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diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.990 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2019

Usiminas adia investimento na reforma do alto-forno 3 Aporte de R$ 1,234 bilhão em Ipatinga foi postergado por 12 meses A Usiminas adiou por 12 meses o investimento de R$ 1,234 bilhão destinado à reforma do alto-forno 3, o de maior capacidade produtiva da planta de Ipatinga, no Vale do Aço. A companhia comunicou ao mercado que o alto-forno será mantido em operação normal até meados de 2022. Os aportes incluem aquisição e montagem de equipamentos, serviços e demais providências necessárias para a obra. A siderúrgica já havia iniciado algumas etapas do processo de manutenção, que inclui compra dos equipamentos que serão trocados e placas para substituir o gusa e o aço na produção, enquanto o alto-forno 3 estiver desativado, conforme informações do presidente da Usiminas, Sergio Leite. Segundo ele, serão necessários de 100 a 110 dias de paralisação das atividades para realizar os trabalhos necessários. Pág. 4

ALEXANDRE MOTA / REUTERS

Contrariando expectativas, Minas Gerais não deve entrar no regime de recuperação fiscal (RRF) neste ano, admitiu o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida. O ingresso do Estado pode ser viabilizado em 2020, com a suspensão por três anos do pagamento das dívidas com a União em troca de medidas de ajuste fiscal. Pág. 7

Guia auxilia estrangeiros a investirem no Estado

O alto-forno 3, o de maior capacidade em Ipatinga, será mantido em operação normal até meados de 2022

Limite no cheque especial é paliativo

A 8ª edição do Minas Gerais Business Guide, lançada ontem na ACMinas, reúne informações importantes para estrangeiros que pretendem investir ou fazer negócios no Estado. Em sete idiomas, o guia é um instrumento de apoio para empresários de outros países, que procuram oportunidades em Minas, na tomada de decisão. Pág. 9

Queijo D’Alagoa planeja expandir mercado em 2020

DIVULGAÇÃO

A decisão do Banco Central de impor um limite de 8% ao mês para os juros do cheque especial, a partir de janeiro de 2020, divide opiniões de especialistas quanto aos impactos da medida na economia, como estímulo ao consumo. Apesar do menor endividamento dos correntistas, a redução da taxa anual de 305,9% para cerca de 150% ainda mantém os juros bancários em um patamar bastante elevado e é considerada insuficiente para aquecer a economia. Para o economista Mauro Rochlin, a medida vai se limitar a ajudar pontualmente pessoas que estão em uma “situação limite” em termos financeiros. Pág. 6

Minas fica fora do regime de recuperação fiscal neste ano

Pioneiro na venda pela internet, o Queijo D’Alagoa-MG planeja expandir as vendas em 2020 após dez anos no mercado. A expectativa é ampliar em 10% o volume comercializado, que hoje gira em torno de 2,5 toneladas mensais. Uma nova queijaria com estrutura de maturação subterrânea será construída em uma fazenda adquirida pela empresa neste ano, com 11 hectares e a 1.600 metros de altitude, em Alagoa, no Sul de Minas, para aumentar a produção em 10%. Além da qualidade atestada pelas premiações, a produção de queijos no município está em processo de certificação, o que é fundamental para agregar ao produto. Pág. 8 DIVULGAÇÃO

O impacto na redução dos juros do cheque especial deve ser pontual Págs. 2 e 3

ARTIGOS Ética, cidadãos e empresas

(Milton Rego)

A morte de um bravo (Aristoteles Atheniense)

Não perca sua marca, registre! (Alan Marcos)

Os desafios da Indústria 4.0 no Brasil (Hélio Sugimura)

Um mercado de luxo em expansão (Adriana Bordalo)

O que podemos esperar de 2020 (J.A.Puppio) Dólar - dia 28

Euro - dia 28

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 4,2153 Venda: R$ 4,2160

4,6738

EDITORIAL A Black Friday, importada dos Estados Unidos e, conceitualmente, uma espécie de grande liquidação de estoques antecedendo a reposição para as vendas natalinas, promete movimentar o comércio brasileiro nesta sexta-feira, com expectativa de vendas bem melhores que as registradas no ano passado. Para os lojistas, uma esperança, depois de longo período de vacas magras, para os estudiosos mais um sinal de que a economia está reagindo, no caso específico alimentada pela redução nas taxas de juros e algum crescimento no poder aquisitivo por conta dos ganhos nas contratações – o que aumenta a confiança dos consumidores - e pela liberação de saques no FGTS, aumentando o dinheiro em circulação. “Bons sinais no comércio”, pág. 2

Poupança (dia 29): ............ 0,2871%

Turismo

Ouro - dia 28

IPCA-IBGE(Outubro):........ 0,10%

Compra: R$ 4,2000 Venda: R$ 4,4500

Nova York (onça-troy): US$ 1.456,10

IPCA-Ipead (Outubro): ..... 0,14%

R$ 198,75

IGP-M(Novembro):................. 0,30%

Ptax (BC) Compra: R$ 4,2474 Venda: R$ 4,2480

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 29): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,6758

O Queijo D’Alagoa comercializa hoje 2,5 toneladas mensais

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OPINIÃO Ética, cidadãos e empresas MILTON REGO * “Sou jornalista, mas gosto mesmo é de marcenaria. Gosto de fazer móveis, cadeiras, e minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista – não tenho duas. Não existe uma ética específica do jornalista: sua ética é a mesma do cidadão. Suponho que não se vai esperar que, pelo fato de ser jornalista, o sujeito possa bater a carteira e não ir para a cadeia.” O trecho acima faz parte de uma reunião de depoimentos e textos do jornalista Cláudio Abramo (1923 – 1987), que compõem o livro A Regra do Jogo: o Jornalismo e a Ética do Marceneiro (Cia das Letras, SP, 1988). Abramo foi um dos grandes nomes da imprensa brasileira. Sua definição é sucinta e instigante. A ética do profissional, seja ele qual for, é a mesma do cidadão. Essa relação continua valendo quando se trata de empresas. Mas apenas a retidão de cada funcionário, de cada dirigente, é garantia de que empresas não cometam desvios? Minha resposta é não. Se as esferas da vida pessoal formam uma intrincada teia de relações e interesses, o que dizer do mundo corporativo? Acho, sim, que empresas precisam de baliza, da luz amarela indicando perigo e da vermelha sinalizando que aquele avanço é ilegal. Empresas necessitam deixar claro aos seus colaboradores e à sociedade quais são as regras do jogo, o que pode e o que é falta. Mais de uma década depois da morte de Abramo, o Brasil começou a conhecer com detalhes como vícios na conduta de entes públicos e privados atingem a sociedade. Primeiro foi o Mensalão e depois a Operação Lava Jato, que colocou a questão ética e os sistemas de controle de desvio na agenda nacional, ao revelar as relações espúrias entre políticos e empresas, privadas ou estatais. A Lava Jato teve um caráter didático ao mostrar

os quanto malfeitos, facilidades seletivas e vantagens indevidas destinadas às empresas que faziam parte do butim, foram danosas à saúde do mercado e à economia nacional. Quem não se lembra da “famosa” Seção de Operações Estruturadas, da construtora Odebrecht, que tinha tal nome porque as propinas eram pagas de forma “estruturada” (dividida) em inúmeros depósitos, a fim de evitar ou dificultar uma eventual investigação (aliás, sobre esse assunto recomendo o filme A Lavanderia / The Laundromat, da Netflix). O que quero dizer, na qualidade de presidente de uma associação empresarial, é que o comportamento aético de uma única empresa tem o poder de enfraquecer o tecido econômico em que as demais operam, funcionando como um câncer que contamina tudo à volta. Uma empresa que não paga os impostos, por exemplo, ganha uma vantagem competitiva indevida: é capaz de ofertar produtos similares às suas concorrentes por um preço menor. Quem paga os impostos corretamente perde market share e para de ofertar. No limite, se estamos falando de ampla gama de produtos, a empresa que joga limpo simplesmente é deslocada do mercado. O mesmo fenômeno acontece quando uma empresa burla as normas de qualidade de um produto. Quem coloca no mercado artigos de desempenho inferior promove concorrência desleal e prejudica o consumidor. Esse consumidor leva para casa um produto de baixa durabilidade, que não oferece o desempenho esperado, e que pode colocar em risco a segurança de quem o utiliza – você viajaria num elevador fabricado fora das especificações que regem o segmento? Além disso, a empresa pirata pode provocar uma corrida por “desespecificação”: para concorrer diminuo a qualidade de meu produto e

amplio a oferta de produtos ruins. Comportamentos antiéticos de empresas funcionam como uma espiral descendente, um redemoinho que suga os que estão em volta. Afinal, desvios de conduta raramente são uma prática isolada. Geram, na maior parte dos casos, uma cadeia de delitos. Um produto fabricado fora da norma, por exemplo, tem de ser aprovado por alguém, cujo silêncio precisa ser comprado. O não pagamento de impostos pode ser descoberto por um fiscal, cuja vista grossa terá um preço, e, assim, sucessivamente. A solução? A resposta não é simples. A conduta de seus membros é uma das principais e mais delicadas questões que se colocam para qualquer associação de classe. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) acredita em uma conduta ética e realiza um esforço contínuo junto às associadas pela observância do Código de Conduta que rege o segmento. Além disso, estimulamos os nossos associados a adotar a vinculação do Código para os seus stakeholders – clientes e fornecedores. Trata-se de uma solução simples e eficaz. Além de reforçar os seus controles internos, nossos associados podem expandi-los aos seus relacionamentos com fornecedores e clientes, reforçando práticas éticas e de responsabilidade social. Buscamos um ambiente isonômico (a level playing field), em que as melhores práticas e as empresas mais produtivas prosperem e que a sociedade compartilhe de um ambiente mais justo e dentro do império da lei. Uma ética seguida por todos, sejam empresas, cidadãos, jornalistas ou marceneiros. * Presidente executivo da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), engenheiro mecânico, economista, bacharel em filosofia e especialista em Gestão pela Fundação Dom Cabral

A morte de um bravo ARISTOTELES ATHENIENSE * A advocacia brasileira está de luto. Morreu na última segunda-feira (25), aos 83 anos, o ex-presidente da OAB, Eduardo Seabra Fagundes. Seabra Fagundes passou à história da instituição como um crítico à ditadura militar no período em que exerceu o seu comando (19791981). Tornou-se um combativo opositor do regime de exceção, ganhando notoriedade por ocasião da trágica detonação que vitimou sua secretária Lyda Monteiro da Silva, em 27 de agosto de 1980. Naquela tarde, o sargento paraquedista, Magno Catarino da Mota, conhecido pelo codinome “Guarany”, foi portador de um embrulho entregue na sede da OAB, na avenida Marechal Câmara, que tinha como destinatário o presidente da Casa. Seabra Fagundes estava ausente, participando de uma reunião destinada a apurar o atentado e sequestro do jurista Dalmo Dalari, ocorrido pouco antes da primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em julho daquele ano. A explosão destruiu a sala do presidente e mobiliários, com a morte imediata da antiga servidora. Ao tomar conhecimento do fato, na condição de presidente da seccional mineira, dirigi-me imediatamente à sede da OAB Federal em companhia do advogado, jornalista e professor universitário Milton Fernandes, representante de Minas Gerais naquele órgão. Em face da tragédia, a opinião pública nacional passou a acompanhar ansiosamente a evolução dos acontecimentos. O presidente Figueiredo chamou a si a responsabilidade de localizar e punir os malfeitores, proclamando que “nem mil bombas me impedirão de fazer desse país uma democracia”. Decorridos alguns dias, novo atentado aconteceu. Desta vez, em Belo Horizonte, com a queima e destruição de um veículo da Caixa de Assistência dos Advogados, em plena luz do dia, à porta de nossa sede na rua Albita. Desde então, recebi ameaças de morte que se renovavam na medida em que exigia do governo estadual a imediata apuração do fato. Com o passar dos anos, veio à tona a notícia de que a ação criminosa

havida no Rio de Janeiro fora coordenada pelo coronel do Exército Freddie Perdigão Pereira. A confecção do artefato mortífero ficara a cargo do sargento Guilherme Pereira do Rosário, Este pereceu no fracassado atentado ocorrido em 1981, num show comemorativo do Dia do Trabalho no Rio Centro, quando da explosão da bomba que trazia no colo, prestes a ser lançada sobre a multidão. Dos três personagens responsáveis pela trama sinistra somente sobrevive o sargento “Guarany”, que reluta em reconhecer a sua participação na entrega do explosivo, apesar das provas que o comprometem. Seabra Fagundes sempre foi um denunciante audaz da tortura e do desaparecimento dos antagonistas do regime militar. Em tempo difícil para a advocacia, defendeu corajosamente as pautas sociais, empenhando-se na luta pela anistia e o retorno ao Estado de Direito. Tornou-se a pedra angular no processo de redemocratização, havendo criado a Comissão de Direitos Humanos no Conselho Federal da OAB, pontificando no combate ao arbítrio e desafiando o sistema opressor. Visitou todos os estados da Federação, estimulado por Sobral Pinto, enfrentando os riscos de seus pronunciamentos, sem se atemorizar com novos atentados de que pudesse ser vítima. Na Conferência Nacional da OAB, no mesmo ano, que teve como emblema a “Liberdade”, Seabra Fagundes cobrou do então ministro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, a apuração do infausto acontecimento. Não houve qualquer resposta das autoridades. Somente através da Comissão da Verdade foram identificados os facínoras, embora até hoje não se saiba de quem partiu a ordem que trucidou a funcionária da OAB. O denodo de Eduardo Seabra Fagundes merece ser exaltado, mormente nos dias atuais, ante as manifestações favoráveis ao retorno do AI-5 pelos que não comungam dos ideais democráticos, optando pelo autoritarismo desagregador. *Advogado, Conselheiro Nato da OAB e Diretor do IAB

Não perca sua marca, registre! ALAN MARCOS * A marca nada mais é do que a tradução da identidade de uma empresa e representa a forma como é vista e reconhecida no mercado. Porém, a única forma de protegê-la legalmente contra possíveis cópias, ações de pirataria ou uso indevido é fazendo o seu registro junto ao INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial, órgão responsável por processar, julgar e conceder os registros de marcas no Brasil. Realizar esse procedimento é de extrema importância para garantir que você não perca sua marca para um concorrente ou terceiro, embora muitos empreendedores desconhecem este risco. Segundo dados do Serasa Experian, só em 2018 o Brasil registrou a abertura de 2,5 milhões de novas empresas. Em contrapartida, no mesmo período o INPI contabilizou apenas 204.419 pedidos de registro, o que nos mostra que apenas 8,18% de empresas entendem a importância de registrar suas marcas. Apesar do alto número de empresas que não possuem registro da marca, os dados do INPI mostram que houve uma maior

conscientização do empreendedor brasileiro neste quesito - mesmo que isso aconteça ainda de forma tímida -, uma vez que houve um crescimento de 9,8% no volume de pedidos de registros de marcas quando comparado à 2017. Sabemos que é comum que micro e pequenas empresas deixem de fazê-lo por falta de conhecimento ou por conta da complexidade em realizar todo o processo, mas cabe a nós ajudarmos na educação desse empreendedor, evitando que use ou invista em um nome registrado por outra pessoa. O registro de marca pode levar até um ano para ser concluído e mesmo assim não é garantia de que no final desse processo o registro da marca seja concedido. Ou então, uma outra pessoa que possua o registro tenha direito sobre ela. Porém, hoje é possível contar com o apoio de startups que oferecem esse serviço, de forma rápida, transparente e on-line. A tecnologia possibilita atender clientes com a mesma qualidade de um atendimento presencial, bem como realizar todos os processos com mais agilidade e de forma

desburocratizada. Isso, aliado a um sistema de atendimento totalmente on-line, que evita os altos custos com locomoção, elimina a necessidade de papelada e ainda contribui para um contato mais ágil e escalável. E a principal vantagem para o empreendedor: acompanhar todo o processo de qualquer lugar e em tempo real em uma plataforma digital. Sem dúvida, essas novas soluções tecnológicas vieram para facilitar e sanar os problemas e as dificuldades de empresários, principalmente, os que têm micro e pequenas empresas, que enfrentam muita burocracia na hora de registrar a marca. Vale a pena pesquisar quais as opções de startups existentes no mercado e quem pode ajudar com esse trâmite. O importante é não deixar de fazer o registro da marca, afinal, imagina construir uma casa em um terreno que não é seu? Com a marca funciona mais ou menos assim. Se você não registra, não é dono. Não deixe de fazer o registro! *Especialista em registro de Marcas e CEO da Consolide

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

Presidente do Conselho Luiz Carlos Motta Costa conselho@diariodocomercio.com.br Presidente e Diretora Editorial Adriana Muls adrianamuls@diariodocomercio.com.br Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls diretoria@diariodocomercio.com.br Conselho Editorial Adriana Machado - Claudio de Moura Castro Helena Neiva - Lindolfo Paoliello - Luiz Michalick Mônica Cordeiro - Teodomiro Diniz

Bons sinais no comércio Já incorporado ao calendário do comércio varejista brasileiro, a Black Friday, importada dos Estados Unidos e, conceitualmente, uma espécie de grande liquidação de estoques antecedendo a reposição para as vendas natalinas, promete movimentar o comércio brasileiro nesta sexta-feira, com expectativa de vendas bem melhores que as registradas no ano passado. Para os lojistas, uma esperança, depois de longo período de vacas magras, para os estudiosos mais um sinal de que a economia está reagindo, no caso específico alimentada pela redução nas taxas de juros e algum crescimento no poder aquisitivo por conta dos ganhos nas contratações – o que aumenta a confiança dos consumidores - e pela liberação de saques no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumentando o dinheiro em circulação. Cabe torcer para que as boas previsões sejam confirmadas até o final do dia, atendendo consumidores e fornecedores, fazendo crescer a expectativa positiva também com relação ao Natal, que promete ser Cabe torcer para mais farto. E tudo isso com um peso que as boas relevantíssimo previsões sejam para o conjunto da economia, confirmadas bastando lembrar até o final do que o consumo dia, atendendo da família é responsável pela consumidores formação de e fornecedores, quase dois terços fazendo crescer do Produto Interno, tendo a expectativa sido, na voz positiva também comum de quem acompanha estes com relação movimentos, o ao Natal, que principal fator promete ser mais responsável pela aceleração farto da economia na segunda metade do ano, depois de um primeiro semestre de completa apatia nos negócios. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), mantida a tendência, o crescimento do consumo doméstico este ano chegará aos 2% e deverá crescer ainda mais em 2020, voltando aos níveis de 2014, antes que a recessão se instalasse no País. Outro fator que reforça este quadro mais positivo, que por óbvio se reflete também na indústria, são os índices de ocupação do setor, que na média já passaram dos 70%. Mas ganhar velocidade, fazendo as rodas da economia girar como necessário, não depende apenas de quem está na frente ou atrás do balcão. É que ainda permanece um nível de incertezas, econômicas, regulatórias e políticas inibindo a recuperação mais rápida dos investimentos. “As decisões de investimento dependem de previsibilidade, e não sabemos como será a reforma tributária, qual será o preço do gás, como vai ser a tributação do trabalho, sem contar as incertezas da política”, resume a economista Silvia Matos, da FGV. Para concluir, restaria dizer que o diagnóstico está feito e o paciente felizmente vai reagindo. Com certeza, ousar mais produziria melhores resultados e mais rapidamente.


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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2019

OPINIÃO

Os desafios da Indústria 4.0 no Brasil HÉLIO SUGIMURA * JOE WILSSENS

Reduzir custos, melhorar a produtividade, oferecer maior variedade de produtos com preços menores e qualidade superior: está aí o sonho de muitas empresas ao redor do mundo. No caminho para atingi-los de maneira rápida e eficiente, muitas têm usado cada vez mais tecnologia para interligar toda a cadeia de produção e assim atingir seus objetivos, em um conceito que se tornou mais conhecido nos últimos tempos como “Indústria 4.0”. Na prática, além de realizar investimentos em produtos e serviços modernos, capazes de atender à demanda que a companhia precisa, é necessário ter profissionais cada vez mais qualificados, aptos a entender o processo produtivo de maneira mais ampla, pensando em logística, clientes e fornecedores de maneira conjunta. Trata-se de um verdadeiro desafio, já que muitos países ainda possuem grande parte da mão de obra formada por profissionais focados no entendimento exclusivo do controle de máquinas. Por outro lado, nos Estados Unidos e em muitos locais da Ásia, como Japão, China, Taiwan e Coreia do Sul, o processo de formação de profissionais já é mais maduro, com investimento contínuo na modernização das estruturas industriais para manter a competitividade em longo prazo, especialmente na indústria eletrônica e automotiva. No Brasil, essa é uma realidade ainda distante, mas há setores que têm empreendido esforços para trabalhar nessa expansão, em especial os de autopeças, agronegócio e alimentos e bebidas. Há ainda um movimento positivo da indústria e de instituições de ensino superior e técnico no sentido de entender e implantar iniciativas voltadas para a Indústria 4.0. Ao adotar esse conceito na prática, as con-

sequências positivas poderão ser percebidas de maneira rápida e eficaz. No setor de autopeças especificamente, a minimização de erros ao substituir processos humanos por dados integrados do chão de fábrica à esfera corporativa traz mais transparência, além de aumentar a qualidade e produtividade ao permitir rastrear toda a operação – reduzindo a níveis extremamente baixos o envio de peças incorretas para os clientes, por exemplo. Isso é possível ao integrar o uso de Tecnologia da Informação com a Tecnologia da Operação, ou seja, deixando de usar planilhas para execução de ordens de produção para automatizar esse processo com softwares. Para alcançar com sucesso o caminho para a Indústria 4.0, sua implantação deve ser feita passo a passo, de maneira modular e escalável, oferecendo retorno de investimento atrativo, servindo assim como incentivo para futuras instalações. Diante de tantas vantagens a serem conquistadas, a realidade da base industrial no Brasil mostra que há um longo caminho a ser trilhado para atingirmos um nível de maturidade expressivo. Além do treinamento de profissionais, é necessário que as lideranças da indústria sejam capazes de visualizar a importância desse tipo de investimento, passando a mensurar retornos financeiros tangíveis no curto prazo. Com esse tipo de estratégia, será possível vencer e acelerar o desenvolvimento desse canal no País, ampliando a atuação das empresas e garantindo ainda mais oportunidade de competição no ambiente atual. *Gerente de marketing da Mitsubishi Electric do Brasil

O que podemos esperar de 2020 J.A.PUPPIO*

Não pretendemos aqui reeditar os velhos jargões como “não há crise que resista ao trabalho” ou “em toda a crise há uma oportunidade” e outros no gênero. O que pretendemos verdadeiramente é propor um movimento dotado de ações anticrise, onde todos possamos trilhar o mesmo caminho – o da retomada do crescimento. É claro que não depende apenas das nossas ações, mas creio que um movimento voltado para a positividade e o crescimento, sem tanto pessimismo, possa ajudar. Por exemplo, todos sabemos do potencial do Brasil, todos temos certeza que vivemos em um país sem terremoto, tsunamis ou qualquer outra grande catástrofe ambiental. Só em termos de território temos mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão (8.515.759,090 km2), o que nos torna o quinto maior país do mundo, nos dando uma extensão territorial privilegiada. Como consequência, já fomos chamados de celeiro do mundo, levando em conta a nossa capacidade de produção de alimentos. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de alimentos em volume e a nossa indústria manda seus produtos para mais de 180 países. Em 2018, a Ásia foi de longe o principal mercado, com 35,9% das exportações totais (a China disparada em primeiro lugar com US$ 3,3 bilhões em 2018). A União Europeia veio em segundo lugar com 19,2% e o Oriente Médio em terceiro, com 14%. As nossas tempestades são de outra natureza e, como tudo na vida, vão passar. Uma certeza temos, 2020 vai ser o que fizermos dele. Com as reformas em curso, podemos ter esperança de um ano mais promissor. Sabemos ainda que não adianta se desesperar e tomar atitudes impensadas para tentar resolver os problemas de agora sem pensar no futuro. Precisamos nos concentrar nos aspectos positivos do nosso País, que são muitos. É preciso que os investimentos voltem para o País deslanchar. Precisamos de indústrias fortes, que gerem empregos e tragam divisas para o País. Precisamos de indústrias que impeçam importações, gerando economia de divisas para o País e dando emprego aos brasileiros e não nos países de origem das importações. Sem indústria forte, os empregos não voltarão e continuaremos com uma grande legião de desempregados ou subempregados que sem consumo interno condenarão o País à eterna pobreza. Quando começamos a nossa produção de máscaras de proteção respiratória, o Brasil importava 50 milhões de dólares desse produto, hoje importa apenas 4 milhões. Esse é um exemplo a ser seguido. * Empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou” Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação

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Clério Fernandes

Gabriela Pedroso

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Um mercado de luxo em expansão ADRIANA BORDALO * De acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os empreendimentos residenciais de médio e alto padrão foram responsáveis por 24% das unidades lançadas e 29,7% dos imóveis vendidos entre junho de 2018 e junho de 2019. Na contramão do crescimento econômico como um todo, o bom desempenho do setor se deve, principalmente, pelo entendimento das construtoras e incorporadoras especializadas neste público, sobre o perfil do seu consumidor, suas reais necessidades e desejos. Embora se imagine que o segmento de alto padrão esteja mais restrito a São Paulo, Belo Horizonte e algumas regiões do entorno, tem um mercado em ascensão e um consumidor cada vez mais consciente das possibilidades e oportunidades que um imóvel de alto padrão oferece. Além do potencial de retorno, no caso de quem compra para investir, atributos como tecnologia e inovação aplicadas à construção, Elegância, sofisticação e localização privilegiada são atrativos relevantes na busca por esses empreendimentos. Para atender e entender esses clientes, as construtoras realizam pesquisas profundas com o objetivo de identificar potenciais locais para a edificação do imóvel, assim como características da região e do público, faixa etária e de renda, tendências de design e acabamentos. Afinal, é fundamental garantir ao cliente uma qualidade de moradia, conforto, segurança e, claro, materiais exclusivos na construção e na decoração. A localização é um dos primeiros pontos que diferencia um imóvel de alto luxo. O bairro precisa ser reconhecidamente nobre e possuir outros empreendimentos de mesmo padrão. A arquitetura também é um ponto de destaque e, aqueles com assinaturas de arquitetos ou construtoras de renome são ainda mais valorizados. Outro ponto de destaque é o revestimento. Materiais nobres utilizados na fachada, nos pisos e nas paredes trazem um toque a mais de sofisticação e, por isso, acabamentos importados em mármore, granito e madeiras são os mais indicados. As opções de lazer no condomínio, além das

Comercial

Geral:

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Administração:

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Redação:

Editora-Executiva

No setor de autopeças especificamente, a minimização de erros ao substituir processos humanos por dados integrados do chão de fábrica à esfera corporativa traz mais transparência, além de aumentar a qualidade e produtividade ao permitir rastrear toda a operação – reduzindo a níveis extremamente baixos o envio de peças incorretas para os clientes, por exemplo

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tradicionais piscinas adulto e infantil, podem contar com spas, espaço fitness, cinema, espaço gourmet, salão de festas, pista de caminhada e cooper, piscina de raia aquecida, playground etc. As tecnologias também elevam o padrão dos empreendimentos. Apartamentos com fechaduras biométricas, tomadas USB, persianas elétricas, controle do sistema da casa por meio de aplicativos são itens que facilitam o dia a dia dos moradores. Portarias inteligentes, gerenciadas por agentes que, de maneira remota, controlam todo o acesso ao prédio 24 horas por dia, são mecanismos que garantem mais segurança e tranquilidade aos condôminos. A adoção dessa tecnologia de ponta impossibilita que a portaria seja rendida, já que todos os movimentos são gravados e registrados no sistema, facilitando o rastreamento de informações de entrada e saída de moradores, visitantes e prestadores de serviços. A preocupação com a sustentabilidade de um imóvel e a qualidade de vida dos moradores é um ponto que está em crescimento no mercado de luxo. As construtoras de alto padrão estão atentas às mudanças e às novas tendências e tecnologias para o setor e buscam soluções pensando nos benefícios futuros. Os projetos que priorizem itens como economia de energia e de água, qualidade do ar interno, utilização adequada da iluminação e da luz natural, isolamento termoacústico, utilização de materiais atóxicos, conexão com a natureza e qualidade do ar e da água são ainda mais atrativos para clientes conscientes de temas relacionados à sustentabilidade e saudabilidade. O mercado imobiliário de alto luxo cresce na contramão dos demais setores da economia. A oferta restrita estimula ainda mais esse ambiente, favorecendo a manutenção da demanda e garantindo liquidez aos empreendimentos. O público é exigente e busca imóveis diferenciados, que sejam sofisticados, elegantes, seguros, além da tendência de investimentos focados em saúde e bem-estar dos moradores, maior contato com a natureza e economia de recursos naturais. *Diretora da RKM Engenharia

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2019

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ECONOMIA SIDERURGIA

MINERAÇÃO

Usiminas adia aporte de R$ 1,2 bi Investimento na reforma de alto-forno em Ipatinga foi postergado em 12 meses MARA BIANCHETTI

Prevista para ocorrer inicialmente entre 2021 e 2022, a reforma do alto-forno 3, o de maior capacidade produtiva da planta industrial de Ipatinga, no Vale do Aço, da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), foi adiada por um período de 12 meses. Sem dar maiores detalhes ou justificar a nova data, a companhia informou ao mercado que o equipamento continuará operando normalmente até meados de 2022, quando a reforma será efetivada. Em maio, a siderúrgica oficializou, por meio de fato relevante, a aprovação de R$ 1,234 bilhão por parte do Conselho de Administração para a referida obra, a ser desembolsado até 2022. Na época, a empresa informou ainda que, do total, cerca de R$ 1,147 bilhão seriam desembolsados em 2020 e 2021. Os investimentos envolvem a aquisição e montagem de equipamentos, serviços e demais providências necessárias para a obra. A companhia, inclusive, já havia iniciado algumas etapas do processo de manutenção, que inclui compra dos equipamentos que serão trocados e placas para substituir o gusa e o aço na produção, enquanto o alto-forno estiver desativado, conforme informações do presidente da Usiminas, Sergio Leite. Segundo ele, serão necessários de 100 a 110 dias de paralisação das atividades para realizar os trabalhos necessários. “Vamos ter praticamente a construção de novo alto-forno, com novas estruturas, refratários, que permitirá uma sobrevida de pelo menos mais 20 anos para o equipamento”, explicou em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, no início do ano. Atualmente, a planta industrial de Ipatinga conta com 3 altos-fornos. Os

equipamentos 1 e 2, juntos, produzem cerca de 4 mil toneladas de ferro-gusa por dia. Já o alto-forno 3 possui capacidade de produzir cerca de 7 mil toneladas ferro-gusa diariamente. No início do ano passado, a companhia reformou o alto-forno 1 da unidade sob investimentos de R$ 80 milhões. Na época, a reativação do equipamento levando a empresa à fabricação em plena carga. Antes, porém, a estrutura havia ficado parada por 34 meses, em virtude da crise vivida pelo setor no mercado internacional a partir de 2015 e o cenário recessivo brasileiro. No final de 2018, a companhia realizou uma parada programada no alto-forno 3 para manutenção e substituição de staves. O procedimento é adotado de tempos em tempos para realizar reparos no interior do equipamento para manutenção da segurança operacional e dos níveis de produção. Projeções - Este não é o único projeto da Usiminas adiado em 2019. Em julho, a companhia divulgou a pre-

DANIEL MANSUR/DIVULGAÇÃO

Reforma no alto-forno 3 foi aprovada pelo board da companhia em maio e seria iniciada em 2020

visão de investimentos 20% menores para este exercício, cujas projeções diminuíram de R$ 1 bilhão para R$ 800 milhões, devido a uma série de fatores, entre os quais, a lenta retomada da economia brasileira. Também naquele mês, a siderúrgica decidiu adiar a apresentação de uma nova linha de galvanização, ao Conselho de Administração, pelo mesmo motivo.

O projeto, que vem sendo trabalhado desde o ano passado e teve as primeiras informações divulgadas pelos próprios executivos da siderúrgica em abril de 2018, foi adiado pela segunda vez. É que meses depois, a companhia admitiu a decisão de deixar a apreciação da medida pelo conselho para 2019. No início deste exercício, o

presidente Sergio Leite, confirmou que o projeto estava entre as três grandes frentes de trabalho da Usiminas e que a previsão era de que fosse aprovado até o fim do ano. Além da criação da nova linha de galvanização, ele se referia ainda à reforma do alto-forno 3 da usina de Ipatinga e à retomada da produção de aço bruto em Cubatão (SP).

FERROVIÁRIO

VLI fecha acordo bilionário com a ANTT Brasília - A VLI, empresa administradora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), pagará R$ 1,2 bilhão em indenização aos cofres do Tesouro Nacional, como forma de compensar pendências em contratos de concessão assinados com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O convênio foi firmado ontem pela Advocacia Geral da União (representando o Ministério da Infraestrutura) e a empresa na sede do Ministério Público Federal, em Minas Gerais.

A indenização decorre do descumprimento de uma série de investimentos que estavam previstos para a ferrovia. De acordo com o ministério, este foi o maior valor a ser recebido pela União, referente a pendências em contratos de concessões ferroviárias. A FCA compreende 7.222 km de ferrovias em oito unidades federativas (MG, RJ, SP, GO, BA, ES, SE e DF). Pela ferrovia passam diversos tipos de cargas. Entre elas, grãos, açúcar, fertilizantes e combustíveis.

“Como os investimentos previstos desde a assinatura da resolução foram apenas parcialmente realizados, o Ministério Público Federal chegou a ajuizar três ações civis públicas referentes à falta de conservação dos trechos da malha da concessionária. A partir do acordo de ontem e do pagamento da indenização, os processos judiciais ficam encerrados”, informou por meio de nota o ministério. Ainda segundo a pasta, o acordo prevê que a FCA pague R$ 1,2 bilhão em 60

parcelas, atualizadas pelo IPCA, a partir de 31 de janeiro de 2020. “Nos três primeiros anos, as mensalidades a serem quitadas via Guia de Recolhimento da União (GRU), custarão R$ 26,7 milhões. Nos dois últimos anos, o valor das parcelas está estipulado em R$ 10 milhões mensais”, diz a nota. Os valores serão aplicados em estudos, obras, recuperação, desenvolvimento ou implantação de infraestrutura de ferrovias, inclusive mobilidade urbana. (ABr)

ÓLEO E GÁS

Petrobras estima reduzir investimentos Rio - Em seu primeiro plano estratégico no governo Jair Bolsonaro, a Petrobras reduziu em 10% a previsão de investimentos para cinco anos e decidiu focar ainda mais seus recursos na exploração do pré-sal. A empresa pretende manter o ritmo de venda de ativos. O Plano Estratégico 20202024, anunciado ontem, traz projeção de investimentos de US$ 75,7 bilhões (cerca de R$ 322 bilhões, na cotação atual), dos quais 85% serão destinados à exploração e produção de petróleo. O plano anterior falava em US$ 84,1 bilhões (R$ 357 bilhões) para o período entre 2019 e 2023. A Petrobras não explicou as razões para a queda. Durante o ano, porém, a empresa anunciou que não investirá mais em energias renováveis e que venderá metade de sua capacidade de refino. “Essa alocação [de recursos] está aderente ao nosso posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P [exploração e produção, especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobras tem

vantagem competitiva”, disse a empresa, em nota divulgada na quarta-feira (27). O documento considera preços de petróleo mais baixos do que os atuais: US$ 50 (R$ 212) por barril nos próximos cinco anos e US$ 45 (R$ 191) no longo prazo. Na quarta (27), o barril do Brent, negociado em Londres, fechou em US$ 63,01 (R$ 267). A companhia espera colocar em operação 13 novos sistemas de produção de petróleo -que incluem plataformas e equipamentos submarinos. Em 2024, pretende atingir a produção de 3,5 milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) por dia, crescimento de 30% com relação à meta de 2019. Para 2020, a companhia não espera aumento de produção, diante de perdas de volumes com o declínio natural de campos mais antigos e concentração de paradas para manutenção de plataformas durante o ano. No novo Plano Estratégico, a Petrobras passa a

considerar um conceito de “produção comercial”, que exclui da conta os volumes de gás que são reinjetados nos poços, consumidos em suas instalações ou queimados. A produção comercial, portanto, é aquela que a companhia pode vender ao mercado. Em 2019, menos da metade da produção nacional de gás chegou ao mercado. O restante foi reinjetado ou consumido nas instalações da Petrobras. O elevado volume de reinjeção (40,9 dos 118 milhões de metros cúbicos por dia produzidos até setembro) é motivo de preocupação no governo, que trabalha para ampliar a oferta do combustível no País. No plano divulgado ontem, a Petrobras prevê elevar a oferta de gás natural ao mercado em 33% até 2024, mas os volumes reinjetados ou usados em suas instalações ainda representarão metade da produção total.

bilhões a US$ 30 bilhões (R$ 85 bilhões a R$ 127 bilhões) com a venda de ativos. O valor está em linha com o previsto no plano de investimentos anterior, que foi divulgado no fim de 2018, ainda no governo Michel Temer. A venda de ativos e a maior geração de caixa devem reduzir a dívida bruta dos atuais US$ 90 bilhões (R$ 382 bilhões) para US$ 60 bilhões (R$ 255 bilhões) em 2021. A meta do plano é chegar a 2024 com o indicador de dívida líquida sobre Ebitda (indicador de geração de caixa) abaixo de 1,5 vez - era 2,4 vezes no terceiro trimestre. Com a redução da dívida, a empresa diz que “aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a política de dividendos já anunciada”. A política prevê a divisão de parte da sobra de caixa com acionistas quando a dívida estiver abaixo de US$ 60 bilhões. Venda de ativos - O Plano A estatal não dará entreEstratégico da Petrobras vista ou fará teleconferência prevê a entrada de US$ 20 com analistas para detalhar

o plano de investimentos, cuja divulgação se limitou a um comunicado de quatro páginas. A direção da empresa só comentará o assunto na próxima semana, em eventos para investidores em Nova York e Londres. O plano anterior foi o primeiro em quatro anos com aumento no valor de investimentos após o início da crise da companhia. Os US$ 84,1 bilhões anunciados foram a maior projeção de investimentos desde 2014, antes da crise. Foi aprovado em dezembro, a menos de um mês da mudança de governo. Desde que assumiu, em janeiro, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, tem defendido aceleração no processo de venda de ativos e foco maior no pré-sal. “A Petrobras do futuro será uma companhia com retorno operacional superior ao custo de capital, posicionada em ativos de classe mundial, com operação focada em óleo e gás”, disse, em nota, a companhia. (Folhapress)

Vale prorroga auxílio para atingidos por rompimento Rio - A Vale prorrogará por mais dez meses o pagamento de auxílio emergencial a atingidos pelo rompimento da barragem da companhia em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a partir de 25 de janeiro, quando o desastre fará um ano, informou a companhia em um comunicado divulgado ontem. A prorrogação foi homologada em audiência na 6ª Vara da Fazenda Pública, com a participação dos ministérios públicos e defensorias públicas federais e de Minas Gerais. Os valores emergenciais, acertados com os órgãos em fevereiro, foram mantidos, sendo um salário mínimo por adulto, meio salário por adolescente e um quarto de salário por criança. Parte dos atingidos continuará recebendo integralmente o auxílio a partir da prorrogação, enquanto uma outra parte passará a receber a metade. Os valores emergenciais são uma parte das indenizações bilionárias que estão sendo feitas pela companhia, devido ao desastre, que deixou mais de 255 pessoas mortas, além de atingir estruturas da própria empresa, comunidades, rios e mata. “Estima-se que entre 10 mil e 15 mil pessoas continuarão recebendo integralmente o auxílio emergencial”, disse a empresa. O benefício será integral para as pessoas que comprovadamente residiam, na data do rompimento, nas comunidades de Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira, Alberto Flores, Cantagalo, Pires e nas margens do Córrego Ferro-Carvão, disse a empresa. Além disso, também têm direito ao auxílio integral as pessoas que atualmente participam dos seguintes programas de apoio desenvolvidos pela Vale: moradia, assistência social, assistência agropecuária e assistência a produtores locais. “As demais pessoas que não estejam incluídas nos critérios acima e que recebem integralmente o pagamento emergencial acordado em fevereiro de 2019, estimadas entre 93 mil e 98 mil beneficiários, receberão 50% do auxílio emergencial por mais 10 meses a partir de 25 de janeiro”, explicou a Vale. A mineradora detalhou que os valores serão pagos a título da nova indenização emergencial e serão descontados e considerados de eventual indenização coletiva futura. “A Vale entende que a prorrogação do acordo reforça seu compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem, de forma célere e abrangente”, completou. Os principais acordos para indenizações civis e trabalhistas foram estabelecidos e aproximadamente 2,25 bilhões de reais já foram pagos em compensações por danos materiais e morais, individuais e coletivos, segundo informou a Vale em seus resultados do terceiro trimestre, em outubro. O valor informado na ocasião é referente a indenizações emergenciais, acordos para indenização e indenizações trabalhistas. (Reuters)


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ECONOMIA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Limite no cheque especial causa divergência Especialistas não são unânimes em relação aos efeitos da determinação do CMN que limita os juros JULIANA SIQUEIRA

Os juros do cheque especial agora tĂŞm um limite imposto pelo Banco Central, de no mĂĄximo 8% ao mĂŞs. O anĂşncio foi feito na Ăşltima quarta-feira (27) e a medida entrarĂĄ em vigor no dia 6 de janeiro de 2020. Com isso, a taxa serĂĄ de cerca de 150% ao ano – muito diferente dos atuais 305,9% por ano, em mĂŠdia. Especialistas, porĂŠm, nĂŁo sĂŁo unânimes a respeito dos impactos que a medida deverĂĄ trazer para a economia e se ela poderĂĄ, por exemplo, estimular o consumo. A economista e professora do Centro UniversitĂĄrio de Belo Horizonte (UNIBH) Silvânia AraĂşjo destaca que os juros menores fazem com que o custo da dĂ­vida se reduza. Isso, no dia a dia, pode gerar um recurso a mais no orçamento das famĂ­lias, de acordo com ela. “Tudo o que vem no sentido de reduzir cria um possĂ­vel excedente, ainda que menor, que as pessoas podem direcionar para o consumoâ€?, diz. No entanto, a economista lembra que, mesmo que

tenha havido a redução, a nova taxa que serĂĄ praticada ainda ĂŠ extremamente elevada. “Essa medida, de certa forma, nos mostra como os juros no nosso PaĂ­s sĂŁo altosâ€?, pontua ela. Por mais que os juros a serem pagos ainda nĂŁo sejam baixos, o fato de haver um limitador mensal, porĂŠm, torna a situação mais palpĂĄvel para o consumidor, conforme frisa a economista e reitora do Centro UniversitĂĄrio EstĂĄcio, MĂĄrcia Mota. Isso pode ser algo positivo e, inclusive, ajudar a aquecer a economia, de acordo com ela. “A redução e a previsibilidade de gastos podem gerar uma procura maior pelo cheque especial, o que aumenta a demanda de bens e serviçosâ€?, avalia. Outro lado - O economista e professor dos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, por sua vez, acredita que a limitação dos juros do cheque especial nĂŁo serĂĄ tĂŁo relevante para o aquecimento da economia de maneira geral. “Ainda que atenda muita gente de renda menor, em

REUTERS/ADRIANO MACHADO

BB estima alta de 10% no lucro

Com a medida do conselho do BC, juros do cheque especial devem ficar em 150% ao ano

termos de conjunto, o cheque especial nĂŁo ĂŠ tĂŁo significativo para a economiaâ€?, diz. “Ele costuma atender pequenos valores de forma geral, emergencialmenteâ€?, destaca. Para o economista, a medida vai se limitar a ajudar pontualmente algumas pessoas que estĂŁo em uma “situação limiteâ€? em termos financeiros. “O cheque especial ĂŠ algo que nĂŁo ĂŠ utilizado normalmente. As pessoas nĂŁo

costumam comprar eletrodomĂŠsticos, roupas, carros, com eleâ€?, detalha. “AlĂŠm disso, ĂŠ uma linha de crĂŠdito que continua muito cara, o que nĂŁo deve estimular fortemente o consumoâ€?, analisa. Justamente pelo fato de ser, em geral, um recurso que as pessoas buscam quando precisam bastante e estĂŁo em uma situação complicada financeiramente, de acordo com o economista e professor do Instituto

Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Luiz Carlos Gama, ĂŠ que as taxas de juros nĂŁo influenciam tanto as pessoas a adquirirem ou nĂŁo o crĂŠdito, diz ele. E, embora a medida contribua para desonerar os indivĂ­duos, o economista nĂŁo acredita que ela, por si sĂł, serĂĄ capaz de fortalecer o consumo. “Deve apenas fazer com que as pessoas saiam de um momento crĂ­tico de maneira mais fĂĄcilâ€?, pontua.

Febraban critica tabelamento da taxa de juros

BrasĂ­lia - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criticou a decisĂŁo do Banco Central (BC) de adotar um limite para a taxa de juros do cheque especial. Na quarta-feira (27), o Conselho MonetĂĄrio Nacional (CMN) aprovou medida para limitar a taxa em 8% ao mĂŞs, o equivalente a 151,8% ao ano, a partir de 6 de janeiro. Em outubro, os juros mĂŠdios do cheque especial chegaram a 305,9% ao ano, o equivalente a 12,4% ao mĂŞs. “A Febraban considera positivas iniciativas para buscar maior eficiĂŞncia e permitir a redução dos subsĂ­dios cruzados no sistema de crĂŠdito. Preocupa, entretanto, a adoção de limites oficiais e tabelamentos de preços de qualquer espĂŠcie. Medidas para eliminar custos e burocracia e estimular a concorrĂŞncia sĂŁo sempre mais adequadas aos interesses do mercado e dos consumidoresâ€?, disse a Febraban, em nota. A Febraban disse tambĂŠm que, juntamente com os bancos associados, compartilha “a preocupação do governo com o alto custo de crĂŠdito no PaĂ­s e sĂŁo aliados nas iniciativas para remover obstĂĄculos que dificultam

a ampliação dos cortes nas taxas de juros - como tem defendido a Federação no livro Como Fazer os Juros Serem Mais Baixos no Brasilâ€?.

Tarifa - Para financiar parte da queda dos juros do cheque especial, o CMN autorizou as instituiçþes financeiras a cobrar, a partir de 1Âş de junho do prĂłximo ano, tarifa de quem tem limite do cheque especial maior que R$ 500 por mĂŞs. Equivalente a 0,25% do limite que exceder R$ 500, a tarifa serĂĄ descontada do valor devido em juros do cheque especial. O diretor executivo de Estudos e Pesquisas EconĂ´micas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel JosĂŠ Ribeiro de Oliveira, considera positiva a limitação dos juros, mas acredita que o ideal era que a tarifa nĂŁo fosse criada. “Esse ĂŠ o lado negativo - se criou uma tarifa. Poderia muito bem baixar a taxa, sem criar essa tarifa. De qualquer forma, do ponto de vista de taxas de juros, a medida ĂŠ boa. A taxa mĂŠdia do cheque especial estava em 305% ao ano, mas alguns bancos cobram mais de 600% ao anoâ€?, disse.

COMPANHIA TRANSUDESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ/MF NÂş 07.085.630/0001-55 - NIRE 3130002076-2 2ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA I.Data, Hora e Local – Dia 13 de Maio de 2019, Ă s 14 horas, na sede social da Companhia, localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, sala 304, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30110-056. II. Convocação – Fica dispensada a publicação da convocação, nos termos do artigo 124, § 4Âş e realização conforme artigo 133, §4Âş, ambos da Lei nÂş 6.404/76, face ao comparecimento da totalidade dos acionistas. III. Presenças - Acionistas representando 100% (cem por cento) das açþes com direito a voto. Presentes tambĂŠm os Diretores Eduardo Figueiredo e JosĂŠ Renato SimĂľes Machado, na forma do §1Âş do artigo 134 da Lei nÂş 6.404/76. IV. Publicaçþes: Publicados o RelatĂłrio da Administração sobre os negĂłcios sociais, as Demonstraçþes ContĂĄbeis e Parecer dos Auditores Independentes no dia 26/04/2019, no DiĂĄrio do ComĂŠrcio, pĂĄginas 9 e 10, H QR 'LiULR 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV SiJLQDV H V. Mesa - Presidente: Enio Luigi Nucci; SecretĂĄrio: JosĂŠ Renato SimĂľes Machado. VI. Ordens do Dia e Deliberaçþes: As Acionistas, apĂłs anĂĄlise e discussĂŁo dos temas previstos na pauta desta Assembleia, resolvem: (a).Aprovar, sem ressalvas e por unanimidade, o RelatĂłrio da Administração e as Demonstraçþes ContĂĄbeis relativas ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2018, com parecer dos auditores independentes. (b).Em função da adoção do Pronunciamento TĂŠcnico ContĂĄbil nÂş 47 do ComitĂŞ de Pronunciamentos ContĂĄbeis (CPC 47), para o exercĂ­cio comparativo de 2017, foi apurado prejuĂ­zo no montante de R$16.790.757,29 (dezesseis milhĂľes, setecentos e noventa mil, setecentos e cinquenta e sete reais e vinte e nove centavos), as Acionistas, deliberam por unanimidade: b.1) Absorver o montante de R$1.000.000,00 (Hum milhĂŁo de reais), da conta de reserva de lucros, decorrente do exercĂ­cio de 31/12/2016; b.2) Absorver o montante de R$2.440.903,12 (dois milhĂľes, quatrocentos e quarenta mil, novecentos e trĂŞs reais e doze centavos), da conta de reserva de lucros, decorrente de parte do saldo do exercĂ­cio de 31/12/2017; (c) &RQVLGHUDQGR R UHVXOWDGR DSXUDGR SHOD &RPSDQKLD QR H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH TXH DSRQWD um lucro lĂ­quido no importe de R$13.349.854,17 (treze milhĂľes, trezentos e quarenta e nove mil, oitocentos e cinquenta e quatro reais e dezessete centavos), as Acionistas, deliberam por unanimidade: c.1) NĂŁo destinar parcela do Lucro LĂ­quido Ă reserva legal, considerando que o saldo desta jĂĄ atingiu o limite mĂĄximo de 20% (vinte por cento) do Capital Social da Companhia, conforme previsto no artigo 193 da Lei nÂş 6.404/76. c.2) NĂŁo distribuir dividendos mĂ­nimos obrigatĂłrios, nos termos do §4Âş do art. 202 da LSA; c.3) Absorver o saldo de prejuĂ­zos de 2017 por efeitos do CPC 47, montante de R$13.349.854,17 (treze milhĂľes, trezentos e quarenta e nove mil, oitocentos e cinquenta e quatro reais e dezessete centavos), com igual valor do resultado do Lucro /tTXLGR DSXUDGR SHOD &RPSDQKLD QR H[HUFtFLR ÂżQGR HP (d) Aprovar a remuneração global de atĂŠ R$211.416,10 (duzentos e onze mil, quatrocentos e dezesseis reais e dez centavos) para os Diretores da companhia para o perĂ­odo de 01 de abril de 2019 a 31 de março de 2020, cujo material de apoio foi rubricado pelos presentes e serĂĄ arquivado na sede da Companhia. (e) Aprovar o Resultado do ExercĂ­cio de 2018, para ÂżQV GH SDJDPHQWR GD 3/5 DRV 'LUHWRUHV GD 7UDQVXGHVWH HP IDFH GR FXPSULPHQWR GDV PHWDV HVWDEHOHFLGDV cujo material de apoio foi rubricado pelos presentes e serĂĄ arquivado na sede da Companhia, deverĂĄ ser observada como base a remuneração do mĂŞs de dezembro/2018. (f) NĂŁo foram deliberados outros assuntos. I.VII. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada a presente reuniĂŁo, da qual lavrou-se a presente ata, devidamente aprovada e redigida na forma prevista no §1Âş, do artigo 130, da Lei nÂş 6.404/76 que, apĂłs lida e achada conforme, foi presenciada e assinada e pelos Diretores Eduardo Albuquerque de Figueiredo e JosĂŠ Renato SimĂľes Machado, pelos representantes dos Acionistas Transminas Holding S.A. (Enio Luigi Nucci e JosĂŠ Luiz de Godoy Pereira), Transmissora Aliança de Energia ElĂŠtrica - Taesa – (JosĂŠ Aloise Ragone e Marcus Pereira AucĂŠlio), Centrais ElĂŠtricas Brasileiras S.A. – EletrobrĂĄs (Marcos do Nascimento Pereira) e Empresa Amazonense de TransmissĂŁo de Energia S.A. – EATE (Marcelo Tosto de Oliveira Carvalho e Paulo Augusto Nepomuceno Garcia). Esta representa FySLD ÂżHO GD RULJLQDO ODYUDGD H DUTXLYDGD QD VHGH GD 6RFLHGDGH Assinado Digitalmente por JosĂŠ Renato SimĂľes Machado. JUCEMG &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 3URWRFROR Qž 0DULQHO\ GH 3DXOD %RQÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO

No ano passado, os bancos anunciaram uma medida de autorregulamentação do cheque especial. Com as novas regras, os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira. Mesmo com essa iniciativa, as taxas de juros da modalidade de crĂŠdito permaneceram altas. “Diferentemente do cartĂŁo de crĂŠdito rotativo, nĂŁo havia

obrigatoriedade apĂłs 30 dias de o banco fazer um parcelamento com taxa menor. EntĂŁo o cliente nĂŁo aderia e a taxa nĂŁo caia. Agora, a taxa cai pela metade. E mesmo assim, ainda ĂŠ uma taxa muito alta, considerando que a Selic estĂĄ em 5% e, possivelmente, vai cair para 4,5% ao ano em dezembro, na prĂłxima reuniĂŁo do Copom [ComitĂŞ de PolĂ­tica MonetĂĄria]â€?, disse Oliveira, acrescentando que espera que os bancos ofereçam taxas abaixo do limite. Para Oliveira, os clientes

devem negociar com os bancos o pagamento da tarifa. Oliveira tambĂŠm afirmou que o “tabelamentoâ€? de taxas nĂŁo ĂŠ novidade, apesar de ter sido recebido com surpresa. Ele citou que atualmente hĂĄ limite para taxas do crĂŠdito consignado para aposentados e pensionistas, para o microcrĂŠdito e para o crĂŠdito habitacional. Mas essa ĂŠ a primeira vez que o BC limita juros para o crĂŠdito livre, . AtĂŠ entĂŁo, os limites de juros eram para o crĂŠdito direcionado. (ABr)

Aberta consulta pĂşblica sobre open banking BrasĂ­lia - O Banco Central pretende implementar no fim de 2020 a primeira fase do open banking , sistema que darĂĄ aos clientes de bancos o poder sobre seus dados financeiros. Ă pice da agenda do Banco Central para ampliar a competição no setor financeiro e consequentemente reduzir taxas de juros e tarifas, o open banking tambĂŠm permitirĂĄ no final acesso a informaçþes e operaçþes numa sĂł plataforma. “A consulta pĂşblica vai ficar aberta atĂŠ 31 de janeiro de 2020 (...) E depois vai ter um tempo (...) para soltar resolução e circular definitiva.

Uma vez divulgado normativos, cinco meses depois, a fase um começa a vigorarâ€?, disse a jornalistas o diretor de Regulação do BC, OtĂĄvio Damaso Os conglomerados financeiros de maior porte, classificados nas categorias S1 e S2, serĂŁo obrigados a participar do sistema, disse ele. As demais terĂŁo liberdade para decidir se participarĂŁo. A primeira fase, segundo Damaso, envolverĂĄ o compartilhamento de dados, de produtos e serviços das instituiçþes participantes. A segunda, prevista para entrar em vigor oito meses apĂłs o normativo, permitirĂĄ

Autopista FernĂŁo Dias S.A. CNPJ/MF nÂş 09.326.342/0001-70 – NIRE 31.300.026.426 – Companhia Aberta Ata da ReuniĂŁo do Conselho de Administração realizada em 21 de outubro de 2019

1. Data, Hora e Local: Aos 21/10/2019, Ă s 14:00 horas, no MunicĂ­pio de Pouso Alegre, Estado de Minas Gerais, na Rodovia FernĂŁo Dias, BR 381 – Km 850, Pista Norte, S/N – Quadra 19, Setor Industrial. 2. Convocação e Presença: Dispensada a convocação, nos termos do § 2Âş do Artigo 11 do Estatuto Social da Autopista FernĂŁo Dias S.A. (“Companhiaâ€?), tendo em vista a presença da totalidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia. 3. Mesa: Presidente: Sra. FlĂĄvia LĂşcia Mattioli Tâmega; SecretĂĄria: Sra. Sabrina Indelicato Penteado. 4. Ordem do Dia: 4.1. Deliberar sobre o pedido de renĂşncia do Sr. Marcelo de Afonseca e Silva, ao cargo de Diretor de Assuntos RegulatĂłrios da Companhia; e 4.2. Deliberar sobre a eleição do novo diretor em substituição ao Diretor renunciante. 5. Deliberaçþes: Os Conselheiros, por unanimidade, deliberaram o que segue: 5.1. Foi recebido e conhecido o pedido de renĂşncia do Sr. Marcelo de Afonseca e Silva, ao cargo de Diretor de Assuntos RegulatĂłrios, apresentado em 02/09/2019, ao qual ĂŠ outorgada a mais plena, irrevogĂĄvel, irretratĂĄvel, ampla, rasa e geral quitação, exceto nos casos de dolo e/ou fraude. O pedido de renĂşncia por ele apresentado, nesta data, ficarĂĄ arquivado na sede da Companhia. O Sr. Marcelo de Afonseca e Silva continuarĂĄ exercendo o cargo de Diretor de Operaçþes da Companhia. Os membros do Conselho de Administração registram seu agradecimento ao Sr. Marcelo de Afonseca e Silva pela dedicação e pelos serviços prestados Ă Companhia no desempenho de suas atribuiçþes. 5.2. Eleger, para compor a Diretoria da Companhia, em substituição ao diretor renunciante e para cumprir o restante do mandato, para ocupar o cargo de Diretor de Assuntos RegulatĂłrios, a Sra. Giane Luza Zimmer Freitas, brasileira, casada, economista, portadora da cĂŠdula de identidade (RG) nÂş 34.147.024-3 e inscrita no CPF/ME sob o nÂş 000.925.867-16, residente no municĂ­pio e estado de SĂŁo Paulo, com domicĂ­lio profissional no MunicĂ­pio de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, nÂş 510, 12Âş andar, Vila Nova Conceição. A Diretora eleita na presente ReuniĂŁo deverĂĄ permanecer em seu cargo atĂŠ a data da reuniĂŁo do conselho de administração da Companhia que a reeleger ou destituir. 5.3. A Diretora da Companhia, eleita na forma do disposto no item 5.2 acima, declara que nĂŁo estĂĄ impedida, por lei especial, de exercer a administração da Companhia e nem condenada ou sob efeitos de condenação, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as formas de defesa da concorrĂŞncia, contra as relaçþes de consumo, a fĂŠ pĂşblica ou a propriedade, cuja declaração encontra-se devidamente arquivada na sede da Companhia. 6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente Ata, que lida e achada conforme, foi assinada por: Mesa: Sra. FlĂĄvia LĂşcia Mattioli Tâmega e Sra. Sabrina Indelicato Penteado; Conselheiros: Sr. Andre Dorf, Marco Antonio Giusti e FlĂĄvia LĂşcia Mattioli Tâmega. Pouso Alegre, 21/10/2019. Confere com a original lavrada em livro prĂłprio. Sabrina Indelicato Penteado – SecretĂĄria. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico o registro sob o nÂş 7565803 em 21/11/2019. Marinely de Paula Bomfim – SecretĂĄria Geral.

que as instituiçþes tenham acesso aos dados dos clientes desde que haja consentimento deles. Posteriormente, a terceira fase, prevista para vigorar nove meses apĂłs o normativo, serĂĄ marcada pela “inicialização de pagamentosâ€?, que estarĂĄ atrelada ao processo de pagamentos instantâneo, previsto para começar a funcionar em novembro do ano que vem. Na quarta fase, a ser implementado 12 meses apĂłs regulamentação, dados de investimentos e seguro do cliente serĂŁo padronizados e compartilhados entre instituiçþes. (Reuters)

SĂŁo Paulo - O Banco do Brasil prevĂŞ crescimento de 10% no lucro em 2020, disse o vice-presidente de finanças e de relaçþes com investidores da instituição, Carlos Hamilton, em reuniĂŁo com analistas ontem. O lucro do BB em 2019 deve chegar a R$ 18,5 bilhĂľes, de acordo com as previsĂľes do inĂ­cio deste ano. Em 2020, a receita lĂ­quida serĂĄ impulsionada por emprĂŠstimos ao consumidor e menores despesas com provisĂŁo para perdas com emprĂŠstimos, enquanto a receita de tarifas aumentarĂĄ em linha com a inflação, disse o presidente-executivo, Rubem Novaes. Ainda assim, ĂŠ provĂĄvel que sua carteira de emprĂŠstimos total apresente um crescimento leve, uma vez que os emprĂŠstimos corporativos deverĂŁo cair por mais um ano, pois o BB vĂŞ grandes empresas levantando dinheiro no mercado de capitais. O BB anunciou recentemente uma joint venture com o UBS em banco de investimentos. Novaes disse que ela deve começar a atender clientes atĂŠ junho. Novaes afirmou que a aprovação pelo Conselho MonetĂĄrio Nacional de um teto no juro cobrado no cheque especial em 8% ao mĂŞs terĂĄ impacto negativo no lucro do banco, mas nĂŁo deve ser “tĂŁo grandeâ€?. Na vĂŠspera, o CMN limitou as taxas de juros do cheque especial, mas permitiu a cobrança taxas mensais. O BB estĂĄ considerando contratar uma empresa de consultoria para revisar sua estratĂŠgia no negĂłcio de processamento de cartĂľes, que inclui uma participação na Cielo. Novaes disse que o banco nĂŁo estĂĄ de olho na venda de sua participação na Cielo por enquanto, mas que nĂŁo tem certeza se o Bradesco, seu parceiro na Cielo, tem a mesma visĂŁo estratĂŠgica de longo prazo para o processador de cartĂľes. (Reuters)

COMPANHIA TRANSIRAPÉ DE TRANSMISSĂƒO CNPJ/MF NÂş 07.153.003/0001-04 - NIRE 3130002100-9 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA I.Data, Hora e Local – Dia 13 de Maio de 2019, Ă s 15:00 horas, na sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, nÂş 7962, sala 301, Bairro Lourdes, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30110-056. II.Convocação – Fica dispensada a publicação da convocação, nos termos do artigo 124, § 4Âş e realização conforme 133, § 4Âş, ambos da Lei nÂş 6.404/76, face ao comparecimento da totalidade dos acionistas. III.Presenças - Acionistas representando 100% (cem por cento) das açþes com direito a voto. Presentes tambĂŠm os Diretores Eduardo Figueiredo e JosĂŠ Renato SimĂľes Machado, na forma do §1Âş do artigo 134 da Lei nÂş 6.404/76. IV.Publicaçþes: Publicados o RelatĂłrio da Administração sobre os negĂłcios sociais, as Demonstraçþes ContĂĄbeis e Parecer dos Auditores Independentes no dia 26/04/2019, no DiĂĄrio do ComĂŠrcio, SiJLQDV H H QR GLD 'LiULR 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV SiJLQDV H V.Mesa - Presidente: Enio Luigi Nucci; SecretĂĄrio: JosĂŠ Renato SimĂľes Machado. VI.Ordens do Dia e Deliberaçþes: As Acionistas, apĂłs anĂĄlise e discussĂŁo dos temas previstos na pauta desta Assembleia, resolvem: (a).Aprovar, sem ressalvas e por unanimidade, o RelatĂłrio da Administração e as Demonstraçþes ContĂĄbeis relativas ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2018, com parecer dos auditores independentes. (b).Considerando o resultado DSXUDGR SHOD &RPSDQKLD QR H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH TXH DSRQWD XP OXFUR OtTXLGR QR importe de R$26.330.086,31 (vinte e seis milhĂľes, trezentos e trinta mil, oitenta e seis reais e trinta e um centavos), as Acionistas resolvem, sem ressalvas e por unanimidade: b.1) NĂŁo destinar parcela do Lucro /tTXLGR j UHVHUYD OHJDO FRQVLGHUDQGR TXH R VDOGR GHVWD Mi DWLQJLX R OLPLWH Pi[LPR GH YLQWH SRU FHQWR GR Capital Social da Companhia, conforme previsto no artigo 193 da Lei nÂş 6.404/76. b.2) Distribuir, a tĂ­tulo de dividendos, o montante de R$8.582.521,58 RLWR PLOK}HV TXLQKHQWRV H RLWHQWD H GRLV PLO TXLQKHQWRV H YLQWH H XP UHDLV H FLQTXHQWD H RLWR FHQWDYRV DFLPD GRV PtQLPRV REULJDWyULRV SRGHQGR R SDJDPHQWR RFRUUHU HP parcelas, conforme disponibilidade de caixa, nĂŁo ultrapassando o exercĂ­cio de 2019. b.3) Destinar o montante de R$17.747.564,73 GH]HVVHWH PLOK}HV VHWHFHQWRV H TXDUHQWD H VHWH PLO TXLQKHQWRV H VHVVHQWD H TXDWUR UHDLV e setenta e trĂŞs centavos) para a conta de Reserva de Retenção de Lucros. (c) Destinar Ă conta de Reserva de Retenção de Lucros, o valor de R$12.300.195,41 (doze milhĂľes, trezentos mil, cento e noventa e cinco reais e TXDUHQWD H XP FHQWDYRV GHFRUUHQWH GH DMXVWHV HP IXQomR GD DGRomR GR 3URQXQFLDPHQWR 7pFQLFR &RQWiELO Qž 47 do ComitĂŞ de Pronunciamentos ContĂĄbeis (CPC 47), para o exercĂ­cio comparativo de 2017. (d) Aprovar a remuneração global de atĂŠ R$211.416,10 GX]HQWRV H RQ]H PLO TXDWURFHQWRV H GH]HVVHLV UHDLV H GH] FHQWDYRV SDUD RV 'LUHWRUHV GD FRPSDQKLD SDUD R SHUtRGR GH GH DEULO GH D GH PDUoR GH FXMR PDWHULDO GH DSRLR IRL UXEULFDGR SHORV SUHVHQWHV H VHUi DUTXLYDGR QD VHGH GD &RPSDQKLD (e) Aprovar o Resultado do ([HUFtFLR GH SDUD ÂżQV GH SDJDPHQWR GD 3/5 DRV 'LUHWRUHV GD 7UDQVLUDSp HP IDFH GR FXPSULPHQWR GDV metas, FXMR PDWHULDO GH DSRLR IRL UXEULFDGR SHORV SUHVHQWHV H VHUi DUTXLYDGR QD VHGH GD &RPSDQKLD GeverĂĄ ser observada como base a remuneração do mĂŞs de dezembro/2018. (f) NĂŁo foram deliberados outros assuntos. I.VII Encerramento 1DGD PDLV KDYHQGR D VHU WUDWDGR H LQH[LVWLQGR TXDOTXHU RXWUD PDQLIHVWDomR IRL HQFHUUDGD D SUHVHQWH UHXQLmR GD TXDO ODYURX VH D SUHVHQWH DWD GHYLGDPHQWH DSURYDGD H UHGLJLGD QD IRUPD SUHYLVWD QR † ž GR DUWLJR GD /HL Qž TXH DSyV OLGD H DFKDGD FRQIRUPH foi presenciada e assinada e pelos Diretores Eduardo Albuquerque de Figueiredo e JosĂŠ Renato SimĂľes Machado, pelos representantes dos Acionistas Transminas Holding S.A. (Enio Luigi Nucci e JosĂŠ Luiz de Godoy Pereira), Transmissora Aliança de Energia ElĂŠtrica - Taesa – (JosĂŠ Aloise Ragone e Marcus Pereira AucĂŠlio), Centrais ElĂŠtricas Brasileiras S.A. – EletrobrĂĄs (Marcos do Nascimento Pereira) e Empresa Amazonense de TransmissĂŁo de Energia S.A. – EATE (Marcelo Tosto de Oliveira Carvalho e Paulo Augusto Nepomuceno Garcia). Esta UHSUHVHQWD FySLD ÂżHO GD RULJLQDO ODYUDGD H DUTXLYDGD QD VHGH GD 6RFLHGDGH Assinado Digitalmente por JosĂŠ Renato SimĂľes Machado. JUCEMG &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 3URWRFROR Qž 0DULQHO\ GH 3DXOD %RQÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO


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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2019

POLĂ?TICA REUTERS / AMANDA PEROBELLI

RECUPERAĂ‡ĂƒO FISCAL

Minas nĂŁo deve entrar no RRF neste ano, diz Mansueto Expectativa inicial era que adesĂŁo ao regime estivesse concluĂ­da em 2019 BrasĂ­lia - Os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e GoiĂĄs nĂŁo devem entrar no regime de recuperação fiscal (RRF) neste ano apesar do interesse dos entes em fazĂŞ-lo, sinalizou ontem o secretĂĄrio do Tesouro, Mansueto Almeida. Em coletiva de imprensa, Mansueto reconheceu que havia no inĂ­cio do ano a expectativa de ingresso dos trĂŞs entes no RRF, que tem como benefĂ­cio a suspensĂŁo por trĂŞs anos do pagamento das dĂ­vidas junto Ă UniĂŁo em troca da adoção de medidas de ajuste fiscal. “Isso nĂŁo aconteceu, possivelmente estamos alocando isso para o prĂłximo anoâ€?, afirmou o secretĂĄrio. Em relatĂłrio sobre o desempenho das contas pĂşblicas em outubro, o prĂłprio Tesouro apontou que “o atraso da assinatura do ingresso de novos estados no regime de recuperação fiscalâ€? serĂĄ um dos fatores que contribuirĂĄ para um resultado primĂĄrio melhor que a meta do setor pĂşblico consolidado. Hoje, apenas o Rio de Janeiro estĂĄ no regime. Mansueto afirmou que o Rio Grande do Sul estĂĄ “muito avançadoâ€? no processo de adesĂŁo ao RRF. Um dos empecilhos, contudo, ĂŠ que pelos critĂŠrios contĂĄbeis adotados pelo prĂłprio Estado, ele nĂŁo estaria em desequilĂ­brio fiscal. Para entrar no regime, ĂŠ necessĂĄrio que a receita corrente lĂ­quida (RCL) anual do Estado seja menor do que a dĂ­vida consolidada ao final do Ăşltimo exercĂ­cio, que a soma das suas despesas com pessoal, juros e amortizaçþes seja igual ou maior que 70% da RCL e que o valor total de obrigaçþes seja superior Ă s disponibilidades de caixa. Mansueto afirmou ainda que Minas Gerais tem que aprovar mudanças em assembleia para efetivar sua entrada e que GoiĂĄs ainda tem que apresentar seu plano para entrar no RRF. Liberação de recursos Mansueto tambĂŠm enfatizou que o governo irĂĄ fazer grande liberação de recursos nesta sexta-feira e alguns ministĂŠrios serĂŁo contemplados com mais do que o limite de empenho previsto no Orçamento, abrindo caminho para o pagamento dos chamados restos a pagar - despesas empenhadas e nĂŁo pagas em anos anteriores. Isso virĂĄ apĂłs o governo ter anunciado mais cedo neste mĂŞs o total descontigenciamento do Orçamento de 2019, possibilitado por receitas levantadas com leilĂľes de petrĂłleo, com destaque para o certame da cessĂŁo onerosa. Para efetivar esse descontingenciamento e especificĂĄ-lo por pastas, o governo precisa editar um decreto, o que farĂĄ nesta sexta-feira. “AmanhĂŁ deve sair o decreto de programação financeira e vai ter uma liberação bastante robusta, uma liberação substancial. A ampliação de limite de pagamentos, em alguns ca-

sos, vai ser superior ao que alguns ministĂŠrios tĂŞm de orçamento. Quando a gente faz isso, lembrem-se que ĂŠ para pagar restos a pagarâ€?, afirmou Mansueto. “EntĂŁo esperamos que no mĂŞs de dezembro tenhamos um pagamento de restos a pagar bastante expressivo

em alguns ministĂŠriosâ€?, acrescentou ele. Segundo Mansueto, parte grande da expansĂŁo do limite de pagamento serĂĄ para o MinistĂŠrio de Minas e Energia, para pagamento a Petrobras no âmbito da renegociação do contrato de cessĂŁo onerosa. Outros ministĂŠrios benefi-

ciados serão da Defesa e do Desenvolvimento Regional. Mansueto tambÊm destacou que, por decreto editado pelo governo anterior, haverå um volume expressivo de restos a pagar a ser cancelado, na casa de R$ 17 bilhþes, referentes a saldo inscrito atÊ dezembro de 2016. (Reuters) Mansueto ressalta necessidade de mudanças em leis no Estado

JUSTIÇA

STF valida compartilhamento de dados da Receita Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem validar o compartilhamento total de dados financeiros da Receita Federal com o MinistÊrio Público sem autorização judicial. Após quatro sessþes de julgamento, por 8 votos a 3, a maioria dos ministros entendeu que o envio Ê constitucional e não se trata de quebra ilegal de sigilo fiscal. Como consequência direta dessa decisão - cujo julgamento ainda não foi encerrado -, deverão ser retomadas as investigaçþes contra o senador Flåvio Bolsonaro (RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, e outros cerca de 900 casos, conforme levantamento divulgado pela Procuradoria-Geral da República. Uma apuração contra Flåvio Bolsonaro, que contou com um relatório do Coaf para embaså-la, havia sido suspensa em julho por de-

cisão do presidente do STF, Dias Toffoli. Durante o julgamento, o compartilhamento de dados bancårios suspeitos obtidos pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF), do Banco Central (BC), antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foi discutido, mas ainda não Ê possível saber se haverå votos suficientes para proclamar o resultado nesta questão. Na quarta-feira (4), o assunto serå debatido em uma nova sessão. As informaçþes financeiras são usadas pelo MP para investigar casos de corrupção, lavagem de dinheiro, tråfico de drogas e movimentaçþes financeiras de organizaçþes criminosas. De acordo com a legislação, a Receita e o antigo Coaf tem a obrigação de enviar informaçþes suspeitas ao MP. Com a decisão, foi anulada a decisão do presidente da

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE ADIAMENTO – CONCORRĂŠNCIA NÂş003/2019

O SENAR-AR/MG torna pĂşblico o adiamento da data de abertura da ConcorrĂŞncia nÂş 003/2019, que tem por objeto a contratação de AgĂŞncia de Publicidade. NOVA DATA DE ABERTURA: 22/1/2020 Ă s 9h30. O SENAR-AR/MG informa, ainda, que de 23/12/2019 a 14/1/2020 estarĂĄ em fĂŠrias coletivas. Os interessados poderĂŁo retirar o Envelope nÂş 01 (via QmR LGHQWLÂżFDGD RX DSUHVHQWDU VHXV TXHVWLRQDPHQWRV DQWHV RX DSyV R SHUtRGR GH IpULDV em atĂŠ dois dias anteriores Ă abertura da licitação. As respostas serĂŁo publicadas atĂŠ 20/1/2020. O edital pode ser obtido no endereço eletrĂ´nico: www.sistemafaemg.org.br, Aba SENARMINAS, Menu LICITAĂ‡ĂƒO, AGĂŠNCIA DE PUBLICIDADE. Dinye Aparecida de Souza Marinho – Presidente da ComissĂŁo Permanente Licitação

&(1752 2)7$/02/Ă?*,&2 '( 0,1$6 *(5$,6 6 $ &13- Qž 1,5( (',7$ / '( &2192&$d­2 2 3UHVLGHQWH GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GR &(1752 2)7$/02/Ă?*,&2 '( 0,1$6 *(5$,6 6 $ Âł&RPSDQKLD´ QR XVR GH VXDV DWULEXLo}HV FRQYRFD RV DFLRQLVWDV SDUD VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD D UHDOL]DU VH QR GLD GH GH]HPEUR GH jV KRUDV QD VHGH GD &RPSDQKLD FRP R REMHWLYR GH GHOLEHUDU D UHVSHLWR GDV VHJXLQWHV PDWpULDV D LQFOXVmR GR SDUiJUDIR VHJXQGR QR DUWLJR GR HVWDWXWR VRFLDO D ILP GH GHILQLU TXH DV RSHUDo}HV GH LQWHJUDOL]DomR GDV Do}HV GH SURSULHGDGH GRV DFLRQLVWDV QR FDSLWDO GH SHVVRDV MXUtGLFDV VRE FRQWUROH FRPXP HP UHODomR j &RPSDQKLD QmR HVWDUmR VXMHLWDV jV GLVSRVLo}HV UHIHUHQWHV D WUDQVIHUrQFLDV D WHUFHLURV E DSURYDomR GD SURSRVWD GH FLVmR SDUFLDO GD &RPSDQKLD FRP YHUVmR GR DFHUYR FLQGLGR D VRFLHGDGH GH LGrQWLFD FRPSRVLomR VRFLHWiULD FRQVWLWXtGD H[FOXVLYDPHQWH SDUD HVVH ILP QRV WHUPRV GD MXVWLILFDomR H SURWRFROR HODERUDGRV SHOD DGPLQLVWUDomR FRQWHQGR GHVFULomR GDV FRQGLo}HV GD RSHUDomR E DSURYDomR GR ODXGR GH DYDOLDomR GRV DWLYRV TXH FRPS}HP R DFHUYR FLQGLGR E UDWLILFDomR GD QRPHDomR GD HPSUHVD HVSHFLDOL]DGD UHVSRQViYHO SHOD HODERUDomR GR ODXGR E

DSURYDomR GRV WHUPRV GR DWR FRQVWLWXWLYR GD VRFLHGDGH TXH VHUi FULDGD SDUD DEVRUYHU R DFHUYR FLQGLGR E HOHLomR GRV DGPLQLVWUDGRUHV GD VRFLHGDGH D VHU FRQVWLWXtGD H F DXWRUL]DomR SDUD TXH D 'LUHWRULD SUDWLTXH RV H[SHGLHQWHV QHFHVViULRV j LPSOHPHQWDomR GDV GHOLEHUDo}HV DFLPD 2V GRFXPHQWRV UHODFLRQDGRV jV PDWpULDV D VHUHP GLVFXWLGDV QD $VVHPEOHLD *HUDO HQFRQWUDP VH j GLVSRVLomR GRV DFLRQLVWDV SDUD FRQVXOWD QD VHGH GD &RPSDQKLD 2V DFLRQLVWDV SRGHUmR VROLFLWDU D GLVSRQLELOL]DomR GHVWHV GRFXPHQWRV SRU FRUUHLR HOHWU{QLFR PHGLDQWH SHGLGR HQYLDGR DR H PDLO SDWULFLDPHOOR#FHQWURRIWDOPRORJLFRPJ FRP EU GHVGH TXH FRPSURYHP QR DWR GR SHGLGR D FRQGLomR GH DFLRQLVWD %HOR +RUL]RQWH GH QRYHPEUR GH 'U *XVWDYR &DUORV +HULQJHU 3UHVLGHQWH &RQVHOKR $GPLQLVWUDomR

COMPANHIA TRANSLESTE DE TRANSMISSĂƒO CNPJ/MF NÂş 05.974.828/0001-64 - NIRE 3130001868-7 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA I.Data, Hora e Local – Dia 13 de maio de 2019, Ă s 13:00 horas, na sede social da Companhia localizada na Avenida do Contorno, 7962, 3Âş Andar, salas 302 a 306, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30110-056. II. Convocação – Fica dispensada a publicação da convocação, nos termos do artigo 124, § 4Âş e realização conforme 133, § 4Âş, ambos da Lei nÂş 6.404/76, face ao comparecimento da totalidade dos acionistas. III. Presenças – Acionistas representando 100% (cem por cento) das açþes com direito a voto. Presentes tambĂŠm os Diretores Eduardo Figueiredo e JosĂŠ Renato SimĂľes Machado, na forma do §1Âş do artigo 134 da Lei nÂş 6.404/76. IV. Publicaçþes: Publicados o RelatĂłrio da Administração sobre os negĂłcios sociais, as Demonstraçþes ContĂĄbeis e Parecer dos Auditores Independentes no dia 26/04/2019, no DiĂĄrio do ComĂŠrcio, SiJLQDV H H 'LiULR 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV SiJLQDV H V. Mesa - Presidente: Enio Luigi Nucci; SecretĂĄrio: JosĂŠ Renato SimĂľes Machado. VI. Ordens do Dia e Deliberaçþes: As Acionistas, apĂłs anĂĄlise e discussĂŁo dos temas previstos nesta Assembleia, resolvem: (a)Aprovar, sem ressalvas e por unanimidade o RelatĂłrio da Administração e as Demonstraçþes ContĂĄbeis relativas ao exercĂ­cio social encerrado em 31 de dezembro de 2018, com parecer dos auditores independentes. (b).Em função da adoção do Pronunciamento TĂŠcnico ContĂĄbil nÂş 47 do ComitĂŞ de Pronunciamentos ContĂĄbeis (CPC 47), aprovar o reconhecimento de ajustes referentes ao exercĂ­cio comparativo de 2017, considerados apenas aqueles decorrentes de efeitos de referido critĂŠrio contĂĄbil, de forma que foi apurado prejuĂ­zo no montante de R$20.318.244,85 (vinte milhĂľes, trezentos e dezoito mil, duzentos e quarenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos), as Acionistas resolvem, sem ressalvas e por unanimidade, que sejam totalmente absorvidos de parte do resultado do Lucro /tTXLGR DSXUDGR SHOD &RPSDQKLD QR H[HUFtFLR ÂżQGR HP (c)Considerando o resultado apurado SHOD &RPSDQKLD QR H[HUFtFLR ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH TXH DSRQWD XP OXFUR OtTXLGR QR LPSRUWH GH R$20.894.570,93 (vinte milhĂľes, oitocentos e noventa e quatro mil, quinhentos e setenta reais e noventa e trĂŞs centavos), as Acionistas, deliberam por unanimidade: c.1) NĂŁo destinar parcela do Lucro LĂ­quido Ă reserva legal, considerando que o saldo desta jĂĄ atingiu o limite mĂĄximo de 20% (vinte por cento) do Capital Social da Companhia, conforme previsto no artigo 193 da Lei nÂş 6.404/76. c.2) Distribuir, a tĂ­tulo de dividendos, o saldo disponĂ­vel do lucro lĂ­quido no montante de R$ 576.326,08 (quinhentos e setenta e seis mil, trezentos e vinte e seis reais e oito centavos), podendo o pagamento ocorrer em parcelas, conforme disponibilidade de caixa, nĂŁo ultrapassando o exercĂ­cio de 2019. (d) Aprovar a remuneração global de atĂŠ R$595.178,08 (quinhentos e noventa e cinco mil, cento e setenta e oito reais e oito centavos) para os Diretores da companhia para o perĂ­odo de 01 de abril de 2019 a 31 de março de 2020, cujo material de apoio foi rubricado pelos presentes e serĂĄ arquivado na sede da Companhia. (e) $SURYDU R 5HVXOWDGR GR ([HUFtFLR GH SDUD ÂżQV GH SDJDPHQWR da PLR aos Diretores da Transleste em face do cumprimento das metas, cujo material de apoio foi rubricado pelos presentes e serĂĄ arquivado na sede da Companhia, deverĂĄ ser observada como base a remuneração do mĂŞs de dezembro/2018. (f) Em razĂŁo do tĂŠrmino do prazo do mandato do atual Conselho de Administração, H DSyV DSUHFLDomR SHORV $FLRQLVWDV IRUDP HOHLWRV SHOR YRWR DÂżUPDWLYR GH GR FDSLWDO VRFLDO FRP GLUHLWR a voto e abstenção da acionista Centrais ElĂŠtricas Brasileiras S.A. - Eletrobras, os membros do Conselho de Administração, a saber: (i) JOSÉ ALOĂ?SE RAGONE FILHO, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG nÂş M-1.398.107 e do CPF nÂş 505.172.876-68, residente Ă Rua Teixeira de Melo, 50, apto. 104, Ipanema, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22410-010; (ii) ENIO LUIGI NUCCI, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cĂŠdula de identidade RG n° 8.410.101 SSP/SP e CPF n° 016.755.578-29, com endereço comercial na Cidade SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Rua Gomes de Carvalho, nÂş 1996, 16Âş andar, Bairro Vila OlĂ­mpia, CEP 04547-006; (iii) PAULO AUGUSTO NEPOMUCENO GARCIA, brasileiro, casado, engenheiro eletricista, portador da CĂŠdula de Identidade RG nÂş MG-3.316.728 SSP/MG e inscrito no CPF sob nÂş 765.634.306-78, FRP GRPLFtOLR SURÂżVVLRQDO ORFDOL]DGR QD 5XD 2OLPStDGDV Qž ž DQGDU 9LOD 2OtPSLD FLGDGH GH 6mR 3DXOR estado de SĂŁo Paulo, CEP 04551-000; e (iv) MARCELO TOSTO DE OLIVEIRA CARVALHO, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador do RG nÂş 6.191.720, SSP/SP, e inscrito no CPF nÂş 007.274.888-56, com domicĂ­lio na Cidade de SĂŁo Paulo, Estado de SĂŁo Paulo, na Rua OlimpĂ­adas, nÂş 66, 8Âş andar, Bairro Vila OlĂ­mpia, CEP 04551-000, cujo mandato vigorarĂĄ atĂŠ a Assembleia Geral OrdinĂĄria – AGO do ano de 2022. Na oportunidade, os Conselheiros eleitos apresentaram as declaraçþes que atendem todos os requisitos previstos na legislação aplicĂĄvel, especialmente os descritos no artigo 147 da Lei nÂş 6.404/76, que nĂŁo estĂŁo impedidos por Lei Especial e nem foram condenados ou estĂŁo sob os efeitos de condenação que os proĂ­bam de exercer a DGPLQLVWUDomR GH VRFLHGDGH HPSUHViULD EHP FRPR DSUHVHQWDUDP RV UHVSHFWLYRV FXUUtFXORV SURÂżVVLRQDLV SDUD ÂżQV GH FRPSURYDomR GDV FRQGLo}HV SUHYLVWDV QR DUWLJR GD /HL Qž RV TXDLV ÂżFDUmR DUTXLYDGRV QD sede da Companhia. (g) NĂŁo foram deliberados outros assuntos I.VII. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada a presente reuniĂŁo, da qual lavrou-se a presente ata, devidamente aprovada e redigida na forma prevista no §1Âş, do artigo 130, da Lei nÂş 6.404/76 que, apĂłs lida e achada conforme, foi presenciada e assinada pelos Conselheiros ora eleitos JosĂŠ AloĂ­se Ragone Filho, Enio Luigi Nucci, Paulo, Augusto Nepomuceno Garcia e Marcelo Tosto de Oliveira Carvalho, pelos Diretores Eduardo Albuquerque de Figueiredo e JosĂŠ Renato SimĂľes Machado e pelos representantes dos Acionistas Transminas Holding S.A. (Enio Luigi Nucci e JosĂŠ Luiz de Godoy Pereira), Transmissora Aliança de Energia ElĂŠtrica - Taesa – (JosĂŠ Aloise Ragone Filho e Marcus Pereira AucĂŠlio), Centrais ElĂŠtricas Brasileiras S.A. – EletrobrĂĄs (Marcos do Nascimento Pereira) e Empresa Amazonense de TransmissĂŁo de Energia S.A. – EATE (Marcelo Tosto de Oliveira Carvalho e Paulo Augusto Nepomuceno Garcia). Esta UHSUHVHQWD FySLD ÂżHO GD RULJLQDO ODYUDGD H DUTXLYDGD QD VHGH GD 6RFLHGDGH Assinado Digitalmente por JosĂŠ Renato SimĂľes Machado. JUCEMG &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 3URWRFROR Qž 0DULQHO\ GH 3DXOD %RQÂżP Âą 6HFUHWiULD *HUDO

Corte, Dias Toffoli, que suspendeu, em julho, processos que estavam em andamento e que tinham dados da Receita e do antigo Coaf compartilhados sem autorização judicial. Votos - O julgamento começou no dia 20 de novembro. Primeiro a votar, o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, relator do caso, entendeu que a UIF e a Receita podem repassar dados de pessoas e empresas ao MP, mas com algumas ressalvas. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes votou favor da validade do compartilhamento total dos dados financeiros. Na sessão de quarta-feira (27), os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux tambÊm acompanharam a divergência aberta por Moraes. Na sessão de ontem, a ministra Cårmen Lúcia tambÊm

votou a favor do compartilhamento total por entender que a administração pĂşblica ĂŠ obrigada encaminhar todas as informaçþes suspeitas ao MP mesmo sem autorização prĂŠvia da Justiça. “Se o sistema jurĂ­dico acolhe o dever das instituiçþes financeiras prestar as informaçþes que viabilizam a apuração do valor devido dos tributos, nĂŁo pode ser considerado inadequado o passo seguinte necessĂĄrio de se promover o combate a formas ilegĂ­timas de escape de tributaçãoâ€?, disse a ministra. Em seguida, Ricardo Lewandowski o mesmo entendimento de CĂĄrmen LĂşcia, mas nĂŁo se pronunciou sobre o caso da UIF. Gilmar Mendes votou a favor do repasse dos dados da Receita, mas, no caso do antigo Coaf, entendeu que o ĂłrgĂŁo nĂŁo pode produzir relatĂłrios de inteligĂŞncia fiscal

a pedido de procuradores. “Ressalto ser ilegĂ­timo o compartilhamento de relatĂłrio de inteligĂŞncia financeira pela UIF com o MinistĂŠrio PĂşblico e a PolĂ­cia Federal feita a partir de requisição direta da autoridade competente sem a observância estrita das regras de organização e procedimento definidos nas recomendaçþes do Gafi [organização internacional de combate ĂĄ lavagem de dinheiroâ€?, afirmou. Os ministros Marco AurĂŠlio e Celso de Mello abriram uma terceira corrente e votaram pela impossibilidade do compartilhamento sem autorização judicial. No caso concreto que motivou o julgamento, os ministros julgaram o recurso do MPF contra a anulação, pela segunda instância da Justiça, de uma condenação por sonegação fiscal do dono de um posto de gasolina em SĂŁo Paulo. (ABr/Reuters)

C O D E M E E N G E N H A R I A S . A . - 16.521.601/0001-80 Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais Controladora Consolidado Ativo 2018 2017 2018 Circulante Caixa e equivalentes de caixa 13.051 2.161 14.903 Contas a receber de clientes 36.820 32.804 38.337 Estoques 13.058 9.745 21.965 Impostos a recuperar 1.495 1.088 1.887 Adiantamentos 1.761 1.718 1.774 Dividendos a receber 284 Demais contas a receber 1.064 96 1.083 67.249 47.896 79.949 Ativos não circulantes mantidos para venda 30.507 37.947 30.507 97.756 85.843 110.456 Não circulante Realizåvel a longo prazo Demais contas a receber 13.000 13.000 Contas a receber de clientes 3.781 3.324 3.781 Estoques 132 Impostos a recuperar 65 Depósitos judiciais 4.811 5.023 4.956 Tributos diferidos 28.637 32.965 27.885 50.229 41.377 49.754 Investimentos 30.321 44.229 6.105 Intangível 528 591 731 Imobilizado 80.782 99.051 83.828 161.860 185.248 140.418 Total do ativo 259.616 271.091 250.874 Passivo e patrimônio líquido Circulante Fornecedores EmprÊstimos e ¿QDQFLDPHQWRV Partes relacionadas Salårios e obrigaçþes sociais Obrigaçþes tributårias Adiantamentos de clientes Provisão contrato onerosos Outras contas a pagar Não circulante EmprÊstimos e ¿QDQFLDPHQWRV Dividendos a pagar Obrigaçþes tributårias Partes relacionadas Provisão para contingências Patrimônio líquido Capital social Adiantamento para futuro aumento de capital Reservas de capital Ajustes de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total do passivo e patrimônio líquido

Controladora 2018

2017 4.021 35.467 17.764 1.383 1.740 114 60.489 50.325 110.814 3.324 141 65 5.164 27.470 36.164 4.732 810 109.309 151.015 261.829

Consolidado 2017 2018

2017

12.450

10.120

15.000

12.847

8.418 8.285

216 10.796 6.665

8.967 8.541

216 11.463 7.132

45.100 1.315 243 92.493

30.641 1.468 1.257 99.301

50.293 1.315 243 102.053

7.658 3.299 35.378

7.658 6.626 43.870

7.658 3.299 17.023

7.658 6.626 25.495

4.033 102.124

3.736 99.209

4.033 83.822

3.736 81.199

102.669

102.669

102.669

102.669

36.000 78.699

36.000 78.699

36.000 78.699

36.000 78.699

33.466 1.468 1.257 108.049

16.040 18.198 16.040 18.198 (168.409) (162.985) (168.409) (162.985) 64.999 72.581 64.999 72.581 259.616

271.091

250.874

261.829

'HPRQVWUDomR GR UHVXOWDGR ([HUFtFLRV ¿QGRV HP GH GH]HPEUR Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Controladora Consolidado Passivo e patrimônio líquido 2018 2017 2018 2017 Receita líquida 79.809 99.456 100.122 124.650 Custo das vendas (75.786) (107.969) (91.955) (126.948) Custo com ociosidade (12.274) (9.732) (12.274) (9.732) Resultado bruto (8.251) (18.245) (4.107) (12.030) Despesas com vendas (2.366) (2.676) (4.489) (5.526) Despesas administrativas (14.202) (15.428) (18.052) (20.073) Resultado de participaçþes em investidas (1.757) 747 (215) Outras receitas (despesas), líquidas 26.412 (1.963) 26.385 417 Resultado operacional (164) (37.565) (478) (37.212) Despesas ¿QDQFHLUDV

5HFHLWDV ÂżQDQFHLUDV 5HVXOWDGR ÂżQDQFHLUR

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social (11.852) (50.241) (12.101) (50.057) imposto de renda e contribuição social diferidos 4.270 138 4.519 (46)

PrejuĂ­zo do exercĂ­cio das operaçþes continuadas Resultado das operaçþes descontinuadas PrejuĂ­zo do exercĂ­cio Quantidades de açþes em milhares Resultado por ação – R$

(7.582)

(50.103)

(7.582)

(50.103)

- (57.483) (7.582) (107.586)

- (57.483) (7.582) (107.586)

16.805 (0,45)

16.805 (0,45)

16.805 (6,40)

16.805 (6,40)

Demonstração do resultado abrangente ([HUFtFLRV ¿QGRV HP GH GH]HPEUR Em milhares de reais Controladora Consolidado 2018 2017 2018 2017 Prejuízo do exercício (7.582) (107.586) (7.582) (107.586) Total do resultado abrangente do exercício (7.582) (107.586) (7.582) (107.586) Demonstração das mutaçþes do patrimônio líquido Em milhares de reais Controladora Consolidado Fluxos de caixa das 2018 2017 2018 2017 atividades operacionais Lucro antes do imposto de renda, incluindo operaçþes descontinuadas (11.852) (107.724) (12.101) (107.540) Ajustes de: Depreciação e amortização 7.487 9.907 8.509 11.451 Resultado na venda de ativo imobilizado (25.293) (42) (25.348) (3.301) Provisão para contingências 297 (464) 297 (524) Provisão para contratos onerosos (153) 1.468 (153) 1.468 Provisão para crÊditos de liquidação duvidosa 739 739 Redução ao valor recuperåvel de ativos mantidos p/ vendas 1.325 1.325 Juros provisionados 7.417 10.840 7.561 10.985 Resultado de participaçþes em investidas 1.757 (747) 215 Resultado das operaçþes descontinuadas 57.483 57.483 (19.015) (28.540) (19.695) (29.239) Variaçþes nos ativos e passivos Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Adiantamentos Outros ativos Fornecedores Salårios e obrigaçþes sociais Obrigaçþes tributårias Adiantamento de clientes Outras contas a pagar Caixa gerado nas operaçþes Imposto de renda e contribuição social pagos Juros pagos Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais

(10.222) (3.313) (342) (43) 4.570 6.602 (2.378) (1.707) 14.459 (1.014) (12.403)

14.673 3.140 80 (871) (148) (16.586) 3.476 3.192 (7.418) 971 (28.031)

(9.076) (4.202) (438) (35) 3.967 6.673 (2.496) (1.578) 16.827 (870) (10.923)

15.081 9.383 175 (852) 194 (14.212) 3.359 3.602 (8.459) 923 (20.045)

(6.071)

(7.394)

(89) (6.214)

(597) (7.538)

(18.474)

(35.425)

(17.226)

(28.180)

Fluxos de caixa das atividades de investimentos Aquisição de participaçþes em investidas (1.588) Aquisição de imobilizado (310) Recebimento pela venda de imobilizado 33.312 Recebimento pela venda de investimento 1.000 Recebimento de dividendos 284 Incorporação de açþes da Metform 13.739 Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento 46.437

(525)

(1.588)

(525)

(252)

(313)

(299)

214

33.684

4.937

8.436

1.000 -

-

-

13.739

-

7.873

46.522

4.113

)OX[RV GH FDL[D GDV DWLYLGDGHV GH ¿QDQFLDPHQWR corrente com partes relacionadas (8.708) 27.366 Obtenção de emprÊstimos 29.858 45.274 Pagamento de emprÊstimos (38.223) (44.962)

Conta

(8.688) 30.558 (40.284)

21.296 47.024 (45.274)

Caixa lĂ­quido aplicado na DWLYLGDGHV GH ÂżQDQFLDPHQWR

27.678

(18.414)

23.046

10.890

126

10.882

(1.021)

2.161

2.035

4.021

5.042

10.890

126

10.882

(1.021)

Redução de caixa e equivalentes de caixa, líquidos Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício Caixa e equivalentes de caixa QR ¿QDO GR H[HUFtFLR

(17.073)

Demonstração das mutaçþes do patrimônio líquido Em milhares de reais Em 1° de janeiro de 2017 Prejuízo do exercício Realização do ajuste do custo atribuído Em 31 de dezembro de 2017 Prejuízo do exercício Realização do ajuste do custo atribuído Em 31 de dezembro de 2018

Capital social 102.669 102.669 102.669

Adiantamento para futuro aumento de capital 36.000 36.000 36.000

Reserva ĂĄgio 78.699 78.699 78.699

Ajustes de Avaliação Patrimonial 19.634 (1.436) 18.198 (2.158) 16.040

Diretores: Ademar de Carvalho Barbosa Filho e Marcelo Rezende de Carvalho Barbosa Contador responsĂĄvel: Ă lvaro Luiz dos Santos JĂşnior CRC/MG: MG-044499/O-9

PrejuĂ­zos Acumulados (56.835) (107.586) 1.436 (162.985) (7.582) 2.158 (168.409)

Total 180.167 (107.586) 72.581 (7.582) 64.999


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2019

8

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

EXPANSÃO

Queijo D’Alagoa prevê elevar vendas em 10% com nova queijaria Produção no Sul de MG está em fase de certificação MICHELLE VALVERDE

Há dez anos no mercado, o Queijo D’Alagoa-MG vai expandir a comercialização em 2020. Pioneiros na venda do produto pela internet, a expectativa é ampliar em 10% o volume atual, que está em torno de 2,5 toneladas mensais. O aumento ocorrerá com a construção de uma nova queijaria com estrutura de maturação subterrânea em uma fazenda adquirida pela empresa, este ano, em Alagoa, no Sul de Minas. As perspectivas em relação ao mercado são positivas. Além da qualidade do queijo e das premiações conquistadas, a produção de queijos no município de Alagoa está em processo de certificação, o que é fundamental para agregar valor ao produto. De acordo com o fundador do Queijo D’Alagoa-MG, Osvaldo Martins de Barros Filho, o mercado para o queijo artesanal é crescente. Por mês, são comercializadas pela empresa cerca de duas toneladas de queijos pela internet e 500 quilos na loja física, localizada em Alagoa. Os principais mercados atendidos são São Paulo e Rio de Janeiro.

“O queijo artesanal vem sendo cada vez mais reconhecido no mercado. Este ano, adquirimos uma fazenda, em Alagoa, com 11 hectares e a 1.600 metros de altitude. Nosso plano é construir uma queijaria nova para ampliar, a princípio, em cerca de 10% a nossa produção. O projeto é construir uma queijaria com maturação subterrânea”, explicou. Ainda conforme Osvaldo, as obras da nova queijaria devem ser iniciadas em meados do primeiro semestre de 2020, logo após o período das chuvas. A expectativa é começar a produção no segundo semestre. “A altitude da fazenda permite a produção de um queijo de características únicas. Além de produzir o queijo, a ideia é que a queijaria também passe a integrar as visitas da Rota do Queijo e do Azeite, o que vai estimular o turismo”, explicou. A Rota do Queijo e do Azeite foi idealizada por Osvaldo com o objetivo de estimular o turismo na região. O roteiro inclui a visitação em fazenda, em uma queijaria, em um plantio de oliveiras e degustação. Os visitantes também conhecem a loja do Queijo

D’Alagoa-MG, onde podem comprar diversos produtos da região, incluindo os queijos premiados e de outros produtores da região. A rota é considerada fundamental para movimentar a economia da cidade, gerar empregos e renda. Um dos pontos que vem interferindo de forma negativa na Rota do Queijo e na comercialização dos produtos são as condições precárias da Rodovia MG188, que não foi totalmente asfaltada. “A rodovia começou a ser asfaltada em 2007 e as obras foram interrompidas duas vezes, a última em 2013. A rodovia tem 38,5 quilômetros e 6,5 quilômetros não foram asfaltados. Os turistas reclamam do acesso, e encontramos dificuldades de escoar a produção. É um gargalo que precisa ser solucionado”, destacou. Certificação - Uma ação que está em desenvolvimento e que beneficiará os produtores de queijo do município é o reconhecimento da região como produtora de queijo artesanal. De acordo com o fundador do Queijo D’Alagoa-MG, o pedido para reconhecimento da região já foi feito

Atualmente, os principais mercados do queijo, fabricado em Minas, são São Paulo e Rio de Janeiro

junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Atualmente, estão sendo realizados estudos de caracterização, mapeamento e levantamento de documento. Todo o processo vem sendo desenvolvido junto à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), ao IMA e à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). “O reconhecimento do queijo artesanal de Alagoa

será muito importante para atestar a qualidade, as características únicas e para agregar valor ao produto. Em Alagoa, são 135 produtores que poderão passar pela certificação. É uma segurança para o produtor e para os consumidores”, explicou. Mesmo que ainda não reconhecida oficialmente como região produtora de queijo artesanal, a produção do município ganhou visibilidade com os prêmios conquistados pelo Queijo D’Alagoa-MG, incluindo

prêmios internacionais. O queijo conquistou medalha de prata em 2019 e bronze em 2017 no Mondial du Fromage, na França. A maior visibilidade e a qualidade dos queijos da região têm contribuído para a valorização do produto final, que antes era comercializado entre R$ 10 e R$ 15 e hoje é vendido acima de R$ 30 por peça. O preço mais valorizado garante renda e condições dos produtores investirem nos processos e na melhoria do rebanho.

AGROPECUÁRIA

Chineses visitam Minas de olho em novos negócios Uma comitiva chinesa formada por representantes do setor agropecuário da província de Shandong foi recebida pela secretária de Agricultura, Ana Valentini, na quarta-feira (27). O objetivo da visita foi conhecer a produção dos principais produtos exportados por Minas Gerais ao país, a exemplo da soja, açúcar e carnes. Além disso, os chineses solicitaram informações sobre o trabalho de defesa sanitária animal e vegetal re-

alizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), pesquisas desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e ações coordenadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), instituições vinculadas à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Nos últimos dez anos, a China saiu do sétimo para o primeiro lugar no ranking

de países importadores de produtos do agronegócio mineiro. Dos US$ 7,9 bilhões exportados em 2018, US$ 1,95 bilhão - o que representa 24% da participação de mercado - foram para o país asiático. No acumulado deste ano, de janeiro a outubro, as exportações já registram US$ 1,57 bilhão. No comparativo de 2018 com 2019, houve incremento nas exportações de carne bovina (18%), frango (74%), açúcar (166%) e couro bovino

(71%) para a China. Segundo o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, a meta agora é incluir o café nesta lista. “Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, respondemos por 52% da produção nacional, e ficaríamos muito felizes se vocês substituíssem o chá pela nossa bebida”, sugeriu. Albanez também apresentou outros destaques mineiros na produção nacional, como a batata (1º lugar), alho (1º), leite (1º), feijão (2º), cana-de-açúcar (2º) e a laranja (3°). Mesmo não compondo a cesta das maiores produções do estado (6° lugar), a soja é o principal item exportado para a China. Assim como Minas Gerais, Shandong possui uma produção agropecuária expressiva. A província ocupa 6% do território chinês, totalizando uma área de 159 mil quilômetros quadrados, e a população estimada é de 100 milhões de habitantes, distribuídos em 16 municípios. Responde por 24% das exportações do agronegócio do país, sendo os principais produtos as carnes de coelho e frango, amendoim, frutas e verduras. Um dos gargalos, apontou Tang Jian Jun, secretário de Agricultura de Shandong, é o elevado custo de produção. “A produção da nossa carne de frango é 30% mais cara do que a do Brasil. Nos

falta matéria-prima para a fabricação de ração, como o milho e outros cereais”, exemplificou. Defesa sanitária - Outra preocupação compartilhada pelos integrantes da comitiva foi com relação ao surto de peste suína africana na China, que surgiu em agosto de 2018 e obrigou criadores a abaterem mais de 1 milhão de animais. Em volume, representa mais do que o triplo que o Brasil produz por ano. O diretor-técnico do IMA, Bruno Rocha, apresentou as ações de defesa sanitária do Estado, ligadas à prevenção, controle e erradicação de doenças em animais e vegetais. De acordo com ele, Minas Gerais possui reconhecimento nacional pelo efetivo controle sanitário que possui. O estado é considerado livre das principais doenças que acometem o mundo, especialmente em relação aos animais de produção. “O Brasil é um país livre da peste suína desde 1984”, garantiu o diretor-técnico. Oportunidades - A recente habilitação pela China de novos frigoríficos para exportação de carne suína brasileira animou os produtores mineiros. Mesmo Minas estando fora da lista, a gerente da Associação de Suinocultura de Minas Gerais (Asemg), Bianca Costa, aposta no aumento das vendas. “Como os estados

do Sul estão exportando, deixam de vender para Minas e isso melhora o preço para o produtor. Hoje, o custo de produção do quilo de suíno vivo está na faixa de R$ 3,50 e o preço de venda, em média, R$ 6”, comemora. O presidente da Federação Mineira de Apicultura (Femap), Cézar Ramos, ressaltou a importância da reunião e disse que “a China é um mercado promissor para os produtos apícolas”. “As exportações têm crescido, há interesse dos produtores mineiros em exportar e dos empresários chineses em comprar, especialmente a própolis verde. Porém, temos enfrentado barreiras comerciais impostas pelo governo chinês, que, acredito eu, passam a ter grande possibilidade de serem revistas depois deste encontro”, aposta. O secretário de Agricultura Tan Jian Jun compartilhou que os hábitos de consumo dos chineses estão mudando, e que acredita que a demanda por café e queijo vai aumentar nos próximos anos. “Ficamos muito impressionados com tudo o que nos foi apresentado. Nossa intenção é nos aproximarmos mais dos mineiros, por meio de intercâmbios para compartilhamento de informações técnico-científicas e da intensificação do comércio entre Shandong e Minas Gerais”. (Com informações da Agência Minas)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

INTERNACIONALIZAÇÃO

ACMinas lança 8ª edição do Minas Guide Objetivo da publicação é ser um instrumento de auxílio para quem busca oportunidades de negócios DANIELA MACIEL

A 8ª edição do Minas Gerais Business Guide foi lançada, ontem, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), na região Centro-Sul. O guia traz informações importantes para estrangeiros que pretendem investir ou fazer negócios em Minas Gerais. O objetivo da publicação é ser um instrumento de auxílio para empresários e autoridades estrangeiras que procuram no Brasil e, especialmente, em Minas, oportunidades de negócios, com elementos que podem ajudar na tomada de decisão. Editado em sete idiomas: português, inglês, mandarim, francês, árabe, italiano e espanhol, além de estatísticas econômicas, sociais, turísticas e industriais, ainda fazem parte do guia histórico do desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais e investimentos atuais por região. No lançamento, o diretor do departamento de Promoção de Serviços e Indústria do Ministério das Relações Exteriores, ministro Luiz Cesar Gasser, apresentou as diretrizes e ações do Itamaraty na atração de investimentos

estrangeiros para o Brasil e ressaltou a importância de instrumentos como o Minas Guide para o sucesso dessa política do governo federal. “O Minas Guide é um instrumento muito importante no que se refere ao desafio para o comércio exterior de produtos e serviços de Minas. Ele consolida informações importantes e tem uma importância para a atração de investimentos. Minas tem grande relevância no setor industrial e pode ampliar essa participação para outros setores. O Minas Guide é uma forma muito eficiente de divulgação de oportunidades”, explicou Gasser. Entre as novidades dessa edição estão a inclusão de mais elementos visuais; atualização das informações; humanização do guia; articulação com o Ministério das Relações Exteriores e inserção de um calendário de eventos dos setores produtivos e comércio exterior em Minas Gerais. De acordo com a analista de Relações Internacionais da ACMinas, Rayssa Damásio, 98% dos países já acessaram o guia na internet. “Outro dia tivemos um acesso em Chicago (EUA) em man-

darim. Isso revela não só o potencial do Minas Guide como ferramenta de difusão de informações sobre Minas como o interesse que o Estado gera no mundo inteiro”, destacou Rayssa Damásio. Para o diretor-presidente da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), Thiago Toscano, é hora do Estado “cacarejar” suas qualidades. Exemplos como o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que é a instituição brasileira - entre públicas e privadas - que mais deposita patentes no setor de ciências da vida, precisam ser celebrados e divulgados. Levantamento divulgado no fim ano passado, com dados de 2017, mostra que, entre os 20 primeiros depositantes nacionais, a Unicamp lidera o ranking e a UFMG é a terceira colocada. “Não existe, entre as capitais, melhor lugar para se viver que Belo Horizonte, tanto em termos de serviços públicos como privados, mas precisamos comunicar isso. Já perdemos investimentos porque a esposa do presidente da empresa preferia morar no Rio de Janeiro ou em São Paulo”, afirmou Toscano.

MERCADO IMOBILIÁRIO

QuintoAndar começa a testar compra e venda de imóveis em São Paulo O QuintoAndar, imobiliária digital que está redesenhando o mercado brasileiro de aluguel, começa a testar o segmento de compra e venda de residências. Inicialmente a companhia vai operar no mercado direto ao consumidor em algumas regiões da cidade de São Paulo, trazendo mais transparência e menos burocracia para elevar a liquidez dos imóveis e a segurança das transações. O QuintoAndar também vai aproveitar a entrada nesse mercado para refinar um modelo de atuação em conjunto com imobiliárias parceiras em compra e venda. O sistema de parcerias ajuda a otimizar a operação e complementar a proposta de valor das imobiliárias tradicionais, que passam a incorporar a tecnologia e vantagens competitivas do modelo criado pelo QuintoAndar. O processo de compra e venda é uma experiência frustrante e burocrática, como era o aluguel antes do surgimento do QuintoAndar. Vender um imóvel leva, em média, 480 dias no Brasil. A falta de informações de qualidade sobre a situação legal da propriedade,

assim como a dificuldade em obter toda a documentação correta são problemas comuns que atrasam todo o processo. Considerando apenas os gastos com IPTU e condomínio, o prejuízo para o vendedor pode passar de R$10 mil por ano - sem contar gastos com manutenção e limpeza. “Vamos usar nosso conhecimento em tecnologia e dados para trazer a mesma experiência positiva do aluguel para o segmento de compra e venda”, diz Gabriel Braga, cofundador e CEO do QuintoAndar. “Nossa missão é melhorar o processo de encontrar uma casa para morar, e vamos sempre testar novas formas de tornar isso realidade”. Apoiado no grande volume de dados de mercado, o QuintoAndar pode oferecer a compradores e vendedores informações de qualidade, aumentando a transparência e agilizando as fases de busca e negociação. Além disso, um time de especialistas apoia os clientes durante as principais etapas do processo, verificando toda a documentação do imóvel e auxiliando na busca pelas melhores opções de financiamento.

Assim como no modelo de aluguel, todas as fotos dos anúncios são profissionais e sem custo para o vendedor, e a marcação de visitas e negociação são feitas digitalmente, de qualquer lugar, a qualquer hora. O teste começa por São Paulo e, gradualmente, será levado a outras regiões. A partir do dia 2 de dezembro, proprietários podem cadastrar seus imóveis no QuintoAndar e, no início de janeiro, compradores já poderão acessar a plataforma para buscar imóveis e marcar visitas. Parceria com imobiliárias tradicionais - O QuintoAndar vem desenhando o modelo para o segmento de compra e venda pensando também em parcerias com imobiliárias tradicionais. Como fez no segmento de locação, a companhia vai abrir sua plataforma para as parceiras. A iniciativa vai multiplicar oportunidades de negócios para ambas, unindo a força do modelo do QuintoAndar ao conhecimento de mercado, capilaridade e experiência no atendimento presencial das imobiliárias. (Da Redação)

FABIO ORTOLAN

O Minas Guide é um instrumento muito importante, disse o ministro Luiz Cesar Gasser

MARKETING DIGITAL

Especialista dá dicas de como vender bem na internet e em aplicativos Muitos pensam que o mundo digital é uma terra sem regras e que tudo é válido. Pode parecer, no entanto não é. Trazendo isso para o mundo dos negócios, fazer qualquer posicionamento que vá de encontro aos princípios digitais pode arruinar uma marca. Para apresentar os três principais segredos para vender bem usando a internet e as redes sociais, o especialista Rafael Kiso elencou três passos que podem auxiliar empreendedores a ampliar presença digital e principalmente melhorar as vendas em tempos de mobile. Isso porque Rafael Kiso é fundador da mLabs, uma plataforma de gerenciamento de múltiplas redes sociais. Com 20 anos de mercado, atuou no setor de tecnologia e meios digitais de empresas, como Banco Itaú, Fiesp e Focusnetworks. O primeiro passo é ir além do funil de vendas. “Não se preocupar só em vender, mas se preocupar principalmente na pós-venda e criar promotores de marca, para que eles estimulem novos consumidores a comprarem da marca. É muito importante, esse é o primeiro ponto: ir além do funil de vendas.” Segundo ponto destacado por Rafael Kiso é a aplicação da Lei de Pareto 80/20 [princípio criado por Joseph M Juran que diz que 80% das consequências advêm de 20% das causas]. Segundo o especialista, o empreendedor deve usar 80% do tempo na internet e nas redes sociais com conteúdo daquilo que sabe e que é es-

pecialista e somente 20% do tempo fazendo propaganda mesmo, contando aquilo que vende. “Não o contrário, que é o que geralmente as empresas fazem”, alerta. A terceira e última dica é ter frequência. “Você precisa ter frequência de postagem de impacto nos seus potenciais consumidores porque a frequência que vai fazer a pessoa lembrar que você existe na hora da decisão. Se fazer frequente na vida das pessoas é importante e não apenas na hora que precisa vender.” Ferramentas - Rafael Kiso também fala sobre as ferramentas para impulsionar negócios na web e em redes sociais. Uma delas é a idealizada por ele, a mLabs.com.br, que permite gerenciar todas as suas redes sociais em um único lugar, desde o agendamento de posts até verificar o que está funcionando ou não, e aprender com isso, e obter recomendações. Outra ferramenta importante é o próprio sistema de gestão de anúncios do Facebook, o gerenciador de anúncios. “Se você quer ser bem-sucedido nas redes sociais, não dá para usar somente a mídia orgânica. Não dá para acreditar que somente organicamente ou naturalmente você vai conquistar alguma coisa e alcançar as pessoas. Tem que usar o gerenciador de anúncios, tem que impulsionar post, tem que comprar mídia”, recomenda. Segundo Kiso, com as duas ferramentas já dá para ter resultados positivos, mas há outras ferramentas. As que

ajudam a criar conteúdo, posts, são o internacional www.canvas.com e o brasileiro www.trakto.io/. Negócios do futuro - Sobre o futuro dos negócios, ele sintetiza: “Na prática, a gente tem que está onde os nossos consumidores estão, onde os nossos potenciais leads estão, e hoje eles estão nas redes sociais”. Da hora de acordar à hora de dormir, as pessoas estão conectadas o tempo todo em função das redes sociais. Segundo ele, passa-se mais tempo em redes sociais que assistindo tevê. “Se você ficar somente no modelo tradicional, você não vai ter a frequência adequada. Se não vai participar desse dia a dia conectado das pessoas e elas vão lembrar muito menos de você. Uma coisa não exclui a outra. Acho que as duas coisas coexistem”. Rafael Kiso também comenta o risco para as empresas estar fora das redes sociais. “Os consumidores já estão lá. Se você ainda não tiver na rede social, os consumidores provavelmente estarão, e inclusive falando do seu produto ou serviço. Se você não tiver lá aproveitando para entrar nessa conversa e dar a sua posição, quantas pessoas vão tirar proveito disso?”, questiona. Para o especialista, o empreendedor que não tem presença digital não aproveita o poder da inteligência coletiva. “Partindo do princípio que só você sabe de tudo, isso é uma visão míope do negócio e do mercado”. (ASN)


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

MOBILIDADE

Expansão do metrô da Capital está estagnada, diz Zema MG deve receber compensação da VLI de R$ 1,2 bi O governador Romeu Zema participou ontem da VII Conferência Metropolitana da RMBH, na Cidade Administrativa. Com o tema “Metrópoles inteligentes, cidades inovadoras”, a conferência é promovida pela Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH). De acordo com o governador, é fundamental que a mobilidade urbana seja debatida e melhorada. “Eu ando constantemente na cidade de carro e percebo quanto é difícil, como se perde tempo, andando em Belo Horizonte. É importantíssimo que venhamos aqui discutir o assunto”, comentou. Romeu Zema lembrou da visita que fez, na semana passada, à sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), na Capital. “Há 30 anos uma região metropolitana tão expressiva não recebe investimentos na área. Eu que morei em São Paulo, e que volto lá constantemente, percebo que nesse período, a capital paulista recebeu 20 ou 30 novas estações de metrô. Rio de Janeiro, a mesma coisa, vários investimentos. E Belo Horizonte está estagnada nesta questão”, lembrou. No entanto, Romeu Zema afirmou aos participantes da conferência que a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) já sinalizou que Minas Gerais tem tudo para receber do governo federal uma compensação da VLI - concessionária ferroviária que explora parte da malha no Estado -, no valor

de R$ 1,2 bilhão, que seria um passo importante para viabilizar a linha Calafate-Barreiro. Ambiente favorável - Já o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Adriano Magalhães, destacou a necessidade de se criar um ambiente favorável aos investimentos para poder viabilizar as cidades inteligentes. “Se queremos olhar para o futuro, é preciso que tenhamos um ambiente favorável. Por isso, nós vamos lançar, no dia 4 de dezembro, o programa ‘Minas Livre para Crescer’, que é um momento importante para discutirmos a regulamentação em todas as áreas para melhorar o ambiente de investimento no Estado”, disse. Diálogo - Para a diretora-geral da ARMBH, Mila Costa, o evento foi um momento de compartilhamento, aprendizado e de diálogo dos gestores públicos com a sociedade civil. “É um momento de apresentação de propostas, de reflexão sobre o tema metropolitano, sobre o papel da agência e sobre o arranjo metropolitano. “Tivemos oportunidades de criar propostas que realmente serão efetivadas”, afirmou. Mila Costa explicou que o plano diretor da RMBH é um grande desafio que a agência tem que enfrentar neste momento. “O governador vai encaminhar à Assembleia um projeto de lei contemplando nosso PPDI. E este tema será resgatado a partir da recomposição do conselho metropolitano. “Nós somos a terceira maior região metropolitana

do país. A primeira fora do eixo Rio-São Paulo. Cerca de 40% do PIB de Minas está centralizada na Grande BH”, lembrou. No evento, Mila apresentou ações que estão sendo desenvolvidas nesta gestão pela Agência Metropolitana. Uma delas, por exemplo, é a criação de um Escritório de Mobilidade em parceria com a Seinfra, que foi anunciada durante a cerimônia. Ainda durante a conferência, foram eleitos os novos membros do Conselho Deliberativo da Agência. Também participaram da solenidade o secretário de Estado de Meio Am-

Governador ressalta importância da mobilidade urbana para o desenvolvimento de MG

biente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira; o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos; o procurador de Justiça João Medeiros Silva Neto, representan-

do o procurador-geral de Justiça do Estado, Antônio Sérgio Tonet; a secretária-adjunta de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto; o presidente da Assembleia Metropolitana e prefeito de São Joaquim de Bicas, Guto

Resende; o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte e prefeito de Nova Lima, Vitor Penido; entre outras autoridades. (Agência Minas)

Iniciativa vai aprimorar soluções de transporte A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) agora conta com uma estrutura integrada para tratar dos assuntos relacionados à mobilidade para a RMBH e viabilizar soluções mais eficientes. O anúncio do Escritório de Mobilidade, parceria entre a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), foi feito ontem, durante a VII Conferência Metropolitana da RMBH, na Cidade Administrativa. A iniciativa inédita objetiva o aprimoramento de soluções de transporte, por meio, por exemplo, de intenso monitoramento dos instrumentos de planejamento de mobilidade do Estado, da proposição de soluções técnicas, atualização de bancos de dados georreferenciados, entre outras ações. O escritório ficará lotado na Secretaria de Infraestrutura e Mo-

bilidade, com equipe técnica que se dedicará aos temas - composta por servidores tanto da ARMBH quanto da Seinfra – e estrutura física específica. “Vamos alinhar os nossos esforços no que tange ao planejamento da mobilidade. A Agência vai trazer as demandas dos municípios da RMBH para os projetos de infraestrutura do estado. Buscamos esse alinhamento há muito tempo e é a primeira vez que vamos conseguir de fato viabilizá-lo”, comemora o gerente de Planejamento Metropolitano da ARMBH, Charliston Moreira, que chefiará o Escritório de Mobilidade. Entre os projetos que já estão em pauta estão, por exemplo, a Matriz Origem-Destino de Pessoas 2020, o Plano de Mobilidade para a RMBH, o Plano Estratégico Ferroviário (PEF), projetos que envolvem o Rodoanel de Belo Horizonte e o metrô, entre outros. “O Escritório complementará o trabalho desenvolvido pela

estrutura já existente, tanto na gestão quanto no planejamento, nos dois órgãos”, acrescenta Moreira. “A consolidação desta parceria entre a Seinfra e a ARMBH, tenho certeza, trará muito frutos e será mais um canal para ouvirmos sociedade civil, universidades, especialistas e o próprio governo e encontrarmos caminhos mais viáveis e eficientes”, afirma a diretora-geral da ARMBH, Mila Costa. O secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, ressalta a importância de se criar uma estrutura específica para tratar dos assuntos de mobilidade metropolitanos. “Com o escritório, vamos priorizar projetos estratégicos e aprimorar soluções integradas de transportes, estimulando o desenvolvimento econômico não só da RMBH, mas de todo o Estado. O escritório é mais um fruto da constatação de que sem um planejamento, não iremos longe”, destaca. (Agência Minas)

EMPREGO

Grau Técnico BH-Barreiro realiza Feira de Oportunidades Sucesso em todo o Brasil, a Feira de Oportunidades do Grau Técnico tem sua primeira edição realizada na próxima terça-feira (3), das 10h às 17h, na unidade BH-Barreiro. O evento, gratuito para o público em geral, é uma grande oportunidade para o profissional que busca se colocar - ou se recolocar no mercado de trabalho. Para as empresas parceiras, a feira é também uma ótima ocasião para selecionar profissionais e estudantes com qualificação adequada para ocuparem cargos de emprego e estágio. Mais de 200 oportunidades de emprego e estágio - para contratação imediata ou cadastro de reserva são ofertadas pelos agentes integradores Cooperativa ServSaúde, Kroton, Pimenta & Associados, Sociis RH, Somar Recrutamento & Seleção e Super Estágios, entre outros. O evento conta ainda com o apoio da Agência de Encaminhamento Grau Técnico. Dentro da filosofia do Grau Técnico de preparar o cidadão para o mercado de trabalho, além da oferta de oportunidades de emprego e estágio, o evento conta com palestras, simulações de entrevista de emprego, oficina de currículo

e aferição de pressão arterial. Sucesso absoluto em todas as praças em que foi realizada, a Feira de Oportunidades promovida pelo Grau Técnico já aconteceu em Abreu e Lima (PE), Aracaju, Cabo de Santo Agostinho (PE), Camaragibe (PE), Campina Grande (PB), Carpina (PE), Caruaru (PE), Curitiba, Fortaleza, Garanhuns (PE), Maceió, Natal, Olinda (PE), Petrolina (PE), Recife, Salvador, Taguatinga (DF), Vitória de Santo Antão e, mais uma vez, ocorre em Belo Horizonte, agora, pela primeira vez, na unidade BH-Barreiro. Em breve contemplará outras cidades do País. Excelência - Maior rede de ensino técnico particular do País, o Grau Técnico é o carro-chefe do grupo Grau Educacional. A franquia se tornou uma grande oportunidade de negócio, para investidores, e de realização profissional, para a população brasileira que busca se colocar - ou se recolocar - no mercado de trabalho. Com quase 60 unidades, presente em nas cinco regiões do País - e com perspectiva de 200 escolas em operação até o fim de 2021 -, o Grau Técnico

oferece mais de 20 cursos nas áreas de saúde, negócios, tecnologia e indústria. Fundado em 2010, o Grau Técnico conta com mais de 50 mil alunos ativos. Sua taxa de empregabilidade gira em torno de 75% e contabiliza mais de 34 mil alunos contratados pelo mercado de trabalho. Contemplado em 2019, pelo sexto ano consecutivo, com o Selo de Excelência em Franchising, concedido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o Grau Técnico foi também reconhecido nos últimos cinco anos com o Prêmio IEL de Estágio - concedido pelo Instituto Euvaldo Lodi -, por seus programas de estágio e acompanhamento profissional. Em pesquisa da Deloitte, publicada na revista Exame, ficou em 1º lugar entre as empresas do segmento educação que mais crescem no Brasil e 34º no ranking geral das 100 empresas participantes da pesquisa. Também figurou entre as Melhores Franquias do Brasil (5 estrelas), pela revista PEGN (Pequenas Empresas, Grandes Negócios), ficando em 1º lugar entre as franquias do segmento educacional do Brasil.

DIVULGAÇÃO

A Feira de Oportunidades do Grau Técnico é sucesso nas praças em que foi realizada

Com a presença da marca planejada por meio de campanhas em diferentes meios e plataformas, o Grau Técnico vem se destacando ano a ano em pesquisas de recall sendo atualmente a marca mais lembrada em seu segmento. Também integra o Grau

Educacional a franquia Nível A, voltada para cursos profissionalizantes. Em breve o grupo começará a operar com as franquias Grau Médio Técnico, Colégio Grau e Faculdade Grau ampliando seu principal conceito de negócio, que é transformar a vida das pessoas. (Da Redação)

SERVIÇO Feira de Oportunidades Data: terça-feira (3) Horário: das 10h às 17h Local: Grau Técnico (avenida Afonso Vaz de Melo, 387, Barreiro)


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DC AUTO FOTOS: AMINTAS VIDAL

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Argo Precision: para quem aprecia conforto Hatch da Fiat, com excelente rendimento, é equipado com motor 1.8 e câmbio automático AMINTAS VIDAL*

Hoje, o hatch compacto Argo é o principal carro da Fiat, pois além de substituir o Palio e o Novo Palio, modelos que saíram de linha, ele ainda preenche a lacuna deixada por Punto e Bravo. Contudo, ele é oferecido em várias versões e preços, em combinações entre três motores e três câmbios diferentes. O DC Auto recebeu o Argo Precision 1.8 automático para avaliação. No site da montadora, seu preço sugerido é R$ 63,99 mil, valor exclusivo na opção de cor preto sólido. As demais cores sólidas custam R$ 800, as metálicas têm o valor de R$ 2 mil e, a perolizada branca, R$ 2,3 mil. Apesar de ser a sexta versão mais cara, entre as sete disponíveis, seus itens de série não são tão generosos, ficando para os pacotes opcionais os equipamentos mais desejados atualmente. De série, os principais equipamentos da versão são: ar-condicionado, direção elétrica progressiva, sistema de som com bluetooth, volante com regulagem em altura e comandos do rádio e telefone, airbag duplo, ABS com EBD, ESC (Controle de Estabilidade), TC (Controle de Tração), Hill Holder (controle eletrônico que auxilia nas arrancadas em subidas), quadro de instrumentos com tela de 3,5 polegadas multifuncional em TFT, assinatura em LED nos faróis, rodas de 15 polegadas em aço com calotas, travas elétricas, vidros elétricos dianteiros e traseiros com one touch e antiesmagamento, entre outros. A unidade avaliada foi equipada com quatro dos cinco pacotes opcionais disponíveis para a versão. O Kit Uconnect 7 polegadas, que agrega a central multimídia touch screen com Android Auto e Apple CarPlay e porta USB adicional na traseira, é vendido por R$ 2,1 mil. O Kit Function vem com câmera de marcha a ré, rodas de liga leve, retrovisores externos elétricos com função Tilt Down e setas integradas, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico e faróis de neblina, tudo por R$ 3,3 mil. O Kit Style conta com apoia braço para motorista, bancos e volante revestidos em material sintético que imita o couro, controlador de velocidade, “borboletas” atrás do volante para as trocas de marchas, acabamento interno com detalhes cromados e banco traseiro

bi partido que saem por R$ 2,90 mil. Fechando a lista de opcionais, o Pack Tech adiciona ar-condicionado digital, retrovisores externos com rebatimento elétrico e luz de cortesia, chave presencial, sensor de chuva, sensor crepuscular e retrovisor interno eletrocrômico, com acréscimo de R$ 3,05 mil. Somando tudo, inclusive a cor metálica, o Argo avaliado tem o alto preço de R$ 77,34 mil. Motor e câmbio - O motor da versão é o E.TorQ 1.8 16V Flex de 4 cilindros em linha. Seu cabeçote tem comando de válvulas simples tracionado por corrente com variação de abertura apenas na admissão. A injeção é indireta, multiponto, e a taxa de compressão é 12.5/1. O torque máximo é 19,3/18,8 kgmf às 3.750 rpm e a potência atinge 139/135cv às 5.750 rpm, com etanol e gasolina, respectivamente. O câmbio é automático convencional com conversor de torque e 6 marchas. Ele oferece seleção entre automático e manual com possibilidade de comutação pela alavanca de câmbio ou pelas aletas posicionadas atrás do volante. O porta-malas do Argo comporta 300 litros e, o tanque de combustíveis, 48 litros. Suas dimensões são: 3,99 metros de comprimento, 2,52 metros de distância entre-eixos, 1,72 metro de largura (sem considerar os retrovisores), 1,51 metro de altura total e 15,5 centímetros de vão livre. Confortável, o Argo acomoda bem quatro adultos com bom espaço para as cabeças, ombros e pernas de todos. Como na maioria dos carros compactos, um ocupante no centro do banco traseiro fica mal acomodado, mas a distância entre-eixos é boa e o espaço para as pernas na parte de trás é um dos melhores entre os hatches compactos. A ergonomia é bem projetada, com todos os comandos à mão. A central multimídia é “flutuante”, destacada acima do painel e tem fácil visualização. As maçanetas internas e os comandos dos vidros e retrovisores elétricos são bem localizados. Os puxadores das portas dianteiras são grandes, facilitando o seu fechamento, apesar de atrapalharem um pouco a abertura das mesmas. Destaque - O acabamento interno é um dos seus destaques.

Detalhes cromados e prateados em diversas partes internas e o revestimento sintético que imita o couro, aplicado ao volante, à coifa da alavanca de marchas e aos bancos, conferem requinte ao interior. As peças plásticas não são emborrachadas, mas são muito bem encaixadas e não apresentam rebarbas. Apenas nas portas dianteiras existem materiais macios ao toque. Nas portas traseiras é tudo rígido mesmo. Os revestimentos das colunas e do teto são claros, menos esportivos que os escuros, mas ampliam a percepção do espaço interno. A tela digital no centro do cluster tem apenas 3,5 polegadas e não é colorida, como a opcional de 7 polegadas que não está disponível para essa versão. Mas ele tem as mesmas funções e oferece uma boa leitura das informações, pois seus números ainda são bem dimensionados. A central multimídia e o ar-condicionado possuem botões físicos, giratórios para as funções principais e de pressão para as secundárias, além dos comandos por toque na tela. Controles físicos são mais eficientes, pois não precisamos desviar o olhar das vias para operá-los. A central multimídia (tela de 7 polegadas) funciona com precisão, tanto usando

pequenos e difíceis de serem identificados rapidamente quando estamos dirigindo. A sensibilidade ao toque, a definição da imagem e o tamanho da tela são muito bons, mas o sistema operacional da central multimídia poderia ter maior velocidade de processamento. O sistema de refrigeração também apresenta uma configuração de fácil leitura e operação e, mesmo sendo um ar-condicionado de zona única, é muito eficiente no resfriamento da cabine. o bluetooth, como os aplicativos de espelhamento para celulares, quanto via cabo USB. Por sinal, com os dis-

positivos espelhados, o uso *Colaborador da tela se torna mais fácil, **Essa e outras matérias pois os gráficos originais da no nosso blog www.dcaumesma apresentam ícones toblog.com

Acerto das suspensões da versão se destaca Assim como observamos no Cronos HGT, avaliado há três semanas, a direção elétrica é muito leve em baixas velocidades, ótima para manobras de estacionamento, mas poderia ser mais progressiva. Ela deixa de ser leve muito rapidamente e estabiliza em um peso que garante controle ao condutor em altas velocidades, porém, o ideal seria que este ganho de peso fosse mais gradual, com pesos intermediários, adequados às velocidades médias. Além da leveza da direção, os sensores de estacionamento traseiros, aliados à câmera com guias gráficas esterçáveis, facilitam bastante as manobras em garagens e ao se deslocar em marcha a ré, pois o vidro traseiro é estreito, diminuindo a visibilidade para trás, e as colunas “c” são largas, atrapalhando a visão cruzada. Mesmo não sendo dos mais modernos, o conjunto motor e câmbio é bem dimensionado para o Argo. Andando moderadamente, o motor é silencioso e as trocas de marchas ocorrem suavemente, sem trancos. A programação do câmbio visa à economia de combustível, comutando as marchas em baixas rotações, mas essa não é a essência deste motor.

O E.TorQ 1.8 16V é o famoso motor “girador”. Acorda após às 4.000 rpm e muda de personalidade. Na posição manual do câmbio, e trocando as marchas pelas aletas, é muito divertido andar mais forte com o Argo. Suspensões - Como no Cronos, o grande destaque do Argo são as suspensões. O acerto do conjunto privilegia o conforto, mas entrega estabilidade e não deixa a carroceria inclinar muito em curvas, como acontecia com o Palio. O que mais impressiona é a capacidade de absorção do conjunto. Ele filtra a maior parte dos impactos causados por imperfeições e buracos das vias, transferindo pouca vibração para a cabine. Independente da situação, as suspensões trabalham de forma silenciosa, passando a impressão de robustez. O Argo Precision é equipado com rodas menores e pneus mais altos que os do Cronos HGT, características que permitem calibração mais baixa dos pneus e, consequentemente, um maior conforto ao rodar. Consumo - Em um circuito rodoviário de 38,4 km realizamos duas

voltas, uma aos 90 km/h e outra aos 110 km/h. Considerando que o Argo Precision e o Cronos HGT têm os mesmos motor e câmbio, sabíamos que os resultados seriam próximos, pois o Cronos é apenas 7 kg mais pesado que o Argo. O Argo se mostrou um pouco mais econômico. Aos 90 km/h, ele registrou 12,2 km/l contra 11,9 km/l do Cronos. Já aos 110 km/h, o hatch chegou aos 11 km/l e, o sedan, não passou dos 10,5 km/l, abastecidos apenas com etanol. Circulando em cidades, também com etanol, o Argo registrou médias entre 5,5 km/l e 7,5 km/l, dependendo da intensidade do tráfego. A Fiat deixou de oferecer o sistema stop/start para o Argo e o Cronos alegando pouca aceitação do consumidor. Este recurso melhoraria as médias urbanas. O Argo Precision é uma versão para quem aprecia o bom desempenho, mas não abre mão do conforto. Para quem busca maior economia de combustível, o Argo Drive GSR ou o Drive manual são os mais indicados. Já o Argo HGT entrega o mesmo desempenho e maior estabilidade, mas é menos confortável que o Argo Precision. (AV)


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FINANÇAS BRUNO DOMINGOS/REUTERS

CUSTO BRASIL

Gasto anual no País supera em R$ 1,5 tri média da OCDE Dado é do Ministério da Economia São Paulo - As empresas brasileiras gastam R$ 1,5 trilhão por ano a mais do que a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), segundo estudo feito pelo Ministério da Economia e divulgado ontem. O valor aproximado corresponde ao chamado custo Brasil, conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas do País, e representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo contou com apoio de associações do setor produtivo e chegou a 12 elementos que compõe o custo Brasil. “O maior deles é empregar capital humano, o que é uma tragédia no Brasil que precisa contratar pessoas. O segundo é honrar tributos, nossa estrutura tributária é muito complexa. E o terceiro é utilizar a infraestrutura”, disse o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa. Os elevados custos e baixa qualidade logística então entre os itens que compõem o elemento de infraestrutura. E a alta da gasolina tem um impacto nesse elemento. “A alta de qualquer insumo produtivo preocupa o governo, porque dificulta a vida das empresas privadas. Por isso, estamos trabalhando diariamente para reduzir o custo do gás, da energia elétrica. Agora, preços internacionais e taxas de câmbio são variáveis endógenas, que flutuam e afetam o preço”, afirmou

o secretário. Já a alta do dólar não é motivo para preocupação. “Quando sobe e desce, tem vantagens e desvantagens, um câmbio mais depreciado torna as empresas brasileiras mais competitivas, mais apreciado é bom para quem viaja, mais depreciado encarece a produção para quem vende para o mercado interno com insumos em dólar. Mas isso é um assunto do Banco Central, e temos como filosofia o câmbio flutuante”, disse. Ações - Entre as estratégias para diminuir esse custo, o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade lançou o PMCC (Programa de Melhoria Contínua da Competitividade), que visa a analisar e priorizar propostas com maiores chances de impactar na competitividade brasileira. Ontem, também foi constituído o comitê deliberativo, formado por secretários da área econômica do governo. Segundo Costa, em três semanas, será criado um comitê público e privado, formado por representantes do setor privado que vão sugerir e apoiar a implementação das mudanças para a redução do custo Brasil. Ele afirma, no entanto, que só será possível estimar um prazo para a diminuição do custo brasileiro em seis meses. “Precisamos fazer um estudo para mensurar o tempo de viabilizar as mudanças”, explicou. (Folhapress)

Valor apurado em estudo do Ministério da Economia corresponde a cerca de 22% do Produto Interno Bruto brasileiro

Proteção à indústria pesa em R$ 1,27 tri para consumidor São Paulo - Para proteger a indústria nacional da concorrência de produtos importados, o consumidor brasileiro gastou R$ 1,27 trilhão, de 2010 a 2016, segundo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na quarta-feira (27). A cifra corresponde ao sobrepreço aplicado a inúmeros produtos dentro da política de proteção a empresas locais, intensificada especialmente durante a gestão da presidente Dilma Rousseff. O estudo leva em consideração que, na prática, o cidadão pagou mais caro pelo similar nacional, por não ter acesso a importados mais baratos, nem ser beneficiado pela concorrência que eles provocariam se tivessem sido comercializados no mercado local sem as tarifas protecionistas. “É uma transferência de recursos implícita, pelo fato de que pagamos mais caro por determinado item quando ele possui a tarifa de importação”, diz o coordenador do estudo Fernando Ribeiro. Para se ter uma dimensão desse custo, o montante equivale ao orçamento previsto para a Seguridade Social em 2020, a principal despesa da União, que inclui todos os gastos com Previdência, saúde e assistência social, incluindo o Bolsa Família - em outras palavras, 72%

da chamada despesa primária, que não inclui juros da dívida. Os setores mais beneficiados, segundo o levantamento do Ipea, foram carnes, laticínios e pescado, além de automóveis, caminhões e ônibus. Máquinas e equipamentos mecânicos e biocombustíveis também contaram com proteção elevada. Segundo o levantamento, 50% dos valores obtidos com sobrepreço de produtos estavam concentrados em sete dos 36 setores da indústria, sendo que automóveis, caminhões e ônibus receberam 13,5% do total, ou R$ 171,2 bilhões, seguido por outros produtos alimentares, com R$ 101,1 bilhões. Estudo - Batizado de Relatório de Assistência Tarifária Efetiva aos setores econômicos no Brasil: novas estimativas para o período 20102016, o levantamento toma como base para o cálculo uma estimativa do valor líquido indiretamente recebido pelos produtores em função da proteção trazida pelas tarifas de importação, que permitem aos comerciantes praticarem preços mais altos no mercado doméstico do que aqueles valores que seriam colocados na ausência dos encargos. “É uma estimativa do quanto a sociedade estaria transferindo para

cada setor de atividade através do sobrepreço pago pelo produto vendido no mercado doméstico em função da existência de uma tarifa de importação”, disse o coordenador de estudos do Ipea. Em 2016, foram pagos R$ 148,9 bilhões, valor equivalente a 2,2% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil naquele ano. Desse montante, 95% (R$ 141,8 bilhões) foram destinados apenas à indústria de transformação, que reúne segmentos de automóveis, caminhões e ônibus, fabricação e refino de açúcar, vestuário e acessórios, têxteis e biocombustíveis. Esse último ano analisado foi o que registrou o menor valor da série que se inicia em 2010. Isso devido à forte crise econômica que atingiu o Brasil no período. No estudo, o Ipea conclui que o indicador de assistência efetiva pode ser uma ferramenta valiosa para avaliação de políticas públicas, mais especificamente para avaliação dos impactos da política tarifária do País, identificando quais os setores mais beneficiados ou prejudicados pela atual estrutura tarifária. “Com esse estudo, podemos tirar várias conclusões importantes de recomendações de políticas públicas”, afirma Carlos von Doellinger, presidente do Ipea. (Folhapress)

CONTAS PÚBLICAS

Redução de receitas impacta superávit do governo central Brasília - O governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de R$ 8,673 bilhões em outubro, mais baixo que no mesmo mês do ano passado, afetado pela diminuição de receitas, divulgou o Tesouro ontem. Em outubro de 2018, o superávit havia sido de R$ 9,509 bilhões. O dado também veio pior que a projeção de um saldo positivo de R$ 10,7 bilhões feita por economistas, segundo pesquisa Reuters. Sazonalmente, outubro costuma ficar no azul, sendo marcado pelo ingresso de recursos com participações especiais de petróleo e arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido. Desta vez, o Tesouro afirmou que houve recuo de R$ 1,1 bilhão nas receitas líquidas na comparação com outubro do ano passado, já

descontada a inflação. “Essa variação é explicada em sua maior parte pelas reduções de R$ 3 bilhões na Cofins, R$ 2 bilhões em outras receitas administradas, R$ 1,6 bilhão na receita de exploração de recursos naturais e R$ 1,5 bilhão em concessões e permissões”, disse o Tesouro em nota divulgada. Em outubro, a receita líquida caiu 0,9% em termos reais sobre o mesmo mês de 2018, a R$ 116,620 bilhões. Já a despesa total ficou estável na mesma base de comparação, a R$ 107,947 bilhões. Desempenho acumulado - De janeiro a outubro, o déficit primário do governo central chegou a R$ 63,848 bilhões, queda real de 14,8% ante igual período do ano passado. Em 12 meses, o rombo soma R$ 113,1 bilhões, ainda distante da meta de R$ 139 bilhões. Em nota, o Tesouro afirmou que o resultado primário do setor público consoli-

dado deste ano - que abarca também a performance de estados, municípios e estatais - deve ficar “por volta de R$ 80 bilhões “, equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ante meta de R$ 132 bilhões.

“Esse resultado implicará, necessariamente, um resultado nominal melhor e um crescimento menor da dívida pública”, pontuou.

que a queda da Selic diminui o custo da dívida pública e o tamanho do ajuste fiscal necessário para recolocar as contas públicas em ordem. Mesmo assim, frisou que o Selic x dívida pública - O governo central só voltará a Tesouro voltou a reconhecer ter superávit em 2022 ou 2023.

“Assim, não há espaço algum para relaxar no ajuste fiscal, que exige, necessariamente, o cumprimento do teto dos gastos para evitar um aumento da carga tributária”, assinalou. (Reuters)

Investimentos têm queda de 16,3% no ano Brasília - Em meio ao crescimento de gastos obrigatórios, os investimentos – gastos com obras e compra de equipamentos – acumulam queda em 2019. Segundo números divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, os investimentos totalizam R$ 30,888 bilhões de janeiro a outubro, recuo de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 16,095

bilhões de janeiro a outubro, retração de 18,9% em relação aos mesmos meses do ano passado, descontada a inflação. As despesas do Minha casa, minha vida, no entanto, subiram 2,6% acima do IPCA, atingindo R$ 3,178 bilhões nos dez primeiros meses do ano. De janeiro a outubro, as receitas líquidas acumulam alta de 0,3% acima do IPCA. As despesas totais, em contrapartida, caíram 1% descontada a inflação. Os gastos com a Previdência Social subiram 3% além da inflação, contra alta de 1,1% (também acima da

inflação) dos gastos com pessoal. As demais despesas obrigatórias, no entanto, acumulam queda de 5,9% descontada a inflação, por causa principalmente de gastos que ocorreram ano passado, mas não se repetiram neste ano, como o pagamento das compensações da Lei Kandir e os gastos com financiamento de campanha eleitoral. Também caíram as despesas com o Fundo de Financiamento Estudantil (-48,1%), a desoneração da folha de pagamento (-27,6%) e com subsídios (-26,9%). As despesas de custeio

(manutenção da máquina pública) acumulam queda de 7,2% descontada a inflação nos dez primeiros meses do ano. A retração decorreu do contingenciamento (bloqueio) de recursos que vigorou durante boa parte do ano. Na semana passada, o governo liberou todas as verbas contingenciadas em 2019. A liberação foi possível porque o governo obteve receitas extraordinárias com tributos sobre a venda de subsidiárias de estatais e pelos leilões do excedente da cessão onerosa e da partilha do pré-sal. (ABr)


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LEGISLAÇÃO PREVIDÊNCIA

Novo fator diminui valor da aposentadoria Redutor médio da renda chega até 0,99% dos benefícios concedidos, calcula consultoria atuarial São Paulo - O trabalhador que tem entre 40 e 80 anos de idade e se aposentar pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a partir do próximo domingo precisará trabalhar cerca de dois meses a mais, em média, para receber o mesmo valor de benefício ao qual teria direito se completasse o mesmo tempo de contribuição entre 1º de dezembro do ano passado e amanhã. A estimativa é da Conde Consultoria Atuarial com base no novo fator previdenciário, que pode ser calculado a partir da expectativa de sobrevida da população divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE). Caso o novo beneficiário não estique o seu período de contribuição, o redutor médio do valor da aposentadoria será de 0,64% em relação aos benefícios concedidos na vigência da tabela antiga. Nenhuma aposentadoria será diminuída em mais de 0,99%, segundo a consultoria. A redução no cálculo da renda valerá para as aposentadorias por tempo de contribuição a serem concedidas pela regra de transição com pedágio de 50%. Essa regra de transição vale somente para trabalhadores que no último dia 13, quando a reforma da Previdência foi publicada, já tinham acumulado períodos de contribuição entre 28 e 30 anos (mulheres) e 33 e 35 anos (homens). Para se aposentar sem a exigência de idade mínima, esses segurados devem aumentar o seu tempo de contribuição em 50% sobre o período que restava para que eles conseguissem a antiga aposentadoria por tempo de contribuição, concedida a mulheres e homens que comprovassem, respectivamente, 30 e 35 anos de recolhimentos previdenciários. Criado na década de 1990 no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o fator previdenciário tinha a função de desestimular aposentadorias consideradas precoces, como a de trabalhadores que pediam o benefício por tempo de contribuição ainda na casa dos 50 anos de idade. Transição - A reforma da Previdência aprovada no governo de Jair Bolsonaro criou novas regras de aposentadoria para benefícios previdenciários concedidos a partir de 13 de novembro deste ano. Para quem é empregado do setor privado, há regras de transição entre a velha e a nova legislação. São cinco regras de transição, sendo quatro delas entre a antiga aposentadoria por tempo de contribuição e a nova aposentadoria com idades mínimas de 62 anos, para a mulher, e de 65 anos, para o homem. Antes, os segurados do INSS podiam se aposentar sem atingir uma idade específica caso completassem um período mínimo contribuição de 30 anos, para a mulher, e de 35 anos, para o homem. A quinta regra de transição será aplicada à aposentadoria por idade da mulher, que subirá de 60 para 62 anos. Homens continuarão a se aposentar por idade a partir dos 65 anos. A carência de 15 anos de contribuição permanecerá valendo para ambos. Servidores, professores e

DIVULGAÇÃO

trabalhadores em atividades que apresentam risco à saúde ou são perigosas também terão regras de transições específicas. Além de aumentar as exigências para acessar os benefícios, a reforma também muda a fórmula de cálculo das aposentadorias. A média salarial sobre a qual a renda do beneficiário é calculada passa a ser feita sobre todo o período de contribuição após julho de 1994. Antes da reforma, o INSS fazia a média sobre os 80% maiores salários de contribuição. Ao deixar de descartar os menores recolhimentos, o governo rebaixa as aposentadorias de trabalhadores que contribuíram sobre valores acima de um salário mínimo ao longo de suas vidas. A publicação da reforma também marcará o fim da regra 86/96, que antecipa a aposentadoria integral para o trabalhador que, ao somar sua idade e tempo de contribuição, consegue atingir 86 pontos, se mulher, ou 96, para o homem. (Folhapress) Com a reforma da Previdência, os trabalhadores terão de contribuir por mais tempo para receber o mesmo benefício

Trabalhador pode bancar processo contra INSS Brasília - O governo quer que trabalhadores tenham de arcar com as despesas ao entrar com um processo judicial contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para a população de baixa renda, a gratuidade, porém, deve ser mantida. Técnicos da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram à “Folha de S.Paulo” que o objetivo é reduzir a judicialização. Cerca de 15% dos benefícios pagos pelo INSS foram obtidos por via judicial. Os casos mais comuns são aposentadorias especiais (trabalhadores expostos a agentes nocivos), BPC (benefício pago a idosos carentes e pessoas com deficiência) e aposentadoria rural, que geralmente atendem os mais pobres. Hoje, os gastos com um processo judicial saem dos cofres públicos - da União ou dos estados. O time do presidente Jair Bolsonaro propõe que, se a pessoa tiver renda suficiente, irá arcar com os custos de uma ação contra a Previdência Social, caso a Justiça decida contra o autor do processo. A alteração nas regras depende de aprovação de um projeto de lei no Congresso.

A palavra final, portanto, é de deputados e senadores. A medida integra o pacote de iniciativas para estimular a economia e a criação de vagas de trabalho, cujo pilar é o chamado “Emprego Verde e Amarelo”, que reduz os encargos na contratação de mão de obra. O fim da gratuidade em ações contra o INSS, contudo, deve poupar os mais pobres. A ideia do governo é isentar quem não tem condições de pagar pelo processo judicial. Assim, famílias com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 2.994) não seriam cobradas. O mesmo valeria para famílias com renda mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 499). A proposta de cobrar os custos de quem tiver o processo previdenciário negado pela Justiça só deve valer para quem ingressar com as ações após o aval do Congresso. A ideia partiu da equipe do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Ex-deputado federal, ele é um dos principais articuladores políticos da gestão Bolsonaro. Medida semelhante foi

adotada na reforma trabalhista aprovada pelo Congresso no governo de Michel Temer (MDB). Marinho, à época deputado, esteve na linha de frente dessa reforma, que resultou na redução dos processos trabalhistas. Integrantes do Ministério da Economia esperam que, se aprovada a proposta, haverá também um corte na “judicialização inconsequente” e no número de processos, pois o trabalhador passa a considerar o risco do ônus. Acesso impedido - O Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) critica o projeto. “Ao mudar a lei da Justiça gratuita, estão impedindo o acesso das pessoas ao Poder Judiciário. É inconstitucional fixar um valor de renda para que a pessoa possa entrar na Justiça. Fazer isso para o direito previdenciário é muito pior, pois lidamos com pessoas vulneráveis”, diz a presidente do IBDP, Adriane Bramante. O governo argumenta que não é justo usar recursos públicos para bancar processos previdenciários de quem tem condições de pagar. A proposta começará

a tramitar pela Câmara e, depois, precisará do aval do Senado. Para o presidente do IBDP, a mudança poderá elevar significativamente a quantidade de recursos administrativos quando um pedido é negado. Assim, o INSS poderia demorar ainda mais para responder aos requerimentos de aposentadorias e pensões. No projeto, o governo prevê ainda que, em caso de falta de documentos necessários no pedido de benefício do INSS, o requerimento deve ser arquivado. Será possível entrar com uma nova solicitação, mas o auxílio, aposentadoria ou pensão, se concedidos, passam a ter validade a partir do segundo pedido. Neste ano, a equipe de Guedes já adotou uma medida para impor um limite nos julgamentos de temas previdenciários na Justiça estadual. A Constituição permite que, se não houver Justiça Federal na cidade, a pessoa possa recorrer à Justiça Estadual -que tem maior capilaridade- para entrar com ações contra o INSS. Após o aval do Congresso, foi publicada uma lei para dar novas condições

aos julgamentos quando não há vara federal onde o segurado reside. A lei publicada em setembro determina que o segurado não pode recorrer à Justiça Estadual se houver vara previdenciária da Justiça Federal em até 70 quilômetros de seu município. O governo argumenta que a Justiça Federal é mais ágil e, assim, o trabalhador aguardaria menos tempo por uma decisão. O projeto do governo, a ser analisado pelo Congresso, também poderá restringir o acesso ao juizado especial federal cível, que julga processos envolvendo valores de até 60 salários mínimos (R$ 59.880). Geralmente essa esfera judicial é usada em ações de direito do consumidor. A ideia da equipe de Guedes é que a isenção dos custos dos processos seja mantida apenas para a população de baixa renda - mesmos critérios definidos para as causas contra o INSS. O argumento do governo, novamente, é que haja redução no número de ações contra empresas e, com isso, se espera a criação de novas vagas de emprego. (Folhapress)

Prazo para contestação do FAP vence amanhã No dia 26 de setembro de 2019, foi publicado pelo Ministério da Economia, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 1.079, dispondo sobre os índices do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), com vigência para o ano de 2020. O FAP é um multiplicador, atualmente calculado por estabelecimento, que varia de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais

e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. Ele varia anualmente e é calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social. Contudo, de acordo com a advogada tributarista do VM&S Advogados, Gabriela Costa, não são todos os acidentes que devem ser incluídos no cálculo. “Não serão levados em consideração, os acidentes que não gerem incapacidade superior a 16 dias, bem como acidentes sofridos no percurso realizado pelo

trabalhador no que tange ao deslocamento de ida e volta do trabalho” afirma. De acordo coma Secretaria da Previdência, 92,19% dos estabelecimentos tiveram benefícios com o cálculo do FAP, mediante redução da carga tributária, sendo que outros 3,32% foram considerados neutros e apenas 4,5% dos contribuintes possuem taxação majorada pelo FAP para o exercício de 2010. Caso não concorde com o cálculo do FAP, o contribuinte poderá apresentar contestação, por meio eletrônico, somente

até amanhã. A advogada explica que, para fins de contestação o contribuinte deverá abordar, exclusivamente, questões relativas a divergências nos elementos previdenciários que compõe o cálculo do FAP, tais como:Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT); benefícios; massa salarial; número médio de vínculos; e Taxa Média de Rotatividade. Para o cálculo da Taxa Média de Rotatividade, consideram-se apenas as rescisões sem justa causa, por iniciativa do empregador, incluindo a rescisão

antecipada do contrato a termo, bem como aquelas decorrentes de término do contrato a termo. Entretanto, conforme procedimento já aplicado para os anos de 2018 e 2019, não há mais possibilidade de desbloqueio de bonificação pelo sindicato, mesmo que seja em decorrência da Taxa Média de Rotatividade superior a 75%. A consulta ao FAP com vigência para 2020 está disponível e deverá ser efetuada pelo site da Receita Federal do Brasil, com utilização de senha. (Da Redação)





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&RPSHWrQFLD GR 'HSyVLWR &UpGLWR -XQKR $JRVWR -XOKR 6HWHPEUR 7D[D TXH GHYHUi VHU XVDGD SDUD DWXDOL]DU R VDOGR GR )*76 QR VLVWHPD GH )ROKD GH 3DJDPHQWR )RQWH &DL[D (FRQ{PLFD )HGHUDO

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Agenda Federal Dia 29

Contribuição ao INSS &2035$

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IOF - Pagamento do IOF apurado no mĂŞs de outubro/2019 relativo a operaçþes com contratos de derivativos ÂżQDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &Rmum (2 vias) ITR - Pagamento da 3ÂŞ parcela do Imposto sobre a Propriedade Territorial 5XUDO ,75 GR H[HUFtFLR GH ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž 'DUI &RPXP YLDV &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV RecolhimenWR GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW ž † ž GD /HL Qž FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL Qž QR SHUtRGR GH ž D 'DUI &RPXP YLDV

,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de outubro/2019 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento PHQVDO GR LPSRVWR SRU HVWLPDWLYD DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP (2 vias) ,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 2ª quota do Imposto de 5HQGD GHYLGR QR ž WULPHVWUH GH pelas pessoas jurídicas submetidas j DSXUDomR WULPHVWUDO FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DFUHVFLGD GH DUW ž GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV QR PrV GH RXWXEUR SRU SHVVRDV MXUtGLFDV LQFOXVLYH DV LVHQWDV HP RSHUDo}HV UHalizadas em bolsas de valores de merFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGDV EHP FRPR HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR H GH SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV IRUD GH EROVD DUW GR 5,5 'DUI &RPXP YLDV

do exterior no mĂŞs de outubro/2019 DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) Lucro na alienação de bens ou GLUHLWRV 3DJDPHQWR SRU SHVVRD ItVLFD UHVLGHQWH RX GRPLFLOLDGD QR %UDVLO do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de outubro/2019 provenientes de DUW GR 5,5 D DOLHQDomR GH bens ou direitos adquiridos em moeda QDFLRQDO &yG 'DUI E DOLHQDção de bens ou direitos ou liquidação RX UHVJDWH GH DSOLFDo}HV ¿QDQFHLUDV adquiridos em moeda estrangeira &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por pesVRDV ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH RXWXEUR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53) Âą 4XRWD 3DJDPHQWR GD Â? quota do imposto apurado pelas pesVRDV ItVLFDV QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH PDLR D RXWXEUR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

&6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR PrV GH RXWXEUR SHODV pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estiPDWLYD DUW GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV &6/ $SXUDomR WULPHVWUDO PagaPHQWR GD � TXRWD GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR ž WULmestre de 2019 pelas pessoas jurídiFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO GR ,53- FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DFUHVFLGD GH DUW GD /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho de &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV 3DJDmento do Imposto de Renda devido SHODV HPSUHVDV RSWDQWHV SHOR 6LPSOHV Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação GH DWLYRV QR PrV GH RXWXEUR DUW ž † ž GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Qž &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

5H¿V 3DHV Pagamento pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL Qž H SHODV SHVVRDV ItVLFDV H MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3DUFHlamento Especial (Paes) da parcela PHQVDO DFUHVFLGD GH MXURV SHOD 7-/3 FRQIRUPH /HL Qž 'DUI &Rmum (2 vias)

,53) &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV

5H¿V Pagamento pelas pessoas jurídicas optantes pelo Programa de ReFXSHUDomR )LVFDO 5H¿V FRQIRUPH /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2019

18

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

DIVULGAÇÃO

VIVER EM VOZ ALTA

Três anos no “Diário do Comércio”

ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC

ROGÉRIO FARIA TAVARES*

Esta coluna começou a ser publicada em novembro de 2016, já sob o título que conserva até hoje: “Viver em voz alta”, frase extraída de crônica de Rubem Braga. Despretensiosa, ela permanece fiel ao que levou à sua criação: veicular uma mensagem leve, descontraída, uma boa leitura para sexta-feira. Livre, flexível, esse espaço acolheu até os minicontos que gosto tanto de produzir. Hoje, depois de mais de cento e cinquenta textos, reitero meu gosto em escrever para o “Diário do Comércio”, animado a seguir em frente. Ainda acredito na importância dos jornais e continuo apreciando a publicação em papel, embora também consuma notícias pela internet. Só não navego pelas redes sociais (com a exceção do Linkedin), um território em que – de modo geral - sobra calor e falta luz. O mesmo digo do whatsApp, que, se é extremamente útil no dia a dia, pode igualmente roubar muito tempo de atividades mais produtivas, quando envereda pelo caminho das discussões estéreis, raivosas ou tolas. É preciso respeitar o poder da palavra. Creio em sua potência transformadora e vejo, com esperança, a possibilidade de abrir mentes e corações por meio da literatura de qualidade e do jornalismo reflexivo e crítico, feito por profissionais da área. Cresci lendo jornais. Formei o hábito com meu pai,

Conselho Editorial do DC

que assinava dois ou três, entre os quais o lendário JB, de cujo time faziam parte nomes como Carlos Drummond de Andrade (sucedido, em 1987, por Affonso Romano de Sant’Anna), Carlos Castelo Branco, Villas Boas Correa, Tárik de Souza, Artur Xexeo e Zózimo Barroso do Amaral, entre tantos outros. Foi lendo o matutino carioca que me entusiasmei pelo campo da cultura e pelos debates literários, que tão bem fazem à inteligência. Escrever para um jornal como o DC é particularmente prazeroso. Respeito a sua história, a sua longevidade e a sua reputação. Não é todo dia que encontramos, no país, uma empresa fundada em 1932 em plena e vigorosa atividade. Aposta corajosa um dia formulada pelo seu

idealizador, José Costa, e renovada pelas gerações que o sucederam, em especial pelo querido Luiz Carlos, o DC conta agora, em sua direção, com uma fraterna amiga, Adriana Muls, com quem me graduei em Jornalismo na PUC Minas, em 1995, em turma que também contava com talentos como os de Fred Melo Paiva, Marilia Mendonça, Michele Borges da Costa, Alessandra Melo, Alberto Santiago e Raquel Cerqueira. A presença de uma mulher no posto máximo da organização merece ser celebrada com festa, já que dá, a todos, o testemunho da força feminina no mundo corporativo e no universo da mídia. Se, nos Estados Unidos, o destemor de Katharine Graham à frente de “The

Washington Post” marcou época, sobretudo durante a cobertura do caso ‘watergate’, no Brasil também tivemos a inesquecível Niomar Muniz Sodré, que comandou o “Correio da Manhã” com a bravura necessária ao seu tempo. Quando o mundo exige atitudes cada vez mais comprometidas com a liberdade e a democracia, nada melhor que evocar o legado dessas mulheres inspiradoras, que não tiveram medo de enfrentar o obscurantismo, a ignorância, a truculência. Tenho a certeza de que Adriana honrará a linhagem a que pertence, contribuindo, por meio de seu trabalho, para com toda a sociedade de Minas Gerais. *Jornalista e presidente da Academia Mineira de Letras

CULTURA DIVULGAÇÃO

Música Choro – Uma das maiores referências do violão de sete cordas da atualidade, Zé Barbeiro, e o mineiro Dinho Nogueira, compositor e professor, apresentam o álbum “Ao Vivo em Paris”, gravado no Sunset Sunside Jazz Club, no final de 2018, durante turnê realizada em 14 países na Europa. Com um repertório que aborda as principais características dos artistas, o espetáculo contará com canções de temas que passam pelo choro tradicional e temas autorais da dupla. Quando: 29 de novembro (20h) Quanto: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia), R$ 8,00 (trabalhadores do comércio) e R$ 16,00 (usuário conveniado)

Belo Horizonte para uma única apresentação. Um espetáculo único, e raro, que vai unir dois grandes instrumentistas de gerações e estilos diferentes, apresentando grandes clássicos da MPB. Quando: 30 de novembro (21h) Quanto: Plateia I - R$ 240,00 (inteira) e R$ 120,00 (meia-entrada); Plateia II - R$ 200,00 (inteira) e R$ 100,00 (meia-entrada); Onde: Sesc Palladium e Plateia Superior = R$ Teatro de Bolso (rua Rio de 160,00 (inteira) e R$ 80,00 Janeiro, 1.046, Centro) (meia-entrada) Onde: Grande Teatro do Hits - O cantor, compositor Palácio das Artes (avenida e violonista Emmerson Afonso Pena, 1.537, Nogueira comemora 18 Centro) anos de carreira com repertório especial, Dança que inclui medleys e citações que marcaram Moderna – O ano está a trajetória artística do chegando ao fim e o Grupo cantor, como “Wish You Corpo, mais uma vez, Were Here” e “Hotel encerra suas atividades California”, além de do ano presenteando o surpresas e momentos público de Belo Horizonte conceituais, como o solo de com uma temporada viola caipira. a preços populares. Quando: 29 de novembro Serão apresentados, (21h) em programa duplo, Quanto: a partir de R$ “Sete ou Oito Peças 65,00 para um Ballet”, com Onde: Palácio das Artes coreografia de Rodrigo (avenida Afonso Pena, Pederneiras, música de 1.537, Centro) Philip Glass e Uakti e cenografia de Fernando MPB - Toquinho e Badi Velloso, e “Gira”, com Assad estarão juntos coreografia de Rodrigo Pederneiras, música de pela primeira vez em

Metá Metá e cenografia de Paulo Pederneiras. Quando: 29 e 30 de novembro (20h30) Quanto: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia) ingressos na bilheteria do teatro e on-line pelo site www.eventim.com.br Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça 7, Centro) Cinema Documentários - O 23º forumdoc.bh reúne produções e temáticas diversificadas para debater questões em torno da diversidade cultural na mostra “Mortos e a Câmera” (foto), bem como exibir a produção nacional recente na mostra “Contemporânea Brasileira”. Destaque para as sessões especiais que contarão com estreias importantes de filmes premiados nacional e internacionalmente. A sessão de abertura, hoje, às 19h30, contará com a estreia mundial do longa “Yãmĩyhex, as mulheresespírito”, com direção de Suely Maxakali e Isael Maxakali. Quando: até 1º de dezembro Quanto: entrada franca Onde: Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro)

A primeira reunião do Conselho Editorial do DIÁRIO DO COMÉRCIO foi realizada ontem na sede do DC. Eles foram recebidos pelo presidente do Conselho do DC, Luiz Carlos Motta Costa, pelo diretor executivo e de Mercado, Yvan Muls, e pela presidente e diretora editorial do DC, Adriana Muls. Participaram da reunião os seguintes membros do conselho: Adriana Machado (presidente e diretora de Inspiração da Tom Comunicação), Lindolfo Paoliello (jornalista e ex-presidente da ACMinas), Luiz Henrique Michalick (jornalista, ex-superintendente de Comunicação da Cemig e dirigente da Luhmi Comunicação), Mônica Cordeiro (coordenadora do Capítulo Minas Gerais do IBGC) e Claudio de Moura Castro (economista, professor e diretor pedagógico da Edu Qualis). Também fazem parte do Conselho Editorial Helena Neiva (presidente da Fundação Pitágoras) e Teodomiro Diniz (vice-presidente da Fiemg).

Prêmio Minas de Economia O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e o Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG) promoveram ontem a entrega do 31º Prêmio Minas de Economia, na sede do banco. A iniciativa premia todos os anos as três melhores monografias de conclusão de curso das faculdades de Economia de Minas Gerais. A melhor monografia foi a de Arthur Ribeiro Queiroz, que conclui neste ano o curso de Economia da UFMG. No texto “Estratégia de Diversificação Produtiva: uma proposta para aumentar a complexidade econômica dos estados brasileiros”, Queiroz simula o acréscimo no número de emprego dos estados se estes passassem a produzir competitivamente nas atividades identificadas como promissoras. O 2º lugar foi conquistado por Vitória Ferreira de Vasconcelos, formada em junho deste ano, em Economia, pela UFMG. Já o 3º lugar foi para Gabrielly Ramalho Ferreira, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Natal iluminado Depois de alguns anos sem sua grandiosa iluminação de Natal, as Instituições Arnaldo - Colégio e Faculdade preparam um retorno em grande estilo. Mais de 4.500 metros de mangueira de led vão iluminar o centenário prédio no bairro Funcionários localizado no encontro de três avenidas Carandaí, Bernardo Monteiro e Brasil. A inauguração será realizada hoje, a partir das 17h45, com uma Cantata de Natal, que será realizada pelo coral de alunos do ensino fundamental, além da presença do Papai Noel que canta e dança. A entrada é gratuita.

Casa de Juscelino A programação cultural na Casa de Juscelino continua cheia de atrações e agora com entrada franca. Hoje é a vez de Saldanha Rolim e da JK Jazz Band, a partir das 19 horas, na rua São Francisco, 241, no Centro Histórico de Diamantina. Inspirada no ex-presidente Kubitschek, as apresentações reúnem boa música e diversidade, em prol da cultura. A iniciativa é resultado de um projeto viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Cemig e é conduzida pela Nó de Rosa Produções. A verba arrecada com a visitação ao memorial será destinada para a manutenção da Casa, que há 35 anos é um dos principais pontos turísticos da cidade. Ainda é possível contribuir para a preservação do memorial, por meio de uma vaquinha online, disponível no site do memorial, na aba “apoio”. A plataforma permite que as pessoas doem a partir de R$ 25, até dia 31 de dezembro. Mais informações no casadejuscelino.com.br. www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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