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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019 GIL LEONARDI/SECOM MG

Cervejarias apostam em lançamentos sazonais Parte de um mercado cada vez mais concorrido, cervejarias artesanais mineiras enxergam em produtos sazonais a possibilidade de atualizar o portfólio da marca, estimular o consumo de cervejas e elevar os ganhos. A presença de ingredientes diferenciados e receitas inusitadas estão entre atrativos desse tipo de bebida. Outra estratégia das empresas para aumentar o faturamento é a entrada no mercado com novos formatos, como a versão em lata para alguns de seus produtos. Pág. 15 DIEGO CAMARA

Administradores municipais deram à AMM o poder de negociar novas condições com o governo do Estado

Municípios recusam proposta do governo Plano de pagamento de repasses atrasados foi vetado por prefeitos Prefeitos mineiros se reuniram ontem, em assembleia em Belo Horizonte, na qual decidiram por não aceitar o plano de pagamento de repasses atrasados apresentado pelo governo de Minas Gerais. Além de exigirem a garantia do início da quitação dos débitos pendentes referentes a janeiro

deste ano ainda em 2019, municípios pedem também a redução do parcelamento para o pagamento dos valores que dizem respeito aos anos de 2017 e 2018. A Associação Mineira dos Municípios (AMM) informou que deve agendar uma nova reunião de negociação

com o governo mineiro. Apesar da negativa de ontem, um acordo entre prefeituras e o Estado estaria próximo de ocorrer. O acerto entre as partes deve contar com a intermediação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ao todo, participaram da assembleia cerca de 400 prefeitos. Pág.9

Reforma para militares trará economia de R$ 10 bi Apesar do impacto positivo estimado para as contas públicas de R$ 10,45 bilhões em uma década, proposta para Previdência das Forças Armadas apresentada ontem pelo governo de

Jair Bolsonaro apontou um ganho líquido em nível bem menor do que o anteriormente divulgado. Texto do projeto, que passou a incorporar uma reestruturação da carreira e be-

nefícios à categoria, confirmou ainda o aumento do tempo de contribuição de 30 para 35 anos e a alta gradual da alíquota de contribuição de 7,5% para 10,5%. Pág.14 PAULO WHITAKER/REUTERS

Linhas sazonais trazem frutas frescas da estação

Especialistas aprovam entrada do Brasil na OCDE Apesar de defenderem os esforços do País para integrar a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), especialistas fazem alerta e destacam a importância de se avaliar o que a decisão representaria para a economia nacional. Para fazer parte da entidade, o Brasil teria de abrir mão do tratamento diferenciado que recebe hoje na Organização Mundial do Comércio, condição imposta pelos norte-americanos em troca do apoio para a participação brasileira no bloco. Pág. 10

OPINIÃO No Brasil, devido à nossa cultura patriarcal e uma certa tradição de governantes populistas, muitos cidadãos ainda têm a visão de que o governo deveria ser um grande provedor da sociedade, sem quaisquer restrições. Os recursos, no entanto, são escassos e, por mais que o tema seja polêmico e controverso, a realidade chama os cidadãos brasileiros a repensarem seu horizonte de trabalho e, por que não, se reinventarem. Especialistas do setor já apontam que cada vez mais as pessoas terão no mínimo duas carreiras ao longo da vida. Dessa forma, pessoas na faixa dos 50 ou 60 anos, por exemplo, representam uma fatia significativa da população que está sendo muito impactada pela necessidade de criar um novo ciclo de prosperidade por meio de seu trabalho. As empresas, por sua vez, também constituem um elemento primordial em toda essa discussão e cenário de transformação. (Edenize Maron), pág. 3

EDITORIAL

Reestruturação prevista em proposta de reforma dos militares terá um custo de R$ 86,85 bilhões em uma década

Acordo com EUA sobre carne desaponta setor Negociadores brasileiros viviam, até ontem, expectativa de uma decisão sobre a reabertura do mercado norte-americano à carne in natura nacional, situação que permaneceu indefinida.

Integrante da comitiva brasileira liderada por Jair Bolsonaro que visitou, nesta semana, os Estados Unidos, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, avaliou o anúncio de mais

Dólar - dia 20

Euro - dia 20

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,7651 Venda: R$ 3,7661

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inspeções como um gesto insuficiente por parte do parceiro. Cota para o trigo isenta de tarifas de importação foi negociada com maior economia do mundo durante viagem. Pág.12

Venda: R$ 4,3024

Poupança (dia 21): ............ 0,3715%

Turismo

Ouro - dia 20

IPCA-IBGE (Fevereiro):...... 0,43%

Compra: R$ 3,6300 Venda: R$ 3,9300

Nova York (onça-troy): US$ 1.312,48

IPCA-Ipead(Fevereiro):...... -0,24%

R$ 159,69

IGP-M (Fevereiro): ................... 0,88%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,7891 Venda: R$ 3,7897

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 21): ............................. 0,0000%

+0,54 +0,86 -0,30 14/03

-0,41 15/03

18/03

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Saber avaliar possibilidades, saber se movimentar com independência, parece ser, para o Brasil, a chave de uma política externa bem-sucedida, principalmente no que toca à sua vertente comercial. E quem sabe começando pela sugestão do próprio Tump, repetindo o conceito do America First no que toca às nossas próprias escolhas, sem concessões que traduzam subserviência e sem exigências que possam ser interpretadas como hostilidade, seja em Washington, seja em Pequim, que por sinal o presidente Bolsonaro deverá visitar na segunda metade do ano. O importante será deixar suficientemente claro que o Brasil busca negócios e investimentos, com os condicionantes que são conhecidos, sem viés ideológico, sem alinhamento automático. “O Brasil e seu lugar”, pág. 2


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OPINIÃO Destemperos da toga PERCIVAL PUGGINA * Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda.

Em julho de 2014, um destacado cientista coreano da área de nanotecnologia anunciou haver desenvolvido, com sua equipe, um pequeno sensor cutâneo para medir as emoções do portador. Ao fazer o anúncio, arrematou: “No futuro, as emoções serão consideradas informações biométricas, como pressão arterial e temperatura”. Não sei a quantas anda, hoje, o trabalho do Dr. Yong-Ho-Cho. Na ocasião, aquilo me fez pensar em algo mais sofisticado, possivelmente ao alcance do longo braço da tecnologia por vir. Refiro-me a um sensor ambiental de emoções. O aparelhinho ficaria sobre a mesa de reuniões e as luzes de seu painel passariam a exibir a qualidade e a intensidade das emoções emitidas pelos presentes. Tal conhecimento permitiria, por exemplo, saber se naquele ambiente emocional o tempo gasto na reunião seria produtivo ou não, indicando a necessidade de mudanças de ânimo. O leitor destas linhas talvez esteja a atribuir-me intenções invasivas e totalitárias. Nada mais distante da realidade, porém. Peço-lhe calma, portanto. Apenas acompanhe o raciocínio e conheça,

primeiro, o que me motivou a escrever hoje, partindo daquelas reflexões de inspiração coreana. Sou telespectador frequente das reuniões do STF. Elas superam em interesse, utilidade e importâncias a maior parte de nossas emissoras de TV no horário da tarde. Não raro, diante do que vejo quando a câmera, estática, filma o colegiado e capta suas expressões fisionômicas; diante do que ouço e percebo no vocabulário, fraseado e tom de voz dos senhores ministros; diante do sentido explícito ou implícito daquilo que dizem; diante da retórica, dialética e erística empregadas, fico pensando no que estaria sendo captado pelo aparelhinho que a equipe do Dr. Cho poderia vir a desenvolver. Quais luzes acenderiam, e com que intensidade? No olho e no ouvido, percebo manifestações de orgulho, vaidade, ciúme, inveja, ira, lisonja, arrogância e presunção. Raramente, e de poucas cadeiras, capto sinais virtuosos de anseio por justiça, benignidade, conexão com o interesse público e sua proteção, amor, fé e – por que não? - humildade. E você, leitor? Num momento em que o STF e vários de seus ministros nos sur-

preendem com decisões cuja derradeira consequência é a impunidade e a debilitação da Lava Jato, parece importante ressaltar a relevância do Supremo pelo que faz, pelo que não faz e pelo que deveria fazer. O Estado de Direito e a democracia precisam dessa instituição. Por isso, seus membros deveriam, urgentemente, pensar sobre si mesmos, sobre seus sentimentos, e sobre o modo como a nação, soberana, os vê. Sim, a nação os vê. O tal aparelhinho medidor de sentimentos e emoções existe na vida real. Ele opera pela percepção de milhões de pessoas em todo o País diante das sessões do STF transmitidas pela TV e pelas manifestações públicas dos senhores ministros. Essa percepção, infelizmente, capta muitos sentimentos incompatíveis com o bom exercício da missão institucional e, raramente, nobreza efetiva. Não é incomum que o STF decida contra a opinião pública, pois é uma corte constitucional. Mas deveria ser incomum um tribunal emitir sinais tão pouco virtuosos. * Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto, empresário e escritor

Tropeções em fatos desconcertantes CESAR VANUCCI * “Olhar o mundo com os olhos dilatados pela estranheza...” (Ortega y Gasset) Nas andanças cotidianas os tropeções em fatos desconcertantes acontecem volta e meia. Aqui, de registro recente, um punhado deles. Cada dia, conta o jornal, um novo tipo de agrotóxico é despejado na mesa de refeições do brasileiro. O número dessas substâncias nocivas, liberadas por órgãos ditos de saúde pública, cresceu 394 por cento entre 2005 e 2018. Seja a informação acrescida de outro dado inquietante: boa parte dos produtos franqueados é de uso proibido fora daqui, inclusive nos países onde o veneno é caprichosamente concebido ou fabricado para comercialização em “casa de mãe Joana”. Cabe anotar ainda que, só em Minas Gerais, no ano de 2017, ocorreram 625 notificações de intoxicação aguda provocada por agrotóxico nas lidas rurais. Em 2008 as intoxicações na faixa do trabalho agrícola chegaram a 181. Aumento de 245 por cento, entre os períodos citados, conforme levantamentos do SUS. Investigação jornalística revela serem um tanto quanto exagerados os atos até agora divulgados acerca de nomeações de parentes próprios, ou de familiares de cupinchas, para cargos públicos estratégicos, assinados por numerosos governantes estaduais que se escoraram em retóricas mudancistas com relação a viciosas práticas políticas para galgar o poder. A postura nepotista denunciada mostra explicitamente que, também por aí, vamos ter que, tomados por frustração, confrontar um pouco mais do mesmo... Com a manutenção pela Câmara Municipal de veto do Executivo a projeto de lei definindo regras rígidas e limitações na comercialização de animais domésticos, Belo Horizonte tornou-se a única capital do Sudeste desprovi-

da de legislação pertinente ao assunto. “Consideramos o veto um desfavor à sociedade. Estamos na contramão da corrente mundial”, denuncia Ana Martins, dirigente da ONG “BastAdotar”, em entrevista ao “O Tempo”. Itatiaiuçu, Barão de Cocais, Macacos (Nova Lima), em fevereiro; Rio Preto, agora em março, são outros municípios duramente afetados, na história recente, pela exploração predatória mineral. Passaram a integrar o conjunto das comunidades inclementemente alvejadas por preocupações diante da circunstância de estarem localizadas nas proximidades das tais “barragens de risco”. Foram “lançados” no rol das áreas que ostentam placas com os dizeres “perigo à vista”, após as horrendas tragédias de Mariana e Brumadinho. Ainda agora, em 16 de março, moradores do povoado de Monte Alegre, distrito de Santa Bárbara de Monte Verde, Rio Preto, Zona da Mata, foram convidados a deixar, às carreiras, suas propriedades e pertences, ao soar a sirene de alerta a respeito da súbita elevação, para o assim chamado (amedrontador) “nível dois”, do volume de água na barragem vinculada ao reservatório de uma hidrelétrica. Acertou na mosca quem apostou ser a Vale a proprietária da usina hidrelétrica... O governo federal vem de promover leilão para que um punhado de aeroportos, por ora administrados pelo Estado, “passe ao controle da iniciativa privada”. O ganhador do lote apontado como de maior valor (terminais localizados no Nordeste) foi uma grande empresa espanhola. Estatal, tá bem? Como diriam o saudoso Ricardo Boechat e seu irreverente parceiro, José Simão, nas bem-humoradas tiradas matinais na “Band”, o Brasil é mesmo, inapelavelmente, o país da piada pronta... * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

O “sonho americano” real LEANDRO TELES * O investimento feito por brasileiros em imóveis no exterior saltou 240% no período entre 2007 e 2017: de US$ 1,8 bilhão para US$ 6,3 bilhões. Desse total, 33% - o equivalente a US$ 2,1 bilhões – foram realizados nos Estados Unidos, que ainda é o país mais procurado para fazer esse tipo de aporte, de acordo com os Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), organizado pelo Banco Central. Um estudo realizado pela Forbes, um dos veículos de comunicação mais respeitados do planeta, indica o porquê de Orlando ser uma das cidades mais procuradas para a compra de imóveis. Uma lista realizada pela revista colocou a cidade como a número 1 dos Estados Unidos para se investir no mercado imobiliário. Conforme a pesquisa, o preço das casas saltou 9% em 2017 – e a expansão estimada para os próximos três anos é de 35%. Outras três cidades da Flórida também aparecem na lista das cinco melhores dos EUA: Palm Beach Country, Fort Lauderdale e Tampa. Com um olhar mais local, a Orlando Regional Realtor Association (ORRA Associação de Corretores Regional de Orlando) mostrou que, na comparação entre 2018 e 2017, a média de crescimento

dos imóveis foi de 5,7%, com o valor saindo de US$ 220 mil para US$ 232,5 mil. Os motivos que levam os brasileiros a investir em casas no estado da Flórida são muito simples: a valorização do imóvel e a possibilidade de locação, que também está em ascensão, tanto para brasileiros quanto para pessoas de outras nacionalidades que visitam a cidade. Se for feito um comparativo mais longo, é possível entender como os investidores se beneficiaram com o aporte em imóveis, sobretudo em Orlando. O preço médio de um imóvel na cidade cresce há 91 meses consecutivos, de acordo com a ORRA. Em média, um investimento feito em julho de 2011 teria se valorizado 96% em 2019. No Brasil, nos últimos cinco anos, o ganho foi de 35%. De janeiro a setembro de 2018, 95,8 milhões de pessoas visitaram a Flórida, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2017, quando o total de visitantes atingiu 118,8 milhões. Somente no terceiro trimestre, 3,2 milhões de turistas estrangeiros (incluindo os canadenses) estiveram no estado americano. Segundo o Visit

Orlando, a cidade isoladamente teve 72 milhões de visitantes em 2017. Ou seja, o número de pessoas em trânsito ou com passagens rápidas por Orlando é uma ótima maneira de rentabilizar os imóveis. Grande parte dessas pessoas procura uma estadia mais barata e que ofereça mais conforto e qualidade do que um quarto de hotel. Assim, os donos de casas de férias aproveitam esse contexto para viabilizar o seu imóvel na Disney. As hospedagens, devido à proximidade com a Disney, se mantêm em alta durante todo o ano. Os brasileiros têm a possibilidade de até mesmo encontrar financiamento em bancos americanos. A média de juros cobrada varia de 4% a 6%, com pagamentos que podem ser feitos em até 30 anos. Os impostos sobre os imóveis também são considerados baixos: aproximadamente 1,7% do valor da propriedade. Hoje, empresas dão o auxílio necessário para que o investidor faça a compra, basta apenas ter um visto válido para os EUA, incluindo o de turista. *Fundador e CEO da assessoria imobiliária internacional InvestorSInc (www. investorsinc.com.br)

Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

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O Brasil e seu lugar Os interesses globais giram hoje em torno da economia e, nesse campo, principalmente das garantias do suprimento de energia, alimentos e matérias-primas. São os elementos que movem o planeta e condicionam as relações entre países, onde hoje os canhões parecem menos importantes que os bancos. É nesse contexto que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro visitou esta semana os Estados Unidos, para encontro inclusive com seu colega Donald Trump. Encontro obrigatório e fundamental, tendo em conta a importância do país, seu poderio militar e sua condição de segundo parceiro comercial do Brasil. Um encontro difícil, face às características do anfitrião e seu comportamento errático, sendo bastante lembrar seu slogan de campanha, o America First, que não deixa espaço para dúvidas quanto à sua visão do mundo e do lugar que ele próprio reserva a seu país. Parcerias e colaboração, nessas condições, passam a ser conceitos bastante relativos, mesmo com as trocas de gentilezas entre os dois presidentes. Para aplainar estas arestas, por mais difícil que possa ser, nas circunstâncias, Para aplainar a tarefa, existe a diplomacia e estas arestas, nesse campo, por mais apesar de alguns difícil que deslizes mais recentes, o Brasil possa ser, nas tem tradições circunstâncias, reconhecidas. a tarefa, existe O fundamental é e continuará a diplomacia e sendo o não nesse campo, alinhamento, mesmo que apesar de alguns pareça existir, deslizes mais em alguns recentes, o Brasil círculos em Brasília, certo tem tradições deslumbramento reconhecidas com os vizinhos do Norte e certa dose de inocência com relação às possibilidades de uma cooperação real e equilibrada. Uma hipótese talvez ideal, fortalecendo as três Américas, tirando partido da proximidade e em contraponto à Europa e ao Oriente, polos de uma nova ordem global em que a China, que já é o maior parceiro comercial do Brasil, caminha para uma posição de liderança. Saber avaliar possibilidades, saber se movimentar com independência, parece ser, para o Brasil, a chave de uma política externa bem-sucedida, principalmente no que toca à sua vertente comercial. E quem sabe começando pela sugestão do próprio Tump, repetindo o conceito do America First no que toca às nossas próprias escolhas, sem concessões que traduzam subserviência e sem exigências que possam ser interpretadas como hostilidade, seja em Washington, seja em Pequim, que por sinal o presidente Bolsonaro deverá visitar na segunda metade do ano. O importante será deixar suficientemente claro que o Brasil busca negócios e investimentos, com os condicionantes que são conhecidos, sem viés ideológico, sem alinhamento automático. Afinal, somos hoje no mundo um player importante, seja como fornecedor de alimentos, seja de commodities minerais, oferecendo em contrapartida um mercado de enorme potencial, além de estabilidade política. São condições singulares e bastante atraentes, mesmo que presentemente os sinais sejam negativos.


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OPINIÃO

Disrupção e impactos no mundo do trabalho EDENIZE MARON * REPRODUÇÃO

Em contraposição ao modelo de “juniorização” da força de trabalho nos últimos anos, profissionais seniores e experientes começam a vivenciar uma fase de valorização em empresas que buscam eficiência e excelência na prestação de serviços aos clientes Entre as mais diversas esferas que vêm sendo continuamente impactadas pelas transformações tecnológicas, políticas, sociais e culturais dos últimos tempos, a do mundo do trabalho certamente é uma das mais atingidas. Sabemos que a forma como trabalhávamos há 10 anos, por exemplo, é completamente diferente da de hoje e, provavelmente, será outra num futuro próximo. Novas profissões estão surgindo no contexto da evolução tecnológica, outras tendem a desaparecer e muitas simplesmente já foram extintas. Paralelamente, governos em todo o mundo, e não só no Brasil, estão sendo demandados a rever seus crescentes custos previdenciários, uma vez que a expectativa de sobrevida vem aumentando gradativamente e novos caminhos precisam ser encontrados por aqueles que, no passado, já estariam começando a pensar em se aposentar. No Brasil, devido à nossa cultura patriarcal e uma certa tradição de governantes populistas, muitos cidadãos ainda têm a visão de que o governo deveria ser um grande provedor da sociedade, sem quaisquer restrições. Os recursos, no entanto, são escassos e, por mais que o tema seja polêmico e controverso, a realidade chama os cidadãos brasileiros a repensarem seu horizonte de trabalho e, por que não, se reinventarem. Especialistas do setor já apontam que cada vez mais as pessoas terão no mínimo duas carreiras ao longo da vida. Dessa forma, pessoas na faixa dos 50 ou 60 anos, por exemplo, representam uma fatia significativa da população que está sendo muito impactada pela necessidade de criar um novo ciclo de prosperidade por meio de seu trabalho. As empresas, por sua vez, também constituem um elemento primordial em toda essa discussão e cenário de transformação. Se antes houve um movimento de ‘juniorização’ da força de trabalho, com uma massa de jovens sendo contratada pelas corporações, não só pelo frescor trazido pelas novas gerações, mas também porque esse perfil de profissional é mais barato, hoje já começa a se notar uma maior valorização da experiência, e isso não é à toa.

As empresas estão percebendo que contratar freneticamente pode não funcionar mais. É melhor ter menos gente mais capacitada do que uma massa de colaboradores que talvez gere instabilidade e ineficiência com consequente insatisfação nos clientes. A tecnologia e os modelos disruptivos de negócios contribuem para esse novo cenário. Tome como exemplo a Airbnb, com seus cerca de 500 colaboradores, em contraposição à rede de hotéis Marriot, que conta com aproximadamente 50 mil funcionários. Essa é a boa comparação entre o novo e o velho mundo, e isso só foi possível graças à aplicação da tecnologia aliada a um modelo de negócios completamente inovador, em que o número de funcionários não define a competência da empresa É assim, gerando concorrência e abrindo novos horizontes, que se muda o mundo e se faz disrupção. Voltando à linha de raciocínio para o mercado de trabalho, privilegiar a mão de obra mais sênior e experiente também representa uma mudança de paradigma no ambiente corporativo. Profissionais seniores possuem alto grau de conhecimento na disciplina em que atuam, já desempenharam muitos anos em sua atividade e por conta dessa experiência são muitas vezes mais ágeis na criação de soluções bem como na resolução dos problemas. Mesmo no segmento de tecnologia, em que sempre se destacou a capacidade criativa dos mais jovens e sua capacidade de estarem mais “antenados”, hoje já se nota que as empresas mais alinhadas ao pensamento atual estão privilegiando o profundo conhecimento e a experiência. Empresas de serviços de tecnologia no modelo ‘boutique’, por exemplo, contam com estruturas enxutas e primam por oferecer alto índice de satisfação entre os clientes. Essas ‘boutiques’ oferecem atendimento diferenciado em relação à concorrência e demonstram ser mais prósperas que as empresas “tradicionais”. Isso porque as grandes corporações têm muito mais dificuldade para se mover, são pesadas e engessadas, não permitindo a transformação com a agilidade que o ritmo da tecnologia exige. Nessas grandes empresas, funcionários improdutivos e desmotivados podem até se esconder embaixo de toda uma estrutura complexa. E quem paga normalmente é o cliente. Nas ‘boutiques’ com modelos de negócio inovadores, as ineficiências dificilmente terão espaço. E se os colaboradores mais experientes hoje encontram mais espaço em empresas

As empresas também constituem um elemento primordial em toda essa discussão e cenário de transformação. Se antes houve um movimento de ‘juniorização’ da força de trabalho, com uma massa de jovens sendo contratada pelas corporações, não só pelo frescor trazido pelas novas gerações, mas também porque esse perfil de profissional é mais barato, hoje já começa a se notar uma maior valorização da experiência, e isso não é à toa. que prezam pela eficiência, que tipo de características e qualidade eles precisam oferecer? Bem, além de skills técnicos, espera-se que esses profissionais sejam extremamente capacitados em habilidades comportamentais, que saibam se relacionar com o cliente, entender e solucionar suas dores e fidelizá-los, afinal tão importante quanto vender é oferecer um bom atendimento ao longo de toda a experiência. Esses profissionais também devem ser abertos à colaboração e ao engajamento com outras pessoas da equipe, impulsionando o intercâmbio de conhecimento e, consequentemente, a produtividade. Em resumo, nesse mundo em constante mutação, fenômenos tecnológicos, políticos e socioculturais propiciam um ambiente em que profissionais experientes e seniores, que poderiam já estar considerando se

aposentar, são chamados a reinventar seu horizonte de trabalho e adiar os planos de aposentadoria. No ambiente corporativo, esse perfil de profissional encontra empresas que foram concebidas contando com sua maturidade e habilidades técnicas e comportamentais, as quais são valorizadas e bem remuneradas, em prol da satisfação do cliente, principal pilar da fidelização. Bem-vindo aos novos tempos. Casa na praia ou no campo? Por enquanto só aos fins de semana ou levando seu notebook para trabalhar em qualquer dia e horário no modelo home office, uma prática cada vez mais comum e que se tornou moeda de troca pelos inúmeros benefícios que oferece nos novos moldes de trabalho. *General Manager da Rimini Street América Latina

O novo CPC e a Justiça LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA * O código processual revelou-se positivo, também, ao afastar algumas vantagens concedidas ao Poder Público, quando este se vê em juízo. De fato, a diminuição do prazo à contestação e das hipóteses em que se impõe a remessa necessária ao tribunal em proveito da fazenda pública trouxe alento ao particular que a aciona, pois esse começou a acreditar que o processo terá um fim. Acontece que tudo isso pode gerar poucos resultados, se o Administrador Público não aceitar a ideia de que há temas que não devem mais ser objeto de controvérsias judiciais. Ora, a despeito de os interesses da Administração Pública serem indisponíveis, ela, como qualquer outro jurisdicionado, deve agir de boa-fé e não como proteladora quanto ao atendimento dos direitos. Foi um passo importante a adoção, com instrumentos de eficácia, do princípio da estabilização da jurisprudência. Realmente, não há isonomia entre os cidadãos, se alguns têm pleitos acolhidos e outros, em situações idênticas, assistem à negativa das suas pretensões. Isso gera descrédito ao Judiciário e traz insegurança social, política e jurídica. E, na medida em que os tribunais pacificam temas jurídicos e seus correlatos posicionamentos passam a ser de observância obrigatória, tem-se que demandas repetitivas diminuirão e o Judiciário terá mais tempo para solucionar conflitos relevantes. Mas, aí também, teremos menor aproveitamento, caso alguns magistrados continua-

Desde que entrou em vigor (2016), o Código de Processo Civil trouxe consigo, de certa forma, a promessa do legislador de que teríamos prestação jurisdicional célere, eficiente e de qualidade. Os que com ele lidam – advogados, juízes, promotores de Justiça e outros sujeitos do processo – não podem trair o espírito do legislador. Sim, isso porque não é a lei nova (no caso, o Código de Processo Civil) que fará com que sejam superados os obstáculos à busca pela paz social. Na verdade, o código processual é apenas o instrumento, que terá, contudo, que ser bem usado pelos atores antes referidos. Assim é que o instrumento revelou-se interessante, ao estimular mecanismos de autocomposição, em especial a mediação, ao mesmo tempo em que desestimulou o demandismo e o exagero na interposição de recursos. Por exemplo, a restrição à interposição do recurso incidental (agravo de instrumento) deu mais celeridade à marcha processual; a incidência da sucumbência recursal trouxe mais responsabilidade às partes, as quais, cientes do risco de verem majoradas as suas despesas, abdicam, algumas vezes, da interposição dos recursos. Porém, de outro lado, de nada adianta a lei estimular a autocomposição se as partes e, sobretudo, seus advogados, não assimilarem a necessidade do diálogo e da mitigação do espírito beligerante.

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rem a insistir em sustentar teses já superadas por mecanismos de pacificação da jurisprudência e que são de incidência compulsória. A Justiça de qualidade exige comprometimento de quem soluciona os conflitos. O magistrado comprometido com suas elevadas responsabilidades deve ter “sede” de informações fáticas e teses jurídicas. Só assim, com tudo amplamente discutido e apresentado, que o Estado-Juiz poderá fazer com que os conflitos recebam soluções justas. O juiz que pouco quer ouvir erra muito. Logo, o princípio da cooperação entre os sujeitos do processo de nada adiantará se os magistrados não ouvirem, antes de decidirem, as partes, por meio de seus advogados, sobre todas as questões fáticas e jurídicas que influenciarão suas decisões. O processo democrático, a par de permitir essa análise mais certeira sobre o conflito, traz a positiva impressão ao cidadão de que, mesmo sendo derrotado, pôde ser ouvido pelo Estado. Enfim, tomara que o jurisdicionado não se sinta desapontado e que continue a prevalecer a impressão de que vivemos novos e democráticos tempos. *Advogado, Procurador do Município de Belo Horizonte, coordenador de cursos de Pós-graduação em Processo Civil das Faculdades Arnaldo Janssen e Cedin

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SEDE: NOVA LIMA - MG - COMPANHIA FECHADA - CNPJ: 17.505.009/0001-57 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – EXERCÍCIO DE 2018 Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. relativas ao exercício encerrado em dezembro de 2018. Nova Lima, março de 2019. Administração BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 ATIVO CIRCULANTE��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

2018 2�716

CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA������������������������������������������������������������������������������� ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DO RESULTADO (Nota 6�1�) ����������������������������������������������������������������������������������������������������� Títulos de Renda Fixa ........................................................................................................... CRÉDITOS DIVERSOS ������������������������������������������������������������������������������������������������������� Ativos Fiscais Correntes (Nota 7.1.) ..................................................................................... NÃO CIRCULANTE ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������

4�460

6�159

1�120 1.120 3�335 2.671 22 642 5 5 133 48 (181)

2�420 2.420 3�734 2.594 20 1.120 5 5 133 48 (181)

7�176

7�089

ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DO RESULTADO (Nota 6�1�) ������������������������������������������������������������������������������������������������������ Títulos de Renda Fixa ........................................................................................................... CRÉDITOS DIVERSOS ������������������������������������������������������������������������������������������������������� Ativos Fiscais Correntes (Nota 7.1.) ..................................................................................... Devedores por Depósitos em Garantia (Nota 7.2.) ............................................................... Devedores Diversos (Nota 7.3.) ............................................................................................ IMOBILIZADO ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Terrenos................................................................................................................................. Bens Móveis.......................................................................................................................... Imóveis .................................................................................................................................. (Depreciação Acumulada) . ................................................................................................... TOTAL DO ATIVO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

Em R$ mil

2017 930

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

2018 29

2017 57

21

26

2�565 2.565 130 130

719 719 185 185

OUTRAS OBRIGAÇÕES ���������������������������������������������������������������������������������������������� Sociais e Estatutárias (Nota 8.1.) ................................................................................... Fiscais e Previdenciárias (Nota 8.2.) .............................................................................. Outros Valores a Pagar à Sociedades Ligadas (Nota 10.) ..............................................

29 21 6 2

57 53 2 2

NÃO CIRCULANTE ���������������������������������������������������������������������������������������������������������

113

83

113 536 (423)

83 488 (405)

OUTRAS OBRIGAÇÕES ���������������������������������������������������������������������������������������������� Provisão para Outros Passivos (Nota 8.3.) ..................................................................... (-) Devedores por Depósitos em Garantias (Nota 7.2.) .................................................. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 9�) ������������������������������������������������������������������������������

7�034

6�949

CAPITAL SOCIAL (Nota 9�1�) ����������������������������������������������������������������������������������� RESERVAS DE CAPITAL (Nota 9�2�) ����������������������������������������������������������������������� Outras .......................................................................................................................... RESERVAS DE LUCROS (Nota 9�2�) ������������������������������������������������������������������������ Reserva Legal .............................................................................................................. Reservas Estatutárias ...................................................................................................

4�853 28 28 2�153 412 1.741

4�853 28 28 2�068 406 1.662

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO �����������������������������������������������������

7�176

7�089

RECEITA OPERACIONAL BRUTA����������������������������������������������������������������������� RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ������������������������������������������������������������������ LUCRO BRUTO �������������������������������������������������������������������������������������������������������� RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS ������������������������������������������������������� Despesas de Pessoal (Nota 12.1.) ............................................................................. Despesas Administrativas (Nota 12.2.) ..................................................................... Despesas Tributárias ................................................................................................. Outras Receitas Operacionais (Nota 12.3.) ............................................................... Outras Despesas Operacionais (Nota 12.4.) ............................................................. LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO ��������������� RESULTADO FINANCEIRO (Nota 13�)����������������������������������������������������������������� Receitas Financeiras.................................................................................................. LUCRO OPERACIONAL ���������������������������������������������������������������������������������������� RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ��� IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 14�)����������������������� Provisão para Imposto de Renda .............................................................................. Provisão para Contribuição Social ........................................................................... LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (Nota 9�3�) �������������������������������������������������� Número de Ações em Circulação (Nota 9.1.) ........................................................... Lucro Líquido por Lote de mil Ações em ............................................................ R$

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

SALDOS EM 01/01/2017 ����������������������������������������������������������������������������������������������������������

28

Em R$ mil Exercícios 2018 2017 115 283 -

LUCRO DO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO �������������������������������������������������������������� OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES ���������������������������������������������������������� OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES DO EXERCÍCIO, LÍQUIDO DE IMPOSTOS����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO ����������������������������������� Lucro Atribuível à Controladora ...............................................................................

115 115 115

283 283 283

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017 Reservas de Capital

Exercícios 2018 2017 1 1 1 1 1 1 (29) 167 (45) (64) (97) (91) (19) (23) 138 353 (6) (8) (28) 168 195 160 195 160 167 328 167 328 (52) (45) (32) (28) (20) (17) 115 283 53.924.604 53.924.604 2,14 5,25

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Capital Social 4�853

Em R$ mil

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

Em R$ mil

Reservas de Lucros Legal Estatutárias 392 1�465

Lucro Líquido do Exercício ...................................................................................................... Destinações: Reservas ................................................................................................................................. Dividendos .............................................................................................................................

-

-

-

-

-

-

14 -

197 -

SALDOS EM 31/12/2017 ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� MUTAÇÕES DO EXERCÍCIO ��������������������������������������������������������������������������������������������

4�853 -

28 -

406 14

1�662 197

SALDOS EM 01/01/2018 ����������������������������������������������������������������������������������������������������������

4�853

28

406

Lucro Líquido do Exercício ...................................................................................................... Destinações: Reservas ................................................................................................................................. Dividendos .............................................................................................................................

-

-

-

-

-

6 -

79 -

SALDOS EM 31/12/2018 ���������������������������������������������������������������������������������������������������������� MUTAÇÕES DO EXERCÍCIO ���������������������������������������������������������������������������������������������

4�853 -

28 -

412 6

1�741 79

Lucros Acumulados

-

Totais

6�738

283

283

(211) (72)

(72)

-

6�949 211

1�662

-

6�949

-

115

115

(85) (30)

(30)

-

7�034 85

Em R$ mil Exercícios 2018 2017

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS: Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social������������������� Ajustes ao Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social ����� Provisão / (Reversão) para Contingências Trabalhistas ............................................ Diferença de Variações Monetárias Ativas / Passivas ............................................... (Aumento) de Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado������������� Diminuição nas Contas Créditos Diversos��������������������������������������������������������������� (Aumento) Diminuição nas Outras Obrigações ������������������������������������������������������ Caixa Gerado pelas Operações����� ���������������������������������������������������������������������������� Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos ....................................................... Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais ������������������������������������������� FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Dividendos Pagos ...................................................................................................... Caixa Líquido (Aplicado nas) Atividades de Financiamento��������������������������������� (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA������������������������������������ Caixa e Equivalente de Caixa no início do exercício................................................ Caixa e Equivalente de Caixa no final do exercício.................................................. (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA �����������������������������������

167 90 (42) 132 (546) 316 70 97 (40) 57

328 216 (37) 253 (1�852) 1�397 (1) 88 (38) 50

(62) (62) (5) 26 21 (5)

(57) (57) (7) 33 26 (7)

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1� CONTEXTO OPERACIONAL A Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. é controlada pela Mercantil do Brasil Financeira S.A. – Crédito, Financiamento e Investimentos (“Financeira”), empresa do Grupo Mercantil do Brasil. Seu objeto social é a administração e corretagem de seguros. 2� BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO As informações contábeis contidas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foram elaboradas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, que no caso de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado, outros ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) é ajustado para refletir a mensuração ao valor justo. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e têm maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na nota nº 3. As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria da Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. em 14/03/2019. 3� PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS E ESTIMATIVAS CRÍTICAS As receitas, em conformidade com o CPC 47, são reconhecidas quando satisfeitas as condições contratuais de transferência do bem ou serviço. O ativo é considerado transferido quando (ou à medida que) a empresa obtiver o controle desse ativo. As receitas são reconhecidas pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber no curso normal das atividades da entidade. O resultado é apropriado pelo regime de competência, líquido dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos. Caixa e equivalentes de caixa são representados, basicamente, por disponibilidades, depósitos bancários disponíveis e investimentos de curto prazo de alta liquidez que são prontamente conversíveis em caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor e limites, cujo prazo de vencimento seja igual ou inferior a 90 dias, na data de aquisição, que são utilizados pela empresa para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo. Os ativos e os passivos, circulantes e não circulantes, são demonstrados pelos valores de realização ou compromissos estabelecidos nas contratações, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos ou encargos incorridos até a data dos balanços. Nas operações com rendimentos ou encargos prefixados, as parcelas a auferir ou a incorrer são demonstradas como redução dos ativos e passivos a que se referem. As receitas e despesas de natureza financeira são registradas pelo critério pro rata die e calculadas pelo método exponencial. Os Instrumentos Financeiros estão classificados por natureza nas seguintes categorias do balanço patrimonial, em conformidade com o CPC 48 e regulamentação complementar: a) Ativos financeiros ao custo amortizado - compreendem os ativos financeiros que de acordo com o modelo de negócios são adquiridos ou originados com o objetivo de receber fluxos de caixas contratuais que constituem-se, exclusivamente, pelo pagamento de principal e juros. São mensurados pelo custo adotando-se o método dos juros efetivos. b) Ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes - compreendem os ativos financeiros que de acordo com o modelo de negócios são adquiridos ou originados com o objetivo de receber fluxos de caixas contratuais ou pela sua venda. São mensurados pelo valor justo em contrapartida com o Patrimônio Líquido. c) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado - contemplam as operações que não foram classificadas como ativos financeiros ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. São mensurados pelo valor justo em contrapartida com o resultado. d) Passivos financeiros ao custo amortizado - são mensurados ao custo, exceto os passivos financeiros designados como objeto de hedge (ou instrumentos de proteção), os quais serão mensurados ao valor justo. e) Passivos financeiros ao valor justo - são, inicialmente, mensurados ao valor justo, acrescidos dos custos estimados de transação e são, subsequentemente, ajustados pelo valor justo. Em geral, os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao valor justo, que é considerado equivalente ao preço de transação. Os instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo no resultado são ajustados pelos custos de transação. Um ativo financeiro é considerado não recuperável e, portanto, seu valor contábil é ajustado para refletir o efeito da não recuperação quando houver evidência objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está com perda do valor recuperável. O imobilizado de uso está apresentado ao custo. A depreciação é calculada pelo método linear, com base nas seguintes taxas anuais: imóveis – 4%; móveis e utensílios e equipamentos – 10%; sistema de comunicação e de processamento de dados – 20%. Em conformidade com o pronunciamento técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo, com base em análise da Administração, se o valor de contabilização dos ativos ou conjunto de ativos não financeiros, exceto outros valores e bens e créditos tributários, exceder o seu valor recuperável é reconhecida uma perda por desvalorização (impairment) no resultado do exercício. O controle das contingências ativas, passivas e provisões é efetuado de acordo com os critérios definidos no CPC 25: a) Ativos contingentes – não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. b) Passivos contingentes – são divulgados sempre que classificados como perdas possíveis, observando-se o parecer dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento dos Tribunais. c) Provisões – originam-se de processos judiciais relacionados a obrigações trabalhistas, cíveis e tributárias classificados como perdas prováveis, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade. Tais processos têm seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. d) Obrigações legais – provisão para riscos fiscais - referem-se às obrigações tributárias legalmente instituídas, que são contestadas judicialmente quanto à legalidade ou constitucionalidade que, independentemente da probabilidade de chance de êxito dos processos judiciais em andamento, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações contábeis. A provisão para o imposto de renda é registrada pelo regime de competência e constituída com base no lucro, ajustado pelas adições e exclusões de caráter temporário e permanente, à alíquota de 15,00%, acrescida de adicional de 10,00% sobre o lucro tributável anual excedente a R$ 240. A contribuição social foi constituída à alíquota de 9,00% sobre o lucro tributável. Impostos diferidos provenientes de diferenças intertemporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, se houver, são reconhecidos, com base em estudo técnico de estimativa de lucros tributáveis futuros, de acordo com a legislação vigente. Os juros sobre o capital próprio, pagos e a pagar ao acionista, são calculados em conformidade com a Lei nº 9.249/95 e são registrados no resultado, nas rubricas de despesas, conforme determina a legislação fiscal. Para fins de apresentação das demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio foram eliminados das despesas financeiras e são apresentados a débito de lucros acumulados. 4� MUDANÇAS NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS E DIVULGAÇÕES 4�1� Normas que entraram em vigor no exercício As alterações introduzidas pelo CPC 47 – Receitas com Contratos de Clientes, em vigor a partir de 01 de janeiro de 2018, não tiveram impactos materiais e relevantes para a Companhia. As alterações decorrentes da adoção inicial do CPC 48 – Instrumentos Financeiros, em vigor a partir de 01 de janeiro de 2018, estão relacionadas a classificação e apresentação dos instrumentos financeiros e, que embora tenha sofrido alterações na nomenclatura, a classificação e mensuração dos ativos foram mantidas. Adicionalmente, não houve alteração na classificação e mensuração dos passivos financeiros decorrente da adoção da norma. A adoção da norma foi realizada de maneira retrospectiva.

4�2� Normas que entrarão em vigor após 31 de dezembro de 2018 A partir de 01 de janeiro de 2019 entrará em vigor a revisão do CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil que tem como objetivo estabelecer princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de arrendamentos aplicáveis a arrendadores e arrendatários. A norma elimina o conceito de arrendamento operacional para o arrendatário, apresentando um único modelo de arrendamento onde o arrendatário deve reconhecer os ativos e passivos resultantes de um contrato de arrendamento. Não foram identificados impactos materiais e relevantes para a Companhia decorrente de sua adoção. 5� GESTÃO DOS RISCOS DE CRÉDITO, DE LIQUIDEZ, DE MERCADO, OPERACIONAL E SOCIOAMBIENTAL Na Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A., a gestão dos riscos de crédito, operacional, de liquidez, de mercado e socioambiental é centralizada no Controlador Banco Mercantil do Brasil S.A. É realizada de forma contínua e apoiada em políticas e estratégias adequadamente documentadas e em uma equipe técnica capacitada e em constante aperfeiçoamento, além de utilizar modelos internos que aplicam técnicas de gestão atuais e de ferramentas tecnológicas de última geração. Informações mais detalhadas estão disponíveis no site (www.mercantildobrasil.com.br), na área de Relações com Investidores (RI). 6� INSTRUMENTOS FINANCEIROS 6.1. Classificação dos ativos financeiros por categoria Valor Justo Dez / 2018 Dez / 2017 3�685 3�139 3.685 3.139 3�685 3�139 2.565 719 1.120 2.420

Descrição Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Títulos para negociação - CDB (I) Total geral Circulante Não circulante

Descrição

Reserva de capital (I) Reservas de lucros Reserva legal (II) Reservas estatutárias (III)

Dez / 2018 Dez / 2017 28 28 2�153 2�068 412 406 1.741 1.662

São representadas, substancialmente, por reserva de ágio na subscrição de ações e de subvenções para investimentos. Constituída à base de 5% sobre o lucro líquido do período, limitada a 20% do capital social. (III) Constituída com base no lucro líquido remanescente após todas as destinações estabelecidas pelo estatuto. (I)

(II)

9�3� Lucro líquido Conforme disposição estatutária, está assegurado aos acionistas dividendo mínimo de 25% do lucro líquido. A destinação do lucro líquido é como segue: Descrição Lucro líquido dos exercícios a serem distribuídos Reserva legal Reserva estatutária Dividendos

Dez / 2018 Dez / 2017 115 283 6 14 79 197 30 72

Esses depósitos possuem remuneração vinculada à variação do certificado de depósito interbancário – CDI, cujos rendimentos são registrados em receitas financeiras.

10� TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Os saldos e resultados das operações com partes relacionadas são como segue:

6�2� Valor Justo dos Instrumentos Financeiros As mensurações de valor justo são classificadas nos níveis de 1 a 3 de modo a refletir a significância das técnicas utilizadas no processo de mensuração. As mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas por meio de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. As mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços). As mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que, em grande parte, não têm como base os dados observáveis de mercado. A tabela abaixo apresenta os ativos mensurados pelo valor justo.

Ativos / (Passivos) Caixa e equivalente de caixa - (BMB) Instrumentos financeiros - (BMB) Outras Obrigações Outros valores a pagar à sociedades ligadas - (BMB) Sociais e estatutárias (vide nota nº 8.1.) - (MBF) Receitas / (Despesas) Receitas Financeiras – (BMB) Serviços prestados a ligadas - (BMB) - (vide nota nº 12.2.)

(I)

Nível 2 Dez / 2018 Dez / 2017 3.685 3.139 3�685 3�139

Descrição Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Ativo total

Nos exercícios apresentados, a Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. não tinha instrumentos financeiros classificados como Nível 1 e 3. 7� CRÉDITOS DIVERSOS 7.1. Ativos fiscais correntes: Descrição Imposto de Renda e Contribuição Social (I) Imposto de Renda e Contribuição Social – IPC/90 (II) Outros Total Circulante Não circulante

Dez / 2018 Dez / 2017 1.058 1.004 1.613 1.590 130 185 2�801 2�779 130 185 2.671 2.594

Refere-se a saldos credores de exercícios anteriores. Decorre da inclusão dos efeitos da correção monetária de balanço, amparada pela Lei nº 8.200/91, na base de cálculo do Imposto de Renda do exercício de 1995. (I)

(II)

7�2� Devedores por depósitos em garantia Referem-se aos depósitos judiciais de diversas ações de ordem tributária e trabalhista para os quais a Administração entende que a probabilidade de perda não é provável. Os depósitos judiciais estão classificados no ativo não circulante no montante de R$ 22 (R$ 20 em dezembro de 2017) e no passivo não circulante como redutor da “Provisão para outros passivos” no montante de R$ 423 (R$ 405 em dezembro de 2017) – vide nota nº 8.3. 7�3� Devedores Diversos Corresponde à restituição de contribuição previdenciária paga indevidamente sobre pró-labore de autônomos, nos termos da Lei nº 7.787/89, considerada inconstitucional pelo STF e cuja decisão favorável a empresa foi transitada em julgado em outubro de 2008, que está sendo liquidada através de precatórios. 8� OUTRAS OBRIGAÇÕES 8�1� Sociais e estatutárias Refere-se aos dividendos a pagar relativamente aos exercícios de 2018 e 2017. 8�2� Fiscais e previdenciárias Refere-se, basicamente, aos impostos e contribuições a recolher sobre os lucros e salários. 8�3� Provisão para outros passivos Descrição Provisões para riscos fiscais Provisões para processos trabalhistas Total – Não circulante

Dez / 2018 Dez / 2017 129 123 407 365 536 488

A provisão para riscos fiscais, no montante de R$ 129 (R$ 123 em dezembro de 2017) refere-se ao PIS, totalmente coberta por depósitos judiciais e está amparada em mandado de segurança que discute a inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 10/96, que viola o princípio da anterioridade e da irretroatividade da Lei. A provisão para processos trabalhistas são, geralmente, registradas de acordo com estudos técnicos realizados pelos Assessores Jurídicos Externos, cuja metodologia aplicada resulta numa melhor avaliação destas contingências. Referida provisão está registrada levando-se em consideração o valor de depósitos judiciais. A MACS acompanha regularmente o andamento das obrigações legais referente aos processos trabalhistas e fiscais incluindo os classificados como de risco provável pelos consultores jurídicos externos. O desfecho dessas ações judiciais poderá resultar em reversão das respectivas provisões para os processos em que ocorrer favorável êxito judicial. Movimentação da provisão para outros passivos: Descrição Saldos em 31/12/2017 Constituição Atualização Monetária Saldos em 31/12/2018 Depósitos judiciais (vide nota nº 7.2.)

Riscos fiscais

123 6 129 129

Provisões trabalhistas 365 4 38 407 316

Dez / 2018 Dez / 2017 21 26 3.685 3.139 (18) (43) (2) (2) (16) (41) 195 (25)

160 (23)

(BMB) – Banco Mercantil do Brasil S.A.; (MBF) – Mercantil do Brasil Financeira S.A. 11� REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES Anualmente, na Assembleia Geral Ordinária é fixado o montante global da remuneração dos membros da Diretoria Executiva da Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A., conforme previsto no Estatuto Social. O gasto com a remuneração dos administradores foi aprovado em AGO de 30 de abril de 2018, que estabeleceu o limite para o exercício social em R$ 10. Os honorários da Diretoria Executiva correspondem a: Descrição Honorários da Diretoria Executiva Remuneração Fixa

Dez / 2018 Dez / 2017 2 2 2 2

12� OUTRAS RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS 12.1. As despesas de pessoal são compostas como segue: Descrição Remuneração dos administradores (vide nota nº 11.) Encargos sociais Passivos trabalhistas Total

Dez / 2018 Dez / 2017 2 2 1 1 42 61 45 64

12.2. As outras despesas administrativas são compostas como segue: Despesas de publicações Despesas de serviços de terceiros Condomínio Contribuições filantrópicas Serviços prestados – Ligadas (I) Outras despesas administrativas Total

Descrição

Dez / 2018 Dez / 2017 49 44 12 12 7 6 5 25 23 4 1 97 91

Referem-se ao reembolso de custos de gestão e administração pagos ao seu Controlador Banco Mercantil do Brasil S.A. por prestação de serviços relativos à gestão de tesouraria e captação de recursos, encaminhamento de negócios e outros.

(I)

12.3. As outras receitas operacionais são compostas como segue: Descrição

Variações monetárias ativas Outras rendas Total

Dez / 2018 138 138

Dez / 2017 261 92 353

12�4� Outras despesas operacionais Referem-se, basicamente, a atualização monetária das contingências fiscais e trabalhistas. 13� RESULTADO FINANCEIRO É composto das rendas de títulos de renda fixa – CDB (vide nota nº 6.1.). 14� IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O efeito do imposto de renda e da contribuição social nos resultados dos exercícios é como segue: Descrição Resultado antes dos impostos Alíquota nominal Despesa nominal Ajustes à despesa nominal referentes à: Outras Despesa com IRPJ / CSL Total

IR

Dez / 2018 CSL 167 167 15% 9% (25) (15) (7) (5) (7) (5) (32) (20) (52)

IR

Dez / 2017 CSL 328 328 25% 9% (82) (30) 54 13 54 13 (28) (17) (45)

CONTADOR

DIRETORIA DIRETOR SUPERINTENDENTE / ADMINISTRATIVO José Ribeiro Vianna Neto

9� PATRIMÔNIO LÍQUIDO 9�1� Capital Social O Capital Social é de R$ 4.853 e está representado por 53.924.604 ações ordinárias nominativas escriturais, com valor nominal de R$ 0,09, totalmente subscritas e integralizadas. 9�2� Reservas de capital e de lucros

DIRETOR FINANCEIRO / TÉCNICO Cristiano Tarabal Simão

Anderson Guedes Inocêncio CRC - MG 077029/O-7

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Administradores e Acionistas MACS – Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. Opinião Examinamos as demonstrações financeiras da MACS – Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da MACS – Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos

de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia. • Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional. • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Belo Horizonte, 18 de março de 2019. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

5 1

SEDE: BELO HORIZONTE - MG - COMPANHIA FECHADA - CNPJ: 03.924.846/0001-06 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - EXERCÍCIO DE 2018 Senhor Acionista: Submetemos à apreciação de V.Sa. as Demonstrações Financeiras da SANSA - Negócios Imobiliarios S.A. relativas ao exercício encerrado em dezembro de 2018. Belo Horizonte, março de 2019. Administração BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 ATIVO CIRCULANTE����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

2018

616

2017

203

CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA���������������������������������������������������������������������������

5

5

ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DO RESULTADO (Nota 6�1�) �������������������������������������������������������������������������������������������������� Títulos de Renda Fixa .......................................................................................................

406 406

-

CRÉDITOS DIVERSOS ��������������������������������������������������������������������������������������������������� Ativos Fiscais Correntes (Nota 7.) ....................................................................................

205 205

198 198

NÃO CIRCULANTE ������������������������������������������������������������������������������������������������������������

2�046

2�810

ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DO RESULTADO (Nota 6�1�) �������������������������������������������������������������������������������������������������� Títulos de Renda Fixa .......................................................................................................

-

764 764

PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTO ������������������������������������������������������������������ Terrenos (Nota 8.) .............................................................................................................

2�046 2.046

2�046 2.046

TOTAL DO ATIVO���������������������������������������������������������������������������������������������������������������

2�662

3�013

Em R$ mil

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE���������������������������������������������������������������������������������������������������������������

2018

2017

2

5

OUTRAS OBRIGAÇÕES ������������������������������������������������������������������������������������������ Fiscais e Previdenciárias (Nota 9.) ............................................................................. Outros Valores a Pagar à Sociedades Ligadas (Nota 11.) ..........................................

2 2 -

5 4 1

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 10�) ������������������������������������������������������������������������

2�660

3�008

CAPITAL SOCIAL (Nota 10�1�) �����������������������������������������������������������������������������

3�270

3�270

(PREJUÍZOS) ACUMULADOS (Nota 10�2�) �������������������������������������������������������� (Prejuízos) Acumulados .......................................................................................... TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO �������������������������������������������������

(610) (610) 2�662

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

SALDOS EM 01/01/2017 �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

Capital Social

3�270

Reservas de Capital

17 -

-

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

Totais

-

(17)

17

SALDOS EM 31/12/2017 ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� MUTAÇÕES DO EXERCÍCIO��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

3�270 -

(17)

(262) (262)

3�008 (279)

SALDOS EM 01/01/2018 �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

3�270

-

(262)

3�008

(Prejuízo) do Exercício .......................................................................................................................................

-

-

(348)

(348)

-

(610) (348)

2�660 (348)

-

(279) (279) (279)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO Em R$ mil Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017

(279)

(279)

(348) (348) (348)

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

3�287

-

Em R$ mil Exercícios 2018 2017 (348) (279) -

(PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO�������������������������������������������������������������������������������� OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES ���������������������������������������������������������� OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES DO EXERCÍCIO, LÍQUIDO DE IMPOSTOS����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO ����������������������������������� (Prejuízo) Atribuível à Controladora ........................................................................

(Prejuízo) do Exercício ....................................................................................................................................... Destinações: Absorção de Reservas ......................................................................................................................................

SALDOS EM 31/12/2018 ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3�270 MUTAÇÕES DO EXERCÍCIO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

3�013

Em R$ mil (Prejuízos) Acumulados

Exercícios 2018 2017 (368) (333) (6) (4) (68) (70) (304) (273) 10 14 (368) (333) 29 75 29 75 (339) (258) (339) (258) (9) (21) (6) (13) (3) (8) (348) (279) 327.039 327.039 (1,06) (0,86)

RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS ������������������������������������������������������� Despesas de Pessoal .................................................................................................. Despesas Administrativas (Nota 13.1.) ..................................................................... Despesas Tributárias (Nota 13.2.) ............................................................................. Outras Receitas Operacionais ................................................................................... (PREJUÍZO) OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO ������� RESULTADO FINANCEIRO����������������������������������������������������������������������������������� Receitas Financeiras (Nota 14.) ................................................................................ RESULTADO OPERACIONAL ������������������������������������������������������������������������������ RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL��� IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 15�)����������������������� Provisão para Imposto de Renda ............................................................................... Provisão para Contribuição Social ............................................................................ (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO (Nota 10�2�)����������������������������������������������������������� Número de Ações em Circulação (Nota 10.1.) ......................................................... (Prejuízo) em Reais por ação ....................................................................................

(262) (262)

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em R$ mil

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS: (Prejuízo) antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social ������������������������������ Diminuição de Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado ��������������� (Aumento) nas Contas de Créditos Diversos ��������������������������������������������������������������� (Diminuição) nas Outras Obrigações ��������������������������������������������������������������������������� Variações Monetárias Ativas ����������������������������������������������������������������������������������������� Caixa Gerado pelas Operações ������������������������������������������������������������������������������������� Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos ........................................................... Caixa Líquido (Aplicado nas) Atividades Operacionais��������������������������������������������� (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA���������������������������������������� Caixa e Equivalente de Caixa no início do exercício.................................................... Caixa e Equivalente de Caixa no final do exercício...................................................... (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA����������������������������������������

Exercícios 2018 2017 (339) 358 (17) (8) 10 4 (4) 5 5 -

(258) 302 (33) (17) 15 9 (10) (1) (1) 6 5 (1)

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1� CONTEXTO OPERACIONAL A SANSA – Negócios Imobiliários S.A., companhia fechada tem como objeto social a administração, compra e venda e aluguel de imóveis próprios e de terceiros, transação com os respectivos recebíveis de aluguéis, prestação de garantias judiciais e extrajudiciais, aquisição e venda de móveis e realização de outras atividades inerentes ao ramo imobiliário. Em AGE de 04/12/2017, houve modificação no objeto social, que passou a ser: Constitui objeto desta Sociedade a compra, venda e aluguel de imóveis próprios, transação com os respectivos recebíveis de aluguéis e realização de outras atividades inerentes ao ramo imobiliário. Parte desta sociedade é de propriedade do MB Fundo de Investimentos em Participações, fundo exclusivo da Mercantil do Brasil Empreendimentos Imobiliários S.A., subsidiária integral do Banco Mercantil do Brasil S.A. 2� BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO As informações contábeis contidas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foram elaboradas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, que no caso de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado, outros ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) é ajustado para refletir a mensuração ao valor justo. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e têm maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na nota nº 3. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da SANSA – Negócios Imobiliários S.A. em 14/03/2019. 3� PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS E ESTIMATIVAS CRÍTICAS As receitas, em conformidade com o CPC 47, são reconhecidas quando satisfeitas as condições contratuais de transferência do bem ou serviço. O ativo é considerado transferido quando (ou à medida que) a empresa obtiver o controle desse ativo. As receitas são reconhecidas pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber no curso normal das atividades da entidade. O resultado é apropriado pelo regime de competência, líquido dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos. Caixa e equivalentes de caixa são representados, basicamente, por disponibilidades, depósitos bancários disponíveis e investimentos de curto prazo de alta liquidez que são prontamente conversíveis em caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor e limites, cujo prazo de vencimento seja igual ou inferior a 90 dias, na data de aquisição, que são utilizados pela empresa para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo. Os ativos e os passivos, circulantes e não circulantes, são demonstrados pelos valores de realização ou compromissos estabelecidos nas contratações, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos ou encargos incorridos até a data dos balanços. Nas operações com rendimentos ou encargos prefixados, as parcelas a auferir ou a incorrer são demonstradas como redução dos ativos e passivos a que se referem. As receitas e despesas de natureza financeira são registradas pelo critério pro rata die e calculadas pelo método exponencial. Os Instrumentos Financeiros estão classificados por natureza nas seguintes categorias do balanço patrimonial, em conformidade com o CPC 48 e regulamentação complementar: a) Ativos financeiros ao custo amortizado - compreendem os ativos financeiros que de acordo com o modelo de negócios são adquiridos ou originados com o objetivo de receber fluxos de caixas contratuais que constituem-se, exclusivamente, pelo pagamento de principal e juros. São mensurados pelo custo adotando-se o método dos juros efetivos. b) Ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes - compreendem os ativos financeiros que de acordo com o modelo de negócios são adquiridos ou originados com o objetivo de receber fluxos de caixas contratuais ou pela sua venda. São mensurados pelo valor justo em contrapartida com o Patrimônio Líquido. c) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado - contemplam as operações que não foram classificadas como ativos financeiros ao custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. São mensurados pelo valor justo em contrapartida com o resultado. d) Passivos financeiros ao custo amortizado - são mensurados ao custo, exceto os passivos financeiros designados como objeto de hedge (ou instrumentos de proteção), os quais serão mensurados ao valor justo. e) Passivos financeiros ao valor justo - são, inicialmente, mensurados ao valor justo, acrescidos dos custos estimados de transação e são, subsequentemente, ajustados pelo valor justo. Em geral, os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao valor justo, que é considerado equivalente ao preço de transação. Os instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo no resultado são ajustados pelos custos de transação. Um ativo financeiro é considerado não recuperável e, portanto, seu valor contábil é ajustado para refletir o efeito da não recuperação quando houver evidência objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está com perda do valor recuperável. O controle das contingências ativas, passivas e provisões é efetuado de acordo com os critérios definidos no CPC 25: a) Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. b) Passivos contingentes - são divulgados sempre que classificados como perdas possíveis, observando-se o parecer dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento dos Tribunais. c) Provisões - originam-se de processos judiciais relacionados a obrigações trabalhistas, cíveis e tributárias classificados como perdas prováveis, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade. Tais processos têm seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. d) Obrigações legais - provisão para riscos fiscais - referem-se às obrigações tributárias legalmente instituídas, que são contestadas judicialmente quanto à legalidade ou constitucionalidade que, independentemente da probabilidade de chance de êxito dos processos judiciais em andamento, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações contábeis.

Em conformidade com o CPC 31, os ativos não circulantes são classificados como ativos mantidos para venda quando seu valor contábil for recuperável, principalmente, por meio de uma venda e quando essa venda for praticamente certa. Estes são avaliados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor justo, menos os custos de venda, se o valor contábil será recuperado, principalmente, por meio de uma operação de venda, e não pelo uso contínuo (vide nota nº 6.). As propriedades para investimentos referem-se a terrenos constituídos pela Companhia e estão registradas pelo custo de aquisição e formação (vide nota nº 8). Em conformidade com o pronunciamento técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativo, com base em análise da Administração, se o valor de contabilização dos ativos ou conjunto de ativos não financeiros, exceto créditos tributários, exceder o seu valor recuperável é reconhecida uma perda por desvalorização (impairment) no resultado do exercício. As provisões para o imposto de renda e contribuição social são registradas pelo regime de competência e são constituídas com base no lucro presumido determinado através da receita operacional e outras receitas sujeitas a tributação, aplicando-se os percentuais de acordo com cada atividade. Sobre o lucro tributável incide a alíquota de 15,00%, acrescida do adicional de 10,00% sobre a parcela excedente de R$ 240 anuais, para o imposto de renda e a alíquota de 9,00% para a contribuição social, atendidas as disposições legais e regulamentares. 4� MUDANÇAS NAS POLÍTICAS CONTÁBEIS E DIVULGAÇÕES 4�1� Normas que entraram em vigor no exercício As alterações introduzidas pelo CPC 47 – Receitas com Contratos de Clientes, em vigor a partir de 01 de janeiro de 2018, não tiveram impactos materiais e relevantes para a Companhia. As alterações decorrentes da adoção inicial do CPC 48 – Instrumentos Financeiros, em vigor a partir de 01 de janeiro de 2018, estão relacionadas a classificação e apresentação dos instrumentos financeiros e, que embora tenha sofrido alterações na nomenclatura, a classificação e mensuração dos ativos foram mantidas. Adicionalmente, não houve alteração na classificação e mensuração dos passivos financeiros decorrente da adoção da norma. A adoção da norma foi realizada de maneira retrospectiva. 4�2� Normas que entrarão em vigor após 31 de dezembro de 2018 A partir de 01 de janeiro de 2019 entrará em vigor a revisão do CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil que tem como objetivo estabelecer princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de arrendamentos aplicáveis a arrendadores e arrendatários. A norma elimina o conceito de arrendamento operacional para o arrendatário, apresentando um único modelo de arrendamento onde o arrendatário deve reconhecer os ativos e passivos resultantes de um contrato de arrendamento. Não foram identificados impactos materiais e relevantes para a Companhia decorrente de sua adoção. 5� GESTÃO DOS RISCOS DE CRÉDITO, OPERACIONAL, DE LIQUIDEZ, DE MERCADO E SOCIOAMBIENTAL Na SANSA, a gestão dos riscos de crédito, operacional, de liquidez, de mercado e socioambiental é centralizada em seu Controlador, Banco Mercantil do Brasil S.A. É realizada de forma contínua e apoiada em políticas e estratégias adequadamente documentadas e em uma equipe técnica capacitada e em constante aperfeiçoamento, além de utilizar modelos internos que aplicam técnicas de gestão atuais e de ferramentas tecnológicas de última geração. Informações mais detalhadas estão disponíveis no site (www.mercantildobrasil.com.br), na área de Relações com Investidores (RI). 6� INSTRUMENTOS FINANCEIROS 6.1. Classificação dos ativos financeiros por categoria Descrição Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Títulos para negociação - CDB (I) Total geral Circulante Não Circulante

(I) Esses depósitos possuem remuneração vinculada à variação do certificado de depósito interbancário – CDI, cujos rendimentos são registrados em receitas financeiras.

8� PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS Refere-se aos terrenos de 202.744,80 m2, localizados no município de Belo Horizonte no bairro Olhos D’água, adquirido em 2009, registrado ao custo, pelo montante de R$ 2.046. O valor justo dos bens monta em R$ 61.600 e se baseia em laudo de avaliação emitido por avaliador independente. 9� OUTRAS OBRIGAÇÕES – Fiscais e Previdenciárias Referem-se basicamente aos impostos e contribuições a recolher, no montante de R$ 2 (R$ 4 em dezembro de 2017). 10� PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10�1� Capital Social O Capital Social é de R$ 3.270 e está representado por 327.039 ações ordinárias nominativas escriturais, sem valor nominal, totalmente subscritas e integralizadas. 10�2� (Prejuízos) dos exercícios A absorção do (prejuízo) é como segue: Descrição

(Prejuízos) dos exercícios Absorção de (prejuízo) Reserva de capital

11� TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Os saldos e resultados das operações com o Banco Mercantil do Brasil S.A. são como segue: Ativos / (Passivos) Caixa e equivalente de caixa Instrumentos financeiros Outros valores a pagar à sociedades ligadas Receitas / (Despesas) Receitas financeiras Serviços prestados a ligadas (vide nota nº 13.1.)

Dez / 2018 Dez / 2017 5 5 406 764 (1) 29 (4)

75 (10)

12� REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES Anualmente, na Assembleia Geral Ordinária é fixado o montante global da remuneração dos membros da Diretoria Executiva da SANSA – Negócios Imobiliários S.A., conforme previsto no Estatuto Social. O gasto com a remuneração dos administradores foi aprovado em AGO realizada em 30 de abril de 2018, que estabeleceu o limite para o exercício social em R$ 5. 13� RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS 13�1� Despesas administrativas: Serviços de terceiros Publicações Serviços prestados – Ligadas (I) Outras despesas administrativas Total

Descrição

Dez / 2018 Dez / 2017 20 22 39 38 4 10 5 68 70

Referem-se ao reembolso de custos de gestão e administração pagos ao seu Controlador Banco Mercantil do Brasil S.A. por prestação de serviços relativos à gestão de tesouraria e captação de recursos, encaminhamento de negócios e outros. 13�2� Despesas tributárias Referem-se, basicamente, a tributos municipais e federais.

(I)

14� RECEITAS FINANCEIRAS Referem-se, basicamente, a rendas oriundas dos CDBs mantidos na carteira da SANSA. A remuneração média dos CDBs monta em 100,00% do CDI.

As mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que, em grande parte, não têm como base os dados observáveis de mercado. A tabela abaixo apresenta os ativos mensurados pelo valor justo.

Receitas tributáveis Receitas financeiras e outras receitas operacionais - 100% Total das receitas tributáveis Cálculo do IRPJ (15%) e CSL (9%) Despesas com IRPJ / CSL Total

Descrição Ativos Financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Ativo total

Nível 2 Dez / 2018 Dez / 2017 406 764 406 764

Nos exercícios apresentados, a SANSA – Negócios Imobiliários não tinha instrumentos financeiros classificados como Nível 1 e 3.

15� IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O efeito do imposto de renda e da contribuição social nos resultados foi calculado com base no lucro presumido, conforme demonstrado abaixo. Descrição

Luiz Henrique Andrade de Araújo

Dez / 2018 CSL 39 39 6 6

9

IR

Dez / 2017 CSL

39 39 3 3

89 89 13 13 21

89 89 8 8

CONTADOR

DIRETORES EXECUTIVOS André Luiz Figueiredo Brasil

IR

16� OUTRAS INFORMAÇÕES Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, inexistem riscos de ordem tributária, trabalhista ou cível que demandem divulgação.

DIRETORIA DIRETOR PRESIDENTE Athaíde Vieira dos Santos

Dez / 2018 Dez / 2017 (348) (279) (17) (17)

6�2� Valor Justo dos Instrumentos Financeiros As mensurações de valor justo são classificadas nos níveis de 1 a 3 de modo a refletir a significância das técnicas utilizadas no processo de mensuração. As mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas por meio de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. As mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços).

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO José Ribeiro Vianna Neto Luiz Carlos de Araújo Marco Antônio Andrade de Araújo

Ao Valor Justo Dez / 2018 Dez / 2017 406 764 406 764 406 764 406 764

7� CRÉDITOS DIVERSOS Referem-se, basicamente, aos saldos credores de IRPJ e CSLL de exercícios anteriores e impostos e contribuições retidos na fonte, registrados na rubrica de ativos fiscais correntes, que totalizaram R$ 205 (R$ 198 em dezembro de 2017).

Marco Antônio Andrade de Araújo

Anderson Guedes Inocêncio CRC - MG 077029/O-7

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Administradores e Acionista SANSA – Negócios Imobiliários S.A. Opinião Examinamos as demonstrações financeiras da SANSA – Negócios Imobiliários S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SANSA – Negócios Imobiliários S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria

sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia. • Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe

incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional. • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Belo Horizonte, 18 de março de 2019. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


6

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

GERDAU AÇOMINAS S.A.

COMPANHIA FECHADA CNPJ Nº 17.227.422/0001-05

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas:

A receita líquida de vendas alcançou R$ 7,6 bilhões, apresentando um aumento de 22,7% em relação Atendendo às disposições legais e estatutárias, a Administração da Gerdau Açominas S.A. a 2017, ocasionado pelo incremento na receita líquida por tonelada vendida tanto no mercado interno como nas exportações. apresenta-lhes, a seguir, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Companhia, A Companhia apurou lucro líquido de R$ 712,3 milhões em 2018, comparado a um lucro líquido de preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, referentes ao exercício social R$ 68,7 milhões em 2017, representando R$ 2,83 por ação. Essa variação ocorreu, principalmente, pela melhora do lucro bruto, em função do aumento na receita líquida de vendas ter mais que superado o de 2018. aumento do custo das vendas. As vendas atingiram 2,9 milhões de toneladas no ano de 2018, uma redução de 6,5% em relação ao Em 31 de dezembro de 2018, o Patrimônio Líquido era de R$ 6,0 bilhões, representando um valor ano de 2017, principalmente, em função da greve dos caminhoneiros ocorrida no mês de maio no Brasil patrimonial de R$ 23,85 por ação. Os investimentos em ativo imobilizado totalizaram R$ 287,1 milhões em 2018. e da parada programada do alto-forno 2, em Ouro Branco-MG.

A dívida bruta da Companhia somava R$ 3,1 bilhões em dezembro de 2018, dos quais 36,8% eram de curto prazo e 63,2% de longo prazo. Descontados o caixa e equivalentes de caixa e as aplicações financeiras no montante de R$ 1,1 bilhão, a dívida líquida era de R$ 2,0 bilhões em 31 de dezembro de 2018. Por fim, a Companhia quer registrar seus agradecimentos aos clientes, acionistas, fornecedores, representantes, instituições financeiras e órgãos governamentais pelo apoio recebido, bem como à equipe de colaboradores, pelo empenho e dedicação dispensados. Ouro Branco, 20 de março de 2019. A ADMINISTRAÇÃO

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

(Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa .......................................................... Aplicações financeiras ..................................................................... Contas a receber de clientes ........................................................... Estoques.......................................................................................... Créditos tributários .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social a recuperar ........................ Ganhos não realizados com instrumentos financeiros .................... Outros ativos circulantes .................................................................

Nota

ATIVO NÃO CIRCULANTE Créditos tributários .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social diferidos ............................ Depósitos judiciais ........................................................................... Outros ativos não circulantes .......................................................... Gastos antecipados com plano de pensão ...................................... Imobilizado....................................................................................... Intangível .........................................................................................

TOTAL DO ATIVO ..............................................................................

4 4 5 6 7 12

7 8 14

2018

2017

595.215 503.596 862.357 1.760.047 114.341 33.442 462 130.815 4.000.275

77.553 1.089.891 678.471 1.412.860 123.360 94.050 24.209 3.500.394

13.141 345.154 68.196 62.835 3.238 6.706.740 30.853 7.230.157

16 9 10

11.230.432

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores ................................................................................... Empréstimos e financiamentos ....................................................... Impostos e contribuições a recolher ............................................... Dividendos e juros sobre o capital próprio a pagar .......................... Salários a pagar................................................................................ Provisão para passivos ambientais .................................................. Outros passivos circulantes............................................................. PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos ....................................................... Impostos e contribuições a recolher ............................................... Partes relacionadas.......................................................................... Provisão para passivos tributários, trabalhistas e cíveis .................. Provisão para passivos ambientais .................................................. Outros passivos não circulantes ......................................................

10.088 427.311 90.050 22.201 49 6.917.529 25.159 7.492.387

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social.................................................................................... Ações em tesouraria........................................................................ Reservas de capital ......................................................................... Reservas de lucros .......................................................................... Ajustes de avaliação patrimonial ......................................................

10.992.781

Nota 11 13 18 17

11 13 15 14 17 18

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO........................

2018

2017

1.176.895 1.151.678 121.289 138 104.499 3.844 154.945 2.713.288

989.018 796.609 90.694 19.608 82.786 4.090 116.180 2.098.985

1.471.913 251.713 508.053 215.115 45.922 22.450 2.515.166

1.945.171 182.462 404.690 282.384 42.918 25.503 2.883.128

3.254.243 (26.154) 877.024 1.755.242 141.623 6.001.978 11.230.432

3.254.243 877.024 1.733.124 146.277 6.010.668 10.992.781

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Valores expressos em milhares de reais)

Reservas de lucros Total 1.898.654

Ajustes de avaliação patrimonial 136.690

Lucros acumulados -

Total do Patrimônio Líquido 6.166.611

(214.616)

(214.616)

8.534 8.534 1.053 -

68.652 68.652 -

68.652 8.534 77.186 1.053 (214.616)

-

45.653 1.442.716

3.433 45.653 1.733.124

146.277

(3.433) (45.653) (19.566) -

(19.566) 6.010.668

290.408

-

1.442.716

1.733.124

(5.013) 141.264

-

(5.013) 6.005.655

-

-

-

(383.247)

(383.247)

2.123 2.123 (1.764) -

712.343 712.343 -

712.343 2.123 714.466 (1.764) (26.154) (383.247)

877.024

35.617 326.025

3.641 3.641

366.107 1.425.576

35.617 3.641 366.107 1.755.242

141.623

(35.617) (3.641) (366.107) (306.978) -

(306.978) 6.001.978

Capital social Saldos em 01/01/2017 .................................................................. 3.254.243

Ações em tesouraria -

Reservas de capital 877.024

Legal 286.975

Incentivos fiscais -

Investimentos e capital de giro 1.611.679

Lucro líquido do exercício ............................................................... Outros resultados abrangentes reconhecidos no exercício ............ Total dos resultados abrangentes reconhecidos no exercício ........ Efeitos com plano de incentivo de longo prazo .............................. Dividendos complementares .......................................................... Destinações propostas em Assembleia Geral: Reserva legal ................................................................................ Reserva para investimentos e capital de giro ............................... Dividendos .................................................................................... Saldos em 31/12/2017 .................................................................. 3.254.243

-

-

-

-

-

877.024

3.433 290.408

Saldo de aplicação inicial do CPC 48, líquido de impostos ............. Saldo ajustado em 01/01/2018 .................................................... 3.254.243

-

877.024

Lucro líquido do exercício ............................................................... Outros resultados abrangentes reconhecidos no exercício ............ Total dos resultados abrangentes reconhecidos no exercício ........ Efeitos com plano de incentivo de longo prazo .............................. Ações em tesouraria....................................................................... Dividendos complementares .......................................................... Destinações propostas em Assembleia Geral: Reserva legal ................................................................................ Reserva de incentivos fiscais ....................................................... Reserva para investimentos e capital de giro ............................... Juros sobre capital próprio ........................................................... Saldos em 31/12/2018 (Nota 18) ................................................. 3.254.243

(26.154) (26.154)

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado)

1 - INFORMAÇÕES GERAIS z Gerdau Açominas S.A. (a “Companhia”) é uma sociedade anônima de capital fechado, com sede em Ouro Branco, estado de Minas Gerais. A Gerdau Açominas S.A. é uma empresa controlada pela Gerdau S.A., a qual, em conjunto com suas outras controladas, é líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais fornecedoras de aços especiais do mundo. No Brasil, também produz aços planos e minério de ferro, atividades que ampliam o mix de produtos oferecidos ao mercado e a competitividade das operações. Além disso, a Companhia acredita ser a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. As ações das empresas Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri. As Demonstrações Financeiras da Gerdau Açominas S.A. foram aprovadas pela Administração em 20/03/2019. 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS z As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, pronunciamentos, orientações e interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, e evidenciam todas as informações relevantes próprias das Demonstrações Financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela Administração na sua gestão. A preparação das Demonstrações Financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis por parte da Administração da Companhia. As áreas que envolvem julgamento ou o uso de estimativas, relevantes para as Demonstrações Financeiras, estão demonstradas na nota 3.15. As Demonstrações Financeiras foram preparadas utilizando o custo histórico como base de valor, exceto pela valorização de certos instrumentos financeiros, os quais são mensurados pelo valor justo. A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas e interpretações emitidas pelo CPC que estavam em vigor em 31/12/2018. 3 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS z As Demonstrações Financeiras foram elaboradas conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. 3.1 - Conversão de saldos em moeda estrangeira: a) Moeda funcional e de apresentação: É a moeda do ambiente econômico primário em que a Companhia opera. As Demonstrações Financeiras são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação da Companhia. b) Transações e saldos: As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais (R$) usandose a taxa de câmbio vigente na data da transação. Os ganhos e perdas resultantes da diferença entre a conversão dos saldos ativos e passivos, no encerramento do exercício, e a conversão dos valores das transações, são reconhecidos na Demonstração do Resultado. 3.2 - Ativos financeiros: No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado: a custo amortizado, a valor justo por meio do resultado ou a valor justo por meio de outros resultados abrangentes, quando aplicável. Os ativos financeiros não são reclassificados subsequentemente ao reconhecimento inicial, a não ser que a Companhia mude o modelo de negócios para a gestão de ativos financeiros. A Companhia realiza uma avaliação do objetivo do modelo de negócios em que um ativo financeiro é mantido em carteira porque isso reflete melhor a maneira pela qual o negócio é gerido. a) Ativos financeiros a custo amortizado: Estes ativos são mensurados de forma subsequente ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. O custo amortizado é reduzido por perdas por impairment. A receita de juros, ganhos e perdas cambiais e impairment são reconhecidos diretamente no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento é reconhecido no resultado. b) Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado: Esses ativos são subsequentemente mensurados ao valor justo. O resultado líquido, incluindo juros, é reconhecido diretamente no resultado. c) Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio de outros resultados abrangentes: Esses ativos são mensurados de forma subsequente ao valor justo. Os rendimentos de juros calculados utilizando o método de juro efetivo, ganhos e perdas cambiais e impairment são reconhecidos no resultado. Outros resultados líquidos são reconhecidos em outros resultados abrangentes. No desreconhecimento, o resultado acumulado em outros resultados abrangentes é reclassificado para o resultado. d) Redução ao valor recuperável dos ativos financeiros: A Companhia mensura a provisão para perda em um montante igual a perda de crédito esperada para a vida inteira. Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de crédito esperadas, a Companhia considera informações razoáveis e suportáveis que são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, com base na experiência histórica da Companhia, na avaliação de crédito e considerando informações prospectivas. A provisão para riscos de crédito foi calculada com base na análise de riscos dos créditos, que contempla o histórico de perdas, a situação individual dos clientes, a situação do grupo econômico ao qual pertencem, as garantias reais para os débitos e a avaliação dos consultores jurídicos, e é considerada suficiente para cobrir eventuais perdas sobre os valores a receber, além de uma avaliação prospectiva que leva em consideração a mudança ou expectativa de mudança em fatores econômicos que afetam as perdas esperadas de crédito, as quais serão determinadas com base em probabilidades ponderadas. A Companhia apresenta a redução ao valor recuperável dos ativos financeiros na linha de Reversão de impairment de ativos financeiros na nota 21 para fins de detalhamento da Demonstração do Resultado por natureza. e) Desreconhecimento: A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos contratuais de recebimento aos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos ou na qual a Companhia nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle sobre o ativo financeiro. f) Compensação: Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no Balanço Patrimonial quando, e somente quando, a Companhia tenha atualmente um direito legalmente executável de compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. g) Instrumentos financeiros - Política aplicável a partir de 01/01/2018: Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se atender ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado ao valor justo por meio do resultado: é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros para receber fluxos de caixa contratuais; e seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos somente ao pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto. Um instrumento de dívida é mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes se atender ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado ao valor justo por meio do resultado: é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo é atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são apenas pagamentos de principal e juros sobre o valor principal em aberto. No reconhecimento inicial de um investimento em um instrumento patrimonial que não seja mantido para negociação, a Companhia pode optar irrevogavelmente por apresentar alterações subsequentes no valor justo do investimento em outros resultados abrangentes. Essa escolha é feita investimento por investimento. A Companhia realiza uma avaliação do objetivo do modelo de negócios em que um ativo financeiro é mantido em carteira porque isso reflete melhor a maneira pela qual o negócio é gerido e as informações são fornecidas à Administração. As informações consideradas incluem: as políticas e objetivos estipulados para a carteira e o funcionamento prático dessas políticas. Eles incluem a questão de saber se a estratégia da Administração tem como foco a obtenção de receitas de juros contratuais, a manutenção de um determinado perfil de taxa de juros, a correspondência entre a duração dos ativos financeiros e a duração de passivos relacionados ou saídas esperadas de caixa, ou a realização de fluxos de caixa por meio da venda de ativos; como o desempenho da carteira é avaliado e reportado à Administração da Companhia; os riscos que afetam o desempenho do modelo de negócios (e o ativo financeiro mantido naquele modelo de negócios) e a maneira como aqueles riscos são gerenciados; a frequência, o volume e o momento das vendas de ativos financeiros nos períodos anteriores, os motivos de tais vendas e suas expectativas sobre vendas futuras. h) Avaliação sobre se os fluxos de caixa contratuais são somente pagamentos de principal e de juros: Para fins dessa avaliação, o ‘principal’ é definido como o valor justo do ativo financeiro no reconhecimento inicial. Os ‘juros’ são definidos como uma contraprestação pelo valor do dinheiro no tempo e pelo risco de crédito associado ao valor principal em aberto durante um determinado período de tempo e pelos outros riscos e custos básicos de empréstimos (por exemplo, risco de liquidez e custos administrativos), assim como uma margem de lucro. A Companhia considera os termos contratuais do instrumento para avaliar se os fluxos de caixa contratuais são somente pagamentos do principal e de juros. Isso inclui a avaliação sobre se o ativo financeiro contém um termo contratual que poderia mudar o momento ou o valor dos fluxos de caixa contratuais de forma que ele não atenderia essa condição. Ao fazer essa avaliação, a Companhia considera: eventos contingentes que modifiquem o valor ou a época dos fluxos de caixa; termos que possam ajustar a taxa contratual, incluindo taxas variáveis; o pré-pagamento e a prorrogação do prazo; e os termos que limitam o acesso da Companhia a fluxos de caixa de ativos específicos (por exemplo, baseados na performance de um ativo). O pagamento antecipado é consistente com o critério de pagamentos do principal e juros caso o valor do pré-pagamento

represente, em sua maior parte, valores não pagos do principal e de juros sobre o valor do principal pendente - o que pode incluir uma compensação adicional razoável pela rescisão antecipada do contrato. i) Ativos financeiros - Política aplicável antes de 01/01/2018: A Companhia classificou os ativos financeiros nas seguintes categorias: empréstimos e recebíveis; ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros classificados na categoria de empréstimo e recebíveis utilizavam o custo amortizado pelo método de juros efetivos como forma de mensuração, e os ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado eram mensurados ao valor justo e as variações no valor justo, incluindo juros ou receita de dividendos, e foram reconhecidas no resultado. 3.3 - Estoques: São avaliados com base no menor valor entre o custo histórico de aquisição e produção e o valor líquido realizável. O custo de aquisição e produção é acrescido de gastos relativos a transportes, armazenagem e impostos não recuperáveis. O valor líquido realizável é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido dos custos estimados para conclusão e despesas de vendas diretamente relacionadas. Informações referentes à abertura do valor líquido realizável estão demonstradas na nota 6. 3.4 - Imobilizado: A Companhia utilizou o custo histórico, deduzido das respectivas depreciações, à exceção dos terrenos, que não são depreciados. A Companhia agrega mensalmente ao custo de construção de ativos qualificáveis, que são ativos que, necessariamente, demandam um período de tempo substancial para ficarem prontos para seu uso pretendido, os custos de empréstimos e financiamentos considerando os seguintes critérios para capitalização: (a) o período de capitalização ocorre quando o imobilizado encontra-se em fase de construção, sendo encerrada a capitalização dos custos de empréstimos quando o item do imobilizado encontra-se disponível para utilização; (b) os custos de empréstimos são capitalizados considerando a taxa média ponderada dos empréstimos vigentes da data da capitalização ou a taxa específica, no caso de empréstimos para a aquisição de imobilizado; (c) os custos de empréstimos capitalizados mensalmente não excedem o valor das despesas de juros apuradas no período de capitalização; e (d) os custos de empréstimos capitalizados são depreciados considerando os mesmos critérios e vida útil determinados para o item do imobilizado ao qual foram incorporados. A depreciação é calculada pelo método linear ajustado pelo nível de utilização de certos ativos, a taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos bens e o valor residual estimado dos ativos no final de sua vida útil. O valor residual ao final da vida útil e a vida útil estimada dos bens são revisados e ajustados, se necessário, na data de encerramento do exercício. Custos subsequentes são incorporados ao valor residual do imobilizado ou reconhecidos como item específico, conforme apropriado, somente se os benefícios econômicos associados a estes itens forem prováveis e os valores mensurados de forma confiável. O saldo residual do item substituído é baixado. Demais reparos e manutenções são reconhecidos diretamente no resultado quando incorridos. Direitos de exploração mineral, compostos substancialmente de custos com terras, são classificados como Terrenos, Prédios e Construções no grupo de imobilizado. Gastos com exploração são reconhecidos como despesas até se estabelecer a viabilidade da atividade de mineração e após esse período os custos subsequentes são capitalizados. Custos para o desenvolvimento de novas jazidas de minério, ou para a expansão da capacidade das minas em operação são capitalizados e amortizados com base na quantidade de minério extraída. Os gastos de remoção de estéril (custos associados com remoção de estéril e outros materiais residuais), incorridos durante a fase de desenvolvimento de uma mina, antes da fase de produção, são contabilizados como parte dos custos depreciáveis de desenvolvimento. Subsequentemente, estes custos são depreciados durante o período de vida útil da mina. Os gastos com remoção de estéril, após o início da fase produtiva da mina, são tratados como custo de produção. A exaustão das minas é calculada com base na quantidade de minério extraída. O valor residual dos itens do imobilizado é reduzido imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valor recuperável. 3.5 - Intangível: É avaliado ao custo de aquisição e subsequentemente deduzido da amortização acumulada e perdas por redução do valor recuperável, quando aplicável. São compostos exclusivamente por software. Os ativos intangíveis que possuem vida útil definida são amortizados considerando a sua utilização efetiva ou um método que reflita o benefício econômico do ativo intangível. O valor residual dos itens do intangível é baixado imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valor recuperável (nota 3.6). A Companhia revisa o período de amortização e o método de amortização para seus ativos intangíveis com vida útil definida ao final de cada exercício. 3.6 - Provisão para redução ao valor recuperável dos ativos não financeiros e reversão de provisão constituída: Na data de cada Demonstração Financeira, a Companhia analisa se existem evidências de que o valor contábil de um ativo não será recuperado. Caso se identifique tais evidências, a Companhia estima o valor recuperável do ativo. O montante recuperável de um ativo é determinado pelo maior entre: (a) seu valor justo menos custos estimados de venda e (b) seu valor em uso. O valor em uso é mensurado com base nos fluxos de caixa descontados (antes dos impostos) derivados pelo contínuo uso de um ativo até o fim de sua vida útil. Quando o valor residual contábil do ativo exceder seu valor recuperável, a Companhia reconhece uma redução do saldo contábil deste ativo (impairment). A redução no valor recuperável dos ativos é registrada no resultado do exercício. A reversão de perdas reconhecidas anteriormente é permitida, limitada ao saldo depreciado que o ativo apresentaria na data da reversão, supondo-se que a reversão não tenha sido registrada, conforme demonstrado na nota 9.c. A Companhia não acredita que existam indicativos de uma alteração material nas estimativas e premissas usadas no cálculo de perdas por recuperabilidade de ativos de vida longa. Entretanto, se os resultados atuais ou futuros não forem consistentes com as estimativas e premissas usadas nos fluxos de caixa futuros estimados e valor justo dos ativos, a Companhia pode estar exposta a perdas que podem ser materiais. 3.7 - Passivos financeiros e instrumentos patrimoniais: a) Passivos financeiros: Os passivos financeiros são classificados como mensurados ao custo amortizado ou ao valor justo por meio do resultado. Um passivo financeiro é classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado caso for classificado como mantido para negociação, for um derivativo ou for designado como tal no reconhecimento inicial. Passivos financeiros mensurados ao valor justo contra o resultado são mensurados ao valor justo e o resultado líquido, incluindo juros, é reconhecido no resultado. Outros passivos financeiros são subsequentemente mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. A despesa de juros, ganhos e perdas cambiais são reconhecidos no resultado. b) Desreconhecimento: A Companhia desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada ou expira. A Companhia também desreconhece um passivo financeiro quando os termos são modificados e os fluxos de caixa do passivo modificado são substancialmente diferentes, caso em que um novo passivo financeiro baseado nos termos modificados é reconhecido a valor justo. No desreconhecimento de um passivo financeiro, a diferença entre o valor contábil extinto e a contraprestação paga (incluindo ativos transferidos que não transitam pelo caixa ou passivos assumidos) é reconhecida no resultado. 3.8 - Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido: A despesa de imposto de renda e contribuição social corrente é calculada de acordo com as bases legais tributárias vigentes na data de apresentação das Demonstrações Financeiras. Periodicamente a Administração avalia posições tomadas com relação a questões tributárias que estão sujeitas à interpretação e reconhece provisão quando há expectativa de pagamento de imposto de renda e contribuição social conforme as bases tributárias. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado, ou diretamente reconhecidos no Patrimônio Líquido ou em Outros resultados abrangentes. O imposto de renda e a contribuição social corrente correspondem aos tributos a pagar sobre o lucro tributável do exercício, conforme às alíquotas com vigência na data base das Demonstrações Financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos, em sua totalidade, sobre as diferenças geradas entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes a valores reconhecidos nas Demonstrações Financeiras. Ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos são revisados a cada data de encerramento de exercício e serão reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável. Os créditos reconhecidos sobre prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social estão suportados por projeções de resultados tributáveis, com base em estudos técnicos de viabilidade, submetidos anualmente aos órgãos da Administração da Companhia, quando aplicável. Estes estudos consideram o histórico de rentabilidade da Companhia e a perspectiva de manutenção da lucratividade, permitindo uma estimativa de recuperação dos créditos em anos futuros. Os demais créditos, que têm por base diferenças temporárias, principalmente provisão para passivos tributários, bem como sobre provisão para perdas, foram reconhecidos conforme a expectativa de sua realização. 3.9 - Benefícios a empregados: A Companhia possui planos de benefícios a empregados incluindo planos de pensão e aposentadoria, participação nos lucros e bônus. Os compromissos atuariais com os planos de benefícios de pensão e aposentadoria, relativos ao benefício definido, foram objeto de saldamento dos planos em virtude do processo de migração para o plano de contribuição definida (nota 16). Eventuais superávits com planos de benefícios de contribuição definida a empregados são reconhecidos até o montante provável de redução nas contribuições futuras da patrocinadora para estes planos. As remensurações atuariais geradas por ajustes e alterações nas premissas atuariais dos planos de benefícios de pensão e aposentadoria são reconhecidas diretamente na Demonstração dos Resultados Abrangentes. Na contabilização dos benefícios de pensão e pós-emprego, são usadas várias estatísticas e outros fatores, na tentativa de antecipar futuros eventos, no cálculo da despesa e da obrigação relacionada com os planos. Esses fatores incluem premissas de taxa de desconto, retorno esperado dos ativos do plano e taxa de aumentos futuros de remuneração. Adicionalmente, consultores atuariais também usam fatores

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS ...................................................... Custo das vendas ............................................................................. LUCRO BRUTO ................................................................................ Despesas com vendas ................................................................... Reversão de Impairment de ativos financeiros............................... Despesas gerais e administrativas ................................................. Outras receitas operacionais .......................................................... Outras despesas operacionais........................................................ LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS IMPOSTOS.................................................. Receitas financeiras........................................................................ Despesas financeiras...................................................................... Variação cambial, líquida ................................................................. Ganhos com instrumentos financeiros, líquido .............................. LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS.................................................... Imposto de renda e contribuição social Corrente.......................................................................................... Diferido ........................................................................................... LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ................................................... Lucro por ação (em R$) - básico e diluído .......................................

Nota 20 21 21 21 21 21 21 22 22 22 22 8 8 19

2018 7.592.720 (6.186.272) 1.406.448 (37.879) 7.486 (107.104) 83.886 (225.075)

2017 6.186.113 (5.619.816) 566.297 (24.843) (105.631) 24.842 (74.124)

1.127.762 227.569 (242.065) (223.659) 6.147 895.754

386.541 104.697 (368.252) (50.269) 2.810 75.527

(99.070) (84.341) 712.343 2,83

(4.040) (2.835) 68.652 0,27

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ABRANGENTES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Valores expressos em milhares de reais)

2018 Lucro líquido apurado na demonstração dos resultados ................................... 712.343 Valores potencialmente não reclassificáveis para a Demonstração dos Resultados no futuro 2.123 Remensurações com planos benefícios a empregados ........................................... 2.123 2.123 Outros resultados abrangentes, líquidos de impostos ....................................... Resultado abrangente para o exercício, líquido de impostos .......................... 714.466

2017 68.652 8.534 8.534 8.534 77.186

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Valores expressos em milhares de reais)

Fluxo de caixa da atividade operacional Lucro líquido do exercício ............................................................... Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao fluxo de caixa das atividades operacionais: ......................................................... Depreciação, exaustão e amortização .......................................... Variação cambial, líquida ............................................................... Ganhos com instrumentos financeiros, líquido ............................ Benefícios pós-emprego............................................................... Imposto de renda e contribuição social ........................................ Ganho na alienação de imobilizado ............................................... (Reversão) Impairment de ativos financeiros................................ (Reversão) Provisão para passivos tributários, trabalhistas e cíveis Receita de juros de aplicações financeiras ................................... Despesa de juros sobre dívidas financeiras.................................. Juros sobre mútuos com empresas ligadas ................................. Reversão para ajuste ao valor líquido realizável de estoque ......... Variação de ativos e passivos Aumento de contas a receber ........................................................ Aumento de estoques .................................................................... Aumento de contas a pagar............................................................ Outras contas da atividade operacional .......................................... Aplicações financeiras de títulos para negociação.......................... Resgate de aplicações financeiras de títulos para negociação ....... Caixa gerado pelas atividades operacionais ................................ Pagamento de juros de empréstimos e financiamentos ................ Pagamento de imposto de renda e contribuição social .................. Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais ................... Fluxo de caixa das atividades de investimentos Adições de imobilizado ................................................................... Recebimento pela venda de imobilizado ........................................ Adições de ativos intangíveis ......................................................... Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos ............ Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Compras de ações em tesouraria ................................................... Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos ........................... Empréstimos e financiamentos obtidos ......................................... Pagamentos de empréstimos e financiamentos ............................ Financiamentos com empresas ligadas, líquido ............................. Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos .......... Aumento (Redução) do caixa e equivalentes de caixa ...................... Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício......................... Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício ....................

Nota

21 22 22 8 5 14 22 15 6

9 10

2018

2017

712.343

68.652

504.152 223.659 (6.147) 10.869 183.411 (1.117) (7.486) (67.269) (73.182) 172.024 14.823 1.666.080

533.084 50.269 (2.810) 13.273 6.875 (2.364) 5.416 48.239 (62.062) 236.097 5.112 (3.382) 896.399

(161.591) (347.216) 77.684 (17.761) (6.421.647) 6.827.567 1.623.116 (178.021) (65.900) 1.379.195

(30.391) (351.547) 226.096 275.137 (4.016.328) 3.557.647 557.013 (269.132) 287.881

(287.077) 57.635 (14.681) (244.123)

(189.065) 2.548 (17.065) (203.582)

(26.154) (410.093) 570.472 (760.215) 8.580 (617.410) 517.662 77.553 595.215

(307.103) 2.820 (356.674) 374.202 (286.755) (202.456) 280.009 77.553

As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. subjetivos, como taxas de desligamento, rotatividade e mortalidade para estimar estes fatores. As premissas atuariais usadas pela Companhia podem ser materialmente diferentes dos resultados reais devido a mudanças nas condições econômicas e de mercado, eventos regulatórios, decisões judiciais, taxas de desligamento maiores ou menores ou períodos de vida mais curtos ou longos dos participantes. 3.10 - Outros ativos e passivos circulantes e não circulantes: São demonstrados pelos valores de realização (ativos) e pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos (passivos). 3.11 - Transações com partes relacionadas: Os contratos de mútuos são atualizados pelos encargos contratados mais variação cambial, quando aplicável. Estes contratos possuem data de vencimento, com possibilidade de extensão de prazo mediante acordo entre as partes. As transações de compras e vendas de insumos e produtos são efetuadas em condições e prazos pactuados entre as partes. 3.12 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio: O Estatuto Social prevê que, no mínimo, 30% do lucro anual seja distribuído como dividendos; portanto, a Companhia registra provisão, no encerramento do exercício social, no montante do dividendo mínimo que ainda não tenha sido distribuído durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito acima. 3.13 Reconhecimento da receita de vendas: A receita de vendas é apresentada líquida dos impostos e dos descontos incidentes sobre esta. Os impostos sobre vendas são reconhecidos quando as vendas são faturadas, e os descontos sobre vendas quando conhecidos. As receitas de vendas de produtos são reconhecidas quando o cliente obtém o controle dos bens ou serviços. Os fretes sobre vendas são incluídos no custo das vendas. 3.14 - Investimentos em prevenção de danos ao meio ambiente e provisão para passivos ambientais: Custos ambientais são relacionados as operações normais e são registradas como despesa ou capitalizadas conforme o caso. Os que são relacionados a uma condição existente causada por operações do passado e que não contribuem para atuais ou futuras receitas geradas ou redução de custos são registrados como despesa. Passivos são registrados quando a avaliação ambiental ou esforços de restauração são prováveis e o custo pode ser razoavelmente estimado, discussões com autoridades ambientais e outras premissas relevantes para a estimativa da natureza e extensão da restauração que pode ser requerida. O custo final é dependente de fatores que não podem ser controlados como o escopo e metodologia dos requerimentos da ação de restauração a ser estabelecida pelas autoridades ambientais e de saúde pública, novas leis ou regulamentos governamentais, rápida alteração tecnológica e o surgimento de algum litígio relacionado. Passivos ambientais são ajustados a valor presente se o montante agregado da obrigação e o montante e prazo dos desembolsos de caixa forem fixos ou puderem ser determinados de uma maneira confiável. 3.15 - Uso de estimativas: Na elaboração das Demonstrações Financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Para efetuar estas estimativas, a Administração utilizou as melhores informações disponíveis na data da preparação das Demonstrações Financeiras, bem como a experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando ainda pressupostos relativos a eventos futuros. As Demonstrações Financeiras incluem, portanto, estimativas referentes, principalmente, à estimativa do valor de recuperação de ativos de vida longa (nota 9), provisões necessárias para passivos tributários, trabalhistas e cíveis (nota 14), recuperabilidade de tributos diferidos ativos (nota 8), e estimativas referentes a seleção da taxa de juros, retorno esperado dos ativos, escolha da tábua de mortalidade e expectativa de aumento dos salários (nota 16). O resultado das transações e informações quando da efetiva realização pode divergir das estimativas. 3.16 - Novos pronunciamentos: A Companhia adotou os pronunciamentos CPC 47 - Receitas de Contratos com Clientes e o CPC 48 - Instrumentos Financeiros, a partir de 01/01/2018. a) CPC 47 Receita de contrato com cliente: estabelece uma estrutura abrangente para determinar se, quando, e por quanto a receita é reconhecida. Substitui o CPC 30 - Receitas e interpretações relacionadas. A Companhia adotou o CPC 47 usando o método de efeito cumulativo, no entanto essa adoção não gerou qualquer alteração nos montantes anteriormente reconhecidos como receita, dado a não relevância da alteração da norma para a Companhia. Consequentemente, as informações apresentadas para o exercício de 2017 não foram reapresentadas e, desta forma, as informações do exercício de 2017 seguem sendo apresentadas conforme divulgado de acordo com o CPC 30 e interpretações relacionadas. As receitas são atualmente reconhecidas quando os produtos são entregues ao cliente e a obrigação de desempenho é cumprida. b) CPC 48 - Instrumentos financeiros: estabelece requerimentos para reconhecer e mensurar ativos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra ou venda de itens não financeiros. Esta norma substitui o CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Em relação a classificação e mensuração de Ativos e Passivos financeiros, o CPC 48 retém em grande parte os requerimentos existentes no CPC 38 para a classificação e mensuração de passivos financeiros, no entanto ele elimina as seguintes categorias do CPC 38 para ativos financeiros: mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A adoção do CPC 48 não teve um efeito significativo nas políticas contábeis da Companhia relacionadas a passivos financeiros e instrumentos financeiros derivativos. O impacto do CPC 48 na classificação e mensuração de ativos financeiros está descrito abaixo. Conforme o CPC 48, no reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado nas seguintes categorias de mensuração: a custo amortizado ou a valor justo por meio de outros resultados abrangentes ou a valor justo por meio do resultado. A classificação dos ativos financeiros segundo o CPC 48 é baseada no modelo de negócios no qual um ativo financeiro é gerenciado e em suas características de fluxos de caixa contratuais. As seguintes políticas contábeis aplicam-se à mensuração subsequente dos ativos financeiros: - Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado: esses ativos são subsequentemente mensurados ao valor justo. O resultado líquido, incluindo juros, é reconhecido diretamente no resultado. - Ativos financeiros a custo amortizado: estes ativos são mensurados de forma subsequente ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. O custo amortizado é reduzido por perdas por impairment. A receita de juros, ganhos e perdas cambiais e impairment são reconhecidos diretamente no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento é reconhecido no resultado. - Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio de outros resultados abrangentes: esses ativos são mensurados de forma subsequente ao valor justo. Os rendimentos de juros calculados utilizando o método de juro efetivo, ganhos e perdas cambiais e impairment são reconhecidos no resultado. Outros resultados líquidos são reconhecidos em outros resultados abrangentes. No desreconhecimento, o resultado acumulado em outros resultados abrangentes é reclassificado para o resultado. A mudança na classificação de caixas e equivalentes de caixa de empréstimos e recebíveis de acordo com o CPC 38 para Ativos a valor justo por meio do resultado de acordo com o CPC 48 foi embasada no modelo de negócios da Companhia. A nota 12.d demonstra as categorias de mensuração do CPC 48 para cada classe de ativos e passivos financeiros da Companhia em 01/01/2018 e em 31/12/2018. Em relação ao Impairment de Ativos financeiros, o CPC 48 substitui o modelo de “perda incorrida” do CPC 38 por um modelo de perda de crédito esperada. O novo modelo de impairment aplica-se aos ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado. De acordo com o CPC 48, as perdas de crédito são reconhecidas, em geral, mais cedo do que de acordo com o CPC 38. A Companhia mensura a provisão para perda em um montante igual a perda de crédito esperada. Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de crédito esperadas, a Companhia considera informações razoáveis e suportáveis que são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, com base na experiência histórica da Companhia, na avaliação de crédito e considerando informações prospectivas. A provisão para riscos de crédito foi calculada com base na análise de riscos dos créditos, que contempla o histórico de perdas, a situação individual dos clientes, a situação do grupo econômico ao qual pertencem, as garantias reais CONTINUA


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

GERDAU AÇOMINAS S.A.

7

COMPANHIA FECHADA CNPJ Nº 17.227.422/0001-05

CONTINUAÇÃO

para os débitos e a avaliação dos consultores jurídicos, e é considerada suficiente para cobrir eventuais perdas sobre os valores a receber, além de uma avaliação prospectiva que leva em consideração a mudança ou expectativa de mudança em fatores econômicos que afetam as perdas esperadas de crédito, as quais serão determinadas com base em probabilidades ponderadas. A provisão para risco de crédito considera o prazo de vencimento dos títulos de contas a receber de clientes, onde a Companhia utiliza percentuais distintos conforme o prazo de vencimento, de forma a mensurar a probabilidade de perda, aumentando o percentual da provisão de risco de crédito conforme os títulos ficam vencidos a mais tempo. Devido aos métodos de transição escolhidos pela Companhia na aplicação dessa norma, as informações comparativas dessas Demonstrações Financeiras não foram reapresentadas para refletir os requerimentos das novas normas. Os impactos da adoção do CPC 48 em 01/01/2018 em virtude do efeito de perdas de crédito esperada foram de R$ (5.013), líquido de impostos. c) Adicionalmente, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC emitiu/revisou alguns pronunciamentos, os quais tem sua adoção para o exercício de 2019 ou após, e a Companhia apresenta abaixo a avaliação dos impactos da adoção destes pronunciamentos em suas Demonstrações Financeiras: - Emissão do pronunciamento CPC 06 (R2) - Arrendamento. Este pronunciamento é efetivo para exercícios iniciando em/ou após 01/01/2019 e introduz um modelo único de contabilização de arrendamentos no Balanço Patrimonial para arrendatários. Um arrendatário reconhece um ativo de direito de uso que representa o seu direito de utilizar o ativo arrendado e um passivo de arrendamento que representa a sua obrigação de efetuar pagamentos do arrendamento. Isenções estão disponíveis para arrendamentos de curto prazo e itens de baixo valor. Esta norma substitui as normas de arrendamento existentes, incluindo o CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil e o ICPC 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil. A Companhia reconhecerá a partir de 2019 novos ativos e passivos para seus arrendamentos operacionais. A natureza das despesas relacionadas a estes arrendamentos mudará porque a Companhia reconhecerá uma depreciação de ativos de direito de uso e despesa financeira sobre obrigações de arrendamento. A Companhia reconhecia até 2018 uma despesa de arrendamento operacional durante o prazo do arrendamento. Não se espera nenhum impacto significativo sobre os arrendamentos financeiros da Companhia. A nova norma fornece expedientes práticos cuja a eleição é opcional. A Companhia adotou os seguintes expedientes práticos: 1) Não reavaliará se o contrato é ou contém arrendamento na data da aplicação inicial, em vez disso, aplicará o CPC 06 (R2) a contratos que foram anteriormente identificados como arrendamento, utilizando o CPC 06 e a ICPC 03; 2) Não separará componentes de não arrendamento de componentes de arrendamento considerando-os, então, como um único componente de arrendamento; 3) Não registrará os contratos com prazo superior a 12 meses, que na data de transição, se encerrarão dentro de 12 meses da data da aplicação inicial; 4) Não registrará contratos de baixo valor, conforme política definida pela Companhia; 5) Excluirá custos diretos iniciais da mensuração do ativo de direito de uso na data da aplicação inicial; 6) Fará uso da percepção tardia, tal como ao determinar o prazo do arrendamento, se o contrato contém opções para prorrogar ou rescindir o arrendamento, dentre outros; e 7) Aplicará uma taxa de desconto única à carteira de arrendamentos com características razoavelmente similares (tais como prazo de arrendamento remanescente similar, classes similares de ativos subjacentes em ambiente econômico similar). Elementos variáveis dos pagamentos relacionados aos arrendamentos (como, por exemplo, um contrato de locação de máquinas e/ou equipamentos com partes dos pagamentos baseados na produtividade do ativo) não são considerados no cálculo do passivo, sendo registrados como despesa operacional. As taxas de desconto utilizadas pela Companhia foram obtidas de acordo com as condições de mercado. A Companhia não espera mudanças significativas nas atividades de arrendamento no período que compreende a emissão destas Demonstrações Financeiras e a data de aplicação inicial. Com base nas informações atualmente disponíveis, a Companhia estima que reconhecerá um passivo de arrendamento e um ativo de direito de uso no montante de R$ 324.598 em 01/01/2019; essa estimativa leva em consideração premissas razoáveis disponíveis pela Companhia e podem apresentar variações em relação à adoção inicial. A Companhia pretende aplicar abordagem retrospectiva modificada inicialmente em 01/01/2019, com a contabilização dos efeitos dos ajustes diretamente no saldo de abertura do patrimônio líquido sem atualização das informações comparativas, bem como aplicar a norma para todos os contratos celebrados antes de 01/01/2019 que eram identificados como arrendamentos de acordo com o CPC 06 (R1) e a ICPC 03. Até a divulgação destas Demonstrações Financeiras a Companhia está desenvolvendo processos e controles para atender aos novos requisitos. - Emissão da interpretação ICPC 22 Incertezas sobre tratamento de tributos sobre o lucro. Estabelece aspectos de reconhecimento e mensuração do CPC 32 quando existir incertezas sobre o tratamento do imposto de renda relacionados a impostos ativos ou passivos e correntes ou diferidos, baseados em lucros tributáveis, prejuízos fiscais, bases tributáveis, perdas fiscais não utilizadas, créditos fiscais não utilizados e alíquotas fiscais. Esta interpretação é efetiva para exercícios iniciando em/ou após 01/01/2019. A Companhia não espera impactos significativos nas suas Demonstrações Financeiras. 4 - CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA, APLICAÇÕES FINANCEIRAS z Caixa .................................................................................................................. Bancos e aplicações de liquidez imediata.......................................................... Caixa e equivalentes de caixa......................................................................... Títulos para negociação Aplicações em renda fixa................................................................................. Aplicações em debêntures .............................................................................. Aplicações financeiras.....................................................................................

2018 3 595.212 595.215

2017 7 77.546 77.553

364.518 139.078 503.596

54.868 1.035.023 1.089.891

As aplicações de liquidez imediata contemplam aplicações com vencimento em até 90 dias, liquidez imediata e baixo risco de variação no valor justo. As aplicações financeiras em títulos para negociação incluem cotas do Fundo Paraopeba, composto por Certificado de Depósito Bancário - CDB, Letras Financeiras do Tesouro, operações compromissadas, cotas de outros fundos de investimentos e overnight, os quais são resgistrados pelo seu valor justo. A receita gerada por estes investimentos é registrada como receita financeira. As debêntures são denominadas em reais, com juros variáveis a um percentual da taxa do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. A taxa nominal média anual de juros foi de 6,42% e 9,93%, para o exercício findo em 31/12/2018 e 31/12/2017, respectivamente. 5 - CONTAS A RECEBER DE CLIENTES z Contas a receber de clientes ............................................................................. (-) Provisão para risco de crédito ........................................................................

2018 878.826 (16.469) 862.357

2017 700.872 (22.401) 678.471

2018 634.547

2017 551.606

213.340 18.862 729 2.343 3.020 5.985 (16.469) 862.357

112.747 9.416 1.509 5.343 9.191 11.060 (22.401) 678.471

A composição de contas a receber de clientes por vencimento é a seguinte: Valores a vencer ................................................................................................ Vencidos: Até 30 dias....................................................................................................... Entre 31 e 60 dias............................................................................................ Entre 61 e 90 dias............................................................................................ Entre 91 e 180 dias.......................................................................................... Entre 181 e 360 dias........................................................................................ Acima de 360 dias ........................................................................................... (-) Provisão para risco de crédito ........................................................................

A movimentação da provisão para riscos de crédito está demonstrada abaixo: Saldo em 01/01/2017................................................................................................................ Créditos provisionados no exercício ........................................................................................ Créditos recuperados no exercício .......................................................................................... Créditos baixados definitivamente da posição ........................................................................ Saldo em 31/12/2017 ............................................................................................................... Créditos provisionados no exercício ........................................................................................ Créditos recuperados no exercício .......................................................................................... Créditos baixados definitivamente da posição ........................................................................ Ajuste de adoção CPC 48 ........................................................................................................ Saldo em 31/12/2018 ...............................................................................................................

(23.411) (13.194) 7.778 6.426 (22.401) (11.132) 18.618 6.042 (7.596) (16.469)

6 - ESTOQUES z Produtos em elaboração .................................................................................... Produtos prontos ............................................................................................... Matérias-primas ................................................................................................. Importações em andamento ............................................................................. Materiais de almoxarifado..................................................................................

2018 568.159 469.747 429.004 223.949 69.188 1.760.047

2017 422.290 423.597 317.273 202.448 47.252 1.412.860

d) Ativos fiscais não contabilizados: Devido à falta de oportunidade de uso dos prejuízos fiscais não contabilidade e restritas a Aplicações financeiras, Empréstimos e financiamentos, Partes relacionadas, operacionais, a Companhia não contabilizou uma parcela de ativo fiscal de R$ 111.501 em 31/12/2018 Ganhos não realizados com instrumentos financeiros, Outros ativos circulantes, Outros ativos não (R$ 111.781 em 31/12/2017), os quais não têm uma data final para expirar. circulantes, Outros passivos circulantes e Outros passivos não circulantes. b) Valor justo: O valor justo de Empréstimos e Financiamentos são baseados em premissas de mercado, que podem levar em 9 - IMOBILIZADO z consideração fluxos de caixa descontados usando taxas de mercado equivalentes e taxas de crédito. Todos os demais instrumentos financeiros, que são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras pelo a) Síntese da movimentação do ativo imobilizado: seu valor de livros, são substancialmente similares a aqueles que seriam obtidos se fossem negociados no mercado. Entretanto, uma vez que não existe mercado ativo para estes instrumentos, diferenças Máquinas, Equipapodem existir se forem liquidados antecipadamente. c) Fatores de risco que podem afetar os Terrenos, Imobiliequipamentos negócios da Companhia: Risco de preço das commodities: É o risco do efeito de flutuações nos Custo do imobilizado prédios e mentos e eletrônicos zações em Total preços dos produtos que a Companhia vende ou no preço das matérias-primas e demais insumos bruto construções instalações de dados andamento Outros 2.727.907 10.231.973 117.272 370.612 31.853 13.479.617 utilizados no processo de produção. Em razão de operar num mercado de commodities, a Companhia Saldo em 01/01/2017........ Adições ............................ 1.315 146.038 155 174.086 373 321.967 poderá ter sua receita de vendas e seu custo dos produtos vendidos afetados por alterações nos Juros capitalizados........... 4.879 4.879 preços internacionais de seus produtos ou matérias-primas. Para minimizar esse risco, a Companhia Transferências .................. 471.539 (74.786) 3.263 (398.338) (1.678) - monitora permanentemente as oscilações de preços no mercado nacional e internacional. Risco de (13.908) (362) (44) (21.278) (219) (35.811) taxas de juros: É o risco do efeito de flutuações de taxas de juros no valor dos ativos e passivos Baixas .............................. 3.186.853 10.302.863 120.646 129.961 30.329 13.770.652 financeiros ou de fluxos de caixa e receitas futuros. A Companhia avalia sua exposição a estes riscos: Saldo em 31/12/2017 ....... Adições ............................ 7.883 15.979 3.213 259.555 447 287.077 (i) comparando ativos e passivos financeiros denominados em taxas de juros fixas e flutuantes e (ii) Juros capitalizados........... 6.004 6.004 monitorando os movimentos de taxas de juros como Libor e CDI. Desta forma, a Companhia pode Transferências .................. 76.872 158.845 (235.726) 9 - contratar swaps de taxas de juros com objetivo de reduzir este risco. Risco de taxas de câmbio: É o (41) (8.664) (21) (8.726) risco do efeito de flutuações das taxas de câmbio no valor dos ativos e passivos financeiros ou de fluxos Baixas .............................. 3.271.567 10.469.023 123.859 159.794 30.764 14.055.007 de caixa e receitas futuros. A Companhia avalia sua exposição cambial mensurando a diferença entre o Saldo em 31/12/2018 ....... valor de seus ativos e de seus passivos em moeda estrangeira. A Companhia entende que as contas a Máquinas, Equipareceber originadas por exportações e seu caixa e equivalentes de caixa denominados em moeda Terrenos, Imobiliequipamentos estrangeira mais do que equivalem a seus passivos denominados em moeda estrangeira. Mas como o Depreciação e exaustão prédios e mentos e eletrônicos zações em Total gerenciamento destas exposições ocorre também a nível de cada operação, havendo um descasamento acumulada construções instalações de dados andamento Outros (1.259.769) (4.967.761) (71.918) - (23.973) (6.323.421) entre os ativos e passivos denominados em moeda estrangeira, a Companhia pode contratar Saldo em 01/01/2017........ instrumentos financeiros derivativos, com o objetivo de mitigar o efeito das flutuações de taxa de Depreciação e exaustão .. (125.819) (391.587) (11.142) - (1.556) (530.104) câmbio. Risco de crédito: Esse risco advém da possibilidade da Companhia não receber valores Transferências .................. (29.433) 29.668 (418) 183 decorrentes de operações de vendas ou de créditos detidos junto a instituições financeiras e gerados 355 44 3 402 Baixas .............................. por operações de investimento financeiro. Para atenuar esse risco, a Companhia adota como prática a (1.415.021) (5.329.325) (83.434) - (25.343) (6.853.123) Saldo em 31/12/2017 ....... análise detalhada da situação patrimonial e financeira de seus clientes, estabelecendo um limite de Depreciação e exaustão .. (122.693) (360.120) (11.068) - (1.284) (495.165) crédito e acompanhamento permanente do seu saldo devedor. Caso clientes sejam classificados por 21 21 agência independente, são usadas essas classificações. Se não houver uma classificação independente, Baixas .............................. (1.537.714) (5.689.445) (94.502) - (26.606) (7.348.267) a área de análise de crédito avalia a qualidade do crédito do cliente, levando em consideração sua Saldo em 31/12/2018 ....... Imobilizado líquido posição financeira, experiência passada e outros fatores. Com relação às aplicações financeiras, a 1.771.832 4.973.538 37.212 129.961 4.986 6.917.529 Saldo em 31/12/2017 ....... Companhia somente realiza aplicações em instituições com baixo risco de crédito avaliado por agências 1.733.853 4.779.578 29.357 159.794 4.158 6.706.740 de rating. Além disso, cada instituição possui um limite máximo de saldo de aplicação, determinado Saldo em 31/12/2018 ....... pelo Comitê de Crédito. Risco de gerenciamento de capital: Advém da escolha da Companhia em A taxa média de capitalização de juros no exercício de 2018 é de 5,7% ( 6,6% em 2017). adotar uma estrutura de financiamentos para suas operações. A Companhia administra sua estrutura As seguintes vidas úteis são utilizadas para cálculo da depreciação: Vida útil dos de capital, a qual consiste em uma relação entre as dívidas financeiras e o capital próprio (Patrimônio ativos imobilizados Líquido), baseada em políticas internas e benchmarks. O nível de alavancagem financeira é definido Prédios, construções ........................................................................................... 10 a 25 anos pelo indicador Dívida Líquida sobre EBITDA. A Dívida Líquida é formada pelo principal da dívida reduzida Máquinas, equipamentos e instalações .............................................................. 10 a 20 anos pelo caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras (notas 4 e 11). Outro indicador chave Móveis e utensílios.............................................................................................. 10 anos adicionado recentemente é o valor de Dívida Bruta máxima que atua com o objetivo de limitar o Veículos ............................................................................................................... 5 anos endividamento em diferentes momentos do ciclo financeiro. A Companhia pode alterar sua estrutura Equipamentos eletrônicos de dados ................................................................... 2,5 a 5 anos de capital, conforme condições econômico-financeiras, visando otimizar sua alavancagem financeira e sua gestão de dívida. Ao mesmo tempo, a Companhia procura melhorar seu ROCE (Retorno sobre b) Valores oferecidos em garantia: A Companhia ofereceu bens do ativo imobilizado em garantia de Capital Empregado) através da implementação de uma gestão de capital de giro e de um programa empréstimos e financiamentos no montante de R$ 74,2 milhões em 31/12/2018 (R$ 87,3 milhões em eficiente de investimentos em imobilizado. No longo prazo, a Companhia busca manter-se dentro dos 31/12/2017). c) Perdas pela não recuperabilidade do imobilizado: A Companhia não identificou parâmetros abaixo, admitindo variações pontuais no curto prazo: evidências de qualquer perda pela não recuperabilidade do imobilizado no exercício. A Companhia Dívida Líquida/EBITDA ............................................................................................... entre 1,0x a 1,5x manterá ao longo do próximo exercício seu constante monitoramento do mercado siderúrgico em Limite nominal da Dívida Bruta .................................................................................. R$ 12 bi busca de identificar uma eventual deterioração, queda significativa na demanda dos setores Prazo Médio .............................................................................................................. >6 anos consumidores de aço, paralisação de atividades de plantas industriais ou mudanças relevantes na Estes indicadores chave do consolidado da Gerdau S.A. são usados para monitorar os objetivos economia ou mercado financeiro. descritos acima e podem não ser utilizados como indicadores para outras finalidades, tais como testes 10 - INTANGÍVEL z de recuperabilidade de ativos. Risco de liquidez: a política de gestão do endividamento e recursos de caixa da Companhia prevê a utilização de linhas compromissadas e de disponibilidade efetiva de linhas O saldo de intangível refere-se ao desenvolvimento de software: Desenvolvimento de crédito, com ou sem lastro em recebíveis de exportação, para gerenciar níveis adequados de de software liquidez de curto, médio e longo prazo. O cronograma de pagamento das parcelas de longo prazo dos 11.074 Empréstimos e financiamentos é apresentado na nota 11. Saldo em 01/01/2017............................................................................................... Análises de sensibilidade: Aquisição .............................................................................................................. 17.065 (2.980) Impacto na Demonstração dos Resultados Amortização .......................................................................................................... Variação 2018 2017 25.159 Premissa Saldo em 31/12/2017 .............................................................................................. Variações na moeda estrangeira .............................................................. 5% 55.428 27.673 Aquisição .............................................................................................................. 14.681 Variações nas taxas de juros.................................................................... 10 bps 4.506 6.480 (8.987) Amortização .......................................................................................................... Variações no preço dos produtos vendidos ............................................. 1% 75.927 61.861 30.853 Saldo em 31/12/2018 .............................................................................................. Variações no preço das matérias-primas e demais insumos ................... 1% 44.750 39.203 Vida útil média estimada......................................................................................... 5 a 7 anos Contratos futuros de Dólar ...................................................................... 5% 1.823 11 - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS z Real (BRL) ......................................................................................................... Dólar Norte-Americano (USD)........................................................................... Total dos financiamentos .................................................................................. Circulante.......................................................................................................... Não circulante ................................................................................................... Valor do principal dos financiamentos .............................................................. Valor dos juros dos financiamentos .................................................................. Total dos financiamentos ..................................................................................

2018 1.515.033 1.108.558 2.623.591 1.151.678 1.471.913 2.584.771 38.820 2.623.591

2017 2.188.318 553.462 2.741.780 796.609 1.945.171 2.696.963 44.817 2.741.780

A taxa média ponderada nominal de juros em 31/12/2018 é de 6,38% (6,96% em 31/12/2017). Os empréstimos e financiamentos, denominados em reais, são corrigidos por taxa fixa ou indexados conforme os seguintes indicadores: Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). O cronograma de pagamento da parcela de longo prazo dos empréstimos e financiamentos é o seguinte: 2018 2017 2019 ................................................................................................................... 518.038 2020................................................................................................................... 1.228.662 1.213.138 2021................................................................................................................... 110.139 95.718 2022................................................................................................................... 109.982 95.564 2023................................................................................................................... 12.331 22.713 10.799 2024 em diante.................................................................................................. 1.471.913 1.945.171 Garantias: Em garantia dos financiamentos contratados na modalidade FINAME/BNDES, cujo saldo devedor, em 31/12/2018, era de R$ 74,2 milhões (R$ 87,3 milhões em 31/12/2017), foram oferecidos os bens objeto destes, em alienação fiduciária. 12 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS z a) Considerações gerais: A Gerdau Açominas S.A. mantém operações com instrumentos financeiros, cujos riscos são administrados através de estratégias de posições financeiras e sistemas de controles de limites de exposição aos mesmos. Todas as operações estão integralmente reconhecidas na

Variações na moeda estrangeira: Em 31/12/2018 a Companhia está exposta principalmente a variações entre o Real e o Dólar. A análise de sensibilidade efetuada considera os efeitos de um aumento ou de uma redução de 5% entre o Real e o Dólar em suas dívidas. Nesta análise, caso o Real se aprecie em relação ao Dólar, isto representaria um ganho de R$ 55.428 (R$ 27.673 em 31/12/2017). Caso o Real se deprecie em relação ao Dólar isso representaria uma despesa de mesmo valor. Os valores líquidos de contas a receber e contas a pagar em moedas estrangeiras não apresentam riscos relevantes de impactos em virtude da oscilação na taxa de câmbio. Variações nas taxas de juros: Considera os efeitos de um aumento ou de uma redução de 10 basis points (bps) sobre a taxa de juros média aplicável à parte flutuante de sua dívida. O impacto calculado considerando esta variação na taxa de juros monta, em 31/12/2018, R$ 4.506 (R$ 6.480 em 31/12/2017) e impactaria a conta de Despesas financeiras na Demonstração dos Resultados. As taxas de juros específicas que a Companhia está exposta, as quais são relacionadas aos Empréstimos e financiamentos, são apresentadas na nota 11, e são principalmente compostas por Libor e CDI - Certificado de Depósito Interbancário. Variações no preço de venda das mercadorias e no preço das matérias-primas e demais insumos utilizados no processo de produção: A Companhia está exposta a variações no preço de seus produtos. Esta exposição está relacionada à oscilação do preço de venda dos produtos da Companhia e ao preço das matérias-primas e demais insumos utilizados no processo de produção, principalmente por operar em um mercado de commodities. A análise de sensibilidade efetuada pela Companhia considera os efeitos de um aumento ou uma redução de 1% sobre ambos os preços. O impacto calculado considerando esta variação no preço dos produtos vendidos, levando em consideração as receitas e custos do período de doze meses findos em 31/12/2018, totaliza R$ 75.927 (R$ 61.861 em 31/12/2017) e matériasprimas e demais insumos montam R$ 44.750 em 31/12/2018 (R$ 39.203 em 31/12/2017). Os impactos no preço dos produtos vendidos e matérias-primas seriam registrados nas linhas de Receita líquida de vendas e Custo das vendas, respectivamente, na Demonstração dos Resultados. A Companhia não espera estar mais vulnerável à mudança em um ou mais produtos específicos ou matérias-primas. Contratos futuros de Dólar: a Companhia possui exposição a contratos futuros de Dólar para alguns de seus ativos e passivos. A análise de sensibilidade efetuada pela Companhia considera os efeitos de um aumento ou de uma redução de 5% do Dólar frente ao Real, e os seus efeitos na marcação a mercado desses derivativos. Um aumento de 5% do Dólar frente ao Real representa uma receita de R$ 1.823 em 31/12/2018 (R$ 0,00 em 31/12/2017), e uma redução de 5% do Dólar frente ao Real representa uma despesa no mesmo valor. Os contratos futuros de Dólar/Real tiveram como objetivo a cobertura das posições ativas e passivas em Dólar e os efeitos da marcação a mercado destes contratos foram registrados na Demonstração dos Resultados. Os contratos futuros de Dólar que a Companhia está exposta são apresentados na nota 12.e.

d) Instrumentos financeiros por categoria: 2018 Ativos Custo amortizado Aplicações financeiras ........................... Ganhos não realizados com instrumentos financeiros ............. Outros ativos circulantes ....................... 130.815 Outros ativos não circulantes ................ 62.835 193.650

Ativos a valor justo por meio do resultado 503.596

Ativos a valor justo por meio de outros resultados abrangentes -

Total 503.596

Passivos Empréstimos e financiamentos

503.596

462 462

462 130.815 62.835 697.708

Partes relacionadas ..................... Outros passivos circulantes........ Outros passivos não circulantes

Custo amortizado 2.623.591 508.053 154.945 22.450 3.309.039

2017 Empréstimos Ativos a valor justo com ganhos Outros passivos financeiros Durante o exercício de 2017, houve reversão de ajuste ao valor líquido realizável de R$ 3.382, impactando o custo das vendas. Durante o exercício de 2018 não houve provisão/reversão para ajuste ao valor Ativos e recebíveis e perdas reconhecidos no resultado ao custo amortizado Total Passivos líquido realizável de estoques. Aplicações financeiras ........................... 1.089.891 1.089.891 Empréstimos e financiamentos 2.741.780 Outros ativos circulantes ....................... 24.209 24.209 Partes relacionadas ..................... 404.690 7 - CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS z Outros ativos não circulantes ................ 22.201 22.201 Outros passivos circulantes........ 116.180 2018 2017 Outros passivos não circulantes 25.503 Circulante 46.410 1.089.891 1.136.301 3.288.153 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social ................................. 56.036 65.342 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ...................................... 32.346 33.289 e) Operações com instrumentos financeiros derivativos: Objetivos e estratégias de gerenciamento com baixo risco de crédito. Os instrumentos derivativos podem ser resumidos e categorizados da Programa de Integração Social .......................................................................... 13.133 14.601 de riscos: a fim de executar sua estratégia de crescimento sustentável, a Companhia implementa seguinte forma: 12.826 10.128 Outros................................................................................................................ Valor de referência Valor a receber 114.341 123.360 estratégias de gerenciamento de risco com o objetivo de mitigar os riscos de mercado. O objetivo da Companhia ao contratar operações de derivativos está sempre relacionado à eliminação dos riscos de Contratos de Proteção Patrimonial Posição 2018 2018 Não circulante Contratos futuros de Dólar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ...................................... 11.547 9.838 mercado, identificados em nossas políticas e diretrizes. Todos os instrumentos derivativos em vigor são 462 Vencimento em 2019 ..................................... vendido em US$ US$ 9,9 milhões revisados mensalmente pelo Comitê de Riscos Financeiros, que valida o valor justo de tais instrumentos. 1.594 250 Outros................................................................................................................ 462 13.141 10.088 Todos os ganhos e perdas dos instrumentos derivativos são reconhecidos pelo seu valor justo nas Total valor justo instrumentos financeiros 127.482 133.448 Demonstrações Financeiras da Companhia. Política de uso de derivativos: a Companhia está exposta f) Mensuração ao valor justo: O CPC 39 define o valor justo como o preço que seria recebido pela A expectativa de realização dos créditos tributários do ativo não circulante é até o ano de 2022. 8 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS z Os impostos sobre a renda incluem o imposto de renda (IRPJ) e a contribuição social (CSLL), que representa um imposto adicional. As alíquotas oficiais para imposto de renda e contribuição social aplicáveis são de 25% e de 9%, respectivamente, para os exercícios findos em 31/12/2018 e 31/12/2017. a) Reconciliação dos ajustes do imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL) no resultado: 2018 2017 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social................................ 895.754 75.527 34% 34% Alíquotas nominais ............................................................................................ Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas nominais ...... (304.556) (25.679) Ajustes dos impostos referente: - juros sobre o capital próprio ............................................................................ 104.373 - incentivos fiscais ............................................................................................. 9.531 15.602 - realização (constituíção) de ativos fiscais diferidos não constituídos ............... 280 (591) 6.961 3.793 - diferenças permanentes, líquidas .................................................................... (6.875) Imposto de renda e contribuição social no resultado ........................................ (183.411) Corrente........................................................................................................... (99.070) (4.040) Diferido ............................................................................................................ (84.341) (2.835) b) Composição e movimentação dos ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos, constituídos às alíquotas nominais: Reconhecido Saldo em Reconhecido nos resultados Saldo em 31/12/2017 no resultado abrangentes 31/12/2018 Prejuízos fiscais ................................... 105.958 (32.866) 73.092 Base negativa de contribuição social ... 88.336 (11.857) 76.479 Provisão para passivos tributários, cíveis e trabalhistas ........................... 89.102 (21.213) 67.889 Outras diferenças temporárias ............ 36.043 18.285 537 54.865 Efeito de variação cambial diferida....... 75.293 (11.336) 63.957 32.579 (25.354) 1.647 8.872 Provisão para perdas............................ 427.311 (84.341) 2.184 345.154 427.311 345.154 Ativo não circulante ............................. Saldo em Reconhecido Saldo em 01/01/2017 no resultado Outros 31/12/2017 Prejuízos fiscais ................................... 111.640 (1.182) (4.500) 105.958 Base negativa de contribuição social ... 88.472 (136) 88.336 Provisão para passivos tributários, cíveis e trabalhistas ........................... 72.701 16.401 89.102 Outras diferenças temporárias ............ 44.357 (8.314) 36.043 Efeito de variação cambial diferida....... 77.523 (2.230) 75.293 39.953 (7.374) 32.579 Provisão para perdas............................ 434.646 (2.835) (4.500) 427.311 434.646 427.311 Ativo não circulante ............................. c) Estimativa de recuperação de créditos de imposto de renda e contribuição social:

2018 ................................................................................................................... 2019 ................................................................................................................... 2020................................................................................................................... 2021................................................................................................................... 2022................................................................................................................... 2023 em diante..................................................................................................

2018 76.966 91.991 63.832 35.740 76.625 345.154

Ativo 2017 52.502 46.892 68.212 90.078 73.212 96.415 427.311

a vários riscos de mercado, entre os quais, a flutuação das taxas de câmbio, taxas de juros e preços de commodities. A Companhia utiliza derivativos e outros instrumentos financeiros para reduzir o impacto de tais riscos no valor de seus ativos e passivos financeiros ou fluxo de caixa e receitas futuros. A Companhia estabeleceu políticas para verificar os riscos de mercado e para aprovar a utilização de operações de instrumentos financeiros derivativos relacionados a estes riscos. A Companhia contrata instrumentos financeiros derivativos exclusivamente para gerenciar os riscos de mercado mencionados acima e nunca com propósitos especulativos. Instrumentos financeiros derivativos são somente utilizados quando eles possuem uma posição correspondente (ativo ou passivo descoberto), proveniente das operações de negócios, investimentos e financiamentos da Companhia. Política de apuração do valor justo: o valor justo dos instrumentos financeiros derivativos é determinado através de modelos e outras técnicas de valoração, dentre as quais preços futuros e curvas de mercado. As operações de derivativos podem incluir: swaps de taxas de juros e/ou de moeda, contratos futuros de moeda e contratos de opções de moeda. Contratos futuros de Dólar: A Companhia contratou operações a termo de Dólar com objetivo de mitigar o risco de variação cambial de parcela de seus ativos denominados em Dólar americano. As contrapartes destas operações são instituições financeiras

venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. O CPC 40 estabelece uma hierarquia de três níveis para o valor justo, a qual prioriza as informações quando da mensuração do valor justo pela empresa, para maximizar o uso de informações observáveis e minimizar o uso de informações não observáveis. Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos. Nível 2 - Outras informações disponíveis, exceto aquelas do Nível 1, onde os preços cotados (não ajustados) são para ativos e passivos similares, em mercados não ativos, ou outras informações que estão disponíveis ou que podem ser corroboradas pelas informações observadas no mercado para substancialmente a integralidade dos termos dos ativos e passivos. Nível 3 - Informações indisponíveis em função de pequena ou nenhuma atividade de mercado e que são significantes para definição do valor justo dos ativos e passivos. Em 31/12/2018, a Companhia mantinha certos ativos cuja mensuração ao valor justo é requerida em bases recorrentes. Estes ativos incluem investimentos em títulos privados. Os ativos e passivos financeiros da Companhia, mensurados a valor justo em bases recorrentes e sujeitos a divulgação conforme os requerimentos do CPC 40 em 31/12/2018 e 31/12/2017, são os seguintes:

Saldo contábil 2018 2017 Ativo circulante Aplicações financeiras ................................................................................................................ Ganhos não realizados com instrumentos financeiros ............................................................... Outros ativos circulantes ............................................................................................................ Ativo não circulante Outros ativos não circulantes ..................................................................................................... Passivo circulante Empréstimos e financiamentos .................................................................................................. Outros passivos circulantes........................................................................................................ Passivo não circulante Empréstimos e financiamentos .................................................................................................. Partes relacionadas..................................................................................................................... Outros passivos não circulantes .................................................................................................

Preços cotados em mercados ativos para ativos idênticos (Nível 1) 2018 2017

Mensuração ao valor justo Preços cotados em mercados não ativos para ativos similares (Nível 2) 2018 2017

503.596 462 130.815

1.089.891 24.209

364.518 -

54.868 -

139.078 462 130.815

1.035.023 24.209

62.835 697.708

22.201 1.136.301

364.518

54.868

62.835 333.190

22.201 1.081.433

1.151.678 154.945

796.609 116.180

-

-

1.151.678 154.945

796.609 116.180

1.471.913 508.053 22.450 3.309.039 4.006.747

1.945.171 404.690 25.503 3.288.153 4.424.454

364.518

54.868

1.471.913 508.053 22.450 3.309.039 3.642.229

1.945.171 404.690 25.503 3.288.153 4.369.586

g) Movimentação dos passivos do Fluxo de caixa das atividades de financiamento: conforme requerido pelo CPC 03, a Companhia demonstra a seguir a movimentação dos passivos do Fluxo de caixa das atividades de financiamento, da sua Demonstração dos Fluxos de Caixa: Saldo em 31/12/2017 Empréstimos, financiamentos e Ganhos e perdas não realizadas com instrumentos financeiros ....................................................................... Partes relacionadas, líquidas ............................................................................

2.741.780 404.690 Saldo em 01/01/2017

Empréstimos, financiamentos e Ganhos e perdas não realizadas com instrumentos financeiros ....................................................................... Partes relacionadas, líquidas ............................................................................

3.115.818 2.862

Alterações caixa Recebidos (Pagos) de Pagamento atividade de financiamento de juros (189.743) 8.580

(178.021) -

Alterações caixa Recebidos (Pagos) de Pagamento atividade de financiamento de juros (353.854) 374.202

(269.132) -

Alterações não caixa Despesa de juros sobre Variação cambial dívidas e Juros sobre mútuos e outros 172.024 14.823

Saldo em 31/12/2018

77.089 79.960

2.623.129 508.053

Alterações não caixa Despesa de juros sobre Variação cambial dívidas e Juros sobre mútuos e outros

Saldo em 31/12/2017

236.097 5.112

12.851 22.514

2.741.780 404.690 CONTINUA


8

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

GERDAU AÇOMINAS S.A.

COMPANHIA FECHADA CNPJ Nº 17.227.422/0001-05

CONTINUAÇÃO

13 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER z Circulante Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ........................................... Encargos sociais sobre folha de pagamento .......................................................... Imposto sobre Produtos Industrializados ............................................................... Imposto de Renda Retido na Fonte ........................................................................ Imposto Sobre Serviços retido na fonte ................................................................. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social e Outros .......................... Não circulante Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ...........................................

2018

2017

88.183 15.230 9.220 5.379 2.333 944 121.289

54.427 16.173 12.187 5.193 1.915 799 90.694

251.713 373.002

182.462 273.156

14 - PROVISÃO PARA PASSIVOS TRIBUTÁRIOS, TRABALHISTAS E CÍVEIS z A Companhia é parte em ações judiciais e administrativas de natureza tributária, trabalhista e cível. A Administração, baseada na opinião de seus consultores legais, acredita que a provisão para estas ações judiciais e administrativas é suficiente para cobrir perdas prováveis e razoavelmente estimáveis decorrentes de decisões desfavoráveis, bem como que as decisões definitivas não terão efeitos significativos na posição econômico-financeira da Companhia. A provisão foi constituída considerando o julgamento dos assessores legais e da Administração para os processos cuja expectativa de perda foi avaliada como provável, sendo suficiente para fazer face às perdas esperadas. Os saldos das provisões são os seguintes: I) Provisões 2018 2017 a) Provisões tributárias............................................................................................. 70.160 93.538 b) Provisões trabalhistas .......................................................................................... 131.256 184.478 4.368 c) Provisões cíveis ................................................................................................... 13.699 215.115 282.384 a) Provisões Tributárias: A Companhia é autora em ações judiciais referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições para o PIS e a COFINS, para o qual vinha realizando depósitos judiciais e provisões contábeis dos valores em discussão, atualizados, em ambos os casos, pela taxa SELIC. Os saldos registrados em 31 de dezembro de 2016 referiam-se aos valores não liquidados de PIS e COFINS desde 2009, cuja exigibilidade estava integralmente suspensa, em função da realização dos referidos depósitos. Em 15 de março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisou processo relacionado a esse assunto, e, por 6 votos a 4, foi tomada a seguinte decisão: “O ICMS não compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da COFINS”. A decisão tomada pelo STF, a princípio, produz efeitos em todos os processos judiciais em curso, em função de sua repercussão geral. Contudo, após a publicação do acórdão em 02/10/2017, a Procuradoria da Fazenda Nacional opôs recurso de embargos de declaração, alegando que a decisão do Supremo foi omissa em determinados pontos, e requereu a modulação dos efeitos da decisão, o que pode limitar a produção dos seus efeitos para os contribuintes. De acordo com o parágrafo 14 do CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, uma provisão é reconhecida apenas quando “seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação” dentre outros requisitos. Em 31 de março de 2017, a Companhia, baseada (i) na conclusão do referido julgamento pelo Plenário STF no Recurso Extraordinário de Nº 574.706/RG com repercussão geral, que decidiu pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS, e (ii) nas práticas contábeis adotadas no Brasil realizou a reversão da provisão contábil acima mencionada. A decisão da Companhia está amparada pelo posicionamento dos seus assessores jurídicos, que, ao reavaliar a probabilidade de perda nas ações em curso relacionadas ao tema, concluíram que a probabilidade de perda, quanto ao julgamento do mérito nas referidas ações, passou a ser remota, a partir da mencionada decisão. A Companhia enfatiza, contudo, que, em função da possibilidade de que o STF entenda como presentes os requisitos para aplicação de modulação ao caso, e de que a aplicação de tal instrumento resulte na limitação dos efeitos da decisão já proferida, poderá ser necessária uma reavaliação do risco de perda associado às referidas ações, nos termos do parágrafo 59 do CPC 25. A depender, portanto, dos termos da modulação, conforme definidos pelo STF, tal reavaliação poderá resultar na necessidade de constituição de novas provisões sobre este tema no futuro. O saldo de depósitos judiciais registrado em 31/12/2018, no montante de R$ 2.578, referente à mesma discussão sobre a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS, aguarda o encerramento processual das ações no judiciário para ser restituído à Companhia. As demais provisões tributárias referem-se, substancialmente, às discussões relativas à CSLL e compensação de créditos de PIS e incidência de PIS e COFINS sobre outras receitas. b) Provisões Trabalhistas: A Companhia é parte em ações judiciais de natureza trabalhista, individuais e coletivas e as discussões envolvem substancialmente pedidos de horas extras, adicional noturno, horas in itinere, adicionais de insalubridade e periculosidade, indenização por acidentes do trabalho, doença ocupacional e danos morais, entre outros. c) Provisões Cíveis: A Companhia é parte em ações judiciais decorrentes do curso ordinário de suas operações, de natureza cível, que representavam em 31/12/2018, o montante indicado como provisão cível referente a essas questões. A movimentação da provisão para passivos tributários, cíveis e trabalhistas está demonstrada abaixo: 2018 2017 Saldo no início do exercício................................................................................... 282.384 234.145 (+) Adições............................................................................................................ 43.334 129.642 (+) Atualização Monetária ..................................................................................... 17.905 14.308 ( - ) Reversão de valores provisionados................................................................. (128.508) (95.711) 215.115 282.384 Saldo no final do exercício ....................................................................................

atualizados por taxas de mercado como a taxa CDI e a taxa Libor mais variação cambial, quando aplicável. c) Operações com partes relacionadas: 2018 2017 Títulos Contas a Contas Receitas para receber a receber Compras Vendas (despesas) negociação (a pagar) (a pagar) Empresa controladora Gerdau S.A. ..................... 1.180 85.818 2.875 1.308 Debêntures Gerdau S.A. .. 50.652 Outras partes relacionadas Gerdau Summit Aços Fundidos e Forjados S.A. 1.136 5.533 (812) (909) Gerdau Aços Longos S.A. 109.696 1.939.319 185.327 58.365 Gerdau AZA S.A. .............. 6.191 488 Gerdau Laisa S.A. ............ 2.578 562 85 Diaco S.A. ........................ 69.185 Empresa Siderúrgica Del Peru S.A.A. .............. 7.771 (5.575) Sipar Aceros S.A. ............. 115.027 7.124 38.084 Industrias Nacionales C. por A. ......................... - 409.468 45.020 59.484 Cyrgo S.A. ........................ 47.588 19.938 Salomon Sack S.A. ........... 8.034 477 177 G2L Logística Ltda. .......... 8.079 (597) Outros............................... 16.339 Debêntures Gerdau Aços Longos S.A. .......... 16.958 139.078 A Companhia, conforme Ata de reunião realizada em 09/11/2018, deliberou aumento de capital social de R$ 8.000 na Sociedade G2L Logística Ltda, no qual é Controladora. d) Avais concedidos: A Companhia, em conjunto com as empresas Gerdau Aços Longos S.A., e a controladora Gerdau S.A., prestam garantia às subsidiárias GTL Trade Finance Inc., Gerdau Holdings Inc. e Gerdau Trade Inc., nas emissões de bônus com vencimento em 10 anos e 30 anos (Ten/Thirty Years Bond) no montante de R$ 9,99 bilhões em 31/12/2018 (de R$ 11,9 bilhões em 31/12/2017). e) Avais recebidos: A Companhia recebe avais da controladora Gerdau S.A. em contratos de financiamentos, no montante de R$ 2,4 bilhões em 31/12/2018 (de R$ 2,4 bilhões em 31/12/2017). f) Remuneração da Administração: A Companhia pagou a seus administradores, em salários e remuneração variável, um total de R$ 16.620 em 31/12/2018 (R$ 10.367 em 31/12/2017). 16 - BENEFÍCIOS A EMPREGADOS z a) Plano de pensão com benefício definido - pós-emprego: A Companhia patrocina plano de pensão de benefício definido, administrado pela Gerdau - Sociedade de Previdência Privada, entidade fechada de previdência complementar. Em 2010, foi aprovado o saldamento deste plano, sendo assegurado aos participantes o direito ao benefício saldado. Todos os participantes deste plano, agora saldado, poderiam: (i) optar por aderir a um novo plano de contribuição definida conforme descrito na letra “b” abaixo, sendo permitida a transferência do montante referente à reserva matemática individual do plano saldado para o novo plano e agregar valor a essa reserva por meio de contribuições futuras do participante e da patrocinadora, além da rentabilidade dos recursos; ou (ii) não transferir a reserva e manter o benefício saldado no plano de benefício definido, corrigido somente pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Em virtude do processo de migração e encerramento do plano de pensão, a Companhia não está calculando os possíveis efeitos de mudanças nas taxas de desconto e taxa de retorno esperada dos ativos para este plano. A composição da despesa corrente do plano de pensão referente ao componente de benefício definido é a seguinte: 2018 2017 Custo financeiro................................................................................................... 36.064 38.550 Receita de juros sobre os ativos do plano ........................................................... (53.287) (57.614) 17.223 18.423 Restrição ao custo dos juros devido a limitação de recuperação ........................ (641) Custo líquido com plano de pensão..................................................................... A conciliação dos ativos e passivos dos planos é apresentada a seguir: 2018 Valor presente da obrigação de benefício definido ............................................. (418.562) Valor justo dos ativos do plano ........................................................................... 581.881 Restrição ao ativo atuarial devido à limitação de recuperação ............................ (163.319) Efeito líquido ....................................................................................................... Ativo reconhecido ...............................................................................................

2017 (381.329) 556.371 (175.042) -

18 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO z a) Capital social: O capital social autorizado em 31/12/2018 e 31/12/2017 é de 300.000.000 ações ordinárias e 300.000.000 ações preferenciais, todas sem valor nominal. Em 31/12/2018 e 31/12/2017, estão subscritas e integralizadas 251.742.909 ações ordinárias e 15.471 ações preferenciais, totalizando o Capital social realizado de R$ 3.254.243. As ações preferenciais não têm direito a voto, não podem ser resgatadas e participam em igualdade de condições em relação às ações ordinárias na distribuição de lucros, além de ter prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da Companhia. b) Ações em tesouraria: A movimentação das ações em tesouraria ocorreu em virtude da recompra de 1.196.046 ações ordinárias, com custo médio de aquisição das ações ordinárias em tesouraria de R$ 21,87. c) Reserva de capital: Refere-se principalmente à reserva de ágio, relativo à reorganização societária realizada em 2005 gerada nos termos dos artigos 7º e 8º da Lei Nº 9.532/97, no montante de R$ 877.024 em 31/12/2018 e 31/12/2017. d) Reservas de lucros: I) Legal: Pela legislação societária brasileira, a Companhia deve transferir 5% do lucro líquido anual para a reserva legal até que essa reserva seja equivalente a 20% do capital integralizado. A reserva legal pode ser utilizada para aumentar o capital ou para absorver prejuízos, mas não pode ser usada para fins de dividendos. II) Incentivos fiscais: Pela legislação societária brasileira, a Companhia pode destinar, para a reserva de incentivos fiscais, a parcela do lucro líquido decorrente de doações e subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo dos dividendos. III) Investimentos e capital de giro: É composta pela parcela de lucros não distribuídos aos acionistas, e inclui as reservas estatutárias previstas no Estatuto Social da Companhia. O Conselho de Administração pode propor aos acionistas a transferência de pelo menos 5% do lucro líquido de cada ano para uma reserva estatutária (Reserva de investimentos e capital de giro). A reserva é criada somente após considerados os requisitos de dividendo mínimo e seu saldo não pode exceder o montante do capital integralizado. A reserva pode ser usada na absorção de prejuízos, se necessário, para capitalização, pagamento de dividendos ou recompra de ações. e) Ajustes de avaliação patrimonial: A Companhia reconhece nesta rubrica os ganhos e perdas não realizados em instrumentos financeiros derivativos até o momento em que estes são realizados, efeitos atuariais com planos de incentivo de longo prazo e a despesa com plano de pensão de benefício definido. f) Dividendos e juros sobre o capital próprio: Os acionistas têm direito a receber, em cada exercício, um dividendo mínimo obrigatório de 30% do lucro líquido ajustado. A Companhia efetuou no exercício, o cálculo de juros sobre o capital próprio dentro dos limites estabelecidos pela Lei Nº 9.249/95. O valor correspondente foi contabilizado como despesa financeira para fins fiscais. Para efeito de apresentação desse valor foi demonstrado como dividendos, não afetando o resultado. O benefício fiscal referente ao imposto de renda e contribuição social no resultado do exercício foi de R$ 104.373. No exercício de 2018, a Companhia destinou R$ 306.978 para pagamento de juros sobre o capital próprio, distribuídos a título de antecipação do dividendo mínimo obrigatório de 30% do lucro líquido ajustado, consoante disposição estatutária, conforme demonstrado a seguir: 2018 Lucro líquido do exercício ..................................................................................... 712.343 Constituição da reserva legal ................................................................................ (35.617) (3.641) Constituição de reserva de incentivos fiscais ....................................................... Base para juros sobre capital próprio e dividendos .............................................. 673.085 Juros sobre capital próprio e dividendos .............................................................. (306.978) Lucro líquido remanescente ................................................................................. 366.107 Constituição de reserva de investimento e capital de giro ................................... (366.107) Dividendos e Juros sobre capital próprio: Ações em Período Natureza R$/ação circulação (mil) 1º Trimestre ........ Juros 0,38 251.758 2º Trimestre ........ Juros 0,24 251.758 3º Trimestre ........ Juros 0,12 251.758 3º Trimestre ........ Juros 0,34 251.758 4º Trimestre ........ Juros 0,14 251.758 4º Trimestre ........ Dividendos 0,08 251.758

Crédito Pagamento 26/03/18 29/03/18 21/05/18 01/06/18 29/06/18 09/07/18 22/08/18 31/08/18 26/10/18 05/11/18 14/03/18 16/03/18

Crédito por ação (R$)

2018 2017 95.668 60.422 30.211 85.598 35.079 - 19.566 306.978 19.566 1,22 0,08

O lucro remanescente foi destinado à constituição de reserva estatutária para investimentos e capital de giro na forma do Estatuto Social. O total de dividendos/juros sobre capital próprio sem efeito caixa em 2018 foi R$ 253.557. 19 - LUCRO POR AÇÃO z 2018 2017 Ordinárias Preferenciais Total Ordinárias Preferenciais Total (Em milhares, exceto ações (Em milhares, exceto ações e dados por ação) e dados por ação)

A movimentação das obrigações atuariais e dos ativos do plano foi a seguinte:

2018 2017 Variação na obrigação de benefício Obrigação de benefício no início do exercício...................................................... 381.329 378.281 Custo financeiro................................................................................................... 36.064 38.550 Pagamento de benefícios .................................................................................... (29.372) (41.304) II) Passivos contingentes não provisionados: Considerando a opinião dos assessores jurídicos e a Remensurações atuariais..................................................................................... 30.541 5.802 avaliação da Administração, os processos relacionados a seguir possuem expectativa de perda avaliada Obrigação de benefício no final do exercício ....................................................... 418.562 381.329 como possível (mas, não provável) e devido a esta classificação não são efetuadas provisões contábeis de 2018 2017 acordo com as normas do CPC. a) Contingências Tributárias: a.1) A Companhia é parte em discussões Variação nos ativos do plano que tratam de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, substancialmente relativas a Valor justo dos ativos do plano no início do exercício .......................................... 556.371 603.071 direito de crédito e diferencial de alíquota, cujas demandas perfazem o total atualizado de R$ 20.585. a.2) Receita de juros sobre os ativos do plano ........................................................... 53.287 57.614 A Companhia é parte em demandas que tratam de outros tributos. O valor total das discussões importa Contribuições dos patrocinadores ....................................................................... (221) (64.482) em R$ 632.755. a.3) A Companhia é parte em processo judicial relativo à glosa da dedutibilidade do ágio Pagamentos de benefícios .................................................................................. (29.372) (41.304) gerado nos termos dos artigos 7º e 8º da Lei N° 9.532/97, da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa 1.816 1.472 Retorno sobre os ativos do plano ........................................................................ Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, decorrente da reorganização societária 556.371 Valor justo dos ativos do plano no final do exercício............................................ 581.881 realizada em 2004/2005. O valor total atualizado da autuação importa em R$ 1.449.416, correspondente a um processo da Companhia, cuja discussão administrativa já se encerrou e se encontra atualmente em As remensurações atuariais reconhecidas na Demonstração dos Resultados Abrangentes: fase de cobrança judicial, sendo que a Companhia já ofertou garantia judicial, em sede de medida cautelar, 2018 2017 mediante Seguro Garantia, já tendo sido iniciadas as discussões judiciais em Embargos à Execução Fiscal Retorno sobre os ativos do plano ........................................................................ (1.816) (1.472) proposta da Fazenda Nacional. Os assessores jurídicos tributários da Companhia confirmam que os Remensurações atuariais..................................................................................... 30.541 5.802 procedimentos adotados pela Companhia, com relação ao tratamento tributário dos lucros gerados no Efeito de restrição reconhecido nos resultados abrangentes .............................. (30.848) (12.864) exterior e à dedutibilidade do ágio, que ensejaram os processos acima mencionados, observaram a estrita Remensurações reconhecidas nos resultados abrangentes ............................... (2.123) (8.534) legalidade, e, portanto, tais processos são classificados como de perda possível (mas, não provável). Com Total reconhecido nos resultados abrangentes ................................................... (2.123) (8.534) relação à denominada Operação Zelotes e outros temas, as autoridades federais e o Judiciário brasileiros O histórico das remensurações atuariais é o seguinte: estão investigando determinados assuntos relacionados aos procedimentos no CARF, bem como doações 2018 2017 eleitorais específicas efetuadas pela Companhia, com a finalidade de determinar se a Companhia teria incorrido em condutas ilícitas. Adicionalmente às suas interações com as autoridades brasileiras, a Valor presente da obrigação de benefício definido .............................................. (418.562) (381.329) 581.881 556.371 Valor justo dos ativos do plano ............................................................................ Companhia está fornecendo informações requeridas pela U.S. Securities and Exchange Commission 175.042 (“SEC”) com relação a tais assuntos. Além disso, conforme divulgado anteriormente, a Companhia Superávit.............................................................................................................. 163.319 30.541 5.802 contratou advogados externos, reportando-se a um Comitê Especial do Conselho de Administração, a fim Ajustes de experiência nas obrigações do plano (Ganho) ................................... (1.816) (1.472) de investigar determinados assuntos relacionados aos procedimentos no CARF e, mais recentemente, Ajustes de experiência nos ativos do plano (Ganho) ........................................... doações eleitorais por subsidiárias da Companhia. Essa investigação pelos advogados externos foi A alocação dos ativos do plano está demonstrada abaixo: concluída e seus resultados informados ao Conselho de Administração e à SEC. A Companhia acredita não 2018 2017 ser possível, neste momento, prever a duração ou os resultados dos procedimentos no Brasil ou das 98,0% 98,0% comunicações da Companhia com a SEC, e que atualmente não há informações suficientes para Renda Fixa ........................................................................................................... 2,0% 2,0% Outros .................................................................................................................. determinar se uma provisão para perdas é requerida ou para divulgar qualquer contingência. 100,0% b) Contingências Cíveis: A Companhia é parte em outras demandas de natureza cível que possuem em Total ..................................................................................................................... 100,0%

2017 68.652 (3.433) 65.219 (19.566) 45.653 (45.653)

Numerador Lucro líquido alocado disponível para acionistas 712.299 ordinários e preferenciais .. Denominador Média ponderada de ações deduzindo a média das ações em tesouraria. ......... 251.443.898 Lucro por ação (em R$) 2,83 básico e diluído ..................

44 712.343

68.648

4 68.652

15.471

251.742.909

15.471

2,83

0,27

0,27

20 - RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS z 2018 Receita bruta de vendas ................................................................................. 9.034.252 Impostos incidentes sobre vendas ................................................................. (1.436.196) (5.336) Descontos ...................................................................................................... Receita líquida de vendas ............................................................................... 7.592.720

2017 7.309.653 (1.119.371) (4.169) 6.186.113

21 - DESPESAS POR NATUREZA z A Companhia optou por apresentar a Demonstração do Resultado por função. Conforme requerido pelo CPC 26, apresenta, a seguir, o detalhamento da Demonstração do Resultado por natureza:

2018 2017 Depreciação, exaustão e amortização .......................................................... (504.152) (533.084) Salários, encargos sociais e benefícios ........................................................ (671.292) (678.589) Matéria-prima e materiais de uso e consumo .............................................. (4.475.005) (3.920.325) Fretes............................................................................................................ (535.823) (487.818) (278.686) (179.756) Outras despesas/receitas ............................................................................. (6.464.958) (5.799.572) Classificados como: Custo dos produtos vendidos ....................................................................... (6.186.272) (5.619.816) Despesas com vendas ................................................................................. (37.879) (24.843) Reversão de Impairment de ativos financeiros ............................................. 7.486 Despesas gerais e administrativas ............................................................... (107.104) (105.631) Outras receitas operacionais ........................................................................ 83.886 24.842 conjunto um montante em discussão de aproximadamente R$ 70.531. Para tais demandas não foi A seguir apresentamos um resumo das premissas adotadas para cálculo e contabilização do (225.075) (74.124) Outras despesas operacionais...................................................................... efetuada provisão contábil, pois estas foram consideradas como de perda possível, com base na opinião componente de benefício definido do plano: (6.464.958) (5.799.572) de seus consultores legais. III) Depósitos judiciais: A Companhia mantém depósitos judiciais vinculados 2018 2017 às provisões tributárias, trabalhistas e cíveis, e estão assim demonstrados: Taxa média de desconto ................................................. 9,10% 9,84% 22 - RESULTADO FINANCEIRO z 2018 2017 Taxa de aumento da remuneração.................................. Não aplicável Não aplicável Tributários ........................................................................................................... 37.997 68.714 Tábua de mortalidade ..................................................... 2018 2017 AT-2000, por sexo AT-2000, por sexo Trabalhistas ......................................................................................................... 23.742 16.654 Tábua de mortalidade de inválidos ................................. 83.058 69.501 AT-2000, por sexo AT-2000, por sexo Rendimento de aplicações financeiras ......................................................... 6.457 4.682 Cíveis .................................................................................................................. 144.511 35.196 Experiência do Plano Experiência do Plano Juros recebidos e outras receitas financeiras .............................................. 68.196 90.050 Taxa de rotatividade ........................................................ 227.569 104.697 de Aposentadoria de Aposentadoria Total Receitas financeiras ............................................................................. Juros sobre a dívida ...................................................................................... (172.024) (236.097) b) Plano de pensão com contribuição definida - pós-emprego: A Companhia mantém um plano de (70.041) (132.155) Variações monetárias e outras despesas financeiras ................................... 15 - SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS z pensão definida para o qual são feitas contribuições pela patrocinadora numa proporção da contribuição Total Despesas financeiras ........................................................................... (242.065) (368.252) a) Composição dos saldos de mútuos feita pelos empregados optantes. O total do custo nesta modalidade foi de R$ 12.573 em 2018 Variação cambial, líquida ............................................................................... (223.659) (50.269) 2018 2017 (R$ 12.263 em 2017). Saldo reconhecido como contribuição definida em 31/12/2018 foi R$ 3.238 (R$ 49 Ganho com instrumentos financeiros, líquidos ............................................ 6.147 2.810 Mútuos passivos em 31/12/2017). (232.008) (311.014) Resultado financeiro, líquido......................................................................... Empresa controladora Gerdau S.A. ....................................................................................................... (391) (2.719) 17 - PROVISÃO PARA PASSIVOS AMBIENTAIS z 23 - SEGUROS z Outras partes relacionadas A Administração da Companhia reconheceu, na linha de “Provisão para passivos ambientais”, com base Gerdau Aços Longos S.A. .................................................................................. (3.392) (2.745) na melhor estimativa do custo, valores para investigação, tratamento e limpeza de localidades A Companhia mantém contratos de seguros com cobertura determinada por orientação de Gerdau GTL Spain S.L. ...................................................................................... (504.270) - potencialmente impactadas, que montam a R$ 49.766 em 31/12/2018, sendo R$ 3.844 no passivo especialistas, levando em conta a natureza e o grau de risco por montantes determinados para cobrir - (399.226) Gerdau MacSteel Inc. ........................................................................................ circulante e R$ 45.922 no passivo não circulante (R$ 47.008 em 31/12/2017, sendo R$ 4.090 no passivo eventuais perdas significativas sobre seus ativos e/ou responsabilidades. Os estoques e ativos (508.053) (404.690) circulante e R$ 42.918 no passivo não circulante). A Companhia utilizou premissas e estimativas para imobilizados estão segurados para incêndio, raio, vendaval, alagamento, quebra de máquinas, danos (5.112) determinar os montantes envolvidos, que podem variar no futuro, em decorrência da finalização da elétricos, explosão e lucros cessantes. As principais coberturas de seguro são nas modalidades de Despesas financeiras, líquidas............................................................................ (14.823) b) Condições de preços e encargos: Os contratos de mútuos entre as partes relacionadas são investigação e determinação do real impacto ambiental. patrimônio, que cobrem ativos de até R$ 17.875.634 e lucros cessantes de até R$ 1.827.096.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Administradores e Acionistas da Gerdau Açominas S.A. Ouro Branco - MG Opinião Examinamos as demonstrações financeiras da Gerdau Açominas S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Gerdau Açominas S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Ênfase Chamamos a atenção para a nota explicativa nº 14 às demonstrações financeiras, que divulga informações sobre os eventos e as medidas tomadas pela Administração do Grupo Gerdau no âmbito da denominada Operação Zelotes, incluindo as investigações realizadas, o desfecho das mesmas e os potenciais desdobramentos desse tema. Nossa opinião não está modificada em relação a esse assunto. Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos auditores A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras. Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

- Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. - Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia. - Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. - Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional. - Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Porto Alegre, 20 de março de 2019 KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/F-7

Cristiano Jardim Seguecio Contador CRC SP-244525/O-9 T-RS

DIRETORIA Diretor Presidente GUSTAVO WERNECK DA CUNHA

Diretor Vice-Presidente HARLEY LORENTZ SCARDOELLI

Diretores CESAR OBINO DA ROSA PERES FLADIMIR BATISTA LOPES GAUTO MARCOS EDUARDO FARACO WAHRHAFTIG MAURO DE PAULA

Contadora DENISE ABREU LANZONI CRC RS 093.282/O-2-S-MG CPF n° 994.509.760-15

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ECONOMIA CRISE EM MINAS

Prefeitos rejeitam proposta do governo Pleito dos municípios é de uma garantia para começar a receber as parcelas da dívida ainda neste ano DIVULGAÇÃO - AMM

ANA AMÉLIA HAMDAN

Prefeitos mineiros recusaram ontem, durante assembleia realizada em Belo Horizonte, a proposta do governo de Minas para pagamento de repasses atrasados aos municípios. Presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda, prefeito de Moema, informou que a principal exigência é de garantia que o pagamento dos valores atrasados referentes a janeiro deste ano comece a ser feito ainda em 2019. Outra demanda é que o parcelamento de 30 vezes para quitação dos atrasados de 2017 e 2018 seja reduzido. Segundo ele, o acordo está próximo de ser firmado, o que deve ocorrer até a próxima semana. A reunião contou com a presença de cerca de 400 prefeitos. Os administradores municipais deram a Lacerda o poder de negociar novas condições com o governo do Estado. Ele informou que agendará reunião de negociação para os próximos dias e ressaltou que o acordo será feito com intermediação do Tribunal de Justiça de

Entre as propostas apresentadas na assembleia dos prefeitos está a redução no número de parcelas que serão pagas

Minas Gerais. Um dos motivos de preocupação dos prefeitos é que as eleições municipais ocorrem já no ano que vem. Se o pagamento dos atrasados não tiver início este ano, alguns deles não verão o dinheiro antes do final da gestão. De acordo com a AMM, a proposta do governo es-

tadual prevê que a quitação de verbas retidas em janeiro, durante a gestão de Romeu Zema (Novo), no valor de R$ 1 bilhão, comece a ser feita 90 dias após a homologação do regime de recuperação fiscal, dividida em três parcelas. Julvan Lacerda pondera que não há qualquer garantia que isso ocorrerá este ano, mas

COPOM

Comitê do Banco Central opta por manter a taxa Selic em 6,5% ao ano Brasília - O Banco Central manteve ontem a taxa de juros no piso histórico de 6,5% ao ano e indicou que, em meio a uma recuperação econômica com ritmo aquém do esperado, seu balanço de riscos para a inflação comporta pesos iguais tanto para cima quanto para baixo. “O Comitê avalia que o balanço de riscos para a inflação mostra-se simétrico”, diz o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), excluindo trecho que apontava maior peso para os fatores que podem pressionar a inflação para cima: eventual frustração sobre a continuidade das reformas econômicas e deterioração do cenário externo para economias emergentes. Agora, indicou o BC, o risco de que o nível de ociosidade elevado na economia produza trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado se equiparou ao peso contrário dos demais. No documento, o BC manteve a projeção de inflação para 2019 pelo cenário de mercado a 3,9 %, mesmo percentual calculado na reunião do Copom de fevereiro. Para 2020, a estimativa também ficou inalterada em 3,8 %. O Comitê enfatiza que a continuidade do processo de

reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. “Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente. O Comitê julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, com menor grau de incerteza e livre dos efeitos dos diversos choques a que foi submetida no ano passado. O Copom considera que esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo”, informa, em nota. O Comitê ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.

tinua no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o indicador fechou em 3,89% no acumulado de 12 meses. O índice subiu em relação a janeiro, pressionado por alimentos e educação. A IPCA de março só será divulgado em 10 de abril. Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância Menor patamar - Com a de 1,5 ponto percentual. decisão de ontem, a Selic con- (ABr/Reuters)

os prefeitos querem que a dívida referente a janeiro seja paga ainda em 2019. Já os débitos referentes a 2017/2018, contraídos ainda na gestão do governador Fernando Pimentel (PT), começariam a ser quitados na sequência, sendo divididos em 30 parcelas. O valor dos repasses obrigatórios atra-

sados desse período chega a R$ 6 bilhões. Os prefeitos querem que o número de parcelas do pagamento seja reduzido. Ainda segundo a AMM, a proposta do governo de Minas prevê que, no caso de atraso nos repasses aos municípios no prazo superior a 30 dias, haverá o bloqueio imediato

de contas do Estado. O acordo contém o comprometimento de não haver atrasos no repasse do transporte escolar, com os valores atrasados sendo pagos em dez parcelas, começando neste mês. Os prefeitos também contariam com acesso a dados para aferição dos valores arrecadados pelo Estado. Outro ponto da proposta é a revogação do Decreto 47.296/2011, que possibilita a retenção de recursos que deveriam seguir direto para o caixa das prefeituras. Superávit - Na semana passada, após o governo anunciar que o Estado atingiu superávit de R$ 4 bilhões nos dois primeiros meses do ano, a AMM endureceu a cobrança. Julvan Lacerda informou que poderia recorrer a medidas como pedido de intervenção federal, paralisação nas prefeituras e até impeachment do governador. Ontem, Lacerda informou que aguardará até a próxima semana na tentativa de firmar acordo para o pagamento dos repasses em atraso. Caso não haja consenso, a AMM estudará as medidas a serem tomadas.

Entidades mineiras falam em redução DA REDAÇÃO

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta, em nota, que faz sentido a manutenção do estímulo à atividade econômica sem correr riscos desnecessários, até que o quadro político associado às votações das reformas fique mais claro. A entidade aponta o ritmo lento de recuperação e da frustração com o desempenho da indústria em janeiro deste ano, resultando em redução nas projeções para 2019. Além disso, o impacto negativo da paralisação parcial da extração mineral sobre a atividade econômica em Minas Gerais sugere que juros menores seriam bem-vindos. A Fiemg ressalta a necessidade de dar continuidade ao processo da reforma da Previdência para a retomada econômica do País. “Em suma, tanto a retomada do investimento quanto a consolidação de um ambiente de juros baixos no Brasil dependem do encaminhamento político da reforma da Previdência. Quanto mais rapidamente essa questão for resolvida, melhor para a indústria e para o Brasil”, conclui.

Comércio e serviços Em nota, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho, afirma que a manutenção da taxa Selic já era prevista. Ele explica que alguns fatores contribuem para a continuidade desta medida: baixa inflação, 3,89% nos últimos 12 meses – percentual abaixo da meta inflacionária estipulada para 2019 (4,25%); cenário econômico externo relativamente estável; crescimento econômico moroso, a economia do País obteve expansão de apenas 1,1% em 2018, contexto que ratifica a sua lenta recuperação. “Acredito que ao lançar mão desta medida, o Copom visa dar manutenção à ampliação do mercado de crédito, e consequentemente ao estímulo do consumo e dos investimentos. Além disso, o Banco Central defende uma postura de “cautela, serenidade e perseverança” ante as próximas medidas a serem executadas, ou seja, indica uma tendência da continuidade da Selic no patamar 6,5% ao ano – menor percentual da série histórica ainda para as próximas reuniões”, conclui.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/ BH), Marcelo de Souza e Silva, também destaca a importância dos juros baixos para o setor. “Por isso, apesar de estar no menor patamar desde que foi criada, em 1996, a taxa atual da Selic não é a ideal para o segmento. Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e o consumo, bem como alavancar a atividade econômica”, afirma. Para o presidente da entidade, a manutenção é considerada boa, por enquanto, para propiciar o crescimento da atividade econômica. Junto com a redução da taxa Selic, a entidade espera que o governo crie um ambiente interno propício para atração de investimentos produtivos para o País, que gerem emprego e renda. “Além disso, consideramos imprescindível que o governo concentre seus esforços no processo de aprovação das reformas estruturais, neste momento em especial a da Previdência, para que o Brasil volte a crescer de forma sustentável e em ritmo maior”, diz.

ESTADOS UNIDOS

Federal Reserve decide pela manutenção dos juros Washington - O Federal Reserve manteve a taxa de juros ontem e seus diretores abandonaram projeções de novas altas de juros para este ano, uma vez que o banco central norte-americano sinalizou uma esperada desaceleração na economia. Em uma grande mudança em sua perspectiva, o Fed agora também espera

elevar os custos de empréstimos apenas mais uma vez até 2021, e não antecipa mais a necessidade de se precaver contra a inflação com uma política monetária restritiva. Após dois dias de reunião de política monetária que consolidou a mudança para uma postura menos agressiva, o Fed também disse que irá desacelerar

a redução mensal de sua carteira de treasuries de até US$ 30 bilhões atuais para até US$ 15 bilhões a partir de maio. O banco central norte-americano disse que encerrará a redução da carteira de títulos em setembro, desde que a economia e as condições do mercado monetário evoluam conforme o esperado. Resgates

de títulos lastreados em hipotecas serão naquele momento reinvestidos em treasuries em até US$ 20 bilhões por mês, levando o Fed em direção a uma abordagem limitada a treasuries com relação a seus ativos. Os anúncios combinados significam que o Fed agora está dando uma pausa em ambas as frentes para

se ajustar ao crescimento global mais fraco e a uma perspectiva de alguma forma mais fraca para a economia norte-americana. Projeções econômicas atualizadas trimestralmente pelo Fed mostraram enfraquecimento em todas as frentes na comparação com as previsões de dezembro, com expectativa de que o desemprego será

ligeiramente mais elevado neste ano, inflação caindo, e menor crescimento econômico também. “O crescimento da atividade econômica desacelerou de sua taxa sólida no quarto trimestre”, disse o Fed no comunicado de política monetária que manteve a taxa de juros na faixa de 2,25% a 2,50%. (Reuters)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

Forno de Minas aposta no segmento de food service Empresa mineira investe na área MARA BIANCHETTI, do Rio de Janeiro *

A indústria de alimentos congelados Forno de Minas, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), está investindo fortemente no setor de food service. Atualmente, o segmento representa 38% das operações da companhia, enquanto as vendas para o varejo chegam a 63%. A expectativa é que, em até cinco anos, os negócios estejam divididos meio a meio entre as duas categorias. A informação é do diretor comercial, Vicente Camiloti. Para isso, além dos investimentos robustos em aumento da capacidade produtiva da planta em Contagem, a empresa está lançando e reformulando os produtos voltados para lanchonetes, padarias e cafeterias de todo Brasil. “O braço de food service está crescendo vertiginosamente e se mantivermos esse ritmo nos próximos anos, em breve teremos 50% de representatividade para cada um dos segmentos. A área é de uma especificidade muito grande e requer treina-

mento, investimento em mão de obra e logística especiais, pois estamos lidando com o transformador de alimentos até chegar ao consumidor final”, explicou. Inclusive, nesta semana, a empresa participa, pela primeira vez, da Super Rio Expofood, que acontece junto à 53ª edição da Convenção Abras, no Rio de Janeiro, até hoje. Na ocasião, a empresa faz o lançamento de produtos como os cookies congelados (únicos no segmento) nos sabores chocolate com gotas de chocolate e baunilha com gotas de chocolate e o palito 3 queijos – com os queijos parmesão, minas e provolone. Além disso, apresenta também para as lanchonetes, cafeterias e padarias, mais algumas opções no mix de produtos, como o pão de queijo na versão recheada com requeijão, e o pão de batata pré-fermentado nos sabores peito de peru com queijo branco, frango com requeijão e requeijão. A marca tem hoje cerca de 120 produtos em seu portfólio, dos quais cerca de 30 são voltados para o food service. Considerando todos os tipos

Empresa está investindo R$ 50 milhões em obras de ampliação da área de produção e de armazenamento em Contagem

e gramaturas as SKU’s, entre varejo e food service, as opções somam 250. Entre os itens comercializados para o segmento, assim como no varejo, o pão de queijo é o carro-chefe das vendas. Já a presença ocorre em todo o Brasil, com destaque para os mercados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. “A internacionalização também faz parte deste processo de fortalecimento do food service em nossos negócios. Já chegamos ao Peru, na Colômbia e no Chile”, completou. Em relação aos investimentos, ao todo estão sendo aportados R$ 50 milhões na adequação da fábrica, que inclui obras de ampliação das áreas de produção e de armazenamento de matérias primas. Estamos triplicando a capacidade das câmaras frigoríficas, saindo das atuais 1.200 posições de armazenamento para quase 4 mil”, detalhou. As obras começaram no ano passado e devem ser concluídas no início do segundo semestre. Basicamente, as áreas atenderão a estocagem de lácteos, hoje principal matéria-prima da marca. “Isso vai

MANIFESTO Reforma da Previdência é imprescindível, declara ACMinas A PEC da reforma da Previdência já iniciou sua tramitação na Câmara Federal. Sua aprovação, contudo, não pode depender apenas dos parlamentares. Nós, empresários, devemos influir de maneira ativa e decisiva na sua tramitação, exigindo dos deputados que elegemos considerar seriamente a necessidade, não só de aprová-la com a maior rapidez possível como, também, de preservar a sua qualidade e efetividade.

O que esperamos da Nova Previdência:  Que dê sustentabilidade ao sistema. O déficit da Previdência é maior que os orçamentos da Saúde e da Educação somados. Sem a reforma, chegará inevitavelmente o momento em que Brasil estará falido e não haverá como manter os benefícios, pensões e aposentadorias. Trata-se, simplesmente, de assegurar o futuro.  Que reduza substantivamente o seu peso no orçamento. Hoje a Previdência, sozinha, é responsável por quase 60% dos gastos do governo federal. Se a Petrobras inteira for vendida hoje, pelo valor de mercado, o dinheiro da venda não cobriria nem um ano do déficit da Previdência.  Que busque o equilíbrio das contribuições de todas as categorias: serviço público, políticos e iniciativa privada. Trata-se da promoção de justiça social.  Que promova o equilíbrio fiscal do Brasil, criando ambiente propício aos investimentos, tanto da iniciativa privada quanto governamentais, fatores determinantes do crescimento sustentado, pilar da modernização do País. A Associação Comercial e Empresarial de Minas – ACMinas leva aos seus vice-presidentes, diretores, associados e a toda a comunidade empresarial mineira a sua mensagem de otimismo e alinha-se aos esforços pela aprovação da reforma, com a necessária rapidez e a preservação de seus fundamentos – e enfatiza o papel aglutinador que exerce em sua defesa. Ela é essencial para que o Brasil retome taxas de crescimento condizentes com o seu potencial e com as aspirações de um futuro de prosperidade. Com isso, a ACMinas manifesta sua decisão de participar de maneira ativa deste debate, aglutinando os esforços de todos os segmentos sociais e corporativos em favor das mudanças.

permitir não utilizarmos mais áreas de armazenamento terceirizadas. Este incremento possibilitará ainda o aumento da capacidade produtiva, visando o atendimento dos mercados interno e externo, de acordo com a demanda”, explicou. Conforme Camiloti, atualmente, a empresa opera com 70% da capacidade da unidade de Contagem. Além desta unidade fabril, a Forno de Minas conta ainda as fábricas em Conceição do Pará

(Centro-Oeste) e em Araxá (Alto Paranaíba), 14 filiais no Brasil e uma subsidiária nos Estados Unidos e produção mensal de 2.200 toneladas. Ao todo são mil funcionários.

Se confirmado, o montante representará crescimento de cerca de 15% em relação ao ano anterior. “Diante as circunstâncias vividas no ano passado, consideramos um resultado satisfatório, dado a recuperação ainda lenta da economia e os impactos da greve dos caminhoneiros. Para este exercício, o otimismo é maior, mas ainda cauteloso”, finalizou.

Desempenho - De acordo com o executivo, apesar das recentes crises vividas pelo País, a Forno de Minas tem mantido bons resultados. A empresa encerrou 2018 com faturamento de R$ 380 milhões e a expectativa é chegar aos R$ * A repórter viajou a convite 440 milhões neste exercício. da Abras.

VEÍCULOS

Case IH lança linha especial de colhedora e homenageia John Pearce THAÍNE BELISSA

No meio de dezenas de colhedoras de cana-de-açúcar de cor vermelha no pátio da fábrica da Case IH em Piracicaba, no interior de São Paulo, uma máquina se destaca por ser completamente preta. É a primeira da linha especial da colhedora A8810 Single Row, que leva o nome John Pearce Signature, em homenagem ao australiano que foi o responsável por trazer ao Brasil a tecnologia Austoft, que marca o início da mecanização da colheita de cana no País. A linha, lançada ontem, terá cerca de 50 unidades da máquina considerada a melhor da marca até o momento. O vice-presidente da Case IH América do Sul, Christian Gonzalez, explicou que a homenagem já vinha sendo demandada pelos próprios clientes da Case IH e acabou acontecendo este ano, quando se comemora os 75 anos de desenvolvimento da tecnologia Austoft. Ela foi

criada durante a Segunda Guerra Mundial e possibilitou a mecanização da colheita de cana. “Hoje o Brasil já tem um índice de 98% de mecanização nas plantações de cana, o que é muito positivo por causa dos benefícios que essas máquinas trouxeram. Estamos falando de ganho econômico, uma vez que e a mecanização traz eficiência para a colheita; ganho social, pois o trabalho de corte da cana verde era muito penoso, além de ganho ambiental, pois no modelo tradicional era preciso queimar as folhas da cana para que ficassem menos cortantes”, disse. John Pearce chegou ao Brasil em 1977 como representante da Austoft, marca que foi adquirida pela Case IH. Foi essa tecnologia que a empresa utilizou para produzir a máquina considerada a primeira colhedora de cana no mundo. “O desenvolvimento do setor sucroenergético no Brasil está ligado a John Pearce”,

destaca o vice-presidente. Além de sua cor preta, que destoa das vermelhas produzidas na fábrica, a máquina da linha especial não tem outros diferenciais em relação à linha já produzida. Entretanto, Gonzalez faz questão de ressaltar que se trata do último modelo lançado pela Case no fim de 2018 e que é considerada a melhor máquina da marca. “Esse modelo é resultado do acúmulo de cerca de 100 melhorias realizadas nos últimos três anos. Já constatamos que essa máquina trouxe um aumento de 25% na produtividade e cerca de 10% a 15% de redução no uso de combustível”, afirmou. De acordo com ele, a máquina terá o mesmo preço de uma da linha tradicional e produção limitada: serão cerca de 50. A primeira, que foi apresentada ontem, já foi vendida para a São Martinho, uma das maiores empresas do setor sucroenergético do País.

Anfavea teme fuga de investimentos Brasília - O setor automotivo brasileiro, que defendia a renovação por mais três anos do sistema de cotas no comércio de veículos entre Brasil e México, disse, em nota, que o “temor não é em relação ao intercâmbio de produtos, mas quanto ao risco de que futuros investimentos das matrizes acabem indo para o México, em detrimento do Brasil - sobretudo de veículos de maior valor agregado”. Na terça-feira (19), o governo anunciou que passou a valer o livre comércio de veículos leves, sem a cobrança de tarifas ou limitação quantitativa, entre Brasil e México. Em nota, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirmou que a renovação do sistema de cotas seria uma forma de “resguardar a indústria brasileira, que tem menor competitividade em relação à mexicana”. “Aquele país tem carga

tributária menor, infraestrutura mais eficiente e maior escala, já que exporta para os Estados Unidos. Seria um prazo também para que os dois governos recém-empossados discutissem melhor as regras de origem das peças utilizadas na fabricação dos carros, que ainda gera muitas dúvidas nas montadoras”, destacou a associação. O fim do regime de cotas para veículos leves neste ano estava previsto em acordo firmado em 2015 pelos dois países. Desde ontem, também deixou de vigorar a lista de exceções, que previa regras de origem específicas para autopeças. “O retorno ao livre comércio automotivo entre Brasil e México é passo importante para aprofundar o relacionamento comercial entre as duas maiores economias da América Latina”, disseram, em nota, os ministérios da Economia e das Relações Exteriores, na terça-feira (19).

A partir de 2020, está previsto o livre comércio também para veículos pesados (caminhões e ônibus) e suas autopeças. “Adicionalmente, o governo brasileiro tem grande interesse em ampliar o livre comércio com o México para outros setores, tanto industriais quanto agrícolas, com a inclusão de matérias sanitárias e fitossanitárias, facilitação de comércio e barreiras técnicas ao comércio, conforme compromisso assumido anteriormente nas negociações do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE-53)”, diz a nota. “Dentro de uma dinâmica de abertura e de aproveitamento do pleno potencial das duas maiores economias da América Latina, o governo brasileiro pretende retomar as negociações para um acordo mais abrangente de livre comércio com o México, paralisadas desde 2017”, ressalta. (ABr)


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LEGISLAÇÃO REFORMA TRABALHISTA

TST adia julgamento de adequação de súmulas Mudança na data da sessão no órgão ocorreu após a abertura de ADC no Supremo Tribunal Federal Brasília - O plenário do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu ontem adiar, sem prazo, o julgamento sobre a adequação de sua jurisprudência à reforma trabalhista de 2017. A corte trabalhista julgaria também a constitucionalidade do artigo 702, alínea f, da reforma, que estabelece condições para que o TST possa criar ou alterar suas próprias súmulas – enunciados curtos destinados a consolidar um entendimento jurídico para que sirva de parâmetro a todos os casos semelhantes. O adiamento se deu em função de uma ação declaratória de constitucionalidade (ADC) aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (18), na qual se pede que a Corte garanta a validade do artigo 702. As autoras são a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif), a Confederação Nacional do Turismo (CNTur) e a Confederação Nacional de Transportes (CNT). As confederações pediram uma liminar (decisão provisória) para que o TST fosse obrigado a suspender o julgamento sobre a constitucionalidade do artigo 702, marcado para ontem. Na terça-feira (19), o relator no STF, ministro Ricardo Lewandowski, limitou-se a pedir informações ao tribunal trabalhista, que decidiu ontem, por conta própria, pelo adiamento. “Esperávamos resolver isso hoje (ontem, dia 20), mas não podemos ignorar que esse assunto está submetido ao Supremo Tribunal Federal”, explicou o presidente do TST, ministro João Batista Brito Pereira. Dos 26 ministros da corte trabalhista, somente cinco votaram contra o adiamento. O artigo 702, alínea f, da reforma trabalhista, prevê que, para poder alterar suas pró-

PEDRO VENTURA/AGÊNCIA BRASIL

prias súmulas, o TST precisa da aprovação de dois terços do plenário e que a mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica, por unanimidade, em, no mínimo, dois terços das turmas do tribunal e em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas. A expectativa é de que o TST considere o artigo inconstitucional, por restringir em demasia sua autonomia de análise sobre as disputas trabalhistas. Contradições - Mais de um ano e oito meses desde a entrada em vigor da reforma trabalhista, em julho de 2017, o TST ainda convive com súmulas em aparente contradição com o texto aprovado no Congresso, relacionadas a assuntos como custas processuais, horas de deslocamento e equiparação salarial, entre outros. A situação gera insegurança jurídica e tem travado ações trabalhistas. Na sessão plenária de ontem, o ministro Brito Pereira destacou a situação difícil vivida pelos magistrados trabalhistas, obrigados ao mesmo tempo a seguir as súmulas do TST e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Nós então vivemos esse drama. São os juízes de primeiro grau, são os juízes de segundo grau, os advogados, os consultores jurídicos, os sindicatos de profissionais, os empresários, e para falar só desses, todos estão cobrando”, disse o presidente do TST. Se o artigo 702 da reforma trabalhista tiver a validade confirmada pelo STF, o TST pode ficar impedido de revisar e adequar suas súmulas ao novo texto da lei, tendo como única alternativa cancelar aquelas que não atendam aos novos critérios. (ABr)

TST ainda convive com súmulas em aparente contradição com a reforma trabalhista em vigor desde 2017

RECEITA FEDERAL

Brasil e Suécia assinam protocolo que moderniza modelo de acordo tributário entre países DA REDAÇÃO

Brasil e Suécia firmaram, na última terça-feira, em São Paulo, um protocolo de emenda à Convenção para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre a Renda, celebrada pelos países em 25 de abril de 1975. O documento foi assinado pelo secretário especial da Receita Federal do Brasil, Marcos Cintra, e pelo embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn. A assinatura reflete os esforços do País para modernizar a sua rede de acordos tributários diante de um contexto de crescente mobilidade das atividades comerciais e de internacionalização das empresas.

O protocolo traz importantes melhorias ao texto do acordo, dentre as quais se pode citar a redução dos limites à tributação na fonte em categorias específicas de rendimentos, a modificação do artigo sobre os métodos para evitar a dupla tributação e a atualização do artigo que disciplina o procedimento amigável, com vistas a promover uma maior efetividade desse mecanismo de solução de disputas. Em linha com os compromissos assumidos pelo País no âmbito do G20, o novo texto incorpora os padrões mínimos do Projeto sobre a Erosão da Base Tributária e Transferência de Lucros (Projeto BEPS) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), bem como

AÇÃO PÚBLICA

outras recomendações relevantes do projeto. Fortalecimento de relações Incluiu-se também artigo específico de combate à elisão fiscal e ao uso abusivo do acordo. Por fim, foi atualizado o artigo para o intercâmbio de informações tributárias, conforme os padrões internacionalmente aceitos de transparência tributária. Busca-se, assim, estimular os fluxos de investimentos produtivos recíprocos entre os países e fortalecer as relações comerciais bilaterais, ao tempo em que se combate o planejamento tributário e as possibilidades de uso abusivo do tratado. (Com informações da Receita Federal). ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)

STJ condena rede de farmácias mineira a manter farmacêuticos em tempo integral em unidades DA REDAÇÃO

O Superior Tribunal de Justiça condenou a rede de farmácias Drogaria Araujo a disponibilizar farmacêutico em todas as unidades durante todo o horário de funcionamento. A decisão foi assinada pelo ministro Mauro Campbell Marques, acatando recurso especial do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O texto da ação pública de autoria do MPMG pede o cumprimento na íntegra do artigo 15, parágrafo 1º, da Lei 5.991/73, que exige a presença obrigatória do responsável técnico nas farmácias e drogarias, durante todo o horário de funcionamento dos estabelecimentos. A lei exige ainda que o profissional esteja, obrigatoriamente, inscrito no respectivo conselho profissional. No entendimento da justiça, não é válido o modelo de atendimento pretendido pela rede, que disponibiliza assistência farmacêutica em suas lojas por meio de sistema de plantão. A prática levou o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais a buscar a intervenção do Ministério Público a fim de que a lei fosse devidamente cumprida, em favor da garantia do bom atendimento à população e também da valorização do profissional farmacêutico. A Associação de Farmácias e Drogarias – Assifarma também tentou implementar essa prática

de atendimento, o que foi negado pela 5ª vara da Justiça Federal de Minas Gerais em sentença de 1ª instância, reafirmando a necessidade do bom atendimento e valorização do profissional farmacêutico. Fiscalização - Para a presidente do CRF/MG, Yula Merola, a decisão vem reafirmar a forte atuação fiscalizadora do Conselho Regional no Estado a fim de regulamentar o atendimento ao cidadão. “O Ministério Público tem sido um grande parceiro na luta pelo avanço em termos de saúde pública, em Minas e no Brasil. Precisamos garantir uma atuação responsável dos agentes de saúde. A dispensação de medicamentos é uma função privativa do farmacêutico. Não podemos negligenciar. Os estabelecimentos usam como justificativa a falta de profissionais no mercado para o não cumprimento da lei, e isso não é verdade”, afirma a presidente. A decisão do Superior Tribunal de Justiça consolida o entendimento já firmado pela mesma Corte, desde 2015, de abrangência nacional, no sentido de que drogarias e farmácias devem contar com a presença de farmacêutico responsável técnico durante todo o período de funcionamento, sendo os Conselhos Regionais de Farmácia competentes para fiscalizar e autuar tais estabelecimentos, visando ao cumprimento da lei. (Com informações do CRF-MG).

Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016; além dele, outras duas pessoas também foram denunciadas

MPF

Ex-governador Sérgio Cabral é denunciado pela 29ª vez por suspeita de corrupção Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu nova denúncia à Justiça contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Essa foi a 29ª vez que Cabral foi denunciado por causa de suspeita de envolvimento com um esquema de corrupção enquanto ele governava o estado. Além de Sérgio Cabral, que está preso desde novembro de 2016, foram denunciados o ex-secretário da Casa Civil de seu

governo Régis Fichtner e seu operador, Fernando França, que também já estão presos. Desta vez, Cabral foi denunciado por ter dado anuência ao recebimento de R$ 4,9 milhões por Régis Fichtner e Fernando França, em 21 parcelas, entre 2011 e 2014, e à lavagem desses ativos. De acordo com a denúncia, o dinheiro era entregue pelos irmãos Marcelo e Renato Chebar, por Claudio Fernando Barboza

de Souza e por Vinicius Claret Vieira, através da transportadora Transexpert. Os três são denunciados por formação de quadrilha, uma vez que eles teriam se associado de forma estruturalmente organizada para cometer o crime. A denúncia reforça a posição de Cabral como líder da organização criminosa que é acusada de vários crimes, já descritos nas denúncias anteriores. (ABr)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Economia com militares será de R$10,5 bi

ANTICRIME

Moro pede que Congresso Em contrapartida, categoria será beneficiada com a ampliação e criação de gratificações se debruce Brasília - A reforma da do com o projeto como um no projeto Previdência das Forças Ar- todo será de R$ 33,65 bilhões, RICARDO MORAES - REUTERS

madas apresentada ontem pelo governo do presidente Jair Bolsonaro terá um impacto positivo para as contas públicas de apenas R$ 10,45 bilhões em dez anos, após incorporar uma reestruturação da carreira e benefícios à categoria, para obter a benção do Ministério da Defesa. A reestruturação terá um custo de R$ 86,85 bilhões em uma década, levando o ganho líquido com o projeto a um patamar bem menor que o anteriormente divulgado. Quando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que mexe nas regras previdenciárias para servidores públicos civis e trabalhadores da iniciativa privada foi apresentada há um mês, a equipe econômica divulgou que o projeto para os militares faria o governo poupar R$ 92,3 bilhões em dez anos, considerando apenas as alterações com inatividade e pensões. Na ocasião, não se falou sobre uma reestruturação de carreira e os custos que isso traria. Agora, o governo previu que a economia na frente previdenciária dos militares será de R$ 97,3 bilhões, ligeiramente elevada para absorver o custo da reestruturação das carreiras. Em 20 anos, o ganho líqui-

informou o governo em apresentação a jornalistas. Conforme já havia sido divulgado por membros da equipe econômica, a projeto também aumenta o tempo de contribuição dos militares de 30 para 35 anos e eleva gradualmente a alíquota de contribuição de 7,5% para 10,5%, patamar que valerá de 2022 em diante. Em outra frente, as pensões de militares serão objeto de retenção previdenciária. Hoje elas não pagam nada. Com o projeto, passarão a arcar com uma alíquota de 10,5%. Na transição para o novo regime, segundo apresentação do governo, o militar da ativa que ainda não tiver preenchido requisitos para a inatividade deverá cumprir o tempo restante até completar os 30 anos de serviço, além de um pedágio de 17% do tempo faltante.

Impacto total - Com um projeto para os militares desidratado em termos fiscais, a economia total com as mudanças da Previdência de um modo geral cairá a R$ 1,083 trilhão em dez anos. Antes, o governo previa que essa cifra seria de R$ 1,165 trilhão, sendo R$ 1,072 trilhão

Reestruturação da carreira das Forças Armadas vai compreender nos próximos dez anos

com a PEC que mexerá nas regras para acesso a aposentadoria de todos os demais trabalhadores. Carreira - A reestruturação da carreira das Forças Armadas vai compreender nos próximos dez anos uma redução de 10% do efetivo dos militares. A proposta apresentada ao Congresso Nacional também prevê o pagamento de um adicional de habilitação, uma parcela remuneratória mensal devida ao militar, inerente aos cursos realizados com aproveitamento. O pagamento desse adicional - que já existe - será elevado

em várias faixas, a depender da patente do militar. O adicional de habilitação para um general que tenha feito um curso de “Altos Estudos Categoria I”, por exemplo, vai pular para 71%, ante 30% atualmente. Haverá também o pagamento de adicional de disponibilidade militar - percentual que vai incidir sobre o soldo dos oficiais e praças pago mensalmente a partir de 1º de janeiro de 2020. O projeto prevê ainda uma ajuda de custo na transferência para a reserva. Este valor será aumentado de 4 para 8 vezes o valor do soldo, pago uma única vez no momento

da transferência para a inatividade. Em estudo divulgado no fim de janeiro, o Tesouro apontou que o déficit previdenciário dos militares ficou em R$ 43,9 bilhões em 2018 e foi o que mais avançou no ano, com salto de 12,9%, contra um crescimento de 6,7% no rombo do INSS e de 3,8% entre os servidores civis. Os militares argumentam que esse déficit não pode ser tratado como previdenciário já que, na prática, os militares não se aposentam, mas entram para a reserva, podendo ser novamente convocados a trabalhar pelas Forças Armadas. (Reuters) ADRIANO MACHADO - REUTERS

24% avaliam o governo do Bolsonaro como ruim ou péssimo

PESQUISA

Aprovação do governo Bolsonaro cai 15 pontos e vai a 34%, diz Ibope São Paulo - A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro sofreu uma queda de 15 pontos percentuais em relação a janeiro e agora soma 34%, apontou pesquisa Ibope divulgada pelo instituto ontem, que também mostrou que a aprovação pessoal do presidente caiu 16 pontos no período, para 51%. De acordo com o levantamento, a avaliação regular do governo Bolsonaro é de 34%, ao passo que 24% avaliam o governo como ruim ou péssimo. Em fevereiro, a avaliação positiva do governo era de 39%, enquanto em janeiro esse número era de 49%. No mês passado, 30% consideravam o governo regular, contra 26% em janeiro. Já o percentual dos que viam o governo de forma negativa era de 19% em fevereiro e de 11% em janeiro. De acordo com o Ibope, 8% não souberam responder quando indagados sobre a avaliação do governo,

percentual que era de 12% em fevereiro e de 14 % em janeiro. Ainda de acordo com a sondagem, 51% dos entrevistados aprovam o desempenho pessoal de Bolsonaro na Presidência, ante 57% em fevereiro e 67% em janeiro. O percentual dos que desaprovam é de 38% agora, contra os 31% registrados em fevereiro e 21 % em janeiro. Segundo o instituto, 10% não souberam responder sobre o desempenho pessoal de Bolsonaro, ante 12% em fevereiro e janeiro. O Ibope também pesquisou a confiança em Bolsonaro, e 49% afirmaram confiar no presidente, contra 55% em fevereiro e 62% em janeiro. Ao mesmo tempo, 44% afirmaram não confiar em Bolsonaro, ante 38% em fevereiro e 30% em janeiro. O Ibope ouviu 2.002 pessoas entre sábado e terça-feira. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. (Reuters)

Brasília - Ao participar do lançamento da Frente Parlamentar da Segurança Pública no Salão Negro da Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu ontem ao Congresso Nacional que se debruce no projeto de lei anticrime. “É um projeto importante, é uma questão urgente. Acho que os eventos que ocorreram este ano, especialmente [os ataques] no Ceará, acendem uma luz amarela de que a questão da segurança pública é algo que tem que ser tratado com a devida celeridade, porque as ameaças são cada vez maiores. E o projeto caminha nessa área endurecendo o tratamento para crimes mais graves, destravando nossa legislação e criando mecanismos para melhor investigação”, afirmou Moro. Perguntado se será possível o pacote anticrime tramitar junto com a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, o ministro disse que tem conversado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o tema. “Na minha avaliação, isso pode tramitar em conjunto, não haveria maiores problemas. Mas vamos conversar, estamos abertos ao diálogo. Evidentemente, as decisões relativas ao Congresso pertencem ao Congresso”, afirmou Moro. “O desejo do governo era de que o projeto fosse encaminhado logo às comissões, mas isso vai ser conversado respeitosamente com o deputado Rodrigo Maia”. A Frente Parlamentar da Segurança Pública tem mais de 300 integrantes e será coordenada pelo deputado Capitão Augusto (PR-SP). O pacote anticrime do governo federal é uma das pautas do grupo. EUA - Moro também comentou a viagem aos Estados Unidos em que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a contratação do uso da base de Alcântara pelos EUA vai trazer “recursos importantes” ao Brasil. No âmbito da segurança pública, o ministro disse que foram assinados acordos entre o FBI e a Polícia Federal brasileira para troca de informações. Com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, foi definida cooperação no âmbito de controle de fronteiras. “Na área de segurança, os interesses são muito convergentes. Há um compromisso de ambos os países de defender a democracia contra as diversas ameaças como terrorismo, crime organizado, tráfico de drogas. Temos muito a aprender.” (ABr)


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CERVEJA ARTESANAL

Lançamentos sazonais rendem força ao setor Receitas inusitadas, disponíveis por um período, geram experiência diferenciada para o consumidor DIVULGAÇÃO

THAÍNE BELISSA

Inseridas em um mercado de produtos gourmet, as cervejarias artesanais precisam se reinventar para garantir valor agregado e experiências de consumo aos seus clientes. Nessa corrida por novidades, os produtores apostam nos lançamentos sazonais, que trazem frescor ao portfólio da marca, movimentam novos consumidores e garantem o incremento de receita para as cervejarias. Um exemplo é a Prussia Bier, que fica em São Gonçalo do Rio Abaixo, na região Central do Estado. A cervejaria existe há quatro anos e, desde o ano passado, adotou a estratégia de lançar rótulos que levam receitas inusitadas e que estão disponíveis ao público por 30 dias. “Quando começamos apostamos na cerveja clássica porque é a que traz mais demanda. Mas percebemos que os rótulos sazonais geram um efeito positivo para a marca, que passa a se posicionar, também, como uma cervejaria que se arrisca com novidades”, afirma o diretor comercial, Railton Vidal. Ele destaca que as cervejas sazonais geram uma experiência diferenciada para o consumidor, pois normalmente são receitas com ingredientes diferentes dos encontrados nas cervejas em supermercados. Uma das linhas de sazonais da Prussia Bier, por exemplo, traz frutas frescas da estação para a receita tradicional da Catharina Sour. “Este ano já lançamos a cerveja com jabuticaba, com goiaba e, este mês, a sazonal é de abacaxi. Adicionamos a fruta fresca direto no tanque”, destaca. Segundo ele, a escolha do abacaxi para a receita do mês de março tem a ver com o verão. A cervejaria buscou uma fruta que fosse refrescante e, ao mesmo tempo, equilibrada. Vidal destaca que o abacaxi também geraria uma receita um tanto inusitada de cerveja e, por isso, atrairia a curiosidade dos consumidores. De acordo com o diretor, a cervejaria produz cerca

Além das cervejas sazonais, a Vinil está apostando em uma novidade este ano para atrair os consumidores: o lançamento das versões em lata de 473 ml

de 1.000 litros dos rótulos sazonais, que ficam disponíveis ao público durante um mês. Além de atrair novos consumidores, as sazonais também ajudam a incrementar a receita, tendo em vista que são produtos com maior valor agregado e, portanto, maior custo. “Esses rótulos agregam consideravelmente a receita e ajudam a bater a meta de faturamento no mês”, afirma. Segundo ele, a Prussia Bier produz, hoje, 28 mil litros de cerveja por mês. A expectativa da marca é chegar a 35 mil litros mensais até o fim de 2019. Outra cervejaria que tem apostado nas sazonais é a Vinil, que fica no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o sócio, Fabrício Pimenta Bastos, no ano passado, a empresa aumentou em mais de 60% sua produção, passando de 12 mil litros por mês para 20 mil litros mensais. Ele afirma que os lançamentos das sazonais foram essenciais para esse resultado. “Rótulos especiais têm margem de lucro maior e por isso trazem um bom

retorno para a operação. No ano passado lançamos quatro sazonais e este ano estamos preparando mais uma”, afirma. Além de aumentar a receita, esses rótulos fora do portfólio também têm o poder de movimentar a marca, segundo o sócio. “Consumidor de cerveja artesanal nem sempre é fiel a uma única marca. Ele gosta de experimentar coisas novas. Quando lançamos uma edição sazonal ela atrai pela novidade e também porque depois não vai mais ser produzida, o que motiva o consumo”, analisa. Embalagens - Além das cervejas sazonais, a Vinil também está apostando em uma novidade este ano para atrair ainda mais consumidores: o lançamento

Uma cervejaria onde é possível encontrar rótulos com tangerina, cacau e manga. A ideia parece ser inusitada, mas essa á a história do empresário Bruno Moreno, um dos sócios e fundadores da cervejaria Dogma, eleita três vezes a melhor cervejaria do País pelo portal Ratebeer, uma das principais plataformas de avaliação de cervejas no mundo. Moreno é natural de Três Pontas, município brasileiro localizado na região Sul de Minas Gerais, com aproximadamente 54 mil habitantes. Formado em Economia pela FEA (USP) e em Medicina pela Faculdade Santa Marcelina, o empresário diz que

sempre gostou de cerveja. “Decidi fazer um curso sobre a bebida junto com o meu pai quando eu tinha 22 anos, e meu interesse em produzir minha própria marca cresceu ainda mais”, explica o empresário. Foi assim que surgiu a cerveja Serra de Três Pontas, uma homenagem a sua cidade. Durante esse período, ele conheceu dois amigos que também gostavam de cervejas e tinham suas próprias marcas: Luciano Silva, da Noturna; e Leonardo Satt, da Prima Satt. Eles se ajudavam com receitas, produção e logística, até que, depois de quatro anos, eles decidiram unir forças numa única empresa e assim criaram a cervejaria Dogma, em 2015.

GIL / DIVULGAÇÃO

Prussia Bier traz frutas frescas da estação para a receita

Fábrica de sorvete da lugar a cervejaria LUCIANA MONTES, EDITORA

Após investir no segmento de sorvetes por sete anos, os irmãos Crisley e Maykel Alves dos Anjos, diante da sazonalidade do produto e da concorrência com as gigantes do setor, resolveram mudar

Mineiro ganha título de melhor do País DA REDAÇÃO

das versões em lata de 473 ml. A nova embalagem será para as artesanais Almanaque Pilsen e Groove American Ipa, que já são sucesso na versão garrafa e chope. O sócio explica que o formato é mais adequado para alguns ambientes específicos, como foi no Carnaval. “Nem todos os lugares trabalham com garrafa e chope. Ter o modelo em lata nos dá a possibilidade de alcançar mais um mercado”, afirma. Até o momento, a Vinil produz 34 mil litros de cerveja por mês. Mas, segundo Bastos, a cervejaria deve chegar a uma produção de 45 mil litros mensais até o fim do ano. A empresa também está trabalhando com parcerias para levar a marca com mais força para outros estados.

O sucesso da marca foi tão rápido que em 2017 eles já tinham seu próprio bar na região da Santa Cecília, em São Paulo. “Nós sempre buscamos criar cervejas inusitadas e com receitas únicas, para oferecer uma experiência surpreendente ao consumidor que prefere algo diferente no mercado, para isso investimos em ilustrações nas embalagens, receitas que levam manga, tangerina e chocolate na composição, além dos nomes de nossas cervejas”, afirma Moreno. Em um ano com o bar, a Dogma já faturou mais de R$ 1 milhão. A capacidade instalada é de 3.500 litros e o faturamento é de R$ 120 mil por mês.

o rumo dos negócios. Há três meses, os empresários estão readaptando a fábrica instalada em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, para dar início, em breve, à produção da cerveja artesanal Stellare em Minas Gerais. Cerca de R$ 500 mil estão sendo investidos, com recursos próprios. Segundo Crisley dos Anjos, a produção hoje, de 10 mil litros por mês, é feita no estado do Rio - o local não pode ser revelado por questões contratuais. Com a abertura da fábrica em Juiz de Fora, a estimativa é de que sejam envasados 20 mil litros mês, podendo chegar a 30 mil litros mês, em apenas um turno de trabalho. “Compramos um tanque de fermentação e fizemos modificações na planta. Estamos, agora, aguardando a liberação do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, disse o empresário. A aposta dos irmãos Anjos não é à toa. Nos últimos cinco anos, segundo levantamento

do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o mercado de cervejas artesanais avançou 130%. Existem, atualmente, pelo menos 835 negócios e quase 170 mil produtos, que respondem por 1,5% do mercado nacional. No ano passado, eram 679 microcervejarias e faturamento de R$ 130 bilhões, de acordo com o estudo. Em número de unidades fabris no País, o Sul lidera, com 369 plantas artesanais, seguido do Sudeste (328). Em um outro pelotão de empresas, o Nordeste tem 61 unidades; o Centro-Oeste, 51, e o Norte, 26. Quanto ao ranking estadual, a liderança é do Rio Grande do Sul (179), tanto em ranking de cervejarias quanto na densidade - proporção de cervejarias por habitante. São Paulo fica em segundo (144) e Minas Gerais (112) em terceiro, seguido de Santa Catarina (102), Paraná (88), Rio de Janeiro (56), Goiás (25), Pernambuco (18), Espírito Santo (16)

e Mato Grosso (12). Pulo do gato - O grande diferencial da Stellare diante da concorrência, segundo Crisley dos Anjos, será a produção e venda em escala comercial, “garantindo ao consumidor final qualidade e preço competitivo”. Para atingir o objetivo, parcerias estão sendo fechadas no Estado, para que a marca chegue a mais pontos de venda. Para alcançar a excelência do produto, foi contratado um Mestre Cervejeiro, profissional responsável pela seleção da matéria-prima, acompanhamento do passo a passo da fabricação e a assinatura dos diferentes tipos de cerveja. A empresa produz, hoje, dois tipos de cerveja Pilsen, feitas com malte e lúpulo 100% alemão, que são oferecidas em garrafas de 600 ml. Assim como a maioria das cervejarias artesanais, a Stellare tem atuação regional e emprega poucos funcionários. “Hoje, geramos oito empregos diretos.”

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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

PESQUISA

UFMG obtém duas patentes do campo da nanotecnologia Cimento nanoestruturado tem alcance de mercado DA REDAÇÃO

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou duas pesquisas inovadoras no campo da nanotecnologia que resultaram em patentes para a universidade. O primeiro, o cimento nanoestruturado, já patenteado nos EUA em 2015 e na China em 2016, recebeu carta-patente no Brasil. Já a segunda pesquisa resultou em uma nanoantena que possibilita a análise em alta resolução de estruturas de dimensões nanométricas. Cimento nanoestruturado - A tecnologia que incorpora nanotubos de carbono ao cimento muda, pela primeira vez, a estrutura do material usado desde o Império Romano. Adicionada

molecularmente na matriz cimentícia, a nanofibra de carbono modifica suas propriedades mecânicas após a hidratação, melhorando a resistência à compressão e à tração. “Hoje sabemos que a adição de 0,3% de nanotubos em compósitos cimentícios aumenta seu modo de tração em 60%. Ou seja, uma pitadinha muda essa propriedade”, resume o professor Luiz Orlando Ladeira, que deu início às investigações nessa rota, diferente de caminhos trilhados anteriormente por pesquisadores de todo o mundo, que tentavam adicionar o componente por meio de mistura física. Segundo ele, a fibra, em escala nanoscópica, tem ligações carbono-carbono entre seus átomos, a mais forte

existente na natureza. “O concreto, feito com cimento, não tem essa propriedade, por isso se usa o aço”, comenta o pesquisador. O concreto produzido com cimento nanoestruturado não dispensa o uso do aço, mas diminui o seu consumo. Contudo, o ganho mais significativo é a resistência ao estresse térmico, em que processos de aumento e diminuição de temperatura Tecnologia que incorpora nanotubos de carbono ao cimento muda a estrutura do material geram fadiga mecânica, levando a fissurações. “Com Metrologia, Qualidade e Tec- trabalho, não existe nenhu- óptica com as de microscopia esse material, a resistência nologia (Inmetro), o nanoes- ma engrenagem mecâni- por varredura por sonda e ambiental aumenta demais. pectrômetro é composto de ca capaz de movimentar a possibilita a visualização Problemas que ocorreriam antena que chega a poucos antena com tamanha preci- de átomos e moléculas. A em 10 anos vão ocorrer em nanômetros de distância do são. “Para isso, utilizamos antena está atrelada a uma 50. Esse cimento será o futuro material, capta suas ondas material piezoelétrico, que estrutura para realização de da construção civil”, prevê. eletromagnéticas e as trans- dilata quando submetido a experimentos, visualizações mite como sinal óptico a um uma diferença de potencial”, e manipulações na escala naNanoantena - Desenvolvido software que realiza a análise. explica. nométrica e pode ser usada por pesquisadores da UFMG Segundo Ado Jorio, proO equipamento mistura tanto para nano quanto para e do Instituto Nacional de fessor e um dos autores do técnicas de espectroscopia biotecnologia.

DIVULGAÇÃO

MODA

Fiemg lança 24ª edição do Minas Trend Trend, Ronaldo Fraga. O estilista ressaltou que a moda é o documento mais fiel do tempo e nos faz entender o desejo de uma época. “Se Dior fosse olhar apenas o seu tempo, no pós-guerra, imaginem o que ele teria criado”, provocou Ronaldo Fraga. “Só que ele entendeu o desejo daquele período, os sonhos e o luxo. O resultado todos nossos sabemos: a criação da marca Dior”, afirmou, ressaltando que o nosso desafio é olhar para o nosso tempo e traduzir os anseios. “A moda sempre se lançou no caminho do futuro, como uma luz no fim do túnel e por isso pensamos neste tema: Dias de sol. O que queremos são dias de oxigênio, de férias, de relaxamento e de romances. Serão quatro dias de praia em Belo Horizonte. Terá

o mar, areia, toda a cenografia foi pensada nisso”, afirmou, lembrando que desde a edição passada o evento tomou um caminho mais democrático. “A população poderá entrar, sem precisar de convite, na parte externa, onde terá inúmeras atrações”, afirmou. “O Minas Trend sempre foi um evento descontraído e alegre”, afirmou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. “As marcas dedicam muito trabalho e esforço e os produtos expostos são frutos da criatividade mineira. É por isso, que nessa edição abraçamos a nossa cultura”, afirmando que, além dos tradicionais desfiles, essa edição terá uma programação rica, com gastronomia, exposição, shows e teatro. “Com isso pretendemos mostrar que cultura e moda

não podem ser desassociadas. A moda vive e bebe na cultura, que também vive e bebe da moda”, ressaltou. “E vocês, criadores da moda, são expressão disso”, pontuou, cumprimentando os presentes. Segundo o empresário, a expectativa é de um número recorde de expositores. “Estamos trabalhando a racionalização do orçamento, mas sem perder a qualidade em relação à edição passada”, disse. “Com isso o evento entra na era sustentabilidade e pode começar a alçar voos mais altos”, pontuou.

Méliuz e PAN lançam cartão internacional

São Paulo - A Walt Disney fechou a compra de US$ 71 bilhões em ativos de televisão e filmes da Twenty-First Century Fox ontem, dando ao seu serviço de streaming uma série de conteúdos populares na Netflix. O acordo expandirá o portfólio da Disney de alguns dos personagens mais populares do mundo, unindo Mickey Mouse, Luke Skywalker e os super-heróis da Marvel com as franquias X-Men, “Avatar” e “Os Simpsons” da Fox. O serviço de streaming, Disney+, visa a compensar a perda contínua de assinantes da ESPN e de outras redes de TV a cabo. A conclusão do acordo com a Fox chega quase um ano depois que a Disney venceu uma guerra de lances contra a empresa de TV a cabo Comcast pelos ativos. A nova empresa de mídia, que abrigará ativos como o Fox News Channel e a Fox Broadcast Network, deve gerar cerca de US$ 10 bilhões em receita anual. (Reuters)

DA REDAÇÃO

Flávio Roscoe e Ronaldo Fraga: tema celebra diversidade

Quem disse que Belo Horizonte não tem praia? O sol e toda a leveza e diversidade da primavera e do verão vão invadir a capital dos mineiros na 24ª edição do Minas Trend. O salão de negócios, que será realizado de 9 a 12 de abril no Expominas, foi lançado em evento realizado na sede da Fiemg, na terça-feira. O tema desta temporada é “Em dias de Sol”, que celebra a diversidade cultural, a democracia da moda e o otimismo perante a tempos difíceis que necessitam de um olhar de esperança para o futuro. “Pensar a moda como cultura, misturar teatro, show e exposição, há 10 anos, parecia loucura e hoje está acontecendo”, afirmou o diretor criativo do Minas

CASHBACK

São Paulo - O Méliuz, o Banco PAN e a Mastercard se uniram para lançar um cartão de crédito que devolverá ao consumidor, em dinheiro, pelo menos 0,8% do valor gasto em cada compra. Como a quantia é acumulativa com o cashback já oferecido pelas lojas parceiras do Méliuz, a recompensa pode chegar a 50%. Com foco em oferecer benefícios diferenciados aos usuários, o acordo foi firmado pela expertise de crédito do PAN e pelo know-how do programa de recompensas oferecido pelo Méliuz, líder no mercado de cashback. Como campanha especial de lançamento, os primeiros clientes terão isenção da mensalidade e cashback extra de 1% nas compras realizadas nas mais de 1.600 lojas on-line parceiras do Méliuz. O lançamento faz parte da estratégia da empresa de investir ainda mais em inovação, tecnologia e praticidade para os seus usuários. “Nossos clientes querem um cartão de crédito mais

robusto, que oferece benefícios de verdade. O objetivo do Méliuz, desde a nossa criação, é recompensar os consumidores em todos os momentos de compra e, agora, evoluímos com o Cartão Méliuz, que entrega a recompensa esperada para um público diferente dos que buscam cartões gratuitos”, explica o CEO e fundador do Méliuz, Israel Salmen. Para o Banco PAN, o lançamento está alinhado com a estratégia da instituição de ampliar ainda mais o seu portfólio, de se tornar um banco digital completo e aumentar a base de clientes por meio da união com parceiros nativos digitais. “Com foco nos nossos clientes, fizemos investimentos importantes em tecnologia e reestruturamos serviços e processos internos nos últimos anos. Tudo isso para oferecer o que há de melhor e mais moderno no mercado de crédito. A expertise em crédito do PAN, aliada ao know-how e à credibilidade do programa

DIVULGAÇÃO

de recompensas do Méliuz, oferecerá aos clientes um cartão de crédito diferenciado, com um serviço completo, ágil e de qualidade”, afirma o CEO do Banco PAN, Luiz Francisco Monteiro. Como funciona - A mecânica funciona do seguinte modo: até 7 dias após o pagamento da fatura, o cashback é confirmado no extrato do Méliuz e, ao completar R$ 20 de saldo, o consumidor pode resgatar o valor para sua conta corrente ou poupança, sem pagar nada por isso. A solicitação do resgate e o acompanhamento do extrato devem ser feitos pelo aplicativo ou pelo site do Méliuz. Para o vice-presidente da Mastercard Brasil, Miltonleise Filho, “a Mastercard busca trazer, por meio da tecnologia, um leque de opções para que as pessoas se beneficiem dos meios eletrônicos de pagamento e possam escolher a modalidade que mais atenda às suas necessidades financeiras”.

Salmen: nosso objetivo é recompensar os consumidores

O cartão é exclusivo para usuários do Méliuz. Para fazer a solicitação, o consumidor deve acessar o site do cartão e se cadastrar para confir-

mar seu interesse. Após a confirmação, o cliente entra em uma fila de espera para poder solicitar de fato o Cartão Méliuz.

AQUISIÇÃO

Disney fecha compra da Twenty-First Century Fox


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

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DC INOVAÇÃO MINERAÇÃO

Startup quer reduzir riscos de barragens Objetivo é contribuir para melhorar os processos de tomada de decisão nas mineradoras DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

As duas últimas tragédias que desolaram o Brasil, deixando centenas de mortes e quilômetros de devastação ambiental, a partir de Brumadinho e Mariana, levantaram um grande questionamento: é possível diminuir os riscos das barragens e garantir a segurança de todos de forma eficiente e economicamente viável? A MiningMath, startup de Belo Horizonte, garante que sim. A empresa criou um software, o SimSched, que, por meio da união de técnicas modernas de programação e da ciência de dados, permite a combinação de quaisquer variáveis de um projeto de mineração para geração de análises, hipóteses e possíveis resultados. O objetivo é contribuir para melhorar os processos de tomada de decisão nas mineradoras, de modo a considerar de forma efetiva aspectos econômicos, sociais e ambientais do negócio. A lógica do sistema é colaborativa, ou seja, cada área ou profissional insere dados relativos à sua competência e a tecnologia propõe uma série de cenários possíveis diante dos principais desafios mapeados. O resultado é um processo mais seguro e que agrega qualidade e agilidade às decisões, já que a totalidade dos parâmetros, condicionantes e variáveis de todas as áreas são cruzados e as consequências, mensuradas. Desenvolvido desde 2013 por Alexandre Marinho, formado em matemática computacional pela UFMG, e por Fabrício Ceolin, cientista da computação também pela UFMG, o SimSched permite, dentre outras funcionalidades, a visualização mais eficiente de riscos, incluindo impactos ao meio ambiente e à comunidade, a otimização de investimentos e a melhoria de processos.

No Brasil, a mineração corresponde a 36% do saldo da balança comercial brasileira, gerando mais de 2 milhões de empregos

Mariana e Brumadinho não voltem a acontecer”, afirma Alexandre Marinho. A tecnologia tem sido aplicada em grandes projetos de empresas internacionais do mercado da mineração, como a BHPBilliton, Codelco e AntofogastaMinerals, no Chile, e Glencore, no Peru. Mais segurança para as barragens - No modelo atualmente adotado, as decisões são tomadas pelas áreas da empresa de forma isolada ou em conversas com um gestor que centraliza as informações. Cada decisão é fixa e cada área avalia possibilidades sem considerar todas as variáveis das outras áreas, algo humanamente impossível. Cada execução desse trabalho pode demorar meses para ser finalizado, algo longe dos princípios tecnológicos modernos de ciência de dados e otimiza-

ção global. “Vários aspectos mudam, informações são atualizadas e oportunidades surgem ao longo dos projetos e das atividades minerárias, e seria impraticável que as mineradoras refizessem todo o planejamento para entender os impactos dessas novidades. Como consequência, têm uma dimensão parcial dos riscos e impactos de suas operações”, explica Alexandre Marinho. Com a tecnologia proposta, as empresas podem combinar aspectos geológicos, dados econômicos, restrições legais, ambientais, sociais e muitos outros a qualquer momento, sem precisar dispor de semanas ou meses de pesquisas e estudos condicionados a erros humanos. A tecnologia consegue rever todo o processo de forma rápida, possibilitando a avaliação de riscos a cada novo cenário. Assim, seria possível avaliar

várias possibilidades de disposição de rejeitos, como retorná-lo para a área da mina, cenários com redução ou eliminação do uso de água ou a possibilidade de se restringir o volume de rejeito descartado em barragens, permitindo minimizar os riscos ambientais e humanos. Para Alexandre Marinho, a tecnologia ainda poderia facilitar o envolvimento do Estado. “Atualmente, o governo precisa confiar nos relatórios apresentados pelas mineradoras, sem que possibilidades de menor risco sejam estudadas e seus indicadores quantificados. Com o sistema instalado em todas as mineradoras, o Estado poderia solicitar a execução de novos cenários, comparar resultados, acompanhar as ações e organizar prerrogativas para propor formas de minimização de impactos”, argumenta.

FINANÇAS

Allugator oferece retorno de 1,1% ao mês Decidir onde aplicar o dinheiro resultante de tanto trabalho não é tarefa fácil. As diversas opções oferecidas pelo mercado exigem planejamento e cautela, para não acabar com prejuízos ou lucrar abaixo das expectativas. Em 2019, a Allugator (www.allugator. com), startup mineira de aluguel de produtos, lança um modelo inovador voltado aos que apostam na economia compartilhada. As aplicações feitas têm taxa de retorno de 1,1% ao mês - mais que o dobro da taxa Selic - pelo período de 24 meses. “O formato incentiva os pequenos investidores, principalmente aqueles que buscam uma margem de segurança, e mostra que qualquer um pode investir com o mínimo de conhecimento em mercado financeiro”, explica o CEO, Cadu Guerra. A efeito de comparação, o Tesouro Direto - uma das opções mais comuns de renda fixa - atualmente retorna 0,53% ao mês, e

Souza Cruz abre as portas para inovação DA REDAÇÃO

sil, a mineração corresponde a 36% do saldo da balança comercial brasileira, gerando mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, com uma produção de aproximadamente 2 bilhões de toneladas de minério por ano. Só em 2018, o setor movimentou US$ 34 bilhões (os dados são do Instituto Brasileiro de Mineração - Ibram). Os números demonstram a importância desse mercado para a economia do País, mas também acendem um alerta sobre a necessidade de construir uma produção mais sustentável. “Queremos contribuir para uma mineração mais responsável, sustentável e segura no nosso País. Por isso, vamos oferecer a nossa tecnologia a preço de custo para as mineradoras de Minas Gerais. Queremos fazer a nossa parte para Responsabilidade - No Bra- que tragédias como as de

DA REDAÇÃO

TABACO

um CDB 120% CDI - uma opção considerada muito rentável e relativamente difícil de ser encontrada no mercado - retorna 0,63% mensais. A Allugator foi criada em 2016 como um marketplace, intermediando locadores e locatários. Porém, com o tempo, os sócios decidiram adquirir os equipamentos e cuidar de todas as etapas do processo, do controle de qualidade até prazos e logística de entrega. A Alluwallet - nome dado à modalidade de aporte surgiu como uma forma de acelerar a capacidade de suprir a crescente demanda e consiste em um contrato de intermediação comercial, em que o parceiro investe no estoque e a empresa realiza todo o processo de compra e operação, oferecendo um retorno fixo mensal - que hoje ocorre depois de dois anos. “Como iniciamos a operação com itens de alto padrão, essa foi uma maneira de aumentar a oferta de produtos, atender à demanda progressiva e ainda oferecer

uma opção a quem deseja investir fora do tradicional”, acrescenta o CEO. Com a reformulação do negócio, a startup passou a crescer 40% ao mês. Na Allugator é possível encontrar uma vasta gama de produtos, como câmeras GoPro, videogames e caixas de som. A missão é difundir

a economia compartilhada, modelo que facilita o acesso e reduz o consumismo. “Muitas pessoas têm objetos que são utilizados poucas vezes e depois ficam guardados ou parados, enquanto podiam ser usufruídos por outras. O compartilhamento de bens e serviços já tem diversos cases de sucesso no

mundo, queremos incentivar essa prática e expandir o conceito”, declara Guerra. Hoje, a startup atua apenas na capital mineira e a meta é expandir pelo Brasil, começando por São Paulo (SP) e, em seguida, para outros países, assim como continuamente alimentar e diversificar o estoque.

VEGANISMO

Outstanding Foods cria PigOut: chips de bacon que não tem bacon DA REDAÇÃO

Imagine saborear um snack de bacon, com cor de bacon e que tem bacon até no nome, mas é feito de cogumelos e sem ingredientes de origem animal na sua composição. Sim, isso existe. Trata-se do PigOut, um salgadinho chips criado pela startup Outstanding Foods. O snack vegano surgiu para ser uma versão mais saudável e “sem culpa” das opções tradicionais. Além

de não incluir ingredientes de origem animal, durante a fabricação ele passa por um processo que reduz a quantidade de gorduras dos cogumelos. O salgadinho proporcionou à startup mais de US$ 4 milhões em investimentos. Agora, a empresa busca expandir a linha de produtos, incluindo tiras de “bacon” e torresmos. A startup também considera investir em produtos semelhantes à carne bovina e ao frango.

Após patentear a técnica, a Outstanding Foods também planeja licenciá-la para outras marcas, é o que garante o cofundador da startup, Biil Glaser. “Nós vemos a PigOut não como a totalidade de nossos negócios, mas uma porta de entrada para realmente estabelecer nossa marca e depois introduzir outros produtos», disse. Agora só nos resta saber quando estes snack chegarão ao Brasil.

O programa de aceleração Transforma Souza Cruz está buscando startups que usam tecnologia e criatividade para transformar o ambiente social e de negócios da companhia nos próximos anos. Com uma história de 115 anos no mercado e tradição em inovação nos negócios, a empresa com fábrica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro - traz para dentro de casa, pela primeira vez, novos empreendedores que desejam desenvolver soluções inovadoras para grandes mercados. “Inovar está no DNA vencedor da Souza Cruz. Ao longo de nossa história de mais de 100 anos nunca nos acomodamos na posição de líderes. Entendemos que liderar é ditar tendências, é desafiar o status quo, é ser incansável na busca de fazer sempre mais e melhor. É este espírito que nos faz, agora, investir nessa parceria com startups”, afirma o diretor de Operações da Souza Cruz, Cristiano Roth. O Transforma Souza Cruz, realizado em parceria com a Liga Ventures - aceleradora especializada em gerar negócios entre startups e grandes corporações -, terá duração de quatro meses e está em busca de quatro startups inovadoras para atuarem em diversas frentes como: logística, gestão, otimização de processos internos, análises financeiras, entre outros. Os empreendedores terão seções exclusivas com os executivos da Souza Cruz, além de contar com o apoio da rede de mentores da Liga, composta por experts do mercado. “Com esta parceria buscamos nos aproximar da cultura inovadora, ágil e sem medo de errar das startups. Queremos trazer visões e abordagens diferentes para o nosso negócio. Isto é fundamental para a nossa agenda de transformação da indústria e também da companhia. Queremos construir um futuro no qual a inovação esteja no dia a dia e em todas as áreas da empresa. Apenas dessa forma seremos capazes de nos reinventar e de oferecer aos nossos consumidores opções diversas de produtos que entregam, além da qualidade, muita inovação”, explica Roth. Como a maior empresa de tabaco do Brasil e parte do maior grupo do mundo - British American Tobacco (BAT), a Souza Cruz espera, com o programa, impulsionar profissionais apaixonados por grandes desafios. Ao final do projeto, a companhia busca incorporar soluções apresentadas pelas startups no seu dia a dia. As inscrições estão abertas até o dia 28 de abril e devem ser feitas pelos site https:// transformasouzacruz.liga. ventures.





Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar 20/03/2019 COMERCIAL*

PTAX (BC)

TURISMO*

19/03/2019

18/03/2019

COMPRA

R$ 3,7651

R$ 3,7885

R$ 3,7903

VENDA

R$ 3,7661

R$ 3,7892

R$ 3,7916

TR/Poupança

Ă?ndices

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Set.

Out.

Nov.

Dez.

Jan.

Fev. No ano

IGP-M (FGV)

0,64%

0,57%

1,38%

1,87%

0,51%

0,70%

1,52%

0,89%

-0,49%

-1,16%

0,01%

IPC-Fipe

0,00%

-0,03%

0,19%

1,01%

0,23%

0,41%

0,39%

0,48%

0,15%

0,09%

0,58%

0,54%

1,13%

4,13%

IGP-DI (FGV)

0,56%

0,93%

1,64%

1,48%

0,44%

0,68%

1,79%

0,26%

-1,14%

-0,45%

0,07%

1,25%

1,32%

7,73%

INPC-IBGE

0,07%

0,21%

0,43%

1,43%

0,25%

0,00%

0,30%

0,40%

-0,25%

0,14%

0,36%

0,54%

0,90%

3,94%

IPCA-IBGE

0,05%

0,22%

0,40%

1,26%

0,33%

0,09%

0,48%

0,45%

-0,21%

0,15%

0,32%

0,43%

0,75%

3,89%

0,88%

0,89%

12 meses 7,60%

COMPRA

R$ 3,7891

R$ 3,7756

R$ 3,8105

VENDA

R$ 3,7897

R$ 3,7762

R$ 3,8111

COMPRA

R$ 3,6300

R$ 3,6400

R$ 3,6400

ICV-DIEESE

0,03%

0,04%

0,07%

1,38%

0,14%

0,09%

0,55%

0,58%

0,32%

-0,21%

0,43%

0,35%

0,78%

3,35%

VENDA

R$ 3,9300

R$ 3,9400

R$ 3,6400

IPCA-IPEAD

-0,27%

0,19%

0,22%

1,71%

0,67%

0,03%

0,37%

0,29%

-0,20%

0,30%

1,87%

-0,24%

1,62%

4,67%

Jan. 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03

Fev. 998,00 0,13 23,5 3,5932 7,03

Fonte: BC - *UOL

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP Custo do dinheiro 19/03 CDB PrĂŠ 30 dias

6,23% - a.a.

CDI

6,40% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

Maio 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

Junho 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60

Julho 954,00 0,30 23,54 3,2514 6,56

Taxas de câmbio

Ouro 20/03/2019

19/03/2019

18/03/2019

US$ 1.312,48

US$ 1.306,60

US$ 1.303,69

R$ 159,69

R$ 160,04

R$ 158,30

BM&F-SP (g) Fonte: Gold Price

Taxas Selic Tributos Federais (%)

Meta da Taxa a.a. (%)

Abril

0,52

6,50

Maio

0,52

6,50

Junho

0,52

6,50

Julho

0,54

6,50

Agosto

0,57

6,50

Setembro

0,47

6,50

Outubro

0,54

6,50

Novembro

0,49

6,50

Dezembro

0,49

6,50

Janeiro

0,54

6,50

Reservas Internacionais 19/02 .......................................................................... US$ 382.664 milhĂľes Fonte: BC

Imposto de Renda Base de CĂĄlculo (R$) AtĂŠ 1.903,98

AlĂ­quota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduçþes: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. Obs:

Abril 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

Agosto 954,00 0,31 23,54 3,2514 6,56

Set. 954,00 0,13 23,54 3,2514 6,56

Out. 954,00 0,11 23,54 3,2514 6,98

Nov. 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98

Dez. 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015

MOEDA/PAĂ?S CĂ“DIGO BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 65 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 795 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 Fonte: Banco Central / Thomson Reuters

Contribuição ao INSS COMPRA 0,5429 0,7108 0,006326 0,4326 0,5763 0,4436 0,4125 0,1677 0,07437 0,03182 12,4641 0,003158 5,3368 0,03641 1,0315 2,6846 3,7891 3,7891 2,8427 0,01797 4,5189 2,8055 0,4827 0,5548 3,7891 0,01371 3,7978 0,0006155 0,034 0,219 4,9971 0,002509 4,9978 0,1229 0,6927 1,1499 0,05504 0,005689 0,001226 3,7891 0,0749 0,07157 0,2005 0,1139 0,4921 0,002453 0,5657 0,5655 1,0405 9,8367 0,01517 0,0000902 1,0103 0,0009311 0,9312 0,05892 0,000267 0,2445 1,0486 0,003352 1,0038 4,3014

VENDA 0,554 0,7247 0,006371 0,4331 0,5765 0,4439 0,4127 0,1678 0,0761 0,03205 12,499 0,003194 5,3527 0,03653 1,0318 2,6869 3,7897 3,7897 2,8441 0,0183 4,5936 2,807 0,4828 0,5608 3,7897 0,01372 3,8 0,0006178 0,03402 0,2197 4,9994 0,002517 5,0024 0,123 0,6931 1,1509 0,05506 0,005693 0,001228 3,7897 0,07513 0,07161 0,2006 0,1141 0,4938 0,002464 0,5663 0,5658 1,0411 9,8485 0,01519 0,0000902 1,0106 0,0009562 0,9323 0,05894 0,0002673 0,2458 1,0493 0,003359 1,0045 4,3024

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2019 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso SalĂĄrio de contribuição AlĂ­quota (R$) (%) AtĂŠ 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 atĂŠ 5.839,45 11,00 CONTRIBUIĂ‡ĂƒO DOS SEGURADOS AUTĂ”NOMOS, EMPRESĂ RIO E FACULTATIVO SalĂĄrio base (R$) AlĂ­quota % Contribuição (R$) AtĂŠ 998,00 (valor. MĂ­nimo) 11 109,78 De 998,00 atĂŠ 5.839,45 20 199,60 atĂŠ 1.167,89 COTAS DE SALĂ RIO FAMĂ?LIA Remuneração R$ 907,77 R$ 907,78 a R$ 1.364,43

AtĂŠ Acima de

Valor unitĂĄrio da quota R$ 46,54 R$ 32,80

Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019

FGTS Ă?ndices de rendimento CompetĂŞncia Novembro/2018 Dezembro/2018

CrĂŠdito Janeiro/2019 Fevereiro/2019

Seguros

TBF

03/03

0,01311781 2,92791132

04/03

0,01311781 2,92791132

05/03

0,01311781 2,92791132

06/03

0,01311781 2,92791132

07/03

0,01311781 2,92791132

08/03

0,01311781 2,92791132

09/03

0,01311781 2,92791132

05/03 a 05/04 06/03 a 06/04 07/03 a 07/04 08/03 a 08/04 09/03 a 09/04 10/03 a 10/04 11/03 a 11/04 12/03 a 12/04 13/03 a 13/04 14/03 a 14/04 15/03 a 15/04 16/03 a 16/04 17/03 a 17/04 18/03 a 18/04 19/03 a 19/04

10/03

0,01311781 2,92791132

11/03

0,01311781 2,92791132

12/03

0,01311781 2,92791132

13/03

0,01311781 2,92791132

14/03

0,01311781 2,92791132

15/03

0,01311781 2,92791132

16/03

0,01311781 2,92791132

17/03

0,01311781 2,92791132

18/03

0,01311781 2,92791132

19/03

0,01311781 2,92791132

20/03

0,01311781 2,92791132

21/03 0,01311781 2,92791132 Fonte: Fenaseg

3% 0,2466 0,2466

6% 0,4867 0,4867

0,5056 0,5284 0,5053 0,4826 0,4823 0,5051 0,5279 0,5266 0,5264 0,5020 0,4794 0,4791 0,5017 0,5242 0,5237

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Fevereiro IGP-DI (FGV) Fevereiro IGP-M (FGV) Fevereiro

DCTF – Mensal - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais (DCTF), com informaçþes sobre fatos geradores ocorridos no mĂŞs de janeiro/2019 (arts. 2Âş, 3Âş e 5Âş da Instrução Normativa RFB nÂş 1.599/2015). Internet DCTF – Inativa - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais (DCTF), pelas pessoas jurĂ­dicas e demais entidades que estejam inativas ou nĂŁo tenha dĂŠbitos a declarar, em relação ao mĂŞs de janeiro/2019 (arts. 2Âş; 3Âş, § 2Âş, III, letra “câ€?; e 5Âş, da Instrução Normativa RFB nÂş 1.599/2015). Internet IOF - Pagamento do IOF apurado no 2Âş decĂŞndio de março/2019: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros - CĂłd. Darf 3467. Ouro, DWLYR ÂżQDQFHLUR &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 11 a 20.03.2019, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre capital prĂłprio e aplicaçþes ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLYH RV DWULEXtGRV D residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias)

1,0773

&RÂżQV Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de fevereiro/2019 (art. 18, II, da Medida ProvisĂłria NÂş 2.15835/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş &RÂżQV 'HPDLV (QWLGDGHV &yG 'DUI &RÂżQV &RPEXVWtYHLV &yG 'DUI &RÂżQV Fabricantes/Importadores de veĂ­culos em substituição tributĂĄria - CĂłd. Darf &RÂżQV QmR FXPXODWLYD /HL Qž 10.833/2003) - CĂłd. Darf 5856. Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia Ăştil que o anteceder (art. 18, parĂĄgrafo Ăşnico, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.15835/2001). Darf Comum (2 vias)

1,0760

PIS-Pasep - Pagamento das contri-

AluguĂŠis 1,0389

02/03 a 02/04 03/03 a 03/04 04/03 a 04/04 05/03 a 05/04 06/03 a 06/04 07/03 a 07/04 08/03 a 08/04 09/03 a 09/04 10/03 a 10/04 11/03 a 11/04 12/03 a 12/04 13/03 a 13/04 14/03 a 14/04 15/03 a 15/04 16/03 a 16/04 17/03 a 17/04 18/03 a 18/04 19/03 a 19/04

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 25

Fonte: Valor EconĂ´mico

Nova Iorque (onça-troy)

Março Salårio 954,00 CUB-MG* (%) 0,25 UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 6,75 *Fonte: Sinduscon-MG

15/02 a 15/03 16/02 a 16/03 17/02 a 17/03 18/02 a 18/03 19/02 a 19/03 20/02 a 20/03 21/02 a 21/03 22/02 a 22/03 23/02 a 23/03 24/02 a 24/03 25/02 a 25/03 26/02 a 26/03 27/02 a 27/03 28/02 a 28/03 01/03 a 29/03 01/03 a 30/03 01/03 a 31/03 01/03 a 01/04

buiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mês de fevereiro/2019 (art. 18, II, da Medida Provisória nº 2.15835/2001, alterado pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): PIS-Pasep - Faturamento (cumulativo) - Cód. Darf 8109. PIS - Combustíveis - Cód. Darf 6824. PIS - Não cumulativo (Lei nº 10.637/2002) Cód. Darf 6912. PIS-Pasep - Folha de Salårios - Cód. Darf 8301. PIS-Pasep - Pessoa Jurídica de Direito Público Cód. Darf 3703. PIS - fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributåria - Cód. Darf 8496. Se o dia do vencimento não for dia útil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder (art. 18, parågrafo único, da Medida Provisória nº 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre todos os produtos (exceto os FODVVL¿FDGRV QR &DStWXOR QRV Fydigos 2402.20.00, 2402.90.00 e nas posiçþes 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI) - Cód. Darf 5123. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QR &DStWXOR da TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres) - Cód. Darf 0668. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre os produtos do código 2402.90.00 da TIPI (outros cigarros) - Cód. Darf 5110. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre RV SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QDV SRVLçþes 84.29, 84.32 e 84.33 (måquinas e aparelhos) e nas posiçþes 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veículos automóveis e motocicletas) da TIPI - Cód. Darf 1097. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre RV SURGXWRV FODVVL¿FDGRV QDV SRVLçþes 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis) - Cód. Darf 0676. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre cervejas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - Cód. Darf 0821. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de fevereiro/2019 incidente sobre demais bebidas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - Cód. Darf 0838. Darf Comum (2 vias)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2019

22

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Mãe adotiva ganha direito a licença-maternidade em MG LIA DE PAULA - AGÊNCIA SENADO

Retiro para empresários Pelo sexto ano consecutivo, a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa, ADCE Brasil, com apoio da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e a participação das ADCEs regionais, promovem em conjunto, o 6º Retiro para Empresários, no Seminário Bom Pastor, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). O evento, que será realizado entre os dias 29 e 31 de março, já está com inscrições abertas. O encontro deste ano será conduzido pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo. É esperada a participação de cerca de 60 empresários, empreendedores e dirigentes de empresas. Mais informações pelos telefones (31) 3281.0710, (31) 9 8605-8695 ou pelos emails: contato@adcemg.org.br e adcesp@ adcesp.org.br.

Orquestra de Ouro Preto DA REDAÇÃO

A partir de agora, toda servidora do Estado que adotar uma criança terá os mesmos direitos legais de uma gestante. O parecer jurídico da Advocacia-Geral do Estado (AGE/ CJ), foi aprovado pelo governador Romeu Zema e publicado no Diário Oficial, no dia 14 de março último. Segundo a procuradora da AGE Ana Paula Mugler, o governador, Romeu Zema, teve a sensibilidade de dar o mesmo tratamento e isonomia para servidoras que são mães adotivas, que, até então, não podiam ficar com seus filhos pelo mesmo tempo que uma gestante. A decisão vale também para as servidoras que conseguirem a guarda judicial para fins de adoção. Até a aprovação feita pelo governador, as funcionárias públicas, mães adotivas, tinham direito a licença-maternidade diferenciada, de acordo com a idade da criança adotada. Se o bebê tivesse até um ano, a mãe adotiva teria direito aos 120 dias em casa para cuidar do bebê. Se a criança adotada tivesse de 1 a 4 anos, esse tempo era reduzido para 60 dias e, se a idade fosse entre 4 e 8 anos, a servidora teria apenas 30 dias

de licença maternidade. A partir de agora, todas terão direito a 120 dias de licença-maternidade, podendo esse prazo ser prorrogado por até, no máximo, outros 60 dias, após a adoção, independentemente da idade da criança adotada. A decisão, segundo a procuradora Ana Paula Mugler, vale para todas as servidoras públicas que atuam na administração direta, em autarquias ou fundações. Na opinião da procuradora, além de demonstrar sensibilidade pela questão das servidoras mães adotivas, a decisão do governador pode também estimular a prática de adoção. Conselho Tutelar - Dentro do cronograma de preparação para eleger novos conselheiros tutelares, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, promoveu nesta seman uma videoconferência, na Cidade Administrativa, para orientar os municípios sobre as regras das escolhas. A capacitação, realizada pela Universidade Aberta e Integrada – Rede Uaitec, contou com a participação de 87 municípios.

Os trabalhos foram conduzidos pela coordenadora especial de Política Pró-Criança e Adolescente, da Subsecretaria de Direitos Humanos, Eliane Quaresma. No mês de outubro, serão escolhidos os novos membros de 880 conselhos tutelares de todo o Estado. Qualquer cidadão maior de 16 anos e com título de eleitor pode votar na eleição para conselheiro tutelar. Para conhecer os candidatos e os locais de votação, basta procurar o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente ou secretarias municipais de Assistência Social dos municípios. Para Eliane Quaresma, “a importância da participação popular é fundamental na escolha dos conselheiros, para garantir os direitos humanos das crianças e adolescentes”, ressaltou. Votação - A Lei Federal nº 12.696/2012 estabelece a votação em data unificada para todas as cidades brasileiras. Para ser candidato é recomendável ter, no mínimo, o ensino médio e ter mais de 21 anos de idade. A posse dos novos conselheiros será em janeiro de 2020. (Agência Minas)

CULTURA ALLAN CALISTO

Carambolas Quando: 23 de março (21h) e 24 de março (19h) Quanto: R$ 30 (inteira) Onde: Galpão Cine Horto (Rua Pitangui, 3613, Horto) Música

Teatro Pequeno Príncipe - O espetáculo “Pequeno Príncipe” vai ocupar a sala de cinema do Minas Shopping. O público vai se divertir e se emocionar com essa releitura, em que os personagens saem dos livros para interpretar lindas canções ao vivo. A peça será apresentada na sala de cinema 1 do Cineart e faz parte do Festival de Teatro Infantil Minas Shopping. Quando: 23 de março Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Onde: Sala 1 Cineart – Minas Shopping (Avenida Cristiano Machado, 4000, União) Stupeur et tremblements - Dirigido e interpretado pela atriz marroquina Layla Metssitane, o espetáculo “Stupeur et

tremblements” (“Temor e tremores”), da companhia francesa Théâtre Des Hommes, será encenado na capital mineira. A peça integra a programação da 5ª Festa da Francofonia Quando: 21 de março Quanto: R$ 25 Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium (avenida Augusto de Lima, 420, Centro) Não é nada disso - Poderia ser uma família qualquer do interior do Brasil, até que o pai constrói uma canoa e decide viver nela, sozinho, abandonando esposa, filho e filha. A trama é do conto A Terceira Margem do Rio, publicado por Guimarães Rosa em 1962. Quase seis décadas depois, a ausência evocada pela partida desse pai é o motor do espetáculo Não é Nada Disso, do grupo teatral Batatas e

Čao Laru - Depois de se apresentar por mais de 20 países e rodar a América do Sul de Kombi e a Europa de motorhome, o grupo franco-brasileiro Čao Laru está de volta a Belo Horizonte, na casa de shows A Autêntica, como parte da programação da 5ª Festa da Francofonia. Quando: 24 de março - 19h Quanto: R$ 25 Onde: A Autêntica (rua Alagoas, 1.172, Savassi) Arte indiana - O público belo-horizontino terá a raríssima oportunidade de se encontrar com duas formas de arte milenares, pilares da dança, teatro e música na humanidade. No dia 22, o músico e compositor Bruno Tonelli apresenta um recital do sagrado instrumento indiano Vina, pela primeira vez no Brasil. Já no dia 23, a dançarina e mestra do estilo de dança clássica indiana chamado Bharatnatyam, Kamalaksi Rupini, apresenta novíssimas coreografias. Quando: 22 e 23 de março Quanto: R$ 25 Onde: Palácio das Artes -

Sala Juvenal Dias (Avenida Afonso Pena, 1537) Rock - Formada por integrantes de três das principais bandas de rock autoral de Minas Gerais (Cartoon, Cálix e Somba), a Orquestra Mineira de Rock (foto) celebra 20 anos com um repertório exclusivo reunindo canções do rock clássico (Beatles, Queen, Led Zeppelin, entre outros), autorais, músicas eruditas e ênfase a cultura mineira.. Quando: 22 de março (22h) Quanto: R$ 30 a R$ 125 Onde: Km de Vantagens Hall (avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro) Artes Plásticas Contos Recortados A exposição “Contos Recortados”, da artista plástica Kk Bicalho abre a programação da temporada 2019 da Galeria do Minas II. Os trabalhos de Kk, apelido de Camila, levam o público prestar atenção nos detalhes por meio dos contrates de cheio e vazio, preto e branco e imaginação e obra. A entrada é franca e a classificação, livre. Quando: 2 a 30 de abril Quanto: Entrada franca Onde: Minas Tênis Clube II (Avenida dos Bandeirantes, 2323, Mangabeiras)

A Orquestra Ouro Preto, em atividade há 19 anos ininterruptos, anunciou a sua temporada 2019. A formação orquestral mineira se apresentará em diversas cidades e já tem apresentações confirmadas em Aimorés (MG), Belo Horizonte (MG), Caeté (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Juiz de Fora (MG), Nova Lima (MG), Ouro Preto (MG), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Santa Bárbara (MG) e São Paulo (SP). Além da já consagrada parceria com Alceu Valença, a Orquestra Ouro Preto traz neste ano parcerias com Ivan Lins e Fernanda Takai. Outro destaque do ano são os projetos socioculturais da OOP, a Academia Orquestra Ouro Preto e o Núcleo de Apoio a Bandas e Orquestras.

ACMinas Jovem Para abrir a série de jantares-palestra de 2019, a ACMinas Jovem, entidade que representa os jovens empresários e executivos de Belo Horizonte, recebe Lisiane Lemos, especialista de soluções para Microsoft no Brasil. No jantar, a profissional vai falar sobre vendas consultivas utilizando storytelling e demonstração de produto como forma de cativar o cliente. O evento acontece na próxima segunda, 25 de março, na Marília Pizzeria, às 19h. Lisiane é advogada, possui MBA em Gestão de Tecnologia da Informação e qualificação em gestão de projetos, mediação e negociação de conflitos. Em 2017 foi reconhecida pela revista Forbes Brasil como um dos 91 jovens, abaixo dos 30 anos, que fazem a diferença no Brasil. E, em 2018, como uma das mulheres negras mais influentes do mundo pelo Most Influential People of Africa Descent (MIPAD), da Organização das Nações Unidas (ONU), na categoria negócios e empreendedorismo. A entrada no jantar é gratuita para associados da ACMinas Jovem, demais interessados podem garantir o ingresso no site da Sympla.

Cidadão honorário O desembargador Marcelo Guimarães Rodrigues receberá hoje da Assembleia Legislativa de Minas Gerais o título de cidadão honorário do Estado. Natural do Rio de Janeiro, Rodrigues ingressou na magistratura mineira em 1989 e foi promovido a desembargador por merecimento em 2006. Atualmente, preside a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A cerimônia será realizada no Plenário Juscelino Kubitschek às 20h.

Qualificação em relações institucionais Belo Horizonte recebe, hoje, uma iniciativa do Políticas Públicas 4.0 (PP 4.0), convênio firmado entre o Sistema CNDL e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O projeto pretende unir entidades e associados do Sistema CNDL e representantes do poder público em discussões em torno de questões para o desenvolvimento do setor varejista. O evento realizado na capital mineira é um workshop de qualificação de lideranças para ações de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) com foco no estímulo às articulações locais. O conteúdo apresentado no encontro está alinhado com os preceitos da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), entidade parceira do Sistema CNDL e que dá apoio ao PP 4.0. O evento será realizado no Hotel Boulevard (Avenida Getúlio Vargas, 1.640) a partir de 8:30h. www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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