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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.951 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019

Vendas dos supermercados têm aumento real de 7,8% em Minas Maior número de sábados em agosto contribuiu para o resultado positivo do setor Os supermercados mineiros registraram crescimento real de 7,8% nas vendas em agosto sobre idêntico mês do ano passado e de 5,61% frente a julho, aponta pesquisa da Amis. A alta foi atribuída a fatores como o maior número de sábados em agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2018 e também ante julho, época geralmente de retração nas vendas no Estado devido às férias. A recuperação no nivel de emprego e a melhora na confiança do consumidor também refletem no desempenho do setor, avalia o superintendente da Amis, Antônio Claret. No acumulado do ano, o avanço no faturamento dos supermercados em Minas chegou a 3,07% e a expectativa é de fechar 2019 com aumento de 4%. As perspectivas são de abertura de 70 lojas neste ano com a geração de 7.300 empregos no Estado. Pág. 7

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

Para o fechamento do ano, a Amis estima um crescimento de 4% no faturamento dos supermercados e abertura de 70 lojas no Estado

Emplacamentos de veículos crescem 16,97% no Estado

Pecuária leva PIB de MG do agronegócio a subir 1,53%

Em setembro, as vendas de veículos novos cresceram 16,97% em Minas Gerais e 17,32% em Belo Horizonte na comparação com igual mês de 2018. Foram emplacados, de acordo com a Fenabrave, 61.569 veículos no Estado. Em relação a agosto, a alta foi de 3,82% em Minas e de 7,11% na Capital. As vendas de caminhões chegaram a 1.157 unidades e registraram expansão de 57,20% em setembro. Pág. 6

Estimulado pelo avanço de 4,87% na pecuária, o PIB do agronegócio mineiro cresceu 1,53% no primeiro semestre frente ao mesmo período de 2018. Em contrapartida, a agricultura registrou queda de 0,90%, aponta o Cepea. O faturamento da avicultura e suinocultura do Estado foi incrementado com o aumento da demanda da China e outros países asiáticos diante da Peste Suína Africana. Pág. 10 REUTERS / ILYA NAYMUSHIN

As vendas de veículos na Capital subiram 17,32% em setembro

O faturamento da suinocultura cresce com maior demanda chinesa

Págs. 2 e 3

ARTIGOS

EDITORIAL Uma quase tragédia no STF (Aristoteles Atheniense)

Investimentos no Brasil (Cézar Manoel de Medeiros)

Medida Provisória do Agronegócio (Alexandre Abreu)

Os controversos e suas controvérsias (João Alfredo Lopes Nyegray)

Reforma tributária: principais propostas (Juciléia Lima) Dólar - dia 3

Euro - dia 3

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,0887 Venda: R$ 4,0894

4,5057

Os mais experientes nos ensinam que uma caixa d`água não será mantida cheia se o calibre do cano de entrada for menor que o do cano de saída. Elementar para a maioria, mas certamente não para os gestores públicos que nas últimas décadas, talvez desde a redemocratização, fizeram justamente o contrário, no que diz respeito ao dinheiro público. Gastaram à vontade, criaram obrigações que não poderiam sustentar por muito tempo. Hoje constatam que o dinheiro acabou, a rigor já não basta nem mesmo para as despesas essenciais. Os maus hábitos prosseguem, os gestores públicos, políticos ou não, um universo em que as exceções são a cada dia que passa mais raras, devem partir do princípio de que o dinheiro público não tem dono e até há pouco aparentemente acreditavam que também não tinha fim. “Agir enquanto ainda é possível”, pág. 2

Venda: R$ 4,5080

Poupança (dia 4): ............ 0,3153%

Turismo

Ouro - dia 3

IPCA-IBGE (Agosto):.......... 0,11%

Compra: R$ 4,0700 Venda: R$ 4,3100

Nova York (onça-troy): US$ 1.504,94

IPCA-Ipead(Agosto):.......... 0,22%

R$ 198,86

IGP-M (Agosto): ....................... 0,67%

Ptax (BC) Compra: R$ 4,1006 Venda: R$ 4,1012

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 4): ............................. 0,0000%

+0,48 -0,23 -0,32 -0,66 -2,90 27/09

30/09

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02/10

03/10

Acordo entre Mercosul e UE vai estimular diversificação A efetivação do acordo entre o Mercosul e União Europeia (UE) poderá estimular a diversificação econômica de Minas. Estudo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico aponta que produtos artesanais do Estado poderão ser beneficiados, como queijos, cachaças e mel. O fluxo comercial de Minas com o bloco europeu superou US$ 7 bilhões entre exportações e importações em 2018. Pág. 8

Infraestrutura precisará ser adequada para tecnologia 5G A urgência de adequação da infraestrutura dos municípios mineiros para receber a tecnologia 5G foi discutida por empresários do setor de telecomunicações ontem, no fórum “Cidades Inteligentes, IoT e Conectividade: Perspectivas e Desafios”, realizado pela Fiemg e pelo SindiTelebrasil. Um dos pontos destacados foi a defasagem da legislação sobre instalação de antenas de Belo Horizonte. Pág. 9


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019

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OPINIÃO Uma quase tragédia no STF ARISTOTELES ATHENIENSE * A semana que passou foi pródiga em fatos de repercussão nacional, que primaram pela extravagância e audácia de seus atores. A revelação macabra do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, em razão dos seus pormenores, nos leva a questionar a sua sanidade mental durante o tempo em que esteve à frente da PGR (2013/2017). Em maio de 2017, o País foi sacudido pela notícia da existência de uma gravação feita por Joesley Batista, que comprometia o presidente Michel Temer. Segundo aquela prova, Temer teria abonado a compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro. A repercussão do fato foi de tal ordem que afetou a aprovação da reforma da Previdência, que já estava em fase adiantada. Assim, tão logo conhecido o conteúdo da gravação, nenhum dado concreto foi encontrado que confirmasse a atoarda de Rodrigo Janot. Passados cinco meses, o mesmo denunciante reuniu a imprensa e anunciou a existência de um fato que qualificou de “gravíssimo”, ou seja, de uma nova gravação que poderia levar à rescisão do acordo da delação premiada celebrada com os executivos da J&F, comprometendo não só a PGR,

mas, sobretudo, o STF. De imediato, a então presidente da mais alta Corte, ministra Cármen Lúcia, determinou a instauração de sindicância, que concluiu pela inexistência de qualquer fato que pudesse afetar a autoridade do STF. Por duas vezes – sem êxito – Janot denunciou o presidente da República perante o Congresso, para que este autorizasse o prosseguimento de ação penal contra sua pessoa. Agora, ante o que teria ocorrido no interior do STF, quando a “mão de Deus” impediu que Janot trucidasse o ministro Gilmar Mendes, pela versão que esse difundira envolvendo a participação de uma filha do procurador numa investigação em curso na Lava Jato, não faltaram especulações quanto à causa do quase delito. Houve quem sustentasse que Rodrigo Janot padecia de “desequilíbrio emocional”, tornando-se recomendável a providência alvitrada pelo próprio Gilmar de que o seu desafeto, sobre ser um “potencial facínora”, carece de “ajuda psiquiátrica”. Não menos inquietante – ou inexplicável – foi o tempo decorrido entre a morte premeditada, seguida de autoextermínio. Como explicar a sua

disposição em executar o seu opositor, com todos os requintes da preparação que esteve à beira de tornar-se sinistra realidade, passados dois anos da ofensa recebida? A esta altura, como escreveu o colunista Fausto Macedo (“O Estado de S. Paulo”, 28/9/19), há quem admita ter Janot encetado uma “jogada de marketing”, às vésperas do lançamento do seu livro “Nada menos que tudo”, previsto para o início deste mês. O acontecimento poderia, em princípio, refletir não só em Janot – que pretende exercer a advocacia –, como na Operação Lava Jato e na própria instituição que comandou. O novo procurador-geral da República, Augusto Aras, visando impedir que a tentativa urdida pudesse respingar no MP, foi categórico ao afirmar que o órgão está acima de “eventuais desvios praticados por qualquer um de seus ex-integrantes”, sendo “inaceitáveis as atitudes divulgadas no noticiário a respeito de um de seus antecessores”, pois “os erros de um único ex-procurador não têm o condão de macular o MP e seus membros”. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB e Diretor do IAB

Investimentos no Brasil CÉZAR MANOEL DE MEDEIROS * O elevado grau de incertezas resultantes do ambiente internacional e do cenário político-institucional no Brasil exige pragmatismo e ousadia para viabilizar a expansão de investimentos, particularmente em infraestrutura, na modernização, diversificação e expansão da estrutura produtiva, e na agregação de valor de setores que o País reúne vantagens comparativas em cadeias produtivas e na integração entre os países da América do Sul. O governo atual ainda não tomou quaisquer iniciativas para promover investimentos, nem mesmo para viabilizar projetos prioritários de infraestrutura que poderiam ser implementados simultaneamente com as reformas em curso, na medida em que envolva bancos públicos em parcerias com empresas privadas e investidores institucionais (Bancos de Investimentos, Administradoras de Previdência Complementar, Fundos de Pensão, Seguradoras, etc) nacionais e estrangeiras. A elevada disponibilidade de excedentes financeiros referentes aos lucros crescentes de instituições financeiras e de empresas estatais e privadas, nacionais e estrangeiras; os recursos aplicados em títulos públicos e em tesouro direto; em fundos de aposentadoria complementar e rendimentos das classes A e B; podem ser capturados para viabilizar lançamentos de títulos mobiliários (debêntures, ações resgatáveis, fundos de investimentos em participações, etc.) de modo a dinamizar o mercado de capitais e, ao mesmo tempo, minimizar aplicações financeiras especulativas. Neste contexto, para aumentar a capacidade de investir do governo, cabe propor a criação de um fundo nacional de ativos, preliminarmente denominado Fundebras S.A. – Fundo de Desenvolvimento Brasileiro S.A. como instrumento capaz de financiar SPEs – Sociedades de Propósitos Específicos estruturadas para viabilizar ousado, mas factível, programa de investimentos estratégicos no País e na América do Sul. O Fundebras poderá, também, canalizar recursos para garantir investimentos em programas estruturantes contemplados pela END – Estratégia Nacional de Defesa, na integração física entre países da América do Sul e, não menos importante, deverá liberar recursos fiscais para reduzir a dívida pública, para aperfeiçoar e o fortalecer os

programas sociais que visam eliminar a miséria e reduzir a pobreza, bem como para o Brasil se consolidar como um país de classe média. Em termos operacionais: o capital social da Fundebras deverá ser integralizado com os imóveis do governo em todo o território nacional e com as participações do Tesouro Nacional no BNDES, no BB, na CEF, na Petrobras, na Eletrobras, na Infraero, no BNB, no Basa, no IRB, etc. A integralização deverá ser gradativa segundo as necessidades de recursos de projetos estratégicos, e sem prejuízo das privatizações. Os ativos privatizados poderão ser substituídos pelos recursos resultantes das alienações. O Fundebras repassará integralmente ao Tesouro Nacional os dividendos auferidos pelas suas participações. Deverá atuar, sempre que possível, em parceria com bancos oficiais e privados, fundos de aposentadoria complementar, investidores institucionais, bancos de investimentos, empresas estatais e/ou empresas privadas, nacionais e/ou estrangeiras. Poderá, também, constituir parcerias com governos estaduais. Em suma: enquanto a captação de recursos pelo Tesouro Nacional envolve a emissão de títulos que aumentam a dívida pública e geram encargos financeiros do governo com juros e amortizações, resultando, por conseguinte, redução da capacidade de investimentos do setor público. Ao contrário, a captação de recursos pelo Fundebras através da emissão de títulos mobiliários (debêntures, ações resgatáveis, bônus, etc.) no mercado de capitais (fundos de pensões, bancos de investimentos, investidores institucionais, etc.) e da obtenção de empréstimos de longo prazo nos bancos oficiais (BNDES, BB, CEF, etc.), nas agências multilaterais de crédito (BID, Bird, KFW, etc.) e, até mesmo, em instituições financeiras privadas, nacionais e estrangeiras, não envolvem qualquer endividamento para o setor público. Finalmente, é da maior importância deixar claro que o Fundebras será acionado somente quando for imprescindível sua atuação para viabilizar prioridades fundamentais e que esta nova empresa deverá ser extinta pós implementação do novo ciclo de investimentos. *Doutor pelo IE-UFRJ

Medida Provisória do Agronegócio ALEXANDRE ABREU * Foi publicado no dia 2 de outubro de 2019 a Medida Provisória nº 897/2019. Batizada de “Medida Provisória do Agronegócio”, a nova MP traz uma série de medidas voltadas para o Agro, especialmente novos mecanismos que permitirão aos produtores rurais angariar crédito de forma facilitada sobre a propriedade rural por prever novas formas de garantias a empréstimos realizados. Dentre as novidades trazidas pela Medida Provisória, a possibilidade de criação do chamado Fundo de Aval Fraterno (FAF), cujo objetivo é ampliar o acesso ao crédito rural e servir como uma forma de garantia subsidiária aos empréstimos feitos aos produtores rurais, é de interesse de todo o setor. Na hipótese de ser criado, o FAF deverá ser composto com a participação de dois a dez produtores em forma de associação, com a instituição financeira credora e a

instituição garantidora, se houver. A Medida Provisória também permitirá ao proprietário de um imóvel rural utilizar frações da propriedade como garantias para créditos junto às instituições financeiras. Atualmente, somente a propriedade como um todo pode ser cedida como garantia, o que representava um grande problema aos produtores. Há de se ressaltar que há ressalvas nesta possibilidade tendo em vista que em algumas situações não será possível ceder apenas uma fração da propriedade como garantia, como na hipótese de o imóvel já ser gravado por hipoteca ou por alienação fiduciária ou se for bem de família. Como consequência da cessão parcial da propriedade como garantia, os proprietários de imóveis rurais emitirão a Cédula Imobiliária Rural (CIR), que

poderá ser negociada no mercado de títulos e valores mobiliários. Outra novidade é que a Cédula do Produto Rural (CPR) e os títulos do agronegócio poderão ser emitidos de formas mais flexíveis podendo contar com cláusula prevendo que eles sejam referenciados em outras moedas que não o real, como exemplo o dólar. É certo que a Medida Provisória foi elaborada visando ser um importante aliado do produtor rural para que este consiga realizar investimentos em seu empreendimento, de modo a auxiliar no crescimento do setor por meio de maior facilidade de acesso ao crédito rural mas também será por responsável por garantir maior segurança jurídica nas relações comerciais do agronegócio. *Advogado da área Ambiental e Minerário do Lacerda, Diniz, Sena Advogados

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Agir enquanto ainda é possível Nos ensinam os mais experientes que uma caixa d`água não será mantida cheia se o calibre do cano de entrada for menor que o do cano de saída. Elementar para a maioria, mas certamente não para os gestores públicos que nas últimas décadas, talvez desde a redemocratização, fizeram justamente o contrário, no que diz respeito ao dinheiro público. Gastaram à vontade, criaram obrigações que não poderiam sustentar por muito tempo e, para completar, pouca atenção deram os ingressos. Hoje constatam que o dinheiro acabou, a rigor já não basta nem mesmo para as despesas essenciais e, com uma firmeza que parece ser estudada, proclamam, quase sem exceção, que o reequilíbrio fiscal é o primeiro de seus compromissos. Conversa. Os maus hábitos prosseguem, os gestores públicos, políticos ou não, um universo em que as exceções são a cada dia que passa mais raras, devem partir do princípio de que o dinheiro público não tem dono e até há pouco aparentemente acreditavam que também não tinha fim. Prometem disciplina, prometem – e como gostam Os maus hábitos de fazer isto! – prosseguem, os “cortar na própria gestores públicos, carne”, mas, políticos ou não, diante do tamanho um universo em do problema, estão no máximo que as exceções contornando o são a cada problema. No dia que passa Estado do Rio de mais raras, Janeiro, quebrado, devem partir do as aposentadorias na Assembleia princípio de que o Legislativa dinheiro público podem chegar, não tem dono fácil, aos R$ 30 e até há pouco mil. Em Brasília aparentemente a Presidência da República acreditavam acaba de mandar que também não renovar sua frota tinha fim de automóveis de luxo, aqueles destinados às excelências, as mesmas que continuam voando nos jatos oficiais e consideram esse comportamento absolutamente natural. Não é diferente nos estados, não é diferente nas prefeituras, até mesmo aquelas que não têm renda própria e vivem de repasses federais e estaduais, quase sempre consumidos apenas para sustentar a burocracia local. Falta disposição, coragem talvez, para acabar com tamanha falta de bom senso, de responsabilidade. Para ficar no último exemplo, municípios foram criados apenas para abrir vagas para prefeitos, vereadores, secretários e afilhados. Essa brincadeira, no todo, custa ao País, aos contribuintes, pelo menos R$ 10 bilhões por ano. Mas o dinheiro acabou, é preciso lembrar. Diante da realidade, os ajustes e as reformas anunciadas e prometidas serão no máximo uma maneira de jogar o problema para frente, como vem sendo feito e sem que sequer nos aproximemos das soluções. Por exemplo, fundir municípios que não se sustentam de pé, simplificar, racionalizar, pôr fim aos desperdícios. Ou, mais radicalmente, dar fim ao sequestro do orçamento público, promovido e mantido por corporações que permanecem inabaladas, intocáveis que ainda são. Ou agimos, rápido, ou nos afogamos todos.


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OPINIÃO

Os controversos e suas controvérsias JOÃO ALFREDO LOPES NYEGRAY * DIVULGAÇÃO

O ano de 2019 tem sido, sem dúvida, muito fértil para os noticiários políticos internacionais. No Reino Unido, o Primeiro-Ministro Boris Johnson está sendo acusado de mentir para a Rainha Elizabeth II, a monarca mais longeva da história britânica, para conseguir prorrogar a suspensão do Parlamento. A ideia de Johnson era de, ao estender as férias parlamentares, conseguir aprovar a saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo claro e sem debates na Câmara dos Lordes e na Câmara dos Comuns. Seria, na prática, um hard Brexit. Dentre as várias pedras no sapato do premiê está a questão da fronteira entre as Irlandas. Na ilha de mesmo nome coexistem a República da Irlanda, independente e membro da União Europeia, e a Irlanda do Norte – parte do Reino Unido. A fronteira entre ambas as Irlandas têm aproximadamente 500 quilômetros, que até então não eram fiscalizados por funcionários aduaneiros ou alfandegários. Com o Brexit, se tornaria necessária não apenas uma fronteira administrativa, mas também a fiscalização de pessoas, automóveis e mercadorias. A medida de Boris Johnson, de recomendar à rainha a suspensão do parlamento foi vista como um “ultraje constitucional”, e como uma forma de amordaçar os parlamentares contrários à saída da União Europeia sem um acordo. Recentemente, uma corte escocesa classificou a medida do primeiro-ministro de ilegal e o acusou de mentir à rainha para se livrar de discussões com os questionadores do Brexit. Agora, Johnson está sendo visto como um líder totalitário e antidemocrático. Do outro lado do oceano, Donald Trump também tem movimentado os noticiários. Primeiro, com a guerra comercial contra os chineses, que sacudiu as bolsas de valores e as economias de todo o mundo. Produtos chineses passaram a pagar mais tarifas ao entrar nos EUA, da mesma forma que produtos estadunidenses tiveram sobretaxas para entrar na China. Para países como o Brasil, que exportam em grande quantidade para China e Estados Unidos, esses entraves são muito preocupantes, pois podem afetar diretamente nossa balança comercial. Recentemente, no entanto, Trump indicou um recuo ao cogitar um acordo comercial preliminar com o país asiático. Por fim – mas não por último – a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a abertura de uma investigação contra Trump, o que poderia desembocar num processo de impeachment. Por mais que um impeachment de Trump dificilmente seja aprovado em um senado de maioria republicana, o desgaste é inevitável – ainda mais há cerca de um ano das eleições presidenciais americanas. Finalmente, no Brasil, as coisas não andam menos movimentadas. Depois das trocas de farpas entre Bolsonaro e o presidente

Na Argentina, maior parceiro comercial do Brasil no Mercosul, o candidato à presidência que tem liderado as pesquisas eleitorais, Alberto Fernández (cuja chapa conta com Cristina Kirschner como candidata à vice-presidência) já demonstrou intenção em rever o acordo Mercosul-UE. francês Emanuel Macron, os franceses ameaçam boicotar o acordo comercial Mercosul-União Europeia. Como se não bastasse, as queimadas na Amazônia continuam a reverberar mal no continente europeu, ferrenho crítico das políticas ambientais de Bolsonaro. Também por conta da questão ambiental, muitos consumidores europeus têm ameaçado boicotar produtos brasileiros. Em paralelo, o filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, afirmou que “por vias democráticas” o Brasil não terá as mudanças das quais precisa, o que foi visto como uma fala

tra despreocupação não só em relação às questões de mudança climática em si, mas também a toda pauta ambiental. Assim, pode-se afirmar que a atuação de Araújo está muito longe de ser o que o Brasil precisa nesse momento. Com a economia patinando, o comércio internacional poderia ser a saída para um maior crescimento do país. Para isso, a atuação do Itamaraty deveria estar direcionada à abertura comercial, à busca de acordos de comércio e à participação ativa em importantes eventos comerciais internacionais. O que tem ocorrido, no entanto, é

*Doutorando em estratégia, mestre em internacionalização. Advogado, formado em Relações Internacionais e especialista em Negócios Internacionais. Professor de Relações Internacionais, Comércio Exterior, Administração e Economia na Universidade Positivo

Reforma tributária: principais propostas JUCILÉIA LIMA *

Considerada urgente pelo governo e pelo setor produtivo, a reforma tributária discutida no Congresso Nacional, embora não reduza a carga tributária, em linhas gerais, propõe simplificar o sistema tributário por meio da unificação de vários tributos. Hoje existem pelo menos três propostas de reforma tributária. Uma na Câmara, a segunda no Senado e uma terceira a ser apresentada pelo governo federal, sendo que todas são bastante diferentes. Na Câmara dos Deputados tramita a PEC 45/2019, que é de autoria do Deputado Baleia Rossi- MDB/SP e tem como referência um estudo realizado pelo economista Bernard Appy do Centro de Cidadania Fiscal – CCIF propõe unificar 5 tributos (IPI, PIS, Cofins - federais, ICMS - estadual e ISS - municipal) com a criação do Imposto sobre bens e serviços - IBS. O IBS segue as características do IVA: tem base de incidência ampla - o consumo seja de bens ou serviços, não cumulativo, cobrado no destino e com alíquota uniforme. Porém, os Estados teriam autonomia para fixar as suas próprias alíquotas. Daí a alíquota do IBS seria a soma da alíquota federal, estadual e municipal, ou seja, se, por exemplo, a alíquota federal do IBS for de 6%, a alíquota do estado de São Paulo for 12% e a alíquota de Campinas for 2%, as vendas realizadas em Campinas sofrerão a incidência do IBS à alíquota de 20%. A proposta que tramita na Câmara ainda

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avalia a instituição de um tributo seletivo para incidir sobre bens e serviços específicos cujo consumo se pretenda desincentivar, por exemplo: o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas. A proposta já passou pela análise da CCJ e agora tramita em uma comissão especial formada por deputados. Se aprovada na comissão especial, a proposta segue ao plenário da Câmara, onde precisará passar por dois turnos de votação. Depois, vai ao Senado. No Senado Federal tramita a PEC 110/2019 propondo a extinção de 9 tributos (IPI, IOF, PIS, Cofins, Pasep, salário-educação e a Cide - todos federais, ICMS - estadual e ISS - municipal) a serem substituídos por um Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS). Além destes tributos, a proposta que tramita no Senado altera: - CSLL, tributo pago por toda pessoa jurídica e seria incorporada pelo Imposto de Renda, portanto este último teria suas alíquotas ampliadas; - ITCMD, tributo pago na transmissão de qualquer bem por morte ou doação, que hoje é de competência dos Estados e do Distrito Federal passariam a ser de competência federal, mas com receita destinada aos Municípios; - IPVA, imposto sobre a propriedade de veículos automotores, passando a atingir aeronaves e embarcações e excluindo veículos comerciais destinados à pesca e ao transporte público de passageiros e cargas

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“à la Boris Johnson querendo suspender o parlamento”. Na Argentina, maior parceiro comercial do Brasil no Mercosul, o candidato à presidência que tem liderado as pesquisas eleitorais, Alberto Fernández (cuja chapa conta com Cristina Kirschner como candidata à vice-presidência) já demonstrou intenção em rever o acordo Mercosul-UE. Enquanto tudo isso acontece (e ao mesmo tempo, diga-se de passagem), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirma em Washington que a mudança climática é uma conspiração marxista, o que demons-

o oposto: discussões desnecessárias e afirmações descabidas. Como todos sabem, na era da informação, o consumidor tornou-se um novo poder. Caso os europeus, por razões ambientais, decidam boicotar os produtos brasileiros, o prejuízo para nossa indústria e para nossa economia seria imenso. Enquanto Boris Johnson e Donald Trump enfrentam sérios problemas em seus países – cada qual a sua maneira – muitos dos problemas que o Brasil tem enfrentado foram criados justamente por aqueles que deveriam estar nos guiando rumo a um futuro mais próspero: nossos governantes. A atual interconectividade global, proporcionada pela globalização de mercados, faz com que postagens e tweets tenham um peso imenso na imagem do país. Enquanto outros líderes enfrentam problemas, o Brasil perde a chance de aumentar seu protagonismo no mundo e a economia permanece sem crescer. Bem, seja lá o que o futuro nos reserve, se um Brexit sem acordo em outubro, Donald Trump reeleito ou não em 2020 e o acordo Mercosul-EU revisto, nos negócios internacionais e nas relações internacionais pode-se morrer de qualquer coisa. Menos de tédio.

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pessoais com maior capacidade contributiva. O texto inicial é de autoria do ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly, tendo sofrido alterações, é apoiada por um grupo de senadores e tem como relator o senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Hoje, a proposta encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O texto da proposta já foi aprovado em uma comissão especial da Câmara no ano passado, mas ainda não foi votado no plenário da Câmara. Se aprovado, segue ao plenário do Senado, onde precisa ser aprovada em dois turnos e depois retorna à Câmara. Por sua vez, o debate, em breve, pode ficar mais acalorado, já que se aguarda a apresentação da proposta de reforma da equipe do governo federal que, por vezes, já manifestou notório interesse na instituição de um tributo nos moldes da extinta CPMF como forma de compensar uma possível perda de arrecadação decorrente da eventual desoneração da folha de pagamentos. Por fim, é importante lembrar que existem outras propostas de reforma tributária como as apresentadas pelos Estados e Institutos. Contudo, os textos que tramitam pela Câmara e Senado são considerados os principais. * Doutora e Mestre em Direito Tributário e Financeiro, professora de Direito Tributário na Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas/SP

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Construímos sonhos que transformam o mundo. Para essa e as próximas gerações. Pensar nas próximas gerações nos inspira a construir um mundo melhor hoje. Para isso, vamos além dos metros quadrados dos nossos condomínios: cuidamos da vizinhança, promovemos a convivência, buscamos a sustentabilidade. Acreditamos que um novo lar tem o poder de mudar a vida das pessoas. E que, de pessoa em pessoa, podemos transformar o mundo.


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019

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ECONOMIA CHARLES SILVA DUARTE - ARQUIVO DC

SETOR AUTOMOTIVO

Vendas de veículos avançam 16,97% no Estado em setembro Foram emplacadas 61,5 mil unidades em Minas JULIANA SIQUEIRA

As vendas de veículos cresceram 16,97% em Minas Gerais e 17,32% em Belo Horizonte em setembro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Ao todo, 61.569 veículos foram comercializados em setembro de 2019 no Estado contra 52.637 no mesmo mês de 2018. Quando se compara com agosto também houve incremento. A expansão foi de 3,82% em Minas Gerais e de 7,11% em Belo Horizonte. A maior alta no Estado foi registrada nas vendas dos caminhões, que apresentaram crescimento de 57,20%, em setembro de 2019 em relação a igual período de 2018. Ao todo, 1.157 unidades foram comercializadas no mês passado. Em Belo Horizonte, por sua vez, a maior alta foi nas vendas de ônibus, que tiveram incremento de 193,10%, com 85 unidades vendidas. Em seguida, as motos foram as que mais se destacaram em Minas Gerais, registrando alta nas vendas de 23,79% e 7.784 unidades vendidas. O segundo

lugar em Belo Horizonte, por sua vez, ficou para a categoria “outros” (que não se encaixam em automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários), com 78,18% e 98 unidades comercializadas. Automóveis - Em todo o Estado, os automóveis registraram alta de 14,98% na comparação entre setembro deste ano com o mesmo período de 2018, com 43.561 vendas. A alta dos comerciais leves foi de 18,21% e 7.265 unidades comercializadas. Já os ônibus tiveram incremento de 17,04%, com 261 unidades vendidas, enquanto os implementos rodoviários apresentaram crescimento de 22,15%, com 364 unidades, e a categoria “outros” 10,93%, com 1.177 vendas. Já em Belo Horizonte, em igual comparação, os automóveis registraram incremento de 15,35%, o que representa 35.978 unidades comercializadas em setembro deste ano. Os comerciais leves, por sua vez, apresentaram aumento de 29,40% e 4.872 vendas. Os caminhões cresceram 63,64%, com 180 unidades, enquanto as motos tiveram alta de 18,81% e 1.434 vendas e os

implementos rodoviários de 57,14% e 22 unidades comercializadas. Acumulado do ano - No acumulado do ano até setembro, a maior alta em Minas Gerais foi dos implementos rodoviários, com 93,59% e 3.833 unidades vendidas neste ano. Em seguida, estão os caminhões, com incremento de 49,12% e 8.834 vendas. Os automóveis registraram incremento de 29,16% e 372.688 unidades comercializadas. Os comerciais leves, por sua vez, 16,67% e 57.208 unidades. Os ônibus apresentaram alta de 23,85% e 2.441 vendas. Já o incremento das motos foi de 11,65%e 68.552 unidades. A categoria “outros” cresceu 1,52%, com 9.593 vendas. Em Belo Horizonte, a maior alta no acumulado do ano foi registrada nos ônibus, com incremento de 161,31% e 716 unidades comercializadas em 2019. Em seguida vêm os caminhões, com 66,83% e 1.368 unidades vendidas. Os automóveis tiveram crescimento de 37,17% e 306.455 vendas. Já os comerciais leves apresentaram incremento de 27,90% e 35.387 unidades comercializadas. Motos cresceram

Emplacamentos de caminhões em Minas aumentaram 57,2% em setembro, segundo a Fenabrave

22,44%, com 12.183 vendas, implementos rodoviários 4,91% com 171 unidades vendidas e a categoria outros aumentou 16,84%, com 680 comercializações. Razões e expectativas Para o gerente comercial da concessionária Pisa Ford, Antônio Longuinho, “esse crescimento se deu em função de as pessoas estarem acreditando mais em um País melhor”. De acordo com o profissional, há um otimismo maior em relação à economia, o que está estimulando o consumo. “As expectativas são ainda melhores para os próximos meses”, relata. O gerente de vendas corporativas e varejo da Nova Catalão, concessionária Volkswagen, Dione Silva, credita o aumento das vendas também à Selic em baixa. “Há mais confiança no mercado, tanto por parte dos investidores, quanto dos consumidores”, salienta ele.

INADIMPLÊNCIA

Aumenta o número de famílias endividadas Brasília e Rio - O número de famílias com dívidas em atraso aumentou em setembro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual de pessoas com dívidas no País, em atraso ou não, ficou em 65,1%, acima dos 64,8% do mês de agosto e dos 60,7% de setembro do ano passado. Já os inadimplentes, ou seja, aqueles que têm dívidas ou contas em atraso, somaram 24,5% em setembro, taxa superior aos 24,3% de agosto e aos 23,8% de setembro de 2018. As famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas chegaram a 9,6%, acima dos 9,5% de agosto, mas abaixo dos 9,9% de setembro de 2018. Entre as modalidades de dívidas das famílias brasileiras, o cartão de crédito ocupa o primeiro lugar, sendo apontado por 79,5% das famílias endividadas, seguido por carnês, 15,5%, e financiamento de carro, 9,7%. O tempo médio de comprometimento com as dívidas ficou em 6,9 meses. Já a parcela da renda comprometida com dívidas ficou na média de 29,8%. Desemprego - Depois de dois aumentos consecutivos, o Índice de Medo do Desemprego caiu 1,1 ponto em relação a junho e ficou em 58,2 pontos em setembro. Com isso, o indicador

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

Tempo médio de comprometimento com as dívidas ficou em 6,9 meses, informa a CNC

está 7,5 pontos abaixo do registrado em setembro do ano passado. Mesmo assim, continua acima da média histórica, que é de 50,1 pontos. As informações são de pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto mais alto o índice, maior é o medo do desemprego. A maior queda no medo do desemprego foi verificada entre as pessoas com menor escolaridade e renda. Entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental, o indicador caiu 5,4 pontos e saiu de 65,1 pontos em junho para

59,7 em setembro. Entre os que recebem até um salário mínimo, o medo do desemprego recuou 4 pontos, passando de 72,8 em junho para 68,8 em setembro. O medo do desemprego é maior entre os moradores da região Nordeste, onde alcançou 69,7 pontos – a região foi a única a registrar aumento do medo do desemprego em setembro. O medo é menor no Sul, onde o indicador ficou em 47,7 pontos. No Sudeste, foi de 58,5 pontos e, no Norte/Centro-Oeste, de 49,3 pontos.

com a vida. O índice de satisfação com a vida alcançou 69 pontos em setembro, 1,6 ponto acima do de junho. O indicador, que é 3,1 pontos superior ao de setembro do ano passado, também está abaixo da média histórica de 69,6 pontos. A satisfação com a vida aumentou em todas as regiões do País. A satisfação com a vida é maior no Sul, onde alcançou 71 pontos. No Nordeste ficou em 68,1 pontos, no Sudeste foi de 68,8 pontos e, no Norte/Centro-Oeste, de 68,6 pontos. Esta edição da pesquisa trimestral ouviu 2 mil Satisfação - A pesquisa pessoas em 126 municípios também mostra o grau de entre os dias 19 e 22 de satisfação dos brasileiros setembro. (ABr)

Emplacamentos no Brasil crescem 11,4% São Paulo - As vendas de veículos tiveram alta de 11,4%, de janeiro a setembro de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, foram emplacados 2.952.485 veículos no período. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No mês de setembro, 336.991 veículos novos foram comercializados, o que representa 12,48% de crescimento sobre o volume registrado no mesmo período de 2018, quando foram vendidos 299.605 veículos. Entretanto, na comparação com as 347.084 unidades registradas em agosto deste ano, houve leve queda, de 2,91%. Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o mercado, ao final do terceiro trimestre, apresentou comportamento positivo, compatível com as expectativas da entidade. “O mercado continua estável, mas ainda em clima de espera, principalmente, por conta da realização das reformas necessárias, como notamos nos últimos meses. A leve retração, observada no mês de setembro, foi consequência de um dia útil a menos de vendas (21 dias em setembro, contra 22 dias úteis em agosto). Assim, ao consideramos o desempenho do mercado, em dias úteis, as vendas cresceram 1,9%”. Os segmentos de automóveis e de comerciais leves, no acumulado dos nove primeiros meses, apresentaram crescimento de 8,75%, totalizando 1.935.013 unidades. Apenas em setembro, estes segmentos apontaram alta de 9,07%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Contudo, na comparação com agosto, houve leve retração, de 3,24%. Outros segmentos - As vendas de caminhões, no acumulado de janeiro a setembro, mantiveram o ritmo de recuperação observado ao longo do ano, alcançando 74.747 unidades, o que representa 40,65% acima do volume registrado no mesmo período de 2018. “Para os modelos pesados e extrapesados, é o agronegócio que está puxando para cima, as vendas. Contudo, já começamos a observar uma retomada das atividades da indústria de papel e celulose e da construção civil, além do aumento de frotas próprias, de algumas empresas, e da renovação de frota das transportadoras”, comentou o vice-presidente da Fenabrave para o segmento de caminhões, ônibus e implementos rodoviários, Sérgio Zonta. Em setembro, foram vendidos 9,3 mil caminhões, 38,76% de crescimento sobre igual mês do ano passado. Na comparação com agosto, a retração foi de quase 3%, por conta de menos dias úteis para emplacamento, em setembro. As vendas de implementos rodoviários de janeiro a setembro seguiram o mesmo compasso de caminhões, somando 47.725 unidades, mais de 50% acima das vendas de iguais meses de 2018. No mês de setembro, este mercado alcançou 5.215 unidades emplacadas, crescimento de 42,6% sobre o mesmo período do ano anterior, mas, 9,15% de retração, ante agosto. O segmento de ônibus segue em alta no ano, quase 47% no acumulado dos nove primeiros meses, totalizando 19.830 unidades emplacadas. Os emplacamentos de setembro alcançaram 2.323 unidades, avanço de 20% sobre o mesmo mês de 2018, mas 14,25% abaixo do volume de agosto, por conta da sazonalidade das compras. O segmento de motocicletas apontou avanço de 14,43% no acumulado até setembro, com 796.615 unidades emplacadas. Em setembro, foram emplacadas 87.744 motocicletas, 18,45% de alta sobre o mesmo mês do ano passado, mas retração de 1%, ante agosto, em função de um dia útil a menos. As vendas de tratores e máquinas agrícolas, no varejo, de janeiro a agosto, somaram 28.128 unidades, queda de 9% ante o acumulado dos oito meses de 2018. As vendas de setembro ficaram 15,4% abaixo do volume de setembro do ano passado, totalizando 4.297 unidades. Na comparação com agosto, este volume foi 15,5% superior. (ABr)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019

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ECONOMIA SUPERMERCADOS

CONJUNTURA

Vendas cresceram 7,8% em Minas

FGTS anima comércio, mas não impacta Setor registra incremento de 3,07% no acumulado do ano até agosto, aponta a Amis setor de serviços CHARLES DUARTE SILVA - ARQUIVO DC

JULIANA SIQUEIRA

As vendas dos supermercados no Estado apresentaram alta de 7,8% em agosto em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso é o que mostra o Termômetro de Vendas, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (Amis) divulgado ontem. Os dados revelam ainda que o crescimento pode ser visto também quando se compara agosto com julho, apontando um incremento de 5,61%. Os números estão deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o superintendente da Amis, Antônio Claret, há várias questões que envolvem os números positivos. Primeiramente, agosto deste ano teve mais sábados do que o mesmo mês de 2018, sendo cinco contra quatro. O mesmo cenário é verificado quando se compara agosto com julho de 2019. Além disso, a região Central foi a que apresentou o maior crescimento nas vendas, de 7,36%, justamente a que havia registrado a maior queda em julho, motivada pelo período de

Entre os fatores que impulsionaram as vendas está a melhora na geração de empregos e na confiança do consumidor

férias. “Nessa época, muitas pessoas acabam saindo temporariamente do Estado”, lembra Claret. O profissional pontua, ainda, que há também a recuperação do emprego, e que a confiança do consumidor vem melhorando. O superintendente da Amis acrescenta que à medida que as reformas

avançam, as boas expectativas se tornam mais acentuadas. Acumulado - No acumulado do ano, de janeiro a agosto, também houve crescimento no setor. Os dados mostram que o aumento foi de 3,07%. Trata-se do melhor resultado de 2019 nesse comparativo, que, pela primeira vez, con-

seguiu ultrapassar os 3%. Além disso, desde o último mês de março, as vendas não registravam um desempenho maior do que 1%, segundo as pesquisas da Amis. Perspectivas - “O segmento está caminhando”, frisa Claret. De acordo com o profissional, há a possibi-

lidade de que o índice que mede o acumulado do ano registre 4% de incremento em dezembro. As perspectivas são também de que 2019 registre 70 novas lojas abertas em relação a 2018 quando 7.242 unidades do segmento estavam em funcionamento - gerando 7.300 novos empregos.

ESTATAIS

Governo levantou R$ 96,2 bi com privatizações Brasília - Até setembro, o governo federal levantou R$ 96,2 bilhões (US$ 23,5 bilhões) com desestatizações nas mais diversas modalidades. O valor foi divulgado ontem pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar. O valor indica que as operações foram concluídas. O dinheiro ainda está entrando no caixa do governo. Segundo Mattar, o governo cumpriu a meta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de levantar US$ 20 bilhões em desestatizações neste ano. O número foi anunciado por Guedes no Fórum Mundial Econômico em Davos, na Suíça, em janeiro. A maior parte do montante vem de privatizações e desinvestimentos, com R$ 78,6 bilhões. Nessa modalidade, a União se desfaz definitivamente das empresas (ou de participações em empresas), e o dinheiro entra na conta financeira do Orçamento para abater a dívida pública. Mattar confirmou que Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal não estão no radar do governo para serem privatizadas. As concessões, nas quais o governo repassa a administração de empresas e empreendimentos à iniciativa por um período, somou R$ 5,7 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Nas concessões, o governo pode renovar a concessão ou pegar os ativos de volta no fim do contrato. O Ministério da Economia incluiu as vendas de ativos naturais, como campos de petróleo, na

conta. Segundo a pasta, o valor levantado com essas operações somou R$ 11,9 bilhões. Ao todo, foram vendidos cinco campos (Enchova e Pampo, Baúna, Maromba, Tartaruga Verde e os campos no Pólo Macau). As privatizações e os desinvestimentos englobam cinco subsidiárias da Petrobras (Belém Bioenergia, BR Distribuidora, refinaria de Pasadena, distribuidoras no Paraguai e TAG). A conta inclui a venda de três distribuidoras da Eletrobras ocorridas no fim de 2018, mas cujos recursos entraram no caixa em 2019 (Amazonas Energia, Companhia Energética de Alagoas e Uirapuru Transmissora). O levantamento inclui a venda da participação da União, da Caixa e do Banco do Brasil (BB) no IRB (antigo Instituto de Resseguros do Brasil). Além disso, inclui as vendas de ações da Caixa na Petrobras, as vendas de participações do BB na Neoenergia e na Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação. Por fim, as privatizações e os desinvestimentos incluem a venda de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) em seis empresas públicas e privadas. Em relação às concessões, o levantamento destaca o leilão de 12 aeroportos (seis na região Nordeste, dois no Sudeste e quatro no Centro-Oeste), além da venda de dois terminais do Porto de Santos (SP), um terminal no Porto de Paranaguá (PR), da concessão da Ferrovia Norte–Sul e de terminais de portos no Pará.

AMANDA PEROBELLI - REUTERS

Salim Mattar apresentou ontem um balanço das privatizações realizadas pelo governo federal

Embraer espera concluir acordo em 2020 São Paulo - A Embraer afirmou ontem que a companhia e a norte-americana Boeing continuam a trabalhar de forma diligente e cooperativa para consumar a parceria estratégica entre as duas empresas no menor prazo possível, estimando a conclusão da operação para o começo de 2020. O acordo com a Boeing prevê uma joint venture composta pelas operações de aeronaves comerciais e serviços relacionados a este

segmento da Embraer, no qual a norte-americana deterá 80% da nova empresa, denominada Boeing Brasil – Commercial, enquanto a Embraer terá os 20% restantes. De acordo com fato relevante, a Embraer implementará a segregação interna do negócio de aviação comercial da companhia a partir do final deste exercício social. “As partes já obtiveram as autorizações aplicáveis das autoridades concor-

Desetatização - Mattar citou as 17 estatais que estão no Programa Nacional de Desestatização (PND), cujos estudos para privatização estão abertos. Desse total, oito haviam sido incluídas no programa em governos anteriores e oito foram acres-

centadas em agosto. Entre as empresas no PND, estão Eletrobras, Correios e Casa da Moeda. Segundo o Ministério da Economia, a privatização da Casa da Moeda e dos Correios exigirá proposta de emenda à Constituição

renciais em algumas jurisdições e a consumação da operação continua sujeita à aprovação por autoridades concorrenciais em outras jurisdições aplicáveis; e à satisfação de outras condições usuais em operações desta natureza.” De acordo com a Embraer, até que tais aprovações sejam obtidas e as demais condições sejam satisfeitas, “não há garantias quanto à consumação da Operação ou ao prazo para sua conclusão”. (Reuters) (PEC). A venda da Eletrobras exigirá projeto de lei. “Precisamos reduzir este Estado gigantesco, obeso, lento, burocrático e oneroso para os pagadores de impostos que interfere na vida do cidadão e do empresário”, disse Mattar. (ABr)

Os empresários do comércio, sobretudo dos setores de móveis e eletrodomésticos e hiper e supermercados, estão animados com a injeção extra de dinheiro na economia, a partir da liberação do FGTS e do pagamento do PIS/Pasep. É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O estudo, coordenado pelos economistas Viviane Seda e Rodolpho Tobler, analisou ainda a expectativa do setor de serviços e de consumidores. Segundo o levantamento, 45,5% das empresas do comércio esperam aumento no volume de vendas – percentual superior aos 12,6% do setor de serviços. Em relação à magnitude do impacto, é consenso entre os empresários que a demanda não aumentará consideravelmente: para mais da metade, o impulso será moderado. “Entre os empresários do setor de serviços o ânimo é menor, apesar dos segmentos de manutenção e reparação, turismo e serviços prestados às famílias terem se destacado. Mesmo com a decisão do governo de liberar um valor mais baixo do que o inicialmente era esperado (R$ 500 por conta no FGTS), os consumidores poderão utilizar o recurso extra para consumir algo que não estava no planejamento ou para antecipar algum tipo de consumo, como uma viagem, alimentação fora de casa, etc”, analisou Tobler. Já a venda de móveis e eletrodomésticos pode ganhar impulso. O economista acredita que “o segmento se beneficia das vendas a prazo, dado que a concessão de crédito para pessoa física tem mostrado resultados positivos nos últimos meses”. Decisão - Entre os consumidores, 52,3% dos que têm direito aos recursos devem sacar o dinheiro. A principal destinação será para o pagamento de dívidas (36,3%), seguida pelo consumo (32,3%) e aplicação em poupança (27,2%). Em 2017, em estudo semelhante do FGV IBRE, 27,8% dos entrevistados informaram que usariam a renda extra para consumir. De acordo com o pesquisador, o cenário atual ajudou a ampliar o percentual. “Em 2019, as condições financeiras das famílias parecem melhores (ou menos piores) que em 2017. Isso contribui para o aumento da parcela de brasileiros indicando consumo. Outro ponto que pode ter contribuído é o limite do saque em até R$ 500 por conta, diminuindo a proporção dos que estão dispostos a poupar”, explicou. Baixa renda - Mas o estudo mostra que para a maioria (71,9%) das famílias de baixa renda – que ganham até R$ 2.100 – o destino do dinheiro é um só: quitar as dívidas. “Apesar da melhor condição financeira em 2019, em relação a 2017, o orçamento das famílias, principalmente de rendas mais baixas, continua comprometido. Nesse caso, a prioridade é pagar dívidas. Mas isso acaba abrindo espaço no orçamento para novos tipos de consumo, mesmo que em um segundo momento”. (Da Redação)


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ECONOMIA DIVULGAĂ‡ĂƒO

MERCOSUL E UNIĂƒO EUROPEIA

Acordo pode render ao Estado diversiďŹ cação econĂ´mica Ampliar exportaçþes de itens artesanais ĂŠ uma das oportunidades MARA BIANCHETTI

Entre os benefĂ­cios que a efetivação do acordo entre o Mercosul e UniĂŁo Europeia poderĂĄ proporcionar a Minas Gerais a tĂŁo esperada diversificação econĂ´mica do Estado. O assunto, debatido e proposto hĂĄ dĂŠcadas em prol do desenvolvimento mineiro, volta Ă tona a partir das perspectivas de negĂłcios que poderĂŁo se consolidar com o tratado, assinado no fim de junho, apĂłs 20 anos de negociaçþes. Os dados constam de um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento EconĂ´mico e apresentado na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) para entidades, autoridades e empresĂĄrios durante o seminĂĄrio “Perspectivas para Minas Gerais com o Acordo de Associação Mercosul e UniĂŁo Europeiaâ€?. De acordo com o subsecretĂĄrio de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas, Juliano Alves Pinto, sĂŁo grandes e positivas as projeçþes a partir do acordo para o Brasil e especialmente para Minas Gerais, principalmente no que se refere ao aumento de produtividade e competitividade de alguns setores produtivos. “O Brasil tenta sair da pior crise econĂ´mica de sua histĂłria que tambĂŠm foi agravada pelo baixo nĂ­vel de abertura comercial internacional de 27%. Para se ter uma ideia, a mĂŠdia entre os paĂ­ses dos Brics ĂŠ de 56%. Por isso, a abertura comercial ĂŠ um caminho potencial para esta recuperação e precisa ser trabalhadaâ€?, avaliou. Ainda de maneira ampla sobre o PaĂ­s, Pinto destacou nĂŁo somente as exportaçþes de diversos setores produtivos que poderĂŁo ser beneficiadas com acordos do tipo, principalmente os de commodities. Mas tambĂŠm a renovação do parque fabril nacional, por vezes considerado obsoleto em algumas ĂĄreas. Especificamente sobre Minas Gerais, ele ressaltou que hĂĄ produtos estratĂŠgicos que

poderĂŁo se beneficiar com o acordo entre Mercosul e UniĂŁo Europeia, sobretudo os hoje considerados artesanais, como queijos, cachaças e mel, por exemplo. “A partir do acesso a um mercado sofisticado como o europeu, Minas poderĂĄ se beneficiar atĂŠ mesmo de seu patrimĂ´nio, produtos e gastronomia, que sĂŁo tĂŁo diferenciados. O Estado terĂĄ a oportunidade de exportar em larga escala produtos que hoje trabalha de maneira artesanal e jĂĄ ĂŠ reconhecido lĂĄ foraâ€?, explicou. AlĂŠm disso, para o subsecretĂĄrio, a possibilidade de aumentar a competitividade de setores que jĂĄ tradicionalmente possuem relaçþes exteriores tambĂŠm serĂĄ um fator determinante no fortalecimento da indĂşstria mineira. Ele citou como

exemplo o setor lĂĄcteo. Embora Minas seja o segundo produtor de leite do PaĂ­s, a indĂşstria ĂŠ muito pouco modernizada e acaba prejudicando a fabricação de seus derivados. “Encontramos aĂ­ uma grande oportunidade para Minas e para o Brasilâ€?, disse. Vale lembrar que o comĂŠrcio internacional entre Brasil e UniĂŁo Europeia ĂŠ intenso, com destaque para os produtos da agropecuĂĄria. Em 2018, o bloco foi destino de 18% das exportaçþes brasileiras e origem de 19,8% das importaçþes do PaĂ­s. No Ăşltimo ano, o fluxo comercial entre o Brasil e o bloco foi de aproximadamente US$ 77 bilhĂľes. No caso de Minas, em 2018 o fluxo comercial alcançou mais de US$ 7 bilhĂľes entre exportaçþes e importaçþes,

com um superĂĄvit na balança comercial de aproximadamente US$ 4 bilhĂľes. Em termos de intensidade comercial entre Minas Gerais e blocos econĂ´micos, o intercâmbio com a UniĂŁo Europeia ĂŠ trĂŞs vezes superior ao do Mercosul sob a Ăłtica das exportaçþes. A pauta de exportação de Minas Gerais para o bloco tem sua composição semelhante Ă observada na totalidade das exportaçþes mineiras para todo o mundo: cafĂŠ, minĂŠrio de ferro e seus produtos, ouro e derivados da soja. O presidente do Conselho Empresarial de Relaçþes Internacionais da ACMinas, Silvio NazarĂŠ, por sua vez, destacou a importância de discussĂľes acerca do tema. “Precisamos analisar, debater e projetar as pers-

Fluxo comercial alcançou mais de US$ 7 bilhþes em 2018

pectivas a partir do acordo, principalmente as que impactarĂŁo nosso Estado. Sabemos que terĂŁo ganhos para o bloco sul-americano e para o Brasil para alĂŠm da economia, pois trarĂĄ efeitos positivos em produtividade e competitividade, jĂĄ que as orientaçþes e padrĂľes internacionais sĂŁo fundamentais para este tipo de negociaçãoâ€?, disse. Em termos prĂĄticos, conforme NazarĂŠ, jĂĄ se vislumbram diversos cenĂĄrios atra-

vĂŠs do acordo. Ele lembrou que o instrumento inclui temas como facilitação de comĂŠrcio, quebra de barreiras tĂŠcnicas e alfandegĂĄrias e questĂľes relacionadas Ă propriedade intelectual e patentes. “Por isso, faz-se necessĂĄrio criar mecanismos para ultrapassar barreiras injustificadas e alavancar ainda mais as relaçþes comerciais entre os paĂ­ses. Este encontro jĂĄ ĂŠ uma contribuição para este processoâ€?, concluiu.

ODEBRECHT

BB pede anulação de plano de recuperação São Paulo - O Banco do Brasil solicitou à Justiça que anule o plano de recuperação judicial apresentado pela Odebrecht e obrigue o conglomerado baiano a apresentar uma nova oferta aos seus credores. Com a iniciativa, o BB Ê o segundo banco estatal de peso a se opor à proposta da empresa, um dos pivôs dos escândalos de corrupção da Operação Lava Jato. Na semana passada, a Caixa Econômica Federal jå havia manifestado seu descontentando com o processo, mas foi alÊm e chegou a pedir a extinção de toda a recuperação judicial. Outras quatro instituiçþes financeiras tambÊm apresentaram objeçþes ao plano nos últimos dias perante a 1ª Vara de Falências e Recuperaçþes Judiciais de São Paulo, solicitando a convocação imediata da assembleia de credores, embora sem pedir a anulação completa. São elas: os estatais Banrisul, do governo do Rio Grande do Sul; e Finep, liga-

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LEILĂƒO DE ALIENAĂ‡ĂƒO FIDUCIĂ RIA FERNANDO JOSE CERELLO G. PEREIRA, leiloeiro oficial inscrito na JUCESP n° 844, com escritĂłrio Ă Al. Santos, 787, 13° andar, Cj. 132. Jardim Paulista, SĂŁo Paulo/SP, devidamente autorizado pelo Credor FiduciĂĄrio ITAĂš UNIBANCO S/A, doravante designado VENDEDOR, inscrito no CNPJ sob n° 60.701.190/0001-04, com sede na Praça Alfredo Egydio de Souza Aranha n° 100, Torre Olavo SetĂşbal, na Cidade de SĂŁo Paulo/SP, nos termos do Instrumento Contrato n° 10125458605, datado de 08/03/2013, no qual figura como Fiduciante LINDIANE RIBEIRO FERREIRA, brasileira, autĂ´noma, solteira, maior, CI-MG 12.181.956 SSP/MG, CPF/MF nÂş 050.128.616-04, residente Ă Rua Major Lage, 160, Bairro Ouro Preto, Belo Horizonte/MG, levarĂĄ a PĂšBLICO LEILĂƒO de modo Presencial e On-line, nos termos da Lei n° 9.514/97, artigo 27 e parĂĄgrafos, no dia 15 de outubro de 2019, Ă s 15:00 horas, “presencialâ€? Ă Alameda Santos n° 787, 13° andar, Cj. 132 - Jardim Paulista em SĂŁo Paulo/SP e “on-lineâ€?, atravĂŠs do site: www.megaleiloes.com.br, em PRIMEIRO LEILĂƒO, com lance mĂ­nimo igual ou superior a R$ 401.734,87 (quatrocentos e um mil setecentos e trinta e quatro reais e oitenta e sete centavos), o imĂłvel abaixo descrito, com a propriedade consolidada em nome do credor FiduciĂĄrio, que assim se descreve: IMĂ“VEL DA MATRĂ?CULA N° 130.309 DO OFĂ?CIO DE REGISTRO DE IMĂ“VEIS DE CONTAGEM/MG: ImĂłvel Urbano, constituĂ­do pelo APARTAMENTO NÂş 101, do EDIFĂ?CIO RESIDENCIAL DOS CISNES I, situado na Alameda dos Cisnes, nÂş 383, com ĂĄrea total real de 87.1036016800m2, ĂĄrea privativa real de 46.5350m2, ĂĄrea real uso comum real de 20,2986016800m2, e sua respectiva fração ideal de 0,126188 do terreno constituĂ­do pelo lote nÂş 16, da quadra 19, do BAIRRO DO CABRAL, neste municĂ­pio, com ĂĄrea de 360,00m2, com frente medindo 12,00m, fundos medindo 12,00m para o lote 33, lado direito medindo 30,00m para o lote 17 e lado esquerdo medindo 30,00m para o lote 15, demais limites e confrontaçþes de acordo com a planta respectiva. A unidade tem direito a vaga de garagem de moto nÂş 08, descoberta livre. Ă?ndice Cadastral nÂş 88220267001. Ocupado. Desocupação por conta do adquirente, nos termos do art. 30 da lei 9.514/97. Caso nĂŁo haja licitante em primeiro leilĂŁo, fica desde jĂĄ designado o dia 29 de outubro de 2019, no mesmo horĂĄrio e local, para realização do SEGUNDO LEILĂƒO, com lance mĂ­nimo igual ou superior a R$ 201.454,01 (duzentos e um mil quatrocentos e cinquenta e quatro reais e um centavo). Os interessados em participar do leilĂŁo de modo on-line, deverĂŁo se cadastrar no site www.megaleiloes.com.br e se habilitar acessando a pĂĄgina deste leilĂŁo, clicando na opção HABILITE-SE, com antecedĂŞncia de atĂŠ 01 (uma) hora, antes do inĂ­cio do leilĂŁo presencial, nĂŁo sendo aceitas habilitaçþes apĂłs esse prazo. O envio de lances on-line se darĂĄ exclusivamente atravĂŠs do www.megaleiloes.com.br, respeitado o lance inicial e o incremento mĂ­nimo estabelecido, em igualdade de condiçþes com os participantes presentes no auditĂłrio do leilĂŁo de modo presencial, na disputa pelo lote do leilĂŁo. A venda serĂĄ efetuada em carĂĄter “ad corpusâ€? e no estado de conservação em que o imĂłvel se encontra, e eventual irregularidade ou necessidade de averbação de construção, ampliação ou reforma, serĂĄ objeto de regularização e os encargos junto aos ĂłrgĂŁos competentes por conta do adquirente. O(s) devedor(es) fiduciante(s) serĂĄ(ĂŁo) comunicado(s) na forma do parĂĄgrafo 2Âş-A do art. 27 da lei 9.514/97, incluĂ­do pela lei 13.465 de 11/07/2017, das datas, horĂĄrios e locais da realização dos leilĂľes fiduciĂĄrios, mediante correspondĂŞncia dirigida aos endereços constantes do contrato, inclusive ao endereço eletrĂ´nico, podendo o(s) fiduciante(s) adquirir sem concorrĂŞncia de terceiros, o imĂłvel outrora entregue em garantia, exercendo o seu direito de preferĂŞncia em 1Âş ou 2Âş leilĂŁo, pelo valor da dĂ­vida, acrescida dos encargos e despesas, conforme estabelecido no parĂĄgrafo 2Âş-B do mesmo artigo, ainda que, outros interessados jĂĄ tenham efetuado lances, para o respectivo lote do leilĂŁo. O arrematante pagarĂĄ no ato, Ă vista, o valor total da arrematação e a comissĂŁo do leiloeiro, correspondente a 5% sobre o valor de arremate. O edital completo encontra-se disponĂ­vel no site do leiloeiro www.megaleiloes.com.br, o qual o participante declara ter lido e concordado com os seus termos e condiçþes ali estabelecidos O horĂĄrio mencionado neste edital, no site do leiloeiro, catĂĄlogos ou em qualquer outro veĂ­culo de comunicação, consideram o horĂĄrio oficial de BrasĂ­lia/DF. As demais condiçþes obedecerĂŁo ao que regula o Decreto n° 21.981 de 19 de outubro de 1.932, com as alteraçþes introduzidas pelo Decreto n° 22.427 de 1° de fevereiro de 1.933, que regula a profissĂŁo de Leiloeiro Oficial.

da ao MinistĂŠrio da CiĂŞncia e Tecnologia; e os privados Santander e Votorantim. O BB ĂŠ sĂłcio do Votorantim com 50% de participação; o restante pertence ao grupo do mesmo nome. Sem condiçþes de pagar dĂ­vidas que somam R$ 98,5 bilhĂľes apĂłs a crise de reputação deflagrada pela Lava Jato, a holding Odebrecht S.A e outras 21 empresas controladas pediram, em junho deste ano, a suspensĂŁo de açþes e execuçþes para evitar a falĂŞncia. No mĂŞs seguinte, o conglomerado entregou seu plano de recuperação Ă Justiça - uma proposta desde o inĂ­cio considerada bastante vaga. Pela legislação, a empresa teria, entĂŁo, seis meses para convocar a assembleia de credores, que pode aprovar ou rejeitar o plano. A oferta da Odebrecht aos credores consiste na conversĂŁo de sua dĂ­vida em tĂ­tulos de participação nos resultados, que sĂł serĂŁo pagos por meio de dividendos quando e se as empresas do -8Ă‹=2 '( ',5(,72 '$ Â? 9$5$ '26 )(,726 '$ )$=(1'$ 3Ă’%/,&$ 081,&,3$/ '( %(/2 +25,=217( (',7$/ 3$5$ &21+(&,0(172 '( 7(5&(,526 $UW GR 'HFUHWR /HL Qž 3UD]R GLDV 3URFHVVR Qƒ DomR GH 'HVDSURSULDomR SURSRVWD SHOR 081,&Ă‹3,2 '( %(/2 +25,=217( HP IDFH GH 2GDLU GH 'HXV H RXWURV DGYRJDGRV 7KLDJR 3HQLGR 0DUWLQV 2$% 0* -RVp &DUORV .DUOLWR 5RFKD 2$% 0* %UXQR 9LQLFLXV 1XQHV 'LDV 2$% 0* &DUORV 5REHUWR GH )UHLWDV %RUJHV 2$% 0* )LQDOLGDGH OHYDU DR FRQKHFLPHQWR GH TXDOTXHU LQWHUHVVDGR D SDUD TXH TXHUHQGR VH PDQLIHVWH FRPR GH GLUHLWR QR SUD]R GH GLDV TXH SHUDQWH HVWH -Xt]R SURFHVVDP VH RV DWRV H WHUPRV SURFHVVXDLV UHODWLYRV DR SURFHVVR HP UHIHUrQFLD SHOR TXDO SUHWHQGH R RUD H[SURSULDQWH D GHVDSURSULDomR GR ORWH GD TXDGUD GR %DLUUR 3ODQDOWR 3RU VHU HVVD D H[SUHVVmR GD YHUGDGH H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi DÂż[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH H SXEOLFDGR XPD YH] QR 0LQDV *HUDLV %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH (X 0DUWD 0HVTXLWD GRV 6DQWRV *RPHV (VFULYm -XGLFLDO R VXEVFUHYL SRU RUGHP GR 00 -XL] GH 'LUHLWR ([PR 'U (OWRQ 3XSR 1RJXHLUD

grupo voltarem a dar lucro. Na prĂĄtica, transforma os bancos credores quase em “sĂłciosâ€?. E ĂŠ exatamente esse item que mais incomoda os bancos. Na petição entregue pelo BB, os advogados argumentam que o plano “nĂŁo permite aos credores conhecer, objetivamente, quanto e quando receberĂŁo seus crĂŠditosâ€?. Os representantes do Santander sĂŁo ainda mais incisivos. “As previsĂľes de pagamento sĂŁo genĂŠricas e nĂŁo detalham qual serĂĄ efetivamente o desĂĄgio aplicado aos crĂŠditos dos credores, prazo de inĂ­cio de pagamento, carĂŞncia, correção monetĂĄria.â€? E continuam: “Da forma como estĂĄ estruturado, o credor praticamente vira sĂłcio das empresas em recuperação judicial e passa o correr o risco do resultado futuro e incerto das companhiasâ€?. Outro ponto que desagrada os bancos ĂŠ a possibilidade do grupo vender seus ativos sem a necessidade de autorização judicial prĂŠvia. “O devedor em recuperação judicial nĂŁo pode alienar ou onerar bens e diretos do seu A Associação Internacional de Educação de Belo Horizonte torna pĂşblico que irĂĄ protocolar na Secretaria Municipal de PolĂ­tica Urbana requerimento para anĂĄlise de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV do Empreendimento Escola Americana EABH, localizada na Av. Professor MĂĄrio Werneck, nÂş 3.301, bairro Buritis, em conformidade com a Lei n° 7.166/96 e com o Decreto n° 14.594/11. O referido EIV estĂĄ disponĂ­vel na Diretoria de AnĂĄlise de Licenciamentos UrbanĂ­sticos Especiais DALU, situada na Avenida Ă lvares Cabral, n° 217, 13° andar, Bairro Centro e pode ser consultado mediante agendamento.

DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE Ă GUA E ESGOTO DO MUNICĂ?PIO DE UBERLĂ‚NDIA E A FUNDAĂ‡ĂƒO DE DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA, no uso de suas atribuiçþes, tornam pĂşblica a realização de CONCURSO PĂšBLICO, destinado a selecionar candidatos para o provimento de cargos de NĂ­vel Superior, MĂŠdio/MĂŠdio TĂŠcnico e Fundamental Completo e Incompleto, observados os termos das Leis citadas, alteraçþes posteriores, legislação complementar e demais normas contidas em EDITAL NÂş 01/2019. As inscriçþes serĂŁo realizadas pela internet, no sĂ­tio eletrĂ´nico da Fundep - GestĂŁo de Concursos (www.gestaodeconcursos.com.br) no perĂ­odo de 04/12/19 a 09/01/20, observados o horĂĄrio de BrasĂ­lia e critĂŠrios do Edital. A prova objetiva serĂĄ realizada, preferencialmente em Uberlândia/MG, no dia 09/02/2020. O Edital, em sua Ă­ntegra, serĂĄ divulgado nos endereços eletrĂ´nicos: www.dmae.mg.gov.br e www.gestaodeconcursos.com.br.

O SENAR/MG ESTA COM OPORTUNIDADE ABERTA PARA:

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NĂşmero de vagas: uma - exclusiva para pesVRD FRP GHÂżFLrQFLD RX UHDELOLWDGD FRQIRUPH D /HL GH GH MXOKR GH Local de trabalho: %HOR +RUL]RQWH 0* HorĂĄrio: GH VHJXQGD j VH[WD IHLUD GH K jV K SalĂĄrio: 5 Requisitos: ‡ $SUHVHQWDU ODXGR PpGLFR UHDOL]DGR SRU SURÂżVVLRQDO HVSHFLDOL]DGR GH DFRUGR FRP D GHÂżFLrQFLD DSUHVHQWDda. ‡ (QVLQR PpGLR FRPSOHWR LGDGH PtQLPD GH DQRV H[SHULrQFLD FRP DWLYLGDGHV DGPLQLVWUDWLYD H SDFRWH RႈFH Atividades: ([HFXWDU DWLYLGDGHV GH DSRLR DGPLQLVWUDWLYR $WHQGHU SHVVRDV IRUQHFHQGR H UHFHEHQGR LQIRUPDo}HV VREUH SURGXWRV H VHUYLoRV WUDWDU GRFXPHQWRV YDULDGRV FXPSULQGR

WRGR R SURFHGLPHQWR QHFHVViULR UHIHUHQWH DRV mesmos. Benefícios: 9DOH WUDQVSRUWH DVVLVWrQFLD PpGLFD H RGRQWROyJLFD WLFNHW UHIHLomR RX DOLPHQWDomR 5 PrV Etapas do processo de seleção: 1ª Fase: $QiOLVH H VHOHomR GH FXUUtFXOR GH DFRUGR FRP R SHU¿O GD YDJD 2ª Fase: 5HGDomR SURYD GH ([FHO 3ª Fase: $YDOLDomR SVLFROyJLFD H HQWUHYLVWD FRPSRUWDPHQWDO 4ª Fase: (QWUHYLVWD FRP R JHVWRU Validade do processo de seleção: 2V FDQGLGDWRV VHUmR FODVVL¿FDGRV H SRGHUmR VHU FKDPDGRV HP DWp GRLV DQRV SDUD DVVXPLU D IXQomR 9DPRV DSURYHLWDU R SURFHVVR VHOHWLYR SDUD FULDU XP FDGDVWUR GH UHVHUYD

Os interessados devem encaminhar os currĂ­culos atĂŠ o dia 10/10/2019 para: rh@sistemafaemg.org.br

ativo permanente, salvo evi- bem mais rentĂĄvel do grupo, dente utilidade reconhecida ĂŠ considerada crucial. AtĂŠ agora apenas a Caixa pelo juizâ€?, diz o BB. vinha numa postura mais Prazo - Desde o inĂ­cio, os beligerante contra a Odeassessores da Odebrecht jĂĄ brecht, jĂĄ que o banco ĂŠ o admitiam que o plano era Ăşnico dos grandes que nĂŁo vago e havia sido entregue possui açþes da Braskem apenas para cumprir o prazo como garantia para seus determinado pela Justiça. emprĂŠstimos. Banco do Brasil, BNDES, TambĂŠm sinalizavam que avançariam no detalhamen- ItaĂş, Bradesco e Santander to das propostas Ă medida tĂŞm pelo menos parte de que as negociaçþes diretas sua exposição avalizada por esses papĂŠis. Essa nova avançassem. O problema ĂŠ que os investida judicial dos bancos pontos levantados pelos mostra uma mudança de bancos sĂŁo o cerne do plano postura. Segundo apurou a reporelaborado pela RK Partners e pelo escritĂłrio E. Munhoz tagem, BB, BNDES e SanAdvogados, os assessores tander estĂŁo mais expostos a perdas quando os papĂŠis da Odebrecht. Fontes prĂłximas Ă compa- da Braskem se desvalorizam, nhia dizem que a transfor- enquanto ItaĂş e Bradesco mação da dĂ­vida em tĂ­tulos ĂŠ tĂŞm preferĂŞncia na hora de o Ăşnico caminho disponĂ­vel, receber. Esses dois Ăşltimos jĂĄ que a holding do grupo bancos ainda nĂŁo se manifestaram perante Ă Justiça. nĂŁo tem receitas. As empresas operacionais O BNDES tambĂŠm nĂŁo. - como OEC (construção), Atvos (açúcar e ĂĄlcool) e Outro lado - Em nota a OdeBraskem (petroquĂ­mica) - brecht afirmou ser natural, ficaram de fora da recupe- em qualquer recuperação judicial, que credores façam ração judicial. As duas primeiras tam- questionamentos; disse ser bĂŠm estĂŁo envolvidas em “mero cumprimento de forseus prĂłprios processos de malidadesâ€?. “A Odebrecht e seus asrenegociação de dĂ­vida. A empresa tambĂŠm consi- sessores vĂŞm tendo reuniĂľes dera fundamental ter liber- frequentes com os princidade para vender ativos a pais credores, trabalhando fim de pagar os credores e exatamente na elaboração de uma proposta de recuvoltar a ter lucro. A alienação da Braskem, o peração judicial que possa ser aprovada na assembleia de credores. A empresa tem Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi mostrado que estĂĄ no ponXP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO www. JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD to certo para uma virada H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD YHQGD GH YHtFXORV PDWHULDLV KRVSLWDODUHV H de pĂĄgina e para voltar a PRELOLiULRV GD HPSUHVD 8QLPHG %HOR +RUL]RQWH 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR crescer e contribuir com o &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH desenvolvimento do PaĂ­s, YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D gerando mais emprego e HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO rendaâ€?, afirmou. A empresa diz ainda que COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO CNPJ 07.153.003/0001-04 - NIRE 3130002100-9 se transformou inteiramente: CONVOCAĂ‡ĂƒO Em conformidade com o artigo 19 do Estatuto Social da “aperfeiçoou a governança, Companhia TransirapĂŠ de TransmissĂŁo, convoco Vossa Senhoria para a ReuniĂŁo do Conselho de Administração a realizar-se em 1ÂŞ Convocação, no dia 14 de Novembro de 2019, implantou sistema de preĂ s 12 horas, e, em 2ÂŞ Convocação, no dia 22 de Novembro de 2019, Ă s 12 horas, por conferĂŞncia telefĂ´nica, tendo como venção, detecção e punição referĂŞncia a sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, sala 301, na Cidade de Belo Horizonte, de qualquer risco de corEstado de Minas Gerais, para deliberar sobre a contratação de empresa especializada que implantarĂĄ os mĂłdulos 138kv para as conexĂľes Minas Novas 2 e Jequitinhonha, na SE AraçuaĂ­ 2. rupção, celebrou acordos Enio Luigi Nucci - Presidente do Conselho de Administração. com todas as instituiçþes possĂ­veis, pagou multas, A ImpĂŠrio Mecânica IndĂşstria e ComĂŠrestĂĄ mais enxuta e eficiente cio Ltda, por determinação da Secretaria MunicĂ­pio de Meio Ambiente e Desene mudou os seus processos volvimento SustentĂĄvel - SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedida atravĂŠs do internos para assegurar, Processo Administrativo nÂş 41.345/2019, efetivamente, que a sua atuD /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD Âą /$6 &$'$6752 Âą &/$66( SDUD D DWLYLação ocorra sempre dentro dade de Serviços de Usinagem, tornearia e solda, fabricação de artigos de serda ĂŠtica, da integridade e ralheria, comĂŠrcio varejista de ferragens e ferramentas, localizada na Rua Grada transparĂŞnciaâ€?. cyra Resse de Gouveia, nÂş 135, Bairro O Banco do Brasil nĂŁo se Distrito Industrial Jardim Piemont Norte, Betim/MG, CEP 32.689-328. manifestou. (Folhapress)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019

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POLÍTICA OPERAÇÃO LAVA JATO

Anulação de sentenças fica indefinida Presidente do Supremo adia discussão sobre alcance das alegações finais de delatados e delatores REUTERS/ADRIANO MACHADO

Brasília - O presidente ideia inicial era retomar o ao contraditório, assegudo Supremo Tribunal Fe- julgamento ontem), mas, rado pela Constituição, o dera (STF), Dias Toffoli, diante do impasse, Toffoli réu delatado tem de ter a decidiu adiar a discussão decidiu adiar o debate. oportunidade de falar por sobre possíveis restrições Além disso, nem todos último para se defender ao alcance da tese que abre os ministros estariam pre- de todas as acusações que precedente para anular sen- sentes na sessão de ontem, surgirem. tenças da Lava Jato. Em e a ausência de parte do Votaram a favor da tese os conversas com ministros colegiado será apresenta- ministros Alexandre de Modepois do julgamento da da como justificativa para raes, Rosa Weber, Cármen última quarta-feira, Toffoli postergar a decisão. Lúcia, Ricardo Lewandosinalizou que o debate só Durante quase duas horas, wski, Gilmar Mendes, Celso deve ser retomado na se- na sessão de quarta-feira, de Mello e o presidente da gunda quinzena de outubro. os ministros discutiram se corte, Dias Toffoli. De acordo com relatos deveriam ou não fixar uma Já Edson Fachin, relator feitos à “Folha de S.Paulo”, tese que servirá para orien- da Lava Jato no Supremo, a intenção do presidente é tar decisões futuras sobre e os ministros Luís Rolevar o tema ao plenário outros casos semelhantes berto Barroso, Luiz Fux do Supremo no mesmo dia ao que estava em análise. e Marco Aurélio Mello em que pautar o debate Por 8 votos a 3, deliberaram foram contra e dissedas ações que questionam que uma tese será fixada. ram não ver nulidade no a constitucionalidade da prazo simultâneo que prisão após condenação em Restrições - Toffoli propôs vem sendo dado para réus segunda instância, uma das que o entendimento sobre a delatores e delatados se Toffoli quer retomar o debate sobre as alegações finais na segunda quinzena deste mês principais bandeiras da Lava ordem das alegações de de- manifestarem. Jato. A tese sobre a ordem das latores e delatados só anule Ao pautar os dois temas sentenças de réus que 1) ti- alegações finais foi debatisimultaneamente, da a partir de um caso concreto, o de Márcio Toffoli faz um gesto à ala da Corte que se de Almeida Ferreira, A intenção é levar o tema ao Brasília - Em sua pri- e está disponível ao diá- de Telegram divulgadas posicionou contrária ex-gerente de Empremeira sessão no plenário logo respeitoso e institu- pelo site The Intercept plenário no mesmo dia em que endimentos da Petroà possibilidade de se do Supremo Tribunal Fe- cional com os poderes e a Brasil. definir quais casos sepautar o debate das ações que bras, condenado por deral (STF), na tarde de sociedade, especialmente Coordenador da forçarão afetados pelo novo corrupção e lavagem ontem, o novo procura- com esta Suprema Corte, -tarefa da Lava Jato, o proquestionam a a prisão após entendimento do Sude dinheiro. A maioria dor-geral, Augusto Aras, guardiã da Constituição curador Deltan Dallagnol condenação em 2ª instância premo sobre os prazos dos ministros concedeu afirmou ter compromisso Federal”, disse Aras. é alvo de uma série de de alegações finais. a ele um habeas corpus, com o regime democrático O novo procurador- procedimentos disciplinapor causa dessa questão O ministro Ricardo e estar disponível para o -geral foi empossado no res no CNMP, que passa Lewandowski tem dito que verem pedido, ainda durante processual, que anulou sua diálogo com os demais cargo no último dia 26, a ser presidido por Aras. não é possível limitar um di- o julgamento em primeira condenação. Poderes, em especial com após ter sido escolhido Em outro trecho de seu reito constitucional (à ampla instância, para apresentar Foi a segunda condenao STF. pelo presidente Jair Bol- discurso, Toffoli disse que defesa e ao contraditório) a alegações por último e tive- ção da Lava Jato anulada A declaração foi vis- sonaro (PSL) por fora da instituições como o Mium momento específico do rem tido o pleito negado; e pelo STF. A primeira havia ta como uma resposta a lista tríplice eleita por seus nistério Público têm se processo. Na semana passa- 2) tiverem comprovado que sido a do ex-presidente da um discurso do decano pares e ter sido aprovado fortalecido desde a Consda, Lewandowski entregou foram prejudicados. Petrobras Aldemir Bendine, da corte, ministro Celso pelo Senado. tituição de 1988 e que a A decisão do Supremo analisada na Segunda Turma a Toffoli uma lista com 80 de Mello, que, em 12 de Na última quarta-feira, atuação individual de processos que envolvem vem em um momento de em agosto. setembro, por ocasião da em solenidade de pos- seus membros não deve prisão após condenação em enfraquecimento da Lava A decisão do plenário despedida da antecessora se realizada na sede da maculá-las. segunda instância e cobrou Jato, após mensagens obti- de quarta-feira não tem de Aras, Raquel Dodge, PGR, Aras e Bolsonaro “As pessoas passam. As que o plenário se posicio- das pelo The Intercept Brasil efeito imediato para casos disse que o Ministério trocaram elogios e o pre- instituições permanecem. nasse sobre o tema. “Para e divulgadas pelo site por semelhantes, mas o Supremo Público deve atuar com sidente disse que teve um Portanto, condutas indivique não se pense que nós só outros órgãos de imprensa, abriu um precedente para independência a relação “amor à primeira vista” duais desviantes não têm afetamos questões relativas como a Folha, colocarem em anular outras sentenças, ao governo. “O Ministério pelo procurador. e não terão o condão de da Lava Jato, estou trazendo xeque a imparcialidade da que deverão ser analisadas Público não serve a goverO ministro Dias Toffoli macular a dignidade e a aqui um pout-pourri de cúpula da força-tarefa em caso a caso. nos, não serve a pessoas, deu boas-vindas ao novo grandeza dessas instituicasos para que o plenário Curitiba e do então juiz O ex-presidente Lula, por não serve a grupos ideo- procurador-geral, desta- ções”, disse Toffoli. Sergio Moro. exemplo, pode ser benefipossa examinar”, disse. lógicos”, disse Celso de cou seu perfil “ponderado Na semana passada, o A maioria dos ministros ciado em ao menos um de O Supremo impôs na últiMello naquela ocasião. e conciliador” e disse ter ex-procurador-geral Roma quarta-feira uma derrota entendeu que réus delata- seus processos – o do sítio Aras leu trechos des- certeza de que, à fren- drigo Janot declarou a para a Lava Jato ao terminar dos devem apresentar suas de Atibaia (SP), em que foi se discurso do decano te do CNMP (Conselho veículos de imprensa que, de referendar, uma tese que alegações finais por último, condenado em primeira inspara, em seguida, mani- Nacional do Ministério em 2017, foi armado ao Supode anular sentenças e be- depois dos réus delatores. tância em razão de reformas festar seu posicionamen- Público), ele “saberá cor- premo com a intenção de neficiar condenados – como Ações que não seguiram esse bancadas por empreiteiras to. “Cumpre-me, senhor rigir eventuais desvios e matar o ministro Gilmar o ex-presidente Luiz Inácio rito podem ter suas conde- no imóvel frequentado por presidente (Dias Toffoli), excessos” de membros da Mendes, seu notório desaLula da Silva (PT) no proces- nações revistas. Alegações sua família. senhoras ministras e se- instituição. feto. A declaração de Janot so do sítio de Atibaia (SP). finais são a última etapa de Lula está preso desde abril nhores ministros, dizer A fala pôde ser enten- causou reação imediata No entanto, os ministros uma ação penal antes da do ano passado pela condeque este procurador-geral dida como uma menção do STF, que determinou não terminaram o julgamen- sentença e a oportunidade nação no caso do tríplex de tem compromisso com a indireta à atuação de pro- busca e apreensão na casa to. Ficou em aberto a discus- final para as partes se ma- Guarujá (SP). Esse processo defesa da ordem jurídica, curadores da Lava Jato, do ex-procurador-geral são sobre possíveis limites nifestarem. teve circunstâncias distintas do regime democrático, que têm tido sua conduta e recolheu sua arma e Por 7 votos a 4, o Supremo e não deve ser afetado pelo ao alcance da decisão, a fim dos interesses sociais e escrutinada depois que aparelhos eletrônicos. de evitar uma avalanche de decidiu que, para garantir novo entendimento do Suindividuais indisponíveis, vieram à tona mensagens (Folhapress) anulações de sentenças. A o amplo direito à defesa e premo. (Folhapress)

Aras responde a decano do STF

PACOTE ANTICRIME

Bolsonaro faz críticas a órgãos da Justiça e do MP Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o pacote anticrime, em tramitação no Congresso Nacional, foi elaborado “para ser temido por marginais e não pelo cidadão de bem”. Ele fez críticas a “órgãos da Justiça e do Ministério Público, que buscam transformar auto de resistência em execução”. “O ativismo em alguns órgãos da Justiça e do Ministério Público na política busca, cada vez mais, transformar auto de resistência em execução. É doloroso você ver um policial chefe de família preso por causa disso. Muitas vezes vemos policiais militares serem alçados por uma função, aí vem a imprensa dizer que ele tem 20 autos de resistência.

Tem de ter 50. É sinal de que ele trabalha, que faz sua parte, e de que ele não morreu”, disse o presidente, na cerimônia de lançamento das campanhas publicitárias a favor do pacote, no Palácio do Planalto. Autos de resistência ocorrem quando policiais usam dos “meios necessários” para efetuar prisões contra pessoas suspeitas de terem praticado um crime. Já o excludente de ilicitude, ao classificar essa ação como legítima defesa por parte do policial, exime dele, qualquer ilícito consequente. As duas ferramentas jurídicas estão entre os pontos polêmicos do pacote anticrime original apresentado pelo governo. Segundo seus críticos, tanto os autos de resistência como

os excludentes de ilicitudes seriam uma espécie de carta branca para a polícia matar. “Queremos mudar a legislação para que a lei seja temida pelos marginais e não pelo cidadão de bem. Esse é o espírito da lei e o objetivo da propaganda do projeto anticrime”, disse o presidente referindo-se à campanha anunciada no Planalto. Ao defender o pacote, Bolsonaro disse serem muito comuns casos de policiais presos injustamente por apenas cumprirem suas funções. “Quantas vezes visitei o presídio da PM (Polícia Militar) em Benfica, no Rio de Janeiro, e conversei com os homens da segurança que estavam no comando, com policiais

e com bombeiros presos. Conversando com eles, não mais que sentimento, tive a certeza de que, lá dentro, tinha muitos inocentes. Basicamente por excessos. Pode, de madrugada, na troca de tiro com marginal, policial dar mais de dois tiros e ser condenado por excesso? É um absurdo isso”, afirmou. O presidente disse ter a certeza de que o Congresso vai aprovar o pacote anticrime. “Não raras vezes fui ao Cemitério Jardim da Saudade acompanhar o enterro de policiais militares, militares das forças armadas e civis vitimados por criminosos. Tenho certeza de que haverá o consentimento do Parlamento, e a proposta será aprovada. E aquele que, por ventura,

no futuro, quiser praticar um crime, vai pensar muito antes de cometê-lo, porque saberá que certas regalias como saidões deixarão de existir. Saidão pode existir, mas da cela para o pátio da prisão”, disse o presidente, ao pedir a colaboração de parlamentares para aprovar o pacote. “Brasil sem lei” - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que a aprovação do pacote será a oportunidade para que governo e parlamentares “mandem mensagem clara de que os tempos do Brasil sem lei e Justiça chegaram ao final”. “Há algum tempo tínhamos certa percepção de que vivíamos em uma terra sem

lei e sem Justiça. Vivenciamos nos últimos cinco anos, principalmente, revelações de um grande sistema de corrupção. Assistimos nos últimos 15 anos ao crescimento e ao fortalecimento de organizações criminosas no Brasil. Organizações que, muitas vezes, o Estado não tinha coragem de enfrentar”, disse o ministro. “Hoje mesmo foi publicado que houve queda de 22% do número de assassinatos na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso significa que 7.109 pessoas não morreram assassinadas por crimes violentos, em relação ao ano anterior”, acrescentou Moro ao defender a atual política de segurança do governo. (ABr)


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AGRONEGĂ“CIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br TONY OLIVEIRA - CNA

CONJUNTURA

PIB do agronegócio de Minas cresceu 1,53% no primeiro semestre Dados foram divulgados ontem pelo Cepea O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais cresceu 1,53% no primeiro semestre de 2019. Assim como observado no agronegócio brasileiro, o setor em Minas Gerais tambÊm foi impulsionado pelo ramo pecuårio, que acumulou alta de 4,87% no período. Jå o PIB do ramo agrícola, pressionado sobretudo pelos resultados de dentro da porteira, recuou 0,90% no primeiro semestre. Os dados foram divulgados ontem pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Em consonância com o agronegócio nacional, o segmento de insumos mineiro se destacou em crescimento no primeiro semestre de 2019, com resultados positivos nos dois ramos, de 10,34% para o agrícola e de 3,16% para o pecuårio. O segmento primårio teve alta de 2,81% no Estado devido ao crescimento verificado para a pecuåria, de

6,27%. As atividades que tiveram destaque positivo pelo seu crescimento de faturamento foram a avicultura e a suinocultura. E esse desempenho, por sua vez, ĂŠ reflexo principalmente da Peste SuĂ­na Africana que assola principalmente a China e tambĂŠm outros paĂ­ses asiĂĄticos e que, desde entĂŁo, tem mantido aquecida a demanda internacional pela carne brasileira e impulsionado os preços domĂŠsticos. O leite tambĂŠm apresentou resultados positivos em decorrĂŞncia do aumento do preço – reflexo da redução da oferta e da maior disputa pela matĂŠria-prima junto Ă indĂşstria de derivados. JĂĄ o segmento primĂĄrio agrĂ­cola recuou 2,62%, pressionado pela menor produção esperada. Neste caso, o cafĂŠ, principal cultura de Minas Gerais em termos de participação no valor bruto da produção agrĂ­cola, apresentou redução tanto em volume (-16,8%) quanto em preço (-15,6%), culminando em queda de 29,7% no faturamento. AlĂŠm

disso, as culturas de milho, soja e cana-de-açúcar, de alta relevância no segmento para o estado, tambÊm registraram queda de faturamento. Agroindústria - O PIB da agroindústria mineira caiu 0,51% no primeiro semestre. Esse cenårio foi resultado da queda para a agroindústria de base agrícola (-0,99%), tendo em vista o crescimento (de 1,74%) para a de pecu-

Resultado do agronegĂłcio de Minas foi impulsionado pela pecuĂĄria, com alta de 4,87%

ĂĄria. No caso do agrĂ­cola, o desempenho negativo esteve associado Ă s quedas observadas em importantes atividades, como o etanol

hidratado e a indústria têxtil. Jå a alta no segmento pecuårio se deve ao avanço verificado em quase todas as atividades industriais

pecuåria acompanhadas (com exceção para carne de vacas), com destaque para suinocultura e avicultura. (Da Redação)

EVENTO

Concurso escolherå melhores queijos de MG O 12º Concurso Estadual de Queijo Minas Artesanal serå um dos destaques do Festival Minas a Queijo e Viola, entre 4 e 6 de outubro, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Para este ano, a organização do concurso optou por algumas mudanças. Serão premiados os cinco melhores queijos pelo corpo de jurados e o melhor queijo

escolhido por um jĂşri popular. A disputa acontece amanhĂŁ, no Parque de Exposiçþes Camaru. Quarenta queijos participarĂŁo do 12Âş Concurso Estadual de Queijo Minas Artesanal. A avaliação das iguarias segue critĂŠrios como, apresentação, cor, textura, consistĂŞncia, paladar e olfato. A comissĂŁo julgadora ĂŠ formada 11 profissionais ligados Ă ĂĄrea. Na primeira etapa, serĂŁo classificados os 10 melhores. Na segunda etapa, acontece escolha dos vencedores. A seleção dos queijos que participam do concurso estadual aconteceu em disputas municipais e regionais. “Cada regiĂŁo caracterizada como produtora de Queijo Minas Artesanal classifica os cinco primeiros para o estadual. AlĂŠm deles, convidamos outros cinco produtores que sĂŁo regularizados e nĂŁo estĂŁo inseridos nas regiĂľes caracterizadasâ€?, diz coordenador TĂŠcnico estadual da Emater-MG, Milton Nunes.

DIVULGAĂ‡ĂƒO - EMATER-MG

Cinco melhores queijos avaliados serão premiados em Uberlândia

classificados para a segunda fase do concurso tambĂŠm serĂŁo julgados por um jĂşri popular. O pĂşblico, sem ter conhecimento do resultado do jĂşri tĂŠcnico, poderĂĄ escolher o seu queijo preferido, que tambĂŠm serĂĄ premiado. “Isso dĂĄ oportunidade ao pĂşblico presente de opinar e, ao mesmo tempo, conhecer o processo de julgamento, aprimorar seu paladar, adquirir critĂŠrios que poderĂŁo ser utilizados em seu dia a dia como consumidoresâ€?, afirma o coordenador da JĂşri popular - Os dez queijos Emater-MG.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA DO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE O Presidente do CRUZEIRO ESPORTE CLUBE, no uso das suas atribuiçþes e na forma prevista QR † Ă› GR DUW R GR (VWDWXWR 6RFLDO F F DUW H VHX † Ă› GD /HL YHP SHOR SUHVHQWH (GLWDO GH &RQYRFDomR FRQYRFDU WRGRV RV DVVRFLDGRV H FRQVHOKHLURV SDUD ReuniĂŁo da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, que RFRUUHUi QR GLD 21 de outubro de 2019, Ă s 19:00 horas QR *LQiVLR GR 3DUTXH (VSRUWLYR do Barro Preto, situado na Rua Guajajaras, %DUUR 3UHWR %HOR +RUL]RQWH 0* SDUD tratar da seguinte pauta:

O Presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro Esporte Clube, no uso de suas atribuiçþes e na forma prevista no Estatuto Social do Clube, especialmente o disposto no art. 21, II, “aâ€?, e art. 22, c/c com o arts. 30, III e 20, IX, convoca os Senhores Conselheiros BenemĂŠritos, Natos e Associados Conselheiros para ReuniĂŁo ExtraordinĂĄria, que ocorrerĂĄ no dia 21 de outubro de 2019, Ă s 19:00 horas, no Dayrell Hotel e Centro de Convençþes, sala Alexandrite, localizado na rua EspĂ­rito Santo, n° 901, Bairro Centro, Belo Horiznte – MG, para tratar da seguinte pauta:

1) 3UHVWDU HVFODUHFLPHQWRV H LQIRUPDo}HV JHUDLV VREUH R &UX]HLUR (VSRUWH &OXEH SHOD 'LUHWRULD HOHLWD WULrQLR 2) 'HOLEHUDU VREUH D HYHQWXDO LQVWDXUDomR GH SURFHGLPHQWR GH DSXUDomR GH UHVSRQVDELOLGDGH GRV GLULJHQWHV HOHLWRV QD IRUPD GR † Û GR DUW GD /HL DSyV ¿[DGD D VXSRVWD LQIUDomR REMHWLYDPHQWH SUHYLVWD QR DUW GD /HL TXH VHUi REMHWR GH DPSOD GHIHVD H FRQWUDGLWyULR 3) (P FDVR GH GHOLEHUDGD D LQVWDXUDomR GH SURFHGLPHQWR GHFLGLU VREUH RV SURFHGLPHQWRV H FRPSHWrQFLDV TXH OKH VHUmR DSOLFDGRV D IRUPD GH SURFHVVDPHQWR MXOJDPHQWR H TXRUXP GH GHOLEHUDomR GR DIDVWDPHQWR SUHYLVWR QR DUW LQFLVR ,,, GR (VWDWXWR REVHUYDGR R GLUHLWR GH GHIHVD H FRQWUDGLWyULR 4) &RQVROLGDomR GR HQWHQGLPHQWR DFHUFD GD LQH[LVWrQFLD GH LPSHGLPHQWR GH FRQWUDWDomR GH SHVVRD MXUtGLFD QD TXDO ¿JXUHP FRPR VyFLRV RX DFLRQLVWDV PHPEURV GR &RQVHOKR 'HOLEHUDWLYR GR &UX]HLUR (VSRUWH &OXEH

I - Deliberar sobre o pedido de afastamento do Presidente do Clube Wagner Pires De Så e dos Vice-Presidentes Hermínio Francisco Lemos e Ronaldo Granata Nogueira de Souza; II - Deliberar sobre a instauração de um Comitê Gestor para conduzir o Clube, no caso de afastamento dos dirigentes, com posse imediata; Ressalvando que: Nos termos do §3° do art. 18 e §2° do art. 19, e diante da decisão judical proferida nos autos do processo n° 510570356.2019.8.13.0024, mantida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (1.0000.19.1048446/001), os Conselheiros que recebem remuneração do Cruzeiro Esporte Clube, sob qualquer modalidade de contratação (CLT, RPA, Pessoa Jurídica), terão os votos registrados e computados separadamente. Publique-se o presente edital nos termos do art. 22 do Estatuto Social. Belo Horizonte, 03 de outubro de 2019.

3XEOLTXH VH R SUHVHQWH HGLWDO QRV WHUPRV GR DUW Ă› GR (VWDWXWR 6RFLDO %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH Wagner Antonio Pires de SĂĄ Presidente CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

JosĂŠ Perrella de Oliveira Costa Presidente Conselho Deliberativo

A iniciativa do 12º Concurso Estadual de Queijo Minas Artesanal Ê da Empresa de Assistência TÊcnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) com a parceria da Secretaria de Agricultura, Pecuåria e Abastecimento (Seapa), Instituto Mineiro Agropecuåria (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuåria de Minas Gerais (Epamig), prefeitura e do Sindicato Rural Uberlândia. Jå o festival Minas a Queijo e Viola Ê promovido pelo Sindicato Rural de Uberlândia e parceiros, com o objetivo de valorizar duas riquezas de estado; o queijo e a viola caipira. AlÊm do Concurso do Queijo Minas Artesanal, o evento serå marcado por uma extensão programação musical e culinåria. A entrada Ê gratuita. Artesanal - O governo estadual, por intermÊdio da Seapa, Emater-MG e o IMA desenvolve o programa do Queijo Minas Artesanal. O estado trabalha com número estimado de 30 mil produtores de queijos artesanais, sendo que, desse total, 9 mil são produtores de Queijo Minas Artesanal e estão nas sete regiþes tradicionais, caracterizadas e reconhecidas. A produção aproximada dessas regiþes Ê de 50 mil toneladas por ano. Em 2018, foi desenvolvido um plano de ação para simplificar a metodologia para a regularização dos produtores de Queijo Minas Artesanal. A iniciativa foi uma parceria entre a Seapa, Emater-MG, Epamig e o IMA. (Agência Minas)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

SEBASTIÃO JACINTO JÚNIOR

5G

Minas precisa se adequar para entrar na economia digital Ter boa infraestrutura é fundamental no processo THAÍNE BELISSA

Empresários do setor de telecomunicações, tecnologia e representantes do poder público se reuniram, ontem, no fórum “Cidades Inteligentes, IoT e Conectividade: Perspectivas e Desafios”, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e pelo Sindicato Nacional das Operadoras de Telecomunicações (SindiTelebrasil). O objetivo foi discutir a urgência de adequação da infraestrutura das cidades mineiras para receber a tecnologia 5G. O vice-presidente da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, afirmou que essa é uma “pauta atualíssima” do ponto de vista do desenvolvimento do Estado, tendo em vista que o avanço de novas tecnologias só será possível com uma boa infraestrutura de conectividade. “Estamos falando da construção de um ambiente melhor para os negócios. Defender essas tecnologias é defender o futuro da indústria e, consequentemente, o futuro da sociedade”, afirmou. O mesmo alerta foi feito pela líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da Deloitte, Márcia Ogawa. Ela fez uma apresentação sobre o impacto da economia digital na sociedade e frisou que a conectividade é a base para obtenção de dados, que, por sua vez, é a matéria-prima para um projeto de cidade inteligente. “O Brasil precisa entrar na economia digital. As in-

dústrias brasileiras não estão conseguindo se conectar às cadeias globais de produção e nem liderar movimentos de cadeias globais. E o pré-requisito para que isso aconteça é ter uma boa infraestrutura de telecomunicações”, afirmou. O presidente do Sindicato das Empresas de Software e Negócios Digitais de Minas Gerais (Sindifor), Fábio Veras, lembrou que a preparação das cidades para receber a tecnologia 5G não é um assunto restrito à área de telecom. Ele lembrou que será preciso criar uma rede e concentrar esforços para que esse assunto ganhe visibilidade. “A educação não vai se modernizar, a cirurgia a distância nunca vai acontecer se não tivermos infraestrutura para a tecnologia. Se não resolvermos isso agora condenaremos as novas gerações a não terem acesso às novas tecnologias”, disse. Ele também fez um apelo ao governo do Estado: “No momento, falta dinheiro em Minas Gerais, mas não pode faltar liderança. O governador Zema, junto com a Associação dos Municípios, precisa fazer um mutirão a favor dessa agenda”. Legislação municipal - Durante o evento foi reapresentado o ranking “Cidades Amigas da Internet 2019”, realizado pela Teleco, no qual Belo Horizonte ocupa a 97ª posição, uma das últimas. O levantamento analisou os 100 maiores municípios brasileiros

e identificou aqueles que mais estimulam a oferta de serviços de telecomunicações no Brasil, por meio de políticas e ações públicas. A análise considera as restrições, a burocracia, o prazo e a onerosidade para a implantação de Estações Radio Base (ERBs) e Redes (subterrâneas ou aéreas). O presidente da Teleco, Eduardo Tude, afirmou que a única forma de Belo Horizonte melhorar sua posição no ranking é alterando sua legislação sobre instalação de antenas no município. A lei em vigor é de 2001 e está totalmente desconectada com a realidade atual. “Em Belo Horizonte, a autorização para a instalação de uma antena chega a demorar seis meses, enquanto a lei federal estabelece um prazo máximo de 60 dias. Há casos de cidades em que essa liberação é quase imediata”, disse. Entre os pontos que precisam ser alterados, segundo Tude, estão as restrições em relação à distância mínima entre ERBs; vedações em determinadas regiões do município; exigência de estudos de impacto ambiental e de laudos radiométricos. “Esse controle da radiação já é feito pela Anatel, não faz sentido pedir isso novamente”, completou. O vereador Gabriel Azevedo afirmou que tem plena consciência da urgência do tema, mas não acredita que isso seja unânime na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte. Ele sugeriu que

Camargos: avanço de novas tecnologias só será possível com uma boa infraestrutura de conectividade DIVULGAÇÃO

Sabbatini: radiação que vem das antenas não é perigosa

representantes do setor façam um trabalho de corpo a corpo, explicando aos parlamentares a demanda e pedindo celeridade na mudança da lei. Um projeto de lei (851/2019) sobre o tema já está em tramitação na Câmara. “Trata-se de uma mudança substancial no Código de Posturas, mas se houver uma

pressão e uma explicação sobre a importância disso para a cidade, acredito que em dois ou três meses essa mudança pode acontecer”, disse. Já o presidente do Instituto Edumed, Renato Sabbatini, foi um pouco mais pessimista em relação ao trabalho de convencimento dos vereadores, principalmente do que

diz respeito à preocupação com a saúde da população. Ele afirma que o avanço das discussões tem sido prejudicado por fake news que relacionam as antenas com morte de pássaros e causa de câncer na população. “Senhores empresários do setor de telecomunicações, não subestimem a resistência que vai haver por parte do legislador municipal em relação à alegação de que as antenas trarão problema de saúde. Vereadores e prefeitos são muito sensíveis à pressão da população e geralmente há grupos ativistas que forçam a situação e fazem com que a legislação saia um monstrinho”, alertou. Sabbatini tem formação em fisiologia e biofísica, é um estudioso do tema e garantiu que a radiação que vem dessas antenas não é perigosa para o ser humano. “Radiação é qualquer campo eletromagnético que se espalha e o ser humano faz isso há mais de 100 anos com rádio e TV e, agora, com wi-fi e celular. A população fica aterrorizada com a torre, mas ela é a menos problemática. A uma distância de 20 metros a intensidade desse campo é tão baixa que praticamente não afeta o ser humano. Têm pessoas que usa o celular o tempo todo e isso é estar muito mais perto da radiação”, disse.

MARKETING

MRV apresenta nova marca e posicionamento A MRV, líder nacional no mercado de imóveis econômicos, completa 40 anos com nova marca e posicionamento. As mudanças refletem as transformações que a companhia passou nos últimos anos, de incorporadora e construtora de imóveis econômicos, para ser uma especialista em soluções de moradia, atuando como uma plataforma habitacional. A partir deste mês, a MRV passa a ter novo logotipo e a adotar novas cores e linguagem na sua comunicação com clientes e mercado. Também deixará de usar o “Engenharia”, que fazia parte de seu nome, marcando a ampliação da atuação da empresa no mercado. Toda a comunicação passará a compor o novo propósito definido pela companhia: Construir sonhos

que transformam o mundo. “A mudança da marca e o novo posicionamento passam a estar alinhados com a trajetória construída até aqui pela companhia, refletindo a abrangência da atuação e o compromisso de transformar sonhos em realidade”, destaca o diretor de marketing e vendas da MRV, Rodrigo Resende. O processo de mudança da marca começou com um estudo encomendado para a Fundação Dom Ca-

“O novo propósito da MRV um filho, amigos e parentes vimentos de renovação das foi o grande orientador da em almoços de fim de sema- pessoas. As formas geoménova identidade da mar- na. Além disso, quando a tricas fazem referência a ca. Assumir esse posicio- MRV cuida da vizinhança, uma construção confiável namento valorizando seu promove a convivência e e de qualidade, enquanto impacto na nossa sociedade busca a sustentabilidade, ela os cantos arredondados e no mundo trouxe um fio transpõe as paredes de um aproximam a relação com condutor legítimo e inspi- imóvel e transforma vidas. O as pessoas. As fotos passam rador para guiar todas as novo logotipo é construído na a refletir a concretização da expressões, experiências e bral (FDC), que analisou a relacionamentos da MRV”, intersecção destes elementos, conquista da casa própria, transformação da empresa diz o CEO da Interbrand no formando o desenho de uma humanizando os espaços casa, ponto de partida para e remetendo à capacidade nesses 40 anos e entrevistou Brasil, Beto Almeida. da MRV em transformar todas essas mudanças. os colaboradores para incorO verde e o laranja, cores sonhos em realidade, utiporar no novo posiciona- Nova identidade - A nova características da comuni- lizando as mais modernas mento a visão de quem está marca segue o conceito de cação da companhia, assim técnicas de engenharia, no dia a dia da operação. que a aquisição da casa pró- como os ícones e elementos entregando produtos com Com base nesse estudo, a pria é o começo, pois a partir visuais, foram preservados qualidade e atendendo às Interbrand iniciou o proces- dela, vários outros sonhos como legado, e renovadas expectativas dos compraso de construção da nova se tornarão realidade: um para acompanharem os mo- dores. (Da Redação) identidade, unindo a solidez casamento, o nascimento de e a experiência adquirida à capacidade da empresa de www.twitter.com/diario_comercio www.facebook.com/DiariodoComercio se inovar e lançar tendênTelefone: (31) 3469-2025 cias em um mercado em gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br constante transformação.


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NEGÓCIOS RENATO COBUCCI / IMPRENSA MG

MINASCENTRO

Edital de licitação para concessão onerosa é lançado Objetivo é selecionar parceiro privado para gestão A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) lança edital de licitação para concessão onerosa do Minascentro (Centro Mineiro de Promoções Israel Pinheiro), localizado no centro de Belo Horizonte. O objetivo é selecionar parceiro privado para fazer a gestão do uso do espaço, incluindo captação e comercialização de eventos, desenvolvimento, implantação e comercialização de serviços. Poderão participar pessoas jurídicas do ramo pertinente ao objeto licitado, isoladamente ou em consórcio, nacionais e estrangeiras, autorizadas a funcionar no País, que estejam em condições legais de exercício e que atendam integralmente

às exigências e condições contidas no edital e em seus anexos. A licitação, que será na modalidade pregão presencial, ocorrerá em 19 de novembro de 2019, às 10h, na sede da Codemge (rua Manaus, 467, Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte). Caberá ao licitante vencedor a gestão do Minascentro, após a conclusão das obras de revitalização do edifício que estão sendo realizadas pela Codemge. Desde janeiro de 2018, a companhia tem feito diversas intervenções para garantir segurança e conforto aos usuários, além de preservar o espaço, que é patrimônio tombado. Entre as melhorias promovidas no local, estão: • Substituição das instala-

ções elétricas e mudança da iluminação para sistema LED; • Substituição das instalações hidrossanitárias e adequação à norma de acessibilidade; • Instalação do sistema de detecção automática de incêndio; Substituição, ampliação e modernização do sistema de climatização; • Implantação de sistema de CFTV (Circuito Fechado de TV a partir de câmeras de segurança); • Recuperação do mobiliário, carpetes e fachadas; Impermeabilização e pintura. O valor total estimado da reforma é de R$ 30 milhões e a previsão de término é em dezembro deste ano. O período da concessão

O Minascentro, criado em 1981 e inaugurado em 1984, é dotado de completa infraestrutura

será de 15 anos, renovável por igual tempo. O processo não constitui privatização, pois os bens continuarão pertencendo à companhia. A iniciativa é importante para potencializar o dinamismo dos negócios, ampliar o mercado e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população. Além disso, a Codemge tem como objetivo, por meio da concessão, promover a sustentabilidade econômica do equipamento, assim como projetar Belo Horizonte e Minas Gerais no cenário de eventos.

para sediar o encontro das artes, cultura, indústria, comércio, ciência e turismo. Sua inauguração oficial foi em 15 de março de 1984. Conforme a Deliberação nº 004/2009, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH) notificou o tombamento definitivo do Minascentro, que pertence ao “Conjunto Urbano Praça Raul Soares avenida Olegário Maciel”. O empreendimento é dotado de completa infraestrutura, que permite a realização dos mais diO espaço - Com localização ferentes tipos de eventos: privilegiada, o Minascentro feiras, shows, convenções, foi criado em 1981, pelo congressos, formaturas e Decreto Estadual nº 21.226, reuniões executivas. O es-

paço permite aos visitantes encontrar em seu entorno uma ampla rede hoteleira e bancária e variadas opções de restaurantes, além de estar próximo a um dos pontos mais visitados pelos turistas da capital: o tradicional Mercado Central. Com fácil acesso para os aeroportos e rodoviária, situa-se ao lado de grandes vias de escoamento, com boa oferta de serviços de táxi, ônibus e metrô. Em seus mais de 33 mil metros quadrados, o Minascentro pode receber até três grandes eventos simultâneos. Está equipado com seis auditórios, dois teatros e diversas salas para reuniões e apoio logístico. (Da Redação)

GOVERNANÇA

Crescimento para as médias empresas é desafio A Fundação Dom Cabral (FDC) realizou, no Campus Aloysio Faria, em Nova Lima (Região Metropolitana de Belo Horizonte), entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, a 4ª edição do Fórum Anual de Governança e Gestão. Ao todo, 500 líderes do Brasil e do exterior participaram do encontro, em que foram abordados os desafios para o crescimento em uma era de transformação constante. Foi discutido como os contextos político e econômico impactam as empresas. Além disso, os convidados e palestrantes debateram a questão da necessidade do protagonismo digital. Segundo o vice-presidente de Organizações e Internacionalização da Fundação Dom Cabral, Roberto Sagot, hoje, as empresas estão sendo chamadas a evoluir constantemente o seu diferencial competitivo, reinventando sua proposta de valor e modelo de negócios à luz de um ambiente mais competitivo e dinâmico. Sagot complementa: “Por isso, nos enche de orgulho poder oferecer aos protagonistas dessa mudança a oportunidade de auxiliá-los na busca por diferentes formas de se desenvolver”. Os conteúdos do evento abordaram, sobretudo, os tópicos: estratégia, inovação, recursos financeiros, governança e liderança. Um dos temas debatidos foi como o empresariado deve assumir o protagonismo e auxiliar o País em um momento de expectativa de retomada da economia. Marcos Troyjo, Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, realizou a palestra magna de abertura do Fórum. O secretário abordou quais os atributos fundamentais para o sucesso da atividade empresarial e processos de reinvenção corporativa. Participaram, também, Amyr Klink, Carlos Alberto Sardenberg, Ana Paula Assis (Presidente da IBM América Latina) e Jason Green (autor do livro

HOMERO XAVIER

Optimizing Growth). Além disso, houve palestras de líderes de diversas empresas como MovEdu, MRV e Pif Paf alimentos. A maioria das empresas participantes no Fórum faz parte do programa Paex – Parceiros para a Excelência da FDC. O programa existe há 25 anos e é voltado especificamente para empresas de médio porte. A FDC desenvolve, ainda, programas voltados para a formação e preparação de sucessores, abordando o conflito de transição entre gerações, 500 líderes do Brasil e do exterior participaram do encontro os acordos societários e a pulverização do patrimônio. pela FDC em parceria com presas Brasileiras”. Com a Grant Thornton Brasil da uma amostra de mais de Pesquisa de tendências - Série Pesquisa de Tendências 300 executivos em todo o Durante o Fórum, foi apre- “Aspectos Influenciadores Brasil, ela aponta os gargalos sentada pesquisa realizada do Crescimento das Em- limitantes para o crescimen-

to das empresas. Entre eles estão questões como Geração de Empregos; Inclusão e Diversidade; e Eficiência e Novas Tecnologias. Em Geração de Empregos, os resultados sugerem que médias e grandes empresas apostam suas expectativas na criação de empregos formais, enquanto micro e pequenas empresas priorizam modalidades alternativas. No assunto Inclusão e Diversidade, o estudo aponta que a contratação de pessoas de diversos gêneros e a promoção de projetos sociais são as iniciativas ainda consideradas de menor relevância para a promoção de um ambiente diverso. Empresas com mais de 70 anos de operação sinalizam

relevância superior para essas iniciativas. O gargalo Eficiência e Novas Tecnologias mostra que, para o setor de Comércio e Serviços, o destaque é Analytics e Inteligência Artificial. A avaliação da pesquisa sinaliza que a relevância das novas tecnologias entre empresas jovens e experientes não variou significantemente. “No comércio, a ciência de dados é extremamente valorizada, porém o mercado ainda não conta com profissionais com as qualificações necessárias para realizar a interpretação destes dados. Em resumo, é uma questão de capacitação de pessoas”, afirma o professor da FDC Fabian Salum.

DEFESA

ESG vai capacitar industriais mineiros A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) deu início, na quarta-feira, ao 1º Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa, em parceria com a Escola Superior de Guerra (ESG) do Ministério da Defesa. O objetivo é reunir executivos e industriais para capacitá-los em áreas de importância para a defesa nacional. O primeiro encontro contou com a presença do comandante da ESG, almirante da Esquadra Alipio Jorge Rodrigues da Silva, que falou sobre os “Fundamentos e valores da Escola Superior de Guerra dentro da ambiência nacional”. O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, destacou a parceria com a ESG e afirmou que o Ciclo é uma oportunidade única para a indústria mineira. “Desde o início da nossa gestão, estamos estabelecendo uma aproximação com as Forças Armadas e o ápice acontece hoje com essa cooperação entre Federação e ESG. Teremos à nossa disposição o conhecimento da Escola Superior de Guerra

com sua metodologia em planejamento estratégico. Vamos aproveitar essa experiência única que pode trazer prosperidade para a indústria e, consequentemente, melhoria para a vida dos mineiros”, pontuou. Roscoe se mostrou otimista com o futuro do País. “É uma oportunidade que se abre para a indústria, pois o Brasil está recuperando sua capacidade de investimento e isso vai refletir nos nossos negócios”. Os 70 anos de tradição e qualidade de ensino da ESG foram celebrados pelo almirante da Esquadra Alipio Jorge Rodrigues da Silva que apresentou a história da instituição e sua metodologia. “A ESG normalmente é voltada para o setor público e o diferencial da nossa parceria com a Federação é que agora estamos voltados para o setor produtivo com objetivo de contribuir para o desenvolvimento do País”, afirmou. De acordo com o comandante da ESG, o Ciclo de Estudos vai preparar

os empresários mineiros para uma capacitação mais aprofundada, que deverá ser ofertada em Minas Gerais em 2020. “Temos por objetivo criar aqui, em um futuro próximo, um curso nos moldes do Curso de Gestão de Recursos de Defesa (CGERD), que ao longo de 13 anos diplomou mais de quatro centenas de pessoas”, contou o almirante. Sobre o mercado de compras para a Defesa Nacional, o almirante apontou o esforço para valorizar a indústria brasileira neste setor. “Buscamos ter a nacionalização em nossas compras de equipamentos, de forma que a indústria brasileira esteja sempre conosco. É importante ter cada vez mais empresas nacionais juntas às Forças Armadas, não só vendendo, mas fazendo manutenções, por exemplo. Mas além do mercado interno, temos que capacitá-las para a exportação, levando o nome do Brasil neste segmento”. Minas Gerais conta com relevantes indústrias na área da Defesa, como a

Embraer - terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, a Helibrás - único fabricante de helicópteros da América Latina, a Iveco - que produz e comercializa veículos de defesa, IAS, Imbel, Datapool, Navtec, entre outras. ESG - A Escola Superior de Guerra foi criada pela Lei nº 785/49. É um Instituto de Altos Estudos de Política, Estratégia e Defesa, integrante da estrutura do Ministério da Defesa, e destina-se a desenvolver e consolidar os

conhecimentos necessários ao exercício de funções de direção e assessoramento superior para o planejamento da Defesa Nacional, nela incluídos os aspectos fundamentais da Segurança e do Desenvolvimento. Funciona como centro de estudos e pesquisas, planeja, coordena e desenvolve os cursos instituídos pelo Ministro de Estado da Defesa. Seus trabalhos são de natureza exclusivamente acadêmica, sendo um foro democrático e aberto ao livre debate. (Com informações da Fiemg)

PRÓXIMAS ETAPAS 7 de outubro - O cenário brasileiro perante os novos rumos da geopolítica e da inteligência global 8 de outubro - Projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira 17 de outubro - Indústria da Defesa como pilar do desenvolvimento nacional 4 de novembro - Geopolítica dos conflitos do século XXI e a Amazônia 5 de novembro - Geopolítica do entorno estratégico 3 de dezembro - A importância das expressões do Poder Nacional na segurança e no desenvolvimento do Brasil 4 de dezembro - As Forças Armadas


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DC AUTO IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Avaliamos a Fiat Toro Freedom 1.8 com câmbio automático de 6 marchas Essa é umas das versões de entrada da linha da picape, que já vem bem equipada de série FOTOS: AMINTAS VIDAL

AMINTAS VIDAL*

Quando a Fiat lançou a linha 2020 da picape Toro, em julho, quase não mexeu no time que estava ganhando. As novidades foram uma saliência no para-choque dianteiro em forma de quebra-mato e novas configurações para algumas versões. A surpresa ficou por conta do pré-lançamento da versão Ultra, variante que terá capota rígida sobre a caçamba e chegará ao mercado ainda este ano. A economia nas mudanças reflete a boa aceitação da Fiat Toro em nosso mercado. Ela é a segunda picape mais vendida no Brasil e só perde para sua irmã caçula, a compacta Strada. Em 2018, Fiat Strada com 67.227, Fiat Toro com 58.477 e Volkswagen Saveiro com 45.920 emplacamentos formaram o pódio na disputa entre todas as picapes do nosso mercado, deixando a Toyota Hilux na quarta posição, com 39.278 unidades. Este ano, até o fechamento de setembro, a Strada contabilizou 56.629 unidades vendidas e, a Fiat Toro, 45.822. A Saveiro ainda se mantém em terceiro lugar com 30.971 emplacamentos, mas com uma pequena diferença para a Hilux, que registrou 30.152 unidades vendidas. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). DC Auto recebeu a Toro Freedom 1.8 Flex, automática, para avaliação. No site da montadora ela tem preço sugerido de R$ 112,49 mil. São R$ 2,5 mil a mais do que em seu lançamento, há menos de três meses. Mas este preço só se aplica se a cor escolhida for o vermelho colorado, pois na cor branca da unidade avaliada, mesmo sendo uma pintura sólida, a etiqueta se eleva em mais R$ 1,5 mil. De série - Em compensação, a versão é bastante completa e seus principais equipamentos de série são: ar-condicionado digital de duas zonas, direção elétrica, volante com múltiplos comandos e aletas (borboletas) para trocas de marchas, central multimídia com tela de 7 polegadas touchscreen compatível com Apple Carplay e Android Auto e navegação GPS embarcada. Também estão presentes o piloto automático com controlador de velocidade, o controle de tração (ASR) e o controle eletrônico de estabilidade (ESP), sistema que auxilia nas arrancadas em subidas (hill holder), sistema de desligamento e acionamento automático do motor (start&stop), gancho universal para fixação de cadeira infantil (Isofix), airbag duplo e freios ABS. A caçamba conta com capota marítima, luz de iluminação, ganchos para amarração de carga e revestimento. Completam o pacote dos itens presentes na picape: barras no teto

com porta-escadas, faróis de neblina com sistema cornering, lanterna traseira com luzes em LED, quadro de instrumentos de 3,5 polegadas em TFT personalizável, retrovisores externos elétricos com luzes indicadoras de direção integradas e rebatimento tilt down, rodas de liga leve de 16 polegadas calçadas com pneus 215/65 R16, sensor de estacionamento traseiro com câmera de ré, travas elétricas, vidros elétricos dianteiros e traseiros do tipo one touch e antiesmagamento no lado do motorista e sensor de pressão dos pneus, entre muitos outros. A unidade avaliada ainda estava equipada com um dos pacotes de opcionais entre os seis disponíveis: bancos revestidos parcialmente em material sintético que imita o couro e descanso de braço traseiro central com porta copos. O preço deste pacote (Pack Stile) é R$ 3,7 mil.

Mas tudo em plástico rígido e com poucas variações de textura e cor. Molduras coloridas no centro do painel e nos puxadores das portas quebram a simplicidade interna e conferem alguma sofisticação ao interior. Áreas macias ao toque estão presentes, apenas, nos apoios e encostos dos braços. Suas dimensões, tanto externas quanto internas, parecem ideais. A ergonomia é acertada e os comandos estão à mão. A cabine acomoda com conforto quatro adultos com espaço suficiente para pernas, ombros e cabeças de todos. Uma criança, ou um adulto de baixa estatura, tem certo conforto no centro do banco traseiro, pois o túnel não é muito alto, apesar de largo, o que o transforma em uma plataforma para os pés deste passageiro.

Motor e câmbio - A Toro Freedom Flex é equipada com o motor E.torQ 1.8 de 4 cilindros em linha. Seu cabeçote tem comando de válvulas simples tracionado por corrente com variação de abertura apenas na admissão. A injeção é indireta, multiponto, e a taxa de compressão é 12.5/1. O torque máximo é 19,3/18,8 kgmf às 3.750 rpm e a potência atinge 139/135 cv às 5.750 rpm, com etanol e gasolina, respectivamente. O câmbio é automático convencional com conversor de torque e 6 marchas. Ele oferece programação “Sport” e seleção entre automático e manual com possibilidade de comutação pela alavanca de câmbio ou pelas aletas posicionadas atrás do volante. Sempre elogiamos o design da Touro. Se não é a picape mais bonita do mundo, está entre as mais. Suas linhas são agressivas, mas o conjunto é harmônico e proporcional, algo raro em carros e muito mais escasso em picapes e utilitários. Já o interior é pouco ousado, até mesmo, burocrático.

*Colaborador **Confira essa e outras matérias no nosso blog: www.dcautoblog.com

Interior - Em termos de acabamento, a Toro está mais para o básico do que para o luxo. Todas as suas peças internas são muito bem injetadas, sem rebarbas ou parafusos aparentes e igualmente bem montadas.

Toro é mais espaçosa do que as picapes compactas e mais racional do que as médias

O porte intermediário também se mostra prático no trânsito urbano. Dirigir a Toro em congestionamentos, por exemplo, é bem mais fácil do que em qualquer picape média, pois ela não é tão larga e comprida e sua direção elétrica é muito leve e direta para um veículo deste porte. Outra vantagem da Touro é ser construída sobre monobloco e, não, sobre chassis. Isso permite que ela esterce quase como um carro, facilitando as manobras de estacionamento. Mas seu design moderno não favorece a visibilidade. As janelas estreitas, as colunas largas e a caçamba alta limitam a área de visão externa, algo que poderia melhorar se os retrovisores fossem maiores. O que ajuda bastante é a câmera de marcha à ré com guias esterçáveis e os sensores de estacionamento traseiros. Multimídia - A nova central multimídia de 7 polegadas substituiu a antiga, de 5 polegadas. Além do tamanho, ela passou a espelhar celulares e tem ótima sensibilidade ao toque. Apesar de funcionar bem, seu sistema poderia ser mais rápido, por ser tratar de um dispositivo recente. As ligações e áudio por bluetooth funcionaram sem falhas, mas o sistema Android do dispositivo não foi compatível com o aplicativo que

tínhamos instalado em nosso celular, mais antigo, o que impossibilitou o espelhamento do mesmo. Os seis alto-falantes distribuem bem o áudio e garantem um ótimo som por toda a cabine. O isolamento acústico da Toro também é muito bom. Em estradas ela é silenciosa quando a rotação do motor está abaixo das 3.000 rpm. Aos 110 km/h, e na sexta marcha, ele gira às 2.500 rpm. Mas é um motor pequeno para os seus 1.619 kg e obriga o motorista acelerar para que a Toro 1.8 fique mais esperta. Usar a programação “Sport”, passar o câmbio para a posição manual e trocar as marchas pelas aletas posicionadas atrás do volante muda um pouco seu comportamento, mas requer antecipação em manobras de ultrapassagem, por exemplo, pois sua aceleração é progressiva e ela demora a atingir velocidades maiores. A Toro, com este motor, leva 12,2 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, de acordo com a Fiat. As suspensões são independentes nos dois eixos, outro recurso possibilitado pelo monobloco. Elas são do tipo Mc Pherson na dianteira e multibraços na traseira. Seu acerto é mais rígido e garante muita estabilidade à Toro, mas mesmo assim, ela é uma picape confortável. Sua traseira não pula como nos modelos que usam eixo rígido e feixe

de molas e todo o conjunto copia bem as irregularidades do piso, sem transferir muitas vibrações para o interior. Não chega a ser confortável como um carro, mas é bem melhor que as outras picapes do mercado. Consumo - A Toro apresentou números melhores do que os esperados em nosso teste padrão de consumo, considerando sua ruim relação peso/potência, 11,65 kg/cv. Nas duas voltas de 38,4 km, uma aos 90 km/h e outra aos 110 km/h, ela registrou 11,2 km/l e 9,6 km/l, respectivamente, usando apenas etanol no tanque que tem capacidade de 60 litros. Circulando em cidades, também com etanol, ela se mostrou bem menos econômica, variando entre 4,5 km/l e 6,5 km/l, dependendo da intensidade do tráfego. Mesmo mais adequada em tamanho externo e capacidade interna, a Toro também é ruim para se usar como veículo diário, pois em seu interior, não oferece bagageiro fechado para transporte de objetos. Na caçamba, só carga mesmo, já que a capota marítima permite infiltrações e é vulnerável a roubos. Para transporte de cargas, ou mesmo em uma viagem com passageiros e bagagem, em períodos sem chuvas, a Toro é uma picape mais espaçosa que as opções compactas e mais racional que as médias. (AV)


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FINANÇAS MOHAMED ABD EL GHANY - REUTERS

MERCADO

Dólar tem queda de 1,09% e vai para R$ 4,08 Esta é a maior baixa em um mês São Paulo - O dólar fechou com a maior queda em um mês ontem, na casa de R$ 4,08, em meio à fraqueza global da moeda norte-americana conforme investidores turbinaram apostas de novos cortes de juros nos Estados Unidos. O dólar à vista caiu 1,09% ontem, a R$ 4,0894 na venda. É a maior baixa diária desde 4 de setembro (-1,79%) e o menor patamar para um encerramento desde 17 de setembro (R$ 4,078 na venda). Na B3, o dólar futuro de maior liquidez perdia 1%, a R$ 4,0955. Na semana, o dólar spot recua 1,61%, a caminho de registrar a maior queda semanal desde julho. No exterior, o índice do dólar cedia 0,11%. A percepção de que o dólar pode já ter atingido no exterior picos do atual ciclo de alta se soma no Brasil à ideia de que o fluxo cambial deve melhorar nos próximos meses e a dados sinalizando melhora da economia em relação ao restante do mundo. “Acho que (a reforma da) Previdência está precificada. [...] O que não está precificado é o efeito disso na confiança, diminuição do represamento de consumo e investimento, melhora do PIB” e de balanços”, disse Renoir Vieira, gestor do family office Pacific Investimentos. Na avaliação de profissionais do mercado, esse “combo” tem levantado dúvidas sobre a vantagem de se continuar apostando no fortalecimento da divisa dos EUA, o que tem levado alguns operadores a desmontar parte de posições de proteção para outros mercados, como o de bolsa. Pelo segundo dia consecutivo, o real teve um desempenho superior ao Ibovespa. A moeda brasileira esteve entre os destaques positivos nos mercados globais de câmbio nesta

sessão, depois de semanas figurando recorrentemente entre as divisas de pior desempenho. O foco do mercado se volta agora para dados mais amplos do mercado de trabalho norte-americanos, que serão divulgados hoje. Se vierem aquém do esperado, investidores deverão aumentar ainda mais apostas de corte de juros nos EUA, o que tende a amparar a continuação do ajuste de baixa no dólar. Desmonte - Dados da B3 mostram que, desde o começo de setembro, fundos locais reduziram posições líquidas compradas em dólar em US$ 3,68 bilhões, para US$ 7,46 bilhões na quarta-feira (2), segundo números mais atuais disponibilizados. Os dados consideram posições em contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial. Desde o começo do ano o real tem tido performance mais fraca que a bolsa ou a renda fixa. Segundo analistas, isso vinha ocorrendo porque investidores tomaram dólar para proteger aplicações nos mercados de ações e renda fixa. De fato, o real acumula depreciação de 6,3% ante o dólar em 2019, enquanto o Ibovespa sobe quase 15% e os títulos prefixados se valorizam 10%. Mas a continuidade dessa dinâmica cada vez mais é dúvida. “De ontem para hoje zeramos nossa posição (comprada) em dólar”, disse Roberto Campos, gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, para quem o real parece mais inclinado a recuperar parte das perdas do ano depois da forte depreciação de agosto, a mais intensa desde 2015. A expectativa de que o fluxo cambial se recupere nos próximos meses também está por trás do desmonte de parte de posições pró-dólar.

Dados da B3 apontam que fundos locais reduziram suas posições em dólares em US$ 3,68 bilhões desde setembro

Um gestor de fundos em São Paulo citou esperados ingressos de recursos de operações corporativas como um elemento a estimular expectativa de melhora do fluxo cambial. A queda da Selic a sucessivas mínimas recordes reduziu o custo de captação de recursos no mercado local. Com isso, muitas empresas com dívidas em moeda estrangeira decidiram antecipar pagamentos dessas obrigações para se financiarem em reais. Esse movimento gera fluxo cambial negativo, o que exerce pressão de alta para o dólar. Esse movimento foi reconhecido pelo Banco Central, mas recentemente o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, disse que grande parte do movimento de pré-pagamento de dívida corporativa já foi feito. “Talvez comprar juro possa se tornar um trade melhor para proteger posições em bolsa. Pode ser o fim de um combo ‘compra de dólar, venda de juros’ que já dura uns três anos”, afirmou Portella. O real “surfaria” numa onda positiva para emergentes também à medida que os indicadores dos EUA se mostram mais fracos em relação aos de outros países, o que elevaria apostas de cortes de juros nos EUA - movimento que reduziria o apelo ao dólar. Dados dos setores ma-

Ibovespa acompanha cenário internacional São Paulo - O Ibovespa firmou alta já nos ajustes da volátil sessão de ontem, acompanhando o vaivém do cenário internacional, com dados dos Estados Unidos novamente no radar. O principal índice acionário doméstico fechou em alta de 0,48%, a 101.516,04 pontos. O volume financeiro da sessão somou R$ 15,7 bilhões. Dados dos EUA mostraram que o setor de serviços desacelerou para o ritmo mais lento em três anos em setembro, no mais recente sinal de que as tensões comerciais com a China estão corroendo a economia do país. Mas os dados fracos elevaram as expectativas de outro corte de juros pelo Federal Reserve para conter uma desaceleração econômica maior, elevando os índices após início de sessão ruim. O S&P 500 avançou 0,79%. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que uma delegação chinesa chegará ao país na próxima semana para mais negociações. Apesar da volatilidade, o Ibovespa se manteve acima dos 100 mil pontos, importante ponto de resistência, disse Raphael Guimarães, operador de renda variável da RJ Investimentos. Guimarães observou que o Brasil mostrou que não suporta uma onda global de aversão a risco, ainda que o cenário doméstico ande no sentido contrário do internacional. Também repercutiu no mercado operação do Ministério Público e da nufatureiro e de serviços nos EUA vieram piores que o esperado para setembro, enquanto no Brasil e na China números semelhantes mostraram

Polícia Federal sobre vazamentos de resultados de reuniões do Comitê de Política Monetária de 2010 a 2012, envolvendo um fundo administrado pelo banco BTG Pactual. Destaques – Banco do Brasil ON subiu 4,31%, após anunciar oferta secundária de ações, que deve ser precificada no dia 17. Itaú Unibanco PN teve oscilação positiva de 0,03% e Bradesco PN evoluiu 0,28%. BTG Pactual perdeu 3,78% em meio ao anúncio de que foi alvo de operação sobre vazamento de dados sigilosos sobre a divulgação da taxa Selic. As units chegaram a desabar cerca de 10% logo após a notícia da operação da Política Federal na sede do banco em São Paulo. Gol PN saltou 5,48%, após perder cerca de 24% desde agosto até o fechamento da véspera, também beneficiada pela forte queda no dólar. Azul subiu 4,13%. Ultrapar ON caiu 1,66%, após seis altas seguidas, período em que acumulou valorização de quase 8%. BR Distribuidora avançou 1,51%. Petrobras PN e Petrobras ON subiram 0,07% e 0,76%, respectivamente. Vale ON avançou 0,75%, após tombo na véspera, quando acompanhou movimento negativo global de ações de mineradoras, em meio às preocupações com a atividade mundial. (Reuters)

recuperação. Ontem, o mercado turbinou a mais de 90% a probabilidade de novo corte de 0,25 ponto percentual do juro nos Estados

Unidos. Quanto menor a taxa por lá, mais chances de investidores trazerem recursos para mercados emergentes, como o Brasil. (Reuters)

FEDERAL RESERVE

Evans: ajustes modestos não serão suficientes JUAN MEDINA - REUTERS

Charles Evans afirma que o Fed continua a ter independência

Madri - As perspectivas para a economia dos Estados Unidos são “bastante boas”, mas ajustes modestos na política monetária não serão suficientes para compensar possíveis choques econômicos, disse ontem o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans. O Fed reduziu a taxa de juros dos EUA duas vezes este ano, uma vez que as empresas norte-americanas foram afetadas por crescentes tensões comerciais com a China, risco político - incluindo o divórcio potencialmente caótico do Reino Unido da União Europeia - e enfraquecimento do crescimento econômico

na Alemanha e em outros países. “Se houver um evento que choque a economia mundial ou a economia dos EUA, esses ajustes modestos não serão nem um pouco suficientes, isso é apenas um gerenciamento de riscos para ajudar a melhorar as coisas, à medida que nos esforçamos para obter crescimento de aproximadamente 2% (nos EUA) nos próximos 18 meses”, disse Evans em uma conferência em Madri. “A economia dos EUA continua a crescer acima da tendência... as perspectivas econômicas dos EUA são bastante boas, ainda têm fortes fundamentos”, disse

ele, acrescentando contudo que as tensões comerciais ainda apresentam riscos negativos, potencialmente adiando as decisões de investimento das empresas. Além das preocupações comerciais, os Estados Unidos ganharam aprovação na quarta-feira (2) para cobrar tarifas de importação sobre mercadorias europeias no valor de US$ 7,5 bilhões, devido a subsídios ilegais da UE concedidos à Airbus, o que ameaça desencadear uma guerra comercial retaliatória transatlântica. Evans disse que o Federal Reserve continua a ter “uma quantidade razoável de independência” e

está focado em seu mandato, apesar das críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a suas medidas de política monetária. “As pessoas podem te criticar... (mas) o que precisamos fazer é manter a cabeça baixa e prestar atenção no nosso objetivo do mandato” de emprego e inflação, disse Evans em uma conferência em Madri. Na terça-feira (1), Trump renovou as críticas ao banco central dos EUA, dizendo que o Fed tem mantido a taxa de juros “muito alta” e que um dólar forte está prejudicando as fábricas norte-americanas. (Reuters)


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LEGISLAÇÃO FAZENDA PÚBLICA

IPCA-E corrigirá processos, decide o STF Impacto para a União apenas na Justiça Federal é estimado em R$ 40,8 bilhões em parecer da AGU Brasília - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou ontem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) tem de ser aplicado imediatamente como fator de correção monetária em processos nos quais cidadãos têm créditos a receber da Fazenda Pública, causa essa que pode trazer um impacto bilionário para as contas da União, conforme dados oficiais. O STF já tinha decidido que o índice de correção monetária dos débitos judiciais da Fazenda Pública, mesmo no período da dívida anterior à expedição do precatório, deve ser o IPCA-E, e não mais a Taxa Referencial (TR). Contudo, após ter sido provocado por Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entidades de servidores, 18 estados e o Distrito Federal, o ministro Luiz Fux, relator do caso, concedeu liminar para suspender a aplicação da decisão até que se avaliasse se seria possível estabelecer um momento da entrada em vigor da decisão, a chamada modulação dos efeitos. Segundo parecer técnico da Advocacia-Geral da União (AGU), cálculos mais recentes estimam que o impacto para a União seria de R$ 40,8 bilhões apenas no âmbito da Justiça Federal sobre precatórios e outros créditos devidos pela Fazenda Pública Federal e inscritos no Orçamento entre 2011 e 2017, se não houver modulação dos efeitos. Contudo, a Corte rejeitou ontem recurso que tentava modular os efeitos, com a correção do IPCA-E

ROSINEI COUTINHO / STF

valendo a partir de 25 de março de 2015. Já havia uma maioria de seis votos a favor da aplicação imediata do IPCA-E. Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, presidente do Supremo, votaram ontem para modular os efeitos, mas ficaram entre os ministros vencidos - ao todo foram quatro votos para essa tese. Precatórios - A maioria de votos foi formada em março, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Com o placar de 6 votos a 4 no plenário do Supremo, o IPCA-E deve ser usado como o índice de correção dos precatórios, desde 2009. Precatórios são requisições de pagamento de determinada quantia por beneficiário, devida pela Fazenda Pública, em face de uma condenação judicial definitiva, ou irrecorrível. Em 2013, o STF julgou uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e derrubou o regime especial de pagamento de precatórios criado em 2009, por meio de emenda à Constituição, que tinha regras mais flexíveis de pagamento, pois estados e municípios não estavam conseguindo quitar suas dívidas. Na ocasião, a Corte também definiu que a TR não poderia ser utilizada para fazer a atualização de valores dos precatórios, que são pagos décadas após o reconhecimento do crédito a receber. Conforme a maioria dos ministros, o índice, usado para remunerar

O STF concluiu o julgamento sobre a correção em processos sobre créditos, que foi suspenso em março

os depósitos na poupança, rende menos que a inflação e não pode ser usado para corrigir o valor dos precatórios. Após o julgamento, as procuradorias de diversos estados recorreram ao Supremo e pediram que o IPCA-E não fosse aplicado entre 2009 e 2015, período em que uma lei que estabeleceu o antigo regime de correção estava em vigor e houve a decisão final de mérito do STF. (Reuters/ABr)

OPERAÇÃO ARMADEIRA

Auditores fiscais criaram esquema de lavagem de dinheiro para camuflar identificação de bens Rio de Janeiro - Os auditores fiscais presos na Operação Armadeira criaram um intrincado esquema de lavagem de dinheiro para dificultar a identificação de seus bens, afirma o Ministério Público Federal. O centro deste esquema, de acordo com as investigações, é o auditor Daniel Gentil, apontado como “lavador de recursos da organização criminosa”. Empresas em nome de sua mãe, Sueli Gentil, também presa, apareciam como proprietárias de imóveis e carros usados por outros servidores suspeitos, entre eles Marco Aurélio Canal, supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Lava Jato - grupo responsável por aplicar multas aos acusados da operação por sonegação fiscal. Daniel Gentil era subordinado a esse setor. O grupo foi preso na última quarta-feira sob suspeita de cobrar e extorquir dinheiro de investigados na Lava Jato. Em troca, eles anulariam multas por sonegação fiscal decorrentes de fatos descobertos pela operação. Canal é suspeito de ter atuado na cobrança de propina de R$ 4 milhões junto à Fetranspor (federação das empresas de ônibus do Rio de Janeiro) e no recebimento de 50 mil euros de Ricardo Siqueira Rodrigues, acusado na Operação Rizoma. O advogado Fernando Martins, que representa Canal, pediu ao juiz Marcelo Bretas para que o investigado não seja levado para Bangu 8, onde ficam os réus da Lava Jato, em razão de sua atuação nos procedimentos da operação. O Ministério Público Federal apontou indícios de que bens usados pela família de Canal estão em nome de empresas ligadas a outros auditores, especialmente Daniel Gentil. É o caso da cobertura em que, segundo a investigação, a família

mora na avenida Lúcio Costa, orla da Barra da Tijuca. O imóvel está em nome da empresa B. Magts, cuja única sócia é Sueli. A Polícia Federal afirma não ter identificado pagamento de aluguel aos proprietários. A empresa ligada à família Gentil também é proprietária de dois veículos (Honda Fit e Mitsubishi Outlander) usados pela filha e mulher de Canal. O carro Golf, utilizado pelo ex-supervisor da Receita, está em nome de uma empresa de um amigo dele. A Procuradoria afirma que os investigados utilizaram uma técnica de “lavagem cruzada” a fim de dificultar as investigações. Parentes - Em apurações anteriores, o crime de branqueamento costumava ser cometido em nome de parentes. As informações sobre os reais proprietários dos bens só foram colhidas após monitoramento de agentes da Polícia Federal. “É claro que, sendo muitos dos membros da organização criminosa experientes funcionários da Receita Federal, havendo diversos auditores fiscais, por exemplo, com amplo conhecimento técnico dos parâmetros de fiscalização de imposto de renda, o esquema de lavagem de valores por eles empreendido mescla uma série de tipologias possíveis e sofisticados engendramentos”, afirmam os procuradores no pedido de prisão. As investigações indicam ainda o envolvimento de outro auditor fiscal na lavagem de dinheiro -Fábio Cury, preso temporariamente. O Ministério Público aponta a compra de um notebook como indício de que os auditores Cury, Gentil e Canal têm bens cruzados. Em um email de Cury para tratar da aquisição, o auditor envia a uma pessoa o cartão de crédito de Gentil para pagar o computador adquirido pelo filho de Canal.

“Aparentemente, o que foi comprado pelo filho de Marco Aurélio Canal e pago por Daniel Gentil foi um laptop no valor de US$ 6.276,71, conforme observado em um formulário de autorização de compra anexado a um correio eletrônico encaminhado pelo filho de Canal a Fábio Cury”, diz a Procuradoria. Além disso, um ex-cunhado de Cury vendeu imóveis às empresas ligadas a Gentil, o que levantou a suspeita de procuradores. Os procuradores suspeitam ainda que Canal tenha lavado dinheiro na construção de um shopping em Itaguaí (a 72 km do Rio de Janeiro), no qual uma empresa em nome de sua mulher tem participação. O advogado Fernando Martins, responsável pela defesa de Marco Aurélio Canal, declarou em nota que a prisão é ilegal. Ele não quis comentar especificamente as suspeitas sobre lavagem de dinheiro. “Trata-se de mais uma prisão ilegal praticada no âmbito da denominada Operação Lava Jato, eis que de viés exclusivamente político, atribuindo a Marco Canal responsabilidades e condutas estranhas a sua atribuição funcional, e pautada exclusivamente em supostas informações obtidas através de ‘ouvi dizer’ de delatores”, diz Martins. Em depoimento à Polícia Federal, Cury não foi questionado sobre a compra do laptop. Sobre as transações imobiliárias entre seu ex-cunhado e Gentil, ele afirmou que apenas apresentou os dois, sem ter participado da transação. O advogado Bruno Rodrigues, que defende Cury, afirmou que ele nega as suspeitas de envolvimento com crimes. A reportagem tentou contato com o advogado André Barreto, que representa Gentil, mas não obteve retorno. (Folhapress)

SELIC

Vazamento de reuniões do Copom para o BTG Pactual é investigado pelo MPF e PF São Paulo - O Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram ontem uma operação sobre vazamentos de resultados de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2010 a 2012, envolvendo um fundo administrado pelo banco BTG Pactual, segundo as autoridades. A operação chamada “Estrela Cadente” apura o fornecimento de informações sigilosas na época sobre mudanças na Selic por parte da cúpula do Ministério da Fazenda e do Banco Central em favor de um fundo administrado pelo BTG Pactual, segundo o MPF. “Operação conjunta investiga vazamentos inseridos em contexto de obtenção de vantagens ilícitas mútuas entre banqueiro e agentes públicos do alto escalão do governo federal da época”, explicou o MPF. A investigação foi instaurada a partir de colaboração premiada do ex-ministro Antônio Palocci, sendo investigada a possível prática, entre outros, de corrupção passiva e ativa, além de informação privilegiada e lavagem e ocultação de ativos. Segundo Palocci delatou, o então ministro da Fazenda Guido Mantega passava as informações para o dono do BTG, André Esteves. Em contrapartida, o banqueiro pagava propina para o ministro e para o PT. Durante o período dos vazamentos, Palocci não tinha atuação direta sobre o Copom ou Banco Central. Em 2010, ele era deputado federal, no ano seguinte ministro da Casa Civil e em 2012 consultor, mas ele afirmou aos delegados da Polícia Federal que tinha conhecimento sobre os casos por se manter muito próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à cúpula do PT. O banco teria obtido, com as informações, um lucro de dezenas de milhões de reais, informaram os investigadores. A operação investiga os possíveis crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, informação privilegiada, lavagem e ocultação de ativos. A operação cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do BTG Pactual em São Paulo. Segundo o MPF, fundo de investimentos administrado pelo banco teria “obtido lucros extraordinários de dezenas de milhões de reais” com o uso de informações sigilosas.

Em nota, o BTG afirmou que o fundo Bintang FIM tinha só um cotista pessoa física, um profissional do mercado financeiro gestor credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “que nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o banco ou qualquer de seus sócios”. O banco afirmou ainda que exerceu apenas o papel de administrador do fundo, sem ter qualquer poder de gestão ou participação nos negócios. Fundo - Segundo dados da CVM, o fundo multimercado Bintang, que iniciou em agosto de 2010 e foi encerrado em fevereiro de 2013, tinha carteira gerida por Marcelo Augusto Lustosa de Souza. Não foi possível entrar em contato com Souza de imediato. Em janeiro de 2011, o fundo tinha patrimônio líquido de R$ 7,58 milhões e carteira de R$ 11,14 milhões. No início de 2012, o patrimônio subiu para R$ 41,9 milhões e a carteira para R$ 43,4 milhões. Em janeiro de 2013, o patrimônio tinha encolhido para R$ 28 milhões e a carteira para R$ 29 milhões. O período mencionado na operação envolve as presidências de Henrique Meirelles, à frente do Banco Central de 2003 a 2010 (no governo de Luiz Inácio Lula da Silva), e de Alexandre Tombini 2011 a junho de 2016 (no governo de Dilma Rousseff). O Banco Central afirmou “que não foi comunicado sobre o conteúdo da Operação Estrela Cadente, que corre sob segredo de Justiça”. A defesa do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que ocupou a pasta entre 2006 e 2014, afirmou que “Palocci fez um admirável feito. Conseguiu juntar fatos aleatórios, sem qualquer relação uns com os outros, para criar uma narrativa falsa, mas que fosse capaz de seduzir a polícia, já que nem o MPF caiu na sua ladainha.” Enquanto isso, a defesa de Palocci disse que ele “continuará colaborando com a Justiça, esclarecendo os fatos que são objeto dos processos e apresentando suas provas de corroboração, assim como demostrado quando da deflagração da fase ostensiva da operação de hoje”. (Reuters/ Folhapress)





Indicadores Econômicos Inflação

Dólar 03/10/2019 COMERCIAL*

PTAX (BC)

01/10/2019

Set.

IGP-M (FGV)

1,52%

TR/Poupança Out.

Nov.

Dez.

Jan.

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

0,89%

-0,49%

-1,16%

0,01%

0,88%

1,26%

0,92%

0,45%

0,80%

0,40%

Agosto No ano 0,67%

4,09%

12 meses 4,95%

R$ 4,0887

R$ 4,1324

R$ 4,1612

IPC-Fipe

0,39%

0,48%

0,15%

0,09%

0,58%

0,54%

0,51%

0,29%

-0,02%

0,15%

0,14%

0,33%

2,56%

3,71%

VENDA

R$ 4,0894

R$ 4,1344

R$ 4,1624

IGP-DI (FGV)

1,79%

0,26%

-1,14%

-0,45%

0,07%

1,25%

1,07%

0,90%

0,40%

0,63%

0,01%

0,51%

3,86%

4,32%

COMPRA

R$ 4,1003

R$ 4,1540

R$ 4,1734

INPC-IBGE

0,30%

0,40%

-0,25%

0,14%

0,36%

0,54%

0,77%

0,60%

0,15%

0,01%

0,10%

0,12%

2,68%

3,28%

IPCA-IBGE

0,48%

0,45%

-0,21%

0,15%

0,32%

0,43%

0,75%

0,57%

0,13%

0,01%

0,19%

0,11%

2,54%

3,43%

ICV-DIEESE

0,55%

0,58%

0,32%

-0,21%

0,43%

0,35%

0,54%

0,32%

0,20%

-0,21%

0,17%

0,07%

1,88%

3,15%

IPCA-IPEAD

0,37%

0,29%

-0,20%

0,30%

1,87%

-0,24%

0,52%

-0,07%

0,27%

0,16%

0,68%

0,22%

3,44%

4,24%

Julho 998,00 0,12 23,54 3,5932 5,95

Agosto 998,00 0,09 23,54 3,5932 5,95

R$ 4,1012

R$ 4,1546

R$ 4,1740

COMPRA

R$ 4,0700

R$ 4,1100

R$ 4,1400

VENDA

R$ 4,3100

R$ 4,3600

R$ 4,3900

Fonte: BC - *UOL

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

03/10/2019

02/10/2019

01/10/2019

US$ 1.504,94

US$ 1.500,01

US$ 1.479,28

R$ 198,86

R$ 200,09

R$ 199,11

BM&F-SP (g) Fonte: Gold Price

Taxas Selic Tributos Federais (%)

Meta da Taxa a.a. (%)

Novembro

0,49

6,50

Dezembro

0,49

6,50

Janeiro

0,54

6,50

Fevereiro

0,49

6,50

Março

0,47

6,50

Abril

0,52

6,50

Maio

0,54

6,50

Junho

0,47

Julho

0,57

6,00

Agosto

0,50

6,00

Setembro

0,46

5,50

6,50

Reservas Internacionais 02/10 .......................................................................... US$ 377.130 milhões Fonte: BCB-DSTAT

Imposto de Renda Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Base de Cálculo (R$) Até 1.903,98

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

Índices

COMPRA

VENDA TURISMO*

02/10/2019

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP Set. Salário 954,00 CUB-MG* (%) 0,13 UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 6,56 *Fonte: Sinduscon-MG

Out. 954,00 0,11 23,54 3,2514 6,98

Nov. 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98

Dez. 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98

Jan. 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03

Taxas de câmbio MOEDA/PAÍS CÓDIGO BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 60 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 779 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 Fonte: Banco Central / Thomson Reuters

Fev. 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03

Março 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03

Abril 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26

Maio 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26

Junho 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26

VENDA 0,5996 0,7612 0,007085 0,4687 0,6037 0,03324 0,4169 0,1754 0,0801 0,03417 13,4952 0,003457 5,7927 0,03844 1,1166 2,7687 4,1012 4,1012 3,0785 0,01972 4,9712 2,9712 0,5229 0,6114 4,1012 0,01357 4,1123 0,0006414 0,03842 0,2518 5,0818 0,002724 5,0777 0,1325 0,7201 1,2156 0,05786 0,005717 0,001185 4,1012 0,07849 0,07925 0,2081 0,1103 0,5285 0,002681 0,6077 0,5753 1,1265 10,6525 0,01646 0,0000976 1,0934 0,00101 0,9797 0,06286 0,0002894 0,266 1,175 0,003415 1,0407 4,508

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2019 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 até 5.839,45 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 998,00 (valor. Mínimo) 11 109,78 De 998,00 até 5.839,45 20 199,60 até 1.167,89 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 907,77 R$ 907,78 a R$ 1.364,43

Valor unitário da quota R$ 46,54 R$ 32,80

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2019

FGTS ËQGLFHV GH UHQGLPHQWR &RH¿FLHQWHV GH -$0 0HQVDO

Competência do Depósito Crédito 3% * 6% Maio/2019 Julho/2019 0,2466 0,4867 Junho/2019 Agosto/2019 0,2466 0,4867 * Taxa que deverá ser usada para atualizar o saldo do FGTS no sistema de Folha de Pagamento. Fonte: Caixa Econômica Federal

15/09

0,01311781

2,92791132

16/09

0,01311781

2,92791132

17/09

0,01311781

2,92791132

18/09

0,01311781

2,92791132

19/09

0,01311781

2,92791132

20/09

0,01311781

2,92791132

21/09

0,01311781

2,92791132

22/09

0,01311781

2,92791132

23/09

0,01311781

2,92791132

24/09

0,01311781

2,92791132

25/09

0,01311781

2,92791132

26/09

0,01311781

2,92791132

27/09

0,01311781

2,92791132

28/09

0,01311781

2,92791132

29/09

0,01311781

2,92791132

30/09

0,01311781

2,92791132

31/09

0,01311781

2,92791132

01/10

0,01311781

2,92791132

02/10

0,01311781

2,92791132

03/10 0,01311781 Fonte: Fenaseg

2,92791132

19/09 a 19/10 20/09 a 20/10 21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 a 23/10 24/09 a 24/10 25/09 a 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 01/10 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11

0,4153 0,3917 0,3717 0,3898 0,4079 0,4069 0,4073 0,4049 0,3844 0,3651 0,3833 0,4015 0,4007 0,4189 0,4182

Aluguéis Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Agosto IGP-DI (FGV) Agosto IGP-M (FGV) Agosto

0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434 0,3434

1,0343 1,0432 1,0495

17/09 a 17/10 18/09 a 18/10 19/09 a 19/10 20/09 a 20/10 21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 a 23/10 24/09 a 24/10 25/09 a 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 01/10 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3434 0,3434 0,3434 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153

Agenda Federal IOF - Pagamento do IOF apurado no 3º decêndio de agosto/2019: Operações de crédito - Pessoa Jurídica - Cód. Darf 1150. Operações de crédito - Pessoa Física - Cód. Darf 7893. Operações de câmbio - Entrada de moeda - Cód. Darf 4290. Operações de câmbio - Saída de moeda - Cód. Darf 5220. Títulos ou Valores Mobiliários - Cód. Darf 6854. Factoring - Cód. Darf 6895. Seguros - Cód. Darf 3467. Ouro, ativo financeiro - Cód. Darf 4028. Darf Comum IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no período de 21 a 31.08.2019, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “b”, da Lei nº 11.196/2005): a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuídos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espécie e lucros decorrentes desses prêmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisão de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 6

TBF

Seguros

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

Dia 4

Contribuição ao INSS COMPRA 0,5866 0,7527 0,007031 0,4681 0,6035 0,03318 0,4167 0,1753 0,07962 0,03406 13,4667 0,003417 5,7755 0,03828 1,1163 2,7679 4,1006 4,1006 3,0776 0,01948 4,9109 2,9704 0,5228 0,6007 4,1006 0,01355 4,1101 0,0006405 0,0384 0,251 5,0794 0,0027 5,0729 0,1323 0,7197 1,2142 0,05784 0,005713 0,001182 4,1006 0,0783 0,07921 0,208 0,1102 0,5264 0,002676 0,6073 0,5752 1,1259 10,6509 0,01644 0,0000976 1,0932 0,0009927 0,9789 0,06284 0,0002893 0,2646 1,1741 0,003409 1,0402 4,5057

30/08 a 30/09 31/08 a 01/10 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 05/09 a 05/10 06/09 a 06/10 07/09 a 07/10 08/09 a 08/10 09/09 a 09/10 10/09 a 10/10 11/09 a 11/10 12/09 a 12/10 13/09 a 13/10 14/09 a 14/10 15/09 a 15/10 16/09 a 16/10

Salário de agosto/2019 - Pagamento dos salários mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salários mensais é até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o sábado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da categoria profissional, que pode estabelecer prazo específico para pagamento de salários aos empregados. Recibo FGTS - Depósito, em conta bancária vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes à remuneração paga ou devida em agosto/2019 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar o depósito. GFIP/Sefip (aplicativo Conectividade Social - meio eletrônico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, da relação de admissões e desligamentos de

empregados ocorridos em agosto/2019. Nota: Para fins de seguro-desemprego, as informações no Caged relativas a admissões deverão ser prestadas na data de início das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do seguro-desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou então, no prazo estipulado em notificação para comprovação do registro do empregado lavrada em ação fiscal por Auditor-Fiscal do Trabalho. Estas informações dispensarão o envio do Caged até o dia 7 do mês subsequente relativamente às admissões informadas (Portaria MTE nº 1.129/2014). Caged (meio eletrônico) Simples Doméstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em agosto/2019, da contribuição previdenciária a cargo do empregador doméstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depósito destinado ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recíproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de Arrecadação eSocial - DAE (2 vias) Salário de agosto/2019 – Domésticos - Pagamento dos salários mensais dos empregados domésticos (Lei Complementar nº 150/2015, art. 35). Nota: O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Recibo Dia 10 Comprovante de Juros sobre o Capital Próprio – PJ - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no mês de agosto/2019 (art. 2º, II, da Instrução Normativa SRF nº 41/1998). Formulário IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de agosto/2019 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da TIPI (cigarros que contenham tabaco) - Cód. Darf 1020. Darf Comum (2 vias)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2019

20

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

“Cinema e Psicanálise” O Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) retoma hoje a tradicional mostra Cinema e Psicanálise, exibindo o clássico longa-metragem O Espelho (1975), de Andrei Tarkovsky. Após a exibição do filme, Cristina Nogueira, psicanalista da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, comentará o longa-metragem. A sessão começará às 19h30 e terá entrada gratuita, com ingressos retirados uma hora antes do início, na bilheteria do cinema. A narrativa de O Espelho conta a história de Alexei, um homem na casa dos 40 anos de idade que está prestes a morrer. Os momentos pessoais do personagem se intercalam com a história da nação russa.

Lançamento de “Escravidão” Seis vezes ganhador do Prêmio Jabuti, o jornalista e escritor Laurentino Gomes vem a Belo Horizonte para falar no Sempre Um Papo sobre o primeiro volume de sua nova trilogia de livros-reportagens, “Escravidão - do Primeiro Leilão de Cativos em Portugal Até a Morte de Zumbi dos Palmares” (Globo Livros). O evento será realizado na próxima, quarta-feira, às 19h30, no Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia) , com entrada gratuita. Maior território escravista do hemisfério ocidental, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões de cativos africanos, 40% do total de 12,5 milhões embarcados para a América ao longo de três séculos e meio. O País tem hoje a maior população negra do planeta, com exceção apenas da Nigéria.

Literatura fantástica A obra do jornalista e escritor Murilo Eugênio Rubião, expoente da literatura fantástica brasileira, é temática da nova exposição presente no Café do Palácio das Artes. Disponível para a visitação até o próximo dia 28, “Murilo Rubião, O Conto” reúne os originais de três séries do artista tcheco Jiří Voves. A exposição é uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado, o Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo e o Consulado Honorário Tcheco em Minas Gerais, e conta com desenhos de Voves para a tradução tcheca do livro de Rubião A Noiva da Casa Azul, além de trabalhos inéditos do artista em pintura, ilustração e estudos gráficos.

VIVER EM VOZ ALTA

O FLI-BH Com grande prazer, assisti ao debate entre os escritores Maria Valéria Rezende e Marcelo Rubens Paiva no Teatro Francisco Nunes, no sábado passado. Com mediação da excelente poeta Adriane Garcia, a conversa foi inteligente e fortemente sintonizada com os dramas vividos atualmente pela sociedade brasileira. Promovido pelo Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, o FLI-BH, o evento provou o quanto vale a pena ouvir e refletir sobre o que dizem os bons autores. E, também, o quanto a literatura e a leitura são potentes para oferecer novas perspectivas e outras visões de mundo aos que se dispõem a ingressar em seus territórios. A vida de quem lê seguramente se relaciona mais com horizontes amplos e complexos, em que as verdades absolutas dão lugar à vontade de perguntar e de conhecer. E de duvidar das aparências. De Maria Valéria Rezende, li o ótimo “Quarenta Dias”, lançado pela Editora Alfaguara em 2014 e vencedor do Prêmio Jabuti. O livro conta a história de uma mulher, já na chamada ‘terceira idade’, que desmonta sua casa e sua vida na Paraíba e se muda para Porto Alegre, atendendo a um pedido da filha, residente na capital gaúcha. Mais não direi, para não estragar a experiência dos que se interessarem em ler o texto dessa escritora paulista, freira da Congregação de Nossa Senhora – Cônegas de Santo Agostinho, hoje moradora de João Pessoa. A narrativa é tão engenhosa e sedutora que o leitor não consegue abandonar facilmente o volume. Também é assim o discurso de Maria Valéria, que encantou e eletrizou a plateia durante suas intervenções no

bate-papo com Marcelo Rubens Paiva. Corajosa e lúcida, é intelectual de primeira linha, capaz de compreender, de fato, o seu povo e o seu tempo. De Marcelo Rubens Paiva, li o famoso “Feliz ano velho”, lançado pela Editora Brasiliense em 1982 e logo um best seller nacional. No livro, o jornalista e dramaturgo conta a história do acidente que o deixou paraplégico. Filho de Eunice e do deputado Rubens Paiva, é figura marcante também na imprensa brasileira, tendo atuado na ‘Folha de S. Paulo’ e no “0 Estado de São Paulo”. Sua presença nas redes sociais é igualmente forte. E sua atuação no palco do FLI-BH não deixou a desejar, expondo suas ideias de modo firme e claro. Na saída do teatro, tive a alegria de encontrar a professora Íris Amâncio, da Universidade Federal Fluminense e fundadora da Nandyala. No stand da editora,

“Paisagens Minerais” A ação criadora de Sérgio Marzano é conduzida pela mineiridade e mineralidade. Em processo artesanal, o artista extrai dos minerais o pigmento utilizado na pintura de seus quadros e transpõe o fascínio causado pelas paisagens mineiras para suas telas. A própria terra desenha e pinta as obras de Marzano, que poderão ser vistas até o próximo dia 20 no MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal. Além dos quadros, a mostra expõe o material bruto utilizado para a feitura das tintas, bem como as ferramentas que auxiliam no processo. O Museu das Minas e do Metal funciona no Prédio Rosa da Praça da Liberdade, s/n, Funcionários, de terça a domingo, das 12 às 18h, e na quinta, das 12 às 22h, com entrada franca.

encontrei preciosos livros de autoria dos competentes Edimilson de Almeida Pereira (mineiro de Juiz de Fora, professor da UFJF, poeta já comparado pela crítica literária a João Cabral de Melo Neto) e Odete Semedo, sobre quem já escrevi nessa coluna. Uma das mais importantes escritoras da Guiné Bissau, Odete já morou em Belo Horizonte, quando fez o Doutorado em Literaturas de Língua Portuguesa na PUC Minas, orientada pela professora Nazareth Soares Fonseca. Voltei para a casa, ainda, com uma feliz coletânea de textos (poesia e prosa) de autores de Cabo Verde, igualmente editada pela Nandyala. Entre os autores, me impressionou, especialmente, Vera Duarte Pina, em quem recomendo que se preste a máxima atenção, pela qualidade e pela força de seus versos. *Presidente da Academia Mineira de Letras.

CULTURA DIVULGAÇÃO

Poema babilônico O professor, doutor e acadêmico ocupante da cadeira de n° 25, Jacyntho Lins Brandão, é convidado da Academia Mineira de Letras (rua da Bahia, 1.466, Lourdes) para a palestra “Descida de Ishtar ao mundo dos mortos: um poema babilônico antigo”. Na próxima segunda-feira às 19h30, o palestrante irá apresentar e interpretar o poema “Ao Kurnugu, terra sem retorno”, que narra a descida da deusa babilônica Ishtar ao mundo dos mortos. Jacyntho Lins Brandão explica que o movimento de ocultação e retorno da deusa tem relação com o ciclo da natureza e com sua capacidade de renovação e manutenção da vida. O texto, traduzido diretamente do acádio pelo palestrante, foi conservado em duas tabuinhas de argila escritas em cuneiforme, pertencentes à biblioteca do rei da Assíria Assurbanípal (séc. VII aC.). A entrada é gratuita.

THAINÁ NOGUEIRA

ROGÉRIO FARIA TAVARES*

o violinista venezuelano Luis Andrés Moncada. Quando: 6 de outubro (11h) Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Onde: Sala Sergio Magnani da FEA (rua Gonçalves Dias 320, Funcionários). Cinema

Dança Contemporânea – O Corpo Cidadão, braço social do Grupo Corpo, apresenta o espetáculo de dança contemporânea “Linguagens”. As coreografias, apresentadas por jovens beneficiados pelo projeto, são exclusivas dos coreógrafos do Grupo Corpo, Rodrigo Pederneiras e Cassi Abranches, além dos coreógrafos Miriam Tomich, Léo Garcia e Ronilson Nego. Quando: 5 e 6 de outubro (sábado, às 20h e domingo, às 19) Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) na bilheteria do teatro e no site www.sympla.com. br Onde: Teatro Francisco Nunes (avenida Afonso Pena, s/n, Parque Municipal) Música Rock - Lurex, LED III, Ca$h, Velotrol, Hard and Heavy, Mago Zen, Hocus Pocus e Poison Gas, bandas mineiras de rock, que farão 12 horas

ininterruptas de show na maratona “Rocktoberfest”. Quando: 5 de outubro (15h às 04h) Quanto: a partir de R$ 15 no www.rocktoberfest2019.com. br e nos pontos de venda físicosLaicos Bar, 80 Bar, Distrital e Acervo Discos. Ingresso solidário no Sympla sem custo e validado com doação de um litro de leite ou alimento não perecível, exceto sal e fubá, que deverão ser entregues na entrada do evento até às 16 horas Onde: Serraria Souza Pinto (avenida Assis Chateaubriand, 889, Centro) Concerto - O projeto Manhãs Musicais, da Fundação de Educação Artística (FEA), apresenta o Trio Musik, formado pelo violinista Rodrigo de Oliveira, o violista Roberto Papi e o violoncelista Willian Neres, todos integrantes da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Para esse concerto o Trio Musik trás convidados especiais: o oboista paulista Israel Muniz e

Suspense – O Cine Humberto Mauro se dedica à obra do diretor americano Brian de Palma, exibindo 20 longas-metragens que abrangem os anos de 1970 a 2002 de sua filmografia. Com estilo marcado pelo virtuosismo técnico, violência e forte influência de Alfred Hitchcock, De Palma se tornou um dos ícones do suspense, thriller psicológico e drama criminal. A mostra inclui “Carrie” (1976), “Vestida Para Matar” (1980), “Scarface” (1983), “Os Intocáveis” (1987) e “Femme Fatale”. Quando: até 17 de outubro Quanto: ingressos gratuitos com retirada 1 hora antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro (avenida. Afonso Pena 1.537, Centro) Artes plásticas Obra censurada - No dia 29 de agosto durante a montagem da exposição de arte “Danças das Cadeiras” uma das obras teve sua circulação proibida nos espaços públicos do Shopping Ponteio. Acolhida em seguida pela Galeria Carminha Macedo (baseada no Shopping

Ponteio) em espaço privado, foi novamente censurada pela administração com uma solicitação de retirada da cadeira. Assinada pelo artista plástico Breno Barbosa, a obra “A José”, é uma cadeira ocupada por uma pintura que representa a nudez masculina. O estilista Ronaldo Fraga, abriu as portas do Grande Hotel para uma nova exposição que recebeu o nome de “Artigo 5º - Uma Ode à Liberdade de Expressão”. Quando: até 17 de outubro. Quanto: entrada gratuita Onde: Grande Hotel Ronaldo Fraga (rua Ceará, 1.205, Funcionários) Modernismo - A mostra “Paul Klee - Equilíbrio Instável’ reúne mais de 120 obras entre pinturas, papéis, gravuras, desenhos e objetos pessoais do artista suíço. A mostra é considerada a maior exposição de Klee (1879-1940) já realizada na América Latina e celebra o aniversário do CCBB BH, referência cultural e turística no Estado. Quando: até 18 de novembro Quanto: entrada gratuita (quarta a segunda-feira, das 10h às 22h) Onde: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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