crescimento de 5%, para 17,7 milhões de toneladas. As importações de aço pelo País recuaram quase 33% em outubro sobre um ano antes, para 125 mil toneladas, e as exportações das usinas siderúrgicas caíram 14% no mesmo período, para 1,172 milhão de toneladas. (Reuters)
NEGÓCIOS EM FOCO
Mérito Empresarial homenageia empresários do ano de toda MG Em evento prestigiado pelos mundos empresarial e político do Estado, a Federaminas homenageia no sábado (24) 80 empresários do ano de todas as regiões mineiras e personalidades que contribuem para o desenvolvimento econômico e social de Minas Gerais. Trata-se da solenidade Mérito Empresarial 2018, que acontece em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com expectativa de reunir no Capitólio Eventos cerca de mil pessoas. Os empresários do ano são indicados à Federaminas pelas associações comerciais mineiras, após serem escolhidos como destaque em suas comunidades. A definição leva em conta o desempenho na atividade empresarial, participação ativa no movimento associativo e, também, em movimentos e ações de interesse da coletividade. No evento festivo, que encerra o XXI Congresso das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais, homenagens especiais serão feitas à Revista Mercado Comum, Rede Batista de Educação, Central Mãos de Minas, Localiza, Fapemig, Sicoob Central Crediminas e a João Paulo Fanucchi de Almeida Melo. Empresários do ano – A Federaminas concede medalhas e diplomas de “Mérito Empresarial” aos empresários do ano
Caroline Costa Marcon Martineli (Andradas), Renata Guimarães Borges (Araxá), Vanduilto Ribeiro (Arcos), Willian Douglas Humia Menezes (Bambuí), José Alves de Azevedo (Barão de Cocais), Flávio Dani Franco (Barbacena), Geraldo Batista de Almeida (Barroso), Carla Silva Rodrigues (Bela Vista de Minas), João Flávio de Matos (Belo Horizonte), Sônia Maria Souza MC Murray (Belo Oriente), Marta Helena Dias Rossi (Bicas), Ivart Lima Rocha (Caeté), Fábio Rogério Baía (Campo Belo), Adalton Gomes de Almeida (Capelinha), José Antônio Borela de Castro (Conceição do Mato Dentro), José Elias de Sales Filho (Coronel Fabriciano), Aparecido Martins da Conceição (Diamantina), Formatar Consultoria Empresarial Ltda. – ME (Divinópolis), José Carlos do Livramento de Oliveira (Dores de Campos), Osmar Lourenço Vaz (Formiga), Rodrigo Andrade de Souza Lima (Governador Valadares), Maurício Araújo Caldeira (Guanhães), Silvane Maria de Freitas (Guaxupé), Marcy Ferreira Oliveira (Ipatinga), Maria Aparecida Albuquerque Bueno (Itabira), Vanderson Goulart Junho (Itajubá), Daiane Maria Duarte Pereira Souza (Itaú de Minas). Também Colégio Menezes (Ituiutaba), Moacir Mendes da Silva (Janaúba), Carlos Augusto Arthuso (João Monlevade), Juliana Rabelo Carneiro Trajano
(João Pinheiro), Paulo Roberto Lopes (Juiz de Fora), Tânia Mara Rezende (Juruaia), João Rogério Prado (Lagoa da Prata), Maria de Lourdes Gonçalves Avelar (Lagoa Santa), Régis Rocha Pimenta (Lagoa Santa), José Dornelas de Abreu (Lajinha), Marco Heleno Pires de Souza (Leopoldina), Antônio Eduardo de Almeida (Lima Duarte), Antônio Divino Garcia (Luz), Vanir Antônio Emerick (Manhumirim), Ana Cristina Coura Mól e Silva (Mariana), Erick Williams Almeida Cordeiro (Monte Carmelo), Aparecido Donizete Rodrigues (Monte Santo de Minas), Ernandes Ferreira da Silva (Montes Claros), Carlos Magno de Oliveira (Muriaé), Rodrigo Almeida Machado (Muzambinho), Mislene Dias Amaral (Muzambinho), Marcos Raimundo Silva das Graças (Nova Lima), Cléber Nascimento de Pinho (Novorizonte), Reinaldo César Silveira (Ouro Preto), Vinícius de Moura Dias (Patos de Minas), Lázaro Ribeiro de Oliveira (Patrocínio), Maria José Ribeiro dos Santos (Ponte Nova). E mais Omar Maglioni Ribeiro Vilela (Pouso Alegre), Arthur Holzhacker Alves (Pratápolis), Carlos Antônio Pacheco (Sacramento), Aparecido Antônio Vieira (Salinas), Carlos Antônio Macellani (Santa Bárbara), Herlânio de Jesus Lucena (Santa Luzia), Frederico Franco (Santa
DIVULGAÇÃO
Vitória), Cláudio Fonseca Caetano (Santos Dumont), Welson Souto Oliveira (São Domingos do Prata), Edson Otaviano Ferreira (São Gonçalo do Rio Abaixo), Miguel Geraldo de Carvalho (São João del-Rei), Maristela Aparecida de Oliveira Valadão (São João del-Rei), Crislaine Antônia dos Santos Oliveira (São Roque de Minas), Fernando Montans Alvarenga (São Sebastião do Paraíso), Island Marcos Mendes (Taiobeiras),
José Audriando (Teófilo Otoni), Paulo Roberto Drumond Guerra (Timóteo), Márcio Wadi Neder (Três Corações), Jadir Ferreira de Almeida (Três Marias), Marcelo Augusto Marciano Souza (Três Pontas), César de Castro Alves (Turmalina), Eremita Martins Sobrinha (Unaí), Lázaro Martins Filho (Unaí), Antônio Anselmo Lara Viana (Vespasiano), Sérgio Luciani Neves Mendes (Vespasiano) e Nilma Luiza Vieira Cruz (Vespasiano).
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FEDERAMINAS
BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 24, A SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018
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ECONOMIA ORTENG / DIVULGAĂ‡ĂƒO
INFRAESTRUTURA
Copasa negocia um emprĂŠstimo de 80 milhĂľes de euros Proposta de financiamento serĂĄ avaliada em AGE LEONARDO FRANCIA
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pode contratar um emprĂŠstimo de 80 milhĂľes de euros do banco de fomento alemĂŁo KfW. Os recursos serĂŁo aplicados no Programa de Proteção Ambiental em MunicĂpios, contemplando a eficiĂŞncia energĂŠtica em elevatĂłrias, melhorias em estaçþes de tratamento de esgoto e sistemas de esgotamento sanitĂĄrio em cidades de pequeno e mĂŠdio portes na ĂĄrea de cobertura da companhia. O Conselho de Administração da concessionĂĄria apresentarĂĄ a proposta do financiamento para os acio-
nistas em assembleia geral extraordinåria (AGE), que serå realizada no dia 10 de dezembro. A Copasa não comentou o assunto, alegando que a negociação com o banco KfW ainda estå em andamento. Entretanto, em comunicado enviado ao mercado via Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a companhia informou que, alÊm dos 80 milhþes de euros que devem ser captados com o emprÊstimo, tambÊm injetarå uma contrapartida de 16 milhþes de euros no programa. Ainda de acordo com as informaçþes contidas no documento, os juros serão fixos de atÊ 2% ao ano, alÊm de uma taxa de compromis-
so de 0,25% ao ano, com pagamentos semestrais, sobre o montante ainda nĂŁo desembolsado. A taxa de administração ĂŠ de 0,5% sobre o montante contratado, a ser paga dentro de Os investimentos da Copasa/Copanor chegaram a R$ 512 milhĂľes no acumulado do ano trĂŞs meses, apĂłs a assinatura do contrato 126,3 milhĂľes, crescimento Entre julho e setembro, a somaram R$ 512 milhĂľes, O prazo para amortiza- de 13,7% em relação aos receita lĂquida da Copasa/ 43% a mais que em igual ção da dĂvida serĂĄ de 15 trĂŞs meses anteriores (R$ Copanor foi de R$ 1,034 bi- perĂodo do ano passado, anos, incluĂdos cinco anos 111 milhĂľes). Por outro lhĂŁo contra R$ 1,030 bilhĂŁo, quando os aportes somaram de carĂŞncia, com pagamen- lado, na comparação com com um leve aumento de R$ 358 milhĂľes. Segundo a tos semestrais. A operação os mesmos meses de 2017, 0,4%. O faturamento do ter- companhia, considerando conta ainda com amorti- quando a concessionĂĄria ceiro trimestre com a ĂĄrea de sĂł os investimentos da Cozaçþes semestrais, apĂłs o alcançou lucro de R$ 149,7 ĂĄgua foi de R$ 668,3 milhĂľes pasa, R$ 199 milhĂľes foram perĂodo de carĂŞncia, sendo milhĂľes, houve uma queda e o do segmento de esgoto alocados em sistemas de 21 amortizaçþes no valor de de 15,7%. O resultado tam- foi de R$ 365,2 milhĂľes, abastecimento de ĂĄgua, R$ 3,8 milhĂľes de euros. bĂŠm considera os nĂşmeros respondendo por 64,6% e 267 milhĂľes em sistemas de da Copasa Serviços de Sane- 35,4%, respectivamente. esgotamento sanitĂĄrio e R$ Resultado – A Copasa fe- amento Integrado do Norte No acumulado do ano atĂŠ 17 milhĂľes em programas de chou o terceiro trimestre e Nordeste de Minas Gerais setembro, os investimen- desenvolvimento empresacom lucro lĂquido de R$ (Copanor). tos da Copasa/Copanor rial e operacional.
COMBUSTĂ?VEIS
Petrobras jĂĄ acumula perda de quase R$ 50 bilhĂľes no valor de mercado Rio de Janeiro - ApĂłs recuperar o posto de empresa mais valorizada da bolsa neste ano, a Petrobras derrapou neste mĂŞs e acumula perda de R$ 49 bilhĂľes de valor de mercado com a queda do preço do petrĂłleo no mercado internacional. Os investidores deixaram para trĂĄs o entusiasmo com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) Ă PresidĂŞncia da RepĂşblica e desde o dia 30 do mĂŞs passado castigam as açþes da empresa por conta da perspectiva de queda de receita. Para o consumidor, alguns combustĂveis jĂĄ estĂŁo mais baratos, ao mesmo tempo em que o governo sinaliza que hĂĄ fĂ´lego para acabar com o subsĂdio do Ăłleo diesel. A Petrobras terminou o mĂŞs passado valendo R$ 384 bilhĂľes e, na sexta-feira (23), estava cotada a R$ 335 bilhĂľes. Em menos de um mĂŞs, a desvalorização da empreesa chega a quase
15%, na sombra da baixa da commodity no mercado mundial. Os preços do petrĂłleo nos mercados internacionais fecharam na sexta-feira (23) no menor patamar desde outubro de 2017. O tipo Brent, negociado na ICE, em Londres, caiu 6,07%, a US$ 58,80. JĂĄ o WTI, comercializado em Nova York, estĂĄ prestes a valer menos que US$ 50, depois de cair 7,70% nesta sexta, a US$ 50,42 o barril. “Ainda que a queda do preço do petrĂłleo tenha começado em outubro, as açþes da Petrobras nĂŁo refletiam a conjuntura internacional porque o mercado estava precificando a continuidade dos ajustes financeiros na estatal, com a perspectiva de vitĂłria de Bolsonaro. Passada a eleição, hĂĄ um efeito muito forte que vem de fora. A commodity estĂĄ caindo com a expectativa de que a economia mundial estĂĄ perdendo forçaâ€?,
avaliou o economista-chefe da RC Consultores, Marcel Caparoz. Como efeito, ele prevĂŞ a retração da receita da Petrobras e tambĂŠm da inflação. “Os preços caĂram nas refinarias, mas essa queda nĂŁo chegou aos consumidores na bomba. A tendĂŞncia ĂŠ que a gasolina fique mais barata nos postos nas prĂłximas semanas. E isso tem impacto na inflaçãoâ€?, avaliou o economista. A Petrobras reduziu o preço da gasolina em 31% desde que atingiu o valor mais alto de 2018, de R$ 2,2514 por litro, de 14 a 22 de setembro. Agora, estĂĄ a R$ 1,5556. Nas bombas, no entanto, os preços ainda resistem. Levantamento da AgĂŞncia Nacional do PetrĂłleo, GĂĄs Natural e BiocombustĂveis (ANP) demonstra que o litro permaneceu estĂĄvel. Apenas na Ăşltima semana começou a cair, chegando a R$ 4,614. (AE)
PetrĂłleo recua com alta na produção SĂŁo Paulo - O petrĂłleo fechou em forte queda na sexta-feira (23), com os barris tanto do WTI quanto do Brent no menor nĂvel desde outubro de 2017, enquanto investidores monitoram a produção de paĂses-chave e sinalizaçþes de desaceleração da economia global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petrĂłleo WTI para janeiro despencou 7,70%, a US$ 50,42 por barril, acumulando recuo de 10,69% na semana. JĂĄ na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para janeiro tombou 6,07%, para US$ 58,80 por barril, e cedeu 11,92% na Ăşltima semana. Ainda que sem um driver especĂfico, o petrĂłleo voltou a marcar fortes quedas, em meio Ă baixa volatilidade apĂłs o feriado de ontem nos Estados Unidos. O mercado do Ăłleo continua a monitorar sinalizaçþes de alta na produção da ArĂĄbia Saudita e RĂşssia, que tem compensado a queda nas exportaçþes iranianas depois das sançþes de Washington, enquanto os Estados Unidos mostraram, nesta semana, assim como vinha acontecendo, um avanço acima das expectativas no volume estocado do Ăłleo. Ajudam a compor o cenĂĄrio as preocupaçþes com a desaceleração econĂ´mica global e um possĂvel excedente no mercado de Ăłleo em 2019. Diante de tudo isso, as atençþes devem se voltar nas prĂłximas semanas Ă reuniĂŁo da Organização dos PaĂses Exportadores de PetrĂłleo (Opep), em 6 de dezembro,
quando espera-se o anĂşncio de um corte na produção da commodity. Analistas da Commerzbank ressaltam que o ministro da Energia da ArĂĄbia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou ontem que seu paĂs nĂŁo pretende inundar o mercado com petrĂłleo. “Isso aponta para uma possĂvel reversĂŁo do Ăşltimo aumento de produção, que foi realizado em antecipação Ă s sançþes dos EUA contra o IrĂŁâ€?, avaliam. Resta saber, na opiniĂŁo do banco alemĂŁo, se o reino ĂŠ “realmente livre para decidir como achar melhorâ€?. Na esteira das expectativas, o jornal The Wall Street Journal divulgou na sexta-feira que a ArĂĄbia Saudita e a Opep traçam uma estratĂŠgia para reduzir a oferta, embora devam evitar um corte muito agressivo para nĂŁo entrar em conflito com os Estados Unidos, de acordo com fontes. O presidente americano, Donald Trump, reclamou diversas vezes nas Ăşltimas semanas dos preços “muito altosâ€? do Ăłleo. Analistas da Capital Economics lembram, ainda, que na prĂłxima semana a possĂvel reuniĂŁo entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, alĂŠm da presença do prĂncipe herdeiro da ArĂĄbia Saudita, Mohammed bin Salman, no evento, podem sinalizar os desdobramentos da reuniĂŁo de dezembro da Opep. “Pode haver algumas pistas sobre se a RĂşssia e a ArĂĄbia Saudita recomendarĂŁo cortes de produçãoâ€?, apontam. (AE)
Fim do programa de subsĂdio ao diesel pode ser antecipado Rio de Janeiro - HĂĄ uma nova oportunidade para antecipar o fim do programa de subsĂdio ao diesel, do governo federal, na virada de novembro para dezembro, afirmou na sexta-feira (23) o diretor-geral da AgĂŞncia Nacional do PetrĂłleo, GĂĄs Natural e BiocombustĂveis (ANP), DĂŠcio Oddone, em meio a uma queda acentuada dos preços do combustĂvel no cenĂĄrio internacional. Atualmente, o subsĂdio jĂĄ foi praticamente zerado na maior parte do paĂs, segundo Oddone, devido a regras do programa que calculam a subvenção diariamente, de acordo com preços externos. Apenas nas regiĂľes Norte e Nordeste permanecem alguns centavos por litro de subsĂdios. Os preços do petrĂłleo Brent no mercado internacional atingiram nesta sexta-feira os menores nĂveis do ano, apĂłs uma
queda de cerca de 20% no acumulado do mĂŞs. Oddone ressaltou que, entre outubro e novembro, a oportunidade chegou a ser discutida no governo, mas no fim prevaleceu o entendimento na Casa Civil de que o subsĂdio deveria terminar conforme estabelecido inicialmente pelo programa, em 31 de dezembro. “Acredito que ĂŠ uma oportunidade muito boa para que a gente aproveite este momento, mas essa decisĂŁo nĂŁo ĂŠ nossa, ĂŠ do governoâ€?, disse Oddone, a jornalistas, apĂłs participar do PrĂŠmio ANP de Inovação TecnolĂłgica 2018. O programa de subvenção ao diesel foi criado em junho, em resposta a uma greve histĂłrica dos caminhoneiros contra os altos preços dos combustĂveis. Com a antecipação do fim do programa, Oddone
acredita que seja possĂvel evitar um risco do programa terminar no fim do ano de forma brusca, caso os preços externos nĂŁo mantenham sua trajetĂłria de queda. “Todo mundo estĂĄ ciente da situação, esse ĂŠ um assunto que a gente vem acompanhando, vem alertando os agentes envolvidos, todo dia, porque publicamos os preços todos os diasâ€?, disse o diretor-geral. Empresas como a Petrobras que aderiram ao plano precisam praticar preços estipulados pelo governo e sĂŁo ressarcidas em atĂŠ R$ 0,30 por litro, dependendo do cenĂĄrio de preços externos. Com a queda dos valores no exterior, jĂĄ nĂŁo faz sentido neste momento manter o programa de subvenção ao preço do diesel, reiterou o consultor Eduardo Oliveira de Melo, da Raion, especializada em combustĂveis.
Em relatĂłrio na sexta-feira, Melo afirmou que o valor de referĂŞncia do combustĂvel fĂłssil jĂĄ apresenta neste mĂŞs redução de R$ 0,2732 por litro, bem prĂłximo ao subsĂdio de R$ 0,30 que o governo se dispĂ´s a oferecer atĂŠ o fim do ano. “Hoje o preço do diesel teria potencial de redução nos patamares do valor do subsĂdio, permitindo zerar o programa e manter os preços atualmente praticados nas refinariasâ€?, resumiu ele. De outro modo, haveria o risco de o preço do diesel subir apĂłs o fim do programa em R$ 0,30 , comentou Melo. No mesmo evento, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, concordou com o diretor da ANP, mas destacou que o assunto nĂŁo cabe Ă sua pasta. “Essa questĂŁo deve ser postaâ€?, disse Moreira Franco a jornalistas, ressaltando que o tema ĂŠ uma atribuição
do MinistĂŠrio da Fazenda, que jĂĄ estĂĄ acompanhando o tema. “Na realidade, o MinistĂŠrio de Minas e Energia fornece informaçþesâ€?, afirmou. Procurado, o MinistĂŠrio da Fazenda nĂŁo respondeu imediatamente ao pedido de comentĂĄrios. Fim da partilha - Em meio a notĂcias de BrasĂlia sobre discussĂľes da equipe de transição sobre o possĂvel fim do modelo de partilha de produção para a exploração do prĂŠ-sal, Oddone disse a jornalistas acreditar
que o modelo de concessĂŁo seria a melhor opção, apĂłs ser questionado. No entanto, ele ressaltou que, se discussĂľes sobre o tema trouxerem possibilidades de atrasar os leilĂľes jĂĄ previstos para o prĂłximo ano, elas deveriam ser adiadas. “Eu acho que o regime de concessĂŁo ĂŠ mais eficiente, estimula mais a eficiĂŞncia, deve ser utilizado, no meu entendimento, nos leiloes do prĂŠ-sal, mas a preocupação que nĂłs temos ĂŠ com os cronogramasâ€?, afirmou. (Reuters)
COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS SERVIDORES MILITARES, POLĂ?CIA CIVIL E DA SECRETARIA DA EDUCAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS LTDA. CNPJ: 03.269.540/0001-63 - NIRE NÂş31400038612 Rua Diabase, 295 A - Bairro Prado - Belo Horizonte/MG EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA - O Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa de CrĂŠdito dos Servidores Militares, PolĂcia Civil e da Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais Ltda – Sicoob Coopemg, usando das atribuiçþes conferidas pelo Estatuto Social, convoca os 25 DELEGADOS EFETIVOS com direito a voto, que representarĂŁo os 7.721 cooperados para reunir em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria e que, em virtude de sua sede nĂŁo comportar, serĂĄ realizada no AuditĂłrio do Hotel Via Contorno, situado na Avenida do Contorno, 9661 - Prado, Belo Horizonte - MG, no dia 07 de dezembro de 2018, em primeira convocação Ă s 16h00min, com a presença de 2/3 (dois terços) do nĂşmero total de Delegados com GLUHLWR D YRWR &DVR QmR KDMD Q~PHUR OHJDO SDUD D LQVWDODomR HP SULPHLUD FRQYRFDomR ÂżFDP GHVGH Mi FRQYRFDGRV SDUD D VHJXQGD FRQvocação Ă s 17h00min, no mesmo dia e local com a presença de metade mais 1 (um) do nĂşmero total de Delegados. Persistindo a falta de “quĂłrum legalâ€?, a Assembleia realizar-se-ĂĄ no mesmo dia e local, em terceira e Ăşltima convocação Ă s 18h00min, com a presença GH QR PtQLPR GH] 'HOHJDGRV D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH D VHJXLQWH RUGHP GR GLD FRQIRUPH SDXWD D VHJXLU 2V FRRSHUDGRV TXH nĂŁo sĂŁo delegados poderĂŁo participar da Assembleia como ouvintes, sem, contudo, terem direito a opinar e a votar nas deliberaçþes. PAUTA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA: a) Aprovação da PolĂtica Institucional de Governança Corporativa; b) Reforma integral do Estatuto Social, com aumento de artigos e alteração de endereço. c) Fixação do valor dos honorĂĄrios do Diretor Presidente, Diretoria Executiva e das CĂŠdulas de Presença dos Conselheiros e Membros de ComitĂŞs; d) Outros assuntos de interesse geral da sociedade. Belo Horizonte, 20 de novembro de 2018. Luiz Rodrigues Rosa - Presidente do Conselho de Administração.
BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 24, A SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018
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AGRONEGĂ“CIO GRĂƒOS
DIAGNĂ“STICO
Plantio de soja jĂĄ atingiu 89% no Brasil
Lanagro vai contar com laboratório de alta segurança
No mesmo intervalo do ano passado o Ăndice de conclusĂŁo havia atingido 84% SĂŁo Paulo - O plantio da safra de soja 2018/19 no Brasil alcançou nesta semana 89% dos 35,8 milhĂľes de hectares estimados, ante 84% nesta ĂŠpoca na temporada passada, informou a AgRural na sexta-feira (23), reiterando que algumas partes do PaĂs podem ter colheita jĂĄ no prĂłximo mĂŞs, com a antecipação dos trabalhos. A semeadura desta temporada ĂŠ a mais rĂĄpida jĂĄ registrada na sĂŠrie histĂłrica, graças Ă s condiçþes favorĂĄveis em praticamente todo o Brasil, o maior exportador global da commodity. Considerando uma mĂŠdia de cinco anos, o indicador de plantio para esta ĂŠpoca ĂŠ de 78% no PaĂs, segundo a consultoria. Em Mato Grosso, o maior estado produtor, os trabalhos foram praticamente concluĂdos, com 99,5% da ĂĄrea jĂĄ plantada, e as lavouras se desenvolvem bem graças Ă s chuvas frequentes e aberturas de sol. A consultoria destacou que no mĂŠdio-norte e no oeste mato-grossense, as lavouras devem estar prontas para a colheita jĂĄ no fim de
dezembro. No ParanĂĄ, segundo maior produtor do PaĂs, o plantio chegou a 95% da ĂĄrea, um ponto percentual abaixo do registrado no ciclo passado. “As lavouras (paranaenses) se desenvolvem bem, mas agora hĂĄ certa preocupação justamente em razĂŁo da queda dos termĂ´metros, que pode resultar em desenvolvimento mais lento das plantasâ€?, informa a AgRural em seu relatĂłrio semanal, destacando a previsĂŁo de chuvas e temperaturas mais baixas nos prĂłximos dias. Na fronteira agrĂcola do Matopiba (MaranhĂŁo, Tocantins, PiauĂ e Bahia), a semeadura tambĂŠm transcorre em bom ritmo, com produtores de olho na perspectiva de chuvas em bom volume na virada de mĂŞs. Partes do Tocantins, disse a AgRural, precisam de precipitaçþes “com urgĂŞnciaâ€? apĂłs dias mais secos - por lĂĄ, 62% da ĂĄrea jĂĄ foi semeada. A AgRural destacou ainda avanço dos trabalhos no Rio Grande do Sul (77%), Minas Gerais (94%) e GoiĂĄs (98%), onde alguns produtores es-
A Multiplan Empreendimentos Imobiliårios, responsåvel pelo empreendimento denominado Shopping Påtio Savassi, torna público que protocolou, em 09/09/2017 requerimento de Licença de Operação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.
DA REDAĂ‡ĂƒO
Safra 2018/19 ĂŠ estimada em 122,2 milhĂľes de toneladas, volume 1,2% maior do que no ano passado
peram iniciar a colheita em 10 de janeiro. Em SĂŁo Paulo, as atividades de campo foram concluĂdas. Milho - O semeio da primeira safra de milho no centro-sul do Brasil chegou a 97% da ĂĄrea total estimada, contra 71% da ĂĄrea em 2017 e 80% na mĂŠdia de cinco anos. Faltando apenas a conclu-
são do plantio em São Paulo, Minas Gerais e Goiås, as plantaçþes se desenvolvem bem e a perspectiva Ê de uma boa safra, informou a consultoria. Projeção - A safra de soja 2018/19 do Brasil deverå totalizar um recorde de 122,2 milhþes de toneladas, projetou na sexta-feira a consul-
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG Aviso de publicação do Processo licitatĂłrio nÂş 171/2018 – PregĂŁo 98/2018. Menor preço por item. Registro de preços para futura e eventual aquisição de UtensĂlios de cozinha e materiais para sala de Vacinação. Data de apresentação de envelopes e julgamento: 09h00min do dia 18/12/2018. O Edital encontra-se na sede da Prefeitura Municipal, Ă Av. Dr. Sylvio Menicucci, nÂş 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras.mg.gov.br. Telefax: (35)3694-4021. Rodrigo Moreti Pedroza – Diretor de Suprimentos.
toria Safras & Mercado, que na estimativa anterior, de setembro, apostava em uma produção de 121,06 milhĂľes. Caso se confirme, a colheita seria ainda 1,2% superior ao registrado em 2017/18. A consultoria tambĂŠm afirmou que a ĂĄrea plantada com a oleaginosa crescerĂĄ 3,2% neste ano ante o ciclo passado, para 36,4 milhĂľes de hectares, praticamente estĂĄvel em relação Ă previsĂŁo anterior. (Reuters) A SIMPRO DO BRASIL LTDA, por determinação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do municĂpio de Betim – CODEMA, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 5451813278, a Licença Ambiental Concomitante – LAC1 – Classe 4, para a atividade de fabricação e montagem de veĂculos automotores e/ou ferroviĂĄrios, H[FHWR HPEDUFDo}HV H HVWUXWXUDV Ă€XWXDQWHV localizada na Rua Senador Giovanni Agnelli, nÂş 31, Bairro Distrito Industrial Paulo Camilo Norte, CEP 32.681-080, Betim/MG.
O MinistĂŠrio da Agricultura, (Mapa) vai inaugurar em 7 de dezembro, em Campinas (SP), o primeiro laboratĂłrio da AmĂŠrica do Sul de alta segurança para diagnĂłstico de doenças aviĂĄrias, localizado dentro do LaboratĂłrio Nacional AgropecuĂĄrio (Lanagro/ SP). O novo centro de anĂĄlises possui nĂvel de biossegurança 3 AG (agricultura), o mais alto nĂvel de biossegurança para laboratĂłrio que trabalha com patĂłgenos agrĂcolas e animais. O projeto foi focado na identificação de doença de aves, mas concebido para ser multipropĂłsito, podendo ser utilizado para diagnĂłstico de outras doenças dos animais, em caso de necessidade. Nos 300 metros quadrados de ĂĄrea biocontida (que impede escape de vĂrus), serĂĄ executado, de forma segura, o circuito completo de isolamento e definição do grau de multiplicação de microrganismos. A utilização de mĂŠtodos moleculares possibilitarĂĄ a identificação rĂĄpida de doença em caso de emergĂŞncia sanitĂĄria. O laboratĂłrio poderĂĄ tambĂŠm apoiar pesquisas acadĂŞmicas, resultando na descoberta de novas vacinas e mĂŠtodos de detecção de doenças.
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG
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Aviso de publicação do Processo Licitatório nº 209/2018 – Pregão 120/2018. Menor preço por item. Registro de Preços para futura e eventual aquisição de material hidråulico para manutenção de poços artesianos. Data de apresentação de envelopes e julgamento: 14h00min do dia 17/12/2018. O Edital encontra-se na sede da Prefeitura Municipal, à Av. Dr. Sylvio Menicucci, nº 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras.mg.gov.br. Telefax: (35)3694-4021. Rodrigo Moreti Pedroza – Diretor de Suprimentos.
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EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA ELEITORAL Na forma estatutĂĄria, comunico aos associados da Associação Comercial e Empresarial de Minas ACMinas haver sido registrada na Entidade, chapa Ăşnica, que concorrerĂĄ Ă s eleiçþes da Diretoria e do Conselho Fiscal, com mandato de 06 de janeiro de 2019 a 05 de janeiro de 2021. Ficam, portanto, convocados os associados para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Eleitoral que ocorrerĂĄ no dia 04 (quatro) de dezembro de 2018, terça-feira, Ă s 18h00 (dezoito horas), em primeira convocação, ou Ă s 18h30 (dezoito horas e trinta minutos) em segunda convocação, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Minas - ACMinas, na Avenida Afonso Pena, 372. É a seguinte a chapa Ăşnica: PRESIDENTE: AGUINALDO DINIZ FILHO VICE-PRESIDENTES Carlos Alberto Teixeira de Oliveira Cledorvino Belini FĂĄbio Guerra Lages Hudson LĂdio de Navarro JosĂŠ Anchieta da Silva JosĂŠ Epiphânio Camillo dos Santos Marcos Brafman DIRETORIA Adriana Avelar Adriano Viana Espeschit AĂlton Ricaldoni Lobo Alessandra Alkmim AloĂsio Andrade AristĂłteles Atheniense CĂŠsar Augusto EspĂndola Bueno ClĂĄudia Mascarenhas MourĂŁo ClĂĄudio de Moura Castro Cleinis de Faria Cristiano Monteiro Parreiras Dalmar do EspĂrito Santo Pimenta Dino Bastos SĂĄvio Eduardo Paoliello Nicolau Eduardo Vilela de Santana Esterlino Luciano Campos Medrado FĂĄbio Veras Geraldo Luiz de Moura Tavares Gilson Teodoro Arantes HĂŠlcio Roberto Martins Guerra HĂŠlio Marques Faria Homero Storino Izabel Cristina Carvalho Mendes Jack CorrĂŞa JoĂŁo Bosco Varela Cançado JoĂŁo Henrique CafĂŠ de Souza Novais JosĂŠ Aparecido Ribeiro JosĂŠ Carlos da Costa JosĂŠ Ciro Mota JosĂŠ Henrique Salvador JosĂŠ Luiz de MagalhĂŁes Neto CONSELHO FISCAL Efetivos Cleider Gomes FigueirĂ´a Edvar Dias Campos Nacib Hetti
Modesto Carvalho de AraĂşjo Neto Olavo Machado JĂşnior Paulo SĂŠrgio Ribeiro da Silva Ruy Barbosa de AraĂşjo Filho SĂŠrgio Bruno Zech Coelho Wagner Furtado Veloso Wilson NĂŠlio Brumer JosĂŠ Pedro Barbosa Juliana Pires de Moraes JĂşlio CĂŠsar D’Amato Ferreira LuĂs Itamar Saldanha Marcelo Mascarenhas Silva de Assis MĂĄrcio Lima Leite Marcos Villela de Sant’Anna Maria Cristina Martins da Costa Neves MaurĂcio de Faria Becker Filho Mauro Sayar Ferreira Monica Neves Cordeiro OctĂĄvio ElĂsio Alves de Brito OttĂĄvio Raul DomĂŞnico Riberti Carmignano Paulo Renato Cabral Renato Travassos Martins da Silva Ricardo Dias Pimenta Ricardo Queiroz GuimarĂŁes Rafael Rocha LafetĂĄ Roberto Godoy Assumpção SebastiĂŁo Alvino Colomarte SĂŠrgio Eduardo Michetti Frade Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira Tânia Maria Costa Reis Valseni Braga Walter FrĂłes Yvan Mulls Costa Oliveira
Suplentes AntĂ´nio Maluf Constantino Caporali Luiz Carlos Motta Costa
Belo Horizonte, 24 de novembro de 2018. Lindolfo Coelho Paoliello Presidente
PBH ATIVOS S.A. CNPJ/MF nÂş 13.593.766/0001-79 - NIRE 31300097081
Ata da ReuniĂŁo do Conselho Administração Realizada em 25 de Outubro de 2018. 1. Data, Hora e Local: Realizada no dia 25 de outubro de 2018, Ă s 14:30 h na sede da PBH Ativos S/A., localizada na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 1245, 12Âş andar, FuncionĂĄrios, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. 2. Convocação e presença: Sr. Fuad Jorge Noman Filho, Sr. Paulo Roberto Lamac JĂşnior, Sr. Pedro Meneguetti, Sra. Adriana Branco Cerqueira, Sr. AndrĂŠ Abreu Reis, Sr. EugĂŞnio EustĂĄquio Veloso Fernandes, Sr. JosuĂŠ Costa ValadĂŁo, Sra. Maria Fernandes Caldas e Sr. Leonardo de AraĂşjo Ferraz. Membro do Conselho Fiscal presente: AntĂ´nio Marmo Silveira JĂşnior. Diretor Presidente da Companhia, Sr. Pedro Meneguetti; Diretora Executiva, Sra. Soraya de FĂĄtima MourthĂŠ Lage. 3. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Fuad Jorge Noman Filho e secretariados pelo Sr. Pedro Meneguetti. 4. Ordem do dia: I. Metodologias de cĂĄlculo do valor da remuneração da PBH Ativos pela prestação de serviços; II. Balancete 3Âş trimestre/2018; III. Orçamento 2019. 5. Deliberaçþes e informaçþes: I. Considerando (i) que a atuação da Companhia ĂŠ voltada para a realização do interesse coletivo, no sentido de complementar DV SROtWLFDV S~EOLFDV DORFDQGR GH IRUPD VRFLDOPHQWH HÂżFLHQWH VHXV UHFXUVRV QRV WHUPRV GR † ž GR DUWLJR 27 da Lei Federal n° 13.303/2016 e procurando, sempre que possĂvel, obter ganho econĂ´mico, conforme o parĂĄgrafo Ăşnico do artigo 2Âş da Lei Municipal n° 10.003/2010, bem como as melhores prĂĄticas de governança corporativa, nos termos da alĂnea “uâ€? do artigo 29 do Estatuto e alĂnea “aâ€? do item 9 do Regimento Interno; (ii) a metodologia de cĂĄlculo do valor da remuneração da PBH Ativos na prestação de serviços deliberada na reuniĂŁo de 24 de novembro de 2016; (iii) a edição do Decreto Municipal n° 16.950/2018, que regulamenta o inciso XII do artigo 2Âş da Lei Municipal n° 10.003/2010, acerca da prestação de serviços de consultoria relacionados ao objeto social da Sociedade aos ĂłrgĂŁos, Ă s entidades e Ă s empresas estatais da administração direta e indireta da UniĂŁo, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicĂpios. Foi aprovado o aperfeiçoamento da forma de remuneração da Companhia pela prestação de seus serviços, conforme o seguinte: (1) prestação de serviço com remuneração posterior pelo concessionĂĄrio vencedor da licitação da administração direta/indireta do MunicĂpio de Belo Horizonte, mantida nos moldes do anteriormente aprovado; (2) prestação de serviço com remuneração assumida pela administração direta/indireta da UniĂŁo, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicĂpios, nos mesmos moldes de (1) e (3) prestação de serviço com ressarcimento assumido pela administração direta/indireta do MunicĂpio de Belo Horizonte, excluĂdas as margens operacional e de lucro, uma vez que a atuação ĂŠ mais focada em valores sociais, Ă luz do interesse pĂşblico, base da criação da Empresa. II. Foi apresentado o balancete referente ao 3Âş trimestre/2018, destacando as principais contas da Companhia, sendo informado que o Conselho Fiscal jĂĄ o analisou, nos termos do inciso VI do art. 163 da Lei Federal nÂş 6.404/1976. Os Conselheiros se manifestaram favoravelmente, conforme art. 142, V da Lei Federal nÂş 6.404/1976. III. A proposta de orçamento para 2019 foi apresentada, nos termos da alĂnea c do art. 35 do Estatuto da Companhia e, apĂłs anĂĄlise, foi aprovada pelos Conselheiros, em atendimento Ă alĂnea h do art. 29 do referido instrumento. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foram os trabalhos suspensos pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura da presente Ata, em forma de sumĂĄrio, que, lida, conferida e achada conforme, foi por todos assinada. Mesa: Fuad Jorge Noman Filho – Presidente e Pedro Meneguetti – SecretĂĄrio. Membros do Conselho de Administração Presentes: Sr. Fuad Jorge Noman Filho, Sr. Paulo Roberto Lamac JĂşnior, Sr. Pedro Meneguetti, Sra. Adriana Branco Cerqueira, Sr. AndrĂŠ Abreu Reis, Sr. EugĂŞnio EustĂĄquio Veloso Fernandes, Sr. JosuĂŠ Costa ValadĂŁo, Sra. Maria Fernandes Caldas e Sr. Leonardo de AraĂşjo Ferraz. Diretores: Diretor Presidente da Companhia, Sr. Pedro Meneguetti; Diretora Executiva, Sra. Soraya de FĂĄtima MourthĂŠ Lage. Belo Horizonte (MG), 25 de outubro de 2018. &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH p FySLD GD DWD RULJLQDO ODYUDGD HP OLYUR SUySULR Assina digitalPHQWH R GRFXPHQWR R 'LUHWRU 3UHVLGHQWH GD 3%+ $WLYRV 6 $ 6U 3HGUR 0HQHJXHWWL &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE o nÂş 7051579 em 31/10/2018 da Empresa PBH ATIVOS S.A., Nire 31300097081 e protocolo 185643558 31/10/2018. Autenticação: 8F84E8D38F8EA1F35DF4A88EFE4C21CF332BAF1D. Marinely de Paula %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO 3DUD YDOLGDU HVWH GRFXPHQWR DFHVVH http://www.jucemg.mg.gov.br e informe nÂş do protocolo 18/564.355-8 e o cĂłdigo de segurança J99k. Esta cĂłpia foi autenticada digitalmente e assinada em 05/11/2018 por Marinely de Paula %RPÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO
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LEGISLAÇÃO CRISE
Livraria Saraiva pede recuperação judicial Com dívida de R$ 674 milhões, companhia segue o caminho da Cultura para reestruturar os débitos São Paulo - A Livraria Saraiva, rede de varejo líder em venda de livros no País, pediu recuperação judicial na sexta-feira (23). Com dívida de R$ 674 milhões, a companhia é a segunda empresa do setor em pouco mais de um mês a pedir proteção da Justiça para reestruturar débitos e tentar seguir em operação. A Livraria Cultura está em recuperação judicial desde o mês passado. As dificuldades da Saraiva ficaram evidentes no início deste ano, quando a companhia atrasou pagamentos às editoras de livros - suas principais fornecedoras. A empresa voltou a ter dificuldades nos últimos meses, e foi iniciado um novo período de negociações. Após não conseguir fechar acordo, a companhia decidiu pela recuperação judicial. No pedido feito à Justiça, a Saraiva lembrou que vem tentando reestruturar o próprio negócio - processo que está sendo tocado em conjunto com a consultoria Galeazzi & Associados. Recentemente, a companhia encerrou as atividades de 19 pontos de venda, sendo oito lojas tradicionais e oito unidades iTown, que vendiam produtos de tecnologia da marca Apple. Neste processo, cortou 700 funcionários. Outra medida tomada pela Saraiva foi a saída de categorias em que a rentabilidade é mais baixa - como a venda de produtos de tecnologia, na qual precisa bater de frente com pesos pesados como a
PAULA AREND LAIER/REUTERS
PORTAL
Licenciamento ambiental ganha mais transparência DA REDAÇÃO
Em dificuldades financeiras, a Livraria Saraiva encerrou as atividades de 19 pontos de venda e demitiu 700 funcionários
Via Varejo (dona de marcas como Casas Bahia e Ponto Frio) e FastShop. A entrada no segmento foi decidida há alguns anos, como uma tentativa de “proteção” à perspectiva de queda nas vendas de livros. “Neste movimento (a saída da área de tecnologia), a Saraiva diminuirá substancialmente a geração de créditos tributários, uma das principais razões de consumo de caixa nos últimos anos”, diz a empresa, no documento da recuperação judicial. Para continuar a ofertar eletrônicos e itens de tecnologia nas lojas,
Histórico Esta agenda contém as principais obrigações a serem cumpridas nos prazos previstos na legislação em vigor. Apesar de conter, basicamente, obrigações tributárias, de âmbito estadual e municipal, a agenda não esgota outras determinações legais, relacionadas ou não com aquelas, a serem cumpridas em razão de certas atividades econômicas e sociais específicas. Agenda elaborada com base na legislação vigente em 08/10/2018. Recomenda-se vigilância quanto a eventuais alterações posteriores. Acompanhe o dia a dia da legislação no Site do Cliente (www.iob. com.br/sitedocliente). ICMS - prazos de recolhimento os prazos a seguir são os constantes dos seguintes atos: a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral do RICMS-MG/2002; e b) artigo 46 do anexo XV do RICMS-MG/2002 (produtos sujeitos a substituição tributária). O Regulamento de ICMS de Minas Gerais é aprovado pelo Decreto nº 43.080/2002. Dia 25 ICMS - outubro de 2018 - Escrituração Fiscal Digital (EFD) - entrega do arquivo relativo à Escrituração Fiscal Digital (EFD), contendo as informações dos fatos geradores ocorridos no mês anterior, pelos contribuintes relacionados no anexo XII do Protocolo ICMS nº 77/2008. Internet, RICMS-MG/2002, anexo VII, parte 1, artigo 54. Dia 26
a companhia deverá buscar uma parceria com uma rede especializada no setor. Apesar de a venda de livros apresentar uma pequena alta em 2018 - de cerca de 5% em valores, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) -, a Saraiva lembrou que o preço do produto não subiu, se comparado com a inflação. Segundo a companhia, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - índice oficial de inflação - subiu 53,8% de 2000 a 2017, o valor unitário do livro caiu 8%, na mesma comparação.
elétrica - relativamente às operações ou prestações próprias do prestador de serviço de comunicação na modalidade telefonia, classificado nos códigos 6110-8/01 e 6120-5/01 da Cnae, que apresente faturamento, por núcleo de inscrição, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 30.000.00,00, e do gerador, transmissor ou distribuidor de energia elétrica que apresente faturamento, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 300.000.000,00, realizadas nos meses de julho a dezembro de 2018. Notas: (1) No tocante às operações ou prestações realizadas do dia 11 ao dia 23 de cada mês, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 25 do mês de ocorrência do fato gerador. (2) Com a publicação do Decreto nº 47.488/2018 o gerador, transmissor ou distribuidor de energia elétrica que apresente faturamento superior a R$ 300.000.000,00 no mês de setembro de 2018 observará um prazo diferenciado para os fatos geradores novembro e dezembro de 2018. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XXI, ”b” e § 20. ICMS - do dia 11 até o dia 23 do próprio mês - refino de petróleo relativamente às operações próprias do estabelecimento fabricante de produtos do refino de petróleo e de suas bases, classificado no código 1921-7/00 da Cnae, realizadas nos meses de junho a dezembro de 2018. Nota: O imposto apurado entre os dias 11 e até o dia 23 do mês deverá ser pago até o dia 25 do próprio mês. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XX, § 20.
ICMS - segundo decêndio de ICMS - Do dia 11 até o dia 23 novembro de 2018 - contribuinte/ do próprio mês- telefonia e energia atividade econômica: venda de
Outro segmento que já foi a segunda maior fonte de receitas para a Saraiva - música e filmes - foi bastante afetado por avanços tecnológicos, segundo a companhia, que cita no documento de pedido de recuperação a emergência de serviços como Netflix e Spotify nessa área. Ativos - Hoje, a companhia se dedica somente à atividade de varejo. O pedido de recuperação lembra que a empresa vendeu seus ativos editoriais e de educação há três anos, por R$ 725 milhões. Após esse
café cru em grão realizada em bolsa de mercadorias ou de cereais pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com intermediação do Banco do Brasil, referente aos fatos geradores ocorridos no segundo decêndio do próprio mês, ou seja, no período de 11 a 20 do mês. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XIV, “b”. Dia 27 ICMS - do dia 1º ao dia 26 de novembro de 2018 - bebidas e fumo - operações próprias da indústria de bebidas, classificada no código 1113-5/02 da Cnae, que apresente faturamento, por núcleo de inscrição, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 400.000.000,00, e da indústria do fumo, classificada no código 1220-4/01 da Cnae, que apresente faturamento, por núcleo de inscrição, no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador, superior a R$ 400.000.000, realizadas nos meses de fevereiro a dezembro de 2018. Nota: Havendo impossibilidade de se apurar o imposto devido até o prazo previsto para o recolhimento, o contribuinte: a) deverá recolher o valor correspondente a 90% do ICMS apurado no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador; b) deverá recolher a diferença entre o imposto devido no período de apuração e o recolhido nos termos do da letra “a” anterior, se for o caso, até o dia 8 do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. DAE/internet, RICMS-MG/2002, Parte Geral, artigo 85, XIX, “a” e § 20.
negócio e um período de enxugamento do varejo, o grupo hoje contabiliza cerca de 3 mil colaboradores, 85 lojas próprias e uma área de venda de quase 50 mil metros quadrados no País. Fundada em 1947, a origem da Saraiva remonta, no entanto, a 1914, quando o livreiro Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva, um imigrante português, abriu uma pequeno sebo na rua do Ouvidor, em São Paulo, chamado Saraiva & Cia. A Saraiva é uma companhia aberta desde 1972. Em 2008, adquiriu a rival Siciliano. (AE)
ples Nacional - a DeSTDA será transmitida mensalmente até o dia 28 do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração ou até o primeiro dia útil seguinte, quando o término do prazo se der em dia não útil, pelos contribuintes cujas operações ou prestações estiverem sujeitas aos regimes de substituição tributária, da antecipação do recolhimento do imposto e à incidência do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e interestadual. A DeSTDA também deverá ser transmitida à unidade da Federação onde o contribuinte mineiro estiver inscrito como substituto tributário. Programa Sistema Eletrônico de Documentos e Informações Fiscais do Simples Nacional (Sedif-SN) RICMS-MG/2002, anexo V, artigo 152, §§ 9º e 10. Dia 30
TFRM - outubro de 2018 - Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM) - recolhimento da TFRM relativa às saídas de recurso minerário do estabelecimento do contribuinte, no mês anterior. Notas: (1) Para fins deste recolhimento considera-se, também, dia útil aquele declarado como ponto facultativo nas repartições públicas estaduais pelo Poder Executivo do Estado, desde que exista, no município onde esteja localizado o estabelecimento responsável pelo pagamento, agência arrecadadora credenciada em funcionamento. (2) Pagamento deverá ser efetuado até o último dia útil do mês seguinte ao da emissão do docuDia 28 mento fiscal. DAE/internet, Lei nº 19.976/2011, artigo 9º; Decreto nº ICMS - outubro de 2018 - Sim- 45.936/2012, artigo 10.
A partir de agora é possível acessar o histórico de licenciamento ambiental de qualquer empresa pela internet e ainda obter informações sobre licenças, procedimentos e legislação referentes ao meio ambiente. Todas essas orientações e dados de processos nas diversas esferas do governo estão reunidas no Portal Nacional de Licenciamento Ambiental (PNLA), lançado recentemente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Com esse acesso será possível verificar quais empresas estão cumprindo a legislação ambiental e as que não estão. E ainda obter orientações para atender a todas as exigências de cada tipo de licenciamento”, explica a consultora jurídica da área ambiental do escritório Andrade Silva Advogados, Nathália Leite. Segundo ela, o portal foi criado por meio da Portaria nº 391/2018, do Ministério do Meio Ambiente, com o intuito de facilitar os procedimentos para a concessão de licenças. “O PNLA reúne informações da União, Estados, Distrito Federal e Municípios o que possibilita articulação entre os órgãos licenciadores e fortalece o Sistema Nacional de Informações Ambientais (Sinima). Além de organizar e agilizar o acesso público, traz mais transparência aos processos e visibilidade positiva para quem cumpre a lei”, destaca Nathália. De acordo com a consultora, a Política Nacional do Meio Ambiente, por meio da Lei Federal nº 6.938/81, estabelece que todas as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras exercidas no país sejam submetidas ao licenciamento ambiental. “Dessa forma, os empreendimentos sujeitos ao licenciamento devem realizar estudos ambientais, seguir os critérios que demonstrem os impactos provenientes das atividades, além de apresentar medidas de mitigação desses impactos e atender a condições estabelecidas pelos órgãos ambientais para a manutenção dessas licenças”, orienta. Nathália acrescenta que os dados referentes aos licenciamentos ambientais municipais serão integrados pelo ministério em um novo módulo que está em fase de construção. “Ao disponibilizar procedimentos de licenciamento ambiental, informações e orientações, agregando e compatibilizando as informações ambientais, o PNLA não substitui o sistema do Ibama, nem dos órgãos estaduais e do Distrito Federal. O portal vem somar, e ainda trazer melhor compreensão por parte da sociedade, contribuindo para aperfeiçoar os debates técnicos”, avalia.
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POLĂ?TICA politica@diariodocomercio.com.br
GOVERNO BOLSONARO
Salim Mattar cuidarĂĄ das privatizaçþes Fundador da Localiza aceitou convite para assumir secretaria ligada ao MinistĂŠrio da Economia DIVULGAĂ‡ĂƒO
Rio - O executivo Salim Mattar, fundador da mineira Localiza, aceitou na sexta-feira (23) o convite para comandar a Secretaria de Privatizaçþes, que serĂĄ vinculada ao MinistĂŠrio da Economia no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. O ĂłrgĂŁo serĂĄ responsĂĄvel pelos projetos de desestatização e desinvestimentos. A equipe econĂ´mica confirmou a informação em nota. “O empresĂĄrio Salim Mattar aceitou o convite do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir a Secretaria-Geral de Desestatização e Desmobilização, que serĂĄ criada como parte da estrutura do MinistĂŠrio da Economia no novo governoâ€?, diz a nota. Anteriormente, o empresĂĄrio foi sondado para ocupar a Secretaria de IndĂşstria e ComĂŠrcio – hoje ministĂŠrio autĂ´nomo.
Neto de libaneses, Mattar costuma dizer que muito jovem descobriu como poderia criar o prĂłprio negĂłcio e ter lucros: a partir do aluguel de automĂłveis. De famĂlia grande, ele perdeu o pai precocemente, foi office boy e trabalhou em armazĂŠm atĂŠ ser dono da sua empresa. O comunicado da equipe econĂ´mica informa ainda que Mattar ĂŠ fundador e presidente do conselho da Localiza, uma das maiores locadoras de veĂculos do mundo, e integrante do Instituto Millenium, fundado por Guedes para promover o liberalismo econĂ´mico. A nova secretaria vai ser responsĂĄvel pelos desinvestimentos, desmobilização e busca de maior eficiĂŞncia na gestĂŁo dos ativos da UniĂŁo.
com os nomes de Roberto Campos Neto, que irĂĄ para o Banco Central; Roberto Castello Branco, que assumirĂĄ o comando da Petrobras; e Joaquim Levy, que vai presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES). Na Ăşltima quinta-feira, Guedes tambĂŠm confirmou o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rubem de Freitas Novaes, para o comando do Banco do Brasil; Pedro GuimarĂŁes, para a Caixa EconĂ´mica Federal; e Carlos Von Doellinger para estar Ă frente do Instituto de Pesquisa EconĂ´mica Apli- Mattar ĂŠ fundador da Localiza cada (Ipea) a partir do ano que vem. Rodriguez para o MinistĂŠrio da Educação. Rodriguez MinistĂŠrio - AlĂŠm disso, o ĂŠ professor de Filosofia e presidente eleito anunciou, na mestre em Pensamento Ăşltima quinta-feira, o filĂłsofo Brasileiro pela PontifĂcia Equipe - Mattar vai integrar e professor emĂŠrito da Escola Universidade CatĂłlica do a equipe econĂ´mica do prĂł- de Comando e Estado-Maior Rio de Janeiro (PUC-RJ). ximo governo que jĂĄ conta do ExĂŠrcito Ricardo Velez (ABr/Reuters)
JUSTIÇA
Lula e Dilma viram rĂŠus no Distrito Federal BrasĂlia - O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ÂŞ Vara Federal, em BrasĂlia, aceitou, na sexta-feira (23), denĂşncia formulada pelo MinistĂŠrio PĂşblico Federal contra os ex-presidentes Luiz InĂĄcio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT JoĂŁo Vaccari Neto por formação de organização criminosa, no caso do “quadrilhĂŁo do PTâ€?. “Segundo a acusação, com base nas provas documentais juntadas aos autos, os rĂŠus (atĂŠ o ano de 2016) integravam organização criminosa quando de suas respectivas atuaçþes como membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e ainda por meio de condutas ligadas a exercĂcio de mandatos como presidentes da RepĂşblica, ministros de Estados e de integrante do referido partido, tendo sido cometidos diversos crimes contra a Administração PĂşblica (entre os quais corrupção) e lavagem de dinheiro relacionados com o MinistĂŠrio de Minas e Energia, Petrobras,
Construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e UTC, e J&F/BNDESâ€?, escreveu o juiz. Em sua decisĂŁo, o juiz federal explicou que ficaram de fora da decisĂŁo a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-ministro das Comunicaçþes no governo Dilma, Paulo Bernardo Silva, e o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da PresidĂŞncia, que seriam integrantes da mesma organização ao lado dos cinco acusados, mas cujas investigaçþes tramitam em diferentes instâncias - Gleisi e o marido sĂŁo investigados no STF; a denĂşncia contra Edinho foi encaminhada ao Tribunal Regional Federal da 3ÂŞ RegiĂŁo (TRF-3). “Determino as citaçþes para as respostas Ă acusação, por escrito, no prazo de 15 dias (prazo estendido pela metade por se tratar de cinco rĂŠus), oportunidade em que poderĂŁo arguir preliminares e alegar tudo o que interesse Ă s defesas, oferecer documentos
e justificaçþes, especificar ou produzir desde logo provas, arrolando e qualificando (com os pertinentes endereços) testemunhas para serem ouvidas em audiĂŞnciaâ€?, escreveu o juiz em sua decisĂŁo. A acusação, por organização criminosa, foi oferecida em setembro de 2017 pelo entĂŁo procurador-geral da RepĂşblica, Rodrigo Janot. De acordo com a Procuradoria-Geral da RepĂşblica (PGR), o esquema de corrupção instalado em diversos entes e ĂłrgĂŁos pĂşblicos, como a Petrobras, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e o MinistĂŠrio do Planejamento, permitiu que os polĂticos denunciados recebessem a tĂtulo de propina pelo menos R$ 1,48 bilhĂŁo. “Pelo menos desde meados de 2002 atĂŠ 12 de maio de 2016, os denunciados integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o perĂodo em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a PresidĂŞncia da RepĂşblica, para cometimento de uma mirĂade de delitos, em especial contra a administração pĂşblica em
geralâ€?, afirmou Janot Ă ĂŠpoca. Desmembramento - Em março deste ano, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que apenas a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o ex-ministro Paulo Bernardo permanecessem com as investigaçþes em curso no STF. A defesa de Lula entrou com recurso contra o desmembramento do caso, mas a Segunda Turma manteve no dia 13 de novembro a decisĂŁo de Fachin que mandou as investigaçþes contra o expresidente para a Justiça Federal do DF. Quando ofereceu a denĂşncia, Janot disse que os petistas faziam parte de uma organização criminosa Ăşnica, “que congrega, pelo menos, os partidos PT, PMDB e PP, bem como nĂşcleos diversos (econĂ´mico, administrativo e financeiro).â€? A reportagem tentou contato com as defesas e assessorias dos citados, mas atĂŠ o fechamento desta edição as partes nĂŁo se pronunciaram. (AE)
ENERGISA SOLUÇÕES - CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS EM LINHAS E REDES S.A. CNPJ/MF: 19.371.183/0001-80 - NIRE: 3130010618-7 Ata da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria da Energisa Soluçþes Construçþes e Serviços em Linhas e Redes S.A. (“Companhiaâ€?), realizada em 07 de novembro de 2018, lavrada na forma de sumĂĄrio 1. Data, hora e local: Aos 07 dias do mĂŞs de novembro de 2018, Ă s 09h00, na sede da Companhia, localizada na Av. Manoel InĂĄcio Peixoto, S/N, Parte II, Bairro Industrial, na Cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais. 2. Convocação e Presenças: Dispensada na forma do art. 124, § 4Âş, da Lei nÂş 6.404/76, em virtude da presença de acioQLVWDV UHSUHVHQWDQGR D WRWDOLGDGH GR FDSLWDO VRFLDO GD &RPSDQKLD FRQIRUPH VH YHULÂżFD das assinaturas no “Livro de Presença de Acionistasâ€?. 3. Mesa: Presidente, o Sr. Mauricio Perez Botelho, e SecretĂĄrio, o Sr. Carlos AurĂŠlio M. Pimentel. 4. Deliberaçþes: Pela Ăşnica acionista representando a totalidade do capital social da Companhia, foram tomadas, por unanimidade, as seguintes deliberaçþes: 4.1. Autorizar a lavratura da ata a que se refere esta Assembleia em forma de sumĂĄrio, bem como sua publicação com omissĂŁo das assinaturas dos acionistas presentes, nos termos do art. 130 e seus §§, da Lei nÂş 6.404/76. 4.2. Destituir, nos termos do artigo 13 do Estatuto Social, o Sr. Brunno Margato Clemente do cargo de Diretor de Operaçþes da Companhia. 4.3. Em razĂŁo da destituição acima, consignar que o cargo de Diretor de Operaçþes permanecerĂĄ vago atĂŠ a eleição de um novo Diretor para completar o mandato. 4.4. Consignar que a Diretoria da Companhia encontra-se composto pelos seguintes membros, todos com mandato atĂŠ 29 de abril de 2019: (i) Flavio Luiz Marqueti, brasileiro, divorciado, engenheiro eletricista, portador da carteira de identidade nÂş 14.208.346, expedida pela SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 089.080.468-01, residente e domiciliado na Cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais, com escritĂłrio na Praça Rui Barbosa, nÂş 80 (parte), Cataguases - MG, CEP 36770-034, no cargo de Diretor-Presidente; (ii) Geraldo CĂŠsar Mota, brasileiro, casado, M-758.625, expedida pela SSP/MG e inscrito no CPF/MF sob o nÂş 298.253.936-53, residente e domiciliado na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, com escritĂłrio na Av. Pasteur, nÂş 110, 5Âş andar, Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 22290-240, no cargo de Diretor Vice-Presidente; e (iii) MaurĂcio Perez Botelho, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira de identidade nÂş 040668246, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 738.738.107-00, residente e domiciliado na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, com escritĂłrio na Av. Pasteur, nÂş 110, 6Âş andar, Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 22290-240, no cargo de Diretor sem GHVLJQDomR HVSHFtÂżFD. 5. Aprovação e Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi a presente ata lavrada, e depois lida, aprovada e assinada por todos os presentes. as) Mauricio Perez Botelho - Presidente; as) Carlos AurĂŠlio M. Pimentel - SecretĂĄrio. Acionista: as) ENERGISA SOLUÇÕES S.A. - Acionista representada pelos Diretores Geraldo CĂŠsar Mota e MaurĂcio Perez Botelho. Confere com o original que se encontra lavrado no Livro de Atas de Assembleias Gerais da Energisa Soluçþes - Construçþes e Serviços em Linhas e Redes S.A. Cataguases, 07 de novembro de 2018. Carlos AurĂŠOLR 0DUWLQV 3LPHQWHO 6HFUHWiULR &HUWLÂżFR TXH R DWR DVVLQDGR GLJLWDOPHQWH GD HPSUHsa ENERGISA SOLUÇÕES - CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS EM LINHAS E REDES S.A., de nire 3130010618-7 e protocolado sob o nĂşmero 18/588.615-9 em 20/11/2018, encontra-se registrado na JUCEMG sob o nĂşmero 7073672, em 22/11/2018. O ato foi GHIHULGR GLJLWDOPHQWH SHOD Â? 7850$ '( 92*$,6 $VVLQD R UHJLVWUR PHGLDQWH FHUWLÂżFDGR GLJLWDO D 6HFUHWiULD *HUDO 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP
CONGRESSO
Medidas provisĂłrias trancam a pauta da Câmara dos Deputados DA REDAĂ‡ĂƒO
A pauta do PlenĂĄrio da Câmara dos Deputados continua trancada por medidas provisĂłrias na Ăşltima semana de novembro. A primeira delas ĂŠ a MP 845/18, que cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento FerroviĂĄrio (FNDF). No Ăşltimo dia 20, os deputados rejeitaram o projeto de lei de conversĂŁo da matĂŠria, de autoria do deputado LĂşcio Vale (PR-PA), que propunha a aplicação dos recursos do fundo exclusivamente no trecho de 477 km que liga o Complexo PortuĂĄrio de Vila do Conde (PA) Ă Ferrovia Norte-Sul. PoderĂĄ ser votada ainda a MP original, que prevĂŞ o uso do dinheiro “prioritariamenteâ€? para essa finalidade. Os recursos virĂŁo da outorga da subconcessĂŁo de trecho dessa ferrovia entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP). A MP perde a vigĂŞncia na prĂłxima quarta-feira (28). A controvĂŠrsia gira tambĂŠm em torno da baixa expectativa de ĂĄgio com a outorga de um trecho de alto custo. Santas casas - A outra MP pautada ĂŠ a 848/18, que cria uma linha de crĂŠdito, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para socorrer as santas casas e os hospitais filantrĂłpicos que atendem pelo Sistema Ăšnico de SaĂşde (SUS). De acordo com a medida, 5% do programa anual de aplicaçþes do FGTS serĂŁo destinados a essa linha de financiamento. A emenda do Senado que os deputados precisam votar faz ajustes no texto para complementar a inclusĂŁo feita pela Câmara dos Deputados de um novo beneficiĂĄrio dessa linha de crĂŠdito, as entidades assistenciais para pessoas com deficiĂŞncia. MunicĂpios - Entre os projetos de lei complementar, que podem ser votados mesmo com a pauta trancada por MPs, destaca-se
o PLP 420/14, que cria a figura da Empresa Simples de CrĂŠdito (ESC) para atuar na realização de operaçþes de emprĂŠstimo, de financiamento e de desconto de tĂtulos de crĂŠdito (factoring) exclusivamente para microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte. O texto tambĂŠm simplifica a atuação legal de startups e empresas de inovação por meio do regime especial Inova Simples. Com o regime, essas empresas terĂŁo um tratamento diferenciado que estimule sua criação, formalização, desenvolvimento e consolidação como agentes indutores de avanços tecnolĂłgicos e da geração de emprego e renda. JĂĄ o Projeto de Lei Complementar (PLP) 270/16, do Senado, permite aos municĂpios receberem transferĂŞncias voluntĂĄrias, obterem garantia e contratarem operaçþes de crĂŠdito mesmo sem reduzir despesas com pessoal caso estejam acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. A exceção serĂĄ para a situação de queda de receita superior a 10% devido Ă diminuição de repasses do Fundo de Participação dos MunicĂpios (FPM) por causa de isençþes tributĂĄrias da UniĂŁo e devido Ă diminuição das receitas recebidas de royalties e participaçþes especiais. FeminicĂdio - Por se tratar de matĂŠria penal, tambĂŠm pode ser votado mesmo com MP trancando a pauta o Projeto de Lei 3030/15, do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que aumenta os casos de agravante da pena de feminicĂdio. Os deputados precisam votar emenda do Senado que pretende excluir dentre os agravantes o crime praticado quando o agente descumprir medidas protetivas da vĂtima, como a suspensĂŁo da posse ou a restrição do porte de armas; e o afastamento do lar ou do local de convivĂŞncia com a vĂtima. Essas medidas constam da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).
LEILĂƒO DE ALIENAĂ‡ĂƒO FIDUCIĂ RIA
PESSOAS E TECNOLOGIA COMO A MĂšSICA PODE TRANSFORMAR AS NOSSAS VIDAS?
Convidado Especial Diomar Silveira Presidente da Orquestra FilarmĂ´nica de MG
31 999419389
Apoio p
FERNANDO JOSE CERELLO G. PEREIRA, leiloeiro oficial inscrito na JUCESP n° 844, com escritĂłrio Ă Al. Santos, 787, 13Âş andar, Cj. 132. Jardim Paulista, SĂŁo Paulo/SP, devidamente autorizado pelo Credor FiduciĂĄrio ITAĂš UNIBANCO S/A, doravante designado VENDEDOR, inscrito no CNPJ sob n° 60.701.190/0001-04, com sede na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, n° 100, Torre Olavo SetĂşbal, na Cidade de SĂŁo Paulo/SP, nos termos do Instrumento Particular n°10122837900, datado de 23/03/2012, no qual figuram como Fiduciantes ROGÉRIO BRANTI MIRANDA, brasileiro, micro empresĂĄrio, com RG nÂş MG 5.601.008 SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 879.324.316-20 e sua mulher JENIFFER DIANA MOREIRA BRANTI, brasileira, administradora, com RG nÂş MG-10.283.491 SSP/MG e do CPF/MF sob o nÂş 011.963.196-26, casados sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, desde 04/11/2011, residentes e domiciliados na Rua Clarindo Bispo Oliveira, nÂş 27, Barreiro, Belo Horizonte/MG – CEP: 30666-110, levarĂĄ a PĂšBLICO LEILĂƒO de modo Presencial e On-line, nos termos da Lei nÂş 9.514/97, artigo 27 e parĂĄgrafos, no dia 12 de dezembro de 2018, Ă s 15:00 horas, Ă Alameda Santos, nÂş 787, 13Âş andar, Cj. 132 - Jardim Paulista em SĂŁo Paulo/SP, em PRIMEIRO LEILĂƒO, com lance mĂnimo igual ou superior a R$ 379.015,70 (trezentos e setenta e nove mil quinze reais e setenta centavos), o imĂłvel abaixo descrito, com a propriedade consolidada em nome do credor FiduciĂĄrio: ImĂłvel da MatrĂcula nÂş 67.630 do 7Âş OfĂcio de Registro de ImĂłveis Belo Horizonte/MG: Casa da Rua Clarindo Bispo de Oliveira, nÂş 27, com ĂĄrea construĂda de 24,99m2 e seu terreno (Lote 06, Quadra 52, com ĂĄrea de 160,00m2), situada no Conjunto Habitacional Vale do JatobĂĄ, Belo Horizonte/MG. Inscrição Municipal: 631052.006.0018. Obs: Ocupado. Desocupação por conta do adquirente, nos termos do art. 30 da lei 9.514/97. Caso nĂŁo haja licitante em primeiro leilĂŁo, fica desde jĂĄ designado o dia 26 de dezembro de 2018, no mesmo horĂĄrio e local, para realização do SEGUNDO LEILĂƒO, com lance mĂnimo igual ou superior a R$ 189.507,85 (cento e oitenta e nove mil quinhentos e sete reais e oitenta e cinco centavos). Os interessados em participar do leilĂŁo de modo on-line, deverĂŁo se cadastrar no site www.megaleiloes.com.br e se habilitar acessando a pĂĄgina deste leilĂŁo, clicando na opção HABILITE-SE, com antecedĂŞncia de atĂŠ 01 (uma) hora, antes do inĂcio do leilĂŁo presencial, nĂŁo sendo aceitas habilitaçþes apĂłs esse prazo. O envio de lances on-line se darĂĄ exclusivamente atravĂŠs do www.megaleiloes.com.br, respeitado o lance inicial e o incremento mĂnimo estabelecido, em igualdade de condiçþes com os participantes presentes no auditĂłrio do leilĂŁo de modo presencial, na disputa pelo lote do leilĂŁo. A venda serĂĄ efetuada em carĂĄter “ad corpusâ€? e no estado de conservação em que o imĂłvel se encontra, e eventual irregularidade ou necessidade de averbação de construção, ampliação ou reforma, serĂĄ objeto de regularização e os encargos junto aos ĂłrgĂŁos competentes por conta do adquirente. O(s) devedor(es) fiduciante(s) serĂĄ(ĂŁo) comunicado(s) na forma do parĂĄgrafo 2Âş-A do art. 27 da lei 9.514/97, incluĂdo pela lei 13.465 de 11/07/2017, das datas, horĂĄrios e locais da realização dos leilĂľes fiduciĂĄrios, mediante correspondĂŞncia dirigida aos endereços constantes do contrato, inclusive ao endereço eletrĂ´nico, podendo o(s) fiduciante(s) adquirir sem concorrĂŞncia de terceiros, o imĂłvel outrora entregue em garantia, exercendo o seu direito de preferĂŞncia em 1Âş ou 2Âş leilĂŁo, pelo valor da dĂvida, acrescida dos encargos e despesas, conforme estabelecido no parĂĄgrafo 2Âş-B do mesmo artigo, ainda que, outros interessados jĂĄ tenham efetuado lances, para o respectivo lote do leilĂŁo. O arrematante pagarĂĄ no ato, Ă vista, o valor total da arrematação e a comissĂŁo do leiloeiro, correspondente a 5% sobre o valor de arremate. O edital completo encontra-se disponĂvel no site do leiloeiro www. megaleiloes.com.br, o qual o participante declara ter lido e concordado com os seus termos e condiçþes ali estabelecidos. O horĂĄrio mencionado neste edital, no site do leiloeiro, catĂĄlogos ou em qualquer outro veĂculo de comunicação, consideram o horĂĄrio oficial de BrasĂlia/DF. As demais condiçþes obedecerĂŁo ao que regula o Decreto n° 21.981 de 19 de outubro de 1.932, com as alteraçþes introduzidas pelo Decreto n° 22.427 de 1° de fevereiro de 1.933, que regula a profissĂŁo de Leiloeiro Oficial.
(11) 3149-4600
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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 24, A SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018
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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
ESPECIAL FOTOS: DEA TOMICH/DIVULGAÇÃO
O impacto das novas tecnologias e de processos inovadores no mercado de trabalho foi o principal tema discutido na segunda edição do “Conexões Humanas”, evento da ABRH
CONEXÕES HUMANAS
Mercado exige, cada vez mais, criatividade Para sobreviver, empresa e profissionais terão que “mudar alguma coisa”; se não mudar, nada vai acontecer THAÍNE BELISSA
O impacto das novas tecnologias e de processos inovadores no mercado de trabalho foi o principal tema discutido na segunda edição do “Conexões Humanas”, evento realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), no dia 21 de novembro, na sede da Unimed- BH, na região Centro-Sul da Capital. Especialistas do segmento de RH, empresários do setor e professores na área de negócios trouxeram contribuições sobre as mudanças impostas pela era digital ao ambiente de trabalho e apontaram possíveis soluções de “sobrevivência”, tanto para
as empresas quanto para os profissionais. A presidente da ABRH, Eliane Maria Vasconcellos Paes, abriu o evento lembrando que a inovação propõe um rompimento das fronteiras das profissões. Para a executiva, a chegada de novas tecnologias vai fazer muitos empregos desaparecer, mas, por outro lado, obrigará os profissionais a serem mais criativos. “Todo mundo vai ter que ser um pouco artista e deixar o perfil estritamente técnico. A verdade é que a empresa e o profissional que quiser sobreviver terá que mudar alguma coisa. Se não mudar, nada vai acontecer”, afirmou. A urgência de adaptação a
Eliane Paes: inovação propõe rompimento das fronteiras
um mundo em transformação também foi explorado por Vânia Ferrari, que é escritora, consultora e fundadora da empresa Pensamentos Transformadores. Com uma apresentação bem-humorada e corajosa, ela chamou a atenção do público com algumas “verdades não ditas no dia a dia das corporações”. “Suas atitudes combinam com este século? Não dá pra pegar todo conhecimento do passado e ‘chuchar’ nesse século. Será que a gente não está perpetuando a burrice? É neurociência, gente: se você mudar, o mundo muda”, frisou. A palestrante ainda deu alguns exemplos do que ela chamou de burrice perpetuada, como a premiação de um
funcionário pelo simples fato de ele estar muito tempo na empresa. “Você já pensou que a gente parabeniza o cara que está na empresa há 40 anos, sem estudar, sem inovar, sem contribuir porque já se acomodou?”, provocou. Ela também lembrou ao público que não basta se adaptar às transformações, mas agir rapidamente. “Nós somos muito lentos e burocráticos. Fazemos uma reunião para marcar outra”, alertou. Era de narcisos - Vânia Ferrari ainda falou sobre a necessidade de um mundo com empresas socialmente mais justas. Ela lembrou que a maioria dos profissionais em cargos executivos ainda são
Vânia Ferrari: Fazemos uma reunião para marcar outra
“homens, brancos, jovens e formados na Fundação Dom Cabral”. Ela lembrou que o mundo vive uma “era de narcisos” que querem garantir só o próprio bem-estar, sem se importar com a colaboração. “O profissional do século 21 é bom e bom: bom tecnicamente e bom de coração. Ele é gentil, cumprimenta o presidente e o faxineiro do mesmo jeito, ajuda o colega mesmo que esteja cheio de trabalho”, disse. Para o professor da Sanit Paul Escola de Negócios, Saulo Borges, a sobrevivência das empresas e dos profissionais na era digital está ligada à atitude que eles têm diante das mudanças. “O que te trouxe até aqui é
incapaz de te manter, então as mudanças são inevitáveis. A questão é que temos dois caminhos diante disso: o do vitimismo ou do protagonismo”, destacou. O professor, que também atua como consultor de negócios, disse que sempre ouve profissionais exaltando experiências passadas de suas carreiras, mas ele destaca que esse apego ao passado pode ser perigoso. “É linda a sua história, mas o mundo mudou. Se você não entender as novas ondas, você não vai se manter”, alertou. (Confira no site e nas redes sociais do DC vídeos exclusivos produzidos durante o evento Conexões Humanas)
Para Saulo Borges, sobrevivência está ligada à atitude
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ESPECIAL DEA TOMICH
A comunicação tem que fazer sentido para o público e isso requer um objetivo bem definido sobre o que se quer comunicar, assim como um método que seja atrativo
CONEXÕES HUMANAS
Ter habilidade socioemocional é tendência Profissional futurista também deve ter criatividade, imaginação, visão sistêmica e resiliência ativamente dele. Para ele, a pessoa que abre mão de Se preparar para um novo cocriar esse futuro está delemercado de trabalho que gando a um terceiro a tarefa ainda está em transformação de decidir sua posição, conpode parecer muito difícil, dição e carreira. “Imaginar principalmente para uma sua carreira no futuro é, sim, geração que cresceu em um um desafio. Mas as pessoas mundo totalmente diferente podem começar eliminando do atual. Mas, para vários aquilo que elas não querem palestrantes que participa- fazer: se fizerem isso, já seram do Conexões Humanas, lecionam algumas coisas do evento realizado pela Asso- seu interesse e garantem sua ciação Brasileira de Recursos própria participação nesse Humanos (ABRH), no dia processo”, diz. 21 de novembro, na sede A comunicação é outra da Unimed-BH, na região habilidade imprescindível Centro-Sul da Capital, as para o profissional do fuhabilidades que ajudarão turo. Mas, não é qualquer os profissionais a viverem tipo de comunicação, cona era digital passam, prin- forme alertou Flávio Reis, cipalmente, por questões sócio-fundador da La Gracia socioemocionais. Especialista Design, empresa de inteligência em comunicação centrada “Executivos reclamam que em pessoas. O empreendedor afirma reuniões são feitas, mas que a comunicação nada muda. Mas, será que a tem que fazer sencomunicação que eles usam tido para o público e isso requer um não é sempre a mesma?” objetivo bem definido sobre o que em futurismo e fundadora da se quer comunicar, assim Rito, Catarina Papa, explica como um método que seja que é preciso olhar para o atrativo. futuro não como se ele fosse “Muitos executivos reclauma única realidade, mas mam que reuniões e apresencomo plural e complexo. tações são feitas, mas nada “Infelizmente a gente não muda. Mas, será que a comuaprende isso na escola, mas nicação que eles usam não precisamos olhar para o futu- é sempre a mesma? Como ro não como algo preditivo, crio uma apresentação que mas como algo a ser imagi- tire as pessoas da mesmice? nado e cocriado. Para isso A resposta é simples: fazenprecisamos de habilidades do algo diferente”, disse. como autoconhecimento, Reis lembra que a ação que mas também curiosidade os executivos esperam de para entender o que é maior seus colaboradores só virá que a gente. Um futurista quando houver compreentambém deve ter criatividade, são do que está sendo dito. imaginação, visão sistêmica A compreensão, por sua e resiliência”, diz. vez, só acontecerá quando O professor da Sanit Paul a mensagem despertar o inEscola de Negócios, Saulo teresse do ouvinte. (Confira Borges, lembrou que projetar no site e nas redes sociais esse futuro é importante para do DC vídeos exclusivos que o profissional tenha a produzidos durante o evento oportunidade de participar Conexões Humanas) THAÍNE BELISSA
ALISSON J. SILVA
Catarina Papa explica que é preciso olhar para o futuro não como se ele fosse uma única realidade, mas como plural e complexo DEA TOMICH
Imaginar sua carreira no futuro é, sim, um desafio, afirmou o professor da Sanit Paul Escola de Negócios, Saulo Borges
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ESPECIAL RIVADÁVIA DRUMMOND THAÍNE BELISSA
Ele chama os empreendedores brasileiros de heróis, acredita que inovação tem mais a ver com gente do que com tecnologia e ensina que a experiência e o “ser parte de algo” devem substituir os treinamentos corporativos
cheios de “blá, blá, blá”. Mineiro e “cria da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais”, o professor Rivadávia Drummond participou do evento “Conexões Humanas”, realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABRH), na última quarta-feira. Ele, que também é global business developent officer na Arizona State
University, nos EUA, falou a um público de empresários e profissionais de RH sobre a inovação como um exercício de resolução de problemas. Ele também conversou com o DIÁRIO DO COMÉRCIO e falou sobre a função do RH no século 21, o desafio da inovação em tempos de crise e as competências do profissional do futuro. DIVULGAÇÁO
“Funcionário não chega, todos os dias, disposto a inovar, a dar ideias” Inovação é o assunto da vez, mas como as empresas podem fazer isso na prática? É importante a gente colocar a inovação em perspectiva dentro da organização. Por que as organizações buscam inovar? Porque querem crescer. A segunda questão é: o que essa organização entende por inovação? Quando cada um tem uma definição do que é inovação dentro de uma empresa, ninguém tem o conceito. Eu gosto de definir inovação assim: é quando a organização cria valor na interface entre a sua tecnologia e seus modelos de negócios. A inovação tecnológica tem a ver com produtos, serviços e processos. E a inovação nos modelos de negócios tem a ver com proposta de valor, cadeia de suprimentos e cliente. É um negócio muito técnico, mas, no fundo, o que gosto de frisar é que a inovação envolve tecnologia, mas a tecnologia não é o fim em si dentro da inovação. Para tentar responder o que é inovação eu digo às pessoas para esquecerem um pouco a tecnologia e pensarem: qual é o problema que sua organização quer resolver? Como ela torna a vida do cliente mais fácil, simples, barata, eficiente, interessante, divertida? Eu detesto aspirar a casa, então comprei um robôaspirador que faz isso sozinho. Eu não comprei o atributo técnico, mas um produto que vai realizar um trabalho que eu não quero fazer. Se inovação não se trata apenas de tecnologia, então se trata de pessoas. Como elas são a chave de processos inovadores? É bom desmistificar a ideia de inovação porque as pessoas tendem a pensar que se trata
apenas de algo que vai mudar o mundo. Não é assim: 80% dos investimentos em inovação em qualquer organização são para melhoria contínua. E nesse sentido, o componente “pessoas” é fundamental. Quem é que é capaz de criar, imaginar, compreender problemas e traduzi-los de uma forma tangível? Pessoas. Mas, a organização precisa entender que pessoas não chegam, todos os dias, dispostas a inovar, a dar ideias. É preciso criar um contexto para que isso aconteça. O que acontece é que a informação e o conhecimento são vistos como poder e aí as pessoas pensam: por que eu vou compartilhar isso? O que eu ganho com isso? Outra questão é: como eu estimulo a criatividade das pessoas? Todos somos criativos e podemos inovar, mas se não praticar não consegue fazer acontecer. Quando eu penso nas pessoas que vão liderar a inovação eu não penso em competências tecnológicas, mas de comunicação, capacidade de engajamento de pessoas, compreensão da estratégia, mobilidade para se conectar com pessoas que estão dentro e fora da organização, capacidade de experimentar e não ter medo de errar. O problema é que a gente tem uma cultura empresarial onde não é permitido errar, onde as pessoas não são incentivadas a dar ideias. Qual o papel do RH no século 21? O RH precisa entender que o processo de capacitação dos executivos mudou. Não adianta mais blá, blá, blá porque o que muda comportamento não é a fala. A fala pode inspirar, mas o
que muda o comportamento é a experiência. Em vez de eu deixar o sujeito ali só ouvindo alguém falar é melhor eu responsabilizá-lo pela cocriação do conhecimento. Ele tem que construir um protótipo, criar um modelo de negócios, produzir uma solução. É preciso mudar esse mindset dos gestores de RH do Brasil. Não dá pra ficar na lógica da década de 70, é preciso imaginar os desafios que vêm por aí no desenvolvimento de pessoas. O que vai sobrar pras pessoas fazerem na 4ª Revolução Industrial? Vai sobrar pesquisa de ponta, criatividade, cuidar de gente. Não dá pra manter as práticas do passado e achar que
“O problema é que a gente tem uma cultura empresarial onde não é permitido errar, onde as pessoas não são incentivadas a dar ideias” vai produzir resultado em um mundo dinâmico, fluído e com altíssimo grau de incerteza. Mas e nesse cenário de crise econômica e crise de confiança? Como o RH vai alimentar a inovação em um ambiente com equipes enxutas e pouco motivadas? O RH tem uma oportunidade espetacular no tempo de crise porque ele terá uma fartura de talentos disponíveis no mercado para contratar. Ele pode trazer um talento a um custo relativamente baixo. Além disso, a empresa que está vivendo a crise precisa se reinventar. Seja em produto, serviço, processo ou modelo de negócio. Para isso ela terá que criar um contexto para que as pessoas se sintam à vontade para
propor, dar ideias, serem criativas. Tem que incentivar e orientar as pessoas a pensarem novos caminhos, novas oportunidades. O caminho é esse apesar de não ser fácil. No momento de crise todo mundo fica muito pessimista, mas as crises são cíclicas: vive-se um momento de bonança e outro de crise. A questão é aproveitar a crise para repensar o negócio, contratar gente inteligente, criar um contexto de confiança, de criatividade e inovação para desenhar alternativas para o futuro. As organizações não vão sobrevier se não se reinventarem. Muito se fala em habilidades e nem tanto mais em formação universitária. As universidades vão acabar? Essa é uma discussão que existe, mas eu acho uma balela. As universidades nunca vão acabar e acho que elas nunca estiveram mais relevantes. Mas eu acho que a gente vai ter alternativas à universidade. Ela vai ter que redesenhar e redefinir seu próprio papel. Eu sou professor de alguns cursos em uma universidade de Hong Kong e também no Arizona e não tenho nenhum contato com alunos. E são cursos que não deixam nada a dever a um presencial. Teremos que usar novas tecnologias e ser mais criativos nessa área a educação. Muitos professores resistem porque ninguém gosta de mudança, a gente foi programado pra rotina. Mas eu sempre aconselho aos professores: procurem aprender sobre as novas tecnologias porque agora a água ainda é limpa. Se você começar agora vai poder criar, fazer coisas inovadoras, novos formatos. É muito mais fácil dizer que as uvas estão verdes e que
não dá pra fazer. Para quem não quer fazer tudo é problema, mas quem quer fazer acaba resolvendo a questão. O mundo vive momento de fechamento de fronteiras e de fortalecimento do nacionalismo. Como isso pode atrasar a inovação dentro das organizações? Eu moro nos Estados Unidos e eu não concordo com boa parte das coisas que o presidente Trump diz, mas a economia vai muito bem obrigado. Nunca se produziu tanto, nunca se inovou tanto, a economia está praticamente a pleno emprego. Acho que a alternância de poder é importante em qualquer país, como está acontecendo no Brasil. A questão é que nos EUA as coisas funcionam muito bem porque as instituições são fortes, então a confiança não está só no Poder Executivo. O cidadão americano confia na sua Suprema Corte, no seu Senado, no seu Congresso, na instituição pública. A prova que a gente faliu na gestão pública aqui no Brasil é o despachante: você precisar de um despachante para intermediar um serviço burocrático. Se as instituições são fortes e têm políticas inclusivas e não extrativistas, o país funciona. Até com um presidente maluco funciona porque ele não vai conseguir executar as maluquices porque as instituições funcionam. Mas vamos perguntar pros brasileiros se confiam no Supremo ou no Congresso? Que país no mundo onde políticos são flagrados com malas de dinheiro e nada acontece? E em que país também os cidadãos criticam a corrupção e fazem gato da TV a cabo e dão dinheiro pro guarda? (Confira no site e nas redes sociais do DC vídeos exclusivos produzidos durante o evento Conexões Humanas)
Indicadores Econômicos Inação
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Seguros
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2XWXEUR
IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de outubro/2018 relativo a operaçþes com contratos de GHULYDWLYRV ¿QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
ITR - Pagamento da 3ÂŞ quota do Imposto sobre a Propriedade 7HUULWRULDO 5XUDO ,75 GR H[HUFtFLR GH ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW Â&#x17E; Â&#x2020; Â&#x17E; GD /HL QÂ&#x17E; FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL QÂ&#x17E; QR SHUtRGR GH Â&#x17E; D 'DUI &RPXP YLDV
,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mĂŞs de outubro/2018 SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV TXH RSWDUDP pelo pagamento mensal do imposto SRU HVWLPDWLYD DUW Â&#x17E; GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 2ÂŞ quota do Imposto de Renda devido no 3Âş trimestre GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DFUHVFLGD GH DUW Â&#x17E; GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV QR PrV GH RXWXEUR SRU SHVVRDV MXUtGLFDV LQFOXVLYH DV LVHQWDV HP operaçþes realizadas em bolsas de YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGDV EHP FRPR HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR H GH SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV IRUD GH EROVD DUW GR 5,5 'DUI &RPXP YLDV
,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho GH &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes SHOR 6LPSOHV 1DFLRQDO LQFLGHQWH VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV REWLGRV QD DOLHQDomR GH DWLYRV QR PrV GH RXWXEUR DUW Â&#x17E; Â&#x2020; Â&#x17E; GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) QÂ&#x17E; &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
Agenda Federal Dia 30
Taxas de câmbio
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I53) Âą &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por
SHVVRDV ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV GR H[WHULRU QR PrV GH RXWXEUR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) /XFUR QD DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV 3DJDPHQWR SRU SHVVRD ItVLFD UHVLGHQWH RX GRPLFLOLDGD QR %UDVLO GR ,PSRVWR de Renda devido sobre ganhos de FDSLWDO OXFURV SHUFHELGRV QR PrV de outubro/2018 provenientes de DUW GR 5,5 D DOLHQDomR de bens ou direitos adquiridos em PRHGD QDFLRQDO &yG 'DUI E DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV RX OLTXLGDomR RX UHVJDWH GH DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV DGTXLULGRV HP PRHGD HVWUDQJHLUD &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda GHYLGR SRU SHVVRDV ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP operaçþes realizadas em bolsas GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH RXWXEUR DUW GR 5,5 ¹ &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) Âą 4XRWD Pagamento da 8ÂŞ quota do imposto apurado pelas SHVVRDV ItVLFDV QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH RXWXEUR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
&6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR PrV GH RXWXEUR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV TXH RSWDUDP pelo pagamento mensal do IRPJ SRU HVWLPDWLYD DUW GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
&6/ $SXUDomR WULPHVWUDO - Pagamento da 2a quota da &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR devida no 3Âş trimestre de 2018 SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO GR ,53- FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DFUHVFLGD GH DUW GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
5HÂżV 3DHV Pagamento pelas SHVVRDV MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5HÂżV FRQIRUPH /HL QÂ&#x17E; H SHODV SHVVRDV ItVLFDV H MXUtGLFDV optantes pelo Parcelamento Especial 3DHV GD SDUFHOD PHQVDO DFUHVFLGD GH MXURV SHOD 7-/3 FRQIRUPH /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
BELO HORIZONTE, SÁBADO, 24, A SEGUNDA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
VIVER EM VOZ ALTA
Feira gastronômica A Associação dos Protetores dos Pobres e Carentes (Assopoc), entidade filantrópica mineira, com mais de 20 anos de atuação, participa da primeira edição da feira ‘Surpreenda-se’, que acontece neste domingo (dia 25), das 10h às 18h, no estacionamento do Mercado Central. A renda arrecadada no evento será destinada para a manutenção da instituição, que abriga permanentemente 130 idosos; oferece apoio socioeducativo a 132 crianças em situação de vulnerabilidade social; e promove a reabilitação física de 152 pessoas com deficiência intelectual e múltipla.
Marketing de influência Marketing de influência é uma abordagem de marketing que tem ações focadas em pessoas que exercem influência ou liderança sobre potenciais compradores. Graças às redes sociais, essa estratégia vem ganhando cada vez mais força no mercado. De acordo com um estudo da consultoria Linqia, 86% dos gestores de marketing e agências de publicidade entrevistados usaram esse tipo de estratégia em 2017 e 92% a consideraram eficaz. Para debater o assunto, o Sebrae Minas promove a próxima edição da Terça do Varejo com o tema: “Por que investir em marketing de influência na sua empresa”, no próximo dia 27, às 19 horas no auditório do Sebrae Minas (avenida Barão Homem de Melo, 329, Nova Suíça). Informações e inscrições: 08005700800 ou www. sebrae.com.br/minasgerais.
Dezembro Laranja Um país com menos casos de câncer de pele é meta alcançável, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está comprometida em reduzir a incidência da doença e sua mortalidade. A conscientização pública é uma das formas de reduzir o número de casos. Para isso, pelo quinto ano consecutivo, a SBD realiza a campanha #DezembroLaranja, iniciativa apoiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), para alertar a população sobre prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento da doença no Brasil. A primeira ação que assume maior relevância na campanha #DezembroLaranja ocorrerá no dia 1º de dezembro, quando cerca de 4o mil médicos dermatologistas voluntários somarão forças para a prestação de atendimento e esclarecimento quanto à importância de adotar medidas preventivas. Em Minas Gerais, serão 14 postos de atendimento em 12 cidades.
Manga rosa MARCELLO CASAL JR/ABr
ROGÉRIO FARIA TAVARES *
Agarrada à minha, a mão de Judith era o que me prendia à vida, onde já não queria estar. Sonhava com o fim do meu tormento, quando voaria para bem longe, sem corpo e sem dor. Se ainda me restava um ânimo final, era para imaginar a minha carcaça vazia, os órgãos doados para quem deles pudesse fazer algum uso: as córneas, o fígado, o coração, tudo. Em pele e ossos, seguiria para o outro mundo, onde já me esperavam familiares e amigos. Judith, porém, insistia em segurar o meu pulso, na esperança de que o sangue continuasse a circular. Era uma filha devotada, que se entregara completamente aos cuidados com o doente instalado sobre a cama fria, a cabeça pesando sobre o travesseiro macio e insensível, buscando, aflita, o melhor jeito de partir. Se os músculos mal obedeciam aos meus tíbios comandos, se as pálpebras dificilmente consentiam em deixar os olhos abertos, se os dias se faziam cada vez mais escuros, para que continuar? Por que prosseguir? Judith permanecia inflexível. Com a voz firme, emendava uma oração na outra, enquanto, no criado-mudo ao meu lado, se acotovelando, santos de gesso testemunhavam, imóveis, meus esgares e gemidos. Incansável, mobilizava médicos de especialidades variadas e sacerdotes das crenças mais exóticas. Eficiente, contratava as melhores enfermeiras para minimizar meu sofrimento. Uma moça a quem Judith chamou de Irene entrou no quarto para aparar-me as unhas e podar-me a barba. Seu vulto, em avental branco, aproximou-se do leito com delicadeza até formar a imagem de uma morena bonita, de cabelos anelados e boca bem desenhada, que consegui vislumbrar nos segundos em que tive força para observá-la. Que
cheiro era aquele? Demorei a identificar. Lembrei-me das frutas que colhia do pé quando ainda era criança, na fazenda de meu avô. Uma palavra insinuou-se entre meus dentes, enquanto a mulher se preparava para fazer o seu trabalho: manga-rosa. Tremi quando sua mão envolveu meu pé esquerdo, ao iniciar o procedimento para o qual fora contratada. Uma área de calor formou-se em torno da região púbica. Espantei-me. Se metade de mim já era vegetal, como poderia conservar, viril, o que sobrava? Com habilidade e delicadeza, Irene manejou a tesourinha, devolvendo aos dedos as feições humanas. Tomando-me as mãos inertes, prosseguiu o seu trabalho. Minha temperatura subiu um pouco mais. Julguei estar com febre. Balbuciei qualquer som, empapado em suor. Judith pousou a mão sobre a minha testa, na expectativa de desmentir-me. Irene estava quase terminando a primei-
ra parte de sua tarefa. Em um minuto, viria com uma bacia de água morna, o creme de barbear e a navalha, para cortar-me os pelos da cara. Caprichosa, alisou meu rosto com método, conferindo a textura da pele e a espessura dos fios brancos que a cobriam. Foi o que bastou: no pomar, com o canivete suíço de meu pai, descasquei a manga com gosto, cravando meus dentes na polpa suculenta. O caldo amarelo escorreu-me pelo queixo, avançando até o pescoço e o peito. Estava sem camisa. Perspicaz, Judith pediu que Irene voltasse na manhã seguinte, prometendo-lhe boa remuneração. Ainda tive ouvidos para escutar sua voz em veludo, assentindo. Parti naquela mesma noite para a fazenda de meu avô. * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras
Combate ao Aedes
19 anos da Wäls
A partir deste domingo, todos os municípios do País vão promover diversas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, como visitas domiciliares, mutirões de limpeza e distribuição de materiais informativos. A Semana Nacional de Combate ao Aedes ocorrerá de 25 a 30 de novembro, sendo 30 de novembro o dia D de combate ao mosquito. No total, 210 mil unidades públicas e privadas de todo o país estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil Centros de Assistência Social e 53 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), informou o Ministério da Saúde. Estados e municípios já foram orientados pela Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) do ministério para que promovam nas comunidades atividades instrutivas sobre a importância da prevenção de combate de mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Com uma trajetória marcada pela inovação, a Wäls acaba de completar 19 anos com mais duas conquistas. A cervejaria recebeu no último fim de semana, duas importantes medalhas no European Beer Challenge, uma das mais desafiadoras competições de cerveja do mundo. A já premiada Wals Dubbel, conquistou prata na categoria Abbey/ Trappist Dubbel e a Wäls Session Haze, recebeu bronze na categoria Session IPA. Consagrada no Brasil e no mundo, com premiações em diversos rótulos, a Wäls é a maior vencedora do World Beer Cup e do World Beer Awards de 2018, além do recente título de melhor cervejaria das Américas.
CULTURA ZI REIS/DIVULGAÇÃO
Artes plásticas “E agora, Maria? – Uma reflexão sobre o corpo feminino enquanto espaço de resistência, insubmissão e transgressão. Este é o mote da artivista visual Zi Reis na exposição individual “E agora, Maria?”. As 17 obras apresentadas na mostra são de técnicas diversas compostas por pinturas, instalações, vídeos, fotografias, frames de vídeo e poesias. Elas ponderam sobre temas como violência doméstica, feminicídio e trabalhos de cuidado no lar e com a família. Quando: 30 de novembro a 20 de dezembro (de segunda a quinta, das 7h30 às 20h15;| sexta-feira, das 7h30 às 17h15; e sábado, das 8h às 13h) Quanto: entrada gratuita
Onde: Aliança Francesa Belo Horizonte (rua Tomé de Souza, 1.418, Savassi)
“Pintura Nua” O artista plástico Fernando Pacheco inicia as comemorações de seus 50 anos de atividades com a exposição “Fernando Pacheco - Pintura Nua”, que reúne inédito conjunto de 40 obras, em formatos médios e grandes, que abrangem diversas facetas estéticas e conceituais do rico e criativo universo do artista. Quando: até 25 de janeiro de 2019 (de segunda a sexta-feira, 10h às 18h; e sábado, 10h às 14h) Quanto: entrada gratuita Onde: P.S. Galeria (rua Antônio de Albuquerque, 911, Funcionários) Cinema Documentários - O Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte reúne produções e temáticas
diversificadas para debater questões em torno da relação entre cinema brasileiro e afro-religiosidade, bem como colocar em debate a realização recente através de suas mostras contemporâneas Brasileira e Internacional. Destaque para as sessões especiais que contarão com filmes premiados nacional e internacionalmente: “Temporada”, dirigido por André Novais Oliveira, e “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos”, dirigido por João Salaviza e Renée Nader Messora. Quando: até 2 de dezembro Quanto: entrada gratuita Onde: Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) e. Fafich – UFMG (avenida Antônio Carlos, 6.627, Pampulha) Literatura Infantil - O poder para resgatar a sensibilidade perdida, por meio da simplicidade e empatia para com o próximo. Essa é uma das várias lições que “A fada que bordava na Seda” traz no novo livro da psicanalista
Beth Timponi, ilustrado por Walter Lara, que será lançado pela Crivo Editorial. Quando: dia 24 de novembro (10 horas) Quanto: entrada gratuita Onde: MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal (Praça da Liberdade, s/n, Funcionários)
ALEXANDRE HUGO/DIVULGAÇÃO
Música Festa da Flora - Nando Reis e Anavitória (foto) se apresentam no Festival da Flor, em comemoração aos cinco anos do Jângal, uma mistura de pub e beergarden Serão oito horas de festa com as melhores opções de gastronomia, cerveja artesanal e vinhos, incluindo shows dos DJ’sKriok e JunioAssisi, da cantora Marina Araújo e da banda JPG. Quando: dia 24 de novembro (15h às 23h) Quanto: a partir de R$120,00 Onde: Alphaville Lagoa dos Ingleses Teatro Espetáculo - Em 2018, a Toda Deseo completa cinco anos e estreia seu novo espetáculo “Glória”, um trabalho sobre
as memórias dos artistas e experiências atuais relacionadas à igreja e as religiões judaico-cristãs. A direção geral é de Rafael Lucas Bacelar e a dramaturgia, de David Maurity e Idylla Silmarovi Quando: 24 a 25 de novembro (sábado às 21h e domingo às 20h) Quanto: R$ 20 (inteira) Onde: Galpão Cine Horto (rua Pitangui 3.613, Horto) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067