diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
1
8
1
0
1
9
3
2
1
6
6
0
DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.965 - R$ 2,50
2
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
Kalil é contra o fechamento do Aeroporto Carlos Prates Prefeito de Belo Horizonte alegou que qualquer decisão deve ser tomada com cautela CHARLES SILVA DUARTE ARQUIVO DC
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, ontem, que é contrário ao fechamento do Aeroporto Carlos Prates, localizado no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste da Capital. Mais de dez mil assinaturas em petição on-line pedem o fim das operações no local, após a queda do monomotor PR-ETJ, modelo SR 20, na última segunda-feira, no bairro Caiçara, que matou quatro pessoas e deixou outras duas feridas. Kalil argumentou que qualquer decisão deve ser tomada com cautela e de forma equilibrada. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que o aeroporto opera dentro dos requisitos de segurança estabelecidos nas normas da aviação civil brasileira. O funcionamento do aeroporto será tema de audiência pública a ser realizada no próximo dia 31, em local ainda a ser definido. Pág. 3 As discussões sobre as operações do aeroporto foram retomadas após acidente ocorrido no último 22, no Caiçara, com 4 vítimas fatais
Faturamento da Villefort Atacadista deve crescer 18%, com expansão da rede de lojas A rede de supermercados Villefort Atacadista deve encerrar 2019 com incremento de 18% no faturamento em relação a 2018, passando de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão no período. O incremento deve resultar da expansão física do grupo, que somará, até o final do ano, 24 unidades. Somente neste exercício, a Villefort investiu R$ 74 milhões em quatro novas lojas, sendo uma em Jataí, em Goiás, a primeira fora do Estado. As outras três atenderão Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; Itabira, na região Central; e Montes Claros, no Norte de Minas. Pág. 9
Alterações no setor de energia solar preocupam
DIVULGAÇÃO
A possível revisão das regras para geração distribuída no Brasil foi criticada, ontem, em evento, em Belo Horizonte, por representantes de empresas que operam no setor de energia solar. A alegação é de que a alteração, sinalizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana, reduziria os subsídios oferecidos à microgeração e, portanto, diminuiria os investimentos no setor. Pág. 6
Previsão do grupo é fechar o ano com receita de R$ 1,5 bilhão
Aprovada a reforma da Previdência, com novas regras para 72 milhões de brasileiros O governo de Jair Bolsonaro (PSL) conseguiu ontem a aprovação, no Congresso Nacional, da reforma que altera regras de aposentadorias e pensões para mais de 72 milhões de pessoas, entre trabalhadores do setor privado que já estão na ativa e servidores públicos federais. A medida é um dos pilares para o controle dos gastos públicos, plano do ministro da Economia Paulo Guedes. A equipe dele estima que, num prazo de dez anos, cerca de R$ 800 bilhões serão economizados com a reforma. A expectativa é de que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reformulação da Previdência seja promulgada em novembro. Pág. 7
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Euro - dia 23
Comercial
Compra: R$
4,5263
Venda: R$ 4,5282
Poupança (dia 24): ............ 0,3153%
Ouro - dia 23
IPCA-IBGE (Setembro):...... -0,40%
Compra: R$ 3,8700 Venda: R$ 4,2000
Nova York (onça-troy): US$ 1.491,93
IPCA-Ipead (Setembro): ..... 0,01%
R$ 195,46
IGP-M (Setembro): ................... -0,01%
Ptax (BC)
BM&F (g):
BOVESPA
TR (dia 24): ............................. 0,0000%
Turismo Compra: R$ 4,0715 Venda: R$ 4,0721
Prefeitos de municípios mineradores, preocupados com os recursos destinados à Agência Nacional de Mineração (ANM), têm empenhado esforços para aprovação do Projeto de Lei nº 4.054/2019. O objetivo é impedir a limitação de empenho e a redução do orçamento da agência, cuja fonte é a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem). Pág. 4
Expectativa é de economia de R$ 800 bilhões em dez anos
Dólar - dia 23 Compra: R$ 4,0322 Venda: R$ 4,0329
Municípios defendem recursos para a ANM
+1,23 +1,28 +0,15 -0,39 -0,27 17/10
18/10
21/10
22/10
23/10
EDITORIAL Dados divulgados recentemente com chancela da UFRJ – “Mapa de Motorização Individual 2019” – indicam que a Região Metropolitana de Belo Horizonte teve em 2018 o maior aumento na frota de veículos leves em comparação com o ano anterior, com a frota atual bem perto de chegar a três milhões de unidades, ou um veículo para cada dois habitantes. São dados impactantes, tendo em conta os problemas de mobilidade, já amplamente conhecidos, bem como as dificuldades de circulação, seja para veículos leves, seja para o transporte coletivo ou de carga. Tudo isso representa dificuldades também para a população, desconforto no mínimo, e impacto econômico igualmente relevante. E sem espaço para a conclusão mais simples, de que o aumento verificado seria simplesmente indicativo de melhoria também nas condições econômicas. “Fracasso ou progresso?” Pág. 2
ARTIGOS
Págs. 2 e 3
O desafio das obras inacabadas (Carlos Mingione)
Cadê os projetos de desenvolvimento? (Cesar Vanucci)
Reforma da Previdência aprovada
(João Badari)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
2
OPINIÃO O desafio das obras inacabadas CARLOS MINGIONE *
Em tempos de penúria do setor público brasileiro, a busca de soluções para as aproximadamente 14 mil obras inacabadas no País precisa ser colocada como prioridade, sem, contudo, descuidar dos inadiáveis projetos novos. Nos últimos anos, o orçamento para os empreendimentos tem girado em torno de 1,4% a 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto), um volume muito abaixo das expectativas e das reais necessidades brasileiras. Durante governos militares, por exemplo, o País investia uma média de 5,4% do PIB no setor. As soluções existem e podem fazer o País retomar o rumo do desenvolvimento. Os recursos de investidores privados precisam ser vistos como essenciais para a retomada das obras paralisadas e a redução do nosso atraso em setores importantíssimos como logística e transporte, saneamento básico, energia, entre muitos outros. Para avançar com os projetos estratégicos para o País, devemos oferecer, e com muita agilidade, as condições necessárias para o setor privado responder positivamente. Precisamos progredir com os processos de privatização de empresas estatais, com as concessões e com as parcerias público-privadas, que indubitavelmente se constituirão em importantes meios de atração de recursos. Ganhamos com a economia do Tesouro Nacional, que enfrenta déficits recorrentes, e com a entrada de dinheiro novo. Resolvidos os entraves iniciais para a atração de investimentos, os governos precisam avançar na elaboração de um bom planejamento, com embasamento técnico consistente, e que seja um instrumento, com revisão e atualização periódicas, capaz de atender às demandas atuais da
sociedade. Há muito tempo, a administração pública brasileira perdeu a prática de se basear em um planejamento sistemático de suas políticas e ações para a expansão e operação da infraestrutura nacional. Infelizmente, isso resultou em uma enormidade de intervenções de dirigentes com pouco conhecimento das reais necessidades e condições da infraestrutura e dos equipamentos públicos, adotando decisões de afogadilho, com prazos irreais, utilizando processos de contratação que impossibilitam a aquisição de projetos de engenharia completos e de qualidade, bem como o correto provisionamento dos recursos efetivamente necessários, e até mesmo inviabilizando a obtenção de empreendimentos apropriados. A consequência desse tipo de atitude é a multiplicação acelerada das principais causas que alimentam o perverso processo responsável pelo atual panorama de milhares de obras paralisadas e dos inúmeros empreendimentos inadequados para a sua finalidade. Planejar, projetar, executar, está é a sequência lógica a ser seguida. Os governos precisam fazer a lição de casa. Planejar e contratar de forma correta, para obter projetos de qualidade que deem embasamento para a implantação dos empreendimentos. Quando mal contratados, com base apenas no menor preço ou com disponibilização de prazos inexequíveis, os projetos são o caminho para empreendimentos malsucedidos e de muitos outros problemas na execução das obras, sem falar que são responsáveis por grande desperdício de recursos públicos ou são fontes potenciais para práticas de corrupção. A qualidade dos projetos é a base para empreendimentos
bem executados e operacionalmente eficientes. Não há qualquer defesa possível para a não contratação de um projeto de engenharia de qualidade. Ele representa o menor custo de um empreendimento e seu conteúdo afeta diretamente todos os demais custos envolvidos, como implantação, operação e manutenção. O mesmo ocorre com a contratação de obras. O processo deve assegurar a competitividade e a qualidade para atender às demandas de empreendimentos de acordo com o projetado, dentro dos prazos previstos, pelos melhores custos. Para alcançar uma contratação adequada, o executivo precisa ter em mãos um projeto detalhado do empreendimento. Existem outras formas de contratação, tais como parcerias público-privadas, concessões e subconcessões, que podem prescindir de projetos completos e detalhados, pois nesses casos o contratante pode compartilhar os riscos do empreendimento com o contratado. Mas também estes processos devem estar embasados em estudos prévios e de modelagens, elaborados por equipes técnicas multidisciplinares, que garantam a viabilidade e a correção da contratação. Há anos, a eficiência na contratação, execução e fiscalização dos empreendimentos públicos tem sido relegada a segundo plano. O País precisa retomar as obras paralisadas e se lançar em novos projetos, que poderão atender às demandas urgentes - antigas e atuais - , criar empregos e contribuir para o desenvolvimento brasileiro. *Engenheiro e presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva)
Cadê os projetos de desenvolvimento? CESAR VANUCCI *
“Os mais pobres ficaram mais pobres e os mais ricos ficaram mais ricos”. (Maria Lúcia Vieira, gerente da Pnad, do IBGE) Pesquisa recente do IBGE eleva a índice ainda mais desconfortável o desalento que povoa a alma nacional. Deixa estridentemente evidenciada a falta de capacidade das lideranças nestes atuais momentos da vida brasileira, em conduzirem ações consentâneas com a vocação de grandeza do País. A estagnação econômica é realidade palpável e dolorosa. O desemprego e o subemprego chegam a patamares desnorteantes. Na arena política, dominada pelas tricas e futricas de sempre, pelas querelas miúdas, nascidas da visão estrábica de líderes, em elevado quantitativo, despojados de sensibilidade social, arrojo empreendedor e sentimento nacional, predomina um vazio atordoante de ideias. Hora alguma, em nenhum setor de referência ligado às ações encetadas pelos poderes decisórios, ouve-se uma palavra apenas, um murmúrio tímido que seja, a propósito de um magno projeto nacional de desenvolvimento econômico e social, consonante com as aspirações ardentes da sociedade. As reformas essenciais ficam no blá-blá-blá. Encaixam, em debates pífios e estéreis, prevalecentemente desdobrados em sites na internet, argumentos inconsistentes, que não tocam o fulcro das questões. A alardeada intenção de promovê-las é abalada pela vociferação inócua e ridícula de questiúnculas ideológicas desconstrutivas, que só se aprestam para acirrar ânimos e gerar a desarmonia. Os temas vitais, que reclamam diálogo amplo e propositivo, são negligenciados. Os procedimentos observados no jogo político, processado com base na troca de favores, do “dá cá, toma lá”, das manobras maquiavélicas, são sem tirar nem pôr os mesmos utilizados no passado. Isso suscita a lembrança de que essas posturas eram veementemente questionadas, dando causa a peremptórias promessas de que seriam banidas da cena pública. Mas as promessas estão sendo chutadas descerimoniosamente pra escanteio. Nos “anos dourados” do injustiçado e hoje idolatrado Juscelino Kubitschek de Oliveira, para ficar no exemplo mais frisante da crônica do desenvolvimento econômico e social brasileiro, os projetos de fazer deste País de prodigiosas riquezas uma potência jorravam com impetuosidade que nos estimulava alimentar esperanças, sonhos, utopias na contemplação do futuro. Num período de 5 anos, que pareceram 50, o Brasil ergueu num nada territorial uma majestosa capital. Implantou industrialização de ponta. Construiu rodovias, usinas elétricas. Favoreceu um fervedouro de obras. Alavancou o progresso pra valer. Estimulou a criatividade e o empreendedorismo. As conquistas civilizatórias, em curtíssimo espaço de tempo, graças a lideranças deten-
toras de fecundidade de ideias e a projetos elaborados com engenho e competência, impactaram positivamente a economia. Espalharam benefícios sociais à mancheia, repercutindo esplendidamente em todos os segmentos. Os avanços detectados no projeto brasileiro de desenvolvimento fizeram brotar cintilantes manifestações na seara da cultura, da arte, do esporte e assim por diante. Que baita diferença, Santo Deus, entre as coisas do Brasil daquele tempo e o Brasil dos dias de hoje! Onde estão os homens providos de grandes ideias e poder realizador? Onde se meteram, a ponto de não serem identificados ao primeiro olhar, os fazedores de progresso “na linha jusceliniana”? É nesse cenário acabrunhante, aguçado pela comparação trazida à reflexão dos leitores neste momento, que o IBGE, instituição altamente confiável, possuidora de quadros técnicos de invejável qualificação, comparece a público para revelações que ratificam a aflitiva sensação de que as coisas andam realmente funcionando mal neste país rico, bonito pela própria natureza, de potencialidades inesgotáveis. A metade da população – 104 milhões de compatriotas - vive com apenas 413 reais por mês. A desigualdade de renda bateu recorde em 2018. As injustiças, na escala dos rendimentos, atingem clamorosamente gêneros e raças. Para cada R$ 100 recebidos por um homem, uma mulher ganha, em média, R$ 79. Os mesmos 100 reais pagos a uma pessoa branca caem para 56 quando o cidadão é negro. A renda domiciliar per capita dos 5% que ganham menos, caiu 3,8% em um ano. Em todo o País, 10,4 milhões de criaturas (5% da população) sobrevivem com 51 reais em média por pessoa, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad). As evidências de que as desigualdades vêm se agravando ficam clamorosamente estampadas em outros dados, como os que se seguem, extraídos das apurações técnicas do IBGE. A renda média per capita é ainda menor – apenas 269 reais –, se considerados na avaliação global os 30% mais pobres, ou seja, o equivalente a 60,4 milhões de pessoas. No outro extremo da avaliação de renda, o 1% melhormente aquinhoado na distribuição da riqueza – somente 2,1 milhão de pessoas – ostenta no quadro renda média mensal per capita de 16,297. Noutras palavras, a fatia mais abastada da população ganha perto de 40 vezes mais que a metade da base da pirâmide populacional. O patamar auge da pesquisa do IBGE atingido em 2018 levou a gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira, a dizer que no nosso Brasil “os mais pobres ficaram mais pobres e os mais ricos ficaram mais ricos”. Parando, por ora, por aqui. Tudo isso é muito doloroso. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa
Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Editorial Adriana Machado - Alberto Portugal - Claudio de Moura Castro - Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz
Fracasso ou progresso? Dados recentemente divulgados com chancela da UFRJ – o “Mapa de Motorização Individual 2019” – indicam que a Região Metropolitana de Belo Horizonte teve em 2018 o maior aumento na frota de veículos leves em comparação com o ano anterior, com a frota atual bem perto de chegar a três milhões de unidades, ou um veículo para cada dois habitantes. O crescimento da frota no Estado foi de 7,3%, quase o dobro da média nacional e bem mais que os 3,9% alcançados na Grande São Paulo, a região mais rica do País. Em apenas dois anos a frota em circulação na região metropolitana ganhou mais 200 mil unidades e em dez anos, entre 2008 e 2018, quase dobrou, com aumento de 91%. São dados impactantes, tendo em conta os problemas de mobilidade, já amplamente conhecidos, bem como as dificuldades de circulação, seja para veículos leves, seja para o transporte coletivo ou de carga. Tudo isso representa dificuldades também para a população, desconforto no mínimo, e impacto econômico igualmente relevante. E sem espaço para a conclusão mais simples, de que o aumento verificado seria simplesmente indicativo de melhoria também nas condições São dados econômicas. impactantes, O fato supõe tendo em conta outro tipo de abordagem, os problemas mesmo num de mobilidade, contexto em que a falta de já amplamente capacidade de conhecidos, investimento bem como as público explica o descompasso dificuldades de entre a demanda circulação, seja e a oferta de equipamentos para veículos urbanos. Um leves, seja para o problema na transporte coletivo realidade bem mais antigo, ou de carga. nos parecendo suficiente recordar a paralisação das obras de construção do metrô, sistema de transporte de massa que, em Belo Horizonte, continua sendo quase virtual. Da mesma forma é gritante o descompasso no que toca aos espaços destinados à circulação de veículos individuais, de quatro ou duas rodas. Segundo estudos mais antigos, a diferença entre o que foi feito e o que deveria ter sido feito, em termos de ampliação dos espaços destinados à movimentação desses veículos, seria maior que 80%. Tudo isso, cabe acrescentar, fruto de opções equivocadas, no final da segunda metade do século passado, depois da Grande Guerra, quando o País, imitando o modelo norte-americano, elegeu o transporte sobre rodas, de pessoas e de cargas, rodoviário e urbano, como opção central de um modelo de prosperidade e modernidade, ainda que distante da racionalidade das ferrovias e dos metrôs, que hoje já se comprovou equivocado. Entender o que acontece, entender por que a circulação nos grandes espaços urbanos é cada vez mais difícil e problemática, será o primeiro passo para compreender o problema, cujos números aqui apresentados traduzem. Não como sinal de prosperidade ou de avanço em qualquer sentido, senão justamente o contrário conforme pode ser facilmente percebido.
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
3
ECONOMIA AEROPORTO CARLOS PRATES
Kalil defende manutenção de voos em terminal Para prefeito de BH, apesar de tragédia ocorrida no início da semana, decisões precisam ser tomadas com cautela CHARLES SILVA DUARTE / ARQUIVO DC
JULIANA SIQUEIRA
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou ontem à imprensa que não é a favor do fechamento do Aeroporto Carlos Prates, localizado no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste da Capital. Ao todo, mais de dez mil assinaturas em petição on-line pedem o fim do funcionamento do local, que ganhou novamente o noticiário após a queda do monomotor PR-ETJ, modelo SR 20, na última segunda-feira, no bairro Caiçara, em tragédia que matou quatro pessoas e deixou outras duas feridas. No dia seguinte, o aeroporto já funcionava normalmente, o que assustou os moradores locais. Esse é o segundo acidente do tipo no Caiçara neste ano. Em abril, outra aeronave também sofreu uma queda na região. As duas ocorrências, inclusive, foram registradas na mesma rua do bairro, a Minerva. “Tudo o que é um desastre é chocante. Choca como prefeito, choca como ser humano. No Anel Rodoviário, nós tivemos 40 mortes neste ano. Seria uma boa ideia fechar o Anel?”, indagou o prefeito. Alexandre Kalil destacou que as coisas precisam ser investigadas e pensadas de
do País”, diz o Ministério da Infraestrutura. Capacidade - De acordo com informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o Aeroporto Carlos Prates tem um número elevado de operações feitas por alunos de escolas de aviação. São registrados, em média, 1.800 movimentos de pouso e decolagens de voos de instrução mensalmente. De janeiro a setembro deste ano, foram 17.760. A entidade também destaca que “o Aeroporto Carlos Prates opera dentro dos requisitos de segurança estabelecidos nas normas da aviação civil brasileira”.
Está marcada para o próximo dia 31 uma audiência pública para discutir o funcionamento das operações no Aeroporto
forma equilibrada. “Não podemos radicalizar e tomar decisões precipitadas”, afirmou. O prefeito mencionou ainda que, se fosse esse o caso, outros aeroportos, como o da Pampulha, em Belo Horizonte, o de Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, também teriam de ser
fechados. “Desde que avião Além disso, a pasta lembra voa, avião cai”, pontuou ele. que tanto o Aeroporto Carlos Prates quanto o da Pampulha Voos continuam - O Minis- “estão previstos para serem tério da Infraestrutura afirma concedidos no Bloco RJ-MG que não existe, até o momen- durante a 7ª rodada, em 2022, to, nenhuma discussão no junto com os aeroportos de governo federal acerca do Montes Claros, de Uberaba fechamento ou transferência e de Uberlândia, em Minas da operação do aeroporto. Gerais; e Santos Dumont e
Jacarepaguá, no Rio de Janeiro”. A estimativa de investimentos nos aeroportos do bloco é de R$ 1,67 bilhão, ao longo do período de concessão. “Durante a 6ª e a 7ª rodadas de concessões, entre 2020 e 2022, serão concedidos 41 aeroportos de todas as regiões
Audiência pública - No próximo dia 31, deverá ser realizada uma audiência pública, em um local ainda a definir, para debater o funcionamento do Aeroporto Carlos Prates. Um dos autores da solicitação, o vereador Pedro Bueno afirma que, “da forma que está, não dá para continuar” e que é necessário haver uma fiscalização mais rigorosa. “A gente sabe que as investigações estão em curso. Queremos ouvir os órgãos responsáveis, saber as causas do acidente, levantar informações para que possamos pensar em condições de ter mais segurança”, diz ele.
IDEIAS
Reforma da Previdência aprovada João Badari* MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Os brasileiros já devem se preparar para as novas regras de aposentadoria no País. Foi aprovado, em segundo turno, no Senado Federal, o texto da reforma da Previdência, com 60 votos favoráveis e 19 contrários. Agora, a proposta vai ser promulgada pelo Congresso e passará a fazer parte da Constituição. Importante destacar que as novas regras ainda não estão em vigor, continuando as regras atuais nos pedidos realizados junto ao INSS. Entretanto, é importante estar atento às alterações que devem estar valendo nos próximos meses. O governo prevê uma economia de R$ 800 bilhões em dez anos com a aprovação do texto. A proposta original enviada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro previa uma economia de R$ 1,2 trilhão. Vale frisar que o trabalhador ou servidor público que já possui direito adquirido ao benefício previdenciário e para os que já se aposentaram (ou recebem benefício) as novas regras não irão os atingir, mesmo após sua promulgação. Quais as principais modificações previdenciárias para o trabalhador? - Fim da aposentadoria por tempo de contribuição: homens e mulheres deverão trabalhar por 15 anos (os que ainda não são filiados o prazo será de 20 anos) com a idade mínima de 65 e 62 anos respectivamente. Não será mais possível aposentar o segurado que não possui idade mínima para obter o benefício, exceto em casos de transição que trataremos ao final). - Cálculo do benefício irá incluir todos os salários de contribuição posteriores a julho de 1994, o que trará uma diminuição no benefício, visto que hoje excluímos os 20% menores salários do cálculo. Cumprida a idade mínima, o benefício irá começar com 60%, acrescendo 2% para cada ano contribuído após 15 para as mulheres e 20 para os homens. Homens atingem 100% com 40 anos contribuídos e mulheres 35 anos. - Pensão por morte: se iniciará com 50% do valor total e a cada dependente se acresce 10% o valor. Exemplo: um pai falece e deixa a esposa e dois filhos, o benefício será de 80%. - Servidores públicos vão seguir as regras do regime geral, onde haverá uma idade mínima para obter o benefício (65/62 anos), porém também será necessário trabalhar por 25 anos, 10 anos no serviço público e pelo menos 5 anos no cargo. O cálculo do benefício pode variar. Para quem entrou antes da reforma de 2003, só será possível se aposentar com integralidade e paridade se cumpridas as regras do pedágio. Quem entrou depois de 2003 já não tem
integralidade e paridade. Para quem entrou entre 2003 e 2013, vale a regra da PEC dos 60%. Para quem entrou após 2013, vale a regra acima, mas com a diferença de que as contribuições e benefícios respeitam o teto do INSS (R$ 5.839,45). Para além disso, o servidor contribui com um sistema de previdência complementar, que já está instituído pela União. - Professores e professoras também deverão cumprir a idade mínima. Os homens precisam atingir 60 anos e mulheres 57 anos, com 25 anos de contribuição para ambos (as regras de transição são um pouco mais brandas - poderá se aposentar com 52 anos, se mulher, e com 55 anos, se homem. As idades mínimas acima devem respeitar a regra de transição que exige pedágio de 100% do tempo que falta para o trabalhador se aposentar). Se o professor trabalha na rede pública, deverá completar 10 anos de serviço público e 5 no cargo. - Servidores públicos estaduais, municipais, benefício de prestação continuada e os trabalhadores rurais não sofrem modificações, continua a regra atual mesmo após a aprovação da reforma. - Para policiais federais, agentes penitenciários federais, policiais legislativos e policiais do DF, a idade mínima é de 53 anos para policiais homens e 52 para as mulheres se cumprirem um pedágio de 100% sobre o tempo de contribuição que falta para se aposentarem. O tempo de contribuição exigido é de 30 anos para homens e 25 para mulheres. É sobre ele que será calculado o pedágio. Se não cumprir o adicional, a idade mínima para se aposentar continua sendo de 55 anos, para ambos os sexos. As normas não valem para policiais militares, bombeiros militares e policiais civis estaduais, porque servidores de estados e municípios foram excluídos da reforma, conforme acima exposto. - As alíquotas de contribuição serão modificadas. Hoje, as alíquotas variam entre 8%, 9% ou 11% no setor privado enquanto os servidores federais pagam atualmente 11% sobre a remuneração total. Para o setor privado, as alíquotas agora vão de 7,5% a 14% dependendo do salário. Quem ganha acima do teto do INSS (R$ 5.839,45 atualmente) contribuirá só até a parte do salário dentro desse limite. Para o servidor da União, a tabela é a mesma, mas como não estão sujeitas ao teto, seguem em escalada até o máximo de 22%. - Regras de transição – esse é o tema de maior dúvida e impactos na vida do trabalhador daqui por diante. A reforma traz cinco caminhos específicos que é preciso que sejam entendidos de forma didática por quem quer
Foi aprovado, em segundo turno, no Senado Federal, o texto da reforma da Previdência, com 60 votos favoráveis e 19 contrários. Agora, a proposta vai ser promulgada pelo Congresso e passará a fazer parte da Constituição. Importante destacar que as novas regras ainda não estão em vigor, continuando as regras atuais nos pedidos realizados junto ao INSS. planejar o seu futuro. Em um deles, em janeiro de 2020, Edna irá somar 90 pontos de idade e tempo de contribuição e ainda conseguirá alcançar a aposentadoria. A primeira regra, que mantém a pretensão da segurada, consiste na somatória da idade e o tempo de contribuição, a fórmula 86/96. Mulheres precisam alcançar 86 pontos e, homens, 96 pontos, com o tempo mínimo de contribuição, respectivamente, em 30 anos e 35 anos. A soma exigida será acrescida de um ponto até chegar em 100 para as mulheres, em 2033, e 105 para os homens, em 2029. Já o segundo caminho consiste em as mulheres terem uma idade mínima de 56 anos com 30 anos de contribuição. No caso dos homens, são necessários 61 anos de idade e 35 anos de contribuição. A exigência subirá meio ponto até alcançar a idade mínima aprovada pela reforma, de 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. A terceira regra de transição consiste em se aposentar apenas pela idade mínima, com 60 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. A partir de 2020, a exigência para as
mulheres tem acréscimo de seis meses a cada ano, até chegar a 62 anos em 2023. O quarto caminho no setor privado vale para quem está a dois anos de se aposentar. É permitido se aposentar ainda por tempo de contribuição, o que não será mais válido com a reforma, mas desde que se trabalhe mais metade do tempo restante para se aposentar. Trata-se do “pedágio de 50%”. Por fim, o quinto caminho não vale apenas para o setor privado, mas, também, para o serviço público. Mulheres devem atingir 57 anos de idade mínima e trabalhar o equivalente a mais um pedágio de 100%. No caso dos homens, a idade mínima é de 60 anos. A reforma está na fase final de aprovação e o conhecimento das regras permite pensar no benefício que irá receber e evitar erros, como apressar a aposentadoria e perder o valor integral. Planejar bem é fundamental. * Especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
4
ECONOMIA MINERAÇÃO
Repasse menor pode pôr fiscalização em risco Prefeitos de municípios mineradores se mobilizam para aprovação de PL que impede redução do orçameno da ANM JULIANA SIQUEIRA
A preocupação com o orçamento que será destinado à Agência Nacional de Mineração (ANM) tem movimentado os prefeitos de municípios mineradores a empregar esforços para aprovação do Projeto de Lei nº 4.054/2019, apresentado pelo deputado federal Joaquim Passarinho (PSD/PA). O documento visa a impedir a limitação de empenho e a redução do orçamento da agência, cuja fonte é a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem). O consultor de relações institucionais da Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), Waldir Salvador, destaca que, para 2019, a projeção de arrecadação da Cfem é de R$ 4,2 bilhões. Deste total, 7%, determinados por lei, o equivalente a R$ 294 milhões, deveriam ser destinados à ANM. No entanto, a entidade deverá receber R$ 76 milhões. De acordo com a Amig, isso se deve ao fato de o Executivo federal estar impondo contingenciamentos severos ao orçamento da agência, tendo como base o artigo 9 da Lei de Responsabilidade Fiscal - LC 101/00. “A ANM precisa de, pelo menos, R$ 110 milhões no ano que vem para que possa cumprir as suas principais atividades”, afirma Waldir
WASHINGTON ALVES/REUTERS
Salvador. Segundo o consultor de relações institucionais da Amig, esse recurso, apesar de não ser o ideal, faria com que a agência continuasse respirando, podendo fiscalizar e regular corretamente as atividades de mineração em 2020. “Se não houver dinheiro para a fiscalização, vamos ficar de novo nas mãos das empresas”, diz Waldir Salvador. “Quem nos dará segurança?”, indaga ele. Próximos passos - Na última terça-feira (22), a Amig esteve no gabinete do deputado federal Joaquim Passarinho (PSD/PA) para contribuir com o embasamento do tema. As perspectivas são de que a matéria seja aprovada no Congresso Nacional para que a vedação seja imposta ao Executivo federal já no exercício de 2020, uma vez que está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Orçamentária. A ANM foi criada pela Lei nº 13.575, de 26 de dezembro de 2017, e substitui o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). De acordo com Waldir Salvador, o fato de a agência ser ainda nova faz com que o corte orçamentário seja mais impactante do que em outras agências. “A agência precisa primeiramente se estruturar, ao contrário de outras que, se tiverem cortes, conseguem levar mais facilmente”, diz.
Preocupação dos municípios é garantir verbas para a segurança das barragens no País e evitar tragédias como a de Brumadinho
A falta de recursos para a agência, lembra ele, prejudicaria, sobretudo, o Estado de Minas Gerais, que conta com o maior número de municípios mineradores do País. “Ninguém produz a diversidade de commodities minerais que Minas produz”, destaca. Por fim, Waldir Salvador conclui que, caso a ANM não receba os orçamentos necessários, “estaremos perdidos, na lama”.
CNT
Má qualidade do asfalto e falta de concorrência explicam piora em rodovias Brasília - Um dos motivos apontados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) como relevantes para a piora das rodovias brasileiras é a má qualidade do asfalto. Segundo a entidade, empresas que atuam em obras rodoviárias têm relatado piora na qualidade da matéria-prima deste derivado de petróleo oferecida no mercado brasileiro. Segundo o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, a situação em parte se explica pelo fato de a oferta do produto asfáltico ser dominada por apenas uma empresa, a Petrobras. “As empresas que compram asfalto para as obras rodoviárias têm reclamado de que a qualidade do produto não é boa, e tem piorado a cada ano”, disse Batista, na terça-feira (22), ao divulgar a 23ª Pesquisa CNT de Rodovias. “O problema é que apenas a Petrobras atua nesse mercado, aqui no Brasil”, acrescentou. Após o evento, Batista disse à Agência Brasil que medidas como a abertura para empresas estrangeiras não têm sido suficientes para melhorar a qualidade do cimento asfáltico de petróleo porque, “quando se abre para a importação, a Petrobras baixa o preço (do produto), de
forma a inviabilizar a concorrência de outras empresas”. De acordo com a CNT, com a falta de concorrência, o preço do cimento asfáltico de petróleo tem se mantido alto. Em outro estudo, a CNT mostra os impactos da qualidade do asfalto sobre o transporte rodoviário. A entidade denuncia que o preço do asfalto no Brasil acumulou alta de 108% entre setembro de 2017 e fevereiro de 2019, enquanto o preço do barril de petróleo subiu 33%. Em tese, para a confederação, a cotação do cimento asfáltico de petróleo deveria acompanhar o preço do barril de petróleo. Ainda segundo a CNT, falta no Brasil uma fiscalização mais efi ciente da qualidade do asfalto de suas rodovias. Além disso, falta transparência de dados relativos à fiscalização do produto, no que se refere a suas especificações e sua distribuição. Petrobras - Em nota, a Petrobras informa que produz e comercializa seus produtos asfálticos de acordo as especificações estabelecidas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Tais especificações foram
estabelecidas na Resolução ANP nº 19 de 2005. “Cumpre esclarecer que certificados de qualidade do produto são fornecidos em todas as vendas de asfaltos realizadas pela Petrobras”, diz o texto. A empresa explica ainda que os insumos asfálticos são commodities e, portanto, sua precificação deve obedecer “à lógica aplicável a produtos dessa natureza quando comercializados em economias abertas, acompanhando os preços do mercado internacional. Portanto, os preços de venda dos produtos asfálticos da Petrobras para as distribuidoras refletem as variações do mercado internacional e da taxa de câmbio”. A empresa acrescenta que realiza reajustes com frequência trimestral, “o que pode ocasionar descasamento pontual, para cima ou para baixo, entre os preços no mercado internacional e os praticados no Brasil”. Por último, deve-se considerar que “os reais valores de importação, assim como as estimativas, variam de agente para agente, dependendo de características como, por exemplo, as relações comerciais, o acesso à infraestrutura logística e à escala”. (ABr)
LEILÃO DO PRÉ-SAL
Congresso autoriza crédito de R$ 40,5 bi para Petrobras e entes federativos São Paulo - O Congresso Nacional aprovou ontem crédito de R$ 40,5 bilhões para pagar a Petrobras e estados, municípios e Distrito Federal em razão do leilão de áreas do pré-sal excedentes na cessão onerosa. De acordo com a Agência Câmara Notícias, desse montante, R$ 34,6 bilhões serão destinados à petroleira estatal e os R$ 5,9 bilhões restantes irão para os entes federados.
O megaleilão de petróleo da cessão onerosa está marcado para o dia 6 de novembro. A cessão onerosa foi a venda, sem licitação e diretamente à Petrobras, do direito de explorar até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em seis diferentes campos do pré-sal. Depois de novas pesquisas, descobriu-se que havia, além desse volume, cerca de 15 bilhões de barris a mais. É esse excedente que
será leiloado no próximo mês. As discussões sobre a divisão dos recursos da cessão onerosa entre estados, municípios e o Distrito Federal foram um dos entraves que atrasaram a aprovação da reforma da Previdência no Senado, concluída ontem. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem a minuta do contrato entre União e Petrobras sobre a cessão onerosa. (Reuters)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
5
ECONOMIA SIDERURGIA
SERASA EXPERIAN
Com prejuízo no 3º tri, CSN corta em 12% projeção para ano
Número de empresas abertas no País cresce 20,7% no ano até agosto
De julho a setembro, empresa teve resultado líquido negativo de R$ 871 mi
São Paulo - O número de empresas abertas em agosto de 2019 chegou aos 284.143, 1% a mais do que em julho, de acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian. Segundo o indicador, de janeiro a agosto, foram abertas 2,1 milhões de empresas, 20,7% a mais do que o mesmo período de 2018. Na comparação com agosto do ano passado, o número de novos empreendimentos subiu 16,6%. Os dados mostram ainda que, nos oito primeiros meses do ano, os microempreendedores individuais representam 82% do total, enquanto 6,8% dos novos empreendimentos são de natureza Sociedade Limitada e 5,4% são Empresas Individuais. Os MEIs voltaram a apresentar maior crescimento na variação anual, de 18,7% na relação com agosto de 2018, seguido pelas Sociedades Limitadas e queda das Empresas Individuais. “A alta representa que, mesmo diante do cenário desafiador da economia no País, as pessoas estão conseguindo manter seus negócios. A prova disso é que, recentemente, identificamos que 88% dos MEIs criados nos últimos dois
São Paulo - O grupo CSN teve prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 752 milhões obtido um ano antes e cortou em cerca de 12% sua projeção de resultado operacional em 2019. A empresa, que opera nos setores de siderurgia, mineração, cimento e logística, teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,567 bilhão de julho a setembro, quedas de 4% no comparativo anual e de 34% na relação trimestral. Com isso, a alavancagem da empresa medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado subiu de 3,65 vezes no fim do primeiro semestre, a 3,81 vezes. Em julho, executivos da empresa estimaram que a alavancagem poderia ficar abaixo de 3 vezes ao fim deste ano. Analistas, em média, esperavam Ebitda da CSN de R$ 1,864 bilhão, segundo dados da Refinitiv. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis. A perspectiva para o Ebitda ajustado de 2019 da CSN foi revista pela empresa de R$ 8,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões. Na nova projeção de Ebitda de 2019, a empresa não menciona estimativa para a alavancagem.
INA FASSBENDER/REUTERS
Atraso em reforma de alto-forno contribuiu para o desempenho desfavorável da companhia
Alto-forno 3 - O desempenho da companhia no trimestre foi impactado em parte por atraso em reforma de alto-forno 3, que deveria ter sido concluída no fim de agosto, mas que se estendeu até este mês. Fontes afirmaram à Reuters, na segunda-feira (21), que o equipamento deve ser reativado neste final de semana, com uma capacidade de 3,3 milhões de toneladas anuais. As vendas de aço da CSN
no trimestre caíram 17% na comparação anual, para 1,072 milhão de toneladas, com queda de 62% na produção de placas sobre um ano antes, que obrigou a companhia a elevar a compra do insumo de terceiros para 162 mil toneladas nos últimos três meses. Um ano antes, o volume de placas de terceiros havia sido de mil toneladas. Ao depender de compras de placas de terceiros no pe-
ríodo, o custo de produção de aço da CSN de julho a setembro saltou de R$ 1.704 por tonelada um ano antes para R$ 2.177. A CSN também afirmou no balanço que o resultado trimestral negativo veio “principalmente em função da variação cambial e da atualização de ações a valor justo” da Usiminas, que caiu R$ 380 milhões, para R$ 1,91 bilhão ao fim de setembro. (Reuters)
anos ainda permanecem ativos”, disse o economista da Serasa Experian Luiz Rabi. Segundo ele, os microempreendedores estão conseguindo sobreviver no atual mercado brasileiro. De janeiro a agosto de 2019, 53,1% das novas empresas estão concentradas no Sudeste do País, seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. A Região Norte mostrou alta de 21,8% entre agosto de 2018 e agosto de 2019. Em seguida, aparece o Centro-Oeste, com 17,2%; Sudeste, 14,9%; Nordeste, 14,9%, e Sul, 12,4%. Na variação mensal, apenas o Sudeste cresceu, com 2,7% de novas empresas, enquanto todas as outras regiões apresentaram queda no nascimento de novas organizações. Quando analisados os setores, serviços representa 68,2% de todos os novos empreendimentos em 2019, seguido por comércio, 23,6%, e indústria, 7,5%. O setor de serviços continua puxando a alta no País, com variação anual de 24,7% entre agosto do ano passado e deste ano. Comparado com o mesmo mês de 2018, o setor de indústria apresentou crescimento de 15,5% e o de comércio, 10,7%. (ABr)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
6
ECONOMIA ENERGIA SOLAR
Decisão da Aneel reduzirå aportes no setor Hoje, a microgeração e a minigeração têm isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elÊtrica THA�NE BELISSA
Representantes de empresas que operam no setor de energia solar criticaram, ontem, em Belo Horizonte, a possĂvel revisĂŁo das regras para geração distribuĂda no Brasil. A principal crĂtica ĂŠ que a alteração - que foi sinalizada pela AgĂŞncia Nacional de Energia ElĂŠtrica (Aneel) na Ăşltima semana - reduziria os subsĂdios oferecidos Ă microgeração e minigeração e, portanto, diminuiria os investimentos no setor. A crĂtica aconteceu durante evento de assinatura de parceria entre as empresas de geração distribuĂda e a Federação das IndĂşstrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), dentro do Minas Trend, no Expominas. A consulta pĂşblica da Aneel sobre a revisĂŁo das regras foi divulgada no dia 15 de outubro e recebe contribuiçþes da sociedade atĂŠ o dia 30 de novembro. Hoje, a microgeração e a minigeração tĂŞm isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elĂŠtrica. Mas, a revisĂŁo de regras da Aneel acabaria com esse subsĂdio, o que, na prĂĄtica, significa taxar a geração de energia solar no Brasil. O presidente da Cemig SIM - subsidiĂĄria da Cemig na ĂĄrea de energia solar -, Danilo GusmĂŁo, acredita que a proposta nĂŁo passarĂĄ como estĂĄ. Ele classifica a alteração de regras como uma “posição extremaâ€? da Aneel e frisa que, dessa forma como foi colocada, inviabilizaria muitos investimentos. “A geração de energia renovĂĄvel precisa ser incentivada porque permite negĂłcios funcionando com menores custos e menos impactos ambientais. Acreditamos que a Aneel vai chegar a esse entendimento de que a regulação deve viabilizar a continuidade do processo de geração distribuĂdaâ€?, aposta. O diretor de Novos NegĂłcios da Mori Energia - que tambĂŠm atua com geração distribuĂda -, Ivo Pitanguy, afirma que o fim do subsĂdio gera prejuĂzo para o empreendedor, que perde a chance BARBOSA & MARQUES
de ter redução de custo com descontos na energia, para os consumidores, que terĂŁo que pagar taxas se quiserem produzir sua prĂłpria energia e para o meio ambiente, pois a energia solar ficaria menos atrativa. “Hoje, nosso modelo de negĂłcio de geração distribuĂda ĂŠ de compensação de energia, ou seja, a fazenda solar gera energia e compensa na unidade consumidora dela. Essa compensação ĂŠ feita no preço cheio da tarifa em Minas Gerais, mas se essa regulamentação passar, sĂł vamos conseguir compensar 40% do valor dessa energia. A compensação vai diminuir mais que a metade, entĂŁo ĂŠ um desincentivo grandeâ€?, diz. O diretor de desenvolvimento de negĂłcios e tecnologia da Alsol Energias, Gustavo Malagoli, tambĂŠm criticou a possĂvel revisĂŁo das regras. “Essa proposta nĂŁo ĂŠ o que a gente esperava. NĂłs desenvolvemos um conceito que gera benefĂcios para o sistema elĂŠtrico como um todo. O modelo que a gente tem hoje ĂŠ muito atrativo e uma eventual alteração com certeza levaria a uma desaceleração de investimentosâ€?, disse. Parceria com Fiemg - A Fiemg assinou, ontem, duas parcerias com empresas na ĂĄrea de energia solar. Durante solenidade ocorrida dentro do Minas Trend, no Expominas, os representantes da Alsol Energias RenovĂĄveis, Cemig SIM e Mori Energia formalizaram o acordo que inclui os associados da Fiemg no modelo de geração distribuĂda. A adesĂŁo pode gerar descontos de atĂŠ 26% na conta de luz das empresas. O presidente da Fiemg, FlĂĄvio Roscoe, afirmou que as parcerias tĂŞm o objetivo de tornar as indĂşstrias mineiras mais competitivas. “A Fiemg tem buscado redução de custos para os associados, pois, assim, a indĂşstria serĂĄ mais competitiva, venderĂĄ mais e gerarĂĄ mais empregos. Nosso foco ĂŠ sempre melhorar o ambiente de CNPJ 19.273.747/0001-41 NIRE 31.300.040.488
75ÂŞ ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA DATA, LOCAL, CONVOCAĂ‡ĂƒO, PRESENÇA e MESA: Dia 27/09/2019, Ă s 14:00h, reuniram-se em AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria os acionistas desta sociedade de capital fechado na sede da sociedade Ă Rua AluĂzio Esteves nÂş 250, Bairro de Lourdes em Governador Valadares/MG. Presentes acionistas UHSUHVHQWDQGR GR FDSLWDO VRFLDO TXH DR ÂżQDO DVVLQDP HVWD DWD 0HVD eleita por aclamação: Presidente Luiz Fernando Esteves Martins, e secretĂĄria Silvia Marques Drumond Poyares. PUBLICAÇÕES - Aviso aos Acionistas: no Minas Gerais nos dias 27/04/19, 30/04/19 e 01/05/19, e no DiĂĄrio do ComĂŠrcio nos dias 29/04/19 e 30/04/19, 02/05/19. Convocação: no Minas Gerais nos dias 18/09/19, 19/09/19 e 20/09/19 e no DiĂĄrio do ComĂŠrcio nos dias 18/09/19, 19/09/19 e 20/09/19. Balanço Geral e Demonstraçþes Financeiras encerradas em 31/12/2018: no Minas Gerais no dia 01/05/19 e no DiĂĄrio do ComĂŠrcio no dia 30/04/19. CONSELHO DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO - Eleição – Foram reeleitos todos os atuais, os seguintes membros: Presidente: Humberto Esteves Marques; Vice-Presidente: Luiz Fernando Esteves Martins; SecretĂĄria: Silvia Marques Drumond Poyares. Conselheiros: HelĂĄdio JosĂŠ Esteves Martins; JosĂŠ Luis Marques Ribas; Jonas Marques Ribas; Eneida Esteves Martins Latham; Maria Fernanda Marques Drumond Poyares. $ TXDOLÂżFDomR TXH FRQVWD GR livro de atas e via registrada na Junta Comercial – MG, nĂŁo ĂŠ publicada por razĂľes de segurança. CONSELHO FISCAL – Eleição - Foram reeleitos efetivo e presidente Ronaldo de Lima Câmara; como seu eventual suplente Augusto Barbosa da Silva Pereira; efetivo, MĂĄrcio JosĂŠ de Rezende Gonçalves; com sua suplente Marilene Firmato Esteves. Foram eleitos pela primeira vez efetivo JosĂŠ Luiz Marques Ribas, com sua suplente, Carmen Marques Ribas. A TXDOLÂżFDomR TXH FRQVWD GR OLYUR GH DWDV H YLD UHJLVWUDGD QD -XQWD &RPHUFLDO Âą MG, nĂŁo ĂŠ publicada por razĂľes de segurança. POSSE e MANDATO – Os eleitos o para Conselho de Administração e para o Conselho Fiscal tomaram posse na prĂłpria AGO, imediatamente apĂłs a eleição, com mandato que se inicia nesta data e vai atĂŠ a prĂłxima AGO - AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria, como estabelece o estatuto da Sociedade. REMUNERAĂ‡ĂƒO dos ADMINISTRADORES – Foram aprovadas as verbas mensais de: R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para o Conselho de Administração, excluĂdo dessa remuneração o Vice-presidente do Conselho. Verba de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para a Diretoria. As duas verbas sĂŁo vĂĄlidas a partir 01 de julho de 2019. OUTRAS APROVAÇÕES E RESOLUÇÕES – Foi lida a Proposta do Conselho de Administração, apĂłs o que a AssemblĂŠia, por unanimidade dos presentes e sem restriçþes ou ressalvas acatou a Proposta na Ăntegra, aprovando tudo o que se segue: a) O RelatĂłrio dos Administradores; b) O Balanço Geral e Demonstraçþes Financeiras do ExercĂcio anterior encerrado em 31/12/2018; ATA e ENCERRAMENTO – A AssemblĂŠia foi suspensa para lavratura da Ata. ApĂłs a leitura desta Ata, ela foi votada e aprovada sem restriçþes pela maioria dos presentes. A AssemblĂŠia foi encerrada e o Livro de Atas e a lista de presença foram assinados por todos os acionistas, presentes ou representados por procuradores: Luiz Fernando Esteves Martins (acionista), Silvia Marques Drumond Poyares (acionista), Humberto Esteves Marques (acionista) p/p Silvia Marques Drumond Poyares, Maria Helena Esteves Martins (acionista) p/p Eneida Esteves Martins Lathan, Regina Maura Marques Ribas (acionista) p/p JosĂŠ LuĂs Marques Ribas, HelĂĄdio JosĂŠ Esteves Martins (acionista), Eneida Esteves Martins Latham (acionista), Maria Fernanda Marques D. Poyares (acionista). CERTIFICO QUE CONFERE COM A ATA ORIGINAL LAVRADA EM LIVRO PRĂ“PRIO, LIVRO NĂšMERO 03, FOLHAS 77 A 80. Governador Valadares/MG, 27 de setembro de 2019. Luiz Fernando Esteves Martins - Presidente da AssemblĂŠia. Junta Comercial do (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP GD Empresa BARBOSA & MARQUES S/A, Nire 31300040488 e protocolo 193789850 - 28/08/2019. Autenticação: 917FA5DBE3B58414198971FA2A377C9EB4603C. 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
negĂłcios e essa proposta de geração distribuĂda ĂŠ muito relevante porque toda a indĂşstria usa energia e, Ă s vezes, tem nela seu principal insumoâ€?, disse. Segundo ele, embora as parcerias tratem do mesmo assunto, sĂŁo opçþes diferentes para os associados. Uma delas ĂŠ com a Alsol, que ĂŠ uma empresa do Grupo Energisa. A outra ĂŠ com a Cemig SIM junto com a Mori Energia. “De certa forma estamos colocando uma concorrĂŞncia entre as empresas e o empresĂĄrio ĂŠ que vai escolher. SĂŁo dois grupos de grande porte e com tradição na distribuição e geração de energia. O que posso dizer ĂŠ que qualquer escolha que o empresĂĄrio fizer ĂŠ melhor do que a que ele tem hoje, que ĂŠ zero de descontoâ€?, diz. O projeto da Alsol prevĂŞ a implantação de 15 fazendas com potĂŞncia de 5 Megawat-
REUTERS / BRUNO KELLY
Geração solar distribuĂda estĂĄ perto de alcançar 1,5 gigawatt em capacidade no Brasil
ts-pico (MWp) cada, totalizando 75 MWp de potĂŞncia instalada. TrĂŞs empreendimentos serĂŁo entregues atĂŠ o fim do ano e os demais atĂŠ 2021. O investimento total ĂŠ de R$ 300 milhĂľes. JĂĄ a parceria com a Cemig
SIM e a Mori Energia prevê a instalação de 32 usinas solares fotovoltaicas em 17 cidades de Minas Gerais atÊ o ano que vem, totalizando um investimento de R$ 650 milhþes. Em ambas as parcerias
o empreendedor não faz nenhum tipo de investimento, instalação ou obras. Isso porque a energia serå gerada remotamente nas usinas solares e injetada na rede, o que gera o desconto para os associados.
Segmento busca apoio contra proposta da AgĂŞncia SĂŁo Paulo - Associaçþes do setor de energia solar tĂŞm se movimentado junto a polĂticos e advogados para tentar reverter planos da reguladora AgĂŞncia Nacional de Energia ElĂŠtrica (Aneel) de mudar regras da chamada geração distribuĂda, que envolve a instalação de sistemas principalmente solares por consumidores em telhados ou grandes terrenos, por exemplo. Pela proposta da Aneel, subsĂdios atualmente concedidos a projetos de geração distribuĂda (GD) seriam reduzidos a partir de 2020 para novos sistemas, enquanto aqueles jĂĄ outorgados entrariam no novo modelo de remuneração a partir de 2030. A geração solar distribuĂda estĂĄ perto de alcançar 1,5 gigawatt em capacidade no Brasil, apĂłs ter chegado a 1 gigawatt em meados do ano, em meio a um crescimento acelerado justamente pela perspectiva de possĂveis mudanças em 2020. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que a tecnologia jĂĄ recebeu R$ 6,5 bilhĂľes desde 2012, quando foram criados os incentivos. A Empresa de Pesquisa EnergĂŠtica (EPE) prevĂŞ que a GD deve atingir 11,4 gigawatts instalados
atĂŠ 2029, com investimentos de R$ 50 bilhĂľes, sendo que quase 90% dos sistemas serĂŁo solares. “Desde terça-feira temos feito um trabalho intensivo, estamos presentes em BrasĂlia para conversar realmente com os parlamentares, ministros e secretĂĄrios de ministĂŠrios sobre essa situação e o impacto que isso pode trazer para o desenvolvimento do setorâ€?, disse a vice-presidente de geração distribuĂda da Absolar, BĂĄrbara Rubim. “Temos buscado o auxĂlio de parlamentares para conseguir chamar a atenção da agĂŞncia (Aneel), do governo, do prĂłprio MinistĂŠrio de Minas e Energia, e reabrir essa discussĂŁoâ€?, acrescentou ela. Estudo da consultoria Greener projeta que as mudanças regulatĂłrias, atualmente em discussĂŁo em consulta pĂşblica da Aneel, aumentariam o tempo para que um consumidor recupere o investimento em um sistema de GD em atĂŠ 25% em 2020 ou atĂŠ 50% no futuro, quando estaria previsto novo aperto das regras. JĂĄ sistemas de geração distribuĂda em ĂĄreas remotas, conhecidos como “fazendas solaresâ€?, veriam jĂĄ a partir do prĂłximo ano uma redução de 7% a 19% nas taxas internas de retorno (TIRs).
&20$5&$ '( 8%(5/Æ1',$ 0* Â? 9$5$ &Ă‹9(/ (',7$/ '( &,7$dÂ2 &20 35$=2 '( 75,17$ ',$6 '( $872 &(17(5 $/8*8(&$5 /7'$ 0( &(17(5 (,;26 SHVVRD MXUtGLFD GH GLUHLWR SULYDGR LQVFULWD QR &13- VRE R Qž TXH VH HQFRQWUD HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR 2 'U ,EUDKLP )OHXU\ GH &DPDUJR 0DGHLUD )LOKR -XL] GH 'LUHLWR GD Â? 9DUD &tYHO )$= 6$%(5 D WRGRV TXDQWRV R SUHVHQWH YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH VH DFKD HP FXUVR SHUDQWH HVWH -Xt]R H 6HFUHWDULD RV DXWRV Qž GD $dÂ2 021,7Ă?5,$ SURSRVWD SRU %$1&2 %5$'(6&2 &$57ÂŽ(6 6 $ LQVFULWD QR &13- VRE R Q ž HP IDFH GH $872 &(17(5 $/8*8(&$5 /7'$ 0( &(17(5 (,;26 SHVVRD MXUtGLFD GH GLUHLWR SULYDGR LQVFULWD QR &13- VRE R Qž QD TXDO DOHJD HP UHVXPR TXH R UHTXHULGR FRQWUDWRX FRP D LQVWLWXLomR FUHGRUD XP FDUWmR GH FUpGLWR H XP FDUWmR DGLFLRQDO D WHUFHLUR EHQHILFLiULR $GX] DLQGD TXH R GHPDQGDGR GHL[RX GH SDJDU DV IDWXUDV WRUQDQGR VH LQDGLPSOHQWH 2 FUpGLWR GR EDQFR SHUID] XPD TXDQWLD GH 5 FLQTXHQWD H WUrV PLO GX]HQWRV H FLQTXHQWD H VHWH UHDLV H YLQWH H WUrV FHQWDYRV DWXDOL]DGR DWp MXQKR GH GRLV PLO H FDWRU]H $ VXSOLFDGD DFLPD TXDOLILFDGD QmR IRL ORFDOL]DGD SDUD FLWDomR $VVLP SHOR SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi SXEOLFDGR QD IRUPD GD /HL H DIL[DGR QR 6DJXmR GR )yUXP GHVWD FRPDUFD &,7$ ( &+$0$ D Up $872 &(17(5 $/8*8(&$5 /7'$ 0( &(17(5 (,;26 SDUD RV WHUPRV GD DomR EHP FRPR SDUD TXHUHQGR DSUHVHQWDU LPSXJQDomR QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV FRQWDGRV D SDUWLU GR YHQFLPHQWR GR SUD]R HVWDEHOHFLGR QR SUHVHQWH HGLWDO FRP D $'9(57Ç1&,$ GH TXH QmR KDYHQGR GHIHVD SUHVXPLU VH mR FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DOHJDGRV SHOR DXWRU DUW GR &3& &DVR QmR KDMD UHVSRVWD GHQWUR GR SUD]R OHJDO ILFD QRPHDGR &XUDGRU (VSHFLDO QD SHVVRD GR 'U 3HGUR $UDQWHV )HUUHLUD 2$% 0* SDUD UHSUHVHQWDU D Up '$'2 ( 3$66$'2 QHVWD FLGDGH GH 8EHUOkQGLD 0* DRV VHWH GLDV GR PrV GH RXWXEUR GH
Â? 9DUD &LYHO 'H %HOR +RUL]RQWH (GLWDO GH &LWDomR &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH 0* 3UD]R GH GLDV 'UD &OiXGLD $SDUHFLGD &RLPEUD $OYHV 00 -XL]D GH 'LUHLWR GD Â? 9DUD &LYHO QD IRUPD GD /HL HWF )D] VDEHU D WRGRV TXDQWR R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH SRU HVWH -XL]R H UHVSHFWLYD 6HFUHWDULD WUDPLWD RV DXWRV GD $omR 0RQLWyULD 3URFHVVR 1~PHUR WHQGR FRPR $XWRU +6%& %DQN %UDVLO 6 $ %DQFR 0XOWLSOR H FRPR 5pXV :DOWHU 5LEHLUR +HPHUO\ ( 0DULD +HOHQD /DWDOLVD +HPHUO\ HP TXH DOHJD R DXWRU VHU FUHGRU GRV 5pXV HP UD]mR GH DEHUWXUD GH FRQWD FRUUHQWH GH Q~PHUR H QR GLD GH VHWHPEUR GH RV VXSOLFDGRV IRUPDOL]DUDP R DQH[R 7HUPR GH 2SomR DGHULQGR DRV WHUPRV FOiXVXODV H FRQGLo}HV GR &RQWUDWR *OREDO GH 5HODFLRQDPHQWR &RPHUFLDO H )LQDQFHLUR VROLFLWDUDP DEHUWXUD GH XP OLPLWH FUpGLWR HP FRQWD FRUUHQWH GHQRPLQDGR &KHTXH (VSHFLDO 2V VXSROLFDGRV XWLOL]DUDP QD IRUPD FRQWUDWDGD D OLQKD GH FUpGLWR GLVSRQLELOL]DGD H QmR VH GLJQDUDP D KRQUDU DV REULJDo}HV DVVXPLGDV GH FREULU R VDOGR GHYHGRU GH FRQWD FRUUHQWH QR YDORU GH 5 TXDUHQWD H WUrV PLO GX]HQWRV H QRYHQWD H RLWR UHDLV H WUrV FHQWDYRV FRQIRUPH IOV GRV DXWRV (VWDQGR RV 5pXV :DOWHU 5LEHLUR +HPHUO\ &3) ( 0DULD +HOHQD /DWDOLVD +HPEHO\ &3) HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO GH FLWDomR GRV PHVPRV SDUD SDJDPHQWR GR GpELWR QR YDORU GH 5 TXDUHQWD H WUrV PLO GX]HQWRV H QRYHQWD H RLWR UHDLV H WUrV FHQWDYRV QR SUD]R GH GLDV SRGHQGR QHVVH PHVPR SUD]R RIHUHFHU HPEDUJRV H TXH FDVR QmR KDMD R FXPSULPHQWR GD REULJDomR RX RIHUHFLPHQWR GH HPEDUJRV FRQVWLWXLU VH D GH SOHQR GLUHLWR R WtWXOR H[HFXWLYR MXGLFLDO 1R FDVR GH UHYHOLD GRV UpXV VHUi QRPHDGR R FXUDGRU HVSHFLDO SDUD FRQKHFLPHQWR GH WRGRV RV LQWHUHVVDGRV R SUHVHQWH HGLWDO VHUi DIL[DGR QR OXJDU GH FRVWXPH H SXEOLFDGR QD IRUPD GD /HL %HOR +RUL]RQWH $GYRJDGR GR $XWRU 0DXULFLR &RLPEUD *XLOKHUPH )HUUHLUD 2$% 0* $ (6&5,9Â 5R]DQD *HUDOGD &ROLQL . H
ATA DE REGISTRO DE CHAPA ĂšNICA DA ABIGRAF-MG GESTĂƒO 2020/2022 Pelo presente, a ASSOCIAĂ‡ĂƒO BRASILEIRA DA INDĂšSTRIA GRĂ FICA – REGIONAL DE MINAS GERAIS (ABIGRAF/MG) SRU LQWHUPpGLR GR VHX SUHVLGHQWH 6U /XL] &DUORV 'LDV 2OLYHLUD GHFODUD SDUD WRGRV RV ÂżQV H HIHLWRV TXH QHVWD GDWD UHFHEHX GR 6U 5RGULJR 9HOORVR GH $OPHLGD Âą 5HSUHVHQWDQWH /HJDO GD ,PSULPDVHW /WGD D FRPSRVLomR GH FKDSD FRPSOHWD TXH FRQFRUrerĂĄ aos cargos do Conselho Diretor e do Conselho Fiscal, com seus respectivos suplentes, bem como procedeu ao registro da mesma. &HUWLÂżFD VH SRU ÂżP R UHJLVWUR GH DSHQDV XPD FKDSD FRQFRUUHQWH j HOHLomR GR GLD GH]HQRYH GH QRYHPEUR GH A chapa ĂŠ a seguinte: Diretoria Executiva: Presidente – Rodrigo Velloso de Almeida; Vice-Presidente – Luiz Carlos Dias Oliveira; 2Âş Vice-Presidente – Carlos Alberto Rangel Proença; 1Âş Tesoureiro – Geraldo Cezar Miranda SimĂľes; 2Âş Tesoureiro – Ricardo Lara Campos; 1Âş SecretĂĄrio – Vicente de Paula Aleixo Dias; 2Âş SecretĂĄrio – Maria de FĂĄtima Lima Ferreira; Diretores Conselheiros Efetivos: AndrĂŠ Alves Maciel; Cristiano Caetano Lara; Leandro Correia da Silva; Carlos AntĂ´nio Costa; Igor Aleixo Dias; Fausto Luiz TameirĂŁo Diniz; ClĂĄudia Maria Miranda SimĂľes Salles; JoĂŁo Batista de Souza; Frederico Magno Duarte Tavares; MĂĄrio Vidigal Lage; Vitor Gomes da Silva; SĂŠrgio Rezende Ferreira; Vanessa Franca Gontijo; Silvanio JosĂŠ da Silva; Frederico Palmeira; Rodrigo Palmeira; Eraldo AraĂşjo; JĂşlio AmĂŠrico de Oliveira Pena; Ronaldo Fonseca; CarlĂşcio RajĂŁo; Marcelo Savio do Amaral; JosĂŠ Soares Sobrinho; Ricardo Carvalhaes Aguiar; Altino Osmar Martins; Adriana Figueiredo de Carvalho; Vanessa Pinto Braga de Lara; Abdallah Mussa Sobrinho; Evandro JosĂŠ Mendes; Ronymarco Marinho Lemos da Silva; Angelo Buldrini de Souza; Marco AntĂ´nio de PĂĄdua Faria; Juarez Antonio Campos Reis; Fernando Fernandes Fonseca; Edgar Neves Miranda Junior; NapoleĂŁo GuimarĂŁes Ribeiro; Arno GD 6LOYD &UX] -HIIHUVRQ 9HORVR Diretores Conselheiros Suplentes: Philipe Caetano Lara; Aldair AraĂşjo; Diogo Aguilera $OHL[R 'LDV 2VYDOGR )HUUHLUD :DQGHUODQ (XVWiTXLR 1RJXHLUD Conselho Fiscal: Gillian Alves da Costa; Marcus Vinicius Viana; Geraldo Gilberto de Oliveira Pinto; Davidson ValadĂŁo Ferreira; JosĂŠ Carlos Otoni Ferreira; ClĂĄudio AraĂşjo Dias. %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH
O presidente da Associação Brasileira de Geração DistribuĂda (ABGD), Carlos Evangelista, disse que “nem no pior pesadeloâ€? imaginou que as mudanças em debate teriam impactos tĂŁo significativos sobre o setor. “Estamos trabalhando em conjunto com as outras associaçþes, como a Absolar, e em quatro frentes... uma delas ĂŠ o grupo jurĂdico, e estou acompanhando isso de perto. Estudamos, em termos jurĂdicos, quais seriam os caminhos que a gente buscaria caso a Aneel seja irredutĂvelâ€?, afirmou. “Achamos que algumas coisas foram falhas, que existem brechas jurĂdicasâ€?, adicionou ele, sem detalhar. Um dos pontos que poderia ser utilizado para judicializar o assunto seria a sinalização da Aneel de que as regras atuais serĂŁo mantidas atĂŠ 2030 para sistemas jĂĄ instalados, disse BĂĄrbara, da Absolar. “Temos manifestaçþes claras da agĂŞncia, inclusive gravadas, de que a regra seria somente para novos entrantes.â€? A ABGD estima que o setor de microgeração movimenta atualmente entre 7 mil e 8 mil empresas no Brasil, entre instaladores, distribuidores e fabricantes, entre outros. Economia contra - A proposta da Aneel para a geração distribuĂda recebeu apoio nesta semana do MinistĂŠrio da Economia, que publicou boletim de perguntas e respostas sobre o tema no qual defende que a manutenção do modelo atual para a tecnologia geraria custos Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD ENERGIA SUSTENTĂ VEL DO BRASIL e outros. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO
extras de R$ 56 bilhĂľes para o sistema elĂŠtrico atĂŠ 2035, impactando consumidores que nĂŁo adotaram o sistema. O valor, que foi citado tambĂŠm pela reguladora do setor elĂŠtrico na semana passada, equivaleria a R$ 34 bilhĂľes a valor presente, “suficiente para construir mais de 9 mil creches, ou comprar 180 mil ambulânciasâ€?, argumentou a pasta de Economia. Em meio ao debate, representantes do setor solar chegaram a circular com um abaixo-assinado no qual acusavam a Aneel de “querer taxar o solâ€?, um argumento colocado como “falsoâ€? no material do ministĂŠrio chefiado por Paulo Guedes. “Na verdade, as alteraçþes reduzem os encargos, e nĂŁo aumentam. A diferença ĂŠ que reduz o encargo que o cidadĂŁo comum pagaria, e que seria transferido a esse grupo de interesse, que, agora, luta para mantĂŞ-lo.â€? Os argumentos do ministĂŠrio, no entanto, sĂŁo criticados pelas associaçþes que representam investidores em energia solar. As entidades afirmam que essa conta, assim como a da Aneel, considerou apenas custos desencadeados pela GD, mas nĂŁo benefĂcios gerados pela tecnologia, que impactariam positivamente todos consumidores. A geração distribuĂda possibilita redução ou postergação de investimentos na rede elĂŠtrica, alĂŠm de produzir mais em horĂĄrio de pico, o que ajuda o sistema, apontou a ABGD, que listou ainda benefĂcios ambientais e de geração de empregos desses sistemas. As associaçþes defendem ainda que a redução dos incentivos Ă GD deveria acontecer apenas apĂłs uma maior penetração desses sistemas, que hoje ĂŠ de quase 1% da matriz energĂŠtica brasileira. (Reuters)
EDITAL DE INTIMAĂ‡ĂƒO FERNANDO PEREIRA DO NASCIMENTO 2ÂżFLDO GR ž 2ÂżFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH QD IRUPD GD OHL ID] VDEHU D WRGRV TXDQWR R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH HVWD 6HUYHQWLD HVWi SURFHVVDQGR SHGLGR GH UHJLVWUR GH INSTITUIĂ‡ĂƒO DE BEM DE FAMĂ?LIA SURWRFROL]DGR HP VRE R Qž QR TXDO FRANCISCO DE ASSIS GUERRA LAGES, EUDVLOHLUR HPSUHViULR ,' 0* 663 0* &3) H VHX F{QMXJH LILIAM PALHARES LAGES EUDVLOHLUD WXULVPyORJD ', 0 663 0* &3) FDVDGRV SHOR UHJLPH GD FRPXQKmR XQLYHUVDO GH EHQV GHVGH UHVLGHQWHV H GRPLFLOLDGRV QD 5XD 5DLPXQGR /RSHV )LJXHLUHGR %DLUUR 6mR %HQWR %HOR +RUL]RQWH 0* DWUDYpV GH (VFULWXUD 3~EOLFD ODYUDGD iV Ă€V GR OLYUR HP H (VFULWXUD 3~EOLFD GH $GLWDPHQWR ODYUDGD iV Ă€V GR OLYUR DPEDV QR ž 7DEHOLRQDWR GH 1RWDV GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH 0* ODYUDGD SHOR 1RWiULR :DOTXLULD 0DUD *UDFLDQR 0DFKDGR 5DEHOR LQVWLWXtUDP FRPR EHP GH IDPtOLD R SUpGLR UHVLGHQFLDO VLWXDGR QD 5XD 5DLPXQGR /RSHV )LJXHLUHGR FRQVWUXtGR QR ORWH GR TXDUWHLUmR GR %DLUUR 6mR %HQWR PDWULFXODGR VRE Qž /LYUR Âą 5HJLVWUR *HUDO GHVWD 6HUYHQWLD QRV WHUPRV GR DUW H VHJXLQWHV GR &yGLJR &LYLO &RP D LQVWLWXLomR R LPyYHO ÂżFD GHVWLQDGR i UHVLGrQFLD GRV LQVWLWXLGRUHV H GDV SHVVRDV GH VXD IDPtOLD HQXPHUDGDV HP OHL ÂżFDQGR LVHQWRV GH H[HFXomR SRU GtYLGDV SRVWHULRUHV i VXD LQVWLWXLomR VDOYR DV TXH SURYLHUHP GH WULEXWRV UHODWLYRV DR SUpGLR RX GH GHVSHVDV GH FRQGRPtQLR PDQWLGDV DV UHJUDV VREUH D LPSHQKRUDELOLGDGH GR LPyYHO UHVLGHQFLDO HVWDEHOHFLGD HP OHL HVSHFLDO 'HFODUDUDP RV LQVWLWXLGRUHV QmR SRVVXLU GtYLGDV FXMR SDJDPHQWR SRVVD VHU SUHMXGLFDGR SHOD LQVWLWXLomR GR EHP GH IDPtOLD EHP FRPR TXH R YDORU GR EHP HP TXHVWmR QmR XOWUDSDVVD GR VHX SDWULP{QLR OLTXLGR QR WHPSR GD LQVWLWXLomR 6H DOJXpP VH MXOJDU SUHMXGLFDGR GHYHUi GHQWUR GH WULQWD GLDV FRQWDGR GD GDWD GD SXEOLFDomR UHFODPDU FRQWUD D LQVWLWXLomR SRU HVFULWR H SHUDQWH HVWH 2ÂżFLDO QD 5XD 5LR GH -DQHLUR %DLUUR GH /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* &(3 %HOR +RUL]RQWH GH RXWXEUR GH S )HUQDQGR 3HUHLUD GR 1DVFLPHQWR 2ÂżFLDO GH 5HJLVWUR .DULQH 5HVHQGH &RQWH (VFUHYHQWH $XWRUL]DGD
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
7
POLÍTICA PEDRO FRANÇA /AGÊNCIA SENADO
PREVIDÊNCIA
Senado faz acordo e aprova a reforma Regras podem valer em novembro Brasília - Após pouco mais de oito meses, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) conseguiu concluir ontem a aprovação no Congresso da reforma que altera regras de aposentadorias e pensões para mais de 72 milhões de pessoas, entre trabalhadores do setor privado que já estão na ativa e servidores públicos federais. A medida é a maior vitória, neste primeiro ano, do governo no Congresso e é um dos pilares para o controle dos gastos públicos, plano do ministro Paulo Guedes (Economia). A equipe dele estima que, num prazo de dez anos, cerca de R$ 800 bilhões serão economizados com a reforma. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reformulação da Previdência, agora, vai à promulgação. Somente após esse ato do Congresso é que a reforma entra em vigor. A promulgação ainda não tem data marcada, mas deve
ocorrer em novembro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quer esperar Bolsonaro, que está em viagem internacional, retornar ao Brasil. Com a reforma, o Brasil passa a ter uma idade mínima para aposentadorias. Há 25 anos, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) propôs a criação desse critério, mas foi derrotado no Congresso. Na última terça-feira (22), o Senado aprovou o projeto de Bolsonaro, em segundo turno, por 60 votos a 19 (11 a mais do que o necessário, que seria de 49 votos). Mas, após um impasse, o plenário adiou para ontem a análise final dos destaques -votações que podem alterar trechos específicos da proposta. Em acordo com o governo, os senadores apoiaram uma iniciativa do PT e foi aberta uma brecha para regras especiais de aposentadoria em caso de profissões de risco. No entanto, a equipe econômica quer que uma
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, quer esperar retorno de Jair Bolsonaro ao Brasil, para a promulgação
lei defina critérios claros para que um trabalhador se enquadre nesse grupo. Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, trabalhadores de diferentes categorias entram na Justiça alegando que, por causa da periculosidade, têm direito a se aposentar mais cedo. O acordo com líderes do Senado prevê a aprovação rápida de um projeto de lei para delimitar quem poderá ter critérios diferenciados de aposentadoria diante do risco da profissão. Marinho afirma que as mudanças aprovadas ontem não alteram o impacto fiscal da reforma.
Na terça, após aprovação de texto-base, Alcolumbre disse que o Congresso cumpriu sua responsabilidade e aprovou a maior reforma da Previdência da história do País. A reestruturação da Previdência endurece os critérios para 71 milhões de trabalhadores com carteira assinada e autônomos que contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Aposentados foram poupados. No funcionalismo público, porém, a reforma afeta 1,4 milhão de servidores na ativa e também os inativos, que passarão a pagar alíquotas maiores para contribuição previdenciária. (FolhaPress)
Estados e municípios poderão revogar adesão Brasília - A proposta que permite estados e municípios aderirem à reforma da Previdência da União foi alterada ontem. O relator do projeto no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), criou um dispositivo para que governadores e prefeitos possam revogar a decisão de aderir à reestruturação das regras de aposentadorias e pensões. Jereissati apresentou uma nova versão da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que complementa a reforma da Previdência, aprovada pelo Congresso. O principal objetivo da chamada PEC paralela é permitir que a medida seja estendida para servidores estaduais e municipais.
Estados e municípios também passam por uma crise nas contas públicas, pressionadas com a alta nos gastos com aposentadorias e pensões. Para incentivar o ajuste fiscal nesses entes, tramita no Senado, com apoio do governo, uma proposta para que governadores e prefeitos possam replicar o endurecimento das regras previdenciárias para os servidores. Bastaria a aprovação de um projeto de lei nas respectivas assembleias. Isso facilita o trabalho desses governantes, que não precisariam fazer a própria reforma. No relatório apresentado ontem, Jereissati cria a possibilidade de que estados
e municípios revejam essa decisão. A revogação também seria por projeto de lei. No entanto, há uma trava para sair da reforma da Previdência. Governadores e prefeitos não podem revogar a adesão quando faltarem 180 dias ou menos para o término do mandato. A ideia é evitar que um gestor deixe uma situação desfavorável para as contas públicas do sucessor. Jereissati apresentou a nova versão da PEC paralela à CCJ (comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Mas o texto deve ser votado somente em 15 dias. A proposta, depois, terá que passar pelo plenário do Senado e também pela
Câmara, que já rejeitou, no primeiro semestre, a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência. Jereissati fez ainda uma nova alteração na parte da PEC que prevê cobrança de contribuição previdenciária de entidades filantrópicas, que hoje são isentas. Com isso, era esperada uma economia de R$ 60 bilhões em dez anos. Após pressão do setor, ele alterou o texto para que um projeto de lei determine quais filantrópicas continuarão isentas e quais serão taxadas. O senador é crítico a entidades, por exemplo, do setor de educação e de saúde que cobram caro da população e se beneficiam da isenção tributária. (FolhaPress)
Enquadramento por periculosidade é mantido São Paulo - Um destaque aprovado na manhã de ontem retirou do texto final da reforma da Previdência a proibição da concessão de aposentadoria especial para trabalhadores que buscarem o enquadramento por periculosidade. As mudanças afetariam trabalhadores de áreas em que há risco à vida como eletricitários e pessoal da segurança patrimonial, como vigilantes armados, e quem trabalha com explosivos. A segunda e última votação da reforma da Previdência teve início na terça-feira (22) e foi suspensa já à noite, quando faltavam dois destaques. Nesta quarta, os senadores chegaram a um acordo para retirar a proposta do Rede, que acabava com a idade mínima para os trabalhadores expostos à insalubridade, e votar apenas a proposta que tratava da periculosidade,
apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Desde 1997, o INSS não considera o conceito de periculosidade no tempo especial, mas esse entendimento é usado na Justiça para garantir o direito de eletricitários, por exemplo. A diferença entre insalubridade e periculosidade vem da origem do risco. Na primeira, a saúde é afetada. Na outra, o trabalhador corre o risco de morrer. Os senadores também fecharam acordo segundo o qual o governo se comprometeu em enviar um projeto de lei complementar detalhando quem tem ou não o direito à periculosidade. A preocupação do governo é que a retirada desse trecho da PEC passasse a permitir o enquadramento por categoria, de modo que trabalhadores sem exposição à periculosidade conseguissem o direito. O projeto deve ser assinado
pelo senador Eduardo Braga (MDB-MA). As regras para o uso do tempo especial, seja na aposentadoria por tempo de contribuição comum, seja para a concessão do benefício especial, foram particularmente afetadas pela PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma da Previdência. Além do veto ao enquadramento por periculosidade, o texto proíbe a caracterização por categoria profissional ou ocupação, impõe uma idade mínima e reduz o valor final do benefício. A aposentadoria especial exige hoje menos tempo de contribuição, que pode ser de 15, 20 ou 25 anos, de acordo com a gravidade da atividade. Na regra atual, a aposentadoria especial corresponde a 100% da média salarial, que é calculada com as 80% maiores remunerações desde julho de 1994. O INSS considera,
para esse cálculo, os salários de contribuições, que são os valores limitados ao teto de cada ano. O enquadramento por categoria profissional só foi usado pelo INSS até 1995. Nessa época, o INSS usava uma lista de profissões com o direito ao enquadramento. Desde então, a comprovação tem que ser feita por laudos e formulários que detalhem o tipo de agente nocivo, a frequência de exposição e o tipo de equipamento de proteção fornecido pela empresa. Como exige menos tempo de contribuição, as aposentadorias especiais são concedidas a trabalhadores considerados jovens. Das 391.852 aposentadorias especiais ativas em 2017, 348.231 eram pagas a segurados com até 54 anos de idade, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social. Esse número equivale a 89% deste tipo de benefício. (FolhaPress)
Trabalhadores devem cumprir idade mínima Brasília - Assim que a reforma da Previdência for promulgada, quem entrar no mercado de trabalho terá que completar 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher, para cumprir o requisito de idade mínima para aposentadorias. Quem já está na ativa poderá se aposentar antes da idade mínima. Há cinco regras de transição para a iniciativa privada. Para servidores públicos, há duas. O trabalhador poderá optar pela mais vantajosa. Bolsonaro enviou a proposta ao Congresso em 20 de fevereiro. Por mexer na Constituição, a reestruturação precisou do apoio de 60% dos deputados e senadores, em dois turnos de votação em cada Casa. Foi necessário, portanto, negociar por pouco mais de oito meses com o Congresso. Apesar do distanciamento adotado em relação à proposta, Bolsonaro deverá ser lembrado como o responsável pela rápida aprovação de uma ampla reforma da Previdência. Ele fica atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, em 2003, aprovou, em pouco mais de sete meses e meio, uma reforma, cujo principal alvo foi o funcionalismo público. Fernando Henrique Cardoso fez uma reformulação ampla, mas levou mais de três anos e oito meses e foi derrotado na tentativa de estabelecer uma idade mínima. A proposta de Bolsonaro também sofreu alterações no Congresso, mas os principais pilares foram mantidos. Além do critério etário, a reforma de Bolsonaro endurece a fórmula de cálculo das aposentadorias. A nova regra considera todo o histórico de contribuições do trabalhador. A atual é mais vantajosa, pois considera apenas as 80% maiores contribuições. As pensões também passam a ter um cálculo mais rígido, que corta o valor do benefício para 60% mais 10% para cada dependente adicional. Hoje, não há esse redutor. As pensões, porém, não podem ficar abaixo de um salário mínimo (R$ 998). A versão original da PEC, enviada por Bolsonaro em fevereiro, teria, segundo a equipe econômica, um impacto de R$ 1,2 trilhão em uma década. Esse valor recuou para R$ 933 bilhões assim que a reforma foi aprovada pela Câmara, em agosto. Nesta fase, o governo contou com o importante apoio do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), alinhado à agenda liberal de Guedes. No Senado, a projeção de economia caiu para R$ 800 bilhões. Uma das principais derrotas de Guedes durante as negociações com o Congresso foi a derrubada da autorização à troca do regime de aposentadoria no Brasil para um sistema de capitalização, no qual cada trabalhador faz a própria poupança para bancar a aposentadoria. Outro revés foi a retirada de estados e municípios. Por causa da campanha de governadores e prefeitos contra a reforma, a Câmara decidiu não estender o efeito da reestruturação das regras para servidores estaduais e municipais. O Senado quer reverter isso e analisa uma nova PEC para que estados e municípios possam aderir à reforma. Essa proposta, no entanto, ainda terá que passar pelo Senado e, depois, seguir para a Câmara. Além desta PEC, o Congresso terá que analisar o projeto para reestruturar o regime de Previdência dos militares. Essa proposta também faz parte do pacote de Guedes para reduzir as despesas com aposentadorias e pensões, que pressionam o Orçamento do País. (FolhaPress)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
8
AGRONEGĂ“CIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br MARCOS SANTOS / USP IMAGENS
GRUPO PREDILECTA
Minas Mais amplia atuação e entra no mercado de cafĂŠs Escolha por produto teve como critĂŠrio a tradição do segmento no Estado criando todo um protocolo de qualidade condizente Conhecida pela produção com o nosso propĂłsitoâ€?, de atomatados, vegetais, explica Mendonça. condimentos e goiabadas, a Minas Mais – empresa do Mercado atrativo - O merGrupo Predilecta – sediada cado brasileiro de cafĂŠ ĂŠ em Patos de Minas, no Alto extremamente competitivo. ParanaĂba, entra agora no De acordo com dados da mercado de cafĂŠs, com o Pesquisa do Consumo de lançamento de dois produ- CafĂŠ no Brasil, realizada e tos: cafĂŠ torrado e moĂdo divulgada no inĂcio do ano tradicional e cafĂŠ torrado e pela Associação Brasileira da moĂdo extraforte. IndĂşstria de CafĂŠ (Abic), o A escolha, segundo o di- consumo de cafĂŠ em nĂvel retor de marketing da Minas mundial foi estimado em Mais, Kleber Mendonça, 165 milhĂľes de sacas de 60kg vem da necessidade de a em um perĂodo seguido de empresa dar a largada a doze meses. E, no Brasil, um plano de expansĂŁo que maior produtor e exportacontempla os prĂłximos dois dor de cafĂŠ, o consumo foi anos. O cafĂŠ foi escolhido por calculado em 21 milhĂľes de ser um produto tido como sacas anuais, nĂşmero que uma das “carasâ€? de Minas. representa em torno de 13% O lançamento foi realizado da demanda mundial. Com durante a Superminas Food essa performance, o Brasil se Show, que aconteceu na mantĂŠm em segundo lugar semana passada, na Capital. no consumo, atrĂĄs dos Esta“A Minas Mais passa dos Unidos, com 14% do que por uma modernização da ĂŠ bebido de cafĂŠ no planeta. sua apresentação, inclusiOs dados do consumo ve, como uma nova logo- interno dos CafĂŠs do Brasil marca. Aproveitamos esse demonstram um crescimenmovimento para anunciar to de 4,8%, entre novemuma nova vertente de negĂł- bro de 2017 e outubro de cios: o cafĂŠ. NĂŁo somos uma 2018, em comparação com produtora, estabelecemos o mesmo perĂodo anterior. parcerias com dez das maio- O consumo de cafĂŠs em pĂł res torrefaçþes do Estado, atingiu 81% e cafĂŠs expressos DANIELA MACIEL
e em cĂĄpsulas 19% do total da demanda nacional. O estudo sinaliza, ainda, que o consumo interno deverĂĄ continuar com tendĂŞncia de crescimento contĂnuo atĂŠ 2021, em uma taxa mĂŠdia estimada em 3,5% ao ano, em decorrĂŞncia da retomada econĂ´mica e de mudanças de hĂĄbitos de consumo do cafĂŠ pela população brasileira, fatores que tĂŞm impulsionado
a demanda pelo produto. A expectativa ĂŠ de que, no mĂŠdio prazo, o cafĂŠ seja a terceira categoria mais importante dentro dos negĂłcios da empresa, respondendo por 10% do faturamento. â€œĂ‰ certo que o mercado brasileiro ĂŠ extremamente desejado pelas empresas e competitivo, porĂŠm apostamos na performance da Minas Mais. Em todos os segmentos
Empresa terĂĄ 2 produtos: cafĂŠ torrado e moĂdo tradicional e extraforte
que estamos conseguindo nos estabelecer rapidamente, estamos alcançando estratos de liderança. O cafÊ foi muito bem recebido pelos nossos parceiros por esse motivo. AtÊ por isso decidimos fazer
o lançamento na Superminas, para valorizar o setor supermercadista, afinal Ê atravÊs dele que chegamos ao consumidor�, analisa o diretor de marketing da Minas Mais.
BORRACHA NATURAL
Evento em BH discute soluçþes para setor O 6Âş Congresso Brasileiro de Heveicultura teve inĂcio, na terça-feira (22), no auditĂłrio da Empresa de AssistĂŞncia TĂŠcnica e ExtensĂŁo Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em Belo Horizonte. O evento, que acontece pela primeira vez em Minas Gerais, tem como objetivo identificar os desafios, propor e encaminhar soluçþes para o setor produtivo de borracha natural no PaĂs. O pesquisador da Empresa de Pesquisa AgropecuĂĄria de Minas Gerais (Epamig) e presidente desta edição do Congresso, AntĂ´nio de
Pådua, explica que o momento atual Ê de retração na produção da seringueira e no consumo de borracha natural no Brasil e no mundo. O cenårio futuro, porÊm, de acordo com as projeçþes do economista holandês Hidde Smit, aponta para um dÊficit de borracha natural no final da próxima dÊcada, com consequente recuperação dos preços desta matÊria-prima. Outra vantagem, apontada pelo pesquisador, Ê o potencial da seringueira na recuperação de åreas degradadas. Atualmente, a à sia res-
ponde por 91% da borracha natural produzida no mundo. O Brasil, embora seja um centro de origem e diversidade genĂŠtica da seringueira, produz um terço da borracha que ĂŠ consumida no PaĂs, o que corresponde a 1,4% da produção mundial (192 mil toneladas por ano). “Minas Gerais foi o estado que mais plantou seringueira nos Ăşltimos dez anos e possui entre 16 e 17 mil hectares plantados em diversos nĂveis de altitude. A seringueira estĂĄ apta a ser plantada em todo nosso Estado, com algumas restriçþes na regiĂŁo Norteâ€?,
informa AntĂ´nio de PĂĄdua, completando que a cultura precisa ser incentivada entre os pequenos produtores mineiros. “Na Ă sia, a produção estĂĄ concentrada nos miniprodutores, sendo que na Ă?ndia hĂĄ vĂĄrios microprodutores de fundo de quintal muito bem organizadosâ€?. A presidente da Epamig, Nilda de FĂĄtima Ferreira Soares, participou da abertura do evento e destacou o papel da pesquisa na recuperação da relevância da seringueira na agricultura e na economia mundial. (Com informaçþes da Seapa)
DiĂĄrio do ComĂŠrcio ĂŠ finalista do PrĂŞmio+Admirados de Economia
O DIà RIO DO COMÉRCIO p À QDOLVWD GD SULPHLUD HWDSD GR Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, GR - &LD H GR 3RUWDO GRV -RUQDOLVWDV HP SDUFHULD FRP D 0D[SUHVV $R WRGR SURÀ VVLRQDLV H YHtFXORV VH FODVVLÀ FDUDP SDUD D VHJXQGD HWDSD TXH FRQWD FRP YRWDomR RQ OLQH DWp D SUy[LPD VH[WD IHLUD 3DUD UHFHEHU R OLQN GH YRWDomR p SUHFLVR HQYLDU PHQVDJHP SDUD premio@maxpress.com.br H VROLFLWDU D LQFOXVmR GR VHX HQGHUHoR GH H PDLO Participe!
www.diariodocomercio.com.br
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
9
NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
DIVULGAÇÃO
RECONHECIMENTO
Banco Semear é eleito o segundo mais inovador do Brasil
A rede Villefort Atacadista abriu este ano a primeira unidade fora do território mineiro, na cidade de Jataí, em Goiás
EXPANSÃO
Villefort prevê para 2019 faturamento de R$ 1,5 bi Rede mineira, que acaba de chegar a Goiás, investiu R$ 74 mi este ano THAÍNE BELISSA
A rede de supermercados Villefort Atacadista deve encerrar 2019 com um crescimento de 18% no faturamento, na comparação com o resultado de 2018, passando de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão no período. A perspectiva é do presidente da empresa, Virgílio Villefort, que está apostando em expansão física da rede, inclusive para além de Minas Gerais. Só este ano, o grupo investiu R$ 74 milhões em quatro novas lojas. A rede possui 24 unidades ao todo. “Avaliamos 2019 como um bom ano para a empresa e a
ideia é continuar crescendo no ano que vem”, afirma o presidente. A rede alcançou um marco importante este ano: a abertura da primeira unidade fora do território mineiro. Inaugurada em setembro, ela fica em Jataí, em Goiás. “Essa foi a primeira, mas vamos estudar novas possibilidades de negócios fora do Estado”, garante. Além dela, a rede também abriu, este ano, uma unidade em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Durante a inauguração, o presidente afirmou que as expectativas para a operação eram altas,
pois se trata de um município com bairros populosos. A loja tem 21 checkouts e 300 vagas de estacionamento. O investimento de R$ 74 milhões previstos para as novas unidades em 2019 ainda contempla outras duas operações em novas instalações, sendo uma em Itabira, na região Central, e uma em Montes Claros, no Norte de Minas. A expectativa é que ambas sejam inauguradas em novembro. Com as novas unidades, o Villefort chegará a 24 unidades. Juntas, elas devem gerar um faturamento R$ 1,5 bilhão este ano, o que representa
um crescimento de 18% em relação a 2018. O resultado deve colocar a companhia em destaque no setor mais uma vez. Este ano, o Villefort foi uma das “top 20” no Ranking Abad/Nielsen edição 2019 ano base 2018. Ela ocupou o 10º lugar na lista, que leva em consideração a contribuição de cada empresa para o faturamento do setor. A rede atua no segmento de atacarejo e tem aproximadamente 12 mil itens que atendem pequenos supermercados, comércio em geral, sistema hoteleiro, pequenos empreendedores e o consumidor final.
TURISMO
Governo entrega 694 obras no País O Ministério do Turismo entregou, até outubro deste ano, 694 obras em todos os estados do Brasil. Os investimentos em infraestrutura turística ultrapassaram R$ 418 milhões. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo, com o intuito de gerenciar e monitorar o desenvolvimento das obras do setor nos municípios brasileiros. Entre os projetos entregues nas cinco regiões do Brasil estão a revitalização de praças, aquisição de equipamentos, construção de centros de eventos, pavimentação asfáltica, entre outras obras. Em Garibaldi (RS), por exemplo, o MTur investiu na ampliação do Centro de Eventos Fenachamp, local da Festa da Espumante Brasileira. Já em Bonito (MS), o Ministério liberou recurso para a revitalização da iluminação da Praça da Liberdade e do Centro de Múltiplo Uso. Em Natal (RN), a obra entregue foi a revitalização da orla marítima. No estado do Pará, o Ministério do Turismo investiu na urbanização da orla do município de Brejo Grande do Araguaia e em Minas Gerais foram investidos na reforma da Casa de Artesanato João Salgado, no município de Conselheiro Lafaiete, na região Central. O ministro do Turismo,
DIVULGAÇÃO
O Banco Semear recebeu, na última terça-feira, prêmio de segunda Melhor Empresa na categoria Inovação no setor bancário. O anuário, realizado por editorial nacional, visa fazer uma análise 360º da operação das empresas participantes. A Fundação Dom Cabral (FDC) é responsável técnica pelos critérios e processamento dos dados e a Integratum Inteligência e Pesquisa de Mercado fez a condução da pesquisa e o processamento das informações. “A premiação reforça que estamos no caminho certo em nossos esforços para evoluir nossa estrutura tecnológica para prover serviços com flexibilidade, escalabilidade e facilidade de implantação. Com a plataforma digital Semear, o cliente tem acesso aos serviços bancários de forma rápida e segura”, revela o presidente do Banco Semear, Roberto Azevedo. O gestor acredita que a premiação também é reflexo de iniciativas voltadas à equipe e à cultura colaborativa. “Investimos no treinamento da equipe em metodologias ágeis; há cinco anos temos um departamento para fomentar inovações e há dois anos criamos um hub para apoiar e fomentar o desenvolvimento de startups”, afirma. No primeiro exemplo pontuado por Azevedo, o foco foi estimular a equipe a pensar diferente e a desenvolver soluções, no hub batizado como Semear Innovation, o banco é responsável por incubar startups para utilizar a agilidade e a disrupção desses modelos na aceleração dos seus
serviços. “Essa é uma forma de ajuda mútua do mercado. Todos ganham: as startups parceiras, o banco e o cliente”, afirma Azevedo. O anuário apontou as melhores e maiores empresas do País, avaliadas em seis dimensões: desempenho financeiro, governança corporativa, inovação, pessoas, sustentabilidade e visão de futuro. Azevedo acredita que, promover treinamentos, capacitando cada vez mais a equipe e dando autonomia para decidir o que é melhor para o cliente cria um ambiente propício para inovar, sempre olhando a perspectiva do nosso. Os rankings são compostos por empresas campeãs em 27 setores da economia em cada uma das seis dimensões da pesquisa. Também foram selecionadas as 500 maiores empresas no País, os 100 maiores bancos e as 50 maiores seguradoras. Participaram da análise, empresas com receita líquida superior ou igual a R$ 200 milhões. No caso dos bancos, foram considerados os maiores por ativo. Essa é a segunda premiação de destaque do Banco Semear em 2019. Pelo segundo ano consecutivo, a instituição está listada entre os 100 maiores bancos no País, de acordo com anuário nacional que lista as mil maiores empresas de 25 setores. No referido anuário, o Semear aparece no ranking dos bancos pequenos e médios, ocupa a 12ª posição entre os de melhor rentabilidade operacional e o 10º lugar entre os mais rentáveis sobre o patrimônio. (Da Redação) PRISCILA MENEZES
Em Minas, foi entregue a reforma da Casa de Artesanato João Salgado, em Conselheiro Lafaiete
Marcelo Álvaro Antônio, relaciona os bons resultados ao monitoramento de projetos adotados pela pasta. “Nós temos implementado uma ação de gerenciamento efetivo das obras ativas do ministério, olhando com mais detalhes, identificando quais são os gargalos, quais são aquelas que eventualmente têm pendências de liberação de recursos. Isso só está sendo possível, a partir da realização deste novo processo, que iniciamos neste ano”, destacou. Dados regionais - A região Nordeste foi a que obteve o maior número de obras
concluídas e entregues até outubro de 2019. Foram 299 intervenções com o investimento de R$ 218 milhões. A região Sul foi a segunda a ter obras concluídas no País: 160, com investimentos superiores a R$ 64 milhões. Na região Sudeste, 124 foram concluídas, com investimento superior a R$ 50 milhões. Na região Centro-Oeste , o MTur entregou 76 obras (R$ 55 milhões) e, na região Norte, 35 (R$ 25 milhões). Os empreendimentos são realizados, preferencialmente, nos municípios que constam no Mapa do Turismo do Brasil. A ferramenta do Programa de
Regionalização do Turismo Brasileiro é um instrumento de transparência reconhecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para melhorar a aplicação de recursos públicos em destinos que adotaram o turismo como estratégia de investimento e alternativa de retorno econômico. Os recursos são provenientes do orçamento da Pasta e das emendas parlamentares apresentadas ao MTur. (Com informações da MTur)
Azevedo: premiação reforça que estamos no caminho certo
www.facebook.com/DiariodoComercio
www.twitter.com/diario_comercio
gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
Telefone: (31) 3469-2025
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
10
NEGÓCIOS SEGURANÇA
TECNOLOGIA
Grupo paulista GR abre primeira filial na Capital A partir de Belo Horizonte, empresa vai atender todo o Estado DANIELA MACIEL
Especializado em segurança patrimonial e serviços terceirizados, o Grupo GR abre espaço no mercado mineiro inaugurando sua primeira filial na capital do Estado, no Estoril (região Oeste). Paulista de origem e com negócios também no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Piauí, Amazonas, Maranhão e Pará, a empresa já tem planos para outras unidades em Minas, segundo o diretor comercial nacional do Grupo GR, Ricardo Franco. “Nascemos em São Paulo e crescemos em direção ao Norte do Brasil sendo provocados pelos nossos clientes. Faltava Minas Gerais para fecharmos o Sudeste e a oportunidade veio agora. Minas é um grande mercado no qual sempre quisemos entrar. Talvez pudesse ter sido um pouco antes, mas fizemos tudo com muita calma e respeitando as características locais”, explica Franco. Atualmente, Grupo GR conta com mais de 10 mil funcionários. O objetivo é
Já foram contratados 15 profissionais, afirmou Franco
oferecer customização de soluções integradas, que otimizem produtividade e custos com a implantação e operação de estratégias de segurança privada e serviços como portaria, controle de acesso e bombeiro civil. Entre os clientes da empresa estão: condomínios (residenciais e comerciais), indústrias, hospitais, sho-
pping centers, instituições de ensino, sites logísticos, redes de lojas, construtoras e facilities. A unidade da Capital é a 11ª do grupo. “A partir de Belo Horizonte vamos atender todo o Estado. É certo, porém, que pelo seu tamanho e força econômica Minas Gerais comporta outras unidades do Grupo GR.
Já temos realizado contatos no Sul de Minas e também no Triângulo, que são regiões muito desenvolvidas nos setores em que atuamos”, destaca. Para começar, já foram contratados 15 profissionais. A tão comentada crise de mão de obra qualificada também atinge a empresa, porém o desafio é encarado não como um percalço, mas como uma motivação. “A falta de qualificação vem de um problema educacional no Brasil e nós não costumamos reclamar disso. Temos como nossa obrigação treinar nossa mão de obra. Lidamos com proteção patrimonial como um objetivo. O nosso primeiro papel é lidar e proteger as pessoas. Então um profissional que vai trabalhar em um shopping, por exemplo, tem demandas diferentes de um que vai atuar em um pronto socorro. Tudo isso tem que estar previsto no treinamento. Precisamos selecionar perfis e dar o treinamento adequado”, afirma o diretor comercial nacional do Grupo GR.
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Toyota apresenta microcarro elétrico Tóquio, Japão - A Toyota relutou por anos em investir na produção de carros 100% elétricos, mas agora começa a rever sua estratégia. A montadora japonesa aproveita o Salão do Automóvel de Tóquio para mostrar suas propostas nessa área. Um dos projetos é o microcarro Ultra Compact BEV, que a empresa pretende lançar no Japão na linha 2021. O veículo tem dois lugares e
autonomia limitada a cerca de 100 quilômetros. Os motivos de rodar pouco são as propostas de uso e de precificação. As baterias representam o maior custo de um carro elétrico, é preciso reduzi-las para se obter um valor melhor para venda. A fabricante pretende posicionar o BEV como um veículo popular. Por ser um automóvel voltado para percursos urbanos
curtos, a Toyota acredita que os donos do seu futuro microcarro não terão problemas com falta de energia. O carro é direcionado para jovens recém-habilitados e idosos. Terá baixa potência e velocidade máxima limitada a 60 km/h para se enquadrar nas faixa mais baixa de tributação no Japão. Por ser curto e estreito, o Ultra Compact vai facilitar manobras de estacionamento
e poderá acessar espaços restritos a veículos convencionais. O motor fica no eixo traseiro e há ar-condicionado, aquecimento dos bancos e sistema de frenagem automática para evitar colisões e atropelamentos. O Salão do Automóvel de Tóquio estará aberto ao público entre os dias 24 de outubro e 4 de novembro. (Folhapress)
Google diz que seu computador alcançou ‘supremacia quântica’ São Paulo - O Google anunciou que atingiu a “supremacia quântica”, um marco para o desenvolvimento de computadores do tipo, em um artigo publicado na revista científica “Nature” e em um blog da companhia ontem. A divulgação foi oficializada um mês após um documento ter sido veiculado no site da Nasa e recuperado pelo jornal “The Financial Times” antes de a agência americana retirá-lo do ar. Com o anúncio de ontem, os detalhes da pesquisa ficam públicos para avaliação e contestação da comunidade científica. A empresa afirma que seu processador 54-qubit chamado Symacore conseguiu realizar em 200 segundos um cálculo que o supercomputador mais poderoso do mundo demoraria 10 mil anos. Esse processador, segundo o Google, é composto de uma grade bidimensional em que cada qubit (a unidade básica de uma informação quântica) está conectado a outros quatro qubits. “O chip possui conectividade suficiente para que os estados do qubit interajam rapidamente em todo o processador, tornando o estado geral impossível de emular de forma eficiente com um computador clássico.” A IBM, concorrente na disputa quântica, contestou o marco alegando que o termo supremacia quântica está sendo mal interpretado. Disse que “uma simulação ideal da mesma tarefa pode ser realizada em um sistema clássico em 2,5 dias e com uma fidelidade muito maior”, contrariando os 10 mil anos citados pelo Google. Nesse ponto específico, a IBM diz que o Google “falhou em explicar totalmente o amplo armazenamento em
disco” ao estimar quanto tempo o computador tradicional levaria para realizar o cálculo. Supremacia quântica é um termo disseminado na comunidade científica nos últimos anos, mas a IBM o atribui a um físico da companhia, que descreve a supremacia como o ponto em que os computadores quânticos podem fazer coisas que os clássicos não conseguem - limite esse que não foi atingido, segundo ela. Enquanto a computação tradicional, baseada na física normal, usa o sistema binário para representar a matemática, o sistema quântico tem representação diferente que permite processamentos que o computador tradicional não consegue fazer. A computação tradicional controla eletricidade para poder representar informações matemáticas e usa circuitos lógicos. Ao invés de controlar a eletricidade, a quântica controla o spin dos elétrons. Essa área computacional é teorizada desde que existe a física quântica, mas só na última década registrou evolução para aplicações úteis, como a resolução de cálculos. A computação quântica ainda está restrita à área de pesquisa, mas poderá beneficiar especialmente a área militar, que já trava corrida nesse sentido. Em entrevista a uma publicação do MIT (Massachusetts Institute of Technology) ontem, Sundar Pichai, presidente do Google, fez uma analogia da conquista da companhia aos primeiros aviões. “O primeiro avião voou por apenas 12 segundos, então não havia aplicação prática para isso”, disse. “Mas mostrou a possibilidade de um avião realizar um voo.” (Folhapress)
OPINIÃO COM INOVAÇÃO
Conheça os sete princípios da experimentação Em tempos de inovação, empresas que buscam o novo e agregar mais valor para o seu negócio precisam trabalhar a cultura da experimentação. Testar novas ideias, produtos ou mesmo modelo de negócio, leva à experimentação. À medida que as mudanças acontecem de forma acelerada e complexa, impactando todos os setores e principalmente a cadeia produtiva, a experimentação se torna cada vez mais necessária como meio de mitigar incertezas, suposições e, principalmente acelerar o processo de inovação. É verdade que aplicar a experimentação em uma empresa não é uma tarefa fácil. Com o objetivo de criar mais valor para os seus projetos de inovação, alguns princípios são fundamentais. David L. Roges, em seu livro, Transformação Digital - Repensando o seu negócio para a era digital, formulou os sete princípios da experimentação com base na observação de empresas inovadoras. Vale lembrar que, esses sete princípios se aplicam a qualquer experimento de negócio. Listei os sete princípios e explico cada um deles.
de aprender o mais cedo possível durante o processo. Lembre-se sempre disso; inovação exige processos! Através da experimentação, as ideias ineficazes devem fracassar o quanto antes no processo de desenvolvimento, muito antes de o produto chegar ao público e enquanto o custo de mudar o curso é muito mais baixo.
pelo problema o mantém focado no cliente e em suas necessidades. Ao forçar a compreender primeiro o problema do cliente, você assume uma atitude importante para garantir que o processo de inovação se concentre no valor para o cliente. O foco no problema e não na solução, nos estimula a considerar mais de uma solução possível. Uma solução que a princípio parece 2. Seja rápido e iterativo: O promissora, pode interromper segundo princípio da experimen- prematuramente soluções mais tação é a velocidade. Falhe rápido eficientes. e barato! Aprenda rápido com o erros e em ciclo iterativos, em vez 4. Receba feedback confiável: de esperar meses. Depois de conceber soluções, é Quem acompanha essa coluna, fundamental reunir feedback conjá tem conhecimento do que é um fiável sobre suas ideias. Essa creMVP (Mínimo Viável do Produto). dibilidade começa com as pessoas Transforme ideias em produtos/ com quem você conversa. serviços para que o protótipo seja Elas devem ser de clientes reais testado o quando antes. ou potenciais, não você próprio, A primeira versão não precisa de colegas ou chefes. ser a mais completa, pelo ao conDesenvolva protótipos e os trário, estamos falando em um apresente para quem de fato irá produto com o mínimo de recursos utilizá-los. possíveis, desde que sua função de solução ao problema para o qual 5. Meça o que importa agora: É de foi criado, configure um produto à suma importância realizar aferições ser utilizado, ainda que em forma em qualquer experimento. Mas o de protótipo. que medir? Uma das soluções pode ser trabalhar com a metodologia 1. Aprenda cedo: O primeiro 3. Apaixone-se pelo problema, OKR (Objectives and Key Results), princípio é começar a experimentar não pela solução: Essa é uma frase ou seja, definição de (objetivo) e desde o começo da iniciativa de clássica citada pelo cofundador de resultados chave (medido por). inovação, para que você seja capaz do Waze, Uri Levine. A paixão Um de seus principais dife-
renciais é justamente a agilidade na mensuração dos objetivos e resultados. A lógica da OKR é ser dinâmica, com ciclos mais curtos de metas, geralmente de três em três meses. 6. Teste seus pressupostos: Embora seja essencial reduzir o risco em muitos novos empreendimentos, esse princípio é muito importante nas inovações que levam a empresa para territórios arenosos. Se não sentir segurança com o seu produto ou negócio, faça experimentos com clientes reais. Uma ideia baseada em simples pressuposto, pode gerar um viés e fazer você perder muito tempo, e dinheiro! Empresas tradicionais acostumadas a operarem em seu próprio território, costumam ignorar a fase de teste dos pressupostos, quando estão buscando a inovação. Existem métodos para identificar e testar esses pressupostos. 7. Fracasse com inteligência: Chegamos ao último princípio da experimentação. Uma coisa é certa, o fracasso é inevitável, e ele chegará para todos! Podemos definir fracasso como algo que não funcionou da forma como planejamos. Obviamente, esse não é o obje-
tivo final da inovação, mas é parte inamovível dentro do processo de inovação. O desafio do fracasso é justamente fracassar com inteligência. Você pode estar confuso(a) e se perguntando; O que seria fracassar com inteligência, não seriam verbos antagônicos? A resposta é não! O fracasso inteligente é medido. Existem “regras” ou boas práticas para que de fato seja considerado como tal. Algumas perguntas podem (devem) ser levantadas. O que você aprendeu com o fracasso no teste? Você aplicou o que aprendeu para mudar a estratégia, o plano? O fracasso ocorreu tão cedo e foi tão barato quanto possível? Você compartilhou o fracasso com o time? O fracasso inteligente é, na verdade, parte essencial da experimentação. É necessário eliminar as más opções com rapidez e baseado no aprendizado dos testes. Agora que vimos os sete princípios da experimentação, chegou a hora de colocar em prática os experimentos. Finalizo com a seguinte pergunta. A sua empresa está aberta para testes? O futuro é agora! Até a próxima. Bruno de Lacerda.
11
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
NEGÓCIOS DANIEL MANSUR STÚDIO PIXEL
LOCADORA
Lucro líquido da Localiza sobe 28,8% no 3º trimestre Receita foi a R$ 2,67 bilhões Seguindo um histórico de resultados robustos, a Localiza divulgou ontem, após o fechamento do mercado, os números do terceiro trimestre (3T) de 2019. A receita líquida da companhia aumentou 28,8% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 2,67 bilhões. Acompanhando esse indicador, o lucro líquido também cresceu 28,8% e alcançou R$ 205,9 milhões no trimestre. A frota se aproxima de 300 mil carros, mais especificamente 299.828 carros, 35% superior ao do 3T de 2018 e um marco na história da empresa. Os números consolidam a Localiza como líder do setor de locação de carros. Com o Ebitda de R$ 502,4 milhões, 26,8% maior que o período anterior, a companhia obteve no 3T um forte crescimento em toda sua plataforma de negócios, que tem no aluguel de carros e na gestão de frotas sua fonte de rentabilidade. A empresa possui uma rede de 598 agências distribuídas em seis países da América do Sul e cerca de 9.695 mil colaboradores, que inspiram e transformam continuamente a companhia a continuar sendo protagonista do segmento. De acordo com o CFO da Localiza, Maurício Teixeira, as conquistas reportadas neste demonstrativo financeiro evidenciam a consistência e robustez da gestão da companhia que investe em inovações, ganhos de produtividade, reduções de custo e uma governança de excelência. “A relação do consumidor com a mobilidade está mudando e os resultados deste último trimestre provam que estamos entregando soluções eficazes e de valor para nossos clientes, investidores,
colaboradores e parceiros”, afirma o executivo. Outro destaque do período foi a publicação neste mês da segunda edição do Relatório Anual de Sustentabilidade da Localiza. A ferramenta é fundamental para reforçar a transparência da companhia e divulgar suas iniciativas de governança corporativa, meio ambiente e responsabilidade social. Negócios em pleno crescimento - A divisão de Aluguel de Carros continua apresentando forte ritmo crescimento e, em relação ao 3T de 2018, aumentou em 34,3% sua frota média alugada e em 29,7% a receita líquida. Já a divisão de Gestão de Frotas, em comparação ao mesmo período do ano passado, aumentou em 25,7% sua frota alugada e em 20,5% sua receita líquida, revelando ser um negócio em grande evolução no setor. “Nossa expertise em gerenciar toda uma longa e complexa cadeia operacional, logística e de relacionamento com milhões de clientes que alugam carros em diferentes territórios se traduz nestes indicadores”, diz o CFO da Localiza. Atividade acessória da companhia responsável pela viabilidade de renovação de frota, o Seminovos teve um aumento de vendas de 22,3% superior ao 3T de 2018, gerando uma margem Ebitda de 2,6%. Reconhecimento - No 3T, a Localiza foi contemplada com importantes prêmios que reconhecem sua gestão, sua atitude em inovar e a excelência no atendimento aos clientes. A Companhia conquistou a 20ª posição no ranking Marcas Brasileiras Mais Valiosas de
A Localiza possui uma rede de 598 agências distribuídas em seis países da América do Sul e cerca de 9.695 mil colaboradores
2019 da consultoria global de marca Interbrand, um avanço de dois lugares em relação ao ano anterior. A mesma seleção, que avalia o valor das principais marcas brasileiras, revelou a Localiza como maior NPS (Net Promoter Score) entre as
concorrentes e a segunda em maior crescimento entre as 25 ranqueadas. A companhia também figurou entre os 10 primeiros lugares na 19ª edição do Prêmio Broadcast Empresas, promovido pela “Agência Estado” em parceria com a
consultoria Economática. O ranking analisa companhias de capital aberto desde 2000 e com patrimônio líquido acima de R$ 10 milhões que divulgam balanços no prazo previsto em lei e estão em dia com credores no período analisado.
Já o Prêmio Escolha PME - realizado pelo “Estado de S. Paulo” e Officina Sophia/ HSR Specialist Researchers - destacou a Localiza entre os fornecedores mais bem avaliados pelas pequenas e médias empresas. (Da Redação)
BENS DE CAPITAL
Caterpillar revê estimativas para 2019 A Caterpillar frustrou ontem estimativas de Wall Street para seu lucro trimestral, minado pela fraca demanda em seus negócios de equipamentos de construção e mineração, com a empresa também cortando sua previsão de lucro para 2019. A empresa sediada em Deerfield, Illinois, considerada uma referência para a atividade econômica cujos resultados geralmente influenciam o sentimento do mercado de ações global, vem sofrendo com a prolongada guerra comercial EUA-China. “No quarto trimestre, nós agora esperamos que a demanda do usuário final fique estável e que os revendedores façam reduções adicionais de estoque devido à incerteza econômica global”, disse o presidente-executivo da Caterpillar, Jim Umpleby. As vendas na região Ásia-Pacífico caíram 13%, para
DIVULGAÇÃO
Lucro foi minado pela fraca demanda por equipamentos de construção e mineração
US$ 2,68 bilhões no terceiro trimestre. O lucro atribuível aos acionistas ordinários caiu para US$ 1,49 bilhão, ou US$ 2,66 por ação, nos três meses findos em 30 de setembro, de US$ 1,73 bilhão ou US$ 2,88 por ação no ano anterior.
Analistas esperavam, em média, que a Caterpillar tivesse lucro de US$ 2,88 por ação, de acordo com dados do IBES da Refinitiv. As vendas e receitas totais caíram 5,6%, para US$ 12,76 bilhões.
A maior fabricante de equipamentos de construção e mineração do mundo cortou sua expectativa de lucro em 2019 para entre 10,90 a US$ 11,40 por ação, em comparação com a estimativa anterior de US$ 12,06 a US$ 13,06. (Reuters)
IDEIAS
Diversas tribos na sua empresa ROBERTO ROSENBAUM*
Hoje em dia, e cada vez mais, haverá diversas tribos atuando na sua empresa. Tribos estas com suas crenças, sua ética, seus valores e suas verdades. Estou me referindo às diversas gerações que estão povoando a sua empresa que genericamente podemos enumerá-las em quatro: a Geração Baby Boomers, Gerção X, Geração Y e Geração Z. Mas há aqueles que ainda enxergam a Geração Silenciosa, os Millenials e a Geração Alfa. São pessoas que nasceram em datas diferentes, em momentos marcantes do planeta diferentes, e com códigos de condutas diferentes. No entanto, com o desenvolvimento tecnológico e as alterações do padrão de comportamento, criaram-se alguns marcos temporais que facilita a identificação e a caracterização dos elementos em cada Geração,
como se fosse tribos diferentes - é tudo índio, mas são de tribos diferentes. E por que não podemos classificar pessoas por idade? Se classificamos cafés, laranjas, queijos e vinhos, é claro que podemos classificar as pessoas por idade. Pode haver pessoas que está na Geração X, mas com muitas características da Geração Y, mas no geral, esta classificação é adequada para estudos e conclusões. Então vamos lá, em qual tribo você se encaixa? Você é da Geração BB, Geração X ou Y? Como falado, tem cada vez mais grupos de pessoas trabalhando nas empresas de duas, três ou até quatro gerações e, isso muitas vezes traz discórdias, problemas de comunicação, incompreensões, indisciplinas e boicotes, deixando os líderes de cabelos em pé e, um uma fonte de problemas para as áreas de RH. Isso se denomina
Conflitos Geracionais e está ocorrendo com muita frequência não só nas empresas de médio e grande porte, mas também em empresas pequenas. Há que se fazer um diagnóstico com os líderes da em-
presa e tomar uma atitude de harmonizar os ânimos dos elementos das gerações diferentes. Ou seja, tem que fazer um trabalho de conscientização dos funcionários sobre as qualidades, defeitos e carências de
REPRODU;’AO
elementos de todas as gerações, afim de que eles tenham uma completa visão de que eles são importantes para a empresa, assim como as pessoas que são mais jovens ou mais velhas, as outras tribos.
E não adianta pensar em eliminar pessoas mais velhas ou mais jovens para solucionar este problema porque está provado que um mix de elementos de várias gerações é de suma importância para as organizações, sejam elas empresariais ou governamentais, que desejam sobreviver com tantas inovações, já que pessoas de várias gerações têm aptidões, conhecimentos, experiências e visões complementares, essenciais para o seu desenvolvimento. É perfeitamente factível atuar nesta questão com efetividade e rapidez, promovendo um ambiente inclusivo e respeitoso onde todos enxerguem o valor de cada um. Em nossas intervenções, isso se traduz em uma maior produtividade, na rápida queda de turnover da Geração Z e em um ambiente amistoso e compreensivo para todos. *Diretor da Consen
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
12
FINANÇAS MARCELLO CASAL JR / AGENCIA BRASIL
MERCADO FINANCEIRO
Com Previdência, dólar cai ao menor nível desde agosto Moeda americana recuou 0,98%, a R$ 4,0360 São Paulo - A aprovação da reforma da Previdência no Senado, último passo do projeto no Congresso Nacional, levou o real a se valorizar contra o dólar. A moeda americana ontem caiu 0,98%, a R$ 4,0360, menor patamar desde 21 de agosto, quando o dólar estava a R$ 4,031. Na terça (22), antes da aprovação do projeto ser consolidada, a moeda americana recuou 1,35% e a Bolsa brasileira chegou aos 107 mil pontos pela primeira vez na história. No pregão de ontem, o Ibovespa acompanhou o exterior e registrou leve alta de 0,15%, a 107.543, renovando o recorde. No exterior, o viés foi misto. Índices da Bolsa de Nova York tiveram altas tímidas com o início da divulgação dos balanços do terceiro trimestre. No geral, a maioria tem superado expectativas, mas relatam dificuldades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China. No momento, o conflito está mais ameno, com aceno de ambos os lados a favor de um acordo. Outro tranquilizador para o mercado é o vislumbre de uma
resolução para o Brexit, que aguarda um novo pedido de adiamento junto à União Europeia. Outro alívio veio do presidente Donald Trump, que anunciou que os Estados Unidos vão retirar sanções contra a Turquia, anunciadas depois que o país invadiu o nordeste da Síria. Com a notícia, a lira turca também se valorizou 1% frente ao dólar. No Brasil, apesar do otimismo, o volume negociado na Bolsa voltou a ficar dentro da média, com giro de R$ 17,077 bilhões. O foco agora se volta para outras ações, como a PEC paralela da reforma da Previdência para estados e municípios e a reforma administrativa. “Espero que, passada a reforma da Previdência, outros vetores da agenda econômica comecem a caminhar, ficando claro para o investidor – especialmente o estrangeiro – o caminho positivo que o Brasil está seguindo”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos. Além das reformas, analistas têm citado expectativas de ingressos de recursos dos leilões
do pré-sal e privatizações como argumento para um cenário em que o dólar pelo menos se estabilize abaixo das máximas recentes na casa de R$ No dia 22, o dólar caiu 1,35% e Bolsa chegou aos 107 mil pontos pela primeira vez na história 4,16. “Vemos chance de US$ 17 bilhões em fluxo com as reformas preteridas funcionalismo público), comemorou a aprovação até o quarto trimestre”, pelo governo. Os próxi- pacto federativo (com des- da reforma da Previdência disseram profissionais do mos passos do ministro da vinculação do Orçamento) e disse que, agora, o governo deve focar nas reformas Morgan Stanley em nota. Economia Paulo Guedes e reforma tributária. Ontem, o presidente in- administrativa e tributária. Passada a Previdência, são reforma administrativa o mercado está confiante (para cortar gastos com terino, Hamilton Mourão, (FolhaPress e Reuters)
ABERTURA DE CAPITAL
Caixa anuncia IPOs de unidades em 2020 Rio de Janeiro - A Caixa Econômica Federal pretende realizar uma sequência de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) de suas subsidiárias a partir do início do ano que vem, informou ontem o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães. A primeira abertura de capital será a da Caixa Seguridade. O executivo acrescentou que o desejo é fazer a operação ainda no primeiro trimestre de 2020, mas que quer realizar o processo “com tranquilidade” e “após conversas com o Tribunal de Contas da União”.
Falando em evento da FGV, Guimarães afirmou ainda que a Caixa pretende realizar o IPO de sua área de cartões e mais a frente da Caixa Loterias e da gestora de ativos. O executivo não quis revelar quanto o banco poderá arrecadar com as operações, que incluem joint ventures. Guimarães também reafirmou que há discussões no governo sobre mudanças no programa Minha Casa Minha Vida para o ano de 2020. Sem dar mais detalhes, o presidente da Caixa colocou em dúvida a necessidade da manutenção
da faixa 3 do programa habitacional, voltada a famílias com renda bruta mensal de até R$ 7 mil. “A discussão sobre faixas está acontecendo agora no governo, e o faixa 3, que não tem subsídio, é necessário ou não?”, questiona o presidente da Caixa. “Nosso objetivo é até junho do ano que vem lançar crédito habitacional sem IPCA e sem TR. Esse é o mais fácil para o cliente comparar com outros produtos e mais fácil para securitizar. Passará a ser para o banco um risco financeiro”, declarou ele. O executivo estimou que
até meados do ano que vem a Caixa estará preparada para lançar uma linha de crédito habitacional com taxas prefixadas, mas se a CEF conseguir agilizar a securitização de sua carteira de financiamento para casa própria, hoje avaliada em R$ 100 bilhões, esse prazo pode ser antecipado. A Caixa está presente em mais de 5.400 cidades brasileiras e até o ano que vem o banco pretende estar em todos os 5.570 municípios do País através de correspondentes bancários, lotéricas e agências, disse Guimarães. (Reuters) MARCELLO CASAL JR / AGENCIA BRASIL
ACESSIBILIDADE
BC define regras para divulgação das taxas de câmbio em cartão de crédito Brasília e São Paulo - O Banco Central (BC) definiu as regras para a divulgação das taxas de conversão de gastos em moeda estrangeira em cartão de crédito de uso internacional. Em circular publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União, o BC determina que a taxa de conversão do dólar deve ficar disponível nos canais remotos de atendimento ao cliente, inclusive por meios eletrônicos, com acesso direto ao público no menu relativo a cartões de uso internacional. A divulgação das taxas de conversão deve ser realizada independentemente de identificação ou autenticação do usuário, diz a circular. Além disso, a taxa de conversão deve ter quatro casas decimais e deve ser divulgada tanto em formato de dados abertos (acesso livre para modificação e compartilhamento), quanto em formato final para utilização direta pelo público. Quanto ao histórico, a circular determina que a informação deve abranger as taxas de conversão praticadas, no mínimo, a partir de 1º de março de 2020, até 30 de agosto de 2020. A partir de 1º de setembro de 2020, o histórico deve abranger as taxas de conversão praticadas, no mínimo, nos últimos 180 dias. O BC também determina que o histórico deve conter a opção para a consulta da última taxa de conversão disponível.
A circular publicada ontem detalha norma definida no final do ano passado. Na época, o BC determinou que os gastos feitos em moeda estrangeira nos cartões de crédito internacionais terão seu valor fixado em reais pela taxa de conversão vigente no dia de cada gasto realizado. A medida passa a valer a partir de 1º de março de 2020. Com essa medida, o cliente ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente. Liquidação extrajudicial O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial de mais duas corretoras de câmbio, a Albatross Corretora e a J. Alves Corretora, ambas com sede na cidade de São Paulo, citando “graves violações às normas legais e regulamentares que disciplinam a atividade das instituições”, conforme dois comunicados da autoridade monetária feitos ontem. Segundo o BC, a Albatross tem uma participação de 0,0042% no mercado e a J. Alves, de 0,0010%. As instituições não são vinculadas a conglomerados bancários. Em razão da liquidação, a autarquia determinou que ficam indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores das instituições, segundo o Departamento de Resolução e de Ação Sancionadora (Derad). Para J. Alves Corretora, o BC nomeou como liqui-
dante extrajudicial Valdor Faccio, que possuirá amplos poderes de administração e liquidação. Para Albatross Corretora, por sua vez, o nomeado pela autarquia foi Dawilson Sacramento. As liquidações de ontem vêm na esteira de outras duas liquidações de corretoras de câmbio pelo BC em outubro, também citando violações às normas e regulamentações do setor. (ABr e Reuters) Taxa de conversão deve ficar disponível nos canais remotos de atendimento ao cliente
CRIPTOMOEDAS
Computador quântico derruba cotações São Paulo - As cotações de criptomoedas despencaram ontem com o depoimento de Mark Zuckerberg no Congresso americano. O presidente do Facebook foi convocado para dar explicações sobre o lançamento da criptomoeda libra e sua segurança. Soma-se à discussão regulatória o receio do mercado quanto ao lançamento do computador quântico do Google. Segundo especialistas, o equipamento pode colocar em risco o modelo de negociação das moedas virtuais. Como efeito, as criptomoedas amargam quedas de quase 10%. “Apesar de a libra não estar diretamente ligada ao bitcoin, ela é um expoente dessa tecnologia. Essa questão regulatória nos EUA pode impactar todas as criptomoedas”, afirma Fabrício Tota, diretor de
mercado de balcão do Mercado Bitcoin. O mercado teme que essas moedas sejam consideradas valores mobiliários e passem as ser reguladas pela SEC (Securities and Exchange Comission, agência federal americana que regulamenta os mercados de valores mobiliários). Hoje, elas são negociadas livremente em diversas plataformas digitais. Em seu depoimento no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Zuckerberg disse que, se depender do Facebook, a libra não será lançada até que todas as preocupações regulatórias do governo americano sejam resolvidas. Atualmente, a moeda está programada para ser lançada em 2020. Desde que foi anunciada, a libra enfrenta desconfiança de governos da União Europeia e dos Estados Unidos, que veem grandes riscos
neste novo tipo de criptomoeda. A libra é uma stablecoin, ou seja, uma criptomoeda apoiada por ativos, como depósitos em dinheiro, títulos do governo de curto prazo ou ouro, o que lhes dá menos flutuação do que moedas como o bitcoin. Quando lançadas em larga escala, as stablecoins podem ameaçar o sistema monetário e a estabilidade financeira do mundo, disse um grupo de trabalho do G7 em um relatório destinado a ministros de finanças reunidos em Washington para reuniões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. A tecnologia emergente, que atualmente não é regulamentada, como outras criptomoedas, também pode dificultar os esforços internacionais para combater a lavagem de dinheiro e o
financiamento do terrorismo, além de criar problemas de segurança cibernética, tributação e privacidade, segundo o relatório. A repercussão negativa da libra levou à debandada neste mês de marcas importantes, como Visa e Mastercard, do consórcio que reúne 21 membros. Além do entrave regulatório para o mercado, as criptomoedas também foram impactadas pelo lançamento do computador quântico do Google. A nova tecnologia poderia quebrar a criptografia que protege as moedas digitais. “Apesar de ser mais um avanço de laboratório do que ter um impacto imediato, [o computador quântico] é um desafio gigantesco para as criptomoedas, que coloca em xeque a segurança desse modelo de mercado”, diz Topo. (FolhaPress)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
13
LEGISLAÇÃO SERGIO MORAES / REUTERS
TANGO & CASH
Grupo Techint entra na mira de nova fase da Lava Jato Operação foi deflagrada ontem pela PF Curitiba - A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a 67ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvo principal o Grupo Techint, empresa ítalo-argentina com subsidiárias no Brasil. Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Os suspeitos também tiveram os bens bloqueados pela Justiça Federal, na ordem de R$ 1,7 bilhão. Segundo as investigações, a Techint integrava o conhecido “clube” de empreiteiras que se revezavam para obter licitações com a Petrobras, esquema que foi desvendado pela Lava Jato. Para isso, teria repassado propina a ex-diretores da Petrobras, como a Renato Duque. A investigação também abrange outros ex-funcionários da estatal e duas empresas de consultoria, que teriam fornecido contratos fictícios para dar aparência legal ao repasse de verbas.
A operação, denominada Tango & Cash, remete, segundo a PF, aos valores de propinas e ao fato de que a empresa envolvida na investigação pertence a um grupo ítalo-argentino. Pacote de propinas - As obras que teriam integrado o pacote de propinas são a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e o Gasduc 3, também no Rio, todas construídas em parceria com outras empresas, como a Odebrecht. O total desses contratos soma R$ 3,3 bilhões. Foram encontrados, segundo o Ministério Público Federal, documentos no setor de propinas da Odebrecht que comprovariam autorizações de pagamentos de US$ 1,2 milhão (R$ 4,9 milhões), entre 2009 e 2010, ao diretor da Techint no Brasil, Ricardo Ourique Marques. Apenas para Renato Duque, a empresa teria repassado US$ 12 milhões (R$ 49
Techint, segundo investigações, faria parte do “clube” de empreiteiras que se revezavam para obter licitações com a Petrobras
milhões), entre 2008 e 2013. Os contratos da diretoria que ele ocupava com a subsidiária de equipamentos da Techint somavam R$ 3 bilhões. Inicialmente, as operações seriam feitas por meio de contas bancárias em nome de offshores na Suíça. A partir de 2009, segundo as investigações, as transações teriam o operador de Duque, João Antonio Bernardi Filho, como intermediário. Um dos executivos da Techint, Benjamin Sodré
Netto, também atuou no esquema, segundo o MPF. Entre as provas apontadas pelas investigações, estão registros de 352 ligações telefônicas entre Sodré e Bernardi, entre 2011 e 2013. Os investigadores querem esclarecer ainda pagamentos feitos pela Techint ao também ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada. Só em 2012, ele teria recebido 539 mil francos suíços (R$ 2,2 milhões) em contas em nomes de offshores. O ex-gerente-geral da diretoria de abastecimen-
to da Petrobras, Fernando Barros, também é alvo de buscas. De acordo com informações obtidas por meio de cooperação internacional com a Suíça, ele teria US$ 3,25 milhões (R$ 13,3 milhões) em contas no país. O dinheiro foi bloqueado. Barros também teria sido apontado pela empreiteira Camargo Corrêa como destino final de R$ 2,3 milhões em propinas vinculadas a obras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (PR). A maior parte dos man-
SÍTIO DE ATIBAIA
TRF-4 avalia volta de processo à 1ª instância Curitiba - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) vai analisar, na próxima quarta-feira (30), se o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referente à propriedade do sítio em Atibaia (SP), deve ou não voltar para a primeira instância, para correção da ordem de apresentações de alegações finais. A decisão é do relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto. Ele ponderou que, antes de analisar o mérito do processo de Lula na segunda instância, a Oitava Turma do tribunal deve avaliar se as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ordem de apresentação de alegações finais se aplicam ao caso do ex-presidente. No despacho, Gebran cita as ações envolvendo o ex-presidente e o ex-diretor da Petrobras Aldemir Bendine e Márcio de Almeida Ferreira. Em ambos, o Supremo determinou que os processos retornassem às alegações finais por não ter sido respeitada a ordem de pronunciamento das defesas, determinando que réus colaboradores falem primeiro e, só depois, se pronunciem os não colaboradores. O desfecho desse julgamento é um dos que pode definir o futuro de Lula. Na ação envolvendo o sítio, o ex-presidente foi condenado pela Justiça Federal de Curitiba a 12 anos e 11 meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro. No atual entendimento, caso confirmada
REUTERS / PAULO WHITAKER
Decisão recente do Supremo pode interferir em sentença que condenou Lula no caso de Atibaia
esta condenação em segunda instância, Lula deveria continuar preso. Atualmente, o petista já cumpriu os requisitos para progredir do regime fechado para o semiaberto, já que possui apenas uma condenação confirmada em segunda instância, do caso do tríplex do Guarujá (SP). No entanto, ele recusa o benefício, afirmando que não vai barganhar sua liberdade. Ontem, o STF retomou ainda o julgamento que decide se um réu condenado em segunda instância já pode começar a cumprir pena ou deve aguardar o fim dos recursos judiciais (quando ocorre o trânsito em julgado). O resultado também pode afetar o caso de Lula.
garantir o amplo direito à defesa e ao contraditório, assegurado pela Constituição, o réu delatado tem de ter a oportunidade de falar por último para se defender de todas as acusações que surgirem. Votaram a favor da tese os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente da corte, Dias Toffoli. Já Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, e os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Marco Aurélio Mello foram contra e disseram não ver nulidade no prazo simultâneo que vem sendo dado para réus delatores e delatados se manifestarem. A tese sobre a ordem das Histórico - No início do alegações finais foi debatida mês, por 7 votos a 4, o Su- a partir de um caso conpremo decidiu que, para creto, o de Márcio de Al-
meida Ferreira, ex-gerente de Empreendimentos da Petrobras, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. A maioria dos ministros concedeu a ele um habeas corpus, por causa dessa questão processual, que anulou sua condenação. Foi a segunda condenação da Lava Jato anulada pelo STF. A primeira havia sido a do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, analisada na Segunda Turma em agosto. A decisão do plenário não tem efeito imediato para casos semelhantes, mas o Supremo abriu um precedente para anular outras sentenças, que deverão ser analisadas caso a caso. O ex-presidente Lula, por exemplo, pode ser beneficiado em ao menos um de seus processos - o do sítio de Atibaia (SP), em que foi condenado em primeira ins-
tância em razão de reformas bancadas por empreiteiras no imóvel frequentado por sua família. Lula está preso desde abril do ano passado pela condenação no caso do tríplex de Guarujá (SP). Esse processo teve circunstâncias distintas e não deve ser afetado pelo novo entendimento do Supremo. A decisão - No último dia 2, o Supremo decidiu que, em um processo com réus delatores e delatados, os delatados têm o direito de falar por último - em termos técnicos, devem oferecer suas alegações finais depois dos réus delatores. Esse foi o mesmo entendimento da Segunda Turma do tribunal em julgamento de agosto que anulou pela primeira vez uma condenação do ex-juiz Sergio Moro na Lava Jato. A decisão pode levar à anulação de outras sentenças da operação, entre elas a que condenou em primeira instância o ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia (SP). Os ministros ainda precisam discutir o alcance da decisão e que sentenças poderiam ser anuladas. Dias Toffoli propôs que o entendimento sobre a ordem das alegações de delatores e delatados só anulem sentenças de réus que pediram, ainda durante o julgamento em primeira instância, para apresentar alegações por último e não foram atendidos e que comprovarem que foram prejudicados. Não há data para a retomada do julgamento. (Folhapress)
dados está sendo cumprida no Rio de Janeiro, com 14 ocorrências na capital, Petrópolis, Niterói e Angra dos Reis. São Paulo, Campinas e Barueri são cidades de outros oito mandados. Matinhos, no litoral do Paraná, também possui uma ocorrência de busca e apreensão. (Folhapress)
MP, TJM E TCE
Deputados autorizam créditos suplementares Os deputados aprovaram, na Reunião Extraordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada ontem, quatro projetos de lei do governador Romeu Zema (Novo) que autorizam a abertura de créditos suplementares ao Ministério Público (MP), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao Tribunal de Justiça Militar (TJM) e à Defensoria Pública do Estado. Os PLs 1.125/19 e 1.126/19, que passaram em sua forma original, garantem, respectivamente, um reforço de dotação orçamentária de até R$ 3 milhões para o TJM e no limite de R$ 2,5 milhões para a Defensoria Pública. Já os PLs 1.085/19 e 1.127/19 foram aprovados com duas emendas cada, de autoria do deputado Galycon Franco (PV) e da deputada Laura Serrano (Novo), que apenas fazem adequações na técnica legislativa. As duas proposições autorizam, respectivamente, créditos suplementares até o limite de R$ 1,8 milhão ao TCE e de até R$ 347 mil ao Fundo do TCE, bem como até R$ 111,5 milhões ao MP e no máximo R$ 3 milhões ao Fundo Especial do MP. Os recursos serão utilizados, majoritariamente, para despesas com pessoal e encargos sociais. Também irão cobrir ouras despesas correntes e investimentos. Todos esses projetos tramitam em turno único. Com a aprovação em Plenário, eles seguem agora para a Comissão de Redação, para receberem parecer de redação final. (Com informações da ALMG)
Indicadores Econômicos Inação
DĂłlar 23/10/2019 COMERCIAL*
PTAX (BC)
21/10/2019
Ă‹QGLFHV 2XW ,*3 0 )*9
0,89%
TR/Poupança 1RY
'H]
-DQ
)HY
-0,49%
-1,16%
0,01%
0,88%
0DUoR 1,26%
$EULO
0DLR
-XQKR
-XOKR $JRVWR
0,92%
0,45%
0,80%
0,40%
6HW 1R DQR PHVHV
0,67%
-0,01%
4,09%
3,37%
COMPRA
R$ 4,0322
R$ 4,0739
R$ 4,1298
,3& )LSH
0,48%
0,15%
0,09%
0,58%
0,54%
0,51%
0,29%
-0,02%
0,15%
0,14%
0,33%
0,00%
2,56%
3,31%
VENDA
R$ 4,0329
R$ 4,0757
R$ 4,1305
,*3 ', )*9
0,26%
-1,14%
-0,45%
0,07%
1,25%
1,07%
0,90%
0,40%
0,63%
0,01%
0,51%
0,50%
4,39%
3,00%
COMPRA
R$ 4,0715
R$ 4,0852
R$ 4,1370
,13& ,%*(
0,40%
-0,25%
0,14%
0,36%
0,54%
0,77%
0,60%
0,15%
0,01%
0,10%
0,12%
-0,50%
2,63%
2,92%
,3&$ ,%*(
0,45%
-0,21%
0,15%
0,32%
0,43%
0,75%
0,57%
0,13%
0,01%
0,19%
0,11%
-0,40%
2,49%
2,89%
,&9 ',((6(
0,58%
0,32%
-0,21%
0,43%
0,35%
0,54%
0,32%
0,20%
-0,21%
0,17%
0,07%
-0,11%
1,76%
2,47%
,3&$ ,3($'
0,29%
-0,20%
0,30%
1,87%
-0,24%
0,52%
-0,07%
0,27%
0,16%
0,68%
0,22%
0,01%
3,46%
3,87%
$JRVWR 998,00 0,09 23,54 3,5932 5,95
6HW 998,00 0,15 23,54 3,5932 5,95
VENDA TURISMO*
22/10/2019
R$ 4,0721
R$ 4,0858
R$ 4,1376
COMPRA
R$ 3,8700
R$ 3,9200
R$ 3,9700
VENDA
R$ 4,2000
R$ 4,2400
R$ 4,3000
)RQWH %& 82/
Ouro Nova Iorque (onça-troy)
23/10/2019
22/10/2019
21/10/2019
US$ 1.491,93
US$ 1.487,92
US$ 1.484,13
R$ 195,46
R$ 194,90
R$ 197,19
BM&F-SP (g) )RQWH Gold Price
Taxas Selic 7ULEXWRV )HGHUDLV
0HWD GD 7D[D D D
Novembro
0,49
6,50
Dezembro
0,49
6,50
Janeiro
0,54
6,50
Fevereiro
0,49
6,50
Março
0,47
6,50
Abril
0,52
6,50
Maio
0,54
6,50
Junho
0,47
6,50
Julho
0,57
6,00
Agosto
0,50
6,00
Setembro
0,46
5,50
Reservas Internacionais 22/10 .......................................................................... US$ 371.504 milhĂľes )RQWH: BCB-DSTAT
Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5
AtĂŠ 1.903,98
$OtTXRWD
3DUFHOD D
GHGX]LU 5
Isento
Isento
De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
'HGXo}HV a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. 2EV Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir. )RQWH: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP 2XW 6DOiULR 954,00 &8% 0* ) 0,11 83& 5
23,54 8)(0* 5
3,2514 7-/3 D D
6,98 )RQWH Sinduscon-MG
1RY 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98
'H] 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98
-DQ 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03
)HY 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03
Taxas de câmbio 02('$ 3$Ë6 &�',*2 BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 60 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 779 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 )RQWH Banco Central / Thomson Reuters
0DUoR 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03
$EULO 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26
0DLR 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26
-XQKR 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26
-XOKR 998,00 0,12 23,54 3,5932 5,95
9(1'$ 0,5953 0,7485 0,006999 0,4654 0,6061 0,03268 0,4215 0,1768 0,07938 0,0341 13,426 0,003429 5,7516 0,03859 1,1087 2,789 4,0721 4,0721 3,1125 0,01971 4,9359 2,9874 0,5193 0,607 4,0721 0,0138 4,1112 0,0006286 0,03749 0,2523 5,2477 0,002705 5,2522 0,1332 0,7105 1,2171 0,05744 0,005612 0,001199 4,0721 0,07725 0,07985 0,2131 0,1089 0,5244 0,002655 0,6087 0,5765 1,1187 10,5824 0,01634 0,000097 1,0857 0,00101 0,9728 0,06376 0,0002903 0,2641 1,1545 0,003475 1,0597 4,5282
7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 atĂŠ 5.839,45 11,00 &2175,%8,dÂ2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5
AtĂŠ 998,00 (valor. MĂnimo) 11 109,78 De 998,00 atĂŠ 5.839,45 20 199,60 atĂŠ 1.167,89 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR AtĂŠ R$ 907,77 Acima de R$ 907,78 a R$ 1.364,43
9DORU XQLWiULR GD TXRWD R$ 46,54 R$ 32,80
)RQWH: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019
FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO
&RPSHWrQFLD GR 'HSyVLWR &UpGLWR Junho/2019 Agosto/2019 0,2466 0,4867 Julho/2019 Setembro/2019 0,2466 0,4867 * Taxa que deverĂĄ ser usada para atualizar o saldo do FGTS no sistema de Folha de Pagamento. )RQWH Caixa EconĂ´mica Federal
TBF
Seguros 05/10
0,01311781
2,92791132
06/10
0,01311781
2,92791132
07/10
0,01311781
2,92791132
08/10
0,01311781
2,92791132
09/10
0,01311781
2,92791132
10/10
0,01311781
2,92791132
11/10
0,01311781
2,92791132
12/10
0,01311781
2,92791132
13/10
0,01311781
2,92791132
14/10
0,01311781
2,92791132
15/10
0,01311781
2,92791132
16/10
0,01311781
2,92791132
17/10
0,01311781
2,92791132
18/10
0,01311781
2,92791132
19/10
0,01311781
2,92791132
20/10
0,01311781
2,92791132
21/10
0,01311781
2,92791132
22/10
0,01311781
2,92791132
23/10
0,01311781
2,92791132
24/10 0,01311781 )RQWH Fenaseg
2,92791132
08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 16/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11
0,4152 0,4135 0,3936 0,3750 0,3741 0,3919 0,4097 0,4101 0,3913 0,3717 0,3531 0,3518 0,3693 0,3868 0,3861
AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(
Setembro ,*3 ', )*9
Setembro ,*3 0 )*9
Setembro
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3434 0,3434 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153
1,0289 1,0300 1,0337
05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 16/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153
Agenda Federal Dia 25
Contribuição ao INSS &2035$ 0,5825 0,7376 0,006949 0,4648 0,6059 0,0326 0,4214 0,1767 0,07906 0,03399 13,3975 0,003393 5,7345 0,03843 1,1083 2,7873 4,0715 4,0715 3,1111 0,01934 4,876 2,9865 0,5192 0,5965 4,0715 0,01379 4,1093 0,0006277 0,03747 0,2507 5,2453 0,002681 5,2473 0,133 0,7101 1,216 0,05743 0,005609 0,001198 4,0715 0,07707 0,07981 0,213 0,1088 0,5233 0,002651 0,6082 0,5763 1,1179 10,5671 0,01632 0,0000969 1,0855 0,0009983 0,972 0,06374 0,0002901 0,2627 1,1536 0,003474 1,0592 4,5263
18/09 a 18/10 19/09 a 19/10 20/09 a 20/10 21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 a 23/10 24/09 a 24/10 25/09 a 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 01/10 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11
IOF - Pagamento do IOF apurado no 2Âş decĂŞndio de setembro/2019: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂdica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂsica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂda de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂtulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros - CĂłd. Darf 3467. 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR &yG 'DUI 4028 - Darf Comum (2 vias) IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂodo de 11 a 20.09.2019, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005): a) juros sobre capital prĂłprio e aplicaçþes ÂżQDQFHLUDV LQFOXVLYH RV DWULEXtGRV D residentes ou domiciliados no exterior, e tĂtulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂdos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) &RÂżQV Pagamento da contribuição cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de agosto/2019 (art. 18, II, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.15835/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei Qž &RÂżQV 'HPDLV (QWLGDGHV &yG 'DUI &RÂżQV - CombustĂveis - CĂłd. Darf 6840. CoÂżQV )DEULFDQWHV ,PSRUWDGRUHV GH YHĂculos em substituição tributĂĄria - CĂłd. 'DUI &RÂżQV QmR FXPXODWLYD /HL nÂş 10.833/2003) - CĂłd. Darf 5856 - Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o primeiro dia Ăştil que o anteceder (art. 18, parĂĄgrafo Ăşnico, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) 3,6 3DVHS Pagamento das contribuiçþes cujos fatos geradores ocorreram no mĂŞs de agosto/2019 (art. 18, II, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1Âş da Lei nÂş 11.933/2009): PIS-Pasep Faturamento (cumulativo) - CĂłd. Darf 8109. PIS - CombustĂveis - CĂłd. Darf 6824. PIS - NĂŁo cumulativo (Lei nÂş 10.637/2002) - CĂłd. Darf 6912. PIS-Pasep - Folha de SalĂĄrios - CĂłd. Darf 8301. PIS-Pasep - Pessoa JurĂdica de Direito PĂşblico - CĂłd. Darf 3703. PIS Fabricantes/Importadores de veĂculos em substituição tributĂĄria - CĂłd. Darf 8496. Se o dia do vencimento nĂŁo for dia Ăştil, antecipa-se o prazo para o
primeiro dia Ăştil que o anteceder (art. 18, parĂĄgrafo Ăşnico, da Medida ProvisĂłria nÂş 2.158-35/2001). Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre todos os produtos (exceto os clasVLÂżFDGRV QR &DStWXOR QRV FyGLgos 2402.20.00, 2402.90.00 e nas posiçþes 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI) - CĂłd. Darf 5123. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre SURGXWRV FODVVLÂżFDGRV QR &DStWXOR da TIPI (bebidas, lĂquidos alcoĂłlicos e vinagres) - CĂłd. Darf 0668. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre os produtos do cĂłdigo 2402.90.00 da TIPI (outros cigarros) - CĂłd. Darf 5110. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre RV SURGXWRV FODVVLÂżFDGRV QDV SRVLçþes 84.29, 84.32 e 84.33 (mĂĄquinas e aparelhos) e nas posiçþes 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veĂculos automĂłveis e motocicletas) da TIPI - CĂłd. Darf 1097. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre RV SURGXWRV FODVVLÂżFDGRV QDV SRVLçþes 87.03 e 87.06 da TIPI (automĂłveis e chassis) - CĂłd. Darf 0676. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre cervejas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - CĂłd. Darf 0821. Darf Comum (2 vias) IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2019 incidente sobre demais bebidas sob o regime de Tributação de Bebidas Frias - CĂłd. Darf 0838. Darf Comum (2 vias) Dia 30 IOF - Pagamento do IOF apurado no mĂŞs de agosto/2019 relativo a operaçþes com contratos de derivativos ÂżQDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI Comum (2 vias) DITR/2019 - Apresentação da Declaração do ITR (DITR) do exercĂcio de 2019, no perĂodo de 12.08 a 30.09.2019. (Instrução Normativa RFB nÂş 1.902/2019) Internet
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2019
18
DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
DIVULGAÇÃO
Bioeconomia
Crie o Impossível
Durante a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, em parceria com o Instituto Metodista Izabela Hendrix, promove nesta quinta-feira, 24, às 19h30, o “Izabela Tech”. O evento será aberto ao público e irá abordar o tema “Bioeconomia em prol do desenvolvimento sustentável”. Na programação, apresentação de projeto de Realidade Aumentada na Educação; além de trabalhos para solucionar problemas na gestão de resíduos sólidos e, ainda, de projetos arquitetônicos, urbanos e ambientais de cunho social, em áreas ambientalmente vulneráveis. Também na pauta o Projeto da Rua de Lazer do bairro Jardim Felicidade, Regional Norte de Belo Horizonte, desenvolvido em parceria com o Projeto Manuelzão. O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal fica na Praça da Liberdade, s/n, Funcionários. A entrada é gratuita.
Amanhã, 25 de outubro, o Mineirão será palco para mais uma edição do “Crie o Impossível”, evento que compartilha cases e traz relatos de pessoas que se tornaram empreendedores de sucesso, dedicando, errando, aprendendo, se arriscando ou recomeçando. Ao todo, o evento reunirá 10 mil alunos de escolas públicas para uma experiência de inspiração. Ao todo, sete palestrantes se revezarão no palco, das 7h às 12h30, para contar suas experiências. Além das palestras, os estudantes serão convidados a participar de um desafio: criar um projeto para melhorar a escola em que estudam. Os autores das melhores ideias podem sair do Mineirão com bolsas de estudo e uma viagem para conhecer o Vale do Silício, berço da tecnologia e inovação, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Língua italiana De 24 a 26 de outubro, a Fundação Torino, escola internacional localizada no Belvedere, realiza o Circuito Arte em Cena, em comemoração à Semana da Língua Italiana no mundo. Além das atividades especiais para os alunos da escola, o Circuito transformará a capital mineira em um pedacinho da Itália, com atividades gratuitas, que incluem teatro, literatura, palestras, oficinas e mostras. A programação, aberta ao público, começa no Centro Cultural da Fundação Torino, nesta quinta, dia 24, com uma edição especial do projeto “Divinas Conversas”, recebendo atores do Grupo Galpão para um bate-papo. No dia 26, acontece o Circuito Arte em Cena que contará com diversas atividades promovidas pelos alunos, além de uma mostra de marionetes do Grupo Giramundo. Para encerrar a programação, os estudantes da Fundação Torino realizam um “Atentado Poético”, com uma ação surpresa para a promoção da literatura pelas ruas da cidade.
Farinhas podem ser patrimônio cultural O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) iniciou, em 11 outubro, a pesquisa sobre a produção das farinhas no Estado. A proposta do inventário foi lançada durante as comemorações do Dia do Patrimônio Cultural 2019 - Cozinha e Cultura Alimentar, no Circuito Liberdade. O objetivo é identificar e inventariar os locais de produção, produtos e produtores de farinha de milho e de mandioca que são bases da alimentação de grande parte dos mineiros. A importância desses saberes e espaços, associados a outros estudos já realizados, motivou o Iepha-MG a iniciar a pesquisa para identificar os Moinhos de Milho e as Casas de Farinha como patrimônio cultural de Minas Gerais. De acordo com a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, a pesquisa é um desdobramento do inventário do
rio São Francisco, de 2014, por meio do qual foi possível identificar uma série de práticas culturais vinculadas à cultura alimentar naquela região. “A partir de então, colocamos como prioridade o aprofundamento de tais práticas culturais que são centrais em relação aos modos de vida e suas especificidades no território de Minas Gerais”. Segundo observa o diretor de Proteção e Memória do Iepha-MG, Fernando Pimenta, “mais do que pratos típicos, a cozinha tradicional local é parte fundamental da nossa identidade pois conserva a memória do que fomos e somos, nos fortalecendo como grupo social”. Ele enfatiza que a abertura do cadastro das farinhas em Minas Gerais constitui um passo fundamental para a proteção dessa manifestação cultural, “com vistas, inclusive, a fortalecê-la diante da dramática disputa de mercado”, afirmou Fernando,
que conta com a cooperação de todos na construção dessa ação. Ao final, o estudo será apresentado ao Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) para solicitar o reconhecimento dessa produção tradicional como patrimônio cultural de Minas Gerais. A primeira etapa do projeto será a realização de um cadastro dos produtores e casas de farinhas de Minas Gerais por meio de um formulário disponível no portal do Iepha-MG (www.iepha.mg.gov.br). A expectativa do Iepha é que prefeituras, pesquisadores e a sociedade em geral participem desse levantamento de forma colaborativa por meio do preenchimento do cadastro disponível no site. Ao final do estudo, serão propostas medidas de proteção e salvaguarda desses bens culturais. A previsão é que o inventário seja concluído no final de 2020. (Com informações do Iepha-MG e Agência Minas).
CULTURA ANNA LARA
Música Outros Outros - O Memorial Vale recebe hoje, 24 de outubro, às 19h30 o show “Outros Outros”, do cantor e compositor Affonsinho Heliodoro (foto). Este é o seu 13º trabalho autoral, gravado ao vivo, em disco e vídeo no estúdio, em apenas um dia, com as participações especiais de Mariana Nunes, Bárbara Barcellos e Lívia Itaborahy. A proposta é apresentar canções “direto ao assunto”, com letras curtas e objetivas, que possam dar o recado em apenas um minuto. Affonsinho Heliodoro é cantor, compositor, instrumentista e produtor. É autor de “Gentil Loucura”, sucesso do Skank, e é considerado um dos melhores guitarristas de blues do Brasil. Foi gravado por dezenas de artistas como: Verônica Ferriani, Sandra de Sá, Fernanda Takai, Vander Lee, Marina Machado, entre outros. Quando: 24 de outubro, às 19h30
Quanto: Entrada gratuita, sujeita à lotação, com retirada de senhas uma hora antes do evento. Onde: Memorial Vale, Praça da Liberdade, 640, esquina com Gonçalves Dias, no Funcionários. Festival da Canção Francesa Nove candidatos mineiros se apresentam no Teatro Sesiminas, a partir das 19h30, e concorrem a uma vaga na final do Festival da Canção Francesa 2019. Anna Júlia Neves, Felipe Gama, Hian Rafael, Janaina Gonçalves, Janice Faria, Lygia Santos, Márcio Melo, Mariana Nunes e Marina Flor interpretarão, cada um, uma canção em língua francesa. O evento é gratuito. Quando: 24 de outubro às 19h30 Quanto: Entrada gratuita Onde: Teatro Sesiminas (R. Padre Marinho, 60, Santa Efigênia) Musica Figurata - A Casa Fiat de Cultura apresenta o grupo Musica Figurata, no programa Música na Capela. Com a direção artística de Robson Bessa, o grupo é composto também pelos músicos Elise Pittenger (violoncelo) e Luane Voigan (soprano). No programa, estão cantatas italianas do século XVIII, com destaque para composições em língua napolitana. Quando: 27 de outubro às 11h Quanto: A entrada é gratuita com espaço sujeito à lotação (80 lugares). Onde: Capela de Santana, nos jardins da Casa Fiat de Cultura. (Praça da Liberdade, 10)
O Som do Mercado - O Som do Mercado reúne em sua terceira edição dois grandes shows capitaneados por João Suplicy & banda, e Os Spoilers – este último com participação especial de Otto e Rodrigo Santos. Quando: 25 de outubro às 20h Quanto: Entre R$ 20 e R$ 40 Onde: Distrital - Rua Opala, s/n, Cruzeiro Teatro Acredite um espírito baixou em mim - O projeto itinerante Coop Encena, realizado pelo Sistema Ocemg em parceria com cooperativas locais, será realizado em Pedro Leopoldo. O público poderá se divertir com a consagrada comédia, que conta a história de um homem que, inconformado com a própria morte, foge do céu para viver novas experiências e acaba criando uma grande confusão após incorporar num machista radical. Quando: 24 de outubro às 20 horas Quanto: Dois quilos de alimentos não perecíveis (exceto sal e fubá) e retirados até as 10 horas, do dia 24 de outubro, na Sicoob Credipel Onde: Sinticomex (Rua São Sebastião, 147 - Centro - Pedro Leopoldo). Antes que a definitiva noite se espalhe em Latinoamerica - O Festival Teatro em Movimento traz a Belo Horizonte “Antes que a definitiva noite se espalhe em
Latinoamerica”, com direção de Felipe Hirsch, a partir de textos inéditos encomendados por ele a alguns dos maiores criadores do teatro e performance latinoamericanos contemporâneos. No elenco estão Debora Bloch, Guilherme Weber, Jefferson Schroeder e Renata Gaspar. Participações especiais de Blackyva e Nely Coelho. Quando: 26 e 27 de outubro – sábado, às 21h, e domingo, às 19h Quanto: Entre R$ 20 (comerciários Sesc) e R$ 80 (Inteira) Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro) Projeto Poema - O ator, compositor e cantor Luiz Rocha, sob a direção de Lydia Del Picchia, propõe uma reflexão de como falar de poesia nos tempos atuais. A cena Projeto Poema é o começo de um movimento. A primeira parte de uma coreografia escrita, dançada e cantada por várias idéias, várias mãos de diversos tempos. O desejo de estar perto das palavras e sons de artistas que formam um jeito de olhar o mundo através da palavra e dos sons: Joni Michell, Patti Smith, Nick Cave, Sérgio Sampaio, Tom Waits, David Bowie, Bob Dylan e Leonard Cohen imantam esta cena. Quando: 16 a 26 de outubro (Quarta a Sábado) Quanto: R$ 10 Onde: La Movida - Rua Marechal Deodoro, 308, Floresta
Estágio Usiminas O próximo domingo, dia 27 de outubro, é o último dia de inscrições para concorrer a uma vaga de estágio na Usiminas, em 2020. A companhia oferece vagas para diversos cursos superiores e técnicos para cidades em Minas Gerais, São Paulo e no Espírito Santo. Ao todo, são cerca de 120 vagas disponíveis para 40 cursos diferentes. Para todos os futuros estagiários, são oferecidas bolsas-auxílio, alimentação na empresa, transporte e seguro de vida. Para os estudantes do ensino superior, além do estágio regular, há também a opção de estágio de férias. A modalidade é voltada para quem mora longe das áreas de operação da Usiminas, mas tem interesse em conhecer o dia a dia de uma grande indústria e já enriquecer o currículo. Para se inscrever e verificar os requisitos necessários, os interessados devem acessar o site https://estagiousiminas. com.br.
Mano Down Será lançada no dia 27 de outubro a quarta edição da agenda do Instituto Mano Down. A novidade para 2020 é o formato de planner, ou seja, estruturada para as pessoas planejarem a vida pessoal e profissional. Além desta inovação, que facilita a organização diária, a agenda traz fotos de crianças, jovens e adultos com T21 (síndrome de Down). A agenda tem como tema central os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU pelo alinhamento com os valores do instituto - um mundo mais humano, justo e inclusivo. Adquirir a agenda significa também contribuir com a causa de inclusão das pessoas com deficiência, defendida pelo instituto há oito anos. O lançamento será feito na livraria Leitura do Shopping Del Rey, a partir das 14h, com apresentação do coral Voz Ativa, composto por educandos do instituto. Cada agenda custa R$ 30,00 e pode ser encomendada também pelo site: http://bit.ly/pre_venda_agendaMD.
www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067