diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.551 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
Biomm e Unitec são projetos estratégicos para o BNDES Somados ao P7 Criativo, banco aposta em iniciativas inovadoras O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve conceder novos financiamentos para a Biomm, indústria farmacêutica que está erguendo uma fábrica especializada na produção de insulina humana recombinante, em Nova Lima, na RMBH, e para a Unitec Semicondutores, com plantas em Ribeirão das Neves e Contagem, também na RMBH. A Biomm está investindo R$ 540 milhões na construção da sua planta de insulina em Nova Lima e a Unitec está construindo as suas duas plantas de semicondutores na RMBH mediante aporte previsto de R$ 1,2 bilhão. “A Biomm e a Unitec são dois investimentos importantes em áreas que estão dentro da prioridade do BNDES, que é a inovação. Essas empresas enfrentam dificuldade de fundos para poder complementar todo o investimento principal, que praticamente já foi realizado”, explicou. Pág. 3
EDUARDO ROCHA/DIVULGAÇÃO
O Brasil e, em especial, os produtores e exportadores de bovinos foram surpreendidos, no último fim de semana, com a suspensão, pela 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, do embarque, pela Minerva Foods, de 25 mil bois vivos para a Turquia. A decisão, após inspeção técnica, acolhia denúncia do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que alegava péssimas condições climáticas, sanitárias e alimentares dos animais tanto no transporte quanto no acondicionamento no navio. No último domingo, porém, em acolhimento à Advocacia-Geral da União, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região cassou a liminar que impedia a exportação. “Lucro com ética e responsabilidade”, pág. 2
OPINIÃO
Com a fabricação de semicondutores, Minas passa a ser referência na produção do insumo na América Latina
Brasileiro consumiu mais Influenciadas pelos Estados Unidos, café no ano passado bolsas realizam ajustes e correções Com índice de crescimento acima do nível mundial, o Brasil vem se mantendo como o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos Estados
EDITORIAL
Unidos. Enquanto no mundo a média de consumo da bebida cresce entre 1,5% e 2% ao ano, no País, nos últimos anos, o aumento tem ficado acima de 3%. Pág. 14
Depois de ter o mês de janeiro marcado por recordes atrás de recordes nas principais bolsas de valores do mundo, o mercado financeiro global inicia fevereiro com quedas significativas e tão históricas
quanto às positivas das primeiras semanas de 2018. A justificativa, segundo analistas financeiros, está principalmente na euforia causada pelo excesso de liquidez no mundo afora. Pág. 5 SAULO CRUZ/MME/DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
Temos visto, sistematicamente, uma campanha pelas mídias sociais de desmoralização do Poder Judiciário e do Ministério Público. Estas campanhas se intensificaram após a Operação Lava Jato que culminou na condenação do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em um dos processos a que figura como réu (entre tantos outros) e políticos envolvidos em escândalos de corrupção. Infelizmente temos assistido não a críticas das decisões, mas a uma campanha difamatória do Estado-Juiz, personificada nas pessoas dos magistrados que conduzem ou conduziram os processos contra os importantes medalhões da República. (Bady Curi Neto), pág. 2
MPEs dão mais oportunidades de emprego em Minas
A melhoria da qualidade estimula a maior demanda
Buddys quer alcançar a marca de 50 unidades até o final do ano Pág. 13
EcoRodovias leva a concessão da BR-135 por R$ 2,060 bilhões Pág. 6
Dólar - dia 6
Euro - dia 6
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,2423 Venda: R$ 3,2428
4,0224
Venda: R$ 4,0235
Um dia após o susto o Ibovespa encerrou com ganho de 2,48%, aos 83.894,03 pontos
Comércio da Capital registrou o melhor Natal dos últimos 4 anos As vendas do comércio varejista de Belo Horizonte em dezembro apresentaram alta de 4,51% na comparação com o mesmo mês de 2016,
registrando o melhor Natal dos últimos quatro anos para o comércio da Capital. O resultado, divulgado ontem pela CDL-BH, supera as expectati-
TR (dia 7): ............................. 0,0000%
BOVESPA
Poupança (dia 7): ............ 0,3994%
Turismo
Ouro - dia 6
IPCA-IBGE (Dezembro): ... 0,44%
Compra: R$ 3,2430 Venda: R$ 3,3830
Nova York (onça-troy): US$ 1.329,00
IPCA-Ipead (Dezembro): ... 0,60%
R$ 136,00
IGP-M (Janeiro): ....................... 0,76%
Ptax (BC) Compra: R$ 3,2607 Venda: R$ 3,2613
BM&F (g):
+2,48
+0,51 +0,69 -1,70 31/01
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-2,59 05/02 06/02
vas de crescimento de 1,42% projetadas para as vendas de final de ano e é a maior alta em relação às últimas três bases de comparação. Pág. 4
De janeiro a dezembro do ano passado, as micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas abriram 36.055 vagas. As três cidades com melhor resultado na geração de emprego por micro e pequenas empresas foram Belo Horizonte, Betim (Grande BH) e Uberlândia (Triângulo Mineiro). Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), o setor de serviços concentrou mais da metade (20.258) dos empregos gerados pelas MPEs mineiras. As regiões de maior destaque foram Central, com 13.234 vagas; e Sul, com 6.925 postos de trabalho. Pág. 7
BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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OPINIÃO Judiciário e o auxílio-moradia BADY CURI NETO * Temos visto, sistematicamente, uma campanha pelas mídias sociais de desmoralização do Poder Judiciário e do Ministério Público. Estas campanhas se intensificaram após a Operação Lava Jato que culminou na condenação do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em um dos processos a que figura como réu (entre tantos outros) e políticos envolvidos em escândalos de corrupção. Evidente, por se tratar de processos penais contra figurões de nossa política, os olhos da população se voltaram para os magistrados de instâncias e comarcas diferentes, responsáveis pela condução e julgamento destes processos, sejam em primeiro grau de jurisdição, seja na via recursal. Por óbvio, quando colocamos pessoas reconhecidas pelos seus altos cargos ou poder aquisitivo, que nunca antes na história deste País sentaram no banco dos réus e muito menos foram presas ou correram este risco, as decisões judiciais tendem a ser aclamadas ou mesmo criticadas. As críticas e os aplausos fazem parte de um Estado Democrático de Direito, onde um de seus pilares é a liberdade de expressão, tendo o magistrado o dever de ser imparcial em seu mister, independente da
pressão da opinião pública, devendo se curvar, apenas, a legislação posta em nosso ordenamento jurídico. Infelizmente temos assistido não a críticas das decisões, mas a uma campanha difamatória do Estado-Juiz, personificada nas pessoas dos magistrados que conduzem ou conduziram os processos contra os importantes medalhões da República. É de se perguntar: a quem interessa o enfraquecimento das instituições? A quem interessa a desmoralização do Poder Judiciário? A quem interessa o achincalhamento destes magistrados, responsáveis por estes processos? Digo isto em razão das manchetes planetárias a respeito do auxílio-moradia pagos aos juízes Sergio Moro, de Curitiba, e Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro, assim como os demais membros do Poder Judiciário e do MP, como se o denominado “penduricalho”, devidamente autorizado, diga-se de passagem, fosse algum desvio de conduta e não um direito. Destaca-se que o recebimento de um direito ou o seu pleito por via legais em nada diminui estes e demais juízes ou promotores de todo o País. Consigno que não estou a fazer juízo de valor quanto ao benefício, se deve existir ou não, mas
registro que se a sociedade civil, imprensa ou qualquer pessoa que queira discutir a respeito da matéria, que não o faça de forma rasa, pueril e covarde, escondendo por meio de ataques pessoais aos magistrados, sob pena de apequenar tal discussão, demonstrando que o mote da indignação não é o auxílio-moradia, mas o descontentamento com atuação destes juízes. Não adiro defesa do auxílio-moradia e razão da atuação destes julgadores, como adotado pela brilhante jornalista Lillian Witte Fibe em seu blog “...graças ao trabalho de equipes como as da Lava Jato, Greenfield, Zelotes, Custo Brasil e outras, o chamado “prejuízo evitado” aumentou mais de vinte vezes só entre 2014 e 2016”, pois se assim o fizeram, não fizeram favor, mas a obrigação para o cargo no qual foram investidos. O que defendo são proventos justos, condizentes com a função desempenhada, independente da nomenclatura que se dê (verba remuneratória ou indenizatória), para que tenhamos um MP e Judiciário independentes e fortalecidos em prol da sociedade. * Advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)
Limites às inovações tecnológicas CARLOS MAURÍCIO DE CARVALHO FERREIRA * As políticas públicas de incentivos às inovações são condicionadas às circunstâncias históricas econômicas, sociais, institucionais e políticas (estágio de desenvolvimento, base de recursos naturais do País e de suas regiões, nível de desigualdades sociais, regulamentações, culturais, estrutura e condutas empresariais nas suas cadeias produtivas, etc.); são possíveis entraves externos às inovações tecnológicas para as empresas, que determinam o que se denominam “a dependência à trajetória temporal/histórica” ou “path-dependence”, pelo menos para o que se denominam inovações disruptivas, ou então apenas inovações para redução de custos operacionais e de melhoria de qualidade de produtos já existentes, como estratégias para se igualar às inovações mais importantes da atualidade ou estratégias de “catching up”. Vale considerar, desde logo, que as políticas públicas de incentivos às inovações, cada vez mais, têm de considerar tanto os custos e benefícios e taxas de retorno privadas como sociais, em particular sobre a eventual destruição de postos de trabalho e de impactos ambientais. Mas, além disso, há de se considerar três fatores fundamentais internos às empresas, que interferem nas avaliações de risco do empreendimento de inovação tecnológica, que demandam criteriosa avaliação entre optar apenas por melhorias da posição competitiva. Esta última decisão em geral prevalece quando as empresas estão muito distantes da chamada fronteira das inovações nos países e regiões que se apresentam com elevados padrões de referência de inovação tecnológica do momento, e quando as ameaças aos empreendimentos não são consideradas eminentes e profundas (impacto Kodac). Quais são esses três fatores? São primeiro o custo de sucateamento do capital físico existente, e da atual forma de gestão e comercialização da atividade prevalecente, segundo a questão da apropriabilida-
de, que é a real possibilidade de a empresa se apropriar da inovação tecnológica sem o risco de ser copiada ou imitada a curto ou médio prazo, e terceiro a questão da cumulatividade, ou seja, da experiência com o negócio, o mercado e as circunstâncias extramercado (as barreiras do ambiente em que as empresas atuam como mencionadas anteriormente), e a concorrência, a recomposição dos canais de fornecimento e de comercialização. Em todos esses casos a nova tecnologia disruptiva somente será adotada se houver conhecimentos “tácitos”, que significam a experiência particular da empresa acumulada ao longo do tempo, a experiência específica sobre a nova tecnologia que, mantida como segredo, dificulte ser copiada ou imitada. A complexidade da questão de adoção de novas tecnologias indica que apenas indicadores como a baixa produtividade relativa da mão de obra na empresa e na sua cadeia produtiva em comparação a padrões ou “benchmarks” regionais, nacionais e internacionais, a baixa produtividade total dos fatores de produção além da mão de obra, a oferta disponível de “invenções” e de acesso a inovações na fronteira tecnológica “per si” não são fatores determinantes para induzirem a adoção de tecnologias mais avançadas no país ou em suas regiões, Esses fatores, como muitas vezes são enfatizados e propostos como restrições às inovações disruptivas e mesmo às radicais discontínuas, e que as empresas não se restrinjam as estratégias empresariais às melhorias contínuas e de qualidade com reduções sistemáticas de custos operacionais como critério essencial de estratégia competitiva, mostram não serem capazes de, sozinhos, incentivarem as inovações relevantes para o desenvolvimento competitivo frente “singularidade”: a avassaladora inovação tecnológica que se avizinha. * Economista
A inconstitucionalidade da Lei 13.606/18 DAVID GONÇALVES DE ANDRADE SILVA* A recente Lei 13.606, publicada no Diário Oficial da União em 10 de janeiro de 2018, trouxe para o nosso confuso e inseguro sistema jurídico, mais uma aberração. Alterando dispositivos da Lei 10.522/02, ela “autorizou” a Fazenda Pública Federal, após a inscrição do crédito em dívida ativa, comunicar referida inscrição aos órgãos que operam bancos de dados e cadastros relativos a consumidores e aos serviços de proteção ao crédito e congêneres e averbar, inclusive por meio eletrônico, a certidão de dívida ativa nos órgãos de registro de bens e direitos sujeitos a arresto ou penhora, tornando-os indisponíveis. Trata-se de uma medida absolutamente inconstitucional, que viola o direito de propriedade, suprime garantias individuais e afasta, do Poder Judiciário, competência que lhe é única e indelegável. Com efeito, a supressão da garantia fundamental do direito de propriedade só se pode dar nos limites definidos na Constituição Federal e, claro, a averbação de qualquer registro que torne o bem indisponível suprime um dos elementos mais essenciais desse direito. Isso sem se falar da anotação da tal dívida ativa em cadastros de proteção ao crédito e congêneres, providência que afeta, direta e terrivelmente, os negócios do contribuinte, em especial em suas operações de crédito. Ademais, sabemos dos péssimos serviços prestados no âmbito da Procuradoria da Fazenda Nacional aos contribuintes, notadamente no que se refere a inscrições em dívida ativa de dé-
bitos já quitados, parcelados, em discussão judicial, acompanhados de depósito judicial etc. Os casos são muitos e, até aqui, os contribuintes se preocupavam com estes erros apenas quando as execuções batiam às suas portas ou quando sentiam necessidade de certidões negativas de débito, para algum negócio ou concorrência. Porém, a situação, agora, é muito mais grave. A medida é uma excrescência, que nem mesmo à época do regime ditatorial teve-se o atrevimento e a coragem de se implementar. Certamente o Supremo Tribunal Federal será instado a se pronunciar, em sede de controle direto de constitucionalidade e afastará, espera-se, com o devido rigor, a aplicação dos respectivos dispositivos da Lei 10.522/02. Entretanto, de imediato, os contribuintes deverão redobrar suas atenções, no caso do recebimento das chamadas “cobranças amigáveis” de seus débitos pela Fazenda Pública Federal, impugnando prévia e judicialmente qualquer tentativa de averbação da sobredita indisponibilidade, por simples ato da administração pública. E nossos juízes devem ter a coragem de decidir, caso a caso, contrariamente a essa medida, que como tantas outras visam amesquinhar, ainda mais, o Poder Judiciário e suas indelegáveis competências. A Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 20-B, 20-C, 20-D e 20-E. No 20-B. conta que “Inscrito o crédito em dívida ativa da União, o devedor será notificado para, em até cinco dias, efetuar o
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Lucro com ética e responsabilidade No último fim de semana, o Brasil e, em especial, os produtores e exportadores de bovinos foram surpreendidos com a suspensão, pela 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, do embarque, pela Minerva Foods, de 25 mil bois vivos para a Turquia. A decisão, após inspeção técnica, acolhia denúncia do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que alegava péssimas condições climáticas, sanitárias e alimentares dos animais tanto no transporte quanto no acondicionamento no navio. No entanto, no último domingo, em acolhimento à Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) cassou a liminar que impedia a exportação, alegando que, diante da impossibilidade de limpeza do navio no porto de Santos, por questões ambientais, e considerando que a permanência no navio poderia gerar ainda mais sofrimento e desgaste aos animais, a viagem deveria prosseguir. Outra argumentação contida na decisão, desta vez de ordem econômica, é de que a suspensão das exportações “enseja grave risco de lesão à agropecuária nacional”, uma vez que, por determinação da 25ª Vara Cível Nesse momento em Federal de São que o consumo mundial Paulo, os animais deveriam retornar tem sido cada vez mais às fazendas de pautado por critérios origem, cancelando a entrega da carga. de sustentabilidade, Esse episódio, condutas como as protagonizado por atribuídas ao frigorífico uma organização não governamental tendem a ser cada em defesa dos vez menos aceitas animais, acontece menos de um ano tanto pela sociedade depois de a pecuária brasileira quanto pelo brasileira enfrentar mercado internacional o escândalo da Operação Carne Fraca, deflagrada em março do ano passado, colocando em dúvida o controle sanitário nos frigoríficos e fechando diversos mercados para a carne brasileira. O que chamou atenção não foram apenas as condições dos animais. Segundo informações divulgadas pela imprensa, no caminho até o porto de Santos, o deslocamento já havia causado outros danos ambientais. O despejo de dejetos, em via pública, teria contaminado a rede de drenagem do município, levando a prefeitura de Santos a aplicar duas multas à Minerva Foods, sendo a primeira, de R$ 1,47 milhão, por irregularidades no transporte. A outra multa, de R$ 2 milhões, foi aplicada por poluição atmosférica, “causando desconforto respiratório e olfativo à população da região central, do Valongo [bairro próximo ao centro e à região portuária] e adjacências”. Esse acontecimento serve de alerta. Nesse momento em que o consumo mundial tem sido cada vez mais pautado por critérios de sustentabilidade, condutas como as atribuídas ao frigorífico tendem a ser cada vez menos aceitas tanto pela sociedade brasileira quanto pelo mercado internacional. A pecuária é importante fonte de renda e empregos para o País, mas o negócio de uma empresa não pode comprometer a credibilidade de todo um setor e não pode prevalecer sobre os direitos dos cidadãos, afetados não apenas pelos maus-tratos aos animais, mas também pelos dejetos e mau cheiro deixados pelo caminho. O rastro dessa atividade econômica, como bem sabem os bons empresários e técnicos da área, deve ser o de um manejo correto e de um alimento saudável. Somente assim, com ética e responsabilidade, os mercados se abrirão para a pecuária brasileira e para as demais atividades econômicas do País.
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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
ECONOMIA CRÉDITO
BNDES prioriza inovação em Minas Gerais Farmacêutica Biomm, Unitec Semicondutores e P7 Criativo receberão apoio em investimentos LEONARDO FRANCIA
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve conceder novos financiamentos para a Biomm, indústria farmacêutica que está erguendo uma fábrica especializada na produção de insulina humana recombinante, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e para a Unitec Semicondutores, com plantas em Ribeirão das Neves e Contagem, também na RMBH. Além disso, o banco financiará parte do projeto P7 Criativo, por meio da restauração do prédio histórico do extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), na Capital, que, até março, receberá uma unidade regional da instituição para atender projetos do Estado. As informações são do presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, que esteve ontem na Capital para visitar a Biomm e a Unitec e também conversou com jornalistas. “A Biomm e a Unitec são dois investimentos importantes em áreas que estão dentro da prioridade do BNDES, que é a inovação. Essas empresas enfrentam dificuldade de fundos para poder complementar todo o investimento principal, que praticamente já foi realizado”, explicou. A Biomm está investindo R$ 540 milhões na construção da sua planta de insulina em Nova Lima e a Unitec está construindo as suas duas plantas de semicondutores na RMBH mediante aporte previsto de R$ 1,2 bilhão. Em ambos os casos, além de linhas de financiamento, o BNDES também participa como acionista, através do BNDESPar (braço de participações acionárias da instituição), com cerca de 12% de participação na Biomm e aproximadamente 33% na Unitec. O presidente do BNDES explicou que o caso da Biomm tem a ver com a renegociação de contratos de financiamento e, em relação à Unitec, a discussão se dá em torno do desbloqueio de verbas do BNDES e do BNDESPar ligadas às garantias. “Não se trata de um problema insuperável. As garantias estão lá, mas devido a regras de participação do banco em empresas, há necessidades de ter um certo nível de sobregarantia acima de 100% do valor emprestado. Na realidade, estamos tentando flexibilizar esse nível de sobregarantia”, detalhou. “Em ambos os casos são áreas nas quais o Brasil depende muito das importações. Então, são setores onde existe claramente a possibilidade de substituição de importações por produção nacional. Do ponto de vista da inovação na área industrial, esses investimentos também são importantes”, reforçou Castro. P7 Criativo - A reforma e a adaptação do antigo prédio do Bemge faz parte do projeto P7 Criativo, que tem como objetivo a instalação de hub de economia criativa no local por meio da Associação P7 Criativo, primeira agência de desenvolvimento
da indústria criativa e de inovação no Estado. De acordo com informações do BNDES, o projeto deve demandar aporte de R$ 59 milhões, com financiamento de R$ 17,7 milhões da instituição. “A operação está praticamente aprovada. Ajudaremos a renovar o prédio do Bemge, icônico e histórico para a Capital, e ali estabelecer um polo de inovação e startups na área de novas mídias, cinema e tudo que representa inovação e aquisição de novos conhecimentos”, disse o presidente do banco. Unidade regional - Até março, o BNDES deve abrir uma agência regional em Belo Horizonte para tratar de projetos no Estado. De acordo com Castro, servidores da instituição já foram pré-selecionados para se deslocar para essa unidade em Minas. A ideia é aproximar o banco do empresariado e do setor público mineiros. “Isso significa que o em-
WILSON DIAS/ABr
presário vai economizar tempo e dinheiro. Essa aproximação do banco com empresários e municípios vai viabilizar o acesso às múltiplas linhas de financiamento e possibilidades de participação acionária do BNDES em empreendimentos que são desconhecidas pelo público e por administradores privados e públicos”, afirmou. Castro destacou que o banco já tem unidades regionais em Brasília (DF), Recife (PE) e São Paulo (SP), que atuam hoje cobrindo vários estados cada uma. “A ideia é renovar a atuação dessas unidades que já existem, mas que têm abrangência muito pulverizada. Ao estabelecer oito ou nove regionais, incluindo as três existentes, consolidamos a possibilidade de cada uma Segundo Paulo Rabello de Castro, projeto P7 Criativo terá financiamento de R$ 17,7 mi ficar com dois ou três estados e, em alguns casos, como criação dessas unidades de Instituições Financeiras mento Econômico de Minas o de Minas, a regional se regionais está sendo feita de Desenvolvimento(ABDE). Gerais (Codemig), que fazem fixar apenas em um estado”, em harmonia com o Siste- Em Minas, conforme Castro, parte deste sistema e usam esclareceu. ma Brasileiro de Fomento, o Banco de Desenvolvimento recursos do BNDES, parAinda de acordo com o capitaneado atualmente de Minas Gerais (BDMG) e a ticiparão ativamente deste presidente do BNDES, a pela Associação Brasileira Companhia de Desenvolvi- processo.
Pequenas e médias empresas devem ser contempladas Conhecido como um banco de financiamento de grandes obras estruturantes, o BNDES, agora, volta suas atenções para novos pilares da economia: inovação, sustentabilidade, micro e pequenas empresas (MPEs), desenvolvimento regional e mercado de capitais. Porém, o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, fez questão de ressaltar que a instituição não abandonará a vocação para financiar projetos de infraestrutura e grandes investimentos. “O BNDES sempre foi reconhecido como um banco de infraestrutura, com grandes obras financiadas e de grandes indústrias. Não vamos abandonar isso, mas iremos reforçar a ênfase no desenvolvimento regional, nas micro, pequenas e médias empresas, na inovação, na sustentabilidade e no mercado de capitais”, frisou Castro. O presidente do BNDES explicou que o banco está “com o olhar atento sobre Minas” porque o Estado não tem aportes e financiamentos na mesma proporção do seu Produto Interno Bruto (PIB). “Minas tem que sair da
toca. Por isso vamos colocar uma unidade regional na Capital para atender empresários, prefeitos e governo mais de perto”, acrescentou. Um dos pontos que pode ser trabalhado em Minas e que, para Castro, vem ao encontro dos pilares estratégicos da sustentabilidade e pequenas e médias empresas é o financiamento para pequenas mineradoras no que se refere à minimização dos impactos da atividade no meio ambiente. “Financiar o trabalho de pequenas mineradoras, através da compra de equipamentos mais novos, por exemplo, atacaria os pilares do foco em sustentabilidade e atender pequenas e médias empresas”, exemplificou. Além disso, Castro citou a linha de crédito BNDES Giro. “Vamos reforçar essa linha com a modernização do cartão BNDES, que provavelmente funcionará sem o agente financeiro, ainda hoje necessário. Será uma linha direta. Ela não está aberta, mas faremos isso dentro de um mês”, disse. Outra linha que pretende fomentar o desenvolvimento regional, esta já aberta, é a que oferece financiamentos
DIVULGAÇÃO
Projetos para minimizar impactos ambientais de pequenas mineradoras estão no foco do BNDES
de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões para municípios de pequeno porte. Na avaliação do presidente do BNDES, os empréstimos neste âmbito podem fazer grande diferença para uma série de questões, como melhorar a iluminação pública, obras de saneamento e esgotamento sanitário, de disposição de resíduos sólidos, gestão tributária municipal, equipa-
mentos turísticos e titulação fundiária. “Estas linhas de crédito estão todas disponíveis neste novo programa para pequenos municípios. Voltaremos a Minas para apresentar, provavelmente à AMM (Associação Mineira de Municípios), essas novas linhas e conversar com micro e pequenos empresários”, revelou Castro.
Plano Estratégico - O BNDES está em fase de aprovação do seu Plano Estratégico 2035. De acordo com o presidente da instituição, a ideia é aproveitar a expertise da equipe do banco em análise e prospecção de cenários futuros para produzir um planejamento que pode dar base para discussões em várias camadas sociais. (LF)
Banco fará acordo com MPF para liberar cadastro Para o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, o impedimento jurídico do cadastro de empresas envolvidas nos escândalos da Lava Jato, especialmente construtoras e empreiteiras, pode impedir a geração de novos empregos no País nos próximos anos. Por isso, o banco celebrará, nos próximos dias, um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para reorganizar o acesso dessas empresas a financiamentos da instituição. Castro explicou que os efeitos da Lava Jato tornaram o cadastro de algumas empresas da área de engenharia e construção “embarreirado” por questões jurídicas, o que, segundo
ele, cria um potencial de “não geração” de empregos na medida em que os financiamentos para essas empresas deixam de existir. A Lava Jato é uma operação absolutamente necessária e indispensável para um País absolutamente corrompido, portanto não é uma crítica. “Temos apontado a dificuldade de cadastro de algumas empresas que costumavam ter financiamentos para grandes obras estruturantes aqui e no exterior. São empresas que estão com as portas abertas, mas não podem ser financiadas. Estamos trabalhando junto com o MPF para reorganizar o acesso dessas empresas”, afirmou. O presidente do BNDES
revelou que um levantamento feito pela própria instituição apontou que, ao longo dos últimos dez anos, a adição de empregos direta ou indiretamente gerados pelo suporte de financiamentos para a exportação de serviços criou algo na faixa de 500 mil empregos no Brasil, com o acionamento de pouco mais de 4 mil fornecedores ligados a essas operações. Para Castro, o “barramento” jurídico, por conta da Lava Jato, do cadastro de empresas do setor, pode inviabilizar a geração de novos postos de trabalho. “Estamos cometendo um crime em relação a uma das mais importantes linhas do banco e do País, que é
o suporte à exportação de serviços. Todas as grandes nações usam essa estratégia para provocar a compra de bens e produtos. Segundo nossos cálculos, sempre que se dá suporte a exportação de serviços, basicamente de engenharia, se gera empregos no Brasil. Ao interromper esse processo, estamos interrompendo a exportação de bens e a criação de empregos no País”, argumentou. Castro revelou que o próprio MPF está estudando a questão. “Estaremos assinando nos próximos dias um acordo de colaboração de trabalho com o MPF, de modo a superar essa consequência não prevista, por assim dizer, do necessário e indispensável trabalho de
apuração de crimes em projetos empresariais”, revelou. Candidatura à Presidência Ainda ontem em conversa com jornalistas, Castro indicou que pode se apresentar como candidato à Presidência da República. O nome dele tem sido defendido pelo comando do PSC, partido ao qual já é filiado. O presidente do BNDES disse ainda que o Brasil tem tido “surpresas desagradáveis” nas eleições e, sem citar nomes, comparou políticos a “latas de ervilhas vencidas”. “Quero dizer que podemos ter candidaturas organizadas, que surgem da mera vontade de colaboração. Até a data-limite tomaremos a decisão”, pontuou. (LF)
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ECONOMIA VAREJO
Vendas do Natal são as melhores nos últimos 4 anos Volume de negócios do comércio de BH avançou 4,51% em dezembro ALISSON J. SILVA
ANA CAROLINA DIAS
As vendas do comércio varejista de Belo Horizonte em dezembro apresentaram alta de 4,51% na comparação com o mesmo mês de 2016, registrando o melhor Natal dos últimos quatro anos para o comércio da Capital. O resultado, divulgado ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), supera as expectativas de crescimento de 1,42% projetadas para as vendas de final de ano e é a maior alta em relação às últimas três bases de comparação. Na comparação entre dezembro de 2014 e o mesmo mês do ano anterior, as vendas registraram aumento de 1,56%, enquanto a comparação do mesmo período de 2015 com 2014 e de 2016 com 2015 mostraram, respectivamente, quedas de 3,81% e 1,84% nas vendas. O presidente da CDL/ BH, Bruno Falci, atribui o bom desempenho principalmente a uma melhora do cenário econômico que, segundo ele, pôde ser observada gradativamente durante o ano passado. A recuperação da atividade econômica com queda da inflação e da taxa de juros somada ao aumento do rendimento real e do poder de compra do consumidor são considerados por Falci fatores determinantes no impacto positivo nas vendas. “Esse aumento é resultado da melhoria que tem acontecido no cenário financeiro desde o início do ano e que refletiu no otimismo dos empresários e consumidores. A inflação ainda é alta, mas apresentou queda desde o início de 2017, assim como a taxa de juros. O desemprego, que estava aumentando em uma velocidade muito grande, também cedeu. Tudo isso contribuiu para um melhor ambiente, no qual a população tem mais recursos”, afirma. O levantamento mostra ainda que, na comparação de 2017 com o ano anterior, todos os setores apresenta-
Resultado registrado no período superou as expectativas do setor, que era de 1,56%
ram crescimento nas vendas, com destaque para os supermercados, que aumentaram as vendas em 10,8% em dezembro. O setor de artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha, registrou aumento de 8,24% nas vendas no mesmo período, seguido pelos setores de vestuário e calçados (7,81%), drogarias e cosméticos (7,79%), papelarias e livrarias (4,23%), móveis e eletrodomésticos (2,84%), veículos e peças (2,73%), e material elétrico e construção (2,22%). No acumulado do ano as vendas apresentaram crescimento de 0,86% entre janeiro e dezembro de 2017. Este é o primeiro aumento nesta base de comparação
TELECOMUNICAÇÃO
Anatel anuncia redução nos preços de ligações a partir de 25 de fevereiro Brasília - A partir de 25 de fevereiro, as ligações locais e interurbanas de telefones fixos para móveis ficarão mais baratas. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a redução das chamadas locais vai variar entre 10,58% a 12,75% e das tarifas interurbanas, entre 3,98% a 7,41%. A queda vai ocorrer devido à redução das tarifas de interconexão, pagas pelas empresas que utilizam a rede de outro grupo. O cálculo das tarifas é feito pela Anatel. De acordo com a agência, elas foram usadas inicialmente para subsidiar a instalação de redes das operadoras móveis. A redução das tarifas vale para as ligações originadas nas redes das concessionárias da telefonia fixa - Oi, Telefônica, CTBC, Embratel e Sercomtel
- destinadas às operadoras móveis. O preço médio das ligações locais de telefone fixo para móvel vai passar de R$ 0,18 para R$ 0,12, sem imposto. Para as ligações interurbanas feitas de fixo para móvel com DDD iniciando com o mesmo dígito, por exemplo, DDDs 61 (Distrito Federal) para 62 (Goiânia), o preço médio cairá de R$ 0,55 para R$ 0,39. Enquanto o preço médio das demais ligações interurbanas de fixo para celular, vai ser reduzido de R$ 0,62 para R$ 0,45. Segundo dados da Anatel, a medida vai beneficiar cerca de 23,6 milhões de assinantes de telefonia fixa. A lista com a redução de cada concessionária está disponível no site da Anatel. (ABr)
taxa de juros e número de desempregados são sinais de uma retomada do crescimento da economia do País e fazem com que as expectativas da CDL/BH para as vendas do varejo continuem otimistas. Nesse contexto, Bruno Falci ressalta que os setores de comércio e serviços sentem os reflexos da melhora do cenário econômico e projeta resultados positivos para 2018, considerando ainda o cenário de um ano eleitoral. “Vamos passar por situações políticas que influenciam a conjuntura econômica, mas estamos confiantes na recuperação da economia. Mas, acho fundamental para o País a reforma da previdência para que não exista o risco de um avanço da Expectativas – A melhora de inflação que pode corroer a alguns indicadores macro- renda do brasileiro e abafar econômicos como inflação, o crescimento”, comenta. desde 2014, quando o avanço foi de 2,08%, seguido de quedas de 4,34% em 2015 e de 1,49% em 2016. Já em relação ao mês de novembro, o índice real de vendas registrou crescimento de 5,3%, alta relacionada por Falci ao período de Natal, no qual tradicionalmente as vendas disparam. Na mesma comparação com o mês imediatamente anterior em 2017, todos os segmentos também apresentaram resultado positivo nas vendas. “Para nós, o mês de dezembro realmente é o melhor mês, mas vale ressaltar que a economia vem se consolidando e, na comparação do mesmo período com os anos anteriores, também tivemos um crescimento”, avalia.
Disposição de comprar aumenta, aponta Ibevar São Paulo - O ânimo dos consumidores brasileiros cresceu no último ano. Em dezembro, a disposição de consumidores a comprar era 80% mais alta do que no mesmo mês do ano passado, segundo dados de pesquisa do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) em parceria com a Epistemics. O indicador, baseado em manifestações de consumidores na internet, vem subindo desde abril do ano passado e, segundo o presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, mostra uma tendência positiva pela frente. A captura desse maior otimismo faz o Ibevar estimar um crescimento das vendas do varejo para o primeiro trimestre de 2018. A projeção é de aumento real de 5,4% nas vendas do varejo ampliado nos três primeiros meses do ano em comparação com igual período de 2017. Embora espere um bom primeiro trimestre para o varejo, Felisoni considera que os resultados do ano ainda podem ser influenciados negativamente pelo fato de 2018 ser um ano de eleições. A avaliação é de que o cenário político incerto tende a afetar o humor dos consumidores. “Essa melhora de ânimo observada até agora influencia as expectativas para 2018, mas é importante ressaltar que o que vai acontecer depende de como se desenrola o cenário eleitoral”, comentou. “Tenho a impressão de que o futuro dessa eleição está muito imprevisível”, disse. Para ele, a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode representar um fortalecimento de adversários de centro-direita. Ao mesmo tempo, ele considera que os projetos de centro ainda enfrentam dificuldades em meio ao discurso dos apoiadores de Lula de que ele foi injustiçado. Outros elementos do cenário tendem a sustentar um ano ainda bom para o varejo, na avaliação de Felisoni. Ele menciona a redução da inflação e das taxas de juros ao consumidor. Além disso, destaca a recuperação do emprego, que, embora de forma lenta, tem ocorrido gradualmente. O Ibevar modificou pela primeira vez sua metodologia de estudo da intenção de compra. Há anos a entidade estuda o comportamento dos consumidores, mas vinha baseando seus levantamentos em questionários aplicados na cidade de São Paulo. Agora, o estudo se baseia em uma análise de elementos dispostos em comentários na internet. O levantamento do Ibevar e Epistemics analisou uma amostra de 632 mil comentários em vídeos postados online de produtos de bens de consumo durável e estudou as manifestações de intenção de compra. A pesquisa estudou ainda a disposição de gasto. A quantidade de dinheiro que os consumidores manifestam interesse em gastar cresceu 44,8% em 2017 na comparação com o ano anterior. Houve um salto nesse indicador a partir de setembro do ano passado, o que pode ter sido motivado pela proximidade da Black Friday, evento que marca um pico de vendas no varejo, sobretudo para bens duráveis. Shopping - O fluxo de visitantes em shopping centers do Brasil cresceu 2,4% em janeiro na comparação anual, em um sinal de continuidade do movimento de recuperação iniciado em 2017, informou a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) “O número é relevante porque evidencia um crescimento sobre um número que já era positivo (+0,22%) em janeiro passado, e marcava o início de uma retomada após um 2016 que registrava quedas a cada mês”, disse Walter Sabini Junior, sócio-fundador da FX Retail Analytics, em nota. “Agora, temos um crescimento em dois pontos percentuais, que nos dá confiança e otimismo para 2018”, completou Sabini Junior. Regionalmente, o Sudeste teve o melhor desempenho, com alta de 3,23%, seguido por Nordeste (+1,89%) e Sul (+1,12%), mostrou o Índice de Visitas a Shopping Centers (IVSC), desenvolvido em parceria com a FX Retail Analytics. (AE)
TRANSPORTE
Metrô pode parar em cinco capitais Os metrôs do Recife, de Belo Horizonte, Maceió, João Pessoa e Natal, as cinco capitais brasileiras operadas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), vão funcionar apenas de segunda a sexta-feira, no horário de pico, se o orçamento de 2018 para o setor não for revisto. A informação consta em ata de reunião realizada no último dia 30 e assinada por representantes das cinco praças da estatal. A paralisação total dos trens não foi descartada. Ao todo cerca de 600 mil pessoas seriam prejudicadas diariamente. Na reunião, ocorrida no Recife, foi marcada inclusive a data, 5 de março próximo, para que as composições passem a operar com horário reduzido. “Acaso não seja respondido positivamente à recomposição da LOA
(lei orçamentária anual), ou ainda suplementação orçamentária para cobertura do déficit pelos ministérios Cidades/Planejamento até o dia 20/02/2018, as superintendências verificam como a alternativa menos danosa a de operar no horário de pico de segunda a sexta-feira a partir de 05/03/2018, sem prejuízo de reestudo e eventual paralisação total do sistema”, diz a ata. São considerados horário de pico de 6h às 8h30 e das 16h30 às 19h30. O orçamento para os metrôs das cinco praças, que no ano passado foi de aproximadamente R$ 260 milhões, conforme informações retiradas da reunião, foi reduzido para R$ 139,7 milhões no orçamento de 2018. O valor para esse ano foi repassado pelo Ministério
das Cidades. Conforme informações da pasta, o montante para esse ano foi enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, que aprovou os recursos. Foi informado ainda que, ao menos por enquanto, não há expectativa de alteração no valor. Contratos - A ata foi encaminhada pelo presidente interino da CBTU, José Marques de Lima, para o presidente do Conselho de Administração da empresa, Pedro Cunto de Almeida Machado. O texto afirma ainda que “como medida preventiva as superintendências farão notificação das empresas que prestam serviços à CBTU por meio de aviso prévio contratual, para suspensão total/parcial dos contratos, com vistas a atendimento ao
corte orçamentário, a partir de 05/02/2018”. Conforme o presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais, Romeu José Machado Neto, o que vinha sendo feito antes era contingenciamento de recursos, nunca corte no orçamento. “No contingenciamento o governo segura o dinheiro mas vai liberando ao longo do ano. Agora o que fizeram foi o corte direto no orçamento”, disse. “Isso é para fechar as portas”, acrescentou. Em nota, a CBTU confirmou que a redução nos recursos para o metrô pode afetar o sistema, mas que não é possível dizer “de que forma isso acontecerá, nem quando”. Segundo a nota da CBTU, houve um corte de 43% no orçamento em relação ao do ano passado. (AE)
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ECONOMIA MERCADO FINANCEIRO
IMÓVEIS
Após euforia, bolsas fazem ajustes
Segmento de escritórios Fevereiro começa com quedas significativas, mostrando acomodação após grande liquidez corporativos cresce até 270% mercado continue em alta. LUZ/BM&F BOVESPA/DIVULGAÇÃO
MARA BIANCHETTI
Depois de ter o mês de janeiro marcado por recordes atrás de recordes nas principais bolsas de valores do mundo, o mercado financeiro global inicia fevereiro com quedas significativas e tão históricas quanto às positivas das primeiras semanas de 2018. A justificativa, segundo analistas financeiros, está principalmente na euforia causada pelo excesso de liquidez no mundo afora. Enquanto no mês passado os três principais índices de Wall Street fecharam com altas seguidas de altas, com o índice industrial Dow Jones atingindo marcos históricos nunca antes vistos, assim como o Nasdaq e o S&P 500 avançando em ritmos históricos e a bolsa de Tóquio situando no ponto mais alto desde novembro de 1991, fevereiro começou um pouco diferente para os mercados financeiros internacionais. Aliás, logo nos últimos dias de janeiro as bolsas globais já começavam a dar sinais de desaceleração, como se pôde observar ontem, com contaminação da retração observada na segunda (5) na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos, que caiu 4,6%. Num efeito cascata, as bolsas asiáticas também encerraram em baixa e as bolsas europeias seguiram a mesma tendência. Com os mercados ditos emergentes a situação não foi muito diferente. Tratando-se especificamente do Brasil e do Índice Bovespa, bateu recordes atrás de recordes nas primeiras semanas de 2018, ultrapassando inclusive os 80 mil pontos, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também já começa a refletir o movimento de baixa observado no mercado financeiro global, embora tenha encerrado ontem com alta de 2,5%. A explicação dos especialistas está justamente na busca pelo equilíbrio por parte dos mercados. O analista da Ativa Investimentos, Lucas Claro, por exemplo, lembra que havia um excesso de confiança no mercado por conta da liquidez disponível. Segundo ele, porém, já nos últimos dias de janeiro os Estados Unidos começaram a apresentar comportamento diferente, com uma primeira queda na bolsa e os demais mercados já entraram em alerta. “A expectativa é que o
Este movimento é apenas de correção e equilíbrio por conta da euforia em excesso do início do ano. A volatilidade vai continuar a existir, principalmente nos mercados emergentes, como o Brasil, mas em função de motivos internos”, avaliou. O sócio-diretor da L2 Capital Partners, Rafael Augusto Calcagno Siqueira, concorda com os argumentos de Claro e complementa que as correções ocorridas no mercado norte-americano, após dois anos de estabilidade, levaram os mercados financeiros do restante do mundo a uma situação de instabilidade. “O cenário vinha com bolsas batendo recordes, bonds elevados, volatilidade baixa, renda do trabalhador americano subindo, taxa de juros aumentando e impactando os ativos... O restante do mundo começou a prestar atenção no conjunto de fatores e provocou mais um movimento de correria nos mercados”, explicou. Quanto aos próximos movimentos, segundo Siqueira, é difícil prever. Porém, ele alerta que uma postura defensiva é a mais adequada no momento. “Quando vemos no mercado financeiro movimentos de picos, é porque uma fase está se findando. Pode ser o fim de uma chamada bolha de investimentos”, opinou. Ajustes - Para o coordenador de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Ricardo Balistiero, é preciso frisar que o atual momento vivido pelo mercado financeiro é bem diferente do ocorrido há dez anos, quando o mundo saía de uma recessão e os países precisavam se recuperar. De acordo com o analista, o atual cenário é muito mais de ajustes e afetará menos quem estiver melhor preparado, o que infelizmente não é o caso do Brasil. “Quando existem estes ajustes, países melhor preparados sofrem menos. O Brasil não está (preparado), até porque, está tentando sair de uma recessão econômica que há pouco passou”, alertou. Eleições - De maneira complementar, o professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Joelson Sampaio, destacou que o mercado externo vive agora as consequências de uma ex-
Após recordes, principais índices do mundo e do Brasil devem continuar em alta, mas com equilíbrio
Retomada será mais lenta no Brasil São Paulo - A má situação fiscal e incertezas eleitorais cobraram do Brasil um preço mais alto do que outros países emergentes durante o forte ajuste nos mercados mundiais provocado pela expectativa de que os Estados Unidos elevarão mais os juros, avaliou o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola. E a recuperação nos mercados financeiros globais virá no curto prazo, com o Brasil seguindo essa tendência, mas de forma menos intensa. Mesmo assim, Loyola não espera fuga de capitais dos mercados brasileiros. “Notadamente, o Brasil não tem muito o que entregar este ano em termos de política”, disse ele à reportagem, ontem, acrescentando que o Brasil é mais punido que outros países também pela ausência do grau de investimento e provável não-aprovação da reforma da Previdência agora. “Temos eleição (presidencial) que está absolutamente incerta, que pode recolocar em Brasília um governo populista e pouco comprometido com responsabilidade macroeconômica, e não estamos conseguindo fazer a reforma da Previdência, que a essa altura foi para o vinagre”, afirmou. Neste cenário, o Brasil está menos preparado para enfrentar soluços no mercado internacional, pois isso leva investidores a se afastarem de ativos de maior risco. Desde o início do movimento de correção nas bolsas norte-americanas, no último dia 2, o índice IPC da Bolsa Mexicana caiu 2,43% até o fim da tarde de ontem neste pregão, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, perdeu 2,79%. Ainda assim, ressaltou Loyola, o País pectativa além do esperado, mas que se trata apenas de um reajuste que logo voltará à calmaria. Já em relação ao Brasil,
não deve sofrer fuga de investidores e de capital estrangeiros. “As notícias não são maravilhosas, mas a economia está se recuperando, as empresas dando resultados positivos, isso ajuda a Bolsa”, disse. “Por outro lado, o risco eleitoral está aí presente. O mercado recebeu bem a condenação do ex-presidente Lula, mas está muito longe de ter clareado o cenário eleitoral”. Cenário - Depois de fortes ganhos ao longo do ano passado, Wall Street deu início a um ajuste dos preços de ações e de treasuries norte-americanos, mas em breve deve retornar à tendência de alta nos papéis corporativos e soberanos na maior parte das grandes economias, apontou Loyola. “As economias estão indo bem, não tem nada que tenha mudado substancialmente. Não tem nenhum fator substantivo do ponto de vista econômico para explicar a queda”. A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos avançou em janeiro e os salários cresceram ainda mais, maior ganho anual em mais de oito anos e meio, ampliando expectativas de que a inflação vai acelerar neste ano e, assim, alimentando expectativas de que os juros na maior economia do mundo podem subir mais rapidamente. A perspectiva de mais altas nos juros levou à correção nos mercados dos EUA, potencializada por negociações eletrônicas e algoritmos, o que gera repercussão em outros mercados, afirmou Loyola. “A inflação está bem tranquila, já tem pressão salarial, mas não estamos vendo algo que vai exigir ajuste muito mais forte (nos juros norte-americanos)”, disse. (Reuters)
o professor foi enfático em dizer que os problemas maiores não dizem respeito ao cenário externo, mas às implicações do próprio
País e um ano de incertezas, eleições presidenciais e reformas a serem aprovadas. “A volatilidade aqui é bem maior”, finalizou.
CUSTOS
Índice Geral de Preços sobe 0,58% em janeiro Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,58% em janeiro, ante um aumento de 0,74% em dezembro, divulgou, ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam um avanço de 0,52% a 0,88%, com mediana positiva de 0,65%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma eleva-
ção de 0,58% no ano, mas ainda tem queda de 0,28% em 12 meses. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve alta de 0,58% em janeiro, após a elevação de 1,07% registrada em dezembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, teve um aumento de 0,69% em janeiro, ante um crescimento de 0,21% em dezembro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apre-
sentou alta de 0,31% em janeiro, depois do aumento de 0,07% em dezembro. O núcleo do Índice do IPC-DI de janeiro subiu 0,44%, após um aumento de 0,33% em dezembro. O núcleo é usado para mensurar tendências e é calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 0,44% no ano e avanço de 3,29% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-DI de
janeiro foi do dia 1º ao dia ços por Atacado segundo 31 do mês. Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite viIPAs - Os preços dos sualizar a transmissão de produtos agropecuários preços ao longo da cadeia no atacado, mensurados produtiva, os preços dos pelo IPA Agrícola, caíram bens finais tiveram alta 0,52% em janeiro, após de 0,16% em janeiro, ante terem avançado 0,81% em um aumento de 0,45% em dezembro de 2017, dentro dezembro. do IGP-DI, informou a Os preços dos bens interFGV. mediários subiram 1,34% Já os produtos industriais em janeiro, após avançarem medidos pelo IPA Indus- 0,46% em dezembro. Os trial registraram avanço de preços das matérias-primas 0,94% em janeiro, depois brutas registraram alta de de uma elevação de 1,15% 0,18% em janeiro, depois no atacado em dezembro. de subirem 2,62% em deDentro do Índice de Pre- zembro. (AE)
São Paulo - O mercado brasileiro de escritórios corporativos dará, neste ano, continuidade à recuperação iniciada em 2017, quando registrou crescimento de quase 270% na ocupação em São Paulo e superior a 100% no Rio de Janeiro, apoiado na melhora da economia e da confiança entre os empresários. Para 2018, a expectativa é de que os preços dos imóveis se estabilizem antes de retomarem a trajetória de alta interrompida pela mais severa recessão em décadas, mas esse processo não será uniforme e tende a variar conforme a região, mostrou estudo da consultoria imobiliária NAI Brazil. A companhia, que é fruto de uma associação da Engebanc Real Estate com a NAI Global, quinto maior grupo de corretagem do mundo, atua no gerenciamento e supervisão de projetos, além de fazer avaliações de propriedades, tendo entre os clientes empresas como Petrobras, grandes bancos e redes de varejo. “O mercado ainda não está 100% recuperado da crise, mas ficou claro, no fechamento do ano passado, que o pior ficou para trás... 2018 tende a ser bom e pode ser espetacular se tivermos um cenário eleitoral benigno ao fim do primeiro semestre”, afirmou à Reuters o presidente da NAI Brazil, Marcelo da Costa dos Santos. Santos explicou que o mercado de escritórios corporativos tende a operar normalmente até o fim de junho ou início de julho, dando continuidade ao desempenho positivo do último trimestre do ano passado, mas a indefinição na política pode retardar o ritmo de atividade até as eleições. Ainda segundo ele, o desfecho mais favorável para o setor seria a vitória de um candidato de centro-direita com agenda reformista. Na cidade de São Paulo, cujo estoque nas principais zonas empresariais somava mais de 5 milhões de metros quadrados, as locações superaram o total de desocupações em 194.845 metros quadrados em 2017, alta de 267% ante o saldo de 53.084 metros quadrados apurado em 2016. “O ano de 2017 foi o melhor da série histórica desde 2012, tanto na absorção líquida quanto bruta”, observou o diretor de serviços corporativos, escritórios e varejo da NAI Brazil, Daniel Iannicelli. Com isso, a disponibilidade em São Paulo caiu a 21%, de 22,3% no ano anterior. Apenas no segmento de alto padrão, essa taxa recuou para 20,3%, de 25,1% em 2016. Para imóveis intermediários, o percentual foi a 21,8%, de 19,2%. No caso do Rio de Janeiro, a disponibilidade subiu para 36% em 2017, de 31,5% no ano anterior, muito embora as ocupações tenham superado as desocupações em 2.680 metros quadrados, marcando uma inversão do resultado líquido negativo de 101.514 metros quadrados de 2016. (Reuters)
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ECONOMIA INFRAESTRUTURA
Ecorodovias vence concessão da BR-135 Companhia ofereceu R$ 2,060 bilhões pela outorga de 363,95 quilômetros de estradas no Norte de Minas São Paulo - A EcoRodovias venceu ontem a concorrência pela concessão de 363,95 quilômetros das rodovias BR-135, MG-231 e LMG-754, ligando a BR-040 a Montes Claros, no Norte do Estado. A companhia ofereceu R$ 2,060 bilhões pela outorga do ativo O valor oferecido pela Ecorodovias é quase o dobro ofertado pelo segundo colocado, o consórcio Minas Itália - composto pelas construtoras Vilasa, Contorno e Preart, pelo fundo de investimento Titan Venture e pela Concremat, com R$ 1,201 bilhão. A terceira colocada, o consórcio Nova MG (dos ex-acionistas da MGO), ofereceu R$ 858,4 milhões. As informações constam na ata da reunião da comissão responsável pelo processo, publicada ontem. O critério da licitação é o de maior oferta pela outorga da concessão, sendo que não foi estipulado um valor mínimo. Segundo o edital da concorrência, o valor da outorga ofertada deverá ser pago ao poder concedente em parcelas mensais durante todo o prazo da concessão. A concorrência iniciada ontem compreende a concessão, pelo prazo de 30 anos, de um lote rodoviário em Minas Gerais com 363,95 quilômetros de extensão. O lote é composto por 300 quilômetros da BR-135 - que se iniciam no entroncamento entre a rodovia e a BR-122/251/365 (“Contorno de Montes Claros”) e
WELLINGTON PEDRO / ARQUIVO
Investimento previsto é de R$ 1,88 bilhão e compreende uma série de intervenções, como duplicação
terminam no entroncamento com a BR-040 -, por 22,65 quilômetros da MG-231 e 40,10 quilômetros da LMG-754. As três licitantes protocolaram quatro envelopes cada, contendo
a garantia da proposta, a proposta econômica, o plano de negócios das rodovias e a documentação de habilitação. Foram abertos nesta manhã os envelopes referentes às garantias das propostas, pro-
SETOR AUTOMOTIVO
postas econômicas e ao plano de negócios da empresa classificada em primeiro lugar. Segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, a partir da publicação do resultado
no diário oficial (Minas Gerais), as empresas têm o prazo de cinco dias úteis para a interposição de recurso referente ao plano de negócio da EcoRodovias. O anúncio do vencedor da licitação depende desse procedimento e da homologação dos documentos de habilitação. Ainda de acordo com o documento da reunião, a CCR chegou à secretaria para protocolar sua proposta às 17h08 da segunda-feira, 8 minutos após o encerramento da entrega dos envelopes. Intervenções - A concessionária vencedora do lote rodoviário deverá atuar em quatro frentes de trabalho: recuperação e manutenção; melhorias operacionais e de ampliação de capacidade e manutenção de nível de serviço; conservação; e serviços operacionais. O Capex previsto é de R$ 1,88 bilhão, concentrado principalmente em obras de ampliação de capacidade - são R$ 599,7 milhões em obras de duplicação a serem aplicados entre o segundo e o quinto ano de concessão. De acordo com o edital, o valor estimado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas-MG para o valor presente líquido (VPL) da projeção das receitas da cobrança do pedágio, calculado com taxa de desconto de 9,20%, está orçado em R$ 2,012 bilhões, a preços referentes a janeiro de 2016. (AE)
ENERGIA
Produção de veículos cresce 24,6% em janeiro e Grupo chinês CEE Power montadoras aumentam geração de empregos planeja ampliar a atuação no País e deve construir fábrica
São Paulo - As fabricantes de veículos instaladas no Brasil terminaram janeiro com a produção de 216,8 mil unidades, alta de 24,6% em relação a igual mês do ano passado e de 1,5% na comparação com dezembro, mostra balanço divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Os chamados veículos leves, que somam os segmentos de automóveis e comerciais leves e representam mais de 90% do setor, atingiram 207,9 mil unidades produzidas no primeiro mês de 2018, crescimento de 23,4% em relação a igual mês do ano passado e de 1,5% ante o volume de dezembro. Entre os pesados, foram 7,04 mil caminhões produzidos em janeiro, expansão de 57,2%, ante igual mês de 2017, mas retração de 5,3% sobre o resultado de dezembro. No caso dos ônibus,
as montadoras produziram 1,8 mil unidades no primeiro mês do ano, avanço de 70,1% sobre o resultado de igual mês do ano passado e de 37,5% em relação ao mês anterior.
Emprego - Com o aumento na produção, as montadoras seguem criando vagas. Em janeiro, as contratações superaram as demissões nas montadoras e levaram à geração de 676 postos de trabalho. Considerando os últimos 12 meses, o saldo também é positivo, com a criação de 2.018 vagas. Com isso, o setor conta hoje com 128 951 funcionários, alta de 1,7% em relação ao nível de janeiro do ano passado. Exportações - Segundo a Anfavea, as exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 1,030 bilhão em janeiro, alta de 26% na compa-
ração com janeiro do ano passado, mas queda de 21,6% ante dezembro. No primeiro mês do ano, foram exportadas 47 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, expansão de 23,8% na comparação com janeiro do ano passado, mas baixa de 23,1% ante o último mês de 2017.
Máquinas agrícolas - As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado atingiram 1,6 mil unidades em janeiro, queda de 39,1% na comparação com igual mês do ano passado e recuo de 55,8%, ante dezembro. A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias, por sua vez, chegou a 2,6 mil unidades em janeiro, expansão de 19,3% em comparação com igual mês do ano passado e de 0,8% em relação a dezembro. (AE)
ÓLEO E GÁS
Petrobras anuncia o início do processo de venda da refinaria de Pasadena, nos EUA São Paulo - A Petrobras anunciou ontem o início do processo de venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, negócio que deve incluir todo o sistema de operações de refino, tanques com capacidade de armazenamento de 5,1 milhões de barris de petróleo e derivados, terminal marítimo e estoques associados. A venda da refinaria, alvo de uma série de denúncias de corrupção na gestão do governo anterior investigadas pela operação Lava Jato, deve incluir ainda um terreno localizado no canal marítimo de acesso a Houston, para oportunidades de expansão futura, informou a Petrobras em fato relevante. As denúncias de corrupção envolvendo a refinaria, com ca-
pacidade de processamento de 110 mil barris por dia, atingiram a ex-presidente Dilma Rousseff, que na época da negociação era presidente do conselho de administração da Petrobras. De acordo com Tribunal de Contas da União (TCU), o conselho da petroleira aprovou a compra da refinaria com base em critérios “antieconômicos” que causaram um prejuízo de US$ 580 milhões à empresa. Em 2014, quando questionada sobre os problemas na aquisição de Pasadena, a então presidente Dilma afirmou que recebeu informações incompletas das diretorias da Petrobras responsáveis pela negociação, o que a induziu a aprovar o negócio. Na época da compra de Pa-
sadena, a presidente que sofreu impeachment era também ministra da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ao todo, a Petrobras pagou cerca de US$ 1,2 bilhão por Pasadena, em negócio que envolveu inicialmente 50% do ativo, por US$ 360 milhões, em 2005. Após uma disputa em uma câmara de arbitragem com a sócia Astra Oil, a petroleira brasileira foi obrigada a desembolsar milhões de dólares adicionais pela outra metade do ativo. Segundo comunicado da Petrobras, o negócio envolve a alienação da participação da Petrobras America nas empresas: Pasadena Refining System, PRSI Trading LLC e PRSI Real Property Holdings LLC. (Reuters)
São Paulo - O grupo chinês CEE Power quer expandir a atuação no setor elétrico do Brasil, onde arrematou em 2016 uma concessão para construir um lote de linhas de transmissão, e os investimentos previstos devem incluir a implementação de uma fábrica local de equipamentos, disse o diretor comercial da CEE Power no Brasil, Marcio Coelho. O interesse do grupo segue-se a negócios bilionários fechados nos últimos anos por empresas chinesas na área de energia do Brasil, como as gigantes State Grid, China Three Gorges, State Power Investment Corp (Spic) e Shanghai Electric. “A ideia é viabilizar uma fábrica de equipamentos no Brasil, dos principais equipamentos utilizados em transmissão e geração. E enquanto isso vamos construindo uma carteira de ativos... estamos constantemente monitorando o mercado”, disse Coelho, referindo-se a uma possível participação em projetos novos. Após a estreia em 2016, a companhia e seu braço internacional Real You Group chegaram a participar de leilões no Brasil no final de 2017 que ofereceram concessões para novos projetos de transmissão e para a construção de usinas solares, mas a forte competição nas disputas levou a empresa a recuar. O leilão de projetos de transmissão teve um deságio médio de mais de 40%, enquanto os certames de geração registraram os menores preços da história do País para a contratação de novas usinas eólicas e solares, em meio a um forte interesse de investidores estrangeiros por ativos de energia no Brasil. “Apesar de sermos chineses, somos uma empresa privada na China, e somos menores que uma State Grid... nossos passos são mais cautelosos, os projetos têm que ter retorno financeiro”, disse o diretor da CEE Power no Brasil.
Ele afirmou que o grupo irá avaliar os próximos leilões de concessões de transmissão, mas provavelmente arquivará por ora os planos de entrar também no setor de geração no País, devido à queda dos retornos com a intensa disputa. As linhas de transmissão em construção pelo grupo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, devem receber mais de R$ 200 milhões em investimento --e a empresa quer antecipar as operações, previstas para junho de 2020, em pelo menos seis meses. O diretor afirmou que o empreendimento utilizará capital próprio da CEE Power e financiamentos internacionais. A empresa também avalia emitir debêntures de infraestrutura no Brasil para financiar o projeto, mas no momento não há intenção de utilizar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Fábrica - Enquanto avalia novas oportunidades de negócio, a CEE Power quer montar uma fábrica no Brasil para produzir equipamentos de média tensão. O empreendimento deve receber um investimento de R$ 20 milhões e ser erguido em Santa Catarina, em parceria com uma empresa local, afirmou o diretor comercial da CEE Power no Brasil. “O plano inicialmente é montar uma pequena operação, um investimento de R$ 20 milhões... a gente deve colocar para rodar este ano ainda, em parceria com uma empresa brasileira. Vamos produzir para-raios, chaves fusível, isoladores e religadores”, disse. O grupo oriental ainda quer no futuro fazer um investimento próximo a US$ 50 milhões, para montar uma unidade maior no País, provavelmente por meio de uma joint venture com outra companhia chinesa, afirmou Coelho, sem detalhar os prazos estimados para o movimento. (Reuters)
BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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ECONOMIA EVERSON BRESSAN / SMCS
EMPRESAS MINEIRAS
Micro e pequenas geram mais empregos Setor de serviços é destaque se adaptar às demandas do mercado. O desempenho das micro Bárbara Alves ressalta e pequenas empresas (MPEs) ainda a recuperação do em geração de empregos, setor, já que, em 2016, o durante 2017, foi melhor saldo de empregos das MPE que o de negócios de outros ficou negativo em 36.747 Vagas para faxineiros ficaram entre as que mais foram oferecidas pelas micro e pequenas empresas do Estado portes, segundo mostrou vagas. “O que observamos levantamento divulgado ao longo de 2017 é que o TRANSPORTE ontem pelo Serviço Brasi- mercado de trabalho formal leiro de Apoio às Micro e nos pequenos negócios Pequenas Empresas (Se- teve desempenho melhor Apontadas pelo Sebrae Minas como de Uberlândia, Dilson Dalpiaz, atribui brae Minas). A pesquisa do que médios e grandes cidades mineiras que tiveram desempenho o desempenho positivo do município a indicou que, de janeiro a negócios, mostrando a impositivo na geração de vagas de trabalho uma série de iniciativas. Entre elas está dezembro do ano passado, portância dessas empresas abertas por micro e pequenos negócios, a desburocratização, digitalização e inas MPEs de Minas abriram na economia”, ponderou. Belo Horizonte, Uberlândia e Montes Claros tegração dos serviços para abertura de adotaram medidas para desburocratizar o empresas. Como ação em andamento ele 36.055 vagas (diferença en- “Em tempos de crise, as processo de abertura de empresas. cita o esforço para centralizar o atenditre 1.070.991 contratações e MPEs foram o colchão Segundo o secretário-adjunto de Desen- mento ao micro e pequeno empresário, DA REDAÇÃO 1.034.936 demissões). Por amortecedor de desemvolvimento Econômico de Belo Horizonte, o que pode ocorrer no ambiente virtual outro lado, levando-se em prego, pegando parte de Bruno Mirando, o destaque da Capital no e também físico. O prefeito de Belo Hoconta o balanço total – inparcela de trabalhadores ranking do Sebrae deve-se a seu desenOcupando a sexta posição no ranking rizonte, Alexandre Kalil; cluindo empresas de todos disponíveis”, completou. volvido setor de serviços. Entre as ações do Sebrae, Montes Claros, no Norte de o presidente da BHTrans, os portes –, Minas terminou De acordo com o levantaimplantadas pela prefeitura que contriMinas, criou a Sala Mineira do EmpreenCelio Bouzada; e um grupo 2017 com abertura de 24.296 buíram para o resultado está o programa dedor, em parceria com o Sebrae e a Junta mento do Sebrae Minas, os de vereadores da Capital vagas (1,671 milhão de conque busca desburocratizar a relação com Comercial, favorecendo a formalização dos 10 municípios mineiros com discutiram ontem a regutratações e 1,647 milhão de empreendedores. empreendedores. A ação foi citada pelo lamentação dos transportes maior saldo de empregos demissões). As três cidades Para tal, no ano passado, foi publicado secretário de Desenvolvimento Econômico por aplicativos na cidade. gerados pelas MPEs em com melhor resultado na edital de chamamento público convocando e Turismo, Edilson Torquato. Segundo O prefeito propôs aos ve2017 foram Belo Horizongeração de emprego por entidades a contribuírem com propostas ele, a cidade tem desenvolvido um setor readores que o Decreto nº micro e pequenas empresas te, que abriu 6.029 vagas; de soluções para facilitar o acesso dos emde serviços referência para cerca de 100 16.832, de 24 de janeiro de foram Belo Horizonte, Betim Betim (1.620); Uberlândia presários a serviços como licenciamento cidades da região. 2018, reconhecido como um (Região Metropolitana de (1.248); Patos de Minas, no e alvarás. Duas empresas aderiram ao Governador Valadares está entre os dos mais modernos do País BH) e Uberlândia (Triângulo Alto Paranaíba (934); Ituchamamento. Além disso, o Programa BH destaques negativos. Mas, segundo a pelos próprios aplicativos rama, no Triângulo (866); Negócios capacitou, em 2017, cerca de 6 assessoria de imprensa da prefeitura, Mineiro). e aprovado também pelo mil microempreendedores e formalizou o objetivo é reverter esse quadro, com Analista de inteligência Montes Claros, no Norte sindicato dos taxistas, fosse aproximadamente 1.200. Para 2018, há redução da burocracia para a abertura empresarial do Sebrae Mi- (788); Varginha, no Sul (773); adaptado e transformado previsão de abertura da Sala Mineira do de empresas. Neste ano foi inaugurada em um projeto de lei de nas, Bárbara Alves Araújo Nova Lima, na RMBH (757); Empreendedor. a Sala Mineira do Empreendedor. Com iniciativa do Executivo. de Castro atribui esse de- Paracatu, no Noroeste (750) isso, o prazo para abertura de empresa A regulamentação prosempenho a dois fatores e Alfenas, no Sul (693). Iniciativas O secretário de Desenvolvide baixo risco será de, no máximo, nove posta garante a liberdade principais. Um deles é o fato mento Econômico, Inovação e Turismo dias. (AAH) Vagas fechadas Aqueles de escolha do cidadão, não de o setor de serviços – onde prevê limitação de carros ou as MPEs atuam fortemente que tiveram desempenho condutores e não traz nenhu– ter apresentado um bom negativo, com maior núdesempenho em geração mero de vagas fechadas Astolfo Dutra, na Zona da (4.175); Noroeste (2.112); entre os pedreiros, gerentes ma obrigação aos motoristas de empregos em 2017. Se- em 2017, foram Serra do Mata (-185); José Raydan Zona da Mata e Vertentes administrativos, gerentes de aplicativos, que devem comerciais, supervisores cumprir exclusivamente o gundo o Sebrae, o setor de Salitre, no Alto Paranaíba (-158) e Ouro Branco, região (1.689) e Norte (1.167). Os empregos mais gera- administrativos e gerentes Código de Trânsito Brasileiro serviços concentrou mais (-433); Governador Vala- Central (-156). As regiões de maior des- dos foram os de alimenta- de lojas e supermercados. (CTB). O que muda para os da metade (20.258) dos em- dares, no Vale do Rio Doce A pesquisa do Sebrae con- aplicativos é que eles devem pregos gerados pelas MPEs (-303); Muriaé, Zona da Mata taque foram Central, com dor de linha de produção; ter sede (filial ou matriz) em mineiras. O outro fator é a (-292); Itabira, região Cen- 13.234 vagas, e Sul, com faxineiro; atendente de lo- siderou os dados do Cadas- Belo Horizonte. Só podem característica própria das tral (-291); Janaúba, Norte 6.925 postos de trabalho. Em jas e mercados; repositor tro Geral de Empregados atender às chamadas feitas empresas de menor porte, (-275); Coronel Fabriciano, seguida vieram Triângulo de mercadorias e servente e Desempregados (Caged) por plataformas digitais. que conseguem mais agi- Vale do Aço (-254); Juiz de e Alto Paranaíba (5.633); de obras. Já as demissões do Ministério do Trabalho A tarifa continua sendo lidade e flexibilidade para Fora, Zona da Mata (-208); Centro-Oeste e Sudoeste ocorreram principalmente e Emprego (MTE). definida livremente pelo aplicativo. A prefeitura cobrará da empresa o chamado CENÁRIO ADVERSO preço público por utilização da malha viária. Esse valor em Belo Horizonte será de 1% das corridas, o menor valor do País, e será usaREUTERS / PILAR OIVARES São Paulo - O Itaú Uniban- preferiu se concentrar mais primeira vez em mais de do pela Prefeitura de Belo Horizonte e BHTrans para co não planeja fazer grandes em melhorar o desempenho cinco anos. a melhoria da mobilidade aquisições em 2018, dado o operacional. “O foco por enquanto é mercado altamente concenConter sangria - Em ou- urbana na cidade. trado no País e questões fis- elevar a rentabilidade para tra frente, o Itaú Unibanco cais que deixam o banco em níveis mais próximos aos pretende conter a sangria Veículos - Quanto aos vedesvantagem na disputa por dos rivais locais”, apontou na Rede, seu braço de ad- ículos, eles vão precisar estar cadastrados em uma ativos na América Latina, Bracher. quirência. Nos últimos anos, das empresas de transporte disse o presidente-executivo O executivo explicou ainem meio à entrada de uma individual de passageiros e série de novos concorren- ter placa de Belo Horizonte Candido Bracher. da que a alíquota de Imposto “Não planejamos grandes de Renda de 45% sobre instites no mercado de meios ou região metropolitana. dispêndios de capital para tuições financeiras no Brasil eletrônicos de pagamentos, Devem ter documento de aquisições neste ano”, falou também deixa os bancos do a participação de mercado licenciamento em dia. Estar Bracher a jornalistas, em res- País em desvantagem na da Rede (ex-Redecard) caiu em dia com DPVAT e Seposta a uma pergunta sobre briga por ativos fora do País. praticamente à metade, para guro de Acidentes Pessoais planos de compra de ativos Isso porque, pela regulação, Itaú não fará grande dispêndio de capital ao longo de 2018 cerca de 20% atualmente. de Passageiros (exigência O movimento aconteceu do CTB). Podem ter capapelo maior grupo financeiro são obrigados a pagar ao goda América Latina. verno brasileiro a diferença Citi, comprado em 2016, subiu para 70,6% no ano quase simultaneamente ao cidade máxima para sete Compras de ativos têm de eventual alíquota menor enquanto aguarda a apro- passado. Foram cerca de crescente foco do Itaú Uni- passageiros. Dos motoristas será exibanco no mercado de carsido um assunto frequente de imposto, como é o caso vação regulatória para outra R$ 17,6 bilhões. gido que estejam cadastraaquisição, a da XP InvestiNo plano doméstico openos últimos anos do Itaú no Chile, de 30%. tões, com os empréstimos do dos em uma das empresas racional, um dos focos do setor chegando à um terço Unibanco, pontuado pela “Isso nos obriga a aplicar mentos, no ano passado. de transporte individual e Sem planos de aquisições Itaú Unibanco em 2018, será da carteira de pessoa física compra do chileno Corp- um desconto maior sobre Banca, que também tem eventuais ativos que quei- relevantes, o Itaú Unibanco crescer a carteira de crédito no fim de 2017, enquanto as apresentem à empresa CNH operações na Colômbia. ramos comprar, o que já nos tem gradualmente elevado em linhas para pessoas físi- receitas com o setor também com exercício de atividade remunerada (exigência do No entanto, com a fraca deixa para trás em relação a o volume de distribuição de cas e empresas de pequeno subiram forte. CTB) e certificado de curso performance recente desses competidores de outros pa- lucros a acionistas. Incluindo e médio portes, as que já “Em 2018, a Rede deve para prestação do serviço de ativos, refletindo o cenário íses”, argumentou Bracher. dividendos e juros sobre o puxaram o crescimento após perder menos mercado e transporte de passageiros, econômico adverso e diNa Brasil, o Itaú Unibanco capital próprio, o percen- vários trimestres em queda. sofrer menor pressão sobre (outra exigência do CTB) A carteira de veículos, as margens”, disse Bracher. e oferecido em escolas de ficuldades maiores na in- está concentrado na inte- tual do lucro distribuído, tegração, o Itaú Unibanco gração das operações do que era de 30,6% em 2015, por exemplo, subiu pela (Reuters) formação de condutores. ANA AMÉLIA HAMDAN
Processo de abertura desburocratizado
Itaú Unibanco não planeja grandes aquisições
Capital discute regulamentação dos serviços por aplicativos
BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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INTERNACIONAL ESTADOS UNIDOS
DĂŠďŹ cit comercial ĂŠ maior em 9 anos Demanda do mercado consumidor leva as importaçþes a superarem as exportaçþes Washington - Os Estados Unidos registraram o maior dĂŠficit comercial em nove anos no mĂŞs de dezembro, com a forte demanda do mercado consumidor americano fazendo as importaçþes superarem as exportaçþes. O dĂŠficit expandiu 5,3% em relação ao mĂŞs anterior, para o valor sazonalmente ajustado de US$ 53,1 bilhĂľes em dezembro, o maior desde outubro de 2008, segundo o Departamento de ComĂŠrcio. Economistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam o dĂŠficit em US$ 51,3 bilhĂľes. As importaçþes subiram 2,5% em dezembro, para um recorde de US$ 256,5 bilhĂľes, refletindo compras de bens de consumo, como celulares, no mĂŞs mais importante da temporada de festas, bem como mais importaçþes de veĂculos e bens de capital. JĂĄ as exportaçþes subiram 1,8%, para US$ 203,4 bilhĂľes, com destaque para insumos industriais e aviação civil. Os nĂşmeros podem apresentar volatilidade mĂŞs ante mĂŞs. A balança comercial de novembro sofreu revisĂŁo para baixo, passando de US$ 50,5 bilhĂľes para US$ 5,43 bilhĂľes. Em 2017 como um todo, o valor das importaçþes americanas subiu 6,7% e as exportaçþes aumentaram 5,5%. O dĂŠficit expandiu 12,1% comparado com 2016.
BRENDAN MCDERMID/REUTERS
Volatilidade na Bolsa de Nova York Ê apontada pela Casa Branca como parte da situação confortåvel da economia
Branca estĂĄ “muito confortĂĄvelâ€? com a situação atual da economia, apesar da recente volatilidade no mercado de açþes, disse ontem a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders. “Veja, a economia estĂĄ incrivelmente forte agora. O foco do presidente continua sendo os fundamentos econĂ´micos de longo prazo que... estĂŁo muito fortes neste paĂs. ...NĂŁo hĂĄ nada ocorrendo nos Ăşltimos dois dias em nossa economia que seja fundamentalmente diferente do que era hĂĄ dois meses e estamos muito confortĂĄveis sobre a situação atualâ€?, afirmou Sarah Volatilidade - A Casa Sanders, em um briefing, quando indagada sobre a recente volatilidade. (AE/ 6HPSHU 6 $ Âą 6HUYLoR 0pGLFR 3HUPDQHQWH &13- Reuters) (',7$/ SRU HVWH HGLWDO FRPXQLFD TXH VHX DFLRQLVWD 'U &DUORV $QW{QLR *DUULGR LQVFULWR QR &3) H &50 0* FRORFD j YHQGD Do}HV QRPLQDWLYDV GH VXD SURSULHGDGH H TXH FRUUHVSRQGH D GD FRWD GH WUDEDOKR GD &OtQLFD GH 2UWRSHGLD QR YDORU GH 5 &HQWR H GH] PLO UHDLV QD IRUPD GH SDJDPHQWR j YLVWD FRP R SUD]R GH YDOLGDGH GD SURSRVWD GH WULQWD GLDV %HOR +RUL]RQWH GH IHYHUHLUR GH '5 ./(%(5 (/,$6 7$9$5(6 'LUHWRU 3UHVLGHQWH
(Lei Municipal n.Âş 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.Âş 39/02 e n.Âş 42/02) O Sr Arley Julio Pereira responsĂĄvel pelo empreendimento denominado Cromagem Modelo Ltda, para serviços de galvanoplastĂŠcnica, cromagem, pintura elerostĂĄtica e outros revestimentos em metais e localização na Rua JacuĂ, 2974, torna pĂşblico que protocolizou requerimento de Licença de operação Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.
EDITAL 001/2018 RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL. EXERCĂ?CIO 2018 O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço PĂşblico Municipal da RegiĂŁo Norte Metropolitana da Grande Belo Horizonte – SINORTE, registrado no MinistĂŠrio do Trabalho e Emprego sob o nÂş 24000.001881/90-38, inscrita no CNPJ sob o nÂş 25.577.719/0001-10, com sede na Rua Manoel da Costa Viana, 80-B, Centro, Lagoa Santa-MG, telefone (31) 3681-7222, entidade sindical representativa da categoria dos trabalhadores no serviço pĂşblico municipal, inclusive trabalhadores nas Prefeituras Municipais, Câmaras Municipais, Autarquias e Fundaçþes dos municĂpios integrantes de sua base territorial, que compĂľe-se pelos municĂpios de Baldim, &DSLP %UDQFR &RQFHLomR GR 0DWR 'HQWUR &RQÂżQV )XQLOkQGLD -DERWLFDWXEDV /DJRD 6DQWD 0DWR]LQKRV 3HGUR /HRSROGR 6DQWD /X]LD 6mR -RVp GD /DSD H 9HVSDVLDQR VHQGR WRGRV PXQLFtSLRV QR (VWDGR GH 0LQDV Gerais, sob qualquer regime de trabalho (tais como estatutĂĄrio, celetista ou contratados temporariamente); nos termos do artigo 578 e seguintes c/c o artigo 605 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, COMUNICA a toda a Administração PĂşblica Municipal de sua base territorial, pelas suas Prefeituras, Câmaras, Autarquias e Fundaçþes, que deverĂŁo descontar a CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL URBANA, sobre a remuneração bruta do PrV GH PDUoR GH GH WRGRV RV LQWHJUDQWHV GD FDWHJRULD SURÂżVVLRQDO DWLYRV H LQDWLYRV VLQGLFDOL]DGRV RX QmR HTXLYDOHQWH D XP GLD GH WUDEDOKR RX XP WULQWD DYRV HP IDYRU GR 6,1257( FXMR FyGLJR SDUD ÂżQV GH arrecadação da Contribuição Sindical ĂŠ 000.000.89451-6. O recolhimento deverĂĄ ocorrer no mĂŞs de ABRIL de 2018, atravĂŠs da Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana – GRCSU, cujo modelo fora aprovado pela Portaria nÂş 488, de 23 de novembro de 2005, do MinistĂŠrio do Trabalho e Emprego, que serĂĄ encaminhada FRP FySLD GR SUHVHQWH HGLWDO $SyV HVWH SUD]R R UHFROKLPHQWR VRIUHUi XP DFUpVFLPR GH PXOWD GH PDLV SRU PrV VXEVHTXHQWH DOpP GH MXURV GH H RXWUDV FRPLQDo}HV OHJDLV TXDQGR FDEtYHLV FRQIRUPH GLVS}H o Artigo 600 da CLT. O nĂŁo recolhimento e repasse da contribuição sindical sujeitarĂĄ a Administração PĂşblica Municipal responsĂĄvel, Ă cobrança / execução judicial dos valores que deveria ter recolhimento e repassado, RX LQGHQL]DomR FRUUHVSRQGHQWH $ $GPLQLVWUDomR 3~EOLFD 0XQLFLSDO GLUHWD RX LQGLUHWD TXH QmR UHFHEHU YLD postal, as respectivas guias de arrecadação, deve solicitĂĄ-las na sede do SINORTE. ApĂłs o recolhimento, a Administração PĂşblica Municipal responsĂĄvel deverĂĄ enviar ao SINORTE, cĂłpia dos seguintes documentos SDUD ÂżQV GH FRQIHUrQFLD H EDL[D GR UHFROKLPHQWR FySLD GD ~OWLPD 5HODomR $QXDO GH ,QIRUPDo}HV 6RFLDLV Âą RAIS, enviada ao MinistĂŠrio do Trabalho e Emprego, instituĂda pelo Decreto Federal nÂş 76.900, de 23-12-1975; 2) GRCSU – Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana, devidamente quitada. Lagoa Santa, 31 de janeiro de 2018. DĂĄrio de Medeiros - Presidente EMPREENDIMENTOS BRASILEIROS DE MINERAĂ‡ĂƒO S.A. - EBM (Companhia Fechada) CNPJ/MF nÂş 34.167.320/0001-52 - NIRE: 3130002232-3 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 28 de NOVEMBRO DE 2017. 1. Data, Hora e Local: No dia 28 de novembro de 2017, Ă s 15:00 horas, na sede social da Empreendimentos Brasileiro de Mineração S.A. – EBM (“Companhiaâ€? ou “EBMâ€?), localizada na Avenida Doutor Marco Paulo Simon Jardim, nÂş 3.580, parte, Mina de Ă guas Claras, Nova Lima, Minas Gerais, CEP 34.006.270. 2. Convocação, Presença e Quorum: Dispensadas as formalidades de convocação na forma do parĂĄgrafo 4Âş do artigo 124 da Lei nÂş 6.404/76, tendo em vista a presença de acionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme registros e assinaturas FRQVWDQWHV GR /LYUR GH 3UHVHQoD GH $FLRQLVWDV 9HULÂżFDGD SRUWDQWR D H[LVWrQFLD GH quorum VXÂżFLHQWH para a instalação dessa Assembleia Geral e para as deliberaçþes constantes da Ordem do Dia. 3. Mesa: Presidente: Luana Paes Loureiro Ribeiro; SecretĂĄrio: MaurĂcio Pereira Vasconcelos. 4. Ordem do Dia: Analisar, discutir e, se for o caso, aprovar a eleição de membros efetivo e suplente para o Conselho de Administração da Companhia. 5. Deliberaçþes: Foram deliberadas e aprovadas as seguintes matĂŠrias pelos acionistas da Companhia: 5.1. A lavratura dessa ata sob a forma de VXPiULR GRV IDWRV RFRUULGRV QRV WHUPRV GR SDUiJUDIR ž GR DUWLJR GD /HL Qž ÂżFDQGR a SecretĂĄria autorizada a emitir tantas cĂłpias quantas forem necessĂĄrias para adimplir com as disposiçþes legais aplicĂĄveis. 5.2. A Assembleia tomou conhecimento das renĂşncias dos Srs. Rodrigo Lopes Furlan e Leonardo de Almeida Queiroz aos cargos de, respectivamente, membro Efetivo e Suplente do Conselho de Administração, aos quais foram consignados votos de agradecimento pelos relevantes serviços prestados Ă Companhia. 5.3. Ante o disposto no item 5.2 supra, a eleição dos Srs. Diogenes de Girolamo, brasileiro, casado, engenheiro de minas, portador da carteira de identidade Qž H[SHGLGD SRU 663 63 LQVFULWR QR &3) 0) VRE R Qž UHVLGHQWH H domiciliado na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial na Fazenda da Mutuca, s/nÂş, Zona Rural, Cidade de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, CEP 34000-000, para o cargo de membro efetivo do Conselho de Administração, em substituição ao Sr. Rodrigo /RSHV )XUODQ TXH UHQXQFLRX DR UHIHULGR FDUJR HP H Joaquim Pedro de Toledo, brasileiro, FDVDGR HQJHQKHLUR SRUWDGRUD GD FDUWHLUD GH LGHQWLGDGH Qž H[SHGLGD SHOD 663 0* LQVFULWR QR &3) 0) VRE R Qž UHVLGHQWH H GRPLFLOLDGD QD &LGDGH GH ,WDELUD (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV FRP HQGHUHoR FRPHUFLDO QD 6HUUD GR (VPHULO V Qž =RQD 5XUDO 0LQD &DXr &(3 para o cargo de membro suplente do Conselho de Administração, em substituição ao Sr. Leonardo de Almeida Queiroz que renunciou ao referido cardo em 15/07/2017. 5.3.1. Os membros do Conselho de Administração eleitos, que cumprirĂŁo prazo de mandato de seus antecessores, tal seja, atĂŠ VHUmR LQYHVWLGRV QRV UHVSHFWLYRV FDUJRV PHGLDQWH DVVLQDWXUDV GH WHUPRV GH SRVVH ODYUDGR HP OLYUR SUySULR RSRUWXQLGDGH HP TXH GHFODUDUmR HVWDU WRWDOPHQWH GHVLPSHGLGRV SDUD R H[HUFtFLR de suas funçþes, nos termos do artigo 147 da Lei nÂş 6.404/76. 5.3.2. Tendo em vista o disposto QRV LWHQV H VXSUD R TXDGUR DWXDO GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD ÂżFD composto da seguinte forma: Membros Efetivos - Silmar Magalhaes Silva (Presidente); Lino Marques Barbosa; Diogenes de Girolamo; Edmundo Paes de Barros Mercer. Membros Suplentes - Marcus da Costa Moraes; Joaquim Pedro de Toledo; Pedro Paulo Soares Pimentel; Lucio Flavo Gallon Cavalli. GESTĂƒO - $Wp 6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, suspenderam-se os trabalhos pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata. Reaberta a sessĂŁo, foi esta lida, achada conforme e assinada pela Presidente da Mesa, pela SecretĂĄria, e por todos os acionistas. Nova Lima, MG, 28 de novembro de 2017. Assinaturas: Mesa: Luana Paes Loureiro Ribeiro, Presidente. MaurĂcio Pereira Vasconcelos, SecretĂĄrio. Acionistas: Vale S.A., p.p. MaurĂcio Pereira Vasconcelos. JFE Steel &RUSRUDWLRQ S S 9DOH 6 $ UHSUHVHQWDGD SRU VXD SURFXUDGRUD /XDQD 3DHV /RXUHLUR 5LEHLUR &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH p FySLD ÂżHO GD $WD RULJLQDO ODYUDGD HP OLYUR SUySULR 1RYD /LPD 0* GH QRYHPEUR GH MaurĂcio Pereira Vasconcelos - SecretĂĄrio. CertidĂŁo -8&(0* &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qž HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
EUA e Coreia do Norte trocam ameaças Genebra, SuĂça - Os Estados Unidos consideraram ontem que a Coreia do Norte pode estar a poucos meses de ser capaz de atingir o territĂłrio continental norte-americano com um mĂssil balĂstico armado com uma ogiva nuclear, enquanto Pyongyang disse que Washington estĂĄ cogitando um ataque preventivo contra o paĂs. A troca de acusaçþes se deu na ConferĂŞncia para o Desarmamento, patrocinada pela Organização das Naçþes Unidas (ONU), depois de o governo Trump anunciar que ampliarĂĄ sua capacidade nuclear. Discursando ao fĂłrum de Genebra, o embaixador norte-americano para o desarmamento, Robert Wood, tambĂŠm alertou que China e RĂşssia estĂŁo expandindo seus arsenais, o que gerou
contestaçþes das respectivas delegaçþes. “RĂşssia, China e Coreia do Norte estĂŁo aumentando seus estoques, elevando a proeminĂŞncia de armas nucleares em suas estratĂŠgias de segurança, e - em alguns casos - buscando o desenvolvimento de novas capacidades nucleares para ameaçar outras naçþes pacĂficasâ€?, avaliou Wood. A Coreia do Norte “pode estar agora a meses da capacidade de atingir os EUA com mĂsseis balĂsticos com ogivas nuclearesâ€?, apontou, sem dar maiores detalhes sobre a fonte da afirmação. Pyongyang estĂĄ sujeita a resoluçþes cada vez mais rĂgidas do Conselho de Segurança da ONU, devido aos seus programas nuclear e balĂstico proibidos, mas as relaçþes com a Coreia do Sul
PARQUE DE DIVERSĂ•ES GUANABARA LTDA. CNPJ 17.352.659/0001-00 - NIRE: 3120838700-1
ReuniĂŁo de SĂłcios - Edital de Convocação Considerando o disposto na ClĂĄusula DĂŠcima do Contrato Social e no art. 1.073 do CĂłdigo Civil, ficam os sĂłcios da sociedade Parque de DiversĂľes Guanabara Ltda. (“Sociedadeâ€?) convocados para se reunirem, em 1ÂŞ Convocação, no dia 16 de fevereiro de 2018, Ă s 10 horas, em ReuniĂŁo de SĂłcios, na sede social da Sociedade, na Avenida OtacĂlio NegrĂŁo de Lima, no 3.333-A, bairro Pampulha, Belo Horizonte/MG, CEP 31.365-450, a fim de deliberar sobre: a) Alteração do quadro social da Sociedade com base no formal de partilha, no âmbito do processo de inventĂĄrio no 0983874-22.1995.8.13.0024; e b) Adequação do endereço da sede da Sociedade nos termos da mudança promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte; Caso nĂŁo seja possĂvel a instalação da ReuniĂŁo de SĂłcios em 1ÂŞ Convocação, ficam, desde jĂĄ, os sĂłcios convocados para se reunirem, em 2ÂŞ Convocação, no dia 16 de fevereiro de 2018, Ă s 11 horas, em ReuniĂŁo de SĂłcios, no mesmo endereço acima mencionado e para deliberar sobre a mesma pauta. Belo Horizonte/MG, 05 de fevereiro de 2018. REYNALDO PEREIRA DIAS. Parque de DiversĂľes Guanabara Ltda
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CGC/MF - 16.636.540/0001-04 A PRODEMGE comunica que estĂĄ realizando o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 001/2018, Planejamento n° 009/2018, Registro de preços para aquisição de insumos de certificados digitais, sendo 50.000 (cinquenta mil) tokens criptogrĂĄficos com interface USB, 30.000 (trinta mil) cartĂľes inteligentes criptogrĂĄficos e 10.000 (dez mil) leitoras/gravadoras de cartĂŁo inteligente para armazenamento de certificados digitais ICP-Brasil. Especificaçþes e demais condiçþes de participação constam no Edital a disposição dos interessados nos sites: www.compras.mg.gov.br HÂŹ www.prodemge.gov.br ou na GerĂŞncia de Aquisiçþes da Prodemge, PrĂŠdio Gerais, 4Âş Andar, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – CAMG, BH/MG. Data da sessĂŁo: 23 de fevereiro de 2018 Ă s 09:30 horas. Belo Horizonte, 06 de fevereiro de 2018. Gilberto RosĂĄrio de Lacerda – Diretor Diretoria de GestĂŁo Empresarial. Gustavo Daniel Prado – Diretor – Diretoria de NegĂłcios e Paulo de Moura Ramos - Diretor Presidente – PresidĂŞncia.
MINERAÇÕES BRASILEIRAS REUNIDAS S. A. – MBR (Companhia Fechada) - CNPJ/MF nÂş 33.417.445/0001-20 - NIRE 3130002231-5 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA, REALIZADA EM 28 DE NOVEMBRO DE 2017. 1. Data, Hora e Local: No dia 28 de novembro de 2017, Ă s 11:00 horas, na sede social da Mineraçþes Brasileiras Reunidas S.A. – MBR (“Companhiaâ€?), localizada na Avenida Doutor Marco Paulo Simon Jardim, nÂş 3.580, Parte, Mina de Ă guas Claras, MunicĂpio de Nova Lima, Estado de Minas Gerais – CEP 34.006-270. 2. Convocação, Presença e Quorum: Dispensadas as formalidades de convocação na forma do parĂĄgrafo 4Âş, do artigo 124, da Lei nÂş 6.404, de 15 de dezembro de 1976, tendo em vista a presença dos Srs. Acionistas representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme registros e assinaturas constantes do Livro de Presença GH $FLRQLVWDV 9HULÂżFDGD SRUWDQWR D H[LVWrQFLD GH quorum para as deliberaçþes constantes da Ordem do Dia. 3. Mesa: Presidente - Sra. Luana Paes Loureiro Ribeiro; SecretĂĄrio - Sr. MaurĂcio Pereira Vasconcelos. 4. Ordem do Dia: Analisar, discutir e, se for o caso, aprovar a eleição de membros efetivo e suplente para o Conselho de Administração da Companhia. 5. Deliberaçþes: Os Acionistas da Companhia aprovaram, por unanimidade dos votos e sem quaisquer restriçþes: 5.1. A lavratura da presente ata sob a forma de sumĂĄrio dos fatos ocorridos, nos termos do parĂĄgrafo ž GR DUWLJR GD /HL Qž ÂżFDQGR R VHFUHWiULR DXWRUL]DGR D HPLWLU WDQWDV FySLDV TXDQWDV forem necessĂĄrias para adimplir com as disposiçþes legais aplicĂĄveis. 5.2. A Assembleia tomou conhecimento da renĂşncia do Sr. Rodrigo Lopes Furlan ao cargo de membro Efetivo do Conselho de Administração, a quem foi consignado votos de agradecimentos pelos relevantes serviços prestados Ă Companhia. 5.3. A eleição dos Srs. Diogenes de Girolamo, brasileiro, casado, engenheiro de PLQDV SRUWDGRU GD FDUWHLUD GH LGHQWLGDGH Qž H[SHGLGD SRU 663 63 LQVFULWR QR &3) MF sob o nÂş 131.936.588-47, residente e domiciliado na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial na Fazenda da Mutuca, s/nÂş, Zona Rural, Cidade de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, CEP 34000-000, para o cargo de membro efetivo do Conselho de Administração, em substituição ao Sr. Rodrigo Lopes Furlan que renunciou ao referido cargo em 19/09/2017; e Joaquim Pedro de Toledo, brasileiro, casado, engenheiro, portadora da carteira GH LGHQWLGDGH Qž H[SHGLGD SHOD 663 0* LQVFULWR QR &3) 0) VRE R Qž residente e domiciliado na Cidade de Itabira, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial QD 6HUUD GR (VPHULO V Qž =RQD 5XUDO 0LQD &DXr &(3 SDUD R cargo de membro suplente do Sr. Edmundo Paes de Barros Mercer, cargo que estava vago, haja vista que o Sr. Roberto Gottschalk, eleito em 31/05/2017, nĂŁo tomou posse, tornando sem efeito sua eleição, nos termos do parĂĄgrafo 1Âş, do artigo 149 da Lei 6.404/76. 5.3.1. Os membros do Conselho de Administração ora eleitos, que cumprirĂŁo prazo de mandato de seus antecessores, tal seja, atĂŠ a Assembleia Geral OrdinĂĄria de 2018, tomarĂŁo posse mediante assinatura de termo de posse lavrado HP OLYUR SUySULR PRPHQWR HP TXH GHFODUDUmR HVWDU WRWDOPHQWH GHVLPSHGLGRV SDUD R H[HUFtFLR GDV suas funçþes, nos termos do artigo 147 da Lei nÂş 6.404/76. 5.4. Em razĂŁo das eleiçþes dispostas no item 5.3 e 5.3.1 supra e as aprovadas na Assembleia Geral OrdinĂĄria de 31/05/2017, consolidaVH R TXDGUR DWXDO GRV PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR QD IRUPD DEDL[R Titulares: Silmar MagalhĂŁes Silva (Presidente); Diogenes de Giralamo; LĂşcio Flavo Gallon Cavalli; Edmundo Paes de Barros Mercer. Suplentes: Lino Marques Barbosa; Marcus da Costa Moraes; Paulo Roberto Bandeira; Joaquim Pedro de Toledo. GestĂŁo: AtĂŠ a AGO/2018. 6. Encerramento: E nada mais havendo a tratar, suspenderam-se os trabalhos pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata em forma de sumĂĄrio. Reaberta a sessĂŁo, foi esta lida, achada conforme e assinada pela Presidente da Mesa, pelo SecretĂĄrio, e por todos os acionistas. Nova Lima - MG, 28 de novembro de 2017. Mesa: Luana Paes Loureiro Ribeiro, Presidente. MaurĂcio Pereira Vasconcelos, SecretĂĄrio. Acionistas: Vale S.A., p.p. MaurĂcio Pereira Vasconcelos. Empreendimentos Brasileiros de Mineração S.A. - EBM, p.p. Luana Paes Loureiro Ribeiro. Bradesco Banco Bradesco BBI S.A. p.p. Leandro de Miranda $UDXMR &HUWLÂżFR TXH D SUHVHQWH p FySLD ÂżHO GD $WD ODYUDGD HP OLYUR SUySULR GD &RPSDQKLD 1RYD /LPD - MG, 28 de novembro de 2017. MaurĂcio Pereira Vasconcelos - SecretĂĄrio. CertidĂŁo: JUCEMG &HUWLÂżFR R UHJLVWUR VRE R Qƒ HP 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
se suavizaram Ă s vĂŠsperas da OlimpĂada de Inverno de Pyeongchang, que começa em 9 de fevereiro. Agravar situação - A Coreia do Norte acusa os EUA de buscarem agravar a situação na dividida PenĂnsula Coreana “movimentando grandes ativos nuclearesâ€? nas proximidades e de prepararem o terreno para um possĂvel ataque preventivo contra sua nação. “Tendo em vista a natureza e a escala dos reforços militares dos EUA, eles sĂŁo concebidos para realizar um ataque preventivo contra a RPDC (RepĂşblica Popular DemocrĂĄtica da Coreia, nome oficial do paĂs)â€?, disse o diplomata norte-coreano Ju Yong Chol. “Autoridades dos EUA, incluindo o secretĂĄrio de Defesa e o diretor da CIA, falaram repetidamente sobre a ameaça nuclear e de mĂsseis da RPDC para justificar seu argumento a favor de uma opção militar e um novo conceito do chamado ‘nariz sangrento’, um ataque preventivo limitado Ă RPDC estĂĄ sendo estudado pelo governo dos EUAâ€?, afirmou Ju. (Reuters)
Trump e May discutem informação Londres - A primeira-ministra britânica, Theresa May, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram por telefone sobre a lei de armazenamento de informaçþes em nuvem, conforme informação divulgada ontem pouco por Downing Street, endereço oficial do governo do Reino Unido. “Eles discutiram o Clarifying Lawful Overseas Use of Data (Cloud, na sigla em inglĂŞs, ou nuvem, em portuguĂŞs), que serĂĄ considerado pelo Senado dos Estados Unidos no final deste mĂŞsâ€?, relatou um porta-voz oficial. A lei abrange a forma como os EUA podem acessar os dados armazenados em outro paĂs, quando ĂŠ necessĂĄrio processar crimes graves ou interromper atos de terrorismo. TambĂŠm autorizarĂĄ o procurador-geral dos EUA a celebrar acordos com aliados com ideias semelhantes, como o Reino Unido, para permitir o cumprimento recĂproco das ordens judiciais norte-americanas e estrangeiras. Investigação - Com isso, como explicou Downing Street, os funcionĂĄrios responsĂĄveis pela aplicação da lei nos EUA e no Reino Unido terĂŁo poderes para investigar seus cidadĂŁos suspeitos de terrorismo ou crimes graves, como assassinato, trĂĄfico de seres humanos e abuso sexual de crianças, independentemente de onde o e-mail ou as mensagens do suspeito sejam armazenados. “A primeira-ministra destacou a grande importância da legislação para as autoridades do Reino Unido em investigar atividades criminosas e terroristas no Reino Unido. A primeira-ministra e o presidente Trump concordaram que a aprovação do ato por meio do sistema legislativo dos EUA serĂĄ vital para nossa segurança coletivaâ€?, finalizou a nota do governo britânico. (AE)
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 085/2017 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 085/2017, cujo objeto consiste na contratação de empresa para locação de veĂculos para transporte escolar para alunos com necessidade especiais e mobilidade reduzida, por um perĂodo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 26/02/2018 ĂĄs 09:00h. Elcilene L. C. Matos/Presidente da CPL.
SINDICATO DOS PERMISSIONĂ RIOS AUTĂ”NOMOS DO TRANSPORTE SUPLEMENTAR DE PASSAGEIROS DOS MUNICIPIOS DA REGIĂƒO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE – SINDPAUTRAS EDITAL REFERENTE A CONTRIBUIĂ‡ĂƒO SINDICAL PATRONAL 2018. Em obediĂŞncia ao disposto no artigo 578 da CLT, e demais legislaçþes pertinentes ao assunto, pelo presente Edital, o Sindicato dos PermissionĂĄrios AutĂ´nomos do Transporte Suplementar de Passageiros dos MunicĂpios da RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte/MG – SINDPAUTRAS, reconhecido e autorizado pelo MinistĂŠrio do Trabalho e Emprego, comunica a todos os interessados, que a Contribuição Sindical Patronal Anual vencerĂĄ em 28 de fevereiro de 2018. Nas guias fornecidas pela Entidade Sindical, jĂĄ estĂŁo impressos o nome do contribuinte, seu cĂłdigo (CPF) e o respectivo valor a ser recolhido, nĂŁo havendo qualquer necessidade de preenchimento adicional. Informaçþes sobre a tabela e guias de recolhimento poderĂŁo ser obtidas no: • SINDPAUTRAS, situada Ă Av. Dr. Ă lvaro Camargos, 99, Bairro SĂŁo JoĂŁo Batista, Belo Horizonte – MG. • Telefones (31) 3451-6629/3451-5340 • e-mail: ÂżQDQFHLUR#VLQGSDXWUDV RUJ EU Belo Horizonte, 06 de fevereiro de 2018. MAURICIO DOS REIS – PRESIDENTE
BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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POLÍTICA TRÍPLEX
Sentença de Lula é publicada pelo TRF4 Defesa do ex-presidente será intimada para entrar com o último recurso, os embargos de declaração Brasília - O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, publicou ontem o acórdão da decisão que confirmou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP) e aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão. Com a publicação do documento, que representa a sentença do colegiado, a defesa de Lula terá dois dias, conforme o Código de Processo Penal (CPP), para entrar com o último recurso na segunda instância, os chamados embargos de declaração, após ser intimada. A intimação eletrônica pode levar até dez dias, fato que pode elevar o prazo para interposição do recurso para até 12 dias. O prazo para a defesa de Lula apresentar recurso é de dois dias, mas o início de contagem depende de intimação. Caso o recurso seja rejeitado, a pena do ex-presidente será executada, conforme ficou consignado no julgamento. No entanto, os advogados do ex-presidente já recorreram Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender preventivamente a medida. A possibilidade de prisão para execução provisória da condenação do ex-presidente ocorre em função do entendimento do STF, que valida prisão de condenados pela segunda instância da Justiça, mesmo cabendo recurso aos tribunais superiores. Em 2016, o Supremo julgou a questão duas vezes e manteve o entendimento sobre a possibilidade da decretação de prisão de condenados após julgamento em segunda instância. No entanto, há uma divergência dentro do tribunal. Após a decisão, alguns ministros da Segunda Turma do STF passaram a entender que a prisão a ocorreria apenas no fim dos recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No entanto, na semana passada, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, disse que a questão não será colocada
ROVENA ROSA / ABr
Caso o recurso da defesa seja rejeitado, a condenação de Lula a 12 anos de prisão pode ser executada imediatamente
em votação no plenário novamente. Há dois anos, por maioria, o plenário da Corte rejeitou as ações protocoladas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para que as prisões ocorressem apenas após o fim de todos os recursos, com o trânsito em julgado. No entanto, a composição da Corte foi alterada com a morte do ministro Teori Zavascki e houve mudança na posição de Gilmar Mendes. Não há data para a retomada da discussão pela Corte. Impasse - O cenário atual na Corte é de impasse sobre a questão. Os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello são contra a execução imediata ou entendem que a prisão poderia ocorrer após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e a presidente, Cármen Lúcia, são a favor do cumprimento após a segunda instância. O resultado vai depender do entendimento do ministro Alexandre de Moraes, que não participou do julgamento porque tomou posse no Supremo em março
Polícia Federal devolve passaporte São Paulo - A Polícia Federal devolveu ontem o passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apreendido por decisão da 10ª Vara Federal de Brasília, no âmbito da Operação Zelotes. A restituição do documento se dá em cumprimento de decisão do juiz federal Bruno Apolinário, convocado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região para julgar recurso da defesa. O diretor-geral da PF, Fernando Segovia, também foi intimado a retirar o petista do sistema de procurados e impedidos. Ao confiscar o passaporte do ex-presidente Lula, o juiz federal da 10ª Vara de Brasília, Ricardo Soares Leite, afirmou ver “real e iminente probabilidade” da prisão do petista. O magistrado acatou pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal que justificava a medida por ver “possível fuga do País do ex-presidente, notadamente para países sem acordo de extradição com o Brasil”. A decisão de apreender o passaporte de Lula foi tomada no âmbito da Operação Zelotes, que apura tráfico do ano passado, na cadeira deixada vaga por Zavascki. Moraes afirmou ontem que é favorável à execução de pena provisória após condenação feita por órgão colegiado, na segunda instância da Justiça. “Execução de pena após condenação
de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra dos caças suecos Gripen e na prorrogação de uma medida provisória. De acordo com o juiz Bruno Apolinário, relator convocado no caso, não era competência da 10° Vara do DF decretar qualquer medida cautelar restritiva em relação a Lula, tomando como fundamento a eficácia das decisões da 13ª Vara da Seção Judiciária do Paraná e do TRF-4. “Qualquer providência de natureza preventiva destinada a garantir a efetividade de condenações criminais oriundas daqueles órgãos jurisdicionais deve ser por eles decretada, não cabendo a nenhum outro juízo federal singular ou Tribunal Regional Federal a competência para esse fim”, afirma. A decisão do dia 25 de janeiro impediu a ida do petista para a Etiópia. O Instituto Lula anunciou o cancelamento da viagem a seis horas do embarque para o país africano. A decisão havia sido informada ao Sistema de Procurados e Impedidos da Polícia Federal e o ex-presidente estava proibido de deixar o Brasil. (AE)
em segundo grau é constitucional”, disse. É a primeira vez que o ministro se manifesta oficialmente sobre o tema em 2018. Para Moraes, como somente a primeira e segunda instâncias analisam material de provas, e depois
não há recurso que discute o mérito da ação, a execução de pena após condenação em segunda instância é constitucional. Para o ministro, esse entendimento não vai contra a Convenção Americana de Direitos Humanos. (ABr/AE)
DELAÇÃO PREMIADA
Geddel nega pressão para silêncio de Funaro Brasília - O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) disse ontem, em depoimento à Justiça Federal, em Brasília, que as ligações feitas por ele para a esposa do corretor Lúcio Funaro, Raquel Pitta, eram “amigáveis” e buscavam “prestar solidariedade”. Ao contrário do que diz o Ministério Público Federal (MPF) no processo, Geddel negou ter pressionado para que Funaro ficasse em silêncio e não partisse para acordo de colaboração premiada. O emedebista se disse “abandonado” e acrescentou que foi “lançado no vale dos leprosos”. “Falei algumas vezes com ela, eram telefones amigáveis. Ela (Raquel) me mandava fotos da filha, mensagens, correntes de orações. (Minhas ligações)
eram uma solidariedade pessoal (à prisão de Funaro)”, afirmou antes de fazer o desabafo sobre sua prisão. “Vejo amigos de longa data me lançarem no vale dos leprosos”, complementou. No processo, Geddel é acusado de obstrução de Justiça. A suspeita é de que ele tentou atrapalhar a delação de Lúcio Funaro, na fase em que ele estava em tratativas com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Na denúncia, o Ministério Público Federal cita as ligações de Geddel para a esposa de Funaro. Para os investigadores, as ligações intimidavam indiretamente o corretor apontado como operador financeiro do grupo político do qual Geddel faz parte, o MDB da Câmara. As acusações foram formuladas
no âmbito das operações Sépsis e Cui Bono?. Geddel ironizou quando foi questionado se o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) o apresentou a Funaro. “Eu creio que sim”, disse sem demonstrar certeza. “Essa memória fantástica só vejo em elefante ou delator”, afirmou. O ex-ministro também acusou Raquel Pitta de usar as conversas de forma “orientada” ou “dirigida”, mas não especificou quem, em sua opinião, poderia ter auxiliado a esposa de Funaro. “Me pareceu uma coisa muito orientada, muito dirigida, não achei que deveria ‘printar’ ou guardar provas para uma situação absolutamente surreal”, resumiu. Ao repetir o teor de seu
depoimento diante das perguntas do juiz Vallisney de Souza Oliveira, Geddel argumentou que decidiu “abraçar completamente a verdade” e citou “Deus”. “Ela perguntava pela minha filha, eu respondia. Essa é a verdade, ela sabe, Deus sabe. Resolvi me abraçar completamente à verdade. As conversas que tinha sobre Funaro, tinha também sobre José Dirceu e sobre qualquer pessoa que tivesse nesse redemoinho (de casos envolvendo a Justiça). Nunca tratei organizadamente sobre isso “, garantiu.
por meio de várias ligações telefônicas. Em depoimento à Polícia Federal, Funaro afirmou que essas ligações provocaram um sentimento de receio sobre algum tipo de retaliação que pudesse sofrer caso optasse por um acordo de delação. Em depoimento à PF, Raquel Pitta também detalhou as abordagens que recebeu do ex-ministro. Segundo ela, Geddel estava interessado em saber da disposição do marido dela de firmar acordo de colaboração premiada. A mulher de Funaro disse que o peemedebista passou a fazer ligações “insistenAcusações - O MPF narra temente” após a prisão do na denúncia que a partir marido, querendo saber do da prisão de Funaro, em “estado de ânimo” dele, e 1º de julho de 2016, Ged- que esses contatos feitos em del passou a monitorar e horários noturnos “passaconstranger Raquel Pitta ram a incomodar”. (AE)
STF manda prender deputado Brasília - A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem a prisão imediata do deputado federal João Rodrigues (PSD-SC) numa decisão que sinaliza percalços para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Corte. Os ministros da turma, por 3 votos a 2, decidiram que o parlamentar tem de começar a cumprir logo a pena de cinco anos e três meses de prisão em regime aberto imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por crime ambiental e lei de licitações quando era prefeito de uma cidade do interior catarinense. Essa decisão marcou a primeira manifestação oficial sobre o caso do ministro Alexandre de Moraes, indicado ao STF pelo presidente Michel Temer. Moraes votou a favor da execução imediata da pena juntamente com os ministros Luiz Fux e Roberto Barroso. Contrários à execução da pena após a segunda instância foram Rosa Weber e Marco Aurélio Mello. O caso pode ter impacto direto no caso que envolve Lula. O ex-presidente - que foi recentemente condenado pelo TRF-4 a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado no processo do tríplex do Guarujá - tenta evitar que a pena imposta a ele comece a ser cumprida assim que forem esgotados os recursos no próprio tribunal federal. A defesa de Lula já recorreu ao STJ e ao STF a fim de tentar reabrir a discussão sobre a execução da pena logo após uma eventual condenação em segunda instância, conforme o atual entendimento do Supremo. Os advogados do ex-presidente, líder das pesquisas na corrida ao Palácio do Planalto em 2018 e que também luta para não ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, defendem que a pena só comece a ser cumprida após esgotado todos os recursos na Justiça. Contudo, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, já afirmou publicamente que revisar o entendimento do Supremo sobre a prisão em segunda instância seria “apequenar” a Corte, num indicativo de que não pautará esse assunto por agora. Em outubro de 2016, por seis votos a cinco, o STF decidiu em favor da prisão após a condenação em segunda instância, numa decisão considerada como vitória para a operação Lava Jato. Votaram a favor, na ocasião, Edson Fachin, Roberto Barroso, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Teori Zavascki, o último morto em acidente aéreo. Contra manifestaram-se Marco Aurélio, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Em tese. há a possibilidade de o entendimento ser alterado. O voto de Moraes mantém o posicionamento do ministro que ele substituiu, Teori Zavascki, mas Gilmar Mendes já se manifestou posteriormente ao julgamento de 2016 contra a prisão imediata. (Reuters)
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WILSON DIAS / ABr
PREVIDÊNCIA
Novo texto da PEC de reforma pode ser fechado hoje Pensão integral de policiais mortos é incluída Brasília - O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), anunciou ontem que divulgará hoje o novo texto da proposta que deve ir à votação no plenário na Casa. Segundo ele, a nova versão trará uma novidade: concessão de pensão integral a viúvas e viúvos de policiais mortos em combate. O parlamentar afirmou, porém, que temas em que ainda não há consenso, como transição para servidores públicos e regra para acúmulo de pensão e aposentadoria dos demais trabalhadores ficarão de fora desse novo texto, mas que serão tratadas durante a discussão e votação da reforma no plenário. De acordo com Oliveira Maia, o texto negociado prevê que esposas e maridos de policiais federais, rodoviários federais, legislativos e civis mortos durante atividade de combate terão direito a receber a pensão com o mesmo valor que seus companheiros e companheiras teriam direito de aposentadoria.
O valor do benefício vai depender da data de entrada do policial no serviço público. Viúvas e viúvos de policiais que entraram até 2013 terão direito a receber o valor integral do último contracheque dos policiais. Já os que entraram depois de 2013 só terão direito a, no máximo, o teto geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), atualmente em R$ 5.645,81. A nova regra, se aprovada, não beneficiará agentes penitenciários e policiais militares. Esta última categoria não foi incluída na reforma da Previdência em discussão no Congresso Nacional, assim como integrantes das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e bombeiros. “Bancada da bala” - Segundo o relator, a inclusão dessa nova regra teve aval do presidente Michel Temer, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e deve trazer votos da chamada bancada da segurança pública. “A bancada da bala, que
é muito expressiva, muitos deles me pediram. Acho que é um aceno importante”, declarou, evitando estimar um número de votos. O relator afirmou que a nova versão da PEC da Previdência será divulgada simbolicamente por ele hoje, mas só poderá ser protocolada oficialmente no próximo dia 19, quando está marcado o início da discussão da matéria no plenário da Câmara. Segundo ele, como não poderá apresentar, por ser relator, o novo texto será oficialmente apresentado pelos líderes de partidos da base aliada, capitaneados pelo líder do governo na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). De acordo com o deputado baiano, mesmo com as mudanças, a nova versão deve manter em cerca de R$ 600 bilhões a previsão de economia da reforma em dez anos. Oliveira Maia ressaltou que temas em que ainda não há consenso não serão incluídos no texto e ficarão “em aberto” para serem tratados durante a votação da matéria em plenário. Entre
Arthur Maia admite que ainda falta consenso sobre temas como transição para servidores
esses temas está uma regra de transição para servidores públicos que entraram antes de 2003 se aposentarem com direito à integralidade e paridade. Outro ponto que ficará em aberto será a regra para acúmulo de pensões e aposentadorias. Pelo texto aprovado na comissão especial, aposentados e pensionistas só poderão acumular o benefício até um limite de dois salários mínimos. Em busca de votos, o relator propôs uma transição para a fixação desse limite. O relator informou que o novo texto vai manter mudanças que já tinham sido acordadas, entre elas, a exclusão de qualquer alteração nas regras para aposentadoria de trabalhadores rurais e de concessão do chamado Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com
Prazo limite para aprovação é fevereiro Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reiterou ontem o prazo limite para aprovação da reforma da Previdência é este mês de fevereiro e a não votação será uma “oportunidade perdida”. Marun repetiu que o governo ainda espera conseguir reverter votos para colocar o texto em votação no final deste mês, mas reconheceu que a reforma não ficará para março. “Entendemos que hoje não existe a mínima razão para um adiamento. Ou aprovamos efetivamente em fevereiro ou será uma oportunidade perdida, o que não acredito que vá acontecer”, afirmou a jornalistas. Segundo Marun, a “vida vai
seguir em março” e, se for com a reforma aprovada, em um clima melhor para votar outras propostas do governo. Em um café da manhã na Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais, o ministro disse que outras prioridades serão definidas pelo governo em março, com ou sem a votação da reforma. Marun reconheceu que o governo não tem ainda os votos necessários para votar a reforma -ainda seria necessário que entre 40 e 50 deputados, hoje indecisos, aceitassem encampar o projeto. Questionado sobre como seria possível essa mudança de posição em tão pouco
tempo, o ministro admitiu que era difícil, mas garante que não impossível. “Falta pouco tempo, mas falta pouco voto. O que temos hoje entre os indecisos é convencer um a cada dois. É difícil, é, mas não é impossível”, disse. Depois de um dia confuso na última segunda-feira, em que governo e Congresso deram informações desencontradas sobre as possibilidades e prazos para a votação, Marun reconheceu que “não foi um dia bom”. “Ontem (segunda-feira) não tivemos um dia bom, com manifestações de várias lideranças sendo mal interpretadas. Mas vamos em frente hoje”, disse. (Reuters)
MINISTÉRIO DO TRABALHO
PTB mantém apoio a Cristiane Brasil Brasília - Apesar de todo o desgaste, a bancada do PTB na Câmara decidiu ontem manter a indicação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) ao Ministério do Trabalho. Filha de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, Cristiane vem tendo sua posse como ministra adiada por causa de uma sucessão de decisões judiciais. “O PTB não abandona companheiros feridos na luta”, disse o líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO). Arantes admitiu haver um desconforto com o desgaste gerado pela manutenção da indicação, mas negou constrangimento. O líder da bancada negou ter havido pressão de Jefferson ou de Cristiane e afirmou que a decisão de manter o apoio foi tomada por unanimidade. “A Justiça
que tem que dar a palavra final”, afirmou Arantes. A bancada do PTB na Câmara também divulgou uma nota de apoio a Cristiane. Os deputados federais do partido consideram que a parlamentar tem a competência e as condições necessárias para comandar a pasta. Também avaliam que o Poder Judiciário está interferindo em uma atribuição que é privativa do chefe do Poder Executivo federal, que é a indicação dos ministros de Estado, conforme prevê a Constituição Federal em seu artigo 84, inciso I, diz trecho da nota. Com a revelação de novas denúncias contra Cristiane Brasil, o Palácio do Planalto passou a defender que Roberto Jefferson indique outro nome para o comando do Ministério do Trabalho. A avaliação, feita de ma-
neira reservada por assessores e auxiliares presidenciais, é de que mesmo que consiga assumir a pasta, a deputada federal continuará a causar desgaste ao presidente Michel Temer. Na última segunda-feira, Cristiane Brasil pediu celeridade à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. A ministra suspendeu temporariamente a posse de Cristiane no dia 22 de janeiro e não voltou a se manifestar até o momento. Ela disse que “vem sofrendo uma campanha difamatória que busca impedir minha posse no Ministério do Trabalho”. Polêmicas - O desgaste de Cristiane Brasil aumentou no fim de semana com a divulgação de novas denúncias contra ela. Primeiro, foi divulgado que ela é
investigada por suspeita de associação ao tráfico de drogas durante a campanha eleitoral de 2010. O inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Rio em 2010 a partir de uma denúncia anônima, segundo a qual pessoas que trabalhavam para ela teriam pago traficantes de Cavalcanti, bairro da zona norte do Rio, para ter direito exclusivo de fazer campanha na região. A informação foi publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pela Folha de S.Paulo. Depois, reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, mostrou o áudio de uma reunião comandada por Cristiane Brasil em que ela pressiona servidores da Prefeitura do Rio de Janeiro a buscar votos para sua campanha eleitoral. (FP)
deficiência carentes. Outro ponto que será mantido no novo texto é o tempo mínimo de contribuição para uma pessoa se aposentar, que ficará em 15 anos, como é hoje. No texto aprovado pela comissão especial em maio do ano passado, esse tempo tinha sido elevado para 25 anos de contribuição. Votação - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que está mantida a votação da reforma da Previdência no próximo dia 20 e avaliou que, embora não tenha os votos necessários hoje, é possível que os tenha depois do Carnaval. “Vamos trabalhar. A construção da maioria no Brasil é uma construção lenta. A maioria da população ainda não entendeu a reforma do regime geral de Previdência. A reforma para o setor pú-
blico sim, são mais de 80% de apoio, mas o regime geral ainda não. Isso impacta a opinião dos deputados e dos governadores”, disse após uma reunião com o prefeito João Doria (PSDB), na sede da prefeitura da capital paulista. Oficialmente, Maia veio conhecer o projeto de reforma da Previdência municipal que Doria enviou à Câmara de Vereadores. “Hoje não tem 308 votos. Agora, o Brasil é um País em que as coisas mudam tão rápido, quem sabe a gente consegue depois do Carnaval, com todo mundo descansando um pouquinho, construir a maioria para aprovar aquilo que for possível para a Previdência”, disse, acrescentando ter certeza de que, caso o tema seja aprovado, o Brasil pode chegar ao final do ano com uma taxa de desemprego abaixo de 9%. (AE)
Tramitação no Senado será lenta, diz Eunício Brasília - O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), reclamou do tempo de análise da reforma da Previdência na Câmara, que já se estende há mais de um ano, e avaliou que os senadores também precisam de prazo razoável para discutir e sugerir mudanças na proposta após uma eventual aprovação na outra Casa. “O difícil será convencer os senadores que essa matéria, depois de passar quase um ano e meio na Câmara, chegue aqui de manhã e, sem nenhum direito à emenda, sem nenhum direito à discussão, seja aprovada no mesmo dia”, alertou O emedebista reforçou que a demora na análise da proposta é responsabilidade da Câmara, e evitou comentar se considera que ainda será possível aprovar a matéria ainda este ano. “A pauta da Previdência está há um ano e dois meses na Câmara. Então, nós temos que aguardar qual a definição da Câmara. Eu não posso discutir a matéria, não posso pautar a matéria neste momento”, disse. Ele afirmou que, como a proposta está com os deputados, não foi sequer discutir o tema com os senadores durante a reunião de líderes de ontem. Eunício voltou a declarar, assim como fez em discurso proferido na última segunda-feira, que a reforma da Previdência precisa acabar com os privilégios. “Eu defendi a reforma da Previdência por muito tempo no sentido de que ela tem de extinguir privilégios, e não é só ela, nós temos que acabar com os privilégios
do Brasil. Esses privilégios tiram direitos daqueles com salários pequenos e aposentadorias pequenas para sua própria sobrevivência. Não aceito que tire direito dos aposentados que ganham salário mínimo. Não são eles que destroem a Previdência, são os privilégios”, apontou. O presidente do Senado reforçou diversas vezes que o sistema é bicameral e lamentou que o governo envie alguns projetos para que os senadores atuem como “carimbadores” e aceitem o compromisso do Executivo de que fará vetos ao texto posteriormente. Ele afirmou que a Previdência não é pauta do Congresso, e sim das duas Casas, com votações separadas. “Não adianta aprovar propostas na Câmara, e não no Senado”, disse. Eunício lembrou das “dificuldades” da reforma trabalhista na Casa, que foi aprovada pelos parlamentares em 2017 com a condição de que o governo editaria depois uma Medida Provisória com modificações acordadas. Supersalários - Em meio aos debates sobre benefícios no Judiciário e no Ministério Público, Eunício disse que não teria “nenhuma dificuldade” em pautar a proposta sobre os supersalários. “A pauta não é minha, se líderes encaminharem, eu pauto”, declarou. Ele relembrou que, no final do ano passado, o Senado devolveu cerca de R$ 200 milhões de seu orçamento à União porque, na Casa, “ninguém ganha acima do teto”. (AE)
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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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SERVIÇOS
Cresce demanda por clínica de idosos Na Capital e RMBH, algumas empresas do ramo registraram no início deste ano aumento de até 30% MÍRIAN PINHEIRO
O aumento da população idosa tem acarretado no crescimento significativo da procura por casas de repouso. Na Capital, algumas empresas do ramo registraram no início deste ano aumento de até 30% na demanda na comparação com o mesmo período de 2017. A explicação pode estar relacionada ao levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que afirma que o Brasil deverá ter, até 2050, cerca de 70 milhões de idosos. Hoje, esse público já chega a 12% da população brasileira, média que se repete em Minas, que tem a segunda maior população idosa do País. Em algumas cidades do Estado, o índice é maior, como em Belo Horizonte (13,5%). O mercado comemora. A psicóloga Maria Cândida dos Santos Silva, proprietária da casa de repouso Maioridade Espaço de Convivência para o Idoso, localizada no Sion (região Centro-Sul), diz que, apesar da queda de 20% no movimento registrado no segundo semestre de 2017 (motivado pela crise econômica que levou familiares a retirar idosos das instituições), nas três unidades que mantém na região Centro-Sul, o ano começou com a casa trabalhando quase que na capacidade. “Foi preciso uma boa gestão dos custos para driblar a crise. Muita negociação e administração. Mas agora as coisas estão melhores”, comenta. Para Maria Cândida Silva, a dificuldade para a família dar atenção especial em casa justifica o aumento da demanda. “É muito sofrido para os familiares manter um idoso incapacitado em casa”, comenta, demonstrando otimismo com relação ao crescimento da procura por esse tipo de serviço neste e nos próximos anos. A casa Maioridade oferece alimentação, cuidados de enfermagem, cuidadores especializados, serviço de fisioterapia, atividades ocupacionais variadas e, a partir desse mês, um médico prestará assistência na instituição mensalmente. A empresa trabalha com três modalidades de acolhimento. Uma delas é o idoso acamado, que permanece hospedado, não há vagas. “Temos, hoje, 19 idosos no que chamo de república e 50 na casa/dia. Ambas com poucas vagas disponíveis”, comenta a proprietária. A mensalidade cobrada do idoso mensalista (residente) gira em torno de R$ 6,6 mil, a diária de 24h R$ 220 e a de 12h custa, em média, R$ 165. São 47 funcionários diretos e cerca de 10 indiretos. Capacidade máxima - Na Casa de Repouso Nosso Lar, que funciona há oito anos no bairro Cidade Nova (Nordeste), o aumento da demanda foi de 30% no último semestre de 2017, na comparação com idêntico intervalo de 2016. Com 30 idosos hospedados, a instituição já não tem mais vagas. De acordo a gerente Valdete Dias Machado, mesmo com o aumento da procura, a
casa não pretende expandir. Ela diz que a intenção da proprietária é manter a qualidade do atendimento e o acolhimento de mais idosos poderia colocar a característica em risco. O valor mensal pago pela família na instituição varia de acordo com as necessidades do paciente. Segundo Valdete Machado, a mensalidade para o hóspede-morador é de R$ 3,5 mil e o preço da diária pode ser negociada de acordo com a necessidade do idoso. A casa emprega 20 funcionários e também oferece alimentação, médico geriatra uma vez na semana, musicoterapia, fisioterapia, terapia ocupacional, entre outras atividades. No Recanto da Feliz Idade, também no Sion, as 19 vagas disponíveis para hospedagem fixa estão ocupadas, restando apenas três para o idoso interessado em ficar durante o dia e uma para temporário. “Cada dia tem mais idoso, a vida está se prolongando, mas as pessoas precisam trabalhar e os serviços de uma casa de repouso se tornam essenciais”, explica a gerente administrativa e assistencial, Luciene de Oliveira, acreditando que a procura tenha permanecido estável no primeiro mês deste ano, na comparação com mesmo período de 2017. A casa de repouso funciona há 14 anos, oferta diversas atividades, além de atendimento médico diário e, segundo a gerente, também não enfrentou dificuldades com a crise. “A repercussão dela aqui talvez esteja no fato de termos permanecidos estáveis”, relata a gerente. Lá trabalham 20 funcionários, entre nutricionistas, fisioterapeutas e cuidadores. A mensalidade cobrada é de R$ 4 mil para hóspedes independentes, R$ 4,2 mil para idosos chamados Grau 2, ou que requerem cuidados, e R$ 4,5 mil para o totalmente dependente. Setor aquecido - Gustavo Marques Gurgel, fisioterapeuta e gerente administrativo da Residencial Serenidade, no bairro de Santa Teresa, região Leste, afirma que este segmento já está bem consolidado no mercado. “O que difere é a qualidade dos serviços que são prestados”, diz, ressaltando que a procura é grande e que a casa vem mantendo um fluxo razoável ao longo dos três anos e meio de funcionamento. Com vagas para 18 idosos no regime de hospedagem definitiva, o Residencial Serenidade tem apenas quatro vagas disponíveis. A mensalidade para o idoso residente está na faixa dos R$ 4,8 mil, com preços variando entre R$ 220 e R$ 160 a diária. Por ser um serviço de extrema necessidade, Gurgel acredita que a demanda pelo serviço continuará alta. “Perdi apenas quatro hóspedes ao longo desse tempo e não foi por razões econômicas”, comenta. Para ele, na maioria das vezes, a dificuldade para institucionalizar um idoso passa por outras questões mais subjetivas. O empresário estima que o
DIVULGAÇÃO
Na unidade da Pampulha do Espaço Bem Viver, que tem outra casa na região Centro-Sul, valor da hospedagem é a partir de R$ 3 mil DIVULGAÇÃO
início deste trimestre será bastante favorável, com aumento de 30% na procura. “As casas das pessoas não têm assentos sanitários adequados, espaços para circular cadeira de rodas e esses são alguns dos motivos para o crescimento da procura”, comenta. Já Janaína Pinheiro, proprietária do Pampulha Village, no bairro Bandeirantes, região da Pampulha, revela que a procura pelos serviços registrou queda nos últimos anos - o que ela atribui ao aumento da concorrência. “Mas, hoje, estamos com 80% de ocupação”, comemora. Para ela, a crise afetou o negócio na medida em que aumentou o desemprego. “As pessoas estão procurando menos e optando por ficar com o idoso em casa”, afirma. O preço médio da mensalidade no Pampulha Village gira em torno de R$ 5 mil. Dificuldade para a família dar atenção especial em casa justifica o aumento da demanda
Abandono ainda é “tabu” a ser quebrado Chamadas antigamente de asilos, as casas de repouso oferecem estadia, alimentação, atendimento com nutricionistas, geriatras e fisioterapeutas, além de enfermeiros, auxiliares e técnicos que prestam serviços 24h. Entretanto, ainda enfrentam o estigma de que os idosos ficam abandonados. “Somos uma grande família, cada um que chega seja para passar o dia ou residir tem as suas demandas e uma história de vida que deve ser respeitada”, diz a proprietária do residencial sênior Espaço Bem Viver, Andreza Vilela. Ela diz que percebe que as famílias tentam todas as possibilidades antes de optarem por esse serviço, pois ainda existe um preconceito da sociedade. “A imagem do asilo, de abandono e maus-tratos ainda é forte. Mas assim que os familiares conhecem o espaço e o serviço essa imagem muda. Muitas vezes em casa o idoso sente solidão e vive para dormir e comer, esperando a vida passar. No Espaço Bem Viver a nossa proposta é mantê-los ativos e estimulados”, pondera.
Andressa Vilela tem observado um crescimento na demanda especialmente neste inicio de ano. “Teve um período morno no semestre passado, mas voltou a reaquecer”, diz. Com duas unidades em funcionamento, na região da Pampulha e no bairro Cidade Jardim (região Centro-Sul) o movimento tem sido bom. Segundo ela, em uma das residências, a lotação está quase completa e na outra, da Cidade Jardim, o movimento é menor, mas com boas perspectivas diante da alta procura. Na unidade da Pampulha, o preço mensal para hospedagem é a partir de R$ 3 mil e na casa localizada no bairro Cidade Jardim a partir de R$ 6 mil. O valor pode alterar conforme o grau de dependência e serviços incluídos fora do pacote. Crise - Ainda que nos últimos anos a empresária perceba uma mudança no cenário brasileiro em relação aos cuidados com a terceira idade, ela diz que a procura por serviços de hospedagem ou centro/dia em casas especializadas aumentou. “As famílias
encontram dificuldades que antes não existiam como administrar uma equipe com no mínimo cinco funcionários em casa para cuidar de um familiar com idade avançada e dependente”, avalia. Para ela, em outros países a mentalidade e cultura são diferentes e os idosos já se programam para ir para um residencial fazendo uma reserva financeira para esse fim. Com 10 anos de experiência, o residencial sênior Espaço Bem Viver traz um novo conceito em cuidados para terceira idade. O acolhimento se estende a família do idoso, que pode frequentar o espaço livremente, fortalecendo o vínculo. Atividades como dança, oficina de memória, artesanato, musicoterapia, treino funcional e pilates são oferecidos para melhorar ao máximo a qualidade de vida dos idosos. A casa conta com uma equipe multidisciplinar composta por médicos geriatra e cardiologista, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, psicóloga, musicoterapeuta e equipe de enfermagem 24 horas. (MP)
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BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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NEGÓCIOS VEÍCULOS
TECNOLOGIA
Equipe do Cefet-MG vai representar o País nos EUA Alunos desenvolveram carro mais rápido na categoria fórmula student DIVULGAÇÃO
DANIELA MACIEL
A primeira equipe mineira classificada para participar do mundial da Society of Automotive Engineering (SAE), em Lincoln, nos Estados Unidos, está pronta para encarar a competição que acontece entre os dias 20 e 23 de junho. O modelo S09, desenvolvido nos laboratórios do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), em Belo Horizonte, pela equipe Fórmula Cefast, é um protótipo fórmula, que garantiu a vaga ao conquistar o segundo lugar entre as equipes brasileiras na competição nacional realizada em Piracicaba (SP), no fim do ano passado. A maior dificuldade agora, segundo o capitão da equipe e estudante de engenharia mecânica, João Vitor Pizarro, é conseguir a verba para fazer a exportação temporária do protótipo e arcar com os custos da viagem da equipe de 15 pessoas. O orçamento é de R$ 170 mil. “O Cefet-MG nos dá um pequeno apoio, mas ainda não sabemos o valor. Então temos que nos antecipar. Existe toda uma burocracia de exportação temporária a ser cumprida e também temos que organizar a viagem do grupo. Podemos levar até 20 pessoas, mas devemos viajar com uma turma entre 12 e 15 estudantes. Apenas o suficiente para garantir a nossa participação em todas as etapas da competição, entre apresentadores, pilotos e os responsáveis pela
Equipe Fórmula Cefast tem muito potencial para ser um grande destaque em Lincoln
preparação do protótipo”, explica Pizarro. Para conseguir o montante, os membros da Cefast estão correndo atrás de empresas que possam patrocinar a viagem - até agora conseguiram duas, além de apoiadores com produtos e serviços - e também recorreram a uma vaquinha virtual. A página on-line de financiamento coletivo para arrecadar doações de pessoas físicas é www.vakinha.com. br/vaquinha/formula-cefast-na-formula-sae-lincoln. O protótipo S09 é um carro monoposto (para um piloto), com motor de moto. Foram projetados pelos alunos transmissão, chassi, aerodinâmica, eletrônica e exaustão. A equipe é composta por 35 estudantes de graduação de todas
as engenharias oferecidas pela escola. Atualmente, são orientados pelo professor de engenharia mecânica, Fernando Antunes. Há mais de uma década, o grupo coleciona medalhas e participações em campeonatos nacionais e internacionais. “Desenvolver o carro e participar das competições nacionais e internacionais é importante, não apenas para a formação desses alunos das engenharias, como para o próprio desenvolvimento da ciência e da indústria nacional. Nesses encontros mais do que competir, trocamos experiências e conhecimento. Além disso, desenvolvemos habilidades que vão além dos cálculos e da engenharia, como gestão de pessoas, de custos, apresentação de projetos,
a lidar com a burocracia para compra de insumos e equipamentos, por exemplo. Tudo isso faz dessa e outras viagens uma grande experiência”, avalia o capitão da equipe Cefast. Nos Estados Unidos, a competição é dividida em provas estáticas e dinâmicas. Vence a equipe que somar mais pontos, sendo que cada fase tem pesos diferentes. As provas estáticas avaliam a apresentação do projeto, a sua engenharia e cada um dos subsistemas; a apresentação de um plano de negócios e a planilha de custos, com todos os processos, componentes e manufatura. As provas dinâmicas são as que acontecem na pista, como aceleração, dirigibilidade, média de consumo, entre outros aspectos.
COMÉRCIO
Carnaval anima setor de alimentos DA REDAÇÃO
Há pouco mais de uma semana do início do Carnaval de Belo Horizonte, as expectativas são animadoras para o comércio de padarias, lanchonetes e indústrias de alimentação. O setor se prepara para atender aos mais de 3,6 milhões de foliões esperados para a festa. O número, divulgado pela Belotur, é 20% superior ao do ano passado. Padarias, lanchonetes e indústrias de lanches prontos e rápidos estão promovendo um verdadeiro reforço em produtos práticos como salgados, lanches, pães de queijo, massas e bebidas mais consumidas. Em 2017, Belo Horizonte foi tomada pelos foliões locais e de fora que seguiram 380 blocos em 416 desfiles. Para o Carnaval deste ano, que começa no dia 9 de fevereiro, quase 500 blocos já foram cadastrados pela prefeitura para percorrerem as ruas em 600 desfiles programados, levando alegria e ritmos musicais variados. Há um mês do Carnaval, várias padarias estão preparando suas decorações e cardápios, aproveitando os ensaios dos blocos que acontecem em bairros de Belo Horizonte. “Promoções sempre são boas para estimular as vendas, principalmente de produtos de fabricação própria. Além de ajudar a
conquistar novos clientes que estão sempre em busca de novidades, inclusive num período como o Carnaval”, afirma o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas. Reduto de vários blocos carnavalescos, o bairro Santa Tereza (região Leste) já está em ritmo de festa, e como em anos anteriores, a padaria Pedro Padeiro, na rua Mármore, foi decorada e passará a contar, a partir da semana do Carnaval, com um café da manhã especial. “Vamos focar nos lanches rápidos, como salgados, pizzas e pães, além de sucos e bebidas, para oferecer uma alimentação reforçada àqueles que estão saindo ou chegando da folia”, explicou Jane Zarife, sócia-proprietária. Por uma questão de segurança, a padaria também terá horário especial na segunda e terça-feira de Carnaval, funcionando de 6 horas ao meio-dia. No bairro São Luiz, região da Pampulha, os preparativos para o Carnaval começam na última semana de janeiro na Buono Pane Padaria, Delikatessen e Delivery com a montagem da estrutura de decoração. “Os clientes tradicionais e os que estão se preparando para curtir o Carnaval vão encontrar preços especiais no açaí, cervejas e refrigerantes, chás,
energéticos, sucos naturais e sanduíches artesanais, além de carnes especiais para um bom churrasco com os amigos”, garantiu o proprietário Hugo Teixeira. No bairro Santa Efigênia, a Padaria Vianney é parada tradicional desde 2013 de quem está “atrás do trio elétrico naquela região”. Uma semana antes do Carnaval será montada a decoração da loja, e o cliente folião encontrará, das 6 às 23 horas, opções diferenciadas, como sanduíches prontos, pastéis fritos, sucos engarrafados, água de coco e bebidas com preços promocionais. A Faleiro, uma das maiores indústrias de alimentação de Minas Gerais, também vislumbra bons negócios para o período de folia. A empresa, que fornece salgados, refeições prontas e sobremesas congeladas, tem mais pontos de venda na capital mineira entre padarias, lanchonetes, supermercados e drogarias. “Normalmente o folião busca um lanche prático e rápido. Temos esses produtos com sabor caseiro e know how de mais de 65 anos de história. Esperamos aumentar em 20% o fornecimento de nossos principais produtos, explica Antônio Faleiro Neto, diretor da empresa. A Faleiro tem 90 itens em seu portfólio e lançou recentemente uma linha
de salgados coquetéis em embalagens de 400g e 600g e também o pão de queijo em quatro tamanhos. A aposta no pão de queijo é comemorada pelo diretor. “É um produto que chegou para atender a linha de café da manhã. Muitos blocos saem bem cedo e esperamos uma boa receptividade do nosso pão de queijo que é uma iguaria típica mineira e é resultado de uma ampla pesquisa. Ele possui 40% mais queijo na receita”. Outro produto prático e fácil de fazer é o macarrão. Além de ser saboroso e nutritivo, a massa também é fonte de carboidrato e energia para renovar o folião. A Vilma Alimentos, com 95 anos de tradição e sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é uma das maiores indústrias do setor. Paula Carolina de Carvalho, gerente de marketing da Vilma, explica que o Carnaval tem aumentado as vendas de macarrão, biscoitos e refrescos em pó. “Temos percebido um número maior de pedidos durante o período carnavalesco em Belo Horizonte há alguns anos, desde que a festa na cidade começou a virar referência. A cidade recebe cada vez mais turistas e, consequentemente, temos aumentado nossas vendas em produtos mais práticos”.
Maioria entre 8 e 12 anos está exposta a risco cibernético, diz estudo São Paulo - Mais da metade (56%) das crianças entre 8 e 12 anos está exposta a ameaças digitais, como ciberbullying, vício em videogames e comportamento sexual on-line, em um cenário considerado como “pandemia de risco cibernético”. O resultado é apontado no relatório de impacto DQ 2018, realizado pelo Instituto DQ em parceira com o Fórum Econômico Mundial. O levantamento sobre segurança infantil on-line e cidadania digital divulgado ontem (6) avaliou o comportamento de 34 mil crianças em idade escolar de 29 países - o Brasil não foi incluído. O estudo revela que 47% das crianças foram vítimas de ciberbullying no ano passado, 17% tiveram algum comportamento sexual on-line e 10% conversaram com estranhos nas redes e marcaram encontros presenciais. Segundo o relatório, estima-se que 260 milhões de crianças em todo o mundo estão envolvidas com ciberriscos, e o número deverá aumentar para 390 milhões até 2020. “Terem sido expostas a esses riscos cibernéticos não indica diretamente que as crianças tenham sofrido danos físicos ou mentais permanentes. No entanto, a exposição contínua em uma idade precoce representa um perigo para o desenvolvimento geral, bem-estar, relacionamentos e oportunidades futuras (...) A pandemia de risco cibernético nos diz que não é uma questão de alguns indivíduos em alguns países, mas um problema global e geracional”, avalia o relatório. Apesar do risco na rede ser generalizado, o estudo mostra que as ameaças são 33% maiores em economias emergentes. “Isso se deve, em grande parte, à rápida adoção de tecnologia móvel e ao uso de plataforma digital sem preparação adequada das crianças”, diz o relatório. Segundo a pesquisa, a internet tem penetração mais rápida nesses países, que devem representar 90% de todos os novos internautas mirins até 2020. Outro dado mostra que as crianças gastam, em média, 32 horas sozinhas na frente de telas digitais em busca de entretenimento - tempo superior ao que passam na escola. E quanto mais horas elas ficam expostas às telas, maiores os riscos. Quando a criança tem um telefone celular próprio, por exemplo, e usa ativamente as redes sociais, seu tempo de tela sobe 12 horas e ela tem 70% de chances de ser exposta a pelo menos uma ameaça virtual - uma probabilidade 20% maior em comparação com aqueles que não possuem celulares. E, de acordo com o relatório, mais da metade das crianças pesquisadas acessam a internet de seus dispositivos pessoais - a maioria (60%) recebe o primeiro celular aos 10 anos - e 85% delas usam redes sociais, embora a idade legal oficial para acessar boa parte das plataformas seja 13 anos. “É interessante notar que a posse do celular sozinha nem sempre leva à exposição
de uma criança aos riscos ou ao tempo de tela excessivo. Isso ocorre apenas quando as crianças são também usuários ativos de redes sociais. A quantidade de tempo de tela e a probabilidade de riscos entre crianças que possuem um celular, mas que não são usuários ativos, não são significativamente diferentes das crianças que não têm celular”, pondera o estudo. Preferências - A atividade on-line preferida das crianças (72%) é assistir a vídeos, seguido por ouvir música e fazer buscas (ambos com 51%), jogar videogame (49%) e conversar (38%). Assim, não é surpresa que o site mais popular nesta faixa etária seja o YouTube, a rede mais usada por 54% dos entrevistados. Depois aparecem WhatsApp (45%), Facebook (28%), Instagram (27%) e Snapchat (23%). Facebook e Twitter se mostraram significativamente populares entre crianças de países emergentes. “Estamos começando a entender o papel que os algoritmos desempenham em incentivar as crianças a gastarem mais tempo nessas plataformas, já que os anunciantes se beneficiam do curto período de atenção das crianças e de sua tendência em assistir a vídeos similares repetidamente (...) Além disso, sem classificação de conteúdo adequada ou mecanismos de filtragem efetivos, as crianças são facilmente expostas a conteúdos violentos e inadequados”, diz o relatório. O levantamento ressalta também outras pesquisas que demonstram que o tempo excessivo de tela pode prejudicar o sono, deixar as crianças mais solitárias e agressivas e, por fim, impactar sua saúde física e mental. Saída - O estudo reforça que “desconectar crianças do mundo digital devido ao medo de ciber-riscos não é uma opção” e que ter acesso ao universo virtual “ é um dos direitos básicos das crianças no século 21.” “Não há dúvida de que a tecnologia pode gerar grandes benefícios para as crianças em diversas áreas que vão desde educação e potencial futuro de trabalho ao entretenimento.” A saída, o relatório aponta, é através da educação para uma cidadania digital que ensine as crianças, por exemplo, a disciplinar o uso de tecnologia, compreender como funciona a comunicação on-line e desenvolver raciocínio crítico sobre conteúdos e contatos na rede. “Devemos agir rapidamente e tomar medidas positivas para ajudar essas crianças a enfrentar riscos cibernéticos em todo o mundo, especialmente nos países emergentes. Desde cedo, o uso de mídia social por parte de nossos filhos através de telefones celulares tem sido excessivo. Precisamos trabalhar em conjunto para ajudá-los a superarem os riscos e tornarem-se cidadãos digitais bem-sucedidos e responsáveis que maximizem seu potencial e minimizem as ameaças”, disse a fundadora e diretora executiva do Instituto DQ, Yuhyun Park. (FP)
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DC FRANQUIA ROBÓTICA
BEM-ESTAR
I Wanna Sleep dobrou de 30 delas devem ser inauguradas ainda no primeiro semestre, as demais até dezembro tamanho após virar franquia
Meta da Buddys é chegar a 50 escolas
DIVULGAÇÃO
DANIELA MACIEL
Os últimos meses de 2017 foram excepcionais para a escola de robótica Buddys. Em setembro, quando lançou seu plano de expansão pelo modelo de franquias, eram 13 unidades espalhadas pela Capital, João Monlevade, na região Central, Lagoa Santa e Contagem, essas suas últimas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e eram anunciados os primeiros contratos fechados em São Paulo e Santa Catarina. O ano chegou ao fim com 18 unidades em funcionamento (crescimento de 38,5%) e planos ousados para 2018. Segundo o diretor de expansão da Buddys, Breno Leles, o objetivo é alcançar a marca de 50 unidades até o fim do ano, sendo 30 ainda no primeiro semestre. “Batemos todas as metas estabelecidas. A ABF (Associação Brasileira de Franchising) prevê um 2018 com crescimento de dois dígitos para o setor de franquias e vamos acompanhar o ritmo. Estamos em um mercado - que une tecnologia e educação - que gera muito interesse e está em desenvolvimento no Brasil. Nosso foco está nas capitais e nas grandes cidades do interior, principalmente de Minas Gerais e São Paulo”, explica Leles. As próximas inaugurações marcadas já para fe-
ANA CAROLINA DIAS
A Buddys tem quatro sócios (da esq. para a dir.): Breno Leles e os irmãos Matheus, Marlon e Marcelo Wanderllich
vereiro são para a capital paulista, São José do Rio Preto (SP) e mais uma em Belo Horizonte. O investimento para a abertura de uma unidade padrão é estimado em R$ 150 mil. A escola funciona com três colaboradores e é capaz de atender até 180 alunos. Quanto ao ponto a exigência é que seja uma loja com porta para a rua. Ainda não existe um modelo formatado para funcionar dentro de
shopping center, mas essa é uma possibilidade para um futuro próximo. As inaugurações vão coincidir com a volta às aulas. Embora não seja necessário que os períodos letivos se sobreponham, o auge da procura pelos pais se dá no início dos semestres, nos meses de fevereiro e agosto. “Os nossos professores são profissionais de tecnologia que passam por um treinamento pedagógico
importante. Uma das nossas características é o acompanhamento individual. Cada aluno aprende no seu ritmo e isso faz com que não precisemos fechar turma para começar as aulas. Isso dá rentabilidade ao negócio barateando custos e um atendimento personalizado aos alunos”, destaca o diretor de expansão da Buddys. A ideia de partir para a internacionalização continua sendo acalentada pela rede.
A experiência, porém, pode não ser concretizada em 2018. A Europa é o continente com maior interesse. “Temos algumas conversas, mas não fechamos nenhuma parceria ou contrato por enquanto. Existe toda uma burocracia quanto à entrada de empresas de educação além de todo um processo de tradução e adaptação aos modelos educacionais que precisa ser feito”, completa o executivo.
ALIMENTOS
Cheirin Bão vai valorizar pequenos produtores DANIELA MACIEL
Cafés tão distintos e de edição limitada que valem a pena esperar por eles e conhecer a sua história são a nova aposta de franquia de café especial e produtos mineiros Cheirin Bão. A empresa vai colocar no mercado, a partir de agora, microlotes bimestrais de cafés especiais produzidos na porção mineira da Serra da Mantiqueira. São produtos exclusivos e de altíssima qualidade, que vão para as lojas da Cheirin Bão por R$ 39,50 - 250 gramas. O cuidado começa pela embalagem desenvolvida especialmente para essa ação. Por fora ela é preta e dentro dourada, simbolizando a raridade do produto. Todos os pacotes vão trazer a história de origem do grão, a fazenda, perfil sensorial e sobre o produtor, tudo em português e inglês. De acordo com o diretor da rede Cheirin Bão, Wilton Bezerra, o objetivo é valorizar os pequenos produtores, mostrando a exclusividade do trabalho de cada um. “Começamos a Cheirin Bão com o propósito de democratizar o consumo de cafés especiais no País. Quase toda a produção de especiais era exportada e não concordávamos com isso. Trabalhamos apenas com grãos com notas acima de 80 pontos e agora vamos oferecer lotes exclusivos. Isso vai trazer valorização para a cadeia produtiva e gerar uma nova onda de vendas, além dos nossos cafés de linha”, explica Bezerra. As embalagens em inglês já visam à internacionalização da marca. As primeiras
reuniões em Portugal serão em maio e a expectativa é de que a primeira loja comece a operar em Lisboa ainda em 2018. A operação será em parceria com um franqueado brasileiro. Para o próximo ano, estão previstas a abertura de duas outras lojas, dessa vez franquias de empreendedores portugueses. A intenção é ir além da comunidade brasileira em terras lusas. O interesse é usar Portugal como base para a expansão em toda a Europa. “Lisboa é um dos principais destinos turísticos europeus e acreditamos que lá poderemos atender viajantes do mundo todo e divulgar
a nossa marca. Esse é um planejamento que fizemos com calma e agora vamos começar a falar a respeito. Como a nossa região - a Serra da Mantiqueira - já exporta café mais cerca de 60 países, acredito que já temos um caminho bom a ser seguido. Vamos levar o jeito e as coisas de Minas, como os doces, para o velho mundo e poderemos, inclusive, desenvolver blends específicos para o paladar das praças nas quais nos instalarmos”, afirma o diretor da Cheirin Bão. No Brasil, enquanto isso, a rede, que tem 41 lojas, pretende chegar a 90 uni-
dades até o fim do ano. Delas, oito em Minas. Já estão em funcionamento em São Lourenço, no Sul de Minas (sede da empresa), e em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Em Belo Horizonte, a inauguração da primeira unidade está prevista ainda para fevereiro, na região Centro-Sul. E, antes do fim do ano, a segunda, na mesma região. Também já está negociada uma unidade em Uberlândia, no Triângulo, além de outros 12 candidatos a franqueados passando por avaliação no Estado. O investimento médio para um quiosque é de R$ 79 mil e, para loja, R$ 105 mil. As
lojas podem ser em pontos de rua ou shopping center. “Quando começamos mirávamos cidades acima de 400 mil habitantes. Hoje, temos ótimas unidades em cidades bem menores. A interiorização dos negócios é uma tendência e temos acompanhado esse movimento. Não apenas os cafés são procurados, mas todas as delícias mineiras que oferecemos (cachaças, doces, pimentas, guloseimas, entre outros). A culinária mineira é muito apreciada e reconhecida dentro e fora do Brasil e esse é, exatamente, o nosso negócio”, avalia o executivo.
Nhô Sorvetes planeja mais 15 lojas para MG Um país em que é verão praticamente o ano inteiro, as sorveterias se esmeram em oferecer novidades para consumidores cada vez mais exigentes. Em busca de uma receita ideal, a Nhô Sorvetes, criada em Campinas (SP) há 13 anos, apostou em um sorvete soft, aqueles mais leves, não tão gelados. A ideia deu tão certo que atraiu a atenção do empresário Paulo Yossimi - um dos criadores da Mineiro Delivery -, que entrou para o negócio e franqueou a marca no ano passado. O objetivo agora é chegar a 100 contratos assinados em 2018 e inaugurar 60 unidades por todo o Brasil. A estimativa é de que o faturamento chegue a R$ 10 milhões. “É uma meta ousada, mas sou um bom batedor de metas. Eu enxerguei na Nhô Sovertes um diamante a ser lapidado. Um negócio que chega a 13 anos é um sucesso. Precisava, agora, ganhar escalabilidade. É uma operação simples que precisava de um bom formato. Iniciamos a expansão em
dezembro de 2017 e em um mês já fechamos oito contratos e estamos com mais uma loja em São José do Rio Preto”, explica Yossimi. Para Minas Gerais, os números também são ousados. Em um ano, a expectativa é ter 15 lojas abertas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Cidades polo como Uberlândia, Sete Lagoas e Juiz de Fora também estão na mira. “Cidades acima de 200 mil habitantes nos interessam. Para ser nosso franqueado é preciso vontade e gosto por lidar com o público. Para vender sorvete não é preciso qualificação técnica. Ele é entregue em embalagens longa-vida e não existe manipulação do produto dentro da loja”, afirma o executivo. O sorvete é produzido e distribuído pela indústria Vigor. Outros insumos e descartáveis também são comprados em fornecedores nacionais pela Nhô Sorvetes e distribuídos para os franqueados. Essa é uma forma de garantir a quali-
dade dos produtos e permitir que cada franqueado só encomende o que realmente vai gastar, evitando desperdícios. Além disso, como compra em quantidade, a marca consegue boas negociações com os fabricantes. A rede oferece cinco modelos de negócio (mini, móvel, interno, externo e loja). O investimento inicial fica entre R$ 100 mil e R$ 180 mil dependendo do modelo escolhido. O cardápio consiste em casquinhas, sundaes, foundues, Nho mix, petit gateau, entre outros. “Criamos um modelo modular, de modo que o empreendedor possa crescer acoplando novos módulos à estrutura, fazendo a expansão na medida da sua necessidade. Também desenvolvemos uma estrutura com água e esgoto próprios, dependendo apenas de um ponto de energia mais próximo. Dessa forma facilitamos a instalação em estações de transporte e outros ambientes”, pontua o gestor. (DM)
Pioneira em um novo nicho de mercado baseado no conceito de sono e relaxamento, a I Wanna Sleep oferece produtos e consultorias com o objetivo de ajudar os clientes a dormirem melhor por meio de diagnósticos de problemas do sono e soluções que se adéquam à necessidade de cada consumidor. Concebida há seis anos para ser um modelo escalável, em 2017 a marca aderiu ao modelo de franquias e dobrou de tamanho, passando de três para seis lojas em Belo Horizonte e na região metropolitana. Com investimento médio a partir de R$ 250 mil, a capital mineira deve receber ainda mais três franqueados, totalizando 15 lojas até o final deste ano. Para o diretor da I Wanna Sleep, Rafael Moura, o principal diferencial do modelo é que a franqueadora se torna uma empresa parceira, sendo responsável pelo estoque, o que reduz os custos e permite que a franquia tenha uma estrutura mais enxuta. “O franqueado realiza a venda para o cliente final e, para entregar, compra o produto e paga os royalties. A operação da loja é simplificada, o que evita erros de operação e perdas para o franqueado. Nós dobramos o número de lojas em um ano de crise, o que mostra que nosso modelo de negócio é consistente, o que dá uma tranquilidade para os dois lados”, explica Moura. Segundo o diretor, há planejamento de expansão para todo o País, mas o foco atual é preencher a lacuna existente em cidades próximas a Belo Horizonte como Divinópolis, Sete Lagoas, Contagem e Betim. “Belo Horizonte é conhecida como uma praça teste de modelos de negócio inovadores, então optamos em abrir as lojas na capital mineira porque sabemos que existe um capital muito exigente. Entendemos que concentrando nosso crescimento por regiões, conseguimos ficar mais fortes nas praças e inclusive dar um suporte melhor para nossos franqueados”, diz. Aceleração - Selecionada entre 600 empresas de todo o Brasil, a I Wanna Sleep vai participar do programa Scale UP Endeavor, que escolheu 15 franquias consideradas de grande potencial de crescimento no mercado. Além da aceleração, o projeto procura criar uma comunidade de empreendedores de alto impacto que podem ajudar umas as outras a se desenvolver. No contexto atual de expansão, o diretor comenta a importância da participação no Scale UP Endeavor para o crescimento e consolidação da marca. “O fato de sermos selecionados já proporciona credibilidade ao nosso modelo de negócios. Além disso, vamos receber apoio na parte de gestão por meio do conhecimento compartilhado e teremos novas oportunidades que devem abrir muitas portas”, afirma.
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AGRONEGÓCIO
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CAFÉ
Consumo no Brasil sobe 3,3% em 2017 Segundo pesquisa, expectativa é de que o patamar de crescimento seja mantido nos próximos anos MICHELLE VALVERDE
Com índice de crescimento acima do nível mundial, o Brasil vem se mantendo como o segundo maior consumidor de cafés do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Enquanto no mundo a média de consumo da bebida cresce entre 1,5% e 2% ao ano, no País, nos últimos anos, o aumento tem ficado acima de 3%. A melhoria da qualidade, a grande variedade de cafés e as formas diferenciadas de consumo são fatores que estimulam a maior demanda, o que é importante para todo o setor cafeeiro. Mesmo em período de crise econômica e elevada taxa de desemprego, o que reduz a renda das famílias, em 2017, o consumo nacional de café cresceu 3,3% e alcançou 21,99 milhões de sacas de 60 quilos. A tendência é de evolução contínua do consumo. De acordo com o relatório da pesquisa “Tendências do Mercado de Cafés”, elaborado pela Euromonitor Consulting, com patrocínio da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a expectativa é de que o consumo de café mantenha o crescimento acima de 3% nos próximos anos. Enquanto em 2017 o consumo cresceu 3,3% e alcançou 21,99 milhões de sacas de café, para 2018 a
estimativa é crescer pelo menos 3,6%. Mantendo o ritmo, a expectativa é chegar a 2021 com uma demanda interna de 25 milhões de sacas, volume muito próximo aos 25,8 milhões de sacas consumidos nos Estados Unidos. O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, destaca que mesmo com a crise econômica e o maior comprometimento da renda da população, a demanda pelo café se manteve firme nos últimos anos. Até mesmo o consumo da bebida de qualidade superior, que possui maior valor agregado, foi impulsionado. Segundo Herszkowicz, “o consumo de café tem mostrado uma resistência surpreendente frente as crises econômicas”. Ele explica que em 2016, considerado o pior ano para o setor nos últimos períodos, foi constatado um aumento de consumo em torno de 3,5%, somando 21,2 milhões de sacas. No período, a seca registrada nas principais regiões produtoras elevou substancialmente os preços do café. “A interpretação que tivemos é que, em 2016, ao mesmo tempo em que consumidor se retraía pelo desemprego e pelo menor salário, ele reduzia o con-
sumo de alguns alimentos, mas, o café não foi afetado. Continuou consumindo por várias razões. Entre elas, porque ainda é um item muito barato na composição do orçamento doméstico. Houve troca de marcas, pelas mais baratas, mas o consumo surpreendeu”, explicou. A tendência de um mercado firme, mesmo em período de crise econômica, se repetiu em 2017. “O movimento de alta se consolidou. O consumo nacional aumentou 3,6% enquanto o mundial se eleva entre 1,5 e 2% ao ano. Crescemos acima da média mundial e atingimos 21,99 milhões de sacas em 2017, é um número bastante expressivo. Nos últimos dois anos, o Brasil consumiu 1 milhão de sacas a mais que a média dos anos anteriores. É um avanço importante porque significa que temos uma produção capaz de suprir o mercado interno e gerar excedentes para a exportação”. Valor agregado - Entre os fatores que vêm impulsionando a demanda pelo café no mercado nacional está a disponibilização de produtos de qualidade e de formas diferenciadas de consumo, como as cápsulas, por exemplo. Também é atrativa a grande variedade de bebidas
SIC/DIVULGAÇÃO
Crise econômica e queda da renda não impediram avanço da demanda pelo café no País
e de regiões produtoras no País, com destaque para Minas Gerais, maior estado produtor do grão. Segundo Herszkowicz, o crescimento da demanda pelos cafés especiais tem despertado o interesse de diversas empresas, que estão investindo nesta oportunidade de mercado. Além de estar com o consumo em alta, também possui maior valor agregado. “A evolução do consumo de café de alta qualidade fez com que grandes empresas lançassem novos produtos de categoria gourmet e superior. São exemplos deste movimento o café
CENSO AGROPECUÁRIO
Pesquisa de campo entra em reta final DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
O Censo Agropecuário está na reta final e, neste mês de fevereiro, completa o quinto e último mês de coleta. Até o dia 31 de janeiro, mais de 4,3 milhões de estabelecimentos já foram visitados em todo o País, o que representa 83,3% do total estimado. A pesquisa estará em campo até 28 de fevereiro. Em Minas Gerais, o trabalho segue em ritmo acelerado e dentro do esperado, com mais de 540 mil estabelecimentos já recenseados até 31 de janeiro – 97,3% dos contabilizados no Censo Agropecuário 2006 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o coordenador técnico do Censo Agro no Estado, Humberto Silva, o foco agora é terminar a coleta dos setores censitários ainda em andamento e verificar a cobertura daqueles já concluídos, identificando potenciais estabelecimentos que ainda não foram pesquisados, “além da análise mais apurada da qualidade dos questionários”. Um contingente de mais de 2 mil contratados, entre recenseadores e supervisores, é responsável por realizar a pesquisa em Minas, percorrendo os 556.713 estabelecimentos agropecuários estimados – número que pode variar conforme a realidade encontrada em campo. Em cerca de 150 municípios mineiros o traba-
lho de coleta regular já foi encerrado. A subárea de Cataguases, na Zona da Mata, é um desses casos. Ela abrange os municípios de Astolfo Dutra, Cataguases, Dona Eusébia, Itamarati de Minas, Miraí, Santana de Cataguases e São Sebastião da Vargem Alegre; e atualmente realiza a crítica dos questionários, a fim de eliminar possíveis inconsistências. O Censo Agropecuário levanta informações sobre a área, a produção, as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, a agricultura familiar, entre outros temas. Através desse diagnóstico, é possível realizar o planejamento para atender as demandas tanto da agricultura familiar, como da empresarial, planejar a cadeia do agronegócio – como transporte, escoamento, armazenamento, processamento da produção –, além de subsidiar informações para investimentos dos setores público e privado. O andamento da coleta do Censo Agro pode ser acompanhado pelo site do IBGE. Os produtores que ainda não receberam a visita do recenseador podem agendar a aplicação da pesquisa indo pessoalmente ao posto de coleta do IBGE no município ou pelo telefone. O contato das agências do instituto também está disponível no site do IBGE. Curiosidades - Apesar de
Em Minas, Censo considera a extração de frutas como a cagaita
ser predominantemente urbana, a cidade de Belo Horizonte também está inserida no Censo Agropecuário, por conta da horticultura. Fazem parte da pesquisa a produção de hortaliças nas chamadas “fazendas urbanas” em regiões como Barreiro, Leste, Nordeste e na divisa com Sabará e Santa Luzia. Ainda em Belo Horizonte, as “fazendas urbanas” podem ser encontradas em locais inusitados. Um deles é um shopping center da capital mineira, onde o produtor montou estufas para o cultivo de hortaliças. O Censo Agropecuário também investiga a produção em comunidades específicas, como quilombolas e indígenas. Em Minas Gerais, há registro de sete aldeias indígenas e 29 territórios indígenas, concentrados nas regiões Norte e Leste
do Estado (por exemplo, no município de São João das Missões, segundo dados de terras indígenas regularizadas pela Funai). O Censo Agropecuário 2017 incluiu a identificação e individualização de novas culturas e produções agropecuárias no questionário (antes contabilizadas na categoria de outros produtos), devido ao crescimento da importância e aumento da produção desses cultivos. No caso dos produtos relevantes para Minas Gerais, em relação à extração vegetal, foram acrescidos: araticum, baru, cagaita, macaúba e umbu. Para as lavouras foram inseridos a amora e a azeitona, além da palma forrageira – produto importante na região do semiárido, utilizado como alimentação para o gado. Com informações do IBGE-MG.
Três Corações, o Café Pilão, a Coca-Cola (que ingressou no mercado do café há cerca de um ano) e a Nestlé, que concentrava a atuação no café solúvel há mais de 25 anos. São grandes empresas, com atuação mundial, investindo no ramo do café”. Com a população em busca de café de qualidade e as indústrias investindo, a tendência é que o consumo
aumente 3,6% em 2018, atingindo 23 milhões de sacas. “O consumidor está experimentando o café de alta qualidade. É um luxo a preço acessível e com muitas variedades, já que contamos com muitas regiões produtoras com características exclusivas. Tudo isso nos faz acreditar que 2018 será um ano positivo para o café”, explicou.
TRÂNSITO ANIMAL
Produtores rurais ainda podem regularizar situação junto ao IMA DA REDAÇÃO
Produtores rurais que não se recadastraram junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e que, por isso, estão impedidos de transitar com seus animais dentro e fora do estado, ainda poderão procurar o Instituto para regularizar a sua situação. Quem não se recadastrou está impossibilitado de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento oficial emitido pelo IMA e que é pré-requisito para o transporte e venda de animais em todo o território mineiro. O IMA realizou uma campanha para o recadastramento, cujo prazo terminou em 29 de dezembro de 2017. Durante a campanha cerca de 173 mil produtores efetivaram o seu recadastramento, de um total de 340 mil em todo o Estado, explica o assessor da diretoria Técnica do IMA, Bruno Rocha de Melo. “Estamos alertando aos produtores que ainda não o fizeram, para que procurem uma unidade do IMA e regularizem a sua situação, de forma que possam continuar explorando a sua atividade pecuária normalmente” pondera, ressaltando que “o recadastramento é rápido pois todo o processo é informatizado”. O diretor-geral do IMA Marcílio de Sousa Magalhães explica que o recadastramento destina-se aos criadores de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos e que para efetivá-lo os produtores deverão comparecer a uma unidade do instituto apresentando original e cópia dos documentos pessoais e de comprovante de endereço.
O dirigente argumenta que a regularização da base de dados do IMA possibilita maior assertividade nas decisões e na adoção de programas governamentais de investimentos em melhorias na prestação dos serviços de defesa sanitária e inspeção de produtos. “É um importante instrumento também para evitar fraudes envolvendo o rebanho mineiro, uma vez que pessoas inidôneas, de posse de dados de produtores, podem utilizá-los para transações fraudulentas”, diz. Magalhães cita também entre os benefícios advindos do recadastramento a supressão de custos com deslocamentos de servidores do órgão a propriedades onde os produtores não exercem mais a atividade pecuária ou onde o titular já faleceu e os familiares não comunicaram ao IMA. “Essa é uma ação que onera financeiramente os cofres públicos e é com isso que queremos acabar”, diz. O recadastramento é importante também para que o IMA possa se comunicar de forma rápida e clara com os produtores, especialmente quando já se planeja a retirada da vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa, a partir de 2021, no caso de ocorrências negativas. Portal do produtor – Um benefício adicional é o fornecimento ao criador, no ato do recadastramento, de uma senha para acesso gratuito ao Portal de Serviços do Produtor Rural, disponível no site do IMA – www.ima. mg.gov.br. Com informações do IMA.
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
MERCADO
Ibovespa reage e tem alta de 2,48% Índice se recuperou do susto com a queda histórica em Wall Street na véspera São Paulo – Um dia após o susto com a queda vertiginosa dos mercados em Wall Street, os investidores da bolsa brasileira abriram a sessão de negócios de ontem ressabiados, com ênfase na ponta vendedora. O giro financeiro chegou a R$ 16,9 bilhões, espelhando o movimento na primeira etapa do dia. Ao longo do pregão, o Ibovespa se firmou na trajetória de alta, voltando a testar o patamar dos 84 mil pontos, enquanto seu principal par, o Dow Jones, apontava volatilidade. O índice à vista encerrou com ganho de 2,48%, aos 83.894,03 pontos. “Hoje parece que foi o rabo que abanou o cachorro”, disse o economista-chefe da Nova Futura CTVM, Pedro Paulo Silveira, para quem o mercado acionário aqui está antecipando a posição de fora, que tende a se recuperar. “Nós temos condições de mostrar performance boa porque os fundamentos e perspectivas econômicas são bons.” Quase no final do pregão, o Ibovespa acelerou em duas oportunidades: chegou a 83.577,00 pontos, em alta de 2,10%, em meio a declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que está mantida a votação da reforma da Previdência no dia 20 de fevereiro. Depois, aos 84.010,98 pontos (+2,81%) quando o Dow Jones engrenou na valorização. Muito embora a maioria dos agentes de mercado não acredite ou diga que nem
ALISSON J. SILVA
conta mais com a aprovação da reforma da Previdência neste mês, a mobilização e as declarações dos parlamentares por esses dias deixam dúvidas sobre se há alguma possibilidade. “O mercado está fazendo essa alta sem considerar a reforma”, disse Silveira. “Mas, se vier a reforma, a bolsa sobe mais”, complementou um operador de renda variável. Câmbio - Depois de ter subido mais de 2,5% nas duas sessões anteriores, o dólar à vista encontrou espaço para uma pequena correção e terminou ontem em leve baixa. O nervosismo que tomou conta dos mercados globais na véspera perdeu parte da força e favoreceu a recuperação das moedas emergentes, incluindo o real. Internamente, contribuiu o leilão de US$ 475 milhões em contratos de swap cambial, em operação de rolagem anunciada pelo Banco Central pela manhã. A reforma da Previdência ficou em segundo plano. A volatilidade ainda se fez presente nos negócios, principalmente no período da manhã, evidenciando o forte sentimento de incerteza quanto aos efeitos de um possível superaquecimento da economia dos Estados Unidos. O dólar abriu em alta e alternou sinais positivos e negativos até o período da tarde, quando firmou-se em leve baixa. No fechamento, a divisa foi cotada a R$ 3,2428, com recuo de 0,23%. Na máxima intraday, atingiu R$ 3,2787
Divisa norte-americana recuou 0,23% na sessão de ontem, após acumular alta de 2,5%
(+0,87%). Na mínima, foi cotada a R$ 3,2376 (-0,39%). Profissionais do mercado observaram ingresso de recursos externos ao Brasil, boa parte direcionado ao mercado de ações. O Índice Bovespa, que chegou a cair no início do dia, inverteu o sinal no início da tarde e consolidou expressiva alta até o encerramento do pregão. Já as bolsas de Nova York tiveram intensa volatilidade, conservando a cautela do investidor.
“Aparentemente o mercado se ajustou ao movimento de segunda-feira, favorecido pela melhora das bolsas americanas e o leilão de swap, que mostrou um Banco Central preocupado com a tensão”, disse o operador da corretora Multimoney, Durval Corrêa. Mas o profissional pondera que ainda há diversas dúvidas quanto ao caminho que os mercados americanos tomarão, o que mantém o clima de incerteza no ar. “Hoje foi um dia
de correção, levando em conta que câmbio e bolsa foram bastante castigados”, afirmou No mercado futuro, o dólar para liquidação em março fechou cotado a R$ 3,2435, em baixa de 0,86%. Os negócios do futuro foram robustos e somaram US$ 29 bilhões, ante US$ 20 bilhões na véspera. No câmbio à vista, o volume de negócios somou US$ 1,423 bilhão, segundo dados da B3. (AE)
APLICAÇÕES
Itaú lidera segmento de renda fixa no País São Paulo - A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) confirmou que o Itaú BBA liderou os rankings de originação e distribuição - emissões e colocação de papéis no mercado - de renda fixa e variável em 2017. No caso de renda fixa, os volumes totais de originação e de distribuição do Itaú BBA foram de R$ 35 bilhões e de R$ 24,9 bilhões, com crescimento de 123% e 210%, respectivamente, na comparação com 2016. Na renda variável, o Itaú BBA registrou volume de R$ 6,6 bilhões, alta de 319% ante 2016. Em segundo lugar ficou o Bradesco BBI, com o volume de originação de R$ 31,7 bilhões e de distribuição de R$ 18,7 bilhões em renda fixa, registrando altas de 46% e 85% em relação ao último ano. Na renda variável, o banco também ocupou a segunda posição, com R$ 5 bilhões (+317%). O Santander aparece na terceira posição na renda fixa, com R$ 16,9 bilhões de originação e R$ 11,6 bilhões de distribuição a mercado. O banco cresceu 88% e 265%, respectivamente. No caso da renda variável, o JPMorgan, que não participou do ranking em 2016, ficou em terceiro lugar em 2017, com R$ 4,4 bilhões.
Entre os dez maiores coordenadores de renda fixa, a XP foi a que mais cresceu, na comparação a 2016: passou de R$ 1,9 bilhão para R$ 7 bilhões, um aumento de 268%. Além disso, também foi o coordenador que mais subiu posições no ranking, saindo do 10º lugar para o quinto. Com relação aos dez maiores distribuidores, o ABC Brasil foi o destaque, com alta de 1.918%: a distribuição foi de R$ 90,4 milhões, em 2016, para R$ 1,8 bilhão, em 2017. Esse movimento fez com que a
empresa subisse nove posi- o segundo lugar em 2017, ções no ranking, passando do com alta de 96.122% e vo19º para o 10º lugar. lume de R$ 210,3 milhões. A corretora do Itaú ocupa a Renda variável - Somadas terceira posição, com 1.805% todas as instituições, o vo- de crescimento e volume de lume total de operações em R$ 169,4 milhões. O volume renda variável teve aumento total das operações nesse de 283%, de R$ 9,6 bilhões segmento foi de R$ 2,0 bilhões, aumento de 400% em para R$ 36,8 bilhões. Já nas ofertas para o relação a 2016. segmento do varejo, a XP Investimentos manteve a Mercado externo - No liderança de 2016, com vo- ranking de Mercado Exterlume de R$ 1,1 bilhão, um no da Anbima, o Itaú BBA aumento de 270%. O BB conquistou a liderança pela Banco de Investimento, que primeira vez nos últimos dez ocupou a 23ª posição no anos, com volume de US$ ano anterior, subiu para 20,6 bilhões, marcando um
aumento de 677% em relação a 2016, quando ocupava a oitava posição, com US$ 2,7 bilhões. O Citigroup, que estava em nono lugar, subiu 637% e agora é o segundo colocado, com US$ 15,9 bilhões. A empresa é seguida pelo Bradesco BBI, com US$ 15,5 bilhões - o banco veio do quinto lugar, com crescimento de 133% na comparação com o ano retrasado. Outro destaque foi a entrada do CreditAgricole entre os dez maiores coordenadores, já que a instituição não participou do ranking em 2016. (AE)
Poupança fecha janeiro com saldo negativo Brasília - A caderneta de poupança fechou o mês de janeiro com saque líquido de R$ 5,201 bilhões. O valor reflete o montante de recursos que os poupadores sacaram da caderneta, já descontados os depósitos no período. Este foi o primeiro mês de retiradas líquidas após dois meses consecutivos de depósitos. Apesar de negativo, o resultado para a poupança foi o melhor para meses de janeiro desde 2015, quando houve saques líquidos de R$ 5,529 bilhões no primeiro mês do ano. Em janeiro do ano passado, houve saques líquidos de R$ 10,735 bilhões e, em dezembro de 2017, depósitos líquidos de R$ 19,373 bilhões. Os últimos dias úteis de janeiro
foram importantes para amenizar o resultado negativo. Apenas em 30 e 31 de janeiro, R$ 3,650 bilhões líquidos foram depositados na poupança. No entanto, janeiro é, tradicionalmente, um mês em que há tendência maior, entre as famílias, de saques na poupança. Isso porque os brasileiros arcam com despesas de início de ano, como o pagamento do IPTU em várias cidades e do IPVA, além das mensalidades escolares. De acordo com o BC, o total de saques na poupança em janeiro de 2018 foi de R$ 191,718 bilhões, enquanto os depósitos somaram R$ 186,516 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 722,364 bilhões, já considerando
os rendimentos de R$ 2,961 bilhões de janeiro. Em 2017, a poupança registrou depósitos líquidos de R$ 14,775 bilhões. Nos anos de recessão, em 2015 e 2016, houve saques líquidos de R$ 50,149 bilhões e R$ 31,223 bilhões, respectivamente. Como a Selic está atualmente em 7% ao ano, a remuneração da caderneta é formada pela TR mais 70% da Selic (a taxa básica de juros). Na noite de hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia o novo patamar da Selic, sendo que a expectativa é de que a taxa caia a 6,75% ao ano. Na prática, isso significa que a remuneração da poupança também vai diminuir. (AE)
Especialistas não recomendam a venda de ações São Paulo - Manter a cabeça fria foi o mantra dos analistas aos investidores ontem, após a forte queda dos índices americanos e a desvalorização da bolsa brasileira registradas na última segunda-feira. Para quem já tem ações, a recomendação é aguardar, diante de uma instabilidade não só nos mercados acionários, mas também no câmbio e em commodities, diz o economista-chefe do home broker Modalmais, Alvaro Bandeira. “Quem está dentro não deve sair, se tiver boas opções de investimentos”, destaca. O quadro geral, ele afirma, é de recuperação econômica global e das empresas, mas isso não exclui uma volatilidade até que os mercados encontrem novo ponto de equilíbrio. No último pregão, o Dow Jones, índice das ações mais negociadas nos Estados Unidos, fechou com baixa de 4,6%. O Ibovespa, dos papéis com maior liquidez na bolsa brasileira, caiu 2,59% na segunda-feira e operava em baixa de 0,28% na manhã de ontem. “Viemos de recorde atrás de recorde em praticamente todos os mercados, e esse agora é um momento de arrumação. Não dá para quem tem ações sair vendendo depois da queda de ontem (segunda-feira) e, com isso, achar que vai conseguir pegar mais embaixo ainda. Pode até dar certo, mas é um risco”, afirma Bandeira. O analista-chefe da Walpires , Fabrício Stagliano, também recomenda a manutenção do investidor no mercado acionário, já que vê tendência de alta no longo e até médio prazo (cerca de um ano). “O que pode ser feito é alguma correção na carteira e até proteção de capital, como uma exposição a ações relacionadas ao dólar”, orienta. Tendência - No curto prazo, no entanto, Stagliano diz que a tendência é de baixa, e a Bolsa brasileira pode retornar aos 79 mil pontos. Em 26 de janeiro, o índice atingiu os 85 mil pontos pela primeira vez na história. “Não chega a ser uma correção preocupante, está dentro do normal para um mercado que subiu bastante. Mas, se o objetivo do investidor for de mais curto prazo, pode ser melhor ficar de fora”, aconselha. Com cuidado, porém, o momento pode ser de ir entrando aos poucos no universo das ações. “Para quem não tem nada, pode ser uma oportunidade de ir começando a montar uma carteira, mas com bastante cautela, porque o cenário é incerto”, explica o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila. “A compra deve ser progressiva. Se cair um pouco mais, compra, se recuar mais, compra de novo. Isso considerando, claro, boas ações, de empresas com governança e boa política de dividendos”, completa Bandeira. (FP)
FINANÇAS BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores Econômicos Inflação
Dólar
TR/Poupança
06/02/2018
05/02/2018
02/02/2018
Índices
Fev.
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Set.
Out.
Nov.
Dez.
COMERCIAL
COMPRA
R$ 3,2423
R$ 3,2498
R$ 3,2159
IGP-M (FGV)
0,08%
0,01%
-1,10%
-0,93%
-0,67%
-0,72%
0,10%
0,47%
0,20%
0,52%
0,89%
0,76%
VENDA
R$ 3,2428
R$ 3,2503
R$ 3,2164
IPC-Fipe
0,08%
0,14%
0,61%
-0,05%
0,05%
-0,01%
0,10%
0,02%
0,32%
0.29%
0,55%
0,46%
2,74%
2,74%
PTAX (BC)
COMPRA
R$ 3,2607
R$ 3,2349
R$ 3,2054
IGP-DI (FGV)
0,06%
-0,38%
-0,38%
-0,51%
-0,96%
-0,30%
0,24%
0,62%
0,10%
0,80%
0,74%
0,58
-0,28%
-0,28%
Jan. No ano -0,41%
12 meses -0,41%
VENDA
R$ 3,2613
R$ 3,2355
R$ 3,2060
INPC-IBGE
0,24%
0,32%
0,08%
0,36%
-0,30%
0,17%
-0,02%
-0,02%
0,37%
0,18%
0,26%
-
2,07%
2,07%
TURISMO
COMPRA
R$ 3,2430
R$ 3,2500
R$ 3,2200
IPCA-IBGE
0,33%
0,25%
0,14%
0,31%
-0,23%
0,24%
0,19%
0,16%
0,42%
0,28%
0,44%
-
2,95%
2,95%
VENDA
R$ 3,3830
R$ 3,3870
R$ 3,3530
PARALELO
COMPRA
R$ 3,3100
R$ 3,3200
R$ 3,2900
VENDA
R$ 3,4100
R$ 3,4200
R$ 3,3900
Fonte: AE
06/02 CDB Pré 30 dias
6,66% - a.a.
Capital de Giro
9,96% - a.a.
Hot Money
1,13% - a.m.
CDI
6,89% - a.a.
Over
6,90% - a.a.
Fonte: AE
Ouro Nova Iorque (onça-troy)
06/02/2018
05/02/2018
02/02/2018
US$ 1.329,00
US$ 1.337,30
US$ 1.337,30
R$ 136,00
R$ 138,00
R$ 137,50
BM&F-SP (g) Fonte: AE
Taxas Selic Tributos Federais (%) 0,79 0,93 0,81 0,80 0,80 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Meta da Taxa a.a. (%) 11,25 10,25 9,25 9,25 8,25 7,25 7,00 7,00 7,00 -
Reservas Internacionais 05/02 .......................................................................... US$ 382.600 milhões Fonte: BC
Imposto de Renda Base de Cálculo (R$) Até 1.903,98
Alíquota
Parcela a
(%)
deduzir (R$)
Isento
Isento
De 1.903,99 até 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 até 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 até 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
Deduções: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciária. d) Pensão alimentícia. Obs:
ICV-DIEESE
0,14%
0,01%
-0,18%
0,37%
-0,31%
0,13%
-0,01%
0,20%
0,88%
0,15%
0,28%
-
2,44%
2,44%
IPCA-IPEAD
0,43%
0,09%
-0,46%
0,49%
-0,07%
0,70%
0,13%
0,27%
0,29%
0.13%
0,60%
-
3,94%
3,94%
Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00
Jan. 954,00 23,54 3,2514 6,75
Salário/CUB/UPC/Ufemg/TJLP
Custo do dinheiro
Para calcular o valor a pagar, aplique a alíquota e, em seguida, a parcela a deduzir.
Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendário 2015
Fev. Salário 937,00 CUB-MG* (%) 0,41 UPC (R$) 23,40 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,50 *Fonte: Sinduscon-MG
18
Março 937,00 0,05 23,40 3,2514 7,50
Abril 937,00 0,03 23,48 3,2514 7,00
Maio 937,00 -0,03 23,48 3,2514 7,00
Junho 937,00 0,15 23,48 3,2514 7,00
Taxas de câmbio MOEDA BOLIVAR/VEN BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central
CÓDIGO 26 30 35 40 55 60 65 70 75 90 95 105 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 215 220 345 425 450 470 535 540 560 575 640 642 660 670 715 720 725 730 735 741 745 770 785 795 796 800 805 810 815 820 828 830 860 865 870 880 930 975 978
Julho 937,00 0,01 23,51 3,2514 7,00
Agosto 937,00 0,03 23,51 3,2514 7,00
Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00
Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00
Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00
VENDA 0,3269 0,4761 0,7308 0,005739 0,5406 0,03223 0,416 0,4085 0,1596 0,0686 0,02877 8,6553 0,002755 4,6064 0,03394 0,888 2,5679 3,2613 3,2613 2,6049 0,01583 3,9772 2,4688 0,4171 1,2124 3,2613 0,01296 3,4765 0,0005836 0,02981 0,1851 4,5267 0,002166 0,006333 0,1113 0,8644 1,0085 0,009292 0,005438 0,001149 3,2613 0,06687 0,06332 0,1743 0,1145 0,4436 0,2715 0,5191 0,5185 0,896 8,4709 0,01305 0,0000883 0,8697 0,8333 0,05718 0,05074 0,0002407 0,2115 0,9364 0,003008 0,9666 4,0235
TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso Salário de contribuição Alíquota (R$) (%) Até 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 até 5.645,80 11,00 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIO E FACULTATIVO Salário base (R$) Alíquota % Contribuição (R$) Até 954,00 (valor. Mínimo) 11 104,94 De 954,00 até 5.645,80 20 190,80 até 1.129,16 COTAS DE SALÁRIO FAMÍLIA Até Acima de
Remuneração R$ 877,67 R$ 877,68 a R$ 1.319,18
Valor unitário da quota R$ 45,00 R$ 31,71
Fonte: Ministério do Trabalho e da Previdência Social - Vigência: Janeiro/2018
FGTS Índices de rendimento Competência Julho Setembro
Crédito Setembro Outubro
Seguros
3% 0,2976 0,2466
6% 0,5379 0,4867
TBF
20/01
0,01311735
2,92780872
21/01
0,01311735
2,92780872
22/01
0,01311735
2,92780872
23/01
0,01311746
2,92783334
24/01
0,01311754
2,92784997
25/01
0,01311754
2,92784997
26/01
0,01311754
2,92784997
27/01
0,01311761
2,92786621
28/01
0,01311761
2,92786621
29/01
0,01311761
2,92786621
30/01
0,01311772
2,92789162
31/01
0,01311772
2,92789162
01/02
0,01311772
2,92789162
02/02
0,01311772
2,92789162
03/02
0,01311775
2,92789695
04/02
0,01311775
2,92789695
05/02
0,01311775
2,92789695
06/02
0,01311780
2,92790999
07/02 0,01311780 Fonte: Fenaseg
2,92790999
22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 28/02 30/01 a 28/02 31/01 a 28/02 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03 Fonte: AE
0,5246 0,5086 0,5108 0,4597 0,4405 0,4432 0,4666 0,4930 0,4714 0,4719 0,4302 0,4370 0,4355 0,4355 0,4355
Aluguéis
Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Dezembro IGP-DI (FGV) Janeiro IGP-M (FGV) Janeiro
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994
FGTS - Depósito, em conta bancária vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes à remuneração paga ou devida em janeiro/2018 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar o depósito. GFIP/Sefip (aplicativo Conectividade Social - meio eletrônico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, ao Ministério do Trabalho (MTb), da relação de admissões e desligamentos de empregados ocorridos em janeiro/2018. Nota: Para fins de seguro-desemprego, as informações no Caged relativas a admissões deverão ser prestadas na data de início das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do seguro-desemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou então, no prazo estipulado em notificação para comprovação do registro do empregado lavrada em ação fiscal por Auditor-Fiscal do Trabalho. Estas informações dispensarão o envio do Caged até o dia 7 do mês subsequente relativamente às admissões informadas (Portaria MTE nº 1.129/2014). Caged (meio eletrônico) Simples Doméstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em janeiro/2018, da contribuição previdenciária a cargo do empregador doméstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depósito destinado ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recíproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. Não havendo expediente bancário, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de Arrecadação eSocial - DAE (2 vias) Salário de Janeiro/2018 – Domésticos - Pagamento dos salários mensais dos empregados domésticos (Lei Complementar nº 150/2015, art. 35). Nota: O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. Caso o dia 7 seja declarado feriado, ou, em caso de pagamento via instituições financeiras, não haja expediente bancário neste dia, o pagamento deverá ser antecipado. Recibo Dia 9
1,0295 0,9982 0,9959
20/01 a 20/02 21/01 a 21/02 22/01 a 22/02 23/01 a 23/02 24/01 a 24/02 25/01 a 25/02 26/01 a 26/02 27/01 a 27/02 28/01 a 28/02 29/01 a 28/02 30/01 a 28/02 31/01 a 28/02 01/02 a 01/03 02/02 a 02/03 03/02 a 03/03 04/02 a 04/03 05/02 a 05/03
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994 0,3994
Agenda Federal Dia 7
Contribuição ao INSS COMPRA 0,3261 0,4658 0,7291 0,005639 0,5405 0,03214 0,4158 0,4083 0,1595 0,06582 0,02857 8,6445 0,002749 4,5861 0,03392 0,8876 2,5668 3,2607 3,2607 2,6042 0,01564 3,9286 2,4667 0,417 1,1988 3,2607 0,01295 3,4751 0,0005817 0,02979 0,184 4,5249 0,002159 0,006324 0,1112 0,8627 1,0063 0,009211 0,005434 0,001148 3,2607 0,06638 0,06328 0,1741 0,1143 0,4433 0,2711 0,5186 0,5183 0,8953 8,4694 0,01303 0,0000883 0,8694 0,8326 0,05715 0,05073 0,0002406 0,2104 0,9357 0,003002 0,9656 4,0224
02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 15/01 a 15/02 16/01 a 16/02 17/01 a 17/02 18/01 a 18/02 19/01 a 19/02
Comprovante de Juros sobre o Capital Próprio – PJ - Fornecimento, à beneficiária pessoa jurídica, do Comprovante de Pagamento ou Crédito de Juros sobre o Capital Próprio no
mês de janeiro/2018 (art. 2º, II, da Instrução Normativa SRF nº 41/1998). Formulário IPI - Pagamento do IPI apurado no mês de janeiro/2018 incidente sobre produtos classificados no código 2402.20.00 da Tipi (cigarros que contenham tabaco) - Cód. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados, da cópia da Guia da Previdência Social (GPS) relativa à competência janeiro/2018. Havendo recolhimento de contribuições em mais de uma GPS, encaminhar cópias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverá antecipar o envio da guia. GPS (cópia) Dia 15 Cide - Pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico cujos fatos geradores ocorreram no mês de janeiro/2018 (art. 2º, § 5º, da Lei nº 10.168/2000; art. 6º da Lei nº 10.336/2001): Incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração previstos nos respectivos contratos relativos a fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso de marcas e cessão e licença de exploração de patentes - Cód. Darf 8741. Incidente na comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível (Cide-Combustíveis) - Cód. Darf 9331. Darf Comum (2 vias) Cofins/PIS-Pasep - Retenção na Fonte – Autopeças - Recolhimento da Cofins e do PIS-Pasep retidos na fonte sobre remunerações pagas por pessoas jurídicas referentes à aquisição de autopeças (art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.485/2002, com a nova redação dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005), no período de 16 a 31.01.2018. Darf Comum (2 vias) Previdência Social (INSS) - Contribuinte individual, facultativo e segurado especial optante pelo recolhimento como contribuinte individual. Recolhimento das contribuições previdenciárias relativas à competência janeiro/2018 devidas pelos contribuintes individuais, pelo facultativo e pelo segurado especial que tenha optado pelo recolhimento na condição de contribuinte individual. Não havendo expediente bancário, permite-se prorrogar o recolhimento para o dia útil imediatamente posterior. GPS (2 vias)
EDITAIS DE CASAMENTO QUARTO SUBDISTRITO QUARTO SUBDISTRITO DE BELO HORIZONTE - AV. AMAZONAS, 4.666 - NOVA SUÍÇA - BELO HORIZONTE – MG - 31-3332-6847
Faz saber que pretendem casar-se: SIDNEY LOPES BATISTA, divorciado, bombeiro, nascido em 30/04/1986 em Piranga, MG, residente a Rua Fernando Candido De Souza, 83 4, Estrela Do Oriente, Belo Horizonte, filho de JOAO BATISTA e MARIA DE LURDES LOPES BATISTA Com RENATA FERREIRA BANDEIRA, divorciada, auxiliar de loja, nascida em 18/09/1989 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Fernando Candido De Souza, 83 4, Estrela Do Oriente, Belo Horizonte, filha de NEILTON SOARES BANDEIRA e IRACILA FERREIRA BANDEIRA. GILSON DA SILVA ALMEIDA, solteiro, montador, nascido em 09/05/1991 em Osasco, SP, residente a Rua Pai Joaquim, 225, Cabana, Belo Horizonte, filho de JOENILDO DOS SANTOS ALMEIDA e CREUSA PEREIRA DA SILVA SANTOS Com CARLA ALINE PEREIRA, solteira, do lar, nascida em 05/02/1987 em Ibirite, MG, residente a Rua Pai Joaquim, 225, Cabana, Belo Horizonte, filha de NORBERTO PEREIRA e IVONE LUCIA BERNARDES PEREIRA.
MICHAEL PINHEIRO FERREIRA, solteiro, líder de segurança, nascido em 31/03/1994 em Araçuaí, MG, residente a Rua Antonio Campos, 14, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de MURILO FERREIRA FILHO e CLEMENCIA SANTOS PINHEIRO FERREIRA Com IASMIN JARDIM FRANCA MEDEIROS, solteira, auxiliar admistrativo, nascida em 08/05/1996 em Vitoria Da Conquista, BA, residente a Rua Antonio Campos, 14, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de CLOVIS MEDEIROS DOS SANTOS SOBRINHO e ELIZABETH JARDIM FRANCA. ALEXANDRE CONRADO CORREA, divorciado, administrador, nascido em 23/12/1976 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Jandiatuba, 100 301, Buritis, Belo Horizonte, filho de WILSON EUSTAQUIO CORREA e VANIA LUCIA CONRADO CORREA Com THALITA VILABOIM SANTOS, divorciada, fisioterapeuta, nascida em 01/04/1988 em Buritizeiro, MG, residente a Rua Jandiatuba, 100 301, Buritis, Belo Horizonte, filha de VALDOMIRO JOSE DOS SANTOS e LUCIA AURORA BARBOSA VILABOIM. JOSE CARLOS ALVES DOS SANTOS, divorciado, garçom, nascido em 22/12/1964 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua 07 De Setembro, 45, Cabana, Belo Horizonte, filho de RAIMUNDO ALVES DOS SANTOS e MARIA MADALENA DOS SANTOS Com DEBORA CRISTINA SANTOS, solteira, gerente comercial, nascida em 24/11/1985 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua 07 De Setembro, 45, Cabana, Belo Horizonte, filha de JOSE ESIO QUARESMA DOS SANTOS e SARAH DAMARES SANTOS.
ADRIANO DE OLIVEIRA MORAES, solteiro, consultor, nascido em 26/03/1980 em Belo Horizonte, MG, residente a Av. Mario Werneck, 3086 802, Buritis, Belo Horizonte, filho de ONOFRE ISRAEL DE OLIVEIRA MORAES e KATIA SOARES DE OLIVEIRA MORAES Com GABRIELLE RECERI FERREIRA, solteira, supervisora comercial, nascida em 09/09/1987 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dias De Carvalho, 86, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de JOSEMAR CESAR FERREIRA e HEIDE CRISTINA RECIERI FERREIRA. ROMULO FARIA, solteiro, policial, nascido em 06/11/1975 em Santo Antonio Do Amparo, MG, residente a Rua Lagoa Da Prata, 1106 301, Salgado Filho, Belo Horizonte, filho de GLADSTONE GONTIJO DE FARIA e ANTONIA CANDIDA DA SILVA FARIA Com ELISANGELA SILVA, divorciada, estudante, nascida em 26/01/1982 em Bom Sucesso, MG, residente a Rua Lagoa Da Prata, 1106 301, Salgado Filho, Belo Horizonte, filha de QUINTILHIANO DONISETE DA SILVA e HELINA AVELAR SILVA. ALESSANDRO MAGNO DA SILVA GONÇALVES, solteiro, vigilante, nascido em 18/03/1978 em Contagem, MG, residente a Rua João Pires, 447, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filho de ANTONIO PEREIRA GONÇALVES e JOANA DA SILVA PIRES
Com JOANA DA SILVA PIRES, solteira, operadora de caixa, nascida em 14/11/1981 em Caratinga, MG, residente a Rua João Pires, 447, Nova Gameleira, Belo Horizonte, filha de FAUSTINO DA SILVA PIRES e VALDEVINA MARIA PIRES. ANDRE ARLINDO COSTA PORTES, solteiro, analista de sistemas, nascido em 18/07/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Deputado Sebastião Nascimento, 480, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filho de EDUARDO FRANCISCO PORTES e CARMEM DA APARECIDA COSTA PORTES Com CAMILA DE SENA GUIMARAES, solteira, engenheira, nascida em 20/09/1990 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Deputado Sebastião Nascimento, 480, Estrela Dalva, Belo Horizonte, filha de NELY DE ABREU GUIMARAES e MARIA GLORINHA DE SENA GUIMARAES. GASPARINO PINTO JUNIOR, solteiro, auxiliar administrativo, nascido em 17/04/1998 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Dona Tina, 180, Palmeiras, Belo Horizonte, filho de GASPARINO PINTO e ANGELA MARIA LOURES Com HILLARY ROMANA FERREIRA BARCELOS, solteira, assistente administrativo, nascida em 03/01/2000 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Coronel Bernardino, 33, Palmeiras, Belo Horizonte, filha de RICARDO LUIZ DE BARCELOS e ADRYANA DO DIVINO FERREIRA BARCELOS.
FELIPE BATISTA AGUIAR FASANO, solteiro, estudante, nascido em 12/02/1987 em São Paulo, SP, residente a Rua Capitão Faria, 166, Betania, Belo Horizonte, filho de MARCELO AGUIAR FASANO e MONICA BATISTA AGUIAR FASANO Com MARIANA DE REZENDE MORAIS COSTA, solteira, administradora, nascida em 29/11/1991 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Capitão Faria, 166, Betania, Belo Horizonte, filha de RENATO DE SOUZA COSTA e MARIA DAS GRACAS REZENDE MORAIS COSTA. JENISON MEIRA DE OLIVEIRA, solteiro, apoio de estoque, nascido em 01/11/1986 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Barroquinha, 28, Cabana, Belo Horizonte, filho de ADILSON DE OLIVEIRA e JANETE BEATRIZ DE OLIVEIRA Com KARLA NADILA CORDEIRO DOS SANTOS, solteira, assistente de controladoria, nascida em 07/08/1992 em Belo Horizonte, MG, residente a Rua Barroquinha, 28, Cabana, Belo Horizonte, filha de EDVALDO JOSE DOS SANTOS e CLAUDIA LUCIANA CORDEIRO DOS SANTOS. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art. 1525 do Código Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da lei. Belo Horizonte, 06/02/2018. Alexandrina De Albuquerque Rezende Oficial do Registro Civil. 12 editais.
FALÊNCIAS E CONCORDATAS PRIMEIRA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 05/02/2018 01585 - Número TJMG: 002498042661-3 Numeração única: 0426613.54.1998.8.13.0024 Autor: Casa do Rádio Ltda; Réu: Casa do Rádio Ltda 1. Os autos me vieram conclusos em razão do pedido de fl. 11268/11271. Pugna o requerente que seja autorizado o registro da carta de arrematação expedida em seu favor, ainda que perdurem as demais restrições sobre o imóvel. Requer ainda a expedição de ofícios ao juízo da 24ª Vara Federal para baixa das restrições referentes aos processos listados na matrícula do imóvel.2. Considerando que a existência de restrições na matrícula do imóvel não impedem o registro da carta de arrematação e as previsões do art. 711 do Provimento 260/CGJ/2013 e art. 16 do Provimento 39/2014 do CNIB, defiro o pedido de fl. 11268/11271 e determino a expedição de ofício ao 4º Ofício do Registro de Imóveis de Belo Horizonte para que efetue o registro da carta de arrematação expedida em favor de MW Empreendimentos
Imobiliários Ltda. na matrícula do imóvel 64.507, cabendo a parte interessada recolhê-lo em secretaria para cumprimento da diligência e arcar com as custas e emolumentos devidos ao cartório.3. Expeça-s. . 01586 - Número TJMG: 002495045408-2 Numeração única: 0454082.80.1995.8.13.0024 Autor: Coscarelli Construções e Restaurações Ltda; Réu: Coscarelli Construções e Restaurações Ltda Intime-se o advogado, inscrito na OAB sob número 037634MG, Dr(a). ANGELA GOMES JELIHOVSCHI para devolução dos autos à Secretaria no prazo de 3 dias, sob pena de busca e apreensão, de perder o direito à vista fora da secretaria e incorrer em multa correspondente à metade do salário-mínimo. **averbado** SEGUNDA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS, FALÊNCIAS E CONCORDATAS. EXPEDIENTE DE 05/02/2018 01668 - Número TJMG: 002496066270-8 Numeração única: 0662708.70.1996.8.13.0024 Autor: Cimento Caue S/A; Réu: Cimentus
Distribuidora Ltda Fica a administradora judicial intimada para dar prosseguimento ao feito.
01669 - 2546001.52.2014.8.13.0024 Autor: Unihosp - Assistencia Medico-Hospitalar Ltda - em Liquidaca; Réu: Massa Falida de Unihosp - Assistencia Medico-Hospitalar Ltda 1- O pedido de substituição do Administrador Judicial, pessoa física, pela pessoa jurídica da qual faz parte encontra respaldo no art. 21, Parágrafo único, da Lei nº 11.101/2005, razão porque defiro o pedido da Administradora, nomeando a sociedade FERREIRA MORAIS SOCIEDADE DE ADVOGADOS, inscrita no CNPJ sob nº 19.784.385/0001-35 como Administradora da Massa Falida de UNIHOSPASSISTÊNCIA MÉDICO HOSPITALAR LTDA., tendo como profissional responsável pela condução do processo de falência a Dra. Juliana Ferreira Morais, OAB/ MG 77.854 que já havia sido nomeada antes para a função e não poderá ser substituída sem autorização deste Juízo, devendo ser re-ratificado o termo de compromisso de que trata o art. 33, da Lei nº 11.101/2005.
2- Publique-se a relação de credores apresentada pela Administradora Judicial. 3- Em relação ao pedido de pesquisa de bens imóveis em nome da sociedade falida, por meio do sistema SREI- CRI/MG, cumpre registrar que, ao entrar em conta com a gerência do sistema,ob- tive a informação de que o procedimento ainda está em teste, e não foi liberado para acesso aos servidores do TJMG, sem taxas. Portanto, não há como realizar a pesquisa, nos moldes requeridos. Ademais, verifica-se que todos os cartórios de imóveis desta capital já foram oficiados para informarem sobre a existência de bens de propriedade da empresa falida, anotando-se indisponibilidade (fls. 290/296). 4- Neste ensejo, considerando que a ordem de indisponibilidade sobre os imóveis já foi realizada por meio de ofício, não há que se falar em utilização do sistema CNIB, sob pena de duplicidade de ordens judiciais. 5- Expeça-se ofício à Receita Federal para que remeta a este Juízo cópia de todas as informações de transações mobiliárias realizadas pela falida. 6- Para fixação dos honorários da
Administradora Judicial, necessário que este Juízo tenha conhecimento do ativo arrecadado. Assim, fica a Administradora Judicial intimada para prestar esta informação. 7- Por fim, defiro o pedido para dispensa da realização de perícia contábil nos livros obrigatórios da sociedade falida, uma vez que os documentos apresentados já foram periciados pela ANS, no âmbito da liquidação extrajudicial. 01670 - Número TJMG: 002402751820-8 Numeração única: 7518208.73.2002.8.13.0024 Autor: Sms Tecnologia Eletronica Ltda; Réu: Computech Sjm Informática Ltda Expeça-se alvará para que a Administradora Judicial possa efetuar a prestação de contas, conforme requerido à fl. 874. 01671 - Número TJMG: 002402810108-7 Numeração única: 8101087.80.2002.8.13.0024 Autor: Haroldo Bicalho e Silva; Réu: Diesel Minas Ltda Intime-se o i.perito nomeado, por e-mail ou por carta AR no seu endereço, para apresentação do laudo pericial, sob pena de destituição.
BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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LEGISLAÇÃO BENEFÍCIOS
Idosos sacaram R$ 1,3 bilhão em dez dias Cotas do PIS/Pasep foram pagas pela Caixa e pelo BB para 1 milhão de pessoas com mais de 60 anos Brasília - De 22 a 31 de janeiro, cerca de 1 milhão de pessoas com mais de 60 anos sacaram as cotas dos fundos do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/ Pasep), informou o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. As retiradas totalizaram R$ 1,3 bilhão no período. Os benefícios foram pagos a maiores de 60 anos que trabalharam com carteira assinada antes da Constituição de 1988, cadastrados no PIS/Pasep entre 1971 e 4 de outubro de 1988. Aqueles que têm conta corrente ou poupança individual na Caixa Econômica Federal (CEF) ou no Banco do Brasil (BB) receberam no dia 22 de janeiro. Os demais trabalhadores, que não são correntistas dos dois bancos públicos, foram autorizados a fazer os saques no último dia 24. Para mulheres com 62 anos ou mais e homens com 65 anos ou mais, o dinheiro já havia sido liberado no dia 8 de janeiro. A previsão é que 4,5 milhões pessoas tenham direito a um total de R$ 7,8 bilhões referentes a essas cotas, sen-
do 2,7 milhões de pessoas cotistas do PIS e 1,8 milhão, do Pasep. Os pagamentos foram estipulados pela Medida Provisória (MP) 813/2017, editada pelo governo no fim do ano passado, que reduziu a idade mínima para o saque das cotas do PIS/ Pasep para 60 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Esta nova etapa de saques beneficia mais de 3,2 milhões de cotistas do PIS e do Pasep, que poderão sacar os R$ 5,6 bilhões disponíveis nas instituições financeiras. De acordo com o Ministério do Planejamento, todas as pessoas beneficiadas pela MP podem buscar as agências e requerer o saque da cota: pessoas com mais de 60 anos, aposentados, herdeiros, quem foi transferido para a reserva remunerada ou reforma ou pessoas inválidas. Saldo - Nos sites www. caixa.gov.br/cotaspis e www. bb.com.br/pasep, é possível consultar se há saldo disponível para saque. Nas páginas, o trabalhador pode visualizar a data de início do pagamento e os canais
disponíveis, além da melhor opção de pagamento. Os beneficiários do PIS com valor até R$ 1,5 mil poderão fazer o saque nas unidades de autoatendimento da Caixa, usando apenas a senha do Cartão do Cidadão. Valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil podem ser sacados no autoatendimento, unidades lotéricas e da Caixa Aqui, devendo apresentar também um documento de identificação oficial com foto. Valores acima de R$ 3 mil poderão ser retirados apenas nas agências da Caixa, também com um documento de identificação com foto. O saque das cotas do Pasep pode ser feito nas agências do Banco do Brasil, com apresentação de documento de identificação oficial com foto. Os beneficiários com saldo de até R$ 2,5 mil podem solicitar o envio a outra instituição financeira, sem custos, pela internet ou pelos terminais de autoatendimento do banco. O saque poderá ser feito por outra pessoa que não seja o beneficiário, mediante procuração particular, com firma reconhecida, ou por instrumento público que
contenha outorga de poderes para solicitação e saque de valores do PIS/Pasep. Herdeiros dos beneficiários das cotas também estão autorizados a sacar o dinheiro, sem necessidade de seguir o calendário estabelecido. No caso de falecimento do cotista, os herdeiros podem se dirigir a qualquer agência da Caixa - no caso do PIS - ou do Banco do Brasil - para recebimento do Pasep -, portando um documento oficial de identificação e um documento que comprove sua condição legal de herdeiro. O PIS e o Pasep foram criados na década de 70. O PIS tem a finalidade de integrar o empregado do setor privado e o desenvolvimento da empresa, enquanto o Pasep reúne arrecadações da União, de estados, municípios, Distrito Federal e territórios destinadas aos empregados do setor público. A Constituição de 1988 trouxe mudanças quanto a esse tipo de recurso, estruturando o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Com as regras atualmente em vigor, quem contribuiu após 4 de outubro de 1988
PERDAS NA POUPANÇA
Gilmar Mendes homologa acordos Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou na última segunda-feira acordos fechados entre a Advocacia-Geral da União (AGU), representantes de bancos e associações de defesa do consumidor sobre os pagamentos de perdas ocorridas na caderneta de poupança em função dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. A decisão vale apenas para os processos nos quais o ministro é relator. Na relatoria de Gilmar estão dois recursos, um do Banco do Brasil e outro do Banco Santander, referentes aos Planos Collor 1 e 2, segundo a AGU. No STF, ainda existem sobre o assunto dois outros recursos, sob relatoria do ministro Dias Toffoli - que já homologou em dezembro do ano passado - e uma ação, da qual é relator o ministro Ricardo Lewandowski.
Lewandowski levará a ação sob sua relatoria para votação do plenário, por se tratar de uma ação de controle concentrado de constitucionalidade, e que irá abranger todos os poupadores com ação na justiça. Segundo assessores ouvidos pela reportagem, o ministro está analisando o parecer da PGR sobre os acordos, protocolado na última quinta-feira, 1º de fevereiro. Depois disso, Lewandowski deve liberar a ação para votação no plenário. Então, ficará sob responsabilidade da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, colocar a ação na pauta de julgamento pelo plenário. O ministro Gilmar Mendes proferiu a decisão após ter pedido e recebido o parecer da PGR. A íntegra da decisão do ministro ainda não está disponível para visualização. Mas no andamento processual é possível conhecer o
teor de sua posição. “Finalmente, determino o sobrestamento do presente feito, por 24 (vinte e quatro) meses, de modo a possibilitar que os interessados, querendo, manifestem adesão à proposta nas respectivas ações, perante os juízos de origem competentes”, afirma o ministro. Sob a relatoria de Lewandowski estão os Planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e 2; do ministro Dias Toffoli, o Planos Collor 1 e Planos Bresser e Verão; e sob relatoria de Gilmar, Planos Collor 1 e 2, segundo informou a AGU. Na sua decisão, Gilmar Mendes deu prazo de dois anos para adesão ao acordo, que prevê descontos que variam de 8% a 19% no valor a ser restituído pelas instituições bancárias aos clientes caso os valores devidos passem de R$ 5 mil. Para quem tem a receber até este montante, o pagamento será
feito à vista, sem qualquer abatimento. Em meados de dezembro, o ministro do STF Dias Toffoli já havia homologado acordo para os processos que estavam sob sua relatoria, envolvendo os planos Planos Bresser, Verão e Collor I, já que em parte desses acordos há sobreposição de planos econômicos. Em nota, a AGU pontuou que a medida de Gilmar Mendes “é considerada um importante avanço nesta que é a maior conciliação judicial da história, uma vez que tem potencial para encerrar mais de um milhão de processos”. Em dezembro, o AGU informou que haviam aderido ao acordo os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, sendo que outros bancos tinham um prazo de até 90 dias para também fazerem o mesmo. (AE/Reuters)
CONCORRÊNCIA
CAE aprova indicação para o Cade Brasília - Depois de uma sabatina de menos de uma hora, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a indicação da advogada Paula Azevedo para conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O nome de Paula foi aprovado com 15 votos favoráveis e nenhum contra. A indicação ainda será analisada pelo plenário do Senado antes de seguir para a nomeação pelo presidente da República. A sabatina da advogada teve a participação de poucos senadores, que fizeram perguntas sobre assuntos como os acordos de leniên-
cia assinados pelo Cade e a competência do conselho para analisar processos no setor bancário. Em suas respostas, Paula lembrou que o Banco Central tem o papel de garantir a higidez do sistema, enquanto cabe ao Cade zelar pela concorrência, mas que existe um conflito entre as instituições que pode ser resolvido com um projeto de lei que tramita no Senado. Em 2001, a compra do BCN pelo Bradesco foi judicializada e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a competência é exclusiva do Cade. O processo foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que
ainda não decidiu o tema. “A visão mais ponderada é de compartilhamento dessas competências. Cade e BC já têm um grupo de trabalho que está bem adiantado”, afirmou. “Quanto maior concorrência, melhor para o consumidor.” Sobre o valor das multas aplicadas pelo Cade, Paula disse que o aumento recente de leniências e termos de compromisso demonstra que os investigados estão preocupados com as punições aplicadas pelo conselho. “Isso indica que existe um efeito dissuasório da multa, que é tida como alta”, afirmou. Em sua fala inicial, Pau-
la destacou sua atuação no Sistema Brasileiro da Concorrência - ela foi coordenadora de Análise de Infrações em Agricultura e Indústria da extinta Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça e atuava recentemente como advogada na área antitruste. Filha do secretário-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, e da embaixadora do Brasil junto à ONU, Maria Nazareth Azevedo, o nome de Paula foi levado até o presidente Michel Temer pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). (AE)
JOSÉ CRUZ/ABr
Cerca de 4,5 milhões de pessoas podem sacar R$ 7,8 bilhões
não tem direito ao saque, uma vez que o FAT distribui quantias reservadas ao seguro-desemprego, ao
abono salarial e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). (ABr)
REFORMA
TST adia a revisão e a alteração de súmulas da Justiça do Trabalho Brasília - O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, anunciou a suspensão da sessão que avalia a revisão de súmulas após a entrada em vigor da reforma trabalhista. A decisão foi tomada após questionamento da Comissão de Jurisprudência sobre a constitucionalidade do novo artigo 702 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em trecho adicionado pela reforma trabalhista. O artigo 702 versa sobre os procedimentos do próprio Tribunal para revisão e alteração de súmulas. O trecho aprovado cita que ao Tribunal Pleno compete “estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo menos dois terços de seus membros”. O argumento do ministro Walmir Oliveira da Costa, que falou pela Comissão de Jurisprudência, é que o trecho da Lei nasceu “natimorto”. “É um corpo estranho na CLT que não tem cabeça. Tem a linha F e não caput”, disse. O ministro argumenta que a Constituição Federal, no artigo 99, assegura autonomia administrativa aos tribunais para que decidam, por exemplo, como devem ser feito o processo de revisão de súmulas. Segundo o ministro, uma lei orgânica como a reforma trabalhista não pode violar essa cláusula da Constituição. Dispensa coletiva - O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT15) negou o mandado de segurança impetrado pela Raízen Energia S/A e manteve a liminar da 2ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP) que declarou nula a dispensa coletiva de 250 empregados na Usina Tamoio, na cidade do interior paulista. Com a decisão, a empresa deve reativar os contratos de trabalho, pagar salários e negociar as demissões dos funcionários com entidades sindicais representantes. Caso a decisão seja descumprida, será aplicada multa diária de R$ 10 mil por tra-
balhador atingido. Em 13 de novembro do ano passado, primeiro dia útil da entrada em vigor da Reforma Trabalhista, a Raízen suspendeu as atividades da Usina Tamoio e dispensou os empregados da planta sem negociação prévia com os sindicatos profissionais, o que levou o Ministério Público do Trabalho (MPT) a ingressar com ação civil pública. A companhia também noticiou o fechamento da unidade Dois Córregos (SP). À época, a Raízen atribuiu a decisão à otimização industrial, a um cenário de menor oferta de cana-de-açúcar e estimou um prazo de dois anos para reavaliar a reabertura das unidades. Na ação, o MPT lembra que, em setembro de 2017, havia adquirido as usinas Santa Cândida, em Bocaina (SP), e Paraíso, em Brotas (SP), ambas perto das unidades fechadas posteriormente. A procuradoria entendeu que a empresa redirecionou investimentos para as usinas adquiridas junto ao Grupo Tonon. “Fica-se com a suspeita de que a empresa não adquiriu as duas novas usinas para alavancar sua capacidade de produção, ou a eficiência de seu processo produtivo. A produção terá o incremento de duas usinas, mas o simultâneo decréscimo de outras duas. Quer parecer que a principal intenção foi evitar que as usinas caíssem nas mãos de empresas concorrentes, garantindo o acesso à Raízen de cana adicional na região”, relatou Rafael de Araújo Gomes, procurador do MPT. O MPT obteve, em novembro, liminar que declarou nula as dispensas. Essa liminar estava suspensa até o julgamento do mandado de segurança. Com a manutenção da liminar, a companhia terá de fazer a negociação com os trabalhadores para o possível desligamento. A Raízen foi procurada na tarde desta terça e ainda não se manifestou sobre a decisão. (AE
BELO HORIZONTE, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2018
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
MARCELO THOLEDO / DIVULGAÇÃO
Atenção, empresas Até 30 de abril, 27.754 empresas que não deram entrada em qualquer documento, nos últimos dez anos, na Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) poderão ser canceladas administrativamente. A Jucemg prorrogou o prazo antes fixado em 31/12/2017 para 30/4/2018, após o cumprimento das regras legais como a publicação de três editais de notificação (28/9, 24/10 e 29/11), comunicando sobre o procedimento. Em 2016, foram cancelados 29.466 negócios. De acordo com a diretora de Registro Empresarial da Junta Comercial, Lígia Xenes, o objetivo do alerta é convocar as empresas a se atualizarem no Cadastro Nacional de Empresas Mercantis (CNE). Para evitar o cancelamento, a empresa, por meio de seu representante legal, deve comunicar à Jucemg, no prazo estipulado, que deseja mantê-la em funcionamento ou informar a paralisação temporária de suas atividades, conforme o caso, ou ainda arquivar alteração dos dados ocorridos na ultima década.
Plantas nativas Para dar sequência aos projetos de melhoria da qualidade de vida nos municípios onde está presente, a Direcional Engenharia, segunda maior incorporadora e construtora do Brasil, iniciou o processo de plantio de 1.346 mudas de plantas nativas em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A inciativa faz parte de uma das contrapartidas ambientais acordadas entre a construtora e a prefeitura local. Diversas áreas da cidade serão arborizadas, como os bairros Jardim Casa Branca, Cidade Verde, Arquipélago Verde e Distrito Industrial Bandeirinhas. Entre as espécies que serão plantadas estão Escumilhas Africana e Rosedá, Ipês, Licuri, Pau Mulato, Oiti, Murta, Flamboyant Gigante e Calistemon.
Escola de Palhaços THIAGO AMADOR / DIVULGAÇÃO
O Instituto Cultural Escola Livre de Palhaços (Eslipa) desenvolve até o fim do ano o projeto “De Olho no Duto”, levando a cidades brasileiras atividades culturais como oficinas circenses, cortejos, espetáculos e rodas de conversas. Por meio de investimento social da Transpetro, o projeto atua em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Em Minas, as atividades são realizadas pela Associação Pano de Roda e a próxima parada será em Betim. Nos dias 20 e 21, o projeto chega ao Centro de Artes Desportivo Unificado (CEU), com cortejos, oficinas, espetáculo e roda de conversas. A programação irá das 9h às 18h, com pausa para almoço. As atividades são gratuitas e abertas à comunidade. No dia 22, os artistas seguem para Mário Campos, com atividades na Escola Municipal Paula Eremita e na Praça João Lapertoza. No dia 23 será a vez de Brumadinho, com programação na Praça da Igreja de Santa Terezinha e na Sede da Associação de Moradores. Mais informações: www.facebook.com/eslipa.
Ouro Preto terá 40 mil foliões por dia de festa DA REDAÇÃO
Uma das folias mais animadas do País, o Carnaval de Ouro Preto é conhecido pela programação diversificada. Para agradar foliões de todas as idades, a cidade histórica patrimônio cultural da humanidade pela Unesco conta com blocos tradicionais e universitários, desfile de escolas de samba e circuito de palcos com ampla programação de shows de artistas da região. A expectativa de público é de 40 mil foliões por dia. Neste ano, o homenageado do Carnaval Tradição é o senhor Francisco de Paula Mendes, o “Seu Tito”. Com quase 90 anos, ele é conhecido como o mais antigo músico ainda em atividade - dedica-se ao universo da música desde os 14 anos. Entre as principais atrações do Carnaval de Ouro Preto, destacam-se o Zé Pereira do Club dos Lacaios, o mais antigo bloco carnavalesco em atividade no País; a irreverente Bandalheira, com seus integrantes uniformizados e de pinico na cabeça, uma sátira ao regime militar; e os desfiles dos blocos tradicionais e escolas de samba. O tradicional festa de Momo ouro-pretana começa amanhã, com a Abertura Oficial do Carnaval Patrimônio Ouro Preto 2018 – Seu Tito, O Mestre da Folia. A Corte Carnavalesca recebe a chave da cidade e uma grande homenagem a Seu Tito será feita na Praça Tiradentes, às 20h, iniciando os festejos. O Circuito do Carnaval Patrimô-
nio Ouro Preto 2018 é composto pelos palcos da Praça Tiradentes, Largo do Cinema, Largo do Dom Pedro (Espaço Hip Hop) e Largo da Alegria, com uma programação diversificada no Centro Histórico. O palco da Praça Tiradentes é onde todas as tribos musicais se encontram, com músicas de todos os gêneros. A grade de programação será aberta pela Banda Anjo, e Seu Tito, o homenageado da festa, tocará saxofone, relembrando os carnavais das marchinhas. O Largo do Dom Pedro, conhecido como espaço alternativo, ficará por conta da Rede Folia Hip Hop, com música e dança, na sexta-feira, às 18h. Para quem quer curtir o “samba-rock- reggae”, a opção é o Largo do Cinema, também na sexta-feira, a partir das 20h, com a Banda Sereno e, logo em seguida, Nata da Sociedade. A programação se estende até o último dia do carnaval. O Largo da Alegria homenageia os grandes mestres do samba brasileiro e de Ouro Preto – Vandico, Edmundo Guedes, Seu Valter, Jorge Adílio, Vicentes Gomes –, tendo como símbolo Bené da Flauta, músico e mestre da cultura popular da cidade. Para os foliões que querem relembrar os carnavais regados a marchinhas, sambas-enredo, axé e samba popular, as atrações começam na mesma sexta-feira, às 20h, com Celso Alves e, logo após, Sílvia Gommes. Participam também a banda Vira Saia, Lívia Rosa e o grupo Candonguêro, resgatando o tradicional Carnaval ouro-pretano.
Blocos tradicionais - Amanhã, o Zé Pereira do Club dos Lacaios, bloco carnavalesco mais antigo do País, com 151 anos, envolve seus foliões com o tradicional toque dos clarins e bumbos pelas ladeiras do bairro Antônio Dias e Centro Histórico. Embalados pelo toque “tum tum tum, Zé Pereira”, seus bonecos gigantes desfilam pelas ruas arrastando a multidão. Desfilam também amanhã o Bloco Vermelho i Branco, ao som da tradicional Banda do Rosário; Os Conspirados e o Bloco Gatas e Gatões, que tem o grande homenageado da festa, Seu Tito, ao som do saxofone, animando os foliões da terceira idade. Para o público infantil, os blocos entram em cena na sexta-feira (9). Começa com Os Erês, seguindo com Zé Pereira do Club dos Lacaios Mirim, Charanga de Lata Mirim e Bandalheira Mirim, nos próximos dias. Para quem quer aproveitar o dia com a família, a programação para a criançada, com brincadeiras, cortejos, oficina e muita animação, começa no sábado e termina na terça-feira, sempre a partir das 14h, na Praça Tiradentes. Os desfiles dos blocos tradicionais animam os foliões nos cinco dias de festa. A partir da noite de segunda-feira (12), a Praça Tiradentes se transforma em sambódromo, com o Desfile das Escolas de Samba de Ouro Preto. A partir das 20h será a vez da Escola de Samba Aliança da Piedade. A União Recreativa de Cachoeira do Campo sai às 21h. E a Escola de Samba Acadêmicos de São Cristóvão desfila às 22h.
CULTURA MARCO LAFER / DIVULGAÇÃO
Tim Bernardes Show - O cantor e compositor Tim Bernardes, multiinstrumentista da banda O Terno, faz única apresentação em BH, na qual apresentará o repertório de seu disco solo “Recomeçar”,
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lançado em setembro de 2017. Aclamado pela crítica especializada, o disco tem forte influência da sonoridade de sua banda, que por sua vez é fortemente inspirada nos Beatles, Mutantes e no som mineiro do Clube da Esquina. Quando: Amanhã, às 21h Quanto: R$ 60 (Inteira) Onde: Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, Belo Horizonte) Bloco da Oca Bairro Buritis - Os bloquinhos de Carnaval são espetáculos à parte para aqueles que gostam de curtir esta época do ano. Com proposta de reunir famílias e crianças,
o Bloco da Oca vai garantir diversão ao som da percussão, no ritmo das marchinhas. Em sua segunda edição, o desfile do bloco terá como inspiração a preservação da natureza, a sustentabilidade, a cultura indígena e as boas reuniões entre familiares. Quando: Domingo (11), das 10h às 13h Quanto: Participação Gratuita Onde: Rua Henrique Badaró Portugal, 480, Buritis, Belo Horizonte Carnaval a Cavalo Bonfim - Realizado desde 1840, o Carnaval a Cavalo é a festa mais aguardada pelos habitantes de Bonfim, na região Central de Minas Gerais, e pelos mais de 20 mil turistas que passam por lá durante os festejos. Padres europeus trouxeram as cavalhadas para o Brasil. Hoje, o
evento ocorre no Carnaval, com desfile de cavaleiros e amazonas. Fogos anunciam a chegada deles, que são recebidos pela população com serpentinas e confetes. Quando: Dos dias 11 a 13, a partir das 15h Quanto: Aberto ao público
Onde: Praça principal de Bonfim, na região Central de Minas Gerais www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067