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diariodocomercio.com.br

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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.934 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019 DIVULGAÇÃO

Produção industrial do Estado tem alta 0,3% em julho, diz pesquisa do IBGE A produção industrial mineira registrou pequena alta de 0,3% em julho sobre junho, na série com ajuste sazonal, de acordo com o IBGE. Entretanto, na comparação com o mesmo mês de 2018, houve queda de 6,5% no Estado. Já no acumulado do ano, a produção do parque industrial de Minas caiu 4,7% frente a igual intervalo de 2018, pressionada pela retração na mineração. Pág. 6 Apesar do menor consumo de gás natural no Estado, o lucro da Gamig registrou crescimento de 29% no acumulado do ano

Consumo de gás natural cai 17% em Minas Gerais Demanda da Vale recua depois do rompimento de barragem Impactado pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão no fim de janeiro, em Brumadinho, que reduziu a demanda da Vale, o consumo de gás natural caiu 17% em Minas Gerais no acumulado do ano até agosto frente ao mesmo período de 2018, de acordo com a Gasmig. Mesmo assim, a companhia apurou au-

mento de 29% no lucro nos primeiros oito meses de 2019 sobre igual intervalo do ano passado, favorecido pelo corte nas despesas operacionais e pela antecipação do acionamento das usinas termelétricas neste ano. O presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, defende a abertura do capital da companhia para aumentar a competitivi-

dade e alcançar melhores resultados. Com controle indireto do Estado, seus acionistas são a Cemig, com 99,6%, e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com 0,4%. Até 2021, a Gasmig espera se consolidar como uma das três maiores distribuidoras de gás do Brasil em rentabilidade, volume e número de clientes. Pág. 5

Perspectivas de estrangulamento das finanças públicas brasileiras, que em termos objetivos encontram-se numa situação de penúria, são reais e próximas. Pesquisas e bolsas de estudos estão sendo cortadas, assim como serviços e atividades essenciais. Nas Forças Armadas, por exemplo, acaba de ser decidido que os quartéis não abrirão às segundas-feiras. Medidas de economia, mas longe de trazer as soluções reclamadas, no contexto do prometido ajuste fiscal transformado na grande bandeira do governo passado. Em alguns estados, Minas Gerais entre eles, salários de ativos e inativos levam perto de 80% da renda, pouco sobra para as demais despesas e, com certeza, nada para investimentos. Este é o quadro mais ou menos geral no País e sem que ele seja drasticamente modificado não há espaço para o futuro. “Uma torneira que não fecha”, pág. 2

GABRIELA PEDROSO

Situada ao sul de Bruxelas, Valônia, uma das três regiões administrativas da Bélgica, deve virar a mais nova parceira da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Está prevista a assinatura de um memorando de entendimentos entre a região belga, cuja capital é Namur, e a PBH na próxima segunda-feira em busca de benefícios mútuos em áreas como exportação, investimentos, entre outros tipos de relações bilaterais. Uma delegação da capital mineira deve embarcar, nesta semana, para a Bélgica para conhecer melhor as potencialidades de negócios e firmar o compromisso com a representante governamental da região, a Awex. Págs. 9, 10 e 11 Namur é capital da Valônia, região administrativa da Bélgica que fica ao sul de Bruxelas DIVULGAÇÃO

Safra mineira de grãos apresenta avanço de 0,2%, aponta a Conab

Dólar - dia 10

Euro - dia 10

É hora de cuidar da qualidade do leite (Heloise Duarte)

Comercial

Compra: R$

4,5385

Venda: R$ 4,5396

Poupança (dia 11) ............ 0,3434%

Turismo

Ouro - dia 10

IPCA-IBGE (Julho): ............ 0,01%

Compra: R$ 3,9200 Venda: R$ 4,2500

Nova York (onça-troy): US$ 1.485,98

IPCA-Ipead (Julho): ............ 0,68%

R$ 197,51

IGP-M (Julho): ......................... 0,40%

Ptax (BC)

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 11): ............................. 0,0000%

+1,52 +1,03 +0,68 +0,24 -0,14 04/09

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Págs. 2 e 3

ARTIGOS

Com destaques para o algodão e o milho, a safra de grãos 2018/2019 de Minas Gerais foi encerrada com a colheita de 14,2 milhões de toneladas, uma ligeira alta de 0,2% sobre a safra anterior, aponta o levantamento da Conab. Apesar do aumento do plantio da soja, o clima não foi favorável e a produção da oleaginosa caiu 8,5%. O milho registrou crescimento de 6,3%, com 7,53 milhões de toneladas. Já a cultura de algodão avançou 70% e atingiu 168,7 mil tonelaA colheita de milho deve chegar a 7,53 milhões de toneladas em Minas Gerais das. Pág. 8

Compra: R$ 4,1102 Venda: R$ 4,1108

A proposta de reforma tributária do governo prevê taxação de saques e depósitos em dinheiro com uma alíquota inicial de 0,4%. A cobrança integra a ideia do imposto sobre pagamentos, semelhante à CPMF. Já para pagamentos no débito e no crédito, a alíquota cogitada é de 0,2% para cada lado da operação. As duas taxas tendem a crescer para substituir gradualmente a tributação sobre os salários. Pág. 13

BH pode fazer uma parceria com região belga

EDITORIAL

Compra: R$ 4,0949 Venda: R$ 4,0957

Governo planeja taxar depósitos e saques com alíquota de 0,4%

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Vetos de Bolsonaro a crimes de abuso de autoridade (Raphael Maia)

Proteção do ponto para o empresário (Henrique Avelino Lana)

País do futuro se constrói com inovação na indústria (Fabiano Lourenço)

Lei do SAC e Lei Geral de Proteção de Dados (Maria Victoria Costa e Ricardo Marfori)

Investimentos diversificados (Daniel Ribeiro)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019

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OPINIÃO É hora de cuidar da qualidade do leite HELOISE DUARTE * Hoje, a indústria do leite do Brasil discute profundamente sua competitividade, movida pelos ventos liberalizantes que, ao que tudo indica, devem abrir e desregular a economia brasileira de forma continuada. A abertura do mercado chinês aos produtos lácteos brasileiros e o futuro acordo Mercosul-EU são indicativos dessa tendência, que traz riscos e oportunidades. A concorrência vinda de fora vai aumentar, mas por outro lado, os novos mercados podem representar fronteiras de expansão inéditas para uma indústria que, hoje, atende basicamente ao mercado doméstico. Essa discussão também é motivada pela entrada em vigor, em maio, das Instruções Normativas 76 e 77, que fixam as características de qualidade para o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A. Ao exigir controles e monitoramentos do leite desde o campo até seu processamento, as normativas visam à profissionalização do setor. Há um endurecimento da responsabilidade relativa à qualidade da matéria-prima. Por isso, a produtividade e a qualidade do leite brasileiro estão em pauta. E há indicadores de que os produtores de leite brasileiros podem aumentar muito sua competitividade a partir da melhor gestão de seus rebanhos. É o que mostra

a última edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), calculado a partir dos dados de quase mil fazendas com bom grau de tecnificação, que, em conjunto, possuem cerca de 250 mil matrizes e respondem por 4% da produção nacional. Do ponto de vista da produtividade, o IILB mostra, por exemplo, que há uma importante diferença entre as fazendas classificadas entre as “top 10%” da análise, que produzem 20% mais leite por animal, em comparação com a média geral. Vários fatores explicam essa diferença. A taxa de prenhez, um indicador essencial para a eficiência produtiva, é até 42% superior nas melhores fazendas. A mortalidade de fêmeas de até 12 meses é 42% menor nas melhores fazendas. Esses e outros indicadores do IILB mostram grande potencial de melhoria para os produtores que investirem em ferramentas de controle mais modernas, como softwares de gestão, além de maior capacitação e melhores equipamentos. Há uma relação direta entre a gestão da parte produtiva e reprodutiva na fazenda e a qualidade do leite. A última edição do IILB traz um recorte especial, com dados de controle de qualidade de leite atualizados nos últimos 12 meses, por 179 fazendas (20% da base do levantamento). Usando o parâmetro da contagem de células somáticas (que

indica a saúde da glândula mamária de vacas), verificou-se que as fazendas mais bem administradas possuem qualidade do leite muito superior. Pelas Instruções Normativas 76 e 77, o limite máximo de CCS permitido é de 500 células por mililitro de leite. Do total de 179 fazendas, 70% estão acima deste limite. O dado é preocupante porque aponta um potencial risco de sustentabilidade do negócio para os produtores. Pelas novas normativas, os laticínios são proibidos de receber leite fora de especificação. A saída, mais uma vez, é a gestão. Entre as fazendas analisadas, as que obtiveram um índice IILB acima de 6 (uma nota que vai de 0 a 10, indicando a qualidade da gestão das fazendas) atendem as normativas em 88% dos casos, contra apenas 40% das que tiveram nota IILB abaixo de 2. A abertura do mercado brasileiro abre oportunidades para os produtores, mas traz também desafios. Nesse ambiente de maiores exigências, fica clara a necessidade do crescimento da profissionalização do setor leiteiro no Brasil. Chegou a hora dos produtores de leite brasileiros dedicarem especial atenção à qualidade do leite nas fazendas. *Diretora-geral do Ideagri

Vetos de Bolsonaro a crimes de abuso de autoridade RAPHAEL MAIA * Desde que aprovado pelo Congresso Nacional, muito se debateu sobre a possibilidade de o presidente Jari Bolsonaro vetar, no todo ou em parte, o projeto de lei que estabelece os crimes de abuso de autoridade. Organizações associadas, especialmente, às forças de segurança pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, conduziram uma campanha pública a favor do veto. Já outros setores da sociedade, liderados principalmente pela Ordem dos Advogados do Brasil, defendiam que não havia razões para o mesmo, pois o projeto em questão tem por objetivo proteger o cidadão de eventuais abusos cometidos por agentes públicos. Apesar de já haver proibições às condutas descritas no projeto de lei, não havia sanções criminais para quem as praticasse. Com efeito, o presidente Jair Bolsonaro vetou 19 trechos do projeto em questão. Vetos estes, que merecem uma análise minuciosa. No presente artigo, opto por discorrer sobre alguns vetos e seus reais significados. Da natureza da Ação - O projeto estabelece que a ação penal deva ser proposta pelo Ministério Público (MP), independentemente de representação. Caso o MP não faça a denúncia no prazo legal, o ofendido pode, ele mesmo, procurar pelo poder judiciário. Com o veto ao trecho, aqueles que podem ser vítimas do abuso de autoridade serão impedidos de recorrer ao judiciário, na inércia do MP. Ora, é de se imaginar que haja certo corporativismo por parte de membros do MP, uma vez que estes podem ser sujeitos ativos das condutas tipificadas na lei aprovada. Das medidas de privação de liberdade - O sistema jurídico brasileiro adotou a prisão como uma exceção. Em regra, só podem ser presos no Brasil os condenados com trânsito em julgado. Ou seja, presos em flagrante ou em hipóteses taxativamente previstas para prisão preventiva ou temporária. Ocorre que, muitas vezes, é decretada uma prisão sem que a hipótese da mesma esteja prevista em lei. O projeto previa punição para estes casos, utilizando-se da

expressão “manifestamente” com o intuito de mostrar que a prisão em questão foge de qualquer possível interpretação. Ao vetar o referido Projeto, o presidente legitima uma série de prisões ilegais que já tem virado uma regra no país. Das prisões aleatórias - Com o intuito de preservar a liberdade do indivíduo, a Constituição da República estabelece que ninguém pode ser preso, salvo em flagrante delito ou por ordem fundamentada de juiz. O projeto em questão penalizava aqueles que realizavam prisões fora dessas duas hipóteses. Tal artigo, entretanto, foi vetado. Ou seja, na prática, se o indivíduo for preso ilegalmente, aquele que realizou a prisão não pode ser punido por isto. Da prerrogativa do advogado - O advogado possui diversas prerrogativas profissionais, que nada mais são do que instrumentos para assegurar uma ampla defesa. Dentre tais prerrogativas, está a possibilidade de se reunir com o seu cliente a sós e tirar cópias de documentos relativos aos procedimentos policiais, administrativos e judiciais. O projeto tipificava como crime a conduta de impedir tais prerrogativas. Ao vetar tais alterações legislativas, o presidente da República atua contra o princípio da ampla defesa, que é um dos pilares de qualquer Estado Democrático de Direito. Ressalto que todas as condutas descritas no projeto aprovado pelo Congresso Nacional já eram, de uma forma ou de outra, proibidas pelo ordenamento jurídico. Ao vetá-las, o presidente sinaliza um desrespeito às garantias constitucionais que foram conquistadas com a promulgação da Constituição de 1988. A parte da sociedade que aprova os vetos, o faz porque certamente não se enxerga como uma possível vitima dos abusos estatais, uma vez que estes, na maior parte das vezes, atingem diretamente à parcela menos favorecida da sociedade. *Professor de Direito Constitucional, Administrativo e Direitos Humanos - raphael@dgam.com.br

Proteção do ponto para o empresário HENRIQUE AVELINO LANA * Sabe-se que o empresário, via de regra, somente após árduo labor e anos de trabalho a fio, noites maldormidas, adversidades tributárias, trabalhistas, econômicas e concorrenciais, enfim, tão somente após assumir e vencer todos os riscos inerentes à atividade obtém sua clientela, seus parceiros comerciais, sua credibilidade, o reconhecimento do público quanto aos seus sócios e funcionários que trabalham naquele local, consolidando-se assim, o seu “ponto comercial”. Muitos empresários que alugam os imóveis nos quais exercem suas atividades comumente indagam-se: após vencido o prazo do contrato de locação celebrado, juridicamente, serei forçado a deixar o imóvel? E quanto à credibilidade alcançada de meu “ponto comercial”? Será desconsiderada? Haveria algum dispositivo de lei que me garantisse continuar locando o imóvel, mesmo que não seja mais da vontade do locador? Percebamos que, a princípio, não se mostraria razoável a inexistência de dispositivos de lei que garantissem aos empresários o direito continuar, forçadamente, em seu “ponto

comercial”, mesmo não sendo mais esta a vontade do locador. Afinal, a Constituição Federal assegura a todos o direito ao livre exercício da atividade lícita, à valorização do trabalho e, sobretudo, a preservação da empresa, pois é interessante para toda a coletividade que a sociedade empresária continue em pleno, constante e crescente funcionamento, gerando cada vez mais empregos, acumulando cada vez mais clientes, fornecedores e parceiros comerciais, recolhendo mais tributos, contribuindo para a dinamicidade e crescimento econômico de nosso País. De acordo com a Lei 8.245/91, desde que preenchidos determinados requisitos cumulativos, os empresários fazem, sim, jus à renovação obrigatória dos contratos de locação nos quais suas atividades são exercidas. O primeiro deles é que estejamos diante de contrato de locação escrito e por prazo determinado. Logo, os contratos verbais, ou que anteriormente eram por prazos determinados e que automaticamente prorrogaram-se por prazo indeterminado, não se encaixam nesse requisito. A segunda condição é que o contrato de locação a ser renovado seja

de, no mínimo, cinco anos ininterruptos. Assegura também a mesma lei serem permitidos, neste requisito, contratos consecutivos, ininterruptos, que somando seus prazos, alcancem-se cinco anos. Em terceiro lugar, é imprescindível que o locatário esteja exercendo, no mesmo local, a mesma atividade há, no mínimo, três anos, de forma ininterrupta. Os sucessores, cessionários do direito ao contrato e sublocatários podem somar os prazos do segundo e terceiro requisitos acima, desde que a atividade empresária seja a mesma. Tal procedimento judicial deve ser instaurado “no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor”. Ou seja, o prazo fatal dá-se nos seis meses existentes antes dos últimos seis meses para o término do contrato. *Pós Doutorando, Doutor, Mestre, Especialista em direito. Professor do Centro Universitário UNA. Sócio do escritório MP&AL - Moreira do Patrocínio & Avelino Lana Advogados

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Uma torneira que não fecha As perspectivas de estrangulamento das finanças públicas brasileiras, que em termos objetivos encontram-se numa situação de penúria, são reais e próximas. Pesquisas e bolsas de estudos estão sendo cortadas, assim como serviços e atividades essenciais. Nas Forças Armadas, por exemplo, acaba de ser decidido que os quartéis não abrirão às segundas-feiras. Medidas de economia, mas longe de trazer as soluções reclamadas, no contexto do prometido ajuste fiscal transformado na grande bandeira do governo passado. Um bom exemplo está na reforma previdenciária, ainda na ordem do dia e da qual, mesmo com eventual contradição, que será explicada adiante, avançou, embora lentamente, mais que o esperado. Porém, e este é sem dúvida o ponto crucial, sem esforços mais consistentes para fechar a maior das feridas – ou, talvez com mais propriedade, a maior torneira – por onde escorre não os magros proventos de quem trabalhou a vida inteira em troca de um salário mínimo na hora de descansar, mas sim as vantagens dos apadrinhados, Em alguns aqueles que um dia foram estados, Minas chamados de marajás e que Gerais entre eles, continuam presentes. Deles salários de ativos já foi dito que e inativos levam literalmente sequestraram o perto de 80% da Estado brasileiro ou, pelo menos, renda, pouco sobra a maior parte de para as demais sua renda. Em alguns despesas e, com estados, Minas Gerais entre certeza, nada para eles, salários de ativos e inativos investimentos. levam perto de 80% da renda, pouco sobra para as demais despesas e, com certeza, nada para investimentos. Este é o quadro mais ou menos geral no País e sem que ele seja drasticamente modificado não há espaço para o futuro. Um entendimento elementar, verdadeiro, mas que ainda não parece ter sido adequadamente compreendido. E por trás dessa situação está um problema também óbvio. Os que se apropriaram do Estado foram criando ao longo do tempo, e muito tempo por sinal, aberrações de toda ordem, são hoje os mesmos que têm o poder de consertar o que está errado. Só não se sabe se tem vontade ou interesse de caminhar nessa direção, onde evidentemente não há espaço para vantagens, direitos adquiridos, estabilidade ou aposentadorias em que ativos e inativos ganham a mesma coisa. É até bastante simples, falta encarar a realidade tal como ela se apresenta, entender que o problema não é a maioria de miseráveis, mas a minoria de marajás, de apadrinhados sem qualificação que não o sobrenome ou até de funcionários fantasmas, gente que as repartições vão acumulando, entra governo, sai governo. E essa gente se conta aos milhares, sem sinais de que possam ser efetivamente desalojadas. O problema é que essa conta não fecha nunca e, pior, o dinheiro acabou. Ou acaba a festa ou o colapso, que não está muito distante, acontece.


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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019

OPINIÃO

País do futuro se constrói com inovação na indústria FABIANO LOURENÇO * ARQUIVO/ABR

O Brasil é um país de desafios e oportunidades. Analisar a situação macroeconômica atual do País é entender que há espaço para diferentes setores crescerem e conquistarem mercado em meio à incerteza política. Com PIB projetado a 0,80% (conforme projeções do relatório Focus do Banco Central publicado em 26/08/19) para este ano, discussões acerca da reforma da Previdência, tributária e do cenário político, o País continua sendo um terreno fértil para o desafio de todos os setores a encontrar uma saída para lucrar, pois o potencial ainda é enorme por aqui. Evidentemente, se a economia caminha devagar em nível macro, em nível micro, diferentes setores acompanham o ritmo lento. Na indústria, a falta de demanda, o acúmulo de estoque e as condições financeiras debilitadas ganham espaço como algumas das maiores preocupações apontadas por companhias que atuam em território nacional, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Superar essas adversidades depende de múltiplos fatores, relacionados a políticas econômicas eficazes e com efeito suficientemente notório para o setor. Dentro de casa – onde é mais fácil mudar as coisas de lugar – a lição permanece a mesma: investir em produtos e serviços modernos, capazes de atender à demanda dos clientes de maneira eficaz sempre procurando aumento da produtividade. Isso está ligado à modernização de sistemas, evidentemente, mas antes disso, depende de profissionais cada vez mais qualificados, aptos a entender a cadeia de produção de maneira ampla. Apesar de parecer relativamente óbvio, este é um ponto crucial em que muitas

companhias ainda falham. Enquanto isso, nos Estados Unidos e Japão, por exemplo, o processo de formação envolve investimento contínuo em múltiplas frentes. Profissionais deixam de lado o conhecimento técnico acerca de operação de máquinas para compreender o processo como um todo, entendendo o impacto que cada função exerce dentro da linha de produção. Essa consciência, aliada à modernização das estruturas industriais, garante a competitividade, produtividade e liderança de alguns desses países em longo prazo, com efeitos significativos nas indústrias eletrônica e automotiva. Não à toa, mesmo com o impacto das guerras comerciais e da desaceleração da China, a produção norte-americana continua crescendo (ou, no mínimo, estagnada, como registrado no mês de junho). No Brasil, mesmo que a passos lentos, alguns benefícios relacionados à automatização de processos podem ser percebidos de maneira rápida e eficaz. No setor de autopeças, por exemplo, aperfeiçoar processos humanos com colaboradores treinados e ferramentas capazes de integrar dados integrados do chão de fábrica à esfera corporativa trazem como resultado a redução de erros, aumento da transparência, qualidade e produtividade. É evidente que há divergências fundamentais entre ambos os países, em segmentos que vão muito além do industrial. Contudo, o horizonte de inovação pode ser mantido, dado o potencial que o mercado brasileiro representa. No que depender das perspectivas positivas dos executivos, o caminho está trilhado. O mesmo estudo feito pela CNI mostra que as expectativas seguem positivas em relação

No Brasil, mesmo que a passos lentos, alguns benefícios relacionados à automatização de processos podem ser percebidos de maneira rápida e eficaz. No setor de autopeças, por exemplo, aperfeiçoar processos humanos com colaboradores treinados e ferramentas capazes de integrar dados integrados do chão de fábrica à esfera corporativa trazem como resultado a redução de erros, aumento da transparência, qualidade e produtividade. ao aumento da produção nos próximos anos, mesmo em meio ao cenário geral tão desafiador. Transformar o pensamento positivo em realidade demanda tempo e investimentos. Em relação ao primeiro, não há muito que ser feito – a cronologia segue seu fluxo, dia

Lei do SAC e Lei Geral de Proteção de Dados

após dia – contudo, o segundo fator demanda um olhar mais atento de lideranças. Mais do que sobreviver, é necessário investir para liderar e preparar-se para o futuro que está logo a frente. *Vice-presidente da Mitsubishi Electric

Investimentos diversificados

MARIA VICTORIA COSTA E RICARDO MARFORI *

DANIEL RIBEIRO *

O Direito brasileiro possui um emaranhado de leis que visam proteger o consumidor. Porém, sempre surgem situações complexas quando novos diplomas normativos são implementados. Um exemplo é o caso da “Lei do SAC” (Decreto nº 6.523/2008) em comparação com a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018), que entrará em vigor em 14 de agosto de 2020. Isso porque o Decreto nº 6.523/2008 reconhece a aplicação dos princípios da dignidade, boa-fé, transparência, eficiência, eficácia, celeridade e cordialidade no tratamento do consumidor e, de maneira direta, estabelece um canal direto para que este consulte os dados que possui registrado na empresa. Dessa forma, primando pela agilidade, cria um mecanismo bastante superficial de confirmação da autenticidade do consumidor, ou seja, impõe apenas o prévio fornecimento de dados pelo consumidor para lhe assegurar, doravante, acesso ao banco de dados. E de conseguinte, se solicitada, os dados deverão ser enviados no prazo máximo de setenta e duas horas, por correspondência ou por meio eletrônico, a seu critério. O decreto não distingue ou dá tratamento diferenciado para informações sensíveis (criança, adolescente, saúde e opção sexual, por exemplo) e tampouco preocupa-se com o consentimento expresso nestes casos. De outro norte, surge a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018), que estipula, entre seus dispositivos, que as informações sensíveis somente poderão ser tratadas quando o titular ou seu responsável legal consentir de forma específica e destacada. Ademais, indica que o envio de

informações e dados poderão ser fornecidos por meio eletrônico, desde que seja seguro e idôneo para esse fim. Surge então a dúvida: a mera confirmação de autenticidade de dados, e o envio de informações por e-mail, estão de acordo com os novos preceitos legais? Veja que a nova lei exige que os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito. Portanto, em primeira análise, pode haver a necessidade de criar canais específicos de envio de informações e confirmação de autenticidade do consumidor. A agilidade que a Lei do SAC exige, dessa forma, poderá ser mitigada em razão do sigilo das informações. Resta, todavia, clamar pelo bom senso (que no Direito se traduz em razoabilidade) para que as autoridades públicas (ex. vi. Procons e Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD) alinhem seus discursos para que as exigências porventura impostas para as empresas sejam uníssonas, evitando onerar o empresário de forma desmedida e desnecessária. Se for exigido um incremento em segurança dos dados, a agilidade e eficiência da Lei do SAC poderão ser comprometidas; mas se primar pelo contrário, que os canais já tradicionais de comunicação sejam convalidados pela nova legislação. *Sócios do escritório Costa Marfori Advogados

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Até mesmo os investidores mais experientes sabem que diversificar a carteira de investimentos é um dos grandes segredos para obter sucesso e ao mesmo tempo proteger o patrimônio. Isso porque é impossível prever como o mercado e a economia mundial irão se comportar. Um exemplo disso é o caso da petroleira OGX de Eike Batista que em 2013 entrou em recuperação judicial. As ações viraram pó e os acionistas viram seus patrimônios escoarem pelo ralo. Um dos principais objetivos da diversificação da carteira de investimentos é a redução dos efeitos das oscilações do mercado, já que há vários potenciais riscos envolvidos. Flutuações do mercado, intervenções governamentais e mudanças regulatórias são alguns deles. A melhor forma de se resguardar de acontecimentos como esses é operar com ativos diversos, que ajam de forma distinta a diferentes estímulos da economia. Ao alocar seu patrimônio em uma carteira diversificada, o investidor pode apostar em aplicações de menor ou maior risco e que possuem rentabilidades distintas. Essa variação proporciona uma maior liberdade ao cliente, pois ele pode adquirir papéis com vencimentos variados, o que viabiliza o resgate de emergência no caso de ativos de liquidez imediata. O primeiro passo para montar uma carteira diversificada é identificar o perfil do investidor. Essa definição é vital, pois os clientes mais conservadores tendem

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a se arriscar menos, já os moderados assumem um pouco mais de risco e os agressivos concordam em lidar com maiores oscilações de mercado, com o intuito de garantir grandes ganhos em suas operações. Feito isso, é preciso também traçar quais são os objetivos a serem atingidos com as aplicações e o tipo de diversificação a ser realizada. Quanto ao tamanho da carteira e a quantidade de ativos, ambos vão depender do valor a ser investido, mas alguns fatores a serem avaliados na hora de escolher os ativos são: liquidez, rating, rentabilidade e o emissor do ativo. Todos os perfis de investidor devem ter sua carteira diversificada como forma de proteção e principalmente de garantir rentabilidade. O rebalanceamento periódico da carteira, a estratégia correta, a escolha dos produtos certos bem como a proporção entre eles, são parte do sucesso da construção de uma carteira e, consequentemente, do aumento do patrimônio a longo prazo. Basicamente, diversificação é uma forma inteligente de combinar proteção e rentabilidade. O conselho para quem pretende montar a sua carteira é se informar sobre o mercado. O ideal é pesquisar sobre o assunto e buscar a orientação de um especialista para montar a melhor estratégia de diversificação e aumentar seu patrimônio. *Economista e sócio fundador da Monteverde Investimentos

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019

ECONOMIA EXPOSIBRAM

Sigma busca financiamento para projeto Empresa mantém plano de aportes da ordem de R$ 500 milhões em um complexo de lítio em Minas ANDREA ROCHA

A Sigma Mineração busca investidores para a primeira fase de um projeto que prevê aportes totais de R$ 500 milhões para produção do concentrado de óxido de lítio em Itinga, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, a ser iniciada em meados de 2021. A informação é do diretor de sustentabilidade, Itamar Resende, que confirmou aportes da ordem de US$ 30 milhões, por meio da Mitsui, para a primeira fase do projeto. “Estamos trabalhando em outras frentes de financiamento para completarmos o projeto nessa primeira fase, com custos estimados em US$ 90 milhões”, explicou durante a Exposibram, realizada em Belo Horizonte. O projeto da Sigma prevê a produção de 440 mil toneladas planas de concentrado de lítio ao ano, sendo as minas nos municípios de Itinga e Araçuaí, com planta em Itinga, no Jequitinhonha. Em junho, a empresa obteve a licença de instalação (LI) e, no momento, segundo Resende, a empresa está “executando a parte de engenharia detalhada, juntamente com financiamento de uma parte do projeto”. O óxido de lítio é uma das principais matérias-primas para produção de baterias, com grande demanda no mercado internacional para produção de carros elétricos. A expectativa, segundo o executivo, é de início de construção da planta já no primeiro trimestre de 2020, com previsão de início das operações em meados de 2021. A planta inicial vai produzir 220 mil toneladas de concentrado de lítio/ ano. Após essa primeira fase, “com o processo estabilizado, mercado atendido, havendo espaço para expansão, imediatamente vamos partir para 440 mil toneladas ao ano”, explica, projetando para 2022 o início desse segundo momento nas operações. De acordo com Resende,

a Sigma fechou um acordo comercial com a Mitsui, por meio do qual vai comprar da mineradora um terço da produção inicial, podendo até ser um pouco mais. “Essa produção já está vendida, pois a Mitsui fez aporte de capital para iniciarmos o projeto de implantação”, explicou. A Mitsui está investindo US$ 30 milhões na primeira fase. Mas, para alcançar o valor total de US$ 90 milhões pretendido nessa primeira fase, Resende informou que a Sigma já está trabalhando em outras frentes de financiamento. A expectativa é de que, na etapa inicial, o empreendimento seja responsável por 500 empregos diretos, com perspectiva de outras 250 colocações no segundo momento do projeto. “Para a região, será um grande impacto. A gente tem muita confiança e desejo de melhoria de oportunidades. E estamos estimando a criação de sete empregos indiretos para cada emprego gerado pela Sigma com o projeto”. O principal mercado para a produção da planta, no Jequitinhonha, é a China. “Outros centros de produção virão, mas, até o momento, é totalmente a China, que promoveu um incentivo tão grande que hoje o País conta com 176 fábricas de veículos elétricos. É o lugar onde está concentrado todo o esforço em massa dos carros elétricos na utilização das baterias”, sinalizou, lembrando que em outros países, como a Noruega, 50% do mercado automotivo já é formado por carros elétricos. Projeções - Quanto a investimentos futuros, Resende reconhece o interesse de verticalização da produção, não só por parte da Sigma, mas de todos os produtores de concentrado de lítio no Brasil. “Queremos chegar pelo menos na primeira fase do processo de fabricação da bateria que é a produção de carbonato ou hidróxido de lítio, que é um processo

DIVULGAÇÃO

Projeto no Vale do Jequitinhonha terá aporte de US$ 30 milhões por parte da Mitsui para a primeira fase de implantação

químico”, sinalizou. Segundo ele, há expectativas, mas a prioridade, no momento, foi ter uma mina capaz de produzir com quantidade, qualidade, longevidade e competitividade necessárias. “Nossa concessão na região do Jequitinhonha é muito grande e temos espaço para identificar mais reservas e para aumentar ainda mais a produção e atrair investidores para a região, porque terão acesso a uma matéria prima com quantidade e qualidade por muito tempo”, projeta. Segundo Resende, as reservas da Sigma são suficientes para cerca de 20 anos e é possível expandir esse prazo por meio de pesquisas, para as quais a empresa já tem concessão. Sustentabilidade – Segundo Resende, a licença ambiental concedida em junho deste ano reflete a conduta da empresa, que desenhou a planta com perfil conservacionista. “Nosso foco é a preservação do meio ambiente e a adoção de práticas operacionais que não causam impacto. Não há barragem, o empilhamento é a seco, e a água que puder ser reciclada, será reciclada”.

Bamin negocia criação de joint venture A mineradora brasileira Bamin está em negociações para uma joint venture com diversos possíveis parceiros, que poderiam ajudá-la a financiar um projeto de minério de ferro de US$ 2,6 bilhões, disse seu presidente-executivo ontem. A Bamin, que possui apoio da mineradora de capital fechado Eurasian Resources Group, negocia com um consórcio que compreende três diferentes empresas chinesas, disse à Reuters o CEO Eduardo Ledsham, confirmando notícias publicadas anteriormente na mídia. Ele acrescentou, porém, que a companhia também está em “negociações avançadas” com outros três potenciais investidores estimulados pelos crescentes preços do minério de ferro, uma alta que foi em parte impulsionada pelo fatal rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG) em janeiro. “Não temos um arranjo exclusivo com os chineses”, disse Ledsham. “Nós temos agora outras opções, como resultado das mudanças no mercado do minério de ferro, que elevaram o interesse pelo projeto.” Ledsham, ex-executivo da Vale, recusou-se a identificar as partes, citando acordos de confidencialidade. O projeto da mina de Bamin, na Bahia, depende de dois importantes empreendimentos logísticos ainda não concluídos: uma ferrovia para levar o minério de ferro ao litoral e um porto de US$ 1 bilhão para exportá-lo. O projeto foi inicialmente planejado em 2005, durante o “boom” das commodities,

que levou os preços do minério de ferro a mais de US$ 180 por tonelada, ante níveis atuais de cerca de US$ 90. Ele enfrentou diversos obstáculos ao longo dos anos, mas Ledsham disse que o contínuo interesse em persegui-lo pode ser explicado pela forte demanda chinesa pelo minério de ferro de alta qualidade que a empresa pretende produzir. Entre a mineração e o embarque, a Bamin espera um custo interno de cerca de US$ 28 por tonelada, disse Ledsham, o que daria à companhia uma ampla margem de lucro mesmo se os preços caírem abaixo dos níveis atuais. Ledsham disse estar confiante de que um leilão marcado para maio de 2020 para a concessão dos direitos sobre a ferrovia projetada prosseguirá como planejado, apesar de atrasos no passado, considerando especialmente a posição pró-mineração do presidente Jair Bolsonaro. “Estamos vendo um desejo de fazer com que as coisas aconteçam”, disse Ledsham, que já liderou as pesquisas geológicas e minerais do Brasil. O projeto, que se tudo der certo começará a produzir minério de ferro no primeiro semestre de 2025, vai utilizar barragens de rejeitos a jusante para processar o produto, uma decisão que data de antes da proibição regulatória às barragens a montante, formato envolvido em dois graves incidentes em minas da Vale nos últimos quatro anos. “Queremos ser referência em termos de segurança”, disse Ledsham. (Reuters)

Castello Branco fala em “preconceito” na produção de commodities O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou ontem que a exploração de recursos naturais enfrenta preconceito no Brasil e é prejudicada por um “fetiche da industrialização”, que cobra investimentos em produtos de alto valor adicionado. Castello Branco, que já foi diretor da Vale, falava para uma plateia do setor de mineração em congresso em Belo Horizonte. Ele defendeu também privatizações de estatais, argumentando que o excesso de empresas públicas no país gerou ineficiências na economia. O executivo deixou o evento sem falar com a imprensa. “O Brasil é certamente uma fortaleza global de recursos naturais. Uma enorme riqueza na agricultura, na mineração e no petróleo. Todavia existem preconceitos contra a produção de commodities, sempre existe o apelo por valor adicionado”, afirmou. A estatal tem enfrentado

NETUN LIMA

Castello Branco defendeu a privatização das estatais no País

críticas por se desfazer de atividades como refino e petroquímica, com o objetivo de focar suas atividades na exploração de petróleo. Até agora, a companhia vendeu US$ 15,7 bilhões (R$ 65 bilhões pela cotação atual) em ativos. Na Vale, disse Castello Branco, também havia questionamentos pelo foco na extração do minério – durante os governos petistas, houve

pressões para que a mineradora entrasse em projetos de siderurgia e construísse navios no Brasil. “Infelizmente, o fetiche da industrialização tem prejudicado a realização do potencial de crescimento da exploração de recursos naturais”, afirmou. “A Petrobras depois, de descobrir o pré-sal, saiu investindo em refinarias no Brasil, comprando refinarias nos

Estados Unidos, no Japão, querendo investir em indústria de transformação, e o resultado disso todo mundo sabe. “Alvos da Operação Lava Jato, grandes projetos desse período, como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) se tornaram fontes de prejuízo para a estatal. Castello Branco argumentou que atividades como mineração e exploração de petróleo demandam pessoal qualificado e tecnologia complexa. “Eu posso dizer que produzir petróleo em águas ultraprofundas é muito mais complexo, muito mais sofisticado do que produzir automóveis, por exemplo.”Ele argumentou que a Noruega, por exemplo, desenvolveu uma indústria fabricante de equipamentos submarinos a partir da descoberta de petróleo no Mar do Norte, que ajudou o PIB per capita do país a ultrapassar o da Suécia.

“A Noruega, em 1969, tinha um PIB per capita que era igual a 60% da Suécia, o país mais desenvolvido da Escandinávia, com um padrão de vida igual ao dos Estados Unidos. Hoje, a Noruega tem um PIB per capita que é 1,5 vez a da Suécia. Através da exploração de uma boa e velha commodity.” Já a Austrália, disse, “é cinco vezes mais rica do que o Brasil” mantendo seu foco na exploração de minérios. O país lidera a produção mundial de minério de ferro e de carvão siderúrgico. “Seria de se esperar que, seguindo esse apelo por valor adicionado, a Austrália criasse uma poderosa indústria siderúrgica. Não. A Austrália optou por ser exportadora de minério e metais e investir em capital humano, criar uma poderosa indústria de serviços técnicos especializados, equipamentos, investir em tecnologia da informação.” Em sua palestra, o pre-

sidente da Petrobras reforçou pontos que vêm sendo defendidos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como as privatizações. “Um dos problemas é que o Brasil possui 392 estatais [entre federais e estaduais]”, afirmou, defendendo que a venda dessas empresas vai melhorar a eficiência da economia brasileira. Desinvestimentos - No caso da Petrobras, disse, a venda de ativos tem potencial para criar três novas indústrias privadas: de refino, de exploração de petróleo em terra e águas rasas e de distribuição e transporte de gás natural - setores em que a estatal está reduzindo sua presença. Guedes tem repetido em entrevistas que gostaria de privatizar todas as estatais. No fim de agosto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo estudaria também a venda da Petrobras. (Folhapress)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

GÁS NATURAL

Demanda em Minas é afetada por tragédia em Brumadinho Retração atingiu 17% neste ano JULIANA SIQUEIRA

O rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), afetou em cheio o consumo de gás natural no Estado. De acordo com o presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Pedro Magalhães, houve queda de 17% no consumo entre janeiro e agosto deste ano, comparado ao mesmo período de 2018, referente à redução aproximada do uso pela Vale. Sem levar em conta esse fator, o consumo permanece estável. Mesmo com a queda puxada pela mineradora, os lucros da estatal mineira aumentaram. De acordo com o presidente da Gasmig, quando se compara o acumulado deste ano com o mesmo período de 2018, o incremento no resultado foi de 29%. “Um dos motivos para isso foi a diminuição

das despesas operacionais”, conta o profissional. Além disso, a demanda das usinas termelétricas, cujos dados de consumo são computados à parte, também começou mais cedo neste ano. Para se ter uma ideia, o consumo de gás natural da termelétrica localizada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, é de 500 mil metros cúbicos por dia. Já na usina de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o consumo é de um milhão de metros cúbicos diariamente. Perspectivas - As expectativas são de que esse quadro possa apresentar ainda mais melhorias ao longo do tempo. Magalhães defende que, para que se tenham resultados ainda mais favoráveis, é importante abrir o capital da Gasmig, para “dar condições de competição”, destaca ele. A empresa, atualmente, tem o controle indireto do

Mesmo com a queda no consumo registrada até agosto deste ano, o lucro da Gasmig avançou 29% no acumulado de 2019

Estado, e seus acionistas são a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com 99,6%, e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), com 0,4%. A empresa tem como visão se consolidar, até o ano de 2021, como uma das três maiores distribuidoras de gás do Brasil, no que diz respeito à rentabilidade, volume e número de clientes.

sidente da Gasmig é enfático: o preço do gás poderá cair muito mais rapidamente do que se imagina. A medida, que irá acabar com o monopólio da Petrobras, possibilitará que a companhia adquira o produto de outras empresas, a preços menores em alguns casos, graças à competitividade. Com isso, toda uma reação em cadeia, com resultados basNovidades - Quando se tante positivos, poderão ser trata do programa “Novo sentidos, lembra Magalhães. Conforme destaca o presiMercado do Gás”, lançado pelo governo federal, o pre- dente da companhia, nesse

novo cenário, os preços ficarão mais acessíveis também para as organizações, fazendo com o consumo do gás natural possa, inclusive, dobrar no Estado de Minas Gerais. “Isso dará um impulso para as empresas”, salienta. Além disso, destaca o presidente da Gasmig, os preços mais baixos do gás também poderão resultar no barateamento da energia elétrica. “As consequências serão boas para o Brasil”, comenta.

CONSTRUÇÃO

Plano Diretor impulsiona vendas de terrenos THAÍNE BELISSA

Sancionado em agosto deste ano, o Plano Diretor de Belo Horizonte entrará plenamente em vigor em fevereiro de 2020. Até lá, a Capital vive um pequeno alvoroço de venda de terrenos e aprovação de projetos imobiliários, segundo Renato Michel, que é vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). De acordo com o executivo, a nova lei traz insegurança aos proprietários de terrenos, que temem ter prejuízos. “A lei foi sancionada no dia 9 de agosto. Alguns artigos entraram em vigor imediatamente, mas a maior parte deles só vale 180 dias após a sanção, que é no dia 5 de fevereiro. Até lá os proprietários estão aproveitando para colocar seus terrenos no mercado e tentar fazer negócios ainda na lei vigente. Isso acontece porque o que vem depois da lei é muito ruim: o coeficiente de aproveitamento do solo está caindo drasticamente e as pessoas estão vivendo um último fio de esperança até lá”, disse. O Plano Diretor reduziu o limite do coeficiente de aproveitamento do solo de 2,7 para apenas 1. Isso quer dizer que o construtor pode edificar prédios que tenham, em metros quadrados, o equivalente à área do terreno. O vice-presidente explicou que o Plano Diretor também traz insegurança porque ainda não há um valor para a outorga onerosa, que é o pagamento pelo direito de se construir acima do coeficiente da região. “Estamos atentos ao valor

dessa outorga: se ela for cara demais não vai compensar a perda. Isso tornaria a operação inviável para o mercado e agravaria a fuga dos empreendimentos para a região metropolitana”, afirmou. Estoque - Renato Michel chama de “janela de oportunidade” essa corrida pela venda de imóveis na Capital, mas, segundo ele, o cenário real vivido pelo setor no Estado é de baixa histórica de estoque. De acordo com dados do Sinduscon-MG, no primeiro semestre de 2019 foram vendidos 2.593 imóveis residenciais novos e realizados 1.548 lançamentos de unidades. Esses números se referem à Capital e às seguintes cidades da região metropolitana: Nova Lima, Betim, Contagem e Santa Luzia. Os dados mostram que as vendas superam os lançamentos em mil unidades, o que, na prática, significa uma redução da oferta de imóveis disponíveis para venda. “Estamos com 3.329 unidades em estoque: isso é metade do que tínhamos há três anos. Em outras cidades do mesmo porte de Belo Horizonte esse estoque gira em torno de 8 mil”, frisou. Segundo o executivo, a baixa no estoque se dá por dois motivos. O primeiro é que a capital mineira já tem uma taxa de 92% de ocupação, o que significa que para construir um prédio certamente será preciso demolir uma casa. O segundo é a dificuldade de aprovação dos projetos. “Tanto na Secretaria de Regulação Urbana quanto na Secretaria de Meio Ambiente esse processo é dificultado. Estamos falando de três anos

longo”, afirma. O vice-presidente afirma que ainda é difícil prever como o mercado reagirá quando o Plano Diretor entrar em vigor, pois isso dependerá do valor de outorga onerosa estabelecida pela Prefeitura. Mas, ele adianta que a baixa de estoque e as restrições que o Plano impõe ao setor são uma combinação negativa. “A falta de imóveis à venda já está causando uma recuperação de preços. Até maio deste ano a gente teve um ganho real de 4% acima da inflação. Isso pode se agravar porque o Plano DiEstoque de imóveis sofreu baixa histórica na capital mineira retor restringe a construção e pega o mercado justamente para aprovar um empreen- lançamento e deixa o ciclo nesse cenário de baixa de dimento, o que retarda o da construção civil muito estoque”, destaca. CHARLES SILVA DUARTE / ARQUIVO DC

Minascon deve atrair 10 mil pessoas

Cerca de 10 mil pessoas devem passar pela 16ª edição do Minascon, maior evento do setor de construção civil em Minas Gerais, que acontecerá entre os dias 17 e 22 de setembro, no Sebrae Minas, na região Oeste da Capital. Realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com o Sebrae Minas, o evento terá investimento de R$ 1,5 milhão e, esse ano, traz uma novidade: o Show da Casa Própria, que contará com a presença de 20 construtoras. Durante apresentação à imprensa, ontem, o vice-presidente da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, explicou que o evento tem um viés técnico e é voltado para lojistas e atacadistas do setor, construtores, empreiteiros, além de designers de interiores, paisagistas e

estudantes da área. Mas, ele destacou que, esse ano, o evento ganha um aspecto comercial nos dois últimos dias com o feirão de vendas de imóveis. “Será um evento bem completo como formação em diversos temas, concursos e espaço para encontro de pessoas e fomento de negócios. Além disso, é um evento que pensa o setor sob a perspectiva da tecnologia, da transformação da cadeia produtiva e da busca por alternativas para o setor”, disse. Pela primeira vez o Sebrae Minas também participa como correalizador. A instituição sempre esteve presente na Minascon, mas nessa edição será sede do evento e terá maior participação. Teodomiro Camargos comemorou essa parceria, lembrando

que as micro e pequenas empresas correspondem a 99% do total de negócios da construção civil em Minas Gerais. “Quando falamos em construção civil, a maioria das pessoas pensa em grandes empresas, mas se olharem para além delas vão perceber que as pequenas estão movimentando o setor”, disse. O superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha, lembrou que o evento é uma importante ferramenta para dar acesso aos pequenos empresários a soluções inovadoras. “O micro e pequeno empresário precisa desses momentos de agrupamento, de capacitação para ter acesso a soluções que ele não teria sozinho. Ele precisa de eventos assim para crescer e se tornar sustentável”, frisou. (TB)

CRÉDITO

BDMG lança linha para pequenas e médias empresas O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) anunciou ontem o lançamento de uma nova linha de crédito voltada para as empresas de pequeno e médio portes, visando o tradicional aquecimento da demanda no fim do ano. Denominado Geraminas Giro Mais, a linha especial de capital de giro, conta com limites e prazos maiores, além de taxas competitivas e garantias simplificadas, de acordo com o banco de fomento. A contratação já pode ser feita pela internet, por meio do BDMG Digital, plataforma on-line do banco. Segundo o BDMG, podem acessar a linha empresas com faturamento anual de R$ 4,8 milhões a R$ 30 milhões, de setores variados (indústria, comércio e serviços), o que abrange um universo de cerca de 5 mil empreendimentos em Minas. “O limite de crédito quase dobrou para negócios desse porte, passando de R$ 520 mil para R$ 1 milhão, e o prazo de pagamento pode chegar a 60 meses, com carência de até seis meses”, informou a instituição. “Este novo produto foi elaborado a partir das revisões dos modelos de crédito do BDMG, o que permitiu um aperfeiçoamento das condições oferecidas para que essas empresas possam investir visando alta do mercado no fim do ano”, afirma, em nota, o presidente do BDMG, Sergio Gusmão. O Geraminas Giro Mais é disponibilizado por meio da plataforma BDMG Digital, no site do Banco. “Combinar a digitalização com o impacto no desenvolvimento é a chave para o banco do futuro”, avalia Gusmão. No 1º semestre do ano, o desembolso do Banco via BDMG Digital foi de R$ 86,1 milhões, 14% maior do que o liberado no 1º semestre de 2018. No período, a plataforma ultrapassou os 300 mil acessos, gerando mais de 15 mil propostas de concessão de crédito, 36% a mais do que no ano passado. (Da Redação)


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ECONOMIA INDĂšSTRIA

Ritmo da produção tem leve alta em julho Enquanto em Minas avanço foi de 0,3%, no Rio e Mato Grosso cresceu 6,8% e 5,5%, respectivamente JULIANA SIQUEIRA

A produção industrial no Estado apresentou um avanço de 0,3% em julho em relação a junho, na sÊrie com ajuste sazonal, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 15 locais pesquisados, oito apresentaram quedas, sendo as mais representativas no Amazonas (-6,2%) e em Pernambuco (-3,9%). Por outro lado, Rio de Janeiro e Mato Grosso foram os estados que mais mostraram crescimento, de 6,8% e 5,5%, respectivamente. De acordo com a supervisora de pesquisas econômicas em Minas Gerais do IBGE, Claudia Pinelli, porÊm, a ligeira alta no Es-

tado nĂŁo significa que estĂĄ havendo uma recuperação do setor. “A gente observa que ainda hĂĄ um fraco dinamismo na recuperação do segmento, tanto em Minas quanto a nĂ­vel nacional. Ainda nĂŁo temos sinais fortes para dizer que a economia vai conseguir se recuperar a partir de agora. Os dados estĂŁo bem instĂĄveisâ€?, avalia. Queda - Quando se compara o mĂŞs de julho de 2019 com o mesmo perĂ­odo de 2018, o recuo da produção industrial em Minas foi de 6,5%, lembrando que julho deste ano teve um dia Ăştil a mais do que o mesmo mĂŞs do ano passado. AlĂŠm disso, sete dos 15 locais apresentaram retração, sendo as mais intensas

DIVULGAĂ‡ĂƒO

no Espírito Santo (-14,2%) e em Pernambuco (-10,2%). Os recuos tambÊm foram registrados na região Nordeste (-7,9%), Bahia (-5,6%), Mato Grosso (-3,2%) e São Paulo (-2,7%). Jå os avanços mais intensos ficaram por conta do Paranå (4,8%) e Rio de Janeiro (4,8%). Jå no indicador acumulado de janeiro a julho deste ano, a redução na produção em Minas foi de 4,7% Principal queda em Minas Gerais no mês de julho foi vista na indústria extrativa (-31,9%) em comparação ao mesmo nas indústrias extrativas registrados nas atividades de dutos químicos (-17,2%) e período do ano passado. A (minÊrios de ferro em bruto fabricação de produtos do fabricação de produtos de maior queda foi registrada ou beneficiado). fumo (10,2%), fabricação de metal, exceto måquinas e no Espírito Santo (-12,2%). Jå måquinas e equipamentos equipamentos (-9,1%). Paranå e Rio Grande do Sul Setores - Por outro lado, (6,5%), fabricação de produDe acordo com Claudia tiveram os maiores avanços, houve um avanço em Mi- tos minerais não metålicos Pinelli, as atividades que de 7,2% e 6,9%, respectiva- nas Gerais de nove das 13 (5,9%) e fabricação de pro- vêm mostrando bom demente. atividades divulgadas, na dutos têxteis (5,2%). sempenho e têm conseguiConforme ressalta Clau- comparação de julho deste Jå as principais quedas do se manter jå costumam dia Pinelli, um dos fatores ano com o mesmo mês de puderam ser vistas na in- apresentar bons indicadores, que puxaram a retração no 2018. dústria extrativa (-31,9%), apesar da crise econômica Estado foi o recuo observado Os maiores avanços foram fabricação de outros pro- que afeta o País.

MACROECONOMIA

Governo eleva previsão de alta do PIB para 0,85% Brasília - O governo passou a ver uma inflação mais baixa neste ano, e elevou ligeiramente o crescimento esperado para a economia, pontuando que um desempenho mais forte da atividade no quarto trimestre deve compensar uma performance mais fraca para o trimestre atual. Em seu boletim macrofiscal divulgado ontem, a secretaria de Política Econômica (SPE) do MinistÊrio da Economia projetou alta do Produto Interno Bruto (PIB) este ano a 0,8%, sobre

0,81% anteriormente. Contudo, o secretĂĄrio da pasta, Adolfo Sachsida, informou em coletiva de imprensa que a nova estimativa com duas casas decimais ĂŠ de 0,85% para o PIB em 2019 - aumento, portanto, em relação ao patamar visto anteriormente. JĂĄ para a inflação medida pelo IPCA, a elevação passou a ser estimada pela SPE em 3,6% para 2019, ante 3,8% antes. “Embora a projeção para o crescimento da atividade no terceiro trimestre tenha

INSTITUTO DE PREVIDĂŠNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG Aviso de Abertura de Licitação PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 2012015.024/2019. Objeto: Aquisição de materiais mĂŠdico-hospitalares do tipo Kit BalĂŁo Intra-AĂłrtico, Kit de EndoprĂłtese e VĂĄlvulas CardĂ­acas, em regime de consignação, para utilização em procedimentos cirĂşrgicos realizados pela ClĂ­nica de Cirurgia CardĂ­aca do Hospital Governador Israel Pinheiro do IPSEMG, mediante fornecimento parcelado, pelo perĂ­odo de 12 (doze) meses. Data da sessĂŁo pĂşblica: 25/09/2019, Ă s 08h00m (oito horas), horĂĄrio de BrasĂ­lia - DF, no sĂ­tio eletrĂ´nico www.compras.mg.gov.br. O cadastramento de propostas inicia-se no momento em que for publicado o Edital no Portal de Compras do Estado de Minas Gerais e encerra-se, automaticamente, na data e hora marcadas para realização da sessĂŁo do pregĂŁo. O Edital poderĂĄ ser obtido nos sites www.compras.mg.gov.br ou www.ipsemg.mg.gov.br. Belo Horizonte, 10 de setembro de 2019. Marci Moratti Cardoso Anselmo – Gerente de Compras e GestĂŁo de Contratos do IPSEMG.

CONGEBRAS ALIMENTOS S/A CNPJ: 26.036.491/0001-14 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 (Em milhares de reais - R$) Controladora Consolidado Nota ATIVO explicativa 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017 CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa ......................... 4 5.626 596 45.614 44.509 Contas a receber .............................................. 5 11.253 9.863 111.284 63.561 Estoque de mercadorias .................................. 6 13.114 12.371 108.453 79.223 Impostos a recuperar ....................................... 7 1.436 337 23.960 4.291 Lucros e dividendos a receber......................... 8 1.728 1.522 Adiantamentos a fornecedores ........................ 128 583 Outros crĂŠditos ................................................ 602 231 4.567 2.347 Total do ativo circulante.................................. 33.887 24.920 294.461 193.931 NĂƒO CIRCULANTE DepĂłsitos judiciais .......................................... 16 12 15 12.985 2.377 Imposto de renda e contrib. social diferidos ... 22 b 1.353 774 3.609 2.750 Partes relacionadas .......................................... 11 1.245 422 8.559 Outros crĂŠditos ................................................ 7 7 4.580 7 Investimentos .................................................. 8 148.600 96.442 Imobilizado ..................................................... 9 1.249 1.182 37.546 28.379 IntangĂ­vel ........................................................ 10 282 124 120.806 24.365 Total do ativo nĂŁo circulante ........................... 152.748 98.966 188.085 57.878 TOTAL DO ATIVO ........................................ 186.635 123.886 482.546 251.809 Controladora Consolidado Nota PASSIVO E PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO explicativa 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017 CIRCULANTE (PSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV ....................... 14 223 17.828 554 Fornecedores ................................................... 13 15.070 8.979 99.677 50.956 Partes relacionadas .......................................... 11 698 1.049 Obrigaçþes trabalhistas ................................... 1.063 1.328 9.500 7.324 Lucros e dividendos a pagar ........................... 8 589 420 1.037 13.395 Impostos a recolher ......................................... 311 603 11.768 3.922 Juros sobre capital prĂłprio .............................. 485 310 Tributos parcelados ......................................... 63 70 Obrigaçþes por compra de participaçþes ........ 15 17.568 Outras contas a pagar ...................................... 2.080 1.498 8.323 3.293 Total do passivo circulante.............................. 19.874 14.100 166.256 79.754 NĂƒO CIRCULANTE (PSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV ...................... 14 4.727 1.159 3URY SDUD ULVFRV ÂżVFDLV WUDEDOKLVWDV H FtYHLV .. 16 92 173 10.967 782 Tributos parcelados ......................................... 478 Partes relacionadas .......................................... 11 16.881 8.950 7.178 Obrigaçþes por compra de participaçþes ........ 15 32.031 Total do passivo nĂŁo circulante ....................... 16.973 9.123 55.381 1.941 PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO Capital social................................................... 18 5.608 3.676 5.608 3.676 Reserva de capital ........................................... 117.951 61.035 117.951 61.035 Reserva de lucros ............................................ 51.930 36.072 51.930 36.072 Transaçþes entre sĂłcios ................................... (25.619) (25.619) Ajuste avaliação de avaliação patrimonial ...... (82) (120) (82) (120) Total do patrimĂ´nio lĂ­quido de controladores . 149.788 100.663 149.788 100.663 Participação de nĂŁo controladores .................. 111.121 69.451 Total do patrimĂ´nio liquido............................. 149.788 100.663 260.909 170.114 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO ........................................................ 186.635 123.886 482.546 251.809 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV

sido reduzida, a melhora das estimativas para o Ăşltimo trimestre de 2019 compensou a piora dos indicadores referentes ao trimestre atualâ€?, frisou a secretaria no boletim. “Projeta-se recuperação da atividade a partir de setembro deste ano, como resposta dos efeitos iniciais do corte de juros, da elevação da confiança e inĂ­cio das liberaçþes de recursos do saque imediato do FGTSâ€?, completou. A SPE reforçou que, do impulso total de 0,35 ponto CONVOCAĂ‡ĂƒO DE ASSEMBLEIA EXTRAORDINĂ RIA De acordo com os art. 9Âş do Estatuto Social da Associação Amigas da Cultura, a Presidente do Conselho Consultivo Wanda JĂşlia de Carvalho Lacerda convoca as associadas para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria que serĂĄ realizada no dia 10 de outubro de 2019, Ă s 15:30 horas em 1ÂŞ convocação, e Ă s 16:00 horas em 2ÂŞ convocação, na sede da Associação, av. Prudente de Morais, 621/803 – Santo AntĂ´nio, Belo Horizonte – MG, para deliberarem acerca da seguinte ordem do dia: Aprovação de dissolução e extinção da associação. Belo Horizonte, 09 de setembro de 2019. Wanda JĂşlia de Carvalho Lacerda Presidente do Conselho Consultivo

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCĂ?CIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 - (Em milhares de reais - R$) Controladora Consolidado 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro lĂ­quido do exercĂ­cio ............................................. 18.210 22.675 35.370 41.994 Ajustes p/ conciliar o lucro lĂ­quido do exercĂ­cio com o caixa lĂ­quido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais: Depreciação e amortização.......................................... 1.643 1.794 9.429 5.325 Baixa do ativo imobilizado ......................................... 453 7 ProvisĂŁo para crĂŠditos de liquidação duvidosa ........... 104 1.130 2.546 4.975 3URY SDUD ULVFRV ÂżVFDLV WUDEDOKLVWDV FtYHLV H RXWURV .. (81) (328) (49) (104) (QFDUJRV ÂżQDQFHLURV VREUH HPSUpVW H ÂżQDQFLDPHQWRV 8 2.380 102 EquivalĂŞncia patrimonial............................................. (21.222) (24.850) Imposto de renda e contribuição social diferidos ........ (579) (183) (739) (1.056) Redução (aumento) nos ativos operacionais: Contas a receber .......................................................... (1.494) (1.529) (27.104) (12.421) Estoque de mercadorias............................................... (743) (2.851) 9.525 (8.295) Partes relacionadas ...................................................... (823) (380) (8.559) Impostos a recuperar ................................................... (1.099) 1.137 (18.326) (1.257) Outros crĂŠditos ............................................................ (371) (160) (44) (1.423) Adiantamentos a fornecedores .................................... (128) (583) 23 DepĂłsitos judiciais ...................................................... 3 71 (1.277) (306) Aumento (Redução) nos passivos operacionais: Fornecedores ............................................................... 6.091 (2.082) 19.185 20.033 Partes relacionadas ...................................................... (351) 487 7.178 Obrigaçþes trabalhistas ............................................... (265) 205 (1.135) 1.861 (292) (1.419) 15.631 11.260 Impostos a recolher ..................................................... Tributos parcelados ..................................................... 63 (50) 548 (50) Outras contas a pagar .................................................. 564 1.221 2.352 863 Caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais ................................................................... (770) (5.104) 46.781 61.531 Impostos de renda e contribuição social pagos .............. 9.692) (13.504) -XURV VREUH HPSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV SDJRV.......... (120) (1.640) (214) Caixa lĂ­quido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais .................................................. (770) (5.224) 35.449 47.813 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisição de imobilizado e intangĂ­vel........................... (675) (253) (10.269) (12.012) Aporte de capital para aquisição de controlada lĂ­quido do caixa adquirido ............................................. (57.954) (77.541) Recebimento de dividendos ........................................... 5 Caixa lĂ­quido aplicado nas atividades de investimento . (58.629) (248) (87.810) (12.012) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Aumento de capital pelos controladores ........................ 57.954 57.954 Distribuição de dividendos e juros sobre capital prĂłprio (1.456) (3.974) (13.907) (18.753) Captação de mĂştuo com partes relacionadas ................. 7.931 8.950 &DSWDomR GH HPSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV .................. 11.066 3DJDPHQWR GH HPSUpVWLPRV H ÂżQDQFLDPHQWRV................ (817) (1.647) (1.145) Caixa lĂ­quido gerado (aplicado nas) pelas atividades GH ÂżQDQFLDPHQWR ............................................................ 64.429 4.159 53.466 (19.898) AUMENTO (REDUĂ‡ĂƒO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA................................ 5.030 (1.313) 1.105 15.903 Caixa proveniente da aquisição: No inĂ­cio do exercĂ­cio ................................................. 596 1.909 44.509 28.606 1R ÂżP GR H[HUFtFLR ..................................................... 5.626 596 45.614 44.509 AUMENTO (REDUĂ‡ĂƒO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ................................... 5.030 (1.313) 1.105 15.903 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO (CONTROLADORA E CONSOLIDADO) PARA OS EXERCĂ?CIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 (Em milhares de reais - R$) Nota Capital Reserva Reserva Transaçþes Reserva de Ajuste de avaliação Total dos acionistas Participação de acionistas explicativa Social de capital legal entre sĂłcios lucros retidos patrimonial controladores nĂŁo controladores Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 ............. 3.676 59.500 1.041 18.148 (181) 82.184 52.546 134.730 Lucro lĂ­quido no exercĂ­cio ........................................... 22.675 22.675 19.319 41.994 Constituição reserva de legal ....................................... 13 494 (494) Distribuição de dividendos .......................................... 13 (4.196) (4.196) (2.414) (6.610) Realização ajuste de avaliação patrimonial ................. (61) 61 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 ............. 3.676 59.500 1.535 36.072 (120) 100.663 69.451 170.114 ,QWHJUDOL]DomR GH FDSLWDO FRQIRUPH $*( GH 1.932 56.022 (25.619) 32.335 25.619 57.954 Lucro lĂ­quido no exercĂ­cio ........................................... 18.210 18.210 17.160 35.370 Constituição reserva de legal ....................................... 894 (894) Distribuição de dividendos .......................................... (1.420) (1.420) (1.108) (2.528) Realização ajuste de avaliação patrimonial ................. (38) 38 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 ............. 5.608 115.522 2.429 (25.619) 51.930 (82) 149.788 111.121 260.909 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCĂ?CIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 - (Em milhares de reais - R$, exceto o valor por ação) Controladora Consolidado Nota explicativa 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017 RECEITA LĂ?QUIDA................................ 18 136.488 128.801 1.053.931 823.521 Custo das mercadorias vendidas .............. 19 (108.979) (104.031) (827.269) (637.081) Custo dos serviços prestados ................... 19 (42.039) (31.863) LUCRO BRUTO...................................... 27.509 24.770 184.623 154.577 RECEITAS (DESP.) OPERACIONAIS Despesas gerais e administrativas ............ 19 (31.844) (28.331) (144.587) (106.947) 2XWUDV UHFHLWDV GHVS RSHUDF OtTXLGDV .. 20 36 1.003 5.112 (1.945) EquivalĂŞncia patrimonial ......................... 8 21.222 24.850 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO ................. 16.923 22.292 45.148 45.685 RESULTADO FINANCEIRO 5HFHLWDV ÂżQDQFHLUDV.................................. 21 1.165 307 12.114 11.094 'HVSHVDV ÂżQDQFHLUDV ................................ 21 (457) (105) (8.335) (1.902) LUCRO ANTES DO IMP. DE RENDA E DA CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SOCIAL ......... 17.631 22.494 48.927 54.877 IMP. DE RENDA E CONTRIB. SOCIAL Correntes .................................................. 22 a (2) (14.295) (13.939) Diferidos .................................................. 22 a 579 183 738 1.056 LUCRO LĂ?QUIDO DO EXERCĂ?CIO .... 18.210 22.675 35.370 41.994 Participação dos acionistas controladores 18.210 22.675 Particip. dos acionistas nĂŁo controladores 17.160 19.319 35.370 41.994 LUCRO BĂ SICO P/ AĂ‡ĂƒO - EM REAIS $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCĂ?CIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E DE 2017 (Em milhares de reais - R$) Controladora Consolidado 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2018 31/12/2017 LUCRO LĂ?QUIDO DO EXERCĂ?CIO .......................... 18.210 22.675 35.370 41.994 Outros resultados abrangentes ....................................... 5(68/7$'2 $%5$1*(17( 727$/ '2 EXERCĂ?CIO .................................................................. 18.210 22.675 35.370 41.994 Participação dos acionistas controladores ...................... 18.210 22.675 Participação dos acionistas nĂŁo controladores ............... 17.160 19.319 35.370 41.994 $V QRWDV H[SOLFDWLYDV VmR SDUWH LQWHJUDQWH GDV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV

DIRETOR FINANCEIRO: Rodrigo Alves de Souza - CPF 276.690.538-36 CONTADOR: Rodrigo Teixeira Faria &3) Âą &5& Âą 0* 2 $V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV FRPSOHWDV EHP como o parecer dos Auditores Independentes, encontram-se na Sede da Sociedade.

percentual esperado para o PIB em 12 meses com a liberação de recursos do FGTS, 0,14 ponto deverĂĄ ocorrer ainda neste ano. Sachsida avaliou que a liberação de recursos prevista ainda para este ano serĂĄ expressiva e ajudarĂĄ em uma retomada com mais força da economia a partir de setembro “Em agosto parece que se encerrou ciclo extremamente difĂ­cil da economia brasileira, a partir de setembro vamos poder observar com mais consistĂŞncia uma retomada

passo a passo da recuperação da economiaâ€?, afirmou. Ele tambĂŠm citou outras medidas tomadas pelo governo que estĂŁo sinalizando a busca por um reequilĂ­brio das contas pĂşblicas e o compromisso em melhorar o ambiente de negĂłcios, como a reforma da PrevidĂŞncia em vias de ser aprovada no Senado e iniciativas de desburocratização para negĂłcios, incluindo a lei da Liberdade EconĂ´mica. “Governo ĂŠ firme, teto fica de pĂŠ, (meta de) primĂĄrio fica de pĂŠ, regra de ouro

EDITAL DE CONVOCAÇAO O Senhor Presidente e Diretores da CAF EMPREENDIMENTOS PATRIMONIAIS S/A, inscrita no CNPJ: 23.414.098/0001-29 para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, na sede social, Rua Tenente Brito Mel, nÂş 1355 sala 201 Barro Preto, Belo Horizonte/MG CEP: 30.180-070 D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH D VHJXLQWH RUGHP Assunto a ser tratado: Extinção da sociedade. Belo Horizonte, 10 de setembro de 2019. Clovis EustĂĄquio Amaral Filho. CEP. 030.661.116-36 – Diretor.

COMARCA DE CONTAGEM - SECRETARIA DA 2ÂŞ VARA CĂ?VEL - EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO - PRAZO DE VINTE DIAS. A I. JuĂ­za Dr. Cristiane Soares de Brito, JuĂ­za de Direito da 2ÂŞ Vara CĂ­vel da Comarca de Contagem/MG, na forma da Lei, etc... FAZ SABER a todos quanto o presente Edital vierem ou dele conhecimento tiverem, que por este juĂ­zo e respectiva Secretaria tramita os termos de uma ação de Busca e ApreensĂŁo - Decreto 911 - Processo n.Âş 0079.08.919.858-8, requerida pelo Banco Itaucard S/A, CNPJ n° 17.192.451/0001-70, em face de Dieison Coimbra Ferreira, CPF 082.453.796-38, relativamente ao veĂ­culo marca/modelo Chevrolet Corsa Hatch Wind 1.0, cor azul, ano de fabricação 1996, modelo 1996, placa LBD 3715, chassi n° 9BGSC08WTTC681215, Renavam 647447720, o qual foi apreendido e depositado em mĂŁos do autor, diante da inadimplĂŞncia do rĂŠu . E, constando nos autos que o rĂŠu se encontra em local incerto e nĂŁo sabido, expediu-se o presente edital, com o fim de citĂĄ-lo para, querendo, em 05 (cinco) dias, pagar a integralidade da dĂ­vida pendente, entendendo como tal nĂŁo sĂł os valores apresentados pelo credor, cujo cĂĄlculo acompanha o pedido inicial, como tambĂŠm as parcelas vencidas posteriormente e todas as parcelas a vencer, hipĂłtese na qual o bem lhe serĂĄ restituĂ­do livre do Ă´nus. Decorrido tal prazo acima, se o devedor nĂŁo pagar a dĂ­vida, consolidarse-ĂŁo a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimĂ´nio do credor. PoderĂĄ o devedor, ainda, oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias, inclusive, contestar o valor cobrado e pleitear a restituição do respectivo valor, ficando advertido de que nĂŁo contestada a presente demanda, presumirse-ĂŁo aceitos como verdadeiros os fatos alegados pelo autor. Valor da causa R$ 1.902,89(um mil e novecentos e dois reais e oitenta e nove centavos). SerĂĄ nomeado curador especial em caso de revelia (art. 257, IV, do CPC). Fixou-se o prazo de 20 (vinte) dias para o presente edital (art. 257, III, do CPC) E, para conhecimento de todos e ninguĂŠm possa alegar ignorância, mandou expedir o presente edital que serĂĄ publicado e fixado na forma da Lei. Contagem, 23 de agosto de 2018. Eu, , Juliana de Almeida Pacheco, Gerente de Secretaria, o digitei. Cristiane Soares de Brito - JuĂ­za de Direito.

CONSTRUTEL PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ/MF n. 18.743.724/0001-90 Nire n. 31300017834 Ata de Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Realizada em 19.08.2019 Data, Hora e Local: 19 de agosto de 2019 Ă s 10:00 horas, na sede da Sociedade, localizada na Rua Santa Catarina, 1.630, sala 02, Bairro de Lourdes, Belo Horizonte, MG, CEP 30.170-088. Presença: Presente a totalidade dos acionistas, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia, satisfeitas, portanto, as formalidades exigidas pelo artigo 127 da Lei 6.404/76. Convocação: Dispensada em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas, conforme dispĂľe o parĂĄgrafo 4 o do art. 124 da Lei n. 6.404/76. Publicaçþes PrĂŠvias: Edital de Convocação – Formalidade dispensada na forma do § 4Âş do art. 124, da Lei n. 6.404/76. Mesa: Presidente: Tiago Nascimento de Lacerda; SecretĂĄrio: Juliana Nascimento de Lacerda. Ordem do Dia e Deliberaçþes Tomadas : Instalada a Assembleia e feitas a leitura e a discussĂŁo da Ordem do Dia, os acionistas deliberaram, por unanimidade de votos, o seguinte: 1) Aprovação das Demonstraçþes Financeiras IntermediĂĄrias da Companhia. ApĂłs a respectiva leitura, discussĂŁo e votação, foram aprovados integralmente, sem reservas, as Demonstraçþes Financeiras intermediĂĄrias da Companhia relativas aos 7 (sete) primeiros meses de 2019, iniciado em 01Âş de janeiro de 2019 e encerrado em 31 de julho de 2019. 2) Destinação de Lucros e PrejuĂ­zos. Foi apurado lucro lĂ­quido de R$27.281.150,26 (Vinte e sete milhĂľes, duzentos e oitenta hum mil, cento e cinquenta reais, vinte e seis centavos) nos 7 (sete) primeiros meses de 2019 encerrado em 31 de julho de 2019. Foi aprovada a destinação e contabilização de R$2.302.162,42 (Dois milhĂľes, trezentos e dois mil, cento e sessenta e dois reais, quarenta e dois centavos) para absorção e liquidação de prejuĂ­zos acumulados nos termos do artigo 189 da Lei 6.404/76. Do saldo remanescente, R$1.032.442,74 ( Hum milhĂŁo, trinta e dois mil, quatrocentos e quarenta dois reais, setenta e quatro centavos) sĂŁo alocados na conta de “Reserva Legalâ€? nos termos do artigo 193 da Lei nÂş 6.404/76 e R$23.946.545,10 (Vinte e trĂŞs milhĂľes, novecentos e quarenta e seis mil, quinhentos e quarenta e cinco reais, dez centavos) sĂŁo distribuĂ­dos aos acionistas a tĂ­tulo de dividendos. O pagamento dos dividendos aos acionistas serĂĄ efetuado mediante crĂŠdito em conta corrente bancĂĄria de titularidade dos mesmos e mediante solicitação dos Acionistas a Diretoria. Ainda em Assembleia, os acionistas deliberaram o arquivamento desta Ata perante o Registro PĂşblico de Empresas Mercantis e que as publicaçþes legais fossem feitas e os livros societĂĄrios transcritos, para os devidos fins legais. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, encerrou-se a Assembleia e lavrou-se esta ata em livro prĂłprio, a qual foi lida, aprovada por unanimidade e assinada por todos os acionistas presentes: (1) Tiago Nascimento de Lacerda e (2) MacunaĂ­ma Participaçþes Ltda ., representada por Tiago Nascimento de Lacerda e Juliana Nascimento de Lacerda. Certifico que a presente ĂŠ cĂłpia fiel da original, lavrada em livro prĂłprio. Presidente da Mesa SecretĂĄria Tiago Nascimento de LacerdaJuliana Nascimento de Lacerda Junta Comercial do Estado de Minas Gerais Certifico registro sob o n° 7454400 em 03/09/2019 da Empresa Construtel Participaçþes S/a, Nire 31300017834 e protocolo193785587-26/08/2019. Autenticação: 8B277B85E1C3BE36F475B22C217C161B930DC33. E o cĂłdigo de segurança 3eBu esta copia foi autenticada digitalmente e assinada em 03/09/2019 por Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria Geral.

CONSTRUTEL PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ: 18.743.724/0001-90 Balanço Patrimonial Referente ao perĂ­odo de 01/01/2019 a 31/07/2019 ATIVO R$ PASSIVO R$ CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e bancos 12.436,51 Fornecedores 1.630.196,31 Aplicaçþes financeiras 2.385.010,66 SalĂĄrios e encargos sociais 93.354,58 Contas a Receber 42.121.524,95 ProvisĂŁo de FĂŠrias e 13Âş SalĂĄrio 139.649,49 Impostos a recuperar 140.338,41 Impostos a recolher 2.047.146,16 Despesas Pagas Antecipadamente 285,77 IRPJ a Recolher 6.234.357,26 44.659.596,30 Contas a Pagar 7.984,08 NĂƒO CIRCULANTE 10.152.687,88 RealizĂĄvel a Longo Prazo NĂƒO CIRCULANTE DepĂłsitos judiciais 2.554.520,12 EXIGĂ?VEL A LONGO PRAZO Contas a receber 194.143,97 Fornecedores 322,96 2.748.664,09 ProvisĂŁo para ContingĂŞncias 2.467.481,10 Imobilizado 6.015,79 Outras Obrigaçþes 47.239,14 6.015,79 2.515.043,20 Total do Ativo 47.414.276,18 PATRIMĂ”NIO LĂ?QUIDO Capital Social 9.000.000,00 Demonstração do Resultado Referente ao Reserva Legal 767.557,26 perĂ­odo de 01/01/2019 a 31/07/2019 Acumulados (2.302.162,42) R$ PrejuĂ­zos Lucro do PerĂ­odo 27.281.150,26 RECEITA BRUTA DAS VENDAS 0,00 34.746.545,10 Faturamento 0,00 47.414.276,18 Serviços Executados a Faturar 0,00 Total do Passivo Impostos sobre vendas 0,00 Receitas financeiras (38.492.473,95) Glosas, Descontos e Cancelamentos 0,00 Outras Receitas Operacionais (2.490.541,53) RECEITA LĂ?QUIDA 0,00 (35.106.466,77) Custo dos produtos e serviços prestados 0,00 LUCRO OPERACIONAL 35.106.466,77 LUCRO BRUTO 0,00 Resultado nĂŁo operacional 0,00 DESPESAS OPERACIONAIS LUCRO ANTES DOS Administrativas e gerais 2.135.319,30 IMPOSTOS 35.106.466,77 HonorĂĄrios AdvocatĂ­cios 1.717.269,46 Imposto de renda (7.825.316,51) Depreciaçþes 2.117,38 LUCRO LĂ?QUIDO DO Despesas TributĂĄrias 2.021.823,12 EXERCĂ?CIO 27.281.150,26 Despesas financeiras 19,45 Tiago Nascimento de Lacerda Diretor CPF: 040.837.316-48; RogĂŠrio Augusto de Almeida Cavallini Piccinini Contador CRC-MG 69439 CPF: 925.033.906-25; Edmundo do Nascimento Pires Diretor CPF: 222.901.416-15

fica de pĂŠâ€?, disse ele, sobre o compromisso com o atual arcabouço fiscal. Por outro lado, Sachsida ponderou que trĂŞs cenĂĄrios seguem inspirando cuidados: baixa produtividade da economia brasileira, um cenĂĄrio fiscal que permanece delicado e uma conjuntura internacional que mostra queda no crescimento de vĂĄrios paĂ­ses do mundo. Desaceleração - Para o terceiro trimestre, a expectativa da SPE ĂŠ de uma expansĂŁo de 0,2% do PIB em relação aos trĂŞs meses anteriores, numa perda de fĂ´lego ante o crescimento de 0,4% exibido pelo PIB no segundo trimestre. De acordo com a SPE, essa desaceleração deverĂĄ ser observada “em quase todas as aberturas de serviçosâ€?. Estimativa ĂŠ de que o setor de serviços tenha alta de 0,2% no terceiro trimestre, depois de crescer 0,3% no perĂ­odo anterior. A indĂşstria deve encolher 0,4% no trimestre julho-setembro e o setor agropecuĂĄrio crescerĂĄ 2%, calcula a SPE. Sobre o comportamento do IPCA, a SPE afirmou que “mais uma vez, a intensidade da descompressĂŁo do preço de alimentos foi responsĂĄvel por parte da queda da estimativa de inflaçãoâ€?. Os novos nĂşmeros do boletim da SPE vĂŁo embasar o prĂłximo relatĂłrio bimestral de receitas e despesas que, por lei, deve ser publicado atĂŠ o dia 22 deste mĂŞs. No documento, o governo refaz suas projeçþes de receitas e despesas e adota açþes para garantir o cumprimento da meta fiscal, fixada neste ano em um dĂŠficit primĂĄrio de R$ 139 bilhĂľes para o governo central. AtĂŠ agora, jĂĄ foram contingenciados gastos discricionĂĄrios de R$ 34 bilhĂľes para assegurĂĄ-la. Questionado se a melhoria prevista para o PIB permitiria uma diminuição do contingenciamento, Sachsida afirmou que essa era apenas uma das variĂĄveis analisadas num processo maior referente Ă confecção do relatĂłrio de receitas e despesas. Por isso, ainda nĂŁo seria possĂ­vel antecipar eventual descongelamento de gastos no Orçamento, completou. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019

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POLĂ?TICA GERALDO MAGELA / AGĂŠNCIA SENADO

REFORMA DA PREVIDĂŠNCIA

Relator pode mudar proposta para evitar retorno Ă Câmara SupressĂľes feitas alteram o conteĂşdo da PEC BrasĂ­lia - O relator da principal possa logo ser deu aval Ă promulgação e o reforma da PrevidĂŞncia no promulgada. rito aprovado estĂĄ na gaveta Senado, Tasso Jereissati A Câmara jĂĄ protestou em desde 12 de junho. (PSDB-CE), disse ontem ao menos dois casos neste Assim, continua valendo que pode fazer altera- ano por causa de alteraçþes a regra antiga: uma MP tem çþes em seu relatĂłrio para feitas pelo Senado, sem a 120 dias para passar por evitar que a proposta de devolução no texto. comissĂŁo mista, Câmara e emenda Ă Constituição O presidente do Senado, Senado, mas nĂŁo hĂĄ uma (PEC) tenha que retornar Davi Alcolumbre (DEM- definição de tempo para Ă Câmara, atrasando a -AP), havia pressionado cada uma destas etapas. promulgação. Mais recentemente, deo presidente da Câmara, Alguns tĂŠcnicos do Con- Rodrigo Maia (DEM-RJ), a putados questionaram no gresso entendem que su- votar uma PEC que altera Supremo Tribunal Federal O senador Tasso Jereissati garante que nĂŁo haverĂĄ um atraso na promulgação da PEC pressĂľes feitas pelo relator o rito de tramitação de me- (STF) uma alteração feimudam o conteĂşdo da PEC didas provisĂłrias (MPs). A ta pelo Senado na MP da e ela teria que voltar Liberdade EconĂ´mica, para a Casa de origem. que reduz burocracias “Existe essa discussĂŁo entre O trecho que tem e limita o poder de reBrasĂ­lia - O presidente apĂłs a aprovação do rela- a votação na prĂłxima segerado debate entre os os tĂŠcnicos, mas nĂŁo vai haver gulação do Estado. do Senado, Davi Alcolum- tĂłrio da PEC na ComissĂŁo mana nĂŁo estĂĄ confirmada. tĂŠcnicos ĂŠ o que trata O Senado aprovou o bre, desistiu de tentar votar de Constituição e Justiça Ele tentarĂĄ um acordo na atraso nenhum. Vamos discutir, de contribuição extratexto apĂłs retirar a peresta semana a proposta de (CCJ) do Senado, o presi- reuniĂŁo de lĂ­deres para sendo o caso, eu jogo para a ordinĂĄria. O senador missĂŁo de trabalho aos emenda Ă Constituição dente da Casa manifestou a confirmar o dia da votação. retirou a expressĂŁo “no (PEC) paralela, se tecnicamente domingos e feriados, que (PEC) que trata da reforma vontade de firmar um acor- Inicialmente, o calendĂĄrio âmbito da UniĂŁoâ€?, o havia sido incluĂ­da pela da PrevidĂŞncia. Ao sair do do entre os lĂ­deres para previa a votação em prise chegar a esta conclusĂŁoâ€? que permite que goCâmara. A proposta foi PalĂĄcio do Planalto, onde votar o texto em primeiro meiro turno apenas no vernadores e prefeitos enviada para sanção do visitou o presidente da turno sem o cumprimento dia 24 de setembro. criem alĂ­quotas extrapresidente Jair Bolsonaro RepĂşblica em exercĂ­cio, do prazo mĂ­nimo de cinco Para hoje, estĂĄ marcada ordinĂĄrias de contribuição Câmara aprovou um texto, (PSL), mas a polĂŞmica no Hamilton MourĂŁo, AlsessĂľes de discussĂŁo. Mas uma sessĂŁo temĂĄtica para de seus servidores para mas o Senado fez uma alte- Legislativo estĂĄ instalada. columbre afirmou que a a oposição nĂŁo se mostrou discutir a PrevidĂŞncia, cobrir o dĂŠficit de seus ração e nĂŁo o encaminhou A Câmara decidiu notifivotação em primeiro turno disposta a fechar acordo no plenĂĄrio do Senado. regimes prĂłprios de Pre- de volta. car o Senado oficialmente, da reforma deverĂĄ ficar para acelerar a votação da EstĂĄ prevista a particiPela versĂŁo que foi Ă pro- alegando que a Casa vizinha vidĂŞncia. para a prĂłxima semana. reforma da PrevidĂŞncia. pação secretĂĄrio especial “Existe essa discussĂŁo mulgação, se a comissĂŁo nĂŁo podia ter atuado como “A sinalização que hĂĄ de PrevidĂŞncia, RogĂŠrio “Como nĂŁo hĂĄ consenso entre os tĂŠcnicos, mas nĂŁo mista nĂŁo cumprisse o prazo, juĂ­za, considerando parte em relação a gente tentar ĂŠ que alguns lĂ­deres es- Marinho, do ex-ministro vai haver atraso nenhum. a MP iria para a Câmara sem do texto matĂŠria estranha, antecipar esse calendĂĄrio, tĂŁo insistindo que a gente da PrevidĂŞncia Social RiVamos discutir, sendo o caducar. No texto vindo da e tinha que ter devolvido a eu vou seguir o que estĂĄ cumpra um calendĂĄrio. Eu cardo Berzoini e do ecocaso, eu jogo para a (PEC) Câmara, a MP caducaria se MP, jĂĄ que uma mudança comprometido que ĂŠ o fiz acordo com os lĂ­deres nomista Paulo Tafner. paralela, se tecnicamente nĂŁo saĂ­sse do colegiado em foi feita. acordo com os senado- para um calendĂĄrio de de- Mesmo sem ter certeza se chegar a esta conclu- 40 dias. TĂŠcnicos do Senado, no res, [de votar] na outra bates. AmanhĂŁ ĂŠ a sessĂŁo da data de votação em O Senado considerou que entanto, entendem que a sĂŁoâ€?, afirmou Tasso em semana, para cumprir as temĂĄtica no plenĂĄrio do primeiro turno, AlcoreferĂŞncia Ă proposta que o relator da matĂŠria, Antonio supressĂŁo nĂŁo pode ser cinco sessĂľesâ€?, disse apĂłs Senado. HĂĄ esse sentimen- lumbre estĂĄ confiante tramita paralelamente, na Anastasia (PSDB-MG), fez entendida como alteração o que chamou de “visita to de a gente cumprir esse em votar a matĂŠria em qual estĂŁo sendo inseri- apenas um ajuste de redação. e que, por isso, nĂŁo era necalendĂĄrioâ€?, acrescentou segundo turno no dia 10 de cortesiaâ€? a MourĂŁo. das todas as alteraçþes de A Câmara nĂŁo entendeu do cessĂĄrio devolver a medida Na semana passada, Alcolumbre. Ainda assim, de outubro. (ABr) conteĂşdo para que a PEC mesmo jeito e, por isso, nĂŁo Ă Câmara. (Folhapress)

Votação fica para próxima semana

DEMOCRACIA

Carlos Bolsonaro provoca polĂŞmica BrasĂ­lia - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que nĂŁo cabe num paĂ­s democrĂĄtico a declaração do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) segundo a qual, por vias democrĂĄticas, nĂŁo haverĂĄ as mudanças rĂĄpidas desejadas no PaĂ­s. “Eu preferia nem comentar esse assunto, porque ĂŠ uma declaração que nĂŁo cabe num paĂ­s democrĂĄticoâ€?, disse Maia a jornalistas ao chegar Ă Câmara. “Mas a gente viu o que aconteceu com a Venezuela, sĂŁo mais de mil venezuelanos todos os dias passando a fronteira para o Brasil, pessoas passando fome, necessidade. É isso que deu a pressa da Venezuela sem um sistema democrĂĄticoâ€?, afirmou. Na Ăşltima segunda-feira, em postagem alvo de crĂ­ticas de polĂ­ticos e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carlos escreveu: “Por vias democrĂĄticas a transformação que o Brasil quer nĂŁo acontecerĂĄ na velocidade que almejamos e se isso acontecer. SĂł vejo todo dia a roda girando em torno do prĂłprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!â€? “Frases como essa devem colaborar muito com a insegurança de empresĂĄrios brasileiros e estrangeirosâ€?,

afirmou Maia. “A gente tem que tomar cuidado com as nossas narrativas porque muitas vezes sĂŁo alĂŠm de frases mal colocadas, causam danos ao povo mais carente brasileiroâ€?, advertou Maia. Para o presidente da Câmara, ĂŠ preciso que figuras pĂşblicas prestem mais atenção Ă s falas. “A conta das nossas frases quem paga ĂŠ o povo mais pobreâ€?, disse. Maia tem evitado bater de frente com o governo de Jair Bolsonaro neste segundo semestre, e nĂŁo havia se pronunciado atĂŠ a tarde de ontem sobre a declaração de Carlos. O entendimento de aliados do presidente da Câmara ĂŠ de que rebater declaraçþes aumenta a visibilidade do vereador. Maia tem adotado postura de nĂŁo polemizar com as falas do Planalto. No caso da AmazĂ´nia, por exemplo, ele buscou se distanciar de Bolsonaro sem fazer ataques diretos ao presidente. A postagem inicial de Carlos Bolsonaro recebeu uma sĂŠrie de crĂ­ticas. AlĂŠm de Rodrigo Maia, falaram a respeito o presidente interino, Hamilton MourĂŁo (PRTB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o exministro Ciro Gomes (PDT) e o governador paulista, JoĂŁo Doria (PSDB). Segundo pesquisa Datafolha feita no mĂŞs passa-

do, 70% da população diz acreditar que os filhos de Jair Bolsonaro mais atrapalham do que ajudam seu governo. MourĂŁo defendeu ontem a importância do regime democrĂĄtico e disse que ĂŠ possĂ­vel aprovar medidas com mais celeridade negociando com o Poder Legislativo. O general da reserva salientou que, se nĂŁo fosse o regime democrĂĄtico, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nĂŁo teria chegado ao comando do Poder Executivo e afirmou que o atual sistema polĂ­tico representa um dos ÂŤpilares da civilização ocidentalÂť. Desprezo - Para o presidente do Senado, as declaraçþes como a de Carlos Bolsonaro merecem desprezo porque a democracia estĂĄ fortalecida. ÂŤO Senado Federal, o Parlamento brasileiro, a democracia estĂŁo fortalecidos. As instituiçþes todas estĂŁo pujantes, trabalhamos a favor do Brasil. EntĂŁo, uma manifestação ou outra em relação a este enfraquecimento tem, da minha parte, o meu desprezoâ€?, reagiu Davi Alcolumbre. JĂĄ Ciro Gomes cobrou uma declaração pĂşblica do presidente Jair Bolsonaro em relação Ă frase de seu filho, enquanto Doria disse pensar o oposto de Carlos.

Diante da repercussĂŁo, Carlos Bolsonaro justificou ontem sua afirmação de um dia antes. O vereador chamou jornalistas de “canalhasâ€? por terem, segundo ele, interpretado de forma equivocada a frase postada por ele na Ăşltima segunda-feira. Disse ainda que a declaração sobre democracia se trata de uma justificativa aos que pedem mudanças urgentes, e nĂŁo uma defesa dele da ditadura militar (1964-85). “O que falei: por vias democrĂĄticas as coisas nĂŁo mudam rapidamente. É um fato. Uma justificativa aos que cobram mudanças urgentes. O que jornalistas espalham: Carlos Bolsonaro defende ditadura. Canalhas!â€?, tuitou. As postagens de Carlos foram feitas enquanto seu pai estĂĄ internado em SĂŁo Paulo apĂłs passar por cirurgia no Ăşltimo domingo , a quarta decorrente da facada que levou hĂĄ um ano durante ato de campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata Carlos Bolsonaro pediu licença nĂŁo remunerada da Câmara Municipal do Rio de Janeiro no Ăşltimo dia 6. A comunicação foi publicada ontem no DiĂĄrio Oficial da Casa. Desde o Ăşltimo sĂĄbado (7) acompanhando o pai, ele tem dormido no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de SĂŁo Paulo. (Folhapress)

O Presidente do INAGESP - Instituto Nacional de Apoio a Gestão Pública, inscrito no CNPJ sob o nº 10.438.997/0001-10, no uso de suas atribuiçþes, por força do Estatuto Social, convoca seus associados no gozo de seus direitos, pelo presente Edital para participarem da Assembleia Geral Extraordinåria, a realizar-se no dia 14/10/2019, às 14:00 horas em primeira convocação, na sua sede, Rua Felipe dos Santos, 901 - Sala 502, Bairro Santo Agostinho, BH/ MG - Cep 30.180-165. Para deliberação dos seguintes assuntos: a) Renúncia da atual diretoria; b) Eleição e posse da nova diretoria. Belo Horizonte, 10 de Setembro de 2019. Davi Slauter Reinaldo da Silva - Presidente.

Cilave Tecnologia Ambiental Ltda, torna público que obteve da Superintendência Regional de Meio Ambiente (SUPRAM Central Metropolitana) / Superintendência de Projetos Prioritårios, por meio do Processo Administrativo nº 00349/2001/005/2017, renovação da Licença de Operação, para Outras formas de tratamento ou de disposição de resíduos não listadas ou não clasVL¿FDGDV 3HGUR /HRSROGR 0* YiOLGD SHOR prazo de 10 anos.

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL SINDICATO DOS SERVIDORES PĂšBLICOS MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE – SINDIBEL - EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLÉIA GERAL - O Presidente do Sindicato dos Servidores PĂşblicos Municipais de Belo Horizonte - SINDIBEL, Sr. Israel Arimar de Moura, no uso de suas atribuiçþes estatutĂĄrias, convoca todos, os trabalhadores integrantes Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S/A – Belotur, associados ou nĂŁo associados, para participarem de Assembleia Geral, a ser realizada no dia 13 de setembro de 2019, no auditĂłrio localizado dentro da sede da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S/A – Belotur, localizada a Rua da Bahia, nÂş 888, 2Âş andar, Belo Horizonte/MG, CEP- 30160-011, Ă s 14 horas em primeira chamada e Ă s 14 horas e 30 minutos em segunda chamada, com qualquer numero de presentes, para debater e deliberar sobre a seguinte pauta: a) Informes sobre a negociação da proposta de Acordo coletivo 2019/2020 e HQFDPLQKDPHQWRV H E UDWLÂżFDomR GD HOHLomR GD FRPLVVmR GH QHJRFLDomR $&7 . Belo Horizonte, 11 de setembro de 2019. ISRAEL ARIMAR DE MOURA - Presidente do SINDIBEL

COMARCA DE BELO HORIZONTE – SECRETARIA DA 3ÂŞ VARA DE FEITOS DA FAZENDA PĂšBLICA MUNICIPAL - EDITAL DE INTIMAĂ‡ĂƒO - Wauner Batista Ferreira Machado, Juiz de Direito da Comarca da Vara supra faz saber a todos quantos o presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento que neste JuĂ­zo, situado Ă Avenida Raja Gabaglia nÂş 1753 - 8Âş andar - Bairro Luxemburgo, em Belo Horizonte/MG, tramita uma Ação de DESAPROPRIAĂ‡ĂƒO, registrada sob o nÂş: 1499251-09.2014.8.13.0024 movida pelo MunicĂ­pio de Belo Horizonte, CNPJ 18.715.383/0001-40 contra GERALDO FERREIRA DO AMARAL, CPF nÂş 359.679.356 -49, ILZA MARTA OLIVEIRA, CPF nÂş 032.618.106-70, CARLOS HENRIQUE OLIVEIRA DO AMARAL CPF nÂş 076.143.786-01, PAULO GUILHERME OLIVEIRA DO AMARAL, CPF nÂş 076.192.636-40 e ANDRÉ VITOR OLIVEIRA DO AMARAL, CPF nÂş 076.192.686-00, tendo por objeto a desapropriação da totalidade do imĂłvel constituĂ­do por um terreno de 510,00 m², lote 22, quadra 101, localizado na Rua Principal, nÂş 68, Bairro Olaria, nesta Capital E tendo o(s) expropriado (s) requerido o levantamento de 80% (Oitenta por cento) do preço da indenização, foi determinado pelo MM. Juiz a expedição deste(s) edital(is) (art. 34 da Lei 3.365/41), com o prazo de 10 dias, para conhecimento de terceiros e demais interessados que serĂĄ DÂż[DGR H SXEOLFDGR QD IRUPD GD OHL (X /HWtFLD 9LHLUD 5HLQKDUGW GLJLWHL H ODYUHL R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHJXH FRQIHULGR subscrito e assinado pelo EscrivĂŁo Judicial/ Gerente de Secretaria Agnaldo Xavier Dias, por ordem do MM. Juiz de Direito titular desta Vara. Belo Horizonte, Capital do Estado de Minas Gerais, aos 06 de setembro de 2019.

(GLWDO 'H &LWDomR -Xt]R 'D Â? 9DUD &tYHO 'D &RPDUFD 'H %HOR +RUL]RQWH 0LQDV *HUDLV SUD]R GH GLDV 'U ĂˆWLOD $QGUDGH GH &DVWUR 00 -XL] 'H 'LUHLWR GD Â? 9DUD &tYHO GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH QR XVR GH VXDV DWULEXLo}HV HP SOHQR H[HUFtFLR GR FDUJR QD IRUPD GD OHL HWF )D] VDEHU D WDQWRV TXDQWRV R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH SHUDQWH HVWH -Xt]R WUDPLWD XPD DomR GH ([HFXomR 7tWXOR ([WUDMXGLFLDO SURFHVVR Qž SURSRVWD SRU )XQGR 'H ,QYHVWLPHQWR (P 'LUHLWRV &UHGLWyULRV 0XOWVHJPHQWRV 1SO ,SDQHPD ,,, LQVFULWD QR &13- VRE R Qž SRU VHX SURFXUDGRU 2$% 0* HP IDFH GH (NLSDFDU /WGD &13- Qž H )UDQFLVFR $UD~MR 'H 6RX]D EUDVLOHLUR HPSUHViULR LQVFULWR QR &3) Qž $OHJD D H[HTXHQWH HP VtQWHVH TXH p FUHGRUD GR H[HFXWDGR GD TXDQWLD OtTXLGD FHUWD H H[LJtYHO GH 5 DWXDOL]DGD DWp GHFRUUHQWH GR &RQWUDWR GH (PSUpVWLPR )LQDQFLDPHQWR 3HVVRD )tVLFD 3HVVRD -XUtGLFD &DSLWDO GH JLUR HP GH MDQHLUR GH LQVWUXPHQWR Qž FRQFHGLGR QR YDORU GH 5 HP SDUFHODV LJXDLV PHQVDLV H VXFHVVLYDV GHL[DQGR GH SDJDU DV SDUFHODV (VWDQGR GHFODUDGR H FHUWLILFDGR QRV DXWRV HQFRQWUDUHP VH RV H[HFXWDGRV HP ORFDO LQFHUWR H QmR VDELGR H[SHGH VH R (GLWDO SHOR TXDO ILFD P FLWDGR V SDUD SDJDU QR SUD]R GH WUrV GLDV R GpELWR QR YDORU GH 5 TXDUHQWD H TXDWUR PLO VHWHFHQWRV H RLWHQWD H WUrV UHDLV H VHVVHQWD H FLQFR FHQWDYRV GHYLGDPHQWH DWXDOL]DGR DWp R HIHWLYR SDJDPHQWR 1mR KDYHQGR TXLWDomR GR GpELWR ILFD P R V H[HFXWDGR V FLHQWH V GH TXH LQGHSHQGHQWHPHQWH GD DSUHVHQWDomR GH HPEDUJRV SHQKRUDU VH mR WDQWRV EHQV TXDQWRV EDVWHP SDUD D JDUDQWLD GD GtYLGD 2 V H[HFXWDGR V LQGHSHQGHQWHPHQWH GH SHQKRUD GHSyVLWR RX FDXomR SRGHUi mR RIHUHFHU HPEDUJRV j H[HFXomR QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV FRQWDGRV QD IRUPD GR $UW GR &3& 0HGLDQWH R GHSyVLWR GH WULQWD SRU FHQWR GR YDORU WRWDO H[HFXWDGR SRGHUi VHU UHTXHULGR R SDUFHODPHQWR GR UHVWDQWH HP DWp VHLV YH]HV PHQVDLV )LFD P GHVGH Mi DGYHUWLGR V TXH HP FDVR GH LQWHJUDO SDJDPHQWR QR SUD]R VXSUDFLWDGR D YHUED KRQRUiULD VHUi UHGX]LGD SHOD PHWDGH H HP QmR VHQGR DSUHVHQWDGD GHIHVD VHU OKH V i QRPHDGR FXUDGRU HVSHFLDO 3DUD TXH FKHJXH DR FRQKHFLPHQWR RV WHUPRV GD DomR H[SHGLX VH R HGLWDO TXH VHUi SXEOLFDGR H DIL[DGR HP ORFDO GH FRVWXPH &LHQWH GRV DUWV H , ,, H ,9 GR &3& %HOR +RUL]RQWH GH DJRVWR GH &\QWKLD 0RUDLV 0DFHGR -iFRPH (VFULYm GD Â? 9DUD &tYHO SRU RUGHP GR 00 -XL] GH GLUHLWR . H

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş: 39/GAPLS/2019 OBJETO: Aquisição de carnes e pescados. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 11/09/2019. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 24/09/2019 as 09:30, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br, e no endereço: Av. Brig. Eduardo Gomes, S/N – Vila Asas, Lagoa Santa/MG. Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Cel Int Ordenador de Despesas


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019

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AGRONEGĂ“CIO

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GRĂƒOS

Safra em Minas tem pequena alta de 0,2% Segundo a Conab, a produção no Estado atingiu 14,2 milhþes de toneladas entre 2018 e 2019 MICHELLE VALVERDE

O 12Âş Acompanhamento da Safra Brasileira de GrĂŁos 2018/19, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostrou que Minas Gerais encerrou o perĂ­odo produtivo com a colheita de 14,2 milhĂľes de toneladas, pequeno aumento de 0,2% quando comparado com a safra anterior. Neste ano, os destaques positivos foram o algodĂŁo e o milho. Apesar do aumento do plantio da soja, o clima nĂŁo foi favorĂĄvel e a produção da oleaginosa ficou 8,5% menor. De acordo com dados divulgados, ontem, pela Conab, a produção de grĂŁos em Minas Gerais ocupou uma ĂĄrea plantada de 3,4 milhĂľes de hectares, variação positiva de 3,2%. A produtividade da safra ficou 2,9% menor em função do clima adverso, o que gerou um rendimento mĂŠdio de 4,1 toneladas por hectare. “A safra de grĂŁos, em Minas Gerais, ficou basicamente igual a anterior. Minas, assim como outros estados, apresentou problemas com o clima, por isso, houve redução da produtividade. A falta de chuvas no final de 2018 e janeiro de 2019 foi o principal impacto negativo nas culturasâ€?, explicou o superintendente de Informaçþes do AgronegĂłcio da Companhia, Cleverton Santana. Dentre os produtos, o destaque ĂŠ o milho. A produção mineira atingiu um total de 7,53 milhĂľes de toneladas, superando em 6,3% as 7 milhĂľes de toneladas colhidas na safra anterior. A ĂĄrea destinada ao cultivo do cereal foi de 1,16 milhĂŁo de hectares, espaço 0,4% maior. O clima foi mais favorĂĄvel para o desenvolvimento da cultura na segunda safra e permitiu uma expansĂŁo de 5,9% na produtividade total. A mĂŠdia de rendimento por hectare chegou a 6,4 toneladas.

Na primeira safra de milho foi verificada queda de 14,8%, com a colheita de 4,59 milhĂľes de toneladas. A redução se deu em função da ĂĄrea 9,63% menor e da redução de 6% vista na produtividade. JĂĄ na segunda safra de milho houve aumento de 23,9% na ĂĄrea de plantio e expansĂŁo de 40,2% na produtividade, resultando na colheita de 2,93 milhĂľes de toneladas, aumento de 73,7% frente a igual perĂ­odo da safra 2017/18. “Minas Gerais ĂŠ um dos grandes produtores de milho do PaĂ­s, principalmente, na primeira safra. É um estado que consome muito milho internamente produzindo ração animalâ€?, disse Santana. Destaque positivo tambĂŠm para a produção de algodĂŁo em caroço. Na safra 2018/19 foi observada expansĂŁo de 70% na produção, que somou 168,7 mil toneladas. A ĂĄrea de plantio cresceu 68%, com o uso de 42 mil hectares. A produtividade, 4 toneladas por hectare, ficou 1,3% maior. Somente a produção de algodĂŁo em pluma chegou a 67,5 mil toneladas, crescimento de 70,1%. A produtividade ficou 1,3% superior, com o rendimento mĂŠdio de 1,6 tonelada por hectare. “No Estado, a produção de algodĂŁo em caroço estĂĄ concentrada nas regiĂľes do Triângulo e Noroeste. O algodĂŁo ĂŠ uma cultura onde os produtores utilizam o que hĂĄ de melhor em tecnologia, normalmente ĂŠ plantado em ĂĄreas de alta produtividade nas fazendas, por ser uma cultura de alto custo, mas com rentabilidade boa e compensa. O Brasil aumentou quase 40% da ĂĄrea nessa safra e Minas ampliou em 68%. A demanda interna pelo algodĂŁo segue estĂĄvel, mas aumentou a demanda externa pelo produto nacional, que tem alta qualidade, e os produtores investiram

FeijĂŁo - A produção total de feijĂŁo foi de 542,6 mil toneladas, volume 5,6% maior. No perĂ­odo, a ĂĄrea plantada chegou a 363,7 mil hectares, queda de 1,5%. JĂĄ a produtividade recuou 1,5% e gerou 1,4 tonelada por hectare. “O Estado ĂŠ o segundo maior produtor de feijĂŁo, atrĂĄs somente do ParanĂĄ. A safra no Estado jĂĄ foi encerrada. A maior parte da safra em Minas Gerais ĂŠ de feijĂŁo cores, o Carioquinha, mas o Estado tambĂŠm produz feijĂŁo pretoâ€?, disse. Oleaginosa - JĂĄ a produção de soja ficou 8,5% menor, com a colheita de 5 milhĂľes de toneladas. Neste ano, o clima desfavorĂĄvel fez com que a produtividade retraĂ­sse 3,22 toneladas por hectare, 12,4% inferior. No

Destaques positivos da safra 2018/19 em Minas sĂŁo o milho e o algodĂŁo, conforme a Conab

período, a årea de produção foi ampliada em 4,4% e somou 1,57 milhão de hectares. O plantio da safra 2019/20 ainda não foi iniciado. De acordo com Santana, ainda

nĂŁo tem previsĂŁo de chuvas para as prĂłximas duas semanas em Minas Gerais. “Vamos continuar acompanhando as estimativas de precipitação, que mudam a cada semana,

para ver se os produtores vão conseguir iniciar o plantio ainda em setembro, como foi no ano passado. O que seria melhor para se ter uma maior janela de plantio�.

Brasil produz recorde de 242,1 mi de toneladas

A safra de grãos 2018/2019 no Brasil terminou com uma produção recorde de 242,1 milhþes de toneladas de grãos. De acordo com levantamento divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crescimento serå de 6,4% em comparação com a safra passada, impulsionado pelas culturas de algodão e milho. O recorde anterior foi registrado no período 2016/2017, de 237,6 milhþes de toneladas. No caso do algodão, a pesquisa revelou um crescimento de 35,9% na produção, com volume estimado de 4,1 milhþes de toneladas do caroço e 2,7 milhþes de toneladas do algodão em pluma. Entre os motivos estão a taxa de câmbio, a evolução dos preços e outros fatores, que levaram os produtores a expandir a årea plantada, principalmente nos estados da Bahia e Mato Grosso. Com isso, a previsão

SUINOCULTURA

de exportação da pluma tambÊm deverå superar a do ano passado em mais de 50%, alcançando pela primeira vez a marca de 1,5 milhão de toneladas. Jå com relação ao milho, a safra total chega a quase 100 milhþes de toneladas. Houve aumento na segunda safra, com crescimento de 36,9% e previsão de produção recorde de 73,8 milhþes de toneladas, e queda na primeira safra, com 26,2 milhþes de toneladas, 2,3% menor que a anterior. No quadro de oferta e demanda da Conab, o produto mostra ainda uma expectativa de exportação recorde, de quase 35 milhþes de toneladas. O feijão apresentou bons resultados apenas na segunda e terceira safras, com aumento de 6,3% e 21,2% respectivamente. Mas não foi suficiente para garantir aumento no número total, que fechou 3% abaixo do ano anterior,

com cerca de 3 milhþes de toneladas nas três safras. Jå no caso do arroz, a produção de 10,4 milhþes de toneladas Ê 13,4% menor que a obtida em 2017/18, devido à redução de årea e produtividade ocorridas nos principais estados produtores. A soja tambÊm sofreu redução de 3,6% na produção, atingindo 115 milhþes de toneladas. Houve, contudo, o crescimento na årea de plantio em 2,1%. Com o fim da colheita próximo (restam apenas algumas åreas nas regiþes Norte e Nordeste), e mesmo com o decrÊscimo no percentual, esta consolida-se como a segunda maior produção de soja na sÊrie histórica da Conab. Segundo o secretårio substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz, esses resultados vão beneficiar a comercialização dos produtos e influenciar de forma positiva a safra 2019/2020:

“Pegamos tambĂŠm o acompanhamento do desempenho de crĂŠdito rural nesses dois primeiros meses da safra e eles sĂŁo bons, em linha com o que a ministra estabeleceu como prioridade: prioridade aos pequenos e mĂŠdios produtores e investimentos em infraestrutura produtiva. Tudo isso se confirmou nesses primeiros dois meses com aumento substancial no crĂŠdito para o mĂŠdio produtor rural de 28%, 14% para o pequeno produtorâ€?, diz. Safra de inverno 2019 A produção de trigo estĂĄ estimada em 5,4 milhĂľes de toneladas, com uma ĂĄrea de 2 milhĂľes de hectares, 0,2% maior que em 2018. As demais culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) apresentam um leve aumento na ĂĄrea cultivada, passando de 546,5 mil hectares na safra passada, para 564,8 mil hectares. (Da Redação)

SETOR SUCROALCOOLEIRO

China pretende ampliar criaçþes de grande escala nos próximos anos Pequim - O Conselho de Estado da China afirmou ontem que deseja que as criaçþes de porcos de grande escala representem atÊ 58% do total do país atÊ 2022, visando ajudar a melhorar a estabilidade da oferta de carne suína. O órgão não especificou como define o que são grandes criaçþes ou qual o nível atual. No entanto, analistas do banco holandês Rabobank

DIVULGAĂ‡ĂƒO - CNH

no plantio�, explicou.

jå disseram que as fazendas produtoras de mais de 10 mil porcos por ano representavam apenas 18% do total em 2016. O esforço para promover as grandes fazendas vem em meio a uma severa escassez de carne suína no maior consumidor mundial do produto. A enorme criação chinesa de porcos foi reduzida em um terço, segundo dados oficiais, depois que um surto de peste suína africana se

Ata de ReuniĂŁo do Conselho de Administração Realizada em 04 de setembro de 2019 Data, HorĂĄrio e Local: 04 de setembro de 2019, Ă s 08h00min, na sede da Companhia Ă Avenida Bernardo de Vasconcelos, nÂş 377, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Presença: Participantes os seguintes membros do Conselho de Administração: Oscar de Paula Bernardes Neto, EugĂŞnio Pacelli Mattar, Paulo Antunes Veras, Maria LetĂ­cia de Freitas Costa, Roberto $QW{QLR 0HQGHV H 3HGUR %XHQR *RGR\ $XVrQFLD MXVWLÂżFDGD GH -RVp *DOOy Mesa: Oscar de Paula Bernardes Neto, Presidente do Conselho e Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira, SecretĂĄria. Assuntos tratados e deliberaçþes tomadas por unanimidade: (1) Juros sobre capital prĂłprio. Aprovada ad referendum da Assembleia Geral 2UGLQiULD D SURSRVWD GH SDJDPHQWR GH MXURV VREUH FDSLWDO SUySULR TXH VHUi LPSXWDGR DR YDORU GR GLYLGHQGR REULJDWyULR GR H[HUFtFLR GH FRQIRUPH DUWLJR SDUiJUDIR ž GD /HL H FRP EDVH QR (VWDWXWR 6RFLDO da Companhia, no valor bruto de R$74.607.335,52. O pagamento ocorrerĂĄ no dia 08 de novembro de 2019 na SURSRUomR GD SDUWLFLSDomR GH FDGD DFLRQLVWD FRP UHWHQomR GR ,PSRVWR GH 5HQGD QD IRQWH H[FHWR SDUD RV DFLRQLVWDV TXH Mi VHMDP FRPSURYDGDPHQWH LPXQHV RX LVHQWRV )DUmR MXV DR SDJDPHQWR RV DFLRQLVWDV FRQVWDQWHV GD SRVLomR acionĂĄria da Companhia em 09 de setembro de 2019 VHQGR TXH DV Do}HV D SDUWLU GH 10 de setembro de 2019, VHUmR QHJRFLDGDV QD EROVD GH YDORUHV ÂłH[´ HVVHV MXURV VREUH FDSLWDO SUySULR 2 YDORU EUXWR SRU DomR HVWLPDGR QHVWD GDWD GRV MXURV VREUH FDSLWDO SUySULR D VHU SDJR p HTXLYDOHQWH D 0,103680691. O valor por ação poderĂĄ ser PRGLÂżFDGR HP UD]mR GD DOLHQDomR GH Do}HV HP WHVRXUDULD SDUD DWHQGHU DR H[HUFtFLR GH RSo}HV GH FRPSUD GH Do}HV RXWRUJDGDV FRP EDVH QRV 3ODQRV GH 2SomR GH &RPSUD GH $o}HV GD &RPSDQKLD H RX SRU HYHQWXDO DTXLVLomR GH Do}HV GHQWUR GR 3ODQR GH 5HFRPSUD GH $o}HV GD &RPSDQKLD Encerramento e Lavratura da Ata: Sem mais GHOLEHUDo}HV IRUDP VXVSHQVRV RV WUDEDOKRV SHOR WHPSR QHFHVViULR j ODYUDWXUD GHVWD DWD SDUD SRVWHULRU DSURYDomR pelos participantes. CertidĂŁo: 'HFODUR TXH HVWD p FySLD ÂżHO GD DWD GH 5HXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR DFLPD FRQVWDQWH TXH VH HQFRQWUD WUDQVFULWD QR OLYUR SUySULR DUTXLYDGR QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD FRP D DVVLQDWXUD GH todos participantes: Oscar de Paula Bernardes Neto, EugĂŞnio Pacelli Mattar, Paulo Antunes Veras, Maria LetĂ­cia de Freitas Costa, Roberto AntĂ´nio Mendes e Pedro Bueno Godoy. Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira SecretĂĄria.

espalhou pelo país no último ano. A doença Ê mortal para porcos, mas inofensiva para humanos. Pequim disse na segunda-feira (9) que irå oferecer subsídios de atÊ 5 milhþes de iuanes (US$ 700 mil) para apoiar a construção de fazendas de porcos de grande escala. Em um documento publicado on-line, o gabinete tambÊm destacou outras medidas para estabilizar a oferta de suínos no país, como pedidos para que as províncias ofereçam subsídios temporårios a fazendas de grande escala nos principais condados produtores de suínos. O gabinete tambÊm pediu para que grandes regiþes consumidoras apoiem a produção em outras åreas que possuam criaçþes significativas. O documento ainda disse que as grandes fazendas devem representar 65% do total atÊ 2025. (Reuters)

Usinas do Centro-Sul aumentaram a moagem de cana em 10% em agosto São Paulo - As usinas do Centro-Sul do Brasil aumentaram a moagem de cana em quase 10% na comparação anual na segunda quinzena de agosto, para 47,8 milhþes de toneladas, enquanto a produção de etanol hidratado teve um recorde no período, informou ontem a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O clima seco no final de agosto ajudou as usinas a avançarem rapidamente com a colheita da safra 2019/20. A produção de açúcar no período somou 2,5 milhþes de toneladas, alta de 5,47% ante mesmo período do ano passado. A produção de etanol saltou 10,5% ante mesma quinzena de 2018, para 2,72 bilhþes de litros, com as usinas ainda favorecendo o combustível ao invÊs do adoçante devido aos me-

lhores retornos financeiros. Os futuros do açúcar bruto em Nova York tocaram mínimas contratuais na semana passada, abaixo dos 11 centavos por libra-peso, à medida que fundos seguem amplamente vendidos na commodity e os estoques globais pressionam os preços. As usinas alocaram apenas 36,5% da cana colhida na segunda metade de agosto para a produção de açúcar, contra 37,6% no mesmo período da temporada anterior. O restante foi para a produção de etanol. Com isso, a produção de etanol hidratado, que compete com a gasolina nas bombas, avançou 14,06% na comparação anual, para 1,925 bilhão de litros na segunda quinzena de agosto, um recorde histórico, segundo a Unica.

“Nunca se produziu tanto etanol hidratado como nessa quinzenaâ€?, destacou em nota o diretor tĂŠcnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues. A associação destacou, no entanto, uma forte queda na produção de etanol de milho, que vinha tendo significativa expansĂŁo no Brasil nos Ăşltimos meses. As usinas produziram apenas 26,5 milhĂľes de litros de etanol de milho na segunda metade de agosto, contra uma produção mĂŠdia de 48 milhĂľes de litros por quinzena na atual temporada. A Unica nĂŁo deu explicaçþes para a queda, mas os preços do milho subiram neste ano no Brasil devido a problemas na safra dos Estados Unidos e uma forte demanda por exportação. (Reuters)


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ESPECIAL PARCERIA

Belo Horizonte deve se unir à Valônia De acordo com Awex, PBH e região belga se preparam para assinar MOU na próxima semana GABRIELA PEDROSO Da Valônia (Bélgica)*

Uma mistura de tradição com inovação. Vista de cima, a área rural se confunde com as construções urbanas, promovendo uma harmonia que, aparentemente, seria inviável para alguns dentro de um conceito de expansão econômica. Assim é a Valônia, uma das três regiões administrativas da Bélgica, situada ao sul de Bruxelas, e que, muito em breve, deve se tornar a mais nova parceira da Prefeitura de Belo Horizonte. Buscando benefícios mútuos em áreas como exportação, investimentos, entre outros tipos de relações bilaterais, a região belga e o município mineiro devem assinar, no próximo dia 16 de setembro, um memorando de entendimentos (MOU, na sigla em inglês). Uma delegação com autoridades municipais da Capital deve embarcar, nesta semana, para a Bélgica para conhecer melhor o local e suas potencialidades de negócios e firmar o compromisso com a representante governamental da região, a Agência de Exportação e Investimentos Estrangeiros da Valônia (Awex). Os principais setores a serem contemplados no memorando são saúde, agricultura, agrifood e smart cities (cidades inteligentes), segundo a CEO da Awex, Pascale Delcomminette. A Awex já vem mantendo, há alguns anos, relações diretas com o Brasil, com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, a agência planeja ampliar presença no mercado nacional e estreitar parcerias com outras cidades

brasileiras economicamente estratégicas do ponto de vista dos investimentos. Esse é o caso não só de Belo Horizonte, como de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). “Obviamente, essas regiões são muito interessantes para nós, para desenvolvermos negócios juntos, pois possuímos prioridades em comum. É fácil para nós, na Valônia, uma região pequena, focar nessas áreas do Brasil”, explica a CEO da Awex. A Awex prepara, para o próximo dia 14 de outubro, um seminário em Belo Horizonte para divulgar os trabalhos da agência a empresários mineiros. Diversificação e exemplo - A região da Valônia, cuja capital é Namur, possui uma população de 3,6 milhões de habitantes, distribuída em uma área de 16.844 km², enquanto a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) só para Belo Horizonte, em 2019, é em torno de 2,5 milhões de pessoas. A pequena dimensão, porém, não é empecilho para o desenvolvimento econômico da região belga, que pode servir de exemplo em diversas áreas não apenas para a capital mineira, mas também para Minas Gerais. Situada no coração da Europa, a Valônia, no século

passado, tinha a mineração de carvão entre suas principais atividades econômicas. Com o passar do tempo e a maior preocupação com o meio ambiente e desenvolvimento de indústrias sustentáveis, a atividade acabou perdendo espaço na região, obrigando as autoridades locais a apostarem na diversificação da economia. A localização estratégica valã acabou se tornando um dos principais ativos da região. Com a necessidade de buscar o crescimento econômico, promover o ambiente científico e tecnológico locais, assim como se mostrar competitiva em termos de inovação e empreendedorismo, a Valônia enxergou nos investimentos em logística e distribuição na Europa um meio de impulsionar os negócios e a economia da região. Know-how e expertise esses que poderiam ser estrategicamente aproveitados por Minas Gerais, detentor da maior malha rodoviária do Brasil, correspondente a cerca de 16% do total de rodovias municipais, estaduais e federais de todo o País. Além do Transporte e Logística, a economia da Valônia tem como pilares outros cinco polos de competitividade: Aeronáutica e Espacial, Agroindústria, Biotecnologia, Engenharia Mecânica e Tecnologia Ambiental.

GABRIELA PEDROSO

Capital da Valônia, Namur concentra empresas importantes para economia da região

Atração de investimentos - Em missão de imprensa do Brasil à Valônia, promovida pela Awex, e que contou com a participação do DIÁRIO DO COMÉRCIO, o governo local deixou claro o seu interesse em promover negócios com Belo Horizonte e também em captar investidores da Capital para oportunidades na região da Bélgica. Entre os principais atrativos para a realização de empreendimentos na Valônia, a CEO da agência cita três: localização, incentivos governamentais e inovação. “Temos uma logística multimodal realmente moderna e, mais do que isso, que permite às companhias brasileiras realmente terem disponíveis mais de 400 milhões de consumidores com alta renda. O segundo

ponto é que, como no caso da Alpargatas (que possui um centro de distribuição em Liège, cidade valã, desde 2016), a relação com a Awex possibilitou parcerias políticas e estratégicas na Valônia, tornando seu trabalho mais fácil. Por fim, o terceiro ponto seria nossa política no sistema de inovação. Há mais de dez anos, a Valônia desenvolve políticas para a competitividade, o que significa uma forte relação entre a academia, centros de pesquisa e companhias”, explica Pascale Delcomminette. O adido econômico e comercial da Embaixada do Reino da Bélgica e representante da Awex no Brasil, André Villers, acrescenta à lista de atrativos a abertura da Valônia para os estrangeiros, a qual ele classifica

como um fator humano para investimentos. “Como vocês notaram, as pessoas aqui são amigáveis, abertas. A Valônia é uma região extremamente aberta aos estrangeiros no sentido de viverem e se desenvolverem juntas. Temos uma importante comunidade de brasileiros aqui e muitas das companhias locais que visitamos já têm negócios com o Brasil. Eles têm experiência com o Brasil, investimentos no País também, e sempre que uma empresa brasileira tem interesse na Valônia, elas sabem que têm possibilidade de troca, apoio. Então esses aspectos não são só sobre dinheiro, só econômico, são fatores humanos”, conclui. *Editora viajou a convite da Awex.

Smart cities e setor agroalimentar no foco das regiões Um dos principais objetivos da Prefeitura de Belo Horizonte e que vem sendo desenvolvido ao longo dos

últimos anos é tornar o município a capital mais inteligente (smart city) do País. O conceito envolve

VALÔNIA EM NÚMEROS 3,6 milhões de habitantes 300 centros de pesquisa 11.000 pesquisadores 7 parques científicos 19 centros de excelência 6 polos de competitividade: Transporte e Logística, Aeronáutica e Espacial, Agroindústria, Biotecnologia, Engenharia Mecânica e Tecnologia Ambiental

1.340 investimentos estrangeiros (2000 a 2015)

11,4 bilhões de euros investidos por estrangeiros (2000 a 2015) 27.699 empregos gerados com investimentos estrangeiros (2000 a 2015) + 5,3% é a taxa média de crescimento

anual das exportações na região desde 1995 *Dados divulgados pela Awex.

GABRIELA PEDROSO

Parque Científico da Universidade Católica de Lovaina, um dos sete da região

a criação de um sistema em que há interação entre pessoas e máquinas com o intuito de possibilitar o crescimento econômico e melhor qualidade de vida da população. A Capital possui, inclusive, o programa Cidade Inteligente, confirmando as prioridades em comum entre Belo Horizonte e Valônia. O município mineiro possui números favoráveis quanto ao ambiente necessário para o desenvolvimento de uma smart city. Ao todo, mais de 250 startups estão presentes na San Pedro Valley, uma das melhores comunidades do segmento do País, localizada na cidade, que também possui o parque tecnológico BHTec. A capital mineira tem ainda em andamento uma parceria público-privada (PPP) de iluminação pública, que, em dois anos de duração, já modernizou 55% da estrutura e promoveu uma economia de 56% no custo da eletricidade para a cidade. Esses exemplos de negócios mostram o amplo potencial de mercado de serviços e produtos que pode ser explorado em um intercâmbio entre mineiros e belgas. Para atrair investimentos estrangeiros diversos para a região localizada na Europa, o governo da Valônia, aliás, não perde tempo. São oferecidos diferentes tipos de subsídios, que vão desde incentivos à pesquisa

e desenvolvimento a infraestrutura, entre outros. “E a partir do momento em que (empresas de fora) se instalam na Valônia, oferecemos todos os serviços que temos disponíveis para empresas valãs, o que significa que, para exportação, por exemplo, elas podem contar com nosso apoio humano, assim como nossos incentivos financeiros para crescer internacionalmente”, afirma a CEO da Agência de Exportação e Investimentos Estrangeiros da Valônia (Awex), Pascale Delcomminette.

Alimentos - Outra área em que a região belga se destaca é no segmento agroalimentar. O polo de competitividade Wagralim agrupa indústrias, universidades, centros de investigação e de treinamento e visa a acelerar a criação de valor dentro das empresas do setor por meio da inovação, associação e internacionalização. Ao todo, o cluster é composto por 180 indústrias e também possui contato com empresas no Brasil, que tem no ramo de alimentos uma das suas principais atividades. (GP) GABRIELA PEDROSO

Pascale Delcomminette: subsídios do governo são grande atrativos


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ESPECIAL INCENTIVO

Ciência e inovação em prol do desenvolvimento Integração entre empresas, academia e centros de pesquisa contribui para agregar valor à produção em região belga GABRIELA PEDROSO Da Valônia (Bélgica)*

O investimento em ciência e tecnologia, com um trabalho cada vez mais integrado entre academia e as empresas, é um dos segredos da região da Valônia, na Bélgica, para o desenvolvimento, cada vez maior, de negócios de alto valor agregado. Uma das empresas talvez mais conhecidas da região pelos brasileiros e exemplo da tecnologia de ponta da indústria valã é o Grupo Sonaca, com sede em Charleroi. A Sonaca é uma empresa que atua na indústria da construção aeronáutica e aeroespacial e possui subsidiárias espalhadas por todo o mundo, incluindo o Brasil. No País, a empresa está situada em São José dos Campos (SP) e o seu principal cliente é a fabricante de aeronaves brasileira Embraer, referência mundial na indústria aeroespacial. Além da Embraer, integram a lista de clientes do grupo Airbus, Boeing e Bombardier. A empresa belga trabalha desde o design à produção de partes e peças para aviões comerciais, sendo uma das principais fornecedoras da Embraer. A companhia utiliza a subsidiária no Brasil como plataforma de exportação e aproveita a relação custo-benefício do País, que, segundo a empresa, possui profissionais do setor altamente qualificados. “Temos acesso a bons trabalhadores, bons engenheiros. E o turnover é baixo, ou seja, as pessoas permanecem na empresa. É um bom lugar para se estar”, avalia o CEO do Grupo Sonaca, Bernard Delvaux. Na Bélgica, a Sonaca participa de um grande cluster e trabalha em conjunto com diversas universidades, de Bruxelas, Liège, Mons, entre outras. A Valônia possui um know-how tecnológico de destaque, com 9 centros

GABRIELA PEDROSO

universitários, 300 centros de pesquisa, 11.000 pesquisadores e 20 centros de competência, todos colocados à disposição das empresas instaladas na região. Centro Espacial - Outro destaque integrante do polo da Aeronáutica e Espacial na Valônia é o Centro Espacial de Liège, criado há 55 anos pela Universidade de Liège. O local abriga um centro de pesquisa especializado na instrumentação espacial, com área de ensaios ambientais a serviço da Agência Espacial Europeia, da indústria espacial e das empresas da região. Entre os equipamentos espaciais produzidos e testados no local estão os satélites. O custo médio para construir um equipamento desses gira em torno de 1 bilhão de euros. Porém, de acordo com o astrofísico do Centro Espacial de Liège, Nicolas Grevesse, a grandeza do investimento não deve ser medida pelo seu valor financeiro. “O preço do satélite é o poder do homem”, frisa o pesquisador. Em 2017, o Centro firmou um acordo com a Agência Espacial Brasileira. A ideia era levar estudantes brasileiros para Liège para estudar e treinar. O projeto, porém, acabou não seguindo adiante. Conectividade – Localizada na cidade valã de Walcourt, a Skylane Optics produz transceptores ópticos, utilizados em redes de fibra óptica para a transmissão de dados. Há sete anos, a empresa também está no mercado brasileiro, com uma unidade de produção em Campinas (SP), mas com clientes espalhados por vários estados do País, entre eles, Minas Gerais. “O Brasil é um mercado complexo, mas é enorme e importante para nós, principalmente devido a digitalização crescente na região”,

Grupo Sonaca é um dos principais fornecedores de partes e peças de aviões para a brasileira Embraer

avalia o diretor de operações, Quentin Bolle. Em Minas Gerais, os clientes da Skylane Optics são a Cemig e a Mconn, em Belo Horizonte, e a Algar, em Uberlândia. A empresa no País também é conhecida por projetos realizados na área óptica durante a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, nos estádios de Salvador (BA), Recife (PE) e Natal (RN). Outro empreendimento que mostra o espírito de inovação na Valônia é a Tessares. Criada em março de 2015, a empresa, 70ª spin-off da Universidade Católica de Lovaina, atua na pesquisa, desenvolvimento e implantação de soluções de programa para melhorar a força e qualidade da conexão da internet. “Fazemos internet mais rápida. Providenciamos a melhor experiência de

internet para as pessoas”, destaca o CEO e co-fundador da Tessares, Denis Périquet. O software criado pela empresa promove uma espécie de internet híbrida, potencializando a capacidade da internet fixa com a móvel disponível nos smartphones. Assim, para acelerar a conectividade, quando a internet fixa está lenta, por exemplo, o software permite o uso complementar da internet móvel para propiciar uma melhor experiência de navegação. “A ideia é combinar a rede de acordo com a internet disponível em determinada localidade”, explica Périquet. Atualmente, os principais alvos da Tessares no Brasil são as empresas de telecomunicações Claro, Vivo e Oi. *Editora viajou a convite da Awex.

Polo de transporte em diversos modais e logística permite conexões estratégicas para negócios Um dos fatores fundamentais para a expansão econômica da Valônia nos últimos anos é a estrutura logística e de transporte da região. O setor, que integra um dos seis polos de competitividade locais, beneficia-se, principalmente, da localização estratégica da Bélgica no coração da Europa. A Valônia possui a rede rodoviária mais densa do mundo e permite alcançar 375 milhões de consumidores no continente em apenas 8 horas de carro. Além do modal rodoviário, a região belga possui dois aeroportos de carga internacionais acessíveis 24 horas, todos os dias - situados em Liège e Charleroi, alguns dos principais municípios da Valônia –, e a plataforma Euro-Carex, responsável pelo transporte de cargas por trens. Outro meio de transporte fundamental para a conexão comercial da região com a Europa e o resto do mundo é o hidroviário. A integração entre os modais disponíveis é, portanto, o ponto forte da região. Prova disso é que a brasileira Alpargatas resolveu instalar, em 2016, um Centro de

GABRIELA PEDROSO

Aeroporto de Liège é fundamental para a estrutura de distribuição logística na região da Valônia

Distribuição na plataforma multimodal Liège Trilogiport. “Há três coisas importantes quando o assunto é logística: localização, localização e localização”, define Bernard Piette, diretor-geral da Logística na Valônia, polo de com-

petitividade da região dedicado aos setores de transporte, logística e mobilidade. A Liège Trilogiport se localiza ao longo do canal Albert e integra três modais: rodoviário, ferroviário e hidroviário. Outro importante

modal, o aéreo, é representado na região pelo Aeroporto de Liège, que possui conexão com mais de 60 cidades e explora, dentre outros nichos, um bem específico e de alto valor agregado, que é o transporte de cavalos para competições. (GP)

Indústrias valãs apostam no reaproveitamento do lixo

O desenvolvimento sustentável, com respeito ao meio ambiente, é hoje uma bandeira levantada em todo o mundo. E na Bélgica não é diferente. A região da Valônia possui várias indústrias dedicadas à criação de soluções para o melhor uso dos recursos e, dentro dessa filosofia, o ramo de reciclagem aparece entre os destaques. O aproveitamento inteligente ocorre não só com materiais tradicionais como metais, plásticos

ou papel, mas também alcança o processamento industrial de resíduos médicos. Localizada em Mons, a AMB Ecosteryl trocou o antigo negócio de produção de máquinas para a indústria extrativa pela fabricação de equipamentos destinados ao tratamento de resíduos médicos. Nos últimos dez anos, a empresa revolucionou o setor de reciclagem de materiais infecciosos, permitindo o redirecionamento

dos resíduos para nova utilização. Em uma outra área, mas ainda dentro da reciclagem, a Comet Traitements, no distrito de Charleroi, processa, em um ano, mais de 1 milhão de toneladas de materiais entre metais ferrosos e não-ferrosos. Parte da matéria-prima vem da coleta seletiva na Bélgica e da compra do lixo de outros lugares do mundo, como o Brasil, onde possui fornecimento de três sucateiros e também da Gerdau.

Nos últimos 7 anos, a Comet desenvolveu e aportou recursos em transferência de tecnologia. Entre os parceiros, mais empresas situadas no Brasil. “Temos contrato de colaboração de transferência de tecnologia no Brasil com a ArcelorMittal, em Juiz de Fora, e a Gerdau, nas unidades de Santa Cruz (RJ) e Piracicaba (SP)”, afirma o gerente de pesquisa e desenvolvimento, Pierre-François Bareel. (GP)

Tratamento do câncer ganha novos rumos Outro polo foco de investimentos na Valônia é a Biotecnologia, que vem se destacando, principalmente, em inovação em soluções para a área da saúde. Fundada em 2012, a OncoDNA é uma empresa belga que se dedica à medicina de precisão para os tratamentos de câncer e cujo trabalho já alcança vários países, inclusive o Brasil. O trabalho da OncoDNA, com sede em Charleroi, consiste em uma plataforma de dados que, com base na perfilação molecular do câncer, indica o melhor tratamento disponível para os pacientes com a doença de modo individualizado. “O tratamento do câncer requer uma medicina personalizada. E nós provemos uma análise específica”, explica o gerente de Marketing da instituição, Marc Buchet. A plataforma da empresa pode ser utilizada por outras companhias, que enviam os dados para análise pelo software da OncoDNA. A instituição belga possui um parceiro no Brasil, o Laboratório Precision, mas o alto volume de impostos do País, segundo Buchet, tem dificultado a penetração da solução no mercado brasileiro. “A maior dificuldade para nós investirmos no Brasil são as taxas de impostos para a importação de nossa solução para o País. Isso significa que obter as biópsias do câncer e enviá-las para a Europa e, depois, retornar os resultados para o Brasil é muito caro em termos de impostos”, afirma o gerente de Marketing, ao destacar que o ideal seria a redução das taxas para propiciar o acesso da população à solução que agrega tecnologia avançada. Outro grupo da Valônia que trabalha no ramo dedicado ao tratamento do câncer é o IBA. A empresa, situada na Nova Louvaina, produz e comercializa equipamentos de última geração de diagnóstico e tratamento de pacientes com a doença. No Brasil, alguns hospitais chegaram a fazer contato com o IBA para negociar a compra de equipamentos, como o Sírio-Libanês e Albert Einstein em São Paulo. Em 2018, a receita da empresa com a venda de soluções atingiu a marca de 259 milhões de euros. (GP)


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ESPECIAL FOTOS: GABRIELA PEDROSO

Peggy Van Lierde conta que meta do Choco-Story Brussels é alcançar 150 mil visitantes em 2019

TURISMO

Gastronomia e história a favor da economia valã

Mestre cervejeiro Hans Ricour revela que mais de 20 mil litros de cerveja são produzidos mensalmente na Microcervejaria Waterloo, localizada na cidade de mesmo nome

Empresas aproveitam fama de produtos típicos GABRIELA PEDROSO Da Valônia (Bélgica)*

Quando ouvimos falar da Bélgica, é impossível não associarmos - ainda que seja um clichê - o país aos seus famosos, e deliciosos, chocolates, às tradicionais cervejas belgas, referências em qualidade em todo o mundo, ou aos típicos waffles, que - de Bruxelas ou Liège, não importa - retratam a saborosa culinária local. Todos esses produtos também são parte importante da economia da Valônia, que aproveita para aliar sua história e tradição a oportunidades de negócios. Um dos mais curiosos empreendimentos na região está localizado na cidade de Waterloo. A microcervejaria Waterloo John Martin resolveu utilizar a história do município, conhecido pela Batalha de Waterloo – em que os aliados liderados pelo exército inglês derrotaram Napoleão Bonaparte, no século XIX -, para perpetuá-la e ainda empreender. A empresa não só se instalou, em 2014, na estrutura que abrigava o hospital dos aliados na Batalha de Waterloo, como ainda destinou outra parte do espaço a um

pequeno museu dedicado a contar como foi a sangrenta batalha. De um total estimado de 188.000 soldados que estiveram em confronto, foram mais de 10 mil mortos e de 35.000 feridos em Waterloo. Gerente de contas de exportação júnior da microcervejaria, Louis Jadot revela que a intenção do grupo é ampliar o negócio na região. “Em até três anos, a empresa espera concluir uma espécie de complexo turístico, somando à microcervejaria e ao museu a construção de um restaurante e um espaço para eventos no mesmo local, voltados à população e ao turismo”, explica. Questionada sobre a possibilidade de compartilhar o conhecimento de produção de cervejas, a empresa não descartou, no futuro, oferecer cursos na área. Chocolates e waffles – Andando pelas ruas das cidades na Valônia, o que não faltam são opções de lojas de chocolates e dos apetitosos waffles. Não só pelo sabor, como também pela delicadeza com que são feitos os doces, é difícil resistir aos produtos. E bem

próximo da região, na cidade de Bruxelas, o cenário se repete. Para dividir com o mundo um pouco da tradição de um dos principais produtos locais, a capital da Bélgica conta com o Museu do Chocolate Choco-Story Brussels, inaugurado em fevereiro de 2014. Em 2018, 90 mil pessoas passaram pelo museu, que, no entanto, este ano, mudou para uma nova sede, três vezes maior. Com isso, só Waffles de Liège e Bruxelas dividem as bancas das lojas nas ruas da capital belga; no em agosto último, 17 mil centro, a figura em referência ao Manneken Pis, monumento famoso de Bruxelas pessoas visitaram o local. “Estamos querendo alcançar 150 mil visitantes em 2019”, destaca a diretora do museu, Peggy Van Lierde. “É um enorme lugar para Bruxelas. Acho que muitos visitantes que vêm a Bruxelas querem saber mais sobre chocolates e, nesse prédio, temos a oportunidade de mostrar mais e de um jeito mais moderno e interativo do que no museu antigo; temos também mais espaço para nossa coleção”, diz Peggy, ao ressaltar que há produção de chocolate existente no próprio espaço. *Editora viajou a convite da Awex Palácio Real de Bruxelas, sede da monarquia constitucional belga, localizado em Bruxelas

Perfumaria utiliza exclusividade para consolidar marca GABRIELA PEDROSO

GABRIELA PEDROSO Da Valônia (Bélgica)*

Um cenário medieval, rodeado por construções históricas em meio aos verdes campos da Valônia. Ali, no antigo forte militar da Citadela de Namur, capital da região, a música clássica ao fundo dita o ritmo da produção de uma das mais famosas perfumarias valãs. Desde 1990, a Guy Delforge, que leva o nome do seu perfumista, é referência por seus produtos e algumas fragrâncias exclusivas, cujo acesso se limita à venda direta aos consumidores. “O lugar é muito especial. A temperatura é muito importante para preservar todos os perfumes, que têm de maturar de três a seis meses, como um vinho ou champagne. Temos todos os recipientes dispostos nas galerias subterrâneas para esse processo de maturação”, explica a gerente do local, Véronique Gilson. As galerias possuem temperatura constante, que varia de 11 a 14 graus, independentemente da estação. Guy Delforge está instalada em antigo forte militar da Citadela de Namur

Paixão - Guy Delforge tornou a paixão pelos perfumes a sua missão de vida. O

perfumista aprendeu na França a técnica de perfumaria e, depois de começar o negócio em casa, mudou a sede produtiva para o forte militar. Todo o processo, que vai desde a produção do perfume até a venda direta ao consumidor, é feito no local. Ao todo, são 40 fragrâncias diferentes de perfumes e colônias. “E isso preserva nossa exclusividade. Nossos perfumes são de Namur, daqui, e o propósito é vender diretamente o produto às pessoas”, destaca Véronique Gilson. Além da unidade produtiva, o espaço também é aberto para visitação de turistas. A perfumaria permite aos visitantes compreenderem as diferentes etapas necessárias para a fabricação do perfume, feita de modo tradicional e artesanal. Mirante - Com a localização do forte militar, situado em uma espécie de mirante, os turistas e moradores que resolvem passear pela região valã, além dos perfumes, ainda podem desfrutar das belas paisagens da cidade de Namur vistas de cima. Com construções que propiciam uma verdadeira volta ao passado. *Editora viajou a convite da Awex


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ENGENHARIA HOJE LABORATÓRIO DE ITAJUBÁ

Unifei propõe novo modelo de governança e inicia mobilização política Algumas saídas começam a ser delineadas como alternativas para a retomada das obras de implantação de um complexo de laboratórios para o setor elétrico em Itajubá, no Sul de Minas. O complexo foi projetado para ser uma referência para o setor elétrico, mas, por falta de recursos, está com suas obras paralisadas desde julho. Uma das alternativas seria o uso de recursos provenientes do Fundo de Petróleo e Gás da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo o reitor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Dagoberto Alves de Almeida, a justificativa seria o fato de que as centenas de plataformas de petróleo que o País tem em alto mar precisam, a partir de 2020, passar por extenso e profundo processo de modernização, tanto de equipamentos quanto de instalações, sob pena de serem desativadas. E uma parte substancial dessa atualização refere-se, segundo o reitor, a sistemas elétricos. Outra possibilidade seria uma possível parceria com a Unifei, que, assim como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), possui a prerrogativa de importação de equipamentos de tecnologia sem taxação alfandegária, além de ser a universidade credenciada a participar das demandas de pesquisa e desenvolvimento das agências reguladoras e de fomento. De acordo com o reitor, a Unifei não tem condições de apoiar financeiramente o projeto, mas pode apoiar tecnicamente, visto que é uma instituição de referência em energia elétrica no País. Mobilização política – Essas possíveis alternativas foram discutidas em reunião realizada na semana passada, durante visita do governador Romeu Zema às instalações da Unifei, em Itajubá. Em reunião

UNIFEI/DIVULGAÇÃO

Saída para a retomada das obras foi discutida em Itajubá, em reunião com o governador Romeu Zema e outras autoridades; reitor da Unifei vai amanhã a Brasília

no gabinete da Reitoria, o reitor salientou que o maior complexo laboratorial do setor elétrico na América Latina e o sétimo mais moderno em sua categoria no mundo, não pode, após ter consumido mais de R$ 41 milhões em terraplanagem e implantação de obras de infraestrutura, simplesmente ser cancelado sem que haja uma união de todos em prol da busca de meios que garantam sua continuidade. Participaram da reunião, além do governador Romeu Zema, o secretário de Governo de Minas, Bilac Pinto; o ex-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Neto, que representou a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME); o senador Carlos Viana (PSD-MG); e o presidente da Federação das Indústrias no Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, entre outras autoridades. Na ocasião, o reitor da Unifei reconheceu que há, de fato, imensas dificuldades financeiras por parte do Estado para que o modelo atual de negócios seja atendido. Todavia, salientou a importância do Estado assumir o

protagonismo na busca de apoio político para o projeto junto ao governo federal. “A razão para tal é que esse complexo laboratorial é fundamental para o desenvolvimento da infraestrutura do setor elétrico sem a qual o Brasil não terá condições de desenvolver todas as demais áreas, pois a energia é insumo básico do progresso”, afirmou o reitor. Dificuldades – O presidente Fiemg, Flávio Roscoe, apresentou as dificuldades que a instituição possui para garantir a continuidade do projeto e defendeu a efetiva participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na sua continuidade. Roscoe também defendeu a união da classe política de Minas em torno do projeto e sua atuação junto ao governo federal. Todos os participantes se comprometeram em unir forças em prol do projeto. O encontro de Itajubá foi, nesse sentido, o primeiro de uma série de outros que ocorrerão com o objetivo de se criar uma mobilização política que permita a retomada das obras. Amanhã, o reitor da Unifei estará em Brasília, para

uma reunião com o senador Izalci Lucas (PSDB-MG), coordenador da Frente Parlamentar Mista de Ciência e Tecnologia. Otimista, Dagoberto Almeida defende que, se for necessário, se faça uma alteração no modelo de governança do projeto, que hoje é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG). Presente na reunião de Itajubá, Mário Neto afirma também estar otimista. Ele diz ter percebido, ao final da reunião, um interesse muito forte dos presentes em buscar meios que permitam a retomada das obras. “Continuamos nesse luta”, disse Mário Neto. Nova governança – O projeto será orçado em R$ 432 milhões, dos quais R$ 16 milhões foram desembolsados pela Fiemg e Senai-MG com recursos próprios. Os demais agentes financiadores seriam a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), com R$ 32 milhões; a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig), com R$ 40 milhões; a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com R$ 152 milhões; e o Banco Nacional

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com R$ 198 milhões. O BNDES informou que, a despeito da paralisação das obras, o projeto não tem restrições por parte da instituição, estando apto a receber recursos. As obrigações do governo de Minas somam R$ 72 milhões; os recursos da Aneel dependem da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por se tratar de verbas de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). A fatia maior, correspondente a quase a metade do orçamento total do projeto, viria do BNDES. O problema é que o dinheiro do BNDES não é a fundo perdido. Trata-se de um empréstimo que seria pago pela Fiemg e o Senai-MG, que dizem não dispor de recursos para tal. Por isso, faz sentido a ideia que vem sendo defendida pelo reitor da Unifei de se buscar um novo modelo de governança, no qual a responsabilidade pelo pagamento do empréstimo deixaria de ser da Fiemg e do Senai-MG, para ser assumido por outro agente, que ele imagina possam ser, por exemplo, empresas privadas para as quais o laboratório seria de utilidade.

IDEIAS

Vivendo e superando crises: assim é o Brasil MARITA ARÊAS DE SOUZA TAVARES*

Enumerar as crises financeiras que atingiram o Brasil desde a proclamação da independência , em 1822, seria como embarcarmos em uma montanha russa, onde cada descida em acelerada velocidade nos traz medo e insegurança, até que surja uma subida, com a lentidão imposta por sua resistência, mas que, aos poucos, vai nos acalmando e trazendo maior confiança. Nesses quase duzentos anos de história, ficou comprovado que é na crise que surgem as grandes ideias e energia para encontrar soluções que geram a volta do crescimento. Acredito que a crise dos anos 90 talvez tenha sido a que mais atingiu diretamente as empresas de engenharia e consultoria, a indústria e os profissionais da engenharia de maneira geral, até que a crise atual a superasse. No início dos anos 90, após uma década de estagnação econômica, com inflação cada vez mais alta, os brasileiros elegeram Fernando Collor, apostando em um político

com novas ideias, apesar de menos conhecido fora de sua região eleitoral. Foi uma reviravolta na política econômica do país, marcada por privatizações, redução do papel do estado e abertura ao mercado mundial. As empresas, que até então se acomodaram com a falta de competitividade, tiveram que se reinventar para competir com produtos importados, de menor preço. Muitas reduziram seus contingentes humanos, outras fecharam suas portas. A empresa onde trabalhei durante toda a década de 80, e da qual me desliguei em 1989, foi seriamente atingida pela recessão. Reduziu seus mais de mil empregados pela metade, desmobilizou equipes em contratos descontinuados e devolveu espaços alugados em recente expansão. Os setores de projetos de linhas de transmissão e subestações tiveram que abrir mão até de seus maiores especialistas, porque o governo paralisou as obras de expansão do sistema elétrico brasileiro. Apesar do Plano Real, de 1994,

ter sido bem-sucedido no combate à inflação, o País apresentava problemas, como os juros elevados e câmbio sobrevalorizado. A situação piorou com as crises conhecidas como dos tigres asiáticos e na Rússia. Com isso, o fluxo de recursos internacionais para os países emergentes foi interrompido. Em decorrência, o Brasil foi obrigado a desvalorizar o real em 1999 e a economia brasileira se estagnou. Foi a fase conhecida como a do “engenheiro que virou suco”. Hoje, é a do “engenheiro que virou Uber”. Infelizmente! A diferença entre a atual crise e as outras é que esta não foi gerada por qualquer crise ou influência externa, mas por má gestão, malversação do dinheiro público e disseminação da corrupção instalada em nosso próprio governo. Um governo que ignorou a oportunidade de tirar proveito da primeira década dos anos 2000, período dos mais prósperos da economia mundial. Oportunidade que poderia ter levado o País a patamares sonhados pelos brasileiros.

ENGENHARIA S.A.

Em consequência, estamos revivendo o pesadelo da falta de recursos para investimentos em setores da maior importância, como pesquisa, educação, saúde e segurança. E sem recursos, o governo fica de mãos atadas, até mesmo para quitar salários dos servidores, quando deveria estar investindo também em melhores salários para categorias de reconhecido mérito. Devo salientar a lamentável situação no segmento de pesquisas, maior gerador de inovações e desenvolvimento de um país. Como resultado, temos pesquisadores

sem recursos e desmotivados, ou avaliando a opção de deixar o país por falta de condição de dar continuidade aos trabalhos. Pesquisas prejudicadas ou perdidas quando não podem ser interrompidas. Paralisação de centros de pesquisas, como está ocorrendo com o complexo laboratorial de Itajubá, o único da América Latina na sua abrangência: o setor elétrico. Lembrando que não se trata de um centro de pesquisas para Itajubá ou região, mas para o Brasil, localizado nessa cidade em razão de sua situação estratégica e do suporte técnico especializado lá existente. Porém, não perdemos a esperança de que, impulsionada pelas dificuldades, a criatividade das brilhantes cabeças pensantes do País encontrem, no mais curto prazo possível, as soluções que nos levem à rápida recuperação do crescimento econômico e à volta da confiança no futuro. *Engenheira e vice-presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME)


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LEGISLAÇÃO BRUNO DOMINGOS

OPERAÇÃO LAVA JATO

Filho de Lobão é preso pela PF sob suspeita de recebimento de propina

A proposta do governo de instituir um imposto sobre operações financeiras vem sendo comparada à extinta CPMF

TRIBUTOS

Governo planeja taxação de saques e depósitos em 0,4% Pagamentos com débito e crédito poderão ter alíquota de 0,2% Brasília - O governo planeja em sua proposta de reforma tributária que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com uma alíquota inicial de 0,4%. A cobrança integra a ideia do imposto sobre pagamentos, que vem sendo comparado à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Já para pagamentos no débito e no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para cada lado da operação, pagador e recebedor). Ambas as taxas tendem a crescer após serem criadas, já que ideia do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmente a tributação sobre os salários, considerada pela equipe econômica como nociva para a geração de empregos no País. Marcelo de Sousa Silva, secretário especial adjunto da Receita Federal, defendeu ontem a contribuição no Fórum Nacional Tributário (promovido pelo sindicato dos auditores fiscais, em Brasília), ao ressaltar que o instrumento substituiria tanto a tributação sobre a folha como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“Estamos ano a ano com uma regressão percentual de pessoas empregadas formalmente. E isso não pode ficar de fora da reforma tributária, porque o impacto mais significativo [para o emprego] talvez seja a desoneração sobre folha. Dentre todos os tributos no nosso ordenamento jurídico a tributação sobre folha é o mais perverso para a geração de empregos”, afirmou. Apesar de o governo rechaçar a semelhança com a antiga CPMF, ele próprio acabou fazendo a comparação ao mostrar um gráfico com o histórico relativamente estável das alíquotas de CPMF ao longo dos anos em que vigorou, o que representaria uma previsibilidade para a contribuição. Silva afirmou que, com a substituição da tributação sobre folha de pagamentos pelo novo imposto, a seguridade social acabaria sendo bancada pela população como um todo. “Estamos transferindo o ônus para toda a sociedade”, afirmou. Ele ressaltou logo em seguida que a reforma vai propor, por outro lado, benefícios como ampliação da faixa de isenções e reembolso de impostos à baixa renda.

Compensação - O presidente Jair Bolsonaro já havia afirmado neste mês à “Folha de S.Paulo” que a recriação de um imposto nos moldes da antiga CPMF deve ser condicionada a uma compensação para a população. “Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem que ter uma compensação para as pessoas. Se não, ele vai tomar porrada até de mim”, disse o presidente. As mudanças devem integrar a proposta de reforma tributária sendo elaborada pela equipe econômica e que deve ser enviada ao Congresso. O plano do governo está dividido em três pernas. Uma é justamente a criação do imposto sobre pagamentos. Outra é a junção de diferentes impostos federais em um único tributo sobre bens e serviços. E a terceira são as mudanças no Imposto de Renda. Segundo Silva, as propostas para o imposto de renda devem ser concluídas pela equipe econômica ainda nesta semana. Pela proposta, o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) deve diminuir de 34% para um percentual entre 20% e 25%. No caso do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF),

o governo planeja aumentar a base tributária (ou seja, o número de pagadores de impostos) entre os mais ricos. De acordo com o secretário, isso será alcançado com a própria tributação de dividendos, criação de um limite para benefícios de portadores de moléstias graves redução de descontos e revisão sobre aplicações financeiras. Com as mudanças no imposto de renda, o governo defende que haverá a correção de um problema existente hoje, quando a curva da chamada alíquota efetiva (o percentual em impostos realmente cobrado do contribuinte) cresce até determinada faixa salarial e depois começa a cair entre os mais ricos. “Temos que fazer a curva continuar até as altas rendas. Hoje (a arrecadação) está concentrada nas primeiras faixas”, disse. O secretário ainda indicou que a fusão de impostos deve começar apenas com a junção de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que virariam a Contribuição sobre Bens e Serviços. A alíquota proposta será de 11%. (Folhapress)

Rio de Janeiro - A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de ontem Márcio Lobão, filho do ex-ministro de Minas e Energia e ex-senador Edison Lobão, por suspeita de recebimento de cerca de R$ 50 milhões em propina em obras da Transpetro, subsidiária de Petrobras, e da hidrelétrica de Belo Monte, em mais uma fase da Operação Lava Jato, informou o Ministério Público Federal (MPF). A propina teria sido paga pela Odebrecht e pelo Grupo Estre entre 2008 e 2014, com pagamentos em espécie realizados em escritório de advocacia no Rio de Janeiro ligado à família Lobão, de acordo com comunicado do MPF, que disse ter obtido depoimentos de colaboradores, registros de ligações e reuniões entre os investigados e registros em sistemas de controle de propinas. “As medidas cautelares cumpridas hoje também objetivam aprofundar possíveis operações de lavagem de dinheiro capitaneadas por Márcio Lobão”, disse o MPF em comunicado, acrescentando que no período foi possível verificar um incremento de patrimônio de Márcio Lobão superior a R$ 30 milhões. “O esquema investigado inclui aquisição e posterior venda de obras de arte com valores sobrevalorizados, simulação de operações de venda de imóvel, simulação de empréstimo com familiar, interposição de terceiros em operações de compra e venda de obras de arte, e movimentação de valores milionários em contas abertas em nome de empresas offshore no exterior.” Os procuradores acrescentaram que a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de galeria de arte e de agentes financeiros que atuavam perante bancos, a exemplo do Julius Bär, gerindo contas de Márcio Lobão no exterior. Além da investigação que envolve a participação da Odebrecht em fraudes na construção de Belo Monte, a ação deflagrada ontem também investiga benefícios em mais de 40 contratos, com

valor total de cerca de R$ 1 bilhão, celebrados pelas empresas Estre Ambiental, Pollydutos Montagem e Construção, Consórcio NM Dutos e Estaleiro Rio Tietê, afirmou o MPF. Leniência - A Odebrecht, que fechou acordo de leniência em que reconheceu ter cometido irregularidades, disse em nota oficial que tem colaborado com as autoridades “de forma permanente e eficaz, em busca do pleno esclarecimento de fatos do passado”, e que hoje é uma “empresa transformada” e comprometida com uma atuação ética, íntegra e transparente. A Transpetro disse, também por meio de nota, que vem apurando denúncias de irregularidades envolvendo os citados na operação e que todas as informações obtidas são encaminhadas ao Ministério Público Federal e demais órgãos competentes. “A Transpetro reitera que é vítima nestes processos e presta todo apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato”, afirmou. A Estre Ambiental afirmou em comunicado que tem colaborado e prestado os esclarecimentos necessários às autoridades responsáveis pela elucidação do caso. Não foi possível fazer contato com as outras empresas citadas. De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos no total 11 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília no âmbito da Operação Galeria, a 65ª fase da Lava Jato. Procurado pela Reuters, o advogado de Márcio Lobão não respondeu de imediato a um pedido de comentário. Também procurado, o advogado do ex-ministro Lobão disse apenas que não tem conhecimento de busca e apreensão contra seu cliente na operação desta terça-feira. Edison Lobão, ex-senador pelo MDB, foi ministro de Minas e Energia durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. (Reuters)

MINISTÉRIO PÚBLICO

CNMP nega pedido para afastar Deltan Dallagnol Brasília - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) negou ontem, por unanimidade (12 votos a zero), um pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para afastar preventivamente o procurador Deltan Dallagnol de seu cargo até que o órgão julgue um processo disciplinar contra ele. Apesar de terem votado por negar o afastamento cautelar, os conselheiros nem sequer decidiram se abrem ou não o processo que ensejaria o afastamento requerido, adiando mais uma vez a análise do caso, que ainda está em fase preliminar. A discussão é em torno de uma reclamação apresentada por Renan por causa de publicações feitas por Deltan nas redes sociais que teriam interferido nas eleições de 2018 e na eleição para a Presidência do Senado, realizada em

fevereiro deste ano. Deltan defendeu no Twitter a eleição aberta para presidente do Senado, que não estava prevista no regimento interno da Casa, o que, para Renan, atrapalhou sua candidatura. Após o voto do corregedor do CNMP, Orlando Rochadel, para instaurar o processo administrativo disciplinar (PAD), o conselheiro Fábio Stica pediu vista, interrompendo a votação. Foi a terceira vez que o caso entrou na pauta do CNMP e ficou sem definição. Segundo o voto de Rochadel, Deltan se manifestou indevidamente sobre tema político alheio às suas atribuições, defendeu o voto aberto para a Presidência do Senado, de forma contrária a Renan, e, com isso, comprometeu a imagem e o prestígio do Ministério Público. Mesmo depois de Stica

pedir vista quanto à abertura do PAD, os conselheiros prosseguiram analisando somente o pedido de afastamento preventivo. Nesse quesito, todos os membros do CNMP que estavam na sessão acompanharam o corregedor e votaram por negar a solicitação de Renan. Isso porque o senador acusou Deltan de uma falta mais grave, a de praticar atividade político-partidária, mas o corregedor entendeu que ficou configurada apenas uma falta mais branda, a de deixar de guardar decoro pessoal no exercício do cargo. Para a prática de atividade político-partidária caberia, na ocasião do julgamento final, a pena de suspensão do cargo – uma sanção grave que, em tese, poderia ensejar um afastamento cautelar desde já. Para a falta de quebra de decoro, diferentemente, a

sanção é mais leve, de censura –o que não permite o afastamento agora. “Evidenciou-se nítida manifestação de cunho político a merecer reprimenda”, disse o corregedor Rochadel, para quem Deltan “buscou interferir nas eleições internas do Senado”. “Considerando as publicações realizadas (no Twitter) entre 9 de janeiro e 3 de fevereiro (deste ano), importa reconhecer, nesta fase de admissibilidade do processo administrativo disciplinar, que ele (Deltan) deixou de observar seu dever de guardar decoro pessoal”, afirmou o corregedor. Procedimentos - Não há data para que o CNMP volte a analisar esse caso de Deltan. O procurador, que coordena a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, também é alvo de ao menos outros oito procedimentos

no órgão, por motivos variados. A divulgação das mensagens de Telegram trocadas entre os procuradores da Lava Jato e obtidas pelo site The Intercetp Brasil aumentaram a pressão sobre o conselho para impor alguma sanção a Deltan. A sessão do CNMP de ontem foi é a última sob a presidência da procuradora-geral Raquel Dodge. O mandato dela termina no próximo dia 17. As mensagens obtidas pelo Intercept e divulgadas até este momento pelo site e por outros órgãos de imprensa expuseram a proximidade entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores da Lava Jato e colocaram em dúvida a imparcialidade como juiz do atual ministro da Justiça no julgamento dos processos da operação. Quando as primeiras mensagens vieram à tona,

em 9 de junho, o Intercept informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, no aplicativo Telegram, a partir de 2015. No caso de Deltan, as mensagens trocadas pelo Telegram indicam que o procurador incentivou colegas em Brasília e Curitiba a investigar os ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes sigilosamente. A legislação brasileira não permite que procuradores de primeira instância, como é o caso dos integrantes da força-tarefa, façam apurações sobre ministros de tribunais superiores. Moro e Deltan têm repetido que não reconhece a autenticidade das mensagens, mas que, se verdadeiras, não contêm ilegalidades. (Folhapress)





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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2019

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Encontro de Museus A segurança museológica é o tema do 12º Encontro Estadual de Museus, que começa hoje, às 9h15, e prossegue até a próxima sexta-feira, no Minas Tênis Clube, espaço integrante do Circuito Liberdade. Realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o evento acontece um ano após o incêndio que destruiu as dependências e parte do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Para refletir sobre a preservação da memória e a salvaguarda dos equipamentos culturais, o encontro vai colocar em pauta assuntos como as políticas públicas voltadas à segurança do patrimônio e oferecerá aos participantes oficinas de gestão de riscos e de elaboração de planos de prevenção.

Bazar Solidário A partir de hoje e até a próxima sexta-feira, será realizado o 4º Bazar Solidário da Fundação CDL, braço social da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O evento será na sede da entidade, na avenida João Pinheiro, 495, bairro Boa Viagem. O bazar é aberto ao público, com entrada gratuita, e funcionará hoje, de 12h às 19h, e amanhã e sexta-feira, de 9h às 19h. O bazar facilitará a compra de peças de grife e marcas renomadas que já confirmaram presença no evento. Todos os itens serão vendidos por preços acessíveis. Toda a arrecadação será destinada ao programa “Brincadeira é Coisa Séria”, que constrói brinquedotecas em instituições de acolhimento de Belo Horizonte, ONGs, creches e hospitais com atendimento infantil.

“Diálogos do Movimento” Quem nunca se deparou com um carro voador em um filme de ficção? Há muito, o cinema e a literatura imaginam um modelo de veículo futurista levando em conta design e tecnologia.. O Circuito Liberdade está nessa discussão com duas exposições em cartaz. No Espaço do Conhecimento UFMG, a mostra Energia em Movimento aborda questões acerca de combustíveis e geração de energia. Já a Casa Fiat de Cultura trata da história de alguns carros que foram – e ainda são – objeto de desejo na exposição Beleza em Movimento. As duas instituições se unem em um debate no próximo sábado, às 10h, no “Café Controverso: Diálogos do Movimento”, que será realizado no Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700, Funcionários).

Leilão do bem No próximo sábado, de 12h às 20h, acontece o XI Leilão dos Amigos do Rogério. Tradicional em Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que tem open bar e open food, é um misto de solidariedade, comida, música, negociação e muita animação. Na ocasião, serão leiloados animais diversos como vacas, bezerros, touros, cavalos, ovelhas, burros e várias ofertas doadas pelos moradores da cidade. Os ingressos custam R$150,00 e podem ser adquiridos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade. Toda a renda arrecadada no evento será destinada para a entidade, que passa por dificuldades financeiras. O leilão será realizado na Fazenda Rogério dos Cabritos, Povoado da Pipoca, Zona rural de Itaguara. Mais informações sobre o evento e ingressos, no: (31) 3184-1001.

Jubileu do Senhor Bom Jesus é celebrado em Congonhas A Cidade dos Profetas já está com um clima diferente, a Ladeira Histórica, cheia de vida. Os Ipês já floriram pra anunciar a chegada de mais uma edição do Jubileu do Senhor Bom Jesus: a festa da fé, devoção e cultura que começou no último sábado e prossegue até o próximo domingo. São mais 200 anos de tradição, e o Museu de Congonhas estará de portas abertas para receber as centenas de milhares de pessoas que vêm para pedir, agradecer e desfrutar de umas das maiores e mais antigas peregrinações religiosas de Minas Gerais. Os romeiros e turistas terão a oportunidade de conhecer o Museu de Congonhas gratuitamente até o próximo dia 22, inclusive aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h. Já o Museu da Ladeira está fechado devido a sua localização na Ladeira Histórica, onde as barraquinhas são instaladas. O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é o principal palco das celebrações religiosas, realizadas pela Reitoria da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, com apoio da Arquidiocese de Mariana. Até a próxima sexta-feira as celebrações acontecem às 6h, 8h, 10h, 15h e às 18h. E no domingo, encerramento da festa, são realizadas missas às 6h, 8h, 10h e 15h (encerramento). Hoje, o Museu de Congo-

DIVULGAÇÃO

nhas recebe a tradicional Roda de Violeiros, a partir das 20h. O evento reúne músicos e romeiros de Congonhas e região para uma noite agradável que acontece no anfiteatro do Museu. Este ano, durante o período do Jubileu, todos que visitarem o Museu, e quiserem, poderão fazer parte da exposição. A equipe estará preparada para fotografar e projetar a imagem dos visitantes ao final do percurso da visitação. Outra novidade é a exibição da exposição inédita “Bom Jesus de Matosinhos de Por-

tugal”. A mostra, que reúne imagens do fotógrafo lusitano Sérgio Jacques, celebra a fé, a cultura, a devoção, e sobretudo, a união e geminação entre Congonhas (Brasil) e Matosinhos (Portugal), cidades que cultuam a mesma devoção ao Senhor Bom Jesus. As fotografias registram o Jubileu português dedicado ao Santo, tradicional festividade realizada lá anualmente no mês de junho. A exposição, uma realização da Câmara Municipal de Matosinhos em parceria com a Prefeitura de Congonhas

A devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos chegou a Minas Gerais com o fiel português Feliciano Mendes, que veio em busca de ouro e, nessa procura, perdeu a saúde. Fez, então, uma promessa ao Bom Jesus e, quando a graça foi alcançada, empenhou-se em construir o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em 1757. Toda essa história é contada no Museu de Congonhas, primeiro museu de sítio do Brasil, criado justamente para fazer a interpretação do Santuário, que é Patrimônio Mundial. (Da Redação)

CULTURA LOUIS GOLDMAN

Música

Rock - Após o retumbante sucesso da primeira turnê no Brasil em maio, The Queen Extravaganza, única banda oficial de tributo ao Queen, produzida pelo baterista Roger Taylor e pelo guitarrista Brian May - companheiros e integrantes originais do Queen - retorna ao Brasil neste mês. Nos vocais está o único brasileiro da banda, Alírio Netto, que se juntou ao Queen Extravaganza em 2018. Quando: 13 de setembro (21h30) Quanto: R$ 90,00 a R$ 320,00 Onde: Km de Vantagens Corredor Centro-Sudeste Hall (avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São A VLI, companhia de soluções logísticas Pedro) que integra ferrovias, terminais e portos, recepcionou nesta semana no Terminal Concerto - No programa Integrador de Uberaba (Tiub), a visita do “Fora de Série”, que presidente e CEO global da Mitsui & Co., este ano destaca a Ltd, Tatsuo Yasunaga. A VLI, organizada conexão da música com em forma de holding, da qual a Mitsui faz outras manifestações parte da composição acionária, recebe humanas, a Filarmônica de pela primeira vez a visita do executivo. O Minas Gerais une música, Tiub, localizado em Uberaba, no Triângulo guerra e paz. Para expressar Mineiro, é parte fundamental do Corre- o vigor da conquista, a dor Centro-Sudeste, uma das principais orquestra interpreta A rotas de escoamento das exportações do vitória de Wellington, op. 91, de Beethoven, agronegócio brasileiro.

e Abertura 1812, op. 49, de Tchaikovsky. Já o terror da brutalidade será ilustrado com as obras A batalha dos hunos, de Liszt, e Trenodia para as vítimas de Hiroshima, de Penderecki. Completam o repertório Guerra e Paz, op. 91: Abertura, de Prokofiev, e Canto de Amor e Paz, de Santoro. A regência é do maestro Marcos Arakaki. Quando: 14 de setembro (18h) Quanto: R$ 46 (Coro), R$ 52 (Balcão Palco), R$ 52 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Lateral), R$ 96 (Plateia Central), R$ 120 (Balcão Principal), Camarote par (R$ 140), meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, Onde: Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto) Cinema Alternativo - Com uma programação diversa, o Cine 104 exibie o filme “Tangerine”, de Sean Baker, que é resultado de um processo de filmagem e produção totalmente

alternativo, tendo sido totalmente filmado com Iphone e o uso de lentes e filtros especiais, custando apenas U$$ 100 mil, valor baixíssimo para uma produção cinematográfica atualmente. Na trama, acompanhamos Sin-Dee e Alexandra, duas amigas trans que vivem na Los Angeles distante do universo glamourizado das estrelas de cinema. Quando: 11 e 12 de setembro (19h30) Quanto: R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia-entrada) Onde: Centoequatro (Praça Rui Barbosa, 104, Centro) Sidney Poitier – A mostra Sidney Poitier é dedicada ao ator e diretor americano, primeira pessoa negra a ser indicada e a vencer o Oscar de Melhor Ator em 1963. Na programação, estão clássicos como “Acorrentados” (1958), “Ao Mestre Com Carinho” (1967) e “Adivinhe Quem Vem Para Jantar” (1967), que serviu de inspiração para o longa “Corra!” (2017) de Jordan Peele, que também será exibido. Quando: até 16 de setembro Quanto: ingressos gratuitos com retirada 1 hora antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena 1.537, Centro) Francês - A Fundação Municipal de Cultura recebe o “Festifrance 2019 – Mostra Francesa de Cinema”. A programação é composta por filmes do cinema independente francês. O festival é produzido

pela companhia francesa Sokol.M Compagny com sede em Paris, na França. Em sua quinta edição, o Festifrance 2019 traz também para Belo Horizonte mostras especiais como “Carta Branca Adami/Festival de Cannes”, “50 Anos do Grec”, “Mostra Africana” e “Curtas – Retrospectiva”. Quando: até 15 de setembro Quanto: entrada gratuita mediante retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão. Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Praça Duque de Caxias, Santa Tereza) Artes plásticas Modernismo - A mostra “Paul Klee - Equilíbrio Instável’ reúne mais de 120 obras entre pinturas, papéis, gravuras, desenhos e objetos pessoais do artista suíço. A mostra é considerada a maior exposição de Klee (1879-1940) já realizada na América Latina e celebra o aniversário do CCBB BH, referência cultural e turística no Estado. Quando: até 18 de novembro Quanto: entrada gratuita (quarta a segunda-feira, das 10h às 22h) Onde: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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