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diariodocomercio.com.br

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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.906 - R$ 2,50

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Complexo imobiliário terá 2.280 unidades do MCMV Parque Cerrado será construído com investimento de R$ 350 milhões A Emccamp Residencial vai investir R$ 350 milhões para lançar um empreendimento com 2.280 unidades habitacionais, distribuídas em 12 condomínios. Batizado de Parque Cerrado, o complexo será construído no bairro Monte Azul, na região Norte de Belo Horizonte, dentro do programa “Minha casa, minha vida” (MCMV). As obras começaram há um mês e a expectativa é que os primeiros apartamentos sejam entregues em dois anos. Com conceito de bairro planejado, o projeto prevê a implantação de vias internas urbanizadas, centro comercial com supermercado e 16 lojas, áreas verdes preservadas e espaços de lazer. O condomínio será fechado e com portaria 24 horas. Como diferencial, oferecerá serviços públicos como posto de saúde e escola, que serão implementados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Pág. 5

DIVULGAÇÃO

O empreendimento da Emccamp Residencial, com 12 condomínios, adota o conceito de bairro planejado

A sustentabilidade e a qualidade do acesso à energia, água e saneamento em Minas Gerais e no Brasil são objeto de discussão do Diálogos DC, parte do Movimento Minas 2032, iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO para mobilizar o Estado

em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU em 2015. O aumento da eficiência energética com a opção por uma matriz limpa, como a fonte fotovoltaica, tem grande potencial em Minas. Págs. 11 e 12

A geração fotovoltaica é fonte limpa de energia com grande potencial em MG

Os prejuízos causados pelas geadas no início deste mês nos cafezais de Minas Gerais serão sentidos até a próxima safra. Apesar de não ser possível por enquanto mensurar o valor das perdas, os grãos que ainda não haviam sido colhidos

tiveram a qualidade comprometida. A renda do produtor será reduzida com o fenômeno climático. A saca de 60 quilos é vendida hoje em torno de R$ 400 e os custos de produção estão próximos de R$ 500. Pág. 10 REUTERS / AMANDA PEROBELLI

Os efeitos das geadas nos cafezais neste mês serão sentidos até a próxima safra

OPINIÃO

EDITORIAL

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as fraudes no Brasil, com o roubo de energia, são gigantescas, representando mais do que 31,5 mil gigawatts, quantidade suficiente para abastecer o estado de Santa Catarina por um ano, por exemplo. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia, a ligação Dólar - dia 30

Euro - dia 30

Comercial

Compra: R$

4,2237

clandestina é considerada a segunda maior causa de morte no País relacionada à energia elétrica. Esse tipo de ocorrência já foi responsável por um prejuízo de R$ 4,5 bilhões e, se não houvesse esta perda de energia, a tarifa poderia ser aproximadamente 5% menor, de acordo com o Instituto Acende Brasil. (Rodrigo Pereira), pág. 3

Venda: R$ 4,2251

Poupança (dia 31) ............ 0,3715%

Turismo

IPCA-IBGE (Junho):............ 0,01%

Compra: R$ 3,6400 Venda: R$ 3,9400

Nova York (onça-troy): US$ 1.430,75

IPCA-Ipead(Junho):............ 0,16%

R$ 173,98

IGP-M (Junho): ......................... 0,80%

BM&F (g):

Conflitos no Oriente Médio, que duram séculos e foram iniciados por questões religiosas, embora já com uma evidente fundamentação comercial e econômica, chegaram ao nosso tempo tendo como melhor símbolo o petróleo. Cobiçando as reservas locais, maiores do mundo, Estados Unidos e Inglaterra, ao final da Segunda Guerra Mundial, fizeram o que podiam e não podiam para BOVESPA

TR (dia 31): ............................. 0,0000%

Ouro - dia 30

Ptax (BC)

Apesar de registrar avanço de 3,7% no faturamento em Minas Gerais no primeiro semestre sobre o mesmo intervalo de 2018, o resultado frustrou a indústria de máquinas e equipamentos do Estado, que já reviu para baixo a expectativa inicial de crescimento de 5% neste ano, conforme projeção da Abimaq-MG. Pág. 7

Produtores mineiros de café amargam prejuízos com geadas

DIVULGAÇÃO

Compra: R$ 3,7894 Venda: R$ 3,7900

A inadimplência em Belo Horizonte caiu 3,6% em junho no confronto com igual mês de 2018, aponta a Boa Vista SCPC. Na mesma base comparativa, a recuperação de crédito cresceu 2,4%. Entretanto, a queda da inadimplência no acumulado do ano na Capital foi de 1,7% enquanto que a recuperação de crédito recuou 3,6%. Pág. 4

Faturamento da indústria de máquinas sobe 3,7% em Minas

Uso sustentável de energia, água e saneamento é foco do Diálogos DC

Compra: R$ 3,7902 Venda: R$ 3,7909

Inadimplência registra queda de 3,6% em Belo Horizonte

+0,16 +0,65

+0,40

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garantir esse controle. Pano de fundo dos conflitos que nas últimas semanas voltaram a alcançar um nível de tensão mais elevado e, pior, atravessaram oceanos para chegar ao Brasil, onde foi negado reabastecimento a dois navios iranianos, sob o argumento de que o atendimento iria contra o embargo decretado, unilateralmente, pelos Estados Unidos. “Essa briga não é nossa”, pág. 2


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2019

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OPINIÃO Mais segurança e controle no setor minerador

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

FÁBIO VIEIRA *

Uma estratégia de gestão de ativos é a forma de transformar a linguagem técnica em negócio, implantando soluções que oferecem a capacidade de tomar decisões baseadas em valor e risco, garantindo a correta estratégia para gerir os equipamentos e facilitando o planejamento e a programação de serviços. No setor minerador, a capacidade de monitorar a condição dos ativos e barragens em tempo real e predizer quando vai haver uma falha com semanas ou meses de antecedência é a diferença entre o sucesso da operação ou de acidentes como os acontecidos no Chile, em 2010, ou no Brasil, em 2015. A última edição do Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos, realizado em outubro, em Belo Horizonte, mostrou que é possível desenvolver e customizar soluções de gestão de ativos alinhadas aos desafios e tendências no setor minerador. A meta é atender aos maiores desafios das equipes encarregadas pela manutenção, agregando mais segurança e produtividade para as operações, reduzindo paradas não programadas que acarretam perda da produção, assim como os custos de manutenção, diminuindo o número de manutenções corretivas inesperadas para os ativos. Segundo estimativas do Fórum Econômico Mundial, a digitalização pode

ajudar o setor minerador a economizar cerca de US$ 190 bilhões em toda a sua cadeia produtiva nos próximos 10 anos, o que representa cerca de 3% do total de vendas da indústria de mineração. A automação de processos não apenas aumenta a produtividade, mas também a sustentabilidade das operações e a segurança dos ativos e dos trabalhadores. A implantação de soluções de Internet das Coisas e de gestão de ativos que integram os dados e informações de todos os sistemas, enviados por sensores embarcados nos equipamentos e wearables usados pelos trabalhadores, entrega uma nova capacidade aos gestores: a possibilidade de desenvolver um plano robusto e confiável para embasar decisões estratégicas relativas à segurança e ao controle nas operações, alinhado com as diretrizes da ISO 55000. Sem a inteligência dos dados, os responsáveis pelas políticas de manutenção podem definir estratégias errôneas para os ativos causando um índice elevado de manutenções corretivas inesperadas bem como a execução de manutenções preventivas ineficientes para prevenir e se antecipar as falhas, e os prejuízos tangíveis e intangíveis podem ser incalculáveis. No setor minerador, por conta da própria natureza das operações, os desafios em relação à segurança são inúmeros, e as decisões precisam ser

tomadas de imediato para que acidentes de grandes proporções sejam evitados. Ter acesso em tempo real a informações estratégicas é fundamental e somente soluções integradas de gestão de ativos são capazes de: Gerenciar o comportamento de todos os instrumentos e emitir alertas para leituras fora do esperado; Reduzir os custos com manutenção e remediação de falhas em equipamentos; Aumentar a disponibilidade dos equipamentos; Diminuir o impacto de eventuais falhas e períodos de inatividade; Gerar informações sobre pontos de atenção futuros e compartilhar informações entre as áreas envolvidas na manutenção; Tomar decisões baseadas no risco considerando impacto financeiro, ambiental e saúde; Oferecer atualizações constantes de estabilidade dos ativos; Garantir a integridade física de barragens e outros ativos por meio de medições, análises e relatórios de conformidade técnica. De acordo com a necessidade específica de cada operação, é possível reforçar a proposta de valor, seja em monitoramento de condição de ativos, planejamento e programação da manutenção ou controle da manutenção, garantindo assim o uso mais eficiente do capital investido e a segurança das atividades. *Responsável pelos produtos de Gestão de Ativos da Atech

MP que altera lei do FGTS PAULO SÉRGIO JOÃO *

A recente MP 889, de 24 de julho, que alterou a Lei 8.036, de 11 de maio de 1990 (FGTS), com o propósito de fomentar o consumo e melhorar a economia, pretende devolver ao trabalhador parte do salário que foi transferido para os cofres do Estado e, sem tempo, escancarou de vez com o romantismo que alguns ainda atribuíam ao FGTS como formação de patrimônio a longo prazo e aposentadoria tranquila após 30 ou 35 anos de trabalho. A Constituição Federal de 1988 foi para o País uma rara oportunidade no campo do Direito social e trabalhista, oportunizou aos constituintes a criação de uma sociedade mais justa, proporcionando a todo cidadão condições de trabalho dignas. Imbuída do ideal de consolidar conquistas, tornou obrigatório o regime do FGTS, inserindo-o como um direito de qualquer relação de emprego, abrangido pelo caput do artigo 7º, revogando o regime da CLT. Na outra mão, extinguiu o regime da estabilidade da CLT. Na sua origem, o FGTS conviveu com a antiga indenização por tempo de serviço, prevista na Constituição Federal de 1937 e, depois, na Consolidação das Leis do Trabalho. A partir da previsão do artigo 7º da CF de 1988, dentre um dos direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, adquiriu nova roupagem jurídica. A permanência no mesmo emprego por longos anos já se evidenciou, neste início de século, totalmente inaplicável, porque a nova geração de trabalhadores busca de forma inquieta outros desafios e colocações que possam trazer mais oportunidades, fragilizando a aderência ao emprego. O regime da CLT contemplava o apego à empresa e ao tempo de serviço com a finalidade de assegurar ao trabalhador a continuidade do vínculo que seria premiado com a aposentadoria. O regime do FGTS, de forma mais ágil, trouxe para o empregador maior controle dos postos de trabalho e permitiu rever o modelo da estabilidade decenal que parecia provocar certo atraso no crescimento das empresas. Desde então, tem sido notável a transformação do FGTS em qualquer forma de obrigação, longe de equivaler a tempo de serviço e poupança e sua desvinculação definitiva da hipótese de regular a indenização por dispensa arbitrária ou sem justa causa. Pelo regime do FGTS, o Estado se apropriou do crédito dos trabalhadores sob o pretexto de promover ao trabalhador uma segurança econômica, limitando o

acesso aos valores dos empregados titulares da conta a ele vinculada. O Plenário do STF (ARE 709.212) declarou que as normas que tratam da prescrição trintenária para os depósitos do FGTS, especificamente os artigos 23, parágrafo 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS, aprovado pelo Decreto 99.684/1990, são inconstitucionais porque o FGTS está garantido como um direito aos trabalhadores urbanos e rurais e que deve, assim, sujeitar-se à prescrição de cinco anos. Agora, o direito ao FGTS se confunde com qualquer outro direito/crédito trabalhista, prescrevendo em cinco anos. Aqui talvez tenha iniciado o desmanche da ideia de formação de patrimônio profissional para que o trabalhador possa usufruir na aposentadoria. A hipótese de continuidade do FGTS estava baseada na preservação da relação de emprego clássica, e a evolução dos modelos de relações de trabalho teriam exigido outro tratamento. Essa decisão fez o TST rever a Súmula 362 e adotar a prescrição quinquenal, que terá início em novembro. Já a Lei 13.467/2017, ao permitir a dispensa por acordo e reduzir a multa de 40% para 20% sobre os depósitos mensais, com acesso a 80% dos respectivos valores, inaugurara o segundo momento do desmanche porque não importava mais o emprego, e o FGTS poderia atrair trabalhadores que quisessem romper o contrato, aliviando o custo da rescisão para o empregador. Todavia, a MP 889 não abandona o controle sobre o recolhimento. Chama atenção seu artigo 21, que se refere ao pagamento direto pelo empregador ao empregado como obrigação inadimplida (“Para fins de apuração e lançamento, considera-se não quitado o FGTS pago diretamente ao trabalhador, vedada a sua conversão em indenização compensatória”), condição esta que obrigará a revisão do descritivo de verbas sem natureza salarial por ocasião de acordos judiciais. A liberação de depósitos, de fato, devolve aos trabalhadores a apropriação dos próprios salários. A exemplo de 2017, quando os valores das contas inativas foram entregues aos trabalhadores titulares do direito, a cortesia é feita com chapéu alheio, ou seja, entrega-se o que não deveria ter sido tomado. Não há bondades! *Advogado e professor de Direito Trabalhista da PUC-SP e FGV

Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa presidencia@diariodocomercio.com.br

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

Diretora Editorial Adriana Muls

diretoria@diariodocomercio.com.br

adrianamuls@diariodocomercio. com.br

Essa briga não é nossa Os conflitos no Oriente Médio, que duram séculos e foram iniciados por questões religiosas, embora já com uma evidente fundamentação comercial e econômica, chegaram ao nosso tempo tendo como melhor símbolo o petróleo. Cobiçando as reservas locais, maiores do mundo, Estados Unidos e Inglaterra, ao final da Segunda Guerra Mundial, fizeram o que podiam e não podiam para garantir esse controle. Dividir para dominar, sugere a velha lição, seguida a risco no caso, impedindo o surgimento da Arábia, como desejava a maioria local, e fracionando os territórios, sempre que possível visando fomentar conflitos regionais. Se eles próprios se matassem, tanto melhor, mais fácil a dominação como ocorrera antes na África. A antiga Pérsia estava neste contexto e, com a ajuda ocidental, um governo nacionalista foi substituído por um império dócil, à frente o Xá, cujas extravagâncias, como uma festa monumental para comemorar seu aniversário, era a recompensa pela “amizade”, nada não muito diferente do que ainda ocorre na Arábia Saudita e em outros pequenos Que os Estados reinados. Na Unidos se Pérsia o Xá não resistiu, religiosos enxerguem como tomaram o polícia do mundo, poder e surgiu mesmo que seja o Irã, cuja independência fácil perceber que é uma ameaça nada mais fazem ao Ocidente, à além de defender antiga ordem, aos seus próprios Estados Unidos principalmente. interesses, é Este, muito questão, pelo brevemente, o menos por pano de fundo dos conflitos enquanto, difícil que nas últimas de ser discutida semanas voltaram a alcançar um nível de tensão mais elevado e, pior, atravessaram oceanos para chegar ao Brasil, onde foi negado reabastecimento a dois navios iranianos, sob o argumento de que o atendimento iria contra o embargo decretado, unilateralmente, pelos Estados Unidos. A situação já foi contornada, sobretudo depois que o embaixador iraniano no Brasil fez saber que cancelaria seus negócios comerciais com o Brasil, caso a hostilidade fosse mantida. Que os Estados Unidos se enxerguem como polícia do mundo, mesmo que seja fácil perceber que nada mais fazem além de defender seus próprios interesses, é questão, pelo menos por enquanto, difícil de ser discutida. Mas que seus interesses, suas vontades e suas decisões tenham repercussões que, como no caso em foco, nos atingem mas não nos atendem, é o que não faz o menor sentido. Reduzindo a questão a uma expressão mais simples, essa briga absolutamente não é nossa. Como não faz sentido o conveniente argumento de que na realidade trata-se de deter a proliferação de armas atômicas. Um objetivo muito justo, talvez fundamental para o futuro, mas que só faria sentido, só teria justificativa moral, se o “clube atômico”, países que detêm aquelas armas e a capacidade de produzi-las, fossem os primeiros a liquidar seus arsenais. Como isso não aconteceu, tudo não passa da mais absoluta hipocrisia.


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OPINIÃO

Impacto do roubo de energia para o consumidor RODRIGO PEREIRA * UESLEI MARCELINO/REUTERS

A indústria brasileira já convive há tempos com os impactos econômicos do aumento do custo de energia elétrica. E o roubo de energia tem agravado ainda mais esse cenário, uma vez que, além de acarretar riscos de acidentes graves para a população, também onera o consumidor final, uma vez que este desvio é repassado para a tarifa de energia. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as fraudes no Brasil são gigantescas, representando mais do que 31,5 mil gigawatts, quantidade suficiente para abastecer o estado de Santa Catarina por um ano, por exemplo. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia, a ligação clandestina é considerada a segunda maior causa de morte no País relacionada à energia elétrica. Esse tipo de ocorrência já foi responsável por um prejuízo de R$ 4,5 bilhões e, se não houvesse esta perda de energia, a tarifa poderia ser aproximadamente 5% menor, de acordo com o Instituto Acende Brasil. Para a concessionária, o principal problema decorrente do roubo de energia é o financeiro. Além disso, existem defeitos em equipamentos provocados por um mau dimensionamento, uma vez que dificulta estimar o consumo em determinadas regiões, caso elas tenham sido fraudadas. O furto gera ainda um aumento no tempo de trabalho dos colaboradores em campo para corrigir as instalações com fraude. Como evitar o roubo de energia? Para resolver a questão do furto de energia,

as concessionárias têm investido em soluções inteligentes que monitoram a energia consumida X a registrada de maneira on-line, facilitando então o controle e a identificação dessas fraudes. O avanço da tecnologia permitiu o desenvolvimento de equipamentos capazes de identificar com precisão onde ocorrem os furtos. Dessa forma, as concessionárias conseguem não só diminuir as perdas por roubo, mas também melhorar a redistribuição de energia e a qualidade dos equipamentos da rede, reduzindo a tarifa para o consumidor final. A tecnologia tornou-se grande aliada no combate ao roubo de energia na medida em que ajuda as concessionárias nessa identificação do local exato da fraude. Assim, não é preciso quebrar paredes ou danificar estruturas para encontrar onde está ocorrendo o desvio. A fraude é identificada mais rapidamente e sem prejuízos estruturais e a correção é feita. Apesar de a Aneel levar em consideração o valor da energia furtada e os custos para identificar e coibir as irregularidades quando estabelece o quanto a energia custa para cada consumidor, as fraudes pioram consideravelmente a qualidade do serviço prestado. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível a interrupções no fornecimento de energia.

A tecnologia tornou-se grande aliada no combate ao roubo de energia na medida em que ajuda as concessionárias nessa identificação do local exato da fraude. Assim, não é preciso quebrar paredes ou danificar estruturas para encontrar onde está ocorrendo o desvio. A fraude é identificada mais rapidamente e sem prejuízos estruturais e a correção é feita

* Gerente de Contas da Fluke do Brasil do segmento de energia, companhia líder mundial em ferramentas de teste eletrônico compactas e profissionais

Perigos que representam as imobiliárias virtuais KÊNIO DE SOUZA PEREIRA *

Diante do antagonismo de interesses entre o locador e o inquilino e por existir milhares de ações de despejo por falta de pagamento, as locações são sempre promovidas por imobiliárias que têm como principal motivador de sua existência proteger o locador para reduzir prejuízos, sendo esses mais expressivos no momento da desocupação e devolução do bem ao locador. Com um marketing criativo, que faz parecer a locação uma questão simples, surgiram algumas startups, denominadas imobiliárias virtuais, que na realidade não administram, pois se limitam a encontrar um inquilino e a assinar o contrato via e-mail, sem qualquer garantia. Basta o proprietário pedir a apólice de seguro fiança em nome dele, como o endereço do imóvel locador ou uma garantia real por escrito e verá que não existe nada, conforme pode confirmar nas reclamações no site Reclame Aqui. Caso os proprietários desejassem correr os riscos, bastava alugar diretamente e assim não ter despesas com a intermediação. Dessa forma, torna-se ilógico contratar uma imobiliária virtual, pois nos momentos que surgem os conflitos, o locador fica à mercê da boa vontade do inquilino, que ninguém conhece pessoalmente, fato esse que favorece a sublocação e as fraudes que proliferam nas locações. As imobiliárias com décadas de experiência acumulada analisam com maior critério quem se candidata à locação, sendo o contato pessoal importante para evitar surpresas que as imobiliárias virtuais desconhecem, pois estas são novas no mercado. Estão “surfando na onda” da internet onde tudo se resolve com um apertar de botão.

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As imobiliárias virtuais ignoram a astúcia dos indivíduos de má-fé, que não poupam esforços para produzir documentos falsos, como contracheques de empresas inexistentes, declarações montadas e até mesmo com a utilização de carteiras de identidades furtadas. Elas simplesmente recebem cópias de documentos por e-mail, sem exigir qualquer garantia. Justamente por isso são as preferidas dos pretendentes que não têm boa intenção e nem condições de fornecer documentação mais robusta, que seja apta a passar por uma análise mais criteriosa. A maioria das imobiliárias tradicionais toma cuidado na escolha de quem irá entrar num imóvel, valoriza a confiança que o locador depositou ao lhe entregar seu patrimônio. Elas continuam a prestigiar o contato pessoal com o pretendente e a exigência de serem os documentos apresentados no original, tanto do inquilino quanto de seus fiadores. No decorrer do atendimento pessoal trocam ideias com o pretendente, esclarecem dúvidas e verificam as informações inseridas nas fichas, possibilitando as eventuais contradições, apuração essa mais aprimorada nas imobiliárias que não terceirizam o cadastro. Não se trata de conceder um crédito de, por exemplo, R$ 3.000,00 (um mês de aluguel e encargos), mas de um risco de R$ 90.000,00 (30 meses que é o limite de um seguro fiança, sem contar os danos do imóvel), pois uma ação de cobrança e despejo pode demorar em torno de dois anos. Para o locador saber se a imobiliária é séria, pode ele exigir o acesso à pasta do imóvel para conferir todo o cadastro, a qualquer hora, pois esses documentos lhe pertencem. A

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negativa em lhe fornecer o livre acesso pode indicar que a locação foi realizada de forma irresponsável, sem a devida análise. Há alguns anos era comum em inúmeros anúncios nos classificados dos grandes jornais de pessoas que vendiam fiança, de escritórios especializados em montar documentos de ficha de cadastro de fiador, sendo que vários foram fechados pela polícia em decorrência das fichas fraudadas. Até hoje, no Google são encontrados os fiadores profissionais, os quais cobram do pretendente à locação um valor e este recebe a ficha e os documentos para serem apresentados à imobiliária. As mais descuidadas não percebem que a documentação, às vezes, é falsa e conclui a locação. Há alguns anos, o problema ficou tão grave que a Câmara do Mercado Imobiliário de MG fez uma lista dos falsos fiadores para ajudar as associadas a não caírem no golpe. Entretanto, quem não tinha acesso a esse cadastro de “fiadores profissionais”, em especial, quem alugava diretamente, continuou sendo lesado. Essa é a realidade do nosso País, sendo que há atualmente outras “novidades” semelhantes, além das fichas com documentação falsa. Somos a favor da tecnologia, mas utilizá-la de maneira ingênua, como se inexistissem fraudes, evidencia negligência e despreparo. O cadastro virtual e a assinatura eletrônica aumentam os riscos para o locador. Basta vermos que os bancos, altamente informatizados, com sites eficientes, no momento de realizar empréstimos com novos clientes, não aceitam as assinaturas eletrônicas nos contratos

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de empréstimo, bem como os cartórios recusam tais assinaturas nos contratos de financiamento imobiliário. São profissionais, não se arriscam, pois no caso de erros são eles que ficam no prejuízo e não terceiros. Só os amadores confundem abrir uma conta com os procedimentos de emprestar dinheiro, pois o Poder Judiciário não valida ainda a assinatura eletrônica, pois essa é bem diferente da assinatura digital, por meio de token. O mercado prevê o aumento das fraudes nas locações realizadas pelas imobiliárias virtuais e daquelas que têm o foco em receber o 1º mês de aluguel como gratificação, além da comissão mensal e que age contando com a sorte, pouco se importando com o locador. Na geração Google é tudo num apertar de botão! No Brasil, mais de 40% da população está no SPC ou no Serasa e, ainda assim, abrem mão de exigir documentação que aumente a segurança. No mundo virtual tudo é encantador, até o momento em que surge o prejuízo e o robô diz para o locador: “Lamentamos que a sua experiência conosco não tenha sido da maneira que gostaríamos. Estamos aprimorando nossos serviços para melhor servi-lo”. Se no Brasil tudo funcionasse bem, sem calotes, seria dispensável o Poder Judiciário, os juízes, os advogados, delegados, Ministério Público, a polícia e certamente os cuidados na concretização das locações. *Presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-MG, Conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário de MG e do Secovi-MG, Diretor-adjunto do Ibradim-MG

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2019

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ECONOMIA ENDIVIDAMENTO

Inadimplência recua 3,6% em junho na Capital Dados do Boa Vista SCPC apontam também um aumento na recuperação de crédito em Belo Horizonte ANA AMÉLIA HAMDAN

A inadimplência em Belo Horizonte teve queda de 3,6% em junho na relação com igual mês do ano passado, conforme divulgado ontem pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito – Boa Vista SCPC. O levantamento também mostrou que, nessa base comparativa, a recuperação de crédito mostrou avanço de 2,4%. Os dois dados conjugados – queda na inadimplência e aumento da recuperação de crédito – é um indício importante de recuperação econômica, conforme explica o economista da Boa Vista SCPC, Vitor França. Entretanto, ele alerta que ainda é necessário observar os próximos resultados, pois tal cenário não está consolidado. “Ao olhar o conjunto, a tendência que prevalece é o cenário de cautela, com as pessoas evitando tomar empréstimos para manter as finanças em ordem”, explica. No acumulado deste ano, a inadimplência caiu 1,7% na Capital, sendo que a recuperação do crédito re-

trocedeu 3,6%, mostrando uma dificuldade no pagamento das dívidas em atraso. Na passagem de maio para junho, a inadimplência cresceu 0,1%, enquanto a recuperação de crédito elevou-se 1,3%. França explica que a redução da inadimplência pode indicar o aquecimento da economia, mas, por outro lado, também mostra cautela, com os consumidores evitando contrair compromissos. A análise conjunta dos dados de inadimplência de Belo Horizonte, conforme explica o economista, ainda mostra a queda da inadimplência mais ligada à cautela. O economista aponta que o mercado de trabalho, variável central para tomada de crédito e consumo, ainda não mostrou melhora significativa. “Os empregos que estão sendo gerados são com salários mais baixos”, pondera. Ele ressalta ainda que há uma tendência de melhora dos indicadores nos próximos meses devido ao impacto da possível liberação do saque do Fundo

MARCOS SANTOS - USP IMAGENS

de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Estado - Em Minas, conforme o levantamento da Boa Vista SCPC, a inadimplência teve queda de 1% no acumulado do ano até junho em relação a igual período de 2018. Na comparação junho 2019/junho 2018, houve queda de 3,2%. Já na passagem de maio para junho, houve alta de 0,2%. No Estado, houve recuperação do crédito em todas as bases comparativas. No acumulado do ano, a alta foi de 5,5%; no comparativo de junho de 2019 com junho de 2018, o aumento foi de 5,1% e, na passagem de maio para junho, a alta foi de 1,3%. Já os dados do Sudeste apontam queda na inadimplência e na recuperação de crédito. No acumulado do ano, a inadimplência caiu 2,2%; no comparativo junho 2019/ junho 2018, houve retração de 1,8%; na passagem de maio para junho, a queda foi de 0,1%. Nessas bases comparativas, a recuperação de crédito retrocedeu, respectivamente, em 3,4%; 2,5% e 0,5%.

Recuperação de crédito em Minas Gerais aumentou 5,5% no acumulado do primeiro semestre

Os dados mostram que, no País, a inadimplência teve queda de 2,8% no acumulado do ano, enquanto na relação junho 2019/ junho 2018 foi registrada retração de 3%. Em junho, com comparativo com o mês anterior, houve queda

de 0,2%. A recuperação de crédito mostrou recuo no Brasil: no acumulado do ano, a queda foi de 3,5%; na base junho 2019/junho 2018, a redução foi de 2,4%, enquanto na passagem de maio para junho houve retração de 0,6%.

CONJUNTURA

IGP-M perde força e avança 0,40%, aponta FGV O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,40% em julho, percentual inferior ao apurado em junho, quando a taxa foi de 0,80%. Com este resultado, o IGP-M acumulada alta de 4,79% no ano e de 6,39% nos últimos 12 meses. Em julho de 2018, o índice havia subido 0,51% no mês e acumulava alta de 8,24% em 12 meses. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,40% em julho, após alta de 1,16% em junho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou -0,09% em julho, contra -0,70% no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou

de -4,95% para 0,58%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,25% em julho, após subir 0,17% no mês anterior. A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de 0,38% em junho para -0,83% em julho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 1,20% para 0,06%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,14% em julho, contra alta de 0,83% em junho. O índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou de 4,24% em junho para

2,34% em julho. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: soja (em grão) (6,30% para -1,36%), leite in natura (1,13% para -6,91%) e cana-de-açúcar (3,72% para -1,13%). Em sentido oposto, destacam-se os itens bovinos (-1,30% para 1,33%), laranja (-18,63% para -6,43%) e minério de ferro (11,76% para 11,34%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,16% em julho, após queda de 0,07% em junho. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,55% para 0,22%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou -4,37% para 1,60%.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,17% para 0,55%) e Despesas Diversas (-0,34% para 0,25%). As principais influências para a aceleração dos grupos partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,82% para 2,53%) e bilhete lotérico (-10,56% para 0,00%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,95% para 0,39%), Vestuário (0,29% para -0,28%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,33%) e Comunicação (0,06% para 0,03%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados para os seguintes itens: passagem aérea (21,15% para 7,06%), roupas (0,32% para -0,32%),

medicamentos em geral (0,38% para -0,01%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,21% para 0,04%). O grupo Transportes repetiu a taxa de variação da última apuração, que foi de -0,60%. Os destaques nos sentido ascendente e descendente partiram dos itens: etanol (-4,94% para -3,60%) e gasolina (-1,85% para -2,36%), nesta ordem. INCC - O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,91% em julho, ante 0,44% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (0,09% para 0,04%), Mão de Obra (0,72% para 1,63%) e Serviços que registrou variação de 0,20%, a mesma taxa do mês anterior. (Da Redação)

MERCADO DE TRABALHO

Pequenas empresas impulsionam a criação de vagas Brasília - A geração de empregos com carteira assinada em junho veio dos pequenos negócios, pela quinta vez seguida neste ano. A análise feita pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, mostra que foram criados 52,7 mil postos de trabalho no segmento. O número de empregos criados pelas micro e pequenas empresas em junho registrou o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos. Segundo o levantamento, as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva, mais demitiram do que contrataram,

registrando saldo negativo de 4,8 mil empregos. Ao se agregar o resultado da Administração Pública a esses saldo, no total foram gerados 48.436 postos de trabalho no País. No primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios respondem por 387,3 mil empregos, 70 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes empresas (5,5 mil). Enquanto as micro e pequenas empresas registraram pequeno crescimento na geração de empregos no primeiro semestre, as médias e grandes tiveram redução significativa no saldo. Na comparação com o período de janeiro a junho de 2018, as micro e pequenas empresas

apresentaram crescimento no primeiro semestre de de 0,8% na geração de em- 2019, demissão líquida de prego e as médias e grandes, quase 50 mil trabalhadores. saldo 80% menor. De acordo com os dados do Caged, no primeiro seSetores - No primeiro se- mestre, o comércio foi o mestre, foram os peque- único a registrar foi o único nos negócios do setor de segmento a registrar saldo serviços que sustentaram negativo, ao se considerar a geração de empregos no todos os portes de emprePaís, respondendo pela cria- sas. O saldo negativo nesse ção de 213,8 mil postos de setor chegou a 88,7 mil, na trabalho, 55,2% do total. comparação com o primeiro Os pequenos negócios da semestre de 2018. indústria de transformaAo apresentar os dados ção assumiram a segunda na última quinta-feira (25), posição no ranking setorial, o subsecretário de Políticom criação de 56,6 mil cas Públicas e Relações de empregos, seguidos pelas Trabalho do Ministério da micro e pequenas empresas Economia, Matheus Stivali, da agropecuária (+54 mil avaliou que retração do emempregos). Já os peque- prego no comércio é reflexo nos negócios que atuam da atividade econômica em no comércio registraram, recuperação. “A explicação

é próprio desempenho fraco da economia. O comércio emprega pessoas de qualificação média e é onde mais a crise econômica é sentida”, disse. Estados - A maior parte das contratações com carteira assinada aconteceram entre as MPE do estado de São Paulo, com a criação de 15,2 mil postos de trabalho, acompanhadas das empresas de Minas Gerais (mais 14 mil empregos). Isso fez com que o Sudeste assumisse a liderança na criação de vagas de trabalho no mês de junho deste ano (mais 33 mil empregos), sendo seguido pelos pequenos negócios da região Centro-Oeste (mais 11,6 mil vagas). (ABr)

ENERGIA

Furnas pretende lançar PDV para cortar 1,2 mil trabalhadores Rio - A estatal Furnas Centrais Elétricas pretende lançar um programa de demissão voluntária (PDV) para reduzir o quadro de funcionários de 4 mil, com mil terceirizados, para 2.751. Ainda não há data marcada para o lançamento do plano. O presidente da empresa, Luiz Carlos Ciocchi, disse ontem, em conversa com jornalistas, que o número foi definido pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério da Economia. “Os planos de demissão consensuada dependem da Eletrobrás, que procura fazer isso de uma forma uniforme e ao mesmo tempo em todas as empresas. Esse número vem decrescendo a taxas significativas. É difícil. Mas temos o direcionamento de que não podemos comprometer nossas operações.” Ciocchi destacou que não há exigência da Eletrobrás para que ocorra a redução de funcionários. Ele disse que se trata de um processo que vem sendo perseguido desde 2015, com os PDVs, de forma que se consiga “equilibrar as responsabilidades da empresa com o contingente de pessoal”. O processo do novo PDV deve ser iniciado após o enceramento da discussão do acordo coletivo dos funcionários, que está em andamento, segundo informou. O quadro de pessoal de Furnas chegou a 10 mil pessoas, sendo 6 mil na sede, em Botafogo, por volta de 1990. Desde 2015, o número caiu de um total de 6 mil funcionários para os 4 mil atuais. Sede Ciocchi confirmou que a empresa vai mudar a sede de lugar, deixando o local onde está há 48 anos, na Rua Real Grandeza, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, para outro no centro da cidade, na Avenida Graça Aranha. Furnas ocupará um prédio de 20 andares que pertence à Vale. O presidente da empresa ressaltou que o compromisso com o prédio da Vale é de dez anos e a economia gerada pela mudança será de R$30 milhões por ano. A transferência da sede está prevista para o primeiro trimestre do ano que vem. (ABr)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

CONSTRUÇÃO

Emccamp lança projeto de R$ 350 mi no Vetor Norte de BH Bairro planejado contará com 2,2 mil apartamentos MICHELLE VALVERDE

Com investimento de R$ 350 milhões, a Emccamp Residencial vai lançar um empreendimento com 2.280 unidades habitacionais, distribuídas em 12 condomínios. O empreendimento, que é do programa Minha casa, minha vida (MCMV), será construído no bairro Monte Azul, no Vetor Norte de Belo Horizonte. As obras foram iniciadas no final de junho e a expectativa é que os primeiros apartamentos sejam entregues em dois anos. De acordo com o CEO da Emccamp Residencial, André Campos, o Parque Cerrado tem um modelo diferenciado de empreendimento, que é o conceito de bairro planejado. O projeto prevê a construção de vias internas urbanizadas, centro comercial, áreas verdes preservadas e áreas de lazer. O condomínio será fechado

e com portaria 24 horas e terá serviços públicos, como centro de saúde e escola. Mesmo com a economia enfraquecida e as taxas de desemprego elevadas, as expectativas em relação às vendas são positivas. Segundo Campos, os preços dos imóveis são acessíveis e a localização e infraestrutura do empreendimento devem despertar o interesse dos consumidores. Outro fator que irá estimular as vendas é o financiamento através do programa MCMV. O valor dos imóveis, que varia de R$ 133 mil a R$ 175 mil, dependendo do modelo e do tamanho do apartamento, também é considerado oportuno para que as pessoas adquiram um imóvel próprio ou invistam. Os imóveis estão distribuídos em 12 condomínios, sendo seis condomínios Faixa 1,5 do Minha casa, minha vida e outros seis que se enqua-

dram na Faixa 2. “Estamos muito animados porque esse é realmente o primeiro bairro planejado de Belo Horizonte. A área do projeto tem mais de 400 mil metros quadrados, onde serão construídos 2.280 apartamentos distribuídos em 12 condomínios. Serão vendidos apartamento de dois e três quartos”, explicou. Ainda segundo Campos, o desenvolvimento do projeto e o planejamento junto com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) demandaram cerca de cinco anos, isso porque foi projetada a instalação de empreendimentos públicos. O município implantará serviços públicos como escola, posto de saúde, posto policial, BH Cidadania e creche. As áreas foram doadas pela Emccamp e os projetos foram entregues ao poder público, que é o responsável pela execução

Campos explica que desenvolvimento e planejamento do projeto com a PBH levaram cerca de 5 anos

das obras. A instalação dos serviços municipais dependerá do ritmo de venda dos apartamentos. Centro comercial - Para atender a demanda dos clientes e ser mais um atrativo para as vendas, o projeto contempla também AMANDA PEROBELLI - REUTERS

um centro comercial com supermercado e outras 16 lojas que prestarão serviços de primeira necessidade como lotérica e farmácia, por exemplo. “Para desenvolver esse projeto, fizemos um estudo minucioso e com todas as informações mapeadas

em mãos desenvolvemos um street mall completo, que resolve as necessidades dos moradores, que não precisarão se deslocar para outros bairros, pois terão supermercado, farmácia, lotérica, lanchonete, entre outros estabelecimentos comerciais”, disse Campos.

RELAÇÕES EXTERIORES

Donald Trump afirma que buscará um acordo comercial com o Brasil

Entre os fatores que levaram ao recuo do principal índice acionário do Brasil está a tensão entre China e Estados Unidos

MERCADO DE CAPITAIS

Ibovespa recua 0,53% em meio a cautela São Paulo - O Ibovespa recuou ontem com o setor bancário exercendo grande peso negativo sobre o índice, após a divulgação do balanço trimestral de Itaú Unibanco, ainda em meio a preocupações com o aumento das tensões entre Estados Unidos e China. O Ibovespa caiu 0,53%, a 102.932,76 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava R$ 14,98 bilhões. No cenário nacional, o destaque da sessão foi o movimento de realização nos papéis do segmento bancário, com Itaú Unibanco liderando a queda, mesmo após reportar alta de 10,2% no lucro recorrente do segundo trimestre, resultado em linha com expectativas dos analistas. “Isso ocorre muito por conta do temor dos investidores sobre o que o crescimento dos bancos digitais pode significar no lucro dos bancos tradicionais”,

afirmou o analista Felipe Silveira, da Coinvalores. “Mas em curto prazo é muito difícil ver qualquer sinal mais claro disso.” As units do Banco Inter chegaram a subir mais de 20% nesta sessão, após o banco digital levantar R$ 1,25 bilhão em um oferta primária de ações e atrair o japonês SoftBank Group como acionista. O aumento das tensões entre EUA e China influenciaram os mercados internacionais, após o presidente dos EUA, Donald Trump, advertir Pequim para não esperar o fim de seu primeiro mandato para finalizar o acordo entre os dois países. Agentes financeiros ainda aguardam as reuniões de política monetária do Federal Reserve nos EUA e do Banco Central brasileiro, que devem resultar em cortes nas taxas de juros. “A expectativa é um corte de 0,25 (ponto percentual) lá e aqui. Qualquer decisão fora disso será surpreen-

dente”, disse Silveira, da Petrobras PN recuou Coinvalores. 0,5%, em sessão positiva para o petróleo no exterior, Destaques - Itaú Unibanco com o noticiário relacioPN caiu 3,3%. Bradesco PN nado à estatal incluindo cedeu 2,1% e Santander BR resultado de recompra de UNT recuou 3,1% em sessão títulos e aprovação para de fraqueza do setor bancá- que participe de oferta rio do Ibovespa, tendo ainda permanente de áreas para de pano de fundo oferta de exploração e produção de ações do Banco Inter, que petróleo e gás. Vale perdeu 0,5%, tendo não está no Ibovespa. As units do Banco Inter fecha- no radar que os futuros do minério de ferro na China ram em alta de 17,5%. GPA PN valorizou-se chegaram a subir mais de 3,9%. Dados da entidade 3%, com expectativas de que representa a indústria que as importações da made supermercados no País, téria-prima do aço tenham Abras, mostraram que as continuado fracas em julho. vendas do setor em junho Cielo ON avançou 1,2%. subiram 3,89% ante mesmo A empresa apresentou um período de 2018. A entidade desempenho mais forte do manteve previsão de cres- que o esperado e ganhou cimento de 3% para 2019. participação de mercado Multiplan subiu 1,5%, re- pelo segundo trimestre severtendo perdas registradas guido em relação à Rede mais cedo, após divulgar afirmou o analista do BTG lucro líquido de cerca de Pactual Eduardo Rosman, 115 milhões de reais para ressaltando, contudo, que o segundo trimestre, uma o cenário continua bastanbaixa de quase 21% sobre te desafiador para o setor o desempenho de um ano de meios de pagamentos. antes. (Reuters)

Brasília, São Paulo e Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que buscará um acordo de comércio com o Brasil, sugerindo que um relacionamento amigável com o presidente Jair Bolsonaro poderia ajudar a reduzir as barreiras comerciais entre as duas maiores economias das Américas. “Vamos trabalhar em um acordo de livre comércio com o Brasil”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca, sem dar detalhes. Trump levantou a possibilidade de um acordo comercial enquanto o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, se dirigia a líderes empresariais em São Paulo antes de uma reunião com Bolsonaro em Brasília, nesta quarta-feira. Os Estados Unidos e o Brasil, que trocaram mais de US$ 100 bilhões em bens e serviços no ano passado, se aproximaram desde que Bolsonaro assumiu o cargo em janeiro, depois que a campanha do ex-capitão do Exército teve a de Trump como modelo. “O Brasil é um grande parceiro comercial. Eles cobram um monte de tarifas, mas para além disso nós amamos o relacionamento”, disse Trump a repórteres, citando o que chamou de ótimo relacionamento com o Brasil e elogiando Bolsonaro. O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse à Reuters que o Brasil tem um objetivo ambicioso na sua relação com os Estados Unidos a fim de facilitar o comércio e aumentar o investimento entre os dois países, especialmente em infraestrutura. Mas o secretário lembrou que, pelo fato de o País inte-

grar o Mercosul, uma discussão sobre acordo comercial envolvendo tarifas tem que ser feita entre o bloco e os EUA. Já o secretário de Comércio dos EUA disse que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), fechado no começo do mês passado, deve evitar “pílulas de veneno” que obstruiriam um possível acordo norte-americano. “É importante não colocar barreiras no caminho de um acordo de livre comércio entre os EUA e o Brasil que inadvertidamente possam ser criadas na transação entre o Mercosul e a UE”, disse Ross a jornalistas em São Paulo. “Temos questões sobre padrões em automóveis, produtos farmacêuticos, produtos químicos, alimentos e várias áreas.” Os setores agrícolas no Brasil e nos Estados Unidos já enfrentaram desacordos, incluindo uma disputa sobre os subsídios ao algodão solucionados na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2014. Os Estados Unidos ameaçaram impor tarifas sobre aço e alumínio do Brasil e de vários outros países no ano passado, como parte da agenda “América Primeiro” de Trump, antes de concederem isenção permanente ao Brasil. Neste ano, os brasileiros pressionaram por um maior acesso ao mercado de açúcar dos EUA enquanto negociavam uma potencial extensão de suas próprias restrições às importações de etanol dos EUA. O Brasil também pressionou as autoridades norte-americanas para suspender a proibição de 2017 de novas importações de carne bovina brasileira. (Reuters)


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ECONOMIA FINANÇAS

SoftBank impulsiona units do Banco Inter Grupo japonês teria comprado uma fatia superior a 5% da instituição financeira sediada em Belo Horizonte São Paulo - As units do Banco Inter chegaram a subir mais de 20% ontem, após o banco digital levantar R$ 1,25 bilhão em um oferta primária de ações e atrair o japonês SoftBank Group Corp como acionista. As ações dos maiores bancos privados do País, como Itaú Unibanco e Banco Bradesco, recuaram 3,3% e 2,1%, respectivamente, em um movimento que alguns operadores atribuíram à migração para as ações do Banco Inter. Santander Brasil se desvalorizou 3,1%. “Existe no mercado um medo de os bancos tradicionais serem substituídos pelas fintechs, que entram no mercado reduzindo a margem de forma significativa”, afirmou o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos. “O SoftBank entrando na oferta do Banco Inter é uma chancela internacional importante a esse novo modelo. Os bancos locais vão precisar enfrentar esse desafio nos próximos anos. Será um grande teste de resiliência”, acrescentou. O Banco Inter usará os recursos da oferta para ex-

CHARLES SILVA DUARTE / ARQUIVO DC

pandir carteira de crédito, investir em tecnologia e fazer aquisições. As units da instituição financeira valorizaram 17,5%. A chegada de um investidor experiente e com recursos fartos, como o SoftBank, para a lista de acionistas do Banco Inter deve acelerar sua estratégia de crescimento. O SoftBank adquiriu uma fatia superior a 5% do banco, disse uma fonte com conhecimento do assunto. O Banco Inter é o primeiro investimento do SoftBank em um banco na América Latina, mas este já participa de pelo menos uma outra fintech na região, a plataforma de empréstimos brasileira Creditas. O Banco Inter, que é controlado pela família Menin, ainda não divulgou os novos acionistas da instituição após a oferta. Oportunidade - A fonte disse que o Banco Inter decidiu sobre a oferta do SoftBank de entrar no seu capital uma vez que viu a oportunidade de desenvolver sua expertise com fintechs. Os bancos brasileiros mostram alguns sinais de que

Banco Inter deverá utilizar os recursos da oferta na expansão da carteira de crédito e em investimentos em tecnologia

Stone estima crescimento expressivo em lucro no 2º tri

desligamento voluntário na segunda-feira (29) e revelou que pode fechar até 400 filiais neste ano, já que está reduzindo os custos para enfrentar uma São Paulo - A empresa de concorrência mais acirrada. meios de pagamentos Stone (Reuters) espera que o lucro líquido aumente para entre R$ 169,7 milhões e R$ 171,9 milhões no segundo trimestre, de acordo com dados preliminares divulgados ontem, um mentos processados na plataforma forte acréscimo em relação ano a ano, para R$ 29,8 bilhões. ao resultado positivo de R$ 63 milhões um ano antes. Ambiente desafiador - Rosman Para a margem líquida, a disse que melhorou um pouco o expectativa da companhia é viés em relação ao preço das ações de que fique entre 29,1% e da Cielo após números do segundo 29,3%, uma melhora entre trimestre, mas que, estruturalmente 11 e 11,2 pontos percentuais falando, o ambiente ainda é altamenfrente ao mesmo período te desafiador. “Se as informações de 2018. fornecidas forem corretas (ou seja, Em termos ajustados, a que apenas 50% da base já está sob companhia espera que o novos preços), a rentabilidade ainda lucro líquido fique entre R$ tem muito espaço para diminuir”. 191,9 milhões e R$ 194 mi“Naturalmente, Rede e GetNet lhões, ante R$ 71,1 milhões não estarão em modo de espera. no segundo trimestre do Como ambos são 100% de proprieano passado, com margem dade do Itaú e do Santander, tamlíquida entre 32,9% e 33,1%. bém acreditamos que eles podem A Stone disse que sua base ser mais facilmente tratados como de clientes ativos alcançou centros de custo por seus acionistas 360,2 mil no segundo tricontroladores, o que não é o caso mestre, contra 200,6 mil um da Cielo”, acrescentou. ano antes. O BTG Pactual tem recomendação A companhia estima que “neutra” para Cielo e Santander sua receita total tenha ficado Brasil e de “compra” para Itaú e entre R$ 583 milhões e R$ Stone. (Reuters) 586,2 milhões entre abril e

estão começando a sentir a pressão das fintechs, principalmente nos negócios de processamento de cartões e gestão de ativos. O maior banco privado do Brasil, o Itaú Unibanco, lançou um programa de

Cielo amplia market share entre grandes do setor São Paulo - A Cielo apresentou um desempenho mais forte do que o esperado e ganhou participação de mercado pelo segundo trimestre seguido em relação à Rede, do Itaú Unibanco, e à GetNet, do Santander Brasil, concluiu o analista do BTG Pactual Eduardo Rosman, ressaltando, contudo, que o cenário continua bastante desafiador para o setor de meios de pagamentos. “Embora a Rede e a GetNet estejam dizendo que não querem brigar apenas por participação de mercado, não esperamos que a guerra de preços em ascensão diminua tão cedo”, afirmou Rosman, em relatório distribuído a clientes ontem, após a divulgação dos resultados trimestrais das principais empresas de adquirência do País. De acordo com números conhecidos na semana passada, o volume financeiro das transações capturado pelos terminais da Cielo aumentou 8,9% no segundo trimestre, quando comparado ao

mesmo período de 2018, para R$ 164,5 bilhões. Na comparação com os primeiros três meses do ano, cresceu 4,9%. Na segunda-feira (29), o Itaú divulgou que a sua atividade de adquirência alcançou R$ 114,1 bilhões, acréscimo de 12,1% em relação ao mesmo período de 2019 e de 0,9% frente ao primeiro trimestre. Em teleconferência com jornalistas, o presidente-executivo do banco, Candido Bracher, disse que a Rede tem perdido parcelas de mercado em segmentos menos rentáveis. Na semana passada, Santander Brasil havia reportado queda de 6,35% no faturamento da Getnet, para R$ 46,9 bilhões. Em relação aos primeiros três meses de 2019, houve queda de 1,47%. A Stone, que divulgou dados preliminares para abril a junho ontem, mais uma vez “brilhou” na visão do BTG, ao sinalizar crescimento de 60,6% no volume total de paga-

junho, frente a R$ 347,7 milhões no segundo trimestre do ano passado. “Nosso desempenho superou nossas expectativas no segundo trimestre de 2019”, disse a Stone em comunicado. O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) processados na plataforma da Stone deve ter somado R$ 29,8 bilhões, conforme estimativa da empresa, um acréscimo de 60,6% na comparação ano a ano. A Stone também anunciou a criação de uma joint-venture com o Grupo Globo com foco em trabalhadores autônomos e micro-comerciantes, na qual terá participação de 67% e o conglomerado de mídia os 33% restantes. O Grupo Globo fará um investimento inicial equivalente a um valor de mercado de R$ 461 milhões em mídia, e a Stone contribuirá com sua tecnologia e recursos de processamento de pagamentos, suporte operacional e recursos de gerenciamento, além de R$ 50 milhões em dinheiro. (Reuters)

DADOS DO COAF

Suspensão de investigações pode afetar entrada na OCDE Rio de Janeiro - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o andamento de processos que tramitam no País que tenham por base dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pode atrapalhar a entrada na OCDE, disse ontem o delegado do Brasil junto a Organizações Internacionais Econômicas em Paris, embaixador Carlos Márcio Cozendey. O embaixador explicou que a análise prévia da candidatura do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) levou em consideração a forma de atuação do Coaf como um importante instrumento de combate à corrupção no País. “Assim como na parte anticorrupção, o Brasil passou por vários períodos de revisão no combate ao terrorismo e lavagem de

CHARLES PLATIAU / REUTERS

OCDE considera a atuação do Coaf como fundamental para combate à corrupção no País

dinheiro nos últimos anos. O Brasil tem legislação e prática alinhadas com esse fórum internacional”, disse Cozendey em evento no Rio

de Janeiro, referindo-se ao Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), ligado à OCDE. Em meados de julho, o

presidente do STF, José Dias Toffoli, suspendeu todos os processos que tramitam no País e que tenham por base o compartilhamento

de informações da Receita Federal, Banco Central e do Coaf com o Ministério Público sem autorização judicial. A decisão de Toffoli beneficia diretamente o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que tem inquéritos baseados em informações levantadas pelos órgãos de controle. A sessão do STF que tratará dessa questão no plenário está marcada para 21 de novembro deste ano, mas pode ser antecipada. “O julgamento no STF ainda vai acontecer, mas a previsão internacional é que os países do Gafi tenham um órgão tipo Coaf”, completou Cozendey. “Tem lá uma série de parâmetros, o que esse órgão (Coaf) tem que fazer, se isso for modificado, nós teremos dificuldades. Sem dúvida é interessante (que o Coaf permaneça como está)”. A Associação Nacional

de Procuradores da República manifestou nas últimas semanas preocupação em relação à possibilidade de se contrariar recomendações do Gafi. Histórico - O pleito brasileiro para entrada na OCDE foi apresentado em 2017 e o presidente Jair Bolsonaro conversou com o secretário-geral da OCDE sobre os próximos passos para uma relação ainda mais forte com a organização durante a cúpula do G20 em junho. Segundo Cozendey, não há um prazo para que a pré-candidatura seja aprovada, mas o apoio norte-americano tem um peso importante na decisão. “Depois do apoio dos Estados Unidos, e, em razão disso, o conselho da OCDE voltou a discutir o assunto, mas ainda não chegou a um acordo”, disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro. (Reuters)


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ECONOMIA ADENILSON NUNES / SECOM

BENS DE CAPITAL

Faturamento do setor em Minas sobe 3,7% no 1Âş semestre Dado foi divulgado pela Abimaq-MG MARA BIANCHETTI

Assim como outros setores produtivos do PaĂ­s, a indĂşstria de mĂĄquinas e equipamentos tambĂŠm se frustrou com os resultados do primeiro semestre de 2019. No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, o faturamento do setor no Estado avançou 3,7% sobre a mesma ĂŠpoca de 2018, mas nĂŁo deverĂĄ atingir os 5% de crescimento inicialmente estimados ao final deste exercĂ­cio. As informaçþes sĂŁo do membro do Conselho Administrativo da Associação Brasileira da IndĂşstria de MĂĄquinas e Equipamentos (Abimaq-MG) Marcelo Veneroso. Segundo ele, embora o empresariado tenha virado o ano com otimismo, em virtude, principalmente, das mudanças no cenĂĄrio polĂ­tico nacional, as perspectivas apontadas nĂŁo se confirmaram. “Ainda vemos o setor andando de lado. No inĂ­cio do ano, esperĂĄvamos crescer acima de 5%. Agora, diante dos nĂşmeros do primeiro semestre, serĂĄ difĂ­cil extrapolarmos esta margem de crescimentoâ€?, revelou. De qualquer maneira, Veneroso ponderou que os nĂşmeros sĂŁo positivos e disse que ĂŠ possĂ­vel que haja um maior fĂ´lego na economia no segundo semestre. O otimismo, conforme ele, deve-se ao avanço das chamadas reformas estruturantes do PaĂ­s. “Desde que a reforma da PrevidĂŞncia avançou em primeiro turno na Câmara dos Deputados, jĂĄ vimos

um novo ritmo entre os empresĂĄrios e investidores. Mas a indĂşstria de mĂĄquinas vende e precisa de uma mĂŠdia de seis meses para performar. Por isso, ainda nĂŁo vimos uma retomada, mas ĂŠ possĂ­vel que, em novembro ou dezembro, jĂĄ tenhamos melhores resultadosâ€?, comentou. Ainda considerando a primeira metade de 2019, o setor registrou aumento de 3% nas exportaçþes sobre os primeiros seis meses do ano passado. JĂĄ os empregos saltaram IndĂşstria de mĂĄquinas e equipamentos mineira apurou crescimento de 3% nas exportaçþes nos primeiros seis meses 11% na mesma base de comparação e a utilização -19% respectivamente. se manteve praticamente analisados. E o nĂşmero de comparativo com o mesmo da capacidade instalada JĂĄ o nĂ­vel de utilização na mesma mĂŠdia em rela- pessoas empregadas caiu mĂŞs de 2018 cresceu 3,1%. 6,2%. da capacidade instalada ção aos Ăşltimos perĂ­odos 0,5% frente a maio, e no “AlĂŠm de os nĂşmeros nĂŁo representarem o que esperĂĄvamos no inĂ­cio de 2019, tambĂŠm estĂŁo longe de promover grandes reSĂŁo Paulo - Em junho, comparação com maio. houve uma pequena redu- tosâ€?, disse. cuperaçþes das perdas que a indĂşstria brasileira de Na comparação a junho ção, resultado, segundo a Para Bernardini, a recua atividade registrou nos mĂĄquinas e equipamentos do ano passado, a queda associação, de um desaqueperação dos investimentos Ăşltimos anosâ€?, completou teve queda nas vendas de foi de 22,5%, acumulando cimento das atividades do passaria por fornecer maior Veneroso. 6,1% na comparação com US$ 681 milhĂľes. Grande setor. O setor fabricante de segurança jurĂ­dica, por No exercĂ­cio passado, o mĂŞs anterior e recuo de parte disso se deve Ă crise mĂĄquinas e equipamenexemplo. “Tudo isso deapĂłs cinco anos consecu12,1% em relação ao mesmo na Argentina, que era o tos conta atualmente com manda um tempo, portanto tivos de queda no fatumĂŞs do ano passado, infor- segundo maior cliente do 307.526 pessoas ocupadas. nĂŁo prevejo retomada dos ramento, a indĂşstria de mou ontem a Associação Brasil, atrĂĄs dos Estados investimentos privados e mĂĄquinas de Minas voltou Brasileira da IndĂşstria de Unidos, e que reduziu as Estimular a economia Em em infraestrutura antes a crescer. PorĂŠm, os 6% de MĂĄquinas e Equipamentos compras de mĂĄquinas e entrevista coletiva concedi- de dois anos. Mas o Brasil avanço nas receitas nĂŁo (Abimaq). equipamentos em cerca da ontem para apresentar nĂŁo pode se dar ao luxo de foram suficientes para reSegundo a Abimaq, o de 50%. o balanço, o diretor da ficar mais dois anos nessa verter a queda acumulada resultado de junho infl uenO setor tambĂŠm regisAbimaq, Mario Bernar- situação de desemprego de 60% no Estado. ciou na taxa de crescimento trou queda de 2,9% na dini, disse que o governo elevado. Minha posição acumulada do ano, que importação na comparação precisa estimular a econo- pessoal ĂŠ que o governo Junho - Quando considerapassou de 7,5% (entre ja- com maio. No entanto, mia brasileira e retomar o deixe de lado a ideologia do apenas o mĂŞs de junho neiro e maio) a 3,6% de na comparação anual, a crescimento, recuperan- (de ser liberal) e que tome deste ano, o setor de bens crescimento (entre janeiro importação cresceu 20,5%. do os investimentos. “O medidas para retomar os de capital de Minas Gerais e junho). O desempenho Com relação aos empre- crescimento econĂ´mico e investimentos pĂşblicosâ€?, amargou queda de 3,7% no deste ano, diz a associação, gos, o mĂŞs de junho apre- retomada do crescimento afirmou. “A equipe econĂ´faturamento na comparasentou queda de 0,4% em ĂŠ prioridade nĂşmero um mica, liberal, acredita que ĂŠ baseado principalmente ção com o mĂŞs anterior e no mercado domĂŠstico, que relação a maio e aumento desse PaĂ­s, mais do que estado nĂŁo deve investir de 13,6% em relação a igual cresceu 10,2% no semestre. de 4,2% na comparação as reformas. As reformas na economia. Mas, neste perĂ­odo de 2018. As vendas para o mer- com junho de 2018. Neste sĂŁo meio importante para momento, acho que eles deAs exportaçþes do setor cado externo registraram ano, atĂŠ o mĂŞs de maio, o fazerem efeito a mĂŠdio e veriam abrir uma exceção, no mĂŞs passado tambĂŠm retração pelo terceiro mĂŞs setor vinha registrando longo prazo. O que tem porque o Brasil precisa de caĂ­ram tanto em relação consecutivo, com desem- aumento no nĂşmero de que fazer a curto prazo ĂŠ retomada do crescimento a maio quanto a junho de penho negativo de 8% na contrataçþes, mas em junho recuperar os investimen- no curto prazoâ€?. (ABr) 2018, chegando a -9,4% e

PaĂ­s tem queda de 12,1% nas vendas em junho

MF ORGANIZAĂ‡ĂƒO E EVENTOS LTDA CNPJ/MF NÂş 16.896.092/0001-70 - NIRE 3120964679-4 - 3ÂŞ ALTERAĂ‡ĂƒO CONTRATUAL Pelo presente Contrato Social, (1) FLAVIO CIOGLIA DIAS GONTIJO, brasileiro, engenheiro, divorciado, inscrito no CPF sob o nÂş 054.390.406-76, portador do documento de identidade nÂş MG12.068.490, expedido pela SSP/MG, com domicilio e residĂŞncia a Alameda do Morro nÂş 85, apto. 200, bloco 5, Bairro Vila da Serra, Nova Lima/MG, CEP 34.006-083; e (2) MAX AURELIO DE RESENDE COSTA, brasileiro, empresĂĄrio, divorciado, inscrito no CPF sob o nÂş 232.098.106-30, portador do documento de identidade nÂş M-514.862, expedido pela SSP/MG, com domicĂ­lio e residĂŞncia a RuaEngenheiroWalter Kurrle nÂş 15, apto. 201, Bairro Belvedere, Belo Horizonte/MG, CEP 30.320-700. Ăšnicos sĂłcios-quotistas da Sociedade MF ORGANIZAĂ‡ĂƒO E EVENTOS LTDA, resolvem celebrar a presente alteração do contrato social, mediante as clĂĄusulas e condiçþes seguintes: Primeira – Redução do Capital Social - Os sĂłcios, de comum acordo e obedecidas as disposiçþes legais pertinentes, resolvem reduzir o capital social da empresa considerando que “o capital social ĂŠ excessivo em relação ao objeto da sociedadeâ€?conforme balancete emitido em 08/07/2019 perĂ­odo de apuração 01/01/2019 a 30/06/2019, o valor de R$2.829.700,00 (dois milhĂľes, oitocentos e vinte e nove mil e setecentos reais) divido em quotas no valor de R$1,00 (um real) cada, foi reduzido para R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) dividido em 150.000 quotas no valor de R$1,00 (um real) cada, totalmente integralizado em moeda corrente do paĂ­s, sendo 75.000 (setenta e cinco mil) quotas no valor de R$75.000,00 (setenta e cinco mil reais) pertencentes ao sĂłcio FlĂĄvio Cioglia Dias Gontijo e 75.000 (setenta e cinco mil) quotas no valor de R$75.000,00 (setenta e cinco mil reais) pertencentes aos sĂłcio Max AurĂŠlio de Resende Costa. Segunda – AdmissĂŁo de SĂłcio - Fica admitido na sociedade neste ato GABRIEL FERREIRA PENTAGNA GUIMARĂƒES, brasileiro, solteiro, empresĂĄrio, residente nesta Capital/MG na Rua Lua nÂş 475 ap. 201, bairro Santa LĂşcia, CEP 30360-600, portador da carteira de identidade nÂş MG10.004.160, CPF nÂş 078.664.386-25, nascido aos 01/11/1985. ParĂĄgrafo Ăşnico: O sĂłcio Gabriel Ferreira Pentagna GuimarĂŁes declara que nĂŁo estĂĄ impedido de exercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistePD ÂżQDQFHLUR QDFLRQDO FRQWUD QRUPDV GH GHIHVD GD FRQFRUUrQFLD FRQWUD DV UHODo}HV GH FRQVXPR fĂŠ pĂşblica ou a propriedade. Terceira – CessĂŁo de quotas - Neste ato o sĂłcio MAX AURÉLIO DE RESENDE COSTA transfere 25.000 (vinte e cinco mil) de suas quotas ao sĂłcio Gabriel Ferreira Pentagna GuimarĂŁes pelo valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) que serĂŁo pagos Ă vista, e o sĂłcio FLĂ VIO CIOGLIA DIAS GONTIJO transfere 25.000 (vinte e cinco mil) de suas quotas ao sĂłcio Gabriel Ferreira Pentagna GuimarĂŁes pelo valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) que serĂŁo pagos Ă vista. Quarta – capital Social - Face a redução do capital e admissĂŁo de novo sĂłcio, o capital social passou a ser de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) dividido em quotas no valor de R$1,00 (um real) cada, subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, estandodistribuĂ­do aos sĂłcios como segue: NOME ............................................................................... NÂş DE QUOTAS

VALOR (R$)

FLAVIO CIOGLIA DIAS GONTIJO ...................................

50.000

50.000,00

MAX AURELIO DE RESENDE COSTA............................

50.000

50.000,00

GABRIEL FERREIRA P. GUIMARAES.............................

50.000

50.000,00

TOTAL ..............................................................................

150.000

150.000

A responsabilidade de cada sĂłcio ĂŠ restrita ao valor de suas quotas, mĂĄs todos respondem solidariamente pela integralização do capital. Quinta – Administração e prĂł-labore - A sociedade serĂĄ administrada pelos sĂłcios FlĂĄvio Cioglia Dias Gontijo, Max Aurelio de Resende Costa e Gabriel Ferreira Pentagna GuimarĂŁes, sempre em conjunto de 2 (dois) quaisquer deles, podendo o sĂłcio Max AurĂŠlio de Resende Costa assinar de forma isolada perante ĂłrgĂŁos pĂşblicos. Sexta – Retirada PrĂł-labore - Os sĂłcios nĂŁo farĂŁo retirada a tĂ­tulo de prĂł-labore. SĂŠtima – GestĂŁo - Conforme decisĂŁo dos sĂłcios a gestĂŁo das atividades da empresa obedecerĂĄ o contido no Regimento Interno, estabelecido entre os mesmos. Todas as demais clĂĄusulas e condiçþes estabelecidas no ato constitutivo da sociedade e demais alteraçþes, nĂŁo abrangidas pelo presente instrumento, permanecem em vigor. Belo Horizonte/MG, 30 de junho de 2019. Assinam digitalmente o presente ato que serĂĄ levado a registro na JUCEMG: FLAVIO CIOGLIA DIAS GONTIJO, MAX AURELIO DE RESENDE COSTA e GABRIEL FERREIRA PENTAGNA GUIMARĂƒES

PUBLICAĂ‡ĂƒO DE EDITAL EM JORNAL DE GRANDE CIRCULAĂ‡ĂƒO NO MUNICĂ?PIO (Lei Municipal n.Âş 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.Âş 39/02 e n.Âş 42/02) A Priscila Silva de Almeida Campos, responsĂĄvel pelo empreendimento denominado AÇAI PURO SABOR POLPA DE FRUTAS LTDA, com as atividades de comĂŠrcio varejista de produtos alimentĂ­cios em geral ou especializado em produtos alimentĂ­cios nĂŁo especificados anteriormente, fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes e comĂŠrcio atacadista de bebidas nĂŁo especificadas anteriormente localizado na Rua Biquinhas, 165, Betânia, CEP 30.580-400 torna pĂşblico que protocolizou requerimento de Licença de Operação Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

Posto Curva do Retiro Ltda, por determinação do Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, torna público que solicitou, por meio do Processo Administrativo nº 00708/2002, Licença Operação Corretiva, para atividade de posto revendedor de combustíveis, localizado à Rodovia BR 040, KM 548, n° 2000, bairro Jardim Canadå, Nova Lima/MG.

(GLWDO GH &LWDomR GH 6 )RUWH 5HSUHVHQWDo}HV GH 3HoDV $XWRPRWLYDV /WGD 0( QRPH IDQWDVLD (.,3620 &13- QD SHVVRD GH VHX UHSUHVHQWDQWH OHJDO /XL] )HUQDQGR 6LOYD &3) H 0DXUR &pVDU GH 2OL YHLUD &3) 3UD]R GLDV 2 'U (GXDUGR 9HORVR /DJR 00 -XL] GH 'LUHLWR QHVWH -Xt]R H 6HFUHWDULD QD IRUPD GD OHL HWF )D] VDEHU D WRGRV TXDQWRV YLUHP R SUHVHQWH HGLWDO RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH WUDPLWDP QHVWD 6HFUHWDULD RV DXWRV GR SURFHVVR Qž DomR 0RQLWyULD TXH %DQFR GR %UDVLO 6 $ PRYH FRQWUD 6 )RUWH 5HSUHVHQWDo}HV GH 3HoDV $XWRPRWLYDV /WGD 0( H RXWURV ( HVWDQGR RV UpXV 6 )RUWH 5HSUHVHQWDo}HV GH 3HoDV $XWRPRWLYDV /WGD 0( QRPH IDQWDVLD (.,3620 /XL] )HUQDQGR 6LOYD H 0DXUR &pVDU GH 2OLYHLUD DWXDOPHQWH HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR p R SUHVHQWH HGL WDO SDUD D FLWDomR GRV PHVPRV SDUD SDJDPHQWR GD GtYLGD DWXDOL]DGD QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV DFUHVFLGD GH KRQRUiULRV DGYRFDWtFLRV GH GR YDORU GD FDXVD KLSyWHVH HP TXH ILFDUi mR LVHQWR V GR SDJDPHQWR GH FXVWDV SURFHVVXDLV $GYLUWD VH TXH UHFRQKHFLGD D GtYLGD SRGHUi mR QR PHVPR SUD]R FRPSURYDU R GHSyVLWR GH GH VHX YDORU DWXDOL]DGR LQFOXVLYH FXVWDV H KRQRUiULRV GH H UHTXHUHU R SDUFHODPHQWR GR YDORU UHPDQHVFHQWH HP DWp VHLV SDUFHODV PHQVDLV DFUHVFLGDV GH FRUUHomR PRQHWiULD H MXURV GH DR PrV DUW † ž F F DUW GR 1&3& $GYLUWD VH DLQGD GH TXH SRGHUi mR TXHUHQGR RIHUWDU HPEDUJRV QR PHVPR SUD]R FRQWDGR QD IRUPD GR DUW ,9 GR 1&3& RV TXDLV VXVSHQGHUmR D HILFiFLD GD GHFLVmR SUR IHULGD QR FDSXW GR DUW DWp R MXOJDPHQWR GH SULPHLUR JUDX DUW † ž GR 1&3& VRE SHQD GH QRPHDomR GH FXUDGRU HVSHFLDO SDUD VH PDQLIHVWDU FRP OHJLWLPLGDGH SDUD RIHUWDU HYHQWXDLV HPEDUJRV $GYLUWD VH SRU ILP TXH QmR UHDOL]DGR R SDJDPHQWR H QmR DSUHVHQWDGRV HPEDUJRV FRQVWLWXLU VH i GH SOHQR GLUHLWR R WtWXOR H[HFXWLYR MXGLFLDO ( SDUD FRQKHFLPHQWR GH WRGRV H[SHGLX VH R SUHVHQWH TXH VHUi SXEOLFDGR H DIL[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH %HOR +RUL]RQWH GH GH]HPEUR GH .

Edital de Intimação. Sebastião de Barros Quintão, Oficial Efetivo do Cartório do 5º Ofício de Registro de Imóveis da comarca de Belo Horizonte, em cumprimento as atribuiçþes legais ao seu cargo, com fundamento no artigo 26 da lei 9514 de 20 de novembro de 1997, faz saber a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, conforme requerido pela Bradesco Administradora de Consórcios Ltda, inscrito no CNPJ-52.568.821/0001-22, credor do contrato nº 0119/213 em garantia por alienação fiduciåria, firmado em 16/02/2007 registrado neste serviço (Cartório do 5º oficio de Registro de Imóveis da Comarca de Belo Horizonte) sob o R.5 da matricula 93742, referente ao imóvel situado na Rua Usvaldo Peres de Paula, nº 401, Casa Geminada tipo E, Conj. Habitacional Vila Rica, Pampulha, Lote 01, quarteirão 01, com saldo de responsabilidade de V. Sa. Rodrigo Moreno de Almeida, CPF-030.713.846-10 e Gisele Ferreira Botelho de Almeida, CPF-051.219.016-07, venho intimar a V. Sa. para fins de cumprimento das obrigaçþes contratuais relativas ao saldo devedor do contrato em conformidade com a clåusula contratual que prevê as hipóteses de vencimento antecipado da dívida. Informo ainda que o valor da dívida sofrerå as atualizaçþes contratualmente avençadas atÊ a data do efetivo pagamento. O pagamento deverå ser feito junto a credora Bradesco Administradora de Consórcios Ltda, onde deverå efetuar a purga do dÊbito no prazo improrrogåvel de 15 dias, contados a partir desta data. Na oportunidade fica V.S.a cientificado (a) que o não cumprimento da referida obrigação no prazo ora estipulado, garante o direito de consolidação da propriedade do imóvel em favor do credor fiduciårio Bradesco Administradora de Consórcios Ltda nos termos do artigo 26 §7º da lei 9514 de 20/11/1997. Belo Horizonte, 10 de Julho de 2019.

COMUNICADO O empreendimento ESTAĂ‡ĂƒO 2.000 LTDA, representado pelo sĂłcio Marco AntĂ´nio de Matos, torna pĂşblico que irĂĄ protocolar na Secretaria Municipal de PolĂ­tica Urbana requerimento para anĂĄlise de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV do Empreendimento ESTAĂ‡ĂƒO 2.000 LTDA, CNPJ 03.254.682/0001-57, localizado Ă Rua Araguari, n° 600 – Barro Preto, CEP 30.190-114, BH/MG, em conformidade com a Lei n° 7.166/96 e com o Decreto n° 14.594/11.O referido EIV estĂĄ disponĂ­vel na Diretoria de AnĂĄlise de Licenciamento UrbanĂ­sticos Especiais – DALU, situada na Avenida Augusto de Lima, n° 30, 3° andar, Bairro Centro e pode ser consultado mediante agendamento.

SĂƒO JOAQUIM HOLDING E EMPREENDIMENTOS LTDA – CNPJ nÂş 17.345.711/0001-09 – NIRE 31200426473 – EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO – Ficam os sĂłcios da SĂŁo Joaquim Holding e Empreendimentos Ltda, sociedade empresĂĄria limitada, inscrita no CNPJ sob o nÂş 17.345.711/0001-09 (“Sociedadeâ€?), devidamente convocados para comparecer Ă reuniĂŁo de sĂłcios a realizar-se no dia 08 de agosto de 2019, Ă s 10:00hs, na sede da Sociedade, localizada na Rua Turim, nÂş 99 – sala 307, bairro Santa LĂşcia, na cidade de Belo Horizonte/MG, CEP FRP D Ă€QDOLGDGH GH GHOLEHUDU D UHVSHLWR GD VHJXLQWH RUGHP GR GLD D FRQVLJQDU R UHFHELPHQWR pela Sociedade, do pedido de renĂşncia do Sr. JosĂŠ Reis Cavalcante Morais ao cargo de Diretor Administrativo; b) aprovar a destituição da Sra. Jercineide Pires de Castro do cargo de Diretora Presidente; c) eleger o Sr. AndrĂŠ SimĂŁo Osorio de Barros para ocupar o cargo de Diretor Presidente da Sociedade; d) eleger o Sr. SebastiĂŁo Afonso de Figueiredo Santos, para ocupar o cargo de Diretor Administrativo da Sociedade; e) aprovar a PRGLĂ€FDomR GD &OiXVXOD 'pFLPD GR &RQWUDWR 6RFLDO SDUD SUHYHU D VXEVWLWXLomR QD 'LUHWRULD GD 6RFLHGDGH H I DSURYDU D FHOHEUDomR GD Â? DOWHUDomR FRQWUDWXDO GD 6RFLHGDGH SDUD LPSOHPHQWDU D PRGLĂ€FDomR QD 'LUHWRULD H na ClĂĄusula DĂŠcima, coma respectiva consolidação do Contrato Social. Todos os documentos relativos Ă ordem do dia encontram-se Ă disposição dos sĂłcios na sede da Sociedade. Rodrigo Werneck Gutierrez – SĂłcio. Henrique Werneck Gutierrez – SĂłcio. JosĂŠ Reis Cavalcante Morais – Diretor Administrativo.

NETIMĂ“VEIS HOLDING S/A Companhia Fechada CNPJ 08.311.749/0001-61 / NIRE 3130002362-1 COMUNICADO / ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA A NETIMĂ“VEIS HOLDING S/A, comunica que se encontram Ă disposição dos senhores acionistas os documentos referidos nos artigos 133 e 135 da Lei n. 6.404/1976, na sede da Companhia Ă Rua ParaĂ­ba, n. 1.332, bairro FuncionĂĄrios, em Belo Horizonte, Minas Gerais, correspondentes ao exercĂ­cio de 2017 e 2018. Belo Horizonte, 23 de julho de 2019 Ariano Cavalcanti de Paula Diretor Presidente

SĂ?DERO MINES MINERAĂ‡ĂƒO E PARTICIPAÇÕES S.A CNPJ/ME: 14.733.043/0001-90 NIRE: 31300098958 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Nos termos do Estatuto Social da Companhia, convocamos os acionistas da SĂ­dero Mines Mineração e Participaçþes S.A. para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria em sua sede social, Ă rua Sergipe, 1167, 15Âş andar, sala 1502A, bairro FuncionĂĄrios, em Belo Horizonte – MG, a se realizar, em primeira convocação, no dia GH DJRVWR GH jV KRUDV D ÂżP GH deliberarem acerca da seguinte ordem do dia: (i) eleição de membro da Diretoria a ser indicado pela acionista Neometal Mineração S.A., ante a renĂşncia do Diretor anteriormente indicado por esta acionista; e (ii) apreciar as medidas a serem tomadas pela acionista Neometal Mineração S.A. perante a AgĂŞncia Nacional de Mineração diante da existĂŞncia de prazo em curso para requerimento de ODYUD GR 3URFHVVR Qž R TXDO VH ÂżQGD em 08/08/2019, devendo tal acionista apresentar os documentos que serĂŁo apresentados Ă quele ĂłrgĂŁo. INSTRUÇÕES GERAIS: 1 – Para que os acionistas ou seus representantes legais sejam admitidos na Assembleia, deverĂŁo comparecer munidos dos seguintes documentos: (i) se pessoa fĂ­sica: Documento de Identidade e, se for o caso, instrumento de procuração; (ii) se pessoa jurĂ­dica: Estatuto ou Contrato Social, com Ata de eleição dos administradores e, em caso de ser representada por procurador, instrumento de procuração respectivo. Em ambos os casos, deverĂĄ ser apresentado o comprovante da qualidade de acionista da companhia mediante conferĂŞncia no Livro de Registro de Açþes no momento da Assembleia; 2 – Sempre que possĂ­vel e para uma melhor organização dos trabalhos, a Companhia solicita que os mandatos e demais documentos de representação na Assembleia, sejam depositados na sede da sociedade, atĂŠ Ă s 14 horas do dia anterior ao da realização da Assembleia. Belo Horizonte, 26 de julho de 2019. VinĂ­cius Gomes Almeida Diretor

TORC – TERRAPLENAGEM, OBRAS RODOVIĂ RIAS E CONSTRUÇÕES LTDA. CNPJ N° 17.216.052/0001-00 - NIRE 3120080681-1 ReuniĂŁo de SĂłcios - Edital de Convocação Ficam os sĂłcios da sociedade Torc – Terraplenagem, Obras RodoviĂĄrias e Construçþes Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunir em ReuniĂŁo de SĂłcios, a ser realizada no dia 06 de agosto de 2019, Ă s 10:00 horas, em primeira chamada, e Ă s 10:30 horas, em segunda chamada, na sede da Sociedade, na Rua MaranhĂŁo, nÂş 1.694, 12Âş andar, bairro FuncionĂĄrios, Belo +RUL]RQWH 0* D ÂżP GH GHOLEHUDU VREUH DV VHJXLQWHV matĂŠrias constantes da ordem do dia: (a) a participação da Sociedade em novas licitaçþes e concorrĂŞncias; e (b) a orientação de voto da Sociedade nas reuniĂľes de sĂłcios da SAAG – Sociedade de Armazenamento e Agricultura Ltda. e da SAAG Comercial Exportadora Ltda., convocadas para 06 de agosto de 2019. Todos os documentos relativos Ă ordem do dia se encontram disponĂ­veis na sede da Sociedade. Belo Horizonte/MG, 26 de julho de 2019. SĂ­lvia Vilela Miari Paulino.

ATIVAS PARTICIPAÇÕES S.A CNPJ/MF: 10.515.958/0001-79 AVISO AOS ACIONISTAS – Nos termos do Estatuto Social da Companhia, restam convocados os acionistas da Ativas Participaçþes S.A. para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria em sua sede social, Ă rua ParaĂ­ba, 1000 – sala 1.511, bairro FuncionĂĄrios, em Belo Horizonte – MG, a se realizar, em primeira convocação, no dia 09 de agosto 2019, Ă s 10:00 KRUDV D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH R VHJXLQWH WHPD Eleição de membros do Conselho de Administração. INSTRUÇÕES GERAIS: 1 – Para que os acionistas ou seus representantes legais sejam admitidos na Assembleia, deverĂŁo comparecer munidos dos seguintes documentos: (i) se pessoa fĂ­sica: Documento de Identidade e, se for o caso, instrumento de procuração; (ii) se pessoa jurĂ­dica: Estatuto ou Contrato Social, com Ata de eleição dos administradores e, em caso de ser representada por procurador, instrumento de procuração respectivo. Em ambos os casos, deverĂĄ ser apresentado o comprovante da qualidade de acionista da companhia mediante conferĂŞncia no Livro de Registro de Açþes no momento da Assembleia; 2 – Sempre que possĂ­vel e para uma melhor organização dos trabalhos, a Companhia solicita que os mandatos e demais documentos de representação na Assembleia, sejam encaminhados Ă Assessoria JurĂ­dica da companhia por fax (31) 32642400 ou e-mail (intimacoes@gvmadvogados.com.br), ou depositados na sociedade, na Rua ParaĂ­ba, no 1.000, 15o andar, sala 1.511, Bairro FuncionĂĄrios, CEP 30.130141, Belo Horizonte/MG, setor Assessoria JurĂ­dica, atĂŠ Ă s 14 horas do dia anterior ao da realização da Assembleia. Belo Horizonte, 29 de julho de 2019. Geraldo Vilela de Faria - Diretor

INSTITUTO DE PREVIDĂŠNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG Aviso de Abertura de Licitação PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 2012008.011/2019. Objeto: aquisição de materiais mĂŠdico-hospitalares do tipo Materiais de Apoio, para assistĂŞncia Ă saĂşde de beneficiĂĄrios do Hospital Governador Israel Pinheiro do IPSEMG, mediante fornecimento parcelado, pelo perĂ­odo de 12 (doze) meses. Data da sessĂŁo pĂşblica: 13/08/2019, Ă s 08h00m (oito horas), horĂĄrio de BrasĂ­lia - DF, no sĂ­tio eletrĂ´nico www.compras.mg.gov.br. O cadastramento de propostas inicia-se no momento em que for publicado o Edital no Portal de Compras do Estado de Minas Gerais e encerra-se, automaticamente, na data e hora marcadas para realização da sessĂŁo do pregĂŁo. O Edital poderĂĄ ser obtido nos sites www.compras.mg.gov.br ou www.ipsemg.mg.gov.br. Belo Horizonte, 30 de julho de 2019. Marci Moratti Cardoso Anselmo – Gerente de Compras e GestĂŁo de Contratos do IPSEMG.


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ENGENHARIA HOJE RODOVIAS

Audiência pública discute em Belo Horizonte concessão das BRs 381 e 262 As BRs 381 e 262 são muito conhecidas dos mineiros. Entre São Paulo e Belo Horizonte, a BR-381 é em pista dupla, com poucos acidentes e congestionamentos. Porém, quando segue em direção a Governador Valadares, na região Leste do Estado, a BR-381 passa a ser conhecida como a “Rodovia da Morte”. O trecho está sendo duplicado há cinco anos, mas as obras andam a passos de tartaruga. A BR-262, que corta o Estado ao meio no sentido leste-oeste, é famosa por ser a rodovia que leva os mineiros para a praia. No trecho que vai do Triângulo a Belo Horizonte, uma parte do trajeto já é em pista dupla. Mas, de Belo Horizonte até Vitória, é em pista simples. Pior: por cerca de 60 quilômetros, a BR-262 divide o mesmo trajeto com a Rodovia da Morte. Porém, essa situação tende a mudar com a publicação, no último dia 17, do edital para a concessão das duas rodovias, em sua porção leste, à iniciativa privada. Nesta sexta-feira (2), em Belo Horizonte, será realizada a segunda das quatro audiências públicas previstas antes do leilão de concessão, que deverá acontecer no terceiro trimestre do ano que vem, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão federal que está coordenando o processo de concessão das duas rodovias. O contrato é válido por 30 anos. O edital prevê que, no prazo máximo de 20 anos, as duas rodovias estarão duplicadas. Atualmente, a BR-381 está com obras de duplicação em dois trechos. São os lotes 3.1 e 7. O lote 3.1 é um trecho de 28,6 quilômetros entre Jaguaraçu de Minas e Antônio Dias. De acordo com informação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), 63% da obra já está concluída. O lote 7 corresponde a um trecho de 37,5 quilômetros entre o trevo de Caeté e o rio Uma, próximo da entrada para Barão de Cocais. De acordo com o Dnit, neste lote, 77% da obra já está pronta. Fracasso – Hoje, dos 11 lotes que compõem a duplicação da BR-381, somente esses dois estão com obras em andamento. Nos demais, as licitações fracassaram. Houve casos em que a empreiteira vencedora assumiu, mas desistiu da obra, e outros para os quais a licitação nem foi aberta, como para o trecho que vai do Anel Rodoviário de Belo Horizonte ao trevo de Caeté. A previsão é de que nos dois trechos com obras em andamento, os trabalhos sejam encerrados antes da assinatura do contrato de concessão. Nos demais lotes,

a duplicação já seria conduzida pela empresa vencedora do leilão, conforme informou a ANTT. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada em 12 de maio de 2014 pela então presidente Dilma Rousseff. Porém, somente no último dia 20 de julho, foram entregues os primeiros quilômetros duplicados, um trecho de apenas 15 quilômetros do lote 3.1, correspondente a somente 5,6% dos 267 quilômetros previstos para serem duplicados. Na prática, até então, foram três quilômetros concluídos, em média, por ano. Se forem considerados os 37,5 quilômetros do lote 7 previstos para serem entregues em abril do próximo ano, mais o restante que falta do lote 3.1, o total duplicado subirá para 66,1 quilômetros (24,7% do total), o que daria uma média de 13,2 quilômetros duplicados por ano. Perto da capacidade técnica e operacional da engenharia brasileira, trata-se de um resultado final ruim, que a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) atribui à falta de pressão política para que fossem liberados os recursos necessários à realização da obra. “Não é um problema da engenharia”, afirma o presidente da SME, Ronaldo Gusmão. Para ele, a BR-381 é a repetição de situações semelhantes ocorridas quando o governo do Estado era de um partido e o governo federal de outro, e mesmo quando o mesmo partido estava presente nas duas instâncias de poder, como no governo Dilma, que tinha Fernando Pimentel à frente do Estado. Em todas essas situações, faltou, segundo Ronaldo Gusmão, pressão política de deputados e senadores para viabilizar os recursos a fim de que o cronograma da obra fosse cumprido. Otimismo – A despeito de tudo isso, Ronaldo Gusmão afirma estar otimista em relação ao cenário que se avizinha com a futura concessão das duas rodovias. O otimismo se deve ao fato de que, com a concessão, a duplicação ficaria, pelo menos em tese, livre do jogo político e poderia se dar em prazo mais curto e condizente com a capacidade operacional da engenharia nacional, já que a contratação das empreiteiras ficaria livre das amarras impostas pela legislação brasileira. “Será um grande avanço”, destaca o presidente da SME, que, recentemente, realizou evento em que discutiu os entraves na área da infraestrutura de transportes, particularmente a situação da BR-381. O edital de concessão prevê que as duas rodovias estarão

DNIT / DIVULGAÇÃO

Próximo do município de Caeté, duplicação da BR-381 avança, mas, na quase totalidade da rodovia, praticamente não há sinal de obras: nove dos 11 lotes continuam parados duplicadas no prazo máximo de 20 anos. O aumento da capacidade de tráfego ocorreria de forma mais rápida na BR-381 e mais lenta na BR-262. Na BR-381, dos 24 lotes, em apenas cinco, localizados próximo de Governador Valadares, a duplicação ocorreria entre o 15º e o 20º ano do contrato de concessão. Nos demais, o aumento da capacidade de tráfego deverá ocorrer entre o 3º e o 8º ano do contrato, incluindo o trecho entre o Anel Rodoviário de Belo Horizonte e o trevo de Caeté. Ali, a duplicação seria em três pistas em cada sentido, devido ao elevado número

de veículos que passam por ali. No caso da BR-262, a duplicação até o oitavo ano da concessão ocorreria somente em um trecho de 37,9 quilômetros da Região Metropolitana de Vitória. No restante da rodovia, até seu entroncamento com a BR-381, na região Central de Minas, a BR-262 correria toda em pista simples pelo menos até o 15º ano da concessão. A partir daí, até o 20º ano, passaria a valer a obrigatoriedade da duplicação. Para discutir o edital, serão realizadas quatro audiências públicas. A primeira será em Governador Valadares, amanhã

(1º). A segunda será no Hotel Boulevard Plaza (avenida Getúlio Vargas, 1.640, Savassi), em Belo Horizonte, de 13h as 17h30, nesta sexta-feira. As duas outras audiências públicas serão em Vitória, em 7 de agosto, e em Brasília, em 8 de agosto. Em seguida, todas as sugestões recebidas pela internet e nas audiências públicas presenciais serão analisadas pela ANTT. As que forem consideradas pertinentes serão incorporadas ao texto final do edital de concessão, que, de acordo com a agência, deverá ser publicado no segundo semestre do ano que vem.

Edital do governo contém inovações Para o engenheiro Danilo Prado, presidente da Comissão de Construção Pesada da SME, o edital de concessão contém inovações, como a combinação entre menor tarifa e maior valor a ser pago pela outorga e o valor diferenciado do pedágio, dependendo da pista estar ou não duplicada. O edital também prevê mecanismos para facilitar ao concessionário a busca de recursos junto a agentes financeiros internacionais, para facilitar a implementação das obras previstas e o estabelecimento de revisões do contrato a cada cinco anos, garantindo-se a discussão com a sociedade dos benefícios e custos de investimentos não previstos originariamente. Danilo Prado aponta também, entre as novidades, o fim da exigência de que o concessionário seja uma empresa com experiência no setor de construção de rodovias. Para ele, a medida é importante porque elimina a barreira de entra-

da a novos atores, permitindo que saiam vencedoras do leilão empresas capazes de operar os serviços mesmo que não sejam construtoras. A medida gera polêmica. Para o Movimento Nova 381, o fim da restrição pode ser um problema, porque em situações anteriores, empresas que não tinham experiência na área acabaram desistindo da concessão e criando um problema para a operação da rodovia. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), Emir Cadar Filho, defende o contrário: que, na escolha da concessionária, as regras sejam afrouxadas, de forma a permitir a participação de empresas que não necessariamente sejam da área de construção, mas comprovem capacidade de gestão. “Senão, só quem já tem concessão é que vai poder participar”, afirma Emir Cadar Filho. Porém, para as obras rodoviárias, como as de duplicação,

ele continua defendendo que somente construtoras com experiência nesse tipo de trabalho possam executá-las. “Na parte de obras, é o inverso”, afirma o presidente do Sicepot-MG, que se diz otimista em relação ao avançar do processo. Para ele, o modelo atual, da duplicação com recursos públicos, está comprovado que não deu certo. “Vamos tentar um modelo novo, com capital privado e com a regra bem colocada de que o concessionário tem que investir primeiro para colher depois”. Esta é também a posição da SME. Para a entidade, no atual momento do País, a concessão é a melhor alternativa para viabilizar a duplicação e garantir uma prestação de serviço capaz de atender à demanda dos trechos. “Vamos manter o monitoramento e garantir que a engenharia, a segurança e a população estejam sempre à frente do processo”, afirma Danilo Prado.

IDEIAS

Hélice tríplice para o desenvolvimento EDUARDO GOMES BRAGA JÚNIOR *

Hoje as universidades, principalmente as públicas, são as grandes geradoras de novas patentes no Brasil. Em 2017, dos dez maiores depositantes de patentes no Brasil, apenas um não era uma universidade. Essas nove universidades, que estão em primeiro lugar, geraram juntas, em 2017, 481 pedidos de patentes. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aparece em terceiro lugar nesta tabela, atrás da Universidade Estadual de Campinas e da Universidade Federal de Campina Grande. São 69 pedidos de novas patentes gerados pela UFMG. Todo este poder de geração de

inovação demonstrado pelas universidades possui um problema, que é a distância que uma pesquisa desenvolvida no meio acadêmico tem da sociedade. Além de servir como ponto de partida para novas pesquisas, uma patente deve produzir benefícios para toda a sociedade através do desenvolvimento tecnológico, o que não ocorre. Convivemos, também, com a incapacidade de o Estado gerar um desenvolvimento rápido. Para suprir a necessidade de beneficiar a sociedade com inovações tecnológicas, surge a ideia da Hélice Tríplice. Ela une o governo, a iniciativa privada – união que já existe nas PPPs (parcerias público-privadas) e um terceiro ator, que são as universidades, que

trazem consigo inovações, pesquisas e um conceito de desenvolvimento sustentável. Cada pá dessa hélice tem uma função importante para o seu bom desempenho. O Governo, que é a primeira pá, tem a responsabilidade de negociar e pactuar compromissos com os diversos atores necessários para atender às demandas da sociedade. O Estado ainda deve cuidar para que os resultados alcançados sejam satisfatórios. A segunda pá é o próprio modelo das PPPs. Esta pá, que foi instituída no Brasil em 2004, no governo Lula, tem como objetivo aumentar a eficácia dos serviços públicos. Sua importância é dada pela necessidade crescente de investimentos em infraestrutura.

A terceira pá, que são as universidades, possui alta relevância nos processos de inovação. Não podemos esquecer que estamos em uma economia altamente globalizada, em que a inovação é indispensável para que qualquer empresa se mantenha competitiva. Percebe-se que a união do Governo, Empresa e Universidade é a base para o crescimento sustentável, aproximando desses atores a população do País, com muita tecnologia embarcada. Este é o valor da Hélice Tríplice. *Engenheiro, membro da Comissão de Inovação da SME e sócio-proprietário da Zagaia Marketing Inteligente.

SME / DIVULGAÇÃO


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LEGISLAÇÃO CRÉDITO

Regras do cadastro positivo são concluídas CMN e BC regulamentam os critérios e as condições para registro de gestores de bancos de dados Brasília - O governo concluiu na última segunda-feira a regulamentação necessária para a implementação do cadastro positivo no País, informou o Banco Central, acrescentando que a expectativa é que a plena efetividade da medida ajude a diminuir a assimetria de informações no mercado de crédito e o sobre-endividamento, com possível redução nas taxas de juros cobradas. Com o novo modelo de operação do cadastro, a formação do histórico de crédito passa a abarcar todas as informações do sistema financeiro e também dados sobre adimplência no pagamento de serviços públicos, como luz e água. Os usuários que não quiserem que seus dados sejam utilizados precisarão solicitar sua saída. Pelo desenho antigo, o consentimento expresso era necessário para ingresso dos dados nos sistemas dos chamados bureaus de crédito - empresas como Serasa Experian, Boa Vista SCPC e SPC Brasil - o que reduzia a efetividade do cadastro. Segundo o chefe do De-

partamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, João André Calvino, o universo de pessoas abarcadas pelo cadastro passará de atuais 10 milhões de “para 70, 80, 90 milhões de pessoas” uma vez que a nova sistemática esteja plenamente em vigor. Questionado sobre um prazo viável para esse processo, Calvino pontuou que, a princípio, isso ocorrerá tão logo os bureaus de crédito consigam operacionalizar as novidades. “Se já há canal dos bancos com os bureaus, a partir do registro desse bureaus no Banco Central essas informações já podem ser passadas”, estimou. Em decisão na última segunda-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o BC regulamentaram os critérios e condições para registro, junto ao BC, de gestores de bancos de dados que queiram receber informações de instituições financeiras para formação do cadastro positivo. Esses gestores terão que cumprir requerimentos mínimos já previstos no decreto sobre a criação do cadastro. O

REUTERS / UESLEI MARCELINO

O BC prevê uma redução de juros com o cadastro positivo

BC poderá cancelar o registro em caso de não cumprimento. Na prática, os bureaus de crédito vão apresentar a documentação pertintente ao BC, receber o registro requerido e, a partir daí, poderão coletar informações do sistema financeiro como um todo, fazendo o posterior tratamento dessas informações para criação das notas de crédito, que poderão ser usadas pelos bancos na concessão de financiamentos. De acordo com Calvino, as novidades trazidas pelo CMN na segunda-feira dizem

JUSTIÇA

Acordo de R$ 65 milhões encerra ação trabalhista contra a ArcelorMittal O juiz da 5ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, Tarcísio Correa de Brito, homologou, na última segunda-feira, um acordo de R$ 65 milhões entre a ArcelorMittal Brasil S/A e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria Metalúrgicas, Autopeças, Fundição, de Reparação de Veículos e Acessórios de Juiz de Fora e Região. O acordo faz parte de processo judicial trabalhista movido, desde 2006, pelo Sindicato contra a siderúrgica, em função de condições de trabalho insalubres e perigosas e não pagamento dos adicionais correlatos para empregados das áreas de manutenção e produção. Pelo acordo, a empresa terá que pagar a 620 empregados o total de R$ 65.223.689,80 referente ao período de 2001 a 2019. O pagamento será dividido em 13 parcelas; sendo a primeira quitada no dia 10 de setembro de 2019. Do total de

beneficiados, 140 ainda trabalham na empresa e já estão com os adicionais incorporados em folha de pagamento desde março de 2019. Na ação judicial, o sindicato alegou que os trabalhadores estavam expostos a agentes químicos, biológicos e físicos, como calor, poeiras minerais, ruídos, além dos limites permitidos de tolerância pertinentes. E ainda a situação de periculosidade com risco elétrico e radiação ionizante. Segundo a entidade, não havia equipamentos coletivos ou individuais capazes de eliminar as condições nocivas. As irregularidades foram confirmadas por um amplo trabalho de perícia especializada em engenharia de segurança do trabalho. Assim, com base nas provas técnicas, a juíza da 5ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, Maria Raquel Ferraz Zagari Valentim, condenou a empresa

ao pagamento do adicional de insalubridade em grau mínimo, médio e máximo aos empregados destacados nominalmente na ação e substituídos pelo sindicato. Também foi reconhecido na sentença o direito ao adicional de periculosidade, já que a empresa pagava a parcela proporcional ao tempo de exposição ao risco, o que é vedado por Súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A ArcelorMittal recorreu da sentença e a então Turma Recursal de Juiz de Fora decidiu, em junho de 2014, excluir da condenação apenas o adicional de insalubridade por ruído. Desde a liquidação da sentença, com apuração dos valores por meio de perícia judicial, as partes iniciaram negociação, que resultou agora no acordo homologado. (Com informações do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região)

respeito ao estabelecimento de verificação da capacitação técnica e da reputação ilibada do diretor responsável pela gestão do banco de dados e do diretor responsável pela política de segurança da informação, num processo análogo ao que o BC requer para cargos no sistema financeiro.

“Agora a gente fecha o pacote (para operação do cadastro positivo)”, afirmou Calvino. “Expectativa é que a coisa comece a rodar, comece a funcionar para em breve termos os efeitos”, completou. Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, publicado no último dia 25, listava mais critérios para a formalização das empresas de coleta de informações e os bancos de dados. Além de terem de cumprir padrões de segurança, de proteção das informações, eles precisam ter patrimônio líquido de pelo menos R$ 100 milhões e terem diretores separados para a gestão dos cadastros e para a segurança da informação. O decreto também detalhou os procedimentos a serem seguidos no caso de vazamento de dados. Caso as informações vazadas tratem do sistema financeiro, o Banco Central deverá ser comunicado. Se dados de consumidores forem

divulgados indevidamente, a apuração caberá à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. Caso os vazamentos digam respeito a dados de pessoas físicas não relacionados ao consumo, a recém-criadaAutoridade Nacional de Proteção de Dados deverá ser avisada. Crédito rural - O CMN também simplificou o processo de comunicação de indícios de irregularidades penais ou fiscais nas operações de crédito rural. Até agora, caso o banco detectasse alguma suspeita, deveria comunicar ao Banco Central, que repassaria as informações aos órgãos competentes. Agora, os dados poderão ser enviados diretamente ao Ministério Público, no caso de delitos ou crimes penais, e à Receita Federal, no caso de problemas fiscais, como suspeita de sonegação. (Reuters/ ABr)

PLANOS ECONÔMICOS

Ressarcimento de perda da poupança não chegou ainda a 79% dos inscritos Faltando pouco mais de oito meses para o prazo final de pagamento formalizado no acordo de planos econômicos, os bancos ainda deixam 79% dos consumidores inscritos sem receberem sua indenização. O acordo foi homologado em maio de 2018 e tem como objetivo a resolução dos processos sobre as perdas no rendimento das cadernetas de poupança entre os anos de 1987 e 1991. Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Safra têm percentual abaixo de 10% nos pagamentos efetivos aos associados do Idec. Até o momento, o Itaú depositou valores de 35%, o que representa o maior número de ressarcimentos por banco, seguido da Caixa Econômica Federal, com 29% dos valores depositados. “Num momento em que tanto se fala sobre impulsionar a economia do país, seria muito importante efetivar os pagamentos desse acordo e finalizar, de uma vez por todas, a dívida com os consumidores para que desfrutem do dinheiro que é seu por direito”, ressalta o advogado do Instituto de

Defesa do Consumidor (Idec), Walter Moura. O Idec acompanha e tem cobrado os bancos para a realização dos pagamentos aos seus poupadores associados. Para transparecer a dificuldade e resistência de alguns bancos em cumprir diversos pontos acertados em reuniões, o Instituto preparou um ranking sobre o andamento das negociações e pagamento do acordo. O acordo prevê o ressarcimento a todos os poupadores, independentemente de vínculo com as associações signatárias, prejudicados pelos Plano Bresser, Verão ou Collor II que ingressaram na Justiça com ações individuais ou que executaram sentenças de ações civis públicas ou coletivas dentro dos prazos legais Crédito - O Idec notificou no último dia 19 os birôs de crédito Boa Vista SCPC, Quod, Serasa Experian e SPC Brasil, além da Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC), solicitando informações sobre a natureza dos dados coletados e das fontes que originam a produção do score do consumidor no

novo cadastro positivo. Em todo o processo de tramitação da reforma do cadastro positivo, a entidade se manifestou de forma crítica. Pela nova lei, a inclusão de todos os consumidores em um banco de dados administrado pelos birôs passa a ser automática, não dependendo mais da autorização prévia do cidadão. “Precisamos ter certeza de que os chamados ‘dados sensíveis’ - como orientação sexual, convicções políticas ou religiosas, entre outras não façam parte do escopo de informações diretamente ligadas à avaliação da capacidade de pagamento do consumidor. Dessa forma, podemos garantir um sistema justo e reduzir seu potencial discriminatório”, ressalta o coordenador do programa de Direitos Digitais do Idec, Diogo Moyses. No documento, a entidade solicita esclarecimentos sobre quais, de fato, são as fontes de dados para a composição do score do consumidor e quais informações dos cidadãos serão utilizadas, entre outros questionamentos. (Da Redação)

CASO MORO

Suspeitos de invasão de celulares continuam presos Brasília - O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, manteve presos os quatro suspeitos de invadir os celulares do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, entre outras autoridades. Durante a audiência de custódia ocorrida ontem, após ouvir relatos de abusos e maus-tratos de policiais contra os suspeitos Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira, o juiz determinou que Suelen deixe a Penitenciária Feminina do Distrito Federal e seja encaminhada à sede da Polícia Federal no aeroporto de Brasília. Os outros dois presos – Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto – não relataram problemas desse tipo. As audiências de custódia são feitas com o intuito de verificar se os presos estão em condições adequadas e se seus direitos têm sido respeitados

tanto nos estabelecimentos prisionais como em seus deslocamentos. Segundo o advogado de defesa de Gustavo e Suelen, Ariosvaldo Moreira, a expectativa é de que ambos sejam libertados até amanhã, uma vez que Walter Delgatti Neto confessou ser o responsável pelo acesso aos celulares das autoridades. O mesmo deverá ocorrer com Danilo Cristiano Marques, que também alega não ter participação na invasão dos celulares. Tanto Gustavo como Suelen se disseram constrangidos em diversos momentos pelos policiais federais desde que a PF entrou na residência do casal. “Eu estava dormindo pelado e eles não deixaram, de jeito nenhum, eu colocar a roupa. Pedi para colocar cueca e não me deixaram. Fui, inclusive, constrangido a ficar nu em frente a uma policial federal por cerca de 10 minutos. Pedi

então, por diversas vezes, que queria ligar para meu advogado, para sabre o que estava acontecendo. Eu disse que eles estavam confundindo. Não deixaram eu falar com ninguém”, disse Gustavo Henrique Elias Santos, primeiro suspeito a depor. Segundo Gustavo, foram praticadas agressões verbais diversas vezes, desde a entrada dos policiais em sua residência, localizada em Araraquara (SP). “Desde o começo eu colaborei (com os policiais), mas fui bastante agredido verbalmente. Me chamavam de hacker; de bandido... diziam a todo momento ‘tá preso, perdeu’. Até então não sabia o que estava acontecendo. No aeroporto também fui tratado como verdadeiro bandido pela polícia”, disse. As ofensas continuavam após a chegada na PF. “Ouvi muita piadinha dizendo que eu ia invadir [os celulares dos

policiais] e que, por isso, eu não podia olhar para o nome deles (escrito na farda). Realmente achei tudo isso muito desnecessário”, acrescentou Gustavo. Abusos - Namorada de Gustavo, a suspeita Suelen Priscila de Oliveira disse também ter sido alvo de maus-tratos e de abusos. Chorando ao longo de boa parte do depoimento, ela disse que, além de ofendê-la, os policiais não a teriam deixado beber água, nem ir ao banheiro ou tomar banho. “Passei frio durante toda a noite porque eles me deram apenas um travesseiro e uma toalha. Não deram absorvente nem papel higiênico. Prefiro morrer do que voltar para lá. Fui humilhada, mal tratada, e não pude beber água”, disse ela em meio a queixas sobre “piadinhas” e xingamento feitos pelos policiais federais. “Tive de tomar água do chu-

veiro, só quando já estava na penitenciária”, afirmou. Diante do relato, a defesa de Suelen conseguiu convencer o juiz a transferi-la à sede da PF no aeroporto internacional de Brasília. “O magistrado determinou que imediatamente Suellen saia do presídio onde se encontra e volte para a sede da PF no aeroporto. Ela a todo momento dizia estar sendo mal tratada desde São Paulo. Acredito que vindo à imprensa essa situação não mais ocorra”, disse Ariosvaldo Moreira. Danilo disse que não tinha a menor ideia do que estava acontecendo, no momento em que os policiais chegaram para prendê-lo. Ele encontrava-se em um curso de primeiros socorros, em uma empresa na qual pretendia trabalhar. “Eles me pegaram e me algemaram. Na hora achei que era brincadeira, porque o policial disse ‘perdeu… é a PF’. Isso

pegou mal para mim. Não esperava isso”, disse. “Só na oitiva é que eu fiquei a par do que se tratava”. Walter Delgatti Neto também não reclamou do tratamento dado pelos policiais. “Não sofri agressão física nem psicológica”. Ele acrescentou que em nenhum momento lhe foi negada a possibilidade de ligar para o advogado. Ao fim dos depoimentos, o juiz Vallisney acatou o pedido dos advogados de defesa, para que tenham acesso ao conteúdo dos depoimentos já prestados, bem como o direito a um banho de sol por dia, algo que, segundo os investigados, não vinha sendo permitido. Diante das declarações de Gustavo e Suelen na oitiva, a Justiça Federal e o Ministério Público Federal pretende averiguar o ocorrido junto à Polícia Federal. A PF informou que não se manifestará sobre o tema. (ABr)


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

CAFEICULTURA

Prejuízos com geadas devem alcançar safra 2020 Lavouras em Minas foram atingidas por evento meteorológico no início do mês, penalizando ainda mais o produtor PAULO WHITAKER/REUTERS

MICHELLE VALVERDE

As geadas que atingiram os cafezais em Minas Gerais, no início de julho, causaram prejuízos diversos que também serão sentidos na safra 2020. Ainda não é possível calcular o valor dos danos, porém, os grãos que ainda não haviam sido colhidos tiveram a qualidade prejudicada e o comprometimento da capacidade produtiva das plantas deve impactar de forma negativa a safra 2020. Para o período atual, que já era de baixa produção devido à bienalidade negativa da cultura, existe grande chance da quebra de safra ser maior que os 20% estimados inicialmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O efeito de mais uma intempérie climática sobre a produção de café de Minas Gerais compromete ainda mais a renda do produtor. Hoje, a saca de 60 quilos é vendida em torno de R$ 400 e os custos de produção estão próximos a R$ 500. De acordo com o engenheiro agrônomo Guy Carvalho Ribeiro Filho, a geada foi mais um fenômeno negativo para a cultura do café em 2019. “Tivemos um mês de janeiro muito quente e com chuvas irregulares; neste período faltou água para

Atualmente, os custos de produção dos cafeicultores estão próximos de R$ 500 por saca de 60 quilos, bem acima do preço de venda ao mercado, de R$ 400

as plantas. Já em fevereiro, tivemos um mês extremamente chuvoso e o excesso de água também prejudica as plantas. Somando a isso, em julho, tivemos frio intenso e geadas que queimaram as lavouras localizadas em áreas de pouco escoamento de ar e menor altitude. Havia muitos anos que esse tipo de geada não atingia as regiões e, devido a isso, muitos produtores investiram no plantio do cafezal nessas áreas”, explicou.

Ainda segundo Ribeiro Filho, a soma de problemas prejudicou as lavouras, que, com o avanço da colheita, vêm mostrando reações como a desfolha muito intensa, o que mostra que o potencial produtivo para a safra 2020 pode ser reduzido. “Este ano, o relato dos cafeicultores são de problemas como o menor rendimento da safra. A peneira está menor, o que afeta a qualidade do grão e, consequentemente, a renda do produtor”, disse.

Regiões impactadas - As lavouras de café mais afetadas pela geada estão localizadas, principalmente, no Sul de Minas Gerais, que é a maior região produtora do Estado. Dentre os municípios, os mais atingidos foram Nova Resende, São Pedro da União, Conceição Aparecida e Bom Jesus. Também foram afetadas, porém com menor intensidade, as lavouras de Cabo Verde, Poços de Caldas e Guaxupé. Os produtores, para ten-

tar minimizar os efeitos negativos da geada, precisam tomar alguns cuidados com as lavouras. De acordo com Ribeiro Filho, o ideal é que, nos primeiros 30 a 40 dias após as geadas, não seja feito nada nas lavouras. Este período é essencial para esperar a reação da planta. Após o intervalo, é importante chamar um técnico, que irá avaliar as condições e definir se existe a necessidade de poda ou não. “Se parte do arbusto ficou comprometida, será neces-

sário fazer a poda para a planta regenerar. Se a poda for drástica, o cafeeiro não terá condição de produzir na safra que vem. De toda forma, mesmo nas áreas atingidas de forma mais leve, haverá o comprometimento do potencial produtivo para a próxima safra. Existe todo um pacote tecnológico que o cafeicultor pode adotar para tentar reduzir as perdas e permitir a recuperação, cuidando da nutrição e da sanidade das plantas”, disse Ribeiro Filho.

Produtor aguarda para recuperar cafezal

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Venerando Carvalho Resende foi um dos cafeicultores que teve as lavouras atingidas pela geada. Com produção localizada no município de Conceição Aparecida, no Sul de Minas Gerais, o produtor aguarda o período de 30 a 40 dias necessário para a reação das plantas para avaliar e tomar as primeiras providências para recuperar o cafezal. “Fomos muito penalizados pela geada e estamos aguardando para

ver qual será a reação das plantas. Fora o problema da geada, as lavouras continuam sendo prejudicadas pelo frio. É uma situação muito difícil”, afirmou Resende. Ainda segundo ele, a geada veio agravar ainda mais o cenário. A safra atual, que já seria menor, foi ainda mais prejudicada pelo clima e pela queda dos grãos. A área afetada pela geada tem alta tecnologia implantada e é composta por plantios com idades

de 4 anos, 3 anos e 1 ano. Em algumas delas, parte da colheita já havia sido feita. “Vamos fazer o repasse da máquina para tentando pegar o café que ficou no chão. Essa é uma safra para esquecer. Além disso, os preços do café estão ruins e não cobrem os custos. Com a queda do café, perdemos qualidade e a produção de cafés especiais também foi prejudicada. Ainda enfrentamos o clima seco e frio, que continua prejudicando o cafezal”, disse. (MV)

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A geada que atingiu os cafezais em Minas Gerais veio agravar ainda mais a situação financeira dos cafeicultores. Para amenizar os problemas e dar novo fôlego aos produtores, representantes do setor estão em negociações com o governo federal para a criação de medidas que sejam realmente efetivas para o setor. Porém, a demora nas decisões é um desafio a ser superado. As negociações foram iniciadas há alguns meses, tendo como base os problemas já enfrentados pelo setor e que agora foram agravados e precisam de ações rápidas. Um dos principais desafios são os preços baixos pagos pelo café. Hoje, a saca de 60 quilos é vendida em torno de R$ 400, enquanto os custos de produção do mesmo volume estão em cerca de R$ 500. Mesmo com as negociações em curso há meses, o governo federal ainda não deu respostas ao setor. Para o vice-presidente de finanças da Federação

da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das comissões de cafeicultura da Faemg e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, o momento para se fazer alguma coisa é agora. “Três meses antes do início da colheita, já estávamos trabalhando em busca de um mecanismo que garanta renda para o produtor e discutindo o assunto junto ao governo federal. Com a geada e o clima desfavorável, essa negociação se torna ainda mais importante. Precisamos de soluções para que o produtor possa diminuir a dificuldade que vem enfrentando. Já colhemos cerca de 80% da safra e os preços continuam abaixo do custo. Estaremos, no dia 5 de agosto, em Brasília, discutindo com o governo para que sejam implementadas políticas que consigam equilibrar essa bagunça que virou o mercado do café”, disse Mesquita. Dentre os assuntos dis-

cutidos está a possibilidade de uma linha de crédito que permita ao cafeicultor um prazo de dois anos a três anos de carência, para conseguir continuar a produzir. Ainda segundo Mesquita, com a geada e a manutenção do frio nas áreas produtoras, há possibilidade de que a quebra de 20% prevista inicialmente na safra de Minas Gerais deve ser superada, com o comprometimento de um volume maior e impactos negativos na safra 2020. “A queda maior na safra já é uma coisa que aconteceu e vamos precisar de algum tempo para quantificar. Muitos produtores de regiões diferentes estão relatando perdas superiores a 20% frente ao ano passado. É uma situação que nos preocupa muito. Com o advento das geadas e dos demais problemas climáticos, haverá consequências negativas na safra 2020. Aquilo que estávamos esperando, uma safra muito boa em 2020, é provável que não aconteça”. (MV)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

ESPECIAL ENERGIA E ABASTECIMENTO

Acesso a serviços básicos ainda é desafio Diálogos DC apresenta problemas e soluções encontradas em Minas Gerais e no País MARCOS SANTOS/JORNAL DA USP

ANA CAROLINA DIAS

O acesso à energia, água e saneamento de maneira sustentável e com qualidade em Minas Gerais e no Brasil é objeto de discussão para o Diálogos DC, ação que faz parte do Movimento Minas 2032, iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO para mobilizar o Estado em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015. Para avaliar o panorama no Estado e no País, serão elencados os principais desafios e soluções na ampliação e consolidação desse acesso tendo como premissa os ODS 6: “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos” e 7: “Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos”. Atualmente com um total 762 empreendimentos em operação gerando mais de 20 milhões de kW de potência, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Minas Gerais tem como principal fonte de energia explorada as usinas hidrelétricas. O aumento da eficiência energética e o acesso a uma energia de qualidade e limpa como propõe os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 7, pode ser ampliado em Minas por meio de iniciativas que buscam mudanças na matriz energética no Estado. A oportunidade de unir em uma cooperativa para fazer a geração de energia elétrica em um local específico com o benefício de um custo mais baixo tem atraído consumidores em Minas Gerais. Na maioria dos casos essas cooperativas

são formadas por consumidores de energia que não possuem uma área específica em casa para instalar painéis fotovoltaicos e que compensam essa geração em uma das unidades consumidoras vinculadas à cooperativa. Segundo a Resolução Normativa 482/2012, da Aneel, todo e qualquer consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis, consumir e armazenar na rede de distribuição. A Resolução 687/2015 aprimora a anterior e incorpora o cooperativismo, possibilitando a união de diversos interessados para a geração de energia. A geração compartilhada é uma modalidade da geração distribuída definida pela Aneel e possibilita a reunião de pessoas físicas ou jurídicas dentro da mesma área de Minas Gerais conta com 762 empreendimentos gerando aproximadamente 20 milhões de kW concessão que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras Uma parceria do Sistema todo o Brasil na próxima do desenvolvimento susnas quais a energia excedente Ocemg com o Sistema OCB década. “A estimativa é que tentável. será compensada. No Brasil, iniciada em 2018 realiza em um período de apro“Várias ações são feitas o modelo adotado para essas seminários e treinamentos ximadamente dez anos a com foco no meio ambiente, micro e míni gerações é o de capacitação voltada ao geração distribuída repre- além do incentivo à constiSistema de Compensação incentivo à constituição de sente aproximadamente tuição de cooperativas de de Energia Elétrica, conhecooperativas de energia 4 gigawatts de potência geração de energia limpa. cido como net metering e, fotovoltaica. Desde o ano instalada e será responsável É uma preocupação muito quando a geração é maior passado foram registradas por aproximadamente 1,8% forte que temos de nos posique o consumo, o saldo fica três cooperativas no Sistema da demanda de energia do cionarmos e agirmos como de crédito na concessionária Ocemg, sendo que uma País”, avalia. agente de desenvolvimento para abatimento futuro, em delas ainda está passando em Minas Gerais”, comenta. até cinco anos. pela formalização e mais Cooperativismo e proMarco Olivio ressalta a “O principal benefício é 11 estão em processo de moção social – Signatário conexão entre os ODS e gerar energia mais barata. do Pacto Global, o Sistema lembra que a matriz enerconstituição e registro. A conta de luz de cada um Em Minas, as cooperati- Ocemg tem um olhar di- gética brasileira sempre foi dos cooperados pode até vas estão em Caeté e Belo recionado para o cumpri- muito limpa, no entanto, zerar a tarifa de energia, Horizonte. mento dos 17 Objetivos de com o funcionamento das sendo assim, eles pagam o “A sinalização é de que Sustentabilidade da ONU a termelétricas nos últimos custo de disponibilidade de existe uma tendência de partir do programa Dia de anos para atender a alta deenergia, mas a parcela que interesse na implantação de Cooperar (Dia C). A inicia- manda de energia, a geração é da energia elétrica pode um número cada vez maior tiva incentiva as cooperati- de energia limpa se tornou até ser zerada”, explica o de cooperativas de energia vas a desenvolverem ações mais relevante. analista da área técnica do limpa. Hoje falamos sobre que promovam resultados “Além do acesso à energia Sistema OCB, Marco Olivio. a energia fotovoltaica, mas diversos voltados para co- limpa, proposto pelo ODS As cooperativas de conpode ser que no futuro ou- munidades e municípios, 7, quando pensamos que as sumidores do País representros tipos de energia dessa com foco na contribuição energias renováveis como tam 3,45% dos empreendimatriz também possam ser que a ação realizada dá os painéis solares, estão mentos que fazem geração viáveis aqui no Estado”, para a consecução dos ODS. substituindo uma energia compartilhada e 36,95% da afirma a gerente de capaCriado em 2009 pelo de uma fonte térmica, espotência da energia comcitação do Sistema Ocemg, Sistema Ocemg, o Dia C tamos também atendendo partilhada, com 9 mega da Andrea Sayar. propõe projetos de diversas o ODS 13 que é o combate potência instalada. No Brasil O analista do Sistema naturezas como educacio- às alterações climáticas. A existem nove cooperativas OCB, Marco Olivio, ressalta nal, geração de trabalho geração compartilhada e nesse modelo e Minas Gerais que o modelo de energia e renda e ambiental. Para distribuída por fontes reresponde por duas dessas compartilhada pode chegar Andrea Sayar, o coopera- nováveis são fundamentais cooperativas, conectadas à rede com aproximadamente a aproximadamente 30% tivismo mineiro tem papel para que a gente atenda esses 200kWp instalados de enerda geração distribuída em importante como promotor objetivos”, pontua. (ACD) gia fotovoltaica.

Consumidores formam cooperativas

Construtoras investem em eficiência energética O uso de tecnologias sustentáveis é uma preocupação cada vez maior para as construtoras. A captação e geração de energia limpa e a instalação de sistemas para a reutilização de recursos hídricos estão entre as principais iniciativas utilizadas nos empreendimentos imobiliários para otimizar o uso dos recursos naturais. Pensado desde o começo do projeto para oferecer esse tipo de tecnologia, o Residencial Kadosh, da RKM Engenharia, está localizado no Vale do Sereno, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e é o primeiro da América Latina a receber o selo Casa Sustentável, concedido pelo Instituto Mundial de Cons-

trução Saudável. O residencial tem aquecimento solar com apoio a gás e sensores de iluminação nas áreas comuns, que ajudam na redução do consumo de energia. O sistema de reutilização de águas pluviais, assim como medições individualizadas de água potável, promove a economia da água. Além disso, a localização e inclinação do prédio foram pensadas de maneira a otimizar a iluminação e ventilação naturais e o telhado verde diminui a sensação térmica das garagens. De acordo com a diretora da RKM Engenharia, Adriana Bordalo, a construtora usou todos os métodos construtivos e tecnologias

relacionados à energia sustentável disponíveis no residencial. Ela ressalta também que os clientes têm feito opções de compra consciente, levando em consideração a sustentabilidade dos produtos e serviços. “Desde o projeto até os materiais aplicados no empreendimento, pensamos na sustentabilidade. Preservar é uma necessidade do planeta e do ser humano e sentimos que ao agregar valor ao produto utilizando esses sistemas alcançamos clientes que estão cada vez mais preocupados, buscando empresas com uma cadeia sustentável e produtos conscientes”, afirma. Nesse mesmo caminho, a AP Ponto, construtora e

incorporadora que atua na construção de empreendimentos do programa “Minha Casa Minha Vida”, tem investido em condomínios sustentáveis. A principal iniciativa é a ampliação dos sistemas para a captação de energia solar, atualmente instalados em oito empreendimentos da empresa em Belo Horizonte e na RMBH. Segundo o engenheiro da AP Ponto, Felipe Freitas, as placas fotovoltaicas podem proporcionar uma redução de até 87% nos gastos mensais com energia elétrica nas

áreas comuns dos prédios, além de utilizarem de um recurso inesgotável para a geração dessa energia. “A tendência do mercado é a sustentabilidade com foco na energia limpa. Nesse sentido, temos uma resposta positiva dos nossos clientes e a energia fotovoltaica tem se mostrado um marketing bom para a empresa”, pontua Freitas, que conta também que, até o final do ano, estão previstos mais dois lançamentos da empresa, um em Belo Horizonte e outro em Betim. (ACD)

Projeto em MG promove o uso sustentável Para promover o uso sustentável da energia e incentivar o contato dos estudantes com novas tecnologias, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estão desenvolvendo o Espaço de Eficiência Energética em Belo Horizonte. O espaço educativo vai integrar o Sesi Museu de Artes e Ofícios, localizado na Praça da Estação e busca aproximar as escolas da tecnologia de ponta do setor elétrico. Com um investimento de R$ 5 milhões e previsão de inauguração em janeiro de 2020, o espaço vai narrar o histórico da energia e das fontes de energia do futuro, chamadas energias limpas, por meio da interação com vários equipamentos e instrumentos de modo interativo e lúdico. A iniciativa faz parte do Programa Energia Inteligente da Cemig, regulado pela Aneel, cujas ações de eficiência energética estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, principalmente os que estão relacionados à promoção de oportunidades de aprendizagem e do acesso à inovação. O vice-presidente da Fiemg e presidente do Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias no Estado de Minas Gerais (Sindimig), Márcio Danilo Costa, destaca que as atividades do novo espaço serão direcionadas principalmente para os alunos das escolas da Região Metropolitana de Belo Horizonte e têm o intuito de estimular o interesse dos estudantes para o tema. “Nosso principal objetivo é disseminar a cultura do uso eficiente da energia e a redução e eliminação do desperdício. Esse espaço vai formar uma nova geração de consumidores e incentivar o interesse dos alunos por essa energia limpa e dar a oportunidade aos estudantes de serem transportados para o ambiente de museu”, afirma. Além da sala temática principal, a parceria da Fiemg com a Cemig prevê a realização de seminários, palestras e oficinas relacionados à eficiência energética e sustentabilidade, além de quatro exposições temporárias, como explica Costa. “Os visitantes terão contato com a energia em um espaço para diálogo amplo no qual vamos criar diversas atividades como seminários e palestras, além da participação de artistas que criam trabalhos a partir dessa matriz energética”, disse. (ACD)

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NEGÓCIOS VERÔNICA MANEVY - IMPRENSA MG

ABASTECIMENTO E SANEAMENTO

Falta de acesso a água potável ainda é uma realidade no Brasil Porém, números tiveram melhora nos últimos anos

ANA CAROLINA DIAS

Abrir a torneira de casa e ter água disponível para consumo diariamente não é a realidade de todos os brasileiros. Apesar de um menor déficit no abastecimento de água, ele continua concentrado na população com menor renda e ainda há lugares que enfrentam a intermitência de acesso aos recursos hídricos. As informações são da Agência Nacional de Águas (ANA) e apontam para um cenário ainda mais preocupante e desafiador em relação ao esgotamento sanitário. Com oito metas princi-

pais, monitoradas por 11 indicadores, o ODS 6 trata de questões como o acesso ao saneamento e higiene, tratamento e reciclagem da água, eficiência no uso da água e abastecimento, gestão integrada dos recursos hídricos, proteção dos ecossistemas relacionados à água e participação das comunidades locais na gestão da água e saneamento. Considerando o caráter transversal da água, o ODS está integrado a demais objetivos como o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), ODS 7 (Energia Limpa e Acessível), o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global) e o ODS 14 (Vida na Água). Como contribuição ao ODS 6, a Agência Nacional de Águas (ANA) calculou indicadores que compreendem séries históricas em diferentes recortes espaciais para agregar ao processo de monitoramento das metas do ODS. Segundo o levantamento da ANA, entre 2007 e 2015,

PACTO GLOBAL

Estratégia 2030 começa a ser elaborada por organização no País A Rede Brasil do Pacto Global anunciou, nesta semana, o início da construção de sua Estratégia 2030. O projeto visa definir os objetivos e metas que devem ser o foco da Rede na próxima década, considerando a contribuição empresarial para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A iniciativa está sendo construída em parceria com a Consultoria Falconi. O projeto é liderado por um Comitê de Estratégia, composto pela presidente do Board da Rede Brasil do Pacto Global, Sonia Favaretto, os membros do board Jorge Soto e Cristiana Brito, além do secretário-executivo da Rede, Carlo Pereira, a gerente de Relações Institucionais, Barbara Dunin, e o responsável por parcerias e mobilização de recursos, Marcelo Linguitte. O grupo dará suporte ao processo de formulação da estratégia, e será responsável por comunicar avanços e disseminar

metas aos membros da Rede. A primeira reunião do Comitê de Estratégia aconteceu em 24 de julho. Atualmente, a construção da Estratégia 2030 está em fase de consulta com stakeholders. Os membros do Board, líderes dos GTs e Comissões devem ser entrevistados presencialmente por consultores da Falconi. Membros do CBPG engajados na construção da estratégia participarão de uma consulta em grupo, e todos os 830 membros da Rede Brasil do Pacto Global receberão uma pesquisa com o objetivo de deixar o processo ainda mais participativo. As reuniões do board e do CBPG serão utilizadas para validar o andamento do trabalho. A Estratégia 2030 da Rede Brasil do Pacto Global deverá ser aprovada em dezembro de 2019 e lançada no início de 2020. (Com informações da Rede Brasil do Pacto Global)

o déficit de abastecimento no Brasil diminuiu de 8,1% da população global do País para 4,2%. A distribuição desse déficit se concentra, em geral, na população com menor renda, sendo que em média 40% da população não atendida estão na faixa de renda de até um salário mínimo. Entre aqueles com acesso à rede pública de abastecimento de água em 2017, os dados apontam que somente 86,7% dos domicílios tinham água diariamente. Para o especialista em recursos hídricos da ANA, Marcus Fuckner, o indicador deve avaliar não somente a conexão da população a uma fonte segura de abastecimento de água, mas também

Dados da ANA apontam que déficit de abastecimento no País recuou de 8,1% para 4,2%

se existe disponibilidade contínua do recurso ao longo do tempo. “O percentual de pessoas sem acesso à água diariamente é alto e essa intermitência é consequência, principalmente, das crises hídricas dos últimos anos que impactaram no esgotamento de algumas fontes hídricas, na implantação de racionamento, rodízios ou até mesmo corte de água em algumas cidades e regiões”, explica.

Gerais (Copasa) mostram que a média de perda de água distribuída no âmbito de atuação da empresa, entre janeiro e maio de 2019, foi de 40,38%. Essa perda é composta por consumos não autorizados como fraudes e ligações clandestinas, imprecisões de medição, vazamentos em redes e extravasamentos de reservatórios. Uma vez que houve redução dos vazamentos e extravasamentos em função das ações adotadas pela Copasa, a companhia avalia que o principal comPanorama estadual - Em ponente no índice de perda Minas, dados da Companhia total está atribuído às ligações de Saneamento de Minas irregulares.

Para combater as perdas aparentes, a Copasa informa que atua de forma contínua na inspeção e manutenção dos sistemas de abastecimento de água como redes de distribuição, reservatórios, caixas de manobra, válvulas e nas ligações/ramais prediais, fazendo a substituição de hidrômetros para melhorar a qualidade da medição. De maneira localizada são feitas ainda adequações de pressão nas redes por meio de setorizações e instalação de válvulas redutoras de pressão e substituição de redes e ramais.

Serviço de esgotamento sanitário é deficiente Na âmbito do esgotamento sanitário, segundo o levantamento da ANA, o panorama é deficitário em relação ao abastecimento de água. Enquanto cerca de 97% da população é atendida pelo abastecimento de água, no caso do esgotamento, a parcela da população brasileira que utilizava serviços de esgotamento sanitário geridos de forma segura ficou em 63,5% em 2016, considerando acesso à coleta e ao tratamento dos esgotos sanitários por meio da rede pública, incluindo as fossas sépticas ligadas à rede. Entre 2011 e 2016, houve um aumento de 7 pontos percentuais da proporção da população brasileira que utilizava serviços de esgotamento sanitário geridos de forma segura, o que representa 21,9 milhões de pessoas que passaram a contar com esgotamento sanitário nesse período. Também em 2016, aproximadamente 50% dos esgotos gerados pela população urbana e rural eram tratados no Brasil, em sistemas coletivos e em fossas sépticas, com uma evolução percentual positiva de 6,8% desde 2013. “O País tem avançado nas últimas décadas, mas a situação do esgoto ainda é crítica pelo volume de esgoto lançado sem tratamento em função do adensamento da população e das ativida-

DIEGO GURGEL - DIVULGAÇÃO

Em cinco anos, 21,9 milhões de pessoas passaram a contar com o serviço de esgotamento sanitário

des econômicas e, muitas vezes, porque as grandes cidades estão localizadas em áreas de cabeceira, onde os rios têm pouca vazão”, destaca o especialista em recursos hídricos da ANA, Marcus Fuckner. Para auxiliar a análise dos dados levantados e consolidar ações necessárias para atingir as metas referentes a abastecimento e tratamento de esgotos, a Agência Nacional de Águas (ANA) abriu uma seleção para consultor, com inscrições até o dia 9 de agosto. “Sabemos que são metas ambiciosas, temos muito a fazer e para realizar o mapeamento das ações, proposições, conexões en-

tre as políticas públicas setoriais e por isso estamos com esse edital aberto”, comenta Marcus Fuckner. A seleção é para uma vaga e o contrato terá 180 dias de duração com o valor de R$ 75.783,72. Os interessados deverão manifestar interesse pelo site do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com cadastramento e anexação de currículo com a proposta técnica e termo de compromisso constante do termo de referência. O contratado deverá atualizar o cálculo dos indicadores do ODS6 referentes a abastecimento e esgotamento sanitário,

focalizando o atingimento das metas do ODS6 e a elaboração do novo Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). Para este contrato, o consultor deverá elaborar quatro produtos. O primeiro é um levantamento e análise das informações disponíveis relacionadas ao ODS6. A revisão e atualização da metodologia de cálculo dos indicadores, além de indicadores complementares, é o segundo produto. Também deverá ser produzido o mapeamento e a proposição de ações governamentais para o alcance das metas. Por fim, será produzido um relatório final e um resumo executivo. (ACD)

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Agenda Federal Dia 31

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IOF - Pagamento do IOF apurado no m├кs de junho/2019 relativo a opera├з├╡es com contratos de derivativos ┬┐QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &Rmum (2 vias) &R┬┐QV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH ┬▒ $XWRSHoDV Recolhimento GD &R┬┐QV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW ┬Ю ┬Ж ┬Ю GD /HL Q┬Ю FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL Q┬Ю QR SHUtRGR GH ┬Ю D 'DUI &RPXP YLDV

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,53) &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV GR H[WHULRU QR PrV GH MXQKR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

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,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ┬┐QDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH MXQKR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) ┬▒ 4XRWD 3DJDPHQWR GD ┬Э TXRta do imposto apurado pelas pessoas ItVLFDV QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH MXQKR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP (2 vias) ,55) )XQGRV GH ,QYHVWLPHQWR ,PRELOLiULR Pagamento do Imposto de 5HQGD 5HWLGR QD )RQWH LQFLGHQWH VREUH RV OXFURV GLVWULEXtGRV SHORV )XQGRV GH ,QYHVWLPHQWR ,PRELOLiULR D VHXV TXRWLVWDV DSXUDGRV VHJXQGR R UHJLPH GH FDL[D FRP EDVH HP EDODQoR RX EDODQFHWH VHPHVWUDO HQFHUUDGR HP DUW ┬Ж ┬Ю GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Q┬Ю &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV &6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR PrV GH MXQKR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV TXH RSWDUDP SHOR pagamento mensal do IRPJ por estiPDWLYD DUW GD /HL Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV

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5H┬┐V 3DHV Pagamento pelas pessoas jur├нdicas optantes pelo Programa de 5HFXSHUDomR )LVFDO 5H┬┐V FRQIRUPH /HL Q┬Ю H SHODV SHVVRDV ItVLFDV H MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3DUcelamento Especial (Paes) da parcela PHQVDO DFUHVFLGD GH MXURV SHOD 7-/3 FRQIRUPH /HL Q┬Ю 'DUI &Rmum (2 vias)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2019

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

JOSÉ LUIZ PEDERNEIRAS

Coberturas de guerra Lourival Sant’Anna já fez reportagens em mais de 60 países e se especializou em coberturas de guerra e outras situações de risco: terremoto, furacão, gripe suína, Coreia do Norte, Irã, China, entre outros. Agora, ele parte de suas experiências para abordar em livro um tema essencial: o convívio com o temor. “Minha guerra contra o medo: o que o risco de morte ensina sobre a vida” (produção independente, 2019) será lançado amanhã, às 19 horas, na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) que fica na rua da Bahia, 1.600, Lourdes, com apoio do BDMG Cultural e entrada gratuita.

“Pot de Départ” Amanhã, às 17h30, será realizado pela Campus France o evento “Pot de Départ” , na Aliança Francesa em Belo Horizonte. Trata-se do encontro de brasileiros que vão estudar na França, com o intuito de trocar informações e experiências para essa nova etapa acadêmica. Cada ano o evento acontece em uma cidade do país e a capital mineira foi a selecionada para 2019. Só por iniciativa de programas da Campus France, 260 estudantes partem do Brasil para a França neste semestre, sendo 51% deles com bolsa total ou parcial concedida pela Embaixada da França no Brasil. No total, 1.350 brasileiros começam seus estudos na França em setembro, tanto em cursos de graduação e especialização, quanto de doutorado, idioma e intercâmbio.

Bonecos animados O Programa CCBB Educativo preparou um momento especial para que pais e filhos aproveitem o Dia dos Pais de forma lúdica e com muita arte. No próximo domingo, às 11 horas, o artista plástico e bonequeiro Agnaldo Pinho promoverá uma oficina de construção de autômatos – personagens movidos por engrenagens - na qual os participantes poderão conhecer a história e experimentar o universo dos bonecos animados. Formado pela Escola de Belas Artes da UFMG, o artista atuou por cinco anos no Grupo Giramundo de Teatro de Bonecos e, como cenógrafo, trabalha com efeitos especiais para televisão, teatro e cinema. A atividade tem duração de duas horas e entrada gratuita. O CCBB fica na Praça da Liberdade, 450, Funcionários.

Novo balé do Grupo Corpo tem trilha de Gilberto Gil Como em todas as criações do coreógrafo Rodrigo Pederneiras, os movimentos do novo balé do Grupo Corpo, “Gil”, nasceram da música. Mas a trilha engendrada por Gilberto Gil para o espetáculo, a convite do diretor artístico Paulo Pederneiras, carrega um paradoxal desafio ao coreógrafo: ali estavam, juntos e indissociáveis, Gilberto Gil e um compositor inteiramente novo. “Era um Gil que eu não conhecia e, ao mesmo tempo, o Gil de quem sou tiete desde que ouvi sua música pela primeira vez”, diz Rodrigo. A solução do paradoxo – fenomenal síntese – sobe à cena em 7 de agosto, estreia nacional do novo espetáculo no Teatro Alfa, em São Paulo, seguindo para Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A fagulha inicial para erguer a coreografia veio, então, de fora da música – um gesto inicial, buscado no candomblé. “Gil é filho de Xangô e usei como ponto de partida o movimento associado à presença do orixá: uma das mãos do bailarino bate no peito e a outra, nas costas”, conta o coreógrafo. “E assim o balé começou a se construir”, ressalta. A “riquíssima trilha”, nas palavras de Rodrigo, se traduziu nos duos, trios e conjuntos que se alinham e desarmam, nos uníssonos e contrapontos gestuais, peças sempre renovadas do vocabulário

Doação de agasalhos

Aniversário de dois anos do Ateliê Wäls Uma imensa barrica de madeira aberta sobre as montanhas verdes de Belo Horizonte. Este cenário, projetado pelo arquiteto Gustavo Penna, acolhe o Ateliê Wäls (rua Gabriela de Melo, 566, Olhos D`Água). O amplo centro de inovação cervejeira inaugurado em 2017 completa dois anos de existência. Para celebrar a data, o Festi Wäls reúne no Ateliê diversas atrações musicais, gastronomia local e os chopes da cerveja mais premiada do mundo, são mais de 100 medalhas e seis rótulos de produção exclusiva da casa. O evento será no próximo domingo, das 12 às 19 horas, com shows musicais.

no arco da trilha de 40 minutos quatro temáticas, ou ambientes musicais – a de um choro instrumental; uma abordagem camerística, com inspiração “em Brahms ou Satie”,; um terceiro momento de liberdade improvisadora e, finalmente, uma construção abstrata baseada em figuras geométricas. “Círculo, triângulo, retângulo, pentágono, a volta ao círculo e finalmente a dissolução numa linha reta”, explica Gilberto Gil. Pontuam os 40 minutos da trilha frases de canções de Gilberto Gil - retrabalhadas, mas perfeitamente reconhecíveis nas suas variações. Ali estão fragmentos de “Aquele Abraço”, “Realce”, “Tempo Rei”, “Andar com Fé”, “Toda Menina Baiana”, “Sítio do Picapau Amarelo”, “Raça Humana”. Nos arranjos, se alternam os tambores ancestrais e as distorções do aparato eletrônico; o afoxé e o naipe de sopros de pegada jazzística; a modinha e o berimbau. As citações bailam entre si, entrecruzando-se e dialogando enquanto o arco da trilha avança. “Com a divisão em quatro segmentos, atendemos à alternância entre movimentos mais densos, mais rítmicos, e momentos mais suaves, mais baladísticos. Ouvindo o resultado final, percebo que há muitos elementos da minha dimensão rítmica mesmo, elementos da Bahia, da música afro-baiana”, conclui o compositor. (Da Redação)

CULTURA DIVULGAÇÃO

Na intenção de contribuir de alguma forma para amenizar o sofrimento alheio e, ao mesmo tempo, favorecer os clientes com descontos nas consultas e exames, a Especialmed (Praça Raul Soares) lançou uma campanha de arrecadação de agasalhos para serem doados a moradores de rua. Quem doa agasalhos tem direito a descontos de 10% nas consultas e exames. O benefício só não vale para tratamentos estéticos. As peças arrecadadas serão entregues ao projeto Banho de Amor BH, instituição que oferece banhos quentes em banheiros itinerantes, kits de roupas, comida pronta e atendimentos estéticos e de saúde para pessoas em situação de rua.

marcante do coreógrafo. Mas “Gil” não tem o clássico momento do pas-de-deux, “A trilha não traz o tradicional adágio, a parte mais lenta da música, onde frequentemente está o pas-de-deux”. Curiosamente, a única criação de Rodrigo que também não tem o clássico dueto é “Sete ou Oito peças para um Ballet” (1994), o programa complementar com trilha de Philip Glass/Uakti. As muitas singularidades de “Gil” já haviam começado na proposta de Paulo Pederneiras ao compositor. “Gil sempre esteve no nosso radar”, diz o diretor artístico. “Na primeira conversa, já me veio a ideia de sugerir que a coreografia se chamasse “Gil”. Normalmente o músico tem liberdade total – e agora não foi diferente – mas a sugestão que se debruçasse sobre a própria obra se consolidou naquele momento. E “Gil” se inscreve, então, entre os compositores que dão nome a coreografias do Grupo Corpo - já tínhamos feito essa homenagem a Bach, Nazarethe Lecuona”. “Recebi o convite do Grupo Corpo com alegria mas também com certa preocupação na medida em que a ideia era a de denominar a peça Gil, concentrar a criação no trabalho, que tem muitas influências baianas, do samba, da música pop em geral” conta o compositor, que enxerga

como “Solaris” (1972), de Tarkóvsky, e “O Velho e o Novo” (1929), de Eisenstein. Quando: até 31 de julho Quanto: programação gratuita com ingressos distribuídos 30 minutos antes das sessões Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Praça Duque de Caxias, Santa Tereza) Música

Cinema

David Lynch - O diretor, roteirista, produtor, artista visual e músico David Lynch ganha uma mostra com 14 obras do cineasta, entre curtas, médias e longas-metragens, incluindo clássicos como “Coração Selvagem” de 1990 (foto), “Cidade dos Sonhos” (2001), além da última temporada da série Twin Peaks, lançada em 2017. O estilo marcado pelo surrealismo despertou mistério e admiração por David Lynch em todo o mundo, sendo muitas vezes considerado complexo e incompreensível. Quando: até 6 de agosto Quanto: entrada gratuita com retirada de ingresso 1 hora antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena 1.537, Centro) Russo - A Fundação Municipal de Cultura exibe a Mostra de Cinema Russo. Serão exibidos 27 filmes de cineastas cultuados, como Serguei Eisenstein e Andrei Tarkóvsky, com temáticas que retratam importantes momentos históricos do país. Estão incluídas obras

Piano - A Filarmônica de Minas Gerais recebe o pianista Arnaldo Cohen, que vai interpretar duas peças essenciais para piano e orquestra: o Concerto para piano nº 17 em Sol maior, K. 453, de Mozart; e a célebre Rhapsody in Blue, de Gershwin. Ainda de Gershwin, sob a regência do maestro Fabio Mechetti, a orquestra executa a suíte da ópera Porgy e Bess: um retrato sinfônico, recheada de elementos da música popular norte-americana. Quando: 1º e 2 de agosto (20h30) Quanto: R$ 46 (Coro), R$ 52 (Balcão Palco), R$ 52 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Lateral), R$ 96 (Plateia Central), R$ 120 (Balcão Principal), Camarote par (R$ 140); meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência Onde: Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto) Bandoneón - “A Latinidade de Rufo Herrera”, concerto apresentado pela Orquestra Ouro Preto dentro da série “Domingos Clássicos”, promove um mergulho na obra do bandoneonista e compositor argentino radicado em Minas Gerais. Com a regência do Maestro Rodrigo Toffolo, o concerto

terá a participação de Rufo Herrera, membro fundador e diretor de criação da Orquestra Ouro Preto, no bandoneón. Do tango às meditações, passando por composições minimalistas assinados por Herrera, o concerto vai celebrar a latinidade da obra do artista. Quando: 4 de agosto (11h) Quanto: R$ 25,00 (inteira), R$ 12,50 (meia) e R$ 10,00 (cliente Sesc). Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium (rua. Rio de Janeiro, 1.046, Centro) Artes plásticas Colagens - O arquiteto e engenheiro Renato Cesar José de Souza faz sua estreia como artista plástico com a exposição “Gesto, tecendo um tapete de memórias”. A mostra apresenta uma coletânea de 23 obras. O suporte em papel é a base para colagens, com interferências com diversos tipos de tinta, para montar uma costura simbólica, marcado pela simplicidade do gesto e pela escolha consciente por deixar rastros, vestígios do processo. Quando: até 27 de agosto Quanto: entrada gratuita (segunda a sexta-feira, de 10 às 19 horas, e aos sábados, de 10 às 14 horas) Onde: Galeria Patrícia de Deus – Ideias e Papéis (rua Fernandes Tourinho, 145, Funcionários), www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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