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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.851 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 11, A SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019

Saldo da balança comercial mineira sofre queda de 1,9% Embarques de veículos automotores caíram 64% no 1º quadrimestre Apesar do superávit de US$ 4,787 bilhões registrado nos primeiros quatro meses do ano, o saldo da balança comercial mineira caiu 1,9% sobre o resultado de janeiro a abril de 2018. No mês passado, a queda chegou a 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro quadrimestre de 2019, as exportações do Estado atingiram US$ 7,623 bilhões, com recuo de 1,3% na comparação anual, e as importações ficaram quase estáveis, somando US$ 2,836 bilhões contra US$ 2,85 bilhões na mesma base. Os embarques de minério de ferro cresceram 12% no acumulado do ano, chegando a US$ 2,286 bilhões. As remessas de café subiram 42% em volume e 18% em valor de janeiro a abril. Já as vendas externas de veículos automotores despencaram 64% em igual confronto, de US$ 135 milhões para US$ 48 milhões. Pág. 5

DIVULGAÇÃO

As exportações de minério de ferro do Estado aumentaram 12% no acumulado de janeiro a abril MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Se Olavo de Carvalho ajudou com seus artigos e entrevistas publicadas nos jornais e emissoras de TV a eleger Jair Bolsonaro em 2018, palmas para ele como estrategista eleitoral. No entanto, passadas as eleições e não fazendo parte do governo, ficar criticando os militares que estão no poder não ajuda nada o País. Se não tem condições de ajudar, não deveria continuar a fazer uma guerra que não interessa a ninguém. O que existe no momento é uma perplexidade enorme entre a população, políticos, analistas e outros mais quando começam a ver que uma pessoa que se diz “amiga” do presidente e de um de seus filhos está mesmo é prestando um grande desserviço ao Brasil ao colocar o que comumente chamamos de “gasolina onde já existe fogo”. (José Eloy dos Santos Cardoso), pág. 2

Os preços da gasolina subiram 2,47% nos postos da RMBH em abril, aponta o IBGE DIVULGAÇÃO

EDITORIAL Mudanças drásticas nos mecanismos de financiamento de atividades culturais, via incentivos fiscais, e aparentemente para pior, têm chamado atenção nos últimos tempos e é objeto de preocupação e acaloradas discussões. São preocupantes, igualmente, os cortes de verbas anunciados para as universidades federais, que já padeciam de falta de recursos e tem agora suas atividades ameaçadas. São políticas públicas que, no mínimo, deveriam estar sendo melhor discutidas, com o objetivo único de aperfeiçoá-las, além de evitar distorções e até supostos desvios de recursos e de finalidades. “Como apagar nosso futuro”, pág. 2

A Maricota aposta na alimentação fora do lar para obter alta de 15% no faturamento

Dólar - dia 10

Euro - dia 10

Comercial

Compra: R$

4,4475

Venda: R$ 4,4498

TR (dia 13): ............................. 0,0000%

BOVESPA

Poupança (dia 13) ............. 0,3715%

+1,28

Turismo

Ouro - dia 10

IPCA-IBGE (Abril): ............. 0,57%

Compra: R$ 3,9200 Venda: R$ 4,1600

Nova York (onça-troy): US$ 1.285,73

IPCA-Ipead (Abril): ............. -0,07%

R$ 162,60

IGP-M (Abril): ........................... 0,92%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,9572 Venda: R$ 3,9578

O recolhimento da Cfem em Minas Gerais somou R$ 101,3 milhões e caiu 22,79% em abril no confronto com março. O pagamento dos royalties da mineração no Estado, porém, avançou 0,38% no mês passado na comparação com abril de 2018. Já no primeiro quadrimestre do ano, houve crescimento de 31,29%, com arrecadação de R$ 499,73 milhões em Minas, de acordo com a ANM. O Estado manteve a primeira posição na receita da Cfem no País, com 43,56% do total recolhido em abril. Pág. 4

Condomínios logísticos têm maior ocupação

OPINIÃO

Compra: R$ 3,9436 Venda: R$ 3,9443

Arrecadação da Cfem diminui 22,79% em MG

BM&F (g):

-0,83 -0,58

-1,04 -0,65 06/05

07/05

08/05

09/05

10/05

O índice de ociosidade nos condomínios logísticos de Minas Gerais caiu 2 pontos percentuais no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018. A taxa de 8,9% é uma das menores do País. O aluguel de metro quadrado de galpões está cotado em R$ 21,45 no Estado, enquanto a média nacional é de R$ 19,14. A queda na vacância e o aumento nos preços são atribuídos à proximidade com os grandes centros e à logística privilegiada de Minas. Pág. 6

Inflação calculada pelo IPCA fecha abril com alta de 0,42% na RMBH Pressionada pela elevação nos preços da gasolina (2,47%) e de medicamentos (2,25%), a inflação medida pelo IPCA subiu 0,42% em abril na RMBH. Com queda de 7,92%, o feijão ajudou a conter a escalada de preços no mês passado. De acordo com o IBGE, a taxa acumulada no ano chegou a 1,94% na RMBH contra 1,14% nos primeiros quatro meses de 2018. No País, a inflação oficial foi de em 0,57% em abril. E 2019, o índice já atingiu 2,09%. A meta para o ano é de 4,25%. Pág. 7

Maricota investe R$ 1,3 milhão em linha voltada para o food service De olho no mercado de food service, a Maricota investiu R$ 1,3 milhão em nova linha de salgados na sua fábrica de Luz, no Centro-Oeste de Minas. A aposta da indústria na alimentação fora do lar está em sintonia com o crescimento de 3,5% do segmento em 2018 no País. Completamente automatizada, a nova linha agrega 40 itens ao portfólio da Maricota, que já contava com 400 produtos. A expectativa é de crescimento de 15% no faturamento neste ano em relação a 2018. Pág. 11


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 11, A SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019

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OPINIÃO Olavistas versus militares JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO * Olavistas versus militares que estão no governo. Eis a questão. Se Olavo de Carvalho ajudou mesmo de fora do Brasil com seus artigos e entrevistas publicadas nos jornais e emissoras de TV a eleger Jair Bolsonaro em outubro de 2018, palmas para ele como estrategista eleitoral. No entanto, passadas as eleições e não fazendo parte do governo, ficar criticando os militares que estão no poder não ajuda nada o País. Se não tem condições de ajudar, não deveria continuar a fazer uma guerra que não interessa a ninguém. O que existe no momento é uma perplexidade enorme entre a população brasileira, políticos, analistas, jornalistas e outros mais quando começam a ver que uma pessoa que se diz “amiga” do presidente e de um de seus filhos está mesmo é prestando um grande desserviço ao Brasil ao colocar o que comumente chamamos de “gasolina onde já existe fogo” ou “mais lenha na fogueira”. Todas as pessoas, sem exceção, merecem críticas ou elogios. Depende da hora de criticar ou de elogiar. Recentemente, o ex-comandante do Exército Brasileiro general Eduardo Vilas Bôas escreveu e publicou nos jornais uma contundente crítica a Olavo de Carvalho. Escreveu e assinou o seguinte manifesto: “Mais uma vez,

o senhor Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial, derrama seus ataques aos militares e às Forças Armadas, demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia”. Acontece que um escritor que vive nos Estados Unidos, embora seja “amigo” de um dos filhos do presidente, não deveria, salvo melhor juízo, colocar mais gasolina e materiais combustíveis onde já existe fogo. Se a fogueira pegar para valer no Brasil, com certeza, não se sentirá culpado da situação. Bolsonaro já está cansado de dizer “o Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos”. O presidente acaba de ser um ganhador em uma pesquisa BTG Pactual que alcançou pelas apurações 20% de ótimo, 39% bom e 27% regular. Estatísticas são estatísticas, mas o presidente vai aos trancos e barrancos tentando fazer algo pelo Brasil. Como só tem 4 meses de governo, é preciso se esperar mais, pelo menos um ano, para fazermos uma avaliação daquilo que está bom e daquilo que está ruim. É necessário que a imprensa ajude o Brasil não dando tanta atenção aos ataques feitos por Olavo de Carvalho a algumas pessoas que estão no poder. Querendo ou não, estamos todos navegando no mesmo barco. Suportar

tempestades é obrigação de qualquer bom marinheiro navegador. O barco joga para lá, joga para cá, joga para frente, joga para trás. Só não pode ir a pique porque, dentro dele, estará a totalidade da população brasileira. Segundo Bolsonaro, tanto militares quanto olavistas pertencem a um mesmo time que está jogando uma importantíssima partida e sem a ajuda do VAR. Jogando essa partida difícil, por enquanto, o marcador está em zero a zero. Nenhum jogador é um Pelé nos seus bons tempos. Temos coisas mais importantes para discutir no Brasil. Os jogadores não têm tanto tato político ou prestígio junto à mídia. Estão pagando um preço alto por isso e, qualquer penalidade máxima mal batida, já é motivo para uma pequena parte da torcida que sempre torce contra vaiar o juiz. No presente caso, o juiz é o presidente Jair Bolsonaro, que, apesar de estar conduzindo a partida com competência, sempre terá que ser protegido para não levar pedradas de uma pequena parte da torcida. Ninguém deve torcer para o juiz terminar a partida por motivo de indisciplina ou falta de energia elétrica aos 45 minutos do primeiro tempo. *Professor e jornalista

Voltando à energia sutil como terapia CESAR VANUCCI * “Deve-se rezar para se ter uma mente sã num corpo são.” (Juvenal – 60-130) Retomo hoje a fala sobre a importância de que se reveste, em meu modesto jeito de encarar as coisas, o emprego conjugado de métodos científicos consagrados e das chamadas energias sutis em ações assistenciais terapêuticas. As agências noticiosas relataram recentemente um episódio instigante que abriu, com certeza, vereda inesperada nos caminhos trilhados pela pesquisa científica na frenética procura de meios eficazes para o combate da Aids. O que foi mesmo dito nos despachos? Cidadão britânico, 28 anos, declarado soropositivo, seria provavelmente a primeira pessoa no mundo a se livrar, de forma natural e espontânea, sem ajuda de remédios, do vírus da Aids. Detalhes da história: Andrew Stimpson, escocês, vendedor de sanduíches em Glasgow, Inglaterra, foi submetido a exame de HIV. Acometido de muita fraqueza, febre intensa, fazia parte do chamado “grupo de risco”. Não deu outra: estava com o vírus. A enfermidade foi confirmada em numerosos exames. Quase dois anos depois, uma reviravolta na história. Aconteceu o impensável, o incrível, o fantástico, segundo os médicos. Um novo exame e, depois, muitos outros exames trouxeram a revelação de que o vírus HIV havia desaparecido da circulação sanguínea de Stimpson. Todos os apetrechos técnicos disponíveis foram concentrados na investigação, de forma a garantir a certeza do resultado. Para os médicos, a questão ficou claramente elucidada: o paciente libertou-se, de hora para outra, da enfermidade que amedronta o mundo e que provocou pandemia na África. E sem o emprego de tratamento especial, de qualquer droga revolucionária. O vírus foi expelido do organismo por razões ainda não registradas nos anais da medicina. Fazendo questão de declinar minha condição de leigo, tanto neste como em numerosos outros temas que costumo abordar nestas maldatilografadas, peço licença para juntar, agora, à notícia reportada uma intrigante informação. Obtive-a em investigações feitas, como

jornalista, à época em que produzia, no extinto CBH, o programa “Realismo Fantástico”. Inteirei-me, naquela ocasião, atento a critérios confiáveis na apuração dos fatos, de duas curas surpreendentes envolvendo pessoas, do sexo masculino, reconhecidas como soropositivos. Uma delas não se preocupou em manter sob resguardo a identidade. Isso permitiu colocasse no ar a história pormenorizada de seu drama pessoal, encaminhado a desfecho, imprevisível e auspicioso. A reportagem falou dos instantes cruciais do diagnóstico doloroso, dos exames laboratoriais e clínicos atordoantes, da comprovada existência da carga viral indesejada. Mostrou a fragilidade física e psicológica do paciente, o tratamento a que se submeteu, recorrendo a recursos terapêuticos não convencionais. Exibiu os resultados impressionantes dessa terapia, a comprovação da cura, através de exames inquestionáveis. Tanto esse, como o outro cidadão liberto do vírus da Aids residem em Belo Horizonte. Tocam a vida com normalidade e alegria, esbanjando saúde, carregando esperança ardente no amanhã das coisas. Explico, agora, do meu jeito, pedindo desculpas antecipadas por inevitáveis imprecisões, no que consistiu, basicamente, o processo terapêutico utilizado. O emprego das energias sutis, derivadas de terapias energética ou quântica, foi o fundamento de tudo. Eles foram submetidos, por meses, com aparelhos de psicotrônica, a aplicações de prata coloidal, micropartículas antibactericidas, com emissão de elétrons visando à ativação da glândula timo. Junto com isso, procedeu-se ao alinhamento dos chacras em trabalhos sistemáticos de energização. Não me perguntem por mais detalhes, que eu não saberei dizer. Mas sei quem pode fazê-lo, com conhecimento de causa e alentadora convicção. É o terapeuta holístico e físico quântico Orestes Debossan Junior, dirigente de uma Clínica de Energização que funciona no bairro São Pedro, rua Major Lopes, Belo Horizonte. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

A liberdade econômica e o futuro da livre iniciativa no País JOÃO PEDRO ALVES PINTO* No último dia 30 de abril, entrou em vigor a Medida Provisória nº 881/2019. Ao instituir a Declaração dos Direitos de Liberdade Econômica, a nova medida estabelece garantias para a livre iniciativa e para o amplo exercício da atividade econômica, a fim de tornar o processo de desenvolvimento de negócios menos moroso e burocrático, sobretudo para pequenos e médios empreendedores. Uma das suas principais propostas prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas desenvolverem atividades consideradas de baixo risco sem depender de prévia autorização da administração pública, ou seja, sem a obtenção de licenças, autorizações,

inscrições, registros, alvarás e outros documentos similares. Inclusive, prevê que a administração pública deve respeitar os prazos estabelecidos para cumprir seus atos de liberação. Caso contrário, a aprovação das solicitações e pedidos será tácita. Essas atividades econômicas poderão ser desenvolvidas em qualquer horário ou dia da semana, desde que respeitadas as normas de direito de vizinhança, não gerem poluição sonora, não causem danos ambientais e nem perturbem o sossego da população. Outro ponto relevante é a alteração na Lei nº 6.404/1976 (Lei das S.A.) à medida que permite que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reduza as

exigências para aprovar o ingresso dos pequenos e médios empreendedores no mercado de capitais. De fato, as alterações propostas pela MP 881/2019 são muitas. No entanto, o Congresso Nacional tem até setembro para aprovar o texto e, se assim o fizer, será necessário aguardar o efeito prático destas alterações e acompanhar, com cautela, como será a regulamentação de alguns termos e procedimentos previstos, como, por exemplo, a definição de atividade de baixo risco e as regras de facilitação do acesso ao mercado de capitais. *Advogado do escritório Meirelles Milaré Advogados

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

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Como apagar nosso futuro As mudanças drásticas, e aparentemente para pior, nos mecanismos de financiamento de atividades culturais via incentivos fiscais, têm chamado atenção nos últimos tempos e é objeto de preocupação e acaloradas discussões. Preocupam, igualmente, os cortes de verbas anunciados para as universidades federais, que já padeciam de falta de recursos e tem agora suas atividades ameaçadas. São políticas públicas que, no mínimo, deveriam estar sendo melhor discutidas, com o objetivo único de aperfeiçoá-las, além de evitar distorções e até supostos desvios de recursos e de finalidades, situação bem ilustrada no financiamento de espetáculos como o Cirque du Soleil, de reconhecida qualidade mas de evidente apelo comercial que evidentemente teria como se sustentar por outros meios. Outra discussão que também importa e que também deveria merecer mais atenção é a importação de cultura, ou do que se possa entender como cultura, acabando por impor padrões que não são necessariamente os nossos e, pior, tem fragrante unilateralidade e sentido de mera propaganda. Vale para a televisão, vale para o Outra discussão cinema e vale que também para a música, importa e que territórios hoje também deveria predatoriamente ocupados merecer mais exclusivamente atenção é a pela indústria importação de norte-americana cultura, ou do que e sem nenhum espaço para a se possa entender diversidade. como cultura, Uma realidade acabando por que ficou visível esta semana com impor padrões um fato inédito, que não são o lançamento necessariamente de um filme os nossos de superheróis – “Os Vingadores” – que rapidamente se transformou no campeão e audiência e de arrecadação nos principais mercados do mundo e, no Brasil também , está sendo exibido em 800 salas, ou quase 80% das cadeiras disponíveis em todo o País. Por conta disso, uma produção nacional, com excelente desempenho de crítica e bilheteria, foi simplesmente tirada de cartaz. Uma situação que só foi possível porque hoje tanto a distribuição quanto as salas de exibição são controladas, monopolisticamente, por empresas norte-americanas. O mesmo acontece, e de maneira ainda mais massiva, com a televisão a cabo, que reforça padrões externos e claramente empobrece a cultura, destruindo a diversidade, fundamental à formação e ao próprio conhecimento. Esta não é uma situação nova, a literal ocupação foi sendo feita aos poucos, e não pode ser debitada ao atual governo. É fundamental, no entanto, perceber o que se passa, encontrar meios de assegurar que os brasileiros tenham acesso à diversidade cultural e de pensamento, assim como proteger a produção nacional, que nem de longe tem condições para enfrentar sozinha os enlatados importados. Ignorar o que se passa, da mesma forma que contingenciar os recursos destinados à educação, será o mesmo que, e sem que vá na afirmação qualquer exagero, apagar o futuro, deixando o Brasil à margem, num retrocesso inconcebível.


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 11, A SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019

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OPINIÃO

Hora de rever a postura na empresa

Outros olhares sobre a reforma da Previdência NAIR COSTA MULS *

É sempre importante, aliás, fundamental, saber escutar e ouvir os outros. Sobretudo quando esses outros têm pensamentos e posicionamentos diferentes dos nossos. Às vezes, essa escuta pode nos trazer alguma luz e possibilitar um aprimoramento de nossas visões do mundo, ou mesmo, quem sabe, fortalecer nossas posições. No que diz respeito à reforma da Previdência, essa escuta é essencial. Pois nela está implícita a Seguridade Social, questão de civilidade e de humanidade, portanto. De justiça social. Nesse sentido, seria bom ouvirmos dois posicionamentos recém-divulgados, que partem de entidades idôneas e insuspeitas. O primeiro, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), que congrega igrejas cristãs (católicas, metodistas, evangélicas e anglicanas) e da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese) que questionaram o projeto da reforma da Previdência em mensagem encaminhada ao Congresso Nacional. O segundo, um documento do Cofecon Confederação Federal de Economistas, divulgado em fins de março. O primeiro acentua, fundamentalmente, a contradição entre os termos da reforma e o evangelho de Cristo, na medida em que maltrata o trabalhador e deixa intocados os privilégios das classes mais abastadas. Chama a atenção para a tremenda injustiça de algumas das mudanças propostas, como, por exemplo, a dificuldade do acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), e um patamar que não permite a sobrevivência do aposentado; a exclusão do salário mínimo como ponto de partida para o nível da aposentadoria; o aumento do tempo de contribuição para o trabalhador rural. Por outro lado, ressalta a urgência de se realizar a Auditoria da Dívida Pública, já que a CPI da Previdência mostrou não haver o propalado déficit. A capitalização e a privatização da seguridade constituem também dois outros pro-

NORBERTO CHADAD *

Para toda crise há sempre uma saída. Como é improvável que possamos prever todas as crises ou fugir delas, o melhor é aprender a conviver com elas positivamente. Quando todos tiverem pelo menos um pouco de otimismo, a situação pode melhorar, mas quando todos falam em crise, fortalece-se o momento conturbado. Cito uma antiga frase britânica, cuja tradução é: “Não devem ser ouvidos os que costumam dizer que a voz do povo é a voz de Deus, pois a impetuosidade do vulgo está sempre próxima da insânia.” Em época de crise, existe uma grande demanda de vagas no mercado de trabalho por profissionais diferenciados e atualizados. O momento exige que os profissionais fortaleçam suas habilidades e suas competências. Qual é o perfil profissional que as empresas procuram? Posso afirmar que elas se interessam por atitudes específicas no momento de selecionar um colaborador. São elas: habilidade de comunicação, interesse, facilidade de trabalho em equipe, aptidão para aceitar desafios diferentes, além de ser comprometido e competitivo. Vale ressaltar que o motivo das empresas contratarem funcionários competitivos está no desejo de se superação que estes profissionais carregam e não apenas no interesse por exibir seus conhecimentos técnicos, o que é muito peculiar à geração Y. Por outro lado, entre os profissionais que estão trabalhando – hoje, mais do que nunca – continuarão nas empresas aqueles que realmente fizerem a diferença. As atitudes e as ações contam mais do que a descrição exata do cargo. Profissionais aperfeiçoados, reciclados, flexíveis, responsáveis, criativos para superar situações difíceis, capazes de trabalhar em equipe e de agregar valor à marca estarão com os empregos garantidos, especialmente aqueles que se candidatam a assumir funções dos que já saíram. Os que pensam “não ganho a mais para fazer isso” ou “isso está longe das tarefas que exerço” estão negando o reconhecimento como um bom profissional e poderão amargar rapidamente o desemprego. Afinal, as funções nas empresas continuam as mesmas, contudo em número menor de pessoas para executá-las. Atualmente, as atualizações nos organogramas são constantes e nenhum colaborador pode se dar ao luxo de ficar restrito ao que costuma fazer nas épocas de “vacas gordas”, quando os custos absorviam os erros, incompetências e desperdícios. Os tempos são outros: a crise mudou a perspectiva das empresas e ninguém é exclusivo. A recomendação é para que todos ‘saiam do seu quadrado’ e tenham uma visão horizontalizada da empresa, pois a visão vertical e restrita não tem mais espaço no mundo corporativo. Esteja pronto para desempenhar as qualidades destacadas e ser um profissional que toda empresa deseja. Pondo-as em exercício, o crescimento e o sucesso serão conduzidos a você naturalmente.

Redação - Editora-Executiva Luciana Montes Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes

Rafael Tomaz Gabriela Pedroso

pauta@diariodocomercio.com.br

Filiado à

para especificação e negociação da reforma. A Previdência Social precisa ser sustentável e compatível com o crescimento econômico inclusivo do País, mas os ajustes podem e devem ter efeitos graduais ao longo do tempo. Não existem riscos iminentes de dificuldades do setor publico que não possam ser minimizados com a retomada mais robusta da atividade econômica e com a implementação de uma reforma tributária justa. Injustificáveis os privilégios para algumas castas do serviço público com integralidade e paridade sem qualquer consistência com os princípios atuariais, sem se apoiar em contribuições ao longo da vida laboral, suficiente para pagar o valor de suas aposentadorias. Preservação da participação do governo, dos empregadores e dosempregados, e de alguns tributos (Cofins e CSLL) no financiamento da Previdência, assegurados pela Constituição. Os efeitos do crescente tempo de sobrevida da população sobre os gastos previdenciários, não precisam ser compensados de forma imediata, pois os resultados do orçamento da Seguridade Social não têm apresentado desequilíbrios. O que se pode concluir desses dois olhares, diferentes mas convergentes, é que urge não só a organização e atualização permanente dos sistemas de Seguridade e Previdência, tendo em vista o aumento da longevidade e o dever de cumprir as funções para as quais foram criadas; como uma discussão mais ampla sobre o assunto, envolvendo toda a sociedade, já que os direitos envolvidos na Seguridade e na Previdência são financiados pelo resultado do trabalho social de todos ─ empregadores e empregados e Estado ─ que produz a riqueza econômica de um país e constituem direito de toda a sociedade. * Doutora em Sociologia, professora aposentada da UFMG-Fafich

O Corvo (XXII) MARCO GUIMARÃES *

Curioso com o achado inusitado, resolvi procurar a remetente que morava no Vale das Cerejeiras, que ficava atrás de uma das montanhas circunvizinhas ao sítio do meu pai. Para mim, não seria difícil chegar ao local. Por muitas e muitas vezes atravessara aquela montanha e me aventurara pelas imediações. Uma vez lá, busquei informações que me levassem à dona do bilhete. — Bom dia, o Sr. poderia me dizer onde fica a casa da Alzira? — perguntei ao dono de uma venda da região. Ele levantou um pouco a cabeça, devolveu o cumprimento e, apertando um pouco os olhos, me perguntou: — E qual a sua precisão em saber isso? Na minha inocência contei-lhe a história do bilhete, o que lhe causou um misto de surpresa e leve irritação. — Ah, essas meninas de hoje... Fosse minha filha já ganhava uma coça, e daquelas bem dadas. Depois de hesitar um pouco, disse que eu não representava nenhum

* Engenheiro Metalurgista pela Universidade Mackenzie, Mestre em Alumínio pela Escola Politécnica, Economista pela FGV, Master em Business Administration pela Los Angeles University, presidente da Thomas Case & Associados Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456

blemas sérios, segundo o documento do Conic/Cese: o trabalhador não pode arcar sozinho com o ônus de sua aposentadoria, pois seu trabalho beneficiou a todos: empregadores, sociedade e Estado, assim como o nível de consumo propiciado pelo nível de sua aposentadoria também beneficia a todos, sobretudo, os setores produtivos e o de serviços. Considera ainda essencial a discussão da questão da Previdência por toda a sociedade ─ que será afetada na sua totalidade ─ para que se possa decidir quais as mudanças são realmente necessárias, de forma a assegurar justiça e equidade... Segundo o documento em questão, não cabe aos grupos econômicos definirem sobre o futuro de um direito fundamental a todos. O documento do Cofecon - Conselho Federal de Economia, na avaliação do projeto de lei da reforma da Previdência, embora num prisma acadêmico, vai na mesma linha. Também para eles, o principal objetivo da Previdência é promover a justiça social, e isso ela não o faz e não se pode apoiar mudanças que provoquem retrações nos fluxos de transferências governamentais para estratos de menores rendas, mesmo com a promessa de que isto viabilizará maior ritmo de crescimento; sobretudo, se baseada em hipóteses como a chamada “contração fiscal expansionista”, hoje desacreditada pela grande maioria dos macroeconomistas dos meios acadêmicos, inclusive internacionais. Também repudiam a desconstitucionalização da Previdência Social, que transfere para as leis complementares, mais fáceis de instituir e alterar, regras fundamentais do que deve ser função inalienável do Estado. Entre outros pontos importantes assinalados pelo documento em questão: Necessidade de uma adequada reforma tributária; Inaceitável o uso de montante esperado de recursos economizados como base

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perigo e acabou me mostrando como fazer para chegar onde eu desejava Gigantescos pés de eucalipto se sucediam, colados uns aos outros, margeando o caminho até a casa da misteriosa missivista. As folhas desses eucaliptos lançavam no ar um perfume que até hoje guardo em minha memória olfativa. Do outro lado da montanha, onde eu vivia, também se podia notar as perfiladas árvores, ao longo da estreita estrada de terra, que desembocava no portão de minha casa. Mas, fosse lá quem as tivesse plantado, optara por substituir pés de eucalipto por frondosos mangueirais. Uma chaminé soltava uma fumaça cinzenta, que era carregada para o sul por uma leve brisa, sinal de algum fogão aceso, alguém provavelmente preparando o almoço. Um jardim bem cuidado, no qual rosas vermelhas e lírios competiam por espaço, se antecipava à entrada da casa. O cheiro de eucalipto, até então único responsável

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pelo perfume que inundara o ar, fora agora substituído pela fragrância dos lírios e das rosas. O sol não poupara esforços para banhar com amarelo-ouro aquela manhã, e seus raios aproveitavam os pequenos espaços oferecidos pelas folhas das mangueiras (afastadas por força da brisa) para incidir sobre uma menina, apoiada no parapeito de uma das janelas da casa, fazendo brilhar os longos e dourados cachos que desleixadamente lhe caíam sobre os ombros. Seu olhar distraído não notou de imediato a minha chegada, mas, assim que me aproximei, sem mostrar qualquer sinal de surpresa, ela me perguntou por que eu estava lá. *Escritor. Autor dos livros “Fantasmas de um escritor em Paris”, “Meu pseudônimo e eu”, “O estranho espelho do Quartier Latin”, “A bicha e a fila”, “O corvo”, “O portal” e “A escolha”

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(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)


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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 11, A SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

ROYALTIES

Arrecadação da Cfem em Minas recua 22,7% em abril Receita atingiu R$ 101,3 milhões MICHELLE VALVERDE

total recolhido no quarto mês deste exercício. Em segundo lugar apareceu o Pará, com R$ 95,47 milhões. Ao todo, os recolhimentos somaram R$ 232,62 milhões no Brasil. Por outro lado, os recolhimentos do primeiro quadrimestre deste ano, em Minas Gerais, cresceram em relação aos registrados no mesmo intervalo do ano passado. De janeiro a abril deste ano foram recolhidos R$ 499,73 milhões, contra R$ 380,61 milhões registrados em igual época de 2018. Isso significa uma elevação de 31,29% na base de comparação. No Brasil, a arrecadação somou R$ 1,1 bilhão nos primeiros quatro meses do ano. Com isso, Minas Gerais também liderou a lista de maiores recolhedores, respondendo por 45% do total da Cfem registrada no País.

No quarto mês do ano, o recolhimento dos royalties da mineração somou R$ 101,3 milhões em Minas Gerais ficando abaixo dos pagamentos do mês anterior e pouco maior que o valor registrado em igual época do ano passado. Na comparação com março, quando o recolhimento somou R$ 131,24 milhões, houve uma queda de 22,79% na Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), enquanto que frente a abril de 2018 foi verificada pequena elevação de 0,38%. No quarto mês do ano anterior, os recolhimentos chegaram a R$ 100,93 milhões. De acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), mesmo com o resultado, Minas Gerais continuou na primeira posição entre todos os estados arrecadadores da Cfem no País, com uma Cidades - Com base nas participação de 43,56% do informações da ANM, as

Minas Gerais concentra a maior parte da receita com o royalty da mineração no Brasil, com 45% do total arrecadado

maiores receitas arrecadadas no quarto mês de 2019 foram observadas em Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Nova Lima, Itabira e Itabirito. No caso de Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas Gerais, a arrecadação saiu de R$ 6,9 milhões em abril do ano passado para R$ 17,128 milhões neste exercício. Isso representou uma variação positiva de 148%. Em Congonhas, no Cam-

po das Vertentes, foram recolhidos R$ 13,8 milhões, enquanto no quarto mês do ano passado as receitas com os royalties somaram R$ 12,66 milhões, um aumento de 9%. Já os royalties pagos a Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) chegaram a R$ 12,54 milhões, 0,64% a mais que os R$ 12,46 milhões registrado um ano antes. Em Itabira, na região

Central do Estado, foram recolhidos R$ 10,95 milhões, enquanto no exercício passado arrecadou-se R$ 10,25 milhões. Na comparação do período, foi verificada elevação de 6,82%. O recolhimento dos royalties da mineração em Itabirito, na região Central de Minas Gerais, somou R$ 6,8 milhões no quarto mês do ano. O valor está 25,2% menor que os R$ 9,10 milhões arrecadados em igual mês de 2018.

Já em Brumadinho, também na região Central, município mineiro onde ocorreu o rompimento de uma barragem de rejeitos da Vale, o recolhimento da Cfem encerrou abril em R$ 3,06 milhões, valor menor que o verificado em março, R$ 6,2 milhões, em fevereiro, R$ 7,3 milhões e que em janeiro, R$ 6,2 milhões. Em relação a abril de 2018, quando o recolhimento chegou a R$ 4,27 milhões, a queda foi de 29,74%.

MINERADORA

Vale deve levar 3 anos para ter novo recorde de produção Rio - A Vale informou na sexta-feira (10) que poderá levar até três anos para voltar a atingir ritmo de produção de minério de ferro antes planejado para 2019, que seria um recorde, em meio a uma nova agenda que coloca em primeiro plano segurança e excelência operacional, em resposta ao desastre de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em sua primeira fala pública após ser confirmado como diretor-presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo pediu desculpas pelo rompimento da barragem da empresa em 25 de janeiro e afirmou que as três palavras que vão pontuar as prioridades da companhia são “segurança, pessoas e reparação”. “Não poupamos nem pouparemos recursos e esforços para reparar de forma célere e justa os danos que causamos àquelas famílias, à infraestrutura das comunidades e ao meio ambiente”, disse Bartolomeo, em teleconferência com analistas de mercado sobre os resultados da empresa no primeiro trimestre. Em sua gestão, o executivo afirmou que terá como compromisso “firmar um novo pacto com a sociedade”, atuando como vetor de desenvolvimento econômico para as comunidades, “indo além do mero pagamento de impostos e de ações compensatórias, estabelecendo parcerias e alianças para um desenvolvimento territorial sustentável”. Mas não informou detalhes. Na véspera, a maior pro-

dutora global de minério de ferro relatou que o impacto financeiro da ruptura da barragem soma, por ora, cerca de US$ 5 bilhões, um valor provisionado que ainda não inclui custos para descomissionamento de barragem de controladas e coligadas e eventuais indenizações por danos ambientais e de interesses coletivos. O presidente da empresa também se comprometeu com a continuidade de estratégias estabelecidas anteriormente, de reposicionamento no setor de metais básicos, a forte disciplina de alocação de capital e a maximização da melhora da qualidade no minério de ferro. O rompimento da barragem da mina de ferro Córrego do Feijão em Brumadinho, com capacidade para armazenar mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, liberou uma onda de lama que atingiu instalações da empresa, mata, comunidades e rios da região. Foram confirmadas, até o momento, 238 vítimas fatais, grande parte de funcionários da própria Vale, e outras 32 pessoas constam como desaparecidas. Após o desastre, a empresa foi levada a paralisar capacidade de cerca de 90 milhões de toneladas de minério de ferro anuais em diversas atividades em Minas Gerais, em meio a revisões de segurança. Com isso, a Vale anunciou prejuízo líquido de US$ 1,64 bilhão no primeiro trimestre, contra lucro de US$ 1,59 bilhão no mesmo período de 2018, com

impactos da tragédia, que provocou ainda seu primeiro Ebitda ajustado negativo de sua história. Fatores como chuvas na região Norte e uma mudança no gerenciamento de estoques também impactaram os resultados. Atraso - Com o baque nas suas atividades, a mineradora prevê atingir o ritmo de produção de minério de ferro anteriormente planejado para entre 2019 e 2023, de 400 milhões de toneladas por ano, apenas em dois ou três anos. “Nós não temos pressa,

estamos trabalhando em conjunto com o Ministério Público e as autoridades, nosso objetivo é comum, é assegurar que só haverá qualquer tipo de retomada uma vez que haja segurança absoluta”, afirmou durante a teleconferência o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani. “Se vocês me perguntarem, quando a Vale espera atingir novamente uma produção próxima a 400 milhões de toneladas, eu diria que o horizonte aqui é entre dois e três anos.” Dentre os cerca de 90 mi-

lhões de toneladas por ano de capacidade que foram paralisadas, está a mina de Brucutu, maior complexo da companhia em Minas Gerais, que pode produzir mais de 30 milhões de toneladas/ano. Siani ponderou que atualmente Brucutu está produzindo com beneficiamento a seco, que dispensa o uso de barragens, a um ritmo de “pouco menos” de 10 milhões de toneladas por ano. Para retomar 100% da operação, com a utilização da produção a úmido, a empresa precisa de uma liberação judicial,

que acredita que conseguirá no curto prazo. Já outras operações paralisadas pela Justiça, de Alegria, Vargem Grande e Timbopeba, Siani afirmou ter a expectativa de conseguir uma liberação para operar a seco em cerca de 6 meses a 12 meses, recuperando então outros cerca de 30 milhões de toneladas. A retomada dos 30 milhões de toneladas restantes, que apenas seriam possíveis com operação a úmido, Siani afirmou que poderá levar ainda de dois a três anos. (Reuters)

MERCADO DE CAPITAIS

Ibovespa fecha semana com queda de 1,8% São Paulo - A bolsa paulista fechou em queda na sexta-feira (10) e no acumulado da semana marcada por reviravolta nas negociações comerciais entre os EUA e China, enquanto a cena doméstica contemplou uma bateria de balanços corporativos e a retomadas das discussões sobre a reforma da Previdência. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,58%, a 94.257,56 pontos, na sessão, que teve volume financeiro de R$ 13,26 bilhões. Na semana, o Ibovespa perdeu 1,82%%. No exterior, negociadores norte-americanos e chineses encerraram nova rodada de negociação na sexta-feira sem acordo comercial, apesar de comentários positivos de ambos os lados sobre a reunião, incluindo do presidente Donald Trump, em-

bora ele tenha dito não ter pressa para um desfecho. Os EUA começaram a cobrar a partir de sexta-feira tarifas de 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. A expectativa é de que Pequim retalie. “O mercado está apreensivo com a guerra comercial”, destacou Frederico Mesnik, sócio-fundador da Trígono Capital, que vê no movimento de Trump mais uma estratégia de negociação, com chance de solução no curto prazo. Ao mesmo tempo, destacou, a economia no Brasil tem se mostrado mais fraca do que o esperado, o que pode ser visto nos resultados de empresas de varejo e de alimentos. O quadro de recuperação ainda bastante lenta da atividade brasileira, combinada com um ambiente de preços comportados tem apoiado

apostas de um afrouxamento monetário pelo Banco Central ainda este ano, embora tal cenário ainda considere a aprovação da reforma da Previdência. “A pressão para a queda da taxa Selic já começa a transcender a reforma da Previdência”, destacou o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez DTVM. Quanto às mudanças das regras de acesso a aposentadorias, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o mérito da proposta começou os trabalhos nessa semana, com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, na quarta-feira (08), mas sem definir um prazo para votação da matéria no colegiado.

fundo prejuízo líquido de US$ 1,64 bilhão no primeiro trimestre, com impactos do desastre de Brumadinho, que também a fez ter seu primeiro Ebitda ajustado negativo de sua história. B2W caiu 6,5%, entre as maiores quedas do Ibovespa, tendo de pano de fundo balanço do primeiro trimestre, assim como sua controladora, a Lojas Americanas PN, que perdeu 3,75%, também após reportar números dos primeiros meses de 2019 e prometer acelerar investimentos para cumprir um plano de expansão em 2019. Petrobras PN fechou em queda de 0,56%, em sessão de pequenas variações dos preços do petróleo. Banco do Brasil cedeu 1,7%, capitaneando as perdas entre os bancos do IboDestaques - Vale fechou vespa. Itaú Unibanco PN em alta de 1,9% após sessão caiu 0,46% e Bradesco PN volátil, tendo de pano de cedeu 0,89%. (Reuters)


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ECONOMIA COMÉRCIO EXTERIOR

Saldo da balança recua 1,9% em Minas Superávit atingiu US$ 4,787 bilhões no acumulado do primeiro quadrimestre, aponta o Ministério da Economia ARNALDO ALVES - ANPR

MARA BIANCHETTI

O saldo da balança comercial de Minas Gerais continua oscilando no decorrer de 2019. Nos primeiros quatro meses deste ano houve superávit de US$ 4,787 bilhões, contra um resultado também positivo de US$ 4,880 bilhões no primeiro quadrimestre de 2018. No entanto, houve recuo de 1,9% entre os períodos. Os dados são do Ministério da Economia e refletem a queda nas exportações de veículos automotores a partir do Estado. Somente em abril, o comércio exterior mineiro registrou baixa de 10,6% sobre igual mês do ano passado. O saldo entre exportações e importações em abril chegou a US$ 1,121 bilhão, contra US$ 1,254 bilhão no ano anterior. Em relação ao acumulado dos quatro primeiros meses, houve queda em virtude da diminuição das exportações no ano, que somaram US$ 7,623 bilhões e caíram 1,3% quando comparadas às de igual período de 2018 (US$ 7,73 bilhões). Ao mesmo tempo e na mesma comparação, as importações em 2019 chegaram a US$ 2,836 bilhões, ante US$ 2,85 bilhões, ficando praticamente estável entre os períodos. No caso das exportações, a queda aconteceu princi-

Exportações a partir de Minas Gerais somaram US$ 7,623 bilhões entre janeiro e abril, o que representa queda de 1,3%

palmente em função das menores remessas de veículos automotores. Para se ter uma ideia, nos primeiros quatro meses deste ano, os embarques somaram apenas US$ 48 milhões enquanto na mesma época de 2018 chegaram a US$ 135 milhões. Isso representa uma queda de 64% entre os períodos. Por outro lado, minério

de ferro e café registraram avanço nos embarques internacionais. Juntos, estes produtos possuem participação de 40% na balança mineira. Os envios de minério de ferro entre janeiro e abril deste ano somaram US$ 2,286 bilhões sobre os US$ 2,041 bilhões no mesmo intervalo de 2018, aumento

Peru desiste de sobretaxar o aço brasileiro Brasília - Depois de meses de investigação, o Peru desistiu de impor a tarifa antidumping sobre as barras de aço brasileiras, informou na sexta-feira (10) a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. Segundo a pasta, o governo brasileiro recebeu a informação com satisfação porque o produto representa um dos principais itens de exportação para o país vizinho. Pelas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), as tarifas antidumping podem ser impostas caso um país comprove que os bens importados são produzidos abaixo do preço de custo e têm potencial para

prejudicar setores da economia nacional. O governo peruano concluiu que as barras de aço não ameaçam a indústria do país vizinho, dispensando a adoção de qualquer sobretaxa. “O governo brasileiro, por meio de atuação coordenada entre o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Economia, acompanhou todas as etapas da investigação conduzida pelo Peru, sempre buscando demonstrar que não havia dano ou ameaça de dano à indústria peruana que justificasse a aplicação de medidas antidumping às exportações brasileiras de barras de aço”, destacou o Ministério da

Economia por meio de nota. De janeiro a abril, o Brasil exportou US$ 798,13 milhões para o Peru, crescimento de 4,56% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações do país vizinho, no entanto, caíram 21,55%, somando US$ 460,78 milhões. A maior parte das vendas para o Peru corresponde a produtos manufaturados. Juntamente com fios de máquinas e barras de ferro, as barras de aço foram o segundo item mais exportado para o Peru, totalizando US$ 52,97 milhões nos quatro primeiros meses do ano, com alta de 20,7% em relação ao mesmo período de 2018. (ABr)

de 12%. Minas embarcou, ao todo, 41,5 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses deste exercício, 2,1 milhões a mais que em 2018. Com isso, o insumo siderúrgico continuou como

principal produto da pauta de exportações, com participação de 29,9%. As remessas de café ao exterior também aumentaram em quantidade e rendimento. O Estado embarcou 165

milhões de toneladas ou 42% a mais em volume no acumulado até o mês passado diante do mesmo período de 2018. Os embarques do grão ao mercado externo somaram 555 milhões de toneladas contra 390 milhões de toneladas em 2018. Já em receita, a commodity rendeu US$ 1,235 bilhão sobre US$ 1,031 bilhão, alta de 19% em igual confronto. Importações - No que se refere às importações, o produto mais comprado por Minas Gerais no mercado internacional foi a hulha betuminosa, que é o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no Estado, com participação de 8,7% nos desembarques do primeiro quadrimestre de 2019. Ao todo foram aportados US$ 247 milhões, valor 12% menor que na mesma época de 2018. Já a importação de veículos apresentou recuo de 60,8% nos quatro primeiros meses deste exercício. Os desembarques de automóveis de passageiros somaram US$ 96 milhões de janeiro a abril de 2019 sobre US$ 245 milhões em igual época de 2018.

Governo pode cortar tarifa de importação

Rio - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na sexta-feira (10) que o governo pretende fazer um corte gradual de 10% nas tarifas de importação em uma busca da abertura da economia, em um momento em que economias como Estados Unidos elevam suas barreiras comerciais. “A abertura da economia tem que ser exponencial, não pode ser linear senão você quebra a indústria brasileira. Vamos baixar tarifa média em 10%; sendo 1% no primeiro ano, o dobro no segundo, o triplo no terceiro e o quádruplo no último ano”, disse ele em evento no Rio de Janeiro. O ministro, entretanto, não deu mais detalhes sobre esse plano.

Guedes ainda destacou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai participar da reestruturação financeira de Estados e municípios e criticou algumas atuações do banco, afirmando que houve “pedaladas” e que agora é o momento de “despedalar”. “O plano Mansueto vai usar fortemente o apoio do BNDES”, completou Guedes, dizendo que será usado mais garantias e menos empréstimos em si do banco. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou no final de abril que o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) para Estados, de concessão de garantias da União para empréstimos feitos pelos

governadores junto a bancos públicos e privados, já foi finalizado pelo Ministério da Economia e depende agora de decisão política para ser encaminhado ao Congresso Nacional. O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), disse na véspera que Guedes garantiu a governadores que irá apresentar o plano nos próximos dias. Guedes voltou a defender a reforma da Previdência, afirmando que novas reformas, segundo ele, dependem da aprovação das novas regras de aposentadorias. “Se não tiver essa, não adianta falar em desoneração. Acabou isso acelera o resto com pacto federativo e simplificação de impostos”, disse o ministro. (Reuters)

INDÚSTRIA

Parque fabril do interior do Estado tem resultados negativos MARA BIANCHETTI

Embora o parque fabril mineiro tenha voltado a crescer em março, após registrar duas quedas consecutivas, as indústrias espalhadas pelo interior do Estado continuaram apresentando resultados negativos no terceiro mês de 2019. Todas as quatro regiões pesquisadas apresentaram baixas nas receitas. No acumulado do ano, porém, houve crescimento ou estabilidade. De acordo com a Pesquisa Indicadores Industriais Regionais (Index Regional) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), as quedas foram observadas na Zona da Mata (-14,4%), Centro-Oeste (-13,3%), Sul (-9,6%) e Leste (-4,3%). Os resultados do Norte e Triângulo não foram divulgados. Mesmo com os resulta-

dos negativos do mês, o levantamento da Fiemg indicou crescimento nas receitas do Centro-Oeste e Leste no acumulado do primeiro trimestre de 2019. No caso do Centro-Oeste, a alta foi de 5,8% nos três primeiros meses deste ano e representou o melhor resultado para o período desde 2017. Os demais indicadores – horas trabalhadas na produção, emprego e massa salarial real – apresentaram recuos, assim como em 2018. As baixas foram de 2,8%, 0,9% e 0,5%, respectivamente. Já o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) foi de 69,5% no primeiro trimestre. De maneira semelhante, o Leste acumulou alta de 5,9% no faturamento até o terceiro mês em decorrência do avanço das vendas no mercado interno e das exportações.

O emprego e a massa salarial real também cresceram no período, em 2,1% e 3,9%, pela ordem. Por outro lado, as horas trabalhadas na produção registraram queda expressiva, de 19,6%, a maior da série histórica, iniciada em 2011. Enquanto isso, a Nuci encerrou março em 63,3%. Na Zona da Mata o faturamento real permaneceu praticamente estável no primeiro trimestre, com recuo de apenas 0,1%. As horas trabalhadas na produção e a massa salarial registraram quedas mais significativas, de 3,6% e 2,9%, respectivamente. O emprego foi o único indicador que apresentou avanço no período (4,2%), sendo o maior crescimento para o trimestre desde 2011. O nível de utilização da capacidade instalada, neste caso, foi de 84%.

DAVID ALVES - DIVULGAÇÃO

Index Regional da Fiemg aponta que todas as regiões pesquisadas recuaram em março

Por fim, na região Sul, todos os indicadores diminuíram no período de janeiro a março deste ano. O faturamento real registrou queda de 0,8% que

foi explicada pelo recuo das vendas no mercado interno e das exportações. Os resultados verificados nas demais variáveis foram piores que os regis-

trados no mesmo período de 2018: horas trabalhadas na produção (-2,8%), emprego (-3%) e massa salarial (3,8%). A Nuci chegou a 70,1%.


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

VAREJO

Suzano vê mercado estável, apesar de alta em estoque

Americanas planeja abrir 224 lojas neste ano São Paulo - A varejista Lojas Americanas deve acelerar os investimentos nos próximos trimestres para cumprir um plano de expansão previamente anunciado de dobrar o número de lojas entre 2015 e 2019, disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Carlos Padilha, na sexta-feira (10). “Para atingir a meta de 800 novas lojas entre 2015 e 2019 temos que abrir 224 este ano”, afirmou Padilha, em entrevista à Reuters, acrescentando que, ao menos 40 das inaugurações, serão no formato conveniência. Em 2 de maio, a Reuters informou que a Lojas Americanas estava entre cinco grupos que entregaram propostas para operar lojas de conveniência em postos de gasolina da BR Distribuidora, a maior distribuidora de combustíveis do Brasil. Padilha disse que as 40 novas lojas de conveniência planejadas para 2019 serão totalmente operadas pela Lojas Americanas, mas a varejista atualmente estuda um modelo de franquias para esse formato. “Temos uma equipe totalmente dedicada a isso e o estudo está em estágio avançado”, acrescentou. No primeiro trimestre, a empresa investiu R$ 207,7 milhões, principalmente em reformas e 15 inaugurações de lojas. A Lojas Americanas possui um total de 1.501 unidades em 603 cidades em todo o Brasil, mas suas operações não se limitam a lojas físicas. Comércio eletrônico - A varejista possui uma participação de 62% na B2W Companhia Digital, a maior empresa de comércio eletrônico do Brasil em receita, que opera sob as marcas Submarino, Americanas.com, Sou Barato e Shoptime. Padilha comentou ainda que a Lojas Americanas, que teve prejuízo líquido de R$ 53,5 milhões no primeiro trimestre devido a um calendário menos favorável, espera resultados mais fortes no segundo trimestre. “A Páscoa é o terceiro evento mais importante do nosso calendário e este ano caiu no segundo trimestre”, explicou. Analistas do BTG Pactual disseram, em relatório na sexta-feira, que as perspectivas futuras para a Lojas Americanas são promissoras, principalmente no segundo trimestre, mas o mercado deve demorar um pouco para incorporar isso ao preço das ações. (Reuters)

CELULOSE

O aluguel do metro quadrado no Estado está avaliado, em média, em R$ 21,45, enquanto a média nacional é de R$ 19,14

CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS

Galpões de Minas estão entre os menos ociosos do País Pesquisa mostra que setor no Estado tem baixa vacância e preço valorizado MICHELLE VALVERDE

A proximidade dos grandes centros e a logística privilegiada estão favorecendo o mercado de condomínios logísticos de Minas Gerais, que estão com vacância baixa e preços do metro quadrado em alta. O índice de ociosidade dos galpões no Estado fechou o primeiro trimestre do ano em 8,9%, 2 pontos percentuais menor em relação ao trimestre anterior. A taxa é uma das menores do País, segundo a análise da consultoria imobiliária Binswanger Brasil. Em relação aos valores, o aluguel do metro quadrado está avaliado, no Estado, em média, em R$ 21,45, enquanto a média nacional é de R$ 19,14. De acordo com o diretor comercial de estruturação de negócios da Binswanger Brasil, Cláudio Costato, a queda no índice de vacância é resultado de um mercado que se moveu no período basicamente em função das locações. Isso porque Minas Gerais não registrou devolução de espaços no primeiro trimestre de 2019.

As absorções bruta e líquida ficaram iguais e não houve devoluções. Com este cenário, foi registrado aumento dos preços médios praticados. “A oferta nos condomínios logísticos, em Minas Gerais, está muito pequena e, isso, tem impulsionado os preços do metro quadrado. No primeiro trimestre, o valor chegou a R$ 21,45 no Estado. O valor ficou maior do que a média registrada em 2018, que foi de R$ 20,79. A tendência é de manutenção dos preços em alta, mesmo com a entrega de novos empreendimentos. A expectativa é encerrar 2019 com o metro quadrado avaliado em R$ 22,01”, disse Costato. Com o resultado trimestral, Minas Gerais possui o quarto maior preço do País, atrás de Bahia, Distrito Federal e Amazonas. De acordo com os dados da Binswanger, ao longo do primeiro trimestre, foram disponibilizados 10 mil metros quadrados no LOG Contagem III. A previsão é de que os 26 mil metros quadrados restantes nesse empreendi-

mento estejam operacionais no terceiro trimestre. Para o Estado, o crescimento do estoque previsto até o final do ano é de 80 mil metros quadrados, 20% a mais do que no início de 2019. Extrema - Dos 391 mil metros quadrados de galpões logísticos mineiros de classe A+ e A, 39% estão localizados na região de Extrema, no Sul de Minas Gerais. A área ocupada é maior do que na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que responde por 36%. O restante está localizado em Varginha (25%). Segundo o levantamento da Binswanger, o estoque existente na região de Extrema é recente, já que 78% dos espaços foram entregues entre 2013 e 2018. Dos empreendimentos em construção, e com data de entrega até 2020, Extrema responde por 54 mil metros quadrados ou 46% do estoque mineiro previsto. A entrega desse novo estoque em obras representará um aumento de 35% em relação aos espaços existentes. Atualmente

os principais ocupantes da região são: transporte e logística (40%), internet (26%) e alimentos, bebidas e fumo (21%). O empreendimento a ser entregue este ano (Extrema Business Park) prevê mais 75 mil metros quadrados para expansão possivelmente até 2030. A última área entregue na região, no primeiro trimestre de 2018, entrou no mercado 94% ocupada e hoje está 100% locada. A demanda por galpões na região é grande: a taxa de vacância foi de 2% no início deste ano e a média de preços pedidos de locação estava em R$ 24 por metro quadrado, preço muito acima do valor médio do Estado: R$ 21,45 por metro quadrado. “A proximidade com São Paulo e a logística fazem com que a demanda nos condomínios logísticos de Extrema seja expressiva. Mesmo com a entrega de novos espaços, a tendência é de valorização dos preços dos aluguéis. Com a procura em alta, os condomínios ficam muito pouco tempo no mercado”, explicou.

FGTS

Governo avalia elevar rentabilidade de fundo Brasília - A Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia confirmou, na sexta-feira (10), que promove estudos para melhorar a gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e aumentar a rentabilidade para o trabalhador. Segundo a pasta, no entanto, as discussões estão em fase inicial e serão acompanhadas pela sociedade e pelo Congresso Nacional com total transparência. “A Secretaria Especial de Fazenda informa que estão sendo realizados estudos para aprimoramento da gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com o objetivo de melhorar a sua rentabilidade para o trabalhador. Esse projeto ainda está em fase inicial e todo o processo será conduzido com total transparência e em diálogo com o Congresso Nacional e demais agentes econômicos envolvidos, respeitando os contratos firmados e a função social do fundo”, informou o órgão. Atualmente, o FGTS rende o equivalente à taxa referencial (TR) mais 3% ao ano. Desde 2018, o fundo também distribui metade do lucro lí-

REUTERS/BRUNO DOMINGOS

Hoje, Fundo de Garantia tem rendimento para trabalhador equivalente à TR mais 3% ao ano

quido do ano anterior a todos os trabalhadores. Apesar da distribuição do lucro, o rendimento é inferior à inflação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação acumulada de 4,94% nos 12 últimos meses terminados em abril. Na sexta-feira, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues,

disse que o rendimento do FGTS equivale a um imposto cobrado do trabalhador, por ser inferior à inflação. Ele também falou que o governo estuda forma de flexibilizar o saque do fundo, mas que isso exigiria mudanças na lei e diálogo com o Congresso. Atualmente, o FGTS tem um patrimônio de R$ 525 bilhões. Em 2016, o governo do ex-presidente Michel Temer liberou o saque em contas inativas (que não recebem mais depósitos do FGTS)

para cerca de 26 milhões de trabalhadores. Na época, a medida injetou R$ 44 bilhões na economia. Formado por 8% do salário bruto do trabalhador depositados mês a mês pelo empregador, o FGTS só pode ser sacado nas seguintes situações: aposentadoria, compra da casa própria e demissão sem justa causa. Em caso de algumas doenças graves, como câncer, o dinheiro também pode ser sacado pelo empregado. (ABr)

São Paulo - A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, afirmou, na sexta-feira (10), que os fundamentos do mercado da commodity usada na produção de papel mantêm características de demanda maior que a oferta no médio a longo prazos, apesar do estoque de produto da empresa ter triplicado no início do ano, obrigando o grupo a reduzir a produção em 2019. A ação da companhia foi destaque negativo do Ibovespa, caindo 8,72%, na maior perda desde junho de 2018. A companhia, que neste ano incorporou a Fibria, tinha, no ano passado, estoques de 1 milhão de toneladas, mas esse volume subiu para 3 milhões de toneladas no início deste ano. O presidente da Suzano, Walter Schalka, disse a analistas e jornalistas que o foco da empresa é reduzir a produção e o estoque e “maximizar os ativos biológicos no longo prazo”. China - O executivo afirmou que a demanda na China por papéis sanitários está normal, mas a procura por papel de imprimir e escrever não, e que o problema está no meio da cadeia e não no consumo final, por causa da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos contra o país asiático. Schalka afirmou que a demanda nos Estados Unidos está acima da média, mas não citou números. Questionado se a Suzano poderia deslocar parte de suas exportações para o país, Schalka rejeitou a ideia, afirmando que a companhia não está buscando ganhos de curto prazo, mas em garantir seus clientes no longo prazo. Durante a apresentação, executivos da Suzano comentaram que a empresa viu melhoria nas condições de mercado na China em março e que o volume de vendas da empresa para o país ficou perto de níveis normais. Apesar do relativo otimismo, com executivos citando que o mercado global de celulose terá um quadro de demanda maior que a oferta pelos próximos dois anos e meio a três anos, não foram divulgadas projeções sobre preços da commodity ou mesmo sobre para quanto irá cair o estoque da empresa. Os executivos comentaram apenas que o inventário de celulose no final do ano cairá abaixo dos níveis atuais. O corte de produção da Suzano para 2019 foi de até 12%, para entre 9 milhões e 9,4 milhões de toneladas. Apesar disso, executivos da companhia afirmaram que, por ora, o plano de investimento de R$ 6,4 bilhões neste ano, dos quais R$ 1,4 bilhão são para compra de terras e florestas, está mantido. (Reuters)


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ECONOMIA IPCA-RMBH

Inflação sobe puxada por medicamentos Aumento no preço da gasolina também contribuiu para alta de 0,42% no índice em abril FERNANDA CARVALHO/FOTOS PÚBLICAS

ANA AMÉLIA HAMDAN

Impactada principalmente pela alta nos preços da gasolina e de medicamentos, a inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) avançou 0,42% em abril. Por outro lado, o item que mais ajudou a segurar o crescimento inflacionário foi o feijão, cujo preço apresentou redução de 7,92%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Coordenador da pesquisa, Venâncio da Mata ressalta que a gasolina, que subiu 2,47% em abril, tem um peso muito grande no orçamento e, por isso, foi o subitem que mais contribuiu para o avanço do índice. Já a alta dos medicamentos chegou a 2,25%, com aumento em produtos como hormônio (3,6%), gastroprotetor (3,48%) e analgésicos e antitérmicos (2,92%). No acumulado do ano, a inflação da RMBH está em 1,94%, acima do registrado em igual período de 2018, quando era de 1,14%. Segundo Venâncio da Mata, a tendência para maio é de nova alta inflacionária em decorrência, principalmente, de dois fatores: autorização do reajuste do gás e a mudança da bandeira

No último mês, o preço dos remédios teve crescimento devido ao reajuste anual, o que acabou pesando no bolso do consumidor

tarifária da energia, que era verde e passou para amarela. A inflação acumulada de 12 meses está em 4,82% na RMBH, ainda sentindo o impacto do pico inflacionário gerado pela greve dos caminhoneiros realizada no ano passado. Grupos - Dos nove grupos apurados pelo IBGE, apenas

um registrou queda nos preços: artigos de residência, que mostrou retração de 0,07%. Entre os segmentos que registraram alta, o que apresentou acréscimo mais acentuado foi saúde e cuidados pessoais, com aumento de 1,45%. Também tiveram alta: transportes (+0,85%); despesas pessoais (+0,23%); educação (+0,21%); alimentação e bebidas (+0,16%);

comunicação (+0,10%); habitação (+0,10%); e vestuário (+0,08%). No grupo alimentação, foram registradas as altas mais acentuadas de preço: tomate (+ 28,86%); morango (+25%); e repolho (+24,45%). As principais reduções de preço também estão nesse grupo. O preço do mamão caiu 13,31%, enquanto o da laranja teve queda de 10,63%

e o da abóbora de 10,39%. De acordo com o IBGE, no País, a inflação subiu 0,57% em abril. A RMBH tem o terceiro menor resultado mensal entre as 16 áreas pesquisadas, à frente das regiões metropolitanas de Vitória e Rio Branco. No acumulado de 2019, a inflação brasileira está em 2,09%. A meta para o ano é de 4,25%. DIVULGAÇÃO

BANCOS

Programa de microcrédito do BNB bate R$ 3 bilhões em contratações no ano DA REDAÇÃO

O programa de microcrédito urbano do Banco do Nordeste, o Crediamigo, atingiu a marca de R$ 3 bilhões em contratações nos primeiros quatro meses de 2019. O valor é 11,8% maior do que no mesmo período do ano passado. Desde janeiro, já foi contratado 1,4 milhão de operações com microempreendedores dos nove estados nordestinos e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, 5,7% a mais do que o registrado no ano passado. Em Minas Gerais, foram desembolsados R$ 142 milhões. Os mineiros são responsáveis por 63,2 mil operações. O superintendente de Microfinança e Agricultura Familiar do Banco do Nordeste, Alex Araújo, ressalta que a previsão é de incremento das contratações até o fim do ano. “Os micro e pequenos empreendimentos reagem mais rapidamente às melhoras da economia, e temos visto esse movimento de crescimento da demanda desde o ano passado. Temos uma excelente expectativa para o Dia das Mães e estamos preparados para o segundo semestre. O Crediamigo tem feito uma enorme diferença no desenvolvimento do empreendedorismo no Nordeste”, afirma. De mãe para filha - Ana Paula Paiva de Souza é cliente do Crediamigo desde 2015 e já soma sete empréstimos. Ela é uma das beneficiadas

com os R$ 3 bilhões em recursos este ano. A microempreendedora já investiu em confecções, acessórios, semijoias, cosméticos e comidas regionais, sempre com o programa como parceiro. Ana Paula confia no Crediamigo e não perde oportunidade de recomendá-lo a outras pessoas, como vizinhos e a sua própria filha, Amanda Annemberg. O conselho da mãe foi aceito e a nova empreendedora, que vende lingeries, já registra crescimento em sua atividade. “Eu indico o Crediamigo, porque foi quem primeiro me apoiou e nunca desistiu de mim”, garante a mãe. Programa - O Crediamigo é o maior programa de microcrédito orientado da América do Sul e o terceiro maior do mundo. A metodologia destaca-se por oferecer o recurso financeiro associado a acompanhamento e orientação para sua melhor aplicação. O programa disponibiliza capital de giro para investir em móveis, utensílios, máquinas e equipamentos, reformas de instalações e seguros de vida. O microcrédito atende pessoas que trabalham por conta própria, individualmente ou reunidas em grupos solidários, que atuam nos setores informal ou formal da economia, no comércio, serviços e indústria. A modalidade não exige comprovação de renda e o recurso é concedido de forma desburocratizada. (Com informações do BNB).

Valor apurado pela instituição de janeiro a abril com operações representou crescimento de 11,8%

BB deve usar verba de ativos para crédito São Paulo - Os recursos a serem levantados com a extensa lista de ativos a serem vendidos pelo Banco do Brasil não deverão contribuir para o esforço fiscal de seu controlador, o governo federal, disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da instituição, Carlos Hamilton Araújo. “Não há esse pensamento dentro do governo”, disse Hamilton à Reuters, quando questionado sobre se o banco pretende repassar aos acionistas, na forma de dividendo extraordinário, o dinheiro que levantar com a alienação total ou parcial de investimentos. Dentro da orientação

do governo do presidente Jair Bolsonaro de tentar atrair investimentos via privatizações e licitações, as principais estatais do País vêm sinalizando para a venda de subsidiárias e de participações em negócios considerados não prioritários. No caso do BB, essa agenda abrange a Neoenergia, BB Americas (unidade na Flórida), o argentino Banco Patagonia, a resseguradora IRB, o Banco Votorantim, além de fatias na BB DTVM e no braço de banco de investimentos. Na quinta-feira (9), o presidente-executivo do BB, Rubem Novaes, disse a jornalistas que o banco con-

tratou assessoria para venda de vários desses ativos. Suporte - Segundo Hamilton, a tendência é de que os recursos a serem captados com essa campanha fiquem no banco para ajudar a dar suporte a um novo ciclo de expansão do crédito no País, que deve acontecer após a aprovação das reformas, criando um ambiente para retomada mais firme do crescimento da economia. A carteira de empréstimos do BB, que já chegou a superar os R$ 800 bilhões no final de 2015, fechou março passado em R$ 684 bilhões, alta de apenas 0,8% em 12 meses. (Reuters)

Indicador desacelera no País São Paulo /Rio de Janeiro - A inflação oficial brasileira desacelerou mais do que o esperado em abril, mas, ainda assim, permaneceu acima da meta oficial e se aproximou de 5% em 12 meses depois de o Banco Central ter avaliado que o balanço de riscos para a inflação se mostra simétrico. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu em abril 0,57%, ante 0,75% no mês anterior, segundo os dados divulgados na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em 12 meses, o IPCA passou a avançar 4,94%, de 4,58% em março, permanecendo acima do centro da meta oficial de inflação do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Ambos os resultados, entretanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, que projetavam altas de 0,63% na base mensal e de 5,00% em 12 meses. “A desaceleração do IPCA na verdade é uma devolução, um retorno de altas que aconteceram em março especialmente nos alimentos e nos combustíveis”, explicou o economista do IBGE Fernando Gonçalves. Os alimentos passaram a subir 0,63% no mês, de 1,37% antes, com quedas nos preços de feijão-carioca (-9,09%) e frutas (-0,71%). Já o grupo Transportes apontou alta de 0,94%, sobre 1,44% em março, com avanço de 2,66% no preço da gasolina. Por outro lado, os custos de Saúde e cuidados pessoais aumentaram a pressão a 1,51% em abril, de 0,42% no mês anterior, pressionados pela alta de 2,25% dos remédios como reflexo de reajuste anual. A inflação de serviços, por sua vez, permaneceu em 0,32%, chegando a 3,89% em 12 meses. Greve dos caminhoneiros - A expectativa do BC era de que a inflação no Brasil atingisse um pico em torno de abril ou maio, para depois recuar para patamar abaixo do centro da meta deste ano. Segundo Gonçalves, a taxa em 12 meses ainda embute o salto que o IPCA deu em meados do ano passado como reflexo da greve dos caminhoneiros e ficará alta até junho. “A partir de junho é que teremos uma noção mais clara do comportamento da inflação em 12 meses com o fim do efeito da greve”, disse ele. Na quarta-feira, o Banco Central reconheceu mais sinais de fraqueza econômica ao manter a taxa básica de juros em 6,5%, mas ressaltou que o balanço de riscos para a inflação se mostra simétrico, calculando a inflação a 4,1% em 2019. A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC mostra que os economistas projetam alta do IPCA este ano de 4,04%, indo a 4% em 2020. (Reuters)


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AGRONEGĂ“CIO JONAS OLIVEIRA

SOJA PLUS

Programa deve ser estendido a mais municĂ­pios em MG Projeto capacita e auxilia produtores de soja em gestĂŁo MICHELLE VALVERDE

A oportunidade de promover a melhoria da gestĂŁo ambiental, social e econĂ´mica das fazendas produtoras de soja vem estimulando o crescimento do programa Soja Plus em Minas Gerais. O projeto capacita os produtores rurais em relação Ă legislação brasileira nas ĂĄreas de saĂşde, segurança no trabalho e ambiental e tambĂŠm auxilia na organização das unidades produtoras. AlĂŠm de tornar as fazendas mais seguras, as açþes contribuem para a regularização dos ambientes, o que reduz os problemas com as fiscalizaçþes e contribui para a melhor eficiĂŞncia. Para este ano, a meta ĂŠ iniciar o programa em 48 propriedades localizadas nos municĂ­pios de AraxĂĄ/ Pratinha, IbiĂĄ, Coromandel, todos no Alto ParanaĂ­ba, Paracatu, no Noroeste, e Uberlândia, no Triângulo. A adesĂŁo ao programa ĂŠ gratuita e acontece por meio dos sindicatos rurais. Em Minas Gerais, o Soja Plus ĂŠ desenvolvido pelo Sistema da Federação da Agricultura e PecuĂĄria do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Cargill e Associação Brasileira das IndĂşstrias de Ă“leos Vegetais (Abiove). Etapas - ApĂłs aderir ao projeto, o produtor rural ou os responsĂĄveis pela administração da unidade (atĂŠ duas pessoas) participam do curso Qualidade de Vida na Fazenda - NR 31. A norma

regulatĂłria estabelece as regras de saĂşde, segurança e construçþes rurais. ApĂłs essa etapa, a propriedade ĂŠ visitada por um estudante da UFV ou por um supervisor de campo. O objetivo da visita ĂŠ fazer um check list na unidade, avaliando pontos que precisam ser melhorados para garantir a segurança e a organização das propriedades. Dentre os itens checados estĂŁo as ĂĄreas corretas para armazenagem de agrotĂłxicos e as condiçþes dos alojamentos e refeitĂłrios de funcionĂĄrios, por exemplo. “Depois da avaliação, ĂŠ repassado ao produtor rural um relatĂłrio com as conformidades e as melhorias que necessitam ser implantadas. Ă€s vezes, ĂŠ preciso fazer vĂĄrias melhorias e, neste caso, ĂŠ feito planejamento conforme as condiçþes do produtor. Em mĂŠdia, apĂłs seis meses, ĂŠ feita nova visita para avaliar os pontos de melhoria. As propriedades que aderem ao Soja Plus e implantam as melhorias proporcionam melhor qualidade de vida aos trabalhadores, evitam problemas com as fiscalizaçþes do MinistĂŠrio do Trabalho, fiscalizaçþes ambientais, e trabalham com maior segurançaâ€?, disse o engenheiro agrĂ´nomo e analista de agronegĂłcio da Faemg, Caio Coimbra. Outra ação importante do programa ĂŠ o fornecimento do kit de placas para mapear a fazenda. No projeto, o material ĂŠ fornecido de forma gratuita, mas, no mercado, custa em torno de R$ 1,5 mil.

UNIĂƒO COMERCIAL BARĂƒO LTDA CNPJ/MF 24.013.278/0001-61 / NIRE 3120281593-1

27ÂŞ ALTERAĂ‡ĂƒO DO CONTRATO SOCIAL E ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA DE TRANSFORMAĂ‡ĂƒO EM SOCIEDADE POR AÇÕES Pelo presente instrumento particular: (i) UNIĂƒO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAĂ‡ĂƒO LTDA, com sede na Avenida BarĂŁo Homem de Melo, nÂş 2.014-A, Bairro Jardim AmĂŠrica, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.421-484, inscrito no CNPJ sob o nÂş 13.086.019/0001-44 e registrada na JUCEMG sob o NIRE nÂş 3120903411-0, em 07/01/2011, representada neste ato pelo administrador nĂŁo sĂłcio GILBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Santana do Riacho/MG. (II) NORTE MINAS LOCAĂ‡ĂƒO DE MĂ QUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA, com sede na Rua Principal (Porto Grande), nÂş 20, Bairro Vila MaranhĂŁo, em SĂŁo LuĂ­s/MA, CEP: 65.091-100, inscrito no CNPJ no 09.568.360/0001-69 e registrado na JUCEMA sob o NIRE nÂş 2120064201-1, em 15/05/2008, representada neste ato pelo administrador nĂŁo sĂłcio ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Belo Horizonte/MG. Ăšnicas sĂłcias da sociedade empresĂĄria limitada ‘UNIĂƒO COMERCIAL BARĂƒO LTDA’, inscrita no CNPJ sob o no 24.013.278/0001-61, com sede na Avenida BarĂŁo Homem de Melo, no 1.916, Sala A, Bairro Jardim AmĂŠrica, CEP: 30421484, Belo Horizonte, Minas Gerais, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o NIRE 3120281593-1, em 24/03/1988, resolvem assim, alterar o contrato social e suas posteriores alteraçþes: 1 - Transformação em Sociedade por Açþes - Os sĂłcios decidem (i) transformar o tipo societĂĄrio da Sociedade, de sociedade empresĂĄria limitada em sociedade por açþes, com a alteração da denominação social da Companhia; (ii) aprovar a conversĂŁo das quotas sociais em açþes; (iii) aprovar a alteração do objeto social da Sociedade; (iv) aprovar a redação do Estatuto Social da Companhia; (v) criar o Conselho de Administração da Companhia e eleger os seus membros; (vi) Nomeação de Diretoria e, (vii) aprovar outros assuntos de interesse da Companhia. Em virtude da transformação aprovada na forma do item I acima, a Sociedade passa a ser regida pelas disposiçþes legais da Lei nÂş. 6.404/76 e suas alteraçþes posteriores. Para tanto, foi instalada a Assembleia Geral de Transformação em Sociedade por Açþes: Data, Hora e Local: Realizada em 18 de janeiro de 2019, Ă s 14:00 horas, no escritĂłrio administrativo GD 8QLmR &RPHUFLDO %DUmR /WGD Ă€OLDO 3DUDRTXHQD ORFDOL]DGR QD &LGDGH GH %HOR +RUL]RQWH Estado de Minas Gerais, na Rua Paraoquena, nÂş 181, Bairro Nova Granada, CEP 30.421484. Mesa: Sr. Alberto AntĂ´nio da Silva, como Presidente, e o Sr. Carlos Eduardo Soares Ferreira, como SecretĂĄrio. Convocação e Presença: Dispensada a convocação, nos termos do Artigo 124, ParĂĄgrafo 4Âş, da Lei nÂş 6.404/76 (“Lei das Sociedades por Açþesâ€?), tendo em vista a presença de administradores representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia. Ordem do dia: Deliberar sobre: (i) a transformação da Companhia, de sociedade empresĂĄria limitada em sociedade por açþes, com a alteração da denominação social da Companhia; (ii) a conversĂŁo das quotas sociais em açþes; (iii) aprovar a alteração do objeto social da Sociedade; (iv) a aprovação do Estatuto Social da Companhia; (v) a criação do Conselho de Administração da Companhia e a eleição dos seus membros; (vi) a autorização dos membros do Conselho de Administração para a eleição dos diretores da Companhia; e (vii) a aprovação de outros assuntos de interesse da Companhia; Deliberaçþes: Instalada a assembleia, apĂłs a anĂĄlise das matĂŠrias constantes da ordem do dia, os administradores decidiram, por unanimidade, e sem quaisquer restriçþes ou ressalvas: ( i ) Aprovar a transformação da sociedade empresĂĄria limitada para sociedade por açþes, regida pela Lei das Sociedades por Açþes, passando a operar sob a denominação de UNIĂƒO COMERCIAL BARĂƒO S/A LOCAĂ‡ĂƒO E EMPREENDIMENTOS., e com nome de fantasia LAFAETE LOCAÇÕES DE EQUIPAMENTOS, em continuação e sucessĂŁo Ă sociedade limitada ora transformada, sem solução de continuidade dos negĂłcios sociais, nem alteração da Personalidade jurĂ­dica da sociedade, mantendo-se o mesmo patrimĂ´nio. Sendo certo que a transformação de tipo societĂĄrio ora aprovada nĂŁo importarĂĄ em solução de continuidade da Sociedade, a qual continuarĂĄ existindo com os mesmos direitos e obrigaçþes sociais, FRQVHUYDQGR R PHVPR SDWULP{QLR VRFLDO D PHVPD HVFULWXUDomR FRPHUFLDO H Ă€VFDO ,, Em virtude da transformação deliberada no item (i) acima, converter as 6.000.000,00 (seis milhĂľes) quotas sociais, representativas da totalidade do capital social em igual nĂşmero de açþes ordinĂĄrias nominativas, sem valor nominal, mantendo-se a atual participação societĂĄria detida por cada um dos sĂłcios, doravante denominados acionistas, e o mesmo capital social, no valor de R$ 6.000.000,00 (seis milhĂľes de reais), dividido em 6.000.000 (seis milhĂľes) açþes ordinĂĄrias, nominativas e sem valor nominal, a serem distribuĂ­das entre os acionistas da seguinte forma: a) UNIĂƒO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAĂ‡ĂƒO LTDA DFLPD TXDOLĂ€FDGD SRVVXL (cinco milhĂľes, novecentos e quarenta mil) açþes ordinĂĄrias, nominativas e sem valor nominal, representativas de 99,00% (noventa e nove por cento) do capital social; e b) NORTE MINAS LOCAĂ‡ĂƒO DE MĂ QUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA DFLPD TXDOLĂ€FDGD possui 60.000 (sessenta mil) açþes ordinĂĄrias, nominativas e sem valor nominal, UHSUHVHQWDWLYD GH XP SRU FHQWR GR FDSLWDO VRFLDO 3DUD Ă€QV GH FXPSULPHQWR DR disposto no Artigo 6Âş, inciso III, da Instrução Normativa DREI nÂş 35/17, consta como Anexo I Ă presente Ata a relação completa dos acionistas, com a indicação da quantidade de açþes resultantes da conversĂŁo das quotas. (iii) Aprovar a alteração do objeto social da Companhia para a inclusĂŁo da atividade de participação em outras sociedades. Dessa forma, a Companhia passa a ter o seguinte objeto social: (a) Locação de conteineres, caçambas, caminhĂľes, geradores e tendas; (b) Serviço de confecção de armaçþes metĂĄlicas para construção; (c) fabricação de produtos de metal; (d) manutenção e reparação de mĂĄquinas e equipamentos de terraplanagem, pavimentação e construção, e de outras mĂĄquinas e equipamentos para usos industriais, exceto tratores; (e) instalação de mĂĄquinas e equipamentos industriais; (f) coleta, tratamento e disposição de resĂ­duos perigosos e nĂŁo perigosos; (g) recuperação de materiais plĂĄsticos e outros materiais,

“Os alertas e as sinalizaçþes mostram onde estĂŁo as ĂĄreas de abastecimento, de Reserva Legal (RL), as Ă reas de Preservação Permanente (APP), entre outras. Elas organizam a propriedade e proporcionam maior segurança e qualidade de vida ao trabalhador. Isso ĂŠ importante para ampliar a produtividade dos funcionĂĄ- O Soja Plus ĂŠ desenvolvido em Minas hĂĄ 4 anos e jĂĄ atendeu 109 fazendas em 15 municĂ­pios riosâ€?, explicou o engenheiro fazendas em 15 municĂ­pios Desde 2011, contando todos programa produzem 9,43 agrĂ´nomo. no Estado. os estados participantes, milhĂľes de toneladas de soja, AlĂŠm de Minas Gerais, houve capacitação de 6,5 volume que representa cerca AbrangĂŞncia - De acordo o Soja Plus opera nos esta- mil produtores, gerentes e de 8% da produção brasicom dados da Abiove, o dos do Mato Grosso, Mato funcionĂĄrios, alĂŠm de as- leira da oleaginosa. Nesse programa Soja Plus ĂŠ desenvolvido em Minas Ge- Grosso do Sul, Bahia e GoiĂĄs, sistĂŞncia tĂŠcnica prestada perĂ­odo, o projeto investiu rais hĂĄ quatro anos. Desde que tambĂŠm sĂŁo impor- em 2,15 mil fazendas. As R$ 23 milhĂľes diretamente 2015, jĂĄ foram atendidas 109 tantes produtores de soja. propriedades inscritas no nas fazendas.

CAFÉ

Exportaçþes do País avançam 24,6% em abril São Paulo - A exportação total de cafÊ do País em abril somou 2,97 milhþes de sacas de 60 kg, alta de 24,6% na comparação com mesmo mês do ano passado, com o Brasil tirando proveito de uma safra recorde no ano passado, informou, na sexta-feira (10), o Conselho dos Exportadores de CafÊ do Brasil (CecafÊ). A exportação de cafÊ verde do Brasil em abril atingiu 2,71 milhþes de sacas, alta de 30,3% na comparação anual, com o aråbica respondendo por 2,52 milhþes, em momento em que produtores estão começando a colheita da nova temporada, que promete ser grande.

montagem e desmontagem de estruturas metĂĄlicas, andaimes, inclusive estruturas temporĂĄrias; (h) serviço de terraplanagem; (i) serviços de operação e fornecimento de equipamentos para transporte e elevação de cargas e pessoas para uso em obras; (j) serviço de manutenção e reparação mecânica, lanternagem ou funilaria e pintura, manutenção e reparação elĂŠtrica, alinhamento e balanceamento de veĂ­culos automotores; (k) comĂŠrcio varejista de materiais de construção; (l) comĂŠrcio varejista de materiais de construção, mĂłdulos habitacionais, mĂłdulos de serviços, mĂłdulos industriais, mĂłdulos para diversos segmentos, prontos e equipados com toda infraestrutura necessĂĄria para o uso e outros produtos; (m) transporte municipal e intermunicipal, rodoviĂĄrio de cargas, exceto produtos perigosos; (n) transporte rodoviĂĄrio de produtos perigosos; (o) carga e descarga; (p) aluguel de mĂĄquinas e equipamentos para construção, sem condutor; (q) aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas, exceto andaimes; (r)serviços de limpeza em geral; (s) serviços combinados de escritĂłrio e apoio administrativo e (t) participação em outras sociedades. ( iv ) Em virtude da transformação deliberada no item (i) acima e das deliberaçþes acima, aprovar o Estatuto Social da Companhia, na forma disposta no Anexo II Ă presente ata. ( v ) Aprovar a eleição dos seguintes membros do &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD FRP PDQGDWR XQLĂ€FDGR GH WUrV DQRV podendo ocorrer reeleição, a contar desta data, nos termos do Estatuto Social aprovado conforme item (iv) acima: (a) ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Belo Horizonte/MG; (b) GILBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Santana do Riacho/MG; (c) CARLOS ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Cardeal Mota/MG; (d) CLAUDIONOR ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Santana do Riacho/MG; (e) ROBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Santana do Riacho/MG; (f) ARMINDO JOSÉ NETO FILHO, brasileiro, natural de Belo Horizonte/MG. Por votação unânime dos conselheiros, aprovaram a eleição do Presidente do Conselho de Administração, Sr. ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Belo Horizonte/ 0* $ SRVVH GRV PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR RUD HOHLWRV Ă€FD FRQGLFLRQDGD Ă apresentação de termo de posse e de declaração de desimpedimento anexo, nos termos da legislação aplicĂĄvel; (vi) Autorizar apĂłs a reuniĂŁo dos membros do Conselho de Administração, que eles aprovaram nesta ata a eleição dos seguintes diretores da &RPSDQKLD FRP PDQGDWR XQLĂ€FDGR GH GRLV DQRV D FRQWDU GHVWD GDWD FDEHQGR DRV eleitos Ă administração privativa da Companhia os seguintes membros: ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Belo Horizonte/MG, como Diretor Presidente e Comercial; GILBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA, brasileiro, natural de Santana do Riacho/MG, como Diretor Financeiro. Todos os diretores ora eleitos possuem endereço comercial na Rua Paraoquena, 181, Bairro Nova Granada, CEP: 30431-420, na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Os Diretores ora eleitos tomarĂŁo posse em seus cargos, mediante assinatura dos respectivos termos de posse no Livro de Atas de ReuniĂľes da Diretoria anexo, quando declararĂŁo (i) nĂŁo estarem incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os impeçam de exercer a atividade mercantil e (ii) estarem cientes do disposto no artigo 147 da Lei nÂş 6.404, de 15 de dezembro de 1976. ( Vi ) &RQVLJQDU DV LQIRUPDo}HV GDV Ă€OLDLV GD &RPSDQKLD $ &RPSDQKLD SRVVXL DV VHJXLQWHV Ă€OLDLV DWLYDV 1R PXQLFtSLR GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV LQVFULWD QR &13- sob o nÂş 24.013.278/0003-23; 2 ) No municĂ­pio de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0004-04. 3) No municĂ­pio de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0006-76. 4) No municĂ­pio de Contagem, Estado de Minas Gerais, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0007-57. 5) No municĂ­pio de Parauapebas, Estado do ParĂĄ, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0008-38. 6) No municĂ­pio de SĂŁo Luis, Estado do MaranhĂŁo, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0009-19. 7)No municĂ­pio de JaboatĂŁo dos Guararapes, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0013-03. 8)No municĂ­pio de Duque de Caxias, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0014-86. 9) No municĂ­pio de Imperatriz, Estado do MaranhĂŁo inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0015-67. 10) No municĂ­pio de Cotia, Estado de SĂŁo Paulo, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0018-00. 11) No municĂ­pio de SĂŁo JoĂŁo da Barra, Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0019-90. 12) No municĂ­pio de Porto Velho, Estado RondĂ´nia, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0021-05. 13) No municĂ­pio de Mirassol, Estado de SĂŁo Paulo, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0020-24. ParĂĄgrafo Ăšnico. A Companhia possui as VHJXLQWHV Ă€OLDLV LQDWLYDV 1R PXQLFtSLR GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0005-95; 2) No municĂ­pio de Belo Horizonte, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0010-52. 3) No municĂ­pio de MarabĂĄ, Estado do ParĂĄ, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0011-33. 4) No municĂ­pio de Altamira, Estado do ParĂĄ, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0012-14. 5) No municĂ­pio de Fortaleza, Estado do CearĂĄ, inscrita no CNPJ sob o nÂş 24.013.278/0017-29. (viii) Outros assuntos de interesse da Companhia. Concedida a palavra aos presentes, nenhum outro assunto de interesse da Companhia foi trazido para debate, encerrando-se as deliberaçþes da ordem do dia em sede de ReuniĂŁo. Encerramento da reuniĂŁo, Lavratura e Leitura da Ata: Nada mais havendo a tratar, foram os trabalhos suspensos para lavratura desta ata na forma de sumĂĄrio, nos termos do artigo 130, ParĂĄgrafo 1Âş, da Lei das Sociedades por Açþes. Reabertos os trabalhos, foi a presente ata lida e aprovada, tendo sido assinada por todos os presentes e lavrada em livro prĂłprio. Belo Horizonte, MG, 18 de janeiro de 2019; Lista de Presença – assinam digitalmente; Acionistas: UNIĂƒO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAĂ‡ĂƒO LTDA, representada neste ato pelo administrador nĂŁo sĂłcio GILBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA; NORTE MINAS LOCAĂ‡ĂƒO DE MĂ QUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA, representada neste ato pelo administrador nĂŁo sĂłcio ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA. Conselheiros: ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA; GILBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA; CARLOS ANTĂ”NIO DA SILVA; CLAUDIONOR ANTĂ”NIO DA SILVA; ROBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA; ARMINDO JOSÉ NETO FILHO; ALBERTO ANTĂ”NIO DA SILVA - Presidente da Mesa; CRISTINA LANA DA SILVAAdvogada – OAB/MG; CARLOS EDUARDO SOARES FERREIRA - SecretĂĄrio da Mesa

“A performance das exportaçþes do cafĂŠ brasileiro continua firme, mantendo os bons resultados para abril. O destaque do mĂŞs fica para o aumento das exportaçþes para os cinco maiores paĂ­ses importadores, ampliando o market share do Brasilâ€?, disse Nelson Carvalhaes, presidente do CecafĂŠ, em nota. “Conforme temos acompanhado desde o inĂ­cio do ano, tudo indica que esse ano-safra seja histĂłrico, confirmando a eficiĂŞncia com que o PaĂ­s atende a demanda e exigĂŞncias de seus consumidores tanto no que se refere Ă qualidade quanto Ă sustentabilidadeâ€?. Com um mercado abastecido, os preços do produto exportado pelo Brasil caĂ­ram 19,1% em abril, na comparação anual, para US$ 124,47 por saca. Apesar disso, diante do grande volume exportado, o faturamento com os embarques apresen-

tou leve alta de 0,8%, para US$ 370,43 milhþes. Em relação às variedades embarcadas no mês, o cafÊ aråbica correspondeu a 84,7% do volume total das exportaçþes. O cafÊ solúvel representou 8,7% das exportaçþes, com 258 mil sacas exportadas, enquanto o cafÊ conilon (robusta) atingiu a participação de 6,6%, com o embarque de 197 mil sacas. As exportaçþes de cafÊ aråbica e conilon registraram, respectivamente, crescimento de 24,3% e 238,6% em relação a abril do ano passado. Jå as exportaçþes do cafÊ solúvel apresentaram queda de 15% na mesma base comparativa. Levando em consideração os quatro primeiros meses deste ano (janeiro a abril), as exportaçþes de cafÊ brasileiro foram de 13 milhþes de sacas, crescimento de 26,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita cambial somou US$

SESCON/MG – SINDICATO DAS EMPRESAS DE CONSULTORIA, ASSESSORAMENTO, PERĂ?CIAS, INFORMAÇÕES, PESQUISAS E EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTĂ BEIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS. Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Convocamos a categoria econĂ´mica das empresas de consultoria, assessoramento, perĂ­cias, informaçþes, pesquisas e empresas de serviços contĂĄbeis no Estado de Minas Gerais, atravĂŠs de seu representante legal ou procurador nomeado, sendo necessĂĄrio comprovar as duas situaçþes, a comparecerem Ă Assembleia Geral ExtraordinĂĄria prevista no artigo 12Âş e seu respectivo parĂĄgrafo Ăşnico, do Estatuto desta Entidade, a realizar-se no auditĂłrio do SESCON/MG, Ă Av. Afonso Pena, 748 – 24Âş andar, Centro, em Belo Horizonte (MG), no dia 22/05/2019, Ă s 15:30 (quinze e trinta) horas, em primeira convocação e Ă s 16:00 (dezesseis) horas em segunda, com qualquer nĂşmero, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: a) DiscussĂŁo, anĂĄlise e aprovação da pauta de reivindicação da Convenção Coletiva de Trabalho para perĂ­odo de 01Âş de maio de 2019 a 30 de abril de 2020, enviada pelo SINTAPPI; b) Autorização Ă Diretoria do SESCON/MG para negociação e assinatura da referida Convenção; c) Autorização Ă Diretoria do SESCON/MG para propor e/ou impugnar DissĂ­dio Coletivo. Belo Horizonte (MG), 13 de maio de 2019. (a) SAURO HENRIQUE DE ALMEIDA – Presidente.

PATRIMAR ENGENHARIA LTDA. torna pĂşblico que solicitou Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM, da Prefeitura Municipal de Nova Lima/MG, atravĂŠs do processo administrativo 6881/2019, as Licenças PrĂŠvia e de Instalação - LP e LI para o empreendimento – edificação residencial multifamiliar – a ser implantado Ă Rua Senador Milton Campos, s/n, lote 5C - quadra A, bairro Vila da Serra - Nova Lima/MG.

MONTE ALEGRE ENERGIA LTDA.

CNPJ/MF: 30.743.935/0001-29 - NIRE: 31.211.112.467 ATA DE REUNIĂƒO DE SĂ“CIOS REALIZADA EM 08 DE MAIO DE 2019 1. Data, Hora e Local: Em 08 de maio de 2019, Ă s 10 horas, na sede da Monte Alegre Energia Ltda. (“Sociedadeâ€?), localizada na Cidade de Monte Belo, Estado de Minas Gerais, Fazenda Monte Alegre, s/nÂş, ArmazĂŠm 3, Zona Rural, CEP 37.118-000. 2. Convocação e Presença: Em virtude da presença dos sĂłcios representando a totalidade do capital social da Sociedade, foi dispensada a convocação prĂŠvia nos termos do art. 1.072, § 2Âş do CĂłdigo Civil. 3. Mesa: Presidente: Leonardo Raul Berridi; SecretĂĄria: Vitoria Beatriz Alves de Sousa. 4. Ordem do dia: Deliberar sobre a redução do capital social da Sociedade. 5. Deliberaçþes: ApĂłs discussĂŁo da ordem do dia, as seguintes deliberaçþes foram aprovadas por unanimidade: 5.1. Redução do capital social da Sociedade em valor de atĂŠ R$ 9.900,00 (nove mil e novecentos reais), mediante o cancelamento de atĂŠ 9.900 (nove mil e novecentas) quotas, por julgar ser excessivo o atual capital social da Sociedade em relação ao desenvolvimento de suas atividades atuais e futuras. 5.2. A redução do capital social ora aprovada serĂĄ implementada mediante alteração do contrato social da Sociedade (sendo certo que o valor do capital reduzido nĂŁo excederĂĄ o valor limite estipulado acima) apĂłs decorridos 90 (noventa) dias da publicação da presente ata de reuniĂŁo de sĂłcios. 6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, suspendendo-se a assembleia pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura da presente ata que, depois de lida e achada conforme, vai assinada por todos os presentes. 7. Assinaturas: Mesa: Leonardo RaĂşl Berridi - Presidente; e Vitoria Beatriz Alves de Sousa - SecretĂĄria. SĂłcios: Usina Monte Alegre Ltda. (p. Leonardo RaĂşl Berridi) e Leonardo RaĂşl Berridi. A presente ĂŠ cĂłpia fiel da ata lavrada no livro prĂłprio. Monte Belo, 08 de maio de 2019. Leonardo Raul Berridi - Presidente; VitĂłria Beatriz Alves de Souza - SecretĂĄria.

COMARCA DE BELO HORIZONTE - EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO. Prazo de 20 dias. A Dra. BARBARA HELIODORA QUARESMA BOMFIM, MMÂŞ JuĂ­za de Direito da 21ÂŞ Vara CĂ­vel da Comarca de Belo Horizonte-MG, em exercĂ­cio, na forma da lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, especialmente, FILIPE SAMUEL COURA PEREIRA, brasileiro, CPF n° 070.402.276.14, residente na Rua Sorocaba, 604 - Casa, bairro Piratininga, Venda Nova, Belo Horizonte/MG, rĂŠu na AĂ‡ĂƒO DE BUSCA E APREENSĂƒO, processo n° 0024.09.568.405.6, proposta por BANCO PANAMERICANO S/A , pessoa jurĂ­dica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 59.285.411/0001-13, com sede e foro em SĂŁo Paulo/SP, na $YHQLGD 3DXOLVWD Qƒ FRP HVFULWyULR SURĂ€VVLRQDO QD 5XD *XDMDMDUDV (G )UDQNOLQ (PSUHVDULDO 16° andar - bairro Lourdes, Belo Horizonte/MG, constando dos autos que o rĂŠu estĂĄ em lugar incerto e nĂŁo sabido, ĂŠ o presente edital para CITA-LO dos termos do pedido para, querendo, oferecer contestação, em GLDV VRE SHQD GH UHYHOLD Ă€FDQGR DGYHUWLGD GR DUW GR &3& ´QmR FRQWHVWDGD D DomR QHP RIHUHFLGRV embargos no prazo legal, presumir-se-ĂŁo aceitos pelo rĂŠu como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicialâ€?. Fica a parte tambĂŠm advertida de que caso nĂŁo compareça serĂĄ nomeado curador especial para promover sua defesa. Belo Horizonte, 04 de abril de 2019. Eu, Bel. Marcelo JosĂŠ Rezende dos Santos, EscriYmR -XGLFLDO R FRQĂ€UR SRU 2UGHP GR 00Â? -XL] GH 'LUHLWR 'UD %$5%$5$ +(/,2'25$ 48$5(60$ %20),0

1,7 bilhĂŁo, apresentando aumento de 3,5% em relação ao ano passado. Principais compradores - Entre os dez principais destinos de cafĂŠ brasileiro no ano-civil (janeiro a abril) estĂŁo os Estados Unidos, que importaram 2,4 milhĂľes de sacas de cafĂŠ. O segundo principal destino ĂŠ a Alemanha, com 2,2 milhĂľes de sacas importadas; jĂĄ a ItĂĄlia ficou em terceiro lugar, com 1,3 milhĂŁo de sacas. Com relação Ă s exportaçþes de cafĂŠ brasileiro no ano-safra 2018/2019 (jul/18 a abr/19), o Brasil exportou atĂŠ agora 34 milhĂľes de sacas no perĂ­odo acumulado, aumento de 30,4% em relação Ă mesma base comparativa do ano anterior, quando o PaĂ­s embarcou 26,1 milhĂľes de sacas. O CecafĂŠ disse que o volume no acumulado indica que o Brasil atingirĂĄ um recorde em 2018/19, conforme previsto pela associação em março. A expectativa era de embarques totais de quase 40 milhĂľes de sacas no perĂ­odo. O CecafĂŠ destacou que o Brasil, na safra 2018/2019, estĂĄ tendo o melhor desempenho nos embarques de cafĂŠ arĂĄbica dos Ăşltimos cinco anos, com 28,2 milhĂľes de sacas. (Reuters) Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD Globo Comunicação e Participaçþes S.A e RXWURV 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www.gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/MG, Leilão: 30/05/19 às 10:00hs, para venda de 20 imóveis em Minas Gerais, Espírito Santo, e São Paulo Comitente: Embracon Administradora e Consórcio Ltda. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Reg. de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Info. e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.

3,7$1*8, $*52 )/25(67$/ /7'$ &13- 0) 1,5( )D]HQGD 9HOKR GD 7DLSD V Qž =RQD 5XUDO ¹ 3LWDQJXL ¹ 0LQDV *HUDLV ) L F D P F R Q Y R F D G R V R D V V H Q K R U D V TXRWLVWD V VyFLR D V GD 3LWDQJXL $JUR )ORUHVWDO /WGD QD IRUPD GH VHX &RQWUDWR 6RFLDO H GD /HL SDUD VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD TXH VHUi UHDOL]DGD QD $Y (QJ &DUORV *RXODUW VDOD %XULWLV &(3 %HOR +RUL]RQWH 0* QR GLD jV GH] KRUDV D ¿P GH GHOLEHUDUHP VREUH LQFOXVmR H H[FOXVmR GH DWLYLGDGHV DGHTXDomR GDV DWLYLGDGHV GDV ¿OLDLV H RXWURV DVVXQWRV TXH GLVVHUHP UHVSHLWR j VRFLHGDGH 1HZWRQ &DUGRVR


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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 11, A SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019

LEGISLAÇÃO PORTE DE ARMAS

Supremo exige explicações sobre decreto Estudos técnicos da Câmara e do Senado apontam que norma extrapola prerrogativas do Congresso Brasília - A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, prestem esclarecimentos sobre o novo decreto que flexibilizou o porte de armas no País, atendendo à ação movida pela Rede Sustentabilidade. A ministra deverá aguardar a resposta para decidir se suspende, ou não, o decreto de forma liminar. Em outras duas frentes, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e a Consultoria Legislativa do Senado divulgaram estudos técnicos em que dizem que a norma editada por Bolsonaro extrapolou prerrogativas reservadas ao Congresso. Em transmissão feita pelas redes sociais, o presidente disse que não foi além do previsto em lei ao assinar o decreto que flexibilizou o porte de armas no Brasil, ampliando para

20 o número de categorias profissionais que podem conquistar esse direito. Na última quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro disse ter agido “no limite da lei” em relação ao decreto assinado esta semana. No despacho, Rosa Weber pediu, além de explicações ao presidente e ao ministro da Justiça, que notifique a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República e também informações adicionais à Câmara e ao Senado. A expectativa é que, após esses atos, Rosa se manifeste sobre o pedido da Rede de suspender os efeitos do decreto de armas de Bolsonaro, que foi publicado na quarta-feira. Em uma análise preliminar feita pelo secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, o documento diz que há pontos em que o decreto avançou em matérias que seriam de competência do Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

(DEM-RJ), já tinha dito que a normal tinha “algumas inconstitucionalidades” e que poderia ter sua validade suspensa pelo Congresso. A avaliação feita pela Consultoria do Senado vai na mesma linha. Um dos pontos em que disse ter havido extrapolação da competência foi no caso de não exigir para o porte de arma para quem mora em área rural idade superior a 25 anos, bem como a comprovação de efetiva necessidade de se ter o armamento.

Estatuto - O Decreto Presidencial nº 9.785/2019 altera a regulamentação do Estatuto do Desarmamento (Lei O decreto assinado por Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas é alvo de ação no STF nº 10.826/2016). A medida muda regras sobre aquisi- a quantidade de compra de contemplados, entre outros, e faculta a possibilidade de ção, cadastro, registro, pos- munições para armas de uso instrutores de tiros, colecio- importação de armas de se, porte e comercialização permitido (5 mil unidades nadores e caçadores; deten- fogo, desde que autorizada por ano) e para armas de tores de mandatos eletivos pelo Exército, por diferentes de armas de fogo. Entre as novidades, o de- uso restrito (1 mil unidades (Executivo e Legislativo), instituições de segurança advogados e jornalistas que pública, empresas de comercreto amplia a diversidade por ano). A nova norma estende façam cobertura de pautas cialização de armamento e de calibres de armas de munições e pessoas físicas uso permitido, incluindo a 11 categorias o direito policiais. semiautomáticas; aumenta de porte de armas. Foram O decreto abre o mercado autorizadas. (Reuters/ABr) DIVULGAÇÃO

TRIBUTOS

MP limita trabalho dos auditores fiscais Brasília - O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, disse na sexta-feira (10) que uma emenda à Medida Provisória n° 870 na Câmara dos Deputados vai limitar o trabalho dos auditores fiscais. Os deputados incluíram na MP da reforma administrativa restrição às investigações comandadas pela Receita Federal e uma limitação ao compartilhamento de informações bancárias e fiscais com órgãos como o Ministério Público, medida criticada por técnicos da Receita que dizem que o objetivo dela seria frear ações de combate a crimes, como a Operação Lava Jato, que utilizam dados do Fisco. “É incrível uma lei proibir um auditor fiscal de comunicar ao Ministério Público a suspeita de um crime, conexo ou não a um crime tributário investigado. Isso é uma obrigação de qualquer cidadão. Uma mordaça está sendo colocada na Receita Federal pela nova redação da MP 870. Só posso acreditar que a nova versão da MP 870 tenha sido um erro de redação no tocante à

mordaça dos auditores fiscais”, disse Cintra, no Twitter. Pelo relatório aprovado na última quinta-feira, a competência dos auditores da Receita ficará restrita à esfera criminal, à investigação de crimes tributários ou relacionados ao controle aduaneiro.

O texto estabelece que, fora crimes tributários, ou aduaneiros, o auditor precisará de uma ordem judicial para compartilhar qualquer informação de indício de crime com órgãos ou autoridades. A votação de quinta-feira foi apenas a primeira etapa da MP que trata da

reforma administrativa. As mudanças aprovadas ainda precisam passar pelo plenário da Câmara e depois pelo do Senado. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória precisa ser ter a votação concluída nas duas Casas até o dia 3 de Cintra questiona mordaça imposta à Receita Federal junho. (Reuters)

SONEGAÇÃO

Dois postos são fechados em MG DA REDAÇÃO

Dando sequência à operação “Encerrando”, que combate a sonegação de impostos e inibe a concorrência desleal, a força-tarefa composta pela Receita Estadual, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) fechou n sexta-feira (10) mais dois postos de combustíveis em Varginha, no Sul de Minas. De acordo com o superintendente regional da Fazenda, em Varginha, Lúcio Teixeira Lopes, os primeiros levantamentos

apontaram que as empresas alvos das investigações são suspeitas de montar um esquema que consistia em adquirir combustíveis de distribuidoras e usinas sem a documentação fiscal correspondente ou documentação fiscal irregular, causando prejuízo aos cofres públicos. “Ao sonegarem os impostos devidos, os proprietários dos postos revendiam os produtos a preços abaixo de mercado, numa flagrante prática de concorrência desleal, prejudicando as outras empresas que agem dentro da legalidade”, destacou

Lopes. Durante a operação, o Ipem encontrou irregularidade na informação do volume de combustível apontado nas bombas. Os postos, que possuem razão social distinta, mas pertencem a um mesmo proprietário, tiveram as inscrições estaduais canceladas pela Receita Estadual e as bombas lacradas pela ANP, além das autorizações canceladas por este órgão. A segunda etapa da operação “Encerrando” acontece 39 dias após o fechamento de um posto em Varginha, que adulte-

rava o encerrante – equipamento localizado na bomba de combustíveis e conectado à caixa registradora – para ocultar o real volume comercializado. A parceria entre a Receita Estadual e a ANP na fiscalização de postos revendedores de combustíveis acontece desde 2013, com a força-tarefa atuando com ações mensais desde 2015. O chefe do Núcleo de Fiscalização do Abastecimento de Belo Horizonte - que responde por todo o estado de Minas Gerais -, Adriano Sverberi Abreu, destaca a importância do

trabalho conjunto entre os órgãos. “Existe uma interface entre a ANP, a Receita Estadual e o Ipem. Temos as forças-tarefa mensais, em que os três órgãos participam na seleção dos alvos, que são aqueles com maiores indícios de irregularidades, para aumentar a efetividade da fiscalização”, afirmou Abreu. A ação conjunta da Receita Estadual, ANP e Ipem seguirá ao longo do ano e vai abranger todas as regiões de Minas Gerais. (As informações são da Agência Minas)

LIBERDADE ECONÔMICA

Medida provisória impacta recuperação de crédito DA REDAÇÃO

A Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica anunciada no último dia de abril, pelo presidente Jair Bolsonaro terá impactos importantes no Código Civil, especialmente na área de recuperação de crédito e de contratos. O alerta é do advogado Luís de Carvalho Cascaldi, responsável pelas áreas de Contencioso e Consultivo Cível de Martinelli Advogados. Segundo o especialista, uma das novidades é em relação aos requisitos

para a desconsideração da personalidade jurídica, o que certamente vai afetar todo o setor de recuperação de crédito. A MP consolida parte da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e esclarece termos que até então traziam dúvidas interpretativas, tais como ‘confusão patrimonial’ e ‘desvio de finalidade’, determinando, ainda, que a mera existência de grupo econômico, por si só, não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. “Essa nova diretriz mos-

tra uma clara intenção do governo de delimitar o escopo dos pedidos de desconsideração da personalidade jurídica, trazendo maior transparência e segurança para o setor e, com isso, restringir pedidos aleatórios de desconsideração e reforçando a noção de excepcionalidade da medida, que deverá ser restrita às hipóteses que se enquadram nos requisitos”, avalia. No que diz respeito às interpretações de contratos, o advogado explica que a medida estabelece

claramente a diretriz de que o Estado deve intervir o mínimo possível nas relações contratuais privadas, presumindo a paridade entre as partes e restringindo a revisão contratual externa às partes como, por exemplo, na revisão em processo judicial. Ainda na questão contratual, Cascaldi reforça que a MP traz importantes orientações -- um pouco como já acontece nos Estados Unidos -- de que as partes podem estabelecer os critérios para revisão e interpretação dos contratos, bem como que deverão

ser observados os riscos assumidos por cada contratante. Além das alterações acima destacadas, a MP introduz uma série de outras alterações legislativas com o objetivo de adequar a legislação vigente ao espírito da MP, dentre as quais destaca-se: autorização para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regular fundos de investimentos com responsabilidade limitada; o artigo 8º que altera a Lei das S/A, que simplifica e desburocratiza alguns procedimentos; o art. 9º

que altera a Lei de Falência e Recuperação Judicial; e o artigo 14 que altera a Lei nº 10.522 (Cadin). A MP passa a entrar em vigor imediatamente, mas deve ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para não perder a eficácia. A iniciativa foi criada para incentivar desenvolvimento de atividades econômicas de menor risco, facilitando o empreendedorismo e restringindo a interferência do Estado. De acordo com o advogado, a MP produz impactos em todo o setor produtivo.


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

JUSTIÇA

Moro coleciona reveses em ministério Iniciativas do ex-juiz da Lava Jato encontram resistência no Congresso Nacional Brasília - Considerado por muitos como um “gol de placa” do governo Bolsonaro na montagem do seu primeiro escalão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, tem acumulado uma série de reveses nos quatro meses à frente da superpasta que colocam em xeque o eventual sucesso dos planos para a área do ex-juiz da Operação Lava Jato que é apontado como potencial sucessor do presidente em 2022. Quando escolheu Moro para a pasta, Bolsonaro disse que ele teria carta branca para “perseguir uma agenda para o combate efetivo contra a corrupção e crime organizado, ao lado da Constituição e das leis”. Na ocasião, destacou que houve acordo em 100% das propostas de parte a parte. Contudo, o implacável juiz, que abriu mão da carreira de 22 anos - após ficar internacionalmente conhecido pela Lava Jato, levando à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - para assumir o novo cargo, não tem tido até o momento tanto êxito na empreitada. O ministro tem encontrado forte resistência no Congresso ao avanço de suas iniciativas. A primeira delas foi o fato de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), praticamente ter congelado seu pacote anticrime - uma das vitrines da sua gestão - ao, em vez de dar prioridade, ter suspendido em março sua tramitação por 90 dias e colocado para avaliação com outras matérias do mesmo tema que já tramitam na Casa. Esta semana, Moro

Indicação de Sergio Mouro para a “superpasta” da Justiça foi considerada um dos maiores acertos de Jair Bolsonaro

também contou com duas outras adversidades. A comissão mista da medida provisória que instituiu a reforma administrativa do governo Bolsonaro retirou o Coaf - um conselho responsável por analisar movimentações financeiras que podem embasar investigações de lavagem de dinheiro - do ministério comandado por Moro para a pasta da Economia e devolveu a Funai, que estava no Ministério da Família e Direitos Humanos, para a pasta da Justiça, contrariando os interesses do ministro.

O titular da Justiça também atravessou percalços no próprio governo. Um deles foi a intervenção do próprio Bolsonaro de vetar no final de fevereiro a escolha por Moro da especialista em segurança pública Ilona Szabó para ser membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Posteriormente, em encontro com jornalistas, o presidente disse dar carta branca aos ministros, mas com “poder de veto”. O presidente também editou esta semana um decreto ampliando o porte

PESQUISA

de armas no país, que já está sendo alvo de contestações no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. Moro chegou a dizer, em audiência na Câmara, que a norma atende a uma das promessas de campanha eleitoral do presidente e que “eventuais divergências” são tratadas dentro do âmbito do governo. A norma foi elaborada pela Casa Civil, sem passar por análise do ministério, disse uma fonte.

a área de segurança pública é a mais bem avaliada em pesquisa CNI/Ibope divulgada no fim do mês passado - 57% dos entrevistados disseram aprovar as ações e políticas do governo para a área. “É claramente um sinal da entrada do novo ministro, Sergio Moro e as discussões em torno de segurança pública. A percepção de que esse governo está imbuído nessa questão da segurança pública”, disse o gerente-executivo Efeito - Curiosamente e de pesquisa da CNI, Renuma guinada em relação a nato Fonseca, na ocasião. levantamentos anteriores, (Reuters)

ORÇAMENTO

Avaliação negativa do governo avança Governo vai reduzir para 31% em maio, de acordo com a XP investimentos a R$ 35 bi neste ano, afirma secretário

Brasília e São Paulo A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro passou para 31% em maio ante 26% em abril, com a provável migração para o campo ruim e péssimo de pessoas que antes disseram não saber ou que não responderam, apontou pesquisa XP Ipespe na sexta-feira (10). De acordo com o levantamento, o percentual daqueles que consideram o governo ótimo ou bom se manteve em 35%, enquanto os que consideram a administração Bolsonaro regular passaram para 31% em maio ante 32% no mês anterior. Não responderam ou não sabiam avaliar 3% dos entrevistados, ante 7% no levantamento passado. “Considerando a redução de quatro pontos percentuais entre as pessoas que não responderam ou não sabiam avaliar, é provável que entrevistados desse grupo tenham migrado para uma avaliação negativa do governo”, afirmaram os responsáveis pela pesquisa em comunicado. A margem de erro do

levantamento é de 3,2%. Foram feitas 1.000 entrevistas telefônicas nos dias 6 a 8 de maio. Sobre a expectativa dos entrevistados para o restante do mandato de Bolsonaro, 51% disseram acreditar que será ótimo ou bom ante 50% em abril, enquanto a expectativa de que será ruim ou péssimo passou a 27% ante 23% e a regular foi a 17% ante 18%. A pesquisa também abordou, pela primeira vez, a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso. A PEC da Nova Previdência tem o apoio de 44% da população, ainda que 21% divirjam parcialmente do texto. Outros 51% discordam da PEC, mas nesse grupo 22% acreditam que alguma reforma seja necessária. No total, para 62% dos entrevistados é necessária uma reforma da Previdência (eram 61% em abril), e 32% disseram não ser necessária (33% em abril). A pesquisa foi realizada pela XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas

e Econômicas (Ipespe).

“Tsunami” - O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta sexta-feira que o governo vem enfrentando alguns problemas e que pode até ter de encarar “um tsunami” na próxima semana, mas que vencerá os obstáculos e que está sempre em busca de se antecipar aos problemas. “Alguns problemas, sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda certeza. Somos humanos, alguns erram, alguns erros são perdoáveis, outros não”, disse Bolsonaro em discurso de improviso ao participar de encontro com gestores da Caixa em Brasília. O presidente não deixou claro se o “tsunami” se referia a alguma situação específica a ser enfrentada pelo governo. Nos próximos dias o governo tentará aprovar no Congresso a medida provisória 870, que trata da reestruturação administrativa do governo. A MP perderá a validade em 3 de junho caso não tenha sua tramitação concluída até lá. (Reuters)

Rio - O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, afirmou na sexta-feira (10) que o governo vai reduzir o investimento neste ano a R$ 35 bilhões devido aos gastos elevados com a Previdência, e projetou que a reforma nas leis da aposentadoria será aprovada no Congresso até setembro. “(Da forma como está o nivel de gastos), aquilo que não é obrigatório acaba sendo comprimido, como no caso do investimento. O investimento vem sendo comprimido ano a ano e no Orçamento de 2019 está reduzido para R$ 35 bilhões”, disse ele ao participar de evento no Rio de Janeiro. De acordo com Rolim, se os gastos com a Previdência continuarem no ritmo atual, a capacidade de investimento da União irá zerar em dois anos. Segundo dados apresentados pelo secretário, em 2018 os gastos com

Previdência e assistência somaram R$ 830,6 bilhões e a capacidade de investimento da União foi de R$ 53,1 bilhões. Para 2019, a projeção é de gastos previdenciários de R$ 903 bilhões e investimentos de R$ 35 bilhões. Rolim ainda projetou que a expectativa é votar a PEC da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados na primeira quinzena de junho, com a votação na Câmara no primeiro semestre. “Nossa expectativa é concluir no primeiro semestre a votação na Câmara. No Senado será aprovada no início do segundo semestre, provavelmente em setembro”, completou. O secretário destacou ainda que a meta de economia de R$ 1,2 trilhão com a reforma previdenciária será perseguida pelo governo, e que se o “Congresso fizer algum ajuste terá que haver compensação para que a potência fiscal seja mantida”. (Reuters)

Líder do PSL não acredita em “orquestração”

Brasília - O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmou que não acredita que haja uma orquestração no Congresso contra iniciativas do ministro da Justiça, Sergio Moro. “Nesse momento, eu não vejo isso. Se estivesse totalmente parado (as demandas dele), diria que isso ocorre. A prioridade do governo é a reforma da Previdência”, disse ele, numa referência à proposta tocada pelo outro superministro, o da Economia Paulo Guedes, que tem tido mais êxito em suas iniciativas tanto no Congresso quanto em relação ao governo. Waldir destacou que o pacote anticrime continua a ser debatido num grupo de trabalho na Câmara e será votado oportunamente - não quis precisar quando - e também já houve senadores apadrinhando o texto para tentar avançá-lo na outra Casa Legislativa. O líder disse que, no caso da mudança do Coaf, o trabalho do governo será para mantê-lo nas votações nos plenários da Câmara e do Senado na estrutura do Ministério da Justiça - em linha com o que Bolsonaro defendeu após a derrota. “Tem que analisar que o Parlamento é soberano e cada um colocou a digital da sua decisão”, disse. “Quem votou a favor da retirada do Coaf do Moro está sofrendo um grande desgaste político”, completou. Procurado para dar entrevista, o ministro não quis se manifestar sobre essas questões. Moro tem encarado esses percalços com naturalidade e não considera que há uma reação de parlamentares a ele, disse uma fonte ligada a ele. O ministro tem avaliado que há resistências a propostas, mas ao mesmo tempo sabe que houve renovação do legislativo. A avaliação, de acordo com a fonte, é que não haveria uma falta de apoio do Palácio do Planalto a demandas exclusivas de Moro, mas que seria uma questão que envolve ações de outras pastas também. Internamente, o ministro tem procurado tocar sua agenda, receber parlamentares e sempre dividindo o mérito das ações do governo, publicamente ou por meio de redes sociais - sua conta no Twitter, aberta no mês passado, tem quase 760 mil seguidores. Não há qualquer cogitação de deixar o governo em razão desses reveses, disse a fonte. Reservado, Moro não tem dado pistas se poderia abreviar sua permanência no governo, ao eventualmente postular sua indicação para a cadeira que será aberta no STF em 2020, com a aposentadoria compulsória do decano Celso de Mello. Já demonstrou simpatia pública pela indicação. Da mesma forma, poderia almejar a ser sucessor de Bolsonaro. “Não sei o que ele quer. O foco é no trabalho durante os quatro anos de governo”, disse a fonte. (Reuters)


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ALIMENTOS

Maricota investe R$ 1,3 mi em nova linha de food service Até 2020, representação do segmento deve dobrar THAÍNE BELISSA

O segmento de food service, que é aquele que oferece alimentação fora do lar, é uma das principais apostas para os próximos anos da Maricota, indústria de alimentos localizada em Luz, no Centro-Oeste do Estado. A companhia acaba de investir R$ 1,3 milhão em uma nova linha de produtos de salgados voltados para esse segmento. A expectativa é dobrar a representação do food service nas vendas do grupo até 2020. A estratégia da Maricota segue tendência nacional e internacional: de acordo com a Associação Nacional de Restaurantes, em 2018, o setor cresceu 3,5% em relação ao ano anterior. Já a Euromonitor Internacional afirma que o mercado de alimentação fora do lar deve movimentar R$ 526 milhões até 2022. “Além de ser uma tendência por causa do comportamento do consumidor, o food service nos permite ter uma margem de lucro melhor. Isso porque nossos produtos ficam pulverizados em diversos estabelecimentos, como lanchonetes e padarias, e não apenas concentrado em alguns grandes varejos”, afirma o diretor comercial da Maricota, Ronaldo Evelande de Oliveira. De acordo com ele, uma nova linha de produção de salgados foi montada este ano para atender esse mercado de alimentação fora do lar. A companhia

investiu R$ 1,3 milhão no desenvolvimento da linha e na aquisição de novos equipamentos, que chegam com tecnologia mais avançada. “Trata-se de uma linha totalmente automatizada e que, portanto, nos trará eficiência na produção”, diz. A linha está em fase de implementação e deve começar a operar em julho. Segundo Oliveira, a nova linha de salgados deve incrementar cerca de 40 itens ao portfólio da Maricota, que já conta com cerca de 400. Entre eles estão diferentes sabores de quiches, empanadas e folheados. Além de uma nova cartela de salgados dedicados ao food service, a Maricota criou uma estrutura comercial específica para o setor. A expectativa do diretor é de que os novos investimentos ajudem a empresa a sair dos atuais 300 pontos de venda para 3 mil em até dois anos. Além disso, a Maricota também deve apostar na exportação desses produtos. A empresa já está presente em diversos países com o pão de queijo, mas com os salgados do food service exporta apenas para a Angola. Segundo o diretor, o grupo deve negociar a exportação dos salgados sem carne, como as quiches de alho poró, para os Estados Unidos. “Já temos três distribuidores nos EUA, mas a oferta é apenas de pão de queijo. Com essa nova linha vamos oferecer também os salgados sem carne, pois o país tem restrições aos ali-

mentos com carne”, explica. As perspectivas para a operação como um todo também são positivas, conforme Oliveira. Segundo ele, a Maricota cresceu apenas 3% em faturamento em 2018 em relação a 2017. Mas, este ano, a meta é aumentar em 15% a receita da companhia

O segmento de food service nos permite ter uma margem de lucro melhor, afirma Oliveira

em relação ao ano passado. melhora, já percebemos uma com a capacidade máxima “Embora a economia não luz no fim do túnel apare- da indústria e voltamos a tenha dado sinais reais de cendo. Estamos trabalhando contratar”, comemora.

Pif Paf vai iniciar vendas de frango para o Canadá DIVULGAÇÃO

THAÍNE BELISSA

O Canadá é o novo destino dos produtos da Pif Paf Alimentos. A empresa conquistou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) todas as aprovações necessárias para embarcar cortes de frango para o país da América do Norte e deve iniciar as exportações no segundo semestre. A chegada ao novo mercado faz parte da expansão da capilaridade da empresa, que deve dobrar o volume dos embarques nos próximos cinco anos. De acordo com o gerente de comércio exterior da Pif Paf, Edson Cavalcanti, a habilitação para exportação foi concedida à planta de Palmeiras de Goiás, em Goiás. Ele destaca que, embora o mercado canadense seja pequeno e muito concorrido, a chegada a esse destino é uma conquista muito importante para empresa, isso porque o Canadá tem um dos mercados mais exigentes do mundo em relação à importação de alimento. “Subimos mais um degrau na nossa exposição mundial quanto à qualidade do nosso produto”, comemora. Justamente por ser tão exigente sobre as condições

O Canadá não aceita cortes com osso exposto ou cartilagem rompida

do alimento que chega a seu mercado, o Canadá também paga um preço acima da média mundial pelos produtos, o que o torna um cliente valioso. “O país pede detalhes como tipos de embalagem e classificação dos produtos, além de exigir especificações em número de hematomas e não aceitar cortes com osso exposto ou cartilagem rompida”, detalha. Cavalcanti afirma que a Pif Paf está em momento de prospecção do mercado canadense e, por isso, ainda não tem metas de volume a ser exportado. A expectativa é de

que as primeiras remessas sejam enviadas no segundo semestre deste ano. Segundo o gerente, com o Canadá, a empresa alcança a marca de 17 países onde seu produto está presente. Hoje, o volume de produtos exportados no grupo representa de 7% a 10% do faturamento da empresa. A meta é dobrar a representatividade das exportações em até cinco anos. Além do Canadá, a Pif Paf pleiteia habilitação para exportar para a China e União Europeia. No ano passado, o grupo chegou à África do Sul e ao Chile.

E-COMMERCE

Compras on-line em supermercado tende a crescer DA REDAÇÃO As mudanças nas tendências de consumo por meio da tecnologia já não são uma novidade. Hoje em dia, é quase impossível se deparar com alguém que nunca tenha feito uma compra on-line, pelo contrário. A prática já é rotina de grande parte dos brasileiros. Produtos eletrônicos, roupas, calçados, entre outros acessórios estão na lista de itens mais adquiridos via e-commerce. Porém, um setor que ainda está em evolução é o de compras em supermercado através de seus sites. Também conhecido como grocery, as compras desse setor via e-commerce ainda tem uma proporção pequena no País. Mas pesquisas apontam que dentro de alguns anos o setor de supermercados ganhará relevância no varejo on-line. Segundo aponta o diretor de vendas Brasil da multinacional brasileira de tecnologia VTEX, Luiz Paulo Ribeiro, apesar de baixa adesão nas compras on-line - são dois a cada 100 consumidores on-line que fazem compras em sites de supermercados -, ainda

existe um grande espaço de crescimento no mercado de e-grocery. A pesquisa Brasil Supermercados Online estima que, em 2023, o mercado brasileiro poderá movimentar R$ 48,65 bilhões. Qualidade, custo e conveniência são hoje as principais barreiras à compra on-line de itens de supermercado, mas esses obstáculos estão sendo derrubados por uma série de fatores. Ribeiro ressalta que o avanço do omnichannel, como o frete grátis e o “clique e retire”, são alguns pontos que favorecem esse tipo de compra on-line. “A compra de produtos em plataformas online para retirada nas lojas físicas soluciona a logística de última milha. Em troca do frete grátis - o frete é considerado um problema por 30% dos e-consumidores brasileiros -, o cliente vai à loja para retirar suas compras e, com isso, pode complementar seu pedido pessoalmente, especialmente na área de perecíveis. O ‘clique e retire’ tem um potencial ainda maior entre os millennials, habituados a interagir com

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canais físicos e on-line de digital dos clientes com os forma transparente”, diz. supermercados”, pontua. Aplicativos de desconto - O fenômeno dos aplicativos de descontos, que começou a ganhar corpo no Brasil em 2017, pode tornar a compra on-line de alimentos mais simples para os consumidores. “A coleta de dados dos clientes e a integração das informações das compras físicas permitem desenvolver ofertas específicas e aumentar a assertividade na promoção de produtos e nas sugestões de compra. Tudo isso torna a compra online mais amigável e aumenta a interação

Delivery rápidos - As lojas físicas funcionam como concentrador para as vendas on-line, processando as compras no PDV e aproveitando toda a estrutura já instalada para atender aos consumidores pelos meios tradicionais. E assim, empresas que fazem delivery de tudo, como o Rappi, trazem uma solução para essas entregas rápidas.

“O modelo híbrido quebra barreiras culturais e, especialmente para determinados perfis de consumidores (millennials, sêniores), oferece um grande apelo de conveniência”, ressalta o especialista. Marketplaces - Ribeiro também ressalta que o setor de supermercados é um negócio de baixas margens, o que, historicamente, funcionou como barreira de entrada. Os principais players do setor no Brasil investiram no desenvolvimento de marketplaces, o que amplia o sortimento para categorias e itens de cauda longa, reduz o custo de estoque e permite vender com margens mais elevadas, financiando a operação dos itens tipicamente de grocery. “As oportunidades para os supermercados on-line são bastante interessantes, não somente pelo potencial da venda on-line, mas especialmente pela integração omnichannel e a capacidade de aumentar o compartilhamento de carteira por meio

dos marketplaces, incrementando o relacionamento com os consumidores e coletando cada vez mais dados para conhecer melhor o público”, ressalta. No Brasil, redes como Muffato, Mambo, Savegnago, Coop, Casa Santa Luzia, Mateus, Nagumo e Dia estruturaram suas operações on-line e aceleraram sua transformação digital. O desenvolvimento de seus negócios criará vantagens competitivas e irá acelerar o crescimento de suas vendas também nas lojas físicas. “Em todo o mundo, o setor de supermercados é o de maior importância no varejo, mas é aquele no qual o e-commerce tem uma participação proporcionalmente menos relevante. Entre os fatores que explicam esse fenômeno estão a dificuldade de fazer compras de dezenas de itens on-line e o desejo dos clientes de comprar pessoalmente seus perecíveis. Mas esses hábitos estão mudando”, finaliza o diretor de vendas da VTEX.

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DC INOVAÇÃO TRADE MARKETING DIGITAL

Lett entre as mais inovadoras do Brasil Empresa utiliza IA para dar visibilidade para que indústrias compreendam suas vendas em lojas on-line DA REDAÇÃO

A Lett, empresa mineira de tecnologia, é uma das 100 startups mais inovadoras do País, segundo o ranking 100 Startups to Watch. O programa é promovido pela “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”, “Época Negócios” e consultorias Corp.vc e EloGroup. A proposta é reconhecer empresas com potencial para transformar mercados, impactar consumidores e otimizar os processos operacionais das indústrias. Foi realizada uma análise criteriosa do potencial de inovação das empresas participantes, tração comercial, equipes e captação de investimento, além da maturidade operacional da startup e a experiência dos fundadores. No total, mais de 2 mil empresas participaram do processo seletivo e Minas Gerais levou oito startups para a classificação final, reforçando o potencial inovador do Estado. No caso da Lett, a curadoria do programa analisou os produtos criados pela empresa para conectar indústrias e varejistas do segmento on-line. A Lett atua no mercado de Trade Marketing Digital, um conceito que vem se popularizando no

Brasil quando se fala em e-commerce. A startup utiliza inteligência artificial para dar visibilidade para que indústrias possam compreender como seus produtos são vendidos em diversas lojas on-line. Dessa forma, os fabricantes conseguem analisar métricas de preço, sortimento, disponibilidade dos itens para o consumidor, sell-out, posição dos produtos nas buscas nos e-commerces, avaliações e comentários e quais são as informações dispostas nas páginas de produtos. Por outro lado, os varejistas também se beneficiam pelas soluções da startup ao ter acesso a todas as informações dos produtos em uma única plataforma abastecida pelos fabricantes. Assim, os e-commerces conseguem manter imagens, título, descrição, vídeos e conteúdos ricos sempre atualizados e corretos. Esses fatores são fundamentais para a experiência de compra on-line e o aumento de vendas. Atualmente, a Lett possui mais de 300 marcas como clientes, sendo algumas delas Nestlé, Ambev e P&G. Além disso, está conectada com mais de 200 e-commerces pelo Brasil, como Americanas, Magazine Luiza e Ponto Frio. Nos últimos cinco anos, a

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(da esquerda para a direita) Marco Braga, Fabrício Massula, Rodrigo Carvalho e Franklin Lucas, à frente da mineira Lett

empresa vem se destacando no mercado nacional e também na América Latina. Em 2018, a Lett teve um salto de crescimento de 250% e para 2019 as expectativas de expansão são ainda maiores. Davi Song, CEO da Lett, explica que enxerga o primeiro trimestre do ano com pontos positivos e vê a participação da empresa

no ranking das 100 Startups to Watch como incentivo de crescimento. “É muito gratificante receber esse reconhecimento, um marco importante para a Lett. Isso mostra o trabalho duro e focado de uma equipe fantástica que construímos. E esse é apenas começo de uma jornada incrível, com muitas novidades e inovações!”, conclui Song.

AÇÃO SOCIAL

Startup conecta empreendedores refugiados DA REDAÇÃO

Há um agravamento da crise de pessoas forçadamente deslocadas ou refugiadas na América Latina e, por consequência, no Brasil. Apesar de não ser o estado brasileiro que mais recebe refugiados, a última contabilização somou 183 refugiados ou requerentes de refúgio em Minas Gerais, isentando dos cálculos outros grupos semelhantes como haitianos e venezuelanos que são considerados migrantes, detentores de vistos humanitários, que quadriplicariam o número. O refúgio hoje é considerado um hot button topic, envolvendo polêmica e conteúdo especulativo propagados pela grande mídia, no entanto os refugiados raramente foram estudados por economistas. Apesar de algumas pesquisas pioneiras sobre a vida econômica dos refugiados, ainda há uma falta de dados teóricos e empíricos através dos quais se pode entender e aproveitar o próprio envolvimento dos refugiados com os mercados econômicos. A compreensão desses sistemas econômicos pode ser a chave para repensar toda a abordagem assistencialista aos refugiados imigrantes no Brasil e em Minas Gerais, transformando desafios humanitários em oportunidades sustentáveis. Uma pessoa forçadamente deslocada ou um refugiado é alguém que detém um status jurídico concedido pelo Estado re-

cebedor por estar em uma situação de fundado temor pela sua vida em seu Estado natal. O Estatuto do Refugiado em 1951, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, define refugiado como o indivíduo possuidor de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. O que acontece na prática é que ao chegar ao Estado recebedor os indivíduos refugiados raramente recebem soluções e oportunidades duradouras e sustentáveis, bem como não possuem os meios para participar de forma significativa na vida política, social e principalmente econômica local. Nesse cenário, tanto o refugiado quanto o Estado de Minas Gerais deixam de ganhar. No estado mineiro, por exemplo, percebe-se que há um grande número de refugiados educados e qualificados, entretanto, a maioria deles encontra ou encontrou dificuldades ao ingressar no mercado de trabalho, seja por falta da

validação do seu diploma, seja por barreiras burocráticas. Dos 183 refugiados em Minas Gerais, 85% estão em idade economicamente ativa e 69 indivíduos tem nível de escolaridade mínima de ensino superior completo, sendo muitas vezes altamente empreendedores e conectados à economia global. As implicações são simples, longe de ser um fardo inevitável, os refugiados têm a capacidade de se ajudar e de contribuir economicamente para as sociedades que os acolhem, se os permitirmos. Em contrapartida a inovação social é a última tendência em empreendedorismo em todo o mundo e respondendo a demanda de consumidores mais conscientes, há uma nova geração de investidores, empresas e uma forte onda no mercado de novos modelos de negócios que se preocupam com impactos, causas e propósitos. Oportunidade - Conectando os empreendedores refugiados e essa crescente massa de empresas que

querem surfar na onda do impacto social, vinculado ao retorno financeiro, nasceu o Welcome To, uma startup que se propõe a formar uma rede de auxílio ao empreendedor refugiado em Minas Gerais conectando-os a entidades da iniciativa privada que estejam dispostas a praticar pro bono e marketing social. É o caso de Khaled Tomeh, que é um jovem empreendedor sírio que se viu forçado a imigrar para o Brasil com sua família em consequência do conflito sírio. Apesar de possuir duas graduações na Síria, devido à grande burocracia brasileira, Khaled não conseguiu a validação de seus diplomas, o que o impediu de atuar em sua área. Ele então empreendeu e recorreu a economia criativa. Hoje ele é proprietário da loja de produtos árabes, a Baity, situada no Mercado Central de Belo Horizonte e se propõe a propagar a verdadeira cultura e culinária árabe. A Baity é uma iniciativa acelerada pelo Welcome To e contribui para o fomento da economia local.

Números interessantes •De acordo com as últimas atualizações em 2017, havia 183 refugiados ou solicitantes de refúgio em Minas Gerais, em detrimento dos 20,87 milhões de habitantes do Estado, ou seja, a porcentagem de refugiados na população de Minas Gerais é de menos que 0,00092%. Mesmo assim a população local ainda propaga o mito de que recebemos muitos refugiados; •De acordo com o último relatório de refúgio (2017), aproximadamente 85,5% dos refugiados em Minas Gerais estão em idade economicamente ativa, ou seja, movimentam a economia; •A grande maioria dos refugiados no Brasil se vê obrigada a empreender, pois não conseguem validação do diploma, o que cria mais empregos para os brasileiros.

MINERAÇÃO

Finep aprova projetos voltados para o setor; premiação chega a R$ 1 mi DA REDAÇÃO

Inovação e tecnologia. Duas palavras que podem contribuir significativamente para o setor da mineração no Brasil. E, se depender da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), elas têm de tudo para chegar em breve ao mercado. A instituição divulgou os projetos de inovação aprovados para a segunda rodada do Programa Finep Startup e, entre os 75, três são voltados para o setor. Com premiação de cerca de R$ 1 milhão, os escolhidos têm a chance de potencializar projetos que vão contribuir para tornar a prática mais segura e sustentável. Um dos mais relevantes deles vem da startup mineira MiningMath. De acordo com o idealizador da MiningMath, Alexandre Marinho, mestre em engenharia de minas pela McGill, no Canadá, é disso que o setor precisa para recuperar a confiança da população. “A mineração responde a mais de 4% do PIB e é responsável por 36% do saldo da balança comercial brasileira, sendo, portanto, imperativo investir no setor e buscar uma produção mais sustentável. A nossa tecnologia é capaz de melhorar a performance e reduzir riscos socioambientais, tornando a atividade mais segura e sustentável”, afirma Marinho. E a boa notícia é que essa tecnologia não só existe, como já vem sendo aplicada. Seu nome é SimSched. A ferramenta, 100% brasileira, possibilita a análise de projetos de mineração de maneira estratégica, a partir do cruzamento de fatores geológicos, ambientais, sociais, econômicos e legais. Para isso, disponibiliza um ambiente de trabalho colaborativo, em que cada área pode inserir informações de sua competência. Após essa etapa, o SimSched realiza a simulação de cenários, que contribuem para a tomada de decisão com mais

segurança e qualidade. A tecnologia já foi aplicada e aprovada. “Em uma consultoria recente para uma grande mineradora chilena, um dos resultados foi o aumento do Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto em 68%”, revela Marinho. Finep Startup - A MiningMath é uma das 75 startups que competem pelos 30 primeiros lugares na classificação final do Programa Finep Startup. Para conseguir avançar na disputa, as startups precisam obter apoio do setor privado, conquistando investidores-anjos, que representam 25% da pontuação total nos critérios do programa. Ao todo, cada startup pode apresentar até cinco investidores, cada um participando com o valor mínimo de R$ 50 mil, até o dia 28 de maio. Essa não é a primeira vez que a MiningMath participa de iniciativas dessa natureza. Em 2016, foi classificada no Programa Inova Mineral (também da Finep), com investimento aprovado de R$ 2 milhões. No entanto, três anos se passaram e o montante ainda não foi liberado para a startup. Em 2017, a startup também participou do Programa Finep Startup e foi aprovada na primeira rodada, mas não conseguiu evoluir na disputa pela falta do apoio de investidores privados. “Após seis anos de desenvolvimento do SimSched, a MiningMath está sendo reconhecida no mercado internacional. Nosso desejo é contribuir para que o Brasil também adote soluções como essa, com alto grau de complexidade, resultados de longo prazo e que contribuem efetivamente para tornar a mineração sustentável. Surpreendentemente, tem sido mais difícil conseguir suporte no Brasil do que no Chile, por exemplo. Contamos com o apoio das mineradoras e do governo brasileiro para reverter este quadro”, explica Marinho.


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OPORTUNIDADE

Mining Hub abre inscrições para 2ª rodada do M-Start Inscrições vão até 13 de junho THAÍNE BELISSA

Criado há seis meses em Belo Horizonte, o Mining Hub, espaço de inovação subsidiado por 22 mineradoras no Brasil, abre inscrições para a segunda rodada do programa M-Start, que apoia startups que ajudam a resolver problemas do setor de mineração. A nova fase traz uma novidade: a abertura de mais uma área temática, que é a de desenvolvimento social. Ela busca empresas que tenham projetos que melhorem o engajamento entre as mineradoras e as comunidades no entorno delas. As inscrições vão até 13 de junho no site do Mining Hub (www.mininghub.com.br). De acordo com a aceleradora corporativa do Mining Hub, Yule Mares, assim como na primeira fase, o programa vai selecionar 15 startups e investir R$ 1,1 milhão na validação de suas soluções. O segundo ciclo se inicia no dia 3 de julho e encerra em novembro com um grande evento de apresentação dos resultados. “Durante quatro meses, as startups trabalham junto às mineradoras e implementam sua prova de conceito da solução apresentada”, explica a aceleradora. As cinco principais áreas temáticas para as quais as startups precisam apresentar soluções são: gestão da água, gestão de resíduos, energias alternativas, eficiência operacional e segurança operacional. Nessa segunda rodada, também serão selecionadas empresas que atuem na área de desenvolvimento social. Segundo Yule Mares, essa nova área busca negócios que ajudem a desenvolver as comunidades no entorno das mineradoras, seja com tecnologias sociais ou programas de empreendedorismo, por exemplo. “A ideia é de que essas comunidades sejam trabalhadas em campos que vão além da atividade da mineração. Um exemplo

são projetos que utilizam os rejeitos das barragens para a criação de novos produtos, que gerem renda para a população local”, afirma. A aceleradora destaca que a expectativa é de que a nova fase atraia ainda mais candidatos que a primeira, que teve mais de 200 inscrições. Ela lembra que as empresas concorrentes precisam ter algum grau de maturidade e uma solução minimamente testada. As 15 startups selecionadas no primeiro ciclo do M-Start estão em fase final de aceleração e vão apresentar os resultados dos seus trabalhos em julho. Das 15 empresas participantes do projeto piloto, oito são mineiras, sendo

Nova fase do M-Start traz uma novidade: a abertura de mais uma área temática, que é a de desenvolvimento social

sete da Capital e uma de Araxá, no Sul do Estado. Do total, três apresentaram soluções para eficiência operacional; quatro para energias alternativas; duas para gestão da água; quatro para gestão de resíduos e rejeitos e duas para segurança operacional.

Novo ciclo - Também está com inscrições abertas até o dia 12 de maio o Mining Lab, programa desenvolvido pela Neo Ventures junto à mineradora Nexa Resources. A iniciativa de inovação aberta tem como objetivo promover soluções para

os processos de mineração e metalurgia. Serão selecionadas até 12 startups que atuem nas áreas de energia, desenvolvimento local e social, concentração mineral, gestão de efluentes e de água e economia circular. Além disso, essa nova edição

conta com uma novidade: startups com produtos aplicados ao setor, mas que não se enquadram em uma das áreas do desafio, podem se inscrever por meio do Insights Channel. As inscrições podem ser feitas no site www.mininglab.com.br.

POLÍTICA

Inovação deve ser pilar do desenvolvimento Brasília - Durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Economia e Cidadania Digital, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, fez uma defesa enfática dos investimentos em inovação. “O Brasil não se tornará uma potência digital enquanto a inovação não for o pilar do desenvolvimento. E para isso, precisamos modernizar a legislação, desburocratizar o empreendimento, melhorar o ambiente jurídico, ampliar a inclusão digital e investir em educação”, destacou o presidente. Convidada a apoiar a Frente Digital, a ABDI contribuirá com informações técnicas, levantamentos e análises de cenários, com o objetivo de aperfeiçoar a pauta legislativa voltada para a digitalização da economia. “Vamos trabalhar em conjunto com os parlamentares no apoio a diversas frentes, entre elas, o investimento em infraestrutura, a ampliação da conectividade e a aplicação das novas tecnologias,

advindas da indústria 4.0”, adiantou o Coordenador de Economia Digital da ABDI, Rodrigo Rodrigues. De acordo com Ferreira, as instituições estão perdendo importância por não conseguirem acompanhar a velocidade dos anseios do cidadão. “Isso aqui não é só uma Frente, mas um movimento que recupera a relevância do Parlamento porque busca acompanhar as mudanças do mundo digital, na velocidade que o cidadão e as novas gerações exigem”, acrescentou. O coordenador da Frente e deputado João Henrique Caldas (PSB/AL) afirmou que a iniciativa surgiu do desejo de unir o Brasil em favor do cidadão. “Vamos discutir os marcos legais para a inovação e a economia digital, debater e propor ações para um governo digitalizado que possa oferecer serviços para simplificar a vida do cidadão, gerar redução de custos e, sobretudo, seremos um vetor para estimular o investimento do setor produtivo e impulsionar a economia”,

DIVULGAÇÃO

elencou Caldas. “Recebemos a incumbência do Ministério da Economia de trabalhar na construção das bases para um Brasil Digital. Ao lado dos diversos atores, como os ministérios da Economia e da Ciência e Tecnologia (MCTIC), estamos empenhados na digitalização da economia brasileira”, frisou Ferreira. Ao final, o presidente da ABDI falou da Plataforma BIM (Building Information Modelling), uma metodologia de digitalização da construção. “Com o uso do BIM, é possível ter mais controle de todas as etapas da obra, maior transparência dos processos, precisão dos dados, previsibilidade dos erros, além de uma redução de, no mínimo, 15% no custo final da obra, seja ela privada ou pública. É uma verdadeira revolução e uma clara resposta do Estado aos anseios da sociedade por maior produtividade, ética e compromisso com os recursos públicos”, finalizou Precisamos modernizar a legislação, diz Guto Ferreira Ferreira.

BALANÇO

TICs movimentaram no País R$ 479 bi em 2018 Brasília - Os recursos movimentados com os negócios do setor de tecnologias da informação e comunicação (TIC) totalizaram R$ 479 bilhões em 2018. O balanço foi apresentado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). A soma marcou um crescimento de 2,5% em relação ao ano anterior e representou 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2018. Nesta área estão desde operadoras de telecomunicações (como Vivo e NET) até grandes firmas com setores de tecnologia (como bancos e redes de comércio), passando por vendedoras de equipamentos e softwares. As primeiras geraram R$

237 bilhões em produção, com crescimento de 1,3% sobre 2017. As empresas de tecnologia (como as que comercializam equipamentos, softwares e serviços) foram responsáveis por R$ 197,4 bilhões, tendo registrado o maior crescimento, de 4,2%. Os negócios de TI de outras empresas (chamadas pela associação de “TICS in house”) geraram R$ 43,8 bilhões, com crescimento de 1,5%. Empregos - Segundo o balanço, o macrossetor das tecnologias da informação e comunicação empregava 1,52 milhão de pessoas em 2018. Deste total, 845 mil estavam em empresas de tecnologia, 287 mil em

operadoras de telecomunicações e 385 mil em braços de TI de firmas de áreas diversas. Apesar de lucratividade maior, o segmento de telecomunicações é menos intensivo em força de trabalho do que o de firmas de tecnologia. Ele foi responsável por quase metade (49,7%) do faturamento, mas empregou 13,6% das pessoas. “Isso é normal porque telecom é atividade de alto valor agregado e intensivo em capital físico. Os grandes setores empregadores são software e serviços e o ‘in house’. Estes geram a maior quantidade de empregos e de alto valor agregado”, explicou o presidente-executivo da Brasscom, Sérgio

Paulo Galindo. O resultado de 2018 significou um aumento de 43 mil postos de trabalho em relação ao ano anterior. O saldo marcou uma retomada após anos anteriores. Em 2017, o resultado havia sido praticamente estável, com queda de mil postos. Em 2016, o desempenho foi de perda de 50 mil vagas. A maior responsável pelo superávit de empregos em 2018 foram as empresas de tecnologia, mais especificamente as de software, que geraram 21 mil novas vagas. As operadoras de telecomunicações criaram 12 mil empregos e as áreas de TI de outras companhias, 3 mil.

dados mais atualizados, relativos a 2017, o Brasil ficou na 7ª colocação no ranking mundial em volume de recursos gerado por companhias de TIC. As nações na ponta da lista foram: Estados Unidos (R$ 4,2 trilhões), China (R$ 1,7 trilhão), Japão (R$ 904 bilhões), Reino Unido (R$ 556 bilhões), Alemanha (R$ 512 bilhões), França (R$ 399 bilhões) e Brasil (R$ 364 bilhões). “Estamos em uma posição relativamente confortável, não tem grandes ameaças de outros países abaixo, mas estamos bem distantes da França. O que tem sido dito pelas empresas de fora é que o mercado brasileiro é interessante, elas querem Ranking - Tomando os investir”, disse Galindo.

Perspectivas - O estudo da Brasscom projeta entre 2019 e 2022 investimentos de R$ 345,5 bilhões no que chamou de “tecnologias de transformação digital”, com um ritmo de crescimento ao ano de 19,3%. Dentre estas, o segmento de Internet das Coisas (IoT) deve receber R$ 155,2 bilhões, os serviços em nuvem, R$ 77,8 bilhões, e coleta e análise de dados (big data), R$ 61 bilhões. Já os serviços envolvendo tráfego de dados em alta velocidade (banda larga) devem ser objeto de investimentos de cerca de R$ 396,8 bilhões no mesmo período. O crescimento ao ano esperado de aporte de recursos nesta área deve ser de 5,7%. (ABr)





Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar

COMERCIAL*

PTAX (BC)

TURISMO*

COMPRA

R$ 3,9436

R$ 3,9526

R$ 3,9324

VENDA

R$ 3,9443

R$ 3,9536

R$ 3,9332

TR/Poupança

Ă‹QGLFHV 0DLR

-XQKR

-XOKR $JRVWR

,*3 0 )*9

1,87%

0,51%

1,38%

0,70%

6HW

2XW

1RY

'H]

-DQ

)HY

1,52%

0,89%

-0,49%

-1,16%

0,01%

0,88%

0DUoR

$EULO 1R DQR PHVHV

1,26%

0,92%

3,10%

8,64%

,3& )LSH

0,19%

1,01%

0,23%

0,41%

0,39%

0,48%

0,15%

0,09%

0,58%

0,54%

0,51%

0,29%

1,93%

4,99%

,*3 ', )*9

1,64%

1,48%

0,44%

0,68%

1,79%

0,26%

-1,14%

-0,45%

0,07%

1,25%

1,07%

0,90%

3,33%

8,25%

,13& ,%*(

0,43%

1,43%

0,25%

0,00%

0,30%

0,40%

-0,25%

0,14%

0,36%

0,54%

0,77%

0,60%

2,29%

5,07%

IPCA-IBGE

0,40%

1,26%

0,33%

0,09%

0,48%

0,45%

-0,21%

0,15%

0,32%

0,43%

0,75%

0,57%

2,09%

4,94%

COMPRA

R$ 3,9572

R$ 3,9667

R$ 3,9338

VENDA

R$ 3,9578

R$ 3,9673

R$ 3,9344

COMPRA

R$ 3,9200

R$ 3,7900

R$ 3,7800

,&9 ',((6(

0,07%

1,38%

0,14%

0,09%

0,55%

0,58%

0,32%

-0,21%

0,43%

0,35%

0,54%

-

1,32%

4,18%

VENDA

R$ 4,1600

R$ 4,1100

R$ 4,0900

IPCA-IPEAD

0,22%

1,71%

0,67%

0,03%

0,37%

0,29%

-0,20%

0,30%

1,87%

-0,24%

0,52%

-0,07%

2,09%

5,53%

0DUoR 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03

$EULO 998,00 0,20 3,5932 6,26

)RQWH %& 82/

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP Custo do dinheiro CDB PrĂŠ 30 dias

6,21% - a.a.

CDI

6,40% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

10

US$ 1.285,73

US$ 1.283,85

US$ 1.280,87

R$ 162,60

R$ 162,05

R$ 163,75

BM&F-SP (g) Fonte: Gold Price

Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV

0HWD GD 7D[D D D

Julho

0,54

6,50

Agosto

0,57

6,50

Setembro

0,47

6,50

Outubro

0,54

6,50

Novembro

0,49

6,50

Dezembro

0,49

6,50

Janeiro

0,54

6,50

Fevereiro

0,49

6,50

Março

0,47

6,50

Abril

0,52

-

Reservas Internacionais 09/05 .......................................................................... US$ 384.258 milhĂľes Fonte: BC

Imposto de Renda

AtĂŠ 1.903,98

$OtTXRWD

3DUFHOD D

GHGX]LU 5

Isento

Isento

De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduçþes: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. Obs:

-XOKR 954,00 0,30 23,54 3,2514 6,56

$JRVWR 954,00 0,31 23,54 3,2514 6,56

6HW 954,00 0,13 23,54 3,2514 6,56

Taxas de câmbio

Ouro

%DVH GH &iOFXOR 5

-XQKR 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60

2XW 954,00 0,11 23,54 3,2514 6,98

1RY 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98

'H] 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98

-DQ 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03

)HY 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015

02('$ 3$Ă‹6 &Ă?',*2 BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 65 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 795 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 )RQWH %DQFR &HQWUDO 7KRPVRQ 5HXWHUV

Contribuição ao INSS &2035$ 0,5669 0,7508 0,00664 0,4518 0,5958 0,4533 0,4113 0,1728 0,07767 0,03302 12,9957 0,003298 5,5735 0,0377 1,0772 2,7685 3,9572 3,9572 2,9463 0,01878 4,7194 2,9042 0,5042 0,5797 3,9572 0,01374 3,9134 0,0006175 0,03611 0,2309 5,1574 0,002619 5,1507 0,1276 0,6508 1,193 0,0566 0,00576 0,001206 3,9572 0,0779 0,07569 0,2067 0,1125 0,5153 0,002578 0,5797 0,577 1,0807 10,2731 0,01584 0,0000942 1,0551 0,0009747 0,9513 0,06065 0,0002761 0,2553 1,1114 0,003348 1,0346 4,4475

9(1'$ 0,5786 0,7678 0,006669 0,4523 0,5959 0,4535 0,4115 0,1729 0,07931 0,03326 13,0234 0,003336 5,5901 0,03775 1,0776 2,7697 3,9578 3,9578 2,9476 0,01916 4,7973 2,9054 0,5043 0,5882 3,9578 0,01375 3,9155 0,0006204 0,03613 0,2313 5,1598 0,00263 5,1582 0,1277 0,6514 1,1943 0,05662 0,005764 0,001207 3,9578 0,07837 0,07573 0,2068 0,1129 0,518 0,002587 0,5802 0,5773 1,0811 10,2853 0,01586 0,0000942 1,0554 0,0009772 0,9521 0,06069 0,0002764 0,2567 1,1122 0,003356 1,0349 4,4498

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 atĂŠ 5.839,45 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

AtĂŠ 998,00 (valor. MĂ­nimo) 11 109,78 De 998,00 atĂŠ 5.839,45 20 199,60 atĂŠ 1.167,89 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 907,77 Acima de R$ 907,78 a R$ 1.364,43

9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 46,54 R$ 32,80

Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019

FGTS Ă?ndices de rendimento &RPSHWrQFLD Dezembro/2018 Janeiro/2019

&UpGLWR Fevereiro/2019 Março/2019

0,2466 0,2466

Seguros

TBF

25/04

0,01311781 2,92791132

26/04

0,01311781 2,92791132

27/04

0,01311781 2,92791132

28/04

0,01311781 2,92791132

29/04

0,01311781 2,92791132

30/04

0,01311781 2,92791132

01/05

0,01311781 2,92791132

02/05

0,01311781 2,92791132

03/05

0,01311781 2,92791132

04/05

0,01311781 2,92791132

05/05

0,01311781 2,92791132

06/05

0,01311781 2,92791132

26/04 27/04 28/04 29/04 30/04 01/05 01/05 02/05 03/05 04/05 05/05 06/05 07/05 08/05 09/05

07/05

0,01311781 2,92791132

08/05

0,01311781 2,92791132

09/05

0,01311781 2,92791132

10/05

0,01311781 2,92791132

11/05

0,01311781 2,92791132

12/05

0,01311781 2,92791132

13/05 0,01311781 2,92791132 Fonte: Fenaseg

a a a a a a a a a a a a a a a

26/05 27/05 28/05 29/05 30/05 31/05 01/06 02/06 03/06 04/06 05/06 06/06 07/06 08/06 09/06

0,4867 0,4867

0,4573 0,4340 0,4569 0,4798 0,4822 0,4831 0,5062 0,5062 0,4836 0,4833 0,5064 0,5295 0,5284 0,5294 0,5061

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO residencial e comercial ,3&$ ,%*(

Abril ,*3 ', )*9

Abril ,*3 0 )*9

Abril

1,0494 1,0825 1,0864

23/04 a 23/05 24/04 a 24/05 25/04 a 25/05 26/04 a 26/05 27/04 a 27/05 28/04 a 28/05 29/04 a 29/05 30/04 a 30/05 01/05 a 31/05 01/05 a 01/06 02/05 a 02/06 03/05 a 03/06 04/05 a 04/06 05/05 a 05/06 06/05 a 06/06 07/05 a 07/06 08/05 a 08/06 09/05 a 09/06

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

Agenda Federal Dia 15

Fonte: Valor EconĂ´mico

Nova Iorque (onça-troy)

0DLR 6DOiULR 954,00 CUB-MG* (%) 0,17 83& 5

23,54 8)(0* 5

3,2514 7-/3 D D

6,60 )RQWH 6LQGXVFRQ 0*

05/04 a 05/05 06/04 a 06/05 07/04 a 07/05 08/04 a 08/05 09/04 a 09/05 10/04 a 10/05 11/04 a 11/05 12/04 a 12/05 13/04 a 13/05 14/04 a 14/05 15/04 a 15/05 16/04 a 16/05 17/04 a 17/05 18/04 a 18/05 19/04 a 19/05 20/04 a 20/05 21/04 a 21/05 22/04 a 22/05

EFD – Contribuiçþes - Entrega da EFD - Contribuiçþes relativas aos fatos geradores ocorridos no mĂŞs de março/2019 (Instrução Normativa RFB no 1.252/2012, art. 7o.). Internet IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 1o a 10.05.2019, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei no 11.196/2005): a) juros sobre capital prĂłprio e aplicaçþes ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLYH RV DWULEXtGRV a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) IOF - Pagamento do IOF apurado no 1o decĂŞndio de maio/2019: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica - CĂłd. Darf 1150 - Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893 - Operaçþes de câmbio Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290 - Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220- TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854 - Factoring - CĂłd. Darf 6895 Seguros - CĂłd. Darf 3467 - Ouro, DWLYR ÂżQDQFHLUR &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias) IPI Demonstrativo de CrĂŠdito Presumido (DCP) - Entrega pela empresa produtora e exportadora que proceda Ă apuração de crĂŠdito presumido do IPI, de forma centralizada pela matriz, do DCP relativo ao 1o trimestre/2019 (janeirofevereiro-março/2019). Internet Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no DomĂ­nio EconĂ´mico cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de abril/2019 (art. 2o, § 5o, da Lei no 10.168/2000; art. 6o da Lei n o 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a tĂ­tulo de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistĂŞncia tĂŠcnica, cessĂŁo e licença de uso de marcas e cessĂŁo e licença de exploração de patentes - CĂłd. Darf 8741. Incidente na comercialização de petrĂłleo e seus derivados, gĂĄs natural e seus

derivados e ĂĄlcool etĂ­lico combustĂ­vel (Cide-CombustĂ­veis) - CĂłd. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV na fonte sobre remuneraçþes pagas por pessoas jurĂ­dicas referentes Ă aquisição de autopeças (art. 3o, § 5o, da Lei n o 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei n o 11.196/2005), no perĂ­odo de 16 a 30.04.2019. Darf Comum (2 vias) EFD-Reinf - Entrega da Escrituração Fiscal Digital de Retençþes e Outras Informaçþes Fiscais (EFD-Reinf), relativa ao mĂŞs de abril/2019, pelas entidades compreendidas no: a) 1o grupo, que compreende as entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariaisâ€?, do anexo V da Instrução Normativa RFB no 1.634/2016; e b) 2o grupo, que compreende as demais entidades integrantes do “Grupo 2 Entidades Empresariaisâ€?, do anexo V da Instrução Normativa RFB no 1.634/2016; exceto as optantes pelo Simples Nacional. (Instrução Normativa RFB n o 1.701/2017, art. 2o, § 1o incisos I e II, e art. 3o, ambos com as redaçþes dadas pelas Instruçþes Normativas RFB n o 1.767/2017 e 1.842/2017). Nota: NĂŁo obstante a Instrução Normativa RFB n o 1.701/2017, art. 2o, § 1o, incisos I e II, ainda mencione a Instrução Normativa RFB n o 1.634/2016, esta foi revogada pela Instrução Normativa RFB n o 1.863/2018, a qual traz em seu Anexo V a nova relação com a natureza jurĂ­dica das atividades. Internet 'HFODUDomR GH 'pELWRV H &UpGLWRV 7ULEXWiULRV )HGHUDLV 3UHYLGHQFLiULRV H GH 2XWUDV (QWLGDGHV H )XQGRV '&7):HE - Entrega da Declaração de DĂŠbitos e CrĂŠditos TributĂĄrios Federais PrevidenciĂĄrios e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb), relativa ao mĂŞs de abril/2019, pelas entidades compreendidas no 1o Grupo (com faturamento em 2016 acima de R$ 78.000.000,00), bem como aquelas compreendidas no 2o grupo (entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de atĂŠ 78 milhĂľes e que nĂŁo sejam optantes pelo Simples Nacional no CNPJ em 1o.07.2018). Quando o prazo recair em dia nĂŁo Ăştil, a entrega da DCTFWeb serĂĄ antecipada para o dia Ăştil imediatamente anterior. (Instrução Normativa RFB n o 1.787/2018, art. 13, §§ 1o a 4o, na redação da Instrução Normativa RFB n o 1.853/2018). DCTFWeb (internet)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 11, A SEGUNDA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2019

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Preservação da memória Dia 18 de maio é o Dia Internacional dos Museus. O Memorial Minas Gerais Vale está celebrando esta data a partir do tema de reflexão proposto pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram): “Museus como Núcleos Culturais: o Futuro das Tradições”. Assim, para refletir sobre o papel dos museus na preservação da memória, a gerente de Patrimônio Cultural Imaterial do Iepha-MG, Débora Raiza Rocha fará um bate-papo no Memorial Vale na próxima terça-feira, às 12h30. A entrada é gratuita, sujeita a lotação. O Memorial Minas Gerais Vale fica na Praça da Liberdade, 640, esquina com rua Gonçalves Dias.

“Sempre Um Papo” O escritor Luiz Ruffato, uma das vozes mais proeminentes da literatura brasileira contemporânea, é o convidado do “Sempre Um Papo” para o debate e o lançamento de seu sexto romance “O Verão Tardio” (Cia das Letras). Trata-se de uma narrativa poderosa sobre um homem e suas tentativas de reatar os fios do passado. Uma jornada às bordas de um Brasil cindido, em que o diálogo não parece mais possível. Ruffato nasceu em Cataguases, na Zona da Mata, em 1961. Ganhou destaque no cenário literário com o lançamento de “Eles Eram Muitos Cavalos”. O evento será realizado na próxima terça-feira, às 19h30, no auditório da Cemig (rua Alvarenga Peixoto, 1.200, Santo Agostinho), com entrada gratuita.

“Violas de Minas” Você sabia que as violas são patrimônio cultural de Minas Gerais? O registro aconteceu no último ano e foi celebrado com o show “Violas de Minas” na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. O evento foi gravado pela Rede Minas e é exibido pela primeira vez ao público, neste sábado (11), às 16 horas, no programa Hypershow, conduzido pelo jornalista Luiz Flávio Lima. É uma oportunidade de quem está em casa conferir muitos ritmos de diversas partes do Estado, até mesmo folias, catiras e modas. No palco, artistas que retratam bem essa cultura da musicalidade, como Pereira da Viola, Chico Lobo, Wilson Dias e Letícia Leal.

Semana Nacional de Museus tem 558 atividades em Minas AILTON FERNANDES

DA REDAÇÃO

Os museus ocupam lugar de destaque como polos irradiadores e receptores de práticas, costumes e pensamentos, além de serem espaços que salvaguardam a cultura e estimulam a reflexão através dos tempos. Para fomentar as discussões sobre o papel dessas instituições como núcleos e centros culturais, Minas Gerais integra a 17ª Semana Nacional de Museus, que vai contar com a participação de 88 municípios e promover 558 atividades no Estado. O evento, que acontece a partir desta segunda-feira e até o próximo dia 19, é realizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A programação é gratuita. Os museus vinculados à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) participam da ação e vão auxiliar nos debates sobre a importância dessas instituições como suporte das tradições e como pontos de inflexão para a construção de uma sociedade mais justa e diversa. Em Belo Horizonte, o Museu Mineiro promove a oficina “Cápsula do Tempo do Museu Mineiro” e o “Ciclo de palestras: Minas das Artes, Histórias Gerais”. O espaço traz ainda a oficina “Brincadeiras tradicionais: confecção de peteca”. Já o Centro de Arte Popular – Cemig) oferece curso sobre “Arte Popular e Saberes Tradicionais”. O Museu dos Militares Mineiros, também localizado na Capital, vai contar, entre outras atividades, com o painel

“A Tradição da Alfaiataria Militar e outros Uniformes”. No interior do Estado, os museus da Secult também marcam presença. Na cidade histórica de Mariana, o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens realiza o sarau litero-musical “Cantando Alphonsus” (foto) e a oficina de bordado “História entre linhas”. Em Ouro Preto, o Museu Casa Guignard expõe trabalhos do grupo de Bordadeiras de Cachoeira do Campo, na mostra “Tradição e Modernidade”. A instituição também promove a palestra “A viagem dos modernistas a Minas em 1924”, que será ministrada pelo ex-secretário de Estado de Cultura Angelo Oswaldo.

“Caçadoras das Águas” Neste sábado (11) e domingo (12), o Programa CCBB Educativo preparou uma atividade divertida e, ao mesmo tempo, instrutiva: o jogo “Caçadoras das Águas”. Voltada para crianças acima de cinco anos e suas famílias, a sessão é gratuita, tem duração de uma hora e ocorre das 11h às 13h e das 15h às 17h, em ambos os dias. Os instrutores fazem um convite para que os participantes vivam a água no cotidiano. A atividade é parte da programação do Lugar de Criação, que propõe a ocupação, a convivência, a criação e o diálogo com a arte. O evento acontece no CCBB (Praça da Liberdade, 450, Funcionários).

Gerais”, pontua. Em Minas Gerais, 164 museus participam do evento. Na capital mineira, 33 instituições museológicas recebem 138 atividades culturais. Além dos espaços culturais sob sua gestão, a Secult também fomenta a participação de todas as instituições pertencentes ao Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais. “Incentivamos a presença de todos. Para a grande parte desses espaços culturais, a Semana Nacional de Museus já se tornou uma ação consolidada”, esclarece Ana Werneck. A Semana Nacional de Museus promoverá mais de 3.222 eventos gratuitos em todo o País. (As informações são da Agência Minas)

CULTURA DIVULGAÇÃO

“Alto-Falante” A cantora norueguesa Aurora, de apenas 22 anos, ganhou uma legião de fãs com seu estilo de indie, soul e rock melódico. No repertório, gravou versões de Oasis e Simon & Garfunkel, que se tornou tema de abertura de novela da Globo. Em junho, Aurora faz uma turnê no Brasil, passando por cinco cidades. O “Alto-Falante” vai falar sobre o trabalho da artista e do novo álbum. Adriano Falabella, que comando o quadro “Enciclopédia do Rock”, fecha o repertório com a história e as curiosidades de Camel, banda britânica de rock progressivo formada em 1971. O programa será exibido neste sábado, às 14h, pela TV Brasil.

O Museu Casa de Guimarães Rosa, localizado em Cordisburgo, sedia a exposição “Máscaras e Adereços das Folias e Reis”. Já o Museu do Crédito Real, em Juiz de Fora, promove a palestra “A Colônia Alemã e a Imprensa em Juiz de Fora entre 1858 e 1918”, com a jornalista Rita Couto. Para Ana Werneck, superintendente de Museus e Artes Visuais, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, os museus vinculados à Secult terão grande destaque na Semana Nacional de Museus. “Acredito que, nesta edição, teremos em nossos museus propostas e debates bem interessantes, dada a diversidade e relevância cultural das tradições de Minas

Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe. Um dos destaques é a animação brasileira “As Aventuras do Avião Vermelho”, de Frederico Pinto e José Maia. Quando: 11 e 12 de maio Quanto: entrada gratuita Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza) Artes plásticas

Música Tenores - O quarteto Il Divo, formado pelo espanhol Carlos Marin, o suíço Urs Buhler, o francês Sebastien Izambard e o americano David Miller, comemora 15 anos de carreira do grupo vocal de tenores com a turnê mundial Timeless. Quando: 14 de maio (21h) Quanto: de R$120,00 a R$ 440,00 Onde: Km de Vantagens Hall BH (avenida Senhora do Carmo, 230, São Pedro) Teatro Tragédia grega - O espetáculo da Cia Club Noir, dirigido por Roberto Alvim, traz texto do dramaturgo francês Racine escrito no século XVII. A obra é baseada na tragédia grega de Eurípedes e

destaca a relação incestuosa entre a personagem-título e seu enteado. Quando: até 20 de maio, sexta a segunda-feira (20h) Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia); ingressos nas bilheterias do CCBB e no site eventim.com.br Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Cinema Lusófono - O “FESTin – Festival de Cinema de Língua Portuguesa”celebra as diferentes expressões culturais dos países de língua portuguesa através do audiovisual, em ambientes de partilha, intercâmbio e inclusão social, com a exibição de longas e curtas-metragens de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola,

Colagens - Imagens e arquivos sobre fatos e momentos da história e do cotidiano ganham novos contornos na exposição “Silêncios Seletivos”, de Luiza Nobel. A mostra reúne um inventário de 25 obras, composto por fotos de jornais e revistas, além de objetos. Quando: até 26 de maio Quanto: entrada gratuita (terça a sexta, das 10h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h) Onde: Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários) Gravura - O universo místico e misterioso que reside na mente humana é o fio condutor da exposição “Devaneios: Imagens do Fantástico”, que reúne 32 gravuras de nomes importantes como Salvador Dalí, Marcelo Grassmann, Gilvan Samico, Octávio Araújo e Erik Desmazières.

Com curadoria assinada por Lucia Palhano, Paulo Rocha e Thyer Machado, a mostra propõe um passeio entre realidade e invenção. Quando: até 6 de julho (segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h.) Quanto: entrada franca Onde: cAsA - Obras Sobre Papel (avenida Brasil, 75 Santa. Efigênia) Raízes África Brasil por Alyson Carvalho - Com curadoria de Claudia Jannotti, a exibição é composta de 21 fotografias e seus nomes escritos na língua africana iorubá. Em “Raízes ÁfricaBrasil” as cores e os adornos das imagens, como argila branca, flores secas e o bronze são repletos de significados e representados em tinta dourada. Os modelos foram escolhidos não apenas por terem relação com o tema, mas por serem a própria representação da cultura africana. Quando: até 2 de junho Quanto: entrada franca Onde: Museu Inimá de Paula (rua da Bahia, 1201, Centro) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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