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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.928 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2019
São José da Lapa vai ganhar unidade da Pratt Whitney A empresa canadense Pratt Whitney deverá investir mais de R$ 60 milhões em São José da Lapa, na RMBH, próximo do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. A expectativa é que a companhia se instale no município até dezembro para prestar serviços de manutenção aeronáutica e comercializar peças para aeronaves. Pág.4
Faturamento da indústria cai 8,2% em Minas Gerais Indicador de julho foi o pior para o mês desde o início da série histórica REPRODUÇÃO
Diálogos DC aborda relação entre emprego e educação A relação direta entre educação de qualidade e emprego pleno e produtivo é tema de discussão do Diálogos DC, ação que faz parte do Movimento Minas 2032, iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO para mobilizar o Estado em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU. Págs. 9 e 10
A queda no faturamento real da indústria extrativa chegou a 59,4% em julho sobre o mesmo mês de 2018
Balança comercial tem saldo de US$ 3,2 bi ERIC GONÇALVES / ARQUIVO DC
As importações caíram mais do que as exportações brasileiras em agosto
ARTIGOS
Págs. 2 e 3
Herdeiros que sonham juntos (Juliana Gonçalves)
Beleza espanta melancolia (Cesar Vanucci)
STF anula decisão da Lava Jato (Bady Curi Neto)
Política externa: avanços, retrocessos e ameaças
(Zilda Mendes)
Lobby e democracia participativa (Gaudêncio Torquato)
Dólar - dia 2
Euro - dia 2
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 4,1816 Venda: R$ 4,1834
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Poupança (dia 3) ............ 0,3434% IPCA-IBGE (Julho): ............ 0,01%
Compra: R$ 4,0200 Venda: R$ 4,3500
Nova York (onça-troy): US$ 1.529,00
IPCA-Ipead (Julho): ............ 0,68%
R$ 204,29
IGP-M (Julho): ......................... 0,40%
BM&F (g):
OMAR FREIRE/IMPRENSA MG
O ministro Paulo Guedes, da Economia, declarou, não faz muito tempo, que a economia brasileira estava “no fundo do poço”. Essencialmente, e durante os primeiros nove meses de governo, não foi possível conter despesas no nível necessário e, do lado das receitas, o crescimento foi contingenciado pelo fraco desempenho da economia. Nessas condições e considerados os cortes efetuados no período, algumas esferas críticas da administração pública poderão, a partir deste mês, entrar num processo de paralisação, sem dispor de recursos para atender a suas despesas básicas. Para o próximo ano, sugere as primeiras informações sobre o Orçamento Geral da União, poderá ser pior, com restrições ainda mais fortes que no presente exercício. “Muito além do suportável”, pág. 2
Ouro - dia 2
Ptax (BC)
Os preços do leite recuaram em Minas Gerais pelo segundo mês consecutivo. Diante da pressão da indústria, que não consegue repassar ao consumidor final o aumento de custo, a queda chegou a 3,05% em agosto no valor líquido referente à produção captada em julho no Estado, aponta o Cepea. Já o preço bruto caiu 2,93% em agosto com a média do litro pago aos pecuaristas mineiros ficando em R$ 1,56. Pág. 8
EDITORIAL
Turismo Compra: R$ 4,1575 Venda: R$ 4,1581
Preços do leite registram queda de 3% no Estado
O superávit de US$ 3,284 bilhões, registrado pela balança comercial brasileira em agosto, foi o melhor resultado para o período desde 2017. Apesar da queda de 8,5% nas exportações sobre o mesmo mês de 2018, com média diária de US$ 18,853 bilhões, o saldo foi favorecido pela retração de 13,3% nas importações, valor de US$ 15,569 bilhões por dia. Já no acumulado do ano, a balança comercial ficou positiva em US$ 31,759 bilhões, uma redução de 12,9% sobre igual período do ano passado. De janeiro a agosto, as exportações do País apresentaram um recuo de 5,2%, enquanto que as importações caíram 2,8%. Pág. 5
A pressão da indústria gerou recuo no preço do leite
BOVESPA
TR (dia 3): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,5610
Após registrar alta de 8,9% em julho, o faturamento real da indústria mineira caiu 8,2% em julho sobre o mês anterior, o pior resultado para o período desde o início da série histórica da Fiemg em 2003. A queda de 8,1% no resultado da indústria de transformação foi atribuída a questões específicas, como o atraso no embarque de mercadorias e à sazonalidade em alguns setores . Já a retração de 6,3% no faturamento real do segmento extrativo está relacionada às paralisações de mineradoras no Estado, após o rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho. Em relação a julho de 2018, o recuo foi mais profundo, de 10%, puxado pela atividade extrativa (-59,4%) e pela indústria de transformação (-2,8%). Por outro lado, o emprego na indústria geral em Minas Gerais avançou 0,3% em julho frente ao mês anterior. Pág. 6
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OPINIÃO Herdeiros que sonham juntos JULIANA GONÇALVES * Ser o sucessor de uma corporação é sonho dourado de muitos jovens que estão em busca de um lugar no mercado de trabalho. Mas para os herdeiros, sucessores naturais de empresas familiares, essa pode ser a fonte de dúvidas e muitas inseguranças. Herdeiros, muitas vezes, se perdem em sentimentos de incapacidade diante da monstruosidade da realização de seus antepassados. Essa grandiosidade inibe, impede e, algumas vezes, até paralisa. Cabe aos familiares que estão na atual gestão criar um ambiente de segurança, que acolha a inovação e a criatividade do futuro líder, possibilitando a experimentação com responsabilidade. Afinal, para esse perfil de empresa, o primeiro e o mais importante passo para a perenidade do negócio é ter membros das novas gerações sonhando junto com seus fundadores. O passo seguinte, evidentemente, é a qualificação de seus herdeiros. Pode parecer óbvio, mas, definitivamente, não é. As famílias empresárias precisam compreender que os herdeiros que optam por trabalhar na empresa têm que ser os melhores; que eles têm a obrigação de agregar valor para a empresa e, consequentemente, para a família. Caso contrário, seria melhor buscar um
profissional competente, não familiar, no mercado de trabalho. O mundo corporativo é cruel, altamente competitivo e tem uma velocidade enorme para transformação. Só os muito qualificados e dedicados têm capacidade de entregar resultados que contribuirão para a longevidade do negócio. A falta de um sucessor com capacitação e competência é o motivo de 10% das empresas familiares serem vendidas para outros grupos empresariais. Por isso, curso superior nas melhores escolas, pós-graduação, MBA ou mestrado, se possível, fora do país, são imprescindíveis para uma formação de qualidade. Mas ter uma vivência profissional em empresas fora do negócio da família também faz toda a diferença para a formação de um membro da nova geração. É uma oportunidade singular para aprender a trabalhar sem mordomias e privilégios, com metas e cobrança por resultados e, sobretudo, com avaliação de desempenho isenta. Tal experiência faz muito bem para o profissional que está em formação, uma vez que interfere na autoimagem dele e na imagem que os outros têm daquele herdeiro da família. Na empresa não familiar, somos todos funcionários com carga horária estabelecida para cinco
dias da semana, hora para começar e terminar, férias de acordo com a lei e, em alguns casos, até uniforme. Mas nem todos os filhos desejam seguir os caminhos traçados pelos pais. São herdeiros que perseguem seus próprios sonhos. É muito grande o percentual de empresas familiares que não possuem representantes das novas gerações, seja da 2ªG ou da 3ªG, que queiram trabalhar na empresa da família. As razões são as mais variadas possíveis. Apesar de parecer frustrante, não podemos tratar como única alternativa na vida dos herdeiros a continuidade do projeto de seus pais, exigindo uma sucessão não desejada. Seria, no mínimo, injusto com nossos filhos amputarmos deles o direito de fazer as próprias escolhas, de seguir e buscar os próprios sonhos. Equalizar as expectativas do fundador com as dos jovens da família é um dos maiores desafios das empresas familiares. Mas, como sempre lembro, a felicidade dos nossos filhos tem de ser o norte a ser alcançado. * Mestre em Administração pela Fundação Dom Cabral, coach de empresas familiares, sócia da KFamily Business e criadora do programa de trainee para herdeiros, NexGen
Beleza espanta melancolia CESAR VANUCCI * “O seu balançado é mais que um poema...” (Vinicius de Moraes e Tom Jobim, em “Garota de Ipanema”) Nada como o modismo inconsequente para gerar reações descontroladas, até mesmo mórbidas. Os caras que inventaram, soberanamente, um padrão estético específico, imutável, para as passarelas, além de produzirem, como é sabido, estragos consideráveis com sua aprontação, deixaram à mostra, de modo irretorquível, não estarem com nada num tema que supõem dominar. Entendem bulhufas de beleza. Bulhufas de mulher. De gosto masculino. Ao decretarem, mal comparando, a tábua de passar roupa como símbolo a ser obstinadamente perseguido no aperfeiçoamento das formas femininas, concorreram para que despontasse nos desfiles de moda uma contrafação da beleza. Uma contraposição caricatural da beleza autêntica, cultuada na preferência universal das ruas. Incutiram, irresponsavelmente, no espírito desavisado de algumas moçoilas incautas, ávidas pela fama instantânea, concepções distorcidas, grotescas mesmo, do que seja a formosura feminina. E de que tipo de beleza se está mesmo a falar aqui? Ofereço como resposta uma referência estética registrada no “Livro dos Cantares”. Sob forma de louvação, ela abre um leque infindo de opções na busca da versão que melhor se ajuste aos conceitos de beleza aceitos pelas pessoas. “A mulher bonita é uma graça. Espanta melancolias e consola mágoas de amor”. A gente ouve essa lírica definição e sabe precisamente do que se está mesmo a dizer. Igualzinho acontece, aliás, quando retiramos dos versos de Vinicius, imortalizados na melodia feita em parceria com Tom Jobim, que conquistou as plateias do mundo, essa outra primorosa definição: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela a menina, que vem e que passa, em seu doce balanço, a caminho do mar.” Confrontemos a imagem projetada na arrebatadora criação musical – onde se fala de um gingado de corpo “que é mais
que um poema” e que deixa um rastro de encantamento - com aqueles desfiles desengonçados, mostrados na telinha por ocasião do lançamento de modas de vestuário. Roubando a espontaneidade e faceirice das moças, despojando-as de sua graciosidade natural, transformando-as numa espécie de robôs, para que possam cumprir satisfatoriamente sua burocrática missão profissional, as passarelas estão vendendo ao público, junto com os trajes bolados por figurinistas famosos, uma noção falsa, enganosa, de beleza feminina. Os traços faciais harmoniosos de várias modelos são ofuscados pelo toque crispado dos semblantes, à hora da caminhada pela passarela. Uma caminhada que não passa, via de regra, de um trote feioso, de musculaturas enrijecidas, ao gosto duvidoso das “recomendações técnicas” dos bastidores. Por trás de toda essa encenação burlesca, fora de compasso, existem ainda, trazendo notórios riscos à saúde das desprevenidas jovens, os aconselhamentos imprudentes em favor do culto desvairado à magreza exacerbada. Quanto menos peso, melhor. Quanto menor a massa corporal, tanto maior a chance de se chegar ao estrelato. Esse modismo amalucado, que enaltece a magreza, tem provocado danos irreparáveis. Aqui e alhures. Tanto isso é verdade que, de forma pra meu gosto ainda tímida, nos círculos da moda sofisticada já começa a se esboçar uma reação contra os abusos praticados. Abusos esses estimulados ou, quando pouco, tolerados por setores, como dito anteriormente, totalmente desinformados do conceito que se tem, nas ruas, da autêntica beleza feminina. O padrão de beleza verdadeiro não dispensa, na configuração corporal da mulher, aqui e ali, uma ou duas polegadas a mais, um certo arredondamento generoso de formas, um manejo de corpo que desabroche num requebrado de alegrar a vista. Em suma, uma forma graciosa de movimento que deixa suspensa no ar a sensação deleitosa de que quando ela, mulher bonita, em seu meigo gingado, se põe a caminhar, ela mais parece, na verdade, executar um mavioso passo de dança. * Jornalista (cantonius@Yahoo.com.br)
STF anula decisão da Lava Jato BADY CURI NETO * A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, anulou a sentença proferida, em primeira instância, pelo então juiz federal Sergio Moro que condenou o ex-presidente do Banco do Brasil (BB) e da Petrobras, Aldemir Bendine, nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Conforme divulgado pela imprensa, a condenação ocorreu em função da defesa de Bendine ter sido obrigada a apresentar suas alegações finais junto à dos corréus, que haviam se beneficiado pelo instituto da delação premiada, apresentando provas contra o ex-presidente do BB e da Petrobras. Seguro do direito constitucional de rebater toda a carga acusatória que recai sobre si, Bendine argumentou que a apresentação simultânea de suas alegações finais junto à do delator configura cerceamento de defesa. A matéria técnica processual-constitucional ventilada pela defesa realmente é nova, tendo em vista que o instituto da delação premiada permite que haja vários réus em um mesmo processo, em condições distintas, alguns como delatores/ colaboradores e outros não. O artigo 11º da Lei 8.038/1990 dispõe que “serão intimadas a acusação e a defesa para, sucessivamente, apresentarem, no prazo de quinze dias, alegações escritas”. A lei posterior, que regulamentou as
delações premiadas, não fez distinção entre réus colaboradores ou não. Portanto, em uma leitura simplista da normativa processual penal, é possível afirmar que a legislação é clara e objetiva, estabelecendo que o Estado acusador deve manifestar primeiro e o réu (ou os réus) por último. Porém, a interpretação simplista, quase sempre, leva à precipitação decisória, culminando em um atropelamento dos direitos e garantias constitucionais, desaguando em injustiças. Não se pode esquecer que a legislação deve ser interpretada em conformidade com a Lei Maior, objetivando a manutenção e efetivação da Constituição e seus princípios que norteiam todo o arcabouço normativo. O próprio art. 3º do Código de Processo Penal (CPP) preceitua que “a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito”. A legislação processual penal, ao estabelecer que a acusação deve se manifestar primeiro, depois a defesa, concede ao acusado o direito de defender-se de toda as provas que recaiam sobre ele. A observância desta premissa está em consonância com os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Permitir a defesa, alegações finais ou outras peças processuais sejam apresentadas simultaneamente pelo réu delator e
o corréu delatado, apenas por estarem no mesmo polo da relação processual, a meu ver, é cercear o direito deste de refutar as acusações e provas dirigidas pelo réu colaborador. O instituto da delação premiada (Lei 12.850/2013), recentemente aplicado, trouxe consigo algumas dúvidas como bem ponderou Gilmar Mendes em seu voto ao reconhecer “que é tema difícil porque a questão se coloca a partir dessa ‘via crucis’ nova, por conta do uso do instituto da colaboração premiada e desse aprendizado institucional que estamos a desenvolver”. A ministra Cármen Lúcia também reconheceu esta distinção ao declarar que “o processo chegou onde chegou por causa do colaborador. Não vejo que estejam na mesmíssima condição”. Não se combate corrupção com afronta ao direito de defesa e ao contraditório, sob pena de estarmos diante de um Estado judicialesco ou uma ditadura judicial. Lembrando as palavras de Rui Barbosa: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”. *Advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)
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Muito além do suportável Não faz muito tempo o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que a economia brasileira estava “no fundo do poço”. Essencialmente, e durante os primeiros nove meses de governo, não foi possível conter despesas no nível necessário e, do lado das receitas, o crescimento foi contingenciado pelo fraco desempenho da economia. Nessas condições e considerados os cortes efetuados no período, algumas esferas críticas da administração pública poderão, a partir do mês de setembro, agora portanto, entrar num processo de paralisação, sem dispor de recursos para atender a suas despesas básicas. Para o ano que vem, sugere as primeiras informações sobre o Orçamento Geral da União, poderá ser pior, com restrições ainda mais fortes que no presente exercício, uma vez que os gastos impositivos deixarão pouca margem para as despesas discricionárias, aquelas que não são obrigatórias. É nessa linha que novos cortes começam a ser esboçados, o que inclui fortemente a área de segurança pública, em que as limitações já existentes nos desobrigam da tentativa de apontar o que o futuro pode Para o ano que nos reservar. vem, sugere Ainda assim as primeiras cabe registrar informações sobre um exemplo ilustrativo e bem o Orçamento Geral próximo. da União, poderá Falaremos do ser pior, com sistema prisional restrições ainda em Minas mais fortes que no Gerais, em tese operado pela presente exercício, soma de recursos uma vez que os estaduais e gastos impositivos federais, num deixarão pouca processo de déficit crescente margem para e continuado. as despesas Segundo discricionárias, informações aquelas que não recentes do Tribunal de são obrigatórias Justiça, nos últimos cinco anos o sistema recebeu, a cada ano, 5 mil novos internos, o que significa, portanto, 25 mil novos presidiários. Um número assustador, fora de propósito principalmente diante da informação de que neste mesmo período nenhuma nova cela foi construída no Estado, que soma uma população carcerária de 75 mil indivíduos, mas dispõe de apenas 37 mil vagas distribuídas em 197 presídios, dos quais 84 já não têm condições de receber sequer um novo presidiário. Foram interditados pela própria Justiça. Diante do exposto no início deste comentário e da observação de que a situação é a mesma, ou até pior em alguns casos, em todo o País, não é nada difícil imaginar o que vem pela frente em matéria de segurança pública. Faltam recursos para a construção e operação de novos presídios, falta gestão na estrutura disponível, tarefa quase impossível nas condições que se apresentam, falta agilidade nos processos burocráticos e na própria Justiça, o que amplia as dificuldades, uma vez que a maioria dos presos está em condição provisória, isto é, não foram julgados e condenados. Cabe lembrar antes de concluir que este é apenas um dos aspectos do problema, que não pode ser abordado sem que seja também lembrada a falta de pessoal, de treinamento e de equipamentos.
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OPINIÃO
Política externa: avanços, retrocessos e ameaças ZILDA MENDES * FLICKR / DIVULGAÇÃO
Em meio a notícias falsas e verdadeiras que maculam a imagem do Brasil no mundo e de ameaças internas e externas produzidas por aqueles que não estão dispostos a resolver os problemas sociais, econômicos, políticos e ambientais do País, a boa nova é que ainda há aqueles que continuam trabalhando, produzindo, criando e buscando melhorar seus resultados. A avaliação sobre os avanços no comércio exterior brasileiro no primeiro semestre deste ano, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), concluiu que, das 22 ações adotadas pelo governo para este segmento, em 13 foram constatados avanços importantes, entre eles a assinatura do acordo com o Uruguai a fim de evitar a bitributação, a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, a adesão do País ao Protocolo de Madrid, que reduz o custo e simplifica o registro de marcas de empresas brasileiras em outros países, e o fim da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras – IOF nas operações de câmbio de exportação. Em algumas das ações do governo foram notados retrocessos, justificados, em parte, pela falta de recursos para dar continuidade à implantação dos módulos de importação e à manutenção do módulo de exportação no Portal Único de Comércio Exterior. A necessidade de consultas públicas para promover alterações nas regras e normas também é apontada como uma das dificuldades para dar andamento às ações que facilitariam e desburocratizariam os processos dos negócios internacionais. Mesmo assim, as mudanças previstas e necessárias estão ocorrendo. Outro avanço que pôde ser constatado foi a aprovação pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara do acordo de salvaguardas tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos, que permite o uso comercial da Base de Alcântara, no Maranhão. Este foi o primeiro passo. Ainda faltam as aprovações da Comissão de Ciência e Tecnologia, da Comissão de Constituição e Justiça, do plenário da Câmara e do Senado, mas não deixa de ser algo positivo. Este acordo vai possibilitar que o Brasil receba recursos dos Estados Unidos pelo uso da base de lançamentos de satélites e foguetes, além de permitir o acesso à tecnologia espacial norte-americana. E no dia em que declarações e discussões sobre as queimadas na Amazônia ferviam nas redes sociais, levando França, Irlanda e Luxemburgo a ameaçarem bloquear e não ratificar o acordo de livre comércio recentemente
No dia em que declarações e discussões sobre as queimadas na Amazônia ferviam nas redes sociais, levando França, Irlanda e Luxemburgo a ameaçarem bloquear e não ratificar o acordo de livre comércio recentemente assinado pelo Mercosul e União Europeia, o governo brasileiro informou que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e os países da European Free Trade (EFTA) foi concluído. A Noruega, que dias antes tinha suspendido os repasses para o Fundo Amazônia porque estava insatisfeita com os novos rumos da política ambiental brasileira, tendo como companhia a Alemanha, que também decidiu suspender os repasses pelo mesmo motivo. assinado pelo Mercosul e União Europeia, o governo brasileiro informou que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e os países da European Free Trade (EFTA) foi concluído. A EFTA é composta pela Suíça, Islândia, Liechtenstein e Noruega. Sim, a Noruega, que dias antes tinha suspendido os repasses para o Fundo Amazônia porque estava insatisfeita com os novos rumos da política ambiental brasileira, tendo como companhia a Alemanha, que também decidiu suspender os repasses pelo mesmo motivo. E, para aumentar o pacote de ameaças, a Finlândia contribuiu propondo impor barreiras para as importações de carne do Brasil, esperando que com esta medida o governo brasileiro cumpra com os acordos ambientais e preserve a Amazônia. Assim como o acordo do Mercosul com a União Europeia, o acordo com a EFTA também
precisa da aprovação dos parlamentos de cada um dos países que o celebram. Seria mais um passo em busca do aumento da participação do Brasil no comércio internacional, mas há o risco de ficar estagnado por algum tempo se as ameaças ao Brasil continuarem. Está claro que a Europa não vive seus melhores dias política e economicamente. Vide os movimentos dos coletes amarelos na França, cujos manifestantes durante meses foram às ruas para mostrar seus descontentamentos contra as medidas econômicas e sociais adotadas pelo governo daquele país, além de destruírem o patrimônio público. Vejam a situação do Reino Unido, que tem aproximadamente dois meses para definir como será sua retirada da União Europeia, e até agora as duas partes não conseguiram chegar a um acordo, se é que existirá algum.
Mais ainda, a desaceleração econômica de potências como a Alemanha e também as questões ambientais no sul da Europa por conta de incêndios recorrentes em Portugal, Espanha e recentemente nas Canárias. Diante destes cenários é natural que alguns líderes saiam em busca de motivos e ações para satisfazerem seus eleitores e seus desafetos e acenar para a possibilidade de adotar medidas protecionistas e defender as causas ambientais. Como estes acordos de livre comércio com o Mercosul não são muito bem aceitos por boa parte dos europeus, principalmente por aqueles que atuam no agronegócio e têm o Brasil como um importante concorrente, deveria haver um bom motivo para não seguirem adiante na sua implantação. As queimadas na Amazônia aconteceram em momento oportuno, pois, alegando que o Brasil não adota medidas para a preservação ambiental, este seria um bom motivo para que medidas protecionistas sejam adotadas ou que os acordos de livre comércio sejam bloqueados mesmo antes de serem ratificados. Assunto de pauta na reunião do G7 em Biarritz, na França, as ameaças ao Brasil só foram amenizadas porque alguns dos governantes que participaram da reunião não concordavam que a questão da Amazônia era motivo para impedir a conclusão do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia, e até ajuda financeira foi oferecida. O tom dos discursos mudou, mas as ameaças são reais e nada garante que algumas sanções, como medidas de precaução, não sejam aplicadas às exportações brasileiras. O estrago à imagem do Brasil já está feito e sabe-se que para reverter esta situação será preciso muito esforço, determinação e paciência de todos que atuam no mercado externo. Isso pode levar algum tempo, que é o que não temos de sobra. *Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua nas áreas de comércio exterior e câmbio
CORREÇÃO
Na capa da edição do DIÁRIO DO COMÉRCIO, de 31 de agosto a 2 de setembro de 2019, por um equívoco, foi publicado que a dívida da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) é de US$ 57 milhões. Na realidade, a dívida é de US$ 57 bilhões.
Lobby e democracia participativa GAUDÊNCIO TORQUATO * Há tempos tramita pelo Congresso projeto para regulamentar o lobby. A última iniciativa é da lavra do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), prevendo a atuação de lobistas perante órgãos e entidades federais, mediante cadastramento. Afinal, que argumentos sustentam a necessidade de regulamentar o lobby? De pronto, a observação: se houvesse transparência sobre o sistema de pressão que existe nos espaços da administração pública por parte de grupos interessados em aprovar normas que os beneficiam, teríamos fenomenal queda nos índices de corrupção. O lobby faz parte de um processo de ajuste da articulação da sociedade organizada junto à esfera político-institucional, significando a tentativa de expandir os canais da democracia participativa. A afirmação é passível de uma saraivada de críticas, pois essa atividade carrega conotação negativa no ambiente político, sendo associado à corrupção, tráfico de influência, manipulação das estruturas, apropriação de fatias do Estado por forças que usam as armas do patrimonialismo. Pincemos a lição de Bobbio: a democracia é o governo do poder público em público, sinalizando, assim, a ideia de “manifestação,
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evidência, visibilidade”, em contraposição à coisa “confinada, escondida, secreta”. Arremate do filósofo: “Onde existe o poder secreto há, também, um antipoder igualmente secreto ou sob a forma de complôs, tramoias.” A intermediação de interesses privados junto à esfera pública é coisa antiga. Faz-se presente nos ciclos históricos, entrando até nos primeiros dicionários da política. Rousseau, no Contrato Social, perorava sobre a oportunidade de cada cidadão participar nos rumos políticos, garantindo haver “inter-relação contínua” do “trabalho das instituições” com as “qualidades psicológicas dos indivíduos que interagem em seu interior”. Ora, esse é o fundamento da democracia participativa, pela qual os cidadãos e suas representações devem ser livres de coerção para influir de maneira autônoma no processo decisório. O lobby bebe nessa fonte. O ideário começou a ser conspurcado à sombra do poder invisível nas entranhas do Estado, pela confluência de interesses espúrios e alianças táticas entre máfias, grupinhos e castas que se alimentam da corrupção. Desse modo, o Estado moral soçobra diante do império imoral. O rompimento dos diques éticos se
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rios, as autarquias e as sedes das Cortes do Judiciário. Nessa malha imbricada, grupos protecionistas, de índole corporativa, reivindicam a salvaguarda de situações e direitos adquiridos, enquanto setores antagônicos tentam transferir uns aos outros ônus e encargos. O jogo é de soma zero. Os lobbies contam com ajuda de grupos incrustados na administração. Poderosos grupo atuam às margens do Estado. Quando se divisa a proposta de legalizar o lobby, nos moldes praticados nos Estados Unidos, a abordagem que emerge é a da transparência. Os lobistas terão nome, endereço e farão uma articulação aberta, escancarando modos de atuação, identificando coletividades representadas e natureza de seus interesses. O marco regulatório diminuirá a taxa de corrupção, ao desvendar o que está por trás das máscaras. A publicidade das ações propiciará distinguir o justo do injusto, o lícito do ilícito, o correto do incorreto, o oportuno do inoportuno, gato de lebre. A democracia estará mais próxima do seu real significado: o regime do poder visível. *Jornalista, professor titular da USP, consultor político e de comunicação
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acentuou nas últimas décadas, por conta da despolitização e desintegração das fronteiras ideológicas, inaugurando o tempo de administração das coisas em substituição ao governo dos homens. A densidade ideológica da competição política tornou-se menos forte e o cerco utilitarista em torno do Estado se expandiu, sob um novo triângulo do poder: os partidos (menos contrastados sob o prisma doutrinário), a burocracia administrativa e os círculos de negócios privados. Desvirtuando-se do ideário original, os lobbies tornaram-se extensões de interesses escusos, fontes de escândalos. Ao lado desses desvios, observa-se saudável movimentação da sociedade organizada, graças à CF/1988, que incentivou a formação de entidades e movimentos. O arrefecimento dos partidos políticos tem induzido milhares de cidadãos a procurar refúgio em núcleos que assumem compromissos com suas expectativas. Neste ponto, houve o encontro de águas limpas com torrentes sujas. O joio misturou-se de tal forma com o trigo. Diferentes tipos de interesse se confundem e conflitam no epicentro das pressões e contrapressões, onde se abrigam as cúpulas do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, os ministé-
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2019
ECONOMIA INDĂšSTRIA AEROESPACIAL
Pratt Whitney investe R$ 60 mi na RMBH Empresa canadense implantarĂĄ, atĂŠ dezembro deste ano, uma unidade em SĂŁo JosĂŠ da Lapa JULIANA SIQUEIRA
Mais de R$ 60 milhĂľes deverĂŁo ser investidos inicialmente na unidade da empresa canadense Pratt Whitney na cidade de SĂŁo JosĂŠ da Lapa, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O governo de Minas Gerais, atravĂŠs das secretarias de Estado de Desenvolvimento EconĂ´mico (Sede) e da Fazenda (SEF) assinou um protocolo de intençþes com a empresa ontem. As expectativas sĂŁo de que a companhia se instale no municĂpio atĂŠ dezembro deste ano. No espaço serĂŁo prestados serviços de manutenção aeronĂĄutica. AlĂŠm disso, tambĂŠm vĂŁo ser comercializados peças, partes, entre outros materiais de reposição e reparo de aeronaves. A princĂpio, deverĂŁo ser gerados 13 empregos diretos e mais 17 indiretos. A unidade ficarĂĄ prĂłximo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, e vai funcionar no terreno da IAS - IndĂşstria de Aviação e Serviços. A empresa ĂŠ, atualmente, uma referĂŞncia na ĂĄrea aeroespacial e pretende ampliar as suas açþes por meio da parceria com a Pratt Whitney. O secretĂĄrio adjunto da Sede, Adriano MagalhĂŁes, ressalta que a vinda da companhia para o Estado valoriza muito o setor aĂŠreo mineiro e faz com que ele seja um destaque inclusive a nĂvel mundial. O profissional frisa, ainda, que o Estado jĂĄ conta
com outros importantes investimentos nesse sentido, como os centros de manutenção da Gol e da Azul, por exemplo. “Temos mĂŁo de obra especializada e um nĂvel de conhecimento altĂssimoâ€?, diz. Para MagalhĂŁes, o fato de a companhia se instalar em Minas Gerais torna o Estado uma referĂŞncia para atrair mais empresas do setor aeroespacial. BenefĂcios - O diretor da AgĂŞncia de Promoção de Investimentos e ComĂŠrcio Exterior de Minas Gerais (Indi), Ronaldo Barquette, ressalta que o investimento da Pratt Whitney ĂŠ algo
DIVULGAĂ‡ĂƒO
significativo. O profissional foca como algumas das vantagens, ainda, a diversificação da economia e a geração de empregos de mais qualificação para o Estado. “A Pratt ĂŠ reconhecida mundialmenteâ€?, enfatiza. “Temos a expectativa de consolidar Minas Gerais como um dos principais polos de manutenção aeronĂĄuticaâ€?, diz. Para isso, ele relata, o Estado tem feito vĂĄrios esforços para promover o setor. Entre as açþes estĂŁo parceria com a BH Airport e o esforço para oferecer pacotes de investimentos que sejam interessantes para
O principal produto de fabricação da canadense Pratt Whitney são motores de aviþes
as organizaçþes, envolvendo um tratamento tributĂĄrio diferenciado. “Temos ido, ainda, atrĂĄs das prĂłprias empresas e
mostramos as diversas vantagens que elas podem ter, inclusive tendo em vista a posição estratĂŠgica do Estadoâ€?, afirma ele. “A
gente trabalha fortemente tambÊm para poder atrair mais voos de carga para Minas Gerais�, salienta o profissional.
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Ouro Preto vai abrigar parque tecnolĂłgico
JULIANA SIQUEIRA
Um novo parque tecnolĂłgico em Ouro Preto deverĂĄ fomentar a economia local, gerando emprego e renda, jĂĄ a partir do primeiro semestre de 2020. A prefeitura da cidade e a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) assinaram, recentemente, um protocolo de intenção para a implantação do complexo no municĂpio. O Inconf.Tech, como foi nomeado, serĂĄ abrigado em uma regiĂŁo de 19.000 m², com 3.444 m² em ĂĄrea construĂda e 12.000 m² para estacionamento e/ou grandes eventos, alĂŠm de contar, ainda, com outros espaços de convivĂŞncia. O lugar abrigava a antiga fĂĄbrica
de tecidos e ĂŠ onde estĂĄ em funcionamento o centro de eventos da cidade, no bairro Caminho da FĂĄbrica. O gerente do setor de tecnologia da informação da prefeitura, Rafael Gomes, destaca que a intenção com o empreendimento ĂŠ diversificar a matriz econĂ´mica do municĂpio. O profissional avalia que Ouro Preto, que sofreu impactos com o rompimento das barragens de rejeitos em Minas Gerais, nĂŁo pode ser mais tĂŁo dependente da mineração. AlĂŠm disso, a iniciativa deverĂĄ, ainda, incentivar a pesquisa, a criação de produtos e a competitividade do segmento industrial no municĂpio. “Ouro Preto jĂĄ tem o privilĂŠgio de ter univer-
sidade renomada, empresas de tecnologia, entre outros pontos positivos. A ideia ĂŠ tambĂŠm reter a mĂŁo de obra dentro da prĂłpria cidade, para que isso se reverta na economiaâ€?, diz. Turismo - O secretĂĄrio de Turismo, IndĂşstria e ComĂŠrcio de Ouro Preto, Felipe Guerra, tambĂŠm destaca a relevância da transformação da economia como resultado que virĂĄ do projeto. AlĂŠm disso, ele afirma, ainda, que o bairro que abrigarĂĄ o empreendimento terĂĄ todo o seu entorno modificado. “Ouro Preto poderĂĄ crescer por lĂĄ, ajudando a modificar, inclusive, a realidade das pessoas que estĂŁo ali. Pretendemos tambĂŠm que o local seja
LEILĂƒO DE IMĂ“VEL Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 - Sala 402 Bairro Estoril - CEP 30494-080 - BH/MG PRESENCIAL E ON-LINE
1Âş LEILĂƒO: 24/09/2019 - 10:00h
CONSTRUTORA CAPARAĂ“ S/A CNPJ 17.202.383/0001-83 / NIRE 3130004465-3 ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 12 DE JULHO DE 2019 DATA, HORA E LOCAL: Aos 12 (doze) dias do mĂŞs de julho de 2019, realizou-se, Ă s 17:00 horas, na sede social da Construtora CaparaĂł S/A (“Companhiaâ€?), localizada na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua ParaĂba, n. 550, 24Âş andar, Bairro FuncionĂĄrios, CEP 30130-141. PUBLICAÇÕES LEGAIS: Dispensadas as publicaçþes legais de convocação, em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas, na forma do §4Âş do art. 124 da Lei n. 6.404/1976. PRESENÇA E INSTALAĂ‡ĂƒO: 9HULÂżFDGD D SUHVHQoD GH DFLRQLVWDV UHSUHVHQWDQGR D WRWDOLGDGH GR FDSLWDO VRFLDO FRQIRUPH DVVLQDWXUDV DSRVWDV DR ÂżQDO GD SUHVHQWH DWD H FRQVWDQWHV GR /LYUR GH 5HJLVWUR GH 3UHVHQoD GH $FLRQLVWDV GD &RPSDQKLD MESA: Presidente: Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł. SecretĂĄria: Daniella Bruzzi Curi Oliveira. ORDEM DO DIA: (i) Aceitar a renĂşncia de Maria Cristina Oliveira Moura Valle ao cargo de Diretora Vice Presidente e de Produtos da Companhia. (ii) Eleição de Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł para o cargo de Diretora Vice-Presidente e de Produtos da Companhia, em substituição Ă Diretora renunciante. DELIBERAÇÕES: Instalada a Assembleia e feitas a leitura e discussĂŁo da Ordem do Dia, as seguintes deliberaçþes foram discutidas e aprovadas pelos acionistas presentes Ă Assembleia, representando a totalidade do capital social da Companhia: (i) RenĂşncia de Maria Cristina Oliveira Moura Valle do cargo de Diretora Vice Presidente e de Produtos da Companhia. Os acionistas, por unanimidade, deliberaram por aceitar a renĂşncia de Maria Cristina Oliveira Moura Valle, brasileira, casada, arquiteta, portadora do documento de identidade n. 23.655.291-0, expedido pela SSP/SP, inscrita no CPF sob o n. 580.344.046-91, residente na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, na Rua Fernandes Tourinho, n. 893, apto. 1.600, bairro FuncionĂĄrios, CEP 30112-000, do cargo de Diretora Vice Presidente e de Produtos da Companhia, cujo mandato teve inĂcio em 16 de janeiro de 2019, conforme cĂłpia da Carta de RenĂşncia encaminhada para a Companhia em 12 de julho de 2019. (ii) Eleição de Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł para o cargo de Diretora Vice-Presidente e de Produtos da Companhia. Em substituição Ă Diretora renunciante, os acionistas aprovam a eleição de Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł, brasileira, casada, administradora, portadora do documento de identidade n. MG-499.203, expedida pela SSP/MG, inscrita no CPF sob o n. 436.076.166-04, residente na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, na Rua Fernandes Tourinho, n. 782, apto. 204, bairro Savassi, CEP 30112-011, para o cargo de Diretora Vice Presidente e de Produtos da Companhia, cujo mandato tem inĂcio na presente data e termina em 1Âş de janeiro de 2022. A Diretora eleita toma posse de seu cargo neste ato, e assina o respectivo Termo de Posse, lavrado no Livro de Registro de Atas de ReuniĂľes GD 'LUHWRULD GD &RPSDQKLD QRV WHUPRV GR DUWLJR GD /HL VXEVFUHYHQGR HVWD DWD FRPR IRUPD GH UDWLÂżFDU VXD posse, sendo investida de todos os poderes necessĂĄrios Ă administração, para cumprir o mandato, observadas as disposiçþes da lei e do Estatuto Social da Companhia. Declaração de desimpedimento. A Diretora ora eleita aceita o cargo e declara, VRE DV SHQDV GD OHL SDUD ÂżQV GR GLVSRVWR QRV SDUiJUDIRV o a 4o do art. 147 da Lei 6.404/1976, e, no inciso II do art. 37, da Lei 8.934/1994, ciente de que qualquer declaração falsa importa responsabilidade criminal, que (i) nĂŁo estĂĄ impedida por lei especial, ou condenada por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato, contra a economia SRSXODU FRQWUD R VLVWHPD ÂżQDQFHLUR QDFLRQDO FRQWUD DV QRUPDV GH GHIHVD GD FRQFRUUrQFLD FRQWUD DV UHODo}HV GH FRQVXPR D Ip pĂşblica ou a propriedade, ou a pena ou condenação criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos ou que os impeça de exercer atividades empresariais ou a administração de sociedades empresariais; (ii) possui reputação ilibada; e, (iii) nĂŁo ocupa cargo em sociedade que possa ser considerada concorrente da Companhia, e nĂŁo tem interesse FRQĂ€LWDQWH FRP R GD &RPSDQKLD 3DUD RV ÂżQV GR DUWLJR † ž GD /HL GDV 6RFLHGDGHV SRU $o}HV GHFODUD TXH UHFHEH eventuais citaçþes e intimaçþes em processos administrativos e judiciais relativos a atos de sua gestĂŁo no endereço indicado acima, sendo que eventual alteração serĂĄ comunicada por escrito Ă Companhia. ARQUIVAMENTO E PUBLICAÇÕES: 3RU ÂżP RV DFLRQLVWDV GHOLEHUDUDP R DUTXLYDPHQWR GHVWD DWD SHUDQWH R 5HJLVWUR GH (PSUHVDV H TXH DV SXEOLFDo}HV OHJDLV VHMDP feitas e os livros societĂĄrios transcritos. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a ser tratado, observadas as formalidades legais, lavrou-se esta ata em livro prĂłprio, a qual foi lida, aprovada por unanimidade e assinada por todos os presentes: Mesa: Presidente: Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł; SecretĂĄria: Daniella Bruzzi Curi Oliveira. Acionistas presentes: Ney Moreira Bruzzi, Maria Apparecida Gontijo Bruzzi, Juliana Gontijo Bruzzi, Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł, Thereza Cristina Gontijo Bruzzi Curi e Daniel Gontijo Bruzzi &HUWLÂżFDPRV TXH D SUHVHQWH p FySLD ÂżHO GD DWD ODYUDGD HP OLYUR SUySULR Mesa: Isabela Gontijo Bruzzi BerquĂł - Presidente; Daniella Bruzzi Curi Oliveira - SecretĂĄria. -8&(0* &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP 3URWRFROR HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
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2Âş LEILĂƒO: 26/09/2019 - 10:00h
EDITAL DE LEILĂƒO Fernanda de Mello Franco, /HLORHLUD 2Âż FLDO 0DW -8&(0* Qž GHYLGDPHQWH DXWRUL]DGD SHOR FUHGRU Âż GXFLiULR DEDL[R TXDOLÂż FDGR ID] VDEHU TXH QD IRUPD GD /HL Qž H GR 'HFUHWR OHL Qž OHYDUi D /(,/Â2 3Ă’%/,&2 GH PRGR Presencial e Online R LPyYHO D VHJXLU FDUDFWHUL]DGR QDV VHJXLQWHV FRQGLo}HV IMĂ“VEL &DVD GR %ORFR GR 5HVLGHQFLDO 9LOODJH 9LYHUH FRP iUHD SULYDWLYD GH PĂ° iUHD UHDO GH XVR FRPXP GH GLYLVmR SURSRUFLRQDO GH PĂ° WRWDOL]DQGR XPD iUHD GH PĂ° H VXD FRUUHVSRQGHQWH IUDomR LGHDO GH GR WHUUHQR H GDV FRLVDV FRPXQV $ FDVD WHP GLUHLWR DR XVR GDV YDJDV GH JDUDJHP QžV H LQVHULGDV QD iUHD GH XVR FRPXP GR HGLItFLR 2 LPyYHO HVWi ORFDOL]DGR QD 5XD -RVp 6LOYHLUD Qž GR %DLUUR GRV %XULWLV VLWXDGR QR WHUUHQR FRQVWLWXtGR SHORV ORWHV D GR TXDUWHLUmR GR PHVPR EDLUUR &RQIRUPH $9 IRUDP FRQFHGLGRV R KDELWH VH H D EDL[D GH FRQVWUXomR $9 FRQVWD TXH DV YDJDV GH JDUDJHP GH QžV H HVWmR LQVHULGDV QD iUHD SULYDWLYD GD UHIHULGD XQLGDGH H QmR FRPR FRQVWRX DFLPD ,PyYHO REMHWR GD 0DWUtFXOD Qž GR ƒ 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GH %HOR +RUL]RQWH 0* 2EV ,PyYHO RFXSDGR 'HVRFXSDomR SRU FRQWD GR DGTXLUHQWH QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL DATA DOS LEILĂ•ES: 1Âş LeilĂŁo: dia 24/09/2019, Ă s 10:00 horas, e 2Âş LeilĂŁo dia 26/09/2019, Ă s 10:00 horas. LOCAL: Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 – Sala 402 – Estoril – CEP 30494-080 Âą %HOR +RUL]RQWH 0*. DEVEDOR(ES) FIDUCIANTE(S) ('8$5'2 )(55(,5$ '( /$&(5'$ EUDVLOHLUR DGYRJDGR QDVFLGR HP SRUWDGRU GD &DUWHLUD 3URÂż VVLRQDO Qž H[SHGLGR SHOD 2$% 0* HP TXH FRQVWD R 5* 0* 3& 0* H &3) H /8&,$1$ $/9(6 3,1+(,52 '( /$&(5'$ EUDVLOHLUD DGYRJDGD QDVFLGD HP SRUWDGRUD GD &DUWHLUD 3URÂż VVLRQDO Qž H[SHGLGR SHOD 2$% 0* HP TXH FRQVWD R 5* 0 663 0* H &3) FDVDGRV HQWUH VL VRE R UHJLPH GH FRPXQKmR SDUFLDO GH EHQV HP SRVWHULRU j YLJrQFLD GD /HL Qž UHVLGHQWHV H GRPLFLOLDGRV QD $YHQLGD 3URWDVLR GH 2OLYHLUD 3HQQD Qž $S %DLUUR %XULWLV %HOR +RUL]RQWH 0* &(3 CREDOR FIDUCIĂ RIO: Banco Inter S/A, CNPJ: 00.416.968/0001-01. DO PAGAMENTO: 1R DWR GD DUUHPDWDomR R DUUHPDWDQWH GHYHUi HPLWLU FKHTXH FDXomR QR YDORU GH GR ODQFH 2 SD JDPHQWR LQWHJUDO GD DUUHPDWDomR GHYHUi VHU UHDOL]DGR HP DWp KRUDV PHGLDQWH GHSyVLWR HP FKHTXH RX 7(' QD FRQWD GR FRPLWHQWH YHQGHGRU D VHU LQGLFDGD SHOD OHLORHLUD VRE SHQD GH SHUGD GR VLQDO GDGR $SyV D FRPSHQVDomR GRV YDORUHV R FKHTXH FDXomR VHUi UHVJDWDGR SHOR DUUHPDWDQWH DOS VALORES: 1Âş leilĂŁo: R$ 774.336,07 (Setecentos e setenta e quatro mil, trezentos e trinta e seis reais e sete centavos) 2Âş leilĂŁo: R$ 511.455,48 (Quinhentos e onze mil, quatrocentos e cinquenta e cinco reais e quarenta e oito centavos ), FDOFXODGRV QD IRUPD GR DUW † ž H DUW SDUiJUDIRV ž ž H ž GD /HL Qž 2V YDORUHV HVWmR DWXDOL]DGRV DWp D SUHVHQWH GDWD SRGHQGR VRIUHU DOWHUDo}HV QD RFDVLmR GR OHLOmR COMISSĂƒO DA LEILOEIRA: &DEHUi DR DUUHPDWDQWH R SDJDPHQWR GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD QR YDORU GH FLQFR SRU FHQWR GD DUUHPD WDomR D VHU SDJD j YLVWD QR DWR GR OHLOmR FXMD REULJDomR VH HVWHQGHUi LQFOXVLYH DR V GHYHGRU HV Âż GXFLDQWH V QD IRUPD GD lei. DO LEILĂƒO ONLINE: 2 V GHYHGRU HV Âż GXFLDQWH V VHUi mR FRPXQLFDGR V GDV GDWDV KRUiULRV H ORFDO GH UHDOL]DomR GRV OHLO}HV SDUD QR FDVR GH LQWHUHVVH H[HUFHU HP R GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD QD DTXLVLomR GR LPyYHO SHOR YDORU GD GtYLGD DFUHVFLGD GRV HQFDUJRV H GHVSHVDV QD IRUPD HVWDEHOHFLGD QR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL LQFOXtGR SHOD OHL 2V LQWHUHVVDGRV HP SDUWLFLSDU GR OHLOmR GH PRGR RQOLQH GHYHUmR FDGDVWUDU VH QR VLWH ZZZ IUDQFROHLORHV FRP EU H VH KDELOLWDU DFHVVDQGR D RSomR Âł+DELOLWH VH´ FRP DQWHFHGrQFLD GH KRUD DQWHV GR LQtFLR GR OHLOmR SUHVHQFLDO MXQWDPHQWH FRP RV GRFXPHQWRV GH LGHQWLÂż FDomR LQFOXVLYH GR UHSUHVHQWDQWH OHJDO TXDQGR VH WUDWDU GH SHVVRD MXUtGLFD FRP H[FHomR GR V GHYHGRU HV Âż GXFLDQWH V TXH SRGHUi mR DGTXLULU R LPyYHO SUHIHUHQFLDOPHQWH HP ž RX ž OHLOmR FDVR QmR RFRUUD R DUUHPDWH QR SULPHLUR QD IRUPD GR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL GHYHQGR DSUHVHQWDU PDQLIHVWDomR IRUPDO GR LQWHUHVVH QR H[HUFtFLR GD SUHIHUrQFLD DQWHV GD DUUHPDWDomR HP OHLOmR OBSERVAÇÕES: 2 DUUHPDWDQWH VHUi UHVSRQViYHO SHODV SURYL GrQFLDV GH GHVRFXSDomR GR LPyYHO QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL 2 V LPyYHO L V VHUi mR YHQGLGR V QR HVWDGR HP TXH VH HQFRQWUDP ItVLFD H GRFXPHQWDOPHQWH HP FDUiWHU ÂłDG FRUSXV´ VHQGR TXH DV iUHDV PHQFLR QDGDV QRV HGLWDLV FDWiORJRV H RXWURV YHtFXORV GH FRPXQLFDomR VmR PHUDPHQWH HQXQFLDWLYDV H DV IRWRV GRV LPyYHLV GLYXOJDGDV VmR DSHQDV LOXVWUDWLYDV 'HVVD IRUPD KDYHQGR GLYHUJrQFLD GH PHWUDJHP RX GH iUHD R DUUHPDWDQWH QmR WHUi GLUHLWR D H[LJLU GR 9(1'('25 QHQKXP FRPSOHPHQWR GH PHWUDJHP RX GH iUHD R WpUPLQR GD YHQGD RX R DEDWLPHQWR GR SUHoR GR LPyYHO VHQGR UHVSRQViYHO SRU HYHQWXDO UHJXODUL]DomR DFDVR QHFHVViULD QHP DOHJDU GHVFRQKHFLPHQWR GH VXDV FRQGLo}HV HYHQWXDLV LUUHJX ODULGDGHV FDUDFWHUtVWLFDV FRPSDUWLPHQWRV LQWHUQRV HVWDGR GH FRQVHUYDomR H ORFDOL]DomR GHYHQGR DV FRQGLo}HV GH FDGD LPyYHO VHU SUpYLD H ULJRURVDPHQWH DQDOLVDGDV SHORV LQWHUHVVDGRV &RUUHUmR SRU FRQWD GR DUUHPDWDQWH WRGDV DV GHVSHVDV UHOD WLYDV j DUUHPDWDomR GR LPyYHO WDLV FRPR WD[DV DOYDUiV FHUWLG}HV IRUR H ODXGrPLR TXDQGR IRU R FDVR HVFULWXUD HPROXPHQWRV FDUWRUiULRV UHJLVWURV HWF 7RGRV RV WULEXWRV GHVSHVDV H GHPDLV HQFDUJRV LQFLGHQWHV VREUH R LPyYHO HP TXHVWmR LQFOXVLYH HQFDUJRV FRQGRPLQLDLV DSyV D GDWD GD HIHWLYDomR GD DUUHPDWDomR VmR GH UHVSRQVDELOLGDGH H[FOXVLYD GR DUUHPDWDQWH O arrematante serĂĄ responsĂĄvel por realizar a devida due diligence no imĂłvel de seu interesse para obter informaçþes sobre eventuais açþes, ainda que nĂŁo descritas neste edital. &DVR DR Âż QDO GD DomR MXGLFLDO UHODWLYD DR LPyYHO DUUHPDWDGR GLV WULEXtGD DQWHV RX GHSRLV GD DUUHPDWDomR VHMD LQYDOLGDGD D FRQVROLGDomR GD SURSULHGDGH H RX RV OHLO}HV S~EOLFRV SURPRYLGRV SHOR YHQGHGRU H RX D DGMXGLFDomR HP IDYRU GR YHQGHGRU D DUUHPDWDomR VHUi DXWRPDWLFDPHQWH UHVFLQGLGD DSyV R WUkQVLWR HP MXOJDGR GD DomR VHQGR GHYROYLGR R YDORU UHFHELGR SHOD YHQGD LQFOXtGD D FRPLVVmR GR OHLORHLUR H RV YDORUHV FRPSURYDGDPHQWH GHVSHQGLGRV SHOR DUUHPDWDQWH j WtWXOR GH GHVSHVDV GH FRQGRPtQLR H LPSRVWR UHODWLYR j SURSULHGDGH LPRELOLiULD A mera existĂŞncia de ação judicial ou decisĂŁo judicial nĂŁo transitada em julgado, nĂŁo enseja ao arrematante o direito Ă desistĂŞncia da arrematação. 2 DUUHPDWDQWH SUHVHQWH SDJDUi QR DWR R SUHoR WRWDO GD DUUHPDWDomR H D FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRUUHVSRQGHQ WH D VREUH R YDORU GH DUUHPDWH H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH FKHTXHV 2 SURSRQHQWH YHQFHGRU SRU PHLR GH ODQFH RQ OLQH WHUi SUD]R GH KRUDV GHSRLV GH FRPXQLFDGR H[SUHVVDPHQWH GR r[LWR GR ODQFH SDUD HIHWXDU R SDJDPHQWR H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH 7(' H RX FKHTXHV GD WRWDOLGDGH GR SUHoR H GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRQIRUPH HGLWDO 2 QmR SDJDPHQWR GRV YD ORUHV GH DUUHPDWDomR EHP FRPR GD FRPLVVmR GD /HLORHLUD QR SUD]R GH DWp YLQWH H TXDWUR KRUDV FRQWDGDV GD DUUHPDWDomR FRQÂż JXUDUi GHVLVWrQFLD RX DUUHSHQGLPHQWR SRU SDUWH GR D DUUHPDWDQWH Âż FDQGR HVWH D REULJDGR D D SDJDU R YDORU GD FRPLV VmR GHYLGD D /HLORHLUD FLQFR SRU FHQWR VREUH R YDORU GD DUUHPDWDomR SHUGHQGR D IDYRU GR 9HQGHGRU R YDORU FRUUHVSRQ GHQWH D YLQWH SRU FHQWR GR ODQFH RX SURSRVWD HIHWXDGD GHVWLQDGR DR UHHPEROVR GDV GHVSHVDV LQFRUULGDV SRU HVWH 3RGH Ui D /HLORHLUD HPLWLU WtWXOR GH FUpGLWR SDUD D FREUDQoD GH WDLV YDORUHV HQFDPLQKDQGR R D SURWHVWR SRU IDOWD GH SDJDPHQWR VH IRU R FDVR VHP SUHMXt]R GD H[HFXomR SUHYLVWD QR DUWLJR GR 'HFUHWR Qž $R FRQFRUUHU SDUD D DTXLVLomR GR LPyYHO SRU PHLR GR SUHVHQWH OHLOmR Âż FDUi FDUDFWHUL]DGD D DFHLWDomR SHOR DUUHPDWDQWH GH WRGDV DV FRQGLo}HV HVWLSXODGDV QHVWH HGLWDO $V GHPDLV FRQGLo}HV REHGHFHUmR DR TXH UHJXOD R 'HFUHWR Qƒ GH GH RXWXEUR GH FRP DV DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHOR 'HFUHWR Qƒ GH ƒ GH IHYHUHLUR GH TXH UHJXOD D SURÂż VVmR GH /HLORHLUR 2Âż FLDO 0DLRUHV LQIRUPDo}HV RX SHOR H PDLO FRQWDWR#IUDQFROHLORHV FRP EU %HOR +RUL]RQWH 0* W W W .francoleiloes.com.br
EDITAL DE LEILĂƒO PRESENCIAL E ON-LINE DATA 1Âş LEILĂƒO 17/09/19 Ă€S 15H30 - DATA 2Âş LEILĂƒO 20/09/19 Ă€S 15H30 Vicente de Paulo Albuquerque Costa Filho, Leiloeiro Oficial inscrito na JUCESP sob nÂş 1086, faz saber, atravĂŠs do presente Edital, que devidamente autorizado pelo Banco Bradesco S/A - inscrito no CNPJ sob nÂş 60.746.948/0001-12, promoverĂĄ a venda em LeilĂŁo (1Âş ou 2Âş) do imĂłvel abaixo descrito, nas datas, hora e local infra citados, na forma da Lei 9.514/97. Local da realização dos leilĂľes presencias e on-line: EscritĂłrio do Leiloeiro, situado na Praça dos OmaguĂĄs, 98 - Pinheiros, SĂŁo Paulo-SP., e via site www.leilaovip. com.br. Localização dos imĂłveis: Contagem-MG. Bairro do Cabral. Alameda das Patativas, 334. Edificio Rhodes. Ap. 202. Ă rea priv.: 49,91m². Matr.: 136.843 do RI local. Obs.: Eventuais dĂŠbitos condominiais em aberto, sejam eles de qualquer natureza, serĂŁo de responsabilidade do comprador. Ocupado (AF). 1Âş LeilĂŁo: 17/09/2019, Ă s 15:30h. Lance mĂnimo: R$ 264.348,22. 2Âş LeilĂŁo: 20/09/2019, Ă s 15:30h. Lance mĂnimo: R$ 241.000,11 (caso nĂŁo seja arrematado no 1Âş leilĂŁo). Condição de pagamento: Ă vista, mais comissĂŁo de 5% ao Leiloeiro. Da participação on-line: O interessado deverĂĄ efetuar o cadastramento prĂŠvio perante o Leiloeiro, com atĂŠ 1 hora de antecedĂŞncia ao evento. O Fiduciante serĂĄ comunicado das datas, horĂĄrios e local de realização dos leilĂľes, para no caso de interesse, exercer o direito de preferĂŞncia na aquisição do imĂłvel, pelo valor da dĂvida, acrescida dos encargos e despesas, na forma estabelecida no parĂĄgrafo 2Âş-B do artigo 27 da lei 9.514/97, incluĂdo pela lei 13.465 de 11/07/2017. Os interessados devem consultar as condiçþes de pagamento e venda dos imĂłveis disponĂveis nos sites: www.bradesco.com.br e www.leilaovip.com.br. Para mais informaçþes - tel.: 0800 717 8888 ou 11-3093-5252. Vicente de Paulo Albuquerque Costa Filho - Leiloeiro Oficial JUCESP nÂş 1086
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(31) 3360-4030
visitado por turistasâ&#x20AC;?, afirma. com profissionais especializados e a universidade poderĂĄ Organizaçþes - Gomes res- levar atĂŠ ele a competĂŞncia da salta que muitas empresas jĂĄ inovação. â&#x20AC;&#x153;Isso contribui para demonstraram interesse em a geração de novas tecnologias usar o parque tecnolĂłgico e impulsiona o crescimento como sede, inclusive algumas da regiĂŁoâ&#x20AC;?, analisa. A prefeitura vai publicar, situadas atualmente na capital nos prĂłximos dias, um Edimineira. O gerente do setor de tec- tal de Chamamento PĂşblico nologia da informação da para uma Organização da prefeitura avalia que hĂĄ uma Sociedade Civil de Interesboa organização para rece- se PĂşblico (Oscip) realizar ber esses empreendimentos, a gestĂŁo transitĂłria entre o â&#x20AC;&#x153;como a lei de incentivo para Centro de Eventos e o Parque empresas de base tecnolĂłgica TecnolĂłgico. se instalarem no municĂpioâ&#x20AC;?, Um grupo de trabalho diz. formado por representantes da prefeitura, Ufop, Câmara Na prĂĄtica - A prĂł-reitora Municipal de Ouro Preto, adjunta de pesquisa e pĂłs- Instituto Federal de Minas -graduação da Ufop, Renata Gerais (IFMG) e AgĂŞncia Cota, afirma que para a uni- de Desenvolvimento EconĂ´versidade o projeto ĂŠ muito mico e Social de Ouro Preto importante. â&#x20AC;&#x153;Ă&#x2030; um espaço (Adop) serĂĄ responsĂĄvel por para fazer a interface da ci- coordenar e supervisionar ĂŞncia bĂĄsica com a ciĂŞncia a implantação do parque, aplicadaâ&#x20AC;?, ressalta. conforme o decreto de nĂşA profissional frisa que o mero 5.385 assinado em maio parque tecnolĂłgico vai contar deste ano. ANDRĂ&#x2030; LUIZ MARTINS Torna pĂşblico, conforme determina a Lei Municipal nÂş 5.540/2013, que apresentarĂĄ Ă Pefeitura Municipal de Betim o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para implantação de empreendimento com as seguintes caracterĂsticas: USO: Residencial - NĂ&#x161;MERO DE UNIDADES/LOTES NĂ&#x192;O RESIDENCIAIS: 00 NĂ&#x161;MERO DE UNIDADES/LOTES RESIDENCIAIS: 04 - NĂ&#x161;MERO MĂ XIMO DE PAVIMENTOS PREVISTOS: 01 - Ă REA TOTAL UTILIZADA: 720 m². Para o seguinte endereço: Rua Uberaba, lote 09 e 10, quadra 36, Bairro MarimbĂĄ, Betim/MG. ConIRUPH GHWHUPLQD D /HL 0XQLFLSDO QÂ&#x17E; R UHIHULGR HVWXGR ÂżFDUi j GLVSRVLomR de qualquer pessoa para consulta na Diretoria de PolĂticas Urbanas â&#x20AC;&#x201C; DPURB, apĂłs abertura do respectivo Processo Administrativo. Betim, 25 de Agosto de 2019. SINDICATO DAS INDĂ&#x161;STRIAS DE ARTEFATOS E BENEFICIAMENTO DE BORRACHA E ELASTĂ&#x201D;MEROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EDITAL DE CONVOCAĂ&#x2021;Ă&#x192;O Ficam os Associados Regulares do 6LQGLFDWR GDV ,QG~VWULDV GH $UWHIDWRV H %HQHÂżFLDPHQWR GH %RUUDFKD H (ODVW{PHURV QR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV convocados para uma Assembleia Geral a se realizar no dia 22 (vinte e dois) de outubro de 2019 no perĂodo de 09:00 Ă s 15:00 horas, na Avenida do Contorno, 4456, no municĂpio de Belo Horizonte - MG, para eleição da Diretoria, Conselho Fiscal, Delegados junto ao Conselho de Representantes da FIEMG e seus respectivos suplentes, devendo o registro de chapas ser apresentado na sede do Sindicato, no perĂodo de 20 (vinte) dias a contar da data de publicação deste aviso. A impugnação dos candidatos poderĂĄ ser feita no prazo de 05 (cinco) dias, a contar da divulgação da relação das chapas registradas. Belo Horizonte , 03 de setembro de 2019. 52/$1' 0$5,$ +(15< 7+20$6 */2%/,56&+ )5(,+(55 921 85%$1- PRESIDENTE.
6,1',&$72 '2 &20e5&,2 '( &217$*(0 ( ,%,5,7e Âą (',7$/ Âą &2192&$ dÂ2 '( $66(0%/e,$ *(5$/ (;75$25',1Ă&#x2C6;5,$ â&#x20AC;&#x201C; Em obediĂŞncia ao Estatuto SoFLDO GD (QWLGDGH H GHPDLV OHJLVODo}HV YLJHQWHV SHOR SUHVHQWH (GLWDO ÂżFDP FRQYRFDGRV WRGRV os representados quites e no gozo de seus direitos sindicais para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada no dia 10 de Setembro de 2019, Ă s 14h00 em primeira convocação, para tratar da seguinte ordem do dia: Examinar, discutir e deliberar sobre o rateio da Contribuição Confederativa. Caso nĂŁo haja comparecimento legal, a Assembleia serĂĄ instalada em segunda convocação Ă s 14h30 deste mesmo dia e no mesmo local com qualquer nĂşmero de convocados presentes. Contagem, 03 de Setembro de 2019. SINDICATO DO COMĂ&#x2030;RCIO DE CONTAGEM E IBIRITĂ&#x2030; â&#x20AC;&#x201C; Presidente Frank Sinatra Santos Chaves â&#x20AC;&#x201C; CPF nÂş 232.343.776-34.
SEGUNDA SECRETARIA DE JUĂ?ZO - COMARCA DE FRUTAL PRAZO: TRINTA (30) DIAS EDITAL DE CITAĂ&#x2021;Ă&#x192;O O Dr. AndrĂŠ Ricardo Botasso, Juiz de Direito da 2ÂŞ Vara CĂvel da Comarca de Frutal Estado de Minas Gerais, na forma da lei, etc. FAZ SABER aos que o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, com prazo de TRINTA (30) dias, que por este JuĂzo e Segunda Secretaria tramitam os termos de uma AĂ&#x2021;Ă&#x192;O DE BUSCA E APREENSĂ&#x192;O - Processo n°. 0271.12.003879-6, requerida por BANCO PANAMERICANO S/A (CNPJ N° 59.285.411/0001-13) contra JOSĂ&#x2030; CARLOS FRANCO DA COSTA. Pelo presente edital, CITA o rĂŠu JOSĂ&#x2030; CARLOS FRANCO DA COSTA, inscrito no CPF sob o n°. 259.936.906-15, que se encontra em lugar incerto e nĂŁo sabido, dos termos da ação proposta, para oferecer contestação no prazo de 15 (quinze) dias. Ficando advertida, outrossim, que nĂŁo sendo contestada a ação, presumir-se-ĂŁo aceitos como verdadeiras as alegaçþes de fato formuladas pelo autor na petição inicial. Bem como, INTIMA acerca do deferimento da liminar e sua efetivação da medida com a busca e apreensĂŁo do veĂculo: marca SCANIA, modelo T-124 GA 360 4X2 NZ BAS. 2P, Chassi n° 9BST4X2A0X3508181, ano de fabricação 1999 e modelo 19999, cor VERMELHA, placa n° CPI-0670, renavam 714617121. PoderĂĄ, ainda, sem prejuĂzo de eventual resposta, caso entenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição, pagar a integralidade da dĂvida pendente, no prazo de 05 (cinco) dias da execução da liminar, segundo os valores apresentados pelo autor na petição inicial, e para que chegue ao conhecimento de todos e ninguĂŠm possa alegar ignorância, mandou expedir o presente edital que VHUi DÂż[DGR H SXEOLFDGR QD IRUPD GD /HL 'DGR H SDVVDGR QHVWD &LGDGH H &RPDUFD GH )UXWDO (VWDGR GH 0LQDV Gerais, aos 30 (trinta) dias do mĂŞs de abril de 2019. Eu Neucelena dos Santos Barbosa Batista, Escrevente Judicia na Secretaria, digitei e subscrevi. ANDRE RICARDO BOTASSO Juiz de Direito da 2ÂŞ Vara CĂvel.
ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S.A. CNPJ/MF nÂş 17.262.213/0001-94 â&#x20AC;&#x201C; NIRE: 3130009183-0 Ato da Diretoria realizado no dia 19 de agosto de 2019. Data, Hora e Local: Aos 19 (dezenove) dias do mĂŞs de agosto de 2019, Ă s 15h (quinze horas), na sede social, em Belo Horizonte â&#x20AC;&#x201C; MG, na Av. do Contorno, nÂş 8.123, Cidade Jardim, CEP 30110-937. Presenças: Diretor Presidente, Ricardo Coutinho de Sena e o Presidente da Unidade de Construção, Marcelo Marcante. Deliberaçþes: (i) Alterar a denominação social da Sucursal da Companhia localizada nos Estados Unidos Mexicanos para Andrade Gutierrez Engenharia S/A â&#x20AC;&#x201C; Sucursal MĂŠxico; (ii) de conformidade com o disposto no § 2Âş do Artigo 8Âş do Estatuto Social, resolvem os diretores nomear como representante legal da Sucursal da Companhia nos Estado Unidos Mexicanos o Sr. Hamilton LibĂłrio Agle, brasileiro, divorciado, engenheiro civil, CI nÂş 63.472.746-1/SSPSP, CPF/MF nÂş 580.300.265-87, passaporte n° FP336907, emitido pela RepĂşblica Federativa do Brasil, residente e domiciliado em SĂŁo Paulo â&#x20AC;&#x201C; SP, Brasil, com os poGHUHV QHFHVViULRV DR ÂżHO FXPSULPHQWR GDV VXDV UHVSHFWLYDV IXQo}HV 1DGD PDLV KDYHQGR D VHU tratado, foi encerrada a reuniĂŁo da qual se lavrou este ato que, lido e aprovado, vai assinada por todos. Assinaturas: Ricardo Coutinho de Sena e Marcelo Marcante. Confere com a original lavrada no livro prĂłprio. Marcelo Marcante â&#x20AC;&#x201C; Presidente da Unidade de Construção. Junta ComerFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV Âą &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R QÂ&#x17E; HP GD (PSUHVD Andrade Gutierrez Engenharia S/A, NIRE 3130009183-0 e protocolo 19/371.864-2 - 22/08/2019. D 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO
Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro MAT. JUCEMG nÂş 507 torna pĂşblico que realizarĂĄ leilĂŁo online no Portal: www.gpleiloes.com.br e presencial na Av. N Sra. do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/MG, LeilĂŁo: 27/09/2019 Ă s 10:00hs, para venda de imĂłveis. Comitente: Banco Inter S.A. e outros. Normas p/ participação registradas no CartĂłrio do 1Âş OfĂcio de Reg. de TĂtulos e Docs. de BH, nÂş 01419286. Info. e edital no site: www. gpleiloes.com.br ou pelo tel.: 31 3241-4164.
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2019
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ECONOMIA COMÉRCIO EXTERIOR
Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 3,2 bi Exportações aumentaram 8,5% em agosto, informa o Ministério da Economia Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,284 bilhões em agosto, melhor saldo para o período desde 2017, informou o Ministério da Economia, num mês em que as importações caíram mais que as exportações. O dado veio em linha com expectativa de um saldo positivo de US$ 3,2 bilhões, conforme pesquisa Reuters com analistas. Em agosto, as exportações tiveram um recuo de 8,5% sobre igual mês do ano passado, pela média diária, a US$ 18,853 bilhões. Já as importações tiveram uma retração maior, de 13,3% na mesma base de comparação, a US$ 15,569 bilhões. “Essa redução é influenciada por base de comparação alta”, afirmou o subsecretário de Inteligência Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão. Ele lembrou que, em agosto de 2018, houve operação de exportação de plataforma de petróleo no valor de US$ 1,3 bilhão e uma operação de importação do mesmo tipo de US$ 2 bilhões. Desconsideradas essas transações, a queda nas exportações em agosto deste ano sobre um ano antes teria sido de 2,7% e nas importações, de 2,6%.
“Ainda uma redução na casa de 2%”, pontuou Brandão. Em relação às exportações, ele atribuiu a performance no vermelho à redução nos embarques de soja, commodity que apresenta preços menores este ano, além de volume exportado menor, diante de menor demanda mundial pelo grão em função de problema sanitário no rebanho suíno chinês. O subsecretário também lembrou que as vendas de automóveis caíram, afetadas pela crise na Argentina. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a balança comercial ficou positiva em US$ 31,759 bilhões, retração de 12,9% sobre igual período do ano passado, também pelo critério da média diária. De janeiro a agosto, as exportações exibiram um recuo de 5,2%, ao passo que as importações caíram 2,8%. Os números contrastam com expectativas traçadas pelo governo no início do ano, quando previa menor superávit comercial por conta de um crescimento maior das importações que das exportações, com a esperada recuperação econômica puxando o apetite por importados. De lá para cá, as perspectivas para a atividade foram
se deteriorando, enquanto o mundo deu mostras de desaceleração, afetado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. “Você tem cenário externo desafiador com desaquecimento da demanda mundial. O que esperamos é que o Brasil continue competitivo e que isso seja passageiro”, afirmou Brandão. Questionado se o desgaste da imagem do País no exterior como resultado das queimadas na região amazônica já teria tido algum reflexo nas trocas comerciais, ele disse que ainda é cedo para qualquer análise desta natureza. “A gente fechou dado hoje da balança. Qualquer eventual barreira não afeta imediatamente o comércio, talvez nos próximos meses eu possa fazer uma análise mais apurada disso”, comentou. Para o resultado consolidado do ano, a expectativa de analistas ouvidos pelo Banco Central na mais recente pesquisa Focus é de um saldo positivo de US$ 52,35 bilhões nas trocas comerciais, abaixo do superávit de US$ 58,03 bilhões de 2018. A estimativa do Ministério da Economia é de um superávit da balança comercial de US$ 56,7 bi-
lhões neste ano. A projeção foi divulgada em julho e deverá ser revista no mês que vem. Destaques - Em agosto, as exportações foram afetadas pelo desempenho dos produtos manufaturados, cujas vendas caíram 25,8% sobre igual mês do ano passado. De acordo com o Ministério da Economia, houve diminuição principalmente nas exportações de automóveis de passageiros (-47,7%, a US$ 253 milhões), aviões (-23,6%, a US$ 180 milhões) e motores para veículos e partes (-23,7%, a US$ 166 milhões). Em contrapartida, as exportações de semimanufaturados e de básicos subiram 14,4% e 2,5%, respectivamente, em agosto sobre um ano antes. Já na ponta das importações, os resultados vieram negativos de maneira geral, com queda em agosto nas compras de bens de capital (-35%), combustíveis e lubrificantes (-34%), bens de consumo (-7%) e bens intermediários (-2%). Em relação aos bens de capital, a retração foi puxada por menores importações de plataformas de perfuração/exploração. (Reuters)
Prestação de contas à sociedade pela tragédia de Brumadinho. O que a Vale está fazendo para recuperar o meio ambiente? • Instalou estruturas de contenção para impedir que rejeitos cheguem ao Rio Paraopeba. • Construiu uma estação de tratamento de água que funciona 24 horas e trata 48 milhões de litros por dia para devolver água limpa ao rio. • Tem 67 pontos para monitoramento da qualidade da água entre o Rio Paraopeba e a foz do São Francisco. • Já realizou mais de 2 milhões de análises, que constataram que o rio pode ser recuperado.
Sabemos que há muito o que fazer. Vamos continuar fazendo e prestando contas à sociedade. Conheça outras ações em vale.com/prestacaodecontas
Embarques de milho e minério de ferro crescem São Paulo - As exportações de milho do Brasil dispararam em agosto, para um novo recorde mensal de 7,65 milhões de toneladas, elevando o total exportado no ano para 23 milhões de toneladas, mais que o dobro do visto nos oito primeiros meses de 2018 (9,19 milhões de toneladas), de acordo com dados divulgados pelo governo ontem. O crescimento de 170% nos embarques em agosto frente ao mesmo mês do ano passado ocorre na medida em que o País escoa uma safra recorde e conta com preços e dólar favoráveis às vendas externas. O volume exportado em agosto pelo Brasil, segundo exportador global de milho atrás dos Estados Unidos, superou as 6,32 milhões de toneladas registradas em julho, que já tinham sido recordes. Com os embarques de milho se desenvolvendo bem, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima a exportação brasileira em 2019 entre 35 milhões e 37 milhões de toneladas, uma marca histórica, disse o diretor-geral da entidade, Sérgio Mendes. Soja - Na temporada passada, quando a guerra comercial entre EUA e China favoreceu o Brasil em ano em que a oferta brasileira de soja foi recorde, as exportações atingiram cerca de 84 milhões de toneladas da oleaginosa. “Soja vai ser um número bacana, é impossível bater o número de 2018, tinha a trade war (guerra comercial) e não tinha a peste suína”, acrescentou. No acumulado do ano até agosto, segundo dados do governo brasileiro, os embarques de soja do maior exportador global atingiram 57,23 milhões de toneladas, queda de 11,4% ante o mesmo período do ano passado. Etanol e minério - Em etanol, as exportações em agosto foram de 314,4 milhões de litros, alta de 30% na comparação anual, registrando o maior volume desde outubro de 2013, segundo dados compilados pela Reuters. Em julho, as vendas externas de etanol somaram 206,7 milhões de litros. As exportações de minério de ferro pelo Brasil em agosto somaram 30,11 milhões de toneladas, um recuo de 15,5% na comparação com mesmo mês do ano passado e de 12% ante julho. Em julho, os embarques de minério de ferro haviam registrado os maiores volumes desde outubro de 2018, após a Vale retomar a produção em Brucutu, sua maior mina de Minas Gerais. (Reuters)
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ECONOMIA INDÚSTRIA
Faturamento da indústria cai 8,2% em julho em Minas Resultado é o pior registrado para o período na série histórica
DIVULGAÇÃO
ANDREA ROCHA
O setor industrial mineiro ainda não deu sinais de uma recuperação consistente. Foi o que mostrou a pesquisa Indicadores Industriais (Index), referente a julho, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). No sétimo mês do ano foi apurada queda em quase todos os índices, em relação a junho. O faturamento real da indústria geral, composta pelos setores de transformação e extrativa, recuou 8,2% nessa base de comparação. Foi o pior resultado registrado para julho, desde o início da série histórica, em 2003. O desempenho negativo do faturamento real em julho, após uma alta de 8,9% em junho, é explicado tanto pela queda nas indústrias de transformação (-8,1%) quanto extrativa (-6,3%). De acordo com a analista de Estudos Econômicos da Fiemg, Júlia Silper, o recuo no setor de transformação é resultado de questões específicas, como por exemplo o atraso no embarque de mercadorias para exportação e também devido à sazionalidade em alguns setores. “Em junho, época de fechamento de semestre, há algum esforço para bater metas, o que pode explicar a diferença observada em relação a julho”, explica. Na comparação com julho de 2018, a queda no faturamento real foi ainda mais expressiva, de 10%, puxada pelas indústrias de transformação (-2,8%), mas, principalmente, pela extrativa (-59,4%). Esse resultado, segundo Júlia, pode ser atribuído às paralisações de mineradoras no Estado, após o rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ocorrido em 25 de janeiro deste ano. O mesmo desempenho negativo é observado no acumulado do ano até julho, quando o faturamento da indústria geral retraiu 4,8%, em razão da redução de 49,4% na indústria extrativa. Na indústria de transformação, houve pequeno aumento, de 0,2%, no período. Em 12 meses, houve queda de 1,7% no faturamento da indústria geral, puxada pelo recuo de
Desempenho foi positivo no País, aponta a CNI O faturamento da indústria brasileira aumentou 2% em julho na comparação com junho, na série livre de influências sazonais. “Esse foi o segundo mês consecutivo de crescimento e a primeira vez no ano em que o faturamento cresce por dois meses seguidos”, afirma a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Contudo, na comparação com julho do ano passado, o faturamento do setor registra queda de 0,5%. Outros indicadores positivos em julho foram a utilização da capacidade instalada, com aumento de 0,1 ponto percentual, e a massa real de salários, que subiu 0,2% frente a junho, na série dessazonalizada. A utilização da capacidade instalada alcançou 77,7% e está 0,1 ponto percentual abaixo da verificada em julho de 2018. A massa real de salários ficou 0,9% inferior é de julho do ano passado. No entanto, as horas trabalhadas na produção,
o emprego e o rendimento médio real do trabalhador recuaram em julho. As horas trabalhadas na produção caíram 0,5% em relação a junho, na série com ajuste sazonal. Foi a terceira queda consecutiva do indicador, que está 0,3% menor do que o verificado em julho de 2018. O emprego recuou 0,1% e o rendimento médio do trabalhador diminuiu 0,2% em julho frente a junho, na série dessazonalizada. Na comparação com junho do ano passado, a queda no emprego é de 0,5% e a do rendimento médio é de 0,4%. “A indústria continua sem registrar recuperação significativa na comparação com 2018”, avalia a CNI. “A indústria se ressente de uma demanda mais forte, que estimule o aumento da produção e a ocupação da capacidade instalada. A redução da ociosidade é fundamental para a retomada do investimento, o que aceleraria a recuperação da indústria”, afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo. (Agência CNI)
Fiemg apoia corte proposto pelo governo
Indústria mineira acumula uma queda de 4,8% no faturamento entre janeiro e julho
22,8% na indústria extrativa. Apatia - De acordo com a pesquisa da Fiemg, no acumulado de janeiro a julho, não apenas o faturamento real, mas também outros indicadores da indústria “continuaram refletindo a apatia da atividade no Estado”. À exceção do emprego, que subiu 0,4% no período em relação a 2018, os índices de horas trabalhadas, massa salarial e rendimento médio real apresentaram resultados piores do que os apurados no mesmo período de 2017 e 2018. Entre os motivos que dificultaram a retomada da
atividade industrial mineira no acumulado até julho, a analista da Fiemg destaca a manutenção de paralisações parciais no setor extrativo mineral e um “cenário externo conturbado”, com perspectivas de desaceleração nas principais economias mundiais, como China, Estados Unidos e Alemanha, além da crise na Argentina, que é importante mercado para o Brasil. Expectativas - Apesar das dificuldades e de uma conjuntura externa desfavorável, há perspectiva de melhora da atividade indus-
trial no Estado a partir do último quadrimestre do ano. Entre os fatores que podem contribuir para a retomada estão medidas macroeconômicas já anunciadas, como a liberação do FGTS/PIS, e a redução da Selic, hoje com taxa de 6% ao ano, mas que, segundo previsões do mercado, ainda pode cair para 5% neste ano. Também é considerada um fator positivo a agenda econômica, que inclui a MP da Liberdade Econômica, além das reformas da Previdência, em fase de conclusão, e a tributária, ainda em momento de discussões.
Em nota divulgada ontem, o presidente do Sistema Fiemg, Flávio Roscoe, declarou apoio à redução de 20% da contribuição das empresas para o Sistema S, divulgada pelo governo federal na última sexta-feira.“A indústria afirma sua parcela de contribuição para a redução da carga tributária e para a retomada do crescimento econômico no Brasil”, afirmou. “É hora de todos participarmos da construção de um novo Brasil. Essa é a bandeira da Fiemg, defendida desde o início deste novo governo”, afirma o presidente da entidade. De acordo com o Ministério da Economia, a redução do compulsório pago pelas empresas brasileiras para o Sistema S fará parte da proposta de reforma tributária que será encaminhada pelo Executivo ao Congresso Nacional. Nela, todos os setores – indústria, comércio, transporte, agricultura – terão isonomia nas desonerações. “A negociação, princípio fundamental de uma democracia madura, fez com
que chegássemos a um denominador comum”, pontua Flávio Roscoe. A desoneração de 20% sobre o compulsório, recolhido na folha de pagamento das empresas, que será proposta pelo governo incidirá sobre o Sesi, no caso do Sistema Indústria. Ela será gradual e ocorrerá ao longo de três anos, a partir da aprovação da reforma tributária. Dessa forma, o percentual que hoje é de 1,5% será de 1% ao final do processo e continuará sendo na forma de contribuição na folha de pagamentos. “Neste contexto, reiteramos o compromisso público do Sistema Fiemg com os princípios da eficiência e da efetividade na gestão. Vamos fazer mais com menos”, garante Flávio Roscoe. O presidente da Federação explica que a atual gestão da entidade está focada em defender os interesses do País e da indústria. “O corte de 20% é uma evidência dessa atuação voltada para o diálogo com a sociedade”, diz. (Com informações da Fiemg)
Geração de empregos no Estado apresenta melhora no período A pesquisa Indicadores Industriais de julho mostrou que a maioria dos índices foi negativa em Minas Gerais, mas o emprego da indústria se destacou, com crescimento de 0,3% em julho, na comparação com o mês anterior. A alta é decorrência dos avanços nas indústrias de transformação (0,3%) e extrativa (0,6%). Em relação a julho de 2018, foi apurado aumento de 1,8%, refletindo as elevações nas indústrias de transformação (1,9%) e extrativa (1,4%). No acumulado do ano até julho, o emprego expandiu 0,4%,
devido aos aumentos nas indústrias de transformação (0,3%) e extrativa (1,2%). De acordo com a analista de Estudos Econômicos da Fiemg, Júlia Siper, a ligeira alta no índice de emprego da indústria mineira “está em concordância com outras pesquisas, que mostram uma recuperação paulatina no mercado de trabalho”. Outro índice que mostrou algum avanço foi a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que marcou 79,8% em julho, alta de 0,4 ponto percentual (p.p.) na comparação com
junho (79,4%). O crescimento é explicado pelos aumentos nas indústrias de transformação (0,5 p.p.) e extrativa (4,7 p.p.), e pode ser atribuído, principalmente, à retomada das atividades, pela Vale, da mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, região Central de Minas, no fim de junho. Apesar do crescimento, o indicador segue abaixo de sua média histórica, de 82,9%. Índices em queda - A redução de 0,1% de horas trabalhadas na indústria geral em julho, frente
a junho, é atribuída ao decré scimo de 0,8% na indústria de transformação. Na comparação com julho de 2018, o índice geral caiu 0,3%, em virtude do recuo de 19,5% na indústria extrativa. No período, as horas trabalhadas da indústria de transformação avanç aram 1,6%. De janeiro a julho, o indicador caiu 2,6%, em função dos recuos nas indústrias de transformaç ã o (-0,5%) e extrativa (-24,6%). A massa salarial da indústria geral recuou 0,4% em julho, frente a junho, em razão da queda na indústria
de transformação (-0,5%). O indicador geral avançou 1,8% ante julho de 2018, em decorrê ncia dos aumentos nas indústrias de transformação (1,1%) e extrativa (10,7%). De janeiro a julho, o índice geral registrou queda de 1,2%, justificada pelos decréscimos nos dois segmentos industriais: transformação (-1,2%) e extrativa (-0,8%). Nos últimos 12 meses, o índice geral caiu 1,1%, influenciado pelo decréscimo de 1,4% na indústria de transformação. Em relação ao rendimento médio, a queda de 0,5% em julho, frente a junho,
reflete o recuo de 0,7% na indústria de transformação. Na comparação com julho de 2018, o indicador não mostrou alterações. Já no acumulado do ano até julho, o índice da indústria geral recuou 1,6%, refletindo igual decréscimo na indústria de transformação e da queda de 2,1% na indú stria extrativa. No acumulado dos ú ltimos 12 meses, o indicador geral de rendimento médio diminuiu 1,4%, em decorrência da retraç ã o de 1,6% na indústria de transformação. (AR)
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POLÍTICA ANTONIO CRUZ / AGÊNCIA BRASIL
PLANALTO
Bolsonaro contesta o crescimento de sua desaprovação
Datafolha aponta alta de 33% para 38% da rejeição Brasília - O presidente Jair Bolsonaro criticou pesquisa Datafolha divulgada ontem que apontou o aumento de sua reprovação, inclusive entre a população mais rica. Em entrevista, ao deixar o Palácio da Alvorada, ele questionou se alguém ainda acredita no instituto de pesquisa. “Alguém acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel?”, questionou. Na entrevista, em seguida, o presidente foi lembrado que, no início deste mês, ele mesmo falou em dados compatíveis do instituto em pesquisa à época sobre a rejeição ao garimpo em áreas indígenas. “De vez em quando, quando a pesquisa não é politica, há uma tendência de fazer a coisa certa. Há uma tendência”, disse Bolsonaro ontem. Mais tarde, Bolsonaro distorceu dados em uma nova crítica ao Datafolha, desta vez no Twitter. Ao postar uma imagem do site do PT com uma pesquisa feita durante a eleição, o presidente escreveu: “Segundo o mesmo Datafolha que diz que eu seria derrotado se as eleições fossem hoje, eu perdi as eleições de 2018. Muito confiável!”. O levantamento, porém, foi feito entre os dias 26 e 28 de setembro, cerca de uma semana antes do primeiro turno, e apontava crescimento nas intenções de voto do petista Fernando Haddad. Em um cenário de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, ainda hipotético àquela altura da campanha, o petista teria 45% dos votos, enquanto o candidato do PSL obteria 39%. Erosão - Pesquisa nacional feita pelo Datafolha aponta a erosão da popularidade de Bolsonaro em pouco menos de dois meses. A reprovação do presidente subiu de 33% para 38% em relação ao levantamento anterior do instituto, feito no início de julho, e diversos indicadores apontam uma deterioração de sua imagem. Foram ouvidas 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios. A aprovação de Bolsonaro também caiu, dentro do limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, de 33% em julho para 29% agora. A avaliação do governo como regular ficou estável, passando de 31% para 30%. A perda de apoio de Bolsonaro também foi acentuada entre aqueles mais ricos, com renda mensal acima de dez salários mínimos. Neste segmento, a aprovação ao presidente caiu de 52% em julho para 37% agora - bastante significativa, ainda que se mantenha acima da média. A pior avaliação do mandatário é entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos (22%), os mais jovens (16 a 24 anos, 24%) e com escolaridade baixa (só ensino fundamental, 26%). Na pesquisa de julho e na anterior, de abril, estava consolidado um cenário em que o país se dividia em três partes iguais: quem achava Bolsonaro ótimo ou bom,
ruim ou péssimo e regular. Radicalização - De dois meses para cá, o presidente viu aprovada na Câmara a reforma da Previdência, sua principal bandeira de governo. Ato contínuo, iniciou uma escalada de radicalização, acenando a seu eleitorado mais ideológico com uma sucessão de polêmicas. Neste período, Bolsonaro sugeriu que o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) havia sido morto por colegas de luta armada na ditadura, indicou o filho Eduardo para a embaixada brasileira em Washington e criticou governadores do Nordeste - a quem também chamou de “paraíbas”.
O último item coincide com a região em que mais disparou a rejeição a Bolsonaro. O Nordeste sempre foi uma fortaleza do voto antibolsonarista, mas seu índice de ruim e péssimo subiu de 41% para 52% na região de julho para cá. Voltando ao corte regional, a disparada de rejeição no Nordeste é acompanhada também em áreas tradicionalmente bolsonaristas. A região Sul, por exemplo, teve um aumento de 25% para 31% entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo. As mulheres seguem rejeitando mais o mandatário do que os homens: 43% delas o acham ruim ou péssimo, ante 34% dos homens. Com tudo isso, Bolsonaro
De acordo com pesquisa, 44% dos brasileiros não confiam na palavra de Jair Bolsonaro
segue sendo o presidente eleito mais mal avaliado em um primeiro mandato, considerando Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Há outros indicativos dos motivos do azedume da população com o presidente, cujo governo ganhou nota 5,1 dos entrevistados. Nada menos que 44% dos brasileiros não confia na palavra do presidente, enquanto 36%
confiam eventualmente e 19%, sempre. O estilo presidencial, que o entorno de Bolsonaro tenta vender como autêntico e direto, não está lhe rendendo também boa avaliação. É preponderante a percepção de que o presidente nunca se comporta conforme o cargo exige. Subiu de 25% para 32% o contingente que pensa assim - em abril, eram 23%. Já os que acham que
Bolsonaro cumpre a liturgia do cargo caíram de 22% para 15%, ante 27% em abril. Ao mesmo tempo, cai a expectativa sobre o governo. Acreditavam em abril que Bolsonaro faria uma gestão ótima ou boa à frente 59%. Em julho, eram 51% e agora, 45%. Na mão contrária, creem numa administração ruim ou péssima 32% - eram 24% em julho e 23%, em abril. (Folhapress)
Presidente garante que vai discursar na ONU
Rio de Janeiro - O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que vai discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mesmo que tenha que ir de cadeira de rodas ou de maca, para falar sobre a floresta amazônica, depois da grande repercussão internacional em consequência da elevação de queimadas na região. Bolsonaro deve passar por uma cirurgia no próximo domingo para tratar uma hérnia relacionada a cirurgias anteriores, às quais foi submetido depois de ter sofrido um ataque a faca durante a campanha eleitoral no ano passado. O primeiro dia de debates de alto nível da Assembleia Geral da ONU, que tem o presidente do Brasil como primeiro chefe de Estado a discursar, acontece em 25 de setembro, pouco mais de duas semanas após Bolsonaro a data prevista para a operação. “Eu vou comparecer à ONU nem que seja de cadeira de rodas, de maca. Eu vou comparecer, porque eu quero falar sobre a Amazônia, mostrar para o mundo com bastante conhecimento, com patriotismo, falar sobre essa área ignorada por tantos
governos que me antecederam”, disse Bolsonaro em entrevista ao sair do Palácio da Alvorada ontem. “Uma chance que eu tenho de falar para o mundo sobre a nossa Amazônia. Eu vou deixar essa oportunidade?”, acrescentou. Bolsonaro também voltou a descrever como “esmola” as ofertas de ajuda financeira de países estrangeiros para a Amazônia. Na semana passada, o presidente já havia chamado de esmola uma ajuda de 20 milhões de dólares para a Amazônia anunciada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na cúpula do G7. “Ela (Amazônia) foi praticamente vendida para o mundo, eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo a pretexto de preservar a Amazônia, mas, na verdade, está sendo loteada e vendida... O que eles querem é cada vez mais, ao demarcar mais terras, inviabilizá-las para nós”, afirmou. O aumento das queimadas na Amazônia no mês de agosto provocou uma pressão internacional pela preservação da floresta sobre o governo brasileiro, que rebateu acusando países como a França de adotarem uma postura colonialista.
Governadores - A comitiva ministerial liderada pelo titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, recebeu ontem dos governadores dos estados da Amazônia Legal, na sua parte oriental, sugestões para combater o desmatamento e as queimadas ilegais. Os governadores discutiram também propostas para um plano de desenvolvimento sustentável da região. A reunião, em Belém, deu seguimento ao encontro dos governadores com o presidente Jair Bolsonaro, na semana passada, em Brasília. “Na próxima semana, vamos processar todas essas demandas, que vão desde questões que envolvem a regularização fundiária, passam pelo zoneamento econômico-ecológico, pelos serviços ambientais, pela economia verde, que é uma preocupação relevante. Os ministros estão aqui, vão se preparar”, disse Onyx sobre a construção de um plano para a Amazônia. Na semana passada, Bolsonaro encarregou o ministro Onyx de dialogar com os governos estaduais e consolidar as demandas emergenciais e estruturais. Hoje, em Manaus, a comitiva se encontra com os governadores dos estados da Amazônia ocidental. No
dia 23 de agosto, Bolsonaro autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental, para que as Forças Armadas atuem no combate aos incêndios na floresta amazônica. De acordo com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, na Amazônia oriental 4 mil militares já estão atuando junto com 400 agentes civis de combate ao fogo, com o emprego de quatro aeronaves e cinco helicópteros. O Brasil também está na expectativa da cooperação do Chile, Equador, Estados Unidos e Israel. Ontem, segundo Azevedo, chegam duas aeronaves do Chile e mais duas virão em seguida; Israel e Equador estão mandando equipe especializada e os Estados Unidos estão em contato para saber como podem ajudar. O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou, após a reunião, a consolidação da lógica dos governos estaduais e federais na utilização dos recursos do Fundo Amazônia, programa de cooperação internacional para preservação da floresta. “Está claro que o Brasil tem interesse em usar os recursos do fundo, apenas deseja liderar a construção
de quais as ações, para que e como serão utilizados os recursos, respeitando a soberania e agenda do Brasil”, disse. Helder Barbalho lembrou que os governos federal e estaduais aguardam a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sobre a destinação de parte dos recursos de um fundo da Petrobras, criado para receber valores recuperados pela Operação Lava Jato, em acordo com os Estados Unidos, para o combate a queimadas e ao desmatamento ilegal na região. O fundo tem R$ 2,5 bilhões. “Que sejam fonte de financiamento para a agenda que estamos construindo, de desenvolvimento e preservação da floresta”, defendeu. De acordo com Barbalho, as ações e medidas discutidas ontem são importantes para compatibilizar as agendas de desenvolvimento e preservação e para que não haja necessidade de discutir, ano a ano, os problemas de avanço sobre a floresta. O governador defendeu a regularização fundiária e a assistência técnica e qualificação para “implementar a lógica de que não precisa desmatar para produzir”. (Reuters/ABr)
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Parecer na CCJ tem mais de 200 emendas Brasília - O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), apresentará amanhã a complementação do parecer lido na semana passada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Nesses dois dias, o senador deve se debruçar na análise de mais de 200 emendas – sugestões de alteração ao texto – que ainda estão sem parecer. Até às 14 horas de ontem, 378 emendas haviam sido apresentadas. No entanto, mais da metade, 233, ainda dependem da análise de Tasso. O trabalho do relator pode aumentar muito ainda, já que emendas podem ser apresentadas até o final da discussão da matéria na comissão.
A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), está preparada para uma reunião longa do colegiado amanhã. É que, além do complemento do voto de Tasso, no mesmo dia, serão lidos os chamados votos em separado à proposta. Colocado em votação só em caso de rejeição do parecer relator da matéria, o que nesse caso é improvável, o voto em separado é um voto alternativo e ocorre quando um parlamentar diverge do parecer dado pelo relator. Apesar de, até o fechamento desta reportagem, nenhum voto em separado ter sido apresentado oficialmente, a senadora adiantou que haverá pelo menos um. “Vamos fixar um prazo para a leitura
desses votos e, em seguida, abrimos para a discussão, encerramos a discussão e vamos para a votação”, adiantou Simone Tebet. Ela informou que as leituras e os debates, que vão começar às 10 horas, devem ser concluídos até as 17 horas. Tramitação - Caso a conclusão da votação na CCJ ocorra amanhã, como previsto, o texto segue para análise no plenário da Casa. Lá, a proposta é votada em dois turnos, com cinco sessões de discussão no primeiro e três no segundo. O prazo começa a ser contado a partir da próxima quinta-feira, a primeira sessão de discussão. No próximo dia 10, have-
rá sessão temática sobre a reforma da Previdência no plenário da Casa. O debate contará com a participação de especialistas e do ministro da Economia, Paulo Guedes. A expectativa é de que, até 10 de outubro, o segundo turno de votação esteja concluído. Se o texto for aprovado tal qual como veio da Câmara e tiver o apoio de no mínimo 49 dos 81 senadores em cada turno, segue para promulgação. Como já adiantado por Tasso, o relatório sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) será o mesmo aprovado na Câmara dos Deputados, a não ser por dois pontos que foram excluídos do texto. Um deles colocava na Constituição o critério pre-
visto em lei para recebimento do benefício de prestação continuada (BPC): renda per capita de um quarto do salário mínimo. O outro exclui a elevação dos pontos (soma de idade mínima e tempo de contribuição) necessários em regra de transição para aposentadorias de profissionais expostos a condições insalubres. As exclusões não implicam nova análise da PEC pelos deputados. Já as mudanças que Tasso considerar mais relevantes serão incluídas em uma minuta de nova PEC para tramitar em paralelo ao texto principal. A medida divide opiniões entre os parlamentares. Muitos acreditam que a proposta paralela não avançará. (ABr)
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AGRONEGÓCIO
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PECUÁRIA
Preço do leite recua 3,05% em agosto
Valor médio do litro atingiu R$ 1,56 em Minas Gerais, aponta levantamento do Cepea EDUARDO SEIDL - PALÁCIO PIRATINI
MICHELLE VALVERDE
Pelo segundo mês consecutivo, os preços do leite recuaram em Minas Gerais. De acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no Estado foi verificada queda de 3,05% no valor líquido praticado em agosto referente à produção captada em julho. A queda, segundo o levantamento, se deve à pressão da indústria, que não estava conseguindo repassar o custo mais elevado para o consumidor final. Em relação ao preço bruto, em Minas Gerais, foi verificada retração de 2,93% em agosto, com o litro de leite negociado, na média bruta, a R$ 1,56. Assim como em Minas Gerais, os preços do leite recebido por produtores na média Brasil também registraram queda. Segundo levantamento do Cepea, a média líquida de agosto, referente à captação de julho, fechou em R$ 1,34 por litro, recuo de 4,25% frente ao mês anterior ou de quase seis centavos a menos por litro. As cotações do leite no campo iniciaram o movimento de baixa em julho, mas a queda acumulada
Queda nos preços é atribuída à dificuldade da indústria de repassar o aumento nos custos
nesses dois meses já é de 12%, em termos reais. Os pesquisadores do Cepea explicam que o cenário de queda está atrelado à pressão das indústrias, que tiveram as margens reduzidas no primeiro semestre, por conta dos altos preços da matéria-prima e das fracas negociações dos lácteos.
Enquanto o preço do leite no campo acumulou consecutivas altas até junho, influenciados pela oferta limitada e pela grande concorrência entre laticínios, o repasse dessa valorização aos derivados foi dificultado, devido à estagnação econômica, aumento do desemprego, comprometi-
mento da renda das famílias e ao consequente consumo enfraquecido. Tendência - A tendência, segundo o Cepea, é que o volume de leite no campo tenha ficado baixo em agosto, o que vai acirrar a demanda por parte da indústria. Esse movimento vai contribuir
para uma melhor formação de preços no campo em setembro. Entre os motivos para a manutenção da oferta em baixa estão o período de entressafra e a saída de produtores da atividade nos últimos anos, em função dos preços abaixo dos custos. Além disso, a grande insegurança em realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo deve prejudicar a captação em 2019. Para assegurar a matéria-prima, diminuir a ociosidade não planejada da indústria - o que se traduz em custos - e manter seus shares de mercado, as indústrias continuam atuando com concorrência acirrada, o que impulsionou as cotações no mercado spot na primeira e na segunda quinzena de agosto. Em Minas Gerais, onde se concentra o maior volume negociado no mercado spot, a média de agosto (R$ 1,55 por litro) ficou 16% maior que a de julho, em termos reais. Esse cenário pode atenuar o movimento de queda em setembro ou até mesmo gerar condições de estabilidade.
SUCROALCOOLEIRO
Governo brasileiro eleva cota anual de importação de etanol São Paulo - O governo brasileiro elevou para 750 milhões de litros, ante 600 milhões anteriormente, uma cota para importações anuais de etanol sem tarifa, que vigorará por 12 meses, segundo publicação no Diário Oficial da União durante o final de semana. As importações ficam limitadas a 187,5 milhões de litros por trimestre, segundo portaria do Ministério da Economia e da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais. A medida, que deve favorecer principalmente os Estados Unidos, principais exportadores de etanol para o Brasil, veio após reunião do presidente norte-americano Donald Trump com o chanceler brasileiro Eduardo Araújo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a embaixada do País em Washington. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que anteriormente chegou a defender o fim das importações sem tarifa, disse em
nota que viu “uma grande vitória do governo brasileiro” na nova cota, uma vez que havia pressões pela liberalização total do mercado, com taxa zero para qualquer volume. A associação citou “meses de tensão” antes do resultado das negociações e disse que o acordo final “demonstra firmeza do Brasil”, uma vez que estabeleceu “condições para um incremento futuro do comércio bilateral de etanol”. No final de julho, a Unica defendeu que manter qualquer facilidade para importações favoreceria os Estados Unidos e prejudicaria a indústria de cana do Brasil, que havia se preparado para o final da cota para importações. O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão em relação à cota de importações, mas segundo a Unica o novo limite foi estabelecido após negociações lideradas pela ministra da Agricultura, Teresa Cristina, com respaldo do presidente Jair Bolsonaro.
Açúcar: déficit de 4,7 mi de toneladas Londres - A Organização Internacional do Açúcar (OIA) projetou ontem um déficit global de açúcar de 4,76 milhões de toneladas na temporada 2019/20, em parte devido à menor produção na Índia e Tailândia. O órgão intergovernamental, em sua primeira avaliação sobre o balanço global de oferta em 2019/20 (outubro/ setembro), apontou que a produção global deve cair em 2,35% para 171,98 milhões de toneladas, enquanto o consumo deve subir 1,34%, para 176,74 milhões de toneladas.
“Os fundamentos fornecem algumas bases para otimismo cauteloso em relação à dinâmica futura dos preços mundiais”, afirmou a OIA em uma atualização trimestral. A produção na Índia deve cair para 28,3 milhões de toneladas em 2019/20, ante os 33 milhões da temporada anterior, enquanto na Tailândia a produção cairá para 12,9 milhões, de 14,4 milhões. A OIA observou que o crescimento do consumo deve ficar abaixo da média de 1,8% vista desde 2016/17. “Uma parte considerável
das perdas nas taxas de crescimento do consumo pode ser atribuída a uma desaceleração do crescimento populacional global, mas os dados sobre o consumo per capita também mostram uma tendência decrescente como resultado do impacto do debate ‘açúcar e saúde’ e da onda de apresentações” de taxas adicionais sobre produtos que contêm açúcar”, afirmou a organização. A OIA projetou que deverá haver um superávit de 1,72 milhão de toneladas em 2018/19, temporada que será encerrada em setembro. (Reuters)
Contrapartida - Segundo a Unica, as condições em troca da cota envolveriam “abertura do mercado americano de açúcar, um dos mais protegidos do mundo, e a implementação efetiva do E15 (mistura de 15% de etanol na gasolina, versus os 10% atuais) nos Estados Unidos”. A associação, no entanto, não cita prazos para essas medidas. A Unica disse que o tom proposto para as negociações pelo Ministério da Agricultura foi adotado por
membros da equipe econômica, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, e transmitido ao governo norte-americano pelo chanceler brasileiro Ernesto Araújo em “encontro que contou com a presença e influência de Eduardo Bolsonaro”. O filho do presidente Bolsonaro teve a indicação para a embaixada em Washington elogiada por Trump, mas a nomeação ainda não foi submetida ao Senado Federal. Apesar da elevação da cota para importações, uma
associação de produtores de biocombustíveis dos Estados Unidos criticou a decisão do governo brasileiro, que definiu como “desapontadora” porque “mantem barreira comercial protecionista contra o etanol dos EUA”. “A simbólica elevação da cota não ajuda em nada os consumidores brasileiros que enfrentam preços mais altos de combustíveis por causa da política discriminatória do Brasil”, disse em nota a Renewable Fuels Association (RFA). (Reuters)
SUINOCULTURA
China investiga uso de vacinas experimentais Pequim - A China está investigando relatos de que os agricultores estão usando vacinas experimentais ilegalmente contra a peste suína africana, numa tentativa de prevenir a doença mortal do porco, disse o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais ontem. Os rumores de mercado de que vacinas-pilotos, bem como produtos caseiros ou contrabandeados, estão sendo usados contra a peste suína estão recebendo muita atenção dos produtores de suínos, informou o ministério em comunicado online. Ele ordenou que os governos locais intensifiquem a fiscalização e reprimam as vacinas ilegais, acrescentou. Isso ocorre enquanto a China continua a combater a propagação da peste suína africana, que já devastou seu rebanho de suínos, e elevou os preços da carne suína. A doença incurável mata quase todos os porcos infectados, mas nenhum país ainda foi capaz de desenvolver e aprovar uma vacina eficaz contra ela. O Instituto de Pesquisa Veterinária Harbin da China disse em maio que havia encontrado duas prováveis vacinas e que estava planejando iniciar testes piloto. Mas o ministério informou que seu produto mais avançado ainda estava apenas em testes e que ainda não havia aprovado ensaios clínicos. Qualquer produto que alegasse ser uma vacina viável era, portanto, ilegal, acrescentou. Ele alertou que o uso de vacinas vivas não aprovadas pode causar “riscos imprevisíveis de biossegurança”, incluindo a disseminação da doença ou a introdução de uma nova cepa do exterior. O ministério pediu ainda que os agricultores continuem concentrados nas medidas de prevenção e não confiem em vacina, particularmente a ilegal. (Reuters)
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2019
NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
ESPECIAL
Educação e emprego têm relação direta
Para qualquer organização obter sucesso, uma peça fundamental são as pessoas com o seu desenvolvimento
DANIELA MACIEL
O Diálogos DC, ação que faz parte do Movimento Minas 2032, iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO para mobilizar o Estado em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, propõe uma discussão sobre educação e emprego. Para esse especial, temos como premissa os ODS 4: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos; e ODS 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos. Educação e emprego digno têm uma relação direta. Entre os fatores apontados como causa para o vertiginoso desenvolvimento econômico de países como Japão e Coreia do Sul na segunda metade do século passado, está o maciço investimento em educação. No Brasil de 2019, como oito meses do governo de Jair Bolsonaro (PSL), a continuidade de uma crise econômica que não dá sinais confiáveis de arrefecimento, desemprego na casa dos 12% - de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, os repetidos cortes nas verbas da educação - do básico à pós-graduação -, o desmanche de programas como ProUni e Ciências sem Fronteiras, e a crise em órgãos ligados aos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), têm deixado trabalhadores, estudantes e empresários muito preocupados, quando não à beira do desespero. Enquanto o imbróglio no governo federal não se resolve, a sociedade civil segue se organizando. Empresas, entidades de classe e organizações não-governamentais se esforçam para oferecer aos seus diferentes públicos oportunidades de educação e qualificação profissional garantindo, assim, inclusive, a qualidade da mão de obra e, consequentemente, a competitividade das empresas. Geração de empregos de qualidade - Entre os temas desenvolvidos dentro do
Objetivo 4, pelo menos quatro têm relação direta com a geração de empregos de qualidade, sendo eles: Até 2030, aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo; Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável; Até 2020, substancialmente ampliar globalmente o número de bolsas de estudo para os países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, pequenos estados insulares em desenvolvimento e os países africanos, para o ensino superior, incluindo programas de formação profissional, de tecnologia da informação e da comunicação, técnicos, de engenharia e programas científicos em países desenvolvidos e outros países em desenvolvimento; Até 2030, substancialmente aumentar o contingente de professores qualificados, inclusive por meio da cooperação internacional para a formação de professores, nos países em desenvolvimento, especialmente os países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares em desenvolvimento. A Constituição de 1988 diz que “A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Para o professor da pós-graduação do Centro Universitário Una Rafael Castilho, seguir o que está dito na Carta Magna é o caminho para que o Brasil deixe de amargar vergonhosos índices de competitividade empresarial. O sucesso da educação de uma forma geral e a formação profissional depende da responsabilização de diferentes atores sociais e entender que a educação é obrigação apenas do Estado é um erro. Para ele, são três grandes atores: a pessoa que busca oportunidades de um novo trabalho, dentro da própria empresa ou quer empreender. Ela precisa ter clareza das suas dificuldades para aumentar seu potencial diante do mercado. A academia, que precisa
DIVULGAÇÃO
oferecer conteúdos técnicos e capazes desenvolver competências humanas em consonância com o que é esperado pelo mercado. E as organizações - empresas, setor público e organizações não-governamentais - que precisam ter clareza sobre quais posições ela precisa ocupar para garantir seu sucesso; quais competências técnicas e comportamentais são fundamentais. “Para qualquer organização obter sucesso, uma peça fundamental são as pessoas com o seu desenvolvimento. Precisa ter em mente quais os talentos ela precisa e como vai prover a qualificação desse profissional. Não basta só o desenvolvimento de quem já está na empresa, mas de toda a sociedade, onde ele possa garimpar talentos no futuro. É na força da rede formada por esses três atores que está a solução para o problema da falta de qualificação e dos empregos de baixa qualidade”, Rafael Castilho: seguir o que está dito na Carta Magna é o caminho para que o pontua Castilho. No ODS 8, a preocupação Brasil deixe de amargar vergonhosos índices de competitividade empresarial com a educação aparece explicitamente duas vezes entre as metas: até 2020, reduzir substancialmente a proporção de jovens Até aqui, o Brasil vinha, No caso de crianças com de Financiamento Estusem emprego, educação ou ainda que com dificulda- idade até três anos, o es- dantil (Fies), o Programa formação e, até 2020, dedes, apresentando bons tudo revela que pouco Universidade para Todos senvolver e operacionalizar resultados na tentativa de mais de um terço frequenta (ProUni) e o Programa de uma estratégia global para atender as metas do ODS 4. creche. E, ainda segundo Apoio a Planos de Reeso emprego dos jovens e De acordo com o Instituto o Ipea, 98% das crianças truturação e Expansão das implementar o Pacto Munde Pesquisa Econômica de seis a 14 anos estavam Universidades Federais dial para o Emprego da Aplicada (Ipea), em levan- matriculadas no ensino (Reuni). Na avaliação do Organização Internacional tamento feito tendo por fundamental no ano de Ipea, esses planos “condo Trabalho (OIT). base indicadores de 2016 2016. Esse percentual, tribuem para que o País “Vivemos em um mune 2017, o cumprimento no entanto, cai para 70% atinja a meta de assegurar do em que o trabalho em das metas previstas no quando o recorte abrange a equidade de acesso e rede é fundamental, mas Plano Nacional de Educa- jovens de 15 a 17 anos que permanência à educação não sabemos fazer isso. ção (PNE) pode ajudar o frequentavam o ensino profissional e à educação A gestão das organizaBrasil a concluir, em 2024, médio. superior de qualidade, de ções ainda não é madura 70% das metas previstas O percentual de alunos forma gratuita ou a preços no Brasil. Ainda temos que não concluíram o en- acessíveis”. para 2030. um longo caminho a fazer De acordo com o levan- sino fundamental e médio Os resultados, no entanrumo à responsabilidade tamento, a meta de univer- na idade adequada é alto. to, ainda mostram que o e à autocrítica. Precisamos salizar o acesso à educação Um quarto dos jovens não acesso ao ensino superior fomentar parcerias. A miinfantil para crianças de concluiu o ensino funda- continua “desigual e resnha visão é otimista a partir 4 e 5 anos já está próxima mental na idade esperada. trito”, uma vez que apenas dessa premissa. É a partir de ser alcançada. 93,7% No caso do ensino supe- um quarto dos jovens de dessa responsabilização das crianças dessa faixa rior, o Ipea destaca o be- 18 a 24 anos cursava ou já que podemos nos permitir já estão matriculadas na nefício proporcionado por tinha completado o ensino assumir novos papéis”, pré-escola. iniciativas como o Fundo superior. (DM) afirma o professor da Una.
93,7% das crianças estão matriculadas
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NEGÓCIOS
Emprego pleno na pauta da Unimed-BH Cooperativa acredita que é importante que a formação também venha do mercado de trabalho
DANIELA MACIEL
Em Belo Horizonte, a cooperativa médica Unimed-BH lança mão de uma série de programas com foco em crescimento econômico sustentado e emprego pleno, entre eles: Trilha da Enfermagem: programa dedicado a capacitar profissionais já formados e experimentados no mercado, dentro dos padrões de qualidade, atendimento e cuidado da Unimed-BH; Trilha do Comercial: nos mesmos moldes do Trilha da Enfermagem, o programa tem conteúdo e escopo voltado à área Comercial da Unimed-BH (ambos contam com o suporte da Universidade Corporativa da Cooperativa); Parceria Cruz Vermelha: a Cruz Vermelha seleciona e encaminha à Unimed-BH jovens impactados pela vulnerabilidade social (entre 16 e 18 anos) para que sejam capacitados a atuar no mercado de trabalho como mensageiros (office boy); Jovens Profissionais: em parceria com a Junior Achievement Brasil, o Instituto Unimed-BH capacita jovens dentro dos conceitos de em-
preendedorismo; Programa de Capacitação para Pessoas com Deficiência (PCDs): em sua 15ª edição, o programa tem a proposta de promover a inclusão, oferecer uma formação técnica diferenciada e ampliar as chances dos PCDs ingressarem no mercado de trabalho. De acordo com o presidente da Unimed-BH, Samuel Flam, uma empresa que prestar serviços como a cooperativa precisa entender que o seu maior capital é o humano. “Em um mundo que roda na velocidade que acontece hoje, precisamos estar em constante atualização. É fundamental termos a educação continuada. A educação fornecida pelo Estado é padronizada, então é muito importante que a formação também venha do mercado de trabalho” afirma Flam. Como uma empresa do setor de saúde, a Unimed-BH crê na própria educação para a saúde como uma forma de atuar para a melhor educação da população como um todo. Campanhas como o “Projeto Caminhar” se mostram eficientes nesse sentido. “Entendemos a saúde e a educação como um processo holístico, que permeiam todos os aspectos da vida. Se as pessoas não estiverem sadias, não terão bons empregos ou, talvez, nenhum emprego. Cada vez que vamos para a praça incentivar as pessoas a caminharem e levamos informações, conhecimento, atingimos um público muito maior do que os nossos mais de 1,25 milhão de clientes.
LEO DRUMOND / NITRO
Alcançamos toda a sociedade”, analisa o presidente da Unimed-BH. Educação empreendedora - O programa Jovens Profissionais é outro exemplo voltado para o público externo. Realizado em parceria com a Junior Achievement de Minas Gerais - organização que atua com educação empreendedora em mais de 120 países -, tem o objetivo de desenvolver o empreendedorismo entre os mensageiros internos e menores aprendizes que atuam na cooperativa, além de jovens com idades entre 16 e 24 anos indicados pelos colaboradores. Em 2017, o projeto reuniu 36 participantes. Em 2018, foram quase 60 beneficiados. Em 2019, o número chegou a 74 jovens. O programa tem duração de seis meses, com 15 encontros presenciais. Durante o programa, os jovens passam por vários módulos como o Inovation Camp e Miniempresas com metodologia da Junior Achievement, além de aulas de português com foco no Enem e Orientação vocacional. “Várias cooperativas vêm aqui para aprender como trabalhamos. Isso também é educação, compartilharmos os exemplos bem-sucedidos que temos. Queremos dar o exemplo para a nossa cadeia produtiva e também outras empresas para que invistam não só na formação dos seus funcionários, mas que vejam na educação parte da sua missão”, completa o gestor.
Várias cooperativas vêm aqui para aprender como trabalhamos, afirma Samuel Flam BENDITA CONTEÚDO & IMAGEM
O Instituto Unimed-BH capacita jovens dentro dos conceitos de empreendedorismo
Desafio premia ideias que impactam comunidades locais Empresas de diferentes setores vêm se mobilizando não só para fomentar a capacitação da sua mão de obra e, assim, conquistar colaboradores muito mais preparados e engajados, como também - ou principalmente - para ajudar a formar uma sociedade mais bem informada, educada e consciente, independentemente dela portar um crachá ou não. Para celebrar o Dia Internacional da Juventude, comemorado em 12 de agosto, o McDonald’s realizou evento em São Paulo, no qual discutiu o papel e a importância dos jovens na transformação da sociedade. Na ocasião, foi lançado um projeto, em formato de desafio, em que a rede vai ouvir ideias de funcionários de todo o Brasil para impactar as comunidades onde trabalham por meio da educação. As melhores ideias serão premiadas, incluindo um curso exclusivo na Hamburger University
(HU), Universidade Corporativa do McDonald’s. Em artigo, o presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados - maior franquia independente do McDonald’s no mundo -, Paulo Camargo, afirmou o anseio da empresa: “A partir de dados (diários) fazer uma autoanálise e entender se o nosso sucesso está sendo sustentado, acima de tudo, no propósito de usarmos a escala da nossa marca para o bem. Isso significa usar o nosso tamanho, a nossa liderança e influência para gerar ações com impacto positivo para a empresa e para a sociedade. O que traz um desafio diário de se olhar no espelho, a cada manhã, e se perguntar o quanto esse propósito individual e de marca está sendo entregue. Com a estratégia “Receita do Futuro”, a empresa se alinha com a iniciativa global do McDonald´s, batizada Escala para o Bem. Organizada a
partir de cinco eixos como Nutrição Infantil, Carne Sustentável, Embalagem e Reciclagem, Mudança Climática, e Oportunidades e Formação para o Emprego Jovem, esta iniciativa reforça a estratégia para aproveitar a escala a fim de gerar impacto positivo nas comunidades e no planeta. Segundo a diretora de Comunicação Corporativa do McDonalds Brasil, Rozália Del Gáudio, o trabalho realizado no Brasil está alinhado com a matriz já que a empresa é uma das signatárias dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), lançados pela ONU em 2015. “Ao assumir esse compromisso criamos essas duas grandes frentes. Somos reconhecidos como principais geradores de primeiro emprego no Brasil e sabemos que a nossa responsabilidade não é só gerar a primeira oportunidade, mas também formar essas pessoas. Alguns vão fazer carreira,
outros ficar algum tempo. Mas não é isso que importa. A maioria dos nossos gerentes começou como atendentes. Isso acontece porque temos uma estrutura de apoio. São gastos cerca de R$ 40 milhões por ano em formação e treinamento”, explica Rozália Del Gáudio. Tradicionalmente, por meio do Instituto Ronald McDonald, a empresa apoia ações voltadas para o campo da saúde. Desde o ano passado, também apoia o Instituto Ayrton Senna que atua na causa da educação. Para a executiva, mais importante que ter bons profissionais é ter bons cidadãos. E criar pessoas que têm acesso aos seus direitos e consciência do deveres é uma responsabilidade de todos, inclusive das empresas. “Só vamos evoluir como sociedade quando estivermos verdadeiramente preocupados com o desenvolvimento dos seres humanos. Como
FERNANDO CTENAS
Rozália Del Gáudio, trabalho está alinhado com a matriz
empresa, nos orgulhamos do primeiro emprego porque tudo na vida passa pela oportunidade. Mas não basta oferecer trabalho, temos que formar, entender as dificuldades das pessoas. Operando num ambiente desafiador, e temos condições de contribuir
para formar bons cidadãos. As empresas têm uma contribuição a dar para resolver as questões sociais. Para ter negócios vencedores é preciso uma sociedade vencedora”, avalia a diretora de Comunicação Corporativa do McDonalds Brasil. (DM)
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NEGÓCIOS EXPANSÃO
BUFFET
Laboratório Lustosa vai investir R$ 2,3 milhões
Fora do Comum completa 15 anos com avanço de 5% nos últimos 12 meses
Rede passará a contar com mais três lojas este ano, na Capital e RMBH DIVULGAÇÃO
THAÍNE BELISSA
Com atuação em Belo Horizonte e região metropolitana, o laboratório Lustosa vai investir R$ 2,3 milhões até o fim do ano em expansão física. A unidade mais recente acaba de ser inaugurada no bairro Santa Tereza, na região Leste da Capital, com um investimento de R$ 500 mil e capacidade para receber 1.600 clientes por mês. Também estão previstas mais duas inaugurações em Belo Horizonte e em Contagem, na RMBH, além de obras de expansão em outras duas unidades na Capital. A ampliação deve gerar 23 novos empregos. O diretor comercial e de relacionamento do Lustosa, Mozart Machado, afirma que o crescimento do laboratório acompanha o aumento da demanda por excelência técnica e qualidade nos resultados dos exames. “O Lustosa é um laboratório de nicho, reconhecido pelo rigor científico nos exames e é o preferido dos médicos. Essa é uma característica importante para os clientes: mais que comodidade, eles querem qualidade”, afirma. O laboratório funciona no modelo atendente técnico, o que significa que todo o atendimento é realizado por profissionais especializados na área da saúde. A unidade inaugurada no bairro Santa Tereza foi a primeira aberta pela rede em 2019. O diretor explica que a região tem uma po-
Unidade mais recente acaba de ser inaugurada no bairro Santa Tereza, na região Leste
pulação com o perfil ideal para o laboratório, além de demanda real. “Boa parte das famílias residentes no bairro tem plano de saúde, o que é um dado importante para o nosso setor, uma vez que 80% dos nossos clientes são beneficiários desse serviço. Além disso, é uma população composta por idosos e pessoas de média idade, que também são nossos principais consumidores”, afirma. A nova unidade tem sete boxes de coletas para a realização de todas as especialidades de exames laboratoriais, além de área de recepção dos clientes, café e espaço kids. A expectativa é que esse laboratório atenda 1.600 pacientes por
mês, o que é uma média alta, em relação às demais unidades. “Essa expectativa foi calculada com base nas demais operações e de acordo com nossa projeção para a região”, detalha. Nessa unidade foram gerados oito empregos diretos. O diretor destaca que outras duas unidades estão previstas. Uma delas será instalada na região Centro-Sul da Capital e outra em Contagem, sendo que essa segunda também oferecerá o serviço de vacinas. Juntas, essas unidades devem gerar oito empregos e terão capacidade para atender até 1.000 clientes por mês. Elas receberão um investimento total de R$ 600 mil. Além de novas operações,
o laboratório também está apostando em ampliação de algumas já existentes, como é o caso da unidade central, na rua dos Carijós, e da unidade do bairro Caiçara, na região Noroeste. As reformas terão um investimento de R$ 1,2 milhão e devem gerar mais sete empregos. “Esse reposicionamento das unidades tem o objetivo de melhorar a experiência do cliente com melhoria das áreas, mas também aumentar a capacidade de atendimento. Na unidade do Centro vamos aumentar em 40% o atendimento, chegando a 2.800 clientes por mês. Já no Caiçara, a capacidade deve dobrar, passando 1.000 para 2.000 clientes atendidos mensalmente”, afirma.
CAPACITAÇÃO
Ocemg inaugura centro de treinamento
DIVULGAÇÃO
Especializado em eventos corporativos, coquetéis e reuniões de negócios, além dos particulares/sociais [festas de debutantes, aniversários infantis, batizados e casamentos], o Buffet Fora do Comum completa 15 anos em setembro repleto de motivos para comemorar. A empresa, administrada pela nutricionista Camila Bitencourt, registrou crescimento de 5% nos últimos 12 meses e pretende manter esse índice em 2020. As expectativas também são boas, em especial, para o faturamento de dezembro, período bastante promissor para as confraternizações. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a previsão é de que a receita mensal cresça 12,5%, saltando de R$ 400 mil para R$ 450 mil. Além de debutar com a saúde financeira em dia, o Fora do Comum chega à flor da idade com uma carta de clientes diversificada. Segundo Camila Bitencourt, são mais de três mil só em Belo Horizonte e região metropolitana. Alguns, inclusive, ela acompanha há anos. “Os mais fieis nos escolhem para a festa de noivado, casamento, batizado e aniversário dos filhos. Eles nos viram crescer e nós temos muito orgulho em presenciar os momentos mais importante da vida de cada um”, ressalta. Devido a esse crescimento, a empresa teve que mudar suas instalações três vezes ao longo destes 15 anos: nasceu em um pequeno apartamento no bairro Santo Antônio (Centro-Sul) e, posteriormente, se mudou para um imóvel maior no Gutierrez (Oeste). Porém, desde novembro de 2018, passou a ocupar uma casa de 380m², na rua Bernardino de Lima, 373 [também no Gutierrez]. “Neste novo local temos um espaço gourmet, que permite ao cliente degustar nossas criações antes de escolher o menu para a sua recepção. Em 2020, nossa proposta é alugá-lo para pequenos eventos que comportem, no máximo, 25 pessoas”, destaca a empresária, que atende, mensalmente, cerca de 60 recepções, sendo 70% delas corporativas. “Para fazer essa máquina funcionar, contamos com o trabalho
de uma equipe na administração e produção, além de mais de 40 freelancers. Todos comprometidos em ouvir o cliente para atendê-lo com carinho e da forma mais assertiva possível, afinal não podemos nos esquecer que estamos lidando com sonhos e momentos especiais da vida das pessoas, pelos quais elas esperam por meses e até mesmo anos”, completa. Outro know-how que Camila Bitencourt também se orgulha em citar como responsável pelo sucesso do empreendimento desde sua abertura, é a proximidade com os quase 20 fornecedores que atendem a empresa na reposição dos mais variados insumos. A maioria deles faz parte do cadastro desde a criação do buffet. “Foi estabelecida uma relação próxima e de confiança. Todos já conhecem a forma do nosso trabalho e, sempre que há novidades, eles ficam à disposição para oferecê-las. Quem ganha, com isso, obviamente, é o cliente, que sempre leva produtos confiáveis, selecionados e de qualidade para sua festa”, enfatiza Camila Bitencourt, acrescentando que o foco do cardápio é uma comida mais leve e saudável. No menu há, por exemplo, petiscos frios, montados com ingredientes naturais, à base de legumes e recheados com ricota. “Entretanto, temos a capacidade de personalizar. O que o cliente pedir, nós criamos”. Novidades para 2020 - Além de alugar o espaço gourmet para pequenos eventos, o Buffet Fora do Comum vai lançar, já no início de 2020, os chamados produtos ‘inusitados’, linha própria de congelados. Farão parte do casting, escondidinhos, lasanha, tortas, quiches, mousselines e caldos, que, segundo Camila Bitencourt, são mais fáceis de serem preparados e ideais para eventos em família, além de uma linha de salgados, ainda em formatação. “Vamos finalizar os testes até dezembro para começar as vendas em janeiro. Primeiramente eles serão oferecidos no buffet e, posteriormente, a intenção é levar esses produtos para pontos de vendas, como supermercados e delicatesses”. (Da Redação)
O Sistema Ocemg inaugura, hoje, o Centro de Treinamento do Cooperativismo Mineiro, localizado na avenida Carandaí, 335 Funcionários. O novo espaço foi construído para ampliar as ações de capacitação da entidade e poderá receber até 300 pessoas simultaneamente. O Centro de Treinamento do Cooperativismo Mineiro supre uma demanda das cooperativas, ao mesmo tempo em que concretiza VICTOR SCHWANER um dos objetivos do Sistema Ocemg, conforme destaca o presidente da entidade, Ronaldo Scucato. “Iniciamos um novo ciclo e apresentamos o marco de uma gestão pautada na profissionalização e capacitação. O Centro de Treinamento é um espaço para a disseminação da cultura cooperativista que, cer- Centro de Treinamento do Cooperativismo Mineiro poderá receber até 300 pessoas tamente, contribuirá para a que se refere à educação con- Minas Gerais - Ano após a 155 mil novos membros, inovação e desenvolvimento tinuada, em parceria com as ano, o cooperativismo vem contabilizando 1,74 milhão do segmento cooperativista mais renomadas instituições mostrando a sua força. Mi- de pessoas. em Minas”. nacionais e internacionais. nas Gerais possui, hoje, 771 O Sistema Ocemg é forPor meio do Serviço Na- O Sistema Ocemg dispõe cooperativas. O setor re- mado pela junção de duas cional de Aprendizagem do de um extenso portfólio gistrou crescimento pelo instituições: o Sindicato e Cooperativismo de Minas de atividades, programas quinto ano consecutivo e Organização das CoopeGerais (Sescoop-MG), que e projetos que contribuem movimentou um total de rativas do Estado de Mié o braço de capacitação do para o aperfeiçoamento dos R$ 53,6 bilhões - aumento nas Gerais (Ocemg), órgão Sistema Ocemg, são ofere- dirigentes, cooperados e de 14,9% em relação a 2017. de representação política, cidos cursos, treinamen- empregados das 770 coO cooperativismo segue sindical-patronal e de detos, workshops, palestras de operativas registradas na com destaque na geração fesa do cooperativismo no orientações sobre coopera- organização. Em 2018, mais de empregos. O crescimen- Estado; e o Serviço Naciotivismo, eventos setoriais de 49 mil pessoas partici- to foi de 9,8% no quadro nal de Aprendizagem do voltados para a capacitação param das atividades de funcional, ultrapassando Cooperativismo de Minas do público cooperativista e capacitação, monitoramento a marca de 43 mil pessoas Gerais (Sescoop-MG), respopulação em geral. e promoção social proporcio- empregadas. No ano pas- ponsável pelas atividades A entidade está atenta às nados pelo Sistema Ocemg, sado, o segmento registrou de formação profissional, demandas das cooperativas contribuindo diretamente ainda uma evolução de 9,8% monitoramento e promoção e conectada ao que existe de para o sucesso do negócio no número de cooperados social das cooperativas de melhor e mais arrojado no cooperativo. O que o cliente pedir, nós criamos, afirma Camila Bitencourt em Minas, o que equivale Minas. (Da Redação)
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FINANÇAS REUTERS / RICARDO MORAES
MERCADO
Dólar avança 1% e atinge R$ 4,18 em meio à cautela no exterior Bolsa de valores recuou 0,5% na sessão de ontem
São Paulo - O dólar encerrou em forte alta contra o real ontem, em dia de menor volume de negociações por feriado nos Estados Unidos, com agentes do mercado monitorando os riscos externos em meio à cautela diante do início das novas tarifas comerciais entre EUA e China. O dólar à vista teve alta de 1%, a R$ 4,1834 na venda. O dólar futuro de maior liquidez mostrava valorização de 1,06%, a R$ 4,191. Jefferson Laatus, sócio-fundador do Grupo Laatus, afirma que a sessão foi marcada pela cautela dos investidores diante de uma série de fatores externos como a incerteza em torno das negociações comerciais entre EUA e China e os desenvolvimentos do Brexit. “Quando os mercados nos EUA estão fechados, todo o resto do mundo fica sem
um norte, então é normal que haja um certo exagero nas movimentações”, disse Laatus. A moeda norte-americana também mostrava força contra uma cesta de moedas, a 99,032, e frente a outras moedas emergentes - como o rand sul-africano e o peso mexicano. A China e os Estados Unidos começaram a impor tarifas extras sobre produtos um do outro no domingo, apesar de sinais de que negociações podem ser retomadas em algum momento neste mês. Nesta segunda, a China informou que entrou com um processo contra os EUA junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa de tarifas de importação, mas não divulgou detalhes sobre seu procedimento legal. Durante a sessão, também permaneceu no radar dos
investidores a medida de controle de capital imposta pelo governo da Argentina no domingo, numa tentativa de conter a queda livre da Moeda norte-americana é influenciada pela tensão entre os Estados Unidos e a China moeda que aumenta o risco de default. Ontem, o peso pesando negativamente, a ausência dos mercados que as importações caíram argentino encerrou em alta em dia sem a referência de acionários norte-americanos, mais que as exportações. Para setembro, “apesar de 0,88%, a US$ 59, em seu Wall Street por feriado nos fechados pelo feriado do primeiro dia de operações Estados Unidos. O principal Dia do Trabalho nos EUA. da incerteza externa, esperaNo Brasil, a balança co- mos aceleração da atividade após o anúncio das medidas. índice da B3 caiu 0,5%, a 100.625,74 pontos. O giro mercial registrou superá- econômica e dos lucros das No plano doméstico, os fi nanceiro da sessão somou vit de US$ 3,284 bilhões empresas, com juros na mímercados avaliaram ainda R$ 10,7 bilhões. em agosto, melhor saldo nima histórica e rumando a piora na avaliação do goO mercado acionário ope- para o período desde 2017, para níveis ainda inferiores”, verno Bolsonaro, buscando indicações sobre como isso rou sem tendência clara informou o Ministério da afirmou a XP Investimentos. pode afetar a agenda de durante a sessão, refletindo Economia, em um mês em (Reuters) reformas. A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro CONJUNTURA subiu para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou de 33% para 29%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada ontem.
Analistas estimam crescimento do PIB de 0,87% neste ano, aponta Focus
Bolsa - O Ibovespa teve leve queda nesta segunda-feira, com o setor financeiro
CONTAS
Estados brasileiros repassaram R$ 16,1 bilhões para suas estatais Brasília - Os estados brasileiros repassaram R$ 16,1 bilhões a suas estatais em 2018, entre reforço de capital (R$ 11,4 bilhões) e subvenções (R$ 4,7 bilhões), mas receberam apenas R$ 2,2 bilhões a título de dividendos, num desequilíbrio que ilustra a dependência de recursos públicos de boa parte das empresas. Os dados constam em painel inédito divulgado pelo Tesouro Nacional sobre as empresas dos estados brasileiros, com base em informações repassadas pelos governos estaduais. “Quando as saídas de recursos dos estados são maiores que as entradas, podemos dizer que tais empresas oneram o resultado fiscal do Estado”, disse o Tesouro, após apontar que os repasses líquidos
no ano passado foram de R$ 14 bilhões. No material, o Tesouro ressalvou que 120 das 258 empresas - quase metade do total - não informaram valores de dividendos, subvenções ou aumentos de capital. Em 2018, apenas Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Sergipe receberam mais recursos do que direcionaram as suas estatais. No universo das 258 estatais estaduais, 106 empresas, ou 41% do total, são dependentes. Isso significa que elas receberam recursos do controlador para pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital. Todas as 11 estatais do Rio de Janeiro, por exemplo, são dependentes. Já Minas Gerais é o estado com maior número de
estatais não dependentes: 16 de um universo de 19 estatais. De maneira geral, o setor de desenvolvimento é o que possui maior número de empresas dependentes (14) dentre as estatais estaduais, seguido pelo de abastecimento (10). Em contrapartida, o setor financeiro é o que tem mais empresas não dependentes (20), com saneamento (19) em segundo lugar. Distribuição - De acordo com o painel disponibilizado pelo Tesouro, a região Nordeste é a que reúne mais estatais, com 91 empresas ou 35,3% do total. Sudeste e Centro-Oeste aparecem em seguida, com 56 e 41 empresas, respectivamente. O Norte tem 36 empresas e a região Sul, outras 34. (Reuters)
O mercado financeiro aumentou a projeção para o crescimento da economia e reduziu a estimativa de inflação para este ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada de 0,80% para 0,87% em 2019. Segundo a pesquisa, a previsão para 2020 permaneceu em 2,10%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%. Inflação - A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo caiu de 3,65% para 3,59%, este ano. Para os anos seguintes não houve alterações nas projeções: 3,85%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Para o mercado financeiro, ao final de 2019 a Selic estará em 5% ao ano. Para o final de 2020, a estimativa segue em 5,25% ao ano. No fim de 2021 e 2022, a previsão permanece em 7% ao ano. Dólar - A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,80 para R$ 3,85 e, para 2020, de R$ 3,81 para R$ 3,82. IPC-S - O IPC-S de agosto variou 0,17%, ficando 0,05 ponto percentual (p.p) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 2,90% no ano e 3,97% nos últimos 12 meses. As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice re-
gistraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,15% para -0,36%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -8,07% para -10,75%. Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (-0,01% para -0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,18%), Habitação (0,84% para 0,81%) e Despesas Diversas (0,01% para -0,05%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: calçados (0,21% para -0,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,01% para -0,29%), tarifa de eletricidade residencial (3,94% para 3,36%) e alimentos para animais domésticos (-0,82% para -1,35%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,13% para 0,13%), Comunicação (0,27% para 0,38%) e Transportes (0,05% para 0,13%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: passagem aérea (-9,61% para -4,57%), tarifa de telefone residencial (1,12% para 1,48%) e etanol (1,44% para 3,16%). (ABr)
CRISE
Títulos argentinos recuam após medidas de Macri Buenos Aires e Londres - Os títulos internacionais da Argentina denominados em euro e dólar caíam para mínimas recordes ontem, enquanto o peso voltava a se desvalorizar, após o presidente Mauricio Macri no domingo impor controles de capital numa tentativa de conter a queda livre da moeda que aumenta o risco de default. A surpresa com a medida de Macri - defensor do mercado livre que iniciou seu governo revertendo muitas práticas protecionistas de sua antecessora, Cristina Kirchner - veio depois que o governo não conseguiu conter fortes saídas de investimentos e sustentar o combalido peso. O peso subia 0,83% nas
operações oficiais, mas no mercado paralelo a moeda caía 1,56%, para 64 por dólar. “O dólar nesse nível agora é forte o suficiente”, disse o ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, em entrevista coletiva. “Todas essas medidas têm o objetivo central de estabilidade.” O peso negociado no mercado oficial perdeu mais de 23% de seu valor desde as eleições primárias de 11 de agosto, que provocaram uma virada na política do país, com Macri, que é pró-mercado, sofrendo uma dura derrota para seu oponente Alberto Fernández. Fernández é agora o principal candidato à frente das eleições gerais de 27 de outubro. Sua vice é a ex-pre-
sidente Cristina Kirchner, uma populista que aplicou pesados controles comerciais e cambiais durante seus dois mandatos. Tendo anunciado mudanças no pagamento de títulos da Argentina, previstos inicialmente para serem honrados na semana passada, a aplicação de controles cambiais foi a segunda medida adotada por Macri que foi de encontro a sua própria promessa de usar políticas ortodoxas para ajustar uma economia com problemas crônicos. Algumas das novas políticas intervencionistas podem ser difíceis de serem retiradas mais tarde, disseram analistas. “O problema das medidas
restritivas de emergência é que elas são mais fáceis de aplicar do que de retirar”, disse no Twitter Christian Buteler, um analista financeiro baseado em Buenos Aires. A expectativa é de mais depreciação para o peso. “O jogo mudou para o mercado de câmbio”, disse Sabrina Corujo, analista da corretora Portfolio Personal, em Buenos Aires, alertando que as ações e os títulos locais também devem enfraquecer. O banco central argentino foi autorizado a restringir compras de dólares ao mesmo tempo em que queima suas reservas para sustentar a moeda. A reintrodução de controles é uma reviravolta
expressiva para Macri, um defensor do livre mercado que conquistou a Presidência em 2015 com promessas de “normalizar” a terceira maior economia da América Latina, abandonando controles defendidos pelo governo anterior. Os títulos internacionais em dólar da Argentina com vencimento em 2028 caíam mais de 2 centavos, para uma nova mínima de 36,5 centavos, segundo dados da Refinitiv. Os títulos com vencimento em 2038 registravam perdas semelhantes. Os títulos soberanos da Argentina denominados em euro também sofriam fortes perdas, atingindo mínimas recordes nesta segunda-feira. O título 2022 caía mais de 10
centavos, para 34,45 centavos, enquanto o papel com vencimento em 2027 caía 7,2 centavos para 33,501 centavos, de acordo com dados da Refinitiv. Os ADRs - recibos de ações negociados nos Estados Unidos - de empresas argentinas do setor financeiro também estavam sob pressão. As ações de Grupo Financiero Galicia listadas em Frankfurt caíram mais de 9%. Banco Macro SA cedia 6,5%. O peso argentino perdeu mais de um terço do seu valor em 2019, após uma queda de mais de 50% no ano passado. O banco central gastou quase US$ 1 bilhão em reservas desde quarta-feira, mas não conseguiu conter a queda do peso. (Reuters)
13
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2019
LEGISLAÇÃO DIVULGAÇÃO
PESQUISA
MEI é única fonte de renda de 5,4 milhões de pessoas
Mais de 2 milhões de empreendedores deixaram a informalidade Brasília - Realidade na economia brasileira há dez anos, o Microempreendedor Individual (MEI) responde pela única fonte de recursos de 1,7 milhão de famílias. Isso significa que 5,4 milhões de pessoas no País dependem da renda de um MEI. Ao longo da década, a renda média familiar desse segmento alcançou R$ 4,4 mil, o equivalente a pouco mais de quatro salários mínimos. É o que aponta a 6ª edição da pesquisa “Perfil do MEI”. Realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em todos os estados, a sondagem alcança 95% de nível de confiança e 1% de margem de erro, delineando as principais características desses empreendedores. Conforme a pesquisa, que entrevistou 10.339 microempreendedores individuais entre 1º de abril e 28 de maio deste ano, a atividade é a única fonte de renda de 76% dos MEIs. Isso significa que hoje há
cerca de 4.6 milhões de MEIs que dependem exclusivamente da sua atividade empreendedora. O levantamento mostra que 61% dos MEI se formalizaram atraídos pelos benefícios do registro (ter uma empresa formal, possibilidade de emitir nota, poder fazer compras mais baratas) 25% por conta dos benefícios previdenciários e 14% por outros motivos diversos. Os resultados do levantamento mostram que 33% dos MEI estavam na informalidade (como empreendedores ou empregados) antes de optarem pelo registro como MEI. Deste universo, 48% empreendiam sem CNPJ por dez anos ou mais. O levantamento também aponta que a formalização contribuiu diretamente para o aumento das vendas dos negócios para 71% dos entrevistados. Outros 72% indicaram melhoria nas condições de compra junto aos fornecedores. “Podemos concluir, com
a pesquisa, que o MEI retirou da informalidade mais de 2 milhões de empreendedores. É um universo bastante significativo de donos de negócio que ganharam, com a formalização, acesso a crédito e a benefícios previdenciários. Mais do que isso, eles ganharam autoestima enquanto empresários e geradores de renda”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Ainda há espaço para o MEI avançar, seja na universalização e inclusão de novas atividades, seja na ampliação do número de empregados”, ressalta. Os jovens, na faixa etária de 18 a 29 anos de idade, lideram o ranking dos que procuram autonomia financeira como MEI (41%). Contudo, o percentual de microempreendedores cai à medida que o empreendedor envelhece. Entre 30 a 39 anos, (37%); dos 40 a 49 (32%) e os com mais de 50 anos registram 21%. Sobre o quesito renda, é possível afirmar que o
percentual daqueles que ingressaram na atividade por necessitarem de uma fonte de renda é acentuado nos MEIs com mais de 50 anos (42%). Todavia, os índices caem expressivamente dentre aqueles que abriram um negócio porque queriam praticar seus conhecimentos profissionais, 9% entre os mais jovens e 8% na faixa entre 30 a 49 anos. Residência - Mais de dois em cada cinco entrevistados (40%) têm a própria residência como local de trabalho, mas isso vem caindo nos últimos quatro anos (53% em 2015, 45% em 2017), o que demonstra um gradativo processo de profissionalização, principalmente em municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A pesquisa revela ainda que, diferentemente do esperado, nos municípios mais carentes, é mais comum o MEI atuar em um estabelecimento comercial (49%). Essa opção, no geral,
Carlos Melles aponta benefícios proporcionados pelo MEI
soma 28%, enquanto os MEI atuante na casa ou empresa do cliente são 17%. Os ambulantes são 11% e os que atuam em feiras, shopping popular e outros locais representam 4%. De acordo com a pesquisa do Sebrae, o perfil do MEI é predominantemente caracterizado por pessoas com o ensino médio (48%). Os dois extremos do aspecto da escolaridade também são expressivos em termos percentuais (22% têm até o nível fundamental e 31% concluíram o nível médio e chegaram – pelo menos – a ingressar em uma universidade). Esses dados confirmam uma grande heterogeneidade desses profissionais. (ASN)
RESOLUÇÃO
Banco deve fazer atendimento presencial Brasília - Os bancos não podem deixar de atender clientes presencialmente, mesmo quando estiver disponível o atendimento em outros canais. A determinação é do Banco Central (BC), que publicou ontem no “Diário Oficial da União” a Resolução nº 4.746. Essa medida foi definida na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), no último dia 29. De acordo com a resolução, é “vedado às instituições impedir o acesso, recusar, dificultar ou impor restrição ao atendimento presencial em suas dependências, inclusive em
guichês de caixa, a clientes ou usuários de produtos e de serviços, mesmo quando disponível o atendimento em outros canais”. Essa determinação não se aplica aos serviços de arrecadação ou de cobrança, quando não houver contrato ou convênio para a sua prestação celebrado entre a instituição financeira e o ente beneficiário; ou o contrato ou convênio celebrado não contemple o recebimento em guichê de caixa das dependências da instituição. A regra também exclui o recebimento de boletos de pagamento
de emitidos fora do padrão, das especificações ou dos requisitos vigentes para o instrumento; recebimento de documentos mediante pagamento por meio de cheque; e as instituições que não possuam dependências ou às dependências de instituições sem guichês de caixa. Também está fora da determinação os postos de atendimento instalados em órgão ou de entidade da Administração Pública ou de empresa privada com guichês de caixa, nos quais sejam prestados serviços do exclusivo interesse do respectivo órgão ou entidade.
A resolução determina ainda que “é vedada a imposição de restrições quanto à quantidade de documentos, de transações ou de operações por pessoa, bem como em relação a montante máximo ou mínimo a ser pago ou recebido ou ainda quanto à faculdade de o cliente ou o usuário optar por pagamentos em espécie”. Segundo a resolução, as cooperativas de crédito devem informar em suas dependências, “em local visível e em formato legível, se realizam atendimento a não associados e quais os serviços disponibilizados”.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que a Resolução 4.746, do Banco Central, não altera a lista de produtos oferecidos ou serviços realizados presencialmente nas agências bancárias. “O texto estabelece novas regras para a forma como as instituições financeiras devem comunicar seus clientes sobre os casos em que o atendimento presencial não é realizado naquele posto de atendimento. Os bancos estão trabalhando para se adequar às novas regras no menor tempo possível”, disse, a Febraban. (ABr)
TRIBUNAL
TJ-SP afasta juiz acusado de pedir dinheiro São Paulo - O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, por unanimidade, instaurar processo disciplinar e afastar do cargo o juiz André Gonçalves Fernandes, da 2ª Vara Cível de Sumaré , até o final da apuração. Ele foi acusado, entre outros fatos, de solicitar a uma tabeliã doações de equipamentos para a vara e dinheiro para uma viagem à Europa, onde comemoraria as bodas de prata com a mulher. A decisão foi tomada na sessão do Órgão Especial, na última quarta-feira (28). “As imputações são graves e comprometem a imagem do Judiciário. Seus efeitos repercutem até hoje”, disse o corregedor-geral do TJ-SP, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, relator do caso. Ele acolheu a proposta do presidente do TJ-SP, de afastar cautelarmente o juiz, em nome da “restauração da credibilidade do Poder Judiciário de Sumaré”. O procedimento preliminar foi instaurado a partir de denúncia feita por um
magistrado. Fernandes era corregedor do cartório da vara. Ao proferir seu voto, Pinheiro Franco disse que “os próprios delegatários (representantes do cartório), mesmo com risco, relataram na corregedoria o incômodo dos pleitos do magistrado”. “É flagrante o constrangimento”, afirmou. O corregedor citou a compra de objetos de uso pessoal para o magistrado. Disse que o juiz deixou com a tabeliã um boleto para pagar um triturador de papel. “Mas nunca apresentou a nota fiscal. Era um boleto, de R$ 3.100, para pagar uma plataforma digital, algum objeto com sofisticação”, disse. “Houve a solicitação de pagamento de uma viagem particular com a esposa”. Segundo o corregedor, o juiz entrou no cartório, se dirigiu à oficial e disse: “Você poderia pagar uma viagem para mim e minha esposa?” “O magistrado nega, diz que não foi à Europa. Mas, indo ou não indo, utilizando ou não o dinheiro, houve
infração disciplinar”, disse Pinheiro Franco. Ainda segundo o relator, há provas com testemunho presencial. Depois que a tabeliã morreu, o juiz emitiu dois alvarás de levantamento de recursos. O corregedor disse que Fernandes “não tinha nenhuma vinculação com o inventário, não entendi esse interesse especial”. “Sua excelência pouco ou nada esclareceu, não informou o motivo da expedição de alvará”, disse o corregedor. Pinheiro Franco disse que, ao instaurar o procedimento, “propôs a alteração da corregedoria permanente para evitar qualquer manifestação do magistrado”. O presidente do TJ-SP, Pereira Calças, disse que leu o voto do corregedor com muita atenção e examinou as provas produzidas. “Confesso que, no meu tempo de corregedoria, não vi um caso tão grave como esse. Confesso que fiquei envergonhado”, ressaltou. “Havia uma coação implícita. Acho que a imagem
do tribunal fica maculada”, afirmou o presidente, sustentando a impossibilidade de o magistrado continuar à frente da vara enquanto são apuradas as suspeitas. Calças lamentou que os fatos envolvam “um juiz de formação na USP, doutor pela Unicamp, há muito tempo na comarca”. André Gonçalves Fernandes é graduado em direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP). mestre e doutor em Filosofia e História da Educação pela Unicamp. Defesa - O advogado de defesa, Renato Vieira, disse, em sustentação oral, que a imputação de que o juiz teria solicitado a doação de equipamentos “não teria relevância disciplinar, em razão do uso efetivo dos bens para o fórum”. Segundo o advogado, “sempre foi ressaltado o caráter voluntário das doações”. “Os envolvidos disseram que ele não impunha essas aquisições”. “Não houve qualquer represália, ameaça,
as doações foram feitas para uso do fórum. Não houve qualquer ilícito”, disse. Sobre o custeio de uma viagem com a mulher para a Europa, Vieira disse que “o magistrado nega veemente essa solicitação, e comprovou nos autos que não houve a citada viagem, como o passaporte demonstra”. Sobre a expedição de alvará, disse que foi “para levantamento de valores do cartório”. “O magistrado disse que foi solicitada a expedição desse alvará, vinculado ao pagamento de despesas. Não havia vinculação do alvará a qualquer processo. Não houve qualquer violação”, disse. Durante a votação, o desembargador Xavier de Aquino propôs a abertura de inquérito policial. O corregedor-geral disse que poderia encaminhar cópia do procedimento administrativo para avaliação do Ministério Público. A reportagem entrou em contato com a 2ª Vara Cível de Sumaré, mas não conseguiu ouvir o juiz. (Folhapress)
SERVIÇOS
Comissão da ALMG discute hoje extinção de cartórios A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) debaterá, em audiência pública, a possível extinção de serventias de serviços notariais instaladas em diferentes localidades no Estado. A reunião, que atende a requerimentos dos deputados Duarte Bechir e Zé Reis (ambos do PSD), Marquinho Lemos (PT) e Alencar da Silveira Jr. (PDT), será realizada hoje, às 15 horas, no Auditório José Alencar. Recente decisão anunciada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) prevê o encerramento das atividades de cartórios com baixa arrecadação e quantidade mínima de atos praticados, e a consequente anexação desses às sedes. A deliberação deve afetar cerca de 300 cartórios localizados em pequenos distritos, em diferentes regiões do Estado. Um dos autores da solicitação para a audiência, o deputado Marquinho Lemos alertou para os riscos da resolução e as ações do Legislativo em relação ao tema. “Tal medida poderá afetar o acesso da população do interior do Estado a serviços básicos, tais como certidões de casamento e nascimento. Nosso intuito é buscar um diálogo com o Tribunal de Justiça para tentar rever essa decisão”, ponderou o parlamentar. A mudança proposta pelo TJMG também tem sido criticada por gestores de localidades que perderão (ou já perderam) suas unidades cartoriais. O assunto foi tema de reunião na ALMG, em agosto, da qual participaram vereadores e prefeitos de regiões afetadas. Durante o encontro, eles informaram que, em alguns casos, a população terá de se deslocar até 100 quilômetros para fazer registros civis, entre outros procedimentos. A deliberação também foi bastante contestada por deputados, em pronunciamentos feitos na reunião do Plenário da ALMG, do dia 22 de agosto. O presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus (PV), ainda enviou ofício ao Judiciário solicitando a revisão da decisão. “Nossa expectativa é sensibilizar o Tribunal de Justiça para que a decisão seja revista e tenhamos um desfecho positivo para a população que reside nesses distritos afetados”, ressaltou o chefe do Parlamento estadual. (Com informações da ALMG)
Indicadores EconĂ´micos InďŹ&#x201A;ação
DĂłlar 02/09/2019
30/08/2019
29/08/2019
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Out.
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IPC-Fipe
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ICV-DIEESE
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IPCA-IPEAD
INPC-IBGE
IPCA-IBGE
Fonte: BC - *UOL
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP Custo do dinheiro Taxas referenciais
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de junho
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meses
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Agosto SalĂĄrio 954,00 CUB-MG* (%) 0,31 UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 6,56 *Fonte: Sinduscon-MG
Set. 954,00 0,13 23,54 3,2514 6,56
Out. 954,00 0,11 23,54 3,2514 6,98
Nov. 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98
Dez. 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98
Jan. 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03
Fev. 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03
Março 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03
Abril 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26
Maio 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26
Junho 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26
Julho 998,00 0,12 3,5932 5,95
&', WD[D HIHWLYD DR DQR Fonte: Valor EconĂ´mico
Taxas de câmbio
Ouro 02/09/2019
30/08/2019
29/08/2019
1RYD ,RUTXH RQoD WUR\ 86 86 86 %0 ) 63 J 5 5 5 Fonte: Gold Price
Taxas Selic Tributos Federais (%)
Meta da Taxa a.a. (%)
Outubro
0,54
6,50
Novembro
0,49
6,50
Dezembro
0,49
6,50
Janeiro
0,54
6,50
Fevereiro
0,49
6,50
Março
0,47
6,50
$EULO
Maio
0,54
6,50
Junho
0,47
6,50
Julho
0,57
6,00
Reservas Internacionais 86 PLOK}HV Fonte %&% '67$7
Imposto de Renda Base de CĂĄlculo (R$) $Wp
AlĂquota
Parcela a
(%)
deduzir (R$)
,VHQWR
,VHQWR
De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
$FLPD GH
Deduçþes: D 5 SRU GHSHQGHQWH VHP OLPLWH E )DL[D DGLFLRQDO GH 5 SDUD DSRVHQWDGRV SHQVLRQLVWDV H transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. Obs:
Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir.
Fonte 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR
MOEDA/PAĂ?S CĂ&#x201C;DIGO %2/,9,$12 %2/,9,$ &2/21 &267$ 5,&$ &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ &252$ ,6/1' ,6/$1 &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 ',1$5 .:$,7 ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( ',1$5 -25'$1,$ ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( '2/$5 $8675$/,$12 '2/$5 %$+$0$6 '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( '2/$5 '$ *8,$1$ '2/$5 &$<0$1 '2/$5 &,1*$385$ '2/$5 +21* .21* '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ )25,17 +81*5,$ )5$1&2 68,&2 *8$5$1, 3$5$*8$, IENE 470 /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ /,%5$ /,%$12 /,%5$ 6,5,$ 5(3 1292 '2/$5 7$,:$1 /,5$ 785&$ NOVO SOL/PERU 660 3(62 $5*(17,12 PESO CHILE 715 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ PESO/REP. DOMINIC 730 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* 5,$/ &$7$5 5,$/ 20$ 5,$/ ,(0(1 5,$/ ,5$1 5(3 5,$/ $5$% 6$8',7$ 5,1**,7 0$/$6,$ 58%/2 5866,$ 583,$ ,1',$ 583,$ ,1'21(6,$ 583,$ 3$48,67$2 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ EURO 978 Fonte: %DQFR &HQWUDO 7KRPVRQ 5HXWHUV
VENDA 0,03916 1,2223 0,005741 0,0811 4,561
TABELA DE CONTRIBUIĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES DE JANEIRO DE 2019 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso SalĂĄrio de contribuição AlĂquota (R$) (%) $Wp De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 atĂŠ 5.839,45 11,00 CONTRIBUIĂ&#x2021;Ă&#x192;O DOS SEGURADOS AUTĂ&#x201D;NOMOS, EMPRESĂ RIO E FACULTATIVO SalĂĄrio base (R$) AlĂquota % Contribuição (R$) $Wp YDORU 0tQLPR De 998,00 atĂŠ 5.839,45 20 199,60 atĂŠ 1.167,89 COTAS DE SALĂ RIO FAMĂ?LIA $Wp $FLPD GH
Remuneração 5 5 D 5
Valor unitĂĄrio da quota 5 5
Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019
FGTS Ă&#x2039;QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO
CompetĂŞncia do DepĂłsito CrĂŠdito 3% * 6% Maio/2019 Julho/2019 0,2466 0,4867 -XQKR $JRVWR 7D[D TXH GHYHUi VHU XVDGD SDUD DWXDOL]DU R VDOGR GR )*76 QR VLVWHPD GH )ROKD GH 3DJDPHQWR Fonte: Caixa EconĂ´mica Federal
Seguros
TBF
15/08
0,01311781 2,92791132
16/08
0,01311781 2,92791132
17/08
0,01311781 2,92791132
18/08
0,01311781 2,92791132
19/08
0,01311781 2,92791132
20/08
0,01311781 2,92791132
21/08
0,01311781 2,92791132
22/08
0,01311781 2,92791132
23/08
0,01311781 2,92791132
24/08
0,01311781 2,92791132
25/08
0,01311781 2,92791132
26/08
0,01311781 2,92791132
27/08
0,01311781 2,92791132
16/08 a 16/09 17/08 a 17/09 18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09 21/08 a 21/09 22/08 a 22/09 23/08 a 23/09 24/08 a 24/09 25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09
28/08
0,01311781 2,92791132
29/08
0,01311781 2,92791132
30/08
0,01311781 2,92791132
31/08
0,01311781 2,92791132
01/09
0,01311781
2,92791132
02/09
0,01311781
2,92791132
03/09 0,01311781 Fonte: Fenaseg
2,92791132
0,4394 0,4394 0,4604 0,4814 0,4801 0,4794 0,4585 0,4376 0,4374 0,4583 0,4791 0,4793 0,4794 0,4588 0,4377
AluguÊis Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Julho IGP-DI (FGV) Julho IGP-M (FGV) Julho
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434
1,0322 1,0556 1,0639
13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 17/08 a 17/09 18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09 21/08 a 21/09 22/08 a 22/09 23/08 a 23/09 24/08 a 24/09 25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434
Agenda Federal Dia 4
Contribuição ao INSS COMPRA 0,03914 1,2217 0,00573 0,08025 4,5591
26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08 30/07 a 30/08 31/07 a 31/08 01/08 a 01/09 02/08 a 02/09 03/08 a 03/09 04/08 a 04/09 05/08 a 05/09 06/08 a 06/09 07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09
IOF - Pagamento do IOF apurado no 3Âş decĂŞndio de agosto/2019: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂdica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂsica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂda de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂtulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros - CĂłd. 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR &yG Darf 4028. Darf Comum IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂodo de 21 a 31.08.2019, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra â&#x20AC;&#x153;bâ&#x20AC;?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre capital SUySULR H DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLve os atribuĂdos a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂtulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂdos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 6 SalĂĄrio de agosto/2019 - Pagamento dos salĂĄrios mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salĂĄrios mensais ĂŠ atĂŠ o 5Âş dia Ăştil do mĂŞs subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o sĂĄbado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da cateJRULD SURÂżVVLRQDO TXH SRGH HVWDEHOHFHU SUD]R HVSHFtÂżFR SDUD SDJDPHQWR GH VDlĂĄrios aos empregados. Recibo FGTS - DepĂłsito, em conta bancĂĄria vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes Ă remuneração paga ou devida em agosto/2019 aos trabalhadores. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, deve-se antecipar o depĂłsito. *),3 6HÂżS DSOLFDWLYR &RQHFWLYLGDGH Social - meio eletrĂ´nico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, Ă Secretaria Especial de PrevidĂŞncia e Trabalho, da relação de admissĂľes e desligamentos de empregados ocorULGRV HP DJRVWR 1RWD 3DUD ÂżQV de seguro-desemprego, as informaçþes no Caged relativas a admissĂľes deverĂŁo ser prestadas na data de inĂcio das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do seguro-desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou entĂŁo, no prazo estipula-
GR HP QRWLÂżFDomR SDUD FRPSURYDomR GR registro do empregado lavrada em ação ÂżVFDO SRU $XGLWRU )LVFDO GR 7UDEDOKR (Vtas informaçþes dispensarĂŁo o envio do Caged atĂŠ o dia 7 do mĂŞs subsequente relativamente Ă s admissĂľes informadas (Portaria MTE nÂş 1.129/2014). Caged (meio eletrĂ´nico) Simples DomĂŠstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em agosto/2019, da contribuição previdenciĂĄria a cargo do empregador domĂŠstico e de seu empregado; recolhimento da FRQWULEXLomR VRFLDO SDUD ÂżQDQFLDPHQWR do seguro contra acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depĂłsito destinado ao pagamento da indenização compensatĂłria da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recĂproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento GH $UUHFDGDomR H6RFLDO '$( YLDV
SalĂĄrio de agosto/2019 â&#x20AC;&#x201C; DomĂŠsticos - Pagamento dos salĂĄrios mensais dos empregados domĂŠsticos (Lei Complementar nÂş 150/2015, art. 35). Nota: O empregador domĂŠstico ĂŠ obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado domĂŠstico, atĂŠ o dia 7 do mĂŞs seguinte ao da competĂŞncia. Recibo Dia 10 Comprovante de Juros sobre o Capital PrĂłprio â&#x20AC;&#x201C; PJ - Fornecimento, Ă EHQHÂżFLiULD SHVVRD MXUtGLFD GR &RPprovante de Pagamento ou CrĂŠdito de Juros sobre o Capital PrĂłprio no mĂŞs de agosto/2019 (art. 2Âş, II, da Instrução Normativa SRF nÂş 41/1998). FormulĂĄrio IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre produtos FODVVLÂżFDGRV QR FyGLJR GD TIPI (cigarros que contenham tabaco) - CĂłd. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) PrevidĂŞncia Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato UHSUHVHQWDWLYR GD FDWHJRULD SURÂżVVLRnal mais numerosa entre os empregados, da cĂłpia da Guia da PrevidĂŞncia Social (GPS) relativa Ă competĂŞncia agosto/2019. Havendo recolhimento de contribuiçþes em mais de uma GPS, encaminhar cĂłpias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverĂĄ antecipar o envio da guia. Lembrar que para as empresas que jĂĄ passaram a substituir a GFIP pela DCTFWeb, para efeitos previdenciĂĄrios, o recolhimento das contribuiçþes previdenciĂĄrias passou a ser efeWXDGR SRU PHLR GR '$5) HPLWLGR SHOR prĂłprio aplicativo. GPS (cĂłpia)
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2019
18
DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
DIVULGAÇÃO
Mostra de violão Promovida pelo Instituto Abrapalavra, a “Mostra Internacional de Violão de Belo Horizonte” apresenta uma programação voltada para evidenciar a produção musical contemporânea produzida a partir de um dos instrumentos mais populares da música, o violão. Com uma programação gratuita que inclui apresentações musicais, recitais e atividades educativas como rodas de conversa, bate-papos e workshops, a mostra será realizada no Conservatório da UFMG (avenida Afonso Pena, 1534). Na noite de abertura, amanhã, às 19 horas, haverá um recital do violonista mineiro, Lucas Telles, que, com o violão 7 cordas apresentará o repertório do seu mais novo CD intitulado “Outono”, lançado em agosto.
“Terça da Dança”
Filarmônica de Minas Gerais faz “Concertos Didáticos”
Ir a uma apresentação de uma grande orquestra em uma sala especialmente projetada para concertos sinfônicos. Essa será a vivência de sete mil alunos de 159 escolas de Belo Horizonte e região metropolitana. Até amanhã, na Sala Minas Gerais, eles participam dos “Concertos Didáticos” da Filarmônica de Minas Gerais. Os concertos são precedidos de uma ação educacional sobre música e orquestra, realizada nas escolas, e orientada por monitores da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). O programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) estará presente com a participação de 24 escolas. Para os alunos do EJA, que trabalham durante o dia, o concerto foi realizado ontem. Já os alunos dos ensinos fundamental e médio, entre 6 e 17 anos, participam dos concertos hoje e amanhã, às 9h30 e às 14h30.Todas as apresentações têm regência do maestro Marcos Arakaki. No repertório, estão as obras As bodas de Fígaro, K. 492: Abertura, de Mozart; Capricho Espanhol, op. 34, de Rimsky-Korsakov; Danças Folclóricas Romenas, de Bartók; e Orfeu no inferno: Cancã, de Offenbach. Ao longo do concerto, o maestro Marcos Arakaki dá explicações sobre as obras, os compositores e a orquestra. “Há 11 anos a Filarmônica de Minas Gerais tem se empenhado na democra-
tização da música erudita, contribuindo para uma formação cultural mais diversificada em nossa sociedade”, ressalta Diomar Silveira, diretor presidente do Instituto Cultural Filarmônica. De 2008, ano da criação da orquestra, até 2018, 48.717 mil estudantes participaram dos Concertos Didáticos. Para o aprimoramento e expansão dessa ação, a Filarmônica conta com o apoio da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), cujos alunos, selecionados e preparados conjuntamente pela Universidade e pelo maestro Arakaki, são monitores junto às escolas inscritas com o objetivo de ministrarem aos estudantes as primeiras noções sobre música erudita. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte são parceiras no processo de inscrição e participação das escolas. A plataforma educacional da Filarmônica abrange diferentes segmentos: Concertos Didáticos (para estudantes do ensino fundamental e médio), Concertos para a Juventude (para a escuta da música clássica em família), Concertos Comentados (palestras para o público dos concertos de série), Festival Tinta Fresca (para novos compositores brasileiros), Laboratório de Regência (para jovens regentes) e Concertos de Câmara (para todas as idades, com
vistas à aproximação das pessoas da diversidade de timbres existentes em uma orquestra). Além da experiência presencial em salas de concerto, professores, alunos e público em geral têm, por meio do site da Orquestra, que conta com ferramentas de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual (www. filarmonica.art.br), acesso a textos sobre obras e compositores, sons, características e curiosidades sobre os instrumentos de orquestra, livros de introdução ao universo orquestral dirigidos a crianças, adolescentes e adultos, além de vídeos sobre preparação e especificidades dos repertórios. Criada em 2008, desde então a Filarmônica de Minas Gerais se apresenta regularmente em Belo Horizonte. Em sua sede, a Sala Minas Gerais, realiza 57 concertos de assinatura e 12 projetos especiais. Apresentações em locais abertos acontecem nas turnês estaduais e nas praças da região metropolitana da capital. Em viagens para fora do estado, a Filarmônica leva o nome de Minas ao circuito da música sinfônica. Sob direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a orquestra conta, atualmente, com 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas do Sul e do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. (Com informações da Agência Minas)
CULTURA CHRISCE DE ALMEIDA
sonoras de Star Wars, Harry Potter, Indiana Jones, Jurassic Park, A Lista de Schindler e Superman, compostas pelo norte-americano John Williams, com exibição de trechos dos filmes. Quando: 4 e 5 de setembro (20h30) Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) Onde: Grande Teatro Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) Cinema Música Rock - Para quem quer reviver os shows de uma das maiores cantoras de rock do Brasil não pode perder o tributo a Cássia Eller na voz de Tacy de Campos. A cantora e compositora traz um repertório amplo, do rock ‘n’ roll às emocionantes baladas, passando por Nando Reis, Cazuza, Renato Russo, Caetano Veloso e Beatles, imortais na voz única de Cássia. Quando: 5 de setembro (21h) Quanto: R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia) Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (avenida Amazonas, 315 - Centro) Trilhas sonoras - Na séria “Música de Cinema”, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais interpreta trilhas
Curtas - Um encontro dedicado às invenções poéticas e políticas do cinema experimental marca o 21º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte – FestCurtasBH, realizado pela Fundação Clóvis Salgado. Serão exibidos 123 filmes de curtas-metragens, distribuídos em 62 sessões. Além das já conhecidas mostras competitivas, paralelas e especiais, o evento contará com debates, palestra-performance, oficina e exposição. Quando: até 8 de setembro Quanto: entrada gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro, Teatro João Ceschiatti e jardins internos do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro)
Artes plásticas Modernismo - A mostra “Paul Klee - Equilíbrio Instável’ reúne mais de 120 obras entre pinturas, papéis, gravuras, desenhos e objetos pessoais do artista suíço. A mostra é considerada a maior exposição de Klee (1879-1940) já realizada na América Latina e celebra o aniversário do CCBB BH, referência cultural e turística no Estado. Quando: até 18 de novembro Quanto: entrada gratuita (quarta a segunda-feira, das 10h às 22h) Onde: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Colagens - A exposição Gesto, tecendo um tapete de memórias, estreia do arquiteto e engenheiro Renato Cesar José de Souza nas artes visuais, foi prorrogada devido a grande aceitação do público pelas obras que utilizam colagens, recortes, cores e tintas em composições harmônicas e carregadas de simbolismos, marcadas pela simplicidade do gesto e pela escolha consciente por deixar rastros, vestígios do processo. Quando: até 5 de setembro Quanto: entrada gratuita Onde: Galeria Patrícia de Deus – Ideias e Papéis (rua Fernandes Tourinho, 145, Funcionários)
A Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura, realiza, no Teatro Marília (avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia), o projeto “Terça da Dança” que, em setembro, aborda a diversidade e outros aspectos culturais da dança e da performance. O projeto tem como proposta oferecer uma programação continuada, com artistas independentes e grupos profissionais da dança, apresentando, neste mês, debate performático, espetáculos e bate-papo. Toda a programação é gratuita e acontece sempre às terças-feiras, às 19h. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes das atrações. Hoje, acontece o debate performático do Programa Intensivo de Investigação e Montagem (PIIM) “Juntas e Diversas” sobre educação em arte dentro de um processo coletivo colaborativo.
“Criança e Natureza” Na próxima quinta-feira, das 19h às 21h30, o projeto “Entre Nós - conversas que importam”, criado pela publicitária Ana Paula Lobato (Momis.cool) e pela produtora cultural Flávia Pellegrini (Na Pracinha), vai promover mais uma roda de conversa com o tema “Criança e Natureza”. A convidada do encontro, que vai ocorrer no Espaço Corre Cutia (rua. Eduardo Porto, 280, Cidade Jardim),é a especialista em psicomotricidade, educação lúdica e coordenadora do programa “Ser Criança Natural” em São Paulo, Ana Carol Thomé. Nessa edição, o tema da roda de conversa será sobre “Criança e Natureza”. O objetivo do tema é promover uma reflexão sobre a importância de incentivar esse contato vital.
Paisagem social A mostra “Até Aqui”, de Ariel Ferreira, que faz parte do ciclo de exposições do Edital Novos Artistas do Memorial Minas Gerais Vale, terminará no próximo domingo. A desmontagem contará com uma atividade diferente e aberta ao público: quem quiser acompanhar, poderá ver o artista pintando de branco as paredes da galeria, que, até o momento, estão coloridas com o trabalho de Ariel. E haverá também um bate-papo com Ariel Ferreira na próxima quinta-feira, às 19 horas, com a participação do curador Júlio Martins e da professora e crítica de arte Maria Angélica Melendi. A entrada é gratuita, sujeita a lotação. O Memorial Vale fica na Praça da Liberdade, 640, Funcionários. A obra de Ariel é feita a partir de pigmentos recolhidos pelo artista. para criar visões poéticas da paisagem social.
“Lugar de Criação” No dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, o Programa CCBB Educativo promove o projeto “Lugar de Criação” com edição especial Dia da Pátria, com foco nos símbolos, imagens e cores oficiais brasileiros. A ação artística convida crianças e seus familiares a imaginar novas imagens, emblemas e insígnias que representem o país atualmente e explorar as ideias livremente, por meio de desenhos, recortes e colagens. O evento integra o calendário do “Lugar de Criação”, que acontece aos sábados, domingos, e feriados, sempre em dois horários: das 11h às 13h e das 15h às 17h. O Especial Dia da Pátria será realizado no próximo sábado, às 11h se às 15h, com duração de duas horas, no CCBB-BH (Praça da Liberdade, 450, Funcionários).
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