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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.969 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019 ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

FCA em Betim atinge 100% de autonomia A fábrica da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), em Betim, alcançou recentemente 100% de autonomia no processo de desenvolvimento de novos veículos. A entrega de todas as etapas anteriores à industrialização consumiu aportes superiores a R$ 1 bilhão nos últimos anos. Com o investimento, a unidade se tornou um polo de desenvolvimento automotivo no Estado. O hub da FCA é um dos destaques da companhia. No local, inspirado em uma estrutura de rede, há a integração de funcionários das diversas áreas e parceiros em um ambiente colaborativo de criação. Confira o Especial feito pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. Págs. 3 e 4 LEO LARA

Expectativa é de que haja aumento das contratações pela indústria mineira nos próximos seis meses

Produção industrial tem melhor nível em 9 anos Índice do setor em Minas foi o melhor para setembro desde 2010 Apesar de a indústria mineira ter apresentado índices de produção, emprego e utilização da capacidade instalada abaixo do usual em setembro, o setor no Estado registrou recordes de desempenho quando comparado com o mesmo mês dos

anos anteriores. De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, da Fiemg, o índice de produção (49,8 pontos) foi o melhor apurado para setembro nos últimos nove anos. Segundo a federação, a evolução dos números pode ser atribuída

à retomada gradual da economia brasileira, que justifica também a oscilação mês a mês. Os empresários do setor seguem otimistas, indicando a perspectiva favorável em relação ao aumento da demanda. Pág. 5

TCE-MG pode flexibilizar critérios para municípios ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

Após o vice-governador do Estado, Paulo Brant, levantar a possibilidade de o governo não conseguir arcar com os repasses de recursos devidos às cidades mineiras, prefeitos, vereadores, representantes estaduais e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) se reuniram ontem, na ALMG, para discutir o tema e quais serão os critérios de julgamento das contas dos municípios. Na audiência pública, o TCE informou a possibilidade de atender aos apelos das prefeituras por mais flexibilidade na análise dos números e que vai se pautar pela razoabilidade. Os municípios mineiros já vêm sofrendo, nos últimos anos, com um déficit de R$ 7 bilhões não repassados. Autoridades afirmam, porém, confiança em cumprimento de acordo com o Estado. Pág. 7 Ao todo, dívida do governo de Minas Gerais com os municípios soma R$ 7 bilhões

Instituto do Coração ganha 3ª unidade em BH Com o aumento da demanda, que triplicou nos últimos dois anos, o Instituto do Coração está ampliando a sua atuação em Belo Horizonte com a inauguração da terceira unidade dentro do Hospital Lifecenter.

O espaço, localizado na região Centro-Sul, teve aporte de R$ 2 milhões e vai elevar em 40% o número de consultas e em 70% a quantidade de exames feitos pelo Instituto.

E os investimentos não vão parar por aí. Para o próximo ano, a empresa já planeja a abertura de outras duas clínicas na capital mineira, sendo uma delas no bairro Santa Efigênia e outra no Lourdes. Pág. 9

Dólar - dia 29

Euro - dia 29

Comercial

Compra: R$

Turismo

Ouro - dia 29

IPCA-IBGE (Setembro):...... -0,40%

Nova York (onça-troy): US$ 1.487,90

IPCA-Ipead (Setembro): ..... 0,01%

R$ 191,37

IGP-M (Setembro): ................... -0,01%

Compra: R$ 4,0025 Venda: R$ 4,0032 Compra: R$ 3,8400 Venda: R$ 4,1600

Ptax (BC)

Compra: R$ 3,9940 Venda: R$ 3,9946

BM&F (g):

4,4393

BOVESPA

TR (dia 30): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,4412

Poupança (dia 30): ............ 0,3153%

+0,35 +0,77

+0,15

-0,58

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24/10

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Unidade de MG se tornou polo de criação automotivo

Indústria de bens de capital de MG recua em setembro No último mês, a indústria de máquinas e equipamentos de Minas Gerais apurou uma queda no faturamento de 0,4% frente a agosto e de 1,3% no confronto com igual período de 2018. O baixo desempenho das exportações esteve entre os principais fatores que impactaram negativamente os ganhos do setor no Estado em setembro. Apesar da retração, o segmento permanece otimista e prevê crescimento em torno de 5% a 7% para este ano. Pág. 6

EDITORIAL Empresários brasileiros ou mesmo estrangeiros que têm negócios no País ou que de alguma forma miram as potencialidades do mercado local, reclamam muito da burocracia, das dificuldades para abrir ou fechar um negócio e também do cipoal tributário. A boa notícia é que tudo isso pode ser resolvido rapidamente e a rigor não envolve custos, podendo sim significar economia para todas as partes. Trata-se de enxergar a cena tal como ela se apresenta e, realisticamente, de mais vontade de fazer o que é preciso fazer, com foco e determinação. E assim, racionalmente, começar pelo possível, pelo que é mais fácil fazer e pode produzir resultados mais rápidos, até porque não faz o menor sentido que o Brasil esteja ao mesmo tempo entre as maiores economias do planeta e seja visto como um ambiente tão hostil para os negócios. “A lição e a receita”, pág. 2

ARTIGOS A próxima década da indústria brasileira

Pág. 2

(Fabiano Lourenço)

Suspensão da prescrição no STJ e STF

(Bady Curi Neto)

Evolução ou involução semântica

(Carlos Perktold)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019

OPINIÃO A próxima década da indústria brasileira FABIANO LOURENÇO * O início do último trimestre do ano geralmente é o período para as avaliações de desempenho e planos para o futuro. Tempo de tentar projetar o que virá nos próximos ciclos, o que nunca é tarefa fácil. No âmbito pessoal, muitas pessoas recorrem a estudos científicos e pesquisas para conseguir algum tipo de controle a respeito do que está por vir. No mundo corporativo, isso não é diferente, instituições renomadas e especialistas são responsáveis por fornecer alguma ideia do ambiente que deve ser encontrado nos próximos anos. É desnecessário dizer que o Brasil reserva muitas surpresas e, frequentemente, desafia até mesmo as mentes mais brilhantes a entender em que o crescimento do País estará embasado durante os próximos anos. De acordo com o que é possível avaliar no setor industrial, há razões para acreditar em uma retomada de médio e longo prazo. Para ter uma ideia, estudos recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que o PIB do setor deve ter uma expansão de 0,4% este ano, resultado praticamente estagnado, embora já fora da recessão. Apesar da distância visível em relação aos índices expressivos de crescimento de países como a China e outros emergentes, é necessário investir desde já para capturar o potencial que o mercado brasileiro deve apresentar nos próximos anos. E, no cenário atual – em que mesmo os juros baixos estão longe de representar abundância de crédito –, investimento demanda conhecimento aplicado do que realmente pode diferenciar companhias líderes de mercado das demais. Nesse sentido, apesar das surpresas

que o futuro reserva, dois pontos merecem ser destacados como alvos certeiros de investimento nos próximos dez anos, a tecnologia e a educação. Hoje, o setor industrial brasileiro ainda não atingiu a maturidade no uso de soluções de maior valor agregado para aumentar a produtividade e atingir outros benefícios, como maior acesso à informação e à segurança das fábricas e processos. A preocupação para tornar isso realidade existe. Uma pesquisa recente da KPMG mostra que estabelecer padrões de manufatura 4.0 é a prioridade de 42,6% dos executivos do setor no Brasil. Isso significa que os empresários estão em sua quase maioria preocupados com o estabelecimento de tecnologias de automação que agreguem rapidez, segurança, menores custos e mais produtividade, trazendo melhores resultados. Avaliar todas as etapas do processo produtivo para identificar erros, corrigi-los rapidamente e não repetir mais são etapas presentes em grandes companhias há pelo menos oito anos. Contudo, a adoção de investimentos em automação por fábricas de menor porte segue em atraso, este principalmente relacionado ao contexto macroeconômico do país. Outro ponto fundamental relacionado ao investimento em tecnologia está na formação dos profissionais. Para efeito de comparação, os profissionais de países desenvolvidos já estudam há trinta anos como a automação é essencial para um país avançar em riquezas, produtividade, qualidade e boa imagem dos produtos

produzidos em seus países. Aqui, profissionais responsáveis por projetar, programar, instalar e manter as tecnologias de automação, em grande parte ainda não passaram pelo estudo desse tipo de recurso e de seu altíssimo impacto no processo produtivo. Esse é um fator que certamente colabora para a resistência em mensurar o retorno do investimento que as tecnologias certamente proporcionam. Esses são alguns dos principais desafios enfrentados pelo setor industrial atualmente. E, apesar do difícil caminho que sugerem rumo à retomada econômica, é importante lembrar que as condições necessárias para que sejam superados já estão presentes em território nacional. Ainda que o efeito prático dessas estratégias possa ser sentido daqui a algum tempo, é necessário investir desde já. Afinal, o Brasil necessita de confiança. E confiança é construída aos poucos, com ambiente estável para investimentos, infraestrutura para logística e acesso a bons profissionais. Passo a passo, será possível concretizar investimentos e tornar o ambiente econômico – e, claro, industrial – cada vez mais competitivo. O Brasil tem um dos maiores potenciais do mundo em crescer e demandar tecnologias de automação. Para saber os resultados que o futuro reserva, é necessário começar a agir agora e com o pensamento dos próximos 10 anos. Estar preparado não é uma opção e sim uma necessidade. *Vice-presidente da Mitsubishi Electric do Brasil

Suspensão da prescrição no STJ e STF BADY CURI NETO * Dizem os historiadores que a expressão “a emenda é pior que o soneto” surgiu quando o poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, recebera de um jovem pretenso poeta um soneto para correção, marcando com cruzes os erros que encontrasse. Depois de ler o soneto, Bocage devolveu ao jovem sem nenhuma marcação. Entusiasmado, o pretenso escritor indagou se não havia nada a ser corrigido, recebendo como resposta que havia tantos erros que a emenda ficaria pior que o soneto. O ditado não se perdeu na história, tem-se a mania do remendo ou da emenda que, via de regra, se implementada torna-se pior que o soneto, fazendo alusão às palavras de Bocage. O presidente da Suprema Corte Brasileira, Ministro Dias Toffoli, enviou para os presidentes das duas casas do Congresso Nacional, deputado Rodrigo Maia e senador Davi Alcolumbre, proposta para suspender a prescrição dos processos crimes, a partir do momento que os mesmos alcancem os Tribunais Superiores, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta é alterar o Código Penal para que, “enquanto pendente de julgamento os recursos especiais (no STJ) ou extraordinário (no STF) ou os respectivos agravos”, o prazo para prescrição não seja contado. Se aprovada a alteração legislativa, sugerida pelo presidente da mais alta corte do País, no documento enviado ao senador Alcolumbre e ao deputado Maia, “...evitar-se-á eventual extinção da punibilidade por prescrição no âmbito dos tribunais superiores”. A proposta esvaziaria um dos argumentos daqueles que defendem a prisão a partir da condenação de segundo grau, dando início da execução provisória da pena, marco interruptivo da prescrição penal.

Acaso se suspenda a prescrição enquanto pendente de julgamento recursos ou agravos nas instâncias superiores, estar-se-ia reconhecendo o descumprimento da Emenda Constitucional nº 45, mormente no tocante ao princípio da duração razoável do processo. Ressalte-se que este princípio foi introduzido com a importância e status de direito fundamental, inciso LXXVIII do artigo 5º da Constituição Federal. A ineficiência do Estado Juiz em julgar os processos em tempo razoável, não pode dar azo à alteração de uma norma penal, afrontando de forma transversa o princípio Constitucional acima citado. E o pior, que tal proposta surge pelo Tribunal guardião da Constituição. Por mais que se deseja a punição daqueles que praticam ações tipificadas em nosso ordenamento jurídico penal, não se pode dar ao Estado o jus puniendi ilimitado. Permitir a eternização do processo penal é colocar a espada de Dâmocles sobre a cabeça do réu, em afronta à dignidade humana. A persecução penal há de ter um tempo razoável, e não se diga, para que a discussão não torne rasa, que a culpa é da quantidade de recursos existentes. Se somados todos os prazos recursais de um processo penal, com certeza, não passará de 12 meses. A demora está no julgamento e não no número de recursos. Há de se enfrentar o problema da morosidade da Justiça, criando mecanismos de celeridade processual, e não limitando o direito defesa ou criando emendas que possam se tornar piores que o soneto. *Advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)

Evolução ou involução semântica CARLOS PERKTOLD * Como todos sabem, nosso presidente não é um primor na linguagem diária quando dá entrevistas para a mídia ou quando discursa para o grande público. Ele prefere a língua do povão, aquela de uso cotidiano do homem comum, pouco requintado intelectualmente e que, se algum dia foi leitor, esse ser em extinção há muito deixou o hábito da leitura. Para os eleitores que já viram um sociólogo poliglota na Presidência, professor da Sorbonne em Paris por imposição ditatorial, autor de vários livros, um intelectual brilhante que fala e escreve com elegância, simplicidade e clareza, seguida de um operário eleito para o mesmo cargo, que não gosta de ler, fala para o mesmo povão, mas com menos palavras chulas e tinha ideias esquisitas sobre nossa história (“Tiradentes foi crucificado”), é de se notar que houve uma (in) evolução semântica na Presidência. Não se trata aqui daquela de chamar câmara fotográfica de “Kodak”, nem de chamar aparelho de som de “radiola”. O que vemos diuturnamente é Bolsonaro não se importar em utilizar anglicismo como “táokei?”, nem com a “porra da árvore” e menos ainda “com sua mãe”, referindo-se a alguém que lhe perguntou sobre o paradeiro do desaparecido Fabricio

Queiroz ou com a palavra “sacanagem”. Este linguajar não é apropriado para a Presidência do País, que deveria seguir “a liturgia do cargo” expressão do ex-presidente Sarney, aquele da inflação de 80% ao mês. Mas Bolsonaro faz o maior sucesso entre o povão que sabe o significado de tudo isso e sente o mesmo que o presidente na hora que este percebe ser necessário ser agressivo verbalmente. Não se devem temer as palavras, é o claro recado na literatura e que a Presidência leva ao pé da letra quando nomeia as coisas com os nomes conhecidos pelos eleitores. A (in) evolução semântica ocorre também com certo americano-brasileiro com influência sobre os Bolsonaros e que se autodenomina filósofo. Aqui nesta página e apesar deste autor não temer as palavras, não é possível reproduzir o que Olavo de Carvalho já falou e fala sobre Caetano Veloso e o que já mandou de recado para ele, tão baixo nível e chulas são suas mensagens. De longe, Olavo insiste em ofender o nosso compositor de primeiro mundo. Com seus twiters, ele é um silogismo falso no qual os filósofos deixaram de pensar e valorizar outros segmentos intelectuais e agora escrevem pornografia. Em recente entrevista, Fabricio Queiroz

segue a mesma escola e compara o que o MP prepara para ele e o filho 03 como “um cometa pra enterrar na gente”, acrescentando que o cometa é um phalus que o deixaria arrasado pra sempre. Medo ou desejo? That is the question. Bons tempos aqueles que os filósofos nos ensinavam a pensar, a descobrir as falsas premissas em silogismos suspeitos e a recomendar a leitura de clássicos na literatura e a descrever a relação entre Sócrates e Platão ou a falar de Artur Schopenhauer, que minha geração julgava misógino, mas era alguém que amava as mulheres e achava que elas seriam maiores e melhores que os homens no futuro. Hoje, ele acharia que o futuro chegou e sentiria horror da linguagem do homem de Virginia. O pior dessa (in) evolução semântica é que ela vai fazendo escola entre o povão que acha natural falar palavras descartáveis, também entre os eleitores que as repetem e nas redes sociais, que atingem público de toda natureza. Chegará o momento em que a (in) evolução semântica crescerá tanto que vamos julgar vantajoso dizer o máximo de bobagem no mínimo de palavras chulas. *Psicanalista e escritor

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Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Editorial Adriana Machado - Alberto Portugal - Claudio de Moura Castro - Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

A lição e a receita O Brasil, que figura entre as dez maiores economias do planeta e já esteve em posição melhor, bem perto de ultrapassar potências como a Grã-Bretanha, continua involuindo se as comparações são em base global. É o que indica a mais recente versão do Doing Business, do Banco Mundial, que coloca nosso País na 124ª posição num grupo de 190 países quando são medidas as condições para fazer negócios. Mesmo que a nota geral tenha subido pouco mais de um ponto e as referências sejam do ano passado, o que o atual governo já cuidou de fazer lembrar, o Brasil caiu 15 posições. Nessa avaliação, que envolve pesquisa direta com empresários e executivos do mundo inteiro, fica claro que o País ainda não venceu a barreira da desconfiança ou que a insegurança jurídica pesa muito nas avaliações. As críticas também indicam caminhos, dizem o que está errado e apontam o que pode melhorar. Evidentemente que este é, ou deveria ser, o foco, principalmente que fica fácil deduzir que a falta de recursos, de que todos sabemos, não é necessariamente a questão mais importante. Ou ensina que com pouco é perfeitamente Os empresários, possível fazer brasileiros ou muito. estrangeiros que Os empresários, têm negócios no brasileiros ou País ou que, de estrangeiros que têm negócios no longe, de alguma País ou que, de forma miram as longe, de alguma forma miram as potencialidades potencialidades do mercado local, do mercado local, reclamam muito reclamam muito da burocracia, da burocracia, das das dificuldades dificuldades para para abrir – ou fechar – um abrir – ou fechar – negócio – e do um negócio – e do cipoal tributário. cipoal tributário. A boa notícia é que tudo isso pode ser resolvido rapidamente e a rigor não envolve custos, podendo sim significar economia para todas as partes. Trata-se de enxergar a cena tal como ela se apresenta e, realisticamente, de mais vontade de fazer o que é preciso fazer, com foco e determinação. E assim, racionalmente, começar pelo possível, pelo que é mais fácil fazer e pode produzir resultados mais rápidos, até porque não faz o menor sentido que o Brasil esteja ao mesmo tempo entre as maiores economias do planeta e seja visto como um ambiente tão hostil para os negócios. Trata-se, e em escala nacional, de pôr em prática aquilo que em Minas o governador Zema coloca entre as prioridades de sua gestão: simplificar tudo que puder ser simplificado e mostrar, para valer, que empresas que geram empregos e tributos, que portanto produzem riquezas, são aliados e assim devem ser tratados. Absolutamente não duvidamos que este é o caminho mais reto para que a recuperação da economia ganhe velocidade e consistência. Algo que está ao alcance, que pode ser feito desde que exista foco e que as questões menores, tão de agrado do próprio presidente da República, fiquem de lado.


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019

ESPECIAL

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DIVULGAÇÃO

VEÍCULOS

Fábrica da FCA em MG atinge 100% de autonomia Avanço requereu aporte de R$ 1 bi

MARA BIANCHETTI

A fábrica da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), atingiu recentemente 100% de autonomia no processo de desenvolvimento de novos veículos. A entrega de todas as etapas anteriores à industrialização, incluindo conceito e certificação, consumiu aportes superiores a R$ 1 bilhão nos últimos anos, e permitiu que a unidade passasse de uma simples montadora de veículos a um polo de desenvolvimento automotivo instalado em Minas Gerais. Atualmente, a FCA leva de três a quatro anos para desenvolver um veículo do zero, partindo do briefing conceitual. Este documento reúne insights e oportunidades captadas por meio de pesquisas de mercado, perfis de consumidores e análise de tendências, orientando os times de Engenharia, Design, entre outras áreas, na criação do lançamento da marca. Quem explica é o diretor de Portfólio, Pesquisa e Inteligência Competitiva da FCA para a América Latina, Breno Kamei. Segundo ele, desde agosto deste ano, o briefing conceitual é feito no hub da FCA, um espaço colaborativo para encontro de pessoas, gerações e culturas, que visa novas formas de processos de criação. O local é inspirado em uma estrutura de rede, integrando funcionários das mais diversas áreas e parceiros em um ambiente colaborativo. Externamente, o espaço busca conectar a FCA a um ecossistema de empreendedorismo e startups, para ampliar a consciência

e construir estratégias consistentes de inovação, com o propósito de alcançar novos territórios, novos mercados e novos modelos de negócio. “Precisamos ter o máximo de controle de todas as etapas, principalmente porque hoje o consumidor não quer apenas comprar um veículo; ele valoriza a experiência completa: da aquisição ao consumo. Convergente a isso, ainda temos que contemplar os pilares de desenvolvimento da indústria automotiva, sob o ponto de vista tecnológico, que são a autonomia veicular, a conectividade, as soluções de mobilidade e a eletrificação”, diz. E, na busca pelo novo, uma das áreas de atuação do hub é a conectividade, com o desafio de atender aos anseios dos consumidores no quesito inovação e tecnologia digital. Segundo o diretor, mais do que mobilidade, o carro conectado será o ponto de partida para novas soluções que irão viabilizar relevantes transformações na jornada do consumidor, simplificando tarefas cotidianas. “Estamos vivendo uma nova era em termos de experiência do consumidor. O ato de dirigir está mudando e, como globalmente todos estão focados no desenvolvimento de novas tecnologias, nossa preocupação é trazer isso para a realidade do brasileiro: um cliente altamente conectado e que entrega diferentes demandas”, comenta. Ainda conforme Kamei, o processo de concepção de um novo produto vai desde as pesquisas sobre o público-alvo, suas necessidades e demandas e o que existe disponível no

Na planta de Betim está previsto o início de produção de três novos modelos nas linhas de montagem a partir de 2020

mercado enquanto solução, passando pela criação de uma proposta de valor competitiva, análise de viabilidade técnico-financeira, até a aprovação inicial. Depois disso, inicia-se o processo

de design, valorização e entendimento do produto, envolvendo outras áreas até a aprovação final do modelo e o início da industrialização. “Esse processo comple-

to, de criação do briefing conceitual, dura cerca de seis meses. Neste período, buscamos cercar o máximo possível quaisquer lacunas, antes que chegue na Engenharia e Design. Já o

investimento médio em um novo produto é de algo em torno de R$ 1 milhão, fora todos os aportes em novas frentes e tecnologias, como indústria 4.0 e automação”, revela.

Até 2024, planta receberá R$ 8,5 bilhões

LEO LARA / STUDIO CERRI

Por falar em novas frentes, o polo vem recebendo contínuos investimentos para incorporar os mais modernos processos e tecnologias, visando à transformação digital do processo produtivo, sem deixar de lado o pioneirismo e os diferenciais de mercado. Até 2024, os recursos direcionados à unidade chegarão a R$ 8,5 bilhões - valor que representa o maior investimento da FCA em Betim desde a inauguração da fábrica, em 1976. Em visita ao Brasil O polo vem recebendo contínuos investimentos para incorporar os mais modernos processos no primeiro semesconquistando a fábrica, maior polo produtor de entre novos modelos, retre deste ano, o CEO mundial da FCA, Mike que vai gerar 300 empre- motores e transmissões novações e séries especiais. Manley, anunciou que os gos diretos e outros 900 da América Latina, com Em Betim, está previsto o capacidade de produção início de produção de três aportes contemplarão a indiretos. A nova família de mo- de 1,3 milhão de unidades novos modelos nas linhas instalação de nova fábrica de motores GSE Turbo no tores são GSE Turbo de por ano a partir de 2020, de montagem a partir de Polo Automotivo Fiat. Essa três e quatro cilindros, já que a unidade já fabrica 2020. Dois deles marcam será a primeira fábrica de batizados de T3 e T4, além três outras famílias de a entrada da empresa no segmento de SUVs. Somotores turbos da FCA no do E4. A capacidade de motores. Ainda dentro do orça- mando as marcas Jeep e Brasil e o investimento foi produção da nova fábrica disputado entre o mer- será de 400 mil motores mento de R$ 8,5 bilhões, RAM, as ações de produto cado mineiro e o chinês, e transmissões por ano. a montadora planeja 15 chegarão a 25 até 2024. mas Minas Gerais acabou Com isso, Betim será o ações de produto até 2024, (MB)

Montadora evoluiu para polo de desenvolvimento em 17 anos

Passada a primeira etapa de pesquisas de mercado e público-alvo, bem como de análise de viabilidade do novo veículo, inicia-se o processo de processo de design, valorização e entendimento do produto. É aí que começa o trabalho de outras áreas, visando o produto final para industrialização e equipes de design e engenharia trabalham juntas para tirar do papel o briefing conceitual. “De 2002 para cá, a unidade de Betim evoluiu de montadora de veículos a um polo de desenvolvimento automotivo, contemplando diferentes etapas do processo de criação e produtivo. Isso é muito importante, pois conhecer o cliente e entregar o produto que ele quer é fundamental. No design a missão é entregar um produto encantador, que provoque um efeito imediato no cliente”, afirma o diretor do Design Center Latam, Peter Fassbender.

LEO LARA / STUDIO CERRI

Em agosto, mediante investimentos da ordem de R$ 11,4 milhões, foi inaugurado em Betim o novo Design Center Latam

Para isso, em agosto, mediante investimentos da ordem de R$ 11,4 milhões, foi inaugurado o novo Design Center Latam, considerado o maior estúdio de design automotivo da América Latina, com cerca de 150 profissionais responsáveis pela criação de novos projetos. Em uma área de 2.700 metros quadrados, divididos em dois pavimentos, o

novo Design Center traz na bagagem o know-how de 17 anos de atividade, período em que foram desenvolvidos mais de 15 novos modelos e oito carros-conceito, todos da marca Fiat para os mercados brasileiro e latino-americano. Fassbender ressalta que todos os produtos da FCA são desenvolvidos de forma colaborativa pelos times globais. Com uma equipe

multidisciplinar, formada por designers, engenheiros, sociólogos, psicólogos, entre outros, o Design Center Latam mantém uma rotina intensa de intercâmbio com os polos de desenvolvimento da FCA na América do Norte, Europa e Ásia. “O desafio é sempre ir além e desenvolver mais. Os perfis podem ser alterados e cada região pede seu estilo”, completa.

Para isso, o espaço conta ainda com o laboratório de User Experience (UX), que possui simuladores desenvolvidos especialmente para testar a usabilidade de soluções de interfaces e conectividade, além de percepções do design interno e externo dos veículos. A FCA é a primeira no setor automotivo no País a investir na criação de um laboratório do tipo. Outra ferramenta

do UX Lab é o simulador em realidade virtual, para avaliar acabamentos interno e externo, como cores e texturas. Há, ainda, uma Sala Virtual, que tem como diferencial o projetor laser de tecnologia avançada, resultado de um investimento de mais de R$ 1 milhão. Com o novo equipamento, são projetados o veículo em tamanho real e os detalhes específicos de textura, recurso que proporciona avaliações mais próximas da realidade. Por fim, integrado à Sala Virtual e ao UX Lab, o Showroom é o espaço onde ocorrem as apresentações das várias fases dos projetos em desenvolvimento, até à aprovação final. Uma nova onda de investimento está prevista para os próximos anos para a construção de um segundo prédio para abrigar os equipamentos de usinagem, impressora 3D, além de outros espaços. (MB)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019

ESPECIAL

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REPRODUÇÃO

VEÍCULOS

Safety Center demandou aporte de R$ 40 milhões

Espaço está interligado à cadeia de desenvolvimento MARA BIANCHETTI

O alcance de 100% de autonomia no processo de desenvolvimento de novos veículos pelo Centro de Pesquisa & Desenvolvimento Giovanni Agnelli culminou com a inauguração do Safety Center em julho passado e cujos aportes chegaram a R$ 40 milhões. Trata-se de um prédio com 7.600 metros quadrados, incluindo uma pista de 130 metros com capacidade para testes de veículos de até 4 toneladas a 100 quilômetros por hora. A estrutura está disponível para qualquer empresa do grupo na América Latina e tem capacidade de fazer testes frontais, laterais e de poste, completando o ciclo de criação de um veículo antes da industrialização, indo do conceito à certificação. Antes, todo veículo da FCA criado na América Latina utilizava laboratórios do grupo na Europa ou nos Estados Unidos. O espaço é a parte que faltava para que a FCA Latam fosse totalmente autônoma na criação e desenvolvimento de carros. Além disso, o novo centro está interligado a toda a cadeia de desenvolvimento de produtos, desde a fase de conceito, passando pelas simulações virtuais, até chegar às provas físicas de desenvolvimento e homologação e ao início da produção do novo veículo. De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Produto da FCA para a América

Latina, Márcio Tonani, o plano de desenvolvimento de produtos na planta começou em 1996, quando a unidade fazia basicamente testes e 5% do gerenciamento dos projetos. Foi quando houve a primeira integração com o projeto global Palio. Em 2001, o gerenciamento saltou para 25% e passou a fazer a gestão local do desenvolvimento da fase de industrialização dos produtos. Em 2003, houve a inauguração do Polo de Desenvolvimento Giovanni Agnelli e início do processo de desenvolvimento dos projetos de veículos locais, atingindo 50% na automação. Em 2008, este número chegou a 90% e os veículos passaram a ser 100% produzidos na América Latina com a realização da conceituação e desenvolvimento do veículo nas fases virtual e física. “Foi então que surgiu a missão de desenvolver um carro totalmente Latam: o novo Fiat Uno, lançado em 2010”, cita o diretor. De 2014 a 2019, iniciaram-se os esforços em busca da autonomia completa no desenvolvimento, do conceito à certificação. “O Centro P&D recebeu o desafio, que foi alcançado em julho, com a inauguração Safety Center. Neste período, os aportes para que alcançássemos a completa autonomia somaram mais de R$ 1 bilhão. Além disso, destacamos que dos R$ 8,5 bilhões previstos

para os próximos anos, uma parte relevante seguirá sendo destinada ao desenvolvimento de novos produtos e modernização constante do polo”, afirma. LEO LARA / STUDIO CERRI

Tonani: plano de desenvolvimento de produtos na planta começou em 1996, quando a unidade fazia basicamente testes

CP&D conta com dois mil técnicos e engenheiros

Com mais de 50 laboratórios de desenvolvimento instalados em Minas Gerais, Pernambuco e Córdoba (Argentina), o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento Giovanni Agnelli possui um time de cerca de 2 mil técnicos e engenheiros, responsáveis por mais de 3 milhões de horas de testes por ano, nas fases virtual e física. Com estratégias centradas no cliente, a cada lançamento, novas tecnologias e metodologias de simulação virtual são desenvolvidas e incorporadas aos processos. Cada novo projeto soma cerca de 8 milhões de quilômetros rodados. O diretor de Desenvolvimento de Produto da FCA para a América Latina, Márcio Tonani, lembra que o carro nasce inicialmente no ambiente digital. Nesta etapa, as ferramentas de Realidade Virtual (VA) e Realidade Aumentada (AR) fazem com que o processo de desenvolvimento ganhe agilidade e precisão e somente após as complexas análises em 3D e 4D e as certificações digitais, são construídos os primeiros modelos físicos para testes. Os primeiros testes físicos acontecem nos Laboratórios de Experimentação, com o objetivo de certificar sistemas e componentes desenvolvidos durante a fase virtual. A próxima etapa são as pistas de teste, com avaliações em ambiente controlado, para

LEO LARA / STUDIO CERRI

certificação do veículo completo. Virtual Center - O também recém-inaugurado Virtual Center Latam recebeu investimentos de R$ 4,1 milhões, integrando o que há de mais avançado do mundo digital à Engenharia Automotiva, com as ferramentas de Realidade Virtual (VA) e Realidade Aumentada (AR). De acordo com o gerente de Integração de Sistemas e Virtual Center Latam, Marcus Paulo Nery, o espaço reúne as diversas áreas da engenharia para acompanhar a evolução dos projetos, do conceito inicial à industrialização, com avaliações contínuas que integram aspectos de ergonomia, segurança e interface dos sistemas e componentes. O trabalho integrado acelera o tempo de comunicação entre as diferentes equipes envolvidas, incluindo os times da própria Engenharia de Produto, Assistência Técnica, Qualidade, Manufatura, fornecedores, entre outros. “O resultado final é a validação das performances virtuais, tendo como referência o briefing conceitual e objetivos funcionais do novo veículo”, diz. Localizado em uma área de 800 metros quadrados, o Virtual Center Latam é composto de três ambientes: Sala de Realidade Virtual, Sala Integrada e Oficina. “As análises virtuais também envolvem veículos da concorrência. O objetivo

O recém-inaugurado Virtual Center Latam integra o que há de mais avançado do mundo digital à Engenharia Automotiva

do benchmarking é realizar lhoria de produtos e pro- do veículo são digitalizados Center Latam como forma avaliações comparativas, cessos. Com um scanner, a e, na sequência, carregados de aprimorarmos nossos capazes de auxiliar a me- carroceria e os componentes nos softwares do Virtual produtos”, resume. (MB)

Unidade está integrada à era digital O Polo Fiat de Betim é uma fábrica de 43 anos completamente integrada à era digital. Embora no início da trajetória grande parte das operações fosse manuais, hoje, a unidade conta com recursos inteligentes, sistemas modernos e eficientes como Big Data, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Inteligência

Artificial, que fazem toda a diferença no processo produtivo. O World Class Center (WCC) acelera os processos de inovação na manufatura. Localizado na unidade da Montagem Final e inaugurado no primeiro semestre deste ano, o laboratório é um espaço de inovação aberta

e colaborativa, que reúne startups, centros de pesquisa, universidades e a cadeia de fornecedores para o desenvolvimento de novas soluções voltadas para a melhoria dos processos produtivos. Com times multidisciplinares e envolvimento de todas as plantas da FCA na América Latina, o WCC

integra três áreas: o Industrial Innovation Center (IIC) - espaço dedicado às provas de conceito; Work Place Integration (WPI) onde acontece o desafio de conectar as soluções já testadas e aprovadas no IIC às plataformas de produção dos novos modelos; Process Center - espaço para formar pessoas. (MB)


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ECONOMIA

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SONDAGEM INDUSTRIAL

Produção cai, mas índice é o melhor em 9 anos Mesmo com recuo em setembro, indústria mineira está otimista com o desempenho apurado

MARA BIANCHETTI

Embora a indústria mineira tenha apresentado índices de produção, emprego e utilização da capacidade instalada abaixo do usual no mês de setembro, o setor produtivo registrou recordes de desempenho quando comparado com o mesmo mês dos anos anteriores. Os números podem ser atribuídos à retomada gradual da economia brasileira, que justifica também a oscilação mês a mês. A explicação é da economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz. Segundo ela, apesar de a maioria dos resultados apurados pela Sondagem Industrial ter ficado abaixo dos 50 pontos, indicando recuo, a análise geral é positiva. “Mesmo com os recuos observados em relação ao mês anterior, que em alguns casos, se justificam pelo menor número de dias úteis, foram registrados recordes históricos na produção, na geração de emprego e na utilização da capacidade instalada. O cenário de recuperação da economia – mesmo que lento – justifica o movimento”, explicou. De acordo com o levantamento, o índice de evolução da produção de setembro chegou a 49,8 pontos, número abaixo da linha de 50 pontos, indicando recuo. Dessa maneira, o indicador

foi 0,9 ponto menor que o verificado em agosto (50,7 pontos) e 5,9 pontos acima do apurado em igual mês do ano passado (43,9 pontos). “Além disso, o índice foi o melhor para o mês desde 2010. Isso significa que o recuo da produção foi o menos intenso nos últimos nove anos”, ressaltou. O indicador de evolução de emprego permanece abaixo dos 50 pontos há seis meses consecutivos e, em setembro chegou a 48,5 pontos. O índice apontou relativa estabilidade frente a agosto (48,4 pontos), mas aumentou 0,4 ponto na comparação com setembro de 2018 (48,1 pontos) e foi o melhor para o mês em sete anos. Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual, registrou 41,6 pontos no mês passado, caindo 1,7 ponto em relação a agosto (43,3 pontos). O resultado mostra que a indústria operou com capacidade produtiva abaixo da habitual para o mês. Em contrapartida, o indicador foi 1,6 ponto superior ao observado em setembro de 2018 (40 pontos) e o mais alto para o mês em sete anos. Apesar do leve recuo da produção no mês, os estoques de produtos finais das indústrias apresentaram crescimento em setembro, conforme índice de 50,2 pontos. Desta forma, as empresas encerraram o mês com acúmulo indesejado de

ANTÔNIO PINHEIRO - FOTOS PÚBLICAS

estoques e o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado marcou 52,7 pontos, mostrando que a demanda ficou aquém da esperada. Expectativas - Em relação às expectativas da indústria para os próximos meses, Daniela Muniz ressaltou que os empresários seguem otimistas, indicando a perspectiva favorável em relação ao aumento da demanda. “Contribuem para o otimismo dos empresários a combinação de trajetória do crescimento econômico, os baixos níveis de inflação, a redução das taxas de juros e, mais recentemente, a liberação dos recursos do Fundo de Garantia”, explicou. A expectativa da demanda recuou 1,2 ponto em outubro (56,4 pontos), na comparação com setembro (57,6 pontos). Apesar da queda, o índice sinalizou que os empresários esperam aumento da demanda por seus produtos. O indicador avançou 3,7 pontos em relação a outubro de 2018 (52,7 pontos) e foi o maior para o mês desde 2010 (57,9 pontos). Os industriais também esperam elevação das compras de matéria-prima, conforme índice de 54,8 pontos. O indicador ficou praticamente estável frente a setembro (54,9 pontos). Por outro lado, cresceu 3,3 pontos na comparação com outubro de 2018 (51,5 pontos) e foi o maior para o mês desde

Indicador de expectativa do número de empregados voltou a apresentar crescimento

2009 (57,3 pontos). O indicador de expectativa do número de empregados sinalizou perspectiva de aumento das contratações nos próximos seis meses pelo 12° mês seguido. O índice marcou 51,9 pontos em outubro, com avanço

de 1,7 ponto em relação a setembro (50,2 pontos). O índice também cresceu 3,5 pontos na comparação com outubro de 2018 (48,4 pontos), e foi o mais elevado para o mês desde 2010 (52,7 pontos). Já o índice de intenção de

investimento marcou 55,1 pontos, recuo de 1,4 ponto em relação a setembro (56,5 pontos). Por outro lado, avançou 3,8 pontos frente a outubro de 2018 (51,3 pontos) e foi o mais alto para o mês desde o início da série histórica, em 2014.

A BOSTON SCIENTIFIC CHEGA EM CONTAGEM ACELERANDO OS CORAÇÕES E A ECONOMIA.

O INVESTIMENTO É DE MAIS R$ 128 MILHÕES E VAI GERAR 600 NOVOS EMPREGOS DIRETOS. A PREFEITURA DE CONTAGEM REAFIRMA SEU COMPROMISSO COM A INOVAÇÃO E COM A INDÚSTRIA DO TERCEIRO MILÊNIO. Contagem vai sediar a primeira unidade global no hemisfério sul da norte-americana Boston Scientific. Será uma instalação dedicada à produção das válvulas cardíacas ACURATE neo ™, que empregam o estado da arte da tecnologia em benefício dos pacientes. A instalação do negócio é resultado do trabalho da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Contagem e do INDI, vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Contagem se destacou por sua vocação no setor de biotecnologia, por oferecer mão de obra qualificada, boa mobilidade urbana, infraestrutura, plataforma logística e um ambiente de negócios competitivo. Seja bem-vinda, Boston Scientific. Uma indústria 4.0 que vem inovar e renovar o Parque Industrial de Contagem.

CONTAGEM.MG.GOV.BR


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ECONOMIA

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FABIO SCREMIN - APPA

BENS DE CAPITAL

Faturamento recua 1,3% em setembro no Estado Porém, o setor estima melhora

No entanto, a combinação de fatores conjunturais já gera expectativa favorável para os próximos meses. “Em setembro ainda não tínhamos aprovado a reforma da Previdência e o cenário estava um pouco mais instável. Embora os resultados não ocorram rapidamente, já sabemos que outubro responderá melhor, assim como os meses subsequentes. E, assim, esperamos encerrar o ano com faturamento entre 5% e 7% superior ao do ano passado”, declarou. Caso a projeção se confirme, será o segundo resultado positivo da atividade após cinco anos consecutivos de queda no faturamento, acumulando 60% de perdas em Minas Gerais. Em 2018 o setor apurou crescimento de 6% em relação a 2017. “Tendo em vista o cenário

MARA BIANCHETTI

O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos de Minas Gerais recuou 0,4% em setembro em relação ao mês anterior e 1,3% sobre igual época ano passado. Os resultados se devem principalmente ao baixo desempenho das exportações, mas não preocupam o setor, que segue otimista em relação aos próximos meses. A expectativa é encerrar 2019 com crescimento entre 5% e 7% frente ao ano anterior. As informações são do membro do Conselho Administrativo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq-MG), Marcelo Veneroso. Segundo ele, as oscilações no faturamento industrial são normais, diante do contexto de crise econômica vivida pelo País.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG. SECRETARIA DA 7A VARA CÍVEL - EDITAL DE CITAÇÃO - Prazo de 20 dias. - O Dr. Edson Geraldo Ladeira, Juiz de Direito da 7ª Vara Cível, em pleno exercício de seu cargo, na forma da lei, etc. - FAZ SABER - que perante este Juízo e respectiva Secretaria processam-se os Autos de n° 0145 13 006720-3 da EXECUÇÃO, sendo exequente BRADESCO LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL e executado N GAYAM INDÚSTRIA, COMÉRCIO, DISTRIBUIÇÃO E REPRESENTAÇÕES LTDA. Assim, por meio deste CITA: N GAYAM INDÚSTRIA, COMÉRCIO, DISTRIBUIÇÃO E REPRESENTAÇÕES LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 00.451.335/0001-26. com sede na Rua Nossa Senhora das Graças, 233, Bairro Eldorado, nesta cidade de Juiz de Fora/MG, e que atualmente encontra-se em local incerto e não sabido, para efetuar o pagamento da quantia de R$. 51.723,04(cinquenta e um mil, setecentos e vinte e três reais e quatro centavos), referente ao principal e acessórios, a ser acrescida de honorários de advogado do autor e custas iniciais, no prazo de 3 (três) dias. Ficando ciente de que se não for efetuado o pagamento no prazo designado, o oficial de justiça independentemente de ter ou não o executado apresentado embargos a execução irá proceder a penhora ou arresto de tantos bens quantos bastem para garantia da dívida, lavrando-se o respectivo auto, ficando também advertido de que no caso de pagamento integral, no prazo supracitado, a verba honorária será reduzida pela metade; o executado independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos, que deverão ser oferecidos no prazo de 15 dias; o executado, comprovando o depósito de trinta por cento do valor acima, poderá requerer o parcelamento do restante em ate 6 vezes na forma do artigo 916 do CPC. Outrossim, fica advertido(a), também, que será nomeado curador especial em caso de revelia (art. 257, IV do CPC.). E, para que chegue ao conhecimento de todos, passou-se o presente Edital, com o prazo de 20 dias. CUMPRA-SE. Juiz de Fora, 31 de outubro de 2018. Dr. Edson Geraldo Ladeira, Juiz de Direito - Simone Antunes Falci, Escrivã. Certidão Certifico que expedi o edital, encaminhando para a publicação no DJE, bem como foi afixado no átrio do Fórum. Juiz de Fora, 31 de outubro de 2018.

ATO EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL DE FUNDAÇÃO DE SINDICATO A Comissão Pró Fundação do Sindicato do Comércio Varejista de Supermercados e Hipermercados do Estado de Minas Gerais, SINDSUPER-MG, presidida pelo empresário da categoria, Sr. Luiz Alexandre Brognaro Poni, Presidente da Comissão, inscrito no CPF sob o nº. 631.621.806-00 e CNPJ 65.124.307/0003-01 com endereço para correspondência à Avenida Barão Homem de Melo, nº 2200, Bairro Estoril, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30.494-080, nos termos da Portaria 501, de 30/04/2019, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, convoca todos os integrantes da categoria econômica de Supermercados e Hipermercados no Estado de Minas Gerais, a participarem da Assembleia Geral de Fundação do Sindicato do Comércio Varejista de Supermercados e Hipermercados do Estado de Minas Gerais – SINDSUPER-MG que será realizada na Avenida Barão Homem de Melo, nº 2200, Bairro Estoril, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30.494-080, no dia 21/11/2019, às 13h30min em 1ª convocação e às 14:00h em 2ª convocação, com qualquer número de presentes, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Leitura do Edital de Convocação da Assembleia; b) Fundação da entidade sindical que representará a categoria econômica do comércio varejista de supermercados e hipermercados, com base territorial em todo o Estado de Minas Gerais; c) Discussão e aprovação do Estatuto Social da Entidade; d) Eleição e posse da primeira Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Delegados representantes junto à Fecomércio/MG; e) Autorização para filiação à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais e ao SICOMÉRCIO, conforme Resolução 01/1990 e CR 047/2019 da CNC e f) Demais Assuntos de interesse da Categoria, tudo com fundamento na Portaria 937/2018/MT que inseriu a atividade ou categoria econômica Comércio Varejista de Supermercados e Hipermercados no Quadro a que se refere o Art. 577 da CLT; no Decreto 9.127/2017 que reconhece a essencialidade da categoria; demais leis inerentes à matéria, bem como a Constituição Federal vigente. Belo Horizonte-MG, 24 de outubro de 2019 Luiz Alexandre Brognaro Poni PRESIDENTE DA COMISSÃO PRÓ FUNDAÇÃO DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE SUPERMERCADOS e HIPERMERCADOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – SINDSUPER-MG

Resultados dos fabricantes de máquinas e equipamentos são afetados pelas exportações que caíram 7,4% em setembro

e os resultados dos últimos exercícios, consideramos a projeção interessante, já que representará mais uma recuperação das perdas anteriores. De toda maneira, já percebemos uma diferença considerável no ambiente empresarial e de investimentos no País. Ainda restam algumas lacunas a serem solucionadas, alguns acertos na parte política, mas acreditamos que o governo vai conseguir avançar também nestes pontos a

partir do ano que vem”, afirmou. Em relação ao desempenho no mês passado, a entidade revelou que o movimento das exportações de máquinas e equipamentos no Estado em relação a agosto e ao mesmo período do ano passado foi de -11,2% e -7,4% respectivamente. Os recuos, conforme Veneroso, estão relacionados ao clima externo. Segundo ele, a estagnação internacional chega a preocupar.

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO SRP Nº 16/2019. Pregão Eletrônico tipo: Menor preço por lote. Processo Administrativo nº 97/2019. Objeto: Registro de preços para a possível aquisição de materiais diversos. Data e hora da abertura das propostas: 11/11/2019, às 09h30min. Data e hora da abertura da sala de disputa: 11/11/2019, às 10h00min no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Edital disponível no site http://crefito-mg.implanta.net.br/ portaltransparencia e na sede do CREFITO-4, na Rua da Bahia, 1148 – 8º Andar – Sala 816 – Centro – Belo Horizonte / MG – Cep 30160-906, das 9h00min às 13h00min e das 14h00min às 17h 59 min. Belo Horizonte, 29 de outubro de 2019. Dr. Anderson Luís Coelho - Presidente do CREFITO-4.

A empresa B1 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA, inscrita no CNPJ sob o n°13.547.983/0001-22, vem, por meio do presente e na melhor forma de direito, NOTIFICAR os clientes JOSE EURIPEDES GRACIANO ARAUJO, SULAN CAVALCANTE DE SOUZA e CRISTIANO DORNELAS ELIAS , inscritos no CPF sob os números 004.615.66150, 062.161.396-73 e 002.149.961-66 , para que, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação do presente, efetuem a purgação da mora referente ao contrato de compromisso de compra e venda firmado junto à notificante, relativo ao imóvel constituído por QD 26 LT 37, QD 08 LT 52 e QD 06 LT 28 ,situado no Jardim dos Ipês, Araporã - Mg, devendo, os notificados, efetuar, no prazo acima, o pagamento das parcelas contratuais em aberto, com vencimentos em 10/03/2019 a 10/10/2019, 10/07/2018 a 10/10/2019 e 10/10/2018 a 10/10/2019, devidamente acrescidas dos encargos moratórios acertados em contrato. Notifica-se, ainda, que em não havendo a purgação da mora, no supracitado prazo, o contrato em questão estará resilido, nos termos do artigo 474 do Código Civil, situação esta que ocasionará o imediato regresso dos direitos do retro mencionado imóvel (inclusive de posse e de nova comercialização), para a notificante. Notifica-se, finalmente, que uma vez operando o desfazimento do contrato, nos termos acima, os valores eventualmente de direito dos notificados (após realizadas as deduções e abatimentos rescisórios) estarão à disposição dos mesmos no escritório da notificante.

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

AVISO DE LICITAÇÃO Pregão Eletrônico SRP nº: 57/GAPLS/2019 OBJETO: Aquisição de Poltronas para o CIAAR. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 30/10/2019. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 11/11/2019 as 09:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br, e no endereço: Av. Brig. Eduardo Gomes, S/N – Vila Asas, Lagoa Santa/MG. Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Cel Int Ordenador de Despesas

LEILÃO DE IMÓVEL Av. Barão Homem de Melo, 2222 - Sala 402 Bairro Estoril - CEP 30494-080 - BH/MG PRESENCIAL E ONLINE

1º LEILÃO: 21/11/2019 - 10:10h

-

2º LEILÃO: 26/11/2019 - 10:10h

EDITAL DE LEILÃO Fernanda de Mello Franco, Leiloeira Oficial, Mat. JUCEMG nº 1030, devidamente autorizada pelo credor fiduciário abaixo qualificado, faz saber que, na forma da Lei nº 9.514/97 e do Decreto-lei nº. 21.981/32 levará a LEILÃO PÚBLICO de modo Presencial e Online o imóvel a seguir caracterizado, nas seguintes condições. IMÓVEL: Constituído pela fração ideal de 0,0774 o qual corresponderá o apto 302, no denominado Prédio II, do Edifício “Residencial Parque das Rosas”, com área bruta de 136,11m², e seu terreno formado pelos lotes 33 e 34 da quadra 24 do Bairro Santa Rosa, na capital de Belo Horizonte/MG, limites e confrontações de acordo com a planta respectiva. Conforme Av-2, foram concedidos o habite-se e a baixa de construção, para o imóvel situado à Rua Quintino Bocaiuva, 248, e seu terreno formado pelos lotes 33 e 34, do quarteirão 24, bairro Santa Rosa em Belo Horizonte/MG, com as seguintes características: Residencial – Bloco 1 – 1º Subsolo (garagem) 215,89m², 1º ao 3º pavimento 215,89m² casa, 4º pavimento 56,08m², caixa d’água 10,92m², Bloco 02 - 1º Subsolo (garagem) 313,91m², 1º ao 3º pavimento 313,91m² - cada, 4º pavimento 77,69m², caixa d’água 12,60m², conforme alvará nº 9416955 de 07/12/94. Conforme Av-4, o prédio desta matrícula está situado no prédio I, e não como constou no preâmbulo desta. Conforme Av-5, o apartamento constante desta matrícula está situado na Rua Quintino Bocaiúva, 248. Conforme Av-6, a fração ideal de 0,0829, e área bruta de 186,20m² corresponde ao apto 302, do Prédio I, do Edifício Residencial Parque das Rosas. Imóvel objeto da Matrícula nº 68.300 do 5º Ofício de Registro de Imóveis de Belo Horizonte/MG. Obs.: Imóvel ocupado. Desocupação por conta do adquirente, nos termos do art. 30, caput e parágrafo único da Lei 9.514/97. DATA DOS LEILÕES: 1º Leilão: dia 21/11/2019, às 10:10 horas, e 2º Leilão dia 26/11/2019, às 10:10 horas. LOCAL: Av. Barão Homem de Melo, 2222 – Sala 402 – Estoril – CEP 30494-080 – Belo Horizonte/MG. DEVEDOR(ES) FIDUCIANTE(S): MÁRCIA CASSINI DA SILVA, brasileira, aposentada, separada judicialmente, nascida em 26/04/1957, portadora da C.I: MG – 867.359 – PC/MG e CPF: 204.202.776-68, residente(s) e domiciliado(s) à Rua Quintino Bocaiuva, nº 248, apto 302, Bloco 1, Bairro Santa Rosa, Belo Horizonte/MG – CEP: 31.255-550. CREDOR FIDUCIÁRIO: Banco Inter S/A, CNPJ: 00.416.968/000101. DO PAGAMENTO: No ato da arrematação o arrematante deverá emitir 01 cheque caução no valor de 20% do lance. O pagamento integral da arrematação deverá ser realizado em até 24 horas, mediante depósito em cheque ou TED, na conta do comitente vendedor a ser indicada pela leiloeira, sob pena de perda do sinal dado. Após a compensação dos valores o cheque caução será resgatado pelo arrematante. DOS VALORES: 1º leilão: R$ 644.605,72 (Seiscentos e quarenta e quatro mil, seiscentos e cinco reais e setenta e dois centavos) 2º leilão: R$270.000,00 (Duzentos e setenta mil reais), calculados na forma do art. 26, §1º e art. 27, parágrafos 1º, 2º e 3º da Lei nº 9.514/97. Os valores estão atualizados até a presente data podendo sofrer alterações na ocasião do leilão. COMISSÃO DA LEILOEIRA: Caberá ao arrematante, o pagamento da comissão da leiloeira, no valor de 5% (cinco por cento) da arrematação, a ser paga à vista, no ato do leilão, cuja obrigação se estenderá, inclusive, ao(s) devedor(es) fiduciante(s), na forma da lei. DO LEILÃO ONLINE: O(s) devedor(es) fiduciante(s) será(ão) comunicado(s) das datas, horários e local de realização dos leilões para, no caso de interesse, exercer(em) o direito de preferência na aquisição do imóvel, pelo valor da dívida, acrescida dos encargos e despesas, na forma estabelecida no parágrafo 2º-B do artigo 27, da Lei 9.514/97, incluído pela lei 13.465/2017. Os interessados em participar do leilão de modo on-line, deverão cadastrar-se no site www.francoleiloes.com.br e se habilitar acessando a opção “Habilitese”, com antecedência de 01 hora, antes do início do leilão presencial, juntamente com os documentos de identificação, inclusive do representante legal, quando se tratar de pessoa jurídica, com exceção do(s) devedor(es) fiduciante(s), que poderá(ão) adquirir o imóvel preferencialmente em 1º ou 2º leilão, caso não ocorra o arremate no primeiro, na forma do parágrafo 2º-B, do artigo 27 da Lei 9.514/97, devendo apresentar manifestação formal do interesse no exercício da preferência, antes da arrematação em leilão. OBSERVAÇÕES: O arrematante será responsável pelas providências de desocupação do imóvel, nos termos do art. 30, caput e parágrafo único da Lei 9.514/97. O(s) imóvel(i)s será(ão) vendido(s) no estado em que se encontram física e documentalmente, em caráter “ad corpus”, sendo que as áreas mencionadas nos editais, catálogos e outros veículos de comunicação são meramente enunciativas e as fotos dos imóveis divulgadas são apenas ilustrativas. Dessa forma, havendo divergência de metragem ou de área, o arrematante não terá direito a exigir do VENDEDOR nenhum complemento de metragem ou de área, o término da venda ou o abatimento do preço do imóvel, sendo responsável por eventual regularização acaso necessária, nem alegar desconhecimento de suas condições, eventuais irregularidades, características, compartimentos internos, estado de conservação e localização, devendo as condições de cada imóvel ser prévia e rigorosamente analisadas pelos interessados. Correrão por conta do arrematante, todas as despesas relativas à arrematação do imóvel, tais como, taxas, alvarás, certidões, foro e laudêmio, quando for o caso, escritura, emolumentos cartorários, registros, etc. Todos os tributos, despesas e demais encargos, incidentes sobre o imóvel em questão, inclusive encargos condominiais, após a data da efetivação da arrematação são de responsabilidade exclusiva do arrematante. O arrematante será responsável por realizar a devida due diligence no imóvel de seu interesse para obter informações sobre eventuais ações, ainda que não descritas neste edital. Caso ao final da ação judicial relativa ao imóvel arrematado, distribuída antes ou depois da arrematação, seja invalidada a consolidação da propriedade, e/ou os leilões públicos promovidos pelo vendedor e/ou a adjudicação em favor do vendedor, a arrematação será automaticamente rescindida, após o trânsito em julgado da ação, sendo devolvido o valor recebido pela venda, incluída a comissão do leiloeiro e os valores comprovadamente despendidos pelo arrematante à título de despesas de condomínio e imposto relativo à propriedade imobiliária. A mera existência de ação judicial ou decisão judicial não transitada em julgado, não enseja ao arrematante o direito à desistência da arrematação. O arrematante presente pagará no ato o preço total da arrematação e a comissão da leiloeira, correspondente a 5% sobre o valor de arremate, exclusivamente por meio de cheques. O proponente vencedor por meio de lance on-line, terá prazo de 24 horas, depois de comunicado expressamente do êxito do lance, para efetuar o pagamento, exclusivamente por meio de TED e/ou cheques, da totalidade do preço e da comissão da leiloeira, conforme edital. O não pagamento dos valores de arrematação, bem como da comissão da Leiloeira, no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas contadas da arrematação, configurará desistência ou arrependimento por parte do(a) arrematante, ficando este(a) obrigado(a) a pagar o valor da comissão devida a Leiloeira (5% - cinco por cento), sobre o valor da arrematação, perdendo a favor do Vendedor o valor correspondente a 20% (vinte por cento) do lance ou proposta efetuada, destinado ao reembolso das despesas incorridas por este. Poderá a Leiloeira emitir título de crédito para a cobrança de tais valores, encaminhando-o a protesto, por falta de pagamento, se for o caso, sem prejuízo da execução prevista no artigo 39, do Decreto nº 21.981/32. Ao concorrer para a aquisição do imóvel por meio do presente leilão, ficará caracterizada a aceitação pelo arrematante de todas as condições estipuladas neste edital. As demais condições obedecerão ao que regula o Decreto n° 21.981 de 19 de outubro de 1.932, com as alterações introduzidas pelo Decreto n° 22.427 de 1° de fevereiro de 1.933, que regula a profissão de Leiloeiro Oficial. Maiores informações: (31)33604030 ou pelo e-mail: contato@francoleiloes.com.br. Belo Horizonte/MG, 22/10/2019.

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(31) 3360-4030

HOTÉIS OTHON S.A. Companhia de Capital Aberto (Em Recuperação Judicial) CNPJ/MF 33.200.049/0001-47 - NIRE 33300096302 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DAS SOCIEDADES HOTÉIS OTHON S/A; HBBH - EMPRESA BRASILERIA DE NOVOS HOTÉIS LTDA E OTHON EMPREENDIMENTOS HOTELEIROS S.A - TODAS EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, EXTRAÍDO NOS TERMOS DOS ARTIGOS 36 E 56 DA LEI Nº 11.101/2005, DOS AUTOS DO PROCESSO Nº 0280230-13.2018.8.19.0001 O JUÍZO DE DIREITO DA 5ª VARA EMPRESARIAL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, nos autos da recuperação judicial nº 0280230-13.2018.8.19.0001, faz saber que, ante a apresentação de objeção ao plano de recuperação judicial, CONVOCA todos os interessados e credores, na forma dos artigos 36 e 56 da Lei nº 11.101/2005, para a Assembleia Geral de Credores, que será presidida pelo Administrador Judicial - Bruno Galvão S.P. de Rezende, a realizar-se, em primeira convocação, no dia 22/11/2019, às 11:00h (onze horas da manhã), no auditório do Edifício Edison Passos (Clube de Engenharia), localizado na Av. Rio Branco nº 124, 25º andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ, com credenciamento a partir das 10:00h (dez horas da manhã) e, caso não haja a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe, computados pelo valor, a assembleia será instalada, em segunda convocação, com qualquer número, no dia 28/11/2019, no mesmo local e horário (de realização e de credenciamento), tudo nos termos do artigo 37, §2º da Lei nº 11.101/2005. A ordem do dia será a deliberação sobre a aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelas recuperandas às fls. 1.824/1.847 (com anexos às fls. 1.848/3.062) e seu primeiro aditivo apresentado às fls. 9.932/9.957. Ficam os credores cientes que o plano de recuperação judicial uno apresentado pelas recuperandas será votado de forma conjunta/unificada, nos termos da decisão de fls. 9.982/9.983. Para participar da Assembleia, cada credor deverá assinar a lista de presença, que será encerrada no momento da instalação da Assembleia, que ocorrerá às 11:00h (onze horas da manhã) em ponto. Os credores poderão obter cópia digitalizada do plano de recuperação judicial e modelo de procuração no site: http://nraa.com.br/falencia-e-recuperacao-judicial/hoteis-othon-em-recuperacao-judicial; mediante solicitação por e-mail (admjudothon@nraa.com.br) ou diretamente no endereço do escritório do Administrador Judicial, Bruno Galvão S.P. de Rezende, situado na Rua da Ajuda, nº 35, 17º andar, Rio de Janeiro/RJ CEP 20.040-915; podendo ainda extrair o plano e seu aditivo nos autos do processo eletrônico de recuperação judicial (nº 0280230-13.2018.8.19.0001 - fls. 1.824/3.062 e fls. 9.932/9.957), através do site: www.tjrj.jus.br. Nos termos do artigo 37, §4º, da Lei nº 11.101/2005, o credor poderá ser representado na assembleia-geral por procurador ou representante legal (administrador; diretor, etc.), desde que entregue ao administrador judicial, no endereço do seu escritório supra indicado e/ou através do e-mail admjudothon@nraa.com.br, até 24 (vinte e quatro) horas antes da data Assembleia, documento hábil que comprove seus poderes para participar e votar no certame ou a indicação das folhas dos autos do processo em que se encontre o documento. Para os efeitos de representação na assembleia por procurador, o credor deverá apresentar instrumento de procuração pública ou particular outorgando os poderes específicos aos seus mandatários para participarem da Assembleia Geral de Credores e deliberarem sobre o plano de recuperação judicial, sendo que, na hipótese de procuração particular, a mesma deverá vir acompanhada da cópia da identidade e CPF do outorgante, se pessoa física, e dos atos constitutivos da sociedade, onde esteja indicado o representante legal da mesma que assina a procuração, bem como que o mesmo possui poderes para tanto, em se tratando de pessoa jurídica. Modelo de procuração será disponibilizado no site supra indicado. Em se tratando de credor estrangeiro, a procuração, os atos constitutivos da sociedade credora e quaisquer outros documentos pertinentes à comprovação da representação legal do outorgante estrangeiro deverão vir acompanhados de tradução juramentada. No dia da assembleia não serão recebidos documentos relativos à demonstração da representação legal do credor pessoa jurídica, devendo tais documentos ser apresentados no prazo acima estipulado, sob pena de não credenciamento para a assembleia. O mesmo se aplica em relação aos credores, pessoa física ou jurídica, representados por procuradores. Nos termos do artigo 37, §§5º e 6º, da Lei nº 11.101/2005, os sindicatos de trabalhadores poderão representar seus associados titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho que não comparecerem, pessoalmente ou por procurador, à assembleia, devendo apresentar ao administrador judicial, até 10 (dez) dias antes da assembleia, a relação dos associados que pretende representar, e o trabalhador que conste da relação de mais de um sindicato deverá esclarecer, até 24 (vinte e quatro) horas antes da assembleia, qual sindicato o representa, sob pena de não ser representado em assembleia por nenhum deles. Deverão as recuperandas afixarem, de forma ostensiva, na sua sede e filiais, a cópia do aviso de convocação da Assembleia Geral de Credores. E, para que chegue ao conhecimento de todos os interessados, mando expedir o presente edital que será publicado e afixado na forma de lei. Cientes de que este juízo funciona na Av. Erasmo Braga, n.º 115, Lâmina Central, sala 712, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Dado e passado nesta cidade do Rio de Janeiro, em 23 de outubro de 2019. Eu, Bárbara Talia Gonçalves de Freitas Carrijo, Escrivã matrícula 01/17420, o subscrevo. A Dra. Maria da Penha Nobre Mauro, Juíza de Direito.

“Acreditamos que os recentes acordos internacionais e as visitas da Presidência da República na China, Japão e os países árabes certamente trarão recursos para o País, e consequentemente para o setor de máquinas e equipamentos. Apesar de apreensivos, aguardamos a retomada do desenvolvimento no Brasil”, disse. Já o nível de utilização da capacidade instalada se manteve praticamente na EDITAL DE CONVOCAÇÃO A ASCOBOM – Associação dos Servidores do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, CNPJ: 04.169.366/0001-40, neste ato representado pelo presidente Alexandre Rodrigues, no uso de suas atribuições, contidas no art. 12, do estatuto da entidade, e com base no art. 9, I, bem como Ato Administrativo nº 01/2019, de 17/09/2019, registrado em Cartório no dia 24/09/2019 e publicado em 20/09/2019, na pg. 06 do Jornal Diário do Comercio, bem como disponível na sede da Entidade, convoca seus associados e sócios fundadores, para a assembléia geral ordinária, a se realizar na sede da Associação, situada a Via Expressa de Contagem n. º 2001, Bairro Jd. Bandeirantes em Contagem/MG, no dia 06 de novembro de 2019 às 10:00 horas em primeira chamada, não havendo quorum mínimo as 10:30 horas em segunda chamada, exigindo-se 1/3 dos associados, caso não haja o quorum mínimo as 11:00 horas a terceira chamada, iniciando a Assembléia com os presentes conforme artigo 13 do Estatuto. A assembleia Geral Ordinária, terá como assunto: • Eleição da nova Diretoria para o quadriênio 2019/2023; • Posse da diretoria Eleita; • Revisão do Estatuto e possíveis alterações. Contagem, 26 de Outubro de 2019. Alexandre Rodrigues, 2º Sgt BM Presidente

mesma média em relação aos últimos períodos analisados, com uma média de 25% de ociosidade nas fábricas. Empregos - Por fim, o número de pessoas empregadas caiu 0,2% em setembro em relação a agosto, e no comparativo com o mesmo mês do ano passado cresceu 1,1%. “Acreditamos que o nível dos empregos também deverá subir, porque nos próximos meses tradicionalmente observamos incremento nas entregas de fim de ano. Mesmo não sendo produtos sazonais, os bens de capital são importantes para que as empresas cumpram seus faturamentos no período fiscal”, concluiu. VITÓRIA FOMENTO MERCANTIL LTDA CNPJ 07.655.391/0001-21 Sociedade empresária Ltda, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, sob o nº 3120741846-8 em 26/10/2005, comunica a redução do seu capital social, no valor de R$ 400.000,00 (Quatrocentos mil reais); assim devolvendo em dinheiro aos sócios, a parte cabível, conforme artigos 1.082, 1.083 e 1.084 do C.C/2002.

SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE SANTA LUZIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCAÇÃO Em obediência ao Estatuto Social da Entidade e demais legislações aplicáveis, pelo presente Edital ficam convocados todos os representados quites e no gozo de seus direitos sindicais para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 19 de novembro de 2019, às 09:00 h (nove horas), em sua sede social à rua Presidente Washington Luiz, 349, Boa Esperança, Santa Luzia, Estado de Minas Gerais para tratar da seguinte ordem do dia: Examinar, discutir e deliberar sobre a Proposta Orçamentária para o exercício financeiro do ano de 2020. Caso não haja comparecimento legal, referida Assembleia será instalada em segunda convocação às 09:30 h (nove horas e trinta minutos ), deste mesmo dia e no mesmo local, com qualquer número de convocados presentes. Santa Luzia, 30 de outubro de 2019. Lindomar Aparecido Ribeiro - Presidente

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA – COOP RONDA FICAM CONVOCADOS TODOS COOPERADOS/ASSOCIADOS PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA DA COOPERATIVA DE APOIO COMUNITARIO E ZELADORIA RESIDENCIAL LTDA COOP RONDA CNPJ: 09.623.327/0001-94 COM SEDE NA RUA LEVINDO IGNACIO RIBEIRO, N.º 350, BAIRRO SANTA AMELIA, BELO HORIZONTE/MG CEP: 31.560-260 A REALIZAR-SE NO DIA 09 DE NOVEMBRO DE 2019 SABADO NESTA SEDE COM PRIMEIRA CONVOCAÇÃO PARA 8:00H COM TOTAL DOS COOPERADOS/ASSOCIADOS QUE SÃO 85 (OITENTA E CINCO), OU AS 9:00H COM 50% MAIS 1 NA SEGUNDA CHAMADA OU NA TERCEIRA E ULTIMA CHAMADA AS 10:00H COM QUALQUER NUMERO DOS PRESENTES PARA DISCUTIREM E DELIBERAREM AS SEGUINTES ORDENS DO DIA: 1. ABERTURA DE FILIAL NA CIDADE DE CAMPO BELO/MG; 2. ABERTURA DE FILIAL NA CIDADE DE LAMBARI/MG; BELO HORIZONTE, 30 DE OUTUBRO DE 2019. GILBERTO CARNEIRO DE ABREU- PRESIDENTE DA COOP RONDA

RESULTADO DE LICITAÇÃO 2ª FASE E FINAL PREGÃO Nº 012/2019 O SESCOOP/MG, através de sua Comissão Permanente de Licitação, comunica o resultado da 2ª fase “HABILITAÇÃO” e “RESULTADO FINAL” do Pregão Nº 012/2019, cujo objeto é a Contratação de agência de viagens especializada em serviços de planejamento e organização de missões técnicas internacionais, contemplando a compra de passagens aéreas, remarcações, hospedagens, traslados, seguros, interpretes, inscrições em congressos e demais serviços correlatos para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais – Sescoop/MG. EMPRESA HABILITADA / VENCEDORA: P&P Turismo Eireli, CNPJ: 06.955.770/0001-74, Valor Global Anual Estimado: R$ 3.500.350,00. Pregoeiro: Robert Martins Santos.

SANTA DUNA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. - CNPJ/MF 22.902.593/0001-14 - NIRE 35.300.479.921 - EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA - Convocamos os senhores acionistas da Santa Duna Empreendimentos e Participações S.A. (“Companhia”), sociedade criada conforme Plano de Recuperação Judicial, Autos 0024.14.298.866-6 - 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte/MG (cf. PRJ item 1.2.63, item 1.1.69, item 5.4.), na forma do Estatuto Social da Companhia, a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária a ser realizada no dia 6 de novembro de 2019, às 14:30 horas, no local da sua sede, Rodovia BR 318, s/n, sala 2, Pista Sul, Zona Rural, Brumadinho, CEP 35.460.000, (“AGOE”), para deliberar sobre as seguintes matérias que compõem a ordem do dia: Em Assembleia Geral Ordinária: (i) Tomada das contas dos administradores, exame, discussão e votação das Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados; (ii) Eleição dos administradores da Companhia para o mandato entre 6 de novembro de 2019 a 6 de novembro de 2020; Em Assembleia Geral Extraordinária:(iii)exposição sobre a posição da Companhia na qualidade de cotista do Ipê Mineração Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, conforme estabelecido no Plano de Recuperação Judicial da MMX SUDESTE MINERAÇÃO S/A (Autos 0024.14.298.866-6 - 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte/MG) face investimentos realizados pelos Controladores, com consequente diluição sobre a estrutura societária do FIP Ipê Mineração, posição atual em 19,5%; (iv) - assuntos gerais sobre as perspectivas da UPI Minerária.Em conformidade com o artigo 135, §3º, da Lei 6.404/76 encontram-se à disposição dos senhores acionistas, desde a presente data, na sede social da Companhia, os documentos relacionados às deliberações objeto desta AGOE. A Companhia esclarece ainda que o acionista poderá: (i) ser representado na AGOE por procurador constituído há pelo menos um ano, que seja acionista, administrador da Companhia ou advogado. O acionista ou seu representante legal deverá comparecer à AGOE munido de documentos que comprovem sua identidade e, caso aplicável, instrumento de mandato com reconhecimento de firma. Belo Horizonte, 25 de outubro de 2019. SANTA DUNA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.

Extrato da Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 23 de outubro de 2019 Data, Horário e Local: 23 de outubro de 2019, às 08h00min, na sede da Companhia, na Avenida Bernardo de Vasconcelos, nº 377, Bairro Cachoeirinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Presença: Participantes os seguintes membros do Conselho de Administração: Oscar de Paula Bernardes Neto, Eugênio Pacelli Mattar, José Galló, Paulo Antunes Veras, Maria Letícia de Freitas Costa, Roberto Antônio Mendes e Pedro de Godoy Bueno. Mesa: Oscar de Paula Bernardes Neto, Presidente do Conselho e Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira, Secretária. Assunto tratado e deliberação tomada por unanimidade, observados os impedimentos legais: (1) Resultados financeiros e informações financeiras intermediárias do trimestre e período findos em 30 de setembro de 2019. O Sr. Mauricio Teixeira apresentou as informações financeiras intermediárias do trimestre e período findos em 30 de setembro de 2019 que incluem o resultado individual e consolidado desses períodos, inclusive em comparação com o igual período de 2018. Tendo sido feitos os esclarecimentos solicitados e considerando a recomendação do Comitê de Auditoria, assim como a conclusão dos auditores independentes quanto à revisão das informações financeiras intermediárias, sem qualquer observação, o Conselho aprovou as informações financeiras intermediárias do trimestre e período findos em 30 de setembro de 2019, bem como sua respectiva divulgação ao mercado. Encerramento e Lavratura: Sem mais deliberações, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura deste para posterior aprovação pelos participantes. Certidão: Declaro que esta é cópia fiel da ata de Reunião do Conselho de Administração acima constante, que se encontra transcrita no livro próprio, arquivado na sede social da Companhia, com a assinatura de todos participantes: Oscar de Paula Bernardes Neto, Eugênio Pacelli Mattar, José Galló, Paulo Antunes Veras, Maria Letícia de Freitas Costa, Roberto Antônio Mendes e Pedro de Godoy Bueno. Suzana Fagundes Ribeiro de Oliveira Secretária do Conselho de Administração


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POLÍTICA

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FLAVIA BERNARDO - ALMG

ASSEMBLEIA

Repasses do Estado a municípios são tema de debate na ALMG TCE deve flexibilizar critérios para as cidades

JULIANA SIQUEIRA

Prefeitos, vereadores, representantes do Estado e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), entre outras lideranças, se reuniram ontem em uma audiência pública para debater os repasses do Estado e os critérios de julgamento de contas dos municípios. O evento foi realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O assunto ganhou ainda mais evidência depois de o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (Novo), ter destacado, no início deste mês, a possibilidade de o Estado não conseguir arcar com o pagamento de dívida às cidades, que já vêm sofrendo com um déficit de R$ 7 bilhões não repassados. No entanto, tanto o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, quanto a presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização, a deputada estadual Rosângela Reis (Podemos), destacaram o acordo para a quitação da dívida firmado entre a AMM e o governo e a confiança de que ele será cumprido. Foi estabelecido que R$ 6 bilhões devidos pela antiga administração, relativos a 2017 e 2018, serão pagos em 30 parcelas, a partir de abril 2020. O outro R$ 1 bilhão, fruto dos repasses atrasados de janeiro deste ano, será pago em três parcelas a partir de janeiro de 2020. Mesmo com essa confiança, a situação de atraso, porém, trouxe muitos problemas para as cidades. Rosângela Reis destacou que, diante desse cenário, o que se deseja é a intermediação com o Tribunal de Contas para que haja critérios trans-

parentes para atender todos os municípios. “Devido à retenção dos recursos dos municípios pelo Estado de mais de R$ 7 bilhões, o que ocorreu agora em 2019: mais de 500 municípios não conseguirão fechar as suas contas por causa da exigência da lei de responsabilidade fiscal”, diz ela. “Realmente, está muito difícil cumprir com as contas todas do município”, afirma. A deputada estadual acrescenta, ainda, que muitas cidades estão fazendo “milagre” com os recursos que têm. “A situação está muito complicada porque além do acúmulo das retenções que teve no ano passado, que foram muito severas -

os municípios já entraram neste ano com um problema sério do ano passado -, ainda no início do ano o governo confiscou um valor significativo, de R$ 1 bilhão, das contas. Se fosse só esse R$ 1 bilhão que foi confiscado este ano pelo atual governo já desequilibraria os municípios, e ainda tem o do ano passado, quer dizer, já estava desequilibrado, tomou mais um empurrão. Está difícil para todo mundo fechar”, disse Julvan Lacerda.

O Projeto de Lei (PL) 1.205/19 relativo aos direitos creditórios da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) deverá ser votado nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), após distribuição de avulso ontem. Posteriormente, seguirá para a análise da Comissão de Fiscalização Financeira Orçamentária e do plenário. A proposta visa à antecipação dos recursos provenientes do nióbio. A quantia a receber tem sido relacionada ao pagamento de 13º salário dos servidores e da primeira parcela dos repasses devidos aos municípios. O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, porém, ressalta que não está fazendo a vinculação do dinheiro do nióbio com o pagamento às cidades.

“Porque isso não existe no cumprir os compromissos prefeitos dos municípios inadimplência do governo acordo judicial que nós fize- assumidos tanto com os que têm uma dívida gigan- passado para com esses mos. Mas é bom e saudável servidores quanto com os tesca em atraso fruto da municípios”. (JS) que o Estado faça essa antecipação. Nós sabemos que tem salário atrasado, que precisa ajustar, e nós confiamos na responsabilidade dos deputados que vão votar com responsabilidade para poder ajudar a equilibrar o Estado”, diz ele. Sobre o assunto, o deputado Gustavo Valadares, líder do Bloco Sou Minas Gerais, afirmou: “Na verdade, não que o recurso dessa operação da Codemig seja usado diretamente para pagamento dos atrasados com os municípios, mas um valor considerável como o que planeja e trabalha o Estado para receber obviamente trará uma certa tranquilidade para que com outros recursos que estão girando no Estado mês a mês, dia a dia, se possa

“Primeiramente, em relação à questão que está na legislação. A constituição do Estado fala no artigo 180 que o Tribunal no âmbito da sua fiscalização também prestará orientação aos jurisdicionados, e nós temos recentemente ditado uma Medida - O diretor-geral lei, 13.655, que fala dessa do TCE, Marconi Braga, questão da razoabilidade por sua vez, afirmou que é dos julgamentos dos órgãos possível atender aos apelos de controle”, afirma. de critérios mais flexíveis “O Tribunal de Contas, além disso, presta também aos municípios.

essa orientação aos municípios com ações pedagógicas que vinham sendo tratadas, inclusive demandas provocadas pela própria AMM, que em dezembro nos remeteu uma consulta acerca desses não repasses pelo Estado aos municípios mineiros. Naquela ocasião, o Tribunal, cumprindo a sua importante função, fez a resposta à consulta no sentido de dar uma flexibilização na interpretação correta da

classificação contábil e orçamentária desses recursos e examinará caso a caso. Não tem uma receita de bolo geral para todo mundo”, diz. O diretor-geral do TCE conclui que o Tribunal está atuando em duas linhas: “a de orientação e na hora que for emitir o parecer prévio sobre a prestação de contas pautar-se pela razoabilidade, pela proporcionalidade e a realidade econômica do País”.

Antecipação de receita do nióbio vai para análise

REFORMAS

Comissão especial da Câmara aprova projeto de previdência dos militares Brasília - A comissão especial da Câmara dos Deputados que trata do projeto que altera as aposentadorias e reestrutura a carreira dos militares aprovou a proposta ontem ao concluir a votação da medida no colegiado. Por tramitar em caráter conclusivo, a medida pode seguir direto ao Senado, a não ser que seja apresentado um recurso - com o apoio de ao menos 51 deputados - para levá-lo ao plenário da Câmara antes de encaminhá-lo aos senadores. A oposição já avisou que pretende lançar mão do instrumento para que o projeto não seja imediatamente encaminhado à outra Casa. O texto-base do projeto já havia sido aprovado na última semana, mas faltava a análise de emendas. A primeira delas, apresentada na intenção de aumentar os ganhos militares e estendê-los a integrantes de patentes mais baixas, foi rejeitada por 18 votos a 10. A rejeição da emenda

Prefeitos, vereadores, representantes do Estado e do TCE se reuniram ontem na ALMG

provocou protestos na comissão, que chegou a ter sua reunião suspensa na tarde de ontem. Ao defender a emenda, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), argumentou que a nova redação iria corrigir “imperfeições, erros e equívocos que aumentam a diferença dentro do corpo das Forças Armadas”. A oposição orientou pela aprovação desse destaque e já avisou que tem recurso preparado para levar a proposta ao plenário da Câmara antes que seja encaminhada ao Senado. O líder do PSL na Casa, Vitor Hugo (PSL-GO), no entanto, disse que o projeto foi discutido entre o Exército e o Ministério da Economia, e que, apesar de concordar com a necessidade de melhorar os vencimentos para as Forças Armadas, “não é o momento de conceder aumento indiscriminado”. Uma outra emenda que pretendia suprimir um trecho do texto foi rejeitada,

outra prejudicada, e um outro destaque foi retirado. As mudanças na reestruturação da carreira dos militares propostas no projeto trazem aumento de despesas para o governo de cerca de R$ 102 bilhões em dez anos, segundo informações encaminhadas pelo Ministério da Defesa à comissão especial. O valor inclui o impacto de adequações previstas nos pagamentos de ajudas de custo e de adicionais pagos após a realização de cursos, entre outros. O Ministério estimou, por outro lado, uma economia de R$ 111,93 bilhões, também em dez anos, com mudanças previstas no texto, como o aumento da alíquota de contribuição previdenciária e cobrança de contribuição a alunos de escolas de formação, cabos e soldados, que hoje são isentos. Cerca de um terço da economia total projetada (R$ 33,3 bilhões), no entanto, reflete uma projeção de redução prevista do efetivo. (Reuters)


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br EDUARDO SEIDL/PALÁCIO PIRATINI

PECUÁRIA LEITEIRA

Nova norma prejudica os pequenos produtores

Preço também afeta o segmento Porto Alegre e Curitiba Todos os dias, antes de o sol raiar, Rosi de Lima Costa, 53, acorda para ordenhar as vacas da pequena propriedade rural, em Santana do Livramento, a 423 km de Porto Alegre, na fronteira com o Uruguai. A atividade leiteira garante a renda mensal de R$ 1.000 para a família gaúcha de cinco pessoas. O valor é a diferença entre o pagamento recebido da indústria e os gastos de produção. Cada litro de leite é vendido por R$ 1, enquanto os gastos somam R$ 0,90 por litro, incluindo medicamentos para as vacas e despesas com energia elétrica. A família comercializa 5.000 litros por mês. “A gente se sente muito prejudicado, humilhado e desestimulado”, diz a produtora sobre o preço baixo. A situação é semelhante à de outros 400 leiteiros cooperados da região de Livramento (RS) e se repete em Santa Catarina e Paraná. Juntos, os três estados são responsáveis pela maior parte do leite produzido no País. Porém, o cenário tem se agravado para pequenos produtores, como a família Costa. As instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa) alteraram critérios de qualidade do leite e exigências para a produção. As mudanças valem desde maio, mas penas só serão aplicadas a partir de novembro. Prejuízos - Os pequenos produtores se sentem pre-

judicados pela mudança da temperatura limite do leite ao chegar à indústria. Antes, podia estar a 10ºC. Agora, no máximo, a 7ºC. Outras alterações, que envolvem assistência técnica veterinária e contagem bacteriana, já são cumpridas pelos produtores. “Nosso leite vai até um laticínio de Boa Vista do Sul, são 500 km de distância. Mandamos para Pelotas, são 350 km até lá. Estamos entregando na temperatura certa, mas ainda não começou o verão, estamos preocupados”, diz Rosi. Na temperatura até então aceita, o leite permanecia próprio para consumo, explica o Mapa. Para a pasta, “não se trata só de leite próprio ou impróprio ao consumo, mas da qualidade da matéria-prima que refletirá diretamente no produto que chega ao consumidor”. O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf Sul), que abrange os três estados sulistas, Alexandre Bergamin, diz que a maior parte dos pequenos produtores está distante dos centros urbanos, onde estão os laticínios. As distâncias dificultam cumprir condições de resfriamento e transporte impostos e encarecem o frete. Queijo é saída - Para Bergamin, o governo não se preocupou em criar política de fomento e organização da atividade. “Criou a lei e disse aos agricultores: ‘se virem’”, opina. Com propriedade em

Instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura alteraram critérios de qualidade do leite e exigências para a produção

Chapecó (SC), a família de Bergamin aposta na produção de queijos como saída. Outros produtores têm migrado para a fabricação de queijos como alternativa. “Todos concordamos serem extremamente necessárias as melhorias de índices de qualidade, mas as normativas devem gerar o menor impacto negativo possível”, diz Elizandro Krajczyk, coordenador da Fetraf no Paraná, onde 110 mil famílias dependem da cadeia leiteira, segundo a entidade. O ministério alega que a “temperatura de recebimento não é problema a ser resolvido pelos produtores, mas pela indústria, ajustando o tempo de duração e distância das rotas” e que “a normativa prevê que o leite pode excepcionalmente ser recebido a 9ºC, no caso de haver contratempos no transporte”. Representante da indústria, Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Latcínios e Produtos derivados (Sindilat-RS), confirma que são as empresas responsáveis por buscar o leite nas cooperativas. Porém, a nova norma impacta o produtor. “Para o leite entrar na indústria a 7ºC,

temos que pegar o produto com 4ºC”, explica. “Nós temos caminhões resfriados, mas, dependendo da região, produtores enfrentam dificuldades com a energia elétrica. Não basta ter energia, ela tem que ter qualidade. Há ainda problemas com estradas. A preocupação é quando chegar o verão”, diz Guerra. As mudanças têm gerado protestos. Em Porto Alegre, duas vacas caminharam pelas ruas do centro no último dia 15, levadas por agricultores, remetendo ao problema. Parlamentares ligados ao setor, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Fetraf pedem que o Ministério da Agricultura suspenda temporariamente as normativas. Queda de produtores - A alteração pode levar mais produtores a deixarem a atividade leiteira. Segundo o engenheiro agrônomo Lorildo Aldo Stock, da Embrapa Gado e Leite, os três estados do Sul perderam 55 mil produtores em cinco anos, entre 2013 e 2018. O número caiu de 315 mil para 260 mil, 55 mil a menos em cinco anos, com média de 11 mil por ano. O número equivale a 1,2 pro-

PROTEÍNAS

Carne bovina deve ter alta no Brasil São Paulo - O aumento nos preços da carne bovina no Brasil é inevitável, considerando a forte demanda externa e a oferta restrita da proteína no País, disse ontem a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). De acordo com nota da entidade, o crescimento das exportações puxou a alta nos preços, com as firmes compras de China e Rússia fazendo com que a parcela dos embarques do produto ultrapassasse os tradicionais 20% da produção local. “É uma situação de mercado que fortalece todo o setor da pecuária e sua cadeia produtiva e que é inevitável diante da procura pelo produto brasileiro”, disse o presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, no comunicado. O mercado de boi tem refletido a alta demanda para a exportação. Recentemente, os preços em São Paulo atingiram máximas nominais, de R$ 166,50 por arroba, superando recordes de abril de 2016, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em

PAULO WHITAKER / REUTERS

Aumento nas exportações deve restringir a oferta da carne no mercado doméstico, afetando os preços

Economia Aplicada (Cepea). Além de russos e chineses, que vêm realizando a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para exportação, novos mercados ganharam espaço no setor de carnes do País, como Turquia e Indonésia. A Abrafrigo destacou que os movimentos de altas dos preços ganharam força em agosto e atingiram um ponto

irreversível em outubro. “Neste espaço de tempo de três meses, os preços da carne bovina evoluíram 25% e não há como deixar de repassar estas elevações ao consumidor, pelo menos enquanto a oferta de bois continuar restrita”, afirmou Salazar. Ele prevê que a restrição da oferta se mantenha “por algum tempo, como con-

sequência do aumento das exportações”. No acumulado de janeiro a setembro de 2019, os embarques de carne bovina do Brasil somaram 1,2 milhão de toneladas, alta de 9,2% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). (Reuters)

dutor que desistiu da função por hora no período, ou seja, 30 por dia. “Não é trabalho fácil. Não tem folga de Natal, Ano Novo, não tem pausa”, diz Stock. Ele aponta outros fatores que levam à desistência. “Muitos produtores começam a ficar velhos e, às vezes, não têm sucessão, porque os filhos saem para estudar na cidade”. Mesmo que não desista, o pequeno produtor pode ficar sem clientes. Isso porque as indústrias de laticínios têm aproveitado a rigidez nas regras para optar só pelos

maiores fornecedores, explica Krajczyk, da Fetraf do Paraná. Essa exclusão direciona a produção leiteira brasileira para a exportação, segundo Bergamin, da Fetraf Sul, o que deve comprometer o mercado interno. “Vão colocar os robôs para tirar leite. Não conseguimos entender como uma política de governo exclui gente”. “Se pararmos com o leite, o que vamos fazer? Vamos ver de novo o êxodo rural. Isso só vai ampliar as favelas com fome e miséria”, diz Rosi. (Folhapress)

CITRICULTURA

Emater-MG e IMA mantêm ações para evitar o avanço do greening Medidas preventivas são a melhor maneira para os citricultores protegerem seus pomares da doença Huanglongbing (HLB), mais conhecida como greening. Originária da Ásia, a praga não tem cura e, desde que foi identificada no Brasil, em 2004, gerou prejuízos de milhões aos produtores. Para combatê-la, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) - órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) têm desenvolvido ações e programas, com objetivo de alertar os produtores sobre os riscos. Minas Gerais é o segundo maior produtor de citros do Brasil. São 55 mil hectares de área plantada e uma produção média de 1,1 milhão de toneladas por safra. E o greening, doença transmitida pelo inseto Diaphorina citri ou por enxertia, vem preocupando os citricultores. Nas plantas contaminadas, ocorrem deformação, maturação irregular, redução e queda das frutas. “Estamos com um grande problema fitossanitário com o avanço do greening, doença extremamente agressiva, sem controle efetivo até o momento e já considerada endêmica no Estado”, diz o coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio. Segundo dados oficiais do IMA, desde 2005, já foram erradicadas no Estado 462 mil plantas sintomáticas

com o greening. “Entre 2017 e 2018, estima-se que o prejuízo causado pela doença seja de cerca de R$ 42 milhões, considerando a perda da produção do ano”, afirma o engenheiro agrônomo da Gerência de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Leonardo do Carmo. Municípios - Considerada uma das mais destrutivas pragas que podem acometer as plantações de citros em todo o mundo, o greening prejudica o desenvolvimento das plantas e provoca a consequente perda na produção de frutos. A doença foi detectada oficialmente em 58 municípios mineiros. “Essa situação tende a se agravar com muita rapidez devido à severidade da doença, colocando em risco esse importante setor do agronegócio mineiro”, diz Sanábio. A praga foi identificada em Belo Vale, na região Central mineira, em 2017. Levantamento feito pelo IMA, referente a 2018, aponta que 7.561 plantas do município foram erradicadas por causa do greening. Só no primeiro semestre de 2019, foram cerca de 4 mil plantas erradicadas na região. Algumas ações estão sendo desenvolvidas no município para o combate à doença. Entre elas, mobilização e orientação dos produtores, capacitação de produtores e técnicos, distribuição de armadilhas adesivas e implantação do Programa Municipal de Diversificação da Fruticultura. (Com informações da Agência Minas)


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ASSESSORIA DE COM.E MKT.

EXPANSÃO

Instituto do Coração abre 3ª unidade na Capital Foram investidos R$ 2 milhões

THAÍNE BELISSA

O Instituto do Coração está ampliando a atuação em Belo Horizonte com a inauguração da terceira unidade dentro do Hospital Lifecenter, localizado no bairro Funcionários, região Centro-Sul da Capital. Com mais 200 metros quadrados, a nova operação recebeu investimento de R$ 2 milhões e vai aumentar em 40% o número de consultas e em 70% o número de exames realizados pelo Instituto. A empesa também planeja a inauguração de outras duas clínicas em 2020. Como o próprio nome indica, o Instituto do Coração é referência na área de consulta e exames de cardiologia, mas as clínicas também oferecem serviços em outras 24 especialidades, como ortopedia, dermatologia, angiologia, psiquiatria, entre outras. O diretor Financeiro e de Marketing do Instituto, Felipe Prado, explica que as duas clínicas que existiam até então dentro do Lifecenter ficaram pequenas para a demanda. “Cada uma delas tem cerca de 100 metros quadrados e passaram a não suportar a demanda de pacientes, que triplicou nos últimos dois anos. Resolvemos abrir essa terceira unidade para conse-

guirmos atender a todos com conforto”, explica. Segundo ele, com a terceira unidade, que também fica no Lifecenter, o Instituto do Coração passará de 520 atendimentos/consultas/mês para 750 atendimentos/consultas/ mês. Já os exames passarão dos atuais 650 mensais para 1.100 por mês. Só para a nova operação serão contratados 42 médicos, totalizando 100 nas três unidades. Prado explica que o posicionamento das clínicas nas dependências do Lifecenter é estratégico, pois as empresas têm uma parceria de longo prazo e muito vantajosa para os dois lados. “Para nós, é interessante estar em um hospital de referência em Belo Horizonte e ter à disposição toda a estrutura dele, em caso de alguma intercorrência grave com algum dos nossos pacientes. Por outro lado, o hospital também utiliza alguns dos nossos serviços, de forma que temos uma relação de ajuda mútua”, diz. O diretor lembra, ainda, que o custo de implantação dentro hospital é muito menor, uma vez que o espaço já cumpre as normas de regulamentação do setor. Como o espaço é alugado, ele explica que os R$ 2 milhões de investimento na nova unidade foi aplicado,

O Instituto do Coração está ampliando a atuação em BH com a inauguração da 3ª unidade dentro do Lifecenter DIVULGAÇÃO

principalmente, em equipamentos e tecnologia de ponta para a realização dos exames. Entre as novidades que essa nova operação traz estão alguns procedimentos inovadores na área ortopédica, além do ecodopplercardiograma sob estresse físico, exame que avalia os riscos de infarto por meio de análises como o entupimento artérias coronárias. A clínica oferece mais de 10 exames diferentes de alta tecnologia e atende tanto particular como por convênios. Prado afirma que o Instituto também tem interesse em expandir para além das dependências do Lifecenter. A expectativa é inaugurar duas clínicas no ano que vem, sendo uma no bairro Lourdes, na região Centro-Sul, e outra no Santa Efigênia, na região Leste da Capital. Agora, o Instituto do Coração passará de 520 consultas/mês para 750 consultas/mês

MERCADO LITERÁRIO

Setor está em transformação, dizem escritores

Brasília - Um mercado em transformação, com novos consumidores potenciais e a carência de estratégias para a formação de novos leitores é a descrição do mercado literário brasileiro, feita por escritores. O mercado reúne profissionais apaixonados pelo que fazem. No Dia Nacional do Livro, a reportagem conversou com autores e editores. “Nós todos que trabalhamos com escrita, com texto, com formas de abstração, somos todos sonhadores”, diz a autora e editora na Página Editora, de Belo Horizonte, Cláudia Rezende. “Acredito muito na literatura, na força de formar um leitor fluente, na diferença que isso faz na vida das pessoas”, acrescenta. Cláudia Rezende publicou o primeiro livro este ano, Poli Escolhe, que tem como tema o processo de escolha das crianças. O lançamento vem junto com um trabalho já conhecido de autores, de divulgação, de lançamento da obra, de distribuição e vendas. “Há crise no mercado, temos editoras fechando, livrarias em dificuldade, mas, por outro lado, temos também uma facilidade maior de publicar. Na editora recebemos muita procura por publicação”,

diz. Segundo ela, editoras pequenas, como a Página são as que “estão realizando sonhos. Antes, dependia-se de grandes editoras, agora não”, afirma. Cláudia Rezende destaca, no entanto, que a concorrência editorial é alta, sobretudo com livros impressos em outros países, de baixo custo. “A gente nem visa a determinados públicos porque não há como concorrer com dois livros a R$ 10”, diz. A estratégia tem sido, então, segundo ela, recorrer à maior qualidade, à busca por obras que reflitam as ideias de cada autor. Editais e vaquinhas - Além das editoras, editais públicos e vaquinhas aparecem como alternativa, sobretudo para novos autores. A escritora Sílvia Amélia de Araújo, de Cidade de Goiás (GO), recorreu às duas estratégias. Ela já tem livros publicados e outros ainda na gaveta, quase prontos para serem lançados. Foi com recursos do edital de Literatura do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás que Sílvia Araújo publicou o livro No meio do caminho. A obra, vendida a R$ 15, reúne histórias de pessoas que compartilharam com ela viagens em transportes públicos. De

quem sentava ao lado e falava da vida. “Fiz o livro voltado para pessoas de baixa escolaridade, pessoas adultas que se alfabetizaram recentemente ou que têm pouco estudo, que não vão conseguir ler um livro denso de letra pequena, mas que também não se interessam por livros infantis”, afirma. O edital, segundo ela, tornou a obra mais acessível. “O brasileiros têm um hábito de leitura ainda muito baixo, mas valor da leitura é alto no País. As pessoas acham importante ler, acham valioso e esperam que seus filhos sejam leitores. Acho que existe campo para trabalhar e, nesse sentido, os editais são importantes porque permitem esse tipo de coisa que eu propus, distribuir os livros ou vender muito baratinho”, diz. A estimativa é que 44% dos brasileiros sejam não leitores, o que significa que não leram nenhum livro nos últimos três meses, de acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro. A autora conseguiu ainda, por meio de uma vaquinha on-line, financiamento para lançar mais dois livros: Álbum de histórias e Guia Casar Bonito. Como está grávida, a contagem

para o lançamento é também pelo tempo do bebê. Ela pretende lançar um livro antes do nascimento, previsto para fevereiro, e outro depois. Apesar dos projetos em andamento, Sílvia Araújo diz: “é difícil viver só da literatura, só da venda de livros, é raríssimo encontrar alguém que viva só disso. Mas, é possível construir uma carreira em torno disso. Eu dou oficinas de escrita, é algo que me dá uma renda e tem relação com o que eu quero fazer”. Cenário de transformações - Para a diretora executiva da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Fernanda Garcia, o livro no Brasil está passando por transformações. O Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa da Nielsen Brasil e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), mostra leve melhora de 0,96% das vendas de livros entre setembro e outubro de 2019, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2018, foram vendidos 2,9 milhões de livros e, em

2019, 3 milhões entre o início de setembro e o início de outubro de cada ano. Em valores, o aumento foi de 3,74%, passando de R$ 112,7 milhões para R$ 116,9 milhões. “[A pesquisa] este ano mostrou, pela primeira vez, um crescimento, pequeno, mas a curva para cima. A gente está feliz com isso”, diz Fernanda Garcia. “Embora não seja uma recuperação, demonstra um cenário, uma curva de crescimento”. Apesar do crescimento no mês, no acumulado do ano, de janeiro a outubro, 2019 ainda está abaixo de 2018. O volume de livros vendidos acumula até agora queda de 10,26% e o valor das vendas, queda de 9,53%. Fernanda Garcia cita várias mudanças no consumo de obras literárias, como o surgimento de diversos clubes de leitura, o fortalecimento dos audiolivros e livros digitais, o avanço de livrarias independentes e de nicho, ao mesmo tempo que o enfraquecimento de grandes redes. “Paralelamente a isso, há uma geração que vem fazendo livro de forma

diferente, mais conectada a um tipo específico de público”, diz. A diretora defende que para que o hábito da leitura se perpetue e para que o mercado de livros se sustente, é preciso um trabalho, principalmente do Poder Público, na formação de leitores. Para isso, a CBL defende a regulamentação da Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE), sancionada em lei no ano passado. Entre outros pontos, a política visa à universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas e, para isso, prevê a formação de pessoal e o fortalecimento dos acervos. “A gente acredita muito no livro como elemento transformador da sociedade, da educação, do país”, defende. Dia Nacional do Livro - O Dia Nacional do Livro foi instituído em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional - na época Real Biblioteca -, instalada oficialmente no Rio de Janeiro em 29 de outubro de 1810. (ABr)

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ENGENHARIA HOJE

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MINERAÇÃO

Ibram admite erros, promete mudanças, mas pede que nem todo o setor seja penalizado No primeiro evento público realizado após o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) ter autorizado, na última sexta-feira, a Samarco a retomar suas atividades, os dois principais executivos do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revelaram uma autocrítica, anunciaram mudanças e, ao mesmo tempo, fizeram um apelo. A autocrítica era no sentido do reconhecimento dos erros que resultaram no rompimento das barragens de Fundão, em Mariana; e Córrego do Feijão, em Brumadinho. O apelo era no sentido de que a mineração como um todo não fosse penalizada, por exemplo, com o aumento de tributos que onerem todo o setor, como uma espécie de resposta ao que ocorreu nas duas cidades. “A gente tem que lamentar tudo o que aconteceu. Nós não chamamos de acidente. Chamamos de tragédia. Temos que lamentar profundamente”, afirmou o presidente do Conselho Diretor do Ibram, Wilson Brumer, durante o debate realizado na sede da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME). Para ele, a mineração tem um desafio pela frente: o de fazer com que a sociedade volte a acreditar no setor, que tem seus problemas, como ele admitiu, mas também suas qualidades, como a geração de empregos e renda, conforme números apresentados no evento. De acordo com o presidente do Conselho Diretor do Ibram, a mineração gera 180 mil empregos diretos e responde por 36% do saldo da balança comercial brasileira, ocupando apenas 0,5% do território nacional. Quem também definiu o rompimento das barragens como uma tragédia foi o presidente do Ibram, Flávio Penido, que considerou o fato como resultado de uma realidade que o setor tem que encarar; a existência de barragens construídas há mais de quatro décadas e que nem sempre recebem a devida manutenção. Tal como Brumer, Flávio Penido reconhece que uma parte da população não tem uma boa imagem do setor. Não sabe, por exemplo, segundo ele, que a mineração é a dona de parte significativa das áreas de preservação existentes ao sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte, como a Mata do Jambreiro; ou na região de Poços de Caldas, no Sul de Minas, onde a área operada pela Alcoa foi recomposta e nem de longe lembra que já foi uma mina de bauxita. Ele também entende como injusto que o setor todo seja penalizado. Como exemplo, citou a existência hoje, em tramitação no Congresso Nacional, de aproximadamente 140 projetos de lei, todos apresentados após os rompimentos, que impõem penalidades para o setor. Como exemplo, Flávio Penido citou um, que proíbe a construção de barragens em todo o território nacional. Penido lembra que a medida, se aprovada, comprometeria, inclusive o abastecimento de água, já que há barragens construídas com este único objetivo. Diante de tais situações, o que o Ibram tem feito, segundo ele, é mostrar a deputados e senadores,

com racionalidade, o que é viável e o que não é. Ele se queixa da inexistência de proposições que tenham o sentido de instituir normas legais que, por exemplo, aumentem a segurança das barragens, predominando a preocupação em penalizar o minerador. Como exemplo de postura que considera adequada a situações com a que vive hoje o Brasil, Flávio Penido cita o Canadá, onde há cinco anos, em agosto de 2014, ocorreu o rompimento da barragem da mina de ouro da empresa MountPolley e que resultou no derramamento de um volume de rejeitos correspondente à metade da de Fundão. Lá, a solução adotada, que Flávio Penido considerou correta, foi a investigação das causas do que ocorreu, o desenvolvimento de novas técnicas de operação e a reabertura da mina em melhores condições de segurança. A reabertura da mina é importante, segundo ele, porque é preciso que a empresa gere os recursos que permitirão o pagamento dos prejuízos causados. “É importante ter o sentido de verificar o que ocorreu, mas, ao mesmo tempo, é preciso olhar para frente”, afirmou o presidente o Ibram, durante o debate na SME. ANM - Também na linha de mudar a imagem do setor, Brumer defendeu o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM) de tal forma que esta tenha o peso compatível com o setor de mineração. “Não adianta simplesmente transformar o antigo DNPM [Departamento Nacional de Produção Mineral] em uma agência de mineração”, frisou, acrescentando, “precisamos de uma agência forte para realmente fazer com o que o setor cresça. Uma agência não de governo, mas de Estado”, enfatizou o presidente do Conselho Diretor do Ibram, que insistiu também na importância de a sociedade reconhecer os acertos do setor, bem como sua importância para a vida moderna. “Não existe desenvolvimento sem mineração. Mineração está nesta casa, no ar condicionado, no remédio. É preciso que a sociedade entenda mais o que é mineração”, afirmou Brumer, para quem também está passando da hora de a mineração ser incluída na agenda de desenvolvimento do País. Bases da transformação - Durante o evento, os dirigentes do Ibram divulgaram documento em que cerca de 200 profissionais do setor definem as bases da transformação da mineração. O documento lista 12 compromissos e ações previstas para cada um deles. Os compromissos são: • Segurança operacional; • Barragens e estruturas de disposição de rejeitos; • Saúde e segurança operacional; • Mitigação de impactos ambientais; • Desenvolvimento local e futuro dos territórios; • Relacionamento com comunidades; • Comunicação e reputação; • Diversidade e inclusão;

SME/DIVULGAÇÃO

Flávio Penido (centro) e Wilson Brumer (direita) debateram na SME o futuro da mineração no Brasil ANTÔNIO CRUZ/EBC

Rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, abriu crise no setor de mineração, que promete mudanças

• Inovação; • Água; • Energia; • Gestão de resíduos. Como parte da estratégia de rearranjo da mineração, Brumer considera natural o fortalecimento do que ele chama de “licença social”. Isso significa que tende a ser cada vez mais distante a época em que a empresa de mineração se estabelecia no local da lavra sem consulta previa à população local. “Cada vez mais, as empresas vão ter que prestar atenção. Vão ter que pedir licença para chegar ao município”. Nesse sentido, ele defende que as empresas sejam transparentes na construção dessa relação. O documento divulgado durante o evento pelo Ibram defende que o relacionamento com a comunidade seja pautado por uma abordagem proativa e respeitosa, “por meio de diálogos francos, inclusivos e participativos, considerando as realidades e expectativas frente à atividade minerária e zelando para que essas interações promovam ambiente e oportunidades de livre e igualitária expressão”, diz o documento. Pesquisa - O presidente do Conselho Diretor do Ibram defendeu também o fortalecimento da pesquisa mineral do Brasil, pondo fim

ao ciclo iniciado na Constituição de 1989, que, na sua visão, afugentou muitas empresas ao fixar restrições à presença do capital estrangeiro no setor. “Temos que retomar a pesquisa no Brasil”, afirmou Brumer. Para isso, ele defende também o fortalecimento da aproximação com as universidades, instituições que são detentoras de um conhecimento muito grande na área mineral que poderia ser melhor aproveitado, mas não é. “Fica a pesquisa pela pesquisa. Não é um trabalho fácil, mas temos que fazer a aproximação com a academia dentro da realidade do que o Brasil precisa”, afirmou Wilson Brumer. O Ibram considera a adoção de novas tecnologias, que elevem a eficiência da mineração e, ao mesmo tempo, reduzam os impactos socioambientais de suas operações, um requisito do próprio negócio. Uma das medidas que já estão sendo colocadas em prática na área de inovação é o da implantação do “mining hub” do Ibram, em que startups apresentam projetos voltados para a inovação no setor mineral e os escolhidos são incorporados às empresas. O presidente do Conselho Diretor do Ibram também defende a abertura do debate sobre a exploração mineral controlada

Apoio institucional da SME ENGENHARIA S.A.

na Amazônia, mesmo sabendo tratar-se, como ele ressalta, de um tema que vem carregado de um componente emocional e ideológico muito grande. O problema, segundo Brumer, é que a não discussão do tema resulta em problemas como a entrada, na região, de garimpeiros, poluição dos cursos d’água com mercúrio, invasão de terras indígenas e destruição da floresta. “Temos que discutir a Amazônia, mesmo sabendo que não é uma discussão simples”, disse ele. Críticas - Durante o evento, ele também ouviu críticas. Houve reclamações quanto à atuação dos representantes do setor mineral no Copam, que sempre teriam atuado no sentido de impedir a ampliação das áreas de preservação, especialmente ao sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Houve críticas também quanto a uma suposta pouca preocupação do setor mineral em relação à preservação dos recursos hídricos na região. Também foram feitos questionamentos sobre o pagamento, pelas mineradoras, das multas aplicadas pelos órgãos ambientais quando dos rompimentos das duas barragens. (Conteúdo produzido pela SME)


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NEGÓCIOS INOVAÇÃO

Startups barateiam seguros veiculares

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AÇÃO SOCIAL

ONG lança Dia Mundial Empresas inovadoras propõem que o usuário pague apenas pelo que efetivamente usa Fraternidade sem Fronteiras São Paulo - Assim como uma seguradora tradicional. DIVULGAÇÃO

fazem em outros setores de economia, startups querem simplificar e personalizar o mercado de seguros, propondo que o usuário pague apenas pelo que efetivamente usa. Uma dessas insurtechs - termo que junta as palavras em inglês “insurance” (seguro) e “technology” (tecnologia) - é a Onsurance, que oferece um seguro automotivo pré-pago. Tal qual se faz com um celular, o usuário coloca créditos em sua conta e eles vão se esvaindo conforme o automóvel é utilizado. Quando o carro está parado, não há desconto. Diferentemente de seguros convencionais, não são levadas em conta variáveis como sexo e idade do motorista no cálculo do valor a ser cobrado. “Não importa se é jovem ou velho ou onde mora. Instalamos um dispositivo no automóvel que captura como a pessoa conduz, e aí acontecem ajustes de preço. É mais justo. A pessoa pode ser nova e dirigir educadamente”, diz Adilair Silva, 35, cofundador. Há um valor mínimo de crédito para colocar na primeira carga, que varia de acordo com o modelo do carro - para um popular, é R$ 1.199, mas o valor não expira nunca. A empresa estima que seu produto é entre 50% e 80% mais barato que o de

“Com isso a gente atinge pessoas que não eram atendidas por esse serviço. Cerca de 70% dos nossos clientes nunca tinham tido um seguro automotivo”, diz Ricardo Bernardes, 43, fundador. De acordo com dados de 2018 da FenSeg (federação de seguros) só 27% da frota do país têm a proteção. A Onsurance, que é de Brasília, foi fundada em 2017 e emprega 10 pessoas. A startup não revela quantos clientes tem ou o faturamento, mas diz já ter cuidado de mais de 4 milhões de minutos dirigidos. A ThinkSeg, que começou em 2016, está mudando seus processos para oferecer um serviço parecido, no qual quem dirige mais paga mais. A empresa deixou de trabalhar com seguros tradicionais e atualmente testa o serviço “pague pelo que usar” com cerca de mil clientes. O contratante pagará uma mensalidade mais uma taxa por rodagem, explica o diretor-executivo, André Gregori. A cada viagem será atribuída uma nota de acordo com a prudência ao volante, medida por um aplicativo com inteligência artificial. Isso se refletirá no preço dessa taxa. “Não há transparência sobre o que se paga nesse mercado. Você sabe que se usar mais água e luz vai pagar mais. Por que com

Diferentemente de seguros convencionais, não são levadas em conta algumas variáveis

seguro não pode ser assim?”, questiona Gregori. A estimativa é que, na média, o serviço custe R$ 90 para um carro popular. A companhia, que tem 108 funcionários e não revela faturamento, ainda não tem previsão de quanto o novo serviço deve lhe render. Mas a mudança no setor não é só no ramo automotivo. A Pier, por exemplo, foca a proteção de celulares. Segundo seu fundador, Lucas Prado, 30, a ideia é que a plataforma funcione como uma comunidade, onde só entra quem é convidado. Uma vez aprovado, o segurado paga mensalidades a partir de R$ 6,10 pelo serviço. “Há uma relação desgastada entre segurados e seguradoras no Brasil, com burocracia de um lado e fraudes do outro. Como não temos intermediários,

consigo ter uma relação transparente para explicar exatamente o que cobrimos e como funciona”, diz Prado. Para aprovar ou não um membro, a empresa avalia, além do score de crédito, o perfil digital do pleiteante, com informações fornecidas no pedido de entrada. O diferencial da Pier é a cobertura do furto simples, algo raro no mercado. Nesse delito, o ladrão não ultrapassa barreiras, como rasgar uma mochila, por exemplo, para subtrair um bem. Quando o faz, o furto é qualificado. Segundo uma análise da empresa, baseada em dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, 90% dos furtos de celular no estado são simples. E mais da metade das 400 indenizações já pagas pela Pier foram por esse delito.

Pioneira como insurtech voltada a celulares, a Kakau Seguros também oferece seguro residencial. Nessa modalidade, é possível “ligar e desligar” o serviço, que custa a partir de R$ 19 por mês. “Se alguém sai de férias e deixa a casa vazia ou a aluga no AirBnb, pode ligar o seguro só durante esse período e desligar quando voltar”, diz Diogo Russo 37, sócio-fundador. Para Eduardo Glitz, sócio da StartSe, empresa de educação executiva voltada para a nova economia, insurtechs são tendência. «A tecnologia elimina intermediários [no caso, corretores] e barateia serviços. Acho que pode haver um boom dessas empresas, assim como há das fintechs. O setor bancário e o de seguros são concentrados.” (Folhapress)

E-COMMERCE

Centauro faz parceria com Americanas.com para venda de produtos São Paulo - O grupo SBF, dono da rede de varejo Centauro, anunciou acordo para venda de seus produtos por meio da plataforma on-line da Americanas.com, bandeira controlada pela B2W. A parceria ocorre após a Centauro não conseguir adquirir a Netshoes, vendida mais cedo neste ano para o Magazine Luiza, rival da B2W. Para o analista Vinicius Figueiredo, do Itaú BBA, a parceria deve fomentar o crescimento da Centauro por conta do “enorme tráfego de clientes na Americanas. com”. O analista citou dados que o site da Americanas. com foi visitado mais de

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

109 milhões de vezes em setembro ante 9 milhões de visitas da Centauro. “O acordo pode gerar margens similares às da própria plataforma on-line da Centauro”, afirmou o analista em nota. Já para a B2W, Figueiredo citou que a parceria é bem-vinda ao ampliar o sortimento de produtos do grupo no segmento esportivo, além de se beneficiar da rede de lojas físicas da Centauro, que permitirá oferta de serviço de compra on-line e retirada em lojas. Ontem, mais cedo, o Credit Suisse elevou o preço-alvo das ações da SBF de R$ 16 para R$ 31,50. (Reuters) Parceria deve alavancar a Centauro por conta do enorme tráfego de clientes na Americanas

APLICATIVO

iFood vai testar robôs para entrega de comida DIVULGAÇÃO

Robô iFood será um complemento do modal de entrega

São Paulo - O aplicativo de entrega de comidas iFood trabalha para incluir robôs automatizados na etapa inicial ou final do processo de delivery, afirmou o gerente de inovação logística da empresa, Fernando Martins, em evento da marca ontem (28), em Osasco (SP). Os robôs são desenvolvidos pela empresa paulista Synkar e devem ficar prontos em janeiro, quando iniciam os testes. Segundo Martins, a operação comercial está prevista para o segundo semestre de 2020, e dependerá de parcerias com shopping centers

e da regulamentação sobre os veículos automatizados nesses locais. De acordo com a empresa, o robô será um complemento do modal de entrega, funcionando na primeira ou última etapa do processo, e funcionará apenas em ambientes controlados, como shoppings ou condomínios. A ideia da empresa é usar o veículo - que será uma máquina com rodas e um compartimento para o pedido - para buscar a comida na praça de alimentação e levar até o local do motorista, diminuindo o tempo de entrega. “O motorista também

pode levar a encomenda até um condomínio sem precisar entrar na área. O robô leva até a casa da pessoa e otimizamos a entrega”, afirmou Martins. Os shoppings precisarão ter centrais dedicadas ao iFood. A operadora de shopping centers Aliansce Sonae anunciou parceria com a empresa na terça. Os primeiros shoppings da marca a criar os espaços serão o D.Pedro Shopping, em Campinas (SP), e o Leblon, no Rio de Janeiro. O iFood entrega mais de 20 milhões pedidos de comida por mês no Brasil. (Folhapress)

A organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) vai completar 10 anos de fundação no dia 15 de novembro. Para comemorar o momento, propõe que voluntários de diferentes localidades do Brasil e do mundo se organizem em ações que divulguem o trabalho e, simultaneamente, incentivem e proporcionem a prática da fraternidade. Sendo uma Organização Não-Governamental (ONG), que assiste mais de 15 mil pessoas em situações de vulnerabilidade (principalmente no Brasil e em alguns países da África subsaariana), a instituição é formada e mantida por 20 mil padrinhos e muitos amigos da causa humanitária. Assim, segundo o presidente-fundador da FSF, Wagner Moura, a comemoração só poderia ser coletiva: “A ideia é que seja um dia para inspirar todos os outros da nossa vida, porque é na vivência da fraternidade que sentimos como é bom fazer o bem, e isso nos motiva a continuar trabalhando por um mundo melhor”. Ele ainda explica que desta forma, voluntários e todos os que estiverem dispostos a fazer algo neste mesmo dia, ficam livres na escolha do tipo, local e horário da ação - que pode ser entre família, amigos, vizinhos, grupo social ou até mesmo sozinho. Os interessados devem apenas se inscrever em uma página eletrônica, criada pela Fraternidade sem Fronteiras (especificamente para esta proposta), com intuito de melhor organização e concentração da divulgação das ações que serão realizadas. “Assim é possível acompanhar o que voluntários no mundo todo estarão fazendo nesse dia”, reforça a responsável pela área de Eventos da FSF, Camila Leonel. Ela ainda compartilha que entre as inscrições já recebidas estão piqueniques, caminhadas, palestras e até ações de sustentabilidade, entre outras iniciativas. A profissional também lembra que a Organização sugere para o momento, o uso da camiseta oficial da FSF, que pode ser encontrada no site da instituição, ou mesmo a especial de 10 anos; e esclarece que, o Dia Mundial Fraternidade sem Fronteiras, assim como a própria FSF, não possui nenhuma restrição étnica, geográfica ou mesmo religiosa. O responsável ou representante da ação deve acessar www.fraternidadesemfronteiras.org.br/ diamundialfsf e inscrever a iniciativa até o dia 14 de novembro deste ano. “Após isso, enviaremos um e-mail de confirmação e se necessário, alguma orientação adicional. O importante é que seja um movimento sincero e de coração, com a vontade de construir um mundo melhor, de mais fraternidade sem fronteiras”, conclui Camila Leonel. (Da Redação)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019

FINANÇAS POLÍTICA ECONÔMICA

Indicado ao BC se compromete a diminuir spread na ponta Fabio Kanczuk participou de sabatina em comissão do Senado

Brasília - A redução do spread, medido pela diferença entre o custo de captação dos bancos e o cobrado aos clientes, será batalha número um do Banco Central (BC), afirmou o indicado à diretoria de Política Econômica da autarquia, Fabio Kanczuk, defendendo a senadores que se comprometerá com a tarefa de diminuição dos juros na ponta caso seja aprovado ao cargo. Em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), 16 senadores chancelaram o nome de Kanczuk para o posto, enquanto quatro votaram contra. Agora, o plenário do Senado ainda precisa analisar sua indicação para que assuma a cadeira na autoridade monetária. Durante sua participação, Kanczuk fez uma defesa enfática da necessidade de queda dos juros aos consumidores e ponderou que os lucros dos bancos no Brasil são extremamente elevados em relação ao capital investido. “É legítimo que a sociedade questione”, disse ele, que atuou como secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo do ex-presidente Michel Temer. Apesar disso, Kanczuk avaliou que a principal causa por trás do alto custo de financiamentos no País é a inadimplência. Em seguida, aparecem os custos administrativos e operacionais, seguidos pelos compulsórios e peso dos tributos e, finalmente, pela margem de lucro das instituições financeiras. “Há lista grande do que fazer para trabalhar nesses pontos”, afirmou ele, destacando que o BC precisa trabalhar na melhoria da recuperação de crédito, que é baixa e demorada no País. Kanczuk também avaliou que é preciso eliminar o subsídio cruzado sobre o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. Ele argumentou que avaliações internas do BC já mostraram que são as pessoas com menor educação financeira que utilizam esses produtos e acabam pagando por seu alto custo, ainda que essas modalidades sejam também ofertadas ao público de renda mais alta - que não as acessam. Em outra frente, Kanczuk disse acreditar que o open banking e aumento de atuação das fintechs irão ser cruciais na “batalha do spread” no Brasil. Em seu discurso inicial, ele avaliou que o principal papel da política monetária conduzida pelo BC é assegurar inflação baixa e estável, sendo que o sistema de metas é uma ferramenta importante para tanto. Para Kanczuk, o sistema tem funcionado “muito bem”, sendo que a banda para a meta de inflação é o que permite que choques momentâneos, como, por exemplo, no preço de alimentos, sejam acomodados. Selic - Sem tecer comentários mais aprofundados sobre sua visão para a Selic, Kanczuk afirmou que “é com estabilidade monetária que convergiremos para taxas de juros a níveis mais adequados, seguindo sempre firmes no objetivo de contribuir para um ambiente de crescimento econômico sustentável”. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne

ENILDO AMARAL / BCB

Hoje, o Copom se reúne para definir sobre os rumos dos juros básicos (Selic) no País

hoje para mais uma decisão sobre os juros básicos, com um membro a menos. O economista Carlos Viana, que comandava a diretoria de Política Econômica, deixou o cargo no final de setembro, a pedido. Se

aprovado, Kanczuk participará da próxima reunião, em dezembro, quando o Copom voltará a ter nove membros, incluindo o presidente Roberto Campos Neto. Atualmente, a taxa Selic

está em 5,50%, seu menor nível histórico, e a expectativa majoritária do mercado é de que seja cortada em 0,5 ponto percentual, no que seria o terceiro corte seguido desta magnitude. (Reuters)

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Caixa irá reduzir juros para crédito imobiliário São Paulo - A Caixa Econômica Federal vai anunciar hoje uma redução das taxas de juros para o crédito imobiliário com recursos da poupança. A medida valerá para os contratos de financiamento de imóveis atualizados pela taxa referencial (TR), segundo o comunicado de entrevista coletiva enviado à imprensa ontem. O detalhamento da decisão será feito pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, horas antes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciar o posicionamento para a taxa básica de juros do País, hoje em 5,5% ao ano. A previsão ampla do mercado é de um corte de 0,5 ponto percentual. Maior concessora de financiamento imobiliário do País, a Caixa já anunciou cortes na taxa cobrada para novos financiamentos ao longo de 2019, na esteira dos cortes da Selic para

mínimas históricas e do aumento da concorrência entre os grandes bancos para oferecer taxas cada vez menores. Financiamento - O financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu R$ 7,59 bilhões em setembro, maior resultado mensal desde maio de 2015, informou ontem a entidade que representa as instituições que financiam a compra de imóveis, Abecip. O dado do mês passado representa um crescimento de 54,5% em relação a igual período de 2018. Na comparação sequencial, o avanço foi de 13,2% sobre agosto. Ainda de acordo com a Abecip, nos primeiros nove meses de 2019, o sistema emprestou R$ 54,7 bilhões para financiar a compra e construção de imóveis, elevação de 34,1% ante à mesma etapa do ano passado. (Reuters)

TESOURO NACIONAL

Dívida pública federal avança 2% em setembro

DIVULGAÇÃO

Brasília - A dívida pública federal do Brasil cresceu 2,00% em setembro sobre agosto, a R$ 4,156 trilhões, divulgou ontem o Tesouro Nacional. Para o ano, a meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) é de um estoque da dívida de R$ 4,1 trilhões a R$ 4,3 trilhões. No mês passado, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 2,04%, a R$ 3,993 trilhões, diante da emissão líquida de R$ 57,11 bilhões e apropriação positiva de juros de R$ 23,15 bilhões. Por sua vez, a dívida externa subiu 1,00% na mesma base de comparação, encerrando o mês em R$ 162,49 bilhões. Em setembro, o dólar subiu 0,32%.

Selic, representados pelas LFTs, seguiram com maior peso na dívida, a 38,36% do total, com estabilidade frente a agosto. Para o ano, a meta é de 38% a 42%. Já os títulos prefixados avançaram a 31,75% da dívida, ante 31,44% no mês anterior, e uma meta de 29% a 33% para 2019. Os papéis indexados à inflação, por sua vez, diminuíram sua representatividade a 25,78% da dívida total, ante 26,06% em agosto, sendo que a referência para este ano é de 24% a 28%. No relatório mensal da dívida, o Tesouro também informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu a 11,42% em Composição - No mês, os setembro, sobre 12,14% em títulos que variam com a agosto. (Reuters) Meta do Plano Anual de Financiamento para 2019 é de estoque da dívida de R$ 4,1 tri a R$ 4,3 tri

CAPITAL DE RISCO

Stratus planeja listar mais duas empresas na Bolsa São Paulo - A gestora brasileira de fundos de capital de risco Stratus pretende listar em 2020 mais duas de suas investidas no Bovespa Mais, segmento de acesso da B3, ampliando a aposta em movimentos de consolidação de mercado no País. “Pretendemos listar a DGH Alimentos e a InvestFarma no ano que vem”, disse à Reuters o fundador e diretor-executivo da Stratus, Álvaro Gonçalves. Criada em 2018 para atuar na consolidação da indústria de alimentos de mercearia seca, a DGH fez seu primeiro investimento no Grupo Alnutri, que tem fábricas em Minas Gerais e Amazonas. A InvestFarma, também criada no ano passado para consolidar redes farmacêuticas, fez o primeiro investimento na Poupafarma, resultado da fusão das redes Nova DM e Iporanga. A

Poupafarma é a 15ª maior rede de drogarias do Brasil, com 83 lojas, com destaque no litoral e região metropolitana de São Paulo. Segundo Gonçalves, as duas empresas são exemplos da infinidade de nichos de mercado no País que são altamente fragmentados e que podem ganhar eficiência com injeção de recursos para reforço de caixa, melhora da tecnologia, profissionalização e ganho de escala. “Mesmo com alguns movimentos pontuais em andamento, inclusive de concorrentes de empresas que investimos, ainda há espaço enorme para consolidação no País”, disse o executivo. Ele citou como exemplo o caso do setor de drogarias, que tem uma rede estimada em 78 mil lojas no País, sendo que os maiores conglomerados detêm em conjunto

cerca de 10 mil delas. “Isso também acontece nos setores de transporte, de varejo, de tecnologia e de vários outros”, disse. Veterano da indústria de private equity, Gonçalves fundou a Stratus há duas décadas. Desde então, o fundo listou no Bovespa Mais várias companhias investidas, incluindo a rede de cinemas Cinesystem, a gestora de frotas corporativas Maestro e a empresa de logística rodoviária BBM. O segmento de acesso da bolsa permite que as empresas se listem e ganhem proximidade com investidores potenciais, mas sem a obrigação de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), movimento que dá ao fundo de private equity uma porta de saída do aporte feito anos antes. Parte do portfólio do se-

gundo fundo da Stratus, essas companhias tendem a seguir o caminho do caos mais conhecido da história da Stratus, a Sinqia, ex-Senior Solution, de TI. Quando recebeu aporte do fundo, em 2005, era avaliada em cerca de R$ 10 milhões. Após cerca de 15 anos de um ciclo de consolidação via aquisições, a companhia é avaliada em R$ 1,1 bilhão. A Stratus concluiu a saída do negócio em 2015. Atualmente, as empresas do segundo fundo têm uma avaliação de mercado conjunta de cerca de US$ 400 milhões, diz Gonçalves. BBM - Uma das próximas candidatas a pegar o caminho do IPO pode ser a BBM, de caminhões, que desenvolveu um modelo de negócios que permite otimizar o uso da frota de caminhões em viagens de ida

e volta, recurso pouco usado por pequenas empresas de transporte rodoviário. “Por causa da recessão do País e de uma política equivocada de estímulo à compra de caminhões, o setor ficou todo desarrumado no País”, ponderou Gonçalves. Ao subcontratar pequenos negócios e conectá-los a um rede de alcance nacional, em um modelo que lembra vagamente o do aplicativo Uber, a BBM multiplicou a receita rapidamente. Em 2017, foram R$ 250 milhões. Para este ano, a previsão é de faturamento de R$ 1 bilhão. Enquanto amadurece as empresas do segundo fundo, a Stratus trabalha na captação de um terceiro, a exemplo dos anteriores, de US$ 200 milhões, e que deve ser concluído no começo de 2020, disse o executivo. (Reuters)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019

LEGISLAÇÃO

13

PROCESSO DE ATIBAIA

Tramitação é mais rápida que 76% dos casos Levantamento foi feito pela Folha de S.Paulo com base em 993 processos em andamento no TRF-4 neste ano

São Paulo - O processo do sítio de Atibaia (SP), cujo principal réu é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve um período inicial de tramitação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mais rápido que o de 76% dos casos da oitava turma da corte, responsável pelos processos da Lava Jato. O recurso que envolve o petista levou 120 dias entre o momento em que foi protocolado e o fim da elaboração do voto do juiz relator. O processo contra Lula, que foi condenado em primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro, é considerado complexo e demanda mais análise do que outros casos julgados pelo TRF-4, como crimes de contrabando. O levantamento foi feito pela Folha de S.Paulo com base em 993 processos que corriam este ano na turma e que foram liberados pelo relator para a revisão - ou seja, nos quais o voto já havia sido concluído. Apesar da rapidez com que tramitou, o caso do sítio de Atibaia pode retroagir em nove meses por causa de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que réus que não são delatores precisam se manifestar por último em ações penais. Os dados de todos os processos que tramitavam nas turmas criminais do TRF-4 em 15 de maio deste ano foram informados pelo próprio tribunal, no dia 30 de setembro, à defesa de Lula. Em uma análise mais ampla, contando os processos da oitava turma que nem sequer tiveram o voto do relator concluído, o processo

MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

Ação contra Lula é avaliada como complexa e demandaria mais análise do que outros casos julgados pelo Tribunal

do sítio foi mais célere que 86% das 1.702 ações. O TRF-4 é o tribunal que analisa os recursos a decisões da Justiça Federal de 1ª instância nos estados da região Sul, inclusive os da Lava Jato em Curitiba. Quando um recurso chega ao tribunal, normalmente ele é distribuído a um juiz relator (no caso dos pro-

cessos da Lava Jato, a João Pedro Gebran Neto), que elabora um relatório e, ao final, encaminha para um juiz revisor (na operação, é Leandro Paulsen), que pauta a data do julgamento.

após chegar ao tribunal. Nem sempre os processos costumam correr de forma tão rápida. Por exemplo, em uma ação que analisava o recurso de um homem acusado de entrar em uma agência dos Correios em Tramitação célere - O caso Jaguapitã (PR) e roubar R$ do sítio de Atibaia foi en- 2.482, o voto demorou 380 viado para a revisão em dias para ser enviado ao 11 de setembro, 120 dias revisor.

Antes do sítio, o outro processo em que Lula foi condenado na Lava Jato, sobre o tríplex em Guarujá (SP), também havia tramitado de forma célere no TRF-4. Foram 154 dias até o julgamento na corte. À época, apenas um réu da Lava Jato havia sido julgado pela oitava turma de forma mais rápida: Nestor Cerveró,

ex-diretor da Petrobras, em 138 dias. Levantamento feito pela Folha de S.Paulo em 2017 apontou que, naquele ano, apenas dois processos públicos por corrupção foram decididos em menos de 150 dias no TRF-4. No caso de lavagem de dinheiro, nenhum mérito foi julgado - foi apenas decidido em um caso que a competência para a decisão era da Justiça Federal do Rio Grande do Sul. À época, o ex-presidente havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo então juiz Sergio Moro. A pena foi aumentada por unanimidade pelo TRF- 4 a 12 anos e um mês em janeiro de 2018 - e depois reduzida neste ano no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em abril do ano passado, Lula foi preso e levado à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena. No caso do sítio de Atibaia, o ex-presidente foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt. O pagamento de obras na propriedade pela Odebrecht foi revelado pela Folha de S.Paulo em reportagem de janeiro de 2016. O ex-presidente nega ter cometido irregularidades. Procurado, o tribunal não se manifestou ao ser questionado pela reportagem sobre os tempos de tramitação dos processos. Na ação do tríplex, a corte havia afirmado que a celeridade é “fato comum” a ela e que o próprio Código de Processo Civil afirma que julgar processos em ordem de distribuição não é regra absoluta. A defesa do ex-presidente Lula não se manifestou. (Folhapress)

COBRANÇA DE DÍVIDAS

OPERAÇÃO LAVA JATO

Protesto extrajudicial é opção para fintechs

PF e MPF realizam busca e apreensão em endereços ligados a Paulo Preto

Minas Gerais é o segundo maior polo de inovação do Brasil, conforme levantamento feito pela ABStartups, figurando atrás, apenas, de São Paulo. O Estado mineiro concentra cerca de 12% das startups do País. Nesse número, estão incluídas as fintechs, que trabalham para otimizar serviços do setor financeiro. Movidas pela inovação, essas organizações atuam, em geral, com muita ousadia. Diante disso, os riscos e as incertezas são sempre altos, e o não recebimento de qualquer valor esperado pode afetar todo o planejamento financeiro de quem se preocupa em honrar seus compromissos. Uma alternativa para solucionar casos como esse é o protesto extrajudicial. Esse instrumento é uma forma segura e legal de intimar um devedor a quitar o débito sem precisar acionar o judiciário, e o percentual de recuperação de crédito em um curto espaço de tempo é elevado. “Além disso, o protesto extrajudicial é uma forma sem custos de reaver crédito, já que a lei nº 23.204 exime o credor de pagar qualquer taxa para tentar reaver um valor por meio da ferramenta”, acrescenta o presidente do Instituto de Protesto-MG , Leandro

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

Protesto extrajudicial pode ser feito pela internet ou ainda pessoalmente, nos cartórios

Santos Patrício. Quando a dívida protestada não é paga, o devedor sofre uma série de limitações. “O devedor fica impedido de realizar financiamentos e empréstimos, encontra ressalvas em sua agência bancária para retirada de talões de cheque e cartões, entre outros”, diz. Além disso, a dívida protestada não prescreve, as restrições desaparecem apenas com a quitação do valor devido. Mais vantagens - O pro-

testo pode ser feito via internet, no endereço www. protestomg.com.br. O site também é útil para o devedor que deseja regularizar sua situação, já que a ferramenta possui as orientações necessárias para a quitação de débitos. Outro serviço gratuito, oferecido pelos cartórios, também disponível via internet, é a consulta de CPF/ CNPJ. “Trata-se de um meio essencial para o comerciante obter informações de crédito e, assim, decidir se a relação

comercial é segura ou não”, enfatiza o presidente do IEPTB - MG. Quem preferir também pode protestar pessoalmente nos cartórios, sendo necessário apenas apresentar um documento que comprove a dívida. Uma ampla gama de documentos pode ser protestada, como cheques, contratos, certidões de dívida ativa, notas promissórias, células de crédito bancário, entre outros. (Da Redação)

São Paulo - A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumpriram ontem mandados de busca e apreensão em 11 endereços de familiares e pessoas ligadas a Paulo Vieira de Souza. A investigação busca indícios de lavagem de dinheiro praticada pelo ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A, também conhecido como Paulo Preto. O desdobramento da Operação Lava Jato chamada de Pasalimani realiza buscas na cidade de São Paulo, Taubaté (interior paulista), Ubatuba (litoral norte), Taboão da Serra (região metropolitana) e Itapetininga (interior). As buscas foram realizadas em uma residência de Vieira e da sua esposa Ruth Arana de Souza e no Hotel Giprita (Ubatuba), de propriedade do casal. Também foram cumpridos mandados em endereços do contador e do gerente do estabelecimento, assim como do motorista da família. Uma filha e um irmão de Vieira estão entre os alvos da operação. Paulo Vieira já foi condenado a mais de 145 anos de prisão pela Justiça Federal

pela atuação no desvio de verbas públicas e a 27 anos de prisão por ter ajudado na formação de um cartel para fraudar obras viárias no estado de São Paulo. Ele responde a outro processo na Justiça Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação da Operação Lava Jato, o cartel, no qual Viera teve papel decisivo a partir de 2007, teria eliminado a concorrência nas licitações do Rodoanel Sul com a participação de 18 construtoras. O MPF pede na ação o ressarcimento de R$ 521 milhões e a devolução de R$ 21 milhões que Vieira e outros agentes públicos teriam recebido como propina. Em junho, a Justiça Federal determinou o bloqueio dos bens de Vieira. Em sua decisão, o juiz ordenou o sequestro de dois imóveis (a mansão no condomínio Iporanga, no Guarujá, e um apartamento no condomínio Marina VI, em Ubatuba) e da lancha Giprita III, de propriedade da empresa P3T Empreendimentos e Participações, que foi criada em 2014 por Paulo Preto. (ABr)





Indicadores Econômicos Inflação

Dólar 29/10/2019 COMERCIAL*

PTAX (BC)

TURISMO*

28/10/2019

25/10/2019

Out.

IGP-M (FGV)

0,89%

TR/Poupança Nov.

Dez.

Jan.

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

-0,49%

-1,16%

0,01%

0,88%

1,26%

0,92%

0,45%

0,80%

0,40%

0,67%

Set. No ano -0,01%

4,09%

12 meses 3,37%

COMPRA

R$ 4,0025

R$ 3,9914

R$ 4,0087

IPC-Fipe

0,48%

0,15%

0,09%

0,58%

0,54%

0,51%

0,29%

-0,02%

0,15%

0,14%

0,33%

0,00%

2,56%

3,31%

VENDA

R$ 4,0032

R$ 3,9919

R$ 4,0094

IGP-DI (FGV)

0,26%

-1,14%

-0,45%

0,07%

1,25%

1,07%

0,90%

0,40%

0,63%

0,01%

0,51%

0,50%

4,39%

3,00%

COMPRA

R$ 3,9940

R$ 3,9786

R$ 4,0127

INPC-IBGE

0,40%

-0,25%

0,14%

0,36%

0,54%

0,77%

0,60%

0,15%

0,01%

0,10%

0,12%

-0,50%

2,63%

2,92%

IPCA-IBGE

0,45%

-0,21%

0,15%

0,32%

0,43%

0,75%

0,57%

0,13%

0,01%

0,19%

0,11%

-0,40%

2,49%

2,89%

ICV-DIEESE

0,58%

0,32%

-0,21%

0,43%

0,35%

0,54%

0,32%

0,20%

-0,21%

0,17%

0,07%

-0,11%

1,76%

2,47%

0,29%

-0,20%

0,30%

1,87%

-0,24%

0,52%

-0,07%

0,27%

0,16%

0,68%

0,22%

0,01%

3,46%

3,87%

Agosto 998,00 0,09 23,54 3,5932 5,95

Set. 998,00 0,15 23,54 3,5932 5,95

VENDA

R$ 3,9946

R$ 3,9793

R$ 4,0133

COMPRA

R$ 3,8400

R$ 3,8300

R$ 3,9900

IPCA-IPEAD

VENDA

R$ 4,1600

R$ 4,1500

R$ 4,2300

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Fonte: BC - *UOL

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

29/10/2019

28/10/2019

25/10/2019

US$ 1.487,90

US$ 1.492,84

US$ 1.504,42

R$ 191,37

R$ 190,72

R$ 193,35

BM&F-SP (g) Fonte: Gold Price

Taxas Selic Tributos Federais (%)

Meta da Taxa a.a. (%)

Novembro

0,49

6,50

Dezembro

0,49

6,50

Janeiro

0,54

6,50

Fevereiro

0,49

6,50

Março

0,47

6,50

Abril

0,52

6,50

Maio

0,54

6,50

Junho

0,47

6,50

Julho

0,57

6,00

Agosto

0,50

6,00

Setembro

0,46

5,50

Reservas Internacionais 28/10 .......................................................................... US$ 370.051 milhões Fonte: BCB-DSTAT

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Até 1.903,98

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

Índices

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Out. Salário 954,00 CUB-MG* (%) 0,11 UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 6,98 *Fonte: Sinduscon-MG

Nov. 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98

Dez. 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98

Jan. 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03

Fev. 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03

Taxas de câmbio MOEDA/PAÍS CÓDIGO BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 60 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 779 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 Fonte: Banco Central / Thomson Reuters

Março 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03

Abril 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26

Maio 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26

Junho 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26

Julho 998,00 0,12 23,54 3,5932 5,95

VENDA 0,584 0,733 0,006956 0,4565 0,5944 0,03219 0,4112 0,1739 0,0791 0,03347 13,1618 0,003375 5,6501 0,03789 1,0876 2,7411 3,9946 3,9946 3,0544 0,01934 4,8715 2,9329 0,5095 0,5965 3,9946 0,01349 4,0207 0,0006212 0,03671 0,2484 5,1542 0,002663 5,151 0,131 0,6973 1,1975 0,0564 0,005493 0,001182 3,9946 0,07622 0,07834 0,2091 0,1066 0,518 0,002616 0,5958 0,5654 1,0974 10,3783 0,01604 0,0000951 1,0651 0,0009917 0,9554 0,06255 0,0002849 0,2604 1,1333 0,003424 1,0411 4,4412

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2019 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 até 5.839,45 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 998,00 (valor. Mínimo) 11 109,78 De 998,00 até 5.839,45 20 199,60 até 1.167,89 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 907,77 R$ 907,78 a R$ 1.364,43

Valor unitário da quota R$ 46,54 R$ 32,80

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2019

FGTS

Índices de rendimento (Coeficientes de JAM Mensal) Competência do Depósito Crédito 3% * 6% Junho/2019 Agosto/2019 0,2466 0,4867 Julho/2019 Setembro/2019 0,2466 0,4867 * Taxa que deverá ser usada para atualizar o saldo do FGTS no sistema de Folha de Pagamento. Fonte: Caixa Econômica Federal

Seguros

TBF

11/10

0,01311781

2,92791132

12/10

0,01311781

2,92791132

13/10

0,01311781

2,92791132

14/10

0,01311781

2,92791132

15/10

0,01311781

2,92791132

16/10

0,01311781

2,92791132

17/10

0,01311781

2,92791132

18/10

0,01311781

2,92791132

19/10

0,01311781

2,92791132

20/10

0,01311781

2,92791132

21/10

0,01311781

2,92791132

22/10

0,01311781

2,92791132

23/10

0,01311781

2,92791132

24/10

0,01311781

2,92791132

25/10

0,01311781

2,92791132

26/10

0,01311781

2,92791132

27/10

0,01311781

2,92791132

28/10

0,01311781

2,92791132

29/10

0,01311781

2,92791132

30/10 0,01311781 Fonte: Fenaseg

2,92791132

14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 16/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11 26/10 a 26/11 27/10 a 27/11 28/10 a 28/11

0,4097 0,4101 0,3913 0,3717 0,3531 0,3518 0,3693 0,3868 0,3861 0,3867 0,3683 0,3494 0,3488 0,3662 0,3835

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Setembro IGP-DI (FGV) Setembro IGP-M (FGV) Setembro

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153

1,0289 1,0300 1,0337

11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 14/10 a 14/11 15/10 a 15/11 16/10 a 16/11 17/10 a 17/11 18/10 a 18/11 19/10 a 19/11 20/10 a 20/11 21/10 a 21/11 22/10 a 22/11 23/10 a 23/11 24/10 a 24/11 25/10 a 25/11 26/10 a 26/11 27/10 a 27/11 28/10 a 28/11

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153 0,3153

Agenda Federal Dia 30

Contribuição ao INSS COMPRA 0,5722 0,7216 0,006798 0,4559 0,5942 0,03211 0,411 0,1738 0,07595 0,03326 13,1425 0,003347 5,6254 0,03774 1,0874 2,7399 3,994 3,994 3,0531 0,01896 4,812 2,9316 0,5094 0,5858 3,994 0,01347 4,0185 0,000618 0,03669 0,2468 5,1519 0,002629 5,1463 0,1309 0,6969 1,1968 0,05639 0,00549 0,00118 3,994 0,07495 0,07829 0,209 0,1064 0,5158 0,002609 0,5953 0,5653 1,0967 10,3713 0,01591 0,0000951 1,0649 0,0009834 0,9544 0,06253 0,0002847 0,2544 1,1325 0,003417 1,0408 4,4393

24/09 a 24/10 25/09 a 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 01/10 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11

IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de agosto/2019 relativo a operações com contratos de derivativos financeiros - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) DITR/2019 - Apresentação da Declaração do ITR (DITR) do exercício de 2019, no período de 12.08 a 30.09.2019. (Instrução Normativa RFB nº 1.902/2019) Internet ITR - Pagamento da quota única ou da 1ª parcela, no caso de parcelamento, do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2019. (Instrução Normativa RFB nº 1.902/2019) Darf Comum (2 vias) Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005) no período de 1º a 15.09.2019. Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de agosto/2019 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração trimestral - Pagamento da 3ª quota do Imposto de Renda devido no 2º trimestre de 2019, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida da taxa Selic de agosto/2019 mais juro de 1% (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ – Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de agosto/2019, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações societárias, fora de bolsa (art. 923 do RIR/2018). Darf Comum (2 vias) IRPJ/Simples - Nacional - Ganho de Capital na alienação de Ativos Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de agosto/2019 (art. 5º, § 6º, da Instrução Normativa SRF nº 608/2006) - Cód. Darf 0507. Darf Comum (2 vias)

IRPF - Carnê-leão - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de agosto/2019 (art. 915 do RIR/2018) - Cód. Darf 0190. Darf Comum (2 vias) IRPF - Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de agosto/2019 provenientes de (art. 915 do RIR/2018): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - Cód. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira - Cód. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) IRPF – Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de agosto/2019 (art. 915 do RIR/2018) - Cód. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) IRPF – Quota - Pagamento da 6ª quota do imposto apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendário de 2018, acrescida da taxa Selic de maio a agosto/2019, mais juro de 1% - Cód. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de agosto/2019, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração trimestral - Pagamento da 3ª quota da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 2º trimestre de 2019 pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida da taxa Selic de agosto/2019 mais juro de 1% (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) Refis/Paes - Pagamento pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa de Recuperação Fiscal (Refis), conforme Lei nº 9.964/2000; e pelas pessoas físicas e jurídicas optantes pelo Parcelamento Especial (Paes) da parcela mensal, acrescida de juros pela TJLP, conforme Lei nº 10.684/2003. Darf Comum (2 vias)


BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2019

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

TÂNIA REGO - ABR

UX Design Hoje, a Casa Fiat de Cultura promove a palestra “UX Design: a experiência do usuário no centro da criação”, com o head de UX Design da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Leandro Alvarenga. O UX Design aproxima as marcas de seus públicos, de forma que toda solução desenvolvida consiga, de fato, atender a uma real necessidade do usuário e ir além da expressão estética do designer. A filosofia pode ser aplicada em qualquer área de mercado, desde a criação de produtos simples até o desenvolvimento de serviços complexos. O bate-papo será das 19h30 às 21h e a entrada é gratuita, com retirada de ingressos pela Sympla.

“Coladera” O concerto “Coladera com Orquestra Sesiminas” acontece no dia 30 de outubro, a partir das 20h30, no próprio Teatro Sesiminas, e terá a participação dos músicos Vitor Santana (violão), João Pires (violão) e Daniel Guedes (percussão), que serão acompanhados pela Orquestra Sesiminas, com regência do maestro Felipe Vasconcelos e os arranjos de Neto Belotto, baixista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O concerto terá ainda projeções de Eduardo Zunza, luz de Gabriel Pederneiras e som de André Cabelo. Grupo encabeçado pelo brasileiro Vitor Santana e pelo português João Pires, o Coladera celebra a ponte cultural entre Brasil, Portugal e Cabo Verde num diálogo baseado em violões, percussões e vozes. Ouvem-se ecos da África, do candomblé, do fado e do flamenco, do samba, da rumba e do mambo, um português com sotaques diferentes, a eletrônica nascida do acústico.

ACMinas Jovem Para finalizar as edições de 2019, o Jantar Palestra, realizado pela ACMinas Jovem, entidade que representa a nova geração de empresários de Belo Horizonte, receberá, na segunda-feira, 4 de novembro, às 19h, Marcos Brandão, CEO do BH Airport, administradora do Aeroporto de Confins. O executivo vai compartilhar sua experiência, caracterizada pela diversidade cultural, na administração de aeroportos e alinhamento organizacional. Na ocasião, o executivo também abordará a gestão estratégica de negócios e o desenvolvimento de pessoas. “Nesses jantares, nosso objetivo é partilhar cases e despertar o olhar dos jovens empresários quanto às possibilidades para o crescimento dos seus negócios”, ressalta Bernardo Almeida, presidente da ACMinas Jovem. O evento acontece no espaço “A Central”, localizado na Praça Rui Barbosa, nº 104, Centro. A entrada é gratuita para os associados. Demais interessados podem adquirir o ingresso no Sympla.

Inundações litorâneas devem atingir 300 milhões até 2050 Londres - A mudança climática colocará três vezes mais pessoas em risco de inundações litorâneas até 2050 do que se pensava anteriormente, de acordo com um estudo publicado ontem, e tanto partes da Ásia quanto cidades da América do Norte e da Europa estão vulneráveis à elevação dos mares. A pesquisa da Climate Central, uma organização de notícias e de ciência climática sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos, reforçou a escala dos transtornos projetados à medida que o aquecimento global ameaça cada vez mais algumas das regiões mundiais mais densamente povoadas. O estudo mostrou que, atualmente, 300 milhões de pessoas moram em terras que provavelmente serão inundadas ao menos uma vez por ano em média até meados do século sem defesas adequadas contra o mar, mesmo que os governos consigam fazer cortes drásticos nas emissões.

Feirinha Aproxima Arnaldo Reconhecida por valorizar a cultura mineira e por impulsionar negócios regionais, a Feirinha Aproxima se une à Faculdade e o Colégio Arnaldo para realizar a próxima edição do evento. Será no feriado de 2 de novembro, das 10h às 17h, tendo como cenário o prédio histórico tombado pelo patrimônio que abriga a instituição de ensino: rua. Timbiras, 560, no bairro Funcionários O evento, pet friendly, com entrada gratuita, tem espaço kids, e oferece quitutes mineiros com diferentes preparos, iguarias para celíacos e pessoas com restrições alimentares, além de cervejas e sucos especiais. Na ocasião, será lançado o curso de gastronomia do Arnaldo.

construir defesas litorâneas e forçarem muitos milhões de pessoas a migrarem foi visto durante muito tempo como um dos impactos mais potencialmente desestabilizadores da crise climática. Os riscos foram ressaltados no mês passado, quando o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) publicou um relatório histórico segundo o qual o nível dos mares pode subir um metro até 2100 - dez vezes o ritmo visto no século 20 - se as emissões de carbono continuarem aumentando. Mesmo que os governos consigam conter em parte as emissões, o novo estudo publicado na Nature Communications afirma ser provável que cerca de 237 milhões de pessoas na China, Bangladesh, Índia, Vietnã, Indonésia e Tailândia enfrentem inundações anuais até meados do século a menos que estabeleçam defesas litorâneas adequadas. (Reuters)

CULTURA DIVULGAÇÃO

que contextualizam o surgimento da tradução automática e sua evolução. Quando: 21 de outubro a 15 de novembro Quanto: Entrada gratuita Onde: Galeria Georges Vincent (Rua Tomé de Souza, 1.418, Savassi) Música

Mineiro da ANSP Na noite da última quinta-feira, 24, o advogado Landulfo Ferreira Júnior, sócio do escritório Abdalla e Landulfo Advogados, tomou posse como membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), uma associação sem fins lucrativos voltada para o aperfeiçoamento institucional do setor de seguros, previdência complementar e atividades afins, por meio do fomento à cultura destes institutos. De abrangência nacional, a ANSP possui um corpo acadêmico composto por personalidades da área com atuação em quase todos os estados.

Estimativas anteriores haviam apontado uma cifra de 80 milhões. China, Bangladesh, Índia e Vietnã representam o grosso da população em risco. Os autores disseram ter usado inteligência artificial para corrigir erros sistemáticos em um conjunto de dados anterior que deu a entender que muitas zonas costeiras habitadas estavam em locais mais elevados - e portanto mais seguras - do que de fato estão. “Agora entendemos que a ameaça da elevação do nível dos mares e das inundações litorâneas é muito maior do que pensávamos antes”, disse Benjamin Strauss, executivo-chefe da Climate Central e coautor do estudo de três anos. “Também é verdade que os benefícios de se cortar a poluição climática são muito maiores do que pensávamos antes - isto muda toda a equação custo-benefício”, disse Strauss à Reuters. O perigo de os mares em elevação superarem a capacidade dos países para

Artes plásticas Obra Aberta: Nós Somos os Propositores - Nós somos os propositores: não lhe propomos nem o passado, nem o futuro, mas o agora”. Essas palavras, da artista mineira Lygia Clark, que invocam a participação do público na construção da obra de arte, guiaram a montagem da exposição. São cerca de 40 objetos, dentre reproduções de documentos, fotografias e maquetes, reunidos a partir de pesquisa do setor Educativo sobre o acervo fotográfico, documental e expositivo do Museu Mineiro e Arquivo Público Mineiro. Quando: até 1º de dezembro Quanto: Entrada gratuita Onde: Museu Mineiro – Sala Atrium (Av. João Pinheiro, 342) Tradução Automática – A Revolução da Inteligência Artificial - A mostra, que chega à Aliança Francesa de Belo Horizonte, foi concebida pela Cité des Sciences et de l’Industrie (Cidade das Ciências e da Indústria), um espaço Universcience, e conta com 16 obras, entre fotos, textos, áudio e vídeo

Concerto Big Band Cefart O ano de 2019 tem sido intenso para a Big Band Cefart, grupo musical criado para desenvolver as habilidades dos alunos dos cursos de instrumento do Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado. Após estudos, ensaios e apresentações, chegou o momento de a Big Band Cefart encerrar o ciclo anual em grande estilo, com a apresentação do concerto de final de ano. Regido pelos professores Camilo Christófaro (contrabaixo) e Harrison Santos (saxofone) sob coordenação geral do professor Pacífico Júnior, o grupo, que conta com 23 músicos, concilia atividades de caráter artístico e pedagógico, buscando inspiração no formato das big bands, as famosas orquestras de jazz. Quando: Dia 31 de outubro, às 19h Quanto: Entrada gratuita Onde: Teatro João Ceschiatti (Palácio das Artes) – Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro Teatro Tá amarrado em nome do riso – Comédia voltada para os palcos da Capital em comemoração ao Halloween. Classificado como um besteirol inteligente, o espetáculo promete arrancar boas risadas satirizando os recentes filmes de

terror. Os 100 primeiros que chegarem fantasiados – leia-se: com roupa ou acessórios (não vale: ter cobertura no rosto, máscara ou pinturas, e não podem simular armas de fogo ou armas brancas) – ganham um ingresso. Quando: 31 de outubro, às 20h30 Quanto: Entre R$ 22 e R$ 44 Onde: Teatro Estação Cultural – Shopping Estação (Av. Cristiano Machado, 11833, Venda Nova) Cinema Animação - Em comemoração ao Dia Internacional do Cinema de Animação, a Aliança Francesa de Belo Horizonte apresenta a Festa do Cinema de Animação 2019 (La Fête du Cinema d’Animation). Entre as atrações, o público poderá assistir “O Ator” (1975), “A Máscara do Diabo” (1976), “A jovem e o violoncelista” (1964), “Uma bomba por acaso” (1969), “Potr’ e a filha das águas” (1974) e Arca de Noé (1967). Dentre as animações exibidas há aquelas que não possuem diálogos e vão atrair a atenção da garotada. É o caso de “O Tigre sem listras” (2019), “A Pequena Raposa” (2016), “A Gaiola” (2016), “A Bicicleta do elefante” (2014) e “A Grande migração” (1995). Quando: até 31 de outubro Quanto: entrada gratuita Onde: Sesc Palladium (avenida Augusto de Lima, 420 , Centro) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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