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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.477 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

Ufla investe R$ 37 milhões no Parque Científico e Tecnológico Ao lado da universidade, Lavrastec quer ser o motor do desenvolvimento na região Pensado para abrigar desde centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas âncoras - nacionais e multinacionais -, a startups e incubadoras, o Lavrastec já tem atraído os olhares de grandes investidores. Segundo o reitor da Ufla, professor José Roberto Soares Scolforo, há pelo menos 12 empresas de grande porte, brasileiras e do exterior, em negociações avançadas para integrar o parque tecnológico. Uma delas, da Austrália, já teria tido inclusive aprovação do conselho diretor para fazer parte do projeto. Por questões de acordo de confidencialidade, o reitor não revelou nomes. Um dos pontos fortes do Lavrastec diz respeito à logística. Localizado dentro da Ufla, o empreendimento está praticamente ao lado do Aeroporto de Lavras. A área construída é de 12 mil metros quadrados. Pág. 3

DIVULGAÇÃO

O equipamento é composto por dois blocos para hospedar empresas e centros de pesquisa, laboratórios e área de convivência com restaurante

MRV acumula mais um recorde de vendas No terceiro trimestre, a empresa contabilizou R$ 1,547 bilhão em vendas contratadas, o que equivale a um crescimento de 12,3% em relação a igual período de 2016, quando foram computados R$ 1,377 bilhão. Dessa maneira, a empresa chega ao 21° trimestre de geração de caixa recorrente, atingindo R$ 117 milhões no terceiro trimestre, e R$ 291 milhões nos nove meses de 2017. Os lançamentos da empresa no terceiro trimestre deste exercício somaram R$ 1,413 bilhão em valor geral de vendas (VGV). O valor é 72,2% superior ao registrado na mesma época do ano passado, de R$ 821 milhões. Pág. 5

MRV/DIVULGAÇÃO

O maior volume de lançamentos realizados pela MRV ocorreu no Estado de São Paulo

Lei Kandir: acerto de Aumento dos custos impacta caixa de restaurantes da Capital contas daria R$ 4 bi a BH ALISSON J. SILVA

Verdinho trabalha com margem reduzida Dólar - dia 16

Euro - dia 16

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,1720 Venda: R$ 3,1725

3,7277

Os donos de restaurantes de comida a quilo (self service) na capital mineira enfrentam dificuldades na gestão do negócio, que, em função da atual conjuntura econômica, têm registrado queda no faturamento e na margem de lucro. Os principais gargalos enfrentados são o alto custo operacional, o que inclui gastos com segurança alimentar, mão de obra e o preço de insumos - cujos aumentos sucessivos não têm sido repassados aos clientes. Pág. 11

Belo Horizonte tem cerca de R$ 4 bilhões para receber no acerto de contas do governo do Estado com a União pelas perdas com a Lei Kandir. O recurso é o que

Censo mostrará realidade do campo brasileiro Iniciada no dia 2 de outubro, a coleta de dados para o 10º Censo Agropecuário, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Mi-

Poupança (dia 17): ............ 0,4690%

Turismo

Ouro - dia 16

IPCA-IBGE (Setembro): ..... 0,16%

Compra: R$ 3,1600 Venda: R$ 3,3100

Nova York (onça-troy): US$ 1.303,00

IPCA-Ipead (Setembro): ..... 0,27%

R$ 132,80

IGP-M (Setembro): ................... 0,47%

Ptax (BC) Compra: R$ 3,1601 Venda: R$ 3,1607

BM&F (g):

nas Gerais, já somou 40 mil questionários respondidos de um total de 600 mil estabelecimentos a serem visitados até fevereiro de 2018. Pág. 14

BOVESPA

TR (dia 17): ............................. 0,0000% Venda: R$ 3,7296

deixou de ser arrecadado com as isenções do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) concedidas pelo governo federal desde 1996. Pág. 7

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EDITORIAL A equipe econômica, com aval do presidente, trabalha com a perspectiva de um déficit fiscal que repetirá os R$ 159 bilhões do corrente exercício, o que ainda assim demanda ajustes severos. Dito de outra forma, a possibilidade de elevação da carga tributária, apesar dos temores e advertências dos setores produtivos e de técnicos lembrarem que a economia apenas começa a reagir à severa recessão e não teria como suportar novos encargos, continua em pauta. Na realidade uma quase certeza, faltando apenas determinar onde exatamente será a facada, numa lista onde já aparecem tributação maior sobre fundos de investimento, fim da desoneração da folha de pagamentos e aumento da contribuição previdenciária de servidores públicos federais, num pacote onde aparece também a elevação do PIS/Cofins. “Com as mãos nas feridas”, pág. 2

OPINIÃO Em uma palestra realizada na Escola Técnica de Formação Gerencial - ETFG, do Sebrae Minas, há alguns anos, uma pergunta sobre quantos alunos estiveram em Miami e quantos no Piauí, ou no Ceará, ou no Tocantins, Miami lamentavelmente ganhou disparado. O fato é que nossa futura elite empresarial, não só no Sebrae, mas também em outras instituições, dá mais atenção ao chamado mercado global do que ao mercado local ou mercado regional. Isso não vale só para os estudantes, seja de que área de estudo for, mas também para os empresários já estabelecidos. As entidades empresariais oferecem mais oportunidades para viajar para exterior, em especial participar de feiras, do que promovem mercados regionais e nacional. (Stefan Salej), pág. 2


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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OPINIÃO Do mercado brasileiro STEFAN SALEJ * Há alguns anos, em uma palestra na Escola Técnica de Formação Gerencial - ETFG, do Sebrae Minas, a uma pergunta sobre quantos alunos estiveram em Miami e quantos no Piauí, ou no Ceará, ou no Tocantins, Miami lamentavelmente ganhou disparado. O fato é que nossa futura elite empresarial, não só no Sebrae, mas também em outras instituições, dá mais atenção ao chamado mercado global do que ao mercado local ou mercado regional. Isso não vale só para os estudantes, seja de que área de estudo for, mas também para os empresários já estabelecidos. As entidades empresariais oferecem mais oportunidades para viajar para exterior, em especial participar de feiras, do que promovem mercados regionais e nacional. A empresa estrangeira que vem para o Brasil, com exceções nas áreas tipicamente de produtos cujo mercado é exterior, como mineração, vem investir porque este País tem um mercado

de 210 milhões de pessoas, que ainda tem um potencial muito grande de desenvolver. Não há fronteiras, apesar das enormes dificuldades logísticas, nesse mercado. Uma das razões de o empresário não enxergar esse potencial é o preconceito regional. Os mineiros acham que os paulistas são arrogantes e complicados. Que os nordestinos, bem você sabe os nordestinos são nordestinos. Começando pelos baianos que são baianos. E assim por diante, ficam cheios de opiniões ao invés de estudarem melhor os mercados e se dedicarem a um projeto a longo prazo de conquista. Aliás, as coisas são mais fáceis se olharmos que um mercado como o de Minas Gerais, é, do ponto de vista mercadológico, um mercado bem interessante. Mas, se olharmos de perto, descobrimos que o empresário de Montes Claros, a não ser que se instalou com polpudos incentivos, não vende nem em Brasília e muito menos

em Juiz de Fora. O mesmo vale para os empresários de todas as regiões mineiras que, fechados nos seus mercados locais, choram as mágoas, mas não se levantam para ir vender no imenso e dinâmico mercado brasileiro. Sem falar em Mercosul, Argentina, Paraguai e Uruguai. A solução está na mudança de paradigma das entidades empresariais, que devem promover mais mercados regionais e o nacional, mas sem perder de vista o mercado global. Promover a indústria de Minas e seus produtos e serviços no País inteiro deveria ser a resposta à crise. E aí, o uso de modernos instrumentos de analítica e big data devem fazer parte desse esforço. Com certeza isso pode melhorar e muito o faturamento da indústria mineira. * Empresário, ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

Desfile de horrores CESAR VANUCCI * “... a Terra não é o inferno dos demais planetas?” (Aldoux Huxley) É de Aldous Huxley a fulminante indagação: “Como sabes que a terra não é o inferno dos demais planetas?” A frase guarda certa conotação com ditos de outros autores célebres. Sartre: “O inferno são os outros.” Guimarães Rosa: “O inferno está dentro de nós.” Marquês de Sade: “Não há outro inferno para o homem afora da estupidez ou da maldade de seus semelhantes.” Avaliando com aprofundada atenção, alma em desassossego e olhar repleto de angústia, o que vem rolando por aí afora, lá longe e cá perto, no atacado e no varejo, a gente acaba, em não poucos momentos – como não? –, se rendendo à tentação de compartir com o grande pensador citado no introito a inquietadora dúvida por ele verbalizada. O desfile de horrores é incessante. Produzido por distúrbios comportamentais variados – ódio, insanidade, intolerância, preconceito, injustiça -, as situações calamitosas acumulam rotineiras manchetes. Ainda agora, quando datilografávamos estas linhas, fanáticos religiosos-políticos arremessavam seus carros-bomba contra vítimas inocentes na Somália, provocando um inimaginável morticínio. Outro mais. Deixando de lado, nestas específicas considerações, incidentes aterrorizantes registrados noutras plagas, concentrando-nos apenasmente em episódios deprimentes mais próximos de nós, começamos por perguntar, apoderados de perplexidade: essa horrenda tragédia de Janaúba, como explicá-la? A ferocidade criminosa que a concebeu, a crueldade inaudita que tantas vidas inocentes ceifou – em sua maioria, criancinhas, Santo Deus! -, as marcas doloridas indeléveis deixadas na história das famílias e da comunidade brutalmente alvejadas, como entender tudo isso? Este surto infernal de estupidez e maldade, esta desagradável sensação de banalização da violência, será que vamos conseguir refreá-los? Na pergunta formulada só se encaixa uma resposta. O mundo carece reconectar-se urgentemente com sua humanidade. Trata-se de uma tarefa árdua, extenuante. Quem pode assumi-la, de verdade, são homens e mulheres de boa vontade, parcela majoritária da sociedade, compromissados com valores éticos, morais, espirituais capazes de garantir dignidade à jornada existencial. Isso pede reflexão e ação. Deixemos Janaúba. A cidade, mergulhada em sua infinita dor, bus-

ca na solidariedade popular e na anunciada disposição dos poderes públicos em provê-la de recursos que possam melhorar as condições de seus equipamentos sociais alento para a retomada das atividades normais. A vocação progressista da comunidade, o espírito de cidadania de seus moradores representam suportes poderosos na caminhada a empreender. Volvamos, agora, o olhar amargurado para outro recanto brasileiro. Local permanentemente acossado por virulência fora de controle. Como não nos sentirmos traumatizados emocionalmente - os habitantes de todos os cantos deste país continente - com o que vem ocorrendo no cenário emoldurado pela mais exuberante beleza tropical dentre todos os grandes centros urbanos do planeta? O que a inoperância governamental, a incompetência de próceres políticos, a serviço de uma oligarquia debochadamente corrupta, andam aprontando com a mui’ heroica e leal São Sebastião do Rio de Janeiro é algo arrasador. Faixas territoriais extensas da metrópole de mil encantos naturais que, até recentemente, no sonho dos brasileiros, era vista como destino predileto para curtição de aposentadoria tranquila, transformaram-se em zonas de conflito armado. Nelas atuam desembaraçadamente falanges criminosas, traficantes de drogas, milicianos achacadores. O aparato de segurança do Estado revela-se ineficaz no combate a essas forças antissociais. Isso se explica, em parte, deploravelmente, pelo enredamento da chamada “banda podre da polícia” com o crime articulado. O descalabro implantado traz consequências funestas. A fuzilaria virou rotina nos morros cariocas mal assistidos, com extensão à famosa “baixada fluminense”. Haja rabecão para transportar vítimas ao necrotério! Haja bala perdida a surpreender transeuntes e outros viventes indefesos no interior dos lares e das escolas! No rol das cotidianas desventuras geradas pela estupidez e insanidade cabem ser arrolados também mais esses outros dramas pessoais chocantes. No Piauí, levado pelos próprios pais, garoto de onze anos faz companhia na cela de uma penitenciária, a detento trancafiado por crime de estupro e pedofilia. Tudo sob os olhares coniventes dos encarregados da vigilância do lugar. No interior de São Paulo, uma mãe é acusada de encomendar o assassinato do próprio filho, um adolescente, por “horripilante delito”. Ele confessou-se... homossexual. Valha-nos Deus, Nossa Senhora! * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Vitória da Constituição BADY CURI NETO * O Supremo Tribunal Federal decidiu no dia 11 de outubro, em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), que o Poder Judiciário não pode afastar de suas funções, parlamentares sem submeter a decisão no prazo de 24 horas a sua casa congressual, conforme artigo 53, § 2 da Constituição Federal de 1988, que assim preceitua: Art. 53, § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. A ação fora proposta por três partidos políticos, que asseveravam a necessidade de se conferir a interpretação conforme a Constituição e aos artigos 312 e 319 do Código de Processo Penal, que tratam, respectivamente, da prisão preventiva e de medidas cautelares diversas da prisão, a exemplo de obrigar um indivíduo ao recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, quando o investigado ou acusado tem residência e trabalhos fixos (inciso V, art. 319 do CPP). Por evidente, a matéria teve como pano de fundo as medidas

cautelares impostas ao senador Aécio Neves, pela 1ª Turma do STF, baseadas no artigo 319 do CPP, que o afastaram de suas funções parlamentares. Aqueles que defendem o entendimento da minoria, o fazem ao argumento de que as medidas cautelares do artigo 319 do CPP são diversas da prisão, conforme preceituado em seu caput. A meu sentir, assim como a maioria dos votos, parece ser mais um jogo de semântica, em se tratando de parlamentares, dotados de imunidade formal, certo de que a Constituição veda expressamente a prisão de parlamentar, excepcionando flagrante de crime inafiançável. Ao submeter o processo à casa legislativa respectiva, o descumprimento a qualquer medida cautelar levaria como consequência a prisão preventiva, que é vedada constitucionalmente. A imunidade parlamentar tem como objetivo a garantia e o respeito ao Congresso Nacional, pode-se dizer à democracia, para que seus membros (eleitos pelo povo) possam exercer suas funções sem violações ou abusos por parte do poderes Executivo e Judiciário, daí a imunidade esculpida no artigo 53 §2 da CF. Ora, se há vedação expressa na CF/88 de

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prisão provisória ou preventiva de deputados e senadores, com o intuito de garantir o livre exercício da atividade parlamentar, não faz sentido que uma norma infraconstitucional infrinja a imunidade constitucional por vias transversas (se o mais é vedado, o menos também o é). As normas infraconstitucionais devem ser interpretadas à luz da lei maior, e nunca ao contrário, é curial. Por outro lado, a exceção se dá na hipótese de que o processo de um parlamentar, ao ser preso por crime inafiançável (não pode o sê-lo por qualquer tipo penal), deve ser submetido a sua casa congressual, no prazo de 24 horas, para o controle político. Este que poderá, inclusive, tornar insubsistente o flagrante, caso assim entendam, devendo evitar afastar o legislador de suas funções, antes do trânsito julgado do processo. Assim, medidas cautelares que afastem o parlamentar de suas funções, direta ou indiretamente, devem obedecer ao mesmo procedimento. Venceu a Constituição.

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Com as mãos nas feridas Paralisado pelas discussões e manobras em torno da votação, no Congresso, da segunda denúncia contra o presidente da República, foco exclusivo de suas preocupações nas últimas semanas, o Planalto parece aliviado e, como seus ocupantes costumam dizer, pronto para retomar o que considera uma agenda positiva. E começando pelo exame de medidas de adequação da proposta orçamentária à meta fiscal para 2018, com esforços para reduzir despesas e aumentar receitas, assuntos que poderão ser encaminhados antes mesmo da conclusão da apreciação da denúncia do Ministério Público. A equipe econômica, com aval do presidente, trabalha com a perspectiva de um déficit fiscal que repetirá os R$ 159 bilhões do corrente exercício, o que ainda assim demanda ajustes severos. Dito de outra forma, a possibilidade de elevação da carga tributária, apesar dos temores e advertências dos setores produtivos e de técnicos lembrarem que a economia apenas começa a reagir à severa recessão Para atacar, e e não teria como com largo atraso, suportar novos todos os absurdos encargos, continua penduricalhos que em pauta. Na com o passar do tempo realidade uma foram sendo agregados quase certeza, faltando apenas aos proventos de determinar onde funcionários públicos, exatamente será a especialmente os mais facada, numa lista graduados, fazendo do onde já aparecem tributação maior teto estabelecido sobre fundos de não mais que uma investimento, fim peça de ficção da desoneração da folha de pagamentos e aumento da contribuição previdenciária de servidores públicos federais, num pacote onde aparece também a elevação do PIS/Cofins. Na conta das despesas, as atenções estão concentradas na redução de gastos com o funcionalismo, com o veto a contratações, adiamento de reajustes, inclusive a ocupantes de cargos comissionados, limitações a pagamentos de ajuda de custo e auxíliomoradia, reestruturação do plano de carreira, com corte no salário inicial e implantação de teto para remuneração nos três poderes, tendo como limite os R$ 33,7 mil pagos mensalmente aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Chama atenção este último item, na realidade um dispositivo que já existe embora não seja respeitado. Quem falar a sério na necessidade de “cortar na carne” necessariamente terá que chegar a este ponto. Para atacar, e com largo atraso, todos os absurdos penduricalhos que com o passar do tempo foram sendo agregados aos proventos de funcionários públicos, especialmente os mais graduados, fazendo do teto estabelecido não mais que uma peça de ficção. Resta saber se finalmente haverá força e disposição para encarar o problema tal como ele se apresenta, vencendo a resistência de todos quantos se beneficiam com essa vergonhosa coleção de distorções. Porque independentemente das contas que precisam fechar, o que na realidade está em jogo é a moralidade pública ou o resgate de padrões mínimos de respeito ao interesse coletivo.

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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ECONOMIA AVIAÇÃO

PARQUE TECNOLÓGICO

Lavrastec atrai grandes empresas Entre nacionais e multinacionais, 12 investidores já manifestaram interesse DIVULGAÇÃO

GABRIELA PEDROSO

Com um investimento em torno de R$ 37 milhões, o Parque Científico e Tecnológico de Lavras (Lavrastec), no Sul de Minas, deve começar a operar em fevereiro do ano que vem. Em fase final de construção, o empreendimento, liderado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), funcionará como um condomínio de empresas, que vai aproximar investidores da academia. O seu principal objetivo, segundo os idealizadores, é bem definido: ser, ao lado da Ufla, o maior motor de desenvolvimento de toda a região. “Vamos contribuir de fato para aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) regional. Isso é cristalino para a gente pelas respostas que já tivemos. Queremos ainda, enquanto universidade, nos mostrar mais para a sociedade, que muitas vezes faz uso de conhecimentos, tecnologias, mas não sabe que eles foram desenvolvidos dentro das universidades”, destaca o reitor da Ufla, professor José Roberto Soares Scolforo. Pensado para abrigar desde centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas âncoras - nacionais e multinacionais -, a startups e incubadoras, o Lavrastec já tem atraído os olhares de grandes investidores. Segundo Scolforo, há pelo menos 12 empresas de grande porte, brasileiras e do exterior, em negociações avançadas para integrar o parque tecnológico. Uma delas, da Austrália, já teria tido inclusive aprovação do conselho diretor para fazer parte do projeto. Por questões de acordo de confidencialidade, o reitor não revelou nomes. No processo de captação de empresas renomadas, a Ufla espera contar também com o apoio da

Um dos pontos fortes do parque é a logística: está localizado na Ufla, nas proximidades do aeroporto de Lavras

Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Apesar de não formalizada, já existem conversas entre as instituições para estabelecer uma parceria. Um dos pontos fortes do Lavrastec diz respeito à logística. Localizado dentro da Ufla, o empreendimento está praticamente ao lado do Aeroporto de Lavras. Outro diferencial do parque é o tamanho do terreno onde está situado. Com uma área construída de 12 mil metros quadrados (m²), o local possui ainda outros 68 mil m² livres, que poderão ser utilizados no futuro, em uma eventual expansão. Atualmente, o equipamento é composto por dois blocos para hospedar empresas e centros de pesquisa, laboratórios e área de convivência com restaurante.

sadas em fazer parte do parque tecnológico terão que passar por uma seleção, via edital, a exceção daquelas convidadas pela Ufla. O principal requisito para tentar uma vaga no condomínio é estar inserida em uma das seis áreas de atuação estabelecidas pela universidade. São elas: agricultura, gestão e tecnologia ambiental, biotecnologia vegetal, biotecnologia animal, tecnologia da informação e engenharia de novos produtos. “A empresa vai poder usar os laboratórios da universidade e estabelecer uma relação mais próxima com a academia, porque vai estar dentro do ambiente da instituição. Além disso, fazendo parte de um parque que carrega a marca de uma universidade, as empresas acabam sendo melhor aceitas no Seleção - As empresas interes- mercado, porque para entrar ali

passam por um processo seletivo”, explica Scolforo. A expectativa é de que o edital seja lançado em fevereiro, após a conclusão das obras do Parque. Gestão - A gestão do Lavrastec ficará sob responsabilidade da Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc), da Ufla, e os trabalhos desenvolvidos dentro do parque serão acompanhados de perto por um conselho de notáveis. A intenção da universidade é que o projeto incentive a produção de tecnologia e inovação na região, além de fomentar o empreendedorismo local. Dos R$ 37 milhões estimados para a execução do empreendimento, R$ 33 milhões são de recursos federais e R$ 4 milhões provenientes da instituição de ensino.

BALANÇA COMERCIAL

Brasil apura superávit de US$ 586 milhões Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 586 milhões na segunda semana de outubro (9 a 15). O resultado foi alcançado com exportações que somaram US$ 3,287 bilhões e importações de US$ 2,701 bilhões. No mês, o superávit acumulado até o dia 15 é de US$ 2,487 bilhões, com exportações de US$ 8,344 bilhões e importações de US$ 5,858 bilhões. Em 2017, a balança comercial acumula saldo positivo de US$ 55,762 bilhões. A expectativa do governo é que o superávit ultrapasse os US$ 60 bilhões neste ano, previsão que deve ser revista para cima no próximo mês. Em outubro, as exportações subiram 35,2%, na comparação das médias diárias registradas neste mês e no mesmo período do ano passado. Cresceram as vendas de produtos básicos (+46,2%) semimanufaturados (+33,3%) e manufaturados (+22,9%). Já as importações subiram 14,4% em relação a outubro de 2016, com aumento nos gastos com aeronaves e peças (+72,6%), combustíveis e lubrificantes (+68,1%), borracha e obras (+26,0%), equipamentos eletroeletrônicos (+24,4%) e adubos e fertilizantes (+17,9%). (AE)

TÂNIA RÊGO / ABR

Na segunda semana de outubro as exportações subiram 35,2% ante médias diárias de 2016

TELECOMUNICAÇÕES

Telebras adia leilão de satélite geoestacionário Brasília - A Telebras adiou novamente a sessão de recebimento dos envelopes para o leilão do satélite geoestacionário, que estava marcado para hoje. O comunicado foi feito na sexta-feira, dia 13, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esta é a terceira vez que o leilão é adiado. A empresa justificou o novo adiamento devido a novas solicitações apresentadas por interessados. Com isso, a nova data para o recebimento dos envelopes ficou para o dia 31 deste mês. Serão leiloados dois lotes da chamada banda Ka, que totalizam 23 gigabites (Gbps), dos 56 Gbps de capacidade total do

satélite. Do restante, 11 Gbps são garantidos à Telebras e 12 Gbps poderão ser usados pela estatal, ou vendido em novo leilão, caso haja demanda. O período de cessão da capacidade de banda larga será de cinco anos, prorrogáveis por mais cinco. Além disso, a empresa que arrematar o maior lote ficará encarregada de prestar serviços para a Telebras. Lançado em maio deste ano, do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite, mais conhecido como Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação, foi projetado para aumentar a oferta de internet banda larga no Brasil,

especialmente em áreas remotas, e também para uso da comunicação estratégica das Forças Armadas. No fim de setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou a legalidade do leilão, após ser questionado por deputados da oposição sobre a licitude do certame. Os parlamentares questionavam o procedimento, alegando que o leilão privatizaria uma atividade da “natureza jurídica da Telebras”. De acordo com a oposição, a empresa deixaria de atuar diretamente em uma área de seu domínio econômico, o que comprometeria a responsabilidade de levar banda larga às escolas, postos de saúde,

hospitais e postos de fronteira, especialmente na região amazônica e em outras regiões de baixa densidade demográfica, prevista no Plano Nacional de Banda Larga. O relator do processo, ministro Bejamim Zymler, entendeu que o leilão não teria ilegalidade, nem comprometeria as atividades do Plano Nacional de Banda Larga. “A Telebras continuará exercendo suas atividades de provimento de infraestrutura e de prestação de serviços de telecomunicações, sem alienar o domínio de bens para terceiros, nem transferir para particulares atividades que deva realizar diretamente”, disse. (ABr)

Saab confirma fábrica de peças do novo caça da FAB no estado de SP São Paulo - A empresa sueca Saab anunciou ontem a indicação do diretor da fábrica de peças de fuselagem do novo caça da FAB (Força Aérea Brasileira) em São Bernardo do Campo (SP). A Saab não deu detalhes, contudo, sobre quando a fábrica será instalada ou o investimento previsto. “Nós temos esse detalhamento de valores, mas a empresa não irá divulgá-lo agora. Sobre os prazos, eles atenderão ao plano aprovado com a FAB sem problemas. Devemos ter a definição do local da fábrica em um ou dois meses”, disse o novo diretor, o engenheiro Marcelo Lima. Em 2013, quando prometeu pela primeira vez a instalação, falou em US$ 150 milhões em obras. Lima, oriundo do setor automobilístico e de linha branca, diz que a fábrica contará inicialmente com 55 empregados. O anúncio, na véspera de uma feira sobre financiamento da indústria de defesa em São Paulo, vai de encontro à pressão da Prefeitura de São Bernardo do Campo. O prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB), havia buscado esclarecimentos no Ministério da Defesa, na FAB e com a Saab sobre o cronograma da fábrica, anunciada inicialmente em 2013. Morando não saiu convencido, e em entrevista à reportagem, disse que se não houvesse uma manifestação formal da Saab, poderia questionar a viabilidade dos planos da empresa sueca no Ministério Público Federal. Ontem, a prefeitura informou que ainda aguarda dados sobre localização da fábrica e do investimento previsto para poder comentar. A preocupação do tucano era sobre o eventual uso político, pela oposição petista na cidade, de um fracasso na iniciativa. A fábrica de peças é um projeto que sempre foi defendido pelo seu antecessor, Luiz Marinho (PT), pré-candidato ao governo do Estado. Aliado próximo de Luiz Inácio Lula da Silva, ele sempre foi embaixador da ideia de trazer a fábrica para sua cidade, ainda que o avião vá ser montado no Brasil pela Embraer em Gavião Peixoto - a 370 km de São Bernardo. Questionado sobre a questão logística da distância, Lima afirmou que “é uma boa pergunta”, mas lembrou que São Bernardo tem extensa tradição de receber empresas suecas, além de ficar perto de portos e aeroportos principais. O Ministério Público Federal apura, em Brasília, se Lula recebeu indiretamente pelo lobby de um amigo seu, contratado pela Saab para trabalhar em favor do Gripen no governo Dilma Rousseff (PT). O caso não envolve Marinho ou a fábrica de peças. O projeto do Gripen, escolhido em 2013, mas que teve seu financiamento aprovado em 2015, prevê que 13 aviões de um lugar sejam produzidos na Suécia, oito iniciados na Europa e completados no Brasil e os demais, produzidos localmente até 2024. O custo do projeto é de 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 15,45 bilhões), e o financiamento só começa a ser pago em 2025. (FP) O primeiro voo do modelo de um lugar deverá ocorrer em 2019, e os aviões de série entram em operação a partir de 2021. A versão F, de dois lugares, será desenhada em conjunto com engenheiros brasileiros. (FP)


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ECONOMIA VAREJO

Comerciantes estão otimistas na Capital Índice de Confiança do Empresário da CDL-BH atingiu o maior nível deste ano no terceiro trimestre ALISSON J. SILVA

ANA AMÉLIA HAMDAN

Com o Natal se aproximando e alguns indicadores macroeconômicos mantendo sinais de melhora, os comerciantes de Belo Horizonte estão ficando mais otimistas. Puxado pela expectativa positiva para os próximos meses, o Índice de Confiança do Empresário (ICE) da Capital apresentou no terceiro trimestre o melhor resultado do ano, chegando a 51,2 pontos. Houve aumento de 7,7 pontos no comparativo com o segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2016 foi registrado avanço de 5,5 pontos. As informações são da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Vice-presidente da CDL-BH, Marco Antônio Gaspar explica que fatores como inflação estável, juros em queda e melhoria nos índices de emprego levam ao aumento da renda disponível para o consumo. E, segundo ele, a expectativa positiva para os próximos meses leva a crer que os empresários acreditam que essa melhora é sustentável. Ainda assim, ele pondera que é necessário manter cautela, já que a instabilidade política permanece, fazendo o consumidor evitar compras maiores. De acordo com a pesquisa, a expectativa geral para os próximos seis meses atingiu 66,5 pontos no terceiro trimestre de 2017, com alta de 12,4 pontos no comparativo com o segundo trimestre (54,1). Já em relação ao terceiro trimestre de 2016, o aumento foi de 3,4 pontos. A expectativa quanto à economia do País ficou em 59,3 pontos, sendo 15,2 pontos acima do resultado do

Índice Cielo sobe 2,4% em setembro São Paulo - O indicador de vendas no varejo da maior empresa de meios de pagamento do País, Cielo, teve alta de 2,4% em setembro em termos reais ante o mesmo período do ano passado, mantendo movimento de alta iniciado em agosto após dois anos de retração. Segundo o índice, chamado pela Cielo de ICVA, as vendas no varejo nacional no terceiro trimestre tiveram alta de 1,2% sobre o mesmo período do ano passado, também com base em números descontados da inflação. “O comportamento do terceiro trimestre corrobora a recuperação (do varejo), quebrando a série de oito trimestres negativos”, afirmou em comunicado o gerente da área de inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto. No mês passado, apenas os setores de serviços apresentaram desaceleração nas vendas. “Os demais blocos registraram aceleração e contribuíram para o resultado positivo do índice no mês”, afirmou a Cielo. Além disso, os setores que vendem bens duráveis e semiduráveis voltaram a apresentar crescimento sobre um ano antes, impulsionados principalmente por itens de vestuário. A área de supermercados e drogarias puxou para cima o segmento de não duráveis pelo terceiro mês seguido, informou a Cielo. (Reuters)

Inflação estável, juros em queda e melhora nos índices de emprego levam ao aumento da renda disponível para o consumo

segundo trimestre (44,1). No terceiro trimestre de 2016, o índice foi um pouco melhor, chegando a 61,6 pontos. Já a expectativa do desempenho da própria empresa trouxe o melhor índice – 73,6 pontos – do terceiro trimestre de 2017, indicador que ficou 9,2 pontos acima do registrado no segundo trimestre (64,2). Já em relação a igual período do ano passado o avanço foi de 8,9 pontos. Segundo Gaspar, depois

de ao menos dois anos de crise, os comerciantes já fizeram os ajustes necessários nos negócios e estão com as finanças melhores do que há três meses. Porte - Os empresários das pequenas empresas (de 10 a 49 empregados) são os mais otimistas, com o indicador de confiança atingindo 56,4 pontos no terceiro trimestre do ano, com crescimento de 12,6 no comparativo com o levantamento anterior.

Entre as microempresas (até nove empregados) o indicador ficou em 48,3, com crescimento de 7,3 pontos em relação ao segundo trimestre. Já entre as de médio (de 50 a 99 empregados) e grande porte (mais de cem empregados) o índice foi de 52 pontos, sendo 3,3 menor que no segundo trimestre de 2017. No terceiro trimestre de 2016, os indicadores das empresas, com relação ao porte, foram os seguintes:

micro, 36,2 pontos; pequenas, 36,1 pontos; médias e grandes, 36,4 pontos. O Indicador de Confiança do Empresário (ICE) do terceiro trimestre de 2017 foi realizado pela CDL-BH em setembro, com 145 empresários da Capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte. A escala do indicador – que é realizado trimestralmente – varia de 0 a 100, sendo que índices inferiores a 50 indicam percepção de piora.

Pão de Açúcar registra alta de 8,1% na receita São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar (GPA) reportou crescimento de 8,1% na receita líquida no terceiro trimestre de 2017 na comparação com igual período do ano anterior. A receita somou R$ 10,909 bilhões entre julho e setembro, resultado que considera todos os negócios de varejo alimentar do grupo, mas não inclui a Via Varejo, operação tratada pela companhia como uma atividade descontinuada. No acumulado dos primeiros nove meses do ano a receita líquida do GPA chega a R$ 32,125 bilhões, uma expansão de 8,7% na comparação com o mesmo período de 2016. No critério mesmas lojas, que considera apenas pontos de venda abertos há mais de um ano, as vendas do GPA subiram 3,3% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2016. O resultado inclui lojas da rede de hipermercados Extra que foram convertidas para a bandeira de “atacarejo” Assaí. Esse dado considera ainda um ajuste de calendário de 0,1 ponto percentual As vendas cresceram no Assaí, mas houve queda de vendas nas outras bandeiras, incluindo Extra e Pão de Açúcar. Já no negócio chamado de “multivarejo”, que inclui as redes de super e hipermercados Extra e Pão de Açúcar, além dos mercados de vizinhança, a companhia registrou queda de 2,1% nas vendas. O multivarejo teve receita líquida de R$ 6,225 bilhões no terceiro trimestre. No critério mesmas lojas, houve alta de 0,6% na comparação anual.

O GPA destacou que as vendas do multivarejo foram afetadas pelo fechamento de hipermercados os quais estão passando pelo processo de conversão em lojas do Assaí. Esse impacto negativo nas vendas foi de 3 pontos percentuais, afirmou a companhia. A rede varejista avalia ainda que o desempenho nominal da receita é afetado pela deflação. A inflação das categorias de alimentos no domicílio havia atingido 16,3% no terceiro trimestre de 2016. Este ano, a mesma categoria de produtos registrou uma deflação de 4,5% no terceiro trimestre. “O desempenho do formato Extra Supermercado continuou sendo impactado pela forte deflação de alimentos e pelo desafiador cenário econômico. No entanto, em termos reais houve melhor performance ante o segundo trimestre de 2017, além de uma evolução importante na tendência de volume ao longo do terceiro trimestre”, comentou a companhia. Atacarejo - O GPA vai encerrar o ano com ao menos 16 novas lojas do Assaí, fruto de uma reforma em pontos de venda que eram hipermercados do Extra e estão sendo convertidas para virar lojas da rede de “atacarejo”. A companhia afirmou que, até setembro, havia convertido sete lojas e que deve haver pelo menos mais nove conversões concluídas até o final do ano. O Assaí tem crescido mais do que outros negócios. A bandeira

de atacarejo teve alta de 7,7% nas vendas mesmas lojas no terceiro trimestre, enquanto as outras redes como Extra e Pão de Açúcar registraram aumento de 0,6% nesse indicador na comparação com igual período do ano anterior. O GPA afirmou que as lojas do Extra convertidas em Assaí apresentaram vendas três vezes superiores às registradas antes da mudança e que esse crescimento superou as expectativas da companhia. Com essas conversões, o Assaí passa a representar 42,9% de toda a venda líquida do GPA Alimentar, evolução de 5,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Além das conversões, a companhia informou que abriu uma nova loja do Assaí no terceiro trimestre. Foi aberta ainda uma nova loja Pão de Açúcar, além de três pontos de venda da loja de vizinhança Minuto Pão de Açúcar e de uma drogaria. Reformas - O GPA iniciou ainda um processo de reformas das lojas da bandeira Pão de Açúcar. Segundo a companhia, o plano é encerrar o ano com cerca de 50 lojas renovadas, sendo 11 reformas completas e 39 reformas mais suaves, chamadas de light. A empresa destacou ainda que cresceu o projeto da rede Aliados Compre Bem, no qual pequenos mercados independentes podem se associar ao GPA e adotar a bandeira “Compre Bem”. Já são 433 parceiros nesse formato. (AE)

Vendas crescem na semana do Dia das Crianças São Paulo - As vendas registradas na semana que antecede o Dia das Crianças voltaram a crescer no Brasil, depois de dois anos seguidos de queda, aponta levantamento feito pela Serasa Experian. Entre os dias 5 e 11 de outubro, o comércio teve avanço de 2,7% em relação à semana equivalente do ano passado, após recuos de 8,1% em 2016 e 4,7% em 2015. A pesquisa da Serasa também compara as vendas no fim de semana anterior ao Dia das Crianças e afirma que o comércio nesse período teve expansão de 1,4% em 2017 ante 2016. O indicador tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa. Na cidade de São Paulo, as vendas realizadas na semana subiram 2,7% ante a mesma semana do ano passado. No fim de semana anterior à data, o consumo aumentou 0,7% em relação ao período equivalente de 2016. Na avaliação de economistas da Serasa Experian, a recuperação da renda real dos consumidores, proporcionada pela desaceleração da inflação, a melhora dos níveis de confiança e a retomada da expansão do crédito com a queda dos juros estimularam o consumo. ACSP - O varejo paulistano registrou alta de 3% nas vendas realizadas na primeira quinzena de outubro ante período equivalente de 2016, apontam dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). As vendas à vista apresentaram expansão de 2,8% na mesma base de comparação, enquanto os negócios a prazo tiveram alta de 3,2%. Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o desempenho foi bom, mas o feriado prolongado de 12 de outubro pesou, já que muitos paulistanos saíram da cidade. Deste modo, Burti avalia que a alta de 3% é melhor do que aparenta. “A expectativa para o restante do mês é seguir neste ritmo, sem muitas surpresas, salvo algum grande episódio político que aumente a incerteza do consumidor”, afirmou o presidente da ACSP em nota. Entre os fatores que ajudaram a sustentar a elevação das vendas nos 15 primeiros dias de outubro, Burti citou o impacto positivo gerado “pelas seguidas quedas dos juros sobre o comércio”. Ainda que o desempenho tenha sido considerado positivo, o dirigente ressaltou que não foi suficiente para recuperar a perda de 6,9% verificada no mesmo período de 2016 em comparação à primeira quinzena de outubro de 2015. Já na comparação com a primeira quinzena de setembro, os 15 primeiros dias de outubro registraram alta de 15,9%, relatou a ACSP, citando o impulso gerado pelas vendas do Dia das Crianças. (AE)


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ECONOMIA DIVULGAÇÃO

CONSTRUÇÃO

MRV registra mais um recorde de vendas No 3º trimestre, somou R$ 1,547 bi MARA BIANCHETTI

A construtora e incorporadora MRV Engenharia Participações S/A, sediada em Belo Horizonte, registrou mais um recorde de vendas. No terceiro trimestre, a empresa contabilizou R$ 1,547 bilhão em vendas contratadas, o que equivale a um crescimento de 12,3% em relação a igual período de 2016, quando foram computados R$ 1,377 bilhão. Dessa maneira, a empresa chega ao 21° trimestre de geração de caixa recorrente, atingindo R$ 117 milhões no terceiro trimestre, e R$ 291 milhões nos nove meses de 2017. De acordo com o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da MRV, Leonardo Guimarães Corrêa, os resultados podem, mais uma vez, ser atribuídos à estratégia de comercialização da companhia. Segundo ele, a presença diversificada em todo o

País é um dos diferenciais da construtora. “O que nos leva a este resultado é, justamente, termos muitos lançamentos no máximo de praças possível. Assim, conseguimos atingir um volume maior de clientes e alavancar nossos resultados”, disse. Para isso, a MRV continua a investir na aquisição de terrenos especialmente nas capitais e regiões metropolitanas, onde atua com estratégia de aumento do market share. Os lançamentos da empresa no terceiro trimestre deste exercício somaram R$ 1,413 bilhão em valor geral de vendas (VGV). O valor é 72,2% superior ao registrado na mesma época do ano passado (R$ 821 milhões). Acumulado - Os dados, que fazem parte do balanço preliminar dos resultados do terceiro trimestre da MRV, também contribuíram para que as vendas contratadas

Os bons resultados são atribuídos à estratégia de comercialização da MRV, com muitos lançamentos em diversas praças do País

no acumulado dos nove primeiros meses de 2017 totalizassem 28.697 unidades, o equivalente a R$ 4,319 bilhões. Isso significa um aumento de 12,3% em termos de unidades e de 8,9% em relação aos valores, quando comparados a igual período de 2016. Naquela época foram 25.545 unidades e o valor chegou a R$ 3,965 bilhões. Da mesma forma, em termos de lançamentos, quando considerados os

nove primeiros meses de 2017, o valor chegou a R$ 3,956 bilhões, contra R$ 2,916 bilhões de janeiro a setembro de 2016, um aumento de 35,7% entre os períodos. Regiões - O maior volume de lançamentos realizados pela MRV ocorreu no estado de São Paulo, que respondeu por R$ 1,580 bilhão, ou seja, 40% do total de lançamentos. Em seguida apareceu o Paraná, com participação de 14% ou R$ 540 milhões.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

dispostos a participar de capitalização na Oi mediante a contrapartida de comissões e garantias que deveriam ser cumpridas ainda que o plano de recuperação acabe reprovado na assembleia. “O PSA comprometeu a companhia a pagar comissões (fees) fora do mercado e punitivos mesmo se o plano de recuperação for rejeitado”, afirmam G5 e Moelis, na carta. “Pelos nossos cálculos, isso poderia facilmente chegar a centenas de milhões de reais, um valor surpreendente para uma empresa que passa pela situação da Oi”, alertaram. Eles acrescentam que o PSA também impede a tele de negociar com outros credores planos alternativos, o que configuraria uma “clara violação da lei de falências e dos deveres dos fiduciários da companhia”. (AE)

Terrenos e repasses - O banco de terrenos em 30 de setembro de 2017 avançou em 11,6% sobre a mesma data do ano anterior. O VGV potencial era de R$ 44 bilhões. Corrêa destacou que a companhia continua com a estratégia de expansão do seu banco com foco em

reabastecer as cidades de atuação e expandir as operações nas grandes cidades. No último trimestre, 56% do VGV adquirido estava localizado em capitais e regiões metropolitanas. Vale destacar que o volume de repasses da companhia foi o maior dos últimos três anos, alcançando 9.714 unidades. O número se refere à quantidade de contratos de financiamento imobiliário firmados a partir de vendas da MRV.

MERCADO DE CAPITAIS

Oi planeja reunião com bondholders São Paulo - A Oi informou ontem que pretende se reunir ainda esta semana com os comitês detentores de títulos internacionais (bondholders), representados por Moelis e G5 Evercore, para identificar eventuais ajustes no plano de recuperação judicial divulgado na última quarta-feira, 11. Com isso, a administração da tele busca fazer com que suas propostas de equalização das dívidas sejam aceitas pela maioria dos acionistas e dos credores. A assembleia que votará o plano está marcada para a próxima segunda-feira, 23 O comunicado divulgado pela assessoria de imprensa da Oi confirma que a empresa recebeu carta dos bondholders pedindo encontros para negociarem alternativas ao plano. Esses credores detêm R$ 22 bilhões em dívidas da Oi, ou um terço do processo de recuperação que totaliza R$ 65 bilhões. Na carta, eles reiteram sua discordância sobre o plano apresentado pela tele e ressaltam a preocupação com a proposta da companhia em firmar um Contrato de Suporte do Plano (PSA, na sigla em inglês) que seria prejudicial ao processo, conforme avaliação dos bondholders. “A administração da Oi continua empenhada em viabilizar uma solução que contemple as demandas de todos os envolvidos no processo e, principalmente, deixe a Oi fortalecida e preparada para enfrentar seus desafios de médio e longo prazo”, afirma a empresa, em comunicado. A Oi informou ainda que não assinou nenhum PSA. Segundo fontes, o PSA seria firmado com grupos de credores secundários,

Minas Gerais surgiu em quarto lugar, respondendo por 8% ou R$ 330 milhões, valor semelhante ao do Rio Grande do Sul.

CHARLES SILVA DUARTE

Algar protocola pedido de registro de IPO e JBS desiste de listar subsidiária

São Paulo - A empresa de telecomunicações Algar Telecom protocolou pedido de registro de uma oferta inicial ações (IPO, na sigla em inglês) para ter suas ações listadas na bolsa paulista B3, de acordo com comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários. Além de ações primárias, a empresa pretende fazer uma oferta secundária de ações detidas pela Algar Empreendimentos e Participações, pela Árvore Empreendimentos e de outros acionistas. A Algar contratou o Banco Bradesco BBI para liderar a operação, o BTG Pactual como agente estabilizador, e os bancos JP Morgan, Santander Brasil, Banco Itaú Os bondholders detém R$ 22 bi em dívidas, do total de R$ 65 bi BBA, BB Investimentos e UBS Brasil Corretora para coordenadores da oferta. A Algar, com sede em Uberlândia, atua em telefonia fixa e móvel em 87 muniO plano de reestruturação da Oi tem São Paulo - Grupos de detentores de cípios de Minas Gerais, São títulos que são os maiores credores da sido marcado por uma série de disputas Paulo, Goiás e Mato Grosso Oi exigiram no domingo que os altos entre credores e acionistas. do Sul, além de fornecer executivos da empresa os atenda o mais Na sexta-feira, os comitês de direção serviços de voz, dados e TI rápido possível para renegociar o plano dos dois maiores grupos de detentores em várias outras cidades para a dívida da operadora de telefonia de títulos da Oi e agências de crédito para das regiões Sul, Sudeste e exportação, as chamadas ECAs, rejeitaram em recuperação judicial. Centro-Oeste. (Reuters) Em uma carta vista pela reportagem, o plano de recuperação apresentado na que foi dirigida aos principais executivos noite de quarta-feira. Eles disseram que a JBS - A JBS desistiu dos da Oi e membros do conselho, os dois empresa “parece ter perdido tempo negomaiores grupos de detentores de títulos ciando com um pequeno grupo de credores planos para listar a subsidida Oi exigiram que os executivos da em- conflitantes, alguns dos quais também ária JBS Foods International presa se encontrem em Nova York para detêm ações, para um acordo fracassado na bolsa de Nova York, “negociar de boa fé e de forma acelerada que foca exclusivamente na preservação quase seis meses depois os termos de um (s) plano (s) aceitável (s) do valor para os atuais acionistas”. dos escândalos gerados por de reorganização “. O plano de reestruturação revisado da delações premiadas de seus A carta foi enviada pelos principais Oi proposto pela administração e aprovado controladores e da operaassessores do Comitê Internacional de pelo conselho da operadora “ignora as ção Carne Fraca, da Polícia Detentores de Títulos, o grupo ad hoc de preocupações fundamentais dos credoFederal, terem minado a detentores de bônus da Oi. res, ameaça a viabilidade a longo prazo demanda de investidores Um pedido enviado por email solicitan- da empresa e enriquece abusivamente os pela operação. do comentários da Oi não foi respondido acionistas existentes”, disse o comunicado. Em aviso ao órgão que imediatamente no domingo à noite. (Reuters) regula os mercados norte-americanos, SEC, a JBS

Credores querem mais celeridade

Foods International pediu o cancelamento do pedido de IPO porque “decidiu não buscar a venda de títulos neste momento”. Representantes da empresa e da JBS não deram mais detalhes ou novo cronograma para a transação. O IPO dos negócios internacionais da JBS, que incluiria a divisão de alimentos processados Seara, era vista pelo mercado como uma oportunidade para a maior processadora de carne bovina do mundo destravar valor de suas operações e reduzir dívida. A possibilidade de cancelamento do IPO já era considerada pelo mercado após o estouro dos escândalos que envolveram a companhia, cujo ex-presidente executivo, Wesley Batista, está preso, acusado de ter se aproveitado das delações premiadas para lucrar no mercado financeiro por meio de uso de informações privilegiadas. Em meados de agosto, quando ainda era presidente-executivo da JBS, Batista havia afirmado que o IPO da JBS Foods International tinha sido adiado para o final de 2018. A JBS terminou junho com dívida líquida de cerca de R$ 50 bilhões e dívida líquida sobre Ebitda de 4,16 vezes. O lucro do segundo trimestre caiu 80% sobre um ano antes, impactado por câmbio e aumento de despesas. Batista comentou em agosto que a empresa tinha como meta atingir nível de endividamento de 3,5 vezes até o final de 2017. (Reuters)


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ECONOMIA

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ZOOM VIEWER/DIVULGAÇÃO

Parques eólicos do País atraem fabricante chinesa de turbinas

A chinesa State Grid é parceira da Eletrobras na construção da grande linha de transmissão da energia de Belo Monte

ENERGIA

Retomada obra da linha de transmissão de Belo Monte State Grid e Eletrobras planejam concluir ‘linhão’ em dezembro São Paulo - A chinesa State Grid e a estatal Eletrobras recuperaram atrasos na construção de uma enorme linha de transmissão de energia que levará do Norte ao Sudeste a produção da hidrelétrica de Belo Monte, e a obra deverá ser totalmente concluída em dezembro, ante uma entrega em fevereiro prevista em contrato, revelou à Reuters um executivo à frente do projeto. A entrada em operação comercial do chamado “linhão”, com mais de 2 mil quilômetros em extensão, é vista como fundamental por autoridades brasileiras, uma vez que a falta de capacidade para levar a energia de Belo Monte ao sistema elétrico já impede a usina no rio Xingu de ligar turbinas adicionais. A limitação ainda acontece justamente em um momento de alta nos custos da eletricidade no Brasil devido ao baixo nível nos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia do País.

“A gente está para finalizar agora em outubro... para novembro ser testes e a entrada em operação comercial em dezembro. Vamos conseguir antecipar em relação à data do contrato. A gente estava prevendo entrar na véspera do Natal, e agora nossa data é 12 de dezembro”, disse à Reuters o diretor de Meio Ambiente da Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), Newton Zerbini. A BMTE, empresa criada por State Grid e Eletrobras para construir o linhão, também já pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorização para antecipar a conclusão das obras. No início de setembro, ainda havia temores de um atraso da linha devido a protestos que paralisavam os trabalhos, mas os problemas diminuíram após uma aprovação do governo federal para que a Força Nacional de Segurança apoiasse a construção. “Depois da intervenção,

a coisa caminhou”, disse Zerbini. Os avanços na obra e a perspectiva de antecipação vêm após um começo difícil no empreendimento - após dificuldades da construtora chinesa Sepco1 em alguns trechos da linha, a BMTE foi obrigada a contratar sete empreiteiras adicionais para acelerar as atividades. Originalmente, a energia de Belo Monte seria escoada primeiro por uma grande linha sob responsabilidade da Abengoa, mas a empresa abandonou o empreendimento em meio a uma crise financeira no final de 2015. Com isso, a usina passou a depender apenas do linhão da BMTE e de um segundo empreendimento, de traçado semelhante - que ficou a cargo da State Grid, mas deve ser entregue apenas ao final de 2019.

Ibama estarão no canteiro de obras da BMTE nesta semana para fazer uma fiscalização relacionada à emissão da licença de operação do empreendimento, necessária para o início de seu funcionamento. A vistoria está agendada para acontecer entre 16 e 22 de outubro. “Nossa expectativa é receber a licença no final de novembro, início de dezembro”, informou Zerbini. Procurado, o Ibama não respondeu a um pedido de comentário. A solicitação da BMTE para antecipar a conclusão das linhas de transmissão de Belo Monte e assim começar a receber também a receita referente ao empreendimento será analisado hoje pela diretoria da Aneel. A hidrelétrica, que já está parcialmente em operação, deverá ser uma das maiores do mundo quando concluíVistoria - O diretor de Meio da, o que hoje é previsto para Ambiente da BMTE afir- meados de 2020. A usina é mou ainda que equipes do orçada em mais de R$ 35 órgão ambiental federal bilhões. (Reuters)

Copel pode operar turbinas de Araucária São Paulo - A Companhia Paranaense de Energia (Copel) recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para restaurar temporariamente a operação comercial das três turbinas da usina termelétrica Araucária, de 484 megawatts (MW), localizada no município de mesmo nome, no Paraná. A autorização, publicada ontem no Diário Oficial da União, é válida até 30 de novembro. A autorização ocorre após a celebração de con-

trato de suprimento de combustível entre a Petrobras e a UEG Araucária, empresa responsável pela usina, anunciada na semana passada. O contrato, no entanto, tem um prazo maior, até 31 de dezembro de 2018. O acordo foi acertado depois que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), presidido pelo Ministério de Minas e Energia, decidiu intervir junto à Petrobras, pedindo para viabilizar o fornecimento de combustível

para usinas térmicas que estão desligadas por falta de contrato de suprimento. Para as autoridades do setor elétrico, essas térmicas são importantes recursos no cenário atual de hidrologia desfavorável, com chuvas abaixo da média histórica e baixo volume de água acumulado nos reservatórios das hidrelétricas. Custo variável - Com o contrato firmado, a termelétrica Araucária passa a poder ser despachada a um custo variável unitário (CVU) de

R$ 636/MWh. Considerando o Custo Marginal de Operação (CMO) em vigor nesta semana, de R$ 860,84 por megawatt-hora (MWh), a usina poderia estar em operação e até poderia colaborar para a redução do CMO No entanto, na programação da operação para o período entre 14 e 20 de outubro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não considerou a disponibilidade da usina, porque ainda aguardava a autorização da Aneel. (AE)

São Paulo - A fabricante chinesa de turbinas de energia eólica Xinjiang Goldwind Science & Technology, uma das maiores do mundo, tem buscado meios de entrar no mercado brasileiro, em uma estratégia que pode passar pela aquisição de parques eólicos no País, revelaram à Reuters especialistas próximos das conversas. O movimento vem em um momento em que ativos de energia no Brasil atraem forte interesse de investidores de olho no grande mercado consumidor brasileiro, que saiu há pouco tempo da maior recessão em décadas. A conjuntura econômica, que também deixou muitas empresas do setor elétrico em dificuldades financeiras, atrai companhias mais capitalizadas, principalmente estrangeiras, dispostas a grandes aquisições aguardando lucros no futuro - um parque eólico de grande porte pode ter valor na casa do bilhão de reais. Executivos da Goldwind disseram a parceiros no Brasil que têm planos de instalar uma fábrica de equipamentos no País e que podem entrar como investidores em algum empreendimento eólico para viabilizar a venda das primeiras turbinas no disputado mercado local, disse à Reuters o presidente da consultoria em energia renovável Braselco, Armando Abreu. Segundo ele, os chineses poderiam cadastrar um projeto em leilões agendados pelo governo para contratar novas usinas, que acontecem em dezembro, ou partir em busca de parques eólicos contratados em rodadas anteriores das licitações estatais, mas que ainda não iniciaram obras. “Realmente, eles estão muito ativos. Estão a conversar com investidores... uma alternativa é eles próprios atuarem como investidores - ou ir aos leilões, ou comprar parques com contrato. Eles instalam as turbinas deles e depois vendem o parque a investidores”, explicou Abreu. O Brasil passou por um exponencial crescimento na geração eólica na última década, período em que a produção das usinas movidas a vento passou de praticamente zero para quase 10% da matriz elétrica nacional. Nos últimos anos, no entanto, uma redução no ritmo de contratação de novas usinas devido à recessão econômica derrubou o volume de negócios no setor e gerou um cenário de forte disputa entre os diversos fabricantes de equipamentos eólicos presentes no País, que incluem gigantes como Vestas, GE e Nordex-Acciona. Mas essas empresas e a brasileira WEG fabricam grande parte dos componentes de suas turbinas no Brasil, o que permite a venda das máquinas aos clientes com atrativos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Como talvez seja difícil vender turbina sem fábrica aqui, me parece que a estratégia deles é comprar um projeto, participar societariamente de um projeto para viabilizar a venda das turbinas. Criar uma demanda, e aí sim trazer uma fábrica”, ponderou o especialista em Energia da BBMA Advogados, Bernardo Viana de Santana. Ele afirmou que tem participado de conversas para a venda de projetos de parques eólicos no Ceará à Goldwind. “São projetos no Cariri, com entre 200 megawatts e 300 megawatts, que estariam prontos para ir a leilão”, disse. Duas fontes de empresas especializadas em desenvolver projetos eólicos contaram que também foram sondadas por emissários da Goldwind sobre a possível compra de empreendimentos na Bahia e no Rio Grande do Sul. Elas falaram sob a condição de anonimato porque assinaram acordos de confidencialidade com os chineses. Interesse forte - A atual busca por projetos eólicos para aquisição não é o primeiro movimento da Goldwind para entrar no mercado de energia do Brasil. “Eles têm analisado o mercado brasileiro há uns dois, três anos, mas com mais intensidade no último ano”, informou Abreu, da consultoria Braselco. Segundo um documento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) visto pela Reuters, a chinesa chegou a fazer uma proposta em fevereiro pela compra de ao menos 70% da Energimp, uma geradora eólica criada em parceria entre a argentina Impsa e o fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS). Pelo acordo, negado pela Aneel, a Goldwind tocaria junto à também chinesa Zhejiang Electric Power Construction Co. (ZEPC) a construção de oito usinas eólicas cujas obras foram paralisadas pela Energimp após a Impsa pedir recuperação judicial. Procurada, a Goldwind não respondeu a um pedido de comentário. Não foi possível entrar em contato com representantes da ZEPC e nem da Impsa. A Goldwind fechou 2016 como terceira maior produtora de turbinas eólicas do mundo, atrás da dinamarquesa Vestas e quase empatada com a vice-líder GE, dos EUA, segundo ranking da consultoria em energia eólica Make. (Reuters)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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ECONOMIA LEI KANDIR

CONTAS

Tesouro cobriu R$ 2,5 bi de dívidas do Montante estå em relatório apresentado ontem por comissão da Câmara Municipal Rio de Janeiro

BH tem R$ 4 bi para receber da UniĂŁo

AMIRA HISSA / PBH

MARA BIANCHETTI

Belo Horizonte tem cerca de R$ 4 bilhĂľes para receber no acerto de contas do governo do Estado com a UniĂŁo pelas perdas com a Lei Kandir. O recurso, segundo relatĂłrio entregue ontem pela ComissĂŁo da Lei Kandir da Câmara Municipal da capital mineira, ao prefeito Alexandre Kalil (PHS), ĂŠ o que deixou de ser arrecadado com as isençþes do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) concedidas pelo governo federal desde 1996. A comissĂŁo trabalhou durante quatro meses, por meio de oitivas com diversos setores, empresĂĄrios, economistas e trabalhadores, concluindo que o melhor caminho para a obtenção do ressarcimento passa por um debate nacional que promova um novo pacto federativo. O presidente da comissĂŁo, vereador Gilson Reis (PCdoB), lembrou que a dĂ­vida com o Estado ĂŠ de quase R$ 135 bilhĂľes, o que compromete diretamente os investimentos, assim como os salĂĄrios dos servidores. “A dĂ­vida da UniĂŁo com todos os estados e municĂ­pios brasileiros passa de R$ 1,3 trilhĂŁo. Somente Belo Horizonte receberia R$ 4 bilhĂľes com esse acordoâ€?, disse em solenidade realizada na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O relatĂłrio tambĂŠm foi entregue ao governo de Minas e Ă ComissĂŁo ExtraordinĂĄria de Acerto de Contas entre Minas e a UniĂŁo da

Alexandre Kalil e o governador Fernando Pimentel participaram ontem de solenidade na Prefeitura de Belo Horizonte

Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que vĂŁo agora pleitear o recebimento do dinheiro junto ao governo federal. Dos R$ 135 bilhĂľes que Minas Gerais perdeu, 25%, ou aproximadamente R$ 33,7 bilhĂľes, sĂŁo referentes aos municĂ­pios. Presente, o governador Fernando Pimentel (PT) alegou que o governo estadual nĂŁo deseja “nada mais nem nada menos do que ĂŠ justoâ€?. “A Lei Kandir veio na dĂŠcada de 1990 para compensar a equiparação cambial da moeda brasileira. Mas, o

governo federal, ao invÊs de compensar com seus próprios tributos, usou o ICMS, prejudicando estados e municípios. Agora esperamos o ressarcimento das perdas acumuladas nestes mais de 20 anos�, salientou. Para ele, o ressarcimento não precisa ser feito de uma vez, mas deve haver um encontro de contas. Ele defendeu ainda que os valores sejam descontados da dívida de R$ 88 bilhþes com a União. Frente - O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil,

endossou o coro. Afirmou que estĂĄ passando da hora de Minas Gerais deixar de resistir e defendeu a formação de uma frente apartidĂĄria para cobrar a verba do governo federal. “Os deputados mineiros precisam se unir forma firme e decida para fazer com que o governo federal tenha mais carinho com a cidade. O nosso objetivo ĂŠ colocar estes recursos em ĂĄreas como saĂşde e educaçãoâ€?, garantiu. A comissĂŁo da Câmara Municipal, por sua vez, apontou soluçþes para o acerto da Lei Kandir. As

opçþes seriam o encontro de contas, um pagamento mensal ou em obras e a revisão da legislação. Jå a comissão da Assembleia vai fazer um relatório e pretende levar, em novembro, à Câmara dos Deputados. Vale lembrar que, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os deputados federais têm atÊ 26 de novembro para elaborar uma lei de compensação aos estados pelas perdas da Lei. Caso isso não seja feito, o Tribunal de Contas da União (TCU) vai regulamentar a situação.

PETROBRAS

Estatal pede aval para IPO da BR Distribuidora São Paulo - A Petrobras informou ontem que pediu na Comissão de Valores Mobiliårios (CVM) registro de companhia aberta para a unidade de combustíveis BR Distribuidora, alÊm de aval para realizar uma oferta inicial de açþes da subsidiåria. A operação envolve uma venda secundåria de açþes, ou seja, de papÊis detidos por sócios. Ainda não hå preço e percentual definido das açþes a serem ofertadas. A Petrobras jå havia informado que o percentual de venda de açþes poderia ficar entre 25% e 40% por cento da participação acionåria detida na BR. O objetivo da Petrobras Ê listar a BR Distribuidora no Novo Mercado, segmento com regras de governança mais rígidas da B3. A meta da Petrobras Ê ter o IPO da BR Distribui-

dora atĂŠ 1Âş de dezembro, conforme disse Ă Reuters em agosto o presidente do Conselho de Administração, Nelson Carvalho. Nos Ăşltimos meses, a Petrobras vem realizando “ajustesâ€? na BR Distribuidora para o IPO, sendo os Ăşltimos movimentos um aporte de R$ 6,3 bilhĂľes e uma cisĂŁo para separar recebĂ­veis de dĂ­vidas da Eletrobras junto Ă subsidiĂĄria de combustĂ­veis. A BR Distribuidora ĂŠ considerada um dos ativos de maior valor no programa de desinvestimentos da estatal, que projeta arrecadar R$ 21 bilhĂľes no biĂŞnio 2017-2018. Entre as operaçþes jĂĄ realizadas no âmbito desse plano estĂĄ a venda de 90% das açþes da companhia na Nova Transportadora do Sudeste (NTS) por US$ 4,2 bilhĂľes para Nova Infraestrutura Fundo de Investi-

mentos em Participaçþes (FIP), gerido pela Brookfield Brasil Asset Management Investimentos Ltda, entidade afiliada à Brookfield Asset Management. A operação foi anunciada em 23 de setembro de 2016. AlÊm disso, a companhia anunciou a venda de uma parte do empreendimento para a Itaúsa em uma operação que movimentou US$ 292,3 milhþes. O valor total recebido pela Petrobras Ê composto de US$ 2,59 bilhþes referentes à venda das açþes e US$ 1,64 bilhão referente a debêntures conversíveis em açþes emitidas pela NTS, com vencimento em 10 anos, para substituição de dívida com a Petrobras Global Trading B.V. (PGT), subsidiåria integral da Petrobras. O restante do valor (US$ 850 milhþes, tambÊm referentes à venda de açþes) serå pago

O Eduardo Nardelli Ribeiro Freitas, representado por Eduardo Nardelli Ribeiro Freitas, em conformidade com a Lei n° 7.166/96 e Decreto n° 14.594/11, torna pĂşblico que protocolizou em 24/05/2017 no BH Resolve o FormulĂĄrio de Caracterização do Empreendimento de Impacto Eduardo Nardelli Ribeiro Freitas situado Ă Rua SilvianĂłpolis, nÂş 368, Bairro Santa Tereza, para abertura de processo e inĂ­cio do Licenciamento UrbanĂ­stico mediante elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV. O Processo encontra-se disponĂ­vel para consulta pĂşblica, mediante agendamento, na GerĂŞncia Executiva do COMPUR- GCPU / SMAPU, situada na Avenida Augusto de Lima, n° 30, 3° andar, Bairro Centro. A caracterização do empreendimento tambĂŠm estĂĄ disponĂ­vel em: pbh.gov.br/smapu

)ULJRULÂżFR $OYRUDGD (LUHOL, por determinação da secretaria municipal de meio ambiente torna pĂşblico que solicitou atravĂŠs do processo 1ž , licença ambiental sumĂĄria para atividade de “)ULJRULÂżFR DEDWH GH ERYLQRV IDEULFDomR GH SURGXWRV GH FDUQH SUHSDUDomR GH VXESURGXWRV GR DEDWH ´ 5RG %5 .0 /RMD %R[ H $ 0RG %DLUUR *XDQDEDUD &RQ WDJHP 0* &(3

(Lei Municipal n.º 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.º 39/02 e n.º 42/02). A Patricia Mårcia Lerman, responsåvel pelo empreendimento denominado Rian Tricot Comercio de Artigos de Decoração Ltda- Me, CNPJ: 06.291.532/0001-01, localizada à Rua JoanÊsia 10, Bairro Serra. CEP: 30.240030, torna público que protocolou requerimento de Licença ambiental à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

DECLARAĂ‡ĂƒO DE PROPĂ“SITO Ilvio Braz de Azevedo, CPF 009.032.486-20, DECLARA, nos termos do art. 6Âş do Regulamento Anexo II Ă Resolução 4.122, de 02/08/2.012, sua intenção de exercer o cargo de Conselheiro de Administração no Banco Semear, S. A. – CNPJ 00.795.423/000145. ESCLARECE que eventuais objeçþes Ă presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado pĂşblico acerca GHVWD SRU PHLR IRUPDO HP TXH R DXWRU HVWHMD GHYLGDPHQWH LGHQWLÂżFDGR DFRPSDQKDGR da documentação comprobatĂłria, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL - DEORF – Departamento de Organização do Sistema Financeiro - Av. Alvares Cabral, 1605 – Santo Agostinho - 30.170-008 – Belo Horizonte - MG.

em cinco anos e atualizado no perĂ­odo, conforme fato relevante divulgado em abril deste ano. Com a conclusĂŁo das duas transaçþes nesta data, a NTS passa a ter como composição societĂĄria o FIP, com 82,35% de participação, Petrobras com 10% e ItaĂşsa com 7,65%. O Conselho de Administração da NTS serĂĄ composto por sete membros indicados pelo FIP, dois pela Petrobras e um pela ItaĂşsa. A ItaĂşsa participarĂĄ do acordo de acionistas juntamente com o FIP e a Petrobras. A NTS ĂŠ detentora de autorizaçþes para operação de 2.050 km de gasodutos na regiĂŁo Sudeste e tem 100% da sua capacidade de transporte de 158,2 milhĂľes de m3 por dia contratada com a Petrobras atravĂŠs de cinco O Sr. Douglas Jose de Souza, responsĂĄvel pelo empreendimento denominado Ge Marmores E Granitos Eireli Me, CNPJ – 24.094.175/000173, Aparelhamento de pedras para construção, exceto associado Ă extração, Aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mĂĄrmore, granito, ardĂłsia e outras pedras, ComĂŠrcio vaUHMLVWD GH PDWHULDLV GH FRQVWUXomR QmR HVSHFLÂżcados anteriormente localizada na Av Professor Clovis Salgado n° 2100, Bairro Itatiaia, CEP - 31.360-280 Belo Horizonte, torna pĂşblico que protocolou o requerimento de Licença de operação junto Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

SINDICATO NACIONAL DOS APOSENTADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS DA FORÇA SINDICAL - SINDNAPI EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL ESTADUAL O Presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical - SINDNAPI, entidade sem ďŹ ns lucrativos, inscrito no CNPJ nÂş 04.040.532/0001-03, com sede Ă Rua do Carmo, 171, Centro, SĂŁo Paulo/SP, no uso das atribuiçþes que lhe confere o Estatuto Social vigente nas formas dos artigos 20, 25, 26, 37, II, convoca, todos os associados do Estado de Minas Gerais em gozo de seus direitos estatutĂĄrios para participarem da Assembleia Geral Eleitoral Estadual, a realizar-se no AuditĂłrio da Federação dos MetalĂşrgicos de Minas Gerais, sito Ă Rua Curitiba, 1269, Centro, Belo Horizonte/MG, no dia 31 de outubro de 2017, Ă s 09h00 em primeira convocação, Ă s 09h30, em segunda convocação e em terceira e Ăşltima convocação Ă s 10h00, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1) Abertura da Assembleia, composição da mesa e apresentação dos convidados; 2) Indicação e Posse da ComissĂŁo Eleitoral; 3) Abertura de prazo de 30 minutos para inscrição de chapas que queiram disputar a eleição; 4) Escolha da forma de votação; 5) Eleição da Diretoria Estadual ou na impossibilidade Nomeação de Coordenadoria, conforme artigo 14, §1Âş do Estatuto Social; 6) na forma do artigo 20, inciso II, do Estatuto Social, eleger os Delegados Eleitorais que participarĂŁo no Congresso Nacional, na proporção de 01 (um) Delegado Eleitoral para cada grupo de 500 (quinhentos) associados, que representarĂŁo o Estado de Minas Gerais; 7) Posse dos diretores eleitos ou coordenadores nomeados; 8) Assuntos Gerais. SĂŁo Paulo, 16 de outubro de 2017. JoĂŁo Batista Inocentini - Presidente Nacional.

contratos de longo prazo na modalidade firme (ship-or-pay). As autorizaçþes tĂŞm vencimento a partir de 2039 e os contratos de transporte atuais tĂŞm vencimento entre 2025 e 2031. Os gasodutos da NTS conectam Rio de Janeiro, Minas Gerais e SĂŁo Paulo (regiĂľes responsĂĄveis por aproximadamente 50% do consumo de gĂĄs no Brasil) ao gasoduto Brasil-BolĂ­via, aos terminais de GNL e Ă s plantas de processamento de gĂĄs. (AE/Reuters) INDĂšSTRIA DE CAL SN LTDA., Por determinação do COPAM – Conselho Estadual de PolĂ­tica Ambiental, torna pĂşblico que requer, atravĂŠs do processo nÂş COPAM/PA/14624/2006, DNPM 830.474/2000, a Licença de Operação Corretiva (LOC) para sua extração de rocha para produção de britas com ou sem tratamento e estradas para transporte de minĂŠrio/estĂŠril no local denominado Joaquim Sales, Estrada do Madeira, km 2,5 s/ nÂş, zona rural no municĂ­pio de Lavras – MG. Informa que foram apresentados os Estudos de Impacto Ambiental (EIA), o RelatĂłrio de Impacto Ambiental (RIMA) e o Plano de Controle Ambiental (PCA), e que o RIMA encontra-se Ă disposição dos interessados na Avenida Manoel Diniz, 145 - Bairro Industrial JK CEP: 37062-480. Comunica que os interessados na realização da audiĂŞncia pĂşblica deverĂŁo formalizar o requerimento, conforme a deliberação normativa COPAM nÂş 12/94 de 23.12.94, no mesmo endereço acima, dentro do prazo de 45 dias.

BrasĂ­lia - O Tesouro Nacional cobriu R$ 2,564 bilhĂľes de dĂ­vidas nĂŁo pagas pelo estado do Rio de Janeiro nos nove primeiros meses do ano. O nĂşmero foi divulgado ontem pelo Tesouro, que publicou o RelatĂłrio de Garantias Honradas da UniĂŁo de setembro, que lista as garantias dadas pelo governo federal Ă s operaçþes de crĂŠdito dos estados e dos municĂ­pios. AlĂŠm do governo fluminense, o Tesouro cobriu R$ 30,5 milhĂľes nĂŁo pagos pelo governo de Roraima e R$ 19,74 milhĂľes nĂŁo pagos pela prefeitura de Natal, totalizando R$ 2,614 bilhĂľes de garantias honradas de janeiro a setembro. Apenas em setembro, o Tesouro cobriu R$ 317,91 milhĂľes. Desse total, R$ 309,72 milhĂľes foram destinados ao estado do Rio; R$ 8,19 milhĂľes a Roraima, e R$ 2,19 milhĂľes, Ă prefeitura da capital do Rio Grande do Norte. As garantias sĂŁo concedidas pelo Tesouro para ser usadas em caso de calote dos estados e dos municĂ­pios. O Tesouro cobre a inadimplĂŞncia e obtĂŠm de volta o dinheiro por meio da retenção de repasses federais, como os fundos de Participação dos Estados e dos MunicĂ­pios e a devolução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre as exportaçþes, em operaçþes chamadas de contragarantias. Em setembro, o Tesouro Nacional recuperou R$ 5,04 milhĂľes por meio da execução das contragarantias. No total, informou o ĂłrgĂŁo, restam a recuperar R$ 2 bilhĂľes acumulados, relativos a honras de garantia realizadas desde 2016. Desse total, R$ 1,99 bilhĂŁo nĂŁo pode ser recuperado por causa de duas decisĂľes do Supremo Tribunal Federal que impedem a UniĂŁo de reaver o dinheiro usado para cobrir dĂŠbitos nĂŁo pagos pelo estado do Rio de Janeiro. Por causa da renegociação de dĂ­vidas do estado, o Tesouro sĂł poderĂĄ voltar a reter repasses federais ao Rio de Janeiro em 2020. A lei complementar que instituiu o acordo foi homologada no inĂ­cio de setembro. (ABr) BANCO INTER S.A. CNPJ/MF: 00.416.968/0001-01 - NIRE: 31300010864 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Ficam os senhores acionistas do Banco Inter S.A. (“Banco Interâ€?), convocados a comparecerem Ă Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a realizar-se no dia 26.10.2017, (i) em primeira convocação Ă s 10h00 com a presença de acionistas representando, ao menos, a maioria das açþes emitidas nos termos do Estatuto Social, e (ii) em segunda convocação Ă s 10h15 com a presença de qualquer nĂşmero de acionistas, na sede social, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Avenida do Contorno 7.777, 3Âş andar, Bairro Lourdes, CEP: 30.110-051, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) a alteração da Diretoria responsĂĄvel pela Ouvidoria; (ii) a alteração nas regras de representação e outorga de procuraçþes da Companhia; (iii) o protocolo de pedido de registro do Banco Inter como emissor de valores mobiliĂĄrios na categoria A, nos termos da Instrução da CVM nÂş 480, de 7 de dezembro de 2009; (iv) a criação da Diretoria de Relaçþes com Investidores e a alteração da nomenclatura dos cargos da Diretoria Executiva; (v) alteraçþes aos ComitĂŞs EstatutĂĄrios; (vi) a consolidação do Estatuto Social; e (vii) autorizar a administração do Banco Inter a praticar os atos necessĂĄrios para a implementação das deliberaçþes tomadas. A proposta de alteração ao Estatuto Social, bem como demais documentos a serem analisados na Assembleia se encontram Ă disposição dos acionistas na sede social. Belo Horizonte, 17 de outubro de 2017 Rubens Menin Teixeira de Souza Presidente do Conselho de Administração

MANOEL BERNARDES COMERCIO E INDUSTRIA S.A. CNPJ: 17.449.091/0001-40 Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2016 - em milhares de Reais - R$ ATIVO PASSIVO Circulante 36.353 Circulante Caixa e Bancos 1.927 Fornecedores Contas a Receber 8.963 Financiamento Bancårio Direitos Realizåveis 2.863 Impostos e Obrig. Sociais Estoque p/ Comercialização 22.600 Outras Contas Não Circulante 2.409 Investimentos 1.037 Patrimônio Líquido TÊcnicas 1.806 Capital Social Outras Imobilizaçþes 1.600 Reservas de Capital Depreciaçþes (2.034) Lucro Acumulado Total 38.762 Total

4.057 1.545 0 1.794 717 34.705 3.913 30.792 38.762

Notas Explicativas: Manoel Bernardes Comercio e IndúsDemonstração do Resultado do Exercício Receita de Vendas 31.536 tria S.A, Ê uma sociedade anônima de capital fechado, com Deduçþes das Vendas (6.145) sede em MG. 1- A companhia tem como principal objetivo, Custo dos Produtos Vendidos (9.800) a indústria de joalheria e ourivesaria, exportação, importaDespesas Administrativas/Comercial (13.483) ção, lapidação de pedras preciosas, e prestação de serviDespesas Financeiras (269) ços. 2 $V GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV IRUDP HODERUDGDV HP Receitas Financeiras 447 obediência aos preceitos da Legislação Comercial, da Lei das S.A. 3 $V SUiWLFDV GDV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV VmR Despesas Não Operacionais (197) as seguintes: A) O resultado Ê apurado em obediência ao Variação Monetåria Ativa 81 regime de competência. B) Os estoques são demonstrados Variação Monetåria Passiva (207) pelo custo mÊdio. C) O Ativo imobilizado Ê demonstrado Provisão IRPJ/CSLL (1.105) pelo custo de aquisição. As depreciaçþes são calculadas Resultado do Exercício 859 pelo mÊtodo linear pelas taxas estabelecidas na legislação. 4- O Capital estå representado por 390.891 açþes sem valor nominal, sendo 390.886 ordinårias e quatro preferenciais. Belo Horizonte, 31 de dezembro de 2016. Manoel Bernardes Com. Industria S.A Meire C. J. Silva - CRC MG 04503806 CPF 566242636 87


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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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LIVRE COMÉRCIO

França propõe novo mandato na negociação entre UE e Mercosul País quer discutir segurança alimentar Brasília - O governo francês vai propor à Comissão Europeia a alteração do mandato para negociação do acordo de livre comércio com o Mercosul, disse ontem o embaixador do país no Brasil, Michel Miraillet, e deve pedir a inclusão da discussão sobre segurança dos alimentos. De acordo com o embaixador, quatro ou cinco outros países europeus devem apoiar a França na reunião da Comissão Europeia, nesta semana, em Bruxelas. “Não sabemos o que vai dar, mas essa é uma proposta que será feita. O mandato foi feito em 1999, precisa de alterações”, afirmou o embaixador em almoço com jornalistas em Brasília. Um dos temas centrais, segundo Miraillet, é a segurança dos alimentos, que tem aumentado de importância perante a opinião pública francesa nos últimos anos, depois de diversos escândalos, como o da carne de cavalo usada para fazer alimentos congelados, descoberto em 2013. Por mais de uma vez, o embaixador citou a operação Carne Fraca no Brasil, de março deste ano, em que mais de 60 pessoas foram indiciadas por corrupção pela liberação fraudulenta de licenças sanitárias e de fiscalização de frigoríficos. “É uma demonstração de que a democracia está funcionando no

Brasil, uma investigação nessas dimensões. Mas há preocupação com a segurança dos alimentos, e essa é uma questão que tem crescido muito nos países europeus”, ponderou o embaixador, acrescentando que a França não vê que o Brasil tenha feito esforços para melhorar a situação desde a operação. No mandato de negociação, os países da UE dão à Comissão Europeia o direito de negociar em seu nome com o Mercosul. A mesma coisa do lado dos sul-americanos. Os mandatos atuais foram negociados em 1999, quando se começou a tentativa de um acordo - abandonado depois em 2006- e tiveram seus parâmetros atualizados em 2010, quando as conversas foram retomadas. A informação de que a França pretende pedir a “atualização” do mandato foi tratada com certo desdém pelo governo brasileiro. “Se for reabrir para o lado deles, podemos reabrir pelo nosso lado. E isso não interessa a ninguém”, falou à Reuters uma fonte próxima às negociações. De acordo com essa fonte, que falou sob condição de anonimato, as cobranças para mudanças no mandato são feitas há mais de 10 anos, e a Comissão Europeia seria totalmente contrária.

Presidente francês, Emanuel Macron, afirmou a produtores agrícolas que não tem pressa para fechar acordo

Reação - A informação de que a França planeja pedir a inclusão de questão sobre segurança dos alimentos é vista como uma tentativa de intimidação. “É um elemento de perturbação, de intimidação. Uma maneira de dizer ao Mercosul para maneirar sua ambição. Não me sensibiliza nem um pouco”, disse a fonte. Temas sanitários, segundo a fonte, não estão na negociação e não precisam estar. Com livre comércio ou não, quem não cumprir os padrões terá seu produto barrado. “Isso nunca esteve na negociação, nunca se pediu para a Europa mudar seus padrões sanitários ou vice-versa. Cada um estabelece seu padrão sanitário”, afirmou. “Isso é claramente uma tática para atrasar as negociações, afirmou à Reuters um diplomata da União Europeia sediado em Brasília. Segundo a fonte, as reclamações do embaixador, de que o governo brasileiro não fez nada para melhorar as condições sanitárias depois da operação

CHINA

Carne Fraca, também não são verdadeiras. A questão da segurança alimentar dentro do acordo com o Mercosul e em outros já foi levantada mais de uma vez no Parlamento Europeu. Questionado sobre isso, o comissário para Saúde e Segurança dos Alimentos, Vytenis Andriukaitis, já afirmou que nenhum acordo levará à redução dos padrões sanitários europeus. “Com ou sem acordo de livre comércio, alimentos importados para a UE têm que cumprir as normas de segurança. Isso inclui o acordo com o Mercosul”, disse em uma reunião do Parlamento. Segundo Andriukaitis, o acordo com os países sul-americanos vai reforçar a cooperação e a troca de informações sanitárias e fitossanitárias para garantir os padrões necessários. Sem avanço - Há 10 dias, a rodada de negociações entre UE e Mercosul, em Brasília, terminou sem avanços na questão central,

de acesso a mercados. Os países sul-americanos esperavam a oferta sobre carne e etanol, que os europeus deviam desde maio de 2016, mas os valores oferecidos - 600 mil toneladas de etanol e 70 mil de carne, abaixo do oferecido em 2006 - foram considerados decepcionantes e as conversas não avançaram. Na semana passada, o presidente francês, Emanuel Macron, afirmou, em discurso para produtores agrícolas, que a França não tinha pressa de fechar o acordo, contradizendo o cronograma estabelecido pela própria UE, que previa o anúncio em dezembro deste ano. O embaixador da França no Brasil prevê que realmente será difícil cumprir o prazo anunciado pela UE, mas garante que a França continua muito interessada no acordo. “Mas é preciso um acordo forte e durável, um acordo ganha-ganha”, defendeu. Uma nova rodada de negociações acontecerá em Brasília no início de novembro. (Reuters)

MOVIMENTO SEPARATISTA

Presidente do banco central estima que a Espanha dá prazo a autoridades economia crescerá 7% neste segundo semestre da Catalunha até quinta para que desistam de independência

Xangai, China - O presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, afirmou que a economia do país pode crescer 7% no segundo semestre deste ano, acelerando ante os primeiros seis meses e desafiando as expectativas generalizadas de uma desaceleração. A previsão de crescimento de Zhou foi feita apenas alguns dias antes do Congresso do Partido Comunista, no qual o presidente Xi Jinping deve fortalecer seu controle em uma reorganização de sua liderança. Embora a China tenha crescido 6,9% no primeiro semestre, acima das expectativas, muitos economistas e investidores esperavam

uma desaceleração no restante do ano. Essas visões são fundamentadas principalmente em três fatores: maiores custos de empréstimos, aumento das restrições na compra de casas para desacelerar a alta dos preços e fechamentos pelo governo de algumas siderúrgicas e fábricas nos próximos meses para reduzir a poluição do ar no inverno.

Consumo doméstico - Mas a força por trás do crescimento tem sido principalmente o consumo doméstico, disse Zhou em declarações publicadas ontem no site do Banco do Povo da China. “O crescimento econômico da

China desacelerou nos últimos anos...mas o crescimento econômico se recuperou neste ano, com o PIB alcançando 6,9% no primeiro semestre, e pode alcançar 7% no segundo semestre”, considerou Zhou no Seminário Bancário Internacional do G30 em Washington, no domingo. Investidores esperam para ver se o crescimento econômico sustentado neste ano dará aos líderes da China a confiança para acelerar e aprofundar as reformas, embora muitos digam que Pequim continua a depender demais do estímulo alimentado pela dívida. A China publica os dados do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre amanhã. (Reuters)

Chineses querem 5% da Saudi Aramco Dubai/Londres - A China está fazendo uma oferta para comprar até 5% da Saudi Aramco diretamente, revelaram fontes, uma manobra que poderia dar à Arábia Saudita flexibilidade para considerar diversas opções para seu plano de colocar o maior produtor mundial de petróleo no mercado de ações. As petroleiras estatais chinesas PetroChina e Sinopec escreveram à Saudi Aramco nas últimas semanas para expressar interesse em um acordo direto, disseram fontes da indústria

à Reuters. As companhias são parte de um consórcio estatal que inclui o fundo soberano da China, afirmam fontes. Reino - O príncipe herdeiro do Reino da Arábia Saudita Mohammed bin Salman contou no ano passado que o reino estava considerando listar cerca de 5% da Aramco em 2018 em um acordo que poderia arrecadar US$ 100 bilhões, se a companhia for avaliada em US$ 2 trilhões, como é esperado. “Os chineses querem as-

segurar oferta de petróleo”, apontou uma das fontes da indústria. “Eles estão esperando levar todos os 5%, ou até mais, sozinhos.” A PetroChina e a Sinopec não quiseram comentar. A oferta pública inicial (IPO) da Saudi Aramco é a peça central de um plano de reforma econômica para diversificar a economia saudita para além do petróleo e iria fornecer um reforço bem-vindo ao orçamento do reino, que tem sido afetado pelos baixos preços do petróleo. (Reuters)

Madri/Barcelona - As autoridades da Catalunha precisam desistir de sua iniciativa independentista até quinta-feira, afirmou o governo da Espanha, chegando mais perto de impor um controle direto sobre a região depois que seu líder não cumpriu um prazo inicial estabelecido por Madri para recuar. Em um confronto visto com preocupação crescente pelas capitais e mercados europeus, até ontem Carles Puigdemont não havia respondido a um ultimato de Madri e esclarecido se de fato declarou a independência. Segundo a emissora catalã TV3, citando fontes, Puigdemont não vai responder ao novo ultimato. Mergulhando o país em sua pior crise política desde um golpe militar fracassado em 1981, os eleitores catalães apoiaram um referendo que o Tribunal Constitucional espanhol considerou ilegal. Com base na votação, Puigdemont fez uma declaração de independência simbólica na terça-feira da semana passada, mas imediatamente a suspendeu e pediu para negociar o futuro da região com Madri. O governo espanhol havia lhe dado até as 10h locais de ontem para esclarecer sua posição quanto à independência com um “sim” ou “não”, e até quinta-feira para mudar de ideia se insistisse na separação, dizendo que suspenderá a autonomia da Catalunha se ele escolher a secessão.

Após o vencimento do prazo, a vice-primeira-ministra espanhola, Soraya Sáenz de Santamaría, disse que ele não respondeu à pergunta e que tem até a quinta-feira para fazê-lo. “O senhor Puigdemont ainda tem a oportunidade de começar a resolver esta situação, ele precisa responder ‘sim’ ou ‘não’ à declaração”, afirmou. Diálogo - Em uma carta ao premiê espanhol, Mariano Rajoy, tornada pública ontem, Puigdemont não respondeu diretamente sobre a questão independentista, fazendo, em vez disso, uma oferta “sincera e honesta” de diálogo entre os dois líderes ao longo dos próximos dois meses. Em resposta, Rajoy afirmou que a postura de Puigdemont deixou Madri mais perto de acionar o artigo 155 da Constituição, mediante o qual pode impor o controle direto sobre qualquer uma das 17 comunidades autônomas do país se estas violarem a lei. Insinuando que Puigdemont e sua equipe continuam indispostos a seguir o plano de jogo de Rajoy, o ministro do Interior catalão, Joaquim Forn, afirmou que o artigo 155 não permite a Madri afastar membros do governo da Catalunha. Autoridades da União Europeia continuam temerosas de que o impasse crescente entre Madri e Barcelona encoraje iniciativas independentistas em outras partes do bloco. (Reuters)


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POLÍTICA JUSTIÇA

AFASTAMENTO

Destino de Aécio está indefinido Tucano precisa, no mínimo, de 41 votos de senadores para reassumir o mandato Brasília - Sem atividade parlamentar, passaporte e proibido de sair de casa à noite, desde 26 de setembro, por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) terá o futuro decidido hoje pelos colegas no Senado. Em uma sessão no plenário da Casa, o tucano pode retornar ao cargo caso a maioria dos senadores, 41, opte pela derrubada da decisão do Supremo. Contra Aécio pesa a decisão liminar do juiz federal Márcio de Freitas, do Distrito Federal. Ele proibiu que a votação seja secreta. Caso a liminar seja derrubada, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), vai decidir como encaminhará a votação, antes porém, pretende discutir o assunto com os líderes dos partidos. Para garantir a decisão da Justiça Federal de Brasília de fazer a votação aberta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), favorável ao afastamento de Aécio, protocolou na manhã de ontem mandado de segurança no STF. “A regra da Constituição é clara: o voto neste caso tem que ser aberto, claro e transparente”, defendeu. O líder do PMDB, Rai-

mundo Lira (PB), não declarou voto, mas afirmou ser pessoalmente favorável à votação aberta. O PMDB tem 23 dos 81 votos. Em uma rede social, a senadora Ana Amélia (PP-RS) adiantou como vai votar. “Espero que essa votação seja com voto aberto, de forma transparente! Votarei para manter a decisão do STF, pelo afastamento do senador”. Para o senador Roberto Requião (PMDB-PR), o Senado deve agora apoiar o afastamento, sob o risco de se desmoralizar. De acordo com ele, cabe à Casa legislativa mostrar que não é complacente com a corrupção. Outro partido, o PT, que inicialmente chegou a criticar a decisão do STF de afastar Aécio do mandato, voltou atrás. Em reunião marcada para hoje, antes da votação, a sigla deve fechar questão e votar pela manutenção das medidas contra o tucano. À época da prisão em flagrante do então senador Delcídio do Amaral, em 2015, com o apoio do PSDB e de Aécio, o Senado decidiu derrubar a prerrogativa de votação secreta e registrar abertamente o voto dos senadores. O ex-petista acabou afastado por 59 votos

VALTER CAMPANATO / ABr

a favor, 13 contra e uma abstenção. Na última quarta-feira, a Suprema Corte decidiu que a adoção de medidas cautelares que restrinjam a atuação de um parlamentar, como o afastamento dele de suas atividades legislativas, precisa do aval da Câmara dos Deputados ou do Senado.

Queda de mula - O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) faltará à sessão que decidirá sobre o futuro de Aécio Neves devido a um acidente de mula. Segundo nota, o líder do DEM no Senado está de licença médica após ter fraturado o úmero em A volta de Aécio põe o Senado em risco de desmoralização uma queda de mula em sua fazenda no município de Caiado afirmou que estará Eles estão em viagem Mara Rosa (GO), na última de repouso em sua casa em à Rússia ou a Abu Dhabi sexta-feira. Goiânia. Desde o fim de se- (Emirados Árabes Unidos) “O acidente ocorreu após tembro, Aécio está afastado em missão oficial. O líder uma mula, que estava sendo do mandato e cumprindo do governo, Romero Jucá domada, derrubar o senador. recolhimento noturno. (PMDB-RR), também não Com apenas quatro dias do Além dele, ao menos oito comparecerá porque se reacidente, o paciente está senadores também já avisa- cupera de uma diverticulite. impossibilitado de fazer ram que não devem compaPelas últimas contas, ao qualquer deslocamento”, diz recer à sessão de hoje: Jorge menos 30 senadores moso texto. Caiado postou um Viana (PT-AC), Vanessa tram disposição em votar vídeo em rede social após o Grazziotin (PC do B-AM), contra o senador, que precisa acidente para mostrar como Ricardo Ferraço (PSDB-ES), de ao menos 41 votos dos é domar uma mula. Armando Monteiro (PTB- 81 senadores para reverter Durante a votação que -PE), Cristóvam Buarque a decisão do Supremo. Por decidirá sobre a manuten- (PPS-DF), Sérgio Petecão isso, as ausências contam ção ou não das medidas (PSD-AC), Gleisi Hoffmann contra o tucano, que é quem restritivas impostas pelo (PT-PR) e Roberto Muniz tem de alcançar os votos STF ao senador tucano, (PP-BA). necessários. (ABr/FP)

PT

Defesa de Dilma quer anular impeachment Brasília - A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que vai apresentar informações referentes à delação do empresário Lúcio Funaro para reforçar um pedido de anulação do impeachment da petista em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Em delação, Funaro afirmou que repassou ao então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), R$ 1 milhão para comprar apoio de deputados favoráveis ao afastamento de Dilma. Detalhes da delação do empresário foram tornados públicos nos últimos dias após a divulgação do vídeo da colaboração de Funaro, que consta do procedimento que corre na Câmara a respeito da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Para o advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, desde o início do processo de impeachment da petista a defesa tem sustentado que o afastamento dela é nulo porque foi baseado em “decisões ilegais e imorais” tomadas por Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar a “sangria da classe política brasileira”. “Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment”, afirmou Cardozo. Segundo o defensor, ele vai requerer na terça-feira a juntada dessa “prova” ao mandado de segurança que Dilma apresentou ao Supremo para anular o impedimento e cujo mérito ainda não foi julgado pela Corte. “Entendemos que na defe-

sa da Constituição e do Estado Democrático de Direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade”, afirmou. Em outubro passado, o ex-ministro do STF Teori Zavascki, então relator do mandado de segurança, negou pedido de liminar feito pela defesa de Dilma. O julgamento do mérito do recurso, agora relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, nomeado por Temer para uma cadeira no Supremo, ainda não ocorreu. Perseguição - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma operação de busca e apreensão na casa de seu filho adotivo, Marcos Cláudio, para sustentar a tese de que é vítima de perseguição. Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), Lula disse ainda que o delegado responsável pela ação deveria lhe pedir desculpas. Na manhã do último dia 10, o delegado da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, comandou a operação, alegando ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço. Saiu de lá com DVDs e computadores. A juíza que autorizou a ação, Marta Pistelli, afirmou depois que o pedido da Polícia Civil não identificava nome do morador e que policiais foram a dois endereços, quando ela havia autorizado só um. “Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu.

Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a hombridade, de pedir desculpas”, discursou Lula. E perguntou: “Até quando eles vão me perseguir?” O ex-presidente afirmou que “fazem uma confusão” para evitar sua candidatura à Presidência. Ele lembrou a

operação realizada em sua própria casa para dizer que reviraram o colchão onde dorme. Mas não encontraram provas contra ele. “Quero provas. Sou investigado há três anos. Já encontraram dinheiro do Aécio, do Serra, do Geddel, do Temer. Quero ver que eles encontrem dinheiro. Já inva-

diram a minha casa, a casa dos meus filhos. Todos eles com a máquina fotográfica no peito. Levantaram o colchão onde eu durmo, pensando que tinha dólar, ouro e joia. Se não encontraram nada, deviam ter a humildade de pedir desculpas ao Lula e ao povo brasileiro”, reclamou Lula. (Reuters/FP)

PESQUISA

Apoio de brasileiros a militares no poder supera a média mundial Washington - A parcela de brasileiros que apoia pelo menos uma forma de governo “não democrática” e que mostra simpatia por militares no poder é maior do que a média global, segundo um levantamento realizado pelo norte-americano Centro de Pesquisas Pew em 38 países. Segundo a pesquisa, 23 % dos entrevistados no Brasil diz não gostar da democracia representativa e apoia ao menos uma das três formas de governo: tecnocrático, militar ou com um “líder forte”. Nos 38 países, a média é de 13%, com 23% dizendo descartar formas de governo “não democráticas”. Se contabilizados os brasileiros que consideram a democracia representativa “boa” mas também apoiam ao menos uma forma de governo “não democrática”, a parcela do País que considera válido um regime militar, tecnocrático ou autoritário sobe para 62%. O levantamento foi feito entre fevereiro e maio com 41.593 pessoas nos 38 países de cinco continentes. No Brasil, foram entrevistadas 1.008 pessoas, pessoalmen-

te, entre março e abril, com margem de erro de 4,7 pontos percentuais. Quando a pergunta é feita especificamente sobre um governo militar, 38% dizem que a opção seria boa no Brasil, contra 55% que se opõem. Em todos os países, a média é de 24% de apoio a esse tipo de governo. O índice do Brasil é semelhante ao de países como Senegal e Tanzânia e maior do que a média de 31% de apoio a governos militares na América Latina - onde foram considerados, além do Brasil, Argentina, Colômbia, México, Chile, Peru e Venezuela. Em todo o mundo, a simpatia pela ideia dos militares no poder é maior entre quem tem um grau de escolaridade menor, com uma diferença que chega a até 23 pontos percentuais entre os dois grupos, como é o caso no Peru. No Brasil, 45% dos entrevistados que não tinham completado o ensino médio se disseram favoráveis a esse tipo de governo, enquanto o apoio entre os que tinham essa etapa completa é de 29%. Apesar de mais de um

Voos fretados por Pimentel devem ser divulgados São Paulo - A Justiça de Minas Gerais determinou que o Estado divulgue informações sobre voos fretados pelo governador Fernando Pimentel, que passaram a ser consideradas sigilosas durante o seu mandato. A decisão, do juiz Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública em Belo Horizonte, determina que o chefe do gabinete militar do governador libere as informações sobre a relação dos voos realizados por Pimentel em 2015 junto à empresa Líder Táxi Aéreo, com data, trajeto, lista de passageiros e motivo da viagem. Ainda manda que o gabinete diga qual era a situação de cada aeronave do governo nas datas em que Pimentel usou o serviço de fretamento. O pedido à Justiça foi feito pelo deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) e é uma das duas ações protocoladas na Justiça mineira após a “Folha de S.Paulo” revelar que o governo passou a entender que os voos do governador eram sigilosos. A gestão Pimentel argumenta que, se divulgadas, as informações colocariam em risco a segurança do governador e da sua família. “Não há falar-se em perigo à segurança do Senhor Governador, mormente quando se vê que as informações pleiteadas se referem a fatos pretéritos e a rotas traçadas no ano de 2015”, diz o juiz em sua decisão. “Ressalto que o impetrante é detentor de mandato popular, o que o legitima ainda mais a postular as informações.” O governo de Minas Gerais foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou. A outra ação que pede informações sobre os voos do governador, de autoria do advogado Mariel Marley Marra, ainda não foi julgada. A ação de Marra pede o registro dos voos realizados por Pimentel entre janeiro e abril de 2016, com informações sobre os trechos percorridos, as datas e quem acompanhava o governador.

terço dos brasileiros entrevistados se dizer favorável a um governo militar, 63% afirmam ser “ruim ou muito ruim” um governo autocrático. A média de todos os países é ainda mais alta: 71%, com os países europeus puxando o número, com 86% Decreto - O governo de reprovando, em média, esse Minas tem argumentado que se baseia em um detipo de modelo. creto de 2012 -que pede Insatisfação - Os números sigilo a informações que refletem uma insatisfação no coloquem em risco a seBrasil com o sistema atual. gurança do governador e Segundo o levantamento, da sua família- para não 33% dos brasileiros avaliam divulgar os dados. Eles como “ruim” a democra- seriam liberados ao fim cia representativa e só 8% a do mandato. No entanto, as informaconsideram “muito boa”. A rejeição é maior do que em ções que agora são sigilosas todos os seis países africanos, já haviam sido disponibilios dez europeus e os seis asi- zadas à “Folha de S.Paulo” áticos incluídos na pesquisa. via Lei de Acesso à InforO Brasil também apre- mação em outubro de 2015. sentou um dos mais baixos A reportagem voltou a índices de confiança de que o pedir os dados atualizados governo federal faz “o que é depois, mas eles foram certo para o país”: 2% disse- negados. No começo do ano, o ram acreditar “muito” nisso, 22% afirmam acreditar em tema dos voos de Pimentel parte. Até na Venezuela os voltou a repercutir após o entrevistados se mostraram governador ter usado um mais confiantes: 29% declara- helicóptero do Estado para ram confiar no governo, com buscar o filho em uma festa 14% deles dizendo confiar de Ano-Novo no interior de Minas. (FP) muito. (FP)


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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br

TURBULÊNCIAS

Temer quer “sepultar” segunda denúncia Vídeos da delação de Funaro e a busca da PF em endereços do irmão de Geddel causam apreensão Brasília - Depois de mais um embate com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em torno da divulgação dos vídeos da delação do empresário Lúcio Funaro, a ordem no Palácio do Planalto é por panos quentes e “enterrar” logo a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, disseram interlocutores de Temer. Depois de uma primeira reação irritada, em que auxiliares próximos do presidente acusaram Maia de colocar no ar os vídeos para constranger o presidente, a ordem ontem era diminuir o tom de confronto e aceitar a alegação de Maia de que no material recebido do Supremo Tribunal Federal (STF) não havia a informação de que os vídeos estavam sob sigilo. A assessoria do ministro Edson Fachin, relator do caso no STF, informou que o sigilo da delação não havia sido retirado. Na prática, isso significa que a Câmara divulgou-os indevidamente, Ao tomar conhecimento dos vídeos em matérias do jornal “Folha de S.Paulo”, o advogado de Temer, Eduardo Carnelós, divulgou uma nota criticando o que

chamou de “vazamentos criminosos”. Maia reagiu chamando o advogado de “incompetente”. De acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, Carnelós garante que não sabia que os vídeos estavam no site da Câmara, não tinha visto e criticou o que acreditava ser um vazamento, não o presidente da Câmara, ao que Maia reagiu. Carnelós depois divulgou uma segunda nota, a pedido de Temer, esclarecendo que não havia imputado a Maia o vazamento. Na operação panos quentes, Temer determinou ao ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para conversar com o presidente da Câmara e distensionar a relação. “Está todo mundo muito tenso, tem que deixar isso quieto. Temos que olhar para frente”, disse um parlamentar próximo ao Planalto. A avaliação no Planalto é que, apesar dos vídeos serem ruins, seu conteúdo não é exatamente uma novidade. Problemas com o presidente da Câmara podem prejudicar ainda mais Temer na relação com a Casa do que a delação. Esse é o segundo embate com Maia em poucos dias. Na semana passada, os líde-

MARCELO CAMARGO/ABr

res da base mandaram suas bancadas esvaziar a sessão em que o presidente da Câmara tentava votar a medida provisória que cria acordos de leniência para bancos para que os parlamentares dessem quórum para a leitura do relatório sobre a denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça. MPs - Maia reagiu com irritação e avisou ao Planalto que não iria mais colocar em votação medidas provisórias (MPs) que não cumprissem os requisitos de urgência e relevância. Um parlamentar próximo ao presidente da Câmara confirma que Maia ficou “extremamente” incomodado com a postura do Planalto no caso. “Não é apenas isso. É dentro de um contexto de coisas acumuladas”, disse. “Não se pode cobrar dele uma postura de líder de governo. Ele é o presidente da Câmara”. Para o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara, o advogado de Temer “jamais” iria criticar Maia, até porque não sabia que os vídeos estavam no site da Câmara desde o fim de maio. Ele não acredita que esse episódio

O gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima foi alvo de ação de busca e apreensão da PF

possa ter reflexos negativos para o governo. “O Rodrigo não tem essa característica (de atuar contra o governo) e vai tocar a denúncia institucionalmente como tem que tocar”, afirmou. A avaliação de aliados é que, a despeito do embate, o governo precisa manter as pontes com Maia e trabalhar para concluir logo a votação da denúncia. Mesmo com a possibilidade de redução do apoio em relação à primeira acusação, os governistas acreditam ter números para aprovar o parecer do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contrário à denúncia. Uma das ideias em dis-

cussão é abreviar, entre os aliados, a fase de discussão do parecer para seguir mais rápido para a votação, assim como foi feito na apreciação da primeira denúncia. A ordem é tentar votar o texto nesta semana na CCJ e, na próxima, em plenário. “Você tem algo muito bem definido, que a denúncia é muito fraca e foi totalmente desconstituída pelo relator”, disse Mansur. Bunker - A ação da Polícia Federal ontem,, que fez busca e apreensão em endereços ligados ao deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro de Temer Geddel Vieira Lima, que está preso, também não

preocupa aliados do governo. Haveria um temor de que o aprofundamento das investigações pudesse levar Geddel a fazer uma delação premiada que implicasse o presidente. Para Mansur, a ação da PF sobre o irmão de Geddel não afetará Temer por não ter nenhuma ligação com ele. «Uma coisa é o Geddel, outra o presidente”, destacou. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, visa a apurar indícios de ligação entre o deputado com os R$ 51 milhões apreendidos em um endereço ligado a Geddel. (Reuters)

Oposição na Câmara ganha ânimo Brasília - A divulgação dos vídeos da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro e a operação de busca e apreensão ontem no gabinete e na residência do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) deram novo ânimo à oposição na Câmara para garantir o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Os oposicionistas dizem que os novos episódios podem ajudar a reverter votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a estratégia, a partir de agora, é explorar os acontecimentos com profundidade no colegiado, incluindo a exibição dos vídeos de Funaro durante a sessão de debates, prevista para começar hoje. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos principais articuladores da oposição na CCJ, disse contabilizar agora 36 votos pela rejeição da denúncia contra 28 votos pelo prosseguimento do processo (contando com a expulsão dos deputados do PSB que hoje integram a CCJ). Até semana passada, os governistas diziam ter entre 38 a 44 votos a favor de Temer. “Esse placar vai se alterar muito mais”, prevê Delgado. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) vê agora chances de se aprovar o andamento da segunda denúncia contra Temer. “A notícia da participação dele (Temer) em vários crimes praticados por outros parlamentares do PMDB da Câmara aumentam a pressão para a aceitação da segunda denúncia. Isso num contexto em que a base do governo está mais fragmentada, o governo mais impopular e as eleições do ano que vem mais próximas”, afirmou. O parlamentar de Minas Gerais também acredita que as novas revelações sensibilizarão ainda mais os parlamentares, o que tende a causar mais preocupação para o Palácio do Planalto. Na avaliação do deputado, Temer decidiu encaminhar uma carta aos parlamentares por “desespero”. “A carta é a demonstração clara de fragilidade. Ele não o fez da

primeira vez”, comentou. Delgado disse que o grupo deve apresentar um voto em paralelo pela admissibilidade da denúncia. Até o momento, só o deputado Major Olímpio (SD-SP) protocolou um parecer em separado favorável ao andamento do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em seus 15 minutos de tempo de discurso na CCJ, Delgado avisou que pedirá a exibição dos vídeos de Funaro. “Quero ver o vídeo e o presidente (Rodrigo Pacheco) não pode me negar”, declarou. “Credibilidade” - Vice-líder da bancada do PMDB na Câmara, o deputado Mauro Pereira (RS) disse que o impacto dos vídeos de Funaro na base aliada é “zero” porque o delator não tem “credibilidade”. O peemedebista adotou o discurso de que os aliados estão preocupados com a retomada econômica e não têm interesse em tirar Temer da presidência. “Existe uma preocupação grande com a economia do País. A economia estando bem, é um fato super relevante”, afirmou. Questionado sobre a necessidade do envio de uma carta aos parlamentares, Pereira destacou que Temer fez questão de demonstrar respeito aos deputados que o julgarão e assim “clarear a situação”. “O governo está tentando mostrar para os colegas deputados que ele está com a razão”, respondeu. A CCJ tem marcada para hoje a sessão de debates sobre a denúncia contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência). Na semana passada, um pedido de vista interrompeu a análise da denúncia por duas sessões plenárias. Como hoje não teve sessão no plenário principal e só transcorreu uma sessão do prazo, foi marcada uma sessão extraordinária para a manhã desta terça-feira na Câmara de modo a garantir que, em algum momento do dia, a CCJ abra a sessão de debates sobre a denúncia. (AE)


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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

ALIMENTAÇÃO

Self services da Capital se reinventam para manter a clientela Uso de produtos da safra e manutenção de preços são estratégias ALISSON J. SILVA

MÍRIAN PINHEIRO

Os donos de restaurantes de comida a quilo (self service) na capital mineira enfrentam dificuldades na gestão do negócio, que, em função da atual conjuntura econômica, têm registrado queda no faturamento e margem de lucro reduzida. Os principais gargalos enfrentados são o alto custo operacional, o que inclui gastos com segurança alimentar, mão de obra e o preço de insumos - cujos aumentos sucessivos não têm sido repassados aos clientes. Para manter as portas abertas, os empresários vêm contornando a crise com muita paciência e criatividade, como a troca de fornecedores e a compra de produtos da estação, entre outras estratégias. O Projeto Sabor (www.projetosabor.com.br), restaurante com duas unidades na Capital, nos bairros São Bento e Belvedere, ambos na região Centro-Sul, além de registrar impacto negativo de 15% na receita, vem trabalhando quase sem nenhuma margem líquida. De acordo com o sócio-proprietário, Igor Lopes Andrade, há dois anos ele não consegue reajustar o preço do quilo da comida (R$ 53,90) nos restaurantes. “Com a crise, as pessoas deixaram de comer fora ou optaram por alimentação mais barata. Estou trabalhando com uma margem de lucro no patamar da sobrevivência do negócio”, revela. As unidades recebem, em média, 400 pessoas por dia. São produzidos diariamente cerca de 300 quilos de alimento. Lopes reclama principalmente dos aumentos recorrentes no preço do gás e da luz, além da instabilidade no quadro de pessoal. “Emprego 100 funcionários. A maioria com pouca formação profissional. Às vezes, um faz o trabalho de dois, três”, diz. Desde que abriu o primeiro Projeto Sabor, no São Bento, há 12 anos, o empresário diz ter feito investimentos robustos em expansão, na qualidade dos alimentos servidos e no serviço prestado. Não se arrepende. Segundo ele, ganhou share e diferencial competitivo. Mas, para continuar, cultiva a paciência. Torce pela recuperação econômica do País e pela reforma das leis trabalhistas, que possibilitarão, na sua visão, melhor relação entre patrão e empregado. Paixão antiga - Para Felipe Coelho de Assis, sócio-proprietário do premiado restaurante Couve e Flor (www.restaurantecouveflor.com.br), localizado no bairro de Lourdes (Centro-Sul), eleito várias vezes o melhor self service da cidade, são 26 anos de trabalho duro em meio a crises recorrentes. Mas nada faz ele e a mãe, Alice Coelho de Assis, também sócia, desistirem. “Esse é o nosso negócio. Não queremos fazer outra coisa”, afirma.

O Projeto Sabor vem trabalhando quase sem nenhuma margem líquida

A empresa, que não tem nenhum tipo de programa estratégico de fidelização, registrou até agora, na mesma base de comparação, queda de 10% no faturamento. Como saída, inova no cardápio para evitar repasse de custo ao cliente. “Nossa despesa é alta. Temos um custo fixo de aluguel, além de 19 empregados, todos com plano de saúde que não é descontado. Não é fácil”, observa o sócio. A empresa, ele diz, não deve nada, mas também opera no limite. “Tenho um mínino reservado para eventualidades e só”, completa. Sem planos de expansão, Felipe Assis comenta que o único ‘investimento’ que fará, em breve, é na pintura das paredes do imóvel, um tipo de manutenção básica. No Couve e Flor são servidas 350 refeições/dia, a um tíquete médio de R$ 25. Fazendo uma conta simples, a receita bruta do estabelecimento é de R$ 8.750 diariamente. Para dar conta de absorver os custos operacionais do negócio, Felipe Assis enxuga aonde consegue. “O cardápio não é fixo, sempre reinventamos. Também compro insumos em promoção, mas de fornecedores confiáveis, garantindo assim a qualidade da comida que servimos e de nossos serviços”, destaca. Aliás, para ele, qualidade é básico e atendimento é diferencial. “Trabalhamos com o mesmo açougue há 26 anos. Prazo de entrega, confiança na origem dos alimentos e facilidade de pagamento não tem preço. Prefiro pagar mais por um fornecedor de confiança a me aventurar”, ensina. Gerir um restaurante não é tarefa fácil. Não à toa, 35% dos estabelecimentos fecham as portas antes de completar dois anos de vida, segundo cálculos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Além dos custos fixos, os gastos se multiplicam na forma de despesas não previstas. Há, portanto, só uma maneira de ganhar dinheiro nesse ramo: o cliente tem

de entrar, consumir e pagar. Região central - Dono de três self services na região central da Capital, Fernando Ferreira buscou saída na compra de produtos sazonais. Mas, mesmo optando pela compra de produtos mais baratos, o restaurante mantém no cardápio iguarias nobres, inclusive da cozinha internacional. “O meu público é exigente. Procura uma comida elaborada aliada a um serviço de primeira”, argumenta. O tíquete médio no Riviera (restauranterivierabh.com.br) é de R$ 30 e o preço do quilo do bufê varia de R$ 78,90 de segunda a sexta-feira e R$ 81,90 nos finais de semana e feriados. Dizendo-se otimista, mas realista, Ferreira não vê melhoras no cenário econômico a curto prazo. “Estimo ainda um cenário tenebroso para o segmento no ano que vem”, lamenta, admitindo queda de 15% no movimento dos restaurantes neste ano na comparação com o ano anterior. Em uma das casas, o Riviera, localizado há 19 anos na rua Goiás, o impacto no faturamento chegou a 20%. Ele atribui a queda expressiva ao fato de a maioria dos clientes ter perdido o emprego. “O entorno do restaurante é formado por empresas. Muitas demitiram mais da metade dos funcionários e isso repercutiu muito no movimento”, avalia. Ao lado disso, ele destaca o aumento salarial de 10,5% de seus 90 empregados ocorrido em julho de 2016, e mais 3% estimados para esse ano, além do aumento da água, da energia e do gás. “Só o botijão de gás aumentou 48% em um ano e meio”, afirma, ressaltando a dificuldade que enfrenta no dia a dia para manter-se no ramo. Ferreira não reajusta os preços nos restaurantes há dois anos.

Verdinho registra o mesmo faturamento há dois anos Terceiro lugar no concurso “O quilo é nosso”, promovido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o self service Verdinho, que mantém duas casas na região Centro-Sul, no Shopping São Bento e Falls, também segue no “sacrifício”, trabalhando com margem de lucro reduzida e com faturamento no mesmo patamar há dois anos. Criado há 14 anos pelos empresários Soraya Hazana e Rodrigo Figueiredo Burni, incluindo mais recentemente uma nova sócia, Gabrielle Carvalho Spinelli, os restaurantes, que empregam 70 funcionários e servem refeições a cerca de 700 pessoas/dia contando as duas unidades, enfrenta as mesmas dificuldades apontadas pelos outros donos de restaurantes citados na reportagem. Mas, segundo a sócia-proprietária Soraya Hazana, não resta alternativa, é preciso tentar absorver os custos sem repassar e inovar - sempre. Assim, ela diz, aposta na variedade do bufê, que disponibiliza até comida árabe e chinesa, e em estratégias comerciais, como divulgação em mídias sociais (Instagram e Facebook) e programas de fidelização, como os cartõezinhos em que a cada 15 refeições o cliente ganha R$ 15 de desconto na próxima refeição. O tíquete médio no Verdinho é de R$ 52,90 durante a semana e R$ 64,90 aos sábados, domingos e feriados. “Tenho que ser otimista. Amo o que faço. Por isso estou sempre reinventando pratos, participando de eventos, comprando insumos mais baratos, porém diferenciados”, diz. Mercado - A situação do setor é preocupante. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) - Minas Gerais, Ricardo Rodrigues, em três anos de crise econômica no País, Belo Horizonte e toda a região metropolitana perderam cerca de 30% dos estabelecimentos comerciais atuantes no ramo de alimentação fora do lar. “São três anos de dificuldades. A palavra lucro saiu do dicionário dos donos de bares e restaurantes”, lamenta, acreditando que o setor se manterá estável neste ano, podendo ter um crescimento modesto no ano que vem. Hoje, ele diz, são 22 mil estabelecimentos em atividade na Capital e Grande BH, a maioria trabalhando com margens líquidas achatadas e crescimento na casa de 3% ao ano, dependendo do segmento. “A maior parte permaneceu estável ou cresceu um pouco mais que isso. Mas acima de 10% ninguém cresceu”, avalia.

A retomada do fôlego do setor, principalmente do segmento de self service, tão esperada, só virá com a estabilidade da economia e seu desvinculamento da política e a volta do poder de compra do brasileiro. Nesse sentido, em uma tentativa de movimentar e valorizar a comida dos restaurantes self service não só de Belo Horizonte, mas de todo o País, a Abrasel organizou, em nível nacional, o concurso “O Quilo é Nosso”, entre 11 a 25 de setembro. Em Belo Horizonte, três, entre 200, foram eleitos: Daniel´s Cook , Aromi e Verdinho. Foram cinco critérios de avaliação, que podiam receber de zero a cinco pontos dos clientes: ambiente, atendimento, limpeza, qualidade geral do buffet e a receita, sendo que este último item teve peso dobrado na apuração dos votos. O resultado da próxima etapa (melhor receita dentre os três mais votados de cada estado) sairá até o dia 25 de outubro. Pesquisa - Com todos os desafios que o negócio enfrenta nos dias atuais, o self service ainda lidera o setor de alimentação fora do lar. Em recente pesquisa nacional, o Sebrae apontou que de cada 10 restaurantes de pequeno porte no Brasil, seis adotam o sistema de atendimento self service ou comida por quilo. O levantamento também revela que, na visão dos empresários, a despesa com funcionários é o item que mais impacta o custo operacional dessas empresas. Para a analista do Sebrae Minas Mônica Alencar, o mercado não está saturado, mas é concorrido. Responsável pelo Núcleo de Atendimento às Empresas de Alimentação fora do lar, ela diz que se a economia está em crise, o food service não decola, embora esteja incorporado ao cotidiano do brasileiro, que recorre a restaurantes como alternativa prática, acessível e saudável para sua refeição principal. “Mas à medida que a renda melhorar, o mercado toma fôlego. Ninguém, podendo, abre mão de praticidade e proximidade”, afirma a analista. Como estímulo, ela sugere aos empresários manter o bom atendimento e a qualidade dos produtos, diferenciais fundamentais para a fidelização da clientela. “Gestão saudável passa por cumprimento de aspectos legais, avaliação de riscos, mão de obra qualificada”, completa. Para ela, é estratégico garantir a qualidade do atendimento, diversificar o cardápio e focar sempre na melhoria da administração. (MP)

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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

SUSTENTABILIDADE

Projeto analisa conversão de energia solar em elétrica DA REDAÇÃO

Temas como a ética e o papel da comunicação dentro e fora das empresas permeiam todas as discussões do E-Com

PESQUISA

Proposta do E-Com é oxigenar e integrar ideias Objeto de estudo é a comunicação das empresas com o mercado DANIELA MACIEL

Criado em 2002, por recém-formados que já atuavam no mercado, o Grupo de Estudos em Comunicação (E-Com) tem como objetivo promover a integração entre profissionais ligados à área de Comunicação, por meio de troca de experiências, estudo de casos, debates e seminários. Passados 15 anos, cerca de 30 empresas, de diferentes portes e setores, participam de reuniões mensais. Compõem o grupo empresas como: Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), TIM, Cemig Telecom, Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Vale, MRV Engenharia, Magnesita, ArcelorMittal, Cruzeiro Esporte Clube, Cimentos Liz, Hospital André Luiz, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), dentre outros. De acordo com a jornalista da Divisão de Imprensa (DVIP) da Copasa e membro do E-Com, Anice Pennini, o E-Com é um espaço de oxigenação de ideias. “Os cenários no mercado de trabalho são

dinâmicos e os profissionais que fazem parte do E-Com estão atentos a essa realidade e ao fato de que toda grande instituição vai em busca da excelência. Com isso, a Comunicação, seja interna, com clientes, investidores ou com os demais stakeholders, demanda alinhamento às melhores práticas de mercado que possam auxiliar os gestores de comunicação na tomada de decisões mais assertivas”, explica Anice Pennini. Via de regra, as reuniões acontecem na unidade Lourdes do Centro Universitário Una, que cede o espaço e estrutura. As demais empresas contribuem no sentido de liberar até dois colaboradores da área para participarem dos encontros e compartilharem suas dúvidas, acertos, darem informações sobre bons fornecedores de serviços na área etc. Não existem empresas concorrentes no grupo. Em geral, há uma empresa de cada segmento, justamente para as conversas e indicações fluírem sem problemas. “Nós temos um grupo de whatsapp que funciona intensamente. O grupo se retroali-

menta compartilhando indicações de fornecedores, locais para eventos, profissionais freelancer etc. Os resultados são práticos e geralmente compartilhados: às vezes uma empresa contrata algum fornecedor indicado por outro e compartilha isso no grupo. Às vezes um palestrante mostra como implementar algum processo ou utilizar uma nova tecnologia dentro das empresas, e algum integrante leva esse processo ou tecnologia para a empresa”, relata a jornalista. Em 2018, compartilham a coordenação do E-Com os representantes da Copasa e da TIM. Segundo a consultora sênior de Relacionamento com a Imprensa na TIM Brasil, Ana Lídia Ribeiro, existe um limite de 35 vagas. As empresas interessadas em participar precisam fazer um pedido que é votado pelo grupo quando existe uma vaga em aberto. “A empresa que tem quatro faltas ao longo do ano ou três consecutivas deixa o E-Com e assim se abre uma nova vaga. Não permitimos a participação de empresas fornecedoras como, por exemplo, agências

de publicidade, como o objetivo de manter o grupo mais isento, sem caráter comercial”, destaca Ana Lídia Ribeiro. A próxima reunião e última do ano será realizada em novembro. Na oportunidade serão votados os temas para 2018. Em 2017, a principal discussão aconteceu em torno da comunicação digital. O uso das ferramentas e a capacidade de mensuração foram algumas das preocupações mais constantes apresentadas. “Claro que temas como a ética e o papel da comunicação dentro e fora das empresas permeiam todas as discussões. As nossas reuniões são uma grande oportunidade para conhecermos e debatermos ideias, ações, novidades tecnológicas. Além, é claro, do papel institucional de cada empresa, aqui aparecem as necessidades e visões pessoais de cada profissional. Temos conosco empresas multinacionais que têm departamentos e equipes de comunicação estruturados em vários lugares e é bom ver como a comunicação se dá em cada local”, reflete a consultora da TIM Brasil.

Estudos sobre energia solar fotovoltaica de concentração, também conhecida como CPV, estão sendo desenvolvidos no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e os trabalhos que envolvem a conversão da energia solar em energia elétrica já apresentam resultados satisfatórios. O projeto “Modelagem computacional de células multijunção para sistema de produção fotovoltaica com concentração (CPV)”, desenvolvido pela professora Patrícia Jota e pelo estudante Hernani Santos, foi concebido como uma das respostas à demanda atual de avanços na produção de energia solar, visando ao desenvolvimento da tecnologia CPV ou Fotovoltaica com Concentração (Concentrating Photovoltaics). A modelagem computacional consiste em entender e reproduzir um processo por meio de modelos matemáticos. Já a produção fotovoltaica de energia se baseia na conversão da energia luminosa (energia solar) em eletricidade, por meio da movimentação de cargas dentro das células de semicondutores (geralmente de Silício) de acordo com a incidência luminosa. A ideia foi propor melhorias no modelo escolhido para facilitar a análise das características gerais de protótipos produzidos por fabricantes e, ainda, prover aos projetistas de sistemas e usinas CPV um modelo que permita simular e prever a produção de suas instalações quando possuam apenas informações básicas sobre

os módulos. A professora explica que os sistemas de produção fotovoltaica com concentração executam o mesmo processo de sistemas convencionais (PV), porém de modo otimizado. “Nesse tipo de tecnologia os módulos (conjuntos de células) são instalados em seguidores solares (estruturas robotizadas capazes de seguir a posição do sol durante seu percurso diário). Essas células são instaladas sob lentes capazes de concentrar a luz em até mil vezes, permitindo gerar bem mais energia em uma área bastante reduzida”, diz Patrícia Jota. Ela esclarece que os sistemas CPV empregam células do tipo multijunção, que consistem em camadas de semicondutores distintos aperfeiçoados para absorver o máximo de faixas específicas do espectro solar. “Todas essas melhorias fazem com que módulos CPV sejam quase três vezes mais eficientes do que módulos PV convencionais”, destaca. Patrícia Jota aponta a importância desse trabalho desenvolvido no Cefet-MG. “Em um contexto globalizado, com inúmeras oportunidades de investimentos em tecnologias renováveis de produção de energia, é extremamente importante a popularização de tecnologias como CPV, o que pode estabelecer vias para sua expansão de mercado, maior desenvolvimento científico e, até mesmo, a criação de startups para a produção e comercialização desses sistemas que em breve terão grande destaque na matriz energética mundial”, conclui.

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A CEGUEIRA DAS ORGANIZAÇÕES

Análise de dados auxiliando na estratégia de precificação FILIPE DRUMOND REIS*

Um elemento essencial em todo negócio é a estratégia de definição de preço de um produto ou serviço. O preço é a alavanca mais direta na melhoria da rentabilidade. Muitas empresas não conseguem ter uma gestão sobre os preços mais assertiva, por não possuírem uma capacidade analítica sobre sua rentabilidade diante dos diversos clientes, canais de vendas, portfólios de produtos e atuação de concorrentes. A abordagem moderna de estratégia de precificação tem como elemento central a análise de dados, auxiliando na definição de preços, da rentabilidade das vendas e da eficácia de gastos e descontos comerciais. A abordagem analítica na estratégia de preços incorpora um grande conjunto de dados e variáveis que permitem melhor compreensão da sensibilidade do seu cliente a variações de preços e como será a sua escolha diante de cenários com produtos concorrentes. Diante de um ambiente complexo, com diferentes canais de vendas e concorrentes,

a empresa precisa compreender quais são seus canais, produtos e clientes mais lucrativos e qual a sensibilidade de cada cliente a variações de preço. O conhecimento sobre a lucratividade em cada cliente, combinado com a estratégia de precificação, permite a criação de mecanismos que possibilitam a maximização da rentabilidade em cada uma das operações de vendas. Existem diferentes abordagens para construção de estratégia de preços orientada pela análise de dados que podem variar de acordo com qual problema de precificação deseja-se atuar. Já desenvolvemos projetos em empresas que possuíam dificuldade de reconhecer as margens de contribuição geradas

em cada cliente e em cada um de seus produtos. Dessa forma, possuíam operações deficitárias em alguns clientes e extremamente superavitárias em outros. O tratamento dos dados e o desenvolvimento de análises permitiram não só compreender essas diferentes margens como redefinir os preços para melho-

ria do resultado global das vendas. Para evitar a competição por preço entre os próprios canais de vendas, pode-se analisar a formação de preço e a melhor estratégia de precificação para cada grupo de cliente, possibilitando a gestão da rede de distribuidores e representantes e a melhor definição de preço por canal. Também já desenvolvemos projetos em que a análise de dados auxiliam uma definição da estratégia de preços e de descontos comercias que poderiam ser concedidos pela equipe de vendas. Nesse caso, a análise de dados ajuda a orientar a precificação por negociação e definir em cada venda os intervalos para desconto a ser concedido de acordo com a rentabilidade da operação e

o histórico de sensibilidade do cliente ao preço. Há ainda abordagens que envolvem pesquisas com clientes, que combinado com análise de dados permitem construir mecanismos para estratégica de precificação de novos produtos, posicionamento de marca, previsão de vendas, entre outros. Nesta linha de análise de dados por meio de pesquisas, pode-se realizar testes de conceitos e de produtos com o consumidor para determinar preços de lançamento ou de entrada em um novo mercado. Pode-se construir excelentes ferramentas de simulação da demanda diante dos preços do seu produto e dos concorrentes por meio de técnicas de conjoint analysis e escolhas discretas. Todas essas técnicas e abordagens de análises de dados possibilitam uma estratégia de precificação mais embasada e assertiva, diminuindo a chance da perda de vendas, de uma exposição a riscos desnecessários e uma maior lucratividade de cada operação de venda. *Sócio-gerente da DMEP


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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DC INOVAÇÃO PERSPECTIVAS

Cientistas mapeiam inovações da indústria A inteligência artificial no setor de bens de capital encontra-se em fase um pouco mais avançada São Paulo - Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) trabalham no mapeamento das inovações que surgirão na indústria brasileira nos próximos 10 anos. Parte do estudo foi apresentado ontem, durante a 18ª edição dos Diálogos da Modernização Empresarial pela Inovação (MEI), evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). David Kupfer, coordenador-geral do projeto e pesquisador da UFRJ, avalia que a indústria no País está atrasada. “As inovações, hoje, estão em uma fase em que não transformam, não melhoram a competição. Mas há grande possibilidade de isso acontecer na próxima década”, disse. Ele explica que não é necessária uma descoberta revolucionária para que a inovação chegue à indústria. “A convergência de tecnologias já existentes, emergentes, ao serem incorporadas, vão provocando o processo de transformação”, disse. Segundo o coordenador do projeto, na comparação entre as áreas de transformação, chamadas de clusters, a nanotecnologia está entre as mais promissoras, com inovações frequentes e expectativa de amadurecimento em até cinco anos. A biotecnologia, especialmente o sequenciamento genômico, também mostra-se madura, na avaliação do especialista. Além disso, a inteligência artificial no setor de bens de capital encontra-se em fase um pouco mais avançada. A maior parte dos clusters, no entanto, não tem previsão de

DIVULGAÇÃO

Os carros elétricos devem demorar para se tornarem comuns; tempo de uso na vida real não é compatível com um prazo tão curto de tempo

avanços no curto prazo. “Em energia, nos próximos 10 anos, não devemos esperar nada além de impactos moderados. Não haverá economia que venha a provocar transformações”, disse Kupfer. O especialista também acredita que os carros elétricos, setor que também investe em inovação, devem demorar ainda mais para se tornarem comuns. “O tempo de uso na vida real não é compatível com um prazo tão curto de tempo [de 10 anos de investimentos]”.

Internet das Coisas - O especialista da Unicamp Antônio Bordeaux destaca a expectativa de que a Internet das Coisas - integração tecnológica que inclui recursos digitais na linha de produção, que resulta na produção de máquinas e dispositivos conectados - gere ganhos de 20% a 30% em produtividade. A análise de dados é o diferencial da Internet das Coisas, segundo Bordeaux. “Os tesouros são os dados gerados a partir da observação da linha de produção.

O que se coloca nos produtos que saem das fábricas”, disse. O especialista exemplifica com o caso da Tesla, empresa dos Estados Unidos que fabrica carros elétricos de alto desempenho e vende exclusivamente pela internet. “Ela é, hoje, a empresa de maior aceitação do público no relacionamento com o mercado. Além do desempenho e apelo ecológico, no momento em que o seu carro está andando na rua, você recebe a mensagem sobre

como fazer a manutenção, por exemplo”, disse ele. Bordeaux incentiva os empresários a não esperar por uma iniciativa do governo federal para investir em inovação, pois é necessária agilidade neste campo. Ele também descarta outros receios, como o risco de ataques cibernéticos e a falta de profissionais qualificados. Em sua visão, o investimento em segurança da informação e a qualificação profissional podem superar os obstáculos que venham a surgir. (ABr)

TENDÊNCIA

Grande empresa adota visão de startup DIVULGAÇÃO

São Paulo - “Para se ter mobilidade, você pode não precisar ter um carro. Lançamos o nosso tendo como alvo esse público que está mais interessado no uso do que na posse do bem.” A frase, que soaria lugar-comum se dita por um fundador de startup, ganha novos contornos quando na voz de um executivo da septuagenária Porto Seguro, no caso Marcelo Rosal, gerente do serviço da empresa Carro Fácil. O serviço, que a companhia lançou no final de 2016, permite a consumidores alugar carros novos por um ano. A onda da economia compartilhada, que prega a criação de negócios baseados no acesso ao que se quer, em vez da posse, deixou de ser coisa só de startups e vem se espalhando por grandes empresas. Encabeçada por empresas como Uber, Airbnb e Netflix, ela também é explorada por companhias como Suvinil, Ambev, Saint-Gobain e GM. Poder da marca - Ter uma marca conhecida pode ser um atrativo para prestadores de serviço e clientes para essas iniciativas. O pintor Arnaldo Pereira, 62, diz ter conhecido e testado sites e aplicativos em que poderia listar seus serviços, mas ficou apenas no Vitrine Suvinil, da fabricante de tintas, que indica profissionais autônomos que passaram por capacitações da empresa. “Para o pintor, não adianta colocar anúncios em jornais, na internet. O cliente precisa ter confiança no trabalho dele. Tendo respaldo da empresa, o cliente fica mais confiante.” Pereira conta ter recebido em seis meses cerca de 15 pedidos de orçamento a partir do site. Dois deram origem a contratações alguns ainda estão em negociação. Juliana Hosken, diretora de marketing da Suvinil, diz que a

Rosal: lançamos o Carro Fácil tendo como alvo esse público que está mais interessado no uso do que na posse

plataforma conta com 900 pintores e cresce 18% ao mês. Segundo ela, a empresa não cobra pelo uso da plataforma, mas não descarta possibilidade de isso ser revisto conforme o projeto cresça. Já na Ambev, a partir do serviço Zé Delivery, o objetivo é entregar cervejas em uma hora aproveitando rede de bares parceiros. O cliente entra no site, digita seu CEP e vê a lista de produtos disponíveis e seu preço. Ao escolher, o sistema da empresa, lançado há um ano, define qual bar fará a entrega, dependendo de sua proximidade em relação ao cliente e notas em entregas anteriores, ao estilo Uber. O serviço foi inspirado em conversas de executivos da empresa com Tallis Gomes, cofundador da startup Easy Taxi (hoje dono de

serviço para contratar profissionais de estética), conta Leonardo Longo, gerente de comércio eletrônico da Ambev. Ele está disponível em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza e Belo Horizonte. A empresa não informa o número de bares cadastrados nem como é a divisão de receitas das vendas acordadas com eles. Sem carro - Serviços como esses atraem pessoas como a gerente de projetos Paola Ramos dos Santos, 34. Ela e o marido já foram donos de dois carros. Agora, ficam apenas com um, alugado há dois meses, e o restante dos trajetos é feito com auxílio de aplicativos. Ela diz ter visto vantagem financeira na opção do serviço da Porto Seguro. Isso porque vendeu o carro antigo, deu entrada em

um apartamento e não precisou financiar um novo veículo. A mensalidade do carro, um Onix, é de cerca de R$ 1.300. “Aderimos fácil a tudo isso que é novidade. Com o aluguel, não perco com depreciação e juros e tenho carro zero da mesma forma.” Lá fora - No exterior, o interesse pelo novo levou a multinacional do mercado de móveis Ikea a comprar em setembro a startup americana TaskRabbit. A empresa adquirida tem plataforma em que qualquer pessoa pode oferecer serviços variados, com destaque para os de reparo doméstico - que devem ser oferecidos como complemento da venda dos produtos da Ikea (conhecida pelo sistema “monte vocês mesmo”). (FP)

Ikea coloca chegada ao País em 2º plano São Paulo - A gigante varejista Ikea, conhecida por seus móveis no estilo “faça você mesmo”, afirmou que pretende entrar no mercado da América do Sul, mas que o Brasil não está na prioridade inicial. Os planos da empresa incluem abrir a sua primeira unidade na região no prazo de cinco anos. “A América do Sul será, no longo prazo, um importante mercado de crescimento”, afirmou o presidente-executivo da Inter Ikea, Torbjorn Loof. A Inter Ikea é uma holding criada em 2016 que engloba todos os negócios relacionados com a varejista. Segundo Loof, a ideia da companhia é entrar simultaneamente em dois ou três mercados para garantir o fornecimento e a produção. Na região, a Ikea hoje só tem unidades na República Dominicana. Segundo o executivo, Chile, Colômbia, México e Peru estão entre os países que primeiro podem receber unidades da varejista. No caso do Brasil, Loof afirma que o País tem um “grande potencial”, mas não deve estar na lista inicial de novos mercados da empresa porque é bastante complexo. “Não olhamos detalhadamente ou decidimos sobre nenhum mercado especificamente, mas afirmamos que nos próximos cinco anos devemos ter a primeira Ikea da América do Sul”, afirmou o presidente-executivo. “Quando abrirmos na América do Sul, como se trata de um novo continente e de uma nova região, não poderemos ter somente um armazém”, completou. Além da América do Sul, a companhia está de olho em entrar nos mercados de Vietnã e Filipinas. Recentemente, a empresa aumentou as suas apostas de expansão especialmente na China e na Rússia. A Ikea tem mais de 400 lojas e atua em 49 mercados. (FP)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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AGRONEGÓCIO

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10º CENSO AGROPECUÁRIO

Pesquisa subsidiará políticas públicas Em MG, 40 mil questionários já foram aplicados, de 600 mil propriedades a serem visitadas até fevereiro de 2018 MICHELLE VALVERDE

Iniciada no dia 2 de outubro, a coleta de dados para o 10º Censo Agropecuário, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Minas Gerais, já somou 40 mil questionários respondidos de um total de 600 mil estabelecimentos a serem visitados até fevereiro de 2018. O levantamento é considerado fundamental para retratar a estrutura agrária e de produção do campo e deve ser divulgado em junho de 2018. Com corte de aproximadamente 50% no orçamento, serão aplicados no País na edição atual R$ 505 milhões. Durante o evento “Censo Agropecuário 2017 em Minas Gerais: panorama e perspectivas”, realizado ontem, em Belo Horizonte, o chefe em exercício da Unidade Estadual do IBGE em Minas Gerais, Humberto Campos Moreira, explicou que o último censo foi realizado há mais de 10 anos, por isso, o levantamento em curso tem uma importância fundamental. “O agronegócio vem apresentando resultados positivos e contribuindo para a recuperação da economia brasileira. Com o censo, será possível retratar a estrutura agrária e de produção de Minas Gerais e do País. Mesmo com um orçamento menor que o estimado inicialmente, vamos mostrar que é possível fazer o melhor censo já realizado no Estado”. Representantes do IBGE, do governo e das entidades

representativas dos produtores rurais enfatizaram a importância de os produtores responderem corretamente ao questionário, uma vez que os dados apurados são utilizados como base para a criação de políticas públicas e desenvolvimento de ações que impulsionem a produção agrícola e pecuária. De acordo com a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, o Estado está há 12 anos sem informações concretas sobre a realidade do campo brasileiro e mineiro e, neste período, foram identificadas muitas mudanças no agronegócio. “Esperamos que o Censo Agropecuário seja muito mais detalhado, com informações que mostrem a realidade do produtor, os avanços, a diversidade da agricultura e da pecuária. O Sistema Faemg tem divulgado por diversos meios e junto aos sindicatos a importância de o produtor responder fidedignamente ao questionário e receber o recenseador. Com todo o trabalho feito, esperamos basear nossas ações para melhor atender o produtor, com capacitações, demanda por políticas públicas mais adequadas nas diversas regiões produtoras do Estado”, explicou Aline. Informações - O questionário do censo aborda dados estruturais, como data de referência, área do estabelecimento rural, condição

MÁRCIA VALLE/DIVULGAÇÃO

LEITE

Blairo diz que mercado depende da economia

Expectativa é de que os produtores respondam com objetividade, para compor o cenário do setor

do produtor, uso das terras, tipo de infraestrutura, até o número de animais, o que produziu de vegetais e animais, quanto produziu, quais insumos utilizou na produção, entre outros. Com os dados, serão feitos estudos e diagnósticos sobre a produção. Todas as unidades produtivas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, participam do levantamento.

IBGE estão identificados com crachá, colete, boné e o dispositivo de coleta de dados é identificado com uma capa do IBGE. “Em Minas Gerais, a previsão é visitar cerca de 600 mil propriedades. Até o momento, a receptividade dos produtores está indo bem, não tivemos nenhum informe de recusa de informações. Estamos caminhando bem e nossa expectativa é divulgar os primeiros resultados em junho de 2018. Está agilidade na coleta e na análise é favorecida pela transmissão, quase que imediata, dos dados coletados nas fazendas para o departamento de pesquisa do IBGE”, explicou.

Sigilo - O coordenador técnico do Censo Agropecuário, Antônio Carlos Simões Florido, ressalta que os dados individuais são sigilosos, o que traz mais segurança para que os produtores respondam ao questionário. Os pesquisadores do Políticas públicas - O se-

cretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leitão, destacou que com o Censo Agropecuário será possível conhecer a estrutura do setor agropecuário mineiro e identificar as políticas públicas mais assertivas para impulsionar o setor. “Sabemos que o setor evoluiu muito nos últimos anos, com o maior uso de tecnologias e ganhos em produtividade. Com o censo, vamos ver como isso evoluiu em cada região, sabemos que umas avançaram mais que as outras. Ao termos uma visão completa da situação, será possível interferir no processo e melhorar as condições”.

CARNE BOVINA COMÉRCIO EXTERIOR

Minerva é autorizada a embarcar para os EUA São Paulo - A Minerva informou ao mercado, ontem, que recebeu autorização para exportar carne bovina para os Estados Unidos a partir do Paraguai. A empresa diz que recebeu da Embaixada dos Estados Unidos no Paraguai a informação de que o Serviço de Inspeção Sanitária e Fitossanitária de Animais e Plantas (APHIS), do Departamento de Agricultura Norte-Americano, aprovou as exportações de carne bovina provenientes do País. “Esta primeira certificação refere-se ao status do país, sendo que o próximo passo será a inspeção sanitária nas plantas que solicitarem tal habilitação. Esse processo deverá ter início nos próximos meses”, informa a companhia. A nota da empresa não especifica qual tipo do produto foi habilitado, se in natura ou processada, por exemplo. Em julho, a Minerva comprou as unidades da JBS na Argentina, Paraguai e Uruguai por US$ 300 milhões. A sinergia esperada com a aquisição é de 2,5% sobre o faturamento das operações na região. (AE)

Exportações brasileiras crescem 23,7% FÁBIO SCREMIN/APPA/DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

As exportações brasileiras do agronegócio aumentaram 23,7% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2016. Os embarques somaram US$ 8,56 bilhões, ante US$ 6,92 bi apurados em setembro do ano anterior. Com importações de R$ 1,14 bilhão, o setor teve superávit de US$ 7,41 bilhões. O agro representou 45,8% das exportações totais brasileiras no mês passado. Os números constam da balança comercial do agro, divulgada ontem pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Agricultura (Mapa). O crescimento de US$ 1,64 bilhão nas vendas externas foi puxado pelo complexo soja (+US$ 938,74 milhões); cereais, farinhas e preparações (+US$ 436,17 milhões); produtos florestais (+US$ 158,72 milhões); fibras e produtos têxteis (+US$ 55,50 milhões) e carnes (+US$ 42,50 milhões). As vendas externas do complexo soja, de carnes, do setor sucroalcooleiro, de produtos florestais e de cereais, farinhas e preparações totalizam US$ 6,76 bilhões em vendas externas, com share de 79% no total das exportações do agronegócio em setembro de 2017.

O complexo soja alcançou o maior valor exportado em setembro, alcançando US$ 2,02 bi

Valor - Em relação ao valor exportado, o complexo soja foi o principal setor, somando US$ 2,02 bilhões em exportações. O montante representou acréscimo de 86,9% em valor, ante o mesmo mês do ano anterior. A soja em grãos foi responsável por esse aumento nas vendas externas do setor, visto que representou 79,6% do total, com US$ 1,61 bilhão (+165,5%). A quantidade embarcada foi de 4,27 milhões de toneladas, ou seja, 196,0% de crescimento, representando recorde para o mês de setembro. As vendas de

farelo somaram US$ 389,08 milhões e 1,16 milhão de toneladas. Assim como o grão, houve ampliação tanto do valor (+6,1%) quanto da quantidade embarcada de farelo (+27,1%), apesar da queda no preço médio (-16,5%). O setor de carnes ocupou a segunda posição no ranking de setores exportadores do agronegócio, com US$ 1,38 bilhão, dos quais a carne de frango representou 45,8% (US$ 630,65 milhões). As vendas de carne bovina foram de US$ 554,95 milhões, isto é, 17,7% superiores ao que foi registrado em se-

tembro de 2016. As exportações do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1,36 bilhão. O açúcar foi responsável por quase toda a cifra registrada nas vendas do setor, com 94,4% (US$ 1,28 bilhão). As vendas externas de produtos florestais somaram US$ 1,03 bilhão, levando o setor a ser o quarto principal exportador do agronegócio em setembro. As exportações de celulose, principal produto da cadeia, alcançaram o recorde para o mês de setembro, com US$ 560,33 milhões (+19,4%). Com informações do Mapa.

Brasília - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse ontem que a pasta não tem recursos para equilibrar o mercado do leite com compras governamentais do produto e que a crise no setor deve ser resolvida com o aumento da demanda quando a economia melhorar. Segundo Maggi, o leite não precisa de incentivos para ser consumido no Brasil e a retomada da economia deve resolver a situação dos produtores, prejudicados pela queda dos preços internos. “Todos nós consumimos leite pela manhã, compramos produtos com leite. Para aumentar o consumo tem que aumentar a renda. Quanto maior a renda dos consumidores, mais eles partirão para a compra de comida e de insumos pessoais”. O ministro reconheceu que o governo poderia comprar o leite, estocá-lo e vendê-lo quando as condições de mercado estivessem melhores, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas disse que não há orçamento para isso neste momento. “O ministério não tem orçamento. Há uma discussão dentro do MDA [Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário] para que possam alocar algum recursoainda neste ano e a gente possa fazer uma compra maciça, enxugando o mercado, isso ajuda bastante.” Em todo o Brasil, há mais de 1 milhão de produtores de leite e há registro de atividade leiteira em 99% dos municípios. Em toda a cadeia do leite estão envolvidos cerca de 4 milhões de trabalhadores. Na semana passada, atendendo a uma demanda do setor e da Frente Parlamentar da Agropecuária, Maggi decidiu suspender as licenças de importação de leite do Uruguai. Mais barato, o leite uruguaio, de acordo com o ministro, tem contribuído para a crise no setor no Brasil e a situação está se transformando em quase insuportável para o produtor local, em função dos custos que inviabilizam competir com o produto do país vizinho. O argumento usado pelo ministro foi de que o Uruguai exporta mais leite do que poderia produzir, o que poderia sinalizar que o país vende ao Brasil leite comprado de terceiros. (ABr)


BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

15

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

DIVULGAÇÃO

MERCADO

Dólar ganha força com sinalização de alta de juros nos Estados Unidos

Especialistas do mercado consultados pelo Banco Central melhoraram as expectativas para o PIB, passando de 0,70% para 0,72%

FOCUS

Analistas estimam inflação dentro da meta neste ano Projeções para o IPCA foram revisadas para 3%, no piso da meta São Paulo - A perspectiva de economistas para a inflação neste ano subiu e voltou a ficar dentro da meta oficial diante do aumento da projeção para os preços administrados, mas o mercado ainda vê que a taxa básica de juros vai continuar caindo para nova mínima história. Pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem mostrou que a projeção de alta do IPCA em 2017 passou a 3%, contra 2,98% anteriormente. Esse patamar representa exatamente o piso da meta para este ano e 2018, fixada em 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2018, os economistas consultados não fizeram ajustes e continuaram vendo alta de 4,02%. Nos dois casos, os especialistas consultados elevaram as contas para

os preços administrados, passando a 6,66% neste ano, sobre 6,6% antes, e a 4,80% em 2018, contra 4,7%. Para a política monetária, o Focus mostrou que o mercado manteve a projeção de corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros neste mês. A Selic está atualmente em 8,25% e, para este ano e o próximo, a expectativa é de que a terminará a 7%. O Top-5, grupo que mais acerta as previsões, também vê a Selic nesse patamar em ambos os anos, sem alterar as contas. As expectativas para a economia melhoraram na pesquisa, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano calculado agora em 0,72%, 0,02 ponto percentual a mais do que na semana anterior. Para 2018, a conta foi a 2,5%.

No Focus de hoje, a projeção para a produção industrial deste ano seguiu indicando avanço de 1,18%. Há um mês, estava em 1,10% No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,40% para 2,50% ante 2,45% de quatro semanas antes. Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 seguiu em 52,25%. Há um mês, estava em 52,10%. Para 2018, a expectativa no boletim Focus foi de 55,71% para 55,72%, ante 55,70% de um mês atrás. Contas - O mercado alterou a projeção de rombo nas contas externas em 2018, de US$ 31,15 bilhões para US$ 31,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 32 bilhões. Neste caso,

a previsão do BC é de déficit em conta de US$ 30 bilhões em 2018. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2017 quanto em 2018. A mediana das previsões para o IDP em 2017 manteve-se em US$ 75 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. A projeção atual do BC para este ano também é de IDP de US$ 75 bilhões. Para 2018, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, foi de US$ 75 bilhões para US$ 78,5 bilhões, ante US$ 75 bilhões projetados quatro semanas antes. Já o BC calcula US$ 80 bilhões de IDP para o próximo ano. (AE/Reuters)

BANCOS

Santander lidera o ranking de reclamações Brasília - O Banco Central informou ontem que o Santander liderou o ranking de reclamações contra instituições financeiras referente ao terceiro trimestre de 2017. O banco registrou índice de 41,16. Em segundo lugar aparece o Votorantim (32,05) e, em terceiro, a Caixa Econômica Federal (31,88). Nesta lista, estão os bancos e as financeiras com mais de 4 milhões de clientes. O índice de reclamações é calculado com base no número de reclamações consideradas precedentes, dividido pelo número de clientes da instituição, multiplicado por 1.000.000. Na prática, quanto maior o índice, pior a classificação da instituição. Antes publicado a cada dois meses, o ranking passou a ser trimestral neste ano. No ranking, o Bradesco aparece como a quarta instituição com mais reclamações (índice de 23,99). Na sequência estão Banco do

Brasil (22,00), Itaú (17,20), Banrisul (15,97), Midway (5,74), Pernambucanas (4,34) e Banco do Nordeste (0,32). Entre os bancos e financeiras com menos de 4 milhões de clientes - que formam um ranking à parte -, a liderança é da Facta Financeira, com índice de reclamações de 479,53 no terceiro trimestre. Em seguida aparecem BRB (131,23), Intermedium (76,35), PAN (73,25), Paraná Banco (72,05), Citibank (61,23), Agiplan (56,08), Realize (52,97), Safra (52,08) e Alfa (47,75). Entre as reclamações mais frequentes estão irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito, cartão de débito, internet banking e ATM (caixas eletrônicos) e serviços. A segunda questão mais mencionada é a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e ser-

viços de forma inadequada. atuais para este grupo e significa que eles poderiam Fitch - A capacidade de ab- acomodar uma deterioração sorção de perda dos bancos súbita nos custos de provisão privados no Brasil segue de aproximadamente 200%. adequada apesar do pro“Esse cenário é improválongado ambiente opera- vel mesmo sob forte detecional desafiador, afirmou rioração macroeconômica a agência de classificação e não é nosso caso básico”, de risco Fitch. diz a Fitch. O teste também consiA instituição afirma que aplicou um teste de estres- derou a implementação se sobre esses bancos e o integral de Basileia III, que resultado foi que eles po- entra em vigor em 2019. dem absorver uma perda Para a avaliadora de risco, os significativa na carteira de bancos privados mostrariam crédito sem violar os requi- um montante de capital de sitos mínimos de capital de Nível 1 de R$ 93 bilhões para Nível 1 de 2017. ajustes prudenciais em eta“Os resultados do teste pas e deduções regulatórias de estresse indicam que os aplicáveis e índices mínimos grandes bancos privados exigidos aumentados de poderiam absorver uma até 9,5%. provisão adicional única de “Isso ainda seria suficiente cerca de R$ 140 bilhões sem para absorver uma perda violar os índices mínimos única de 14% e representaria de capital”, afirmou a Fitch um aumento de 2,4 vezes do em relatório. saldo atual das reservas dos Pelos cálculos da agência, bancos com base nos dados isso equivale a um aumento de junho”, afirmou a Fitch. de duas vezes as provisões (AE/Reuters)

São Paulo - Declarações da presidente do banco central americano reforçando uma terceira alta de juros no país neste ano fizeram o dólar avançar para R$ 3,17 ontem. No mercado acionário, a bolsa brasileira voltou a flertar com os 77 mil pontos, mas fechou em leve baixa. O dólar comercial fechou em alta de 0,76%, para R$ 3,174. O dólar à vista se valorizou 0,32%, para R$ 3,168. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, recuou 0,13%, para 76.891 pontos. O movimento de valorização do dólar aconteceu em relação à maioria das moedas do mundo: 14 entre as 31 principais perderam força ante a divisa americana nesta segunda. Três delas ficaram estáveis, e 12 subiram ante o dólar. A alta foi resultado de declarações da presidente do Fed, Janet Yellen, feitas no último domingo. Em seminário bancário internacional em Washington, ela afirmou que a economia americana continua forte e que a solidez do mercado de trabalho do país reforça a necessidade de aumentos graduais nas taxas de juros, mesmo que a inflação permaneça moderada. “Prestaremos atenção nos dados de inflação nos próximos meses”, disse. “Meu melhor palpite é de que essas leituras não irão persistir.” Aqui, os investidores começam a voltar as atenções novamente para o cenário político, afirma Felipe Silveira, analista da corretora Coinvalores. “É uma semana decisiva em relação à política. Houve a delação do [operador financeiro Lúcio] Funaro, há toda a tramitação da segunda denúncia contra o [presidente Michel] Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Isso tudo fez com que houvesse, hoje, um espaço maior para a realização”, diz. “Mas há fatores que podem favorecer novos recordes da bolsa, em especial

vindos da economia.” O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) recuou 0,24%, para 180,9 pontos. Foi o quarto dia de queda do indicador. No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados com vencimento mais curto tiveram dia misto. O DI para janeiro de 2018 recuou de 7,392% para 7,390%. A taxa para janeiro de 2019 teve alta de 7,270% para 7,290%. Ações - Na bolsa, o dia foi de vencimento de opções sobre ações, que infla o volume negociado. O giro financeiro foi de R$ 14,9 bilhões. Segundo a B3, o exercício de opções sobre ações movimentou R$ 5,45 bilhões. Foi o primeiro pregão da bolsa com o período estendido de negociação - durante o horário de verão, a sessão vai acontecer entre 10h e 18h. Das 59 ações do Ibovespa, 21 subiram, 35 caíram e três terminaram o dia com o mesmo preço. As units conjunto de ações - do Santander Brasil se valorizaram 3,95%, após o banco Credit Suisse elevar o preço-alvo dos papéis de R$ 32 para R$ 36. As ações preferenciais da Petrobras subiram 0,25%, para R$ 16,12. As ordinárias avançaram 0,36%, para R$ 16,64. No caso da mineradora Vale, as ações também subiram, seguindo o terceiro dia de valorização dos preços do minério de ferro. As ações ordinárias da Vale avançaram 1,34%, para R$ 33,35. Os papéis preferenciais se valorizaram 0,66%, para R$ 30,59. No setor bancário, as ações fecharam sem uma direção definida. Além da forte valorização do Santander, o Banco do Brasil conseguiu terminar o dia no azul, com ganho de 0,21%. Por outro lado, os papéis do Itaú Unibanco perderam 0,52%. As ações preferenciais do Bradesco tiveram baixa de 0,27%, e as ordinárias recuaram 0,80%. (FP)

Giro financeiro médio da bolsa aumenta 50% São Paulo - O volume financeiro médio diário total no segmento Bovespa somou R$ 9,965 bilhões em setembro, 50,3% maior que em setembro de 2016. Na comparação com agosto deste ano, o aumento foi de 13,7%. Ainda de acordo com os dados operacionais do mês, no mercado à vista, o volume cresceu 50,6% para R$ 9,621 bilhões na comparação com setembro do ano passado e 13,8% ante agosto passado. A capitalização de mercado média das empresas com ações negociadas na B3 ao final de setembro atingiu R$ 3,068 trilhões, 25,1% acima do mesmo

mês de 2016 e 8,1% superior ao dado registrado em agosto de 2017. No segmento BM&F, o volume médio diário cresceu para 3,742 milhões de contratos, alta de 45,9% na comparação dos meses de setembro, e 24,0% sobre agosto. Já a receita por contrato média total caiu 21,2%, a R$ 1,298, e também apresentou recuo sobre agosto passado, de 6,4%. O número de investidores ativos subiu 7% em setembro, para 620,939 mil e 0,9% ante agosto, ao passo que o número de empresas listadas ficou em 405, queda de 6,9% ante setembro de 2016 e aumento de 0,5% em relação a agosto. (AE)




BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017

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FINANÇAS

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0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690

02('$ %2/,9$5 9(1 %2/,9,$12 %2/,9,$ &2/21 &267$ 5,&$ &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ &252$ ,6/1' ,6/$1 &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 DINAR/KWAIT ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( ',1$5 -25'$1,$ ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( '2/$5 $8675$/,$12 '2/$5 %$+$0$6 '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( '2/$5 '$ *8,$1$ '2/$5 &$<0$1 '2/$5 &,1*$385$ '2/$5 +21* .21* '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ )25,17 +81*5,$ )5$1&2 68,&2 *8$5$1, 3$5$*8$, IENE /,%5$ (*,72 LIBRA ESTERLINA /,%5$ /,%$12 LIBRA/SIRIA, REP 1292 '2/$5 7$,:$1 /,5$ 785&$ 1292 62/ 3(58 3(62 $5*(17,12 3(62 &+,/( 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ 3(62 5(3 '20,1,& 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* RIAL/CATAR 5,$/ 20$ RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP 5,$/ $5$% 6$8',7$ RINGGIT/MALASIA 58%/2 5866,$ 583,$ ,1',$ 583,$ ,1'21(6,$ 583,$ 3$48,67$2 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ (852 )RQWH %DQFR &HQWUDO

&Ă?',*2 95 470 540 575 800 810 815 828

Contribuição ao INSS &2035$ 0,02768 0,02828 4,1969 0,006129 0,8294 0,01263 0,0000924 0,7491

9(1'$ 0,02782 0,0283 4,1984 0,006137 0,8362 0,01265 0,0000924 0,7498

7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( 7DEHOD GH FRQWULEXLomR GRV VHJXUDGRV HPSUHJDGRV LQFOXVLYH R GRPpVWLFR H WUDEDOKDGRU DYXOVR 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 AtĂŠ 1.659,38 8,00 De 1.659,39 a 2.765,66 9,00 De 2.765,67 atĂŠ 5.531,31 11,00 &2175,%8,d­2 '26 6(*85$'26 $87Ă?12026 (035(6Ăˆ5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5

$Wp YDORU 0tQLPR De 937,00 atĂŠ 5.531,31 20 187,40 atĂŠ 1.106,26 &27$6 '( 6$/Ăˆ5,2 )$0Ă‹/,$ 5HPXQHUDomR $Wp 5 $FLPD GH 5 D 5

9DORU XQLWiULR GD TXRWD 5 5

)RQWH 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR

FGTS Ă‹QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD -XQKR -XOKR

&UpGLWR $JRVWR 6HWHPEUR

Seguros

TBF

29/09

0,01309075 2,92187215

30/09

0,01309105 2,92193948

01/10

0,01309105 2,92193948

02/10

0,01309105 2,92193948

03/10

0,01309158 2,92205631

04/10

0,01309174 2,92209312

05/10

0,01309176 2,92209697

06/10

0,01309189 2,92212691

07/10

0,01309268 2,92230314

08/10

0,01309268 2,92230314

09/10

0,01309268 2,92230314

10/10

0,01309347 2,92247900

29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11 )RQWH $(

11/10

0,01309409 2,92261722

12/10

0,01309460 2,92273032

13/10

0,01309460 2,92273032

14/10

0,01309519 2,92286216

15/10

0,01309519 2,92286216

16/10

0,01309519 2,92286216

17/10 0,01309585 2,92300949 )RQWH )HQDVHJ

0,5354 0,5353 0,5918 0,6510 0,5625 0,6057 0,5570 0,4881 0,5111 0,5381 0,5906 0,5406 0,5343 0,5046 0,5004

AluguĂŠis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(

Setembro ,*3 ', )*9

Setembro ,*3 0 )*9

Setembro

1,0254 0,9960 0,9855

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0010 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4700 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690 0,4690

Agenda Federal Dia 20

Taxas de câmbio

27/09 a 27/10 28/09 a 28/10 29/09 a 29/10 30/09 a 30/10 30/09 a 31/10 01/10 a 01/11 02/10 a 02/11 03/10 a 03/11 04/10 a 04/11 05/10 a 05/11 06/10 a 06/11 07/10 a 07/11 08/10 a 08/11 09/10 a 09/11 10/10 a 10/11 11/10 a 11/11 12/10 a 12/11 13/10 a 13/11

IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no mĂŞs de setembro/2017, incidente VREUH UHQGLPHQWRV GH EHQHÂżFLiULRV LGHQWLÂżFDGRV UHVLGHQWHV RX GRPLFLliados no PaĂ­s (art. 70, I, “eâ€?, da Lei nÂş 11.196/2005, com a redação dada pela Lei Complementar nÂş 150/2015). 'DUI &RPXP YLDV

&RÂżQV &6/ 3,6 3DVHS Retenção QD )RQWH 5HFROKLPHQWR GD &RÂżQV da CSL e do PIS-Pasep retidos na IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV D RXWUDV SHVVRDV MXUtGLFDV FRUUHVSRQGHQWH D IDWRV JHradores ocorridos no mĂŞs de setembro/2017 (Lei nÂş 10.833/2003, art. 35, com a redação dada pelo art. 24 da /HL Qž 'DUI &RPXP YLDV

&R¿QV (QWLGDGHV ¿QDQFHLUDV 3DJDPHQWR GD FRQWULEXLomR FXMRV IDWRV geradores ocorreram no mês de setembro/2017 (art. 18, I, da Medida 3URYLVyULD Qž DOWHUDGR pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): &R¿QV (QWLGDGHV )LQDQFHLUDV H (TXLSDUDGDV &yG 'DUI 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR IRU GLD ~WLO DQWHFLSD VH R SUD]R SDUD R SULPHLUR GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD Qž 'DUI &RPXP YLDV

3,6 3DVHS (QWLGDGHV ¿QDQFHLUDV - 3DJDPHQWR GDV FRQWULEXLo}HV FXMRV fatos geradores ocorreram no mês de setembro/2017 (art. 18, I, da Medida 3URYLVyULD Qž DOWHUDGR pelo art. 1º da Lei nº 11.933/2009): PIS-Pasep - Entidades Financeiras H (TXLSDUDGDV &yG 'DUI 6H R GLD GR YHQFLPHQWR QmR IRU GLD ~WLO antecipa-se o prazo para o primeiro GLD ~WLO TXH R DQWHFHGHU DUW SDUiJUDIR ~QLFR GD 0HGLGD 3URYLVyULD Qž 'DUI &RPXP YLDV

3UHYLGrQFLD 6RFLDO ,166 RecoOKLPHQWR GDV FRQWULEXLo}HV SUHYLGHQFLiULDV UHODWLYDV j FRPSHWrQFLD VHWHPEUR GHYLGDV SRU HPSUHVD RX HTXLSDUDGD LQFOXVLYH GD FRQWULEXLção retida sobre cessão de mão de REUD RX HPSUHLWDGD H GD GHVFRQWDGD GR FRQWULEXLQWH LQGLYLGXDO TXH OKH WHQKD SUHVWDGR VHUYLoR EHP FRPR HP UHODomR j FRRSHUDWLYD GH WUDEDOKR GD FRQWULEXLomR GHVFRQWDGD GRV VHXV DVVRFLDGRV FRPR FRQWULEXLQWH LQGLYLGXDO 3URGXomR 5XUDO 5HFROKLPHQWR 9HMD Lei no 8.212/1991, arts. 22-A, 22-B, $ H LQFLVRV ,,, ,9 H ; D ;,,, REVHUYDGDV DV DOWHUDo}HV SRVWHULRUHV 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR GHYH VH DQWHFLSDU R UHFROKLPHQWR SDUD R GLD ~WLO LPHGLDWDPHQWH DQWHULRU 1RWD $V HPSUHVDV TXH RSWDUDP SHOD FRQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD SDWURQDO

EiVLFD VREUH D UHFHLWD EUXWD /HL Qž REVHUYDGDV DV DOWHUDo}HV SRVWHULRUHV GHYHP HIHWXDU R UHcolhimento correspondente, mediante R 'DUI REVHUYDQGR R PHVPR SUD]R GPS (sistema eletrônico) ()' ¹ ') 3( ¹ 3HUQDPEXFR 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU WUDQVPLWLGR SHORV FRQWULEXLQWHV GR ,3, H[FHWR os inscritos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atÊ o 20º GLD GR PrV VXEVHTXHQWH DR GD DSXUDomR GR LPSRVWR ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž DUW FDSXW 'LVWULWR )HGHUDO 2 DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU WUDQVPLWLGR SHORV FRQWULEXLQWHV GR ,3, H[FHWR RV LQVFULtos no Simples Nacional, ao ambiente nacional do Sped, atÊ o 20º dia do PrV VXEVHTXHQWH DR GD DSXUDomR GR LPSRVWR ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž DUW 1RWD $ FOiXVXOD GpFLPD VHJXQGD GR $MXVWH 6LQLHI Qž HVWDEHOHFH TXH R DUTXLYR GLJLWDO GD ()' GHYHUi VHU HQYLDGR DWp R ž GLD GR PrV VXEVHTXHQWH DR HQFHUUDPHQWR GR PrV GD DSXUDomR 1R HQWDQWR D DGPLQLVWUDomR WULEXWiULD GD UHVSHFWLYD 8QLGDGH GD )HGHUDomR SRGHUi alterar esse prazo. Sendo assim, os FRQWULEXLQWHV GR ,&06 ,3, GRV GHPDLV (VWDGRV GHYHUi REVHUYDU D OHJLVODomR HVWDGXDO VREUH R DVVXQWR ,QWHUQHW 6LPSOHV 1DFLRQDO Pagamento, pelas microempresas (ME) e pelas emSUHVDV GH SHTXHQR SRUWH (33 RSWDQWHV SHOR 6LPSOHV 1DFLRQDO GR YDORU GHYLGR VREUH D UHFHLWD EUXWD GR PrV GH VHWHPEUR 5HVROXomR &*61 Qž DUW 1mR KDYHQGR H[SHGLHQWH EDQFiULR SURUURJD VH R UHFROKLPHQWR SDUD R GLD ~WLO LPHGLDWDmente posterior. Internet ,53- &6/ 3,6 &R¿QV Incorporao}HV LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5HFROKLPHQWR XQL¿FDGR GR ,53- &6/ 3,6 &R¿QV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV UHFHELGDV HP setembro/2017 - Regime Especial de 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž DUWV ž H ž H art. 5º da Lei nº 10.931/2004, alterado SHOD /HL Qž &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

,53- &6/ 3,6 &R¿QV Incorporao}HV LPRELOLiULDV 5HJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR ¹ 30&09 5HFROKLPHQWR XQL¿FDGR GR ,53- &6/ 3,6 &R¿QV UHODWLYDPHQWH jV UHFHLWDV recebidas em setembro/2017 - ReJLPH (VSHFLDO GH 7ULEXWDomR 5(7 DSOLFiYHO jV LQFRUSRUDo}HV LPRELOLiULDV H jV FRQVWUXo}HV QR kPELWR GR 3URJUDPD 0LQKD &DVD 0LQKD 9LGD 30&09 ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Qž DUWV ž H ž H /HL Qž 10.931/2004, art. 5º, alterado pela /HL Qž &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

FĂ“RUM EDITAIS DE CASAMENTO TERCEIRO SUBDISTRITO LUIZ CARLOS PINTO FONSECA - TERCEIRO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - OFICIAL DO REGISTRO CIVIL - Rua SĂŁo Paulo, 1620 - Bairro Lourdes - Tel.: 31.3337-4822 Faz saber que pretendem casar-se:

TIAGO MORAIS BELCHIOR, SOLTEIRO, PUBLICITĂ RIO, maior, natural de ParĂĄ de Minas, MG, residente nesta Capital Ă Rua Prados, 422/302, Carlos Prates, 2BH, filho de Donizete Perpetuo Belchior e Erina Morais de Almeida Belchior; e ROBERTA DA SILVA VON ZASTROW MOURA, solteira, PublicitĂĄria, maior, residente nesta Capital Ă Rua GrĂŁo Mogol, 162/500, Carmo, 3BH, filha de Roberto Von Zastrow Moura e Daisy Maria da Silva Von Zastrow Moura. (676530)

RODRIGO DO COUTO HORACIO, DIVORCIADO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital Ă Rua Santa Catarina, 1181/1602, Lourdes, 3BH, filho de Geraldo Horacio Filho e Ligia Rodrigues Couto Horacio; e SILVIA REGINA DE FRANÇA FERREIRA, solteira, FuncionĂĄria pĂşblica estadual e distrital,, maior, residente Ă Rua Rubens do Vale Amado, 51, RosĂĄrio, CarandaĂ­, MG, filha de Mauro Campos Ferreira e Maria Luiza de França Ferreira. (676524)

SCHUBERT DE ALMEIDA SANTOS, SOLTEIRO, ANALISTA DE SISTEMAS (INFORMĂ TICA), maior, natural de Porto Alegre, RS, residente nesta Capital Ă Rua Padre Correia de Almeida, 26, Santa EfigĂŞnia, 3BH, filho de Clemente Eustaquio dos Santos e Maria Isabel de Almeida dos Santos; e MICHELLE DE OLIVEIRA BARONI, solteira, Nutricionista, maior, residente nesta Capital Ă Rua JosĂŠ Baroni, 169, Santa EfigĂŞnia, 3BH, filha de Wilson Baroni e Elizabete Perez de Oliveira Baroni. (676531)

DIEGO FELIPPE MORENO GONÇALVES, SOLTEIRO, LAVADOR DE VEĂ?CULOS, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital Ă Rua Doutor Camilo Antonio Nogueira Beco Dona Alvina, 426, Serra, 3BH, filho de Ivanil Gonçalves de Jesus e Edmea da Silva Moreno; e ARIANA BEATRIZ DA TRINDADE, solteira, Atendente de telemarketing, maior, residente nesta Capital Ă Rua Doutor Camilo Antonio Nogueira Bc Dona Alvina, 426, Serra, 3BH, filha de Antonio Carlos da Trindade e Genisa da Conceição Grisante Trindade. (676525)

JUAREZ GERALDO DA SILVA JUNIOR, VIĂšVO, ANALISTA DE SISTEMAS (INFORMĂ TICA), maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital Ă Rua Equador, 118/501, SĂŁo Pedro, 3BH, filho de Juarez Geraldo da Silva e Ivete Marcolino da Silva; e IDELMA LENNIS DE MEDEIROS, solteira, Cuidadora de idosos, maior, residente nesta Capital Ă Rua Equador, 118/501, SĂŁo Pedro, 3BH, filha de JoĂŁo dos Reis Medeiros e Luci Maria de Medeiros. (676532)

RAFAEL ESCOBAR CERQUEIRA, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Santo AndrĂŠ, SP, residente nesta Capital Ă Rua JosĂŠ Batista Ribeiro, 160, SĂŁo Bento, 3BH, filho de JoĂŁo Natal Cerqueira e Maria Angelica Zaia Escobar Cerqueira; e PAULA GÉO MACHADO, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital Ă Rua Professor EstevĂŁo Pinto, 673/900, Serra, 3BH, filha de Lauro Baptista Machado JĂşnior e Marlene de Lima GĂŠo Machado. (676526) LUIZ HENRIQUE RODRIGUES DE BRITO, DIVORCIADO, ENCARREGADO DE EDIFĂ?CIO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital Ă Rua Cintra de Oliveira, 467, Santa EfigĂŞnia, 3BH, filho de Manoel de Brito e Elizabeth Rodrigues de Brito; e SILVANA DUTRA MAGALHĂƒES, solteira, Servente de serviços gerais na conservaç, maior, residente nesta Capital Ă Rua Cintra de Oliveira, 467, Santa EfigĂŞnia, 3BH, filha de Vasconcelos Ferreira de MagalhĂŁes e Zelita Dutra do Nascimento. (676527) ANTONIO GOMES DE PAIVA, SOLTEIRO, MOTOFRETISTA, maior, natural de Vespasiano, MG, residente nesta Capital Ă Rua Fernando Lobo, 166, Santa EfigĂŞnia, 3BH, filho de Expedito Paiva e Maria da Conceição Paiva; e MARIA ROSA DE LACERDA, divorciada, Investigador de polĂ­cia, maior, residente nesta Capital Ă Rua Fernando Lobo, 166, Santa EfigĂŞnia, 3BH, filha de Almir CorrĂŞa de Lacerda e Dalva CorrĂŞa de Lacerda. (676528) GILSON DE OLIVEIRA CHEBLE, SOLTEIRO, ADMINISTRADOR, maior, natural de Rio de Janeiro, RJ, residente nesta Capital Ă Rua Professor Otto Cirne, 81/401, Coração de Jesus, 3BH, filho de Gilson BrandĂŁo Cheble e RosilĂŠa de Oliveira Cheble; e MICHELLE RIBEIRO DE SOUZA, solteira, Pedagoga, maior, residente nesta Capital Ă Rua GuaxupĂŠ, 92, Serra, 3BH, filha de PAI IGNORADO e Anita Ribeiro Souza Fernandes. (676529)

YUGO SAKAMOTO, SOLTEIRO, ANALISTA DE SISTEMAS (INFORMĂ TICA), maior, natural de Fukui, ET, residente nesta Capital Ă Rua Buenos Aires, 213/207 a, Carmo, 3BH, filho de Kiyoshi Sakamoto e Misa Sakamoto; e MARIANA MARI IKOMA, solteira, BiomĂŠdica, maior, residente nesta Capital Ă Rua Buenos Aires, 213/207a, Carmo, 3BH, filha de Kenjiro Ikoma e Chihiro Miyoshi Ikoma. (676533)

VICENTE DE PAULA RĂŠGO DE LIMA, DIVORCIADO, EMPRESĂ RIO, maior, natural de SĂŁo Miguel, RN, residente nesta Capital Ă Rua Rio Grande do Sul, 1158/1602, Santo Agostinho, 3BH, filho de JoĂŁo Alves de Lima e Joana RĂŞgo de Lima; e ANA PAULA PEZZOTTO, solteira, Administradora, maior, residente Ă Rua Urussui, 70/36, /, SĂŁo Paulo, SP, filha de Alcides Pezzotto e Aparecida Marta de Almeida Pezzotto. (676536) DANIEL SANTOS LOPES, SOLTEIRO, MÉDICO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital Ă Rua dos AimorĂŠs, 2085/501, Lourdes, 3BH, filho de Flaviano Oliveira Lopes e Catia Leila dos Santos Lopes; e ANANDA PEREIRA NOVAIS, solteira, MĂŠdica, maior, residente Ă Rua Joaquim Gonçalves, 7, Santa MĂ´nica, Feira de Santana, BA, filha de Antonio Batista Santos Novais e Maria Elvira Cunha Pereira Novais. (676536) Apresentaram os documentos exigidos pela Legislação em Vigor. Se alguĂŠm souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavra o presente para ser afixado em cartĂłrio e publicado pela imprensa. Belo Horizonte, 16 de outubro de 2017 OFICIAL DO REGISTRO CIVIL. 15 editais.

QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SU�ÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847 Faz saber que pretendem casar-se:

GUILHERME BRANT ALENCAR, SOLTEIRO, MÉDICO VETERINà RIO, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital à Rua Fernandes Tourinho, 850/901, Lourdes, 3BH, filho de Carlos Alberto Dias Alencar e Mårcia Caldeira Brant Alencar; e NATHALIA GALUPPO CHAVES, solteira, MÊdica veterinåria, maior, residente nesta Capital à Rua Fernandes Tourinho, 850/901, Lourdes, 3BH, filha de Marcus Gloria Chaves e AndrÊa Galuppo Chaves. (676534)

JEAN GEISLER, divorciado, gerente comercial, nascido em 01/04/1977 em Caxias Do Sul, RS, residente a Rua Magi Salomon, 785, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de ALAOR GEISLER e DENISE DOS ANJOS GEISLER Com GRACIELA PEREIRA CAMPOS, solteira, gerente comercial, nascida em 25/03/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Magi Salomon, 785, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de ILACIR PEREIRA CAMPOS e CLEUZA FATIMA DA SILVA CAMPOS.//

ARTHUR AUGUSTO PIMENTEL SANTOS, SOLTEIRO, GERENTE DE CONTRATOS DE CONSTRUĂ‡ĂƒO CIVIL, maior, natural de Belo Horizonte, MG, residente nesta Capital Ă Rua Xingu, 376/1001, Santa LĂşcia, 3BH, filho de Gilmar Dias dos Santos e Divina Eliana Pimentel Santos; e EMILIA MURTA PASSOS, solteira, Advogada, maior, residente nesta Capital Ă Rua Dona Salvadora, 108/101, Serra, 3BH, filha de Plauto Menezes Passos e MĂ´nica Murta Passos. (676535)

VALDETE ALVES DOS SANTOS, viĂşvo, marceneiro, nascido em 10/06/1965 em Sao SebastiĂŁo Do MaranhĂŁo, MG, residente a Rua Estrela Brilhante, 142, Estrela Do Oriente, Belo Horizonte, filho de SALOMAO MERCES DOS SANTOS e MARIA ALVES DO SOCORRO SANTOS Com ELAINE MARTINELLI RIBEIRO, solteira, pedagoga, nascida em 28/10/1977 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Estrela Brilhante, 142, Estrela Do Oriente, Belo Horizonte, filha de ASSIS GONCALVES RIBEIRO e IVALDETE MARTINELLI RIBEIRO.//

JORGE DOS REIS SILVA, SOLTEIRO, ZELADOR, maior, natural de Raul Soares, MG, residente nesta Capital Ă Rua Santa Cruz, 460/301, Alto Barroca, 3BH, filho de JosĂŠ Raimundo da Silva e Luci da Paz Silva; e ELAINE MIRANDA MARQUES RIBEIRO, solteira, Comerciante varejista, maior, residente nesta Capital Ă Rua Santa Cruz, 460/301, Alto Barroca, 3BH, filha de Ailton Marques Ribeiro e Fatima Albina Miranda Ribeiro. (676536)

Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do CĂłdigo Civil Brasileiro. Se alguĂŠm souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 16/10/2017. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 2 editais.

REGISTRO CIVIL DE SANTA LUZIA REGISTRO CIVIL DE SANTA LUZIA - LUCIANA RODRIGUES ANTUNES - OFICIALA DO REGISTRO CIVIL - RUA FLORIANO PEIXOTO, 451 - TEL.: 36429344 - SANTA LUZIA - MINAS GERAIS Faz saber que pretendem casar-se: RAFAEL BORGES DA SILVA, solteiro, eletricista, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 29 de março de 1995, residente Ă Rua das Mangabeiras, 625, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filho de ANTĂ”NIO GOMES DA SILVA e ALIETE FERREIRA BORGES; e JÉSSICA LISBOA NEVES, solteira, diarista, natural de Caratinga - MG, nascida em 03 de fevereiro de 1995, residente Ă Rua das Mangabeiras, 625, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filha de JOEL DO CARMO LIMA e ANA MARIA LISBOA LIMA. RAYNER LEANDRO NONATO, solteiro, vendedor, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 29 de maio de 1993, residente Ă Rua BolĂ­via, 305, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de AGNALDO RAIMUNDO NONATO e ROSANA APARECIDA LEANDRO ARAĂšJO DOS ANJOS; e MICAELA RAISSA SILVA FERNANDES, solteira, recepcionista, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 27 de junho de 1998, residente Ă Rua Geraldo Ferreira Rabelo, 277, CĂłrrego das Calçadas, Santa Luzia - MG, filha de VANDERLEI LOPES FERNANDES e ADRIANA APARECIDA SILVA FERNANDES. FAGNER HENRIQUE DE FREITAS, solteiro, programador, natural de IbiritĂŠ - MG, nascido em 27 de dezembro de 1988, residente Ă Rua Laureano Rocha, 367, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filho de RONALDO EUSTĂ QUIO DE FREITAS e APARECIDA CONSOLAĂ‡ĂƒO DE FREITAS; e IVONE PEREIRA GONÇALVES, solteira, professora, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 03 de junho de 1991, residente Ă Rua Laureano Rocha, 367, Santa Rita, Santa Luzia - MG, filha de GENUĂ?NO GONÇALVES e IVALCI PEREIRA GONÇALVES. ADRIANO LĂšCIO COSTA, solteiro, frentista, natural de Coronel Fabriciano - MG, nascido em 03 de dezembro de 1991, residente Ă Rua Venezuela, 160, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filho de MAURO LĂšCIO COSTA e SĂ”NIA MARIA DE JESUS; e RAFAELA HELEN DE SOUZA, solteira, auxiliar de escritĂłrio, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 27 de abril de 1993, residente Ă Rua Venezuela, 160, Industrial Americano, Santa Luzia - MG, filha de JOĂƒO ANTĂ”NIO DE SOUZA e INEZ DO ROSĂ RIO DE SOUZA. EDUARDO LEANDRO FELIX, solteiro, operador de prensa, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 30 de julho de 1982, residente Ă Rua Rio Grande do Norte, nÂş380, Bonanza, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ FELIX e MARIA DA CONCEIĂ‡ĂƒO FELIX; e CAMILA DE ALMEIDA SALOMĂƒO, solteira, do lar, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 08 de dezembro de 1983, residente Ă Rua Rio Grande do Norte, nÂş380, Bonanza, Santa Luzia - MG, filha de DERNEVALDO GOMES SALOMĂƒO e MARIA APARECIDA DE ALMEIDA. ARTHUR SEABRA MOREIRA FAGUNDES, solteiro, analista de suporte, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 20 de novembro de 1992, residente Ă Rua Marcos Adolfo Silva, 54, Morada do Rio, Santa Luzia MG, filho de LUIZ ALBERTO FAGUNDES DA SILVEIRA e VALÉRIA SEABRA MOREIRA FAGUNDES; e MARINA PEREIRA ROCHA, solteira, acadĂŞmica, natural de Santa Luzia - MG, nascida em 05 de outubro de 1993, residente Ă Rua Ă lvaro Teixeira da Costa, 103, Centro, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ PAULO FRANCO DA ROCHA e MARIA HELENA PEREIRA ROSA.

CLEITON EVANGELISTA, solteiro, operador de ETE, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 02 de abril de 1982, residente Ă Rua JosĂŠ EstevĂŁo de Lima, 570, PinhĂľes, Santa Luzia - MG, filho de JAIR EVANGELISTA e DORVINA MACARIA EVANGELISTA; e ADÉLIA MOREIRA ROCHA, solteira, gerente de restaurante, natural de Ă guas Formosas - MG, nascida em 16 de julho de 1979, residente Ă Avenida das IndĂşstrias, 3655, Vila Olga, Santa Luzia - MG, filha de JOSÉ PINHEIRO ROCHA e AUXILIADORA MOREIRA ROCHA. DANIEL RAMOS DE OLIVEIRA, divorciado, professor, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 20 de outubro de 1980, residente Ă Rua Julieta Teixeira Sales, 06, Morada do Rio, Santa Luzia - MG, filho de EDSON FERNANDES DE OLIVEIRA e DAYSE LĂšCIDI RAMOS DE OLIVEIRA; e LIDIANE DE PAULA RODRIGUES, solteira, tĂŠcnica de laboratĂłrio, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 29 de junho de 1982, residente Ă Rua Julieta Teixeira Sales, 06, Morada do Rio, Santa Luzia - MG, filha de ANTĂ”NIO ANICETO RODRIGUES e APARECIDA LOURDES CRUZ RODRIGUES. RODRIGO LEANDRO DOS SANTOS, solteiro, supervisor logĂ­stica, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 02 de agosto de 1988, residente Ă Rua D, 195, PetrĂłpolis, Santa Luzia - MG, filho de JOĂƒO BATISTA DOS SANTOS e FRANCISCA MARIA DOS SANTOS; e VIVIANE CRISTINA BATISTA, solteira, auxiliar de vendas, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 20 de dezembro de 1984, residente Ă Rua D, 195, PetrĂłpolis, Santa Luzia - MG, filha de ANTĂ”NIO GERALDO BATISTA e TRINDADE EUZÉBIA BATISTA. GLADSON LUIZ DA SILVA FREITAS, solteiro, gerente comercial, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 15 de janeiro de 1979, residente Ă Rua Justiniano Cassimiro de Oliveira, 19, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filho de MAXIMINO GERALDO ARAĂšJO DE FREITAS e Ă‚NGELA REGINA DA SILVA FREITAS; e KEILA BOTELHO CRUZ, divorciada, estudante, natural de Belo Horizonte MG, nascida em 11 de outubro de 1989, residente Ă Rua AntĂ´nio Cassimiro de Oliveira, 19, Bom Jesus, Santa Luzia - MG, filha de MAURĂ?CIO BOTELHO DE OLIVEIRA e VALDELICE CRUZ DE OLIVEIRA. JHONATAN MOREIRA DOS SANTOS, solteiro, estagiĂĄrio, natural de Santa Luzia - MG, nascido em 26 de dezembro de 1992, residente Ă Estrada do Bananal, nÂş1.376, Bonanza, Santa Luzia - MG, filho de JOSÉ BONIFĂ CIO FILHO e DULCILENE MOREIRA DOS SANTOS; e MARCELE FERNANDA MOREIRA, solteira, orçamentista, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 13 de outubro de 1991, residente Ă Rua Adelina Andrade, nÂş170, Adeodato, Santa Luzia - MG, filha de MĂ RCIO ANTĂ”NIO MOREIRA e LUĂ?ZA RAINHA MOREIRA. GLEITON MEIRA SANTOS, divorciado, pastor, natural de Belo Horizonte - MG, nascido em 27 de novembro de 1974, residente Ă Rua dos JatobĂĄs, 290, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filho de VICENTE DE PAULO SANTOS e MARIA DE JESUS MEIRA SANTOS; e CĂ?NTIA DE PAULA XAVIER, divorciada, o lar, natural de Belo Horizonte - MG, nascida em 19 de fevereiro de 1985, residente Ă Rua dos JatobĂĄs, 290, Bom Destino, Santa Luzia - MG, filha de MARCOS ALFREDO XAVIER e LUCILENE FILOMENA DE PAULA. Santa Luzia, 17 de outubro de 2017. Luciana Rodrigues Antunes - Oficiala do Registro Civil 12 editais.


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LEGISLAÇÃO TRABALHO ESCRAVO

Portaria dificulta a punição de flagrantes Fiscalização dos auditores fiscais passa a ter validade apenas com uma série de exigências burocráticas Brasília - Uma portaria editada pelo Ministério do Trabalho e publicada ontem no “Diário Oficial da União (DOU)” estabelece novas regras que dificultam o acesso à chamada “lista suja” de empregadores flagrados por trabalho escravo no País. De acordo com a nova portaria, a lista com o nome de empregadores autuados por submeter trabalhadores a situações análogas à escravidão passará a ser divulgada apenas com “determinação expressa do ministro”. Antes, a divulgação cabia à área técnica da pasta, cujo atual titular é Ronaldo Nogueira (PTB). O texto também prevê que a lista seja divulgada no site do Ministério do Trabalho duas vezes por ano, “no último dia útil dos meses de junho e novembro”. Portaria de maio de 2016 e que trata do mesmo tema, no entanto, permitia que a atualização da lista ocorresse “a qualquer tempo”, desde que não ultrapassasse periodicidade superior a seis meses. As novas regras também alteram o modelo de trabalho dos auditores fiscais e elencam uma série de documentos necessários para que o processo possa ser aceito após a fiscalização. Entre as medidas, estão a necessidade de que o auditor-fiscal seja acompanhado, na fiscalização, por uma

autoridade policial que deve registrar boletim de ocorrência sobre o caso. Sem esse documento, o processo não será recebido. Também é necessária a apresentação de um relatório assinado pelo grupo de fiscalização e que contenha, obrigatoriamente, fotos da ação e identificação dos envolvidos. A portaria também traz novos conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condição degradante, incluindo, para que haja a identificação destes casos, a ocorrência de “privação da liberdade de ir e vir” - o que não constava nas definições adotadas anteriormente. Na prática, a portaria dificulta a punição de flagrantes situações degradantes. Diz a definição de condição análoga à de escravo: “a submissão do trabalhador a trabalho exigido sob ameaça de punição, com uso de coação, realizado de maneira involuntária; o cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto, caracterizando isolamento geográfico; a manutenção de segurança armada com o fim de reter o trabalhador no local de trabalho em razão de dívida contraída com o empregador ou

WILSON DIAS / ABr

A “lista suja” poderá ser divulgada se tiver autorização do ministro Ronaldo Nogueira

preposto; a retenção de documentação pessoal do trabalhador, com o fim de reter o trabalhador no local de trabalho”. A portaria ainda define trabalho forçado, jornada exaustiva e condição degradante. O ato, assinado pelo ministro Ronaldo Nogueira, também estabelece que deverá constar “obrigatoriamente” do auto de infração uma série de materiais para identificar a existência dos delitos. São eles: “menção expressa a esta portaria e à PI MTPS/MMIRDH nº 4, de 11.05.2016; cópias de todos os documentos que

demonstrem e comprovem a convicção da ocorrência do trabalho forçado; da jornada exaustiva; da condição degradante ou do trabalho em condições análogas à de escravo; fotos que evidenciem cada situação irregular encontrada, diversa do descumprimento das normas trabalhistas, nos moldes da Portaria MTE 1.153, de 14 de outubro de 2003; e descrição detalhada da situação encontrada”. A medida, que atende aos interesses da bancada ruralista, ocorre em meio à análise da nova denúncia na Câmara dos Deputados

contra o presidente Michel Temer. Em nota, a Comissão Pastoral da Terra afirmou que “a portaria, numa canetada só, elimina os principais entraves ao livre exercício do trabalho escravo contemporâneo tais quais estabelecidos por leis, normas e portarias anteriores.” A entidade diz ainda que o ministro do Trabalho “resolve excluir o Ministério Público do Trabalho da competência para celebrar eventual Termo de Ajuste de Conduta com empregadores em risco de serem incluídos na Lista Suja, dei-

xando esse monopólio ao MTE em conjunção com a AGU (Advocacia Geral da União).” Segurança jurídica - Em nota, o Ministério do Trabalho afirma que a portaria “aprimora e dá segurança jurídica à atuação do Estado brasileiro, ao dispor sobre os conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condições análogas à de escravo”, usados para concessão de seguro-desemprego ao trabalhador que vier a ser resgatado e para inclusão do nome de empregadores no cadastro da lista suja. Diz ainda que o combate ao trabalho escravo “é uma política pública permanente de Estado, que vem recebendo todo o apoio administrativo desta pasta, com resultados positivos concretos relativamente ao número de resgatados, e na inibição de práticas delituosas dessa natureza, que ofendem os mais básicos princípios da dignidade da pessoa humana”. “Reitera-se, ainda, que o Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores à condição análoga a de escravo é um valioso instrumento de coerção estatal, e deve coexistir com os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório”, informa a pasta. (FP/AE) ALISSON J. SILVA

CONCORRÊNCIA

Aquisição pelo Itaú da XP Investimentos é considerada complexa São Paulo - A Superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) considerou complexa a compra pelo Itaú Unibanco da corretora XP Investimentos e pediu informações adicionais, de acordo com decisão publicada no “Diário Oficial da União (DOU)” de ontem. O órgão avaliou que a transação vai gerar sobreposição horizontal nas atividades de corretagem de valores, administração e gestão de recursos de terceiros e distribuição de produtos de investimentos a clientes, entre outros aspectos que podem afetar a concorrência do setor. “Dessa forma, com o objetivo de melhor analisar a dinâmica concorrencial do mercado e as condições de rivalidade nos mercados afetados pela operação, faz-se necessário efetuar novas diligências de forma a aprofundar a análise do caso e oportunizar às partes a possibilidade de apresentação das eficiências decorrentes da operação, que poderiam contrabalançar tal concentração”, disse a superintendência em despacho. Em maio, o Itaú anunciou o acordo para a aquisição de uma participação de 49,9% da XP Investimentos por R$ 6,3 bilhões. O acordo previa ainda que o banco poderá elevar sua participação na corretora para 74,9% até 2022. Representantes do Itaú Unibanco e da XP Inves-

timentos não comentaram o assunto de imediato. A decisão da superintendência ocorreu depois que em meados de agosto o Cade aprovou sob condições a compra das operações de varejo do Citi no Brasil pelo Itaú Unibanco. Fundos - Quando anunciou o acordo com a XP Investimentos, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que o grupo financeiro tinha como um dos objetivos na operação ampliar participação no mercado de fundos de investimentos e elevar receitas com serviços nos próximos anos. O Cade tem se mostrado mais duro na aprovação de negócios bilionários anunciados nos últimos meses, rejeitando várias operações que foram consideradas como complexas. Segundo dados da autarquia de defesa da concorrência, neste ano, até início de agosto, nove operações foram declaradas “complexas”, contra oito em todo o ano passado e cinco em 2015. Importantes casos declarados complexos acabaram sendo rejeitados como os que envolveram a fusão dos grupos de educação Kroton e Estácio e a compra pelo grupo Ultrapar da rede de postos de combustíveis Alesat. Ainda em agosto, a superintendência do Cade recomendou reprovação à venda da distribuidora de gás de cozinha Liquigás pela Ultragaz. Além disso,

O Itaú Unibanco anunciou a compra de 49,9% da corretora XP Investimentos em maio pelo valor de R$ 6,3 bilhões

Concentração bancária está na mira do Cade São Paulo - A conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Cristiane Alckmin abriu sua palestra em São Paulo sobre autorregulação bancária chamando a atenção para a harmonia entre o presidente do órgão regulador, Alexandre Barreto, e o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, no tocante aos conflitos nas análises sobre concentração bancária que estão no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a conselheira, os conflitos estão prestes a serem resolvidos via um acordo de cavalheiros. “Já há um grupo de trabalho formado entre o Cade e o BC. Então a gente está vendo como pode harmonizar esses interesses”, disse a conselheira. Ela disse que o Cade tem ciência de que o BC tem como um ponto crucial minimizar o risco sistêmico e que isso, não necessariamente, coaduna com a visão do Cade em relação à promoção de concorrência. “Mas a gente entende o órgão da autarquia que faz recomendações para decisões a serem tomadas no tribunal do Cade defendeu em setembro negação à com-

que isso pode ter um meio termo e está buscando chegar a esse meio termo”, disse Cristiane Alckmin. A conselheira, também antes de entrar no assunto autorregulação bancária, fez questão de salientar o apoio do Conselho às iniciativas do Ministério da Fazenda para implementar o Cadastro Positivo no Brasil. “Antes de falar sobre regulação do setor financeiro, queria dar o ponto de vista do Cade em relação ao Cadastro Positivo, em que o Conselho apoia as iniciativas que estão sendo feitas pelo Ministério da Fazenda porque acha que é uma boa forma de diminuir a taxa de juros no longo prazo, devido à redução da assimetria de informação”, disse a conselheira. Com relação ao tema autorregulação, a conselheira disse estar de acordo com as avaliações de que autorregulação e regulação podem coexistir, mas disse discordar do presidente da GO Associados, Gesner de Oliveira, que ao

pra de ativos de siderurgia do grupo Votorantim pela ArcelorMittal Brasil. E no início deste mês a superintendência recomendou

antecedê-la disse que a autorregulação pode substituir o regulador. Para a conselheira do Cade, a autorregulação converge com os interesses dos reguladores, no caso o BC e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Com relação ao Cade, você pode olhar a autorregulação como uma forma de minimizar determinadas atitudes competitivas, mas por outro lado pode ser visto como uma forma de elevar barreira à entrada”, disse Cristiane Alckmin, para quem isso pode ser uma forma de fomentar a concentração econômica. Contudo, disse a conselheira, apesar de haver conflitos entre os objetivos da autorregulação bancária e os interesses do Cade, há formas de contorná-los. “Um grande exemplo é essa atuação do BC junto com o Cade. A gente sabe que tem dois interesses conflitantes e está tentando harmonizá-los e isso poderia também fazer com a autorregulação”, disse. (AE)

rejeição para a compra da norte-americana Monsanto pela alemã Bayer. Ainda em outubro, o Cade declarou mais uma transação como

complexa, a que envolve compra de alguns ativos da Petrobras em Pernambuco pela mexicana Petrotemex. (Reuters)


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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

YOUTUBE/REPRODUÇÃO

Capelinha A Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Capelinha (Aciac) homenageia na próxima sexta-feira (20), às 20h, na Florae, em Capelinha, no Sul de Minas, os “Empresários Destaque 2017” e lança a “Promoção Natal de Prêmios Aciac 35 anos”, na qual oferecerá premiações. O evento será animado com show musical e oferecerá um coquetel de encerramento.

Confea/Crea O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) assinam amanhã (18) convênio para orientar empreendedores da área tecnológica sobre a necessidade de contratação de responsável técnico para o funcionamento das atividades relacionadas às profissões regulamentadas pelo Sistema Confea/Crea. O acordo prevê intercâmbio de informações entre os órgãos para instruir empreendedores sobre a ação de fiscalização do conselho, que objetiva constatar a regularidade nas atividades de base tecnológica ao verificar a responsabilidade técnica pelo registro profissional no conselho, bem como da Anotação de Responsabilidade Técnica (A.R.T.). O Crea-Minas fornecerá material sobre legislação e o Sebrae orientará sobre obrigatoriedade de profissionais habilitados para acompanhar a execução de atividades regulamentadas pelo Confea/Crea.

Energia Nuclear Renomados membros da comunidade científica nacional e internacional vão discutir em BH o desenvolvimento da tecnologia nuclear no Brasil e no mundo, na oitava edição da International Nuclear Atlantic Conference (Inac) , dos dias 22 a 27, no Dayrell Hotel & Centro de Convenções (Rua Espírito Santo, 904, Centro). Mais de oito mil pessoas são esperadas para o evento. Com o tema “Energia Nuclear para Projetos Nacionais”, a Inac é o maior evento de energia nuclear da América Latina, promovido pela Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), entidade que atua há 35 anos na área de energia nuclear e organizado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Eletrobras Eletronuclear, Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Ministro vai a Janaúba e afirma que ajuda prometida chegará Brasília - O ministro da Educação, Mendonça Filho, esteve ontem no município de Janaúba, no Norte de Minas Gerais, para reiterar o compromisso do governo federal em apoiar o município depois do incêndio na creche Gente Inocente. Segundo o ministro, o MEC vai acelerar a análise dos projetos para a expansão da rede de educação da cidade. “As providências técnicas e burocráticas, do ponto de vista da apresentação de projetos e propostas, devem ser seguidas pela prefeitura. A disposição do MEC é acelerar os procedimentos de análise para que possamos liberar os recursos e fazer com que as obras

possam ganhar a dinâmica de execução na maior e melhor velocidade possível”, afirmou o ministro na cidade mineira. Na semana passada, o governo federal anunciou a liberação de R$ 3,7 milhões para a construção de duas creches e a conclusão de uma quadra esportiva na cidade. Na área de saúde, R$ 4 milhões deverão ser destinados a dois hospitais onde as vítimas recebem atendimento – Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, e a Santa Casa de Montes Claros – e R$ 1 milhão para o reembolso de gastos da prefeitura de Janaúba. “Minha presença aqui em Janaúba, representando o presidente Temer, é para reiterar esse compromisso do

Tragédia - Na manhã do último dia 5, o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, que trabalhava na creche (Foto) e estava de licença médica, entrou no local e ateou fogo em crianças, professoras e nele mesmo. Foram 11 os mortos – nove crianças, uma professora e o autor do ataque. Pelo menos 48 pessoas ficaram feridas. (ABr)

CULTURA TARCÍSIO DE PAULA/DIVULGAÇÃO

21, Funcionários, Belo Horizonte) Tino Gomes

Fusões e Aquisições O Comitê de Economia e Finanças da Ancham BH realiza na sexta-feira (20), das 8h30 às 11h, o Programa Gestão Empresarial, que discutirá o tema Fusões e Aquisições: Desafios e perspectivas, levando em conta que pode ser traumático para os envolvidos, uma vez que toda a estrutura da empresa pode ser alterada. Assim, o tema será apresentado de forma que os participantes possam entender como os processos acontecem para cada um dos stakeholders envolvidos, pensando em mostrar as dificuldades e papéis de cada área. Camilo de Lelis, do Hermes Pardini; mostrará a perspectiva da empresa que passa pelo processo. A perspectiva de um advogado será dada por Mario Tavernard, do Tavernard Advogados. Renato Soriano, da Rosemberg Partners, mostrará a visão de um advisor; e Luis Motta, sócio na KPMG. O evento será no Mercure Vila da Serra (Alameda da Serra, 405, Vila da Serra, Nova Lima).

governo federal em apoiar Janaúba na expansão da sua rede de educação e principalmente de proteção às crianças a partir de creches que possam significar uma ampliação na oferta de vagas na educação infantil aqui do município”, disse Mendonça Filho.

Marcus Viana

Dois na Quinta

Em concerto - A Orquestra de Câmara Sesiminas dá sequência à série “Sempre às Quartas”, dentro da Temporada 2017, com concerto que terá participação do compositor e violinista Marcus Viana, que interpretará as principais trilhas sonoras de cinema e novela por ele compostas. A regência será do maestro Marco Antonio Maia Drumond. Quando: Quarta-feira (18), às 20h Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte)

Música - O projeto Dois na Quinta desta semana apresentará Matheus Brant e Tamara Franklin. O show será dividido em três partes. Matheus apresentará o repertório do CD Assume que gosta, lançado no ano passado. Tamara vai mostrar uma parte do show Sankofa, que traz uma reflexão sobre as diversas formas de ditadura social e a situação da arte negra que sempre foi coagida e marginalizada. Quando: Quinta-feira (19), às 19h30 Quanto: R$ 10 (Inteira) / R$ 5 (Meia) Onde: Teatro da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais (Praça da Liberdade,

Show - Veterano de destaque na cena cultural mineira, que traz na bagagem 16 discos gravados (sendo quatro de forró), participação em vários programas de TV, quatro filmes, programas de rádio, Tino Gomes se apresenta em um show de música, humor, causos e histórias, que fizeram nascer algumas canções. Um show intimista, que fala de amor, de alegria, do prazer de estar entre amigos. Quando: Quintafeira (19), às 20h30 Quanto: Couvert a R$ 20 Onde: Baianera (Rua Campanha, 11, bairro Carmo, esquina de Rua Grão Mogol, Belo Horizonte)

Produzido por Pedro Cassini, o álbum possui nove faixas que transitam entre o rock, pop, reggae e ritmos brasileiros, como o baião. Quando: Sábado (21), às 20h30 Quanto: R$ 10 Onde: Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte). Os ingressos custam R$ 10. LEONARDO GUIMARÃES/DIVULGAÇÃO

Cantora CD - Com 19 anos de carreira, a cantora e compositora mineira Lu Mattos desponta no cenário musical e mostra seu melhor momento com o show de lançamento de seu primeiro trabalho solo autoral, o CD “Roseira”.

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