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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.466 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017 DIVULGAÇÃO

Eletricitários temem perda dos empregos em usinas leiloadas A perda da concessão das usinas de São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande pela Cemig ainda tem um futuro incerto em relação aos empregados da companhia nestas hidrelétricas. Segundo o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG), cerca de 100 colaboradores estão lotados nas usinas, sem contar os funcionários de suporte administrativo e empregos indiretos. Pág. 5

Tbit Tecnologia usa inteligência artificial para auxiliar atividades no agronegócio A adoção de tecnologias no agronegócio tem fortalecido o setor e ampliado a demanda por inovações que otimizem e tornem os processos mais eficientes. Em Minas Gerais, a Tbit Tecnologia S.A desenvolveu um avançado sistema de análises e classificações utilizando a inteligência artificial na seleção, principalmente, de sementes. Com o sistema, é possível acelerar as análises, reduzir custos com mão de obra e obter resultados mais precisos. Pág. 18

O tíquete médio para o Dia das Crianças é estimado em R$ 149,23, valor 38,3% superior ao do ano passado na capital mineira

Comércio sinaliza que a economia já se recupera Desempenho das principais datas comemorativas é positivo A melhora nas vendas observada em todas as datas comemorativas já festejadas neste ano aumenta a confiança dos lojistas de Belo Horizonte para o Dia das Crianças. Com a projeção de um volume de negócios 1,44% maior no período, o comércio da capital mineira espera faturar R$ 2,17 bilhões no

próximo 12 de outubro, valor superior ao de 2016, estimado em R$ 2,14 bilhões. A data é um importante termômetro de intenção de consumo para o Natal. Presidente da CDL-BH, Bruno Falci pondera que o País ainda está longe de ter resolvido os principais problemas, mas avalia que o melhor cenário

econômico tem influenciado o otimismo do setor. “A taxa de juros está menor, assim como a inflação, estamos tendo mais contratações do que demissões. Vimos o leilão de quatro usinas (hidrelétricas), que mostra o apetite do mercado internacional pelo Brasil”, avaliou. Pág. 3

MARCELO CAMARGO / AGENCIA BRASIL

Queda do preço da cesta básica beneficia setor supermercadista

OPINIÃO Rusgas ocorridas entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes, nos últimos meses, concorreram para a incerteza quanto ao papel que o Ministério Público exercerá doravante, inclusive no prestígio da Operação Lava Jato. A ausência de Rodrigo Janot à solenidade de posse de sua substituta aumentou essas especulações, tanto em relação aos processos pendentes como aos que ainda venham a ser instaurados. Mesmo admitindo a seriedade dos procuradores que atuam nas investigações ao lado da Polícia Federal, não raramente, esses se exorbitaram no cumprimento de suas funções, em manifesta deformação da missão institucional que deveriam cumprir. (Aristoteles Atheniense), pág. 2

O setor supermercadista em Minas alcançou no mês de agosto um índice positivo e inédito no ano: as vendas registradas no acumulado de janeiro a agosto tiveram alta de 1,82% na comparação com igual período de 2016. O desempenho está acima da estimativa para todo o exercício de 2017, que é de um crescimento de 1,7%. Os dados são do Termômetro de Vendas da Amis. Pág. 4 Mesmo com os números positivos, a projeção de crescimento de 1,7% ao ano está mantida

DIVULGAÇÃO

SolarVolt Energia terá operação no Rio com a abertura de filial

EDITORIAL

Mesmo em meio à crise econômica, a microgeração de energia solar está crescendo mais de 300% ao ano desde 2014. E é nessa “onda” que a SolarVolt Energia, mineira de Nova Lima, na RMBH, vem “surfando” desde 2004, quando entrou em operação. Especializada em soluções que utilizam a matriz fotovoltaica para residências, comércio e indústria, a empresa dá início ao seu plano de expansão, começando pelo Rio de Janeiro. Pág. 15 Para este ano, o faturamento bruto deve saltar 100%, passando dos R$ 5 milhões para R$ 10 milhões Dólar - dia 28

Euro - dia 28

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,1829 Venda: R$ 3,1834

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Venda: R$ 3,7528

Poupança (dia 29): ............ 0,5000%

Turismo

Ouro - dia 28

IPCA-IBGE (Agosto):.......... 0,19%

Compra: R$ 3,1630 Venda: R$ 3,3270

Nova York (onça-troy): US$ 1.288,70

IPCA-Ipead(Agosto):.......... 0,13%

R$ 134,00

IGP-M (Agosto): ....................... 0,10%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,1865 Venda: R$ 3,1871

BM&F (g):

BOVESPA

TR (dia 29): ............................. 0,0098%

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As discussões sobre a reforma política no País prosseguem. Uma empreitada que mais uma vez parece condenada ao fracasso, posto que as poucas mudanças previstas apenas contornam as questões de fundo, aquelas que verdadeiramente ajudam a compreender como e porque o espaço político no País se deteriorou até o ponto em que nos encontramos. Mudar e renovar, quase todos dizem, é crucial, mas os esforços no mundo real continuam sendo de acomodação, uma situação que se escancara diante de expedientes tão pobres como a simples mudança de nomes de antigas legendas. Parece que será este, ao fim e ao cabo, o verdadeiro tamanho da reforma política. “Reforma política ainda sem rumo”, pág. 2


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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OPINIÃO Da acusação obstinada ARISTOTELES ATHENIENSE* A investidura da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, gerou expectativa quanto ao rumo que irá imprimir ao órgão que a Constituição de 1988 conferiu relevantes atribuições. Rusgas ocorridas entre Rodrigo Janot e Gilmar Mendes, nos últimos meses, concorreram para a incerteza quanto ao papel que o Ministério Público exercerá doravante, inclusive no prestígio da Operação Lava Jato. A ausência de Rodrigo Janot à solenidade de posse de sua substituta aumentou essas especulações, tanto em relação aos processos pendentes como aos que ainda venham a ser instaurados. Mesmo admitindo a seriedade dos procuradores que atuam nas investigações ao lado da Polícia Federal, não raramente, esses se exorbitaram no cumprimento de suas funções, em manifesta deformação da missão institucional que deveriam cumprir. O compromisso que um promotor ou procurador tem com a busca da verdade e o ideal de Justiça, não difere do que se exige de um magistrado. A sua função prioritária é o zelo na aplicação da lei e não a

acusação sistemática, por dever de ofício, mesmo na falta de prova idônea que possa respaldar o libelo acusatório. Daí a sua obrigação em sopesar os elementos de convicção colhidos no inquérito policial e não denunciar de forma pirrônica, valendo-se de suposições que possam suprir a carência de prova ou de indícios comprometedores. Se, ao invés de zelar pelo cumprimento do direito positivo, o procurador se torna um acusador empedernido, mais preocupado em se projetar junto à opinião pública do que exercitar a tarefa que lhe foi confiada, objetivando um resultado equânime, haverá um risco ainda mais grave que a própria ilicitude por ele investigada. Se do advogado não se exige imparcialidade na defesa que patrocina, o mesmo não ocorrerá ao representante do MP, cuja atuação estará balizada no texto legal, de modo a impossibilitar que no julgamento do réu prevaleça a sua vontade, simplesmente. Ao denunciante não é dado joeirar a prova, apegando-se somente à que possa favorecer uma condenação, abstraindo-se de outras que concorram para a rejeição

da denúncia que oferecera. Mais importante que um decreto condenatório, ainda que possa servir de exemplo a outros infratores, é o julgamento isento, acima de injunções políticas, arrimado em dados concretos, com fidelidade às provas existentes nos autos. A procuradora Raquel Dodge, mesmo não encabeçando a lista em que foi escolhida para chefiar o Ministério Público, reúne predicados que a credenciam a uma gestão responsável e séria. Como não há de sua parte qualquer compromisso com o seu antecessor, não poderá se empolgar pelas condenações já conhecidas: cumpre-lhe medir o alcance de seus pronunciamentos, evitando demonstração de força e prestígio da atividade para a qual foi escolhida. Se isto não ocorrer, o Ministério Público faltará no cumprimento de seu ofício, frustrando a confiança da Nação, contribuindo para esta onda de desengano e insegurança que torna incerto o dia de amanhã. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do iamg

Políticas públicas: razão e indiferença CARLOS MAURÍCIO DE CARVALHO FERREIRA* Políticas públicas relacionadas à eliminação da pobreza e da miséria são mais do que indispensáveis – são fundamentais e urgentes. Mas, qual a prioridade, a eficácia e o entendimento dessas políticas e dos indicadores da desigualdade social e econômica, enfim do bem-estar e qualidade de vida da população no Brasil e no mundo? Afinal, o aumento da produção como objetivo fundamental para incrementar o emprego e a renda disponível no bolso dos cidadãos não é uma política pública e um indicador inquestionável para convencer a população da melhoria no bem-estar e da qualidade de vida. Vamos ao passo a passo dessa questão. Primeiro passo: No ano de 2008 o presidente da França, Nicolas Sarkozy, insatisfeito com a capacidade dos indicadores econômicos e sociais existentes, como PIB, somatório de toda a produção nacional, emprego total - sem maiores qualificações sobre a sua qualidade e estabilidade - consumo, impacto sobre o meio ambiente, estado da saúde, entre outros indicadores gerais da qualidade vida, solicitou a um grupo de eminentes pesquisadores a construírem uma comissão para avaliação das limitações desses indicadores para medirem o bem-estar e o ânimo da população: Joseph E. Stiglitz, da Universidade de Columbia (presidente da Comissão); Amartya Sen (Conselheiro da Comissão), da Universidade de Harvard; e Jean-Paul Fitoussi (Coordenador da Comissão), do Instituto de Estudos Políticos de Paris, IEP. Os professores redigiram o importante documento intitulado Relatório da Comissão sobre Mensuração de Desempenho Econômico e Progresso Social no qual chamam à atenção para as severas limitações dos indicadores tradicionais de desenvolvimento socioeconômico que não atentam para o bem-estar social e as diferenças entre estratos sociais por origem racial, gênero, desigualdades regionais e sociais históricas, como no Brasil, entre outros. O texto integral foi traduzido pela Federação das Indústrias do Estado da Paraná (Fiep) e pode ser acessado na internet. Segundo passo: A comissão propõe incluir indicadores específi-

cos, além dos tradicionais como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e políticas públicas consistentes que incluam: 1) padrões da vida material (renda, estrutura de consumo e patrimônio); 2) saúde; 3) educação; 4) atividades pessoais, inclusive laborais; 5) poder de vocalização política e governabilidade; 6) interações sociais e governabilidade; 7) meio ambiente (condições atuais e futuras); 8) insegurança (tanto de natureza econômica quanto física). Em seu livro Desenvolvimento como Liberdade, Amartya Sen propõe que os indicadores essenciais para avaliarem a consistência das políticas públicas devem considerar a liberdade de opção de escolha dos cidadãos. A privação de seus direitos, que inclui uma renda disponível abaixo da necessária a uma sobrevivência digna, não é o único indicador determinante da falta de liberdade dos cidadãos marginalizados. Existem outros indicadores igualmente importantes, como os oito que foram listados. As políticas públicas que não avaliam adequadamente as reais condições de vida dos cidadãos, não se restringem a aumentos do PIB, controle da inflação, etc. que são vistas com relativa indiferença pelo cidadão marginalizado. Terceiro passo: A inconsistência das narrativas políticas é clara para a sociedade, quando enfrenta privações as mais variadas no seu dia a dia, resultante da falta de gestão convincente que resulta de interesses particulares e conflitantes internamente e entre órgãos da administração pública. Além do mais, há uma inter-relação complexa entre os fatores que marginalizam grupos diferenciados de cidadão. As políticas públicas têm de escrutinar as causas primárias dessa complexidade, para não estarem fadadas ao insucesso, como atesta a secular estabilidade da injustiça social no Brasil. É preciso considerar que somos hoje mais de 210 milhões de habitantes, muito além do 90 milhões da década de 1970 que alegremente festejavam: “pra frente Brasil”. * Economista

Indústria da panificação se reinventa JOSÉ BATISTA DE OLIVEIRA* Falar em crise e não agir para superá-la é o mesmo que decretar o fim de um negócio. Há mais de dois anos, diversos setores vêm lutando com todas as armas para vencer este período de dificuldade que atinge o País. A panificação não escapou desse cenário e precisou usar muita criatividade para driblar as piores fases e seguir em frente. Controle e redução de custos, negociação com fornecedores, aumento da produtividade, retenção de contratos e fidelização de clientes foram algumas das formas encontradas para contornar a turbulência e voltar a caminhar. Portanto, sempre é hora de modernizar, capacitar, inovar e expandir. Para muitos, isso pode parecer difícil, mas foram algumas dessas estratégias que ajudaram os empresários da panificação a manter o mercado expressivo, com números cada vez maiores, e gerar maior potencial de bons negócios. Hoje são mais de 63 mil padarias em todo o País, responsáveis por pelo menos 700 mil empregos diretos e 1,5 milhão de indiretos, segundo o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC). O setor produtivo tem que se deslocar de

vez das questões políticas e tocar a vida. Está na hora de fazer as coisas acontecerem. As taxas de juros e inflação já estão mais baixas; vamos olhar para o horizonte e seguir adiante. E a panificação é um setor que sabe unir forças para se manter crescendo. E, como em anos anteriores, uma grande oportunidade chega com a aproximação da Superminas Food Show 2017 (Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação), que está em sua 31ª edição e será realizada nos dias 17, 18 e 19 de outubro em Belo Horizonte. Trata-se do maior evento empresarial anual do Estado e o mais completo e diversificado do segmento no Brasil, atraindo também visitantes, compradores e expositores de vários países de todos os continentes. A Superminas, que reuniu cerca de 53 mil pessoas em três dias e gerou quase R$ 1,7 bilhão de negócios em 2016, tem expectativa de ser ainda maior neste ano. O evento vai oferecer aos visitantes o acesso a tendências, novas tecnologias e processos que farão muita diferença na indústria da panificação. Além da feira com mais de

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400 expositores, distribuídos em 25 mil metros quadrados, o evento se completa com um ambiente de aprendizagem e desenvolvimento profissional com uma grade de treinamento para atender às demandas de atualização para profissionais do varejo de todas as funções. Na parte de congresso, são cerca de 50 atividades, como palestras, fóruns, workshops, painéis e minicursos apresentados nos três dias. O evento também gera a troca de experiências, já que reúne pequenos, médios e grandes empresários de todo o Estado; capacitação, pela preocupação em oferecer conhecimento, análises, novas visões e perspectivas do mercado; e negócios, por meio da exposição dos produtos, serviços e tecnologia na feira. Por incrível que pareça, num ano de turbulências, temos certeza de que teremos muitos e bons negócios. Só assim vamos driblar a crise: com criatividade, empreendedorismo e força de vontade.

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Reforma política ainda sem rumo Correndo contra o tempo, no pressuposto de que as decisões tomadas agora valerão para as eleições do próximo ano, prosseguem as discussões sobre a reforma política no País. Uma empreitada que mais uma vez parece condenada ao fracasso, posto que as poucas mudanças previstas apenas contornam as questões de fundo, aquelas que verdadeiramente ajudam a compreender como e porque o espaço político no País se deteriorou até o ponto em que nos encontramos. Mudar e renovar, quase todos dizem, é crucial, mas os esforços no mundo real continuam sendo de acomodação, uma situação que se escancara diante de expedientes tão pobres como a simples mudança de nomes de antigas legendas. Parece que será este, ao fim e ao cabo, o verdadeiro tamanho da reforma política. Mudar para não mudar, mudar para deixar tudo como está e continuar acomodando interesses – e ambições – que guardam distância abissal com relação ao que verdadeiramente importa para a população. O Mudar e renovar, sistema atual, quase todos dizem, parece claro, não mais se sustenta é crucial, mas os e, absolutamente esforços no mundo desacreditado, não real continuam sendo tem como parar de pé. de acomodação, Ainda assim uma situação que faltam sinais se escancara diante mínimos de que, pelo menos, de expedientes tão deputados pobres como a simples e senadores, mudança de nomes de expressando o conjunto das antigas legendas forças políticas, assumiram o desafio e a responsabilidade de inovar para transformar. Ao contrário, e já faltando poucos dias para que se esgote o prazo que indicará se as mudanças votadas e aprovadas agora se aplicarão à votação de 2018, trabalham apenas para defender seus próprios interesses, começando pela garantia de que não faltarão recursos – públicos – para sustentar suas campanhas. São os mesmos personagens e os mesmos expedientes que levaram o País à beira do abismo político em que se encontra presentemente, numa crise de valores sob os quais sucumbem as possibilidades de uma gestão pública minimamente eficiente, além de afinada com os valores próprios das sociedades que se pretendem bem organizadas. Ainda assim os esforços percebidos confirmam que, como regra em que a exceção não tem voz para fazer a diferença, os avanços reclamados continuam muito distantes de um horizonte previsível. Assim, esgotado o prazo para reformas de aplicação mais imediata, capazes de verdadeiramente mudar o ambiente, as chances de renovação e transformação a partir do pleito de 2018 encolhem substancialmente. Ao mesmo tempo aumentam as chances de que o velho se apresente como novo, num engodo que fatalmente sinaliza mais e maiores dificuldades à frente, tempo perdido e energias consumidas porque sobram ambições que abraçam projetos de poder enquanto continuam faltando projetos de governo, para uma nação que possa finalmente realizar todas as suas vastas potencialidades.

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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

VAREJO

Comércio da Capital está otimista com o Dia das Crianças Projeção é de volume de negócios 1,44% maior presentes estimado para a data são dois, sendo que a A melhora nas vendas obmaior parte dos entrevistados servada em todas as datas (50,5%) arrisca um mimo por comemorativas já festejadas pessoa e outros 40,0% creem neste ano aumenta a confiança no dobro. dos lojistas de Belo Horizonte “Os empresários estão para o Dia das Crianças. Com apostando em tíquete médio a projeção de um volume de maior porque estão vendo a negócios 1,44% maior no pemovimentação positiva nos ríodo, o comércio da capital negócios. Várias empresas mineira espera faturar R$ que pesquisamos vêm 2,17 bilhões no próximo falando que as vendas 12 de outubro, valor supeestão crescendo, o que é Pesquisa da CDL-BH aponta rior ao de 2016, estimado uma constatação não só Para os lojistas, brinquedos, roupas e calçados vão liderar a preferência dos consumidores em R$ 2,14 bilhões. Vale que 69,1% dos empresários do dessa pesquisa, mas de lembrar que a data é um muncípio acreditam que em outras que fizemos. Haja importante termômetro vista que em todas as da2017 a data será melhor de intenção de consumo tas comemorativas deste do que no ano passado para o Natal. ano tivemos crescimento A pesquisa realizada na comparação com o A Federação das Câmaras de Dirigentes cia de Mercado da FCDL-MG, Vinícius pela Câmara de Dirigentes ano passado”, destaca o Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG) me- Carlos da Silva. Lojistas de Belo Horizonte movimentar a economia”, presidente da CDL-BH. diu, na outra ponta do mercado, a intenção Influenciados pela data, roupas (19,2%) (CDL-BH) aponta ainda que afirma Falci. Para 41,2% dos lojistas, a de consumo dos mineiros para outubro. e brinquedos (17,8%) aparecem como os 69,1% dos empresários do Com a aposta em um tíque- forma de pagamento mais O estudo mostrou que, no mês, 33,3% dos principais produtos na lista de intenção município acreditam que o te médio de R$ 149,23 para a utilizada pelos consumidoconsumidores do Estado pretendem ir de consumo do mineiro em outubro. Para Dia das Crianças em 2017 data - valor 38,3% superior ao res será o cartão de crédito às compras, um aumento de 6,4 pontos o Dia das Crianças, a entidade projeta será melhor do que o do ano do ano passado -, a maior par- parcelado, em média, em percentuais em relação a setembro. um tíquete médio entre R$ 150 e R$ 200. passado. Em 2016, apenas te dos comerciantes promete até três vezes. As principais “Isso é o efeito do Dia das Crianças, O restante dos consumidores do Estado 31,0% dos entrevistados ti- um estoque igual (46,4%) ou estratégias para elevar as somado aos ganhos no ambiente macro- (66,7%) mantém os investimentos como nham expectativa de avanço maior (40,2%) para o Dia das vendas serão divulgação de econômico, como geração de emprego, a prioridade para o mês. Nesse grupo, a frente ao ano anterior. Crianças. Entre os presentes produtos (24%), promoções inflação em queda e redução das taxas de poupança lidera a preferência e é a opção Presidente da CDL-BH, mais procurados, os lojistas da (21%) e flexibilidade na forjuros. Mas o que mais importa neste caso de aplicação de 65,1% dos mineiros. Em Bruno Falci pondera que o Capital acreditam que brin- ma de pagamento (20%). O são os indicadores de inflação e emprego, seguida aparecem fundos de investimenPaís ainda está longe de ter quedos (45%), roupas (25%) desemprego, para 28,4% dos porque se o consumidor está empregado, to (20,6%), capitalização (6,3%), tesouro resolvido os principais pro- e calçados (19%) vão liderar entrevistados, é o principal ele tem confiança para atender aos seus direto (4,8%), ações (1,6%) e previdência blemas, mas avalia que o a preferência do consumidor. fator que pode atrapalhar o desejos”, avalia o analista de Inteligên- (1,6%). (GP) melhor cenário econômico O número máximo de comércio na data. GABRIELA PEDROSO

tem influenciado o otimismo do setor. “A taxa de juros está menor, assim como a inflação, estamos tendo mais contratações do que demissões. Vimos o leilão de quatro usinas (hidrelétricas), que mostra o apetite do mercado internacional pelo Brasil. Tivemos a injeção de recursos do FGTS: tudo ajudando a

Mais consumidores irão às compras

PROJEÇÕES

PIB deve crescer 0,7% neste ano e avançar 2,6% em 2018, indica Ipea Rio de Janeiro – Nas projeções do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgadas ontem, o PIB crescerá 0,7% este ano, seguido por um avanço de 2,6% no ano que vem. O PIB industrial aumentaria 0,5% em 2017 e 3,4% em 2018. Serviços avançariam apenas 0,1% este ano, mas teriam expansão de 2,2% em 2018. O PIB agropecuário teria elevação de 12,5% em 2017, seguida por aumento de 3,5% em 2018. O consumo das famílias deve subir 0,8% em 2017, para avançar 2,7% em 2018. O consumo do governo, porém, teria retração de 1,9% este ano, além de novo recuo de 0,2% em 2018. Quanto ao comércio exterior, a estimativa é de alta de 5,6% nas exportações em 2017 e avanço de 4,1% em 2018. As importações cresceriam 3,6% este ano e aumentariam 5,1% no ano que vem. O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Júnior, lembra que a indústria e o comércio já mostram uma retomada, enquanto os serviços se recuperam paulatinamente. A agropecuária, que teve um salto importante no primeiro semestre, deixará de contribuir com a mesma força para os próximos resultados. A expectativa para o PIB do terceiro trimestre é de avanço de 0,4% em relação ao segundo trimestre do ano. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o PIB terá elevação de 1,2%. “A gente mostra todos os indicadores melhorando, alguns mais lentamente, outros com mais força, mas há uma questão que ainda é muito complicada, que exige aten-

ção, que é a questão fiscal”, alertou. Souza Júnior defendeu que a aprovação da reforma da Previdência é fundamental para o cumprimento do teto dos gastos nos próximos anos. Segundo ele, quanto mais a reforma for postergada,

menor terá de ser o tempo de transição para o novo formato. Para ele, a arrecadação dos leilões na área de energia e petróleo realizados na quarta-feira pelo governo são uma excelente sinalização para a recuperação dos investimentos no País. (AE)

ECONOMIA

A SEGURANÇA QUE A GENTE PRECISA ESTÁ NAS RUAS O Governo do Estado acaba de implementar o programa de bases de segurança comunitária em toda Belo Horizonte. São 86 vans, 344 novos policiais nas ruas e 172 motos para patrulhamento.

Indicador de incerteza recuou 10,8 pontos entre agosto e setembro Rio de Janeiro - O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 10,8 pontos entre agosto e setembro, o terceiro recuo consecutivo, passando de 130,1 pontos para 119,3 pontos. Com a nova queda, o indicador atinge o menor nível desde abril de 2017, quando se encontrava em 118,8 pontos. Os dados do IIE-Br foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na avaliação do economista da FGV Pedro Costa Ferreira, dois fatores explicam a queda no indicador: a diminuição das incertezas com relação à condução da política econômica claramente refletido no IIE-Br Expectativa e, em segundo lugar, o sentimento de que a condução da política econômica não sofrerá grandes desvios a médio prazo. “O principal destaque nessa queda acentuada do

indicador de incerteza é a volta para o nível anterior à divulgação dos áudios da JBS com o presidente Temer, em relação à elevada média dos últimos três anos”, disse. Para ele, mesmo com o resultado de setembro parecendo baixo, “ele ainda está longe da média histórica de 100 pontos”. A Fundação Getulio Vargas explicou que a queda do Indicador de Incerteza da Economia em setembro foi determinada pelos recuos nos componentes mídia e expectativa. Ainda segundo a FGV, ao cair 7,5 pontos no mês, o IIE-Br Mídia contribuiu com -6,6 pontos para o recuo do índice geral. Em relação ao IIE-Br Expectativa, o recuo de 18,2 pontos, contribuindo com -4,6 pontos para a queda do indicador agregado de incerteza. Já o IIE-Br Mercado aumentou 3,3 em setembro, em relação a outubro, com um impacto positivo de 0,4 ponto no IIE-Br. (ABr)

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NOVOS POLICIAIS

172 MOTOS


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA ALISSON J. SILVA

SUPERMERCADOS

Vendas em MG acumulam crescimento de 1,82% neste ano Somente em agosto, alta atingiu 3,79% ANA AMÉLIA HAMDAN

O setor supermercadista em Minas alcançou no mês de agosto um índice positivo e inédito no ano: as vendas registradas no acumulado de janeiro a agosto deste ano tiveram alta de 1,82% na comparação com igual período de 2016. O desempenho está acima da estimativa para todo o exercício de 2017, que é de um crescimento de 1,7%. Os dados são do Termômetro de Vendas divulgado ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). O resultado foi impulsionado pelo avanço de 3,79% das vendas na relação agosto 2017/agosto 2016. Na passagem de julho para agosto, houve um pequeno acréscimo de 0,08%. Entre os fatores que influenciaram na elevação das vendas está a queda no preço da cesta básica,

que aumenta o poder de compra do consumidor, conforme explicou ontem o superintendente da Amis, Antônio Claret Nametala. “Sobra dinheiro para o consumidor levar algum produto a mais no carrinho”, disse. Mas ele ressalta que a queda nos preços traz novo desafio aos empresários, que não podem errar na hora da compra, já que a correção dos preços fica dificultada e o consumo ainda não está tão alto. Ainda segundo Claret, o resultado de agosto dá um ânimo maior para o final do ano. Além disso, é uma mostra clara de que o setor vem superando de vez as dificuldades geradas pela turbulência política e de que os negócios vêm reagindo graças a medidas eficazes da equipe econômica que levaram à queda da inflação, estabilidade do dólar e geração de empregos. “Esse cenário gera confiança no

Apesar do desempenho acima das expectativas, Amis mantém a projeção de crescimento de 1,7% neste ano

consumidor”, disse. Mesmo com os números positivos, a projeção de crescimento de 1,7% ao ano está mantida. De acordo com Claret, a manutenção ocorre por prudência, já que o Termômetro de Vendas oscila muito a cada mês. O superintendente se mantém cuidadoso e orienta os empresários a estarem alertas aos custos e gastos. “O período ainda exige atenção”, diz. Também está mantida, para este ano, a projeção de abertura de novas 56 lojas e de geração de 6 mil novos empregos no Estado. Mas esse número pode ser superado. Somente ontem, segundo Claret, foram inaugurados dois supermercados em Contagem,

na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo uma unidade do Supermercados BH, no bairro Nacional; e outra do Epa, no Riacho das Pedras. De acordo com a Amis, o desempenho praticamente estável em agosto sobre julho é normal. Uma das causas é o fato de que em muitas cidades houve o feriado de 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora). Regiões - O desempenho por região foi positivo no Triângulo Mineiro (0,80%); Centro-Oeste (0,43%); Central (0,13%) e Sul (0,07%). As regionais que apresentaram redução nas vendas foram Norte (-0,07%), Rio Doce (-0,17%) e Zona

da Mata (-0,63%). Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA/IBGE). Segundo Claret, há expectativas positivas para o final do ano e 2018, mas projeções mais objetivas serão feitas durante ou logo após o Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação (Superminas), que ocorrerá de 17 a 19 de outubro, no Expominas, na região Oeste da Capital. A 31ª Superminas deve receber 53,5 mil participantes de todo o País e do exterior. Um dos destaques é o Circuito Mineiro de Compras Sociais, que fomenta negócios entre pequenos produtores e varejo. DIVULGAÇÃO

INFLAÇÃO

IGP-M ganha ritmo em setembro e tem avanço de 0,47%, de acordo com a FGV São Paulo - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) continuou a acelerar o ritmo de alta em setembro ao subir 0,47%, após 0,10% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, o indicador seguiu em queda, acumulando retração de 1,45%, assim como no ano, em que a deflação é de 2,10%. Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M voltou a subir (0,74%) após sete meses de queda. Em agosto, o recuo foi de 0,05%. Já o IPC-M voltou a cair (0,09%) depois de ter elevação de 0,33% no mês passado. Na mesma base de comparação, o INCC-M desacelerou para 0,14% em setembro, ante 0,40% no oitavo mês do ano. IPAs - Os preços dos produtos agropecuários no atacado aceleraram fortemente e se aproximaram da estabilidade em setembro. O IPA Agrícola registrou queda de 0,04% depois de cair 1,61% em agosto. Na mesma direção, os preços industriais medidos pelo IPA Industrial aumentaram o ritmo de alta para 1%, de 0,48% no mês passado. Todos os estágios de produção também avançaram no período. As matérias-primas Brutas subiram 1,81% após alta de 1,04% em agosto. Os Bens Intermediários aumentaram 0,62% em setembro, de queda de 0,08% no mês passado. Já os Bens Finais tiveram alta mais modesta, de 0,02%, depois de cair 0,85% no mês anterior. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) voltou a subir depois de sete meses de recuo, atingindo taxa de 0,74% após 0,05% em agosto. Em 12 meses até setembro, o IPA acumula retração de 3,88% e tem deflação de 4,53% no ano. Expectativa – O IGP-M deve continuar no terreno positivo em outubro após subir 0,47% em setembro, afirma o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, responsável pelo índice. Braz, contudo, não se arrisca a

dizer que o indicador vai superar a taxa de setembro, apesar da pressão esperada no varejo e nos itens agrícolas no atacado, porque há chance de os combustíveis desacelerarem no IPA. Isso deve acontecer se os furacões no Caribe não voltarem a prejudicar a produção norte-americana de petróleo. Dessa forma, os produtos industriais, com maior peso no índice, podem desacelerar o aumento de 1% alcançado este mês. Em agosto, a taxa fora de 0,48%. O economista ainda ressalta que, mesmo com o avanço esperado no curto prazo, muito provavelmente o IGP-M vai terminar o ano em queda. Ele estima que o recuo deve ser da ordem de 0,5%, mas o relatório Focus já prevê declínio de 0,84%. De qualquer forma, Braz afirma que a queda esperada para taxa fechada do ano deve ser mais um fator a contribuir para que a recuperação econômica não seja acompanhada de pressão inflacionária, pelo menos até o fim do ano que vem. “A indexação de contratos, como o aluguel, será menor. Além disso, o IGP-M é um dos índices considerados no momento do reajuste de tarifas públicas, diz Braz. Outra razão citada pelo economista em sua estimativa de ausência de pressão inflacionária no ano que vem é a expectativa de clima favorável, que deve permitir que os preços de alimentos sigam comportados no ano que vem. “Os fenômenos climáticos, como o El Niño e La Niña, devem ser mais amenos em 2018”, explica, completando que, portanto, o País deve ter nova safra boa, permitindo taxas baixas para Alimentação, embora não mais negativa. Braz prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve fechar perto de 4% em 2018. Este ano, a inflação oficial deve ficar menor de 3%, segundo ele, com a principal influência da queda intensa dos preços de produtos alimentícios. (AE)

Operações de financiamento imobiliário movimentaram R$ 4,42 bilhões em agosto, conforme a Abecip

IMÓVEIS

Financiamentos aumentam 9,9% São Paulo - Os financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança foram de R$ 4,42 bilhões em agosto, alta de 4,2% em relação a julho e de 9,9% frente a igual mês do ano passado. Foi o segundo mês consecutivo que os financiamentos atingem o maior patamar do ano. Os dados são de pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). No acumulado de 2017, foram financiados R$ 29,21 bilhões, montante 4% inferior ao observado em igual período de 2016. Nos 12 meses compreendidos entre setembro de 2016 e agosto de 2017, foram aplicados R$ 45,38 bilhões na aquisição e construção de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), retração de 8,2% em relação ao apurado nos 12 meses precedentes. No mês passado foram financiados, nas modalidades de aquisição e construção, 18,4 mil imóveis. “O número reflete a trajetória crescente de imóveis financiados, com alta de 11,5% em relação a julho e de 2,2% comparativamente a agosto de 2016. O resultado confirma a tendência positiva de evolução do crédito imobiliário”, diz a Abecip, em nota. No acumulado do ano até agosto, foram financiadas aquisições e construções de 117,4 mil imóveis,

queda de 13,6% na relação a igual etapa de 2016, quando 135,83 mil unidades foram objeto de financiamento bancário. Segundo a Abecip, o financiamento imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 181,27 mil imóveis nos últimos 12 meses, até agosto, queda de 18,1% frente aos 12 meses precedentes. Em agosto, pelo quarto mês

consecutivo, a captação líquida da poupança mostrou bom desempenho, com entradas líquidas de R$ 1,65 bilhão, em contraste com o ocorrido em igual mês do ano passado, quando houve saída líquida de R$ 3,52 bilhões. O saldo total da aplicação encerrou o mês passado em R$ 533,7 bilhões, crescimento de 7,7% na comparação anual. (AE)

Valor do aluguel de salas comerciais tem queda no País São Paulo - O mercado de salas e conjuntos comerciais permanece sob pressão, com recuo nos preços médios de venda e locação em agosto, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O levantamento é feito com base nos anúncios no site Zap Imóveis e engloba escritórios de até 200 metros quadrados (m2) em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. O preço médio anunciado de venda dos imóveis comerciais recuou 0,19% em agosto na comparação com julho. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a retração já atingiu 2,46%, enquanto nos últimos 12 meses houve baixa de 3,79%.

Em agosto, a queda nos preços de venda foi puxada pelos resultados negativos de São Paulo (-0,32%), Rio de Janeiro (-0,10%) e Porto Alegre (-0,42%). Já na cidade de Belo Horizonte, houve alta de 0,36%. O preço médio anunciado de aluguel das salas e conjuntos comerciais em agosto sofreu queda de 0,46% em comparação com julho. Nos primeiros oito meses do ano, a baixa atingiu 3,04%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a retração foi de 5,02%. Em agosto, tiveram queda nos preços de locação: Rio de Janeiro (-1,18%), São Paulo (-0,14%) e Belo Horizonte (-0,87%). Por sua vez, Porto Alegre registrou aumento de 0,21%. (AE)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA ENERGIA

EMPRESAS

Inadimplência sobe em ritmo mais lento Receio é de que a perda da concessão de 4 usinas, pela Cemig, prejudique trabalhadores na Capital

Sindieletro quer garantir empregos

LEONARDO FRANCIA

A perda da concessão das usinas de São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) ainda tem um futuro incerto em relação aos empregados da companhia nestas hidrelétricas. Atualmente, segundo o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG), cerca de 100 colaboradores estão lotados nas usinas, sem contar os funcionários de suporte administrativo e empregos indiretos. “Os empregos nas usinas ainda têm um futuro incerto, mas próximo. O período de transição começa em 1º de janeiro de 2018 e vamos usar o tempo até lá para conversar e negociar com a empresa”, afirmou o coordenador-geral do Sindieletro/MG, Jefferson Leandro Teixeira da Silva. Ele explicou que o quadro de funcionários da usina já foi bem maior, mas após o programa de demissão voluntária (PDV) que a companhia implantou nos últimos anos o efetivo foi reduzido para menos da metade. “As usinas têm uma engenharia particular e quem tem o devido conhecimento são os trabalhadores que operam e fazem a manutenção atualmente. Queremos garantir que esses trabalhadores tenham as mesmas condições do acordo coletivo”, completou Silva. Para o presidente do Sindieletro/MG, independente de haver ou não demissões, a própria realocação dos funcionários dessas hidrelétricas já traria consequências ruins. “Vai gerar prejuízo porque estas usinas ficam em locais isolados e transferir um trabalhador para outro local mudaria muita coisa porque ele já está alocado com família próximo”, disse. Conforme Silva, o sindicato já solicitou uma reunião com o presidente da estatal, Bernardo de Alvarenga, para tratar do assunto, mas o encontro ainda não tem data para acontecer. Leilão - O leilão das quatro hidrelétricas que estavam sob operação da Cemig (São Simão, Jaguara, Miranda e

Volta Grande) foi realizado na última quarta-feira pelo governo federal e movimentou R$ 12,13 bilhões, valor 9,7% maior do que o projetado pelo Executivo, de R$ 11 bilhões. Juntas, as quatro hidrelétricas respondiam por cerca de 37% de toda a capacidade de geração da companhia, que era de 7,950 GW. Se considerada apenas a subsidiária Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT), a representatividade das usinas chegava a 50% da capacidade instalada. A polêmica sobre as usinas começou com publicação da Medida Provisória (MP) 579, de 2012, transformada na Lei 12,783, de 2013, ainda no governo Dilma Rousseff. Desde então, a estatal briga com governo federal na Justiça para tentar manter sua concessão nos ativos. Hoje, das quatro hidrelétricas, três (São Simão, Miranda e Jaguara) têm processos na Justiça e a Cemig aguarda decisões para tomar as medidas cabíveis, conforme já informou.

CEMIG/DIVULGAÇÃO

GABRIELA PEDROSO

Objetivo é negociar com a Cemig até 1º de janeiro para garantir condições do acordo coletivo

Comissão da Câmara pretende anular leilão Brasília - Um dos autores do projeto de decreto legislativo (PDC) que propõe a suspensão das portarias que autorizaram o leilão das quatro usinas da Companhia de Energética de Minas Gerais (Cemig), o deputado Patrus Ananias (PT-MG) contestou a autorização dada pelo Ministério de Minas e Energia à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o leilão sem aprovação de uma lei para isso. “Do ponto de vista jurídico, é inadmissível leilão a partir de uma portaria ministerial”, argumentou o petista. Patrus admitiu que desconhece os efeitos jurídicos práticos do PDC se ele for aprovado em plenário, uma vez que o leilão aconteceu na quarta-feira, 27. O projeto foi aprovado ontem, no plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e agora fica pronto para ser pautado no plenário da Câmara. O PDC é um mecanismo

do Congresso para derrubar atos administrativos do governo. “Entendo que a proposta está prejudicada, o governo já fez o leilão. Desautorizar o que já aconteceu é absolutamente inadequado e intempestivo”, avaliou o deputado Marcos Rogério (DEM-RO). Patrus Ananias disse que vai começar a se “movimentar” para pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a colocar o tema em votação. “A questão da Cemig unifica a bancada mineira”, disse. Contrariado com o leilão, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), fez na quarta um discurso acalorado contra o governo e que foi interpretado como uma “declaração de guerra”. “Vamos juntos demonstrar a esse governo que tenha respeito com Minas. Governo que vira as costas para Minas não merece respeito. Que os outros

ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/DIVULGAÇÃO

Patrus argumenta que portaria não autoriza a licitação

estados nos acompanhem contra os desmandos desse governo. Nós não temos compromisso de votar com o governo”, esbravejou. Durante a votação do projeto na CCJ, ontem,

a base governista estava desmobilizada. O PDC já estava disponível para votação na CCJ e só não foi votado na quarta devido ao início das votações em plenário. (AE)

AEROPORTOS CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC

Medida provisória flexibiliza pagamento de outorgas pelas concessionárias O Senado aprovou na noite de quarta-feira a Medida Provisória 779 que flexibiliza o pagamento de outorgas pelas concessionárias de aeroportos e, como a matéria já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta vai à sanção do presidente Michel Temer. O texto aprovado permite que as concessionárias peçam a reprogramação do pagamento das outorgas, que são prestações anuais que as empresas têm de repassar à União pelos contratos de privatização dos aeroportos, segundo a Agência Senado. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as concessionárias

devem R$ 1,31 bilhão em outorgas. O texto aprovado beneficia as empresas que controlam os terminais de Brasília (DF), Confins (MG), Galeão (RJ), Guarulhos (SP), São Gonçalo do Amarante (RN) e Viracopos (SP). Elas têm até 25 de novembro para fazer o pedido de reprogramação. Para ter direito à flexibilização, as concessionárias precisam estar em dia com o pagamento das parcelas de outorga vencidas até a data de assinatura do aditivo e a proposta não prevê desconto nas outorgas. Viracopos - A concessionária Aeroportos Brasil, de Viracopos, vai apresentar

O texto beneficia empresas que devem R$ 1,31 bi em outorgas, incluindo a de Confins

propostas ao governo para tentar reequilibrar o negócio e evitar uma relicitação, disse ontem, ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor-presidente da empresa, Gustavo Müssnich. No final

de julho, a concessionária anunciou sua adesão ao processo de devolução do negócio ao governo, para futura relicitação. Essa proposta continua sobre a mesa, mas segundo explicou o

executivo, a própria legislação que prevê esse processo diz também que podem ser analisadas alternativas. “Vamos apresentar propostas ao governo”, afirmou. (Reuters)

A inadimplência entre as empresas da capital mineira subiu em agosto. No último mês, conforme dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), o número de pessoas jurídicas com contas pendentes no município aumentou 6,97% na comparação com igual período de 2016. Apesar da alta, o resultado é visto sob uma ótica positiva pela entidade, na medida em que mostra um arrefecimento no ritmo de crescimento do indicador. “A gente teve uma queda de quase sete pontos percentuais em relação ao ano passado, o que é resultado do recuo da inflação e também da taxa de juros - que ajudou as pessoas a recuperarem o crédito. A pequena redução do desemprego foi outro fator que aumentou a renda em circulação, o que impacta positivamente para a receita das empresas”, explica a economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos. Há um ano, a inadimplência das pessoas jurídicas na Capital variou 13,90% em relação ao exercício anterior. Na passagem de julho para agosto, o índice de inadimplência recuou. Na variação mensal, houve uma queda de 0,65%. Para Ana Paula, a redução no último mês pode estar atrelada à comemoração do Dia dos Pais e ao pagamento da primeira parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS. Os dois fatores teriam contribuído para o aumento do volume de negócios e, consequentemente, do faturamento das empresas no período. As empresas do ramo de serviços são as que têm enfrentado maior dificuldade para honrar com os compromissos financeiros. Em agosto, o setor apresentou elevação de 9,70% na inadimplência frente ao mesmo mês do ano passado. Em segundo lugar, ficou a indústria, com alta de 6,36%, seguida do comércio (5,83%). Agricultura (-2,27%) e outros (-7,85%) foram os únicos grupos que viram o indicador cair. “O segmento serviços é o que mais está sofrendo perdas. O setor é o último a entrar na crise, mas é o que tem maior dificuldade para sair dela, porque é nele em que há o maior corte de custos por parte das pessoas”, justifica a economista da CDL-BH. Ana Paula destaca que, no acumulado do ano até junho, o recuo no volume de serviços prestados no Estado é de 3,4%. “Com faturamento menor, é menos capital para quitar as dívidas”, completa. As contas em atraso das empresas de Belo Horizonte seguem o mesmo comportamento da inadimplência e, em agosto, cresceram 4,23%, ritmo bem menos acentuado do que há um ano (15,41%). No confronto com julho, o indicador aponta retração no número de dívidas pendentes, ao fechar em -0,37%. Ana Paula pondera que os juros mais baixos facilitam a negociação das dívidas, assim como o melhor ambiente macroeconômico, que favorece o aumento dos ganhos das empresas. O número médio de dívidas das instituições em agosto foi de 2,02 por CNPJ.


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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ECONOMIA ESTATAL

Petrobras avança no processo de IPO da BR Conselho de administração da companhia autorizou o protocolo de registro de oferta pĂşblica da subsidiĂĄria SĂŁo Paulo - O conselho de administração da Petrobras autorizou o protocolo de registro da oferta pĂşblica e de companhia aberta da Petrobras Distribuidora (BR) na ComissĂŁo de Valores MobiliĂĄrios (CVM) e o pedido de adesĂŁo ao Novo Mercado, nĂ­vel mais elevado de governança corporativa da B3. O colegiado tambĂŠm aprovou a alienação de 25% a 40% de participação da Petrobras na BR. “A presente comunicação nĂŁo deve ser considerada como anĂşncio de oferta e a realização da mesma dependerĂĄ de condiçþes favorĂĄveis dos mercados de capitais nacional e internacionalâ€?, reiterou a empresa, em comunicado enviado Ă CVM. A reestruturação da BR Distribuidora jĂĄ havia sido aprovada por acionistas em Assembleia Geral de Acionistas da Petrobras Distribuidora no Ăşltimo dia 31 de agosto.

Faz parte da reestruturação societĂĄria um aumento de capital em R$ 6,3 bilhĂľes e a cisĂŁo parcial da dĂ­vida com a Eletrobras e dos recebĂ­veis detidos pela BR com outras sociedades do Sistema Petrobras. Naquela ocasiĂŁo, a BR informou que utilizou os recursos desse aumento de capital e de seu caixa de R$ 1,4 bilhĂŁo para efetuar a liquidação antecipada, em 31/08, de dĂ­vidas com o Banco do Brasil, no valor de R$ 4,5 bilhĂľes, e Bradesco, de R$ 3 bilhĂľes, nas quais a Petrobras era garantidora. Com esses mesmos bancos, a Petrobras contratou novas linhas de crĂŠdito com as mesmas condiçþes de valor, prazo e custo originalmente pactuadas pela BR. “Assim, essas novas captaçþes nĂŁo apresentam impactos no endividamento lĂ­quido consolidado da Petrobras, nem no seu perfilâ€?, diz o comunicado.

AGĂŠNCIA PETROBRAS/DIVULGAĂ‡ĂƒO

Fertilizantes - Dentro do plano de reestruturação da companhia, a Petrobras anunciou que prorrogou atĂŠ 13 de outubro o prazo para interessados na AraucĂĄria Nitogrenados e na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) consultarem informaçþes sobre os ativos. Segundo a companhia, a extensĂŁo do prazo ocorre em função do “interesse do mercado em participar do processoâ€?, que resultarĂĄ no desinvestimento de 100% da participação da Petrobras nos ativos. LeilĂŁo - A Petrobras pagarĂĄ um total de R$ 1,8 bilhĂŁos em bĂ´nus de assinatura pela aquisição de sete blocos, sendo seis offshore e um terrestre, na 14ÂŞ Rodada de Licitação de blocos de petrĂłleo e gĂĄs realizada na Ăşltima quarta-feira pela AgĂŞncia Nacional de PetrĂłleo, GĂĄs Natural e BiocombustĂ­veis (ANP).

O board da Petrobras autorizou a alienação de atÊ 40% da participação na BR Distribuidora

Em comunicado, a Petro- de Negócios 2017-2021 e bras informou que o valor serå remanejado dentro do representa 0,8% dos inves- orçamento. timentos previstos no Plano Nos blocos marítimos, a

Petrobras serĂĄ operadora com 50%, em parceria com a Exxon Mobil, que detĂŠm os outros 50%. (AE/Reuters)

ENERGIA

Coelho Filho defende golden share na Eletrobras Paracambi - O MinistĂŠrio de Minas e Energia tem defendido junto ao presidente Michel Temer e Ă equipe econĂ´mica que ĂŠ “fundamentalâ€? que a UniĂŁo detenha um poder de veto sobre assuntos estratĂŠgicos na Eletrobras apĂłs a pretendida privatização da companhia, que deve ser realizada atĂŠ o final do primeiro semestre de 2018 e deixar o governo com uma fatia minoritĂĄria na estatal. O ministro Fernando Coelho Filho disse ontem que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, colocou-se contra o mecanismo de golden share em empresas como o IRB e a Embraer, mas que no caso da Eletrobras a discussĂŁo estĂĄ em andamento dentro do governo federal. “Eu tenho defendido no grupo que tem trabalhado nessa modelagem (da privatização) que ĂŠ fundamental a gente ter a golden share, eu disse isso para o presidente (Temer), disse isso pro Meirelles, pro Dyogo (Oliveira, ministro do Planejamento)... vamos defender, e a expectativa ĂŠ que a gente vĂĄ ter, sim, a golden share para nos assuntos estratĂŠgicos o governo ter poder de vetoâ€?, disse Coelho Filho a jornalistas, apĂłs participar do lançamento de obras da chinesa State Grid no Rio de Janeiro. JĂĄ a privatização de seis

distribuidoras de eletricidade da Eletrobras no Norte e Nordeste deve acontecer antes da desestatização da companhia, lembrou Coelho Filho. Segundo ele, Ê possível

que a venda dessas empresas aconteça ainda neste ano ou “o mais tardarâ€? atĂŠ fevereiro de 2018. Um dos assuntos mais importantes para viabilizar

a venda das distribuidoras Ê resolver dívidas bilionårias de uma delas, a Eletrobras Amazonas, junto à Petrobras, pelo fornecimento de gås e óleo para a operação de

State Grid inicia obras de linha de transmissão Paracambi - A distribuidora de energia State Grid Brazil Holding, de capital chinês, lançou ontem a pedra fundamental do Projeto Xingu Rio, no município de Paracambi, região metropolitana do Rio de Janeiro. No local, serå construída a segunda linha de transmissão da Usina HidrelÊtrica de Belo Monte, que levarå energia do Parå ao Rio de Janeiro, passando pelos estados do Tocantins, de Goiås e Minas Gerais. O sistema terå 2.518 quilômetros de extensão, com investimentos de R$ 9,6 bilhþes e serå composto por uma linha de transmissão de 800kV e duas estaçþes conversoras, com capacidade de transmissão de 4.000 megawatts (MW) de energia. A obra serå construída pela Xingu Rio Transmissora de Energia (XRTE), que Ê uma sociedade de propósito específico (SPE) criada pela State Grid Brazil Holding para implantar e operar o sistema de transmissão Xingu-Rio. Oportunidades - Sete anos após estrear no Brasil com uma aquisição bilionåria de linhas de transmissão de energia, a State Grid estå satisfeita com os resultados de seus negócios no País e segue com forte apetite por expansão.

Mas a companhia agora precisa de algum tempo para avaliar as diversas oportunidades de investimento disponĂ­veis e escolher as que podem gerar maior sinergia com seus ativos locais, disse o diretor-geral de cooperação internacional da State Grid, Zhu Guangchao. A tomada de fĂ´lego vem apĂłs os chineses dobrarem a aposta no paĂ­s mesmo em meio a uma recessĂŁo histĂłrica, ao acertar entre o final do ano passado e o inĂ­cio de 2017 a compra do controle da CPFL Energia, maior elĂŠtrica privada brasileira, em um negĂłcio avaliado em R$ 14,2 bilhĂľes. O movimento da State Grid aproveitou um momento de fraqueza da construtora Camargo CorrĂŞa, que era a maior acionista da CPFL e passou por uma crise que a obrigou a vender ativos apĂłs ser um dos alvos da Operação Lava Jato. Agora, o cenĂĄrio do Brasil jĂĄ começa a dar sinais positivos, disse o diretor da companhia, que citou como exemplos o inĂ­cio de uma recuperação na economia e de um ciclo de redução na taxa de juros de referĂŞncia, a Selic, que reforçam a confiança no mercado local. “Estamos avaliando vĂĄrias oportunidades no Brasil, mas precisamos de tempo

LEILĂƒO DE IMĂ“VEL

LEILĂƒO DE IMĂ“VEL

Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 - Sala 402 Bairro Estoril - CEP 30494-080 - BH/MG PRESENCIAL E ON-LINE

Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 - Sala 402 Bairro Estoril - CEP 30494-080 - BH/MG PRESENCIAL E ON-LINE

1Âş LEILĂƒO: 16/10/2017 - 15:00h

termelÊtricas. O ministro Coelho Filho disse que o assunto Ê discutido entre os presidentes das duas estatais e que a expectativa Ê de uma solução

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2Âş LEILĂƒO: 18/10/2017 - 10:30h

EDITAL DE LEILĂƒO Fernanda de Mello Franco, /HLORHLUD 2ÂżFLDO 0DW -8&(0* Qž GHYLGDPHQWH DXWRUL]DGD SHOR FUHGRU ÂżGXFLiULR DEDL[R TXDOLÂżFDGR ID] VDEHU TXH QD IRUPD GD /HL Qž H GR 'HFUHWR OHL Qž OHYDUi D /(,/­2 3Ă’%/,&2 GH PRGR Presencial e Online R LPyYHO D VHJXLU FDUDFWHUL]DGR QDV VHJXLQWHV FRQGLo}HV IMĂ“VEL: $SDUWDPHQWR %ORFR &RQGRPtQLR 7HUUD]R 6LRQ VLWXDGR QD 5XD *URHOkQGLD Qž FRP iUHD SULYDWLYD SULQFLSDO GH PĂ° iUHD SULYDWLYD WRWDO GH PĂ° iUHD GH XVR FRPXP GH PĂ° iUHD UHDO WRWDO GH PĂ° IUDomR LGHDO GH GRV ORWHV H 4XDUWHLUmR %DLUUR 6LRQ HP %HOR +RUL]RQWH 0* FRP iUHD OLPLWHV H FRQIURQWDo}HV FRQVWDQWHV QD SODQWD FDGDVWUDO UHVSHFWLYD &RP GLUHLWR DV YDJDV GH JDUDJHQV QžV H FREHUWD OLYUH FREHUWD OLYUH ORFDOL]DGD QR ž 6XEVROR ,PyYHO REMHWR GD 0DWUtFXOD Qž GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GH %HOR +RUL]RQWH 0* 2EV ,PyYHO RFXSDGR 'HVRFXSDomR SRU FRQWD GR DGTXLUHQWH QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL DATA DOS LEILĂ•ES: 1Âş LeilĂŁo: dia 16/10/2017, Ă s 15:00 horas, e 2Âş LeilĂŁo dia 18/10/2017, Ă s 10:30 horas. LOCAL: $Y %DUmR +RPHP GH 0HOR Âą 6DOD Âą (VWRULO Âą &(3 Âą %HOR +RUL]RQWH 0*. DEVEDORES (A) FIDUCIANTES &$5/$ '( 2/,9(,5$ &255($ EUDVLOHLUD GLYRUFLDGD HPSUHViULD &3) 5* 0* 663 0* UHVLGHQWH H GRPLFLOLDGD 1$ 5XD $QWRQLR $OHL[R Qž $SWR /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* &(3 CREDOR FIDUCIĂ RIO: Banco Intermedium S/A, CNPJ: 00.416.968/0001-01. DO PAGAMENTO: 1R DWR GD DUUHPDWDomR R DUUHPDWDQWH GHYHUi HPLWLU FKHTXH FDXomR QR YDORU GH GR ODQFH 2 SDJDPHQWR LQWHJUDO GD DUUHPDWDomR GHYHUi VHU UHDOL]DGR HP DWp KRUDV PHGLDQWH GHSyVLWR HP FKHTXH RX 7(' QD FRQWD GR FRPLWHQWH YHQGHGRU D VHU LQGLFDGD SHOD OHLORHLUD VRE SHQD GH SHUGD GR VLQDO GDGR $SyV D FRPSHQVDomR GRV YDORUHV R FKHTXH FDXomR VHUi UHVJDWDGR SHOR DUUHPDWDQWH DOS VALORES: 1Âş leilĂŁo: R$ 907.840,05 (novecentos sete mil, oitocentos quarenta reais, cinco centavos) 2Âş leilĂŁo: R$ 792.551,23 (setecentos noventa dois mil, quinhentos cinquenta um reais, vinte trĂŞs centavos), FDOFXODGRV QD IRUPD GR DUW † ž H DUW †† ž H ž GD /HL Qž 2V YDORUHV HVWmR DWXDOL]DGRV DWp D SUHVHQWH GDWD SRGHQGR VRIUHU DOWHUDo}HV QD RFDVLmR GR OHLOmR COMISSĂƒO DA LEILOEIRA: &DEHUi DR DUUHPDWDQWH R SDJDPHQWR GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD QR YDORU GH FLQFR SRU FHQWR GD DUUHPDWDomR D VHU SDJD j YLVWD QR DWR GR OHLOmR FXMD REULJDomR VH HVWHQGHUi LQFOXVLYH DR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V QD IRUPD GD OHL DO LEILĂƒO ONLINE: 2 V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V VHUi mR FRPXQLFDGR V GDV GDWDV KRUiULRV H ORFDO GH UHDOL]DomR GRV OHLO}HV SDUD QR FDVR GH LQWHUHVVH H[HUFHU HP R GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD QD DTXLVLomR GR LPyYHO SHOR YDORU GD GtYLGD DFUHVFLGD GRV HQFDUJRV H GHVSHVDV QD IRUPD HVWDEHOHFLGD QR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL LQFOXtGR SHOD OHL 2V LQWHUHVVDGRV HP SDUWLFLSDU GR OHLOmR GH PRGR RQ OLQH GHYHUmR FDGDVWUDU VH QR VLWH ZZZ IUDQFROHLORHV FRP EU H VH KDELOLWDU DFHVVDQGR D RSomR Âł+DELOLWH VH´ FRP DQWHFHGrQFLD GH KRUD DQWHV GR LQtFLR GR OHLOmR SUHVHQFLDO MXQWDPHQWH FRP RV GRFXPHQWRV GH LGHQWLÂżFDomR LQFOXVLYH GR UHSUHVHQWDQWH OHJDO TXDQGR VH WUDWDU GH SHVVRD MXUtGLFD FRP H[FHomR GR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V TXH SRGHUi mR DGTXLULU R LPyYHO SUHIHUHQFLDOPHQWH HP ž RX ž OHLOmR FDVR QmR RFRUUD R DUUHPDWH QR SULPHLUR QD IRUPD GR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL GHYHQGR DSUHVHQWDU PDQLIHVWDomR IRUPDO GR LQWHUHVVH QR H[HUFtFLR GD SUHIHUrQFLD DQWHV GD DUUHPDWDomR HP OHLOmR OBSERVAÇÕES: 2 DUUHPDWDQWH VHUi UHVSRQViYHO SHODV SURYLGrQFLDV GH GHVRFXSDomR GR LPyYHO QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL 2 V LPyYHO L V VHUi mR YHQGLGR V QR HVWDGR HP TXH VH HQFRQWUDP ItVLFD H GRFXPHQWDOPHQWH HP FDUiWHU ÂłDG FRUSXV´ VHQGR TXH DV iUHDV PHQFLRQDGDV QRV HGLWDLV FDWiORJRV H RXWURV YHtFXORV GH FRPXQLFDomR VmR PHUDPHQWH HQXQFLDWLYDV H DV IRWRV GRV LPyYHLV GLYXOJDGDV VmR DSHQDV LOXVWUDWLYDV 'HVVD IRUPD KDYHQGR GLYHUJrQFLD GH PHWUDJHP RX GH iUHD R DUUHPDWDQWH QmR WHUi GLUHLWR D H[LJLU GR 9(1'('25 QHQKXP FRPSOHPHQWR GH PHWUDJHP RX GH iUHD R WpUPLQR GD YHQGD RX R DEDWLPHQWR GR SUHoR GR LPyYHO VHQGR UHVSRQViYHO SRU HYHQWXDO UHJXODUL]DomR DFDVR QHFHVViULD QHP DOHJDU GHVFRQKHFLPHQWR GH VXDV FRQGLo}HV HYHQWXDLV LUUHJXODULGDGHV FDUDFWHUtVWLFDV FRPSDUWLPHQWRV LQWHUQRV HVWDGR GH FRQVHUYDomR H ORFDOL]DomR GHYHQGR DV FRQGLo}HV GH FDGD LPyYHO VHU SUpYLD H ULJRURVDPHQWH DQDOLVDGDV SHORV LQWHUHVVDGRV &RUUHUmR SRU FRQWD GR DUUHPDWDQWH WRGDV DV GHVSHVDV UHODWLYDV j DUUHPDWDomR GR LPyYHO WDLV FRPR WD[DV DOYDUiV FHUWLG}HV IRUR H ODXGrPLR TXDQGR IRU R FDVR HVFULWXUD HPROXPHQWRV FDUWRUiULRV UHJLVWURV HWF 7RGRV RV WULEXWRV GHVSHVDV H GHPDLV HQFDUJRV LQFLGHQWHV VREUH R LPyYHO HP TXHVWmR LQFOXVLYH HQFDUJRV FRQGRPLQLDLV DSyV D GDWD GD HIHWLYDomR GD DUUHPDWDomR VmR GH UHVSRQVDELOLGDGH H[FOXVLYD GR DUUHPDWDQWH 2 DUUHPDWDQWH SUHVHQWH SDJDUi QR DWR R SUHoR WRWDO GD DUUHPDWDomR H D FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRUUHVSRQGHQWH D VREUH R YDORU GH DUUHPDWH H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH FKHTXHV 2 SURSRQHQWH YHQFHGRU SRU PHLR GH ODQFH RQ OLQH WHUi SUD]R GH KRUDV GHSRLV GH FRPXQLFDGR H[SUHVVDPHQWH GR r[LWR GR ODQFH SDUD HIHWXDU R SDJDPHQWR H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH 7(' H RX FKHTXHV GD WRWDOLGDGH GR SUHoR H GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRQIRUPH HGLWDO 2 QmR SDJDPHQWR GRV YDORUHV GH DUUHPDWDomR EHP FRPR GD FRPLVVmR GD /HLORHLUD QR SUD]R GH DWp YLQWH H TXDWUR KRUDV FRQWDGDV GD DUUHPDWDomR FRQÂżJXUDUi GHVLVWrQFLD RX DUUHSHQGLPHQWR SRU SDUWH GR D DUUHPDWDQWH ÂżFDQGR HVWH D REULJDGR D D SDJDU R YDORU GD FRPLVVmR GHYLGD D /HLORHLUD FLQFR SRU FHQWR VREUH R YDORU GD DUUHPDWDomR SHUGHQGR D IDYRU GR 9HQGHGRU R YDORU FRUUHVSRQGHQWH D YLQWH SRU FHQWR GR ODQFH RX SURSRVWD HIHWXDGD GHVWLQDGR DR UHHPEROVR GDV GHVSHVDV LQFRUULGDV SRU HVWH 3RGHUi D /HLORHLUD HPLWLU WtWXOR GH FUpGLWR SDUD D FREUDQoD GH WDLV YDORUHV HQFDPLQKDQGR R D SURWHVWR SRU IDOWD GH SDJDPHQWR VH IRU R FDVR VHP SUHMXt]R GD H[HFXomR SUHYLVWD QR DUWLJR GR 'HFUHWR Qž $R FRQFRUUHU SDUD D DTXLVLomR GR LPyYHO SRU PHLR GR SUHVHQWH OHLOmR ÂżFDUi FDUDFWHUL]DGD D DFHLWDomR SHOR DUUHPDWDQWH GH WRGDV DV FRQGLo}HV HVWLSXODGDV QHVWH HGLWDO $V GHPDLV FRQGLo}HV REHGHFHUmR DR TXH UHJXOD R 'HFUHWR Qƒ GH GH RXWXEUR GH FRP DV DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHOR 'HFUHWR Qƒ GH ƒ GH IHYHUHLUR GH TXH UHJXOD D SURÂżVVmR GH /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0DLRUHV LQIRUPDo}HV RX SHOR HPDLO FRQWDWR#IUDQFROHLORHV FRP EU %HOR +RUL]RQWH 0*

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para analisar, para ver quais ativos tĂŞm melhor sinergia com o que temos agora... estamos muito interessados nas ĂĄreas de transmissĂŁo, distribuição e energias renovĂĄveisâ€?, disse ele a jornalistas. “Durante esses sete anos, sempre tivemos grande confiança nesse mercado, e creio que agora a economia do Brasil começa a dar sinais de melhora, por isso confiamos ainda mais... a State Grid mantĂŠm uma estratĂŠgia de longo prazo, com certeza nosso negĂłcio no Brasil vai crescerâ€?, comentou Zhu. A State Grid Brazil Holding controla 5,5 mil quilĂ´metros em linhas de transmissĂŁo jĂĄ em operação, alĂŠm de possuir outros 9,3 mil quilĂ´metros com investimentos em andamento nas quais ĂŠ a Ăşnica acionista, e 4,68 mil quilĂ´metros em investimentos em que a companhia ĂŠ controladora com 51% de participação. ApĂłs comprar a CPFL e sua controlada CPFL RenovĂĄveis, a companhia passou a deter tambĂŠm concessionĂĄrias de distribuição de eletricidade no Sudeste e no Sul do PaĂ­s, alĂŠm de um importante parque gerador - com hidrelĂŠtricas, parques eĂłlicos, usinas Ă biomassa e um empreendimento solar. (ABr/Reuters)

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EDITAL DE LEILĂƒO Fernanda de Mello Franco, /HLORHLUD 2ÂżFLDO 0DW -8&(0* Qž GHYLGDPHQWH DXWRUL]DGD SHOR FUHGRU ÂżGXFLiULR DEDL[R TXDOLÂżFDGR ID] VDEHU TXH QD IRUPD GD /HL Qž H GR 'HFUHWR OHL Qž OHYDUi D /(,/­2 3Ă’%/,&2 GH PRGR Presencial e Online R LPyYHO D VHJXLU FDUDFWHUL]DGR QDV VHJXLQWHV FRQGLo}HV IMĂ“VEL )UDomR LGHDO TXH FRUUHVSRQGHUi DR $SDUWDPHQWR %ORFR GR HPSUHHQGLPHQWR GHQRPLQDGR &RQGRPtQLR 5HVLGHQFLDO 3DUTXH *UDPDGR ORFDOL]DGR QD 5XD &DQRDV Qž 9LOD 7LUDGHQWHV %HOR +RUL]RQWH 0* FRP DV VHJXLQWHV PHGLGDV iUHD SULYDWLYD SULQFLSDO PĂ° iUHD SULYDWLYD WRWDO PĂ° iUHD GH XVR FRPXP PĂ° iUHD UHDO WRWDO PĂ° FRP GLUHLWR j YDJD GH JDUDJHP Qž ,PyYHO REMHWR GD 0DWUtFXOD Qž GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GH %HOR +RUL]RQWH 0* 2EV ,PyYHO RFXSDGR 'HVRFXSDomR SRU FRQWD GR DGTXLUHQWH QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL DATA DOS LEILĂ•ES: 1Âş LeilĂŁo: dia 16/10/2017, Ă s 14:50 horas, e 2Âş LeilĂŁo dia 18/10/2017, Ă s 10:20 horas. LOCAL: Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 – Sala 402 – Estoril – CEP 30494-080 – Belo +RUL]RQWH 0*. DEVEDORES (A) FIDUCIANTES $'5,$1$ +2(/=/( EUDVLOHLUD GLYRUFLDGD WpFQLFD HP HTXLSDPHQWRV KRVSLWDODUHV &3) 3DVVDSRUWH <$ H[SHGLGR SHOD 5HS~EOLFD )HGHUDWLYD GR %UDVLO UHVLGHQWH H GRPLFLOLDGD QD 5XD 2UPLQGD GH 9DVFRQFHORV Qž 1RVVD 6HQKRUD %HOR +RUL]RQWH 0* Âą &(3 CREDOR FIDUCIĂ RIO: Banco Intermedium S/A, CNPJ: 00.416.968/0001-01. DO PAGAMENTO: 1R DWR GD DUUHPDWDomR R DUUHPDWDQWH GHYHUi HPLWLU FKHTXH FDXomR QR YDORU GH GR ODQFH 2 SDJDPHQWR LQWHJUDO GD DUUHPDWDomR GHYHUi VHU UHDOL]DGR HP DWp KRUDV PHGLDQWH GHSyVLWR HP FKHTXH RX 7(' QD FRQWD GR FRPLWHQWH YHQGHGRU D VHU LQGLFDGD SHOD OHLORHLUD VRE SHQD GH SHUGD GR VLQDO GDGR $SyV D FRPSHQVDomR GRV YDORUHV R FKHTXH FDXomR VHUi UHVJDWDGR SHOR DUUHPDWDQWH DOS VALORES: 1Âş leilĂŁo: R$ 222.186,44 (duzentos vinte dois mil, cento oitenta seis reais, quarenta quatro centavos) 2Âş leilĂŁo: R$ 186.749,16 (cento oitenta seis mil, setecentos quarenta nove reais, dezesseis centavos), FDOFXODGRV QD IRUPD GR DUW † ž H DUW †† ž H ž GD /HL Qž 2V YDORUHV HVWmR DWXDOL]DGRV DWp D SUHVHQWH GDWD SRGHQGR VRIUHU DOWHUDo}HV QD RFDVLmR GR OHLOmR COMISSĂƒO DA LEILOEIRA: &DEHUi DR DUUHPDWDQWH R SDJDPHQWR GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD QR YDORU GH FLQFR SRU FHQWR GD DUUHPDWDomR D VHU SDJD j YLVWD QR DWR GR OHLOmR FXMD REULJDomR VH HVWHQGHUi LQFOXVLYH DR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V QD IRUPD GD OHL DO LEILĂƒO ONLINE: 2 V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V VHUi mR FRPXQLFDGR V GDV GDWDV KRUiULRV H ORFDO GH UHDOL]DomR GRV OHLO}HV SDUD QR FDVR GH LQWHUHVVH H[HUFHU HP R GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD QD DTXLVLomR GR LPyYHO SHOR YDORU GD GtYLGD DFUHVFLGD GRV HQFDUJRV H GHVSHVDV QD IRUPD HVWDEHOHFLGD QR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL LQFOXtGR SHOD OHL 2V LQWHUHVVDGRV HP SDUWLFLSDU GR OHLOmR GH PRGR RQ OLQH GHYHUmR FDGDVWUDU VH QR VLWH ZZZ IUDQFROHLORHV FRP EU H VH KDELOLWDU DFHVVDQGR D RSomR Âł+DELOLWH VH´ FRP DQWHFHGrQFLD GH KRUD DQWHV GR LQtFLR GR OHLOmR SUHVHQFLDO MXQWDPHQWH FRP RV GRFXPHQWRV GH LGHQWLÂżFDomR LQFOXVLYH GR UHSUHVHQWDQWH OHJDO TXDQGR VH WUDWDU GH SHVVRD MXUtGLFD FRP H[FHomR GR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V TXH SRGHUi mR DGTXLULU R LPyYHO SUHIHUHQFLDOPHQWH HP ž RX ž OHLOmR FDVR QmR RFRUUD R DUUHPDWH QR SULPHLUR QD IRUPD GR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL GHYHQGR DSUHVHQWDU PDQLIHVWDomR IRUPDO GR LQWHUHVVH QR H[HUFtFLR GD SUHIHUrQFLD DQWHV GD DUUHPDWDomR HP OHLOmR OBSERVAÇÕES: 2 DUUHPDWDQWH VHUi UHVSRQViYHO SHODV SURYLGrQFLDV GH GHVRFXSDomR GR LPyYHO QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL 2 V LPyYHO L V VHUi mR YHQGLGR V QR HVWDGR HP TXH VH HQFRQWUDP ItVLFD H GRFXPHQWDOPHQWH HP FDUiWHU ÂłDG FRUSXV´ VHQGR TXH DV iUHDV PHQFLRQDGDV QRV HGLWDLV FDWiORJRV H RXWURV YHtFXORV GH FRPXQLFDomR VmR PHUDPHQWH HQXQFLDWLYDV H DV IRWRV GRV LPyYHLV GLYXOJDGDV VmR DSHQDV LOXVWUDWLYDV 'HVVD IRUPD KDYHQGR GLYHUJrQFLD GH PHWUDJHP RX GH iUHD R DUUHPDWDQWH QmR WHUi GLUHLWR D H[LJLU GR 9(1'('25 QHQKXP FRPSOHPHQWR GH PHWUDJHP RX GH iUHD R WpUPLQR GD YHQGD RX R DEDWLPHQWR GR SUHoR GR LPyYHO VHQGR UHVSRQViYHO SRU HYHQWXDO UHJXODUL]DomR DFDVR QHFHVViULD QHP DOHJDU GHVFRQKHFLPHQWR GH VXDV FRQGLo}HV HYHQWXDLV LUUHJXODULGDGHV FDUDFWHUtVWLFDV FRPSDUWLPHQWRV LQWHUQRV HVWDGR GH FRQVHUYDomR H ORFDOL]DomR GHYHQGR DV FRQGLo}HV GH FDGD LPyYHO VHU SUpYLD H ULJRURVDPHQWH DQDOLVDGDV SHORV LQWHUHVVDGRV &RUUHUmR SRU FRQWD GR DUUHPDWDQWH WRGDV DV GHVSHVDV UHODWLYDV j DUUHPDWDomR GR LPyYHO WDLV FRPR WD[DV DOYDUiV FHUWLG}HV IRUR H ODXGrPLR TXDQGR IRU R FDVR HVFULWXUD HPROXPHQWRV FDUWRUiULRV UHJLVWURV HWF 7RGRV RV WULEXWRV GHVSHVDV H GHPDLV HQFDUJRV LQFLGHQWHV VREUH R LPyYHO HP TXHVWmR LQFOXVLYH HQFDUJRV FRQGRPLQLDLV DSyV D GDWD GD HIHWLYDomR GD DUUHPDWDomR VmR GH UHVSRQVDELOLGDGH H[FOXVLYD GR DUUHPDWDQWH 2 DUUHPDWDQWH SUHVHQWH SDJDUi QR DWR R SUHoR WRWDO GD DUUHPDWDomR H D FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRUUHVSRQGHQWH D VREUH R YDORU GH DUUHPDWH H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH FKHTXHV 2 SURSRQHQWH YHQFHGRU SRU PHLR GH ODQFH RQ OLQH WHUi SUD]R GH KRUDV GHSRLV GH FRPXQLFDGR H[SUHVVDPHQWH GR r[LWR GR ODQFH SDUD HIHWXDU R SDJDPHQWR H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH 7(' H RX FKHTXHV GD WRWDOLGDGH GR SUHoR H GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRQIRUPH HGLWDO 2 QmR SDJDPHQWR GRV YDORUHV GH DUUHPDWDomR EHP FRPR GD FRPLVVmR GD /HLORHLUD QR SUD]R GH DWp YLQWH H TXDWUR KRUDV FRQWDGDV GD DUUHPDWDomR FRQÂżJXUDUi GHVLVWrQFLD RX DUUHSHQGLPHQWR SRU SDUWH GR D DUUHPDWDQWH ÂżFDQGR HVWH D REULJDGR D D SDJDU R YDORU GD FRPLVVmR GHYLGD D /HLORHLUD FLQFR SRU FHQWR VREUH R YDORU GD DUUHPDWDomR SHUGHQGR D IDYRU GR 9HQGHGRU R YDORU FRUUHVSRQGHQWH D YLQWH SRU FHQWR GR ODQFH RX SURSRVWD HIHWXDGD GHVWLQDGR DR UHHPEROVR GDV GHVSHVDV LQFRUULGDV SRU HVWH 3RGHUi D /HLORHLUD HPLWLU WtWXOR GH FUpGLWR SDUD D FREUDQoD GH WDLV YDORUHV HQFDPLQKDQGR R D SURWHVWR SRU IDOWD GH SDJDPHQWR VH IRU R FDVR VHP SUHMXt]R GD H[HFXomR SUHYLVWD QR DUWLJR GR 'HFUHWR Qž $R FRQFRUUHU SDUD D DTXLVLomR GR LPyYHO SRU PHLR GR SUHVHQWH OHLOmR ÂżFDUi FDUDFWHUL]DGD D DFHLWDomR SHOR DUUHPDWDQWH GH WRGDV DV FRQGLo}HV HVWLSXODGDV QHVWH HGLWDO $V GHPDLV FRQGLo}HV REHGHFHUmR DR TXH UHJXOD R 'HFUHWR Qƒ GH GH RXWXEUR GH FRP DV DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHOR 'HFUHWR Qƒ GH ƒ GH IHYHUHLUR GH TXH UHJXOD D SURÂżVVmR GH /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0DLRUHV LQIRUPDo}HV RX SHOR HPDLO FRQWDWR#IUDQFROHLORHV FRP EU %HOR +RUL]RQWH 0*

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para os dĂŠbitos atĂŠ o final deste ano. Segundo ele, a negociação deve envolver termelĂŠtricas da Eletrobras como abatimento de parte da dĂ­vida. “JĂĄ tem uma negociação que vinha acontecendo, mas diria que estĂĄ mais avançada, com a Petrobras, atĂŠ falando da transferĂŞncia de ativos (da Eletrobras para a Petrobras) para poder abater, disse ele a jornalistas. Questionado sobre o interesse da Petrobras em assumir tĂŠrmicas da Eletrobras em um momento em que a petroleira tem buscado vender ativos, Coelho Filho afirmou ter convicção na alternativa em discussĂŁo. “A Petrobras nĂŁo tem interesse ĂŠ em ficar com a dĂ­vida sem receber... acho que as duas empresas tĂŞm consciĂŞncia de que querem resolver o problema e que para resolver tem que ter algum espaço de negociação.â€? A Petrobras aprovou no final de agosto uma operação para injetar R$ 6,3 bilhĂľes em sua subsidiĂĄria de distribuição de combustĂ­veis BR Distribuidora, em troca de tirar do balanço da unidade recebĂ­veis com a Eletrobras. A reestruturação teve como objetivo “limparâ€? a BR antes da oferta inicial de açþes (IPO) da companhia. (Reuters)

Extrato da Ata de ReuniĂŁo do Conselho de Administração Realizada em 22 de Setembro de 2017. Presença: Presentes os seguintes membros do Conselho de Administração: JosĂŠ Salim Mattar JĂşnior, AntĂ´nio ClĂĄudio BrandĂŁo Resende, EugĂŞnio Pacelli Mattar, FlĂĄvio BrandĂŁo Resende, Oscar de Paula Bernardes Neto, -RVp *DOOy 0DULD /HWtFLD GH )UHLWDV &RVWD H 6WHIDQR %RQÂżJOLR Deliberaçþes por unanimidade: 1) Aprovados RV UHVXOWDGRV GH DJRVWR 2) Aprovada a Convocação de Assembleia Geral ExtraordinĂĄria para deliberar a proposta de: i) desdobramento de açþes da Companhia na razĂŁo de 3 açþes para cada 1 ação existente; e ii) DMXVWHV QR (VWDWXWR 6RFLDO SDUD UHĂ€HWLU WDO DOWHUDomR H LQFOXLU DWLYLGDGH FRPSOHPHQWDU DR DOXJXHO GH FDUURV 3) $SUHFLDGD D FDUWD GH UHQ~QFLD DSUHVHQWDGD SHOR 6U (GPDU 9LGLJDO 3DLYD GR FDUJR GH 'LUHWRU ([HFXWLYR 2 &RQVHOKR DJUDGHFHX DR 6U (GPDU 3DLYD SHORV WUDEDOKRV GHVHQYROYLGRV GXUDQWH H[HUFtFLR GD DWLYLGDGH GH 'LUHWRU ([HFXWLYR $ DWD GH UHXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR UHDOL]DGD HP GH VHWHPEUR GH HQFRQWUD VH GLVSRQtYHO DRV DFLRQLVWDV H DR PHUFDGR QD %ROVD GH 9DORUHV 0HUFDGRULDV H )XWXURV %0 )%RYHVSD 6 $ H QD &RPLVVmR GH 9DORUHV 0RELOLiULRV &90 DWUDYpV GR VLVWHPD ,3( QR ZHEVLWH GH UHODo}HV FRP LQYHVWLGRUHV GD &RPSDQKLD QR 27&4; H QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD Roberto AntĂ´nio Mendes - SecretĂĄrio do Conselho de Administração.

GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA

MINISTÉRIO DA DEFESA

AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP n.Âş 28/GAPLS/2017 OBJETO: Serviço de instalação de aparelhos de ar condicionado. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 29/09/2017. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 11/10/2017 Ă s 09:00, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 ANGELO NASCIMENTO MARROSO Cel Int Ordenador de Despesas


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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

ECONOMIA DIOGO ANTUNES

SUSTENTABILIDADE

Economia de água e energia dará desconto no IPTU de Betim Redução deve variar entre 10% e 50% ANA AMÉLIA HAMDAN

Um incentivo econômico pode impulsionar a proteção ao meio ambiente. Apostando nisso, a Prefeitura de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, implantou o IPTU Ecológico. O programa oferece descontos de 10% a 50% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a proprietários de residências, comércios e indústrias que adotarem medidas que resultem na economia de energia e água. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Betim, Ednard Tolomeu, a administração municipal planeja criar um fundo de remuneração usando 10% do valor arrecadado com o IPTU para repasse a donos de áreas com matas e nascentes que promovam a preservação desses ambientes. “Esse conceito nada mais é que a promoção, em nível municipal, do desenvolvimento sustentável, que deve levar em conta as premissas ambiental, social e econômica”, disse Tolomeu. O programa IPTU Ecológico está vigorando em Betim desde o dia 23, após ser aprovado pela Câmara

Municipal, e incentiva primordialmente três tipos de tecnologias ecologicamente sustentáveis: energia elétrica fotovoltaica, aquecimento solar da água e captação e reutilização da água da chuva. O valor do desconto no IPTU vai variar de acordo com o investimento que cada cidadão fizer. Além disso, o período da vantagem pode vigorar entre um e cinco anos. Nos projetos de energia elétrica solar fotovoltaica – que possibilita a produção de energia renovável com captação da incidência de luz solar –, os descontos variam de 15% a 50%. Nesse caso, o cidadão pode até mesmo vender energia, se houver excedente. Já a implantação de sistema de aquecimento solar (uso da energia solar, por meio de placas, para aquecimento da água) pode gerar redução no IPTU de 5% a 10%. Por fim, captação e reúso de água da chuva permite a concessão de descontos de 10% a 15%. O secretário explica que, para ter direito ao desconto no imposto, o cidadão deve apresentar comprovantes, como notas fiscais, dos equipamentos comprados e insta-

No programa, são incentivados a energia fotovoltaica, o aquecimento solar da água e uso da água da chuva

lados para a implantação do sistema sustentável. Também terá que mostrar contas de água e energia comprovando a queda dos gastos. Com isso, quando chegar a cobrança do IPTU, ele poderá requerer o desconto. As instalações devem seguir rigorosamente critérios técnicos. Se houver alguma dúvida sobre a veracidade das informações, uma equipe técnica da prefeitura fará vistoria no local. Ainda segundo Tolomeu, levantamentos indicam que os investimentos em sistema de energia fotovoltaica para que uma residência com quatro moradores seja autossustentável em energia gira em torno de R$ 40 mil. Mas os investimentos podem ser menores. “Com o desconto do IPTU, vamos bancar parte desses custos. Além disso, as pessoas terão redução nas contas de água e luz”, ressalta

o secretário. Ele informou que já foi possível perceber na cidade a mobilização da população e dos comerciantes que oferecem os equipamentos e serviços. Proteção - O outro projeto que objetiva utilizar 10% do valor arrecadado com o IPTU para criação de um fundo com destinação de verbas à proteção ambiental está em fase de planejamento. Segundo o secretário, está sendo feito o mapeamento de área de 30 milhões de metros quadrados nas regiões de Várzea das Flores e Serra Negra, que poderá ser transformada em Área de Proteção Ambiental (APA). Com isso, essas regiões passam a ser mais protegidas e terem restrição de uso. Para que os donos de propriedades não sejam prejudicados, poderão receber contrapartida do

fundo criado com o IPTU, desde que protejam áreas de mata e nascentes. Segundo o secretário, em Betim, o valor de cobrança do IPTU é de cerca de R$ 120 milhões, sendo que a arrecadação é menor devido a fatores como inadimplência. Há projeção de aumento na arrecadação, mas a prefeitura não está contando com esse acréscimo, já que concederá os descontos. Tolomeu informa que o objetivo é que Betim, mesmo sendo uma cidade altamente industrializada, seja referência em usos racionais dos recursos naturais, incentivando o uso de tecnologias não só pelo viés ambiental, mas também econômico. Ele ressalta ainda que as medidas vão garantir maior qualidade ambiental e de vida e, consequentemente, redução dos gastos com a saúde pública. Outro impacto pode ser a valorização dos imóveis. DIVULGAÇÃO

INDÚSTRIA

Nível de atividade da indústria de transformação paulista recua 0,6%, mas mantém recuperação São Paulo - O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação paulista apresentou queda de 0,6% em agosto, na comparação com o mês anterior, depois de quatro avanços seguidos. Foram constatadas retrações de 1,7% nas vendas e de 0,5 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci). Já as horas trabalhadas na produção permaneceram estáveis. Os dados são da pesquisa do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/ Ciesp). Por meio de nota, o diretor do Depecon, Paulo Francini, ex-

plicou que, apesar de negativo, o resultado não é preocupante porque há um movimento de retomada da economia. “Não significa que a tendência de crescimento não será mantida. Apesar de ainda lenta, a economia está em recuperação”. Entre os setores com bom desempenho em agosto estão a indústria de produtos farmacêuticos, com crescimento de 1,5% na produção e alta nas vendas de 7,8% e a indústria automobilística, com aumento de 4,7% nas horas trabalhadas e de 6,6% nas vendas. Em posição oposta, o setor de celulose, papel e produtos de papel recuou 2,1% com queda de 2,4% nas vendas. (ABr)

Com demanda aquecida, setor de celulose amplia exportações São Paulo - A indústria brasileira de celulose reduziu em 0,8% a produção em agosto sobre o mesmo período do ano passado, mas as exportações subiram 9,4% na mesma comparação, afirmou ontem a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Segundo a Ibá, a produção de celulose no mês passado caiu para 1,54 milhão de toneladas. No comparativo com julho deste ano houve queda de 3,7%. Já as exportações de celulose somaram 1,11 milhão de toneladas em agosto, alta de 12% em relação ao dado de julho divulgado no mês passado. O setor, que também representa produtores de outros insumos derivados de madeira, afirmou que a produção de papel cresceu 4,5% no mês passado na comparação anual, para 907 mil toneladas, com a produção de papel para embalagens avançando 4,9% e a de para imprimir e escrever

crescendo 4,7%. Já as vendas domésticas de papel ficaram praticamente estáveis, pressionadas por queda de 3% nas vendas de papéis para imprimir e escrever, enquanto as de embalagens subiram 3,3% no período. O presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, afirmou ontem que vê os estoques de celulose no mundo ainda contidos e a demanda aquecida, o que abre espaço para novos reajustes de preços do insumo nos próximos meses. Segundo a Ibá, as vendas de painéis cresceram 7,5% no mercado doméstico em agosto sobre o ano passado e 4,2% no comparativo com julho, para 573 mil metros cúbicos. As exportações do insumo, que é utilizado na indústria da construção civil, avançaram 14,7% na comparação anual, para 125 mil metros cúbicos. (Reuters)

Pela segunda vez consecutiva a taxa, utilizada para empréstimos do BNDES, é sustentada nesse patamar

CONSELHO MONETÁRIO

TJLP é mantida em 7% ao ano Brasília - O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,0% ao ano, patamar que será válido para o quarto trimestre de 2017, informou ontem o Ministério da Fazenda. Esta é a segunda vez consecutiva que a taxa, que é utilizada nos empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é mantida neste patamar. Em março deste ano, ela foi reduzida em 0,5 ponto percentual, no primeiro corte desde dezembro de 2012. A manutenção se deu apesar da continuidade do ciclo de redução da Selic, que está hoje em 8,25% ao ano. Na última reunião do CMN para definição da TJLP, em junho, a taxa básica de juros estava em 10,25% ao ano. Com a manutenção da TJLP no mesmo nível, o governo busca não aumentar o subsídio na concessão de empréstimos pelo BNDES, num momento em que luta para diminuir gastos e elevar

receitas para melhorar sua difícil situação fiscal. “Tendo em vista que as metas de inflação para 2017 e 2018 estão fixadas em 4,5% ao ano, com intervalo de tolerância de menos um e meio ponto percentual e de mais um e meio ponto percentual, e que medidas amplas baseadas em preços de ativos brasileiros e instrumentos financeiros relacionados, consideradas para diversos horizontes e janelas de apuração, em mercados domésticos e nos mercados internacionais, têm oscilado, o CMN decidiu pela manutenção da referida taxa para o 4º trimestre, procurando refletir essas condições, assim como as amplas condições de risco da economia doméstica e internacional”, justificou o Ministério da Fazenda, em nota. TLP - Apesar de o governo ter criado uma nova taxa para balizar os empréstimos do BNDES, a chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), a definição da TJLP con-

tinuará sendo feita pelo CMN trimestralmente. Isso porque o estoque existente de financiamentos do BNDES vai continuar sendo atualizado pela TJLP. A TLP valerá para novos empréstimos a partir do ano que vem. Em 1º de janeiro de 2018, a TLP será igualada à TJLP vigente. A partir daí, cada uma das taxas seguirá sua sistemática própria de variação. A TLP será composta pela variação do IPCA e por uma taxa de juros prefixada, definida na data de contratação da operação de financiamento e válida por todo o prazo em que os recursos permanecem aplicados nessas operações. O CMN definiu que o BC divulgará a parte prefixada da TLP mensalmente. A parte prefixada da TLP será divulgada no último dia útil do mês anterior ao mês de sua vigência e o cálculo terá como base a média diária de três meses da NTN-B de cinco anos. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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INTERNACIONAL REUTERS

Ă SIA

China determina fechamento de empresas norte-coreanas Medida anunciada pelo governo chinês atende às sançþes da ONU Pequim - A China determinou ontem o fechamento de companhias mantidas pela Coreia do Norte no país, o que corta uma fonte de receita no exterior para o isolado regime de Pyongyang. A decisão do regime chinês Ê tomada para atender as sançþes aprovadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Naçþes Unidas contra os programas nuclear e de mísseis norte-coreanos. A China Ê a principal parceira comercial e maior aliada da Coreia do Norte. A cooperação de Pequim Ê essencial para o sucesso das sançþes, voltadas para impedir que os norte-coreanos obtenham mais tecnologia armamentista. A China concordou com as penalidades na ONU, em meio à crescente frustração com o governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un. Negócios e joint ventures da Coreia do Norte com parceiras chinesas precisam fechar dentro de 120 dias a partir da aprovação das sançþes no Conselho de

Segurança, que ocorreu em 11 de setembro. A decisĂŁo do MinistĂŠrio do ComĂŠrcio chinĂŞs implica, portanto, que esses negĂłcios devem ser paralisados atĂŠ o inĂ­cio de janeiro. Empresas norte-coreanas operam restaurantes e outros negĂłcios na China, o que ajuda Pyongyang a obter moeda estrangeira. FuncionĂĄrios norte-coreanos trabalham em fĂĄbricas chinesas e em outras ĂĄreas. TambĂŠm ontem, o MinistĂŠrio das Relaçþes Exteriores chinĂŞs apelou por diĂĄlogo para lidar com a crescente crise entre a Coreia do Norte e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “A questĂŁo nuclear da PenĂ­nsula Coreana estĂĄ relacionada Ă paz e Ă estabilidade regionalâ€?, disse um porta-voz do ministĂŠrio, Lu Kang. “Para romper o impasse as partes relevantes precisam mostrar sua sinceridade.â€? A China ĂŠ um membro permanente no Conselho de Segurança e tem poder de veto. O paĂ­s apoiou as

sançþes recentes, mas não quer um colapso do governo de Kim. Pequim não concordou, por exemplo, com um veto total às exportaçþes de petróleo para os norte-coreanos. De qualquer modo, a China deve interromper o envio de gås e limitar o de derivados do petróleo a partir de 1º de janeiro, após jå ter parado desde setembro de importar carvão, ferro, minÊrio de chumbo e peixes e frutos do mar do país vizinho. Moeda - O yuan fechou ontem em queda frente ao dólar, após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) orientar a moeda chinesa para baixo por meio de uma taxa de referência diåria, que ajuda a balizar os negócios no câmbio. No encerramento da sessão em Xangai, o dólar estava em 6,6699 yuans, acima dos 6,6350 yuans do fim das transaçþes de ontem. O PBoC estabeleceu a chamada taxa de paridade

de hoje em 6,6285 yuans por dólar, ante 6,6192 yuans na sessão anterior. Pelas regras do BC chinês, o yuan pode variar atÊ 2% diariamente, para cima ou para baixo, em relação à taxa de pariChina concordou com penalidades ao governo de Kim Jong-un dade (AE)

CONJUNTURA

Atividade econĂ´mica dos EUA cresce 3,1% no segundo trimestre Washington - O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu Ă taxa anualizada de 3,1% no segundo trimestre deste ano, em um ritmo um pouco mais forte do que a estimativa anterior, marcando o melhor crescimento em dois anos. A estimativa final ficou levemente acima da previsĂŁo de economistas consultados pelo Wall Street Journal, que esperavam que o PIB permanecesse em 3%, como constatado na segunda leitura, divulgada no fim de agosto.

O relatĂłrio do Departamento do ComĂŠrcio fez pouco para alterar a imagem de uma economia que se recuperou na primavera (no HemisfĂŠrio Norte) apĂłs um resultado sem brilho do 1Âş trimestre e que perdeu impulso nos Ăşltimos meses apĂłs a passagem dos furacĂľes Irma e Harvey por Estados como Texas, FlĂłrida e Louisiana. Economistas do setor privado estimam que o PIB deve enfrentar uma queda para uma taxa entre 1% e 2% no terceiro trimestre. No

entanto, eles esperam uma recuperação do crescimento durante a reconstrução das åreas afetadas pelas tormentas. A economia, em seu núcleo, permanece eståvel, uma vez que o crescimento constante do emprego e a alta nos mercados de açþes incentivam os gastos das famílias. Os consumidores, que representam mais de dois terços da demanda econômica americana, aumentaram os gastos a uma taxa anualizada de 3,3% no segundo trimestre. (AE)

AMÉRICA LATINA

FMI destaca a luta contra a corrupção na regiĂŁo Washington - O Fundo MonetĂĄrio Internacional (FMI) afirmou, em artigo publicado ontem em seu blog, que a AmĂŠrica Latina vem priorizando cada vez mais a luta contra a corrupção. Para a instituição, a regiĂŁo foi pioneira em adotar uma convenção para combater a corrupção, no âmbito da Organização dos Estados Americanos. Em relação especificamente ao Brasil, o artigo cita a “recente investida contra a corrupçãoâ€? com a Operação Lava Jato. Para o FMI, a operação â€œĂŠ reflexo de um judiciĂĄrio mais eficiente, promotores independentes e dotados com orçamento apropriado, alĂŠm do apoio decisivo da mĂ­dia e sociedadeâ€?. Segundo o ĂłrgĂŁo, vĂĄrios paĂ­ses da regiĂŁo (como Argentina, Brasil, Chile, Equador, Guatemala, MĂŠ-

xico, Paraguai e Peru) estĂŁo atualizando, ou em vias de atualizar, seus quadros legais e jurĂ­dicos. “AlĂŠm disso, vĂĄrios adotaram ou reforçaram protocolos como divulgar declaração de bens de administradores pĂşblicos — embora a cobertura e o acesso do pĂşblico a essas informaçþes variem de paĂ­s para paĂ­sâ€?, diz o artigo. “AlĂŠm disso, medidas vĂŞm sendo tomadas para aumentar a transparĂŞncia fiscal, inclusive com apoio direto do FMIâ€?, acrescentou. O FMI tambĂŠm destacou o combate Ă corrupção na Guatemala que conseguiu revelar casos de evasĂŁo fiscal, lavagem de dinheiro e financiamento ilegal por intermĂŠdio da sua ComissĂŁo Internacional contra a Impunidade (o braço das Naçþes Unidas que dĂĄ assistĂŞncia aos procuradores nacionais

no combate Ă corrupção). O texto cita tambĂŠm o Peru e a RepĂşblica Dominicana levaram adiante “com rigorâ€? diversas acusaçþes contra funcionĂĄrios de alto escalĂŁo associados ao escândalo da Odebrecht. Para o FMI, uma estratĂŠgia eficaz contra a corrupção exige “quadros legais sĂłlidos, intensidade na aplicação e fiscalização, e perseverançaâ€?. “Liderança comprometida e adesĂŁo Ă causa por parte de diversos segmentos da sociedade sĂŁo tambĂŠm cruciais para garantir a continuidade dessa luta prolongadaâ€?, acrescentou. O FMI diz que uma barreira que frequentemente se interpĂľe ao combate Ă corrupção ĂŠ a oposição de grupos de interesse bem organizados no prĂłprio seio do governo. “A burocracia pĂşblica e partidĂĄria pode imprimir esforços contra

GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Senhora do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/ MG, 1º Leilão dia 16/10/17 às 9h45min, se necessårio 2º Leilão no dia 18/10/17 às 9h45min, para venda de imóvel em Aracaju/ SE. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Registro de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Informaçþes e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou p/tel.: 31 3241-4164.

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GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Senhora do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/ MG, 1º Leilão dia 16/10/17 às 09h30min, se necessårio 2º Leilão no dia 18/10/17 às 09h30min, para venda de imóvel em Salvador/ BA. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Registro de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Informaçþes e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou p/tel.: 31 3241-4164.

Construtora Casa Mais S.A. CNPJ 11.231.143/0001-20 Balancete em 31/12/2016 Valores expressos em Reais – R$ Passivo Ativo CIRCULANTE CIRCULANTE 5.561.231,30 Caixa e Equivalentes de Caixa 1.982.082,70 Fornecedores 3.689.796,03 Clientes 55.075.669,84 Obrigaçþes tributĂĄrias Estoques 98.840.907,57 Contratos firmados e adiantamentos de clientes 41.854.478,37 Adiantamentos a fornecedores 988.137,63 Obrigaçþes em SCP 2.740.444,51 Impostos retidos e a recuperar 6.903,61 EmprĂŠstimos e financiamentos Outros tĂ­tulos a receber 1.900.658,91 Obrigaçþes Sociais, Trabalhistas e ProvisĂľes 1.518.971,85 55.364.922,06 Despesas antecipadas e cauçþes 343.021,21 159.137.381,47 NĂƒO CIRCULANTE EmprĂŠstimos e financiamentos 3.942.629,92 NĂƒO CIRCULANTE DĂŠbitos com partes relacionadas 1.590.925,55 DepĂłsitos Judiciais 83.154.941,22 Imobilizado 344.797,23 Contratos de permutas IntangĂ­vel 12.035,85 CrĂŠdito de Clientes para Futura Aquisição 478.078,77 89.166.575,46 Investimentos 375.000,00 731.833,08 PatrimĂ´nio LĂ­quido 5.194.300,00 Total do Ativo 159.869.214,55 Capital social Reservas 6.543.970,47 Resultado exercĂ­cio 1.799.723,28 13.537.993,75 Total do Passivo 159.869.214,55 Declaramos que o presente Balancete reflete os saldos contĂĄbeis compostos com base na documentação e informaçþes enviadas pela Construtora Casa Mais S.A Ă esta Contabilidade. Belo Horizonte, 31 de Dezembro de 2016 Demonstração de Resultado do ExercĂ­cio findo em 31/12/2016 Valores expressos em Reais – R$ Receita Bruta Auferida por Realização - Comerciais, administrativas, tributarias de Contratos 21.706.686,66 e gerais (4.614.715,84) Deduçþes da receita - Financeiras (2.384.799,58) ( impostos diretos e distratos) (3.574.828,97) Outros resultados operacionais 3.176.778,93 Receita LĂ­quida de Vendas 18.131.857,69 Lucro Operacional 2.018.138,86 Custo incorridos das obras (12.332.342,11) Lucro lĂ­quido antes da Contribuição Lucro Bruto 5.799.515,58 Social e Imposto de Renda 2.018.138,86 Receita de Venda de Imobilizado Contribuição social sobre o Lucro LĂ­quido (70.557,30) Receita de Venda de VeĂ­culos 41.359,77 Imposto de Renda Pessoa JurĂ­dica (147.858,28) Despesas Operacionais Lucro lĂ­quido do ExercĂ­cio 1.799.723,28

GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Senhora do Carmo, 1650, lj 42, Carmo-BH/ MG, 1º Leilão dia 16/10/17 às 09h15min, se necessårio 2º Leilão no dia 18/10/17 às 09h15min, para venda de Apto. em Maceió/ AL. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Registro de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Informaçþes e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou p/tel.: 31 3241-4164.

Declaramos que a presente Demonstração de Resultado do ExercĂ­cio reflete os saldos contĂĄbeis compostos com base na documentação e informaçþes enviadas pela Construtora Casa Mais S.A ĂĄ esta contabilidade. Belo Horizonte, 31 de Dezembro de 2016. Construtora Casa Mais S/A Peterson Rosa Querino - CPF: 942.128.486-00; Rodolfo Henrique de Moura - Contador – CRC 94976/MG - CPF: 068.047.106-57

GUSTAVO COSTA AGUIAR OLIVEIRA Leiloeiro MAT. JUCEMG nº 507 torna público que realizarå leilão online no Portal: www. gpleiloes.com.br e presencial na Av. Nossa Senhora do Carmo, 1650, lj 42, CarmoBH/MG, 1º Leilão dia 10/10/17 às 09h, se necessårio 2º Leilão no dia 11/10/17 às 09h, para venda de Apto. em Curitiba/PR. Comitente: Banco Inter S/A. Normas p/ participação registradas no Cartório do 1º Ofício de Registro de Títulos e Docs. de BH, nº 01419286. Informaçþes e edital no site: www.gpleiloes.com.br ou p/tel.: 31 3241-4164.

iniciativas anti-corrupção, minando a iniciativa de dentro. Uma maneira de lidar com esse problema ĂŠ via a criação de forças-tarefa especiais e independentes (como na Guatemala e, mais recentemente, no Equador)â€?, destacou. TransparĂŞncia - A maior transparĂŞncia ĂŠ fundamental para reduzir a corrupção, acrescenta o FMI. Para isso, o fundo destaca que ĂŠ preciso ter leis de liberdade de informação, declaraçþes de renda e de bens, auditorias aleatĂłrias, fortalecimento da gestĂŁo pĂşblica e da transparĂŞncia fiscal (sobretudo nas economias ricas em recursos naturais) e melhoria da governança das empresas estatais. “Para pĂ´r fim ao sigilo das empresas privadas, as informaçþes sobre os beneficiĂĄrios das empresas podem ser coletadas e divulgadas por meio de cadastros centralizados das prĂłprias empresasâ€?, diz o fundo. COMUNICADO EXTRAVIO DE LIVRO SOCIETĂ RIO FERNANDES ADMINISTRADORA DE BENS E NEGĂ“CIOS S.A., sociedade anĂ´nima fechada, inscrita no CNPJ/MF sob o nÂş 41.738.089/0001-75, registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais – JUCEMG sob o NIRE 3130000951-3 com sede na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida do Contorno, nÂş 8289, sala 302, CEP 30.110-059, vem, por meio deste, comunicar o extravio de seu LIVRO DE REGISTRO DE $‰—(6 Q| GH RUGHP ƢFDQGR R PHVPR VHP R GHYLGR YDORU Belo Horizonte, 25 de setembro de 2017 Lincoln Gonçalves Fernandes Representante legal

REDE Ă‚NCORA - MG IMPORTADORA, EXPORTADORA E DISTRIBUIDORA DE AUTO PEÇAS S/A CNPJ 05.916.095/0001-01 - NIRE nÂş 3130001853-9 Edital de Convocação de AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria Sociedade anĂ´nima de capital fechado, com sede e foro da companhia ĂŠ a cidade de Belo Horizonte, MG, com endereço Ă Rodovia do Anel RodoviĂĄrio BR 262, KM 15,3, GalpĂŁo dos Fundos, Bairro Engenho Nogueira, CEP.: 31.310-295, por sua diretoria, nos termos do art. 124, da Lei 6.404/76, CONVOCA os seus acionistas para que compareçam Ă AssemblĂŠia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria da companhia, no dia 18 de outubro de 2017, Ă s 18h00 em primeira convocação, e Ă s 19h00 em segunda convocação, a ser realizada nas dependĂŞncias da sua sede, tendo como Ordem do dia: (a) eleição da diretoria; (b) alteração do estatuto social alterando a nomenclatura dos cargos dos diretores e regras para eleição; e (c) outros assuntos de interesse Ć?Ĺ˝Ä?Ĺ?Ä‚ĹŻÍ• Ä?Žž Ä‚ ĆŒÄžͲĆŒÄ‚Ć&#x;ÄŽÄ?ĂĕĆŽ ĚĞ ĚĞůĹ?Ä?ÄžĆŒÄ‚Ä•Ć ÄžĆ? ĂŜƚĞriores, se for necessĂĄrio. ĞůŽ ,Ĺ˝ĆŒĹ?ÇŒŽŜƚĞ͕ ώϲ ĚĞ Ć?ĞƚĞžÄ?ĆŒĹ˝ ĚĞ ĎŽĎŹĎ­ĎłÍ˜ Geraldo Pereira da Silva BitarĂŁes

Outra sugestão do FMI Ê que entes públicos e privados envolvidos em compras e investimentos públicos poderiam criar comitês internos de combate à corrupção,

subordinados diretamente ao ĂłrgĂŁo de controladoria, para promover parcerias entre as partes internas interessadas e os auditores externos. (ABr)

Terremotos no MĂŠxico geram perdas de US$ 2 bi Cidade do MĂŠxico - O presidente do MĂŠxico, Enrique PeĂąa Nieto, disse ontem que a contagem preliminar dos estragos causados por dois grandes terremotos que atingiram o paĂ­s neste mĂŞs mostram que o prejuĂ­zo pode totalizar mais de US$ 2 bilhĂľes. PeĂąa Nieto ressaltou que a avaliação dos estragos continua - especialmente na Cidade do MĂŠxico -, mas estimativas preliminares mostram que a reconstrução e o reparo em escolas de vĂĄrios estados devem sair por US$ 750 milhĂľes. O reparo e reconstrução de moradias custarĂĄ US$ 550 milhĂľes. JĂĄ os estragos em locais culturais podem atingir US$ 440 milhĂľes. Juros - O Banco Central do MĂŠxico manteve inalterada sua taxa de juros de referĂŞncia em 7,0% ao ano. A decisĂŁo foi tomada de forma unânime. Em comunicado divulgado ao fim da reuniĂŁo de polĂ­tica monetĂĄria, a instituição afirma que seguirĂĄ avaliando os determinantes da inflação e suas expectativas de mĂŠdio e longo prazo, em especial as variaçþes da taxa de câmbio e a influĂŞncia dela nos preços. “TambĂŠm avaliaremos a posição monetĂĄria relativa entre MĂŠxico e Estados Unidos, assim como impacto dos terremotos sobre os preçosâ€?, disse o banco central. A autoridade monetĂĄria afirmou que o comitĂŞ continuarĂĄ vigilante para assegurar que uma “postura monetĂĄria prudenteâ€? seja assegurada, de forma que a inflação de mĂŠdio e longo prazo se direcione para a meta do banco central, de 3%, atĂŠ o fim de 2018. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa dos Fed funds inalterada na faixa de 1,00% e 1,25%. (AE) &20$5&$ '( 6$%$5Ăˆ 0* (GLWDO GH &LWDomR 3UD]R GH GLDV $ '5$ /XFLDQD 6DQWDQD &RPXQLDQ 6WDUOLQJ -Xt]D GH 'LUHLWR GD Â? 9DUD &tYHO H -,- GHVWD &RPDUFD QD IRUPD GD /HL HWF )D] 6DEHU DRV TXH HVWH YLUHP RX FRQKHFLPHQWR WLYHUHP H[SHGLGRV QRV DXWRV GH %86&$ ( $35((16­2 GH Qž UHTXHULGR SRU %9 ),1$1&(,5$ 6 $ &5e',72 ),1$1&,$0(172 ( ,19(67,0(172 TXH WUDPLWD SHUDQWH HVWH -Xt]R H 6HFUHWDULD &,7$5 R D Up X 0$5,$ $17Ă?1,$ '( &$6752 &3) UHVLGHQWH H GRPLFLOLDGR D DWXDOPHQWH HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR SDUD UHVSRQGHU D WRGRV RV WHUPRV GD DomR QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV ~WHLV H QmR VHQGR FRQWHVWDGD D DomR SUHVXPLU VH mR DFHLWRV SHOR D Up X FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DUWLFXODGRV SHOR DXWRU DUW H DUW GR &3& 2 SUHVHQWH HGLWDO VHUi SXEOLFDGR H DIL[DGR QD IRUPD GD /HL 'DGR H SDVVDGR QHVWD FLGDGH GH 6DEDUi DRV GH IHYHUHLUR GH

UNICEL LOURDES LTDA.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG

CNPJ/MF nº 04.509.100/0001-07 Carta de Convocação para Reunião de Sócios Convocamos os Srs. Sócios a se reunirem no dia 20 de outubro de 2017 às 10h00 (dez horas) a ser realizada na Rua Araguari, nº 1.685, sala 303, Bairro Santo Agostinho, na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30190-118, para deliberaçþes acerca da extinção da Sociedade.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 051/2017 - torna pĂşblico TXH VH HQFRQWUD GLVSRQtYHO QR VLWH ZZZ ULEHLUDRGDVQHYHV PJ JRY EU R HGLWDO UHWLÂżFDGR GR PregĂŁo 051/2017, cujo objeto consiste no registro de preços para aquisição de medicamentos especiais, por um perĂ­odo de 12 (doze) meses. A nova data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 17/10/2017 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.


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POLÍTICA GRAVAÇÃO DE JOESLEY

ELEIÇÕES

Afastamento de Aécio vira pauta Senadores aprovam regime de urgência para analisar decisão da Suprema Corte Brasília - O Senado aprovou ontem o regime de urgência para analisar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e determinou seu recolhimento noturno. A votação sobre o afastamento em si, a pedido de líderes partidários, só deve ocorrer na próxima semana. O PT já avisou que representará contra Aécio no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar. Senadores aprovaram o requerimento que conferiu urgência à votação da decisão da Suprema Corte ontem por 43 votos a oito, permitindo que o assunto possa ser o primeiro item da pauta na próxima sessão. Mas com o adiamento da votação para a próxima semana, senadores ganham tempo para articulações. Primeiro a pedir que a votação da decisão do STF ficasse para a próxima semana, o líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), argumentou que o quórum de ontem poderia prejudicar o resultado. “O PSDB tem a intenção de ver essa matéria votada com urgência, como colocamos no requerimento, mas não necessariamente a urgência tem que fazer com que tenhamos a votação no dia de hoje”, disse o senador no plenário. “Eu já queria aqui propor aos líderes que nós deixássemos a votação da matéria propriamente dita para a próxima terça-feira, quando, com certeza, nós teremos um número expressivo de senadores”, avaliou Bauer, sendo apoiado por boa parte dos líderes presentes. Na última terça-feira, por três votos a dois, a 1ª Turma do STF decidiu afastar novamente o presidente licenciado do PSDB e senador mineiro do exercício de seu mandato, como havia defendido a Procuradoria-Geral da República (PGR), e determinou ainda que Aécio não poderá se ausentar de casa à noite, deverá entregar seu passaporte e ainda não poderá se comunicar com outros investigados no caso, como a sua irmã Andrea Neves. O senador foi denunciado

MARCELO CAMARGO/ABr

pela PGR por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas de executivos da J&F, holding que contra a JBS. Aécio foi gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, acertando o pagamento de R$ 2 milhões que seriam usados para pagar advogados que defendem o parlamentar na Operação Lava Jato. Posteriormente, em ação controlada, a Polícia Federal filmou a entrega do dinheiro a um primo de Aécio. O parlamentar nega irregularidades e afirma que os recursos eram um empréstimo que seria devidamente O Senado aprovou pedido de urgência para apreciar decisão do STF por 43 votos a oito legalizado posteriormente. Diz ainda ter sido alvo de uma armação montada por Joesley.

Ministro vê “grave” crise institucional

Notificação - Aécio Neves recebeu ontem, em sua residência em Brasília a notificação de seu afastamento do mandato e das restrições de liberdade à noite, impostas pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal. Gravado pelo delator Joesley Batista, o senador foi acusado à Justiça de receber propina de R$ 2 milhões do frigorífico JBS e de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Ele nega ter cometido crimes. A notificação oficial foi confirmada pelo defensor de Aécio, o criminalista Alberto Toron. Na prática, Aécio agora está oficialmente suspenso e não poderá exercer as funções no Legislativo. Ele já não vinha frequentando o Senado, por orientação da defesa. O tucano preserva, no entanto, o foro privilegiado por prerrogativa de função. Um carro oficial do Senado dirigiu-se à residência do senador no Lago Sul, região nobre da capital, pouco depois de o plenário aprovar o regime de urgência para votar a decisão do Supremo e adiar, em acordo entre partidos, a análise para a próxima terça-feira. Os senadores estão dispostos a derrubar as medidas cautelares contra Aécio, mas querem pressionar o Supremo a rever a suspensão e o recolhimento domiciliar noturno por conta própria, evitando outro embate entre Legislativo e Judiciário. (Reuters/AE)

Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ontem que o País passa por uma “grave” crise institucional, em meio à possibilidade de o Senado barrar a decisão tomada pela 1ª Turma do STF que determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de suas funções legislativas. “Estamos diante de uma crise institucional, mas será suplantada porque nossa democracia veio para ficar”, afirmou. Questionado se ela seria grave, ele concordou. “É grave, é grave.” O Senado aprovou ontem um pedido de urgência para que o plenário decida se vai cumprir a decisão do STF de afastar Aécio. A decisão sobre o assunto, contudo, ficou para a próxima semana. Marco Aurélio foi um dos votos derrotados no julgamento, pela 1ª Turma do Supremo na última terça-feira, que acolheu o pedido da Procuradoria-Geral da República para afastar o senador tucano de suas atividades. Essa decisão foi tomada por três votos a dois. Adin - O ministro do STF defendeu que o ideal seria votar uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que discute o assunto para definir se é legal afastar um parlamentar de suas funções. Os críticos dizem que essa medida cautelar não tem amparo, uma vez que a Constituição só trata da prisão de parlamentares no caso de terem cometido crimes em flagrante inafiançáveis. Marco Aurélio destacou que a ação deveria ser julgada, porque seria apreciada pelo plenário e não pela turma. Ele avaliou que o colegiado menor, composto por cinco ministros, está “dividido”. “Se pudermos enfrentar a Adin, será muito bom, agora de qualquer forma temos o sistema de freios e contrapesos. Não pode ser acolhida a concentração de

poder”, disse. Reportagem da Reuters na última quarta-feira apontou a existência da ação, destacando o fato de que a Advocacia-Geral da União (AGU), sob o governo Michel Temer, já se manifestou pela legalidade de se afastar um parlamentar. Não há prazo, entretanto, para que a matéria vá a julgamento ainda. Para Marco Aurélio, é preciso que se reine, acima de tudo, “o entendimento em prol da democracia”. “Agora vamos ver e que prevaleça a ordem jurídica, a lei maior do país, que precisa ser um pouco mais amada pelos brasileiros em geral que é a Constituição Federal”. disse. Apesar do impasse, o ministro do STF discordou quando foi perguntado se aceitava a crítica de que os integrantes da Corte estariam agindo mais politicamente do que juridicamente. “Não, não posso concordar porque eu julgo os colegas por mim. Eu não atuo politicamente. A minha política é única, de observância da Constituição Federal”, afirmou. Aécio foi denunciado pela PGR por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas de executivos da J&F, holding que contra a JBS. O senador foi gravado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, acertando o pagamento de R$ 2 milhões que seriam usados para pagar advogados que defendem o parlamentar na operação Lava Jato. Posteriormente, em ação controlada, a Polícia Federal filmou a entrega do dinheiro a um primo de Aécio. O parlamentar nega irregularidades e afirma que os recursos eram um empréstimo que seria devidamente legalizado posteriormente. Diz ainda ter sido alvo de uma armação montada por Joesley. (Reuters)

DESVIO DE RECURSOS

Filhos de Jucá são alvo de operação da PF Brasília - Filhos e enteados do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foram alvo ontem de uma operação da Polícia Federal que investiga desvio de R$ 32 milhões em verbas públicas na aquisição de parte de uma fazenda para e construção de moradias do “Minha casa, minha vida” em Boa Vista, capital de Roraima, disse uma fonte com conhecimento do assunto. Sem citar os nomes dos investigados, a Polícia Federal informou que foram cumpridos 17 mandados judiciais, sendo nove mandados de busca e apreensão e oito mandados de condução coercitiva, em Boa Vista, Brasília e Belo Horizonte, como parte da chamada

operação Anel de Giges. “Os investigados foram conduzidos coercitivamente à Polícia Federal, interrogados e indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa que preveem penas de até 30 anos de reclusão. As investigações continuam, com análise do material apreendido e apuração do envolvimento de outros integrantes nas práticas criminosas”, informou a PF em comunicado. O delegado da PF em Roraima responsável pela investigação, Alan Ramos, afirmou que estão sendo investigados os proprietários da Fazenda Recreio e os responsáveis pela construtora que fez a obra do “Minha casa, minha vida”. Além

deles, o superintendente da Caixa Econômica Federal em Roraima também foi levado para prestar depoimento sobre a liberação de recursos para o empreendimento. Segundo uma fonte com conhecimento da operação, os filhos e enteados de Jucá estão entre os alvos das investigações. Reportagem da revista “IstoÉ” do ano passado afirmou que a Fazenda Recreio era de propriedade da família de Jucá. “São quatro proprietários do terreno que venderam o terreno de forma superfaturada. O valor de mercado era aproximadamente de R$ 3,5 milhões, mas o terreno foi vendido por R$ 4,5 milhões”, afirmou o delegado em entrevista coletiva em Roraima.

“Outros R$ 31 milhões foram desviados na construção. Uma parte da perícia aponta principalmente desvios na questão do concreto, que é a maior parte da obra”, acrescentou, citando que o valor total do projeto foi de R$ 185 milhões. Defesa - O líder do governo no Senado repudiou, em nota oficial, o que chamou de “mais um espalhafatoso capítulo de um desmando que se desenrola nos últimos anos”, desta vez contra sua família. Segundo Jucá, o episódio poderia ter sido evitado. “Bastava às autoridades pedirem os documentos anexados que comprovam que não há nenhum crime cometido”, disse o senador,

acrescentando que irá divulgar todos os documentos que “demonstrarão a inépcia da operação de hoje (ontem)”. De acordo com o delegado da PF, até o momento a investigação não envolve nenhum político, mas as apurações continuarão a partir dos mandados judiciais cumpridos nesta quinta-feira e, caso surja suspeita envolvendo algum político com prerrogativa de foro, será dado o devido encaminhamento junto a tribunais superiores. “Há um trabalho policial em cada operação de analisar o que foi apreendido. Se houver vínculo de quaisquer outras pessoas, será encaminhado e será dado o encaminhamento correto”, afirmou. (Reuters)

Relator busca acordo para criar fundo de financiamento Brasília - O relator de duas das propostas da reforma política que tramitam na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), afirmou que tenta um acordo em torno de um texto para criar um fundo de financiamento eleitoral que agrade as duas Casas do Congresso, a ser votado já na próxima segunda-feira ou na terça-feira pela manhã. Na última terça-feira, diante da impossibilidade da Câmara de chegar a um acordo sobre o tema, o Senado aprovou um projeto que cria um fundo para financiar campanhas com recursos públicos. Pelo texto, ele será abastecido com 30 por cento de emendas parlamentares de bancada e com recursos equivalentes à compensação fiscal que seria destinada a emissoras de rádio e televisão pela propaganda partidária gratuita. O projeto do Senado foi enviado à Câmara dos Deputados e quase foi a voto na noite da última quarta-feira, mas deputados têm demonstrado resistência em aprová-lo. Por um lado, porque não querem conceder aos senadores o poder de dar a palavra final sobre o texto --já que, pelas regras do processo legislativo, por ser a Casa originária do projeto tem a prerrogativa de reavaliá-lo após votação na outra Casa. “Desconforto” - Em outra frente, também há divergências em torno do mérito do texto, encarado como “enxuto” demais por muitos dos deputados. Também há preocupações quanto a dispositivo do texto dos senadores que trata da distribuição dos recursos do fundo e outro que dá a entender que apenas as eleições majoritárias poderiam ser financiadas pelo fundo partidário. “Esse talvez seja o maior ponto de desconforto”, ressaltou. A ideia, então, segundo Cândido, é utilizar como ponto de partida o texto apresentado por ele na última quarta-feira, após deputados desistirem de votar o texto enviado pelo Senado, e acomodar as demandas para possibilitar um acordo. “A gente faria o complemento do fundo e de outras matérias”, disse o relator a jornalistas. “Procurei pegar aquilo que complementa o nosso fundo. Aacho que dará mais conforto aqui na Casa”, explicou Cândido, referindo-se ao texto apresentado na véspera. O projeto que será utilizado como base para as negociações incorpora a iniciativa do Senado de utilizar verbas das emendas de bancada, mas também aponta como fontes de recursos para o fundo eleitoral medidas de economia no Legislativo, e de metade da verba mínima destinada a fundações ou institutos de educação política, além de deixar aberta a possibilidade de o fundo partidário, em anos eleitorais, poder irrigar o fundo de financiamento de campanhas. A estratégia de tentar um acordo e votar o texto na próxima semana, no entanto, pode naufragar no Senado, onde, já avisou o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE), pode haver resistências a um novo projeto sobre fundo eleitoral --o anterior gerou forte polêmica o dividiu opiniões no plenário. (Reuters)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

Impostos têm maior rejeição da sociedade Brasília - A atuação do governo Michel Temer em relação aos impostos teve a pior desaprovação entre as nove áreas pesquisas, mostra pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem. A desaprovação nessa área atingiu 90%, ante 87% no levantamento semelhante realizado em julho deste ano. A segunda área com maior desaprovação é a taxa de juros, desaprovada por 87% dos entrevistados. O porcentual aumentou em relação a julho (84%), mesmo após o Banco Central anunciar, no início de setembro deste ano, oitavo corte consecutivo na taxa básica de juros da economia (Selic) para 8,25% ao ano, o menor nível para a Selic desde maior de 2013. A terceira área mais desaprovada pelos entrevistados é a saúde, com 86% de desaprovação em setembro. As políticas do governo Temer para segurança pública e combate ao desemprego aparecem em seguida no ranking, desaprovadas por 85% dos entrevistados cada uma. A atuação do governo para combater a fome, por sua vez, foi desaprovada por 85% da população. Ainda de acordo com a pesquisa, a desaprovação das políticas de combate à inflação e a educação alcançaram 81% em setembro. As políticas do governo na área do meio ambiente tiveram a menor desaprovação em setembro, de 79%. Apesar de ser a menor, o resultado representou crescimento de nove pontos porcentuais ante julho e ocorreu em meio ao decreto presidencial extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), que, após repercussão negativa, foi revogado. Corrupção - Na última pesquisa, em julho, as notícias mais lembradas sobre o governo Temer já eram sobre “corrupção”, com 16%. Dois meses depois, esse porcentual aumentou para 23%, seguida pelo noticiário Operação Lava Jato, que passou de 9% para 11%. A apreensão de malas e caixas contendo R$ 51 milhões na casa do ex-ministro Geddel Vieira Lima foi o terceiro fato mais lembrado, citado por 7% dos entrevistados. No total, 44% dos entrevistados mencionam alguma notícia relacionada à corrupção, sendo que 9% citaram casos que envolvem diretamente o presidente A quarta notícia mais lembrada sobre a gestão peemedebista foi a liberação para exploração de áreas na Amazônia, fato debatido em torno da edição do decreto da Renca. Após a repercussão negativa, Temer recuou desse decreto, mas a notícia foi lembrada por 5% dos ouvidos na pesquisa. “Isso ajudou a piorar a avaliação do governo”, afirmou o gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca. Cerca de 34% dos consultados na pesquisa não souberam ou não responderam qualquer notícia quando questionados sobre o tema. A pesquisa foi realizada de 15 a 20 de setembro. O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%. (AE)

CRISE

Governo Temer amarga desaprovação de 77%, diz pesquisa CNI/Ibope Avaliação positiva recuou de 5% para 3% em setembro Brasília - A avaliação negativa do governo do presidente Michel Temer alcançou 77% neste mês, mostra pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem. No levantamento anterior, divulgado há cerca de dois meses, o percentual dos que avaliavam o governo como ruim ou péssimo era de 70%. Já a avaliação positiva do governo caiu de 5% para 3%, no mesmo período. A parcela que considera o governo regular caiu para 16%, ante 21% na última pesquisa. Os que não souberam ou não responderam sobre a avaliação do governo representaram 3% dos entrevistados. A aprovação pessoal do presidente também piorou. Na pesquisa divulgada agora, 89% dos entrevistados disseram desaprovar a maneira de Temer governar. Em julho, esse percentual era de 83%. Já os brasileiros que aprovam o jeito do presidente de administrar o País caíram de 11% para 7% de julho para setembro. Outros 4% não sabem ou não responderam essa questão. A confiança da população no presidente também diminuiu. Agora, apenas 6% dos entrevistados disseram confiar em Temer. Em julho, este número era de 10%. Ao mesmo tempo, o porcentual dos que não confiam no presidente aumentou de 87% para 92% entre as duas pesquisas. Os que não sabem ou não responderam essa questão foram 2%. Sobre as perspectivas em relação

VALTER CAMPANATO ABr

Apenas 6% confiam em Temer

ao restante do governo, a situação também piorou. Em julho, 65% pensavam que o governo permaneceria como ruim ou péssimo, agora este número chegou a 72%. Os que acreditavam que o governo seria ótimo ou bom até o fim do mandato diminui de 9% para 6% em setembro. Entre aqueles que classificam o governo de regular, a avaliação baixou de 22% para 17%. Outros 5% não souberam ou não responderam. A pesquisa foi realizada de 15 a 20 de setembro. O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%.

Comparação com Dilma - A avaliação de que o governo do presidente Michel Temer é melhor do que a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff registrou queda de 11% para 8%, entre julho e setembro deste ano, mostra a pesquisa CNI/Ibope. A parcela da população que considera que o governo Temer é pior do que o da petista aumentou de 52% para 59%, de uma edição da pesquisa para a outra. Para 31%, os dois governos são iguais, ante 35% no levantamento anterior. Outros 2% não sabem ou não responderam. A popularidade do governo do presidente da República, Michel Temer, caiu, mais uma vez, entre julho e setembro deste ano e atingiu o nível mais baixo da série histórica, de acordo com pesquisa CNI/Ibope. A aprovação do governo do presidente Michel Temer caiu de 5% para 3% nos últimos dois meses, de acordo com a pesquisa, ante 7% na gestão Sarney, entre junho e julho de 1989, até então o nível mais baixo registrado. Temer superou também o fim do governo Collor, que registrou 12% em agosto de 1992, e o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, que teve 9% entre junho e dezembro de 2015. A avaliação negativa do governo Temer aumentou de 70% para 77%, entre março e julho deste ano, ante 64% no governo Sarney, entre julho de 1989; 59% no final do governo de Fernando Collor, em agosto de 1992; e 70% no governo Dilma, em dezembro de 2015. (AE)

Tucano será relator de denúncia na CCJ Brasília - Em uma sinalização positiva para o governo, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), escolheu ontem o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) como o novo relator da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, por organização criminosa e obstrução de Justiça. Na primeira denúncia, Bonifácio de Andrada votou no plenário da Câmara contra a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse a acusação a Temer por corrupção passiva. Ele é suplente da CCJ e não votou no colegiado quando da primeira acusação. “Não necessariamente quem tenha votado sim, votará sim nessa segunda denúncia. Não necessariamente quem tenha votado não, votará não. É uma nova realidade”, destacou o presidente da CCJ. Pacheco justificou a escolha do deputado mineiro pela experiência e pela capacidade de ele fazer um trabalho técnico, já que é, em sua opinião, um jurista “extraordinário”. “Ele tem todas as condições, bom jurista, extraordinário jurista que é, professor de Direito Constitucional, de fazer um trabalho técnico em relação à relatoria desta denúncia. Temos muita convicção de que é um nome que preserva a Comissão de Constituição e Justiça, que dá o tom necessário que nós precisávamos para a seriedade e imparcialidade que nós precisávamos”, afirmou o presidente da CCJ. Com 87 anos, Bonifácio é o deputado federal mais velho em

atividade. Ele está em seu décimo mandato consecutivo, tendo sido deputado constituinte e já presidido a CCJ. No PSDB, é da ala ligada ao presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), um dos principais defensores da aliança do partido com o governo Temer. Na primeira denúncia, Pacheco escolheu inicialmente o deputado Sérgio Zveiter (RJ), então no PMDB, como relator na CCJ. Essa escolha desagradou profundamente o Palácio do Planalto, que esperava que ele - filiado ao mesmo partido do presidente - escolhesse logo um nome favorável aos interesses do Executivo. Após intenso trabalho de articulação do governo, que envolveu principalmente trocas na comissão e liberação de emendas, o parecer de Zveiter (atualmente filiado ao Podemos), favorável à autorização para o STF julgar a acusação, foi rejeitado. O presidente da comissão, então, escolheu o também tucano por Minas Paulo Abi-Ackel para fazer o parecer vencedor, pela não autorização, que foi aprovado tanto na CCJ quanto no plenário. Pedido do PSDB - Na entrevista, o presidente da CCJ lembrou o fato de que o PSDB havia pedido para que nenhum dos integrantes do partido fosse escolhido relator da denúncia. Ele disse ter tratado essa posição como “ponderações”, mas destacou que a escolha de Bonifácio está “muito acima” dessas questões partidárias. “Ele tem plenas condições de resolver internamente no partido essas questões que haja com relação a isso”, afirmou ele, ao revelar que

o tucano aceitou o convite nesta quinta-feira, em contato telefônico. Segundo Pacheco, ele está em Barbacena (MG). Um dos vice-líderes do governo, Beto Mansur (PRB-SP) elogiou a escolha de Bonfiácio. Afirmou que é muito importante ter alguém que tenha capacidade técnica para lidar com o assunto. “O governo logicamente quer alguém que tenha essa respeitabilidade política”, disse ele, em entrevista logo após o presidente da CCJ. Mansur chegou a dizer que Bonifácio poderia “convencer” alguns colegas do PSDB da nulidade da denúncia. Questionado se estaria adiantando o voto do relator da denúncia, ele negou. “Não estou antecipando nada. Espero que ele faça um relatório eminentemente técnico”, destacou ele, ao classificar a acusação como “pior que a primeira, “muito fraca”. Já o deputado oposicionista Chico Alencar (PSOL-RJ) disse ver com “muita preocupação” a escolha de Bonifácio. Ele citou a manifestação do tucano em plenário, quando votou para rejeitar a autorização do julgamento na primeira denúncia e disse que votava “pelas instituições e pelo progresso do Brasil”. Para Alencar, os casos revelados nas denúncias é que estão levando o País a um colapso. Ele defendeu que o progresso só vai ocorrer quando for superado o atual momento. “Ele está muito feliz com o relator, esperando que ele vai arquivar”, disse o deputado do PSOL, citando a manifestação de Beto Mansur. “É confiar, desconfiando”, ponderou. (Reuters)

Oposição quer votação fatiada de acusações Brasília - O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou ontem que vai apresentar um requerimento para tentar fazer com que a autorização da denúncia contra o presidente Michel Temer, e os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) sejam feitas em votações separadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A oposição e parte da base aliada rebelde defendem a votação fatiada para buscar ampliar o desgaste do governo. O parlamentar argumenta que as consequências de uma autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a denúncia do presidente e ministros são diferentes, o ideal seria haver votações separadas. No caso do presidente, destacou o deputado, Temer seria afastado do cargo caso a denúncia vier a ser aceita pelo STF. Os ministros, se ocorrer o mesmo, não seriam afastados dos respectivos cargos. “Exigimos que a votação seja feita individualmente para cada um”, disse Molon. “Os deputados não podem ser obrigados a votar um grande pacote de impunidade”, acrescentou. Molon disse que o requerimento com esse pedido está pronto, mas ele avalia o momento oportuno para apresentá-lo. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco, afirmou que a situação é “inusitada” e vai esperar o requerimento ser apresentado para decidir. “É importante que a gente dialogue sempre e não haja intransigência”, afirmou. Na véspera, Pacheco havia decidido que será um único relator para cuidar do caso dos três denunciados, rejeitando requerimento anterior apresentado anteriormente por Molon. Nesta quinta, o presidente da CCJ disse que a escolha do relator ficará para a próxima semana, assim que resolver essas questões. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) criticou a intenção do oposicionista de fatiar as votações em cada um dos acusados. “Se ela foi assim apresentada, é assim que vamos votar”, disse Marun, para quem o regimento interno da Câmara não pode ser mudado. Calendário - O presidente da CCJ avaliou em entrevista coletiva que a votação da denúncia na CCJ deverá ocorrer após o feriado do dia 12 de outubro. Contudo, ele destacou que o calendário ainda depende de quando os advogados dos denunciados vão apresentar a sua defesa. A estratégia do Palácio do Planalto é tentar acelerar a votação tanto na comissão quanto no plenário a fim de tentar barrar a denúncia o quanto antes. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ainda que o plenário deve votar até o dia 23 de outubro a denúncia contra o presidente Michel Temer. “Até o dia 22 ou 23 vai estar votada, com certeza”, afirmou. O processo já foi enviado à CCJ), a quem caberá dar o parecer sobre o caso. A palavra final será do plenário. É preciso o apoio de pelo menos 342 dos 513 parlamentares para que o Supremo Tribunal Federal (STF) seja autorizado a analisar a denúncia. Se o aval for dado e a Corte aceitá-la, é aberto o processo, com o consequente afastamento do presidente do cargo. Temer mobilizou ministros, assessores e deputados para uma operação salva-mandato. Na tentativa de barrar acusação contra ele, o peemedebista discute o remanejamento em cargos de segundo e terceiro escalões, a liberação de emendas parlamentares e trocas na CCJ. (Reuters/FP)


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DC AUTO veiculos@diariodocomercio.com.br

LANÇAMENTO

Volkswagen apresenta o novo Polo Hatch compacto premium chega ao mercado nacional oferecendo muita tecnologia e segurança JOSÉ OSWALDO COSTA,* de São Paulo / SP

O anúncio é ambicioso. Até 2020, a Volkswagen pretende lançar 20 novos modelos no Brasil e renovar completamente sua linha. O primeiro fruto desse programa acaba de ser apresentado: o novo Polo, hatch compacto premium. E, ainda no primeiro trimestre do ano de 2018, o segundo: o sedan Virtus. Para a chegada desses dois modelos, a montadora alemã informou um investimento de mais de R$ 2,6 bilhões em sua planta de Anchieta, em São Paulo. Esse montante faz parte de um investimento, total, de R$ 7 bilhões. O aporte inicial contempla o desenvolvimento, a modernização da manufatura, testes de certificação e validação do produto, desenvolvimento local de peças, qualificação de pessoal, além de ações para o lançamento dos modelos no País. O novo Polo e o Virtus são fabricados dentro do mais moderno conceito do grupo Volkswagen, a estratégia modular MQB (Matriz Modular Transversal), que é uma nova arquitetura para a produção de veículos, já aplicada em modelos globais como o Passat e o Golf. O conceito consiste na padronização do processo de manufatura nas fábricas do grupo, estabelecendo, por exemplo, a mesma sequência de montagem e proporcionando como grande vantagem a redução do tempo de produção dos veículos, além de garantir flexibilidade na produção. Essa base foi desenvolvida seguindo preceitos de baixo peso, utilizando aços de alta resistência que permitem aumentar a segurança e reduzir o peso total do veículo, o que colabora para a redução do consumo de combustível.

FOTOS: WOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO

sito. O quadro de instrumentos é totalmente digital (Active Info Display). Informações de navegação podem ser mostradas em 2D ou 3D, em uma tela de 10,25 polegadas, do tamanho de um tablet. As informações sobre as funções de condução, de navegação e de assistência podem ser integradas em áreas gráficas do velocímetro e conta-giros, conforme necessário. Disponível para a versão Highline, o sistema Discover Media permite conectividade avançada com os smartphones por meio do App-Connect (Android Auto, Apple CarPlay e Mirrorlink). Com tela colorida sensível ao toque de 8 polegadas com sensor de aproximação, oferece ampla interatividade, com várias opções de informação e entretenimento. Permite conexão Bluetooth para até dois celulares e possui três entradas USB – incluindo uma para o banco traseiro. Com tela colorida sensível ao toque de 6,5 polegadas, o sistema de infotainment CompositionTouch é oferecido de série a partir da versão Comfortline. Além das entradas USB, para SD-card e conexão Bluetooth, permite conectividade por meio do App-connect (Android Auto – que agora permite também o aplicativo de navegação Waze –, Apple CarPlay e Mirrorlink), comando por voz e acesso ao “Car Menu”, com ajustes do veículo por meio da tela. Também lê mensagens (SMS) e integra a imagem da câmera traseira de auxílio ao estacionamento. Item de série nas versões 1.0 e 1.6 MSI, o sistema Media Plus tem entradas USB, SD-card e Aux-in, conexão Bluetooth, rádio AM-FM, toca-CD e leitor de arquivos mp3.

*O jornalista viajou a convite Novo Polo – Lançado quase da Volkswagen do Brasil que simultaneamente com a Alemanha, o novo hatch se diferencia, no Brasil, por uma frente exclusiva para o nosso mercado. De acordo com a montadora, esse design foi desenvolvido baseado em pesquisas feitas com o público nacional. Por aqui, o Polo começará a ser vendido em novembro e trará as opções de três motores e dois tipos de câmbio. Os motores são: 1.0, 1.6 e 1.0 turbo. Todos têm bloco e cabeçote feitos em alumínio, o que reduz o peso e, por consequência, o consumo. As duas versões que utilizam o propulsor 1.0 turbo com injeção direta de combustível, de 115/128 cv e 200 Nm de torque (daí o 200 acompanhando os seus nomes), são equipadas com transmissão automática de 6 marchas. As versões TSI do Polo apresentam A versão MSI traz o motor 1.6 um importante sistema de segurança, de até 117 cv e torque máximo que é o controle de estabilidade (ESC). de 162 Nm, combinado à transOpcional para as demais versões, missão manual de 5 marchas. Já o ESC engloba vários outros recursos a versão de entrada apresenta o eletrônicos de assistência, como o motor 1.0 MPI de três cilindros XDS+ (bloqueio eletrônico do difeque pode render até 84 cv e rencial). Também inclui o inovador torque máximo de 102 Nm. sistema que faz a limpeza automática Falando em versões, o novo e mantém secos os discos de freio, em hatch conta com quatro: Polo situações de chuva – o BSW (Bremss(1.0 – R$49,99 mil), Polo MSI cheibewischer – Limpeza Automática (1.6 – R$ 54,99 mil), Polo dos Discos de Freio). Comfortline 200 TSI (1.0 turEle atua acima dos 70 km/h, quanbo – R$ 65,19 mil) e Polo Hido o limpador de para-brisa estiver ghline 200 TSI (1.0 turbo – R$ ligado. As versões TSI também são 69,19 mil). equipadas, de série, com freios a disco A Volkswagen aposta na tecnas quatro rodas. nologia embarcada no modelo e Alguns recursos de segurança que o interior se destaca nesse que-

Modelo obteve 5 estrelas em testes de impacto equipam o VW Polo: controle de tração; distribuição eletrônica das forças de frenagem; sinalização de frenagem de emergência; assistente de partidas em rampas; monitoramento da pressão dos pneus; sistema de frenagem automática pós-colisão e detector de fadiga. O hatch compacto premium é equipado, em todas as versões, com quatro airbags – dois dianteiros e dois laterais. De grandes dimensões, as bolsas laterais protegem cabeça e tórax e restringem o movimento do corpo durante um impacto, elevando significativamente a segurança dos ocupantes. Todas elas trazem de série, também, direção com assistência elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos nas quatro portas (os dianteiros possuem

função “um-toque” para fechamento e abertura), travas elétricas, faróis de dupla parábola e chave tipo canivete com controle remoto. Vale destacar que, nos testes realizados pelo Latin NCAP, o novo Polo tirou nota máxima (cinco estrelas) para a proteção de adultos e crianças. Dimensões – São 4,06 metros de comprimento; 2,57 metros de entre-eixos; 1,75 metro de largura e 1,47 metro de altura. Com a maior distância entre-eixos foi possível o deslocamento das rodas mais para as extremidades e, consequentemente, encurtar os balanços, o que dá ao carro uma imagem muito mais esportiva.

Em relação ao modelo anteriormente fabricado e vendido no Brasil, o novo Polo ganhou em comprimento (167 mm), entre-eixos (100 mm) e largura (100 mm), ficando 21 mm mais baixo. Disponível para a versão Highline, o sistema Discover Media permite conectividade avançada com os smartphones por meio do App-Connect (Android Auto, Apple CarPlay e Mirrorlink). Com tela colorida sensível ao toque de 8 polegadas com sensor de aproximação, oferece ampla interatividade, com várias opções de informação e entretenimento. Permite conexão Bluetooth para até dois celulares e possui três entradas USB – incluindo uma para o banco traseiro. (JOC)


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DC AUTO ANTIGOMOBILISMO

Ajudando a preservar a memória alemã Museu Mercedes-Benz, inaugurado em 2006, compartilha extenso acervo da marca com o público FOTOS: ROGÉRIO MACHADO

ROGÉRIO MACHADO, de Stuttgart (Alemanha) *

A Alemanha tem experimentado, no século 21, os bons tempos da sua indústria automobilística. É verdade que, junto com o sucesso, ela tem sido chacoalhada com escândalos relacionados à programação eletrônica imprópria dos veículos diesel, resultando em maior poluição, multas bilionárias e arranhões profundos. Embora estes fatos monopolizem as manchetes dos jornais, o que vem pela frente é algo muito mais decisivo e grandioso para o futuro do automóvel. No ano passado, o bundesrat, órgão que representa os estados alemães na esfera federal, decidiu, através de voto, pôr um ponto final na produção de veículos movidos por diesel e gasolina a partir de 2030, ou seja, apenas 13 anos a partir de hoje. O martelo ainda não foi batido, mas o Reino Unido e a França foram atrás e engrossaram a fila dos que querem ar puro, sinalizando o fim da produção de motores diesel e gasolina para 2040. Em uma entrevista ao canal de rádio BBC, o secretário de meio ambiente britânico, Michael Gove, disse que: “Não existe alternativa... nós não podemos seguir com diesel e gasolina - se continuarmos, iremos acelerar as mudanças climáticas e comprometer o planeta para as próximas gerações”. Somente um cego não veria a desordem climática instalada no planeta. Esta sequência de mudanças de direção terá grande impacto sobre a civilização e o momento é interessante para darmos uma olhada para trás, apreciando as etapas da evolução da máquina que mudou o mundo. As “quatro grandes” alemãs (Volkswagen, Audi, BMW e Mercedes-Benz) mantêm museus com exibições absolutamente impecáveis. E, com o objetivo de conhecer alguns destes santuários, nos dirigimos a Stuttgart (Alemanha), começando nosso passeio pela Mercedes-Benz. Berço do automóvel – A cidade de Stuttgart está localizada no sudoeste da Alemanha e foi nesta cidade que Karl Benz construiu, em 1885, o primeiro veículo movido a motor realmente prático. A autoria da criação do automóvel é polêmica, o desenvolvimento aconteceu em diversas partes da Europa em um momento relativamente coincidente. O austríaco Siegrified Marcus, por exemplo, desenvolveu um veículo a motor em 1870, antes mesmo de Daimler. Mas, em 1940, a Alemanha nazista apagou todos os seus registros reafirmando o pioneirismo de Daimler. A explicação é simples: Marcus era judeu. Tudo isso está bem claro hoje, mas a história não tem marcha a ré. O fato é que Stuttgart, além de ter sido um dos berços do automóvel, é sede dos parques industriais da Mercedes-Benz e da Porsche e, com isso, a cidade respira automóveis. A trajetória da Mercedes-Benz se confunde com a história do automóvel. E a marca decidiu compartilhar seu extenso acervo com o público, inaugurando, em 2006, um imenso museu em forma cilíndrica e com um enorme vão livre central que lembra

A arquitetura ousada do Museu da Mercedes-Benz, localizado em Stuttgart, no sudoeste da Alemanha

a forma dos rotores do motor Wankel. Elevadores de design futurístico levam os visitantes até o último andar para começarem a exploração dos 134 anos da história da marca. Um arranjo ideal através do qual, descendo através de rampas suaves, tem-se acesso aos andares onde os veículos e objetos estão agrupados em Lendas e Coleções, cada um com um plano próprio no edifício. A marca conserva milhares de veículos e componentes e o museu expõe

160 modelos de cada vez, mudando alguns carros periodicamente. Saindo do elevador, a primeira visão, de um cavalo em tamanho natural, causa impacto. No pedestal sob ele uma curiosa frase famosa, do Kaiser Guilherme II, diz: “O automóvel não é nada mais que um fenômeno transitório”. Realmente, o Kaiser não acreditava no futuro dos automóveis.

motor comandado pelo homem marca sua presença ali, o Reitwagen, de 1885, originalmente construído para servir como banco de provas para os primeiros motores. Como resultado, além de conseguir seu objetivo de testar o motor de 0,5 hp levando o veículo aos 13 km/h, estabeleceu as formas das motocicletas modernas, com um layout que está ativo até hoje. Podemos dizer que esta A motocicleta nasceu quase que é a primeira motocicleta com motor por acaso – O primeiro veículo a de combustão interna.

Existem cerca de seis réplicas da Reitwagen espalhadas pelo mundo, inclusive a do museu, que segue o projeto de Daimler. O modelo original foi destruído durante um incêndio, em 1903, na fábrica da Daimler na cidade alemã de Cannstatt. Ela estava em um pequeno museu com itens da história da marca e virou cinzas juntamente com tudo que estava no antigo galpão. * Colaborador

O interior do museu lembra a forma do rotor do motor Wankel

O cavalo, primeira referência de mobilidade, no inicio da visita

Reitwagen, de 1885: primeiro veiculo a motor controlado pelo homem

Charrete com motor (1886). Presente de Daimler para a esposa

Mercedes-Simplex 40hp, de 1902. Caminho para a modernidade

Mercedes-Benz Typ SS (Super Sport), de 1930. Comprado por um Maraja indiano


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DC AUTO FOTOS: ROGÉRIO MACHADO

Mercedes W196, de 1954. Era um Fórmula 1 com carenagem

300 SLR “Uhlenhaut Coupé”. A versão fechada do 300SLR que nunca correu

Mercedes-Benz Transporter, de 1955. Adequado a levar os carros de corrida

O Mercedes W196S (300SLR) vencedor da Mille Miglia, de 1955

A incessante busca pela velocidade e pelos recordes Entre os veículos do início da – A participação da marca nas Vinte e sete anos depois, em motorização, uma charrete car- pistas resultou em um automó- 1994, o centro de restauração rega uma história interessante: vel quase lendário, que foi pro- da marca decidiu construir em 1886, Gottlieb Daimler foi duzido em um único exemplar. outro exemplar, baseado nos até a empresa Wilhelm Wimpff Durante a temporada de projetos originais que ainda & Sohn e encomendou uma 1955, a Mercedes-Benz domi- estavam no arquivo. charrete que seria um presente nava as pistas com os 300SLR, Foram sete anos até complede aniversário para a sua esposa, que eram versões fechadas, com tar o trabalho e, desde 2001, ele Emma. melhor tratamento aerodinâmi- se tornou novamente uma atraA novidade foi que, em lugar co permitido pelo regulamento ção, enriquecendo os eventos de comprar um cavalo, adaptou da época. Era praticamente um e carregando a preciosa carga nela um motor de um cilindro Fórmula 1 com carenagem, para a qual foi projetado. com 0,46cc refrigerado a ar porém, com a cabine aberta. produzindo 1.1 hp a 650rpm. A Com os ótimos resultados, Velocidade, sempre – Fecharrete está lá, testemunhando a equipe já preparava um mo- chando o resumo da mostra, a relação das carroças com os delo fechado para sucedê-los fomos conhecer os veículos carros primitivos. Esses veí- na próxima temporada e, pelos com aerodinâmica especial. culos a motor são chamados testes, já puderam prever que Eles eram utilizados em corridas de “carruagens sem cavalos”. seria um sucesso. ou para quebrar recordes de Outro exemplar que marAcontece que um acidente velocidade nos anos de 1937, Mercedes-Benz W-125 Rekordwagen doze cilindros. Atingiu 432,7 km/h ca um avanço da história é o gravíssimo na etapa de Le Mans, 1938 e 1940. Mercedes-Simplex 40hp, de em 1955, mudou completaO primeiro deles, o W-25 1902, desenhado pelo Wilhelm mente o destino da marca, que Avus, foi pilotado por Herrmann Maybach. abandonou as pistas, retornando Lang, em 1937, com uma média Simplex indicava que era somente em 1989. horária de 262 Km/h em uma um veículo simples de operar O protótipo que substituiria pista de corridas alemã. em comparação com os O segundo é o veículo automóveis da época e de recordes W-125. Com O W-125, com motor de 12 esse carro é um divisor de motor de 12 cilindros e águas entre os automóveis cilindros, foi pilotado em uma pilotado por Rudolf Caracprimitivos e os modernos. ciola em uma autoestrad rodovia e atingiu a velocidade Esse exemplar do museu foi vendido, em 1902, de 433 km/h, a maior velocidade (entre Frankfurt e Darmstadt), atingiu 433 km/h, a ao bilionário americano registrada para um veículo em maior velocidade regisWilliam K. Vanderbilt II e trada para um veículo em uma estrada convencional. é o Mercedes mais antigo uma rodovia convencional. em existência. Utiliza um Recorde que permanece motor de 4 cilindros com ativo até hoje. 6.785cc. os 300SLR já estava pronto para Finalmente, o imenso T-80, Um exemplar de 1930, o Typ ser reproduzido, porém, com a projetado por Ferdinand PorsSS, também conta com uma interrupção dos planos, o carro che para estabelecer um recorde O impressionante Mercedes T80 de recordes. A guerra parou tudo história especial. Quando o acabou sendo usado durante mundial, em 1940. Usava um carro foi apresentado no Salão anos pelo famoso chefe do de Paris, em 1930, foi adquirido departamento de testes, Rudolf motor do avião Messerschmitt Me410, um V12 com 44,5 por um marajá indiano ainda Uhlenhalt. no estande de exposição. Esta história acabou dan- litros. Tinha três eixos, dois atrás Após o evento, o veículo do nome ao carro, Uhlenhalt com tração. A guerra interromretornou à fábrica para algumas Coupe, e trata-se de uma das peu os planos e o carro nunca adaptações. Entre elas, recebeu lendas exibidas pelo museu. correu. o volante do lado direito e, no Por falar em 300SLR, a MerAlém destes veículos, o capô, um farolete parecido cedes construiu um veículo para museu apresenta centenas de com um “olho” logo a frente transportar os carros de corrida do para-brisa que servia para que ficou conhecido como Blue outros. Também fazem parte do acervo aviões, caminhões, indicar aos súditos que o Marajá Wonder, a Maravilha Azul. estava a bordo durante viagens Esse “caminhão” utilizava ônibus e exemplares de tono reino. o mesmo motor e seguia o dos os campos de atuação da O carro permaneceu com mesmo estilo dos 300SL. Sua Mercedes-Benz. A região é belíssima e perbaixa quilometragem, e com velocidade final era de 170 km/h a carroceria em ótimo estado, e chamava atenção onde quer correr as estradas e museus até ser vendido para um aus- que fosse utilizado. nos lança em uma verdadeira traliano. Tempos depois, foi Acontece que, com a saída viagem pelo tempo. Certamente, adquirido por um americano da marca das competições, o em poucas décadas, será necese, finalmente, voltou à posse transporter ficou anos estoca- sário visitar estas verdadeiras da Mercedes-Benz. do, colocado em um armazém catedrais automotivas para coapós o outro, até ser sucateado nhecermos o carro criado no Marketing das competições em 1967. século XX. (RM) Mercedes-Benz Unimog 25 PS, de 1949. Primeira versão do UNIverselles MotorGerät


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DC AUTO FOTOS: WAGNER MENEZES - WM PHOTO STUDIO - SCANIA / DIVULGAÇÃO

CAMINHÕES

Heavy Tipper é voltado para a mineração Com esse modelo, Scania aposta no reaquecimento das compras de novas unidades para o setor DA REDAÇÃO

A Scania lança para o mercado global e nacional o Heavy Tipper, desenvolvido para atender às demandas da mineração. Produzido com componentes mais robustos, de acordo com a Scania, o novo modelo carrega até 25% a mais de carga líquida em relação aos atuais e apresenta serviços personalizados para o cliente obter uma operação cada vez mais rentável. Entre os destaques estão o novo sistema de troca, a conectividade e os programas de manutenção. “O Scania Heavy Tipper surge num período perfeito de retomada da compra, a curto e médio prazos, de caminhões para a mineração. Desde 2013 que este mercado não dava sinais concretos de voltar a ser comprador”, afirmou Fabrício Vieira, gerente de Mineração da Scania no Brasil. Segundo Vieira, há outro componente virtuoso para a estratégia de negócios do lançamento. Houve um grande movimento de compras de caminhões para a mineração entre 2011 e 2012. Geralmente, a vida útil dos veículos em atividades para o setor é de três anos. “Ou seja, a idade média desta frota está muito alta e, consequentemente, com um custo operacional elevado. Estamos falando de um potencial de renovação de no mínimo mil unidades represadas.” Segundo a Scania, atualmente a fabricante sueca detém

33% do mercado de mineração. Com o lançamento do Heavy Tipper, a empresa projeta um incremento de 12% nas vendas. “Os novos produtos e suas soluções, rapidamente, terão suas vantagens percebidas pelo cliente. Temos como meta aumentar a participação para 45%. O mercado vai se surpreender com esta novidade”, afirmou. Economia – A nova gama salta das atuais 32 toneladas de carga líquida para, no mínimo, 40 toneladas de capacidade, ou um índice 25% superior. Dessa forma, o peso bruto total (PBT) salta para 58 toneladas. “Os concorrentes oferecem, no máximo, 32 toneladas e 48 toneladas de PBT. Estamos inovando o mercado mais uma

vez, e criando um nicho”, salientou o gerente. Além disso, em comparação com a linha atual Scania para a mineração, ele reduz em até 15% o custo por tonelada transportada, aumenta em 30% a vida útil na operação (cerca de um ano a mais de trabalho, sendo três a vida média das opções atuais do mercado), eleva em até 5% a disponibilidade da frota e pode proporcionar até 10% de economia de combustível por tonelada transportada. Tudo aliado ao pacote de serviços oferecido que conta com treinamento de motoristas, sistema de trocas de peças, conectividade e programas de manutenção especialmente desenvolvidos para o segmento.

Promessa é de um aumento de 5% na disponibilidade Entre os benefícios do lançamento estão o aumento de até 5% na disponibilidade operacional e cerca de mais 5 mil horas de vida útil – reduzindo o custo de operação ao longo do ciclo de vida do produto e aumentando o valor residual. As novidades dos produtos são bogie (36 t) e eixos (direcionais de 11 t) com a maior capacidade de carga do segmento, maior robustez do novo diferencial (+ 40%) e do redutor de cubo com diferentes relações finais (5,13, 6,43 e 7,63), que possibilitam uma capacidade máxima de tração (CMT) de até 210 toneladas. Além de nova caixa de marchas GRSO935, de superior resistência (+ 40%), com trocas mais rápidas e suaves. Para atender a nova demanda de carga, toda a suspensão (molas parabólicas, barras estabilizadoras

e amortecedores) foi alterada e está mais vigorosa. A Scania também disponibilizará pneus com maior amplitude de volume (de série 5.550 kg por unidade e opcional de 6.000 kg). Por outro lado, para garantir a segurança necessária durante a operação, o sistema de direção se tornou mais robusto e o freio ganhou um reforço no sistema proporcionando um melhor desempenho de frenagem. Completam os itens de série, câmbio 100% automatizado de 14 velocidades (que oferece o modo Off Road permitindo o propulsor girar em rotações mais amplas), freio hidráulico auxiliar (com potência de frenagem de 4.100Nm), freio motor de 261 kW, controle de tração, hill-hold (sistema de auxílio que segura o veículo em aclives, impedindo que ele recue no momento da saída),

eixo traseiro com diferencial duplo e ângulo de ataque de 29º. Serviços de suporte – A Scania oferece amplo portfólio de suporte à mineração. As opções contemplam manutenções nos lugares mais remotos e soluções personalizadas para a atuação na própria mina, mecânicos, gerenciamento e estrutura física de oficina. Estão disponíveis, também, gerenciamento de frota, treinamento técnico de motoristas, sistema de troca, programas de manutenção, assistência técnica, intervalo de manutenções personalizadas, sistema de diagnose e programação e reformadora. Para a nova gama Heavy Tipper, e também aos caminhões da atual linha voltada à mineração, a fabricante oferece o novo Sistema de Troca Scania, exclusivo

para o segmento, com mais itens disponíveis e a mesma garantia de uma peça nova. Entre as novidades incorporadas estão caixa de câmbio, Retarder, planetária e diferenciais. A variedade de peças originais remanufaturadas da Scania garante, de acordo com a empresa, a mesma qualidade que as novas em uma opção mais econômica de aquisição (a média pode chegar a 50%) e rápida para manter o veículo operando. Conectividade – Os Serviços Conectados Scania também estão disponíveis para o Heavy Tipper. Para quem adquirir o veículo, já estará incluso o pacote Desempenho por um ano de forma gratuita. A versão incorpora os benefícios do pacote de entrada e permite a leitura e a identificação de dados

de operação de forma detalhada, tanto para informações dos veículos quanto individualmente por motorista. O cliente também contará com o Gestor de Frota desenvolvido por um especialista em mineração, que tem objetivo de aumentar a disponibilidade e a confiabilidade dos veículos e reduzir os custos operacionais. O planejamento de serviço é feito para garantir que a manutenção e os reparos sejam feitos no momento ideal e com o mínimo de interrupção. Este sistema pode, até mesmo, indicar se um condutor precisa ser treinado ou reorientado em pontos específicos, como redução de consumo de combustível com diminuição considerável de períodos de marcha lenta ou trocas de marchas desnecessárias.


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ENERGIA

SolarVolt investe R$ 400 mil em filial no Rio Alheia à crise, faturamento da empresa de Nova Lima deve saltar 100%, somando R$ 10 milhões DIVULGA;’AO

MÍRIAN PINHEIRO

Mesmo em meio à crise econômica, a microgeração de energia solar está crescendo mais de 300% ao ano desde 2014. E é nessa “onda” que a SolarVolt Energia, mineira de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vem “surfando” desde 2004, quando entrou em operação. Especializada em soluções que utilizam a matriz fotovoltaica para residências, comércio e indústria, a empresa dá início a seu plano de expansão, começando pelo Rio de Janeiro. De acordo com os sócios da SolarVolt Energia, Alexandre Arcanjo e Gabriel Guimarães, serão investidos cerca de R$ 400 mil na abertura da filial no Rio, com previsão de entrar em operação já no primeiro semestre de 2018. “Outros mercados já estão em estudo”, adianta o engenheiro e sócio-diretor, Alexandre Arcanjo, estimando aporte de R$ 400 mil por filial aberta no Brasil. Ainda segundo Arcanjo, a empresa, que nasceu a partir de um investimento de R$ 50 mil, vem crescendo de forma exponencial no mercado nacional. “Apuramos um crescimento médio anual de 300% no faturamento desde 2014”, comemora. Para este ano, o faturamento bruto deve saltar 100%, passando dos R$ 5 milhões registrados em 2016, para R$ 10 milhões. Com uma carteira com 300 clientes, destacam-se MRV, Patrimar e VLI. “Somos a maior de Minas em quantidade de projetos instalados, cerca de 300 em 12 estados”, revela. Investimentos - Nos últimos 12 meses, segundo Arcanjo, foram investidos cerca de R$ 200 mil, destinados à ampliação da infraestrutura da sede; aquisição de novas tecnologias, como softwares

A SolarVolt, hoje com 300 clientes, é especializada em soluções que utilizam a matriz fotovoltaica para residências, comércio e indústria

para simulações de produção de energia solar; e desenvolvimento de projetos. Ao todo, a empresa gera 18 empregos, entre equipe de atendimento, comercial e técnica, e mais 50 representantes espalhados pelo Brasil. Economia - Conhecido também como sistema de energia solar fotovoltaica, Arcanjo explica que o sistema de energia solar utiliza o sol como fonte de energia limpa e renovável para gerar eletricidade. “A energia produzida pode ser utilizada em qualquer equipamento, como TVs, ar-condicionado, computadores, lâmpadas e motores elétricos, ou seja, qualquer equi-

pamento que esteja conectado em sua tomada. O excesso de energia produzida é enviado de volta para a rede elétrica da distribuidora de energia. O medidor computa esta energia que será utilizada como crédito na fatura de energia no final do mês.” O fornecimento de energia pela distribuidora, acrescenta, continua o mesmo, o que garante o funcionamento de qualquer equipamento mesmo durante a noite ou em períodos nublados. Fato é que o percentual de economia de um sistema de energia solar pode representar até 99% na conta de energia, afirma Arcanjo, que também disponibiliza o produto para aluguel. O custo da

locação - e também da economia varia de acordo com a quantidade de painéis. No modelo de aluguel, não é necessário nenhum investimento inicial. Um projeto residencial, para aquisição, tem custo médio de R$ 30 mil. A SolarVolt presta um serviço completo, o que inclui aprovação do projeto junto a distribuidoras. Segundo explica Arcanjo, a empresa não só vende um sistema de energia solar, quanto cuida de cada etapa de um projeto, desde o início até depois da instalação, garantindo ao cliente total assistência, inclusive o monitoramento a qualquer momento para verificar as medições. “Todo o projeto é personalizado, levando em

conta as características do imóvel, considerando seu dimensionamento, para que o sistema seja otimizado e gere o máximo de energia possível”, completa. Reconhecimento - A performance da empresa mineira vem chamando a atenção. Não é à toa que está em uma disputa empreendida pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), que a fez uma das quatro finalistas do “Prêmio de Melhor Empresa do País” neste segmento. O resultado será apresentado durante o congresso da entidade, que será realizado em Fortaleza (CE) no mês que vem.

ALIMENTO

Lullo Gelato já produz 40 toneladas por ano GABRIEL MACIEL

MÍRIAN PINHEIRO

A Lullo Gelato, com matriz na Savassi, região Centro-Sul da Capital, acaba de abrir uma loja no Minas Shopping, na região Nordeste. Especializada na fabricação de gelatos à moda italiana, a marca, que já produz 40 toneladas/ano da iguaria, investiu R$ 300 mil na expansão. De acordo com a sócia-proprietária do negócio, a engenheira química Cristiane Temporão, a inauguração da nova unidade representará um crescimento entre 30% e 38% em volume de vendas na comparação com o ano passado. O tíquete médio varia de R$ 15 a R$ 30. Com o novo ponto de venda, a mineira Lullo Gelato ganha mercado em Belo Horizonte. A marca já mantinha dois quiosques em duas unidades do Minas Tênis Clube, cujas estruturas demandaram investimento de cerca de R$ 150 mil. A escolha por mais um ponto de venda, dessa vez, dentro de um mall, segundo Cristiane Temporão, se deu por três razões: a grande movimentação, a possibilidade de ampliar o cardápio em um espaço que, na concepção, privilegiou o aconchego e, por fim, a ausência de intempéries. “Não temos que lidar com chuva dentro de um shopping”, observa, satisfeita de estar livre de um dos fatores cli-

Os gelatos da Lullo Gelato são produzidos diariamente na Capital

máticos que costumam impactar esse tipo de negócio. Tanto os quiosques no clube quanto a loja no shopping foram inspirados na matriz, localizada na Savassi, e apresentam propostas semelhantes. O espaço indoor, no Minas Shopping, tem teto de vidro e pé direito alto, o que, segundo ela, permitiu reproduzir a atmosfera da primeira loja, onde também é concentrada toda produção. Para 2018, Cristiane antecipa que a gelateria poderá ganhar formato de franquia. “Recebemos muitas solicitações para isso, daí resolvemos encomendar estudos para viabilizar o prosseguimento da expansão nesse modelo.” Ela também diz que existe a possibilidade de expandir pontos de venda por meio de sócios-operadores. “Forneceremos as diretrizes e os produtos e os novos parceiros administrarão o negócio”, explica. Essa etapa da expansão está prevista para o segundo semestre do ano que vem. Produção artesanal - De fabricação artesanal, os gelatos da Lullo Gelato são produzidos diariamente e se diferem do sorvete tradicional, porque possuem menos ar em sua composição e, ao contrário do sorvete industrializado, são sempre feitos com frutas da estação e ingredientes frescos. Os gelatos são armazenados em

temperaturas mais altas que os sorvetes, o que, além de favorecer a textura, mais cremosa, ajudam na absorção. Também têm a seu favor terem de 50% a 60% a menos de gordura que o sorvete convencional - e menos açúcar. Segundo Cristiane Temporão, toda semana o cliente pode encontrar uma novidade. Para enfrentar a sazonalidade, além dos tradicionais gelatos, desde maio deste ano a casa também oferece carta de cafés de grãos especiais, que podem ser degustados, inclusive, nas casquinhas comestíveis dos gelatos, frapês italianos elaborados com gelato e bolos artesanais, esses de fabricação terceirizada. Aliás, um dos principais diferencias da Lullo é a constante inovação, não só nos sabores, mas também nessa famosa casquinha artesanal feita na própria loja, que pode ser servida sobre o gelato, com calda de chocolate belga, ao leite ou meio amargo. A casa, fundada em 2015, recebeu dos atuais sócios, o casal José Oto Temporão e Cristiane Temporão, investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão, entre maquinário importado, pesquisa de mercado e expansão. Hoje, a marca conta com centenas de receitas de gelatos e oferece, diariamente, em torno de 25 sabores diferentes da iguaria servida nos tamanhos pequeno, médio e grande.

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NEGÓCIOS FERNANDO TAVARES PIANCASTELLI

EMPREENDEDORISMO

Butique Des Amies vai iniciar vendas pela internet Hoje, faturamento bruto mensal é de R$ 450 mil MÍRIAN PINHEIRO

Um modelo de negócio baseado na confiança. Essa é a proposta da butique Des Amies, em operação há um ano, no bairro Mangabeiras, região Centro-Sul da Capital. Lá, as sócias Andrea Costa e Juliana Paiva inovam no atendimento - amplo e personalizado -, em que a clientela pode até levar a roupa e o acessório para experimentar em casa e só depois fazer o pagamento. De acordo com a gaúcha radicada há 19 anos em Minas, Andrea Costa, para implantar o modelo de atendimento inovador, as sócias investiram cerca de

R$ 50 mil. O payback desse investimento se deu em oito meses. Hoje, o serviço intimista e exclusivo que oferecem rende às sócias um faturamento bruto de R$ 450 mil/mês, podendo chegar a R$ 490 até o final do ano. “Crescemos a uma taxa de 50% em um ano”, afirma. Com 500 clientes cadastrados e tíquete médio de R$ 500, a butique, que vende além de roupas, calçados e acessórios, a maioria de grife e designers autorais, compartilha o espaço de um salão de beleza (Espaço Dornelas), o que facilita na fidelização da clientela, porque a maioria é frequen-

tadora semanal, mensal ou trimestral do salão. “O salão atende a classe AA, que é o perfil dos nossos produtos. Essa parceria é lucrativa para ambas as partes, porque há um intercâmbio de clientes. Pagamos ao salão uma porcentagem de 10% sobre as nossas vendas. É bom para todo mundo”, avalia Andrea Costa, contando que o próximo passo é o e-commerce. Segundo a sócia, as vendas on-line da Des Amies serão abertas no segundo trimestre de 2018. “Estamos preparando tudo, catalogando os produtos e tratando a logística de distribuição com os Correios”, explica.

Para Juliana Paiva e Andrea Costa a crise não gerou impacto no desempenho do negócio

Com o e-commerce, ela diz, é esperado que a empresa cresça gradativamente, em torno de 10% já no primeiro momento. A crise não intimidou e nem não provocou impacto no desempenho do negócio. Segundo a sócia, ao longo de um ano, elas vêm não só preparando a expansão para o e-commerce, como adotando estratégias para incrementar as vendas. Fazem regularmente liquidação de coleções

passadas, e apostam em outros atrativos, como a promoção de eventos culturais e artísticos no local, para manter os números do comércio em um patamar favorável. “Criamos um espaço que não é só um comércio, mas também um ambiente intimista, exclusivo, onde nossas clientes se sentem em casa, à vontade, para serem elas mesmas e para trocarem experiências. Nossa butique é um ponto de encontro de amigas”,

completa Andrea Costa. “Quem” - Aliás, as sócias são amigas há 17 anos. A relações-públicas gaúcha, Andrea de Almeida Costa, e a fisioterapeuta mineira, Juliana Reis Paiva, resolveram, em junho de 2014, unirem a vida profissional e em torno de uma paixão comum: a moda. O negócio começou dentro de casa, mas logo mudou de endereço, passando por dois pontos até chegar ao atual.

COMPLIANCE

Lava Jato e onda de corrupção alavancam a LEC MÍRIAN PINHEIRO

Desde 2012, ano em que foi fundada no Brasil pelos empresários Daniel Sibille e Alessandra Gonsales, em meio às discussões sobre o projeto de lei que viria a se transformar na atual Lei 12.846/13 - a Lei Anticorrupção ou Lei da Empresa Limpa -, a LEC (Legal, Ethics & Compliance) não para de crescer. Com sede em São Paulo, a instituição especialista em educação executiva já formou 1.249 alunos, o que representa uma taxa de crescimento de 114% entre 2015 e 2016. De acordo com o sócio e diretor de novos negócios da empresa, Márcio El Kalay, a expectativa é fechar o ano com 500 alunos formados. Até agora, o total de matriculados já ultrapassou o registrado no mesmo período do ano passado. “A cada nova prisão da Lava Jato, o telefone da LEC dispara, sinalizando que tem mais profissionais interessados em estudar compliance. Brinco que se eles não vêm por amor, vêm pela dor”, comenta o diretor, acrescentando que desvios de conduta hoje não devem ser mais tolerados no mundo corporativo, até porque podem colocar em risco a sustentabilidade das organizações. No entanto, implantar me-

canismos de integridade não é fácil. El Kalay diz que cada empresa possui códigos de ética e riscos diferenciados e é preciso uma análise profunda dessas e outras variáveis para compor um programa de compliance eficaz a cada uma. Para isso, é preciso conhecimento. Ele explica que são 16 os pilares que compõem os mecanismos de integridade propostos pela lei federal - e todos eles são contemplados no conteúdo dos cursos da LEC. “O Curso de Compliance Anticorrupção (CCA) é certamente o que mais formou profissionais no Brasil. O seu objetivo é fornecer subsídios para que o profissional saiba como implantar um programa de compliance do zero”, assegura o sócio. Boas práticas - Hoje, esclarece o diretor da LEC, seguir essas diretrizes traz inúmeras vantagens às empresas, porque a lei concede benefícios a todos que fazem a sua parte. “Redução de penalidades e celebração de acordos de leniência, entre outros, por exemplo, sem programa de compliance é difícil obter”, observa. Mas que ninguém pense que a lei protege desvios de conduta. Pelo contrário. São as boas práticas que ela defende. Entre os pilares da integri-

DIVULGA;’AO

Kalay destaca a importância de um canal de denúncia na empresa

dade, ele ressalta o suporte da alta administração da companhia, que deve difundir e aplicar o programa. “O compliance deve ser endossado pelo alto escalão, deve vir de cima para baixo, e atender a todos os requisitos da lei”, salienta. Para ele, garantir prevenção, detecção e correção, o tripé da integridade, passa por premissas obrigatórias para o seu real funcionamento prático. Nesse sentido, Kalay destaca, também, a importância de um canal de denúncia efetivo na empresa, com processos de apuração e políticas de não retaliação a denunciantes. A LEC aborda esses temas em cursos presenciais, on-line, in company e também realiza eventos, como o Congresso

Ética e idoneidade De acordo com a Associação Brasileira de Bancos Internacionais, “[...] compliance está relacionado ao investimento em pessoas, processos e também conscientização. “Por isso é importante as pessoas estarem conscientes da importância de “ser e estar em compliance”. Mas o que é compliance? Vem do verbo em inglês “to comply”, que significa “cumprir, executar, satisfazer, realizar o que lhe foi imposto”, ou seja, estar em conformidade e fazer cumprir regulamentos internos e externos impostos às atividades da instituição. Assim, “ser compliance” é estar ciente das normas da organização, seguir os procedimentos recomendados, agir em conformidade e sentir quanto é fundamental a ética e a idoneidade em todas as nossas atitudes. “Estar em compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos internos e externos. “Ser e estar compliance” é, acima de tudo, uma obrigação individual de cada colaborador dentro da instituição. Portanto, é o campo organizacional responsável por definir e se fazer cumprir um código de ética e conduta, além de mecanismos e procedimentos de controles internos. A cultura de compliance internamente na organização deve ser amparada pela alta diretoria, divulgando amplamente a área e suas atividades, como treinamento de funcionários, divulgação do código de ética e conduta, políticas para recebimentos de presentes, canais de comunicação de atos fraudulentos, entre outras atividades. A implantação de uma área de compliance faz com que a organização não apenas diminua o risco de atos fraudulentos, como também consegue abatimento de até dois terços do valor da multa aplicável. A cooperação e existência de controles e mecanismos internos que garantam a integridade, auditoria e incentivo a denúncia, serão considerados no momento da aplicação das sanções, além de ser possível efetuar acordos de leniência com organizações que identificarem tais atos e colaborem efetivamente com as investigações. (Fonte: Eduardo Arantes/JusBrasil)

Internacional de Compliance, que anualmente congrega especialistas do mundo todo em São Paulo em um evento de três dias. Considerado o maior da América Latina, reuniu, na última edição, em maio deste ano, 527 pessoas, um aumento de 17,1% comparado ao número de inscritos em 2016. Do total de inscritos, 24% foram da área do Direito, 13% de Compliance e 4% de Auditoria. A maioria era do estado de São Paulo (51%) e do Rio de Janeiro (16%), seguidos por Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal (2%). A instituição também realiza workshops pelo Brasil. E, com o movimento alcançado pelo tema, a empresa disponibiliza cursos itinerantes, como já acontece no Rio de Janeiro, onde a cada final de

semestre são promovidos extensivos e intensivos para o público interessado. “Como não é preciso ser advogado para atuar em compliance, e diante do crescimento exponencial de boas oportunidades no segmento, a procura pelo curso hoje é bem diversificada entre profissionais de outras áreas, que buscam transição de carreira, como auditoria, controles internos, RH, entre outras”, observa Kalay, que estuda a possibilidade de levar os cursos da LEC para outros estados. Mas, não há dúvida, de que os advogados representam uma parcela importante dos alunos. “Notamos que alguns deles atuam em departamentos jurídicos de empresas, onde passam a assumir os dos dois chapéus (jurídico e compliance), e outros vêm de escritórios de advocacia de todos os portes, que hoje precisam estar prontos para oferecer serviços de consultoria em compliance”, esclarece. Investimento - O valor do investimento do aluno para o curso extensivo presencial é de R$ 6.450 mil, que podem ser divididos em até 12 parcelas sem juros. No caso do Compliance Anticorrupção, o curso tem duração de 40 horas, com mais oito horas bônus

com as principais tendências. “A cortesia é uma forma de oferecermos ao aluno o que há de mais atual sobre o tema”, explica Kalay. A próxima turma do curso de Compliance Anticorrupção acontece em formato intensivo, entre os dias 27/11 e 8/12, em São Paulo. Até o final de setembro, a LEC concede condições de early booking (reserva antecipada), com 15% de desconto aos interessados. Hoje a LEC ainda promove o Curso Avançado de Compliance Anticorrupção, que tem uma proposta diferente e é voltado para ex-alunos e para quem já ocupa cargos de liderança em compliance, como coordenadores, gerentes e diretores. A empresa conta também com outras duas frentes de atuação: a LEC News, focada em conteúdo e responsável pela redação e edição da revista “LEC”, além de livros e artigos em formatos físico e digital e o LCB (LEC Certification Board), entidade de certificação de pessoas. Atualmente, a LEC é uma comunidade dedicada à difusão de cultura de Compliance, Direito e Ética. “Mais de 70 mil pessoas de países da América Latina, Estados Unidos e Europa formam hoje o que chamamos de LEC Community”, completa Kalay.

Lei anticorrupção A Lei Federal nº 12.846/2013, sancionada em 1º de agosto de 2013, também conhecida como Lei Anticorrupção, representa importante avanço ao prever a responsabilização objetiva, no âmbito civil e administrativo, de empresas que praticam atos lesivos contra a administração pública nacional ou estrangeira. Além de atender a compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, a nova lei fecha uma lacuna no ordenamento jurídico do país ao tratar diretamente da conduta dos corruptores. O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) é responsável grande parte dos procedimentos como instauração e julgamento dos processos administrativos de responsabilização e celebração dos acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo Federal. Inovações da lei: • Responsabilidade objetiva: empresas podem ser responsabilizadas em casos de corrupção, independentemente da comprovação de culpa; • Penas mais rígidas: valor das multas pode chegar até a 20% do faturamento bruto anual da empresa, ou até R$ 60 milhões, quando não for possível calcular o faturamento bruto. Na esfera judicial, pode ser aplicada até mesmo a dissolução compulsória da pessoa jurídica; • Acordo de Leniência: se uma empresa cooperar com as investigações, ela pode conseguir uma redução das penalidades; • Abrangência: lei pode ser aplicada pela União, estados e municípios e tem competência inclusive sobre as empresas brasileiras atuando no exterior. (Fonte: www.cju.gov.br)


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NEGÓCIOS COMUNICAÇÃO

STARTUP

Interface amplia área de atuação Grupo agora passa a monitorar toda a mídia impressa: web, rádio, TV e redes sociais MÍRIAN PINHEIRO

A belo-horizontina Ícone Vídeo, reconhecida empresa de monitoramento e clipagem de emissoras de rádio e TV, com mais de 24 anos de mercado, foi comprada pela belo-horizontina Interface Comunicação Empresarial, especializada em serviços de comunicação empresarial. A negociação foi intermediada pela Interclip Monitoramento de Informações, empresa do grupo Interface. Juntas, agora, Interclip e Ícone oferecem uma plataforma completa e integrada que monitora todas as mídias: impressas, web, rádio, TV e redes sociais. De acordo com o diretor-presidente da Interface, José Renato Lara, por força de contrato, o capital investido na aquisição, realizada há dois meses, não pode ser divulgado. Mas ele garante que o negócio vai representar um crescimento entre 10% e 15% no faturamento do grupo na comparação com o registrado em 2016, hoje formado pela Interface Comunicação Empresarial, Interclip Monitoramento de Informações e, agora, a Ícone Vídeo. “Em razão da crise, nosso faturamento encontrava-se estagnado há dois anos, com margem de lucro reduzida em mais de 20%. A aquisição trará ao grupo ganho de share e competitividade”, afirma. A Interface presta serviço para todo o Brasil. Lara revela que, nos últimos dois anos, a Interface, fundada em 1993, sofreu com a redução na demanda por parte da clientela e também com a dificuldade de reajustar preços. “A despesa era alta e não acompanhava a receita”, revela. Com a realidade pedindo providências, resolveram, ele e a sócia na Interclip - e agora também na Ícone -, Marilene Messias, aproveitar a oferta boa de velhos parceiros (a Ícone já prestava serviço para

RUBENS ROCHA/DIVULGAÇÃO

a Interface há 15 anos) e adquirir a empresa. “Com ela, hoje nos tornamos a maior no segmento de monitoramento e clipagem de todas as mídias no Estado”, garante Lara. A Interface oferece uma gama de serviços que vai de relações públicas, relacionamento com a imprensa, consultoria e execução de projetos de comunicação interna, media training e gestão de redes sociais, a produção de conteúdos, relacionamento com comunidades, clipagem e monitoramento de informações. Metas - Para Lara, apesar do atual cenário econômico, acreditar no investimento e na diversificação de atividades é o melhor caminho para superar a crise. Os próximos passos, ele diz, será investir no desenvolvimento de aplicativos para a circulação de informações, garantindo acesso simplificado aos clientes. “O mundo está do tamanho do smartphone, e é por ele que vamos otimizar ainda mais nossos serviços”, explica, dizendo que, para 2018, os planos ainda contemplam o incremento das áreas de eventos, design gráfico e marketing digital, tudo por meio de inovações e novas tecnologias. Ainda segundo o diretor-presidente, a carteira de cliente da Interface, formada por 120 nomes, já dispõe do conceito full service em total sinergia. “Com a aquisição, não dependemos mais de terceiros para clipagem e monitoramento de rádio e TV, podemos não só planejar, mas executar todas as demandas dos clientes, desde a abordagem do mercado até o controle sobre os resultados das atividades de comunicação”, avalia. Antes de adquirir a Ícone, a clipagem, monitoramento e armazenamento feitos pela Interclip se limitava a mídia impressa e on-line.

DA REDAÇÃO

José Renato Lara e Marilene Messias: teremos mais novidades em 2018

Integração full time - Os trabalhos de clipagem, monitoramento e análise de todas as mídias da Interclip e Ícone já vêm sendo realizados 24 horas por dia, em três turnos, por uma equipe formada por 32 profissionais, 12 deles trabalhavam na Ícone. “Este ano, fechamos vários contratos. E mantivemos nossa carteira de clientes diluída, diversificada, com a presença de alguns parceiros há mais de 10 anos. Isso ajuda muito, porque não dependemos de nenhum grande cliente para sobreviver”, afirma Lara. A aquisição, destaca a diretora-executiva Marilene Messias, veio atender uma demanda de mercado por integração. “Isso facilita no fornecimento das informações aos clientes, que são levadas em tempo real e de forma ágil, sem pontes, porque todas as mídias são clipadas e monitoras no mesmo sistema”, comenta, ressaltando a necessidade de se valorizar o

trabalho ancorado por softwares de última geração, porém humano, minucioso e cansativo, e que só para por dois dias no ano: no Natal e na passagem do ano. Ela disse ainda que foi necessário readequar toda a infraestrutura da sede da Interface, no bairro Belverede, região Sul, para receber o pessoal e os equipamentos da empresa adquirida.” Houve mudanças no layout do espaço, para garantir conforto aos funcionários e privacidade aos clientes. Foram dois meses de obras”, revela Marilene Messias. Já no que se refere ao diferencial competitivo conquistado pela Interface com a compra da Ícone, para ela isso também é uma forma de juntar forças para sobreviver no mercado. “Ouço lamentos de empresários por todos os lados. Mas não podemos paralisar. Precisamos respirar. E apostar em novas frentes, faz parte do processo”, finaliza.

TECNOLOGIA

Uptec vai abrir representações no País MÍRIAN PINHEIRO

Com planos de expansão, a mineira Uptec, que tem matriz em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e filiais em São Paulo e Rio de Janeiro, estuda a possibilidade de expandir representações para outros estados. A empresa, especializada em obras com alta demanda de implantação de sistemas tecnológicos, registrou crescimento no faturamento de 10% este ano na comparação com o ano anterior, além de ganho de competitividade com o novo sistema de cabeamento em seus projetos, a solução Laserway, que promete diminuição considerável nas contas de energia. A Uptec atende clientes em todo o território nacional, com destaque para o segmento corporativo, como Fiat, Vale, Hipolabor, Forluz, Super Nosso, Apoio Mineiro, A&C, Caixa, Banco do Brasil, Samarco, entre outros. De acordo com o diretor e sócio-fundador Leonel Pereira Silva, a solução leva valor agregado aos clientes que, além de preservar o investimento, por se tratar de um sistema de maior vida útil, minimiza gastos futuros. Os valores investidos pelo cliente, ele diz, são coerentes com a solução atualmente usada no mercado com cabo metálico. Qualquer empresa que necessite de uma rede estruturada de cabeamento pode usar a solução, cujo sistema operacional não tem limite de durabilidade. Otimização - A solução Laserway, da Furukawa Electric Co, companhia de eletrônicos japonesa, sediada em Tóquio, foi criada para atender o segmento de mercado Enterprise com uma solução de infraestrutura de Redes de Áreas

Locais (LAN). A solução, esclarece Silva, é baseada na tecnologia GPON (Gigabit Passive Optical Network), que conceitualmente é uma rede baseada em fibras monomodo com topologia pontomultiponto, sendo que entre um único equipamento de agregação da rede (Core) e os equipamentos presentes nas áreas de trabalho (work areas) existem apenas elementos ópticos passivos. Entre as vantagens dessa tecnologia sobre as demais convencionais, o diretor cita a diminuição de interferência eletromagnética da rede, redução de infraestrutura, redução de salas técnicas, redução de carga térmica e redução do consumo de energia. A lista de benefícios é grande. Além desses fatores, ele explica que pode haver melhor controle de banda. “Como na solução Laserway, os equipamentos OLT e ONTs estão localizados somente nas terminações da rede óptica, o controle da banda utilizada em cada uma das ONTs se torna facilitado. Esta característica de ter o equipamento centralizador da comutação do tráfego em um ponto central da rede também se encaixa perfeitamente com o perfil de tráfego das redes locais atuais”, explica. Entretanto, o mais importante em adotar esta tecnologia é o pensamento no futuro, já que a mesma terá uma durabilidade muito maior que as tecnologias de rede metálicas. “É sabido que os equipamentos ativos, com o passar do tempo, têm aumentos significativos em suas taxas de transmissão de dados. A infraestrutura da solução implantada hoje já estaria pronta para suportar tais taxas”, completa o diretor, fazendo referência ainda à economia de

Projeto do Cefet produz crescimento de tecidos

DIVULGAÇÃO

A Uptec atende clientes corporativos em todo o território nacional

investimentos da solução, capaz de reduzir custos dos materiais e custos de operação. Outra vantagem é a redução significativa de ocupação de espaço, já que cada porta de equipamento pode atender até 64 diferentes serviços, com salas técnicas menores e sem infraestrutura exclusiva para sistemas de ar-condicionado, energia estabilizada e periféricos. Em casos extremos, podem ser reduzidas a um armário óptico. A operação e manutenção da rede são simplificados por conta das salas técnicas menores, menos ativo e consequentemente menor quantidade de pontos de falha, controle de todos os pontos atendidos a partir de um único equipamento. Porém, o maior impacto está mesmo na redução do consumo de energia, podendo chegar em até 70%. Crescimento rápido - O diretor diz que o negócio foi aberto por

ele e o sócio Hudson Batista, em 1994, e rapidamente cresceu. “A empresa se destacou no mercado por agregar inteligência aos processos construtivos e de instalações, integrando as múltiplas disciplinas da engenharia”, conta. Hoje, a Uptec oferece serviços em engenharia elétrica nas áreas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação, Planejamento, Outsourcing, Cabeamento Estruturado (rede óptica e metálica), CFTV (Circuito Fechado de TV), controle de acesso, automação, backbone, além dos serviços de infraestrutura interna e externa, como tubulações galvanizadas e de PVC, eletrocalhas, bandejamentos, dutos de piso e serviços para elétrica de baixa e média tensão. Complementando esses serviços, realizam também obras civis como, reformas, construções turn key, além de projetos especiais como call centers e data centers.

Um projeto nascido nos laboratórios de biomateriais e polímeros do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), o Biomimetic Solutions (www.biomimeticsolutions. com.br/), foi o grande vencedor do Startup Games, evento internacional que aconteceu nos dias 16 e 17 de setembro, em Belo Horizonte, e que simula situações de negociação real entre startups e investidores. A competição, que fez parte das atividades da mostra Inova Minas Fapemig 2017, foi realizada na capital mineira e contou com a participação de 73 startups de diversas regiões do Brasil e do mundo (Índia, Peru, Alemanha, Chile, Bolívia, Quênia, México, Holanda e Portugal) e com 149 investidores, entre brasileiros e estrangeiros. A disputa funcionava da seguinte forma: as startups recebiam 100 ações virtuais e cada investidor, 1 milhão de libras virtuais. A meta de cada startup era vender o menor número de ações, de forma a aumentar o valor da empresa; já a dos investidores era comprar ações de baixo valor, mas com futuro promissor. A grande vencedora, com capital acumulado de 869 milhões de libras, foi a spin-off acadêmica do Cefet-MG Biomimetic Solutions, responsável por produzir matrizes tridimensionais para o crescimento de órgãos e tecidos em laboratórios. Base tecnológica - Composta apenas por mulheres, duas professoras do Cefet-MG, Aline Bruna da Silva e Roberta Viana, e por três alunas de Engenharia de Materiais, Ana Elisa Antunes, Lorena Viana e Alana Benz, a vencedora do Startup Games, Biomimetic Solutions, surgiu nos laboratórios da instituição. De acordo com as responsáveis pela spin-off, a empresa busca oferecer tecnologias para o segmento de engenharia de tecidos, que combina engenharia de materiais e biologia celular para a produção de órgãos e tecidos humanos em laboratório. “Trabalhamos com a produção de matrizes 3D para o cultivo celular, denominada de scaffold, que permite o crescimento de tecidos artificiais, tais como a pele humana equivalente e outros tecidos para a indústria de cosméticos e farmacêuticas. Além de otimizar o processo de cultivo celular, o produto apresenta um custo consideravelmente mais barato que as matrizes tradicionais utilizadas pela indústria”, explica a estudante Alana Benz. A tecnologia utilizada é um método alternativo ao uso de animais em testes clínicos e é reconhecida e incentivada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (Concea). A Biomimetic Solutions, vinculada ao Cefet-MG, está sendo acelerada pelo programa Fiemg Lab e já passou por programas empreendedores reconhecidos, como o programa Lemonade, em que a startup já foi finalista, e também pelo BioStartup Lab, em que a startup ficou na terceira posição. No dia 17, foi a vez da spin-off de mulheres levar a melhor no Startup Games, quebrando um recorde histórico mundial de fundos virtuais arrecadados nas rodadas desse jogo global de negócios. O Startup Games é resultado de uma parceria entre o Consulado Britânico e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sedectes).


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AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

TECNOLOGIA

Tbit cria sistema de análise de sementes Com imagens digitais e inteligência artificial, empresa mineira consegue acelerar processos e reduzir custos RDINILSON SANTOS BARBOSA

MICHELLE VALVERDE

A adoção de tecnologias no agronegócio tem fortalecido o setor e ampliado a demanda por inovações que otimizem e tornem os processos mais eficientes. Em Minas Gerais, a Tbit Tecnologia S.A desenvolveu um avançado sistema de análises e classificações utilizando a inteligência artificial na seleção, principalmente, de sementes. Com o sistema, é possível acelerar as análises, reduzir custos com mão de obra e obter resultados mais precisos. De acordo com o CEO da Tbit, empresa com sede em A Tbit atua nos segmentos de grãos e sementes, mas deve fazer análise de carcaças e inspeção Lavras, no Sul de Minas Gerais, Igor Chalfoun, a seleção das tizados. Atuamos com maior dos custos com mão de obra tabaco e cana-de-açúcar. sementes é feita por meio da força no segmento de grãos e da ordem de 50% e o índice de análise de imagens digitais e sementes, mas estamos expan- rebeneficiamento ou devolução Demanda - Chalfoun ressalta do uso da inteligência artificial. dindo para outras áreas como de lotes cai, em média, 20%. Os que 2017 será o terceiro ano O processo, que é totalmente a análise de carcaça e inspeção principais clientes atendidos que empresa triplicará o faautomatizado, vem sendo cada de qualidade de indústrias de pela Tbit são multinacionais turamento (valor que não é como a Monsanto, a Bayer e a divulgado) e ainda tem uma vez mais adotado por empre- setores variados”. Ainda segundo Chalfoun, o Syngenta, por exemplo. demanda gigantesca para atensas do setor devido à maior Com a demanda crescente der. A atuação mais forte é na precisão obtida nos resultados uso dos equipamentos e softwaquando comparados com as res desenvolvidos pela empresa no País e expectativas positi- classificação de grãos, mas a análises manuais ou químicas na análise de qualidade de vas no mercado internacional, empresa está ingressando em sementes reduz em torno de a Tbit tem registrado evolução outras vertentes. A Tbit está tradicionalmente adotadas. “A nossa tecnologia substi- 80% o tempo gasto para a clas- constante. A empresa trabalha prospectando alguns negócios tui os testes de qualidade por sificação. Por ser automatizado, com análises nas culturas de na Argentina e no Chile e, em processos totalmente automa- o processo gera uma redução milho, soja, trigo, cevada, cerca de dois a três anos, pre-

GRÃOS

Produção global deve ser a segunda maior da história Londres - O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou ontem sua projeção para a produção global de grãos em 2017/18, com a nova safra podendo ser a segunda maior da história. Em um relatório mensal, o órgão intergovernamental estimou a produção total de grãos em 2,069 bilhões de toneladas, 19 milhões de toneladas acima da previsão anterior e atrás apenas do recorde de 2,133 bilhões da safra passada. A produção global de milho foi estimada em 1,029 bilhão de toneladas, alta de 12 milhões de toneladas ante sua estimativa anterior, mas ainda abaixo do recorde de 1,079 bilhão em 2016/17. O IGC disse que a melhora na perspectiva refletia principalmente revisões para cima na Argentina e Estados Unidos. A produção de trigo em 2017/18 foi revista para cima em 6 milhões de toneladas, para 748 milhões de toneladas, impulsionada por previsões maiores para as produções de Rússia, Canadá, Índia e União Europeia. “Após uma enorme colheita e com restrições logísticas podendo limitar as exportações, os estoques de trigo da Rússia poderiam ser os maiores em um quarto de século”, disse o IGC. A produção global de soja em 2017/18 foi estimada em 348 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas acima da projeção do mês anterior, mas ainda abaixo do recorde de 2016/17 de 351 milhões de toneladas. (Reuters)

tende ingressar no mercado dos Estados Unidos e Europa. “Atuamos em vários momentos da cadeia produtiva. Na criação de novas cultivares, por exemplo, avaliamos com mais rapidez qual a melhor cultivar e quais cruzamentos são mais benéficos. Trabalhamos recebendo e identificando lotes com defeitos, na validação de lotes com determinação de vigor e de qualidade até na expedição do lote. Também analisamos o brotamento e fazemos avaliação de grãos para exportação”. Além de otimizar as análises e gerar redução dos custos, as tecnologias da Tbit contribuem para a padronização, garantindo resultados constantes e com precisão elevada. A tendência é de mercado cada vez mais aquecido para as inovações. Prova disso é que mesmo no atual cenário de crise, o agronegócio continua a prosperar mantendo os investimentos em tecnologias e novidades. Para Chalfoun, o agronegócio é a prova máxima de que os investimentos em tecnologia geram resultados. “Enxergamos o agro brasileiro como uma força gigantesca

CAFÉ

do País que demanda muito por tecnologia e, felizmente, os empresários do setor abriram os olhos para a necessidade e têm recebido de portas abertas as inovações tecnológicas. Acreditamos que esse é o diferencial que o Brasil vai ter, não só da nossa tecnologia, mas das novas tecnologias que serão desenvolvidas para aumentar a produtividade, aumentar a valorização do produto frente ao mercado internacional, ter mais competitividade e, cada vez mais, sermos referências no agro”. Fundo - O crescimento da empresa também é atribuído ao aporte de R$ 2,1 milhões recebidos em 2014 do Fundo de Inovação em Meio Ambiente (FIP Inseed Fima). De acordo com Chalfoun, o valor foi utilizado para a melhor estruturação do setor comercial e na área de criação de novos produtos. “Conseguimos acelerar nosso crescimento com o investimento. Vale ressaltar que quando o recurso vem de um fundo de inovação, não envolve somente o dinheiro, envolve todo o network”.

FUNRURAL

Cooxupé apoia aquisição de insumos DIVULGA;’AO

DA REDAÇÃO

Os cooperados da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé já iniciaram os preparativos de suas lavouras para a próxima colheita, que na área de ação da Cooxupé geralmente acontece entre junho e setembro. De 20 a 26/09 de 2017, eles participaram da campanha Café com Lucro, uma ação realizada pela cooperativa facilitando aos produtores a aquisição de insumos. A busca por uma produção de maior qualidade fez a participação do público deste ano crescer 12% em relação à edição passada. Os orçamentos e negócios também apresen- Com a campanha Café com Lucro, cooperativa estimula produção com maior qualidade taram resultados positivos: 28% maior. A Café com Lucro acontece em toda área de ação da Cooxupé, que compreende DA REDAÇÃO o Sul de Minas, Cerrado colheita favoreceu a fase de preparo Mineiro e a Média Mogiana e a qualidade final. A bienalidade Com expectativa de obter reconheci- negativa não interferiu no número do Estado de São Paulo. Um mento nacional e internacional, além de de amostras recebidas este ano, pelo dos destaques da campanha premiações em dinheiro, 683 cafeicultores contrário, tivemos um incremento. É – e com grande adesão dos enviaram suas amostras de grãos da safra possível que, com uma safra menor, cooperados - é a possibili2017/2018 para o 27º Prêmio Ernesto Illy tenha havido um cuidado maior com dade de pagar os insumos de Qualidade Sustentável do Café para a qualidade por parte do produtor”, utilizando o próprio café Espresso. O número é 10% superior ao pondera Aldir Teixeira, diretor-geral como moeda de troca. de inscritos na edição anterior e o maior da Experimental Agrícola do Brasil, “A Cooxupé sempre ofedos últimos 10 anos de concurso. rece aos seus associados braço da illycaffè no Brasil e responsável Maior produtor nacional de café, Minas pelo recebimento e análise dos grãos. várias opções e condições Gerais (dividido em Sul de Minas, Matas para aquisição dos produA seleção dos melhores cafés será feita de Minas, Cerrado Mineiro e Chapada de por uma Comissão Julgadora composta tos, buscando maneiras de Minas) tem a maior parte das amostras por especialistas nacionais e internacioauxiliá-los na redução dos enviadas, sendo que o Sul é a região nais. Para o Prêmio Ernesto Illy - Nacional, custos. Acreditamos que com maior número de participantes. serão escolhidos 40 produtores finalistas somente quem tem boa proAlém de Minas, o Estado de São Paulo antes da cerimônia de premiação, na dução consegue aproveitambém teve número expressivo de qual serão revelados os seis melhores tar as oportunidades que o inscrições, ficando em segundo lugar. cafés do País. Os três primeiros ganharão mercado oferece”, destaca o Produtores das regiões Centro-Oeste, viagem ao exterior para participar do superintendente de DesenSul, e dos estados do Espírito Santo e 3º Prêmio Ernesto Illy Internacional. O volvimento do Cooperado Rio de Janeiro também contribuíram Prêmio Ernesto Illy - Regional terá até da Cooxupé, José Eduardo enviando amostras. Santos Júnior. Ele ainda comdois cafeicultores premiados em cada Provenientes das principais regiões um dos 9 estados ou regiões inscritos. pleta que é de fundamental produtoras de café arábica do Brasil, Todos os vencedores e finalistas receimportância que os produos grãos chamaram atenção pela alta berão prêmios em dinheiro e diplomas. tores mantenham sempre as qualidade. “As amostras deste ano suas lavouras produtivas e Os nomes dos 40 finalistas serão diestão muito boas e a escolha das 40 vulgados até novembro deste ano. A bem preparadas. “Assim os finalistas, como vem ocorrendo nos revelação dos vencedores e a entrega dos cooperados podem aproveiúltimos anos, será muito difícil. Em prêmios acontecerão em abril de 2018. tar os momentos de bons geral, a pouca chuva no período de Com informações da Illycaffè. preços do café”, disse. Com informações da Cooxupé.

Prêmio Illy atrai 683 cafeicultores

ABCZ vai recorrer da decisão do Supremo São Paulo - A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) vai recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de declarar constitucional a cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), informou ontem a entidade. A decisão da associação de pecuaristas de recorrer veio após o acórdão da decisão do STF ter sido publicado no Diário Oficial da União, na quarta-feira. Segundo decisão do STF de março, é constitucional a cobrança da alíquota de 2,1% do Funrural incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção dos produtores rurais pessoas físicas, estando em débito aqueles que não recolheram o valor nos últimos anos. No comunicado da ABCZ, o advogado Marcelo Guaritá Borges Bento disse que um recurso denominado embargos de declaração desafiará o acórdão, buscando que a decisão passe a valer apenas a partir do fim do julgamento.“Do contrário, serão enormes os impactos negativos para o agronegócio”, disse. Há expectativa de prorrogação do prazo de adesão ao programa de regularização da dívida do Funrural para o dia 30 de novembro. Além de tratar da regularização, a MP do Funrural reduziu a alíquota da cobrança para 1,2%. A falta de acordo sobre o texto final levou a bancada ruralista a pedir a extensão do prazo. O texto ainda precisa ser aprovado pela comissão mista e pelos plenários da Câmara e do Senado, antes de ir à sanção presidencial. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

19

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

CONTAS PÚBLICAS

Governo central tem déficit de R$ 9,5 bilhões Apesar de negativo, resultado de agosto ficou melhor do que o apurado no mesmo intervalo do ano passado Brasília - O governo central registrou um déficit primário de R$ 9,599 bilhões em agosto, melhor desempenho que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 20,302 bilhões. O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, também foi menor que o déficit de R$ 20,152 bilhões de julho deste ano. Entre janeiro e agosto deste ano, o resultado primário foi de déficit de R$ 85,805 bilhões, o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 75,995 bilhões. Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 172,8 bilhões - equivalente a 2,64% do PIB. Para este ano, a nova meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do governo central. As contas do Tesouro Nacional - incluindo o Banco Central - registraram superávit primário de R$ 7,290 bilhões em agosto. No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 27,468 bilhões. No mês passado, o resultado do INSS foi um déficit de R$ 16,888 bilhões. Já no acumulado do ano, o resultado foi negativo em R$ 113,272 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 86 milhões em agosto e de R$ 552 milhões no acumulado do ano até o mês passado. O resultado de agosto representa alta real de 17,7% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 4,1%. No ano até agosto, as receitas do governo central subiram 0,7% ante igual período de 2016, enquanto as despesas aumentaram 0,3% na mesma base de comparação. O caixa do governo federal

recebeu R$ 336,2 milhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em agosto, cifra 31,6% maior do que em igual mês do ano passado, já descontada a inflação. Já no acumulado do ano, as receitas com dividendos somaram R$ 4,640 bilhões, alta real de 250,4% em relação a igual período de 2016. As receitas com concessões totalizaram R$ 1,830 bilhão em agosto, alta real de 323,3% ante agosto de 2016. Nos oito primeiros meses de 2017, essa receita somou R$ 4,783 bilhões, queda real de 78,2% ante igual período do ano passado. O resultado primário do governo só não foi pior em agosto devido ao incremento na arrecadação do governo em R$ 16,6 bilhões, na comparação com agosto de 2016, segundo o Tesouro Nacional. De acordo com o órgão, R$ 6 bilhões vieram do resgate de precatórios (pagamentos devidos pela União após sentença definitiva na Justiça) que não foram sacados por beneficiários nos últimos dois anos. A apresentação do relatório fiscal de agosto traz uma tabela na qual o órgão considera que o total de receitas extraordinárias esperadas pelo governo em 2017 é de R$ 53 bilhões, acima dos R$ 47 bilhões de receitas não recorrentes apuradas em 2016. Despesas - As despesas sujeitas ao teto de gastos aprovado pela Emenda Constitucional 95 subiram 7,4% de janeiro a agosto deste ano em relação a igual período de 2016, segundo o Tesouro Nacional. Para o ano, o limite de crescimento das despesas do governo é de 7,2%. Além das despesas do Poder Executivo (também com alta de 7,4%), o desenquadramento dos gastos do governo federal ao teto é causado pelas contas de alguns poderes e órgãos que também estão fora dos limites individualizados

MARCOS SANTOS USP IMAGENS

- todos devem respeitar o limite de gastos.

Investimentos totais - Os investimentos do governo federal caíram a R$ 22,773 bilhões nos primeiros oito meses de 2017. Desse total, R$ 13,208 bilhões são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2017. De janeiro a agosto do ano passado, os investimentos totais haviam somado R$ 34,269 bilhões. Os investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 2,079 bilhões em agosto, queda real de 19,0% ante igual mês do ano passado. Já no acumulado do ano, as despesas com o PAC somaram R$ 14,145 bilhões, recuo de 45,1% ante igual período de 2016, já descontada a inflação. (AE) Déficit primário no acumulado do ano atingiu R$ 85,8 bilhões, segundo o Tesouro Nacional

Cumprir regra de ouro depende do BNDES Brasília - A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou ontem que, além da devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), “não tem plano B” para que o governo consiga cumprir a chamada “regra de ouro”. Essa regra proíbe que o governo tome dívida em montante superior às despesas de investimento. Em outras palavras, o governo não pode se endividar para pagar despesas de custeio. O problema é que, para contrair despesas e ajustar as contas públicas, o governo cortou investimentos drasticamente, o que torna a norma mais difícil de ser cumprida. “Hoje não temos plano B. A discussão é em torno da necessidade do cumprimento de uma regra constitucional”, disse Vescovi. Esse descumprimento já ocorreria em 2017 se o banco não tivesse devolvido R$ 33 bilhões, que são apenas uma parte dos recursos exigidos pelo governo. De acordo com Vescovi, em 12 meses terminados em agosto esse descompasso já é de R$ 7 bilhões. Mas o principal problema é 2018,

quando, se nada for feito, o descumprimento da regra alcançará R$ 184 bilhões, na estimativa do Tesouro. Segundo a secretária, parte dos R$ 50 bilhões que o banco devolverá em 2017 - R$ 33 bilhões nesta semana, e outros R$ 17 bilhões até o final do ano - poderá ser usado no ano que vem para resolver parte do problema. Além desse valor, o governo negocia com o BNDES que mais R$ 130 bilhões retornem aos cofres públicos em 2018, o que aproximaria o valor do necessário para não descumprir a regra. “Esse cenário de R$ 184 bilhões de descumprimento é baseado no nosso melhor modelo e melhores parâmetros que temos hoje. Mas faremos um monitoramento permanente desse tema, e também poderemos ter um crescimento mais robusto do que o imaginado da economia”. Se a devolução de R$ 130 bilhões em 2018 não ocorrer, de acordo com ela, terá que ser feito um “ajuste fiscal que dê conta de fazer caber as despesas correntes”. Questionada se isso significaria elevação de impostos, ela declarou que isso pode ocorrer também do

lado das despesas. “Mas esse ajuste tende a ser gradual”. Vescovi declarou que a devolução do ano que vem ainda é objeto de negociação com o banco. “Estamos em conversa com o BNDES sobre essa antecipação. As conversas estão sendo positivas. De um lado há a preocupação do banco em continuar cumprindo suas condições regulatórias, do outro o banco está sensível com a condição fiscal do País.” De acordo com ela, a relação entre dívida bruta e PIB já se reduzirá em 0,5 ponto percentual com a devolução feita nesta semana. “Entre 2008 e 2016, a regra, que determina que o País não pode se endividar para financiar despesas correntes, foi cumprida. Mas nos próximos anos essa será uma restrição que teremos”, afirmou Vescovi. “É um debate que tende a crescer”. A situação se agravou porque o governo tem realizado sucessivos déficits desde 2014 e só tem perspectiva de voltar a fazer superávit em 2021. “Dados históricos apontam que este é o momento de maior dificuldade fiscal desde os anos 1990”, diz o Tesouro em relatório divulgado ontem. (FP)

MERCADO

Ibovespa mantém trajetória negativa e recua 0,31% São Paulo - A bolsa brasileira deu continuidade ao movimento de correção de preços e o Índice Bovespa registrou ontem seu sexto pregão consecutivo de baixa. O índice chegou a ensaiar uma alta pela manhã, mas logo perdeu fôlego e encerrou o dia com queda de 0,31%, aos 73.567,24 pontos. Em seis pregões com sinal negativo, o indicador perdeu 3,21% de seu valor. Ainda assim, o índice se aproxima do final de setembro contabilizando alta acumulada de 3,86%, percentual considerado bastante satisfatório no mercado. Os negócios somaram R$ 8,6 bilhões. A quinta-feira foi de noticiário escasso, principalmente no período da tarde, o que deixou o mercado carente de referências para operar. Isso explicaria, segundo operadores, o fato de o Ibovespa ter terminado o dia não muito longe da estabilidade. Embora os indicadores econômicos continuem a dar sinais de recuperação da economia,

LUIZ PRADO BM&F BOVESPA

Principal índice acionário do País acumula desvalorização de 3,21% em seis pregões

o cenário político é apontado como um dos fatores de desconforto que contribuíram para a correção de ontem e dos últimos dias. “O cenário externo está dado, com a divulgação do plano tributário dos Estados Unidos e as sinalizações do Federal Reserve de que haverá mesmo aumento de juros em dezembro. Já aqui dentro, a percepção é de que a segunda

denúncia contra o presidente Michel Temer engessa a economia, principalmente no que diz respeito à reforma da Previdência”, disse Pedro Galdi, chefe de análise da Magliano Corretora. À tarde, o destaque no cenário doméstico foi o resultado do governo central em agosto, que teve déficit primário de R$ 9,599 bilhões. Na análise por ações, os

destaques de baixa ficaram com as ações da Vale (ON: 0,56%) e das siderúrgicas Usiminas (-4,77%, maior queda do Ibovespa), Gerdau PN (-2,69%) e CSN ON (-2,05%). O minério de ferro voltou a cair no mercado à vista chinês (-1,96%), ainda pressionado pelos temores de desaceleração da produção industrial no País. Já as ações da Petrobras

subiram 0,19% (ON) e 0,20% (PN) e contribuíram para amenizar as perdas do Ibovespa, junto com os papéis de papel e celulose. Fibria ON subiu 6,80% e foi a maior alta do Ibovespa, seguida por Suzano ON, que avançou 5,15%. Ambas são beneficiadas pela perspectiva positiva para o setor. Dólar - O dólar se firmou em queda ante o real durante a tarde em meio à arrefecida dos preços da moeda norte-americana em relação a divisas principais e emergentes no exterior. A oferta global cresceu com o desconforto dos investidores pela falta de detalhes sobre o plano de reforma tributária nos Estados Unidos apresentado na última quarta-feira pelo governo de Donald Trump, segundo operadores de câmbio. Investidores locais aproveitaram o ambiente de ontem para realizar parte dos ganhos acumulados nas últimas três sessões, em 2,08%. No mercado à vista, o dólar

encerrou aos R$ 3,1834, com queda de 0,27%. O dólar futuro de outubro terminou em baixa de 0,33%, aos R$ 3,1830. Taxas de juros - Os juros futuros fecharam a sessão regular perto dos ajustes anteriores, com viés de baixa. Após encerrarem o período da manhã com ligeiro sinal de alta, as taxas tiveram alívio à tarde, depois que o dólar acelerou a queda e que os rendimentos dos Treasuries zeraram o avanço. Para alguns profissionais, os dados do governo central melhores do que a mediana das estimativas também contribuíram para a melhora do mercado à tarde. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 7,29% (mínima), de 7,32% no ajuste de quarta; a taxa do DI para janeiro de 2020 encerrou em 8,13%, de 8,14%; e a do DI para janeiro de 2021 passou de 8,84% para 8,83%. A taxa do DI janeiro de 2023 terminou em 9,52%, na mínima, de 9,56%. (AE)




BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017 BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

Indicadores Econômicos Inflação

Dólar

TR/Poupança

28/09/2017

27/09/2017

26/09/2017

Índices

Set.

COMERCIAL

COMPRA

R$ 3,1829

R$ 3,1916

R$ 3,1669

IGP-M (FGV)

0,20%

VENDA

R$ 3,1834

R$ 3,1921

R$ 3,1674

IPC-Fipe

-0,14%

0,27%

0,15%

0,72%

0,32%

0,08%

0,14%

0,61%

-0,05%

0,05%

-0,01%

0,10%

1,07%

2,09%

PTAX (BC)

COMPRA

R$ 3,1865

R$ 3,1926

R$ 3,1668

IGP-DI (FGV)

0,03%

0,13%

0,05%

0,83%

0,43%

0,06%

-0,38%

-0,38%

-0,51%

-0,96%

-0,30%

0,24%

-2,64%

-1,61%

VENDA

R$ 3,1871

R$ 3,1932

R$ 3,1674

INPC-IBGE

0,08%

0,17%

0,07%

0,14%

0,42%

0,24%

0,32%

0,08%

0,36%

-0,30%

0,17%

-0,03%

1,27%

1,73%

COMPRA

R$ 3,1630

R$ 3,1700

R$ 3,1530

IPCA-IBGE

0,08%

0,26%

0,18%

0,3%

0,38%

0,33%

0,25%

0,14%

0,31%

-0,23%

0,24%

0,19%

1,62%

2,46%

VENDA

R$ 3,3270

R$ 3,3370

R$ 3,3130

COMPRA

R$ 3,2600

R$ 3,2700

R$ 3,2400

ICV-DIEESE

0,03%

0,37%

0,28%

0,12%

1,04%

0,14%

0,01%

-0,18%

0,37%

-0,31%

0,13%

-0,01%

0,91%

1,71%

VENDA

R$ 3,3600

R$ 3,3700

R$ 3,3400

IPCA-IPEAD

0,22%

0,14%

0,16%

0,48%

0,64%

0,43%

0,09%

-0,46%

0,49%

-0,07%

0,70%

0,13%

2,61%

3,63%

Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00

Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00

TURISMO PARALELO Fonte: AE

28/09 CDB Pré 30 dias

8,02% - a.a.

Capital de Giro

11,76% - a.a.

Hot Money

1,32% - a.m.

CDI

8,14% - a.a.

Over

8,15% - a.a.

Fonte: AE

Ouro Nova Iorque (onça-troy)

28/09/2017

27/09/2017

26/09/2017

US$ 1.288,70

US$ 1.287,80

US$ 1.301,70

R$ 134,27

R$ 137,00

BM&F-SP (g)

R$ 134,00

Fonte: AE

Taxas Selic Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

Tributos Federais (%) 1,12 1,09 0,87 1,05 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 -

Meta da Taxa a.a. (%) 13,75 13,00 12,25 11,25 10,25 10,25 9,25 9,15 8,25 -

Reservas Internacionais 27/09 .......................................................................... US$ 381.280 milhões Fonte: BC

Imposto de Renda Base de Cálculo (R$)

Alíquota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

Até 1.903,98

Isento

Isento

De 1.903,99 até 2.826,65

7,5

142,80

De 2.826,66 até 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 até 4.664,68

22,5

636,13

Acima de 4.664,68

27,5

869,36

Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:

Out.

Nov.

Dez.

Jan.

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

0,16%

0,03%

0,54%

0,64%

0,08%

0,01%

-1,10%

-0,93%

-0,67%

-0,72%

Agosto No ano 0,10%

-2,56%

12 meses -1,71%

Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015

Set. Salário 880,00 CUB-MG* (%) 0,05 UPC (R$) 23,16 UFEMG (R$) 3,0109 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG

FINANÇAS FINANÇAS

22 18

Out. 880,00 0,02 23,29 3,0109 7,50

Nov. 880,00 0,09 23.29 3,0109 7,50

Dez. 880,00 0,11 23,29 3,0109 7,50

Jan. 937,00 0,12 23,40 3,2514 7,50

Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central

CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 706 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 880 930 960 975 978

Fev. 937,00 0,41 23,40 3,2514 7,50

Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50

Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00

Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00

Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00

VENDA 0,3195 0,4626 0,726 0,005586 0,5043 0,03016 0,4007 0,3914 0,1442 0,07252 0,02828 8,4516 0,002733 4,5016 0,03151 0,8677 2,4965 3,1871 3,1871 2,555 0,01568 3,8867 2,3459 0,4081 1,1848 3,1871 0,01207 3,2819 0,0005638 0,02829 0,1811 4,2822 0,002117 0,006189 0,1049 0,8952 0,9751 0,1819 0,005006 0,001084 3,1871 0,06781 0,06267 0,1748 0,1094 0,4346 0,2355 0,4786 0,4787 0,8591 8,2868 0,01275 0,0000943 0,8499 0,7535 0,05491 0,04868 0,0002359 0,9034 0,002783 0,005543 0,8696 3,7528

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 até 5.531,31 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 937,00 (valor. Mínimo) 11 103,07 De 937,00 até 5.531,31 20 187,40 até 1.106,26 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de

Remuneração R$ 859,88 R$ 859,89 a R$ 1.292,43

Valor unitário da quota R$ 44,09 R$ 31,07

Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2017

FGTS Índices de rendimento Competência Junho Julho

Crédito Agosto Setembro

Seguros

TBF

11/09

0,01308885 2,92144653

12/09

0,01308900 2,92148035

13/09

0,01308900 2,92148035

14/09

0,01308900 2,92148035

15/09

0,01308900 2,92148035

16/09

0,01308917 2,92151786

17/09

0,01308917 2,92151786

18/09

0,01308917 2,92151786

19/09

0,01308919 2,92152355

20/09

0,01308921 2,92152810

21/09

0,01308923 2,92153264

22/09

0,01308944 2,92157892

23/09

0,01308979 2,92165617

13/09 a 13/10 14/09 a 14/10 15/09 a 15/10 16/09 a 16/10 17/09 a 17/10 18/09 a 18/10 19/09 a 19/10 20/09 a 20/10 21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 A 23/10 24/09 A 23/10 25/09 A 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10 Fonte: AE

24/09

0,01308979 2,92165617

25/09

0,01308979 2,92165617

26/09

0,01308996 2,92169576

27/09

0,01309017 2,92174204

28/09

0,01309038 2,92178832

29/09 0,01309075 2,92187215 Fonte: Fenaseg

3% 0,3090 0,2976

6% 0,5493 0,5379

0,5560 0,6168 0,5341 0,5181 0,5454 0,5847 0,5915 0,6041 0,5708 0,5518 0,5253 0,5530 0,5820 0,5706 0,5633

Aluguéis

Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Agosto IGP-DI (FGV) Agosto IGP-M (FGV) Agosto

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0040 0,0098 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5040 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,5000 0,4690 0,4690

1,0246 0,9839 0,9834

10/09 a 10/10 11/09 a 11/10 12/09 a 12/10 13/09 a 13/10 14/09 a 14/10 15/09 a 15/10 16/09 a 16/10 17/09 a 17/10 18/09 a 18/10 19/09 a 19/10 20/09 a 20/10 21/09 a 21/10 22/09 a 22/10 23/09 A 23/10 24/09 A 24/10 25/09 A 25/10 26/09 a 26/10 27/09 a 27/10

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690

Agenda Federal Dia 29

Contribuição ao INSS COMPRA 0,3187 0,4526 0,7217 0,005489 0,5041 0,0301 0,4004 0,3911 0,1441 0,06935 0,02807 8,4433 0,002728 4,4786 0,03144 0,8675 2,4944 3,1865 3,1865 2,5543 0,01523 3,8392 2,3444 0,408 1,1715 3,1865 0,01206 3,2803 0,0005632 0,02828 0,18 4,2801 0,002109 0,00618 0,1048 0,8933 0,9736 0,1817 0,005003 0,001083 3,1865 0,0673 0,06264 0,1747 0,1092 0,4343 0,2354 0,4778 0,4786 0,8554 8,268 0,01273 0,0000943 0,8497 0,7528 0,05488 0,04867 0,0002357 0,9029 0,002778 0,005475 0,8693 3,7515

23/08 a 23/09 24/08 a 24/09 25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 05/09 a 05/10 06/09 a 06/10 07/09 a 07/10 08/09 a 08/10 09/09 a 09/10

IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de agosto/2017, relativo a operações com contratos de derivativos financeiros - Cód. Darf 2927. Darf Comum (2 vias) DITR - Apresentação da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) relativa ao exercício 2017, ano-base 2016 (Instrução Normativa RFB nº 1.715/2017). Internet ITR - Pagamento da quota única, ou, no caso de parcelamento, da 1ª quota do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) do exercício de 2017 (Instrução Normativa RFB nº 1.715/2017). Darf Comum (2 vias) IPI - Fabricantes de produtos do capítulo 33 da Tipi - Prestação de informações pelos fabricantes de produtos do Capítulo 33 da Tipi (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes) com receita bruta no ano-calendário anterior igual ou superior a 100 milhões de reais, constantes do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 47/2000, referentes ao 4º bimestre/2017 (julho-agosto/2017), à Unidade da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o domicílio da matriz. Disquete Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005) no período de 1º a 15.09.2017. Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração mensal - Pagamento do Imposto de Renda devido no mês de agosto/2017 pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Apuração trimestral - Pagamento da 3ª quota do Imposto de Renda devido no 2º trimestre de 2017, pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida da taxa Selic de agosto/2017 mais 1% (art. 5º da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre ganhos líquidos auferidos no mês de agosto/2017, por pessoas jurídicas, inclusive as isentas, em operações realizadas em bolsas de valores de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como em alienações de ouro, ativo financeiro, e de participações

societárias, fora de bolsa (art. 859 do RIR/1999). Darf Comum (2 vias) IRPJ/Simples - Nacional - Ganho de Capital na alienação de Ativos Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo Simples Nacional incidente sobre ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de agosto/2017 (art. 5º, § 6º, da Instrução Normativa SRF nº 608/2006) - Cód. Darf 0507. IRPF – Carnê-leão - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas físicas ou de fontes do exterior no mês de agosto/2017 (art. 852 do RIR/1999) - Cód. Darf 0190. Darf Comum (2 vias) IRPF - Lucro na alienação de bens ou direitos - Pagamento, por pessoa física residente ou domiciliada no Brasil, do Imposto de Renda devido sobre ganhos de capital (lucros) percebidos no mês de agosto/2017 provenientes de (art. 852 do RIR/1999): a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional - Cód. Darf 4600; b) alienação de bens ou direitos ou liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira - Cód. Darf 8523. Darf Comum (2 vias) IRPF - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas físicas sobre ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como em alienação de ouro, ativo financeiro, fora de bolsa, no mês de agosto/2017 (art. 852 do RIR/1999) - Cód. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) IRPF – Quota - Pagamento da 6ª quota do imposto apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendário de 2016, acrescida da taxa Selic de maio a agosto/2017 mais 1% - Cód. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mês de agosto/2017, pelas pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração trimestral - Pagamento da 3ª quota da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 2º trimestre de 2017 pelas pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida da taxa Selic de agosto/2017 mais 1% (art. 28 da Lei nº 9.430/1996). Darf Comum (2 vias)

FÓRUM EDITAIS DE CASAMENTO TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua São Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se: LUCIMAR GOMES CALDEIRA, SOLTEIRO, GUARDA-CIVIL MUNICIPAL, maior, natural de Itabira, MG, residente nesta Capital à Rua Veraldo Lambertucci, 157/201, São Lucas, 3BH, filho de Itamar Caldeira da Silva e Teresinha Gomes Caldeira; e MARIA ALICE DIAS DA CRUZ, solteira, Agente comunitário de saúde, maior, residente nesta Capital à Rua Veraldo Lambertucci, 157/201, São Lucas, 3BH, filha de Luiz Dias da Cruz e Sebastiana Candida da Cruz. (676428) CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA BROCHADO, SOLTEIRO, FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL E DISTRITAL, maior, natural de Pará de Minas, MG, residente nesta Capital à Rua dos Aimorés, 1239/501, Boa Viagem, 3BH, filho de Antônio Carlos de Assis Brochado e Maria Helena de Oliveira Brochado; e LORENA MARINHO SILVA AGUIAR, solteira, Pedagoga, maior, residente nesta Capital à Rua dos Aimorés, 1239/501, Boa Viagem, 3BH, filha de Eduardo Marinho de Aguiar e Sandra das Mercês Silva Aguiar. (676429) JOSÉ CARLOS DOS SANTOS, DIVORCIADO, AÇOUGUEIRO, maior, natural de Engenheiro Navarro, MG, residente nesta Capital à Av. Artur Bernardes, 3122, Santa Lucia, 3BH, filho de Baltazar Lopes dos Santos e Laurinda Martins dos Santos; e LILIAN ROCHA DA SILVA, solteira, Do Lar, maior, residente nesta Capital à Av. Artur Bernardes, 3122, Santa Lucia, 3BH, filha de Milton Anezio da Silva e Maria Izabel Rodrigues Rocha. (676430) RICARDO RODRIGUES PEREIRA, SOLTEIRO, PORTEIRO, maior, natural de Mucurici, ES, residente nesta Capital à Rua São Tomás de Aquino, 827, Vl Santa Rita de Cássia, 3BH, filho de Aguinaldo Rodrigues Pereira e Marinalva de Jesus Barbosa; e REGIANE MARIA CARLOS, solteira, Educadora infantil de nível médio, maior, residente nesta Capital à Rua São Tomás de Aquino, 827, Vl Santa Rita de Cássia, 3BH, filha de Antônio Carlos e Maria Geralda Carlos. (676431) JANDERSON ARSÊNIO, SOLTEIRO, FRENTISTA, maior, natural de Raul Soares, MG, residente nesta Capital à Rua Alípio Goulart, 524, Serra, 3BH, filho de PAI IGNORADO e Maria Marta Arsênio; e LARISSA CRISTINA MOREIRA BRITO, solteira, Caixa de loja, nascida em 23 de fevereiro de 1999, residente nesta Capital à Rua Alípio Goulart, 480, Serra, 3BH, filha de Cleides Zilmar Moreira e Juliene Moreira Brito. (676432)

EDUARDO MACHADO DE MENDONÇA, SOLTEIRO, ENGENHEIRO MECÂNICO, maior, natural de Ipatinga, MG, residente nesta Capital à Rua Antônio Dias, 301/401, Santo Antônio, 3BH, filho de João Evangelista de Mendonça e Antônia Machado de Mendonça; e DANIELA ESPIRITO SANTO VARGAS, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital à Rua Pernambuco, 473/1901, Funcionários, 3BH, filha de Helio Carvalho Vargas e Laudete Espírito Santo Vargas. (676433) JOAQUIM RESENDE, DIVORCIADO, CIRURGIÃO DENTISTA PERIODONTISTA, maior, natural de Bom Sucesso, MG, residente nesta Capital à Rua dos Timbiras, 63/1001, Funcionários, 3BH, filho de Joaquim Urbano de Resende e Judith Ribeiro de Resende; e GLÍCIA CRISTINA LINHARES DE CARVALHO, solteira, Contadora, maior, residente nesta Capital à R. Benjamim Quadros, 122, Santa Efigenia, 3BH, filha de Amaro de Carvalho e Maria Raimunda Linhares de Carvalho. (676434) EDUARDO HENRIQUE LIMA FERREIRA DA SILVA, DIVORCIADO, ENGENHEIRO CIVIL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Carvalho de Almeida, 48 / 24, Cidade Jardim, 3BH, filho de Omar Ferreira da Silva e Wilma Lima Ferreira da Silva; e MARIA CRISTINA RODRIGUES RESENDE, solteira, Engenheira civil, maior, residente nesta Capital à Rua Carvalho de Almeida, 48 / 24, Cidade Jardim, 3BH, filha de Jair Vieira de Resende e Ilka Rodrigues Pereira Resende. (676435) Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartório e publicado pela imprensa Belo Horizonte, 28 de setembro de 2017 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL. 8 editais.

QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se: ALEXANDRE LOPES CAMPAGNANI, solteiro, empresário, nascido em 19/06/1988 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Julio De Castilho, 133 307, Cinquentenario, Belo Horizonte, filho de DOMINGOS CAMPAGNANI PEREIRA DA SILVA e PAULA MARIA PEREIRA LOPES

Com LIVIA CUSTODIO DE SOUZA, solteira, emprega publica, nascida em 20/05/1983 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Julio De Castilho, 133 307, Cinquentenario, Belo Horizonte, filha de RICARDO AUGUSTO OLIVEIRA DE SOUZA e SOLANGE CUSTODIO DO CARMO E SOUZA. SAMUEL DOS SANTOS, solteiro, técnico em arrefecimento automotivo, nascido em 11/09/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Nicias Continentino, 105, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de JOSE LUIZ DOS SANTOS e COSMA DAMIAO DOS SANTOS Com GLEYCE NOGUEIRA XAVIER DOS SANTOS, solteira, autônoma, nascida em 05/12/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Nicias Continentino, 105, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de JOSE XAVIER DOS SANTOS e MARVICE NOGUEIRA XAVIER. LUIZ FELIPE DE JESUS NAZARETH, solteiro, desempregado, nascido em 04/09/1993 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Bimbarra, 194, Calafate, Belo Horizonte, filho de LUIZ CARLOS NAZARETH e WALQUIRIA CHRISTINA DE JESUS TRINDADE Com IANCA RAISSA DE OLIVEIRA CIRIACO, solteira, desempregada, nascida em 25/01/1997 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Bimbarra, 194, Calafate, Belo Horizonte, filha de JUAREZ CIRIACO PEREIRA e EDNA ROSA DE OLIVEIRA. WILSON TEIXEIRA DA SILVA, divorciado, manutenção, nascido em 10/03/1979 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11, Vista Alegre, Belo Horizonte, filho de ADILSON INACIO DA SILVA e LUIZA DE FATIMA TEIXEIRA DA SILVA Com PRISCILA CHAVES DE CARVALHO, solteira, técnica de enfermagem, nascida em 26/09/1983 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Epaminondas Otoni, 11, Vista Alegre, Belo Horizonte, filha de CARLOS ROBERTO CHAVES e ALTAIR LUIZA DE CARVALHO CHAVES. DENAWEY RAFAEL XAVIER SILVA, solteiro, auxiliar de estoque de vendas, nascido em 24/02/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Estrada Nova, 103, Vila São Jorge, Belo Horizonte, filho de DJALMA XAVIER SILVA e NORMA XAVIER SILVA Com REGIANE RODRIGUES LOPES, solteira, vendedora, nascida em 27/06/1992 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Estrada Nova, 103, Vila São Jorge, Belo Horizonte, filha de CARLOS AUGUSTO LOPES e MARIA DE LOURDES RODRIGUES DE JESUS. MATHEUS FELIPE MEDEIROS GOYAS, solteiro, empresário, nascido em 16/08/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Geraldo Faria De Souza, 601 302, Sagrada Familia, Belo Horizonte, filho de FRANCISCO GOYAS FILHO e TANIA MARIA MEDEIROS PERDIGAO Com ISABELLA KUNIKO TAVARES MAGALHAES TAKENAKA, solteira, farmacêutica, nascida em 22/07/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Cônsul Walter, 91 502, Buritis, Belo Horizonte, filha de CARLOS IOSHIO TAKENAKA e MARLY APARECIDA TAVARES MAGALHAES TAKENAKA.

GETULIO DE CARVALHO CAPISTRANO, solteiro, advogado, nascido em 14/10/1987 em Parque Industrial, M Cc De Contagem, MG, residente a Rua São Carlos, 130, Madre Gertrudes, Belo Horizonte, filho de JOAO EVANGELISTA CAPISTRANO e ANALIA MARIA DE CARVALHO CAPISTRANO Com STEPHANIE CAROLINE CARDOSO DE OLIVEIRA, solteira, advogado, nascida em 01/02/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua São Carlos, 130, Madre Gertrudes, Belo Horizonte, filha de EDSON JANUARIO DE OLIVEIRA e MARLETE MARIA CARDOSO DE OLIVEIRA. EULER COSTA DA CRUZ, divorciado, delegado de policia, nascido em 30/07/1961 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Geraldo Vasconcellos, 444, Estoril, Belo Horizonte, filho de GERALDO MARCIANO DA CRUZ e MARLENE COSTA DA CRUZ Com MARIA MONICA RIBEIRO, solteira, terapeuta, nascida em 15/11/1969 em São Gotardo, MG, residente a Rua Geraldo Vasconcellos, 444, Estoril, Belo Horizonte, filha de JOAQUIM RIBEIRO e MARIA DIVINA SANTANA RIBEIRO. PEDRO HENRIQUE MORAES GONCALVES, solteiro, técnico informática, nascido em 29/03/1993 em Divinópolis, MG, residente a Rua Maria Heilbuth Surette, 410 202, Buritis, Belo Horizonte, filho de AGUINALDO PEREIRA GONCALVES e MARTA MORAES GONCALVES Com DANIELA ASSIS CARDOSO, solteira, assistente administrativo, nascida em 20/06/1983 em Guarulhos, SP, residente a Rua Marcos Coelho Neto, 96, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filha de JOAQUIM CARDOSO e LUZIA ASSIS MARQUES CARDOSO. LEONARDO MOURA SILVEIRA LEAO, solteiro, educador físico, nascido em 19/05/1986 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Manila, 90 1008 Bl 01, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filho de EDSON DA SILVEIRA E SILVA e MARIA DO PERPETUO SOCORRO MOURA Com FABIOLA ROSA MIRANDA, solteira, advogada, nascida em 21/12/1989 em Boa Esperança, MG, residente a Rua Manila, 90 1008 Bl 01, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filha de GILMAR DONIZETTI DE MIRANDA e ROSALVA CONSOLACAO APARECIDA ROSA DE MIRANDA. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 28/09/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 10 editais.

FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 22/09/2017 02772 - Número TJMG: 002407425281-8 Numeração única: 4252818.21.2007.8.13.0024 Autor: Flytour Agencia de Viagens e Turismo Ltda; Réu: Dbr Turismo Ltda 1. Trata-se da Falência DBR TURISMO LTDA.2. À f. 790 a Falida requer o descadastramento de seus antigos patronos e o cadastramento do novo advogado constituído, conforme substabelecimento de f. 791. Ao final requereu vista dos autos fora de cartório.3. Pois bem.4. Conforme certidão de f. 792v foi realizado cadastro do Dr. Pedro Caetano Pinto Coelho como requerido. À secretaria para providenciar o descadastramento dos demais advogados que representavam a Falida.5. Por se tratar de processo de Falência, sobre o qual incidem as exceções previstas pelo artigo 7°, § 1°, 2, da Lei n° 8906/94, defiro, apenas em secretaria, vista dos autos para o fim requerido, facultando à parte interessada a extração de cópias xerográficas.6. Cumpra-se. Intime-se. **averbado**

SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 22/09/2017 02809 - 0561428.94.2012.8.13.0024 Autor: Agencia de Viagens Universo Ltda;

Réu: Massa Falida de Agencia de Viagens Universo Ltda 1 # Defiro o pedido formulado pela Administradora Judicial às fls. 463, concedendo-a o prazo de 30 (trinta) dias para cumprimento do despacho retro. 2 # Acolho a justificativa da I.Perita Shirlei da Soledade Sampaio Lins, revogando o correspondente despacho de nomeação, nomeando em substituição a I.Perita Cassione Soares de J. Lysardo Dias, CRA/MG 01-060699-D, com endereço na Av. do Contorno, 6777, sala 909, Santo Antônio, Belo Horizonte/MG, CEP 30110-043, tels: (31) 25269966 e (31) 99949-8615. 3 # Caso aceite o múnus, intime-a para assinar o termo de compromisso e apresentar sua proposta de honorários. 02810 - 2088737.50.2011.8.13.0024 Autor: Engelminas Construções Elétricas Ltda 1 # Designo o dia 06/11/2017, às 14:00 horas para realização da hasta pública dos bens avaliados às fl. 4092/4102. 1.1 # Não havendo arrematante pelo valor da avaliação, prosseguir-se-á na 2ª praça para o dia 10/11/2017, às 14:00 horas. 1.2 # Expeça-se edital, nos termos do art. 887, §§1º e 2º do NCPC, no Diário Judicial Eletrônico. 2 # Intime-se o perito para responder aos quesitos formulados pelo Ministério Público às fls. 3937/3945, no prazo de 15 (quinze)

dias. 3 # Cumprida a determinação, intime-se a Administradora Judicial para relacionar os livros contábeis entregues ao Perito, bem como seus respectivos exercícios financeiros, conforme requerimento do Ministério Público à fl. 3941 02811 - Número TJMG: 002404436950-2 Numeração única: 4369502.34.2004.8.13.0024 Autor: Impressora Brasil Ltda; Réu: Megalight Iluminação Moderna Ltda Expeça-se ofício ao delegado Helton Aparecido Costa, qualificado à fl. 734, para que informe o endereço das empresas privadas onde se encontra o veículo por ele apreendido de fl. 735. 02812 - Número TJMG: 002407552106-2 Numeração única: 5521062.98.2007.8.13.0024 Autor: Flavio Roberto Pires de Oliveira; Réu: Massa Falida de Ronda Serviços Especiais de Vigilancia Ltda 1- Diante da interposição de Embargos de Declaração com efeitos infringentes (fls. 12.138), vista a administradora judicial para, querendo, se manifestar, no prazo de cinco dias (art. 1023, §2º do CPC). 2- Após, dê-se vista ao Ministério Público. 02813 - Número TJMG: 002409643543-3 Numeração única: 6435433.71.2009.8.13.0024 Autor: Vanda da Rocha Vieira Batista; Réu:

Massa Falida de Gil Comércio e Representações Ltda 1 # Acolho a justificativa da I.Perita Shirlei da Soledade Sampaio Lins, revogando o correspondente despacho de nomeação, nomeando em substituição o I.Perito Fernando César da Silva, com escritório profissional na Rua Guajajaras, 977, sala 1301, nesta Capital, telefones: 3274-6369 / 9362-1130. 2 # Caso aceite o múnus, intime-o para assinar o termo de compromisso e apresentar sua proposta de honorários 02814 - Número TJMG: 002490720254-3 Numeração única: 7202543.13.1990.8.13.0024 Autor: Freitas Refrigeracao Ltda; Réu: Freitas Refrigeracao Ltda fica a credora WHIRPOOL S/A e o Administrador Judicial, intimados para se manifestarem sobre a petição do credor Geraldo de Freitas Mourão, às fls. 2833/2835, na qual informa que a credora acima mencionada recebeu alvará com valor a maior. 02815 - Número TJMG: 002491781201-8 Numeração única: 7812018.07.1991.8.13.0024 Autor: Cabiminas Ltda Remetam-se os autos ao setor de cálculos para apuração das custas finais. Após, retornem os autos conclusos.


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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LEGISLAÇÃO TRIBUTOS

Governo perderá R$ 5 bi com novo Refis Novo texto aprovado pela Câmara prevê descontos maiores sobre valores devidos nos parcelamentos Brasília - O novo Refis aprovado pela Câmara dos Deputados renderia à União apenas R$ 3,8 bilhões em 2017, ante estimativa de R$ 8,8 bilhões no formato desenhado pela equipe econômica, afirmou ontem a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi. Em coletiva de imprensa, ela apontou que a frustração de R$ 5 bilhões ainda não está sendo formalmente considerada pelo Ministério da Fazenda, uma vez que a tramitação da lei sobre o programa de regularização tributária ainda não foi concluída no Congresso Nacional. Na última quarta-feira, a Câmara aprovou um texto mais frouxo para o programa, passando a admitir descontos maiores sobre os valores devidos e o pagamento de entradas mais modestas no âmbito dos parcelamentos. O plenário da Casa ainda precisa analisar emendas ao texto, que

MARCELO CAMARGO ABr

Ana Paula Vescovi reduziu a estimativa do Refis para R$ 3,8 bilhões

deverá ser posteriormente votado no Senado. Questionada se o governo avaliava recomendar o veto às regras mais generosas, Ana Paula afirmou

que “a discussão ainda está muito presente na Receita Federal”. “Falta um pouquinho de tempo para a gente aguardar, para ter essa certeza, um pouco mais de

clareza nesse cenário”, completou. Após a realização de leilões de hidrelétricas e de energia na véspera, a secretária do Tesouro também lembrou que o governo conseguiu levantar R$ 4,5 bilhões acima do esperado com as investidas, recursos com os quais contará para administração do Orçamento no restante do ano. Num contexto em que a versão final do Refis segue uma incógnita, Ana Paula apontou que o descontingenciamento de R$ 12,8 bilhões anunciado pelo governo na semana passada está assegurado. Um decreto de programação orçamentária deverá sair na sexta-feira especificando como o governo fará a gestão dessa liberação. Prazo - O presidente da República, Michel Temer, editará uma nova medida provisória (MP) ampliando para 31 de outubro deste ano o prazo de adesão ao Refis, programa de parcelamento

BENEFÍCIOS

RECUPERAÇÃO

PIS/Pasep vai ser liberado para idosos Brasília - Em uma cerimônia feita de última hora para mostrar uma agenda positiva, o presidente Michel Temer anunciou pessoalmente a liberação de recursos do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a redução o teto da taxa de juros de empréstimos consignados para servidores e aposentados. Temer fez um discurso exaltando os resultados da economia e não quis responder a questionamentos sobre política, como se achava que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia extrapolado ao afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Hoje quero fazer dois breves comunicados, celebrando medidas que trarão mais uma vez benefícios para milhões de brasileiros e brasileiras”, disse o presidente no Salão Leste do Palácio do Planalto, ao lado do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e dos presidentes do Banco do Brasil, Paulo Cafferelli e da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. O presidente disse que seu governo está ajudando a movimentar economia e que trabalha com o propósito de construir um País

mais moderno “com igualdade de oportunidades”. “Temos trabalhado incansavelmente pela redução da inflação e queda dos juros”, disse. Temer afirmou que a liberação de recursos do PIS/Pasep tem o mesmo princípio da liberação de dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é permitir ao cidadão “acesso a um dinheiro que lhe pertence”. Segundo ele, com mais dinheiro as pessoas poderão investir em reformas, compras, ou “como bem entender”. “É um reforço no seu orçamento”, declarou. Saques - Segundo o presidente, muita gente nem sabe ou esquece que tem o dinheiro do PIS/Pasep e que os saques serão feitos com “método e organização” e que os beneficiários precisam se informar para não perder a oportunidade de ter acesso ao recurso. “É mais um estímulo para retomada do crescimento e do emprego”, afirmou. Sem citar em nenhum momento a crise política, Temer disse que o Brasil “continuará nos trilhos do desenvolvimento”. Ele lembrou a liberação das contas inativas do FGTS

e disse que, com esse dinheiro e com o do PIS/Pasep, serão R$ 60 bilhões injetados na economia neste ano. “No caso do FGTS, foram meses e meses de filas de gente muito otimista na Caixa”, disse Temer, que mesmo com índices baixos de popularidade, chegou a ir a uma agência para tirar fotos com beneficiários e tem na medida uma de suas bandeiras consideradas positivas. Temer anunciou ainda a redução do teto dos juros para o crédito consignado e disse que segue “o firme compromisso de uma agenda de reformas”. “Esperamos que os recursos que liberamos possam ajudar a tornar realidade projetos de beneficiados”, afirmou. Como tem feito em todas as oportunidades, Temer destacou ainda que o Brasil registra criação de empregos há cinco meses consecutivos. O anúncio de ontem é mais uma tentativa do governo de lançar agendas positivas em meio à tramitação da segunda denúncia contra o presidente na Câmara dos Deputados. Ele foi feito após reunião entre Temer e os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Casa Civil, Eliseu

Padilha, além do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Este foi o segundo evento promovido pelo governo relacionado à liberação de recursos do PIS/Pasep, medida semelhante ao saque de contas inativas do FGTS e que visa injetar recursos na economia. Em agosto, ao assinar a medida provisória sobre o tema, o presidente já havia feito o anúncio da liberação dos recursos em cerimônia no Palácio do Planalto. A medida libera os saques de contas do PIS/Pasep para homens com idade a partir de 65 anos e mulheres a partir de 62 anos. Antes, os recursos somente podiam ser sacados quando o cotista completasse 70 anos. Os recursos têm como fonte depósitos feitos em nome dos trabalhadores pelos empregadores, em programa que durou até 1988 Serão liberados R$ 15,9 bilhões. Aproximadamente 9 milhões de pessoas devem ser beneficiadas. Correntistas do Banco do Brasil e da Caixa terão os recursos creditados automaticamente. A transferência do dinheiro para outras instituições financeiras não terá custos. (AE)

LICENCIAMENTO

Proam aponta riscos em nova lei ambiental São Paulo - O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) encaminhou na última quarta-feira ofícios aos ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho; das Relações Externas, Aloysio Nunes Ferreira; e da Fazenda, Henrique Meirelles, apontando os riscos de aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 3.729/2004 que traz uma série de mudanças na Lei de Licenciamento Ambiental. Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente fecharam um acordo com a bancada ruralista, representantes do agronegócio, mineração e indústria para a criação de uma lei geral do licenciamento ambiental, contida no PL, que deverá ser votada, em regime de urgência, pela Câmara dos Deputados. Nos documentos, o Proam alerta que o projeto traz elementos prejudiciais à segurança jurídica dos novos empreendimentos. “Há também riscos de perdas de divisas, com a diminuição do aporte de recursos internacionais por empresas e instituições financeiras atentas aos mecanismos legais brasileiros que possibilitam a prática responsável de compliance”, afirma Carlos Bo-

tributário com a União. A informação é do líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do relator da matéria, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG). Pela MP original que criou o programa e que está em vigor atualmente, esse prazo se encerraria hoje. Na última quarta-feira, deputados aprovaram no plenário da Câmara o texto-base da MP original ampliando a adesão para até 31 de outubro. O prazo, porém, só passaria a valer após a proposta ser aprovada em caráter definitivo pela Câmara e pelo Senado e sancionada pelo presidente Michel Temer. Até lá, a adesão ficaria suspensa a partir de hoje e seria retomada após a sanção presidencial das novas regras. As mudanças no texto da MP precisam ser sancionadas até 11 de outubro, quando a proposta perde a validade. (Reuters/AE)

cuhy, presidente da organização não-governamental e conselheiro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Para o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) Piracicaba, Ivan Carneiro Castanheiro, as propostas legislativas sobre alterações nas regras do licenciamento ambiental “colocam em risco a desejada harmonia entre meio ambiente e desenvolvimento econômico”. Se aprovadas, diz, criarão mais incertezas e inseguranças do que definições precisas sobre as regras. “A flexibilização das regras aumentará o grau de judicialização e afugentará o capital estrangeiro para financiar as grandes obras. Também colocarão em risco as instituições financeiras nacionais, ao investirem em empreendimentos ambientalmente in sustentáveis”, diz Carneiro. O promotor de Justiça argumenta que, se o objetivo for a agilidade do licenciamento, “melhor seria que se equipassem adequadamente os órgãos ambientais, com tecnologia de ponto e reposição dos técnicos aposentados”.

Para Bocuhy, “a última versão do substitutivo mantém grande parte de seus graves problemas de essência, que já eram encontrados nas suas versões anteriores”. Entre os pontos levantados pelo Proam, estão a redução dos prazos de emissões de licenças, falta de transparência e controle social sobre os empreendimentos e de participação nas decisões de entidades diretamente afetadas, facilidades injustificáveis ao empreendedor, em prejuízo das regiões e comunidades, entre outras questões. Retrocesso - Segundo a diretora institucional da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), Sandra Kishi, na versão do Projeto de Lei 3.729/04, do deputado federal Mauro Pereira (PMDB-RS) existem normas que mostram um recuo. “No plano jurídico internacional, a legislação ambiental retrocessiva macula a efetividade de compromissos multilaterais assumidos pelo Brasil, com graves riscos ao desenvolvimento econômico sustentável preconizado nos artigos 170 e 225 da Constituição Federal.”

Essa também é a opinião de Bocuhy, ao lembrar que há no projeto evidentes conflitos com a Constituição, o que levará ao aumento da judicialização dos empreendimentos que forem aprovados com base na nova lei. O Proam já encaminhou nesta semana à nova procuradora geral da República, Raquel Dodge, suas preocupações e pede o apoio dos ministros no alerta à Casa Civil e a Presidência da República em relação ao erro na aprovação do projeto de lei. Na semana passada, o procurador Nildo de Freitas Silva Filho, coordenador da 4ª Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural da Procuradoria de República (PR) de Brasília, encaminhou uma ofício ao Congresso Nacional, alertando, sobre o PL 3729/2004, que é grande motivo de preocupação “a escassez de tempo disponibilizado para o exame de mais um substitutivo tratando de tema tão complexo e controverso, associada à carência de uma abordagem técnica multidisciplinar, imprescindível para a perfeita compreensão das consequências da alteração legislativa” (AE)

Anatel adia análise de pedido para cassar concessão da operadora Oi Brasília - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou a análise que ocorreria ontem do pedido de abertura de processo de cassação da concessão da operadora Oi, que está em recuperação judicial. O tema foi retirado da pauta da reunião da manhã desta quinta da agência a pedido de seu relator, o conselheiro Leonardo Euler de Morais, segundo nota do conselheiro distribuída pela agência. “Nesse sentido, inobstante meu entendimento ter sido estruturado para viabilizar a pauta da matéria, alguns fatos...bem como o relato do representante da Anatel sobre a reunião do Conselho de Administração da Oi, realizada na última quarta-feira, ocasionaram alterações no cenário de análise”, diz a nota assinada pelo conselheiro, sem dizer quando o assunto será retomado. Na nota, Morais afirma que a viabilidade da empresa depende de “significativo aporte de capital” e admite que, além da caducidade da concessão e da extinção das licenças, a Anatel também avalia a decretação de intervenção na operadora.”Essas medidas possuem previsão legal e estão sob a alçada desta agência.” Ao justificar a decisão de adiar a análise do caso, o conselheiro menciona “nuances que suscitam, inclusive, indícios de eventual conflito de interesses prejudicial à necessária construção de plano de recuperação judicial que efetivamente contemple os interesses associados à viabilidade operacional no longo prazo das empresas do grupo Oi.” Na última quarta-feira, ao pedir o adiamento de sua assembleia de credores do dia 9 para 23 de outubro, a Oi disse que entre os pontos que estão indefinidos, “e há grande esforço para buscar uma conciliação”, é a dívida bilionária da empresa junto à Anatel, referente principalmente a multas aplicadas pelo órgão regulador. O conselheiro da Anatel afirma que o adiamento da votação ontem “em nada prejudica a compreensão de que as empresas do grupo Oi respondem legalmente a duas autoridades, quais sejam: ao juízo de falência, por força da recuperação judicial em curso, e à Anatel, em razão de suas competências como regulador setorial”. (Reuters)


BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2017

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Circuito Mineiro de Compras Sociais Os pequenos negócios com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões têm a oportunidade de participar da Super Minas 2017, uma das maiores feiras supermercadistas da América Latina, organizada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). O Circuito Mineiro de Compras Sociais (CMCS) realiza hoje uma seleção de empresas que poderão expor seus produtos, receber dicas de experts em técnicas de vendas e manter contato com as principais redes de supermercado de Minas Gerais. As inscrições devem ser feitas hoje no site www.desenvolvimento.mg.gov.br e a seleção será realizada apenas hoje, de 8h30 às 17h, na avenida do Contorno, 6.594 (Edifício Amadeus).

Incêndio da Casa da Árvore A Prefeitura de Belo Horizonte criará um espaço cultural no mesmo ponto onde funcionava a Casa da Árvore, construída por moradores de rua na avenida Barão Homem de Melo, na região Oeste da Capital. A casa foi destruída por um incêndio no último domingo e há suspeita de crime. O caso está sob investigação No local funcionava uma espécie de biblioteca comunitária, com livros que eram emprestados e doados. Segundo o secretário municipal de Obras, Josué Valadão, no local não será construída uma nova Casa na Árvore, mas será instalado um espaço público com uso cultural.

VIVER EM VOZ ALTA

Centenários carregam o segredo da longevidade FERNANDO FRAZÃO/ABr

ROGÉRIO FARIA TAVARES*

Por muito tempo, atingir os cem anos era marca alcançada por poucos brasileiros. Lembro-me de quando o saudoso “Jornal do Brasil” completou dez décadas e resolveu editar um caderno especial, contendo entrevistas com cem brasileiros centenários. Não foi tão fácil encontrá-los. Em Minas, ajudei a repórter Alessandra Melo a localizar alguns. Tia de minha mãe, Maria José Cotta de Vasconcellos, de Ponte Nova, na Zona da Mata, foi uma das entrevistadas. O jornalista Lindolpho Espeschit, um dos pioneiros do rádio no Estado, foi outro. Hoje, com o avanço da medicina e das tecnologias, o quadro mudou um pouco, e a esperança de vida aumentou. Heloísa Ribeiro Tunes, avó de Sabrina, viveu até os cento e dois anos. Agnes Farkasvolgyi me informa que sua avó, dona Judith dos Mares Guia, está firme e forte, na plenitude de seus cento e sete. A professora Elza de Moura, que já foi tema dessa coluna, conta cento e dois, dando palestras, lendo Eça de Queiroz e tomando sua cervejinha à noite, antes de dormir. Com saudade, recordo-me de mais um personagem que venceu o século,

te todos eles já tiveram um dia que responder não surpreende: qual é o segredo da longevidade? Existe receita? Algumas reportagens mostram que os centenários dos países mediterrâneos se beneficiam da dieta saudável, típica da região em que nasceram, à base de azeite de oliva e dos chamados peixes brancos. Outras se referem a bons hábitos, como caminhadas e o contato com a natureza e o ar puro. As mais completas incluem um fator que considero essencial: participação na vida da comunidade, relação frequente e próxima com uma boa rede de amigos, o que produz uma sensação de pertencimento e amparo. Mais que tudo, o que importa, no fundo, é se a experiência de viver faz sentido. Isso, de fato, leva a gente longe. Conheço certos jovens que não veem qualquer graça na vida. Ela se torna um fardo pesado demais para carregar. A depressão corre solta e a onda de suicídios assombra. Como cuidar disso? Não é fácil. Uma boa tentativa talvez seja a de valorizar mais a beleza do que é simples, fácil e não custa um centavo. A vida, por definição, é abundância.

falecendo aos cento e três, no Rio de Janeiro, e deixando importante legado para a cultura brasileira: o jornalista Barbosa Lima Sobrinho, que tive a alegria de entrevistar, na sua casa em Botafogo, quando ainda estudava Jornalismo. * Jornalista. Da Academia Mineira A pergunta a que provavelmen- de Letras

World Coop Manegement O Sistema Ocemg é patrocinador de um dos principais eventos do cooperativismo no Brasil, o World Coop Manegement, que acontece pela terceira vez consecutiva em Belo Horizonte. Nos dias 2 e 3 de outubro, no Espaço Unimed-BH, o evento reunirá palestrantes internacionais, como a diretora-geral da Coop FR, organização de representação do movimento cooperativo na França, Caroline Naett, e o diretor e executivo-chefe do Co-operative College, instituição de ensino dedicada à promoção de valores, ideias e princípios cooperativos, Simon Parkinson. O World Coop Manegment terá como tema “Competitividade, Inovação e Tecnologia”. Os interessados ainda podem se inscrever pelo site: http://www.wcm.coop

Parceria viabiliza investimento-anjo O programa Batch, iniciado em março pela Techmall, em parceria com o escritório Andrade Silva Advogados, vai beneficiar 20 startups mineiras. A iniciativa, que nesta etapa está em busca de investidores-anjo, acelera empresas que atuam em setores estratégicos da economia, como: saúde, varejo, agronegócio e logística, tendo a tecnologia como diferencial competitivo. O programa foi elaborado conforme a Lei Complementar 155/16, que permite a entrada de investimento-anjo nas startups, sem os riscos inerentes à gestão delas, tais como trabalhista e tributário. Os investidores-anjo participantes da iniciativa poderão investir de R$ 50 mil a R$ 300 mil nas startups em aceleração.

Segunda edição do Escape Criado em 2016 e voltada para pessoas que pretendem encontrar harmonia entre vida profissional e vida pessoal, a segunda edição do Escape será realizada amanhã na. Amadoria (rua Mucuri, 325, Floresta), das 9h às 18h. Os temas serão “Estilo de Vida & Superação”, com Arthur Azevedo; “Multipotencialidade & Facilitação de Descobertas e Mudanças”, com Juliana Garcia; “Dinheiro com Propósito”, com Luciana Santos. e “Meditação para Inquietos”, com Tania Mujica. “A ideia é proporcionar conteúdos e ferramentas para ter uma vida mais harmoniosa, feliz e com qualidade, independente se estamos no ambiente de trabalho corporativo ou empreendedor, explica Andrea Aguiar Azevedo, um das idealizadoras do Escape.

CULTURA DIVULGAÇÃO

Cinema Festival de curtas - A noite de hoje será dedicada ao cinema e à música com a abertura oficial da 19ª edição do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte. Às 20h30, serão exibidos os curtas “Elle et la Poule”, de Kika Nicolela; “ExPerimetral”, de Daniel Oliveira Santos; “Now”, de Santiago Alvarez; e “Contestação”, de João Silvério. Às 22h30, a Orquestra Atípica de Lhamas (foto) apresenta uma fusão de sonoridades e referências, do charango aos teclados, das alfaias à guitarra com o acento portunhol. Quando: 29 de setembro e 8 de outubro Quanto: entrada gratuita com retirada de ingressos 30 minutos antes de cada sessão Onde: Cine Humberto Mauro e Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) Russo - Organizado pelo Centro de Cultura Popular (CPC), a mostra “100 Anos da Revolução de Outubro” reúne 22 filmes que abordam diferentes períodos históricos da Rússia, da pré-revolução até a atualidade, como “O Cartão do Partido”, dirigido por| Ivan Pyryev, de| 1936, e “Cavaleiros de Ferro - Aleksandr Nevsky”, dirigido por Serguei Eisenstein, de 1938. Quando: até 8 de outubro Quanto: entrada gratuita

Onde: MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza)

Teatro Macunaíma O espetáculo “Macunaíma Gourmet”, do grupo “Pigmalião Escultura que Mexe”, é uma releitura de Macunaíma, livro de Mário de Andrade, clássico da literatura nacional. Quando: 29 e 30 de setembro (20h) Quanto: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) Onde: Teatro Francisco Nunes (avenida Afonso Pena, s/nº, Parque Municipal, Centro) Artes plásticas Cerâmica - “Solo – Álbum das glórias musicais brasileiras” é o nome da exposição de cerâmicas do artista plástico itabirano Genin Guerra, na qual ele retrata grandes compositores brasileiros de todos os tempos. O nome Solo, explica Genin, além de terra, chão, significa tocado ou cantado por um só artista. Será exibido documentário sobre o trabalho de Genin Guerra, dirigido pelo fotógrafo e videomaker Marcelo Rosa. Quando: até 1º de outubro, das 10h às 21h Quanto: entrada franca Onde: MIS Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza) “Infinito Instante” Exposição de Jorge dos Anjos e Ricardo Aleixo cruza três conceitos presentes nos projetos individuais dos artistas: o desejo, a liberdade e a construção. A mostra multissensorial une esculturas, objetos tridimensionais, gravuras, poesia virtual, videoarte, design sonoro, performance

intermídia, arte vestual, fotografia digital e outros formatos. Quando: Até 16 de outubro (10h às 18h, nas quintasfeiras até 21h) Quanto: entrada gratuita Onde: Galeria de Arte BDMG Cultural (rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes) Retrospectiva - “Poteiro, o colorista do Brasil” é a maior e mais representativa exposição sobre o artista já realizada. Com 90 obras – 83 pinturas e sete cerâmicas – a exposição apresenta a diversidade temática de Antônio Poteiro através de quadros clássicos como “O Cavaleiro”, “Brasil” e “Revoada em Verde” e esculturas como “Madona e o menino” e “Os Músicos”. Quando: até 14 de outubro (segundas às sextas-feiras, das 9h às 19h. e sábado, das 9h às 14h) Quanto: entrada gratuita Onde: Errol Flynn Galeria de Arte (rua Alagoas, 977, Funcionários) Música Clássica - O maestro britânico Neil Thomson, regente da Orquestra Filarmônica de Goiás, apresenta-se pela primeira vez com a Filarmônica de Minas Gerais. No programa, o nacionalismo romântico russo das oito canções populares russas, de Liadov, e a Sinfonia nº 1 em si bemol maior, de William Walton. O trompetista Marlon Humphreys executará o Concerto para trompete, de Tomasi. Quando: 29 de setembro (20h30) Quanto: R$ 40,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 50,00 (Mezanino), R$ 62,00 (Balcão Lateral), R$ 85,00 (Plateia Central) e R$ 105,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação. Onde: Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto) Trilhas sonoras - O Festival Musimagem, dedicado exclusivamente à música para a imagem, chega a sua terceira edição. Neste ano, o festival conta com a presença do compositor americano Laurence Rosenthal, responsável por trilhas de filmes cult como “Becket”, blockbusters como “Meteoro” e “Fúria de Titãs”, entre outras. Quando: 29 de setembro a 1º de outubro Quanto: entrada gratuita com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes de cada atração Onde: CCBB Belo Horizonte (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) Refavela - Gilberto Gil , Céu, Moreno Veloso e Maíra Freitas fazem apresentação que revisita Refavela, histórico álbum lançado por Gil em 1977. Quando: 29 de setembro (21h) Quanto: R$ 160,00 a R$ 240,00 Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes .(avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) DIVULGAÇÃO

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